Aulas de milho

March 16, 2018 | Author: José Antonio Neto Filho | Category: Maize, Root, Hybrid (Biology), Agriculture, Plants


Comments



Description

Grandes Culturas 31 INTRODUÇÃO AO CURSO DE MILHO Milho Situação da Cadeia Produtiva do Milho - Produção Mundial: 1º Lugar = EUA  300 milhões de toneladas (aproximadamente 10.000kg/ha) 2º Lugar = China  120 milhões de toneladas 3º Lugar = Brasil  50 milhões de toneladas (aproximadamente 3.620kg/ha) Obs.: Importância da rotação de culturas  controle de doenças (fungos necrotróficos) - Brasil: * Produção = 50 milhões de toneladas * Área = 13,5 milhões de ha, dos quais 4,5 milhões são ocupados na 2ª Safra (“Safrinha”) * Produtividade = 3.620kg/ha (muito baixa) Obs.: As maiores produtividades são obtidas na região Centro-Oeste, já que, por encontrar-se em solos de baixa fertilidade (Cerrado), não há margem para erros de condução da cultura. Além disso, grande parte é produzida na 2ª safra, mais um motivo para uma “seleção” de produtores que sabem trabalhar com a cultura. Evolução da Produtividade de Milho nos EUA Obs.: No início do cultivo com híbridos duplos, a produtividade continuou a cair pois ainda não havia adubação química. Portanto, durante o período em que se cultivou as variedades, todos os nutrientes eram exportados do solo pela cultura mas não eram repostos ao mesmo. Isso ocorreu até a 2ª Guerra Mundial, quando então surgiram os fertilizantes químicos. Potencial Genético de Produção - Potencial genético ≈ 500 sacos/ha ≈ 30.000kg/ha - O principal fator de produção para a cultura do milho é a LUZ, a qual pode ser comprometida por danos causados por pragas e doenças foliares. Grandes Culturas 3 2 Milho - Lei do Mínimo de Liebig: * Sementes * Água * Tratos Culturais * Adubação * Controle de plantas daninhas, pragas e doenças Obs.: Adubação: Para a produção de 1 ton de milho, a cultura exige, dentre outros nutrientes, 20kg de N e 1g de Mo. Contudo, não existe um nutriente mais importante que o outro devido à interação existente entre eles. Ex.: sem o Mo, não há redução do NO3 absorvido pelas raízes em NO2. Morfofisiologia  Sistema Radicular  Perfilhamento  Polinização (os grãos di pólen podem chegar a até 500m de distância pelo ar, o que ser torna um problema para o milho Bt; outro problema é a má polinização em dias chuvosos, repercutindo em baixas produtividades devido à baixa taxa de polinização por causa da “lavagem” do pólen)  Fisiologia - Temperatura - Luz - Água - Vento Estádios Vegetativos e Reprodutivos do Milho (são complementares)  Germinação --- Emergência - Germinação  ocorre entre 5 dias em temperaturas amenas (25 a 27ºC) e 12 dias em condições de baixas temperaturas (Região Sul), o que acarreta me maior tempo para o ataque de pragas e fungos de solo.  Para determinação do estádio vegetativo, conta-se as folhas completamente desenvolvidas (bainha visível).  As primeiras folhas são de ponta arredondada, as demais são de ponta afilada.  Estádio V8  define-se o nº de fileiras por espiga; até nesse estádio, a planta pode ter perdido apenas a primeira folha arredondada.  Estádio V9  inicia-se um processo de crescimento rápido e vigoroso devido ao grande número de folhas fotossinteticamente ativas, acumulando-se fotossintatos no colmo.  Estádio V12  continuação do acúmulo de fotossintatos no colmo  define-se o número de grãos por fileira da espiga  aparecimento dos esporões (3º sistema radicular), o qual apresenta funções básicas de fixação e sustentação da planta. Em caso de aplicação de doses pesadas de 2,4-D, essas raízes não conseguem penetrar no solo, ocasionando tombamento de plantas.  Estádio V15  aparecimento de várias espiguetas (pequenas espigas), mas apenas a de cima se diferencia e continua crescendo. Em alguns híbridos, a espiga logo abaixo dessa também se desenvolve (prolificidade) apesar de apresentar menor tamanho e peso em relação à superior.  Estádio V18  final da fase vegetativa da planta (pré-pendoamento); é a época mais indicada para a aplicação de fungicidas objtetivando “segurar” doenças que venha a aparecer na fase reprodutiva.  Fase Reprodutiva  a planta pára interrompe o crescimento de suas partes vegetativas (folhas, colmo e raízes) e passa a se “preocupar” apenas em polinizar e produzir grãos. Obs.: Milho Prolífico  é aquele capaz de produzir 2 espigas: a espiga de cima é maior, pois está mais próxima às folhas acima da espiga, onde são produzidos cerca de 70% dos fotossintatos que soa drenados pelas espigas. --------------------- xx --------------------- Grandes Culturas 3 3 Milho ORIGEM, EVOLUÇÃO, BOTÂNICA E MORFOLOGIA DO MILHO 1. Origem do Milho  Zea mays (2n = 20)  Origem americana (América do Sul ou América Central): - Evidências Lingüísticas - Evidências Arqueológicas (grãos de pólen) - Evidências Botânicas (ancestrais = Teosinto e Tripsacum) As evidências lingüísticas indicam que o milho provavelmente tenha se originado na América do Sul. Contudo, todas as demais evidências indicam que este cereal tenha sua origem na América Central. Milho Ancestrais  Dominância apical  Sem dominância apical (vários perfilhos  Pouco sensível ao fotoperíodo  Muito sensível ao fotoperíodo  Órgãos masc. e fem. localizados em  Órgãos masc. e fem. localizados na flores separadas na mesma planta mesma flor (hermafroditas) (monóica) Obs.: A planta de milho é protândrica (grãos de pólen se desenvolvem antes da espiga se tornar receptiva) e de polinização cruzada (apresenta somente 10% de autopolinização). 2. Evolução Botânica   Hipótese da involução divergente = milho e teosinto são descendentes de um mesmo ancestral comum   Milho como antepassado do teosinto   Hipótese da descendência do teosinto = milho apresenta o teosinto como seu ancestral direto 3. Descrição Botânica  Família: Poaceae  Subfamília: Panicoideae  Tribo: Andropogoneae  Subtribo: Tripsacinae  Gênero: - Tripsacum (capim) - Zea (teosintos e milho) 3.1. Gênero Tripsacum  11 espécies perenes  2n = 36, 54, 64, 72 (como apresentam número de cromossomos diferente do milho, nenhum apresenta cruzamento com este cereal) 3.2. Gênero Zea  Zea mays (2n = 20, anual)  Zea mexicana (2n = 20, anual)  Zea luxurians (2n = 20, anual  capim cultivado como pastagem)  Zea diploperennis (2n = 20, anual)  Zea perennis (2n = 40, perene  não cruza com o milho por apresentar número diferente de cromossomos) Grandes Culturas 3 4 Milho Subespécies de Zea mays - Zea mays indurata (milho “flint”, milho duro) - Zea mays indentada (milho dentado) - Zea mays saccharata (milho doce) - Zea mays amilacea (milho amiláceo  produção de amido de milho) - Zea mays everta (milho pipoca) Obs.: A grande diferença entre as subespécies de milho está na qualidade do endosperma (grãos de amido mais ou menos justapostos, concentração de sacarose convertida ou não em amido, etc.).  Composição do grão de milho  Amido (70%)  importância energética para a ração  Proteínas (10%)  além de ser baixa sua concentração, são proteínas de péssima qualidade (metade dessa concentração é composta por zeína, uma proteína de baixa digestibilidade e muito pobre nos aminoácidos lisina e triptofano), por isso a soja ainda deve ser adicionada à ração animal  Lipídios (4,8%)  Açúcares (2,0%)  Cinzas (1,2%) - No Brasil, dá-se preferência aos milhos “flints” (duros) pois os dentados (moles) são fáceis de serem atacados por pragas de armazenamento.  Amido  Amilose  cadeias pequenas e lineares de glicose (milho duro)  Amilopectina  cadeias longas e ramificadas de glicose (milho dentado) - Milho dentado  73% de amilopectina + 27% de amilose - Milho duro “flint”  50 a 60% de amilose - Milho ceroso ou “waxy” (Z. mays amilacea)  100% de amilopectina (amido de milho) Obs.: Zea mays saccharata (milho doce) - Os genes sugary e shrunken bloqueiam a conversão de açúcares em amido no endosperma, chegando a converter somente 20% dos açúcares em amido. - Deve ter pericarpo fino e estilo-estigmas de cor creme - Apresenta sérios problemas com pragas, principalmente lagartas - Colheita do milho doce  essa operação é feita quando os grãos apresentam 70% de umidade. Por isso, a janela de colheita (apenas de 7 a 10 dias) é um problema já que os grãos ficam murchos pela excessiva perda de água devido à baixa concentração de amido. - Outro problema do Z. mays saccharata é o estande final devido ao ataque de fungos de solo, favorecido pela alta quantidade de sacarose. - Além disso, a profundidade de semeadura deve ser mantida de 4 a 5cm para que a oscilação térmica e hídrica não seja forte o suficiente para alterar o tamanho e composição da semente e, consequentemente, sua morte. Milhos especiais  Milho com alto valor biológico (QPM)  apresentam alto teor de lisina e triptofano, devido à presença do gene opaco-2  Milho com alto teor de óleo  enquanto o milho normal pode apresentar no máximo 4,0-4,8% de óleo, esse milho apresenta valores de até 8% de óleo, concentrado principalmente na região do embrião. Grandes Culturas 3 5 Milho 4. Morfologia Obs.: Enquanto o milho produz até 1000 grãos a partir de 1 semente, a soja produz apenas 200 grãos, já que o milho é uma planta C4 e a soja uma planta C3. Assim, a fotorrespiração das plantas de soja representam um custo energético muito alto, culminando em perda de energia que poderia ser desviada para a produção de fotossintatos. 4.1. Sementes  Possui todas as informações genéticas para originar uma nova planta  Na germinação, depois da quiescência (entrada de água e temperatura ideal), é liberado ácido giberélico a partir do eixo embrionário em direção à camada de aleurona, onde este ácido ativa a enzima α-amilase, a qual degrada o amido do endosperma, fornecendo energia para o desenvolvimento do embrião. 4.2. Germinação e Emergência  A temperatura basal do milho é de 10ºC, ou seja, nessa temperatura não há desenvolvimento do embrião, porém o mesmo também não morre. 4.3. Sistemas Radiculares 4.3.1. Seminal = é o sistema radicular da semente, apresentando vida curta e absorvendo água e nutrientes até o estádio V3 4.3.2. Definitivo = é o sistema radicular que permanecerá ativo pelo resto do ciclo da cultura, sendo do tipo fasciculado ou cabeleira, típico das gramíneas 4.3.3. Suporte (Esporões) = este sistema radicular aparece no estádio V12 (aproximadamente 50 dias após a emergência) e tem como função sustentar e fixar a planta  Semeaduras mais profundas implicam em raízes seminais mais profundas. Contudo, independente dessa profundidade, o sistema radicular definitivo se desenvolve sempre a uma mesma profundidade, já que se origina do 4º ao 6º nó abaixo do solo.  Problemas de efeito salino  não se pode exceder a 100kg/ha a soma da adubação com N + K2O, nem colocar o adubo a menos de 5cm abaixo e ao lado da semente.  A parte aérea (folha e colmo) é de grande importância para o sistema radicular, pois, na ausência de folhas, as espigas drenam todos os nutrientes que precisam a partir do colmo, fazendo com que as raízes não recebem energia suficiente para se desenvolver, o que diminui a absorção de água e nutrientes pela planta.  Cuidados a serem tomados para evitar danos ao sistema radicular: - Impedimentos físicos (“pé-de-grade”; compactação) - Impedimentos químicos (Mn e Al em grandes concentrações)  A cultura do milho não tolera perda de estande já que. isso não é considerado um fator de produtividade.  Quanto à estrutura celular da folha.  Ainda em V3. ao contrário de culturas como a soja. ela emite 1 folha a cada 4 a 5 dias. facilitando a ocorrência de pragas iniciais. Porém. essa membrana tem a função de evitar a entrada de água e torrões na bainha. a cultura está sujeita apenas a perdas e não mais a ganhos de produção. as folhas apresentam uma coloração mais escura.Grandes Culturas 3 6 Milho . .  Entre V3-V6. .A planta sofre com o déficit hídrico. .Problemas que venha a atrapalhar a fotossíntese .Relação Sistema radicular (R) x Parte aérea (A)  Relação A/R Folhas  As duas primeiras folhas (1ª e 2ª). enquanto que o dos inimigos naturais não acompanha essa rapidez. apresenta baixa plasticidade. já que há uma alta concentração de etioblastos nas células e baixa concentração de cloroplastos. Esse problema é agravado quando em altas temperaturas ( TºC). as quais ainda são folhas embrionárias. quando esta apresenta alta concentração de cloroplastos.  Lígula  assim como na cana-de-açúcar. por dois motivos principais: . começando então a realizar fotossíntese.O colmo é formado pelos fotoassimilados produzidos pela planta. o colmo e o ponto de crescimento (gema apical) estão localizados abaixo do nível do solo (crescimento hipogeal.Estádio de desenvolvimento = V12  Raízes esporões . ela dificulta que as folhas fiquem eretas.  A partir de V2. característica essa garantida pelo gene leguleless-2.  Após definido o potencial produtivo (V6). Por isso. nebulosidade acentuada durante vários dias (falta de luz para a realização da fotossíntese). é de grande importância o controle de plantas infestantes (Período Crítico de Competição). o feijão e o algodão. enquanto que híbridos que apresentam baixa concentração de cloroplasto nas células foliares apresentam uma coloração mais clara. Obs. diminuindo sua capacidade de recuperação. À medida que se desenvolve. a planta passa a se sustentar por conta de sua própria fotossíntese. . erros de adubação de cobertura.4.Erros durante o manejo da cultura Correlações: 4. por isso ainda não é capaz de realiza fotossíntese. o que faz com que a planta mereça um tratamento diferenciado.Efeito salino de adubos (principalmente KCl) . só ocorrem perdas de produtividade.Milho “ferroando” = milho emergindo  apresenta coloração amarela.  Materiais de folhas eretas permitem ser trabalhados em maiores populações. permitindo que luz de boa qualidade ainda chegue às folhas mais baixas. e também são contadas para definição do estádio de desenvolvimento da planta. pois interceptam melhor a luz. doenças.  As folhas do milho estão dispostas disticamente (uma de um lado e outra de outro). ou seja. já que a reserva de energia da semente se exaure (o amido já foi metabolizado pela respiração).: . nos programas de melhoramento. Assim. os etioblastos são convertidos em cloroplastos. Essas perdas ocorrem por pragas. já que está diferenciando seu potencial produtivo. mesmo que se disponibilizados os melhores tratos fitossanitários. alguns híbridos são produzidos sem lígula.O tempo de duração do ciclo de vida dos insetos pragas diminui com o aumento da temperatura. possuem pontas arredondadas. Contudo.  V3-V4  é uma fase extremamente delicada. já que a planta apresenta um colmo delicado.  V3 (± 15 dias)  durante esse início de desenvolvimento da planta. ao contrário da soja que apresenta crescimento epigeal). inicia-se a diferenciação dos primórdios da espiga. devido a um maior aproveitamento da luz. a produtividade chega a ser 5 a 10% maior que em espaçamentos convencionais. o primeiro entrenó é curto. pode acontecer perfilhamento.: áreas onde a cultura anterior é batata  adubação nitrogenada muito pesada). e os demais vão alongando em direção à espiga.  Em áreas semeadas com espaçamentos menores.Falta de água (déficit hídrico) . os entrenós reduzem novamente de tamanho.  “Stay Green”  processo fisiológico no qual as folhas permanecem verdes mesmo com a espiga pronta para a colheita (espiga na maturação fisiológica).Grandes Culturas 3 7 Milho  Em espaçamentos maiores. talvez.  Tassel seeds  desenvolvimento de sementes no pendão (muito comum em plantas perfilhadas)  O primeiro entrenó é extremamente curto. já que o transporte de fotossintatos ocorre por meio aquoso (floema). causando perfilhamento. já que estão mais próximas a este órgão da planta. é necessária água. já que a planta apresenta um maior número de folhas. de onde saem as raízes definitivas. contudo.Ataque de pragas  ao atacarem a gema apical. por se tratarem de folhas mais jovens (maior atividade metabólica) e que recebem luz de melhor qualidade (comprimento de onda ideal). as quais recebem essa luz “perdida” pela cultura.  Acima do solo. que são os hormônios promotores do alongamento das células)  Da espiga para cima. na base do pendão está localizado o maior entrenó da planta.  No estádio reprodutivo. o ponto de crescimento da planta (gema apical) ultrapassa o nível do solo.  Após V9. Estas plantas dominadas estiolam para tentar chegar à luz. permitindo permanecer no campo sem problemas de tombamento.Deficiência de zinco (nutriente muito importante para as auxinas. sendo comuns em áreas cultivas com altas populações. pois a produção de fotossintatos continua depois da maturação fisiológica e esses fotossintatos são enviados para o colmo.  Plantinhas  são plantas que foram dominadas pelas outras (competição). Isso permite que se colha o milho quando os grãos já estiverem com umidade de aproximadamente 14% (ponto ideal de colheita). A grande vantagem desse processo é que o colmo dura mais tempo. e o primeiro e. alguns fatores fazem com que os entrenós fiquem curtos (anormal): .  As folhas abaixo da espiga estão mais relacionadas ao desenvolvimento de raízes. mesmo sem causar sua morte. apresentando nós e entrenós.Causa genética  híbrido que perfilha muito .Dias quentes e noites frias (alta amplitude térmica) .  Por se tratar de uma gramínea.  Em V6. ocorre perda de luz nas entrelinhas.  Estádio reprodutivo  cerca de 70% dos fotoassimilados que são carreados para a espiga são provenientes das folhas acima da espiga. conseguindo produzir fotoassimilados em maior quantidade para atender às suas exigências. 4. Colmo  O caule do milho é do tipo colmo. o crescimento da planta é extremamente rápido (1 folha a cada ± 3 dias). podem desarranjá-la.Desbalanço nutricional  altas concentrações de N e baixas concentrações de K no solo (Ex. se “preocupando” apenas em encher grãos.  Abaixo do solo existem cerca de 5 a 6 nós compactados. o segundo e o terceiro nós são os locais de origem das raízes esporões (3º sistema radicular). . denominado de “pescoço”.  Para o enchimento dos grãos da espiga. As causas para esse perfilhamento são: .5. . Entretanto. a planta não aumenta sua área radicular nem foliar. além de favorecer o desenvolvimento de plantas infestantes.Morte do meristema apical  perda da dominância apical . mas sem ocasionar efeitos sobre a produtividade. Desequilíbrio nutricional  No melhoramento genético. Isso é importante para que não ocorra tombamento de plantas ocasionado pelo efeito alavanca da espiga sobre o colmo. os quais devem polinizar 1000 estigmas por espiga. ou seja. deve-se fazer o isolamento espacial (> 500m de distância de uma área de produção de sementes e outra) ou temporal (plantios em épocas diferentes) das linhagens. Em híbridos. Por isso. para a produção de sementes. .Grandes Culturas 3 8 Milho ficando “magricelas”.  Os estilo-estigmas podem apresentar coloração creme ou vinho.Mistura de linhagens às sementes dos híbridos (difícil de ocorrer pois a taxa de autopolinização permitida em áreas de produção de sementes é 0%) . Até 5% de plantinhas em uma lavoura é considerado normal. vários insetos atacam essa parte da espiga.Braquítico (br1 e br2) .Falhas na espiga . Acima disso pode ter ocorrido: .Dwarf (d1. pois qualquer estresse pode matar os estilo-estigmas. já que causa até 15% de sombreamento na planta. d3. d4 e d5) .  Problemas de fetilização: .Patógenos . caem mais facilmente podem ter esse problema relacionado com alta produção.  Nos estilo-estigmas.Pigmy (py) .Ambiente  presença de boa disponibilidade de K+ é importante para a síntese de lignina. Flores  As chances da planta se autopolinizar são muito baixas (< 10%)  A polinização é feita pelo vento (anemofilia)  Assim.Quebramento por doenças  próximo ao solo 4. esses híbridos deve ser colhidos mais cedo. o grão de pólen pode cair em qualquer parte do “cabelo” que irá germinar e formar o tubo polínico normalmente. procura-se sempre reduzir o tamanho das plantas e a altura de inserção da espiga. Essas características são conferidas pelos genes: . reduzindo o comprimento dos etrenós. Após os polens serem todos liberados.  O milho é protândrico (pólen liberado 3 dias antes do amadurecimento do órgão feminino. É um momento crítico para a produção. a qual confere rigidez ao colmo. geneticamente. ocorrendo liberação de pólen de cima para baixo. ocasionando a não formação de grãos nos locais da espiga de onde saíram esses estilo-estigmas.Small Plant (sl)  Esses genes diminuem a síntese de auxinas pela planta. Os primeiros estilo-estigmas a serem formados são os da base da espiga. o pendão passa a ser um órgão que pode vir a atrapalhar a produtividade. d2.  O pendão fica na parte apical da planta. o grão de pólen apresenta uma vida de cerca de 12 a 13 horas para encontrar o estilo-estigma e fecundar o óvulo.  Aspectos da Qualidade do Colmo: . antes da espiga se tornar receptiva).  Devido à riqueza energética do estilo-estigma.Genético  milhos que. o pendão pode produzir até 5 a 20 milhões de grãos de pólen.6.Quebramento por Diatraea saccharalis  próximo à espiga .Fisiologia (fotossíntese)  Tombamento ≠ Quebramento de colmo: . exaurem o colmo de fotoassimilados.Populações altas e com espaçamentos reduzidos . já que ao produzir muito.  Após polinizado. . os carotenos recebem essa luz. Portanto.Adubação mais bem distribuída na área . se o comprimento dessa luz for muito curto (elevada energia). acumulam sua energia e a repassam às clorofilas. o feijão.xx --------------------FISIOLOGIA DO MILHO  O milho é uma planta C4. os carotenos atuam como receptores primários da luz para evitar que esse excesso de energia danifique a estrutura das clorofilas. passa por uma fase vegetativa (± 60 a 70 dias) e depois pela fase reprodutiva (± 60 dias).  A fotossíntese ocorrem em 2 etapas: a primeira (fotoquímica) ocorre nas membranas dos tilacóides e a segunda (bioquímica) ocorre no interior do estroma.Grandes Culturas 3 9 Milho . Daí a importância da utilização de híbridos sem lígula. chegando a medir cerca de 30-40cm. mas somente em condições tropicais. Esse fenômeno ocorre na tentativa da planta em receber pólen para perpetuação da espécie. o comprimento de ondas luminosas é muito longo. 1. Assim. por isso não apresenta fotorrespiração. é mais eficiente que a soja. assim como qualquer outra. . a planta deve ser muito eficiente em capturá-lo. as folhas baixeiras recebem menos energia luminosa. ele continua crescendo. Caso o comprimento seja muito longo (baixa energia). Fase Fotoquímica da Fotossíntese  Ocorre a transformação da energia luminosa em energia química pela formação de ATP e NAD reduzido.  Em dias nublados.Controle de plantas infestantes .  A planta de milho.Maior aproveitamento da luz .032%). É o que ocorre com as plantas C4. etc. --------------------. já que incidem sobre elas quase que somente ondas de comprimento elevado.  Vantagens do espaçamento reduzido: . não sendo aproveitado pela planta.  Quando o estilo-estigma não é polinizado (chuva.  As duas principais clorofilas absorvem a luz de 680nm (P680) e de 700nm (P700) de comprimento.  Como o teor de CO2 na atmosfera é muito baixo (320ppm = 0.  Essa fase ocorre na membrana dos tilacóides. etc).Utilização do mesmo maquinário já utilizado pela cultura da soja  Quanto maior a energia da luz. menor é o seu comprimento de onda. calor. Além disso.Fasciação  emissão de espigas laterais na base da espiga principal quando esta não é polinizada. raízes mal formadas. . a falta de água (falta de chuvas.Grandes Culturas 3 10 Milho  Os elétrons para a reação de redução advêm da água (oxidação da água pela enzima Mangano Proteína) e por isso.) é extremamente prejudicial à fotossíntese. etc. 2. os H+são ejetados de seu interior através da proteína F0F1 ATP Sintetase. Fase Bioquímica da Fotossíntese  Ciclo de Calvin-Benson . com conseqüente formação de ATP. usados na Redução do NADP+ .+ O2 11 Milho .4 e. desequilibrando em relação ao estroma.O2  liberado para a atmosfera (respiração dos animais) .Grandes Culturas 3 2 H2O 4 H+ + 4 e .4H+  usado na produção de ATP  O pH dentro do lúmen do tilacóide despenca rapidamente pelo aumento da concentração de H+ em seu interior. Assim. Grandes Culturas 3 12 Milho . Assim.: N ≡ N  Ligação muito difícil de ser quebrada. nas células do mesófilo.  Nas plantas C3. ela se liga ao CO2 (1 C). 3.  A relação ideal CO2/O2 é acima de 0. há um consumo de 2 ATP. a fotossíntese ocorre próximo aos estômatos. Esse composto é levado até às células da bainha. Nas células das folhas das C4. ocorre grande entrada de O2 já que o ar atmosférico que entra pelos estômatos possui 21% de O2 contra apenas 0. como a soja. formando um composto de 4 C (Oxaloacetato). onde deixa o C do CO2 para a RUBISCO. sendo que o milho não consegue quebrá-la para produzir aminas.  O CO2 tem muita capacidade de difusão na água.  Nas plantas C4. existe uma enzima de 3 carbonos (PEP Carboxilase) que captura apenas CO2. Assim. . a RUBISCO não entra em contato com o O2. Esquema da Fotorrespiração  Fotorrespiração  esse processo recebe esse nome por passar na mitocôndria e formar 2 aminoácidos essenciais. Fotorrespiração  Altas temperaturas  Alta irradiação A RUBISCO deixa de capturar CO2 e passa a capturar O2 em plantas C3. etc. Neste local. Para cada 2 C capturados pela PEP Carboxilase. chegando mais facilmente até o cloroplasto. o arroz. não ocasionando fotorrespiração. o feijão.032% de CO2. como é o caso da soja. a fotossíntese ocorre nas células próximas dos vasos condutores (xilema e floema).Grandes Culturas 3 13 Milho Obs. Isso faz com que a RUBISCO capture O2 e não CO2. chamadas Células de Krans ou células da bainha do feixe vascular.04 para que a RUBISCO capture CO2 e não O2. Grandes Culturas 3 14 Milho  Assim.  Fatores Climáticos . levando cerca de 15 dias para que ocorra a germinação e emergência das plântulas.Temperatura .Altitudes de cultivo: desde abaixo do nível do mar até 2500m de altitude  influencia da temperatura (a cada 100m de altitude crescente. --------------------. propiciando o ataque de patógenos e pragas de solo. ocorre um abaixamento da temperatura em 1 ºC) . o primeiro composto estável formando nas plantas C3 é o 3-PGA (3 C) e nas plantas C4 é o oxaloacetato (4 C).O milho produzido em altas latitudes (EUA e Argentina) produz até 4 vezes mais que o produzido em baixas latitudes (próximo à linha do Equador)  influência direta da luz.Vento 1.Cultivada entre 58º N e 40º S de latitude  influência do fotoperíodo e temperatura . Temperatura 1. Germinação e Emergência  Tmín = 10ºC = Temperatura basal (Tb)  a esta temperatura.Planta C4 .xx --------------------ECOFISIOLOGIA E ELEMENTOS DO CLIMA  Milho: . Este tempo é muito longo.  Normalmente. a temperatura dos solos está próxima de 15ºC.1. a semente sobrevive mas não se desenvolve.Luz .Água . . se a luz for de baixa qualidade. * ST = ΣGD = UC = Unidades Calóricas = Unidades Térmicas de Desenvolvimento .: Materiais precoces nunca produzem mais que materiais tardios.dia-1). sendo o total de GD requeridos pela planta. o milho antecipa em 3 dias a sua fase vegetativa. Super ou Hiper precoces para “fugir” da geada.1ºC  Florescimento: 67 dias . No Brasil Central. não implicam em altas produtividades. 1962: T = 21. 1.5º C 2 Capinópolis Tmáx = 30ºC Tmín = 20ºC GD = 30 + 20 − 10 = 15 º C 2 900 = 60 dias de ciclo 15 Supondo que todos os dias o GD=12. raízes.Grandes Culturas 3 15 Milho  Tmáx = 42ºC  T ótima = 25 a 35ºC  Emergência em 3 a 4 dias 1. já que estes últimos têm mais tempo para encher grãos e produzir. pode-se dizer que o milho é uma planta Termossensível.  Berger. Portanto.Híb.Híb. ou seja.Híb. sendo Tb (Temperatura basal) = 10ºC 2  Os graus dias são calculados diariamente.  Como o desenvolvimento do milho é ditado pela temperatura. maiores ciclos. Fase Vegetativa  A temperatura é que dita o tempo gasto para o desenvolvimento da planta. uma característica genética. Fase Reprodutiva . esses dois fatores devem ser analisados conjuntamente.3. a soma térmica não pode ser analisada em separado. podendo ocasionar tombamento de plantas. Isso faz com que a planta não tenha tempo para se formar adequadamente (colmo. em ambos os casos.1ºC  Florescimento: 70 dias T = 22. Super precoces  ST< 830ºC .Híb.5 Supondo que todos os dias o GD=15ºC: Tempo =  Porém. Às vezes.A cada 1ºC de aumento na temperatura depois dos 21ºC. quantos dias serão necessários para sua maturação. GD menores. o que diminui o tempo para a planta realizar fotossíntese. cada híbrido necessita de uma determinada Soma Térmica (ST). Precoces  ST = 831 a 890ºC Obs.5ºC: 900 Tempo = = 72 dias de ciclo 12 . Por isso. são usados para que no período de enchimento de grãos ainda haja água no solo. ou seja. Exemplo: Híbrido de UC = 900ºC São Gotardo Tmáx = 30ºC Tmín = 15ºC GD = 30 + 15 − 10 = 12 . folhas). ou seja. * GD = Tmáx + Tmín − Tb . a radiação solar for muito baixa (cal. Obs. Normal  ST > 891ºC . sendo o seu ciclo calculado em função dos Graus Dias (GD). ou seja.cm-2. Hiper precoces  ST< 790ºC (importantes no Sul do Brasil) .: Na Safrinha no Sul do Brasil são usados Híb.2. estes híbridos são usados para “fugir” da estiagem. = Fotossíntese Bruta – Respiração – Fotorrespiração Não existe no milho Continua ocorrendo à noite para fornecer energia para absorção de H2O e nutrientes. Luz  Importância da qualidade da luz: . .L. já que esse processo é realizado por transporte ativo.Tamanho do pendão (pode ocasionar até 15% de sombreamento) Obs.Semeadura de dezembro  péssima devido a muita chuva. e menor competição com infestantes.500 6.Estádios Reprodutivos (fotoassimilados para o enchimento dos grãos) Obs.Plantas eretas / decumbentes . acarretando em baixa taxa de respiração.L.Grandes Culturas 3  Grãos de pólen  Estilo-estigmas 16 Morte de grãos de pólen e estilo-estigmas em altas temperaturas Milho  Polinização e Fertilização (> 32ºC) 1.300 2. .3 29.: . ocasionando baixa concentração de O2 no solo.  População e Distribuição das Plantas: .4 Produtividade (kg/ha) 10. formação de raízes. diminuição na absorção de nutrientes. com conseqüente diminuição na quantidade de ATP e.F. Temperaturas Noturnas  Altas Temperaturas noturnas  ST completa-se mais rapidamente ( Tmín). por conseguinte.Estádios Vegetativos (fotoassimilados para a estruturação da planta) .  TºC   Respiração  Por isso é importante que se tenha temperaturas noturnas amenas  TºC noturna 16.6 18. etc. folhas.Estande  importantíssimo.200 10.  Produtividade = Fotossíntese Líquida (F.Semeadura no cedo (setembro)  maiores produtividades devido a luz de melhor qualidade (céu limpo) e menor incidência de doenças (baixa pressão de inóculo e umidade relativa).4. a planta passa a utilizar as suas reservas para encher grãos.Diminuição do espaçamento mantendo a mesma população  melhor absorção de luz e nutrientes.: Caso falte fotossintatos para armazenar nos grãos. . já que não é uma planta Plástica  Arquitetura da Planta: .) . implicando em menores ciclos. esse material deve florescer mais precocemente para começar o enchimento de grãos mais rapidamente. como a soja.D. apesar de sofrer pouco efeito do fotoperíodo em sua fenologia.600kg/ha) Soluções para essa diferença * Aumentar o ciclo do milho no Brasil (época de semeadura e genótipo) Ex. abaixo da qual a planta floresce se ela for uma Planta de Dias Curtos e acima da qual ela floresce ser for de Dias Longos. 3.Grandes Culturas 3 17 Milho  O milho é considerada uma planta de dias curtos (P. mas não é direta devido à alta cobertura do solo (baixa E.) em latitudes superiores a 33º. Além disso. é uma P.  Produtividade de Milho .D.000kg/ha) x Brasil (3. o arroz.  No Brasil.  Demanda: . possuem uma Linha Crítica de Fotoperíodo (L.).F.C.00mm/dia . No caso da soja.C.C. o milho é considerado Fotoneutro. Obs.: As plantas fotossensíveis. no Brasil. teremos então que o milho.: Ciclo = 120 dias lá e aqui Horas de luz máximo no Brasil = 13h Horas de luz máximo nos EUA = 16h Diferença de horas de luz = 3h 120 dias x 3h = 360 horas a mais de luz nos EUA em relação ao Brasil 360 / 13 horas de luz = 27 dias a mais que o milho deve realizar fotossíntese no Brasil para chegar à produtividade norte americana Considerando aproximadamente 20 dias para compensar o maior tempo de respiração nos dias além dos 120 dias normais.).EUA (10. deveria ficar 47 dias a mais no campo para produzir a mesma quantidade produzida nos EUA.T. Água  Todas as reações químicas na planta ocorrem com água  As plantas C4 (milho) são muito eficientes no uso da água  Exigência total  650 a 700mm  Existe uma correlação entre o teor de água e a população de plantas.Até V8  < 3. V1 = 1ª folha completamente desenvolvida* .R2 = Grãos bolha d’água .V9 = 9ª folha completamente desenvolvida . Estádio V3  Começa-se a definir o potencial produtivo da planta. já que começa a diferenciar as espigas e o pendão.V18 = 18ª folha completamente desenvolvida .R6 = Maturidade fisiológica * Folhas completamente desenvolvidas = folhas em que já se consegue observar a bainha.xx --------------------FENOLOGIA DO MILHO  Estádios Vegetativos: .R4 = Grãos pastosos .R3 = Grãos leitosos . mas ficam com sintoma de pescoço de ganso.V15 = 15ª folha completamente desenvolvida .  Fase reprodutiva: relação Fonte x Dreno  a água leva fotossintatos da fonte até o dreno.Enchimento de grãos  5 a 7mm/dia.R1 = Florescimento . 1. chegando até a 15 dias ( TºC) 2. --------------------.R5 = Grãos farináceos (formação do dente) .Média durante o ciclo  4 a 5mm/dia  Germinação/Emergência  Fase vegetativa: raízes têm dificuldade em encontrar água já que ainda apresentam-se pequenas.VT = Pendoamento  Estádios Reprodutivos: .  Gema apical abaixo do solo  não agüenta inundação  O sistema radicular definitivo passa a ser o grande promotor da absorção de água e nutrientes .V6 = 6ª folha completamente desenvolvida . pragas de solo causam danos severos quando a há baixa disponibilidade de água para a planta. Germinação e Emergência  Semeadura  Embebição  Germinação  Emergência  2 a 4 dias ( TºC).VE = Emergência . 4.Grandes Culturas 3 18 Milho .V12 = 12ª folha completamente desenvolvida . Ventos  Afeta a demanda de água  Causam acamamento (ruptura de raízes) e quebramento (ruptura do colmo)  Pescoço de ganso  plantas que caem no estádio vegetativo conseguem se reerguer.V2 = 2ª folha completamente desenvolvida . podendo chegar a 10mm/dia .V3 = 3ª folha completamente desenvolvida . Estádio V9  Área foliar bastante densa  alta taxa fotossintética  rápido crescimento  Adubação de cobertura já passa a se tornar um risco devido ao eixo do trator causar rachaduras no colmo. já que as doenças começam a se tornar mais agressivas uma vez que as plantas deslocam sua produção de fotossintatos para o enchimento de grãos. Estádio V8  Fase do “cartucho”  fácil alojamento de Spodoptera frugiperda  É o estádio que melhor tolera o excesso de água  Queda de folhas  no máximo 1 a 2 folhas é normal  Adubação de cobertura (1 ou 2)  V4 a V8  Até aqui já foram realizados quase todos os tratos culturais (adubação de cobertura. controle de plantas infestantes. ocasionando queda de plantas. devido à facilidade de ocorrer dasarranjamento do meristema apical por ataque de pragas  Folhas diferenciadas. 6. adubação foliar. etc. Estádio V18  O milho está quase pendoando  Pré-pendoamento (“milho na bucha”)  Liberação da última folha  Estádio mais recomendado para aplicação de fungicidas  para manter a área foliar intacta por mais tempo (20 a 25 dias). cortando os estilo-estigmas (falhas de fertilização)  Finalização da absorção de K  Crescimento do sistema radicular é interrompido 10. Estádio V15  É a segunda fase crítica quanto à disponibilidade de água (2 semanas antes do florescimento)  É possível observar uma pequena parte da espiga já apontando 8. controle de pragas. Estádio R2 (Grãos bolha d’água) .Grandes Culturas 3 19 Milho  Grande preocupação com adubação de N (advinda da semeadura)  Controle de plantas infestantes 3. 9. Estádio V12  Aparecimento do 3º sistema radicular (esporões)  Definição do tamanho da espiga (número de óvulos por fileira) 7. Estádio V6  O meristema apical rompe o nível do solo  Tolera melhor encharcamento  Potencial produtivo teórico definido  Altas chances de ocorre perfilhamento. assim como o pendão e a(s) espiga(s) 4. Estádio R1 (polinização e fertilização)  O pendão começa a produzir grãos-de-pólen  A espiga se torna receptiva (3 a 4 dias após a liberação dos grãos-de-pólen  protandria)  Esse estádio se inicia com a emissão dos estilo-estigmas  Pragas  são problema por atacarem a espiga. não tendo energia suficiente para se defenderem dos patógenos adequadamente.)  Definição do número de fileiras da espiga 5. uma mini-radícula.LL3 = 50% da semente preenchida com endosperma solidificado .  Fotossíntese  Grande absorção de N e P  em caso de deficiência desses nutrientes.LL5 = 100% da semente preenchida com endosperma solidificado (maturidade fisiológica = R6) 14. estas células irão apenas receber amido  Grãos apresentam cerca de 80% de umidade.LL4 = 75% da semente preenchida com endosperma solidificado . Estádio R5 (Grãos farináceos)  Formação da 4ª e 5ª folhas embrionárias  Acúmulo de amido ainda continua ocorrendo  Grãos com 55% de umidade  ponto de colheita de milho para silagem  Fotossíntese ainda permanece ativa para manter o colmo bem nutrido  Formação da concavidade do dente em milhos dentados  Linha do Leite (L.Grandes Culturas 3 20 Milho  Grãos recém-polinizados e fertilizados. 11. Deste ponto em diante. com alto teor de água e baixo teor de amido.LL2 = 25% da semente preenchida com endosperma solidificado . um mini-coleóptilo. já que a colheita é feita em espigas  Favorecimento do Stay-Green Obs. Estádio R6 (Maturidade fisiológica)  A planta de milho chegou à máxima capacidade de translocação do amido  Formação da Camada Negra na inserção do grão com a espiga  A semente apresenta máxima germinação e máximo vigor  Grãos com 40% de umidade (milho semente)  começa a colheita das áreas de produção de semente aos 30-35% de umidade. já que este ainda está no início da sua translocação  As sementes já apresentam um embrião em miniatura. Estádio R4 (Grãos pastosos)  É o momento em que se colhe o milho doce e o milho verde  Acúmulo de amido continua a ocorrer  Embrião já se encontra totalmente diferenciado  Grãos com 70% de umidade 13. eles serão translocados das folhas de baixo  Retranslocação de nutrientes para enchimento dos grãos 12.: O primeiro nó acima do solo deu origem à 6ª folha  contagem de nós para identificação do estádio fenológico das plantas nas quais já houve queda de folhas. uma folha embrionária e 85% de umidade.L.  Os grãos da base da espiga são os maiores pois foram os primeiros a serem fertilizados.xx --------------------- . Estádio R3 (Grãos leitosos)  Ocorre grande acúmulo de amido nos grãos  As divisões celulares no endosperma estão completas.) . --------------------. Vantagem  Suscetibilidade a doenças em níveis diferentes para as plantas da população.  Vigor Híbrido ou Heterose  material em total ou quase total heterozigose 1. seja dominante ou recessiva Obs. mais produtiva é a planta de milho  Beal.Como são linhagens. produzindo no máximo ± 4. porém mais uniformes que o híbrido duplo . ou seja. quando cruzada com ela mesma.Endogamia  a planta do milho é endogâmica.Uma linhagem pura deve ser totalmente homozigota. apresentando heterozigose. vai perdendo características produtivas. 1860 (Lei da genética)  Darwin.Ponto fraco  suscetibilidade a doenças de toda a população caso uma planta já demonstre suscetível  Híbrido Triplo: . 1876 (endogamia e heterose) . o preço da semente de híbrido simples é mais elevado.Grandes Culturas 3 21 HÍBRIDOS DE MILHO Milho  Híbrido  planta advinda de uma fecundação cruzada. 1880 (Redescoberta das Leis de Mendel) .: A heterozigose é o fator que garante  produtividade * Híbrido Simples  Linhagem A (♀) (despendoada) x Linhagem B (♂) . Histórico  Mendel.Ponto forte  produtividade alta em todas as plantas . 1 planta pode ser suscetível enquanto que outra não.Heterose  quanto maior o número de genes em hegetozigose. .Plantas bem desuniformes (espigamento bem desuniforme) .É formado por uma linhagem + 1 “híbrido simples”  Híbrido Duplo: . ou seja.Plantas ligeiramente desuniformes.  Linhagem: . Assim.  Híbrido Simples: .É formado por 4 linhagens .Plantas pequenas e raquíticas  homozigose total .Apresenta o máximo de uniformidade .000kg/ha. as espigas são muito pequenas. A altura de espigamento de um híbrido simples é bem uniforme já que há pouca diferença genética entre as plantas da população (plantas geneticamente iguais). 800 ) = 15 .000 − 2 2 Obs. Base Genética da Heterose (3 teorias) A) Teoria da Dominância: .: Uma linhagem ♀ considerada uma boa progenitora deve produzir entre 4. . 1938 (primeiro híbrido produzido em escala comercial – UFV) . 1932 (primeiro híbrido de milho produzido no Brasil  IAC  Secundino et al. 1908 (primeiro híbrido simples produzido) . 2. a sua produção em escala comercial era inviável pois as linhagens ♀ produziam muito pouco ( 500kg/ha)  Jones.: . etc. Princípios  Heterose: fenômeno no qual progênies de cruzamentos entre duas linhagens endogâmicas são superiores aos pais. a escolha da linhagem ♀ é feita não apenas em função da sua produtividade.Vale pouco para o milho.Naquela época.Heterose = F1 − ( P1 + P 2) (3. 1918 (Híbrido duplo)  Pioneer (1925)  Krug et al. já que essa teoria considera a hipótese: B) Teoria da Sobredominância: .O híbrido produz a soma dos parentais ou mais do que essa soma .: Atualmente.É a teoria mais aceita para o milho C) Teoria da Ausência de Dominância .Grandes Culturas 3 22 Milho  Shull e East.Secundino também fundou a AGROCERES  Transgênicos (1996) Obs..000 + 1.000 e 5.000 kg/ha no mínimo. excedendo ambos no desempenho ou vigor.Ex.. já que se leva em conta também outros fatores. como a produção de grãos ardidos. 3. mas sim em função da produção de sacos de semente comercializável.Não é aceita para o milho . grãos danificados.  As linhagens devem ser contrastantes (não devem ser parentes) para obter o máximo de loci com diferentes dominâncias. serão obtidas 3 a 6 linhagens. .Mitose = processo conservativo . começa-se a se preocupar com o pendão.Considera que a produção da progênie não é influenciada pela dominância de um dos parentais. O que realmente é difícil é produzir uma linhagem totalmente homozigota dominante e outra recessiva.Inicia-se. Obtenção das Linhagens  O difícil não é conseguir as linhagens. a segunda fase da autofecundação. melhor é o híbrido.: Quanto maior o número de loci em heterozigose. grampeado.  Grande parte das linhagens morrem devido à presença de genes deletérios.: A autofecundação leva à depressão endogâmica (perda das qualidades produtivas)  Descoberta do DNA = Watson & Klink (1953)  Divisões celulares . depois de se selecionar os materiais após cada autofecundação. Esse saco é dobrado no sentido da cola e. deixa-se o mesmo por 24h para matar possíveis grãos de pólen advindos de outra planta.Grandes Culturas 3 23 Milho . Obs. já que para isto basta realizar sucessivas autofecundações. . . Antes de se agitar o saco. assim. Obs. usa-se uma proteção plástica para cobrir as espiguetas (bonecas) antes destas emitirem o 1º estilo-estigma (fase de proteção das bonecas) . com a boca o mais fechada possível para não deixar o pólen sair. causados pela depressão endogâmica.Quando protegida e já com bastante estilo-estigmas. Ao final. deve-se retirar o saco de papel cuidadosamente.  Passos para a obtenção da linhagem: * Autofecundação: . além de servir de marcação para a colheita das espigas que sofreram o processo de autofecundação). que é a cobrição do pendão com um saco de papel.Meiose = processo criativo  São necessárias de 7 a 8 autofecundações (F7 a F8) para se chegar a uma linhagem considerada pura  São produzidas inúmeras linhagens devido ao grande número de loci presente no DNA da planta. em seguida.Esse saco é então colocado no lugar do saco plástico que cobria a espiga e deixado até o final do ciclo (os sacos impedem que algum grão de pólen de outra planta polinize algum estilo-estigma que ainda não fora polinizado.Em V12-V18. pois já deve estar em fase de polinização (planta protândrica) . 4.Após essas 24h. 000 linhagens pertencentes ao Grupo Heterótico X e as outras 2. Híbridos Comerciais  Pesquisa  procura pelo cruzamento ideal e formação do híbrido  Pré-básica  multiplica os materiais (linhagens) .H.: DKB 390  Lin.728 linhagens ao Grupo Heterótico Y. Y . cada uma das linhagens é cruzada com um testador. o híbrido produzido parte para a fase pré-básica.H.Cruza com as linhagens do G. antes disso. que é uma linhagem comprovadamente boa.: 2. Y  O híbrido triplo é feito com 3 linhagens = 1 “híbrido simples” (errado falar em híb. utiliza-se campos de lotes isolados. simples) montado com 2 linhagens do mesmo grupo heterótico. Y Testador B . X . indica o grau de parentesco das linhagens.G.Cruza com as linhagens do G. já que o G. . X) x Lin.H. Testador A . um parental.  O híbrido duplo é o cruzamento de dois parentais  Após encontrado o cruzamento ideal.H.Ex. deve-se saber a qual grupo heterótico pertencem essas linhagens. . .G.Ex.H.: 4.H. X  O híbrido é formado pelo cruzamento de linhagens diferentes. sendo 2. Mas. ou seja. pertencentes a grupos heteróticos distintos. Y)  Para se fazer o cruzamento das linhagens com os testadores. 5. A (G.H X (x) Testador G.H.000 linhagens do G. B (G. e uma linhagem de um grupo heterótico diferente.Grandes Culturas 3 24 Milho  Após chegado às linhagens (várias linhagens advindas de vários híbridos).728 linhagens.H.Ex. por isso deve atender a quantidade demandada pela Linha Comercial. * Comercial: . e emitiu um relatório dizendo como realizar o cultivo das linhagens:  Lin.Além de multiplicar os materiais. a Pré-Básica resolveu alterar: W♂eB♀  Proporção= 1:5 * Básica: .Multiplicar as linhagens em maior escala e em diversos campos de produção.Utiliza os dados detalhados pela Linha Básica para semear as linhagens para a produção do híbrido em larga escala. . grandes áreas.Multiplicar as linhagens em campos de lotes isolados. Esse produto já será enviado para a comercialização. etc. as linhagens podem ser cultivadas na mesma área ou em áreas próximas.: A Comercial demanda uma quantidade de 500 mil sacos para venda na próxima safra. como: inverter o ♂ e a ♀.: Split = 2 dias) * Pré-básica: . Esses campos podem ser isolados espacial ou temporalmente. Ex. sendo separados por um intervalo de tempo que não permita que uma linhagem polinize a outra (diferença de data de semeadura). realizando as alterações que achar necessário no cultivo das linhagens. para checar os dados da Linha Pré-Básica. 6.Ex. agora em tamanho maior. aumentar ou diminuir a proporção de linhs ♂/♀. a linha Pré-Básica tem que verificar os dados que vieram da Pesquisa.Ex.: Após checar os dados. No segundo caso.Grandes Culturas 3 25 Milho  Básica  multiplica os materiais (linhagens)  Produção  responsável pela produção final das sementes híbridas para liberação no mercado  Comercial  responsável pelo marketing e venda do híbrido produzido Exemplo: * Pesquisa: . rever a necessidade se realizar ou não o split.Responsável pela venda e pela Assistência Técnica ao produtor ($) . Todo esse estudo é chamado de Estudo de Hibridação.: Venda de 200 mil sacos para lançamento do híbrido. W  ♀  Lin. demanda essa que deverá ser produzida pela Linha de Produção. novamente deve realizar o Estudo de Hibridação.Verificou o cruzamento e os cuidados a serem tomados com as linhagens. B  ♂  Proporção de linhas ♂/♀ = 1 ♂ : 4 ♀  Tolerância a herbicidas  Manejo ideal  Split (semeadura das linhagens ♂ e ♀ em tempos diferentes – Ex. etc. Híbrido Simples  Cruzamento de duas linhagens de grupos heteróticos distintos . . * Produção: . Além disso. em pivôs. 78  →7.) .1 linha x 100m lineares de ♂ 10.10 = 8.56 sementes/m x 3.285 m lineares 0.Em 1ha = 10 .56 sementes/m (10% de perdas por pragas.571m lineares de ♂/ha 280m2 -----------------.3 linhas x 100m lineares de ♀ 10.000 plantas/ha . doenças.Grandes Culturas 3 26 Milho ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Semeadura de Linhagens .000 m 2 =14 .714m lineares de ♂/ha .Mesma linha de raciocínio do macho * Cálculos para adubação: (independe de ♀ e ♂) .7 m 100 .000 plantas / ha = 7.571m lieares de ♂/ha = 30.00 plantas/m 14 .8.  .000m2 (1 ha) -----.568 sementes de ♂/ha 10 % perdas 7.0 * Cálculos para a ♀: .x m lineares de ♂ em 1ha x = 3.9 = 7.78 ×1.♂: 280m2 -----------------. etc.000m2 (1 ha) -----.x m lineares de ♀ em 1ha x = 10.0.♀: * Cálculos para o ♂: .Informação da Linha Básica  ♂ = 100. 95%) e/ou vigor (ex.285 ml Corrigir germinação (ex. 90%) para cálculo de sementes/m para a semeadura (geralmente se utiliza a % de vigor para essa correção). Bom período de liberação de pólen .Boa qualidade fisiológica da semente .  Características Desejáveis da Linhagem ♂: . ou seja.Alto potencial produtivo (± 4.Boa altura em relação à fêmea para uma polinização bem feita (para verificar a boa polinização. boa altura das espigas. o mesmo split em diferentes locais . 7.Apta para a colheita mecanizada. Assim.Em 1ha = 10 . já que este pode ainda liberar pólen.Stay-Green e bom empalhamento das espigas . Híbrido Simples Modificado  Quando a linhagem fêmea tem um potencial produtivo muito baixo (< 900kg/ha).Não libere pólen no cartucho (ocorre em linhagens masculinas nas quais o pendão fica abaixo do nível das folhas mais altas) . a produção de um híbrido simples utilizando esta linhagem seria inviável.Uniformidade na liberação dos estigmas e maturação . Deve-se dar o repasse na lavoura após o arranquio do pendão para conferir se não sobrou nenhum pedaço do pendão. porém grãos de pólen ainda não prontos para liberação  deve-se arrancar as folhas que ainda cobrem o pendão para expô-los ao sol e secá-los. forçando sua maturação mais rapidamente.Resistência/Tolerância às principais pragas/doenças (principalmente lagarta do cartucho  preferência / não-preferência).7 m 27 Milho 500 .285 m lineares 0.Estabilidade a épocas e locais de cultivo . o que resulta na fecundação de outras fêmeas (autofecundação).Resistência ao acamamento ( espaçamento.Espigas receptivas. porém espigas não receptivas  deve-se arrancar as folhas modificadas das espigas (palhas) .000 g = 35 g / m 14 .  Características Desejáveis da Linhagem ♀: . a solução para esse problema seria cruzar a Linhagem Fêmea com uma linhagem irmã.Estabilidade a épocas e locais de cultivo . amostra-se a linha central de fêmeas) .000kg/ha) .Split estável.Grandes Culturas 3 . adubação com K) .000 m 2 =14 .Resistência/Tolerância a doenças e pragas .Grande volume de grãos de pólen viáveis e o mesmo de fácil disseminação . fácil espigamento (retirada das espigas das plantas). .Fácil de beneficiar e classificar . pouca debulha.  Problemas de épocas de despendoamento e receptividade: .Uniformidade no florescimento .285 m / ha ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- O pendão da fêmea é arrancado quando estiver coberto por 2 folhas (“pendão na bucha”). a fim de dar um pequeno “choque heterótico” e aumentar um pouco a sua capacidade produtiva.Recomendação = 500kg/ha .Fácil de despendoar e não ser sensível ao arranquio de folhas .Pólen pronto. o híbrido final seria um Híbrido Simples Modificado. no qual a linhagem que funciona como macho no cruzamento final (Linhagem C) é cruzada com uma irmã. o objetivo de se cruzar a fêmea com uma irmã é produzir plantas mais produtivas que servirão como fêmeas. o preço da semente é menor. Híbrido Triplo Modificado  Apesar das vantagens econômicas durante a produção de sementes de Híbrido Triplo. que é a fêmea no cruzamento.  Para resolver esse problema. a polinização do macho (Linhagem C) sobre a fêmea (Parental AxB). já que pode-se aumentar o número de linhas de fêmea em relação aos machos (aumento na .  O Parental (AxB) é mais produtivo que as linhagens A e B em separado. e muito. apesar de não serem irmãs. esse ainda apresenta um grande defeito: devido ao baixo. gerariam um híbrido simples se o cruzamento com a linhagem C. Híbrido Triplo  As linhagens A e B são do mesmo Grupo Heterótico.  Apesar do cruzamento entre as linhagens irmãs C e C’ representarem um trabalho extra na formação do híbrido. este trabalho é compensado por uma diminuição do custo de produção final do híbrido. enquanto que na formação do Híbrido Triplo Modificado. estas plantas ficam.  Como o Parental (AxB) é mais produtivo. porém representativo. também a fim de se dar um “choque heterótico” nessa linhagem para aumentar o seu tamanho (porte mais elevado). criou-se o híbrido Triplo Modificado. Contudo. vigor híbrido (choque heterótico) do Parental (AxB). muito mais altas que os machos (Linhagem C) que são quase totalmente homozigotos. já que apresenta um maior número de loci em heterozigose. esse número de loci em heterozigose não pode ser muito alto pois senão elas já seriam consideradas de grupos heteróticos distintos e.Grandes Culturas 3 28 Milho 8. portanto. o cruzamento do macho com uma irmã é gerar plantas mais altas para facilitar a polinização. podemos dizer que na formação do Híbrido Simples Modificado. Se fossem irmãs. Isso dificulta.  Assim. à semelhança do que ocorre na formação do Simples Modificado. relativamente. 9. Obs. Variedades  População de milho em equilíbrio de Hardy-Weingerg  quando a freqüência fenotípica não sofre alterações ao longo dos próximos cruzamentos (ciclos)  As variedades são utilizadas pelos pequenos produtores. Ranking de Estabilidade: ao contrário dos anteriores (as variedades são “Estavelmente .  Unidades: .000kg/ha). 10. podendo chegar a 8 linhas de fêmea para cada linha de macho. > Triplo > Triplo Mod. Ranking de Produt.  O primeiro passo a ser dado na tentativa de corrigir todos os níveis de nutrientes e o pH do solo é a análise do solo.mg.dm-3 = ppm .dm-3 = ??? mg. além do próprio aumento da produtividade das fêmeas (± 9. assim como as linhagens C e D.dm-3 Ranking de Custo: Simples > Simples Mod. > Duplo > Varied. que pretendem salvar a semente ao final do ciclo da planta para a próxima safra.  O Parental (AxB) apresenta alta produtividade  O Parental (CxD) apresenta elevada produção de grãos de pólen e altura da planta. A Análise Química do Solo deve ser feita nas profundidades de 0-20cm e 20-40cm.cmolc. Híbrido Duplo  As linhagens A e B são do mesmo grupo heterótico. > Triplo > Triplo Mod. já que não será alterada a estabilidade no próximo ciclo. --------------------. > Duplo > Varied.Grandes Culturas 3 29 Milho área que será colhida e comercializada).: Ruins”).xx --------------------CALAGEM E CORREÇÃO DO SOLO  Deve-se fazer a calagem em função do sistema de cultivo como um todo.: Simples > Simples Mod. o que permite um número ainda maior de linhas de fêmeas. não apenas em função da cultura do milho. 11. ou seja. o qual é responsável pela formação e integridade da membrana plasmática.Grandes Culturas 3 30 Milho  Principais bases  Ca++. Mg++ e K+ (Na quando se tratar de solos salinos)  pH = Acidez Ativa  Al3+ = Acidez Trocável  H + Al3+ = Acidez Potencial  SB = Soma de Bases = Ca++ + Mg++ + K+  t = CTC Efetiva = tamanho da caixa do solo = número de cargas negativas que o solo tem no pH atual do mesmo  CTC = número de cargas negativas do solo a pH 5.CTC baixa = não retém as poucas bases que possui .Adubação nitrogenada com uréia ou S. Para medida dessa acidez.0  V = Saturação de Bases = quantos % da CTC está preenchida por bases  m = Saturação por Alumínio = quantos % das cargas negativas no pH atual (t) estão ocupadas por Al+3 1.Acidez Trocável = quantidade de Al3+ presente no solo. . É considerada acidez por estar competindo com as bases por locais de ligação no colóide do solo. Acidez do Solo:  Causas do solo de cerrado serem ácidos: . Por se tratar de um logarítimo na base 10.A. onde é contabilizado o Al3+.Decomposição da matéria orgânica libera H+ que acidifica o solo . é usada grande concentração de K+ (KCl) para deslocar todas as bases para a solução do solo. já que compete com Ca++.Material de origem (arenito) pobre em bases .Exportação de nutrientes (depende de cada nutriente) . .Acidez Ativa = potencial hidrogeniônico do solo (pH) pH = 1  medido pelo eletrodo do pHâmetro  mede a concentração de íons H+ log H + [ ] na solução do solo. Outro problema do Al3+ é a sua fácil complexação com o fósforo (H2PO4-). a mudança de cada unidade de pH representa uma mudança de 10 vezes na concentração de H+. (fontes amoniacais) também libera H+  Componentes da Acidez do solo: . Al3+ inibe o crescimento e desenvolvimento celular. em equilíbrio com o solo. Por isso. o Al3+ inibe o crescimento radicular (toxidez de Al3+). dm-3) 5.Elevar o pH para uma faixa ideal para a cultura (milho = 5. . Calagem:  Quais são os efeitos da calagem? .Acidez Não-Trocável ou Potencial = leva em conta o total de H+ e Al3+ presente no solo e na solução do mesmo. Saturação de Bases (V) . Saturação por Alumínio (m) .Indica quanto das cargas do solo estão ocupadas por bases .Grandes Culturas 3 31 Milho Concentrações de Al+3 abaixo de 0.3cmolc. .dm-3) 4. Para isso. CTC Efetiva (t) t = SB + Al3+ (cmolc. utiliza-se um extrator tamponado (acetato de cálcio) para elevar o pH a 7.dm-3 não são problema para a cultura do milho.0 e retirar todo o H e Al3+ presente no colóide do solo.6 – 5.Elevar o teor de Ca e Mg .8) . Soma de Bases (SB): 3. 2.V (%) = SB T 6. bem como os H presente nos radicais carboxílicos da matéria orgânica.T = SB + Acidez Potencila (H + Al) (cmolc.Indica quantos % da CTC efetiva (antes da calagem) está ocupada por Al . CTC Total (T): .m= Al +3 t 7.Soma de todas as cargas negativas possíveis no solo a um determinado pH (depende do extrator). Grandes Culturas 3 .Aumenta o teor de outros nutrientes como o P .48 Obs.Teor de Ca e Mg .PRNT = VN x ER Ex.Eficiência Relativa (ER) = se deve à granulometria do calcário (quanto mais fino.C = 12g/mol .MgCO3  18% de MgO .Libera OH.Aumenta a CTC do solo ao retirar o H dos radicais carboxílicos e dos silicatos Obs.: Deve-se tomar cuidado com a supercalagem.Poder Neutralizante (VN) = é a capacidade do calcário neutralizar a acidez . além de precipitar o Al +3. irá também precipitar todos os micronutrientes catiônicos como Fe+++.79 + % MgO x 2. pois.Método da Neutralização de Al3+ e Elevação dos Teores de Ca++ e Mg++ NC (t/ha) = Y x Al + X – (Ca + Mg)  Fórmula antiga Milho. Cu++.48 = 30 x 1. Soja = 2 a 3 Y 1 2 3 % Argila < 15% (arenoso) 15-35% 35-60% . Zn++.: Calcário com: .  Escolha do Calcário: .CaCO3  30% de CaO .79 + 18 x 2.Mg = 24g/mol  Cálculo da Necessidade de Calagem (NC) . Mn++.: .VN = % CaO x 1.para precipitar Al3+ 32 Milho . mais reativo é o calcário) .O = 16g/mol .Ca = 40g/mol (massa molar) . Nas condições subsuperficiais.0 = 12t/ha * Fórmula Nova (1ª parte da fórmula)  4 x [3 – (15% x 6.4 cmolc.Ca < 0. Ex.: Al3+ = 3.dm-3.Método da Saturação de Bases T (V2 − V1 ) NC = (t/ha) 100 8.  Quando aplicar gesso? .Grandes Culturas 3 4 33 > 60% (argiloso) Milho NC (t/ha) = Y x [(Al – (mt x t/100)] + X – (Ca + Mg)  Fórmula nova: leva em conta que a precipitação total do Al3+ proposta na fórmula antiga também poderia precipitar os micronutrientes catiônicos.5 cmolc.Al > 0.m > 30%  Doses: Textura Arenoso (< 15% argila) Médio (15 – 35% argila) Argiloso (35 – 60% argila) Muito argiloso (> 60% argila) NG (kg/ha) 400kg/ha 400-800kg/ha 800-1200kg/ha Não passar muito de 1200kg/ha --------------------.dm-3 .dm-3 .0)] = 8. Y = 4 * Fórmula Antiga (1ª parte da fórmula)  4 x 3.Na ausência do nutriente.4t/ha .xx --------------------NUTRIÇÃO MINERAL  Critérios de Essencialidade .0 cmolc. existe muito Al e poucas bases e enxofre.dm-3.0 cmolc.Não é possível sua substituição .Corrigir condições subsuperficiais. t = 6. Gessagem:  Quais os objetivos da gessagem? .O nutriente deve participar do metabolismo da planta . onde o calcário não consegue chegar. a planta não completa seu ciclo . Cl Obs.0kg 10.: * C.Grandes Culturas 3 34 Milho  São 16 nutrientes essenciais. P.0kg 23. não é um nutriente muito preocupante  Todos esses nutrientes são condicionadores de produtividade. a deficiência de qualquer um deles afeta severamente a produtividade. . N. Mo. Cu.Al . ou seja. K. O. Zn. 90% da matéria seca do milho é composta por esses nutrientes (estrutura dos fotossintatos) * Mg  deficiência = clorose internerval nas folhas de baixo (retranslocado) * Fe  não é freqüente sua deficiência * Zn  muita deficiência em solos de cerrado * Mn  clorose internerval nas folhas de cima (pouco móvel) / deficiência mais evidente em áreas que sofreram excesso de calagem * Cl  como vem em conjunto com a adubação potássica (KCl). ao contrário do que se pensa normalmente.Si em gramíneas . Mn. H e O  são disponibilizados naturalmente.Al em pequenas quantidades  Elementos Tóxicos: .Macro: C. Mg e S .0kg (g/9 ton de grão) 2100g 400g 340g 170g 110g 9g EXPORTAÇÃO 75% 20 – 30% 80 – 90% 10 – 15% 50% 60% - * Discussão da tabela:  Quebra de 2 paradigmas: . sendo divididos em macro e micronutrientes: .4kg 3.O K é o nutriente mais exigido.Co na soja .Micro: Fe.0kg 4. H.Mn e todos os outros nutrientes em grandes quantidades NUTRIENTE Macronutrientes: N K2O P2O5 Ca Mg S Micronutrientes: Fe Zn Mn B Cu Mo EXIGÊNCIA (kg/ton de grão) 20. inclusive mais exigido que o N.  Elementos Benéficos: . Ca.0kg 4. B. importante para a produção de energia no sistema radicular para que ocorra o transporte ativo.A demanda por P aparenta se apenas 10kg/ton de grãos produzidos. 2) Pressão radicular  processo que ocorre independente da transpiração da planta e responsável pelo processo denominado Gutação. já que sua exigência é considerável. P e Zn. sem gasto aparente de energia. 2) Transporte passivo  Transporte radial até os vasos (xilema) 1) Rota Simplástica  gasto de energia.  Zn é o principal problema de micro na Região Central do Brasil. devido à imobilização desse nutriente no solo (fixação de P ao solo). de célula em célula. ou seja.  Ca e Mg apresentam quantidades significantes quanto à exigência. porém deve ser disponibilizada uma quantidade muito maior. * Dinâmica da Absorção:  Como o elemento entra em contato com a raiz do milho? 1) Interceptação radicular (raiz apresenta apenas 2% de área em contato com o solo)  importância de se ter um sistema radicular vigoroso. além de ser um elemento exportado em grandes quantidades (60% do total absorvido pela planta). junto à água absorvida 3) Difisão  o elemento em alta concentração no solo entra na raiz já que dentro da mesma a concentração desse elemento é pequena. Ocorre a curtíssimas distâncias e somente com K. Como a absorção de nutrientes pelo sistema radicular definitivo se inicia em V3. 2) Rota Apoplástica  ocorre por entre os espaços intercelulares.  Transporte Axial (Ascensão da Água e Nutrientes pelo Xilema) 1) Transpiração da planta  formação de uma coluna d’água no xilema. mas são amplamente disponibilizados via calagem  Como 75% do N é exportado via grãos. 2) Fluxo em massa  o elemento entra na planta pela raiz. fazendo com que sua taxa de decomposição pelos microrganismos do solo seja lenta. ocorre por meio de proteínas da membrana plasmática. pode ocorrer deficiência de alguns nutrientes pela baixa concentração de O2. Além disso.Grandes Culturas 3 35 Milho .  N e P2O5 são quase que totalmente exportados  P2O5  os solos brasileiros são pobres nesse nutriente. a grande barreira da célula é a membrana plasmática. em dias chuvosos ou em solos alagados. a relação C/N da palhada que restou é muito alta. o que facilita a passagem de nutrientes. onde o nutriente é obrigado a adentrar às células para continuar o percurso até o xilema. ao chegar às células da Estria de Caspary.  Retranslocação . é necessária água para que ocorra esse processo. ocorre dentro das células. já que a parede celular é porosa. quando a raiz está muito pequena. e os solos do Brasil Central são relativamente pobres nesse nutriente.  Tomar cuidado com S. Contudo. além de sofrer alta taxa de imobilização e ser altamente exportado.  Como o elemento é absorvido pelas células do sistema radicular do milho? 1) Transporte ativo  gasta energia. ocorre gasto de energia. na qual as moléculas de água caminham à medida que a água é evaporada. a possibilidade de ocorrer esse processo nessa fase é muito pequena. 1% de N = 110kg de N Total = 140 + 110 = 250kg de N * O milho produz palha aproximadamente na mesma proporção da produção de grãos Considerando soja como cultura anterior  disponibiliza 40kg de N/ha Matéria Orgânica no solo (ex. Macronutrientes: 1. K. porém ocorre nas folhas superiores. 3%)  60kg de N/ha* Total = 60 + 40 = 100kg de N * A M. Necessário – Disponível = 250kg – 100kg = 150kg de N .25% Obs. Já o Amônio. pois após essa fase. ficando na solução do solo e sendo também facilmente lixiviado. a análise foliar é realizada sempre na folha +3.Grandes Culturas 3 36 Milho .000kg de grãos x 1. Mg e Cl  deficiência ocorre nas folhas mais baixas 2) Nutrientes imóveis: Ca e B  deficiência nas folhas mais jovens (superiores) 3) Nutrientes intermediários: Fé. d) Exigência: 20kg/ton de grãos produzidos Explicação: Considerando produtividade = 10. por isso não serve de parâmetro para verificação de sua deficiência no solo b) Teor na folha: ideal é de 2. Obs. Além disso. P.4% de N (teor de N em grãos de milho) = 140kg de N 10. sua força de adsorção é muito pequena em relação aos demais cátions do solo.O do solo disponibiliza 20kg de N para cada ponto de M. por estarem mais próximas do meristema apical e realizarem fotossíntese mais eficientemente.O. c) Absorção: NO3. ficando sempre na solução do solo. 1) Nutrientes móveis: N./ NH4+ Ambos são muito lixiviados. S e Mo  deficiência geralmente aparece nas folhas superiores da planta.: A deficiência de S é semelhante à de N. No caso do Nitrato.000kg de palha* x 1. a planta utiliza todos os nutrientes possíveis para o enchimento de grãos.000kg/ha 10. Mn. Nitrogênio (N): a) Teor no solo: é muito variável.: A análise foliar é feita próximo ao florescimento. sua lixiviação é alta devido ao fato de possuir carga negativa. Zn.75 a 3.A prioridade da planta são as folhas novas. Cu. etc. essa técnica não funciona bem devido ao risco de lixiviação de N e K em caso de chuvas.NH4NO3 e KNO3  muito caros Obs. recomendado por apresentar S em quantidade suficiente para suprir a necessidade da planta . Fósforo (P): a) Teor no solo: é um dos elementos que mais limitam a produtividade. Nossos solos têm uma “fome” (adsorção) muito forte por esse nutriente. Assim. 10ppm de fósforo significa que este é mais rico em P do que os mesmos 10ppm em solo arenoso. então ele retira todo o P do . Por isso. e) Funções: AA. Obs. Grande parte do P aplicado é fixado. g) Relação C/N: Alta relação C/N causa imobilização de N.A. proteínas (dentre elas a clorofila). etc.DAP  16% de N. O mais usual é aplicar em torno de 50kg de N na semeadura e o restante em cobertura. por isso. . Resina.Antecipação da adubação de N e K: é realizada 1 semana antes da semeadura. DNA.000kg de N. 48% de P2O5 . h) Parcelamento: deve-ser parcelar a adubação nitrogenada o máximo de vezes possível.MAP  9% de N. antigamente não se tinha esse problema pois os formulados de semeadura tinha como fonte de N o S. chega-se nos 200kg de N necessários para a produção de 10. i) Deficiência: clorose generalizada. ela requer mais N que o milho (80kg de N/ton de grãos produzidos). Na Região Central do país. f) Fontes: . etc. Além disso. . baixo custo de transporte por ser muito concentrado. geralmente são realizadas apenas 1 a 2 adubações de cobertura. deve-se aplicar grandes quantidades de N na adubação de base. . iniciando-se em formato de “V” invertido nas pontas das folhas do baixeiro. já que há um limitante muito importante na semeadura que é a concentração máxima de K 2O + N (100kg/ha) que podem ser aplicados junto à semeadura para não ocorrer efeito salino sobre a semente. RNA. não pode ser usada uréia como fonte de N nesse tipo de adubação. [(NH4)2SO4]  18 a 20% de N. Deve-se tomar cuidado com o Plantio Direto com relação à cobertura anterior (leguminosa ou gramínea). deve ser complementada uma fonte de S. alta taxa de perdas por volatilização.Como é muito difícil dividir a cobertura em várias aplicações devido aos outros tratos culturais que devem ser feitos nesse mesmo pequeno intervalo de tempo.Uréia [ CO(NH2)2]  45% de N.: Como a soja tem mais N nos grãos (proteínas e lipídeos). e como fonte de P2O5 o Super Simples. inseticidas. como aplicação de herbicidas.Sulfato de Amônio – S. 2. sendo capazes de reter o N e o K contra lixiviação. pois perdas de por lixiviação (chuvas) de uma aplicação poderiam ser compensadas na próxima aplicação. adubos foliares.Esse parcelamento deve ser feito até V8 (35 a 40 dias) .A. Isto porque o extrator de P para análise do solo é o mesmo (Mehlic-1. ambos com S na fórmula. em solos argilosos. sendo muito usada no Sul do país devido à alta CTC dos solos daquela região.). 46% de P2O5 .Grandes Culturas 3 37 Milho Como o rendimento da adubação é de aproximadamente 75%. Seus níveis ideais no solo são baseados na textura do mesmo.: MAP e DAP são fontes de N e P2O5 mas não de S. causando deficiência desse nutriente.Problemas na aplicação da uréia são menores quando é feita a incorporação (diminui perdas por lixiviação) . apesar de terem sido detectados 10ppm de P na análise.Grandes Culturas 3 38 Milho solo arenoso mas não consegue retirar todo o P do solo argiloso. ainda há P que a mesma ainda não detectou no solo argiloso. e) Teor foliar: 0. Isso é muito importante já que o milho não tolera P mal distribuído na área. f) Absorção: H2PO4. consequentemente causando deficiência de P à planta. a faixa de solo com teor bom de P aumenta. % Argila > 60% 36 – 60% 16 – 35% < 15% Teor bom (mg.Abertura de Cerrado: * 1 a 2 anos de arroz * 3 a 4 anos de soja  como o espaçamento da soja varia de 0.45 a 0.25 a 0.também transporta moléculas dos herbicidas inibidores de EPSPS. há raízes que translocam nutrientes para as folhas “da esquerda” e outras raízes que translocam nutrientes para as folhas “da direita”. Assim.0 b) Adsorção/Fixação (distribuição no solo) .dm-3) 8.0 12. Isso não é problema para a soja. e com o passar dos 3 a 4 anos de cultivo sucessivo de soja.0 – 30.: Solos A e B argilosos de uma mesma fazenda. c) Difusão e suas Implicações Ex.Esses dois fenômenos facilita a adsorção. .(transporte do tipo Simporte = assim que entra o H2PO4-. assim como na difusão de todos os outros nutrientes. as folhas ligadas às raízes que recebem boa quantidade de P se desenvolvem normalmente.0 30. Esse fato se deve ao fato das raízes de milho estarem intimamente ligadas a determinadas partes da planta. * A água é sempre importante no processo de difusão do P até a raiz.0 – 12.30% (muito baixo em relação à quantidade aplicada. a adubação de semeadura com P concentra esse nutriente nas linhas de semeadura (essa concentração de fontes de P2O5 na linha de semeadura diminui a adsorção e conseqüente fixação) e as linhas de cultivo de soja não coincidem de ano para ano (linhas de semeadura de um ano não coincidem com as linhas do outro ano). ou seja. em geral H+.0 – 20. ou seja. ambos com 30ppm de P2O5.: A mesma proteína que transporta H2PO4. devido à adsorção ao solo). dificultando a difusão do P e. entra também um cátion. Obs. o P acaba sendo disponibilizado em linhas diferentes a cada ano.0 – 45. o solo está com um bom teor de P bem distribuído ao longo da área. Ao final de 4 a 5 anos de soja. enquanto que as folhas ligadas às raízes que não absorveram P ficam com deficiência desse nutriente (arroxeadas). d) Compactação e Déficit Hídrico .0 20.50m. para equilibrar cargas no interior da célula). 0 mg.75 a 2. etc. ou seja.dm-3 16. acelerar a reação do mesmo para liberação de P2O5 . quando se acerta o teor de P2O5.Grandes Culturas 3 g) Exigências: 10kg/ton 39 Milho h) Fontes: . Portanto.dm-3 > 120.Super Simples e Super Triplo  aplicados concentrados na linha de semeadura (sulco de semeadura) para diminuir a área de contato com o solo e. k) Deficiência: arroxeamento de folhas (elevação nos teores de antocianina). provocando deficiência desse nutriente na planta. portanto.0 – 40. a) Teor no solo: Classificação Muito Baixo Baixo Médio Bom Muito Bom Teor < 15.Fosfato natural: aplicar em solos ainda ácidos.dm-3 71. deve-se tomar cuidado com a quantidade de água que é fornecida (excesso de chuvas e taxas de irrigação muito altas).Muitas vezes. iniciando-se pelas folhas de baixo. Potássio (K): . apesar de que essa técnica vem sendo adotada em áreas de cultivo na BA. a fixação de P ao solo . por isso. é um elemento de fácil lixiviação e. a absorção de Zn é dificultada. Mg e K devem estar em equilíbrio no solo pois são transportados para dentro da planta pelo mesmo transportador.Fosfato Natural  área total e incorporado para aumentar a área de contato com o solo e.dm-3 * O K também chega à raiz por difusão e. consequentemente. antes de realizar a calagem.P x Zn  esses dois nutrientes competem pelo mesmo sítio de absorção na célula.Superfosfato Triplo: 45% de P2O5. l) Funções: Constituinte energético (ATP). * Ca. Contudo.0 – 120. o fator limitante passa a ser o K2O. j) Interações: . apresenta ainda boa concentração de S. quando a concentração de P está muito alta no solo.0 mg. pois a acidez acelera a reação dos fosfatos naturais (íons H+) .0 mg.0 mg.MAP e DAP: são fontes de P2O5 e N i) Formas de aplicação: .25% d) Absorção: K+ (Antiporte) . b) % T  o K deve representar apenas 3 a 5% da CTC total do solo c) Teor foliar: 1. 3.0 mg. mesmo que ele esteja em concentrações ideais no solo.dm-3 41.Superfosfato Simples: 20% de P2O5. necessita de água para que consiga chegar até esta. com isso.0 – 70. não apresenta S na fórmula . .Não é recomendada a aplicação de MAP e DAP em área total. K2SO4. é a mais usada no Brasil.Semeadura: parte do N e do K junto à semeadura (limite = 100kg/ha de N + K2O) . além dos teores desse nutriente estarem em níveis bons ou muito bons.dm-3 b) %T  O teor de Ca no solo deve corresponder a 40-45% da CTC total deste solo.4 cmolc.dm-3 2. devendo-se então tomar o cuidado de realizar todas as coberturas ainda na fase vegetativa.2 cmolc.pelos grãos. h) Interações: Como é absorvido pelas raízes pelo mesmo transportador do Ca e Mg.Antecipar a aplicação (????) . já que os grãos das pontas são os últimos a serem enchidos).dm-3 > 4.Parcelamento: a outra parte do N e do K aplicados em 1 ou 2 coberturas .Grandes Culturas 3 40 Milho e) Exigência: 23 a 25kg/ton de grãos (muito pouco K é exportado .já existente nesse vaso. sendo muito importante para evitar tombamento de plantas. c) Teor foliar: 0.4 – 4. Caso esse elemento caísse no floema.dm-3 0. etc. g) Fontes: KCl.Quase todo o K é absorvido até o florescimento. causando entupimento dos vasos do floema . o P era o fator limitante de produtividade na maioria das áreas. KNO3. Assim. j) Passado (deficiência de P) x Presente (deficiência de K) . dentre elas a RUBISCO. k) Deficiência de K: manchas necróticas nas margens das folhas do baixeiro. na maioria dos casos Classificação Muito Baixo Baixo Médio Bom Muito Bom Teor < 0. deve estar em equilíbrio com esses dois nutrientes. deve-se tomar cuidado pois apresenta efeito salino muito forte. esse nível deve corresponder a 40-45% da CTC do solo. Porém.Antigamente.0 cmolc. à geada. ataque de pragas e doenças. regula a abertura e fechamento dos estômatos (estômato fechado  não absorve CO2  não realiza fotossíntese). a saída de fotoassimilados das folhas para o enchimento de grãos ocorrem somente em presença de K (espigas com grãos murchos nas pontas podem indicar deficiência de K para a etapa final de enchimento de grãos. ele precipitaria o P2O43. já que não pode cair no floema. i) Parcelamento ou Antecipação? .Como o KCl é a fonte mais barata. relacionado à resistência da planta ao frio. Esse alto teor (40-45% da CTC) em relação ao K (3-5%) e ao Mg (9%) se deve ao fato de ser um elemento fortemente adsorvido pela argila (perde apenas para o Al3+).40% * Dentro da planta.20 a 30% .dm-3 1. ficando na palhada) f) Funções: Nutriente atípico. o Ca é imóvel. 4.4 – 1. Cálcio (Ca): a) Teor no solo: a calagem já é suficiente para suprir a necessidade de Ca. correlacionado à síntese de lignina. ativador de mais de 50 enzimas na planta. o K não faz parte da estrutura de nenhum composto da planta.4 cmolc. Atualmente. .2 – 2. o K passou a ser o fator limitante. com seu teor corrigido na maioria dos solos cultivados.0 cmolc.25 a 0. Grandes Culturas 3 41 Milho d) Absorção: Ca++ (Antiporte) e) Exigência: 4.45 cmolc.25 a 0. Isso faz com que a relação Ca:Mg = 3:1. c) Teor foliar: 0.dm-3 0.90 cmolc.4kg/ton de grãos f) Funções: é o átomo central da clorofila g) Fontes: Calcário (depende se o calcário é calcítico ou dolomítico). ou seja.50 cmolc.dm-3 0.Não é recomendado pois poderia ocorrer um excesso de calcário (supercalagem) nos primeiros 2cm do solo. 5.40% d) Absorção: Mg++ (antiporte) e) Exigência: 4. h) Calcário sem incorporação? . gesso.dm-3 b) % T  O teor de Mg no solo deve estar entre 9 a 15% da CTC. g) Fontes: Calcário. etc.91 – 1. 9-15% da CTC do solo deve estar ocupada por Mg.15 cmolc.16 – 0. h) Calcário sem incorporação? . MgSO4 (fonte utilizada para elevar os teores de Mg quando a acidez do solo já está corrigida e os teores de Ca estão bons ou muito bons). dá estabilidade à membrana plasmática. etc.dm-3 0.0kg/ton de grãos f) Funções: constituinte de parece celular.dm-3 > 1. i) Deficiência: branqueamento das folhas.50 cmolc. uma folha tende a grudar na outra.46 – 0. Magnésio (Mg): a) Teor no solo: Quase totalmente disponibilizado pela calagem Classificação Muito Baixo Baixo Médio Bom Muito Bom Teor < 0. Ferro (Fe): a) Teor no solo: 30 a 45mg. Zn é pouco presente nos solos brasileiros.Sulfato de Amônio [(NH4)2SO4]  24% de S .20% c) Absorção: SO42. mobilidade intermediária na planta  deficiência geralmente aparece nas folhas mais novas.(simporte)  pelo fato de ser um ânion. enquanto que B é muito móvel no solo. o limite entre a deficiência e a toxicidade é muito curto. b) Teor foliar: 0. em geral.Grandes Culturas 3 42 Milho . Enxofre (S): a) Teor no solo: ideal > 15mg.dm-3 (chega à raiz por difusão) . Por isso.Constituinte de aminoácidos .Não é recomendado pois poderia ocorrer um excesso de calcário (supercalagem) nos primeiros 2cm do solo.  O Cu é muito pouco móvel no solo. 7.  Os micronutrientes mais problemáticos são Zn e B. sendo muito facilmente lixiviado.10 a 0. d) Exigências: 3.Participa na estrutura terciária das proteínas f) Fontes: . i) Deficiência: clorose internerval nas folhas de baixo.Constituinte dos Sulfolipídeos .Gesso (fonte mais barata de S) .  Possuem.Super Simples  12% de S g) Deficiência: amarelecimento uniforme das folhas mais altas. Micronutrientes:  Como são absorvidos em pequenas quantidades. estão ocorrendo muitos casos de deficiência de S. 6. é muito lixiviado devido ao fato de ser fracamente adsorvido ao solo.0kg/ton de grãos e) Funções: .dm-3 * CUIDADO !!!  Os adubos atuais não utilizam fontes que contenham S na fórmula. TS: o teor de Zn aplicado junto ao TS é muito baixo.2mg. d) Exigência: 2100g/9 ton de grãos = aproximadamente 210 a 230g/ton de grãos. sendo usado apenas para dar um arranque inicial à cultura. h) Deficiência: . óxidos de zinco g) Formas de disponibilizar Zn para a planta: . caso haja necessidade de aplicar Zn em TS junto com carbofuran.dm-3 = ppm (quantidade muito pequena)  considerar de 20 a 250 mg.Foliar: 100 a 400g/ha de Zn* . a deficiência de Zn é completa já que há precipitação de hidróxido de zinco [Zn(OH)2] no solo. 8. e) Funções: .Necrose de folhas Obs. Além disso. quando aparece tem como sintoma o branqueamento das folhas.Solo: 2 a 4kg/ha de Zn* . ou seja.dm-3 c) Absorção: Zn++ (antiporte)  em caso de supercalagem.Folhas com listras brancas e amarelas . sendo portanto extremamente dependente de água no solo) .Apresenta antagonismo com P.Internódios curtos (baixa concentração de auxinas) . d) Exigências: 400g/9 ton de grãos = aproximadamente 40g/ton de grãos e) Funções: a principal função do Zn está relacionada à síntese de auxinas.dm-3 (chega à raiz por difusão.6 a 2.Grandes Culturas 3 43 Milho b) Teor foliar: 20 a 250mg.Ativador de várias enzimas na planta f) Deficiência: apesar de rara. altas concentrações de P no solo (o que é difícil nos solos brasileiros) causam deficiência de Zn. o qual já vem com Zn na sua mistura. b) Teor foliar: 20 a 70mg. c) Abosorção: Fe++ (antiporte)  absorvido na forma de ferro reduzido. deve-se utilizar o produto comercial Furazin. já que no solo a maior concentração desse nutriente está na forma de Fe+++. Por isso. já que são carreados para o interior da célula pela mesma proteína carreadora.Elemento estrutural da Ferrodoxina (FS I) .dm-3 é uma amplitude muito grande. f) Fontes: ZnSO4. o que torna difícil de se detectar o teor ideal exato. * Deve-se converter esses valores em função da teor de Zn da fonte utilizada. Zinco (Zn):  É um dos micronutrientes mais preocupantes nas condições de cerrado a) Teor no solo: 1. deve-se tomar cuidado pois o inseticida carbofuran Furadan apresenta antagonismo quando misturado ao Zn no TS. pois o adubo foliar é formado por sais. os quais . hormônios responsáveis pelo alongamento celular.: Aplicação foliar de Zn em caso de deficiência  deve-se tomar cuidado com a mistura do adubo foliar junto a inseticidas e/ou herbicidas. dm-3 (chega ao sistema radicular por Fluxo em Massa. Contudo. podendo ser tóxico em algumas regiões por estar em excesso no solo.0 a 12. 9.Divisão e alongamento celular . não ocorrendo tanta lixiviação).Ativador de proteínas f) Fontes: MnSO4 e Óxidos g) Foliar: 300 a 400g.Grandes Culturas 3 44 Milho podem ser quelatados pelos inseticidas e herbicidas.Diferenciação dos vasos do xilema .: O B é muito móvel no solo já que não fica adsorvido aos colóides do solo.> SO42.dm-3 c) Absorção: H3BO30 (como sua carga é nula. é um elemento imóvel dentro da planta (não se redistribui na planta). Ácido Bórico e Bórax (ambos de liberação muito rápida. Por isso.Constituinte da Mangano Proteína no Fotossistema II .6 a 0. a) Teor no solo: 9.Transporte de carboidratos f) Fontes: Ulexita (ideal. já que é muito móvel) Obs. seu transporte não é nem simporte nem antiporte) d) Exigência: 170g/9 ton grãos e) Funções: . Por isso. pois é de liberação gradual. a aplicação de fertilizantes foliares para suprir sua necessidade não é recomendada. ocasionando fácil lixiviação) . porém inicia-se nas folhas mais novas 10. deve-se deixar uma faixa sem aplicá-la para servir de testemunha para o próximo ano.> B) a) Teor no solo: 0. Manganês (Mn):  Nutriente muito presente em nossos solos. Boro (B):  Considerado o segundo micronutriente mais problemático já que é uma das formas de nutrientes mais lixiviados (NO3.0mg/dm-3 (Difusão) b) Teor foliar: 20 a 150mg. em caso de misturas. b) Teor foliar: 4 a 20mg.9mg. pois agirá somente nas células que receberem as gotas do fertilizante. 2001)  planta de milho tem alguma dificuldade de capturar o Mn no solo (aplicação entre V4 e V8) h) Deficiência: se assemelha à deficiência de Mg (clorose internerval).ha-1 (Fancelli. dm-3 c) Absorção: Mn++ (antiporte) d) Exigência: 340g/9 ton de grãos e) Funções: .Fertilidade dos grãos de pólen . Amarelecimento das folhas novas logo que começam a se desenrolar . é muito lixiviado) b) Teor foliar: 0. a) Teor no solo: 1.8mg.(Simporte)  muito lixiviado d) Exigências: 9g/9 ton de grãos e) Funções: .7 a 1.ha-1 como adubação corretiva (antes da semeadura) .Colmos ficam macios e se dobram .Superóxido desmutase (enzima responsável pela quebra da água oxigenada) .0.ha-1 na linha de semeadura h) Deficiência: . Com o aumento do uso do Sistema de Semeadura Direta (SSD).Grandes Culturas 3 45 Milho g) Adubação via solo: .0kg.dm-3 c) Absorção: MoO4-.dm-3 (imóvel) b) Teor foliar: 6 a 20mg.Faixas alongadas aquosas ou transparentes que ficam secas ou brancas (semelhante ao Ca) nas folhas novas .Folhas amarelas e com margens necrosadas 12.3 a 10kg.2mg.xx --------------------- . passou a apresentar problemas de deficiência pois é altamente complexado pela matéria orgânica.Curvatura (enrolamento) das pontas das folhas e necrose na ponta . Cobre (Cu):  Elemento praticamente imóvel no solo  No Sistema de Semeadura Convencional (SSC). não era muito problemático.Baixa polinização .Afeta a lignificação (semelhante ao K) f) Deficiência: . Molibdênio: a) Teor no solo: quase nulo (muito móvel – assim como o B.Morte dos pontos de crescimento .Má formação dos sabugos (não ficam compactos) 11.3 a 1.dm-3 c) Absorção: Cu++ (Antiporte) d) Exigências: 110g/9 ton de grãos e) Funções: .Redutase do nitrato --------------------.Fotossíntese (plastocianina) . surgiu uma doença que “jogou por terra” a idéia de uso exclusivo do controle de doenças por resistência varietal: a Cercosporiose (Cercospora zea-maidis). Como era um patógeno “novo”. qual época de aplicação?). Propiconazole) aos 45 e 60 dias após semeadura. da seguinte maneira: .  Na safra 1999/2000. em grande parte.Mesmo materiais altamente resistentes à Cercosporiose responderam à aplicação de fungicidas.  A aplicação de fungicidas depende de: . Contudo. Estrobilurina. e deixa de carreá-los para sua defesa. queimando as células. o manejo das doenças atualmente é baseado em controle genético e químico.Aumento das áreas e épocas (“safrinha”) de plantio . da luz recebida (fotossíntese)  doenças foliares diminuem essa produtividade por danificarem a folha. consequentemente. o que derrubou o uso exclusivo da resistência genética. que impede a germinação do esporo do fungo e.SSD. a colonização da planta pelo fungo.  Algumas doenças chegam bem cedo no milho (estádio vegetativo). que é o órgão responsável pela realização da fotossíntese. fazendo com que uma planta que seria ideal do ponto de vista da resistência a doenças. Esse fungo produz a toxina Cercosporina. essa síntese implica em gasto energético pela planta.  Ensaio conduzido em Uberlândia.  A aplicação de fungicidas é ideal no pendoamento pois irá proteger a cultura por 20 a 25 dias. sem incorporação dos restos culturais .  Assim. . mostrou que a aplicação de fungicidas (Mancozeb. Grande parte dos híbridos no mercado em 1999/2000 eram suscetíveis à doença.  Causas do aumento da ocorrência de doenças em milho: . Difeconazole. o pilar do manejo de doenças era resistência genética  A resistência genética é dada pela síntese de alguma(s) substância(s) pela planta.Fungicida não aumenta o potencial produtivo. a qual reage dentro da planta formando água oxigenada. provavelmente algum fenol ou aldeído. qual dose?.O material mais tolerante a Cercosporiose ainda respondeu à aplicação de fungicida pois a Cercospora não era a única doença na área . apenas evita perdas de produtividade que seriam causadas pelas doenças. também não se sabia como realizar o controle químico (qual fungicida?. como é o caso das ferrugens (V8)  A grande maioria das doenças atacam a partir do florescimento pois a planta concentra fotossintatos no enchimento de grãos.Grandes Culturas 3 46 MILHO x DOENÇAS Milho  Milho híbrido  Potencial de produção = 500 sc/ha (30.  Conceito Clássico de Doenças de Plantas = Triângulo de Doenças (Patossistema selvagem)  Manejo das Doenças Foliares  Até o ano 2000. na safra 2002.etc. tinha efeitos sobre a produtividade. não conseguiria produzir muito.000kg/ha)  depende. Se o híbrido é resistente ou suscetível . ao infectar a planta.Pode ser disseminada pelas sementes 3.Não são conhecidos hospedeiros alternativos.Longos períodos de cerração (neblina) .Na década de 70 causou enormes prejuízos (milho macho estéril) . 2. portanto. bem como a UR.Altas precipitações .Qual época a doença apareceu (vegetativo ou reprodutivo) 1.2 raças: T (Texas) e O (Old) . Phaeosphaeria maydis. talvez.Restos de cultura infectados são importantes fontes de inóculo .Importância aumentou significativamente a partir dos anos 80 .Umidade Relativa > 60% . e.Temperaturas noturnas em torno de 14ºC .Temperaturas entre 25-30ºC .Controle químico  Alto  Condições Favoráveis .Destruição de restos culturais  Médio .Presença de orvalho e molhamento foliar  Disseminação: . a rotação de culturas é uma boa prática de manejo da doença .Hoje: encontra-se praticamente em todos os locais onde se cultiva o milho . Phoma sp. em Bipolaris maydis.Local: respingos de água .Adubação balanceada  Alto .Grandes Culturas 3 47 Milho . . .As manchas iniciais são encharcadas. apesar de em ambos os casos as lesões serem alongadas. Mancha Branca (Complexo)  Geral: .Apesar de amplamente distribuída no Brasil.Resistência genética  Médio .Agentes causadores: Pantoea ananas (bactéria que. estas ultrapassam os limites das nervuras secundárias. típicas de uma bacteriose .Os sintomas de Cercosporiose diferem dos de Bipolaris maydis já que.Rotação de culturas  Médio .Híbridos suscetíveis em condições favoráveis podem reduzir a produção em até 60%  Epidemiologia . pois a pressão de inóculo é menor.Semeaduras tardias favorecem a doença  Semear híbridos suscetíveis no início da safra. atualmente sua severidade é baixa (resistência varietal altamente estudada) . Cercosporiose (Cercospora zeae-maydis)  Valor relativo de controle: . abre caminho para a entrada dos demais patógenos causadores dessa doença).Densidade de semeadura  Médio .. um terceiro fungo.Doença preocupante devido ao seu alto potencial destrutivo .Longas distâncias: vento (40km) .Quanto se quer produzir .UR > 90% . Helmintosporiose (Bipolaris maydis)  Importância e distribuição . se possível  Epidemiologia .Encontrada em todas as regiões com cultivo de milho .Várias raças já identificadas  problema para os melhoristas. de altas altitudes (noites frias) A) Ferrugem Polissora (Puccinia polysora) .: Ensaio com fungicidas para o controle de Mancha Branca . B) Ferrugem Comum (Puccinia sorghi) .Lesões vão coalescendo e destroem a área foliar .As estrobilurinas não controlam totalmente a doença (50 a 60% de controle) .Temperaturas entre 16-33ºC .Principalmente pelo vento .Grande número de raças  Condições favoráveis .Umidade Relativa alta .Local: respingos de chuva . alongadas. principalmente as misturas triazóis + estrobilurinas.Os materiais atuais são bem resistentes a essa doença .) .Favorecido por altitudes inferiores a 700m .Longas distâncias: vento . causa um estrago muito grande pois iniciam muito cedo .Lesões avermelhadas e arredondadas.Região Central: maior incidência em altitudes elevadas .Sintomatologia: lesões avermelhadas.Grandes Culturas 3 48 Milho  Disseminação .Favorecida por altitudes superiores a 800m  Disseminação . que têm que desenvolver híbridos resistentes a todas. principalmente se em baixas latitudes (dias e noites quentes) .Menos agressiva que a polissora . com uma fenda no centro da lesão após a liberação dos uredosporos .Sem hospedeiros alternativos conhecidos Obs.É a ferrugem do milho mais antiga do Brasil .Temperaturas próximas a 27ºC .Assim.Grande importância na região central do Brasil (baixas altitudes) . Ferrugens  Ferrugem Tropical  coloração creme  Ferrugem Polissora  coloração avermelhada.Apresenta ciclo completo .Ganhou expressão a partir da década de 80 .Umidade Relativa alta .Maior severidade no Sul do país .Aplicação de triazóis não controla a doença . de baixas altitudes (dias e noites quentes)  Ferrugem Comum  coloração avermelhada.Disseminação pelo vento e sem hospedeiros alternativos  Controle químico  existem bons fungicidas no mercado.Clamidósporos: permanecem nos restos culturais por longos períodos de tempo .Tem hospedeiro alternativo: trevo (Oxalis sp. a aplicação de fungicidas não é suficiente se usada isoladamente como método de controle 4.No MT. que seria responsável pela produção de fotossintatos para o colmo e a raiz . conídios ou clamidósporos .Pode ser transmitida pelas sementes. diminuindo a área fotossintética dessa região da planta. . deficiência de N. etc. nem déficit hídrico pois chove em toda a área .Hospedeiros alternativos: sorgo.Cultivares de milho-pipoca utilizadas no Brasil são muito suscetíveis .Doença severa e muito importante na safrinha . causa também grãos ardidos já que seu esporo também pode colonizar espiga.Também transmitida pelo vento e por restos de cultura 6. macrospora. capim-maçambará e teosinto  Condições favoráveis . não sendo deficiência de N pois a adubação é a mesma para todas as plantas.Incidência severa antes do embonecamento é totalmente danosa  Disseminação . além de causar mancha foliar. podendo causar queima de plântulas . assim como a polissora.Uma das doenças mais antigas e importantes do Brasil .Manchas escuras aparecem após o amarelecimento  lesões típicas Antracnose do Milho (Colletotrichum graminicola) . macrospora apresentam ponto de infecção e halo amarelo no início. se alguns apresentarem folhas baixeiras amareladas pode se ter certeza de que é antracnose.Grandes Culturas 3 49 Milho C) Ferrugem Branca ou Tropical (Physopella zeae) .Lesões de S. causando podridão de espiga 7.Umidade Relativa alta Obs.Conídios abundantes e disseminados a longas distâncias pelo vento .Alta incidência na região central do Brasil .S.Sobrevivência em restos culturais: micélio.Lesões de coloração creme . pois há resistência varietal diferenciada entre híbridos.Distribuídas no Centro-Oeste e Sudeste .Local: chuva .Ambas doenças destroem grande parte da área foliar .Temperaturas entre 18-27ºC . apresenta picnídios . Macha de Stenocarpella (Stenocarpella macrospora)  Importância e distribuição: .Ferrugem mais nova na cultura do milho .Bom controle por estrobilurinas e triazóis 5. Mancha de Turcicum (Exserohilum turcicum)  Importância e distribuição . campo .Também gosta de temperaturas mais elevadas .Normalmente acontece nas folhas baixeiras.Doença que. entra muito cedo na cultura .Quando se tem muitos híbridos no campo.Amarelecimento da folha próxima à nervura  ocorre principalmente no baixeiro. passando desapercebidas pelos técnicos de . e quando mais desenvolvida.Folhas baixeiras ficam totalmente queimadas  pode ser confundida com déficit hídrico.: Exserohilum (Helminthosporium) turcicum x Stenocarpella (Diplodia) macrospora .Largamente disseminada pelas regiões produtoras . a rotação de culturas é um dos métodos mais eficientes para seu controle. Além disso. Por isso. enquanto que no milho eles são protegidos por folhas modificadas (palha). quando se chega na maturação fisiológica.  Os grãos de arroz são desprotegidos. para aumentar a uniformidade dos grãos na colheita. ocasionando tombamento.Os grãos ardidos são muito leves devido ao consumo da reserva do grão pelos fungos (principalmente Stenocarpella). Mas.500mm.O aumento dessa doença está associada ao cultivo sucessivo de milho. sendo que estes últimos quebram com mais facilidade.Como os grãos ardidos são muito leves. indicando um bom controle de doenças durante o reprodutivo e vegetativo. Assim. Essa quebra também pode ser ocasionada por colhedoras mal reguladas. os 50g de grãos deveriam pesar muito mais. secundário. (isso dissemina ainda mais os fungos no campo).xx --------------------COLHEITA MILHO/ARROZ  Perdas de 3-5% na colheita são consideradas normais para a cultura do milho. cultiva-se arroz até “limpar” o solo para se cultivar soja (altura de corte da plataforma da colhedora muito baixa). depreciando o produto. o arroz é uma planta perfilhadora (perfilhos primário. Isso faz de seu cultivo um risco muito alto. Quando a lavoura está muito desuniforme. mascarando o resultado . sendo que em nossa região chove apenas 1.: 500g de amostra ------.  Fungos colonizam os grãos na espiga. grande parte deles fica no campo pois é eliminada pelos mecanismos de limpeza da colhedora (peneiras e ventiladores). uma área bem manejada do ponto de vista sanitário. acarretando na colheita de grãos maduros e verdes juntos.  Vantagem do arroz nos primeiros anos de exploração do solo (abertura de novas áreas)  altura de colheita mais elevada. já que pode sobreviver por até 18 meses no solo. Assim. apresenta folhas páleas e intactas (sem danos).  Desvantagem do arroz em nossa região (Sudeste e Centro-Oeste)  alta exigência em água. o ideal é que esse perfilhamento seja reduzido.  Ao contrário do milho. 8.). . algumas espigas ainda podem apresentar grãos ardidos sem que o produtor consiga ver.Como atacam folhas baixeiras.200mm de água durante o ciclo.  Manejo das Doenças de Espiga (Grãos Ardidos)  Os grãos ardidos representam um “mal oculto” pois. o que é comum no cerrado.50g de grãos ardidos = 10% de grãos ardidos  ERRADO!!! Motivos do erro: .Grandes Culturas 3 50 Milho . etc. produzindo micotoxinas  importância muito grande pois grande parte do milho produzido é destinado à produção de ração para animais  Existe um complexo muito grande de fungos que causam os grãos ardidos Obs. pois está sob a palha da espiga. a maturidade dos grãos é desuniforme. evitando que a plataforma da colhedora atinja tocos e outros obstáculos.400 a 1.  Importância e distribuição . a cultura do arroz é mais tolerante à acidez trocável do solo (Al3+). Podridão Branca da Espiga (Stenocarpella --------------------. A cultura necessita de 1. a fotossíntese é afetada. diminuindo a resistência do colmo. Contudo. terciário. na verdade. Época de semeadura (o milho é. não tendo mais folhas verdes após atingir 20% de umidade do grão.Tempo efetivo de colheita (± 1.Transporte . se a plataforma de colheita de milho for de 8 linhas. geralmente.Milho  desde 28% até a umidade de venda (13%) .2 milhões de plantas/ha  Na organização de semeadura do milho.Arroz  25-28%  Colheita de grãos . antes da soja.000 sacos/dia) . semiprecoces. muitas plantas serão tombadas sem serem colhidas.600 a 2. normais  indicam a época de colheita) .Preço Cálculo de correção do peso em relação à umidade: Pfinal = Púmido × 100 − Ucolheita 100 − Uideal Exemplo: . 2.Produtividade = 9.Arroz  20 a 25% de umidade (abaixo disso.Número de colhedoras que serão necessárias .Milho  30-35% .000 × 100 − 28 = 7. ou seja. já que a cada dia que passa. se um espaçamento na semeadura estiver errado e o número de linhas da semeadora for diferente da colhedora.Umidade de colheita (cálculo abaixo) . são menos dias de luz de boa qualidade).Ucolheita = 28% (acima disso é muito difícil de se colher) .Grandes Culturas 3 51 Milho  O grão de arroz é protegido apenas por uma casca fina (lema + palha). Assim. a primeira cultura a ser implantada.  População de plantas de arroz = ± 1. a planta começa a morrer (senescência). deve-se adotar semeadoras que possuam a mesma quantidade de linhas da colhedora. Planejamento da Colheita  Deve ser iniciado antes da semeadura: . 1. A partir daí. Isto é. ele atinge a maturidade fisiológica. já que cada linha da colhedora colhe 1 linha de milho. . Época de Colheita  Teórico (maturidade fisiológica) . o ideal é que a semeadora também tenha 8 linhas.Produtividade esperada .000kg/ha .Escolha dos híbridos (precoces.U ideal de venda = 13% (para o milho) Pfinal = 9.Milho  Maturidade fisiológica (30-35%) .Quantidade de secadores necessários caso seja colhido em umidade superior à ideal . o que faz com que a janela de semeadura seja muito curta. que é fotossensível.Área a ser cultivada . a colheita não é adequada pois os grãos quebram e degranam facilmente)  Colheita de sementes .807 kg / ha 100 −13  Após 35-40% de umidade do grão. no ponto exato de venda. Essa preocupação é ainda maior no caso da soja. o qual separa os grãos da palha  Esse sistema é contínuo até o fim da colhedora .Milho para silagem  55% (R5) 3.Plataforma tem bico coletor coincidindo com a linha de cultivo.Perda de espiga ao bater com muita força na plataforma caso a velocidade da colhedora estiver alta. Colheita Mecânica  Recolhimento (plataforma)  Alimentação (corrente transportadora)  Debulha (cilindro e côncavo) – feita de forma mecânica. D) Separação:  Feita no Saca-Palhas (“jacaré”).Milho verde e doce  70% (R4) . principalmente as do gênero Ipomoea  Essa fase é fonte de perdas de espigas e grãos B) Alimentação:  Feita pela corrente transportadora (“garganta”)  É onde ocorre o embuxamento  A espiga chega até a alimentação pelo caracol (roscas sem-fim) C) Debulha:  Feita entre o Cilindro Batedor e o Côncavo (esse espaço entre os dois é regulado em função do tamanho da espiga)  A velocidade de rotação do cilindro também é regulável (deve ser maior em material mais úmido. pode haver perda de grãos isolados . .Grandes Culturas 3 52 Milho . Tipos de Colheita  Manual  Semi-mecanizada  Mecanizada (é a mais importante para atualmente) 4.Arroz  igual à colheita de grão (20-25%)  Milhos especiais: .  Não pode haver nem grãos quebrados nem grãos aderidos ao sabugo quando passar por essa etapa.Embuxamento por plantas infestantes. já que é mais difícil de se retirar o grão da espiga). derrubando a planta. sendo responsável por grande parte das perdas que ocorrem na colheita  Separação (saca-palha ou “jacaré”) – separação dos grãos + sabugo + palha  Limpeza – extremamente importante A) Recolhimento:  Perdas: . Se o material for mal-empalhado. 0kg.666. já que. de aproximadamente 1. tem-se 8.000 sementes.Perdas em Pré-colheita: Considerando que foram encontradas 5 espigas caídas em 40m2 de amostragem. as impurezas também diminuem o preço do grão  É feito nas Peneiras e pelo Fluxo de Ar. tem-se: 5 espigas/40m2 = 333.000kg/ha .000 grãos/ha  100kg/ha .Fluxo de ar muito forte Ex.0kg forma perdidos em 40m2  em 1 ha. . ou grãos isolados.: Perdas totais em espigas (40m2 x ? repetições)  30 espigas 30 espigas x 800grãos (número de fileiras x número de grãos por fileira) = 24.0m2.0 x 10.000.É muito pequena Perdas causadas pelo Cilindro/Côncavo (grãos aderidos) Perdas causadas pelo Mecanismo de Separação e Limpeza (grãos soltos) . em vários pontos (repetições). Então. sendo o mínimo ideal de 10 repetições)  Perdas em espigas em pré-colheita (tombamento e quebramento)  Perdas em espigas na plataforma  Perdas totais em espigas Ex. Obs.Grãos soltos = 120grãos  12.Orifício das peneiras sujos ou mal regulados . Perdas na Colheita Mecânica A) Perdas em espiga  Determinada em amostragem em áreas de ± 40m2 (quanto maior o número de repetições.: Sabugos muito quebrados podem indicar quebra também de grãos.000 / 40 = 2.000grãos pesam 8. as amostragens são feitas em áreas menores. 8.: Média de 10 repetições de 1. Obs. os 24.  Grãos soltos na plataforma e na limpeza  Grãos aderidos a pedaços de sabugo causados pelo cilindro/côncavo mal regulados Perdas causadas pela Plataforma (grãos soltos) .Perdas na Plataforma: Considerando que foram encontradas 25 espigas em 40m2 de amostragem.33kg/ha . quando o problema está na plataforma ou no sistema de limpeza).000grãos/ha  400kg/ha (plataforma + separação) .Grandes Culturas 3 53 Milho E) Limpeza:  Retira as impurezas dos grãos. assim como os grãos ardidos.000 grãos Considerando que em 1kg existem 3. tem-se: 25 espigas/40m2 = 1. melhor é a amostragem.67kg/ha B) Perdas em grãos  Nesse caso.0m2.: As perdas podem ser de espigas (perdas em pré-colheita ou pela máquina) ou de grãos (junto com o sabugo quando o problema está no cilindro e côncavo. 5.Grãos aderidos = 30 grãos  300. o qual também exige mais arroz do tipo “agulhinha”. o que ocasiona problemas de quebra de grãos . já que o pouco lipídio presente no embrião causa rancificação do arroz).Não se consegue descascar 100% dos grãos.Perda Total de Espigas = 1666.Produtos: casca.Grandes Culturas 3 54 Milho * Plataforma = 24 grãos = 80.67kg . sobram alguns “marinheiros” (grãos com casca) . que fica solto na panela.Alto teor de amilopectina e baixo teor de amilose  é o arroz que os orientais consomem em maior quantidade.  Brunição / Branqueamento  lixar o arroz para retirar o pericarpo + camada de aleurona + embrião  Polimento  Classificação * Descascamento: . porém apresenta curto período de prateleira. C) Beneficiamento (grãos já com 13% de umidade)  Limpeza  Descascamento (retirada da palha e lema)  se for comercializado logo após o descascamento. À medida que o cilindro gira. devendo ser lenta e gradativa. arroz integral e marinheiros (voltam para o descascador) * Brunimento / Branqueamento: . * Polimento: .67kg/ha --------------------. ficando com uma coloração opaca.Objetivo: retirada da casca e pequenas partes da camada de aleurona. camada de aleurona (proteínas) e pericarpo.Produto: farelo e arroz brunido (tempo de prateleira de aproximadamente 6 meses) . É o arroz de preferência do consumidor brasileiro. farelo.O brunidor é um cilindro revestido interiormente por lixas. aproximadamente 15 dias.Retira-se o embrião (lipídios e vitaminas).166. Apresenta em torno de 5% de amilose.Perda Total de Grãos = 500kg . pois senão haveria muita quebra de grãos. é considerado arroz do tipo integral (elevada qualidade nutricional. Caso contrário.Realizado com esmeril. já que mantém o pericarpo + embrião + camada de aleurona. Obs. haverá formação de trincas. pericarpo e embrião. “flint”. o grão vai sendo lixado. .Total = 2.xx --------------------PRÁTICAS PÓS-COLHEITA (ARROZ) A) Limpeza B) Secagem  Umidade de colheita = 20-25%  Umidade ideal de beneficiamento = ± 13%  A secagem não pode ser rápida. .0kg/ha * Separação = 320kg/ha Perdas totais na máquina: . . que apresenta comprimento maior que 6mm e estreitos (longos).: Teor de amido no arroz = 70% . Assim.Alto teor de amilose (13-37%)  Arroz vitrificado. Objetivo: retirar o farelo ocasionado pelo brunidor .Produto final: arroz brunido polido D) .O polidor é semelhante ao brunidor. porém com panos no lugar das lixas .Grandes Culturas 3 55 Milho .
Copyright © 2024 DOKUMEN.SITE Inc.