AULAO LINGUAGEM.HUMANAS

March 29, 2018 | Author: Matheus Mendes | Category: Modernism, Poetry, Slavery, Romanticism, Arts (General)


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O ESPECIALISTA CURSOS1 SuperAulão Literatura – Professora Thamares Dias Semana de Arte Moderna – Início da Modernidade Artística Brasileira. 1. Os organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922, com a participação de Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Brecheret, Anita Malfatti, Heitor Villa-Lobos entre outros, apresentam um manifesto defendendo: a) a censura dentro da expressão do artista e apenas a cópia das expressões artísticas europeias. b) a liberdade de expressão do artista e a cópia das manifestações artísticas do século XIX. c) a liberdade de expressão do artista e a incorporação das modernas formas de expressão estrangeiras para recriá-las de maneira própria do país. d) a censura dentro da expressão do artista e cópia das manifestações artísticas europeias do século XIX. e) a incorporação das mais modernas formas de expressão artísticas europeias e o abandono das expressões culturais brasileiras. 2. “[...] o modernismo induz intelectuais latino-americanos a redescobrirem o povo, o que pode levá- los a descobrir camponeses e operários, ou índios e negros. O vínculo com a cultura universal não impõe necessariamente um caráter dependente ou alienado à totalidade de nossa cultura”. (IANNI, O. In: PINSKY, J. et al. História da América através de textos. São Paulo: Contexto, 1994. (Textos e documentos, v. 4, p. 88.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema é correto afirmar: a) A produção cultural referente à época do Modernismo caracterizou-se pela valorização da mestiçagem entre europeus e indígenas como elemento fundamental para o estabelecimento de uma identidade cultural homogênea aos países latino-americanos. b) No Modernismo hispano-americano e brasileiro sobressaiu-se a tendência de linhas retas e pouco uniformes, herança ainda dos artistas pertencentes à Escola Francesa, trazida por D. João ao Brasil. c) A produção cultural relativa aépoca moderna foi influenciada pelo positivismo, permitindo que a “América” descobrisse a “América” através de novas formas de retratar os povos americanos. O ESPECIALISTA CURSOS 2 d) Vinculado a uma cultura universal, o Modernismo não conseguiu tocar os imaginários sociais sobre a questão das características próprias de cada país, sendo que o olhar do europeu sobre a América é que se sobressaiu e foi valorizado nas obras desse período. e) O Modernismo proporcionou aos artistas e intelectuais americanos a formação de uma consciência social, de caráter nacional-popular, produzindo uma contraposição à subordinação vivenciada nesses territórios e valorizando a cultura nacional. 3. Em 1922, ocorreu a Semana de Arte Moderna em São Paulo, a qual buscava o rompimento com o passado, valorização sincera nacional, novas técnicas para alcançar a representação do contemporâneo e mudanças nos planos da expressão verbal: negando a rima, a métrica, o soneto. A partir de tais propostas e sabendo que o autor do poema abaixo participou da Semana de Arte Moderna, é correto afirmar que: Poema do beco – Manuel Bandeira Quem importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte? _ O que eu vejo é o beco. a) O poema trouxe mudanças na expressão verbal, pois os versos são assimétricos, não seguem nenhum modelo, como, por exemplo, o do sonete, e não há rimas. b) O poema não conseguiu criar novas técnicas para alcançar a representação do contemporâneo, já que “beco” não condiz com o crescimento urbano da época. c) Podemos dizer que o poema é muito parecido com os poemas parnasianos, escola anterior ao Modernismo e que valorizava a norma padrão e palavras eruditas, por isso não apresenta rompimento com o passado. d) O poema representa o contemporâneo, pois traz como tema a vida urbana – “beco”, longe da natureza – “baía”. e) As alternativas a e d estão corretas. 4. A linguagem de seus poemas é marcada por um vocabulário antipoético: escarro, verme, morcego. Seus temas preferidos são a ingratidão do ser humano, a putrefação dos cadáveres. São dele os versos: “a mão que afaga é a mesma que apedreja”. Trata-se de: a) Augusto dos Anjos. b) Luiz Vaz de Camões. c) Vicente de Carvalho. d) Vinicius de Moraes. e) Manuel Bandeira. 5. Augusto dos Anjos é autor de um único livro, Eu, editado pela primeira vez em 1912. Outras O ESPECIALISTA CURSOS 3 Poesias acrescentaram-se às edições posteriores. Considerando a produção literária desse poeta, pode- se dizer que: a) Foi recebida sem restrições no meio literário de sua época, alcançando destaque na história das formas literárias brasileiras. b) Revela uma militância político-ideológica que o coloca entre principais poetas brasileiros de veio socialista. c) Foi elogiada poeticamente pela crítica de sua época, entretanto não representou um sucesso de público. d) Traduz a sua subjetividade pessimista em reação ao homem e ao cosmos, por meio de um vocabulário em reação ao homem e ao cosmos, por meio de um vocabulário técnico-científico- poético. e) Anuncia o Parnasianismo, em virtude das suas inovações técnico-científicas e de sua temática psicanalítica. 6. Assinale a alternativa em que se encontram preocupações estéticas da Primeira Geração Modernista: a) “Não entrem no verso culto o calão e solecismo, a sintaxe truncada, o metro cambaio, a indigência das imagens e do vocabulário do pensar e do dizer.” b) “Vestir a Idéia de uma forma sensível que, entretanto, não terá seu fim em si mesma, mas que, servindo para exprimir a Idéia, dela se tornaria submissa.” c) “Minhas reivindicações? Liberdade. Uso dela; não abuso.” “E não quero discípulos. Em arte: escola = imbecilidade de muitos para vaidade dum só.” d) “Na exaustão causada pelo sentimentalismo, a alma ainda tremula e ressoante da febre do sangue, a alma que ama e canta porque sua vida é amor e canto, o que pode senão fazer o poema dos amores da vida real?” e) “O poeta deve ter duas qualidades: engenho e juízo; aquele, subordinado à imaginação, este, seu guia, muito mais importante, decorrente da reflexão. Daí não haver beleza sem obediência à razão, que aponta o objetivo da arte: a verdade.” 7. Leia o texto atentamente: “Na feira-livre do arrebaldezinho um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor: - “O melhor divertimento para as crianças!” Em redor dele há um ajuntamento de menininhos pobres...” O ESPECIALISTA CURSOS 4 Não é característica presente na estrofe acima: a) Valorização de fatos e elementos do cotidiano. b) Utilização do verso livre. c) Linguagem despreocupada, sem palavras raras. d) Preocupação social. e) Metalinguagem. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ O ESPECIALISTA CURSOS 5 QUESTÕES PROF. CLÁUDIO BARROSO SUPER AULÃO 1. (Unesp 2012) No século XIX a música brasileira teve sua maior expressão na obra de Antonio Carlos Gomes, aclamado uma personalidade musical da corte de dom Pedro II. A estreia de sua ópera “O Guarani” em 1870 nos teatros de Milão e do Rio de Janeiro trouxe-lhe reconhecimento internacional. A ópera inspira- se no romance indianista O Guarani, de José de Alencar, publicado em 1857, que narra um triângulo amoroso entre a jovem Cecília, o índio Pery e o português dom Álvaro. (Coleção Folha grandes óperas. Carlos Gomes, vol. 07, 2011. Adaptado.) Assinale a alternativa que se refere corretamente a fatos ocorridos na história do Brasil no período que se estende de 1850 a 1870. a) A colonização do Brasil ultrapassou os limites geográficos da linha de Tordesilhas, provocando conflitos permanentes entre as metrópoles portuguesa e espanhola. b) A incorporação do território do Acre pelo Estado brasileiro promoveu um desenvolvimento econômico na região da bacia do rio Amazonas. c) O fim do tráfico de escravos da África para o Brasil aumentou o investimento de capital inglês que serviu para fomentar a modernização e o crescimento urbano do Rio de Janeiro. d) Com a proibição do tráfico de escravos, o governo imperial adotou uma série de medidas para facilitar o acesso da população brasileira à propriedade da terra. e) Em São Paulo, a produção do café continuou restrita à faixa litorânea e ao vale do rio Paraíba, regiões favorecidas pela fertilidade da terra roxa. 2. (Mackenzie 2013) A Semana de Arte Moderna de 1922 foi um marco cultural e a expressão da busca de um novo Brasil que conseguisse superar suas características arcaicas, refletindo mudanças em todas as áreas de nosso país. Em 1928, Oswald de Andrade publicou o Manifesto Antropofágico, que procurou “traduzir” o espírito da cultura nacional. A respeito do contexto histórico e cultural da época, é correto afirmar que a) Como proposta de mudança para a Arte do século XX, ao se aceitarem as influências estrangeiras, sem se menosprezar a identidade nacional, e sim reforçando-a, retoma-se a proposta da antropofagia como “ferramenta” na elaboração da verdadeira cultura nacional. b) Todas as novas correntes artísticas advindas da Europa, no início do século XX, são fundamentais para a elaboração de uma cultura verdadeiramente nacional, pois estavam engajadas na preocupação de favorecer as classes trabalhadoras dentro da nova sociedade moderna mundial. c) O Modernismo brasileiro surgiu com a intenção de promover uma atualização da arte brasileira, capaz de ajudar na consolidação da identidade nacional de tal forma que tiveram de se desligar da influência cultural externa para a dedicação única da arte, considerada nacional e genuína. d) Reflete um novo posicionamento em relação à Arte no Brasil, reproduzindo as ideias que, no plano político, eram defendidas pelo movimento Verde-Amarelismo de Plínio Salgado que defendia a presença de estrangeirismos em nossa cultura. O ESPECIALISTA CURSOS 6 e) Mostra o rompimento de vários artistas nacionais, como Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti, com as influências externas, principalmente com o movimento futurista italiano, profundamente aliado aos ideais fascistas e autoritários. 3. (Ufrgs 2008) Considere o enunciado a seguir e as quatro propostas para completá-lo. A Semana de Arte Moderna de 1922, ocorrida em São Paulo, veio a se tornar referência nacional. Entre as razões de sua importância, pode-se citar 1 - sua capacidade de crítica ao academicismo e ao parnasianismo, que a levou a romper o marasmo da cultura verbalista e alienada, impulsionando, por exemplo, a renovação literária. 2 - as influências artísticas das tendências futurista, dadaísta, surrealista e expressionista, e a influência de artistas como Menotti Del Pichia, Anita Malfatti, Villa-Lobos e Di Cavalcanti. 3 - a oposição ao "servilismo lusitano", presente em instituições acadêmicas como a Academia Brasileira de Letras, o Museu Nacional de Belas-Artes, a Escola Nacional de Belas-Artes. 4 - a expressão artística da crise de um Brasil classista, urbano, industrial e moderno. Quais propostas estão corretas? a) Apenas 1 e 2. b) Apenas 1 e 3. c) Apenas 3 e 4. d) Apenas 1, 2 e 3. e) 1, 2, 3 e 4. 4. (Upe 2014) O Brasil da segunda metade do século XIX viveu um desenvolvimento urbano e econômico, que gerou reflexos na sua produção cultural. Espaço de surgimento e atuação de vários artistas e intelectuais, as cidades do Brasil Imperial foram o palco de uma efervescência artístico- cultural ímpar. Sobre essa realidade, assinale a alternativa CORRETA. a) Machado de Assis, principal escritor do Modernismo brasileiro, foi autor de várias obras que tiveram ampla aceitação popular, o que lhe proporcionou, inclusive, fama no exterior. b) As pinturas de Pedro Américo refletiam um tom romântico e nacionalista, retratando, inclusive, acontecimentos históricos pátrios. c) Aluísio de Azevedo, grande expoente do romantismo literário no Brasil, sofreu com a censura imperial, em relação a sua obra. d) Castro Alves, grande símbolo do chamado „mal do século‟, foi autor de poesias que tiveram ampla repercussão nacional. e) A produção teatral de Artur de Azevedo era marcada por uma dramaturgia de conotações trágicas. 5. (Unesp 2011) (...)“Confeitaria do Custódio”. Muita gente certamente lhe não conhecia a casa por outra designação. Um nome, o próprio nome do dono, não tinha significação política ou figuração O ESPECIALISTA CURSOS 7 histórica, ódio nem amor, nada que chamasse a atenção dos dois regimes, e conseguintemente que pusesse em perigo os seus pastéis de Santa Clara, menos ainda a vida do proprietário e dos empregados. Por que é que não adotava esse alvitre? Gastava alguma coisa com a troca de uma palavra por outra, Custódio em vez de Império, mas as revoluções trazem sempre despesas. (Machado de Assis. Esaú e Jacó. Obra completa, 1904.) O fragmento, extraído do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis, narra a desventura de Custódio, dono de uma confeitaria no Rio de Janeiro, que, às vésperas da proclamação da República, mandou fazer uma placa com o nome “Confeitaria do Império” e agora temia desagradar ao novo regime. A ironia com que as dúvidas de Custódio são narradas representa o a) desconsolo popular com o fim da monarquia e a queda do imperador, uma personagem política idolatrada. b) respaldo da sociedade com que a proclamação da República contou e que a transformou numa revolução social. c) alheamento de parte da sociedade brasileira diante do conteúdo ideológico da mudança política. d) reconhecimento, pelos cidadãos brasileiros, da ampliação dos direitos de cidadania trazidos pela República. e) impacto profundo da transformação política no cotidiano da população, que imediatamente apoiou o novo regime. 6. (Unifesp 2009) "Tudo compreendeu o meu bom Pancrácio; daí para cá, tenho- lhe despedido alguns pontapés, um ou outro puxão de orelhas, e chamo-lhe besta quando lhe não chamo filho do diabo; cousas todas que ele recebe humildemente, e (Deus me perdoe!) creio que até alegre." (Machado de Assis. "Bons dias!", In: "Obra completa", vol. III. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986.) O fragmento é de uma crônica de 19 de maio de 1888, que conta o caso, fictício, de um escravista que se converteu à causa abolicionista poucos dias antes da Lei Áurea e agora se gabava de ter alforriado Pancrácio, seu escravo. O ex-proprietário explica que Pancrácio, além de continuar a apanhar, recebe um salário pequeno. Podemos interpretar tal crônica machadiana como uma representação da: a) Ampla difusão dos ideais abolicionistas no Segundo Império, que apenas formalizou, com a Lei Áurea, o fim do trabalho escravo no Brasil. b) Aceitação rápida e fácil pelos proprietários de escravos das novas relações de trabalho e da necessidade de erradicar qualquer preconceito racial e social. c) Mudança abrupta provocada pela abolição da escravidão, que trouxe sérios prejuízos para os antigos proprietários e para a produção agrícola. d) Falta de consciência dos escravos para a necessidade de lutar por direitos sociais e pela recuperação de sua identidade africana. e) Persistência da mentalidade escravista, que reproduzia as relações entre senhor e escravo, mesmo após a proclamação da Lei Áurea. 7. (Ufu 2006) Leia o seguinte trecho. O ESPECIALISTA CURSOS 8 "Dos próprios escravos não obteve Helena desde logo a simpatia e boa vontade; esses pautavam os sentimentos pelos de D. Úrsula. Servos de uma família, viam com desafeto e ciúme a parenta nova, ali trazida por um ato de generosidade. (...) Um só de tantos pareceu vê-la desde princípio com olhos amigos; era um rapaz de dezesseis anos, chamado Vicente, cria da casa e particularmente estimado do conselheiro. Talvez esta última circunstância o ligou desde logo à filha do seu senhor. (...) Vicente foi (...) um fiel servidor de Helena, seu advogado convicto nos julgamentos da senzala." ASSIS, Machado de. "Helena", São Paulo: FTD, 1992. p. 30-31. Considerando que o texto acima foi escrito por Machado de Assis em 1876, podemos afirmar que ele I - em virtude de seu caráter ficcional, atribui aos escravos sentimentos historicamente inverossímeis de solidariedade com seus senhores, o que só é possível imaginar em um texto literário. II - chama a atenção para uma das facetas da sociedade escravista brasileira do século XIX: a crença da elite senhorial na solidariedade entre os senhores e seus escravos mais "fiéis". III - demonstra que Machado de Assis era insensível ao tema da escravidão, tratando-a de forma superficial, sem qualquer compromisso de representar as formas de agir e pensar do escravo. IV- apesar de ficcional, ajuda a entender a sociedade escravista brasileira do século XIX, representando sentimentos envolvidos nas relações entre escravos e senhores. Assinale a alternativa correta. a) Apenas II e III estão corretas. b) Apenas I e III estão corretas. c) Apenas I e IV estão corretas. d) Apenas II e IV estão corretas. 8. (Uerj 2013) O ESPECIALISTA CURSOS 9 O romance Iracema, de José de Alencar, publicado em 1865, influenciou artistas, como José Maria de Medeiros, que nele encontraram inspiração para representar imagens do Brasil e do povo brasileiro no período imperial (1822-1889). Na construção da identidade nacional durante o Império do Brasil, identifica-se a valorização dos seguintes aspectos: a) clima ameno / índole guerreira dos ameríndios b) grandeza territorial / integração racial das etnias c) extensão litorânea / sincretismo religioso do povo d) natureza tropical / herança cultural dos grupos nativos
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