bagaçose

March 16, 2018 | Author: margarete2008hotmail | Category: Sugarcane, Nutrition, Sugar, Ethanol, Wellness


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Fonte:REVISTA: PROTEÇÃO – MARÇO 2003Págs.: 45 à 48 Pulmões em alerta Poeira proveniente do bagaço da cana-de-açúcar provoca doença respiratória e pode levar à morte A çucar é um nutriente de fundamental importância à saúde. O nosso organismo produz açúcar transformando carboidratos em monômeros, denominados de monossacarídeos que, de pronto, são absorvidos pelo corpo humano. Do ponto de vista industrial o açúcar é produzido pelo processamento da beterraba, algumas frutas e mais comumente da cana de açúcar, originária da China, Índia e Nova Guiné há mais de 8000 anos. Atualmente, cerca de 127 países cultivam a cana de açúcar e o Brasil é o líder dos produtores mundiais. Em 2001, a produção brasileira foi de 339,1 mil toneladas métricas e resultou em 11,4 bilhões de litros de álcool e 19,5 milhões de toneladas de açúcar. Isto representou cerca de 2,3% do PIB – Produto Interno Bruto e o envolvimento de uma força de trabalho estimada em 1 milhão de trabalhadores. DANOS Os números estampam uma atividade agroindustrial geradora de muita riqueza para o país, porém, apresenta também suas mazelas na forma de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. Muitas mortes ocorrem no transporte de agricultores, assim como inúmeros cortes, fraturas, picadas de cobra, etc são registrados por ocasião da colheita de cana. Embora não existam dados estatísticos apropriados pode-se estimar. Por analogia, que as doenças ocupacionais são freqüentes, principalmente nas usinas de açúcar e álcool, cujo processo industrial incorpora fontes significativas de ruído, calor, poeira e de outros riscos ambientais, sem contar os danos à natureza causados pelas queimadas. Surdez ocupacional, efeitos adversos decorrentes da exposição ao calor intenso, lesões no sistema músculo-esquelético provocados por esforços repetitivos e posturas inadequadas são geralmente os problemas que mais chamam a atenção dos prevencionistas. Por outro lado, as doenças respiratórias, de origem ocupacional tendem a ser ignoradas na medida que os sintomas se confundem com os de enfermidade comuns, tais como asma, bronquite, pneumonia. A caracterização dos riscos ambientais que agridem as vias respiratórias requerem estudos ambientais apurados e equipamentos sofisticados além, obviamente, de pessoal técnico especializado. O objetivo deste artigo é abordado a problemática da bagaçose, uma doença ocupacional associada às poeiras vegetais, especialmente as do bagaço de cana-de-açúcar, mas que também pode ocorrer entre agricultores de cogumelos e em certas atividades das indústrias produtoras de papel e celulose. Este tema ainda é pouco explorado na literatura técnica, evaporação e aquecimento permitem obter um xarope é cristalizado depois de algumas horas. segue adiante uma descrição sucinta do processo industrial. o suco da cana passa por um processo de fermentação. e por isso. Para entender melhor a bagaçose no contexto da agroindústria sucroalcooleira. Leis mais recentes têm forçado a mecanização da lavoura para evitar que fumaça. As moendas geralmente são formadas por ternos que significam conjuntos de 3 rolos. De um lote de 100 toneladas de cana podem ser extraídas 10 toneladas de cana podem ser extraídas 10 toneladas de açúcar e 25 a 30 toneladas de bagaço. A parte final do processo é a destilaria que reduz a quantidade de água. fuligem e gases tóxicos causem problemas à saúde pública. então. enxofre e aquecido até o ponto de ebulição. o suco é misturado com hidróxido de cálcio [Ca(OH)2]. como é vendido ao consumidor. A cana cortada é transportada imediatamente para usinas de açúcar e álcool por caminhões de grande porte que circulam dia e noite. Um processo de moagem pode abrigar de 4 a 7 ternos para assegurar excelente extração de suco de cana-de-açúcar. O suco da cana-de-açúcar é a parte nobre da matéria-prima na produção de açúcar. estimada entre 94 e 97% e deixando o bagaço com cerca de 50% de umidade. ÁLCOOL Para produzir álcool combustível ou etanol. normalmente induzido por substâncias químicas e tecnologia sofisticada que reduzem o tempo de espera. deverá ganhar maior espaço no futuro porque há um crescente de pesquisa no EUA e Europa sobre material particulado de origem orgânica contendo endotoxinas. vegetação de pequeno porte e espantar cobras. descolorização e recristalização. álcool e aguardente (pinga).5 a 12% de álcool por volume. historicamente. Já nas usinas. os números mostram que no caldo misto (obtido esmagamento e embebição de água) há cerca de 15% de açúcar e 1 ou 2% na fibra residual (bagaço). para os desfibradores e moendas. acidentes rodoviários e danos ao meio ambiente. Um tanque de fermentação pode ter um volume de 400 mil litros e depois de 6 a 8 horas reação pode-se obter de 9. seguindo. A queimada é uma paisagem típica na agricultura e tem sido objeto de permanente debate nos meios de comunicação. O rendimento da cana de açúcar depende muito da espécie cultivada. passa ainda por etapas de “acabamento” tais como centrifugação. após a utilização de fogo para queimar a folhagem. fibras menores e extratos verdes de outras plantas. O açúcar. conforme o estágio de maturidade da planta e.contudo. . Usinas de grande porte possuem pré-fermentadores funcionando em série. baseada em vários artigos nacionais e internacionais divulgados na Internet. sendo que o enxofre permite clarear o produto. refinamento. Essa técnica elimina compostos de ácidos orgânicos. a cana é primeiramente levada e cortada em segmentos menores. Filtragem. porém. um trabalho de filtragem deve ser feito com o objetivo de reter impurezas tais como terra. PROCESSO INDUSTRIAL O cultivo da cana-de-açúcar é planejado visando permitir colheitas em três diferentes períodos. AÇÚCAR Na produção do açúcar. etc. embora tenham obtido avanços notáveis na tecnologia sucroalcooleira. onde se concentram o maior números de agências de pesquisa no mundo. Mesmo sendo um resíduo bem aproveitável. Por outro lado. Bagaçose tem sido descrita como uma pneumonia de hipersensibilidade e caracterizada por inflamações mononucleares dos brônquios e alvéolos. Cada fabricante desenvolve a sua própria receita e isso pode incluir adição de frutas. O processo de fabricação é similar ao do etanol. incluindo o Brasil. A parte aproveitada para consumo é chamada de “coração” e corresponde a 80% do total destilado. Esse vazio pode ser parcialmente atribuído à baixa produção de açúcar nos países ricos. os maiores produtores mundiais. já que 99% da produção são destinados ao mercado interno. após repetidas exposições. Há aproximadamente quatro mil marcas diferentes de pinga e juntas representam 1 bilhão de litros de aguardente por ano (algumas fontes citam até 2 bilhões). Por não serem sinais peculiares da doença. assim como a terceira e última (cauda) por ter baixo teor alcoólico. equívocos podem ocorrer nos diagnósticos médicos. Os perigos da bagaçose Apesar da falta de dados estatísticos sabe-se que a doença já provocou a morte de inúmeros trabalhadores do setor Não há informações técnicas abundantes nem tão pouco dados estatísticos suficientes sobre a bagaçose. feitas em destiladores de coluna. O suco fermentado é aquecido até a evaporação. febre. mas a fermentação é cuidadosamente para dar à bebida um gosto peculiar. Algumas indústrias de bebidas engarrafam a pinga imediatamente. mal-estar e. em substituição à queima de madeira. outras preferem deixar a cachaça em recipiente de madeira para envelhecimento. ervas e outros elementos. Desse montante. indústrias químicas. . o trabalhador apresenta respiração ofegante e perda de peso. originada pela ação bacterial das endotoxinas. boa parte (60 a 90%) é aproveitada como combustível em caldeiras para geração de energia elétrica. Mas. Os principais sintomas são calafrios. porém a primeira porção (cabeça) é geralmente descartada por conter elementos indesejáveis tais como metanol. construção. é uma bebida com maior teor de álcool e de consumo bem brasileiro. gerando um volume estimado entre 5 a 12 milhões de toneladas por ano e que corresponde a 30% de toda a cana moída. A fase final é a destilação.AGUARDENTE A cachaça. BAGAÇO O bagaço da cana-de-açúcar é considerado o maior resíduo da agricultura brasileira. construídos de cobre ou aço inox. calcula-se que cerca de 10 a 30% do volume gerado são perdidos. Fica difícil justificar ao contribuinte norte americano ou europeu que uma parcela dos impostos está sendo aplicada em estudos de problemas relacionados à saúde de trabalhadores estrangeiros. O bagaço pode ainda ser consumido em fábricas de papel. ainda pouco conhecida no exterior. pouco têm evoluído cientificamente na área de saúde ocupacional. alimentação de animais. isso é um problema que revela a histórica desvalorização do trabalhador rural. tosse seca. era de 5000 trabalhadores. enquanto que em 1969 uma revisão de literatura sobre a matéria apontou 600 casos. tais como esposas de trabalhadores. o que significa exposição ocupacional às poeiras vegetais contendo bactérias. além de agricultores de cogumelos. vitimados por pneumonia de hipersensibilidade e doenças crônicas obstrutivas dos pulmões. proporcionando um ambiente favorável à proliferação de microorganismos. os quais são encontrados em vária atividades da agroindústria. em 1999. de Cogumelos Thermoactinomyces Vulgaris "Sequoiosis" Corte de Madeira Vermelha Aureobasidium pullulans e graphium spp Bagaçose Usina de Cana de Açúcar Thermoactinomyces Sacchari Bissinose Fiação de Tecelagem Enterobacter agglomerans (Pantoea agglomerans) Pulmão de Carpinteiro Picadores de Madeira Enterobacter agglomerans .negativas (30 a 50 nm de diâmetro). foram identificados 11 casos suspeitos de bagaçose em refinarias de açúcar. De acordo com estimativa do NIOSH – National Institute for Occupational Safety and Health – a produção exposta ao risco de bagaçose nos EUA. mostrando que mais de 50 mil trabalhadores. americanos morreram entre 1987 e 1996. Há também registros de pessoas indiretamente expostas às poeiras. princ ipalmente as denominadas de Gram. onde se concentra a segunda maior produção norte americana de cana-de-açúcar . DESCOBERTA O primeiro relato da bagaçose como doença ocupacional data de 1941. enquanto aguarda ser consumido nas caldeiras geradoras de energia ou retirado para algum outro destino. país não produtor de cana de açúcar. em silos Thermoactinomyces Vulgaris Pulmão dos Catadores Plantação de Cogumelos Micropolyspora faeni. A geração de endotoxinas se dá por diferentes espécies de microorganismos. No interior dessa massa a temperatura e umidade se matem em níveis relativamente elevados. ENDOTOXINAS Durante o processamento da safra da cana-de-açúcar o bagaço fica empilhado em grande quantidade. sendo 500 de Louisiana (EUA). Tabela 1 . em 1986. etc. criadores de bicho da seda.principalmente quando a atividade profissional do paciente é ignorada. fungos etc. bissinose e outros problemas respiratórios. pesquisadores da Austrália concluíram que lá o risco de bagaçose é irrelevante. Dados de 1958 mostram que quatro trabalhadores morreram em um grupo de 53 pacientes diagnosticados com essa doença. As endotoxinas são complexos termicamente estáveis formados por proteínas e liposacarídeos. substâncias tóxicas liberadas das paredes celulares de bactérias mortas. Até no Japão. provedores de endotoxinas. mostrando que se trata de uma descoberta recente comparada à silicose. Contrariando esses relatos. neste caso os Thermoactinomyces Sacchari.Exemplos de Doenças Causadas pelas Endoxinas Doença Atividade Fungos e Bactérias Gram-Negativas Pulmão de Fazendeiro Armazenado de vegetais Micropolyspora faeni. operários de fábrica de papel. É importante destacar o relatório publicado pelo NIOSH. resultando também em registros estatísticos falsos sobre o assunto. conforme Tabela 1. as publicações e estudos sobre os endotoxinas carecem de uma padronização de unidade de medidas. A movimentação de grãos (cereais). aumento da temperatura do corpo. uma tendência atual de indicar os resultados na forma de unidade de endotoxinas (EU/m3). moagem de bagaço. tosse seca. A Tabela 3 ilustra as grandezas mais utilizadas. cujas potências dependem. A título. dores no peito. LIMITES Não há informação na literatura internacional de que alguma agência de saúde ocupacional tenha adotado oficialmente algum limite ambiental para endotoxinas em locais de trabalho. Trabalhos antigos expressam as concentrações de microorganismos em “Esporo grama”. etc são exemplos de atividades que expõem os trabalhadores à inalação de transporte das endotoxinas. havendo. Tabela 3 . Redução crônica das funções pulmonares após exposição às endotoxinas. contudo. dores musculares e nas juntas. preparação de fardos. irritação das mucosas. Mudança significativa da FEV (Volume Expiratório Forçado) Nenhum efeito observado (limite para "sem efeitos observados'). pressão sangüinea e batimentos cardíacos. mostraram concentrações de endotoxinas entre 1000 e 105 ng/m3.Environmental 1 g/m3 de Endotoxina Ambiental Endotoxin corresponde a inalação de 10g de Avaliações da exposição ocupacional às poeiras vegetais. Tabela 2 .5 ng/m3 = 50 EU/m3 ou 10 EU Endotoxinas m3 1 ng endotoxin EE . .Concentração e Efeitos das Endotoxinas Efeito Concentração g/m3 [EE] 3-30 Agudos 8 < 0. A manipulação e processamento de vegetais são sempre operações geradoras de poeiras. de recomendação técnica (diretrizes). da espécie de bactéria Gram. porém. porém. fadiga. dispnéia.Por se tratar de matéria pouco explorada nos meios prevencionistas.05 Crônicos Altas Concentrações Sintomas e Respostas Clínicas Dor de cabeça. o DECOS – The Dutch (Holandês) Expert Committee on Occupational Standars – tem sugerido os valores descritos na Tabela 5. A Tabela 2 ilustra os efeitos agudos e crônicos causados pelas endotoxinas. incluindo grãos de cereais.Unidades de Medidas para Concentração de Endotoxinas Esporo (spore) Esporo grama Esporo é um termo genético para unidades reprodutivas e unicelulares de fungos nanograma m3 10-9g m3 Unidade de Endotoxina 4.negativa. enquanto que os mais recentes usam nanogramas de endotoxinas por metro cúbico – nanograma m3. Partículas maiores ficam normalmente retidas nas vias aéreas superiores. As endotoxinas agregadas às partículas vegetais podem se depositar em qualquer parte do sistema respiratório. baseado nos estudos de Castellan’s. (equimalente a 5 ng/m3) tem sido aceito. Com base nisso. empresas como SKC. esse último tem sido o preferido nas análises de amostras ambientais. tais diretrizes podem ser aplicadas com base na NR 9 que aceita tais valores estrangeiros. enquanto que a menores alcançam a região alveolar. Thermo Andersen. desencadeando. A poeira inalada pode se alojar em diferentes partes do sistema respiratório. tais como “impingers” (borbulhadores). a ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists classifica a massa de particulados em três frações.Diretrizes para Endotoxinas Ambientais Efeito EU/m3 Pneumonia Tóxica 2000 Inflamação nas vias Aéreas 100 Efeitos Sistêmicos 1000 Do ponto de vista acadêmico. um limite de 50 EU/m3. O teste LAL foi desenvolvido a partir de observações científicas dando conta de que o sangue do caranguejo “limulus polyphemus”. formando uma espécie de gel. A maioria. reações do sistema imunológico. para exposição ocupacional de 8 horas diárias aos particulares inaláveis contendo endotoxinas. etc têm desenvolvido meios de coletas de amostras ambientais para fins de análise de endotoxinas. dependendo do seu tamanho aerodinâmico. Apesar disso. [2] Massa de Particulados Torácicos (< 25 m) e [3] Massa de Particulados Respiráveis (0 a 10 m).Trabalhos acadêmicos publicados têm usado diferentes meios de coleta. Da mesma forma. impactadores de cascata e filtros-membranas. “kits” do teste LAL são fornecidos pela Associates of Cape Cód. Bio Whittaker. somente na década de 50. enquanto que o Turbidimétrico e Cromogênico são mais sofisticados e exigem equipamentos complexos. das amostras ambientais é analisada através de um teste denominado “limulus amoebocys assay [LAL]”.Tabela 5 . antes deve-se procurar um laboratório que tenha experiências na análise de amostras ambientais contendo endotoxinas. dois pesquisadores americanos (Bang e Levin) descobriram que tal fenômeno poderia ter aplicação prática. quando infectado por bactérias Gram-negativas se coagulava de maneira impressionante. . Gelman Sciences. a partir daí. AVALIAÇÃO AMBIENTAL Não há ainda método padrão de avaliação de material particulado contendo endotoxinas. Atualmente há pelo menos três versões do teste LAL. como método de referência técnica na identificação de contaminação bacteriológica. Comercialmente. porém. No Brasil. Ace Glass. O teste de Coágulo é considerado o mais simples e prático. [1] Massa de Particulados Inaláveis (25 a 100 m). Embora essa pesquisa date de 1885. É importante frisar que não basta comprar os “kits” e sair coletando amostras por aí. Chromogenis (Coatest) e outras. mas tais produtos são substâncias tóxicas que representam outros e sérios riscos à saúde. Ao lado são dados alguns exemplos para a poeira da cana-de-açúcar e outros sujeitos à proliferação das endotoxinas. Poucos têm-se dado conta dos microorganismos aerotransportados pelas partículas em suspensão no ar que podem ser alojadas nos sistemas respiratórios. Portanto. a ventilação nesses locais deve contribuir para redução da umidade e temperatura do ar. arma zéns ou silos. • Tratamento químico – formaldeído e “thi. O bom senso. mesmo quando são desconhecidas as concentrações dos contaminantes atmosféricos. merece ser estudado e adotado com todas as reservas possíveis.erosal” são também usados na prevenção de bio-aerosóis. São os “ossos do ofício”. Normalmente. exigem pessoal especializado e tomam certo tempo. • Educação – treinamento é sempre uma regra prioritária na adoção de medidas de controle. • Redução do Volume Estocado – o tempo de estocagem do bagaço de cana-deaçúcar. desde que adequadamente recomendada e aprovada para partículas inferiores a 0. essa medida de controle deve ser considerada uma segunda linha de ação. Trabalhadores bem informados e consciente dos riscos existentes nos locais de trabalho são os que apresentam m enor índice de acidentes e doenças ocupacionais.3m de diâmetro aerodinâmico. • Radiação – também com graves efeitos secundários o uso de radiação gama. porém deve orientar o prevencionista na adoção de medidas de controle que são óbvias e eficazes em qualquer tempo. as técnicas de medição são onerosas. amontoado durante o período de moagem deve ser bem reduzido ao máximo possível para evitar a proliferação de microorganismos. • Proteção respiratória – o uso de máscaras contra pó é sempre uma medida complementar recomendável. ESTIMATIVA A problemática da exposição ocupacional às poeiras vegetais é uma matéria pouco explorada pelos prevencionistas. mesmo em países historicamente avançados nas questões de Segurança e Saúde do trabalhador. pois são fatores críticos na proliferação de fungos e bactéria. como meio de esterilização de produtos vegetais. O Brasil é um dos maiores exportadores de grãos do mundo e sua agroindústria tem apresentado excelentes índices de prosperidade. cereais e outros tipos de vegetais são estocados em depósitos. • Melhoria das condições de armazenamento – se bagaço. Isso significa que o contingente de trabalhadores nesse setor deve ser cada dia maior e haverá um conseqüente aumento no . mas não servem como justificativas para descartar a avaliação ambiental dos locais de trabalho.Maior eficácia no controle Medidas importantes devem ser adotadas conhecendo-se ou não a concentração dos contaminantes Uma das grandes dificuldades na prática da Higiene Ocupacional é a adoção de medidas de controle com base em dados quantitativos dos contaminantes atmosféricos. médicas. normas de procedimentos.html Homepage of FAPESP – Fundação de Amparo à Pequisa . Portanto.(2000) [ON LINE] http://www.br/energia1.Brasil – (2000) on line http://www. não se deve considerar poeiras vegetais simplesmente como inertes ou PNOC – Particles Not Othrwise Classified! BIBLIOGRAFIA Homepage of Coopersurcar – Cooperativa do Produtores de Açúcar .copersucar.eren. não só bagaço de cana-de-açúcar mas de grãos. incluindo metodologias de identificação e quantificação das endotoxinas. Para os profissionais que têm se deparado com riscos da exposição ocupacional às poeiras vegetais. fibras de algodão etc.com.htm Homepage of Department of Energy – (2000) – USA – http://www. com base nas estatísticas citadas anteriormente do NIOSH mostrando milhares de mortes de trabalhadores causadas por pneumonia de hipersensibilidade e doenças crônicas obstrutivas dos pulmões. etc que permitam o reconhecimento.fapesp. recomenda-se uma revisão das técnicas de avaliação ambiental. A comunidade prevencionista brasileira deve também se preparar para desenvolver técnicas. Isso permite estimar o desencadeamento de muitos problemas respiratórios e até fatalidades. sob pena de subestimarem os riscos à saúde dos trabalhadores.j pg . avaliação e controle dos riscos ambientais associados aos microorganismos.doe.número de expostos às poeiras vegetais.br.gov/biopower/pictures/biopowerfacilities/06442brazilbagasse.
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