Auditoria - Fernando Graeff

March 18, 2018 | Author: User | Category: Annual Report, Internal Audit, Accounting, Economies, Business


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Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFBProfessores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Introdução ............................................................................................ 01 Conceitos de auditoria e da pessoa do auditor ........................................... 05 Objetivos gerais do auditor independente .................................................. 09 Distinção entre auditoria interna e externa. ............................................... 13 Questões comentadas ............................................................................. 17 Lista de questões sem comentários .......................................................... 27 Bibliografia ............................................................................................ 31 Introdução Prezado Aluno, É com muita satisfação que iniciamos mais uma turma do curso de Auditoria – Teoria e Exercícios para o concurso de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil. Mas antes de falarmos sobre o curso que propomos, pedimos licença para falar um pouco sobre nós: Meu nome é Davi Barreto, sou cearense, engenheiro eletrônico graduado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e mestre em Regulação pela Universidade de Brasília (UnB). Atualmente, sou Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), tendo obtido o 1° lugar no concurso de 2007, e professor de auditoria em cursos presenciais, telepresenciais e on-line. Meu nome é Fernando Graeff, sou Gaúcho de Caxias do Sul. Sou formado em Administração de Empresas e, antes de entrar no serviço público, trabalhei mais de 15 anos na iniciativa privada. Sou ex-Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, trabalhei nas Unidades Centrais deste Órgão. Atualmente, exerço o cargo de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União. No serviço público, exerci ainda os cargos de Analista de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional - área contábil – em Brasília e de Analista de Orçamento do Ministério Público Federal em São Paulo. Além disso, somos autores dos livros “Auditoria - Teoria e Exercícios Comentados” e “Auditoria ESAF – Série Questões Comentadas”, ambos publicado pela Editora Método. Feitas as apresentações, vamos falar um pouco sobre nosso curso. Você deve saber que, em um concurso tão concorrido como este, cada questão é decisiva. Não se pode desprezar nenhuma das disciplinas cobradas, todas são importantes em maior ou menor grau. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa No caso específico de Auditoria, a última prova objetiva teve 10 questões com peso 2, ou seja, 20 pontos nessa etapa; além disso, essa disciplina foi cobrada na parte discursiva. Aqueles que fizeram a prova devem lembrar que não foi uma prova fácil, muito pelo contrário, a ESAF trouxe conceitos que vão além do “decoreba“ das normas, envolvendo aspectos práticos da auditoria. Muitos bons candidatos foram eliminados nessa matéria. Portanto, o estudo de auditoria é peça-chave para aquele que quer ser Auditor Fiscal da RFB. Neste curso iremos abordar todos os tópicos cobrados explicitamente no edital do último concurso. Contudo, temos que ir um pouco além e abordar alguns temas que não estão explícitos. Note o diz o item 23 do edital "Todas as normas brasileiras de contabilidade vigentes relativas à auditoria interna, externa e pública emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC”. Ou seja, em tese, qualquer norma de auditoria pode ser cobrada!!! Isso não quer dizer que veremos tudo... Mas abordaremos aqueles itens com maior probabilidade de cair na prova, com base no histórico da ESAF. Esse curso será totalmente baseado nas novas normas de auditoria do Conselho Federal de Contabilidade – CFC. Além disso, junto com a explanação teórica, traremos alguns exercícios comentados, relacionando os diversos conceitos que a matéria traz com as principais normas. Para isso utilizaremos preferencialmente questões da ESAF, contudo exercícios de outras bancas também serão utilizados quando for necessário. Muitas vezes, notamos que os alunos se esforçam muito tentanto decorar as diferentes normas de auditoria, sem entender os conceitos e a lógica que envolvem essa disciplina. Você verá que auditoria é uma ciência muito intuitiva e, se conseguir entender os diferentes conceitos envolvidos e compreender como as coisas se relacionam, não será difícil ter sucesso na hora da prova. Nosso curso será dividido em 10 aulas, uma por semana (contando com a aula demonstrativa). A aula de hoje é apenas uma amostra, portanto será menor e que as demais. Como regra, as aulas terão entre 30 e 50 páginas, variando de acordo com o assunto tratado, trazendo exercícios comentados de provas passadas. O quadro abaixo resume como será distribuído nosso cronograma de aulas: Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 2 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Aula Data Tópicos abordados Aula 00 • Conceitos de auditoria e da pessoa do auditor. • Objetivos gerais do auditor independente. • Distinção entre auditoria interna e auditoria independente ou externa. * Aula 01 21.05.13 • Concordância com os termos do trabalho de auditoria independente. • Responsabilidade legal. Ética profissional. • Independência nos trabalhos de auditoria. • Controle de qualidade da auditoria de Demonstrações Contábeis. • Fraudes e a Responsabilidade do Auditor. 28.05.13 • Planejamento da Auditoria. • Materialidade e Relevância no planejamento e na execução dos trabalhos de auditoria • Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante. * Aula 02 • • • • Execução dos trabalhos de auditoria. Testes. Evidenciação. Procedimentos de Auditoria. * Aula 03 4.06.13 Aula 04 11.06.13 • Documentação de Auditoria. • Amostragem. 18.06.13 • • • • Avaliação das distorções Identificadas. Relatórios de Auditoria. Utilização de trabalhos da auditoria interna. Uso de trabalhos técnicos de especialistas Aula 06 25.06.13 • • • • • • Eventos subsequentes. Auditoria de estimativas Contábeis. Continuidade Operacional. * Contingências. * Representações Formais. * Partes relacionadas. * Aula 07 02.07.13 • Normas específicas de auditoria interna (NBC TI 01).* • Normas e Procedimentos de Auditoria do IBRACON. Aula 08 09.07.13 • Auditoria no setor público federal; finalidades e objetivos da auditoria governamental; abrangência de atuação; formas e tipos; normas relativas à execução dos trabalhos. • Tópicos de auditoria governamental.* Aula 09 16.07.13 • Revisão e simulado com questões comentadas. Aula 05 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 3 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Os itens marcados com (*) abrangem algumas normas de auditoria não explícitas no edital, mas que consideramos importantes. Outra coisa: sempre colocaremos as questões discutidas durante a aula no final do arquivo, caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários. E, por último, participe do Fórum de dúvidas, que é um dos diferenciais do Ponto. Lá você poderá tirar suas dúvidas, auxiliar outras pessoas e nos ajudar no aprimoramento dos nossos cursos. Dito isto, mãos à obra... Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 4 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Conceitos de auditoria e da pessoa do auditor Vamos começar nosso curso do início, olhando para o passado para entender como surgiu a auditoria independente e qual o seu objetivo... A auditoria independente surgiu para atender uma necessidade decorrente da evolução do sistema capitalista. No início, as empresas eram fechadas e familiares, posteriormente, a evolução da economia trouxe, para algumas empresas, a necessidade de captar dinheiro de terceiros. Ou seja, para crescer é necessário dinheiro e, em muitas ocasiões, esse recurso tem que vir de investidores externos à empresa (bancos, credores, acionistas etc.) Bom, agora se coloque na posição desses investidores. Com certeza, você vai querer saber onde está colocando seu dinheiro – vai se perguntar se o investimento é seguro, se a empresa é saudável, quais são seus ativos e passivos... Em resumo, esses investidores precisavam conhecer a posição patrimonial e financeira das empresas em que iriam investir. Essa necessidade de informação era essencial para que pudessem avaliar a segurança, a liquidez e a rentabilidade de seu futuro investimento. As empresas passaram, então, a publicar suas demonstrações contábeis (balanço patrimonial, demonstrativo de fluxo de caixa1 etc.), como forma de prover informações sobre a sua situação econômico-financeira para o mundo exterior. Fique atento: Você deve saber que a Lei nº 11.638/07 instituiu várias modificações nos padrões de contabilidade até então vigente no Brasil. Porém, ficou mantida na norma a expressão “demonstrações financeiras” ao invés de “demonstrações contábeis”, que é a nomenclatura correta, por ser mais abrangente do que a adotada na legislação. Assim, você pode encontrar na prova tanto uma como outra expressão, indistintamente. Entretanto, ainda havia um problema: como garantir a completude, correção e idoneidade dessas informações? 1 A Lei nº 11.638/07 substituiu a demonstração das origens e aplicações de recursos pela demonstração dos fluxos de caixa, em função da facilidade de melhor entendimento da posição financeira da empresa. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 5 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa É nesse momento que surge a necessidade de uma avaliação independente da real situação da empresa. Nasce, então, a auditoria! Auditar é, antes de tudo, avaliar. Enfim, a auditoria independente existe para dar segurança aos usuários das demonstrações contábeis (i.e. acionistas, credores, o governo e a sociedade). Mas segurança de que? Segurança de que as informações apresentadas pela entidade realmente são fidedignas, realmente retratam a situação patrimonial, financeira e econômica representada nas demonstrações contábeis. Podemos definir, de maneira mais ampla, a auditoria independente como o exame sistemático e independente das atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor. Assim, a auditoria independente (também chamada de auditoria externa) é aquela executada por profissionais ou empresas que não possuem vínculo e/ou subordinação à empresa auditada, com o objetivo de trazer uma opinião independente sobre a entidade. Dessa forma, toda vez que se deseja obter uma opinião isenta e técnica sobre determinado assunto, podemos fazer uso da auditoria independente. Quando o objeto que demanda uma opinião são as demonstrações contábeis, dizemos que se faz necessária uma auditoria independente das demonstrações Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 6 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa contábeis. A auditoria contábil é uma técnica da contabilidade que objetiva avaliar as demonstrações contábeis de uma entidade. Chegamos então onde reside o interesse desse curso: na auditora contábil ou, mais precisamente, na auditoria independente das demonstrações contábeis. De agora em diante, trataremos apenas por auditoria, OK? Mas quando uma auditoria é necessária? Provavelmente, você já deve ter percebido que a auditoria tornou-se necessária para o correto funcionamento das atividades econômicas de hoje e que, apesar de já termos uma boa intuição sobre o assunto, ainda não falamos, explicitamente, sobre os motivos que levam a contratação do auditor. Bom… o primeiro e mais óbvio motivo são as determinações legais. Vejamos algumas empresas que são legalmente obrigadas a serem auditadas: • a Lei 6.404/76 (lei das sociedades anônimas por ações) estabelece que as companhias abertas devem ser auditadas por auditores independentes registrados na CVM; • a Lei 11.638/07, que alterou a lei das S.A., estabelece que as empresas de grande porte2, ainda que não constituídas sob a forma de sociedade por ações, devem ser auditadas por auditores independentes registrados na CVM; • o Banco Central determina que as instituições financeiras sejam auditadas por auditores independentes; • a CVM, por meio da Instrução 247/96, obrigou que as demonstrações consolidadas de controladoras e controladas sejam submetidas à auditoria independente; • A SUSEP por intermédio da Res. CNSP3 nº 118, de 2004, determinou que as demonstrações contábeis, inclusive as notas explicativas das sociedades supervisionadas (sociedades seguradoras, de capitalização, resseguradoras locais e entidades abertas de previdência complementar) devem ser auditadas por auditor independente; e assim por diante... Atenção: fique de olho na exigência da Lei 11.638/07 que inclui as empresas de grande porte no rol daquelas que necessitam ser auditadas. 2 As empresas de grande porte são aquelas que tenham, no exercício anterior, ativo total superior a R$240 milhões ou receita bruta anual superior a R$300 milhões. 3 Conselho Nacional de Seguros Privados Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 7 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Além das obrigações legais, existem outros motivos que podem levar uma empresa a se submeter a uma auditoria externa, entre eles citamos: • como medida de controle dos próprios proprietários; • imposição de credores ou bancos, para possibilitar compras a prazo ou empréstimos; • exigências estatutárias da própria empresa; • para efeito de fusão, incorporação ou cisão. Enfim, sempre que há necessidade (legal ou de mercado) de prover os usuários das informações contábeis com uma opinião técnica e independente sobre as demonstrações financeiras, o auditor se faz necessário. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 8 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Objetivos gerais do auditor independente Os objetivos gerais do auditor independente são tratados na Resolução 1.203/09 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) – a NBC TA 2004. Esta é a norma fundamental no novo contexto de auditoria inaugurado a partir das recentes alterações. Ela estabelece os requisitos necessários para o exercício da auditoria independente. De uma forma geral, essa norma expõe os objetivos gerais do auditor, a natureza e o alcance da auditoria. Além disso, essa norma também define a “lógica de funcionamento” das normas técnicas de auditoria (NBC TAs), detalhando como estão estruturadas, quais são os seus objetivos etc. Se por um lado as NBC TAs representam as normas técnicas de auditoria, o comportamento profissional do auditor é definido nas chamadas normas profissionais de auditoria independente, ou NBC PAs. O quadro abaixo resume as diferentes normas que existem relacionadas à auditoria independente e atividades congêneres como auditoria interna e perícia contábil: Norma NBC TAs NBC PAs NBC TI NBC PI NBC TP Descrição Normas Técnicas de Auditoria Independente Normas Profissionais de Auditoria Independente Normas Técnicas de Auditoria Independente Normas Profissionais de Auditoria Independente Normas de Perícia Contábil Exemplos NBC TA 300, NBC TA 500, NBC TA 700 NBC PA 01, NBC PA 290 NBC TI 01 NBC PI 01 NBC TP 01 A NBC TA 200 traz a seguinte definição para os objetivos da auditoria: O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. 4 Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria (Resolução CFC nº 1.203/09) Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 9 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Fique atento: É muito comum definir o objetivo da auditoria independente como “emitir parecer sobre as demonstrações contábeis”. O termo “parecer” estava presente nas normas antigas de auditoria, contudo, ainda continua válido e aceito, pois é um termo consagrado pela literatura técnica. Portanto, “emitir um parecer” “expressar uma opinião”. é uma expressão equivalente de Bom... se observarmos a definição do CFC acima, vale à pena destacar ainda dois pontos. Veja que a referida norma fala que o auditor emite uma opinião sobre se as demonstrações contábeis, nos seus aspectos relevantes, estão de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Primeiro, note que a norma é explícita em afirma que a auditoria independente se preocupa apenas com os aspectos relevantes das demonstrações contábeis. Ora, isso é lógico. Imagine uma empresa que tem um ativo contabilizado de R$ 1 bilhão... você acha que os usuários das demonstrações contábeis vão estar preocupados se esse valor está errado, por exemplo, em R$ 100? Provavelmente não, concorda? Outro ponto importante de mencionar é que a auditoria busca avaliar se as demonstrações contábeis estão de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Mas o que é isso? A estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatórios financeiros (Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados do Exercício etc.), adotada pela administração que é considerada aceitável em vista da natureza da entidade e do objetivo das demonstrações contábeis, de acordo com o que diz a lei, os regulamentos, as definições CFC etc. Enfim, se as demonstrações contábeis são fidedignas e foram elaboradas de acordo com o que é exigido daquela entidade pela lei e pelos diversos outros normativos infralegais. Assim, a estrutura de relatório financeiro aplicável é definida de tal forma que seja possível prover informações aos diversos usuários (acionistas, credores, governo etc.) da melhor forma possível. Por vezes, para conseguir a apresentação adequada das demonstrações contábeis, pode ser necessário que a administração forneça divulgações além das especificamente exigidas pela estrutura ou até mesmo se desvie de determinada exigência dessa estrutura (neste último caso, espera-se que isso aconteça apenas em circunstâncias extremamente raras). Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 10 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Assim, as demonstrações contábeis podem ser elaboradas em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro para satisfazer as necessidades de um amplo leque de usuários (=demonstrações contábeis para fins gerais) ou de usuários específicos (=demonstrações contábeis para propósitos especiais). Veja que o objetivo é sempre dar a melhor informação possível aos seus usuários. Bom... vimos que a finalidade precípua da auditoria independente é emitir uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis. Para isso, ao conduzir esse trabalho, os objetivos gerais do auditor são: (a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e (b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se, em conformidade com suas constatações. Veja que, quando não for possível obter essa segurança razoável e a opinião no relatório do auditor (mesmo que ressalvada) for insuficiente, as normas requerem que o auditor se abstenha de emitir sua opinião ou renuncie ao trabalho (neste último caso, quando possível de acordo com a legislação). Falaremos mais sobre abstenção de opinião, ressalvas e relatório na aula 05. Por enquanto, basta-nos saber que o auditor pode se recusar a realizar a auditoria ou, caso a realize, pode decidir não emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis, quando não obtiver essa “segurança razoável” de que não há distorções relevantes. Agora que já falamos sobre os objetivos da auditoria, resta-nos identificar tudo aquilo que não é objetivo do auditor: (a) elaborar relatórios financeiros – as demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, elaboradas pela sua administração5, com supervisão geral dos responsáveis pela governança6; 5 As normas de auditoria não impõem responsabilidades à administração ou aos responsáveis pela governança – isso é definido pelas leis e regulamentos que governam as suas responsabilidades. Contudo, a auditoria é conduzida com base na premissa de que a administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança, têm conhecimento de certas responsabilidades que são fundamentais para a condução dos trabalhos. 6 São as pessoas com responsabilidade de supervisionar a direção estratégica da entidade e, consequentemente, de supervisionar as atividades da Administração (isso inclui a supervisão geral do relatório financeiro). Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 11 não contém distorções relevantes. (d) assegurar a viabilidade futura da entidade.com.pontodosconcursos. para que serve. como um todo. cabendo ao auditor realizar seu trabalho de acordo com as normas de auditoria e obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa (b) identificar erros e fraudes – compete aos responsáveis pela governança da entidade e à sua administração a prevenção e detecção de erros e fraudes.. Vamos em frente! Davi Barreto e Fernando Graeff www. que todos (100%) os lançamentos contábeis foram efetuados corretamente. (c) garantir a integridade da informação. e (e) atestar a eficiência ou eficácia dos negócios conduzidos pela administração da entidade. e o que é (e o que não é) objetivo do auditor? Pois bem. Tudo tranquilo até aqui? Já está claro o que é auditoria independente.. causadas por fraude ou erro.br 12 . ou seja. Os controles internos são o conjunto integrado de métodos e procedimentos adotados pela própria organização para proteção de seu patrimônio e promoção da confiabilidade e tempestividade dos seus registros contábeis (falaremos sobre os detalhes dos controles internos de uma organização nas aulas seguintes). por meio da avaliação contínua de seus procedimentos e controles internos. no decorrer do seu trabalho. e emitir recomendações sempre que necessário. Dizemos que. por exemplo. Trata-se. Vimos que a auditoria independente ou externa é aquela executada por profissionais ou empresas que não possuem vínculo e/ou subordinação à empresa auditada. Ele atua como um consultor para a empresa. fornecendo-lhes análises.pontodosconcursos. contábil. promovendo medidas de incentivo e propondo aperfeiçoamentos no funcionamento organizacional. Assim. apreciações. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Dizemos então que a auditoria independente é. é aquela executada pela própria organização. por sua vez. primordialmente. Contudo. auditoria externa ou independente Até agora falamos somente da auditoria independente. que é o principal foco do nosso curso. portanto. Isso quer dizer que o auditor independente. Contudo é preciso saber também que existe um outro tipo de auditoria que também nos interessa: a auditoria interna. e seu objetivo é auxiliar no desempenho das funções e responsabilidades da administração. não pode propor melhorias à organização? Claro que não! O auditor independente deve descrever os principais problemas organizacionais. Observe que o auditor interno vai além da simples verificação da correta aplicação de normas e procedimentos. além da auditoria contábil. com o objetivo de trazer uma opinião independente sobre a entidade. esse não é o seu objetivo principal. de uma atuação muito mais proativa. também realiza auditoria operacional.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Distinção entre auditoria interna. com o objetivo de garantir o atendimento de seus objetivos institucionais.br 13 . enquanto que a auditoria interna é contábil e operacional. quando comparada à do auditor externo ou independente.com. A auditoria interna. e recomendações. constatados no curso do seu trabalho. a auditoria interna funciona como um órgão de assessoramento da administração. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Assim. os auditores internos são subordinados diretamente à holding. naturalmente. jurídica”. O que interessa é o grau de subordinação seja do “empregado pessoa física” ou do “empregado pessoa Já o auditor externo ou independente. não é subordinado à administração. menor que a do auditor independente. o objetivo é a emissão da opinião sobre as demonstrações contábeis. ao público externo (acionistas. as conclusões obtidas e as recomendações e providências a serem tomadas. destinado. Dessa forma. reportar-se a um executivo ou órgão cuja autoridade seja suficiente. Ainda sobre esse tópico. Em algumas empresas e conglomerados.). O responsável pelas atividades de auditoria interna deve. para garantir uma ação efetiva. pois deve emitir uma opinião fidedigna e livre de qualquer pressão da empresa auditada sobre as demonstrações contábeis. a auditoria interna deve ser subordinada apenas ao mais alto nível da administração. aquele auditor deve produzir um trabalho livre de interferências internas. o objetivo é a elaboração de um relatório que comunique os trabalhos realizados. Contudo. a principal diferença entre as auditorias interna e externa é a finalidade do trabalho. Já na auditoria interna. Outra diferença que caracteriza o auditor interno é a sua subordinação à empresa auditada. fisco etc. o auditor interno deve ter certa autonomia. portanto. Isso não quer essa atividade não possa ser desenvolvida.pontodosconcursos. O auditor dizer que por uma existente. principalmente. firma de auditoria. credores. como. sem medo de serem demitidos. com respeito aos assuntos levantados e à implantação das recomendações efetuadas. apesar de ser subordinado à administração. geralmente. Na auditoria independente. por exemplo. à Presidência ou ao Conselho de Administração.br 14 . como o próprio nome remete. É fundamental que os auditores internos atuem com liberdade dentro da organização. de forma terceirizada. é um empregado da empresa. permitindo que atuem livres de pressão Davi Barreto e Fernando Graeff www. interno.com. Auditor Interno Auditor Externo ou Independente Relação com a empresa é empregado da empresa não possui vínculo empregatício Grau de independência menor maior auxiliar a administração emissão de uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis contábil e operacional contábil interno interno e externo (principalmente o último) contínua pontual maior menor Finalidade Tipos de auditoria Público alvo Duração Volume de testes Onde é realizada em pessoas jurídicas de direito público. os trabalhos são realizados esporadicamente. interno ou externo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa em todas as controladas. assim como a independente. os trabalhos são desenvolvidos de forma contínua ao longo do tempo. na auditoria independente. vamos falar rapidamente sobre outra atividade relacionada à auditoria: a perícia contábil.com. Consequentemente. e de direito privado. Vamos resumir as principais diferenças entre a auditoria interna e a auditoria externa no quadro abaixo. interno ou externo. Enquanto isso. Por último. Davi Barreto e Fernando Graeff www. pode ser exercida nas pessoas jurídicas de direito público. de acordo com as exigências legais ou outras demandas para esse tipo de auditoria. A auditoria interna. Outro ponto importante se refere à extensão do trabalho nesses dois tipos de auditoria.pontodosconcursos. o volume de testes e procedimentos realizados pelo auditor interno é maior que aquele realizado pelo auditor externo. Na auditoria interna. e de direito privado. pois apenas a administração da empresa investidora pode admitir ou demitir esses profissionais.br 15 . pois isso é inerente às atividades de acompanhamento e avaliação. apesar de relacionadas. Bom. em conformidade com as normas jurídicas e profissionais. e a legislação específica no que for pertinente. ou • voluntária: aquelas contratadas espontaneamente pelo interessado ou de comum acordo entre as partes. a perícia extrajudicial pode ser dividida em: • arbitral: aquelas realizadas sob o controle de lei de arbitragem. mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil. ambas devem ser sempre realizadas por contador registrado em Conselho Regional de Contabilidade. Não se confunda! Auditoria Independente.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Trata-se de uma técnica contábil que se constitui no conjunto de procedimentos técnico-científicos destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar à justa solução do litígio ou constatação de um fato. Já. A perícia judicial é aquela exercida sob a tutela da justiça.br 16 .pontodosconcursos. • estatal: aquelas executadas sob o controle de órgão do estado. tais como perícia administrativa das Comissões Parlamentares de Inquérito. Davi Barreto e Fernando Graeff www..com. com objetivos bem distintos. A perícia contábil pode ser tanto judicial como extrajudicial.. de perícia criminal e do Ministério Público. Auditoria Interna e Perícia Contábil são atividades. com. (ESAF/APOFP – Sefaz SP/2009 .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Questões comentadas Vejamos algumas questões sobre o que acabamos de discutir. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é: (A) da administração. 01. mas da administração da empresa e dos responsáveis pela governança. 02.pontodosconcursos.br 17 . independente se foram causadas por fraudes ou erros. de negligência etc. (B) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles internos. Veremos na aula 01 do nosso curso as definições de fraude e erro. é correto afirmar que tem por objetivo: (A) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. (B) da auditoria interna. o erro de ato não intencional. cuidado! Veja que o auditor busca dar uma opinião sobre se as demonstrações contábeis estão livres de distorções relevantes. Portanto. Comentários: Vimos que. Logo. o diferencial entre um e outro é a vontade do agente. resultantes de omissão. a detecção de erros e fraudes não é responsabilidade do auditor independente. de desatenção. (D) da auditoria externa. (C) emitir opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis. mas já adiantamos que a fraude decorre de ato intencional. (D) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio. (E) recomendar soluções para as não conformidades apontadas nos relatórios. (C) do conselho de administração. Portanto. (E) do comitê de auditoria... o gabarito é a letra A. diferente do que muitos pensam. Comentários: Davi Barreto e Fernando Graeff www.Adaptada) Sobre a auditoria independente. (FMP/Auditor Fiscal – Sefaz RS/2011) Acerca da Norma Brasileira de Contabilidade . o gabarito é o item C. Trata-se somente de uma opinião sobre se as demonstrações contábeis apresentadas pela entidade estão adequadas. desta forma. todavia esse não é seu objetivo final. É bom ressaltar que essa opinião de auditoria não assegura. Contudo. a viabilidade futura da entidade nem a eficiência ou eficácia com a qual a administração conduziu os negócios da entidade. Perceba que as normas em vigor a partir de 2010 não citam mais o termo “parecer”. Item B: Errado.br 18 .pontodosconcursos. contudo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Vamos analisar item a item: Item A: Errado. O objetivo do auditor independente não é ajudar a administração a cumprir seus objetivos. “opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis”. não do auditor independente. O auditor externo também pode e deve fazer recomendações para a administração por intermédio do chamado “relatório comentário”. Item E: Errado. por exemplo. assinale a alternativa correta Davi Barreto e Fernando Graeff www.com. 03. mas sim. Item C: Certo. este não é o seu objetivo principal. isso é papel do auditor interno ou de um consultor. tal termo (parecer) é consagrado na literatura técnica. entendemos que sua manutenção é válida mesmo sob a ótica das normas novas. cuja emissão se dá por intermédio de um relatório.NBC TA 200. A afirmação dessa assertiva representa o papel do perito contábil. Item D: Errado. Logo. Esse é o objetivo da auditoria independente. por intermédio da emissão de uma opinião técnica e independente. O objetivo primordial da auditoria externa é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. O auditor independente pode apresentar esses subsídios. a forma da opinião do auditor depende da estrutura de relatório financeiro aplicável e de lei ou regulamento. (E) A opinião expressa pelo auditor é se as demonstrações contábeis foram elaboradas. Em uma “nota de rodapé” da nossa aula (vide página 11). em todos os aspectos relevantes. (B) Para o auditor. que lhe sejam aplicáveis. isto é.pontodosconcursos. Comentários: Vamos analisar item a item: Item A: Errado. os responsáveis pela governança.com. Vimos que existem as “demonstrações contábeis para propósitos especiais”. (C) As demonstrações contábeis não podem ser elaboradas em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro para satisfazer as necessidades de informação financeira de usuários específicos. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. a sua eficácia ou eficiência com a qual a administração conduziu os negócios da entidade. a auditoria é conduzida com base na premissa de que a administração e. Davi Barreto e Fernando Graeff www. têm conhecimento de certas responsabilidades que são fundamentais para a condução dos trabalhos (falaremos mais sobre isso em nossa próxima aula). Contudo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa (A) A opinião da auditoria sobre as demonstrações contábeis trata de determinar se tais demonstrações são elaboradas. quando apropriado. em relação a relatórios financeiros produzidos pela entidade auditada.br 19 . em todos os aspectos relevantes. Para o setor público. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. (D) A estrutura dos relatórios financeiros depende exclusivamente das normas de informação contábil editadas pelo CFC. Item C: Errado. Item B: Errado. é importante saber que lei ou regulamento não podem estabelecer as responsabilidades da administração ou dos responsáveis pela governança. alertamos que as normas de auditoria não impõem responsabilidades à administração ou aos responsáveis pela governança – isso é definido pelas leis e regulamentos que governam as suas responsabilidades. Assim é possível inferir que a opinião do auditor é capaz de assegurar a viabilidade futura da entidade. “demonstrações contábeis para propósitos especiais”. Vimos que a auditoria não é capaz de assegurar a viabilidade futura da entidade ou a eficácia/eficiência da administração. em conformidade com a estrutura de parecer financeiro. devido à fraude ou erro. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. em conformidade com a estrutura de parecer financeiro consolidado do auditor independente. cada legislação etc. em todos os aspectos considerados. Item E: Certo. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. (FCC/TRT24-Anal. o gabarito é o item E. Logo. em todos os aspectos relevantes.pontodosconcursos. (C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção relevante. para o setor público. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. mas também legislação societária brasileira. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC etc. devido à fraude. Assim.br 20 . 04. em todos os aspectos relevantes. observando as particularidades de cada setor. Vimos que a estrutura de relatório financeiro deve sempre buscar prover a melhor informação possível aos usuários das informações contábeis. em todos os aspectos relevantes. devido à fraude ou erro.Contabilidade/2011) Ao conduzir uma auditoria de demonstrações contábeis. em todos os aspectos relevantes. são objetivos gerais do auditor obter segurança (A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. que lhe sejam aplicáveis. os pronunciamentos. devido a erros. Resolução: Davi Barreto e Fernando Graeff www.Jud.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Item D: Errado. (D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção irrelevante. a forma da opinião do auditor depende da estrutura de relatório financeiro aplicável e de lei ou regulamento. A estrutura dos relatórios financeiros depende não somente das normas do CFC. logicamente.com. (B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção irrelevante. (E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção irrelevante. devido à fraude ou erro. em todos os aspectos relevantes. (D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção irrelevante. devido à fraude ou erro. em todos os aspectos relevantes. devido a erros. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.pontodosconcursos. Além disso. devido à fraude ou erro. em todos os aspectos relevantes. devido à fraude.com.br 21 . Veja o comentário da alternativa anterior. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. em todos os aspectos considerados. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. as demonstrações são analisadas como um todo e não em parte como afirma a alternativa. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. (E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção irrelevante. A banca omitiu a questão das fraudes. em conformidade com a estrutura de parecer financeiro consolidado do auditor independente. O auditor por mais diligente que seja nunca terá segurança total de que as demonstrações contábeis estão livres de fraudes e/ou erros. Item correto. (C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção relevante. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Perceba que essa questão cobra a literalidade da NBC TA 200: Ao conduzir uma auditoria de demonstrações contábeis. Davi Barreto e Fernando Graeff www. em todos os aspectos relevantes. em conformidade com a estrutura de parecer financeiro. Essa era só ler a primeira palavra. Além disso. são objetivos gerais do auditor obter segurança (A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. (B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção irrelevante. faltou mencionar os erros. devido à fraude ou erro. a exatidão das demonstrações contábeis. vamos nos ater ao que diz a NBC TA 200: Existe a possibilidade de que a administração ou outros possam não fornecer. pois as demonstrações são analisadas como um todo e de acordo com a estrutura do relatório financeiro aplicável à entidade auditada e não consolidado pelo auditor independente. em conjunto com a administração. o gabarito é a letra A. tendo aplicado os procedimentos de auditoria. (D) pode. 05. A certeza do auditor se restringe à sua capacidade de saber se todas as informações relevantes foram obtidas. não é seu papel atestar todos os processos ou ter certeza da integridade das informações. nos seus aspectos relevantes. Portanto. embora tenha executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que todas as informações relevantes foram obtidas. Dessa forma. por meio de seu relatório. das notas explicativas e dos demais relatórios publicados pela empresa. (FCC/ISS-SP/2012) No processo de Auditoria. enquanto não obtiver uma carta da administração atestando as demonstrações em conjunto. ter a certeza da integridade da informação atestando todas as demonstrações contábeis exigidas em seu parecer de auditoria. o auditor não pode ter certeza da integridade da informação.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Por fim. (E) não deve atestar a integridade das informações contábeis.br 22 . (C) não pode ter certeza da integridade da informação. este enunciado está errado. após ter executado todos os testes. mas apenas emitir uma opinião com segurança razoável de que as demonstrações contábeis não contêm distorções relevantes. e não se elas são certamente verdadeiras (nas próximas aulas falaremos sobre fraude e erro). (B) pode. atestar a integridade da informação. atestar que todos os processos. Resolução: O auditor independente é contratado para emitir uma opinião (parecer) sobre se as demonstrações contábeis.com. Portanto. as informações completas que são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis ou que tenham sido solicitadas pelo auditor. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Por enquanto. estão adequadas. intencionalmente ou não.pontodosconcursos. riscos e possibilidades de fraudes foram avaliadas e ter a certeza da integridade da informação. mas não pode se eximir de certificar. embora tenha executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que todas as informações relevantes foram obtidas. o auditor (A) deve. A. (ESAF/Fiscal de Rendas– ISS RJ/2010) A respeito dos objetivos da auditoria interna e da auditoria independente.pontodosconcursos. registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). enquanto a auditoria externa cuida de revisar os lançamentos e demonstrações contábeis. as sociedades anônimas (A) e as demais sociedades. estabelece que as empresas de grande porte. (B) a auditoria interna se preocupa em avaliar os métodos e as técnicas utilizadas pela contabilidade. (C) de capital aberto e de capital fechado. (B) de capital aberto.. que alterou a lei das S. enquanto o da auditoria independente é a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis. (Cesgranrio/Profissional Júnior-Ciências Contábeis-Petrobrás Distrib.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Portanto. estão obrigadas à auditagem por auditores independentes./2008) De acordo com a Lei no 6. a Lei 11.br 23 .404/76 (lei das sociedades anônimas por ações) estabelece que as companhias abertas devem ser auditadas por auditores independentes registrados na CVM. somente. 06. (D) a auditoria interna cuida em verificar os aspectos financeiros da entidade. o gabarito é a letra C. Comentários: A Lei 6. Portanto.404/76 e a Lei no 11. ainda que não constituídas sob a forma de sociedade por ações. Já. 07. enquanto a auditoria externa se preocupa com os pareceres a respeito das demonstrações contábeis. (E) de capital aberto.638/07.com. de capital fechado e as sociedades de grande porte. (C) a atuação de ambas não difere na essência uma vez que os objetivos da avaliação é sempre a contabilidade. somente. é correto afirmar que: (A) o objetivo da auditoria interna é apoiar a administração da entidade no cumprimento dos seus objetivos. o gabarito é o item D. (D) de capital aberto e as sociedades de grande porte.638/07. Comentários: Davi Barreto e Fernando Graeff www. (E) o objetivo da auditoria interna é produzir relatórios demonstrando as falhas e deficiências dos processos administrativos e os da auditoria externa é emitir parecer sobre a execução contábil e financeira da entidade. devem ser auditadas por auditores independentes registrados na CVM. já é possível ver que o item A está correto e. mas sobre as demonstrações contábeis como um todo. o auditor externo na revisa os lançamentos e as demonstrações. (B) a gestão de risco. No item B. Davi Barreto e Fernando Graeff www. portanto. a atuação e os objetivos da auditoria interna e externa são distintos. De qualquer forma.br 24 . e examinar informações contábeis e operacionais (item D). aprovar relatório de auditoria externa não faz sentido. muito menos. (C) o monitoramento do controle interno. (E) a aprovação do relatório de auditoria externa. Ora. 08. promover a gestão de risco (item B). o objetivo da auditoria interna não é apontar falhas (erros e fraudes). O auditor externo é independente e seu relatório não está sujeito à aprovação da empresa auditada. vimos que abarca também os aspectos operacionais. Comentários: Já falamos que o objetivo da auditoria interna é auxiliar a administração a atingir seus objetivos. da auditoria interna. Logo. No item C. para isso. (FCC/ISS SP – Gestão Tributária/2012) NÃO é uma atividade da função da auditoria interna: (A) a avaliação do processo de governança. No item E.pontodosconcursos. monitorar o controle interno (item C). a auditoria interna não se restringe aos aspectos financeiros da empresa. Veja que. Logo. o gabarito é o item E. a auditoria externa não emite opinião sobre a “execução contábil e financeira”. vimos que o objetivo da auditoria interna é auxiliar a administração da entidade e o da auditoria independente é emitir uma opinião (parecer) sobre a adequação das demonstrações contábeis. além disso.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa De cara. é o gabarito da questão. (D) o exame das informações contábeis e operacionais.com. Agora. vejamos porque os outros itens estão errados. o auditor pode avaliar o processo de governança (item A). o gabarito é o item A. mas emite uma opinião sobre eles. No item D. da sua administração e. o gabarito é a letra C.com. (E) A auditoria interna tem como objetivo a revisão das atividades da empresa continuamente e a auditoria externa é independente em todos os aspectos. Por isso.404/76. o auditor independente não é obrigado a disponibilizar os papéis de trabalho sempre que solicitado.pontodosconcursos. deve ter certo grau de autonomia e independência para realizar seu trabalho. além disso. (ESAF/AFRF/2003) Assinale a assertiva características da auditoria interna e externa. (C) garantir autonomia e independência. (B) A auditoria interna é obrigatória. (B) emitir parecer sobre as demonstrações contábeis para os usuários externos. conforme determina a Lei 6. (D) A auditoria interna não avalia os controles internos e a auditoria externa os elabora. e a auditoria externa deve disponibilizar seus papéis de trabalho sempre que solicitados. Resolução: A auditoria interna. modifica e implanta na empresa auditada. (C) A auditoria interna tem como objetivo atender à gestão da empresa e a auditoria externa atender às necessidades da diretoria da empresa. (D) punir os responsáveis por erros nas demonstrações contábeis. a exigência feita é de que as demonstrações financeiras das companhias abertas sejam obrigatoriamente submetidas à auditoria por auditores independentes registrados na CVM. (FCC/DPE-SP/Contador/2013) A auditoria interna deve estar vinculada aos mais altos níveis hierárquicos de uma entidade com vistas a (A) atuar estritamente como órgão fiscalizador. Portanto. apesar de não ser totalmente independente. Item B: A Lei nº 6. (E) apurar fraudes e punir os subordinados com maior isenção. Davi Barreto e Fernando Graeff www. correta quanto às (A) A auditoria interna é independente da empresa e a auditoria externa deve realizar testes nos controles internos e modificá-los quando necessário. e a auditoria externa não modifica os controles internos da entidade auditada. 10. a auditoria interna deve estar subordinada somente aos mais altos níveis hierárquicos de uma entidade.br 25 .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa 09. Comentários: Item A: A auditoria interna é subordinada à alta administração da empresa.404/1976 não obriga a constituição de auditoria interna. pontodosconcursos. aponta eventuais falhas encontradas para a administração.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Item C: A auditoria interna tem como finalidade auxiliar a administração da empresa na consecução dos objetivos organizacionais. Item D: A auditoria interna avalia. Gabarito: E. Um grande abraço. esperamos que você tenha gostado. A auditoria interna é realizada continuamente e a auditoria externa deve ser independente. a auditoria externa apenas os avalia no intuito de emitir sua opinião sobre as demonstrações contábeis e. e a auditoria externa tem como finalidade a emissão de uma opinião sobre as demonstrações contábeis da entidade. a nossa aula demonstrativa. Finalizamos. quando cabível. monitora e sugere aperfeiçoamentos dos controles internos.br 26 . aqui. Davi e Fernando Davi Barreto e Fernando Graeff www.com. é uma pequena amostra da nossa metodologia. E: Perfeito. (E) A opinião expressa pelo auditor é se as demonstrações contábeis foram elaboradas. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. (D) A estrutura dos relatórios financeiros depende exclusivamente das normas de informação contábil editadas pelo CFC. em todos os aspectos relevantes.com. a sua eficácia ou eficiência com a qual a administração conduziu os negócios da entidade. 02. Assim é possível inferir que a opinião do auditor é capaz de assegurar a viabilidade futura da entidade. em todos os aspectos relevantes. é importante saber que lei ou regulamento não podem estabelecer as responsabilidades da administração ou dos responsáveis pela governança. (ESAF/APOFP – Sefaz SP/2009 . “demonstrações contábeis para propósitos especiais”.NBC TA 200.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Lista de Questões 01. (C) emitir opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis. isto é. (B) Para o auditor. em relação a relatórios financeiros produzidos pela entidade auditada.br 27 . (D) da auditoria externa. a forma da Davi Barreto e Fernando Graeff www. (B) da auditoria interna. (FMP/Auditor Fiscal – Sefaz RS/2011) Acerca da Norma Brasileira de Contabilidade . (E) recomendar soluções para as não conformidades apontadas nos relatórios. (B) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles internos. Para o setor público. (E) do comitê de auditoria.pontodosconcursos. 03. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é: (A) da administração.Adaptada) Sobre a auditoria independente. (C) do conselho de administração. (C) As demonstrações contábeis não podem ser elaboradas em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro para satisfazer as necessidades de informação financeira de usuários específicos. (D) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio. assinale a alternativa correta (A) A opinião da auditoria sobre as demonstrações contábeis trata de determinar se tais demonstrações são elaboradas. é correto afirmar que tem por objetivo: (A) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. em todos os aspectos considerados. (B) pode. atestar a integridade da informação. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. (FCC/ISS-SP/2012) No processo de Auditoria. enquanto não obtiver uma carta da administração atestando as demonstrações em conjunto. em conformidade com a estrutura de parecer financeiro. atestar que todos os processos. ter a certeza da integridade da informação atestando todas as demonstrações contábeis exigidas em seu parecer de auditoria. devido à fraude ou erro. em todos os aspectos relevantes. em todos os aspectos relevantes. tendo aplicado os procedimentos de auditoria. em conformidade com a estrutura de parecer financeiro consolidado do auditor independente. (E) não deve atestar a integridade das informações contábeis. devido à fraude ou erro.pontodosconcursos. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. que lhe sejam aplicáveis.com. em todos os aspectos relevantes. em todos os aspectos relevantes. (FCC/TRT24-Anal. 04. são objetivos gerais do auditor obter segurança (A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante. (C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção relevante.br 28 . possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. Davi Barreto e Fernando Graeff www.Jud. 05. devido à fraude. mas não pode se eximir de certificar. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. por meio de seu relatório. em conjunto com a administração. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. (E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção irrelevante. (C) não pode ter certeza da integridade da informação. o auditor (A) deve. a exatidão das demonstrações contábeis. (D) pode. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. após ter executado todos os testes. embora tenha executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que todas as informações relevantes foram obtidas. devido à fraude ou erro. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. das notas explicativas e dos demais relatórios publicados pela empresa.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa opinião do auditor depende da estrutura de relatório financeiro aplicável e de lei ou regulamento. riscos e possibilidades de fraudes foram avaliadas e ter a certeza da integridade da informação. (B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção irrelevante. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. (D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção irrelevante. devido a erros.Contabilidade/2011) Ao conduzir uma auditoria de demonstrações contábeis. enquanto o da auditoria independente é a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis.638/07.404/76 e a Lei no 11. somente. enquanto a auditoria externa cuida de revisar os lançamentos e demonstrações contábeis. 07. (C) garantir autonomia e independência.com. (D) a auditoria interna cuida em verificar os aspectos financeiros da entidade. (E) de capital aberto. (E) a aprovação do relatório de auditoria externa. (D) de capital aberto e as sociedades de grande porte. (ESAF/Fiscal de Rendas– ISS RJ/2010) A respeito dos objetivos da auditoria interna e da auditoria independente. (FCC/ISS SP – Gestão Tributária/2012) NÃO é uma atividade da função da auditoria interna: (A) a avaliação do processo de governança. as sociedades anônimas (A) e as demais sociedades.pontodosconcursos./2008) De acordo com a Lei no 6. (Cesgranrio/Profissional Júnior-Ciências Contábeis-Petrobrás Distrib. (D) punir os responsáveis por erros nas demonstrações contábeis. (C) de capital aberto e de capital fechado. (B) de capital aberto. registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). de capital fechado e as sociedades de grande porte. 09. (D) o exame das informações contábeis e operacionais. enquanto a auditoria externa se preocupa com os pareceres a respeito das demonstrações contábeis. é correto afirmar que: (A) o objetivo da auditoria interna é apoiar a administração da entidade no cumprimento dos seus objetivos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa 06. (B) a gestão de risco. (E) o objetivo da auditoria interna é produzir relatórios demonstrando as falhas e deficiências dos processos administrativos e os da auditoria externa é emitir parecer sobre a execução contábil e financeira da entidade. estão obrigadas à auditagem por auditores independentes. (C) a atuação de ambas não difere na essência uma vez que os objetivos da avaliação é sempre a contabilidade. (B) a auditoria interna se preocupa em avaliar os métodos e as técnicas utilizadas pela contabilidade. 08.br 29 . Davi Barreto e Fernando Graeff www. (C) o monitoramento do controle interno. somente. (FCC/DPE-SP/Contador/2013) A auditoria interna deve estar vinculada aos mais altos níveis hierárquicos de uma entidade com vistas a (A) atuar estritamente como órgão fiscalizador. (B) emitir parecer sobre as demonstrações contábeis para os usuários externos. 404/76. 10. (B) A auditoria interna é obrigatória.com. modifica e implanta na empresa auditada.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa (E) apurar fraudes e punir os subordinados com maior isenção. (C) A auditoria interna tem como objetivo atender à gestão da empresa e a auditoria externa atender às necessidades da diretoria da empresa.pontodosconcursos. (E) A auditoria interna tem como objetivo a revisão das atividades da empresa continuamente e a auditoria externa é independente em todos os aspectos. (D) A auditoria interna não avalia os controles internos e a auditoria externa os elabora. correta quanto às (A) A auditoria interna é independente da empresa e a auditoria externa deve realizar testes nos controles internos e modificá-los quando necessário. (ESAF/AFRF/2003) Assinale a assertiva características da auditoria interna e externa. e a auditoria externa deve disponibilizar seus papéis de trabalho sempre que solicitados. conforme determina a Lei 6.br 30 . GABARITOS: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 A C E A C D A E C E Davi Barreto e Fernando Graeff www. SÁ. BARRETO. 2009. Wiliam. ALMEIDA. de 15 de dezembro de 1976 (e suas atualizações). Marcelo Cavalcanti. 2007. Mudanças Contábeis na Lei Societária. Hugo Rocha & Almeida. Lei no 6. Antônio Lopes de. Curso de Auditoria. GRAEFF. São Paulo: Ed. São Paulo: Ed.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa Bibliografia BRASIL. São Paulo: Ed.404. Método. Auditoria. BOYNTON. Atlas. Atlas. São Paulo: Ed. Auditoria – Conceitos e Aplicações. Auditoria: teoria e exercícios comentados. ATTIE. Fernando.329/11 . BRAGA. Marcelo Willian C.NBC TA 200 (Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria).203/09 . 2009.com.br 31 . São Paulo: Ed. São Paulo: Ed.pontodosconcursos. Resolução CFC 1. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Marcelo Cavalcanti. Resolução CFC 1. Atlas. 2002. 2011. Auditoria: um curso moderno e completo. BRASIL. Atlas. Davi. Conselho Federal de Contabilidade. Atlas. 2009. Conselho Federal de Contabilidade.NBC TI 01 (Normas de Auditoria Interna). ..................................................... 54 Questões comentadas ........ 02 Independência nos trabalhos de auditoria................................................................. Como de costume..... 09 Supervisão e controle de qualidade....................... Responsabilidade Legal ........... ......................... 01 Ética profissional....... Responsabilidade legal............pontodosconcursos.. Assim.......... Seja bem vindo à nossa primeira aula do Curso de Auditoria para AFRFB – Teoria e Exercícios..br 1 ............................. Não esqueça.......... veremos hoje os seguintes tópicos do edital: • • • • • Concordância com os termos do trabalho de auditoria independente..................................... participe do Fórum de dúvidas......... 48 Fraudes e a Responsabilidade do Auditor . Independência nos trabalhos de auditoria...... Controle de qualidade da auditoria de Demonstrações Contábeis.... colocaremos as questões discutidas durante a aula no final do arquivo............... Lá você poderá tirar suas dúvidas....... que é um dos diferenciais do Ponto............ 64 Lista de questões sem comentários ...com.................... Fraudes e a Responsabilidade do Auditor.. auxiliar outras pessoas e nos ajudar no aprimoramento dos nossos cursos.................................................................................. caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários... seguindo o cronograma inicialmente proposto......Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Introdução ........ 82 Bibliografia ......... Ética profissional................................... 44 Concordância com os termos do trabalho . 91 Introdução Prezado Aluno.............. .................................. Não temos tempo a perder................... Davi Barreto e Fernando Graeff www.......... com.). É importante observar que integridade 1 International Federation of Accounting Davi Barreto e Fernando Graeff www. Já falamos na aula inaugural sobre a NBC TA 200. Responsabilidade legal.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Ética profissional. Essas exigências éticas abrangem o Código de Ética Profissional do Contador bem como as Normas Brasileiras Profissionais de Auditoria (NBC PAs) aplicáveis. pois define propriamente o que é auditoria e como deve funcionar. Vamos falar um pouco sobre cada um deles. esta pode ser vista como a “norma das normas” de auditoria independente. assim. os profissionais responsáveis pela auditoria devem ser sempre honestos e sinceros. Por se tratar de uma profissão que prima pela transparência e confiabilidade. as exigências éticas do auditor incluem. empregados. por estarem intimamente relacionadas ao bem estar coletivo da comunidade de pessoas e instituições (acionistas. Competência e zelo profissional. a referida norma também estabelece os requisitos éticos relacionados à auditoria das demonstrações contábeis. um bom auditor sempre se comporta dentro do mais rígido código de ética. normas de comportamento que tenham finalidades práticas que o profissional possa utilizar. Dentro desse contexto. Confidencialidade. clientes. Objetividade. Portanto. e Comportamento profissional. órgãos reguladores etc. como a maioria dos profissionais. A confiança do público alvo de uma auditoria independente é fundada na integridade do auditor.. Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor estão implícitos nessas normas e estão em linha com os princípios do Código de Ética do IFAC1.pontodosconcursos.. cujo cumprimento é exigido dos auditores. (a) Integridade: manter a integridade e a honestidade em todas as suas relações profissionais. além de princípios morais.br 2 . está sujeito a exigências éticas no que diz respeito aos trabalhos por ele desenvolvidos. Esses princípios são: (a) (b) (c) (d) (e) Integridade. O auditor. (b) Objetividade: não ter conflito de interesses. O Código de Ética Profissional do Contador (Resolução CFC 803/1996).: participar da administração da empresa auditada pode prejudicar a objetividade em auditá-la). • auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra exclusivamente de sua prática lícita.br 3 . mas repulsa a distorções intencionais. trabalho científico ou técnico do qual não tenha participado. • publicar ou distribuir. Dessa forma. melhorar a qualidade dos serviços e desempenhar suas atribuições da melhor forma possível. • solicitar ou receber do cliente ou empregador qualquer vantagem que saiba para aplicação ilícita. • prejudicar. observar as normas aplicáveis e ser breve e eficiente na realização dos trabalhos. • aconselhar o cliente ou o empregador contra disposições expressas em lei ou contra os Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade etc. elenca uma série de vedações ao auditor. interesse confiado a sua responsabilidade profissional. O auditor deve ser imparcial em todas as questões relacionadas ao seu trabalho (p. Zelo profissional significa diligência. Davi Barreto e Fernando Graeff www. • valer-se de agenciador de serviços.pontodosconcursos. devendo inclusive ser independente na aparência. mediante participação desse nos honorários a receber. preservando sempre sua independência – de fato e na aparência. inspirada neste princípio.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 não quer dizer ausência de erros não-intencionais. ou seja. em seu nome. cuidado devido. culposa ou dolosamente. pois essa característica deve ser percebida pelo público externo. são os esforços constantes do auditor para desempenhar seu papel com qualidade: ser cuidadoso e minucioso. tais como: • exercer atividade ou ligar o seu nome a empreendimentos com finalidades ilícitas.com. a independência é o alicerce do auditor. (c) Competência e zelo profissional: aumentar continuamente a competência profissional. desonestidades e conluios.ex. fraudes. conjugando educação com experiência. No entanto. de modo a demonstrar que foi realizado de acordo com as normas de auditoria e demais dispositivos legais aplicáveis. não as divulgando. sem autorização expressa da entidade. concorda? (d) Confidencialidade: não divulgar informações confidenciais da entidade auditada sem que tenha seu consentimento específico. Além disso. Davi Barreto e Fernando Graeff www. entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade. atualizar e expandir seus conhecimentos para o exercício da auditoria. Sigilo e confidencialidade são essenciais para manutenção de confiança mútua entre o auditor e o auditado. nunca participou efetivamente de uma auditoria. veja que não basta ao auditor ter a educação necessária. O sigilo. esse profissional deve participar de Programas de Educação Continuada com o objetivo de manter. Além disso. como o Banco do Brasil? Claro que não. e registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC) para exercer sua profissão. Assim.. o auditor deverá recusar sua indicação quando reconhecer não se achar capacitado em face da especialização requerida.com.. apesar de ter a formação necessária. deverá ser resguardado pelos organizamos profissionais que solicitaram as informações. para manutenção de seu cadastro nos órgãos reguladores. Experiência é o conhecimento e a maturidade adquiridas pelo auditor ao longo da sua trajetória profissional. salvo quando houver obrigação legal de fazê-lo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 O princípio da competência técnica é requisito básico para desempenhar uma função complexa como auditoria. sob nenhuma circunstância. (e) Comportamento (ou conduta) profissional: seguir as normas relevantes de auditoria e evitar quaisquer ações que maculem a imagem de sua profissão. nesses casos. Educação compreende desde a preparação para entrada na profissão aos mecanismos de aperfeiçoamento e reciclagem profissional que o auditor é obrigado a se submeter.br 4 . É importante destacar que o auditor deve ser graduado em Ciências Contábeis. deve exibir as informações obtidas durante o seu trabalho. mas também exige-se dele experiência para executar um trabalho. O auditor deve respeitar e assegurar o sigilo relativo às informações obtidas durante o seu trabalho na entidade auditada. Imagine a seguinte situação hipotética: um auditor (contador. registrado no CRC) que. Será que é razoável pensar que ele poderia ser o responsável por uma auditoria em um grande banco.pontodosconcursos. quando solicitado por autoridades competentes. com. observa que algumas páginas foram arrancadas. o auditor.br 5 . não? Veja que o ceticismo profissional é necessário para que o auditor reduza os riscos de ignorar circunstâncias não usuais ou usar premissas inadequadas ao planejar.. Mas o que isso quer dizer? Em primeiro lugar. Até aqui tudo tranquilo? Esses princípios éticos parecem bastante lógicos. Assim. estando alerta. vamos em frente. Por exemplo.pontodosconcursos. Em outra situação. Tudo isso é possível... Há algo estranho. condições que possam indicar possível fraude ou que demandem procedimentos de auditoria além dos exigidos pelas NBC TAs. ou seja. por exemplo. mas ele admite que há uma possibilidade desses problemas ocorrerem. a evidências que contradigam outras evidências obtidas... Seja um equívoco não intencional ao registrar uma depreciação ou ao estimar ou classificar uma despesa... não é isso.. Ceticismo e Julgamento Profissional As normas de auditoria também destacam que o auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional. Davi Barreto e Fernando Graeff www. o setor de pagamento informa ao auditor que há 30 funcionários na empresa e o setor de pessoal informa que existem 45 pessoas trabalhando na instituição. o ceticismo profissional é a postura cética do auditor ao analisar as informações contábeis de uma entidade. executar e avaliar os resultados do seu trabalho.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Neste caso. seja um ato deliberado de sonegar tributos ou forjar resultados falsos. informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos recebidos. o Código de Ética Profissional do Contador também veda expressamente executar trabalhos técnicos contábeis sem observância dos Princípios de Contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade. Quer dizer que o auditor já parte do pressuposto que tem algo errado com as demonstrações contábeis? Não. sempre há possibilidade de que erros ou fraudes gerem problemas nas informações que a entidade auditada divulga. exercendo sempre seu julgamento profissional. ao ler as atas de reunião da diretoria. o auditor deve ter em mente que podem existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis. não? Pois bem. ou seja.com. nem tudo está escrito em uma norma ou em um manual. cético – acreditando somente naquilo que é provado por meio de evidências fidedignas.br 6 . Além disso. Por exemplo. nas decisões sobre: • materialidade e risco de auditoria. a NBC TA 200 também destaca que não se pode esperar que o auditor desconsidere a experiência passada de honestidade e integridade da administração da entidade e dos responsáveis pela governança. essa crença de honestidade e integridade não livra o auditor da necessidade de manter o ceticismo profissional ou permitir que ele se satisfaça com evidências menos persuasivas.: o auditor crer que um documento pode não ser autêntico ou é falsificado). relevantes e suficientes. Deve ser. A NBC TA 200 destaca que o julgamento profissional é necessário.pontodosconcursos. Em casos de dúvida (ex. Muitas vezes. o auditor deve estar atento a essas situações. O segundo conceito que nos interessa é o de julgamento profissional. o uso da experiência e do conhecimento do auditor na tomada de decisão ao longo do trabalho. Contudo. O que se exige é que o auditor considere a confiabilidade das informações a serem usadas como evidências de auditoria. a menos que tenha razão para crer no contrário. a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados. Davi Barreto e Fernando Graeff www. em particular. como o auditor define se uma evidência é confiável ou não? Como o auditor decide o melhor procedimento para verificar se o saldo da conta Estoques está adequado? Enfim.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Pois bem. as normas de auditoria exigem que o auditor faça investigações adicionais para solucionar o assunto. • a natureza. cuidado! A NBC TA 200 deixa claro que o auditor pode aceitar registros e documentos como genuínos. Essa característica é essencial para a condução apropriada da auditoria. portanto. Contudo. o auditor deverá tomar uma decisão com base em sua experiência profissional. seja na interpretação das exigências éticas e profissionais das normas ou nas decisões requeridas do auditor. portanto.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 • se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada. assuntos difíceis podem ser discutidos dentro da equipe ou com outras pessoas de dentro ou fora da firma de auditoria. exige-se que o auditor elabore documentação que possibilite a outro auditor experiente. Portanto. Assim. item 8. lembre: 2 NBC TA 220.com. sem nenhuma ligação prévia com a auditoria. • avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável da entidade. quando a firma não tem os recursos internos apropriados. quando as pessoas consultadas tem conhecimento apropriado. e são informadas de todos os fatos relevantes necessários. pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis. O julgamento profissional precisa ser exercido ao longo de toda a auditoria e adequadamente documentado. Isso se chama consulta2. Muitas vezes. item 18. Trata-se da aplicação da competência profissional para tomar decisões em casos concretos. Pode ser apropriado para a equipe de trabalho consultar fora da firma.br 7 . 3 Davi Barreto e Fernando Graeff www. Neste aspecto. obter uma consulta sobre assuntos técnicos ou éticos dentro ou até mesmo fora3 da firma de auditoria. entenda os julgamentos profissionais exercidos para se atingir as conclusões sobre assuntos significativos surgidos durante o trabalho4.pontodosconcursos. a característica que distingue o julgamento profissional esperado do auditor é que esse julgamento seja exercido por profissional com as competências necessárias para estabelecer julgamentos razoáveis. Cuidado! Julgamento profissional não é um “chute” ou um “palpite”. Pode-se. A equipe de trabalho pode beneficiar-se dos serviços de assessoria fornecidos por outras firmas. por exemplo. o auditor não vai estar preparado para exercer o julgamento profissional adequado em algumas situações. Portanto. órgãos profissionais e reguladores e organizações que prestam serviços de controle de qualidade relevantes. por exemplo. senioridade e experiência. • extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas. não deve ser usado como justificativa para decisões que não são sustentados pelos fatos e circunstâncias nem por evidência de auditoria apropriada e suficiente. Neste caso. 4 NBC TA 230. pontodosconcursos.com.br 8 .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Davi Barreto e Fernando Graeff www. Davi Barreto e Fernando Graeff www. não podendo se deixar influenciar por preconceitos ou quaisquer outros elementos materiais ou afetivos que resultem perda. suficientemente. Nesse sentido. permitindo a emissão de relatórios imparciais em relação à entidade auditada. Essa norma define que aqueles envolvidos em uma auditoria (membros da equipe e a própria empresa ou firma de auditoria) sejam independentes da entidade auditada (cliente). aos quotistas. objetividade ou ceticismo profissional. ou era um funcionário cujo cargo lhe permitia exercer influência direta e importante sobre o objeto do trabalho de auditoria.br 9 .pontodosconcursos. 5 Resolução CFC 1. deve evitar fatos e circunstâncias que passem a percepção que a independência do auditor esteja comprometida (aparência de independência). Em suma. bem como da firma. Deve-se. aos cooperados e a todas as demais partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho. ou de algum membro da equipe. assim. aos acionistas.Independência – Trabalhos de Auditoria e Revisão. Podemos definir a independência de pensamento como o estado no qual as obrigações ou os interesses do auditor são. Veja que é importante o auditor ser independente de fato e na aparência. Ou seja.com. efetiva ou aparente. o auditor deve ser independente. ou outro conflito de interesse próprio com essa entidade auditada. A NBC PA 290 alerta que a independência (ou aparência de independência) pode ser afetada por algumas ameaças: • Ameaça de interesse próprio: ocorre quando o auditor poderia auferir benefícios financeiros na entidade auditada. sob duas óticas: a independência de pensamento e a aparência de independência. é a capacidade de julgar e atuar com integridade e objetividade.311/10 . administrador ou diretor da entidade auditada.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Independência nos trabalhos de auditoria Os requisitos para conquista e manutenção da independência do auditor são tratados na NBC PA 2905. isentos dos interesses das entidades auditadas para permitir que os serviços sejam prestados com objetividade. aos sócios. anteriormente. evitar situações que deixem em dúvida sua integridade. • Ameaça de autorrevisão: ocorre quando o auditor era. de sua independência. A Instrução CVM nº 308/99. • Ameaça de intimidação: ocorre quando o auditor encontra obstáculos para agir. relacionamentos comerciais. o art.br 10 . reais ou percebidas. que é vedado ao Auditor Independente e às pessoas físicas e jurídicas a ele ligadas em relação às entidades cujo serviço de auditoria contábil esteja a seu cargo: Davi Barreto e Fernando Graeff www. de capitalização e entidades abertas de previdência complementar. podendo comprometer (ou vista como se comprometesse) o cumprimento de um ou mais dos princípios éticos do auditor que já discutimos hoje. Dessa forma. em virtude de um relacionamento estreito com uma entidade auditada. suas controladas. devido a ameaças. dispõe sobre vedações na contratação e manutenção de auditor independente das sociedades seguradoras. emprego em cliente de auditoria. relacionamentos familiares e pessoais.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 • Ameaça de defesa de interesses do cliente: ocorre quando o auditor defende ou parece defender a posição ou a opinião da entidade auditada. determina que não poderão realizar auditoria independente o Auditor Independente (Pessoa Física). que dispõe sobre o registro e o exercício da atividade de auditoria independente no âmbito do mercado de valores mobiliários. Outras normas. por parte de administradores. diretores ou funcionários de uma entidade. objetivamente e com ceticismo profissional. 7º da Resolução CNSP nº 118. de setores específicos. controladoras ou integrantes de um mesmo grupo econômico. ainda. • Ameaça de familiaridade: ocorre quando. Por exemplo. honorários vencidos etc. prestação de outros serviços. demasiadamente. Uma ameaça pode ser criada por ampla gama de relações e circunstâncias. de 2004. o auditor passa a se identificar. com os interesses da entidade. os sócios e os demais integrantes do quadro técnico de empresa de Auditoria Independente (Pessoa Jurídica) quando ficar configurada.CFC relativas à independência.pontodosconcursos. em sua atuação na entidade auditada.com. a ponto de poder comprometer ou dar a impressão de comprometer a objetividade. com diretores ou com funcionários. a infringência às normas do Conselho Federal de Contabilidade . a NBC PA 290 alerta que ameaças à independência do auditor podem ser derivadas de interesses financeiros. A CVM determina. com seus administradores. podem também dispor sobre ameaças à independência. controladoras ou integrantes de um mesmo grupo econômico. Quando necessário. Mas o que são salvaguardas? Ora. • planejamento tributário. Por exemplo. o auditor deve identificar e avaliar as ameaças à independência. É impossível definir todas as situações que criam ameaças à independência e especificar as medidas apropriadas. deve aplicar salvaguardas para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável. Referida norma. suas controladas.: a pessoa é casada com um dos diretores da empresa). de forma a evitar que o auditor conclua que uma situação é permitida porque não foi especificamente proibida. ou • qualquer outro produto ou serviço que influencie ou que possa vir a influenciar as decisões tomadas pela administração da instituição auditada. Outro exemplo de salvaguarda é alienar um interesse Davi Barreto e Fernando Graeff www. determinação de valores para efeito de constituição de provisões ou reservas técnicas e de provisões para contingências. avaliação de empresas. Ao decidir sobre a aceitação ou a continuação de uma auditoria. ou se uma pessoa específica pode ser membro da equipe.br 11 .com. as normas de auditoria estabelecem conceitos de independência para auxiliar os profissionais no cumprimento das exigências éticas. substituir um membro da equipe de auditoria cuja independência sofre de ameaça de familiaridade (ex. Assim. • • • • Mas como o auditor deve se portar diante de ameaças a sua independência ou da sua equipe? Primeiro é importante ter em mente que o auditor deve usar julgamento profissional ao aplicar os conceitos sobre a independência. exemplificativamente. reavaliação de ativos. portanto. elenca. ou • prestar serviços de consultoria que possam caracterizar a perda da sua objetividade e independência. elencam várias (mas não todas) circunstâncias que criam ameaças à independência. alguns serviços considerados de consultoria: assessoria à reestruturação organizacional. de informações e de controle interno.pontodosconcursos. • remodelamento dos sistemas contábil. são as diferentes ações que o auditor pode tomar para enfrentar um problema.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 • adquirir ou manter títulos ou valores mobiliários de emissão da entidade. e • discussão de assuntos éticos com s responsáveis pela governança do cliente. do trabalho. o auditor deve: Compete ao auditor independente (ou empresa de auditoria) estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de que a independência é mantida. • envolvimento de outra firma para executar ou refazer parte do trabalho. que não foi membro da equipe.com. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Enfim. salvaguarda é tudo que o auditor pode fazer para mitigar as ameaças a sua independência ou da sua equipe. Além disso. pagar o empréstimo etc. Veja alguns exemplos de salvaguardas elencadas pela NBC PA 290: • políticas e procedimentos para implementar e monitorar controle de qualidade de trabalhos. • políticas e procedimentos para proibir pessoas que não são membros da equipe de trabalho de influenciarem inapropriadamente o seu resultado. Portanto. conforme o desenho abaixo. • rotação do pessoal sênior da equipe. as normas de auditoria requerem que o responsável pela auditoria avalie o cumprimento dos requisitos de independência que se aplicam ao trabalho. Se ameaças são identificadas e avaliadas como em um nível não aceitável.pontodosconcursos.br 12 . • mecanismo disciplinar para promover o cumprimento das políticas e procedimentos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 financeiro (ex. • revisão por outro auditor.: vender as ações.) que gere perda de independência antes de começar a auditoria. e mesmo assim a decisão é aceitar o trabalho ou incluir uma pessoa na equipe. debênture. massa falida ou trust. se o interesse financeiro é direto ou indireto. Assim. Por exemplo. 6 É possível deter interesses financeiros por meio de intermediário como veículo de investimento coletivo. empréstimo etc. Lógico que essa ameaça depende de uma série de fatores como a função da pessoa que detém o interesse financeiro na auditoria ou sua relação com a equipe que conduz o trabalho. o auditor deve avaliar interesses financeiros diretos ou indiretos podem ameaçar à independência necessária para realização de uma auditoria em determinado cliente. a pessoa possui ações da Petrobrás.pontodosconcursos. deve eliminar a circunstância ou relacionamento que cria as ameaças. 1. Essa é a típica situação que macula a aparência de independência do auditor. declinar ou descontinuar o trabalho de auditoria. e os e os tipos de salvaguardas que podem ser utilizadas. a pessoa é quotista de um fundo de investimento do Banco do Brasil que investe em ações da Petrobrás. Já o interesse financeiro indireto é o interesse de usufruto por meio de intermediário sobre o qual a pessoa não tem controle ou capacidade de influenciar as decisões de investimento da entidade.br 13 . deter esse tipo de interesse em cliente de auditoria pode criar ameaça à independência do auditor. Bom. Quando o auditor avalia que salvaguardas apropriadas não estão disponíveis ou não podem ser aplicadas para.. vamos agora discutir algumas circunstâncias e relacionamentos específicos que criam ou podem criar ameaças à independência. ou por meio de intermediário6 tem controle ou capacidade de influenciar as decisões de investimento em uma entidade.com. Por exemplo. Mas qual a diferença entre interesses financeiros diretos e indiretos? O primeiro é quando uma pessoa detém a propriedade direta. Davi Barreto e Fernando Graeff www. um membro da equipe de auditoria é um grande acionista da empresa auditada. o controle.Interesses financeiros Interesse financeiro é a participação em ações. Por exemplo. espólio.. Assim. e a materialidade (relevância) desse interesse. em uma entidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 deve-se avaliar se é possível eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável por meio de salvaguardas. com.pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www.br 14 .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 O quadro abaixo traz diversas situações previstas na NBC PA 290 que causam ameaça à independência do auditor e as possíveis salvaguarda que podem ser aplicadas. A relação custo-benefício dessa estratégia não é muito boa. um familiar imediato dessa pessoa. Familiares próximos são pais.: 7 e 8).. Aceitar presentes ou afins de cliente de auditoria. Em outras situações menos críticas (ex. tiverem interesse financeiro direto ou um interesse financeiro indireto relevante no cliente.pontodosconcursos. Sócios e profissionais de nível gerencial que prestam serviços que não são de auditoria para o cliente de auditoria (exceto aqueles cujo envolvimento é mínimo). lembre que as salvaguardas descritas são apenas exemplificativas e outras podem ser aplicadas sempre que possível. ou uma firma de auditoria tiver interesse financeiro em entidade e um cliente de auditoria também deter interesse financeiro nessa entidade (esse interesse é relevante para alguma das partes e o cliente de auditoria pode exercer influência significativa sobre a entidade). 2 e 3) não há salvaguarda possível. a ameaça à independência não permite que o auditor execute o trabalho. realmente. Membro da equipe. Salvaguarda possível • nenhuma salvaguarda pode reduzir a ameaça a um nível aceitável. um familiar imediato7 dessa pessoa. 2. Situação que causa ameaça à independência 1. elas fazem sentido em existir. não tem jeito. Ou seja. deve alienar quantidade suficiente desse interesse.. Sócios da firma de auditoria (mesmo que não participem da auditoria). filhos ou irmãos que não são membros da família imediata. ou seus familiares imediatos. Veja que nos casos mais graves (1. 3. há salvaguardas possíveis e. ou seus familiares imediatos. Tente entender a lógica das situações.com. 8 E o cliente seja relevante para a controladora. tiverem interesse financeiro direto ou interesse financeiro indireto relevante no cliente. Membro da equipe. 4.br 15 . 5. • antes de se tornar membro da equipe de auditoria. Davi Barreto e Fernando Graeff www..Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Dica! Não tente decorar todas as situações descritas. Além disso. • no caso da firma. ou uma firma de auditoria tiver interesse financeiro direto ou interesse financeiro indireto relevante no cliente ou em entidade que seja controladora do cliente de auditoria8. nenhuma salvaguarda pode reduzir a ameaça a um nível aceitável. Familiar imediato é o cônjuge (ou equivalente) ou dependente.. 7 Observe sempre a diferença entre familiares imediatos e familiares próximos. • revisão por outro auditor do trabalho realizado pelo membro da equipe. • revisão por outro auditor do trabalho realizado pelo membro da equipe. A firma de auditoria. ou uma firma de auditoria tiver interesse financeiro em entidade e conselheiro. um membro da equipe. Membro da equipe.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 6. 8. por meio de herança. um familiar imediato dessa pessoa. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos. recebeu interesse financeiro direto ou interesse financeiro indireto relevante em cliente. ou familiar imediato dessas pessoas. por exemplo. um sócio. Quaisquer interesses financeiros no cliente de auditoria detidos por outras pessoas incluindo sócios e profissionais da firma. 7. 9. ou em decorrência de fusão. e pessoas com relacionamento pessoal próximo com membro da equipe de auditoria. Familiar próximo de membro da equipe de auditoria tem interesse financeiro direto ou interesse financeiro indireto relevante no cliente. • alienação de todo o interesse financeiro ou de parte suficiente do interesse financeiro indireto. • retirada da pessoa da equipe. diretor ou controlador do cliente de auditoria também tem interesse financeiro nessa entidade. • revisão por outro auditor do trabalho realizado pelo membro da equipe. • exclusão do membro da equipe de auditoria de qualquer tomada de decisão significativa em relação ao trabalho. ou seus familiares imediatos. • retirada da pessoa da equipe.br 16 . • retirada da pessoa da equipe.com. • alienação do interesse ou de uma quantidade suficiente do interesse financeiro indireto. presente. quando essa transação é feita com um membro da equipe ou seu familiar imediato segundo procedimentos. prazos e condições de financiamento normais (ex. controle ou administração em comum. que não está envolvido na auditoria e que não recebeu o empréstimo. para seu familiar imediato ou para a firma de auditoria. ou • compartilham o uso de marca comum. financiamentos de automóveis e saldos de cartão de crédito) não se cria ameaça à independência. Firma em rede? Hã??? Para aumentar sua capacidade de prestar serviços profissionais. Já quando envolve a firma de auditoria. uma marca. as normas de auditoria admitem que diferentes firmas de auditoria se associem em busca de aumentar a eficiência de seus resultados. conforme definido acima. pode-se criar ameaça à independência.Empréstimos e garantias Quando um banco ou uma instituição semelhante concede um empréstimo ou uma garantia de empréstimo para membro da equipe. ou • compartilham parte significativa dos recursos profissionais. ou • os mesmos sócios.com. as firmas de auditoria frequentemente formam estruturas maiores com outras firmas. cheque especial. Logicamente. ou • políticas e procedimentos de controle de qualidade em comum. um sistema de controle de qualidade.br 17 .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 2. uma firma em rede é aquela que faz parte de uma rede. compartilhando. um empréstimo relevante pode criar ameaças à independência. Essa estrutura é considerada uma rede quando o seu objetivo é a cooperação e as entidades da estrutura têm: • claramente por objetivo a participação nos lucros ou o rateio dos custos relevantes entre as entidades que a compõem. Assim.pontodosconcursos. Neste caso. mesmo sob condições normais. recursos profissionais etc. por exemplo. pode ser possível aplicar salvaguardas como utilizar um auditor de firma em rede. Davi Barreto e Fernando Graeff www. O quadro a seguir resume as principais ameaças à independência e as salvaguardas previstas na NBC PA 290. revisar o trabalho.: hipotecas residenciais. Enfim. com objetivos de cooperação. 18 .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Situação que causa ameaça à independência 1. Empréstimo ou a garantia não é concedido segundo procedimentos. 3. seu familiar imediato. ou garantia de empréstimo. 2. ou a firma de auditoria concede ou garante empréstimo relevante a cliente de auditoria. Membro da equipe. Membro da equipe. Davi Barreto e Fernando Graeff www. prazos e condições de financiamento normais . 4. relevante de cliente de auditoria que não é banco ou instituição semelhante. prazos e condições de financiamento normais. Salvaguarda possível • nenhuma salvaguarda pode reduzir a ameaça a um nível aceitável. Empréstimo para uma firma de auditoria segundo procedimentos.com.pontodosconcursos. seu familiar imediato.br • Revisão do trabalho por auditor de firma em rede. e ele é relevante para o cliente ou para a firma. que não está envolvido na auditoria e que não recebeu o empréstimo. ou a firma de auditoria aceita empréstimo. a importância de qualquer ameaça deve ser avaliada e salvaguardas devem ser aplicadas quando necessário para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável. se essas transações forem importantes ou de grande magnitude. por membro da equipe ou familiar imediato dessa pessoa geralmente não cria ameaça à independência desde que a transação esteja no curso normal do negócio e os termos sejam equivalentes aos que prevalecem nas transações com partes independentes. Neste caso. Por exemplo. pode haver ameaças à independência. a firma de auditoria não deve manter relacionamento comercial com o cliente de auditoria. podem ser aplicadas salvaguardas como: • eliminação ou redução da magnitude da transação. a menos que o interesse financeiro seja irrelevante e o relacionamento comercial insignificante para esse membro. A menos que algum interesse financeiro seja irrelevante e o relacionamento comercial seja insignificante.Relacionamentos comerciais Relacionamentos comerciais entre auditor e cliente podem também causar perda de independência.pontodosconcursos. o auditor e o cliente (empresa auditada) tem um empreendimento imobiliário em conjunto. Se o relacionamento comercial é com um familiar imediato de membro da equipe.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 3. ou os dois são sócios em uma firma de consultoria tributária.com.br 19 . Portanto. ou • retirada da pessoa da equipe de auditoria. No caso de membro da equipe de auditoria. em regra. Entretanto. Davi Barreto e Fernando Graeff www. A compra de produtos e serviços de cliente de auditoria pela firma de auditoria. a pessoa deve ser retirada da equipe de auditoria. a ameaça criada seria tão significativa que nenhuma salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável. Salvaguarda possível • nenhuma salvaguarda pode reduzir a ameaça a um nível aceitável.pontodosconcursos. • revisão do trabalho por auditor que não participou do trabalho. por membro da equipe ou familiar imediato dessa pessoa que no curso normal do negócio e os termos sejam equivalentes aos que prevalecem nas transações com partes independentes. relacionamento comercial é com um familiar imediato de membro da equipe. Relacionamentos comerciais (que não sejam insignificantes) entre a firma de auditoria e o cliente. 5. 4.com. • pessoa deve ser retirada da equipe de auditoria. por membro da equipe ou familiar imediato dessa pessoa que não estão curso normal dos negócios. Compra de produtos e serviços de cliente de auditoria pela firma de auditoria. • eliminação ou redução da magnitude da transação. Davi Barreto e Fernando Graeff www. 3. • retirada da pessoa da equipe de auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Situação que causa ameaça à independência 1. Compra de produtos e serviços importantes ou de grande magnitude pela firma de auditoria.br 20 . Relacionamentos comerciais (que não sejam insignificantes) entre membro da equipe de auditoria e o cliente. 2. pontodosconcursos. o fato de um membro da equipe namorar uma estagiária do setor de RH não é relevante para a auditoria. Por exemplo. a função do familiar ou outra pessoa no cliente e a proximidade desse relacionamento.Relacionamentos familiares e pessoais Relacionamentos familiares e pessoais entre membro da equipe de auditoria e conselheiro ou diretor ou certos empregados (dependendo de sua função) do cliente de auditoria podem criar ameaças à independência. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Isso é bem lógico.br 21 .com. não é mesmo.: contadora responsável ou chefe da controladoria). Vejamos algumas situações previstas na norma.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 4. Assim.. não é adequado que o auditor execute uma auditoria em uma entidade em que sua esposa faz parte da administração ou exerça alguma função relevante relacionada à preparação das demonstrações contábeis (ex.. incluindo as responsabilidades individuais na equipe de auditoria. A existência e a importância de quaisquer ameaças dependem de diversos fatores. • retirada da pessoa da equipe de auditoria. • definição das responsabilidades de modo que o profissional não trate de assuntos que sejam responsabilidade do familiar próximo. do correspondente trabalho de auditoria executado 22 .pontodosconcursos. por outro auditor. 3.com. 5. o desempenho e os fluxos de caixa do cliente. Pessoa que não é familiar imediato ou próximo. Sócio ou empregado da firma que não é membro da equipe de auditoria e tem relacionamento pessoal íntimo e familiar com conselheiro ou diretor do cliente de auditoria ou empregado em cargo que exerça influência significativa sobre a elaboração das demonstrações contábeis. Familiar imediato de membro da equipe de auditoria é empregado em cargo que exerce influência significativa sobre a posição financeira. • retirada da pessoa da equipe de auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Situação que causa ameaça à independência Salvaguarda possível 1. • revisão. • definição das responsabilidades de modo que o profissional não trate de assuntos que sejam responsabilidade do profissional tem relacionamento próximo. • definição das responsabilidades de modo que o profissional não trate de assuntos que sejam responsabilidade do familiar imediato.br • definição das responsabilidades do sócio ou empregado para reduzir qualquer possível influência sobre o trabalho de auditoria. 2. mas tem relacionamento próximo com membro da equipe de auditoria é conselheiro ou diretor do cliente de auditoria ou empregado em cargo que exerça influência significativa sobre a elaboração das demonstrações contábeis. Familiar próximo de membro da equipe de auditoria é conselheiro ou diretor do cliente de auditoria ou empregado em cargo que exerça influência significativa sobre a elaboração das demonstrações contábeis. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Familiar imediato de membro da equipe de auditoria é conselheiro ou diretor do cliente de auditoria ou empregado em cargo que exerça influência significativa sobre a elaboração das demonstrações contábeis. 4. considera-se que a independência não é comprometida se o sócio chave da auditoria não tiver sido membro da equipe com relação à auditoria de demonstrações contábeis cobrindo um período de no mínimo doze meses. é preciso avaliar ameaças à independência sempre que um exmembro da equipe ou ex-sócio da firma de auditoria for contratado por um cliente para assumir uma posição de conselheiro. sabe-se que o atual presidente da empresa X foi até o ano passado sócio da firma de auditoria. empresas de grande porte são entidades de interesse do público.br 23 . Segunda a NBC PA 290. Há um problema nessa situação. Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 5. ou • qualquer entidade que seja definida por regulamento ou legislação como entidade de interesse do público.638/07 determina que as empresas de grande porte se submetam à auditoria independente assim como as companhias abertas. inclusive já participando de outras auditorias na empresa X. Suponha a seguinte situação: a empresa X está sendo auditada pela firma de auditoria Y em 2012.Emprego em cliente de auditoria Outra ameaça à independência do auditor pode ser causada quando certos funcionários da entidade auditada (cliente) já trabalharam na firma de auditoria. No Brasil. o cargo que a pessoa assumiu no cliente. sabemos que a Lei 11. diretor ou cargo que exerça influência significativa sobre a elaboração das demonstrações contábeis. Logo. por exemplo. Portanto. não concorda? Logicamente esse tipo de ameaça depende de fatores como se ainda existe alguma relação significativa entre a firma e a pessoa. no caso de entidades de interesse do público. Entidades de interesse do público são: • todas as companhias de capital aberto. No entanto.com. o tempo decorrido desde que a pessoa se desligou da firma de auditoria e o cargo anterior que a pessoa tinha na equipe ou na firma de auditoria etc. o envolvimento que a pessoa terá com a equipe de auditoria.pontodosconcursos. ou • qualquer entidade para a qual o regulamento ou a legislação requer auditoria e que seja conduzida de acordo com os mesmos requerimentos de independência que se aplicam à auditoria de companhias abertas. Já o “sócio chave da auditoria”. incluindo o sócio do trabalho) Assim. a pessoa responsável pela revisão do controle de qualidade do trabalho. ex-sócio de auditoria da firma Y.br . um estagiário ou um auditor júnior não pode ser enquadrado nessa categoria.... não participou da auditoria em 2011 e foi contratado em 2012 pela empresa X. Trata-se do responsável técnico pelo de trabalho de auditoria conduzido por uma equipe. segundo a NBC PA 290. Se Fulano de Tal.com. e outros sócios da auditoria (se houver) que tomam decisões chave ou fazem julgamentos sobre assuntos significativos com relação à auditoria das demonstrações contábeis sobre as quais a firma expressará uma opinião.: sociedade anônima de capital aberto) e teve suas demonstrações contábeis de 2011 auditadas pela firma de auditoria Y.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 O que quer dizer “sócio chave da auditoria”? Primeiro é preciso entender o conceito de “sócio do trabalho” – pessoa na firma responsável pelo trabalho e sua execução. Uma última situação que gostaríamos de destacar é o empréstimo de pessoal da firma de auditoria para o cliente. considera-se que a independência não foi comprometida nesse caso. também. assinando-o e destacando seu registro no CRC. Bom. é qualquer pessoa da firma que tem a competência de tomar uma decisão chave em uma auditoria. Sócio do trabalho (responsável técnico pelo trabalho) Sócio chave da auditoria (pessoa que toma decisão chave. Logicamente. 24 Davi Barreto e Fernando Graeff www. E em 2012 está passando mais uma vez por uma auditoria conduzida pela firma Y.. Vejamos a seguir os outros casos e as possíveis salvaguardas que podem ser aplicadas. esses são casos específico que vale a pena termos em mente.pontodosconcursos. Em todas as circunstâncias. Segundo as normas. o cliente de auditoria deve ser responsável por orientar e supervisionar as atividades do pessoal emprestado. Ou seja. responsável pelo relatório que é emitido em nome da firma. isso é possível somente se esse empréstimo for por um curto período de tempo e o pessoal não prestar serviços não permitidos como assumir responsabilidades da administração. é o sócio do trabalho. É. suponha que a empresa X é uma entidade de interesse do público (ex. 5. • modificação do plano de auditoria. 2. Ex-membro da equipe ou ex-sócio da firma de auditoria foi contratado pelo cliente de auditoria para cargo-chave e não existe mais nenhuma relação significativa entre a firma e a pessoa. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Ex-membro da equipe ou ex-sócio da firma de auditoria foi contratado pelo cliente de auditoria para cargo-chave e continua havendo relação significativa entre a firma e a pessoa. • designação de pessoas para a equipe de auditoria com experiência suficiente em relação à pessoa que foi contratada pelo cliente. • retirada da pessoa da equipe de auditoria. Empréstimo de pessoal da firma de auditoria para o cliente.com. Membro da equipe de auditoria que participa do trabalho notifica a firma que será contratado ou poderá ser contratado pelo cliente em algum momento no futuro. do trabalho do exmembro da equipe de auditoria. • não passar para o pessoal emprestado a responsabilidade de auditoria por qualquer função ou atividade que o pessoal desempenhou durante a designação temporária. 4. 3.pontodosconcursos.br 25 .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Situação que causa ameaça à independência Salvaguarda possível 1. • condução de revisão adicional do trabalho executado pelo pessoal emprestado. por outro auditor. Ex-sócio da firma foi contratado anteriormente por uma entidade para exercer um cargo-chave e a entidade tornou-se posteriormente cliente de auditoria da firma. • revisão de quaisquer julgamentos significativos efetuados por essa pessoa enquanto esteve na equipe. • revisão. • nenhuma salvaguarda pode reduzir a ameaça a um nível aceitável. Dessa forma. diretor ou empregado do cliente de auditoria. o sócio do trabalho. Há um problema aqui. Mais uma vez.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 6. foi o contador que elaborou os demonstrativos agora analisados. podem ser criadas ameaças à independência se um membro da equipe de auditoria recentemente desempenhou a função de conselheiro.pontodosconcursos. certo? A regra básica da auditoria é que o auditor nunca deve emitir opinião sobre o seu próprio trabalho. o período de tempo desde que a pessoa desligou-se do cliente e a função do profissional na equipe de auditoria. Por exemplo. responsável pela auditoria nas demonstrações contábeis de 2011 da empresa X. essa ameaça depende de fatores como a função da pessoa no cliente. Davi Barreto e Fernando Graeff www.br 26 .com.Serviço recente em cliente de auditoria Uma situação semelhante a anterior é quando um sócio da firma ou membro da equipe de auditoria trabalho recentemente na empresa auditada (cliente). 3. como a elaboração de atas e manutenção de documentos legais. quando essa prática é permitida por lei ou regras do CFC ou ainda. Antes do período coberto pelo relatório de auditoria. • revisão do trabalho executado pela pessoa como membro da equipe de auditoria. 2. as tarefas e atividades devem ser limitadas àquelas rotineiras e de natureza administrativa. Membro da equipe de auditoria desempenhou a função de conselheiro ou diretor do cliente de auditoria. pelos usos e costumes. membro da equipe de auditoria desempenhou a função de conselheiro ou diretor do cliente de auditoria. ou foi empregado em cargo que exerce influência significativa sobre a elaboração das demonstrações contábeis sobre as quais a firma emitirá relatório de auditoria. 9 Segundo a NBC PA 290. controladoria. Além disso. Sócio ou empregado da firma de auditoria desempenha a função de conselheiro ou diretor de cliente. Salvaguarda possível • nenhuma salvaguarda pode reduzir a ameaça a um nível aceitável.br 27 . Sócio ou empregado da firma de auditoria serviços administrativos e societários ao cliente9. a importância das ameaças deve ser avaliada e salvaguardas aplicadas quando necessário para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável. ou foi empregado em cargo que exerce influência significativa sobre a elaboração das demonstrações contábeis sobre as quais a firma emitirá relatório de auditoria.com. desde que a administração do cliente tome todas as decisões relevantes. Davi Barreto e Fernando Graeff www. e desde que a administração tome todas as decisões relevantes. consultoria sobre assuntos de governança corporativa etc. como administração de pessoal. a prestação de serviços administrativos de rotina ou a prestação de consultoria em relação a esses assuntos administrativos geralmente não criam ameaças à independência.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Situação que causa ameaça à independência 1. 4. Nessas circunstâncias. manutenção dos registros da empresa.pontodosconcursos. o que é rotação de liderança? Ora. Problemático.pontodosconcursos. Geralmente. que não era membro da equipe de auditoria do trabalho do pessoal sênior. a estrutura da firma etc. intimidade entre auditor e cliente. não? Mais uma vez. depois de alguns anos. é preciso avaliar fatores como por quanto tempo a pessoa tem sido membro da equipe de auditoria.br 28 . nada mais é do que trocar membros da equipe que tomem decisões chave de tempos em tempos. Por exemplo. Davi Barreto e Fernando Graeff www. as principais salvaguardas são: • rotação do pessoal sênior na equipe de auditoria (rotação de liderança). já pode ser até o padrinho de casamento do contador da empresa. o auditor começa a participar das festas de final de ano da empresa. • revisão. por outro auditor. o papel da pessoa na equipe.com. Enfim.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 7. deixar muito tempo a mesma pessoa como responsável por um cliente pode gerar envolvimento. • revisões de qualidade interna ou externa independentes e regulares do trabalho (revisão por pares).: sócio do trabalho ou sócio chave da auditoria) em auditorias no mesmo cliente por período de tempo prolongado cria ameaças à independência. Mas primeiro.Associação de pessoal sênior com cliente de auditoria A utilização do mesmo pessoal sênior (ex. a ser convidado para o aniversário do filho do presidente da empresa e. durante esse período de dois anos.) Pode ser permitido 1 (um) ano adicional na equipe de auditoria desde que a ameaça à independência possa ser reduzida mediante salvaguardas.: revisão externa independente regular). a pessoa não deve ser membro da equipe de trabalho ou sócio chave da auditoria para o cliente pelo prazo de 2 (dois) anos. não pode ser alternada (ex. No entanto.com. Depois desse período. Davi Barreto e Fernando Graeff www.: doença séria da pessoa designada para substituir no papel de sócio.pontodosconcursos. Pessoa pode continuar no cliente por mais cinco anos. transações ou eventos ou de outra forma influenciar diretamente o resultado do trabalho.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Existe um caso especial que gostaríamos da sua atenção! Em trabalhos de auditoria de entidade de interesse do público. efetuar controle de qualidade para o trabalho. Quando a firma tem somente poucas pessoas com o conhecimento e a experiência necessária para desempenhar a função de sócio chave da auditoria (ex.br 29 . consultar a equipe de trabalho ou o cliente sobre assuntos técnicos ou específicos do setor. desde que autorizado por órgão regulador e que outras salvaguardas sejam aplicadas (ex. Entidades de interesse do público: Você lembra da definição de sócio chave da auditoria. não é mesmo? Assim. a pessoa não deve participar da auditoria da entidade.: pequena firma de auditoria ou auditor que atua como pessoa física). há algumas exceções a essa regra: Situação O que fazer Pessoa importante para a qualidade da auditoria e. devido a circunstâncias imprevistas fora do controle da firma. o profissional não deve atuar como sócio chave da auditoria por mais de 5 (cinco) anos. este último se torna entidade de interesse do público? Quando começamos a contar os cinco anos? Pois bem. Imagine se um sócio chave está no cliente há 4 anos e 11 meses e esse cliente de repente se torna entidade de interesse do público. isso pode causar um problema. Veja o quadro abaixo. ao longo do relacionamento do auditor com o cliente. Pode ser complicado arranjar outro sócio de uma hora para outra.. nessas situações. a norma prevê que. o número de anos que a pessoa pode continuar a desempenhar essa função no cliente antes de ser substituída é 5 (cinco) anos menos o número de anos que já desempenhou essa função.br 30 . Assim. Davi Barreto e Fernando Graeff www... poxa professor.pontodosconcursos. Nesses casos...com. o sócio pode continuar a desempenhar essa função. Mas você pode pensar.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 E o que acontece se. no máximo. se a pessoa tiver desempenhado a função de sócio chave da auditoria por 4 (quatro) anos ou mais quando o cliente se tornar entidade de interesse do público.. o período de tempo em que a pessoa desempenhou a função de sócio chave da auditoria para o cliente antes de o cliente tornar-se entidade de interesse do público deve ser levada em consideração na determinação do momento da rotação.. por 2 (dois) anos adicionais antes de ser substituído. auditoria interna. o serviço não deve ser prestado. em trabalhos de asseguração que façam uma avaliação ou mensuração da eficácia do seu controle interno. De qualquer forma. por exemplo.br 31 . consultorias etc. mas condizentes com suas competências. Davi Barreto e Fernando Graeff www. assistência tributária. As normas de auditoria destacam que é impossível elaborar uma relação completa desses serviços. por exemplo. possuem um bom entendimento do negócio e contribuem com conhecimento e capacitação em outras áreas. A auditoria independente das demonstrações contábeis. Pois bem. os auditores são bastante valorizados e podem oferecer serviços como avaliação de empresas e reavaliação de ativos. Se a ameaça não puder ser reduzida a um nível aceitável por meio de salvaguardas. é um tipo de trabalho de asseguração. deve-se avaliar se a prestação desse serviço criaria ameaça à independência. muitas vezes. Como. antes de a firma aceitar um trabalho. no qual o auditor emite uma opinião sobre as demonstrações no intuito de dar segurança aos usuários interessados nas informações contábeis da entidade auditada. Veremos a segui que certos serviços criam ameaça à independência tão significativa que nenhuma salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável.. Isso vai depender de cada caso. o auditor ou firma de auditoria não pode assumir responsabilidade da administração para seu cliente. Trabalhos de asseguração são aqueles em que o auditor independente (ou firma de auditoria) expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança de determinados usuários.Prestação de serviços que não são de asseguração As firmas de auditoria tradicionalmente prestam uma gama de outros serviços diferentes de auditoria independente (que não são de asseguração). Em outros casos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 8. Como regra geral.pontodosconcursos.com.. Usuários podem estar interessados também. a prestação desses serviços pode criar ameaças à independência da firma ou dos membros da equipe de auditoria. é possível aplicar salvaguardas. pontodosconcursos. Além disso. Por quê? Ora. Por exemplo. a administração da entidade é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatórios financeiros aplicável. • orientar e assumir a responsabilidade pelas ações dos empregados da entidade.com. a distribuição e o controle de recursos humanos. físicos e intangíveis. incluindo a tomada de decisões significativas sobre a aquisição. • decidir quais recomendações da firma de auditoria implementar. prestar consultoria e fornecer recomendações para auxiliar a administração a desempenhar suas responsabilidades não significa assumir suas responsabilidades. atividades rotineiras e administrativas. • planejar.br 32 . ou que envolvem assuntos não significativos. O que não pode ser admitido é o auditor ou firma de auditoria executar ações relevantes para o cliente. geralmente não são consideradas como de responsabilidade da administração. Elaboração de registros contábeis e de demonstrações contábeis Como já discutimos em nossa primeira aula. pois o auditor nunca pode revisar seu próprio trabalho.. Davi Barreto e Fernando Graeff www. financeiros.? Vejamos algumas situações de serviços específicos que estão previstas da NBC PA 290. Não é possível especificar todas as atividades que são de responsabilidade da administração (é necessário aplicar julgamento profissional). a NBC PA 290 cita alguns exemplos de atividades que seriam geralmente consideradas responsabilidade da administração: • estabelecer políticas e orientação estratégica. implementar e manter o controle interno. Entretanto.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Responsabilidades da administração são aquelas que conduzem e orientam a entidade. • autorizar transações. Por outro lado. • elaborar e apresentar adequadamente as demonstrações contábeis. se a firma executar uma transação irrelevante que foi autorizada pela administração ou monitorar as datas para entrega de documentos. Ficou claro.. envolvendo. Essas atividades (tipo de consultoria contábil) são consideradas como parte normal do processo de auditoria e. desde que o auditor não assuma responsabilidade que seja da administração. Em regra.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 A prestação de serviços contábeis e de escrituração contábil a um cliente de auditoria. • se executados por membro da equipe de auditoria. • elaboração de demonstrações contábeis com base em informações no balancete. No entanto. geralmente. ao longo de uma auditoria se espera que haja um constante diálogo entre o auditor e a administração sobre esses assuntos. utilizar membro sênior com apropriada especialização. por exemplo a aplicação de normas ou políticas contábeis. • lançamento de transações codificadas pelo cliente no razão geral. • registro de transações para as quais o cliente determinou ou aprovou a classificação contábil adequada. 10 Podem ser prestados a clientes de auditoria em situações de emergência ou outras situações não usuais quando é impraticável para o cliente de auditoria efetuar tais serviços ou contratar outras firmas de auditoria Davi Barreto e Fernando Graeff www. como elaboração de registros contábeis ou demonstrações contábeis. Neste caso é preciso entender se a entidade é ou não de interesse do público.com. • registro de lançamentos aprovados pelo cliente no balancete. Um caso específico que merece nossa atenção é quando são prestados serviços de natureza contábil rotineiros ou de natureza mecânica como: • prestação de serviços de folha de pagamento. a adequação do controle e dos métodos contábeis usados na determinação dos valores declarados de ativos e passivos etc. que não seja membro da equipe. a firma de auditoria não pode ser responsável por elaborar e apresentar adequadamente as demonstrações contábeis. não criam ameaças à independência.pontodosconcursos. Tipo de entidade É possível prestar serviço rotineiro ou mecânico? cliente que não é entidade de interesse do público Pode prestar o serviço se aplicar salvaguardas: • serviços são executados por pessoa que não é membro da equipe de auditoria. cria ameaça de à independência do auditor que posteriormente audita as demonstrações contábeis. para revisar o trabalho executado cliente que é entidade de interesse do público A firma não deve prestar esse tipo de serviço exceto em duas situações: • Trata-se de uma situação de emergência10 e o aqueles que prestam os serviços não são da equipe de auditoria.br 33 . o a situação é discutida com os responsáveis pela governança. a extensão do envolvimento do cliente na determinação e aprovação da metodologia de avaliação.pontodosconcursos.br 34 . a disponibilidade de metodologias e orientações profissionais estabelecidas. a confiabilidade e extensão dos dados disponíveis etc. certas avaliações não envolvem grau significativo de subjetividade (ex. Muitas vezes uma firma de auditoria pode ser chamado a executar esse serviço. em alguns casos. mas o pessoal envolvido não for membro da equipe e as áreas relacionadas ao serviço forem imateriais ou os assuntos sejam irrelevantes para as demonstrações contábeis auditadas Serviços de avaliação Avaliação consiste em calcular determinado valor para um ativo. Já quando essas avaliações tem um caráter muito subjetivo. As principais salvaguardas que o auditor pode usar para preservar sua independência. • Não se trata de uma situação de emergência. é preciso tomar mais cuidado. um passivo ou um negócio como um todo. não é provável que os resultados da avaliação realizada por duas pessoas distintas seja significativamente diferente. Para mensurar e tratar essa ameaça é preciso entender elementeos tais quais: se a avaliação terá efeito relevante sobre as demonstrações contábeis. o que pode gerar ameaças a sua independência.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 o serviços são prestados somente por curto período e não se espera que tornem a ocorrer. Nesses casos. segundo a NBC PA 290. há duas grandes condicionantes para que uma firma de auditoria possa realizar esse serviço: grau de subjetividade da avaliação e a sua relevância para as demonstrações contábeis. Note que.com. e • arranjos para que o pessoal que presta esses serviços não participe do trabalho de auditoria. Segundo as normas. pois as premissas e técnicas básicas são estabelecidas por lei ou regulamento ou são amplamente aceitas.: calcular a depreciação de um equipamento). Davi Barreto e Fernando Graeff www. são: • revisão por outro profissional que não estava envolvido na prestação do serviço. geralmente na busca de reduzir a carga tributária ou otimizar o pagamento de tributos ao longo do tempo. preparar a declaração de imposto de renda de um cliente ou realizar o “polêmico” planejamento ou consultoria tributária pode causar perda de independência. • as características específicas do trabalho. cálculos de impostos com a finalidade de elaborar os lançamentos contábeis. Vejamos algumas situações específicas para o caso de serviços fiscais.com. Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Tipo de entidade Quando não é possível prestar serviço de avaliação? cliente que não é entidade de interesse do público • o serviço de avaliação tem efeito relevante sobre as demonstrações contábeis e a avaliação envolve grau significativo de subjetividade. como assessoria ao cliente sobre como estruturar seus assuntos de maneira eficiente em termos fiscais ou sobre como aplicar nova lei ou novo regulamento fiscal. uma consultoria tributária pode aconselhar o cliente se é melhor pertencer ao Simples ou ser de Lucro Presumido. Serviços fiscais Os serviços de natureza fiscal compreendem ampla gama de serviços... e assessoria na solução de disputas fiscais. • a complexidade do correspondente regime tributário e o grau de julgamento necessário na sua aplicação.pontodosconcursos. e • o nível de experiência fiscal dos empregados do cliente. que incluem elaboração de declarações de impostos. Planejamento tributário ou consultoria tributário compreende uma ampla gama de serviços. planejamento tributário e outros serviços de consultoria tributária.br 35 . Assim. Por exemplo. cliente que é entidade de interesse do público • o serviço de avaliação tem efeito relevante sobre as demonstrações contábeis. A execução de alguns desses serviços cria ameaças à independência a depender de fatores como: • o sistema usado pelas autoridades fiscais para avaliar e administrar o imposto em questão e o papel da firma nesse processo. br 36 . o o resultado ou as efeitos da consultoria tributária terão efeito relevante sobre as Davi Barreto e Fernando Graeff www. • Clientes que não são entidades de interesse do público o utilizar profissionais que não são membros da equipe de auditoria para executar o serviço. que não esteve envolvido na prestação do serviço fiscal.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Situação que causa ameaça à independência Salvaguarda possível 1. o os serviços são prestados somente por curto período de tempo e não se espera que tornem a ocorrer. Nesses casos: o aqueles que prestam os serviços não são membros da equipe de auditoria. Cálculos de impostos com a finalidade de elaborar lançamentos contábeis. o se o serviço é executado por membro da equipe de auditoria. • Clientes que são entidades de interesse do público não deve realizar o serviço. para revisar os cálculos de impostos.com. o envolver outro profissional que presta serviços da área fiscal. • a prestação desses serviços em geral não cria ameaça à independência se a administração assumir a responsabilidade pelas declarações incluindo julgamentos significativos efetuados. exceto em situações de emergência a firma. Elaboração de declarações de impostos. 4. o obter consultoria sobre o serviço de profissional externo da área fiscal. o obter autorização prévia ou consultoria das autoridades fiscais. membro sênior com apropriada especialização. mas caso necessário aplicar: o utilizar profissionais que não são membros da equipe de auditoria para executar o serviço.pontodosconcursos. para prestar consultoria à equipe de auditoria sobre o serviço e revisar o tratamento nas demonstrações contábeis. Planejamento tributário consultoria tributária suportados por autoridade fiscal ou prática estabelecida ou com base em legislação fiscal • esses serviços em geral não cria ameaça à independência. o obter recomendação de consultoria sobre o serviço de profissional externo da área fiscal. 3. 2. o a situação é discutida com os responsáveis pela governança. Planejamento tributário consultoria tributária que depende de um tratamento contábil ou de apresentação • nenhuma salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável se: o a equipe de auditoria tem dúvida razoável sobre a adequação do tratamento contábil relacionado ou apresentação segundo a estrutura de relatório financeiro aplicável. que não seja membro da equipe de auditoria. Assessoria na solução de disputas fiscais • usar profissionais que não são membros da equipe de auditoria para executar o serviço.com. 6. • envolver outro profissional da área fiscal que não esteve envolvido na prestação do serviço fiscal. para prestar consultoria à equipe de auditoria sobre os serviços e revisar o tratamento nas demonstrações contábeis.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 específica nas demonstrações contábeis demonstrações contábeis sobre as quais a firma emitirá relatório de auditoria.pontodosconcursos.br 37 . Davi Barreto e Fernando Graeff www. 5. Serviços fiscais envolvem atuar como representante de cliente de auditoria perante tribunal ou fórum para a solução de assunto fiscal e os valores envolvidos são relevantes para as demonstrações contábeis • nenhuma salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável. • obter recomendação de consultoria sobre o serviço de profissional externo da área fiscal. incluindo atividades não financeiras da entidade.pontodosconcursos. eficiência e eficácia de atividades operacionais. o risco e a frequência dos serviços de auditoria interna. Conforma já discutimos. • a administração do cliente comunica aos responsáveis pela governança as constatações e recomendações significativas resultantes dos serviços de auditoria interna. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Como regra. avaliam e aprovam o escopo. a firma de auditoria somente deve prestar serviços de auditoria interna a um cliente de auditoria se estiver confortável que: • o cliente designa profissional apropriado e qualificado. incluindo: • monitoramento do controle interno. Vejamos.. a prestação de serviço de auditoria interna cria ameaça à independência se a firma usa o trabalho de auditoria interna no curso da auditoria externa subsequente. • a administração do cliente avalia e determina quais recomendações resultantes dos serviços de auditoria interna implementa e administra o processo de implementação. quando se assume responsabilidades da administração ao prestar serviços de auditoria interna. agora. • revisão do cumprimento de leis. • revisão da economia. e das políticas e diretrizes da administração e outros requisitos internos. implementar e manter o controle interno. de preferência da alta administração. algumas situações específicas. • a administração ou os responsáveis pela governança do cliente revisam..com. regulamentos e outros requisitos externos. • a administração do cliente avalia a adequação dos serviços de auditoria interna e as constatações resultantes de sua execução. Para evitar essa assunção de responsabilidades.br 38 . • exame de informações financeiras e operacionais. a ameaça criada seria tão significativa que nenhuma salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável. para ser responsável todo o tempo pelas atividades de auditoria interna e reconhecer a responsabilidade por planejar.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Serviços de auditoria interna Os serviços de auditoria interna envolvem auxiliar o cliente na execução de suas atividades de auditoria interna. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Cliente que é entidade de interesse do público. ou • valores ou divulgações que são.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Situação que causa ameaça à independência 1. separadamente ou em conjunto. e a firma de auditoria presta serviços de auditoria interna referentes a: • parte significativa dos controles internos sobre relatórios financeiros.pontodosconcursos. 39 . A firma de auditoria aceita trabalho de prestação de serviços de auditoria interna a um cliente. relevantes para as demonstrações contábeis. ou • sistemas contábeis financeiros que geram informações que são. 2. 3.com. separadamente ou em conjunto.br • usar profissionais que não são membros da equipe de auditoria para executar o serviço de auditoria interna. e os resultados desses serviços serão usados na condução da auditoria externa. Salvaguarda possível • nenhuma salvaguarda pode reduzir a ameaça a um nível aceitável. significativas para os registros contábeis do cliente ou das demonstrações contábeis. Pessoal da firma de auditoria assume responsabilidades da administração ao prestar serviços de auditoria interna. são: • utilizar profissionais que não são membros da equipe de auditoria para executar o serviço. na medida do possível.pontodosconcursos. mensurados. Outros casos específicos podem ser observados no quadro a seguir. seja pelo interessado em ingressar no negócio seja por parte de quem está repassando seu negócio. são aqueles em que a pessoa que presta os serviços deve ser habilitada para fazê-los ou ter a formação legal exigida (ex. Isso é muito comum em processos de aquisição. due diligence legal11 e reestruturação) podem criar ameaças à independência dependendo de fatores como a natureza do serviço.com. Trata-se de conhecer em detalhes a real situação de uma entidade para que todos (ou quase todos) os riscos atrelados à pretensa operação sejam avaliados e. Davi Barreto e Fernando Graeff www. 11 Conjunto de atos investigativos que devem ser realizados antes de uma operação empresarial.: suporte a contratos. assessoria jurídica. incorporação ou fusão de empresas. segundo a NBC PA 290. A norma destaca que os serviços legais que auxiliam um cliente de auditoria na execução de uma transação (ex.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Serviços legais Serviços legais. segundo a NBC PA 290. se o serviço é prestado por membro da equipe de auditoria e a relevância para as demonstrações contábeis do cliente.br 40 . • utilizar outro profissional que presta serviços que não esteve envolvido na prestação dos serviços legais para prestar consultoria à equipe de auditoria sobre o serviço e revisar o tratamento nas demonstrações contábeis.: perito contábil). As principais salvaguardas que o auditor pode usar para preservar sua independência. Defender os interesses de cliente de auditoria na solução de disputa ou litígio quando os valores envolvidos são relevantes para as demonstrações contábeis. Trata-se de conhecer em detalhes a real situação de uma entidade para que todos (ou quase todos) os riscos atrelados à pretensa operação sejam avaliados e. seja pelo interessado em ingressar no negócio seja por parte de quem está repassando seu negócio. 4.pontodosconcursos. 3. • utilizar outro profissional que presta serviços que não esteve envolvido na prestação dos serviços legais para prestar consultoria à equipe de auditoria sobre o serviço e revisar qualquer tratamento nas demonstrações contábeis. due diligence legal12 e reestruturação).br 41 . Davi Barreto e Fernando Graeff www.com. Isso é muito comum em processos de aquisição.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Situação que causa ameaça à independência Salvaguarda possível 1. incorporação ou fusão de empresas.: suporte a contratos. 12 Conjunto de atos investigativos que devem ser realizados antes de uma operação empresarial. Defender os interesses de cliente de auditoria na solução de disputa ou litígio quando os valores envolvidos não são relevantes para as demonstrações contábeis. • utilizar profissionais que não são membros da equipe de auditoria para executar o serviço. na medida do possível. assessoria jurídica. Prestar serviços legais que auxiliam um cliente de auditoria na execução de uma transação (ex. Pessoal da firma de auditoria é nomeado diretor de assuntos legais para um cliente. mensurados. • nenhuma salvaguarda pode reduzir a ameaça a um nível aceitável 2. Quando a firma de auditoria realiza outros serviços que não são de asseguração (ex. e o custo do serviço a executar.pontodosconcursos. Mas observe que mesmo no caso de serviços que não são de asseguração (e. honorários contingentes. Logicamente.. aqueles calculados em uma base predeterminada com relação ao resultado do trabalho executado. Estabelecer a remuneração que não seja por esse tipo de critério. não devem ser praticados por gerar conflitos de interesses que não podem ser resolvidos por nenhuma salvaguarda. ou seja. como serão cobrados os custos de viagens e estadias. apoio a solução de litígios). habitual ou permanente. fixando. esse tipo de remuneração é inaceitável. a firma de auditoria presta um serviço de consultoria para melhorar os processos de produção da empresa e cobra honorários que variam de acordo com os resultados do trabalho. • o número de horas estimadas para a realização dos serviços. a complexidade do serviço. esse princípio se refere a serviços de asseguração. se for o caso.com. • a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual. Por exemplo. Por exemplo. considerando os seguintes fatores: • a relevância. inclusive de auditoria. Nesse sentido.: consultorias. Em princípio. o vulto. consequentemente não são de auditoria) pode haver perda de independência em algumas situações.Honorários Os honorários cobrados pelo auditor ou firma de auditoria devem ser calculados como função da complexidade e das necessidades de recursos que a auditoria vai demandar. Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 8. honorários contingentes podem ser admitidos.br 42 . O auditor deve estabelecer e documentar seus honorários mediante avaliação dos serviços. suponha uma situação em que o auditor condicione os seus honorários ao resultado da auditoria: R$ 100 mil por uma opinião adversa e R$ 1 milhão por uma opinião sem ressalvas. • a qualificação técnica dos profissionais que irão participar da execução dos serviços. Logicamente. e • o lugar em que os serviços serão prestados.. Por exemplo. compromete a independência do auditor. esses honorários são muito relevantes para a firma de auditoria. não há nenhum problema. • após a emissão do relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis do segundo ano. e grande • honorários devidos pela entidade auditada por serviços profissionais prestados continuarem sendo devidos por período de tempo prolongado. a firma deve avaliar se a importância da ameaça é tal que uma revisão pós-emissão não reduziria a ameaça a um nível aceitável sendo.. antes da emissão do relatório do terceiro ano.com. No caso de entidades de interesse do público. • honorários gerados pela entidade auditada representam proporção da receita do sócio encarregado do trabalho. Além dos honorários contingentes. necessária uma revisão pré-emissão.. o total de honorários nesse cliente representar mais de 15% do total de honorários recebidos pela firma de auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Estamos falando agora de outro problema: a relevância dos honorários. um auditor. execute revisão do controle de qualidade do trabalho (falaremos sobre isso ainda nessa aula). execute uma revisão da auditoria do segundo ano que é equivalente a uma revisão de controle de qualidade do trabalho (revisão pós-emissão). portanto. que não é membro da firma que está emitindo o relatório sobre as demonstrações contábeis.pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. substancialmente.br 43 . ou órgão regulador profissional. há ainda outras formas de perda de independência como: • honorários de auditoria de valor. que não é membro da firma que está emitindo o relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis. inferior ao estabelecido para os outros serviços prestados pela firma de auditoria. antes da emissão do relatório do segundo ano. Quando o total de honorários exceder significativamente 15%. discutindo quais das salvaguardas abaixo poderão para reduzir a ameaça a um nível aceitável: • providenciar que outro auditor. deve-se divulgar para os responsáveis pela governança do cliente esse fato. quando por dois anos consecutivos. com. bem como as exigências regulatórias e legais estão sendo cumpridas. Pelo menos uma vez por ano. para isso. habilidade e compromisso com os princípios éticos. objetividade.201/09 (NBC PA 01). Dessa forma. e o considerou a integridade do cliente. é tratado na Resolução 1.205/09. zelo profissional e confidencialidade. incluindo tempo e recursos. Esse assunto. como independência. a firma deve obter confirmação por escrito do cumprimento de suas políticas e procedimentos sobre independência de todo o pessoal da firma. que aprovou a NBC TA 220. um sistema de controle de qualidade inclui políticas e procedimentos que tratam dos seguintes tópicos: • Responsabilidades da liderança pela qualidade: o sistema de controle de qualidade é responsabilidade do auditor independente ou do presidente da firma de auditoria. O auditor e as firmas de auditoria devem estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade do trabalho realizado a fim de obter segurança razoável de que todas as normas técnicas. • Exigências éticas relevantes: o auditor e sua equipe cumprem as exigências éticas relevantes. • Aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos: segurança razoável de que a aceitação e continuidade do relacionamento com clientes apenas se dará nos casos em que o auditor: o é competente para executar o trabalho e possui habilidades.pontodosconcursos. Além disso.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Controle de qualidade da auditoria de Demonstrações Contábeis. e não tem informações que o levaria a concluir que o cliente não é íntegro • Recursos humanos: pessoal suficiente com competência. outra norma de interesse é a Resolução CFC 1. “Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis”.br 44 . o consegue cumprir as exigências éticas relevantes. que trata da trata das responsabilidades da firma de estabelecer e manter seu sistema de controle de qualidade para trabalhos de auditoria. e de que os relatórios sobre as demonstrações contábeis estão corretos e apropriados. elaborada de acordo com a sua equivalente internacional ISA 220. Davi Barreto e Fernando Graeff www. pouco cobrado em provas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. incluindo o presidente ou. deve estabelecer políticas e procedimentos para designar pessoal apropriado com a competência e habilidades necessárias para executar trabalhos de acordo com normas técnicas e exigências regulatórias e legais aplicáveis. • Execução do trabalho: trabalhos são executados de acordo com normas técnicas e exigências regulatórias e legais aplicáveis. A firma de auditoria deve comunicar. o auditor pode levar em consideração. ao analisar as competências e as habilidades esperadas da equipe de trabalho. Ademais.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 A firma de auditoria deve atribuir a responsabilidade de cada trabalho a um sócio com a devida competência. pelo menos uma vez por ano.br 45 . incluindo especialização em tecnologia da informação pertinente e áreas especializadas de contabilidade ou auditoria. pessoa física ou uma firma de auditoria. possui especialização técnica. ambos devem constituir um sistema de controle de qualidade capaz de fornecer segurança de que o trabalho desenvolvido está de acordo com as normas técnicas e profissionais de auditoria. • Monitoramento: avaliação contínua de que as políticas e os procedimentos relacionados com o sistema de controle de qualidade são relevantes. a diretoria executiva da firma. se esta: • • • • • • possui experiência prática de trabalhos de natureza e complexidade semelhantes. habilidade e autoridade para desempenhar o papel. O auditor ou sócio encarregado do trabalho deve assumir a responsabilidade pela qualidade geral do trabalho de auditoria. incluindo a definição das responsabilidades pela supervisão e revisão do trabalho. se apropriado. adequados e estão operando de maneira efetiva. Enfim. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de que os trabalhos são executados de acordo com normas técnicas e exigências regulatórias e legais aplicáveis. e entende as políticas e procedimentos de controle de qualidade da firma.pontodosconcursos. os resultados do monitoramento de seu sistema de controle de qualidade aos sócios encarregados dos trabalhos e outras pessoas apropriadas. possui conhecimentos relevantes sobre o setor/indústria em que o cliente opera. possui capacidade para aplicar julgamento profissional. entende as normas técnicas e as exigências legais e regulamentares. Dessa forma. seja um auditor independente.com. pontodosconcursos. 13 Segundo a NBC PA 01. Esse é o processo projetado para fornecer uma avaliação objetiva. da data do relatório. ou antes. envolvendo: • discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho. profissionais e exigências legais e regulamentares aplicáveis. o sócio encarregado pelo trabalho é responsável pela supervisão e revisão do trabalho da equipe. de acordo com as políticas e procedimentos da firma de auditoria. Revisão do controle de qualidade do trabalho Em certas situações. com base no fato de que o trabalho de membros menos experientes da equipe deve ser revisado por membros mais experientes. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Já a revisão consiste em avaliar.com. • revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto. o revisor do controle de qualidade do trabalho deve realizar uma avaliação objetiva. tratar dos assuntos significativos que surgem ao longo da auditoria e identificar assuntos para consulta a membros mais experientes da equipe.br 46 . ou para sua consideração durante o trabalho. e se as evidências obtidas são suficientes e apropriadas para suportar o relatório. A supervisão inclui acompanhar o andamento do trabalho. é necessário um política de revisão do controle de qualidade do trabalho13. e • avaliação das conclusões atingidas ao elaborar o relatório e consideração se o relatório é apropriado. Quem executa essa revisão não é o sócio encarregado pelo trabalho. na data. além da supervisão e revisão do trabalho feitas pelo sócio encarregado. mas o chamado revisor de controle de qualidade do trabalho.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Dessa forma. • revisão da documentação selecionada de auditoria relativa aos julgamentos significativos feitos pela equipe e das conclusões obtidas. se houver. por exemplo. se o trabalho foi realizado de acordo com as normas técnicas. dos julgamentos relevantes feitos pela equipe do trabalho e das conclusões obtidas ao elaborar o relatório. se o trabalho realizado suporta as conclusões obtidas e está adequadamente documentado. considerar a competência e habilidade individual dos membros da equipe . Assim. Essa revisão é elaborada para auditoria de demonstrações contábeis de companhias abertas e os outros trabalhos. para os quais a firma determinou a necessidade de revisão do controle de qualidade do trabalho. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Nesses casos. o que acontece se houver divergências? Por exemplo. quer dizer que pode ser alguém de fora da firma de auditoria? Pense no caso de firmas de auditoria de pequeno porte ou auditores independentes que atuam como pessoa física. Qual opinião irá prevalecer? Nesses casos.. a NBC TA 220 estabelece que. ou uma equipe composta por essas pessoas. a equipe de trabalho deve seguir as políticas e procedimentos da firma para tratar e resolver as diferenças de opinião. por exemplo. Note que é um controle de qualidade “externo à equipe de auditoria”. Pois bem. a documentação da revisão do controle de qualidade do trabalho pode ser completada após a data do relatório. Lógico.com. exercido por pessoas de dentro ou de fora da firma. ou outro profissional da firma.. nenhuma delas fazendo parte da equipe de trabalho. Por fim. não é mesmo? O sócio encarregado pelo trabalho é o responsável pela auditoria e não pode se eximir dessa responsabilidade porque alguém revisou o trabalho que supervisionou. já que é uma pessoa “externa a equipe”.br 47 . mais um ponto importante: a realização de revisão do controle de qualidade do trabalho não reduz as responsabilidades do sócio encarregado do trabalho. mas quando esse controle de qualidade do trabalho deve ser executado? A NBC PA 290 diz que o relatório de auditoria não deve ser datado enquanto não for concluída a revisão do controle de qualidade do trabalho. consulta a outro profissional. Opa. outra firma ou órgão profissional ou regulador.. uma pessoa externa.. Os procedimentos para resolver essas diferenças podem incluir. no caso de surgirem diferenças de opinião entre o sócio encarregado do trabalho e o revisor do controle de qualidade do trabalho. a equipe concluiu que as demonstrações contábeis estão adequadas e o revisor concluiu o contrário. Entretanto.pontodosconcursos. com experiência e autoridade suficientes e apropriadas para avaliar objetivamente os julgamentos relevantes feitos pela equipe de trabalho e as conclusões obtidas para elaboração do relatório. pessoas externas adequadamente qualificadas podem ser contratadas em trabalhos que requerem revisão do controle de qualidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Trata-se de um o sócio. Agora. Ou seja. pelos responsáveis pela governança na elaboração das demonstrações contábeis. Para determinar se existem as condições prévias a um trabalho de auditoria.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Concordância com os termos do trabalho de auditoria independente. está lembrado?) 48 Davi Barreto e Fernando Graeff www. quando apropriado. quando apropriado. cobrado no edital do concurso de Auditor Fiscal da RFB. Vamos falar agora sobre um tema novo. trata-se da Resolução CFC nº 1. que é aceitável em vista da natureza da entidade e do objetivo das demonstrações contábeis ou que seja exigida por lei ou regulamento.pontodosconcursos. (falamos sobre isso na aula passada. se for o caso. referida norma cuida da responsabilidade do auditor independente em estabelecer os termos do trabalho de auditoria com a administração ou. com os responsáveis pela governança. Condições prévias a um trabalho de auditoria correspondem ao uso pela administração de uma estrutura de relatório financeiro14 aceitável na elaboração das demonstrações contábeis e a concordância da administração e. é preciso deixar claro o que é necessário para que o trabalho proposto seja realizado.br . item 13: Estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatório financeiro adotada pela administração e. que foram ou serão efetivamente implementadas pelos responsáveis na entidade auditada. Antes de iniciar um trabalho de auditoria.204/2009 que aprovou a NBC TA 210 “Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria”. o auditor independente deve inicialmente verificar se a estrutura de relatório financeiro a ser aplicada na elaboração das demonstrações contábeis é 14 NBC TA 200. dos responsáveis pela governança em relação ao pressuposto em que a auditoria é conduzida. Nesse sentido. o auditor deve certificar-se que certas condições prévias necessárias para o bom desenvolvimento do trabalho estão satisfeitas. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 aceitável. a natureza das demonstrações contábeis (por exemplo. como registros. quando relevante. sua adequada apresentação. se as demonstrações contábeis constituem um conjunto completo de demonstrações contábeis ou somente uma única demonstração contábil). e pode solicitar da o irrestrito a pessoas da entidade que o auditor determina ser necessário para obter evidência de auditoria. ou seja. incluindo. Essa determinação envolve fatores relevantes como: a natureza da entidade (por exemplo. e pelo fornecimento ao auditor de acesso: o a todas as informações relevantes de que a administração tem conhecimento para a elaboração das demonstrações contábeis. se são elaboradas para atender as necessidades de informações contábeis comuns a uma ampla gama de usuários ou as necessidades de informações contábeis de usuários específicos). Depois de determinar a estrutura adequada o auditor independente deve obter a concordância da administração de que ela reconhece e entende sua responsabilidade: pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. se é adequada e disponível aos usuários a que as demonstrações são destinadas. uma entidade do setor público ou uma organização sem fins lucrativos). independentemente se causadas por fraude ou erro. Davi Barreto e Fernando Graeff www. pelo controle interno que a administração determinou como necessário para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorções relevantes. o objetivo das demonstrações contábeis (por exemplo. documentação e outros assuntos. o a informações adicionais que o auditor administração para fins da auditoria.br 49 .pontodosconcursos. e se lei ou regulamento prevê a estrutura de relatório financeiro aplicável específico para aquela atividade ou entidade.com. se é uma empresa. já na contratação. Assim. Além disso. ou não obter a concordância da administração de que ela reconhece e entende sua responsabilidade. o auditor não deve aceitar o trabalho de auditoria proposto se: concluir que a estrutura de relatório financeiro a ser aplicada na elaboração das demonstrações contábeis é inaceitável. a menos que exigido por lei ou regulamento. o auditor independente deve recusar sua execução. ele deve aceitar o trabalho de auditoria se a administração: a) concordar em fornecer divulgações adicionais necessárias para evitar que as demonstrações contábeis sejam enganosas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Não aceitação do trabalho de auditoria Existem algumas situações que podem comprometer o resultado final do trabalho de auditoria. não deve aceitar o trabalho de auditoria que apresente limitação de escopo. Assim. na emissão de relatório com abstenção de opinião (falaremos com detalhes sobre os tipos de relatório em outra aula).com. e b) reconhecer nos termos do trabalho de auditoria que o relatório do auditor independente incluirá parágrafo de ênfase para chamar a atenção dos usuários para as divulgações adicionais. o auditor. assim. em regra. salvo obrigado por lei ou regulamento. se não existirem as condições prévias para o trabalho de auditoria. resultando. limitações no alcance do trabalho de auditoria que impossibilitem que o auditor forme sua opinião sobre as demonstrações contábeis.br 50 .pontodosconcursos. mas cuja previsão conste em lei ou regulamento. Isso ocorre quando a administração ou os responsáveis pela governança impõem. o auditor independente deve discutir o assunto com a administração e. generalizando podemos dizer que: Davi Barreto e Fernando Graeff www. nessas situações. Atenção: No caso de estrutura de relatório financeiro considerado inaceitável pelo auditor. pontodosconcursos. o auditor deve avaliar se as circunstâncias requerem que os termos do trabalho de auditoria sejam revistos e se há necessidade de lembrar a entidade sobre os termos existentes do trabalho de auditoria. • as responsabilidades da administração.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Acordo sobre termos do trabalho de auditoria Carta de contratação os termos do trabalho de auditoria estabelecidos devem ser formalizados na carta de contratação de auditoria ou em outra forma adequada de acordo por escrito que devem incluir: • o objetivo e o alcance da auditoria das demonstrações contábeis.br 51 . o auditor não precisa formalizá-los em uma carta de contratação. e • referência à forma e ao conteúdo esperados de quaisquer relatórios a serem emitidos pelo auditor e uma declaração de que existem circunstâncias em que um relatório pode ter forma e conteúdo diferente do esperado. Auditoria recorrente Em auditorias recorrentes. • as responsabilidades do auditor. se uma lei ou um regulamento prevê com detalhes suficientes os termos do trabalho de auditoria acima elencados. • a identificação da estrutura de relatório financeiro aplicável para a elaboração das demonstrações contábeis. Contudo. Davi Barreto e Fernando Graeff www. mas deverá constar em documento escrito o fato de que essa lei ou regulamento se aplica à auditoria em questão e que a administração reconhece e entende suas responsabilidades.com. br 52 . de relatar as circunstâncias a outras partes. Davi Barreto e Fernando Graeff www. o auditor deve determinar se há conflito entre as normas de contabilidade e os requisitos adicionais. o auditor e a administração devem concordar com os novos termos e formalizá-los na carta de contratação ou outra forma adequada de acordo por escrito. nas exigências legais ou regulatórias. em outros requisitos em relação a relatório. se o auditor não concordar com a mudança dos termos do trabalho de auditoria e a administração não permitir que ele continue o trabalho de auditoria original.com. como os responsáveis pela governança.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Assim. proprietários ou reguladores. Normas de contabilidade complementadas por lei ou regulamento Se as normas de contabilidade estabelecidas por organização normatizadora autorizada ou reconhecida são complementadas por lei ou regulamento. significativa no controle da entidade ou na natureza ou tamanho da empresa. contratual ou de outra forma.pontodosconcursos. Entretanto. é possível que fatores. quando permitido por lei ou regulamento aplicável. como os a seguir descritos. o auditor deve: retirar-se do trabalho de auditoria. ou. Aceitação de mudança nos termos do trabalho de auditoria Após a concordância com os termos do trabalho de auditoria independente o auditor não deve concordar com mudanças nos termos do trabalho a não ser que exista uma justificativa razoável para essa mudança. tornem apropriado revisar os termos do trabalho de auditoria ou lembrar a entidade sobre os termos existentes: • qualquer indicação de que a entidade interpreta mal o objetivo e o alcance da auditoria. Se por um motivo razoável os termos do trabalho de auditoria forem alterados. o auditor pode decidir não enviar nova carta de contratação de auditoria ou outro acordo por escrito a cada período. e determinar se há alguma obrigação. Contudo. • revisão nos termos do trabalho ou previsão de termos especiais para o novo período de auditoria. • mudanças recente da alta administração. na estrutura de relatório financeiro adotada na elaboração das demonstrações contábeis. br 53 . ou a descrição da estrutura de relatório financeiro demonstrações contábeis pode ser alterada nesse caso. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos. aplicável nas Se nenhuma das opções acima é possível. o auditor deve discutir com a administração a natureza dos requisitos adicionais e deve chegar a um acordo se: os requisitos adicionais podem ser cumpridos por meio de divulgações adicionais nas demonstrações contábeis. o auditor deve determinar se é necessário modificar a sua opinião (veremos isso com mais detalhes na aula sobre relatório de auditoria).Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 No caso de haver conflito.com. adulteração de documentos. por exemplo. • mentira ou omissão intencional nas demonstrações contábeis de eventos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Normas sobre fraude. • aplicação incorreta das normas contábeis. falsificação ou alteração de registros contábeis ou documentos comprobatórios que serviram de base à elaboração de demonstrações contábeis. independentemente se causadas por fraude ou erro. vamos entrar em detalhes sobre sua caracterização e das responsabilidades envolvidas em sua apuração. erro e não conformidades.com. forma de apresentação ou divulgação. 1. e pode ser caracterizada por: • manipulação. e • aplicação incorreta intencional dos princípios contábeis relativos a valores. exatamente. classificação. Já citamos algumas vezes os termos fraude e erro. o que são erro e fraude? Apesar de seus conceitos serem bem intuitivos. nas demonstrações O termo fraude refere-se a ato intencional de omissão ou manipulação de transações. consistente em: • erros aritméticos na escrituração contábil ou contábeis. 15 Resolução CFC nº. O termo erro refere-se a ato não intencional na elaboração de registros e demonstrações contábeis. Vamos relembrar de novo a NBC TA 200. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Vimos que é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria. operações ou outras informações significativas.207/09. • interpretação errada das variações patrimoniais. De acordo com a NBC TA 24015. que resulte em incorreções deles. as distorções nas demonstrações contábeis podem originar-se de fraude ou erro.br 54 . avaliação e comunicação. Mas.pontodosconcursos. registros e demonstrações contábeis. ela afirma que a opinião do auditor deve ser baseada em uma segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante. quando falamos sobre ceticismo profissional. O fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis. Veja que o auditor não é treinado.com. cita-se o conluio para a falsificação de documentação que possa fazer o auditor acreditar que a evidência de auditoria é válida quando ela não é.pontodosconcursos. pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados para sua ocultação. a NBC TA 200 alerta. o auditor sabe que a entidade auditada vai lançar suas ações no mercado e necessita demonstrar lucro nos seus demonstrativos. pode criar um incentivo para se perpetrar uma fraude. • A concessão de bônus significativos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. mas que existe um risco. existe uma motivação. uma fonte de pressão). Por exemplo: • A necessidade de satisfazer as expectativas de terceiros para obter capital adicional pode criar pressão para a fraude. Como exemplo. Mas. os eventos ou condições que indiquem incentivo ou pressão para que a fraude seja perpetrada ou ofereçam oportunidade para que ela ocorra. então o que o auditor deve fazer em relação às fraudes? As normas de auditoria demandam que o auditor deve avaliar se há elementos que indicam a presença de um ou mais fatores de risco de fraude. que a fraude. que não é eficaz pode criar uma Veja que essas situações não indicam cabalmente que há uma fraude. nem obrigado a ser especialista na verificação de autenticidade de documentos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Bom. Isso não quer dizer que exista uma fraude. ainda. mas há um risco de que os demonstrativos sejam fraudados (ou seja. o fato de que a fraude geralmente é oculta pode tornar muito difícil a sua detecção. o auditor pode identificar eventos ou condições que indiquem um incentivo ou pressão ou que constituam uma oportunidade para a fraude (fatores de risco de fraude). e • Um ambiente de controle oportunidade para a fraude. Assim. As normas alertam para os chamados fatores de risco de fraude.br 55 . diferentemente do erro. Por exemplo. procedimentos de auditoria normalmente aplicados para coletar evidências podem ser ineficazes para a detecção de distorção relevante quando envolver fraudes. Como já falamos. ou seja. Contudo. caso sejam cumpridas metas irreais de lucro. é importante que a administração. o auditor faça investigações adicionais e determine que modificações ou adições aos procedimentos de auditoria são necessárias para solucionar o assunto.com. apresentar informações fraudulentas ou burlar procedimentos de controle. o que pode persuadir os indivíduos a não perpetrar fraude por causa da probabilidade de detecção e punição. como um todo. devido às limitações inerentes ao trabalho de auditoria. embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo. pois. destaca-se que o risco do auditor não detectar uma distorção relevante decorrente de fraude da administração é maior do que no caso de fraude cometida por empregados. Bom. o que pode reduzir as oportunidades de sua ocorrência e a sua dissuasão. Nesse sentido. porque a administração. com a supervisão geral dos responsáveis pela governança.pontodosconcursos. Quando falarmos sobre risco de auditoria. Ele é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis. a principal responsabilidade pela sua prevenção e detecção é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração. Lembre-se que os efeitos potenciais das limitações inerentes são particularmente significativos no caso de fraude. portanto. não pode obter segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante devido a fraude ou erro. enfatize a prevenção da fraude. tem mais condições de manipular os registros contábeis. o auditor está preocupado com a fraude que causa distorção relevante nas demonstrações contábeis. Dois tipos de distorções intencionais são pertinentes para o auditor – distorções decorrentes de informações contábeis fraudulentas e da apropriação indébita de ativos. não contém distorções relevantes. veremos que o auditor não é obrigado. há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes não sejam detectadas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. pela posição que ocupa. para efeitos das normas de auditoria. mesmo em uma auditoria devidamente planejada e realizada de acordo com as normas cabíveis. e. Já falamos sobre isso. Além disso. Com relação às responsabilidades. pois o risco de não detectar uma distorção relevante é mais alto do que nos casos decorrentes de erro.br 56 . nem pode reduzir o risco de auditoria a zero. Assim. mas não custa reforçar: O auditor não é responsável pela prevenção ou detecção de erros e fraudes.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Em casos de dúvida a respeito da confiabilidade das informações ou indicações de possível fraude. faz-se necessário destacar mais uma vez a expressão “segurança razoável”. causadas por fraude ou erro. Há.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Portanto. como resultado de uma distorção decorrente de fraude ou suspeita de fraude. com referência a uma fraude (mesmo no caso em que a fraude não é relevante). por meio da definição e implantação de respostas apropriadas.pontodosconcursos. deve: Davi Barreto e Fernando Graeff www. • obter evidências sobre os riscos identificados de distorção relevante decorrente de fraude. são responsabilidades do auditor: • identificar e avaliar os riscos de distorção relevante decorrente de fraude. considerada pelo Auditor como necessária. Portanto. Exemplos dessas circunstâncias excepcionais incluem: • o fato de a entidade não tomar a ação apropriada. • risco significativo de existência de fraudes relevantes e generalizadas.br 57 . se o auditor encontrar circunstâncias que coloquem em dúvida sua capacidade de continuar a auditoria. situações em que a existência de fraudes deixa o auditor sem condições de continuar o trabalho. e • responder adequadamente face à fraude ou à suspeita de fraudes identificada durante a auditoria. e • preocupação quanto à competência ou integridade da administração. no entanto. contratante da auditoria ou órgãos reguladores e de controle. deve comunicar estes assuntos tempestivamente à pessoa de nível apropriado da administração que têm a responsabilidade primordial de prevenir e detectar fraude. verbalmente ou por escrito16. quando essa saída for possível conforme a lei ou regulamentação aplicável e caso se retire: discutir com a administração e com os responsáveis pela governança a sua saída e as razões da interrupção. a menos que todos os responsáveis pela governança estejam envolvidos na administração da entidade. às autoridades reguladoras.pontodosconcursos. Isso é necessário mesmo que o assunto possa ser considerado não importante (por exemplo. Davi Barreto e Fernando Graeff www.com. em alguns casos. É importante ressaltar que a responsabilidade profissional e legal do auditor continua existindo em tais circunstâncias.br 58 . Comunicação das fraudes identificadas Segundo as normas de auditoria. contratantes da auditoria ou autoridades reguladoras). Nessas hipóteses. Considerar se seria apropriado o auditor retirar-se do trabalho. 16 A NBC TA 260 identifica fatores que o auditor considera ao escolher entre comunicar-se verbalmente ou por escrito. o auditor deve comunicar tempestivamente esses assuntos aos responsáveis pela governança. caso o auditor tenha identificado uma fraude ou obtido informações que indiquem a possibilidade de fraude. como quando envolvem a administração. Em alguns casos. empregados com funções chave na organização e em casos de fraudes que gerem distorção relevante nas demonstrações contábeis. inclusive se é necessário informar à pessoa que aprovou sua contratação ou.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Determinar as responsabilidades profissionais e legais aplicáveis à situação. e determinar se existe exigência profissional ou legal de comunicar outras pessoas envolvidas (acionistas. como acionistas. Existem ainda situações de fraude que são mais sensíveis. um desfalque mínimo cometido por empregado em um nível inferior na organização da entidade). o auditor pode ter o direito ou obrigação de fazer uma declaração ou relatório para terceiros interessados. por exemplo. .. em alguns casos. o auditor de instituição financeira tem o dever de relatar a ocorrência de fraude a autoridades de supervisão.pontodosconcursos.. encontrar fraudes relevantes. No entanto. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Administração encontrar fraudes. lei ou tribunais de direito.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Caso o auditor suspeite de fraude envolvendo a administração. os responsáveis pela governança podem desejar ser informados de tais circunstâncias. Podemos resumir assim o dever do auditor de comunicar fraudes: O auditor deve comunicar a (aos). houver participação de funcionários chaves de organização (principalmente responsáveis pelo controle interno) nas fraudes. Nos casos em que. no Brasil.br 59 . O dever de confidencialidade não pode passar por cima de estatuto.com. Além disso. há situações nas quais o auditor tem responsabilidade em comunicar terceiros fora da entidade. o auditor pode considerar apropriado comunicarse com os responsáveis pela governança quando ele toma conhecimento de fraude que envolva outros empregados que não os da administração e que não resulte em distorção relevante.. o auditor deve comunicar essas suspeitas aos responsáveis pela governança e discutir com eles a natureza. época e extensão dos procedimentos de auditoria necessários para concluir a auditoria. Embora o dever profissional do auditor de manter a confidencialidade da informação do cliente possa impedir que tais informações sejam dadas. Similarmente. o auditor também tem dever de relatar distorções nos casos em que a administração e os responsáveis pela governança deixam de adotar ações corretivas. mesmo que irrelevantes. cada caso deve ser analisado à luz da legislação apropriada e o auditor pode considerar apropriado obter assistência jurídica para determinar o curso de ação apropriado nessas circunstâncias. Em outros segmentos. Responsáveis pela governança houver participação da administração nas fraudes. as responsabilidades legais do auditor podem ir de encontro ao dever de sigilo em algumas situações. Finalmente. encontrar fraudes irrelevantes (opcional). Órgãos reguladores e de controle (terceiros) existam exigências legais. Por exemplo. o auditor não é especialista em direito e. Não conformidades são definidas como atos de omissão ou cometimento pela entidade. o ato que constitui não conformidade.208/2009. 17 Resolução CFC nº 1.com. existem muitas razões que podem dificultar à capacidade do auditor de detectar distorções relevantes. O efeito de leis e regulamentos sobre as demonstrações contábeis varia consideravelmente. o auditor não é responsável pela prevenção e pela não conformidade e não se pode esperar que ele detecte a não conformidade com todas as leis e regulamentos. em última instância. nesse sentido. Isso é natural. determinando os valores e as divulgações reportadas nas demonstrações contábeis da entidade. pois.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Não conformidades A responsabilidade do auditor em considerar as não conformidades com as leis e os regulamentos aplicáveis na auditoria das demonstrações contábeis é tratada pela NBC TA 25017. abstenção deliberada no registro de transações. pois não conformidade com leis e regulamentos pode resultar em multas. a não conformidade pode envolver fraudes. Nesse sentido. nos quais as leis ou regulamentos têm efeito direto sobre as demonstrações contábeis. conduta destinada a ocultar as distorções relevantes.pontodosconcursos. como por exemplo: existência de leis e regulamentos que não afetam diretamente as demonstrações contábeis e. Davi Barreto e Fernando Graeff www. portanto. é assunto a ser determinado legalmente por um tribunal de justiça. mas não têm efeito direto sobre as demonstrações contábeis da entidade. que são contrários às leis ou regulamentos vigentes. ou seja. falsificação. Veja que. da mesma forma que ocorre com relação às fraudes e erros. transgressão dos controles ou representações imprecisas e intencionais da administração. litígio ou outras consequências para a entidade e que podem ter efeito relevante sobre as demonstrações contábeis. como conluio. podem escapar dos procedimentos de auditoria realizados pelo auditor. as leis ou regulamentos requerem conformidade pela administração ou estabelecem as disposições sob as quais a entidade tem permissão para conduzir seus negócios. no contexto das leis e regulamentos. o auditor deve estar atento. Algumas entidades estão inseridas em ambientes altamente regulamentados. Outras nem tanto. intencionais ou não.br 60 . dependendo de cada uma: Categoria Leis e regulamentos que tem efeito direto na determinação dos valores e divulgações relevantes nas demonstrações contábeis (tais como leis e regulamentos para impostos e planos de pensão).pontodosconcursos. As não conformidades são classificadas pelas normas em duas categorias diferentes. e Davi Barreto e Fernando Graeff www. para a capacidade da entidade de continuar com os negócios ou para evitar penalidades relevantes (por exemplo. (b) executar procedimentos de auditoria específicos para ajudar a identificar casos de não conformidade com outras leis e regulamentos que possam ter efeito relevante sobre as demonstrações contábeis. Responsabilidade O auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente quanto à conformidade com as disposições das leis e regulamentos.com. sendo que a responsabilidade do auditor varia.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Em suma. o auditor tem responsabilidade em conduzir a auditoria levando em consideração a possibilidade da existência de não conformidades. Outras leis e regulamentos sem efeito direto na determinação dos valores e divulgações nas demonstrações contábeis. a administração é responsável em assegurar que as operações da entidade sejam conduzidas em conformidade com as disposições de leis e regulamentos. O auditor limita-se a executar os procedimentos de auditoria especificados para ajudar a identificar não conformidades. a conformidade com os termos de uma licença de operação). Contudo. Os objetivos do auditor quanto às não conformidades podem ser resumidos em: (a) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente no que se refere à conformidade com as disposições das leis e regulamentos geralmente reconhecidos por ter efeito direto na determinação dos valores e divulgações relevantes nas demonstrações contábeis.br 61 . mas cuja conformidade pode ser fundamental para os aspectos operacionais do negócio. o auditor deve considerar a necessidade de obter assessoria legal. se houver. os seguintes: (a) obter o entendimento sobre a estrutura legal e regulamentar aplicável à entidade e à atividade ou setor de atividade em que a entidade opera. Vamos falar sobre os procedimentos de auditoria nas próximas aulas. com os responsáveis pela governança. Estes devem fornecer ao auditor informações suficientes que comprovem que a entidade está cumprindo as leis e regulamentos. se o auditor tomar conhecimento de informações referentes a um caso. quando apropriado. sem prejuízo de outros procedimentos aplicáveis durante a auditoria. aos Para tanto. Comunicação das não conformidades Davi Barreto e Fernando Graeff www. e (c) inspecionar a correspondência. o auditor deve solicitar à administração e. que forneçam representações formais. ele deve discutir o assunto com a administração e. com as autoridades responsáveis por licenciamento e regulamentação. quando apropriado. suspeita de não conformidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 (c) responder adequadamente à não conformidade ou suspeita de não conformidade com leis e regulamentos identificados durante a auditoria. (b) indagar junto à administração responsáveis pela governança. e (b) informações adicionais para avaliar o possível efeito sobre as demonstrações contábeis.com. aos responsáveis pela governança. mas vamos adiantar que para identificar não conformidades o auditor deve executar. o auditor deve obter: (a) o entendimento da natureza do ato e das circunstâncias em que ele ocorreu. Se o auditor suspeitar da existência de não conformidade. foram divulgados ao auditor independente. e de como a entidade está cumprindo com essa estrutura.br 62 .pontodosconcursos. caso isso não ocorra. ou mesmo. e. Na ausência de não conformidade identificada ou suspeita. não se requer que o auditor execute procedimentos adicionais de auditoria além daqueles mínimos citados acima. (falaremos mais profundamente sobre representações formas nas próximas aulas) de que todos os casos de não conformidade ou suspeita de não conformidade com as leis e regulamentos. Agora. quando apropriado. no mínimo. Além disso.com. como. segundo seu julgamento. Quando não houver autoridade superior. ou • se todos os responsáveis pela governança estejam envolvidos na administração da entidade e.br 63 . ele deve determinar se tem responsabilidade de relatar a não conformidade identificada ou suspeita às partes fora da entidade. se o auditor identificou ou tem suspeita de não conformidade de leis e regulamentos. ou se o auditor acreditar que essa comunicação não será eficaz. ou se estiver em dúvida quanto a quem comunicar. o auditor deve comunicar o assunto ao nível de autoridade imediatamente superior da entidade. Por fim. ele deve considerar a necessidade de obter assessoria legal. se existir. portanto. na qual veremos quais são os efeitos da não conformidade no relatório de auditoria. Por enquanto é isso.pontodosconcursos. Se o auditor. o comitê de auditoria ou o órgão de supervisão geral. é importante lembrar que o auditor deve documentar adequadamente em seus papéis de trabalho a não conformidade identificada ou suspeita e os resultados da discussão com a administração e. voltaremos a esse assunto na aula sobre a opinião do auditor. com os responsáveis pela governança e outras partes fora da entidade. ele deve comunicar o assunto aos responsáveis pela governança tão logo seja praticável. por exemplo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 O auditor geralmente deve comunicar aos responsáveis pela governança assuntos que envolvam não conformidade de que tenha tomado conhecimento durante a auditoria. Essa comunicação só não ocorrerá se: • tais assuntos forem claramente sem consequência. acreditar que a não conformidade é intencional e relevante. já tenham conhecimento de assuntos que envolvam não conformidades identificadas ou suspeitas já comunicadas pelo auditor. Mas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. quando aplicável. se o auditor suspeitar que a administração ou os responsáveis pela governança estão envolvidos na não conformidade. Portanto. conduta profissional. subjetividade. conduta profissional. integridade e objetividade são ambos princípios fundamentais de ética profissional.. zelo profissional. são princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o Auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis: (A) formalismo e confiabilidade. (E) integridade e objetividade. subjetividade. objetividade. o gabarito é a letra E. confidencialidade. (B) integridade e pessoalidade.Jud-Administrativa/2011) Dentre outros. (C) integridade.com. (C) confidencialidade e motivação. formalismo não é um princípio. 01. (D) formalismo e objetividade.. Letras A e D: erradas. vamos resolver algumas questões sobre o que acabamos de discutir. (FCC/TRT20-Anal.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Questões comentadas Bom. e fornece estrutura conceitual para a aplicação desses princípios. que estão em linha com os princípios fundamentais. quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis. confidencialidade. competência e zelo profissional. Letra B: errada. confidencialidade.br 64 .. Tais princípios são: (A) perspicácia. cujo cumprimento pelo auditor é exigido pelo Código IFAC (International Federation of Accountants). pessoalidade não é um princípio. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Comentários: Vimos que os princípios fundamentais de ética profissional são: integridade. Letra C: errada. chega de teoria. competência e zelo profissional.. bem como as NBC-PAs (Normas Profissionais do Auditor Independente). (FCC/TRT24-Anal. (B) perspicácia.pontodosconcursos. Letra E: correta. confidencialidade e comportamento (ou conduta) profissional. objetividade. estabelecem princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor. 02. competência e zelo profissional.Jud-Contabilidade/2011) O Código de Ética Profissional do Contabilista. motivação não é um princípio. competência e confidencialidade. em suas contingências tributárias. conduta profissional. II e III. apenas. o gabarito é a letra E. conduta profissional.A. conduta profissional. (D) I. (E) perspicácia.A é primo em segundo grau do diretor presidente da empresa Aquisição S.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 (D) integridade. apenas. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa Aquisição S. confidencialidade.A. Davi Barreto e Fernando Graeff www. zelo profissional. conduta profissional. competência e zelo profissional. Comentários: Vamos analisar cada alternativa. objetividade. transparência. riscando o que não é princípio: Letra A: perspicácia. Letra E: perspicácia. Portanto. Letra C: integridade. conduta profissional. competência e zelo profissional. 03. subjetividade. competência e zelo profissional. A empresa Aquisição S. (C) I. objetividade. subjetividade.com.A. competência e zelo profissional. conduta profissional. (E) II e III. confidencialidade. O diretor financeiro da empresa Ágile S. confidencialidade. é comprometida pelas situações: I. transparência. competência e zelo profissional. Afeta a independência do auditor externo o que consta em (A) III. apenas.A.br 65 . objetividade.A. apenas. e de consultoria tributária no ano da aquisição para a empresa Ágile.. II. zelo profissional.A. A firma de auditoria da adquirente é a mesma que realizou os trabalhos de due dilligence da empresa Aquisição S.pontodosconcursos. (B) II. Letra D: integridade. confidencialidade. comprou a empresa Ágile S. III. (FCC/ISS-SP/2012) A independência do auditor externo da empresa Aquisição S. Letra B: perspicácia. II – Errado.pontodosconcursos. podendo o mesmo retornar a fazer trabalhos de auditoria nessa companhia somente após cinco anos. decorridos no mínimo três anos. Comentários: Vimos que existe a necessidade de rotação de liderança em firmas de auditoria. um sócio-chave da auditoria deve ficar no máximo 5 anos com o mesmo cliente e não retornar a equipe por um período mínimo de 2 anos. (ESAF/AFRFB/2012) A empresa Betume S.com. (B) fazer a substituição desse sócio-principal. é uma empresa de interesse público que vem sendo auditada pela empresa Justos Auditores Independentes. (E) comunicar ao cliente a manutenção do sócio-principal. podendo retornar a fazer auditoria após decorrido o prazo de dois anos.A. Logo. III – Errado.. 04. (C) substituir toda a equipe de auditoria. deve a firma de auditoria externa (A) ser substituída por outra. As relações familiares que podem gerar ameaças à independência são aquelas entre o auditor e a empresa auditada – o que não é o caso do item. ficando a cargo do órgão regulador a determinação ou não da substituição. Não há vedações em relação à indicação de outra empresa para prestar um serviço. o gabarito é o item D. Outros serviços prestados podem gerar ameaças à independência do auditor. pelo mesmo sócio-principal há sete anos. (D) trocar o sócio-principal e demais sócios-chave do trabalho. Assim. não podendo retornar a fazer a auditoria da empresa no prazo de dez anos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Comentários: Vamos analisar cada um dos itens: I – Certo.. O que não pode acontecer é cobrar comissões por esse tipo de indicação. podendo retornar aos trabalhos nessa companhia.br 66 . Lembre do desenho que fizemos em aula. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Considerando a NBC PA 290. assinado e entregue ao cliente. Item A: errado. inclusive os eventos subsequentes. permitindo a avaliação de todo o trabalho.. Não faria nenhum sentido revisar um trabalho depois de terminado. Item C: errado. (ESAF/AFRFB/2012) A Revisão do Controle de Qualidade do Trabalho é desenhada para fornecer uma avaliação objetiva. desde que tenham as qualificações necessárias.com. De forma semelhante ao item B. é também possível utilizar profissionais externos. Item D: errado.br 67 . Não são somente profissionais da firma. Davi Barreto e Fernando Graeff www. 05. Comentários: Vamos analisar cada um dos itens. do relatório. a palavra “somente” invalida o item. Essa revisão deve ser feita (A) por profissional qualificado e que tenha participado do processo de auditoria. (D) somente por profissional externo a firma de auditoria e desde que tenha as qualificações requisitadas. ou antes da data..pontodosconcursos. Esse processo não pode ser realizado por pessoas que participaram do trabalho de auditoria. (B) somente por profissional da firma que efetuou a auditoria e desde que não tenha participado do trabalho.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Entidades de interesse do público: Gabarito da questão: Letra D. na data. Item B: errado. (E) também pelas firmas de auditoria de pequeno porte. podendo ser utilizado profissionais externos. dos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões a que se chegou durante a elaboração do relatório. (C) após a entrega do relatório de auditoria ao cliente. Essa revisão deve ser feita antes da entrega do relatório. principalmente em situações em que a firma não dispõe de pessoal próprio para realizar essa revisão. (B) não é ético. que: (A) é ético. Esse é um procedimento normal de auditoria previsto na NBC TA 580. estabeleceu três procedimentos obrigatórios para emissão da opinião. não é procedimento de auditoria e não atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. (ESAF/AFRFB/2009) .pontodosconcursos. é procedimento de auditoria e não atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. condicionar a emissão de sua opinião à manutenção do contrato de auditoria causa um conflito de interesse incompatível com sua profissão.br 68 . Realmente empresas de pequeno porte devem também estar sujeitas a revisão do seu trabalho.adaptada . (C) é ético. o segundo. quais sejam: 1) que a empresa renovasse o contrato de auditoria para o próximo ano.O auditor da empresa Negócios S.A. não é procedimento de auditoria e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. 06. Gabarito da questão: Letra E. A utilização de profissionais externos é aceita sempre que possível. respectivamente. (E) não é ético. que apesar de não estar expresso na norma. que o relatório de auditoria seria assinado por sócio do escritório de contabilidade. não deve ser considerado para emissão do parecer e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. Pode-se afirmar. assim. revela um comportamento aético. Ora. 2) que a empresa emitisse representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Como dissemos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Item E: correto. Comentários: O enunciado pede para avaliarmos três procedimentos que o auditor estabeleceu como condições para a emissão de sua opinião. cuja única formação é administração de empresas. que a empresa emitisse representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável e o terceiro. o auditor deve pautar sua conduta pela integridade e independência. (D) é ético. considera-se apenas em alguns casos para emissão do parecer e não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor. que a empresa renovasse o contrato de auditoria para o próximo ano. a Representação Formal é uma declaração escrita pela Davi Barreto e Fernando Graeff www.com. O primeiro. com relação aos procedimentos. (E) eliminar as ameaças mediante comunicação aos responsáveis pela governança da entidade auditada e fazer constar tais providências no seu parecer. o gabarito é o item B. autorrevisão. defesa de interesses do cliente. Gabarito da questão: Letra E. para confirmar certos assuntos ou suportar outra evidência de auditoria. Logo. Davi Barreto e Fernando Graeff www. tanto da firma como do sócio ou responsável técnico. entre outros usos.br 69 . (ESAF/Analista de Normas Contábeis e Auditoria – CVM/2010) Visando manter a qualidade e a credibilidade do seu trabalho.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 administração. 3) que o relatório seria assinado por sócio do escritório contabilidade. Sempre que o auditor encontrar ameaças. documentando essa decisão. Comentários: Vimos que a independência do auditor pode ser afetada por ameaças de interesse próprio. cuja única formação é administração de empresas. 07.com. (D) documentar as ameaças e comunicá-las aos órgãos de supervisão e controle do setor em que atua a entidade auditada. fornecida ao auditor. (C) propor aos responsáveis pela entidade de auditoria a supressão das ameaças mediante acordo entre as entidades. (B) aplicar as salvaguardas adequadas. com o respectivo número de registro no Conselho Regional de Contabilidade na categoria de Contador. para que sejam tomadas as providências necessárias à sua eliminação.pontodosconcursos. para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável. documentando-as. Vimos que. o auditor deve tomar a seguinte providência: (A) comunicar a direção da entidade auditada. de As normas de auditoria dispõe que o relatório de auditoria deve ser assinado pelo auditor. o auditor deve solicitar à administração que forneça representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. familiaridade e intimidação. como estabelecido nos termos do trabalho de auditoria. incluindo quando relevante a adequada apresentação. ao identificar ameaças que possam comprometer a sua independência. devem ser definidas e aplicadas salvaguardas adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável. (A) Fazer constar nos relatórios produzidos o tipo de interesse financeiro. (B) discussão de assuntos significativos com o encarregado do trabalho. já havia efetuado a revisão das declarações de imposto de renda da Davi Barreto e Fernando Graeff www. (B) Encerrar o trabalho de auditoria ou transferi-lo a outra entidade. Gabarito da questão: Letra C.com. 10.. nesse período. Gabarito da questão: Letra E.br 70 . (ESAF/Analista de Normas Contábeis e Auditoria – CVM/2010) O responsável pela revisão da qualidade dos trabalhos de auditoria deve realizar uma avaliação objetiva dos julgamentos significativos levando em conta os seguintes aspectos. (C) revisão da documentação selecionada de auditoria relativa aos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões obtidas. (ESAF/ATM/Natal/2008) A firma de auditoria Verificações Ltda.pontodosconcursos. a extensão desse interesse. exceto: (A) avaliação das conclusões atingidas ao elaborar o relatório e considerar se o relatório é apropriado. é possível verifica que a única salvaguarda que pode reduzir a ameaça à independência é a alienação do interesse financeiro pelo membro da equipe de auditoria (item C).Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 08. (D) Alienar o interesse financeiro ou transferi-lo temporariamente até a conclusão dos trabalhos. pela empresa Múltiplos S. Comentários: Conforme discutimos. 09. (E) Comunicar às entidades de supervisão e controle a existência desse interesse e aguardar pronunciamento. (D) revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto. o único item que não faz parte desse processo é o “discussão do julgamento e relatório com a direção da entidade auditada”. Comentários: Voltando aos quadros apresentados na aula.A. foi convidada. (C) Alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa física tornar-se membro da equipe de auditoria. (ESAF/Analista de Normas Contábeis e Auditoria – CVM/2010) Assinale a opção que indica uma ação capaz de eliminar a perda de independência da entidade de auditoria por interesse financeiro direto. (E) discussão do julgamento e relatório com a direção da entidade auditada. para elaborar proposta de auditoria para suas demonstrações contábeis relativas ao ano de 2007. O auditor. com. Portanto. letra A.pontodosconcursos. para que a mesma fosse incorporada pela empresa Múltiplos S. Comentários: Letra A A assertiva ‘a’ representa flagrantemente uma ameaça de interesse próprio. Gabarito. 11. nessa situação. para efeitos de incorporação. Como já visto a prestação de serviços de consultoria de uma forma em geral pode causar a perda da independência do auditor externo.A. elaborando a avaliação dos ativos de uma empresa coligada. (ESAF/AFRE/Sefaz-CE/2006) É fator determinante para a recusa de um trabalho de auditoria externa (A) o auditor ser importante acionista da empresa auditada. (C) a possibilidade de o profissional contratado poder realizar o trabalho com imparcialidade. Deve o auditor. (D) exigir os trabalhos como complemento das atividades já desempenhadas na empresa. nessa situação. (D) a necessidade de uso de especialistas para avaliação de áreas específicas. restringindo os trabalhos somente aos processos dos quais não tenha participado como consultor. Além disso.br . elaborando a avaliação dos ativos de uma empresa coligada. (C) omitir os serviços de consultoria prestados. (A) recusar o convite de auditoria por conflito nos trabalhos já executados e os a serem desempenhados. com limitação de escopo. (B) o auditor ter conhecimento suficiente sobre o negócio da empresa. (E) a existência de fraude ou erro nas demonstrações auditadas. o auditor não pode ter participação relevante na empresa que irá auditar. a NBC PA 290 cita expressamente a prestação de serviços de consultoria de avaliação de empresas e reavaliação de ativos como passível dessa perda. deixando que o cliente analise sua independência ou não para realização do trabalho. Comentários: O enunciado nos informa que o auditor já havia efetuado a revisão das declarações de imposto de renda da empresa e consultoria. cabe ao auditor recusar o trabalho em virtude do conflito de interesses em relação aos trabalhos já realizados. 71 Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 empresa e consultoria. (E) aceitar o convite. (B) participar do processo elaborando proposta que evidencie os trabalhos já executados e os honorários cobrados. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Portanto, esse fator é determinante para a recusa de um trabalho de auditoria externa. Letra B Além de não ser um fator determinante para a recusa do trabalho, essa assertiva representa uma das competências que são desejáveis em um auditor independente. Letra C Uma das qualidades essenciais do auditor é portar-se com imparcialidade. Letra D O auditor não é obrigado a conhecer todas as áreas de conhecimento necessárias para a realização de uma auditoria, caso necessite pode utilizar do trabalho de especialistas, portanto, isso não é motivo para a recusa do trabalho. Letra E A existência de fraude ou erro nas demonstrações não é motivo para a recusa do trabalho, na realidade, é responsabilidade do auditor obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro (veremos esse assunto mais adiante), e caso contenham é dever do auditor, caso as identifique, relatar tal fato à administração. Gabarito: letra A. 12. (FGV/ICMS-RJ/2010) A respeito do controle de qualidade da Auditoria das Demonstrações Contábeis, analise as afirmativas a seguir: I. Os sistemas, as políticas e os procedimentos de controle de qualidade são de responsabilidade da empresa auditada que deve seguir as políticas e processos de trabalho implantadas. II. O revisor do controle de qualidade do trabalho deve realizar uma avaliação subjetiva dos julgamentos feitos pela equipe de trabalho e, ao elaborar o relatório, as conclusões devem envolver a revisão das demonstrações contábeis. III. No caso de surgirem diferenças de opinião dentro da equipe de trabalho, com as pessoas consultadas ou, quando aplicável, entre o sócio encarregado do trabalho e o revisor do controle de qualidade do trabalho, a equipe de Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 72 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 trabalho deve seguir as políticas e procedimentos da firma para tratar e resolver as diferenças de opinião. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. Comentários: Todos os itens podem ser respondidos a partir da leitura da NBC PA 01 (Resolução CFC nº 1.201/09). I. Errado, pois o sistema de controle de qualidade da firma de auditoria é do presidente da firma de auditoria (sócio-gerente ou equivalente) ou da diretoria executiva da firma de auditoria (ou equivalente). II. Errado, pois a avaliação do revisor do controle de qualidade deve ser objetiva. III. Correto. Eventuais divergências devem ser tratadas de acordo com políticas e procedimentos estabelecidos pela firma de auditoria. O gabarito é a letra C. 13. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – Sefin SP/2006) – Adaptada – Segundo a NBC PA 01, a comunicação dos resultados do monitoramento do sistema de qualidade interno dos serviços prestados por empresa de auditoria independente deve ser efetuado a cada (A) ano. (B) dois anos. (C) três anos. (D) quatro anos. (E) cinco anos. Comentários: Vimos que um dos pilares do controle de qualidade de uma firma de auditoria é a avaliação contínua de que as políticas e os procedimentos de controle de qualidade são relevantes, adequados e estão operando de maneira efetiva (=monitoramento). Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 73 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 De acordo com a NBC PA 01, a firma deve comunicar, pelo menos uma vez por ano, os resultados do monitoramento de seu sistema de controle de qualidade aos sócios encarregados dos trabalhos e outras pessoas apropriadas na firma, incluindo o presidente ou, se apropriado, a diretoria executiva da firma. Essa comunicação deve ser suficiente para permitir que a firma e essas pessoas adotem prontamente as ações apropriadas, quando necessário, de acordo com suas funções e responsabilidades definidas. Portanto, o gabarito é a letra A. 14. (Cespe/Controle Interno MPE PI/2012) Se uma quantidade significativa das aplicações financeiras de determinado auditor for constituída de quotas de participação em fundo comum de investimentos mantido por instituição financeira oficial do governo federal e se esse fundo for proprietário de títulos mobiliários da entidade que o referido auditor deve auditar, então ele estará proibido de auditá-la. Comentários: Lembre que, mesmo no caso de interesses financeiros indiretos, se eles forem relevantes para o auditor ou para a firma de auditoria, não haverá nenhuma salvaguarda pode reduzir a ameaça a um nível aceitável. Portanto, a auditoria não deverá ser realizada. Gabarito da questão: Certo. 15. (Cespe/Contador Seduc AM/2011) De acordo com o código de ética que rege os profissionais da contabilidade, um contador não pode exercer sua profissão caso reste comprovada incapacidade técnica no exercício de suas atividades. Além disso, cabe a todos os contadores cumprir os programas obrigatórios de educação continuada estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade. Comentários: Perfeito, vimos que a competência técnica é essencial para a aceitação de um trabalho de auditoria e que os profissionais de auditoria devem passar por programas de educação continuada. Gabarito da questão: Certo. 16. (FCC–ISS/SP–2012) A empresa Resistente S.A. não concordou em apresentar a carta de responsabilidade da administração. Nesse caso, o auditor (A) não deve aceitar o trabalho, em qualquer situação, ainda que exigido por lei. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 74 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 (B) deve denunciar a empresa aos órgãos competentes e recusar a auditoria. (C) deve aceitar o trabalho, estabelecendo a limitação de escopo e evidenciando a recusa no relatório da auditoria. (D) não deve aceitar o trabalho a menos que seja exigido por lei ou regulamento. (E) deve ressalvar o parecer, apresentando nota de ênfase em qualquer situação. Comentários: Falaremos com detalhes sobre a carta de responsabilidade da administração (representação formal) nas próximas aulas, mas com o que aprendemos até agora já podemos responder com segurança essa questão. Ora, aprendemos que existem algumas situações que impedem que o auditor independente aceite o trabalho de auditoria, entre elas está a não obtenção da concordância da administração de que ela reconhece e entende sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável, incluindo, quando relevante, sua adequada apresentação. Essa concordância da administração é expressa por meio de um documento chamado representação formal, chamado de carta de responsabilidade da administração pelas normas revogadas. Assim, a regra é que o auditor independente recuse o trabalho no caso da não obtenção da concordância da administração quanto às suas responsabilidades, exceto seja obrigado por lei ou regulamento a aceitar o trabalho independentemente da obtenção da manifestação da administração. Portanto, o gabarito é a letra D. 17. (ESAF/AFRFB/2012) Pode-se afirmar que, para a aceitação do risco de um trabalho de auditoria externa, deve o auditor avaliar I. se os sócios e equipe são, ou podem razoavelmente tornar-se, suficientemente competentes para assumir o trabalho. II. qual a atitude dos colaboradores e dos grupos de colaboradores em relação ao ambiente de controle interno e seus pontos de vista sobre interpretações agressivas ou inadequadas de normas contábeis. III. se terá acesso aos especialistas necessários para a realização do trabalho. (A) Todas estão corretas. (B) Apenas I e II estão corretas. (C) Apenas II e III estão erradas. (D) Somente a III está correta. (E) Todas estão erradas. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 75 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Comentários: Vimos que um sistema de controle de qualidade inclui políticas e procedimentos que tratam da aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos. Assim, esse sistema deve fornecer segurança razoável de que a aceitação e continuidade do relacionamento com clientes apenas se dará nos casos em que o auditor: • é competente para executar o trabalho e possui habilidades, incluindo tempo e recursos, para isso; • consegue cumprir as exigências éticas relevantes; e • considerou a integridade do cliente, e não tem informações que o levaria a concluir que o cliente não é íntegro Vamos analisar cada um dos itens... Item I: certo. Sabemos que a competência técnica é requisito necessário para assumir um trabalho de auditoria, tanto dos sócios quantos dos membros da equipe. Item II: certo. O auditor deve ter razoável confiança na integridade do cliente, principalmente sobre os sistemas de controle interno e seus responsáveis, para que não se submeta a um risco de auditoria não controlável. Item III: certo. O auditor muitas vezes depende do trabalho de especialistas para conduzir o seu trabalho, e isso faz parte dos recursos necessários para executar a auditoria. Logo, todos os itens estão corretos. O gabarito é a letra A. 18. (FCC/TRE CE/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) Um auditor externo ao proceder a auditoria da empresa Grãos e Cia, constata no ano de 2010, na fase pré-operacional da unidade construída em Palmas, o custo de R$ 18.000.000,00 relativos à terraplanagem do terreno da fábrica. Foram feitos os testes, que evidenciaram que o contrato de serviços de terraplanagem foi realizado com empresa devidamente constituída juridicamente e em atividade normal. O pagamento do serviço contratado foi efetuado à empresa de terraplanagem e comprovado por pagamento eletrônico constante do extrato bancário. O auditor em procedimento complementar e diante da expressividade dos valores foi até a unidade verificar os serviços. Ao indagar alguns funcionários foi informado que o serviço de terraplanagem havia sido Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 76 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 feito pela prefeitura da cidade, a qual também doou o terreno a empresa Grãos e Cia. Os funcionários também informaram que nunca esteve na empresa Grãos e Cia qualquer funcionário da empresa de terraplanagem contratada. O procedimento do auditor mostra uma postura de a) falta de ética profissional por desconfiar da administração. b) investigação, atitude não pertinente às atividades do auditor. c) julgamento profissional avaliando a licitude dos atos da equipe de auditores. d) representante da Governança no processo de identificação de todas as fraudes. e) ceticismo profissional adequada às normas de auditoria. Comentários: As normas de auditoria destacam que o auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, exercendo sempre seu julgamento profissional. O ceticismo profissional é a postura cética do auditor ao analisar as informações contábeis de uma entidade. Deve estar alerta, por exemplo, a evidências que contradigam outras evidências obtidas, informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos recebidos, condições que possam indicar possível fraude ou que demandem procedimentos de auditoria além dos exigidos pelas normas de auditoria. Nesse sentido, conforme o enunciado da questão, o auditor em procedimento complementar e diante da expressividade dos valores foi até a unidade verificar os serviços. 19. (ESAF/CGU/2012) Para o auditor independente, os atos de omissão ou cometimento pela entidade, intencionais ou não, contrários às leis ou regulamentos vigentes, são considerados: a) Evidência de auditoria. b) Erro. c) Fraude. d) Não conformidade. e) Achado de auditoria. Comentários: O enunciado nos trouxe a definição de não conformidade contida na NBC TA 250. Portanto o gabarito é a letra D. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 77 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 20. (ESAF/CGU/2012) Para lidar com riscos avaliados de distorção relevante decorrente de fraude, o auditor independente pode lançar mão dos seguintes procedimentos de auditoria, exceto: a) Visitar locais ou executar certos testes de surpresa, sem anúncio prévio. b) Rever o nível e a adequação dos relatórios de gastos apresentados pela alta administração. c) Executar procedimentos em contas ou outras conciliações elaboradas pela entidade. d) Testar a integridade de registros e operações processados em sistema computadorizado. e) Buscar evidências de auditoria adicionais em fontes fora da entidade sendo auditada. Comentários: O item B apresenta um procedimento inútil para o propósito exposto no enunciado, pois independente do nível e adequação os relatórios poderão ser fraudados, uma vez que são produzidos pela própria administração. Portanto o gabarito é a letra B. 21. (FCC/ISS SP/2012) No processo de Auditoria, o auditor (A) deve, em conjunto com a administração, atestar que todos os processos, riscos e possibilidades de fraudes foram avaliadas e ter a certeza da integridade da informação. (B) pode, após ter executado todos os testes, ter a certeza da integridade da informação atestando todas as demonstrações contábeis exigidas em seu parecer de auditoria. (C) não pode ter certeza da integridade da informação, embora tenha executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que todas as informações relevantes foram obtidas. (D) pode, tendo aplicado os procedimentos de auditoria, atestar a integridade da informação, mas não pode se eximir de certificar, por meio de seu relatório, a exatidão das demonstrações contábeis. (E) não deve atestar a integridade das informações contábeis, das notas explicativas e dos demais relatórios publicados pela empresa, enquanto não obtiver uma carta da administração atestando as demonstrações em conjunto. Comentários: O auditor, embora não possa ter certeza da integridade das informações obtidas, é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 78 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Falamos que devido às limitações inerentes ao trabalho de auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes não sejam detectadas, mesmo em uma auditoria devidamente planejada e realizada de acordo com as normas cabíveis. Portanto o gabarito é a letra C. 22. (ESAF/ATM/Natal/2008) A responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraudes e erros na empresa é: a) da administração. b) da auditoria interna. c) do comitê de gestão corporativa. d) do Conselho Fiscal. e) da auditoria externa. Comentários: Vimos que a responsabilidade primária pela prevenção e detecção de fraudes é da entidade. Portanto o gabarito é a letra A. 23. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é: a) da administração. b) da auditoria interna. c) do conselho de administração. d) da auditoria externa. e) do comitê de auditoria. Comentários: Essa questão é idêntica à analisada no item anterior. Esse é só um, dos inúmeros exemplos que mostram a importância da resolução de provas passadas, são pontos certos e preciosos para a aprovação. Segundo a NBC TA 240, a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração. Portanto o gabarito é a letra A. 24. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) Por ser um ato não intencional na elaboração de registros e demonstrações contábeis, é correto afirmar que se trata de um erro: Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 79 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 a) a alteração de documentos visando modificar os registros de ativos, passivos e resultados. b) a apropriação indébita de ativos. c) a supressão ou omissão de transações nos registros contábeis. d) o registro de transações sem comprovação. e) a aplicação incorreta das normas contábeis. Comentários: Essa questão trata das definições de erro e fraude, vimos que o ato não intencional caracteriza o erro; o intencional, a fraude. Portanto, a alteração de documentos visando modificar os registros; a apropriação indébita; a supressão ou omissão de transações e o registro de transações são exemplos de atos intencionais que visam um objetivo específico. Por sua vez a aplicação incorreta, quando não proposital, das normas contábeis é considerada um erro. Portanto o gabarito é a letra E. 25. (ESAF/AFRFB/2012) O auditor externo, ao realizar seu trabalho na empresa Expansão S.A., identificou vários pontos com não conformidades nos controles internos. Com relação a esses pontos, deve o auditor a) documentá-los em seus papeis de trabalho, para apresentação à administração quando solicitado. b) evidenciá-los no relatório de auditoria, demonstrando os efeitos nas demonstrações contábeis. c) exigir a elaboração de notas explicativas, evidenciando o impacto nas demonstrações contábeis. d) encaminhar às diretorias responsáveis das áreas onde foram apontadas as não conformidades, determinando a correção dos erros, antes da emissão do relatório de auditoria. e) comunicar à administração por meio de carta, relatando os pontos de deficiências encontradas. Comentários: Vamos analisar item a item: Item A: De fato, o auditor deve documentar as deficiências do controle interno em seus papeis de trabalho, contudo o objetivo não é a apresentação à administração quando solicitado e, sim, comprovar que conduziu a auditoria em consonância com as normas da profissão. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 80 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Item B: O auditor não tem o dever de demonstrar o efeito das deficiências dos controles internos no seu relatório de auditoria. Item C: Não cabe ao auditor exigir a elaboração de notas explicativas. Item D: O auditor tem o dever de informar à administração e aos responsáveis pela governança e não às diretorias responsáveis das áreas, além disso, não cabe ao auditor determinar qualquer correção de erros, ele deve apenas relatá-los. Item E: Apesar de incompleto, o enunciado está correto. De fato, o auditor deve comunicar tempestivamente à administração no nível apropriado de responsabilidade por escrito, as deficiências significativas de controle interno. Portanto o gabarito é a letra E. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 81 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Lista de Questões 01. (FCC/TRT20-Anal.Jud-Administrativa/2011) Dentre outros, são princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o Auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis: (A) formalismo e confiabilidade. (B) integridade e pessoalidade. (C) confidencialidade e motivação. (D) formalismo e objetividade. (E) integridade e objetividade. 02. (FCC/TRT24-Anal.Jud-Contabilidade/2011) O Código de Ética Profissional do Contabilista, bem como as NBC-PAs (Normas Profissionais do Auditor Independente), estabelecem princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor, quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis, e fornece estrutura conceitual para a aplicação desses princípios, que estão em linha com os princípios fundamentais, cujo cumprimento pelo auditor é exigido pelo Código IFAC (International Federation of Accountants). Tais princípios são: (A) perspicácia, objetividade, competência e zelo profissional, confidencialidade. (B) perspicácia, subjetividade, competência e zelo profissional, confidencialidade, conduta profissional. (C) integridade, subjetividade, zelo profissional, confidencialidade, conduta profissional. (D) integridade, objetividade, competência e zelo profissional, confidencialidade, conduta profissional. (E) perspicácia, competência e zelo profissional, transparência, conduta profissional. 03. (FCC/ISS-SP/2012) A independência do auditor externo da empresa Aquisição S.A. é comprometida pelas situações: I. A empresa Aquisição S.A. comprou a empresa Ágile S.A.. A firma de auditoria da adquirente é a mesma que realizou os trabalhos de due dilligence da empresa Aquisição S.A. e de consultoria tributária no ano da aquisição para a empresa Ágile. II. O diretor financeiro da empresa Ágile S.A é primo em segundo grau do diretor presidente da empresa Aquisição S.A. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 82 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 III. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa Aquisição S.A. em suas contingências tributárias. Afeta a independência do auditor externo o que consta em (A) III, apenas. (B) II, apenas. (C) I, II e III. (D) I, apenas. (E) II e III, apenas. 04. (ESAF/AFRFB/2012) A empresa Betume S.A. é uma empresa de interesse público que vem sendo auditada pela empresa Justos Auditores Independentes, pelo mesmo sócio-principal há sete anos. Considerando a NBC PA 290, deve a firma de auditoria externa (A) ser substituída por outra, não podendo retornar a fazer a auditoria da empresa no prazo de dez anos. (B) fazer a substituição desse sócio-principal, podendo o mesmo retornar a fazer trabalhos de auditoria nessa companhia somente após cinco anos. (C) substituir toda a equipe de auditoria, podendo retornar aos trabalhos nessa companhia, decorridos no mínimo três anos. (D) trocar o sócio-principal e demais sócios-chave do trabalho, podendo retornar a fazer auditoria após decorrido o prazo de dois anos. (E) comunicar ao cliente a manutenção do sócio-principal, ficando a cargo do órgão regulador a determinação ou não da substituição. 05. (ESAF/AFRFB/2012) A Revisão do Controle de Qualidade do Trabalho é desenhada para fornecer uma avaliação objetiva, na data, ou antes da data, do relatório, dos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões a que se chegou durante a elaboração do relatório. Essa revisão deve ser feita (A) por profissional qualificado e que tenha participado do processo de auditoria. (B) somente por profissional da firma que efetuou a auditoria e desde que não tenha participado do trabalho. (C) após a entrega do relatório de auditoria ao cliente, permitindo a avaliação de todo o trabalho, inclusive os eventos subsequentes. (D) somente por profissional externo a firma de auditoria e desde que tenha as qualificações requisitadas. (E) também pelas firmas de auditoria de pequeno porte, podendo ser utilizado profissionais externos, desde que tenham as qualificações necessárias. 06. (ESAF/AFRFB/2009) - adaptada - O auditor da empresa Negócios S.A. estabeleceu três procedimentos obrigatórios para emissão da opinião. O Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 83 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 primeiro, que a empresa renovasse o contrato de auditoria para o próximo ano, o segundo, que a empresa emitisse representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável e o terceiro, que o relatório de auditoria seria assinado por sócio do escritório de contabilidade, cuja única formação é administração de empresas. Pode-se afirmar, com relação aos procedimentos, respectivamente, que: (A) é ético, não é procedimento de auditoria e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. (B) não é ético, não é procedimento de auditoria e não atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. (C) é ético, não deve ser considerado para emissão do parecer e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. (D) é ético, considera-se apenas em alguns casos para emissão do parecer e não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor. (E) não é ético, é procedimento de auditoria e não atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. 07. (ESAF/Analista de Normas Contábeis e Auditoria – CVM/2010) Visando manter a qualidade e a credibilidade do seu trabalho, ao identificar ameaças que possam comprometer a sua independência, o auditor deve tomar a seguinte providência: (A) comunicar a direção da entidade auditada, para que sejam tomadas as providências necessárias à sua eliminação. (B) aplicar as salvaguardas adequadas, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável, documentando-as. (C) propor aos responsáveis pela entidade de auditoria a supressão das ameaças mediante acordo entre as entidades. (D) documentar as ameaças e comunicá-las aos órgãos de supervisão e controle do setor em que atua a entidade auditada. (E) eliminar as ameaças mediante comunicação aos responsáveis pela governança da entidade auditada e fazer constar tais providências no seu parecer. 08. (ESAF/Analista de Normas Contábeis e Auditoria – CVM/2010) Assinale a opção que indica uma ação capaz de eliminar a perda de independência da entidade de auditoria por interesse financeiro direto. (A) Fazer constar nos relatórios produzidos o tipo de interesse financeiro, a extensão desse interesse. (B) Encerrar o trabalho de auditoria ou transferi-lo a outra entidade. (C) Alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa física tornar-se membro da equipe de auditoria. (D) Alienar o interesse financeiro ou transferi-lo temporariamente até a conclusão dos trabalhos. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 84 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 (E) Comunicar às entidades de supervisão e controle a existência desse interesse e aguardar pronunciamento. 09. (ESAF/Analista de Normas Contábeis e Auditoria – CVM/2010) O responsável pela revisão da qualidade dos trabalhos de auditoria deve realizar uma avaliação objetiva dos julgamentos significativos levando em conta os seguintes aspectos, exceto: (A) avaliação das conclusões atingidas ao elaborar o relatório e considerar se o relatório é apropriado. (B) discussão de assuntos significativos com o encarregado do trabalho. (C) revisão da documentação selecionada de auditoria relativa aos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões obtidas. (D) revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto. (E) discussão do julgamento e relatório com a direção da entidade auditada. 10. (ESAF/ATM/Natal/2008) A firma de auditoria Verificações Ltda. foi convidada, pela empresa Múltiplos S.A., para elaborar proposta de auditoria para suas demonstrações contábeis relativas ao ano de 2007. O auditor, nesse período, já havia efetuado a revisão das declarações de imposto de renda da empresa e consultoria, elaborando a avaliação dos ativos de uma empresa coligada, para que a mesma fosse incorporada pela empresa Múltiplos S.A. Deve o auditor, nessa situação, (A) recusar o convite de auditoria por conflito nos trabalhos já executados e os a serem desempenhados. (B) participar do processo elaborando proposta que evidencie os trabalhos já executados e os honorários cobrados. (C) omitir os serviços de consultoria prestados, deixando que o cliente analise sua independência ou não para realização do trabalho. (D) exigir os trabalhos como complemento das atividades já desempenhadas na empresa. (E) aceitar o convite, com limitação de escopo, restringindo os trabalhos somente aos processos dos quais não tenha participado como consultor. 11. (ESAF/AFRE/Sefaz-CE/2006) É fator determinante para a recusa de um trabalho de auditoria externa (A) o auditor ser importante acionista da empresa auditada. (B) o auditor ter conhecimento suficiente sobre o negócio da empresa. (C) a possibilidade de o profissional contratado poder realizar o trabalho com imparcialidade. (D) a necessidade de uso de especialistas para avaliação de áreas específicas. (E) a existência de fraude ou erro nas demonstrações auditadas. 12. (FGV/ICMS-RJ/2010) A respeito do controle de qualidade da Auditoria das Demonstrações Contábeis, analise as afirmativas a seguir: Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 85 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 I. Os sistemas, as políticas e os procedimentos de controle de qualidade são de responsabilidade da empresa auditada que deve seguir as políticas e processos de trabalho implantadas. II. O revisor do controle de qualidade do trabalho deve realizar uma avaliação subjetiva dos julgamentos feitos pela equipe de trabalho e, ao elaborar o relatório, as conclusões devem envolver a revisão das demonstrações contábeis. III. No caso de surgirem diferenças de opinião dentro da equipe de trabalho, com as pessoas consultadas ou, quando aplicável, entre o sócio encarregado do trabalho e o revisor do controle de qualidade do trabalho, a equipe de trabalho deve seguir as políticas e procedimentos da firma para tratar e resolver as diferenças de opinião. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 13. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – Sefin SP/2006) – Adaptada – Segundo a NBC PA 01, a comunicação dos resultados do monitoramento do sistema de qualidade interno dos serviços prestados por empresa de auditoria independente deve ser efetuado a cada (A) ano. (B) dois anos. (C) três anos. (D) quatro anos. (E) cinco anos. 14. (Cespe/Controle Interno MPE PI/2012) Se uma quantidade significativa das aplicações financeiras de determinado auditor for constituída de quotas de participação em fundo comum de investimentos mantido por instituição financeira oficial do governo federal e se esse fundo for proprietário de títulos mobiliários da entidade que o referido auditor deve auditar, então ele estará proibido de auditá-la. 15. (Cespe/Contador Seduc AM/2011) De acordo com o código de ética que rege os profissionais da contabilidade, um contador não pode exercer sua profissão caso reste comprovada incapacidade técnica no exercício de suas atividades. Além disso, cabe a todos os contadores cumprir os programas Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 86 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 obrigatórios de educação continuada estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade. 16. (FCC–ISS/SP–2012) A empresa Resistente S.A. não concordou em apresentar a carta de responsabilidade da administração. Nesse caso, o auditor (A) não deve aceitar o trabalho, em qualquer situação, ainda que exigido por lei. (B) deve denunciar a empresa aos órgãos competentes e recusar a auditoria. (C) deve aceitar o trabalho, estabelecendo a limitação de escopo e evidenciando a recusa no relatório da auditoria. (D) não deve aceitar o trabalho a menos que seja exigido por lei ou regulamento. (E) deve ressalvar o parecer, apresentando nota de ênfase em qualquer situação. 17. (ESAF/AFRFB/2012) Pode-se afirmar que, para a aceitação do risco de um trabalho de auditoria externa, deve o auditor avaliar I. se os sócios e equipe são, ou podem razoavelmente tornar-se, suficientemente competentes para assumir o trabalho. II. qual a atitude dos colaboradores e dos grupos de colaboradores em relação ao ambiente de controle interno e seus pontos de vista sobre interpretações agressivas ou inadequadas de normas contábeis. III. se terá acesso aos especialistas necessários para a realização do trabalho. (A) Todas estão corretas. (B) Apenas I e II estão corretas. (C) Apenas II e III estão erradas. (D) Somente a III está correta. (E) Todas estão erradas. 18. (FCC/TRE CE/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) Um auditor externo ao proceder a auditoria da empresa Grãos e Cia, constata no ano de 2010, na fase pré-operacional da unidade construída em Palmas, o custo de R$ 18.000.000,00 relativos à terraplanagem do terreno da fábrica. Foram feitos os testes, que evidenciaram que o contrato de serviços de terraplanagem foi realizado com empresa devidamente constituída juridicamente e em atividade normal. O pagamento do serviço contratado foi efetuado à empresa de terraplanagem e comprovado por pagamento eletrônico constante do extrato bancário. O auditor em procedimento complementar e diante da expressividade dos valores foi até a unidade verificar os serviços. Ao indagar alguns funcionários foi informado que o serviço de terraplanagem havia sido feito pela prefeitura da cidade, a qual também doou o terreno a empresa Grãos e Cia. Os funcionários também informaram que nunca esteve na empresa Grãos e Cia qualquer funcionário da empresa de terraplanagem contratada. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 87 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 O procedimento do auditor mostra uma postura de a) falta de ética profissional por desconfiar da administração. b) investigação, atitude não pertinente às atividades do auditor. c) julgamento profissional avaliando a licitude dos atos da equipe de auditores. d) representante da Governança no processo de identificação de todas as fraudes. e) ceticismo profissional adequada às normas de auditoria. 19. (ESAF/CGU/2012) Para o auditor independente, os atos de omissão ou cometimento pela entidade, intencionais ou não, contrários às leis ou regulamentos vigentes, são considerados: a) Evidência de auditoria. b) Erro. c) Fraude. d) Não conformidade. e) Achado de auditoria. 20. (ESAF/CGU/2012) Para lidar com riscos avaliados de distorção relevante decorrente de fraude, o auditor independente pode lançar mão dos seguintes procedimentos de auditoria, exceto: a) Visitar locais ou executar certos testes de surpresa, sem anúncio prévio. b) Rever o nível e a adequação dos relatórios de gastos apresentados pela alta administração. c) Executar procedimentos em contas ou outras conciliações elaboradas pela entidade. d) Testar a integridade de registros e operações processados em sistema computadorizado. e) Buscar evidências de auditoria adicionais em fontes fora da entidade sendo auditada. 21. (FCC/ISS SP/2012) No processo de Auditoria, o auditor (A) deve, em conjunto com a administração, atestar que todos os processos, riscos e possibilidades de fraudes foram avaliadas e ter a certeza da integridade da informação. (B) pode, após ter executado todos os testes, ter a certeza da integridade da informação atestando todas as demonstrações contábeis exigidas em seu parecer de auditoria. (C) não pode ter certeza da integridade da informação, embora tenha executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que todas as informações relevantes foram obtidas. (D) pode, tendo aplicado os procedimentos de auditoria, atestar a integridade da informação, mas não pode se eximir de certificar, por meio de seu relatório, a exatidão das demonstrações contábeis. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 88 br 89 . enquanto não obtiver uma carta da administração atestando as demonstrações em conjunto. b) da auditoria interna.A. para apresentação à administração quando solicitado. 25. b) da auditoria interna. d) encaminhar às diretorias responsáveis das áreas onde foram apontadas as não conformidades. 23. e) da auditoria externa. (ESAF/AFRFB/2012) O auditor externo. identificou vários pontos com não conformidades nos controles internos. d) da auditoria externa. é correto afirmar que se trata de um erro: a) a alteração de documentos visando modificar os registros de ativos. c) a supressão ou omissão de transações nos registros contábeis.com. das notas explicativas e dos demais relatórios publicados pela empresa. c) do conselho de administração. b) a apropriação indébita de ativos. c) do comitê de gestão corporativa. 24. d) o registro de transações sem comprovação. Davi Barreto e Fernando Graeff www. antes da emissão do relatório de auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 (E) não deve atestar a integridade das informações contábeis. b) evidenciá-los no relatório de auditoria. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) Por ser um ato não intencional na elaboração de registros e demonstrações contábeis. evidenciando o impacto nas demonstrações contábeis. e) a aplicação incorreta das normas contábeis. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é: a) da administração. passivos e resultados. (ESAF/ATM/Natal/2008) A responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraudes e erros na empresa é: a) da administração.. 22. ao realizar seu trabalho na empresa Expansão S. determinando a correção dos erros. d) do Conselho Fiscal. e) do comitê de auditoria. deve o auditor a) documentá-los em seus papeis de trabalho.pontodosconcursos. demonstrando os efeitos nas demonstrações contábeis. Com relação a esses pontos. c) exigir a elaboração de notas explicativas. com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 e) comunicar à administração por meio de carta. relatando os pontos de deficiências encontradas.br 90 .pontodosconcursos. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 E E D D E E B C E A 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A C A D A E D B 21 22 23 24 25 C A A E E Certo Certo Davi Barreto e Fernando Graeff www. 2009. Atlas. Conselho Federal de Contabilidade. São Paulo: Ed. Atlas. Mudanças Contábeis na Lei Societária.NBC TA 200 (Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria). Marcelo Cavalcanti. Resolução CFC 1205/09 . Resolução CFC 1100/07 . Hugo Rocha & Almeida. BARRETO. Marcelo Willian C. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Wiliam. Davi. Atlas. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1. 2009.NBC PA 01 .br 91 .Controle de qualidade para firmas de auditores independentes BRASIL. 2011. BRASIL.NBC PA 290 .Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis ALMEIDA. São Paulo: Ed.com. Conselho Federal de Contabilidade. BOYNTON.NBC P 1 Normas Profissionais de Auditor Independente BRASIL. Resolução CFC 1201/09 . Conselho Federal de Contabilidade. Conselho Federal de Contabilidade.207/09 .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Bibliografia BRASIL. Auditoria. ATTIE. 2007. Marcelo Cavalcanti. Resolução CFC 1267/09 . GRAEFF. Resolução CFC 1.Independência BRASIL.pontodosconcursos.NBC P 1. Conselho Federal de Contabilidade. Auditoria: teoria e exercícios comentados. Atlas. 2002. Método. Resolução CFC 821/97 . Auditoria – Conceitos e Aplicações. Auditoria: um curso moderno e completo. BRAGA.NBC TA 220 . Conselho Federal de Contabilidade. Fernando.6 – Sigilo BRASIL. BRASIL. São Paulo: Ed. São Paulo: Ed.NBC TA 240 (Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude).203/09 . São Paulo: Ed. ..... 02 Materialidade e Relevância no planejamento e na execução .. Vamos à nossa segunda aula do Curso de Auditoria para AFRFB – Teoria e Exercícios.... não esqueça......... • Planejamento da Auditoria • Materialidade e Relevância no planejamento e na execução dos trabalhos de auditoria • Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante Como de costume..... Seguindo o cronograma inicialmente proposto..................... Por fim......................................................... Davi Barreto e Fernando Graeff www......................................................... veremos hoje os seguintes tópicos do edital:.pontodosconcursos........... 56 Introdução Prezado Aluno................. participe do Fórum de dúvidas! Dito isto........................................................................................................................ caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários.......................... colocaremos as questões discutidas durante a aula no final do arquivo.................... 01 Planejamento da Auditoria .............. 08 Identificação e avaliação dos Riscos de Distorção Relevante...... 48 Bibliografia ................com......................... 33 Lista de questões sem comentários ... ...........br 1 .............Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Introdução ...... 12 Questões comentadas . mãos à obra..... com. Apesar da forma como foi ilustrada a fase de planejamento na figura acima. é possível estruturar o trabalho do auditor em três grandes etapas: planejamento – execução – relatório. de modo que seja possível desempenhar uma auditoria eficaz. pelas novas normas de auditoria. uma questão que afirma que o planejamento se encerra junto com o início dos trabalhos de campo do auditor está errada! Lembre sempre que o planejamento de auditoria é um processo contínuo que começa já nos primeiros contatos do auditor com a empresa e só se encerra com a emissão do seu relatório1.br 2 . começa logo após a conclusão da auditoria anterior (ou durante a contratação da auditoria). procedimentos. Portanto. muitas vezes. identificando quais são seus objetivos e definindo os detalhes que conduzirão os trabalhos (cronograma.211/09 (NBC TA 300). pois é uma pegadinha clássica das bancas. a identificar e resolver tempestivamente problemas. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis. 1 Por falar nisso. definindo a natureza. por exemplo. não mais em um “parecer” (em que pese este termo ser consagrado na literatura técnica). a oportunidade e a extensão dos exames. Muita atenção para esse ponto. riscos envolvidos etc. Nessa etapa. não se esqueça de que.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Planejamento de Auditoria De uma forma geral. pois auxilia o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria. o auditor “pensa o seu trabalho”. Nesse momento. O planejamento de auditoria está regulamentado pela Resolução CFC 1. a opinião do auditor independente é expressa em um “relatório” e. Davi Barreto e Fernando Graeff www. é importante destacar que o planejamento não é uma fase isolada da auditoria. continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. Em auditorias independentes das demonstrações contábeis.pontodosconcursos. O planejamento é a etapa inicial da auditoria. mas um processo contínuo e iterativo. esse processo.). é traçada a estratégia geral dos trabalhos a executar na entidade. para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco. Esse plano é a descrição detalhada dos passos que deverá seguir durante a execução dos trabalhos e deve conter a descrição de: (a) a natureza. (d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e. Além disso.pontodosconcursos. por meio do entendimento da entidade e de seu ambiente. Davi Barreto e Fernando Graeff www. se é relevante o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados. na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e especialistas. e (e) determinar a natureza. devendo: (a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance. O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance. bem como auxiliar. no desenvolvimento de um plano de auditoria. Em outras palavras.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 a organizar adequadamente o trabalho. assim como dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação. e (b) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria. De acordo com a NBC TA 300.com. a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. um bom planejamento é peça chave para facilitar a supervisão e revisão dos trabalhos da equipe de auditoria. o planejamento de auditoria envolve a definição de duas grandes fases:  a estratégia global para o trabalho. (b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas. (c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho. quando aplicável.br 3 . se for o caso. a época e a direção da auditoria. e  o plano de auditoria. de norteá-lo. e a selecionar os membros da equipe de trabalho. o auditor deve estabelecer uma estratégia capaz de orientá-lo. o planejamento deve evoluir ao longo da execução dos trabalhos. assim. Por exemplo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Dessa forma. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Em decorrência de imprevistos ou mudanças nas condições. Ou seja.pontodosconcursos. portanto. o planejamento da natureza. o auditor pode optar por discutir esses elementos do planejamento com a administração da entidade. o auditor pode ter que modificar a estratégia global e o plano de auditoria e. a época e a extensão dos procedimentos planejados. todos os membros-chave da equipe de trabalho devem ser envolvidos no planejamento da auditoria. à medida que o plano de auditoria para o trabalho é desenvolvido. a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho. Em suma. posteriormente. primeiro o auditor traça o norte que pretende seguir. Não esqueça que este é um processo iterativo. Além disso. como forma de o auditor independente avaliar as modificações nas circunstâncias e os seus reflexos nos procedimentos de auditoria a serem aplicados. incorporando suas experiências e seus pontos de vista. dinâmico. contudo. O planejamento dos procedimentos de auditoria ocorre no decurso da auditoria. a eficácia e a eficiência do processo. um membro de equipe que já executou trabalho na instituição pode trazer informações preciosas sobre as peculiaridades dos controles internos da entidade. Além disso. Em outras palavras. define o passo a passo dos trabalhos que serão realizados (=plano de auditoria). A estratégia e os programas de auditoria devem ser revisados permanentemente. É importante destacar que o auditor deve atualizar e alterar a estratégia global e o plano de auditoria sempre que necessário no curso da auditoria. já um membro com grande experiência em coordenar equipes pode contribuir no planejamento da divisão dos trabalhos. trata-se de um processo construído por várias pessoas. as premissas básicas que embasaram o seu planejamento (=estratégia global) e. da época e da extensão de procedimentos específicos de auditoria depende do resultado dessa avaliação de riscos. otimizando. Entretanto. a natureza.com. o plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global visto que inclui a natureza. deve-se atentar para não comprometer a eficácia dessa auditoria. o planejamento dos procedimentos de avaliação de riscos (falaremos sobre isso ainda na aula de hoje) ocorre na fase inicial de auditoria. de forma a permitir que auditora atinja seus objetivos com eficácia e eficiência.br 4 . a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria sempre serão responsabilidade do auditor. como já falamos para o planejamento. Essas atividades ajudam o auditor na identificação e avaliação de situações que podem afetar adversamente sua capacidade de planejar e realizar o trabalho. (b) avaliação da conformidade com os requisitos éticos. essa avaliação do relacionamento com o cliente. da independência.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Por exemplo. assim como de que não haverá problemas de integridade da administração que possam comprometer a continuidade do trabalho. inclusive independência. Note que a realização dessas atividades preliminares é importante.com. dos requisitos éticos. De qualquer forma. competências e habilidades e experiência da equipe de trabalho etc. é possível As normas de auditoria determinam que é preciso realizar atividades preliminares no início do trabalho de auditoria corrente. o plano de auditoria e as eventuais alterações significativas ocorridas. pois permite ao auditor planejar e executar um trabalho com segurança de que é possível manter a necessária independência e capacidade para realizar o trabalho. Finalmente. a discussão com a administração da natureza e da época de procedimentos detalhados pode tornar tais procedimentos demasiadamente previsíveis (o auditor não pode também “entregar o ouro”). Logicamente. Assim. Assim. ocorre Davi Barreto e Fernando Graeff www. depois que entendemos a lógica acrescentar mais alguns detalhes. o auditor deve documentar a estratégia global de auditoria. queremos ressaltar que todas as informações obtidas para fins de planejamento devem compor a documentação comprobatória (=papéis de trabalho) de que o auditor executou as etapas previstas nas normas de auditoria.. devem-se realizar as seguintes atividades no início do trabalho de auditoria corrente: (a) verificar se foram obtidas informações relacionadas à aceitação e à continuidade de relacionamento com clientes. Atividades Preliminares Bom.. e as razões dessas alterações.. e (c) estabelecimento do entendimento dos termos do trabalho.br 5 . como a integridade de pessoal-chave da entidade auditada.pontodosconcursos. do planejamento. independente de quem for envolvido na construção do planejamento. br 6 . tratar do planejamento em uma situação específica – auditoria inicial. Davi Barreto e Fernando Graeff www. para a auditoria inicial. Lembre-se que esse é um processo dinâmico! No entanto.com. alertamos que as normas determinam que. a aplicação desses procedimentos iniciais no começo do trabalho significa que estes devem estar concluídos antes da realização de outras atividades importantes.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 ao longo do trabalho de auditoria à medida que mudam as circunstâncias e as condições. nos casos em que as Demonstrações Contábeis do exercício anterior não foram auditadas pelo auditor (tenham sido examinadas por outro auditor ou quando a empresa simplesmente não foi auditada no ano anterior). o auditor pode considerar os seguintes temas adicionais na definição da estratégia global e do plano de auditoria: • exceto se for proibido por lei ou norma. Entretanto. De acordo com a NBC TA 300.pontodosconcursos. • os procedimentos de auditoria necessários para obter evidência de auditoria suficiente e apropriada se: o os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis do período corrente. para conduzir a revisão de seus papéis de trabalho. A finalidade e o objetivo do planejamento da auditoria não mudam caso a auditoria seja inicial ou em trabalho recorrente. Planejamento de auditoria inicial Vamos. esses procedimentos iniciais devem ser aplicados logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior. no caso de auditorias recorrentes. Finalmente. agora. e o as políticas contábeis apropriadas refletidas nos saldos iniciais foram aplicadas de maneira uniforme nas demonstrações contábeis do período corrente. o auditor pode ter a necessidade de estender as atividades de planejamento por falta da experiência anterior. ou as mudanças nessas políticas contábeis estão devidamente registradas e adequadamente apresentadas e divulgadas de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. a lógica por trás do trabalho continua a mesma. Ou seja. no caso de auditoria inicial. manter contato com o auditor antecessor. a comunicação desses temas aos responsáveis pela governança e como eles afetam a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 • quaisquer assuntos importantes discutidos com a administração e relacionados à escolha do auditor.com. • outros procedimentos exigidos pelo sistema de controle de qualidade da firma de auditoria para trabalhos de auditoria inicial (por exemplo. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos. esse sistema pode exigir o envolvimento de outro sócio ou profissional experiente para a revisão da estratégia global de auditoria antes de iniciar procedimentos de auditoria significativos ou de revisão dos relatórios antes da sua emissão).br 7 . São considerados relevantes os valores que podem influenciar decisões econômicas de usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis. e • Valor confirmatório  quando retroalimenta – serve de feedback – avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las). inferiores ao considerado relevante para as demonstrações contábeis como um todo. valor confirmatório ou ambos: • Valor preditivo  utilizada como dado de entrada em processos empregados pelos usuários para predizer futuros resultados.br 8 . Davi Barreto e Fernando Graeff www. para adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Materialidade e Relevância no planejamento e na execução Uma importante definição que deve ser feita pelo auditor no planejamento e na execução de uma auditoria de demonstrações contábeis é a aplicação do conceito de materialidade.pontodosconcursos. excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Mas o que é materialidade? Nada mais é do que um valor monetário (ex. Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. não é mesmo? Veja que precisamos entender 3 conceitos: 1) Relevância 2) Materialidade para as demonstrações contábeis como um todo 3) Materialidade para execução da auditoria Primeiro é importante saber o que as normas de auditoria definem como relevância. Segundo as normas de auditoria: Materialidade para execução da auditoria significa o valor ou valores fixados pelo auditor.: R$ 100 mil ou R$ 1 milhão) definido pelo auditor. Ainda não está muito claro. para isso deve ter valor preditivo.com. com. definir dois níveis de materialidade: materialidade para as demonstrações contábeis com um todo e materialidade para execução da auditoria. O auditor deve. uma distorção relevante pode. Essa definição. individualmente ou em conjunto. com o objetivo de avaliar o desempenho das operações. receita. portanto. receita ou patrimônio líquido). fazer com que um usuário das demonstrações contábeis tome erroneamente uma decisão. A materialidade é. No segundo. como comprar ou vender uma ação. é afetada pela percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das demonstrações contábeis. o auditor aplica uma porcentagem a um referencial selecionado como ponto de partida para determinar essa materialidade como lucro antes do imposto. Assim. total do patrimônio líquido ou de ativos líquidos etc. concretizar ou desistir de um negócio etc. os usuários tendem a focar sua atenção em lucro. No primeiro caso. Davi Barreto e Fernando Graeff www. despesa). ao estabelecer a estratégia global de auditoria. • se há itens que tendem a atrair a atenção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade específica (por exemplo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 O valor preditivo e o valor confirmatório da informação contábil-financeira estão inter-relacionados. um valor de referência para o auditor (parâmetro) que ele utiliza para ter segurança de que os problemas eventualmente detectados nas demonstrações contábeis não se constituam em distorções relevantes. o auditor deve determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. A informação que tem valor preditivo muitas vezes também tem valor confirmatório. estamos preocupados com os valores que podem individualmente ser relevantes. receita total. dar ou negar um empréstimo. Geralmente. logicamente.pontodosconcursos. lucro bruto.br 9 . passivo. mediante o exercício de julgamento profissional. portanto. Essa definição vai depender de fatores como: • os elementos das demonstrações contábeis (ativo. PL. com aqueles que em conjunto podem ser relevantes. Assim. total de despesa. br 10 . em conjunto. o seu setor e o ambiente econômico em que atua. Veja que planejar a auditoria somente para detectar distorção individualmente relevante negligencia o fato de que as distorções individualmente irrelevantes. nível ou níveis de materialidade a serem aplicados a essas classes específicas de transações e saldos contábeis. e processos que os envolvam. em algumas situações. pode haver uma ou mais classes específicas de transações e saldos contábeis para as quais distorções de valores menores que a materialidade para as demonstrações contábeis podem influenciar as decisões econômicas dos usuários. Contudo. Assim. a um nível adequadamente baixo. podem levar à distorção relevante das demonstrações contábeis. excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 • a natureza da entidade. vimos que também há um interesse na auditoria em evitar distorções que. o auditor deve determinar. a fase do seu ciclo de vida. os usuários podem ser influenciados. se a entidade é financiada somente por dívida em vez de capital próprio. se houver distorções de R$ 1 milhão nas Receitas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. o auditor deve definir a materialidade para execução da auditoria (um ou mais valores). do que nos resultados da entidade). fixada para reduzir. os usuários dão mais importância a informações sobre os ativos.pontodosconcursos. em conjunto. e • a estrutura societária da entidade e como ela é financiada (por exemplo. Nesses casos. sejam relevantes. a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas. a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo foi definida em R$ 10 milhões (10% do PL). em conjunto. a época e a extensão de procedimentos de auditoria.com. Paralelamente. também. Por exemplo. Dessa forma é possível avaliar os riscos de distorções relevantes e determinar a natureza. Note que. atualizado durante a execução dos procedimentos de avaliação de risco.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 A determinação dessa materialidade não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. Por fim. As circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade. Atenção! A materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas. e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores. que o teriam levado a determinar inicialmente um valor diferente (ex. da mesma forma que o planejamento. Assim. os valores de materialidade não são imutáveis e podem ser revisados. a época e a extensão dos procedimentos de auditoria continuam apropriadas.pontodosconcursos. mas apenas um parâmetro que pode ser flexibilizado em algumas situações. Compete ao auditor revisar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo quando tomar conhecimento de informações. individualmente ou em conjunto. Davi Barreto e Fernando Graeff www.: decisão de alienar grande parte dos negócios da entidade). se o auditor concluir que é apropriada a materialidade mais baixa para as demonstrações contábeis tomadas em conjunto do que inicialmente determinado. a materialidade não é um valor absoluto. deve também determinar se é necessário revisar a materialidade para execução da auditoria e se a natureza. É afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade.br 11 . Ou seja. durante a auditoria. destacamos que. serão sempre avaliadas como não relevantes. incluindo suas operações. como um todo. é importante o auditor entender a probabilidade de existirem distorções relevantes em uma entidade. Somente assim poderá avaliar melhor o risco de distorção relevante. Davi Barreto e Fernando Graeff www. menos trabalho será necessário para formar sua opinião. Uma importante etapa. por meio do entendimento da entidade. suas estruturas societária e de governança.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Identificação e avaliação dos Riscos de Distorção Relevante Sabemos que compete ao auditor obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis. ou seja. o auditor precisa entender “onde está pisando”. incluindo a estrutura de relatório financeiro aplicável. a maneira como a entidade é estruturada e como é financiada. Se os riscos forem altos.com.pontodosconcursos. Em outras palavras. dentro desse processo. • a natureza da entidade. como é a entidade e em que ambiente de negócios está inserida. é identificar e avaliar os riscos de distorção relevante.br 12 . • a mensuração e revisão do desempenho das operações da entidade. os tipos de investimentos que a entidade está fazendo e planeja fazer. Nesse processo. Enfim. Assim. O entendimento do ambiente da entidade significa entender elementos como: • o setor de atividade. como indagações à administração e a outras pessoas na entidade. muito trabalho será exigido do auditor. estão livres de distorção relevante independentemente se causada por fraude ou erro. para que possa definir como será o seu trabalho. do seu ambiente e controle interno. • políticas contábeis aplicadas (inclusive as razões para eventuais mudanças). • os objetivos e estratégias da entidade e os riscos de negócio relacionados que possam resultar em risco de distorção relevante. se forem baixos. é possível melhor formar uma base para o seu planejamento. o auditor aplica procedimentos para realizar essa avaliação de risco. regulação e outros fatores externos relevantes. permitindo que sejam efetuadas correções sempre que necessário. • um sistema informatizado que previne erros na contabilização de dados. administração e outros funcionários para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade no que se refere à confiabilidade dos relatórios financeiros. implementado e mantido pelos responsáveis da governança. podemos definir controle interno como as ações tomadas pela Administração para aumentar a probabilidade de que os objetivos e as metas estabelecidos serão atingidos. são exemplos de controles internos: • um funcionário conferindo notas fiscais de mercadorias que entram e saem do almoxarifado. é possível extrair algumas características importantes do controle interno: 2 Resolução CFC nº 1. A NBC TA 3152 define controle interno como: “o processo planejado. A partir dessa definição. • um sistema de controle de qualidade de produção que minimize desperdícios. Além disso. Controles Internos O controle é uma das funções básicas da administração e tem como objetivo primordial garantir que os diferentes processos e atividades institucionais estão de acordo com o que foi planejado.212/09.com. e. o auditor deve considerar se as informações obtidas no processo de aceitação ou continuação dos trabalhos e informações de auditorias passadas são relevantes para a identificação de riscos de distorção relevante. Dessa forma. Pois bem. efetividade e eficiência das operações e conformidade com leis e regulamentos aplicáveis”. vamos continuar essa discussão explorando dois importantes conceitos relacionados à avaliação do risco de distorção relevante: controles internos e risco de auditoria. observação e inspeção (falaremos sobre todos esses procedimentos na próxima aula). Assim.br 13 ...pontodosconcursos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 procedimentos analíticos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. é responsabilidade de todos – operários de linha. ou seja. fraudes. abusos. malversação. • dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente. o controle interno é um processo desenvolvido para garantir. consequentemente. métodos. • para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade. desvios e outras inadequações. diretores etc. com a finalidade de: • salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes patrimoniais. é preciso destacar a definição e classificação presente na NBC T 16. erros. • propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada. assim. procedimentos e processos adotados pela entidade do setor público. • contribuir para a promoção da eficiência operacional da entidade. assim. gerentes. trazer efetividade e eficiência às operações (controles operacionais).84) Tipo de controle Foco Operacional Ações que propiciam o alcance dos objetivos da entidade Contábil Veracidade e à fidedignidade dos registros e das demonstrações contábeis Normativo Observância da regulamentação pertinente Além da definição de controle interno na NBC TA 315. de supervisionar as atividades da Administração (isso inclui a supervisão geral do relatório financeiro). Davi Barreto e Fernando Graeff www. administração e outros funcionários.com. bem como permitir a aderência às leis. o controle interno somente será efetivo se todos os envolvidos na consecução dos objetivos da empresa tomarem parte dessa responsabilidade. métodos ou rotinas com os objetivos de produzir dados contábeis confiáveis (controles contábeis). 4 Resolução CFC nº 1. Classificação do Controle Interno (NBC T 16.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 • é um processo planejado.8. Dessa forma. normas e regulamentos (controles normativos). • no que se refere à confiabilidade dos relatórios financeiros.pontodosconcursos. o controle interno representa em uma organização o conjunto de procedimentos. com razoável certeza (nunca com garantia absoluta) que sejam atingidos os objetivos da empresa. efetividade e eficiência das operações e conformidade com leis e regulamentos aplicáveis. –. • auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas. 3 São as pessoas com responsabilidade de supervisionar a direção estratégica da entidade e. • estimular adesão às normas e às diretrizes fixadas. implementado e mantido pelos responsáveis da governança3.br 14 .135/08. que define controle interno como o conjunto de recursos. 2007. 2.com. No que se refere aos diferentes tipos de controle interno. ALMEIDA. é possível notar que as definições de controle interno das diferentes normas é bastante semelhante. Auditoria. Ao passo que o controle interno referese aos procedimentos adotados por toda a empresa para consecução dos seus objetivos estratégicos. São Paulo: Atlas. compete à administração. implantação e manutenção e monitoramento do sistema de controles internos. 5 CREPALDI. este deve somente avaliar os controles internos contábeis. BOYNTON. Amarrações do Sistema. 2009. se algum controle operacional ou normativo também tiver influência nos relatórios financeiros. Confronto dos Ativos como os Registros. esse processo é baseado em nove princípios Custo x Benefício do Controle Atribuição de Responsabilidades. Por exemplo. 4. Willian C. vamos trazer alguns conceitos novos. Auditoria Contábil – Teoria e Prática.br 15 . Auditoria Interna. Silvio A. Dessa forma a auditoria interna equivale a um trabalho organizado de revisão e apreciação das atividades organizacionais. e Limitações do Controle Interno. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Sabemos que a administração da empresa é responsável pela criação. 3. agora. os relacionados às demonstrações. Evidentemente.pontodosconcursos. destacamos que. norteadores: 1. 7. ou seja. 5. Marcelo C. devido ao foco do auditor independente ser a emissão de uma opinião sobre as demonstrações contábeis. verificar se estão sendo seguidos pelos seus funcionários e adaptálos às novas necessidades e circunstâncias. no caso da análise de não conformidades.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Bom. destacamos que auditoria interna não tem o mesmo significado de controle interno – a primeira é uma espécie do segundo . 8. desenvolvida por um departamento específico da empresa.. além de criar e instalar controles. 2002. 9. Pois bem. São Paulo: Atlas. 6. os controles normativos são importantes para a auditoria. Auditoria – Um curso moderno e completo. ao tratar dos princípios que envolvem os controles internos. o auditor deverá também considerar a possibilidade de avaliá-lo.. Finalmente. São Paulo: Atlas. Limitação do Acesso aos Ativos. Segundo a doutrina5. Definição Rotinas Internas.. Segregação de Funções.. Em outras palavras. pontodosconcursos. setores e departamentos internos da empresa devem ser claramente definidas e limitadas. para fechar um contrato de prestação de serviços é necessária a autorização do diretor administrativo da empresa. por exemplo. Por exemplo. é possível assegurar que todos os procedimentos de controle serão executados. é preciso escolher e treinar cuidadosamente os funcionários. relativos aos valores ou posições. contudo. A Davi Barreto e Fernando Graeff www. Dessa forma. a administração deve sempre tentar estimar os retornos proporcionados pelos controles.com. todos devem saber quais são suas responsabilidades – o que podem e o que não podem fazer. por receber a mercadoria.. As alçadas são os limites determinados a um funcionário. Já as autorizações são as atividades e transações que necessitam de aprovação de um supervisor. identificar quem é o responsável por aprovar as compras de matéria prima. estabelecimento dos tetos assumidos por um operador de mercado financeiro para cada horizonte de investimento. por fazer os registros contábeis. Logicamente. Custo x Benefício do Controle Esse talvez seja um dos princípios de controle mais intuitivos e afirma que o custo dos controles internos de uma entidade não deve ser superior aos benefícios por eles gerados. é possível. de forma a permitir maior rendimento. Finalmente. há duas atividades de controles relacionadas à atribuição de responsabilidades muito importantes em qualquer sistema de controle interno: alçadas e autorizações. Por exemplo.br 16 . uma entidade poderia eliminar a perda de cheques sem fundo se parasse de aceitar essa forma de pagamento. e que a responsabilidade por eventuais falhas e desvios será apurada. sejam eles quantitativos ou qualitativos. Ao definir responsabilidades. de preferência por escrito nos manuais da organização. Em suma. como definição de valor máximo que um caixa pode pagar em um cheque.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 1. os efeitos adversos que isso poderia ter sobre as vendas pode causar um prejuízo ainda maior que os cheques sem fundo. Atribuição de Responsabilidades As atribuições dos funcionários. Em uma empresa com controle interno eficiente. menores custos e empregados mais atentos e ativos. nem sempre é possível calcular o real valor monetário do custobenefício de todos os controles desenvolvidos em uma organização. de acordo com as responsabilidades e com os riscos envolvidos. entretanto. evidentemente. que as irregularidades e erros serão detectados.. 2. com. assim chamados. Contabilidade e conciliação. Segregação de Funções As operações da empresa precisam ser estruturadas de forma que indivíduos não realizem funções incompatíveis. Dessa forma.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 administração determina as atividades e transações que necessitam a aprovação de um supervisor para que sejam efetivadas. a utilização de equipamentos mecânicos e eletrônicos na execução de transações. controle da entrada e saída de funcionários e materiais. fichas de lançamento manual para realização de inventário do almoxarifado são exemplos de normas internas. pois reduz tanto o risco de erros humanos quanto o risco de ações indesejadas. ou seja. alarmes etc. custódia e inventário. fluxos operacionais. administração de recursos próprios e de terceiros. Formulários padronizados para requisição de matérias/serviços ou consulta de preços. e que a mesma está em conformidade com as políticas e procedimentos estabelecidos.pontodosconcursos. contratação e pagamento. 3. senhas de acesso a contas bancárias são exemplos de controles que se revelam essenciais para proteger os bens e valores de uma entidade. a segregação de funções é essencial para a efetividade dos controles internos. Os controles físicos. implicando que a atividade ou a transação foi verificada e validada. políticas corporativas. funções e procedimentos. procedimentos e rotinas. Tudo isso deve ser usado para definir responsabilidades. as regras internas necessárias ao funcionamento da entidade. Do ponto de vista do controle. podem envolver. Definição das Rotinas Internas Outro princípio relevante do controle estabelece que a empresa deve definir em seus manuais de organização todos os seus processos. 5. estabelecer que uma mesma pessoa (ou setor) não pode exercer atividades que gerem conflito de interesses. Limitação do Acesso aos Ativos A empresa deve limitar o acesso de seus funcionários a seus ativos e estabelecer controles físicos sobre eles. A normatização interna deve estabelecer. por exemplo. como caixas registradoras. diz-se que funções são incompatíveis quando é possível que alguém desenvolva atividades que lhe permitam cometer um erro ou fraude e. Procedimentos como controle de acessos ao caixa e numerário. de maneira formal. esteja em posição para esconder esse desvio. ao mesmo tempo. Davi Barreto e Fernando Graeff www.br 17 . 4. normatização e fiscalização são exemplos de atividades que devem estar segregadas entre os funcionários. informação e autorização. produtos. flutuações abruptas nos resultados de agências. sejam periodicamente confrontados com os registros da contabilidade. Por esse motivo. inibindo fraudes e erros.pontodosconcursos. Por outro lado. que estão sob a responsabilidade de algum funcionário.) e do ativo imobilizado (maquinário. 7. os inventários e contagens devem ser feitos periodicamente. monitorando. veículos etc. Já as revisões de desempenho acompanham atividades ou processos. estas normalmente possuem menos empregados. Amarrações do Sistema O sistema de controle interno deve ser concebido de maneira que sejam registradas apenas as transações autorizadas. em relação às metas. Confronto dos Ativos como os Registros A empresa deve estabelecer procedimentos de forma que seus ativos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 No caso de entidades de pequeno porte. • contagem de títulos e comparação com saldo da conta investimentos. Dessa forma é possível saber se os ativos que estão registrados realmente existem ou se alguém não se apoderou desses bens. fica em aberto a possibilidade de um funcionário apoderar-se indevidamente do bem sem que esse fato seja descoberto por muito tempo. Davi Barreto e Fernando Graeff www. São vários os procedimentos que podem ser usados. carteiras próprias e de terceiros.br 18 . é necessário que o sistema esteja “amarrado”. e valores realizados e orçados em unidades. o proprietário-gerente pode ser capaz de exercer supervisão mais eficaz do que em entidade maior. confrontam a mesma informação com dados vindos de bases diferentes (registros contábeis da empresa e extratos bancários). Contudo. com valores corretos e dentro do período de competência. As conciliações bancárias. por exemplo. o que pode limitar a extensão praticável da segregação de funções. ou seja. Se a empresa não adota o procedimento de comparar os ativos com os registros. Para isso. 6. com mecanismos robustos e capazes de confrontar os dados. para avaliação de sua adequação e/ou desempenho. por exemplo. dependendo da área em questão. Alguns exemplos: • contagem de caixa para verificar ativos como dinheiro e cheques. o proprietário-gerente pode ser mais capaz de burlar os controles porque o sistema de controle interno é menos estruturado. e • inventário físico dos bens do estoque (matéria prima. com o objetivo de identificar dificuldades ou problemas. em uma entidade administrada pelo proprietário.).com. produtos acabados etc. independente de quão bem desenhados e operados. nos Estados Unidos. portanto.pontodosconcursos. periodicamente. 9. a NBC TA 2656 disciplina o que são “deficiência de controle interno” e qual deve ser a atitude do auditor quando encontrá-las.com. não é viável um sistema de controles internos 100% eficaz – pois.br 19 . o auditor interno avalia de forma contínua e autônoma o funcionamento das atividades de controle interno da administração. na prática. Nesse sentido. Auditoria Interna Já foi falado que a auditoria interna é a atividade que permite que sejam verificadas se as normas internas estão sendo seguidas e que avalia a necessidade de novas normas. sugerindo aperfeiçoamentos sempre que necessário. sujeitam os controles a falhas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 8. este seria inexequível. • custo x benefício: devido à busca da melhor relação entre custo do controle e benefícios por ele gerados. Assim. Davi Barreto e Fernando Graeff www.210/2009. Comunicação das deficiências de controle interno Os controles internos da entidade podem apresentar deficiências. É o controle do controle. Limitações do Controle Interno Já falamos que o controle interno traz apenas razoável segurança de que os objetivos da empresa serão atingidos. • conluio entre empregados: da mesma maneira que as pessoas são responsáveis pelos controles. e • eventos externos: eventos externos estão além do controle de qualquer organização e. para as normas de auditoria o controle interno apresenta deficiência quando: 6 Resolução CFC nº 1. eventos como os atentados de 11/09/2001. Não adianta a empresa implantar um excelente sistema de controle interno sem que alguém verifique. e a crise financeira internacional de 2008 são impossíveis de prever ou controlar. E por quê? Há uma série de limitações inerentes que impedem a certeza absoluta de que os controles serão eficazes. estas pessoas podem valer-se de seus conhecimentos e competências para burlar os controles. com objetivos ilícitos. Por exemplo. se os funcionários estão fazendo o que foi determinado e se existe a necessidade de novas normas ou de aperfeiçoamento das existentes. ou seja. bem como. A deficiência ou a combinação de deficiências de controle interno é significativa quando. no julgamento profissional do auditor.br 20 . O Comitê de Organizações Patrocinadoras7 (COSO) é uma entidade do setor privado. o auditor deve comunicá-la tempestivamente e por escrito aos responsáveis pela governança. implementado ou operado de tal forma que não consegue prevenir. e • outras deficiências de controle interno identificadas durante a auditoria que não foram comunicadas à administração ou a outras partes e que. distorções nas demonstrações contábeis. ou • falta um controle necessário para prevenir. distorções nas demonstrações contábeis.. ou detectar e corrigir tempestivamente. Além disso. A comunicação feita pelo auditor deve conter a descrição das deficiências e explicação de seus possíveis efeitos. COSO Bom. o auditor também deve comunicar administração no nível apropriado de responsabilidade: tempestivamente à • por escrito. no julgamento profissional do auditor.com.pontodosconcursos. ou detectar e corrigir tempestivamente. podemos avançar um pouquinho mais e discutir o que é COSO. agora que você já está mais familiarizado com os conceitos e princípios de controle interno..Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 • o controle é planejado. informações suficientes para permitir que os responsáveis pela governança e a administração entendam o contexto da comunicação. as deficiências significativas de controle interno que o auditor comunicou ou pretende comunicar aos responsáveis pela governança. é de importância suficiente para merecer a atenção dos responsáveis pela governança. voltada para o aperfeiçoamento da qualidade de 7 Committee of Sponsoring Organizations Davi Barreto e Fernando Graeff www. sem fins lucrativos. No caso da identificação de deficiência significativa durante a auditoria. a menos que não seja apropriado nas circunstâncias comunicar diretamente à administração. são de importância suficiente para merecer a atenção da administração. Mas nem todas as deficiências do controle interno são consideradas significativas. Uma inovação das novas normas de auditoria do CFC.com. 4. sempre presentes e inter-relacionados. O COSO I definiu uma metodologia a partir da premissa de que o controle interno é um processo constituído de 5 componentes. mais especificamente. Ambiente de Controle Avaliação de Riscos Informação e Comunicação Atividades de Controle Monitoramento dos Controles Davi Barreto e Fernando Graeff www. consignadas pelos valores e enquadramentos corretos. bem como da segurança e qualidade dos ativos.. De acordo com o COSO. e que passaram a trazer explicitamente os conceitos de controle interno do COSO I. 3. que sejam atingidos os objetivos da empresa.. em relação às antigas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 relatórios financeiros por meio de implementação de controles internos e governança corporativa.br 21 . 2. controle interno é um processo. 5. inclusive com os objetivos e metas de desempenho e rentabilidade. seus componentes de controle. Vejamos. nas seguintes categorias: • Eficiência e efetividade operacional (objetivos de desempenho ou estratégia): esta categoria está relacionada com os objetivos básicos da entidade. todos os registros devem refletir transações reais.pontodosconcursos. • Confiança nos registros contábeis/financeiros (objetivos de informação): todas as transações devem ser registradas. Há duas importantes publicações dessa organização frequentemente cobradas em provas de concurso: o COSO I (Controles Internos – Estrutura Integrada) e o COSO II (Estrutura Integrada de Gerenciamento de Riscos). e • Conformidade (objetivos de conformidade) com leis e normativos aplicáveis à entidade e sua área de atuação. desenvolvido para garantir. Os componentes do controle interno são: 1. com razoável certeza. por exemplo. administram e monitoram.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Ambiente de Controle O ambiente de controle “dá o tom” de uma organização. ações da administração para eliminar ou mitigar oportunidades ou tentações que possam levar os funcionários a se envolverem em atos desonestos. A aplicação da integridade e dos valores éticos inclui. A efetividade dos controles não pode estar acima da integridade e dos valores éticos das pessoas que os criam. Dessa forma.com. Avaliação de Riscos Davi Barreto e Fernando Graeff www. Diz-se que esse componente é a fundação para os demais componentes do controle interno.pontodosconcursos. e da maneira como são comunicados e reforçados na prática. ilegais ou não éticos. a integridade e a conduta ética são produtos dos padrões éticos e conduta da entidade. influenciando a consciência do controle das pessoas que nela trabalham (cultura de controle).br 22 . novos modelos de negócio. A qualidade das informações geradas por sistemas afeta a capacidade da administração de tomar decisões apropriadas na gestão e controle das atividades da entidade e no preparo de relatórios financeiros confiáveis.br 23 .pontodosconcursos. expansão rápida e significativa das operações. e administrar tais riscos e os resultados dessas ações. novas tecnologias incorporadas aos processos de produção..com. Por exemplo. software. procedimentos e dados. Enfim. produtos ou atividades.. A administração pode iniciar planos. programas ou ações para enfrentar riscos específicos ou pode decidir aceitar um risco por causa do custo ou de outras considerações (não podemos nos esquecer do princípio do custo-benefício). o processo de avaliação de riscos da entidade inclui a maneira como a administração identifica riscos de negócio relevantes para a elaboração de demonstrações contábeis em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável à entidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Para fins de demonstrações contábeis. sendo que muitos fazem uso extenso de tecnologia da informação (TI). São exemplos: mudanças no ambiente regulatório ou operacional. reduzir. transações ou circunstâncias que possam ocorrer e afetar adversamente a entidade. inclui também a forma como estima a sua significância. pessoas. analisar. Esse sistema é composto de infraestrutura (componentes físicos e de hardware). entrada de novos funcionários. o processo de avaliação de riscos da entidade pode tratar de como a entidade considera a possibilidade de transações não registradas ou identifica e analisa estimativas significativas registradas nas demonstrações contábeis. sistemas de informação novos ou remodelados. Os riscos relevantes para demonstrações contábeis confiáveis incluem eventos externos e internos. o ambiente competitivo em que a entidade está inserida é uma fonte constante de riscos. Além disso. compartilhar ou aceitar). classificar e divulgar as transações da entidade são chamados sistema de informação. Informação e Comunicação Os métodos e registros estabelecidos para identificar. avalia a probabilidade de sua ocorrência e decide por ações para responder (evitar. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Já o sistema de informação relevante para objetivos de demonstrações contábeis. Já a comunicação envolve fornecer entendimento de funções e responsabilidades individuais próprias do controle interno sobre as demonstrações contábeis.pontodosconcursos. • apresentam adequadamente as transações e divulgações relacionadas nas demonstrações contábeis. verbalmente e por meio de ações da administração. • determinam o período de tempo em que as transações ocorreram para permitir o registro das transações no período contábil correto. • descrevem tempestivamente as transações com detalhamento suficiente para permitir a classificação apropriada nas demonstrações contábeis. podendo incluir atividades como: Davi Barreto e Fernando Graeff www. bem como eletronicamente. são: • revisões de desempenho (prevenção e detecção). • controles físicos de ativos (prevenção e detecção). quem podem ser de prevenção e/ou detecção. que inclui o sistema de relatórios financeiros. sendo aplicadas em vários níveis organizacionais e funcionais. abrange os métodos e registros que: • identificam e registram todas as transações válidas.com. São medidas dirigidas contra o risco de que os objetivos da entidade não sejam atendidos. • mensuram o valor das transações de forma que permitam registrar o seu apropriado valor monetário nas demonstrações contábeis.br 24 . com diferentes objetivos específicos. Atividade de Controle As atividades de controle são as políticas e procedimentos que ajudam a assegurar que as diretrizes da administração sejam realmente seguidas. manuais de relatórios contábeis e financeiros e memorandos. O monitoramento dos controles inclui considerar se eles estão operando conforme o pretendido e que sejam adequadamente modificados para atender as mudanças de condições. • segregação de funções (prevenção). Exemplos dessas atividades. • definição de alçadas (prevenção) etc. Isso pode ser feito por meio de manuais de políticas. Monitoramento de Controles Uma importante responsabilidade da administração é estabelecer e manter o controle interno continuamente. • avaliação pelos auditores internos do cumprimento. Enfim. Bom. Já a governança é um conceito estritamente ligado a tudo que discutimos nas últimas aulas.) por uma avaliação imparcial e independente da situação financeira.pontodosconcursos. decorrente da separação entre a propriedade e a gestão empresarial. é provável que os funcionários parem de elaborá-las. Conceitualmente. que existe com a finalidade assegurar que o comportamento da administração esteja sempre alinhado ao interesse dos acionistas da entidade.. da inércia de conselhos de administração inoperantes e das omissões das auditorias externas. surgiu para superar o "conflito de agência". De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC. se a tempestividade e exatidão das conciliações bancárias não forem monitoradas. iniciado em empresas norte-americanas nos anos 90. fisco etc. Por exemplo. investidores. trata-se de um conceito bem recente. vimos que a auditoria consiste no exame sistemático e independente das atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor.com. na realidade. credores. Governança Para fechar nossa discussão sobre controle interno.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 • revisão pela administração para determinar se as conciliações bancárias estão sendo elaboradas tempestivamente. pelo pessoal de vendas. Você deve lembrar que a auditoria surgiu para atender uma necessidade decorrente da evolução do sistema capitalista. vamos falar sobre um tema intimamente ligado a tudo que discutimos até agora: governança. clientes. O monitoramento também é feito para assegurar que os controles continuem a operar efetivamente ao longo do tempo. das políticas da entidade em termos de contratos de venda. Davi Barreto e Fernando Graeff www.br 25 . e • a supervisão pelo departamento jurídico do cumprimento das políticas de ética ou prática de negócios da entidade. a governança corporativa surgiu da necessidade de acionistas em promover novas regras que os protegessem dos abusos da diretoria executiva das empresas.. nasceu de uma demanda de terceiros externos à administração das empresas (acionistas. patrimonial e operacional das instituições. de acordo com o IBGC. Nesse caso.. será preciso desenvolver mecanismos que garantam que o seu gerente (agente) se comporte da forma como você (principal) quer. os interesses do gestor nem sempre estarão alinhados com os do proprietário. • Erros estratégicos. No entanto. conselho de administração. alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização. da diretoria sobre o acionista e dos administradores sobre terceiros. Imagine a seguinte situação: você investe seu dinheiro em uma barraquinha de cachorro-quente e contrata alguém para gerenciar o seu negócio (comprar o pão e as salsichas. envolvendo os relacionamentos entre proprietários. e Davi Barreto e Fernando Graeff www. Veja que.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 O conflito de agência é um tipo de assimetria de informação na qual o proprietário (acionista) delega a um agente especializado (executivo) o poder de decisão sobre sua propriedade. Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas.br 26 . As boas práticas de governança corporativa convertem princípios em recomendações objetivas. a equidade e a responsabilidade corporativa. atender bem seus clientes. abrir a barraquinha às seis horas da manhã e trabalhar até o final da noite etc. Portanto. facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para a sua longevidade. para ter sucesso no seu negócio.pontodosconcursos.com. você é o principal e o seu gerente é o agente. Como você pode garantir que o seu gerente vai ser eficiente? Como garantir que ele vai se esforçar para procurar os preços mais baixos de matéria prima? Como ter certeza que ele vai começar a trabalhar cedinho.). a prestação de contas. A empresa que opta pelas boas práticas de Governança Corporativa adota como linhas mestras a transparência..? Essa incerteza que você tem em relação ao seu gerente é que chamamos de conflito de agência ou conflito agente-principal. A ausência de conselheiros qualificados e de bons sistemas de Governança Corporativa tem levado empresas a fracassos decorrentes de: • Abusos de poder do acionista controlador sobre minoritários. monitoradas e incentivadas. diretoria e órgãos de controle. resultado de muito poder concentrado no executivo principal. resultando em um conflito de agência ou conflito agente-principal. por exemplo. recebendo assim poderes dos sócios e. envolvendo: 27 Davi Barreto e Fernando Graeff www. prestando contas a eles. O Conselho de Administração. Constitui o principal componente do sistema de governança. Dentre as responsabilidades do Conselho de Administração destacam-se a discussão.pontodosconcursos. com atribuições distintas dentro desse sistema.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 • Fraudes. uso de informação privilegiada em benefício próprio.br . Seu papel é ser o elo entre a propriedade (sócios e acionistas) e a gestão (presidente e diretores) para orientar e supervisionar a relação desta última com as demais partes interessadas. Fonte: Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa . Abaixo. Governança corporativa Continuando nossa discussão. ilustramos os diversos envolvidos nos processos de governança corporativa. atuação em conflito de interesses.com. aprovação e monitoramento de decisões.IBGC Cada um desses personagens tem seu papel dentro de um sistema de governança. podemos dizer que o sistema de governança corporativa é um organismo complexo que envolve diversos atores. consequentemente. é órgão colegiado encarregado do processo de decisão de uma organização em relação ao seu direcionamento estratégico. internos e externos à empresa. Processo sucessório dos conselheiros e executivos. Estrutura de capital. de personagem envolvido no processo de governança é a auditoria independente que desempenha papel importante nesse contexto. Práticas de Governança Corporativa. Código de Conduta Outro exemplo. • Equidade (fairness): Caracteriza-se pelo tratamento justo de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders).br 28 . Sistema de controles internos (incluindo políticas e limites de alçada). Dessa forma. Fusões e aquisições. Atitudes ou políticas discriminatórias. tanto internamente quanto nas relações da empresa com terceiros. contemplando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem à criação de valor. são totalmente inaceitáveis. incluindo. além de emitir uma opinião imparcial sobre a adequação das demonstrações contábeis de uma empresa.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 • • • • • • • • • • • Estratégia. a revisão e a avaliação dos controles internos da organização. Davi Barreto e Fernando Graeff www. órgãos e profissionais. Escolha e avaliação da auditoria independente. esse profissional pode fornecer um relatório específico de recomendações sobre melhoria e aperfeiçoamento dos controles internos.com. Apetite e tolerância a risco (perfil de risco). vamos falar dos princípios básicos que. A adequada transparência resulta em um clima de confiança. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro. O auditor externo independente verifica se as demonstrações financeiras refletem adequadamente a realidade da sociedade. Política de gestão de pessoas. Veja como o processo de governança é complexo e envolve diversas atividades. muitas vezes. sob qualquer pretexto.pontodosconcursos. envolvem a governança corporativa: • Transparência (disclosure): Mais do que a obrigação de informar é o desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. Finalmente. Relacionamento com partes interessadas. segundo o IBGC. Adicionalmente.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 • Prestação de Contas (accountability): Os agentes de governança8 devem prestar contas de sua atuação. conselheiros fiscais e auditores.com. Ou seja. administradores (conselheiros de administração e executivos/ gestores). afirmar que está tudo certo. portanto. 8 O termo agentes de governança (=responsáveis pela governança) refere-se a sócios. De acordo com a NBC TA 200. quando deveria emitir uma opinião “com ressalvas” ou “adversa” (falaremos com mais calma sobre os tipos de opinião do auditor em outra aula). Já falamos que a opinião do auditor independente é baseada em uma segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão adequadas. o modelo de risco de auditoria orienta os auditores na coleta de evidências. Em outras palavras. o risco de auditoria está relacionado com a possibilidade de o auditor não detectar falhas relevantes nas demonstrações contábeis. emitindo. Existe. • Responsabilidade Corporativa: Os agentes de governança devem zelar pela sustentabilidade das organizações. O desafio da auditoria está no fato de que os auditores não podem examinar todas as possíveis evidências referentes a todas as transações realizadas pela entidade. Davi Barreto e Fernando Graeff www.br 29 . incorporando considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações. nada menos que o princípio da prudência. para que possam emitir uma opinião. do conservadorismo: é melhor emitir uma opinião incorreta sobre demonstrações corretas do que sobre demonstrações incorretas. assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões. Risco de Auditoria Vamos falar agora sobre o risco de auditoria. com razoável segurança. Dessa forma. assim. a possibilidade de o auditor não conseguir detectar alguma distorção relevante nas demonstrações contábeis. alguns autores citam outros princípios de governança como Ética e Cumprimento das Leis (compliance). o risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. visando à sua longevidade. quando não está… É nada mais.pontodosconcursos. uma opinião “não modificada”. ou seja. trata-se dos riscos de distorção relevante que se relacionam de forma disseminada às demonstrações contábeis como um todo e que afetam potencialmente muitas afirmações. detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade. O risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. No primeiro caso. Ora. não seja prevenida. Esses podem existir em dois níveis. Essa ausência de controles caracteriza um risco inerente. (i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação. 9 Afirmações são declarações da administração. Essa evidência possibilita ao auditor expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis em um nível aceitavelmente baixo de risco de auditoria. Por exemplo.com. no nível geral da demonstração contábil e no nível da afirmação9 para classes de transações. a época e a extensão dos procedimentos necessários para a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente. Davi Barreto e Fernando Graeff www. individualmente ou em conjunto com outras distorções. saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante. é um prato cheio para furtos (tipo de fraude).br 30 . saldo contábil ou divulgação. saldos contábeis e divulgações. explícitas ou não. utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer. Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação consistem em dois componentes: risco inerente e risco de controle. que estão incorporadas às demonstrações contábeis.pontodosconcursos. Em outras palavras. suponha um estabelecimento comercial em que todo dinheiro das suas vendas fica jogado em cima do balcão. Já o segundo tipo de risco de distorção relevante é avaliado para que se determine a natureza. individualmente ou em conjunto com outras distorções. é um risco próprio da natureza da atividade em questão. a uma distorção que possa ser relevante. são os riscos que independem da ação do auditor. É a suscetibilidade a impropriedades decorrentes da ausência ou da inadequação de controles internos. (ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de transação. antes da consideração de quaisquer controles relacionados.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 O risco de auditoria é uma função de dois tipos de risco: dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção. dependendo das técnicas de auditoria ou metodologias e considerações práticas. Por fim. Normas Antigas (NBC T11) Risco Inerente Risco de Controle Risco de Detecção Novas Normas (NBC TA 200) Risco Inerente Risco de distorção Risco de Controle relevante Risco de Detecção O risco final (risco de auditoria) pode ser calculado como sendo o produto dos diferentes tipos de risco. existe a possibilidade de falhas na sua aplicação. Voltando para o exemplo do estabelecimento comercial. Observe que as nomenclaturas e as definições dos diferentes tipos de risco não mudaram com a edição das novas normas de auditoria. Por mais que o funcionário seja honesto e competente. na prática. está diretamente ligado à eficácia dos controles internos.pontodosconcursos. Contudo. está ligado ao grau de eficácia dos procedimentos conduzidos pelo auditor. há a possibilidade de erro por desatenção. podendo ser expressas em termos quantitativos. o risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante. supondo que um funcionário foi contratado e treinado para controlar o caixa. A única novidade é a definição do risco de distorção relevante que é a composição dos riscos inerente e de controle. o auditor pode fazer avaliações separadas ou combinadas do risco inerente e do risco de controle.com. Diferente das normas antigas. Em outras palavras. como percentagens. as novas normas de auditoria geralmente não se referem ao risco inerente e ao risco de controle separadamente.br 31 . mesmo que haja controles adequados. ou seja. ou em termos não quantitativos. individualmente ou em conjunto com outras distorções.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 É o risco de uma eventual incorreção não ser tempestivamente detectada. mas a uma avaliação combinada dos “riscos de distorção relevante”. é o risco de o auditor não detectar um erro ou fraude que afete as demonstrações contábeis. Dessa forma. Risco de Auditoria = Risco de Distorção Relevante x Risco de Detecção Davi Barreto e Fernando Graeff www. Portanto. Em outras palavras. menores os riscos de distorção relevante a serem aceitos pelo auditor (e vice-versa). avaliar uma quantidade maior de contas etc. assim como o risco de distorção relevante. Ou seja. O risco de detecção se relaciona com a natureza. Portanto. o auditor deve equilibrar os diversos riscos existentes de forma a manter o risco total (risco de auditoria) em um nível aceitável. vai se esforçar para diminuir o risco de detecção. Assim.). ajudam a aprimorar a eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação e reduzem a possibilidade de que o auditor possa selecionar um procedimento de auditoria inadequado.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Pense na seguinte situação: uma auditoria em uma firma constata que os riscos inerentes e de controle são altíssimos (não há controles internos eficientes e os que existem estão sujeitos a muitas falhas). Assuntos como planejamento adequado. para um dado nível de risco de auditoria. Quanto maior o risco de detecção.. mais persuasivas são as evidências de auditoria exigidas.. aplicação de ceticismo profissional. o risco de detecção só pode ser reduzido. é uma função da eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo auditor. quanto maiores são os riscos de distorção relevante que o auditor acredita existir. aplicar erroneamente um procedimento de auditoria apropriado ou interpretar erroneamente os resultados da auditoria.com. a época e a extensão dos procedimentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável. Há uma relação inversa entre o risco de detecção e os riscos de distorção relevante (risco inerente e risco de controle). não eliminado. devido às limitações inerentes de uma auditoria. vamos resolver algumas questões sobre o que acabamos de discutir: Davi Barreto e Fernando Graeff www. O que dever ser feito? Provavelmente. portanto. o auditor tomará muito mais cuidado ao executar os procedimentos de auditoria (fazer mais testes.br 32 . menor é o risco de detecção que pode ser aceito e.. Finalmente. chega de teoria.. Bom. supervisão e revisão do trabalho de auditoria executado. sempre existe risco de detecção. Por exemplo. designação apropriada de pessoal para a equipe de trabalho. o nível aceitável de risco de detecção tem uma relação inversa com os riscos avaliados de distorção relevante no nível da afirmação.pontodosconcursos. CVM/2010) A respeito de planejamento na realização de auditorias é correto afirmar: (A) é a fase inicial dos trabalhos e deve ser concluída antes que as equipes específicas e/ou especializadas iniciem suas avaliações. continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual.br 33 . (E) consiste em definir as estratégias gerais e o plano de trabalho antes do início de qualquer atividade de avaliação e revisão das demonstrações. em especial. (B) análise de risco.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Questões comentadas 01. mas um processo contínuo e iterativo. que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior. (FCC/TCE PR – Analista de Controle Área Contábil/2011) A fase da auditoria em que se determina o momento da realização de cada uma das tarefas é chamada de (A) planejamento. (E) seleção de programa de trabalho. além da equipe de auditoria. Comentários: O planejamento não é uma fase isolada da auditoria. 02. (D) evidenciação.com. a área responsável pela elaboração das demonstrações contábeis. que começa logo após a conclusão da auditoria anterior (ou durante a contratação da auditoria). Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos. (ESAF/Analista de Normas Contábeis e Auditoria . (D) é a fase em que participa. (C) estudo de caso. (C) não é uma fase isolada da auditoria. toda a área de gestão e governança da entidade. mas um processo contínuo e iterativo. Comentários: É na fase de planejamento que o auditor determina o momento da realização das tarefas. Portanto o gabarito é a letra A. (B) constitui-se nos trabalhos iniciais de coleta de informações a respeito da entidade a ser auditada e dos mecanismos de controle existentes. continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. 03. podendo prejudicar a eficiência e independência do processo de planejamento. a coordenação e a comunicação entre membros da equipe ficam facilitadas. pode ser alterado quantas vezes forem necessárias no decorrer da auditoria. A dificuldade.br 34 . (FGV/Fiscal de Rendas – Sefaz RJ/2011) Tendo em vista o que prevê o Conselho Federal de Contabilidade. quando trata da responsabilidade do auditor no contexto da auditoria de demonstrações. (E) O planejamento adequado ajuda a tornar suficientes o tempo e os recursos disponíveis para a condução da auditoria. é necessário que o auditor planeje a auditoria de modo que ela seja executada de maneira eficaz e dirija o esforço de auditoria às áreas com menor expectativa de distorção relevante. (C) Em auditoria de entidade de pequeno porte.pontodosconcursos. O objetivo do planejamento é permitir ao auditor o desempenho eficaz e eficiente do seu trabalho. assinale a alternativa correta. explicita que o auditor se preocupa com a fraude que causa distorção relevante. o gabarito da questão é a letra C. (B) O envolvimento do sócio do trabalho e de outros membros-chave da equipe de trabalho no planejamento da auditoria não deve resultar em incorporação de seus pontos de vista. todo o processo pode ser conduzido por equipe pequena de auditoria. a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação. A definição da estratégia global para a auditoria de entidade de pequeno porte precisa ser igualmente complexa. Davi Barreto e Fernando Graeff www. por si só. ele deve ser feito de forma completa. Comentários: Vamos analisar cada um dos itens: Item A: errado. independentemente se causada por fraude ou a erro. falta de tempo ou custo envolvido são. dirigindo seus esforços para as com maior expectativa de distorção relevante. Dois tipos de distorções intencionais são pertinentes para o auditor: (1) distorções decorrentes de informações contábeis fraudulentas e (2) da apropriação indébita de ativos. com esforço correspondentemente maior dirigido a outras áreas. O plano de auditoria não precisa incluir a descrição da natureza. Portanto. Com uma equipe menor. base válida para que o auditor omita um procedimento de auditoria para o qual não há alternativa ou que deva ser satisfeito com evidências de auditoria menos que persuasivas. Muitas auditorias de entidades de pequeno porte envolvem o sócio do trabalho trabalhando com um membro da equipe de trabalho ou sozinho. (A) No que tange ao planejamento. todavia.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 O planejamento inicial não é estático.com. (D) O CFC. Davi Barreto e Fernando Graeff www. De qualquer forma.br 35 . otimizando. por si só. Em outras palavras. a eficácia e a eficiência do processo. o planejamento não é algo estático ou imutável. Além disso. de forma a permitir que auditora atinja seus objetivos com eficácia e eficiência. Ou seja. Vimos que a estratégia e os programas de auditoria devem ser revisados permanentemente. Todos os membros-chave da equipe de trabalho devem ser envolvidos no planejamento da auditoria. incorporando suas experiências e seus pontos de vista.pontodosconcursos. é para isso que existe o planejamento. independente de quem for envolvido na construção do planejamento. trata-se de um processo construído por várias pessoas. Item C: errado. assim. a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria sempre serão responsabilidade do auditor. bases válidas para que o auditor omita um procedimento de auditoria.. a falta de tempo ou custo envolvido não são.com. esses são os dois tipos de fraude importantes no contexto da auditoria. Por exemplo. ele pode evoluir ao longo da execução dos trabalhos. um membro de equipe que já executou trabalho na instituição pode trazer informações preciosas sobre as peculiaridades dos controles internos da entidade. Item D: certo. como forma de o auditor independente avaliar as modificações nas circunstâncias e os seus reflexos nos procedimentos de auditoria a serem aplicados. contudo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Item B: errado. Item E: errado. A estratégia global de auditoria em uma entidade de pequeno porte não precisa ser igualmente complexa quando comparada a uma de grande porte. A dificuldade.. Realmente. deve-se atentar para não comprometer a eficácia dessa auditoria. já um membro com grande experiência em coordenar equipes pode contribuir no planejamento da divisão dos trabalhos. o auditor pode optar por discutir esses elementos do planejamento com a administração da entidade. a discussão com a administração da natureza e da época de procedimentos detalhados pode tornar tais procedimentos demasiadamente previsíveis (o auditor não pode também “entregar o ouro”). Além disso. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (A) O planejamento e os programas de trabalho não devem ser revisados mesmo que novos fatos o recomendarem. (B) O programa de auditoria deve ser detalhado de forma a servir como guia e meio de controle do progresso dos trabalhos. (ESAF/TCE-GO – Auditor/2007) Todas as opções abaixo são importantes recomendações acerca do planejamento da auditoria. Item A: errado.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Portanto o gabarito é a letra D. é a operacionalização da estratégia global definida para os trabalhos. Esse detalhamento é materializado nos chamados “programas de auditoria” – roteiros que traduzem o passo a passo que deve ser seguido pelo auditor ou membro da equipe de auditoria em cada área avaliada.com. Comentários: Vamos responder cada um dos itens da questão.pontodosconcursos.br 36 . Não esqueça que o plano de auditoria é o detalhamento. O programa de auditoria deve ser detalhado de forma a servir como guia. Item B: correto. negócios e práticas operacionais da entidade. É exatamente isso. detalhando o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados. (C) O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre o ramo de atividade. Aponte a única opção falsa. (E) O planejamento da auditoria. como roteiro para execução dos trabalhos do auditor e da sua equipe. Item C: correto. que assumirá total responsabilidade pelos trabalhos executados. exceto uma. O planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados mesmo que novos fatos o recomendarem. quando incluir a designação de equipe técnica. 04. deve prever a orientação e supervisão do auditor. serve com meio de controle do progresso dos trabalhos e para supervisão e controle de qualidade. (D) O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programa de trabalho por escrito. O auditor independente assume total responsabilidade pelos trabalhos desenvolvidos pela sua equipe. uso de reavaliação. dos caminhos alternativos para atingi-lo. uma vez elaborado. organizar. O planejamento na auditoria é dinâmico.br 37 . quando bem elaborado. minimiza o risco de o trabalho ser ineficaz e ineficiente. (A) leitura dos relatórios de auditoria “conhecimento” da auditada) (B) uniformidade de critérios contábeis alterações de um exercício para o outro. Isso ocorre em função de o planejamento considerar a definição de um objetivo. embora não seja garantia de sucesso. Todas as informações obtidas para fins de planejamento devem compor a documentação comprobatória de que o auditor executou as etapas previstas nas normas de auditoria. por exemplo) anteriores (como mecanismo de (uma vez que pode ter havido tais como mudança no método de mudança no critério de tributação – Davi Barreto e Fernando Graeff www. segundo Henry Fayol (Teoria Clássica da Administração).pontodosconcursos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 O auditor deve buscar conhecer a entidade auditada para ser capaz de estabelecer uma estratégia de trabalhos eficiente que lhe permita obter sucesso na auditoria. Dessa forma. (FGV/Fiscal de Rendas – Sefaz RJ/2011) A atividade de planejamento é fundamental em qualquer atividade. de áreas a serem testadas. revelando-se a etapa mais importante do ciclo administrativo (planejar. de saldos a serem verificados. por exemplo. deve ser revisado sempre que surgirem novas circunstâncias ou os resultados apontarem para uma direção diferente da leitura feita inicialmente. ou seja. da escolha (processo decisório) e da formulação de um plano de ação. 05. Portanto o gabarito é a letra A. Item E: correto. o planejamento bem elaborado contribui para a otimização da aplicação dos recursos materiais e humanos (evitando desperdícios) e para minimização dos riscos de auditoria. tais como os listados a seguir.com. Sobretudo na auditoria. alguns cuidados especiais de planejamento devem ser observados. Nesse sentido. avaliação de estoques. tendo em vista o número de transações a serem validadas. o planejamento. o planejamento deverá ser revisto. Item D: correto. Quando da auditoria pela primeira vez. em qualquer fase da auditoria. À EXCEÇÃO DE UM. Assinale-o. coordenar e controlar). lucro presumido para real. quando os testes substantivos revelarem uma quantidade de erros superior àquela prevista quando do levantamento do controle interno. Comentários: Vamos analisar item a item: Item A: De fato. relatando os pontos de deficiências encontradas. deve o auditor (A) documentá-los em seus papeis de trabalho. o auditor deve documentar as deficiências do controle interno em seus papeis de trabalho. Item C: Não cabe ao auditor exigir a elaboração de notas explicativas. sim.A. para apresentação à administração quando solicitado. contudo o objetivo não é a apresentação à administração quando solicitado e. ao realizar seu trabalho na empresa Expansão S. determinando a correção dos erros.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 (C) valor da cotação da ação investida na bolsa de valores. Item D: O auditor tem o dever de informar à administração e aos responsáveis pela governança e não às diretorias responsáveis das áreas. revelados ou não (E) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle interno Comentários: Todos os itens são elementos importantes em uma primeira auditoria. (C) exigir a elaboração de notas explicativas. Com relação a esses pontos. demonstrando os efeitos nas demonstrações contábeis. identificou vários pontos com não conformidades nos controles internos. se companhia aberta (D) identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a database do exercício. se companhia aberta”. não Davi Barreto e Fernando Graeff www. além disso. (ESAF/AFRFB/2012) O auditor externo.pontodosconcursos. (D) encaminhar às diretorias responsáveis das áreas onde foram apontadas as não conformidades. (E) comunicar à administração por meio de carta.com.. Item B: O auditor não tem o dever de demonstrar o efeito das deficiências dos controles internos no seu relatório de auditoria.br 38 . antes da emissão do relatório de auditoria. (B) evidenciá-los no relatório de auditoria. 06. Portanto o gabarito é a letra C. exceto saber o “valor da cotação da ação investida na bolsa de valores. evidenciando o impacto nas demonstrações contábeis. comprovar que conduziu a auditoria em consonância com as normas da profissão. br 39 . nos quais devem estar detalhadas as instruções relativas de como devem ser executadas as funções referentes à atividade a ser desempenhada na administração. (C) rodízio de pessoal. (FCC/ISS SP/2012) NÃO é uma atividade da função da auditoria interna: (A) a avaliação do processo de governança. Portanto o gabarito é a letra E. inclusive com o objetivo de que cada servidor possa ser capaz de desenvolver novas tarefas. ele deve apenas relatá-los. Portanto o gabarito é a letra E. 07. Comentários: Por óbvio. (D) seleção adequada de pessoal. Comentários: O único item que vai contra os princípios de controle interno é o B. (D) o exame das informações contábeis e operacionais. não cabe à auditoria interna aprovar o relatório de auditoria externa. para facilitar o subsequente trabalho de auditoria. as deficiências significativas de controle interno. o auditor deve comunicar tempestivamente à administração no nível apropriado de responsabilidade por escrito. (B) a gestão de risco. (FCC/TRF 2R . que envolve a investigação do passado do funcionário e a conferência de suas referências. o enunciado está correto. Item E: Apesar de incompleto. 08. (B) unicidade no ciclo de uma transação. (E) elaboração de manuais operacionais. preconizada no item B vai de encontro ao princípio da segregação de funções. (E) a aprovação do relatório de auditoria externa.pontodosconcursos. (C) o monitoramento do controle interno.Analista Judiciário – Contadoria/2012) NÃO constitui um princípio básico do controle interno da administração pública: (A) segregação de funções. que consiste no fato de que a pessoa que realiza uma operação não pode ser a mesma envolvida na função de registro.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 cabe ao auditor determinar qualquer correção de erros. que preconiza que apenas uma pessoa deva realizar todas as fases de uma transação. Davi Barreto e Fernando Graeff www. De fato. A unicidade no ciclo de uma transação.com. não podem ser consideradas a definição de controle interno. 10. e) elaboração de normas e procedimentos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. ou seja. c) definição de cargos e funções. podem ser encarados como exemplos de atividades de controle. “processo de repasse dos riscos” etc. Ora. Comentários: Essa questão tentou confundir o candidato misturando atividades de controle interno específicas do setor de seguros com a definição de Controle Interno. tanto em cosseguro (ou co-seguro) quanto em resseguro. (D) um processo desenvolvido para garantir à alta administração que os objetivos da empresa sejam atingidos. b) identificação das áreas de risco. 09. conforme está explícito no item D. deve ser estabelecido que uma mesma pessoa (ou setor) não pode exercer atividades que gerem conflito de interesses.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Portanto o gabarito é a letra B. (C) a fixação do controle na aceitação e precificação de cada contratação. (B) o processo de repasse dos riscos.com. d) segregação de funções. (FCC/APOFP – Sefaz SP/2010) Um procedimento de controle interno dos mais eficazes para a prevenção da ocorrência de fraudes nas empresas é a a) habilitação dos executivos. Comentários: As operações da empresa precisam ser estruturadas de forma que indivíduos não realizem funções incompatíveis. Controle Interno é definido como: (A) a fixação do controle da sinistralidade dentro do limite do prêmio. realmente “fixação do controle da sinistralidade dentro do limite do prêmio”. controle interno é um processo voltado para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade.br 40 . (ESAF/Analista Técnico: Controle e Fiscalização – SUSEP/2010) Assinale a opção correta para o texto abaixo.pontodosconcursos. No entanto. Como vimos. (E) um processo de certificação pela ISO 2000 ou outro padrão. . Portanto o gabarito é a letra E.com. é um controle que não preza pela relação custo-benefício. Portanto o gabarito é a letra D.br 41 . A empresa criou um mecanismo de controle (funcionário para tirar cópias) que custa R$ 600 para evitar perdas de R$ 450. em virtude de em períodos anteriores ter constatado que funcionários tiravam cópias de documentos particulares. (C) multiplicação de tarefas e inventário físico.00 por mês. 11. (FCC AFRE – Sefaz PB/2006) Na Empresa Autocontrole S. (A) inventário físico e valor mínimo de venda. diz-se que funções são incompatíveis quando é possível que alguém desenvolva atividades que lhe permitam cometer um erro ou fraude e. 12. risco legal. para minimizar a possibilidade de erros ou fraudes as funções devem ser segregadas. É correto afirmar que estes procedimentos para a auditoria representam. (E) segregação de funções e custo versus benefício. Ou seja.00 para efetuar as cópias em máquina copiadora da empresa.pontodosconcursos. portanto. Comentários: Vejamos o que está acontecendo: A entrega física das mercadorias é feita por dois funcionários: um separa e o outro confere a quantidade separada. ao mesmo tempo. (ESAF/Analista Técnico: Controle e Fiscalização – SUSEP/2010) Assinale a opção que completa de forma correta a frase. um separa a mercadoria e o outro confere a quantidade separada. não permite que o mesmo funcionário execute duas atividades que gerariam conflito de interesses. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Os 5 (cinco) elementos que formam o controle interno são: (A) risco de mercado. esteja em posição para esconder esse desvio.A. respectivamente. A empresa possui um funcionário com salário de R$ 600.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Do ponto de vista do controle. a entrega física das mercadorias vendidas é feita pela área de expedição que possui dois funcionários. de segregação de funções. (D) supervisão e implantação de controle. o que gerava um custo para a empresa de R$ 450. risco de subscrição e risco operacional. (B) conferência e avaliação de método de custo. Tratase. Assim. Pelo que já vimos. risco de crédito. 5. endosso. direcionando as conclusões para tratamento nas reuniões do Conselho Fiscal e da Diretoria Executiva. (C) método pelo qual o sistema de controles internos de uma empresa é analisado. Ambiente de Controle Avaliação de Riscos Informação e Comunicação Atividades de Controle Monitoramento dos Controles O item “mais próximo” da resposta correta é a letra C. pois pede 5 componentes e só traz 4. a Esaf manteve o gabarito. prêmio puro. de crédito e operacionais. prêmio líquido e prêmio bruto. 3.com. 13. principalmente para reduzir o conflito de interesses entre acionistas e funcionários das Companhias. seguro. (E) proposta. envolvendo os relacionamentos entre acionistas.br 42 . em conjunto com a alta administração das sociedades. avaliação e gerenciamento do risco. 4. auditoria independente e Conselho Fiscal.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 (B) auto-seguro. Davi Barreto e Fernando Graeff www. No entanto. (D) prêmio de risco. Conselho de Administração. Comentários: Essa questão perguntou simplesmente o nome dos cinco elementos de controle interno presentes na metodologia COSO I. diretoria. Vimos que esses 5 componentes são: 1. surgiu o conceito de Governança Corporativa que é basicamente o (A) sistema pelo qual as Companhias são dirigidas e monitoradas. cosseguro (ou co-seguro). Na verdade essa questão deveria ser anulada. (E) conjunto de normas e procedimentos estabelecidos pelo mercado. resseguro e a retrocessão. prêmio estatístico. questionário de risco (perfil) e certificado. 2. (B) sistema de monitoramento dos riscos que podem afetar. atividade de controle. significativamente. informação e comunicação. apesar de omitir o componente monitoramento. (C) ambiente de controle. para reduzir os conflitos de interesse.pontodosconcursos. fornecendo relatórios mensais para os acionistas e para o Conselho de Administração. objetivando a redução dos riscos de imagem. as demonstrações contábeis das sociedades de capital aberto. (D) conjunto de práticas estabelecidas pela auditoria interna. apólice. (Cesgranrio/Auditor Junior: Contabilidade – Petrobrás/2008) Com a crescente necessidade das partes interessadas em agregar valor e criar mecanismos para proteção das Companhias. no caso de suspeita fraude. (D) aplique os mesmos procedimentos a entidades de pequeno. amenizando o conflito agente-principal. independentemente de suspeita de fraude.pontodosconcursos. Item B: Não cabe ao auditor assegurar a eficiência da administração da entidade auditada.. Portanto o gabarito é a letra E. 50% das contas dos hóspedes foram pagas em dinheiro e os livros não identificam parte dos hóspedes. 14. médio grande porte. 15.com. Item D: O auditor deve aplicar os procedimentos de auditor adequados ao tamanho da entidade auditada. Item E: Perfeito. (E) mantenha-se cético ao questionar evidências de auditoria contraditórias. (ESAF/AFRFB/2012) O auditor externo. (C) otimize o planejamento dos trabalhos de modo a reduzir o risco auditoria a zero. o auditor deve manter seu ceticismo profissional diante de evidências contraditórias. ao ser contratado para auditar o Hotel Paraíso Azul S. espera-se do auditor independente que (A) exerça o seu direito de busca de documentos.br 43 .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Comentários: Essa questão pede basicamente a definição de Governança Corporativa. constata em seus registros que a ocupação média do hotel é de 90% dos quartos. (ESAF/CGU/2012) Na execução de uma auditoria. (B) assegure a eficácia com a qual a administração conduziu os negócios entidade. de da de ou Comentários: Vamos analisar cada item: Item A: A administração da entidade deve fornecer todos os documentos necessários para o auditor conduzir a auditoria.A. transcrita no item A. A governança corporativa nasceu da necessidade de acionistas e sócios (partes interessadas) em criar mecanismos que permitissem o alinhamento das ações dos gestores aos seus interesses. O sindicato dos hotéis Davi Barreto e Fernando Graeff www. Item C: O risco de auditoria nunca será igual a zero. enquanto que o sindicato dos hotéis da região divulgou que a ocupação dos hotéis na região não ultrapassa 70%). risco de auditoria pode ser caracterizado como: (A) o risco de haver insuficiência de informações sobre determinada transação nas demonstrações contábeis sem que o auditor possa perceber. em relatório atualizado. e um risco de fraude (uma vez que há indícios de lavagem de dinheiro. 16. e o auditor apurou que a ocupação média do hotel é de 90% dos quartos. O noticiário da região dá indícios que vários negócios estão sendo usados para lavagem de dinheiro. (B) possibilidade de ser o trabalho do auditor inviabilizado pela inexistência de informações confiáveis para o trabalho. (C) de distorção relevante e de controle. (D) o risco de o auditor expressar uma opinião de auditoria inadequada.Analista Ministerial – Ciências Contábeis/2012) É correto afirmar que o: Davi Barreto e Fernando Graeff www. A situação apresentada pode evidenciar para o auditor um risco (A) de negócio e detecção.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 da região divulgou. (E) residual e de fraude. (D) de detecção e distorção relevante. (FCC/MPE PE . (B) de fraude e de controle. Portanto o gabarito é a letra D.br 44 . (C) o risco de o Controle Interno não ter detectado a tempo uma falha que leva a entidade a elaborar demonstrações contábeis distorcidas.pontodosconcursos. quando distorções relevantes nas demonstrações contábeis forem intencionalmente encobertas. o risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. que a ocupação dos hotéis na região não ultrapassa 70%. Portanto o gabarito é a letra B. (E) possibilidade de o auditor emitir parecer sem ressalvas. Comentários: De acordo com a NBC TA 200. Comentários: A situação evidenciada pode representar um risco de controle (uma vez que os livros não identificam parte dos hóspedes). 17.Analista de Normas Contábeis e Auditoria/2010) Segundo as normas de auditoria vigentes. (ESAF/CVM . (C) inerente.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 (A) risco de auditoria independe do planejamento eficaz dos trabalhos a serem desenvolvidos na entidade.com. individualmente ou em conjunto com outras distorções. a fim de reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo. (D) substantivo. Portanto o gabarito é a letra D. (D) risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção. não há risco de auditoria. Comentários: Vamos analisar cada item: Item A: O risco de auditoria tende a ser maior se não houver um planejamento eficaz dos trabalhos a serem desenvolvidos na entidade. (C) risco inerente em auditoria é sempre o mesmo qualquer que seja a atividade da entidade e as classes de transações e saldos que serão examinados pelo auditor.pontodosconcursos. (B) risco de detecção aumenta quando se utilizam técnicas de amostragem adequadas para aplicação de testes substantivos em um grande número de itens auditados. (B) operacional. (E) de detecção.br 45 . Comentários: Davi Barreto e Fernando Graeff www. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.Auditor . (E) processo da auditoria independente não sofre limitações inerentes ao próprio trabalho a ser desenvolvido e. é denominado risco (A) de contingências. 18. o risco de detecção diminui quando se utilizam técnicas de amostragem adequadas. Item C: O risco inerente em auditoria varia de acordo com a atividade da entidade. (FCC/Infraero – AS II . Item B: Na realidade. portanto. Item D: Perfeito. não acusem uma distorção existente que possa ser relevante.AUD ENT P COMP DEMONST CONTÁBEIS/2011) A circunstância de que os procedimentos executados pelo auditor. Item E: Sempre existirá o risco de auditoria. (A) Formação de equipes de trabalho com pessoal preparado. é correto afirmar que: (A) A relevância independe da representatividade quantitativa ou qualitativa do item ou da distorção em relação às demonstrações contábeis como um todo ou à informação sob análise. é fácil perceber que o único item que contribui para o aumento deste tipo de risco é a letra E. por parte do auditor independente. isto é.pontodosconcursos. (D) Existe uma relação direta entre o risco de auditoria e o nível estabelecido de relevância. 20.br 46 . (C) Aplicação do ceticismo profissional. 19. Olhando os itens acima. quanto maior for o risco de auditoria. Portanto o gabarito é a letra E.com. basta termos em mente que o risco de detecção é aquele que decorre da possibilidade de os procedimentos executados pelo auditor falharem. (C) A determinação quantitativa do nível de relevância é uma questão de julgamento da gerência da entidade auditada. pois diminuir o escopo do trabalho e reduzir o número de transações analisadas aumenta a possibilidade de o auditor não detectar distorções relevantes. (E) A avaliação da relevância e dos riscos de auditoria. ajudam o auditor a reduzir o risco de detecção em uma auditoria. Comentários: Para resolver essa questão da ESAF. Portanto o gabarito é a letra E. (FCC/TCM PA – Técnico de Controle Externo/2010) Em relação à relevância na auditoria externa das demonstrações contábeis. e vice-versa. a qual deve comunicá-la previamente ao profissional encarregado de efetuar a auditoria externa das demonstrações contábeis. (E) Diminuição do escopo de exame e redução do número de transações. pode diferir entre o planejamento da auditoria e a avaliação dos resultados da aplicação dos procedimentos de auditoria. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (ESAF/Fiscal de Rendas– ISS RJ/2010) Assinale a opção falsa a respeito dos assuntos que. se bem equacionados. (D) Planejamento adequado dos trabalhos de auditoria. (B) Uma informação é irrelevante se sua omissão ou distorção puder influenciar a decisão dos usuários dessa informação no contexto das demonstrações contábeis.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 O enunciado traz o conceito do risco de detecção. (B) Revisão e supervisão dos trabalhos de auditoria realizados. maior será o valor estabelecido como nível de relevância. por parte do auditor independente. a relevância depende da representatividade quantitativa ou qualitativa.pontodosconcursos. se o risco de auditoria for alto. Item D: Na realidade é o contrário. Portanto o gabarito é a letra E. Item B: Ao contrário do que afirma o enunciado. Davi Barreto e Fernando Graeff www. A avaliação da relevância e dos riscos de auditoria. o valor monetário estabelecido como nível de relevância será menor. pode diferir entre o planejamento da auditoria e a avaliação dos resultados da aplicação dos procedimentos de auditoria.br 47 . Item C: A determinação quantitativa do nível de relevância é uma questão de julgamento do auditor e não da gerência da entidade auditada.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Comentários: Vamos analisar cada item: Item A: Informação relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. Item E: Perfeito. portanto. uma informação é relevante se sua omissão ou distorção puder influenciar a decisão dos usuários dessa informação no contexto das demonstrações contábeis. (E) seleção de programa de trabalho. (C) estudo de caso. Muitas auditorias de entidades de Davi Barreto e Fernando Graeff www. todo o processo pode ser conduzido por equipe pequena de auditoria. continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. podendo prejudicar a eficiência e independência do processo de planejamento.com.pontodosconcursos. (E) consiste em definir as estratégias gerais e o plano de trabalho antes do início de qualquer atividade de avaliação e revisão das demonstrações. (D) evidenciação. (FCC/TCE PR – Analista de Controle Área Contábil/2011) A fase da auditoria em que se determina o momento da realização de cada uma das tarefas é chamada de (A) planejamento. independentemente se causada por fraude ou a erro. toda a área de gestão e governança da entidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Lista de Questões 01. (A) No que tange ao planejamento. assinale a alternativa correta. (B) constitui-se nos trabalhos iniciais de coleta de informações a respeito da entidade a ser auditada e dos mecanismos de controle existentes. que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior.br 48 . (C) não é uma fase isolada da auditoria. 02. a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação. (B) O envolvimento do sócio do trabalho e de outros membros-chave da equipe de trabalho no planejamento da auditoria não deve resultar em incorporação de seus pontos de vista. O plano de auditoria não precisa incluir a descrição da natureza. (C) Em auditoria de entidade de pequeno porte.CVM/2010) A respeito de planejamento na realização de auditorias é correto afirmar: (A) é a fase inicial dos trabalhos e deve ser concluída antes que as equipes específicas e/ou especializadas iniciem suas avaliações. a área responsável pela elaboração das demonstrações contábeis. com esforço correspondentemente maior dirigido a outras áreas. 03. (B) análise de risco. (D) é a fase em que participa. (FGV/Fiscal de Rendas – Sefaz RJ/2011) Tendo em vista o que prevê o Conselho Federal de Contabilidade. além da equipe de auditoria. é necessário que o auditor planeje a auditoria de modo que ela seja executada de maneira eficaz e dirija o esforço de auditoria às áreas com menor expectativa de distorção relevante. mas um processo contínuo e iterativo. (ESAF/Analista de Normas Contábeis e Auditoria . em especial. de saldos a serem verificados. quando trata da responsabilidade do auditor no contexto da auditoria de demonstrações. Aponte a única opção falsa. Isso ocorre em função de o planejamento considerar a definição de um objetivo. (B) O programa de auditoria deve ser detalhado de forma a servir como guia e meio de controle do progresso dos trabalhos. minimiza o risco de o trabalho ser ineficaz e ineficiente. (D) O CFC. O planejamento na auditoria é dinâmico. coordenar e controlar). deve prever a orientação e supervisão do auditor. detalhando o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados.br 49 .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 pequeno porte envolvem o sócio do trabalho trabalhando com um membro da equipe de trabalho ou sozinho. Com uma equipe menor. quando bem elaborado. (D) O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programa de trabalho por escrito. uma vez elaborado. deve ser revisado sempre que surgirem novas circunstâncias ou Davi Barreto e Fernando Graeff www. exceto uma. dos caminhos alternativos para atingi-lo. Dois tipos de distorções intencionais são pertinentes para o auditor: (1) distorções decorrentes de informações contábeis fraudulentas e (2) da apropriação indébita de ativos. o planejamento. de áreas a serem testadas. negócios e práticas operacionais da entidade. organizar. embora não seja garantia de sucesso. 05. (C) O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre o ramo de atividade. falta de tempo ou custo envolvido são. por si só. (ESAF/TCE-GO – Auditor/2007) Todas as opções abaixo são importantes recomendações acerca do planejamento da auditoria. 04. (FGV/Fiscal de Rendas – Sefaz RJ/2011) A atividade de planejamento é fundamental em qualquer atividade. (A) O planejamento e os programas de trabalho não devem ser revisados mesmo que novos fatos o recomendarem. (E) O planejamento da auditoria. revelando-se a etapa mais importante do ciclo administrativo (planejar. a coordenação e a comunicação entre membros da equipe ficam facilitadas.com. base válida para que o auditor omita um procedimento de auditoria para o qual não há alternativa ou que deva ser satisfeito com evidências de auditoria menos que persuasivas. segundo Henry Fayol (Teoria Clássica da Administração). A definição da estratégia global para a auditoria de entidade de pequeno porte precisa ser igualmente complexa. o planejamento bem elaborado contribui para a otimização da aplicação dos recursos materiais e humanos (evitando desperdícios) e para minimização dos riscos de auditoria. ou seja. (E) O planejamento adequado ajuda a tornar suficientes o tempo e os recursos disponíveis para a condução da auditoria.pontodosconcursos. tendo em vista o número de transações a serem validadas. Sobretudo na auditoria. quando incluir a designação de equipe técnica. da escolha (processo decisório) e da formulação de um plano de ação. Dessa forma. explicita que o auditor se preocupa com a fraude que causa distorção relevante. que assumirá total responsabilidade pelos trabalhos executados. A dificuldade. . demonstrando os efeitos nas demonstrações contábeis. determinando a correção dos erros. se companhia aberta (D) identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a database do exercício.pontodosconcursos. uso de reavaliação. (B) evidenciá-los no relatório de auditoria. para apresentação à administração quando solicitado. (E) comunicar à administração por meio de carta. (C) exigir a elaboração de notas explicativas.A.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 os resultados apontarem para uma direção diferente da leitura feita inicialmente. (D) o exame das informações contábeis e operacionais. Assinale-o. por exemplo) (C) valor da cotação da ação investida na bolsa de valores. por exemplo. À EXCEÇÃO DE UM. (ESAF/AFRFB/2012) O auditor externo. (D) encaminhar às diretorias responsáveis das áreas onde foram apontadas as não conformidades. antes da emissão do relatório de auditoria. quando os testes substantivos revelarem uma quantidade de erros superior àquela prevista quando do levantamento do controle interno. 07. (FCC/ISS SP/2012) NÃO é uma atividade da função da auditoria interna: (A) a avaliação do processo de governança. identificou vários pontos com não conformidades nos controles internos. relatando os pontos de deficiências encontradas. o planejamento deverá ser revisto. ao realizar seu trabalho na empresa Expansão S. revelados ou não (E) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle interno 06. tais como os listados a seguir. (C) o monitoramento do controle interno. mudança no critério de tributação – lucro presumido para real. alguns cuidados especiais de planejamento devem ser observados. (E) a aprovação do relatório de auditoria externa. Quando da auditoria pela primeira vez. evidenciando o impacto nas demonstrações contábeis. (B) a gestão de risco. Nesse sentido. Com relação a esses pontos. (A) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de “conhecimento” da auditada) (B) uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido alterações de um exercício para o outro. Davi Barreto e Fernando Graeff www.br 50 . tais como mudança no método de avaliação de estoques. deve o auditor (A) documentá-los em seus papeis de trabalho.com. É correto afirmar que estes procedimentos para a auditoria representam. (D) seleção adequada de pessoal. que preconiza que apenas uma pessoa deva realizar todas as fases de uma transação. (D) segregação de funções. (E) elaboração de normas e procedimentos. respectivamente. tanto em cosseguro (ou co-seguro) quanto em resseguro. nos quais devem estar detalhadas as instruções relativas de como devem ser executadas as funções referentes à atividade a ser desempenhada na administração. (B) unicidade no ciclo de uma transação. (C) a fixação do controle na aceitação e precificação de cada contratação. um separa a mercadoria e o outro confere a quantidade separada. (FCC/TRF 2R . que consiste no fato de que a pessoa que realiza uma operação não pode ser a mesma envolvida na função de registro. (B) identificação das áreas de risco. (C) rodízio de pessoal. Controle Interno é definido como: (A) a fixação do controle da sinistralidade dentro do limite do prêmio. que envolve a investigação do passado do funcionário e a conferência de suas referências. a entrega física das mercadorias vendidas é feita pela área de expedição que possui dois funcionários. Davi Barreto e Fernando Graeff www.00 por mês.A.pontodosconcursos. (E) elaboração de manuais operacionais. 10. (ESAF/Analista Técnico: Controle e Fiscalização – SUSEP/2010) Assinale a opção correta para o texto abaixo. inclusive com o objetivo de que cada servidor possa ser capaz de desenvolver novas tarefas.com.Analista Judiciário – Contadoria/2012) NÃO constitui um princípio básico do controle interno da administração pública: (A) segregação de funções. (E) um processo de certificação pela ISO 2000 ou outro padrão. em virtude de em períodos anteriores ter constatado que funcionários tiravam cópias de documentos particulares.00 para efetuar as cópias em máquina copiadora da empresa. A empresa possui um funcionário com salário de R$ 600. 11.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 08. para facilitar o subsequente trabalho de auditoria. (C) definição de cargos e funções.br 51 . (FCC/APOFP – Sefaz SP/2010) Um procedimento de controle interno dos mais eficazes para a prevenção da ocorrência de fraudes nas empresas é a (A) habilitação dos executivos. (D) um processo desenvolvido para garantir à alta administração que os objetivos da empresa sejam atingidos. (B) o processo de repasse dos riscos. 09. (FCC AFRE – Sefaz PB/2006) Na Empresa Autocontrole S. o que gerava um custo para a empresa de R$ 450.. significativamente. (D) conjunto de práticas estabelecidas pela auditoria interna. Os 5 (cinco) elementos que formam o controle interno são: (A) risco de mercado. (B) auto-seguro. 14. 13. as demonstrações contábeis das sociedades de capital aberto. (E) proposta.pontodosconcursos. (D) prêmio de risco. direcionando as conclusões para tratamento nas reuniões do Conselho Fiscal e da Diretoria Executiva. (B) conferência e avaliação de método de custo. risco de subscrição e risco operacional. espera-se do auditor independente que Davi Barreto e Fernando Graeff www. auditoria independente e Conselho Fiscal. (D) supervisão e implantação de controle. atividade de controle. surgiu o conceito de Governança Corporativa que é basicamente o (A) sistema pelo qual as Companhias são dirigidas e monitoradas. avaliação e gerenciamento do risco. risco de crédito. (Cesgranrio/Auditor Junior: Contabilidade – Petrobrás/2008) Com a crescente necessidade das partes interessadas em agregar valor e criar mecanismos para proteção das Companhias. (E) conjunto de normas e procedimentos estabelecidos pelo mercado. resseguro e a retrocessão. em conjunto com a alta administração das sociedades. 12. Conselho de Administração. cosseguro (ou co-seguro). (C) método pelo qual o sistema de controles internos de uma empresa é analisado.com. (B) sistema de monitoramento dos riscos que podem afetar. (ESAF/Analista Técnico: Controle e Fiscalização – SUSEP/2010) Assinale a opção que completa de forma correta a frase. principalmente para reduzir o conflito de interesses entre acionistas e funcionários das Companhias. de crédito e operacionais. (E) segregação de funções e custo versus benefício. (ESAF/CGU/2012) Na execução de uma auditoria. para reduzir os conflitos de interesse. (C) multiplicação de tarefas e inventário físico. informação e comunicação. prêmio estatístico. apólice. questionário de risco (perfil) e certificado. prêmio líquido e prêmio bruto.br 52 . objetivando a redução dos riscos de imagem. prêmio puro. seguro. risco legal. endosso. fornecendo relatórios mensais para os acionistas e para o Conselho de Administração.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 (A) inventário físico e valor mínimo de venda. envolvendo os relacionamentos entre acionistas. (C) ambiente de controle. diretoria. (C) otimize o planejamento dos trabalhos de modo a reduzir o risco auditoria a zero.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 (A) exerça o seu direito de busca de documentos. no caso de suspeita fraude.com. (D) de detecção e distorção relevante.Analista Ministerial – Ciências Contábeis/2012) É correto afirmar que o: (A) risco de auditoria independe do planejamento eficaz dos trabalhos a serem desenvolvidos na entidade. (D) o risco de o auditor expressar uma opinião de auditoria inadequada. O noticiário da região dá indícios que vários negócios estão sendo usados para lavagem de dinheiro.Analista de Normas Contábeis e Auditoria/2010) Segundo as normas de auditoria vigentes. médio grande porte. (C) o risco de o Controle Interno não ter detectado a tempo uma falha que leva a entidade a elaborar demonstrações contábeis distorcidas. (E) possibilidade de o auditor emitir parecer sem ressalvas. de da de ou 15.. (E) residual e de fraude. em relatório atualizado.pontodosconcursos. 50% das contas dos hóspedes foram pagas em dinheiro e os livros não identificam parte dos hóspedes. ao ser contratado para auditar o Hotel Paraíso Azul S. Davi Barreto e Fernando Graeff www. quando distorções relevantes nas demonstrações contábeis forem intencionalmente encobertas. (C) de distorção relevante e de controle. O sindicato dos hotéis da região divulgou. quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. 17. (ESAF/AFRFB/2012) O auditor externo.A.br 53 . (B) possibilidade de ser o trabalho do auditor inviabilizado pela inexistência de informações confiáveis para o trabalho. (B) assegure a eficácia com a qual a administração conduziu os negócios entidade. (E) mantenha-se cético ao questionar evidências de auditoria contraditórias. risco de auditoria pode ser caracterizado como: (A) o risco de haver insuficiência de informações sobre determinada transação nas demonstrações contábeis sem que o auditor possa perceber. (B) de fraude e de controle. A situação apresentada pode evidenciar para o auditor um risco (A) de negócio e detecção. constata em seus registros que a ocupação média do hotel é de 90% dos quartos. (FCC/MPE PE . 16. (ESAF/CVM . (D) aplique os mesmos procedimentos a entidades de pequeno. que a ocupação dos hotéis na região não ultrapassa 70%. (B) Revisão e supervisão dos trabalhos de auditoria realizados. 19. não acusem uma distorção existente que possa ser relevante. (B) Uma informação é irrelevante se sua omissão ou distorção puder influenciar a decisão dos usuários dessa informação no contexto das demonstrações contábeis. individualmente ou em conjunto com outras distorções. (FCC/TCM PA – Técnico de Controle Externo/2010) Em relação à relevância na auditoria externa das demonstrações contábeis. Davi Barreto e Fernando Graeff www. a qual deve comunicá-la previamente ao profissional encarregado de efetuar a auditoria externa das demonstrações contábeis. (A) Formação de equipes de trabalho com pessoal preparado. portanto.AUD ENT P COMP DEMONST CONTÁBEIS/2011) A circunstância de que os procedimentos executados pelo auditor.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 (B) risco de detecção aumenta quando se utilizam técnicas de amostragem adequadas para aplicação de testes substantivos em um grande número de itens auditados. 18.br 54 . ajudam o auditor a reduzir o risco de detecção em uma auditoria.Auditor . (C) Aplicação do ceticismo profissional. (C) A determinação quantitativa do nível de relevância é uma questão de julgamento da gerência da entidade auditada. (C) risco inerente em auditoria é sempre o mesmo qualquer que seja a atividade da entidade e as classes de transações e saldos que serão examinados pelo auditor. é denominado risco (A) de contingências. 20. (D) Planejamento adequado dos trabalhos de auditoria.com. (ESAF/Fiscal de Rendas– ISS RJ/2010) Assinale a opção falsa a respeito dos assuntos que. (D) substantivo. (E) processo da auditoria independente não sofre limitações inerentes ao próprio trabalho a ser desenvolvido e. a fim de reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo. (C) inerente. (FCC/Infraero – AS II . (E) de detecção. (D) risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção. (B) operacional. (E) Diminuição do escopo de exame e redução do número de transações.pontodosconcursos. se bem equacionados. é correto afirmar que: (A) A relevância independe da representatividade quantitativa ou qualitativa do item ou da distorção em relação às demonstrações contábeis como um todo ou à informação sob análise. não há risco de auditoria. por parte do auditor independente.br 55 . quanto maior for o risco de auditoria. GABARITOS: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 A C D A C E E B D D 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 E C A E B D D E E E Davi Barreto e Fernando Graeff www. pode diferir entre o planejamento da auditoria e a avaliação dos resultados da aplicação dos procedimentos de auditoria.pontodosconcursos. e vice-versa. (E) A avaliação da relevância e dos riscos de auditoria. isto é.com. maior será o valor estabelecido como nível de relevância.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 (D) Existe uma relação direta entre o risco de auditoria e o nível estabelecido de relevância. BRASIL. Auditoria – Conceitos e Aplicações.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Bibliografia BRASIL. 2011.213/09 .NBC TA 315 (Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente).NBC P 1 Normas Profissionais de Auditor Independente. São Paulo: Ed. Atlas. Davi. Davi Barreto e Fernando Graeff www. São Paulo: Ed. Resolução CFC 1. Auditoria: um curso moderno e completo.210/09 . Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1. BRASIL.pontodosconcursos. Atlas. Resolução CFC 1. Conselho Federal de Contabilidade. BRASIL. 2002. Resolução CFC 1.212/09 . Conselho Federal de Contabilidade. Atlas.NBC TA 200 (Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria). Conselho Federal de Contabilidade. BRASIL. Auditoria: teoria e exercícios comentados. 2007. 2009. Conselho Federal de Contabilidade. São Paulo: Ed. Conselho Federal de Contabilidade. Auditoria. Método. GRAEFF.NBC TA 320 (Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria) ALMEIDA. Marcelo Willian C. Wiliam. Marcelo Cavalcanti. Resolução CFC 821/97 .211/09 .203/09 . Fernando. BOYNTON. BARRETO. ATTIE. São Paulo: Ed.NBC TA 300 (Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis). BRASIL.NBC TA 265 (Comunicação de Deficiências de Controle Interno). Resolução CFC 1.com.br 56 . .................... Seguindo o cronograma inicialmente proposto.... mais especificamente a obtenção de evidências por meio de testes e procedimentos técnicos de auditoria.......br 1 .......... 61 Bibliografia ...... omissão de receitas e principais tipos de testes em áreas específicas das demonstrações contábeis................................... 40 Lista de questões resolvidas na aula ........................................ Vamos em frente......................................com.... veremos hoje a fase de execução dos trabalhos de auditoria........... 30 Questões comentadas ...................................................pontodosconcursos.......... 22 Omissão de Receitas.............................. não se esqueça de participar do nosso Fórum e lembre que colocaremos as questões discutidas na aula no final do arquivo......................... 71 Introdução Prezado Aluno.......... testes e procedimentos técnicos de Auditoria ......... falaremos sobre algumas questões mais práticas dessa fase que tradicionalmente são cobradas nas provas da Receita: super e subavaliação..................... Como sempre................................... Davi Barreto e Fernando Graeff www.... Vamos à nossa terceira aula do Curso de Auditoria para AFRFB – Teoria e Exercícios... 01 Execução dos trabalhos: evidências................................... 02 Superavaliação e Subavaliação ................... para que você não seja pego de surpresa na hora da prova.............................................. 24 Tipos de Teste em Áreas Específicas das Demonstrações Contábeis ............................................................ Além disso......................Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Introdução ............. caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários...................... por fim.pontodosconcursos. Na aula passada falamos sobre a primeira etapa: o planejamento da auditoria. a NBC TA 5205. com fatos e informações suficientes. que dispõe sobre especificidades para a obtenção de evidências de auditoria. Você deve estar lembrado que. Bom.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Execução dos trabalhos: evidências. que fala sobre evidências de auditoria.br 2 . mais o que são evidências de auditoria? Você sabe que o desempenho de qualquer atividade requer a utilização de ferramentas adequadas para o trabalho. pertinentes e fidedignas. é possível estruturar o trabalho do auditor em três grandes etapas: planejamento – execução – relatório. O auditor deve dispor de um conjunto de ferramentas que lhe possibilite formar uma opinião. que trata dos testes de auditoria. hoje trataremos da segunda etapa: a fase de execução dos trabalhos. o auditor deve definir e executar procedimentos de auditoria que permitam a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente que lhe possibilitem obter conclusões razoáveis para fundamentar a sua opinião. Pois bem. e. As principais normas do CFC que tratam dessa fase são: a NBC TA 3301. na auditoria independente isso não é diferente.com. Segundo a NBC TA 500. de uma forma geral. e a NBC TA 5002. na fase de execução. 1 NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados NBC TA 500 – Evidência de Auditoria 3 NBC TA 501 – Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para Itens Selecionados 4 NBA TA 505 – Confirmações Externas 5 NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos 2 Davi Barreto e Fernando Graeff www. Além dessas. que trata da confirmação externa. Assim a: Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. que dispõe sobre procedimentos analíticos. a NBC TA 5054. também são de nosso interesse: a NBC TA 5013. testes e procedimentos técnicos de auditoria. Por exemplo. cálculos desenvolvidos pelo auditor. Como já foi discutido.com. é preciso ficar atento. dispor dados e informações em quantidade e de qualidade adequadas. a obtenção de mais evidência de auditoria não compensa a sua má qualidade. até a obtenção das provas materiais (evidências) que comprovem a afirmação analisada. quanto maior a qualidade.pontodosconcursos. manuais de operação da empresa. entrevistas com funcionários da empresa. compete ao auditor obter evidências de que essa afirmação é verdadeira. sua relevância e sua confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. A primeira é a medida da quantidade de evidência de auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Notas fiscais. pois o caminho inverso não é válido. pois a primeira é afetada pela segunda. ou seja. laudos de especialistas. se as demonstrações contábeis afirmam que o saldo bancário da entidade é de R$ 100 mil no final do exercício. Em outras palavras. pareceres de advogados são exemplos de evidências de auditoria.br 3 . Ademais. Contudo. como verificar o extrato bancário da empresa junto ao banco. conciliação entre contas contábeis e extratos bancários. faturas. cabe ao auditor identificar e atestar a validade das afirmações contábeis por intermédio dos procedimentos adequados a cada situação. isto é. enquanto que a segunda é a medida da qualidade dessa evidência. maior a probabilidade de que seja exigida mais evidência de auditoria). Davi Barreto e Fernando Graeff www. Dessa forma. é importante ressaltar que a quantidade da evidência de auditoria necessária é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos avaliados. há segurança razoável na opinião do auditor quando este obtiver evidência de auditoria adequada e suficiente para a redução do risco de auditoria (risco de expressar uma opinião não apropriada quando as demonstrações contábeis apresentam distorção relevante) a um nível aceitavelmente baixo. na extensão e profundidade que cada caso requer. ao mesmo tempo. menos evidência será exigida. ou seja. A suficiência e adequação da evidência de auditoria estão inter-relacionadas. confirmações com clientes. para emitir uma opinião com segurança razoável o auditor deve. Suficiência QUANTIDADE Adequação QUALIDADE Diz-se que suficiência e adequação são dimensões inter-relacionadas. se a evidência em questão realmente atinge o objetivo perseguido pelo auditor. • a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor (por exemplo. • a evidência de auditoria em forma de documentos. indagação a respeito da aplicação de controle). Já a confiabilidade das informações é influenciada pela sua fonte e sua natureza. Embora reconhecendo que podem existir exceções.) mais confiável ela irá ser. uma ata de reunião elaborada tempestivamente é mais confiável do que uma representação verbal subsequente dos assuntos discutidos). a NBC TA 500 traz algumas generalizações sobre a confiabilidade da evidência de auditoria que podem ser úteis: • a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes independentes fora da entidade. p. A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do procedimento de auditoria e. digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica. ex. ex. cuja confiabilidade pode depender dos controles sobre sua elaboração e manutenção. • a confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior quando os controles relacionados. quanto mais robusta for a evidência (documento original.pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www.com. evidência escrita. incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção.). quanto mais independente for fonte da evidência (fonte externa. Em outras palavras. e as circunstâncias nas quais são obtidas. elas têm uma lógica. a afirmação em consideração. em papel. é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente (por exemplo. é importante mencionar que este atributo é afetado pela relevância e confiabilidade das informações em que se baseia. Veja que essas generalizações são bem racionais. e por aí vai. incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção.br 4 .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Indo um pouco mais a fundo na discussão sobre a qualidade da evidência. quando relevante. são efetivos. • a evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável do que a evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou facsímiles ou por documentos que foram filmados. mídia eletrônica ou de outro tipo. quando apropriado. mais confiável ela irá ser. a observação da aplicação de um controle) é mais confiável do que a evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência (por exemplo. impostos pela entidade. p. • Evidência por confirmação: corroboração por escrito de terceiros em relação a determinadas informações de interesse. tal como notas fiscais. como cálculo do lucro por ação. também pode constituir evidência de auditoria. prestadores de serviço. portanto. relatórios etc. • Evidência documental: consiste em todo tipo de documentos utilizado como evidência pelo auditor. indicadores de rentabilidade do setor etc. aos fornecedores. ela também pode incluir informações obtidas de outras fontes. Davi Barreto e Fernando Graeff www. • Evidência testemunhal ou verbal: informações obtidas de pessoas que tenham conhecimentos dentro e fora da organização auditada. bancos. recursos humanos. móveis. • Evidência analítica: análises com padrões e expectativas resultantes da experiência do auditor ou dados da indústria. bem como pela comprovação de realização de obras e serviços. principalmente.com. • Evidência por representações: declarações por escrito que tratam de afirmações da administração. clientes. • Evidência matemática: valores calculados pelo auditor para confirmar dados que afetam as demonstrações contábeis. instalações. até mesmo a ausência de informações (por exemplo. advogados etc. assinadas por indivíduos responsáveis. como auditorias anteriores realizadas pelo auditor independente ou por outros auditores. faturas. Contudo.pontodosconcursos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Fontes de Evidência As evidências podem ser obtidas em diversas fontes entre as quais: • Evidência física: obtidas pela comprovação de existência real de ativos e passivos financeiros. como estatísticas. comparações entre saldos ao longo dos anos.br 5 . a recusa da administração em fornecer uma representação solicitada) é utilizada pelo auditor e. contratos. recibos. sendo aplicável. em resposta a perguntas formuladas pelo auditor. Além disso. de pagamento de indenizações trabalhistas e de cotas de depreciação. Importante destacar que a evidência de auditoria é obtida principalmente a partir dos procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho. Ou seja. Você já deve ter bastante claro na sua cabeça que a auditoria de demonstrações contábeis tem como um de seus objetivos gerais obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante. o auditor necessita obter evidências apropriadas e suficientes. o segundo se dispõe a entender se os valores presentes nos sistemas contábeis estão corretos. O primeiro grupo busca verificar se o controle interno funciona corretamente. Portanto. Esses procedimentos podem ser divididos em dois grandes grupos: testes de controle e os procedimentos substantivos. permitindo que eventuais distorções relevantes sejam identificadas. se são suficientes. de acordo com o seu objetivo. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Os procedimentos substantivos podem ser divididos em: 6 As normas antigas definiam esse tipo de teste como testes de observância que visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controles internos da organização estão em efetivo funcionamento. • Procedimentos substantivos7: são os procedimentos de auditoria planejados para detectar distorções relevantes no nível de afirmações.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Testes de auditoria Passaremos agora a discutir os conceitos dos testes de auditoria: testes de controle (=testes de observância) e procedimentos substantivos (=testes substantivos). os procedimentos de auditoria são o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas. independentemente se causadas por fraude ou erro.pontodosconcursos. isto é. por meio de procedimentos de auditoria.com. relacionadas aos riscos avaliados de distorção relevante. Dessa forma. exatos e válidos. exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade. 7 As normas antigas definiam esse tipo de teste como testes substantivos que visam à obtenção de evidências quanto à suficiência. conforme vimos.br 6 . para executar seu trabalho o auditor dispõe de duas principais ferramentas: • Teste de controle6 (=testes de observância ou exames de aderência): procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles internos na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações. Ou seja. diz a mesma coisa com palavras diferentes. se são suficientes. que fornecem evidências nas quais o auditor verifica se os fatos contábeis foram adequadamente registrados. mais especificamente. Um exemplo de teste de controle seria verificar se o responsável por conferir a saída de mercadorias está fazendo seu trabalho corretamente. mediante índices. O primeiro busca verificar se o controle interno funciona corretamente. que consistem na verificação do comportamento de valores significativos. teste de detalhes. pois muitos concurseiros confundem muito esse conceito. divididos em: • Procedimentos substantivos.pontodosconcursos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 o Testes de detalhes (denominado testes de transações e saldos pelas normas antigas). sempre se pergunte: Qual o objetivo desse teste? Para que ele serve? É para avaliar o controle interno ou para entender se existe alguma distorção relevante nas afirmações (saldos e transações) das demonstrações contábeis? Tudo bem até aqui. o segundo se dispõe a entender se os valores presentes nos sistemas contábeis estão corretos. O que define o tipo do teste – controle ou substantivo – é o seu objetivo. divididos em: o Testes de transações e saldos o Testes de detalhes o Procedimentos de revisão analítica o Procedimentos analíticos substantivos Queremos chamar a sua atenção. isto é.. Mais uma vez. exatos e válidos. seria verificar se o saldo da conta “estoque” está correto. quocientes.br 7 . com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. nesse momento. quando se deparar com uma questão que pede para apontar o tipo de teste de auditoria. Portanto. Já um exemplo de procedimento substantivo.? Davi Barreto e Fernando Graeff www. que resumimos no quadro abaixo: Normas Antigas (NBC T11) Novas Normas (NBC TA 330) • Testes de observância • Teste de controle • Testes substantivos.. e o Procedimentos analíticos substantivos (denominado procedimentos de revisão analítica nas normas antigas).com. as novas normas de auditoria trouxeram apenas algumas mudanças de nomenclatura. quantidades absolutas ou outros meios. consiste na verificação do comportamento de valores significativos.br 8 . Relações entre informações contábeis e informações não contábeis relevantes. A NBC TA 520. ao analisar a evolução das receitas faturadas ao longo dos meses. quocientes. como custos com folha de pagamento e número de empregados. como uma estimativa de depreciação. De acordo com a NBC TA 500. agora. quantidades absolutas ou outros meios. define o procedimento analítico substantivo como “as avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Comparações de resultados previstos pela entidade. quocientes. informações comparáveis de períodos anteriores. Esses procedimentos envolvem cálculos e utilização de índices. os procedimentos analíticos8 consistem em: “avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. para outro assunto muito cobrado em provas de concurso: procedimentos analíticos ou revisão analítica. etc. Os resultados dessas análises geralmente fornecem evidências e “pistas” que indicam o caminho que o auditor deve seguir. Por exemplo. Davi Barreto e Fernando Graeff www. tais como orçamentos ou previsões. como porcentagens da margem bruta. que trata especificamente dos procedimentos analíticos.com. mediante índices. como a entidade comparação entre índices de vendas e contas a receber com as médias do setor ou com outras entidades de porte comparável do mesmo setor. dados históricos e orçados sob uma perspectiva vertical ou horizontal. que incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos”. com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas.” Em outras palavras. o auditor percebeu que o mês de abril apresentou um resultado 80% 8 Denominado revisão analítica pelas normas revogadas de auditoria (NBC T 11). ou informações contábeis expectativas do auditor.pontodosconcursos. e financeiras da informações de entidades do mesmo setor de atividade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Passemos. entre elementos das informações contábeis que se esperaria que se adequassem a um padrão previsível com base na experiência da entidade. por isso esse é um tipo de procedimento normalmente utilizado nos procedimentos substantivos. distorção relevante (fraude ou erro). Dessa forma.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 menor que o dos outros meses – isso pode indicar que existe algum problema. ou sugerir ajustes. da mesma forma que os procedimentos analíticos podem prover indícios e/ou pistas capazes de indicar ao auditor a necessidade de procedimentos adicionais.br 9 . receitas e despesas. onde o auditor deverá concentrar mais sua atenção. Esse processo auxilia a identificar áreas prioritárias ou áreas com problemas.pontodosconcursos. e que vale à pena ser melhor investigado. ele não tem uma visão geral das demonstrações financeiras e do interrelacionamento entre contas e transações. Isso ajuda o auditor a formar conclusões razoáveis sobre as quais deve basear a sua opinião. Assim. componentes e elementos individuais de informação. Finalmente. o objetivo dos procedimentos analíticos (ou da revisão analítica) é detectar e analisar situações anormais e significativas constatadas nas demonstrações contábeis. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Quando o auditor testa os saldos das contas do balanço patrimonial e os valores acumulados das contas de receita e despesa (testes de detalhes). Esses métodos variam desde a realização de comparações simples até análises complexas usando técnicas estatísticas avançadas.com. é importante destacar que. as conclusões obtidas dos resultados dos procedimentos analíticos também têm a finalidade de corroborar as conclusões formadas durante a auditoria de componentes ou elementos individuais das demonstrações contábeis. passivo. e podem ser aplicados para demonstrações contábeis consolidadas. daquele que seria dado pelo exame apenas das contas de ativo. não consegue constatar se existem situações anormais ou tendências que o levassem a dar parecer diferente. Podem ser usados diversos métodos para executar procedimentos analíticos. pontodosconcursos.com.. Davi Barreto e Fernando Graeff www. abrangência – se todas as transações estão registradas. existência: ativos. classificados e descritos de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade.br 10 . aos saldos e à apresentação das demonstrações contábeis. na aplicação dos procedimentos substantivos (testes substantivos). exatidão: valores e outros dados relacionados a transações e eventos registrados foram registrados adequadamente. divulgados.Conclusões As normas antigas (NBC T 11) afirmavam que. classificação: as transações e eventos foram registrados nas contas corretas. e mensuração. direitos e obrigações – se efetivamente existentes em certa data.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Procedimentos substantivos (testes substantivos) . Afirmações sobre saldos de contas no fim do período direitos e obrigações: a entidade detém ou controla os direitos sobre ativos e os passivos são as obrigações da entidade.. Bom. o auditor deve objetivar as seguintes conclusões: • • • • • existência – se o componente patrimonial existe em certa data. ocorrência – se a transação de fato ocorreu. as novas normas de auditoria (NBC TA 330) ampliaram esses conceitos e detalharam melhor como o auditor deve avaliar as afirmações no que se refere às transações. apresentação e divulgação – se os itens estão avaliados. valorização e alocação: ativos. passivos e patrimônio líquido que deviam ser registrados foram registrados. Afirmações sobre a apresentação e ocorrência e direitos e obrigações: eventos divulgados. Afirmações sobre classes de transações e eventos para o período sob auditoria integridade: todas as transações e eventos que deviam ser registrados foram registrados. integridade: todos os ativos. corte: as transações e eventos foram registrados no período contábil correto. O quadro a seguir resume esses conceitos: Tipo de Afirmação Dimensão ocorrência: transações e eventos que foram registrados ocorreram e são da entidade. passivos e patrimônio líquido estão incluídos nas demonstrações contábeis nos valores apropriados e quaisquer ajustes resultantes de valorização e alocação estão adequadamente registrados. transações e outros assuntos ocorreram e são da entidade. passivos e elementos do patrimônio líquido existem. quer avaliar: que o auditor. o auditor deve definir e executar procedimentos técnicos de auditoria que sejam apropriados às circunstâncias com o objetivo de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.. em forma de papel. exatidão e valorização: informações contábeis e outras informações são divulgadas adequadamente e com os valores apropriados. quando dizemos substantivo. e • procedimentos adicionais de auditoria. vamos detalhar a seguir os principais procedimentos de auditoria utilizados e mencionados pelas normas de auditoria independente do CFC. A única definição com a nomenclatura que não é tão autoexplicativa é o chamado “corte”. Assim.. que abrangem: o testes de controles. Calma!!! Não precisa se preocupar em decorar todos esses conceitos e definições. que está relacionado à averiguação se as transações foram registradas no período correto.br 11 . que é conseguida pela execução de: • procedimentos de avaliação de riscos. classificação e compreensibilidade: as informações contábeis são adequadamente apresentadas e descritas e as divulgações são claramente expressadas. em um procedimento • se transações ocorreram. • se todas as transações foram registradas. falamos em integridade. Davi Barreto e Fernando Graeff www. que podem ser utilizados nos testes de controle e nos procedimentos substantivos. Por exemplo. e o procedimentos substantivos. • se os valores estão corretos. falamos em ocorrência. em forma eletrônica ou em outras mídias. Inspeção A inspeção envolve o exame de registros ou documentos (exame documental).. falamos em exatidão.pontodosconcursos. ou o exame físico de um ativo (inspeção física). internos ou externos. e por ai vai. Procedimentos técnicos de auditoria Bom.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 divulgação integridade: todas as divulgações que deviam ser incluídas nas demonstrações contábeis foram incluídas. Veja que são bastante intuitivos. conforme vimos.com.. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Um exemplo de exame documental é a inspeção de registros em busca de evidência de autorização. Ou seja, o auditor pode buscar evidências do adequado funcionamento de um determinado sistema de controle interno avaliando, por exemplo, se o processo de compra de matéria prima foi adequadamente autorizado, conforme determina os regramentos da instituição. É importante destacar que a inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Já a inspeção física (exame físico de um ativo) pode ser exemplificada com a contagem de itens registrados no estoque da empresa (inventário). No entanto, deve-se observar que a inspeção física, apesar de fornecer evidência de auditoria confiável quanto à existência do ativo (o auditor vai lá e vê com seus próprios olhos), esse procedimento não necessariamente revela o valor dos ativos. Observação A observação consiste no exame de processos ou procedimentos executado por outros, por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de controle. Esse procedimento fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é executado. Ora, é muito provável que o empregado, ao saber que está sendo observado, execute suas atividades com maior zelo e prudência, o que talvez não ocorresse se estivesse em uma situação normal do seu dia a dia. Indagação A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade, ou seja, coletar dados e informações com todos aqueles que podem ajudar o auditor a forma sua opinião: funcionários, diretores, sócios, fornecedores, credores, clientes, especialistas etc. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria, pode incluir desde indagações escritas formais até indagações orais informais. A avaliação dessas respostas compete ao auditor e é parte integral do processo de indagação. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 12 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente ou evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem fornecer informações significativamente divergentes de outras obtidas por outras fontes. Por exemplo, o gerente industrial pode revelar um sinistro relevante com o maquinário de uma fábrica omitido pela administração. Assim, em alguns casos, as respostas às indagações fornecem uma base para que o auditor modifique ou realize procedimentos de auditoria adicionais. Embora a indagação possa fornecer importante evidência de auditoria e possa produzir evidência de distorção, a indagação, sozinha, geralmente não fornece evidência de auditoria suficiente da ausência de distorção relevante no nível da afirmação nem da eficácia operacional dos controles. No caso de indagações sobre a intenção da administração sobre a manutenção de um investimento relevante, por exemplo, a informação disponível para suportar a intenção da administração pode ser limitada. Nesse caso, o entendimento do histórico da administração na realização de intenções por ela formuladas, das razões por ela alegadas, e sua capacidade de seguir um curso de ação específico, podem fornecer informações relevantes para corroborar a evidência obtida por meio de indagação. Além disso, o auditor pode considerar necessário obter representações formais da administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela governança, para confirmar respostas a indagações verbais. Reexecução A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. Dessa forma o auditor refaz os passos e as etapas que constituem um procedimento usualmente executado pela entidade para averiguar sua adequação. Um exemplo desse procedimento é a reexecução das conciliações bancárias realizadas pela entidade. Recálculo (ou cálculo) O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros, realizada manual ou eletronicamente. Trata-se de um tipo de reexecução na qual o auditor repete os cálculos realizados pela instituição auditada, como, por exemplo, depreciação de equipamentos, juros devidos, provisão para devedores duvidosos. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 13 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Confirmações9 A confirmação10 é uma forma de investigação que permite ao auditor obter informações diretamente com terceiros, externos à entidade auditada. Nesse procedimento a evidência de auditoria consiste em resposta de terceiros (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. Assim, o auditor pode solicitar confirmação de termos de contratos ou transações da entidade com terceiros, bem como confirmar saldos de contas a receber com credores, por exemplo. A solicitação de confirmação pode ser positiva ou negativa: Solicitação de confirmação positiva é aquela em que a parte que confirma responde diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação (confirmação positiva em preto), ou fornece as informações solicitadas (confirmação positiva em branco). Por exemplo, o auditor solicita que determinado credor confirme se a empresa auditada possui dívida de R$100.000 – neste caso, trata-se de uma confirmação positiva em preto (a resposta é sim ou não). Outro exemplo seria perguntar ao mesmo credor qual o valor da dívida da empresa – neste caso, trata-se de uma confirmação positiva em branco. Note que a confirmação positiva pede que a parte que confirma, em todos os casos, responda ao auditor, ou seja, há necessariamente uma resposta. Existe o risco de que a parte que confirma possa responder à solicitação de confirmação, principalmente em casos de confirmação “em preto”, sem verificar se as informações estão corretas. O auditor pode reduzir esse risco usando solicitações “em branco”, contudo, isso pode resultar em porcentagens de respostas mais baixas em decorrência do esforço adicional exigido das partes que confirmam. Solicitação de confirmação negativa é a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor somente se discorda das informações fornecidas na solicitação. Ou seja, neste caso vale a máxima “quem cala consente”. As confirmações negativas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as positivas, consequentemente, o auditor não deve usar 9 NBC TA 505 – Confirmações Externas. Um tipo especial de confirmação é a circularização, procedimento no qual auditor pede a entidade auditada expeça cartas dirigidas a terceiros (credores, fornecedores, clientes, advogados etc.) solicitando que confirmem diretamente ao auditor determinado fato. 10 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 14 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 aquelas como o único procedimento substantivo de auditoria para tratar o risco de distorção relevante avaliado no nível de afirmações, a menos que estejam presentes todos os itens a seguir: o o auditor avaliou o risco de distorção relevante como baixo; o a população de itens sujeitos a procedimentos de confirmação negativa compreende um grande número de saldos contábeis, transações ou condições, homogêneas de pequena magnitude; o espera-se uma taxa de exceção11 muito pequena; e o o auditor não tem conhecimento das circunstâncias ou condições que fariam com que as pessoas que recebem solicitações de confirmação negativa ignorassem essas solicitações. Ora, não receber uma resposta a uma solicitação de confirmação negativa não indica que a solicitação foi de fato recebida pela parte que devia confirmar as informações. Observe que é mais provável que as partes que confirmam respondam indicando seu desacordo quando as informações na solicitação não estiverem ao seu favor, e é menos provável que respondam na situação inversa. Por exemplo, correntistas de contas bancárias têm mais probabilidade de responder se acreditarem que falta dinheiro no saldo de suas contas do que no caso contrário (ninguém costuma reclamar quando recebe dinheiro). Além do que já discutimos, há algumas situações que merecem interesse, como no caso da administração se recusar a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação. Por exemplo, se recusando a fornecer sua lista de credores ou o contato com seus consultores jurídicos. Nesses casos, cabe ao auditor indagar sobre as razões dessa recusa e procurar evidência sobre sua validade e razoabilidade, avaliar as implicações na sua avaliação dos riscos significativos de distorção relevante (incluindo o risco de fraude), e executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Se o auditor concluir que a recusa em permitir o envio de solicitações de confirmação não é razoável, ou não conseguir obter evidência de auditoria relevante e confiável por meio de procedimentos alternativos de auditoria, o auditor deve comunicar aos responsáveis pela governança e determinar as implicações para a auditoria e para sua opinião sobre as demonstrações contábeis. 11 Exceção é a resposta que indica uma diferença entre as informações para as quais se solicitou confirmação ou diferença entre os registros da entidade e as informações fornecidas pela parte que confirma. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 15 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Existe também a possibilidade de o auditor identificar fatores que dão origem a dúvidas sobre a confiabilidade da resposta a uma solicitação de confirmação, como algum risco de interceptação, alteração ou fraude. Por exemplo, respostas recebidas eletronicamente (fax ou correio eletrônico) podem tornar difícil estabelecer a origem da parte que confirma, bem como estar sujeita a alterações/falsificações. Nesses casos, se o auditor determinar que uma resposta a uma solicitação de confirmação não é confiável, deve avaliar as implicações na avaliação dos riscos significativos de distorção relevante, incluindo o risco de fraude, e sobre a natureza, época e extensão relacionada a outros procedimentos de auditoria. Finalmente, existe a possibilidade de resposta não recebida, ou seja, quando a parte que confirma não responde ou não responde de maneira completa, a uma solicitação de confirmação positiva, ou ainda nos casos de devolução de uma solicitação de confirmação não entregue (devolução pelo correio, por exemplo, para um destinatário não localizado). Cabe então ao auditor executar mais uma vez procedimentos alternativos de auditoria para obter evidência relevante e confiável. Contudo, é preciso destacar que se a referida resposta pode ser imprescindível, de tal forma que procedimentos alternativos não fornecerão a evidência que o auditor precisa, obrigando-o a determinar as implicações para a auditoria e para a sua opinião. Mas como funcionam as circularizações? O auditor pede a entidade auditada expeça cartas dirigidas a credores, fornecedores, clientes, advogados solicitando que confirmem diretamente ao auditor determinado fato. Quadro comparativo Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 16 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Para facilitar a resolução das questões que versam sobre os procedimentos técnicos de auditoria vamos fazer um quadro comparativo entre as disposições das normas novas e das antigas: Normas novas (NBC TA 500) Normas antigas (NBC T 11) Os procedimentos de auditoria descritos abaixo podem ser utilizados como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor: Na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve considerar, entre outros, os seguintes procedimentos técnicos básicos: Inspeção: envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. Inspeção: exame de registros e documentos (=exame documental), e de ativos tangíveis (=inspeção física). Observação: consiste no exame do processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de controle. Observação: acompanhamento de processo ou procedimento durante a sua execução. Indagação: consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. Confirmação externa: representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. Os procedimentos de confirmação externa frequentemente são relevantes no tratamento de afirmações associadas a certos saldos contábeis e seus elementos. Recálculo: consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente. Procedimentos analíticos: consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos. Reexecução: envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. Investigação e confirmação: obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade. Cálculo: conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e demonstrações contábeis e outras circunstâncias. Revisão Analítica: verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. Sem correspondente. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 17 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Evidências de Auditoria – Considerações específicas É importante ressaltar que a NBC TA 501 traz algumas considerações específicas para a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação a: a) existência e condição dos estoques; b) totalidade dos litígios e reclamações envolvendo a entidade; e c) apresentação e divulgação de informações por segmentos conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. em Estoques Quando a conta “Estoque” for relevante para as demonstrações contábeis, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação a existência e as condições do estoque mediante: (a) acompanhamento da contagem física dos estoques, a não ser que seja impraticável; e (b) execução de procedimentos de auditoria nos registros finais de estoque da entidade para determinar se refletem com precisão os resultados reais da contagem de estoque. O acompanhamento da contagem física dos estoques envolve, entre outros, os seguintes procedimentos: • inspeção do estoque para determinar a existência (embora não necessariamente a sua propriedade) e avaliar as condições (por exemplo, existência de estoques obsoletos, danificados ou sem movimentação); • execução de teste de contagem: mediante o rastreamento de itens selecionados dos registros de contagem da administração para o estoque físico e o rastreamento de itens selecionados do estoque físico para os registros de contagem da administração, o auditor visa obter informações quanto à integridade e a precisão desses registros; • observação do cumprimento das instruções da administração e da execução de procedimentos para registrar e controlar os resultados da contagem física dos estoques; e • obtenção de evidência de auditoria quanto procedimentos de contagem da administração. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br à confiabilidade dos 18 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 É possível que, por conveniência ou mesmo impossibilidade, a contagem física dos estoques seja realizada em outra data que não a data das demonstrações contábeis. Nesse caso, o auditor deve, além dos procedimentos normalmente executados, realizar procedimentos adicionais para obter evidência de auditoria de que as variações no estoque entre a data da contagem e a data das demonstrações contábeis estão adequadamente registradas. Da mesma forma, se o auditor não puder estar presente na contagem física dos estoques, devido a imprevistos, ele deve efetuar ou observar algumas contagens físicas, em uma data alternativa, e executar procedimentos de auditoria sobre transações ocorridas entre as duas datas. Também é possível que o acompanhamento da contagem física dos estoques seja impraticável, como por exemplo, quando envolver risco à integridade física do auditor, nesse caso, devem ser aplicados procedimentos alternativos de auditoria para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação à existência e às condições do estoque. Caso não existam procedimentos alternativos aplicáveis e, por consequência, o auditor não consiga obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação à existência e às condições do estoque, o auditor deve modificar a opinião no seu relatório de auditoria (veremos isso na aula sobre modificações no relatório do auditor). Por fim, outro aspecto importante a ser observado é quando o estoque custodiado e controlado por terceiros é relevante para as demonstrações contábeis, nesse caso, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação à existência e as condições do estoque executando uma ou as duas possibilidades a seguir: (a) solicitar confirmação do terceiro quanto às quantidades e condições do estoque mantido por esse terceiro em nome da entidade; (b) executar inspeção ou outro procedimento de auditoria apropriado nas circunstâncias. Litígios e reclamações Outro ponto importante destacado pela NBC TA 501 diz respeito à obtenção de evidências quanto à existência de litígios e reclamações envolvendo a entidade, que possam gerar um risco de distorção relevante. Para tanto, entre outros procedimentos, o auditor deve: (a) indagar à administração e, conforme o caso, a outros dentro da entidade, incluindo consultores jurídicos internos; Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 19 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 (b) revisar as atas de reuniões dos responsáveis pela governança e correspondência entre a entidade e os seus consultores jurídicos externos; e (c) revisar as contas de despesas legais. Se o auditor identifica um risco de distorção relevante com relação a litígios ou reclamações identificados, ou quando os procedimentos de auditoria executados indicam que outros litígios ou reclamações poderiam existir, o auditor deve, além dos procedimentos requeridos pelas outras normas de auditoria, comunicar-se diretamente com os consultores jurídicos externos da entidade. O auditor deve fazer isso, conforme já vimos, por meio de circularização, elaborada pela administração e enviada pelo auditor, solicitando aos consultores jurídicos externos da entidade que se comuniquem diretamente com o auditor. Se isso não for possível, o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria. O auditor deve modificar a opinião no seu relatório de auditoria (veremos com mais detalhes na aula 05), se: (a) a administração recusa dar permissão ao auditor para se comunicar ou se reunir com a consultoria jurídica externa da entidade, ou a consultoria jurídica externa da entidade recusa-se a responder apropriadamente à carta de indagação, ou é proibida de responder; e (b) o auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente ao executar procedimentos alternativos de auditoria. O auditor deve solicitar que a administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança forneçam representações formais (falaremos sobre representações formais na aula 06) de que todos os reais ou possíveis litígios e reclamações conhecidos, cujos efeitos devem ser levados em consideração durante a elaboração das demonstrações contábeis, foram divulgados para o auditor, assim como contabilizados e divulgados de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Informações por segmento Por fim, a NBC TA 501 afirma que, dependendo do setor de atividades que determinada entidade atue, a estrutura de relatório financeiro aplicável pode permitir a divulgação de informações por segmento nas demonstrações contábeis. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 20 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Contudo, a responsabilidade do auditor com relação à apresentação e à divulgação das informações por segmento está relacionada às demonstrações contábeis como um todo. Consequentemente, não é exigido do auditor a execução de procedimentos de auditoria que seriam necessários para expressar uma opinião sobre as informações por segmento apresentadas isoladamente. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 21 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Superavaliação e Subavaliação Vimos até agora que o auditor utiliza procedimentos substantivos para a obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade. Dessa forma, verifica se as transações e saldos registrados nas demonstrações retratam corretamente os fatos contábeis, de acordo com as normas contábeis vigentes no país. Ora, muito provavelmente, a primeira coisa que nos vem à cabeça é querer saber se os valores estão corretos, exatos. O auditor deve saber que o saldo de uma conta do balanço patrimonial (BP) ou da demonstração do resultado do exercício (DRE) pode estar errado para mais (superavaliação) ou para menos (subavaliação). Devido a esse risco, as contas da contabilidade, por intermédio dos procedimentos substantivos, devem ser testadas nesses dois sentidos, ou seja, para mais ou para menos. Segundo a doutrina, a experiência tem demonstrado que é mais prático dirigir os testes principais de superavaliação para as contas devedoras (normalmente, as contas do ativo e despesas) e os de subavaliação para as contas credoras (geralmente, contas do passivo e receitas). Você, com seus conhecimentos de contabilidade, já deve saber que os fatos contábeis são registrados por meio das partidas dobradas, assim, quando se testam as contas devedoras para superavaliação, as contas credoras também estão sendo testadas indiretamente nessa mesma direção. Por exemplo, se durante o exame das demonstrações contábeis de uma empresa, para o ano findo em 31-12-20X0, o auditor descobre que as despesas de pessoal estão superavaliadas, em função de os salários do mês de janeiro de 20X1 terem sido provisionados indevidamente em 20X0, é evidente que a conta credora de salários a pagar, classificada no passivo circulante, também está superavaliada. Da mesma forma, quando se testam as contas credoras para subavaliação, as contas devedoras estão sendo testadas secundariamente nessa mesma direção. Por exemplo, por ocasião da auditoria da conta credora de fornecedores a pagar (testado para subavaliação), o auditor descobre que uma fatura de compra de matéria-prima não foi registrada na contabilidade; consequentemente, as contas de fornecedores a pagar e matéria-prima (conta Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 22 b) Teste principal para subavaliação do passivo e teste secundário para superavaliação do passivo: No exame da conta empréstimos a pagar. o auditor notou que uma nota fiscal de competência de 20X0. a conta de duplicatas a receber (teste principal) e a conta de receita bruta na venda de bens (teste secundário) estavam superavaliadas. Contudo. o mesmo pode acontecer para contas credoras. referente à compra de uma máquina. Isso ocorre. que. Portanto. Por conseguinte. no grupo de estoque do ativo circulante está Vamos ver outros exemplos: a) Teste principal para superavaliação do ativo e teste secundário para superavaliação de receita: Na auditoria da conta duplicatas a receber (ativo circulante). por exemplo. o auditor verificou que foram debitadas no ativo peças de reposição.com. Por exemplo. o auditor constatou que uma venda realizada em 20X1 foi contabilizada em 20X0. De forma análoga.br 23 . de acordo com os princípios contábeis.pontodosconcursos. a conta máquinas e equipamentos (teste principal) está superavaliada e o grupo de despesas (teste secundário) subavaliado.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 devedora classificada subavaliada). o auditor pode constatar que os imóveis de propriedade da entidade foram registrados na conta Investimentos. Como consequência. quando o lançamento contábil é feito na conta errada. o auditor constatou que um financiamento foi registrado indevidamente na conta fornecedores a pagar. Existe também a possibilidade de uma conta devedora estar superavaliada causando a subavaliação de outra conta devedora. Vejamos mais alguns exemplos: a) Teste principal para superavaliação do ativo e teste secundário para subavaliação da despesa: Na auditoria da conta de máquinas e equipamentos (ativo imobilizado). a conta de empréstimos a pagar (teste principal) estava subavaliada e a conta fornecedores a pagar (teste secundário) estava superavaliada. esse não é o único tipo de impropriedade que é possível encontrar. foi registrada somente na ocasião de seu efetivo pagamento em 20X1. Como consequência a conta devedora Investimentos está superavaliada e a conta devedora Imobilizado está subavaliada. deveriam ser registradas como despesas. a conta de fornecedores a pagar (teste principal) e a conta de máquinas do ativo imobilizado (teste secundário) estavam subavaliadas. quando o correto seria no Imobilizado. Portanto. Davi Barreto e Fernando Graeff www. b) Teste principal para subavaliação do passivo e teste secundário para subavaliação do ativo: Na auditoria da conta de fornecedores a pagar (passivo circulante). com. Vejamos um quadro que resume toda nossa discussão: Ativo Fictício Bens e direitos que somente existem no Balanço Patrimonial. mas que não existem.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Omissão de Receitas Ativos e Passivos Ocultos e Fictícios Durante a aplicação dos testes substantivos (procedimentos substantivos). mas de fato não constam no patrimônio da empresa. superavaliação Passivo Oculto São obrigações que existem e não estão contabilizadas nas demonstrações. Agora. De forma análoga. estamos falando de ativos e passivos. subavaliação Passivo Fictício São as obrigações que somente constam nas demonstrações. Davi Barreto e Fernando Graeff www. a situação inversa pode ocorrer: direitos e obrigações que de fato existem não são registrados na contabilidade da empresa.br subavaliação 24 . Por outro lado. Nesse caso. mas de fato não existem ou já foram quitadas. superavaliação Ativo Oculto Bens e direitos que existem de fato e não são apresentados no Balanço Patrimonial. um tipo específico de impropriedade que pode ser constatado. lidamos com direitos e obrigações que estão presentes nas demonstrações contábeis. Ativos Ocultos e Passivos Ocultos. diminuindo o real valor dessas contas (= contas subavaliadas). Dizemos que há um Ativo Fictício quando se constatam bens e direitos que somente existem no Balanço Patrimonial. mas de fato não existem ou já foram quitadas. temos. Já quando nos deparamos com Ativos e Passivos Ocultos. definimos Passivo Fictício como obrigações que somente constam nas demonstrações. ocultos ou fictícios. Em outras palavras. não é mesmo? Ora.pontodosconcursos. mas não foram registrados nas demonstrações contábeis. mas de fato não constam no patrimônio da empresa. inflacionando o valor dessas contas (=contas superavaliadas). é algo que não existe (=fictício). quando estamos diante de Ativos e Passivos Fictícios. respectivamente. estamos diante de direitos e obrigações que existem. perguntamos para você: existe alguma relação entre essas definições e os testes de superavaliação e subavaliação? Parece que sim. Já na presunção o que importa é o resultado do raciocínio lógico. baseado em fato conhecido (indício). assim. suprimentos não comprovados. nos suprimentos não comprovados.Decreto nº 3. Vamos tratar agora do tópico “omissão de receitas” e sua presunção baseada no saldo credor de caixa. Indício e Presunção Por indício entende-se o fato ou parte de um fato certo que se liga a outro fato que se quer provar. Davi Barreto e Fernando Graeff www. econômicos ou financeiros e na omissão de pagamentos efetuados. uma pista que aponta na direção da situação investigada. quando for detectada a ocorrência de uma das três hipóteses a seguir:  Indicação na escrituração de saldo credor de caixa (procedimento: auditoria do caixa).com. este desconhecido. em diferenças de levantamentos quantitativos. diferenças em levantamentos quantitativos por espécie. a venda de produtos ou a prestação de serviços sem a respectiva emissão da nota fiscal ou. Não é preciso se esforçar para perceber que a intenção por detrás da omissão de receitas é burlar o pagamento de impostos. a presunção de omissão de receitas encontra-se disciplinada no Regulamento do Imposto de Renda (RIR . A omissão de receitas representa a falta da escrituração contábil de créditos da empresa. no qual se busca deduzir a presumível ocorrência de um outro fato. É um sinal. omissão do registro de pagamentos efetuados.br 25 . ainda. diferenças em levantamentos econômicos ou financeiros. Assim. por exemplo.  Falta de escrituração de pagamentos efetuados (procedimento: auditoria de compras). a sua emissão por um valor menor que o real (subfaturamento) representa uma entrada de numerário no caixa que fica a margem da contabilidade. um vestígio. O legislador caracterizou a presunção legal de omissão de receitas. ressalvada ao contribuinte a prova da improcedência (=direito de defesa).pontodosconcursos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Presunção de omissão de receitas. mais popularmente conhecido como “caixa 2”.000/99). e  Manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja exigibilidade não seja comprovada (procedimento: auditoria do passivo). saldo credor de caixa. por exemplo). Saldo credor de caixa Na qualidade de conta contábil representada no lado ativo do balanço patrimonial. saldo nulo. Convém ressaltar que em princípio. a omissão de receita. caracterizando o numerário disponível na empresa para utilização imediata. Situação normal das contas no BP (salvo as contas retificadoras): Ativo Passivo Saldo Credor Saldo Devedor Patrimônio Líquido Saldo Credor Jamais. tal situação indica a realização de pagamentos em montante superior ao disponível para tanto. O saldo credor de caixa ou “estouro de caixa”. na pior das hipóteses.com. Nos casos em que tais recursos mostram-se insuficientes para honrar as operações. pois. portanto. não há ilegalidade em se obter recursos junto aos sócios e proprietários de empresas. indica que essa conta encontra-se com saldo anormal.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Desta forma. por intermédio de operações de empréstimos ou aumento de capital.br 26 . sempre. O que pode comprometer a lisura Davi Barreto e Fernando Graeff www. entre outras) ou mesmo junto aos proprietários ou administradores da empresa. assume-se como verdade válida em todos os casos o fato considerado verdadeiro na grande maioria das situações semelhantes. a conta caixa deverá apresentar saldo credor. em situações normais. desconto de duplicatas. está caracterizada a utilização de numerário não contabilizado. o que pode ser realizado junto a estabelecimentos de crédito (contratos de financiamento. atípico à sua natureza. ou seja. em operações com o objetivo de aporte de recursos ou “suprimento de caixa”. com saldo devedor ou. Caso isso ocorra. o Caixa deve se apresentar. sem que haja uma falha contábil que justifique tal procedimento.pontodosconcursos. torna-se necessário obter capital de fontes externas. Suprimentos de Caixa O procedimento comumente adotado para promover o ingresso de recursos financeiros no caixa da empresa tem origem no ciclo de operações vinculadas ao seu objeto social (tais como vendas e recebimentos de duplicatas. br 27 . operações de alienação de bens móveis. Então. aumento de capital ou empréstimo a pagar. ser determinada a partir de levantamento por espécie de quantidade de matérias-primas e produtos intermediários utilizados no processo produtivo da pessoa jurídica. caracteriza omissão de receita ou de rendimentos. a autoridade tributária poderá arbitrá-la (=presumir um valor) com base no valor dos recursos de caixa fornecidos à empresa por administradores.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 da operação é a falta de comprovação de seu efetivo ingresso na empresa ou da capacidade econômica de receita anteriormente obtida. titular da empresa individual. positiva ou negativa. também. constantes do Livro de Inventário. utilizando-se como contrapartida contábil uma operação fictícia. por indícios na escrituração do contribuinte ou qualquer outro elemento de prova. bem como a sua emissão com valor inferior ao da operação. locação de bens móveis e imóveis ou quaisquer outras transações realizadas com bens ou serviços. e a soma das quantidades de produtos cuja venda houver sido registrada na escrituração contábil da empresa com as quantidades em estoque. Falta de Emissão de Nota Fiscal A falta de emissão de documento idôneo. O auditor quando for analisar os suprimentos de caixa deve verificar se:  o empréstimo efetivado por pessoa jurídica se encontra devidamente contabilizado na empresa que o procedeu.pontodosconcursos.com. se a efetividade da entrega e a origem dos recursos não forem comprovadamente demonstradas. e  a pessoa física que procedeu o empréstimo possuía capacidade financeira ou dispunha de recursos suficientes para tanto. no final do período de apuração. Davi Barreto e Fernando Graeff www. prestação de serviços. o suprimento não comprovado caracteriza-se como o ingresso de numerário oriundo do “caixa 2” devido à insuficiência do caixa oficial. O RIR dispõe que provada à omissão de receita. não comprovada. Levantamento Quantitativo por Espécie A omissão de receita poderá. no momento da efetivação das operações de venda de mercadorias. sócios da sociedade não anônima. ou pelo acionista controlador da companhia. faz-se a comparação entre a soma das quantidades de produtos em estoque no início do período + a quantidade de produtos fabricados com as matérias-primas e produtos intermediários utilizados. como por exemplo. Para apurar as diferenças em levantamentos quantitativos por espécie. contas os denominados débitos de Por débitos de funcionamento consideram-se as operações normais relativas ao objeto social da empresa sendo identificados pelas Duplicatas a Pagar representados contabilmente pela Conta Fornecedores. já os débitos de financiamentos são identificados pelos empréstimos bancários representadas pelas Promissórias a Pagar e Contratos de Financiamentos. Impostos a Pagar. consta no Passivo Circulante. Para efeito de determinação da receita omitida. Contas a Pagar. A dívida paga. na verdade. observado que não serão considerados os decorrentes de transferência de outras contas da própria pessoa jurídica. em relação aos quais o titular. a origem dos recursos utilizados nessas operações. Levantamentos econômicos ou financeiros A legislação também considera omissão de receita as diferenças encontradas em levantamentos econômicos ou financeiros.pontodosconcursos. caracterizando o denominado Passivo Fictício que já estudamos. neste caso. Para efeitos tributários o valor das receitas ou dos rendimentos omitido será considerado auferido ou recebido no mês do crédito efetuado pela instituição financeira.com. Empréstimos a Pagar.br 28 . Salários a Pagar e outras. conforme o caso. já foi paga.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Considera-se receita omitida. previstas na legislação vigente à época em que auferidos ou recebidos. registrados no grupo passivo do balanço patrimonial. mediante documentação hábil e idônea. pessoa jurídica não comprove. Davi Barreto e Fernando Graeff www. caracterizadas como os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto à instituição financeira. portanto. Os valores cuja origem houver sido comprovada. Caracterizam-se por meio dessas funcionamento e de financiamento. Ocorre a falta da escrituração quando a empresa registra uma dívida como a pagar na contabilidade. Falta de Escrituração de Pagamentos No grupo de valores a pagar encontram-se os valores representativos das contas a pagar. cujas contas mais comuns são denominadas: Duplicatas a Pagar. o valor resultante da multiplicação das diferenças de quantidade de produtos ou de matérias-primas e produtos intermediários pelos respectivos preços médios de venda ou de compra. os créditos serão analisados individualmente. que não houverem sido computados na base de cálculo do imposto a que estiverem sujeitos. submeter-se-ão às normas de tributação específicas. em cada período de apuração abrangido pelo levantamento. quando. no passivo. de obrigações cuja exigibilidade não seja comprovada. também.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Assim.com. a falta de escrituração de pagamentos efetuados pela pessoa jurídica. caracterizam.pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. assim como a manutenção.br 29 . omissão de receita. 404/76. quais são os objetivos da auditoria específicos para essas áreas? Caixas e Bancos Davi Barreto e Fernando Graeff www. Já vimos que o auditor deve saber que o saldo de uma conta do balanço patrimonial (BP) ou da demonstração do resultado do exercício (DRE) pode estar errado para mais (superavaliação) ou para menos (subavaliação). temos que saber que a Lei nº 11. nos seguintes grupos: • ativo circulante. no ativo não circulante nos ateremos às contas referentes aos investimentos. vamos falar um pouco sobre os principais tipos de testes aplicáveis em áreas específicas das demonstrações contábeis. composto por ativo realizável a longo prazo. modificando a classificação das contas no Balanço Patrimonial. imobilizado e intangível. antes de falar sobre os procedimentos específicos. alterou a Lei nº 6. Já. Inicialmente. e • ativo não circulante. Vamos iniciar nossa discussão com as contas do ativo. • sistema de autorização e aprovação para pagamentos. podemos citar alguns que servem de fortalecimento do controle interno para a área do disponível: • segregação de funções entre custódia de valores e a contabilização.pontodosconcursos. investimentos. isso é necessário para a definição de quais os procedimentos de auditoria serão mais adequados e em qual extensão serão utilizados. Dentro do ativo circulante as contas que nos interessam são: as disponibilidades (caixa e bancos).Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Tipos de Teste em Áreas Específicas das Demonstrações Contábeis Para terminar nossa aula de hoje. vamos nos lembrar da revisão do controle interno. Entre os vários tipos de controle.br 30 . as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados. • conciliações bancárias periódicas e revisadas por pessoa independente da sua preparação. que tem a finalidade de determinar qual a confiabilidade depositada no controle interno da entidade. contas a receber (e PDD) e estoques.com. imobilizado e intangível. • utilização de duas pessoas independentes para assinatura dos cheques. Inicialmente.941/09. Bom… agora. De acordo com a nova lei no ativo. etc. o principal objetivo desses testes é verificar a existência do ativo. • Confirmação de saldos bancários: trata-se de uma carta de confirmação dos saldos das contas endereçada aos bancos. mesmo que haja um bom sistema de controle interno (=baixo risco de controle). • Testes das transferências bancárias: corresponde a conciliações bancárias entre diferentes bancos. os mais comuns são: • Contagem de caixa: consiste na contagem dos valores (dinheiro. devendo averiguar se existem todas aquelas que deveriam existir. os testes de auditoria são dirigidos para superavaliação e. Portanto.pontodosconcursos. cheques. Por ser uma conta do ativo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Já sabemos que os ativos são classificados por ordem decrescente de grau de liquidez. de forma que não há restrições quanto ao seu uso imediato. Dessa forma. o auditor deve fazer um maior número de testes que o normal. Enfim. De tal forma que a finalidade dos exames vai além de apurar se realmente existem todas as disponibilidades mencionadas no balanço. além disso. de forma que o auditor tenha um referencial temporal para que possa avaliar as demonstrações. preste atenção nesse detalhe! Caixas e Banco são os ativos mais sensíveis e de maior risco. Para atingir seus objetivos o auditor utiliza alguns procedimentos específicos. para averiguar se os saldos existentes na contabilidade da empresa conferem com aqueles que estão nos extratos bancários. Recomenda-se fazer essa contagem de surpresa. são os ativos de maior liquidez. consiste em anotar os últimos cheques emitidos antes do exame da auditoria. Clientes Davi Barreto e Fernando Graeff www. sendo que Caixas e Bancos estão na “primeira linha” do lado ativo. em data próxima ao balanço. portanto o auditor deve dar especial atenção a essas contas. • Testes de conciliações bancárias: consiste em verificar as transações registradas pela empresa e não registradas pelos bancos e vice-versa. ou seja. no Balanço Patrimonial. • Corte (Cut-off) de cheques: o corte é uma interrupção na continuidade das operações. devido ao alto risco inerente dessas contas.com.br 31 . títulos de pronta liquidez) em poder do caixa. Uma das finalidades desse procedimento é averiguar a adequação das perdas já conhecidas e das perdas estimadas que constituem a PDD. e • há avaliação prudente do montante de contas a receber.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Sabemos que Contas a Receber representam os direitos adquiridos por vendas a prazo de bens e serviços. Davi Barreto e Fernando Graeff www.com. é possível obter a confirmação direta do devedor sobre os saldos em aberto. levando em consideração as provisões para devedores duvidosos (PDD). descontos.br 32 . Estoque Já vimos que a NBC TA 501 trouxe algumas considerações específicas para a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação ao estoque. • os valores apresentados são efetivamente realizáveis. Vejamos quais são os procedimentos de auditoria mais utilizados para atingir esses objetivos: • Confirmação de contas a receber de clientes (circularização): a partir de uma listagem de todos os títulos a receber. • Testes de avaliação das contas a receber: avaliação do valor líquido realizável dos recebíveis. é possível comparar mapas de idades das duplicatas e índices de recebimento do período atual com períodos anteriores. Em resumo. • O valor da PDD está em conformidade com a estimativa da probabilidade das quantias que deixarão de ser pagas por inadimplência dos devedores. avaliação e classificação desse grupo de contas. abatimentos ou qualquer outro ônus a ser considerado. • não há devoluções. Por meio de exames documentais e cálculos. e a auditoria nessa área tem como alguns de seus objetivos apurar se: • as contas são autênticas e têm origem em transações relacionadas com vendas. os principais pontos que o auditor deve cobrir são existência. • Testes das duplicatas descontadas: identificação das duplicatas descontadas por meio de confirmação bancária.pontodosconcursos. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Vamos falar mais um pouquinho sobre isso. sendo importantes na apuração do lucro líquido de cada exercício social (pois compõem o Custo das Mercadorias Vendidas – CMV ou o Custo dos Produtos Vendidos . os principais procedimentos aplicados pelo auditor são: • Verificação da existência física: inspeções físicas e acompanhamento das contagens para assegurar-se da real existência dos bens que compõem os estoques. ou seja. Entretanto. Esse tipo de procedimento é bem intuitivo. visando o aprimoramento dos controles e a redução de custos da empresa. ou seja.br 33 . O auditor. há obsolescência. sabemos que o principal objetivo da auditoria independente não é fazer recomendações. incluindo os Estoques. consiste em definir uma data-limite para interromper a contabilização de novas transações. mas emitir uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis. podemos afirmar que a finalidade principal desses procedimentos é verificar se: • • • • os estoques existem. relacionados com os objetivos e atividades da empresa.com. e os critérios de avaliação são adequados. se coloque no lugar do auditor que irá acompanhar um inventário. Ora.pontodosconcursos. O corte (=cut-off) consiste em determinar o momento em que os registros contábeis e os documentos relacionados refletem o levantamento do inventário. • Acompanhamento do inventário físico: o auditor deve acompanhar a contagem física dos bens e confronto dos resultados com os registros contábeis. Davi Barreto e Fernando Graeff www. nesse momento.CPV) e na determinação do valor do capital circulante líquido do Balanço Patrimonial. defeitos e má conservação. há um fluxo constante de mercadorias entrando e saindo do estoque. A empresa não interrompe suas atividades durante a auditoria. Dessa forma. existem ônus sobre os estoques. • Cortes (cut-off): definição do momento em que os registros contábeis refletem o inventário. Estoques são os bens destinados à venda ou à fabricação. tem a oportunidade de desenvolver recomendações construtivas. Portanto. portanto. como parte de sua política.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Dessa forma. por exemplo. com objetivos diversos. participação no capital social de outras empresas e outros investimentos. e estando todos os registros em dia. • Testes de avaliação de estoques: revisão do sistema de alocação de custos aos estoques (UEPS ou PEPS) e conferência de cálculos. farão parte do inventário. Investimentos Continuando com os procedimentos específicos. não devem ser inventariados. Nesse sentido. mas entender qual é o objetivo da auditoria nessa área e que procedimentos devem ser utilizados. tais como tornar rentável o excesso temporário de dinheiro disponível e estender o leque de suas operações por meio de participação no capital social de outras companhias. Essa influência será maior ou menor. se uma empresa detém parte do ativo de outra.com. De tal forma que o objetivo do exame nessa área é verificar o comportamento dos investimentos relevantes realizados pela empresa auditada. uma data. Você já deve saber que os investimentos da empresa são constituídos por aplicações financeiras. Estaremos interessados. Os principais procedimentos utilizados são: Davi Barreto e Fernando Graeff www. é importante definir um momento. Não é nosso foco discutir os critérios legais para contabilização desses investimentos. verifica-se a última anotação constante dos registros que indicará os materiais que. vamos falar sobre aqueles utilizados nas contas do grupo Investimentos. conforme o vulto do investimento. no último caso. o auditor deverá examinar e avaliar os investimentos relevantes para poder opinar sobre a real situação patrimonial e financeira de uma empresa. Lançamentos posteriores corresponderiam a mercadorias não registradas até o momento do “corte” e que. não podem constar no período em análise. até ali. mercadorias adquiridas no período posterior. aquele que trata dos investimentos relevantes de uma empresa.br 34 . a saúde econômica desta terá reflexos na daquela. Escolhido esse momento. um “corte” nas operações da empresa para servir de referencial para o auditor. É intuitivo o fato de que. As empresas. aplicam recursos em títulos e outros direitos. Dessa forma. principalmente.pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. você sabe que esses bens são deduzidos da depreciação.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 • Exame documental dos títulos de investimento: consiste em verificar os documentos comprobatórios da existência dos investimentos como cautelas de ações.pontodosconcursos. − ajustes de equivalência patrimonial (ágios.) Imobilizado Os bens do imobilizado representam. identificando possíveis superavaliações. − aquisições e baixas de ações e/ou quotas no período. confrontando com os registros contábeis e com as representações formais da administração (=carta de responsabilidade da administração). verificando: − descrição dos investimentos participação etc. Vejamos os principais procedimentos que o auditor pode aplicar nesse grupo de contas: • Verificação da existência física do bem: inspeção física para avaliar se os bens realmente existem e o seu estado de conservação. • Verificação da contabilização do investimento: conferência de cálculos. Aqui já podemos notar um dos principais objetivos da auditoria nessa área: avaliação da existência e da correta contabilização do ativo. geralmente. notamos outro ponto de interesse para a auditoria: a necessidade de averiguar a adequação do processo de depreciação. levando em consideração as aquisições e variações dos investimentos. (companhia. que é um processo de apropriação de custos e despesas e consequentemente redução do valor contábil do ativo. • Avaliações dos investimentos em coligadas e controladas: avaliar a aplicação do Método de Equivalência Patrimonial . deságios etc. Portanto.com.). Sabemos que esses ativos são contabilizados por todos os custos envolvidos em sua aquisição e instalação. Esses bens têm uma permanência prolongada na entidade e são destinados à manutenção de suas atividades. em alguns casos esses custos são acrescidos também de reavaliação.MEP. certificados e contratos sociais.br 35 . uma parcela significativa dos ativos da empresa. natureza da ação. identificando possíveis subavaliações dessas contas. Além disso. no passivo. as contas serão classificadas nos seguintes grupos: • passivo circulante. De acordo com a nova lei. Os procedimentos de auditoria a serem utilizados pelo auditor para a obtenção dos objetivos são dependentes da avaliação do controle interno e da materialidade. reservas de lucros. • Verificação do valor do Imobilizado: identificar o real valor do ativo. a Lei nº 11. Vejamos agora quais são os procedimentos de auditoria mais comuns nas contas do passivo para atingir esses objetivos: Procedimentos Inspeção física Confirmação direta (circularização) Inspeção de documentos originais • • • • • • • Aplicação Contagem das contas a pagar Contagem dos títulos a pagar Dos fornecedores Dos empréstimos a pagar Das contas a pagar Exame documental das faturas / notas fiscais Exame documental dos contratos de empréstimos Davi Barreto e Fernando Graeff www.br 36 . • Determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 • Verificação da propriedade e da existência de ônus: exame documental dos certificados de propriedade de veículos e certidões atualizadas dos registros de imóveis. que alterou a Lei nº 6. reservas de capital. da importância de cada conta contábil para as demonstrações tomadas em conjunto. e • patrimônio líquido. Bom. dividido em capital social. e • Determinar se estão corretamente classificados no Balanço Patrimonial e se as divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas. Da mesma forma que no ativo. modificou a classificação das contas do passivo no Balanço Patrimonial. ou seja. • Determinar a existência de ativos dados em garantia ou vinculações aos passivos.941/09. ações em tesouraria e prejuízos acumulados. vamos falar agora sobre alguns procedimentos de auditoria nas contas do passivo. • passivo não circulante.com.. cuja finalidade é: • Determinar se o passivo são pertencentes à empresa (a empresa realmente é a devedora?). ajustes de avaliação patrimonial.pontodosconcursos.404/76.. Dessa forma. devemos dar atenção especial ao procedimento de confirmação. Dos impostos a pagar Dos juros a pagar Da composição dos fornecedores Das provisões de férias. pois é um dos mais utilizados para a determinação de que o passivo registrado no contas a pagar é real e pertence mesmo a empresa (pertencer.br 37 .com. Uma vez definido o programa de auditoria. e • Amplitude do teste de confirmação Davi Barreto e Fernando Graeff www. Ou seja. Uma vez determinada a utilização do procedimento de confirmação para as contas a pagar. 13º salário etc. como em qualquer outra área. o programa de auditoria deve ser desenhado com o intuito de evitar trabalhos desnecessários ou que não atendam aos objetivos definidos. durante a execução do trabalho o auditor deve estar alerta para evitar possíveis trabalhos desnecessários ou deixar de realizar trabalhos não programados. Exame da conta razão dos fornecedores e do contas a pagar Exame da contabilização do período de competências Exame da documentação de compras Exame dos passivos com saldos devedores (=saldo virado) Exame das aprovações de compras Exame das aprovações de pagamentos Classificação adequada das contas Observação de ativos dados em garantia etc.pontodosconcursos. quer dizer que a empresa realmente é devedora daquele valor). nesse caso. O exame de auditoria na área de passivos. tem por finalidade atingir os objetivos previamente determinados. Na auditoria do passivo. porém importantes. o planejamento não é estanque.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Procedimentos • Recálculo • • • • • Escrituração • • • Investigação • • Observação • • Aplicação Exame documental das guias de impostos etc. Caso isso venha a ocorrer o programa deverá ser modificado para atender a eventuais trabalhos não programados. ele pode ser mudado no decorrer dos trabalhos conforme surja essa necessidade. devem-se levar em consideração: • Data-base de confirmação. Adicionalmente. nota fiscal de compra. comparando às apólices com os valores do imobilizado. Seguros Os procedimentos adotados na área de Seguros objetivam principalmente constatar qual a cobertura existente para os ativos da empresa. nem todos os pedidos de confirmação serão efetivamente devolvidos. que engloba o exame documental: • que comprove a existência de contas a pagar: ex. o auditor pode proceder ao exame alternativo. uma vez que. Nesse sentido. apropriações indébitas. fatura / duplicata. Isso pode ser feito por: • Exame das apólices vigentes: entrevistas com funcionários da empresa e exame documental das apólices para identificar quais ativos estão segurados e por qual valor.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Nunca é demais lembrar que as considerações referentes à data-base e à amplitude do teste de confirmação são dependentes da avaliação e efetividade dos controles internos. Estas informações denominadas como gratuitas devem ser minuciosamente examinadas. Com relação às respostas recebidas. Folha de Pagamento Davi Barreto e Fernando Graeff www. dependendo do resultado obtido daqueles efetivamente recebidos.pontodosconcursos.br 38 . pois podem revelar a existência de desvios. duplicata quitada. • que comprove por parte do credor seu crédito junto à empresa: ex. bem como valores de prêmios e seguros a pagar.com. mais importante do que verificar quais ativos estão segurados é averiguar o valor coberto pelos seguros. aviso bancário de pagamento. O pedido de confirmação empregado usualmente é a forma positiva em branco (ou seja. • da realização do contas a pagar: ex. o auditor deve estar atento para quaisquer informações apostas nas confirmações por credores. contas a pagar irreais ou incorreções. • Circularização com seguradoras: confirmação com seguradoras da validade das apólices. sem mencionar os valores) que traz maiores subsídios quanto à existência de passivos não registrados. Em suma. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Essas informações são muito importantes para avaliar se as contingências relevantes estão devidamente tratadas nas demonstrações contábeis. seja pela divulgação. Advogados Já falamos que a NBC TA 501 traz algumas orientações sobre a obtenção de evidências quanto à existência de litígios e reclamações. É importante relembrar que a recusa de um consultor jurídico em fornecer a informação solicitada pode causar uma limitação na extensão do trabalho suficiente para modificar a opinião de auditor. pedidos de indenização ou questões tributárias. O auditor busca circularizar esses profissionais para obter confirmação das informações fornecidas pela administração referentes a situações relacionadas a litígios.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Os testes na área de Folha de Pagamento devem ser orientados para verificar a razoabilidade do saldo final a pagar.pontodosconcursos. O procedimento mais comum presente na literatura é a realização de conciliações contábeis das folhas de pagamento. seja pela contabilização. o confronto das folhas de diferentes períodos com os registros contábeis. os testes de auditoria que envolvem advogados ou consultores jurídicos estão relacionados à verificação de contingências relevantes.br 39 .com. ou seja. de acordo com a probabilidade de sua ocorrência. de evidência. d) verificar a inclusão do valor total do registro inicial no registro final. (FCC/METRO SP/Analista Desenvolvimento Gestão Júnior Ciências Contábeis/2012) O auditor externo contratado pela Cia. de procedimentos. Resolução: Ora. c) partir do valor total do registro e conferir a soma dos registros intermediários. Constatou que o valor da taxa de depreciação aplicada a um determinado Davi Barreto e Fernando Graeff www. com a finalidade de comprovar a exatidão dos registros contábeis.Mamoré está realizando auditoria no ativo imobilizado da companhia. para verificar se há superavaliação em uma conta o auditor deve verificar se o saldo registrado na contabilidade está correto. o Auditor deve a) conferir e inspecionar lançamentos em contas similares no livro razão. Gabarito: A. e) partir do valor registrado no livro razão e comparar com o documentosuporte da transação.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Lista de Questões 01. Resolução: O auditor nesse caso está realizando “testes de detalhes” que é um tipo de procedimentos substantivo (teste substantivo). se não está maior do que deveria. comparando os lançamentos feitos com os documentos que suportam os registros. (FCC/DPE-SP/Contador/2013) Em um teste para avaliar se há superavaliação.com.br 40 . Industrial Madeira. 03. de confirmação. está realizando um teste a) b) c) d) e) substantivo.pontodosconcursos. visando obter evidências para verificar se os fatos contábeis foram adequadamente registrados. (FCC/DPE-SP/Contador/2013) Quando um Auditor confirma com o Banco do Sul SA o saldo disponível ao final do exercício. b) conferir a composição e o histórico dos lançamentos contábeis referentes ao registro inicial. 02. Gabarito: E. de observância. a taxa de depreciação está superestimada: Despesas de depreciação Depreciação acumulada Custo dos produtos (Estoques) Lucro Bruto Superavaliação Superavaliação Superavaliação Subavaliação Se a taxa de depreciação está superavaliada. se a depreciação está superavaliada (errada para mais). no período. • o item C está errado. as contas credoras também estão sendo testadas. foi registrada por um valor inferior ao correto. a despesa de depreciação não é afetada (se considerarmos que as máquinas em questão são para a área industrial e a depreciação for convertida em custo e não em despesa). na mesma direção. que o valor a) da conta de Estoque de Produtos Acabados. porque a vida útil de tais ativos foi subestimada. foi constatado que a vida útil dos ativos foi subestimada. portanto. e • o item E está errado. b) da conta de Depreciação Acumulada. no período. • o item D está errado. Na questão em análise. quando se testam as contas devedoras para a superavaliação. portanto. está subavaliado. Concluiu. Davi Barreto e Fernando Graeff www.com. Sabemos que devido ao fato de as transações na contabilidade serem registradas pelo sistema de partidas dobradas. o valor de depreciação levado a custo também estará superavaliado. se o custo está superavaliado. Resolução: Para resolver as questões de superavaliação e subavaliação é preciso recorrer aos conhecimentos de contabilidade. podemos dizer que: • o item A está correto. a conta está superavaliada. a conta de depreciação está superavaliada. d) da conta de Estoque de Produtos em Processo está subavaliado. • o item B está errado.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 grupo de máquinas estava incorreto. indiretamente. O mesmo ocorre nos testes para subavaliação. no período.br 41 . o lucro está subavaliado.pontodosconcursos. está superavaliado. c) da Despesa de Depreciação. e) do Lucro Bruto da Companhia está superavaliado. o auditor concluiu que o lucro contábil da companhia estava superestimado na importância equivalente. já que o contador da companhia não tinha considerado um incentivo fiscal de dedução do imposto.00).450.000.br 42 .pontodosconcursos. c) 12.00 ao saldo do extrato bancário em virtude do não registro contábil de despesas de juros nesse montante cobradas pela instituição financeira.00.00. Subavaliação do lucro bruto em R$ 500.00. III) Não registro de baixa de duplicata a receber paga. o custo corresponde a 1/10 desse valor.750. Resolução: Vamos analisar o efeito de cada fato no lucro contábil da companhia: I) Não registro de despesas de juros: superavaliação em R$ 2.00.500.250.00. III. Em consequência desses erros.00. que já tinha sido recebida pela companhia. e) 5. de R$ 120. IV.000. Na conta de Estoques.00 – R$ 9. Na conta de Imposto de Renda a Recolher estava contabilizado um valor de R$ 10. Davi Barreto e Fernando Graeff www. constava uma duplicata de R$ 8.500.750. (FCC/Infraero/Auditor Aud Ent P Comp Demonst Contábeis/2011) Nos procedimentos de auditoria independente da Cia.com. Na conta de Duplicatas a Receber.00.00. esta contabilizada corretamente. ABC foram constatadas as seguintes incorreções pelo auditor: I. não deram baixa do custo de mercadorias vendidas decorrentes de uma venda.450. II. d) 6. Não tem efeito no lucro bruto do período.00. na realidade. ou seja.850. a conta duplicatas a receber está superestimada e a conta bancos está subestimada.250.00. IV) Lançamento a maior na conta de Imposto de Renda a Recolher. pois é fato permutativo do ativo.000. a a) 14.000.00. pois a companhia deixou de reconhecer o incentivo fiscal de dedução do imposto (R$ 10.000.00. b) 13. quando.000. II) Não registro do custo de mercadoria vendida: se o lucro bruto corresponde a 9/10 de R$ 120. ocorre superavaliação de R$ 12. o valor correto seria R$ 9. cujo lucro bruto correspondeu a 9/10 desse valor. ou seja.00. O saldo da conta Bancos C/Movimento estava superior em R$ 2. em R$.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Gabarito: A 04. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Fato I II III IV Total Superestimação R$ 2.com. produzidas pela entidade ou por terceiros. (CESPE/SEDUC AM/Contador/2011) Considere que.00 (R$ 500. Em face dessa situação. (B) A qualidade é fator importante para determinar a suficiência das evidências. Resolução: Vamos analisar cada um dos itens: Item A: Certo. e ao relacionar as matrículas por série com a composição do material didático distribuído. fora da normalidade. (ESAF/Analista de Normas Contábeis e Auditoria – CVM/2010) Assinale opção falsa a respeito das evidências de auditoria. Gabarito: Certo. um auditor tenha relacionado. com vistas a encontrar situações ou tendências que se mostrem atípicas. (A) A quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação dos riscos de distorção.00 R$ 0. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (D) As auditorias anteriores não podem ser uma fonte de evidência segura se tiver sido executada por outra entidade de auditoria.00 Gabarito: B 05.pontodosconcursos. contábeis ou não. é correto afirmar que esse auditor aplicou procedimentos analíticos que incluem relações e comparações. o auditor está verificando o comportamento desses valores. em determinada escola.750.00) R$ 13. com o objetivo de testar a consistência da execução orçamentária e a fidedignidade dos demonstrativos. o aumento do número de alunos com a variação dos gastos com a merenda escolar e as matrículas por série com a composição do material didático distribuído. 06. Resolução: Ao relacionar o aumento do número de alunos com a variação dos gastos com merenda escolar. apropriadamente. ou seja.00 R$ 12.250.000. (C) A opinião do auditor é sustentada nas evidências de auditoria. (E) A forma primária de obtenção de evidência é a partir de procedimentos de auditoria executados durante o curso da auditoria.br 43 . Você deve estar lembrado da relação que existe entre o risco de distorção relevante e o risco de detecção. não é mesmo? Quanto maior o primeiro. a grande quantidade não vai compensar evidências ruins. para um baixo risco de detecção (menor probabilidade de o auditor errar). A opinião do auditor é técnica. Logo. menor deverá ser o segundo.com. Vimos que a qualidade afeta a quantidade de evidências. mas o contrário não é verdade. não precisamos de muitas. agora. Item E: Certo. (D) evidência de auditoria. Item D: Errado. 07. é necessária uma maior quantidade de evidências. isto é.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 A quantidade de evidência (suficiência) realmente é afetada pelo risco de distorção relevante. o gabarito é o item D. (E) adequação da evidência de auditoria. Ou seja. Item C: Certo. quando temos boas evidências. Item B: Certo.br 44 .pontodosconcursos. é conhecida como: (A) avaliação dos procedimentos de auditoria. (C) suficiência da evidência de auditoria. em que uma importante fonte de evidência é os papéis de trabalho do auditor anterior. a medida da qualidade da evidência de auditoria. Lembre-se de quando falamos sobre planejamento de 1ª auditoria. (FGV / ICMS-RJ / 2010) De acordo com as normas de auditoria em vigor. (B) avaliação dos papéis de trabalho dos especialistas. Auditorias anteriores podem fornecer evidências para o auditor. Resolução: A NBC TA 500 nos diz que a adequação da evidência é a medida da qualidade Davi Barreto e Fernando Graeff www. Assim. baseada sempre em evidências de auditoria suficientes e adequadas. Os procedimentos de auditora são as ferramentas que fornecem evidência para o auditor. a relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta o auditor. Resolução: De acordo com a NBC TA 330. testes de controle e testes de observância. Assim.AFPS . (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social . (B) testes de controle. suficientes e adequadas. o gabarito é a letra C. Resolução: Os procedimentos de auditoria devem ser desenhados para a obtenção de evidências de auditoria. (E) procedimentos analíticos substantivos. (D) evidência de auditoria. 08.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 da evidência de auditoria. (C) avaliar a estrutura dos controles internos. (FCC / Analista . Portanto. (FGV / ICMS-RJ / 2010) De acordo com as regras de auditoria o procedimento substantivo. (E) desenvolver um plano estratégico da empresa. testes de relevância e testes de procedimentos. Os procedimentos substantivos incluem: (a) testes de detalhes (de classes de transações. 10. revisão analítica e testes de detalhes. de saldos de contas e de divulgações). gabarito letra E.APOFP / 2010) Os testes de observância ou de aderência são aplicados pelas auditorias principalmente nas investigações 45 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.Os procedimentos relacionados para compor um programa de auditoria são desenhados para: (A) detectar erros e irregularidades significativas. (C) testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos. o procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. (D) coletar evidências suficientes de auditoria.2002) . 09. procedimentos analíticos e teste de controle. o gabarito é a letra D. a sua relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. (B) proteger o auditor em caso de litígio legal. e (b) procedimentos analíticos substantivos. planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações.br . inclui: (A) testes adjetivos. Portanto. isto é. gabarito letra D.2011) Os testes que visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela Administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento são denominados testes (A) de observância. (D) de aderência. Resolução: Essa questão é bem direta e quer saber o foco dos testes de observância ou aderência (nas normas novas.pontodosconcursos. (D) dos controles internos utilizados pelos gestores. 11. (C) investigação. Esse procedimento técnico básico corresponde a: (A) inspeção. (E) formais de contingência.com.br 46 . (B) procedimento analítico. (B) de revisão analítica.A. chamados de testes de controle).adaptada . Resolução: Vimos que os testes de controle. (B) de fraudes e erros. (C) substantivos. Portanto. o cálculo do índice de rotatividade dos estoques para verificar se apresentava índice correspondente às operações praticadas pela empresa. 12. (C) de contas e saldos. (FCC – Infraero – Analista Superior Auditoria . gabarito letra A. Portanto. Esses testes visam avaliar a adequação dos sistemas de controle interno.A auditoria externa realizou na empresa Avalia S. (D) observação. também conhecidos como testes de observância são procedimentos de auditoria planejados para avaliar a efetividade operacional dos controles internos na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 (A) das trilhas de auditoria. (E) dos valores representativos dos informes. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (ESAF/AFRFB/2009) . (E) confronto. aplicou um procedimento analítico substantivo (=revisão analítica) que.Assinale a opção que preenche certamente a lacuna da seguinte frase: “Considerado um procedimento técnico básico a ser aplicado em testes de controle e procedimentos substantivos.com. na aplicação dos procedimentos substantivos. o gabarito é a letra B. letra E. respectivamente: I . 13. quocientes. mediante índices. quantidades absolutas ou outros meios. como visto. O auditor. mediante índices. Portando.Verificação da classificação dos valores em curto e longo prazo. realizou os procedimentos a seguir.adaptada .Indique a opção certa correspondente. II . 14. quantidades absolutas ou outros meios. ou seja. obtendo as seguintes conclusões. se todas as notas estão contabilizadas. (ESAF/ATM/Natal/2008) .Conferência das cautelas de ações representativas dos investimentos contabilizados no Ativo Permanente. Davi Barreto e Fernando Graeff www. com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas.” (A) a inspeção (B) a observação (C) a investigação e a confirmação (D) o cálculo (E) procedimentos analíticos Resolução: Vamos responder mais procedimentos analítico.Determinação da última nota emitida no exercício e análise.br 47 . quocientes. com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas.adaptada . Gabarito. essa questão para fixarmos o conceito de O enunciado deixa claro que está se referindo ao conceito de procedimentos analítico (=revisão analítica). ____________ consiste(m) na verificação do comportamento de valores significativos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Resolução: O enunciado nos dá a dica.pontodosconcursos. III . consiste na verificação do comportamento de valores significativos. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) . a auditoria realizou o cálculo do índice de rotatividade dos estoques. Resolução: A verificação de que todas as operações foram registradas na contabilidade. (D) ocorrência.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 (A) ocorrência. cujo correspondente nas novas normas de auditoria. certificando que ele é o proprietário de um determinado número de ações. Portanto ao conferir esses documentos. integridade. (E) mensuração. comprou novo sistema de faturamento para registro de suas vendas. apresentação e ocorrência. haviam sido registradas na contabilidade.A.com. (B) existência. efetivamente. Item II . nas normas antigas. classificação. (E) divulgação. Resolução: Essa questão explora sob que perspectiva.Ao verificar se os valores de curto e longo prazo estão adequadamente classificados e divulgados. o auditor está atestando a sua existência. (C) mensuração. Portanto.br 48 .A cautela de ações é o documento emitido por uma sociedade anônima a um de seus acionistas. quanto à classe de transações e eventos para o período auditado. (ESAF/AFRFB/2009) – adaptada . Item III – Veja que ao verificar se todas as notas estão contabilizadas busca uma afirmação sobre a integridade. nos procedimentos substantivos. (D) abrangência. era chamada de “abrangência”. dizemos que o auditor está atestando a sua classificação. (C) análise.pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. o gabarito da questão é a letra B. abrangência e análise. (B) abrangência / integridade. análise e mensuração. ocorrência e apresentação. Vamos analisar os itens da questão: Item I . A auditoria externa realizou testes para confirmar se todas as operações de vendas. as afirmações devem ser avaliadas.A empresa Evolution S. Esse procedimento tem como objetivo confirmar a: (A) existência. 15. é “integridade”. quocientes.adaptada Quando da aplicação dos testes de controle e procedimentos substantivos.Área Controle Interno/CGU/2008) . letra D. (ESAF/ISS/RJ – Fiscal de Rendas/2010) Para a obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação. efetuou o acompanhamento dos inventários físicos. (C) revisão analítica. (E) verificação do comportamento de valores significativos. com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. 17. segundo a qual a confirmação é o procedimento de auditoria que possibilita ao auditor obter informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação. dentro ou fora da entidade. 16. (D) conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios. documentos e de ativos tangíveis. confrontou as notas Davi Barreto e Fernando Graeff www.Susep / 2010) O auditor interno. Nas novas normas tal procedimento passou a ser chamado de indagação. (ESAF / Analista . (B) observação.pontodosconcursos. quantidades absolutas ou outros meios. o procedimento de auditoria a ser aplicado é: (A) inspeção. registros e demonstrações contábeis e outras circunstâncias. mediante índices. Gabarito. o gabarito da questão é a letra E.com. 18. (E) solicitação de informações. dentro ou fora da entidade.br 49 . (B) acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. ao realizar seus testes.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Gabarito da questão: Letra B. (D) confirmação. dentro ou fora da entidade. Portanto. Resolução: Essa questão nos traz a definição de procedimento de revisão analítica constante nas normas antigas. Resolução: Essa questão é baseada nas normas antigas. Um deles – o procedimento analítico consiste no (a): (A) exame de registros. (ESAF/AFC . (C) obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação. o auditor deve considerar alguns procedimentos técnicos básicos. ainda. Portando. Confrontou as notas fiscais do período com os registros . é por meio do exame de registros e documentos que o auditor irá obter essas informações.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 fiscais do período com os registros e realizou a circularização dos advogados internos e externos. Resolução: Vamos ver cada uma das situações: Acompanhamento dos inventários físicos . investigação e observação. ou. observação e investigação. (C) recálculo. Portanto. gabarito letra E. (B) inspeção. (E) inventário físico. em forma eletrônica ou em outras mídias.adaptada . dentro ou fora da entidade é chamada de INVESTIGAÇÃO. (E) observação. A empresa estava em fase pré-operacional e agora passou a operar em plena atividade. o único que possibilita a constatação pretendida é a inspeção. que envolve o exame de registros ou documentos. ou seja. em forma de papel. pela própria definição.O acompanhamento de processo ou procedimento durante a sua execução é denominado de OBSERVAÇÃO. Inspeção e investigação. a inspeção é um procedimento que atinge os objetivos propostos pela questão. Resolução: Ora.O exame de registros e documentos e de ativos tangíveis é denominado INSPEÇÃO. dos procedimentos listados nas assertivas.br 50 . As projeções para os próximos cinco anos evidenciam lucros. O procedimento técnico básico que aplicado pelo auditor constataria esse evento seria: (A) ocorrência. (B) circularização. 19. internos ou externos.com. o exame físico de um ativo. Circularização dos advogados internos e externos – A obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação. possui prejuízos fiscais apurados nos últimos três anos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (D) inspeção.A empresa Grandes Resultados S. observação e inspeção.A. inspeção e observação. (C) confirmação. (ESAF/AFRFB/2009) . Esses procedimentos correspondem respectivamente a: (A) investigação.pontodosconcursos. (D) circularização. que o processo de autorização dos pagamentos seja feito de forma eletrônica. o recálculo não o ajuda. de cálculos matemáticos? Dessa forma. Gabarito da questão: Letra E. ao visitar a área.A.A Companhia Legal tem estabelecido. devendo o supervisor da área revisar todas as autorizações dos analistas. note que a questão pergunta "qual o procedimento constataria o evento". em seu manual de normas e procedimentos. da execução de atividades de controle. (C) mensuração.. por exemplo. a fase atual de normalidade e os lucros projetados. Resolução: A observação consiste no exame do processo ou procedimento executado por outros. É importante entender que o auditor pode utilizar os diversos procedimentos de auditoria em determinadas áreas. possui prejuízos fiscais apurados nos últimos três anos. ou seja. (E) observação. em que ele ajuda o auditor.br 51 . Neste caso. passar o seu cartão no leitor óptico e marcar um espaço com “X”. letra D. ou. (ESAF/AFRFB – Receita/2009) A empresa Grandes Resultados S.com. se o objetivo do auditor fosse verificar a exatidão aritmética dos cálculos que embasaram as projeções. 20. ainda. o auditor observa os empregados da entidade fazendo a contagem do estoque. (B) revisão analítica. qual procedimento poderia auxiliar o auditor a identificar essa fase pré-operacional. (ESAF/ATM/Natal/2008) .. o supervisor tem obrigatoriamente que entrar na área de aprovações do sistema.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Alguns alunos já nos perguntaram “Professor. As projeções Davi Barreto e Fernando Graeff www. No entanto. (D) avaliação. contudo. a resposta não poderia ser recálculo (cálculo)?” Veja..pontodosconcursos. O auditor. em última análise. a projeção de lucros para os próximos anos não advém. sempre temos que ter em mente qual é o objetivo daquele procedimento.. autorizando. 21. digitar sua senha. Neste caso. Esse procedimento técnico adotado pelo auditor é considerado uma: (A) investigação. o recálculo será o procedimento ideal. A empresa estava em fase pré-operacional e agora passou a operar em plena atividade. Gabarito. Para isso. presencia um analista de posse do cartão e senha do supervisor executando sua função. que o processo de autorização dos pagamentos seja feito de forma eletrônica. em seu manual de normas e procedimentos. Logo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 para os próximos cinco anos evidenciam lucros. o supervisor tem obrigatoriamente que entrar na área de aprovações do sistema. (E) observação. (D) inspeção. digitar sua senha. Para isso. que estava em fase préprojeções para os próximos anos evidenciam lucros). devendo o supervisor da área revisar todas as autorizações dos analistas. Logo. (ESAF/Auditor de Tributos Municipais – Sefin Natal/2008) A Companhia Legal tem estabelecido. Ou seja. (B) circularização. Trata-se então de uma observação. Ora. (B) revisão analítica. temos que tentar entender qual dos auditoria traria essas informações para o auditor a empresa teve prejuízos fiscais. Vejamos. Resolução: No caso específico procedimentos de (constatação de que operacional e que as dessa questão.pontodosconcursos. (C) cálculo. 22. O procedimento técnico básico que aplicado pelo auditor constataria esse evento seria: (A) ocorrência. Esse procedimento técnico adotado pelo auditor é considerado uma: (A) investigação. ao visitar a área.. a resposta é o item D. O auditor. ele observa um processo falho. é a partir da inspeção . O auditor. (C) mensuração. Resolução: Essa questão apenas traz uma historinha para desvendarmos qual é o procedimento em questão. (E) inventário físico.. (D) avaliação.br 52 . a resposta correta é o item E. autorizando.por meio do exame de registros e documentos que o auditor irá obter essas informações. presencia um analista de posse do cartão e senha do supervisor executando sua função..com.. Davi Barreto e Fernando Graeff www. ao visitar a área. presencia (=observa) um analista de posse do cartão e senha do supervisor executando sua função. passar o seu cartão no leitor óptico e marcar um espaço com “X”. assinatura eletrônica etc. Item C: Errado. examinar recebimentos subsequentes específicos. (B) As respostas recebidas eletronicamente. documentação de embarque e vendas próximas ao final do período. os seguintes procedimentos alternativos de auditoria podem ser executados: observar saldos de contas a pagar.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 23. por exemplo. podendo ser difícil estabelecer a prova de origem e autoridade da parte que confirma e a identificação de alterações. Todas as exceções representam distorções. por fax ou correio eletrônico. se enquadra na definição de confirmação externa. hoje em dia isso já pode ser mitigado com mecanismos como criptografia. certificados digitais. (A) Quando uma resposta foi enviada ao auditor indiretamente (por exemplo. uma deficiência. Resolução: Vamos analisar cada um dos itens. ou deficiências. Item A: Errado. (C) Uma resposta verbal a uma solicitação de confirmação. (FGV/Fiscal de Rendas – Sefaz RJ/2011) Com base nas disposições do Conselho Federal de Contabilidade.com. Item B: Certo. As exceções podem indicar. Não só pode como deve. assinale a alternativa correta. Um processo usado pelo auditor e a parte que confirma. o auditor pode concluir que diferenças nas respostas à solicitação de confirmação são decorrentes de época. o auditor deve avaliar se essa distorção é indicativa de fraude. porque a parte que confirma endereçou a resposta incorretamente para a entidade ao invés de encaminhar para o auditor). no controle interno da entidade sobre o processo de encerramento e elaboração de demonstrações contábeis. Perfeito. Informações eletrônicas possuem um risco inerente de serem fraudadas.pontodosconcursos. envolvem riscos relacionados à confiabilidade. o auditor não pode solicitar a essa parte que envie uma nova resposta por escrito diretamente a ele. também. Quando uma distorção é identificada. Davi Barreto e Fernando Graeff www. O ideal é que o auditor receba diretamente a resposta do terceiro. que institua um ambiente seguro para as respostas recebidas eletronicamente. (D) Quando a resposta não for recebida. contudo.br 53 . (E) As exceções observadas em respostas a solicitações de confirmação podem indicar distorções ou possíveis distorções nas demonstrações contábeis. mensuração ou erros de transcrição nos procedimentos de confirmação externa. por si só. As exceções podem fornecer um guia para a qualidade das respostas de partes que confirmam similares ou para contas similares. pode reduzir esses riscos. Por exemplo. Resolução: Caro aluno.A empresa de prestação de serviços NBA Informática S.A. os procedimentos listados na questão são específicos para determinada situação e não a regra para qualquer caso.00 nessa verba. A folha de pagamentos apresentava remuneração de R$ 20. 24. (C) o passivo está subavaliado e o resultado está subavaliado. o gabarito é o item B. Mas o que são exceções? As exceções são as discordâncias entre aquilo que o terceiro responde e aquilo que existe na contabilidade.000.000. tem seus processos integrados sistemicamente.000. Logo. pode-se afirmar que: (A) o passivo está superavaliado e o resultado está subavaliado.com. (E) o passivo está superavaliado e o resultado está superavaliado. para contabilização de uma nova verba de horas extras a pagar. Quando não for possível obter evidências por meio de confirmações. esse tipo de questão é muito comum em provas de auditoria. No mês de julho de 2009. de 100% de acréscimo. Respostas informais são obtidas por meio de indagação. outros procedimentos de auditoria podem ser utilizados. na contabilidade está registrado que o Fornecedor X tem um crédito de R$ 10. Item D: Errado. não foi feita a parametrização no sistema. (D) os saldos estão adequados sem subavaliação ou superavaliação. (B) o ativo está subavaliado e o passivo está superavaliado.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Confirmação externa DEVE necessariamente ser escrita e formal. Davi Barreto e Fernando Graeff www.00 com a empresa. Item E: Errado. como você já deve ter notado. o mesmo Fornecedor X afirma que o valor do seu crédito é de R$ 20. A folha de salários é integrada à contabilidade mensalmente. Dessa forma. ao ser circularizado.pontodosconcursos. para resolver as questões de superavaliação e subavaliação é preciso recorrer principalmente aos seus conhecimentos de contabilidade (muito mais até do que discutimos até aqui sobre auditoria). No entanto.br 54 . Por exemplo.00. No entanto. (ESAF/AFRFB/2009) . Nem todas as exceções são distorções. contudo. Portanto. terrenos devem ser sempre contabilizados no Imobilizado. as contas credoras também estão sendo testadas. em virtude de a atividade da empresa ser de comercialização de imóveis. indiretamente.. em virtude da não contabilização das despesas com horas extras.br 55 . ou seja. na mesma direção. sua contrapartida. o que está subavaliado. letra C. de um terreno destinado à construção da sede da empresa. Sabemos que devido ao fato de as transações na contabilidade serem registradas pelo sistema de partidas dobradas. e foi corretamente anulada pela ESAF.. este apresentará saldo sub-avaliado. por conseguinte. (ESAF/AFRE – SEFAZ CE/2006) Ao analisar a contabilização em uma imobiliária. o resultado do período.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Vejamos como resolvê-las. (C) independentemente da atividade da empresa. que não foi feito o lançamento das horas extras referentes ao período. O enunciado da questão nos informa. (E) o referido procedimento está adequado. Resolução: Davi Barreto e Fernando Graeff www. afirma que o resultado está subavaliado. quando se testam as contas devedoras para a superavaliação. Gabarito: Anulada.com. Porém. é o saldo da conta de resultado: “despesas com horas extras”. O mesmo ocorre nos testes para subavaliação. resumidamente. assim: A conta credora “horas extras a pagar” (conta do passivo) está subavaliada. 25. a questão não tem resposta correta. está maior do que o devido. o que não é verdade. a mesma estará com seu saldo sub-avaliado e o Contas a Pagar superavaliado. (D) ao proceder o teste primário de superavaliação do Contas a Receber. esta conta estará sub-avaliada e a conta Estoques de Terrenos estará superavaliada.pontodosconcursos. a conta devedora “despesas com horas extras” (conta de resultado) também está subavaliada. o gabarito. Ao contrário do que afirma a letra inicialmente apontada como gabarito da questão. (B) ao praticar o teste primário de superavaliação na conta de Estoques. como vimos. está superavaliado. percebeu-se que o mesmo tinha sido contabilizado nos Estoques. por se tratar de bem imóvel. Pode-se afirmar que (A) ao executar o teste primário de superavaliação na conta de Terrenos no Imobilizado. erroneamente. Pois bem.br 56 .pontodosconcursos. Portanto.com. o que o auditor constatou? Ele constatou que o referido terreno foi contabilizado. o teste geralmente aplicado é o de superavaliação. apesar de a atividade da empresa ser de comercialização de imóveis. portanto. Item B: errado. Item C: errado. pois. Primeiro passo. Contudo. Portanto. trata-se de uma superavaliação da conta de Estoque de Terrenos. temos que identificar onde está refletindo o erro constatado pelo auditor: como vimos. em particular. Vimos que no caso de contas devedoras. a conclusão deveria ser que a conta está superavaliada e não subavaliada. Item A: correto. ou seja. esse terreno. estava verificando a grupo do ativo imobilizado (conta devedora). Finalmente. a conta devedora Estoque de Terrenos absorveu esse erro. O referido procedimento não está adequado. qual foi o teste principal do auditor? Ora. Não há nenhum motivo para fazer testes de superavaliação de Contas a Receber. Item D: errado. Vejamos cada um dos itens. Item E: errado. pode ter terrenos contabilizados no Estoque. Após executar esse teste. Davi Barreto e Fernando Graeff www. comprar e vender terrenos faz parte das suas atividades.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Bom… nossa questão fala que um terreno destinado à construção da sede da empresa imobiliária foi contabilizado na conta Estoque de Terrenos. tinha valor menor do que o esperado. o auditor executou um teste de superavaliação na conta Terrenos do Imobilizado. em outra conta. O auditor poderia ter aplicado um teste primário de superavaliação da conta de Estoques (=conta devedora). Por tratar-se de uma empresa imobiliária. destina-se à construção da sede da empresa. a conta Terrenos do Imobilizado estava subavaliada. pois. (B) o saldo da conta Equipamentos de Informática está subavaliado. constatou que um computador que havia sido comprado para ser utilizado na fábrica para controlar uma máquina encontrava-se registrado em um centro de custos da área administrativa financeira. na qual o computador foi acoplado está superavaliada. Sobre o valor da reavaliação incide o Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ.pontodosconcursos. Assim. pode o auditor afirmar que (A) o saldo da conta de Despesa de Depreciação está subavaliado. (C) a conta de imposto de renda diferido está superavaliada. (E) a conta de resultado do exercício está subavaliada. (D) o saldo da conta de Custos das Mercadorias Vendidas está superavaliado. (C) a Depreciação da Máquina. os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até o final do exercício social de 2008 (exercício seguinte à publicação da Lei). Nesse caso. 6º da Lei nº 11. a conta “imposto de renda diferido” está maior do que deveria ser.638/2007. (ESAF/Auditor de Tributos Municipais – Sefin Natal/2008) O auditor.br 57 . Resolução: Segundo o art.com. Gabarito: Letra C. realizou o estorno da Reserva de Reavaliação. referido imposto no momento da contabilização da reavaliação é lançado na conta “imposto de renda diferido”. Dessa forma pode-se afirmar que: (A) a conta de reserva de reavaliação está superavaliada. Resolução: Davi Barreto e Fernando Graeff www. só será transferido para a despesa na medida da realização da reserva. ao efetuar os testes de movimentações e saldos na conta de equipamentos de informática. No entanto.638/07. conforme permissibilidade estabelecida pela Lei n. 27. o enunciado informa que os impostos não foram estornados.A empresa Parcial S.A.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Gabarito: A 26. ou seja. (B) a conta de investimento reavaliação está adequada. o contador não realizou o estorno dos impostos pertinentes à reavaliação. (E) o valor da Depreciação levado a custo está subavaliada. 11. Como referido imposto não foi revertido no momento do estorno da reavaliação. (D) a conta de lucros acumulados está superavaliada. (ESAF/AFRFB/2009) . o saldo da conta está superavaliado. (C) superavaliação do ativo. como um valor que seria custo está sendo lançado como despesa. esse erro gera o seguinte efeito no patrimônio da empresa: (A) subavalição do ativo. a depreciação correspondente a esse item não estava sendo lançada como custo de fabricação e sim como despesa administrativa. como o valor da depreciação estava sendo lançado erroneamente como despesa. o saldo da conta CMV está subavaliado. do patrimônio líquido e do lucro líquido. Item E: certo. (B) subavaliação do passivo. pois o equipamento. pois esse custo não foi devidamente apropriado. Antes que qualquer ajuste seja efetuado. do lucro líquido e do patrimônio líquido.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 O enunciado afirma que um computador que era para estar registrado na fábrica. Exatamente. está lançado. Pelo contrário. apesar de lançado no departamento errado. Se a depreciação estava sendo lançada erroneamente na conta de despesa. Item B: errado. O saldo da conta de depreciação da máquina não é afetado. Item D: errado. Quartzo Rosa incorreu em um erro no reconhecimento da apropriação da receita de juros sobre o investimento em debêntures. Item C: errado. o valor da depreciação levado a custo está subavaliado. O saldo da conta de equipamentos de informática não é alterado nem para mais nem para menos. do patrimônio líquido e do lucro líquido.com. em decorrência disso. Vamos analisar as opções: Item A: errado. (D) superavaliação do passivo. Davi Barreto e Fernando Graeff www. do lucro líquido e do patrimônio líquido. (FGV/SEFAZ RJ . então ela está superavaliada e não subavaliada.Fiscal de Rendas/2009) . Gabarito: E 28.pontodosconcursos.O contador da Cia.br 58 . estava registrado na administração. deixando de contabilizar a receita de juros no ano corrente. a falta desse lançamento terá como efeito um resultado do período subavaliado (ou um lucro líquido menor ou um prejuízo maior). está adquirindo terreno para construção de sua sede. e. a conta “Receita Financeira” (Resultado). portanto.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 (E) subavaliação do ativo e do resultado e superavaliação do patrimônio líquido. Dessa forma. (E) omissão de receita. Portanto. Gabarito. os quais evidenciaram a contaminação. Resolução: A historinha do enunciado nos conta que existe um passivo que não foi reconhecido nas demonstrações contábeis.00.com.000. 29. (ESAF/Auditor de Tributos Municipais – Sefin Natal/2008) O auditor fiscal. bem como sua contrapartida. Desta forma.000. a conta “Juros a Receber” (Ativo) está subavaliada. Com essa informação pode o auditor concluir que: Davi Barreto e Fernando Graeff www. trata-se de um passivo oculto. solicitou que fossem feitos exames do solo. evidenciando para o auditor um: (A) ativo fictício. (B) ativo oculto. (C) passivo fictício. letra D. 30. somados às cobranças em aberto. Não foram encontrados registros de provisões ou reservas para o fato. por conseguinte. Resolução: Segundo o enunciado não foi feita a apropriação da receita de juros sobre investimentos em debêntures. ao avaliar o extrato bancário da conta. constata que o volume de recursos existentes nessa conta. (ESAF/Auditor de Tributos Municipais – Sefin Natal/2008) A empresa Séria Ltda. No processo de aquisição. o gabarito da questão é a letra A.pontodosconcursos.br 59 . um patrimônio líquido subavaliado (menor) e um ativo total também subavaliado (menor). superam em 20% o total do faturamento do mês contabilizado na conta de vendas. O valor estimado da multa ambiental para esse tipo de contaminação é de R$ 2. (D) passivo oculto. em decorrência do terreno localizar-se em área ocupada por empresa que produzia produtos poluentes. pela qual a empresa realiza suas cobranças. (B) existem ativos ocultos na empresa.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 (A) o saldo da conta caixa se encontra negativo. Enfim. não é? Os registros não estão adequados. (C) existe evidência de suprimentos não comprovados. a situação descrita é um indício e não uma evidência. Item D: errado. É o famoso “caixa dois”. pode ser um indício de falta de origem para justificar os suprimentos de disponíveis (caixa. Resolução: Item A: errado. (E) os registros estão adequados. Item E: errado.pontodosconcursos. como um simples erro de escrituração. quando nos deparamos com uma situação em que há mais recursos em caixa do que os registrados. (D) existe omissão de pagamentos efetuados pela empresa. Vamos analisar o que está acontecendo… Há mais ativos ($$ em conta + cobranças em aberto) do que aqueles registrados (faturamento contabilizado no mês). Esse item poderia causar certa confusão. Item C: errado. Contudo. bancos etc.br 60 .com.). Item B: correto. Realmente. Pois a existência de ativos ocultos pode ser dar por outros motivos diferentes do “caixa dois”. Esse item é bem mais fácil de eliminar. sendo necessário somente conciliar as contas. Gabarito: B. A questão nada fala sobre a conta Caixa e não temos nenhum elemento para afirma que se encontra com saldo credor. Davi Barreto e Fernando Graeff www. há ativos não registrados (=ocultos). Os pagamentos efetuados pela empresa não influenciam os saldos de Contas a Receber e de Conta Banco específica para recebimento de clientes. caro concursando. (E) observação de processo de controle. o procedimento de (A) revisão analítica de recebíveis.pontodosconcursos. Resolução: A contagem dos valores (dinheiro. (B) inspeção de ativos tangíveis. 32. (A) Inspeção documental para exame dos documentos de pagamentos e recebimentos e solicitação de informações aos bancos mediante circularização. (B) Ativo Realizável a Longo Prazo. é procedimento básico de auditoria aplicável à verificação em conta do: (A) Ativo Circulante.A inspeção física. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ SP/2006) . Gabarito.br 61 . (E) Patrimônio Líquido. pois são os mais sujeitos à utilização indevida. por meio da contagem de numerário. 33.Para certificar-se que direitos de crédito efetivamente existem em determinada data. cheques.com. (B) Revisão de cálculos por meio da conferência da exatidão aritmética do valor e inspeção para verificação dos documentos que serviram de base para fixação dos critérios de cálculo. (FGV/Fiscal da Receita Estadual do Amapá/2010) . Portanto. também chamada de circularização. (ESAF/ APOFP – SEFAZ SP/2009) . (D) conferência do cálculo dos créditos. letra C. (C) circularização dos devedores da companhia. principalmente.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 31. Resolução: O principal procedimento de auditoria aplicável nas contas Clientes para verificar a existência de direitos de crédito é a confirmação externa. (D) Passivo Circulante.Assinale a alternativa que indique os procedimentos de auditoria aplicáveis à conta Provisão para Devedores Duvidosos. o auditor independente utiliza. títulos de pronta liquidez) é utilizada para verificar a existência dos ativos circulantes de maior liquidez como os valores em caixa. (C) Ativo Permanente. o item correto é a letra A. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (D) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos no caso de depreciação e amortização acumulada. pois seria pouco eficiente. (C) segregar a carteira de clientes em função de períodos de contas vencidas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. temos que ter em mente que se trata de um empresa que vende grande parte da sua produção a prazo (70%) para diferentes clientes (cerca de 5 mil). O perfil de seus clientes é o de pessoas que possuem renda familiar de até 10 salários mínimos. Na análise da constituição de provisão para devedores duvidosos do saldo de clientes da Cia. (E) estabelecer um valor adicional de provisão para cobrir perdas prováveis. medindo tendências e probabilidades de perdas. que nos traz um procedimento aplicável à conta de PDD é a revisão do cálculo e da inspeção dos documentos que cálculo. (B) analisar individualmente o máximo possível a carteira de clientes da empresa e tirar suas conclusões pessoais. 70% de seus produtos a prazo e possui cerca de 5 mil clientes. (E) Revisão de cálculos e investigação e confirmação das operações por meio de circularização de informações financeiras. questionando quanto à posição em atraso e suas justificativas. não seria uma boa solução. Resolução: A única assertiva B. (D) efetuar testes globais sobre o saldo de clientes. Miudezas. nesse caso.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 (C) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos para a verificação dos valores lançados nos investimentos. o auditor deve (A) circularizar um percentual significativo de clientes. Miudezas vende. Imagine mandar cartas para milhares de clientes e depois analisar as respostas. (ESAF/AFRFB/2002) A Cia. Circularizar um percentual significativo de clientes. Como o auditor deve se assegurar que a conta PDD está correta? Item A: errado. o auditor irá verificar se o valor provisionado está a probabilidade de perdas devido à inadimplência dos 34. em média. Resolução: Vamos analisar cada um dos itens. uma vez que as perdas efetivas do setor variam de 5 a 10 % das vendas.br 62 .com.pontodosconcursos. por meio da suportaram esse condizente com devedores. Primeiro. com baixo-média renda. de modo que não afete o fluxo de caixa projetado. Item C: certo.br para verificar o 63 . o auditor deve efetuar o cut-off para: (A) determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares.com.pontodosconcursos. serve Davi Barreto e Fernando Graeff www. (E) comprovar que os documentos de compras de mercadorias estão suportados por documentação suporte às necessidades da empresa. Analisar individualmente cada cliente também seria pouco eficiente. Essa informação não foi dada (perdas efetivas do setor variam de 5 a 10 % das vendas)..Durante o acompanhamento de um inventário físico de estoques. (C) determinar o momento em que as três últimas compras e as três últimas vendas de mercadorias ocorreram durante o inventário. (D) comprovar que os procedimentos adotados pela administração para a contagem de estoques são adequados às práticas usuais. O gabarito é o item A: o auditor deve efetuar o cut-off para determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares. aplicar um percentual único não seria uma boa opção. bem como os documentos com eles relacionados. Esse procedimento em nada ajuda a avaliar o valor correto do PDD. são milhares de pessoas e uma análise caso-a-caso seria muito custosa. pois o cut-off não acondicionamento no almoxarifado da empresa. refletem o levantamento do inventário. bem como os documentos com eles relacionados. Além disso. (B) comprovar que efetivamente todos os itens a serem inventariados estão adequadamente acondicionados no almoxarifado da empresa. refletem o levantamento do inventário. com uma carteira de clientes tão grande e diversificada. Resolução: Vamos analisar cada um dos itens. Item D: errado.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Item B: errado.. (ESAF/AFRFB/2002) . O item B está errado. 35. Essa seria uma boa opção: estratificar a população de clientes e construir mapas de idades com indicadores de insolvência pode ajudar a chegar a uma boa estimativa do PDD. Item E: errado. Mais uma vez. com.. Forte abraço.. Bom. hoje paramos por aqui. pois o auditor deve verificar a última compra e a última venda e não as “três últimas”.pontodosconcursos.br 64 . A gente se vê na próxima aula. mas para estabelecer uma data limite. um momento referencial para análise.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Já o item C está errado. Davi e Fernando Davi Barreto e Fernando Graeff www. pois o “corte” não objetiva comprovar os procedimentos de contagem ou de suporte documental. Os itens D e E estão errados. Não se esqueça de participar do nosso Fórum. (FCC/DPE-SP/Contador/2013) Em um teste para avaliar se há superavaliação. com a finalidade de comprovar a exatidão dos registros contábeis. está superavaliado. b) da conta de Depreciação Acumulada. no período. Industrial Madeira.br 65 . o Auditor deve a) conferir e inspecionar lançamentos em contas similares no livro razão. que o valor a) da conta de Estoque de Produtos Acabados. 04. 03. de evidência. b) conferir a composição e o histórico dos lançamentos contábeis referentes ao registro inicial. d) verificar a inclusão do valor total do registro inicial no registro final. ABC foram constatadas as seguintes incorreções pelo auditor: Davi Barreto e Fernando Graeff www. de procedimentos. (FCC/Infraero/Auditor Aud Ent P Comp Demonst Contábeis/2011) Nos procedimentos de auditoria independente da Cia. 02. portanto.Mamoré está realizando auditoria no ativo imobilizado da companhia. (FCC/METRO SP/Analista Desenvolvimento Gestão Júnior Ciências Contábeis/2012) O auditor externo contratado pela Cia. e) partir do valor registrado no livro razão e comparar com o documentosuporte da transação. c) da Despesa de Depreciação. no período. foi registrada por um valor inferior ao correto. Concluiu. (FCC/DPE-SP/Contador/2013) Quando um Auditor confirma com o Banco do Sul SA o saldo disponível ao final do exercício. está subavaliado. e) do Lucro Bruto da Companhia está superavaliado. d) da conta de Estoque de Produtos em Processo está subavaliado.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Lista de Questões 01. c) partir do valor total do registro e conferir a soma dos registros intermediários. porque a vida útil de tais ativos foi subestimada. de confirmação. de observância. está realizando um teste a) b) c) d) e) substantivo. no período.pontodosconcursos. Constatou que o valor da taxa de depreciação aplicada a um determinado grupo de máquinas estava incorreto. 00 ao saldo do extrato bancário em virtude do não registro contábil de despesas de juros nesse montante cobradas pela instituição financeira. o aumento do número de alunos com a variação dos gastos com a merenda escolar e as matrículas por série com a composição do material didático distribuído. (E) A forma primária de obtenção de evidência é a partir de procedimentos de auditoria executados durante o curso da auditoria. 05. na realidade. que já tinha sido recebida pela companhia. (C) A opinião do auditor é sustentada nas evidências de auditoria. já que o contador da companhia não tinha considerado um incentivo fiscal de dedução do imposto. Em face dessa situação. em R$.750.00.com. Na conta de Estoques. o valor correto seria R$ 9.250. apropriadamente. contábeis ou não. constava uma duplicata de R$ 8.00. (FGV / ICMS-RJ / 2010) De acordo com as normas de auditoria em vigor.00. c) 12. 07.450. não deram baixa do custo de mercadorias vendidas decorrentes de uma venda.00. (A) A quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação dos riscos de distorção. esta contabilizada corretamente.pontodosconcursos.000.450.00. é conhecida como: Davi Barreto e Fernando Graeff www.00. IV.000. (D) As auditorias anteriores não podem ser uma fonte de evidência segura se tiver sido executada por outra entidade de auditoria.750.br 66 . produzidas pela entidade ou por terceiros.00.00. um auditor tenha relacionado. (B) A qualidade é fator importante para determinar a suficiência das evidências. 06. em determinada escola. a a) 14. b) 13.850. cujo lucro bruto correspondeu a 9/10 desse valor. o auditor concluiu que o lucro contábil da companhia estava superestimado na importância equivalente. III. II. com o objetivo de testar a consistência da execução orçamentária e a fidedignidade dos demonstrativos. a medida da qualidade da evidência de auditoria. Na conta de Imposto de Renda a Recolher estava contabilizado um valor de R$ 10. e) 5.500. d) 6. Em consequência desses erros. O saldo da conta Bancos C/Movimento estava superior em R$ 2. de R$ 120. quando.000. (ESAF/Analista de Normas Contábeis e Auditoria – CVM/2010) Assinale opção falsa a respeito das evidências de auditoria. isto é. é correto afirmar que esse auditor aplicou procedimentos analíticos que incluem relações e comparações. Na conta de Duplicatas a Receber.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 I. (CESPE/SEDUC AM/Contador/2011) Considere que.00. a relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta o auditor. (C) substantivos. procedimentos analíticos e teste de controle. (B) de fraudes e erros. (C) avaliar a estrutura dos controles internos. 11. (E) formais de contingência.com. planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. (B) de revisão analítica. 08. (FCC / Analista . (E) procedimentos analíticos substantivos. (C) de contas e saldos. inclui: (A) testes adjetivos. (E) desenvolver um plano estratégico da empresa. (B) proteger o auditor em caso de litígio legal. 09. testes de controle e testes de observância.APOFP / 2010) Os testes de observância ou de aderência são aplicados pelas auditorias principalmente nas investigações (A) das trilhas de auditoria. revisão analítica e testes de detalhes. (E) adequação da evidência de auditoria. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social . (D) de aderência. (E) dos valores representativos dos informes. (D) coletar evidências suficientes de auditoria. 10. (FCC – Infraero – Analista Superior Auditoria . (C) suficiência da evidência de auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 (A) avaliação dos procedimentos de auditoria. (FGV / ICMS-RJ / 2010) De acordo com as regras de auditoria o procedimento substantivo. (C) testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos.Os procedimentos relacionados para compor um programa de auditoria são desenhados para: (A) detectar erros e irregularidades significativas.2002) .pontodosconcursos.2011) Os testes que visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela Administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento são denominados testes (A) de observância. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (B) avaliação dos papéis de trabalho dos especialistas.AFPS . (D) dos controles internos utilizados pelos gestores. (B) testes de controle.br 67 . testes de relevância e testes de procedimentos. (D) evidência de auditoria. (D) evidência de auditoria. Verificação da classificação dos valores em curto e longo prazo.adaptada . integridade. (B) existência.A.adaptada .Assinale a opção que preenche certamente a lacuna da seguinte frase: “Considerado um procedimento técnico básico a ser aplicado em testes de controle e procedimentos substantivos. respectivamente: I . (C) investigação.adaptada . ocorrência e apresentação. 13.Indique a opção certa correspondente. (E) confronto. II . quantidades absolutas ou outros meios.Determinação da última nota emitida no exercício e análise. obtendo as seguintes conclusões.pontodosconcursos. (D) observação. quocientes. na aplicação dos procedimentos substantivos.A auditoria externa realizou na empresa Avalia S.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 12.br 68 .Conferência das cautelas de ações representativas dos investimentos contabilizados no Ativo Permanente.A. O auditor. realizou os procedimentos a seguir. (C) análise. (A) ocorrência. Esse procedimento técnico básico corresponde a: (A) inspeção. classificação. (ESAF/ATM/Natal/2008) . A auditoria externa Davi Barreto e Fernando Graeff www. 15. abrangência e análise. ____________ consiste(m) na verificação do comportamento de valores significativos. III . com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. mediante índices.com. comprou novo sistema de faturamento para registro de suas vendas. (ESAF/AFRFB/2009) – adaptada . (B) procedimento analítico. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) . (E) mensuração. análise e mensuração. (D) abrangência.” (A) a inspeção (B) a observação (C) a investigação e a confirmação (D) o cálculo (E) procedimentos analíticos 14.A empresa Evolution S. o cálculo do índice de rotatividade dos estoques para verificar se apresentava índice correspondente às operações praticadas pela empresa. se todas as notas estão contabilizadas. apresentação e ocorrência. (ESAF/AFRFB/2009) . (ESAF/AFC . ao realizar seus testes. Um deles – o procedimento analítico consiste no (a): (A) exame de registros. (D) circularização. (C) revisão analítica. (ESAF / Analista . (D) ocorrência. (E) solicitação de informações. (E) observação. (B) acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. quantidades absolutas ou outros meios. (ESAF/ISS/RJ – Fiscal de Rendas/2010) Para a obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação. (C) confirmação. 17. (E) verificação do comportamento de valores significativos. o auditor deve considerar alguns procedimentos técnicos básicos. (D) confirmação.pontodosconcursos. inspeção e observação.adaptada Quando da aplicação dos testes de controle e procedimentos substantivos.Área Controle Interno/CGU/2008) . (B) observação. (C) mensuração. observação e investigação. dentro ou fora da entidade. observação e inspeção. 16. documentos e de ativos tangíveis. Esses procedimentos correspondem respectivamente a: (A) investigação. investigação e observação. Davi Barreto e Fernando Graeff www. confrontou as notas fiscais do período com os registros e realizou a circularização dos advogados internos e externos. efetuou o acompanhamento dos inventários físicos.com. (E) divulgação.Susep / 2010) O auditor interno. registros e demonstrações contábeis e outras circunstâncias. (C) obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação.br 69 . (D) conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios. haviam sido registradas na contabilidade. efetivamente. (B) inspeção. Inspeção e investigação. 18.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 realizou testes para confirmar se todas as operações de vendas. mediante índices. (B) abrangência / integridade. o procedimento de auditoria a ser aplicado é: (A) inspeção. quocientes. Esse procedimento tem como objetivo confirmar a: (A) existência. dentro ou fora da entidade. com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. (C) mensuração. O auditor. (E) inventário físico. (C) cálculo. (D) inspeção.A.A Companhia Legal tem estabelecido. A empresa estava em fase pré-operacional e agora passou a operar em plena atividade. passar o seu cartão no leitor óptico e marcar um espaço com “X”. 22. (ESAF/Auditor de Tributos Municipais – Sefin Natal/2008) A Companhia Legal tem estabelecido. (B) circularização. passar o seu cartão no leitor óptico e marcar um espaço com “X”. (ESAF/AFRFB/2009) . possui prejuízos fiscais apurados nos últimos três anos. digitar sua senha. Para isso. digitar sua senha. o supervisor tem obrigatoriamente que entrar na área de aprovações do sistema. O procedimento técnico básico que aplicado pelo auditor constataria esse evento seria: (A) ocorrência. (B) circularização. As projeções para os próximos cinco anos evidenciam lucros. (E) observação.br 70 .A empresa Grandes Resultados S. em seu manual de normas e procedimentos. (D) inspeção. Para isso. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (E) inventário físico. Esse procedimento técnico adotado pelo auditor é considerado uma: (A) investigação. O procedimento técnico básico que aplicado pelo auditor constataria esse evento seria: (A) ocorrência. presencia um analista de posse do cartão e senha do supervisor executando sua função. O auditor. (D) avaliação. (ESAF/ATM/Natal/2008) . 21.adaptada . autorizando. ao visitar a área.com. em seu manual de normas e procedimentos. que o processo de autorização dos pagamentos seja feito de forma eletrônica. ao visitar a área. possui prejuízos fiscais apurados nos últimos três anos. (B) revisão analítica. (ESAF/AFRFB – Receita/2009) A empresa Grandes Resultados S.pontodosconcursos. devendo o supervisor da área revisar todas as autorizações dos analistas. autorizando. 20.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 19. As projeções para os próximos cinco anos evidenciam lucros. o supervisor tem obrigatoriamente que entrar na área de aprovações do sistema.A. devendo o supervisor da área revisar todas as autorizações dos analistas. que o processo de autorização dos pagamentos seja feito de forma eletrônica. (C) recálculo. A empresa estava em fase pré-operacional e agora passou a operar em plena atividade. documentação de embarque e vendas próximas ao final do período. envolvem riscos relacionados à confiabilidade. (B) As respostas recebidas eletronicamente. 23. Esse procedimento técnico adotado pelo auditor é considerado uma: (A) investigação. no controle interno da entidade sobre o processo de encerramento e elaboração de demonstrações contábeis.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 presencia um analista de posse do cartão e senha do supervisor executando sua função. (ESAF/AFRFB/2009) . Quando uma distorção é identificada. (D) Quando a resposta não for recebida. examinar recebimentos subsequentes específicos. pode reduzir esses riscos. A folha de pagamentos Davi Barreto e Fernando Graeff www. (D) avaliação. No mês de julho de 2009. por exemplo. mensuração ou erros de transcrição nos procedimentos de confirmação externa. se enquadra na definição de confirmação externa. para contabilização de uma nova verba de horas extras a pagar. 24. de 100% de acréscimo.pontodosconcursos. (E) observação. As exceções podem indicar.A. uma deficiência. por fax ou correio eletrônico. (B) revisão analítica. podendo ser difícil estabelecer a prova de origem e autoridade da parte que confirma e a identificação de alterações.A empresa de prestação de serviços NBA Informática S. Todas as exceções representam distorções. ou deficiências. Por exemplo. também. porque a parte que confirma endereçou a resposta incorretamente para a entidade ao invés de encaminhar para o auditor). o auditor não pode solicitar a essa parte que envie uma nova resposta por escrito diretamente a ele. por si só. (C) mensuração. assinale a alternativa correta. Um processo usado pelo auditor e a parte que confirma. (A) Quando uma resposta foi enviada ao auditor indiretamente (por exemplo. (E) As exceções observadas em respostas a solicitações de confirmação podem indicar distorções ou possíveis distorções nas demonstrações contábeis. os seguintes procedimentos alternativos de auditoria podem ser executados: observar saldos de contas a pagar. tem seus processos integrados sistemicamente. (FGV/Fiscal de Rendas – Sefaz RJ/2011) Com base nas disposições do Conselho Federal de Contabilidade. o auditor pode concluir que diferenças nas respostas à solicitação de confirmação são decorrentes de época. que institua um ambiente seguro para as respostas recebidas eletronicamente. As exceções podem fornecer um guia para a qualidade das respostas de partes que confirmam similares ou para contas similares.br 71 . (C) Uma resposta verbal a uma solicitação de confirmação.com. o auditor deve avaliar se essa distorção é indicativa de fraude. não foi feita a parametrização no sistema. A folha de salários é integrada à contabilidade mensalmente. A. No entanto. (C) o passivo está subavaliado e o resultado está subavaliado. (ESAF/AFRE – SEFAZ CE/2006) Ao analisar a contabilização em uma imobiliária.A empresa Parcial S. (C) a conta de imposto de renda diferido está superavaliada. conforme permissibilidade estabelecida pela Lei n. Pode-se afirmar que (A) ao executar o teste primário de superavaliação na conta de Terrenos no Imobilizado. (D) ao proceder o teste primário de superavaliação do Contas a Receber. (B) o ativo está subavaliado e o passivo está superavaliado. (ESAF/AFRFB/2009) .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 apresentava remuneração de R$ 20. (D) a conta de lucros acumulados está superavaliada. (B) ao praticar o teste primário de superavaliação na conta de Estoques. 27.638/2007. esta conta estará sub-avaliada e a conta Estoques de Terrenos estará superavaliada. por se tratar de bem imóvel. (C) independentemente da atividade da empresa. Davi Barreto e Fernando Graeff www. de um terreno destinado à construção da sede da empresa. (E) o referido procedimento está adequado. 26. pode-se afirmar que: (A) o passivo está superavaliado e o resultado está subavaliado. realizou o estorno da Reserva de Reavaliação. terrenos devem ser sempre contabilizados no Imobilizado. 11. em virtude de a atividade da empresa ser de comercialização de imóveis. (ESAF/Auditor de Tributos Municipais – Sefin Natal/2008) O auditor. 25. pode o auditor afirmar que (A) o saldo da conta de Despesa de Depreciação está subavaliado.br 72 .pontodosconcursos.000. (D) os saldos estão adequados sem subavaliação ou superavaliação. Dessa forma pode-se afirmar que: (A) a conta de reserva de reavaliação está superavaliada. (B) a conta de investimento reavaliação está adequada. o contador não realizou o estorno dos impostos pertinentes à reavaliação. Dessa forma. a mesma estará com seu saldo sub-avaliado e o Contas a Pagar superavaliado. ao efetuar os testes de movimentações e saldos na conta de equipamentos de informática. (E) a conta de resultado do exercício está subavaliada. este apresentará saldo sub-avaliado. percebeu-se que o mesmo tinha sido contabilizado nos Estoques. (B) o saldo da conta Equipamentos de Informática está subavaliado. Assim.com. (E) o passivo está superavaliado e o resultado está superavaliado.00 nessa verba. constatou que um computador que havia sido comprado para ser utilizado na fábrica para controlar uma máquina encontrava-se registrado em um centro de custos da área administrativa financeira. somados às cobranças em aberto. do lucro líquido e do patrimônio líquido.00. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (B) ativo oculto. constata que o volume de recursos existentes nessa conta. (ESAF/Auditor de Tributos Municipais – Sefin Natal/2008) O auditor fiscal. (E) os registros estão adequados. esse erro gera o seguinte efeito no patrimônio da empresa: (A) subavalição do ativo. do patrimônio líquido e do lucro líquido. Não foram encontrados registros de provisões ou reservas para o fato. (D) passivo oculto.000.O contador da Cia. os quais evidenciaram a contaminação. (C) superavaliação do ativo.br 73 . (D) existe omissão de pagamentos efetuados pela empresa. 28. do lucro líquido e do patrimônio líquido. (ESAF/Auditor de Tributos Municipais – Sefin Natal/2008) A empresa Séria Ltda. (B) subavaliação do passivo. evidenciando para o auditor um: (A) ativo fictício. (D) o saldo da conta de Custos das Mercadorias Vendidas está superavaliado.000. superam em 20% o total do faturamento do mês contabilizado na conta de vendas. O valor estimado da multa ambiental para esse tipo de contaminação é de R$ 2. está adquirindo terreno para construção de sua sede. 29.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 (C) a Depreciação da Máquina. em decorrência do terreno localizar-se em área ocupada por empresa que produzia produtos poluentes. solicitou que fossem feitos exames do solo. Quartzo Rosa incorreu em um erro no reconhecimento da apropriação da receita de juros sobre o investimento em debêntures. (E) omissão de receita. (E) subavaliação do ativo e do resultado e superavaliação do patrimônio líquido. (B) existem ativos ocultos na empresa. (C) existe evidência de suprimentos não comprovados. na qual o computador foi acoplado está superavaliada. deixando de contabilizar a receita de juros no ano corrente.com.Fiscal de Rendas/2009) . (E) o valor da Depreciação levado a custo está subavaliada. do patrimônio líquido e do lucro líquido. (FGV/SEFAZ RJ . pela qual a empresa realiza suas cobranças.pontodosconcursos. ao avaliar o extrato bancário da conta. 30. (C) passivo fictício. Com essa informação pode o auditor concluir que: (A) o saldo da conta caixa se encontra negativo. No processo de aquisição. Antes que qualquer ajuste seja efetuado. (D) superavaliação do passivo. sendo necessário somente conciliar as contas. (B) Ativo Realizável a Longo Prazo. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (D) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos no caso de depreciação e amortização acumulada. (B) analisar individualmente o máximo possível a carteira de clientes da empresa e tirar suas conclusões pessoais. o auditor independente utiliza. por meio da contagem de numerário. o procedimento de (A) revisão analítica de recebíveis. Miudezas vende. (C) circularização dos devedores da companhia. (E) observação de processo de controle. (C) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos para a verificação dos valores lançados nos investimentos. o auditor deve (A) circularizar um percentual significativo de clientes.br 74 . 32. (B) Revisão de cálculos por meio da conferência da exatidão aritmética do valor e inspeção para verificação dos documentos que serviram de base para fixação dos critérios de cálculo. (ESAF/ APOFP – SEFAZ SP/2009) . é procedimento básico de auditoria aplicável à verificação em conta do: (A) Ativo Circulante.com. (D) conferência do cálculo dos créditos. Na análise da constituição de provisão para devedores duvidosos do saldo de clientes da Cia. (E) Revisão de cálculos e investigação e confirmação das operações por meio de circularização de informações financeiras. O perfil de seus clientes é o de pessoas que possuem renda familiar de até 10 salários mínimos. 33.Assinale a alternativa que indique os procedimentos de auditoria aplicáveis à conta Provisão para Devedores Duvidosos. (B) inspeção de ativos tangíveis. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ SP/2006) .Para certificar-se que direitos de crédito efetivamente existem em determinada data.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 31. (D) Passivo Circulante. em média. principalmente. (E) Patrimônio Líquido. (C) Ativo Permanente. (ESAF/AFRFB/2002) A Cia. 70% de seus produtos a prazo e possui cerca de 5 mil clientes.pontodosconcursos. (FGV/Fiscal da Receita Estadual do Amapá/2010) . Miudezas. questionando quanto à posição em atraso e suas justificativas. (A) Inspeção documental para exame dos documentos de pagamentos e recebimentos e solicitação de informações aos bancos mediante circularização.A inspeção física. 34. Gabarito: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 A E A B Certo D E D C D 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A B E B B E D E D E 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 D E B Anulada A C E A D B 21 22 23 24 25 A C B C A Davi Barreto e Fernando Graeff www. 35. bem como os documentos com eles relacionados.Durante o acompanhamento de um inventário físico de estoques. (ESAF/AFRFB/2002) .pontodosconcursos. (C) determinar o momento em que as três últimas compras e as três últimas vendas de mercadorias ocorreram durante o inventário. (B) comprovar que efetivamente todos os itens a serem inventariados estão adequadamente acondicionados no almoxarifado da empresa. refletem o levantamento do inventário. (D) efetuar testes globais sobre o saldo de clientes. (E) comprovar que os documentos de compras de mercadorias estão suportados por documentação suporte às necessidades da empresa.com. (D) comprovar que os procedimentos adotados pela administração para a contagem de estoques são adequados às práticas usuais. (E) estabelecer um valor adicional de provisão para cobrir perdas prováveis. o auditor deve efetuar o cut-off para: (A) determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares. de modo que não afete o fluxo de caixa projetado.br 75 . medindo tendências e probabilidades de perdas. uma vez que as perdas efetivas do setor variam de 5 a 10 % das vendas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 (C) segregar a carteira de clientes em função de períodos de contas vencidas. NBC TA 200 (Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria). Conselho Federal de Contabilidade. Antônio Lopes de. 2002. Conselho Federal de Contabilidade. 2009. BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 03 Bibliografia BRASIL. Marcelo Willian C. Marcelo Cavalcanti. Mudanças Contábeis na Lei Societária.NBC TA 330 (Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados). Resolução CFC 1. ALMEIDA.214/09 . BRAGA. Resolução CFC 1. Conselho Federal de Contabilidade.com. Resolução CFC 1. Atlas.217/09 . Auditoria.NBC TA 501 (Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para Itens Selecionados). Atlas. Atlas.pontodosconcursos.NBC TA 505 (Confirmações Externas). Wiliam. 2009.221/09 . ATTIE. Método. Marcelo Cavalcanti.203/09 . Auditoria – Conceitos e Aplicações. BRASIL.NBC TA 520 (Procedimentos Analíticos). São Paulo: Ed. BARRETO. BOYNTON. BRASIL. 2011.219/09 . GRAEFF. 2007. Resolução CFC 1. Auditoria: um curso moderno e completo. 2009. São Paulo: Ed. Hugo Rocha & Almeida. São Paulo: Ed. São Paulo: Ed. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Resolução CFC 1. São Paulo: Ed.404. SÁ.NBC TA 500 (Evidência de Auditoria). Davi. de 15 de dezembro de 1976 (e suas atualizações). Fernando. São Paulo: Ed. Atlas. Resolução CFC 1. BRASIL. Lei no 6. BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Atlas.218/09 .br 76 . Conselho Federal de Contabilidade. Auditoria: teoria e exercícios comentados. Curso de Auditoria. ....................... Vamos em frente! Davi Barreto e Fernando Graeff www........ lembre que as questões discutidas durante a aula estão no final do arquivo........................ fique atento........................................................................................................ Estamos à disposição para tirar todas as dúvidas em nosso Fórum......................br 1 .................................................... Vamos à nossa quarta aula do Curso de Auditoria para AFRFB – Teoria e Exercícios....................... 62 Introdução Prezado Aluno....... Por fim................................................. 01 Amostragem ......................... 53 Bibliografia ................................. Hoje falaremos sobre amostragem e papéis de trabalho – dois dos temas mais recorrentes em provas de concurso.................... 02 Documentação de Auditoria ......... 27 Questões comentadas ......................... caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários...... 34 Lista de questões sem comentários .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Introdução . Portanto...............................................com........pontodosconcursos.... optar por três abordagens: a) analisar todas as faturas (exame de 100% dos itens ou censo). • há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de auditoria apropriada e suficiente.222/09 – NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria. é uma poderosa técnica de auditoria. Imagine. por exemplo: • a população constitui um número pequeno de itens de grande valor.com. É improvável um exame de 100% no caso de testes de controles. por isso.pontodosconcursos. Portanto. que o auditor queira formar uma opinião sobre o “Contas a Receber” de uma entidade. ou seja. b) analisar apenas as faturas do cliente Alpha (seleção de itens específicos). bem como a quantidade de evidência necessária para formar sua opinião. O auditor pode decidir que será mais apropriado examinar toda a população de itens que constituem uma classe de transações ou saldo contábil2 (ou um estrato dentro dessa população). decide verificar se as faturas a receber foram registradas com o valor correto. portanto. vamos estudar seus principais pontos. Para isso.br 2 . ou • a natureza repetitiva de um cálculo ou outro processo executado automaticamente por sistema de informação torna um exame de 100% rápido e eficiente. 1 2 Resolução CFC nº 1. quando utilizada corretamente. a realização do censo não é custosa. o auditor deve determinar a relevância e a confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. Você sabe que um teste de auditoria eficaz deve fornecer evidência apropriada (qualidade) e suficiente (quantidade) para as finalidades do auditor. Um exame de 100% pode ser apropriado quando. c) analisar uma amostra do universo de faturas (amostragem). Ele pode. por exemplo. Veja que a aplicação de qualquer uma dessas abordagens ou de uma combinação delas pode ser apropriada dependendo das circunstâncias específicas – vai depender do julgamento profissional do auditor. ao selecionar os itens a serem testados. contudo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Amostragem A amostragem1. Davi Barreto e Fernando Graeff www. é mais comum para testes de detalhes. • Os itens selecionados para fins de amostragem devem ter sido escolhidos randomicamente (aleatoriamente). com esse procedimento o auditor chega a uma conclusão para toda a população. As normas do CFC definem amostragem como a aplicação de procedimentos em menos de 100% dos itens da população relevante para os fins da auditoria. ou são propensos a risco. 3 Unidades de amostragem são os itens que compõem uma população. ou exibem alguma característica suspeita/não usual. existe a possibilidade da realização de amostragem – tirar conclusões de uma população inteira com base no teste de amostra extraída dela. são os itens passíveis de serem amostrados. Davi Barreto e Fernando Graeff www. cheques relacionados em comprovante de depósito. por exemplo. Um exemplo seria a seleção de itens específicos dentro de uma população porque têm valor elevado. é capaz de ter uma resposta para toda a população. com base no exame de parte dessa população (amostra).pontodosconcursos. Ao tomar essa decisão.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Por outro lado. Em outras palavras. faturas de venda) ou unidades monetárias. • O auditor. consequentemente. é preciso ter em mente que se está sujeito ao risco de não amostragem. embora o exame seletivo de itens específicos possa ser um meio eficiente de se obter evidências. Por exemplo. consegue formar uma opinião sobre o total do “Contas a Receber”.br 3 . de maneira que todas as unidades de amostragem3 tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população. A amostra é selecionada a partir de unidades de amostragem – itens que constituem a população analisada e que podem ser físicos (por exemplo. Finalmente. ou tenham histórico de erros. Enfim. que unidades de amostragem são os itens da amostra. de forma incorreta. é possível extrair algumas conclusões importantes dessa definição: • Trata-se de um processo que é aplicado em parte da população (menos de 100%). Assim. Cuidado! Muitos pensam. ou seja. isso não constitui amostragem e. é possível selecionar itens específicos de uma população (sem realizar amostragem). ou seja. os resultados de procedimentos de auditoria aplicados a itens selecionados dessa maneira não podem ser projetados para a população inteira.com. sem viés. analisando apenas 50 faturas de clientes. por meio desse processo. se o objetivo for tirar conclusões sobre o “Contas a Receber”. analisa-se apenas algumas faturas de clientes. Técnica de Amostragem Tipo de teste Finalidade Amostragem de atributos Teste de controle estimar a taxa de desvios da população Amostragem de variáveis Teste de detalhes estimar um total monetário ou o valor monetário de erros em uma população Vamos dar dois exemplos.. com a devida interpretação. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Ora. seria extremamente custoso aplicar os testes de auditoria na totalidade dos itens de uma população muito grande. Por exemplo. de tal forma que. assim. o auditor. Assim. para que entenda melhor como funciona este processo. No entanto. é possível selecionar uma amostra dessa população – digamos 1% (=100 clientes). pode utilizar o método da amostragem ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a testar.pontodosconcursos.000 clientes pode apresentar uma relação custo-benefício inviável. ou 2) para as distorções relevantes presentes nos saldos contábeis. os testes nessa amostra e as conclusões tiradas desses testes são consideradas não só para a amostra. a circularização de uma população de 10.br 4 . ou seja. O auditor pode utilizar amostragem para obter informações sobre muitas características de uma população. Aplica-se. dizemos que amostragem de atributos é aquela utilizada para estimar a taxa de desvios da população e amostragem de variáveis é aquela utilizada para estimar um total monetário ou o valor monetário de erros em uma população.com. então. para toda a população.000 clientes. de acordo com seu julgamento profissional. geralmente se está preocupado em obter respostas para dois tipos de problemas: 1) a taxa de desvios nos controles da entidade. por técnicas estatísticas. para os 10. Conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e sobre o qual o auditor deseja concluir.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Unidade de amostragem População Cada um dos itens individuais que constituem uma população.. mas. Além disso.000 guias a serem verificadas. Ao longo do trabalho. Com base nessas evidências. com foco especial nos controles de saída de mercadoria.com. encontrar mais de 2 guias sem preenchimento? O que isso significa? Ora.000 guias Risco esperado  baixo Tamanho  100 guias Qte de desvios encontrado  ? Assim. para confirmar essa afirmação o auditor decide testar esse controle (assinatura das guias de saída de mercadoria pelo supervisor) verificando uma amostra dessas guias. Para viabilizar o trabalho. o auditor. portanto.pontodosconcursos. há mais de 5. se mais de 2% das guias analisadas na amostra não estiverem devidamente assinadas (taxa de desvios menor que 2%). Esse risco deverá ser. isso significa que o teste de controle executado não permite que o auditor afirme que o risco de controle é baixo. (Você deve lembrar da relação entre esses riscos. o seu pressuposto de que o risco de controle é baixo não será verdadeiro. poderá ter segurança de que o risco de controle realmente é baixo. o auditor verificou que existem normativos disciplinando que todas as guias de saída de mercadoria devem ser assinadas pelo supervisor. População Amostra Tamanho  + que 5.br 5 . não é mesmo?) Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Exemplo de amostragem em testes de controle (Amostragem de Atributos) Suponha que o auditor esteja avaliando os controles internos da área de Estoques da Cia Alpha. Consequentemente o risco de detecção será reavaliado para baixo. reavaliado para cima. Mas. se o auditor. 1 ou 2 desvios. No entanto. O auditor sabe que. o auditor definiu que o nível de risco de controle é baixo. ou seja. No entanto. por meio de uma observação. após analisar a amostra encontrar 0. acompanhou esse processo durante uma manhã. o auditor decide analisar uma amostra de 50 guias. e se ele encontrar mais de 2 desvios. 000 notas fiscais e o saldo total das Receitas é de R$ 12 milhões.pontodosconcursos. O auditor também sabe que a materialidade (lembra desse conceito?) definida no seu planejamento é de R$ 50 mil. agora.com. o auditor precisa verificar se as distorções na conta “Receitas” são menores que R$ 50 mil.000 NFs Saldo total  R$ 12 milhões Distorção na população  ? Tamanho  50 NFs Saldo total  R$ 60 mil Distorção na amostra  R$ 700 Vamos supor que o auditor verificou que os registros da amostra estavam superavaliados em R$ 700 (distorção da amostra).. decide conferir o valor presente nas notas fiscais emitidas com os valores registrados na contabilidade. não se preocupe em como fazer isso. Para isso. No entanto. há mais de 10.br 6 . as distorções que encontrar nessas notas. para poder ter segurança de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. essa segurança não seria possível e o auditor terá que fazer novos testes para verificar se as distorções de fato existem. Davi Barreto e Fernando Graeff www. o auditor pode decidir verificar uma amostra de 50 dessas notas fiscais e. E se a distorção fosse maior que a materialidade? Nesse caso.. e chegou ao resultado de que o saldo total está superavaliado em R$ 25 mil. Como fazer isso? Bom. como a distorção da população (R$ 25 mil) é menor que a materialidade (R$ 50 mil). O que isso significa? Ora. pode projetar para a população como um todo (por enquanto. Assim.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Exemplo de amostragem em testes de detalhes (Amostragem de Variáveis) Suponha. o auditor consegue determinar a distorção para a população como um todo. o auditor pode ter segurança de que o saldo está livre de distorções relevantes. Por meio de técnicas estatísticas. veremos adiante) População Amostra Tamanho  + que 10. que o auditor decida verificar se o saldo da conta “Receitas” está correto. Nesse caso. pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. Nesses casos. Se. Nesse caso. a amostragem faz com que o auditor conclua que as afirmações contábeis (saldos e transações) contêm distorções relevantes. ela existe. o Risco de aceitação incorreta: não seja identificada distorção relevante. quando. Nesse caso. quando na realidade elas não contêm. Davi Barreto e Fernando Graeff www. a amostragem faz com que o auditor conclua que os controle são adequados. com base na amostra. isso na maioria das vezes é inviável. por implicar na não realização dos testes de auditoria na totalidade dos itens. o Risco de superavaliação de confiabilidade5: controles são considerados mais eficazes do que realmente são. quando. a amostragem faz com que o auditor conclua que as afirmações contábeis (saldos e transações) não contêm distorções relevantes. de acordo com a conclusão errônea que pode levar e com o tipo de teste em questão (controle ou detalhes). Também chamado de “risco de avaliação do risco de controle em nível baixo demais”. na verdade. o auditor necessitasse obter total certeza sobre alguma população. definido como o risco de que a conclusão do auditor. Esse risco. quando na realidade eles não o são. na verdade.br 7 . portanto.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Risco de Amostragem Devemos saber que a técnica de amostragem. o que chamamos de risco de amostragem. • Testes de Detalhes (Amostragem de Variáveis) o Risco de rejeição incorreta: seja identificada distorção relevante. quando na realidade elas contêm. teria de aplicar testes em todos os seus componentes (exame de 100% ou censo). a amostragem faz com que o auditor conclua que os controle não são adequados. envolve alguma incerteza.pontodosconcursos. quando na realidade eles o são. ela não existe. mas como já foi falado. 4 5 Também chamado de “risco de avaliação do risco de controle em nível alto demais”. Existe.com. pode ser classificado em: • Testes de Controle (Amostragem de Atributos) o Risco de subavaliação da confiabilidade4: controles são considerados menos eficazes do que realmente são. Esse último tipo de risco é mais problemático. tornariam a auditoria mais onerosa (mais horas de trabalho. como o uso de procedimentos de auditoria não apropriados ou a interpretação errônea da evidência de auditoria e o não reconhecimento de uma distorção ou de um desvio. normalmente.. é importante ter bem claro o que é risco de amostragem e o que é risco não resultante da amostragem. o risco de superavaliação da confiabilidade e o risco de aceitação incorreta afetam a eficácia da auditoria e têm mais probabilidade de conduzir a uma conclusão errônea sobre determinados controles. Ou seja. conduziriam o auditor a realizar trabalhos adicionais.. A amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada cientificamente com a finalidade de que os resultados obtidos possam ser Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Nota-se que o risco de subavaliação da confiabilidade e o risco de rejeição incorreta afetam a eficiência da auditoria.pontodosconcursos. mais recursos financeiros gastos). saldos de contas ou classe de transações do que o risco de subavaliação da confiabilidade ou o risco de rejeição incorreta. o que estabeleceria que as conclusões iniciais eram incorretas. Este último é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem. pois tem maior probabilidade de afetar as conclusões da auditoria e nesse caso os efeitos podem ser muito danosos.com. Tipos de Amostragem Ao executar os testes de auditoria o auditor pode utilizar dois tipos de amostragem: estatística e a não-estatística (por julgamento). Testes de Detalhes Eficiência Eficácia Testes de Controle Risco de rejeição incorreta Risco de subavaliação da confiabilidade Risco de aceitação incorreta Risco de superavaliação de confiabilidade Maior problema para o auditor Por fim.br 8 . Tudo tranquilo até aqui? Vamos em frente. Por outro lado. visto que. permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de amostragem. e os resultados de cada uma dessas amostras são combinados em um resultado final. aquela em que a amostra é determinada pelo auditor utilizando sua experiência. a eficiência da auditoria pode ser melhorada.com. pois o auditor consegue analisar amostras menores (menos trabalho) e obter o mesmo resultado (o risco não aumenta). e • o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras. a amostragem é realizada separadamente em cada estrato. Em uma confirmação de contas a receber de uma grande empresa de varejo. Assim. De tal forma que esse processo tem as seguintes características: • seleção aleatória dos itens da amostra. mas sem base científica. Esse tipo particular de amostragem consiste em dividir uma população em subpopulações (estratos). cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes. portanto. ou seja. Uma amostragem que não tem as características acima descritas é considerada não estatística. A escolha entre os dois tipos de abordagem envolve principalmente a consideração da relação custo-benefício do processo.pontodosconcursos. incluindo a mensuração do risco de amostragem.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 estendidos ao conjunto de acordo com a teoria da probabilidade ou as regras estatísticas. Mas quando se deve realizar uma estratificação e qual é a vantagem dessa técnica? O objetivo da estratificação é o de reduzir a variabilidade dos itens de cada estrato e. é importante discutir uma espécie particular de amostragem estatística: amostragem estratificada ou estratificação. por exemplo. O emprego de amostragem estatística é recomendável quando a população a ser auditada é grande e os itens da população apresentam características homogêneas. Assim. Davi Barreto e Fernando Graeff www.br 9 . seria extremamente caro fazer a confirmação com todos os clientes que devem para a empresa. Ainda nesse contexto. critério e conhecimento da entidade. permitindo que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de amostragem. consequentemente. reduzindo dessa maneira a variabilidade dos itens de cada estrato e.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Por exemplo. se um saldo de conta tiver sido dividido em estratos.00 a R$ 10. dividindo-a em subpopulações distintas. permitindo que o trabalho maior de auditoria possa ser direcionado para os itens de valor maior. um menor custo para a auditoria. no teste da provisão para créditos de liquidação duvidosa. por exemplo. Da mesma forma. Note que há uma alta variabilidade dessas unidades de amostragem. a população é geralmente estratificada por valor monetário. Portanto. Assim. que geram muito trabalho para o auditor.pontodosconcursos. A estratificação pode ser feita de diversas formas. Uma forma de contornar esse problema é dividir essa população em estratos – por exemplo: • Estrato (1) contendo notas fiscais de até R$ 100. Para concluir sobre toda a população. cujos valores individuais variam de R$ 10.00. por exemplo. o auditor precisa considerar o risco de distorção relevante em relação a todos os outros estratos que compõem a população. portanto. os saldos podem ser estratificados por idade ou clientes. Essa característica da população faz com que uma amostragem simples (sem estratificação) resulte em tamanhos de amostra grandes. Essa técnica gera subpopulações (estratos) com menor variabilidade dos seus itens. imagine um conjunto (população) de notas fiscais.00.000. as distorções projetadas para cada estrato separadamente são combinadas na consideração do possível efeito das distorções no total. a população pode ser estratificada de acordo com uma característica específica que indica maior risco de distorção como. a estratificação permite que a eficiência da auditoria seja melhorada se o auditor estratificar a população. tornando a auditoria custosa. É essa diminuição da variabilidade (conseguida graças à formação de grupos homogêneos) que permite a redução do tamanho da amostra. Na execução dos testes de detalhes.br 10 . • Estrato (2) contendo notas fiscais acima de R$ 100. ressalte-se que os resultados dos procedimentos de auditoria aplicados a uma amostra dentro de um estrato só podem ser projetados para os itens que compõem esse estrato. uma vez que esses itens podem conter maior potencial de distorção em termos de superavaliação. Davi Barreto e Fernando Graeff www.com. Contudo. o que permite amostras menores e.00. Auditoria. São Paulo: Ed. Para isso. 6 Conforme BOYNTON.br 11 .. 2002. Willian C.com.pontodosconcursos. executar o chamado plano de amostragem. é preciso definir a amostra.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Definição da Amostra (Plano de Amostragem) Vimos que a amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria em relação a algumas características dos itens selecionados de modo a formar uma conclusão sobre a população da qual a amostra é retirada.. Atlas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. As melhores práticas de auditoria6 nos ensinam que o plano de amostragem deve seguir as seguintes fases: Vamos falar de cada uma dessas etapas. Por exemplo. não afeta o saldo total das contas a receber. um registro errôneo entre as contas de clientes (p.pontodosconcursos. O auditor deve. portanto.Finalidade do procedimento de auditoria Ao definir uma amostra de auditoria.br 12 . por mais que isso possa ter um efeito importante em outras áreas da auditoria. pode não ser apropriado considerar que isso seja uma distorção na avaliação dos resultados da amostragem desse procedimento em particular. A unidade de amostragem é o elemento individual da população. portanto. Portanto. na avaliação do risco de fraude ou da adequação da provisão para créditos de liquidação duvidosa. o registro de um documento etc. incluindo um claro entendimento do que realmente constitui desvio ou distorção. entender como determinado controle afeta sua avaliação de risco de controle relacionado a certa afirmação ou objetivo da auditoria.: total de compras que deveriam ser registradas por um sistema computacional).Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 1. Já o objetivo mais comum de um teste de detalhes é obter evidência de que o saldo de uma conta não contém distorções relevantes. a evidência obtida com a amostra se relaciona com o procedimento de auditoria que será utilizado. como por exemplo.com. Dessa forma. Por exemplo. são planejados para determinação da eficácia do controle interno. Davi Barreto e Fernando Graeff www.População e unidade de amostragem Em amostragem de atributos. o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria. deve considerar os fins específicos a serem alcançados e a combinação de procedimentos que devem alcançar esses fins. 2 . ex. para verificar a existência de contas a receber. a dívida é lançada no cliente errado). Assim. com sabemos.. pode ser um documento. um controle computacional para assegurar que todas as compras sejam contabilizadas (garantir integridade ou abrangência da afirmação) pode não ser útil se o objetivo do auditor for saber se os valores das compras foram corretamente registrados (averiguar a exatidão). realizar uma amostragem nesses controles computacionais para obter evidência sobre o risco de controle relacionado à exatidão no registro das compras talvez não seja o procedimento mais adequado. a população é definida pelo controle interno de interesse e é constituída pela classe de transações que está sendo testada (ex. Os testes de controle. Cada um desses itens é chamado de unidade lógica de amostragem. deve representar a forma como o auditor identifica o desempenho desse controle interno. o que o auditor analisa não é um valor monetários (R$ 1. na prática.00).000.00). Veja que cada bicicleta do tipo C é composta por 9 unidades monetárias e cada bicicleta do tipo A é composta apenas por 0. B: R$ 900. a probabilidade de uma bicicleta do tipo C ser um desses itens é maior que a do tipo B.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 O auditor deve também. o auditor não examina unidades monetárias individuais.. isso é bem lógico. Assim.. etc.. a população é uma quantidade de unidades monetárias igual ao valor monetário da população.00.pontodosconcursos. a população terá 500 unidades de amostragem. mas sim contas. documentos ou itens associados a essas unidades monetárias. de três tipos diferentes (A: R$ 100. A unidade de amostragem em testes de detalhes. No caso do nosso exemplo.). se você tivesse que analisar alguns itens que compõem a conta estoque. Assim a cada unidade monetária da população é dada a mesma probabilidade de pertencer a amostra.000.. mas os itens que compõem o estoque da entidade. Agora veja como isso faz sentido. a população consiste na classe de transações ou saldo a ser testado (ex.1 unidade monetária.000. Ou seja.. Ou seja.00). com base no conhecimento da estrutura de controles internos. vamos ficar ainda com o exemplo da conta “Estoques”. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Por exemplo.com. Estoque: R$ 500 mil.. ser capaz de identificar atributos que se relacionam com a eficácia do controle que será testado. se a população é a conta “Estoques (R$ 500 mil)” e a unidade monetária é “R$ 1.: Contas a Receber: R$ 100 mil. Ora. Para que entenda melhor.00.00”.br 13 . transações.000. não seria melhor analisar aqueles de maior valor? Isso não traria mais segurança de que o saldo está adequado? Pense nisso. e C: 9. Portanto. Contudo. a probabilidade de uma bicicleta do tipo C pertencer a amostra é maior que a do tipo A.: R$ 1. que por sua vez é maior que a do tipo A. é a unidade monetária individual (ex. se nossa amostra tiver 10 itens. Já em amostragens de variáveis. por sua vez. Suponha que há 500 itens no estoque de uma empresa de bicicletas. um atributo pode ser especificado como “compra registrada ou compra não registrada pelo sistema computacional”. observe o exemplo que demos da conta “Estoques”. o auditor geralmente decide por não executar os testes de controles (nesse 7 Em populações razoavelmente grandes (> 5. moderado ou médio). Se a taxa esperada de desvio for inaceitavelmente alta. ou seja. o tamanho da amostra independe do tamanho da população e pode ser calculada diretamente com os parâmetros acima citados. 3.Tamanho da amostra Outro passo importante no processo de definição da amostra é a determinação do tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um nível mínimo aceitável.pontodosconcursos. vamos em frente. Risco de amostragem (nesse caso. não é mesmo? Pois bem. Davi Barreto e Fernando Graeff www.com.000 unidades). Agora já sabemos como são definidas a população e as unidades de amostragem. 3 ..br 14 . Os auditores geralmente mensuram esse risco de acordo com o risco de controle planejado (alto. Vamos tentar entender como isso é feito em testes de controle e em testes de detalhes. o auditor deve considerar três elementos7: 1. Esse é um dos tipos de amostragem de variáveis mais comuns em trabalhos de auditoria. Taxa esperada de desvio. o erro que o auditor espera encontrar em determinado procedimento de controle. o risco de superavaliação de confiabilidade). Esse erro esperado é definido com base no entendimento do auditor dos controles relevantes ou no exame de pequena quantidade de itens da população. conforme a tabela abaixo: Risco de controle planejado Risco de superavaliação de confiabilidade Baixo 5% Moderado 10% Alto 15% 2..1 – Amostragem de atributos (testes de controle) No caso de testes de controle (amostragem de atributos).Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Isso é o que chamamos de amostragem de probabilidade proporcional ao tamanho (amostragem PPT). pontodosconcursos. conseguimos identificar na tabela o tamanho da amostra. com base nas 3 variáveis acima citadas é feita com base em fórmulas ou tabelas estatísticas.00 * * 198 132 88 2.50 * * * 158 110 3.00 * * * * 132 Nota: Tamanho da amostra nos itens marcados com (*) é grande demais para ser eficiente. Taxa aceitável de desvios.50 194 129 96 77 64 1. Geralmente.00 114 76 57 45 38 0. baseado na avaliação preliminar de risco de controle. do ponto de vista de custos. Logo. o erro máximo de um procedimento de controle estabelecido que o auditor está disposto a aceitar.00 149 99 74 59 49 0. Tabela II: 10% de risco de superavaliação de confiabilidade (risco moderado) Taxa aceitável de desvios Taxa Esperada de desvio da 2% 3% 4% 5% 6% população (%) 0. Assim. Davi Barreto e Fernando Graeff www.50 * 157 117 93 78 1.br 15 . o tamanho da amostra será 93 – basta procurar nas tabelas. ou seja. Por exemplo: • se o risco de controle for baixo (risco de superavaliação de confiabilidade de 5%). a definição do tamanho da amostra. se soubermos o valor do risco de amostragem.00 * * 156 93 78 1. • a taxa de desvios esperada for de 1%.com. para a maioria das auditorias.00 * 176 96 77 64 1. para a maioria das auditorias.50 * * * 124 103 2. do ponto de vista de custos. o auditor terá que considerar um risco maior nos testes de detalhes).00 * * * * 127 Nota: Tamanho da amostra nos itens marcados com (*) é grande demais para ser eficiente. Tabela I: 5% de risco de superavaliação de confiabilidade (risco baixo) Taxa aceitável de desvios Taxa Esperada de desvio da 2% 3% 4% 5% 6% população (%) 0.50 * * 132 105 64 2. e • a taxa aceitável de desvios for de 5%. 3. da taxa aceitável de desvios e da taxa esperada de desvios.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 caso. . O fator de confiança (ou de confiabilidade) é um parâmetro tomado com base em um cenário de desvio nulo. menor poderá ser o tamanho da amostra. • quanto maior a taxa aceitável de desvios. Aumento na taxa tolerável de desvio Redução 3. • quanto maior a taxa esperada de desvio. Se aceito um erro maior (sou mais tolerante ao erro).com. note que ao observar as tabelas podemos tirar algumas conclusões interessantes: • quanto maior o risco de amostragem que o auditor aceita. mas isso também é bem lógico. Bom.br 16 .pontodosconcursos. Ou seja. posso utilizar uma amostra menor. E vice-versa! O apêndice 2 da NBC TA 530 traz diversos fatores que o auditor pode levar em consideração ao determinar o tamanho da amostra em testes de controle: Fator Efeito no tamanho da amostra 1. não? Ora. Aumento na extensão na qual a avaliação de risco do auditor leva em consideração os controles relevantes Aumento 2.. menor pode ser o tamanho da amostra necessário para satisfazer seu teste. e utiliza a seguinte fórmula: Davi Barreto e Fernando Graeff www. Aumento na taxa esperada de desvio da população a ser testada Aumento 4. utilizando o chamado Fator de Confiança. Aumento no nível de segurança desejado do auditor de que a taxa tolerável de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio na população Aumento 5. Se espero que haja mais erros. devo ter uma amostra maior. maior deverá ser o tamanho da amostra. preciso de uma amostra maior. a amostra é determinada com base na expectativa de que não haja desvio. se o risco é maior.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Além disso. Aumento na quantidade de unidades de amostragem na população Efeito negligenciável Vale a pena também destacar um método particular (mais simples) de definição do tamanho da amostra em testes de controle. Se a distorção esperada for alta.90 1. Risco de amostragem (superavaliação de confiabilidade) Fator de Confiança 1% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 37% 50% 4. 2. a magnitude do valor contábil tem efeito direto sobre o tamanho da amostra – quanto mais alta. ou seja. Valor contábil (VC) da população testada.br . o exame completo ou o uso de amostra maior pode ser apropriado ao executar os testes de detalhes. Distorção esperada na população (DEP).pontodosconcursos.. como função do risco de amostragem. Assim.03) Tamanho da amostra = 100 Tudo bem até aqui.2 – Amostragem de variáveis PPT (testes de detalhes) No caso de testes de controle (amostragem de atributos). Como nos testes de controle.21 1. maior a amostra.00) ÷ Taxa aceitável de desvios (0.00 0. se o auditor quiser determinar o tamanho de uma amostra.70 Assim. é definida com base na experiência do auditor ou no exame de pequena quantidade de itens da população. 17 Davi Barreto e Fernando Graeff www. o auditor deve considerar cinco elementos: Tamanho da amostra = 1.00 2. deverá fazer: Tamanho da amostra = Fator de Confiança (3.61 3.31 1. o erro que o auditor espera encontrar em determinado saldo avaliado em um teste de detalhes..39 1. Lembre que o valor contábil está relacionado com o tamanho da população e a unidade monetária considerada.? 3.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Tamanho da amostra = Fator de Confiança ÷ Taxa aceitável de desvios Esse fator de confiança é dado em tabelas.com. quando o risco de amostragem é 5% (risco de controle baixo) e a taxa aceitável de desvios é de 3%.61 1. 61 3.20 1.21 1.00.000.pontodosconcursos. note que ao observar a fórmula podemos também tirar algumas conclusões interessantes: • quanto maior o valor contábil. maior será o tamanho da amostra.50 1. Fator de confiabilidade (FC): mesmo definido para a amostragem de atributos.00 Por exemplo: • se o risco de aceitação incorreta for de 5%  FC = 3. conforme a tabela abaixo: Risco de amostragem (aceitação incorreta) Fator de Expansão 1% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 37% 50% 1.70 5.000.31 1.00 e FE = 1. maior o tamanho da amostra.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 3.60 1.15 1.000. um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na população. ou seja.90 1.00. e • o valor contábil for de R$ 100. Além disso. É o que nós já definimos como materialidade para execução. • quanto maior o fator de confiança. 4. Davi Barreto e Fernando Graeff www.60 (vide tabelas).00 0.61 1. menor o tamanho da amostra. • a distorção esperada para a população for de R$ 1. • quanto maior a distorção tolerável.40 1.25 1. é um parâmetro multiplicado à distorção tolerável. o tamanho da amostra será de 88 – basta substituir os valores na fórmula.30 1. Fator de Expansão (FE) da distorção prevista: exigido apenas quando há previsão de erros (distorção esperada é diferente de zero).com. Risco de amostragem (aceitação incorreta) Fator Confiança de 1% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 37% 50% 4. Logo. • a distorção aceitável for de R$ 5.00.00 2.90 1.br 18 .39 1. Distorção tolerável (DT): é a distorção máxima aceita pelo auditor. Já na amostragem não estatística. Aumento no uso de outros procedimentos substantivos direcionados à mesma afirmação Redução 3. Aumento na avaliação do risco de distorção relevante do auditor Aumento 2. Quantidade de unidades de amostragem na população Efeito negligenciável Assim como explicamos para os testes de controle. quando apropriado Redução 7. Na amostragem estatística.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 O apêndice 3 da NBC TA 530 traz diversos fatores que o auditor pode levar em consideração na sua determinação do tamanho da amostra em testes de detalhes. os itens da amostra são selecionados de modo que cada unidade de amostragem tenha uma probabilidade conhecida de ser selecionada. o julgamento é usado para selecionar os itens da amostra. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Estratificação da população. Tamanho da amostra = 4 . Aumento na distorção tolerável Redução 5. Aumento no valor da distorção que o auditor espera encontrar na população Aumento 6. Aumento no nível de segurança desejado pelo auditor de que uma distorção tolerável não é excedida pela distorção real na população Aumento 4.com. considerando que não há distorção esperada. existe uma forma simplificada de definir o tamanho da amostra em testes de detalhes.Métodos de seleção de amostra Sabemos que o auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada (princípio da aleatoriedade).br 19 . Fator Efeito no tamanho da amostra 1.pontodosconcursos. Seleção aleatória (randômica): é a que assegura que todos os itens da população ou do estrato fixado tenham idêntica possibilidade de serem escolhidos. Seleção ao acaso: é aquela feita a critério do auditor. independente do tipo de amostragem. como a finalidade do processo é a de fornecer base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada.. 3. baseada em sua experiência profissional. numeradas de 1 a 1. então. 2. seja a seleção feita diretamente da população a ser testada. 100 – faz o sorteio da primeira nota. 4.000. Esse método pode ser uma alternativa aceitável para a seleção. Vamos ver os principais métodos para selecionar amostras: 1.pontodosconcursos. digamos que seja a de número 225. Seleção sistemática (por intervalo): é aquela em que a seleção de itens é procedida de maneira que haja sempre um intervalo constante entre cada item selecionado. desde que o auditor tente extrair uma amostra representativa da população. a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em valores monetários. aqueles globos utilizados nos sorteios da loteria.000 notas fiscais. Davi Barreto e Fernando Graeff www. evitando qualquer tendenciosidade ou previsibilidade consciente (por exemplo. 325 . como por exemplo. é importante que a amostra seja representativa. Ou seja. Exemplo: em um conjunto com 1. de modo a evitar tendenciosidade mediante a escolha de itens da amostra que tenham características típicas da população. na qual o tamanho. são sorteadas para teste por intermédio de algum mecanismo aleatório. as notas selecionadas para a amostra serão as de número 025. você estabelece qual o intervalo a ser aplicado – por exemplo. sem intenção de incluir ou excluir unidades específicas.. Amostragem de unidade monetária: é um tipo de seleção com base em valores. ou por estratos dentro da população.br 20 .com. 5. no exemplo anterior. 225. 125. evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os primeiros ou os últimos lançamentos de uma página). o auditor precisaria determinar que as unidades de amostragem da população não estão estruturadas de modo que o intervalo de amostragem corresponda a um padrão em particular da população. 925. Ao usar uma seleção sistemática. Seleção de bloco: envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos da população. A seleção ao acaso não é apropriada quando se usa a amostragem estatística.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Contudo. geralmente é utilizado um método de seleção sistemático. ou IA = DT ÷ FC (no caso simplificado em que não há distorção esperada). O auditor deve. o valor monetário total) é dividida em intervalos iguais. Vejamos o caso da amostragem de variáveis PPT (testes de detalhes). a população (i. em algumas circunstâncias. possa ser apropriado que um procedimento de auditoria examine um bloco de itens. em valores monetários iguais.e. por meio de um exemplo. Vamos tentar. uma unidade lógica de amostragem (lembra desse conceito?) é escolhida a cada intervalo.pontodosconcursos..Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 A seleção de bloco geralmente não pode ser usada em amostragem de auditoria porque a maioria das populações está estruturada de modo que esses itens em sequência podem ter características semelhantes entre si.br 21 . escolher um desses métodos de seleção da amostra para coletar as unidades de amostragem que serão analisadas. ela raramente seria uma técnica de seleção de amostra apropriada quando o auditor pretende obter inferências válidas sobre toda a população com base na amostra. ou seja.com. mas características diferentes de outros itens de outros lugares da população. Sortear o valor monetário inicial (esse valor deve ser entre 1 e o valor do intervalo da amostra). Embora. Dessa forma.. O intervalo de amostragem é definido como: IA = VC ÷ Tamanho da amostra. Selecionar os demais itens da amostra a cada intervalo de amostragem. geralmente são necessários os seguintes passos: • • • • Definir o tamanho da amostra. Assim. explicar melhor esse processo: Davi Barreto e Fernando Graeff www. Definir o intervalo da amostra.. Nesse caso. Nele. portanto. Agora. seria algo como. teremos: Tamanho da Amostra = (VC x FC)÷DT = 100 IA = VC ÷ Tamanho da amostra = R$ 1. Davi Barreto e Fernando Graeff www.000 Suponha também que as unidades lógicas de amostragem são as faturas de diferentes valores que compõem o Contas a Recebe.br 22 .00 Materialidade (distorção tolerável): R$ 3. Note que as faturas (unidades lógicas de amostragem) de maior valor monetário acabam tendo maior probabilidade de pertencer à amostra.. imagine que essas faturas estivessem dispostas uma ao lado da outra até somar o total do saldo contábil: Pois bem.00) e selecionar os demais itens a cada intervalo constante.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Exemplo: seleção sistemática em amostragem PPT A empresa Alpha tem no seu “Contas a Pagar”: • • • • Valor Contábil: R$ 100.000 Risco de amostragem (aceitação incorreta): 5%  FC = 3.000 Distorção esperada da população: Zero Logo. basta sorteamos um valor monetário inicial (por exemplo.. pois DEP = 0). variando de R$10 a R$500. o que temos que fazer agora é selecionar as notas fiscais que farão parte da amostra. Para fazer isso pelo método sistemático. No nosso exemplo. R$ 12.pontodosconcursos.com. se aplicarmos nossas fórmulas (modelo simplificado. os desvios e as distorções identificadas. o tipo de operação.Executar o plano de amostragem (procedimento de auditoria) Nesta fase.pontodosconcursos. por exemplo. as diferenças entre o valor real e o valor registrado na contabilidade (erros) são anotados pelo auditor. Além disso. o auditor vai avaliar cada item selecionado para amostra. deve obter um alto grau de certeza de que não sejam representativos da população. Ou seja. vale à pena destacar a existência de “anomalias” . Assim. É o que chamamos de ponto fora da curva. linha de produto ou período de tempo. Ademais. Nesse processo. portanto. dentro desse processo.distorções ou desvios que são comprovadamente não representativos de distorção ou desvio em uma população. ela pode ser excluída da projeção das distorções para a população ou ser devidamente tratada. é necessário que se faça a projeção dos erros encontrados na amostra para a população. Assim. Davi Barreto e Fernando Graeff www. o auditor aplica o procedimento de auditoria adequado e determina se há ou não desvio (amostragem de atributos) ou o valor real de cada unidade lógica de amostragem (amostragem de variáveis).br 23 .Avaliar resultados da amostra Feita a análise da natureza dos desvios (testes de controle) e das distorções (testes de detalhe). 6 . o auditor talvez observe que muitos desvios ou distorções têm uma característica em comum como.com. quando a distorção tiver sido estabelecida como uma anomalia. local. O próximo e último passo é fazer a extrapolação para a população e a avaliação dos resultados da amostragem. mediante a execução de procedimentos adicionais de auditoria. O auditor deve investigar a natureza e a causa de quaisquer desvios ou distorções identificados e avaliar o possível efeito causado por eles na finalidade do procedimento de auditoria e em outras áreas de auditoria. Assim. de forma a não comprometer a análise da projeção das distorções não anômalas. esses desvios ou distorções podem ser intencionais e podem indicar a possibilidade de fraude. o auditor analisa. o auditor pode decidir identificar todos os itens da população que tenham a característica em comum e estender os procedimentos de auditoria para esses itens. Nessas circunstâncias. Quando o auditor considera que uma distorção ou um desvio descoberto são anomalias.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 5 . o valor de distorção inesperadamente alto em uma amostra pode levar o auditor a acreditar que uma classe de operações ou o saldo de uma conta está distorcido de modo relevante. consequentemente. no caso específico de testes de detalhes.br 24 . a distorção projetada é a melhor estimativa do auditor de distorção real na população. Já para testes de controles. quando esse resultado exceder uma distorção tolerável (materialidade). para a população. Por exemplo. o auditor deve projetar. • para os testes de detalhes.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Para os testes de detalhes. o exame de uma amostra de notas fiscais revelou uma distorção de R$ 1. quando projetada para a população.000. Assim. não é necessária qualquer projeção explícita dos desvios uma vez que a taxa de desvio da amostra também é a taxa de desvio projetada para a população como um todo.000 na amostra.com. por exemplo. se a distorção projetada for maior do que as expectativas de distorção do auditor usadas para determinar o tamanho da amostra. a amostra não fornece uma base razoável para conclusões sobre a população que foi testada. uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um aumento no risco de controle e. Podemos resumir a discussão nas seguintes expressões: Testes de Detalhes distorção projetada para população > distorção tolerável (materialidade) Não é possível afirmar que a população está livre de distorções relevantes Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos. o auditor pode concluir que há um risco inaceitável de amostragem e pode decidir por realizar uma nova amostragem. Além disso. no risco identificado de distorção relevante. Vimos que. essa distorção pode ser aumentada para. Geralmente uma distorção encontrada na amostra é ampliada quando projetada para a população. as distorções encontradas na amostra para obter uma visão mais ampla da escala de distorção. ao avaliar os resultados da amostra o auditor pode se deparar com as seguintes situações: • para os testes de controles. R$ 25. Tipo de teste Projeção da distorção ou desvio Teste de Detalhes É necessária Teste de Controle Não é necessária Assim. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Testes de Controle taxa de desvio da amostra > taxa tolerável de desvio Os resultados da amostra não dão suporte para o risco de controle planejado e ele deve ser reavaliado Essa análise pode ainda ser feita a partir de outra abordagem. e por esse motivo essa provisão de risco é somada a taxa de desvios e/ou distorções encontradas para definir um limite para se comparar aos erros toleráveis. assim. que considera. se o desvio ou distorção encontrado para a população somado a uma provisão de risco de amostragem (PRA) for superior a esse limite. Lembre-se que o risco de amostragem relaciona-se com a possibilidade de que uma amostra adequadamente selecionada não seja representativa da população.com. respectivamente para testes de controle e de detalhes.pontodosconcursos. Testes de Controle LSD = Taxa de Desvios da Amostra + PRA LSD > taxa tolerável de desvio Os resultados da amostra não dão suporte para o risco de controle planejado e ele deve ser reavaliado Testes de Detalhes LSE = Erro Projetado para População + PRA LSE > distorção tolerável (materialidade) Não é possível afirmar que a população está livre de distorções relevantes Davi Barreto e Fernando Graeff www. o processo de amostragem conduzido pelo auditor foi falho. Esse limite superior é a taxa máxima de desvios ou distorções admitida pelo auditor na avaliação de seu processo de amostragem. o Limite Superior de Desvios (LSD) e o Limite Superior de Erros (LSE).br 25 . Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Por fim. o auditor pode: • realizar uma nova amostragem.br 26 .com. • solicitar que a administração investigue as distorções identificadas e faça quaisquer ajustes necessários. ou • ajustar a natureza.pontodosconcursos. modificar os procedimentos substantivos etc.: realizar nova amostragem. aumentar tamanho da amostra. época e extensão de procedimentos adicionais para melhor alcançar a segurança exigida (ex. Davi Barreto e Fernando Graeff www.). se o auditor conclui que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoável para conclusões sobre a população que foi testada. bem como de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e exigências legais e regulamentares aplicáveis. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Esse assunto está tratado na NBC TA 2308. a fim de apoiar sua opinião sobre as demonstrações financeiras.206/09. Essas evidências são fornecidas pela documentação de auditoria. • permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho. de onde vem essa documentação? 8 9 Resolução CFC 1. • manter registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras. os testes realizados. Além disso. A documentação de auditoria (também denominada papéis de trabalho 9) fornece as evidências para uma conclusão quanto ao cumprimento do seu objetivo global. Ou seja.com. é possível listar um rol de finalidades adicionais para a documentação de auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Normas dos papéis de trabalho e documentação da auditoria Vimos que o auditor para emitir sua opinião sobre as demonstrações contábeis deve colher elementos comprobatórios suficientes (evidências) a fim de apoiar suas conclusões. que incluem: • assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria e aos responsáveis pela direção e supervisão do trabalho de auditoria. que não trouxe muitas mudanças em relação às normas antigas. Portanto. e • permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidade internas e externas em conformidade com as exigências legais e regulamentares aplicáveis. Mas. o objetivo do auditor é preparar documentação que forneça registro suficiente e apropriado do embasamento do seu relatório do auditor e evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e as exigências legais e regulamentares aplicáveis.pontodosconcursos. Essa denominação está presente nas normas revogadas de auditoria (NBC T 11 e seus complementos). as informações obtidas e as conclusões tiradas durante a auditoria.br 27 . papéis de trabalho são os registros mantidos pelo auditor sobre os procedimentos aplicados. com.) e/ou fornecida a este pela administração (balancetes. passando pela execução. de forma a aprimorar a qualidade da auditoria e facilitar a revisão e a avaliação eficazes das evidências e das conclusões obtidas antes da finalização do relatório do auditor. as conclusões obtidas a respeito deles e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões. essa documentação deve registrar os fatos pertinentes que eram do conhecimento do auditor no momento em que chegou às suas conclusões. entenda: • a natureza. O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir que um auditor experiente. filmes. na verdade. a elaboração dos papéis de trabalho deve integrar um processo organizado de registro de evidências da auditoria por intermédio de informações em papel. a documentação de auditoria consiste em um instrumento de trabalho do auditor e futuramente servirá de prova do trabalho realizado em todas as fases da auditoria. Davi Barreto e Fernando Graeff www. contratos etc. balanços. “papéis de trabalho” não são apenas papéis.br 28 . e • assuntos significativos identificados durante a auditoria. respostas a entrevistas etc. Ou seja. meios eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam. desde o planejamento. sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria. nesse emaranhado de informações. fotos. atas. • os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida. A documentação de auditoria deve ser preparada tempestivamente.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Tudo isso resulta da documentação preparada pelo auditor (tabelas. relatórios. tende a ser menos precisa do que aquela elaborada no exato momento em que o trabalho é executado. etc. pois. razão. gráficos. Portanto. pois somente assim. existem softwares específicos que são utilizados para a preparação dos papéis de trabalho que facilitam muito a vida dos auditores.pontodosconcursos. Assim. representam.) ou por terceiros (cartas de confirmações. Assim.) durante a execução da auditoria. Deve-se destacar que. qualquer meio idôneo de transmissão de informações. anotações. outro auditor conseguirá entender essas conclusões. caso seja elaborada após a execução do trabalho. atualmente. indo até o relatório. época e extensão dos procedimentos de auditoria executados. nem seria necessário frisar que eles devem ser organizados. portanto. a natureza e a complexidade da atividade da entidade.br 29 . Constituem-se no roteiro. para que este último possa chegar às conclusões que o primeiro chegou. as necessidades de direção. Davi Barreto e Fernando Graeff www. algumas informações não podem faltar: • as características que identificam os itens ou assuntos específicos testados. o julgamento do auditor deve levar em conta a relevância da matéria tratada em relação às suas conclusões. Uma grande quantidade de documentos poderia dificultar sua interpretação. Cada auditoria tem suas peculiaridades. Todo documento relevante deve gerar um papel de trabalho. e a metodologia e a tecnologia utilizadas. • quem executou o trabalho de auditoria e a data em que foi concluído. a natureza e a condição dos sistemas contábeis e de controle interno. então os papéis de trabalho de uma auditoria serão diferentes dos de outra. uma é diferente da outra. Como os papéis de trabalho são a base para as conclusões do auditor. claros. a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional do próprio auditor. pois são elaborados. Outro ponto que merece destaque é o de que a quantidade. legíveis. outro auditor deve poder chegar às conclusões que o auditor que os elaborou chegou. eles devem incluir seu juízo acerca de todas as questões significativas. de outro lado. no mapa do caminho que leva às conclusões. os documentos que não ajudam a esclarecer as conclusões não são necessários (o auditor deve ser racional na elaboração dos papéis). nítidos. O auditor deve avaliar o que é necessário o outro auditor saber. o tipo. principalmente nas áreas que envolvem questões de princípio ou de julgamento difícil. os papéis de trabalho constituem a memória da auditoria. A forma e o conteúdo dos papéis de trabalho podem ser afetados por questões como a natureza do trabalho. A partir de sua análise. Em virtude dos objetivos expostos e da importância dos papéis de trabalho. limpos etc. supervisão e revisão do trabalho executado pela equipe. estruturados e organizados para atender às circunstâncias do trabalho e satisfazer as necessidades do auditor para cada uma.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Dessa forma. enfim. não é necessário nem prático documentar todas as questões que foram tratadas. Ora. Apesar de o auditor utilizar seu julgamento para decidir o que registrar em seus papéis.pontodosconcursos.com. aplicações financeiras. De acordo com a NBC PA 01. o auditor julgar necessário não atender um requisito relevante de uma norma.pontodosconcursos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 • quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data e extensão de tal revisão. firmas de auditoria devem estabelecer políticas e procedimentos para a retenção da documentação de trabalhos. Por fim. vamos ressaltar um último detalhe acerca da documentação de auditoria – o prazo de guarda dos papéis de trabalho. para todas as áreas das demonstrações financeiras e também para outros assuntos relacionados com o exame auditorial. Os papéis de trabalho.já os permanentes são utilizados em mais de um exercício social – p. a serem preenchidos pelos auditores. incluindo a natureza dos assuntos significativos discutidos e quando e com quem as discussões ocorreram. • as discussões sobre assuntos significativos com a administração. manuais. extratos bancários . • se o auditor identificou informações referentes a um assunto significativo que são inconsistentes com a sua conclusão final. com o objetivo de ter um registro dos serviços executados. • Papéis elaborados pelo auditor  representam os papéis de trabalho que o auditor vai elaborando à medida que analisa as contas contábeis. fornecedores a pagar. estatuto social da empresa. O período de retenção para trabalhos de auditoria geralmente não pode ser inferior a 5 Davi Barreto e Fernando Graeff www.) e cópias de documentos importantes (estatuto social. ele deve documentar como tratou essa inconsistência.com. contas a receber. os responsáveis pela governança e outros. e as razões para o não atendimento. ex. Os correntes são utilizados em apenas um exercício social – p. em circunstâncias excepcionais.br 30 . as firmas de auditoria preparam programas-padrões.ex. Quanto à sua natureza os papéis de trabalho podem ser classificados como correntes ou permanentes. ele deve documentar como os procedimentos alternativos de auditoria executados cumprem a finalidade desse requisito. contratos.). atas etc. e • se. • Outros papéis de trabalho  cartas de confirmação de terceiros (contas correntes bancárias. normalmente são divididos nos seguintes tipos: • Programa de auditoria  Normalmente. advogados etc. que trata das diretrizes. Neles são registrados todos os dados. deve documentar as razões específicas para fazê-los. o auditor não deve apagar nem descartar documentação de auditoria de qualquer natureza antes do fim do seu período de guarda dessa documentação. Segundo referida norma. dos conceitos e aprova as normas técnicas para a atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Auditoria no setor público federal Vamos aproveitar para abordar o assunto de acordo com o que consta na IN SFC 01. obtidos de qualquer outra fonte.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 (cinco) anos a contar da data do relatório do auditor ou. fatos e informações obtidas. as etapas preliminares e o trabalho efetuado pela equipe responsável. da data do relatório do auditor do grupo. podendo ser elaborados pelo auditor ou. de 6/4/2001. 5 (cinco) anos. o auditor. ainda. se posterior. devemos lembrar que o auditor deve montar o arquivo final de auditoria tempestivamente após a data do relatório do auditor. Um limite de tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria geralmente não ultrapassa 60 dias após a data do relatório do auditor. Após a montagem do arquivo final de auditoria ter sido completada.br 31 . dos princípios.pontodosconcursos. você verá que a abordagem desse assunto no âmbito da auditoria governamental é muito parecida. e quando e por quem foram executados e revisados. Assim. independentemente da natureza das modificações ou acréscimos. todos os papéis de trabalho produzidos pelo auditor devem ser arquivados e conservados adequadamente por. bem como suas Davi Barreto e Fernando Graeff www.com. pelo menos. Guarde esse número! Data do relatório do auditor 5 anos Tempo mínimo de guarda Por fim. se for necessário modificar a documentação de auditoria existente ou acrescentar nova documentação de auditoria após a montagem do arquivo final de auditoria. a contar da data do relatório de auditoria. Contudo. Destacamos que essa regra não mudou em relação às normas antigas de auditoria. os papéis de trabalho são documentos que fundamentam as informações obtidas nos trabalhos de auditoria e fiscalização (atividades de controle). Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhe suficiente para propiciar o entendimento e o suporte da atividade de controle executada. a fim de se obter detalhes relacionados com a atividade de controle realizada. a natureza.com. A elaboração dos papéis de execução representa. Referem-se às folhas básicas do trabalho. ainda no âmbito da auditoria no setor público federal. os papéis de trabalho de execução têm como finalidade: auxiliar na execução dos exames. a documentação dos trabalhos de controle elaborada e/ou colhida durante o processo de verificações “in loco”. o suporte nuclear da opinião de uma equipe de auditoria. e b) considerar possíveis modificações nos procedimentos adotados. para: • • • • a) determinar se o serviço foi feito de forma adequada e eficaz. utilizados nas atividades de campo (in loco) são considerados os mais importantes elementos documentais do trabalho do servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Registra os fatos. e as conclusões alcançadas. referente a um determinado período de tempo. compreendendo: a) b) c) d) a documentação do planejamento. é chamada de papéis de trabalho de execução. o julgamento exercido. oportunidade e extensão dos procedimentos. as causas e consequências dos atos de uma gestão. Bom. nas dependências da entidade auditada. Todos os elementos significativos dos exames realizados devem estar registrados nos papéis de trabalho. servir de suporte aos relatórios. ou seja. Em suma.pontodosconcursos. assim. constituir um registro que possibilite consultas posteriores. A finalidade dos papéis de trabalho de execução é embasar o posicionamento da equipe de auditoria com relação às questões apuradas no decurso dos exames. Também deve estar evidenciado que a atividade de controle (auditoria ou fiscalização) foi executada de acordo com as normas aplicáveis. Davi Barreto e Fernando Graeff www. do tipo corrente.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 conclusões sobre os exames realizados. Os papéis de trabalho. o mais importante momento de documentação dos trabalhos de controle. bem como no programa de trabalho de auditorias e fiscalizações. e • fornecer um meio de revisão pelos superiores.br 32 . evidenciar o trabalho feito e as conclusões emitidas. bem como julgar sobre a solidez das conclusões emitidas. pontodosconcursos. juntamente com os do tipo permanente. mas devem ser conservados somente no permanente com as devidas referências. Davi Barreto e Fernando Graeff www.br 33 . para fins de registro. Importante notar que os papéis e anexos do tipo permanente não devem ser incluídos nos arquivos correntes. numa pasta permanente separada. devem conter o programa de auditoria e fiscalização. devem constituir um registro claro e preciso do serviço executado em cada período coberto pelos exames. o Arquivo corrente: registro dos exames feitos e as conclusões resultantes desses trabalhos. a IN SFC 01 classifica os papéis de trabalho em dois tipos: Tipos de arquivo de papéis de trabalho segundo a IN SFC 01 deve conter assuntos que forem de interesse para Arquivo consulta sempre que se quiser dados sobre o sistema. Os papéis de trabalho corrente. nem cópias. permanente: área ou unidade objeto de controle.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Da mesma forma que ocorre na auditoria independente. Os anexos juntados ao arquivo permanente constituem parte integrante dos papéis de trabalho para cada serviço e devem ser revistos e atualizadas a cada exame. Material obsoleto ou substituído deve ser removido e arquivado a parte. (B) Seleção com base em valores. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças Públicas/2008) Ao determinar a extensão de um teste ou ao selecionar os itens a serem testados. (C) deve examinar 100% de seu universo. (D) Seleção sistemática. não? Quando a população tem alta amplitude (variância) entre suas unidades de amostragem. levando sempre em consideração o risco de auditoria. o auditor pode utilizar a estratificação como forma de reduzir o tamanho da amostra analisada. levando sempre em consideração o risco de auditoria.pontodosconcursos.com. Gabarito: A. (ESAF/AFC Auditoria e Fiscalização – CGU/ 2012) Nos casos em que o auditor independente desejar reduzir o tamanho da amostra sem aumentar o risco de amostragem. o auditor: (A) pode empregar técnicas de amostragem estatística. bem como testar 100% de seu universo. para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população. dividindo a população em subpopulações distintas que tenham características similares. (B) não deve empregar técnicas de amostragem estatística.br 34 . 02. (C) Teste de detalhes. Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Questões comentadas 01. (E) deve utilizar sua experiência. O auditor pode aplicar procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de população (amostragem). Comentários: Item (A): pode empregar técnicas de amostragem estatística. (E) Detalhamento populacional. deve proceder a um(a) (A) Estratificação. já que isso aumentaria o risco de auditoria. levando sempre em consideração o risco de auditoria (D) não pode empregar técnicas de entrevista estatística. Correto. Comentários: Essa questão da última prova da CGU é bem fácil. na sua totalidade. Errado. Errado. 03. Comentários: De fato a utilização da amostragem é indicada nos casos em que é muito custoso aplicar os testes de auditoria na totalidade dos itens de uma população muito grande. A amostragem é. por exemplo.br 35 . aplicada em função da necessidade de obtenção de informações em tempo hábil. pois existe a possibilidade de amostragem. a população constitui um número pequeno de itens de grande valor. Entrevistas estatísticas??? Esse é um processo um pouco estranho. Gabarito: Certo. Vimos que o auditor pode empregar amostragem estatística. em casos em que a ação. pois sempre lidamos com segurança razoável (nunca absoluta). A norma fala que esse processo é cabível quando.pontodosconcursos. Item (B): não deve empregar técnicas de amostragem estatística.No que diz respeito à auditoria governamental.com. se torne impraticável. O risco de amostragem é inerente a esse processo. nem sempre o auditor deve realizar censos ou seleção de itens específicos. Item (E): deve utilizar sua experiência. Item (C): deve examinar 100% de seu universo. bem como testar 100% de seu universo. Nem sempre o auditor deve realizar um censo. o risco de auditoria deve ser sempre considerado. também. Item (D): não pode empregar técnicas de entrevista estatística. Mais uma vez. O item simplesmente misturou conceitos para confundir os candidatos. levando sempre em consideração o risco de auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Além disso. Gabarito: A. Errado. julgue o item: O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização de ações de controle e situações onde o objeto alvo da ação se apresenta em grandes quantidades e/ou se distribui de maneira bastante pulverizada. (FGV/Técnico de Controle Externo – Senado Federal/2012) – adaptada . já que isso aumentaria o risco de auditoria. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (B) existir risco de mais de 10% da amostra conter erros. Comentários: Veja que as características apontadas no enunciado indicam para a utilização de um exame de 100% da população. uma opinião de auditoria não apropriada decorrente do teste de detalhes. quando. Gabarito: C. na verdade. (1) a população constitui um número pequeno de itens. (D) for identificada uma linearidade nos valores dos itens a serem selecionados. corretamente. uma opinião de auditoria não apropriada decorrente do teste de controles. (B) É o risco que pode levar a apenas um tipo de conclusão.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 04. 05. (FCC/ISS-SP/2012) A estratificação da amostra pode ser útil quando (A) superar a 100 unidades a quantidade de itens que compõe a amostra. julgue o item: A amostragem é particularmente recomendável quando (1) a população é considerada muito pequena.com. Davi Barreto e Fernando Graeff www. ela existe. (3) há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de auditoria apropriada e suficiente.No que diz respeito à auditoria governamental. o risco de amostragem? (A) É o risco que pode levar a apenas um tipo de conclusão.br 36 . (2) as características da população são de fácil mensuração e (3) há necessidade de alta precisão. 06. e (2) a natureza repetitiva de um cálculo ou outro processo executado automaticamente por sistema de informação torna um exame de 100% rápido e eficiente. no qual não seja identificada distorção relevante. no qual os controles são considerados mais eficazes do que realmente são.A NBC TA 530 – “Amostragem em Auditoria”. (C) houver uma grande amplitude nos valores dos itens a serem selecionados. Comentários: Já foi destacado que se utiliza a estratificação quando existe uma alta amplitude nos valores das unidades de amostragem (itens que compõem a população).pontodosconcursos. (E) for pequeno o número de itens que compõe a amostra. explicita que há riscos de amostragem e outros não resultantes da amostragem. Conforme determina a referida norma. qual das opções a seguir descreve. (FUNCAB/Auditor Financeiro e Contábil – DER/2010) . (FGV/Técnico de Controle Externo – Senado Federal/2012) – adaptada . Gabarito: Falso. é um dos assuntos mais recorrentes nas provas. dado que poderá comprometer a parcialidade que deverá ter no exame dos registros auditados. Item B: errado. (D) A amostragem. (A) O risco que o auditor está disposto a aceita não afeta o tamanho exigido da amostra. Vimos que a definição do tamanho da amostra é afetada pelo risco de amostragem. Comentários: Essa é a típica questão que você pode esperar em sua prova.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 (C) É o risco que pode afetar a eficácia da auditoria. assim como pelos desvios e distorções. Gabarito: D 07. a critério do auditor e com vistas a aumentar a sua confiabilidade.. o auditor deve tratar retirar esse item da amostra de modo a não comprometer o exame. a seleção sistemática e a seleção ao acaso. (B) Para a definição do tamanho da amostra não é permitido ao auditor usar o julgamento profissional.pontodosconcursos. dentre os principais métodos para selecionar amostras. ou seja. pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. (D) É o risco de que a conclusão do auditor. pode abranger até 100% dos itens da população analisada. assinale a alternativa correta. com base em amostra. (FMP/APE – TCE RS/2011) Quanto ao processo de amostragem na auditoria.. (C) De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade. Davi Barreto e Fernando Graeff www. as respostas obtidas pela análise da amostra não corresponderem à realidade da população.com. se encontram: a seleção aleatória. contudo é improvável que leve o auditor a emitir uma opinião de auditoria inapropriada. Vamos analisar cada um dos itens e ver como é bem tranquilo: Item A: errado.br 37 . (E) Se o auditor não puder aplicar os procedimentos de auditoria definidos ou procedimentos alternativos adequados em um item selecionado. Risco de amostragem é o risco de o processo de amostragem não funcionar. (E) É o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer razão que não seja relacionada ao risco inerente. Comentários: Não se esqueça da definição de risco de amostragem. Falamos sobre cada um desses três métodos de seleção.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Em amostragens não estatísticas. mas de censo.” A banca escreveu “o auditor dever tratar retirar esse item (. o auditor deve considerar o fato como um desvio ou distorção. mas já dava para pressupor que o item estava errado sem saber nada de auditoria. o auditor deve tratar esse item como um desvio do controle previsto. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Gabarito: C 08. e não desconsiderar o elemento da amostra. no caso de testes de controles ou uma distorção. não? rsrs Enfim. (C) seleção originada do direcionamento da amostra para uma escolha conduzida. Não é prova de português. no caso de testes de detalhes. Vejamos o que diz a NBC TA 530: “Se o auditor não puder aplicar os procedimentos de auditoria definidos ou procedimentos alternativos adequados em um item selecionado. o auditor não pode aplicar um procedimento em um elemento da amostra. (B) detecção por não utilizar critérios probabilísticos e não-probabilísticos conjuntamente. pois o documento foi extraviado. o auditor está reduzindo a possibilidade de risco de (A) controle decorrente da utilização de critérios aleatórios. Essa questão foi um copia e cola muito mal feito das normas de auditoria.. Por exemplo. sem base matemática ou científica. o auditor não pode conferir se o saldo de uma fatura está correto. ou seja.br 38 . em certas ocasiões. não se trata mais de amostragem. Item E: errado. o exame de parte da população para se extrair uma resposta para o todo. lembra? Item D: errado. Amostragem exige que exista uma amostra. Item C: certo.)”. Nesses casos.. Quando o auditor analisa 100% dos itens. (FCC/ Analista de Controle Externo – TCE AM/2008) Ao utilizar o método de amostragem estatística em substituição ao não-estatístico para a seleção de base de dados.pontodosconcursos. o tamanho da amostra é determinado pelo auditor utilizando sua experiência.com. (B) É a diferença entre o valor que a estatística pode acusar e o verdadeiro valor do parâmetro que se deseja estimar. 09. (E) amostragem decorrente da não utilização das leis de probabilidades.Fiscal de Rendas/2007) – ADAPTADA . III. Davi Barreto e Fernando Graeff www. 10. em um processo não estatístico de amostragem. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças Públicas/2008) Assinale a alternativa que apresente a definição de Erro Amostral. (C) É a diferença entre o valor que a estatística não pode acusar e o verdadeiro valor do parâmetro que se deseja estimar. A amostragem de variáveis visa a estimar a taxa de desvios em uma população.Avalie as afirmativas a seguir: I. (A) É a diferença entre o valor máximo e mínimo. Comentários: A definição de Erro Amostral é a diferença entre o valor que a estatística pode acusar (aquele encontrado no processo de amostragem) e o verdadeiro valor do parâmetro que se deseja estimar.pontodosconcursos. (FGV/SEFAZ RJ . como não é possível utilizar a teoria das mensurar do risco de amostragem. o auditor está reduzindo a possibilidade de risco de amostragem decorrente da não utilização das leis de probabilidades. pois fica fora de controle. IV. (E) É a soma do intervalo de confiança e do desvio-padrão. A amostragem de atributos visa a estimar um total monetário de uma população ou o valor monetário de erros em uma população. Gabarito: B.br 39 . Gabarito: E.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 (D) informação devido à falta de critério na seleção pelo método nãoestatístico. II. Note que. considerando ainda a tendência de erro. A amostragem de atributos é um teste de controle. esse risco aumenta. (D) É a soma do desvio-padrão e do erro-padrão da média.com. Comentários: Ao utilizar o método de amostragem estatística em substituição ao nãoestatístico para a seleção de base de dados. A amostragem de variáveis é um procedimento substantivo. Vide tabela acima. Essa é a definição de amostragem de variáveis.pontodosconcursos. Correto. (D) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. Vide tabela acima. Correto. Item (II): A amostragem de variáveis é um procedimento substantivo.br 40 . (C) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. Comentários: Você se lembra desse quadro? Técnica de Amostragem Tipo de teste Finalidade Amostragem de atributos Teste de controle estimar a taxa de desvios da população Amostragem de variáveis Teste de detalhes estimar um total monetário ou o valor monetário de erros em uma população Vejamos agora os itens: Item (I): A amostragem de atributos é um teste de controle. Item (IV): A amostragem de variáveis visa a estimar a taxa de desvios em uma população. 11. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Assinale: (A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. Errado. Gabarito: A. Errado. Item (III): A amostragem de atributos visa a estimar um total monetário de uma população ou o valor monetário de erros em uma população. Essa é a definição de amostragem de atributos.com. responda: Davi Barreto e Fernando Graeff www. (B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.Dadas as tabelas fornecidas a seguir. (ESAF/AFTE – Sefaz RN/2005) . No ano anterior a empresa de auditoria constatou desvio de 4% e a taxa esperada do desvio da população do ano foi de 1.br .50 158 95 1.00 Ao analisar a área de Contas a Receber.00 160 112 2.00 196 131 98 79 66 0. 41 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.50 132 3.50 178 98 79 66 1. constata-se um risco de avaliação de 10%.50 2.50 160 134 90 2.00 6% 51 80 80 105 90 Tabela II: 10% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo Taxa aceitável de desvios Taxa Esperada de desvio da 3% 2% 4% 5% 6% população (%) 116 78 59 47 40 0. vamos selecionar a tabela II.00 159 119 95 0. (A) 200 (B) 107 (C) 158 (D) 178 (E) 98 Comentários: Essa questão ilustra um tipo de tabela que o auditor pode utilizar para determinar o tamanho da amostra.00 134 107 66 1. O procedimento para definir o tamanho da amostra é o seguinte: • Escolher a tabela que corresponde ao nível especificado de risco de avaliação do risco de controle em nível baixo demais. • Localizar a coluna referente ao nível especificado da taxa aceitável de desvios.0%.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Tabela I: 5% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo Taxa aceitável de desvios Taxa Esperada de desvio da 2% 3% 4% 5% população (%) 151 101 76 61 0. portanto. • O enunciado nos trouxe que o risco de avaliação do risco de controle em nível baixo demais é de 10%.00 126 1.com. Determine o tamanho da amostra a ser utilizada. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 • O enunciado nos trouxe que a taxa de desvio no ano anterior foi de 4%. Gabarito: E. ou seja. na intersecção da coluna com a linha escolhidas.br 42 . coluna 3 e linha 3. o tamanho adequado da amostra para os dados informados é 98.00 160 2. selecionaremos a 3ª coluna da tabela (veja tabela abaixo). os níveis de erros identificados em auditorias anteriores. Portanto. • Localizar a linha que contém a taxa esperada de desvios da população.50 178 79 1. por exemplo.50 160 134 2. no caso. deve considerar aspectos como. • Esta taxa foi determinada pelo enunciado em 1%.50 3.00 6% 40 66 66 66 90 112 132 Portanto.00 98 134 107 1. Davi Barreto e Fernando Graeff www.00 196 131 98 79 0. mudança nos procedimentos da entidade e evidência obtida na aplicação de outros procedimentos de auditoria.com. • O auditor ao determinar o erro esperado em uma população. Tabela II: 10% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo Taxa aceitável de desvios Taxa Esperada de desvio 2% 3% 4% 5% da população (%) 116 78 59 47 0. escolheremos a 3ª linha da tabela (veja tabela abaixo). • Ler o tamanho da amostra.pontodosconcursos. o número de itens a serem testados é [utilize a tabela acima] (A) 19.com. Davi Barreto e Fernando Graeff www.00 ÷ 0.05 = 60 Gabarito: C.pontodosconcursos. (C) 60. a questão só pode ser resolvida se assumirmos que a taxa de desvios esperadas é zero. (B) 05. (D) 30.00. risco de amostragem de 5%. e utilizarmos a fórmula simplificada: Tamanho da amostra = Fator de Confianca ÷ Taxa aceitável de desvios Para um grau de confiança de 95%. Substituindo na fórmula.br 43 . No caso em tela. temos: Tamanho da amostra = 3.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 12. Comentários: Essa questão da última prova da Receita pegou os candidatos de surpresa. ou seja. (E) 10. (ESAF/AFRFB/2012) Considerando que o auditor estabeleceu um grau de confiança de 95% para a amostra e que determinou uma taxa tolerável de desvio de 5%. pois geralmente as questões de concurso não exigiam o cálculo do tamanho da amostra. temos que o fator de confiança é 3. efetivamente. Gabarito: D 14. ou seja.br 44 . (C) amostragem de atributos. deve considerar: I. (B) aceitação incorreta e superavaliação da confiabilidade.pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. não está. (D) rejeição incorreta e subavaliação da confiabilidade. “C” e “D” estão errados. Gabarito: E 15. pois rejeição incorreta é o risco de concluir que o saldo está errado. Portanto. que cada item que compõe a amostra é conhecido como unidade de amostragem. mas. mas. (B) números aleatórios.com. (E) amostragem por bloco. está errado. Comentários: O método de seleção sistemática (=sistêmica ou por intervalo) é aquele onde é observando um intervalo constante entre as transações realizadas. se os valores estão apropriadamente refletidos nas demonstrações contábeis. (FCC/APOFP . (E) rejeição incorreta e aceitação incorreta. “B”. efetivamente. Sabemos que os riscos de subavaliação e superavaliação de confiabilidade estão relacionados ao adequado funcionamento dos controles internos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 13. O item “E” está correto. Comentários: O enunciado fala de testes de detalhes. o auditor pode estipular intervalos uniformes entre os itens a serem selecionados como um método de seleção de amostras denominado (A) amostragem ao acaso. ao realizar o processo de escolha da amostra. (C) superavaliação da confiabilidade e rejeição incorreta. e aceitação incorreta: é o risco de concluir que o saldo está correto. (ESAF/AFRFB/2002) – adaptada – O risco de amostragem em auditoria nos testes de detalhes pode ser assim classificado: (A) subavaliação e superavaliação da confiabilidade. (D) amostragem sistêmica. (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor. os itens “A”.SP/2010) Para propiciar representatividade da população contábil aplicada nos testes de auditoria. como afirma o item. Ao considerar as características de uma população.br 45 . na determinação do tamanho da amostra. (A) Somente a I é verdadeira. III. (D) Todas são falsas. Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações.pontodosconcursos. (B) casual. Importante relembrar que a NBC TA 530. (E) Todas são verdadeiras. Item III: Errado. Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população. sem considerar os erros esperados. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – SEFIN SP/2006) Quando o auditor efetua a seleção da amostra com base na sua experiência profissional. dando maior precisão terminológica aos conceitos.. alterou a denominação de erro. não a amostra. que estratificação é o processo de dividir a população em subpopulações. o risco de amostragem. 16.com. Essa avaliação é feita para estabelecer a amostra de auditoria e determinar o tamanho dessa amostra. (E) randômica. somente a afirmação II é correta. para testes de controles. o auditor faz uma avaliação da taxa esperada de desvio com base no entendimento do auditor dos controles relevantes ou no exame de pequena quantidade de itens da população. no que diz respeito aos testes de controle. Item II: Certo. (C) I e III são verdadeiras. (D) estratificada. cada qual contendo um grupo de unidades de amostragem com características homogêneas ou similares. Davi Barreto e Fernando Graeff www.11. que substituiu a NBC T 11. para distorção. cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário).Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 II. Comentários: Vejamos cada um dos itens. (B) Somente a II é verdadeira. para taxa de desvio e. (C) por intervalos. Gabarito: B. Portanto.. está utilizando uma técnica denominada amostragem (A) por conglomerado. no que diz respeito aos testes de detalhes. Item I: Errado. (B) obriga que a amostra seja aleatória. na NBC TA 530. 17.pontodosconcursos. Gabarito: B. define o termo anomalia como: (A) o risco de que a conclusão do auditor. Davi Barreto e Fernando Graeff www.br 46 . Comentários: O CFC. cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes. (E) não influencia no tamanho da amostra. (FGV / ICMS-RJ / 2010) O Conselho Federal de Contabilidade – CFC. (A) exige a estratificação da amostra. Gabarito: B. define “Anomalia” como a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo de distorção ou desvio em uma população. (D) um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na população. (B) a distorção ou o desvio comprovadamente não representativo de distorção ou desvio em uma população. (FCC/ ISS-SP/2012) O aumento no uso de procedimentos substantivos no processo de auditoria para confirmação dos saldos do contas a receber da empresa Financia S. (D) causa uma diminuição da amostra. (E) o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e sobre o qual o auditor deseja concluir. possa ser diferente se toda a população estiver sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.A. (C) o processo de dividir uma população em subpopulações. com relação à amostragem em auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Comentários: Quando o auditor efetua a seleção da amostra com base na sua experiência profissional. com base em amostra. (C) possibilita um aumento da amostra. está utilizando uma técnica denominada amostragem casual. 18.com. Comentários: Para resolver essa questão relembre as tabelas da página 14 (apêndice 3). portanto.No processo de amostragem o LSE – Limite Superior de Erro para superavaliações é determinado pela: (A) soma do erro projetado e da provisão para risco de amostragem. Comentários: Para avaliar os resultados da amostra.com. que é calculado utilizando-se a seguinte fórmula: EP = erro projetado da população PRA = provisão para o risco de amostragem Gabarito da questão: Letra A. (B) divisão da população pela amostra estratificada. (D) divisão do erro total pela população escolhida. Em outras palavras. (E) subtração do erro total. (ESAF/AFRFB/2009) . Gabarito: D. (C) a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional do auditor. (C) soma do erro estimado e da confiabilidade da amostra. (E) o auditor pode. (B) informações sobre a estrutura organizacional e legal da entidade se constituem em bom exemplo de papéis de trabalho.br 47 . menor pode ser o tamanho da amostra. desfazer-se dos seus papéis de trabalho. quanto mais o auditor confia em outros procedimentos substantivos (testes de detalhes ou procedimentos analíticos substantivos) para reduzir a um nível aceitável o risco de detecção relacionado com uma população em particular. o auditor deve levar em conta se são completos por si só.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Veja que o aumento no uso de outros procedimentos substantivos causa uma diminuição no tamanho da amostra. Comentários: Davi Barreto e Fernando Graeff www. desde que tenha concluído a elaboração do relatório e dado ciência à entidade auditada.pontodosconcursos. do desvio das possíveis perdas amostrais. 20. (D) na elaboração dos papéis de trabalho. em razão do seu juízo profissional e após o término da auditoria. (FMP/APE – TCE RS/2011) Acerca dos papéis de trabalho é incorreto afirmar que: (A) são de propriedade exclusiva do auditor. menos segurança o auditor precisa da amostragem e. 19. o auditor calcula um limite superior de erro – LSE. pois podem ser utilizados ao longo de várias auditorias. permitir que outro auditor possa chegar às mesmas conclusões que o auditor que os elaborou chegou. Agora. uma pergunta: trata-se de papéis de trabalho permanentes ou correntes? São papéis de trabalho permanentes. pois são os documentos que (A) evidenciam e suportam a conclusão do auditor. A estrutura organizacional (ex. ou seja.. O auditor deve procurar produzir papéis de trabalho que são completos por si só. à exatidão e à qualidade dos procedimentos realizados e resultados gerados. a partir da data de emissão do relatório de auditoria. Item B: Certo. Item D: Certo.br 48 .Petrobras/1-2010) Os papéis de trabalho são ferramentas muito valiosas durante a execução do processo de auditoria.pontodosconcursos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Vamos passar rapidamente. Diferente do que muitos pensam. leis e regulamentos do setor) da entidade são papéis de trabalho importantes para que o auditor entenda o funcionamento da instituição e o ambiente em que está inserida. Gabarito: E.com. Item C: Certo. Item A: Certo.. 21.: organograma) e legal (estatutos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. A quantidade e o detalhamento das informações dos papéis de trabalho é uma decisão que o auditor toma com base em sua experiência profissional. Item E: Errado. os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do auditor (e não da entidade auditada). além de representar a garantia quanto à integridade. dado que em regra essas estruturas não se alteram com frequência ao longo do tempo. por todos os itens. Vimos que o prazo de guarda dos papéis de trabalho é de 5 anos. (Cesgranrio/Auditor Júnior . Os papéis de trabalho destinam-se a ajudar. D e E também representam objetivos específicos de determinados papéis de trabalho. II. Comentários: Vimos que os papéis de trabalho são os documentos produzidos ou obtidos durante uma auditoria para evidenciar os exames e conclusões do auditor. a definição geral está expressa no item A. apenas. III. a reposta correta é o item A. a natureza e condições dos sistemas contábeis e de controle interno da entidade. Contudo. A extensão da documentação de auditoria papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional. (D) relatam o papel a ser exercido pelos membros da equipe de auditores quanto às especificidades do trabalho. Portanto.pontodosconcursos. Gabarito: A. (C) II e III. II e III. pela análise dos documentos de auditorias anteriores ou pelos coligidos quando da contratação de uma primeira auditoria. (B) I e II. no planejamento e na execução da auditoria.com. A natureza do trabalho. Essa documentação deve fornecer registro suficiente e apropriado seu relatório e das evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e as exigências legais e regulamentares. Veja que os itens C. os papéis de trabalho integram um processo organizado de registro de evidência da auditoria. (E) comprovam a independência da equipe de auditoria em relação à alta administração da empresa. visto que não é necessário nem prático documentar todas as questões de que o auditor trata. É correto o que consta em (A) I. apenas. são alguns dos fatores que podem afetar a forma e o conteúdo da documentação de auditoria.br 49 . apenas. (D) I e III. Ante ao exposto. (C) comprovam a experiência técnica dos auditores que estão executando um determinado trabalho. 22.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 (B) evidenciam a efetiva aquisição dos serviços de auditoria frente aos órgãos reguladores e fiscalizadores. (FCC/Analista Ministerial: Ciências Contábeis – MPE PE/2006) – adaptada – Segundo o Conselho Federal de Contabilidade. considere as seguintes assertivas: I. Davi Barreto e Fernando Graeff www. A extensão da documentação utilizada pelo auditor. (FGV/SEFAZ RJ . relação de fornecedores. pois é relevante para o planejamento e a execução da auditoria. se precisa de uma quantidade maior ou menor de documentos. de empréstimos. Comentários: Vamos analisar cada um dos itens: Item I: Correto. dissemos que o auditor pode revisar os papéis de trabalho do auditor anterior para auxiliá-lo em seu planejamento. (E) registram as evidências do trabalho executado. Item II: Correto. em especial a Resolução 1. faz parte de seu julgamento profissional. apenas.Fiscal de Rendas/2008) – adaptada – Os papéis de trabalho constituem o conjunto de documentos e apontamentos que o auditor colige antes. A esse respeito. ou seja. arquivos magnéticos. Comentários: Vamos analisar cada um dos itens: Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos. (C) facilitam a revisão do trabalho de auditoria. é lógico que a natureza do trabalho e dos sistemas de controle interno é essencial na preparação dessa documentação. (D) a documentação de auditoria deverá arquivá-lo pelo prazo de três anos a contar da publicação do relatório com a opinião do auditor. Item III: Correto. etc. são exemplos de “papéis” de trabalho: cópia de contratos de financiamento. não é correto afirmar que: (A) a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional. de clientes. Vimos que o auditor deve preparar documentação de auditoria de forma a prover evidências para uma conclusão quanto ao cumprimento objetivo global. bem como de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e exigências legais e regulamentares aplicáveis. mapa de apuração de impostos. Gabarito: A. (B) não é necessário nem prático documentar todas as questões de que o auditor trata.br 50 . cópia de documentos fiscais. Assim. quando discutimos o planejamento de auditoria inicial.com.206/09. de dividendos e de participações. considerando o disposto pelo CFC. 23. cartas de circularização.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 (E) II. durante e após a aplicação dos procedimentos de auditoria. Lembre que. Ora. sejam relevantes. 24.Especialidade Contabilidade/2011) No que se refere à guarda da documentação. se posterior. a partir da data de emissão do seu parecer. (D) pertencem ao auditor independente. Gabarito: D. análises e conclusões obtidas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. para fins de fiscalização do exercício profissional. mas somente aquelas.br 51 . (D) cinco anos. não é necessário nem prático documentar todas as questões tratadas pelo auditor. (FCC/TRT 20 – Analista Judiciário – Administrativa . que deve avaliar o que é necessário o outro auditor saber. para que este último possa chegar às conclusões que o primeiro chegou. Por fim. Realmente.pontodosconcursos. pois registra todos os passos. (E) registram as evidências do trabalho executado. (C) facilitam a revisão do trabalho de auditoria. relatórios e pareceres relacionados com os serviços realizados. deve conservar a boa guarda pelo prazo de (A) dezoito meses. papéis de trabalho. da data do relatório do auditor do grupo. de toda a documentação. O prazo de guarda dos papéis de trabalho não pode ser inferior a cinco anos a contar da data do relatório do auditor ou. (C) três anos.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 (A) a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional. o Auditor. (B) não é necessário nem prático documentar todas as questões de que o auditor trata. a partir da data do início dos serviços realizados. a partir da data de emissão do relatório e parecer relacionado com os serviços realizados. que deverá arquivá-lo pelo prazo de três anos a contar da publicação do relatório com a opinião do auditor. Vimos que a quantidade e o tipo dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional do próprio auditor. A documentação de auditoria é essencial para revisão dos trabalhos da equipe e do auditor. esse item também está certo. que a critério do auditor. pois os papéis de trabalho são as evidências do trabalho do auditor independente. a partir da data do término dos serviços realizados. (B) dois anos. mesmo que tenha razão para crer no contrário. (FCC/TRT 4R – Analista Judiciário – Especialidade Contabilidade/2011) Em conformidade com as normas de auditoria vigentes a partir de 2010. a veracidade do documento eletrônico.pontodosconcursos. a partir da data de entrega ou publicação do seu parecer relacionado com os serviços realizados. No caso de dúvidas com relação à confiabilidade de documentos ou representações da parte responsável o auditor deve realizar procedimentos adicionais de auditoria.br 52 . o período de retenção para trabalhos de auditoria geralmente não pode ser inferior a 5 (cinco) anos a contar da data do relatório do auditor. Comentários: De acordo com a NBC PA 01. Gabarito: E Davi Barreto e Fernando Graeff www. quando os documentos forem emitidos eletronicamente. Gabarito: D 25.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 (E) dez anos.com. A atitude de ceticismo profissional significa que o auditor independente faz uma avaliação crítica. (C) considerar exclusivamente os contratos registrados em cartório e os documentos com firmas reconhecidas. (D) suspender os trabalhos ao identificar uma fraude e considerar a auditoria limitada. em relação aos documentos apresentados pela empresa. Ele deve reconhecer que podem existir circunstâncias que façam com que a informação sobre o objeto contenha distorções relevantes. (B) confirmar sempre. Comentários: Já falamos sobre a atitude de ceticismo profissional que o auditor independente deve adotar enquanto planeja e executa seu trabalho. (E) fazer obrigatoriamente investigações adicionais na dúvida a respeito da confiabilidade das informações. mantendo-se de forma mentalmente questionadora. nos meios disponibilizados pela empresa emissora. não sendo sua a responsabilidade de questionar a veracidade dos documentos. o auditor deverá (A) considerá-los sempre genuínos. com referência à validade da evidência obtida e mantém-se alerta para qualquer evidência que contradiga ou ponha em dúvida a confiabilidade de documentos ou representações da parte responsável. com. (2) as características da população são de fácil mensuração e (3) há necessidade de alta precisão. levando sempre em consideração o risco de auditoria. levando sempre em consideração o risco de auditoria (D) não pode empregar técnicas de entrevista estatística. bem como testar 100% de seu universo. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças Públicas/2008) Ao determinar a extensão de um teste ou ao selecionar os itens a serem testados. o auditor: (A) pode empregar técnicas de amostragem estatística. (FGV/Técnico de Controle Externo – Senado Federal/2012) – adaptada . 03. dividindo a população em subpopulações distintas que tenham características similares.No que diz respeito à auditoria governamental. (ESAF/AFC Auditoria e Fiscalização – CGU/ 2012) Nos casos em que o auditor independente desejar reduzir o tamanho da amostra sem aumentar o risco de amostragem.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Lista de Questões 01. (B) Seleção com base em valores.pontodosconcursos. deve proceder a um(a) (A) Estratificação. 05.No que diz respeito à auditoria governamental. (B) não deve empregar técnicas de amostragem estatística. já que isso aumentaria o risco de auditoria. (FGV/Técnico de Controle Externo – Senado Federal/2012) – adaptada . julgue o item: O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização de ações de controle e situações onde o objeto alvo da ação se apresenta em grandes quantidades e/ou se distribui de maneira bastante pulverizada. (E) deve utilizar sua experiência. A amostragem é. na sua totalidade. (FCC/ISS-SP/2012) A estratificação da amostra pode ser útil quando Davi Barreto e Fernando Graeff www. se torne impraticável. aplicada em função da necessidade de obtenção de informações em tempo hábil. em casos em que a ação. (E) Detalhamento populacional. também.br 53 . 04. (D) Seleção sistemática. 02. julgue o item: A amostragem é particularmente recomendável quando (1) a população é considerada muito pequena. (C) deve examinar 100% de seu universo. (C) Teste de detalhes. o risco de amostragem? (A) É o risco que pode levar a apenas um tipo de conclusão. Conforme determina a referida norma. (FCC/ Analista de Controle Externo – TCE AM/2008) Ao utilizar o método de amostragem estatística em substituição ao não-estatístico para a seleção de base de dados. 06. (D) É o risco de que a conclusão do auditor.pontodosconcursos. dentre os principais métodos para selecionar amostras. a critério do auditor e com vistas a aumentar a sua confiabilidade.br 54 . pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.A NBC TA 530 – “Amostragem em Auditoria”. uma opinião de auditoria não apropriada decorrente do teste de detalhes. (C) É o risco que pode afetar a eficácia da auditoria. (B) Para a definição do tamanho da amostra não é permitido ao auditor usar o julgamento profissional. (C) De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade. explicita que há riscos de amostragem e outros não resultantes da amostragem. (C) houver uma grande amplitude nos valores dos itens a serem selecionados. na verdade. (E) É o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer razão que não seja relacionada ao risco inerente. corretamente. (D) A amostragem. (FUNCAB/Auditor Financeiro e Contábil – DER/2010) . no qual os controles são considerados mais eficazes do que realmente são. (A) O risco que o auditor está disposto a aceita não afeta o tamanho exigido da amostra. assinale a alternativa correta. a seleção sistemática e a seleção ao acaso. se encontram: a seleção aleatória. (D) for identificada uma linearidade nos valores dos itens a serem selecionados. no qual não seja identificada distorção relevante. (E) for pequeno o número de itens que compõe a amostra. dado que poderá comprometer a parcialidade que deverá ter no exame dos registros auditados. ela existe. 08. (FMP/APE – TCE RS/2011) Quanto ao processo de amostragem na auditoria. com base em amostra. pode abranger até 100% dos itens da população analisada. (E) Se o auditor não puder aplicar os procedimentos de auditoria definidos ou procedimentos alternativos adequados em um item selecionado. contudo é improvável que leve o auditor a emitir uma opinião de auditoria inapropriada.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 (A) superar a 100 unidades a quantidade de itens que compõe a amostra. 07. quando. o auditor deve tratar retirar esse item da amostra de modo a não comprometer o exame. (B) existir risco de mais de 10% da amostra conter erros. (B) É o risco que pode levar a apenas um tipo de conclusão.com. qual das opções a seguir descreve. uma opinião de auditoria não apropriada decorrente do teste de controles. o auditor está reduzindo a possibilidade de risco de Davi Barreto e Fernando Graeff www. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças Públicas/2008) Assinale a alternativa que apresente a definição de Erro Amostral. (B) É a diferença entre o valor que a estatística pode acusar e o verdadeiro valor do parâmetro que se deseja estimar. (B) detecção por não utilizar critérios probabilísticos e não-probabilísticos conjuntamente. Assinale: (A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (C) É a diferença entre o valor que a estatística não pode acusar e o verdadeiro valor do parâmetro que se deseja estimar. responda: Davi Barreto e Fernando Graeff www. (C) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. 10. 09.com. (D) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. III. (E) É a soma do intervalo de confiança e do desvio-padrão. (C) seleção originada do direcionamento da amostra para uma escolha conduzida. A amostragem de atributos visa a estimar um total monetário de uma população ou o valor monetário de erros em uma população. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.br 55 . (D) É a soma do desvio-padrão e do erro-padrão da média. A amostragem de variáveis é um procedimento substantivo.Fiscal de Rendas/2007) – ADAPTADA .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 (A) controle decorrente da utilização de critérios aleatórios. (D) informação devido à falta de critério na seleção pelo método nãoestatístico. 11. IV.Avalie as afirmativas a seguir: I. considerando ainda a tendência de erro.Dadas as tabelas fornecidas a seguir. A amostragem de variáveis visa a estimar a taxa de desvios em uma população. II. (B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) amostragem decorrente da não utilização das leis de probabilidades. (ESAF/AFTE – Sefaz RN/2005) . (FGV/SEFAZ RJ . A amostragem de atributos é um teste de controle.pontodosconcursos. (A) É a diferença entre o valor máximo e mínimo. com.00 160 112 2.00 Ao analisar a área de Contas a Receber. Determine o tamanho da amostra a ser utilizada.00 134 107 66 1.00 159 119 95 0.00 6% 51 80 80 105 90 Tabela II: 10% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo Taxa aceitável de desvios Taxa Esperada de desvio da 3% 2% 4% 5% 6% população (%) 116 78 59 47 40 0.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Tabela I: 5% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo Taxa aceitável de desvios Taxa Esperada de desvio da 2% 3% 4% 5% população (%) 151 101 76 61 0. No ano anterior a empresa de auditoria constatou desvio de 4% e a taxa esperada do desvio da população do ano foi de 1. constata-se um risco de avaliação de 10%.00 126 1.50 2.50 158 95 1.00 196 131 98 79 66 0.br 56 .50 178 98 79 66 1.0%. (A) 200 (B) 107 (C) 158 (D) 178 (E) 98 Davi Barreto e Fernando Graeff www.50 160 134 90 2.50 132 3.pontodosconcursos. (E) amostragem por bloco.br 57 . o risco de amostragem. (B) 05. (B) Somente a II é verdadeira. na determinação do tamanho da amostra. ao realizar o processo de escolha da amostra. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (E) rejeição incorreta e aceitação incorreta. (FCC/APOFP . que cada item que compõe a amostra é conhecido como unidade de amostragem. (C) 60. o número de itens a serem testados é [utilize a tabela acima] (A) 19. (E) Todas são verdadeiras. (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor. 14.SP/2010) Para propiciar representatividade da população contábil aplicada nos testes de auditoria. sem considerar os erros esperados. (B) números aleatórios. (D) 30. 15. (D) rejeição incorreta e subavaliação da confiabilidade. (A) Somente a I é verdadeira. (D) Todas são falsas. deve considerar: I. (C) I e III são verdadeiras. (C) superavaliação da confiabilidade e rejeição incorreta.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 12.com.pontodosconcursos. II. 13. (ESAF/AFRFB/2002) – adaptada – O risco de amostragem em auditoria nos testes de detalhes pode ser assim classificado: (A) subavaliação e superavaliação da confiabilidade. o auditor pode estipular intervalos uniformes entre os itens a serem selecionados como um método de seleção de amostras denominado (A) amostragem ao acaso. cada qual contendo um grupo de unidades de amostragem com características homogêneas ou similares. (B) aceitação incorreta e superavaliação da confiabilidade. (ESAF/AFRFB/2012) Considerando que o auditor estabeleceu um grau de confiança de 95% para a amostra e que determinou uma taxa tolerável de desvio de 5%. (E) 10. (C) amostragem de atributos. (D) amostragem sistêmica. III. que estratificação é o processo de dividir a população em subpopulações. br 58 . (D) causa uma diminuição da amostra. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – SEFIN SP/2006) Quando o auditor efetua a seleção da amostra com base na sua experiência profissional. (C) por intervalos. 18. (C) possibilita um aumento da amostra. (E) randômica. define o termo anomalia como: (A) o risco de que a conclusão do auditor. cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes. (D) um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na população. está utilizando uma técnica denominada amostragem (A) por conglomerado. (A) exige a estratificação da amostra. (B) obriga que a amostra seja aleatória. possa ser diferente se toda a população estiver sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.com. do desvio das possíveis perdas amostrais.A. (FCC/ ISS-SP/2012) O aumento no uso de procedimentos substantivos no processo de auditoria para confirmação dos saldos do contas a receber da empresa Financia S. (C) o processo de dividir uma população em subpopulações.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 16. 17. (ESAF/AFRFB/2009) . Davi Barreto e Fernando Graeff www. (E) subtração do erro total. com relação à amostragem em auditoria. (B) a distorção ou o desvio comprovadamente não representativo de distorção ou desvio em uma população.pontodosconcursos. (E) não influencia no tamanho da amostra. (D) divisão do erro total pela população escolhida. (FGV / ICMS-RJ / 2010) O Conselho Federal de Contabilidade – CFC. 19. (E) o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e sobre o qual o auditor deseja concluir. com base em amostra. (D) estratificada. (B) casual. (C) soma do erro estimado e da confiabilidade da amostra. (B) divisão da população pela amostra estratificada.No processo de amostragem o LSE – Limite Superior de Erro para superavaliações é determinado pela: (A) soma do erro projetado e da provisão para risco de amostragem. br 59 . Os papéis de trabalho destinam-se a ajudar. A natureza do trabalho. são alguns dos fatores que podem afetar a forma e o conteúdo da documentação de auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 20.com. em razão do seu juízo profissional e após o término da auditoria. o auditor deve levar em conta se são completos por si só. os papéis de trabalho integram um processo organizado de registro de evidência da auditoria. (B) evidenciam a efetiva aquisição dos serviços de auditoria frente aos órgãos reguladores e fiscalizadores. (C) a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional do auditor. (FMP/APE – TCE RS/2011) Acerca dos papéis de trabalho é incorreto afirmar que: (A) são de propriedade exclusiva do auditor. no planejamento e na execução da auditoria. É correto o que consta em Davi Barreto e Fernando Graeff www. (E) o auditor pode. considere as seguintes assertivas: I. pois são os documentos que (A) evidenciam e suportam a conclusão do auditor. 21. II. a natureza e condições dos sistemas contábeis e de controle interno da entidade.Petrobras/1-2010) Os papéis de trabalho são ferramentas muito valiosas durante a execução do processo de auditoria. (B) informações sobre a estrutura organizacional e legal da entidade se constituem em bom exemplo de papéis de trabalho. desfazer-se dos seus papéis de trabalho. Ante ao exposto. (FCC/Analista Ministerial: Ciências Contábeis – MPE PE/2006) – adaptada – Segundo o Conselho Federal de Contabilidade. (C) comprovam a experiência técnica dos auditores que estão executando um determinado trabalho. à exatidão e à qualidade dos procedimentos realizados e resultados gerados. (D) relatam o papel a ser exercido pelos membros da equipe de auditores quanto às especificidades do trabalho. 22. além de representar a garantia quanto à integridade. A extensão da documentação de auditoria papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional. visto que não é necessário nem prático documentar todas as questões de que o auditor trata. pela análise dos documentos de auditorias anteriores ou pelos coligidos quando da contratação de uma primeira auditoria. III. (Cesgranrio/Auditor Júnior . (D) na elaboração dos papéis de trabalho.pontodosconcursos. (E) comprovam a independência da equipe de auditoria em relação à alta administração da empresa. desde que tenha concluído a elaboração do relatório e dado ciência à entidade auditada. considerando o disposto pelo CFC. a partir da data de emissão do seu parecer. (B) não é necessário nem prático documentar todas as questões de que o auditor trata. não é correto afirmar que: (A) a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional.br 60 . durante e após a aplicação dos procedimentos de auditoria. em relação aos documentos apresentados pela empresa. (FCC/TRT 20 – Analista Judiciário – Administrativa . o Auditor.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 (A) I. em especial a Resolução 1. (E) registram as evidências do trabalho executado. o auditor deverá Davi Barreto e Fernando Graeff www. (FGV/SEFAZ RJ . a partir da data do término dos serviços realizados.Especialidade Contabilidade/2011) No que se refere à guarda da documentação. 24. (FCC/TRT 4R – Analista Judiciário – Especialidade Contabilidade/2011) Em conformidade com as normas de auditoria vigentes a partir de 2010. A esse respeito. II e III. cópia de documentos fiscais. arquivos magnéticos. cartas de circularização. (C) facilitam a revisão do trabalho de auditoria. apenas. a partir da data do início dos serviços realizados. de dividendos e de participações. etc. a partir da data de entrega ou publicação do seu relacionado com os serviços realizados. Assim.Fiscal de Rendas/2008) – adaptada – Os papéis de trabalho constituem o conjunto de documentos e apontamentos que o auditor colige antes. relação de fornecedores.com. de clientes. relatórios e pareceres relacionados serviços realizados.pontodosconcursos. apenas. deve conservar a boa guarda pelo prazo de (A) dezoito meses. (B) dois anos. (D) I e III. (C) três anos.206/09. apenas. mapa de apuração de impostos. (B) I e II. (D) a documentação de auditoria deverá arquivá-lo pelo prazo de três anos a contar da publicação do relatório com a opinião do auditor. são exemplos de “papéis” de trabalho: cópia de contratos de financiamento. (D) cinco anos. de empréstimos. (E) dez anos. de documentação. parecer toda a com os parecer 25. (C) II e III. para fins de fiscalização do exercício profissional. (E) II. 23. papéis de trabalho. a partir da data de emissão do relatório e relacionado com os serviços realizados. apenas. a veracidade do documento eletrônico.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 (A) considerá-los sempre genuínos.br 61 . (C) considerar exclusivamente os contratos registrados em cartório e os documentos com firmas reconhecidas. (B) confirmar sempre. nos meios disponibilizados pela empresa emissora.pontodosconcursos.com. (E) fazer obrigatoriamente investigações adicionais na dúvida a respeito da confiabilidade das informações. mesmo que tenha razão para crer no contrário. não sendo sua a responsabilidade de questionar a veracidade dos documentos. Gabaritos: 01 02 03 A A 11 12 13 E C 21 A 04 05 06 07 08 09 10 C D C E B A 14 15 16 17 18 19 20 D E B B B D A E 22 23 24 25 A D D E Certo Falso Davi Barreto e Fernando Graeff www. quando os documentos forem emitidos eletronicamente. (D) suspender os trabalhos ao identificar uma fraude e considerar a auditoria limitada. Antônio Lopes de. Conselho Federal de Contabilidade. Atlas. Auditoria: teoria e exercícios comentados. Resolução CFC 1. São Paulo: Ed.206/09 . Mudanças Contábeis na Lei Societária. BOYNTON. Marcelo Cavalcanti.pontodosconcursos. BRASIL. Hugo Rocha & Almeida. GRAEFF. Atlas. São Paulo: Ed. Fernando. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Marcelo Willian C. BARRETO. 2007.com.NBC TA 200 (Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria). 2011. 2009. Atlas. Conselho Federal de Contabilidade. ATTIE. BRAGA. BRASIL. São Paulo: Ed. Conselho Federal de Contabilidade.NBC TA 530 (Amostragem em Auditoria). Método. Resolução CFC 1. 2009. Auditoria.br 62 . Marcelo Cavalcanti.203/09 . SÁ.222/09 . São Paulo: Ed. Auditoria: um curso moderno e completo. 2009. Atlas. Auditoria – Conceitos e Aplicações. ALMEIDA. São Paulo: Ed. Curso de Auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 04 Bibliografia BRASIL. Resolução CFC 1. São Paulo: Ed. Davi.NBC TA 230 (Documentação de Auditoria). Atlas. 2002. Wiliam. .......... Davi Barreto e Fernando Graeff www...... • relatório de auditoria...........br 1 .. colocaremos as questões discutidas durante a aula no final do arquivo......... que é um dos diferenciais do Ponto............ 02 Relatório de auditoria ............................................................................................................. veremos hoje: • avaliação das distorções identificadas..................................................... Vamos à quinta aula do Curso de Auditoria para AFRFB – Teoria e Exercícios........ e • uso do Trabalho de Outros Profissionais...... o uso dos trabalhos da auditoria interna e de trabalhos técnicos de especialistas..................................... Como de costume.com........ 01 Avaliação das distorções identificadas ...pontodosconcursos............. além do trabalho de outro auditor independente......... 43 Bibliografia ....................... auxiliar outras pessoas e nos ajudar no aprimoramento dos nossos cursos... caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários....... Não esqueça.............................. Lá você poderá tirar suas dúvidas....... participe do Fórum de dúvidas........ 56 Introdução Prezado Aluno...............................Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Introdução .... que engloba....... 26 Lista de questões resolvidas na aula ............ 09 Uso do Trabalho de Outros Profissionais ............. Seguindo o cronograma inicialmente proposto.... A materialidade é. No primeiro caso. são necessários para que as demonstrações contábeis estejam apresentadas adequadamente. No segundo. como um todo.com. segundo a qual o objetivo do auditor é avaliar o efeito de distorções: • identificadas na auditoria. uma distorção relevante pode. e 1 NBC TA 450 – Avaliação das Distorções Identificadas durante a Auditoria. fazer com que um usuário das demonstrações contábeis tome erroneamente uma decisão. dar ou negar um empréstimo. Isso inclui os ajustes de valor. classificação. individualmente ou em conjunto. no julgamento do auditor.pontodosconcursos. estão livres de distorções relevantes. concretizar ou desistir de um negócio etc. definir dois níveis de materialidade: materialidade para as demonstrações contábeis com um todo e materialidade para execução da auditoria. portanto. Esse assunto é normatizado pela NBC TA 4501. considerando o conceito de materialidade e relevância. com aqueles que em conjunto podem ser relevantes. O auditor deve. portanto. Dissemos que são considerados relevantes os valores que podem influenciar decisões econômicas de usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis. quando discutirmos o relatório de auditoria. um valor de referência para o auditor (parâmetro) que ele utiliza para ter segurança de que os problemas eventualmente detectados nas demonstrações contábeis não se constituam em distorções relevantes. que o auditor é responsável por formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis para concluir se foi obtida segurança razoável de que as mesmas. veremos logo mais. Davi Barreto e Fernando Graeff www. apresentação ou divulgação que. estamos preocupados com os valores que podem individualmente ser relevantes. a conclusão do auditor deve levar em consideração a avaliação sobre a possível existência de distorções não corrigidas nas demonstrações contábeis.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Avaliação das distorções identificadas Você deve estar lembrado que falamos na aula 02 sobre os conceitos de materialidade e relevância. Assim. Assim. Bom. em todos os aspectos relevantes.br 2 . como comprar ou vender uma ação. br 3 . por solicitação do auditor. Quando o auditor verificar a existência de distorções. ou a seleção e aplicação de políticas contábeis que o auditor considera inadequadas. apresentação ou divulgação de um item informado nas demonstrações contábeis e o valor. saldos contábeis ou divulgação e corrigiu as distorções que foram detectadas.com. a distorção é a diferença entre o valor. • estimativa contábil incorreta decorrente da falta de atenção aos fatos ou de interpretação errada dos fatos. ele deve comunicar tempestivamente ao nível apropriado da administração. o auditor deve executar procedimentos adicionais de auditoria para determinar se continua havendo distorções. e • julgamentos da administração sobre estimativas contábeis que o auditor não considera razoáveis. a menos que seja proibido por lei ou regulamento. classificação. se houver. A NBC TA 450 exemplifica algumas situações que podem provocá-las: • imprecisão na coleta ou no processamento de dados usados na elaboração das demonstrações contábeis. O auditor deve. classificação. ou seja. nas demonstrações contábeis.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 • não corrigidas. ainda. Davi Barreto e Fernando Graeff www. comunicar àqueles que têm a responsabilidade e a autoridade para avaliar as distorções e tomar as medidas necessárias. • omissão de valor ou divulgação. a administração examinou uma classe de transações. Bom. apresentação ou divulgação requerido para que o item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. se.pontodosconcursos. requerer que a administração corrija essas distorções. Nesse caso. as distorções decorrem de erros ou fraudes. inicialmente devemos entender o que é uma distorção: Ou seja. Normalmente. pode ser necessário revisar a materialidade determinada com base nos resultados contábeis reais.pontodosconcursos. que são aquelas que apesar de detectadas e informadas não foram corrigidas pela entidade. a determinação de materialidade pelo auditor é frequentemente baseada em estimativas dos resultados financeiros da entidade.br 4 . Nesse sentido. Isso ocorre. Mas. Ao fazer essa determinação. e • o efeito de distorções não corrigidas relacionadas a períodos anteriores sobre as classes relevantes de transações. podem ter sobre a opinião no seu relatório de auditoria. individualmente ou em conjunto. e as circunstâncias específicas de sua ocorrência. tanto em relação a classes específicas de transações. o auditor deve rever a materialidade determinada para confirmar se ela continua apropriada no contexto do resultado efetivo da entidade. se a administração recusar-se a corrigir algumas das distorções reportadas pelo auditor. porque os resultados efetivos podem ainda não ser conhecidos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 A correção de todas as distorções pela administração.com. pois. Portanto. incluindo aquelas comunicadas pelo auditor. Contudo. O auditor deve comunicar ainda (a menos que seja proibido por lei ou regulamento) as distorções não corrigidas aos responsáveis pela governança e o efeito que elas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. o auditor deve considerar: • a magnitude e a natureza das distorções. antes de avaliar o efeito de distorções não corrigidas. e sobre as demonstrações contábeis como um todo. O auditor deve determinar se as distorções não corrigidas são relevantes. este deve obter o entendimento sobre as razões pelas quais a administração decidiu por não efetuar as correções e deve considerar esse entendimento ao avaliar se as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorções relevantes. podem restar ao final dos trabalhos distorções não corrigidas. possibilita à administração manter livros e registros contábeis precisos e reduz os riscos de distorções relevantes de demonstrações contábeis futuras em decorrência do efeito cumulativo de distorções não corrigidas não relevantes relativas a períodos anteriores. individualmente ou em conjunto. saldos contábeis ou divulgação. antes de avaliar o efeito de distorções não corrigidas. saldos contábeis ou divulgação quanto às demonstrações contábeis como um todo. pontodosconcursos. O auditor deve. Assuntos que são claramente triviais são de magnitude totalmente diferente (menor) que a materialidade determinada. Por fim. para as demonstrações contábeis como um todo. o auditor deve solicitar representação formal da administração e. dos responsáveis pela governança. Bom. se as distorções não corrigidas foram comunicadas para pessoa com responsabilidades administrativas. O auditor pode definir um valor abaixo do qual as distorções seriam consideradas claramente triviais e não precisariam ser acumuladas porque espera-se que a acumulação desses valores não teria obviamente efeito relevante sobre as demonstrações contábeis. Davi Barreto e Fernando Graeff www. ficar satisfeito quanto ao fato de que a comunicação com a pessoa que tem responsabilidades administrativas venha a ser informada adequadamente a todos aqueles com quem o auditor de outra forma se comunicaria no seu papel de governança. Importante notar que “claramente triviais” não é outra expressão para “não relevantes”. se existir. Quando há alguma incerteza sobre se uma ou mais itens são claramente triviais. comunicar aos responsáveis pela governança o efeito de distorções não corrigidas relacionadas a períodos anteriores sobre as classes relevantes de transações. o auditor deve acumular distorções identificadas durante a auditoria que não sejam claramente triviais. o item não poderá ser classificado como trivial. Em outras palavras. natureza ou circunstância. quando apropriado. sejam eles tomados individualmente ou em conjunto e julgados por qualquer critério de magnitude. e são assuntos claramente sem consequências. não pode existir dúvida alguma quando a trivialidade do item. não obstante. apresentado pela NBC TA 450 é de distorção Segundo a norma. individualmente e em conjunto. No caso de haver grande número de distorções individuais não relevantes não corrigidas. ela não precisa ser comunicada novamente para essa mesma pessoa no seu papel de governança. e sobre as demonstrações contábeis como um todo. saldos contábeis ou divulgação.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Veja que. o auditor pode comunicar o número e o efeito monetário geral das distorções não corrigidas em vez dos detalhes de cada distorção individual não corrigida. o assunto é considerado como não sendo claramente trivial. também. e essa pessoa também tem responsabilidades de governança.br 5 . outro conceito claramente trivial. O auditor deve. sobre se acreditam que os efeitos de distorções não corrigidas são não relevantes. e • distorção projetada é a melhor estimativa do auditor de distorções em populações.pontodosconcursos. existe a possibilidade de risco maior do que o risco baixo aceitável. distorção de julgamento e distorção projetada: • distorção factual é aquela que não deixa dúvida. as demonstrações contábeis como um todo serão distorcidas de maneira Davi Barreto e Fernando Graeff www. é improvável que ela possa ser compensada por outras distorções. Por exemplo. de que eventuais distorções não detectadas. ou • o conjunto das distorções detectadas durante a auditoria se aproxima da materialidade determinada. • distorções de julgamento são aquelas decorrentes de julgamento da administração sobre estimativas contábeis que o auditor não considera razoáveis.br 6 . Se o conjunto de distorções detectadas durante a auditoria se aproxima da materialidade determinada.com. poderiam ser relevantes. Não esqueça que podem existir distorções não detectadas devido à presença do risco de amostragem e do risco de não amostragem. cabe ao auditor determinar se a estratégia global e o plano de auditoria precisam ser revisados se: • a natureza das distorções identificadas e as circunstâncias em que elas ocorreram indicarem que podem existir outras distorções que. venham exceder a materialidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 As distorções podem ainda ser classificadas como distorção factual. ou a seleção ou aplicação de políticas contábeis que o auditor considera inadequadas. em conjunto com as distorções detectadas durante a auditoria. Com relação às distorções. Revisão do planejamento Já vimos na aula sobre planejamento que o auditor deve revisá-lo sempre que necessário. se a receita foi significativamente superavaliada. Considerações sobre distorções relevantes Se uma distorção individual é julgada relevante. quando consideradas no conjunto das distorções acumuladas durante a auditoria. envolvendo a projeção de distorções identificadas em amostras de auditoria para populações inteiras de onde foram extraídas as amostras. mas devemos reforçar que com relação às distorções a norma determina que na documentação sejam incluídas informações sobre: • o valor abaixo do qual as distorções seriam consideradas claramente triviais.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 relevante. A norma nos dá diversos exemplos desse tipo de ocorrência como distorções que: • referem-se à seleção ou à aplicação incorreta de política contábil que tem efeito não relevante sobre as demonstrações contábeis do período corrente.com. individualmente ou quando consideradas juntamente com outras distorções acumuladas durante a auditoria. • encobrem mudança nos resultados ou outras tendências. possibilitando que sejam satisfeitos os requerimentos para terem direito a bônus ou outros incentivos. especialmente no contexto das condições econômicas gerais e do setor. As circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes. entretanto. Documentação de auditoria Falamos na aula passada sobre a documentação de auditoria. mas tem provavelmente efeito relevante sobre as demonstrações contábeis de períodos futuros. por exemplo.br 7 . mesmo se forem inferiores à materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. e Davi Barreto e Fernando Graeff www. • tem o efeito de aumentar a remuneração da administração. antes de concluir que a compensação é apropriada. é considerado o risco de que podem existir distorções não detectadas adicionais. A identificação de diversas distorções não relevantes no mesmo saldo contábil ou na mesma classe de transações pode requerer que o auditor reavalie o risco de distorção relevante para esse saldo contábil ou essa classe de transações. • todas as distorções detectadas durante a auditoria e se foram corrigidas. Pode ser apropriado compensar distorções dentro do mesmo saldo contábil ou da mesma classe de transações. mesmo se o efeito da distorção sobre o resultado for completamente compensado por uma superavaliação equivalente de despesa. mesmo entre distorções não relevantes.pontodosconcursos. individualmente ou em conjunto.br 8 .com. Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 • a conclusão do auditor sobre se as distorções não corrigidas são relevantes. e a base para essa conclusão.pontodosconcursos. as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC 2 e homologados pelos órgãos reguladores.com. que atendam as normas emitidas pelo CFC e. que compreendem a legislação societária brasileira. Desta forma. a utilização do termo parecer não é incorreta.pontodosconcursos. só mudou o nome do instrumento. fique atento. com a respectiva fundamentação.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Opinião do auditor e relatório de auditoria Passemos agora para um dos tópicos mais cobrados em provas de concurso – opinião ou parecer de auditoria. e práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados. Cuidado! Apesar de não mais constar nas novas normas de auditoria. O auditor com base na avaliação de suas conclusões fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas durante seu trabalho deve formar uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis. de “parecer” para “relatório”. o relatório dirá se as demonstrações contábeis auditadas encontram-se apresentadas. Atenção: as normas revogadas tratavam da emissão dessa opinião por intermédio de um parecer de auditoria. por conseguinte. os objetivos continuam os mesmos. o relatório de auditoria é o produto final da auditoria que deve conter a expressão da opinião do auditor. sobre se as demonstrações contábeis (que inclui as respectivas notas explicativas) são elaboradas. em consonância com as normas contábeis internacionais. Portanto. essa opinião. pedimos que preste bastante atenção em tudo que falarmos sobre formação da opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis e sua expressão por meio de relatório de auditoria. Era uma forma de distinção. em todos os aspectos relevantes. de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. 2 Comitê de Pronunciamento Contábeis Davi Barreto e Fernando Graeff www. que com as novas normas não é mais usada. No entanto. de acordo com a opinião do auditor. em todos os aspectos relevantes. deve ser expressa claramente por meio do relatório de auditoria. as Normas Brasileiras de Contabilidade. os pronunciamentos. Então. emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade. de acordo com as práticas contábeis brasileiras.br 9 . O termo “parecer” era utilizado basicamente para diferenciar o produto final do trabalho do auditor independente dos relatórios emitidos por outros profissionais. não estiverem claras o suficiente. o auditor deve discutir o assunto com a administração e.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Enfim. o auditor deve modificar sua opinião. se abster de opinar. de uma forma clara e objetiva.br 10 . ou * não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes. Caso o auditor esteja satisfeito quanto à apresentação das demonstrações contábeis. uma noção exata dos trabalhos que realizou e de suas conclusões.pontodosconcursos. o relatório não pode ter data anterior à data em que o auditor independente obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar a sua opinião sobre as demonstrações contábeis. sem ressalvas (=antigo parecer padrão ou sem ressalvas). apesar de elaboradas de acordo com a legislação específica aplicável. foram elaboradas. quando: * concluir. deve determinar se é necessário modificar a opinião no seu relatório de auditoria. ou seja. De outro lado. incluindo as respectivas notas explicativas. que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes. ainda. o relatório deverá dizer se as demonstrações financeiras tomadas em conjunto representam efetivamente a situação patrimonial. as demonstrações contábeis. com base em evidência de auditoria obtida. A emissão do relatório deve refletir o entendimento do auditor acerca dos dados em exame. e julgue que estão elaboradas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. De acordo com a situação o auditor poderá emitir uma opinião sem ressalvas ou uma opinião com ressalva ou uma opinião adversa ou. Se. em todos os aspectos relevantes. deverá emitir uma opinião não modificada.com. dependendo dos requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável e como o assunto é resolvido. financeira e o resultado da empresa auditada. O auditor deve incluir as evidências de que: * todas as demonstrações que compõem as demonstrações contábeis. aos interessados. e * as pessoas com autoridade reconhecida afirmam que assumem a responsabilidade sobre essas demonstrações contábeis. que proporcione. de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. emitir uma opinião diferente da sem ressalva. Desta forma. Parecer com ressalva  é emitido quando um ou mais valores das demonstrações contábeis não refletem adequadamente a correta posição da entidade. mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas. tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente.br 11 . de forma geral. em todos os aspectos relevantes.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Veremos detalhadamente cada um delas logo mais adiante. adequadamente. são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis. basta conhecermos uma breve definição (comparando com as normas revogadas): Normas novas (opinião) Normas revogadas (parecer) Opinião sem ressalva  é emitida quando as demonstrações contábeis. Abstenção de opinião  O auditor Parecer com abstenção de opinião deve abster-se de expressar uma  neste parecer o auditor deixa de Davi Barreto e Fernando Graeff www. mas não generalizadas nas demonstrações contábeis. Opinião adversa  O auditor deve expressar uma opinião adversa quando. conclui que as distorções. Parecer adverso  é emitido quando as demonstrações contábeis.pontodosconcursos. não representam. individualmente ou em conjunto. por ora. conclui que as distorções. a posição patrimonial e financeira da entidade. individualmente ou em conjunto. de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Parecer sem ressalva  é emitido quando as demonstrações contábeis representam adequadamente a posição patrimonial e financeira da entidade. Opinião com ressalva  é emitida quando o auditor: • tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente. sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes. são relevantes. estão elaboradas. se houver. no julgamento do auditor. mas não generalizados.com. ou • não consegue obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para suportar sua opinião. pela falta de comprovação suficiente para justificá-la. se houver. e a disseminação de forma generalizada dos seus efeitos ou possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis: Natureza do assunto que gerou a modificação Julgamento do auditor sobre a disseminação de forma generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis Relevante mas não generalizado Relevante e generalizado As demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes Opinião com ressalva Opinião adversa Impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente Opinião com ressalva Abstenção de opinião A quem se destina o relatório de auditoria? O relatório do auditor independente é normalmente endereçado às pessoas para quem o relatório de auditoria é elaborado.pontodosconcursos. cujas demonstrações contábeis estão sendo auditadas. frequentemente para os acionistas ou para os responsáveis pela governança da entidade.br 12 .com. Quem assina o Relatório? No que se refere às assinaturas que constam no relatório. A NBC TA 705 traz o quadro abaixo que resume a opinião do auditor sobre a natureza do assunto que gerou a modificação. há dois casos de interesse de acordo com quem executa a auditoria: um auditor independente pessoa física ou uma empresa de auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 opinião quando não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas. emitir opinião sobre as demonstrações contábeis. contendo o nome e o número de registro cadastral da empresa no Conselho Regional de Contabilidade. Pelo contador responsável pelos trabalhos com o respectivo registro no Conselho Regional de Contabilidade.br 13 . independentemente se causadas por fraude ou erro. Seção sobre a responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeis  Essa seção do relatório do auditor independente descreve a responsabilidade dos responsáveis na organização pela elaboração das demonstrações contábeis. assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. A descrição deve incluir uma explicação de que a administração é responsável pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável e pelos controles internos necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis que não apresentem distorção relevante. Davi Barreto e Fernando Graeff www. afirmado que as demonstrações contábeis foram auditadas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Auditor Independente Empresa de Auditoria Pelo contador responsável pelos trabalhos e deve conter seu número de registro no Conselho Regional de Contabilidade. Examinamos as demonstrações contábeis da Companhia ABC. identificado o título de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis. fazer referência ao resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data. pelo responsável pela empresa de auditoria. conforme exigido pelas circunstâncias do trabalho. Destinatário  deve ser devidamente endereçado aos interessados.com.. e.pontodosconcursos. e especificado a data ou o período de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis. que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 20X1 e as respectivas demonstrações do resultado. Como é a estrutura de um relatório? Título  deve ser identificado claramente que se trata de um relatório de auditoria independente. Parágrafo introdutório  nele deve ser identificada a entidade cujas demonstrações contábeis foram auditadas. deve ainda ser descrita a execução da auditoria especificando que: • envolve a execução de procedimentos para obtenção de evidência de auditoria a respeito dos valores e divulgações nas demonstrações contábeis. independentemente se causadas por fraude ou erro. Nessa seção. incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis. • os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor. bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis.com. tomadas em conjunto. também. O relatório do auditor independente deve especificar se o auditor acredita que a evidência de auditoria obtida pelo auditor é suficiente e apropriada para fundamentar a sua opinião. independentemente se causada por fraude ou erro. que essas normas requerem que o auditor cumpra as exigências éticas. • a auditoria inclui. também.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante. a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Seção sobre a responsabilidade do auditor e extensão da auditoria  O relatório do auditor independente deve especificar que a responsabilidade do auditor é expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na auditoria. O relatório do auditor independente deve especificar que a auditoria foi conduzida em conformidade com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.pontodosconcursos.br 14 . O relatório do auditor independente deve explicar. planeje e realize a auditoria para obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis não apresentem distorção relevante. em relação às demonstrações contábeis. a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração. Outras responsabilidades relativas à emissão do relatório de auditoria Se for requerido ao auditor tratar no seu relatório de auditoria de outras responsabilidades.pontodosconcursos. o parágrafo introdutório. em todos os aspectos relevantes.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria. regulatórias etc. Uma auditoria inclui. A seção do relatório sobre outros requisitos legais e regulatórios deve ser apresentada após a seção que cobre as demonstrações contábeis. as seções sobre as responsabilidades do auditor e da administração e a opinião do auditor devem ser incluídos no subtítulo “Relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis”.com. também. ou outro título apropriado e. conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.. no final do documento devem ser apostos o local. complementares à sua responsabilidade. Nessa avaliação de riscos. as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente. o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias. de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.br 15 . bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. a data e as assinaturas: Local e Data Nome do auditor-responsável técnico Contador nº de registro no CRC Nome da empresa de auditoria Nº de registro cadastral no CRC  (se for o caso) Davi Barreto e Fernando Graeff www. nesse caso. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis. o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor. mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Em nossa opinião. independentemente se causada por fraude ou erro. Por fim. a posição patrimonial e financeira da Entidade ABC em 31 de dezembro de 20X1. elas devem ser tratadas em uma seção separada com o subtítulo “Relatório do auditor independente sobre outros requisitos legais e regulatórios”. legais. Seção com a Opinião do Auditor  expressa a opinião sobre as demonstrações contábeis. data e assinaturas Veja que as novas normas desmembraram a definição das responsabilidades. tirando do parágrafo de identificação e criando duas seções. de acordo com as novas normas de auditoria: Título Destinatário Parágrafo Introdutório Seção sobre a responsabilidade da administração Seção sobre a responsabilidade do auditor e a extensão da auditoria Seção sobre a opinião do auditor Local. que a decisão sobre que tipo de opinião modificada é apropriada depende de dois fatores: Davi Barreto e Fernando Graeff www.br 16 .pontodosconcursos.com. também. Relatório com Opinião de Modificada Já sabemos. nesta última. data e assinaturas Para efeito de comparação. veja como era a estrutura do parecer de auditoria de acordo com as normas revogadas: Parecer sem ressalva 1º parágrafo: identificação das demonstrações contábeis e à definição das responsabilidades 2º parágrafo: extensão dos trabalhos 3º parágrafo: opinião Local.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Veja o esquema de um relatório padrão (sem ressalvas). que antes era um parágrafo separado. também se encontra a extensão dos trabalhos. uma para a responsabilidade da entidade e outra do auditor. que as demonstrações contábeis como um todo apresentam distorções relevantes. nesse caso. Assim. mas não generalizados: opinião com ressalva.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Da natureza do assunto que deu origem à modificação.  Se os possíveis efeitos de distorções não detectadas. o auditor deve comunicar o assunto aos responsáveis pela governança (a menos que todos aqueles responsáveis pela governança estejam envolvidos na administração da entidade). se houver. com base em evidência de auditoria obtida. quando praticável e possível de acordo com as leis ou regulamentos aplicáveis. quando: • conclui.pontodosconcursos. Um caso particular é o da limitação ao alcance da auditoria. sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes.com. o auditor deve expressar claramente uma opinião modificada de forma apropriada sobre as demonstrações contábeis. se houver. Davi Barreto e Fernando Graeff www. o ou renunciar ao trabalho de auditoria. no caso de impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizados: abstenção de opinião. Da opinião do auditor sobre a disseminação dos efeitos ou possíveis efeitos do assunto sobre as demonstrações contábeis. podem apresentar distorção relevante.br 17 . • determinar se é possível executar procedimentos alternativos para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. se as demonstrações contábeis apresentam distorção relevante ou. relembrando. • se a administração se recusar a retirar essa limitação. ou seja. • se o auditor não conseguir obter evidência apropriada e suficiente de auditoria: o o auditor deve emitir opinião modificada:  Se os possíveis efeitos de distorções não detectadas. nesse caso: • o auditor deve solicitar que a administração retire a limitação. ou • não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir que as demonstrações contábeis como um todo não apresentam distorções relevantes. Atenção: Mesmo que o auditor tenha emitido uma opinião adversa ou se abstenha de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis. data e assinaturas Se houver uma distorção relevante das demonstrações contábeis. desde que praticável e que o auditor tenha obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre a informação omitida. ele deve descrever no parágrafo contendo a base para a modificação as razões Davi Barreto e Fernando Graeff www. relacionada com a não divulgação de informações que devem ser divulgadas. antes da renúncia. o auditor deve: (a) discutir a não divulgação com os responsáveis pela governança. incluir as divulgações omitidas.pontodosconcursos. (b) descrever a natureza da informação omitida no parágrafo contendo a base para a modificação. Como é a estrutura de um relatório com opinião modificada? Deve ser acrescentado ao modelo padrão um parágrafo contendo a descrição do assunto que deu origem à modificação. seja relacionada com as divulgações nas notas explicativas. seja relacionada a valores específicos. conforme apropriado. Título Destinatário Parágrafo Introdutório Seção sobre a responsabilidade da administração Seção sobre a responsabilidade do auditor e a extensão da auditoria Base para opinião modificada Seção sobre a opinião do auditor Local.” “Base para opinião adversa” ou “Base para abstenção de opinião”. O auditor deve colocar esse parágrafo imediatamente antes do parágrafo da opinião.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 deve. e (c) a menos que proibido por lei ou regulamento. comunicar aos responsáveis pela governança quaisquer assuntos relativos a distorções identificadas durante a auditoria que dariam origem a uma opinião modificada.br 18 . utilizando o título “Base para opinião com ressalva. exceto pelos efeitos do(s) assunto (s) descrito(s) no parágrafo sobre a base para opinião com ressalva. o auditor deve usar a correspondente frase “exceto pelos possíveis efeitos do(s) assunto(s) . Abstenção de opinião Quando o auditor se abstém de expressar uma opinião devido à impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. Descrição da responsabilidade do auditor quando expressa uma opinião com ressalva ou adversa Quando o auditor expressa uma opinião com ressalva ou adversa. ele deve especificar no parágrafo da opinião que.. ele deve alterar a descrição de sua responsabilidade para especificar que ele acredita que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar sua opinião modificada. e. ele deve especificar no parágrafo da opinião que devido à relevância do(s) assunto (s) descrito(s) no parágrafo sobre a base para opinião adversa as demonstrações contábeis não estão apresentadas adequadamente. o auditor não conseguiu obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião de auditoria. (b) o auditor não expressa opinião sobre as demonstrações contábeis. as demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente. em sua opinião. Descrição da responsabilidade do auditor quando se abstém de expressar uma opinião Davi Barreto e Fernando Graeff www. assim como os respectivos efeitos. ele deve especificar no parágrafo da opinião que: (a) devido à relevância do(s) assunto(s) descrito(s) no parágrafo sobre a base para abstenção de opinião. em todos os aspectos relevantes. Quando a modificação é decorrente da impossibilidade de obter evidência apropriada e suficiente de auditoria.br 19 .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 para quaisquer outros assuntos dos quais ele está ciente que teriam requerido uma modificação da opinião.” para a opinião modificada.pontodosconcursos. Opinião adversa Quando o auditor expressa uma opinião adversa. consequentemente.com.. Opinião com ressalva Quando o auditor expressa uma opinião com ressalva devido a uma distorção relevante nas demonstrações contábeis. com. usar o título “Ênfase” ou outro título apropriado. seria o caso de ressalva. ele deve comunicar aos responsáveis pela governança as circunstâncias que levaram à modificação prevista e o texto proposto da modificação.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Quando o auditor se abstém de expressar uma opinião ele deve alterar o parágrafo introdutório para especificar que foi contratado para examinar as demonstrações contábeis. Preste atenção ao item 4: a opinião do auditor não se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado.br 20 . ele deve: 1 2 3 4 incluí-lo imediatamente após o parágrafo de opinião no relatório do auditor.pontodosconcursos. porém não conseguiu obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar uma opinião de auditoria. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Pois. não de ênfase. segundo seu julgamento. é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis. O parágrafo de ênfase só poderá ser incluído no relatório se o auditor tenha obtido evidência de auditoria suficiente e apropriada de que não houve distorção relevante do assunto nas demonstrações contábeis. se houvesse. a informações apresentadas ou Quando o auditor incluir um parágrafo de ênfase no relatório. Parágrafos de ênfase no relatório do auditor independente O parágrafo de ênfase serve para o auditor chamar a atenção para um assunto apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que. incluir no parágrafo uma referência clara ao assunto enfatizado e à nota explicativa que descreva de forma completa o assunto nas demonstrações contábeis. e indicar que a opinião do auditor não se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado. São exemplos de circunstâncias em que o auditor pode considerar necessário incluir um parágrafo de ênfase: • existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio excepcional ou ação regulatória. Comunicação com os responsáveis pela governança Quando o auditor prevê modificar a opinião no seu relatório. Tal parágrafo deve referir-se apenas divulgadas nas demonstrações contábeis. Davi Barreto e Fernando Graeff www. pelos usuários. novo ou reemitido. e não for proibido por lei ou regulamento. antes da permitido) de nova norma contábil (por introduzida pelo Conselho Federal de disseminado de forma generalizada nas sua data de vigência.com. • No caso de dúvida quanto à continuidade operacional da entidade: se for feita divulgação adequada nas demonstrações contábeis. se o conteúdo do parágrafo de outros assuntos for relevante para a seção Outras Responsabilidades de Relatório. e • grande catástrofe que tenha tido. ele deve fazê-lo em um parágrafo no relatório de auditoria. Parágrafos de outros assuntos no relatório do auditor independente Se o auditor considera necessário comunicar outro assunto. e que de acordo com seu julgamento é relevante para o entendimento. ou em outra parte do relatório. • No caso de eventos subsequentes: o auditor independente deve incluir no seu relatório. São exemplos de situações que exigem a inclusão do parágrafo de ênfase: • Para chamar a atenção dos usuários para as divulgações adicionais: nos casos em que a estrutura do relatório financeiro prevista em lei ou regulamento específico não é aceitável. da responsabilidade do auditor ou do relatório de auditoria. efeito significativo sobre a posição patrimonial e financeira da entidade. com o título “Outros assuntos” ou outro título apropriado. não apresentado nem divulgado nas demonstrações contábeis. ou continue a ter. a administração deve fazer divulgações adicionais nas demonstrações contábeis necessárias para evitar que as demonstrações contábeis sejam enganosas. da auditoria. O auditor deve incluir esse parágrafo imediatamente após o parágrafo de opinião e de qualquer parágrafo de ênfase.br 21 . nova prática contábil Contabilidade (CFC)) com efeito demonstrações contábeis.pontodosconcursos. o auditor deve expressar uma opinião sem ressalvas e incluir um parágrafo de ênfase em seu relatório destacando a existência de incerteza significativa e chamando a atenção para as respectivas notas explicativas às demonstrações contábeis. Situações Específicas Relacionadas ao Relatório de Auditoria Vamos aproveitar a oportunidade para falar um pouquinho sobre algumas situações específicas envolvendo a emissão de um relatório de auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 • aplicação antecipada (quando exemplo. parágrafo de ênfase com referência à nota explicativa que esclarece mais detalhadamente a razão da alteração das demonstrações contábeis emitidas anteriormente e do relatório anterior fornecido pelo auditor independente. e 2. ter que utilizar o parecer de outros auditores. as políticas contábeis refletidas nas informações comparativas são consistentes com as aplicadas no período corrente ou. Demonstrações contábeis comparativas quando anterior foram examinadas por outros auditores as do exercício Outra hipótese possível é quando as demonstrações contábeis são divulgadas de forma comparativa e há mudança de auditores. se houve mudanças nas políticas contábeis. Assim. em todos os casos em que o nome do auditor esteja associado às demonstrações. as informações comparativas compreendem os valores e outras divulgações apresentados no período anterior ou. se essas mudanças foram registradas de maneira apropriada e adequadamente apresentadas e divulgadas. lado a lado. o auditor deve avaliar se: 1. o exercício passado foi auditado por um auditor e o exercício atual por outro.pontodosconcursos. pode ter que se pronunciar sobre demonstrações contábeis comparativas. Nesses casos. por exemplo. é muito importante destacar a divisão das responsabilidades.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 O auditor na emissão de sua opinião pode enfrentar diversas situações específicas. para tanto. não poder utilizar o trabalho de outros auditores etc. Davi Barreto e Fernando Graeff www. ou seja.br 22 . de uma forma geral. o resultado de dois períodos: o do exercício anterior e o atual (=exercício auditado). Da mesma forma. quando apropriado. sempre que o nome do auditor estiver associado com demonstrações ou informações contábeis que ele não auditou. estas devem ser claramente identificadas como “nãoauditadas”. o relatório deve conter indicação clara da natureza do trabalho do auditor e do grau de responsabilidade que ele está assumindo.com. O auditor deve determinar se as demonstrações contábeis incluem as informações comparativas requeridas pela estrutura de relatório financeiro aplicável e se essas informações estão classificadas adequadamente e. Vamos ver as situações específicas mais importantes: Demonstrações comparativas Demonstrações comparativas são aquelas que trazem. se foram retificadas. se deparar com uma primeira auditoria da entidade. em cada folha do conjunto. como veremos a seguir. sobre as demonstrações contábeis do período corrente. adversa ou abstenção de opinião e o assunto que gerou a modificação não está resolvido. Primeira auditoria de uma entidade (Trabalho de auditoria inicial) Podem ocorrer casos em que a entidade esta sendo submetida pela primeira vez a uma auditoria. Se nessa primeira auditoria a entidade divulgar Davi Barreto e Fernando Graeff www. as razões para a modificação.br 23 . se relevantes. ele deve especificar em um parágrafo de “Outros Assuntos” no seu relatório de auditoria independente:  que as demonstrações contábeis do período anterior foram examinadas por um auditor independente antecessor. o auditor deve: (a) mencionar os valores do período corrente e os valores correspondentes na descrição do assunto que gerou a modificação. o auditor deve especificar em um parágrafo de “Outros Assuntos” no relatório que os valores correspondentes não foram auditados. Essa declaração. o auditor deve incluir modificação na sua opinião.com. não isenta o auditor do requisito de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis do período corrente.pontodosconcursos. conforme apropriado. explicar que a opinião da auditoria contém modificação em decorrência dos efeitos ou possíveis efeitos do assunto não resolvido sobre a comparabilidade dos valores do período corrente e dos valores correspondentes. No parágrafo sobre a base para a modificação no relatório do auditor independente. se essa opinião conteve modificação. ou (b) em outros casos. e o auditor atual não está proibido por lei ou regulamento de mencionar o relatório do auditor independente antecessor sobre os valores correspondentes e decide fazer isso. Demonstrações contábeis do período anterior não auditadas Se as demonstrações contábeis do período anterior não foram auditadas. e  a data desse relatório.  o tipo de opinião expressa pelo auditor independente antecessor e.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Se as demonstrações contábeis do período anterior foram examinadas por auditor independente antecessor. contudo. Se o relatório do auditor independente no período anterior incluiu uma opinião com ressalva. com. Se o auditor concluir. Atenção  Quando os efeitos não forem relevantes. Reflexos quando houver aceitação do trabalho de outros auditores Ainda falando de responsabilidade. Importante  Quando o auditor aceita o relatório de outros auditores ele deve destacar no seu relatório a divisão de responsabilidades. em relação às demonstrações contábeis da investidora. Quando. por meio de evidências. que tenha emitido relatório com opinião sem ressalva sobre elas. e (b) não há nenhuma restrição aos seus trabalhos e conclusões. significa que: (a) o relatórios dos outros auditores não teve ressalvas ou teve ressalvas que não afetam a posição patrimonial e financeira e os resultados da investidora. quando as demonstrações contábeis de entidades controladas e/ou coligadas. se não conseguir. o auditor deve expressar a opinião com ressalva ou opinião adversa. o auditor deve analisar se o motivo é de tal relevância que afete a sua própria opinião. todavia. mesmo sem a indicação do conteúdo de sua opinião. Reflexo quando o auditor não puder utilizar o trabalho dos outros auditores Davi Barreto e Fernando Graeff www. correspondentes a investimentos relevantes. foram auditadas por outro auditor. deve expressar a opinião com ressalva ou abstenção de opinião sobre as demonstrações contábeis. ou seja. o outro auditor emitiu opinião modificada.pontodosconcursos. que os saldos iniciais contêm distorção que afeta de forma relevante as demonstrações contábeis do período corrente e. conforme apropriado. se o efeito da distorção não é devidamente registrado ou adequadamente apresentado ou divulgado.br 24 . Isso pode ocorrer.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 comparativamente os valores relativos ao exercício anterior. por exemplo. as demonstrações do exercício anterior não foram auditadas. não é necessário mencioná-los no relatório do auditor da investidora. conforme apropriado. deve-se destacar as situações em que um auditor emite uma opinião utilizando-se de relatórios de outros auditores. A referência ao relatório dos outros auditores. como o auditor deve proceder? O auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação aos saldos iniciais. que o trabalho dos outros auditores não pode ser utilizado e que não tem condições de aplicar procedimentos adicionais suficientes com relação às demonstrações contábeis da controlada e/ou coligada.br 25 . ou ao item sobre o qual os outros auditores emitiram opinião. baseado nos procedimentos recomendados.com. ele deve emitir opinião com ressalva ou se abster de opinar.pontodosconcursos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Quando o auditor concluir. Davi Barreto e Fernando Graeff www. pode ser útil o envolvimento de outros auditores na auditoria de demonstrações contábeis. mesmo que não envolva demonstrações contábeis de grupos. o auditor. auditores internos e especialistas de outras áreas. Assim. nos trabalhos de auditor independente. é aplicável a normatização prevista na NBC TA 600 que trata de auditorias de demonstrações contábeis de grupos. possuem coletivamente habilidade e competência apropriadas para tanto. Utilização do trabalho de outro auditor independente Nesse caso.br 26 . Segundo a referida norma. Por exemplo. Sabemos que o auditor é responsável pela condução dos trabalhos de sua equipe dentro das normas técnicas e profissionais de auditoria. Nesses casos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Uso do Trabalho de Outros Profissionais. inclusive outros auditores. de forma a promover a qualidade dos trabalhos executados. incluindo o trabalho dos auditores dos componentes. outro auditor independente. o auditor pode envolver outro auditor para observar a contagem de estoques ou fazer a inspeção física de ativos fixos em local remoto. Davi Barreto e Fernando Graeff www. o envolvimento de outro auditor não altera a responsabilidade do auditor de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para conseguir uma base razoável para suportar sua opinião. vamos agora falar sobre a utilização do trabalho de outros profissionais. O sócio encarregado do trabalho (auditor que chefia a equipe de auditoria) também é responsável pela direção.com. o relatório do auditor deve indicar que a referência não diminui a responsabilidade do sócio encarregado ou da firma encarregada do trabalho pela opinião de auditoria. além da sua equipe de trabalho. supervisão e desempenho do trabalho da equipe. o relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis não deve se referir ao trabalho do outro auditor. Além disso. Entretanto. é responsabilidade do auditor se certificar de que os que executam o trabalho de auditoria.pontodosconcursos. apesar de não tratar especificamente desse assunto. Como resultado. muitas vezes utiliza-se do trabalho de outros profissionais que fornecem evidências importantes para emissão de sua opinião. Se tal referência for requerida por lei ou regulamento. as novas normas de auditoria tratam desse assunto na NBC TA 620.042/05). habilidades e objetividade necessárias para fins da auditoria. a menos que tal referência seja necessária para uma explicação apropriada das circunstâncias. os meios utilizados pela auditoria interna e pelo auditor independente para alcançar seus respectivos objetivos podem ser semelhantes. com o objetivo de garantir o atendimento de seus objetivos institucionais. a utilização do trabalho do auditor interno pode dar celeridade aos trabalhos de auditoria. a avaliação Davi Barreto e Fernando Graeff www. Deve-se destacar que a responsabilidade do auditor independente pela opinião de auditoria não é reduzida pela utilização do trabalho feito pelos auditores internos.br 27 . Utilização do trabalho de especialista A utilização do trabalho de especialistas é disciplinada pela Resolução CFC nº 1.pontodosconcursos. por meio da avaliação contínua de seus procedimentos e controles internos. que aprovou a NBC P 1. Por sua vez. porque a equipe encarregada do trabalho não conseguiu obter evidência de auditoria apropriada e suficiente em relação às informações contábeis. No caso de especialista externo (que não faça parte da empresa de auditoria). pois. Utilização do trabalho de auditoria interna Você deve estar lembrado que na aula 00 falamos sobre a distinção entre a auditoria interna e a auditoria independente.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Quando o relatório de auditoria é ressalvado. ainda em vigor. O auditor deve avaliar se o especialista por ele contratado possui competência. Cabe ao auditor independente avaliar e executar os procedimentos de auditoria nos trabalhos realizados pela auditoria interna para determinar a sua adequação para atender aos objetivos da auditoria independente. Segundo referido normativo.023/05 (alterada pela resolução nº 1. o parágrafo base para opinião com ressalva deve descrever as razões para essa inabilidade sem se referir ao trabalho do outro auditor.com. o auditor é o único responsável por expressar opinião de auditoria e essa responsabilidade não é reduzida pela utilização do trabalho de especialista contratado por ele. embora os objetivos da função de auditoria interna e os do auditor independente sejam diferentes. que trata da utilização do trabalho de especialistas quando contratados pelo auditor ou pela firma de auditoria. e na NBC TA 500 (especialista da administração). A utilização do trabalho de auditoria interna é normatizada pela NBC TA 610. Vimos que a auditoria interna é executada pela própria organização. Segundo a NBC TA 620.8. o auditor independente deve compreender as premissas e métodos utilizados para poder avaliar se. segundo a NBC P propriedade das premissas respectiva área de atuação). habilidades e objetividade do Obter entendimento do trabalho do especialista (obter um (b) mínimo de conhecimento na área em questão. o auditor deve.8. para poder entender as conclusões do trabalho do especialista). Quando as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria foram elaboradas com o uso do trabalho do especialista da administração. apesar opinião.br 28 . são adequados às circunstâncias. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Exemplo bastante comum no Brasil é a utilização de atuário pela administração de uma seguradora ou de um fundo de pensão para estimar certas provisões. Cabe ressaltar que. a responsabilidade quanto à qualidade e e métodos utilizados é do especialista (na A responsabilidade do auditor fica restrita à sua Isso ocorre porque o auditor independente não tem a mesma capacitação que o especialista e assim. pois a elaboração das demonstrações contábeis pode exigir conhecimento especializado em outro campo que não os da contabilidade ou auditoria. e Avaliar a adequação do trabalho desse especialista como (c) evidência de auditoria para a afirmação relevante (verificar a relevância e a razoabilidade das constatações do especialista). Entretanto. do auditor ter total responsabilidade pela sua 1.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 da objetividade deve incluir a indagação sobre interesses e relações que podem criar uma ameaça à objetividade desse especialista. levando em conta a importância do trabalho desse especialista para seus propósitos: (a) Avaliar a competência. na medida necessária. nem sempre estará em posição para questioná-lo quanto ao trabalho efetuado.com. O especialista pode ainda ser contratado ou funcionário da empresa auditada (nesse caso chamado de especialista da administração). baseado no seu conhecimento da entidade auditada e nos resultados de outros procedimentos de auditoria. competência profissional.pontodosconcursos. especialista. para executar serviços que tenham efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.pontodosconcursos. pode fazer referência ao trabalho do especialista. quando o especialista legalmente habilitado for contratado pela entidade auditada (especialista da administração3). ao emitir opinião modificada (a norma fala em parecer diferente do sem ressalva). deve indicar no relatório que essa referência não reduz a sua responsabilidade quanto à opinião. Se o auditor fizer referência ao trabalho de especialista em seu relatório porque essa referência é relevante para o entendimento de ressalva ou outra modificação na sua opinião. este fato deve ser divulgado nas demonstrações contábeis e o auditor.8. Falaremos com detalhes sobre a opinião do auditor independente e do relatório de auditoria na última aula do curso. A seguir.com. contudo. mas por enquanto grave que o auditor não deve fazer referência ao trabalho do especialista em seu relatório que contenha opinião não modificada (opinião padrão).br 29 . somente quando houver obrigações legais ou regulamentares que o obriguem a fazê-lo (note que essa não é a regra eral). apresentamos um quadro-resumo para facilitar o seu aprendizado: 3 A NBC TA 620 também prevê a possibilidade de citar especialistas do auditor no relatório de auditoria. Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Segundo a NBC P 1. sem vínculo empregatício. Item E: esse não é caso para inclusão de parágrafo de ênfase. No caso específico da questão.320/20114. decorrentes de processos trabalhistas provisionadas e em discussão.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Questões Comentadas 01. Item D: esse é outro caso que demanda à inclusão de parágrafo de ênfase: alertar os usuários sobre as diferenças remanescentes pontuais entre as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS). demandariam a inclusão de parágrafo de ênfase. c) As contingências relevantes e de grande monta.com. de acordo com a Resolução CFC nº 1. identificou. ou a partir de. para o exercício de 2011. a) A incerteza com relação à continuidade operacional da empresa auditada.A. b) A auditoria realizada para propósitos especiais. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos. (ESAF/AFRFB/2012) Não é uma condição de exigência para que o auditor independente inclua um parágrafo de ênfase em seu relatório. d) As diferenças entre práticas contábeis adotadas no Brasil e as IFRS. 31 de dezembro de 2010. Item B: a elaboração de demonstrações contábeis para propósitos especiais também demanda a inclusão de parágrafo de ênfase no relatório. é sim para inclusão de parágrafo de outros assuntos. contingências de grande monta podem afetar inclusive a continuidade operacional da entidade e. 02. Resolução: Vamos analisar cada uma dos itens: Item A: a dúvida quanto à continuidade operacional da entidade demanda a inclusão de parágrafo de ênfase no relatório. e) A elaboração da Demonstração do Valor Adicionado.br 30 . 4 Aprova o CTA 02 – Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre Demonstrações Contábeis Individuais e Consolidadas referentes aos exercícios findos em. nas demonstrações contábeis de 2010. Item C: a existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio excepcional ou ação regulatória pode demandar a inclusão de parágrafo ênfase. Gabarito: letra E. necessário para simplificar a redação e o entendimento do relatório do auditor independente.. (ESAF/AFRFB/2012) O auditor externo da empresa Mutação S. nesse caso. consolidadas e individuais. c) exigir da empresa a republicação das demonstrações contábeis de 2010. Apesar de as normas não trazerem expressamente a mesma previsão no caso da opinião sobre o período anterior ter sido emitida por outro auditor. o auditor ao emitir seu relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis deve a) emitir um relatório de auditoria. em conexão com a auditoria do período corrente. para o qual ele havia emitido opinião diferente. ressalvando que as demonstrações contábeis não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS. elaborou as demonstrações contábeis de 2011. com opinião modificada. em um parágrafo de outros assuntos no relatório de auditoria. (FCC/ISS SP/2012) A empresa brasileira Torucha S. ao emitir relatório sobre demonstrações contábeis cobrindo. Dessa forma. também o período anterior. de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para avaliação dos investimentos em controladas. b) emitir um parecer adverso.A. d) emitir obrigatoriamente um relatório de auditoria. Gabarito: letra B. 03. o instrumento adequado para o auditor atual alertar os usuários sobre a situação mencionada é a inclusão de parágrafo de outros assuntos.pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. coligadas. b) divulgar. deve o auditor externo a) eximir-se de emitir opinião sobre as demonstrações contábeis do ano de 2010. uma vez que as práticas contábeis adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS. o auditor. expressando opinião somente sobre a demonstração contábil de 2011.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 divergências que o levam a formar opinião diferente da expressa pelo auditor anterior.br 31 . Além disso. usando o método de equivalência patrimonial.com. abstendo-se de opinar sobre as demonstrações contábeis de 2010. deve divulgar as razões substanciais para essa mudança em um parágrafo de Outros Assuntos. Nesse caso. Resolução: As normas de auditoria determinam que uma das situações previstas para utilização de parágrafo de Outros Assuntos é quando as demonstrações contábeis do período anterior tiverem sido auditadas por auditor independente antecessor. as razões substanciais para a opinião diferente. com limitação de escopo. e) comunicar aos órgãos de supervisão o fato. ressalvando o relatório de auditoria dos anos de 2011 e 2010. com o relatório de auditoria retificado. Resolução: Davi Barreto e Fernando Graeff www. as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) demandam que seja feito por consolidação de balanços. com ressalva.com. as Normas Brasileiras de Auditoria determinam que o auditor alerte os usuários. ele deve emitir um relatório (nova denominação do antigo parecer de auditoria): a) b) c) d) e) sem ressalva. sobre as diferenças remanescentes pontuais entre as práticas contábeis adotadas no Brasil e as IFRS que se restringem à: avaliação dos investimentos em controladas. e. estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade: IFRS. com abstenção de opinião. limpo.pontodosconcursos. se houver impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente e o auditor julgar que o possível efeito desse fato sobre as demonstrações contábeis for relevante e generalizado. ressalvando que neste aspecto não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS. (FCC/MPE PE/Analista Ministerial – Ciências Contábeis/2012) De acordo com a NBC TA 705. com relação à consolidação de entidades controladas. Resolução: Para resolver essa questão. como essas práticas refletem os pronunciamentos do CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. coligadas e empreendimentos controlados em conjunto pelo método de equivalência patrimonial. por meio de parágrafo de ênfase. Nesse sentido. adverso. inicialmente é preciso saber que realmente existe uma divergência entre as normas brasileiras e internacionais de contabilidade. Enquanto as normas brasileiras preveem que a consolidação seja feita pelo método da equivalência patrimonial. Gabarito: letra C. uma vez que as demonstrações foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 04. evidenciando que as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. d) emitir parecer sem ressalva. e) abster-se de opinar em seu relatório de auditoria. uma vez que as práticas adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 c) elaborar parágrafo de ênfase.br 32 . manutenção do diferido nas demonstrações contábeis individuais. Resolução: O enunciado está falando. em outras palavras. de acordo com o quadro apresentado na NBC TA 705: Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Para responder essa questão basta conhecer o quadro apresentado na NBC TA 705: Natureza do assunto que gerou a modificação Julgamento do auditor sobre a disseminação de forma generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis Relevante mas não generalizado Relevante e generalizado As demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes Opinião com ressalva Opinião adversa Impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente Opinião com ressalva Abstenção de opinião Gabarito: letra B.br 33 . com abstenção de opinião ou sem ressalvas. sem ressalva ou adverso. com negativa de opinião ou com limitação de escopo.com. tal fato ensejará a emissão de relatório a) b) c) d) e) adverso ou com ressalva.pontodosconcursos. que existem distorções relevantes nas demonstrações contábeis. sem ressalvas ou com ênfases. 05. (FCC/TRT 6R/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) Quando um objetivo em uma norma NBC TA relevante não puder ser cumprido e referido fato impedir que o auditor cumpra com os objetivos gerais de auditoria e faça com que o auditor modifique sua opinião ou renuncie ao trabalho. dessa forma. Jud. (FCC/TRT4R-Anal. 06. por meio do qual ele expresse incertezas em relação a um fato relevante.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Natureza do assunto que gerou a modificação Julgamento do auditor sobre a disseminação de forma generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis Relevante mas não generalizado Relevante e generalizado As demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes Opinião com ressalva Opinião adversa Impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente Opinião com ressalva Abstenção de opinião Gabarito: letra A. (CESPE/MPE PI/Controle Interno/2012) Considere que um auditor encarregado de realizar auditoria em determinada instituição inclua em seu relatório o parágrafo de ênfase.Contabilidade/2011) O processo de auditoria e a emissão de relatório de auditoria sem ressalva (A) não isenta o administrador e os agentes de governança das responsabilidades legais e normativas. Resolução: Davi Barreto e Fernando Graeff www. 07.com.br 34 . (B) divide a responsabilidade pelas demonstrações contábeis com os administradores e transfere a responsabilidade de eventuais fraudes não constatadas. (C) exime da responsabilidade os administradores e a diretoria executiva da empresa. Gabarito: Errada. (E) elimina a responsabilidade dos agentes de governança das responsabilidades legais e normativas. cujo desfecho possa afetar significativamente a posição patrimonial dessa instituição.pontodosconcursos. (D) não elimina a possibilidade de erros materiais e de distorções relevantes nas demonstrações contábeis. para a firma de auditoria. dividindo as responsabilidades com os agentes de governança. a inclusão desse parágrafo de ênfase é motivo para que o relatório seja denominado parecer adverso. Resolução: Lembre-se que a opinião do auditor não se modifica devido à inclusão de parágrafo de ênfase. Nesse caso. identificou a existência de fraudes envolvendo montante significativo. (B) Chance remota de determinado ativo não ser realizado. Após reunião com os gestores. recebeu as demonstrações contábeis devidamente ajustadas. 09. tendo sido acatadas todas as recomendações que havia feito.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Vimos que a responsabilidade do auditor é expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na auditoria. durante a aplicação dos testes. e também não é o caso de impossibilidade do auditor de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. independentemente se causadas por fraude ou erro. (FGV/Sefaz – RJ – Analista de Controle Interno/2011) Qual das situações abaixo impede que o auditor emita um parecer sem ressalva? (A) O auditado efetuar os ajustes recomendados pelo auditor. (B) com ressalva ou com parágrafo de ênfase. Gabarito: letra A. situação que. a emissão do relatório de auditoria não isenta o administrador e os agentes de governança das responsabilidades legais e normativas. o parecer a ser emitido é (A) sem ressalva. Nesse caso.pontodosconcursos. tendo em vista que os problemas foram todos sanados. se não fosse ajustada. em todos os aspectos relevantes. Portanto. e com as exigências legais e regulamentares pertinentes. o parecer deve ser sem ressalvas. (FGV/Sefaz – RJ – Analista de Controle Interno/2011) O auditor. Lembre-se que o parecer sem ressalvas é dado quando o auditor fica convencido. Davi Barreto e Fernando Graeff www. 08. Resolução: No caso em comento. demandaria a emissão de parecer adverso. a administração é responsável pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável e pelos controles internos necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis que não apresentem distorção relevante. Gabarito: letra A. por sua vez. (E) com limitação de opinião ou adverso. de que as demonstrações contábeis foram elaboradas segundo princípios e normas de contabilidade aceitáveis. (C) adverso ou com ressalva. e as demonstrações contábeis não apresentam mais distorções relevantes. (C) Incapacidade de a entidade auditada continuar suas operações.br 35 . (D) com abstenção de opinião ou com ressalva.com. por sua vez. o auditor deve formar sua opinião sobre se as demonstrações contábeis são elaboradas. e com parecer sem ressalvas é dado quando o auditor fica todos os aspectos relevantes. impede a emissão de parecer sem ressalva. a (B) chance remota de determinado ativo não ser realizado também não justifica a modificação da opinião. Resolução: De acordo com as normas do CFC. não há que se falar em modificação da opinião. (ESAF/Analista de Normas Contábeis e Auditoria . a (D) Discordância junto à administração quanto a procedimentos contábeis de efeitos relevantes nas demonstrações. b) a origem e a aplicação dos recursos para o período a que correspondem.com. exceto: a) as obrigações para o período seguinte. Já. Gabarito: letra D. 10. não modifica a opinião do auditor e. Portanto: Se (A) o auditado efetuar os ajustes recomendados pelo auditor. a opinião modificada ocorre quando as demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes ou na impossibilidade do auditor obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. por fim.CVM/2010) No parecer sobre as demonstrações contábeis. deve ser objeto de parágrafo de ênfase.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 (D) Discordância junto à administração quanto a procedimentos contábeis de efeitos relevantes nas demonstrações. de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. (E) Ausência de limitação da extensão do seu trabalho. e) o resultado das operações no período. já. não impede a emissão de parecer sem ressalva. d) a posição patrimonial e financeira. como vimos. a (E) ausência de limitação da extensão do seu trabalho. a (C) incapacidade de a entidade auditada continuar suas operações. c) as mutações do patrimônio líquido. em todos os aspectos relevantes. o auditor deve emitir sua opinião afirmando se estas representam adequadamente ou não a situação patrimonial da entidade. de que as demonstrações elaboradas segundo princípios e normas de contabilidade as exigências legais e regulamentares pertinentes. Nesse parecer.pontodosconcursos. em contábeis foram aceitáveis. Resolução: Como vimos.br 36 . o convencido. devem ser observados os seguintes aspectos relevantes. por óbvio. Davi Barreto e Fernando Graeff www. pontodosconcursos. (E) extingue a responsabilidade do auditor de mencionar. (ESAF/AFRFB/2009) . no relatório. qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. (D) não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar. quando o auditor prevê modificar a opinião no seu relatório. pode-se afirmar que: (A) elimina a responsabilidade do auditor de emitir qualquer opinião devendo este comunicar à administração da empresa da suspensão dos trabalhos. (B) não suprime a responsabilidade do auditor de mencionar. quando o auditor se abstém de expressar uma opinião devido à impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. portanto. a origem e a aplicação dos recursos (DOAR). entre outros demonstrativos. bem como. a posição patrimonial (BP) e financeira (DFC). o resultado das operações no período (DRE).adaptada .” Além disso.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Faz parte dessa estrutura.Na emissão de opinião com abstenção de opinião para as demonstrações contábeis de uma entidade. no relatório. não é relevante a análise das obrigações para o período seguinte. 11. Em decorrência do(s) assunto (s) descrito(s) no parágrafo sobre a base para abstenção de opinião. Davi Barreto e Fernando Graeff www. qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. as mutações do patrimônio líquido (DMPL). ele deve comunicar aos responsáveis pela governança as circunstâncias que levaram à modificação prevista e o texto proposto da modificação. O objetivo de auditor independente é emitir uma opinião (=parecer) sobre as demonstrações contábeis do período em análise e não do período seguinte. não conseguimos obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar uma opinião de auditoria. qualquer desvio. (C) exclui a responsabilidade do auditor de se manifestar sob qualquer aspecto das demonstrações. Resolução: Segundo o item 27 da NBC TA 706.br 37 . independente da relevância ou materialidade. Gabarito: letra A. que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações.com. ele deve alterar a descrição da sua responsabilidade e a descrição do alcance da auditoria para especificar somente o seguinte: “Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na condução da auditoria de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. no relatório. Resolução: A opinião do auditor pode ser modificada. são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis. do procedimento estabelecido pelo Conselho Federal de Contabilidade.adaptada . ou seja. mas não generalizadas nas demonstrações contábeis. (ESAF/AFRFB/2009) . (B) adverso. Assim. 12.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Ou seja. o auditor conclui que as distorções. tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente. no caso de impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. de três maneiras: opinião com ressalva. individualmente ou em conjunto. Nessa situação. A agência estabeleceu procedimento para registro das concessões que diverge significativamente. A decisão sobre que tipo de opinião modificada é apropriada depende da: (a) natureza do assunto que deu origem à modificação. (b) opinião do auditor sobre a disseminação dos efeitos ou possíveis efeitos do assunto sobre as demonstrações contábeis.pontodosconcursos.br 38 . a opinião com ressalva ocorre quando o auditor tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente. deve o auditor emitir opinião: (A) sem abstenção de opinião. A opinião adversa deve ser expressa quando. Gabarito: letra D.A. a abstenção de opinião ocorre quando o auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião e Davi Barreto e Fernando Graeff www. mas evidenciando em nota explicativa a divergência. o relatório será diferente do “limpo”. (D) sem ressalva. Por sua vez. conclui que as distorções. e. podem apresentar distorção relevante. o auditor deve mencionar no relatório os motivos que o levaram a se abster de opinar.com. são relevantes. ou seja. (C) com ressalva.A empresa de Transportes S. é uma empresa que tem seus registros contábeis e procedimentos estabelecidos por agência de fiscalização. (E) com abstenção de opinião. se as demonstrações contábeis apresentam distorção relevante ou. opinião adversa e abstenção de opinião. individualmente ou em conjunto. pode ser classificado das seguintes formas. 13. assim.br 39 . não se trata de distorção não detectada. no entanto.Área Controle Interno/CGU/2008) De acordo com a NBC-T-11. se houver. Gabarito: letra C. 14. sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas. exceto: a) parecer sem ressalva. assinale a opção incorreta. podemos descartar a abstenção de opinião. Resolução: A opinião do auditor (=parecer) pode ser sem ressalvas (=limpa ou sem modificação).com. Sobre o relatório em comento. Gabarito: letra C. não é generalizada. Portanto. Resolução: Davi Barreto e Fernando Graeff www. (B) A opinião expressada pelo auditor independente deve ser obrigatoriamente clara e objetiva. uma vez que é específica no procedimento para registro das concessões. seu conselho de administração e/ou a seus acionistas. (E) O relatório deve ser assinado por profissional com registro cadastral no Conselho Regional de Contabilidade. o Parecer do Auditor Independente. (ESAF/AFC . a opinião deverá ser com ressalva. tendo caráter comparativo às demonstrações contábeis referentes ao exercício anterior. e como a distorção é relevante. no caso em questão. (C) De maneira geral. (D) A data do relatório deve corresponder à data da conclusão dos trabalhos na entidade auditada. b) parecer com ressalva. segundo a natureza da opinião que contém. com ressalva. (ESAF – CGU – AFC/Auditoria e Fiscalização – 2006) – Adaptada O Relatório de Auditoria é o instrumento por meio do qual o auditor independente comunica sua conclusão acerca das demonstrações contábeis de uma entidade. d) parecer adverso. adversa e com abstenção de opinião.pontodosconcursos. e) parecer com abstenção de opinião. (A) A responsabilidade sobre a preparação e o conteúdo das demonstrações contábeis é do auditor independente. o relatório é destinado à diretoria da entidade. c) parecer irregular.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Mais uma vez. o relatório é destinado à diretoria da entidade.” (A) (1) adversa // (2) com ressalva (B) (1) com ressalva // (2) adversa (C) (1) com abstenção de opinião // (2) com ressalva Davi Barreto e Fernando Graeff www. Vamos analisar cada um dos itens. cujas demonstrações contábeis estão sendo auditadas. o conteúdo das Aprendemos que a responsabilidade pela preparação das demonstrações contábeis é da administração e não do auditor independente. b) A opinião expressada pelo obrigatoriamente clara e objetiva. auditor independente deve ser A opinião expressa pelo auditor deve ser clara. seu conselho de administração e/ou a seus acionistas. e) O Relatório deve ser assinado por profissional com registro cadastral no Conselho Regional de Contabilidade. O relatório sempre deve ser assinado pelo auditor independente responsável (Contador (bacharel em contabilidade) com registro no CRC).. O relatório não pode ter data anterior à data em que o auditor independente obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar a sua opinião sobre as demonstrações contábeis.com. (ESAF – SEFAZ/SP – Analista em Planejamento.pontodosconcursos. portanto. objetiva e fundamentada. Gabarito: letra A. e quando forem relevantes e não generalizadas devem emitir opinião ______ (2)______. à data da conclusão dos trabalhos na entidade auditada.br 40 . Orçamento e Finanças Públicas – 2009) – Adaptada . c) De maneira geral. a questão pede o item incorreto. essa assertiva é o gabarito da questão.Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas da seguinte frase: “O auditor deve emitir opinião ______(1)______ quando verificar que as demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes e generalizadas. ou seja. O relatório é normalmente destinado aos acionistas ou para os responsáveis pela governança da entidade. d) A data do relatório deve corresponder à data da conclusão dos trabalhos na entidade auditada. a) A responsabilidade sobre a preparação e demonstrações contábeis é do auditor independente. 15.. no segundo caso. essa ficou bem fácil. no primeiro caso. A empresa não vem recolhendo o referido tributo há mais de 5 anos e o valor relativo a essa contingência é significativo. 16. quando as distorções forem relevantes e generalizadas.br . Não esqueça: Tenha sempre em mente o quadro que relaciona a natureza do assunto que gerou a opinião modificada com a relevância e generalização dos seus efeitos. quando forem relevantes e nãogeneralizadas..pontodosconcursos. Natureza do assunto que gerou a modificação Julgamento do auditor sobre a disseminação de forma generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis Relevante mas não generalizado Relevante e generalizado As demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes Opinião com ressalva Opinião adversa Impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente Opinião com ressalva Abstenção de opinião Gabarito: letra A. ao avaliar as demonstrações contábeis da empresa Evolution S. por não poder firmar opinião sobre as demonstrações contábeis. A decisão deve ter seu mérito julgado em quatro anos. Dessa forma deve o auditor emitir parecer: (A) negativa de opinião. evidenciando o fato como restritivo às demonstrações contábeis. (ESAF/Analista Técnico: Controle e Fiscalização – SUSEP/2010) O auditor externo.com. a mesma entrará em processo de descontinuidade. identificou que a empresa está discutindo a similaridade de seus produtos com produtos de concorrentes que possuem isenção de tributação. Caso a decisão vier a ser contrária à empresa.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 (D) (1) com abstenção de opinião // (2) adversa (E) (1) adversa // (2) com abstenção de opinião Resolução: Bom… depois de tudo que vimos. 41 Davi Barreto e Fernando Graeff www. (B) com ressalva.A. não? Quando as demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes o auditor deve emitir uma opinião adversa ou com ressalva. é correto afirmar. (D) sem ressalva. Resolução: O auditor poderá expressar opinião sobre demonstrações contábeis apresentadas de forma condensada. visto que há incerteza no desdobramento da causa. o auditor não pode fazer referência ao trabalho de especialista no seu parecer. 18.com. Gabarito: letra E.pontodosconcursos. presume-se que ela está adequadamente divulgada.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 (C) adverso. Se for feita divulgação adequada nas demonstrações contábeis. (E) incluir uma ressalva por não ter acesso aos saldos contábeis analíticos. (B) acrescentar uma nota explicativa em seu relatório expondo os motivos. b) na emissão de parecer sem ressalva. desde que tenha emitido opinião sobre as demonstrações contábeis originais. não cabe ao auditor revisar ou testar a fonte de dados utilizada. Resolução: Vimos que uma das situações que exigem a inclusão do parágrafo de ênfase é o caso de dúvida quanto à continuidade operacional da entidade. c) a certificação Davi Barreto e Fernando Graeff www. ele deve: (A) já ter emitido uma opinião sobre as demonstrações contábeis originais. pois as demonstrações contábeis estão incompletas. (C) inserir uma ressalva.AFPS . Gabarito: letra A. (D) justificar à Comissão de Valores Mobiliários expondo os motivos. o auditor deve expressar uma opinião sem ressalvas e incluir um parágrafo de ênfase em seu relatório destacando a existência de incerteza significativa e chamando a atenção para as respectivas notas explicativas às demonstrações contábeis. exceto: a) na avaliação do trabalho do especialista. por não permitir avaliar as demonstrações contábeis. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social . 17.2002) – Adaptada .br 42 .Quando um auditor expressa uma opinião sobre as demonstrações contábeis apresentadas de forma condensada. (ESAF/ISS/RJ – Fiscal de Rendas/2010) A respeito do uso de especialista de outra área em auditoria. com introdução de parágrafo de ênfase fazendo referência à nota explicativa que deve descrever detalhadamente o evento. Como o auditor identificou essa situação a partir da avaliação das demonstrações contábeis. (E) sem ressalva. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 profissional, licença ou registro em órgão de classe é um dos elementos de verificação da competência do especialista. d) a responsabilidade, quanto à qualidade e propriedade das premissas e métodos utilizados, é do especialista e não do auditor. e) É atribuição do auditor obter evidência adequada de que o alcance do trabalho do especialista é suficiente para os fins da auditoria. Resolução: O enunciado pede para apontarmos a questão falsa, vamos analisar item a item:  Assertiva B correta: o auditor não deve fazer referência ao trabalho do especialista em seu relatório que contenha opinião não modificada (opinião padrão);  Assertiva C correta: ela lista competência do especialista; elementos para a verificação da Assertiva D correta: a responsabilidade na área profissional do especialista é dele mesmo, e não do auditor;  Assertiva E correta: é responsabilidade do auditor verificar se o trabalho do especialista é adequado para os fins da auditoria. Portanto, o gabarito da questão é a letra A, o auditor não é responsável pelas conclusões do especialista, mas cabe ao auditor verificar se a fonte de dados utilizada pelo especialista é confiável. 19. (ESAF/ATM/Natal/2008) – adaptada - O auditor, ao realizar processo de auditoria na empresa Mother S.A., constata a existência de benefício de Previdência Privada concedido a seus funcionários. A empresa participa com 80% das contribuições totais, tendo pactuado em contrato a participação e a complementação das insuficiências de fundos. No intuito de aplicar os procedimentos de auditoria na área, a empresa de auditoria contrata firma especializada em cálculos atuariais, para verificação. Assim, a responsabilidade do auditor: a) limita-se aos trabalhos por ele efetuados, sendo a firma especializada responsável pelos trabalhos especiais, tendo o auditor que mencionar o nome da empresa responsável pelos trabalhos e os efeitos apurados. b) é igual à da empresa contratada, respondendo pelos erros ou fraudes que possam surgir, sendo obrigatória a menção da empresa contratada no parecer de auditoria. c) pela sua opinião não é reduzida, e na ocorrência de emitir opinião não modificada, não poderá fazer referência do especialista no seu relatório. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 43 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 d) é compartilhada com a empresa contratada na avaliação das metodologias e técnicas utilizadas, respondendo tecnicamente pelos cálculos e valores apresentados nas demonstrações contábeis. e) está condicionada à escolha de empresa idônea e competente que não possua vínculo com a empresa auditada e que não tenha dependência, sendo a responsabilidade técnica e de avaliação de metodologias para avaliação dessa área de responsabilidade da empresa especializada. Resolução: Vamos resolver cada item:  Itens A e B: errados. A utilização do trabalho de especialista não limita a responsabilidade do auditor independente, e ele só poderá mencionar esse trabalho se seu relatório contiver opinião modificada.  Item C: correto. Na ocorrência de emitir relatório sem modificação de opinião, o auditor não poderá fazer referência ao trabalho do especialista.  Item D: errado. A utilização do trabalho de especialista não limita a responsabilidade do auditor independente, e quem responde pelos cálculos e valores apresentados nas demonstrações contábeis é a administração da entidade.  Item E: errado. A responsabilidade do auditor não está condicionada a nenhum fator. Gabarito: letra C. 20. (ESAF/Analista Técnico Área: Controle e Fiscalização/SUSEP/2002) Quando o auditor interno coopera, em tempo integral, com o trabalho do auditor independente, conforme acordo préestabelecido com a administração da entidade, a responsabilidade do relatório é (A) compartilhada entre o auditor interno e o independente. (B) única e exclusiva do auditor interno. (C) única e exclusiva do auditor independente. (D) única e exclusiva da administração da empresa. (E) compartilhada entre a administração e o auditor interno. Resolução: Independente da forma de utilização do trabalho do auditor interno, a responsabilidade pela opinião (emitida por meio do relatório) é única e exclusiva do auditor independente. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 44 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Gabarito: letra C. 21. (ESAF/AFRE/Sefaz-CE/2006) Quando da utilização de serviços de especialista, não há responsabilidade do auditor (A) em confirmar se o especialista é habilitado. (B) em questionar a capacidade do especialista, desde que habilitado. (C) quando o especialista for funcionário da empresa auditada. (D) se o especialista for independente e não possuir vínculo com a empresa. (E) em divulgar o fato, quando sua opinião não for modificada. Resolução:  Letras A e B Vimos que entre outras atribuições cabe ao auditor avaliar habilidades e objetividade do especialista. a competência, Letra C Há responsabilidade do auditor quando o especialista for empregado da entidade auditada. Nesses casos, existe um alto risco de objetividade na opinião do especialista, devido ao seu vínculo com a instituição.  Letra D Mesmo que o especialista não possua vínculos com a empresa, isso não afasta a responsabilidade do auditor. Nesse caso, não pertence ao auditor apenas a responsabilidade pela exatidão das informações resultantes do trabalho do especialista utilizadas para ressalvar sua opinião.  Letra E Quando não há ressalvas o auditor não pode fazer referência ao trabalho do especialista. Portanto, realmente, não há responsabilidade de divulgar esse fato. Gabarito: letra E. 22. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS - 2002) adaptada - Num exame de uma entidade de previdência privada, o auditor pode necessitar do auxílio de um especialista de outra área. Esse profissional é um: (A) engenheiro (B) advogado Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 45 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 (C) atuário (D) médico (E) administrador Resolução: No caso exposto pelo enunciado o auditor necessitará do auxílio de um atuário, profissional responsável pelos cálculos de risco e tarifação de seguros de vida, de previdência e de outros segmentos (como automóveis e imóveis). É do atuário a responsabilidade de garantir e elaborar os produtos oferecidos por seguradoras, entidades de previdência privada, entidades financeiras, companhias de capitalização e de resseguros. 23. (FCC – INFRAERO – Analista Superior II– Auditor– 2009) – Adaptada - Quando houver limitação na extensão do trabalho do auditor, seja ela imposta pela administração da entidade ou circunstancial, o profissional pode ser obrigado a emitir uma opinião (A) com ressalva ou abstenção de opinião, dependendo da extensão da limitação. (B) adversa, qualquer que seja a extensão da limitação. (C) sem ressalva, mas com um parágrafo intermediário indicando como a limitação pode ter distorcido as demonstrações contábeis da entidade auditada. (D) sem ressalva, desde que baseada nas informações do auditor interno, que lhe afirma que a limitação não terá efeito relevante nas demonstrações contábeis. (E) com abstenção de opinião, mesmo que a limitação tenha ocorrido em item das demonstrações contábeis de pouca relevância. Resolução: Veja que quando o auditor estiver impossibilitado de obter evidências de auditoria apropriada e suficiente, dependendo da generalização, ele deverá emitir ou uma opinião com ressalva ou abster-se de opinar. Gabarito: letra A. 24. (FCC – TRT 23ª REGIÃO – Analista Jud. – Esp. Contabilidade – 2007) – Adaptada - Não havendo evidências suficientes para formar uma opinião acerca da fidedignidade das demonstrações contábeis, a opinião apropriada a ser emitida é do tipo (A) com negativa de opinião. (B) limpa. (C) qualificada. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 46 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 (D) adversa. (E) sem ressalvas. Resolução: Dependendo da generalização da falta de evidências a opinião poderia ser com ressalva ou abstenção, só temos a segunda opção, portanto, o gabarito é a letra A. 25. (FCC – SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas - 2009) – Adaptada - O auditor externo, ao se deparar com algum passivo que represente para a empresa uma incerteza relevante, deve emitir opinião a) com ressalva e limitação de escopo do trabalho. b) sem ressalva e com limitação de escopo do trabalho. c) adversa, evidenciando a incerteza constatada. d) sem ressalva e com parágrafo adicional de ênfase. e) com negativa de opinião e limitação de escopo. Resolução: A existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio (que gere um passivo) pode ensejar a inclusão de um parágrafo de ênfase no relatório, lembrando que esse parágrafo não altera a opinião do auditor. Gabarito: letra D. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 47 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Lista de Questões 01. (ESAF/AFRFB/2012) Não é uma condição de exigência para que o auditor independente inclua um parágrafo de ênfase em seu relatório. a) A incerteza com relação à continuidade operacional da empresa auditada. b) A auditoria realizada para propósitos especiais. c) As contingências relevantes e de grande monta, decorrentes de processos trabalhistas provisionadas e em discussão. d) As diferenças entre práticas contábeis adotadas no Brasil e as IFRS. e) A elaboração da Demonstração do Valor Adicionado. 02. (ESAF/AFRFB/2012) O auditor externo da empresa Mutação S.A., para o exercício de 2011, identificou, nas demonstrações contábeis de 2010, divergências que o levam a formar opinião diferente da expressa pelo auditor anterior. Nesse caso, deve o auditor externo a) eximir-se de emitir opinião sobre as demonstrações contábeis do ano de 2010, expressando opinião somente sobre a demonstração contábil de 2011. b) divulgar, em um parágrafo de outros assuntos no relatório de auditoria, as razões substanciais para a opinião diferente. c) exigir da empresa a republicação das demonstrações contábeis de 2010, com o relatório de auditoria retificado. d) emitir obrigatoriamente um relatório de auditoria, com opinião modificada, abstendo-se de opinar sobre as demonstrações contábeis de 2010. e) comunicar aos órgãos de supervisão o fato, ressalvando o relatório de auditoria dos anos de 2011 e 2010. 03. (FCC/ISS SP/2012) A empresa brasileira Torucha S.A. elaborou as demonstrações contábeis de 2011, consolidadas e individuais, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para avaliação dos investimentos em controladas, coligadas, usando o método de equivalência patrimonial. Dessa forma, o auditor ao emitir seu relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis deve a) emitir um relatório de auditoria, com limitação de escopo, uma vez que as práticas contábeis adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS. b) emitir um parecer adverso, ressalvando que as demonstrações contábeis não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. c) elaborar parágrafo de ênfase, evidenciando que as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, ressalvando que neste aspecto não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 48 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 d) emitir parecer sem ressalva, uma vez que as demonstrações foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil; como essas práticas refletem os pronunciamentos do CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade: IFRS. e) abster-se de opinar em seu relatório de auditoria, uma vez que as práticas adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS. 04. (FCC/MPE PE/Analista Ministerial – Ciências Contábeis/2012) De acordo com a NBC TA 705, se houver impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente e o auditor julgar que o possível efeito desse fato sobre as demonstrações contábeis for relevante e generalizado, ele deve emitir um relatório (nova denominação do antigo parecer de auditoria): a) b) c) d) e) sem ressalva. com abstenção de opinião. com ressalva. adverso. limpo. 05. (FCC/TRT 6R/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) Quando um objetivo em uma norma NBC TA relevante não puder ser cumprido e referido fato impedir que o auditor cumpra com os objetivos gerais de auditoria e faça com que o auditor modifique sua opinião ou renuncie ao trabalho, tal fato ensejará a emissão de relatório a) b) c) d) e) adverso ou com ressalva. com abstenção de opinião ou sem ressalvas. com negativa de opinião ou com limitação de escopo. sem ressalva ou adverso. sem ressalvas ou com ênfases. 06. (CESPE/MPE PI/Controle Interno/2012) Considere que um auditor encarregado de realizar auditoria em determinada instituição inclua em seu relatório o parágrafo de ênfase, por meio do qual ele expresse incertezas em relação a um fato relevante, cujo desfecho possa afetar significativamente a posição patrimonial dessa instituição. Nesse caso, a inclusão desse parágrafo de ênfase é motivo para que o relatório seja denominado parecer adverso. 07. (FCC/TRT4R-Anal.Jud.Contabilidade/2011) O processo de auditoria e a emissão de relatório de auditoria sem ressalva (A) não isenta o administrador e responsabilidades legais e normativas. os agentes Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br de governança das 49 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 (B) divide a responsabilidade pelas demonstrações contábeis com os administradores e transfere a responsabilidade de eventuais fraudes não constatadas, para a firma de auditoria. (C) exime da responsabilidade os administradores e a diretoria executiva da empresa, dividindo as responsabilidades com os agentes de governança. (D) não elimina a possibilidade de erros materiais e de distorções relevantes nas demonstrações contábeis. (E) elimina a responsabilidade dos agentes de governança das responsabilidades legais e normativas. 08. (FGV/Sefaz – RJ – Analista de Controle Interno/2011) O auditor, durante a aplicação dos testes, identificou a existência de fraudes envolvendo montante significativo, situação que, se não fosse ajustada, demandaria a emissão de parecer adverso. Após reunião com os gestores, recebeu as demonstrações contábeis devidamente ajustadas, tendo sido acatadas todas as recomendações que havia feito. Nesse caso, o parecer a ser emitido é (A) sem ressalva. (B) com ressalva ou com parágrafo de ênfase. (C) adverso ou com ressalva. (D) com abstenção de opinião ou com ressalva. (E) com limitação de opinião ou adverso. 09. (FGV/Sefaz – RJ – Analista de Controle Interno/2011) Qual das situações abaixo impede que o auditor emita um parecer sem ressalva? (A) O auditado efetuar os ajustes recomendados pelo auditor. (B) Chance remota de determinado ativo não ser realizado. (C) Incapacidade de a entidade auditada continuar suas operações. (D) Discordância junto à administração quanto a procedimentos contábeis de efeitos relevantes nas demonstrações. (E) Ausência de limitação da extensão do seu trabalho. 10. (ESAF/Analista de Normas Contábeis e Auditoria - CVM/2010) No parecer sobre as demonstrações contábeis, o auditor deve emitir sua opinião afirmando se estas representam adequadamente ou não a situação patrimonial da entidade. Nesse parecer, devem ser observados os seguintes aspectos relevantes, exceto: a) as obrigações para o período seguinte. b) a origem e a aplicação dos recursos para o período a que correspondem. c) as mutações do patrimônio líquido. d) a posição patrimonial e financeira. e) o resultado das operações no período. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 50 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 11. (ESAF/AFRFB/2009) - adaptada - Na emissão de opinião com abstenção de opinião para as demonstrações contábeis de uma entidade, pode-se afirmar que: (A) elimina a responsabilidade do auditor de emitir qualquer opinião devendo este comunicar à administração da empresa da suspensão dos trabalhos. (B) não suprime a responsabilidade do auditor de mencionar, no relatório, qualquer desvio, independente da relevância ou materialidade, que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. (C) exclui a responsabilidade do auditor de se manifestar sob qualquer aspecto das demonstrações. (D) não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no relatório, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. (E) extingue a responsabilidade do auditor de mencionar, no relatório, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. 12. (ESAF/AFRFB/2009) - adaptada - A empresa de Transportes S.A. é uma empresa que tem seus registros contábeis e procedimentos estabelecidos por agência de fiscalização. A agência estabeleceu procedimento para registro das concessões que diverge significativamente, do procedimento estabelecido pelo Conselho Federal de Contabilidade. Nessa situação, deve o auditor emitir opinião: (A) sem abstenção de opinião. (B) adverso. (C) com ressalva. (D) sem ressalva, mas evidenciando em nota explicativa a divergência. (E) com abstenção de opinião. 13. (ESAF/AFC - Área Controle Interno/CGU/2008) De acordo com a NBC-T-11, o Parecer do Auditor Independente, segundo a natureza da opinião que contém, pode ser classificado das seguintes formas, exceto: a) parecer sem ressalva. b) parecer com ressalva. c) parecer irregular. d) parecer adverso. e) parecer com abstenção de opinião. 14. (ESAF – CGU – AFC/Auditoria e Fiscalização – 2006) – Adaptada O Relatório de Auditoria é o instrumento por meio do qual o auditor independente comunica sua conclusão acerca das demonstrações contábeis de uma entidade, tendo caráter comparativo às demonstrações contábeis referentes ao exercício anterior. Sobre o relatório em comento, assinale a opção incorreta. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 51 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 (A) A responsabilidade sobre a preparação e o conteúdo das demonstrações contábeis é do auditor independente. (B) A opinião expressada pelo auditor independente deve ser obrigatoriamente clara e objetiva. (C) De maneira geral, o relatório é destinado à diretoria da entidade, seu conselho de administração e/ou a seus acionistas. (D) A data do relatório deve corresponder à data da conclusão dos trabalhos na entidade auditada. (E) O relatório deve ser assinado por profissional com registro cadastral no Conselho Regional de Contabilidade. 15. (ESAF – SEFAZ/SP – Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas – 2009) – Adaptada - Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas da seguinte frase: “O auditor deve emitir opinião ______(1)______ quando verificar que as demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes e generalizadas, e quando forem relevantes e não generalizadas devem emitir opinião ______ (2)______.” (A) (1) adversa // (2) com ressalva (B) (1) com ressalva // (2) adversa (C) (1) com abstenção de opinião // (2) com ressalva (D) (1) com abstenção de opinião // (2) adversa (E) (1) adversa // (2) com abstenção de opinião 16. (ESAF/Analista Técnico: Controle e Fiscalização – SUSEP/2010) O auditor externo, ao avaliar as demonstrações contábeis da empresa Evolution S.A., identificou que a empresa está discutindo a similaridade de seus produtos com produtos de concorrentes que possuem isenção de tributação. A empresa não vem recolhendo o referido tributo há mais de 5 anos e o valor relativo a essa contingência é significativo. Caso a decisão vier a ser contrária à empresa, a mesma entrará em processo de descontinuidade. A decisão deve ter seu mérito julgado em quatro anos. Dessa forma deve o auditor emitir parecer: (A) negativa de opinião, por não poder firmar opinião sobre as demonstrações contábeis. (B) com ressalva, evidenciando o fato como restritivo às demonstrações contábeis. (C) adverso, por não permitir avaliar as demonstrações contábeis. (D) sem ressalva, visto que há incerteza no desdobramento da causa. (E) sem ressalva, com introdução de parágrafo de ênfase fazendo referência à nota explicativa que deve descrever detalhadamente o evento. 17. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS - 2002) – Adaptada - Quando um auditor expressa uma opinião sobre as demonstrações contábeis apresentadas de forma condensada, ele deve: Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 52 Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 (A) já ter emitido uma opinião sobre as demonstrações contábeis originais. (B) acrescentar uma nota explicativa em seu relatório expondo os motivos. (C) inserir uma ressalva, pois as demonstrações contábeis estão incompletas. (D) justificar à Comissão de Valores Mobiliários expondo os motivos. (E) incluir uma ressalva por não ter acesso aos saldos contábeis analíticos. 18. (ESAF/ISS/RJ – Fiscal de Rendas/2010) A respeito do uso de especialista de outra área em auditoria, é correto afirmar, exceto: a) na avaliação do trabalho do especialista, não cabe ao auditor revisar ou testar a fonte de dados utilizada. b) na emissão de parecer sem ressalva, o auditor não pode fazer referência ao trabalho de especialista no seu parecer. c) a certificação profissional, licença ou registro em órgão de classe é um dos elementos de verificação da competência do especialista. d) a responsabilidade, quanto à qualidade e propriedade das premissas e métodos utilizados, é do especialista e não do auditor. e) É atribuição do auditor obter evidência adequada de que o alcance do trabalho do especialista é suficiente para os fins da auditoria. 19. (ESAF/ATM/Natal/2008) – adaptada - O auditor, ao realizar processo de auditoria na empresa Mother S.A., constata a existência de benefício de Previdência Privada concedido a seus funcionários. A empresa participa com 80% das contribuições totais, tendo pactuado em contrato a participação e a complementação das insuficiências de fundos. No intuito de aplicar os procedimentos de auditoria na área, a empresa de auditoria contrata firma especializada em cálculos atuariais, para verificação. Assim, a responsabilidade do auditor: a) limita-se aos trabalhos por ele efetuados, sendo a firma especializada responsável pelos trabalhos especiais, tendo o auditor que mencionar o nome da empresa responsável pelos trabalhos e os efeitos apurados. b) é igual à da empresa contratada, respondendo pelos erros ou fraudes que possam surgir, sendo obrigatória a menção da empresa contratada no parecer de auditoria. c) pela sua opinião não é reduzida, e na ocorrência de emitir opinião não modificada, não poderá fazer referência do especialista no seu relatório. d) é compartilhada com a empresa contratada na avaliação das metodologias e técnicas utilizadas, respondendo tecnicamente pelos cálculos e valores apresentados nas demonstrações contábeis. e) está condicionada à escolha de empresa idônea e competente que não possua vínculo com a empresa auditada e que não tenha dependência, sendo a responsabilidade técnica e de avaliação de metodologias para avaliação dessa área de responsabilidade da empresa especializada. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 53 (D) única e exclusiva da administração da empresa. (D) se o especialista for independente e não possuir vínculo com a empresa. (E) em divulgar o fato.com. desde que habilitado. conforme acordo préestabelecido com a administração da entidade. dependendo da extensão da limitação.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 20. (FCC – INFRAERO – Analista Superior II– Auditor– 2009) – Adaptada .Quando houver limitação na extensão do trabalho do auditor. Esse profissional é um: (A) engenheiro (B) advogado (C) atuário (D) médico (E) administrador 23. a responsabilidade do relatório é (A) compartilhada entre o auditor interno e o independente.br 54 . o profissional pode ser obrigado a emitir uma opinião (A) com ressalva ou abstenção de opinião. não há responsabilidade do auditor (A) em confirmar se o especialista é habilitado. em tempo integral. (ESAF/Analista Técnico Área: Controle e Fiscalização/SUSEP/2002) Quando o auditor interno coopera. (C) única e exclusiva do auditor independente. com o trabalho do auditor independente.AFPS .Num exame de uma entidade de previdência privada. (C) quando o especialista for funcionário da empresa auditada. mas com um parágrafo intermediário indicando como a limitação pode ter distorcido as demonstrações contábeis da entidade auditada. qualquer que seja a extensão da limitação. (D) sem ressalva. (ESAF/AFRE/Sefaz-CE/2006) Quando da utilização de serviços de especialista. (E) compartilhada entre a administração e o auditor interno. (B) adversa.2002) adaptada . desde que baseada nas informações do auditor interno. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social . (C) sem ressalva. Davi Barreto e Fernando Graeff www. que lhe afirma que a limitação não terá efeito relevante nas demonstrações contábeis. quando sua opinião não for modificada. seja ela imposta pela administração da entidade ou circunstancial. 21. (B) única e exclusiva do auditor interno. 22. o auditor pode necessitar do auxílio de um especialista de outra área.pontodosconcursos. (B) em questionar a capacidade do especialista. 2009) – Adaptada .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 (E) com abstenção de opinião. (FCC – SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas . (FCC – TRT 23ª REGIÃO – Analista Jud. ao se deparar com algum passivo que represente para a empresa uma incerteza relevante. evidenciando a incerteza constatada. b) sem ressalva e com limitação de escopo do trabalho.br 55 . d) sem ressalva e com parágrafo adicional de ênfase.O auditor externo. (E) sem ressalvas. (B) limpa. (C) qualificada. Gabarito: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 E B C B A Errada A A D A 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 D C C A A E A A C C 21 22 23 24 25 E C A A D Davi Barreto e Fernando Graeff www. Contabilidade – 2007) – Adaptada . (D) adversa. e) com negativa de opinião e limitação de escopo. 24. a opinião apropriada a ser emitida é do tipo (A) com negativa de opinião.Não havendo evidências suficientes para formar uma opinião acerca da fidedignidade das demonstrações contábeis. deve emitir opinião a) com ressalva e limitação de escopo do trabalho.pontodosconcursos. 25. c) adversa. – Esp.com. mesmo que a limitação tenha ocorrido em item das demonstrações contábeis de pouca relevância. Marcelo Cavalcanti. Atlas. Resolução CFC 1231/09 . São Paulo: Ed. São Paulo: Ed. 2011. Conselho Federal de Contabilidade. Conselho Federal de Contabilidade.pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Método. BOYNTON. Resolução CFC 1203/09 . São Paulo: Ed. Auditoria – Conceitos e Aplicações. GRAEFF. São Paulo: Ed. Resolução CFC 1230/09 .NBC TA 450 .Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no Relatório do Auditor Independente ALMEIDA. Atlas.Avaliação das Distorções Identificadas durante a Auditoria BRASIL. Atlas. Conselho Federal de Contabilidade. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1216/09 .NBC TA 705 .NBC TA 700 . 2009. Resolução CFC 1233/09 . Conselho Federal de Contabilidade. BARRETO. Método. Conselho Federal de Contabilidade. Auditoria: um curso moderno e completo. Resolução CFC 1232/09 . Fernando. 2007. 2002.Utilização do Trabalho de Especialistas BRASIL. Auditoria: teoria e exercícios comentados. Fernando. Resolução CFC 1229/09 . Davi. 2011.NBC TA 706 .Modificações na Opinião do Auditor Independente BRASIL.Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade.Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis BRASIL. Auditoria: Esaf.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 05 Bibliografia BRASIL. GRAEFF.com.Utilização do Trabalho de Auditoria Interna BRASIL. São Paulo: Ed.NBC TA 200 . ATTIE. BARRETO.br 56 . Auditoria.NBC TA 610 . Davi. Marcelo Willian C. Wiliam.NBC TA 620 . .....................................Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Introdução ................................................................ 27 Questões comentadas ................. 46 Bibliografia ........... Vamos à nossa aula 06 do Curso de Auditoria para AFRFB – Teoria e Exercícios...... 30 Lista de questões sem comentários ... Davi Barreto e Fernando Graeff www............... caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários............................................................. * Partes relacionadas.......................... não esqueça...................... mas que consideramos importantes........ participe do Fórum de dúvidas! Vamos em frente! 1 Lembre-se do item 23 do edital : "Todas as normas brasileiras de contabilidade vigentes relativas à auditoria interna.. Lembre que as questões discutidas durante a aula estão no final do arquivo................................. 09 Continuidade Operacional ........................................................................................................... * Os itens marcados com (*) abrangem algumas normas de auditoria não explícitas no edital............... 24 Partes relacionadas ... hoje iremos tratar dos seguintes tópicos: • • • • • • Eventos subsequentes....br 1 ....................... 01 Eventos subsequentes ......................... 02 Auditoria de estimativas Contábeis .............................. * Contingências. Auditoria de estimativas Contábeis................. e que podem ser cobradas em sua prova1........ 13 Contingências ................................... Seguindo nosso cronograma........ Por fim..........com........ 53 Introdução Prezado Aluno................................... externa e pública emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC”.................. * Representações Formais.............................................................................. Continuidade Operacional. 19 Representações Formais ......................................................pontodosconcursos.... quinze dias depois de ter concluído o balanço sofre uma perda irreparável. forçando a empresa. Nesse meio tempo. os quais por sua relevância possam afetar substancialmente a situação patrimonial e/ou financeira da empresa. pois entre a data do encerramento do exercício e o momento em que as demonstrações contábeis são divulgadas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Eventos subsequentes A investigação dos eventos ou transações subsequentes à data do levantamento do balanço. sempre que possível. a mudar a sua 2 Davi Barreto e Fernando Graeff www. avalia seus efeitos e. uma das finalidades maiores desta atividade profissional. pela influencia que possam ter sobre a situação da empresa auditada. no mínimo. financeira e de resultados. há o desaparecimento do cliente. tendo deteriorado ou melhorado muito. devedor de quantia muito significativa em relação ao Patrimônio Líquido da empresa. Além do prejuízo monetário. que tenha levantado seu balanço no fim do seu exercício social. e a sua consequente revelação. A auditoria investiga essas eventuais ocorrências. A escrituração contábil chega até o encerramento do balanço e demonstra a situação patrimonial. financeira e de resultados daquela data. Mas isso já é com algum atraso. se estes forem de natureza tal que devam ser conhecidos. de forma prática e objetiva. demonstrando. consumidor de quantidade apreciável da produção. com influencia na situação econômica. Suponhamos uma empresa próspera. procura manter-se atualizada. a situação pode terse modificado sensivelmente. revela-os e.br .com. quantifica-os. mas que. pela ocorrência de fatos imprevistos.pontodosconcursos. às vezes até meses. é atividade típica da auditoria externa independente. pela inesperada falência de seu principal cliente. decorrem muitos dias. revelando situação satisfatória. pontodosconcursos. é preferível esperar que os bons eventos aconteçam.com. Também os bons. o auditor deve considerar como parte normal da auditoria o período entre a data do término do exercício social e a data da emissão do respectivo relatório (=período subsequente). garantindo a produção e os lucros por muito tempo. O auditor externo. na NBC TA 560. O auditor deve considerar três situações de eventos subsequentes: • Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente. Dentro do princípio do conservadorismo. que estabelece procedimentos e critérios a serem adotados pelo auditor em relação aos eventos ocorridos entre a data do balanço e a data do relatório de auditoria. a realidade. deve revelá-lo. Mas não são apenas os maus eventos que devem ser revelados. evitando o comprometimento com possibilidades que possam não se concretizar. A solução feliz de um processo vultoso. eventos subsequentes. a preocupação maior do auditor é sempre com os eventos que possam trazer consequências prejudiciais. que estava registrado como contingências. a fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório que possam demandar ajustes nas Demonstrações Contábeis ou a divulgação de informações nas notas explicativas. naquele momento. com o devido cuidado.br 3 . enquanto as demonstrações contábeis do exercício revelam situação satisfatória. o fechamento de um negócio excepcional. tomando conhecimento do evento subsequente depois de avaliá-lo friamente. O assunto. superar o ocorrido. Assim. com perspectivas de grande aumento das vendas. é disciplinado pelas novas normas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 política de vendas. ou não. tudo isso pode ser revelado. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Atenção  A data do Relatório do Auditor Independente informa ao leitor que o auditor considerou o efeito dos eventos e transações que ocorreram até aquela data (daqueles que. ou sujeitar-se a reduzir suas atividades. Como vimos acima. a aquisição de uma fábrica concorrente. tomou conhecimento. Entretanto. ou tomar qualquer outra atitude que pode. já e bem outra. dizendo dos efeitos que produzirá sobre as demonstrações contábeis já encerradas e das perspectivas futuras de resultado. bem como. evidentemente). e • Eventos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a divulgação das demonstrações contábeis.  leitura das atas.pontodosconcursos. devem ser realizados os seguintes procedimentos:  obtenção de entendimento dos procedimentos estabelecidos pela administração para assegurar que os eventos subsequentes são identificados.. Vamos entender cada um deles. mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis. quando apropriado. ou o mais próximo possível desta. e Davi Barreto e Fernando Graeff www. Entre outros. o auditor deve executar procedimentos de auditoria desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente de que todos os eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do seu relatório que precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações contábeis foram identificados. Esses procedimentos devem cobrir desde a data das demonstrações até a data do relatório.com. e indagação sobre assuntos discutidos nas reuniões para as quais as atas ainda não estão disponíveis. da administração e dos responsáveis pela governança da entidade.br 4 . Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente Data encerramento do exercício social Relatório do auditor linha do tempo Evento Subsequente Nesse caso.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 • Eventos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório. aos responsáveis pela governança sobre a ocorrência de eventos subsequentes que poderiam afetar as demonstrações contábeis. das reuniões dos proprietários (dos acionistas em sociedade anônima). se houver..  indagação à administração e. realizadas após a data das demonstrações contábeis. a natureza e extensão dos procedimentos vão depender da avaliação do risco pelo auditor. se houver. demonstrações Além desses procedimentos de procedimentos adicionais.pontodosconcursos. poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório. mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis. representação formal (=declaração. aos responsáveis pela governança. se fosse do seu conhecimento na data do relatório. ou estender as indagações anteriores verbais ou por escrito. aos consultores jurídicos sobre litígios e reclamações. a legislação específica etc. Entretanto. Além disso.br 5 . ou  considerar a necessidade de representações formais que cubram determinados eventos subsequentes para corroborar outra evidência de auditoria e assim obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório.com. os princípios. carta da administração) de que todos os eventos que requerem ajuste ou divulgação nas demonstrações foram ajustados ou divulgados. tais como: contábeis auditoria. ele deve: Davi Barreto e Fernando Graeff www. o auditor deve solicitar à administração e. previsões de fluxos de caixa e outros relatórios da administração relacionados de períodos posteriores à data das demonstrações contábeis. quando apropriado.  indagar. mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis Divulgação das demonstrações contábeis Relatório do auditor linha do tempo Evento Subsequente Atenção  O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após a data do seu relatório. o auditor tomar conhecimento de fato que.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06  leitura das últimas entidade. o intermediárias auditor pode da realizar  ler os últimos orçamentos disponíveis. após a data do seu relatório. se.). . Se forem identificados eventos que requerem ajuste ou divulgação nas demonstrações. o auditor deve avaliar se esses eventos estão refletidos de maneira apropriada nas demonstrações de acordo com a estrutura conceitual aplicável (=observa as NBC’s. que não haja exigência da legislação ou. ainda. Assim. Pode haver casos em que a legislação não proíba a administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa alteração. quando apropriado. Entretanto. e (c) fornecer novo relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis alteradas. deve alterar o relatório para incluir data adicional restrita a essa alteração que indique que os procedimentos do auditor independente sobre os eventos subsequentes estão restritos unicamente às alterações das demonstrações contábeis descritas na respectiva nota explicativa. o auditor independente deve modificá-lo. com os responsáveis pela governança. e depois fornecê-lo. o auditor pode limitar os procedimentos de auditoria aos eventos subsequentes que provocaram essa alteração. nas circunstâncias em que o auditor considerar necessário. Nesses casos. ou Davi Barreto e Fernando Graeff www. O novo relatório do auditor independente não deve ter data anterior à data de aprovação das demonstrações contábeis alteradas. regulamentação para que a administração reapresente demonstrações contábeis e. se a administração não alterar as demonstrações contábeis: (a) se o relatório do auditor independente ainda não tiver sido fornecido à entidade.  determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e. de auditoria necessários nas (b) estender os procedimentos de auditoria até a data do novo relatório do auditor independente. Caso seja necessário e a administração altere as demonstrações contábeis.com.br 6 . o auditor não precisa fornecer novo relatório de auditoria ou alterar o relatório.pontodosconcursos. caso afirmativo. • indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06  discutir o assunto com a administração e. portanto. Pode haver casos. o auditor independente deve: (a) aplicar os procedimentos circunstâncias da alteração. Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a divulgação das demonstrações contábeis Divulgação das demonstrações contábeis linha do tempo Evento Subsequente Atenção  Após a divulgação das demonstrações contábeis.com. se. tiver sido fornecido à a administração e os não divulguem as de serem feitas as Se mesmo assim. caso afirmativo. Entretanto. o auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis. o auditor independente deve tomar medidas para procurar evitar o uso por terceiros daquele relatório de auditoria. auditoria Davi Barreto e Fernando Graeff www. de contábeis.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 (b) se o relatório do auditor independente já entidade. (c) indagar como a administração pretende tratar do assunto nas demonstrações contábeis. (b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e.pontodosconcursos.br o auditor necessários nas 7 . com os responsáveis pela governança. as demonstrações contábeis forem divulgadas posteriormente sem as modificações necessárias. o auditor independente tomar conhecimento de fato que. para que demonstrações contábeis para terceiros antes alterações necessárias. quando apropriado. Caso a administração independente deve: altere as demonstrações (a) aplicar os procedimentos circunstâncias das alterações. o auditor independente deve: (a) discutir o assunto com a administração e. após a divulgação das demonstrações contábeis. poderia tê-lo levado a alterar seu relatório. o auditor independente deve notificar responsáveis pela governança. se fosse do seu conhecimento na data do relatório do auditor independente. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 (b) revisar as providências tomadas pela administração para garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis juntamente com o respectivo relatório do auditor independente sejam informados da situação.com. novo ou reemitido.br 8 . Se. de que procurará evitar o uso por terceiros daquele relatório no futuro. e (ii) fornecer novo relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis reapresentadas. Parágrafo de Ênfase com referência à nota explicativa que esclarece mais detalhadamente a razão da alteração das demonstrações contábeis emitidas anteriormente e do relatório anterior fornecido pelo auditor independente. a administração ou os responsáveis pela governança não tomarem as referidas providências necessárias. o auditor independente deve tomar as medidas apropriadas para tentar evitar o uso por terceiros daquele relatório de auditoria. (d) no caso em que a legislação não proíbe a administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa alteração. ele deve notificar a administração e os responsáveis pela governança. apesar dessa notificação. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (c) exceto nas circunstâncias em que a legislação não proíbe a administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa alteração: (i) estender os procedimentos de auditoria até a data do novo relatório do auditor independente e datar o novo relatório com data posterior à data de aprovação das demonstrações contábeis reapresentadas. alterar o relatório do auditor independente. Caso a administração não tome as providências necessárias para garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis emitidas anteriormente sejam informados da situação e não altere as demonstrações contábeis nas circunstâncias em que o auditor considere necessário.pontodosconcursos. O auditor independente deve incluir no seu relatório. Veja que não é possível saber o valor monetário exato que não será pago pelos devedores de uma entidade (infelizmente. O uso de estimativas. Um dos tipos mais comuns de estimativa contábil é a famosa “provisão para devedores duvidosos (PDD)”. as bolas de cristal não funcionam bem na vida real.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Estimativas Contábeis Vamos falar agora sobre estimativas contábeis. assim. conhecedoras do negócio e independentes entre si. estimativa contábil é a aproximação de um valor monetário na ausência de um meio de mensuração preciso. segundo o CPC 2. muitos itens contábeis não podem ser mensurados com precisão. é o valor pelo qual um ativo pode ser trocado.br 9 . Então. ou um passivo liquidado.. o que são estimativas contábeis? Como resultado das incertezas inerentes às atividades das entidades. que estão tratadas na NBC TA 5402.223/09 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos. entre partes interessadas. 1. é feita a comparação com o comportamento dos itens no período anterior ao das Demonstrações Contábeis). é necessário que esses valores sejam estimados. Estimativas contábeis para efeito das normas do CFC são: O valor mensurado do valor justo quando existe incerteza de estimativa Outros valores que requerem estimativas Valor justo.). é uma parte essencial da preparação das demonstrações contábeis e não afeta sua confiabilidade. com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. Trata-se de uma previsão quanto ao valor de um item contábil que envolve julgamentos baseados nas melhores evidências disponíveis (normalmente. Mas.. desde que razoáveis. 2 Resolução CFC nº. registradas ou divulgadas nas demonstrações contábeis. incluindo as de valor justo. ou não-rotineiro (que opera somente no final de determinado período contábil: mensal. trimestral. são razoáveis. e. A entidade pode fazer as estimativas contábeis como parte do seu sistema contábil rotineiro (que opera em base contínua). analisando os controles. usados pela administração ao determinar estimativas contábeis. no contexto da estrutura de relatório financeiro aplicável. afetando dessa maneira o grau de incerteza de estimativa associada às estimativas contábeis. ou seja. é importante para o auditor planejar a natureza.br 10 . para aferir os seguintes valore monetários:  Créditos de liquidação duvidosa (provisão para devedores duvidosos). que a natureza e a confiabilidade das informações disponíveis para a administração para suportar a elaboração de estimativa contábil variam significativamente. por sua vez. Muitas vezes.pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. incluindo o sistema contábil e de controle interno. existe algum tipo de viés que afasta a estimativa calculada do valor mais razoável. A tendenciosidade da administração é caracterizada quando falta neutralidade na elaboração e apresentação de informações. elas envolvem o julgamento na determinação do valor adequado a ser registrado nas Demonstrações Contábeis. A entidade deve basear as estimativas em fatores objetivos e subjetivos.com. os procedimentos e os métodos utilizados pela entidade. por exemplo. se as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis são adequadas. Deve-se levar em consideração. Ao auditor cabe tomar conhecimento da forma como as estimativas foram apuradas. Esse grau de incerteza. E deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se as estimativas contábeis. as estimativas são feitas em condições de incerteza com relação ao resultado de eventos que ocorreram ou têm probabilidade de ocorrer. a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria. Estimativas poderão ser necessárias.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 De quem é a responsabilidade pelas estimativas contábeis? Guarde bem  Os cálculos das estimativas contábeis são de exclusiva responsabilidade da administração da entidade. incluindo sua suscetibilidade à tendenciosidade da administração intencional ou não. contudo. afeta os riscos de distorção relevante de estimativas contábeis. O entendimento e a compreensão dos procedimentos e métodos. semestral ou anual). é formada com base na estimativa de probabilidade das quantias que deixarão de ser pagas por inadimplemento dos devedores. para verificar se as estimativas são razoáveis o auditor deve:  Analisar a fundamentação matemático-estatística dos procedimentos utilizados pela entidade na quantificação das estimativas. a conjuntura econômica e as suas projeções.br 11 . Quando possível. o auditor deve comparar as estimativas contábeis de períodos anteriores com os resultados reais desses períodos. os planos futuros da entidade. as práticas correntes em entidades semelhantes.  Valor justo de ativos ou passivos financeiros. Atenção  Então. A provisão para devedores duvidosos. o indenizações. o perdas em geral. e  avaliar se as diferenças entre os resultados reais e as estimativas anteriores foram quantificadas e se foram feitas divulgações nas Demonstrações Contábeis. exaustão ou amortização).com. para:  obter evidências sobre a adequação dos procedimentos de estimativas da entidade. o alocar o custo de itens do ativo durante suas vidas úteis estimadas (depreciação. o obrigações decorrentes de garantias. por exemplo.pontodosconcursos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06  Estoques obsoletos.  Impostos diferidos.  considerar se são necessários ajustes nos procedimentos e nas fórmulas de cálculos das estimativas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. O que os itens contábeis citados acima têm em comum? Perceba que todos eles podem envolver algum grau de incerteza na definição do valor que constará nas Demonstrações Contábeis. e  Verificar a coerência das estimativas com o comportamento dos itens estimados em períodos anteriores. e  Prejuízos sobre contratos em andamento. se relevantes.  Provisões para: o reduzir ativos ao seu valor provável de realização.  Custos e despesas incorridos.  Receitas auferidas. o auditor deve verificar se a administração tomou providências para deixá-las mais próximas da realidade no período atual.com. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos. Ou seja. se nos períodos anteriores as estimativas foram furadas.br 12 . de forma a permitir estimativas mais apropriadas no período em exame.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Se o auditor apurar que houve uma diferença significativa entre as estimativas feitas em períodos anteriores e os resultados reais desses períodos ele deve verificar se houve o competente ajuste nos procedimentos. não superior a um ano após a data das demonstrações contábeis que estão sendo auditadas (um ano após a data do balanço.br 13 . era tratado pela NBC T 11. Veja que. o espírito continua o mesmo. a partir da data das demonstrações contábeis. vamos fazer um quadro comparativo entre as normas: Normas novas Normas antigas Ao revisar a avaliação da administração sobre a capacidade de continuidade operacional. apesar de melhor detalhado nas novas normas. anteriormente. caso esta determine um período mais longo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Continuidade Operacional Vamos tratar agora da continuidade normal das atividades da entidade. o auditor deve solicitar que a administração estenda o período de avaliação para pelo menos doze meses. como uma base para a preparação das demonstrações contábeis. conforme exigido pela estrutura de relatório financeiro. por legislação ou regulamentação específica. a entidade é vista como continuando em operação em futuro previsível. É responsabilidade do auditor avaliar se a entidade tem capacidade de continuar operando normalmente por um período razoável. Esse assunto é tratado pela NBC TA 5703. Contudo. na auditoria de demonstrações contábeis quanto à propriedade do pressuposto de continuidade operacional. a preparação das demonstrações contábeis presume a continuidade da entidade em regime operacional por um período previsível não maior do que um ano. sobre as responsabilidades do auditor. Pela importância do assunto.com. o auditor deve cobrir o mesmo período utilizado pela administração para fazer sua avaliação. geralmente). 3 Resolução CFC nº. com relação ao prazo razoável para consideração da continuidade operacional da entidade. se a avaliação elaborada pela administração cobrir menos de doze meses.10.pontodosconcursos. 1. ou seja.226/09 Davi Barreto e Fernando Graeff www. Na ausência de informações em contrário. a partir da data-base de encerramento do exercício. ou seja. De acordo com o pressuposto de continuidade operacional. e produzir demonstrativos específicos no caso do risco de descontinuidade. a NBC T 19..27 – Demonstrações Contábeis exige que a administração faça capacidade de continuidade da entidade.br 14 . o pressuposto de continuidade operacional é um princípio fundamental na elaboração de demonstrações contábeis. E o auditor independente? Qual é sua responsabilidade? Davi Barreto e Fernando Graeff www. ativos e passivos são registrados considerando que a entidade será capaz de realizar seus ativos e liquidar seus passivos no curso normal dos negócios. Note que as demonstrações contábeis. posto que. quebrar. a administração deve fazer uma avaliação específica da capacidade de continuidade operacional da entidade. Note que esse pressuposto é essencial para os acionistas e outros interessados nas demonstrações contábeis – saber que a empresa vai continuar operando normalmente (não vai falir. Em suma. a preparação das demonstrações contábeis presume a continuidade da entidade em regime operacional por um período previsível não menor do que 12(doze) meses..com. são elaboradas com base na continuidade operacional. é papel da administração realizar a avaliação da capacidade de continuidade da entidade. mas a quem compete fazer a avaliação de continuidade dos negócios da entidade? Algumas estruturas de relatórios financeiros contêm uma para que a administração faça uma avaliação específica continuidade operacional. ou não tenha nenhuma alternativa realista além dessas. para fins gerais. a menos que a administração pretenda liquidar a entidade ou interromper as operações. Assim. Mesmo em estruturas de relatórios financeiros em que não haja exigência explícita.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 pressupõe-se que as atividades e os negócios da entidade não serão interrompidos de uma hora para outra. quando o uso do pressuposto de continuidade operacional é apropriado. reduzir sua operação drasticamente etc. a partir da data das demonstrações contábeis.pontodosconcursos. Por exemplo. exigência explícita da capacidade de Apresentação das uma avaliação da As exigências detalhadas sobre a responsabilidade da administração de avaliar a capacidade de continuidade da entidade e as correspondentes divulgações às demonstrações contábeis também podem ser definidas em lei ou regulamento. Atenção: Na ausência de informações em contrário. Bom.) é de fundamental importância. pela administração.com. a partir da data do balanço. No entanto. a responsabilidade do auditor é obter evidência de auditoria suficiente sobre a adequação do uso.. esse período pode ir de zero até vários anos. Enfim. por legislação ou regulamentação específica. dos tipos de demonstrações emitidas de acordo com a legislação e os regulamentos aplicáveis àquela entidade.br 15 . Ao revisar a avaliação da administração sobre a capacidade de continuidade operacional.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Ora. do pressuposto de continuidade operacional na elaboração e apresentação das demonstrações contábeis e expressar uma conclusão sobre se existe incerteza significativa sobre a capacidade de continuidade operacional.pontodosconcursos. conforme exigido pela estrutura de relatório financeiro. cabe a ele apenas avaliar e emitir uma conclusão sobre essa análise. de acordo com a NBC TA 570. Além disso. A NBC TA 570 cita. ou seja. no relatório do auditor independente. Atenção: Não é responsabilidade do auditor corrigir a falta de análise da administração. Resumindo: o auditor tem que revisar a avaliação da administração sobre a capacidade de continuidade operacional. Como já falamos. a ausência de qualquer referência à incerteza de continuidade operacional. o auditor deve solicitar que a administração estenda o período de avaliação para pelo menos doze meses. o período de avaliação sobre a capacidade de continuidade operacional depende da estrutura de relatório financeiro aplicável. não pode ser considerada uma garantia da capacidade de continuidade operacional. se esse período for menor do que 12 (doze) meses. ainda. que essa responsabilidade existe mesmo se a estrutura de relatório financeiro usada na elaboração das demonstrações contábeis não incluir uma exigência explícita para que a administração faça uma avaliação específica da capacidade de continuidade operacional. Portanto. ou seja. cobrindo o mesmo período utilizado Davi Barreto e Fernando Graeff www. qual é o objetivo desse profissional? Vimos que é emitir uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. em todos os aspectos relevantes. o auditor deve cobrir o mesmo período utilizado pela administração para fazer sua avaliação. como sempre falamos o auditor traz apenas uma garantia razoável.. em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. ou tomar medidas semelhantes. próximos do vencimento.pontodosconcursos. principais índices financeiros adversos. Enfim são eventos ou condições como: 1) Indicações Financeiras: • • • • • • • • • • • patrimônio líquido negativo (passivo a descoberto). perda de pessoal chave da administração sem reposição. perda de mercado importante. incapacidade de pagar credores nas datas de vencimento. Davi Barreto e Fernando Graeff www. licença. ou principais fornecedores. Depois do que expusemos. mudança nas condições de pagamento a fornecedores. incapacidade de cumprir com os termos contratuais de empréstimo.br 16 . ou que tenha que reescalonar dívidas.com. fora do curso normal das operações. atraso ou suspensão de dividendos. franquia. sem que. talvez tenha ficado um pouco no ar o que realmente consiste essa avaliação de continuidade operacional. tenha que fazer venda substancial de ativos. incapacidade de obter financiamento para o desenvolvimento de novos produtos essenciais ou outros investimentos essenciais. ou utilização excessiva de empréstimos de curto prazo para financiar ativos de longo prazo. 12 meses a partir da data das demonstrações contábeis. as informações que levantam dúvida substancial sobre a pressuposição da continuidade normal das atividades relacionam-se com a incapacidade da entidade em continuar a liquidar suas obrigações no vencimento. de compras a prazo para pagamento à vista.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 pela administração em sua avaliação – período este que deve ser de. fluxos de caixa operacionais negativos indicados por demonstrações contábeis históricas ou prospectivas. 2) Indicações Operacionais: • • • intenções da administração de liquidar a entidade ou interromper as operações. prejuízos operacionais significativos ou deterioração significativa do valor dos ativos usados para gerar fluxos de caixa. reestruturar as operações em razão de forças externas. Essas indicações de que a continuidade da entidade em regime operacional está em risco podem vir das demonstrações contábeis ou de outras fontes. no mínimo. indicações de retirada de suporte financeiro por credores. empréstimos com prazo fixo. sem previsões realistas de renovação ou liquidação. clientes importantes. Normalmente. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 • • • dificuldades na manutenção de mão-de-obra. Note que esta listagem não inclui todos os eventos e condições. a entidade pode mitigar a perda de um fornecedor importante. ela não é taxativa.. se dispuser de outra fonte de fornecimento adequada. A avaliação sobre se existe dúvida significativa geralmente baseia-se nos resultados dos procedimentos normais de auditoria que foram aplicados durante as fases de planejamento. reescalonamento de pagamentos de empréstimos ou obtenção de capital adicional. tais como por alienação de ativos.pontodosconcursos. Comunicação com os responsáveis pela governança A menos que todos os responsáveis pela governança estejam envolvidos na administração da entidade. Por exemplo: o efeito numa entidade que não está podendo pagar suas dívidas normais pode ser contrabalançado por planos da administração para manter fluxos de caixa adequados por outros meios. regulamentação ou política governamental. nada de decorar. Fique atento: a análise desses indicadores feita isoladamente pode não ser suficiente para caracterizar a possibilidade da descontinuidade das operações da empresa. falta de suprimentos importantes. Esses indicadores têm que ser analisados em conjunto. catástrofe não segurada ou segurada por valor inferior. mudanças de legislação. no caso de perda. surgimento de concorrente altamente competitivo. que supostamente afetam a entidade de maneira adversa. portanto. resultar em indenização que a entidade provavelmente não terá capacidade de saldar. processos legais ou regulatórios pendentes contra a entidade que podem.. OK? Procure entender. 3) Outras Indicações: • • • • descumprimento de exigências de capital. o auditor deve comunicar a esses responsáveis os Davi Barreto e Fernando Graeff www. incluindo outras exigências legais.br 17 . quando de sua ocorrência. pois muitas vezes uma situação adversa em um deles pode ser mitigada por uma situação positiva em outro. Do mesmo modo. na coleta de evidências para fundamentar vários objetivos de auditoria e na conclusão da auditoria.com. bem como considerar o efeito na sua conclusão sobre a existência de incerteza significativa.com. (b) se o uso do pressuposto de continuidade operacional é apropriado na elaboração e apresentação das demonstrações contábeis. o auditor deve indagar as razões do atraso.pontodosconcursos. da respectiva divulgação nas demonstrações Atraso significativo na aprovação das demonstrações contábeis Se houver atraso significativo na aprovação das demonstrações contábeis pela administração ou pelos responsáveis pela governança após a data-base das demonstrações contábeis. Essa comunicação com os responsáveis pela governança deve incluir o seguinte: (a) se os eventos ou condições constituem incerteza significativa.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 eventos ou condições identificados que possam levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional. o auditor deve executar procedimentos adicionais de auditoria.br 18 . Davi Barreto e Fernando Graeff www. Se o auditor acredita que o atraso pode estar relacionado a eventos ou condições relacionados com a avaliação da continuidade operacional. e (c) a adequação contábeis. que não é determinado. podem impactar positivamente ou negativamente o resultado de um entidade. Contingência Passiva é: o uma possível obrigação presente cuja existência será confirmada somente pela ocorrência. uma multa ambiental que a empresa discute na justiça ou um pedido administrativo de restituição de tributos supostamente pagos a maior. mas que se acontecer pode ter grande relevância quanto a real situação ou mesmo quanto à continuidade normal das atividades da empresa. decorrente de eventos já ocorridos. é algo que não é certo. vamos dar uma repassada em alguns termos que você já deve conhecer da disciplina de Contabilidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Contingências Contingência. • • • • Passivo é uma obrigação presente da entidade.pontodosconcursos. Por exemplo. mas que pela importância para nosso tema vale uma revisada. de um ou mais eventos futuros. bem resumidamente. cria expectativa válida por parte de terceiros e. cumulativamente: − a entidade tem uma obrigação legal ou não-formalizada presente como consequência de um evento passado. caso se concretizem. e − o montante da obrigação possa ser estimado com suficiente segurança. Enfim.br 19 . Antes de tudo.com. por conta disso. ressalvando que essas definições devem ser vistas sob a ótica da contingência: • Provisão é um passivo de prazo ou valor incerto. de lei ou de outro instrumento fundamentado em lei. Obrigação Legal é aquela que deriva de um contrato. políticas divulgadas ou declarações feitas. − é provável que recursos sejam exigidos para liquidar a obrigação. ou. que não estejam totalmente sob o controle da entidade. o uma obrigação presente que surge de eventos passados. ou não. Ela deve ser reconhecida quando. cuja liquidação resultará em uma entrega de recursos. Obrigação Não-formalizada é aquela que surge quando a entidade. mas que não é reconhecida porque: Davi Barreto e Fernando Graeff www. por meio de termos explícitos ou implícitos. são fatos incertos que. mediante práticas do passado. assume um compromisso. é um evento passado que cria uma obrigação presente para entidade. mas maior que remota.a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é maior do que a de não ocorrer. já apresenta prejuízo decorrente da existência de custos inevitáveis que excedem os benefícios econômicos esperados do contrato. Ele é aplicado para refletir a situação na qual um evento futuro é certo. e depende apenas dela. Provável . Vamos fazer um comparativo entre as normas antigas (Resolução CFC nº 1. ou de situações em que há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis para a entidade. Possível .pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Obrigação possível – existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade.com. Praticamente certo . ou não. ou até mesmo iniciado. de um ou mais eventos futuros.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06  é improvável que a entidade tenha de liquidá-la.  o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente segurança.br 20 .066/05) e as novas (Resolução CFC nº 1. Contrato Oneroso é o contrato no qual. apesar de não-ocorrido. A norma antiga usa os seguintes conceitos: Obrigação presente – é uma obrigação legal ou não formalizada que pode resultar em um passivo para a entidade. no que se refere às contingências. cuja existência será confirmada somente pela ocorrência. • • • Contingência Ativa é um possível ativo. ou. que não estejam totalmente sob o controle da entidade. legal ou nãoformalizada. Fato Gerador.a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é menor que provável. sobre as quais não cabem mais recursos.este termo é mais fortemente utilizado no julgamento de ativos contingentes. decorrente de eventos passados. Essa certeza advém de situações cujo controle está com a administração da entidade. apesar de ainda não-concluído.180/09) quanto à classificação dos ativos e passivos como contingentes ou não. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Remota . Ativo Contingente Entrada de benefícios econômicos é praticamente certa. aplicada nas situações em que a probabilidade de ocorrência está entre provável e remota.com. Divulgação do ativo contingente. contabilizar e/ou divulgar. No entanto.br 21 .a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é muito pequena. mas de um ativo que deve ser reconhecido. Por sua vez. (POSSÍVEL) Obrigação com probabilidade remota de saída de recursos. (POSSÍVEL) Não se trata de um ativo contingente. a norma nova traz duas tabelas que relacionam o tipo de contingência com a probabilidade de o evento ocorrer e com o tratamento que deve ser dado: Passivo Contingente Obrigação presente com não provável saída de recursos. Note que. mas não praticamente certa. o auditor independente deve considerar alguns procedimentos na realização de um exame para identificar passivos não-registrados e contingências ativas ou passivas relacionados a litígios. Entrada de benefícios econômicos é provável. a classificação possível é o mesmo que “não provável”. mas de ativo propriamente dito.pontodosconcursos. Na prática. Entrada de benefícios é não provável. Provisão não é reconhecida nem divulgada. Observação: um ativo contingente nunca pode ser reconhecido (princípio da prudência). Em qualquer dos casos a administração da entidade é a responsável pela adoção de políticas e procedimentos para identificar. Provisão apenas divulgada. não se trata de ativo contingente. pedidos de indenização ou questões tributárias. Obrigação presente com provável saída de recursos. e assegurar-se de sua adequada contabilização e/ou Davi Barreto e Fernando Graeff www. os passivos não-registrados e as contingências. Ativo contingente não é divulgado. adequadamente. quando a entrada de benefícios econômicos for praticamente certa. Atenção! As normas antigas traziam a classificação possível que não mais está explícita nas novas normas. A provisão é reconhecida e divulgada. avaliar. tendo em vista eventuais incertezas e relevância do assunto. Alertamos mais uma vez. de acordo com a tabela que acabamos de ver.com. incluindo correspondências e faturas de consultores jurídicos. Identificação das contingências Muitas vezes os passivos não-registrados e as contingências são de difícil identificação. As exceções são: as contingências ativas praticamente certas e as contingências passivas prováveis. pois além de serem na maioria das vezes exemplificativas. Caso considere necessário. de acordo com a probabilidade de sua ocorrência. o auditor. b) obter. contendo a lista de consultores ou assessores jurídicos que cuidam do assunto e representação de que todas as contingências potenciais ou ainda nãoformalizadas. foram divulgadas nas Demonstrações Contábeis. a empresa não deverá reconhecer as contingências (=contabilizar) em suas demonstrações contábeis. elas devem ser adequadamente divulgadas nas notas explicativas. não se preocupe em gravar listas como essa de procedimentos.. baseado nas informações obtidas dos consultores jurídicos.br 22 . deve solicitar à administração a opinião de outro consultor jurídico independente. se parecer lógico marque correta. Em outras palavras. seja pela divulgação. c) examinar os documentos em poder do cliente vinculados aos passivos não-registrados e às contingências.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 divulgação nas demonstrações contábeis examinadas.. entre eles: a) indagar e discutir com a administração a respeito das políticas e dos procedimentos adotados. Davi Barreto e Fernando Graeff www. marque errada. então o auditor pode se valer de diversos procedimentos. e. d) obter representação formal da administração. Bom. Atenção: como regra. são bem intuitivas. relevantes. formalmente.pontodosconcursos. se for absurdo. seja pela contabilização. da administração uma descrição das contingências na data de encerramento das demonstrações contábeis. Voltando ao assunto. o auditor deve verificar se as contingências relevantes estão devidamente tratadas nas demonstrações contábeis. caso apareça uma questão sobre esse assunto (que achamos muito difícil de ocorrer) simplesmente avalie a pertinência do procedimento adotado com o objetivo de identificar as contingências. com. pedidos de indenização ou questões tributárias. por exemplo. por meio de circularização ou em reunião.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 A circularização dos consultores jurídicos é uma forma de o auditor obter confirmação independente das informações fornecidas pela administração referentes a situações relacionadas a litígios. como.br 23 . Em tais circunstâncias. Devemos considerar ainda que alguns fatores fogem da competência ou do conhecimento do consultor jurídico e podem influenciar a probabilidade de um resultado desfavorável. o auditor pode concluir que as demonstrações contábeis estão afetadas por uma incerteza relativa ao resultado de um evento futuro que não é suscetível de ser.pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. a inexistência de jurisprudência sobre o assunto. ou a ausência de opinião de outro consultor jurídico independente nas condições consideradas necessárias é uma limitação na extensão da auditoria suficiente para impedir a emissão de uma opinião sem ressalvas. razoavelmente. estimado. Importante salientar que a recusa de um consultor jurídico em fornecer a informação solicitada. O auditor deve avaliar todas essas circunstâncias e as evidências obtidas durante a aplicação de seus procedimentos de auditoria para passivos nãoregistrados e contingências para formar o seu julgamento quanto à adequação às práticas contábeis adotadas na elaboração e na apresentação das demonstrações contábeis sob exame. confirmando as informações e os dados a ele fornecidos. A administração da entidade deve encaminhar a carta ao auditor independente.054/05 deixou de existir. a figura da carta de responsabilidade da administração da empresa. para confirmar certos assuntos ou suportar outra evidência de auditoria. vamos recorrer às normas revogadas e às em vigor para comparar a utilidade dessa evidência: Representação formal Carta de responsabilidade da administração Entre outros usos.227/09 . Comparando os quadros acima chegamos à seguinte conclusão: só mudou a denominação. assim como as bases de preparação. 4 Resolução CFC nº 1. instituída pela NBC TA 5804. Inicialmente. É um documento emitido pelos administradores da entidade. cujas Demonstrações Contábeis estão sendo auditadas. vamos fazer uma comparação entre as definições trazidas nas normas antigas e nas novas: Representação formal Carta de responsabilidade da administração É uma declaração escrita pela administração. fornecida ao auditor. Ela foi substituída pela “representação formal”.br 24 .pontodosconcursos. Da mesma forma.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Representações formais (carta de responsabilidade da administração) Com a entrada em vigor das novas normas de auditoria.com. apresentação e divulgação das Demonstrações Contábeis submetidas para exame de acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis. como estabelecido nos termos do trabalho de auditoria. incluindo quando relevante a adequada apresentação. o auditor deve solicitar à administração que forneça representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.Representações Formais Davi Barreto e Fernando Graeff www. disciplinado pela Resolução CFC nº 1. no decorrer da auditoria. Bom. visto entender relevante o assunto em relação às Demonstrações Contábeis tomadas em conjunto. muitas vezes caberá ao auditor esclarecer a administração a necessidade da representação formal. (O Davi Barreto e Fernando Graeff www. individual ou coletivamente. Sempre que.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Ou seja.. pois declarações verbais são de difícil comprovação e a possibilidade de mal-entendidos entre o auditor e a administração é reduzida quando a evidência é escrita. e analisar se as pessoas que fazem as declarações podem ser consideradas bem informadas sobre assuntos específicos sob os quais emitiram suas declarações.pontodosconcursos. incluindo outras declarações. As declarações devem ser feitas por escrito. O auditor não pode deixar de realizar os procedimentos necessários de auditoria para obter as evidências em troca de representações formais. quanto a carta de responsabilidade. Desta forma. sempre que o auditor não possa ter uma expectativa razoável quanto à existência de outra evidência de auditoria pertinente. por natureza é um ser desconfiado. ele deve (o auditor deve ser prudente. ele deve obter declarações por escrito da administração sobre os assuntos significativos para as Demonstrações Contábeis. assim como pela aprovação das Demonstrações Contábeis objeto da auditoria. representa evidência de que a administração reconhece a responsabilidade pela preparação e apresentação adequada. tanto a representação formal.. Nesse sentido. como significativos para as Demonstrações Contábeis.br 25 . avaliar se as declarações feitas pela administração são razoáveis e consistentes com outras evidências de auditoria obtidas. sobre assuntos significativos para as Demonstrações Contábeis. uma declaração por escrito é uma evidência de auditoria melhor do que uma declaração verbal. espontaneamente ou em resposta a indagações específicas. Por uma questão de eficiência e praticidade as declarações por escrito solicitadas da administração podem estar limitadas aqueles assuntos considerados. a administração da entidade auditada fizer declarações ao auditor.): • • • buscar evidência comprobatória de auditoria com base em fontes dentro e fora da entidade. Importante  As declarações da administração não substituem outras evidências de auditoria. mesmo que a administração emita uma declaração sobre isso. constituirá uma limitação de escopo da auditoria o fato do auditor não conseguir obter uma evidência de auditoria adequada e suficiente..) Porém. sobre um item que tenha ou possa ter um efeito significativo sobre as Demonstrações Contábeis. Caso a declaração da administração seja conflitante com outra evidência de auditoria. na maioria das vezes.pontodosconcursos. se necessário..) Assim. as evidências mais fáceis de serem obtidas são as mais fracas. para corroborar a intenção da administração de manter um investimento específico a longo prazo. uma declaração da administração pode ser a única evidência de auditoria que. reconsiderar a confiabilidade de outras declarações feitas pela administração. normalmente.com. Devido à natureza das fraudes (que resultam de ações deliberadas. (A declaração não substitui uma evidência que deveria existir. Além disso. o auditor deve obter a declaração da entidade de que ela não tem conhecimento de qualquer fraude ou suspeita de fraude que pudesse ter efeito relevante nas demonstrações contábeis.br 26 .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 auditor não pode ser preguiçoso. em certos casos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. que seja esperado que esteja disponível. está disponível. de conluios) e das dificuldades inerentes em detectá-las. o auditor deve obter declarações formais da administração de que ela reconhece sua responsabilidade na elaboração e na implementação dos controles para prevenir e detectar sua ocorrência. o auditor deve investigar as circunstâncias e. como por exemplo. ou 2) Quando a estrutura de relatório financeiro aplicável não estabelece nenhuma exigência ou estabelece exigências mínimas para partes relacionadas: (i) uma pessoa ou outra entidade que tem controle ou influência significativa. Controle  é o poder de governar as políticas financeiras e operacionais de uma entidade de modo a obter benefícios de suas atividades.com. e. por ter: a. (ii) outra entidade sobre a qual a entidade que reporta tem controle ou influência significativa. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Influência significativa (que pode ser conseguida por meio de propriedade de ações.br 27 .pontodosconcursos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Partes Relacionadas O assunto parte relacionada é tatado pela NBC TA 550. b. governo nacional. controlador comum. ou c. regional ou local) não são consideradas partes relacionadas a menos que se envolvam em transações significativas ou compartilhem recursos em medida significativa. sobre a entidade que reporta (entidade que reporta é a entidade que está elaborando as demonstrações contábeis). estatuto ou acordo)  é o poder de participar das decisões de política financeira e operacional de uma entidade. por meio de um ou mais intermediários. direta ou indiretamente. Contudo. por meio de um ou mais intermediários. ou (iii) outra entidade que está sob controle comum juntamente com a entidade que reporta. Segundo referida norma parte relacionada é: 1) Aquela definida como tal na estrutura de relatório financeiro adequada. administração-chave comum. direta ou indiretamente. proprietários que são parentes próximos. mas não tem controle sobre essas políticas. entidades que estão sob o controle comum de um estado (isto é. pois. Assim. os membros da administração que detêm a autoridade e responsabilidade pelo planejamento. Ou seja.br 28 . (d) ser parente próximo de qualquer pessoa mencionada em (c). com um aumento correspondente na complexidade dessas transações. Como por exemplo: • partes relacionadas podem operar por meio de uma série extensa e complexa de relacionamentos e estruturas. • as transações com partes relacionadas podem não ser conduzidas nos termos e condições normais de mercado. algumas Davi Barreto e Fernando Graeff www. (c) ser parte dos responsáveis pela governança ou administração-chave (isto é. essas transações podem não ocorrer em condições normais de mercado.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 A existência dos seguintes relacionamentos pode indicar a presença de controle ou influência significativa: (a) participações diretas ou indiretas no capital ou outros interesses financeiros na entidade. podem não ser conduzidas em termos e condições como aquelas entre um comprador e um vendedor. a natureza do relacionamento e transações com partes relacionadas em algumas circunstâncias pode dar origem a riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis maiores do que os de transações com partes não relacionadas. Mas porque é importante o conhecimento das transações com partes relacionadas? É importante. • os sistemas de informação podem ser ineficazes na identificação e resumo de transações e saldos em aberto entre a entidade e as suas partes relacionadas. (e) ter relação de negócios significativa com qualquer pessoa mencionada em (c). (b) participações em capital direto ou indireto da entidade ou outros interesses financeiros em outras entidades. que não são relacionados e estão agindo de maneira mutuamente independente e buscando os seus melhores interesses.com. Por exemplo. direção e controle das atividades da entidade).pontodosconcursos. não são enganosas (para estar de acordo com a estrutura de conformidade (compliance)).pontodosconcursos. dado o potencial para relacionamentos e transações com partes relacionadas não divulgadas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Assim.br 29 . o objetivo do auditor independente é atingir entendimento suficiente dos relacionamentos e transações com partes relacionadas para que ele seja capaz de reconhecer fatores de risco de fraude e concluir.com. afetadas por esses relacionamentos e transações atingem a apresentação adequada (como requerido pela estrutura aplicável no Brasil). se as demonstrações contábeis.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 transações com partes relacionadas podem ser conduzidas sem o pagamento de contraprestação. são particularmente importantes. o planejamento e a execução da auditoria com ceticismo profissional. com base nas evidências de auditoria obtidas. ou. Nesse sentido. As seguintes opções constituem exemplos de transações e eventos subsequentes. evidenciando em notas explicativas a descontinuidade. Nesse caso. o processo de auditoria de suas demonstrações financeiras pertinentes ao ano de 2011. não o é. (B) alteração do controle societário. C e E são exemplos desses eventos. alterando todo o planejamento da auditoria. (C) aporte de recursos. (FCC/ISS SP/2012) A empresa Delta Petróleo S. A assertiva D. (D) variação sazonal dos custos com insumos. Em outras palavras. B. Ora. em fevereiro de 2012. (C) manter o seu relatório de auditoria.pontodosconcursos. Comentários: Eventos subsequentes são acontecimentos que ocorrem entre a data de encerramento das demonstrações contábeis e a do relatório de auditoria e que afetam significativamente a posição patrimonial. inclusive como aumento de capital. exceto: (A) perda em contas a receber decorrente de falência do devedor. são eventos inesperados. (E) destruição de estoques em decorrência de sinistro. financeira e o resultado das operações da empresa. não pode ser considerado um evento subsequente. está encerrando. a variação sazonal dos custos com insumos é algo esperado.com.br 30 . Os trabalhos da auditoria estão em fase de finalização e a empresa informa ao mercado a ocorrência de um grande vazamento que afetará a continuidade de suas operações no Brasil. Davi Barreto e Fernando Graeff www. uma vez que a multa recebida inviabiliza a empresa.A. corriqueiro. uma vez que conjunturalmente a situação da empresa se modificou. (ESAF/APOFP – Sefaz-SP/2009) .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Questões comentadas 01. Dessa forma. previsível pela entidade e pelo mercado. (D) abster-se de emitir opinião. o auditor deve (A) exigir da empresa a elaboração de demonstrações contábeis específicas para atender às demonstrações exigidas nessa situação de descontinuidade. casos fortuitos que afetam as demonstrações relativas ao exercício que já se encerrou. (B) emitir relatório de auditoria com abstenção de opinião por não ter tempo hábil para reconduzir a auditoria para uma demonstração financeira pelos critérios de realização dos ativos e passivos. 02. As assertivas A. por sua vez. Nessa situação. poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório. após a data do seu relatório. (C) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas explicativas. determinando nova data para publicação das demonstrações contábeis. e indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis. (B) obrigatoriamente. o auditor deve discutir com a empresa a necessidade de ajuste dessas demonstrações. Comentários: Se. posto que. a empresa ainda não havia publicado suas demonstrações com o relatório. No entanto.com.br 31 . decidir se as demonstrações devem ser ajustadas. adquiriu a principal concorrente. Lembre-se que mesmo em estruturas de relatórios financeiros em que não haja exigência explícita. aí sim. Comentários: Trata-se aqui de um evento subsequente que foi detectado antes da conclusão do relatório de auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 (E) ressalvar o parecer. Gabarito: A 03. dando encerramento aos trabalhos. ele deve: Davi Barreto e Fernando Graeff www. Caso a solicitação não seja atendida.A.adaptada . Nos casos de eventos subsequentes que afetam de forma significativa as demonstrações contábeis. se fosse do seu conhecimento na data do relatório. (E) discutir o assunto com a administração. a firma de auditoria deve: (A) manter o relatório com data anterior ao evento. (ESAF/AFRFB/2009) .A empresa Grandes Negócios S. mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis.pontodosconcursos. o auditor poderá modificar sua opinião. evidenciando a possibilidade de descontinuidade e mantendo as demonstrações financeiras. após o encerramento do balanço e a emissão do relatório pelos auditores. rever o relatório considerando o fato relevante. (D) refazer o relatório considerando as novas informações. o auditor tomar conhecimento de fato que. o pressuposto de continuidade operacional é um princípio fundamental na elaboração de demonstrações contábeis. a administração deve fazer uma avaliação específica da capacidade de continuidade operacional da entidade. pontodosconcursos. (C) Amostragem estatística. e. (ESAF/ATM/Recife/2003) A auditoria estabelece como "escopo" do trabalho o período das demonstrações financeiras. (B) Carta de responsabilidade da administração. o gabarito é a letra E. Isso ocorre porque. 05. o gabarito é a letra D. e sim. ajustes contábeis nas demonstrações contábeis podem ser requeridos. Especificamente em relação aos eventos e transações ocorridos após a divulgação das demonstrações contábeis. caso afirmativo. (b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e. e o auditor deve considerá-lo parte normal da auditoria. é correto afirmar que (A) o auditor não tem responsabilidade e deve fazer indagações sobre as demonstrações contábeis. (c) indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis. 04. (A) Transações com partes relacionadas. a fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório que possam demandar ajustes nas demonstrações contábeis ou divulgação de informações nas notas explicativas. eventos subsequentes são eventos ocorridos entre a data do balanço e a data do relatório de auditoria. os eventos subsequentes não dizem respeito ao período das demonstrações financeiras.com.br 32 . Portanto. bem como. (FGV/Sefaz – RJ – Analista de Controle Interno/2011) O período compreendido entre o término do exercício social e a emissão do parecer é denominado período subsequente. Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 (a) discutir o assunto com a administração e. Dessa forma. Portanto. com os responsáveis pela governança. (E) Estimativas contábeis. (D) Eventos subsequentes. é possível citar perdas significativas em contas a receber e sentenças judiciais. dependendo da natureza e da materialidade dos eventos. Comentários: Segundo a definição da NBC TA 560. quando apropriado. àquele ocorrido após a data do balanço. Indique qual das normas abaixo não se refere ao período objeto da auditoria. Como exemplo disso. em caso afirmativo. A modalidade do relatório dependerá dos efeitos dos eventos subsequentes nas demonstrações. Itens B e C: Ambos errados. deverá alterar o relatório já emitido. quando apropriado. (D) ao tomar conhecimento. deverá decidir se as demonstrações contábeis precisarão de revisão. o auditor independente deve fornecer novo relatório nos casos em que a legislação proíbe a administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa alteração. com os responsáveis pela governança.pontodosconcursos. Lembre-se que o auditor independente deve incluir no seu relatório. Parágrafo de Ênfase com referência à nota explicativa que esclarece mais detalhadamente a razão da alteração das demonstrações contábeis emitidas anteriormente e do relatório anterior fornecido pelo auditor independente. Comentários: Item A: Errado.com. Davi Barreto e Fernando Graeff www. se fosse conhecido. o auditor não deverá ignorar essas alterações. após a divulgação das demonstrações contábeis. ele deve indagar como a administração pretende tratar do assunto nas demonstrações contábeis. determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas em função do evento (e não revisadas conforme afirma o item. Nesse caso. veja que a modificação restringe-se aos efeitos do evento subsequente em questão) e. (E) quando a administração alterar significativamente as demonstrações contábeis divulgadas. se fosse do seu conhecimento na data do relatório do auditor independente.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 (B) o parecer a ser emitido deverá obrigatoriamente estar enquadrado na modalidade “com ressalvas”. de fato anterior à data de seu parecer que. Caso a administração altere as demonstrações contábeis. poderia tê-lo levado a alterar seu relatório. o auditor deve discutir o assunto com a administração e. indagar como a administração pretende tratar do assunto nas demonstrações contábeis. Item D: Errado. poderia tê-lo levado a emitir documento com conteúdo diverso do que foi. (C) o auditor ficará impedido de emitir um parecer “sem ressalvas”. mesmo já tendo emitido seu parecer sobre elas. no caso da legislação permitir. novo ou reemitido.br 33 . pois se o auditor independente tomar conhecimento de fato que. (E) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante de estimativas feitas nas demonstrações contábeis correntes. o gabarito é a letra E. ao avaliar as provisões para processos trabalhistas elaboradas pela Empresa Projeções S. dimensionando os reflexos nas demonstrações contábeis.A.ADAPTADA . (ESAF/AFRFB/2009) .com. (D) do conselho de administração. Portanto.pontodosconcursos. por inadequação dos procedimentos. os valores provisionados ficaram distantes dos valores reais. 06. No entanto. Comentários: O entendimento dos procedimentos de estimativas contábeis é importante para o auditor planejar a natureza. o cálculo das estimativas contábeis é de exclusiva responsabilidade da administração da entidade. (E) da administração da empresa. deve o auditor: (A) estabelecer novos critérios para realização das estimativas pela empresa. conforme o caso.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Item E: Correto. a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria. revisar as providências tomadas pela administração para garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis juntamente com o respectivo relatório do auditor independente sejam informados da situação. (D) exigir que seja feita uma média ponderada das perdas dos últimos três anos. emitir novo relatório ou alterar o relatório já emitido. ele deve aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações. o auditor independente não pode ignorar essas alterações.br 34 . (C) ressalvar o relatório..O auditor. Logo. (B) dos advogados. percebeu que nos últimos três anos. Dessa forma. (C) da auditoria interna. no período. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (ESAF/Analista Técnico: Controle e Fiscalização – SUSEP/2010) As estimativas contábeis reconhecidas nas demonstrações contábeis da empresa são de responsabilidade: (A) dos auditores externos. Caso a administração altere as demonstrações contábeis. para estabelecer o valor da provisão. o gabarito é a letra E. 07. (B) determinar que a administração apresente novos procedimentos de cálculos que garantam os valores registrados. não batem com a realidade. o auditor deve revisar o desfecho das estimativas contábeis incluídas nas demonstrações contábeis do período anterior ou. com o objetivo de efetuar ajustes. (B) sempre podem ser determinadas com segurança. para identificar e avaliar os riscos de distorção relevante de estimativas feitas nas demonstrações contábeis correntes.br 35 . se as informações obtidas na revisão seriam relevantes. embora ele possa utilizar informações dos controles contábeis da entidade auditada. A natureza e a extensão da revisão do auditor levam em consideração a natureza das estimativas contábeis e. o que a administração tem feito para deixar as estimativas mais precisas e.pontodosconcursos. Gabarito da questão: Letra E. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – SEFIN SP/2006) – Adaptada – Estimativa contábil é uma previsão quanto ao valor de um item que considera as melhores evidências disponíveis quando não há forma precisa de quantificação e deve ser objeto de atenção do auditor para se certificar quanto à sua razoabilidade. Em outras palavras. mas avaliar a adequação dos procedimentos utilizados no passado com base nos resultados alcançados. As estimativas contábeis (A) são de responsabilidade exclusiva do auditor independente. quando o auditor constata que as estimativas.. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (D) baseadas em fórmulas ditadas pela experiência devem ser revisadas regularmente. porque todas as incertezas são quantificáveis estatisticamente. (E) que tenham por objeto provisionar valores de ocorrência não-rotineira são denominadas estimativas simples. Comentários: Depois do que vimos. (C) pontuais da administração representam a falta de neutralidade da administração na elaboração e apresentação de informações. vamos analisar cada um dos itens. essa revisão não visa questionar os julgamentos feitos nos períodos anteriores que foram baseados em informações disponíveis na época. quando aplicável. mais importante.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Comentários: Segundo as novas normas de auditoria. Entretanto. seus recálculos posteriores para o período corrente. qual o efeito nas demonstrações contábeis. 08.com. ao longo dos anos.. deve avaliar qual o risco deste erro continuar acontecendo. esse item é o gabarito. Estimativa nunca pode ser algo 100% quantificável ou então não se chamaria estimativa. não é mesmo. As estimativas contábeis (C) pontuais da administração representam a falta de neutralidade da administração na elaboração e apresentação de informações. As estimativas contábeis são responsabilidade da administração da entidade. a estimativa pontual da administração é o valor selecionado pela administração para registro ou divulgação nas demonstrações contábeis como estimativa contábil. Errado. são razoáveis. individualmente consideradas. ou seja. ao auditor cabe tomar conhecimento da forma como as estimativas foram apuradas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 As estimativas contábeis (A) são de responsabilidade exclusiva do auditor independente.precisam ser melhores estudadas e requerem maior zelo e profundidade. e deve assegurar-se que as estimativas relevantes. devem ser constantemente revisadas para evitar erros e desatualizações.pontodosconcursos. As estimativas contábeis (E) que tenham por objeto provisionar valores de ocorrência não-rotineira são denominadas estimativas simples. sem o devido embasamento científico. As estimativas contábeis (D) baseadas em fórmulas ditadas pela experiência devem ser revisadas regularmente.com. ou seja. com o objetivo de efetuar ajustes. Temos então que a resposta correta é o item D.br 36 . Essas estimativas são denominadas complexas. embora ele possa utilizar informações dos controles contábeis da entidade auditada. A falta de neutralidade da administração na elaboração e apresentação de informações é denominada incerteza de estimativa. os procedimentos e os métodos utilizados pela entidade. do padrão . Está errada. As estimativas simples são aquelas com o objetivo de provisionar ocorrências rotineiras. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Logo. É fato que fórmulas ditadas pela experiência. analisando os controles. porque todas as incertezas são quantificáveis estatisticamente. As estimativas contábeis (B) sempre podem ser determinadas com segurança. De acordo com a NBC TA 540. são aquelas que fogem da rotina. (ESAF/AFRFB/2009) No processo de análise da continuidade dos negócios da empresa Extensão S. financeiro e financeiro. Entre tais indicações. de operação e de outras indicações. sem grandes chances de sucesso em sua defesa – outros indicadores. (B) alteração na política econômica governamental que afete a todos os segmentos produtivos. o auditor constatou que a empresa estava com passivo a descoberto. e. de operação e financeiro. (C) de outras indicações. 3) entidade foi autuada por impostos não recolhidos. isoladamente ou não. financeiro e de operação. (C) existência de passivo a descoberto (Patrimônio Líquido negativo). 2) diretores financeiro e de produção pediram demissão estando a empresa com dificuldades para substituí-los – indicador de operação. de operação e financeiro. possam sugerir dificuldades na continuação normal dos negócios.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 09. sem grandes chances de sucesso em sua defesa. Gabarito da questão: Letra E.com. (E) financeiro.pontodosconcursos..de operação . (D) posição negativa do Capital Circulante (deficiência de Capital Circulante). o auditor deve lançar mão de indicações que. não se inclui: (A) incapacidade financeira de a entidade pagar seus credores nos vencimentos. Esses fatos representam respectivamente indicadores: (A) de operação. A sequência correta fica: financeiro .br 37 . estando a empresa com dificuldades para substituí-los. A entidade foi autuada por impostos não recolhidos. Os diretores financeiro e de produção pediram demissão. Comentários: Davi Barreto e Fernando Graeff www. (ESAF/APOFP – Sefaz SP/2009) Ao avaliar o pressuposto de continuidade operacional da entidade auditada. (D) financeiro. (B) financeiro.A. (E) falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus compromissos com a entidade.de outras indicações. 10. Comentários: Na questão proposta temos diversos indicadores: 1) a empresa estava com passivo a descoberto – indicador financeiro. tudo bem? Logo. (FCC/Auditor Tributário – Sefin Jaboatão dos Guararapes/2006) Na análise de continuidade da empresa pelo auditor. E é essa classificação que nos interessa para fins de concurso. Comentários: Essa é mais uma questão sobre os tipos de indicadores de descontinuidade.pontodosconcursos. respectivamente. operacionais e outros indicadores. Faz parte do jogo democrático a implantação de políticas que afetem os diversos segmentos (incentivos.br 38 . é fácil responder. logo não se pode pensar que isso irá causar a descontinuidade de determinada entidade. (E) comercial e relevância.com. (B) de operação e financeiro. Davi Barreto e Fernando Graeff www.NÃO pode ser entendida e contabilizada como provisão para contingência a provisão para (A) 13o salário e férias. (B) danos ambientais. e se a empresa está com patrimônio líquido negativo representam. (C) bancário e de operação.). indicadores (A) de operação e de operação. 11. sobre o tópico. a avaliação da perda de financiador estratégico. Nas normas de auditoria. Ora. (C) autuações fiscais. aumento de tributos. trata-se de uma política aplicada a todos os segmentos produtivos. a resposta é a letra B. esse tipo questão é de longe o mais cobrado.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 O único item que não pode ser considerado um indicador de descontinuidade é o B (alteração na política econômica governamental que afete a todos os segmentos produtivos). (FCC/APOFP/2010) . não é mesmo? • perda de financiador estratégico – operacional • empresa está com patrimônio líquido negativo – financeiro Veja que a banca tentou confundir o candidato. Podemos afirmar que. regulações ambientais etc. E depois do que já vimos. (D) financeiro e financeiro. Cuidado! As normas trazem apenas indicadores financeiros. 12. não há indicadores comerciais ou bancários. II.000.br 39 .000. III. Das opções listadas acima.00.00 (D) R$ 2. relativa aos R$ 3.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 (D) indenizações trabalhistas. prestadores de serviços da empresa auditada. que não é determinado. ao circularizar os escritórios de advocacia. A empresa aposta na qualidade dos serviços prestados para superar a Davi Barreto e Fernando Graeff www. mas que se acontecer pode ter grande relevância quanto a real situação ou mesmo quanto à continuidade normal das atividades da empresa. temos que saber o que deve ser provisionado.000.Uma firma de auditoria. Processos prováveis de perda pela empresa: 30%.000.com. 13. Logo. 14.000.00 (C) R$ 1.250. pois são eventos previsíveis dentro da operação da entidade.000. como os processos prováveis de perda pela empresa representam 30% do total. Processos remotos de perdas por parte da empresa: 25%.00 (B) R$ 900.00 em processos existentes: I.pontodosconcursos.000. (FCC/ISS-SP/2012) A empresa Terceserv S. o gabarito é a letra A.00 Comentários: Dos R$ 3 milhões em contingências passivas. Opera em Mercado extremamente competitivo e não há por parte da administração expectativa de obtenção de lucros nos próximos 5 anos.A. temos que o valor provisionado será: 30% x (R$ 3 milhões) = R$ 900 mil. recebeu a seguinte posição de contingências. Assim. (ESAF/ATM/Natal/2008) – Adaptada . Comentários: Contingência é algo que não é certo. Processos possíveis de perda por parte da empresa: 45%.000.650.00 (E) R$ 3. deve a empresa constituir provisão para contingências no valor de: (A) R$ 750.000. possui prejuízos fiscais decorrentes de resultados negativos apurados nos últimos dois anos no valor de R$ 1. apenas o item A (13º salário e férias). (E) garantias de produtos.000. Fácil… basta saber quais são àquelas prováveis (lembre da tabela que mostramos acima). Portanto. a princípio. (D) manter o lançamento.. não é bem por ai. Comentários: Vimos que contingências ativas não podem ser reconhecidas (provisionadas) nas demonstrações contábeis. e os cobertos por outra norma. exceto: (a) (b) os que resultem de contratos a executar. mas de ativo propriamente dito. caso a empresa não atenda ressalvar o relatório de auditoria. a menos que o contrato seja oneroso. Ou seja. que deve ser aplicada por todas as entidades na contabilização de provisões. a empresa constituiu provisão ativa para reconhecimento do crédito. devido ao princípio da prudência.7). mesmo que o valor seja irrelevante.br 40 . uma vez que a empresa infringe regra contábil e fiscal. estaríamos diante de uma prática não adequada pelo simples fato de se tratar de uma contingência ativa. e de passivos e ativos contingentes. Como não há prescrição do crédito tributário. não se trata de ativo contingente. (B) abster-se de emitir o relatório de auditoria. há algumas exceções. uma contingência ativa..com. No entanto. A NBC TG 32 trata de tributos sobre o lucro e admite a possibilidade de que um ativo fiscal diferido possa ser reconhecido para o registro de prejuízos fiscais não utilizados e créditos fiscais não utilizados na medida em que seja provável que estarão disponíveis lucros tributáveis futuros. (E) recomendar que seja apropriado parte para o resultado do período. e emitir relatório de auditoria sem ressalva. ou seja. No caso em pauta. a empresa pretende provisionar a “expectativa de crédito tributário”. e emitir relatório de auditoria sem ressalva ou ênfase. As noções de contingências tratadas até aqui estão presentes na NBC TG 25 (anteriormente denominada NBC T 19. (C) solicitar que a empresa reverta o lançamento. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Quando a entrada de benefícios econômicos for praticamente certa. o auditor externo deve (A) ressalvar o relatório de auditoria. Nesse caso. em virtude de não atender aos pronunciamentos contábeis vigentes. Assim. uma vez que o crédito é devido.pontodosconcursos. uma vez que o benefício já é devido.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 concorrência e começar a gerar lucro. (ESAF/AFRFB/2009) . e (d) se estiverem disponíveis para a entidade oportunidades de planejamento tributário que criarão lucro tributável no período em que prejuízos fiscais ou créditos fiscais não utilizados possam ser utilizados. será uma ressalva. Mais importante que o conhecimento de auditoria. Consequentemente. modificar sua opinião. O gabarito é o item C. Ao solicitar à administração representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações Davi Barreto e Fernando Graeff www. aplicou todos os procedimentos de auditoria necessários ao trabalho. (c) se os prejuízos fiscais não utilizados resultarem de identificáveis que são improváveis de ocorrer novamente. realizando os trabalhos em conformidade com as normas de auditoria. que para que haja esse reconhecimento é necessário que haja probabilidade razoável de lucros tributáveis futuros. no entanto. o auditor deve discutir com a administração o ajuste das demonstrações e.adaptada . ao realizar auditoria na empresa Construção S. é a bagagem de contabilidade exigida do candidato. Na medida em que não for provável que estará disponível lucro tributável contra o qual prejuízos fiscais ou créditos fiscais não utilizados sejam utilizados.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Veja.O auditor. o ativo fiscal diferido não deve ser reconhecido.A. A NBC TG 32 define alguns critérios para avaliar a probabilidade de que haverá disponibilidade de lucro tributável: (a) se a entidade tem diferenças temporárias tributáveis suficientes relacionadas com a mesma autoridade tributária e a mesma entidade tributável que resultarão em valores tributáveis contra os quais os prejuízos fiscais ou créditos fiscais não utilizados podem ser utilizados antes que expirem.com. fique atento e construa uma base sólida de contabilidade.pontodosconcursos. (b) se for provável que a entidade terá lucros tributáveis antes que os prejuízos fiscais ou créditos fiscais não utilizados expirem. as demonstrações contábeis não estão adequadas. causas Note que o enunciado da questão não dá elementos para concluir que o auditor possui evidências que a empresa terá lucro no futuro..br 41 . Portanto. Essa questão não foi nada fácil. Portanto. 15. caso não atendido. pois se trata de uma distorção relevante e não de uma limitação de escopo. Neste caso. incluindo quando relevante a adequada apresentação. (E) Carta de Conforto. mas não posterior à data do relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. fornecida ao auditor.pontodosconcursos. (D) Termo de Diligência. (D) tão próxima quanto praticável. Comentários: Davi Barreto e Fernando Graeff www. (B) Circularização dos Consultores Jurídicos.br 42 . (C) da publicação das demonstrações contábeis. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) – adaptada . A data das representações formais deve ser tão próxima quanto praticável. Ou seja. a data deve ser o mais próxima possível da data do relatório de auditoria. (E) em que o auditor finalizar os trabalhos em campo. como estabelecido nos termos do trabalho de auditoria. por meio da(o) chamada(o): (A) Representação Formal. (C) Carta de Responsabilidade da Administração. esta deve ser emitida na data (A) de encerramento das demonstrações contábeis. não precisa ser a mesma data (Obs.Sempre que não possa ter expectativa razoável quanto à existência de outra evidência de auditoria pertinente. Entre outros usos. (B) do término dos relatórios de revisão. sobre os assuntos significativos para as Demonstrações Contábeis. o auditor deve solicitar à administração que forneça representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Comentários: Vimos que representação formal é uma declaração escrita pela administração.: As normas antigas dispunham que a data da carta de responsabilidade da administração deveria ser a mesma do parecer do auditor independente). o gabarito da questão é a letra D. deve o auditor obter declarações por escrito da administração. 16. Portanto. mas não posterior à data do relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis.com. para confirmar certos assuntos ou suportar outra evidência de auditoria. foi instituída a NBC TA 580. que trata das representações formais. com as modificações trazidas pelas normas de auditoria que entraram em vigor a partir de 1º/1/2010.pontodosconcursos. o auditor (A) não deve aceitar o trabalho. ainda que exigido por lei. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (FCC–ISS/SP–2012) A empresa Resistente S.com.br 43 . o gabarito é a letra D. o auditor pode ter que explicar à administração a importância desses assuntos e suas implicações para o relatório do auditor independente. ou não concordar em fornecer as representações formais. (B) deve denunciar a empresa aos órgãos competentes e recusar a auditoria. estabelecendo a limitação de escopo e evidenciando a recusa no relatório da auditoria. Nesse caso. item A26). Comentários: A NBC TA 210 define que quando a administração não reconhecer sua responsabilidade. o auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente (NBC TA 580.A. não seria apropriado que o auditor aceitasse o trabalho de auditoria. Estas são declarações escritas pela administração. em qualquer situação. Portanto. Nos casos em que o auditor deve aceitar o trabalho de auditoria. (B) o conselho de administração e o conselho fiscal. para confirmar certos assuntos ou suportar outras evidências de auditoria. Nessas circunstâncias. Portanto. fornecidas ao auditor. o gabarito da questão é a letra A. não concordou em apresentar a carta de responsabilidade da administração. (D) não deve aceitar o trabalho a menos que seja exigido por lei ou regulamento. (C) a diretoria executiva. 17. a menos que seja exigido por lei ou regulamento. (C) deve aceitar o trabalho. (E) a governança e a administração. (D) o conselho de administração. 18. apresentando nota de ênfase em qualquer situação. (FCC–ISS/SP–2012) A carta de responsabilidade da administração da empresa auditada responsabiliza (A) a diretoria financeira e a de controladoria. (E) deve ressalvar o parecer.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Como vimos. com. NÃO seria seu objetivo (A) impedir que o auditor possa ser processado societária ou criminalmente.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Comentários: A carta de responsabilidade da administração estabelece as responsabilidades da administração e dos responsáveis pela governança. no máximo. Diretoria e órgãos de controle. 20. e sem o recolhimento do IOF sobre a operação. (FCC – SEFAZ/SP – 2009) – Adaptada .O auditor externo. de acordo com o IBGC.A representação formal da administração é um documento que compõe os papéis de auditoria.m.pontodosconcursos. Já o segundo. Dessa forma.209/09). (D) dar garantia ao auditor independente quanto às suas responsabilidades. constatou contrato de mútuo entre companhias coligadas. era de 2% a. no período do contrato. com taxas de juros de 4% a. Portanto. após a publicação das demonstrações. pois existe uma diferença conceitual entre “governança” e “responsáveis pela governança”. O primeiro termo se refere.A. monitoradas e incentivadas. Conselho de Administração. ao realizar auditoria na empresa Participações S. (B) delimitar as responsabilidades do auditor independente e da administração.. (ESAF/AFRFB/2009) .m. (C) dar maior credibilidade às informações verbais recebidas durante a auditoria. dado como gabarito. se refere às PESSOAS ou ORGANIZAÇÕES com responsabilidade pela supervisão geral da direção estratégica da entidade e das obrigações relacionadas à responsabilidade da entidade. essa questão não tem gabarito correto. Comentários: A representação formal não tem por finalidade impedir que o auditor possa ser processado societária ou criminalmente. o auditor pode afirmar que a transação: Davi Barreto e Fernando Graeff www. pode ser utilizada como prova a seu favor. gabarito letra A. envolvendo os relacionamentos entre proprietários. a um SISTEMA pelo qual as organizações são dirigidas. no nosso entendimento.. Assim. fala apenas em “governança”. (E) atender as normas de auditoria independente. As demais assertivas representam objetivos da representação formal. de acordo com a NBC TA 260 (Resolução CFC nº 1. Considerando que a taxa de juros praticada no mercado.br 44 . Apesar disso o item E. 19. visto que operações feitas entre companhias do mesmo grupo devem praticar taxas de juros superiores às praticadas pelo mercado. não houve a retenção devida do IOF. que é obrigatório nas operações de crédito. As operações realizadas entre companhias do mesmo grupo são consideradas transações com partes relacionadas e. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Comentários: Segundo a NBC TA 500. exceto quanto ao não recolhimento do IOF. segundo a legislação específica do referido tributo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 (A) é normal e está dentro das práticas estabelecidas pelo mercado para operações dessa natureza. mas que está correta sobre o não recolhimento do IOF. consequentemente. o gabarito da questão é a letra C.com. obrigatória. ou seja. devem ser praticadas pelas mesmas condições de mercado. (E) é irregular por não ser permitido empréstimos entre companhias do grupo. em todas as transações financeiras dessa natureza. (D) é normal. bem como sem a retenção do IOF. em todas as operações de mútuo entre partes relacionadas. a elaboração das demonstrações contábeis requer da administração que fundamente a afirmação de que uma transação com parte relacionada foi conduzida em termos equivalentes aos vigentes em uma transação em condições normais de mercado. obrigatório em todas as transações financeiras.br 45 . Portanto. (C) está irregular. (B) é normal. o qual não incide em operações feitas entre empresas não financeiras. por ter condições superiores às praticadas pelo mercado. ela foi feita de forma irregular. além disso. Uma vez que a transação de mútuo foi feita fora das condições normais de mercado.pontodosconcursos. (D) variação sazonal dos custos com insumos. 02. evidenciando em notas explicativas a descontinuidade.A empresa Grandes Negócios S. Nesse caso. em fevereiro de 2012. (B) alteração do controle societário. rever o relatório considerando o fato relevante. 03.com.A. o auditor deve (A) exigir da empresa a elaboração de demonstrações contábeis específicas para atender às demonstrações exigidas nessa situação de descontinuidade.br 46 . Os trabalhos da auditoria estão em fase de finalização e a empresa informa ao mercado a ocorrência de um grande vazamento que afetará a continuidade de suas operações no Brasil. determinando nova data para publicação das demonstrações contábeis. Nessa situação.As seguintes opções constituem exemplos de transações e eventos subsequentes. adquiriu a principal concorrente. (ESAF/APOFP – Sefaz-SP/2009) . (B) obrigatoriamente. está encerrando. alterando todo o planejamento da auditoria. No entanto. (E) destruição de estoques em decorrência de sinistro. a empresa ainda não havia publicado suas demonstrações com o relatório. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (C) aporte de recursos. inclusive como aumento de capital. (FCC/ISS SP/2012) A empresa Delta Petróleo S. (ESAF/AFRFB/2009) . após o encerramento do balanço e a emissão do relatório pelos auditores. (D) abster-se de emitir opinião. uma vez que a multa recebida inviabiliza a empresa. uma vez que conjunturalmente a situação da empresa se modificou. exceto: (A) perda em contas a receber decorrente de falência do devedor. (B) emitir relatório de auditoria com abstenção de opinião por não ter tempo hábil para reconduzir a auditoria para uma demonstração financeira pelos critérios de realização dos ativos e passivos.A. o processo de auditoria de suas demonstrações financeiras pertinentes ao ano de 2011. a firma de auditoria deve: (A) manter o relatório com data anterior ao evento.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Lista de Questões 01.pontodosconcursos.adaptada . (C) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas explicativas. (D) refazer o relatório considerando as novas informações. dando encerramento aos trabalhos. (E) ressalvar o parecer. (C) manter o seu relatório de auditoria. evidenciando a possibilidade de descontinuidade e mantendo as demonstrações financeiras. poderia tê-lo levado a emitir documento com conteúdo diverso do que foi. (ESAF/ATM/Recife/2003) A auditoria estabelece como "escopo" do trabalho o período das demonstrações financeiras. de fato anterior à data de seu parecer que. 05. (C) o auditor ficará impedido de emitir um parecer “sem ressalvas”.pontodosconcursos. ajustes contábeis nas demonstrações contábeis podem ser requeridos. (E) da administração da empresa. Como exemplo disso.br 47 . o auditor não deverá ignorar essas alterações. (C) da auditoria interna. (E) quando a administração alterar significativamente as demonstrações contábeis divulgadas. mesmo já tendo emitido seu parecer sobre elas. Isso ocorre porque. (B) Carta de responsabilidade da administração. é correto afirmar que (A) o auditor não tem responsabilidade e deve fazer indagações sobre as demonstrações contábeis. e indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (C) Amostragem estatística. após a divulgação das demonstrações contábeis. 06. deverá decidir se as demonstrações contábeis precisarão de revisão. Especificamente em relação aos eventos e transações ocorridos após a divulgação das demonstrações contábeis. decidir se as demonstrações devem ser ajustadas. (A) Transações com partes relacionadas. (FGV/Sefaz – RJ – Analista de Controle Interno/2011) O período compreendido entre o término do exercício social e a emissão do parecer é denominado período subsequente. (E) Estimativas contábeis. (D) do conselho de administração. se fosse conhecido. (D) Eventos subsequentes.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 (E) discutir o assunto com a administração. é possível citar perdas significativas em contas a receber e sentenças judiciais. (D) ao tomar conhecimento. Indique qual das normas abaixo não se refere ao período objeto da auditoria.com. 04. (B) o parecer a ser emitido deverá obrigatoriamente estar enquadrado na modalidade “com ressalvas”. e o auditor deve considerá-lo parte normal da auditoria. (B) dos advogados. dependendo da natureza e da materialidade dos eventos. (ESAF/Analista Técnico: Controle e Fiscalização – SUSEP/2010) As estimativas contábeis reconhecidas nas demonstrações contábeis da empresa são de responsabilidade: (A) dos auditores externos. A. de operação e financeiro. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – SEFIN SP/2006) – Adaptada – Estimativa contábil é uma previsão quanto ao valor de um item que considera as melhores evidências disponíveis quando não há forma precisa de quantificação e deve ser objeto de atenção do auditor para se certificar quanto à sua razoabilidade.A. 08. o auditor constatou que a empresa estava com passivo a descoberto. (D) baseadas em fórmulas ditadas pela experiência devem ser revisadas regularmente. (C) ressalvar o relatório. (D) exigir que seja feita uma média ponderada das perdas dos últimos três anos. deve o auditor: (A) estabelecer novos critérios para realização das estimativas pela empresa. dimensionando os reflexos nas demonstrações contábeis. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (D) financeiro. com o objetivo de efetuar ajustes. (ESAF/AFRFB/2009) . A entidade foi autuada por impostos não recolhidos. Os diretores financeiro e de produção pediram demissão. no período.ADAPTADA . 09.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 07. de operação e de outras indicações. porque todas as incertezas são quantificáveis estatisticamente. por inadequação dos procedimentos. ao avaliar as provisões para processos trabalhistas elaboradas pela Empresa Projeções S. os valores provisionados ficaram distantes dos valores reais. estando a empresa com dificuldades para substituí-los.O auditor. percebeu que nos últimos três anos. (ESAF/AFRFB/2009) No processo de análise da continuidade dos negócios da empresa Extensão S. (E) financeiro. (C) de outras indicações.br 48 . financeiro e financeiro. (E) que tenham por objeto provisionar valores de ocorrência não-rotineira são denominadas estimativas simples. (B) financeiro. Esses fatos representam respectivamente indicadores: (A) de operação. para estabelecer o valor da provisão. sem grandes chances de sucesso em sua defesa.pontodosconcursos. financeiro e de operação. (C) pontuais da administração representam a falta de neutralidade da administração na elaboração e apresentação de informações. As estimativas contábeis (A) são de responsabilidade exclusiva do auditor independente. (B) sempre podem ser determinadas com segurança.com. embora ele possa utilizar informações dos controles contábeis da entidade auditada. Dessa forma. (E) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante de estimativas feitas nas demonstrações contábeis correntes. de operação e financeiro. (B) determinar que a administração apresente novos procedimentos de cálculos que garantam os valores registrados... (D) indenizações trabalhistas.pontodosconcursos. III. não se inclui: (A) incapacidade financeira de a entidade pagar seus credores nos vencimentos.000.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 10. (D) posição negativa do Capital Circulante (deficiência de Capital Circulante). o auditor deve lançar mão de indicações que. (B) de operação e financeiro. (ESAF/ATM/Natal/2008) – Adaptada -Uma firma de auditoria. (C) autuações fiscais. 11. isoladamente ou não. deve a empresa constituir provisão para contingências no valor de: (A) R$ 750.NÃO pode ser entendida e contabilizada como provisão para contingência a provisão para (A) 13o salário e férias. (FCC/APOFP/2010) .000.com. Processos prováveis de perda pela empresa: 30%. recebeu a seguinte posição de contingências. indicadores (A) de operação e de operação. possam sugerir dificuldades na continuação normal dos negócios. e se a empresa está com patrimônio líquido negativo representam. Processos possíveis de perda por parte da empresa: 45%. (B) alteração na política econômica governamental que afete a todos os segmentos produtivos. ao circularizar os escritórios de advocacia. (E) garantias de produtos.00 (B) R$ 900. Processos remotos de perdas por parte da empresa: 25%.000. a avaliação da perda de financiador estratégico.000. (C) bancário e de operação. (FCC/Auditor Tributário – Sefin Jaboatão dos Guararapes/2006) Na análise de continuidade da empresa pelo auditor. Entre tais indicações. 13. (E) comercial e relevância. 12. (D) financeiro e financeiro. (B) danos ambientais. Assim. relativa aos R$ 3. (C) existência de passivo a descoberto (Patrimônio Líquido negativo).00 Davi Barreto e Fernando Graeff www. prestadores de serviços da empresa auditada. respectivamente. II. (E) falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus compromissos com a entidade. (ESAF/APOFP – Sefaz SP/2009) Ao avaliar o pressuposto de continuidade operacional da entidade auditada.br 49 .00 em processos existentes: I. possui prejuízos fiscais decorrentes de resultados negativos apurados nos últimos dois anos no valor de R$ 1.250. Nesse caso. 16. uma vez que a empresa infringe regra contábil e fiscal.Sempre que não possa ter expectativa razoável quanto à existência de outra evidência de auditoria pertinente. Ao solicitar à administração representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.. por meio da(o) chamada(o): (A) Representação Formal. mesmo que o valor seja irrelevante. (ESAF/AFRFB/2009) .pontodosconcursos. (D) tão próxima quanto praticável. ao realizar auditoria na empresa Construção S. uma vez que o crédito é devido. (D) manter o lançamento.000. deve o auditor obter declarações por escrito da administração. Davi Barreto e Fernando Graeff www. e emitir relatório de auditoria sem ressalva ou ênfase. (B) do término dos relatórios de revisão. uma vez que o benefício já é devido. Opera em Mercado extremamente competitivo e não há por parte da administração expectativa de obtenção de lucros nos próximos 5 anos. 15. (C) solicitar que a empresa reverta o lançamento. (FCC/ISS-SP/2012) A empresa Terceserv S. mas não posterior à data do relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis. (C) da publicação das demonstrações contábeis. Como não há prescrição do crédito tributário. (E) recomendar que seja apropriado parte para o resultado do período. em virtude de não atender aos pronunciamentos contábeis vigentes.000. (B) Circularização dos Consultores Jurídicos. aplicou todos os procedimentos de auditoria necessários ao trabalho.650. A empresa aposta na qualidade dos serviços prestados para superar a concorrência e começar a gerar lucro.000.A. esta deve ser emitida na data (A) de encerramento das demonstrações contábeis.00 (D) R$ 2.00 14. sobre os assuntos significativos para as Demonstrações Contábeis.adaptada .com. (B) abster-se de emitir o relatório de auditoria. (E) em que o auditor finalizar os trabalhos em campo.00.br 50 .000.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 (C) R$ 1. realizando os trabalhos em conformidade com as normas de auditoria. a empresa constituiu provisão ativa para reconhecimento do crédito.A.000. e emitir relatório de auditoria sem ressalva. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) – adaptada .000. caso a empresa não atenda ressalvar o relatório de auditoria. o auditor externo deve (A) ressalvar o relatório de auditoria.00 (E) R$ 3.O auditor. (FCC–ISS/SP–2012) A empresa Resistente S. NÃO seria seu objetivo (A) impedir que o auditor possa ser processado societária ou criminalmente. (FCC–ISS/SP–2012) A carta de responsabilidade da administração da empresa auditada responsabiliza (A) a diretoria financeira e a de controladoria.A representação formal da administração é um documento que compõe os papéis de auditoria. (E) deve ressalvar o parecer. após a publicação das demonstrações. (D) Termo de Diligência. (D) dar garantia ao auditor independente quanto às suas responsabilidades. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Nesse caso. ao realizar auditoria na empresa Participações S.A.. em qualquer situação.A. apresentando nota de ênfase em qualquer situação. ainda que exigido por lei.br 51 . (D) não deve aceitar o trabalho a menos que seja exigido por lei ou regulamento. (ESAF/AFRFB/2009) .pontodosconcursos. e sem o recolhimento do IOF sobre a operação. constatou contrato de mútuo entre companhias coligadas. (C) deve aceitar o trabalho.m. com taxas de juros de 4% a. Considerando que a taxa de juros praticada no mercado. (E) a governança e a administração. (B) deve denunciar a empresa aos órgãos competentes e recusar a auditoria. (E) atender as normas de auditoria independente. 20. estabelecendo a limitação de escopo e evidenciando a recusa no relatório da auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 (C) Carta de Responsabilidade da Administração. (B) delimitar as responsabilidades do auditor independente e da administração. 17. o auditor pode afirmar que a transação: (A) é normal e está dentro das práticas estabelecidas pelo mercado para operações dessa natureza. 19. (C) a diretoria executiva.O auditor externo. (C) dar maior credibilidade às informações verbais recebidas durante a auditoria.. era de 2% a. (FCC – SEFAZ/SP – 2009) – Adaptada . 18. (D) o conselho de administração. não concordou em apresentar a carta de responsabilidade da administração. no período do contrato. Dessa forma. (E) Carta de Conforto.m. (B) o conselho de administração e o conselho fiscal.com. o auditor (A) não deve aceitar o trabalho. (C) está irregular. mas que está correta sobre o não recolhimento do IOF.com. (D) é normal. bem como sem a retenção do IOF. Gabaritos: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 D A E D E E E D E B 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 B A B C D A D E A C Davi Barreto e Fernando Graeff www. exceto quanto ao não recolhimento do IOF.br 52 . por ter condições superiores às praticadas pelo mercado.pontodosconcursos. visto que operações feitas entre companhias do mesmo grupo devem praticar taxas de juros superiores às praticadas pelo mercado.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 (B) é normal. que é obrigatório nas operações de crédito. o qual não incide em operações feitas entre empresas não financeiras. (E) é irregular por não ser permitido empréstimos entre companhias do grupo. obrigatório em todas as transações financeiras. 2009.NBC TA 580 (Representações Formais) BRASIL. Resolução CFC 1.203/09 .pontodosconcursos.7 (Provisões. BRAGA.224/09 .NBC TA 540 (Estimativas Contábeis) BRASIL. Atlas. BOYNTON. BARRETO. São Paulo: Ed. Conselho Federal de Contabilidade. Auditoria: um curso moderno e completo. Conselho Federal de Contabilidade. 2009. SÁ.225/09 . São Paulo: Ed. Atlas. Atlas. Marcelo Cavalcanti. Curso de Auditoria. Wiliam. Método. 2002. BRASIL. 2011. Conselho Federal de Contabilidade. Auditoria: teoria e exercícios comentados. ATTIE.NBC TA 570 (Continuidade Operacional) BRASIL.227/09 . Atlas.com. Resolução CFC 1. Resolução CFC 1. Passivos Contingentes e Ativos Contingentes) ALMEIDA. Auditoria – Conceitos e Aplicações. Davi. São Paulo: Ed. 2007. Mudanças Contábeis na Lei Societária. Conselho Federal de Contabilidade. Marcelo Willian C. Conselho Federal de Contabilidade. Conselho Federal de Contabilidade. GRAEFF.NBC TA 200 (Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria). Conselho Federal de Contabilidade. 2009.180/09 . Davi Barreto e Fernando Graeff www. Resolução CFC 1. Fernando. Marcelo Cavalcanti. Resolução CFC 1.226/09 . Atlas. Resolução CFC 1.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Bibliografia BRASIL. Resolução CFC 1. São Paulo: Ed.NBC T 19.NBC TA 560 (Eventos Subsequentes).br 53 . Hugo Rocha & Almeida.223/09 . BRASIL. Antônio Lopes de. São Paulo: Ed. São Paulo: Ed. Auditoria.NBC TA 550 (Partes Relacionadas) BRASIL. ........ na qual trataremos dos seguintes tópicos: • Normas específicas de auditoria interna (NBC TI 01).. Vamos..................Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Introdução ..... 33 Introdução Prezado Aluno. 13 Lista de questões sem comentários ........................................ 26 Bibliografia ............. que é um dos diferenciais do Ponto........................ caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários........... auxiliar outras pessoas e nos ajudar no aprimoramento dos nossos cursos......... Lá você poderá tirar suas dúvidas............................................................................................................... participe do Fórum de dúvidas................. ............... 02 Normas e Procedimentos de Auditoria do IBRACON ...............pontodosconcursos................ 01 Normas específicas de auditoria interna (NBC TI 01) .. vamos em frente! Davi Barreto e Fernando Graeff www.com....br 1 .... hoje...... Como de costume.................... 08 Questões comentadas ........... para nossa sétima aula.. Não esqueça............................ Bom.................. e • Normas e procedimentos de auditoria do IBRACON. colocaremos as questões comentadas no final do arquivo....... informações e demonstrações contábeis. tanto em termos físicos quanto monetários. vamos ir um pouco adiante e entender as normas específicas que regem esse tipo de auditoria. eficácia. de maneira reservada. é aquela executada pela própria organização. relatórios. Agora. eficiência e economicidade dos processos. desatenção. então. metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade. sempre por escrito. Uma importante função da Auditoria Interna é assessorar a administração no trabalho de prevenção de fraudes e erros. com o objetivo de garantir o atendimento de seus objetivos institucionais.pontodosconcursos. e recomendações. informações e demonstrações contábeis. levantamentos e comprovações. análises. adulteração de documentos. dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente. Davi Barreto e Fernando Graeff www. desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros. obrigando-se a informá-la.br 2 . registros. e de gerenciamento de riscos. tanto em termos físicos quanto monetários. bem como de transações e operações da entidade. Como você já sabe. Assim. por meio da avaliação contínua de seus procedimentos e controles internos. a Auditoria Interna funciona como um órgão de assessoramento da administração e seu objetivo é auxiliar no desempenho das funções e responsabilidades da administração. A Auditoria Interna. fornecendo-lhe análises.com. segundo esta norma: Auditoria Interna compreende os exames. apreciações. sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho. Ato não intencional de omissão. adequação. avaliações. com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. os controles internos são o conjunto integrado de métodos e procedimentos adotados pela própria organização para proteção de seu patrimônio e promoção da confiabilidade e tempestividade dos seus registros contábeis. A principal norma brasileira que trata da Auditoria Interna é a NBC TI 01 (antiga NBC T 12).Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Normas específicas de auditoria interna (NBC TI 01) Já falamos um pouco sobre Auditoria Interna em nossa aula demonstrativa. Lembrando que: FRAUDE ERRO Ato intencional de omissão e/ou manipulação de transações e operações. • as orientações e as expectativas externadas pela administração aos auditores internos. por meio da recomendação de soluções para as não conformidades apontadas nos relatórios. • a existência de entidades associadas. No planejamento de Auditoria Interna devem ser levados em consideração os fatores relevantes na execução dos trabalhos. • o conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemas contábil e de controles internos e seu grau de confiabilidade da entidade. alinhados com a política de gestão de riscos da entidade. filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito dos trabalhos da Auditoria Interna. • os riscos de auditoria. cuidado! A Auditoria Interna não é responsável pela prevenção de erros e fraudes – essa responsabilidade é da administração. atividades. a oportunidade e a extensão dos procedimentos de Auditoria Interna a serem aplicados. quer pelo volume ou pela transações e operações. semelhantes ou relacionados. Planejamento Os trabalhos de Auditoria Interna devem ser planejados de acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade. • a natureza. compreendendo os exames preliminares das áreas.pontodosconcursos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Agora.br 3 . e • o conhecimento da missão e objetivos estratégicos da entidade. com enfoque técnico. especialmente: • o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade. e tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização. apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos. complexidade das • o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos anteriores.com. Davi Barreto e Fernando Graeff www. sistemático e disciplinado. para definir sua amplitude e época de realização. Dessa forma. da gestão e dos controles internos. • o uso do trabalho de especialistas. produtos e processos. a atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos. objetivo. o planejamento.br 4 . e • investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações. Os testes substantivos (=procedimentos substantivos) visam à obtenção de evidência quanto à suficiência. inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Procedimentos de auditoria De forma análoga à auditoria independente. incluindo testes de observância (=testes de controle) e testes substantivos (=procedimentos substantivos). em termos de natureza. Os programas de trabalho devem ser estruturados de forma a servir como guia e meio de controle de execução do trabalho. Os testes de observância (=testes de controle) visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento. documentos e ativos tangíveis. • observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. oportunidade.pontodosconcursos. bem como todo o trabalho de Auditoria Interna. extensão. Na aplicação dos testes de controle devem ser consideradas a aplicação dos seguintes procedimentos técnicos: • inspeção – verificação de registros. elaborados em meio físico ou eletrônico. equipe técnica e uso de especialistas. deve ser documentado por meio de papéis de trabalho. Grave bem: o foco dos testes de observância ou controle é os controles internos estabelecidos pela administração. de forma detalhada para a correta compreensão dos procedimentos que serão aplicados. que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e racional. Lembre-se que o trabalho de auditoria é um processo dinâmico. que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações. no decorrer dos trabalhos podem ocorrer fatos que levem o auditor a alterar seu planejamento. exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Assim.com. devendo ser revisados e atualizados sempre que as circunstâncias o exigirem. como acontece na auditoria independente. dentro ou fora da entidade. Dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna. a Auditoria Interna pode se valer ainda de técnicas de amostragem. ou procedimentos Veja que a NBC TI 01 ainda adota as nomenclaturas antigas: testes de observância e substantivos. Auxilia a entidade a atingir suas metas. suas conclusões. As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de “evidências”.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Grave bem: o foco dos testes substantivos substantivos é os dados produzidos pela entidade. por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna. O relatório da Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este autorizar. relevantes e úteis. deve ser projetada e selecionada uma amostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada. Ao utilizar essas técnicas. recomendações e providências a serem tomadas pela administração da entidade. Evidência é Suficiente Adequada Relevante Útil Quando É factual e convincente. de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade. Enquanto esta emite um relatório com opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis no interesse do público externo.br 5 .pontodosconcursos. de forma a expressar. que devem ser suficientes.com. claramente. estatística ou não. Veja que aqui existe uma importante diferença em relação à auditoria independente. recomendações e providências que auxiliem a administração da entidade a atingir seus objetivos. Sendo confiável. propicia a melhor evidência alcançável. de tal forma que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno. Evidências Mais uma vez. devendo ser preservada a Davi Barreto e Fernando Graeff www. No entanto. Relatório de auditoria interna A Auditoria Interna apresenta o resultado de seus trabalhos por meio de um relatório que deve ser redigido com objetividade e imparcialidade. a lógica é mesma do que vimos nas normas novas de auditoria. o relatório do auditor interno busca expressar conclusões. ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou um método de seleção de itens a serem testados. fidedignas. de forma análoga ao que vimos para auditoria independente. amostragem estatística ou não. Testes de observância (=testes de controle) Testes que aplica Testes substantivos (=procedimentos substantivos) inspeção – verificação de registros. observação – acompanhamento de processo ou Procedimentos procedimento quando de sua execução. análises. e de gerenciamento de riscos. e que não possam aguardar o final dos exames. eficiência e economicidade dos processos. adequação. avaliações. para você não esquecer os pontos mais importantes. na hipótese de constatar impropriedades ou irregularidades ou ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração da entidade.br 6 . Para finalizar. documentos e ativos tangíveis. fizemos um quadro resumo sobre auditoria interna: QUADRO RESUMO Auditoria Interna Compreende os exames. Finalidade Assessorar a administração no trabalho de prevenção de fraudes e erros. dentro ou fora da entidade. investigação e confirmação – obtenção de informações técnicos perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações. Definição eficácia. considerando a necessidade de informar à administração sobre a ocorrência de fraudes e erros.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 confidencialidade do seu conteúdo.com. levantamentos e comprovações. Comparação: Auditor Interno Auditor Externo ou Independente Relação com a empresa é empregado da empresa não possui vínculo empregatício Grau de independência menor maior elaboração de um relatório que comunique os trabalhos realizados.pontodosconcursos. metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade. dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente. Assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. Agregar valor ao resultado da organização. as conclusões obtidas e as recomendações e providências a serem tomadas emissão de uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis contábil e operacional contábil Finalidade Tipos de auditoria Davi Barreto e Fernando Graeff www. O dever de sigilo é inerente à profissão do auditor. Guarde isso: a Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial. br 7 .com. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Público alvo Duração Volume de testes Documento que produz Onde é realizada interno interno e externo (principalmente o último) contínua pontual maior menor Relatório em pessoas jurídicas de direito público. interno ou externo. e de direito privado. mais a frente veremos o motivo disto. NBC TOs e NBC TSC).com. Davi Barreto e Fernando Graeff www. inclusive na criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e no desenvolvimento de seus trabalhos. o Ibracon esteve presente quando da reorganização do mercado de capitais após a quebra da Bolsa. ao mesmo tempo em que estabeleceu as primeiras normas de auditoria independente. Com isso. esses relacionamentos internacionais se ampliaram.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Normas e Procedimentos de Auditoria do IBRACON As Normas e Procedimentos de Auditoria do Ibracon não costumam ser cobradas em provas.br 8 . Assim. Para isso. NBC TRs. Esses documentos uma vez emitidos em forma final pela IFAC são traduzidos para o português e analisados pelo grupo do CNA. dando origem aos documentos equivalentes no Brasil (NBC TAs. como forma de contribuir com o desenvolvimento da profissão no Brasil. O documento aprovado pelo CNA passa pelo crivo da Comissão Nacional de Normas Técnicas (CNNT) e Diretoria Técnica do Ibracon. o Ibracon (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil) foi constituído em 13 de dezembro de 1971. após rápida e expressiva expansão. emitidas pelo IASB (International Accounting Standards Board). O Ibracon luta em prol do fortalecimento da profissão de auditor independente no Brasil e das estruturas de mercado. Veja que o Ibracon é a entidade autorizada no Brasil a traduzir o Livro Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS). o Comitê de Normas de Auditoria (CNA) tem por objetivo acompanhar concomitantemente o desenvolvimento das normas e demais documentos elaborados pela IFAC (Federação Internacional de Contadores). havia entrado em colapso. participa no processo de convergência de normas internacionais em todos os seus estágios. o mercado de capitais brasileiro. desenvolveu fortes relacionamentos internacionais. Bom. entre eles. que envia ao Conselho Federal de Contabilidade (CFC) para audiência pública e aprovação final em plenário. Hoje em dia.pontodosconcursos. quando a auditoria independente passou a ser obrigatória para as empresas de capital aberto. O Ibracon é constituído por diversos comitês. Naquela época. causando sérios problemas à economia da época. ao longo dos anos. O Instituto foi criado justamente para auxiliar no processo de reconstrução. Foi o Ibracon quem primeiro se ocupou em organizar e estabelecer um arcabouço contábil para o Brasil. em 1970. de uma Carta de Conforto.br 9 . modificados ou mesmo suprimidos. no Brasil. a IFAC autorizou. Procedimentos de Auditoria Independente de Administradoras de Consórcios. Revisão Limitada de Demonstrações Contábeis. o Conselho Federal de Contabilidade e o IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil”. serem ampliados. assim. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Estabelecimento de padrões técnicos a serem observados pelo auditor independente. Nesse sentido. por parte do auditor independente. pois as mesmas se restringem a assuntos muito específicos. conforme as circunstâncias vigentes na época de sua aplicação. visto que são poucas as Normas e Procedimentos de Auditoria (NPA) emitidas pelo Instituto. na emissão de laudo de avaliação a valor contábil ou a valor contábil ajustado a preços de mercado. todas as NBC TAs que estudamos até agora passaram pela avaliação do Ibracon. Para efeito de prova basta você conhecer os assuntos que são tratados por essas normas: NPA 02 A NPA 02 trata de procedimentos básicos de auditoria aplicáveis ao exame das demonstrações das Instituições Financeiras e Entidades Equiparadas. por isso o tema “normas e procedimentos de auditoria do Ibracon” não é muito cobrado em provas.pontodosconcursos. nomeado como perito ou como empresa especializada. a norma elenca procedimentos básicos de auditoria que representam um resumo das atividades a serem praticadas pelos auditores independentes. são as seguintes as NPA válidas: Norma NPA 02 NPA 03 NPA 04 NPA 12 NPA 14 Descrição Procedimentos de Auditoria Independente de Instituições Financeiras e Entidades Equiparadas. no entanto. Visa.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Note que as resoluções do CFC que aprovam as NBC TAs apresentam no seu prefácio o seguinte considerando: “CONSIDERANDO que mediante acordo firmado entre as partes. uma vez que as NBC TAs tratam de quase todos os assuntos relevantes de auditoria. Emissão. os quais devem. Atualmente. Ou seja. prover adequada orientação aos auditores independentes que atuam na prestação de serviço de auditoria às instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. como tradutores das suas normas e publicações.com. e 3. no que for cabível.pontodosconcursos. de cada consorciado. passivos.com. por meio de sistemas de informação que mantenham a distinção entre as contas próprias da administradora e dos grupos. As demonstrações contábeis da administradora. constituídas por ativos.br 10 . Segundo a norma. variações patrimoniais e resultados de sua atividade. Relatório circunstanciado das observações relativas às deficiências ou à ineficácia dos controles internos contábeis exercidos. por sua vez. direitos e obrigações dos grupos de consórcios. que a administradora está obrigada a administrar por conta dos consorciados. NPA 03 A NPA 03 trata dos procedimentos de auditoria independente aplicáveis às entidades Administradoras de Consórcios. dos correspondentes a cada grupo e. submetem-se às NBC TAs vigentes e à NPA 02. Relatório circunstanciado a respeito do descumprimento de normas legais e regulamentares. os seguintes relatórios deverão ser emitidos: 1. 2. Como decorrência dos trabalhos de auditoria. o Os relacionamentos com os bens. NPA 04 Davi Barreto e Fernando Graeff www. em último nível. a NPA 03 contempla uma série de procedimentos básicos de auditoria aplicáveis somente à contabilidade dos grupos de consórcio. Nesse sentido. Parecer (opinião) de auditoria sobre as demonstrações financeiras (em cada semestre – 30 junho – ou em cada exercício anual – 31 de dezembro). patrimônio líquido.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Já falamos em nossa aula demonstrativa que instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil deverão ter suas demonstrações financeiras auditadas por auditores independentes registrados na CVM. que visam proporcionar ao auditor evidências que lhe permitam formar uma opinião sobre as demonstrações consolidadas de recursos de consórcios e das variações nas disponibilidades de grupos. que correspondem a processos de contabilidade nitidamente separados: o Os referentes à atividade própria. as demonstrações contábeis das administradoras de consórcio representam dois universos de fatos econômicos. que são similares aos de qualquer entidade de prestação de serviços. nem os testes nos registros contábeis. de uma Carta de Conforto é o de auxiliar o coordenador da oferta envolvido com a emissão dos títulos e valores mobiliários. Segundo a norma. documento normalmente utilizado em captações de recursos efetuadas por entidades brasileiras no Brasil (“emissões brasileiras”) ou no exterior (“emissões internacionais”) por meio de títulos e valores mobiliários. todavia. na extensão necessária para emissão de uma opinião sobre as demonstrações contábeis. do objetivo de um exame de auditoria executado consoante as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis. NPA 12 A NPA 12 versa sobre os procedimentos que devem ser adotados pelo auditor independente na emissão da “Carta de Conforto”. não possibilita ao auditor condições de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis. debêntures ou quaisquer outras formas de valores mobiliários reconhecidas no mercado financeiro. O objetivo da emissão. por parte do auditor independente.br 11 . não propicia segurança de que todos os assuntos relevantes foram identificados. a NPA 04 trata da natureza e extensão dos procedimentos básicos de auditoria aplicáveis nas circunstâncias em que normas legais. A revisão limitada de demonstrações contábeis. sendo suficiente uma revisão limitada. por outro lado. e o coordenador da oferta ("underwriter") solicita aos auditores independentes do emissor o fornecimento de cartas de conforto ("comfort letters") como parte do processo de investigação profissional ("due diligence") conduzido por esses agentes. no processo de investigação profissional de responsabilidade do coordenador da oferta relacionado ao documento de oferta.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 A NPA 04 trata da revisão limitada de demonstrações contábeis. Davi Barreto e Fernando Graeff www. A necessidade da emissão desse documento ocorre quando entidades brasileiras buscam a captação de recursos no Brasil e no exterior por meio de emissão de títulos e valores mobiliários. quando a revisão não contempla a avaliação dos sistemas de controles internos.pontodosconcursos. que é a de possibilitar ao auditor condições de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis em seu conjunto. na extensão necessária para emissão de uma opinião sobre todo o relatório financeiro aplicável. em face do caráter limitado do seu alcance. Nesse sentido. A revisão limitada pode revelar assuntos significativos afetando as demonstrações contábeis. Essa limitação existe. regulamentares ou as necessidades específicas da entidade não requerem uma auditoria.com. o objetivo da revisão limitada de demonstrações contábeis difere. que incluem ações. significativamente. Davi Barreto e Fernando Graeff www. a NPA 12 tem como objetivo orientar os auditores independentes quanto aos procedimentos e ao formato de correspondências que devem ser observados pelo auditor independente quando solicitado emitir uma Carta de Conforto referente aos processos de emissão de títulos e valores mobiliários. a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). por exemplo. de retirada ou ingresso de sócios. são geralmente requeridas em situações previstas na legislação societária (Lei 6. com a consequente emissão de laudos de avaliação. Assim. na emissão de laudo de avaliação a valor contábil ou a valor contábil ajustado a preços de mercado. • O auditor independente deverá abster-se de emitir Carta de Conforto e informar.com. para verificar a consistência dessas informações com as apresentadas nas demonstrações contábeis. • No caso de identificação de exceções. o auditor independente deverá informar a entidade emissora para que as devidas correções sejam feitas no documento de oferta.pontodosconcursos. A avaliação contábil consiste na determinação do valor de componentes específicos ou de todos os componentes do balanço patrimonial de uma entidade em determinada data. de encerramento de atividades ou operações específicas previstas em lei. As avaliações contábeis. nomeado como perito ou como empresa especializada.404/76) ou em normas de órgãos reguladores. NPA 14 A NPA 14 estabelece padrões técnicos e profissionais a serem observados pelo auditor independente. que não está autorizado a incluir seu parecer de auditoria e nenhuma referência a este no documento de oferta. ou (ii) constate omissão de divulgação de informação considerada relevante.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Cabe ao auditor independente ler as informações financeiras incluídas no “documento de oferta” identificadas na Carta de Conforto. destinado a apoiar processos de incorporação. caso: (i) discorde de informação relevante divulgada. cisão ou fusão de entidades empresas. como. ao emissor.br 12 . os objetivos podem variar de acordo com o tamanho da empresa e as atividades da auditoria interna são definidas pela administração da entidade. Letra B: errada. e) suas atribuições com relação ao cumprimento de leis e normas limitamse a aquelas pertinentes à área contábil e financeira. Letra E: errada. cabe à auditoria interna avaliar o processo de governança quanto à realização de seus objetivos de ética e valores.br 13 . c) está subordinada aos órgãos de governança da empresa.com. Letra C: errada. garantindo à gestão e governança da empresa a mitigação ou eliminação dos mesmos. Letra D: correta. Gabarito: letra D. os auditores internos e independentes e a administração. administração de desempenho e prestação de contas.pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. b) é totalmente responsável pela gestão de riscos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Questões comentadas 01. d) ela pode ser responsável por revisar a economia. Comentários: Vamos analisar cada uma das assertivas: Letra A: errada. eficiência e eficácia das atividades operacionais. ficando as demais normas e leis sob responsabilidade das áreas específicas. sendo limitada sobre a possibilidade de avaliar as questões de ordem ética. essa é uma das atividades da auditoria interna. as atribuições da auditoria interna podem incluir inclusive atividades não financeiras da entidade. (FCC/TRE CE/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) É correto afirmar com relação aos objetivos da auditoria interna que a) os objetivos não variam e independente do tamanho da empresa ou do quadro funcional devem cobrir totalmente as atividades. incluindo as atividades não financeiras de uma entidade. valores e cumprimento de suas funções. cabe a ela ajudar a organização mediante a identificação e avaliação das exposições significativas a riscos e a contribuição para a melhoria da gestão de risco e dos sistemas de controle. comunicando informações sobre risco e controle para as áreas apropriadas da organização. a auditoria interna auxilia a administração no alcance desses objetivos. e da eficácia da comunicação entre as pessoas responsáveis pela governança. elaboração dos papéis de trabalho. c) anotados no livro de registros de ocorrência de achados de auditoria. sua análise deve ser feita na fase de a) b) c) d) e) elaboração do relatório de auditora. (FCC/TSTDC/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) De acordo com a Resolução CFC nº 986/2003 (NBC TI 01). Comentários: A análise dos riscos da auditoria interna deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos. a fim de evidenciar os exames realizados e dar suporte à sua opinião. as informações e provas. 04. após ciência da entidade auditada. b) confirmados junto aos responsáveis pelas constatações detectadas pelo auditor. planejamento dos trabalhos. d) registrados no relatório de auditoria. sugestões e recomendações deverão ser a) registrados nos papéis de trabalho. nos termos da Resolução CFC nº 986/2003.br 14 . e) levados ao conhecimento da administração da entidade auditada para adoção das medidas corretivas.com. Desta forma. as informações e as provas obtidas no curso da auditoria. Gabarito: letra A. Comentários: Fácil essa.pontodosconcursos. de forma satisfatória.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 02. críticas. 03. conforme a Resolução CFC nº 986/2003. obtidos no curso da auditoria. não! Todos os fatos. o objetivo dos trabalhos. estão relacionados à possibilidade de não se atingir. sugestões e recomendações. (FCC/TSTDC/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) Acerca dos procedimentos da Auditoria Interna. e posteriormente deve ser revisado durante a execução dos trabalhos. revisão dos trabalhos de auditoria. devem ser registrados nos papéis de trabalho. os fatos. constituem exames e investigações que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à Davi Barreto e Fernando Graeff www. (FCC/TSTDC/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) Os riscos da Auditoria Interna. realização dos trabalhos. Gabarito: letra C. na realização dos trabalhos de auditoria interna. a fim de evidenciar os exames realizados e dar suporte à opinião. críticas. afirma-se que a finalidade da auditoria interna é a) agregar valor ao resultado da organização. Davi Barreto e Fernando Graeff www.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 administração da entidade. exames de registros. aplicando a metodologia de trabalho conforme o auditor julgar pertinente.pontodosconcursos.br 15 . se estamos falando na avaliação das afirmações contábeis ou obtenção de evidência quanto à suficiência. exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade referem-se aos a) b) c) d) e) testes de observância. c) analisar formas de desvio referentes ao cumprimento das normas legais. 05. visando ao aumento do lucro. testes substantivos. da gestão e dos controles internos. por meio da recomendação de soluções para as não conformidades apontadas nos relatórios. Segundo a legislação em vigor. (Cesgranrio/Liquigás/Profissional Junior – Auditoria/2012) A atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos com enfoque técnico. testes de verificação. propondo metodologias de trabalho que favoreçam o atendimento às normas tributárias. inspeções e confirmação dos dados. exames. Gabarito: letra D. Comentários: A auditoria interna funciona como um órgão de assessoramento da administração e seu objetivo é auxiliar no desempenho das funções e responsabilidades da administração. documentos e conferências de cálculos. fornecendo-lhe análises. objetivando agregar valor ao resultado da organização. trabalhistas e previdenciárias. apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos. sistemático e disciplinado. os procedimentos que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência. independente das normas legais exigidas. apreciações. objetivo. Comentários: Ora. Assim. e recomendações. (NBC TI 01). d) apresentar técnicas de aperfeiçoamento do processo que envolvam o gerenciamento da empresa. visando à maximização dos resultados. e) organizar a documentação que envolve o sistema de controle dos processos. exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação. b) apontar as dificuldades de gerenciamento encontradas. estamos falando dos testes substantivos. sem que os órgãos pertinentes identifiquem possíveis fraudes ou erros. I– O conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da empresa fundamenta o trabalho de auditoria II – A partir do conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemas contábil e de controles internos e do grau de confiabilidade da empresa. a confidencialidade do conteúdo deve sempre ser mantido. o auditor interno de uma empresa deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial. sem autorização do solicitante. c) apresentado a todos os profissionais envolvidos na gestão e na operação das atividades da empresa. Comentários: A auditoria interna deve avaliar a necessidade de emitir um relatório parcial caso as circunstâncias exijam. Quanto ao sigilo das informações. o relatório da auditoria interna deve ser a) arquivado. Esse relatório deve ser apresentado ao órgão administrativo que solicitou o trabalho da auditoria interna ou aquele a quem o solicitante autorizou. Gabarito: letra B. atividades. a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria externa a serem aplicados resultarão em maior agilidade no encerramento da auditoria IV – É relevante a existência de entidades associadas. b) apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem o solicitante autorizar. o planejamento da auditoria interna compreende os exames preliminares das áreas. d) entregue a quem solicitou. (Cesgranrio/Liquigás/Profissional Junior – Auditoria/2012) Para definir a amplitude e a época do trabalho a ser realizado. 07.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Gabarito: letra A. mas devendo entregar cópia ao fisco.pontodosconcursos. Considere as afirmações abaixo sobre os fatores relevantes na execução dos trabalhos de auditoria.br 16 .com. produtos e processos envolvidos. não podendo o auditor manter cópia do documento emitido. 06. ficando disponível para consulta dos usuários. sejam eles internos ou externos. (Cesgranrio/Liquigás/Profissional Junior – Auditoria/2012) No caso de identificar inconsistências que necessitem de providências imediatas. e) eliminado logo após sua apresentação ao solicitante. devendo ser preservada a confidencialidade do conteúdo. filiais e partes relacionadas que sejam participantes dos trabalhos de auditoria interna Davi Barreto e Fernando Graeff www. Seja como for. o parecer do auditor será amparado em legitimidade III –A natureza. br 17 . a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria externa a serem aplicados não visam dar maior agilidade no encerramento da auditoria. II e IV. e sim. apenas. Esse teste é conhecido como a) b) c) d) e) de observância aleatório substantivo provisório demonstrativo Comentários: A definição trazida no enunciado diz respeito aos testes substantivos. III e IV. Comentários: Vamos analisar cada item: Item I – o item está correto. 08. apenas. filiais e partes relacionadas. I. II. Item III – está errado. II e III. Item II – também está correto. (Cesgranrio/Liquigás/Profissional Junior – Auditoria/2012) A empresa realiza procedimentos de auditoria interna. se a auditoria internar detiver o conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemas contábil e de controles internos e do grau de confiabilidade da empresa. apenas. delimitar os procedimentos necessários para atingir os objetivos dessa auditoria. I. a natureza. Gabarito: letra D. a auditoria interna deve conhecer detalhadamente a política e os instrumentos de gestão de riscos da empresa para fundamentar suas recomendações. é extremamente relevante para a auditoria interna conhecer as entidades associadas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 São corretas as afirmações a) b) c) d) e) I e II. Davi Barreto e Fernando Graeff www. II e IV.pontodosconcursos. de confiabilidade. Item IV – está correto. exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação. o relatório do auditor interno reveste-se de legitimidade. Um desses procedimentos é o teste que visa à obtenção de evidência quanto à suficiência. I. apenas.com. suas conclusões e recomendações. o objetivo e a extensão dos trabalhos (B). claramente. Para tal.com. é necessário que sejam abordados alguns aspectos mínimos. 11. e eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria (E). (CESPE/SEDUC AM/Contador/2011) Uma das atividades que a função de auditoria interna pode executar é a revisão de conformidade com leis. representam aspectos que devem constar no relatório de auditoria. regulamentos e outros requerimentos externos. os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão (C). na hipótese de constatar impropriedades ou irregularidades ou ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração da entidade. Contabilidade/2011) O relatório parcial de auditoria interna deve ser emitido e encaminhado à administração da entidade. todos necessitam ser abordados. 09.br 18 . e que não Davi Barreto e Fernando Graeff www. 10.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Gabarito: letra C. Comentários: A auditoria interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial. ela representa uma das atividades da auditoria interna. Jud. (CESPE/TRE ES/Anal. pois são necessários para que o destinatário deste relatório possa entender como a auditoria foi feita. Dentre os aspectos mínimos listados a seguir.pontodosconcursos. quando constatada a existência de irregularidade e houver risco de que ela continue ocorrendo. Gabarito: letra D. EXCETO a) b) c) d) e) a metodologia adotada o objetivo e a extensão dos trabalhos os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão os riscos associados aos atos constatados eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria Comentários: A metodologia adotada (A). (Cesgranrio/Liquigás/Profissional Junior – Auditoria/2012) O relatório da Auditoria Interna deve ser redigido com objetividade e imparcialidade. para que possa expressar. Comentários: A assertiva está correta. (Cesgranrio/Transpetro/Contador Junior – Auditoria Interna/2011) Compreende os exames preliminares das áreas. de acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 possam aguardar o final dos exames. (Cesgranrio/Transpetro/Contador Junior – Área Auditoria Interna/2011) O documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos. Gabarito: correta. redigido com objetividade e imparcialidade. (Cesgranrio/Transpetro/Contador Junior – Área Auditoria Interna/2011) Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações. atividades. A citação acima se refere ao(s) a) b) c) d) e) trabalho realizado pelo Comitê de Auditoria planejamento de trabalho da Auditoria Externa planejamento do trabalho da Auditoria Interna relatório emitido pela Auditoria Interna procedimentos dos auditores independentes Comentários: O enunciado se refero à fase de planejamento da auditoria interna. Gabarito: letra E. conclusões e providências a serem tomadas pela administração da entidade por meio do relatório de auditoria. Gabarito: letra C. 14. 13. claramente. considerando a necessidade de informar à administração sobre a ocorrência de fraudes e erros. suas conclusões. 12. Resolução 986. de forma a expressar.pontodosconcursos.br 19 . para definir a amplitude e a época do trabalho a ser realizado. que Davi Barreto e Fernando Graeff www. que aprovou a NBC T1 01. incluindo testes de observância e testes substantivos. recomendações e providências a serem tomadas pela administração da entidade. produtos e processos. de 21 de novembro de 2003. é denominado a) b) c) d) e) Parecer Laudo Diagnóstico Avaliação Relatório Comentários: A auditoria interna expressa suas recomendações.com. 15. devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo. indagação e confirmação Comentários: Na aplicação dos testes de controle. quando houver irregularidades que requeiram ações imediatas. (B) devem estar disponíveis a qualquer administrador da empresa. vistoria. vistoria e certificação investigação. por não possuírem informações completas. (ESAF/AFRFB/2009) . observação. investigação e confirmação observação. e • investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações. (C) podem relatar parcialmente os riscos associados aos possíveis pontos a serem levantados pela auditoria externa. Davi Barreto e Fernando Graeff www. dentro ou fora da entidade. Gabarito: letra D. pode-se afirmar que: (A) podem considerar posições de interesse da administração e dos gestores. a auditoria interna deve considerar a aplicação dos seguintes procedimentos técnicos: • inspeção – verificação de registros. inspeção. indagação e certificação exame. • observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. mensuração e avaliação inspeção. Comentários: Segundo a NBC TI 01. vistoria. o relatório de Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este autorizar. Na aplicação dos testes de observância. sem restrição. sendo conduzidos aos interesses desses. (D) somente devem ser emitidos antes do final dos trabalhos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade.pontodosconcursos.com.Com relação aos relatórios de Auditoria Interna.br 20 . devem ser considerados os seguintes procedimentos: a) b) c) d) e) exame. arbitramento. (E) não devem ser emitidos antes do final dos trabalhos. documentos e ativos tangíveis. (FCC/ISS-SP/2012) NÃO é uma atividade da função da auditoria interna: (A) a avaliação do processo de governança.com. relatórios e demonstrações contábeis. (D) o termo ‘fraude’ aplica-se a atos involuntários de omissão. desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. (C) o monitoramento do controle interno. (B) a gestão de risco. 17. (E) o uso de técnicas de amostragem estatística é vedado na Auditoria Interna. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Comentários: A auditoria interna existe para auxiliar a administração a atingir seus objetivos. antes do fim dos exames. desatenção. Nesse contexto.br 21 . Portanto. os itens A. o relatório de Auditoria Interna deve ser emitido de forma parcial. a NBC-T-12 (NBC TI 01) trata da atividade e dos procedimentos da Auditoria Interna.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 A Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial na hipótese de constatar impropriedades/ irregularidades/ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração da entidade que não possam aguardar o final dos exames. registros. é correto afirmar: (A) o relatório do auditor interno deve ser redigido com objetividade e imparcialidade. Gabarito: letra E. Assim. (C) para dar suporte aos resultados de seu trabalho. da análise e interpretação das informações contábeis. B. o auditor interno deve se valer. (D) o exame das informações contábeis e operacionais. adulteração de documentos. unicamente. 16. Gabarito: letra D.Entre as Normas Brasileiras de Contabilidade. (B) o termo ‘erro’ aplica-se a atos voluntários de omissão e manipulação de transações e operações. quando forem detectados problemas que necessitem de providências imediatas. (ESAF/Analista: Administração/ANA/2009) . (E) a aprovação do relatório de auditoria externa.pontodosconcursos. Já o item E traz uma atividade que nada tem a ver com a auditoria interna: aprovação do relatório de auditoria externa. C e D retratam atividades relacionadas ao auditor interno. de modo a fornecerem base sólida para as conclusões e recomendações.pontodosconcursos. Assertiva. imparcialidade. Assertiva B: Já vimos diversas vezes que o que diferencia o erro da fraude é a intenção: a fraude ocorre quando o ato ou a omissão é intencional. quando o ato ou a omissão é não intencional. Gabarito: letra A. objetividade. Assertiva C: O trabalho de Auditoria Interna compreende o exame de todas as áreas. assinale a afirmação incorreta. fidedignas. A assertiva inverteu os conceitos. relevantes e úteis. (B) Os testes de observância visam a obtenção de uma razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento.Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade. (ESAF/AFC/Área: Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) . que permitem ao auditor interno obter provas suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações. acerca dos procedimentos da Auditoria Interna. o relatório do auditor deve ser dirigido sempre com clareza. portanto. inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários da Entidade. incluindo testes de observância e testes substantivos.br 22 . 18. produtos e processos da entidade e não somente a análise e interpretação das informações contábeis. Assertiva D: A definição dada pela assertiva é a de erro e não de fraude. atividades.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Comentários: Vamos analisar essa questão assertiva a assertiva: Assertiva A: Não precisamos recorrer a nenhuma norma para perceber que essa assertiva está correta. (A) Os procedimentos de Auditoria Interna são os exames. assertiva incorreta. essa assertiva é o gabarito da questão. quanto a não estatística.. Portanto. exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da Entidade. a definição trazida é de fraude e não de erro. Portanto. o erro. assertiva incorreta. Assertiva incorreta.com. Assertiva E: A Auditoria Interna pode utilizar em seus trabalhos tanto a amostragem estatística. (C) Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência. concisão etc. incorreta. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (D) As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de ‘evidências’. esses são pressupostos do trabalho de auditoria. que devem ser suficientes. Sendo confiável.br 23 . por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna. a Auditoria Interna procede por meio de exames. A assertiva está correta. assertiva correta.pontodosconcursos. Auxilia a entidade a atingir suas metas. Assertiva D: Vimos que a Auditoria Interna deve basear suas recomendações e conclusões em informações que são denominadas de ‘evidências’. de tal forma que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno. visam à obtenção de evidência quanto à suficiência. bem como de transações e operações da Entidade. ou seja. desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. Item correto. testa os controles internos.com. exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da Entidade. ou seja. desatenção. aplicados pela Auditoria Interna. testes de observância (=testes de controle) e testes substantivos (=procedimentos substantivos). para a obtenção de uma razoável segurança de que eles estão em efetivo funcionamento. vejam como essas questões aparecem em todas as provas e se repetem. Assertiva A: Correta. Portanto. entre eles. provas suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações. As informações para serem consideradas evidências devem ter alguns atributos. pessoal. Dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna. os testes substantivos. Assertiva B: Na assertiva anterior vimos que a Auditoria Interna faz testes de observância. tanto em termos físicos quanto monetários. Assertiva C: Já. Assertiva E: Davi Barreto e Fernando Graeff www. devem ser: Suficientes Adequadas Relevantes Úteis É factual e convincente. ou seja.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 (E) O termo ‘fraude’ aplica-se a atos involuntários de omissão. com o objetivo de conseguir evidências. propicia a melhor evidência alcançável. Comentários: Ok. inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários da Entidade. diferente da auditoria independente. por meio da recomendação de soluções para as não conformidades apontadas nos relatórios. Assinale: (A) se somente a afirmativa II estiver correta. Gabarito: letra E. (C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. da gestão e dos controles internos. I.br 24 . apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos. Item III: Certo Davi Barreto e Fernando Graeff www. desta vez aplica o conceito de erro ‘ato involuntário’ ao termo fraude. que estabelece os procedimentos relacionados à Auditoria Interna. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e racional. Deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros. analise as afirmativas a seguir. (B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.com. elaborados em meio físico ou eletrônico. 19.Fiscal de Rendas/2010) Com relação à Resolução 986/03. obrigando-se a informá-la. sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho. sempre por escrito. Item II: Certo Assim como na auditoria independente. Tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. tem como principal objetivo agregar valor à organização.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Mais uma vez a Banca troca os conceitos de erro e fraude. Comentários: Vamos analisar cada um dos itens: Item I: Certo A auditoria interna. Deve ser documentada por meio de papéis de trabalho. auxiliando a administração na consecução dos objetivos corporativos. II. os trabalhos desenvolvidos pelo auditor interno devem ser documentados em papéis de trabalho. III. de maneira reservada. (FGV/SEFAZ RJ .pontodosconcursos. de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade. (FGV/SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas/2009) De acordo com a Resolução CFC nº 986/2003. b) Está estruturada em procedimentos. as avaliações. mas auxiliar a administração nessa empreitada. e) É fundamentada por informações denominadas de “referências”. fidedignas. as análises. da eficácia. Gabarito: letra E. incluindo testes de observância e testes substantivos. com enfoque técnico.pontodosconcursos. que devem ser suficientes. assinale a afirmativa incorreta.. sistemático e disciplinado. e tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização. pois a auditoria interna é fundamentada em “evidências” e não “referências” conforme anunciado. atividades. Davi e Fernando Davi Barreto e Fernando Graeff www. dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos. hoje paramos por aqui. da adequação. relevantes e úteis. c) Compreende.. metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade. os levantamentos e as comprovações. A gente se vê na próxima aula. os exames preliminares das áreas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Perfeito. Não compete à auditoria interna prevenir e detectar fraudes e erros. com relação à auditoria interna.com. objetivo. Forte abraço. a) Compreende os exames. d) Realiza exames e investigações. Comentários: O único item incorreto é a letra E. Bom. produtos e processos que definem a amplitude e a época do trabalho a ser realizado. que permitem obter subsídios suficientes para fundamentar as conclusões e recomendações à administração da entidade. para fins de planejamento.br 25 . Gabarito: letra E. 20. da eficiência e da economicidade dos processos. d) registrados no relatório de auditoria. elaboração dos papéis de trabalho. críticas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Lista de Questões 01. Desta forma. (FCC/TRE CE/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) É correto afirmar com relação aos objetivos da auditoria interna que a) os objetivos não variam e independente do tamanho da empresa ou do quadro funcional devem cobrir totalmente as atividades. realização dos trabalhos. c) está subordinada aos órgãos de governança da empresa. b) é totalmente responsável pela gestão de riscos. a fim de evidenciar os exames realizados e dar suporte à sua opinião. 02. estão relacionados à possibilidade de não se atingir. incluindo as atividades não financeiras de uma entidade. sua análise deve ser feita na fase de a) b) c) d) e) elaboração do relatório de auditora. revisão dos trabalhos de auditoria. obtidos no curso da auditoria. nos termos da Resolução CFC nº 986/2003. planejamento dos trabalhos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. ficando as demais normas e leis sob responsabilidade das áreas específicas. c) anotados no livro de registros de ocorrência de achados de auditoria. sendo limitada sobre a possibilidade de avaliar as questões de ordem ética. e) levados ao conhecimento da administração da entidade auditada para adoção das medidas corretivas. as informações e provas. (FCC/TSTDC/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) Os riscos da Auditoria Interna.com. de forma satisfatória. os fatos. (FCC/TSTDC/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) De acordo com a Resolução CFC nº 986/2003 (NBC TI 01). na realização dos trabalhos de auditoria interna. eficiência e eficácia das atividades operacionais.br 26 . 03. d) ela pode ser responsável por revisar a economia. valores e cumprimento de suas funções.pontodosconcursos. b) confirmados junto aos responsáveis pelas constatações detectadas pelo auditor. e) suas atribuições com relação ao cumprimento de leis e normas limitamse a aquelas pertinentes à área contábil e financeira. garantindo à gestão e governança da empresa a mitigação ou eliminação dos mesmos. sugestões e recomendações deverão ser a) registrados nos papéis de trabalho. após ciência da entidade auditada. o objetivo dos trabalhos. objetivo. ficando disponível para consulta dos usuários. propondo metodologias de trabalho que favoreçam o atendimento às normas tributárias. documentos e conferências de cálculos. c) apresentado a todos os profissionais envolvidos na gestão e na operação das atividades da empresa. o auditor interno de uma empresa deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial. (Cesgranrio/Liquigás/Profissional Junior – Auditoria/2012) A atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos com enfoque técnico. Quanto ao sigilo das informações. testes de verificação. d) apresentar técnicas de aperfeiçoamento do processo que envolvam o gerenciamento da empresa. sem que os órgãos pertinentes identifiquem possíveis fraudes ou erros. conforme a Resolução CFC nº 986/2003. devendo ser preservada a confidencialidade do conteúdo. Segundo a legislação em vigor. visando à maximização dos resultados. 05. da gestão e dos controles internos. os procedimentos que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência. exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade referem-se aos a) b) c) d) e) testes de observância.br 27 . constituem exames e investigações que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. b) apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem o solicitante autorizar. sejam eles internos ou externos. por meio da recomendação de soluções para as não conformidades apontadas nos relatórios. afirma-se que a finalidade da auditoria interna é a) agregar valor ao resultado da organização. Assim. e) organizar a documentação que envolve o sistema de controle dos processos. o relatório da auditoria interna deve ser a) arquivado. c) analisar formas de desvio referentes ao cumprimento das normas legais. sem autorização do solicitante. testes substantivos. inspeções e confirmação dos dados. (Cesgranrio/Liquigás/Profissional Junior – Auditoria/2012) No caso de identificar inconsistências que necessitem de providências imediatas. trabalhistas e previdenciárias. independente das normas legais exigidas. (NBC TI 01). b) apontar as dificuldades de gerenciamento encontradas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. exames de registros. sistemático e disciplinado.com. visando ao aumento do lucro.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 04. apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos.pontodosconcursos. 06. aplicando a metodologia de trabalho conforme o auditor julgar pertinente. exames. (FCC/TSTDC/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) Acerca dos procedimentos da Auditoria Interna. (Cesgranrio/Liquigás/Profissional Junior – Auditoria/2012) O relatório da Auditoria Interna deve ser redigido com objetividade e imparcialidade. para que possa expressar. 07. mas devendo entregar cópia ao fisco. (Cesgranrio/Liquigás/Profissional Junior – Auditoria/2012) A empresa realiza procedimentos de auditoria interna. apenas. (Cesgranrio/Liquigás/Profissional Junior – Auditoria/2012) Para definir a amplitude e a época do trabalho a ser realizado. 08. o parecer do auditor será amparado em legitimidade III –A natureza.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 d) entregue a quem solicitou. Esse teste é conhecido como a) b) c) d) e) de observância aleatório substantivo provisório demonstrativo 09. a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria externa a serem aplicados resultarão em maior agilidade no encerramento da auditoria IV – É relevante a existência de entidades associadas. filiais e partes relacionadas que sejam participantes dos trabalhos de auditoria interna São corretas as afirmações a) b) c) d) e) I e II. claramente. e) eliminado logo após sua apresentação ao solicitante. I. produtos e processos envolvidos. III e IV. Considere as afirmações abaixo sobre os fatores relevantes na execução dos trabalhos de auditoria.pontodosconcursos. II.com. não podendo o auditor manter cópia do documento emitido. II e IV. I– O conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da empresa fundamenta o trabalho de auditoria II – A partir do conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemas contábil e de controles internos e do grau de confiabilidade da empresa. suas conclusões e Davi Barreto e Fernando Graeff www. II e IV. II e III. o planejamento da auditoria interna compreende os exames preliminares das áreas.br 28 . apenas. Um desses procedimentos é o teste que visa à obtenção de evidência quanto à suficiência. apenas. exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação. I. I. apenas. atividades. 12. atividades. é necessário que sejam abordados alguns aspectos mínimos. (CESPE/SEDUC AM/Contador/2011) Uma das atividades que a função de auditoria interna pode executar é a revisão de conformidade com leis. regulamentos e outros requerimentos externos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 recomendações. produtos e processos.com. Dentre os aspectos mínimos listados a seguir. é denominado a) b) c) d) e) Parecer Laudo Diagnóstico Avaliação Relatório Davi Barreto e Fernando Graeff www.br 29 .pontodosconcursos. (CESPE/TRE ES/Anal. (Cesgranrio/Transpetro/Contador Junior – Auditoria Interna/2011) Compreende os exames preliminares das áreas. que aprovou a NBC T1 01. suas conclusões. 11. Jud. EXCETO a) b) c) d) e) a metodologia adotada o objetivo e a extensão dos trabalhos os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão os riscos associados aos atos constatados eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria 10. todos necessitam ser abordados. redigido com objetividade e imparcialidade. A citação acima se refere ao(s) a) b) c) d) e) trabalho realizado pelo Comitê de Auditoria planejamento de trabalho da Auditoria Externa planejamento do trabalho da Auditoria Interna relatório emitido pela Auditoria Interna procedimentos dos auditores independentes 13. (Cesgranrio/Transpetro/Contador Junior – Área Auditoria Interna/2011) O documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos. de acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade. Contabilidade/2011) O relatório parcial de auditoria interna deve ser emitido e encaminhado à administração da entidade. para definir a amplitude e a época do trabalho a ser realizado. recomendações e providências a serem tomadas pela administração da entidade. quando constatada a existência de irregularidade e houver risco de que ela continue ocorrendo. Para tal. Resolução 986. de forma a expressar. claramente. de 21 de novembro de 2003. incluindo testes de observância e testes substantivos. investigação e confirmação observação. 17. Davi Barreto e Fernando Graeff www.Entre as Normas Brasileiras de Contabilidade. devem ser considerados os seguintes procedimentos: a) b) c) d) e) exame. (B) devem estar disponíveis a qualquer administrador da empresa. mensuração e avaliação inspeção. observação. (ESAF/AFRFB/2009) . vistoria. por não possuírem informações completas. sem restrição.Com relação aos relatórios de Auditoria Interna. (D) somente devem ser emitidos antes do final dos trabalhos. vistoria e certificação investigação. adulteração de documentos. (E) não devem ser emitidos antes do final dos trabalhos. pode-se afirmar que: (A) podem considerar posições de interesse da administração e dos gestores.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 14. (C) podem relatar parcialmente os riscos associados aos possíveis pontos a serem levantados pela auditoria externa. arbitramento. (C) o monitoramento do controle interno. (B) a gestão de risco. (D) o exame das informações contábeis e operacionais.pontodosconcursos. indagação e confirmação 15. quando houver irregularidades que requeiram ações imediatas. sendo conduzidos aos interesses desses. relatórios e demonstrações contábeis.com. (Cesgranrio/Transpetro/Contador Junior – Área Auditoria Interna/2011) Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações. (ESAF/Analista: Administração/ANA/2009) . Nesse contexto. inspeção. (FCC/ISS-SP/2012) NÃO é uma atividade da função da auditoria interna: (A) a avaliação do processo de governança.br 30 . indagação e certificação exame. (B) o termo ‘erro’ aplica-se a atos voluntários de omissão e manipulação de transações e operações. 16. que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. (E) a aprovação do relatório de auditoria externa. Na aplicação dos testes de observância. é correto afirmar: (A) o relatório do auditor interno deve ser redigido com objetividade e imparcialidade. a NBC-T-12 (NBC TI 01) trata da atividade e dos procedimentos da Auditoria Interna. vistoria. registros. Davi Barreto e Fernando Graeff www. acerca dos procedimentos da Auditoria Interna.Fiscal de Rendas/2010) Com relação à Resolução 986/03. elaborados em meio físico ou eletrônico.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 (C) para dar suporte aos resultados de seu trabalho. sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho. de modo a fornecerem base sólida para as conclusões e recomendações. desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. (B) Os testes de observância visam a obtenção de uma razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento. Deve ser documentada por meio de papéis de trabalho. (ESAF/AFC/Área: Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) . que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e racional. relevantes e úteis.com. (D) As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de ‘evidências’. por meio da recomendação de soluções para as não conformidades apontadas nos relatórios. 19. unicamente. apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos. (E) o uso de técnicas de amostragem estatística é vedado na Auditoria Interna. desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. desatenção. I. de maneira reservada. (FGV/SEFAZ RJ . Tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização. o auditor interno deve se valer.br 31 . (C) Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência. exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da Entidade. sempre por escrito. Deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros. que devem ser suficientes.pontodosconcursos. II. obrigando-se a informá-la. incluindo testes de observância e testes substantivos. da gestão e dos controles internos.Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade. bem como de transações e operações da Entidade. tanto em termos físicos quanto monetários. que permitem ao auditor interno obter provas suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações. inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários da Entidade. (A) Os procedimentos de Auditoria Interna são os exames. assinale a afirmação incorreta. que estabelece os procedimentos relacionados à Auditoria Interna. da análise e interpretação das informações contábeis. III. (E) O termo ‘fraude’ aplica-se a atos involuntários de omissão. desatenção. (D) o termo ‘fraude’ aplica-se a atos involuntários de omissão. 18. analise as afirmativas a seguir. fidedignas. objetivo. relevantes e úteis. assinale a afirmativa incorreta. os levantamentos e as comprovações. os exames preliminares das áreas. da adequação. com enfoque técnico.com. atividades. (B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. (C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 20. as análises. e tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização. da eficácia. metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade. incluindo testes de observância e testes substantivos. para fins de planejamento. as avaliações. que permitem obter subsídios suficientes para fundamentar as conclusões e recomendações à administração da entidade. da eficiência e da economicidade dos processos. a) Compreende os exames. d) Realiza exames e investigações. Gabarito: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 D A C D A B D C D Certa 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Certa C E D D E A E E E Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Assinale: (A) se somente a afirmativa II estiver correta. dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos. de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade. sistemático e disciplinado. (FGV/SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas/2009) De acordo com a Resolução CFC nº 986/2003. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. com relação à auditoria interna. que devem ser suficientes. fidedignas. c) Compreende. e) É fundamentada por informações denominadas de “referências”.br 32 . produtos e processos que definem a amplitude e a época do trabalho a ser realizado. b) Está estruturada em procedimentos.pontodosconcursos. Antônio Lopes de. 2007. ATTIE. SÁ. São Paulo: Ed. Marcelo Cavalcanti. Resolução CFC 1. Wiliam.NBC TI 01 (Normas de Auditoria Interna). BARRETO. ALMEIDA. Método. 2011. São Paulo: Ed. Normas e Procedimentos de Auditoria do Ibracon. São Paulo: Ed. 2002. Conselho Federal de Contabilidade. BRAGA. Mudanças Contábeis na Lei Societária. São Paulo: Ed.NBC TA 200 (Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria). Marcelo Cavalcanti.329/11 . Hugo Rocha & Almeida. BRASIL. Auditoria: um curso moderno e completo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 07 Bibliografia BRASIL.br 33 . Resolução CFC 1.203/09 . Davi Barreto e Fernando Graeff www. Conselho Federal de Contabilidade. BOYNTON. Curso de Auditoria. Atlas. Auditoria. Davi. São Paulo: Ed. 2009. Fernando.pontodosconcursos. GRAEFF. Atlas.com. Atlas. Auditoria: teoria e exercícios comentados. 2009. Marcelo Willian C. 2009. Atlas. São Paulo: Ed. Atlas. Auditoria – Conceitos e Aplicações. ................................. 24 Lista de questões sem comentários ......... Vamos....... Bom........................ Lá você poderá tirar suas dúvidas............. 01 Auditoria no setor público federal ........... vamos em frente! Davi Barreto e Fernando Graeff www.......... para nossa oitava aula....................Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Introdução .. auxiliar outras pessoas e nos ajudar no aprimoramento dos nossos cursos..................................... na qual falaremos um pouco sobre auditoria governamental................................................ 39 Bibliografia ................ Não esqueça..................com................................. 47 Introdução Prezado Aluno........................... hoje......................br 1 .pontodosconcursos.. que é um dos diferenciais do Ponto................................... Como de costume....... 02 Questões comentadas ... colocaremos as questões comentadas no final do arquivo.. participe do Fórum de dúvidas.... caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários................ Essas instituições verificam as demonstrações financeiras. Nosso foco. atualmente. auditoria da qualidade. são os auditores externos e internos dessa grande “empresa” que é o governo. mediante controle externo. financeira.br 2 . etc. vamos falar um pouco sobre a auditoria governamental de forma geral. emitir uma opinião.. contudo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Auditoria no setor público federal A base do estudo da auditoria no setor público federal é a IN SFC/MF nº 01/2001. Entretanto. Bom. Pois bem. auditoria governamental. antes. Já a INTOSAI é entidade internacional que congrega as EFS de diversos países e emite normas e regulamentos que orientam as atividades e procedimentos de auditoria governamental. fisco. Não importa qual o tipo de auditoria. A Constituição Federal de 1988. você sabe que a auditoria nasceu com um viés contábil. operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta será exercida pelo Congresso Nacional (com o auxílio do TCU). agora.. auditoria jurídica. que regulamenta a atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. acionistas.. sejam elas privadas ou públicas. seu foco é sempre o mesmo: avaliar. 1 International Organization of Supreme Audit Institutions Davi Barreto e Fernando Graeff www. gestores públicos. estabelece que a fiscalização contábil. pode ter diversas vertentes e ramificações: auditoria de sistemas. em seu artigo 70.com. As Entidades Fiscalizadoras Superiores (EFS) são as instituições do Estado responsáveis por executar a auditoria governamental. Enfim. Aqui no Brasil.pontodosconcursos. auditoria de recursos humanos. regulamentos e buscam salvaguardar ativos de fraudes e desvios de recursos no setor público. dar segurança aos usuários (credores.) das informações geradas pelas instituições. orçamentária. esse papel é exercido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). auditoria de demonstrações financeiras.. é interessante apresentar para você as EFS e a INTOSAI 1. a obediência às normas. e pelo sistema de controle interno de cada Poder. cidadãos etc. é a auditoria governamental! Mas antes de trazer sua definição. a auditoria governamental também se caracteriza por uma atuação autônoma (independente) com dois objetivos específicos: • emitir uma opinião sobre a adequação das contas governamentais (=auditoria de regularidade ou auditoria de conformidade). por exemplo. certificando-se.com. e (f) informar sobre quaisquer outros assuntos. (b) emitir parecer sobre as contas do governo. e • avaliar e apresentar recomendações sobre o desempenho das atividades e programas governamentais (=auditoria de desempenho ou auditoria operacional ou auditoria de otimização de recursos). Segundo a INTOSAI. Veja que. a auditoria de desempenho preocupa-se em verificar a economia. decorrentes ou relacionados com a auditoria. que a EFS considere necessário revelar. que as entidades responsáveis cumpriram sua obrigação de prestar contas. a auditoria governamental é a atividade independente e objetiva que. (c) auditar os sistemas e as operações financeiras. a auditoria de regularidade tem por objetivo: (a) certificar que as entidades responsáveis cumpriram sua obrigação de prestar contas.br 3 . Davi Barreto e Fernando Graeff www. (d) auditar o sistema de controle interno e as funções da auditoria interna. através da aplicação de procedimentos específicos. incluindo o exame da observância às disposições legais e regulamentares aplicáveis.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Dessa forma. Dessa forma. a eficiência e a eficácia da gestão pública. (e) verificar a probidade e a adequação das decisões administrativas adotadas pela entidade auditada. de forma semelhante à auditoria independente das demonstrações contábeis. as auditorias de regularidade objetivam avaliar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão do ente público. Já. assim como apresentar comentários sobre o desempenho organizacional e o resultado dos programas de governo. tem a finalidade de emitir opinião sobre a adequação das contas governamentais. o que inclui o exame e a avaliação dos registros financeiros e a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis. segundo a INTOSAI. que as decisões administrativas foram tomadas com probidade e que os dispositivos legais e normativos estão sendo seguidos.pontodosconcursos. avaliar as contas de governo e os sistemas de controles. uma auditoria operacional pode avaliar aspectos de legalidade e legitimidade. Um detalhe bastante importante: pode haver.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Enfim. preocupa-se em verificar a economia. Já a legitimidade é um conceito um pouco mais abrangente e envolve as noções de éticas que existem em uma sociedade. Guarde isso! Veja que verificar a obrigação de prestar contas. fique atento: a auditoria governamental pode ser de regularidade ou de desempenho e o que as diferencia é o seu escopo. vamos supor que o prefeito de uma cidade decide renovar a frota de carros que servem a prefeitura. e (c) a eficácia do desempenho das entidades auditadas em relação ao alcance de seus objetivos e a avaliação dos resultados alcançados em relação àqueles pretendidos. normas e regulamentos. a futilidade do gasto faz com que esse ato não tenha legitimidade. note que todos esses objetivos estão ligados por um elo em comum – a análise da regularidade.pontodosconcursos. de acordo com princípios. financeiros e de qualquer outra natureza são utilizados com eficiência. assim como uma auditoria de regularidade pode avaliar aspectos de eficiência e economicidade. Já.com. a eficiência e a eficácia. uma Ou seja. A primeira foca os critérios de legalidade e legitimidade. tudo isso está ligado ao exame da legalidade e da legitimidade da gestão. a auditoria de desempenho. eficácia. e tem por objetivo determinar: (a) se a administração desempenhou suas atividades com economia. Portanto. eficiência e efetividade. enquanto que a segunda foca os critérios de economicidade. (b) se os recursos humanos. na prática. dos procedimentos de mensuração e controle do desempenho e as providências adotadas pelas entidades auditadas para sanar as deficiências detectadas. práticas e políticas administrativas corretas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. avaliar a probidade das decisões administrativas. incluindo o exame dos sistemas de informação. Por exemplo. Decide trocar todos os Fiat Uno por BMW! Por mais que todas as normas licitatórias sejam fielmente cumpridas (legalidade). Legalidade se refere ao cumprimento das leis. superposição entre as auditorias de regularidade e operacional. segundo a INTOSAI.br 4 . ela tem o objetivo primordial de garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública.com. quando legalmente autorizadas nesse sentido. operacional. Segundo referida IN.pontodosconcursos. quanto aos aspectos de eficiência. bem como a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. Trata-se de uma importante técnica de controle do Estado na busca da melhor alocação de seus recursos. que regulamenta a atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. vamos abordar agora a auditoria governamental segundo a ótica da IN SFC/MF nº 01/2001. Finalidade. a negligência e a omissão e. é exercida em todas as unidades e entidades públicas federais. e avaliar os resultados alcançados. principalmente. buscando garantir os resultados pretendidos. patrimonial. inclusive nos projetos de cooperação técnica junto a Organismos Internacionais e multilaterais de crédito. O objetivo primordial da auditoria no setor público federal é garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública. mediante a confrontação entre uma situação encontrada com um determinado critério técnico. pelos processos e resultados gerenciais. objetivos e abrangência de atuação Bom. além de destacar os impactos e benefícios sociais advindos. a classificação da auditoria dependerá de seu objetivo principal. praticados por agentes públicos ou privados. operacional ou legal. antecipando-se a essas ocorrências. O campo de utilização da técnica da auditoria no setor público federal é vasto.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Nesses casos. na utilização de recursos públicos Davi Barreto e Fernando Graeff www. não só atuando para corrigir os desperdícios. e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito público e privado. a auditoria é o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública. observando os aspectos relevantes relacionados à avaliação dos programas de governo e da gestão pública. eficácia e economicidade da gestão orçamentária. financeira. • apurar os atos e fatos inquinados de ilegais ou de irregulares. em todas as suas esferas de governo e níveis de poder. O normativo. contábil e finalística das unidades e das entidades da administração pública. cabe ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal por intermédio da técnica de auditoria. seguindo os ditames da INTOSAI.br 5 . dispõe que a finalidade básica da auditoria é comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos e fatos administrativos. dentre outras atividades: • realizar auditoria sobre a gestão dos recursos públicos federais sob a responsabilidade dos órgãos públicos e privados. a improbidade. acordos. verificar a execução de contratos. a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante contratos de gestão.pontodosconcursos. bens e valores públicos ou pelos quais a União responda. entre outros. a auditoria governamental pode ser classificada em 5 (cinco) tipos: 1. transferências a fundo. • examinar a regularidade e avaliar a eficiência e eficácia da gestão administrativa e dos resultados alcançados nas Ações de governo. comunicar à unidade responsável pela contabilidade para as providências cabíveis. gerencie ou administre dinheiros. convênio. guarde. A abrangência de atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal inclui as atividades de gestão das unidades da administração direta e indireta. ou que. Auditoria de Avaliação da Gestão: objetiva emitir uma opinião com vistas a certificar a regularidade das contas públicas. projetos de cooperação junto a organismos internacionais. ajuste ou outro instrumento congênere. quando for o caso. • realizar auditoria nos processos de Tomada de Contas Especial. que utilize. Estão sujeitos à atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal quaisquer pessoas física ou jurídica. exame da documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos. programas de trabalho.com. • realizar auditorias nos sistemas contábil. verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil. a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados Compreende. projetos financiados por recursos externos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 federais e. recursos e sistemas de controles administrativo. assuma obrigações de natureza pecuniária.br 6 . em nome desta. operacional e contábil. de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais. e avaliação dos Davi Barreto e Fernando Graeff www. arrecade. acordo. e • apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos e gerenciais e dos controles internos administrativos dos órgãos da Administração Direta e entidades da Administração Indireta Federal. pública ou privada. Tipos de Auditoria Segundo a Secretaria Federal de Controle Interno. financeiro. convênios ou ajustes. aspectos como o exame das peças que instruem os processos de tomada ou prestação de contas. verificação do cumprimento da legislação pertinente. mediante procedimentos específicos. Auditoria Operacional: consiste em avaliar as ações gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional. eficácia e economicidade. Auditoria de Acompanhamento da Gestão: realizada ao longo dos processos de gestão. por meio de recomendações. oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais. 5.. procurando auxiliar a administração na gerência e nos resultados.pontodosconcursos. são apenas formas diferentes de encarar a auditoria governamental. Auditoria Contábil: objetiva opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações refletem. a situação econômicofinanceira do patrimônio.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 resultados operacionais e da execução dos programas de governo quanto à economicidade. quanto exames operacionais. mas não antagônicas. adequadamente.. A auditoria de avaliação de gestão. é uma auditoria que envolve tanto exames de conformidade. Veja. sendo realizadas para atender determinação expressa de autoridade competente. melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial. Compreende o exame dos registros e documentos e na coleta de informações e confirmações. Tem por objeto. por unidades ou entidades públicas executoras de projetos celebrados com aqueles organismos com vistas a emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações financeiras. os resultados do período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas. Já a auditoria contábil é majoritariamente de conformidade. também..... 2.com. Davi Barreto e Fernando Graeff www. com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma entidade. eficiência e eficácia dos mesmos. evidenciando melhorias e economias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua missão institucional. com a finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência. Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes. Veja que as classificações dos “tipos de auditoria” presentes na IN SFC/MF nº 01/2001 são distintas. verificar a efetividade e a aplicação de recursos externos. que visem aprimorar os procedimentos. enquanto que a auditoria operacional (como o próprio nome já fala) é de desempenho. da classificação da INTOSAI. 4. 3. de natureza incomum ou extraordinária. por exemplo.br 7 . Classificase nesse tipo os demais trabalhos auditoriais não inseridos em outras classes de atividades. Normas relativas à execução dos trabalhos Davi Barreto e Fernando Graeff www. b. por servidores em exercício nos Órgãos Central. unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. compartilhada – coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou privada. a. III.com. c. II. b. unidades regionais e/ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. específico das unidades ou entidades federais.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Formas de Execução Segundo a SFC.br 8 . que desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada. pelas denominadas empresas de auditoria externa. sendo subdividas em: a. integrada – executada conjuntamente por servidores em exercício nos Órgãos Central. cujo custo-benefício não justifica o deslocamento de uma equipe para o órgão. Essa forma de execução de auditoria pressupõe a utilização de indicadores de desempenho que fundamentam a opinião do agente executor das ações de controle. a auditoria é executada das seguintes formas: I. terceirizada – executada por instituições privadas. setoriais. Simplificada – trata-se das atividades de auditoria realizadas. setoriais.pontodosconcursos. ou seja. Direta – trata-se das atividades de auditoria executadas diretamente por servidores em exercício nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. descentralizada – executada exclusivamente por servidores em exercício nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. centralizada – executada exclusivamente por servidores em exercício nos Órgão Central ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. sobre informações obtidas por meio de exame de processos e por meio eletrônico. Indireta – trata-se das atividades de auditoria executadas com a participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Quando houver limitação da ação. d) da necessária consistência das observações e conclusões. sob qualquer pretexto. documento ou informação. por escrito. e alcance de prováveis impropriedades ou irregularidades a detectar no órgão ou entidade examinada. o fato deverá ser comunicado. assim como a documentos. Supervisão A norma realça a importância de que toda atividade seja supervisionada pela chefia ou por servidor a quem a função for formalmente delegada.pontodosconcursos. f) do cumprimento das normas e dos procedimentos de aplicação geral. devendo o servidor guardar o sigilo das informações caso elas estejam protegidas legalmente. Davi Barreto e Fernando Graeff www. solicitando as providências necessárias. Evidências Outro ponto importante ressaltado pelas normas relativas à execução dos trabalhos é o que trata da obtenção de evidências. nenhum processo.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Bom. com relação às normas relativas à execução dos trabalhos a IN SFC/MF nº 01/2001 dispõe que na realização das auditorias. c) da adequada formulação dos papéis de trabalho. não lhe podendo ser sonegado. e) da fiel observância dos objetivos estabelecidos na ordem de serviço. o grau de dificuldade previsível dos trabalhos.br 9 . ao dirigente do órgão ou entidade examinada.com. valores e livros considerados indispensáveis ao cumprimento de suas atribuições. O grau de intensidade da supervisão exercida sobre a equipe está diretamente relacionada aos seguintes fatores: conhecimento e capacidade profissional dos membros da equipe. o auditor terá livre acesso a todas as dependências do órgão ou entidade examinado. A supervisão deve abranger a verificação: a) do correto planejamento dos trabalhos de acordo com o solicitado na ordem de serviço. b) da aplicação de procedimentos e técnicas para o atingimento das metas/objetivos previstos para a execução dos trabalhos. de acordo com o programa fornecido. As evidências da supervisão exercida deverão ficar registradas nos próprios papéis de trabalho. de imediato. Pertinência . o servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal é levado a um grau razoável de convencimento a respeito da realidade ou veracidade dos fatos examinados. Você sabe que o desempenho de qualquer atividade requer a utilização de ferramentas adequadas para o trabalho. Assim a: Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. pareceres de advogados são exemplos de evidências de auditoria. da consistência da contabilização dos fatos e fidedignidade das informações e registros gerenciais para fundamentar. O auditor deve dispor de um conjunto de ferramentas que lhe possibilite formar uma opinião.br 10 . manuais de operação da empresa. com fatos e informações suficientes. para obter evidências qualitativamente aceitáveis que fundamentem. da veracidade da documentação examinada.com. Davi Barreto e Fernando Graeff www. na extensão indicada na ordem de serviço (ou seja. laudos de especialistas. solidamente. conciliação entre contas contábeis e extratos bancários. As evidências têm por finalidade a obtenção suficiente de elementos para sustentar a emissão da opinião do auditor. seu trabalho. de acordo com o objeto da auditoria) os testes ou provas adequados nas circunstâncias. mediante a aplicação de testes que resultem na obtenção de uma ou várias provas. seu trabalho.a evidência é pertinente quando há coerência com as observações. faturas. de forma objetiva.entende-se como tal. entrevistas com funcionários da empresa. quando os testes ou exames realizados são apropriados à natureza e características dos fatos examinados. permitindo chegar a um grau razoável de convencimento da realidade dos fatos e situações observadas. na auditoria isso não é diferente.pontodosconcursos. Notas fiscais.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 A IN SFC/MF nº 01/2001 dispõe que em atendimento aos objetivos da atividade. A IN SFC/MF nº 01/2001 define três características essenciais das evidências: Suficiência – ocorre quando. cálculos desenvolvidos pelo auditor. pertinentes e fidedignas. confirmações com clientes. o auditor deve realizar. conclusões e recomendações eventualmente formuladas. Adequação . é importante mencionar que este atributo é afetado pela relevância e confiabilidade das informações em que se baseia. até a obtenção das provas materiais (evidências) que comprovem a afirmação analisada. Davi Barreto e Fernando Graeff www. quanto maior a qualidade. ou seja. A primeira é a medida da quantidade de evidência de auditoria. sua relevância e sua confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do procedimento de auditoria e. A suficiência e adequação da evidência de auditoria estão inter-relacionadas. isto é. menos evidência será exigida. se a evidência em questão realmente atinge o objetivo perseguido pelo auditor. ao mesmo tempo. Assim. enquanto que a segunda é a medida da qualidade dessa evidência. na extensão e profundidade que cada caso requer. Em outras palavras. quando apropriado. maior a probabilidade de que seja exigida mais evidência de auditoria). Já a confiabilidade (adequação) da evidência é influenciada pela sua fonte e sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que é obtida. a obtenção de mais evidência de auditoria não compensa a sua má qualidade. se a finalidade de um procedimento de auditoria é testar para verificar se há superavaliação na existência ou valorização das contas a pagar. dispor dados e informações em quantidade e de qualidade adequadas.com. é preciso ficar atento. Suficiência QUANTIDADE Adequação QUALIDADE Diz-se que suficiência e adequação são dimensões inter-relacionadas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Dessa forma.br 11 .pontodosconcursos. Em outras palavras. pois a primeira é afetada pela segunda. para emitir uma opinião com segurança razoável o auditor deve. Contudo. Por exemplo. é importante ressaltar que a quantidade da evidência de auditoria necessária é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos avaliados. ou seja. pois o caminho inverso não é válido. a relevância das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria pode ser afetada pela direção do teste (superavaliação e subavaliação). cabe ao auditor identificar e atestar a validade de suas afirmações por intermédio dos procedimentos adequados a cada situação. Ademais. Indo um pouco mais a fundo na discussão sobre a qualidade da evidência. a afirmação em consideração. Impropriedades e irregularidades Outro ponto destacado pela IN SFC/MF nº 01/2001 na fase de execução dos trabalhos é o que trata da possibilidade da verificação de impropriedades e irregularidades. conceitos similares ao erro e a fraude de que tratam as normas da auditoria independente. Já a confiabilidade das informações é influenciada pela sua fonte e sua natureza. a recusa da administração em fornecer uma representação solicitada) é utilizada pelo auditor e. Impropriedade Consiste em falhas de natureza formal de que não resulte dano ao erário. para testar se há subavaliação na existência ou valorização das contas a pagar. Por outro lado. legitimidade. constatando a existência de desfalque. até mesmo a ausência de informações (por exemplo. como auditorias anteriores. desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para o Erário. também pode constituir evidência de auditoria.br 12 . eficácia e economicidade.pontodosconcursos. faturas de fornecedores e exceções apontadas nos relatórios de recebimento de mercadorias podem ser relevantes. Contudo. com vistas a permitir que os dirigentes possam adotar as providências corretivas pertinentes. Irregularidade É caracterizada pela não observância desses princípios. incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção. Além disso. faturas não pagas. e as circunstâncias nas quais são obtidas. quando relevante. quando couber. no decorrer de qualquer atividade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 testar as contas a pagar registradas pode ser um procedimento de auditoria relevante. ela também pode incluir informações obtidas de outras fontes. portanto. testar as contas a pagar registradas não seria relevante. mas testar informações como desembolsos subsequentes. Importante destacar que a evidência de auditoria é obtida principalmente a partir dos procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho. porém evidencia-se a não observância aos princípios de legalidade.com. quando sejam obtidas evidências das mesmas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. deverá ser dado o devido tratamento. eficiência. O servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. alcance. deve prestar especial atenção àquelas transações ou situações que denotem indícios de irregularidades e. a palavra “parecer”.br 13 . nos referimos genericamente ao termo “relatório” como sendo o documento que traz os achados e conclusões de auditoria. em suas normas de auditoria. auxiliar e não substituir o julgamento criterioso do auditor ao elaborar um parecer ou relatório. é praticamente impossível formular uma regra específica para cada relatório de auditoria a ser elaborado. Normas relativas à opinião do auditor Ao final de cada auditoria.com. que todas elas convergem para o mesmo norte. cabendo às normas.. quando isso não implicar risco pessoal. compete-lhe prestar especial atenção às transações ou situações que apresentem indícios de irregularidades e. no decorrer dos exames.. Como bem fala a INTOSAI. a detecção de toda impropriedade ou irregularidade. registrando os achados de forma adequada. Importante destacar que a aplicação dos procedimentos adequados de auditoria não garante necessariamente. o auditor deve preparar opinião escrita ou relatório. ao conhecimento do dirigente da unidade ou entidade examinada. solicitando os esclarecimentos e justificativas pertinentes. não significa que o trabalho tenha sido inadequado. quando obtida evidências. comunicar o fato aos dirigentes para adoção das medidas corretivas cabíveis. objetivo.pontodosconcursos. Dessa forma. contudo ele deve estar consciente da probabilidade de.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 A detecção de irregularidades e impropriedades não é o objetivo primordial das atividades do auditor. ocorrida no período submetido a exame. ser independente. veremos. deve incluir somente informações que sejam apoiadas por evidências competentes e relevantes. por escrito. a identificação posterior de situação imprópria ou irregular. Relatório versus Parecer De uma forma geral. justo e construtivo. Bom. O conteúdo desse documento deve ser fácil de entender e livre de ideias vagas e ambíguas. é usada para as conclusões do auditor resultantes de uma auditoria de regularidade (contábil e de Davi Barreto e Fernando Graeff www. o servidor deve levar o assunto. alguns normativos fazem diferença entre duas espécies desse gênero: parecer e relatório propriamente dito. Portanto. no entanto. De acordo com a INTOSAI. nesse tópico falaremos sobre como as diferentes normas de auditoria tratam da comunicação dos resultados e. defrontar-se com tais ocorrências. Na hipótese de risco pessoal informar a ocorrência ao seu dirigente que o orientará e adotará as providências necessárias. Ao verificar a ocorrência de irregularidades. Davi Barreto e Fernando Graeff www. e a palavra “relatório” é usada para as conclusões do auditor resultantes de uma auditoria operacional. com base no que falamos até agora. IN 01/2001 Peça que exprime a avaliação conclusiva do Sistema de Controle Interno sobre a gestão examinada2.br 14 . a IN SFC/MF nº 01/2001 prevê o Certificado de Auditoria que é o documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regularidade.com.. da gestão e a adequacidade. Vamos parar um minutinho. enquanto que o relatório traz um relato dos achados e conclusões de auditoria. Nesse esteio. Forma pela qual os resultados dos trabalhos são levados ao conhecimento das autoridades.. existe a figura do parecer prévio emitido pelos Tribunais de Contas sobre as contas do Poder Executivo que serão julgadas pelo Legislativo conforme previsto nos artigos 49. Enfim. ou não.pontodosconcursos. IX e 71 da CF/88. as conclusões e a proposta de encaminhamento. a IN 01/01 define parecer como a peça compulsória a ser inserida nos processos de tomada e prestação de contas. Normativos Parecer Relatório Normas da INTOSAI Conclusões resultantes de uma auditoria de regularidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 cumprimento legal). o que você consegue identificar como principal diferença entre o parecer e o relatório? De forma geral. O mesmo normativo define relatórios como forma pela qual os resultados dos trabalhos realizados são levados ao conhecimento das autoridades competentes. o parecer expressa uma opinião. que externaliza a avaliação conclusiva do Sistema de Controle Interno sobre a gestão examinada. Conclusões resultantes de uma auditoria de operacional. como sendo o instrumento formal e técnico por intermédio do qual a equipe comunica o objetivo e as questões de auditoria. as normas do CFC definem o relatório do auditor independente como o documento escrito (emitido de forma impressa em papel ou em meio eletrônico) que contém sua opinião sobre as demonstrações contábeis. 2 O Certificado tem um papel parecido. Por sua vez. que serão remetidos ao Tribunal de Contas da União. trata-se da opinião do dirigente máximo do órgão de controle interno que pode ratificar ou não a opinião expressa no certificado. Por fim. das peças examinadas. a metodologia usada. os achados. No entanto. ou não. Os manuais de auditoria do TCU não preveem o “parecer” e trazem a figura do relatório. vamos dar um passo à frente e entender as diferentes classificações que essas peças podem assumir.br 15 . também adotava parecer. Enfim.com. uma compreensão geral do seu significado. por sua própria natureza. assim. o auditor acredita que está tudo OK. A classificação dos diferentes tipos de parecer adotada pela INTOSAI é a mesma utilizada pelo CFC5 para classificar a opinião do auditor independente das demonstrações contábeis. de um parecer adverso ou de um parecer com negativa de opinião. De acordo com as normas de INTOSAI. o conteúdo do parecer deve indicar claramente quando se trata de um parecer pleno. • Parecer com Ressalvas: é usado quando o auditor discordar ou tiver dúvida quanto a um ou mais elementos específicos das demonstrações contábeis que sejam relevantes. • Parecer Adverso. • Parecer Pleno (=sem ressalvas ou limpo): é dado quando o auditor fica convencido. O auditor deve emitir um parecer adverso quando for incapaz de formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis como 3 No entanto. de um parecer com ressalvas quanto a certos aspectos. adota a nomenclatura relatório com opinião de auditoria. o parecer é o instrumento utilizado para comunicação dos resultados de auditoria de regularidade e normalmente é redigido de forma padronizada. mas não fundamentais para a compreensão delas. 4 Davi Barreto e Fernando Graeff www. e com as exigências legais e regulamentares pertinentes. Assim.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Normas do TCU Não preveem o parecer como documento para comunicação dos resultados de auditoria3. embora proporcionando aos leitores. Atualmente. referindo-se às demonstrações contábeis como um todo. evitando. a necessidade de alongar-se nos dados que o fundamentam. Resultados dos trabalhos de auditoria interna e independente. de que as demonstrações contábeis foram elaboradas segundo princípios e normas de contabilidade aceitáveis. em todos os aspectos relevantes. Instrumento pelo qual a equipe comunica os resultados de auditorias de conformidade e operacionais.pontodosconcursos. previa que a opinião do auditor independente deveria ser expressa em um parecer de auditoria. na vigência da revogada NBC T 11. Tipos de Parecer e de Certificado Vimos que as denominações parecer e certificado são adotadas em alguns normativos de auditoria governamental. Normas do CFC O termo parecer não é mais previsto nas normas do CFC4. A NBC T 11. 5 O CFC. está prevista na CF/88 a figura do parecer prévio das contas de governo. Segundo essas normas. hoje revogada. é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis. Pois. cujo objetivo é chamar a atenção para um assunto apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que. Davi Barreto e Fernando Graeff www. se houvesse. a NBC TA 705 traz o quadro abaixo que resume a opinião do auditor sobre a natureza do assunto que gerou a modificação.br 16 . O parágrafo de ênfase só poderá ser incluído no relatório se o auditor tenha obtido evidência de auditoria suficiente e apropriada de que não houve distorção relevante do assunto nas demonstrações contábeis. neste momento. No âmbito da auditoria independente. não de ênfase. em virtude de discordar tão fundamentalmente delas. que a situação por elas apresentada fica comprometida.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 um todo.pontodosconcursos. Importante! Note que a abstenção de opinião não se aplica sempre que o auditor sofrer limitação de escopo. mas somente quando essa limitação impede que forme uma opinião sobre o conjunto das demonstrações – nos outros casos aplica-se o parecer com ressalvas. seria o caso de ressalva. falar rapidamente sobre o parágrafo de ênfase (previsto nas normas do CFC). • Parecer com Negativa de Opinião (=abstenção de opinião): o auditor deve emitir um parecer com negativa de opinião acerca das demonstrações contábeis como um todo se houver incertezas ou restrições ao escopo da auditoria que o impeçam de formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis como um todo. e a disseminação de forma generalizada dos seus efeitos ou possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis: Natureza do assunto que gerou a modificação Julgamento do auditor sobre a disseminação de forma generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis Relevante mas não generalizado Relevante e generalizado As demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes Opinião com ressalva Opinião adversa Impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente Opinião com ressalva Abstenção de opinião Vale a pena. tornando inadequada a emissão de um parecer com ressalvas. segundo o julgamento do auditor. a administração deve fazer divulgações adicionais nas demonstrações contábeis necessárias para evitar que as demonstrações contábeis sejam enganosas. ou continue a ter. efeito significativo sobre a posição patrimonial e financeira da entidade. • aplicação antecipada (quando permitido) de nova norma contábil (por exemplo. parágrafo de ênfase com referência à nota explicativa que esclarece mais detalhadamente a razão da alteração das demonstrações contábeis emitidas anteriormente e do relatório anterior fornecido pelo auditor independente. e • grande catástrofe que tenha tido. antes da sua data de vigência. • No caso de dúvida quanto à continuidade operacional da entidade: se for feita divulgação adequada nas demonstrações contábeis.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Tal parágrafo deve referir-se apenas divulgadas nas demonstrações contábeis. São exemplos de circunstâncias em que o auditor pode considerar necessário incluir um parágrafo de ênfase: • existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio excepcional ou ação regulatória. São exemplos de situações que exigem a inclusão do parágrafo de ênfase: • Para chamar a atenção dos usuários para as divulgações adicionais: nos casos em que a estrutura do relatório financeiro prevista em lei ou regulamento específico não é aceitável. e indicar que a opinião do auditor não se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado.pontodosconcursos. a informações apresentadas ou Quando o auditor incluir um parágrafo de ênfase no relatório.br 17 . novo ou reemitido. incluir no parágrafo uma referência clara ao assunto enfatizado e à nota explicativa que descreva de forma completa o assunto nas demonstrações contábeis.com. Preste atenção ao item 4: a opinião do auditor não se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado. o auditor deve Davi Barreto e Fernando Graeff www. usar o título “Ênfase” ou outro título apropriado. ele deve: 1 2 3 4 incluí-lo imediatamente após o parágrafo de opinião no relatório do auditor. • No caso de eventos subsequentes: o auditor independente deve incluir no seu relatório. nova prática contábil introduzida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC)) com efeito disseminado de forma generalizada nas demonstrações contábeis. temos que conhecer as classificações presentes nessas normas e identificar qual usar. previstos na a IN SFC/MF nº 01/2001: • Certificado de Regularidade: opinião de que na gestão dos recursos públicos foram adequadamente observados os princípios da legalidade. não caracterizem irregularidade de atuação dos agentes responsáveis. • Certificado de Regularidade com Ressalvas: quando forem constatadas falhas. não tem jeito. de tal modo que inviabilize a formação de opinião quanto à regularidade da gestão. desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para o erário e/ou comprometam. entre as diferentes definições existentes nos vários normativos. qual utilizar?” Caro amigo. mediante novos exames. poderá ser emitido o competente certificado. no período ou exercício examinado. quando então. pela sua irrelevância ou imaterialidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 expressar uma opinião sem ressalvas e incluir um parágrafo de ênfase em seu relatório destacando a existência de incerteza significativa e chamando a atenção para as respectivas notas explicativas às demonstrações contábeis. quanto à legalidade. Continuando nossa discussão sobre relatório de auditoria. vamos acrescentar alguns detalhes abordados na IN SFC/MF nº 01/2001. Importante: não existe a figura da negativa de opinião nos certificados previstos na IN 01/2001. as demonstrações financeiras e a respectiva gestão dos agentes responsáveis. legitimidade e economicidade. omissões ou impropriedades de natureza formal no cumprimento das normas e diretrizes governamentais. alcance. • Certificado de Irregularidade: quando for verificado a não observância da aplicação dos princípios de legalidade. pois essas classificações não são antagônicas e. substancialmente. no fundo.pontodosconcursos.br 18 . por prazo previamente fixado para o cumprimento de diligência. vamos falar sobre a classificação dos certificados de auditoria. legitimidade e economicidade e que. legitimidade e economicidade. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Quando não for possível obter elementos comprobatórios suficientes e adequados.com. Você deve estar pensando: “Como vou saber. constatando a existência de desfalque. a opinião decorrente dos exames fica sobrestada. Por fim. trazem muitas semelhanças. Mas não se assuste. das impropriedades ou irregularidades constatadas. pareceres. Nota Documento destinado a dar ciência ao gestor auditado. informações.br 19 . ou nota. com base em cada relatório. Parecer Peça documental que externaliza a avaliação conclusiva do Sistema de Controle Interno sobre a gestão examinada. Esses documentos devem refletir os resultados dos exames efetuados. notas etc. ou não. da gestão e a adequacidade. quando couber. Documento destinado ao registro das verificações Registro de significativas detectadas no desenvolvimento dos trabalhos. devem reunir principalmente os seguintes atributos de qualidade: Concisão . Relatório Forma pela qual os resultados dos trabalhos realizados são levados ao conhecimento das autoridades competentes Certificado Documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regularidade. fatos ou situações observados. O quadro abaixo traz um resumo das principais formas de comunicação previstas na IN SFC/MF nº 01/2001: Principais tipos de documento previstos na IN SFCI 01/2001 Solicitação Documento utilizado para formalizar pedido de documentos. que proporcionem a abordagem da atividade. quanto aos atos de gestão. transmitindo o máximo de informações de forma breve.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Para cada atividade realizada. com a finalidade de obter a manifestação dos agentes sobre fatos que resultaram em prejuízo ao erário ou de outras situações que necessitem de esclarecimentos formais. das peças examinadas. que são genericamente denominadas formas de comunicação. Davi Barreto e Fernando Graeff www. justificativas e outros assuntos relevantes. emitido antes ou durante o desenvolvimento dos trabalhos de campo.pontodosconcursos. ou não. É característica dessa linguagem a precisão e a exatidão. a constatações ser elaborado de forma concisa. o Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve elaborar relatório.. no decorrer dos trabalhos. de acordo com a forma ou tipo de atividade.utilizar linguagem sucinta e resumida. para que os autos sejam submetidos à autoridade ministerial. Os relatórios. parecer ou certificado. demonstrando a existência real e material da informação. isenta de erros ou rasuras que possam prejudicar o correto entendimento. segundo os objetivos do trabalho. com uma linguagem que atenda. também. de forma adequada. Clareza – expressar linguagem inteligível e nítida de modo a assegurar que a estrutura da comunicação e a terminologia empregada permitam que o entendimento das informações sejam evidentes e transparentes. aos atributos de qualidade mencionados. devendo ser incluídos na comunicação todos os fatos observados. Não se preocupe em decorar essas dimensões.pontodosconcursos.com. Em situações identificadas na ordem de serviço.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Objetividade – expressar linguagem prática e positiva. sem nenhuma omissão. Apresentação – assegurar que os assuntos sejam apresentados numa sequência estruturada. correspondendo aos objetivos determinados. com a extensão correta. recomendações efetuadas e conclusão.br 20 . Dirija seus esforços para entender o que cada uma quer dizer e veja como é intuitivo que essas observações sejam aplicadas nos relatórios de auditoria. Oportunidade – transmitir a informação. Coerência – assegurar que a linguagem seja harmônica e concordante. pois sua prova muito provavelmente não irá pedir para listá-las. e Conclusivo – permitir a formação de opinião sobre as atividades realizadas. de forma que a comunicação seja lógica. poderá ficar especificado que não cabe uma manifestação conclusiva principalmente nos casos em que os exames forem de caráter intermediário. A IN SFC/MF nº 01/2001 dispõe ainda que na emissão do Relatório de Auditoria realizada com base no processo de Tomada e Prestação de Contas do órgão ou entidades examinadas. evitando termos e expressões que possam ensejar dúvidas. simultaneamente. com tempestividade e integridade de modo que as comunicações sejam emitidas de imediato. Convicção – demonstrar a certeza da informação que a comunicação deve conter visando persuadir e convencer qualquer pessoa para as mesmas conclusões. a fim de que os assuntos neles abordados possam ser objeto de oportunas providências. proporcionando uma visão completa das impropriedades/irregularidades apontadas. Integridade – registrar a totalidade das informações de forma exata e imparcial. é necessário que se atenda aos seguintes requisitos: Davi Barreto e Fernando Graeff www. pontodosconcursos. evidenciando. na extensão julgada necessária e de acordo com as normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. se for o caso.br 21 . recomendações visando à correção das falhas verificadas durante o exame. legitimidade e economicidade na realização das despesas. ou não. das diretrizes governamentais e normas legais vigentes. particularmente naquelas situações em que forem identificadas impropriedades e irregularidades. b) indicar as normas que instruam o processo de Tomada ou Prestação de Contas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 a) identificar o número do processo. Davi Barreto e Fernando Graeff www. e k) comentar sobre a implementação das recomendações de relatórios de auditoria e fiscalização anteriores e de diligências do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e do Tribunal de Contas da União. i) comentar sobre a legalidade. devendo-se evitar recomendações imprecisas ou genéricas que não permitam adequada avaliação de sua implementação. se necessário. h) relatar sobre o cumprimento. c) identificar o local em que foi realizado o trabalho. f) comentar sobre a extensão dos trabalhos e eventuais restrições. desde que todos os requisitos nelas previstos tenham sido observados. g) comentar sobre os controles internos administrativos. as deficiências e ineficácias dos sistemas. Vamos também destacar alguns pontos adicionais importantes trazidos nas Normas de Auditoria do TCU (NAT): • Os relatórios de auditoria devem incluir uma declaração dos auditores de que os trabalhos foram realizados em conformidade com as NAT. e) declarar ter o exame sido efetuado por amostragem.com. período examinado e a unidade ou entidade examinada. d) definir o objetivo da auditoria e identificar as demonstrações financeiras examinadas. j) apresentar. no caso de auditoria contábil. desenvolvidas em parceria pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (ATRICON) e Instituto Rui Barbosa (IRB). legais e circunstanciais de cada instituição de controle governamental (controladorias ou tribunais de contas). Distrito Federal e Municípios Brasileiros (PROMOEX).. Trata-se de uma prática que ajuda a assegurar que o relatório seja relatório seja imparcial. Por não estarem explícitas no edital passado.. determinações. boa parte delas reflete tudo o que falamos ao longo do nosso curso. imputação de débito. Bom. poucas pessoas estudaram essas normas. bem como. recomendações. mas também a perspectiva dos dirigentes da entidade e as ações corretivas que pretendem tomar. O tema da prova discursiva do último concurso da Receita foi baseado nas Normas de Auditoria Governamental (NAGs). as conclusões e as propostas.com. Enfim. e que possam ser adaptados em função das características institucionais.br 22 .. No entanto.pontodosconcursos. O objetivo primordial das NAGs é estabelecer os princípios para a definição de procedimentos e práticas de auditoria governamental. aquilo que a equipe de auditoria demonstra ser necessário para sanar alguma deficiência identificada. no âmbito do Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo dos Estados.. as NAGs foram elaboradas de acordo com preceitos de auditoria independente estabelecidos nas NBC TAs do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). coadunam-se com as normas de auditoria governamental contidas na IN SFC 01/2001 e nas Normas de Auditoria do TCU (NATs).Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 • Todos relatório de auditoria deve ter uma proposta de encaminhamento. objetivo e completo. segundo as NAGs. A inclusão desses comentários resulta em um documento que não só apresenta os achados. vale a pena falar sobre as NAGs. Davi Barreto e Fernando Graeff www. ou seja.. Vamos explorar alguns aspectos relacionados a essas normas. são regras gerais que norteiam a conduta profissional e técnica dos auditores públicos. • Uma boa prática em auditorias governamentais é permitir que o auditado tenha a oportunidade de examinar o relatório preliminar antes que ele seja tornado público (comentários do gestor)... enfim. modalidades e enfoques técnicos. Assim. auditoria governamental é. Por fim. multas. nas suas diversas áreas de atuação. ” Bem parecido com o que falamos no início desta aula. eficiência. englobando a fiscalização de natureza contábil. Dessa forma. financeira. econômica e financeira. que contemple todo o escopo definido pela CF/88 e legislação pertinente.pontodosconcursos. operacional e patrimonial. Tudo isso possibilita o controle vertical ou transversal da Administração Pública. Davi Barreto e Fernando Graeff www. ou junto àqueles que de alguma forma sejam responsáveis por arrecadação. fraudes e outras irregularidades. Entretanto. eficácia. que em alguns casos podem ser de tal grandeza que afetem a posição patrimonial. ética e proteção do meio ambiente. o auditor governamental deve estar alerta à possibilidade da existência de erros. portanto. certo? Assim como na auditoria das demonstrações contábeis. efetividade. assim como as questões operacionais do ente auditado. fraudes e outras irregularidades. a metodologia da auditoria governamental deve ter abordagem ampla. portanto. Trata-se. guarda ou aplicação de recursos públicos.com. e os resultados dos programas de governo. para atingir seu objetivo. orçamentária.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 “uma atividade de controle e avaliação que deve ser executada de forma independente e autônoma nos entes que compõem a Administração Pública brasileira. permitindo avaliar o desempenho entidades públicas. de uma abordagem extremamente abrangente.br 23 . não é destinado especificamente a detectar erros. ao efetuar seus exames. equidade. integrada e sistêmica. que analisa o objeto auditado sob os critérios de economicidade. o objetivo de um exame de auditoria governamental é expressar opinião ou emitir comentários sobre a adequação da matéria examinada e. (B) Registro de constatações. ou não. (FCC/MPE PE . Comentários: Segundo a Secretaria Federal de Controle Interno. (D) de avaliação de gestão. das peças examinadas.pontodosconcursos. o documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regularidade. Comentários: A IN SFC/MF nº 01/2001 prevê que o Certificado de Auditoria é o documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regularidade. verificar a execução de contratos. é denominado: (A) Parecer sem ressalva. Davi Barreto e Fernando Graeff www. entre elas. a probidade na aplicação do dinheiro público e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados. verificar a execução de contratos. acordos. a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados Gabarito: D 02. ou não. da gestão e a adequação.Analista Ministerial – Ciências Contábeis/2012) O tipo de auditoria do setor governamental que tem por objetivo emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das contas. convênios ou ajustes. (FCC/MPE PE .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Questões comentadas 01. (D) Nota. é denominada auditoria: (A) operacional. acordos. (C) Certificado. da gestão e a adequacidade. convênios ou ajustes.Analista Ministerial – Ciências Contábeis/2012) De acordo com a IN no 01/2001 da SFC. (E) plena. (C) descentralizada. (E) Relatório.com.br 24 . ou não. ou não. das peças examinadas. a auditoria governamental pode ser classificada em 5 (cinco) tipos. encontra-se a Auditoria de Avaliação da Gestão que objetiva emitir uma opinião com vistas a certificar a regularidade das contas públicas. (B) especial. Parecer Peça documental que externaliza a avaliação conclusiva do Sistema de Controle Interno sobre a gestão examinada.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Gabarito: C 03. no decorrer dos trabalhos. justificativas e outros assuntos relevantes. para que os autos sejam submetidos à autoridade ministerial. informações. Certificado ou Nota. com a finalidade de obter a manifestação dos agentes sobre fatos que resultaram em prejuízo ao erário ou de outras situações que necessitem de esclarecimentos formais. Intimação ou Comunicado. Nota Documento destinado a dar ciência ao gestor auditado. das peças examinadas. de acordo com a Instrução Normativa SFC/MF no 01/2001. Relatório Forma pela qual os resultados dos trabalhos realizados são levados ao conhecimento das autoridades competentes Certificado Documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regularidade. Certificado ou Notificação. (D) Decisão. ou não. a constatações ser elaborado de forma concisa. Certificado ou Acórdão. emitido antes ou durante o desenvolvimento dos trabalhos de campo. (FCC/MPE RN . deve ser expressa por meio de Relatório. (E) Certidão.Analista do Ministério Publico Estadual – Contabilidade/2012) A opinião do Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal.pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Documento destinado ao registro das verificações Registro de significativas detectadas no desenvolvimento dos trabalhos. Decisão ou Despacho.br 25 . (C) Parecer. das impropriedades ou irregularidades constatadas. da gestão e a adequacidade. Comentários: O quadro abaixo traz um resumo das principais formas de comunicação previstas na IN SFC/MF nº 01/2001: Principais tipos de documento previstos na IN SFCI 01/2001 Solicitação Documento utilizado para formalizar pedido de documentos. (B) Parecer. com base em cada relatório.com. ou não. (A) Parecer. (C) Auditoria contábil: compreende o exame dos registros e documentos e na coleta de informações e confirmações. em seus aspectos mais relevantes. exame da documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos. oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais. seus programas governamentais e sistemas informatizados. (B) Auditoria de acompanhamento da gestão: realizada ao longo dos processos de gestão. e avaliação dos resultados operacionais e da execução dos programas de governo quanto a economicidade. verificar a efetividade e a aplicação de recursos externos. verificação do cumprimento da legislação pertinente. melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial. Tem por objeto. adequadamente. os resultados do período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas. acordos. que visem a aprimorar os procedimentos.com. entidade ou projeto. a situação econômico-financeira do patrimônio. entre outros. procurando auxiliar a administração na gerencia e nos resultados. (D) Auditoria operacional: consiste em avaliar as ações gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional ou parte dele. pertinentes ao controle do patrimônio de uma unidade.br 26 . com a finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência. sendo desenvolvida de forma tempestiva no contexto do setor público. atuando sobre a gestão. com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade. mediante procedimentos específicos. por meio de recomendações. verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil. Objetivam obter elementos comprobatórios suficientes que permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e se as demonstrações deles originárias refletem. (FGV/Senado – Analista Legislativo – Controle Interno/2012) Não é possível classificar a auditoria em: (A) Auditoria de avaliação da gestão: esse tipo de auditoria objetiva emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das contas. a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens. compreendendo. eficácia e economicidade. verificar a execução de contratos. com vistas a emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações financeiras.pontodosconcursos. eficiência e eficácia dos mesmos. Este tipo de procedimento auditoria consiste numa atividade de assessoramento ao gestor público.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Gabarito: A 04. por unidades ou entidades públicas executoras de projetos celebrados com aqueles organismos. também. com vistas a aprimorar as práticas dos atos e fatos administrativos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. convênios ou ajustes. os seguintes aspectos: exame das peças que instruem os processos de tomada ou prestação de contas. evidenciando melhorias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua missão institucional. mas simplesmente “auditoria de gestão” que pode ser confundida. Davi Barreto e Fernando Graeff www. acordos. (ESAF/AFRFB/2012) Os auditores públicos foram designados para examinar as demonstrações contábeis da Empresa Transportes Fluviais S. é o item E (auditoria comutativa). a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados. Logo. o gabarito é o item E. a partir dos quais serão apresentadas sugestões de ratificação ou retificação de rotinas administrativas. Foi determinado como procedimento a constatação da existência física dos portos. 05. O objetivo é avaliar se os recursos destinados à construção dos dois novos portos foram aplicados nos montantes contratados. verificar a execução de contratos. É exigido do candidato o conhecimento dessas classificações de auditoria. B. no entanto. Esse tipo de auditoria pública é classificada como auditoria (A) de gestão. a auditoria objetiva avaliar a regularidade da construção dos portos. a norma é transcrita de forma literal.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 (E) Auditoria comutativa: objetiva o exame de fatos ou situações análogas. (C) operacional. Comentários: Essa questão é do recente concurso do Senado e explora as classificações de auditoria da IN SFC 01/2001. (E) de sistemas.br 27 . dentro dos orçamentos estabelecidos e licitações aprovadas. Neste caso. A questão. No caso em pauta. O único item que não contempla um tipo de auditoria. por exemplo.pontodosconcursos.com. convênios ou ajustes. C e D. Comentários: A IN SFC 01/2001 define auditoria de avaliação de gestão como aquela cujo objetivo é emitir uma opinião com vistas a certificar a regularidade das contas públicas. (D) contábil.A. não traz a opção “auditoria avaliação de gestão”. com o objetivo de identificar padrões. (B) de programas. com a auditoria de “acompanhamento da gestão”. nos itens A. conforme a IN 01/2001. nesta prova.” Gabarito: A. tem por objetivo primordial.br 28 . garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública. segundo a IN SFC/MF nº 01/2001. financeiro. Auditoria Contábil. em sua IN 01/01 seção II – Auditoria. Pode-se evidenciar na própria norma. EXCETO: (A) Proceder a elaboração dos processos de Tomada de Contas Especial. no entanto.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 A ESAF. Comentários: Dentre as atividades que. Cabe ao Sistema de Controle Interno por intermédio da técnica de Auditoria. transcrevemos trecho do Parecer divulgado pela ESAF sobre essa questão: “Conforme definido pelo próprio Senado Federal. nas páginas 44 e 77. Davi Barreto e Fernando Graeff www. cabem ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais. as modalidades de auditoria pública são: Auditoria de Gestão. (B) Realizar auditorias nos sistemas contábil. 06. nas normas de auditoria Governamental. Auditoria de Sistemas e Auditoria Especial estando plenamente adequada a nomenclatura utilizada. (Consulplan/ Município de Guarapari – ES / AUDITOR INTERNO – 2010) A auditoria. inclusive nos projetos de cooperação técnica junto a organismos internacionais e multilaterais de crédito. a norma classifica a auditoria em: Auditoria de Gestão (Avaliação e Acompanhamento). (E) Apurar os atos e fatos inquinados de ilegais ou de irregulares. Dessa forma os recursos arguindo a não existência da modalidade de auditoria são improcedentes. Auditoria Operacional. Também. emanadas pelo CGU e pela Secretaria Federal de Controle Interno. a utilização da modalidade auditoria de gestão. praticados por agentes públicos ou privados. não está àquela citada na alternativa A. Auditoria Especial. Auditoria Contábil. observando os aspectos relevantes relacionados a avaliação dos programas de governo e da gestão pública.com. Abaixo. Auditoria Operacional. Auditoria de Programas. quando for o caso. dentre outras atividades. teve um entendimento de que a “auditoria de gestão” engloba tanto a auditoria “avaliação de gestão” como a de “acompanhamento da gestão”.pontodosconcursos. (C) Examinar a regularidade e avaliar a eficiência e eficácia da gestão administrativa e dos resultados alcançados nas ações de governo. (D) Apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos e gerenciais e os controles internos administrativos dos órgãos da Administração Direta e entidades da Administração Indireta Municipal. por intermédio da técnica de auditoria. Economicidade (C) e Eficiência (D) são dimensões de desempenho (E). não cabe ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal proceder à elaboração dos processos de Tomada de Contas Especial. na legalidade e na legitimidade da gestão. 07.pontodosconcursos. de aposentadorias e folhas de pagamentos. ou seja. Gabarito: B. (E) O exame dos registros contábeis não é empregado nesta modalidade de auditoria. este tipo de auditoria ainda não está em uso ou não é frequentemente utilizado. 08. (D) No Brasil. (FMP/Auditor – TCE RS/2011) Acerca da auditoria de conformidade. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (B) Este tipo de auditoria é oportuno para avaliar eventuais deficiências do sistema de arrecadação tributária do município.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 De fato. avaliadas nas auditorias operacionais. é mais importante para o auditor o exame do (a): (A) eficácia (B) legitimidade (C) economicidade (D) eficiência (E) desempenho Comentários: Falamos que as auditorias de conformidade focam na análise da regularidade. Comentários: Vamos analisar cada um dos itens. assinale a alternativa correta. Gabarito: A.br 29 . quando o auditor avalia os resultados à luz dos objetivos e metas estabelecidos. notadamente as reclamações dos usuários quanto à qualidade da prestação dos serviços por parte da secretaria das finanças. (A) É adequada para avaliar processos de licitações. cabe sim.com. (FMP/Auditor – TCE RS/2011) Acerca da auditoria de conformidade. (C) É típica dos programas públicos. realizar auditorias nesses processos. Eficácia (A). 09. (C) Auditoria de Sistemas. (E) Auditoria Financeira. aposentadorias e folhas de pagamento. desempenho). Gabarito: A. (A) O objetivo primordial é o de garantir os resultados operacionais na gerência da coisa pública. eficiência. Avaliar eficiência (ou deficiência) é um objetivo da auditoria operacional. (FMP/Auditor – TCE MT/2008) Dentre os tipos de Auditoria Governamental aquela que atua nas áreas interrelacionadas do órgão ou da entidade.br 30 . basta abrir as páginas do jornal para ver os inúmeros exemplos desses trabalhos conduzidos pelos Tribunais de Contas. As auditorias de conformidade são utilizadas para avaliar a regularidade de licitações. Davi Barreto e Fernando Graeff www. vimos que a auditoria operacional (=auditoria de preocupa-se em verificar a economia.com. (D) Auditoria Operacional. As auditorias de conformidade são muito comuns no Brasil. Item (D): Errado. 10. Item (C): Errado. Gabarito: D. faz parte do escopo de auditorias de conformidade. (B) Auditoria de Qualidade. O exame de registros contábeis é um exemplo de exame de regularidade e.pontodosconcursos. Item (E): Errado. Item (B): Errado. portanto. Comentários: Ora. a eficiência e a eficácia. (B) Abrange as entidades e unidades da administração indireta e tem como objetivo primordial verificar a regularidade dos atos praticados por ordenadores de despesa quanto à execução orçamentária e financeira. (ESAF/Analista: Ciências Contábeis/ANA/2009) Assinale a opção verdadeira a respeito do objetivo primordial e abrangência da auditoria no Setor Público Federal. economicidade e efetividade é denominada: (A) Auditoria de Conformidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Item (A): Certo. Avaliar a eficácia (alcance de objetivos e metas) é também papel da auditoria operacional. avaliando a eficácia. abrange todas as unidades e entidades públicas federais e leva em conta os aspectos relevantes relacionados à avaliação dos programas de governo. (Consulplan/CEAGESP – AUDITOR JÚNIOR – PLENO – SÊNIOR /2006) A Auditoria de gestão tem como objetivos centrais: (A) A regularidade das contas. acordos. (E) A abrangência e o objetivo primordial são o de assegurar que os recursos alocados aos projetos sejam aplicados no cumprimento das políticas públicas. a execução de contratos e a obediência aos princípios fundamentais da contabilidade. a privacidade dos dados e a obediência aos princípios fundamentais da contabilidade. Gabarito: A. (D) Fatos e situações relevantes. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (B) A execução de contratos e convênios e a obediência aos princípios fundamentais da contabilidade. Essa auditoria é exercida nos meandros da máquina pública em todas as unidades e entidades públicas federais.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 (C) O objetivo primordial é o de garantir que os objetivos e metas definidos no orçamento sejam atingidos e abrange as entidades constantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social.br 31 . Comentários: Segundo a IN SFC/MF nº 01/2001. Gabarito: A.pontodosconcursos. observando os aspectos relevantes relacionados à avaliação dos programas de governo e da gestão pública. 11. e • verificar a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados. (C) A privacidade dos dados. (E) A privacidade dos dados e das contas. a Auditoria de Avaliação da Gestão objetiva emitir uma opinião com vistas a: • certificar a regularidade das contas públicas. (D) A abrangência é a definida na Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício e o objetivo primordial é verificar o cumprimento da lei orçamentária anual. a execução de contratos e convênios e a probidade administrativa. a execução de contratos e convênios e a probidade administrativa. convênios ou ajustes. • verificar a execução de contratos. Comentários: A auditoria no Setor Público Federal tem por objetivo primordial o de garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública. (C) Auditoria Especial. Item C: Correto. (FCC / Auditor TCE AL / 2008) É característica da auditoria operacional no setor público: (A) Exame de fatos ou situações consideradas relevantes. Essa é uma característica da auditora de conformidade. (B) Obter elementos comprobatórios suficientes para fundamentar a opinião sobre os registros contábeis. Comentários: Davi Barreto e Fernando Graeff www. Comentários: Item A: Errado. (A) Auditoria de Avaliação da Gestão. Essa é uma característica da chamada auditoria concomitante.pontodosconcursos. 13.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 12. (D) Auditoria Operacional. Item E: Errado. Gabarito: C. (C) Emissão de opinião sobre a gestão quanto aos aspectos de eficiência. (B) Auditoria Contábil. sendo realizada para atender determinação expressa de autoridade competente”. Item B: Errado.br 32 . Item D: Errado. a eficiência e a eficácia. de acompanhamento de gestão. A auditoria operacional preocupa-se em verificar a economia. de natureza incomum ou extraordinária. (E) Auditoria de Acompanhamento da Gestão.com. (E) Certificação da regularidade das contas e a probidade na aplicação dos recursos públicos. a_________________________ objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes. eficácia e economicidade. (ESAF/Analista: Qualquer Área de Formação/ANA/2009) Assinale a opção que preenche corretamente a lacuna da seguinte frase: “No Setor Público Federal. (D) Atuação em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de um órgão público. de natureza incomum ou extraordinária. A auditoria operacional se preocupa com a gestão da entidade e não com situações de natureza incomum ou extraordinária. O enunciado refere-se à auditoria contábil. (B) A auditoria de acompanhamento da gestão é responsável por avaliar a gestão do ano imediatamente anterior quanto aos atos efetivos e os potenciais efeitos positivos e negativos de uma entidade. 14. com o objetivo de atender determinação expressa de autoridade competente. com o objetivo de controlar e emitir opinião sobre as transações no que diz respeito à sua economicidade e eficiência. nesse tipo os demais trabalhos auditoriais não inseridos em outras classes de atividades. (UnB/CESPE/TCE – AC Analista de Controle Externo – Especialidade: Administração Pública e/ou de Empresas/2008) Assinale a opção correta acerca dos tipos de auditoria e de suas funções e objetivos.com. com o objetivo de controlar e emitir opinião sobre as transações no que diz respeito à sua economicidade e eficiência. Auditoria de Acompanhamento da Gestão. segundo a IN SFC/MF nº 01/2001. Gabarito: C. A auditoria especial é aquela que objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes.br 33 . (E) A auditoria especial é responsável por examinar somente fatos relevantes. (C) A auditoria operacional é responsável por verificar o processo de gestão com o objetivo de evidenciar as melhorias existentes e prevenir gargalos no desempenho da missão institucional. Comentários: Vamos resolver essa questão item a item: A) A auditoria de avaliação de gestão é responsável por certificar a regularidade das contas e verificar os contratos. (A) A auditoria de avaliação de gestão é responsável por certificar a regularidade das contas e verificar os contratos. com a finalidade de emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações financeiras. com o objetivo de subsidiar a gestão subsequente. ainda. Auditoria Operacional e Auditoria Especial.pontodosconcursos. sendo realizadas para atender determinação expressa de autoridade competente. a auditoria governamental pode ser classificada em cinco tipos: Auditoria de Avaliação da Gestão. Auditoria Contábil. de natureza incomum ou extraordinária. Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Como vimos. Classificam-se. (D) A auditoria contábil é responsável por verificar a efetiva aplicação de recursos externos oriundos de agentes financeiros por entidades públicas executoras de projetos celebrados com esses agentes. pois além de relevantes os fatos ou situações têm que ter natureza incomum ou extraordinária. eficácia e economicidade. Gabarito: D. específica e geral. A questão está errada. 15. A finalidade da auditoria operacional é emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência. D) A auditoria contábil é responsável por verificar a efetiva aplicação de recursos externos oriundos de agentes financeiros por entidades públicas executoras de projetos celebrados com esses agentes. indireta e simplificada. segundo o disposto na Instrução Normativa SFC/MF no 01/2001: (A) contábil. com a finalidade de emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações financeiras.com. com o objetivo de atuar em tempo real e não no ano imediatamente anterior como afirma o enunciado. Vimos que a auditoria de acompanhamento da gestão é realizada ao longo dos processos de gestão. Vimos que essa é uma das finalidades da auditoria contábil. compartilhada e geral. (D) financeira. com o objetivo de atender determinação expressa de autoridade competente. com o objetivo de subsidiar a gestão subsequente. C) A auditoria operacional é responsável por verificar o processo de gestão com o objetivo de evidenciar as melhorias existentes e prevenir gargalos no desempenho da missão institucional.pontodosconcursos.br 34 . mesmo porque elas já foram realizadas. operacional e especial. B) A auditoria de acompanhamento da gestão é responsável por avaliar a gestão do ano imediatamente anterior quanto aos atos efetivos e os potenciais efeitos positivos e negativos de uma entidade. E) A auditoria especial é responsável por examinar somente fatos relevantes. operacional e de gestão. Item correto. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (Cesgranrio/Auditor – Funasa/2009) São formas de auditoria adotadas no setor público federal. (C) simplificada. e não evidenciar as melhorias existentes. mas a auditoria de avaliação de gestão não tem por objetivo controlar as transações. (E) de revisão limitada.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 A primeira parte do enunciado dessa assertiva está correta. (B) direta. 17. (C) integrada. a auditoria pode ser executada de forma direta. (B) descentralizada.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Comentários: Bom. (E) compartilhada. indireta ou simplificada. a auditoria executada por instituições privadas.. A auditoria realizada de forma indireta é executada com a participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. (ESAF/Analista: Qualquer Área de Formação/ANA/2009) No Setor Público Federal. pelas denominadas empresas de auditoria externa. ou seja. a auditoria indireta pode ser de dois tipos: • compartilhada – coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou privada. a auditoria pode ser executada de forma direta. Gabarito: D. ou seja. pelas denominadas empresas de auditoria externa. (D) terceirizada. 16. ou • terceirizada – executada por instituições privadas. no Setor Público Federal.br 35 . Davi Barreto e Fernando Graeff www. indireta ou simplificada. cuja execução é realizada de forma direta. não é? Vimos que. segundo a IN SFC/MF nº 01/2001. essa é bem fácil. que desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada. Comentários: Como vimos.com.. Por sua vez. Gabarito: B. é classificada como: (A) centralizada. (ESAF/Analista: Ciências Contábeis/ANA/2009) Assinale a opção verdadeira a respeito de auditoria.pontodosconcursos. segundo a IN SFC/MF nº 01/2001. e que pressupõe a utilização de indicadores de desempenho que fundamentam a opinião do agente executor das ações de controle. Comentários: Segundo a IN SFC/MF nº 01/2001. (D) indireta. Descentralizada – executada exclusivamente por servidores em exercício nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. é denominada auditoria (A) direta. no âmbito da administração federal. específico das unidades ou entidades federais. (E) São trabalhos executados diretamente pelas auditorias internas das instituições federais diretas e indiretas. (B) São aquelas realizadas na administração direta e indireta integrantes do orçamento Geral da União visando avaliar o cumprimento das políticas públicas.com. unidades regionais e/ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (C) É aquela realizada pelos servidores em exercício no Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e está subdividida em centralizada. (B) compartilhada. que avalia a correta aplicação dos recursos públicos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 (A) São todos os trabalhos de fiscalização executados pelo Sistema de Auditoria Interna.pontodosconcursos. (UnB/CESPE/TCE – AC Analista de Controle Externo – Especialidade: Administração Pública e/ou de Empresas/2008) . Integrada – executada conjuntamente por servidores em exercício nos Órgãos Central. sendo subdividas em: Centralizada – executada exclusivamente por servidores em exercício nos Órgãos Central ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. para avaliar o cumprimento da lei fiscal. a auditoria é executada de forma Direta quando as atividades de auditoria forem executadas diretamente por servidores em exercício nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.A auditoria realizada sobre informações obtidas por meio eletrônico.br 36 . (D) São fiscalizações e avaliações realizadas diretamente pelos órgãos envolvidos na execução das políticas públicas. Gabarito: C. (C) integrada. setoriais. 18. descentralizada e integrada. eficiência. desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para o Erário. desvio de bens ou Davi Barreto e Fernando Graeff www. eficiência. quando só então será solicitado ao dirigente da unidade ou entidade examinada prestar os esclarecimentos e justificativas pertinentes. (D) a impropriedade é caracterizada pela não observância aos princípios de legalidade. nos termos da IN SFC/MF nº 001/2001. alcance. Comentários: O enunciado nos dá a definição exata de auditoria realizada na forma simplificada. no decorrer de qualquer atividade. o servidor deve registrar o assunto e aguardar pela finalização dos trabalhos de campo. Gabarito: E. porém evidencia-se a não observância aos princípios de legalidade. a irregularidade. (C) ao verificar a ocorrência de impropriedades. (E) ao verificar a ocorrência de irregularidades. quando só então será solicitado ao dirigente da unidade ou entidade examinada prestar os esclarecimentos e justificativas pertinentes. eficácia e economicidade. Comentários: Vamos analisar as assertivas: Alternativas A e D – Impropriedade consiste em falhas de natureza formal de que não resulte dano ao erário.pontodosconcursos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 (E) simplificada. que é aquela feita quando o custo x benefício não justifica o deslocamento de uma equipe de auditoria. constatando a existência de desfalque. alcance. por sua vez. porém evidencia-se a não observância aos princípios de legalidade.br 37 .com. (ESAF/AFC – Área Controle Interno/CGU/2008) O servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. é correto afirmar que: (A) a irregularidade consiste em falhas de natureza formal de que não resulte dano ao erário. é caracterizada pela não observância desses princípios. Acerca do tema “impropriedades e irregularidades”. eficiência. legitimidade. constatando a existência de desfalque. deve prestar especial atenção àquelas transações ou situações que denotem indícios de irregularidades. ela é feita em meio eletrônico tomando por base indicadores de desempenho. (B) o objetivo primordial das atividades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal não é a busca de impropriedades ou de irregularidades. legitimidade. 19. legitimidade. o servidor deve registrar o assunto e aguardar pela finalização dos trabalhos de campo. eficácia e economicidade. eficácia e economicidade. Na hipótese de risco pessoal. o servidor deve estar consciente da probabilidade de. ao conhecimento do dirigente da unidade ou entidade examinada. (C) Relatório.. Gabarito: B. o documento destinado a dar ciência ao gestor/administrador da área examinada. no decorrer dos exames. por escrito.br 38 . com a finalidade de obter a manifestação dos agentes sobre fatos que resultaram em prejuízo à Fazenda Nacional ou de outras situações que necessitem de esclarecimentos formais chama-se (A) Nota. (D) Certificado. quando isso não implicar risco pessoal. Alternativa B – Perfeito. Um grande abraço. Davi e Fernando Davi Barreto e Fernando Graeff www. o servidor deve levar o assunto. informar a ocorrência ao seu dirigente que o orientará e adotará as providências necessárias.. 20. (B) Solicitação de Auditoria. das impropriedades ou irregularidades constatadas ou apuradas no desenvolvimento dos trabalhos. alternativas incorretas. Chegamos ao fim de mais uma aula.com. (ESAF/AFC/Área: Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) No decorrer dos exames. alternativas incorretas. das impropriedades ou irregularidades constatadas ou apuradas no desenvolvimento dos trabalhos que tem a finalidade de obter a manifestação dos agentes sobre fatos que resultaram em prejuízo à Fazenda Nacional ou de outras situações que necessitem de esclarecimentos formais é a NOTA. Alternativas C e E – Ao verificar a ocorrência de irregularidades.. solicitando os esclarecimentos e justificativas pertinentes. no decorrer dos exames. (E) Parecer. Gabarito: A. Portanto. Comentários: O documento destinado a dar ciência ao gestor/administrador da área examinada. Portanto.pontodosconcursos. defrontar-se com tais ocorrências.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para o Erário. apesar de não ser o objetivo primordial das atividades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal a busca de impropriedades ou de irregularidades. (FCC/MPE PE . é denominada auditoria: (A) operacional.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Lista de Questões 01. Certificado ou Acórdão. (D) Nota. Decisão ou Despacho. Intimação ou Comunicado. (D) de avaliação de gestão. acordos. (C) Certificado. deve ser expressa por meio de Relatório. (E) Certidão. (FGV/Senado – Analista Legislativo – Controle Interno/2012) Não é possível classificar a auditoria em: (A) Auditoria de avaliação da gestão: esse tipo de auditoria objetiva emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das contas. (C) descentralizada.br 39 . (D) Decisão. (E) Relatório. 03. é denominado: (A) Parecer sem ressalva.Analista Ministerial – Ciências Contábeis/2012) O tipo de auditoria do setor governamental que tem por objetivo emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das contas. acordos. das peças examinadas. verificar a execução de contratos. (B) Registro de constatações. (B) especial. da gestão e a adequação. ou não. (A) Parecer. convênios ou ajustes. (FCC/MPE RN . o documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regularidade. (FCC/MPE PE .pontodosconcursos. de acordo com a Instrução Normativa SFC/MF no 01/2001. Certificado ou Nota. 04. (E) plena. a probidade na aplicação dos Davi Barreto e Fernando Graeff www. 02. a probidade na aplicação do dinheiro público e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados.Analista do Ministério Publico Estadual – Contabilidade/2012) A opinião do Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal. verificar a execução de contratos. Certificado ou Notificação. (C) Parecer. convênios ou ajustes.Analista Ministerial – Ciências Contábeis/2012) De acordo com a IN no 01/2001 da SFC. ou não. (B) Parecer. O objetivo é avaliar se os recursos destinados à construção dos dois novos portos foram aplicados nos montantes contratados. entidade ou projeto. (E) Auditoria comutativa: objetiva o exame de fatos ou situações análogas.br 40 . Foi determinado como procedimento a Davi Barreto e Fernando Graeff www. com a finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência. a partir dos quais serão apresentadas sugestões de ratificação ou retificação de rotinas administrativas. os seguintes aspectos: exame das peças que instruem os processos de tomada ou prestação de contas. em seus aspectos mais relevantes.A. (C) Auditoria contábil: compreende o exame dos registros e documentos e na coleta de informações e confirmações. Este tipo de procedimento auditorial consiste numa atividade de assessoramento ao gestor público. e avaliação dos resultados operacionais e da execução dos programas de governo quanto a economicidade.com. por unidades ou entidades públicas executoras de projetos celebrados com aqueles organismos. adequadamente. os resultados do período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas. por meio de recomendações. dentro dos orçamentos estabelecidos e licitações aprovadas. eficácia e economicidade. verificação do cumprimento da legislação pertinente. pertinentes ao controle do patrimônio de uma unidade. (B) Auditoria de acompanhamento da gestão: realizada ao longo dos processos de gestão. (D) Auditoria operacional: consiste em avaliar as ações gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional ou parte dele. melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial.pontodosconcursos. procurando auxiliar a administração na gerencia e nos resultados. verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens. 05. entre outros. com vistas a aprimorar as práticas dos atos e fatos administrativos. seus programas governamentais e sistemas informatizados. Objetivam obter elementos comprobatórios suficientes que permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e se as demonstrações deles originárias refletem. com vistas a emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações financeiras. compreendendo. Tem por objeto. exame da documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos. evidenciando melhorias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua missão institucional. (ESAF/AFRFB/2012) Os auditores públicos foram designados para examinar as demonstrações contábeis da Empresa Transportes Fluviais S. sendo desenvolvida de forma tempestiva no contexto do setor público. que visem a aprimorar os procedimentos. verificar a efetividade e a aplicação de recursos externos. mediante procedimentos específicos. oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais. eficiência e eficácia dos mesmos. a situação econômico-financeira do patrimônio. atuando sobre a gestão. também. com o objetivo de identificar padrões. com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade. de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais. financeiro. quando for o caso. garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública. praticados por agentes públicos ou privados. EXCETO: (A) Proceder a elaboração dos processos de Tomada de Contas Especial. Esse tipo de auditoria pública é classificada como auditoria (A) de gestão. Davi Barreto e Fernando Graeff www. inclusive nos projetos de cooperação técnica junto a organismos internacionais e multilaterais de crédito.pontodosconcursos. 07. assinale a alternativa correta. (B) Este tipo de auditoria é oportuno para avaliar eventuais deficiências do sistema de arrecadação tributária do município. (C) Examinar a regularidade e avaliar a eficiência e eficácia da gestão administrativa e dos resultados alcançados nas ações de governo. observando os aspectos relevantes relacionados a avaliação dos programas de governo e da gestão pública.com. de aposentadorias e folhas de pagamentos. 06. tem por objetivo primordial.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 constatação da existência física dos portos. notadamente as reclamações dos usuários quanto à qualidade da prestação dos serviços por parte da secretaria das finanças. Cabe ao Sistema de Controle Interno por intermédio da técnica de Auditoria. (B) Realizar auditorias nos sistemas contábil. é mais importante para o auditor o exame do (a): (A) eficácia (B) legitimidade (C) economicidade (D) eficiência (E) desempenho 08. (A) É adequada para avaliar processos de licitações. (B) de programas. (C) operacional. (E) de sistemas. (D) Apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos e gerenciais e os controles internos administrativos dos órgãos da Administração Direta e entidades da Administração Indireta Municipal. (Consulplan/ Município de Guarapari – ES / AUDITOR INTERNO – 2010) A auditoria. (D) contábil. dentre outras atividades. (FMP/Auditor – TCE RS/2011) Acerca da auditoria de conformidade.br 41 . (FMP/Auditor – TCE RS/2011) Acerca da auditoria de conformidade. (E) Apurar os atos e fatos inquinados de ilegais ou de irregulares. Davi Barreto e Fernando Graeff www.com.br 42 . avaliando a eficácia. (E) O exame dos registros contábeis não é empregado nesta modalidade de auditoria. abrange todas as unidades e entidades públicas federais e leva em conta os aspectos relevantes relacionados à avaliação dos programas de governo. (C) Auditoria de Sistemas. (B) A execução de contratos e convênios e a obediência aos princípios fundamentais da contabilidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 (C) É típica dos programas públicos. a execução de contratos e convênios e a probidade administrativa. (B) Abrange as entidades e unidades da administração indireta e tem como objetivo primordial verificar a regularidade dos atos praticados por ordenadores de despesa quanto à execução orçamentária e financeira.pontodosconcursos. economicidade e efetividade é denominada: (A) Auditoria de Conformidade. este tipo de auditoria ainda não está em uso ou não é frequentemente utilizado. (B) Auditoria de Qualidade. (D) Auditoria Operacional. (C) O objetivo primordial é o de garantir que os objetivos e metas definidos no orçamento sejam atingidos e abrange as entidades constantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. a execução de contratos e a obediência aos princípios fundamentais da contabilidade. (E) Auditoria Financeira. (D) No Brasil. quando o auditor avalia os resultados à luz dos objetivos e metas estabelecidos. (D) A abrangência é a definida na Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício e o objetivo primordial é verificar o cumprimento da lei orçamentária anual. (C) A privacidade dos dados. eficiência. 11. (FMP/Auditor – TCE MT/2008) Dentre os tipos de Auditoria Governamental aquela que atua nas áreas interrelacionadas do órgão ou da entidade. (Consulplan/CEAGESP – AUDITOR JÚNIOR – PLENO – SÊNIOR /2006) A Auditoria de gestão tem como objetivos centrais: (A) A regularidade das contas. 09. (E) A abrangência e o objetivo primordial são o de assegurar que os recursos alocados aos projetos sejam aplicados no cumprimento das políticas públicas. (ESAF/Analista: Ciências Contábeis/ANA/2009) Assinale a opção verdadeira a respeito do objetivo primordial e abrangência da auditoria no Setor Público Federal. 10. (A) O objetivo primordial é o de garantir os resultados operacionais na gerência da coisa pública. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 (D) Fatos e situações relevantes. (E) Certificação da regularidade das contas e a probidade na aplicação dos recursos públicos. a privacidade dos dados e a obediência aos princípios fundamentais da contabilidade. (A) A auditoria de avaliação de gestão é responsável por certificar a regularidade das contas e verificar os contratos. (C) A auditoria operacional é responsável por verificar o processo de gestão com o objetivo de evidenciar as melhorias existentes e prevenir gargalos no desempenho da missão institucional. (A) Auditoria de Avaliação da Gestão. com o objetivo de subsidiar a gestão subsequente.com. (E) Auditoria de Acompanhamento da Gestão. (FCC / Auditor TCE AL / 2008) É característica da auditoria operacional no setor público: (A) Exame de fatos ou situações consideradas relevantes. 12. (B) Auditoria Contábil. a execução de contratos e convênios e a probidade administrativa. 14. (B) Obter elementos comprobatórios suficientes para fundamentar a opinião sobre os registros contábeis. (D) Atuação em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de um órgão público. (UnB/CESPE/TCE – AC Analista de Controle Externo – Especialidade: Administração Pública e/ou de Empresas/2008) Assinale a opção correta acerca dos tipos de auditoria e de suas funções e objetivos. (ESAF/Analista: Qualquer Área de Formação/ANA/2009) Assinale a opção que preenche corretamente a lacuna da seguinte frase: “No Setor Público Federal. sendo realizada para atender determinação expressa de autoridade competente”. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (E) A privacidade dos dados e das contas. eficácia e economicidade. (B) A auditoria de acompanhamento da gestão é responsável por avaliar a gestão do ano imediatamente anterior quanto aos atos efetivos e os potenciais efeitos positivos e negativos de uma entidade. (C) Auditoria Especial. com o objetivo de controlar e emitir opinião sobre as transações no que diz respeito à sua economicidade e eficiência. (C) Emissão de opinião sobre a gestão quanto aos aspectos de eficiência. de natureza incomum ou extraordinária. (D) Auditoria Operacional. de natureza incomum ou extraordinária. 13. a_________________________ objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes.br 43 .pontodosconcursos. com o objetivo de atender determinação expressa de autoridade competente. (E) A auditoria especial é responsável por examinar somente fatos relevantes. 15. (C) integrada. é classificada como: (A) centralizada. a auditoria executada por instituições privadas. para avaliar o cumprimento da lei fiscal. (B) descentralizada. (A) São todos os trabalhos de fiscalização executados pelo Sistema de Auditoria Interna. cuja execução é realizada de forma direta.br 44 . (Cesgranrio/Auditor – Funasa/2009) São formas de auditoria adotadas no setor público federal. (ESAF/Analista: Ciências Contábeis/ANA/2009) Assinale a opção verdadeira a respeito de auditoria. que avalia a correta aplicação dos recursos públicos. ou seja. (ESAF/Analista: Qualquer Área de Formação/ANA/2009) No Setor Público Federal. (E) de revisão limitada. descentralizada e integrada. (E) compartilhada. operacional e de gestão. (B) direta. no âmbito da administração federal. operacional e especial. segundo o disposto na Instrução Normativa SFC/MF no 01/2001: (A) contábil. (E) São trabalhos executados diretamente pelas auditorias internas das instituições federais diretas e indiretas. com a finalidade de emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações financeiras. compartilhada e geral.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 (D) A auditoria contábil é responsável por verificar a efetiva aplicação de recursos externos oriundos de agentes financeiros por entidades públicas executoras de projetos celebrados com esses agentes.pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (C) É aquela realizada pelos servidores em exercício no Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e está subdividida em centralizada. (D) São fiscalizações e avaliações realizadas diretamente pelos órgãos envolvidos na execução das políticas públicas. indireta e simplificada. 17. 16. (B) São aquelas realizadas na administração direta e indireta integrantes do orçamento Geral da União visando avaliar o cumprimento das políticas públicas.com. pelas denominadas empresas de auditoria externa. (C) simplificada. (D) financeira. (D) terceirizada. no Setor Público Federal. específica e geral. eficácia e economicidade.pontodosconcursos. (ESAF/AFC – Área Controle Interno/CGU/2008) O servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. específico das unidades ou entidades federais. (D) indireta. (E) ao verificar a ocorrência de irregularidades.com. Acerca do tema “impropriedades e irregularidades”. e que pressupõe a utilização de indicadores de desempenho que fundamentam a opinião do agente executor das ações de controle. com a finalidade de obter a manifestação dos agentes sobre fatos que resultaram em prejuízo à Fazenda Nacional ou de outras situações que necessitem de esclarecimentos formais chama-se Davi Barreto e Fernando Graeff www. quando só então será solicitado ao dirigente da unidade ou entidade examinada prestar os esclarecimentos e justificativas pertinentes.A auditoria realizada sobre informações obtidas por meio eletrônico. desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para o Erário. (E) simplificada. 19. é correto afirmar que: (A) a irregularidade consiste em falhas de natureza formal de que não resulte dano ao erário. constatando a existência de desfalque. (C) ao verificar a ocorrência de impropriedades.br 45 . (B) o objetivo primordial das atividades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal não é a busca de impropriedades ou de irregularidades. (UnB/CESPE/TCE – AC Analista de Controle Externo – Especialidade: Administração Pública e/ou de Empresas/2008) . eficiência. (D) a impropriedade é caracterizada pela não observância aos princípios de legalidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 18. é denominada auditoria (A) direta. porém evidencia-se a não observância aos princípios de legalidade. das impropriedades ou irregularidades constatadas ou apuradas no desenvolvimento dos trabalhos. (ESAF/AFC/Área: Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) No decorrer dos exames. o servidor deve registrar o assunto e aguardar pela finalização dos trabalhos de campo. eficácia e economicidade. deve prestar especial atenção àquelas transações ou situações que denotem indícios de irregularidades. nos termos da IN SFC/MF nº 001/2001. (C) integrada. quando só então será solicitado ao dirigente da unidade ou entidade examinada prestar os esclarecimentos e justificativas pertinentes. alcance. legitimidade. (B) compartilhada. legitimidade. no decorrer de qualquer atividade. o documento destinado a dar ciência ao gestor/administrador da área examinada. 20. eficiência. o servidor deve registrar o assunto e aguardar pela finalização dos trabalhos de campo. (C) Relatório. (D) Certificado.pontodosconcursos. (B) Solicitação de Auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 (A) Nota. (E) Parecer.br 08 A 18 E 09 D 19 B 10 A 20 A 46 .com. Gabarito: 01 D 11 A 02 C 12 C 03 A 13 C 04 E 14 D 05 A 15 B 06 A 16 D 07 B 17 C Davi Barreto e Fernando Graeff www. São Paulo: Ed. 2009. Atlas. São Paulo: Ed. Davi. Auditoria – Conceitos e Aplicações.br 47 .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 08 Bibliografia BRASIL. São Paulo: Ed. Atlas. São Paulo: Ed. ALMEIDA. Auditoria: teoria e exercícios comentados. Hugo Rocha & Almeida. São Paulo: Ed.NBC TA 200 (Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria). 2002. Auditoria: um curso moderno e completo. BOYNTON. Curso de Auditoria.203/09 . GRAEFF. Atlas.com. Resolução CFC 1. São Paulo: Ed. Antônio Lopes de. 2007. Método. Atlas.pontodosconcursos. IN SFC/MF nº 01/2001. 2009. ATTIE. Atlas. SÁ. Conselho Federal de Contabilidade. Davi Barreto e Fernando Graeff www. 2009. BARRETO. 2011. Mudanças Contábeis na Lei Societária. Marcelo Cavalcanti. BRAGA. Fernando. Wiliam. Auditoria. Marcelo Cavalcanti. Marcelo Willian C. ..... Hoje faremos uma rápida revisão dos principais pontos da disciplina e um simulado com 30 questões para que avalie melhor o conhecimento que adquiriu até aqui....................... 36 Bibliografia .......................................................... 01 Revisão do conteúdo .......................... 02 Simulado .............................................................. 58 Introdução Prezado Aluno............................................................................ Vamos em frente! Davi Barreto e Fernando Graeff www................................com.....................................pontodosconcursos................ Vamos à nossa última aula do Curso de Auditoria para AFRFB – Teoria e Exercícios..............Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Introdução ....... 24 Questões comentadas ........br 1 ............................................................................ com.br 2 .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Revisão do conteúdo Conceitos de Auditoria e Objetivos Gerais do Auditor Você deve estar lembrado que a Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis é uma técnica da contabilidade que objetiva avaliar as demonstrações contábeis de uma entidade. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Atenção: É muito comum definir o objetivo da auditoria independente como “emitir parecer sobre as demonstrações contábeis”. em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.pontodosconcursos. A definição do objetivo da auditoria. por meio de um exame sistemático e independente. em todos os aspectos relevantes. segundo a NBC TA 200 é: O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. “emitir um parecer” é uma expressão equivalente de “expressar uma opinião”. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. Portanto. Bom. que todos (100%) os lançamentos contábeis foram efetuados corretamente.. os objetivos gerais do auditor são: (a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante. as normas requerem que o auditor se abstenha de emitir sua opinião ou renuncie ao trabalho (neste último caso. quando possível de acordo com a legislação). (d) assegurar a viabilidade futura da entidade. vimos que a finalidade precípua da auditoria independente é emitir uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis. lembre que. é saber identificar aquilo que não é seu objetivo: (a) elaborar relatórios financeiros. Para fechar esse tópico. Para isso.). possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas.com. e (e) atestar a eficiência ou eficácia dos negócios conduzidos pela administração da entidade. quando não for possível obter essa segurança razoável e a opinião no relatório do auditor (mesmo que ressalvada) for insuficiente. (b) identificar erros e fraudes. em todos os aspectos relevantes. tão importante quanto saber quais são os objetivos do auditor. ou seja. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. e (b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se. Demonstração de Resultados do Exercício etc. de acordo com o que diz a lei. independentemente se causadas por fraude ou erro. ao conduzir esse trabalho. os regulamentos. Veja que.. em conformidade com suas constatações. Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Atenção: A estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatórios financeiros (Balanço Patrimonial. adotada pela administração que é considerada aceitável em vista da natureza da entidade e do objetivo das demonstrações contábeis.pontodosconcursos. as definições CFC etc.br 3 . (c) garantir a integridade da informação. A auditoria interna.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Auditoria Independente X Auditoria Interna Vimos que a auditoria independente ou externa é aquela executada por profissionais ou empresas que não possuem vínculo e/ou subordinação à empresa auditada. não deve aceitar o trabalho de auditoria que apresente limitação de escopo ou quando não existirem as condições prévias para o trabalho de auditoria.br 4 .com. e de direito privado. por sua vez. salvo obrigado por lei ou regulamento. o auditor. interno ou externo. Assim. por meio da avaliação contínua de seus procedimentos e controles internos.pontodosconcursos. As principais diferenças entre a auditoria interna e externa são resumidas em: Auditor Interno Auditor Externo ou Independente Relação com a empresa é empregado da empresa não possui vínculo empregatício Grau de independência menor maior auxiliar a administração emissão de uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis contábil e operacional contábil interno interno e externo (principalmente o último) contínua pontual maior menor Finalidade Tipos de auditoria Público alvo Duração Volume de testes Onde é realizada em pessoas jurídicas de direito público. o auditor deve certificar-se que certas condições prévias necessárias para o bom desenvolvimento do trabalho estão satisfeitas. com o objetivo de trazer uma opinião independente sobre a entidade. que foram ou serão efetivamente implementadas pelos responsáveis na entidade auditada. Concordância com os termos do trabalho de auditoria independente Antes de iniciar um trabalho de auditoria. com o objetivo de garantir o atendimento de seus objetivos institucionais. é aquela executada pela própria organização. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Outro conceito importante é o de independência do auditor – estado no qual as obrigações ou interesses são isentos dos interesses das entidades auditadas. preservando sempre sua independência – de fato e na aparência. os termos do trabalho de auditoria com a administração e os responsáveis pela governança. (b) Objetividade: não ter conflito de interesses. melhorar a qualidade dos serviços e desempenhar suas atribuições da melhor forma possível. Davi Barreto e Fernando Graeff www.br 5 . Esses princípios são: (a) Integridade: manter a integridade e a honestidade em todas as suas relações profissionais. de forma a permitir objetividade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 O auditor independente deve aceitar ou continuar um trabalho de auditoria somente quando houver. (d) Confidencialidade: não divulgar informações confidenciais da entidade auditada sem que tenha seu consentimento específico. Ética Profissional e Independência Sabemos que o auditor. (c) Competência e zelo profissional: aumentar continuamente a competência profissional.. está sujeito a exigências éticas no que diz respeito aos trabalhos por ele desenvolvidos.pontodosconcursos. – por fornecer ao auditor acesso a todas as informações e pessoas da entidade. – pelo controle interno. e • Os termos do trabalho devem ser formalizados na carta de contratação de auditoria ou outra forma de acordo por escrito. como a maioria dos profissionais. (e) Comportamento (ou conduta) profissional: seguir as normas relevantes de auditoria e evitar quaisquer ações que maculem a imagem de sua profissão. e Entendimento comum entre sobre os termos do trabalho de auditoria • O auditor deve estabelecer como apropriado. e • Administração reconhece e entende sua responsabilidade: – pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.. Existência das condições prévias • A estrutura de relatório financeiro das demonstrações contábeis é aceitável.com. de acordo com as políticas e procedimentos da firma de auditoria. o auditor deve identificar e avaliar as ameaças à independência. • Execução do trabalho. • Monitoramento Outro ponto importante dentro do processo de controle de qualidade é a responsabilidade do auditor em realizar revisões periódicas do trabalho. um sistema de controle de qualidade inclui políticas e procedimentos que tratam dos seguintes tópicos: • Responsabilidades da liderança pela qualidade. • Exigências éticas relevantes. Assim. ou se uma pessoa específica pode ser membro da equipe.com. ao decidir sobre a aceitação ou a continuação de uma auditoria.br 6 . Quando necessário. e de que os relatórios sobre as demonstrações contábeis estão corretos e apropriados. com base no fato de que o trabalho de membros menos experientes da equipe deve ser revisado por membros mais experientes.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Atenção! Veja que é importante o auditor ser independente de fato e na aparência. bem como as exigências regulatórias e legais estão sendo cumpridas. Dessa forma. Davi Barreto e Fernando Graeff www. • Aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos • Recursos humanos. deve aplicar salvaguardas para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável. Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis O auditor e as firmas de auditoria devem estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade do trabalho realizado a fim de obter segurança razoável de que todas as normas técnicas.pontodosconcursos. por meio da definição e implantação de respostas apropriadas. obter evidências sobre os riscos identificados de distorção relevante decorrente de fraude.: administração. mas não custa reforçar: O auditor não é responsável pela prevenção ou detecção de erros e fraudes. Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Fraudes e a Responsabilidade do Auditor Você deve lembrar que: Já falamos sobre isso.br 7 .com. e responder adequadamente face à fraude ou a suspeita de fraudes identificada durante a auditoria.pontodosconcursos. responsáveis pela governança). A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração. caso o auditor tenha identificado uma fraude ou obtido informações que indiquem a possibilidade de fraude. Atenção! Há situações em que a existência de fraudes deixa o auditor sem condições de continuar o trabalho. deve comunicar estes assuntos tempestivamente à pessoa de nível apropriado da administração que têm a responsabilidade primordial de prevenir e detectar fraude (ex. são responsabilidades do auditor: (a) (b) (c) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante decorrente de fraude. Portanto. Segundo as normas de auditoria. apresentadas e divulgadas.pontodosconcursos. para a auditoria inicial. e • outros procedimentos exigidos pelo sistema de controle de qualidade da firma para trabalhos de auditoria inicial. mas um processo contínuo e iterativo. para conduzir a revisão de seus papéis de trabalho (exceto se for proibido por lei ou norma). Muita atenção! O planejamento não é uma fase isolada da auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Planejamento de Auditoria O planejamento é a etapa inicial da auditoria. Davi Barreto e Fernando Graeff www. à comunicação desses temas aos responsáveis pela governança e como eles afetam a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria. o auditor pode considerar os seguintes temas adicionais na definição do planejamento: • manter contato com o auditor antecessor.br 8 . • avaliar se as políticas contábeis foram aplicadas de maneira uniforme nas demonstrações contábeis do período corrente. De acordo com a NBC TA 300.com. • verificar se os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis do período corrente. ou as mudanças estão devidamente registradas. • considerar quaisquer assuntos importantes discutidos com a administração e relacionados à escolha do auditor. a época e a extensão de procedimentos de auditoria.br 9 . estamos preocupados com os valores que podem individualmente ser relevantes. mediante o exercício de julgamento profissional. em conjunto. a um nível adequadamente baixo. O auditor deve. fixada para reduzir. um valor de referência para o auditor (parâmetro) que ele utiliza para ter segurança de que os problemas eventualmente detectados nas demonstrações contábeis não se constituam em distorções relevantes.pontodosconcursos. Veja que planejar a auditoria somente para detectar distorção individualmente relevante negligencia o fato de que as distorções individualmente irrelevantes. portanto. Dessa forma é possível avaliar os riscos de distorções relevantes e determinar a natureza. com aqueles que em conjunto podem ser relevantes. Assim. para adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto. Assim.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Materialidade e Relevância no planejamento e na execução Lembre que materialidade para execução da auditoria significa o valor ou valores fixados pelo auditor. a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas. No segundo. excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo.com. o auditor deve definir a materialidade para execução da auditoria (um ou mais valores). No primeiro caso. portanto. ao estabelecer a estratégia global de auditoria. A materialidade é. podem levar à distorção relevante das demonstrações contábeis. em conjunto. inferiores ao considerado relevante para as demonstrações contábeis como um todo. o auditor deve determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. definir dois níveis de materialidade: materialidade para as demonstrações contábeis com um todo e materialidade para execução da auditoria. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Assim. mas desconfiado ele fica que os números podem ter problemas. O controle interno representa em uma organização o conjunto de procedimentos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Identificação e avaliação dos Riscos de Distorção Relevante Compete ao auditor obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis. do seu ambiente e controle interno. é identificar e avaliar os riscos de distorção relevante. Vamos falar agora sobre o risco de auditoria. quando o auditor entende que os controles internos da entidade conseguem reduzir os riscos de distorções. determinar se um controle. trazer efetividade e eficiência às operações (controles operacionais).com. mais confiante ele fica que as demonstrações contábeis estão adequadas. dentro desse processo. individualmente ou em combinação com outros. é relevante.pontodosconcursos. como um todo. Cuidado! Os procedimentos de avaliação de riscos. Cuidado! Embora seja mais provável que a maioria dos controles relevantes para o auditor esteja relacionada com demonstrações contábeis. estão livres de distorção relevante independentemente se causada por fraude ou erro. No processo de avaliação dos riscos. por meio do entendimento da entidade.. por si só.br 10 . métodos ou rotinas com os objetivos de produzir dados contábeis confiáveis (controles contábeis). é possível melhor formar uma base para o seu planejamento. o auditor deve obter entendimento do controle interno relevante para a auditoria. bem como permitir a aderência às leis. nem todos os controles contábeis são relevantes para a auditoria. Uma importante etapa. Tipo de controle Foco Operacional Ações que propiciam o alcance dos objetivos da entidade Contábil Veracidade e à fidedignidade dos registros e das demonstrações contábeis Normativo Observância da regulamentação pertinente Assim. não fornecem evidências de auditoria apropriada e suficiente para suportar a opinião da auditoria. É uma questão de julgamento profissional do auditor. normas e regulamentos (controles normativos). No caso contrário.. pontodosconcursos. o auditor deve definir e executar procedimentos de auditoria que permitam a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente que lhe possibilitem obter conclusões razoáveis para fundamentar a sua opinião. testes e procedimentos técnicos de auditoria Segundo a NBC TA 500. (ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de transação. o risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante. Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação consistem em dois componentes: risco inerente e risco de controle. na fase de execução. a uma distorção que possa ser relevante. individualmente ou em conjunto com outras distorções. Davi Barreto e Fernando Graeff www. individualmente ou em conjunto com outras distorções. Execução dos trabalhos: evidências. individualmente ou em conjunto com outras distorções. antes da consideração de quaisquer controles relacionados.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 De acordo com a NBC TA 200. Por fim. detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade. (i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação. saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante. não seja prevenida.br 11 . o risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. O risco final (risco de auditoria) pode ser calculado como sendo o produto dos diferentes tipos de risco: Risco de Auditoria = Risco de Distorção Relevante x Risco de Detecção Atenção! Lembre que há uma relação inversa entre o risco de detecção e os riscos de distorção relevante (risco inerente e risco de controle). saldo contábil ou divulgação. O risco de auditoria é uma função de dois tipos de risco: dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 A suficiência é a medida da quantidade de evidência de auditoria. com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. e o Procedimentos analíticos substantivos (=revisão analítica): verificação do comportamento de valores significativos. o segundo se dispõe a entender se os valores presentes nos sistemas contábeis estão corretos. quocientes. isto é. Ademais.com. permitindo que eventuais distorções relevantes sejam identificadas. pois a primeira é afetada pela segunda. Davi Barreto e Fernando Graeff www. é importante ressaltar que a quantidade da evidência de auditoria necessária é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos avaliados. de acordo com o seu objetivo. isto é. quanto maior a qualidade. enquanto que a adequação é a medida da qualidade dessa evidência. menos evidência será exigida. exatos e válidos. se são suficientes.pontodosconcursos. quantidades absolutas ou outros meios. mediante índices. sua relevância e sua confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. e podem ser divididos em: o Testes de detalhes: fornecem evidências nas quais o auditor verifica se os fatos contábeis foram adequadamente registrados. pois o caminho inverso não é válido. ou seja. • Procedimentos substantivos: aqueles planejados para detectar distorções relevantes no nível de afirmações.br 12 . maior a probabilidade de que seja exigida mais evidência de auditoria). Esses procedimentos podem ser divididos em dois grandes grupos: testes de controle e os procedimentos substantivos. • Teste de controle (=testes de observância ou exames de aderência): procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles internos na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações. ou seja. a obtenção de mais evidência de auditoria não compensa a sua má qualidade. Suficiência QUANTIDADE Adequação QUALIDADE Diz-se que suficiência e adequação são dimensões inter-relacionadas. é preciso ficar atento. Já os procedimentos de auditoria são o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas. O primeiro grupo busca verificar se o controle interno funciona corretamente. Contudo. eletrônica ou em outra mídia. a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de controle. testes de controles ou procedimentos substantivos. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente.. Os procedimentos de confirmação externa frequentemente são relevantes no tratamento de afirmações associadas a certos saldos contábeis e seus elementos. por exemplo. Davi Barreto e Fernando Graeff www. e o procedimentos substantivos. internos ou externos. dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor: Inspeção: envolve o exame de registros ou documentos. Os principais procedimentos de auditoria utilizados e mencionados pelas normas de auditoria independente do CFC são: Os procedimentos de auditoria descritos abaixo podem ser utilizados como procedimentos de avaliação de riscos.br 13 . em forma de papel. ou o exame físico de um ativo. Procedimentos analíticos: consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Confirmação externa: representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor. e • procedimentos adicionais de auditoria. que é conseguida pela execução de: • procedimentos de avaliação de riscos. Indagação: consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento.. É importante lembrar também dos tipos de confirmação externa.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 O auditor deve definir e executar procedimentos técnicos de auditoria que sejam apropriados às circunstâncias com o objetivo de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. Reexecução: envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. Recálculo: consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. que abrangem: o testes de controles. financeiro e não financeiro. em forma eletrônica ou em outras mídias.pontodosconcursos.com. em forma escrita. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos. Observação: consiste no exame do processo ou procedimento executado por outros. dentro ou fora da entidade. geralmente se está preocupado em obter respostas para a taxa de desvios nos controles da entidade (testes de controle) ou para as distorções relevantes presentes nos saldos contábeis (procedimentos substantivos). de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas. • seleção de itens específicos.com. Assim. No entanto. Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens são: • seleção de todos os itens (exame de 100% ou censo). Amostragem é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens da população. Técnica de Amostragem Tipo de teste Finalidade Amostragem de atributos Teste de controle estimar a taxa de desvios da população Amostragem de variáveis Teste de detalhes estimar um total monetário ou o valor monetário de erros em uma população Davi Barreto e Fernando Graeff www. proporcionando que o auditor possa concluir sobre toda a população.pontodosconcursos.br 14 . e • amostragem de auditoria. o auditor deve determinar a relevância e a confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. o auditor pode utilizar amostragem para obter informações sobre muitas características de uma população.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Amostragem Ao selecionar os itens a serem testados. com base na amostra.com. pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. Já a amostragem não estatística é determinada pelo auditor utilizando sua experiência. Por fim. critério e conhecimento da entidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Ao executar os testes de auditoria o auditor pode utilizar dois tipos de amostragem: estatística e a não estatística (por julgamento). Amostragem NãoEstatística Estatística Simples b a a a b Estratificada a a b a a a a a a b b bb b b b b A escolha entre os dois tipos de abordagem envolve principalmente a consideração da relação custobenefício do processo. A amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada de acordo com a teoria da probabilidade ou as regras estatísticas. mas sem base científica.pontodosconcursos. Atenção! É importante lembrar-se de uma espécie particular de amostragem estatística: amostragem estratificada ou estratificação. definido como o risco de que a conclusão do auditor.br 15 . Outro conceito importante é risco de amostragem. não podemos esquecer os métodos de seleção da amostra: Davi Barreto e Fernando Graeff www. Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Avaliação das distorções identificadas Compete ao auditor avaliar efeito das distorções identificadas e das distorções não corrigidas. e b) o efeito de distorções não corrigidas relacionadas a períodos anteriores. a) a magnitude e a natureza das distorções. acumular distorções identificadas durante a auditoria que não sejam claramente triviais. o auditor deve: 1. e 4. Caso o auditor esteja satisfeito quanto à apresentação das demonstrações contábeis. e b) Necessidade de correção das distorções não corrigidas.com. Relatório de Auditoria O relatório de auditoria é o produto final da auditoria que deve conter a expressão da opinião do auditor. de Davi Barreto e Fernando Graeff www.br 16 . 6. obter o entendimento sobre as razões pelas quais a administração decidiu por não efetuar as correções e considerar esse entendimento ao avaliar se as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorções relevantes 5. e julgue que estão elaboradas. 3. comunicar aos responsáveis pela governança as distorções não corrigidas e seu o efeito sobre a opinião no seu relatório (a menos que seja proibido por lei ou regulamento). incluindo: a) Identificação das distorções não corrigidas relevantes. sobre se as demonstrações contábeis (que inclui as respectivas notas explicativas) são elaboradas. considerando: são relevantes. em todos os aspectos relevantes. determinar se as distorções não corrigidas individualmente ou em conjunto. Atenção! “claramente triviais” não são sinônimos de “não relevantes” 2. em todos os aspectos relevantes. de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.pontodosconcursos. Assim. comunicar tempestivamente ao nível apropriado todas as distorções detectadas durante a auditoria (a menos que seja proibido por lei ou regulamento). requerer que a administração corrija essas distorções. sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas. se houver. individualmente ou em conjunto. ou • não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes. com base em evidência de auditoria obtida.br 17 . ainda. Davi Barreto e Fernando Graeff www. conclui que as distorções são relevantes. tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente. conclui que as distorções.pontodosconcursos. De acordo com a situação o auditor poderá emitir uma opinião sem ressalvas ou uma opinião com ressalva ou uma opinião adversa ou. mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas. se abster de opinar. Opinião sem ressalva Opinião com ressalva Opinião adversa Abstenção de opinião É emitida quando as demonstrações contábeis. individualmente ou em conjunto. em todos os aspectos relevantes. O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. quando: • concluir. estão elaboradas. que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes. sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes. deverá emitir uma opinião não modificada (=parecer padrão ou sem ressalvas). emitir uma opinião diferente da sem ressalva. mas não generalizadas. ou • não consegue obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para suportar sua opinião. ou seja. no julgamento do auditor. o auditor deve modificar sua opinião. são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis. se houver. nas demonstrações contábeis. É emitida quando o auditor: • tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente. De outro lado. O auditor deve expressar uma opinião adversa quando. mas não generalizados. é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis.pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. − Partes ou excertos destes podem.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Por fim.br 18 . é importante lembrar que o parágrafo de ênfase serve para o auditor chamar a atenção para um assunto apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que. como: − informações sobre a estrutura organizacional e legal da entidade.com. segundo seu julgamento. serem postos à disposição da entidade. a critério do auditor. • Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do auditor. e − cartas de responsabilidade da administração. contratos e atas. bem como de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e exigências legais e regulamentares aplicáveis. − cópias ou excertos de documentos legais. Alguns pontos importantes: • O auditor pode usar quaisquer documentos e demonstrações preparados ou fornecidos pela entidade. desde que avalie sua consistência e se satisfaça com sua forma e conteúdo. Documentação de Auditoria A documentação de auditoria (papéis de trabalho) fornece as evidências para uma conclusão quanto ao cumprimento do seu objetivo global. e a sua consequente revelação. os quais por sua relevância possam afetar substancialmente a situação patrimonial e/ou financeira da empresa.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 • A confidencialidade dos papéis de trabalho é dever permanente do auditor. Tipo de evento subsequente entre o término do exercício e a emissão do relatório entre emissão do parecer e a divulgação das demonstrações após a divulgação das demonstrações contábeis O auditor tem responsabilidade em indagar por eventos subsequentes? SIM NÃO NÃO O que acontece quando a administração faz as alterações necessárias? O que acontece quando a administração não faz as alterações necessárias? Emite opinião sem ressalvas Emite novo relatório com parágrafo de ênfase (data posterior à data das modificações) Opinião com ressalvas ou adversa Emite novo relatório com parágrafo de ênfase (data posterior à data das modificações) Medidas para impedir que o relatório seja utilizado por terceiros Opinião com ressalvas ou adversa Auditoria de estimativas Contábeis O uso de estimativas.pontodosconcursos. a contar da data do relatório de auditoria. Davi Barreto e Fernando Graeff www. − Correntes: utilizados em apenas um exercício social (ex.: estatuto social) Eventos subsequentes A investigação dos eventos ou transações subsequentes. desde que razoáveis. é uma parte essencial da preparação das demonstrações contábeis e não afeta sua confiabilidade. O quadro abaixo resume o tratamento dado ao auditor para os diferentes tipos de eventos subsequentes.br 19 . • Os papéis de trabalho podem ser classificados em correntes ou permanentes.: extratos bancários) − Permanentes: utilizados em mais de um exercício social (ex. • O auditor deve manter a custódia dos papéis de trabalho pelo prazo de cinco anos. é atividade típica da auditoria externa independente.com. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Outras Indicações (ex. Operacionais (ex. Então.pontodosconcursos. revisar a avaliação da administração sobre a capacidade de continuidade operacional. para verificar se as estimativas são razoáveis o auditor deve: • Analisar a fundamentação matemático-estatística dos procedimentos utilizados pela entidade na quantificação das estimativas. pela administração. individualmente consideradas. portanto. as práticas correntes em entidades semelhantes. e • Verificar a coerência das estimativas com o comportamento dos itens estimados em períodos anteriores. e deve assegurar-se que as estimativas relevantes. Essa avaliação é feito com base na análise de indicações de risco a continuidade: 1. Continuidade Operacional Compete ao auditor obter evidência suficiente sobre a adequação do uso. Ao auditor cabe tomar conhecimento da forma como as estimativas foram apuradas. os planos futuros da entidade. os procedimentos e os métodos utilizados pela entidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Guarde bem Os cálculos das estimativas contábeis são de exclusiva responsabilidade da administração da entidade. cobrindo o mesmo período utilizado pela administração em sua avaliação – período este que deve ser de. Atenção! A ausência de qualquer referência à incerteza de continuidade operacional. O auditor deve. do pressuposto de continuidade operacional na elaboração e apresentação das demonstrações contábeis e expressar uma conclusão sobre se existe incerteza significativa sobre a capacidade de continuidade operacional. no mínimo.: processos legais ou regulatórios pendentes) Fique atento! A análise desses indicadores feita isoladamente pode não ser suficiente para caracterizar a possibilidade da descontinuidade das operações da empresa. Financeiras (ex. são razoáveis. não pode ser considerada uma garantia da capacidade de continuidade operacional.com. a conjuntura econômica e as suas projeções.: perda de pessoal chave sem reposição) 3.br 20 . no relatório do auditor independente.: patrimônio líquido negativo) 2. 12 meses a partir da data das demonstrações contábeis. analisando os controles. a auditoria é o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública. ele deve obter declarações por escrito da administração sobre os assuntos significativos para as Demonstrações Contábeis. sempre que o auditor não possa ter uma expectativa razoável quanto à existência de outra evidência de auditoria pertinente. acordos.br 21 . mediante a confrontação entre uma situação encontrada com um determinado critério técnico. Importante! As declarações da administração não substituem outras evidências de auditoria. uma auditoria operacional pode avaliar aspectos de legalidade e legitimidade. assim como uma auditoria de regularidade pode avaliar aspectos de eficiência e economicidade. para confirmar certos assuntos ou suportar outra evidência de auditoria. Além disso. pelos processos e resultados gerenciais. fornecida ao auditor. verificar a execução de contratos. Entre outros usos. e • avaliar e apresentar recomendações sobre o desempenho das atividades e programas governamentais (=auditoria de desempenho ou auditoria operacional ou auditoria de otimização de recursos). Segundo referida IN SFC/MF nº 01/2001. A auditoria governamental pode ser classificada em 5 (cinco) tipos: 1. Ou seja.pontodosconcursos.com. convênios ou ajustes. Auditoria no setor público federal A auditoria governamental se caracteriza por uma atuação autônoma com dois objetivos específicos: • emitir uma opinião sobre a adequação das contas governamentais (=auditoria de regularidade ou auditoria de conformidade). Auditoria de Avaliação da Gestão: objetiva emitir uma opinião com vistas a certificar a regularidade das contas públicas. a probidade na aplicação dos Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Representações formais (carta de responsabilidade da administração) Representação formal É uma declaração escrita pela administração. e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito público e privado. operacional ou legal. o auditor deve solicitar à administração que forneça representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis. ou segmentos destes. com a finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência. programas de governo. eficácia e economicidade. Classificam-se nesse tipo os demais trabalhos auditoriais não inseridos em outras classes de atividades. que visem aprimorar os procedimentos. atuando sobre a gestão. 3. Segundo a SFC. com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma entidade.pontodosconcursos. Este tipo de procedimento auditorial. Auditoria de Acompanhamento da Gestão: realizada ao longo dos processos de gestão.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados. os resultados do período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Direta – trata-se das atividades de auditoria executadas diretamente por servidores em exercício nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. a auditoria também pode ser classificada pela forma de execução: I. ou parte dele. sendo subdividas em: a. seus programas governamentais e sistemas informatizados. adequadamente. sendo realizadas para atender determinação expressa de autoridade competente. das unidades ou entidades da administração pública federal. a situação econômicofinanceira do patrimônio. melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial.com. 2. projetos. de natureza incomum ou extraordinária. atividades. Auditoria Contábil: objetiva opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações refletem. Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes. Auditoria Operacional: consiste em avaliar as ações gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional. procurando auxiliar a administração na gerência e nos resultados.br 22 . centralizada – executada exclusivamente por servidores em exercício nos Órgão Central ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. por meio de recomendações. evidenciando melhorias e economias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua missão institucional. além da classificação por tipo. com vistas a aprimorar as práticas dos atos e fatos administrativos. 4. sendo desenvolvida de forma tempestiva no contexto do setor público. consiste numa atividade de assessoramento ao gestor público. compartilhada – coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou privada. específico das unidades ou entidades federais.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 b. III. b. por servidores em exercício nos Órgãos Central. cujo custo-benefício não justifica o deslocamento de uma equipe para o órgão. setoriais. ou seja. setoriais. integrada – executada conjuntamente por servidores em exercício nos Órgãos Central. tente resolver as 30 questões abaixo! Davi Barreto e Fernando Graeff www. Essa forma de execução de auditoria pressupõe a utilização de indicadores de desempenho que fundamentam a opinião do agente executor das ações de controle. terceirizada – executada por instituições privadas. II. Simplificada – trata-se das atividades de auditoria realizadas. descentralizada – executada exclusivamente por servidores em exercício nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. que desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada. Agora.br 23 .pontodosconcursos.com. c. a. unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Indireta – trata-se das atividades de auditoria executadas com a participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. sobre informações obtidas por meio de exame de processos e por meio eletrônico. pelas denominadas empresas de auditoria externa. unidades regionais e/ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. O rastreamento é uma investigação minuciosa. a confirmação externa e a conferência dos cálculos dos dados produzidos pelo sistema de escrituração contábil da entidade. Testes de observância. (FCC/Tribunal de Contas de São Paulo/Auditor/2013) Considere as afirmações a seguir. de revisão analítica. I e II. IV.pontodosconcursos. de detalhes. Está a) b) c) d) e) correto o que se afirma APENAS em I. III.br 24 . cujo objetivo é dar segurança à opinião do auditor. II. 03. Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência. o que servirá de base para determinar a extensão dos procedimentos de auditoria. Os testes substantivos têm por objetivo a obtenção de uma segurança razoável de que os sistemas de controles internos implantados pela entidade estão alcançando seus objetivos. II e IV. de unidades e órgãos que tenham procedimentos interligados. III. os testes que têm por objetivo certificar uma segurança razoável de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela Administração estão em efetivo funcionamento e estão sendo cumpridos corretamente são denominados testes a) b) c) d) e) substantivos. que tratam dos procedimentos e métodos de auditoria: I. Os procedimentos de revisão analítica compreendem a análise documental. III e IV. II.com. Davi Barreto e Fernando Graeff www. 02. Testes de detecção. de observância. exatidão e validação dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade auditada. com exame de documentos. (FCC/Nova Caixa – Contador/2011) Visam à obtenção de uma razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração da empresa auditada estão em efetivo funcionamento: a) b) c) Procedimentos de revisão analítica. (FCC/TRE SP/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) Na auditoria governamental. de inspeção.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Simulado 01. com o objetivo de reduzir o risco inerente da auditoria. mesmo que o valor seja irrelevante.000. Opera em Mercado extremamente competitivo e não há por parte da administração expectativa de obtenção de lucros nos próximos 5 anos. ressalvando o relatório de auditoria. 04. uma vez que o crédito é devido. não efetuou a auditoria externa de suas demonstrações financeiras nos anos de 2009.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 d) e) Testes substantivos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Como não há prescrição do crédito tributário. no relatório de auditoria. A empresa aposta na qualidade dos serviços prestados para superar a concorrência e começar a gerar lucro. c) avaliar o impacto e verificar se o procedimento afeta representativamente o resultado. caso a empresa não atenda ressalvar o relatório de auditoria. por determinação da CVM foi solicitada a apresentar as auditorias de todo o período.A.A. o auditor externo deve a) ressalvar o relatório de auditoria. de capital aberto. e) abster-se de emitir opinião em virtude da relevância que o procedimento causa nas demonstrações contábeis das empresas de forma geral. (FCC/ISS SP/2012) A empresa exportatudo S. 06.000. Em 2012. e) recomendar que seja apropriado parte para o resultado do período.A. Nesse caso. a empresa constituiu provisão ativa para reconhecimento do crédito. os efeitos que o referido procedimento causa às demonstrações financeiras auditadas. Apesar de enquadrar. uma vez que a empresa infringe regra contábil e fiscal. c) solicitar que a empresa reverta o lançamento. 05. e emitir relatório de auditoria sem ressalva ou ênfase.pontodosconcursos. tem em suas operações instrumentos financeiros derivativos de hedge de moeda para cobertura de sua exposição cambial. d) manter o lançamento. senão teria seu registro cancelado. por problemas administrativos e financeiros. b) verificar se o procedimento está divulgado em nota explicativa e emitir relatório de auditoria sem ressalva. uma vez que esse procedimento é opcional. b) abster-se de emitir o relatório de auditoria. uma vez que o benefício já é devido. (FCC/TRT 6R/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) A empresa Jaú S.br 25 . (FCC/ISS SP/2012) A empresa Terceserv S. em virtude de não atender aos pronunciamentos contábeis vigentes.00. Testes de transações e saldos. deve o auditor externo a) ressalvar e enfatizar.com. e emitir relatório de auditoria sem ressalva. Dessa forma. d) emitir relatório de auditoria. possui prejuízos fiscais decorrentes de resultados negativos apurados nos últimos dois anos no valor de R$ 1. condicionando sua avaliação aos reflexos que o referido procedimento causaria às demonstrações contábeis. 2010 e 2011.se na condição para contabilização pelo método de hedge accounting não o aplica. podendo o aumento em um ou outro desses indicadores revelar omissão de registro dessas obrigações. (CESPE/SEDUC AM/Contador/2011) Entre os procedimentos de revisão analítica utilizáveis para constatação de evidências sobre contas a pagar. contratou auditoria para emitir a) parecer de auditoria para o ano de 2009 e relatório de auditoria para os anos de 2010 e 2011. d) relatório de auditoria para os anos de 2009. mediante a aplicação das normas de auditoria vigentes até 2009.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 A empresa precisando manter essa forma de capitação de recursos. 2010 e 2011. 09. aplicando as normas de auditoria vigentes para o período até 2009. mediante a aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010. a constatação de variações relevantes e inesperadas nos prazos médios de pagamento e na liquidez corrente pode constituir indício de irregularidade. dada a impossibilidade de comprovação suficiente para fundamentá-la. emitir parecer com abstenção de opinião. e) relatório de auditoria para o ano de 2009. bem como as responsabilidades da administração da entidade auditada. mediante aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010.pontodosconcursos.com. mediante a aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010.br 26 . Davi Barreto e Fernando Graeff www. emitir parecer com ressalva. b) parecer de auditoria para os anos de 2009. mas que foi mencionado nas notas explicativas às demonstrações contábeis. 10. 2010 e 2011. mediante aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010. c) parecer de auditoria para o ano de 2009. não emitir o parecer até ter maiores informações sobre o assunto. adicionar parágrafo de ênfase em seu parecer sem ressalva. 07. aplicando as normas de auditoria vigentes para o período até 2009 e parecer de auditoria. (CESPE/MPE PI/Controle Interno/2012) Caso parte das demonstrações contábeis da entidade auditada esteja sob a forma de demonstrações condensadas. o auditor deve abster-se de emitir opinião em seu parecer. e relatório de auditoria para os anos de 2010 e 2011. cujo desfecho poderá afetar significativamente a posição patrimonial e financeira da entidade. (CESPE/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil – Área 7/2012) O parecer de auditoria deve mencionar expressamente as responsabilidades do próprio auditor quanto à auditoria realizada. (FCC/Nova Caixa/Contador/2011) Quando ocorrer incerteza quanto a fato relevante. para os anos de 2010 e 2011. o auditor deve a) b) c) d) e) emitir parecer adverso. 08. não obstante a sua posição funcional. (D) deve emitir opinião. na ótica da auditoria externa. (C) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2009 – Adaptada) O trabalho de auditoria interna (A) tem maior independência que o de auditoria externa. deve preservar a sua autonomia profissional. em todos os aspectos relevantes.br 27 . possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 11. são objetivos gerais do auditor obter segurança (A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. devido à fraude. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. ao preceito da (A) prudência. em conformidade com a estrutura de parecer financeiro. 13. (D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção irrelevante. (B) é responsável pela implementação e pelo cumprimento dos controles internos.com. (B) objetividade. (D) independência. Davi Barreto e Fernando Graeff www. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. em todos os aspectos relevantes. que será publicado com as demonstrações contábeis. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. devido à fraude ou erro. (E) deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos. (C) qualificação. em conformidade com a estrutura de parecer financeiro consolidado do auditor independente. (B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção irrelevante.pontodosconcursos. (E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção irrelevante. em todos os aspectos relevantes. (Cesgranrio/Auditor – Funasa/2009) Segundo as normas profissionais do auditor interno. (FCC/TRT24-Anal. 12. em todos os aspectos considerados.Jud. devido à fraude ou erro. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. este profissional. Isto equivale. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. (C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção relevante. em todos os aspectos relevantes. devido a erros. devido à fraude ou erro. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.Contabilidade/2011) Ao conduzir uma auditoria de demonstrações contábeis. (FGV / ICMS-RJ / 2010) Nas atividades de planejamento o auditor deve estabelecer uma estratégia global definindo o alcance. Afeta a independência do auditor externo o que consta em (A) III. (E) II e III.A. para definir o tipo de técnica e os procedimentos aplicáveis na revisão do seu trabalho.pontodosconcursos. em suas contingências tributárias. 15. e de consultoria tributária no ano da aquisição para a empresa Ágile.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 (E) hierarquia. (B) O auditor deve considerar os fatores que no seu julgamento profissional são significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho e determinar a natureza.A. Davi Barreto e Fernando Graeff www.A.com. A firma de auditoria da adquirente é a mesma que realizou os trabalhos de due dilligence da empresa Aquisição S. assinale a afirmativa incorreta. a relevância do conhecimento obtido em outros trabalhos. 14.A. (E) O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global e o plano de auditoria. III. bem como definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas.A. (D) O auditor deve desenvolver o plano de auditoria e nele deve incluir a descrição da natureza. a época e a direção para o desenvolvimento do plano de auditoria. a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco. apenas. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa Aquisição S. quando for o caso. A empresa Aquisição S. O diretor financeiro da empresa Ágile S. II e III.A. apenas. apenas. (D) I. a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. é comprometida pelas situações: I. A respeito do planejamento da auditoria. (C) O auditor deve considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e. apenas. II.. comprou a empresa Ágile S. (C) I.br 28 . (A) O auditor deve identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.A é primo em segundo grau do diretor presidente da empresa Aquisição S. (B) II. (FCC/ISS-SP/2012) A independência do auditor externo da empresa Aquisição S. uso de reavaliação. oportunidade (quando) e extensão (até onde.Fiscal de Rendas/2008) Entre os fatores a serem considerados no planejamento. informação e comunicação. (Cesgranrio/BNDES – Ciências Contábeis/2009) O relatório do Comitê de Organizações Patrocinadoras identifica os cinco componentes do controle interno: ambiente de controle. aquele que identifica as políticas e procedimentos que permitem assegurar que as diretrizes da administração estão sendo seguidas é o(a) (A) ambiente de controle. monitoração. (B) avaliação de risco.pontodosconcursos. (E) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle interno.Fiscal de Rendas/2007) Avalie as afirmativas a seguir: Davi Barreto e Fernando Graeff www. por exemplo) (D) identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a database do exercício. Dentre eles. (C) atividade de controle. • a natureza (o que fazer. (E) monitoração. revelados ou não. Na primeira auditoria realizada por determinada empresa de uma dada entidade. o percentual) dos procedimentos a serem aplicados. (FGV/SEFAZ RJ .Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 16. avaliação de risco. mudança no critério de tributação – lucro presumido para real.com. Assinale-a. 17. (D) informação e comunicação. (FGV/SEFAZ RJ . tais como mudança no método de avaliação de estoques.br 29 . à exceção de uma. 18. • os relatórios a serem entregues. alguns cuidados especiais de planejamento devem ser observados de acordo com o CFC e com a doutrina. é possível destacar: • o grau de conhecimento da atividade da auditada. atividade de controle. • a equipe técnica. Nas alternativas a seguir estão listados alguns desses cuidados. • a existência de auditoria interna. qual procedimento aplicar). (A) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de “conhecimento” da auditada) (B) mapeamento das fraudes e erros (relevantes ou não) detectados pelos dois últimos auditores independentes e verificação da comunicação à CVM (C) uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido alterações de um exercício para o outro. 21. (D) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. (A) Corte – se as transações e eventos foram registrados nas contas corretas. (D) Integridade – se todas as divulgações que deviam ser incluídas nas demonstrações contábeis foram incluídas.Avalie as seguintes situações: Davi Barreto e Fernando Graeff www. (B) eventos subsequentes e testes de detalhes.br 30 .pontodosconcursos. (E) Direitos e obrigações – se a entidade detém ou controla os direitos sobre ativos e os passivos são as obrigações da entidade. (C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças Públicas/2008) – ADAPTADA – Na aplicação dos testes de detalhes substantivos o auditor deve objetivar às seguintes conclusões. (D) observância e testes de circularização de saldos. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 19.com.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 I. Assinale-a.Fiscal de Rendas/2009) – ADAPTADA . passivos e elementos do patrimônio líquido existem. à exceção de uma. Risco de detecção é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida relevantes que existam em uma afirmação. supondo que não haja controles. (C) detalhes e procedimentos de revisão analítica. Assinale: (A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. Risco de controle é a suscetibilidade de uma afirmação a um erro ou classificação indevida materiais. (E) observância e testes de amostragem estatística. II. (B) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. IV. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2006) – ADAPTADA – Os procedimentos substantivos de auditoria dividem-se em testes de (A) amostragem estatística e procedimentos de revisão analítica. Risco inerente é o risco de que um erro ou classificação indevida materiais que possam constar de uma afirmação não sejam evitados ou detectados tempestivamente pelos controles internos da entidade. (B) Existência – se ativos. 20. Risco de auditoria é o risco de que o auditor possa inadvertidamente não modificar adequadamente seu parecer sobre demonstrações contábeis que contêm erros ou classificações indevidas materiais. (C) Ocorrência – se as transações e eventos que foram registrados ocorreram e são da entidade. (FGV/SEFAZ RJ . III. III. (E) revisão e observação / análise quantitativa. F. (B) O auditor deve determinar se as distorções não corrigidas são relevantes. II. IV. em conjunto com as distorções detectadas durante a auditoria.pontodosconcursos. Existem outros riscos não resultantes da amostragem tais como o uso de procedimentos de auditoria não apropriados.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 I. F 23. O nível de risco que o auditor está disposto a aceitar não afeta o tamanho da amostra exigido em razão da existência de outros controles a serem utilizados. poderiam ser Davi Barreto e Fernando Graeff www. F. 12. V. Para os testes de controle. dentro ou fora da entidade.br 31 . F (D) F. Os procedimentos técnicos aplicáveis a essas situações são.com. uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um aumento no risco identificado de distorção relevante. I. O auditor deve obter informações junto a pessoas com conhecimento. individualmente ou em conjunto. os itens a seguir a respeito do uso de amostragem estatística em auditoria e assinale a opção que indica a sequência correta. aponte a assertiva falsa: das distorções (A) Distorção é a diferença entre um item informado nas demonstrações contábeis e o que requerido para que este item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. V (E) V. F. respectivamente: (A) inspeção e indagação / inspeção dedutiva. V. V. (ESAF/Fiscal de Rendas – ISS RJ/2010) Avalie. V. (A) V. V. F. O auditor faz uma avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. (Elaboração Própria/2012) Sobre a avaliação identificadas durante a auditoria. V (C) V. se verdadeiro ou falso. (D) indagação / procedimentos analíticos. V. V (B) F. financeiro e não financeiro. (C) cálculo e observação / procedimentos confirmativos. II. (B) revisão e análise / confirmação analítica. (C) Caso a natureza das distorções identificadas e as circunstâncias em que elas ocorreram indicarem que podem existir outras distorções que. O auditor seleciona itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada. (E) cinco anos. (D) for detectado pelos auditores erro que induza os usuários a uma compreensão falha da empresa auditada.br 32 . relativas a transações e eventos subsequentes ao término do exercício social a que se referem as demonstrações contábeis auditadas: I. o auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter os papéis de trabalho por (A) dois anos. a partir da data de emissão do seu relatório. (C) três anos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. (C) o auditor não consegue reunir comprovação suficiente para formar sua opinião sobre as demonstrações financeiras. a administração examinou uma classe de transações. (FCC/ISS-SP/2006) – adaptada . independentemente das demonstrações contábeis. (NCE/Analista de Normas Contábeis e de Auditoria/CVM/2008) – adaptada . (D) O auditor deve comunicar tempestivamente ao nível apropriado da administração todas as distorções detectadas durante a auditoria. III. (B) as demonstrações contábeis representarem em seu conjunto a situação patrimonial da empresa analisada.pontodosconcursos. a menos que seja proibido por lei ou regulamento. Caso os eventos subsequentes não sejam revelados adequadamente pela companhia. saldos contábeis ou divulgação e corrigiu distorções que foram detectadas. por solicitação do auditor. a partir da data do fim da auditoria. a partir da data do fim da auditoria. e o auditor não tenha fornecido seu relatório a entidade ele deve modificar sua opinião como apropriado. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento subsequente relevante. o auditor deve executar procedimentos adicionais de auditoria para determinar se continua havendo distorções. não devem ser considerados pelo auditor. uma vez que ele não pode emitir um novo relatório. II.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 relevantes. O mesmo não é aplicável quando o conjunto das distorções detectadas se aproxima da materialidade. 24. a partir da data de emissão do seu relatório. (D) Se.O relatório (parecer) com abstenção de opinião é emitido quando: (A) for constatado que as demonstrações financeiras não representam a realidade da organização auditada.Considere as afirmações a seguir. o auditor deve determinar se a estratégia global e o plano de auditoria precisam ser revisados. (D) cinco anos. 25. Administração Pública e/ou de Empresas – TCE AC/2008) – ADAPTADA – De acordo com as normas de auditoria.com. Eventos subsequentes. a partir da data do fim da auditoria. 26. após a divulgação das demonstrações contábeis. (CESPE/ACE Espec. e requerer que sejam corrigidas. (E) for encontrado erro relevante nas demonstrações contábeis auditadas. (B) três anos. br . A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público é considerada um evento subsequente relevante. 29. avaliar a conjuntura econômica existente no momento e suas projeções para períodos futuros. (C) a falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus compromissos com a entidade e a verificação de prejuízos operacionais substanciais de forma continuada. (E) III e IV. (B) os processos legais e administrativos pendentes contra a entidade que resultem em obrigações que não possam ser cumpridas e a perda de financiador estratégico. 27. III. fundamentar matemática e estatisticamente os procedimentos utilizados pela entidade na quantificação das estimativas. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (D) II e IV. a existência de passivo a descoberto e a perda de mercado importante. apenas. sem que haja substituição.pontodosconcursos. (C) II e III. (ESAF/AFC Auditoria e Fiscalização – CGU/ 2012) Uma auditoria 33 Davi Barreto e Fernando Graeff www. apenas. a análise da continuidade da entidade auditada. (C) I. caracterizam-se como indicadores financeiros (A) a falta continuada de suprimentos importantes e a perda de financiador estratégico.com. (FCC/Analista: Contabilidade – MPE SE/2009) – adaptada – Segundo a NBC TA 570. apenas. II e III. Está correto o que se afirma em (A) III.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 IV. verificar a coerência das estimativas com o comportamento da entidade em períodos passados. (B) I e III. apenas. (FCC/Auditor – TCE SP/2008) Os exames realizados pelo auditor externo na avaliação das estimativas contábeis devem I. (D) a perda de fornecedor essencial. (E) I. 28. (D) I e II. (B) II. (E) os prejuízos operacionais substanciais de forma continuada e a perda de pessoal-chave na administração. II. a: (A) economicidade. coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o auxílio de uma empresa privada de auditoria.
 (D) Compartilhada. agora confira o gabarito na página seguinte e veja como se saiu. (E) Terceirizada. Nesse contexto.br 34 .. correspondente à relação entre os resultados alcançados. Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos. (C) Integrada. que compreende o grau de atendimento e satisfação das demandas da sociedade Bom. o tempo despendido e os recursos utilizados (C) eficiência. 30. é relevante a adoção de indicadores de desempenho. deve-se considerar.com.
 (B) Descentralizada. deve ter sua forma de execução classificada como: (A) Centralizada. no que tange à correta aplicação dos indicadores.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 qualquer. que consiste na relação entre os objetivos e metas realizadas em confronto com os resultados pretendidos (B) legalidade. (SMA/ Técnico de Controle Externo – TCM RJ/2011) Na gestão pública por resultados. quando observar o correto cumprimento da legislação pertinente (D) eficácia na análise dos gastos públicos. numa adequada avaliação dos resultados atingidos pelo gestor.. comparados aos preços praticados pelo mercado local (E) efetividade. realizada pelos Tribunais de Contas. com. Davi Barreto e Fernando Graeff www.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Gabaritos: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 A C C B C C Errada B 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A E D D E B C B A C 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 D B C D C E E C D E Certa Certa Tudo tranquilo? Esperamos que sim! Vamos comentar cada uma dessas questões.br 35 ..pontodosconcursos.. com. IV. mediante índices. cujo objetivo é dar segurança à opinião do auditor. III. II. visando dar segurança à opinião do responsável pela execução do trabalho sobre o fato observado. a confirmação externa e a conferência dos cálculos dos dados produzidos pelo sistema de escrituração contábil da entidade. essa é a definição dos testes substantivos. de unidades e órgãos que tenham procedimentos interligados. o rastreamento. com exame de documentos.pontodosconcursos. quocientes. Os testes substantivos têm por objetivo a obtenção de uma segurança razoável de que os sistemas de controles internos implantados pela entidade estão alcançando seus objetivos. Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência. II.br 36 . III. Item III – está errado. com o objetivo de reduzir o risco inerente da auditoria. essa é a definição dos testes de controle.de fato. exatidão e validação dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade auditada. II e IV. com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. o que servirá de base para determinar a extensão dos procedimentos de auditoria. Davi Barreto e Fernando Graeff www. setores. órgãos e procedimentos interligados. Comentários: Vamos analisar cada item: Item I . III e IV. Item IV – está errado. unidades. que tratam dos procedimentos e métodos de auditoria: I.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Questões comentadas 01. com exame de documentos. Está a) b) c) d) e) correto o que se afirma APENAS em I. procedimento técnico previsto na IN SFC 01/01 que trata da auditoria no setor público é definido como uma investigação minuciosa. Item II – está errado. Os procedimentos de revisão analítica compreendem a análise documental. quantidades absolutas ou outros meios. (FCC/Tribunal de Contas de São Paulo/Auditor/2013) Considere as afirmações a seguir. a revisão analítica é a verificação do comportamento de valores significativos. I e II. O rastreamento é uma investigação minuciosa. de detalhes.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Gabarito: letra A. (FCC/Nova Caixa – Contador/2011) Visam à obtenção de uma razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração da empresa auditada estão em efetivo funcionamento: a) b) c) d) e) Procedimentos de revisão analítica. Gabarito: letra C.com.A. Comentários: Os testes que visam à obtenção de uma razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração da empresa auditada estão em efetivo funcionamento são denominados testes de observância ou testes de controle. Testes de transações e saldos. Comentários: O enunciado traz o conceito dos testes de observância (testes de controle). Testes de observância. os efeitos que o referido procedimento causa às demonstrações financeiras auditadas. deve o auditor externo a) ressalvar e enfatizar. de observância. (FCC/TRE SP/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) Na auditoria governamental. Gabarito: letra C. 04.se na condição para contabilização pelo método de hedge accounting não o aplica. Testes de detecção. no relatório de auditoria. os testes que têm por objetivo certificar uma segurança razoável de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela Administração estão em efetivo funcionamento e estão sendo cumpridos corretamente são denominados testes a) b) c) d) e) substantivos.br 37 . de revisão analítica. Dessa forma. Testes substantivos.pontodosconcursos. 02. Davi Barreto e Fernando Graeff www. de inspeção. tem em suas operações instrumentos financeiros derivativos de hedge de moeda para cobertura de sua exposição cambial. 03. (FCC/ISS SP/2012) A empresa exportatudo S. Apesar de enquadrar. A. A empresa aposta na qualidade dos serviços prestados para superar a concorrência e começar a gerar lucro.00. o parecer do auditor será sem ressalva. ela não aplica esse método.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 b) verificar se o procedimento está divulgado em nota explicativa e emitir relatório de auditoria sem ressalva.000. dando a entender que é algo opcional. (FCC/ISS SP/2012) A empresa Terceserv S. Dado que se trata de uma aplicação opcional. não há nenhuma incorreção no procedimento adotado pela empresa. uma vez que a empresa infringe regra contábil e fiscal. uma vez que esse procedimento é opcional. d) emitir relatório de auditoria. Comentários: Essa questão mistura conhecimentos de contabilidade e auditoria. Como não há prescrição do crédito tributário. O enunciado nos dá uma dica ao afirmar que apesar de a empresa enquadrarse na condição para utilizar a contabilização pelo método de hedge accounting. a empresa constituiu provisão ativa para reconhecimento do crédito. 05.com. Gabarito: letra B. A chave para respondê-la é saber se a empresa adotou um posicionamento incorreto (se for incorreto. Davi Barreto e Fernando Graeff www. De fato. há a possibilidade de aplicação da metodologia denominada contabilidade de operações de hedge (hedge accounting). possui prejuízos fiscais decorrentes de resultados negativos apurados nos últimos dois anos no valor de R$ 1. ressalvando o relatório de auditoria. condicionando sua avaliação aos reflexos que o referido procedimento causaria às demonstrações contábeis. o auditor externo deve a) ressalvar o relatório de auditoria. Nesse caso. Opera em Mercado extremamente competitivo e não há por parte da administração expectativa de obtenção de lucros nos próximos 5 anos. mesmo que o valor seja irrelevante. de acordo com o Pronunciamento CPC-14: Para entidades que realizam operações com derivativos (e alguns instrumentos financeiros não derivativos – instrumento de hedge para proteger o risco de variação cambial) com o objetivo de hedge em relação a um risco específico determinado e documentado. qual a extensão do problema) e seu impacto na opinião do auditor.pontodosconcursos.br 38 . e) abster-se de emitir opinião em virtude da relevância que o procedimento causa nas demonstrações contábeis das empresas de forma geral. assim. c) avaliar o impacto e verificar se o procedimento afeta representativamente o resultado.000. as contingências tratadas na NBC TG 25 (anteriormente denominada NBC T 19. e emitir relatório de auditoria sem ressalva ou ênfase. c) solicitar que a empresa reverta o lançamento.pontodosconcursos. Comentários: As contingências ativas não podem ser reconhecidas (provisionadas) nas demonstrações contábeis.7). ou seja. uma vez que o benefício já é devido. devido ao princípio da prudência.com. e de passivos e ativos contingentes. não se trata de ativo contingente. No caso em pauta. e emitir relatório de auditoria sem ressalva. há algumas exceções. Veja que para que haja esse reconhecimento é necessário que haja probabilidade razoável de lucros tributáveis futuros. Na medida em que não for provável que estará disponível lucro tributável contra o qual prejuízos fiscais ou créditos fiscais não utilizados sejam utilizados. a princípio. em virtude de não atender aos pronunciamentos contábeis vigentes. exceto: • os que resultem de contratos a executar.br 39 . o ativo fiscal diferido não deve ser reconhecido. A NBC TG 32 define alguns critérios para avaliar a probabilidade de que haverá disponibilidade de lucro tributável: • se a entidade tem diferenças temporárias tributáveis suficientes relacionadas com a mesma autoridade tributária e a mesma entidade tributável que resultarão em valores tributáveis contra os quais os Davi Barreto e Fernando Graeff www. a empresa pretende provisionar a “expectativa de crédito tributário”. A NBC TG 32 trata de tributos sobre o lucro e admite a possibilidade de que um ativo fiscal diferido possa ser reconhecido para o registro de prejuízos fiscais e créditos fiscais não utilizados na medida em que seja provável que estarão disponíveis lucros tributáveis futuros. a menos que o contrato seja oneroso. uma vez que o crédito é devido. Ou seja. mas de ativo propriamente dito.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 b) abster-se de emitir o relatório de auditoria. No entanto. Quando a entrada de benefícios econômicos for praticamente certa. uma contingência ativa. devem ser aplicadas por todas as entidades na contabilização de provisões. Assim. e) recomendar que seja apropriado parte para o resultado do período. d) manter o lançamento. estaríamos diante de uma prática não adequada pelo simples fato de se tratar de uma contingência ativa. caso a empresa não atenda ressalvar o relatório de auditoria. e • os cobertos por outra norma. as demonstrações contábeis não estão adequadas. mediante a aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010. o auditor deve discutir com a administração o ajuste das demonstrações e. Neste caso. e relatório de auditoria para os anos de 2010 e 2011. Em 2012.pontodosconcursos. A empresa precisando manter essa forma de capitação de recursos.br 40 . 2010 e 2011. para os anos de 2010 e 2011. será uma ressalva. e) relatório de auditoria para o ano de 2009. modificar sua opinião. mediante a aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010. por problemas administrativos e financeiros. e • se estiverem disponíveis para a entidade oportunidades de planejamento tributário que criarão lucro tributável no período em que prejuízos fiscais ou créditos fiscais não utilizados possam ser utilizados. Comentários: As novas normas de auditoria passaram a vigorar a partir de 1º/1/2010. Consequentemente.A.com. não efetuou a auditoria externa de suas demonstrações financeiras nos anos de 2009. 06. b) parecer de auditoria para os anos de 2009. 2010 e 2011. (FCC/TRT 6R/Analista Judiciário – Contabilidade/2012) A empresa Jaú S. aplicando as normas de auditoria vigentes para o período até 2009. devem ser aplicadas as normas de auditoria vigentes até 2009 para Davi Barreto e Fernando Graeff www. pois se trata de uma distorção relevante e não de uma limitação de escopo. de capital aberto. • se os prejuízos fiscais não utilizados resultarem de causas identificáveis que são improváveis de ocorrer novamente. mediante a aplicação das normas de auditoria vigentes até 2009. d) relatório de auditoria para os anos de 2009. portanto. por determinação da CVM foi solicitada a apresentar as auditorias de todo o período. c) parecer de auditoria para o ano de 2009. mediante aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010. • se for provável que a entidade terá lucros tributáveis antes que os prejuízos fiscais ou créditos fiscais não utilizados expirem. caso não atendido. Portanto.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 prejuízos fiscais ou créditos fiscais não utilizados podem ser utilizados antes que expirem. contratou auditoria para emitir a) parecer de auditoria para o ano de 2009 e relatório de auditoria para os anos de 2010 e 2011. senão teria seu registro cancelado. Note que o enunciado não dá elementos para concluir que o auditor possui evidências que a empresa terá lucro no futuro. Gabarito: letra C. aplicando as normas de auditoria vigentes para o período até 2009 e parecer de auditoria. mediante aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010. 2010 e 2011. cujo desfecho poderá afetar significativamente a posição patrimonial e financeira da entidade. dada a impossibilidade de comprovação suficiente para fundamentá-la. emitir parecer com ressalva. 07. bem como as responsabilidades da administração da entidade auditada. 08. Gabarito: letra C. o auditor deve abster-se de emitir opinião em seu parecer. Comentários: O auditor pode emitir opinião sobre demonstrações condensadas quando houver auditado as informações completas.com. (CESPE/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil – Área 7/2012) O parecer de auditoria deve mencionar expressamente as responsabilidades do próprio auditor quanto à auditoria realizada. não emitir o parecer até ter maiores informações sobre o assunto. nesse caso. mas que foi mencionado nas notas explicativas às demonstrações contábeis. Comentários: O enunciado trata de dúvida quanto à continuidade operacional da entidade.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 o parecer de auditoria referente ao ano de 2009. para os relatórios de auditoria dos anos de 2010 e 2011. (CESPE/MPE PI/Controle Interno/2012) Caso parte das demonstrações contábeis da entidade auditada esteja sob a forma de demonstrações condensadas. vigentes a partir de 2010. (FCC/Nova Caixa/Contador/2011) Quando ocorrer incerteza quanto a fato relevante. Gabarito: letra B. adicionar parágrafo de ênfase em seu parecer sem ressalva.br 41 . o auditor deve expressar uma opinião sem ressalvas e incluir um parágrafo de ênfase em seu relatório destacando a existência de incerteza significativa e chamando a atenção para as respectivas notas explicativas às demonstrações contábeis. 09. emitir parecer com abstenção de opinião. o auditor deve a) b) c) d) e) emitir parecer adverso. se for feita divulgação adequada nas demonstrações contábeis. Gabarito: errada. e as normas de auditoria. Comentários: Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos. Contabilidade/2011) Ao conduzir uma auditoria de demonstrações contábeis. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. Essa conta pertence ao passivo e representa as obrigações que a entidade tem com terceiros. Gabarito: certa. 11. são objetivos gerais do auditor obter segurança (A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante. Comentários: O enunciado afirma que o auditor utilizou a revisão analítica no contas a pagar.com. devido a erros. as dívidas da empresa. (CESPE/SEDUC AM/Contador/2011) Entre os procedimentos de revisão analítica utilizáveis para constatação de evidências sobre contas a pagar. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.br 42 . devido à fraude. 10. devido à fraude ou erro. em todos os aspectos relevantes. em todos os aspectos relevantes. possibilitando que o auditor expresse opinião Davi Barreto e Fernando Graeff www. (D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção irrelevante. a constatação de variações relevantes e inesperadas nos prazos médios de pagamento e na liquidez corrente pode constituir indício de irregularidade.Jud. Gabarito: certa. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 O enunciado está perfeito. sem explicação aparente. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. (B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção irrelevante. em todos os aspectos relevantes. são indícios de que a entidade está deixando de registrar dívidas. (FCC/TRT24-Anal. o relatório de auditoria deve destacar as responsabilidades tanto do auditor como da administração da entidade auditada. ou seja. O aumento do prazo médio de pagamento (tempo decorrido desde a contração da dívida até sua liquidação) de forma anormal e/ou a variação brusca para cima do índice de liquidez corrente (relação do ativo circulante com o passivo circulante). devido à fraude ou erro. ou seja. que está omitindo obrigações. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.pontodosconcursos. podendo o aumento em um ou outro desses indicadores revelar omissão de registro dessas obrigações. em conformidade com a estrutura de parecer financeiro. (C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção relevante. Essa era só ler a primeira palavra. Davi Barreto e Fernando Graeff www. devido à fraude ou erro.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. em todos os aspectos relevantes. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. devido à fraude ou erro. em todos os aspectos considerados. (D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção irrelevante.pontodosconcursos. Item correto.com. devido à fraude ou erro. Além disso. em todos os aspectos relevantes. em conformidade com a estrutura de parecer financeiro. as demonstrações são analisadas como um todo e não em parte como afirma a alternativa. são objetivos gerais do auditor obter segurança (A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante.br 43 . em conformidade com a estrutura de parecer financeiro consolidado do auditor independente. Comentários: Perceba que essa questão cobra a literalidade da NBC TA 200: Ao conduzir uma auditoria de demonstrações contábeis. (C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção relevante. (B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção irrelevante. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. em todos os aspectos relevantes. devido a erros. (E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção irrelevante. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. em todos os aspectos relevantes. devido à fraude. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. O auditor por mais diligente que seja nunca terá segurança total de que as demonstrações contábeis estão livres de fraudes e/ou erros. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. em todos os aspectos relevantes. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. A banca omitiu a questão das fraudes. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas.com. (D) deve emitir opinião. que será publicado com as demonstrações contábeis. Item C: errado. pois as demonstrações são analisadas como um todo e de acordo com a estrutura do relatório financeiro aplicável à entidade auditada e não consolidado pelo auditor independente. ele é responsável por verificar se os mesmos estão sendo cumpridos. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2009 – Adaptada) O trabalho de auditoria interna (A) tem maior independência que o de auditoria externa. este enunciado está errado. (B) é responsável pela implementação e pelo cumprimento dos controles internos. 12. (E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção irrelevante.br 44 . faltou mencionar os erros. a auditoria externa é mais independente que a auditoria interna. Item D: errado. devido à fraude ou erro. Por fim. O auditor interno deve ser subordinado ao mais alto nível da administração. Item B: errado.pontodosconcursos.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Veja o comentário da alternativa anterior. em conformidade com a estrutura de parecer financeiro consolidado do auditor independente. Comentários: Vamos analisar item a item: Item A: errado. É exatamente o contrário. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Gabarito: letra A. e não a controladoria. Além disso. (E) deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos. em todos os aspectos considerados. (C) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa. O auditor interno não é responsável pela implementação e pelo cumprimento dos controles internos. Como já falamos. O seu objetivo é elaborar um relatório que comunique os trabalhos realizados.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 O auditor interno não emite opinião sobre as demonstrações contábeis. O diretor financeiro da empresa Ágile S. o auditor interno é responsável por verificar a necessidade de aperfeiçoamento e propor novas normas para o sistema contábil e de controles internos. A empresa Aquisição S. (C) qualificação. Gabarito: letra E.A é primo em segundo grau do diretor presidente da empresa Aquisição S. Comentários: Essa é bem fácil mesmo. III. Gabarito: letra D. na ótica da auditoria externa. A firma de auditoria da adquirente é a mesma que realizou os trabalhos de due dilligence da empresa Aquisição S. e de consultoria tributária no ano da aquisição para a empresa Ágile. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa Aquisição S. (B) objetividade. Item E: certo.A. as conclusões obtidas e as recomendações e providências a serem tomadas em relação aos controles internos da entidade. ao preceito da (A) prudência. Afeta a independência do auditor externo o que consta em Davi Barreto e Fernando Graeff www..A. é comprometida pelas situações: I. este profissional. não obstante a sua posição funcional. 13.com. (E) hierarquia.A. (D) independência. ou seja. Isto equivale.A.pontodosconcursos.br 45 . em suas contingências tributárias. a sua independência. II. 14.A.A. deve preservar a sua autonomia profissional. não é? O auditor interno deve sempre preservar a sua autonomia. (FCC/ISS-SP/2012) A independência do auditor externo da empresa Aquisição S. comprou a empresa Ágile S. (Cesgranrio/Auditor – Funasa/2009) Segundo as normas profissionais do auditor interno. (C) I. 15. As relações familiares que podem gerar ameaças à independência são aquelas entre o auditor e a empresa auditada – o que não é o caso do item. Não há vedações em relação à indicação de outra empresa para prestar um serviço. (E) II e III. a época e a direção para o desenvolvimento do plano de auditoria. apenas. a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. Gabarito: letra D. (A) O auditor deve identificar as características do trabalho para definir o seu alcance. (FGV / ICMS-RJ / 2010) Nas atividades de planejamento o auditor deve estabelecer uma estratégia global definindo o alcance.pontodosconcursos. (B) O auditor deve considerar os fatores que no seu julgamento profissional são significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho e determinar a natureza. quando for o caso. A respeito do planejamento da auditoria. (D) O auditor deve desenvolver o plano de auditoria e nele deve incluir a descrição da natureza. apenas. Comentários: Vamos analisar cada um dos itens: I – Certo.com.br 46 . assinale a afirmativa incorreta. II e III. apenas. Comentários: Davi Barreto e Fernando Graeff www. (D) I. III – Errado.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 (A) III. (E) O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global e o plano de auditoria. Outros serviços prestados podem gerar ameaças à independência do auditor. para definir o tipo de técnica e os procedimentos aplicáveis na revisão do seu trabalho. a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco. apenas. a relevância do conhecimento obtido em outros trabalhos. bem como definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas. (B) II. II – Errado. (C) O auditor deve considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e. (E) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle interno. • os relatórios a serem entregues. por exemplo) (D) identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a database do exercício. 16. Assinale-a.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Segundo a NBC TA 300 (Resolução CFC nº 1.br 47 . (A) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de “conhecimento” da auditada) (B) mapeamento das fraudes e erros (relevantes ou não) detectados pelos dois últimos auditores independentes e verificação da comunicação à CVM (C) uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido alterações de um exercício para o outro. é possível destacar: • o grau de conhecimento da atividade da auditada.pontodosconcursos. oportunidade (quando) e extensão (até onde. Nas alternativas a seguir estão listados alguns desses cuidados. • a natureza (o que fazer. Comentários: Essa questão é bem parecida com a anterior e procura saber o que não deve ser cuidado adicional na realização de uma auditoria inicial. mudança no critério de tributação – lucro presumido para real. Gabarito: letra E.Fiscal de Rendas/2008) Entre os fatores a serem considerados no planejamento. Em decorrência de imprevistos.211/09). tais como mudança no método de avaliação de estoques. Na primeira auditoria realizada por determinada empresa de uma dada entidade. o percentual) dos procedimentos a serem aplicados. (FGV/SEFAZ RJ . à exceção de uma. o auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria sempre que necessário no curso da auditoria e não para definir o tipo de técnica e os procedimentos aplicáveis na revisão do seu trabalho. mudanças nas condições ou na evidência de auditoria obtida na aplicação de procedimentos de auditoria. • a existência de auditoria interna. qual procedimento aplicar). alguns cuidados especiais de planejamento devem ser observados de acordo com o CFC e com a doutrina. o auditor pode ter que modificar a estratégia global e o plano de auditoria.com. uso de reavaliação. Davi Barreto e Fernando Graeff www. • a equipe técnica. revelados ou não. Item (B): errado. Item (C).Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Depois do que vimos. tampouco nas antigas. não há nenhuma especificação do tipo “dois últimos auditores independentes e verificação da comunicação à CVM” nas normas novas. Além disso. Comentários: O enunciado da questão pergunta qual é o componente que identifica as políticas e procedimentos (=atividades ou procedimentos de controle) que permitem assegurar que as diretrizes da administração estão sendo seguidas.br 48 . avaliação de risco. é o gabarito da questão. (Cesgranrio/BNDES – Ciências Contábeis/2009) O relatório do Comitê de Organizações Patrocinadoras identifica os cinco componentes do controle interno: ambiente de controle. informação e comunicação. fica fácil matar a questão. (FGV/SEFAZ RJ . Dentre eles.pontodosconcursos. A revisão da documentação de auditoria (=papéis de trabalho) produzida pelos seus antecessores é importante em um trabalho inicial. (E) monitoração. atividades de controle. (C) atividade de controle. A resposta correta é.Fiscal de Rendas/2007) Avalie as afirmativas a seguir: Davi Barreto e Fernando Graeff www. Gabarito: letra B. (D) e (E): correto. (D) informação e comunicação. monitoração. não é mesmo? Item (A): correto. 17. Portanto. Verificar a uniformidade dos critérios contábeis e analisar se não ocorreram fatos relevantes subsequentes ou mudanças no controle interno são elementos importantes em um trabalho de auditoria inicial. Gabarito: letra C. aquele que identifica as políticas e procedimentos que permitem assegurar que as diretrizes da administração estão sendo seguidas é o(a) (A) ambiente de controle.com. (B) avaliação de risco. Mapear fraude e erros irrelevantes não é necessariamente importante nesse tipo de trabalho. portanto. 18. atividade de controle. 19. Essa é a definição de risco inerente. Item III: errado. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. Risco de auditoria é o risco de o auditor emitir uma opinião inadequada sobre demonstrações contábeis inadequadas. Item IV: correto. Risco inerente é o risco de que um erro ou classificação indevida materiais que possam constar de uma afirmação não sejam evitados ou detectados tempestivamente pelos controles internos da entidade. Comentários: Vamos analisar cada um dos itens. Gabarito: letra B. Essa é a definição de risco de controle. Item I: correto. Item II: errado. (B) Existência – se ativos. Assinale: (A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.com. Assinale-a. (B) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. passivos e elementos do patrimônio líquido existem. ou seja. que contenham distorções relevantes (erros ou classificações indevidas materiais).Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 I. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças Públicas/2008) – ADAPTADA – Na aplicação dos testes de detalhes substantivos o auditor deve objetivar às seguintes conclusões. (D) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Risco de detecção é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida relevantes que existam em uma afirmação. IV. II.br 49 . Risco de detecção é o risco de o auditor não detectar uma distorção relevante nas demonstrações. Risco de auditoria é o risco de que o auditor possa inadvertidamente não modificar adequadamente seu parecer sobre demonstrações contábeis que contêm erros ou classificações indevidas materiais.pontodosconcursos. (C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. à exceção de uma. III. (A) Corte – se as transações e eventos foram registrados nas contas corretas. Risco de controle é a suscetibilidade de uma afirmação a um erro ou classificação indevida materiais. supondo que não haja controles. com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas.br 50 . (D) observância e testes de circularização de saldos. (B) eventos subsequentes e testes de detalhes. e • Procedimentos analíticos substantivos. mediante índices. que consistem na verificação do comportamento de valores significativos. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2006) – ADAPTADA – Os procedimentos substantivos de auditoria dividem-se em testes de (A) amostragem estatística e procedimentos de revisão analítica. (FGV/SEFAZ RJ .com. Comentários: Veja como esse assunto é cobrado. Gabarito: letra A. (C) detalhes e procedimentos de revisão analítica.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 (C) Ocorrência – se as transações e eventos que foram registrados ocorreram e são da entidade.. 21. (E) Direitos e obrigações – se a entidade detém ou controla os direitos sobre ativos e os passivos são as obrigações da entidade. 20.Avalie as seguintes situações: Davi Barreto e Fernando Graeff www. os procedimentos substantivos podem ser divididos em: • Testes de detalhes (denominado testes de transações e saldos pelas normas antigas).pontodosconcursos. Corte não corresponde à avaliação se as transações e eventos foram registrados nas contas corretas. mas se foram registradas no período correto (=competência).Fiscal de Rendas/2009) – ADAPTADA .. (D) Integridade – se todas as divulgações que deviam ser incluídas nas demonstrações contábeis foram incluídas. percebemos que o único item que não condiz com as definições que estudamos é o “A”. que fornecem evidências nas quais o auditor verifica se os fatos contábeis foram adequadamente registrados. quantidades absolutas ou outros meios. Gabarito: letra C. (E) observância e testes de amostragem estatística. De acordo com o que discutimos. quocientes. Comentários: Essa questão cobra o conhecimento sobre as conclusões dos procedimentos ou testes substantivos. dentro ou fora da entidade. V. IV. I. Comentários: O enunciado quer saber que procedimentos correspondem a: I. V (C) V. 22. os itens a seguir a respeito do uso de amostragem estatística em auditoria e assinale a opção que indica a sequência correta. O auditor seleciona itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada. V. V. V. O nível de risco que o auditor está disposto a aceitar não afeta o tamanho da amostra exigido em razão da existência de outros controles a serem utilizados. (Procedimentos analíticos) Gabarito: letra D. (A) V. (indagação) II. O auditor faz uma avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. V Davi Barreto e Fernando Graeff www. (C) cálculo e observação / procedimentos confirmativos.br 51 .com. II. (E) revisão e observação / análise quantitativa. F (D) F. O auditor deve obter informações junto a pessoas com conhecimento. F. III. V. F. financeiro e não financeiro. Para os testes de controle. II.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 I. Os procedimentos técnicos aplicáveis a essas situações são. (D) indagação / procedimentos analíticos. Existem outros riscos não resultantes da amostragem tais como o uso de procedimentos de auditoria não apropriados. (B) revisão e análise / confirmação analítica. O auditor deve obter informações junto a pessoas com conhecimento. respectivamente: (A) inspeção e indagação / inspeção dedutiva. (ESAF/Fiscal de Rendas – ISS RJ/2010) Avalie. dentro ou fora da entidade.pontodosconcursos. se verdadeiro ou falso. O auditor faz uma avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um aumento no risco identificado de distorção relevante. F. V (B) F. financeiro e não financeiro. Comentários: Davi Barreto e Fernando Graeff www. (D) O auditor deve comunicar tempestivamente ao nível apropriado da administração todas as distorções detectadas durante a auditoria. Vimos que tamanho da amostra varia diretamente com o nível de risco existentes. Gabarito: letra B.br 52 . F Comentários: Vamos analisar cada um dos itens: Item I: Errado. Item III: Certo. o auditor deve executar procedimentos adicionais de auditoria para determinar se continua havendo distorções. a administração examinou uma classe de transações. Além dos riscos do processo de amostragem. por solicitação do auditor. F. Vimos que quando a Taxa de Desvio da Amostra for maior que Taxa Tolerável de Desvio. saldos contábeis ou divulgação e corrigiu distorções que foram detectadas.pontodosconcursos. Essa é uma característica básica da amostragem estatística seleção aleatória dos itens da amostra. Item IV: Certo. (B) O auditor deve determinar se as distorções não corrigidas são relevantes. aponte a assertiva falsa: das distorções (A) Distorção é a diferença entre um item informado nas demonstrações contábeis e o que requerido para que este item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. de forma que cada unidade de amostragem tenha a mesma chance de ser escolhida. em conjunto com as distorções detectadas durante a auditoria. pode indicar uma amostragem falha devido ao aumento no risco de distorção relevante. (C) Caso a natureza das distorções identificadas e as circunstâncias em que elas ocorreram indicarem que podem existir outras distorções que. (D) Se. e requerer que sejam corrigidas. o auditor deve determinar se a estratégia global e o plano de auditoria precisam ser revisados. Item II: Certo.com. a menos que seja proibido por lei ou regulamento. há outros riscos que podem comprometer o processo auditorial. individualmente ou em conjunto. (Elaboração Própria/2012) Sobre a avaliação identificadas durante a auditoria. O mesmo não é aplicável quando o conjunto das distorções detectadas se aproxima da materialidade. 23. V.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 (E) V. poderiam ser relevantes. (B) as demonstrações contábeis representarem em seu conjunto a situação patrimonial da empresa analisada..O relatório (parecer) com abstenção de opinião é emitido quando: (A) for constatado que as demonstrações financeiras não representam a realidade da organização auditada.pontodosconcursos. se posterior. a partir da data de emissão do seu relatório. Vimos que o prazo de guarda da documentação de auditoria não pode ser inferior a 5 (cinco) anos a contar da data do relatório do auditor ou. (D) for detectado pelos auditores erro que induza os usuários a uma compreensão falha da empresa auditada. 24. (B) três anos. (CESPE/ACE Espec. (E) for encontrado erro relevante nas demonstrações contábeis auditadas. ou • quando o conjunto das distorções detectadas se aproxima da materialidade. (C) três anos. (D) cinco anos. a partir da data de emissão do seu relatório. Gabarito: letra C. a partir da data do fim da auditoria. Comentários: Davi Barreto e Fernando Graeff www. a partir da data do fim da auditoria. independentemente das demonstrações contábeis. (NCE/Analista de Normas Contábeis e de Auditoria/CVM/2008) – adaptada . 25.br 53 . Administração Pública e/ou de Empresas – TCE AC/2008) – ADAPTADA – De acordo com as normas de auditoria. poderiam ser relevantes. da data do relatório do auditor do grupo.com.. o auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter os papéis de trabalho por (A) dois anos. Comentários: Bom. (E) cinco anos. (C) o auditor não consegue reunir comprovação suficiente para formar sua opinião sobre as demonstrações financeiras. a partir da data do fim da auditoria.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 O auditor deve determinar se a estratégia global e o plano de auditoria precisam ser revisados: • caso a natureza das distorções identificadas e as circunstâncias em que elas ocorreram indicarem que podem existir outras distorções que. em conjunto com as distorções detectadas durante a auditoria. Gabarito: letra D. Item III – Perfeito. Item II – Como vimos os eventos subsequentes devem ser considerados pelo auditor. III.br 54 . II. se o relatório do auditor independente ainda não tiver sido fornecido à entidade. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. relativas a transações e eventos subsequentes ao término do exercício social a que se referem as demonstrações contábeis auditadas: I. (E) III e IV.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas. Comentários: Item I – e emissão de debêntures e ações após o término do exercício social é considerada evento subsequente relevante. e o auditor não tenha fornecido seu relatório a entidade ele deve modificar sua opinião como apropriado. Item IV – O item se refere a um tipo de evento subsequente que pode ser relevante. uma vez que ele não pode emitir um novo relatório. 26. se houver. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento subsequente relevante. (C) II e III. Caso os eventos subsequentes não sejam revelados adequadamente pela companhia. IV. (B) I e III. após a divulgação das demonstrações contábeis. Gabarito: letra E.pontodosconcursos. (D) II e IV. Gabarito: letra C. sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas. ele deve modificá-lo conforme exigido pela NBC TA 705. (FCC/ISS-SP/2006) – adaptada .com.Considere as afirmações a seguir. Davi Barreto e Fernando Graeff www. Eventos subsequentes. A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público é considerada um evento subsequente relevante. não devem ser considerados pelo auditor. II e III. analisando os controles. 28. (FCC/Analista: Contabilidade – MPE SE/2009) – adaptada – Segundo a NBC TA 570. (D) I e II. os procedimentos e os métodos utilizados pela entidade. são razoáveis. e • avaliar a conjuntura econômica existente no momento e suas projeções para períodos futuros. todos esses itens fazem parte da análise dos procedimentos e métodos aplicados na avaliação das estimativas da entidade. caracterizam-se como indicadores financeiros Davi Barreto e Fernando Graeff www. No entanto. apenas. Comentários: Vimos que as estimativas contábeis são responsabilidade da administração da entidade. III. a análise da continuidade da entidade auditada. apenas.pontodosconcursos. individualmente consideradas. Nesse processo. Enfim. Gabarito: letra E.br 55 . (FCC/Auditor – TCE SP/2008) Os exames realizados pelo auditor externo na avaliação das estimativas contábeis devem I. fundamentar matemática e estatisticamente os procedimentos utilizados pela entidade na quantificação das estimativas. avaliar a conjuntura econômica existente no momento e suas projeções para períodos futuros. e deve assegurar-se que as estimativas relevantes. o auditor deve: • fundamentar matemática e estatisticamente os procedimentos utilizados pela entidade na quantificação das estimativas.com. apenas. (B) II.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 27. II. Está correto o que se afirma em (A) III. verificar a coerência das estimativas com o comportamento da entidade em períodos passados. apenas. (E) I. • verificar a coerência das estimativas com o comportamento da entidade em períodos passados. (C) I. cabe ao auditor tomar conhecimento da forma como as estimativas foram apuradas. deve ter sua forma de execução classificada como: (A) Centralizada. Gabarito: letra C. (B) os processos legais e administrativos pendentes contra a entidade que resultem em obrigações que não possam ser cumpridas e a perda de financiador estratégico. 29. Davi Barreto e Fernando Graeff www. coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o auxílio de uma empresa privada de auditoria.
 (D) Compartilhada. Comentários: Os únicos indicadores de descontinuidade exclusivamente financeiros estão no item “C” (a falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus compromissos com a entidade e a verificação de prejuízos operacionais substanciais de forma continuada). (C) Integrada. Dentro desse grupo. (E) Terceirizada.com. Comentários: A auditoria de execução indireta é a atividade executada com a participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. a existência de passivo a descoberto e a perda de mercado importante.br 56 . sem que haja substituição. (C) a falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus compromissos com a entidade e a verificação de prejuízos operacionais substanciais de forma continuada.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 (A) a falta continuada de suprimentos importantes e a perda de financiador estratégico. (E) os prejuízos operacionais substanciais de forma continuada e a perda de pessoal-chave na administração. que desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada.pontodosconcursos.
 (B) Descentralizada. (D) a perda de fornecedor essencial. Os demais possuem indicadores operacionais e outros indicadores. a auditoria compartilhada é aquela coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou privada. (ESAF/AFC Auditoria e Fiscalização – CGU/ 2012) Uma auditoria qualquer. é relevante a adoção de indicadores de desempenho. que consiste na relação entre os objetivos e metas realizadas em confronto com os resultados pretendidos (B) legalidade. Bons estudos e boa sorte! Um grande abraço. Esperamos que tenha gostado. apesar de nosso curso acabar hoje. D: economicidade. no que tange à correta aplicação dos indicadores. B: eficiência. enquanto que o correto seria: • • • • Item Item Item Item A: eficácia. Caro concursando. realizada pelos Tribunais de Contas.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Gabarito: letra D. comparados aos preços praticados pelo mercado local (E) efetividade. Gabarito: letra E. que compreende o grau de atendimento e satisfação das demandas da sociedade Comentários: O item E traz a correta definição de efetividade.com. Os outros itens trazem a definição errada. 30.br 57 . Finalizamos. C: legalidade. estaremos sempre à disposição para ajudá-lo no que for possível – seja pelo fórum de dúvidas ou por nossos e-mails. o tempo despendido e os recursos utilizados (C) eficiência. a: (A) economicidade.pontodosconcursos. Nesse contexto. Saiba que. nossas aulas. Davi e Fernando Davi Barreto e Fernando Graeff www. (SMA/ Técnico de Controle Externo – TCM RJ/2011) Na gestão pública por resultados. numa adequada avaliação dos resultados atingidos pelo gestor. deve-se considerar. aqui. quando observar o correto cumprimento da legislação pertinente (D) eficácia na análise dos gastos públicos. correspondente à relação entre os resultados alcançados. Atlas.com. São Paulo: Ed. GRAEFF. Wiliam. Atlas. Marcelo Willian C. 2009. Método. 2011. Atlas. Auditoria: teoria e exercícios comentados. BRAGA. São Paulo: Ed. Atlas. 2002. Antônio Lopes de. São Paulo: Ed. Mudanças Contábeis na Lei Societária. Davi. Atlas. 2009. SÁ. São Paulo: Ed. Curso de Auditoria. ATTIE. Auditoria. Fernando. BOYNTON. Auditoria: um curso moderno e completo. 2007.Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 09 Bibliografia ALMEIDA. Marcelo Cavalcanti. Marcelo Cavalcanti.br 58 .pontodosconcursos. Davi Barreto e Fernando Graeff www. 2009. Auditoria – Conceitos e Aplicações. São Paulo: Ed. São Paulo: Ed. BARRETO. Hugo Rocha & Almeida.
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