Betoneiras v4

March 24, 2018 | Author: Glauber Dantas da Nóbrega | Category: Mortar (Masonry), Concrete, Cement, Crane (Machine), Time


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Ministério da EducaçãoTecnológica Federal do Paraná PR Universidade Campus Curitiba UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Departamento Acadêmico de Construção Civil - DACOC Apostila de Betoneiras Apostila preparada pelos alunos do Curso de Engenharia de Produção Civil da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, como parte da aula prática da disciplina Obras de Construções Pesadas, ministrada pelo Professor Adalberto Matoski. Curitiba 2010 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................................. 2. UNIFORMIDADE DA MISTURA................................................................................... 3. TEMPO DE MISTURA..................................................................................................... 4. TRABALHABILIDADE................................................................................................... 5. MISTURA DO CONCRETO............................................................................................ 6. DOSAGEM DO CONCRETO (DETERMINAÇÃO DO TRAÇO).................................. 7. CENTRAL DE ARGAMASSAS E CONCRETOS.......................................................... 8. TRANSPORTE DO CONCRETO..................................................................................... 9. MANUTENÇÃO DA BETONEIRA................................................................................. 10. ESTUDO DE CASO........................................................................................................ 11. CONCRETOS DE CIMENTO PORTLAND.................................................................. 12. CONCRETO PRÉ-MISTURADO (USINADO)............................................................. 13. LANÇAMENTO DO CONCRETO................................................................................ 14. TIPOS DE BETONERIA................................................................................................ 3 5 5 8 9 17 19 20 24 24 32 34 36 37 automática movida por um motor sincronizada equipada com esteiras rolantes. As pivorantes funcionam através do giro do tambor e palhetas que cortam a "massa" a ser misturada. na proporção devida. Neste caso sua denominação passa a ser como misturador. Em particular.INTRODUÇÃO Uma betoneira ou misturador de concreto é o equipamento utilizado para mistura de materiais. etc. A eficiência da mistura depende dos detalhes de projeto. devido à baixa velocidade de descarga das betoneiras de tambor com eixo fixo. mas a ação de descarga é sempre boa. como em um liquidificador. Geralmente. o eixo permanece sempre horizontal e a descarga se faz invertendo o sentido de rotação do tambor (caso em que a betoneira se denomina de tambor reversível). que se baseiam na queda livre e tombamento do concreto no interior do tambor. denominadas de betoneiras de ação forçada. Os sistemas de mistura podem variar conforme o tipo. Por outro lado. fixa como é conhecida no Brasil equipada com motor. sendo os mais comuns pivotantes (onde o tambor gira entorno de um eixo) ou rotativas (o tambor gira sobre roletes). para diferenciar das betoneiras basculantes e das fixas. semi-fixa o mesmo que fixa porem pode ser fácilmente removida pois possui rodas. são usadas em centrais de mistura. denominada tambor. se inclina para a descarga. por abertura do tambor. A betoneira consiste . Essas betoneiras são usadas menos freqüentemente do que no passado. algumas vezes. A betoneira pode ser classificada em função de sua mobilidade. às vezes o concreto é passível de segregação. Geralmente as betoneiras de caçamba não são móveis e. as betoneiras basculantes têm um tambor em forma cônica ou arredondada com paletas internas. semelhantes em princípio a batedeiras de bolo. Às vezes a descarga é ajudada por um vibrador montado na caçamba. Outra forma de classificar as betoneiras é o método de descarga. Por esse motivo. É importante que a carga completa de caçamba seja sempre transferida para a betoneira sem que fique material aderente à caçamba. adubos.3 BETONEIRAS 1 . pois todo o concreto pode ser descarregado rapidamente sem segregação logo que o tambor é basculado. em instalações de pré-moldados ou em laboratórios de concreto. ou. As betoneiras com tambor de eixo fixo sempre são alimentadas por uma caçamba também usada com a s betoneiras basculantes de grande capacidade. portanto. na qual se adicionam cargas de pedra. como em uma roda d'água invertida. Na betoneira basculante. plásticos. já as rotativas provocam o turbilhonamento da mistura. de acordo com a finalidade da mistura. esse tipo de betoneira tem preferência para misturas com baixa trabalhabilidade e para aquelas com agregado com grande tamanho máximo. Na betoneira fixa. com pás elevando e jogando o material. a câmara de mistura. Esse equipamento pode ser utilizado na mistura e preparo de outros produtos como rações. com um sistema movido por uma correia de aço acoplada a um motor normalmente alimentado por um sistema de transmissão do veículo e hidráulico. as partículas maiores de agregado tendem a permanecer na betoneira de modo que a descarga começa com argamassa e termina com um conjunto de partículas de agregado graúdo revestidas. ou seja:     móvel na forma de transporte por caminhão betoneira. Existem também betoneiras de eixo vertical. cimento e água. areia. essa primeira betonada não deveria ser usada.04 m 3. deve haver uma grande proporção de partículas graúdas apenas revestidas de argamassa. Nas betoneiras de tambor. de ajustagem da mistura. para uso em laboratório. na descarga. omitindo simplesmente o agregado graúdo. de modo que uma certa quantidade de argamassa permanece aderente e assim permanece até que se proceda à limpeza da betoneira. no início da concretagem a primeira mistura deve deixar uma grande proporção de argamassa na betoneira e. figura 1. e o concreto é completamente misturado em qualquer parte da caçamba. não há raspagem das paredes durante a mistura. desde 0. Rotineiramente. Elas são particularmente eficientes com misturas rijas e coesivas e são. Como alternativa. Lâminas raspadoras impedem de a argamassa ficar aderente às paredes laterais da caçamba e a altura dos agitadores pode ser ajustada de modo a impedir a formação de uma camada de argamassa no fundo da caçamba. antes da mistura. pode ser introduzida certa quantidade de argamassa na betoneira antes do início da concretagem. devido aos dispositivos de raspagem. portanto. até 13m3. procedimento que pode se denominar “untamento” ou revestimento da betoneira. por isso. Se a quantidade misturada representa menos do que um terço da capacidade . A mistura que sobrar da que ficar aderente pode ser usada na obra e pode ser adequada para outras finalidades. Algumas vezes a caçamba permanece imóvel e o eixo planetário gira em torno do próprio eixo da caçamba. Conclui-se que. sendo. usadas em laboratórios. que pode ser de até metade do volume dos componentes soltos. com um ou dois conjuntos planetários de agitadores girando em torno de um eixo não coincidente com o eixo da caçamba. é igual o movimento relativo entre os agitadores e o concreto.4 essencialmente de uma caçamba circular girando em torno de seu eixo. Uma maneira simples e conveniente consiste em carregar a betoneira com as quantidades normais de cimento. A necessidade do “untamento” não deve ser esquecida nos trabalhos de laboratório. água e agregado miúdo. muito usadas no preparo de concreto pré-moldado. Elas são também adequadas. As betoneiras de caçamba oferecem a possibilidade de observar o concreto que está sendo misturado e. portanto. Em qualquer caso. para mistura de pequenas quantidades de concreto. Figura 1 – Betoneira de tambor O tamanho nominal de uma betoneira é representado pelo volume de concreto depois de adensado (BS 1305:1974). em alguns casos. As betoneiras são feitas em uma grande variedade de tamanhos. a rigor.75mm 6% Densidade da argamassa sem ar 1. mas também para avaliar o efeito da seqüência de colocação dos materiais na betoneira. A eficiência da betoneira pode ser medida pela variabilidade da mistura descarregada em vários recipientes sem interrupção do fluxo do concreto. e as diferenças entre as duas amostras não devem exceder os limites apresentados na tabela 1. Pode-se acrescentar que a uniformidade da mistura não serve apenas para avaliar o desempenho. A betoneira propriamente dita consiste de uma lâmina espiralada girando a uma velocidade relativamente alta em um invólucro fechado ligeiramente inclinado.6% Resistência à compressão. 2 – UNIFORMIDADES DA MISTURA Em qualquer betoneira é essencial que haja movimentação do material entre diferentes partes da cuba de modo a produzir um concreto uniforme. Um tipo diferente. sendo que. Todas as betoneiras consideradas até este ponto são intermitentes. a betoneira contínua. 3 – TEMPO DE MISTURA Nas obras. Como existe uma velocidade ótima de mistura recomendada pelo fabricante da betoneira. como resultado. naturalmente. 7 dias 7. . Esse tempo varia com o tipo de betoneira e. o número de revoluções e o tempo estão relacionados. com resistência satisfatória. e. sendo alimentada por um sistema de dosagem contínua volumétrica ou gravimétrica. Foi desenvolvido na França um método para determinar a distribuição de água ou de aditivo por traçadores radioativos. por esse motivo.: Tabela 1 – limites de acordo com ASTM C94 – 94 Massa específica do concreto 16kg/m3 Teor de ar incorporado 1% Abatimento 25mm (abatimento médio até 100mm) 40mm (abatimento médio entre 100mm e 150mm) Fração de agregado retido na 4. cada betonada é misturada e descarregada antes da adição de mais materiais. a operação não seria econômica. mas sim o número de revoluções da betoneira que deve ser o critério para uma mistura adequada.5% Investigadores suecos mostraram que a melhor medida de uniformidade da mistura é a uniformidade do teor de cimento: a uniformidade é considerada satisfatória se o coeficiente de variação não exceder 6% para misturas com abatimento com pelo menos 20mm e 8% para misturas com menor trabalhabilidade.5 nominal da betoneira. muitas vezes a tendência é misturar o concreto o mais rapidamente possível. Sobrecargas não excedendo 10% geralmente não são prejudiciais. Geralmente. Por exemplo. a mistura resultante pode não ser uniforme. são suficientes cerca de 20 revoluções. não é o tempo de mistura. um ensaio um tanto rigoroso da ASTM C 94-94 (formalmente aplicável a caminhões betoneira) estabelece que devem ser tomadas amostras a cerca de 1/6 e 5/6 da capacidade da betoneira. é importante saber qual o tempo mínimo de mistura necessário para obter um concreto com composição uniforme e. e. descarrega o concreto misturado continuamente sem interrupções. 1997) A resistência média do concreto aumenta com um aumento do tempo de mistura. Coeficiente de variação . o prolongamento do tempo de mistura além desses valores.00 5.Relação entre o coeficiente de variação da resistência e o tempo de mistura (Neville.seg Figura 3 .00 30. Fica evidente que a mistura durante menos de 1 ou 1 ¼ minutos resultam concreto sensivelmente mais variáveis.00 5.00 35.00 0. A velocidade de crescimento diminui rapidamente após cerca de um minuto e não é significativa após dois minutos: algumas vezes até .00 10. foi mostrado pelas experiências de Abrams.00 20.00 25.% Título do gráfico 40.00 20 25 30 40 50 60 70 75 80 90 100 110 120 125 Tempo de mistura .00 15.00 10. como. não resulta aumento significativo na uniformidade. mas.00 0.6 Para cada betoneira existe uma relação entre o tempo de mistura e a uniformidade da mistura. sendo a variabilidade representada pelo intervalo entre resistências de corpos de prova moldados com a mistura depois de tempos determinados.00 15. Resistência à compresão MPa Uniformidade da mistura 25.00 20. 1997) A Figura 3 mostra os coeficientes de variação dos resultados do mesmo ensaio em função do tempo.Relação entre a resistência à compressão e o tempo de mistura (Neville.00 20 30 50 70 80 100 120 tempo da mistura .seg Figura 2 . Na Figura 2 são mostrados dados típicos obtidos em experiência de Shalon e Reinitz. por exemplo. seguidos de 3 minutos depois da adição do cimento. segundo alguns autores. às vezes subdivididos em dois minutos para mistura do agregado com a água. mas existem betoneiras modernas de grande capacidade que funcionam satisfatoriamente com tempos de mistura de 1 a ½ minutos. reduzindo-se o tempo de mistura a menos de 2 ou 3 minutos. o tempo de mistura pode ser até 35 segundos. Por outro lado. Geralmente ocorre evaporação de água da mistura resultando redução de trabalhabilidade e aumento de resistência. No caso de concreto com ar incorporado. pode ser definido em função do diâmetro conforme figura 4. mas a trabalhabildade diminui com o tempo a menos que se impeça a saída de umidade da betoneira. O atrito produz um aumento da temperatura da mistura. dentro do primeiro minuto. O essencial é assegurar a uniformidade de mistura. que é recomendado pelo fabricante da betoneira. Um efeito secundário é a trituração do agregado. que pode ser conseguida com um tempo mínimo de mistura de 1 minuto para uma betoneira com capacidade de 750 litros. Estas diretrizes são apresentadas tanto pela ASTM C 94-94 como pela ACI 304R-89. A adição de água para restabelecer a trabalhabilidade. em alguns casos. o tempo de mistura deve ser contado a partir do momento em que todos os materiais sólidos tenham sido colocados na betoneira. o tempo de mistura não deve ser menor que 5 minutos. não é prejudicial quanto à resistência e à durabilidade. até 6 horas. a mistura prolongada reduz o teor de ar de cerca de 1/6 por hora. ao passo que um atraso no lançamento sem mistura contínua resulta uma redução de cerca de 1/10 do teor de ar. No entanto. Considere-se agora o outro extremo – mistura prolongada. De acordo com a ASTM C 94-94. sendo t em segundos e D em metros . Como já foi mencionado. Em misturadores de cuba de alta velocidade. Em geral. sendo também estabelecido que toda a água seja adicionada antes que transcorra um quarto do tempo total da mistura. o tempo necessário para se obter uniformidade satisfatória depende de como os materiais se misturam durante o carregamento na betoneira: o carregamento simultâneo é benéfico. aumentando-se 15 segundos para cada 750 litros adicionais de capacidade. a influência do tempo de mistura é consideravelmente importante. dependendo do tipo de aditivo incorporador de ar usado. varia com o tipo de equipamento e depende do seu tamanho. Por outro lado.7 mesmo se nota uma ligeira redução da resistência. particularmente quando mole: assim. O tempo de mistura. resulta uma redução da resistência do concreto. a granulometria do agregado se torna mais fina e a trabalhabilidade menor. o tempo exato de mistura. pode resultar uma incorporação inadequada de ar. Os números mencionados se referem à betoneiras comuns. quando se usam agregados leves. A mistura intermitente até cerca de 3 horas e. tem se mostrado conveniente colocar o agregado miúdo. Portanto. de modo a desfazer os nódulos da argamassa. a técnica usual de mistura é a mais favorável para minimizar a perda de abatimento. depois a água. se o agregado graúdo estiver completamente ausente. de preferência colocados uniforme e continuamente. pois de outra forma sua superfície não seria suficientemente molhada. existe o risco de se formarem pelotas de cimento com até 70mm de diâmetro. adicionandose o restante após a colocação de todos os sólidos. depois uma parte do agregado graúdo e o cimento. 4 – ORDEM DE COLOCAÇÃO DE MATERIAIS Não existem regras gerais para a ordem de colocação dos materiais na betoneira. A Figura 5 mostra essa situação e também que a perda de abatimento foi mais rápida quando o cimento e o agregado miúdo foram misturados antes. Se possível. Com betoneiras pequenas de laboratório e misturas muito rijas. coloca-se antes uma pequena quantidade. Geralmente. Ensaios com concreto fluido com superplastificante. com algumas betoneiras de tambor. e finalmente o restante do agregado graúdo. a areia ou a areia e o cimento ficam aderentes na entrada da betoneira e não se incorporam à mistura. No entanto. por isso depende das propriedades dos componentes e da betoneira. seguida de todos os materiais sólidos. Além disso. A perda de abatimento foi mais lenta quando todos os materiais foram misturados simultaneamente. Se a água ou o cimento forem colocados muito rapidamente ou estiverem muito quentes. . é necessário colocar antes parte da água e o agregado graúdo. Obteve-se uma abatimento intermediário com a mistura simultânea de todos os componentes. aparentemente.8 Figura 4 – tipo de betoneira de acordo com a inclinação do eixo. com misturas secas. mostraram que o abatimento é maior quando o cimento e o agregado miúdo são misturados antes e menor quando o cimento e a água são misturados antes. a maior parte da água seria introduzida simultaneamente. O método mais disseminado. a avaliação visual da consistência pelo operador na é possível. .mm 240 220 (C) 200 (A) 180 (B) 160 140 0 30 60 90 120 Tempo . no máximo. em 3 camadas individuais compactadas com 25 golpes de uma haste de ponta arredondada.Perda de abatimento com o tempo de concretos com relação água/cimento 0. Slump test). 3 minutos): (figura 6) . em mesa vibratória. em um tronco de cone com 30cm de altura. porque o concreto se apresenta simplesmente fluido.O concreto é colocado. onde é obtida a massa específica e comparada com a obtida no ensaio Vebe). 5 – TRABALHABILIDADE Existem três métodos principais para a medida de trabalhabilidade: o ensaio vebe (utilizado em misturas mais secas . entretanto. o excesso concreto é nivelado com a base do tronco do cone (cone de Adams). e procede da seguinte forma (o procedimento deve durar.mm Figura 5 . (B) primeiramente o cimento e água. é preenchido com concreto e nivelado sem compactação.Retirar lentamente o tronco do cone sem esforços laterais. O reservatório superior. consiste na utilização de dos reservatórios tronco-cônicos colocados um sobre o outro e de uma forma cilíndrica colocada abaixo destes reservatórios. . o concreto acaba compactado no cilindro de volume conhecido. 1997) Quando se misturam concretos fluidos.9 Abatimento . se transformar na forma cilíndrica). do tempo necessário para um concreto na forma tronco-cônica. (C) primeiramente o cimento e o agregado miúdo. .Colocar o tronco de cone. em posição invertida ao lado do concreto e mede-se com uma régua o abatimento do concreto. simplesmente. .consiste na análise.Após o preenchimento das 3 camadas. Por gravidade. (Neville. o ensaio do fator de compactação (desenvolvido na Inglaterra.25 e superplastificante para diversas seqüências de carregamento: (A) todos os constituintes simultaneamente. é o ensaio de abatimento de tronco de cone (ou. Geralmente são necessárias três “viradas”. em seguida. Procedimentos: O agregado deve ser espalhado em uma camada sobre uma superfície resistente. O objetivo é revestir a superfície dos agregados com pasta de cimento e formar uma massa uniforme. de cada vez. até que se apresente com cor e consistência uniformes. só poderá ser empregado em obras de pequena importância. Serve para pequenos volumes de concreto. durante esse procedimento. limpa. Revira-se a mistura novamente. onde o volume e a responsabilidade do concreto não justifiquem o emprego de equipamento mecânico. para obras de pequeno porte e que requerem baixa resistência mecânica. devem ser adicionados os ingredientes secos e. É obvio que. a água. Adiciona-se a água aos poucos de modo que não escapem do montem nem água nem cimento. espalha-se o cimento sobre o agregado e os materiais secos são misturados revirando-se de um lado para o outro do estrado. volume superior ao correspondente a 100 kg de cimento. 6. mistura é a operação de fabricação do concreto destinada a obter um conjunto resultante do agrupamento interno dos agregados. conforme prescreve a NBR 6118/78. Formalmente. portanto. até que a mistura se apresente uniforme. impermeável e resistente. “cortando-se” com uma pá. água e dos aditivos. A ordem de colocação dos materiais interfere na qualidade do concreto e. Estas operações devem ser feitas em locais próprios como caixas de madeira previamente molhadas. .10 Figura 6 – ensaio – abatimento do concreto 6 – MISTURA DO CONCRETO Definida como a junção dos componentes a fim de formar um composto homogêneo. Deve ser realizada em superfície plana.1 Mistura manual: O amassamento manual. não porosa. amassar. não se deve permitir que o solo ou outros materiais estranhos se misturem com o concreto. aglomerante. geralmente três vezes. não podendo nesse caso. sobre chapas metálicas ou pisos de concreto ou cimento. velocidade do equipamento 3. 3 – Agregado miúdo. Considerar: Eficiência do Equipamento Estado de Conservação Tempo da Mistura Velocidade da Betoneira Ordem de Colocação dos Materiais na Betoneira . já deve ter sido executada a imprimação ("sujar" a betoneira com argamassa de mesmo traço do que a usada no concreto). que é: 1 . alterando assim o fator a/c. também deve ser obedecida uma ordem. 6. Estes componentes retiram a argamassa aderida 4 .Restante da água Alguns cuidados devem ser tomados. 5.Com a caçamba carregadora.Cimento. cimento. sob pena de afetar a característica do concreto obtido (ordem. Após a betonada (mistura dos componentes). permitindo sempre que possível o lançamento direto nas fôrmas e rápido o bastante para que o concreto não perca trabalhabilidade. agregados miúdos. se possível. e. a betoneira nunca deve estar seca. deve-se respeitar o posicionamento dos componentes. tempo de mistura 2.Agregado graúdo.2. o restante dos agregados graúdos). Quando se dispuser de um equipamento de carga contínua ordem poderia ser a seguinte: a) água b) agregado graúdo c) agregado miúdo d) cimento 6. o concreto deve ser transportado para o local de aplicação.2 . 2 – Parte da água. Para a colocação dos componentes em betoneira.1 – Qualidade da mistura Para obter-se um concreto de boa qualidade deve-se fazer uma mistura adequada.11 Um cuidado especial deve ocorrer com a adição de água visto que a dificuldade de se fazer a mistura provoca uma tentativa de aumento no volume de água para facilitar o processo.Mistura mecânica (betoneiras): . e seu transporte deve ser tal que consiga manter a homogeneidade da mistura. colocação dos materiais. do fundo para a superfície: 50% dos agregados graúdos. Os fatores fundamentais neste processo são: 1. 6. figura 7. a homogeneidade da mistura.2 – Rotação: para betoneiras intermitentes de eixo inclinado (queda livre) Velocidade baixa:prejudica a homogeneidade e consistência Velocidade alta:segregação →acúmulo dos agregados na parede da cuba pela força centrífuga. Os principais elementos a serem considerados na operação de uma betoneira são: . Alguns sintomas de seu . . Após a colocação de todos os componentes do concreto. assegure-se sempre que o produto esteja desligado e o cabo e alimentação desconectado da rede elétrica. Recomenda-se que a manutenção ou conserto de seu produto seja feito pela rede autorizada.2. desligue-o da rede elétrica. É imprescindìvel que tais atividades sejam feitas por pessoal qualificado. A substituição do cabo de alimentação somente poderá ser feita por pessoal especializado. Os materiais devem ser colocados com a betoneira girando e no menor espaço de tempo possível. . para cada tipo de betoneira existe uma velocidade ótima do tambor.tempo de mistura – . Tabela 2 . precisa estar limpa (livre de pó.12 Figura 7 – Betoneira intermitente de queda livre com eixo inclinado A betoneira.Limites aconselháveis de velocidade Frequencia Tipo de betoneira (eixo) Inclinado Horizontal N(r.Antes de efetuar qualquer limpeza. Antes de realizar qualquer intervenção em seu produto.Nunca bater no tambor com ferramenta que possa danificar a mesma.3 – Manutenção da betoneira Para manter e proteger a betoneira siga as instruções abaixo: . recomenda-se proteger o equipamento com óleo ou outro tipo de antiferrugem. a betoneira ainda deve girar por um tempo mínimo já apresentado nesse trabalho. . retirar o excesso com água. água suja e restos da última utilização) antes de ser usada.velocidade de rotação . diminuindo.Para períodos longos sem utilização. portanto.m) 19√D a 21√D 17√D a 21√D Vertical 14√D a 16√D 6.quanto a velocidade de rotação.Após cada uso. A tabela 2 apresenta os limites de velocidade. acima da qual poderá haver o início da centrifugação dos materiais.p. 21. pinhão e cremalheira. do tipo PP. o mesmo só poderá trabalhar com a base nivelada. luvas de raspa ou PVC e protetor auricular se for o caso.Observar periodicamente o estado da correia do motor. O motor só poderá ser ligado em ambiente ventilado. deverá providenciar a inversão de uma das fases. 320 e 350 litros de capacidade. Acionamento com motores a explosão. . O sistema de fricção deve estar sempre limpo de impurezas e bem lubrificado. sempre com o motor ligado. caso contrário. 750 e 1000 litros de capacidade e requerem basicamente todos o cuidados acima mencionados. Atlantic Litholine 2 ou similares Betoneiras de cuba basculante: são de 100. pois a falta de uma delas danificará o motor. de modo a não haver correntes de fuga. A corrente deve estar sempre bem regulada e alinhada evitando desgaste prematuro e excessivo das engrenagens é da corrente.As lonas de freio e fricção devem ser trocadas regularmente. Não permitir a entrada de graxa no disco de fricção e na cinta do freio. elas são de fácil operação e requerem os seguintes cuidados: Lavar diariamente após o uso. Assegure-se que a voltagem da rede é a mesma do equipamento. Acionamento com motores elétricos: Conforme a NR18 (18. em ambientes ventilados. não se tratando de defeitos ou quaisquer outros problemas que exijam manutenção. o operador deverá: Usar óculos de segurança.Lubrificar o produto no início de períodos de operação em todos os pontos de lubrificação (graxeiras). Manter os bicos de lubrificação sempre bem engraxados. ou terminais elétricos com proteção adequada de isoladores e fita isolante. Castrol Lm2. Abastecer sempre com o motor frio. Observar os mesmos cuidados mencionados acima para as betoneiras de cuba basculante. Eletricista Qualificado deverá ainda verificar se o sentido da rotação está correta. Conservar a cremalheira. O circuito de ligação deverá ser protegido por interruptor de corrente de fuga do tipo “DR”. 6. com 04 pernas. . Nunca colocar os agregados com a máquina parada. deixando a máquina aproximadamente 30 minutos batendo com pedra nº 2 ou 3 e água para a limpeza interna do tambor. O cabo de ligação e possíveis extensões deverão ser compostos por cabos de condução elétrica com proteção mecânica. evitando incêndios.Ajustar temporariamente o pinhão com a cremalheira para evitar desgaste excessivo. Verificar o nível do óleo do cárter no motor a cada 04 horas de uso. Para que haja um bom funcionamento do equipamento. . botinas. o pinhão e a engrenagem do volante sempre livres de impurezas e engraxados. Cuidado especial deverá ser tomado quanto à queda de fases.4 – Recomendações para o uso de betoneira -Limpe sempre as peças. 120. sendo 3 para as fases e 1 para o terra. com bitola mínima prevista em norma específica. Para ambos os casos.Betoneiras rotativas: são de 500.1) “A execução e manutenção das instalações elétricas.13 produto são devidos a fatores relacionados com instalação ou operação. mantendo-as lubrificadas. de preferência apoiada em caibros no lugar das rodas. Nunca use cabo de aço emendado ou desfiado.O cabo de ligação deverá ser inteiriço. devem ser realizadas por trabalhador qualificado e a supervisão por profissional legalmente habilitado. diesel e gasolina: Abastecer sempre com combustível limpo sem impurezas.Graxa recomendada: SHELL Alvania R2. sem emendas. . O fio terra deverá estar ligado a um terminal terra que garanta uma resistência máxima de 10 W (Ohms). . Limpar diariamente os filtros de ar e inspecionar os filtros de combustível. motor elétrico ou a gasolina. A ligação elétrica deve ser feita por intermédio de conjunto tomada / plug macho. até que seja descarregado. Área pavimentada e coberta para circulação de carrinho de mão e gericas.Abatimento após correção esteja dentro da faixa especificada .  acréscimo de torque no eixo. Dimensão: Área mínima de 20m².  aderência do concreto na betoneira.1. . adensamento e acabamento do concreto. 7. Deve ser rigorosamente controlada a quantidade de água adicionada na central e a ser completada na obra. 7. 7. Podem ser efetuado de várias maneiras O transporte do concreto misturado até o local de lançamento. Ao lado do equipamento para transporte vertical. O concreto com o passar do tempo fica mais consistente.ΔT entre primeira adição de água até o início da descarga seja superior a 15 minutos 8 – TRANSPORTES DO CONCRETO Este é tipo procedimento que ocorre quando o concreto é preparado em usina.1 .Localização: Nas proximidades do estoque de areia.  queda de produtividade da equipe em função da dificuldade no lançamento. brita e saibro.1. fenômeno normal em todos os concretos.3 Mistura Parcial na central A parte da água a ser completada na obra deverá ser adicionada imediatamente antes da mistura final e descarga. Prever tablado para estoque dos sacos de aglomerantes necessários para o dia. .14 Lembre-se.2 Mistura A ordem de colocação dos materiais e a velocidade de rotação para mistura devem estar de acordo com as especificações do equipamento ou conforme indicado por experiência. só pode ser feita por trabalhador qualificado e identificado por crachá. conforme a NR18 (18.1) “A operação de máquinas e equipamentos que exponham o operador ou terceiros a riscos.Abatimento inicial >10mm. de preferência. 7 – CENTRAL DE ARGAMASSAS E CONCRETO 7.22. A uniformidade e homogeneidade do concreto devem ser mantidas. No caso de transporte com caminhões betoneira deve-se atentar para:  necessidade de água extra. Adição suplementar de água para correção de abatimento devido a evaporação somente é permitido antes do início de descarga desde que: .  dificuldade de bombeamento. . .1 Cuidados: Evitar o cruzamento de fluxos. precisa ser feito o mais rápido possível para minimizar os efeitos de enrijecimento e “perda de trabalhabilidade”. Em local coberto.Que a correção não aumente o abatimento em mais de 25mm. portanto é importante o seu controle.1. dependendo da velocidade de rotação da betoneira Quando as rotações são de 6 à 15 rpm são agitadores.1 .Problemas decorrentes do transporte Alguns dos mais importantes são:  hidratação do cimento que pode ocorrer devido às condições ambientes e à temperatura. 8. Quando os caminhões têm dupla finalidade. No primeiro caso pede-se ter um percurso de no máximo de 45 minutos ao passo que no segundo pode-se operar até 90 minutos. Transporte Agitação com velocidade de 02 a 04 RPM evitando segregação e início de pega. O transporte pode ocorrer em tempos de noventa minutos ou mais dependendo da experiência do operador. Figura 8 – Caminhão basculante para transporte de concreto b) Caminhões betoneira São normalmente misturadores e agitadores. Quando o material sai da usina com velocidade de agitação pode-se fazer uma remistura rápida na obra.15  possibilidade de diminuição da resistência. exigindo entretanto um controle mais rigoroso neste aspecto. Outro inconveniente é a descarga do material que é feita de forma inconveniente visto que a abertura da caçamba não é apropriada. quando de 16 à 20 rpm. a) Caminhão basculante comum: Este tipo de transporte (figura 8) é inadequado visto que pode haver perda de material por não serem estes caminhões perfeitamente estanques. trajetos com pisos irregulares. Outra maneira é executar a adição da água somente na obra. dependendo do operador e do percurso. O transporte muito prolongado e que ultrapasse este tempo deve ser feito com aditivos ou a utilização de materiais secos. com a adição de água somente no local da obra. etc. Existe um tipo de caminhão basculante com agitadores de fundo que permitem uma melhor qualidade do produto além de permitir um maior tempo de transporte.  evaporação da água devido também à fatores ambientais  absorção por parte do agregado em especial da argila expandida. No caso deste perigo é conveniente a saturação antecipada do mesmo . Pode haver segregação devido à falta de agitação do material. além de perdas por exsudação. Descarga Descarga com velocidade de 12 a 16 RPM. a mistura pode ser terminada na obra. durabilidade e outras propriedades. evaporação durante o transporte. misturadores. 8.3 . 8. com no máximo 70 kg. transporte e descarga. Estas caçambas são transportadas por gruas ou guindastes. São também usados baldes que podem ser içados por cordas facilitando o transporte vertical.Transporte dentro da obra É o transporte após a descarga do concreto pela betoneira. 8. Um dos limitadores é a capacidade da grua tanto na altura como na carga. de duas rodas.2 . Em qualquer dos casos à necessidade de se alterar o teor de água para evitar a perda de trabalhabilidade.2 .Transporte com gruas caçambas e guindastes São caçambas especiais para concreto com descarga de fundo e que são acionadas hidraulicamente. O transporte vertical em casos de grande altura devem ser efetuados por elevadores ou guinchos.1 .16  trituração que ocorre com a agitação do material friável. Figura 9 – Concretagem com grua . A areia modifica o módulo de finura ao passo que a brita pode-se transformar em areia.Transporte manual Caixas ou padiolas com peso compatível à este tipo de transporte.2. Deve-se considerar que o tempo máximo entre o final da mistura e o inicio da concretagem é de 2 horas. figura 9. sendo somente admissível em obras de pequeno porte. e o tempo de aplicação depende da carga.2. Deve-se usar carrinhos com pneus de modo a evitar tanto a segregação. sendo necessário neste caso o trabalho de duas pessoas. 8.Transporte com carrinhos e giricas Existem diversos tipos de carrinhos de mão de uma roda. como a perda do material. período em que deve ficar sob agitação para evitar enrijecimento e segregação. Podem ser distâncias pequenas ou grandes dependendo unicamente da obra em questão. ou giricas. Deve-se ter caminhos apropriados sem rampas acentuadas. A produção com este tipo de transporte é muito baixa. Existem caçambas elevatórias associadas à elevadores que proporcionam uma maior rapidez neste transportes.2. Alguns cuidados devem ser adotados na execução do concreto tais como. terminando num tubo flexível para a distribuição do concreto. O sistema por ar comprimido tem uma perda significativa nas juntas das tubulações o que pode afetar a produtividade. Qualquer obstrução na tubulação deve ser imediatamente eliminada de modo a não permitir que o concreto endureça. Alguns cuidados devem ser tomados com relação à velocidade visto que um aumento da mesma permite um maior contato com o ar aumentando assim a evaporação. O sistema mais utilizado é o de pistões. 9 – ESTUDOS DE CASO 9. O sistema por pistões funciona também com um sistema de válvulas e gaxetas. Os ciclos se invertem recomeçando o processo.2. o diâmetro do agregado não deve ser maior que 1/3 do diâmetro do tubo. que é obtida com a introdução na tubulação de uma nata de cimento antes do início da concretagem. O sistema de mangueiras deformáveis é por demais demorado. O concreto deve ter slump de 8 a 10 com no mínimo 60% de argamassa. O concreto é lançado na tubulação por um sistema de pistões e após esta operação uma válvula fecha esta entrada e libera outro pistão que impulsiona o concreto para a tubulação.17 8. um galpão de armazenamento de agregados.4 . devendo haver uma película lubrificante entre a tubulação e a massa. no sistema de mangueira deformável o concreto é lançado na tubulação e através da pressão de roletes nos tubos. As tubulações são rígidas. podendo estas esteiras serem articuláveis o que permite o transporte para diversos pontos. A concretagem deve começar do ponto mais distante da tubulação com a retirada dos tubos que vão se tornando desnecessários.5 . .2. tubos deformáveis ou pistão. o pátio e dois laboratórios (vide figura 10). 8. No sistema de ar comprimido o concreto é lançado dentro da tubulação através de um sistema de válvulas e gaxetas e impulsionado pela pressão do ar.Transporte por esteiras É feito pelo deslocamento de esteiras sobre roletes podendo ser transportado à diversas distâncias. Na descarga deve haver um aparador para evitar a perda de material assim como um funil permite uma remistura dos agregados.1 Produção do concreto em central a. Em algumas concretagens se faz necessária a introdução de válvulas de retenção para impedir a volta do concreto. O diâmetro mais utilizado é de 125 mm existindo entretanto outros.Bombeamento Transporte por meio de tubulações sob efeito de algum tipo de pressão que pode ser por ar comprimido. O concreto desloca-se dentro da tubulação de forma constante. Instalação física da central A central conta com 12 mil m² que abrigam duas balanças dosadoras de concreto. Estas esteiras podem ser inclinadas desde que não com ângulos muito inclinados. A temperatura ambiente pode afetar a qualidade do concreto transportado. ligadas por um sistema de engate rápido. As maneiras mais eficientes são a primeira e a última. . Figura 11 – Usina dosadora de cimento No galpão de armazenamento de agregados (figura 12) os materiais ficam separados em baias. O processo de dosagem é controlado por uma central de comando. Particularmente nesta central havia areia de brita.18 Figura 10 – Instalação da Central As dosadoras (figura 11) possuem balanças e sensores de umidade. pedrisco. brita 1 e brita 2. No pátio há uma área de lavagem dos caminhões. onde eles são limpos para a entrega e no retorno. que determina o traço a ser utilizado e tem controle sobre a quantidade de material a ser utilizado para produção de cada concreto. areia de quartzo. ou por caçambas (figura 13) que são levadas por gruas (figura 14).19 Figura 12 – Carregadeira no galpão de armazenamento 9. observando se confere com o pedido. Depois da aceitação do concreto. Figura 13 – Betoneira enchendo a caçamba 2. O concreto é bombeado somente em lajes e vigas e lançado através caçambas nos pilares. A Concremat e a Engemix moldam corpos de prova (CP´s). o lançamento do concreto é realizado de duas maneiras: por bombeamento. São eles que realizam o ensaio de abatimento do tronco de cone.2 A aplicação do concreto Observaram-se os seguintes procedimentos realizados pela construtora no recebimento e aplicação do concreto: 1. O recebimento do concreto é feito por funcionários de um laboratório terceirizado (Concremat) que é responsável pela verificação do mesmo. pois se fosse realizado . NBR 5738 –Procedimento para Moldagem e Cura do Corpo de Prova. segue uma lista das principais normas seguidas pela construtora da obra visitada e da empresa dosadora de concreto: . eles moldam e coletam os corpos de prova na obra e completam a dosagem da água no concreto. .NBRNM67 –Determinação da Consistência -Abatimento do Tronco de Cone.NBR 7215 – Cimento Portland – Determinação da resistência à compressão. . .NBR 12654 – Controle Tecnológico de Materiais Componentes do Concreto.20 o bombeamento nos pilares as fôrmas não agüentariam a grande pressão que esse método oferece.Concreto Endurecido.NBR 5732 – Cimento Portland comum. atendimento ao cliente na obra e na condução da betoneira. segundo o mestre-de-obras. . As normas especificam entre outros: como devem ser feitos o recebimento dos materiais primários.NBR 6118 – Projeto e execução de obras de concreto armado . Figura 14 – Caçamba sendo içada pela grua Treinamento dos motoristas: os motoristas recebem treinamento especial para o correto manuseio do produto.Preparo. . Na nota fiscal existe uma indicação da quantidade de água a ser adicionada. Controle e Recebimento. . pois além de conduzirem os caminhões. tipos de agregados e os ensaios de resistência. Determinação de fluência. . técnico em edificações. . Isso é de extrema importância pelo fato de que os motoristas possuem responsabilidades fundamentais. a dosagem. Abaixo.NBR 11581 – Cimento Portland – Determinação dos tempos de pega.NBR 7212 – Execução do Concreto Dosado na Central.4 Aspectos relevantes de normas pertinentes Devem-se seguir as normas brasileiras em cada etapa de produção do concreto. 10.NBR 7211 – Agregado para Concreto – Especificação.NBR 8224 .NBR 5739 – Ensaio de Compressão do Corpo de Prova Cilíndrico.NBR 12655 – Concreto . . . 15 . este deve ser dotado de tambor impermeável. em bases ponderais. o restante do agregado graúdo. por fim. a fim de evitar o endurecimento parcial do material já lançado. cimento. devendo ser procedido sistematicamente o arrasamento das superfícies finais. e) Quando da operação de enchimento dos caixotes. o restante de água de amassamento e. b) A velocidade de rotação do tambor deve estar contida no intervalo de 2 a 6 rotações por minuto. sob a devida aprovação da Fiscalização. devendo assegurar perfeita homogeneidade do produto final. devem ser empregados caixotes de madeira ou metálicos. para emprego imediato. antes do lançamento desta no tambor. Em hipótese alguma deve ser permitido que o intervalo de tempo entre as descargas seja maior do que 30 minutos. indeformáveis pelo uso e corretamente identificados. quando preparado em outro local e transportado. c) As operações de medida dos materiais componentes do traço devem ser realizadas. automáticas ou de comando manual. areia. 5. l) Sacos de cimento parcialmente utilizados ou que contenham cimento endurecido.3 Transporte a) Quando o transporte do concreto for realizado por caminhão betoneira. salvo se for expressamente definida. sempre que possível. uma condição distinta. empregando-se instalações gravimétricas. h) Os aditivos eventualmente empregados devem ser adicionados à água em quantidades corretas. CONCRETOS DE CIMENTO PORTLAND 11. b) O preparo no local da obra deve ser feito em betoneira de tipo e capacidade aprovados pela Fiscalização.1 Preparo a) O concreto deve ser preparado no local da obra ou recebido pronto. g) Os materiais devem ser colocados no tambor de modo que uma parte da água de amassamento seja admitida antes dos materiais secos. a mesma deve referir-se a uma quantidade inteira de sacos de cimento. por parte da Fiscalização. d) A entrega do concreto deve ser contínua. n) O concreto deve ser preparado somente nas quantidades destinadas ao uso imediato. f) Atenção especial deve ser conferida ao processo de medição da água de amassamento. o material não poderá ultrapassar o plano da borda. c) O volume de concreto no tambor não deve exceder a 80% da capacidade deste. a betoneira e os processos utilizados devem atender aos mesmos requisitos anteriormente definidos.21 11. O concreto que estiver parcialmente endurecido não poderá ser remisturado. de dimensões adequadamente definidas. i) O tempo de mistura deve ser estabelecido experimentalmente para a betoneira empregada. j) Quando utilizada mistura volumétrica. . adequadamente aferidas. d) Quando a dosagem dos componentes da mistura for efetuada por processo volumétrico. que seja capaz de transportar e descarregar o concreto de maneira que não haja segregação. devem ser rejeitados. devendo ser previsto dispositivo de medida capaz de garantir a medição do volume de água com erro máximo de 3%. em obediência ao traço projetado. salvo diante de recomendação por outro procedimento. sem a prévia liberação da Fiscalização. A ordem de entrada dos materiais na betoneira deve ser a seguinte: parte do agregado graúdo. m) Quando a mistura for executada em central de concreto situada fora do local da obra. não sendo permitida a formação de abaulamentos.1. pelo fabricante. somente sendo permitida a mistura manual em casos de emergência. em relação ao teor fixado na dosagem. b) maior controle tecnológico dos materiais. 12 . Figura 15. 12.Centrais Dosadoras de Concreto. c) racionalização do número de ajudantes na obra. dosagem. a mistura é feita no próprio caminhão. Figura 15 – Central dosadora de concreto . Dentre as vantagens do uso de concreto pronto (usinado) podese destacar: a) economia de materiais. Neste tipo de central. antes do seu lançamento. a mistura e a homogeneização do concreto são feitas no próprio caminhão.CONCRETO PRÉ-MISTURADO (USINADO) 12. correias transportadoras e equipamentos de controle. durante o trajeto entre a central de concreto e a obra. resistência e consistência. São instalações preparadas para a produção em escala. menor perda de areia. as centrais podem fazer a mistura e o material é transportado por gruas e caçambas. como barragens e estradas.22 e) Não deve ser permitido que o concreto. após sua mistura. e) redução no controle de suprimentos e eliminação de áreas de estoque no canteiro. com melhoria da qualidade. Nas obras de grande porte. constituídas de silos armazenadores. São as responsáveis pela dosagem dos materiais componentes do concreto (MCC's) e sua transferência para o caminhão betoneira. d) melhor produtividade da equipe. com a conseqüente redução dos encargos trabalhistas. geralmente chamadas de concreteiras.2 . para as obras urbanas.Concreto dosado em central (NBR 7212) O concreto usinado é obtido em centrais dosadoras. Na maioria dos casos. permaneça em repouso por mais do que 30 minutos. balanças. antes de prosseguir para a obra. f) redução do custo da obra.1 . brita e cimento. Figura 16. vibradores. M. balanças de cimento e agregados. Nas centrais automatizadas. acionamento de transportadores de correia. F. Para a transferência dos materiais para o caminhão. Figura 16 –Equipamentos das centrais dosadoras O carregamento manual é aquele onde o operador de balança (balanceiro) faz o controle da pesagem dos materiais e sua transferência para o caminhão.pdf> Acesso em: 03 set. A diferença básica que existe entre as centrais dosadoras está na forma de pesar os agregados (tow go ou caixa de agregados) e no tipo de carregamento do caminhão (manual ou automático). Centrais com estes tipos de Caixa podem ser automatizadas. bombas d’água. Adam M. 2008. em média. REFERÊNCIAS NEVILLE. hidrômetros. de quatro a seis tipos de agregados.fec. Disponível em: <http://www. etc. Propriedades do concreto. . de Constr.unicamp. Caixa de Agregados: Equipamento composto por uma balança e uma caixa com divisórias para armazenar. Para isto existe um painel de controle com botões para a abertura e fechamento de comportas. O balanceiro efetua a pesagem abrindo as comportas dos materiais. Tow Go: Balança para a pesagem de agregados. 1982.23 Estas centrais são compostas basicamente por silo de cimento. compressores e transportadores de correia. A. insufladores de ar. O Tow Go não pode ser automatizado. São Paulo: Pini. 738 p. conforme a seqüência e as quantidades determinadas no traço. alimentada diretamente pela pá carregadeira. Civil II). Materiais de construção civil: Segunda parte (Mat. Este por sua vez comanda o painel de controle e o balanceiro só interfere na dosagem se for constatado algum problema com a carga. o balanceiro abre uma comporta na parte inferior desta balança e aciona um transportador de correia. o balanceiro digita o código do traço e o volume a ser carregado no computador.. FALCETTA. reservatórios para água e aditivo.br/~falcetta/navapr/resumos/eng5. br/fichas/fixtexsa.htm) www.251-256. vol.pdf> (http://libdigi.asp) (http://www.br/topevc/MateriaisII/UNIDADE_03_CONCRETO_PRODUCAO02.com.com.312.php?pagina=dosadoras) (http://www. Disponível em <http://www.com.br/disciplinas/TCC2/Estruturas_de_concreto_armado.dutramaquinas.netsaber.com.br/downloads/betoneira.br/construcoes/materiais/concreto/concreto.br/revista/metodos_construtivos.banet.br/ccivil/apostplan> Acesso em: 03 set.doc+betoneira+ %22tempo+de+mistura%22&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=9&gl=br (http://www.portaldoconcreto.engwhere.pdf) (http://www.br/institutos/it/dau/profs/edmundo/Concreto%20simples.scielo.com.gov/bfrlpubs/build01/PDF/b01012. no.49.texbarra. V.com.xls) (http://www. Cerâmica.com.fogaca.formeq.br/canais/loja/subcategoria. et al.htm) http://www.htm) (http://www. G. Dez 2003.pdf> Acesso em 03 set.pdf) (http://64. Disponível em: http://www.com.com.unicamp.24 ANDRADE.br/downloads/comparativo. Condições de mistura e a permeabilidade de concretos refratários contendo fibras poliméricas.nist.br/tabeladosagem. T.megamixargamassas.meusite. DOMICIANO.pro. E.com. AMARAL.ufrrj.233. D. 2008.br/document/?down=vtls000406366) (http://www.pdf) (http://www.polycarpet.104/search? q=cache:cz5Lm0qCOnQJ:apostilas. Construção Civil: Planejamento e Administração.asp? lang=pt_BR&tipo_busca=subcategoria&codigo_categoria=9&codigo_subcategoria=32) (http://www.feciv. 2008.htm .com. p.pdf) (http://www.htm) (http://www. Estruturas de Concreto Armado.ufu.br/engenharia-civil/127/artigo64515-5.ufba.br/pdf/ce/v49n312/a1049312.br/martin/catalogos/hitech_concreto.com.engetop.br/index. ISSN 0366-6913 <http://www.br/loja/produtos.br/apostilas/565.asp? codSubCategoria=140&gclid=CMrs9anAtpMCFQx_HgodWRV2CQ) (http://www.fire. G.169.revistatechne.sitengenharia. htm http://www.br/denge/aulas/Concretagem/conteudo.br/especif/56CONCRECP-OAE-13.gov.htm .uepg.br/index.fischer.com.ba.php?conteudo=mostra_produto&codigo=1874 http://www.derba.25 http://www.
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