Bioterápicos e Nosódios

March 21, 2018 | Author: Daniele Santana | Category: Homeopathy, Public Health, Vaccines, Pharmaceutical Drug, Medical Specialties


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Bioterápicos e NosódiosUm tema caro aos homeopatas é o papel dos microorganismos na e para a Homeopatia. Alguns acreditam que eles nada mais são do que aproveitadores do momento de doença do indivíduo e que, sendo dado um medicamento adequado, eles são eliminados pelo próprio organismo; outros acreditam que "as toxinas bacterianas e a própria bacteria acrescentam sintomas à doença psicossomática de fundo"1 e que "o nosódio mobiliza a enfermidade latente ou suprimida quando bem indicado" 1. Teria por função curar a infecção separadamente da totalidade do organismo, "limpando" os sintomas agregados pelas bactérias, restando uma SINTOMATOLOGIA PURA para a pesquisa do medicamento de fundo. Enquanto um grupo lhe dá uma importância ocasional, o outro o eleva a condição de modificador de terreno, quase umantipsórico. "Sempre se discutiu se os bioterápicos são medicamentos homeopáticos, pois com excessão de Luesinum, Medorrhinum,Psorinum, e Tuberculinum, os demais não tem experimentação no homem são, tem apenas patogenesia clínica. Por isso eles constituem um capítulo a parte dentro da Homeopatia. Os franceses os consideram medicamentos homeopáticos porque eles se fundamentam numa lei de analogia como a Homeopatia, e são também diluídos e dinamizados, dependem de uma reação própria do organismo ao qual são administrados e são eficazes sem serem tóxicos."2 Vamos à eles. Começamos dizendo que o termo NOSÓDIO foi substituído por BIOTERÁPICO, que é a denominação francesa. Enquanto NOSÓDIO se definia por "medicamentos preparados com produtos patológicos, vegetais ou animais", BIOTERÁPICOS se define por "produtos quimicamente não definidos (secreções, excreções patológicas ou não, certos produtos de origem microbiana e alérgenos) que servem de matéria prima para as preparações homeopáticas bioterápicas" (Farmacopéia Francesa décima edição, 1985). toxinas ou medicamentos). preparados por laboratórios especializados (Instituto Pasteur francês ou Mérieux). são organismos vivos e por isso são feitos a partir da D 24. alimentos. lisadas e atenuadas em determinadas condições. medicamentos alopáticos. Para cada diluição são dadas 50 sucussões.ingleses ( Nosódios Intestinais de Bach-Paterson) a. fezes.soros. Psorinum. Ex. isoterápicos: b1. em solução. bioterápico de estoque: a1. Ex. Tuberculinum. a2.9%. Estão nessa categoria todos os alérgenos.São preparados com microrganismos vivos.Os bioterápicos franceses são feitos em baixas potências porque são lisados ou detoxicados.ou endógenos (auto-nosódios) . enquanto os do Dr. simples . etc. Roberto Costa. Classificação : 1. Streptococcinum. A solução de partida é uma suspensão contendo 3 bilhões de microorganismos por ml. BCG. escamas. Luesinum. Até a D 11 as diluições são feitas em solução fisiológica 0. Ex. as diluições são feitas em solução hidroalcoólicas 50%.(nosódios vivos Roberto Costa).ou hetero-isoterápicos. a3. b.Colibacillinum. vacinas. usando como diluente cloreto de sódio 0. Antigamente chamados de auto nosódios. poeiras. Bioterápicos Dr. Staphylotoxinum. pus. Bioterápicos a. isoterápicos . pêlos. etc). na escala decimal. .são preparados a partir de excreções ou secreções obtidas do próprio doente (sangue. códex . a4.5. são preparados a partir de substâncias exógenas (alérgenos. solventes.Obtidas a partir de "vacinas estoques" constituídas por culturas microbianas puras. auto isoterápicos .9%. médico e pesquisador brasileiro.definidos pelo seu modo de obtenção (secreções ou excreções patológicas) ou seu modo de preparação. nosódios intestinais Bach-Paterson. inscritos na Farmacopéia Francesa. complexos . tudo que de alguma forma "sensibilizam" o paciente. Influenzinum. toxinas e anatoxinas. pólens. Roberto Costa . Da D12 em diante. urina. b2. O material tem prazo de validade.preparado a partir de anatoxina estafilocócica descrita no "Códex".(sinonímia: Tuberculinum aviare) .. . veterinários e dentistas. é interessante consultar a farmácia. Staphylotoxinum. Como as farmácias não estão preparadas para a realização de coletas de materiais veterinários. Soro de Yersin. Segundo os farmacêuticos. Soro Anticolibacilar .B. Nunca esquecer de avisar se o material for de doença infectocontagiosa. Gonotoxinum.A. devendo ser evitado.Bioterápicos ditos "Códex" Aviare. FORMOL não é ideal.Soro anti-peste proveniente de animais imunizados com bacilos pestes (Yersinia pestis) mortos ou vivos.Prescrição Poderá ser solicitado por médicos.vacina anti gonogócica constituída por uma suspensão de bactérias provenientes de culturas de "gonococos" mortos por aquecimento. dinamização desejada e forma farmacêutica desejada). em solução isotônica de cloreto de sódio. Influenzinum . sem adição de antissépticos. Diphtericum: soro anti-diftérico proveniente de animais imunizados com toxina ou com anatoxina diftérica. D. obtida diluindo-se o líquido da cultura do bacilo diftérico recentemente preparado e filtrado em filtro de porcelana.T. soro fisiológico ou álcool 96°.Soro antibacilar de origem caprina. Exemplos: .T. melhor são água/álcool/glicerina. com mais ênfase ainda se for uma zoonose. com solução isotônica de cloreto de sódio. seria interessante conversar com a(o) farmacêutica(o) responsável de uma farmácia homeopática e se informar sobre o modo de coleta e conservação.produto otido a partir de culturas de mycobacterium tuberculosis variedade aviare. No receituário deve constar material que deve ser ou foi coletado.bioterápico obtido a partir de vacina antigripal do Instituto Pasteur.toxina diftérica diluída. .vacina constitutída por uma suspensão de bactéria vivas provenientes de subculturas de espécie artificialmente etenuada.preparado a partir de um lisado de fígado de coelho infectado por carbúnculo (Bacilus anthracis) Luesinum.C.. Antiga denominação: Syphilinum. Morbillinum.lisado obtido a partir de culturas de Escherichia coli. Tuberculinum residuum. do bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis). Paratyphoidinum B. sem adição de antisséptico. Medorrhinum. Streptococcinum.Tuberculinum. .K. sem adição de antisséptico. Colibacilinum . preparados sem adição de antissépticos.lisado obtido a partir de culturas de Streptococcus detoxicados.lisado a partir de culturas de Salmonella typhy.solução glicerinada contendo as frações insolúveis em água.lisado obtido a partir de culturas de Salmonella paratyphi B sem adição de antisséptico. Bioterápicos Complexos Anthracinum.lisado obtido a partir de culturas de Staphylococcus aureus. Staphylococcinum.R. Vaccinotoxinum.vacina antivariólica preparada a partir de fragmentos epidérmicos recolhidos por raspagem de uma erupção cutânea de varíola em uma novilha inoculada após cinco dias com o vírus da varíola. Enterococcinum. descrita por Calmette et Gueri sob o nome de "B.Bioterápicos simples. Antiga denominação : T. V. Eberthinum.lisado de exsudatos bucofaríngeos de doentes com sarampo.lisado de serosidades treponêmicas de cancros duros.B.lisado de secreções uretrais blenorrágicas colhidas antes de tratamento por antibióticos ou sulfamidas. Antiga denominação : T. sem adição de antissépticos. sem adição de antisséptico.lisado obtido a partir de culturas de Streptococcus fecalis.A. sem adição de antisséptico.tuberculina bruta obtida a partir de culturas de espécies de Mycobacterium tuberculosis de origem humana e bovina.G.". Gaertner(Samonella enterididis) . sem mais informações. Pertussinum. . colhida de doentes sem tratamento prévio. isolado de matérias fecais do homem e dos animais.S. anaeráobico facultativo. alongado. Psorinum.coccal-Co (B. não hemolítico. isolado de fezes de crianças com diarréia estival.colhidos antes de qualquer tratamento. cujos caracteres se assemelham ao Aerobacter aerogenes. porco e placenta humana. móvel. da França. Lá é preparado somente nessa dinamização. B. B. agente da disenteria bacilar à qual só o homem e o macaco são sensíveis. B. Morgan-Gaertner (Nosódio de Paterson) .idem anterior. faecalis. Oscillococcinum 200 K é uma especialidade (tem patente) dos Laboratórios Boiron. dysenterial(Shigella dysenteriae) . anaeróbio facultativo. que provoca intoxicações alimentares no homem. colhidas antes de qualquer tratamento. B.não tem nomenclatura correspondente na bacteriologia. Oscillococcinum. enteritidis é um sorotipo de Salmonella. isolado do solo. cloacae.tido como uma Escherichia coli lactose positiva. Sycotic-Co ou Sycoccus-Paterson (Streptococcus faecalis). asiaticus. O B. cloacae é oEnterobacter cloacae.estreptococo ovóide.lisado de serosidade de lesões de sarna.auto lisado filtrado de fígado e coração de pato (Anas barbarie).lisado de expectoração de doentes com coqueluche. B. Pyrogenium. B. Bacillus nº 7 (B.lisado de produtos de decomposição provenientes da autólise de carde de boi. Coli mutabile). freundi) . Dysentery-Co ou B. daí seu nome. água e de matérias fecais do homem e de animais.coli(Escherichia coli) .Bacilo Gram negativo imóvel. de Londres.não há correspondente na nomenclatura bacteriógica. frequente nos animais. Preparado pela Farmácia Nélson. Bioterápicos ingleses Bacilo de Morgan(Proteus morgani) Bacilo Gram-negativo.Mutabilis( B. Bacillus nº 10. ele seria responsável pela diarréia. . Dra. setembro de 1992. do curso de Homeopatia para veterinários. Belo Horizonte. 2. 1996. Stella Maris Benes. Professora Mafalda Biagini. da Associação Paulista de Homeopatia. do Congresso Brasileiro de Homeopatia.baseado nas apostilas: 1.
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