Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Lucas Salvetti E-BOOK DE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AUDITOR FISCAL da RECEITA FEDERAL (atualizado conforme edital de 2012) Autor: Lucas A. G. Salvetti Material complementar sugerido: Livro 1001 questões de auditoria comentadas ESAF, Editora Método. (link: http://www.editorametodo.com.br/produtos_descricao.asp?codigo_pr oduto=2757) 1 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Senhores, Este e-book contém todos os itens (com exceção do item 19) do edital publicado no dia 09 de julho de 2012 (link: http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=09/07/2012&jornal=3 &pagina=99&totalArquivos=212) Item 19: Normas e Procedimentos de Auditoria do IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Não incluí as normas do IBRACON pois vou divulgar este material gratuitamente, através dos sites ForumConcurseiros e do EuVouPassar. No entanto, recomendo que seja feita a leitura “na diagonal”, de forma rápida, das normas vigentes (que são: NPA 02, 03, 04, 12, 14). Você pode encontrar estas normas neste link: http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/lisPublicacoes.php?cod Cat=2) Devo, no entanto, salientar que o item 23 afirma (todas as normas referentes a auditoria interna, externa e setor público). Pessoal, eu abordei neste e-book todos os itens pedidos expressamente além das normas que julgo serem importantes. Portanto, vocês estarão muito bem preparados. Além disso, coloquei ainda uma “aula extra”, no final do material, para complementar o conteúdo das normas de auditoria independente. Vamos então falar rapidamente sobre o autor deste material: Informações sobre o autor: Formação: Administração de Empresas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS (2008) Concursos aprovado: 41º lugar - Banco do Brasil (2006) - Aprovado com 18 anos 11º lugar - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais de Rondônia - ICMS RO 2010 - Aprovado com 22 anos 19º lugar - Auditor Fiscal da Receita Estadual do Rio de Janeiro ICMS RJ 2010 - Aprovado com 22 anos 2 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Cursos online, livros e outras atividades: 1) Vídeo-Aula: www.euvoupassar.com.br 2) Curso para Agente Fiscal de Rendas de SP em PDF: http://www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf/subcategoria_info.p hp?id_categoria=559&id_subcategoria=15079&tipo=v&area=20 3) Livro 1001 questões comentadas de auditoria ESAF, pela Ed. Método (link: http://www.editorametodo.com.br/produtos_descricao.asp?codigo_pr oduto=2757) 4) Professor de auditoria no: http://www.tecconcursos.com.br/ 5) Colaborador no: http://www.forumconcurseiros.com/forum/ Como adquirir este e-book: Basta enviar um email com seu nome completo para:
[email protected] , em seguida, você receberá as instruções de como efetuar o pagamento. *obs. O email deve ser enviado do usuário (endereço) que receberá o material. O envido do material será feito a partir do dia 21 de julho de 2012. Material complementar sugerido: Livro 1001 questões comentadas de auditoria ESAF, pela Ed. Método (link: http://www.editorametodo.com.br/produtos_descricao.asp?codigo_pr oduto=2757) Instrução para leitura: Os objetivos tratados no início de cada capítulo são os objetivos específicos (conforme definem as NBCs). É sempre importante ter em mente tais objetivos quando forem estudar o assunto já que, em uma eventual dúvida, ter em mente qual é o objetivo do auditor com isso (assunto) vai ajuda-los a resolver as questões de prova mais facilmente. 3 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Vamos agora falar da estrutura deste e-book: Capítulo 01 Assunto Fonte Aspectos Gerais. Normas de Auditoria. NBC TA 200, Ética Profissional, Responsabilidade Legal, NBC PA 01, Objetivo, Controle de Qualidade NBC TA 220. Auditoria Interna Versus Auditoria NBC TI 01, Externa. Conceito, Objetivos, NBC PI 01 Responsabilidades, Funções, Atribuições Desenvolvimento do Plano de Auditoria. NBC TA 300, Estratégia de Auditoria, Sistema de NBC TA 315, Informações, Controle Interno, Risco de NBC TA 200 Auditoria Testes de Auditoria: Observância Substantivos, de NBC TA 330 02 03 04 05 Procedimentos de Auditoria: Inspeção, NBC TA 500, Observação,Investigação, Confirmação, NBC TA 505, Cálculo, Procedimentos Analíticos NBC TA 520 Tipos de Teste em Áreas Específicas das NBC TA 501 Demonstrações Contábeis: Caixa e Bancos, Clientes, Estoques, Investimentos, Imobilizado, Fornecedores, Advogados, Seguros, Folha de Pagamentos Amostragem NBC TA 530 06 07 08 Representação formal (carta de NBC TA 580 responsabilidade da administração): NBC TA 230 objetivo, conteúdo; Documentação de Auditoria (papéis de trabalho) Uso do Trabalho de Outros Profissionais: NBC TA 610, outro Auditor Independente, Auditor NBC TA 620, Interno, Especialista de Outra Área NBC P1.8 Transações e eventos subsequentes Relatório (parecer) de Auditoria. NBC TA 560 NBC TA 700, NBC TA 705, NBC TA 706 4 09 10 11 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti 12 Concordância com os termos do trabalho NBC TA 210 de auditoria independente Fraudes e a Responsabilidade do Auditor NBC TA 240 13 14 Avaliação das distorções identificadas NBC TA 450 15 Materialidade e Relevância planejamento e na execução trabalhos de auditoria Auditoria de estimativas Contábeis no NBC TA 520 dos NBC TA 540 16 17 Auditoria no setor público federal: finalidade e objetivos da auditoria governamental; abrangência e atuação; formas e tipos; normas relativas à execução. IN SFCI/MF 01/2001, capítulo I, II e Seção III do Capítulo VII; Capítulo Extra: 18 Contingências, Continuidade Operacional Lista de exercícios NBC TG 25, NBC TA 570 Observações: Para os que já adquiriram o material anteriormente, veja que foram inseridos os capítulos 12 ao 17 (que é a adequação ao edital atual). Além disso, inseri a lista de exercícios resolvida ao longo do curso no capítulo 18 (conforme solicitado pelos alunos). 5 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Índice Capítulo 01 ................................................................ Página 07 Capítulo 02 ................................................................ Página 34 Capítulo 03 ................................................................ Página 64 Capítulo 04 ................................................................ Página 101 Capítulo 05 ................................................................ Página 119 Capítulo 06 ................................................................ Página 152 Capítulo 07 ................................................................ Página 177 Capítulo 08 ................................................................ Página 199 Capítulo 09 ................................................................ Página 222 Capítulo 10 ................................................................ Página 242 Capítulo 11 ................................................................ Página 255 Capítulo 12 ................................................................ Página 284 Capítulo 13 ................................................................ Página 289 Capítulo 14 ................................................................ Página 308 Capítulo 15 ................................................................ Página 315 Capítulo 16 ................................................................ Página 325 Capítulo 17 ................................................................ Página 341 Capítulo Extra............................................................. Página 360 Capítulo 18 – Lista de exercícios................................... Página 391 6 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti CAPÍTULO 01 – Aspectos Gerais. Normas de Auditoria. Ética Profissional, Responsabilidade Legal, Objetivo, Controle de Qualidade. 1 – Normas de execução dos trabalhos de auditoria 1.1 – Objetivos Gerais do Auditor. Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos gerais do auditor são: I) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e II) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do auditor. Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias, as NBC TAs requerem que o auditor se abstenha de emitir sua opinião ou renuncie ao trabalho , quando a renúncia for possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável. 1.2 – Requisitos Éticos Demonstrações Contábeis. Relacionados à Auditoria de Como já abordado na aula anterior, o auditor deve cumprir as exigências éticas relevantes, inclusive as pertinentes à independência, no que se refere aos trabalhos de auditoria de demonstrações contábeis. Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor estão implícitos no Código de Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. Esses princípios são: a) Integridade; b) Objetividade; c) Competência e zelo profissional; d) Confidencialidade; e) Comportamento (ou conduta) profissional. 7 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Vale a pena lembrar o conceito e definição trazida pela NBC PA 290 (Resolução CFC nº 1.311/2010), com relação ao termo “independência”, conforme abaixo: “Independência é: a) independência de pensamento – postura mental que permite a apresentação de conclusão que não sofra efeitos de influências que comprometam o julgamento profissional, permitindo que a pessoa atue com integridade e exerça objetividade e ceticismo profissional; b) aparência de independência – evitar fatos e circunstâncias que sejam tão significativos a ponto de que um terceiro com experiência, conhecimento e bom senso provavelmente concluiria, pesando todos os fatos e circunstâncias específicas, que a integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da firma, ou de membro da equipe de auditoria ou asseguração seriam comprometidos.” 1.3 – Ceticismo Profissional. O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que podem existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis. evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas a indagações a serem usadas como evidências de auditoria condições que possam indicar possível fraude circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de auditoria além dos exigidos pelas NBC TAs 8 O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, a: Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti A manutenção do ceticismo profissional ao longo de toda a auditoria é necessária, por exemplo, para que o auditor reduza os riscos de ignorar circunstâncias não usuais; generalização excessiva ao tirar conclusões das observações de auditoria; uso inadequado de premissas ao determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria e ao avaliar os resultados destes. O ceticismo profissional é necessário para a avaliação crítica das evidências de auditoria. A crença de que a administração e os responsáveis pela governança são honestos e têm integridade não livra o auditor da necessidade de manter o ceticismo profissional. 1.4 – Julgamento Profissional. O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria de demonstrações contábeis. materialidade e risco de auditoria natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria Julgamento profissional é necessário nas decisões sobre: avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável da entidade extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas O julgamento profissional precisa ser exercido ao longo de toda a auditoria. Ele também precisa ser adequadamente documentado. Neste aspecto, exige-se que o auditor elabore documentação de auditoria suficiente para possibilitar que outro auditor experiente, sem nenhuma ligação prévia com a auditoria, entenda os 9 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti julgamentos profissionais significativos exercidos para se atingir as conclusões sobre assuntos significativos surgidos durante a auditoria. ATENÇÃO!!!! O julgamento profissional não deve ser usado como justificativa para decisões que, de outra forma, não são sustentados pelos fatos e circunstâncias do trabalho nem por evidência de auditoria apropriada e suficiente. 1.5 – Condução da Auditoria em conformidade com NBC Tas. O auditor deve observar todas as NBC TAs relevantes para a auditoria. Uma NBC TA é relevante para a auditoria quando ela está em vigor e as circunstâncias tratadas nela existem na situação específica. As NBC TAs, consideradas em conjunto, fornecem as normas para o trabalho do auditor no cumprimento dos seus objetivos gerais. O auditor deve entender o texto inteiro de cada NBC TA, inclusive sua aplicação e outros materiais explicativos para entender os seus objetivos e aplicar as suas exigências adequadamente. O texto inteiro da NBC TA é relevante para o entendimento dos objetivos formulados em uma norma e a aplicação apropriada dos requisitos da NBC TA. Para atingir os objetivos gerais do auditor, ele deve utilizar os procedimentos estabelecidos nas NBC TAs relevantes ao planejar e executar a auditoria, considerando as inter-relações entre as NBC TAs, para: a) determinar se são necessários quaisquer procedimentos de auditoria, além dos exigidos pelas NBC TAs, na busca dos objetivos formulados nas NBC TAs; e b) avaliar se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente. O auditor deve cumprir com cada exigência de uma NBC TA, a menos que, nas circunstâncias da auditoria: i) a NBC TA inteira não seja relevante; ou ii) a exigência não seja relevante por ser condicional e a condição não existir. 10 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário não considerar uma exigência relevante em uma NBC TA. Espera-se que a necessidade do auditor não considerar uma exigência relevante surja apenas quando a exigência for a execução de um procedimento específico e, nas circunstâncias específicas da auditoria, esse procedimento seria ineficaz no cumprimento do objetivo da exigência Se um objetivo em uma NBC TA relevante cumprido, o auditor deve avaliar se isso o impede objetivos gerais de auditoria e se isso exige conformidade com as NBC TAs, modifique sua opinião trabalho. não pode ser de cumprir os que ele, em ou renuncie ao 2 – Controle de qualidade para firmas de auditores independentes e da auditorias de demonstrações contábeis. 2.1 – Objetivo. No que se refere a qualidade das firmas de auditores independentes (adiante, leia-se “firmas”), o objetivo é estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade para obter segurança razoável que: a) a firma e seu pessoal cumprem as normas técnicas, exigências regulatórias e legais aplicáveis; e b) os relatórios sobre as demonstrações contábeis (e outros relatórios) emitidos pelas firmas são apropriados nas circunstâncias. Já no que se refere ao controle de qualidade das auditorias de demonstrações contábeis, o objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade no nível do trabalho que forneçam ao auditor segurança razoável de que: (a) a auditoria está de acordo com normas profissionais e técnicas e exigências legais e regulatórias aplicáveis; e (b) os relatórios emitidos pelo auditor são apropriados nas circunstâncias. 2.2 – Aplicação e Cumprimento de Exigências Relevantes. 11 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti A firma (de auditoria) deve cumprir todos os requisitos desta norma, a menos que tal requisito não seja relevante para os serviços fornecidos, por exemplo, nas circunstâncias de um único auditor independente – pessoa física, sem quadro técnico. Exemplo de requisitos não relevantes neste caso: i) políticas e procedimentos para a designação de pessoal apropriado para a equipe de trabalho; ii) a responsabilidade de revisão; iii) comunicação anual dos resultados do monitoramento aos sócios encarregados do trabalho da firma. Considerando que as circunstâncias podem ter grande variação e todas essas circunstâncias não podem ser previstas, a firma deve verificar se há determinados assuntos ou situações que requerem que ela estabeleça políticas e procedimentos além daqueles exigidos por esta Norma para alcançar o objetivo estabelecido. 2.3 – Elementos do Sistema de Controle de Qualidade. responsabilidades da liderança pela qualidade na firma exigências éticas relevantes Elementos a serem tratados pelo sistema de controle de qualidade aceitação e continuidade do relacionamento com clientes recursos humanos execução do trabalho monitoramento A firma deve documentar suas políticas e procedimentos e comunicá-las ao pessoal da firma. A documentação e comunicação, tratando-se de firmas menores, podem ser menos formais e menos extensas. 12 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Em geral, a comunicação inclui a descrição das políticas e procedimentos de controle de qualidade e dos objetivos que devem alcançar, e a mensagem de que cada pessoa tem responsabilidade pessoal pela qualidade e que se espera que ela cumpra essas políticas e procedimentos. 2.4 – Sistema de controle de qualidade e função da equipe de trabalho. Os sistemas, as políticas e os procedimentos de controle de qualidade são de responsabilidade da firma de auditoria. A firma tem por obrigação estabelecer e manter sistema de controle de qualidade para obter segurança razoável que: (a) a firma e seu pessoal cumprem com as normas profissionais e técnicas e as exigências legais e regulatórias; aplicáveis; e (b) os relatórios emitidos pela firma ou pelos sócios do trabalho são apropriados nas circunstâncias. No contexto do sistema de controle de qualidade da firma de auditoria, as equipes de trabalho têm a responsabilidade de implementar procedimentos de controle de qualidade que são aplicáveis ao trabalho de auditoria e fornecer à firma informações relevantes que permitam o funcionamento da parte do sistema de controle de qualidade relacionado com independência. Portanto, podemos concluir que: implementar procedimentos de controle de qualidade As equipes de trabalho tem a responsabilidade de... fornecer à firma informações relevantes (com relação a independência) 13 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti 2.4.1 – Responsabilidade da Liderança pela qualidade na Firma. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para promover uma cultura interna que reconheça que a qualidade é essencial na execução dos trabalhos, requerendo que o presidente da firma ou, se apropriado, a diretoria executiva da firma, assumam a responsabilidade final pelo sistema de controle de qualidade da firma. A liderança da firma e os exemplos que ela dá influenciam de maneira significativa à cultura interna da firma e depende de ações e mensagens consistentes e frequentes de todos os níveis da administração da firma que enfatizem as políticas e procedimentos de controle de qualidade da firma. Essas ações e mensagens podem ser comunicadas por meio de seminários de treinamento, reuniões, conversas formais ou informais, declarações de missão, boletins informativos ou memorandos informativos. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos de modo que qualquer pessoa a quem o presidente ou a diretoria executiva atribui a responsabilidade operacional pelo sistema de controle de qualidade tenha experiência e capacidade suficiente e apropriada (identificar e entender os assuntos) e autoridade necessária, para assumir essa responsabilidade. 2.4.2 – Responsabilidade da liderança pela qualidade nos trabalhos de auditoria. O sócio encarregado do trabalho deve assumir a responsabilidade pela qualidade de todos os trabalhos de auditoria para os quais foi designado. As ações do sócio encarregado do trabalho e as mensagens apropriadas para os outros membros da equipe de trabalho, ao assumir a responsabilidade pela qualidade geral do trabalho de auditoria, enfatizam: (a) a importância da qualidade da auditoria em: (i) realizar trabalhos de acordo com as normas técnicas e exigências legais e regulatórias aplicáveis; 14 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti (ii) (iii) (iv) cumprir as políticas e procedimentos de controle de qualidade da firma conforme aplicável; emitir relatórios circunstâncias; e que são apropriados nas a capacidade da equipe de trabalho de levantar assuntos sem receio de represálias; e (b) o fato de que qualidade é essencial na execução de trabalhos de auditoria. 2.4.3 – Exigências Éticas Relevantes integridade objetividade Principios fundamentais da ética profissional do auditor competência profissional e devido zelo confidencialidade comportamento profissional i) Integridade Integridade é utilizada no sentido de ser franco e honesto em todos os relacionamentos profissionais e comerciais. ATENÇÃO PARA PEGADINHA: Integridade não é a mesma coisa de Integralidade. ii) Objetividade Não permitir que comportamento tendencioso, conflito de interesse ou influência indevida de outros afetem o julgamento profissional ou de negócio. iii) Competência e zelo profissional Competência faz referência a capacidade do auditor em realizar o seu trabalho (além da graduação e registro no CRC, o contador/auditor deve passar por programas de educação continuada, entre outros). 15 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Zelo profissional significa ser cuidadoso, minucioso, proteger o seu trabalho para que ele esteja de acordo com as normas, ou seja, o auditor deve manter esforços constates para desempenhar seu trabalho com qualidade. iv) Confidencialidade Respeitar o sigilo das informações obtidas em decorrência de relacionamentos profissionais e comerciais e, portanto, não divulgar nenhuma dessas informações a terceiros, a menos que haja algum direito ou dever legal ou profissional de divulgação, nem usar as informações para obtenção de vantagem pessoal ilícita pelo auditor ou por terceiros. v) Comportamento (ou conduta) profissional Cumprir as leis e os regulamentos pertinentes e evitar qualquer ação que desacredite a profissão. Estes princípios são reforçados por: i) liderança da firma; ii) educação e treinamento; iii) monitoramento; e iv) processo para tratar das não conformidades. Além destes princípios, a firma deve fornecer segurança razoável de que mantêm a independência requerida por exigências éticas relevantes, comunicando os requisitos de independência a seu pessoal e identificando e avaliando circunstâncias e relações que criam ameaças à independência, tomando as medidas apropriadas para manutenção dela. As políticas e procedimentos sobre independência devem requerer que: a) os sócios encarregados do trabalho forneçam à firma informações relevantes sobre trabalhos de clientes; b) o pessoal notifique prontamente a firma sobre as circunstâncias e relações que criam uma ameaça à independência; c) as informações relevantes sejam compiladas e comunicadas ao pessoal apropriado, de modo que: 16 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti c.1) a firma e o seu pessoal possam rapidamente determinar se elas satisfazem os requisitos de independência; c.2) a firma possa manter e atualizar seus registros referentes à independência; c.3) a firma possa tomar as medidas apropriadas em relação às ameaças identificadas à independência. Pelo menos uma vez por ano, a firma deve obter confirmação por escrito (papel ou formato eletrônico) do cumprimento de suas políticas e procedimentos sobre independência de todo o pessoal da firma. A ameaça de familiaridade pode ser criada quando se usa o mesmo pessoal sênior em trabalho de asseguração por um longo período de tempo, sendo necessário o rodízio do sócio do trabalho e das pessoas responsáveis pela revisão do controle de qualidade do trabalho, após o período de cinco anos. 2.4.4 – Aceitação e Continuidade do Relacionamento com Clientes. A firma deve obter segurança razoável de que aceitará ou continuará esse relacionamento e trabalho, apenas nos casos em que ela: a) é competente para executar o trabalho e possui habilidades, incluindo tempo e recursos, para isso; b) consegue cumprir as exigências éticas relevantes; e c) considerou a integridade do cliente, e não tem informações que a levariam a concluir que o cliente não é íntegro. O grau de conhecimento sobre a integridade do cliente em geral aumenta no contexto de relacionamento contínuo com esse cliente. Decidir sobre continuar o relacionamento com o cliente inclui considerar os assuntos significativos levantados durante os trabalhos atuais ou anteriores e suas implicações para essa continuidade. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos levando em consideração: a) as responsabilidades profissionais e legais que se aplicam às circunstâncias, incluindo se há uma exigência para que a firma 17 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti se reporte à pessoa ou às pessoas que fizeram a indicação ou, em alguns casos, às autoridades reguladoras. b) a possibilidade de se retirar do trabalho ou de ambos, trabalho e relacionamento com o cliente. 2.4.5 – Recursos Humanos A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de que ela possui pessoal suficiente com competência, habilidade e compromisso com os princípios éticos. A contínua competência do pessoal da firma depende, em grande parte, de um nível apropriado de desenvolvimento profissional contínuo, que vise à manutenção do conhecimento e da habilidade do pessoal, podendo ser desenvolvida por diversos métodos, incluindo os seguintes: i) educação profissional; ii) desenvolvimento profissional contínuo; iii) experiência de trabalho; iv) orientação de pessoal mais experiente; v) educação sobre independência; A firma pode usar uma pessoa externa adequadamente qualificada, por exemplo, quando não há recursos técnicos e de treinamento internos disponíveis. Ao considerar a competência e a habilidade apropriadas esperadas da equipe de trabalho como um todo, o sócio encarregado do trabalho pode levar em consideração assuntos como se a equipe: entende e possui experiência prática de trabalhos de natureza e complexidade semelhantes por meio de treinamento e participação apropriados; entende as normas técnicas e as exigências legais e regulamentares; 18 1 .Direção. As políticas e procedimentos da firma sobre responsabilidade pela revisão devem ser determinados com base no fato de que o trabalho dos membros menos experientes da equipe é revisado por membros da equipe mais experientes. entende as políticas e procedimentos de controle de qualidade da firma.6 – Execução do Trabalho.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 2. c) responsabilidades pela revisão.Receita Federal 2012 . incluindo especialização em tecnologia da informação pertinente e áreas especializadas de contabilidade ou auditoria. possui capacidade para aplicar julgamento profissional. supervisão e execução do trabalho de auditoria de acordo com as normas técnicas e exigências legais e regulatórias aplicáveis. 19 . possui conhecimentos relevantes sobre o setor/indústria em que o cliente opera. O sócio encarregado responsabilidade pela: do trabalho deve assumir a (a) direção. supervisão. Lucas Salvetti possui especialização técnica.4. e (b) emissão do relatório apropriado nas circunstâncias. execução e revisão A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de que está cumprindo com o objetivo desta norma.6. O sócio encarregado do trabalho deve assumir a responsabilidade de realizar as revisões de acordo com as políticas e procedimentos de revisão da firma. b) responsabilidades pela supervisão.Auditoria . 2. sendo incluído nas políticas e procedimentos: a) assuntos relevantes para promover consistência na qualidade da execução dos trabalhos.4. Consultas A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de que: a) é feita uma consulta apropriada no caso de assuntos difíceis ou controversos.2) identificação de circunstâncias ou riscos incomuns. Exemplo de critérios: b. b) há recursos disponíveis suficientes para permitir que uma consulta apropriada seja feita.2 . Lucas Salvetti 2. Consultas incluem discussão no nível profissional apropriado com pessoas de dentro e de fora da firma que têm experiência especializada 2. b.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. b.6. b) especificar critérios a serem usados para avaliar todas as outras auditorias e revisões de informações contábeis históricas.Auditoria .3 .Receita Federal 2012 .Revisão de controle de qualidade do trabalho É um processo estabelecido para fornecer uma avaliação objetiva. As firmas devem estabelecer políticas e procedimentos para efetuar a revisão de controle de qualidade do trabalho.4. de forma a: a) requerer a revisão do controle de qualidade do trabalho para todas as auditorias de demonstrações contábeis de companhias abertas.4. c) a natureza e o alcance dessas consultas e as conclusões resultantes são documentadas e acordadas pela pessoa que faz a consulta e pela pessoa consultada.1) natureza do trabalho. d) as conclusões resultantes das consultas são implementadas. na data ou antes da data do relatório.3) se as leis ou regulamentos requerem a revisão do controle de qualidade do trabalho. dos julgamentos relevantes feitos pela equipe de trabalho e das conclusões atingidas ao elaborar o relatório.6. 20 . época e extensão da revisão de controle de qualidade do trabalho. 21 . O revisor do controle de qualidade do trabalho deve realizar uma avaliação objetiva dos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e as conclusões atingidas ao elaborar o relatório. Ela pode. depois da finalização dos relatórios do trabalho. a partir da data do relatório do auditor independente. disponibilizar partes ou trechos da documentação do trabalho aos clientes.Receita Federal 2012 . por exemplo. Procedimentos eficazes encorajam a identificação de diferenças de opinião em uma etapa inicial. desde que essa divulgação não prejudique a validade do trabalho realizado ou a independência da firma ou do seu pessoal. fornecem orientações claras sobre as providências a serem adotadas posteriormente. incluindo a experiência e autoridade necessária. No caso de auditoria. esse limite de tempo seria normalmente de no máximo 60 dias após a data do relatório do auditor independente. As equipes de trabalho devem completar a montagem dos arquivos finais do trabalho no momento oportuno. a seu critério.Auditoria .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. ATENÇÃO!!! ASSUNTO MUITO COBRADO EM PROVA!!!! O período de retenção da documentação do trabalho é de pelo menos cinco anos. ii) até que nível o revisor de controle de qualidade do trabalho pode ser consultado sobre o trabalho sem comprometer a sua objetividade. A firma deve considerar na indicação de revisor do controle de qualidade do trabalho e estabelecimento de sua elegibilidade: i) as qualificações técnicas exigidas para desempenhar o papel. e requerem documentação relativa à resolução das diferenças e à implementação das conclusões obtidas. de forma que a data do relatório do trabalho não seja anterior a conclusão da revisão do controle de qualidade do trabalho. A documentação do trabalho é de propriedade da firma de auditoria. Lucas Salvetti A firma deve especificar a natureza. se apropriado. os resultados do monitoramento de seu sistema de controle de qualidade aos sócios encarregados dos trabalhos e outras pessoas apropriadas na firma. 22 . b) deficiências sistêmicas. A firma deve estabelecer um processo de monitoramento para fornecer segurança razoável de que as políticas e os procedimentos relacionados com o sistema de controle de qualidade são relevantes. A firma deve comunicar. a diretoria executiva da firma. incluindo o presidente ou. Lucas Salvetti 2.Auditoria . aderência às normas técnicas e às exigências regulatórias e legais aplicáveis Objetivo do monitoramento é fornecer avaliação sobre: se o sistema de controle de qualidade foi adequadamente projetado e efetivamente implementado se os procedimentos foram adequadamente aplicados (de modo que os relátorios emitidos sejam apropriados nas circunstâncias) A firma deve avaliar o efeito das deficiências observadas em decorrência do processo de monitoramento e determinar se elas são: a) casos que não necessariamente indicam que o sistema de controle de qualidade da firma é insuficiente.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. adequados e estão operando de maneira efetiva. pelo menos uma vez por ano.Receita Federal 2012 .7 – Monitoramento.4. que requerem uma medida corretiva imediata. repetitivas ou significativas. O auditor deve incluir na documentação de auditoria: (a) assuntos identificados referentes ao cumprimento das exigências éticas relevantes e como foram resolvidos. para o trabalho de auditoria revisado. Lucas Salvetti A origem de reclamações e alegações (que não incluem aquelas claramente frívolas) pode ser interna ou externa. (b) a revisão do controle de qualidade do trabalho foi concluída na data ou antes da data do relatório.5 – Documentação do Sistema de Controle de Qualidade. Elas podem ser feitas pelo pessoal da firma. e 23 .Auditoria . que se aplicam ao trabalho de auditoria. e quaisquer discussões relevantes com a firma que suportam essas conclusões. A documentação suficientemente completa e detalhada das consultas a outros profissionais sobre assuntos complexos ou controversos contribui para o entendimento de: assunto que levou à consulta.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. O revisor do controle de qualidade do trabalho documentar. (b) conclusões sobre o cumprimento dos requisitos de independência. a base para essas decisões e como elas foram implementadas. por clientes ou terceiros e podem ser recebidas por membros da equipe de trabalho ou por outra pessoa da firma. incluindo quaisquer decisões tomadas. (d) a natureza e o alcance das consultas. feitas no curso do trabalho de auditoria. e resultados da consulta. que: deve (a) os procedimentos exigidos pelas políticas da firma sobre revisão do controle de qualidade do trabalho foram realizados. e as conclusões delas resultantes.Receita Federal 2012 . 2. (c) conclusões obtidas com relação à aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos de auditoria. Auditoria . A documentação apropriada relacionada com o monitoramento inclui. e a base para determinar se e qual medida adicional é necessária.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e b. Lucas Salvetti (c) o revisor não tomou conhecimento de assuntos não resolvidos que poderiam levar o revisor a acreditar que os julgamentos importantes feitos pela equipe de trabalho e as conclusões obtidas não eram apropriados.2) se o sistema de controle de qualidade foi adequadamente projetado e efetivamente implementado.Receita Federal 2012 .1) de aderência às normas regulatórias e legais aplicáveis. técnicas e às exigências b. b) registro da avaliação: b. c) identificação das deficiências observadas. incluindo o procedimento de seleção dos trabalhos concluídos a serem inspecionados. 24 .3) se as políticas e procedimentos de controle de qualidade da firma foram adequadamente aplicados. por exemplo: a) procedimentos de monitoramento. avaliação do seu efeito. registros. d. confidencialidade e dependência b) independência. a todos os relatórios.Capítulo 01: 01. e" erradas. negligência e parcialidade são os itens que tornam as alternativas "a. (ESAF / AFRFB / 2003) A empresa Restrição S.Auditoria .A. 02. Na execução do trabalho de auditoria. da NBC TA 200. informações e demais demonstrações contábeis. integridade. Lucas Salvetti Exercícios Comentados . eficiência. e e) Comportamento (ou conduta) profissional". c) Competência e zelo profissional.Receita Federal 2012 . dados. dependência. confidencialidade. (ESAF / AFRFB / 2003) A ética profissional é condição para o exercício de qualquer profissão. b) Objetividade. integridade. d) Confidencialidade. Esses princípios são: a) Integridade. integridade. ineficiência. integridade e parcialidade Resolução: O auditor está sujeito a exigências éticas relevantes. o auditor externo deve atender aos seguintes princípios éticos profissionais: a) integridade. inclusive as relativas à independência. de 25 . no que diz respeito a trabalhos de auditoria de demonstrações contábeis. contratou empresa de auditoria independente somente para emitir parecer sobre seu Balanço Patrimonial. eficiência e confidencialidade c) dependência. De acordo com o item A15. "os princípios fundamentais estão implícitos no Código de Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 01. eficiência e negligência e) eficiência. sendo o gabarito da questão a alternativa "B".Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. imparcialidade e ineficiência d) confidencialidade. Sendo assim. c. A empresa disponibilizou acesso ilimitado a todas as áreas da empresa. já que este caso acontece quando a administração da empresa impõe barreiras e limita os acessos do auditor no desempenho do seu trabalho. o que nos leva ao gabarito da questão. b) um trabalho de objetivo ilimitado. apenas).Certo.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e) uma restrição na extensão do trabalho. (ESAF / AFRFB / 2003) O auditor externo deve recusar o serviço de auditoria. b) for independente em relação à entidade auditada. d) identificar e compreender as atividades da empresa. c) uma indeterminação na extensão do trabalho. d) um trabalho de objetivo limitado. A norma vigente atualmente no que se refere ao tema "independência" é a NBC PA 290 (Resolução CFC nº 1. e) estiver capacitado para exercer o trabalho. Veja que não é caso de limitação na extensão do trabalho.Auditoria . Como a questão afirma que foi disponibilizado acesso ilimitado. Vejamos algumas definições necessárias para responder a questão: "Interesse financeiro é a participação em ações ou outros títulos. Lucas Salvetti forma a serem possíveis todos os procedimentos de auditoria. c) tiver conhecimento da atividade da entidade auditada. empréstimo ou outro instrumento de dívida da 26 .311/2010). Assim. alternativa "D". Resolução: O caso exposto trata-se de um trabalho com objetivo limitado (emitir parecer sobre o Balanço Patrimonial. não há no que se falar em limitação de extensão. 03. Resolução: Alternativa "A" . sempre que: a) possuir ações ou debêntures da entidade auditada.Receita Federal 2012 . debênture. podemos classificar esta auditoria como sendo: a) uma limitação na extensão do trabalho. temos no item 104 desta norma que: "104. Lucas Salvetti entidade. mas é relevante no cliente de auditoria).Errado. Alternativa "D" . Se um membro da equipe de auditoria. respectivamente. não é um motivo de recusa para o mesmo. e não uma motivo de recusa. Pode-se afirmar. se o auditor possuir interesse financeiro direto (aquele no qual ele tem o controle do investimento). ou uma firma tiver interesse financeiro direto ou interesse financeiro indireto relevante no cliente de auditoria. o segundo. Interesse financeiro direto − interesse financeiro: 1. a ameaça de interesse próprio criada seria tão significativa que nenhuma salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável. que: a) é ético. de propriedade direta ou controlado por pessoa ou entidade 2. não é motivo de recuso do serviço. espólio. 27 . que a empresa renovasse o contrato de auditoria para o próximo ano. que o parecer seria assinado por sócio do escritório de contabilidade. é gerado perda de independência.Auditoria . O auditor deve ser independente.Errado.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof." Ou seja.Errado. um familiar imediato dessa pessoa. ou possuir interesse financeiro indireto relevante (não controla o investimento. estabeleceu três procedimentos obrigatórios para emissão do parecer. o que faz com que o auditor deva recursar o trabalho. não é procedimento de auditoria e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. Alternativa "C" . (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor da empresa Negócios S. Se o auditor está capacitado para exercer o trabalho. " Assim. com relação aos procedimentos. cuja única formação é administração de empresas. ou seja. de usufruto por meio de veículo coletivo de investimento. trust (tem controle ou capacidade de influenciar as decisões de investimento).Receita Federal 2012 . Alternativa "B" . que a empresa emitisse a carta de responsabilidade da administração e o terceiro.A.Errado. Ter conhecimento da atividade da entidade auditada é um pré-requisito para aceitar o trabalho. 04. Vide alternativa letra "C". Alternativa "E" . O primeiro. Empresa emitisse a carta de responsabilidade da administração: Trata-se de um procedimento de auditoria. em decorrência da renovação ou não do contrato. e) cometer erros não intencionais. Lucas Salvetti b) não é ético. 05. não deve ser considerado para emissão do parecer e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. e) não é ético. não está tendo um comportamento ético. c) ser imparcial em sua opinião. Portanto.Auditoria . cuja única formação é administração de empresas: Este procedimento não atende as normas de auditoria. não é procedimento de auditoria e não atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. tendo em vista o constrangimento gerado diante da empresa. d) é ético.Receita Federal 2012 . a integridade é a qualidade na qual a confiança do usuário de seus serviços se norteia. (ESAF / AFTE-RN / 2005) Na ética profissional do auditor independente. d) subordinar-se a julgamento. o auditor não pode a) questionar os fatos contabilizados. Para isso. Resolução: Empresa renovasse o contrato de auditoria para o próximo ano: O auditor ao estabelecer a necessidade da empresa renovar o contrato para que o mesmo emita sua opinião. Parecer seria assinado por sócio do escritório de contabilidade. 28 . considera-se apenas em alguns casos para emissão do parecer e não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor. tendo em vista que auditor é um contador com registro no CRC. Atualmente o termo utilizado é "representação formal". é procedimento de auditoria e não atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. b) renunciar aos trabalhos. gabarito letra "E". exigido pela NBC TA 200 e NBC TA 580. c) é ético. além do "condicionamento" do tipo de opinião que ele emitirá. " Portanto. O auditor independente não é subordinado na empresa. 06. No caso de trabalhos de auditoria. gabarito da questão alternativa D. é do interesse do público e.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. como se pode observar ao ler o item 11 da NBC PA 01: “11. supervisionar e revisar o trabalho em todas as suas etapas. a) planejar / razoável / normas b) reestruturar / parcial / normas c) organizar / mínima / leis d) elaborar / total / regulamentações e) auditar / razoável / leis Resolução: A alternativa que preenche as lacunas de forma apropriada é a letra “A”. o mesmo é independente e deve emitir sua opinião através de seu relatório de forma imparcial e objetiva. Temos na NBC PA 290. de modo a garantir aos usuários de seus serviços a certeza __________ de que o trabalho foi realizado de acordo com as ___________ de controle de qualidade requeridas nas circunstâncias. O objetivo da firma é estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade para obter segurança razoável que: (a) a firma e seu pessoal cumprem as normas técnicas e as exigências regulatórias e legais aplicáveis. firmas e firmas em rede sejam independentes dos clientes de auditoria. e 29 . (ESAF / Auditor Fiscal do Tesouro – RN / 2005) No controle da qualidade dos seus serviços.Auditoria . Lucas Salvetti Resolução: A única ação que vai contra os princípios éticos fundamentais a serem observados pelo auditor no exercício de sua função é o descrito na alternativa D: "subordinar-se a julgamento". requerido por esta Norma que os membros das equipes de auditoria. em seu item 4. o auditor deverá ___________.Receita Federal 2012 . portanto. que: "4. Portanto. e monitoramento.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Essa obrigação refere-se ao: a) Programa de Avaliação dos Sistemas de Controles Internos. recursos humanos. e) Programa de Educação Profissional Continuada.”. c) Programa de Capacitação e Atualização de Profissionais. Já no item A15 da NBC TA 200. Lucas Salvetti (b) os relatórios sobre demonstrações contábeis e demais relatórios emitidos pela firma e pelos sócios encarregados do trabalho são apropriados nas circunstâncias”. exigências éticas relevantes. (ESAF / Analista de Auditoria – SERPRO / 2001) O Conselho Federal de Contabilidade determina que o auditor independente avalie permanentemente sua carteira de clientes. considerando aspectos como grau de independência existente. temos que: 30 .Receita Federal 2012 .O sistema de controle de qualidade inclui procedimentos que tratam dos seguintes elementos: políticas e responsabilidades da liderança pela qualidade na firma. De acordo com o item 14 da NBC TA 200. execução do trabalho. b) Programa de Acompanhamento da Continuidade Operacional da Entidade. Resolução: De acordo com o item A1 da NBC TA 220. d) Programa de Controle de Qualidade dos Trabalhos de Auditoria. temos que: “A1. no que se refere aos trabalhos de auditoria de demonstrações contábeis”. 07. pode-se afirmar que o “auditor deve cumprir as exigências éticas relevantes. inclusive as pertinentes à independência. aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos específicos. capacidade de atendimento ao cliente e outros aspectos.Auditoria . gabarito da questão é a alternativa A. alternativa D. (c) Competência e zelo profissional. pois está de acordo com o item A14 da NBC PA 01. Lucas Salvetti “A15. d) cinco anos. 08. podemos concluir com tranquilidade que a questão está se referindo ao sistema de controle de qualidade das firmas de auditoria. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2002) Para fins de fiscalização do exercício profissional. c) quatro anos.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 09. e) sete anos. A norma profissional que trata da independência do auditor independente reconhece que a ameaça de familiaridade é especialmente relevante no contexto de auditoria de demonstrações contábeis de modo que requer o rodízio do sócio do trabalho após o período de cinco anos”. Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis são: (a) Integridade.Receita Federal 2012 . Portanto. onde temos que: “A14. e (e) Comportamento (ou conduta) profissional”. de forma a evitar questionamentos relacionados à independência. (b) Objetividade. O período de atendimento de um responsável técnico a um cliente não deve ultrapassar a: a) dois anos. o auditor deve manter a boa guarda de toda a documentação pelo prazo de: 31 . (ESAF / AFRFB / 2002) Os auditores independentes devem ter política definida para rotação de responsáveis técnicos.Auditoria . (d) Confidencialidade. Resolução: A alternativa “D” é o gabarito da questão. b) três anos. 32 . deve conservar a boa guarda. gabarito da questão. a partir da da da emissão do parecer de auditoria. Resolução: De acordo com a NBC P1. em trabalho desta natureza.5. pelo prazo de 5 (cinco) anos. a partir da data de emissão do seu parecer. tendo de compor parceria com firma de auditoria maior. papéis de trabalho. assim. se o auditor não possuir equipe. d) cinco anos. se superior. relatórios e pareceres relacionados com os serviços realizados". b) terá limitação na execução de parte do trabalho.1 − O auditor. a partir da data de emissão do parecer de auditoria. a) não poderá aceitar o trabalho visto ser de fundamental importância à existência de estrutura técnica da equipe.1. a partir da data de emissão do parecer de auditoria. "1. b) quatro anos. com a vinda da NBC PA 01. a partir da data do relatório do auditor independente ou. 10. alternativa "C". ficando sob sua responsabilidade os trabalhos. o período de retenção seria normalmente de pelo menos cinco anos. c) cinco anos. temos em seu item A61 uma ligeira diferença.5. de toda a documentação. item 1. conforme exposto abaixo: "No caso específico de trabalho de auditoria. No entanto.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e) três anos. a partir da data-base das demonstrações contábeis publicadas. a partir da data de publicação das demonstrações contábeis.Auditoria . Portanto. a partir da data-base das demonstrações contábeis. c) o auditor deverá de forma obrigatória constar de seu parecer a limitação da equipe técnica. da data do relatório do auditor independente do grupo". (ESAF / AFRE-CE / 2007) O programa de controle de qualidade deve ser estabelecido de acordo com a estrutura da equipe técnica do auditor e a complexidade dos serviços. Lucas Salvetti a) três anos.Receita Federal 2012 . o auditor deve manter a guarda da documentação por cinco anos. para fins de fiscalização do exercício profissional. Portanto. Atualmente. sendo passível de punição ética pelo Conselho Federal de Contabilidade. devo destacar o item A1 da NBC PA 01: "A1.Receita Federal 2012 .3 que: "11. Lucas Salvetti d) o controle de qualidade é inerente à qualificação profissional do auditor.4. o controle da qualidade é inerente à qualificação profissional do auditor". temos no seu item 11.Auditoria .3 . Resolução: De acordo com a NBC T 11 (vigente à época deste certame). No caso do auditor atuar sem a colaboração de assistentes.4. sem quadro técnico". e) a qualidade do trabalho fica sempre comprometida. gabarito da questão é a alternativa D.2.2. 33 . por exemplo. Esta Norma não requer o cumprimento de requisitos que não são relevantes. nas circunstâncias de um único auditor independente .O programa de controle de qualidade deve ser estabelecido de acordo com a estrutura da equipe técnica do auditor e a complexidade dos serviços que realizar.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. a qual confirmará sua competência para a execução do trabalho.pessoa física. Agora. Conceito. ou seja: balanço patrimonial. 34 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. no Brasil. Devo ressaltar que para as companhias abertas. 1 – Auditoria Independente (de Demonstrações Contábeis). Objetivos. em todos os aspectos relevantes. ATENÇÃO!!!!! A opinião do auditor não assegura. De acordo com a NBC TA 200. nada mais é do que o conjunto completo de demonstrações contábeis. a viabilidade futura da entidade nem a eficiência ou eficácia com a qual a administração conduziu os negócios da entidade. Responsabilidades. demonstração das mutações do patrimônio liquido.1 – Responsabilidade da administração da entidade As NBC TAs não impõem responsabilidades à administração ou aos responsáveis pela governança e não se sobrepõe às leis e regulamentos que governam as suas responsabilidades. Atribuições. os senhores sabem o que é o “relatório financeiro aplicável”? Pois bem. a auditoria em conformidade com as normas de auditoria é conduzida com base na premissa de que a administração e. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. É sempre importante salientar que a auditoria conduzida em conformidade com as normas de auditoria e exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar essa opinião. demonstração dos fluxos de caixa e respectivas notas explicativas. por exemplo. incluindo quando relevante sua apresentação adequada. Contudo. demonstração do resultado. Lucas Salvetti CAPÍTULO 02 – Auditoria Interna Versus Auditoria Externa.Auditoria . 1. que são: a) pela elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. inclui-se a demonstração do valor adicionado. o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. os responsáveis pela governança têm conhecimento de certas responsabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria. Funções. quando apropriado. 35 . que o auditor determine ser necessário obter evidências de auditoria. os responsáveis pela governança determinam ser necessário para permitir a elaboração de demonstrações contábeis que estejam livres de distorção relevante. de que eles têm responsabilidades (descritas acima). quando apropriado.Receita Federal 2012 . independentemente se causada por fraude ou erro. c) por fornecer ao auditor: i) acesso a todas as informações. Responsabilidades da Administração Elaboração das demonstrações contábeis Controle Interno Fornecer ao auditor Acesso a todas informações Informações adicionais Acesso irrestrito as pessoas Além de outra condições prévias para uma auditoria. e outros assuntos. quando apropriado. exige-se que o auditor obtenha a concordância da administração e. quando apropriado. que a administração e. dos responsáveis pela governança para a finalidade da auditoria. e iii) acesso irrestrito às pessoas da entidade. Lucas Salvetti b) pelo controle interno que os administradores e.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . estabelecida pela NBC TA 210. dos responsáveis pela governança. ii) informações adicionais que o auditor possa solicitar da administração e. quando apropriado. os responsáveis pela governança tenham conhecimento e que sejam relevantes para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis tais como: registros e documentação. independentemente se causadas por fraude ou erro. b) as Normas Brasileiras de Contabilidade. 36 . “práticas contábeis adotadas no Brasil” compreendem: a) a legislação societária brasileira. O auditor deve obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante. As exigências da estrutura de relatório financeiro aplicável determinam a forma e o conteúdo das demonstrações contábeis. a fonte com a mais alta autoridade prevalece.Receita Federal 2012 . Além disso.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. desde que atendam à Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis emitida pelo CFC e. Quando existem conflitos entre a estrutura de relatório financeiro aplicável e as fontes em que orientação sobre sua aplicação pode ser obtida.Auditoria . ATENÇÃO!!!! Asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança porque há limitações inerentes em uma auditoria. No caso do Brasil. por conseguinte. emitidas pelo CFC. portanto. e d) as práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados. Lucas Salvetti A estrutura de relatório financeiro aplicável muitas vezes abrange normas de contabilidade estabelecidas por organização normatizadora autorizada ou reconhecida ou por exigências legislativas ou regulamentares. o auditor não é responsável pela detecção de distorções que não sejam relevantes para as demonstrações contábeis como um todo. c) os pronunciamentos. as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores. ou entre as fontes que abrangem a estrutura de relatório financeiro. em consonância com as normas contábeis internacionais. a opinião do auditor considera as demonstrações contábeis como um todo e. Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis. quando a renúncia for possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável. Lucas Salvetti As NBC TAs exigem que o auditor exerça o julgamento profissional e mantenha o ceticismo profissional ao longo de todo o planejamento e na execução da auditoria e. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Forme uma opinião a respeito das demonstrações contábeis com base em conclusões obtidas das evidências de auditoria obtidas. em conformidade com as constatações do auditor. possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. e II) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs. entre outras coisas: a) Identifique e avalie os riscos de distorção relevante. em todos os aspectos relevantes. com base no entendimento da entidade e de seu ambiente. Obtenha evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se existem distorções relevantes por meio do planejamento e aplicação de respostas (procedimentos de auditoria) apropriadas aos riscos avaliados.Auditoria . 1.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. independentemente se causadas por fraude ou erro.Receita Federal 2012 . independentemente se causados por fraude ou erro.2 – Objetivos Gerais do Auditor. as NBC TAs requerem que o auditor se abstenha de emitir sua opinião ou renuncie ao trabalho. os objetivos gerais do auditor são: I) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante. Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias. b) c) A forma da opinião expressa pelo auditor depende da estrutura de relatório financeiro aplicável e de lei ou regulamentos aplicáveis. 37 . inclusive o controle interno da entidade. iv) Legislação inerente à profissão. conforme exposto abaixo: Estrutura Organizacional Conhecimento preliminar da atividade da empresa Complexidade das operações Grau de exigência requerido O auditor deve recusar o trabalho quando sempre que reconhecer não estar adequadamente capacitado para desenvolvê-los. Para aceitar o trabalho de auditoria. ii) Normas Brasileiras de Contabilidade.Receita Federal 2012 . Lucas Salvetti 1. conseguindo identificar e compreender as transações e práticas contábeis utilizadas que possam ter efeitos relevantes. e vi) Legislação específica aplicável à entidade auditada. 38 . O auditor deve obter conhecimento preliminar da atividade da entidade. iii) Técnicas contábeis (especialmente na área de auditoria).Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. v) Conceitos e técnicas administrativas. junto à administração.Auditoria .3 – Competência Independente Técnico-Profissional do Auditor O auditor independente deve manter seu nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado dos(as): i) Princípios Fundamentais de Contabilidade. o auditor deve ter conhecimento da atividade da entidade auditada. segundo a NBC PA 290. Lucas Salvetti 1. Os conceitos sobre a independência devem ser aplicados por auditores para: Identificar as ameaças Avaliar a importância das ameaças identificadas Aplicar as salvaguardas 39 . como destaco abaixo: 1) Independência de pensamento Postura que permite a apresentação de conclusão que não sofra efeitos de influências que comprometam o julgamento profissional.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . que a integridade. ou de membro da equipe de auditoria ficaram comprometidos. conhecimento e bom senso provavelmente concluiria.Receita Federal 2012 . conhecimento e bom-senso O termo Independência compreende. a Independência de pensamento e a aparência de independência. 2) Aparência de independência Evitar fatos e circunstâncias que sejam tão significativos a ponto de que um terceiro com experiência. a objetividade ou o ceticismo profissional da firma. ponderando todos os fatos e circunstâncias específicas. permitindo que a pessoa atue com integridade. objetividade e ceticismo profissional.4 – Independência Independência de pensamento Independência Aparência de independência Não sofrer influência para concluir Permitir terceiros com experiência. e uma ameaça pode afetar o cumprimento de mais de um princípio fundamental.4. Lucas Salvetti Quando o auditor avalia que salvaguardas apropriadas não estão disponíveis ou não podem ser aplicadas para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável. Uma circunstância ou relacionamento podem criar mais de uma ameaça. nos quais o auditor confiará para 40 . declinar ou descontinuar o trabalho de auditoria. O auditor deve usar julgamento profissional ao aplicar estes conceitos sobre a independência.Receita Federal 2012 . b) ameaça de autorrevisão é a ameaça de que o auditor não avaliará apropriadamente os resultados de julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por ele.Auditoria . o cumprimento dos princípios fundamentais por um auditor. Quando um relacionamento ou circunstância cria uma ameaça. 1. As ameaças se enquadram em uma ou mais de uma das categorias a seguir: a) ameaça de interesse próprio é a ameaça de que interesse financeiro ou outro interesse influenciará de forma não apropriada o julgamento ou o comportamento do auditor.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o auditor deve eliminar a circunstância ou relacionamento que cria as ameaças.1 – Ameaças à independência Interesse Próprio Influenciará de forma não apropriada o julgamento ou comportamento Não avaliar apropriadamente por ter sido feito por ele mesmo (ou mesma equipe) Auditor defenderá o cliente de forma a comprometer sua objetividade Relacionamento longo ou próximo com o cliente Pressões reais ou aparentes (indevidas) sobre o auditor Autorrevisão Categorias Defesa de interesse do cliente Familiaridade Intimidação Ameaças podem ser criadas por ampla gama de relações e circunstâncias. ou pode ser vista como se comprometesse. ou por outra pessoa da firma dele. essa ameaça pode comprometer. O auditor deve estabelecer e documentar seus honorários. devido ao relacionamento longo ou próximo com o cliente. vulto. complexidade. 1. existem aspectos éticos a serem observados. considerando os seguintes fatores: Relevância. entretanto. incluindo tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor. d) ameaça de familiaridade é a ameaça de que. e) ameaça de intimidação é a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir objetivamente em decorrência de pressões reais ou aparentes. Lucas Salvetti formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual.Receita Federal 2012 . c) ameaça de defesa de interesse do cliente é a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente a ponto em que a sua objetividade fique comprometida.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. custo dos serviços Número de horas estimadas para realização Fatores a serem considerados Ser cliente eventual.Auditoria . habitual ou permanente Qualificação técnica dos profissionais Lugar (custo de viagens e estadas) 41 . o auditor tornar-se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento.5 – Honorários Estabelecer honorários profissionais de auditoria independente de demonstrações contábeis é geralmente uma questão de cunho comercial. Além disso.Auditoria . produzir o conflito de interesses e até se caracterizar como perda de independência. Não é admitida a cobrança de honorários para serviços de auditoria inferiores aos considerados adequados nos termos desta Interpretação Técnica. em determinados casos. 42 . constituindo infração ao Código de Ética Profissional do Contabilista. iv) Exame de qualificação técnica. O exercício da atividade de auditoria independente requer: i) Formação do curso superior em Ciências Contábeis. Honorários contingentes são honorários calculados sobre uma base pré-determinada relacionada com o resultado de transação ou o resultado dos serviços prestados pela firma. caracterizar-se-á como comportamento inadequado do auditor independente. ferir a ética. não é permitido a cobrança de Honorários Contingentes. ou quaisquer partes a ele relacionadas. com os investimentos em formação e tecnologia. iii) registro no Conselho Regional de Contabilidade. *Não é admitida a cobrança de honorários que não leve em conta todo o investimento mencionado. v) Educação profissional continuada obrigatória. ii) Exame de Suficiência. Lucas Salvetti O estabelecimento dos honorários de auditoria pode. O estabelecimento de honorários inferiores àqueles que considerem os aspectos descritos acima. com a remuneração dos profissionais que irão participar dos trabalhos. de acordo com a NBC PA 290. Os honorários dos serviços de auditoria devem ser compatíveis com a avaliação de risco do trabalho em perspectiva. visando a sua recuperação ou compensação com outros serviços já prestados ou a serem prestados ao cliente pelo auditor independente. conforme transcrevo abaixo: “224.Receita Federal 2012 . vi) Outros conhecimentos correlatos.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. em relação ao trabalho de auditoria criam ameaça de interesse próprio tão significativa que nenhuma salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável. temos que: “1.Auditoria . 43 . salvo quando houver obrigação legal de fazê-lo. por escrito. pelo Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade.2. os honorários não são considerados contingentes se estabelecidos por tribunal ou outra autoridade pública. por meio de intermediário. contendo de forma clara e objetiva os limites das informações a serem fornecidas. Consequentemente. por escrito e fundamentadamente.6.6 – Sigilo.Receita Federal 2012 .6. O sigilo profissional deve ser observado na relação entre: a) o auditor e a entidade auditada. c) os auditores e os organismos reguladores e fiscalizadores. por exemplo. relatórios e pareceres.4 O Auditor Independente. Honorários contingentes cobrados direta ou indiretamente pela firma. não as divulgando. 225. de modo a demonstrar que o trabalho foi realizado de acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis. sob nenhuma circunstância. incluindo a fase de précontratação dos serviços. O auditor deve manter sigilo com relação às informações obtidas durante o seu trabalho. Contendo esta autorização.6. Esta autorização deve ser dada. quando solicitado. b) os auditores.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.” (meu grifo) 1. da presente norma e das demais normas legais aplicáveis”. Exceção: De acordo com o item 1. deve exibir as informações obtidas durante o seu trabalho.2. Lucas Salvetti Para fins desta Norma. a documentação. a firma não deve firmar qualquer acordo de honorários desse tipo. pela administração da entidade. e d) o auditor e demais terceiros. sem autorização expressa da entidade.4 da NBC P1. o auditor deverá fornecer as informações que forem julgadas necessárias ao trabalho do auditor independente que o suceder. papéis de trabalho. avaliações.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Eficiência. Sistemas de informações Controles internos 44 . análises. com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. mesmo após terminados os compromissos contratuais.Auditoria .. Integridade. Lucas Salvetti Portanto. Adequação. Eficácia. eficácia... estruturados para a avaliação da integridade. Processos Exames. dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente.. podemos resumir conforme abaixo: Fornecer informação quando autorizado por escrito pela entidade. Deve ser feita solicitação por escrita e fundamentada O dever de manter o sigilo prevalece para os auditores. Auditor independente que o suceder Demais terceiros Fornecer informação sem necessidade de autorização da entidade.. e de gerenciamento de risco.. adequação.. eficiência e economicidade dos processos. Conselho Federal e Regional de Contabilidade (CFC e CRC) Obs. Avaliações da. Análises. Economicidade dos. 2 – Auditoria Interna Conceito: Auditoria interna compreende os exames. apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos. quando constatar impropriedades. trabalhos: Não obstante Manter-se informações previamente sua posição Ter o máximo de atualizado obtidas estabelecido. técnicas trabalho sem apresentar preservar sua sendo que ela está contábeis.2 . 2.Auditoria . Caso necessário.Receita Federal 2012 . imparcialidade. expressa da trabalho ao profissional de atuação.Aspectos Profissionais do Auditor Interno Características do auditor interno Sigilo: Responsabilidade na execução dos Não divulgar Quando a terceiros. funcional. com as NBCs.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. pode ser emitido um Relatório Parcial. por meio da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios. irregularidades ou ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração (não podendo aguardar o final dos exames). sendo entregue a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este autorizar. autorização seus papéis de autonomia limitada à sua área legislações. etc. cuidado.1 – Relatório da Auditoria Interna É o documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos. da gestão e dos controles internos. 2. Lucas Salvetti Objetivo: Agregar valor ao resultado da organização. entidade auditor independente Autonomia Profissional: Competência TécnicoProfissional: Cooperação com o auditor independente: 45 . durante o seu deve deve zelo. 4 . sob nenhuma circunstância. pode ser prestada assessoria ao Conselho Fiscal ou órgãos equivalentes. 7) SUSEP. Além disso. imparcialidade e zelo.Receita Federal 2012 .Responsabilidade na execução dos trabalhos O auditor interno deve ter o máximo de cuidado. deve apresentar os seus papéis de trabalho ao auditor independente.Sigilo O auditor não pode divulgar a terceiros. 6) Deve ser Contador com registro no CRC. 2.2. BACEN. 3) Realiza auditoria contábil. auditoria independente.2 . 5) O objetivo é emitir opinião (através de relatório) sobre a adequação das demonstrações contábeis. sendo que sua responsabilidade está limitada à sua área de atuação. 2) É independente com relação a entidade auditada.2. 46 . Lucas Salvetti 2.1 . 2. continuando tal sigilo após o término do vínculo empregatício ou contratual. Características do Auditor Independente 1) Não possui vínculo empregatício.2. não obstante sua posição funcional.3 .Distinção entre auditoria interna.Auditoria . quando previamente estabelecido com a administração da entidade em que atua. sem autorização expressa da Entidade em que atua. 2. 3 . CVM. deve preservar sua autonomia profissional. 4) A verificação é pontual.Autonomia Profissional O auditor interno. quando solicitado. informações obtidas durante o seu trabalho. entre outros podem solicitar registro também para realizar auditoria em empresas sob sua jurisdição.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.2.Cooperação com o Auditor Independente O auditor interno. Auditoria . *Ver exercício número 17 desta aula 47 . Lucas Salvetti Características do Auditor Interno 1) Possui vínculo empregatício (é subordinado a administração).Receita Federal 2012 . da gestão e dos controles internos. 3) Realiza auditoria contábil e operacional.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. *6) Deve ser Contador com registro no CRC (de acordo com Resolução 560 de 1983 que trata das prerrogativas do contador) 7) Pode emitir relatório parcial. 2) Tem autonomia profissional (tem um grau de independência menor). 4) A verificação é contínua. 5) Tem por objetivo agregar valor ao resultado da organização apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos. Resolução: Alternativa "A" . c) ser representante comercial da empresa auditada sem vínculo empregatício.Errado. A NBC PA 290. (b) empregado em cargo que exerça influência significativa sobre a elaboração dos registros contábeis do cliente ou das demonstrações contábeis sobre as quais a firma emitirá relatório de auditoria. O auditor não pode ser sócio da empresa tendo em vista que isso iria gerar um conflito de interesse próprio. classifica esse honorário condicionado como honorário contingente.Receita Federal 2012 . acionistas ou sócios da empresa auditada. O fato de o auditor ter sido empregado da empresa auditada não influencia sua independência.Capítulo 02: 01.Errado.Certo. "130. o que compromete a independência necessária para o cargo.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. em seu item 224. d) ter sido empregado há mais de três anos da empresa auditada. ter parentesco com o administrador (conselheiro ou diretor) causa ameaça à independência. São criadas ameaças à independência quando um familiar próximo de membro da equipe de auditoria é: (a) conselheiro ou diretor do cliente de auditoria. Alternativa "D" . e) fixar honorários condicionados ao tipo de parecer a ser emitido. Embora como representante o auditor não possua o vínculo empregatício. Alternativa "B" . b) participação direta ou indireta como sócio ou acionista da empresa auditada. o que comprometeria a sua independência no trabalho como auditor. De acordo com a NBC PA 290. 48 . Alternativa "E" .Auditoria . o mesmo continuará sofrendo influência da empresa no desenvolvimento de seu trabalho como auditor.Errado. Alternativa "C" . item 130. (ESAF / AFRFB / 2003) É evidência de independência do auditor externo: a) parentesco com administrador. tendo em vista que a empresa auditada não tem mais influência sobre o auditor.Errado. Lucas Salvetti Exercícios Comentados . (ESAF / AFRFB / 2003) Para o exercício da profissão.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.2. temos em seu item 1. Resolução: De acordo com a NBC P1. 49 . b) na relação entre o auditor e a entidade auditada.1 O sigilo profissional do Auditor Independente deve ser observado nas seguintes circunstâncias: a) na relação entre o Auditor Independente e a entidade auditada. deve exibir as informações obtidas durante o seu trabalho. e d) na relação entre o Auditor Independente e demais terceiros. fatos e informações da empresa.2. pelo Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade.Receita Federal 2012 ..6. No entanto. gabarito letra "A" (considerado pela banca).6.. a alternativa C não está absolutamente certa já que tem exceção.1 que: "1.) firma não deve firmar qualquer acordo de honorários desse tipo". c) na relação entre os auditores e os órgãos fiscalizadores. e) na relação entre os auditores. Assim. b) na relação entre os Auditores Independentes." Portanto. o sigilo deve ser mantido em diversas situações. exceto: a) na relação entre o auditor e a justiça.6 (Resolução CFC nº1. d) na relação entre o auditor e demais terceiros. Já o item 225 trás a previsão de recusa para este tipo de honorário: "(. devo abrir um parênteses e informar que o Auditor Independente. Lucas Salvetti "224. 02. Honorários contingentes são honorários calculados sobre uma base pré-determinada relacionada com o resultado de transação ou o resultado dos serviços prestados pela firma". por escrito e fundamentadamente. o auditor deve ter acesso a todos os documentos.Auditoria . c) na relação entre o Auditor Independente e os organismos reguladores e fiscalizadores. Portanto. quando solicitado.100/07). ficando o sigilo sob responsabilidade dos Conselhos. 2." Sendo assim. d) Podem ser divulgadas para o auditor sucessor. conforme determinam as normas. (ESAF / AFRFB / 2000) As informações que serviram de base para o último parecer sobre demonstrações contábeis emitido pelo auditor independente que tenha sido precedido: a) Não podem ser divulgadas para o auditor sucessor. a perda de independência pode-se dar pela ocorrência dos seguintes fatos. Lucas Salvetti 03. c) Podem ser divulgadas para o auditor sucessor. b) Devem ser divulgadas para o auditor sucessor. auditada. por escrito. auditada. desde que o Conselho Regional de Contabilidade autorize formalmente.Sigilo: "O Auditor Independente. auditoria Resolução: 50 . auditada. independente de autorização da entidade auditada. pela entidade auditada. auditada. sob pena de este emitir parecer com ressalva por limitação de escopo. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Em uma Auditoria Independente. deve fornecer as informações que por aquela foram julgadas necessárias ao trabalho do Auditor Independente que o suceder.6. sob pena de quebra de sigilo profissional.6 .Auditoria . exceto: a) operações de créditos e garantias com a entidade b) relacionamentos comerciais com a entidade c) relacionamentos familiares e pessoais com a entidade d) atuação como administrador ou diretor de entidade e) recebimento dos honorários devidos pelos serviços de prestados à entidade auditada. as quais serviram de base para emissão do último Parecer de Auditoria por ele emitido. 04. quando previamente autorizado por escrito. em nenhuma circunstância.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . e) Devem ser compulsoriamente divulgadas para o auditor sucessor.3 da NBC P1. desde que a entidade auditada autorize previamente. a alternativa "D" encontra-se correta. Resolução: De acordo com o item 1. (b) o cliente. a menos que o empréstimo ou a garantia seja irrelevante para: (a) a firma ou o membro da equipe de auditoria ou o familiar imediato. b) o auditor ter conhecimento suficiente sobre o negócio da empresa.Auditoria . B. e D" podem gerar a perda de independência do auditor. 51 .Se a firma. o recebimento de honorários decorrente de serviços de auditorias prestados a entidade é um procedimento normal. as alternativas "A. ou garantia de empréstimo.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. aceita empréstimo. a função do familiar ou outra pessoa no cliente e a proximidade do relacionamento". conforme explicado abaixo: "121. 05. membro da equipe de auditoria ou familiar imediato dessa pessoa e cliente de auditoria ou sua administração decorrente de relacionamento comercial ou interesse financeiro comum pode criar ameaças de interesse próprio e de intimidação". Relacionamento comercial próximo entre a firma. (ESAF / AFRE-CE / 2007) É fator determinante para a recusa de um trabalho de auditoria externa a) o auditor ser importante acionista da empresa auditada. o que torna a alternativa "E" o gabarito da questão. c) a possibilidade de o profissional contratado poder realizar o trabalho com imparcialidade. Sendo assim. Relacionamentos familiares e pessoais entre membro da equipe de auditoria e conselheiro ou diretor ou certos empregados (dependendo de sua função) do cliente de auditoria podem criar ameaças de interesse próprio. um membro da equipe de auditoria ou seu familiar imediato. conforme o caso.Receita Federal 2012 . de cliente de auditoria que não é banco ou instituição semelhante. A existência e a importância de quaisquer ameaças dependem de diversos fatores. incluindo as responsabilidades individuais na equipe de auditoria. familiaridade ou intimidação. "127. Lucas Salvetti De acordo com a NBC PA 290. "124. C. a ameaça de interesse próprio criada seria tão significativa que nenhuma salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável. "104. o fato do auditor ser um acionista importante gera conflito de interesse de tal forma que nenhuma ressalva seria possível de aplicar para reduzir a ameaça a um nível aceitável. d) a limitação de acesso à documentação da entidade a ser auditada. Lucas Salvetti d) a necessidade de uso de especialistas para avaliação de áreas específicas. Se um membro da equipe de auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 06. A existência e importância de qualquer ameaça criada depende: (a) da função da pessoa que detém o interesse financeiro. Portanto. c) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual ou habitual. um familiar imediato dessa pessoa. gabarito da questão é a alternativa A. Resolução: 52 . e) o impedimento pela empresa dos locais onde os serviços serão realizados. temos que: "102. (ESAF / AFRFB / 2003) Ao determinar os honorários a serem pagos.Receita Federal 2012 . e (c) da materialidade do interesse financeiro".Auditoria . a ameaça de interesse próprio criada seria tão significativa que nenhuma salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável". Deter interesse financeiro em cliente de auditoria pode criar ameaça de interesse próprio. o auditor externo deve considerar: a) o tipo de parecer a ser emitido à entidade auditada. Resolução: De acordo com a NBC PA 290. e) a existência de fraude ou erro nas demonstrações auditadas. (b) se o interesse financeiro é direto ou indireto. ou uma firma tiver interesse financeiro direto ou interesse financeiro indireto relevante no cliente de auditoria. devendo o mesmo recusá-lo. Sendo assim. b) o conjunto de trabalhos de auditoria e consultoria prestados. O auditor não teria independência suficiente para aceitar e realizar o seu trabalho de auditoria. Receita Federal 2012 . d) a qualificação técnica dos profissionais requeridos para participar da execução dos serviços. b) o número de horas estimadas para a realização dos serviços. em seu item 2. passando a chamar NBC PI 01. cabe ao auditor interno prestar assessoria ao Conselho Fiscal ou aos órgãos equivalentes da entidade.Normas Profissionais do Auditor Interno. o vulto.4. c) O dever de manter sigilo encerra-se cinco anos após terminado o vínculo empregatício ou contratual do auditor interno. e) Desde que autorizado pela administração da entidade. deve considerar diversos fatores.329/11.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e e) o lugar em que os serviços serão prestados. Resolução: A NBC P3 teve sua sigla alterada (mas o conteúdo mantido) pela Resolução CFC nº 1. como serão cobrados os custos com viagens e estadas”. habitual ou permanente.Auditoria . Lucas Salvetti De acordo com a NBC P 1 1. d) O auditor interno pode realizar trabalhos de forma compartilhada com profissionais de outras áreas da entidade que o emprega. 07. temos que o auditor ao estabelecer honorários para a realização dos trabalhos. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2001) Assinale a opção que não encontra amparo na NBC-P-3 . c) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual. gabarito letra "C". o auditor interno pode apresentar os seus papéis de trabalho ao auditor independente. fixando. a complexidade do serviço e o custo do serviço a executar. Vamos analisar as alternativas: 53 . entre eles: "a) a relevância. b) Quando solicitado. Portanto. se for o caso. a) A amplitude do trabalho desenvolvido pelo auditor interno e sua responsabilidade estão limitadas à sua área de atuação. 2 da NBC PI 01. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) É uma característica da auditoria interna: a) manter independência total da empresa.3.Certo. 08. O item 3. prestar assessoria ao Conselho Fiscal ou órgãos equivalentes".3.4 − Cabe também ao auditor interno. o que torna a alternativa correta. d) revisar integralmente os registros contábeis.6.4.2 − A amplitude do trabalho do auditor interno e sua responsabilidade estão limitadas à sua área de atuação". Lucas Salvetti Alternativa A . Está de acordo com o item 3.Auditoria .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.2 da NBC PI 01: "3.4. Resolução: As normas que regem a Auditoria Interna são as NBC P 3 e NBC T 12 (agora chamadas de NBC PI 01 e NBC TI 01).2 da NBC PI 01: "3. temos que: 54 .5. b) ser sempre executada por profissional liberal.3.Errado. ora transcrito: "3. De acordo com o item 3. Está errado pois contradiz o que é dito no item 3.1 da NBC PI 01. Sendo assim.Certo. Alternativa C .2 − O dever de manter o sigilo continua depois de terminado o vínculo empregatício ou contratual". c) emitir parecer sobre as demonstrações financeiras.3.1 da NBC PI 01: "3. alternativa está correta Alternativa E .Certo. e no âmbito de planejamento conjunto do trabalho a realizar. Alternativa B .Receita Federal 2012 . deve apresentar os seus papéis de trabalho ao auditor independente e entregar-lhe cópias.5. situação em que a equipe fará a divisão de tarefas. quando previamente estabelecido com a administração da entidade em que atua.1 − O auditor interno. quando solicitado.1 − O auditor interno pode realizar trabalhos de forma compartilhada com profissionais de outras áreas. Coaduna com o que é afirmado no item 3. Está de acordo com o que é afirmado no item 3. segundo a habilitação técnica e legal dos seus participantes".3. e) existir em todas empresas de capital aberto. Alternativa D . quando este entender necessário".4 da NBC PI 01 afirma que: "3.Certo.6. 2. não obstante sua posição funcional. A auditoria interna deve assessorar a administração na prevenção de fraudes e erros.Certo. em que não são aplicados testes em todas os itens. (ESAF / AFTE-RN / 2005) Analise as afirmativas a seguir e assinale a opção correta. b) As assertivas I. II e III estão erradas. I. e) As assertivas I e III estão corretas e a II está incorreta. Lucas Salvetti "3. III. Além disso. II e III estão corretas. II. Fraude é o ato intencional de omissão praticado para manipular documentos. A auditoria interna é independente e imparcial.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . de maneira reservada. de acordo com o item 4 da NBC TA 610. 09.1 da NBC TI 01: "A Auditoria Interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros. o auditor interno pode utilizar-se da técnica de amostragem. obrigando-se a informá-la. d) As assertivas II e III estão incorretas e a I está correta. Resolução: Item I . temos que: "Independentemente do grau de autonomia e de objetividade da função de auditoria interna. A NBC PI 01 afirma no seu item 3. tal função não é 55 . sempre por escrito. sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho". Além disso. a) As assertivas I.3.Errado.1. devendo ser anulada no meu ponto de vista.Receita Federal 2012 . o que tornaria a questão sem resposta.3. deve preservar sua autonomia profissional".1 que: "o auditor interno.2 – A amplitude do trabalho do auditor interno e sua responsabilidade estão limitadas à sua área de atuação". Está de acordo com o item 12. c) As assertivas I e II estão corretas e a III está incorreta. Portanto. Item II . registros e relatórios. não cabe dizer que "revisar integralmente os regitros contábeis" (alternativa D) é uma característica da auditoria interna. Lucas Salvetti independente da entidade.Auditoria . c) podem relatar parcialmente os riscos associados aos possíveis pontos a serem levantados pela auditoria externa. Resolução: De acordo com a NBC TI 01." No entanto. como é exigido do auditor independente quando ele expressa uma opinião sobre as demonstrações contábeis. relatórios.4 A Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial. pode-se afirmar que: a) podem considerar posições de interesse da administração e dos gestores. pode-se afirmar que a mesma possui um certo grau de independência. que o auditor independente. e) não devem ser emitidos antes do final dos trabalhos. b) devem estar disponíveis a qualquer administrador da empresa. 10. registros.3. Portanto. d) somente devem ser emitidos antes do final dos trabalhos. na hipótese de constatar impropriedades/irregularidades/ ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração da entidade. 56 .2 da NBC TI 01: "O termo “fraude” aplica-se a ato intencional de omissão e/ou manipulação de transações e operações. quando houver irregularidades que requeiram ações imediatas.Certo. e que não possam aguardar o final dos exames". tanto em termos físicos quanto monetários". temos que: "12. Item III . por não possuírem informações completas. adulteração de documentos.Receita Federal 2012 .1. obviamente. menor. sem restrição. (ESAF / AFRFB / 2009) Com relação aos relatórios de auditoria interna. devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo".3 O relatório da Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este autorizar. sendo conduzidos aos interesses desses. "12.3.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Está de acordo com o item 12. a questão foi considerada errada pela banca examinadora. informações e demonstrações contábeis.3. 57 . ao constatar impropriedades e irregularidades relevantes com necessidade de providências imediatas. 12. Lucas Salvetti Sendo assim. acerca dos procedimentos da auditoria interna. temos que: "12. assinale a afirmação incorreta. b) Os testes de observância visam a obtenção de uma razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento. e) expedir relatório até o estágio de realização.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade. gabarito da questão alternativa C. o que torna a alternativa D o gabarito da questão.3. b) antecipar o relatório final para permitir providências rápidas. inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários da Entidade. quando não puder aguardar o final dos exames devido às necessidades de providências imediatas. que permitem ao auditor interno obter provas suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações. d) concluir os trabalhos no curso do prazo planejado.3. 11.A Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial. c) emitir relatório parcial para permitir providências imediatas. existe previsão para emissão parcial.Receita Federal 2012 .4 da NBC TI 01. (ESAF / AFTE-RN / 2005) O auditor interno. deve a) proceder à conclusão dos relatórios imediatamente. a) Os procedimentos de auditoria interna são os exames. sem concluir o trabalho.Auditoria . Portanto. Resolução: De acordo com o item 12. na hipótese de constatar impropriedades / irregularidades / ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração da entidade. e que não possam aguardar o final dos exames". incluindo testes de observância e testes substantivos.4 . de modo a fornecerem base sólida para as conclusões e recomendações. relevantes e úteis. metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade.Auditoria . b) Auditoria Governamental. tanto em termos físicos quanto monetários. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Preencha a lacuna com a expressão adequada. c) Técnica de amostragem em Auditoria. exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da Entidade. com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. avaliações. 13. análises. tendo em vista que "fraude" é um ato voluntário (e não involuntário. levantamentos e comprovações. A ___________________ compreende os exames. fidedignas. adulteração de documentos.1. Resolução: As alternativas estão de acordo com a NBC TI 01. tanto em termos físicos quanto monetários". sendo ela o gabarito da questão. "12. e) O termo 'fraude' aplica-se a atos involuntários de omissão. a) Auditoria Independente. desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti c) Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência. eficácia. relatórios. como afirmado na alternativa).Receita Federal 2012 . 58 . exceto a alternativa "E".3. dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos. bem como de transações e operações da Entidade. registros. eficiência e economicidade dos processos. adequação. desatenção. informações e demonstrações contábeis.2 – O termo “fraude” aplica-se a ato intencional de omissão e/ou manipulação de transações e operações. d) Auditoria Externa. d) As informações que fundamentam os resultados da auditoria interna são denominadas de 'evidências'. que devem ser suficientes. dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente.3. a alternativa C não está no rol de atuação da auditoria interna. adequação. Sendo assim.1. Resolução: De acordo com o item 12.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. eficácia.1. metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade. 14. e de gerenciamento de riscos. c) eficiência dos processos de produção. Resolução: De acordo com a NBC TI 01.Receita Federal 2012 . avaliações.Auditoria . metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade. adequação. temos que: "A Auditoria Interna compreende os exames. gabarito da questão é a alternativa "E". item 12. e de gerenciamento de riscos. sendo o gabarito da questão.1. análises. eficiência e economicidade dos processos. temos que: "12.1. b) eficiência dos sistemas de informações. Portanto. dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente. 59 .1. levantamentos e comprovações. d) integridade do ambiente de controles internos. avaliações. levantamentos e comprovações. eficácia. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2004) Não é função da auditoria interna avaliar a a) eficácia dos processos dos controles internos.1. com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos". com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos". eficiência e economicidade dos processos. Lucas Salvetti e) Auditoria Interna.3 da NBC TI 01. e) economicidade dos controles internos.3 – A Auditoria Interna compreende os exames. análises. tendo em vista que eles devem manter sigilo. modifica e implanta na empresa auditada. De acordo com o item 3 da NBC TA 200. (ESAF / AFRFB / 2003) Assinale a assertiva correta quanto às características da auditoria interna e externa.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. c) A auditoria interna tem como objetivo atender à gestão da empresa e a auditoria externa atender às necessidades da diretoria da empresa. e a auditoria externa não elabora/modifica/implanta. A auditoria externa não deve disponibilizar seus papéis de trabalho sempre que solicitados. Alternativa "C" . até mesmo em relação a empresa auditada.Certo. Alternativa "D" .Receita Federal 2012 .Errado. e a auditoria externa deve disponibilizar seus papéis de trabalho sempre que solicitados. conforme determina a Lei 6.Errado. Auditoria externa não modifica os controles internos. A auditoria externa não tem como objetivo atender as necessidades da diretoria. A auditoria interna avalia os controles internos. Resolução: Alternativa "A" .Errado. b) A auditoria interna é obrigatória. 60 . a) A auditoria interna é independente da empresa e a auditoria externa deve realizar testes nos controles internos e modificá-los quando necessário. Alternativa "E" . d) A auditoria interna não avalia os controles internos e a auditoria externa os elabora. Lucas Salvetti 15.Auditoria . sendo que a auditoria externa normalmente é pontual. A auditoria inetrna é um processo contínuo. e esta mantém a independência em todos aspectos com a entidade auditada.404/76. Alternativa "B" .6. o "objetivo da auditoria (das demonstrações contábeis) é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários". e) A auditoria interna tem como objetivo a revisão das atividades da empresa continuamente e a auditoria externa é independente em todos os aspectos.Errado. como afirma a NBC P1. c) a atuação de ambas não difere na essência uma vez que os objetivos da avaliação é sempre a contabilidade.3 sabemos que a auditoria interna compreende "os exames. avaliações. enquanto a auditoria externa cuida de revisar os lançamentos e demonstrações contábeis. é correto afirmar que: a) o objetivo da auditoria interna é apoiar a administração da entidade no cumprimento dos seus objetivos.Auditoria . enquanto o da auditoria independente é a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. b) a auditoria interna se preocupa em avaliar os métodos e as técnicas utilizadas pela contabilidade. Já no item 11 da NBC TA 200. adequação. d) a auditoria interna cuida em verificar os aspectos financeiros da entidade. enquanto a auditoria externa se preocupa com os pareceres a respeito das demonstrações contábeis.1. os objetivos gerais do auditor são: (a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante. (ESAF / Fiscal de Rendas do Município do RJ / 2010) A respeito dos objetivos da auditoria interna e da auditoria independente.Receita Federal 2012 . eficácia. levantamentos e comprovações. eficiência e economicidade dos processos. Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis. com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos". análises. Resolução: De acordo com o item 12. possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as 61 .1. e de gerenciamento de riscos. e) o objetivo da auditoria interna é produzir relatórios demonstrando as falhas e deficiências dos processos administrativos e os da auditoria externa é emitir parecer sobre a execução contábil e financeira da entidade. temos como objetivos gerais dos auditores independentes: "11. Lucas Salvetti 16. independentemente se causadas por fraude ou erro. dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente. metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade. gabarito da questão. e (b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs. (2) auditoria contábil independente e (3) perícia contábil. VI. o que está errado. alternativa A. Lucas Salvetti demonstrações contábeis foram elaboradas. que trata das prerrogativas previstas no decreto-lei 9.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. No entanto. a) (1) I e IV (2) II e IV (3) II e V b) (1) I e VI (2) III e V (3) III e VI c) (1) II e VI (2) II e V (3) II e IV d) (1) III e VI (2) II e V (3) I e VI e) (1) III e V (2) I e IV (3) III e V Resolução: O gabarito dado como final pela banca foi a alternativa A. IV. em todos os aspectos relevantes. II. as atividades descritas no item 33.295/46.Auditoria . Veja que de acordo com a Resolução 560/83. I. Portanto. Contador devidamente registrado em órgão de classe. item 33. nessa ordem. afirma em seu artigo 3. O parágrafo 1 deste mesmo artigo afirma que dentre os profissionais de contabilidade. Exame de conformidade. Contabilista. A alternativa A afirma que a auditoria interna pode ser exercida por um profissional com qualquer formação. 17. 34 e 35 devem são privativas dos contadores. Litígio. Profissional com qualquer formação. (FEPESE / AFRE-SC / 2010)Analise a lista abaixo.Receita Federal 2012 . Investigação de fraude Assinale a alternativa que esteja associada à (1) auditoria interna. em conformidade com as constatações do auditor". III. V. em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. 62 . 34 e 35 são atribuições privativas dos profissionais da contabilidade. não concordo com tal gabarito. o 1 (auditoria interna) deveria ter relacionado o item II.Auditoria . acontece que muitos exercem a atividade de auditor interno sem atender aos pré-requisitos estabelecidos pelo CFC. Portanto. 32. 42. 2. observado o disposto no § 2º. Portanto aluno. 22. o que daria a seguinte sequência: (1) II e IV. na prática. judiciais e extrajudiciais. 5. 35. 19. 33. 26. 29. as enunciadas neste artigo. 34. 34) auditoria externa independente. 25." "§ 1º São atribuições privativas dos contadores.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 20. 24. FGV. devo salientar que é um posicionamento mantido apenas por ela. deveria ser anulada. 36. 21. sob os números 1. 63 . 30. Lucas Salvetti "Art. (2) II e IV. ESAF. 3.Receita Federal 2012 . além dos 44 e 45. 8. tendo em vista que nunca vi nenhuma outra banca (FCC. (3) II e V. 3º São contabilidade: atribuições privativas dos profissionais da 33) auditoria interna e operacional. Sem fazer julgamento de mérito com relação a banca realizadora do certame. Como tal sequencia não está entre as alternativas. ATENÇÃO na hora da prova. 6. 43. CESPE) com tal entendimento. quando se referirem a nível superior". 23. 4. Vale ressaltar que ela manteve esse posicionamento tendo em vista que. a questão ficou sem resposta e portanto. 35) perícias contábeis. Lucas Salvetti CAPÍTULO 03 – Desenvolvimento do Plano de Auditoria. Sistema de Informações. Apesar de normalmente essas discussões ocorrerem. de forma a facilitar a condução e o gerenciamento do trabalho de auditoria. b) desenvolvimento de plano de auditoria. Risco de Auditoria. A natureza e a extensão das atividades de planejamento variam conforme: i) o porte e a complexidade da entidade. Estratégia de Auditoria. iii) as mudanças nas circunstâncias que ocorrem durante o trabalho de auditoria. O objetivo do auditor é planejar a auditoria de forma a realizála de maneira eficaz.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. mas um processo contínuo e iterativo. O planejamento inclui a consideração da época de certas atividades e procedimentos de auditoria que devem ser concluídos antes da realização de procedimentos adicionais de auditoria. 1. O planejamento da auditoria envolve: a) definição de estratégia global para o trabalho. Controle Interno. O auditor pode optar por discutir esses elementos do planejamento com a administração da entidade. que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior.Receita Federal 2012 .1 – Objetivo. a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria continuam sendo de responsabilidade do auditor. Planejamento não é uma fase isolada da auditoria. 1. Na discussão de temas incluídos na 64 . ii) a experiência anterior dos membros-chave da equipe de trabalho com a entidade.Auditoria .2 – Papel e oportunidade do planejamento. PLANEJAMENTO 1. O auditor deve realizar as seguintes atividades no início do trabalho de auditoria corrente: a) verificar se foram seguidos os procedimentos apropriados em relação à aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos de auditoria. b) avaliação da conformidade com os requisitos éticos. 1. 2) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas. O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance. e c) estabelecimento do entendimento dos termos do trabalho.5 – Atividades de planejamento. inclusive independência. 3) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho. o auditor deve: 1) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance. 1.Auditoria . Lucas Salvetti estratégia global de auditoria ou no plano de auditoria deve-se atentar para não comprometer a eficácia dessa auditoria. 1. a época e a direção da auditoria.4 – Atividades preliminares do trabalho de auditoria.3 – Envolvimento de membros-chave da equipe de trabalho. Ao definir a estratégia global. O sócio do trabalho e outros membros-chave da equipe de trabalho devem ser envolvidos no planejamento da auditoria. incluindo o planejamento e a participação na discussão entre os membros da equipe de trabalho. para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. 4) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria. e 65 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . O auditor deve planejar a natureza. à medida que o plano de auditoria para o trabalho é desenvolvido. que deve incluir a descrição de: 1) a natureza.Receita Federal 2012 . considerando a revisão dos riscos avaliados. O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui a natureza. O auditor deve desenvolver o plano de auditoria. O planejamento desses procedimentos de auditoria ocorre no decurso da auditoria. Em decorrência de imprevistos. Lucas Salvetti 5) determinar a natureza.Auditoria . 3) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria. 66 . uma vez que as mudanças em um podem resultar em mudanças no outro. A definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria detalhado não são necessariamente processos isolados ou sequenciais. a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação. a natureza. a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados. estando intimamente relacionados. a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho. a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco. portanto. o auditor pode ter que modificar a estratégia global e o plano de auditoria e. a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. a época e a extensão do direcionamento e supervisão da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho. mudanças nas condições ou na evidência de auditoria obtida na aplicação de procedimentos de auditoria. 2) a natureza. Entretanto. o auditor pode ter a necessidade de estender as atividades de planejamento por falta da experiência anterior que é normalmente utilizada durante o planejamento dos trabalhos.6 – Documentação. A documentação da estratégia global de auditoria é o registro das decisões-chave consideradas necessárias para planejar adequadamente a auditoria e comunicar temas importantes à equipe de trabalho. e c) eventuais alterações significativas e as razões dessas alterações.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e b) entrar em contato com o auditor antecessor.7 – Considerações adicionais em auditoria inicial. caso haja mudança de auditores. A finalidade e o objetivo do planejamento da auditoria não mudam caso a auditoria seja inicial ou em trabalho recorrente. 67 . época e extensão planejadas dos procedimentos de avaliação de risco e dos procedimentos adicionais de auditoria no nível da afirmação. b) o plano de auditoria. de acordo com os requisitos éticos pertinentes. no caso de auditoria inicial. em resposta aos riscos avaliados. Lucas Salvetti 1. A documentação do plano de auditoria é o registro da natureza. 1.Auditoria . O auditor deve realizar as seguintes atividades antes de começar os trabalhos de auditoria inicial: a) verificar se foram seguidos os procedimentos apropriados em relação à aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos de auditoria. O auditor deve documentar: a) a estratégia global de auditoria. não importa o quão efetivo. 68 . Lucas Salvetti 2 – CONTROLE INTERNO DA ENTIDADE O entendimento do controle interno auxilia o auditor na identificação de tipos de distorções potenciais e fatores que afetem os riscos de distorção relevante. pode fornecer à entidade apenas segurança razoável quanto ao cumprimento dos objetivos de demonstrações contábeis da entidade. Não se pode pressupor. entre outros. implementado e mantido para enfrentar riscos de negócio identificados que ameacem o cumprimento de qualquer um dos objetivos da entidade com relação a: a confiabilidade das informações e demonstrações contábeis da entidade.Receita Federal 2012 . consistência na aplicação de controles manuais. ignorados ou transgredidos e também mais propensos a erros e enganos simples. portanto. fornece uma estrutura útil para que os auditores considerem como diferentes aspectos do controle interno da entidade podem afetar a auditoria: a) o ambiente de controle. A divisão do controle interno nos cinco componentes a seguir. para fins das normas de auditoria. O controle interno é planejado.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. a efetividade e eficiência de suas operações.Auditoria . O controle interno. e no planejamento da natureza. A probabilidade de seu cumprimento é afetada por limitações inerentes do controle interno. b) o processo de avaliação de risco da entidade. época e extensão de procedimentos adicionais de auditoria. Já os controles manuais são mais recomendados na aplicação sobre transações não usuais. Estas incluem os pressupostos de que o julgamento humano é falho e de que rupturas no controle interno podem ocorrer por erro humano ou podem ser burlados. Os elementos manuais no controle interno podem ser menos confiáveis do que os elementos automatizados porque podem ser mais facilmente contornados. e sua conformidade com leis e regulamentos aplicáveis. situação não prevista pelo sistema automatizado. Os elementos do ambiente de controle que podem ser relevantes na obtenção de entendimento do ambiente de controle incluem os seguintes: a) Comunicação e aplicação de valores de integridade e ética. inclusive os processos relacionados de negócio relevantes para os relatórios financeiros e a comunicação. criou e manteve uma cultura de honestidade e conduta ética.Ambiente de controle O auditor deve obter entendimento do ambiente de controle. e b) os pontos fortes no ambiente de controle fornecem coletivamente fundamento apropriado para os outros componentes do controle interno. f) Atribuição de autoridade e responsabilidade. com isso.Auditoria . 69 . c) Participação dos responsáveis pela governança. A . o auditor deve avaliar se: a) a administração. O ambiente de controle em si não impede. Lucas Salvetti c) o sistema de informação. d) Filosofia e estilo operacional da administração. Ele pode. com a supervisão geral dos responsáveis da governança. e se os outros componentes não são prejudicados por deficiências no ambiente de controle. a avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante. nem detecta e nem corrige uma distorção relevante. porém. e e) monitoramento de controles. b) Compromisso com a competência. o monitoramento dos controles e a operação de atividades de controle específicas) e. e) Estrutura organizacional. Como parte da obtenção deste entendimento. d) atividades de controle. influenciar a avaliação do auditor da efetividade de outros controles (por exemplo. g) Políticas e práticas de recursos humanos.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . c) avaliar a probabilidade de sua ocorrência. inclusive lançamentos de diário não rotineiros usados para registrar transações ou ajustes não usuais. que não sejam transações. b) estimar a significância dos riscos. O auditor deve obter entendimento do sistema de informação. transferidas para o razão geral e divulgadas nas demonstrações contábeis.Sistema de informação.Receita Federal 2012 . Lucas Salvetti B . relevantes para as demonstrações contábeis. b) os procedimentos. incluindo as seguintes áreas: a) as classes de transações nas operações da entidade que sejam significativas para as demonstrações contábeis. processadas. C . c) os respectivos registros contábeis.Auditoria .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. inclusive dos processos de negócio relacionados. registrar. processar e reportar transações. informações-suporte e contas específicas nas demonstrações contábeis utilizados para iniciar. pelos quais essas transações são iniciadas. 70 . e f) controles em torno de lançamentos de diário. registradas. corrigidas conforme a necessidade. inclusive estimativas e divulgações contábeis significativas. e) o processo usado para elaborar as demonstrações contábeis da entidade.Processo de avaliação de risco da entidade O auditor deve buscar entender se a entidade tem processo para: a) identificar riscos de negócio relevantes para os objetivos das demonstrações contábeis. tanto de tecnologia de informação (TI) quanto de sistemas manuais. e d) decidir sobre ações em resposta a esses riscos. relevantes para as demonstrações contábeis e sua comunicação. d) como o sistema de informações captura eventos e condições que são significativos para as demonstrações contábeis. incluindo processos de negócio relacionados. e b) comunicações externas. que são aquelas que o auditor julga necessário entender para avaliar os riscos de distorção relevante no nível da afirmação e desenhar procedimentos adicionais de auditoria em resposta aos riscos avaliados. D – Atividades de controle relevantes para a auditoria O auditor deve obter entendimento das atividades de controle relevantes para a auditoria. ou seja. incluindo: a) comunicações entre a administração e os responsáveis da governança. o auditor deve obter entendimento de como a entidade respondeu aos riscos decorrentes de TI. No entendimento das atividades de controle da entidade.Auditoria . Atividades de controle são as políticas e procedimentos que ajudam a assegurar que as orientações da administração sejam executadas. Uma auditoria não requer entendimento de todas as atividades de controle relacionadas a cada classe significativa. ii) revisões de desempenho. é desnecessário obter entendimento de cada uma das atividades de controle relacionadas a tal objetivo. iii) processamento de informações. Da perspectiva do auditor. e incluem controles gerais de TI e controles de aplicativos efetivos. tais como as comunicações com os órgãos reguladores. Lucas Salvetti O auditor deve obter entendimento de como a entidade comunica as funções e responsabilidades sobre demonstrações contábeis e assuntos significativos relacionados com esses relatórios. v) segregação de funções. O uso de TI afeta a maneira como as atividades de controle são implementadas. os controles dos sistemas de TI são eficazes quando mantêm a integridade das informações e a segurança dos dados que tais sistemas processam. 71 . iv) controles físicos.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . quando múltiplas atividades de controle cumprem o mesmo objetivo. Exemplos de atividades de controle específicas: i) autorização. e como a entidade inicia ações corretivas para as deficiências nos seus controles. pela função de auditoria interna.Receita Federal 2012 .Auditoria . Envolve avaliar a efetividade dos controles tempestivamente e tomar as necessárias ações corretivas. inclusive as relacionadas com as atividades de controles relevantes para a auditoria. 72 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. CUIDADO COM A PEGADINHA!!!! Para fins das NBC Tas: Emitir opinião inadequada sobre demonstrações distorções relevantes (risco de auditoria) COM b) Emitir opinião inadequada sobre demonstrações SEM distorções relevantes (não é considerado risco de auditoria). Se a entidade tem a função de auditoria interna. ou a serem realizadas. e b) as atividades realizadas. Lucas Salvetti E – Monitoramento de controles O auditor deve obter entendimento das principais atividades que a entidade utiliza para monitorar o controle interno sobre as demonstrações contábeis. O monitoramento de controles é um processo para avaliar a efetividade do desempenho dos controles internos ao longo do tempo. o auditor deve obter entendimento dos seguintes assuntos para determinar se a auditoria interna é relevante para a auditoria: a) a natureza da responsabilidade da função de auditoria interna e como ela está posicionada na estrutura organizacional da entidade. 3 – RISCO DE AUDITORIA Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O auditor deve obter entendimento das fontes das informações usadas nas atividades de monitoramento da entidade e do embasamento sobre o qual a administração considera as informações suficientemente confiáveis para esse propósito. e 2) no nível da afirmação para classes de transações.Auditoria . Lucas Salvetti Risco de Auditoria Risco de distorção relevante Risco de detecção Nível geral das demonstrações contábeis Nível da afirmação para classes de transações.Receita Federal 2012 . saldos contábeis e divulgações. para cálculos complexos ou contas compostas de valores derivados de estimativas contábeis sujeitas à incerteza significativa de estimativa. da implementação e da manutenção do controle interno pela administração no tratamento dos riscos 73 . Risco Inerente Risco de distorção relevante (nível das afirmações) tem dois componentes: Risco de Controle O risco inerente pode ser mais alto.1 – Risco de distorção relevante Os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis: 1) no nível geral da demonstração contábil.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 3. O risco de controle é uma função da eficácia do desenho (controles estabelecidos). saldos contábeis e divulgações *O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção. por exemplo. portanto. *Por exemplo. reduzindo o risco de detecção são: designação apropriada de pessoal para equipe de trabalho aplicação de ceticismo profissional supervisão e revisão do trabalho de auditoria 74 . por causa das limitações inerentes ao controle interno. O risco de detecção é uma função da eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo auditor. mas não eliminar. os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis. O nível aceitável de risco de detecção tem uma relação inversa com os riscos avaliados de distorção relevante no nível da afirmação. 3.2 – Risco de detecção É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante. menor é o risco de detecção que pode ser aceito e. b) controles contornados por conluio ou burla inapropriada da administração.Auditoria . planejamento adequado Assuntos que ajudam a aprimorar a eficácia do procedimento de auditoria. quanto maiores são os riscos de distorção relevante que o auditor acredita existir. mais persuasivas são as evidências de auditoria exigidas. individualmente ou em conjunto com outras distorções. O controle interno pode reduzir.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti identificados que ameaçam o cumprimento dos objetivos da entidade. que são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis da entidade. Exemplos de limitações inerentes: a) possibilidade de erros ou equívocos humanos. as informações completas que são relevantes.Receita Federal 2012 . Lucas Salvetti ATENÇÃO!!! O risco de detecção só pode ser reduzido. como resultado. Por exemplo: i) a possibilidade de que a administração ou outros possam não fornecer. natureza das informações contábeis (exemplo: estimativa contábil) As limitações inerentes de uma auditoria originam-se da: natureza dos procedimentos de auditoria necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período de tempo razoável e a um custo razoável Há limites práticos e legais à capacidade do auditor de obter evidências de auditoria. iii) auditoria não é uma investigação oficial de suposto delito. não eliminado. 75 . e. Portanto. SEMPRE EXISTE RISCO DE DETECÇÃO. a maior parte das evidências de auditoria que propiciam ao auditor obter suas conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas ao invés de conclusivas. Portanto.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 3. intencionalmente ou não.Auditoria . o auditor não recebe poderes legais tais como o poder de busca que podem ser necessários para tal investigação. devido às limitações inerentes de uma auditoria.3 – Limites Inerentes Uma auditoria tem limitações inerentes. ii) A fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados para sua ocultação (O auditor não é treinado nem obrigado a ser especialista na verificação de autenticidade de documentos). Lucas Salvetti A relevância da informação e. sendo necessário que o auditor: a) planeje a auditoria de modo que ela seja executada de maneira eficaz. não indica por si só.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . A descoberta posterior de uma distorção relevante das demonstrações contábeis.Receita Federal 2012 . o seu valor tende a diminuir ao longo do tempo. resultante de fraude ou erro. uma falha na condução de uma auditoria em conformidade com as normas de auditoria. independentemente se causada por fraude ou a erro. por meio dela. 76 . b) dirija o esforço de auditoria às áreas com maior expectativa de distorção relevante. Os limites inerentes de uma auditoria não são justificativas para que o auditor se satisfaça com evidências de auditoria menos que persuasivas. e há um equilíbrio a ser atingido entre a confiabilidade das informações e o seu custo. c) aplique testes e outros meios para examinar populações em busca de distorções. com esforço correspondentemente menor dirigido a outras áreas. Alternativa C . temas como: (a) os recursos a serem alocados em áreas de auditoria específicas. toda a área de gestão e governança da entidade.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. tais como membros da equipe com experiência adequada para áreas de alto risco ou o envolvimento de especialista em temas complexos". b) constitui-se nos trabalhos iniciais de coleta de informações a respeito da entidade a ser auditada e dos mecanismos de controle existentes. c) não é uma fase isolada da auditoria. (ESAF / Inspetor da CVM / 2010) A respeito de planejamento na realização de auditorias é correto afirmar: a) é a fase inicial dos trabalhos e deve ser concluída antes que as equipes específicas e/ou especializadas iniciem suas avaliações. Está de acordo com o item A2 da NBC TA 300. dependendo da conclusão dos procedimentos de avaliação de risco.Auditoria . que muitas vezes começa logo após (ou 77 . d) é a fase em que participa. em especial.Correta. O planejamento não deve ser concluido antes que as equipes específicas iniciem suas avaliações.Errada.Capítulo 03: 01. mas um processo contínuo e iterativo. O planejamento não se refere a coleta inicial. Resolução: Alternativa A .Receita Federal 2012 . além da equipe de auditoria. mas é uma atividade aplicada ao longo de toda auditoria. Alternativa B . continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. Lucas Salvetti Exercícios Comentados . mas um processo contínuo e iterativo. como afirma o item A8 da NBC TA 300: "A8. como explicado na alternativa C. O processo de definição da estratégia global auxilia o auditor a determinar. que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior.Errada. a área responsável pela elaboração das demonstrações contábeis. e) consiste em definir as estratégias gerais e o plano de trabalho antes do início de qualquer atividade de avaliação e revisão das demonstrações. ora transcrito: "A2. Planejamento não é uma fase isolada da auditoria. e (c) estabelecimento do entendimento dos termos do trabalho.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. pela primeira vez. caso o auditor veja necessidade.Errada. De acordo com o item 6 da NBC TA 300. continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual". 78 . inclusive independência. É admissível que a administração participe. exceto: a) a obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do exercício não contenham representações errôneas ou inconsistentes que. 02.Errada. d) a identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da entidade e sua situação patrimonial e financeira. c) a verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício são uniformes com as adotadas no exercício anterior. O planejamento é planejamento da auditoria por parte do auditor. e não da entidade auditada. ou quando as Demonstrações Contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas por outro auditor independente. Alternativa E . (b) avaliação da conformidade com os requisitos éticos. b) o exame da adequação dos saldos de abertura do exercício anterior com os saldos de encerramento do exercício atual. Alternativa D . o planejamento da auditoria deve contemplar os seguintes procedimentos. na entidade.Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria". no entanto o mesmo (auditor) deve manter-se atento para que a eficácia de seu trabalho não seja comprometida. de alguma maneira. Lucas Salvetti em conexão com) a conclusão da auditoria anterior. as atividades preliminares do trabalho de auditoria (feitas antes da atividade de planejamento) são: "6. conforme exigido pela NBC TA 210 . conforme exigido pela NBC TA 220.Auditoria .Receita Federal 2012 . distorçam as Demonstrações Contábeis do exercício atual. O auditor deve realizar as seguintes atividades no início do trabalho de auditoria corrente: (a) realizar os procedimentos exigidos pela NBC TA 220 Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Quando for realizada uma auditoria. revelados ou não-revelados. b) propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro dos prazos e compromissos previamente estabelecidos. quando apropriado. Lucas Salvetti e) a identificação de relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior. ou (iii) executar procedimentos de auditoria específicos para obter evidência com relação aos saldos iniciais". revisar os papéis de trabalho do auditor independente antecessor para obter evidência com relação aos saldos iniciais. para identificar eventos e transações relevantes que afetem as Demonstrações Contábeis.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 03.Auditoria . (c) realização de um ou mais dos seguintes procedimentos: (i) no caso de as demonstrações contábeis do exercício anterior terem sido auditadas. tendo em vista que o auditor deve fazer o exame da adequação dos saldos de abertura do exercício atual com os saldos de encerramento do exercício anterior. se foram corrigidos. "6. O auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis do período corrente por meio de: (a) determinação se os saldos finais do período anterior foram corretamente transferidos para o período corrente ou. (ii) avaliar se os procedimentos de auditoria executados no período corrente fornecem evidência relevante para os saldos iniciais.Receita Federal 2012 . 79 . (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Como objetivo do Planejamento da Auditoria não se pode incluir: a) obter conhecimento das atividades da entidade. Resolução: De acordo com o item 6 e 8 da NBC TA 510. (b) determinação se os saldos iniciais refletem a aplicação de políticas contábeis apropriadas. podemos afirmar que o gabarito da questão é a alternativa "B". c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria". Ao definir a estratégia global. a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho”. e) identificar a legislação aplicável à entidade.Auditoria . a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação. 9. conforme previsto na NBC TA 330 − Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados. conforme estabelecido na NBC TA 315 − Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e de seu Ambiente. 80 . d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e. De acordo com a NBC TA 300. c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho. que deve incluir a descrição de: a) a natureza. b) a natureza. O auditor deve desenvolver o plano de auditoria. Lucas Salvetti c) assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes contidos em suas demonstrações contábeis recebam a atenção requerida.Receita Federal 2012 . se é relevante o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho para a entidade. a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco. temos que: "8. o auditor deve: a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance. quando aplicável. d) identificar meios para aumento dos lucros da entidade.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e e) determinar a natureza. b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas. Resolução: O auditor ao realizar o planejamento ele elabora o "Planejamento Estratégico" e desenvolve o "Plano de auditoria". assim como direcionar os procedimentos/testes de auditoria na busca de evidências para expressar sua opinião através do seu relatório. o auditor deve: a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance. 04. c) A natureza. (ESAF / AFRFB / 2003) Entre as assertivas a seguir. devemos lembrar que o objetivo da auditoria de acordo com o item 3 da NBC TA 200 é "aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários".Receita Federal 2012 . Ao definir a estratégia global. indique a opção que não representa uma consideração relevante a ser feita no planejamento do trabalho da auditoria externa.) e) determinar a natureza.. Lucas Salvetti Além do exposto acima. Resolução: As alternativas "A. d) O uso dos trabalhos de outros especialistas e auditores internos. b) O conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade. "identificar meios para aumento dos lucros da entidade (a alternativa "D") não tem relação nenhuma das atividades desempenhadas pelo auditor. como cito abaixo: "8. e) O conhecimento das práticas contábeis adotadas pelos fornecedores e clientes da empresa auditada e as alterações procedidas. a) O conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e as alterações procedidas em relação ao exercício anterior. oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados no trabalho. 81 . B.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. sendo o gabarito da questão”. a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho". (.Auditoria . Temos no item 8 e 9 da NBC TA 300 a confirmação disso. C e D" trazem aspectos que são relevantes para o auditor conseguir planejar o seu trabalho de forma a verificar a sua capacidade para condução do mesmo.. Portanto. auditores independentes. para a identificação e avaliação dos riscos de distorção relevantes. de procedimentos de avaliação de riscos. sendo assim o gabarito da questão. Lucas Salvetti "9.Receita Federal 2012 . c) os riscos inerentes. A alternativa "E" está certa. época e extensão dos procedimentos de auditoria que serão aplicados. (ESAF / AFRFB / 2002) O auditor deve avaliar o sistema contábil e de controles internos de uma entidade para determinar: a) a relevância. pois em nada irá afetar o trabalho do auditor ter ou não conhecimento das práticas contábeis adotadas pelos fornecedores/clientes da empresa auditada. nas demonstrações contábeis e nas afirmações". a oportunidade e a extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria. o risco de auditoria e a avaliação da aplicação dos procedimentos de auditoria. a aplicação dos procedimentos de auditoria e o risco de controle. O auditor deve desenvolver o plano de auditoria. b) a natureza. o risco de detecção e a avaliação do controle de qualidade. que deve incluir a descrição de: a) natureza. a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco". de acordo com o item 4 da NBC TA 315. 82 . o auditor precisa avaliar o sistema contábil e de controles internos. 05. incluindo o controle interno da entidade. Resolução: Para se verificar o risco de auditoria (que é o risco de o auditor emitir uma opinião inadequada sobre demonstrações contábeis com distorção relevante). e) a relevância dos saldos. d) as estimativas contábeis. "que são os procedimentos de auditoria aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente. os de controle e os de detecção da aplicação dos testes de auditoria.Auditoria .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Este processo de avaliação é chamado. independentemente se causada por fraude ou por erro. determinando assim a natureza. os saldos de abertura. b) a análise dos saldos finais do exercício anterior. Resolução: A norma vigente à época da prova era a NBC T 11 . as contingências e a revisão dos papéis de trabalho do auditor anterior. em seu item 51. identificação de relevantes eventos. c) a avaliação do risco de auditoria. o auditor deve incluir no seu planejamento: a) a análise dos saldos de abertura. o ambiente de controle. podemos concluir que o "auditor deve obter entendimento das atividades de controle relevantes para a auditoria. a continuidade normal das atividades. a uniformidade dos procedimentos contábeis. os eventos subseqüentes. a uniformidade dos procedimentos contábeis. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando da realização de uma primeira auditoria numa entidade. a identificação de relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior e à revisão dos papéis de trabalho do auditor anterior. e) a avaliação dos procedimentos contábeis.Auditoria . a identificação de transações com partes relacionadas. 06. que foi auditada por outros profissionais no período imediatamente anterior. as práticas contábeis. os controles internos. os controles internos. uniformidade dos procedimentos contábeis. a análise de uniformidade dos procedimentos contábeis. a identificação das práticas contábeis.Receita Federal 2012 . que são aquelas que o auditor julga necessário entender para avaliar os riscos de distorção relevante no nível da afirmação e desenhar procedimentos adicionais de auditoria em resposta aos riscos avaliados". procedimentos contábeis adotados.IT 7. era trazida a previsão do auditor incluir no planejamento de auditoria inicial a "análise dos saldos de abertura.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. os procedimentos contábeis adotados. sendo que. a carta de responsabilidade da administração e a revisão do programa do auditor anterior. d) a identificação de eventos subseqüentes relevantes. o sistema de informação contábil. os procedimentos contábeis adotados. a revisão do parecer do auditor anterior e a identificação das principais alterações adotadas em assembleia geral. subseqüentes ao 83 . a relevância dos saldos. as partes relacionadas e a revisão dos papéis de trabalho do auditor anterior. Lucas Salvetti E. de acordo com o item 20 da mesma norma. temos o item 8 da mesma norma que afirma que o "auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se as políticas contábeis apropriadas refletidas nos saldos iniciais foram aplicadas de maneira uniforme nas demonstrações contábeis do período corrente e se as mudanças nas políticas contábeis foram devidamente registradas e adequadamente apresentadas e divulgadas de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável". (b) determinação se os saldos iniciais refletem a aplicação de políticas contábeis apropriadas. Sendo assim.Receita Federal 2012 . temos que o auditor. quando apropriado. se foram corrigidos.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . revisar os papéis de trabalho do auditor independente antecessor para obter evidência com relação aos saldos iniciais. Atualmente. de acordo com o item 6 da NBC TA 510. o gabarito da questão é a alternativa "A". Lucas Salvetti exercício anterior. 07. 84 . (ii) avaliar se os procedimentos de auditoria executados no período corrente fornecem evidência relevante para os saldos iniciais." Complementando o item 6-b citado acima. e revisão dos papéis de trabalho do auditor anterior". (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Os procedimentos relacionados para compor um programa de auditoria são desenhados para: a) detectar erros e irregularidades significativas. deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis do período corrente por meio de: "(a) determinação se os saldos finais do período anterior foram corretamente transferidos para o período corrente ou. e (c) realização de um ou mais dos seguintes procedimentos: (i) no caso de as demonstrações contábeis do exercício anterior terem sido auditadas. ou (iii) executar procedimentos de auditoria específicos para obter evidência com relação aos saldos iniciais. ao realizar um trabalho de auditoria inicial (primeira vez). conforme estabelecido na NBC TA 315 Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e de seu Ambiente. 08. 85 . o plano de auditoria visa à determinação da natureza. conforme previsto na NBC TA 330 . d) coletar evidências suficientes de auditoria. (ESAF / Inspetor CVM / 2010) Na comunicação das deficiências do controle interno. que deve incluir a descrição de: (a) a natureza. Resolução: A norma que rege o tema Planejamento atualmente é a NBC TA 300. a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco. (c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria". Portanto. o que torna a alternativa D o gabarito da questão. a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação. o auditor deve explicitar que: a) as deficiências observadas têm relação direta com a elaboração das demonstrações contábeis e são suficientes para comprometer o funcionamento da entidade. temos que: "9. e) desenvolver um plano estratégico da empresa. De acordo com o item 9 da NBC TA 300.Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados.Auditoria .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. c) avaliar a estrutura dos controles internos.Receita Federal 2012 . Lucas Salvetti b) proteger o auditor em caso de litígio legal. b) os assuntos comunicados estão limitados às deficiências que o auditor identificou durante a auditoria e concluiu serem de importância suficiente para comunicar aos responsáveis pela governança. sendo que a mesma nomeia como plano de auditoria o que a norma anterior (NBC T 11) se referia como programa de auditoria. época e extensão dos procedimentos aplicados na busca da evidências junto a entidade. (b) a natureza. O auditor deve desenvolver o plano de auditoria. As outras alternativas estão erradas. mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia do controle interno. O auditor deve incluir na comunicação por escrito das deficiências significativas de controle interno: (a) descrição das deficiências e explicação de seus possíveis efeitos. e (b) informações suficientes para permitir que os responsáveis pela governança e a administração entendam o contexto da comunicação. d) os controles internos avaliados demonstram que a organização necessita desenvolver programas de governança nas áreas financeiras e contábeis. 09. e) as distorções detectadas decorreram única e exclusivamente das deficiências desse controle detectados como falhos. temos que: "11. Resolução: De acordo com o item 11 da NBC TA 265. Os 5 (cinco) elementos que formam o controle interno são: 86 . Lucas Salvetti c) o exame efetuado nos controles internos. Portanto. e (iii) os assuntos comunicados estão limitados às deficiências que o auditor identificou durante a auditoria e concluiu serem de importância suficiente para comunicar aos responsáveis pela governança".Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. (ii) a auditoria incluiu a consideração do controle interno relevante para a elaboração das demonstrações contábeis com a finalidade de planejar procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias. se estenderam para além do limite destas. (ESAF / Analista Técnico da SUSEP / 2010) Assinale a opção que completa de forma correta a frase.Auditoria .Receita Federal 2012 . gabarito da questão é a alternativa B. O auditor deve especificamente explicar que: (i) o objetivo da auditoria era o de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis. embora relacionados com as demonstrações contábeis. confome citação acima. e) proposta. temos que: "A51. inclusive os processos relacionados de negócio relevantes para os relatórios financeiros e a comunicação. risco de subscrição e risco operacional. de risco (perfil) e Resolução: De acordo com o item A51 da NBC TA 315. questionário certificado. endosso. para fins das normas de auditoria. fornece uma estrutura útil para que os auditores considerem como diferentes aspectos do controle interno da entidade podem afetar a auditoria: (a) o ambiente de controle.Receita Federal 2012 . b) segregação. determinou que a partir do mês de dezembro as funções de pagamento das compras efetuadas passarão a ser feitas pelo departamento de compras. 10. Esse procedimento afeta a eficácia da medida de controle interno denominada a) confirmação. A divisão do controle interno nos cinco componentes a seguir. prêmio puro. c) ambiente de controle. prêmio líquido e prêmio bruto. apólice. informação e comunicação.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. risco de crédito. cosseguro (ou co-seguro). atividade de controle. extinguindo-se o setor de Contas a Pagar. prêmio estatístico. gabarito da questão.Auditoria . b) auto-seguro. risco legal. resseguro e a retrocessão. alternativa C. e (e) monitoramento de controles". 87 . Lucas Salvetti a) risco de mercado. (ESAF / AFRE – CE / 2007) A empresa CompraVia Ltda. (c) o sistema de informação. c) evidenciação. d) prêmio de risco. (d) atividades de controle. (b) o processo de avaliação de risco da entidade. seguro. avaliação e gerenciamento do risco. Portanto. e) atribuição. Lucas Salvetti d) repartição. ao destinar a atribuição de pagamento de compras efetuadas ao departamento que efetua o pedido das compras. c) o estímulo à eficiência operacional. 3) Controle físico . 2) Processamento de informação . exceto: a) a precisão e a confiabilidade dos relatórios contábeis.segurança de ativos. De acordo com o item 9 do apêndice 1 da NBC TA 315.Auditoria . a eficácia da segregação de funções fica afetada. b) a salvaguarda do patrimônio da empresa. A segregação de funções destina-se a reduzir as oportunidades que permitam a qualquer pessoa estar em posição de perpetrar e de ocultar erros ou fraudes no curso normal das suas funções". autorização de acesso a programas de computador e arquivos de dados. as outras alternativas não são nomenclaturas utilizadas na classificação das atividades de controle. (ESAF / AFRE-MG / 2005) É objetivo do controle interno. temos que: "Segregação de funções. previsões e desempenho de períodos anteriores.controles de aplicativos e os controles gerais de TI. Atribuir a pessoas diferentes as responsabilidades de autorizar e registrar transações e manter a custódia dos ativos.revisões e análises de desempenho real versus orçamentos.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Resolução: De acordo com o item 9 do apêndice 1 da NBC TA 315. sob a luz da NBC TA 315. as atividades de controle são divididas em: "1) Revisões de desempenho .Receita Federal 2012 . sendo o gabarito da questão a alternativa B. relacionar diferentes conjuntos de dados. Portanto. 88 . 4) Segregação de funções". contagem e comparação periódicas com valores apresentados nos registros de controle. Sendo assim. 11. Portanto. temos que: "11.Para determinar o risco da auditoria. tendo em vista que podem gerar distorções relevantes. temos que: "Controle interno é o processo planejado. administração e outros funcionários para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade no que se refere à confiabilidade dos relatórios financeiros. efetividade e eficiência das operações e conformidade com leis e regulamentos aplicáveis. Resolução: De acordo com a NBC T 11 (vigente à época do certame). compreendendo: a) a função e o envolvimento dos administradores nas atividades da entidade. As alternativas A. Lucas Salvetti d) a unificação das responsabilidades. mas um método gerencial. unificar as responsabilidades não é objetivo do controle interno. b) a estrutura organizacional da entidade. 89 . implementado e mantido pelos responsáveis da governança.Auditoria . e) à aderência às políticas existentes.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Resolução: De acordo com o item 4 da NBC TA 315. o auditor deve avaliar o ambiente de controle da entidade.Receita Federal 2012 . e) o sistema de aprovação e registro de transações.3 . B. o auditor deve avaliar o ambiente de controle da entidade. (ESAF / AFTE-RN / 2005) Na avaliação do risco de auditoria. excetuando a) a avaliação do cumprimento do planejamento. fazendo parte do escopo de atuação do auditor independente.2. o que nos leva a afirmar que o gabarito da questão é a alternativa D. c) os métodos de administração adotados. d) as limitações de acesso físico a ativos. C e E estão no rol de objetivos do controle interno e são relevantes para a auditoria. 12.3. O termo “controles” refere-se a quaisquer aspectos de um ou mais dos componentes do controle interno". (ESAF / AFTE-RN / 2005) A relação custo versus benefício para a avaliação e determinação dos controles internos deve considerar que o custo dos controles internos de uma entidade: a) deve ser superior aos benefícios por ele b) não deve ser inferior aos benefícios por ele c) não deve ser igual ou inferior aos benefícios por ele d) deve ser superior ou igual aos benefícios por ele e) não deve ser superior aos benefícios por ele gerados. gerados. gerados. gerados. 90 .Auditoria . o que torna a alternativa A o gabarito da questão. pela administração. 13.Receita Federal 2012 . Os elementos do ambiente de controle que podem ser relevantes na obtenção de entendimento do ambiente de controle incluem os seguintes: (a) Comunicação e aplicação de valores de integridade e ética. Além disso. (b) Compromisso com a competências. de normas para inventário. (e) Estrutura organizacional. (f) Atribuição de autoridade e responsabilidade. preparação de demonstrações contábeis e demais informes adicionais.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. conforme transcrevo abaixo: "A70. devo salientar que "avaliação do cumprimento do planejamento" não faz parte do ambiente de controle da entidade. para conciliação de contas. (c) Participação dos responsáveis pela governança. Atualmente. (d) Filosofia e estilo operacional da administração. d) a fixação. f) o sistema de aprovação e o registro de transações. (g) Políticas e práticas de recursos humanos". g) as limitações de acesso físico a ativos e registros contábeis e/ou administrativos". gerados. Lucas Salvetti b) a estrutura organizacional e os métodos de administração adotados. especialmente quanto a limites de autoridade e responsabilidade. temos a previsão sobre o tema "ambiente de controle" no item A70 da NBC TA 315. Receita Federal 2012 . o auditor não pode chegar a uma certeza absoluta (apenas em um grau razoável de segurança) quanto ao funcionamento desses controles internos. antigamente chamados de testes de observância).00. R$ 10. no caso concreto. por exemplo.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 91 . d) certeza e compreensão dos procedimentos e métodos estabelecidos e um grau razoável de segurança de que estes estão sendo aplicados e não funcionando conforme o previsto.00 com um sistema de controle sofisticado e complexo para controlar o gasto de pó de café de uma empresa. Não faria sentido gastar. alternativa E. Portanto. e) conhecimento e compreensão dos procedimentos e métodos estabelecidos e um grau razoável de segurança de que estes estão sendo aplicados e funcionando conforme o previsto. o conhecimento e entendimento (compreensão) dos controles internos (através dos testes de controle. No entanto.000. Resolução: O auditor busca. 14. sistema pode ser burlado. devido as limitações inerentes (julgamento humano é falho. sendo o gasto. c) suposição e presunção de que os procedimentos e métodos estabelecidos e um grau elevado de insegurança de que estes estão sendo aplicados e funcionando conforme o previsto. b) conhecimento e compreensão dos procedimentos e métodos estabelecidos e um grau razoável de insegurança de que estes estão sendo aplicados e não estão funcionando conforme o previsto. gabarito da questão. na ordem de R$500. Lucas Salvetti Resolução: A relação de custo versus benefício tem como princípio que o controle deve ser implementado caso o benefício por ele gerado seja superior ao seu custo. ao efetuar a avaliação dos controles internos.Auditoria . (ESAF / AFRFB / 2003) A avaliação dos controles internos compreende: a) suposição e presunção de que os procedimentos e métodos estabelecidos e um grau razoável de segurança de que estes não estão sendo aplicados e funcionando conforme o previsto. Assim sendo.Auditoria . pois o controle interno não interfere nessa análise. b) empresa que apresente controle interno deficiente. Quando um único propósito é alcançado por uma combinação de 92 . do risco avaliado e do grau de segurança que o auditor planeja obter. "Item A46. se o controle interno for deficiente.Receita Federal 2012 . c) o número de testes é puramente subjetivo. pode fornecer à entidade apenas segurança razoável quanto ao cumprimento dos objetivos de demonstrações contábeis da entidade". a avaliação do controle interno é de fundamental importância para o auditor. Resolução: De acordo com o item A15 da NBC TA 330. o auditor deverá aplicar número maior. conforme visto nos itens A42 e A46 da NBC TA 315. Desta forma. se o controle interno for eficiente. segundo a avaliação do auditor. temos que: "A15. A extensão de procedimento de auditoria considerado necessário é determinada após a consideração da materialidade. depende da experiência do auditor. segundo a avaliação do auditor. 15. ou seja. gabarito da questão é a letra "E".Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. dispensa a aplicação de testes de auditoria. época e extensão de procedimentos adicionais de auditoria". pode-se afirmar que: a) há relação do controle interno com o número de testes a serem aplicados pela auditoria. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Na realização dos serviços de auditoria. e no planejamento da natureza. transcritos abaixo: "Item A42. d) os testes de auditoria não guardam correlação com a avaliação do controle interno da empresa. O controle interno. não importa o quão efetivo. O entendimento do controle interno auxilia o auditor na identificação de tipos de distorções potenciais e fatores que afetem os riscos de distorção relevante. e) empresa que apresente controle interno eficiente. No entanto. mas o auditor nunca deverá deixar de aplicá-los. dispensa a aplicação de teste. Lucas Salvetti etc.) Sendo assim. menor será o número de testes. da implementação e da manutenção do controle interno pela administração no tratamento dos riscos identificados que ameaçam o cumprimento dos objetivos da entidade.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. não se pode dispensar a aplicação dos testes (procedimentos) por mais eficiente que o sistema de controle seja. A alternativa E está errada pois existem limitações inerentes ao sistema de controle da entidade. temos que o risco de controle é "uma função da eficácia do desenho (controles estabelecidos). pois a determinação da extensão (número) de testes não é puramente subjetivo. conforme citação acima. a) Formação de equipes de trabalho com pessoal preparado. o que torna a alternativa A o gabarito da questão. Em geral. a extensão de cada procedimento é considerada separadamente. ou seja. De acordo com o item A39 da NBC TA 200. a extensão dos procedimentos de auditoria aumenta à medida que o risco de distorção relevante aumenta". A alternativa C está errada. 93 . tais como a possibilidade de burlalos através de conluio (principalmente quando envolve a administração). se bem equacionados. conforme explicado acima). O risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. Lucas Salvetti procedimentos. Ela é determinada após a consideração da materialidade. que são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis da entidade". uma função do risco de controle e do risco inerente. do risco avaliado e do grau de segurança que o auditor planeja obter. ajudam o auditor a reduzir o risco de detecção em uma auditoria. Portanto. b) Revisão e supervisão dos trabalhos de auditoria realizados. 16. A alternativa B e D estão erradas pois afirmam que os testes de auditoria não guardam correlação com o controle inteno da empresa (quando na verdade guardam.Auditoria . podemos concluir com tranquilidade que existe uma relação inversa entre a eficácia/eficiência do controle interno com a extensão dos procedimentos de auditoria.Receita Federal 2012 . (ESAF / Fiscal de Rendas RJ / 2010) Assinale a opção falsa a respeito dos assuntos que. sendo assim. Auditoria . aplicação de ceticismo profissional. temos que: "A43.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti c) Aplicação do ceticismo profissional. d) controle. continha um erro de parametrização interna." Portanto. 94 . alternativa E. O auditor ao realizar os testes de auditoria constata o erro. e) estrutura.ajudam a aprimorar a eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação e reduzem a possibilidade de que o auditor possa selecionar um procedimento de auditoria inadequado.A. designação apropriada de pessoal para a equipe de trabalho. Resolução: De acordo com o item A43 da NBC TA 200. c) inerência. (ESAF / AFRE-CE / 2007) O sistema adquirido pela empresa Certifica S. d) Planejamento adequado dos trabalhos de auditoria. e) Diminuição do escopo de exame e redução do número de transações. Assuntos como: planejamento adequado. b) detecção. gabarito da questão. a época e a extensão dos procedimentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável.Receita Federal 2012 . aplicar erroneamente um procedimento de auditoria apropriado ou interpretar erroneamente os resultados da auditoria. não registrando na contabilidade dez notas fiscais. Portanto. e supervisão e revisão do trabalho de auditoria executado. 17. O risco de detecção se relaciona com a natureza. Esse risco de auditoria é denominado risco de a) negócio. é uma função da eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo auditor. c) da separação da existência de erros ou fraudes e da transparência com que estes erros ou fraudes são apresentados. Portanto. não seja prevenida." 18. individualmente ou em conjunto com outras distorções. saldo contábil ou divulgação. individualmente ou em conjunto com outras distorções. (ESAF / AFRE-MG / 2005) O risco de auditoria resulta: a) do risco inerente da atividade de auditoria. e) da combinação da possibilidade de existência de erros graves e da ocultação dos erros. sendo que. Consiste em dois componentes. que pela própria natureza de seus trabalhos não consegue minimizar ou diminuir seus riscos. a uma distorção que possa ser relevante. 95 . gabarito da questão é a alternativa D. b) do risco do negócio de seus clientes. detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade".Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. de acordo com o item 13 da NBC TA 200 o "risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria". (ii) risco de controle (explicado acima). independente da existência de erros ou fraudes que possam existir nos processos.Auditoria . com o risco do negócio e com a relevância do cliente e sua representatividade para a empresa de auditoria. descritos a seguir no nível das afirmações: "(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação. Devo destacar que o risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção. saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante. antes da consideração de quaisquer controles relacionados. por meio de procedimentos planejados. d) da junção do risco inerente. Lucas Salvetti Resolução: De acordo com o item 13 da NBC TA 200 temos que: "Risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de transação.Receita Federal 2012 . podemos afirmar que o auditor deve avaliar a natureza e o volume das transações.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. é a possibilidade de existir uma distorção relevante (erros graves) e de o auditor não verificar tal ocorrência (risco de detecção). a alternativa C encontra-se errada e a alternativa E é o gabarito da questão. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção". Lucas Salvetti Resolução: De acordo com a NBC TA 200 temos que: "Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. e) a qualidade da administração da entidade. o que conduz o auditor a expressar uma opinião inadequada. mas o risco de auditoria envolve também o risco de detecção. Portanto. Alternativas A e D .2.Receita Federal 2012 .Errada.Auditoria . não é levado em conta no risco de auditoria). b) o sistema de controles internos da entidade. (ESAF / AFTE-RN / 2005) Na avaliação do risco de auditoria. O risco do negócio não é risco do auditor (ou seja. Alternativa B . considerando a relevância em dois níveis: a) em nível geral.A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos. quando na fase de planejamento. conforme abaixo: "11. deve o auditor avaliar a) a natureza e o volume das transações. Portanto. considerando as demonstrações contábeis tomadas 96 .2 . Resolução: De acordo com a NBC T 11 (vigente à época do certame).Erradas. 19. c) as atividades da entidade. em nível específico.3. O risco inerente é parte do risco de distorção relevante. quando se é feito a avaliação em nível específico do risco de auditoria. d) o sistema contábil da entidade. 2. Resolução: De acordo com a norma vigente à época da prova. e) a possibilidade de o auditor emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas.3. saldos contábeis e divulgações". 97 . avaliação do sistema contábil e de controles internos e situação econômica e financeira da entidade. c) a possibilidade de que o resultado da auditoria induza o auditor a concluir pela existência de irregularidades em virtude de falhas nos procedimentos de auditoria.no nível da afirmação para classes de transações. e . e b) em níveis específicos. Sendo assim. (ESAF / AFTE-RN / 2005) Por risco de auditoria entende-se a) a possibilidade de o auditor não conseguir concluir seus trabalhos. b) o índice percentual associado à soma ponderada dos índices de risco inerente. relativos ao saldo das contas ou natureza e volume das transações". de detecção e de amostragem. bem como as atividades. Os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis: no nível geral da demonstração contábil. Lucas Salvetti no seu conjunto. o que torna a alternativa A o gabarito da questão. d) a amplitude associada à não-cobertura das ações da empresa auditada pelos controles contábeis adotados. 20. qualidade da administração. a NBC T 11 diz em seu item 11. De acordo com a NBC TA 200 podemos afirmar que o risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção (item A32).Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. pode-se concluir que o auditor deve avaliar o risco de distorção relevante no nível da afirmação através da avaliação das características (natureza e volume) das transações.Auditoria .Receita Federal 2012 .1 que o risco de auditoria "é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas". Vejamos o item A34 da NBC TA 200: "A34. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção". não seja prevenida. descritos a seguir no nível das afirmações: (i) risco inerente. a ideia permanece a mesma.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. c) de que os sistemas contábeis e de controle interno deixem de detectar uma distorção de saldo que poderia ser relevante. gabarito da questão alternativa "C". detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade”. Sendo assim. Resolução: De acordo com o item 13 da NBC TA 200. ocorreu a mudança literal da definição do "risco de auditoria". saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante. que levará a divergências relevantes nas demonstrações contábeis. Como destacado acima. de acordo com o item 13 da NBC TA 200. temos que: "Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. (ESAF / AFRFB / 2003) O risco de controle é o risco: a) de o auditor deixar de realizar um procedimento de auditoria. no entanto. 98 . sendo o gabarito da questão a alternativa E.Receita Federal 2012 . o risco de auditoria é o "risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. Lucas Salvetti Atualmente. (ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de transação.Auditoria . 21. d) de que os sistemas administrativos e o auditor deixem de avaliar as demonstrações contábeis. e) de o auditor emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre as demonstrações contábeis e estas apresentarem uma situação enganosa ao mercado. b) de associar a empresa a um cliente sem credibilidade e ter sua imagem confundida com a imagem do cliente. individualmente ou em conjunto com outras distorções. Consiste em dois componentes. ele deve: a) aumentar o nível de risco inerente. Por exemplo. o auditor deve considerar: a) aumento de risco inerente. c) aumentar o nível de risco de detecção. Lucas Salvetti 22. gabarito da questão é a alternativa "A". c) aumento de risco de detecção. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando os produtos que estão sendo vendidos pela empresa auditada estão sujeitos a alterações significativas de preços. o auditor deve ficar atento aos seus registros já que o mesmo possue um risco inerente maior. porque determinados procedimentos de controle do cliente mostraram-se ineficientes. b) redução de risco de controle.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Temos na NBC TA 200.Auditoria . Circunstâncias externas que dão origem a riscos de negócios também podem influenciar o risco inerente". saldos contábeis e divulgações do que para outras. d) efetuar testes alternativos de controle. 99 . Sendo assim. e) aumentar o nível de testes substantivos. em seu item A38 que o "risco inerente é mais alto para algumas afirmações e classes relacionadas de transações.Receita Federal 2012 . (ESAF / AFRFB / 2002) Quando um auditor eleva o nível de risco de controle. d) redução de risco inerente. 23. b) estender os testes de controle. ele pode ser mais alto para cálculos complexos ou contas compostas de valores derivados de estimativas contábeis sujeitas à incerteza significativa de estimativa. Resolução: Se os produtos tem a peculiaridade de sofrerem alterações significativas de preços. e) aumento de risco de controle. gabarito da questão alternativa "E". 100 . o risco de existir uma distorção relevante depende da característica específica da conta assim como da eficácia dos controles internos da entidade auditada.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . Risco de distorção relevante é composto pelo risco inerente (característica da conta em análise) e do risco de controle (eficácia do controle interno). Ou seja. Lucas Salvetti Resolução: De acordo com a NBC TA 200 temos que: 1.Receita Federal 2012 . pode-se afirmar que "em geral. De acordo com o item A35 da NBC TA 330. 2. Risco de auditoria é a função do risco de distorção relevante vs risco de detecção. Sendo assim. a extensão dos procedimentos de auditoria aumenta à medida que o risco de distorção relevante aumenta". são afetadas pelo entendimento do auditor do ambiente de controle. entretanto.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . permitir que o auditor execute alguns procedimentos de auditoria em data intermediária ao invés de no final do período. O auditor deve planejar e implementar respostas gerais para tratar dos riscos avaliados de distorção relevante no nível das demonstrações contábeis. consequentemente. por exemplo. O auditor deve planejar e executar procedimentos adicionais de auditoria. portanto. ii) obtenção de evidência de auditoria mais extensiva dos procedimentos substantivos. as respostas gerais do auditor. o auditor pode responder a um ambiente de controle ineficaz mediante: i) execução de mais procedimentos de auditoria no final do período ao invés de em data intermediária. de 1 – Resposta do auditor aos Riscos Avaliados 1 – Objetivo. iii) aumento do número de locais a serem incluídos no alcance da auditoria. Lucas Salvetti CAPÍTULO 04 Observância. 1. – Testes de Auditoria: Substantivos.2 – Respostas gerais. época e extensão se baseiam e 101 .Auditoria . cuja natureza (finalidade). têm o efeito oposto. por exemplo.3 – Procedimentos de auditoria em resposta aos riscos avaliados de distorção relevante no nível de afirmações. Deficiências no ambiente de controle. 1. O objetivo do auditor é o de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente relacionada aos riscos avaliados de distorção relevante por meio do planejamento e da implementação de respostas apropriadas a esses riscos. Um ambiente de controle eficaz pode permitir que o auditor tenha mais confiança no controle interno e a confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente na entidade pode. A avaliação dos riscos de distorção relevante no nível das demonstrações contábeis e. saldo de contas e divulgações. Em geral. a extensão dos procedimentos de auditoria aumenta à 102 . resolvê-los com a ajuda da administração ou desenvolver uma abordagem de auditoria eficaz para tratar desses assuntos. saldo de contas ou divulgação relevantes (isto é. maior é a probabilidade de que o auditor decida que é mais eficaz executar procedimentos substantivos próximo do final ou no final do período (muito relevante quando se considera a resposta aos riscos de fraude). A extensão de procedimento de auditoria considerado necessário é determinada após a consideração da materialidade. consequentemente. o risco inerente). Ao planejar procedimentos adicionais de auditoria a serem realizados. o auditor deve: a) considerar as razões para a avaliação atribuída ao risco de distorção relevante no nível de afirmações para cada classe de transações. época e extensão dos procedimentos substantivos. a execução dos procedimentos de auditoria antes do final do período pode auxiliar o auditor a identificar assuntos significativos na fase inicial da auditoria e.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. exigindo assim que o auditor obtenha evidência de auditoria para determinar se os controles estão operando eficazmente (isto é.Receita Federal 2012 .Auditoria . e b) obter evidência de auditoria mais persuasiva quanto maior for a avaliação de risco do auditor. o auditor pretende confiar na efetividade operacional dos controles para determinar a natureza. O auditor pode executar testes de controles ou procedimentos substantivos em data intermediária ou no final do período. Lucas Salvetti respondem aos riscos avaliados de distorção relevante no nível de afirmações. Por outro lado. Quanto maior for o risco de distorção relevante. do risco avaliado e do grau de segurança que o auditor planeja obter . incluindo: (i) a probabilidade de distorção relevante devido às características particulares da classe de transações. e (ii) se a avaliação de risco leva em consideração os controles relevantes (isto é. o risco de controle). o auditor deve obter evidência de auditoria mais persuasiva quanto maior for a sua confiança na efetividade do controle. b) determinar se os controles a serem testados dependem de outros controles (controles indiretos) e.1 – Testes de controle Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações. desde que ele seja relevante para o risco específico. Testar a efetividade operacional dos controles é diferente de obter entendimento e avaliação do planejamento de controles. ambas podem ser alcançadas simultaneamente mediante a execução de teste de controle e de detalhes da mesma transação. também conhecido como teste de duplo-propósito. O auditor pode planejar um teste de controle a ser executado simultaneamente com um teste de detalhes da mesma transação. caso afirmativo. o auditor deve: a) executar outros procedimentos de auditoria juntamente com indagação para obter evidência de auditoria sobre a efetividade operacional dos controles. O auditor deve planejar e realizar testes de controle para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente quanto à efetividade operacional dos controles relevantes.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. se é necessário obter evidência de auditoria que suporte a operação efetiva desses controles indiretos. ii) a consistência como eles foram aplicados.Receita Federal 2012 . 103 . Embora a finalidade de um teste de controle seja diferente da finalidade de um teste de detalhes. incluindo: i) o modo como os controles foram aplicados ao longo do período. Este teste é planejado e avaliado mediante a consideração de cada finalidade do teste separadamente.3.Auditoria . 1. Ao planejar e executar os testes de controle. iii) por quem ou por quais meios eles foram aplicados. Ao planejar e executar os testes de controle. Lucas Salvetti medida que o risco de distorção relevante aumenta. Receita Federal 2012 . incluindo a burla dos controles pela administração. quando uma distorção relevante é detectada pelos procedimentos de auditoria. *Essa exigência reflete os fatos de que: i) a avaliação de risco do auditor é questão de julgamento e.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. é um forte indicador da existência de deficiência significativa no controle interno. saldo de contas e divulgações significativas. Os procedimentos substantivos incluem: a) testes de detalhes (de classes de transações.2 – Procedimento substantivo Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. 104 . de saldos de contas e de divulgações).3. Lucas Salvetti O auditor deve testar os controles para uma data específica ou ao longo do período no qual o auditor pretende confiar nesses controles para fornecer base apropriada para a confiança pretendida pelo auditor. No entanto. Se o auditor planeja usar a evidência de auditoria da auditoria anterior a respeito da efetividade operacional de controles específicos. A ausência de detecção de distorções por procedimentos substantivos. o auditor deve estabelecer se essa evidência continua relevante mediante a obtenção de evidência de auditoria quanto a ocorrência ou não de alterações significativas nesses controles após a auditoria anterior. 1. e ii) há limitações inerentes ao controle interno. pode não identificar todos os riscos de distorção relevante. e b) procedimentos analíticos substantivos. Ao avaliar a efetividade operacional dos controles relevantes. o auditor deve planejar e executar procedimentos substantivos para cada classe de transações. Independentemente dos riscos identificados de distorção relevante. o auditor deve avaliar se as distorções que foram detectadas pelos procedimentos substantivos indicam que os controles não estão operando efetivamente. não fornece evidência de auditoria de que os controles relacionados com a afirmação que está sendo testada são efetivos.Auditoria . entretanto. portanto. Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Os procedimentos analíticos substantivos são geralmente mais aplicáveis a grandes volumes de transações que tendem a serem previsíveis com o tempo. O auditor deve executar procedimentos de auditoria para avaliar se a apresentação das demonstrações contábeis como um todo.Auditoria . a terminologia utilizada. a extensão dos procedimentos substantivos pode precisar ser aumentada quando os resultados dos testes de controle são insatisfatórios. 1. incluindo condições relevantes de liquidação e cláusulas restritivas. títulos de propriedade mantidos por financiadores para custódia ou garantia. 105 . está de acordo com a estrutura de relatórios financeiros aplicáveis (o que incluir. por exemplo. O auditor deve considerar se procedimentos de confirmação externa devem ser executados como procedimentos substantivos. a quantidade de detalhes fornecidos. mas não entregues na data do balanço. incluindo as respectivas divulgações. incluem: saldos bancários e outras informações relevantes sobre relacionamentos bancários. estoques mantidos por terceiros em armazéns alfandegários para processamento ou em consignação. Entretanto. advogados ou investimentos mantidos em poder de terceiros ou adquiridos de corretores de bolsa. o aumento da extensão de um procedimento de auditoria é apropriado somente se o procedimento de auditoria em si é relevante para o risco específico.4 – Adequação da apresentação e divulgação. a classificação dos itens nas demonstrações e as bases dos valores estabelecidos). saldos e prazos de contas a receber. valores devidos a credores. saldos e prazos de contas a pagar.Receita Federal 2012 . As situações em que os procedimentos de confirmação externa podem fornecer evidência de auditoria relevante em resposta aos riscos identificados de distorção relevante. Como a avaliação de risco de distorção relevante leva em consideração o controle interno. 6 – Documentação. o auditor deve tentar obter evidência adicional de auditoria. Portanto. se as avaliações de riscos de distorção relevante no nível de afirmações continuam apropriadas. Se o auditor não conseguir obter evidência apropriada e suficiente. b) o relacionamento desses procedimentos com os avaliados no nível de afirmações. O auditor não pode assumir que um caso de fraude ou erro é uma ocorrência isolada. Lucas Salvetti 1.Auditoria . O auditor deve incluir na documentação de auditoria: a) as respostas gerais para tratar os riscos avaliados de distorção relevante no nível das demonstrações contábeis e a natureza. independentemente do fato dela parecer corroborar ou contradizer as afirmações nas demonstrações contábeis. o auditor deve considerar todas as evidências de auditoria relevantes.5 – Avaliação da suficiência e adequação da evidência de auditoria Com base nos procedimentos de auditoria executados e na evidência de auditoria obtida. a consideração do modo como a detecção de distorção afeta os riscos avaliados de distorção relevante é importante para determinar se a avaliação continua apropriada. época e extensão dos procedimentos adicionais de auditoria executados. o auditor deve avaliar. 106 . Para formar uma opinião. antes da conclusão da auditoria. incluindo as conclusões nos casos em que eles não estiverem de outra forma claros. e riscos c) os resultados dos procedimentos de auditoria. Se o auditor não obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente quanto a uma afirmação relevante nas demonstrações contábeis.Receita Federal 2012 . o auditor deve expressar opinião com ressalva ou abster-se de opinar sobre as demonstrações contábeis. O auditor deve concluir se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 1. Receita Federal 2012 . de saldos de contas e de divulgações).Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 107 . Os procedimentos substantivos incluem: (a) testes de detalhes (de classes de transações.Auditoria . e (b) procedimentos analíticos substantivos. Lucas Salvetti PARA MEMORIZAÇÃO: Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações. pelo auditor externo. leva em conta o risco de distorção relevante. c) nos conhecimentos e nas experiências dos auditores que farão os trabalhos. de forma padrão. B. C e D encontram-se erradas.Capítulo 04: 01. 108 . Resolução: O auditor independente. da extensão dos testes a serem aplicados em seus procedimentos de auditoria são fundamentados: a) no volume de transações praticado pela empresa auditada. b) na carta da administração que afirma que todas as informações foram prestadas e disponibilizadas para a auditoria. Como o auditor leva em conta o controle interno da entidade (ou seja. Sabemos que. a extensão dos procedimentos substantivos pode precisar ser aumentada quando os resultados dos testes de controle são insatisfatórios. o aumento da extensão de um procedimento de auditoria é apropriado somente se o procedimento de auditoria em si é relevante para o risco específico". Lucas Salvetti Exercícios Comentados . Entretanto. e) nos riscos e na confiança apresentada pelos controles internos da empresa. Como a avaliação de risco de distorção relevante leva em consideração o controle interno.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. na aplicação de seus procedimentos de auditoria. Veja o item A46 da NBC TA 330: "A46. o risco de distorção relevante é uma função do risco inerente e do risco de controle (ambos da entidade auditada).Receita Federal 2012 . chegando ao gabarito da questão: Alternativa E. podemos afirmar que as alternativas A. sem influência dos controles internos. d) na experiência do auditor em empresas que realizam as mesmas atividades que a empresa auditada. de acordo com a NBC TA 200. o risco de distorção e a confiança do sistema de controle) para a mensuração da extensão necessária dos testes e procedimentos a serem aplicados. (ESAF / Analista Técnico SUSEP / 2010) A definição.Auditoria . Auditoria . Lucas Salvetti 02. as quais apresentam risco alto.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Resolução: De acordo com a NBC TA 330. O item 18 requer que o auditor planeje e execute procedimentos substantivos para cada classe de transações. 109 . ao realizar os procedimentos para avaliação de três processos da empresa a ser auditada. saldo de contas e divulgações significativas". c) somente deverá realizar testes nas áreas 2 e 3. temos na mesma norma em seu item A42. Área 3: Alto nível de risco. visto que o risco e a probabilidade de ocorrência de erros é baixa. Independentemente dos riscos identificados de distorção relevante. b) deverá aplicar testes considerando grandes amostragens para todas as áreas. com baixa probabilidade de ocorrência de erros e/ou fraudes. d) em decorrência da probabilidade baixa e média nos itens 1 e 2. saldo de contas e divulgações relevantes. pode-se afirmar que o auditor: a) não deverá realizar testes para a área 1. independentemente dos riscos avaliados de distorção relevante. constatou a seguinte situação: Área 1: Baixo nível de risco. o auditor deve planejar e executar procedimentos substantivos para cada classe de transações. os testes de auditoria poderão ser suportados por relatórios de confirmação feitos pela administração da empresa.Receita Federal 2012 . conforme estabelece as normas de auditoria. Com base nas conclusões acima. com média probabilidade de ocorrência de erros e/ou fraudes. a seguinte previsão: "A42. Além disso. temos em seu item 18 que: "18. Área 2: Alto nível de risco. e) deverá efetuar testes em todas as áreas. (ESAF / Analista Técnico SUSEP / 2010) O auditor externo. Essa exigência reflete os fatos de que: (i) a avaliação de risco do auditor é questão de julgamento e. com alta probabilidade de ocorrência de erros e/ou fraudes. Portanto. mas não dispensa a aplicação dos mesmos. e (ii) há limitações inerentes ao controle interno. gabarito da questão é a alternativa C. os procedimentos substantivos devem ser aplicados em todas as áreas. independentemente do risco e da probabilidade de o erro/fraude ocorrer. como explica o item 4 da NBC TA 330 transcrito abaixo: "Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações". Vale ressaltar o risco e a probabilidade de ocorrência de fraude influenciam na extensão dos procedimentos a serem adotados. Resolução: Os testes de observância são denominados atualmente pelas Normas Brasileiras de Contabilidade vigentes de "Testes de Controle". (ESAF / AFRE-CE / 2007) Os testes de observância visam: a) confirmar que as normas e procedimentos da empresa estejam estabelecidos e previstos em seus manuais. e) garantir que os administradores da empresa estejam implantando os sistemas de controles internos. pode não identificar todos os riscos de distorção relevante. b) estabelecer normas para implantação dos controles internos na empresa. os termos abaixo têm os seguintes significados: 110 . Portanto. Referência normativa (NBC TA 330): Para fins das normas de auditoria. o que torna a alternativa E o gabarito da questão. Lucas Salvetti portanto. incluindo a burla dos controles pela administração". c) evidenciar que os procedimentos estabelecidos pela empresa estão funcionando e sendo cumpridos na prática.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) assegurar que as demonstrações contábeis sejam apresentadas a todos os usuários.Receita Federal 2012 .Auditoria . 03. e (b) procedimentos analíticos substantivos. embora a nomenclatura tenha sido alterada.Na aplicação dos testes substantivos.2. Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações. Atualmente. não deve avaliar se a) o componente patrimonial existe em certa data. de saldos de contas e de divulgações). 04. Resolução: De acordo com o item 11.6.Receita Federal 2012 . "testes substantivos" são denominados "procedimentos substantivos". temos que: "11. Lucas Salvetti Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. a sua essência não foi modificada.se efetivamente existentes em certa data. na aplicação dos testes substantivos. o auditor deve objetivar as seguintes conclusões: a) existência . e) todas as transações estão registradas.6. b) direitos e obrigações . d) os itens patrimoniais estão avaliados.se o componente patrimonial existe em certa data. c) ocorrência se a transação de fato ocorreu. b) a transação de fato ocorreu.4 da NBC T 11 (vigente à época do certame).4 . d) abrangência .se os itens estão avaliados.Auditoria .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. No entanto. Os procedimentos substantivos incluem: (a) testes de detalhes (de classes de transações.2. c) há disponibilidade das informações. apresentação e divulgação . 111 . e e) mensuração. classificados e descritos de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade". divulgados. (ESAF / AFTE-RN / 2005) O auditor.se todas as transações estão registradas. podemos concluir que a avaliação se há disponibilidade das informações não é efetuada na aplicação dos procedimentos substantivos. Atualmente. Lucas Salvetti Portanto. b) a suposição de evidência quanto à suficiência.1. conforme item 11. 05. sendo o gabarito da questão a alternativa C." Mudança de nomenclatura Norma antiga (NBC T11): Testes substantivos (teste de transações e saldos.2. procedimentos analíticos substantivos). procedimentos de revisão analítica). exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade". Resolução: Esta definição é dada pela NBC T11.3: "Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência. os testes substantivos agora são chamados de "procedimento substantivo. Os procedimentos substantivos incluem: a) testes de detalhes (de classes de transações. (ESAF / AFRFB / 2003) O teste substantivo tem como objetivo: a) a obtenção de evidência quanto à suficiência. que é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. inexatidão e valor dos lançamentos produzidos pelo sistema contábil da entidade. Norma nova (NBC TA 330): Procedimento substantivo (teste de detalhes. exatidão e valor dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade. d) a suposição de evidência quanto à suficiência. e) a obtenção de evidência quanto à insuficiência. exatidão e velocidade dos dados produzidos pelo sistema de custos da entidade. c) a obtenção de evidência quanto à suficiência.Receita Federal 2012 . exatidão e validade dos registros produzidos pelo sistema contábil da entidade. de acordo com o item 4 da NBC TA 330. 112 . de saldos de contas e de divulgações).Auditoria . e b) procedimentos analíticos substantivos. o compras e foi Assim. sendo eles dividos (de acordo com o item 4 da NBC TA 330) em: 1. afirmar que o auditor deve: a) aumentar os testes de controle.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. b) diminuir os testes substantivos. Lucas Salvetti 06. de saldos de contas e de divulgações). procedimentos analíticos substantivos. e) manter os testes substantivos. c) aumentar os testes substantivos.Auditoria . Resolução: 113 . testes de transações e saldos e 2. (ESAF / AFRFB / 2002) Os testes substantivos de auditoria dividem-se nas seguintes categorias: a) testes de eventos subseqüentes e testes de transações e saldos b) testes de observância e testes de circularização de saldos c) testes de amostragem estatística e procedimentos de revisão analítica d) testes de observância e testes de amostragem estatística e) testes de transações e saldos e procedimentos de revisão analítica Resolução: Testes substantivos são chamados atualmente de procedimentos substantivos. procedimentos de revisão analítica 07.Receita Federal 2012 . (ESAF / observância. teste de detalhes (de classes de transações. e 2. À época da prova estava vigente a BNC T 11 que dividia os testes substantivos em: 1. d) diminuir os testes de controle. pode-se AFRFB / 2002) Durante a fase de testes de auditor constatou algumas imperfeições no ciclo de necessário aumentar o nível de risco de detecção. individualmente ou em conjunto com outras distorções.Auditoria . conforme afirma o item 4 da NBC TA 330.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.". Atualmente. o auditor independente de demonstrações contábeis aplica: a) Testes substantivos b) Testes de observância c) Testes de revisão analítica d) Testes de abrangência e) Testes de conferência de cálculos Resolução: De acordo com a NBC T 11.2.2 (vigente à época da prova). Lucas Salvetti Sabendo que o "risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante. item 11. efetividade e continuidade dos controles internos da entidade. já que a mesma apresenta imperfeições que podem gerar distorções relevantes. o auditor deve executar mais testes substantivos (procedimentos substantivos) de forma conseguir evidências apropriadas e suficientes e com relação as possíveis distorções nesta conta (ciclo de compras). tais testes são classificados como "teste de controle".: Em que pese a mudança de nomenclatura (testes substantivos procedimentos substantivos) a questão ainda é atual.1. 114 . 08. "os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno. estão em efetivo funcionamento e cumprimento".Receita Federal 2012 . (ESAF / AFRFB / 2000) Para verificar a existência. estabelecidos pela administração. que é "o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações". gabarito letra "C". Portanto. Obs. Lucas Salvetti 09. de posse de algumas faturas selecionadas. este teste denomina-se: a) de revisão analítica b) substantivo c) de conferência d) abrangente e) de observância Resolução: De acordo com a NBC TA 330. 10. que é um tipo de procedimento substantivo. (ESAF / AFRFB / 2002) O teste referente à constatação." Sendo assim.Receita Federal 2012 . gabarito da questão alternativa "B". de que os orçamentos para aquisição de ativos são revisados e aprovados por um funcionário adequado. Os procedimentos substantivos incluem: (a) testes de detalhes (de classes de transações. de saldos de contas e de divulgações). e (b) procedimentos analíticos substantivos. denomina-se: a) de revisão analítica b) de observância c) substantivo d) de abrangência e) documental 115 . a conferência de detalhes é classificada como teste de detalhes. tem como objetivo conferir detalhes cotejando os dados de embarque com os dados da prestação de serviços efetuados por uma determinada empresa.Auditoria .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando o auditor. pelo auditor. sendo assim. temos que o "procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações.: À época da aplicação da prova estava vigente a NBC T 11 (em que o procedimento substantivo era chamado de teste substantivo). Obs. a verificação da efetividade significa verificar se o controle realmente existe.Auditoria . a NBC TA 330 classifica como sendo um teste de controle. (ESAF / Auditor Fiscal procedimentos de auditoria permitem ao auditor obter adequadas para fundamentar contábeis auditadas.Receita Federal 2012 . conforme seu item 4 exposto abaixo: "4. Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. Ou seja. e (b) procedimentos analíticos substantivos. b) de revisão analítica e substantivos. que é "o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações". Resolução: De acordo com a NBC T 11 os procedimentos de auditoria são dividos em substantivos e de observância. da Previdência Social / 2002) Os são um conjunto de técnicas que evidências ou provas suficientes e sua opinião sobre as demonstrações Tais procedimentos abrangem os seguintes testes: a) substantivos e de observância. de saldos de contas e de divulgações). Os procedimentos substantivos incluem: (a) testes de detalhes (de classes de transações. c) substantivos e de cálculo. Lucas Salvetti Resolução: O que anteriormente era chamado de teste de observância. o que vai de encontro com o exposto no enunciado desta questão. No entanto. 11. tal norma foi revogada e a que rege o tema atualmente é a NBC TA 330. e) de inspeção e revisão analítica.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) de confirmação e de observância. 116 . atualmente. c) na análise de riscos de auditoria e outros elementos que dispuser.Receita Federal 2012 . Além disso. De acordo com o item 6 da NBC TA 330. para determinar a amplitude (ou extensão) dos procedimentos necessários é preciso levar em conta o risco de 117 . O auditor deve planejar e executar procedimentos adicionais de auditoria. do risco avaliado e do grau de segurança que o auditor planeja obter.Auditoria . alternativa A. dos documentos utilizados no processo de Resolução: Sabemos que. época e extensão se baseiam e respondem aos riscos avaliados de distorção relevante no nível de afirmações". embora as nomenclaturas tem procedimentos em si continuam os mesmos. Em geral. Portanto. b) na quantidade de horas negociadas com o cliente para execução do trabalho.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o risco de auditoria consiste em uma função do risco de distorção relevante e doo risco de detecção. d) na quantidade de lançamentos contábeis feitos pela empresa. temos a seguinte afirmação: "A15. temos que: "6. e) na observância contabilização. Lucas Salvetti Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações". (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) A determinação da amplitude dos exames necessários à obtenção dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo no processo de auditoria é feita com base: a) na experiência do auditor em trabalhos executados. de acordo com a NBC TA 200. A extensão de procedimento de auditoria considerado necessário é determinada após a consideração da materialidade. a extensão dos procedimentos de auditoria aumenta à medida que o risco de distorção relevante aumenta". em seu item A15. Gabarito da questão. sido alteradas. cuja natureza. Portanto. os 12. Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti auditoria (que considera tanto o risco de distorção (risco de controle e inerente) quanto o risco de detecção).Receita Federal 2012 . Sendo assim a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. assim como outros elementos que podem influenciar o auditor a concluir que é necessário ampliar os procedimentos.Auditoria . 118 . e) ausência de informação (por exemplo. d) trabalho de especialista da administração. b) procedimentos de controle de qualidade da firma de auditoria para aceitação e continuidade de clientes. A suficiência é a medida da quantidade de evidência de auditoria.2 – Evidência de auditoria apropriada e suficiente.1 – Objetivo. 1. 1 – Evidência de Auditoria. Ela tem natureza cumulativa e é obtida principalmente a partir dos procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho. 1. O objetivo do auditor é definir e executar procedimentos de auditoria que permitam ao auditor conseguir evidência de auditoria apropriada e suficiente que lhe possibilitem obter conclusões razoáveis para fundamentar a sua opinião.Auditoria . Lucas Salvetti CAPÍTULO 05 – Procedimentos de Auditoria: Observação. sendo afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos avaliados. maior 119 . Investigação.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Cálculo. Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. Inspeção. A maior parte do trabalho do auditor para formar sua opinião consiste na obtenção e avaliação da evidência de auditoria.Receita Federal 2012 . c) os registros contábeis. A evidência de auditoria é necessária para fundamentar a opinião e o relatório do auditor. Confirmação. A suficiência e adequação da evidência de auditoria estão interrelacionadas. a recusa da administração em fornecer uma representação solicitada). Outras fontes de evidências: a) auditorias anteriores. Procedimentos Analíticos. A evidência de auditoria inclui as informações contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e outras informações. porém. A obtenção de mais evidência de auditoria. quando exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim escolheu.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. ou o exame físico de um ativo. dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor): 1) Inspeção Exame de registros ou documentos. que abrangem: i) testes de controles. internos ou externos. 2) Observação Exame de processo ou procedimento executado por outros. por exemplo. em forma de papel. e b) procedimentos adicionais de auditoria. não compensa a sua má qualidade. A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte e sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que é obtida. Geralmente obtém-se mais segurança com evidência de auditoria consistente obtida a partir de fontes diferentes ou de natureza diferente do que a partir de itens de evidência de auditoria considerados individualmente. menos evidência pode ser exigida). A evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de: a) procedimentos de avaliação de riscos. a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de controle. em forma eletrônica ou em outras mídias. Procedimentos de auditoria (podem ser utilizados como procedimentos de avaliação de riscos. testes de controles ou procedimentos substantivos.Auditoria . sua relevância e sua confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. inclusive testes detalhes e procedimentos analíticos substantivos. Lucas Salvetti a probabilidade de que seja exigida mais evidência de auditoria) e também pela qualidade de tal evidência de auditoria (quanto maior a qualidade. mas é limitada ao ponto no tempo em 120 . isto é. Adequação é a medida da qualidade da evidência de auditoria. e de ii) procedimentos substantivos. A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento. As indagações podem incluir desde indagações escritas formais até indagações orais informais. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos. 5) Reexecução A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. dentro ou fora da entidade. em forma escrita.3 . financeiro e não financeiro. Ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria. 1.Informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente. 3) Confirmação externa Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor.Auditoria . eletrônica ou em outra mídia. o auditor deve considerar a relevância e confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. além de outros procedimentos de auditoria. 7) Indagação A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento. Lucas Salvetti que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é executado. 121 .Receita Federal 2012 . 4) Recálculo O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. 6) Procedimentos analíticos Consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. a afirmação em consideração. o auditor deve avaliar se as informações são suficientemente confiáveis para os seus propósitos. incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção. da própria auditoria. é influenciada pela sua fonte e sua natureza. habilidades e objetividade do especialista. o auditor deve: i) avaliar a competência.Auditoria . 122 . Ao usar informações apresentadas pela entidade. e as circunstâncias nas quais são obtidas.Receita Federal 2012 . incluindo. Lucas Salvetti A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do procedimento de auditoria e. Se as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria forem elaboradas com a utilização de um especialista da administração. A confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria e. sobre outros aspectos da auditoria. se houver. O auditor deve determinar quais modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto e deve considerar o efeito desse assunto.4 – Inconsistência ou dúvidas quanto à confiabilidade da evidência de auditoria. ou b) o auditor tem dúvidas quanto à confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. e iii) avaliar a adequação do trabalho desse especialista como evidência de auditoria para a afirmação relevante. quando relevante. portanto.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. como necessário nas circunstâncias: a) obter evidência de auditoria sobre a exatidão e integridade das informações. Diante das situações a seguir: a) a evidência de auditoria obtida em uma fonte é inconsistente com a obtida em outra. quando apropriado. ii) obter entendimento do trabalho do especialista. 1. e b) avaliar se as informações são suficientemente precisas e detalhadas para os fins da auditoria. *Confirmação negativa é a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor somente se discorda das informações fornecidas na solicitação.Receita Federal 2012 . b) seleção da parte que confirma apropriada para confirmação. *Confirmação positiva é a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação. assegurando-se que as solicitações estão devidamente endereçadas e que contenham as informações para retorno das respostas diretamente ao auditor.Auditoria . o auditor deve manter o controle sobre as solicitações de confirmação externa. seja em papel. ou forneça as informações solicitadas. no formato eletrônico ou outro meio. incluindo: a) determinação das informações a serem confirmadas ou solicitadas. Lucas Salvetti 2 – Confirmações Externas 2.2 – Procedimentos de confirmação externa. ii) a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável que a evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência. 2. O objetivo do auditor. ao usar procedimentos de confirmação externa. c) definição das solicitações de confirmação.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. no formato eletrônico ou outro meio.1 – Objetivo. iii) a evidência de auditoria é mais confiável quando está na forma de documento. é planejar e executar tais procedimentos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. e 123 . Generalizações aplicáveis à evidência de auditoria: i) a evidência de auditoria é mais confiável quando é obtida de fontes independentes externas à entidade. em papel. Ao usar procedimentos de confirmação externa. Confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma). No caso da administração se recusar a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação. b) avaliar as implicações da recusa da administração na avaliação do auditor dos riscos significativos de distorção relevante. época e extensão de outros procedimentos de auditoria. incluindo o risco de fraude. e sobre a natureza. Se o auditor concluir que a recusa em permitir o envio de solicitações de confirmação não é razoável. o auditor deve: a) indagar sobre as razões da recusa da administração e procurar evidência de auditoria sobre sua validade e razoabilidade.Auditoria . A solicitação de confirmação externa positiva pede que a parte que confirma. Essa solicitação de confirmação pode resultar em porcentagens de respostas mais baixas em decorrência do esforço adicional exigido das partes que confirmam. O auditor deve procurar evidência de auditoria sobre a validade e razoabilidade das razões em decorrência do risco de que a administração pode estar tentando negar ao auditor o acesso a evidência de auditoria que pode revelar fraude ou erro. Uma razão comum apresentada é a existência de uma disputa legal ou negociação em andamento com a pretensa parte que confirma. 2. responda ao auditor seja pela indicação de sua concordância com as informações enviadas ou pelo fornecimento de informações. em todos os casos.Receita Federal 2012 . ou não conseguir obter 124 . Se o auditor não determinar o valor (ou outra informação) na solicitação de confirmação externa positiva. cuja solução pode ser afetada por uma solicitação de confirmação inoportuna. e c) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. incluindo 2º pedido. Lucas Salvetti d) envio das solicitações. para a parte que confirma.3 – Recusa da administração em permitir que o auditor envie solicitações de confirmação. ele estará solicitando uma confirmação “em branco”. O auditor deve indagar sobre as razões para a limitação. quando aplicável.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Para cada resposta não recebida. Se o auditor não obtiver essa confirmação. por si só. As confirmações negativas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as confirmações positivas. Lucas Salvetti evidência de auditoria relevante e confiável por meio de procedimentos alternativos de auditoria.5 – Confirmação negativa. Uma resposta verbal a uma solicitação de confirmação. e sobre a natureza.Receita Federal 2012 . época e extensão relacionada a outros procedimentos de auditoria. Se o auditor determinar que uma resposta a uma solicitação de confirmação não é confiável. o auditor deve comunicar aos responsáveis pela governança.4 – Resultado dos procedimentos de confirmação externa. Entretanto. o auditor não deve usar solicitações de confirmação negativa como o único procedimento substantivo de auditoria para tratar o risco de distorção relevante avaliado no nível de afirmações. o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria para obter evidência de auditoria relevante e confiável. após obter uma resposta verbal a uma solicitação de confirmação. Se o auditor determinou que uma resposta a uma solicitação de confirmação positiva é necessária para obter evidência de auditoria. o auditor deve avaliar as implicações na avaliação dos riscos significativos de distorção relevante. 2.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. devendo também determinar as implicações para a auditoria e para a opinião do auditor. 2. não se enquadra na definição de confirmação externa porque não é uma resposta por escrito direta para o auditor. o auditor pode. dependendo das circunstâncias.Auditoria . 125 . procedimentos alternativos de auditoria não fornecerão a evidência de auditoria que o auditor precisa. incluindo o risco de fraude. Se o auditor identificar fatores que dão origem a dúvidas sobre a confiabilidade da resposta a uma solicitação de confirmação. solicitar à parte que confirma uma resposta por escrito diretamente para ele. o auditor deve determinar as implicações para a auditoria e para a sua opinião. o auditor deve obter evidência adicional de auditoria para resolver essas dúvidas. Consequentemente. O auditor deve avaliar se os resultados dos procedimentos de confirmação externa fornecem evidência de auditoria relevante e confiável.6 – Avaliação de evidência obtida.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 3. Os objetivos do auditor são: a) obter evidência de auditoria relevante e confiável ao usar procedimentos analíticos substantivos. e b) planejar e realizar procedimentos analíticos próximo do final da auditoria que auxiliam o auditor a formar uma conclusão geral sobre se as demonstrações contábeis são consistentes com o entendimento que o auditor possui sobre a entidade.1 – Objetivo. ou d) resposta indicando exceção. Procedimento analítico significa efetuar avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros.Auditoria .2 – Definição dos procedimentos analíticos. c) resposta não recebida. ou se são necessárias outras evidências de auditoria. Lucas Salvetti 2. o auditor pode classificar esses resultados como segue: a) respostas apropriadas da parte que confirma. indicando concordância com as informações fornecidas na solicitação de confirmação ou fornecendo as informações solicitadas sem exceção. compreendendo o exame necessário de flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados. b) respostas consideradas como não confiável. 3 – Procedimentos Analíticos 3. Ao avaliar os resultados de confirmações externas individuais. 126 .Receita Federal 2012 . tais como orçamentos ou previsões. 127 . como a comparação entre índices de vendas e contas a receber com as médias do setor ou com outras entidades de porte comparável do mesmo setor. Lucas Salvetti Os procedimentos analíticos incluem. por exemplo: i) informações comparáveis de períodos anteriores. levando em consideração os riscos avaliados de distorção relevante e testes de detalhes. tais como procedimentos substantivos. c) desenvolver uma expectativa de valores registrados ou índices. Quando planejar e executar procedimentos analíticos substantivos. isoladamente ou em combinação com testes de detalhes.Receita Federal 2012 . 3. e d) determinar o valor de qualquer diferença entre valores registrados e valores esperados que seja aceitável sem exame adicional.Auditoria . Podem ser usados diversos métodos para executar procedimentos analíticos. e avaliar se a expectativa é suficientemente precisa para identificar uma distorção que pode fazer com que as demonstrações contábeis apresentem distorções relevantes. componentes e elementos individuais de informação. b) avaliar a confiabilidade dos dados em que se baseia a expectativa do auditor em relação a valores registrados ou índices.3 – Procedimentos analíticos substantivos. ou expectativas do auditor. Esses métodos variam desde a realização de comparações simples até análises complexas usando técnicas estatísticas avançadas. o auditor deve: a) determinar a adequação de procedimentos analíticos substantivos específicos para determinadas afirmações. Os procedimentos analíticos podem ser aplicados para demonstrações contábeis consolidadas. como uma estimativa de depreciação.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. iii) informações de entidades do mesmo setor de atividade. ii) resultados previstos pela entidade. O auditor deve planejar e executar procedimentos analíticos próximo do final da auditoria que o auxiliam formar uma conclusão geral sobre se as demonstrações contábeis são consistentes com o entendimento que o auditor possui da entidade.5 – Exame dos resultados de procedimentos analíticos.Receita Federal 2012 . 3.4 – Procedimentos analíticos que auxiliam na formação da conclusão geral. Se os procedimentos analíticos identificam flutuações ou relações que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem dos valores esperados de maneira significativa. o auditor deve examinar essas diferenças por meio de: a) indagação à administração e obtenção de evidência de auditoria apropriada e relevante para as respostas da administração.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 128 . e b) aplicação de outros procedimentos de auditoria conforme necessário nas circunstâncias.Auditoria . Lucas Salvetti 3. "pode fornecer evidência de auditoria confiável 129 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. sendo chamado também de "circularização". tem seus produtos espalhados por diversos representantes. dentro ou fora da entidade. alternativa D. em todas as regiões do Brasil. d) custeio integrado. Seu processo de vendas é por consignação.Auditoria . e) solicitação de informações.Capítulo 05: 01.Receita Federal 2012 . (ESAF / AFRFB / 2009) A empresa Agrotoxics S. em papel. 02. o procedimento de auditoria a ser aplicado é: a) inspeção. inventário físico). gabarito da questão. de acordo com o item A16 da NBC TA 500. recebendo somente após a venda. Lucas Salvetti Exercícios Comentados . Resolução: A inspeção (neste caso. d) confirmação. no formato eletrônico ou outro meio". O procedimento de auditoria que garantiria confirmar a quantidade de produtos existentes em seus representantes seria: a) inventário físico. c) revisão analítica. a "confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma). c) circularização. b) custeio ponderado. Portanto. b) observação. (ESAF / Fiscal de Rendas do Município do RJ / 2010) Para a obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação. e) amostragem. Resolução: De acordo com o item 6 da NBC TA 505.A. O procedimento técnico básico que aplicado pelo auditor constataria esse evento seria: 130 .6. Atualmente. temos que "procedimento analítico significa avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. o exame necessário de flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados". 04.Auditoria .A. com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas". item 4. quocientes. De acordo com a NBC TA 520. (ESAF / AFRFB / 2009) A auditoria externa realizou na empresa Avalia S. d) observação.2.2 da NBC T 11 (norma vigente à época do certame) traz a definição de revisão analítica como sendo a "verificação do comportamento de valores significativos. A empresa estava em fase pré-operacional e agora passou a operar em plena atividade.Receita Federal 2012 . Esse procedimento técnico básico corresponde a: a) inspeção. mediante índices. c) investigação. quantidades absolutas ou outros meios.A. também. Procedimentos analíticos compreendem.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o cálculo do índice de rotatividade dos estoques para verificar se apresentava índice correspondente às operações praticadas pela empresa. (ESAF / AFRFB / 2009) A empresa Grandes Resultados S. Resolução: O item 11. sendo o procedimento adequado para verificar a quantidade de produtos existentes. Lucas Salvetti quanto à sua existência". e) confronto. revisão analítica é chamada de procedimento analítico substantivo. 03. As projeções para os próximos cinco anos evidenciam lucros. b) revisão analítica. possui prejuízos fiscais apurados nos últimos três anos. dentro ou fora da entidade. o auditor adotou o procedimento de inspeção. Um deles . e) inventário físico." Portanto. em forma eletrônica ou em outras mídias. d) inspeção. em forma de papel. Resolução: Para verificar que a empresa encontrava-se em fase pré-operacional e agora faz projeões de lucros para os próximos anos. segundo a NBC TA 500. c) cálculo. 05. com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas.tal como a define a NBC-T-11. b) circularização. o auditor deve considerar alguns procedimentos técnicos básicos.Receita Federal 2012 . circunstâncias. ou o exame físico de um ativo. internos ou externos. gabarito letra "D".Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) conferência comprobatórios. mediante índices. quantidades absolutas ou outros meios. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2008) Quando da aplicação dos testes de observância e substantivos. Resolução: 131 .a revisão analítica . c) obtenção de informações junto a pessoas ou conhecedoras da transação.Auditoria . b) acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. documentos e de ativos tangíveis. que. é "o exame de registros ou documentos. item A14. consiste no(a): a) exame de registros. quocientes. entidades da exatidão aritmética de documentos registros e demonstrações contábeis e outras e) verificação do comportamento de valores significativos. Lucas Salvetti a) ocorrência. aos seus clientes que respondam diretamente aos seus auditores independentes. caso não concorde com o saldo em aberto informado. como sendo as "avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros.6. por carta postal. (ESAF / AFRFB / 2000) O pedido de confirmação (circularização) no qual o auditor solicita que o destinatário responda 132 .2. também. temos que a solicitação de confirmação negativa (circularização) é a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor somente se discorda das informações fornecidas na solicitação. 07. Lucas Salvetti A NBC T11 diz em seu item 11. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando a administração de uma entidade solicita." Atualmente tal procedimento é chamado de "procedimento analítico substantivo". gabarito letra "D". 06. quocientes. mediante índices.Receita Federal 2012 . Portanto. item 4.Auditoria . numa determinada data. Procedimentos analíticos compreendem.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. exatamente o que afirma a alternativa "E". tem-se uma circularização: a) branca b) preta c) positiva d) negativa e) atestatória Resolução: De acordo com o item 6 da NBC TA 505.6. com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. como podemos verificar abaixo: "11.2 – Na aplicação dos testes de observância e substantivos. o exame necessário de flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados". o auditor deve considerar os seguintes procedimentos técnicos básicos: e) revisão analítica – verificação do comportamento de valores significativos.2 "E". sendo a sua definição dada pela NBC TA 520.2. quantidades absolutas ou outros meios. junto 133 . o procedimento de: a) conferência de cálculo dos créditos b) observação de processo de controle c) inspeção de ativos tangíveis d) confirmação junto aos devedores e) revisão analítica dos recebíveis Resolução: Para confirmar determinados direitos.Receita Federal 2012 .Auditoria . 08. temos que: "confirmação negativa é a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor somente se discorda das informações fornecidas na solicitação". no que se refere aos direitos de crédito. é necessário obter informação externa para se ter uma maior validade com relação a evidência obtida. ou forneça as informações solicitadas. Sendo assim. o auditor deve efetuar uma solicitação de confirmação externa. principalmente. Já a confirmação positiva é a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação. gabarito da questão alternativa letra "C".Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. (ESAF / AFRFB / 2000) Para certificar-se que direitos de crédito efetivamente existem em determinada data. Sendo assim. o auditor independente utiliza. Lucas Salvetti apenas se a informação está errada é usualmente denominado na atividade de auditoria independente: a) Positivo b) Em branco c) Negativo d) Em preto e) Com divergência Resolução: De acordo com o item 6 da NBC TA 505. de auditoria independente das e) Deve gerar uma ressalva no parecer dos auditores e constar das notas explicativas. 10. é a "verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. b) Não pode ser aceito pelo auditor como prova de propriedade e existência do ativo. (ESAF / AFRFB / 2000) Assinale o melhor procedimento técnico de auditoria para certificar a adequação do saldo contábil da depreciação acumulada: a) Inspeção b) Observação c) Investigação e Confirmação d) Revisão Analítica e) Cálculo Resolução: O procedimento adequado para verificação do saldo contábil na conta depreciação acumulada é o "cálculo". c) Deve obrigatoriamente ser validado com a realização de inspeção física no local. de acordo com o item A19 da NBC TA 500. 134 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 09. atualmente. de forma a certificar-se da real existência dos créditos que constam nas demonstrações que estão sendo auditadas. d) É um procedimento usual demonstrações contábeis. Este procedimento. (ESAF / AFRFB / 2000) A confirmação.Receita Federal 2012 . de um fornecedor que mantém estoques da empresa auditada em seu poder na data-base do balanço: a) É um procedimento que não deve ser aplicado na auditoria contábil de estoques. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente". No entanto. Lucas Salvetti aos devedores. por escrito.Auditoria . tal procedimento é chamado de "recálculo". podemos verificar que confirmação externa é um tipo de procedimento usado pelo auditor no processo de obtenção de eviência. sendo agora tal procedimento chamado de "procedimento analítico substantivo". Além disso. o exame necessário de flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados". os "procedimentos analíticos compreendem. Lucas Salvetti Resolução: De acordo com a NBC TA 500. gabarito letra "D". em seu item A18. conforme abaixo: "A18. Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor. nos índices de empréstimos de curto e longo prazo. Portanto. (ESAF / AFRFB / 2002) O teste referente à análise de movimentação e investigação de quaisquer flutuações relevantes e não usuais. também. Os procedimentos de confirmação externa frequentemente são relevantes no tratamento de afirmações associadas a certos saldos contábeis e seus elementos". eletrônica ou em outra mídia.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. entre o exercício corrente e o exercício anterior. 11. podemos afirmar que o "procedimento analítico significa avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros". denomina-se: a) de revisão analítica b) substantivo c) de observância d) documental e) de abrangência Resolução: O termo "revisão analítica" foi alterado pela NBC TA 520. De acordo com o item 4 da NBC TA 520. em forma escrita.Auditoria . 135 .Receita Federal 2012 . Resolução: A confirmação externa (também chamada de circularização) é "a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma). por meio de uma listagem de dividendos. 13. c) a existência física do documento gerador do fato. Esse procedimento chamase: a) inspeção b) observação c) investigação d) cálculo e) confirmação Resolução: Conferência de exatidão de valores é o que o procedimento chamado "recálculo" (chamado pela norma anterior por cálculo).Receita Federal 2012 . (ESAF / AFRFB / 2002) O auditor. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) A circularização é um procedimento de auditoria que aplicado à área de contas a receber confirma: a) os cálculos efetuados pelo auditor. com as respectivas autorizações dadas em atas de reuniões de diretoria ou de assembléias de acionistas. O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. como afirma o item 6 da NBC TA 505.Auditoria . no formato eletrônico ou outro meio". Lucas Salvetti 12. 136 . b) a existência física do bem da empresa. em papel.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. confere a exatidão dos valores de pagamentos desses. d) a existência de duplicatas descontadas. conforme podemos verificar com a leitura do item A19 da NBC TA 500: "A19. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente". e) o saldo apresentado pela empresa no cliente. Alternativas B. 14. b) a natureza da entidade e o conhecimento adquirido nas auditorias anteriores. Sendo assim. se o auditor utiliza este procedimento relacionado à área de contas a receber. existência e) facilidade. Lucas Salvetti Portanto. com relação a contas a receber.O procedimento a ser adotado é o "recálculo". o auditor deve considerar: a) o objetivo dos procedimentos e o grau de confiabilidade dos resultados alcançáveis. temos que: "11. internos ou externos. A inspeção envolve o exame de registros ou documentos.2. como definido no item A14 da NBC TA 500: "A14. o auditor deve considerar a ______________ das informações. O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros". em forma eletrônica ou em outras mídias. o mesmo conseguirá confirmar o saldo junto ao cliente da empresa. gabarito letra E.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. ou o exame físico de um ativo".Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica. confiabilidade e comparabilidade". conforme item A19 da NBC TA 500: "A19. irrelevância. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica.6.Auditoria . e c) a disponibilidade de informações. individualidade d) indisponibilidade.5 . Alternativa A .5 da NBC T 11 (vigente à época do certame). materialidade. C e D . relevância. ______________ e comparabilidade. existência. sua relevância.Receita Federal 2012 . a) facilidade. sua _____________________. 137 .2. irrelevância b) disponibilidade.Neste caso seria mais adequado utilizar a "inspeção". confiabilidade c) clareza.6. em forma de papel. materialidade Resolução: De acordo com o item 11. apresentação. 138 . o auditor deve: a) concordar integralmente com os advogados. e os controles sobre a elaboração dos dados". Neste caso. contra a empresa. item 18.Quando planejar e executar procedimentos analíticos substantivos. "A5.Receita Federal 2012 . c) concordar parcialmente com os advogados.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o auditor independente recebeu diversas respostas com opinião sobre a possibilidade remota de insucesso de ações de diversas naturezas. levando em consideração a fonte. Lucas Salvetti Atualmente a norma vigente é a NBC TA 520 e temos no seu item 5 e A5 que: "5. isoladamente ou em combinação com testes de detalhes. e sobre os resultados de quaisquer procedimentos analíticos realizados pela entidade". encontra-se correto e atualizado. o auditor deve (ver itens A4 e A5): (b) avaliar a confiabilidade dos dados em que se baseia a expectativa do auditor em relação a valores registrados ou índices. de advogados internos e externos da empresa auditada. Resolução: Vamos analisar a questão: 1º O auditor recebe respostas de advogados com opinião de que é remota a possibilidade de insucesso. d) discordar integralmente dos advogados. O auditor pode indagar a administração sobre a disponibilidade e confiabilidade das informações necessárias para aplicar procedimentos analíticos substantivos. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Em decorrência das respostas de circularização. tais como procedimentos substantivos de acordo com a NBC TA 330. já em fase de execução. sendo a 15. natureza e relevância das informações disponíveis. Portanto. gabarito alternativa B.Auditoria . comparabilidade. e) não concordar nem discordar dos advogados. b) discordar parcialmente dos advogados. Auditoria . Esses riscos são pertinentes à entidade auditada. a) A quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação dos riscos de distorção. A evidência é medida em dois quesitos. 2º As ações estão em fase de execução ações possuem Fase de execução significa que a empresa já está sendo cobrada. exigida. Resolução: Alternativa A .Correta. O risco de distorção envolve dois riscos. e) A forma primária de obtenção de evidência é a partir de procedimentos de auditoria executados durante o curso da auditoria. Está de acordo com o item 13 da NBC TA 200: "Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião". c) A opinião do auditor é sustentada nas evidências de auditoria. d) As auditorias anteriores não podem ser uma fonte de evidência segura se tiver sido executada por outra entidade de auditoria. Portanto. Lucas Salvetti Ou seja. os advogados acreditam que tais probabilidade remota(quase nenhuma) de perda. tendo em vista o maior risco de as contas estarem distorcidas. Se a ação está sendo executada. 16.Correta. (ESAF / Inspetor CVM / 2010) Assinale opção falsa a respeito das evidências de auditoria. apropriadas (aspecto qualitativo) e suficiêntes (aspecto quantitativo).Correta. o mesmo não pode classifica-las como "remotas". Alternativa B . o que torna a alternativa D o gabarito da questão.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Alternativa C .Receita Federal 2012 . sendo que o auditor deve aumentar o número de evidências para possibilitar uma conclusão adequada sobre o fato. 139 . sendo eles: Risco inerente. fica claro que a classificação dada pelos advogados está errada. as ações não estão mais em questionamento (sendo parte vencida). b) A qualidade é fator importante para determinar a suficiência das evidências. risco de controle. Sendo assim. 17. a relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta o auditor. a medida da qualidade da evidência de auditoria. (FGV / AFRE-RJ / 2011) Tendo em vista o que determina o Conselho Federal de Contabilidade.Auditoria . Está de acordo com o item A28 da NBC TA 200: "A28. Daí a correção da alternativa E. como auditorias anteriores".Errada. Nesse sentido. Lucas Salvetti Alternativa D . a) A evidência de auditoria é mais confiável quando é obtida de fontes independentes externas à entidade. também pode incluir informações obtidas de outras fontes.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. isto é.) Contudo. como destaco abaixo: "A28 (. as auditores anteriores são fontes de evidência. 18. é conhecida como: a) avaliação dos procedimentos de auditoria. De acordo com o item A28 da NBC TA 200. A evidência de auditoria é necessária para sustentar a opinião e o relatório do auditor. isto é. Ela é de natureza cumulativa e primariamente obtida a partir de procedimentos de auditoria executados durante o curso da auditoria". b) avaliação dos papéis de trabalho dos especialistas. sua relevância e confiabilidade no fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a opinião do auditor". as normas 140 . c) suficiência da evidência de auditoria. d) evidência de auditoria. Alternativa E .. e) adequação da evidência de auditoria. Resolução: De acordo com o item 13 da NBC TA 200. "a adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria. assinale a alternativa correta.Correta.. e considerando a doutrina. (FGV / AFRE-RJ / 2010) De acordo com as normas de auditoria em vigor.Receita Federal 2012 . Errada. gabarito da questão. para um destinatário não localizado)". o auditor deve evitar a execução de procedimentos alternativos de auditoria. como afirma a questão). Lucas Salvetti de auditoria requerem que o auditor obtenha evidência de auditoria mais persuasiva quanto menor o risco avaliado. c) Resposta não recebida é quando a parte que confirma não responde ou não responde de maneira completa a uma solicitação de confirmação positiva. ou a devolução de uma solicitação de confirmação não entregue (devolução pelo correio. ou para confirmar a ausência de certas condições como um "acordo paralelo" (side letter). Nesses casos. Resolução: De acordo com o item 6 da NBC TA 505. e) As confirmações negativas fornecem evidência de auditoria mais persuasiva que as confirmações positivas. Alternativa A . por exemplo. contratos ou transações entre a entidade e outras partes. b) Em algumas situações. d) Os procedimentos de confirmação externa são frequentemente usados para confirmar ou solicitar informações relativas a saldos contábeis e seus elementos. Ao planejar procedimentos adicionais de auditoria a serem realizados. "7. a uma solicitação de confirmação positiva. por exemplo. ou a devolução de uma solicitação de confirmação não entregue (devolução pelo correio. contudo. o uso para confirmar os termos de acordos. temos que: "Resposta não recebida é quando a parte que confirma não responde ou não responde de maneira completa.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Não se recomenda. a administração se recusa a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação. o auditor deve: (b) obter evidência de auditoria mais persuasiva quanto maior for a avaliação de risco do auditor". 141 . Portanto. alternativa C. para um destinatário não localizado). De acordo com o item 7b da NBC TA 330. o auditor deve obter evidência mais persuasiva quanto maior for o risco avaliado (e não menor.Receita Federal 2012 .Auditoria . " Alternativa D . contratos ou transações. Os procedimentos de confirmação externa são frequentemente usados para confirmar ou solicitar informações relativas a saldos contábeis e seus elementos. Lucas Salvetti Alternativa B . o auditor deve: (c) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Isso porque a interpretação das exigências éticas e profissionais relevantes. ou para confirmar a ausência de certas condições como um “acordo paralelo” (side letter)". De acordo com o item A1 da NBC TA 505. exigido pelo Código de Ética Profissional do Contabilista e 142 . O item 15 da NBC TA 505 afirma exatamente o contrário. c) No caso de trabalho de auditoria ser de interesse público e.Errada. assinale a alternativa correta. das normas de auditoria e as decisões informadas requeridas ao longo de toda a auditoria não podem ser feitas sem a aplicação do conhecimento e experiência relevantes para os fatos e circunstâncias. No caso da administração se recusar a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação. Alternativa E . (FGV / AFRE-RJ / 2011) Em consonância com o Conselho Federal de Contabilidade. a utilização de confirmação também é feito para termos de acordos.Errada. portanto. nas decisões sobre materialidade e risco de auditoria. etc.Errada. As confirmações negativas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as confirmações positivas". o auditor não deve evitar procedimentos alternativos.Receita Federal 2012 . em particular. a) O julgamento profissional é essencial para a condução apropriada da auditoria. b) O ceticismo profissional não inclui estar alerta. Tendo em vista o item 8c da NBC TA 505.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . para confirmar os termos de acordos. O julgamento profissional não é necessário. contratos ou transações entre a entidade e outras partes. Podem ser usados. a evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas ou informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas a indagações a serem usadas como evidências de auditoria. como podemos ver abaixo: "15. como cito abaixo: "A1. por exemplo. 19. conforme citação abaixo: "8. também. A quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação pelo auditor dos riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos avaliados. O julgamento profissional é necessário. O processo de revisão do controle de qualidade do trabalho não é elaborado para auditoria de demonstrações contábeis de companhias abertas e os outros trabalhos. ou antes. A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte e sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que são obtidas. O Código de Ética Profissional do Contabilista e as normas profissionais descrevem a independência como abrangendo postura mental independente e independência na aparência. pode não compensar a sua má qualidade.Receita Federal 2012 . Lucas Salvetti pelas normas profissionais do CFC." 143 . A obtenção de mais evidência de auditoria.Auditoria . d) A suficiência e adequação das evidências de auditoria estão interrelacionadas. conforme visto no item anterior. menos evidência pode ser necessária). maior a probabilidade de que seja necessária mais evidência de auditoria) e também pela qualidade de tais evidências de auditoria (quanto melhor a qualidade. em particular. ser objetivo e manter postura de ceticismo profissional.Errada. e) Revisão do controle de qualidade do trabalho é o processo projetado para fornecer uma avaliação objetiva.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. do relatório. porém. para os quais a firma determinou a necessidade de revisão do controle de qualidade do trabalho. nas decisões sobre: . dos julgamentos relevantes feitos pela equipe do trabalho e das conclusões obtidas ao elaborar o relatório. na data. O julgamento é necessário no que se refere a materialidade e risco de auditoria. se houver. exige-se que o auditor seja independente da entidade sujeita a auditoria. Resolução: Alternativa A . A adequação é a medida da quantidade de evidência de auditoria.materialidade e risco de auditoria. A independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com integridade. como afirma o item A23 da NBC TA 200: "A23. A independência do auditor frente à entidade salvaguarda a capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem ser afetado por influências que poderiam comprometer essa opinião. Alternativa C . O ceticismo inclui estar alerta (ao contrário do que afirma a alternativa). conforme cito abaixo: "A16. Trata-se da transcrição literal do item A16 da NBC TA 200. O Código de Ética Profissional do Contabilista e as normas profissionais descrevem a independência como abrangendo postura mental independente e independência na aparência. por exemplo. A suficiência é a medida da quantidade de evidência de auditoria. ser objetivo e manter postura de ceticismo profissional". como afirma o item 7 da NBC PA 220: "7.Correta. menos evidência pode ser necessária).Receita Federal 2012 . .Errada. A independência do auditor frente à entidade salvaguarda a capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem ser afetado por influências que poderiam comprometer essa opinião.informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas a indagações a serem usadas como evidências de auditoria".evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas. A suficiência (e não adequação) é medida de quantidade. Revisão de controle de qualidade do trabalho é um processo estabelecido para fornecer uma avaliação objetiva. Alternativa E .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. como preve o item A18 da NBC TA 200: "A18. exigido pelo Código de Ética Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do CFC.Errada. maior a probabilidade de que seja necessária mais evidência de auditoria) e também pela qualidade de tais evidências de auditoria (quanto melhor a qualidade. A independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com integridade. se exige que o auditor seja independente da entidade sujeita a auditoria. Alternativa D . na data ou antes 144 . A obtenção de mais evidência de auditoria.Auditoria .Errada. A alternativa erra ao afirmar que a revisão de controle de qualidade não é elaborado para a auditoria das demonstrações contábeis de entidade aberta. portanto. O ceticismo profissional inclui estar alerta. A suficiência e adequação das evidências de auditoria estão inter-relacionadas. pode não compensar a sua má qualidade". como afirma o item A29 da NBC TA 200: "A29. No caso de trabalho de auditoria ser de interesse público e. porém. A quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação pelo auditor dos riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos avaliados. com evidências que contradigam outras evidências. a: . Lucas Salvetti Alternativa B . As exceções podem fornecer um guia para a qualidade das respostas de partes que confirmam similares ou para contas similares.Auditoria . por fax ou correio eletrônico. se enquadra na definição de confirmação externa. (FGV / AFRE-RJ / 2011) Com base nas disposições do Conselho Federal de Contabilidade. 145 . que institua um ambiente seguro para as respostas recebidas eletronicamente. Todas as exceções representam distorções. documentação de embarque e vendas próximas ao final do período. se houver. a) Quando uma resposta foi enviada ao auditor indiretamente (por exemplo.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. c) Uma resposta verbal a uma solicitação de confirmação. o auditor pode concluir que diferenças nas respostas à solicitação de confirmação são decorrentes de época. Lucas Salvetti da data do relatório. b) As respostas recebidas eletronicamente. uma deficiência." 20. no controle interno da entidade sobre o processo de encerramento e elaboração de demonstrações contábeis. assinale a alternativa correta. O processo de revisão de controle de qualidade do trabalho é somente para auditoria de demonstrações contábeis de companhias abertas e de outros trabalhos de auditoria. envolvem riscos relacionados à confiabilidade. porque a parte que confirma endereçou a resposta incorretamente para a entidade ao invés de encaminhar para o auditor). dos julgamentos relevantes feitos pela equipe de trabalho e das conclusões atingidas ao elaborar o relatório. As exceções podem indicar. Quando uma distorção é identificada. o auditor deve avaliar se essa distorção é indicativa de fraude.Receita Federal 2012 . por exemplo. os seguintes procedimentos alternativos de auditoria podem ser executados: observar saldos de contas a pagar. pode reduzir esses riscos. para os quais a firma determinou a necessidade de revisão de controle de qualidade do trabalho. também. e) As exceções observadas em respostas a solicitações de confirmação podem indicar distorções ou possíveis distorções nas demonstrações contábeis. o auditor não pode solicitar a essa parte que envie uma nova resposta por escrito diretamente a ele. Por exemplo. Um processo usado pelo auditor e a parte que confirma. podendo ser difícil estabelecer a prova de origem e autoridade da parte que confirma e a identificação de alterações. examinar recebimentos subsequentes específicos. d) Quando a resposta não for recebida. ou deficiências. por si só. As respostas recebidas eletronicamente. examinar recebimentos subsequentes específicos. examinar pagamentos subsequentes. Não está de acordo com o que é previsto no item A15 da NBC TA 505. envolvem riscos relacionados à confiabilidade podendo ser difícil estabelecer a prova de origem e autoridade da parte que confirma e a identificação de alterações. tendo em vista que é o procedimento adequado para o caso.Auditoria . correspondência de terceiros e outros registros. por si só. pode reduzir esses riscos. O auditor pode sim solicigtar que seja enviado uma nova resposta por escrito diratamente a ele. Um processo usado pelo auditor e a parte que confirma. de transcrição nos procedimentos de Resolução: Alternativa A . Os exemplos de procedimentos alternativos de auditoria que o auditor pode executar incluem: i) para saldos de contas a receber." Alternativa C . como afirma o item A18 da NBC TA 505: "A18.Errada. o auditor pode solicitar a essa parte que envie uma nova resposta por escrito diretamente a ele". ora transcrito: "A15.Errada. não se enquadra na definição de confirmação externa porque não é uma resposta por escrito direta para o auditor. ii) para saldos de contas a pagar. Está de acordo com o item A12 da NBC TA 505. documentação de embarque e vendas próximas ao final do período. conforme item A14 da NBC TA 505: "A14. conforme abaixo: "A12.Errada. Alternativa B . O correto seria "examinar" e não "observar". Quando uma resposta foi enviada ao auditor indiretamente (por exemplo. porque a parte que confirma endereçou a resposta incorretamente para a entidade ao invés de encaminhar para o auditor)." Alternativa D . Uma resposta verbal a uma solicitação de confirmação.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. como 146 . que institua um ambiente seguro para as respostas recebidas eletronicamente. por fax ou correio eletrônico.Receita Federal 2012 . Lucas Salvetti mensuração ou erros confirmação externa.Certa. por exemplo. enquanto não obtiver uma carta da administração atestando as demonstrações em conjunto. Por exemplo. Algumas exceções não representam distorções. atestar que todos os processos. e) deve. mas não pode se eximir de certificar. Nem todas exceções distorções. em todos os aspectos relevantes. em conjunto com a administração. Portanto. a exatidão das demonstrações contábeis. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas. Lucas Salvetti notas de entrada (documentos internos que evidenciem recebimento de produtos que geraram esses passivos)". b) não pode ter certeza da integridade da informação. tendo aplicado os procedimentos de auditoria. mensuração ou erros de transcrição nos procedimentos de confirmação externa". por meio de seu relatório. ter a certeza da integridade da informação atestando todas as demonstrações contábeis exigidas em seu parecer de auditoria. Alternativa E . após ter executado todos os testes.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. das notas explicativas e dos demais relatórios publicados pela empresa. d) não deve atestar a integridade das informações contábeis. o auditor a) pode. o auditor pode concluir que diferenças nas respostas a solicitação de confirmação são decorrentes de época. Resolução: O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. o auditor independente busca no seu trabalho de auditoria obter evidência apropriada e suficiente para concluir sobre a 147 . embora tenha executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que todas as informações relevantes foram obtidas.Errada. atestar a integridade da informação.Receita Federal 2012 . em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. c) pode. como afirma o item A22 da NBC TA 505: o representam "A22.Auditoria . 21. (FCC / ISS SP / 2012) No processo de Auditoria. riscos e possibilidades de fraudes foram avaliadas e ter a certeza da integridade da informação. 22. No entanto. tais como o poder de busca. 3) A auditoria não é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto. Sendo assim. c) causa uma diminuição da amostra. D e E estão erradas. de acordo com o item A47 da NBC TA 200. b) possibilita um aumento da amostra.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. embora tenha executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que todas as informações relevantes foram obtidas". intencionalmente ou não. Resolução: O maior uso de procedimentos substantivos (em testes de detalhes) resultam na diminuição no tamanho da amostra. o auditor não recebe poderes legais específicos. por exemplo: 1) Existe a possibilidade de que a administração ou outros possam não fornecer. "o auditor não pode ter certeza da integridade da informação. e) exige a estratificação da amostra. não há como ter certeza da integridade da informação já que há limites práticos e legais à capacidade do auditor de obter evidências de auditoria. Portanto. C.A. Lucas Salvetti adequação das demonstrações contábeis. a alternativa A. 2) A fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados para sua ocultação.Receita Federal 2012 . alternativa B. as informações completas que são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis ou que tenham sido solicitadas pelo auditor. Gabarito da questão. que podem ser necessários para tal investigação. d) não influencia no tamanho da amostra. conforme apêndice 3 da NBC TA 530: "Quanto mais o auditor confia em outros procedimentos substantivos (testes de detalhes ou procedimentos analíticos substantivos) para 148 . a) obriga que a amostra seja aleatória. (FCC / ISS SP / 2012) O aumento no uso de procedimentos substantivos no processo de auditoria para confirmação dos saldos do contas a receber da empresa Financia S.Auditoria . menor pode ser o tamanho da amostra". temos que: A14. gabarito da questão é alternativa C. não se aplicando ao caso. 23. Resolução: De acordo com a NBC TA 500. internos ou externos. Portanto. atendendo a legislação trabalhista. c) indagação. (FCC / ISS SP / 2012) O auditor ao verificar na folha de pagamentos se as verbas pertinentes ao FGTS e INSS foram calculadas adequadamente. financeiro e não financeiro. Portanto. d) investigação. menos segurança o auditor precisa da amostragem e. Devo ressaltar que o aumento do uso de procedimentos substantivos não influenciam no tipo de seleção de amostra (caso da alternativa A) nem exige a estratificação da mesma (alternativa E). dentro ou fora da entidade. realiza o procedimento de cálculo e a) inspeção. Destaco que investigação e indagação consistem na busca de informações junto a pessoas com conhecimento. 149 . A19. e) fiscalização.Receita Federal 2012 . portanto. gabarito da questão é a alternativa A. As NBCs não definem o procedimento de "fiscalização" [alternativa E]. Para a situação exposta acima (verificação se a folha de pagamento foi calculada adequadamente de acordo com a legislação trabalhista) os procedimentos adequados são: Inspeção e Recálculo. Lucas Salvetti reduzir a um nível aceitável o risco de detecção relacionado com uma população em particular. ou o exame físico de um ativo. b) observação. em forma eletrônica ou em outras mídias. O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. A inspeção envolve o exame de registros ou documentos.Auditoria . em forma de papel.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. de acordo com o item 2 da NBC TP 01.. de acordo com a NBC TA 520. Lucas Salvetti 24. d) revisão analítica. no formato eletrônico ou outro meio". temos que: A .O termo "fiscalização" não encontra-se no rol de procedimentos definidos pela NBCs no que se refere à auditoria independente/interna.A definição de perícia. com os quais a entidade mantém relacionamento comercial.Receita Federal 2012 . por meio de dados obtidos junto a terceiros. e a legislação específica no que for pertinente". em conformidade com as normas jurídicas e profissionais. o que torna a alternativa C o gabarito da questão. (FDC / ISS BH / 2012) A validação de transações ou saldos contábeis da entidade auditada. B . Com relação as outras alternativas. D .Revisão analítica é atualmente denominada de procedimento analítico.Auditoria . c) circularização.) o termo procedimento analítico significa avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis 150 . que trás em seu item 4 a seguinte previsão: "4. e) revisão por pares. temos que "confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma). é um procedimento de auditoria denominado: a) perícia. (. é: "A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicocientíficos destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar à justa solução do litígio ou constatação de um fato. b) fiscalização. Resolução: De acordo com a NBC TA 505. em papel.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Cabe ressaltar que o termo "confirmação externa" é chamado muitas vezes de "circularização".. mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil. 151 . (b) o sistema de controle de qualidade desenvolvido e adotado pelo Auditor está adequado e conforme o previsto na NBC PA 01 Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes".Receita Federal 2012 . visando verificar se: (a) os procedimentos e as técnicas de auditoria utilizados para execução dos trabalhos nas empresas clientes estão em conformidade com as Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas e Profissionais. editadas pelo CFC e. quando aplicável.Revisão por pares é o exame "realizado por auditor independente nos trabalhos de auditoria executados por outro auditor independente. o exame necessário de flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados".Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Procedimentos analíticos compreendem. Lucas Salvetti entre dados financeiros e não financeiros. E . também.Auditoria . com outras normas emitidas por órgão regulador. 218/09: NBC TA 501 – EVIDÊNCIA DE AUDITORIA: Estoque. Litígios e Reclamações. Clientes. Investimentos. Advogados.Auditoria . O objetivo do auditor é obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação a: (a) existência e condições do estoque. danificados ou sem movimentação).Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e 152 . (b) totalidade dos litígios e reclamações envolvendo a entidade.2 – Estoque Se o estoque for relevante para as demonstrações contábeis. Folha de Pagamentos. Resolução CFC nº 1. e a identificar. 1. por exemplo. para: (i) avaliar as instruções e os procedimentos da administração para registrar e controlar os resultados da contagem física dos estoques da entidade. o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação a existência e as condições do estoque mediante: (a) acompanhamento da contagem física dos estoques.Receita Federal 2012 . (iii) inspecionar o estoque (ajuda o auditor a averiguar a existência do estoque (embora não necessariamente a sua propriedade). Imobilizado. estoques obsoletos. e (c) apresentação e divulgação de informações por segmentos em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Lucas Salvetti CAPÍTULO 06 – Tipos de Teste em Áreas Específicas das Demonstrações Contábeis: Caixa e Bancos. a não ser que seja impraticável. Seguros.1 – Objetivo. (ii) observar a realização dos procedimentos de contagem pela administração (ajuda o auditor a obter evidência de auditoria de que as instruções da administração e os procedimentos de contagem estão adequadamente definidos e implementados). Apresentação e Divulgação por Segmento. 1. Estoques. Fornecedores. por exemplo. Contagem física dos estoques realizada em data diferente da data das demonstrações contábeis Se a contagem física dos estoques for realizada em outra data que não a data das demonstrações contábeis. ao menos uma vez por ano. e (b) execução de procedimentos de auditoria nos registros finais de estoque da entidade para determinar se refletem com precisão os resultados reais da contagem de estoque. dependendo da avaliação de riscos do auditor. observação do cumprimento das instruções da administração e da execução de procedimentos para registrar e controlar os resultados da contagem física dos estoques.Auditoria . Além disso. para servir de base para a elaboração das demonstrações contábeis e. o auditor deve. além dos procedimentos exigidos. fornece evidência de auditoria quanto à integridade e a precisão desses registros). segundo os quais o estoque é contado fisicamente. para determinar a confiabilidade do sistema de controle permanente de estoque da entidade. Esses procedimentos podem servir como teste de controle ou de procedimentos substantivos. e obtenção de evidência de auditoria quanto à confiabilidade dos procedimentos de contagem da administração. o acompanhamento da contagem física dos estoques envolve: inspeção do estoque para determinar a existência e avaliar as condições e execução de teste de contagem. mediante o rastreamento de itens selecionados dos registros de contagem da administração para o estoque físico e vice-versa. Lucas Salvetti (iv) executar testes de contagem (executar testes de contagem. A administração normalmente define os procedimentos. quando aplicável.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 153 . da abordagem planejada e dos procedimentos específicos realizados.Receita Federal 2012 . executar procedimentos para obter evidência de auditoria de que as variações no estoque entre a data da contagem e a data das demonstrações contábeis estão adequadamente registradas. confiabilidade nos registros permanente da entidade. o auditor deve aplicar procedimentos alternativos de auditoria para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação à existência e às condições do estoque. Se isso não for possível.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. a administração pode executar contagens físicas. contudo. por se tratar de uma limitação de alcance. Assuntos relevantes a serem considerados ao definir os procedimentos de auditoria para obter evidência de auditoria sobre se as variações nas quantidades do estoque entre a data ou datas de contagem e os registros finais de estoque estão apropriadamente registradas incluem: se os registros de controle de estoque permanente estão adequadamente ajustados. Isso pode acontecer devido a fatores como a natureza e a localização do estoque. e executar procedimentos de auditoria sobre transações ocorridas entre as duas datas. por exemplo. do controle de estoque razões das diferenças significativas entre as informações obtidas durante a contagem física e os registros de controle do estoque permanente.Receita Federal 2012 . Se o auditor não puder estar presente na contagem física dos estoques. conforme explicado na 154 . devido a imprevistos. não é suficiente para fundamentar a decisão do auditor de que o acompanhamento é impraticável. o auditor deve modificar a opinião no seu relatório de auditoria. Quando o acompanhamento da contagem física dos estoques é impraticável Se o acompanhamento da contagem física dos estoques for impraticável.Auditoria . Lucas Salvetti Quando um sistema de controle permanente de estoque é mantido. ou outros testes. para determinar a confiabilidade da informação sobre a quantidade do estoque incluída nesses registros. quando o estoque fica em um local que pode apresentar alguma ameaça à segurança do auditor. Além disso. em uma data alternativa. de acordo com a NBC TA 705 que trata das modificações no relatório do auditor. ele deve efetuar ou observar algumas contagens físicas. O assunto de inconveniência geral para o auditor. (b) executar inspeção ou outro procedimento de auditoria apropriado nas circunstâncias. quando o estoque tiver sido penhorado como garantia. o auditor pode considerar apropriado executar outros procedimentos de auditoria substituindo ou acrescentando à confirmação com o terceiro. 155 . Lucas Salvetti NBC TA 200. quando as informações obtidas geram dúvidas quanto à integridade e objetividade do terceiro. se praticável. por si só. o assunto de dificuldade. item A48. tempo ou custo envolvido. ou relatório do auditor do custodiante sobre a adequação do controle interno do terceiro. Estoque Custodiado / controlado por terceiros Se o estoque custodiado e controlado por terceiros for relevante para as demonstrações contábeis. solicitar confirmação de outras partes. como por exemplo. por exemplo. não constituem base válida para o auditor omitir um procedimento de auditoria para o qual não há alternativa. Exemplos de outros procedimentos de auditoria incluem: acompanhar. para se assegurar que o estoque seja devidamente contado e adequadamente protegido.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. obter relatório do outro auditor. ou providenciar para que outro auditor acompanhe a contagem física dos estoques de terceiros.Receita Federal 2012 . Dependendo das circunstâncias. ou para ficar satisfeito com uma evidência de auditoria que não seja totalmente convincente. o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação à existência e as condições do estoque executando uma ou as duas possibilidades a seguir: (a) solicitar confirmação do terceiro quanto às quantidades e condições do estoque mantido por esse terceiro em nome da entidade. inspecionar a documentação relacionada com o estoque mantido por terceiros.Auditoria . os recibos de almoxarifado. 3 – Litígios e reclamações O auditor deve definir e executar os procedimentos de auditoria de modo a identificar litígios e reclamações envolvendo a entidade. o auditor pode julgar apropriado examinar documentos-fonte relacionados. pode-se requerer que sejam divulgados ou contabilizados nas demonstrações contábeis. Litígios e reclamações envolvendo a entidade podem ter efeito relevante sobre as demonstrações contábeis e. que possam gerar um risco de distorção relevante. a outros dentro da entidade. O auditor deve fazer isso por meio de circularização (carta de indagação aos advogados). por exemplo. incluindo: (a) indagação à administração e. Comunicação com a consultoria jurídica externa da entidade Se o auditor identifica um risco de distorção relevante com relação a litígios ou reclamações identificados.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. solicitando aos consultores jurídicos externos da 156 . faturas relacionadas com despesas de natureza legal como parte da sua revisão dessas contas de despesas legais. Lucas Salvetti 1. por exemplo. e (c) revisão das contas de despesas legais. outros procedimentos relevantes incluem.Auditoria . como. o uso de informações obtidas mediante procedimentos de avaliação de risco realizados como parte do processo para o entendimento da entidade e de seu ambiente. assim. Dependendo das circunstâncias. Além dos procedimentos identificados acima. além dos procedimentos requeridos pelas outras normas de auditoria. (b) revisão das atas de reuniões dos responsáveis pela governança e correspondência entre a entidade e os seus consultores jurídicos externos. comunicar-se diretamente com os consultores jurídicos externos da entidade. conforme o caso. para ajudar o auditor a conhecer litígios e reclamações que envolvam a entidade. incluindo consultores jurídicos internos. o auditor deve. elaborada pela administração e enviada pelo auditor.Receita Federal 2012 . ou quando os procedimentos de auditoria executados indicam que outros litígios ou reclamações poderiam existir. o assunto é complexo. essas reuniões requerem a permissão da administração e são realizadas com a presença de representante da administração.Receita Federal 2012 . Se a lei. A comunicação direta com a consultoria jurídica externa da entidade ajuda o auditor a obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se os litígios e reclamações. o auditor deve modificar a opinião no seu relatório de auditoria. Lucas Salvetti entidade que se comuniquem diretamente com o auditor. o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria. 157 . ou a consultoria jurídica externa da entidade recusa-se a responder apropriadamente à carta de indagação. incluindo custos. ou é proibida de responder. se: (a) administração recusa dar permissão ao auditor para se comunicar ou se reunir com a consultoria jurídica externa da entidade. ou o respectivo órgão jurídico proibir que a consultoria jurídica externa da entidade comunique-se diretamente com o auditor. Esse pode ser o caso. Em certas circunstâncias. De acordo com a NBC TA 705. por exemplo.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . são: 1) conhecidos. são razoáveis. o regulamento. existe desacordo entre a administração e o assessor jurídico externo da entidade. potencialmente relevantes. o auditor também pode julgar necessário reunir-se com o assessor jurídico externo da entidade para discutir sobre o resultado provável dos litígios ou das reclamações. e (b) o auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente ao executar procedimentos alternativos de auditoria. quando: o auditor determina que o assunto é um risco significativo. e 2) se as estimativas da administração sobre as implicações financeiras. Normalmente. não é exigido do auditor a execução de procedimentos de auditoria que seriam necessários para expressar uma opinião sobre as informações por segmento apresentadas isoladamente. 158 . 1. testar a aplicação desses métodos. assim como contabilizados e divulgados de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. e (b) execução de procedimentos analíticos ou outro procedimento de auditoria apropriado nas circunstâncias. pode ser que a entidade deva ou tenha permissão de divulgar informações por segmento nas demonstrações contábeis.Auditoria . A responsabilidade do auditor com relação à apresentação e à divulgação das informações por segmento está relacionada às demonstrações contábeis como um todo.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. foram divulgados para o auditor. Dependendo da estrutura de relatório financeiro aplicável. Consequentemente. quando apropriado.4 – Informações por segmento O auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação à apresentação e à divulgação de informações por segmento. cujos efeitos devem ser levados em consideração durante a elaboração das demonstrações contábeis. e (ii) quando for apropriado. de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável mediante: (a) obtenção de entendimento dos métodos utilizados pela administração para determinar as informações por segmento e: (i) avaliação se esses métodos resultam na divulgação de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. os responsáveis pela governança forneçam representações formais de que todos os reais ou possíveis litígios e reclamações conhecidos.Receita Federal 2012 . Lucas Salvetti Representações formais O auditor deve solicitar que a administração e. Auditoria .1 – Principais procedimentos de auditoria no ATIVO 2. para os saldos da conta bancos este procedimento não é adequado. É importante lembrar que o saldo confirmado pelo banco não é sempre igual na contabilização das transações nesses registros (exemplo de situações que geram isso é a emissão de cheque no dia 01/01/2011 e descontado apenas no dia 05/01/2011).Receita Federal 2012 . Sendo assim. Por ser um ativo de pronta liquidez. chegamos aos principais procedimentos de auditoria para a conta caixa e bancos. Passivo e Contas de resultado (receitas. sendo também usualmente chamado de “conferência de numerário”. despesas e custos)1 2. sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido”. Os testes de auditoria são dirigidos principalmente na verificação da superavaliação e o principal objetivo é normalmente verificar a existência do ativo. sendo a conta Caixa e bancos os que se apresentam na primeira linha do lado do ativo (ou seja.Principais procedimentos de auditoria: Ativo.1.1. Lucas Salvetti 2 . No entanto. devendo ser aplicado o procedimento de confirmação.1.1.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.1 – Conta Caixa e bancos Os ativos são classificados por ordem decrescente de grau de liquidez. É recomendado ao auditor efetuar tal procedimento de forma simultânea em todos os caixas. A melhor forma para se certificar de que os recursos em caixa realmente existem é contá-los fisicamente (inspeção). essas contas são também as mais sujeitas a utilização indevida (apresentam maior risco). 159 . Contagem de caixa Este procedimento nada mais é do que efetuar a inspeção (exame físico). que são: 2. que determina a “adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO. do ativo monetário que se encontra fisicamente no caixa. é o ativo de maior liquidez). e de surpresa (para que a empresa auditada tenha dificuldades em esconder uma possível fraude). Isso ocorre devido o princípio da prudência. que representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor. Cut-off de cheques O cut-off é utilizado com o objetivo de se certificar de que os cheques estão sendo registrados no período de sua competência e que as conciliações bancárias não contêm item errôneo. Normalmente as empresas preparam em base mensal as conciliações bancárias. Circularização dos saldos bancários Aqui normalmente é aplicado o procedimento de “confirmação externa”. conforme explicado nos próximos itens. eletrônica ou em outra mídia. O objetivo deste procedimento é verificar se os saldos existentes nos registros contábeis da empresa estão de acordo o saldo que consta no banco (extrato bancário). Lucas Salvetti 2.4.1. Teste das conciliações bancárias As conciliações demonstram as transações registradas pelo banco e não pela empresa. as quais representam uma reconciliação do 160 .1. 3) verificar se não foi lançado nenhum cheque de número anterior ao do número anterior ao do cut-off com pagamento após a data do exame.1.1.Auditoria . para poder avaliar as demonstrações contábeis. É preciso ressaltar novamente que o fato do saldo confirmado pelo banco ser diferente do apresentado nos registros não significa que ocorreu uma fraude. em forma escrita. O termo “cut-off” significa um marco feito no tempo para verificar as operações (no caso.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.1.2. 2) verificar se não foi lançado nenhum cheque de número posterior ao do cut-off. 2. 2. os cheques) até este dia.1. O auditor deve: 1) obter/preparar uma relação do último cheque emitido e dos cheques em branco para a data do exame.Receita Federal 2012 . e as contabilizadas pela empresa e não pelo banco. É preciso efetuar a “conciliação bancária”.3. 4) Outros procedimentos: i) verificar se as contas a receber foram devidamente classificadas entre ativo circulante e ativo realizável a longo prazo. A análise disso possibilita a verificação de anormalidades.Auditoria . 183 da Lei nº 6. 2.conta retificadora (provisão para devedores duvidosos). avaliação e classificação são os três principais pontos que o auditor deve cobrir na auditoria dos valores a receber.impostos a recuperar (ICMS e IPI). Lucas Salvetti saldo da conta corrente bancária pelo extrato (registro do banco) com o saldo pelo razão analítico (registro da empresa). vencidas a XX tempo.404/76. . sendo que os principais procedimentos aplicados nestas contas são: 1) Confirmação de contas a receber de clientes: é feita através da circularização (confirmação) com terceiros. devendo testar os cálculos.diretos adquiridos por vendas a prazo ou serviços. viagens. acionistas e empresas controladas e coligadas. 13º salário) e empréstimos a empregados. Existência.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. .Receita Federal 2012 . etc.2 – Contas a Receber Aqui são registradas contas como: . duplicatas a vencer. 161 . decorrentes de tal ajuste. com o objetivo de confirmar tanto a existência de tal crédito como também o seus valores.adiantamento (férias. . a taxa de juros praticada e as contabilizações.1. 2) Teste de avaliação das contas a receber de clientes: avaliar as contas a receber significa que o auditor deve se sensibilizar aos possíveis problemas relacionados com recebimentos de contas a receber. dos saldos de PDD já efetuados (provisão para devedores duvidosos). administradores. É comum separar as duplicatas em: não vencidas. 3) Teste do ajuste a valor presente: aqui o auditor verifica se a companhia procedeu o ajuste a valor presente de acordo com o art. como parte de sua política. 2.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. estas aplicações são normalmente divididas em: 162 . 4) Com relação aos seguros: . em seu livro “Auditoria – Um curso Moderno e Completo. . dentre eles: i) tornar rentável o excesso temporário de dinheiro em bancos.Receita Federal 2012 . Ed.).3 – Despesas antecipadas As despesas antecipadas normalmente representam o saldo de pagamentos efetuados referentes a serviços ainda não totalmente recebidos. 2. se ela foi devidamente divulgada em nota explicativa às demonstrações financeiras. Os principais procedimentos são: 1) inspecionar a documentação comprobatória da transação (guias de imposto. com vários objetivos.comparar o valor da cobertura com o valor dos bens segurados.1. Atlas. etc. temos que as empresas. Ainda segundo o autor ora citado. Isto quer dizer que esses pagamentos irão beneficiar um ou mais exercícios sociais seguintes.confirmar a vigência da apólice de seguros junto à companhia seguradora. 3) conferir os cálculos da amortização da despesa antecipada.investigar eventuais divergências anormais. iii) verificar se não existe ônus sobre as contas a receber (por exemplo: garantias). iv) diversificar as operações por meio da formação de novas companhias. aplicam recursos em títulos e outros direitos. apólices de seguro. Lucas Salvetti ii) inspecionar notas de créditos emitidas e notas de devolução recebidas no mês subsequentes ao do encerramento do exercício social para verificar se não estão relacionadas com vendas fictícias.4 – Investimentos Segundo Marcelo Cavalcanti Almeida. ii) estabelecer relações satisfatórias com outras empresas. iii) estender as operações por meio da criação de novas empresas.Auditoria . contratos. . 2) analisar a transação e verificar se o saldo diferido representa serviços pagos mas cujos benefícios ainda não foram recebidos. e se existir. 2010”.1. instalação ou para pôr em funcionamento.1. . para o auditor. verificação da contabilização do investimento. sendo os principais procedimentos: exame documental dos títulos de investimento. Lucas Salvetti a) instrumentos financeiros de dívidas. É preciso lembrar que. todas as contas relacionadas (custo. estabelecendo os procedimentos que devem ser utilizados. entender o objetivo da auditoria nessa área. Os principais procedimentos aplicados são: 1) Verificação da existência física: Aqui é efetuado a inspeção física para obter a constatação da real existência do bem. c) investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial.Auditoria . avaliação dos investimentos em coligadas e controladas.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Vale ressaltar que o CPC 01 determina que a sociedade deve testar para recuperabilidade o valor contábil dos bens do ativo imobilizado. são levados 163 . deve ser constituída provisão de perda. 2) Teste das aquisições: É verificado os valores gastos na aquisição de bens com os registros. no entanto.5 – Ativo imobilizado Os bens do ativo imobilizado normalmente representam uma fatia significativa dos ativos de uma empresa. Além disso. b) instrumentos financeiros de capital. 2.não são destinados à venda. e. valor de venda.Receita Federal 2012 . Estes ativos são contabilizados por todos os custos envolvidos em sua aquisição. Não cabe aqui discutir os critérios legais para contabilização desses investimentos. No caso de construção própria. quando o valor contábil for superior ao seu valor recuperável. sendo importante. sendo que estes bens: .são utilizados na manutenção de suas atividades. . o auditor deve verificar se não existem bens obsoletos ou deteriorados. na aplicação de procedimentos de auditoria na conta Ativo imobilizado. valor contábil) devem ser consideradas. depreciação.têm uma permanência prolongada na companhia. O objetivo do exame da conta “investimentos” é verificar o comportamento dos investimentos relevantes realizados pela empresa auditada. Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti em conta os custos referentes à matéria-prima, mão de obra e gastos gerais de construção. 3) Teste das despesas de manutenção e reparos: É feita a inspeção da documentação comprobatória dos itens selecionados. É importante verificar se os gastos com manutenção e com reparos não aumentam a vida útil do bem e, portanto, devem ser tratados como despesa do ano. 4) Teste das depreciações: É feito o exame documentação e dos registros no intuito de verificar a vida útil, as benfeitorias realizadas, as taxas de depreciação utilizadas, a razoabilidade da classificação da depreciação, etc. 5) Verificação da conta de imobilizações em andamento: É o caso dos ativos imobilizados que encontram-se em construção. Deve ser feito a verificação da aplicação dos custos, além da inspeção do plano do projeto, contrato de construção e orçamento de custos com a situação existente. 6) Verificação de propriedade e ônus sobre imóveis: Exame documental das certidões de registros, assim como as certidões negativas (para verificar se existem ônus sobre os imóveis). 2.1.6 – Ativo Intangível O grupo do ativo intangível, classificado após o ativo imobilizado, contempla os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Exemplos de ativos intangíveis: Software, Patentes, Copyrights, Lista de clientes, Licenças, Franchises, Concessões. Os principais procedimentos adotados pelo auditor são: 1) Verificar se os ativos intangíveis atendem aos critério de reconhecimento e mensuração (CPC 04); 2) Verificação da classificação dos ativos em vida útil definida e indefinida; 3) verificação dos valores baixados com a respectiva documentação comprobatória (ver se tem autorização ou aprovação). 4) conferir os cálculos de amortização no período. 164 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti 2.2 – Principais procedimentos de auditoria no PASSIVO 2.2.1 – Obrigações e Empréstimos As contas do passivo são testadas para a subavaliação, ou seja, o auditor está interessado em constatar se todas as dívidas da companhia foram devidamente registradas. As obrigações da empresa compreendem normalmente os seguintes grupos de contas: - empréstimos a pagar; - fornecedores a pagar; - IR e contribuição social a pagar; - outros impostos a pagar; - salários a pagar; - provisões; etc. Os principais procedimentos de auditoria são: 1) Inspeção física: Na contagem das contas/títulos a pagar; 2) Recálculo: Dos impostos, juros e dos valores das contas fornecedores, empréstimos, etc. 3) Inspeção documentação: Faturas, notas fiscais, contratos de empréstimos, guias de impostos, livros de impostos, etc. 4) Circularização (confirmação externa): Saldo dos fornecedores, empréstimos a pagar e contas a pagar. 2.3 – Principais procedimentos de auditoria no Patrimônio Líquido e contas de resultado 2.3.1 – Patrimônio líquido O patrimônio líquido representa a parcela dos ativos financiada pelos acionistas, sendo composto pelas contas: - Capital social; - Reserva de capital; - Ajustes de avaliação patrimonial; - Lucros ou prejuízos acumulados; - Ações em tesouraria. 165 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti A auditoria das contas do patrimônio líquido consiste em o auditor checar as transações que ocorreram durante o período auditado, observando se foram atendidas, principalmente as disposições societárias e estatutárias. 2.3.2 – Receita, despesas e custos A auditoria de receitas, despesas e custos compreende principalmente os valores registrados no DRE (demonstrações do resultado do exercício) e os débitos nas contas estoque (que são referentes a compras de matérias-primas e custos incorridos na fabricação ou aquisição de produtos para venda). O teste dessas transações consiste em o auditor verificar se os valores: 1) foram registrados dentro do regime de competência; 2) foram aprovados; 3) estão de acordo com a natureza dos negócios da companhia; 4) existe documentação suportando a operação; 5) classificação contábil foi adequada; Aqui, diferentemente dos testes aplicados para o ativo e para o passivo, as contas de receitas são testadas para subavaliação, enquanto as despesas e os custos são auditados para superavaliação. Isso ocorre pois é natural que a empresa tente pagar menos tributos, sendo assim, a tendência de fraude (ou erro) é para que a receita seja menor do que a real, para pagar então menos tributos, assim como o aumento do valor das despesas/custos diminuem o lucro (por exemplo), o que gera um valor menor de Imposto de Renda. 166 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Exercícios Comentados - Capítulo 06: 01. (ESAF / Analista Técnico da SUSEP / 2010) O auditor externo, ao realizar testes no cálculo do valor recuperável de um ativo imobilizado, feito pelo método do fluxo de caixa descontado, identificou que a taxa utilizada para descontar o fluxo de caixa estava maior que a recomendada para aquela atividade. Dessa forma, pode-se afirmar que a conta: a) de ajuste especial no Patrimônio Líquido, está subavaliada. b) de despesa de depreciação, do imobilizado, está superavaliada. c) do ajuste especial no Resultado do Exercício, está subavaliada. d) de depreciação acumulada do imobilizado, está superavaliada. e) do ativo imobilizado está subavaliada. Resolução: Essa questão trata de um assunto regulamentado pela NBC TG 01, que é a Redução ao Valor Recuperável dos Ativos. Basicamente, esta norma define o valor recuperável como o maior valor entre o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa e o seu valor em uso. A taxa de desconto é uma forma de refletir as avaliações atuais de mercado acerca: (a) do valor do dinheiro no tempo; e (b) dos riscos específicos do ativo para os quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas. Portanto, se o auditor verificou que a taxa de desconto utilizada foi maior que a recomendada para aquela atividade, o ativo imobilizado ora em questão sofreu um descréscimo em seu valor em um montante maior do que deveria ter sido, estando a sua conta subavaliada. Sendo assim, gabarito da questão, alternativa E. 02. (ESAF / AFRFB / 2009) A empresa de prestação de serviços NBA Informática S.A. tem seus processos integrados sistemicamente. A folha de salários é integrada à contabilidade mensalmente. No mês de julho de 2009, não foi feita a parametrização no sistema, para contabilização de uma nova verba de horas extras a pagar, de 100% 167 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti de acréscimo. A folha de pagamentos apresentava remuneração de R$ 20.000,00 nessa verba. Dessa forma, pode-se afirmar que: a) o passivo está superavaliado e o resultado está subavaliado. b) o ativo está subavaliado e o passivo está superavaliado. c) o passivo está subavaliado e o resultado está subavaliado. d) os saldos estão adequados sem subavaliação ou superavaliação. e) o passivo está superavaliado e o resultado está superavaliado. Resolução: O enunciado da questão afirma que não foi feito o devido lançamento das horas extras referente ao período, sendo assim, temos que: a) Conta "horas extras a pagar" (do passivo) está subavaliada; b) Conta "despesas com horas extras" (do resultado) está subavaliada. Com isso podemos excluir as alternativas "A, B, D, e E". O gabarito provisório dado pela banca foi a alternativa "C", no entanto, a questão foi anulada já que a conta resultado não está subavaliada, o que está subavaliado é a conta DESPESA (com horas extras). Ou seja, a conta resultado está na verdade superavaliado (tendo em vista que não foram lançadas despesas que continham no período), o que torna o resultar maior do que ele seria. 03. (ESAF / AFRFB / 2009) A empresa Parcial S.A. realizou o estorno da Reserva de Reavaliação, conforme permissibilidade estabelecida pela Lei n. 11.638/2007. No entanto, o contador não realizou o estorno dos impostos pertinentes à reavaliação. Dessa forma pode-se afirmar que: a) a conta de reserva de reavaliação está superavaliada. b) a conta de investimento reavaliação está adequada. c) a conta de imposto de renda diferido está superavaliada. d) a conta de lucros acumulados está superavaliada. e) a conta de resultado do exercício está subavaliada. 168 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Resolução: Como o imposto pertinentes à reavaliação não foram estornados, a conta "imposto de renda diferido" está superavaliada (ou seja, está maior do que deveria estar). Portanto, gabarito letra "C". 04. (ESAF / AFRE-MG / 2005) Ao ser feita a análise da conta de Estoques da empresa Comercial de sapatos Ltda., o auditor externo depara-se com lançamento a débito, dessa conta, do valor referente a ICMS sobre mercadorias adquiridas. A consideração que pode ser feita sobre o processo de auditoria é que o auditor afirmará que: a) o saldo da conta encontra-se sub-avaliado em decorrência de o débito de ICMS ser um crédito de imposto da empresa. b) o lançamento deveria ter sido efetuado a débito de ICMS no resultado, por tratar-se de imposto sobre mercadorias. c) o lançamento é devido e o saldo da conta não se encontra nem super-avaliado, nem sub-avaliado. d) a conta deve ser ajustada, sendo creditada pelo valor e a contrapartida levada a resultado em despesa de ICMS. e) o saldo da conta encontra-se super-avaliado, em função do ICMS sobre mercadorias ser um direito da empresa. Resolução: A questão afirma que a conta estoque (ativo) recebeu um lançamento a débito referente ao valor do ICMS sobre mercadoria adquirida. No entanto, o correto lançamento deveria ser feito a débito de uma conta de "ICMS a recuperar", também do ativo. Sendo assim, o saldo da conta estoque encontra-se superavaliado, o que torna a alternativa E o gabarito da questão. 05. (ESAF / AFRFB / 2002) Durante o acompanhamento de um inventário físico de estoques, o auditor deve efetuar o cut-off para: a) determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares, bem como os documentos com eles relacionados, refletem o levantamento do inventário. 169 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti b) comprovar que efetivamente todos os itens a serem inventariados estão adequadamente acondicionados no almoxarifado da empresa. c) determinar o momento em que as três últimas compras e as três últimas vendas de mercadorias ocorreram durante o inventário. d) comprovar que os procedimentos adotados pela administração para a contagem de estoques são adequados às práticas usuais. e) comprovar que os documentos de compras de mercadorias estão suportados por documentação suporte às necessidades da empresa. Resolução: O termo "cut-off" refere-se ao teste de corte, que é nada mais do que determinar um ponto no tempo que servirá como delimitador, ou seja, o estoque será verificado até aquele ponto, de forma que seja possível confrontar a existência física com registro contábil (de acordo com o princípio da competência). Portanto, gabarito letra "A". 06. (ESAF / AFRFB / 2002) Durante o trabalho final de auditoria, o auditor identificou algumas diferenças numéricas em determinadas áreas testadas. Assinale, entre os pontos relacionados abaixo, o de maior relevância. a) Diferença de 2% no valor da depreciação anual do imobilizado. b) Ausência de apropriação pro-rata temporis de receita financeira. c) Diferença de 5% no valor da provisão para devedores duvidosos. d) Ausência de contratos de seguros dos veículos e caminhões. e) Diferença de 5%, considerado imaterial, de conciliação bancária. Resolução: A conciliação bancária é o cruzamento do saldo da conta corrente (no banco) com o saldo que consta nas demonstrações contábeis (na conta caixa). Para verificar qual alternativa tem maior relevância, devemos fazer uma comparação entre a materialidade e a natureza das transações. A alternativa "E" envolve transação com a conta caixa/banco, que são contas que movimentam o dinheiro da empresa, sendo que estas 170 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti diferenças detectadas na área financeira são as mais relevantes. Trata-se de área com grande incidência de fraudes. 07. (ESAF / AFRFB / 2002) O auditor independente, ao efetuar o teste de auditoria nos contratos de seguros, constatou que todas as apólices estavam em vigor conforme relatório entregue pelo contador da Cia. Siderúrgica Ferro e Aço S.A. Dois dias após o encerramento dos trabalhos de auditoria, uma explosão ocorre em uma das principais caldeiras da empresa e o auditor é convocado pelo conselho de administração do cliente para esclarecimentos, já que a cobertura de seguros não era suficiente para o sinistro ocorrido. Apesar de ter efetuado o teste quanto à vigência das apólices, o auditor não atentou em: a) verificar o grau de risco de eventual sinistro dos imobilizados. b) avaliar o montante segurado com o valor dos imobilizados. c) verificar as medidas preventivas tomadas pela empresa. d) avaliar a real situação financeira da companhia seguradora. e) verificar detalhadamente seguradora. as informações fornecidas para a Resolução: O enunciado afirma que o auditor verificou a vigência de todas as apólices, sem identificar problemas nisto. No entanto, após concluir o seu trabalho, ocorreu um sinistro na empresa e o auditor foi questionado com relação ao fato de que a cobertura dos seguros não era suficiente para cobrir o prejuízo gerado pelo sinistro. Sendo assim, fica evidente que o auditor não fez a verificação do valor das apólices (cobertura) dos seguros, em comparação com o valor dos ativos seguradas, o que nos leva a afirmar que a alternativa B é o gabarito da questão. As outras alternativas estão erradas pois não são aplicáveis ao caso, tendo em vista que o escopo da questão é: Valor das apólices (cobertura) vs Valor do ativos segurados. 08. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Para determinação da suficiência de cobertura de seguros para ativo 171 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti imobilizado deve-se proceder ao confronto da cobertura da apólice com o valor: a) da existência física do ativo imobilizado. b) das despesas antecipadas. c) total das despesas de seguros. d) do saldo contábil do ativo imobilizado. e) do Patrimônio Líquido. Resolução: A questão procura saber qual o procedimento adequado a ser utilizado pelo auditor para verificar a "suficiência" dos seguros para ativo imobilizado, ou seja, ele quer saber se o valor segurado é compatível com o valor do ativo imobilizado. Portanto, o mesmo deve confrontar a cobertura da apólice com o valor do saldo contábil do ativo imobilizado, o que torna a alternativa D o gabarito da questão. 09. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Assinale a opção em que o procedimento de revisão analítica não está associado a clientes. a) Análise de flutuações de volume ou na quantidade de vendas por produto. b) Análise do nível de devoluções e abatimentos por clientes individualmente. c) Margem bruta por produto ou por localidade de seus postos de vendas. d) Análise de variação de preços de produtos entregues pelos fornecedores. e) Alterações nos preços unitários e taxas de desconto para clientes especiais. Resolução: A questão procura uma alternativa que a revisão analítica (atualmente chamada de procedimento analítico) não está associada 172 mas sim. 173 . Sendo assim. sendo a alternativa D é o gabarito da questão. saldo contábil ou divulgação. Resolução: De acordo com o item 13 da NBC TA 200. no item A38 da NBC TA 200 temos a seguinte consideração: "A38. a uma distorção que possa ser relevante. e) Análise de composição de estoques. Portanto. a "análise de variação de preços de produtos entregues pelos fornecedores" não tem relação a conta clientes.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. saldos contábeis e divulgações do que para outras. As alternativas A. alguma análise efetuada em contas que não envolvam os clientes da entidade. ele pode ser mais alto para cálculos complexos ou contas compostas de valores derivados de estimativas contábeis sujeitas à incerteza significativa de estimativa. Lucas Salvetti aos clientes. c) Variação no custo-padrão é relevante. temos que risco inerente é a "suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação. d) Processo de produção envolve várias etapas complexas. Por exemplo. C e D apresentam situações que influenciam na análise deste risco inerente da conta estoque.Receita Federal 2012 .Auditoria . a conta fornecedor. b) Alterações significativas nos níveis de produção. individualmente ou em conjunto com outras distorções. a) Flutuações significativas nos preços de materiais. antes da consideração de quaisquer controles relacionados". tendo em vista que tais influências externas aumentam a incerteza e a probabilidade de que a conta possua uma distorção relevante. Além disso. B. a alternativa E é o gabarito da questão. ou seja. 10. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Assinale a opção que não corresponde ao fator de risco inerente em estoques. O risco inerente é mais alto para algumas afirmações e classes relacionadas de transações. Circunstâncias externas que dão origem a riscos de negócios também podem influenciar o risco inerente". temos no item 4 da NBC TA 501 a previsão para o comportamento do auditor.7 − Quando o valor envolvido for expressivo em relação à posição patrimonial e financeira e ao resultado das operações. quando a empresa for industrial elaborando os ajustes necessários nas demonstrações contábeis.".7"b" da NBC T 11 (vigente à época da prova): " 11. Lucas Salvetti 11.6. apresentando as divergências para que a empresa possa realizar os ajustes e elaborar as demonstrações contábeis. b) quando o valor dos estoques for expressivo em relação à posição patrimonial e financeira da empresa.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.2. c) acompanhar e colaborar na execução do inventário físico.2. o auditor deve acompanhar o inventário físico executando testes de confirmação das contagens físicas e procedimentos complementares necessários. sendo desobrigado de acompanhar o inventário físico em qualquer situação. Resolução: Esta questão trata-se de uma cópia literal do item 11. 174 . é responsabilidade do auditor: a) sempre acompanhar e aplicar testes que confirmem a existência física dos elementos registrados nas contas contábeis da empresa auditada. e) confirmar que os ajustes apurados no inventário físico tenham sido contabilizados.Auditoria . Atualmente. com relação ao estoque da empresa auditada: "4.Receita Federal 2012 .6. (FCC / AFTE-PB / 2006) Em relação ao Inventário Físico de Estoques a ser realizado pelas empresas. o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação a existência e as condições do estoque mediante: a) acompanhamento da contagem física dos estoques. executando os testes de contagem física e procedimentos complementares aplicáveis. deve o auditor: b) acompanhar o inventário físico realizado pela entidade. Se o estoque for relevante para as demonstrações contábeis. a não ser que seja impraticável. d) proceder ao inventário físico. 12. assim como os passivos e despesas não devem ser subestimados (por isso adota-se o maior valor). Alternativa "E" está errado ao dizer que o auditor está desobrigado de acompanhar o inventário físico em qualquer situação. (FCC / AFTE-PB / 2006) O auditor ao aplicar os testes de superavaliação ou subavaliação nas contas de Ativos e Passivos objetiva confirmar se o contador observou.Receita Federal 2012 . sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. não do auditor). Lucas Salvetti b) execução de procedimentos de auditoria nos registros finais de estoque da entidade para determinar se refletem com precisão os resultados reais da contagem de estoque. na elaboração das demonstrações contábeis. d) do custo como base do valor. b) da oportunidade. Alternativa "D" está errada ao colocar o auditor num papel de colaborador da empresa. Resolução: De acordo com a resolução CFC nº 750/93. Alternativa "C" está errada ao afirmar que o auditor deve colaborar para realização do inventário físico (isto é de responsabilidade da empresa. c) da materialidade. temos que o "Princípio da Prudência" determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo.Auditoria ." Alternativa "A" encontra-se errada ao afirmar que sempre deve acompanhar. os ativos e receitas não devem ser superestimados (por isso adota-se o menor valor). como funcionário. tendo em vista que diante de condições de incertezas nas estimativas. e) da prudência.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o princípio a) da entidade. 175 . Este princípio pressupõe o emprego de certo grau de precaução. mas cuja baixa não tinha sido registrada na escrituração contábil.Receita Federal 2012 . Madeirense verificou a existência de várias duplicatas quitadas. Esse fato constitui um indício de a) falta de origem para suprimentos de caixa. emitidas por fornecedores da companhia. Ativo/passivo contábeis. e) passivo oculto.Auditoria . (FCC / ISS SP / 2007) Nos trabalhos de auditoria externa. fictício: só existem nas demonstrações Ativo/passivo oculto: existem de fato. alternativa "C" é o gabarito da questão. c) passivo fictício. mas não constam nas demonstrações contábeis. ele não existe de fato). 176 . o profissional encarregado de revisar as contas a pagar da Cia. Lucas Salvetti 13. b) subestimação de passivos. d) passivo real a descoberto. Sendo assim. Resolução: Passívo fictício é aquele que só existe nas demonstrações contábeis (ou seja.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 1 – Seleção de itens para testes para obtenção de evidência de auditoria. e amostragem de auditoria. Há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência apropriada e suficiente Natureza repetitiva (executado automaticamente por sistema torna o exame eficiente quanto aos custos) 177 . Lucas Salvetti CAPÍTULO 07 – Amostragem Estatística: Tipos de Amostragem. 1 – AMOSTRAGEM 1. A aplicação de qualquer um desses meios ou de uma combinação deles pode ser apropriada dependendo das circunstâncias específicas. É improvável um exame de 100% no caso de testes de controles. Tamanho da Amostra.Receita Federal 2012 . Seleção da Amostra. Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens a serem testados são: a) b) c) seleção de todos os itens (exame de 100%). Ao definir os testes de controles e os testes de detalhes.Auditoria . por exemplo. é mais comum para testes de detalhes. e a praticidade e eficiência dos diferentes meios. o auditor deve determinar meios para selecionar itens a serem testados que sejam eficazes para o cumprimento dos procedimentos de auditoria. O auditor pode decidir que será mais apropriado examinar toda a população de itens que constituem uma classe de transações ou saldo contábil (ou um estrato dentro dessa população).Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. os riscos de distorção relevante relacionado à afirmação que está sendo testada. seleção de itens específicos. Avaliação do Resultado do Teste.. contudo. Risco de Amostragem. População constitui um número pequeno de itens de grandes valor Seleção de todos itens é apropriado quando. portanto. O risco de amostragem pode levar a dois tipos de conclusões errôneas: a) no caso de teste de controles. O auditor está preocupado com esse tipo de conclusão errônea porque ela afeta a eficácia da auditoria e é 178 . ao usar a amostragem em auditoria. particularmente propensos a risco ou que tenham histórico de erro. ii) todos os itens acima de certo valor. O objetivo do auditor. itens suspeitos.Receita Federal 2012 . iii) itens para obtenção de informação.2 – Objetivo. com base em amostra. em que não seja identificada distorção relevante. Itens específicos selecionados podem incluir: i) valor alto ou itens-chave. pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. quando. O auditor pode decidir selecionar itens específicos dentro de uma população porque eles têm valor elevado ou exibem alguma característica. de modo a verificar uma grande proporção do valor total de uma classe de transações ou saldo contábil. O auditor pode decidir examinar itens cujos valores registrados excedam certo valor. é o de proporcionar uma base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada. 1. A amostragem em auditoria destina-se a possibilitar conclusões a serem tiradas de uma população inteira com base no teste de amostragem extraída dela.Auditoria . ela existe. não usuais. em que os controles são considerados mais eficazes do que realmente são ou no caso de teste de detalhes. na verdade.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. O auditor pode examinar itens para obter informações sobre assuntos como a natureza da entidade ou a natureza de transações. Lucas Salvetti Os resultados de procedimentos de auditoria aplicados a itens selecionados conforme abaixo não podem ser projetados para a população inteira. por exemplo. o exame seletivo de itens específicos não fornece evidência de auditoria referente ao restante da população. Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor. que são relevantes para a finalidade do procedimento de auditoria 179 . o auditor deve considerar os fins específicos a serem alcançados e a combinação de procedimentos de auditoria que devem alcançar esses fins. 1. e b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras. Lucas Salvetti provável que apropriada. e somente elas. A consideração do auditor sobre a finalidade do procedimento de auditoria inclui um claro entendimento do que constitui desvio ou distorção. o auditor deve considerar: 1) a finalidade do procedimento de auditoria. 2) as características da população da qual será retirada a amostra. quando. Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população. incluindo a mensuração do risco de amostragem.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. na verdade. em que os controles são considerados menos eficazes do que realmente são ou no caso de teste de detalhes.Receita Federal 2012 . de modo que todas essas condições. Amostragem estatística é a abordagem à amostragem com as seguintes características: a) seleção aleatória dos itens da amostra.3 – Definição da amostra. Ao definir uma amostra de auditoria.Auditoria . A amostragem em auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem de amostragem não estatística como a estatística. Esse tipo de conclusão errônea afeta a eficiência da auditoria porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer que as conclusões iniciais estavam incorretas. Ao definir uma amostra de auditoria. ela não existe. em que seja identificada distorção relevante. tamanho e seleção dos itens para teste. leve a uma opinião de auditoria não b) no caso de teste de controles. ii) Seleção sistemática. em que a quantidade de unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem como. Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações.Receita Federal 2012 . Lucas Salvetti estejam inclusas na avaliação de desvios ou na projeção de distorções. O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um nível mínimo aceitável. seleção sistemática e seleção ao acaso. por exemplo. Os i) Seleção aleatória (aplicada por meio de geradores de números aleatórios como.1 – Métodos de seleção da amostra Existem muitos métodos principais são os seguintes: para selecionar amostras. e após 180 . A decisão quanto ao uso de abordagem de amostragem estatística ou não estatística é uma questão de julgamento do auditor.Auditoria .3. maior deve ser o tamanho da amostra. por exemplo. O objetivo da estratificação é o de reduzir a variabilidade dos itens de cada estrato e. O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra exigido. Os principais métodos para selecionar amostras correspondem ao uso de seleção aleatória. portanto. o tamanho da amostra não é um critério válido para distinguir entre as abordagens estatísticas e não estatísticas. permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de amostragem. 50. entretanto. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar. O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada. o auditor pode determinar que a estratificação ou a seleção com base em valores é apropriada. 1. tabelas de números aleatórios). cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário).Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Ao considerar as características da população da qual a amostra será extraída. v) Seleção de bloco envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos da população. a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em valores monetários. o auditor. apropriados à finalidade. 1.Auditoria . o auditor deve executar o procedimento em um item que substitua o anteriormente selecionado. A seleção de bloco geralmente não pode ser usada em amostragem de auditoria porque a maioria das populações está estruturada de modo que esses itens em seqüência podem ter características semelhantes entre si. mas características diferentes de outros itens de outros lugares da população. o auditor deve obter um alto grau de certeza de que essa distorção ou esse desvio não sejam representativos da população.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. iii) Amostragem de unidade monetária é um tipo de seleção com base em valores. na qual o tamanho. quando o auditor considera que uma distorção ou um desvio descobertos na amostra são anomalias. O auditor deve investigar a natureza e a causa de quaisquer desvios ou distorções identificados e avaliar o possível efeito causado por eles na finalidade do procedimento de auditoria e em outras áreas de auditoria. para cada item selecionado. Em circunstâncias extremamente raras.4 – Execução de procedimentos de auditoria. evitaria qualquer tendenciosidade ou previsibilidade consciente. Se o procedimento de auditoria não for aplicável ao item selecionado. iv) Seleção ao acaso.Receita Federal 2012 . O auditor deve executar os procedimentos de auditoria. na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada. ainda assim. 181 . mediante a execução de procedimentos adicionais de auditoria. procurando se assegurar de que todos os itens da população têm uma mesma chance de seleção.5 – Natureza e causa de desvios e distorções. toda 50ª unidade de amostragem seguinte é selecionada. Lucas Salvetti determinar um ponto de início dentro das primeiras 50. 1. Embora nenhuma técnica estruturada seja usada. A seleção ao acaso não é apropriada quando se usar a amostragem estatística. 182 . Para testes de controles. definida pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa taxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio na população. Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos.Receita Federal 2012 . Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na população.7 – Avaliação do resultado da amostragem em auditoria. Para os testes de detalhes. as distorções encontradas na amostra. para a população. Se a distorção projetada for maior do que as expectativas de distorção do auditor usadas para determinar o tamanho da amostra. é a melhor estimativa do auditor de distorção na população. O auditor deve projetar as distorções para a população para obter uma visão mais ampla da escala de distorção. e b) se o uso de amostragem de auditoria forneceu uma base razoável para conclusões sobre a população que foi testada.6 – Projeção de distorções. 1. a amostra não fornece uma base razoável para conclusões sobre a população que foi testada. Quando a distorção projetada mais a distorção anômala.Auditoria . Lucas Salvetti Anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo de distorção ou desvio em uma população. 1. No caso de testes de detalhes. não é necessária qualquer projeção explícita dos desvios uma vez que a taxa de desvio da amostra também é a taxa de desvio projetada para a população como um todo. o auditor deve projetar. se houver.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. O auditor deve avaliar: a) os resultados da amostra. a distorção projetada mais a distorção anômala. excederem uma distorção tolerável. quando houver. *Exemplos de fatores que influenciam o tamanho da amostra para os testes de controles FATOR EFEITO NO TAMANHO DA AMOSTRA 1. Quando a avaliação do auditor quanto ao risco de distorção relevante no nível de afirmações inclui uma expectativa da efetividade operacional dos controles. Lucas Salvetti o auditor pode concluir que há um risco inaceitável de amostragem de que a distorção real na população exceda a distorção tolerável. menor será a avaliação do auditor quanto ao risco de distorção relevante e maior deve ser o tamanho da amostra. portanto. Aumento taxa tolerável desvio na Redução de Quanto menor a taxa tolerável de desvio. 2.Receita Federal 2012 .Auditoria . maior o tamanho da amostra). Sendo os outros fatores iguais. quanto maior for a confiança que o auditor deposita na efetividade operacional dos controles na avaliação de risco.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o auditor tem que executar os testes de controles. maior será a extensão dos testes de controles do auditor (e. 183 . Aumento na Aumento extensão na qual a avaliação de risco do auditor leva em consideração os controles relevantes Quanto mais segurança o auditor pretende obter da efetividade operacional dos controles. maior o tamanho da amostra precisa ser. no 184 . o tamanho real da população tem pouco efeito. procedimentos de avaliação de risco realizados para obter entendimento do controle interno). resultados dos procedimentos de auditoria aplicados em períodos anteriores e os resultados de outros procedimentos de auditoria. Aumento quantidade unidades na Efeito de negligenciá de Para populações grandes. pouca redução do risco de distorção relevante avaliado. 4.Receita Federal 2012 .Auditoria . Fatores relevantes para a consideração do auditor sobre a taxa esperada de desvio incluem o entendimento do auditor dos negócios da entidade (em particular. 5. se garantirem.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. se houver. maior o tamanho da amostra precisa ser para que o auditor esteja em posição de fazer uma estimativa razoável da taxa real de desvio. Aumento no Aumento nível de segurança desejado do auditor de que a taxa tolerável de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio na população Quanto maior for o nível de segurança de que o auditor espera que os resultados da amostra sejam de fato indicativos com relação à incidência real de desvio na população. Aumento na Aumento taxa esperada de desvio da população a ser testada Quanto mais alta a taxa esperada de desvio. maior deve ser o tamanho da amostra. Altas taxas esperadas de desvio de controle geralmente garantem. mudanças no pessoal ou no controle interno. Lucas Salvetti 3. Auditoria . PARA MEMORIZAÇÃO: Extensão na qual a avaliação de risco leva em consideração os controles relevantes Relação direta Taxa esperada de desvio Nível de segurança desejado (taxa tolerável de desvio não seja excedida pela taxa real) Relação inversa Taxa tolerável de desvio Efeito negligenciável Quantidade de unidades de amostragem na população 185 . a amostragem de auditoria pode não ser tão eficiente quanto os meios alternativos para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.Receita Federal 2012 . Para pequenas populações. Lucas Salvetti amostragem população na vel tamanho da amostra.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. entretanto. Lucas Salvetti *Exemplos de fatores que influenciam o tamanho da amostra para os testes de detalhes FATOR EFEITO NO TAMANHO DA AMOSTRA 1.Auditoria . o auditor precisa de um risco baixo de detecção e pode confiar mais em procedimentos substantivos.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. se o auditor não executar os testes de controles. 2. maior precisa ser o tamanho da amostra. a avaliação de risco do auditor não pode ser reduzida pela operação eficiente dos controles internos com relação à afirmação em particular.Receita Federal 2012 . maior deve ser o tamanho da amostra. para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável. Aumento no Redução uso de outros procedimentos substantivos direcionados à mesma afirmação Quanto mais o auditor confia em outros procedimentos substantivos (testes de detalhes ou procedimentos analíticos substantivos) para reduzir a um nível aceitável o risco de detecção relacionado com uma população em particular. quanto mais baixo for o risco de detecção). Portanto. A avaliação do risco de distorção relevante do auditor é afetada pelo risco inerente e pelo risco de controle. Aumento na Aumento avaliação do risco de distorção relevante do auditor Quanto mais alta a avaliação do risco de distorção relevante do auditor. Quanto mais evidência de auditoria for obtida com os testes de detalhes (ou seja. menos segurança o 186 . Por exemplo. maior o tamanho da amostra precisa ser.Receita Federal 2012 . menor pode ser o tamanho da amostra.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 3. Lucas Salvetti auditor precisa da amostragem e. excedido pela distorção real na população. portanto. maior o tamanho da amostra precisa ser. 4. 5.Auditoria . Aumento no Aumento nível de segurança desejado pelo auditor de que uma distorção tolerável não é excedida pela distorção real na população Quanto maior o nível de segurança de que o auditor precisa de que os resultados da amostra sejam de fato indicativos do valor real de distorção na população. os resultados dos testes de controle. Aumento na Redução distorção tolerável Quanto menor for a distorção tolerável. maior deve ser o tamanho da amostra para se fazer uma estimativa razoável do valor real de distorção na população. Os fatores relevantes para a consideração do auditor do valor de distorção esperado incluem a extensão na qual os valores dos itens são determinados subjetivamente. os resultados de procedimentos de auditoria aplicados em períodos anteriores e os resultados de outros 187 . Aumento no Aumento valor da distorção que o auditor espera encontrar na população Quanto maior for o valor da distorção que o auditor espera encontrar na população. os resultados dos procedimentos de avaliação de risco. o tamanho real da população tem pouco efeito. Lucas Salvetti procedimentos substantivos. Estratificação Redução da população. Assim. 188 . se houver. Quando a população pode ser adequadamente estratificada. ao usar a amostragem de unidade monetária. se aplicável. (Entretanto. 6.Auditoria .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. quando apropriado Quando houver uma faixa ampla (variabilidade) no tamanho monetário dos itens da população. o conjunto de tamanhos de amostra dos estratos geralmente será menor do que o tamanho da amostra que seria necessário para alcançar certo nível de risco de amostragem se uma amostra tivesse sido retirada de toda a população. a menos que isso seja compensado por um aumento proporcional na materialidade para as demonstrações contábeis como um todo e. Quantidade Efeito de unidades de negligenciá amostragem na vel população Para populações grandes. 7. um aumento no valor monetário da população aumenta o tamanho da amostra. nível ou níveis de materialidade para classes específicas de operações. pode ser útil estratificar a população. saldos de contas e divulgações). no tamanho da amostra. para pequenas populações. a amostragem de auditoria não é geralmente tão eficiente quanto os meios alternativos para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.Receita Federal 2012 . Auditoria .Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti PARA MEMORIZAÇÃO: Risco de distorção relevante Relação direta Distorção esperada Nível de segurança desejado (distorção tolerável não seja excedida pela distorção real) Relação inversa Uso de outros procedimentos substantivos direcionados à mesma afirmação Distorção tolerável Efeito negligenciável Quantidade de unidades de amostragem na população 189 . Receita Federal 2012 . O nível de risco que o auditor está disposto a aceitar não afeta o tamanho da amostra exigido em razão da existência de outros controles a serem utilizados. se verdadeiro ou falso. V b) F. Existem outros riscos não resultantes da amostragem tais como o uso de procedimentos de auditoria não apropriados. I. F d) F. Temos no item 5D e A1 da NBC TA 530 que: 190 .VERDADEIRO. Alternativa II . V. V. F. Alternativa III . V. V.FALSO. É o que afirma o item 8 da NBC TA 530. uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um aumento no risco identificado de distorção relevante. temos que: "Quanto mais alta a taxa esperada de desvio. IV.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Capítulo 07: 01. V. II. III.VERDADEIRO. Para os testes de controle. a) V.Auditoria . De acordo com o apêndice 2 da NBC TA 530. O auditor seleciona itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada. F Resolução: Alternativa I . os itens a seguir a respeito do uso de amostragem estatística em auditoria e assinale a opção que indica a sequência correta. maior o tamanho da amostra precisa ser para que o auditor esteja em posição de fazer uma estimativa razoável da taxa real de desvio". V c) V. F. V. F. F. Lucas Salvetti Exercícios Comentados . conforme transcrito abaixo: "8. (ESAF / ISS RJ / 2010) Avalie. V e) V. O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada". e) Todas são verdadeiras.Errado. gabarito da questão.Receita Federal 2012 .VERDADEIRO. Para os testes de controles. 191 . (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor. Está de acordo com o exposto pelo item A21 da NBC TA 530: "A21. deve considerar: I. d) Todas são falsas. a menos que sejam obtidas evidências adicionais de auditoria que comprovem a avaliação inicial". alternativa B. c) I e III são verdadeiras. sem considerar os erros esperados. Os exemplos de risco não resultante da amostragem incluem o uso de procedimentos de auditoria não apropriados ou a interpretação errônea da evidência de auditoria e o não reconhecimento de uma distorção ou de um desvio". Portanto. cada qual contendo um grupo de unidades de amostragem com características homogêneas ou similares. De acordo com o item 5 da NBC TA 530. Lucas Salvetti "5(d) . b) Somente a II é verdadeira. amostragem. que cada item que compõe a amostra é conhecido como unidade de amostragem.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem". ao realizar o processo de escolha da amostra. a) Somente a I é verdadeira. que estratificação é o processo de dividir a população em subpopulações. e "A1. uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um aumento no risco identificado de distorção relevante.Auditoria . o risco de Resolução: Alternativa I . na determinação do tamanho da amostra. unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população. III. 02. II. Alternativa IV . A NBC TA 530 diz. maior deve ser o tamanho da amostra". 04.Errado. (ESAF / AFRFB / 2009) No processo de amostragem o LSE Limite Superior de Erro para superavaliações é determinado pela: a) soma do erro projetado e da provisão para risco de amostragem. identifique a que não está relacionada à determinação da amostra a) estratificação b) tamanho c) erro tolerável d) erro esperado e) sequencia 192 . c) soma do erro estimado e da confi abilidade da amostra.Certo. Portanto. b) divisão da população pela amostra estratifi cada. e) subtração do erro total. como afirma o item A10 da NBC TA 530: "O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra exigido. Alternativa III . que "estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações. (ESAF / AFTE-RN / 2005) Das assertivas a seguir. 03.Receita Federal 2012 . Resolução: A fórmula básica para que o auditor obtenha o limite superior de erro (LSE) para superavaliação é: LSE = EP + PRA. onde EP é o erro projetado e PRA é a provisão para risco de amostragem.Auditoria . em seu item 5. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) divisão do erro total pela população escolhida. cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes". Lucas Salvetti Alternativa II . O "erro esperado" deve ser considerado. gabarito letra "B". do desvio das possíveis perdas amostrais. f) o erro tolerável. Lucas Salvetti Resolução: De acordo com a norma vigente à época da prova (NBC T 11. o auditor deve levar em consideração os seguintes aspectos: a) os objetivos específicos da auditoria. o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra". Ao definir uma amostra de auditoria. Ao considerar as características da população da qual a amostra será extraída.11). inclui um claro entendimento do que constitui desvio ou distorção". o auditor pode determinar que a estratificação ou a seleção com base em valores é apropriada".. para determinar a extensão de um teste de auditoria. temos no seu item 11. temos no item A5 e A6 que: "A5.. d) o tamanho da amostra. Atualmente. Portanto.2. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2004) O auditor. 05. 193 . e) o risco da amostragem. b) a população da qual o auditor deseja extrair a amostra. Ao planejar e determinar a amostra de auditoria.2. c) a estratificação da população.1.)A consideração da natureza da evidência de auditoria desejada e as eventuais condições de desvio ou distorção ou outras características relacionadas com essa evidência de auditoria ajudam o auditor a definir o que constitui desvio ou distorção e qual população usar para a amostragem".11. "sequência" não é um item considerado ao utilizar o procedimento de amostragem.1. Adiante na mesma norma. sendo a alternativa E o gabarito da questão.11.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. "A8. e g) o erro esperado".Receita Federal 2012 . "A6.A consideração do auditor sobre a finalidade do procedimento de auditoria. temos que: "6. O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um nível mínimo aceitável".2.Auditoria . de acordo com o item 6 e 7 da NBC TA 530. "7. pode recorrer a técnicas de amostragem. (.2 que: "11. Adiante na mesma norma. A uniformidade não é um quesito levado em conta. o que torna a alternativa "E" o gabarito da questão.Receita Federal 2012 . quanto menor o tamanho da amostra: a) a taxa de desvio aceitável será maior.Auditoria . 194 . c) a taxa de desvio aceitável será menor. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando da aplicação da técnica de amostragem estatística em testes substantivos. 06. b) a quantificação do erro tolerável será maior. e) esta não afeta o erro tolerável nem o esperado. d) a quantificação do erro tolerável será menor. temos no item A5 a explicação de que a "consideração da natureza da evidência de auditoria desejada e as eventuais condições de desvio ou distorção ou outras características relacionadas com essa evidência de auditoria ajudam o auditor a definir o que constitui desvio ou distorção e qual população usar para a amostragem". o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra". assim como ele deve "determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um nível mínimo aceitável". Lucas Salvetti Qual dos fatores abaixo não corresponde a um fator a ser levado em consideração na determinação da amostra? a) tamanho da amostra b) risco de amostragem c) erro tolerável d) erro esperado e) uniformidade Resolução: De acordo com o item 6 e 7 da NBC TA 530. conforme exposto acima. temos que " ao definir uma amostra de auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e) analisar qualquer erro detectado na amostra. analisar qualquer erro detectado na amostra. projetar os erros encontrados na amostra para a população. ou seja.11.2. Resolução: De acordo com a NBC T 11. ainda assim. c) analisar qualquer erro detectado na amostra. onde temos que "quanto menor for a distorção tolerável. sendo que quanto menor o erro tolerável. em cada item da amostra. projetar os erros encontrados na amostra para a população. concluir que o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria. analisar qualquer erro detectado na amostra. projetar os erros encontrados na amostra para a população. analisar qualquer erro detectado na amostra.11.1. reavaliar o risco de amostragem. existe uma relação inversa entre a distorção tolerável e o tamanho da amostra. A mesma previsão encontra-se atualmente de acordo com o apêndice 3 da NBC TA 530. reavaliar o risco de amostragem.11.1 da NBC T 11. os procedimentos de auditoria apropriados. projetar os erros encontrados na amostra para a população.7.1. Tendo executado. (ESAF / AFRFB / 2002) Executados.Receita Federal 2012 . o auditor deve: 195 .11. 07. temos que: "11.4.1. b) reavaliar o risco de amostragem. d) reavaliar o risco de amostragem. o que torna a alternativa A o gabarito da questão. os resultados da amostra devem ser avaliados pelo auditor conforme a seqüência a seguir: a) projetar os erros encontrados na amostra para a população.4. maior o tamanho da amostra precisa ser". maior deve ser o tamanho da amostra ". Lucas Salvetti Resolução: De acordo com o item 11.11.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. reavaliar o risco de amostragem. em seu item 11. para cada item da amostra. os procedimentos de auditoria apropriados aos seus objetivos.Auditoria . pode-se afirmar que "o erro tolerável é o erro máximo na população que o auditor está disposto a aceitar e. Sendo que. com base em amostra. gabarito da questão é a alternativa "E". e) rejeição incorreta e aceitação incorreta. "Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor. embora o resultado da aplicação de procedimentos de auditoria sobre a amostra leve à conclusão de que o saldo de uma conta ou classe de 196 . b) extrapolar os erros encontrados na amostra para a população. Lucas Salvetti a) analisar qualquer erro detectado na amostra. Natureza e causa de desvios e distorções.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.2.11. d) rejeição incorreta e subavaliação da confiabilidade. No que se refere aos procedimentos substantivos. e c) reavaliar o risco de amostragem. Projeção de distorções. pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria”. 2." 08.6. Resolução: De acordo com a NBC TA 530. temos a seguinte sequência de atividades efetuadas pelo auditor. (ESAF / AFRFB / 2002) O risco de amostragem em auditoria nos testes de procedimentos de comprovação pode ser assim classificado: a) subavaliação e superavaliação da confiabilidade. de acordo com a NBC TA 530. a NBC T 11 em seu item 11. e 3. Atualmente. b) aceitação incorreta e superavaliação da confiabilidade.Auditoria . no que se refere a amostragem: 1. o auditor deve avaliar: "(a) os resultados da amostra .Receita Federal 2012 ." Sendo assim.2-2 classifica o risco em: "a) Risco de rejeição incorreta: é o risco de que. e (b) se o uso de amostragem de auditoria forneceu uma base razoável para conclusões sobre a população que foi testada. Avaliação do resultado da amostragem em auditoria. c) superavaliação da confiabilidade e rejeição incorreta. de acordo com o item 3. risco de amostragem e erro esperado.Auditoria . gabarito letra "C". o auditor deve considerar: a) tamanho da população. b) Risco de aceitação incorreta: é o risco de que. mas. c) risco da população. excederem uma distorção tolerável. (ESAF / AFRFB / 2002) O auditor deve reavaliar o risco de amostragem quando o: a) erro tolerável excede os erros da população. b) risco de controle excede o risco de rejeição. a amostra não fornece uma base razoável para conclusões sobre a população que foi testada". e) erro tolerável excede o risco de detecção. 197 . distorcido.11. relevantemente. item 11. 10. Lucas Salvetti transações registradas efetivamente. Resolução: O risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor. em seu item A22: "Quando a distorção projetada mais a distorção anômala. 09.4. risco de controle e erro esperado. d) risco de aceitação excede o de rejeição. se houver. Portanto. b) tamanho da população. De acordo com a NBC T 11. com base em amostra. erro tolerável e erro esperado. embora o resultado da aplicação de procedimentos de auditoria sobre a amostra leve à conclusão de que o saldo de uma conta ou classe de transações registradas não está. mas..Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Temos atualmente a previsão na NBC TA 530. não está.. relevantemente.4.)". distorcido.11. o auditor deve reconsiderar sua avaliação anterior do risco de amostragem (.Receita Federal 2012 . pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. efetivamente. (ESAF / AFRFB / 2002) Ao determinar o tamanho de uma amostra. está". está. c) erro da população excede o erro tolerável.3 "quando o erro projetado (para população) exceder o erro tolerável. quando na verdade o correto seria "risco de amostragem". bem como os erros toleráveis e os esperados". alternativas "A. o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra".5. Resolução: De acordo com o item 11.1 da NBC T 11. tamanho da população e desvio aceitável.11. A alternativa "C" erra ao dizer "risco da população".Receita Federal 2012 .11. 198 . temos na NBC TA 530 em seu item 6 e 7 que: "6.Auditoria . erro tolerável e erro esperado.2. De acordo com o apêndice 2 e 3 da NBC TA 530. o auditor deve considerar o risco de amostragem.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Atualmente. "7. Lucas Salvetti d) risco de amostragem. O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra exigido". o auditor "ao determinar o tamanho da amostra. e) risco de detecção. o tamanho da população não influencia no tamanho da amostra. Ao definir uma amostra de auditoria. sendo assim. B e C" estão incorretas. e b) evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e as exigências legais e regulamentares aplicáveis. ii) assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do trabalho de auditoria assim como na revisão dos trabalhos. iv) manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras.2 – Natureza e finalidade da documentação de auditoria. e iii) das conclusões alcançadas pelo auditor. A documentação de auditoria adicionais. conteúdo. A documentação de auditoria (usualmente também é utilizada a expressão “papéis de trabalho”) é o registro: i) dos procedimentos de auditoria executados. que incluem: serve para várias finalidades i) assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria. 1. Representação Formal . iii) permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho. v) permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidade em conformidade com a NBC PA 01.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Carta de Responsabilidade da Administração: objetivo. 199 .Auditoria . Lucas Salvetti CAPÍTULO 08 – Documentação de Auditoria (papéis de trabalho).1 – Objetivo. 1 – Documentação de Auditoria 1. ii) da evidência de auditoria relevante obtida. O objetivo do auditor é preparar documentação que forneça: a) registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório do auditor. já que isso aprimora a qualidade da auditoria e facilita a revisão e a avaliação das evidências de auditoria e das conclusões obtidas antes da finalização do relatório do auditor. No entanto. as conclusões obtidas a respeito deles e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões.4 – Documentação dos procedimentos executados e da evidência de auditoria obtida.Receita Federal 2012 . A documentação de auditoria pode ser registrada em papel. O auditor deve preparar tempestivamente a documentação de auditoria. 1. e c) assuntos significativos identificados durante a auditoria. A documentação elaborada após a execução do trabalho de auditoria tende a ser menos precisa do que aquela elaborada no momento em que o trabalho é executado. cabe salientar que ela não substitui os registros contábeis da entidade. sendo que para a entidade de pequeno porte geralmente é menos extensa do que a documentação de uma entidade de maior porte. Lucas Salvetti vi) permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências legais. não representam documentação adequada. 200 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida.Auditoria . época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis. sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria. em formatos eletrônicos ou outros. assim como explicações verbais do auditor.3 – Elaboração tempestiva da documentação. entenda: a) a natureza. regulamentares e outras exigências aplicáveis. de auditoria O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir que um auditor experiente. por si só. 1. d) importância da evidência de auditoria obtida. dos procedimentos de auditoria a serem c) riscos identificados de distorção relevante. b) natureza executados. g) metodologia e as ferramentas de auditoria usadas... o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem de fatores como: a) tamanho e complexidade da entidade. resumos de assuntos significativos cartas de confirmação e representação listas de verificação correspondências (inclusive correio eletrônico) referentes a assuntos significativos 201 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e) natureza e extensão das exceções identificadas. Lucas Salvetti ATENÇÃO!! ASSUNTO MUITO COBRADO EM PROVA: A forma.Auditoria . f) necessidade de documentar a conclusão ou a base da conclusão não prontamente determinável a partir da documentação do trabalho executado ou da evidência de auditoria obtida.Receita Federal 2012 . Exemplos de documentação de auditoria incluem: programas de auditoria análises memorandos de assuntos do trabalho Exemplos. se ele identificou informações referentes a um assunto significativo que são inconsistentes com a sua conclusão final. Se. Lucas Salvetti Não é necessário nem praticável para o auditor documentar todos os assuntos considerados ou todos os julgamentos profissionais exercidos na auditoria. ou que inclua referências cruzadas a outros documentos comprobatórios relevantes que forneçam tal informação. o auditor deve documentar: a) as circunstâncias identificadas. o auditor deve registrar: a) as características específicos testados.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . ele deve documentar como os procedimentos alternativos de auditoria executados cumprem a finalidade desse requisito. c) quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data e extensão de tal revisão. Ao documentar a natureza. a época e a extensão dos procedimentos de auditoria executados. e as razões para o não atendimento.Auditoria . O auditor deve documentar discussões de assuntos significativos com a administração. Além disso. O auditor pode considerar útil preparar e reter como parte da documentação de auditoria um resumo (conhecido também como memorando de conclusão) que descreva os assuntos significativos identificados durante a auditoria e como eles foram tratados. 202 . os responsáveis pela governança e outros. o auditor executar procedimentos novos ou adicionais ou chegar a outras conclusões após a data do relatório. ele deve documentar como tratou essa inconsistência. em circunstâncias excepcionais. Se. em circunstâncias excepcionais. o auditor julgar necessário não atender um requisito relevante de uma norma. que identificam os itens ou assuntos b) quem executou o trabalho de auditoria e a data em que foi concluído. Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e seu efeito sobre o relatório do auditor. conferir e acrescentar referências cruzadas aos documentos de trabalho. poderiam ter causado correções nas demonstrações contábeis ou levado o auditor a modificar o seu relatório. mas que existiam naquela data e que. Novas modificações podem ser feitas na documentação de auditoria durante o processo final de montagem se essas forem de natureza administrativa. da Exemplos de circunstâncias excepcionais incluem fatos que chegaram ao conhecimento do auditor após a data do seu relatório. Exemplos de tais modificações incluem: a) apagar ou descartar documentação superada. Um limite de tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria geralmente não ultrapassa 60 dias após a data do relatório do auditor (NBC PA 01. Lucas Salvetti b) os procedimentos novos ou adicionais executados. c) conferir itens das listas de verificação evidenciando ter cumprido os passos relativos ao processo de montagem do arquivo.Auditoria . item A54). O auditor deve montar a documentação em arquivo de auditoria e completar o processo administrativo de montagem do arquivo final de auditoria tempestivamente após a data do relatório do auditor.Receita Federal 2012 . 203 . d) documentar evidência de auditoria que o auditor obteve. discutiu e com a qual concordou junto aos membros relevantes da equipe de trabalho antes da data do relatório de auditoria.5 – Montagem do arquivo final de auditoria. b) selecionar. 1. a evidência de auditoria obtida e as novas conclusões alcançadas. e c) quando e por quem as modificações resultantes documentação de auditoria foram executadas e revisadas. se conhecidos na data. geralmente não é inferior a cinco anos a contar da data do relatório do auditor. o auditor não apaga nem descarta documentação de auditoria de qualquer natureza antes do fim do seu período de guarda dessa documentação. 2.Auditoria . o auditor não pode apagar nem descartar. Exemplo de modificação após a montagem do arquivo final auditoria: necessidade de esclarecimento da documentação auditoria existente em resposta a comentários recebidos durante inspeções de monitoramento executadas por partes internas externas. independentemente da natureza das modificações ou acréscimos. mas pode modificar/acrescentar a documentação de auditoria. de que eles cumpriram com suas responsabilidades pela elaboração das demonstrações contábeis e pela integridade das informações fornecidas ao auditor. dos responsáveis pela governança. de acordo com a NBC PA 01. 2 – Representações Formais. se o auditor determinar que estas 204 . Se o auditor julgar necessário modificar a documentação de auditoria existente ou acrescentar nova documentação de auditoria após a montagem do arquivo final de auditoria. Os objetivos do auditor são: a) obter representações formais da administração. deve documentar: i) as razões específicas para fazê-los. b) dar suporte a outras evidências de auditoria relevantes para as demonstrações contábeis ou para afirmações específicas nas demonstrações contábeis por meio de representações formais. o auditor.Receita Federal 2012 . item 47. de de as ou ATENÇÃO!! Após a montagem do arquivo final de auditoria. que. e ii) quando e por quem foram executados e revisados.1 – Objetivo. Lucas Salvetti Após a montagem do arquivo final de auditoria ter sido completada.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e quando apropriado. o fato de que a administração forneceu representações formais confiáveis não afeta a natureza ou extensão de outras evidências de auditoria que o auditor obtenha a respeito da responsabilidade da administração ou de afirmações específicas.Receita Federal 2012 . as representações formais são evidências de auditoria.Auditoria . e c) reagir apropriadamente às representações formais fornecidas pela administração e (quando apropriado dos responsáveis pela governança) ou se a administração (e quando apropriado. isso pode alertar o auditor quanto à possibilidade de que possam existir um ou mais problemas. Portanto. Embora forneçam evidência de auditoria necessária. Se a administração modificar ou não fornecer as representações formais solicitadas. As representações formais são informações necessárias que o auditor exige relativamente à auditoria das demonstrações contábeis da entidade. 2.3 – Membros da administração aos quais são solicitadas representações formais. representação formal é uma declaração escrita pela administração. 2. as representações formais. para confirmar certos assuntos ou suportar outra evidência de auditoria. Para fins das normas de auditoria. fornecida ao auditor. Além disso. sozinhas. os responsáveis pela governança) não fornecer as representações solicitadas pelo auditor. Lucas Salvetti são necessárias ou se forem exigidas por outras normas de auditoria. não fornecem evidência de auditoria apropriada e suficiente a respeito de nenhum dos assuntos dos quais tratam. As representações formais são importantes fontes de evidência de auditoria. Evidência de auditoria é a informação usada pelo auditor para chegar às conclusões nas quais se baseia o seu relatório de auditoria.2 – Representações formais como evidência de auditoria. O auditor deve solicitar representações formais dos membros da administração com responsabilidades apropriadas pelas demonstrações contábeis e conhecimento dos assuntos envolvidos. similarmente às respostas às indagações. 205 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o auditor determinar que é necessário obter uma ou mais representações formais para corroborar outras evidências de auditoria relevantes para as demonstrações contábeis ou para uma ou mais afirmações específicas nas demonstrações contábeis.4 – Representações formais sobre a responsabilidade da administração. além das citadas representações exigidas. Se.Receita Federal 2012 . e b) todas as transações foram registradas e estão refletidas nas demonstrações contábeis. 2. 206 . 2) afirmações específicas nas demonstrações contábeis.Auditoria . Exemplos de outros tipos de representação formal que o auditor pode considerar necessário solicitar: 1) declaração formal no sentido de que ela comunicou ao auditor todas as deficiências no controle interno de que a administração tenha conhecimento. O auditor deve solicitar à administração que forneça representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro.5 – Outras representações formais e comunicação de valor limite.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. O auditor deve solicitar à administração que forneça representação formal no sentido de que: a) forneceu ao auditor todas as informações e permitiu os acessos necessários conforme entendimentos nos termos do trabalho de auditoria. Outras normas de auditoria exigem que o auditor solicite representações formais. o auditor deve solicitar tais representações formais. Lucas Salvetti 2. A responsabilidade da administração deve ser descrita nas representações formais da maneira como esta responsabilidade é descrita nos termos do trabalho de auditoria. a lei ou o regulamento pode exigir que a administração faça um pronunciamento público escrito a respeito de suas responsabilidades. pode ser necessário solicitar uma representação formal atualizada. Se o assunto não for solucionado. 2.8 – Comunicação com os responsáveis pela governança. Exige-se que as representações formais sejam incluídas em carta de representação dirigida ao auditor.9 . valores éticos ou diligência da administração. Se as representações formais forem incompatíveis com outras evidências de auditoria. a opinião do auditor não pode ser expressa e o relatório não pode ser datado. Isso se deve ao fato de que as representações formais são evidências de auditoria necessárias. o auditor pode determinar que é uma forma apropriada de representação formal no que se refere a algumas ou todas as representações formais exigidas por esta norma. Lucas Salvetti 2. Em algumas circunstâncias pode ser apropriado que o auditor obtenha representação formal sobre afirmação específica das demonstrações contábeis durante o curso da auditoria.Dúvida quanto à confiabilidade das representações formais e representações solicitadas e não fornecidas. 2. Eventualmente. 2.6 – Data e período abrangido pelas representações formais. A data das representações formais deve ser tão próxima quanto praticável.7 – Forma das representações formais. Embora tal comunicado seja uma representação aos usuários das demonstrações contábeis ou às autoridades regulatórias relevantes. antes da data das representações formais.Auditoria . mas não posterior à data do relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis. 207 . o auditor deve executar procedimentos de auditoria para tentar solucionar o assunto. porém. Quando for este o caso. A NBC TA 260 exige que o auditor comunique aos responsáveis pela governança as representações formais que o auditor solicitou da administração.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. ou do seu compromisso com estes e com a sua aplicação. o auditor deve reconsiderar a avaliação da competência. sendo assim. integridade. 208 . o auditor pode considerar retirar-se do trabalho.Auditoria . o auditor deve: a) discutir o assunto com a administração. podem não ser suficientes para possibilitar ao auditor a emissão de relatório de auditoria sem modificações. Em tal caso. ou b) a administração não fornecer as representações formais com referência a suas responsabilidades na elaboração e apresentação das demonstrações contábeis e no fornecimento de informações. quando essa retirada for possível de acordo com lei ou regulamento aplicável. Tais medidas.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. inclusive determinar o possível efeito sobre a sua opinião no relatório de auditoria. ou com o seu compromisso com estes e com a sua aplicação. e c) tomar ações apropriadas. Se a administração não fornecer uma ou mais das representações formais solicitadas. integridade. b) reavaliar a integridade da administração e avaliar o efeito que isso pode ter sobre a confiabilidade das representações (verbais ou escritas) e da evidência de auditoria em geral. podem fazer o auditor concluir que o risco de representação errônea da administração nas demonstrações contábeis é tal que a auditoria não pode ser conduzida. de tal modo que as representações formais não sejam confiáveis. O auditor deve abster-se de emitir opinião no relatório sobre as demonstrações contábeis se: a) o auditor concluir que há dúvida suficiente a respeito da integridade da administração. valores éticos ou diligência da administração. a menos que os responsáveis pela governança tenham adotado medidas corretivas. Lucas Salvetti Preocupações com a competência.Receita Federal 2012 . porém. (d) importância da evidência de auditoria obtida. (b) natureza executados. Portanto. temos que: "A2. (ESAF / Analista CVM / 2010) Na elaboração da documentação de auditoria (Papéis de Trabalho). o auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a custódia dos papéis de trabalho a) pelo prazo de cinco anos. 209 . a partir da data de emissão do seu parecer. gabarito da questão alternativa E. no que se refere à forma. exceto: a) importância da evidência de auditoria obtida. o auditor deve levar em conta os seguintes fatores. e) volume dos recursos das transações auditadas. (g) metodologia e as ferramentas de auditoria usadas". (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Segundo as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis. (e) natureza e extensão das exceções identificadas.Auditoria . o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem de fatores como: (a) tamanho e complexidade da entidade.Capítulo 08: 01. A forma.Receita Federal 2012 . d) natureza dos procedimentos de auditoria a serem executados. Resolução: De acordo com o item A2 da NBC TA 230. c) riscos identificados de distorções relevantes nas demonstrações contábeis.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 02. (f) necessidade de documentar a conclusão ou a base da conclusão não prontamente determinável a partir da documentação do trabalho executado ou da evidência de auditoria obtida. ao conteúdo e a extensão. dos procedimentos de auditoria a serem (c) riscos identificados de distorção relevante. b) tamanho e complexidade da entidade auditada. Lucas Salvetti Exercícios Comentados . No caso específico de trabalho de auditoria. a) Devem ser conservados em boa guarda pelo período de cinco anos a partir da data da emissão do parecer a que serviram de fundamento. se superior. a partir da data de finalização da auditoria.Auditoria . gabarito da questão alternativa "A". 03. mas que devo salientar. Lucas Salvetti b) pelo prazo de três anos. para fins de fiscalização do exercício profissional. a partir da data de emissão do seu parecer.5. "1.1 – O auditor. Portanto. deve conservar a boa guarda. d) pelo prazo de três anos. a contar da data de emissão do parecer do auditor. c) pelo prazo de cinco anos. o período de retenção seria normalmente de pelo menos cinco anos. a partir da data do relatório do auditor independente ou.1 da NBC P1." Atualmente. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Os papéis de trabalho são o conjunto de documentos e apontamentos com informações e provas coligidas pelo auditor e que constituem a evidência do trabalho executado e o fundamento de sua opinião. Indique. pelo prazo de 5 (cinco) anos. Resolução: De acordo com o item 1.Receita Federal 2012 . a partir da data de emissão do seu parecer. conforme transcrição do item A61: "A61. a partir da data de finalização da auditoria. relatórios e pareceres relacionados com os serviços realizados.5. a partir da data de finalização da auditoria. papéis de trabalho. e) pelo prazo de dois anos. da data do relatório do auditor independente do grupo". de toda a documentação. entre as seguintes afirmativas. o tempo de guarda (custória) dos papéis de trabalho é de cinco anos. tal previsão sofreu uma modificação muito leve. 210 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. aquela que não se aplica aos papéis de trabalho. gabarito da questão. De acordo com o item A3 da NBC TA 230. b) aos princípios contábeis brasileiros. Lucas Salvetti b) Devem conter informações relativas ao planejamento da auditoria. 211 . são classificados como 'permanentes'.Receita Federal 2012 . Portanto. resumos de assuntos significativos. e) Podem ser padronizados ou não. d) Arquivos mantidos em meios ópticos ou magnéticos não podem ser classificados como papéis de trabalho. c) ao processo de emissão de parecer adequado. (ESAF / AFTE-RN / 2005) O auditor. Exemplos de documentação de auditoria incluem: (a) (b) (c) (d) programas de auditoria. temos que: "A3. d) às demonstrações contábeis. e) aos procedimentos ligados aos testes de superavaliação. em formatos eletrônicos ou outros". ao não solicitar carta de responsabilidade da administração à empresa auditada. análises. c) Quando podem ser utilizados por mais de um período. alternativa D. em formatos eletrônicos ou outros. de representação formal. A documentação de auditoria pode ser registrada em papel. Resolução: De acordo com o item A3 da NBC TA 230. não estaria atendendo a) ao conteúdo dos papéis de trabalho. pela NBC TA 580. a documentação de auditoria (papéis de trabalho) "pode ser registrada em papel. Resolução: A carta de responsabilidade da administração é chamada agora.Auditoria . memorandos de assuntos do trabalho.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 04. Papéis de Trabalho e Documentação de Auditoria. e) No caso de auditorias realizadas em vários períodos consecutivos. ele pode por a disposição da empresa auditada. Veja que o auditor deve manter o sigilo mesmo perante a empresa auditada.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Resolução: Alternativa A . gabarito da questão. desde que isso não comprometa ou influencie o seu trabalho. Portanto. listas de verificação.Certa.Certa. devemos ajustar os termos. Lucas Salvetti (e) (f) cartas de confirmação e representação.IT . o fato de o auditor não solicitar ela fere o conteúdo do mesmo. 212 . No entanto. (g) correspondências (inclusive correio eletrônico) referentes a assuntos significativos". d) O auditor pode usar quaisquer documentos preparados pela entidade. Alternativa B . conforme utilizado pela NBC TA 230. desde que atualizados. em seu item A23: "O período de retenção para trabalhos de auditoria geralmente não é inferior a cinco anos a contar da data do relatório do auditor". indique a que não encontra amparo na NBC T 11 . (ESAF / Auditor Federal de Controle Externo / 2000) Entre as assertivas abaixo. podem ser reutilizados. partes ou excertos dos papéis de trabalho podem ser postos à disposição da entidade auditada. Como a representação é parte integrante da documentação de auditoria (papéis de trabalho). b) A critério do auditor independente.02 . c) As cartas de responsabilidade da administração não integram o conjunto de papéis de trabalho do auditor das demonstrações contábeis.Receita Federal 2012 . desde que avalie sua consistência e se satisfaça com seu conteúdo. alguns papéis de trabalho.Auditoria . alternativa A. 05. a) Os papéis de trabalho devem ser guardados pelo prazo de 5 anos. no entanto. a partir da data de emissão do parecer sobre as demonstrações contábeis. Essa documentação de auditoria (papéis de trabalho) são classificadas como sendo "permanentes". temos como exemplos de documentação de auditoria: "cartas de confirmação e representação". Qualquer fonte de informação pode ser utilizado pelo auditor na busca de evidência para fundamentar sua opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis da entidade. a independência da firma ou do seu pessoal. em seu item A63. já que contém assuntos que são de interesse para consulta sempre que se quiser dados. no caso de trabalhos de asseguração. os papéis de trabalho de auditoria são de propriedade exclusiva do (da) a) entidade auditada. (ESAF / Auditor Federal de Controle Externo / 1999) Conforme determinação da NBC T 11. confiabilidade.Receita Federal 2012 . e adequação do conteúdo.Certa. que detém a responsabilidade pela guarda e divulgação dos mesmos b) auditor. Lucas Salvetti Alternativa C . De acordo com a NBC TA 230.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Vale ressaltar que o termo "carta de responsabilidade da administraçaõ" é chamado atualmente de "representação formal". Alternativa D . A firma de auditoria pode. disponibilizar partes ou trechos da documentação do trabalho aos clientes. que também é responsável pela autorização de sua divulgação d) entidade auditada.Errada. que poderá autorizar o uso das informações por terceiros quando relevantes Resolução: De acordo com a NBC PA 01. entre outros. 213 . desde que essa divulgação não prejudique a validade do trabalho realizado ou. Alternativa E .Auditoria . temos que a documentação do trabalho (papéis de trabalho) é de propriedade da firma de auditoria. item A3. que também é responsável pela sua guarda e sigilo c) auditor. 06. a seu critério.Certa. devendo ter o cuidado de avaliar sua consistência. que também é responsável pela sua guarda e sigilo e) auditor. de acordo com a NBC P1. Resolução: A resolução citada na questão foi revogada pela NBC TA 230.2. 07. d) pertencem ao auditor independente. Lucas Salvetti Além disso. mapa de apuração de impostos. item 1. etc. de dividendos e de participações. relação de fornecedores. que deverá arquivá-lo pelo prazo de cinco anos a contar da publicação do parecer.024. considerando o disposto pelo CFC. em especial a Resolução 1. b) não é necessário nem prático documentar todas as questões de que o auditor trata. são exemplos de "papéis" de trabalho: cópia de contratos de financiamento. não é correto afirmar que: a) a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional. mesmo após terminados os compromissos contratuais". a firma de auditoria (ou auditor) deve fazer a retenção e guarda da documentação por pelo menos 05 (cinco) anos a partir da data do relatório do auditor independente.Receita Federal 2012 .3. Está de acordo com o item 11. podemos concluir que a alternativa "B" está correta. arquivos magnéticos. (FGV / AFRE-RJ / 2008) Os papéis de trabalho constituem o conjunto de documentos e apontamentos que o auditor colige antes. c) facilitam a revisão do trabalho de auditoria. Alternativa A .6. "o dever de manter o sigilo prevalece para os auditores independentes.2.Auditoria . sendo que.Certa.2 da NBC T11. Portanto. durante e após a aplicação dos procedimentos de auditoria. visto que não é necessário nem prático documentar 214 . A esse respeito.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. sendo o termo "papéis de trabalho" agora chamado de "documentação de auditoria". de empréstimos. cartas de circularização. de acordo com o item A60 da NBC PA 01. cópia de documentos fiscais.6.6.3: "A extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional. de clientes. e) registram as evidências do trabalho executado. Assim. podemos encontrar também na NBC TA 230. Além do descrito na alternativa A. A NBC TA 230 não alterou tal fato. b) do término dos relatórios de revisão. Conforme item A1 da NBC TA 230: "a elaboração tempestiva de documentação de auditoria suficiente e apropriada aprimora a qualidade da auditoria e facilita a revisão e a avaliação eficazes da evidência de auditoria e das conclusões obtidas antes da finalização do relatório do auditor". e) em que o auditor finalizar os trabalhos em campo. realizando os trabalhos em conformidade com as normas de auditoria. da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor". Alternativa C . c) da publicação das demonstrações contábeis.Auditoria .Certa. d) de emissão do parecer dos auditores.Errada.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 215 . aplicou todos os procedimentos de auditoria necessários ao trabalho. Alternativa B . Alternativa D . 08..Receita Federal 2012 . Atualmente. esta deve ser emitida na data a) de encerramento das demonstrações contábeis. e não de sua publicação. ao realizar auditoria na empresa Construção S. (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor. Lucas Salvetti todas as questões de que o auditor trata".Certa. Coaduna com o item 6 da NBC TA 230: "Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados.A.Certa. Alternativa E . Ao solicitar a carta de responsabilidade da administração da empresa. em seu item A7: "não é necessário nem praticável para o auditor documentar todos os assuntos considerados ou todos os julgamentos profissionais exercidos na auditoria". A data é contada a partir da data do relatório (parecer). a NBC TA 230 afirma que "o período de retenção para trabalhos de auditoria geralmente não é inferior a cinco anos a contar da data do relatório do auditor". A recusa da administração em fornecer parcial ou totalmente a carta de responsabilidade constitui-se numa limitação de escopo.17. das notas c) emitir um parecer com abstenção de opinião ou adverso. Atualmente. e o auditor deve expressar parecer com ressalva ou com abstenção de opinião". em seu item 11. de acordo com o item 20 da NBC TA 580.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. a norma vigente era a NBC T 11. Resolução: A questão está de acordo com a NBC T 11.1. temos que: "O auditor deve abster-se de emitir opinião no relatório sobre as demonstrações contábeis em conformidade com a NBC TA 705 se: (a) o auditor concluir que há dúvida suficiente a respeito da integridade da administração. Atualmente. (ESAF / Analista Técnico SUSEP / 2006) A ação a ser praticada pelo auditor.6. b) emitir parecer sem ressalva.1. desde que conste explicativas.17. mas não posterior à data do relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis".Auditoria . que dizia que a emissão da carta de responsabilidade da administração da empresa deveria ser a mesma da data de emissão do parecer dos auditores. de tal modo que as representações formais exigidas pelos itens 10 e 11 não sejam confiáveis.6. de acordo com o item 14 da NBC TA 580. "a data das representações formais deve ser tão próxima quanto praticável. 09. ou (b) a administração não fornecer as representações formais exigidas pelos itens 10 e 11". ora transcrito: "11. Lucas Salvetti Resolução: Na época do exame. e não emitir nenhum parecer. quando da recusa por parte da administração da empresa auditada na apresentação de cartas de declarações de responsabilidade é a) emitir parecer com ressalva ou com abstenção de opinião.Receita Federal 2012 . e) emitir um parecer sem ressalva ou adverso. 216 . d) recusar os trabalhos. Resolução: De acordo com o item A26 da NBC TA 580.Auditoria . como estabelecido nos termos do trabalho de auditoria". pela administração da empresa auditada. A representação formal citada no texto acima refere-se aquela em que a administração reconhece as suas obrigações (que são premissas para a execução do trabalho de auditoria). da Carta de Responsabilidade ao auditor independente caracteriza a) limitação de escopo. c) suspensão da auditoria. a "carta de responsabilidade da administração" passou a ser denominado de "representação formal". Portanto.Receita Federal 2012 . incluindo quando relevante a adequada apresentação.. Lucas Salvetti Item 10: "O auditor deve solicitar à administração que forneça representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. a questão encontra-se desatualizada. 10.) o auditor não é capaz de julgar apenas com base em outras evidências de auditoria se a administração cumpriu com as responsabilidades. Destaco aqui que com a revogação da NBC T 11. temos que: "(.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) fraude em auditoria. Item 11: "O auditor deve solicitar à administração que forneça representação formal no sentido de que: (a) forneceu ao auditor todas as informações e permitiu os acessos necessários conforme entendimentos nos termos do trabalho de auditoria. b) impossibilidade de auditoria. e) a renúncia ao trabalho. se o auditor concluir que as 217 . não tendo resposta na questão. e (b) todas as transações foram registradas e estão refletidas nas demonstrações contábeis". (ESAF / AFRE-MG / 2005) O não fornecimento. tendo em vista que atualmente o auditor é obrigado a abster-se de emitir uma opinião.. Portanto. contas ou itens específicos das demonstrações contábeis e. trata-se de uma limitação de escopo. Resolução: De acordo com a NBC T11 . Os possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis de tal limitação não se limitam a elementos. o auditor não tem condição de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. tendo como gabarito da questão a alternativa A. A NBC TA 705. Sendo assim. 11. portanto. Lucas Salvetti representações formais sobre esses assuntos não são confiáveis. item 9. b) Obter evidência auditorial por escrito. estão disseminados. o auditor tem como objetivo (no que se refere as representações formais): a) obter representações formais da administração de que eles cumpriram com suas responsabilidades pela elaboração das demonstrações contábeis e pela integridade das informações fornecidas ao auditor. De acordo com a NBC TA 580 . ou se a administração não fornecer essas representações formais. a alternativa "A" está errada. c) reagir apropriadamente às representações formais fornecidas pela administração ou se não fornecer as representações solicitadas pelo auditor. exige que o auditor se abstenha de opinar sobre as demonstrações contábeis em tais circunstâncias".Representações Formais. (ESAF / AFRFB / 2003) Dos objetivos a seguir relacionados. tendo em vista que a previsão é para atendimento das Normas de Auditoria Independente (e não normas contábeis geralmente aceitas). e) Atender às normas de auditoria independente.Auditoria . c) Delimitar as responsabilidades do auditor e da administração. b) dar suporte a outras evidências de auditoria relevantes para as demonstrações contábeis. qual não corresponde aos objetivos do auditor na obtenção da Carta de Responsabilidade da Administração.Receita Federal 2012 .IT 1.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) Dar mais confiabilidade às informações verbais obtidas. 218 . a) Atender às normas contábeis geralmente aceitas. b) Delimitação de responsabilidade do auditor e da administração. se o auditor determinar que estas são necessárias ou se forem exigidas por outras normas de auditoria. e não pela obtenção de representação formal. que os objetivos do auditor com as representações formais são: "(a) obter representações formais da administração. d) Esclarecimento de pontos não constantes nas demonstrações contábeis. (ESAF / AFRFB / 2002) Assinale a opção que não se refere ao objetivo de obtenção. que aborda o assunto Representação Formal (anteriormente chamado de carta de responsabilidade da administração) já que esta norma afirma. c) Obtenção de evidências de auditoria por escrito. da carta de responsabilidade da administração. em seu item 6. Lucas Salvetti Devo ressaltar que as representações formais são evidências de auditoria embora. não fornecem evidência de auditoria apropriada e suficiente a respeito de nenhum dos assuntos dos quais tratam. (b) dar suporte a outras evidências de auditoria relevantes para as demonstrações contábeis ou para afirmações específicas nas demonstrações contábeis por meio de representações formais. a) Atendimento às normas de auditoria independente. pelo auditor independente. Resolução: Podemos afirmar que o gabarito da questão é a alternativa "E". sozinhas. dos responsáveis pela governança. tendo em vista que a confirmação da exatidão dos números é feito através de procedimento substantivo denominado de "cálculo". e) Confirmação da exatidão e fidedignidade dos números.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 12. e quando apropriado.Auditoria . Tal fato é constatado ao se ler a NBC TA 580. e 219 . de que eles cumpriram com suas responsabilidades pela elaboração das demonstrações contábeis e pela integridade das informações fornecidas ao auditor.Receita Federal 2012 . 14. Portanto. apresentando nota de ênfase em qualquer situação. c) não deve aceitar o trabalho a menos que seja exigido por lei ou regulamento. os responsáveis pela governança) não fornecer as representações solicitadas pelo auditor". Quando a administração não reconhecer sua responsabilidade.Receita Federal 2012 . ainda que exigido por lei. c) o conselho de administração. 13. e) não deve aceitar o trabalho. (FCC / ISS SP / 2012) A empresa Resistente S. alternativa C é o gabarito da questão. estabelecendo a limitação de escopo e evidenciando a recusa no relatório da auditoria. Resolução: De acordo com o item A14 da NBC TA 210. b) deve aceitar o trabalho. não concordou em apresentar a carta de responsabilidade da administração. em qualquer situação. Nessas circunstâncias. o auditor a) deve denunciar a empresa aos órgãos competentes e recusar a auditoria.A. Nesse caso. não seria apropriado que o auditor aceitasse o trabalho de auditoria. d) deve ressalvar o parecer. (FCC / ISS SP / 2012) A carta de responsabilidade da administração da empresa auditada responsabiliza a) o conselho de administração e o conselho fiscal. b) a diretoria executiva.Auditoria . ou não concordar em fornecer as representações formais. o auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente (NBC TA 580. Lucas Salvetti (c) reagir apropriadamente às representações formais fornecidas pela administração e (quando apropriado dos responsáveis pela governança) ou se a administração (e quando apropriado. a menos que seja exigido por lei ou regulamento". temos que: "A14. item A26).Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 220 . sendo uma de seus objetivos. de que eles cumpriram com suas responsabilidades pela elaboração das demonstrações contábeis e pela integridade das informações fornecidas ao auditor.Receita Federal 2012 . e) a diretoria financeira e a de controladoria. Portanto. de acordo com o item 6-a da NBC TA 580: 6. (a) obter representações formais da administração. dos responsáveis pela governança. e quando apropriado. gabarito da questão é a alternativa D.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 221 . Lucas Salvetti d) a governança e a administração.Auditoria . Resolução: A carta de responsabilidade era o termo utilizado pela NBC T 11 (atualmente revogada). O termo adotado pelas normas atualmente é "representação formal". 1 – Objetivo. Os objetivos do auditor independente. O auditor independente assume integral responsabilidade pela opinião de auditoria expressa e essa responsabilidade do auditor independente não é reduzida pela utilização do trabalho feito pelos auditores internos. e 222 . Auditor Interno. pelos responsáveis pela governança.Receita Federal 2012 . 1. Os objetivos da função de auditoria interna são determinados pela administração e.Auditoria .1 – Utilização do Trabalho de Auditoria Interna. os meios utilizados pela auditoria interna e pelo o auditor independente para alcançar seus respectivos objetivos podem ser semelhantes.3 – Determinação se e em que extensão utilizar o trabalho dos auditores internos. tal função não é independente da entidade. 1. 1.2 – Relação entre a função de auditoria interna e o auditor independente. O auditor independente deve determinar: a) se é provável que o trabalho dos auditores internos seja adequado para os fins da auditoria. quando aplicável. Lucas Salvetti CAPÍTULO 09 – Uso do Trabalho de Outros Profissionais: outro Auditor Independente.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. determinar se aquele trabalho é adequado para os fins da auditoria. como é exigido do auditor independente quando ele expressa uma opinião sobre as demonstrações contábeis. Independentemente do grau de autonomia e de objetividade da função de auditoria interna. Especialista de Outra Área. Embora os objetivos da função de auditoria interna e o do auditor independente sejam diferentes. e b) se utilizar um trabalho específico da auditoria interna. são: a) determinar se e em que extensão utilizar um trabalho específico dos auditores internos. 1. quando a entidade tiver a função de auditoria interna que o auditor independente determinou como tendo a probabilidade de ser relevante para a auditoria. ou a ser executado. e c) o grau de subjetividade envolvido na avaliação da evidência de auditoria coletada pelos auditores internos como suporte para as afirmações relevantes. Lucas Salvetti b) em caso positivo.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 223 . Com relação ao item “b” acima. e iv) se é provável que haja comunicação eficaz entre os auditores internos e o auditor independente. ii) a competência técnica dos auditores internos.Auditoria . saldos contábeis e divulgações. Com relação ao item “a” acima. o efeito planejado do trabalho dos auditores internos na natureza. época ou extensão dos procedimentos do auditor independente.4 – Utilização de trabalho específico dos auditores internos. iii) se é provável que o trabalho dos auditores internos seja realizado com o devido zelo profissional. o auditor independente deve considerar: a) a natureza e o alcance do trabalho específico executado. temos que para determinar se é provável que o trabalho dos auditores internos seja adequado para os fins da auditoria. b) os riscos avaliados de distorção relevante no nível de afirmações para classes específicas de transações. 1. época ou extensão dos procedimentos do auditor independente.Receita Federal 2012 . pelos auditores internos. o auditor independente deve avaliar: i) a objetividade da função de auditoria interna. temos que para determinar o efeito planejado do trabalho dos auditores internos na natureza. o auditor independente deve avaliar e executar os procedimentos de auditoria nesse trabalho para determinar a sua adequação para atender aos seus objetivos como auditor independente. Para que o auditor independente possa utilizar um trabalho específico dos auditores internos. ativos intangíveis. terrenos e edifícios.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. peças de arte. Os objetivos do auditor são: a) determinar a especialista. relacionada a assuntos como: 1) avaliação de instrumentos financeiros complexos. 2 – Utilização do Trabalho de Especialistas (NBC TA 620) 2 – Objetivo.3 – Definição de especialista do auditor e da administração. 224 . 2. O auditor é o único responsável por expressar opinião de auditoria e essa responsabilidade não é reduzida pela utilização do trabalho de especialista contratado pelo auditor (doravante especialista do auditor ou especialista).2 – Responsabilidade do auditor pela opinião de auditoria. instalações fabris e máquinas. e necessidade de utilizar o trabalho de b) no caso de utilizar o trabalho de especialista do auditor. tendo utilizado o trabalho desse especialista e seguido esta Norma. cujo trabalho nessa área é utilizado pelo auditor para ajudá-lo a obter evidência de auditoria suficiente e apropriada. concluir que o trabalho desse especialista é adequado para fins da auditoria. jóias. Especialista do auditor é uma pessoa ou organização com especialização em área que não contabilidade ou auditoria.Auditoria . antiguidades. se o auditor.5 – Documentação. 2. No entanto. Se o auditor independente usa um trabalho específico dos auditores internos.Receita Federal 2012 . Lucas Salvetti 1. o auditor pode aceitar que as constatações ou conclusões desse especialista em sua área de especialização constituem evidência de auditoria apropriada. determinar se o trabalho é adequado para fins da auditoria. ele deve incluir na documentação de auditoria as conclusões atingidas relacionadas com a avaliação da adequação do trabalho dos auditores internos e os procedimentos de auditoria executados pelo auditor independente sobre aquele trabalho. contratado pelo auditor. Auditoria . 6) análise de assuntos complexos ou não usais de natureza fiscal. 3) estimativa de reservas de petróleo e gás. 5) interpretação de contratos. 2. A natureza. contratado pela administração. Se a especialização em área que não contabilidade ou auditoria é necessária para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. Lucas Salvetti 2) cálculo atuarial. O sócio do trabalho deve estar convencido de que a equipe. Especialização compreende habilidades. Um exemplo bastante comum no Brasil é a utilização de atuário pela administração de uma seguradora ou de um fundo de pensão para estimar certas provisões. e qualquer especialista do auditor que não faça parte da equipe de trabalho. Especialista da administração é uma pessoa ou organização com especialização em área que não contabilidade ou auditoria. época e extensão dos procedimentos de auditoria. tenham. 2. o auditor. 4) avaliação de responsabilidade ambiental. a competência e habilidades apropriadas para executar o trabalho de auditoria. pode não possuir a habilidade necessária para auditar essas demonstrações contábeis. o auditor deve determinar a necessidade de utilizar o trabalho de especialista.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . que possui especialização em contabilidade e auditoria.5 – Natureza. em que o trabalho nessa área é usado pela entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis.4 – Determinação da necessidade de especialista do auditor. época e extensão dos procedimentos do auditor podem variar dependendo das circunstâncias. leis e regulamentos. Se a elaboração das demonstrações contábeis envolve o uso de especialização em área que não contabilidade. conhecimento e experiência em área específica. em conjunto. Ao determinar a 225 . pode ser apropriado para o auditor obter uma representação formal do seu especialista externo.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . a avaliação da objetividade deve incluir a indagação sobre interesses e relações que podem criar uma ameaça à objetividade desse especialista. Lucas Salvetti natureza. O auditor deve avaliar se o especialista por ele contratado possui competência. incluindo: a) a natureza do assunto a que se refere o trabalho desse especialista. Competência refere-se à natureza e ao nível de especialização do especialista. a localização geográfica e a disponibilidade de tempo e de recursos. Habilidades referem-se à capacidade do especialista de exercer a referida competência nas circunstâncias do trabalho. habilidades e objetividade necessárias para fins da auditoria. o conflito de interesse ou a influência de outros podem ter sobre o julgamento profissional ou comercial do especialista. Os fatores que podem influenciar a habilidade incluem. habilidade e objetividade do especialista do auditor. o auditor deve considerar determinados assuntos.Auditoria .7 – Obtenção de entendimento sobre especialização do especialista do auditor. época e extensão desses procedimentos. Em alguns casos. 2. sobre quaisquer interesses ou relacionamentos com a entidade auditada sobre os quais o especialista tem conhecimento. No caso de especialista externo. e e) se esse especialista está sujeito às políticas e procedimentos de controle de qualidade da firma de auditoria. d) o conhecimento e a experiência do auditor em relação a trabalho anterior executado por esse especialista. a área de 226 . 2. b) os riscos de distorção relevante no assunto a que se refere o trabalho desse especialista. por exemplo.6 – Competência. Objetividade refere-se aos possíveis efeitos que a tendenciosidade. c) a importância do trabalho do especialista no contexto da auditoria. O auditor deve avaliar a adequação do trabalho do especialista do auditor para fins da auditoria. o alcance e os objetivos do trabalho desse especialista. sobre os seguintes assuntos: a) a natureza. O acordo entre o auditor e o especialista externo do auditor é frequentemente na forma de carta de contratação.8 – Acordo com o especialista do auditor. e sua consistência com outras evidências de auditoria.Auditoria . por exemplo: i) em memorandos de planejamento ou papéis de trabalho relacionados. e b) avaliar a adequação desse trabalho para fins da auditoria.9 – Avaliação da adequação do trabalho do especialista do auditor. b) as respectivas atribuições e responsabilidade do auditor e desse especialista. ii) nas políticas e procedimentos da firma de auditoria. c) a natureza. o entendimento pode ser documentado. a época e a extensão da comunicação entre o auditor e esse especialista.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. por escrito. Quando não há acordo por escrito entre o auditor e o especialista do auditor. 227 . quando apropriado. incluindo o formato de qualquer relatório a ser fornecido por esse especialista. 2. O auditor deve estabelecer acordo. com o especialista por ele contratado. e d) a necessidade de o especialista observar requisitos de confidencialidade. Lucas Salvetti O auditor deve obter entendimento na área de especialização do especialista do auditor suficiente para permitir ao auditor: a) determinar a natureza. 2. incluindo: a) a relevância e razoabilidade das constatações ou conclusões desse especialista. como o programa de auditoria. o alcance e os objetivos do trabalho desse especialista para fins da auditoria.Receita Federal 2012 . e c) se o trabalho do especialista envolve o uso de dados-fonte significativos para o seu trabalho. Pode ser apropriado em algumas circunstâncias fazer referência ao especialista no relatório que contém uma opinião modificada para explicar a natureza da modificação. a relevância. integridade e precisão desses dados-fonte. O auditor não deve fazer referência ao trabalho do especialista do auditor em seu relatório que contenha opinião não modificada. ou b) executar procedimentos adicionais de auditoria apropriados nas circunstâncias. Se o auditor determina que o trabalho do especialista do auditor não é adequado para fins da auditoria. Nessas circunstâncias.10 – Referência ao especialista do auditor no relatório do auditor independente. porque o auditor não obteve evidência de auditoria suficiente e apropriada. o auditor deve: a) estabelecer acordo com esse especialista sobre a natureza e a extensão do trabalho adicional a ser executado pelo especialista. a relevância e a razoabilidade dessas premissas e desses métodos nas circunstâncias. Lucas Salvetti b) se o trabalho do especialista envolve o uso de premissas e métodos significativos. ou incluir a utilização ou contratação de outro especialista. o auditor deve indicar no relatório que essa referência não reduz a sua responsabilidade por essa opinião. o auditor 228 . pode ser necessário expressar uma opinião modificada em seu relatório.Auditoria . Se o auditor concluir que o trabalho do especialista do auditor não é adequado para fins da auditoria e não puder resolver o assunto por meio dos procedimentos adicionais de auditoria. que podem envolver a execução de trabalho adicional por ambos. Se o auditor fizer referência ao trabalho de especialista do auditor em seu relatório porque essa referência é relevante para o entendimento de ressalva ou outra modificação na sua opinião.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . o especialista e o auditor. 2. com a conseqüente necessidade de supervisão.2 – Necessidade de uso de trabalho de especialista. Ao utilizar-se de trabalhos executados por outros especialistas legalmente habilitados. mas não necessita avaliar sua competência profissional a cada trabalho onde estes se envolvam. 3 – UTILIZAÇÃO DE TRABALHOS DE ESPECILIASTAS (NBC P 1. nessas circunstâncias. Um especialista pode ser: a) contratado pela entidade auditada. 3. o auditor independente deve obter evidência suficiente de que tais trabalhos são adequados para fins de sua auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.8) 3. Exemplos de evidências necessárias.Receita Federal 2012 . na forma de relatórios. ou d) empregado pelo auditor independente. mas não se espera que ele tenha capacidade para agir em áreas alheias à sua competência profissional. A expressão “especialista” significa um indivíduo ou empresa que detenha habilidades. c) empregado pela entidade auditada. o auditor independente necessita aplicar os procedimentos previstos nesta norma. conhecimento e experiência em áreas específicas não relacionadas à contabilidade ou auditoria. A formação e experiência do auditor independente lhe permite possuir conhecimentos sobre os negócios em geral.Auditoria .1 – Considerações gerais. opiniões ou declarações de especialistas: 229 . b) contratado pelo auditor independente. Lucas Salvetti pode precisar da permissão do especialista do auditor antes de fazer essa referência. Quando o auditor independente faz uso de especialistas que sejam seus empregados. estes devem ser considerados como tal e não como auxiliares do processo de auditoria. Assim. terrenos e edificações.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. como por exemplo. licença ou registro no órgão de classe.Auditoria . e ii) a experiência e reputação no assunto. d) Medição do estágio de trabalhos completados. o que envolve verificar: i) se o especialista tem certificação profissional.Receita Federal 2012 . máquinas e equipamentos. c) Avaliações atuariais. b) Determinação de quantidades ou condições físicas de ativos. este fato deve ser discutido com a 230 . O risco de perda de objetividade do especialista aumenta quando: a) o especialista é empregado da entidade auditada. ser financeiramente dependente desta ou detendo investimento na mesma. iii) Conhecimento da equipe de trabalho e a experiência prévia. O auditor independente deve considerar. obras de arte e pedras preciosas. Lucas Salvetti a) Avaliações de certos tipos de ativos. Caso o auditor tenha dúvida quanto a competência profissional ou objetividade do especialista. O auditor deve avaliar a competência do especialista. como por exemplo. 3. de estatutos ou regulamentos. ou b) o especialista é relacionado à entidade auditada. minerais estocados. e) Interpretações de leis. de contratos. jazidas e reservas de petróleo. ao determinar a necessidade da utilização do trabalho de especialista: i) Relevância do item. iv) Quantidade e qualidade de outras evidências disponíveis. como por exemplo.3 – Competência profissional e objetividade do especialista. ii) Risco de distorção ou erro (baseado na natureza e a complexidade). o mesmo não poderá fazer referência do trabalho de especialista no seu parecer. sem vínculo empregatício. 3. Lucas Salvetti administração da entidade auditada – podendo aplicar procedimentos adicionais ou buscar evidência junto a especialista de sua confiança. Entretanto. do trabalho do especialista (incluindo a eventual possibilidade de divulgação de sua identidade e envolvimento). Isto pode ser obtido por meio da revisão dos termos de contratação. O auditor necessita obter evidência de que o alcance do trabalho do especialista é suficiente para sua auditoria. d) o nível de acesso a registros e arquivos a serem utilizados. por parte do auditor independente. sendo que se emitir parecer sem ressalva.4 – Alcance do trabalho do especialista. e) esclarecimentos sobre relacionamentos entre a entidade auditada e o especialista. analisando se a fonte de dados utilizada pelo especialista é apropriada. para executar serviços que tenham efeitos 231 .Auditoria . b) descrição dos assuntos específicos para análise.Receita Federal 2012 .5 – Avaliando o trabalho do especialista. O auditor tem responsabilidade restrita à sua competência profissional. 3. Quando especialista for contratado pela entidade auditada. que geralmente cobrem assuntos como: a) objetivo e alcance do trabalho do especialista. f) informação sobre premissas e métodos a serem empregados pelo especialista e sua consistência com empregados em períodos anteriores.6 – Referência ao especialista no parecer do auditor. A responsabilidade quanto à qualidade e propriedade das premissas e métodos utilizados é do especialista. 3.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. O auditor independente deve avaliar a qualidade e suficiente do trabalho do especialista. c) uso pretendido. o auditor independente deve compreender as premissas e métodos utilizados para poder avaliar se são adequados às circunstâncias. caso o auditor emita um parecer com opinião modificada. Lucas Salvetti relevantes nas demonstrações contábeis. tal fato deve ser divulgado. 232 . Além disso.Auditoria .Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. ele pode fazer referência ao trabalho do especialista. b) em questionar a capacidade do especialista. 233 . Lucas Salvetti Exercícios Comentados . e) É atribuição do auditor obter evidência adequada de que o alcance do trabalho do especialista é suficiente para os fins da auditoria. (ESAF / AFRE-CE / 2007) Quando da utilização de serviços de especialista. gabarito da questão. quanto à qualidade e propriedade das premissas e métodos utilizados. quando relevante. Resolução: De acordo com o item A38 da NBC TA 610. alternativa A.verificação da origem dos dados. temos que: "A38. a aplicação de testes sobre os controles e. o auditor não pode fazer referência ao trabalho de especialista no seu parecer. desde que habilitado. b) na emissão de parecer sem ressalva. Portanto.Auditoria . não cabe ao auditor revisar ou testar a fonte de dados utilizada. incluindo a obtenção de entendimento dos controles internos sobre os dados e. é do especialista e não do auditor. licença ou registro em órgão de classe é um dos elementos de verificação da competência do especialista. exceto: a) na avaliação do trabalho do especialista. c) a certificação profissional. d) a responsabilidade. não há responsabilidade do auditor a) em confirmar se o especialista é habilitado.Capítulo 09: 01. . é correto afirmar. quando aplicável. d) se o especialista for independente e não possuir vínculo com a empresa. podem ser usados os seguintes procedimentos para testar esses dados: . (ESAF / ISS RJ / 2010) A respeito do uso de especialista de outra área em auditoria.revisão da integridade e consistência interna dos dados".Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . sua transmissão para o especialista. Quando o trabalho do especialista do auditor envolve o uso de dados-fonte que são significativos para o seu trabalho. e) em divulgar o fato em parecer sem ressalva. c) quando o especialista for funcionário da empresa auditada. 02. 04.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. temos na NBC P1. o Auditor Externo não pode ser responsabilizado pela ocorrência de fraudes e erros não detectados em seus trabalhos. ainda que dolosa. assinale a opção correta. gabarito da questão é a alternativa E.Receita Federal 2012 . temos que: "14. temos que: "5. O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de auditoria é responsável por obter segurança razoável de que as 234 . a) O Auditor Interno não pode ser responsabilizado. Resolução: O item 4 da NBC TA 610 afirma que "o auditor independente assume integral responsabilidade pela opinião de auditoria expressa e essa responsabilidade do auditor independente não é reduzida pela utilização do trabalho feito pelos auditores internos". não enseja responsabilidade.8. Portanto. Em se tratando de um parecer sem ressalva. b) A omissão de informações nos pareceres de auditoria. no desempenho de suas funções.6.2.Auditoria . em seu item 1.2 que: "1.8. Lucas Salvetti Resolução: De acordo com o item 14 da NBC TA 620. De acordo com o item 5 da NBC TA 240. não pode gerar responsabilização. c) A ocorrência de informação incorreta no parecer do Auditor. Além disso. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Acerca da responsabilização de Auditor. O auditor não deve fazer referência ao trabalho do especialista do auditor em seu relatório que contenha opinião não modificada". e) A utilização de serviços contábeis de um Auditor Interno pelo Auditor Independente isenta este último de qualquer responsabilidade sobre os resultados dos trabalhos. d) Tendo se valido adequadamente das técnicas de auditoria. o auditor independente não pode fazer referência do trabalho de especialista no seu parecer".6. mesmo que gere prejuízos à entidade auditada ou a terceiros. 235 . como um todo. 05. em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria. a responsabilidade do parecer a) deve ser compartilhada com a administração da empresa. porém de forma limitada.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Portanto. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando um auditor independente utiliza relatórios elaborados pelos auditores internos para concluir seus trabalhos nas áreas de estoques e imobilizado. causadas por fraude ou erro. gabarito letra "D". 06. há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis não sejam detectadas. resultante de fraude ou erro. uma falha na condução de uma auditoria em conformidade com as normas de auditoria". Lucas Salvetti demonstrações contábeis. Sendo assim. se os estoques forem relevantes.Receita Federal 2012 . não contém distorções relevantes. de acordo com o item A52 da NBC TA 200. a "descoberta posterior de uma distorção relevante das demonstrações contábeis. d) é única e exclusiva do auditor independente. o auditor independente "assume integral responsabilidade pela opinião de auditoria expressa e essa responsabilidade do auditor independente não é reduzida pela utilização do trabalho feito pelos auditores internos". e) é do auditor independente. Resolução: De acordo com o item 4 da NBC TA 610." No entanto. foi atendido pelo engenheiro responsável e gerente de contabilidade. c) é do auditor interno. Ao chegar no local. b) deve ser compartilhada com o auditor interno.Auditoria . (ESAF / AFRFB / 2002) Um assistente de auditoria foi designado para acompanhar a contagem física de lingotes de alumínio nas instalações da Alumiar S/A. alternativa D. não indica por si só. embora a auditoria seja adequadamente planejada e executada em conformidade com as normas de auditoria. gabarito da questão. Portanto. retornando ao seu escritório. a segunda pilha referia-se a alumínio de 50% de pureza. o saldo de estoque deve ser ressalvado.Receita Federal 2012 . o engenheiro comunicou que a primeira pilha de lingotes referia-se a alumínio de 95% de pureza. o auditor passou a refletir: "será que aquele produto era realmente alumínio e com os percentuais de pureza que me informaram?". tratou logo de efetuar o cut-off das movimentações de mercadorias. conforme descrito abaixo: "Se a especialização em área que não contabilidade ou auditoria é necessária para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. por não conhecer o produto. Tal assunto é regido pela NBC TA 620. b) Pedir ao engenheiro presente no local do inventário que emita um certificado atestando os percentuais de pureza de cada pilha. No entanto. o saldo de estoques deve ser ressalvado. 236 .Auditoria . através deles. a) Contactar um outro auditor mais experiente da empresa e pedir sua presença imediata para auxiliar no acompanhamento do inventário. c) Retirar amostras de cada pilha de lingotes de alumínio para que sejam enviadas posteriormente para certificação por um profissional independente. e a terceira 25% de pureza. seja possível obter evidência apropriada e suficiente para emissão de sua opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. em seu item 7. por não conhecer suas características. No pátio da empresa. O procedimento de contagem foi efetuado como o auditor havia previsto. Lucas Salvetti quando então foi convidado para conhecer o lugar onde estavam empilhados os lingotes. Retornando ao escritório. Resolução: Diante de situações que fogem ao escopo da atuação do auditor. Indique qual o procedimento que o auditor deveria ter efetuado para que essa dúvida fosse esclarecida. e) Acompanhar os procedimentos de contagem e relatar que. d) Interromper a contagem dos lingotes de alumínio e relatar que. o mesmo pode utilizar o trabalho de especialistas para que. Mais adiante. Resolução: A NBC P1. o auditor independente deve compreender as premissas e métodos utilizados para poder avaliar se.8. b) da administração que contratou o especialista para execução do trabalho. Além. exceto pela alteração resultante do trabalho do especialista.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 07. e) do auditor. disso. de acordo com a NBC TA 620. na mesma norma.6. baseado no seu conhecimento da entidade auditada e nos resultados de outros procedimentos de auditoria.1 temos que a "responsabilidade do auditor fica restrita à sua competência profissional".5. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando o auditor independente emitir um parecer modificado em função do resultado de um trabalho de um especialista identificado em seu parecer. entretanto. gabarito da questão é a alternativa "C".8. c) exclusiva do auditor independente. 237 .3 que a responsabilidade quanto à "qualidade e propriedade das premissas e métodos utilizados é do especialista. temos em seu item 3 que "o auditor é o único responsável por expressar opinião de auditoria e essa responsabilidade não é reduzida pela utilização do trabalho de especialista contratado pelo auditor". a responsabilidade desse parecer é: a) compartilhada entre o auditor e o especialista contratado pelo auditor.Auditoria .Receita Federal 2012 .8 afirma em seu item 1. d) compartilhada entre o auditor e o especialista contratado pela administração. Lucas Salvetti o auditor deve determinar a necessidade de utilizar o trabalho de especialista" Sendo assim. mesmo se contratado pela administração. são adequados às circunstâncias". em seu item 1. os meios utilizados pela auditoria interna e pelo o auditor independente para alcançar seus respectivos objetivos podem ser semelhantes. quando aplicável. ele deve: a) ressalvar o parecer de auditoria. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Ao utilizar os trabalhos já efetuados pela auditoria interna em seus testes substantivos. conforme descrito abaixo: "8.Auditoria .. temos no item 8 da NBC TA 500 a previsão sobre a utilização do trabalho de especialista da administração.. c) requisitar novos testes à auditoria interna. cabe destacar que de acordo com o item 4 da NBC TA 610. na medida necessária.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. habilidades e objetividade do especialista. Resolução: Os objetivos da função de auditoria interna são determinados pela administração e. b) abster-se de emitir uma opinião de auditoria.) O auditor independente assume integral responsabilidade pela opinião de auditoria expressa e essa responsabilidade do auditor 238 . se o auditor independente julgar que o volume de testes não é suficiente. No entanto. o auditor deve. 08.Receita Federal 2012 . levando em conta a importância do trabalho desse especialista para os propósitos do auditor: (a) avaliar a competência. d) efetuar testes adicionais necessários. e (c) avaliar a adequação do trabalho desse especialista como evidência de auditoria para a afirmação relevante". e) incluir uma nota explicativa em seu parecer. Se as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria forem elaboradas com a utilização de um especialista da administração. temos que: "(. (b) obter entendimento do trabalho do especialista. podemos concluir com tranquilidade que o gabarito da questão é a alternativa "C". Embora os objetivos da função de auditoria interna e o do auditor independente sejam diferentes. Lucas Salvetti Concluindo o assunto. Sendo assim. pelos responsáveis pela governança. à exceção de um. estatística. gabarito da questão alternativa C. modificação na opinião com a justificativa que o trabalho do auditor interno não lhe forneceu evidência apropriada e suficiente não cabe neste caso.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Sendo assim. ter conhecimentos em matemática. (FGV / AFRE-RJ / 2010) O auditor independente. Se o auditor resolve utilizar o trabalho do auditor interno mas acha que o mesmo não lhe proporciona evidência apropriada e suficiente. gabarito da questão alternativa D. Lucas Salvetti independente não é reduzida pela utilização do trabalho feito pelos auditores internos". 09. 239 . Portanto. ele deve aplicar testes adicionais para o atendimento para conseguir isso. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Num exame de uma entidade de previdência privada. O atuário deve ter formação acadêmica em Ciências Atuarias. 10.Receita Federal 2012 . para agir no mercado econômico-financeiro na promoção de pesquisas e estabelecimento de planos principalmente na área de seguros. previdência complementar aberta ou fechada. para determinar se o trabalho dos auditores internos é adequado. deve avaliar os aspectos relacionados nas alternativas a seguir. direito. obrigatoriamente o auditor necessita do auxílio de um especialista de outra área. e sendo capaz de analisar concomitantemente as mudanças financeiras e sociais no mundo. economia e finanças. Esse profissional é um: a) engenheiro b) advogado c) atuário d) médico e) administrador Resolução: Atuário é o termo que designa o profissional técnico especialista em mensurar e administrar riscos.Auditoria . Portanto. (FGV / Fiscal da Receita Estadual do AP / 2010) De acordo com a NBC TA 620. por escrito. item 9. que trata do uso do trabalho de especialistas.Receita Federal 2012 . (c) se é provável que o trabalho dos auditores internos seja realizado com o devido zelo profissional. quando apropriado. Lucas Salvetti Assinale-o. e (d) se é provável que haja comunicação eficaz entre os auditores internos e o auditor independente. a alternativa "C" não é uma exigência feita ao auditor independente ao utilizar o trabalho do auditor interno. 240 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o auditor independente deve avaliar: "(a) a objetividade da função de auditoria interna. o alcance e os objetivos do seu trabalho. com o especialista por ele contratado. c) avaliar a adequação do trabalho do especialista. o alcance e os objetivos do trabalho do especialista para fins da auditoria. b) estabelecer acordo. a) A objetividade da função de auditoria interna. aprovada pela Resolução CFC nº 1230/09. c) A necessidade do uso do trabalho de especialistas para executar a auditoria interna. b) A competência técnica dos auditores internos." Sendo assim. Resolução: De acordo com a NBC TA 610. devendo para tanto obter entendimento na área de especialização. (b) a competência técnica dos auditores internos. d) O zelo profissional demonstrado pelos auditores internos durante o trabalho. o auditor não deve assumir o seguinte procedimento: a) determinar a natureza. sobre a natureza. incluindo a relevância e a razoabilidade das suas constatações ou conclusões e a consistência com outras evidências de auditoria.Auditoria . 11. e) A comunicação eficaz entre os auditores internos e o auditor independente. conhecimento e experiência em área específica. Os demais itens estão corretos. habilidades e objetividade necessárias na área de contabilidade e auditoria. o que torna a alternativa D errada. ou uma pessoa que faz parte da equipe. O especialista do auditor pode ser interno (um sócio. habilidade e objetividade é para fins de auditoria. ou externo. incluindo equipe temporária. e não na área de contabilidade e auditoria. a avaliação feita no especialista com relação a sua competência. Lucas Salvetti d) avaliar se o especialista possui competência. Especialista da administração é uma pessoa ou organização com especialização em área que não contabilidade ou auditoria. em área que não seja contabilidade e auditoria." Portanto. condição indispensável para sua contratação. sendo esta o gabarito da questão. Resolução: De acordo com o item 9 da Resolução 1230/09 (NBC TA 620). habilidades e objetividade necessárias para fins da auditoria. de 2009): Especialista do auditor é uma pessoa ou organização com especialização em área que não contabilidade ou auditoria. Um exemplo bastante comum no Brasil é a utilização de atuário pela administração de uma seguradora ou de um fundo de pensão para estimar certas provisões. da firma do auditor ou de firma da rede). e) determinar a necessidade de utilizar o trabalho do especialista para obter evidências de auditoria apropriada e suficiente. contratado pela administração. contratado pelo auditor. 241 . em que o trabalho nessa área é usado pela entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis. Referência legislativa (Resolução CFC 1230. ou equivalente no setor público quando relevante. temos que: "9.Auditoria .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. cujo trabalho nessa área é utilizado pelo auditor para ajudá-lo a obter evidência de auditoria suficiente e apropriada. O auditor deve avaliar se o especialista por ele contratado possui competência. Especialização compreende habilidades.Receita Federal 2012 . poderiam ter levado o auditor a alterar seu relatório. se fossem do seu conhecimento naquela data (do relatório). que. estão adequadamente refletidos nessas demonstrações contábeis. 2) fatos que chegaram ao conhecimento independente após a data do seu relatório.2 – Definições. 242 . e b) responder adequadamente aos fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data de seu relatório. 1. Os objetivos do auditor são: a) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se os eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente que precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações contábeis. 1. 1 – Transações e Eventos Subsequentes 1.Auditoria . O auditor independente deve executar procedimentos de auditoria desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente de que todos os eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente que precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações contábeis foram identificados. Eventos subsequentes são eventos ocorridos: 1) entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente.Receita Federal 2012 .3 – Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente. do auditor A data do relatório do auditor independente não pode ser anterior à data de aprovação das demonstrações contábeis. Lucas Salvetti CAPÍTULO 10 – Transações e eventos subsequentes.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.1 – Objetivo. mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis. ele deve: 243 . se.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. c) leitura das atas das reuniões dos proprietários (dos acionistas em sociedade anônima). uma representação formal de que todos os eventos subseqüentes à data das demonstrações contábeis e que. foram ajustados ou divulgados. se fosse do seu conhecimento na data do relatório. segundo a estrutura de relatório financeiro aplicável. O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após a data do seu relatório. ou o mais próximo possível dessa data. realizadas após a data das demonstrações contábeis. que devem incluir o seguinte: a) obtenção de entendimento dos procedimentos estabelecidos pela administração para assegurar que os eventos subseqüentes são identificados. o auditor tomar conhecimento de fato que. d) leitura das últimas demonstrações contábeis intermediárias da entidade. requerem ajuste ou divulgação. levando em consideração a avaliação de risco pelo auditor para determinar a natureza e extensão desses procedimentos de auditoria. Entretanto. aos responsáveis pela governança sobre a ocorrência de eventos subseqüentes que poderiam afetar as demonstrações contábeis. da administração e dos responsáveis pela governança da entidade. quando apropriado. após a data do seu relatório. aos responsáveis pela governança. quando apropriado. mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis.Receita Federal 2012 . b) indagação à administração e. 1.4 – Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório.Auditoria . Lucas Salvetti O auditor independente deve executar os procedimentos de forma a cobrir o período entre a data das demonstrações contábeis e a data do seu relatório. O auditor independente deve solicitar à administração e. poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório. ou 244 . Caso a administração altere as demonstrações contábeis. quando apropriado. o auditor independente deve: a) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias da alteração.Receita Federal 2012 . Se a administração não alterar as demonstrações contábeis nas circunstâncias em que o auditor considerar necessário: 1) se o relatório do auditor independente ainda não tiver sido fornecido à entidade. c) indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis. sendo incluída data adicional no relatório do auditor independente para informar os usuários que os procedimentos do auditor independente posteriores àquela data restringiram-se à alteração subseqüente das demonstrações contábeis. O novo relatório do auditor independente não deve ter data anterior à data de aprovação das demonstrações contábeis alteradas. caso afirmativo. o auditor independente deve alterar o relatório para incluir data adicional restrita a essa alteração. a data do relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis anterior à alteração subseqüente feita pela administração permanece inalterada. Nesses casos.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o auditor pode limitar os procedimentos de auditoria aos eventos subseqüentes a essa alteração. Lucas Salvetti a) discutir o assunto com a administração e. Se a legislação não proíbe a administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos dos eventos subseqüentes que causaram essa alteração. quando o auditor independente alterar seu relatório para incluir data adicional restrita a essa alteração. b) fornecer novo relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis alteradas. com os responsáveis pela governança. e depois fornecê-lo. b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e. pois essa data informa ao leitor quando o trabalho de auditoria para essas demonstrações contábeis foi concluído. Ou seja. o auditor independente deve modificá-lo.Auditoria . com os responsáveis pela governança. 1. o auditor independente deve: a) discutir o assunto com a administração e. se. o auditor independente tomar conhecimento de fato que. poderia tê-lo levado a alterar seu relatório. Caso a administração altere as demonstrações contábeis. Entretanto. o auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. quando apropriado. b) revisar as providências tomadas pela administração para garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis juntamente com o respectivo relatório do auditor independente sejam informados da situação. o auditor independente deve notificar a administração para que não divulguem as demonstrações contábeis para terceiros antes de serem feitas as alterações necessárias. c) indagar como a administração pretende tratar do assunto nas demonstrações contábeis. Lucas Salvetti 2) se o relatório do auditor independente já tiver sido fornecido à entidade.Receita Federal 2012 . Após a divulgação das demonstrações contábeis. b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e.5 – Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a divulgação das demonstrações contábeis. as demonstrações contábeis forem divulgadas posteriormente sem as modificações necessárias. caso afirmativo. o auditor independente deve tomar medidas para procurar evitar o uso por terceiros daquele relatório de auditoria. após a divulgação das demonstrações contábeis.Auditoria . c) quando não é possível alterar o relatório: 245 . se fosse do seu conhecimento na data do relatório do auditor independente. Se mesmo assim. o auditor independente deve: a) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações. Conseqüentemente. quando O auditor independente deve incluir no seu relatório. Parágrafo de Ênfase com referência à nota explicativa que esclarece mais detalhadamente a razão da alteração das demonstrações contábeis emitidas anteriormente e do relatório anterior fornecido pelo auditor independente. Lucas Salvetti i) estender os procedimentos de auditoria até a data do novo relatório do auditor independente e datar o novo relatório com data posterior à data de aprovação das demonstrações contábeis reapresentadas. novo ou reemitido. o auditor independente pode considerar apropriado buscar assessoria legal.Auditoria .Receita Federal 2012 . d) alterar o possível. relatório do auditor independente. Caso a administração não tome as providências necessárias para garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis emitidas anteriormente sejam informados da situação e não altere as demonstrações contábeis nas circunstâncias em que o auditor considere necessário.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 246 . e ii) fornecer novo relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis reapresentadas. o auditor independente deve notificar a administração de que procurará evitar o uso por terceiros daquele relatório no futuro. b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e. a firma de auditoria deve: a) manter o parecer com encerramento aos trabalhos. adquiriu a principal concorrente. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Consideram-se exemplos de transações e eventos subseqüentes." Portanto. o auditor tomar conhecimento de fato que. d) refazer o parecer considerando as novas informações. com os responsáveis pela governança. Resolução: De acordo com o item 10 da NBC TA 560.Auditoria . 247 . e) decidir se as demonstrações devem ser ajustadas. No entanto. caso afirmativo. temos que: "Se. a empresa ainda não havia publicado suas demonstrações com o parecer. c) indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis. ele deve: a) discutir o assunto com a administração e. gabarito letra "E". poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório.Capítulo 10: 01. discutir o assunto com a administração e tomar as medidas apropriadas às circunstâncias. Nessa situação. data anterior ao evento. c) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas explicativas. (ESAF / AFRFB / 2009) A empresa Grandes Negócios S. 02. determinando nova data para publicação das demonstrações contábeis. Lucas Salvetti Exercícios Comentados . após o encerramento do balanço e a emissão do parecer pelos auditores. após a data do seu relatório. rever o parecer considerando o fato relevante. dando b) obrigatoriamente. se fosse do seu conhecimento na data do relatório.Receita Federal 2012 . mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.A. quando apropriado. b) compra de nova subsidiária ou de participação adicional relevante em investimento anterior. c) destruição de estoques ou estabelecimento em decorrência de sinistro. D e E". Resolução: De acordo com o item 11. d) alteração do controle societário".16. temos no rol de exemplos de transações e eventos subsequentes os descritos nas alternativas "B. Sendo assim. legislação vigente à época do certame. não fazem parte da demonstração contábil ora auditada. c) a destruição de estoques ou estabelecimento em decorrência de sinistro. ficando evidente a natureza "atípica" dos eventos que constam no rol de exemplos.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.16. alternativa "A". exceto a) as operações rotineiras de compra-e-venda. d) a alteração do controle societário. Lucas Salvetti havidos entre a data de término do exercício social e até após a data da divulgação das demonstrações contábeis.6 da NBC T11. Cabe salientar que operações rotineiras de compra-e-venda (ou seja. inclusive como aumento de capital.6. C.1. inclusive como aumento de capital. Exemplos de transações e eventos subseqüentes havidos entre a data de término do exercício social e a data da divulgação das Demonstrações Contábeis são: a) aporte de recursos.Receita Federal 2012 .Auditoria . conforme transcrito abaixo: "11.1. atividade operacional da empresa) não são consideradas como transações/eventos subsequentes tendo em vista que a entidade auditada não para de funcionar para que o auditor realize seu trabalho de auditoria. portanto. gabarito da questão. 248 .16. e) o aporte de novos recursos. b) a compra de nova subsidiária ou de participação adicional relevante em investimento anterior. Resolução: De acordo com o item 5 da NBC TA 560. 04. (ESAF / AFRFB / 2002) A responsabilidade do auditor independente sobre as demonstrações contábeis é até a) a data base das demonstrações contábeis. temos a seguinte definição para "eventos subsequentes": "Eventos subsequentes são eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório" Sendo assim. exceto fatos ocorridos: a) após a publicação do balanço e do parecer de auditoria. d) durante a publicação do balanço e do parecer de auditoria. b) o último dia de serviço da equipe de campo. 249 . (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2004) São consideradas situações de eventos subseqüentes para a auditoria. c) da data de fechamento do balanço até a data de emissão do parecer.Receita Federal 2012 . que comina com a emissão de sua opinião (através de seu relatório). sendo o gabarito da questão. e) depois do término dos trabalhos de campo e emissão do parecer e antes da data de publicação. c) a data de assinatura do parecer de auditoria. e) a data de publicação das demonstrações contábeis. Lucas Salvetti 03. d) a data da carta de responsabilidade da administração. Resolução: A responsabilidade do auditor termina quando o mesmo conclui o seu trabalho. a alternativa "B" não é uma situação que se enquadra como "eventos subsequentes" já que ocorreu durante o período contábil analisado. b) durante o exercício contábil objeto da auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . Resolução: O auditor modifica sua opinião (ou seja. o auditor detem responsabilidades com transações e eventos subsequentes. caso afirmativo. adverso ou com abstenção de opinião) sobre as demonstrações contábeis. ele deve: a) discutir o assunto com a administração e. como podemos verificar no seu item 10: "10. de acordo com a NBC TA 560. (ESAF / Analista Técnico SUSEP / 2002) Após a data de fechamento. Esse fato pode afetar a continuidade operacional de seu cliente que é dependente financeiramente da matriz. com os responsáveis pela governança. emiti um relatório com ressalva.Auditoria . d) sem ressalva com parágrafo de ênfase. c) adverso com parágrafo de descontinuidade.Receita Federal 2012 . mas antes da emissão de seu parecer. 05. quando apropriado. diante dessa situação. A administração da empresa apresentou adequada interpretação nas demonstrações contábeis. mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis. se fosse do seu conhecimento na data do relatório. quando: 250 . Entretanto. após a data do seu relatório.". O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após a data do seu relatório. o auditor independente constatou que a matriz da empresa que ele audita requereu concordata. c) indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. se. e) de incerteza com parágrafo de descontinuidade. poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório. b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e. o auditor tomar conhecimento de fato que. o auditor deve emitir um parecer a) com ressalva e parágrafo de ênfase. Lucas Salvetti No entanto. b) com abstenção de opinião. No entanto. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Identifique um procedimento de auditoria para evidenciação de um evento subseqüente. conduzindo o auditor a emitir uma opinião sem modificação (sem ressalva). com base em evidência de auditoria obtida. ou (b) o auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir que as demonstrações contábeis como um todo não apresentam distorções relevantes". temos que: 251 . A questão aborda um fato que. Resolução: De acordo com o item 5 da NBC TA 560. A utilização do parágrafo de ênfase esta prevista no item 05 da NBC TA 706. a) Circularização do saldo de contas a receber do período findo auditado. e) Teste de adições de imobilizado realizado durante o período auditado. a empresa diante deste fato apresentou adequada interpretação nas demonstrações contábeis.Receita Federal 2012 .Auditoria . gabarito da questão é a alternativa D. Portanto. que é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis". segundo seu julgamento. que as demonstrações contábeis como um todo apresentam distorções relevantes. d) Exame de devoluções de vendas realizadas no período seguinte auditado. b) Inventário físico dos saldos de abertura e final do período auditado. 06. Lucas Salvetti "(a) o auditor conclui. põe em risco a continuidade da operação da entidade auditada. conforme transcrito abaixo: "Parágrafo de ênfase é o parágrafo incluído no relatório de auditoria referente a um assunto apropriadamente apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que. c) Exame dos pagamentos realizados no período auditado.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. é de tal importância. o que permite que os usuários de suas demonstrações tenham conhecimento sobre isso. de acordo com o julgamento do auditor. b) publicar.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. a administração não toma as medidas necessárias para assegurar que os usuários sejam informados do fato. informando que o trabalho de auditoria foi prejudicado e. A única alternativa que corresponde a um evento ocorrido conforme a classificação dada acima é a alternativa D.Auditoria . o auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis. poderia 252 . o auditor independente tomar conhecimento de fato que. Após a divulgação das demonstrações contábeis. oportuno. c) informar aos órgãos regulamentares competentes que irá tomar medidas para informar aos usuários das demonstrações contábeis publicadas quanto ao risco identificado. Resolução: De acordo com o item 14 da NBC TA 560. Lucas Salvetti "Eventos subsequentes são eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório". que o auditor está se abstendo do parecer de auditoria publicado. o auditor tomar conhecimento de um fato que poderia modificar seu parecer e. 07.Receita Federal 2012 . e) informar aos principais acionistas da empresa que as demonstrações contábeis publicadas podem apresentar vieses para fins de tomada de decisão. temos que: "14. o auditor deve: a) informar à administração da empresa auditada que tomará medidas para impedir que seu parecer seja utilizado por terceiros para tomada de decisão. no entanto. irá se manifestar a respeito desse fato. nos mesmos jornais onde foram publicadas as demonstrações contábeis da empresa auditada. após a divulgação das demonstrações contábeis. se fosse do seu conhecimento na data do relatório do auditor independente. Entretanto. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Se. se. após a emissão das demonstrações contábeis de companhia aberta. num momento futuro. d) enviar uma carta aos administradores da empresa auditada. Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti tê-lo levado a alterar seu relatório, o auditor independente deve: (a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança; (b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo; (c) indagar como a administração pretende tratar do assunto nas demonstrações contábeis". Já no item A18, temos que: "A18. Caso o auditor independente acredite que a administração, ou os responsáveis pela governança, não tomaram as medidas necessárias para evitar o uso indevido do relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis divulgadas anteriormente pela entidade apesar da notificação prévia do auditor independente de que ele tomará medidas para tentar evitar esse uso indevido, o auditor deve avaliar a adoção de medidas a serem tomadas em função de seus direitos e das suas obrigações legais. Consequentemente, o auditor independente pode considerar apropriado buscar assessoria legal". Portanto, o correto seria seguir a sequência de possibilidades tratadas no item 14, expostas acima. Apenas no caso da administração não tomar as medidas necessárias para evitar o uso indevido do relatório é que o auditor deve tomar medidas para evitar tal uso indevido. Sendo assim, o gabarito da questão é a alternativa A. 08. (FGV / Fiscal de Rendas do AP / 2010) De acordo com a NBC TA 610 - Utilização do Trabalho de Auditoria Interna, aprovado pela Resolução 1229/09, o auditor, se após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis, tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do relatório, poderia ter levado a sua alteração, deve: a) manter o relatório sem qualquer alteração e comunicar o fato a administração para que, a seu critério, adote as medidas corretivas necessárias. b) revisar as providências tomadas pela administração divulgando-as no âmbito interno da empresa juntamente com o seu relatório para que todos sejam informados da situação. 253 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti c) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo, indagar como a administração pretende tratar do assunto nas demonstrações contábeis. d) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações, ainda que a administração não altere as demonstrações contábeis. e) deixar de executar qualquer procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após a data do seu relatório, mesmo que tome conhecimento de eventos subsequentes. Resolução: De acordo com o item 10 da NBC TA 560, temos que: "10. (...) se, após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis, o auditor tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do relatório, poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório, ele deve: (a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança; (b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo; (c) indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis". Portanto, gabarito da questão, alternativa D. obs. O enunciado peca ao relacionar a norma com o assunto. O correto seria "NBC TA 560", e não "NBC TA 610". 254 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti CAPÍTULO 11 – Parecer de Auditoria. Tipos de Parecer, Estrutura, Elementos. 1 – Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis. 1.1 – Objetivo. Os objetivos do auditor são: a) formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na avaliação das conclusões atingidas pela evidência de auditoria obtida; e b) expressar claramente essa opinião por meio de relatório de auditoria por escrito que também descreve a base para a referida opinião. 1.2 – Formação da opinião sobre as demonstrações contábeis. O auditor deve formar sua opinião sobre se as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Essa avaliação deve incluir a consideração dos aspectos qualitativos das práticas contábeis da entidade, incluindo indicadores de possível tendenciosidade nos julgamentos da administração. Para formar essa opinião, o auditor deve concluir se obteve segurança razoável sobre se as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes, independentemente se causadas por fraude ou erro. O auditor especificamente deve avaliar se, segundo os requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável: a) as demonstrações contábeis divulgam adequadamente as práticas contábeis selecionadas e aplicadas; b) as práticas contábeis selecionadas e aplicadas são consistentes com a estrutura de relatório financeiro aplicável e são apropriadas; c) as estimativas contábeis feitas pela administração são razoáveis; d) as informações apresentadas nas demonstrações contábeis são relevantes, confiáveis, comparáveis e compreensíveis; 255 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti e) as demonstrações contábeis fornecem divulgações adequadas para permitir que os usuários previstos entendam o efeito de transações e eventos relevantes sobre as informações incluídas nas demonstrações contábeis (exemplo: posição patrimonial e financeira, o desempenho das operações e os fluxos de caixa da entidade); e f) a terminologia usada nas demonstrações contábeis, incluindo o título de cada demonstração contábil, é apropriada. A avaliação do auditor sobre se as demonstrações contábeis propiciam uma apresentação adequada deve incluir considerações sobre: i) a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis; e ii) se as demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, representam as transações e eventos subjacentes de modo a alcançar uma apresentação adequada. O auditor deve avaliar se as demonstrações contábeis fazem referência ou descrevem adequadamente a estrutura de relatório financeiro aplicável. 1.3 - Forma da opinião. O auditor deve expressar uma opinião não modificada quando concluir que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. O auditor deve modificar a opinião no seu relatório de auditoria de acordo com a NBC TA 705 se: a) concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes; ou 256 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti b) não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes. 1.4 - Relatório do auditor independente. O relatório do auditor independente deve ser por escrito (impressa em papel ou em meio eletrônico). 1.4.1 – Composição Título O relatório do auditor independente deve ter um título que indique claramente que é o relatório do auditor independente. Destinatário O relatório do auditor independente deve ser endereçado conforme exigido pelas circunstâncias do trabalho, sendo normalmente endereçado às pessoas para quem o relatório de auditoria é elaborado, frequentemente para os acionistas ou para os responsáveis pela governança da entidade, cujas demonstrações contábeis estão sendo auditadas. Parágrafo introdutório O parágrafo introdutório do relatório do auditor independente deve: a) identificar a entidade cujas demonstrações contábeis foram auditadas; b) afirmar que as demonstrações contábeis foram auditadas; c) identificar o título de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis; d) fazer referência ao resumo das contábeis e demais notas explicativas; e principais práticas e) especificar a data ou o período de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis. 257 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeis O relatório do auditor independente deve descrever a responsabilidade da administração pela elaboração das demonstrações contábeis. A descrição deve incluir uma explicação de que a administração é responsável pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável e pelos controles internos que a administração determinar serem necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis que não apresentem distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro. Responsabilidade do auditor O relatório do auditor independente estabelece que a responsabilidade do auditor é expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na auditoria com o objetivo de distingui-la da responsabilidade da administração pela elaboração das demonstrações contábeis. O relatório do auditor independente deve especificar que a auditoria foi conduzida em conformidade com as normas de auditoria indicando sempre a nacionalidade das mesmas. Como no Brasil as normas de auditoria estão sendo integralmente convergidas com as normas internacionais de auditoria emitidas pela Federação Internacional de Contadores, a referência deve ser às normas brasileiras e internacionais de auditoria. Práticas contábeis brasileiras compreendem: 1) a legislação societária brasileira; 2) as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo; 3) os pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores; 4) as práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que atendam à Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis emitida pelo CFC e, por conseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais. 258 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti O relatório do auditor independente deve especificar se o auditor acredita que a evidência de auditoria obtida pelo auditor é suficiente e apropriada para fundamentar a sua opinião. Opinião do auditor O relatório do auditor independente deve incluir uma seção com o título “Opinião”. Ao expressar uma opinião não modificada sobre as demonstrações contábeis elaboradas de acordo com a estrutura de apresentação adequada, a opinião do auditor deve, utilizar uma das seguintes frases, que são consideradas equivalentes: a) as demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, … de acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável]; ou b) as demonstrações contábeis apresentam uma visão correta e adequada … de acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável]. Outras responsabilidades relativas à emissão do relatório de auditoria Se for requerido ao auditor tratar no seu relatório de auditoria de outras responsabilidades em relação às demonstrações contábeis que são complementares à sua responsabilidade, de acordo com as normas de auditoria, para emissão de seu relatório sobre as demonstrações contábeis, essas outras responsabilidades devem ser tratadas em uma seção separada no relatório do auditor independente com o subtítulo “Relatório do auditor independente sobre outros requisitos legais e regulatórios” ou de outra forma, conforme apropriado ao conteúdo da seção. Essas outras responsabilidades relativas à emissão de relatório de auditoria são tratadas em seção separada do relatório do auditor independente para diferenciá-las claramente da responsabilidade do auditor de acordo com as normas de auditoria de emitir relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis. 259 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Assinatura do auditor O relatório do auditor independente deve ser assinado. No Brasil, é requerido pelo CFC a identificação do auditor, tanto da firma como do sócio ou responsável técnico, pelo número de registro no Conselho Regional de Contabilidade na categoria de Contador, conforme consta no exemplo de relatório incluso no Apêndice. Data do relatório do auditor independente O relatório do auditor independente não pode ter data anterior à data em que ele obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar a sua opinião sobre as demonstrações contábeis. Em algumas jurisdições, é necessária aprovação final das demonstrações contábeis pelos acionistas antes delas serem publicadas. Essa prévia aprovação não é requerida no Brasil, ou seja, as demonstrações contábeis normalmente são publicadas antes da Assembléia Geral Ordinária que tem por objetivo a aprovação das demonstrações contábeis. Todavia, é importante considerar que, qualquer que seja a jurisdição, a aprovação final pelos acionistas não é necessária para o auditor independente concluir que foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente. Endereço do auditor independente O relatório do auditor independente deve mencionar a localidade em que o relatório foi emitido. 1.5 - Informações suplementares demonstrações contábeis. apresentadas com as No caso de serem apresentadas informações suplementares com as demonstrações contábeis auditadas, não requeridas pela estrutura de relatório financeiro aplicável, o auditor deve avaliar se essas informações suplementares estão claramente diferenciadas das demonstrações contábeis auditadas. Se essas informações suplementares não estão claramente diferenciadas das demonstrações contábeis auditadas, o auditor deve pedir que a administração mude a forma de apresentação das informações suplementares não auditadas. 260 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Se a administração se recusar a fazê-lo, o auditor deve explicar no relatório do auditor independente que essas informações suplementares não foram auditadas. Informações suplementares não requeridas pela estrutura de relatório financeiro aplicável, mas que apesar disso são parte integrante das demonstrações contábeis porque não podem ser claramente diferenciadas das demonstrações contábeis auditadas devido a sua natureza e forma de apresentação, devem ser cobertas pela opinião do auditor. Esquematizando: Avaliar se essas informações suplementares estão claramente diferenciadas das demonstrações contábeis auditadas Se não estão claramente diferenciadas o auditor deve pedir que a administração mude a forma de apresentação das informações suplementares não auditadas. Se a administração se recusar a fazê-lo, o auditor deve explicar no relatório do auditor independente que essas informações suplementares não foram auditadas. 2 – Modificações na Opinião do Auditor Independente. 2.1 – Objetivo. O objetivo do auditor é expressar claramente uma opinião modificada de forma apropriada sobre as demonstrações contábeis, que é necessária quando: a) o auditor conclui, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações contábeis, como um todo, apresentam distorções relevantes; ou b) o auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir que as demonstrações 261 Auditoria .2 – Tipos de opinião modificada. Opinião adversa Abstenção de opinião A tabela a seguir mostra como a opinião do auditor sobre a natureza do assunto que gerou a modificação. Lucas Salvetti contábeis como um todo não apresentam distorções relevantes..Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.. Opinião com ressalva Opinião modificada compreende. Natureza do assunto que Julgamento do auditor sobre a gerou a modificação disseminação de forma generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis Relevante mas não Relevante generalizado generalizado e As demonstrações Opinião contábeis apresentam ressalva distorções relevantes com Opinião adversa Impossibilidade de Opinião obter evidência de ressalva auditoria apropriada e suficiente com Abstenção opinião de 262 . e a disseminação de forma generalizada dos seus efeitos ou possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis. 2. afeta o tipo de opinião a ser expressa. que as demonstrações contábeis. Para se obter a conclusão do item “i”. 263 . ou 3) adequação das divulgações nas demonstrações contábeis. como um todo. apresentam distorções relevantes. podendo surgir em relação a: 1) adequação das políticas contábeis selecionadas.3 – Circunstâncias em que é necessário modificar a opinião do auditor independente. como um todo. com base na evidência de auditoria obtida. não apresentam distorções relevantes. ou 3) limitações impostas pela administração. A impossibilidade de executar um procedimento específico não constitui uma limitação no alcance da auditoria se o auditor conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente por meio de procedimentos alternativos. A impossibilidade do auditor de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente (também denominada como limitação no alcance da auditoria) pode ser decorrente de: 1) circunstâncias que estão fora do controle da entidade (exemplo: registros contábeis destruídos. O auditor deve modificar a opinião no seu relatório quando: i) ele conclui.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. se houver.Auditoria . o auditor leva em consideração a avaliação de distorções não corrigidas. ou ii) o auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir que as demonstrações contábeis. ou apreendidos por autoridades governamentais).Receita Federal 2012 . Lucas Salvetti 2. nas demonstrações contábeis. 2) circunstâncias relacionadas à natureza ou à época do trabalho do auditor. 2) aplicação das políticas contábeis selecionadas. mas não generalizados. conclui que as distorções. Não obteve evidência Distorções relevantes (caso houvesse). em circunstâncias extremamente raras envolvendo diversas incertezas. são relevantes. 2. se houver. 264 .2 – Opinião adversa O auditor deve expressar uma opinião adversa quando. mas não generalizados. mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas. sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes. 2. se houver. 2. Lucas Salvetti 2. não é possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis.Receita Federal 2012 .4. tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente.Auditoria .1 – Opinião com ressalva O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando: a) ele. o auditor conclui que. individualmente ou em conjunto.4 – Determinação do tipo de modificação na opinião do auditor independente. são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis.4. sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas. mas não generalizadas. individualmente ou em conjunto. Obteve evidência Distorções relevantes. tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente.4.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. independentemente de ter obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas. ou b) ele não consegue obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para suportar sua opinião.3 – Abstenção de opinião O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas. O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando. conclui que as distorções. mas não generalizadas nas demonstrações contábeis. o auditor tomar conhecimento que a administração impôs uma limitação ao alcance da auditoria que tem. No caso de a administração se recusar a retirar a limitação. se houver. ou (ii) se a renúncia ao trabalho de auditoria antes da emissão do seu relatório de auditoria independente não for viável ou possível. sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes. segundo ele.5 – Conseqüência da impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente devido a uma limitação imposta pela administração depois da aceitação do trabalho pelo auditor Se.Auditoria . assim como determinar se é possível executar procedimentos alternativos para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis. Lucas Salvetti 2. mas não generalizados. ou b) se ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas. sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizados de modo que uma ressalva na opinião seria não adequada para comunicar a gravidade da situação. depois de aceitar o trabalho.Receita Federal 2012 . o auditor deve: (i) renunciar ao trabalho de auditoria. o auditor deve determinar as implicações como segue: a) se ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas. o auditor deve comunicar o assunto aos responsáveis pela governança. o auditor deve solicitar que a administração retire a limitação. probabilidade de resultar na necessidade de expressar uma opinião com ressalva ou abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis. se houver. Se o auditor não conseguir obter evidência apropriada e suficiente de auditoria. ESQUEMATIZANDO: 265 . quando praticável e possível de acordo com as leis ou regulamentos aplicáveis.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o auditor deve emitir uma opinião com ressalva. Lucas Salvetti Auditor aceita o trabalho Administração impõe limitação Auditor solicita que seja retirada a limitação Administração se recusa a retirar Comunicar aos responsáveis pela governança Verificar se é possível aplicar procedimentos alternativos possíveis efeitos de distorções não detectadas poderiam ser relevantes.Auditoria .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . mas não generalizados Opinião com ressalva Possíveis efeitos de distorções Se o auditor não conseguir obter evidência apropriada e suficiente de auditoria não detectadas poderiam ser relevantes e generalizados Renunciar ao trabalho Caso não seja possível Abster-se de emitir opinião 266 . ” “Base para opinião adversa” ou “Base para abstenção de opinião”. o auditor deve: 267 . o auditor deve incluir no parágrafo contendo a base para a modificação uma descrição e a quantificação dos efeitos financeiros da distorção. além dos elementos específicos requeridos pela NBC TA 700. Se houver uma distorção relevante nas demonstrações contábeis relacionadas a valores específicos. abster-se de expressar uma opinião e explicar a limitação de alcance no parágrafo sobre a base para abstenção de opinião ao invés de renunciar.6 – Forma e conteúdo do relatório do auditor independente com opinião modificada. conforme apropriado. pode haver umas exigências profissionais. legais ou regulatória para que o auditor comunique os assuntos relacionados à renúncia ao trabalho de auditoria às agências reguladoras ou aos proprietários da entidade. Lucas Salvetti A viabilidade de renunciar ao trabalho de auditoria pode depender do estágio de execução do trabalho na época em que a administração impõe a limitação de alcance. Se o auditor renunciar. antes da renúncia.Receita Federal 2012 . ele deve. utilizando o título “Base para opinião com ressalva.Auditoria . incluir um parágrafo no seu relatório de auditoria independente que fornece uma descrição do assunto que deu origem à modificação.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. quando o auditor conclui que a renúncia ao trabalho de auditoria é necessária em decorrência de limitação no alcance. O auditor deve colocar esse parágrafo imediatamente antes do parágrafo da opinião no seu relatório de auditoria independente. a menos que seja impraticável. relacionada com a não divulgação de informações que devem ser divulgadas. Quando o auditor modifica a opinião sobre as demonstrações contábeis. Além disso. ele deve comunicar aos responsáveis pela governança quaisquer assuntos relativos a distorções identificadas durante a auditoria que dariam origem a uma opinião modificada. Se houver uma distorção relevante das demonstrações contábeis. No caso de o auditor ter concluído parte significativa da auditoria. 2. ele pode decidir concluir a auditoria na medida do possível. em todos os aspectos. para o parágrafo da opinião. Quando o auditor expressa uma opinião com ressalva devido a uma distorção relevante nas demonstrações contábeis. assim como os respectivos efeitos. ele deve descrever no parágrafo contendo a base para a modificação as razões para quaisquer outros assuntos dos quais ele está ciente que teriam requerido uma modificação da opinião. o auditor deve incluir as razões dessa impossibilidade no parágrafo contendo a base para a modificação. em sua opinião. desde que praticável e que o auditor tenha obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre a informação omitida. ele deve especificar no parágrafo da opinião que. incluir as divulgações omitidas.Auditoria . b) descrever a natureza da informação omitida no parágrafo contendo a base para a modificação. ele deve especificar no parágrafo da opinião que. conforme apropriado. Se a modificação for decorrente da impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. em sua opinião. Quando o auditor expressa uma opinião adversa.Receita Federal 2012 . exceto pelos efeitos do(s) assunto (s) descrito(s) no parágrafo sobre a base para opinião com ressalva: a) as demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente. de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. devido à relevância do(s) assunto (s) descrito(s) no parágrafo sobre a base para opinião adversa: 268 .” “Opinião adversa” ou “Abstenção de Opinião”. Lucas Salvetti a) discutir a não divulgação com os responsáveis pela governança.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e c) a menos que proibido por lei ou regulamento. Mesmo que o auditor tenha emitido uma opinião adversa ou se absteve de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis. Parágrafo da opinião Quando o auditor modifica sua opinião deve usar o título “Opinião com ressalva. ele deve especificar no parágrafo da opinião que: a) devido à relevância do(s) assunto(s) descrito(s) no parágrafo sobre a base para abstenção de opinião. e. ele deve alterar a descrição de sua responsabilidade no relatório para especificar que ele acredita que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar sua opinião modificada. 2. 269 . ele deve comunicar aos responsáveis pela governança as circunstâncias que levaram à modificação prevista e o texto proposto da modificação. de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Quando o auditor se abstém de expressar uma opinião devido à impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.7 – Comunicação com os responsáveis pela governança Quando o auditor prevê modificar a opinião no seu relatório. o auditor não expressa opinião sobre as demonstrações contábeis.Receita Federal 2012 . Quando o auditor se abstém de expressar uma opinião devido à impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. Comunicar aos responsáveis pela governança as circunstâncias que levam a uma modificação prevista na opinião do auditor e o texto proposto da modificação permite que: a) o auditor comunique aos responsáveis pela governança com referência à(s) modificação(s) pretendida(s) e as razões (ou circunstâncias) para a(s) modificação(s).Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. consequentemente.Auditoria . o auditor não conseguiu obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião de auditoria. ele deve alterar o parágrafo introdutório do relatório do auditor para especificar que foi contratado para examinar as demonstrações contábeis. Lucas Salvetti a) as demonstrações contábeis não estão apresentadas adequadamente (ou não apresentam uma visão verdadeira e justa). Quando o auditor expressa uma opinião com ressalva ou adversa. ou b) como apropriado. que é fundamental para o entendimento das demonstrações contábeis pelos usuários. ou confirme assuntos que estejam em desacordo com a administração. é chamar a atenção dos usuários. de ênfase no relatório do auditor Parágrafo de ênfase é o parágrafo incluído no relatório de auditoria referente a um assunto apropriadamente apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que.Receita Federal 2012 . de acordo com o julgamento do auditor. tem tal importância. de acordo com o julgamento do auditor.1 – Objetivo. a responsabilidade do auditor ou do relatório de auditoria. é de tal importância. quando necessário.2 – Parágrafos independente. apesar de apropriadamente apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis. para: a) um assunto que. Parágrafos de outros assuntos é o parágrafo incluído no relatório de auditoria que se refere a um assunto não apresentado ou não divulgado nas demonstrações contábeis e que. e c) os responsáveis pela governança tenham uma oportunidade de fornecer ao auditor informações adicionais e explicações sobre o (s) assunto(s) que deu (deram) origem à(s) modificação(s) prevista(s). a responsabilidade do auditor ou o relatório de auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. O objetivo do auditor. que é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis. qualquer outro assunto que seja relevante para os usuários entenderem a auditoria. 3 – Parágrafos de Ênfase e Parágrafos e Outros Assuntos no Relatório do Auditor Independente. 3.Auditoria . Lucas Salvetti b) o auditor busque a concordância dos responsáveis pela governança em relação aos fatos do(s) assunto(s) que deu (deram) origem à(s) modificação(s) prevista(s). por meio de comunicação adicional clara no relatório. 270 . depois de ter formado opinião sobre as demonstrações contábeis. é relevante para os usuários entenderem a auditoria. 3. Um parágrafo de ênfase não substitui a expressão pelo auditor de uma opinião com ressalva. ATENÇÃO!!! É possível (por exemplo) emitir um parágrafo de ênfase em um relatório de auditoria que contém opinião com ressalva. quando exigido pelas circunstâncias de trabalho de auditoria.Auditoria . nova prática contábil introduzida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC)) com efeito disseminado de forma generalizada nas demonstrações contábeis.Receita Federal 2012 . e d) indicar que a opinião do auditor não se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado. antes da sua data de vigência. c) incluir no parágrafo uma referência clara ao assunto enfatizado e à nota explicativa que descreva de forma completa o assunto nas demonstrações contábeis. Lucas Salvetti Exemplos de circunstâncias em que o auditor pode considerar necessário incluir um parágrafo de ênfase são: i) existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio excepcional ou ação regulatória. A inclusão de parágrafo de ênfase no relatório não afeta a opinião do auditor. ele deve: a) incluí-lo imediatamente após o parágrafo de opinião no relatório do auditor. efeito significativo sobre a posição patrimonial e financeira da entidade. ii) aplicação antecipada (quando permitido) de nova norma contábil (por exemplo. iii) grande catástrofe que tenha tido.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. ou abstenção de opinião. O uso generalizado de parágrafos de ênfase diminui a eficácia da comunicação de tais assuntos pelo auditor. ou continue a ter. Quando o auditor incluir um parágrafo de ênfase no relatório. 271 . b) usar o título “Ênfase” ou outro título apropriado. adversa. por exemplo. não apresentado nem divulgado nas demonstrações contábeis. da responsabilidade do auditor ou do relatório de auditoria. quando a inclusão de parágrafo dessa natureza sobre um assunto específico no relatório for recorrente em cada trabalho sucessivo. e que de acordo com seu julgamento é relevante para o entendimento. ele deve fazêlo em um parágrafo no relatório de auditoria. com o títu lo “Outros assuntos” ou outro título apropriado. Se o auditor espera incluir um parágrafo de ênfase ou parágrafo de outros assuntos no relatório. e não for proibido por lei ou regulamento. 272 . 3. pelos usuários.Auditoria . se o conteúdo do parágrafo de outros assuntos for relevante para a seção Outras Responsabilidades de Relatório. Lucas Salvetti 3. No entanto. Tal comunicação possibilita aos responsáveis pela governança tomarem ciência da natureza de quaisquer assuntos específicos que o auditor pretenda realçar no seu relatório e fornecer-lhes a oportunidade de obter esclarecimento adicional quando necessário. o auditor pode determinar que é desnecessário repetir a comunicação a cada trabalho.3 – Parágrafos de outros assuntos no relatório do auditor independente. Se o auditor considera necessário comunicar outro assunto. ou em outra parte do relatório. ele deve comunicar-se com os responsáveis pela governança no que se refere a essa expectativa e à redação proposta desse parágrafo. da auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.4 – Comunicação com os responsáveis pela governança. O auditor deve incluir esse parágrafo imediatamente após o parágrafo de opinião e de qualquer parágrafo de ênfase.Receita Federal 2012 . o auditor deve emitir sua opinião afirmando se estas representam adequadamente ou não a situação patrimonial da entidade. Resolução: O objetivo do auditor é emitir uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis do período ora em análise. c) exclui a responsabilidade do auditor de se manifestar sob qualquer aspecto das demonstrações.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 02. sendo analisados pelo auditor. As demais alternativas são exemplos de relatórios financeiros aplicáveis. independente da relevância ou materialidade.Receita Federal 2012 . devem relevantes. c) as mutações do patrimônio líquido. d) a posição patrimonial e financeira.Capítulo 11: 01. (ESAF / Inspetor da CVM / 2010) No parecer sobre as demonstrações contábeis. (ESAF / AFRFB / 2009) Na emissão de parecer com abstenção de opinião para as demonstrações contábeis de uma entidade. que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. qualquer desvio. e) o resultado das operações no período. b) a origem e a aplicação dos recursos para o período a que correspondem. exceto: ser observados os seguintes aspectos a) as obrigações para o período seguinte. no parecer. "as obrigações para o período seguinte". b) não suprime a responsabilidade do auditor de mencionar. encontra-se errada e é o gabarito da questão. por isso a alternativa A. Lucas Salvetti Exercícios Comentados . 273 . podese afirmar que: a) elimina a responsabilidade do auditor de emitir qualquer parecer devendo este comunicar à administração da empresa da suspensão dos trabalhos. Nesse parecer.Auditoria . b) adverso. deve o auditor emitir parecer: a) sem abstenção de opinião. podendo ser verificado através da leitura do item A20 da NBC TA 705: "a opinião adversa ou a abstenção de opinião relativa a um assunto específico descrito no parágrafo sobre a base para a ressalva. qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações.3.A. é uma empresa que tem seus registros contábeis e procedimentos estabelecidos por agência de fiscalização. qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. Nessa situação.6. Portanto. no parecer. c) com ressalva. mas evidenciando em nota explicativa a 274 . do procedimento estabelecido pelo Conselho Federal de Contabilidade. qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações". Nesses casos. A agência estabeleceu procedimento para registro das concessões que diverge significativamente. não justifica a omissão da descrição de outros assuntos identificados que teriam de outra forma requerido uma modificação da opinião do auditor.Receita Federal 2012 .Auditoria . d) sem ressalva. 03. (ESAF / AFRFB / 2009) A empresa de Transportes S. gabarito letra "D". Tal previsão continua de acordo com a norma atual. a divulgação desses outros assuntos que o auditor tem conhecimento pode ser relevante para os usuários das demonstrações contábeis".2 da NBC T 11 diz que "a abstenção de opinião em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar. no parecer. no parecer. Resolução: O item 11.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e) extingue a responsabilidade do auditor de mencionar. Lucas Salvetti d) não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar. divergência. 3. no meu ponto de vista. Atualmente. segundo a natureza da opinião que contém. públicas ou privadas. temos no item 8 a previsão da emissão de opinião adversa. sujeitas à regulamentação específica quanto à adoção de normas contábeis próprias ao segmento econômico. conforme abaixo: "8.3.3. tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente. a previsão para emissão de opinião com ressalva está prevista no item 7 da NBC TA 705.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.4 − Na auditoria independente das demonstrações contábeis das entidades. 04. são relevantes. Como o enunciado não afirma o efeito generalizado ou não. não fica claro qual modificação de opinião seria necessária para o auditor fazer. exceto: 275 . (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2008) De acordo com a NBC-T-11.1. conclui que as distorções. o Parecer do Auditor Independente. Sendo assim. mas não generalizadas nas demonstrações contábeis". individualmente ou em conjunto.3. O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando: (a) ele. Lucas Salvetti e) com abstenção de opinião. o auditor deve emitir parecer com ressalva". em seu item 11. fica claro que atualmente a diferença da emissão da opinião com ressalva para a adversa é o efeito generalizado das distorções identificadas.1. Sendo assim.1. Resolução: De acordo com a NBC T 11 (Resolução CFC 820/97).Receita Federal 2012 . Além disso. gabarito da questão é a alternativa "C". quando elas forem significativamente conflitantes com as disposições contidas no item 11. sendo assim.Auditoria . a alternativa B e C podem ser consideradas corretas. individualmente ou em conjunto. tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente.4 temos que: "11. transcrito abaixo: "7. conclui que as distorções. são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis". pode ser classificado das seguintes formas. O auditor deve expressar uma opinião adversa quando. opinião sem ressalva 2. Lucas Salvetti a) parecer sem ressalva. opinião adversa 4. temos em seu item 8 que a data do parecer deve corresponder ao dia de conclusão dos trabalhos na entidade auditada. abstenção de opinião Sendo assim. 276 . não existe previsão para emissão de irregular". "parecer 05.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. c) parecer irregular.IT 5. de acordo com o item 41 da NBC TA 700. c) do encerramento dos relatórios de auditoria pela firma. sendo elas: 1. b) da publicação das demonstrações contábeis ao público. d) parecer adverso. d) do envio das demonstrações contábeis para o jornal.Auditoria . (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2004) A data do parecer de auditoria deverá ser a mesma data: a) do encerramento dos trabalhos de auditoria na entidade. b) parecer com ressalva. sendo esta alternativa o gabarito da questão. o que torna a alternativa A o gabarito da questão. Resolução: De acordo com a NBC T 11 . Atualmente. e) das demonstrações contábeis objeto da auditoria na entidade. o relatório do auditor independente "não pode ter data anterior à data em que ele obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar a sua opinião sobre as demonstrações contábeis". assim como as NBC TA 700 e 705 (vigentes atualmente) afirmam que as possibilidade de emissão de relatório (não mais chamado de parecer). e) parecer com abstenção de opinião.Receita Federal 2012 . Resolução: A NBC T 11 trazia (foi revogada). opinião com ressalva 3. Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. absterse de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis. que é a de que a data do relatório do auditor independente informa ao usuário do relatório do auditor independente que o auditor considerou o efeito dos eventos e transações conhecidos pelo auditor e ocorridos até aquela data. e se o auditor não conseguir obter evidência apropriada e suficiente de auditoria. b) parágrafo de ênfase ou abstenção de opinião. mas a ideia continua a mesma. (ESAF / AFRFB / 2002) O fato de a administração se recusar a fornecer uma declaração que o auditor considere necessária constitui uma limitação de alcance. 277 . Nesse caso. ou b) se ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas.Receita Federal 2012 . Resolução: Diante de uma limitação imposta pela administração.Auditoria . o auditor deve: i) renunciar ao trabalho de auditoria. 06. sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizados de modo que uma ressalva na opinião seria não adequada para comunicar a gravidade da situação. d) parecer de incerteza ou com abstenção de opinião. se houver. se houver. o auditor deve emitir uma opinião com ressalva. Lucas Salvetti A definição literal mudou. c) negativa de opinião ou com parágrafo de ênfase. quando praticável e possível de acordo com as leis ou regulamentos aplicáveis. mas não generalizados. o auditor deve expressar um(a): a) parecer com ressalva ou com abstenção de opinião. sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes.". o auditor deve determinar as implicações como segue: "a) se ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas. ou ii) se a renúncia ao trabalho de auditoria antes da emissão do seu relatório de auditoria independente não for viável ou possível. e) parecer com ressalva ou com parágrafo de ênfase. b) com seu consentimento pode ser identificado no parecer. esse especialista a) deve ser identificado no parecer para suportar o motivo da ressalva. e) não deve ser identificado no parecer por questões técnicas. assim como na norma vigente atualmente NBC TA 620.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. conforme explicado acima. Lucas Salvetti Ou seja.8. em seu item A42. 278 . item 1. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando o auditor vier a emitir uma ressalva em decorrência do relatório de um especialista ou de suas conclusões. O auditor não encontrou nenhuma restrição ao acesso de informações e registros. gabarito letra "A". 08. (ESAF / AFRFB / 2002) O auditor independente foi contratado apenas para opinar sobre o balanço patrimonial da empresa "ABC". Nesse caso.Receita Federal 2012 . b) pelo objetivo limitado de seu trabalho. d) não deve ser identificado no parecer por questões éticas. 07. d) por uma ressalva de escopo. Portanto. Nessas circunstâncias. c) deve ser identificado no parecer para dividir as responsabilidades. temos que: "pode ser apropriado em algumas circunstâncias fazer referência ao especialista no relatório que contém uma opinião modificada para explicar a natureza da modificação. emitir uma opinião com ressalva ou renunciar ao trabalho ou abster-se de expressar uma opinião. o trabalho do auditor caracteriza-se a) pela extensão limitada de seu objetivo.8. o auditor pode precisar da permissão do especialista do auditor antes de fazer essa referência". c) pela abstenção de outros demonstrativos. o auditor deve.3.6. e todos os procedimentos julgados necessários foram efetuados.Auditoria . Resolução: De acordo com a NBC P1. Tal previsão consta no item 33 da NBC TG 25.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. uma vez que pode tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis. como consta no item 34 da NBC TG 25). limitado. b) com ressalva. Sendo assim. c) adverso. Resolução: Veja que o auditor foi contratado para opinar sobre o balanço patrimonial. Porém. ora transcrito: "33. (ESAF / Analista Técnico da SUSEP / 2002) O auditor independente constatou.Receita Federal 2012 . não constava nos registros contábeis da entidade auditada. tendo em vista que o mesmo não encontrou nenhuma restrição ao acesso de informações e registros da empresa. Não é o caso de limitação de escopo. ou seja. quando a realização do ganho é praticamente certa. Resolução: A contingência ativa só deve ser reconhecida quando for praticamente certa a sua ocorrência (e não provável.Auditoria . 09. Lucas Salvetti e) pela limitação de escopo. Nesse caso. 279 . um objetivo específico. como afirma o enunciado). provável e estimada. a empresa auditada acerta ao não efetuar o registro nos seus livros contábeis (devendo efetuar apenas a sua divugalção. portanto. d) com negativa de opinião. gabarito da questão: alternativa "B". ou de extensão. durante seus trabalhos de campo. que uma contingência ativa. e) com abstenção de opinião. então o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento é adequado". o auditor deve emitir um parecer a) sem ressalva. temos que: "19.10.1. (ESAF / AFTE RN / 2005) Na constatação de evidências de riscos na continuidade normal das atividades da entidade.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. fazendo referência à nota explicativa nas Demonstrações Contábeis que divulgue os aspectos relacionados ao assunto". adicionando um parágrafo de ênfase que destaque o problema da continuidade operacional da entidade.Receita Federal 2012 . e) adverso e com parágrafo de ênfase. Lucas Salvetti Portanto. Se for feita divulgação adequada nas demonstrações contábeis.10. d) sem ressalva e com parágrafo de ênfase. c) com ressalva e com parágrafo de ênfase. o auditor deve expressar uma opinião sem ressalvas e incluir um parágrafo de ênfase em seu relatório(.6.10. não há no que se falar em alteração de opinião por parte do auditor.2. em parágrafo de ênfase. o que torna a alternativa A o gabarito da questão. mencionar.10 ) temos que: "11..2. Se não for feita divulgação adequada nas demonstrações 280 .) 20. o auditor independente deverá emitir parecer: a) com abstenção de opinião. b) sem ressalva e sem parágrafo de ênfase. 10. Adiante.9 que: "11. em seu parecer. de acordo com a NBC TA 570.Auditoria . Resolução: De acordo com a norma vigente à época do certame (NBC T11. Atualmente. Se a divulgação nas Demonstrações Contábeis for adequada..9. o auditor deve. de modo que os usuários tenham adequada informação sobre a mesma". se não ocorreu infringência. temos no item 11. os efeitos que tal situação pode determinar na continuidade operacional da entidade. devendo emitir uma opinião sem modificação (sem ressalva). Quando constatar que há evidências de riscos na continuidade normal das atividades da entidade. o auditor deve emitir um parecer sem ressalva. na mesma norma. com limitação de escopo. o auditor ao emitir seu relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis deve a) emitir um parecer adverso. Caso não a entidade auditada não tenha feito uma divulgação adequada nas demonstrações contábeis. alternativa D. c) emitir parecer sem ressalva. uma vez que as demonstrações foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. usando o método de equivalência patrimonial. de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. evidenciando que as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. d) abster-se de opinar em seu relatório de auditoria. Lucas Salvetti contábeis. Portanto. o auditor deve expressar uma opinião com ressalva ou adversa. coligadas. uma vez que as práticas adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS. Dessa forma. elaborou as demonstrações contábeis de 2011.Receita Federal 2012 . o auditor deve expressar uma opinião com ressalva ou adversa. via de regra a opnião do auditor será sem ressalva com parágrafo de ênfase.Auditoria . consolidadas e individuais. (FCC / ISS SP / 2012) A empresa brasileira Torucha S. Sendo assim.A.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. ressalvando que neste aspecto não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS. e) emitir um relatório de auditoria. gabarito da questão. uma vez que as práticas contábeis adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS. 281 . 11. estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade: IFRS. conforme apropriado". de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para avaliação dos investimentos em controladas. b) elaborar parágrafo de ênfase. como essas práticas refletem os pronunciamentos do CPC − Comitê de Pronunciamentos Contábeis. ressalvando que as demonstrações contábeis não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS. Se a estrutura de relatório financeiro aplicável indicada na opinião do auditor não se refere às normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade ou às normas internacionais de contabilidade do setor público emitidas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade do Setor Público. são feitas através do método de equivalência patrimonial. para que seja possível concluir que as práticas contábeis adotadas no Brasil no que se referem a avaliação dos investimentos em controladas.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. enquanto a IFRS demanda que seja feita a consolidação de balanços. 12. é adequado que o auditor emita um parágrafo de ênfase (que tem por finalidade chamar atenção dos usuários) para destacar tal fato.A.Receita Federal 2012 . Portanto.Auditoria . 282 . a opinião do auditor deve identificar a jurisdição de origem da estrutura". não sendo necessário alterar sua opinião pois as demonstrações contábeis estão de acordo com o relatório financeiro aplicável (que no caso são as práticas contábeis brasileiras). deve o auditor externo a) verificar se o procedimento está divulgado em nota explicativa e emitir relatório de auditoria sem ressalva. b) avaliar o impacto e verificar se o procedimento afeta representativamente o resultado. temos que: "37. (FCC / ISS SP / 2012) A empresa exportatudo S. condicionando sua avaliação aos reflexos que o referido procedimento causaria às demonstrações contábeis. uma vez que esse procedimento é opcional. tem em suas operações instrumentos financeiros derivativos de hedge de moeda para cobertura de sua exposição cambial. ressalvando o relatório de auditoria. coligadas. Sendo assim. d) abster-se de emitir opinião em virtude da relevância que o procedimento causa nas demonstrações contábeis das empresas de forma geral. c) emitir relatório de auditoria. de acordo com o item 37 da NBC TA 700. Dessa forma. Apesar de enquadrar-se na condição para contabilização pelo método de hedgeaccounting não o aplica. Lucas Salvetti Resolução: Essa questão exige o conhecimento apurado de contabilidade. vamos até o CPC (pronunciamento técnico) número 14. algo opcional ("há a possibilidade de aplicação da metodologia"). gabarito da questão alternativa A. verificar qual impacto sobre as demonstrações contábeis da entidade para que possa verificar qual a opinião adequada a ser emitida pelo auditor. O parágrafo de ênfase serve para dar destaque a um assunto em que o auditor julga ser importante para os seus usuários. Se não há distorção. Sendo assim.Auditoria . há a possibilidade de aplicação da metodologia denominada contabilidade de operações de hedge (hedge accounting)". Para isso. Lucas Salvetti e) ressalvar e enfatizar. não há que se falar em modificação na opinião do auditor.ver item 49) com o objetivo de hedge em relação a um risco específico determinado e documentado. no relatório de auditoria. Resolução: Para responder essa questão precisamos saber se a "contabilização pelo método de headgeaccounting" é uma exigência. 283 . Portanto. mas sim uma possibilidade.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. como não é feita uma obrigação. em seu item 47: "Para entidades que realizam operações com derivativos (e alguns instrumentos financeiros não derivativos . Caso sim. os efeitos que o referido procedimento causa às demonstrações financeiras auditadas. sendo aplicável no caso ora em questão.Receita Federal 2012 . devendo a mesma ser emitida sem ressalva. com os responsáveis pela governança sobre os termos do trabalho de auditoria. independentemente se causadas por fraude ou erro. (b) obter a concordância da administração de que ela reconhece e entende sua responsabilidade: i) pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Lucas Salvetti CAPÍTULO 12 – Concordância com os termos do trabalho de auditoria independente. o auditor independente deve: (a) determinar se a estrutura de relatório financeiro a ser aplicada na elaboração das demonstrações contábeis é aceitável. O objetivo do auditor independente é aceitar ou continuar um trabalho de auditoria somente quando as condições em que esse trabalho deve ser realizado foram estabelecidas por meio de: a) determinação da existência das condições prévias a um trabalho de auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. ii) pelo controle interno que a administração determinou como necessário para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorções relevantes. 284 . como registros. e iii) fornecer ao auditor: a. quando relevante. 2 – Condições prévias para uma auditoria. Para determinar se existem as condições prévias a um trabalho de auditoria. Resolução CFC nº 1204/09: NBC TA 210 – CONCORDÂNCIA COM OS TERMOS DO TRABALHO DE AUDITORIA 1 – Objetivo. quando apropriado.Auditoria . sua adequada apresentação. documentação e outros assuntos. e b) confirmação de que há um entendimento comum entre o auditor independente e a administração e.Receita Federal 2012 . acesso a todas as informações relevantes de que a administração tem conhecimento para a elaboração das demonstrações contábeis. incluindo. ou b) se não for obtida a concordância da administração que ela reconhece e entende as suas responsabilidades. O auditor deve estabelecer como apropriado.Auditoria . o auditor independente deve discutir o assunto com a administração. Sendo assim. 285 . ATENÇÃO!! Um dos objetivos de se estabelecer os termos do trabalho de auditoria é evitar mal-entendidos sobre as respectivas responsabilidades da administração e do auditor. O conceito de auditoria independente requer que o papel do auditor não envolva assumir a responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis ou pelo respectivo controle interno da entidade. e o auditor tem uma expectativa razoável de obter as informações necessárias para a auditoria na medida em que a administração seja capaz de fornecê-las ou obtê-las. 3 – Acordo sobre termos do trabalho de auditoria. não seria apropriado que o auditor aceitasse o trabalho de auditoria. quando a administração não reconhecer sua responsabilidade. a menos que seja exigido por lei ou regulamento. item A26). o auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente (NBC TA 580. Nessas circunstâncias. informações adicionais que o auditor pode solicitar da administração para fins da auditoria. Lucas Salvetti b. e c. A menos que exigido por lei ou regulamento.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. ou não concordar em fornecer as representações formais. Se não existirem as condições prévias para o trabalho de auditoria. exceto pelo previsto no item.Receita Federal 2012 . A NBC TA 580 requer que o auditor solicite que a administração forneça representações formais de que cumpriu determinadas responsabilidades. acesso irrestrito a pessoas da entidade que o auditor determina ser necessário para obter evidência de auditoria. os termos do trabalho de auditoria com a administração e os responsáveis pela governança. o auditor não deve aceitar o trabalho de auditoria proposto: a) se o auditor determinou que a estrutura de relatório financeiro a ser aplicada na elaboração das demonstrações contábeis é inaceitável. uma mudança pode não ser considerada razoável se aparentar que essa mudança refere-se a informações incorretas. Em auditorias recorrentes. d) a identificação da estrutura de relatório financeiro aplicável para a elaboração das demonstrações contábeis. Uma mudança nas circunstâncias que afeta os requisitos da entidade ou um mal-entendido sobre a natureza do serviço originalmente solicitado pode ser considerada base razoável para solicitar uma mudança no trabalho de auditoria. sendo que o auditor pode decidir não enviar nova carta de contratação de auditoria ou outro acordo por escrito a cada período.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . 4 – Auditoria recorrente. o auditor deve avaliar se as circunstâncias requerem que os termos do trabalho de auditoria sejam revistos e se há necessidade de lembrar a entidade sobre os termos existentes do trabalho de auditoria. Lucas Salvetti Os termos do trabalho de auditoria estabelecidos devem ser formalizados na carta de contratação de auditoria ou outra forma adequada de acordo por escrito que devem incluir: a) o objetivo e o alcance da auditoria das demonstrações contábeis. incompletas ou de outra forma insatisfatórias. O auditor não deve concordar com uma mudança nos termos do trabalho de auditoria quando não há justificativa razoável para essa mudança. b) as responsabilidades do auditor. e e) referência à forma e ao conteúdo esperados de quaisquer relatórios a serem emitidos pelo auditor e uma declaração de que existem circunstâncias em que um relatório pode ter forma e conteúdo diferente do esperado. Um exemplo seria quando o auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre contas a receber e a entidade pede que o trabalho de auditoria seja alterado para um trabalho de 286 . 5 – Aceitação de mudança nos termos do trabalho de auditoria.Auditoria . c) as responsabilidades da administração. Por outro lado. quando permitido por lei ou regulamento aplicável.Auditoria . Lucas Salvetti revisão para evitar uma opinião com ressalva ou uma abstenção de opinião.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. de relatar as circunstâncias a outras partes. Se o auditor não concordar com a mudança dos termos do trabalho de auditoria e a administração não permitir que ele continue o trabalho de auditoria original. e b) determinar se há alguma obrigação. o auditor deve: a) retirar-se do trabalho de auditoria. proprietários ou reguladores. contratual ou de outra forma. como os responsáveis pela governança. 287 . Auditoria . isso é sim uma limitação e como exposto acima. alternativa D. Caso já tenha sido aceito. item A26). estabelecendo a limitação de escopo e evidenciando a recusa no relatório da auditoria. Portanto. não concordou em apresentar a carta de responsabilidade da administração. a menos que seja exigido por lei ou regulamento“. apresentando nota de ênfase em qualquer situação. Nessas circunstâncias. 288 .Capítulo 12: (FCC / ISS SP / 2012) A empresa Resistente S. (C) deve aceitar o trabalho. em qualquer situação. e a administração se negar a fornecer. não seria apropriado que o auditor aceitasse o trabalho de auditoria. ele deve proceder conforme a NBC TA 705 (que exige que ele se abstenha de opinar). Resolução: Obter a representação formal da administração com relação a suas responsabilidades é uma condição prévia de aceitação do trabalho.A. o auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente (NBC TA 580. o auditor (A) não deve aceitar o trabalho. (B) deve denunciar a empresa aos órgãos competentes e recusar a auditoria. ou não concordar em fornecer as representações formais. (E) deve ressalvar o parecer.Receita Federal 2012 . como afirma a NBC TA 210.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Nesse caso. Lucas Salvetti Exercícios Comentados . ainda que exigido por lei. Vejamos: "A14. Gabarito da questão. é apropriado que o auditor não aceite o trabalho. Quando a administração não reconhecer sua responsabilidade. (D) não deve aceitar o trabalho a menos que seja exigido por lei ou regulamento. ele não estabelece juridicamente se realmente ocorreu fraude. As distorções nas demonstrações contábeis podem originar-se de fraude ou erro. empregados ou terceiros. 2) da apropriação indébita de ativos. Apesar de o auditor poder suspeitar ou.207/09: NBC TA 240 – Responsabilidade do Auditor em Relação à Fraude. 1 – Objetivo. que envolva dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal. por meio da definição e implantação de respostas apropriadas. identificar a ocorrência de fraude. Lucas Salvetti CAPÍTULO 13 – Fraudes e a Responsabilidade do Auditor. Os objetivos do auditor são: a) identificar e avaliar os riscos de distorção demonstrações contábeis decorrentes de fraude. 2 – Característica de fraudes. e c) responder adequadamente face à fraude ou à suspeita de fraudes identificada durante a auditoria. relevante nas b) obter evidências de auditoria suficientes e apropriadas sobre os riscos identificados de distorção relevante decorrente de fraude. 289 . dos responsáveis pela governança. Fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos da administração. Dois tipos de distorções intencionais são pertinentes para o auditor: 1) distorções decorrentes de informações contábeis fraudulentas.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . em raros casos. O auditor está preocupado com a fraude que causa distorção relevante nas demonstrações contábeis.Auditoria . Resolução CFC nº 1. O fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis. falsificação (inclusive de assinatura) ou alteração de registros contábeis ou documentos comprobatórios que serviram de base à elaboração de demonstrações contábeis. Lucas Salvetti Informações contábeis fraudulentas podem decorrer do seguinte: i) Manipulação. tais como falsificação. que geralmente tem mais possibilidades de disfarçar ou ocultar a apropriação indevida. muitas vezes. 4 – Discussão entre a equipe de trabalho. 3 – Responsabilidade pela prevenção e detecção de fraude. de forma difícil de detectar (através de registros ou documentos falsos ou enganosos). causadas por fraude ou erro. Isso porque a fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados. classificação. Entretanto. iii) Aplicação incorreta intencional dos princípios contábeis relativos a valores.Receita Federal 2012 . operações ou outras informações significativas. omissão deliberada no registro de operações ou prestação intencional de falsas representações ao auditor. forma de apresentação ou divulgação A apropriação indevida de ativos envolve o roubo de ativos da entidade e. não contêm distorções relevantes. é perpetrada por empregados em valores relativamente pequenos e irrelevantes. destinados a ocultá-la. também pode envolver a administração. O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de auditoria é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis. ii) Mentira ou omissão intencional nas demonstrações contábeis de eventos. A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração. A NBC TA 315 requer a discussão entre os membros da equipe de trabalho e que o sócio (ou responsável técnico) do trabalho determine os assuntos que devem ser comunicados aos membros da 290 .Auditoria . O risco de não ser detectada uma distorção relevante decorrente de fraude é mais alto do que o risco de não ser detectada uma fraude decorrente de erro.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. como um todo. inclusive como a fraude pode ocorrer. Essa discussão deve enfatizar especialmente como e em que pontos as demonstrações contábeis da entidade são suscetíveis de distorção relevante decorrente de fraude. c) comunicação da administração aos responsáveis pela governança em relação aos processos de identificação e resposta aos riscos de fraude na entidade. O auditor deve fazer indagações à administração e outros responsáveis da entidade. inclusive aqueles relacionados com as receitas. suspeitas ou indícios de fraude. para verificar se eles têm conhecimento de quaisquer casos reais. as b) o processo da administração para identificar e responder aos riscos de fraude na entidade. Lucas Salvetti equipe não envolvidos na discussão. d) comunicação da administração aos empregados em relação às suas visões sobre práticas de negócios e comportamento ético.Receita Federal 2012 . O auditor dever fazer indagações à administração relacionadas com: a) avaliação pela administração do risco de que demonstrações contábeis contenham distorções relevantes. podem indicar riscos de distorção relevante decorrente de fraude. O auditor deve avaliar se variações inesperadas ou não usuais que foram identificadas durante a aplicação dos procedimentos de revisão analítica. suspeitas ou indícios de fraude. que afetem a entidade. 291 . o auditor independente deve fazer indagações aos seus auditores internos para determinar se eles têm conhecimento de quaisquer casos reais. Eventos ou condições que indiquem um incentivo ou pressão para a fraude ou que constituam uma oportunidade para a fraude (fatores de risco de fraude).Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Em relação às entidades que têm uma função de auditoria interna. Por exemplo: i) a necessidade de satisfazer as expectativas de terceiros para obter capital adicional pode criar pressão para a fraude.Auditoria . 5 – Procedimentos de avaliação de riscos e atividades relacionadas. 292 .Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Por exemplo. com base na presunção de que há riscos de fraude no reconhecimento de receitas. pode criar um incentivo para se perpetrar uma fraude. o auditor deve. Fatores de risco de fraude relacionados a informações contábeis fraudulentas e apropriação indevida de ativos são classificados com base em três condições que geralmente estão presentes quando há fraude: a) incentivo ou pressão para perpetrar fraude. A presunção de que há riscos de fraude no reconhecimento de receita pode ser refutada. iii) um ambiente de controle que não é eficaz pode criar uma oportunidade para a fraude. c) capacidade de racionalizar a ação fraudulenta. no caso em que há um único tipo de operação de receita. avaliar que tipos de receita. 7 . saldo contábil e divulgação. por exemplo. operações ou afirmações de receita geram esses riscos.Auditoria . b) oportunidade percebida de cometer fraude. O auditor deve identificar e avaliar os riscos de distorção relevante decorrente de fraude no nível das demonstrações contábeis e no nível das afirmações por tipo de operação. Na identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante decorrente de fraude.Respostas aos riscos avaliados de distorção relevante decorrente de fraude. a receita de aluguel originária de uma única unidade alugada. 6 – Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante decorrente de fraude. caso sejam cumpridas metas irreais de lucro. Lucas Salvetti ii) a concessão de bônus significativos. o auditor pode concluir que não há nenhum risco de distorção relevante decorrente de fraude no que se refere ao reconhecimento de receita. o auditor deve: a) alocar e supervisionar o pessoal. 293 . e avaliar os riscos de distorção relevante decorrente de fraude. o auditor deve definir e aplicar procedimentos de auditoria para: a) testar a adequação dos lançamentos contábeis registrados no razão geral e outros ajustes efetuados na elaboração das demonstrações contábeis. ii) selecionar lançamentos contábeis e outros ajustes feitos no final do período sob exame. Lucas Salvetti Nos termos da NBC TA 330. a respeito de atividade inadequada ou não usual referente ao processamento de lançamentos contábeis e outros ajustes. Ao determinar respostas globais para enfrentar os riscos avaliados de distorção relevante nas demonstrações contábeis. Em relação à avaliação do auditor dos riscos de que a administração burle controles. o auditor deve: i) fazer indagações. Ao definir e aplicar procedimentos de auditoria para tais testes. levando em conta o conhecimento. e c) incorporar elemento de imprevisibilidade na seleção da natureza. época e extensão dos procedimentos de auditoria. o auditor deve desenhar e aplicar procedimentos adicionais de auditoria. b) avaliar se a seleção e a aplicação de políticas contábeis pela entidade.Auditoria . podem ser indicadores de informação financeira fraudulenta decorrente de tentativa da administração de manipular os resultados. cuja natureza. época e extensão respondam melhor aos riscos identificados de distorção relevante decorrente de fraude no nível das afirmações. e iii) considerar a necessidade de testar os lançamentos contábeis e outros ajustes durante o período. Nos termos da NBC TA 330.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o auditor deve determinar respostas globais para tratar os riscos avaliados de distorção relevante decorrente de fraude nas demonstrações contábeis. em especial as relacionadas com medições subjetivas e transações complexas. a aptidão e a capacidade dos indivíduos. junto a indivíduos envolvidos no processo de informação financeira.Receita Federal 2012 . na formação da conclusão global de que as demonstrações contábeis. 8 . estão consistentes com o entendimento sobre a entidade e do seu ambiente obtido pelo auditor indicam um risco anteriormente não reconhecido de distorção relevante decorrente de fraude. devendo avaliar as implicações da distorção relativamente a outros aspectos da auditoria. distorções. ele deve avaliar se a justificativa de negócio das operações (ou a ausência dela) sugere que elas podem ter sido realizadas para gerar informações contábeis fraudulentas ou para ocultar a apropriação indevida de ativos. em especial a confiabilidade das representações da administração.Receita Federal 2012 .Avaliação da evidência de auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 294 . ele deve avaliar se a distorção é indicadora de fraude. embora não tenham efeito cumulativo relevante. reconhecendo que dificilmente um caso de fraude será uma ocorrência isolada. O auditor deve avaliar se os procedimentos analíticos aplicados perto do final do período. ou que de outro modo pareçam não usuais. fornecendo maior subsídio dos riscos de distorção relevante decorrente de fraude e se há necessidade de executar procedimentos adicionais de auditoria ou diferentes. época e extensão dos procedimentos de auditoria para responder aos riscos avaliados. deve considerar se as avaliações dos riscos de distorção relevante no nível das afirmações continuam apropriadas. podem indicar risco de distorção relevante decorrente de fraude. como numerosas distorções em local específico. Se o auditor identifica uma distorção. o auditor deve reavaliar a avaliação dos riscos de distorção relevante decorrente de fraude e do impacto resultante na natureza. como um todo. e tiver razão para acreditar que é ou pode ser decorrente de fraude. Caso o auditor identifique uma distorção.Auditoria . seja relevante ou não. Portanto. c) para operações significativas fora do curso normal dos negócios da entidade. com base nos procedimentos de auditoria executados e nas evidências de auditoria obtidas. Lucas Salvetti b) revisar estimativas contábeis em busca de vícios (critérios ou resultados tendenciosos) e avaliar se as circunstâncias que geram esses vícios representam risco de distorção relevante decorrente de fraude. O auditor. com o envolvimento da administração. Auditoria . profissionais e legais b) considerar se seria apropriado o auditor retirar-se do trabalho. o auditor encontrar circunstâncias excepcionais que coloquem em dúvida sua capacidade de continuar a realizar a auditoria. mesmo no caso em que a fraude não é relevante para as demonstrações contábeis. Se.Receita Federal 2012 . quando essa saída for possível conforme a lei ou regulamentação aplicável. insignificante pode ser 9 . e (ii) determinar se existe exigência profissional ou legal de comunicar a retirada do auditor do trabalho e as razões da saída à pessoa ou pessoas que contrataram a auditoria ou. às autoridades reguladoras. Lucas Salvetti Uma fraude sob outros aspectos relevante se envolver a alta administração.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 295 . ii) a consideração do auditor dos riscos de distorção relevante decorrente de fraude e dos resultados da auditoria indica risco significativo de fraude relevante e generalizada. em alguns casos. este deve: a) determinar as responsabilidades aplicáveis à situação. Exemplos de circunstâncias excepcionais que podem colocar em dúvida a capacidade do auditor de continuar a executar a auditoria incluem: i) a entidade não toma a ação apropriada com referência a uma fraude. e c) caso o auditor se retire: (i) discutir com pessoa no nível apropriado da administração e com os responsáveis pela governança a saída do auditor do trabalho e as razões para a interrupção. como resultado de uma distorção decorrente de fraude ou suspeita de fraude.Auditor sem condições de continuar o trabalho. considerada pelo auditor como necessária nas circunstâncias. Comunicações à administração e aos responsáveis pela governança. ii) empregados com funções significativas no controle interno. não é possível descrever de forma conclusiva quando é apropriado ao auditor se retirar de um trabalho.Auditoria .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 10 . e ter efeito relevante nas d) eles revelaram ao auditor seu conhecimento de quaisquer suspeitas ou indícios de fraude que afetassem as demonstrações contábeis da entidade. O auditor deve obter representações da administração e. dos responsáveis pela governança. o auditor deve comunicar estes assuntos tempestivamente a pessoa de nível apropriado da administração que têm a responsabilidade primordial de prevenir e detectar fraude em assuntos relevantes no âmbito de 296 . quando apropriado. envolvendo: i) a administração.Representações da administração.Receita Federal 2012 . 11 . de que: a) eles reconhecem sua responsabilidade pelo desenho. comunicadas por empregados. ou iii) outros cuja fraude poderia demonstrações contábeis. b) eles revelaram ao auditor os resultados da avaliação do risco da administração de que as demonstrações contábeis podem ter distorções relevantes decorrentes de fraude. Lucas Salvetti iii) o auditor tem preocupação competência ou integridade da responsáveis pela governança. analistas. c) eles revelaram ao auditor seu conhecimento sobre a suspeita ou ocorrência de fraude afetando a entidade. implementação e manutenção do controle interno de prevenção e detecção de fraude. Caso o auditor tenha identificado uma fraude ou obtido informações que indiquem a possibilidade de fraude. órgãos reguladores ou outros. exempregados. significativa quanto à administração ou dos Por causa da variedade das circunstâncias que podem surgir. A menos que todos os responsáveis pela governança estejam envolvidos na administração da entidade. O auditor deve incluir a seguinte documentação de auditoria no entendimento da entidade e seu ambiente e à avaliação dos riscos de distorção relevante pelo auditor: i) as decisões significativas tomadas durante a discussão com a equipe de trabalho em relação à suscetibilidade das demonstrações contábeis da entidade a distorção relevante decorrente de fraude.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 13 – Documentação. O dever profissional do auditor de manter a confidencialidade das informações do cliente pode impedir que ele relate a fraude a uma parte fora da entidade cliente. Em outros segmentos o auditor também tem dever de relatar distorções nos casos em que a administração e os responsáveis pela governança deixam de adotar ações corretivas.Auditoria . e 297 .Receita Federal 2012 . 12 . se o auditor tiver identificado ou suspeitar de fraude envolvendo: a) a administração. ou c) outros.Comunicações às autoridades reguladoras e de controle. mesmo que o assunto possa ser considerado não importante. gerem distorção relevante nas Ele deve comunicar tempestivamente esses assuntos aos responsáveis pela governança. no Brasil. b) empregados com funções significativas no controle interno. são relevantes para suas responsabilidades. cujas fraudes demonstrações contábeis. Contudo. o auditor deve comunicar aos responsáveis pela governança quaisquer outros assuntos relacionados a fraudes que. Lucas Salvetti suas responsabilidades. Nos termos da NBC TA 260. o auditor de instituição financeira tem o dever de relatar a ocorrência de fraude a autoridades de supervisão. podendo ser feita verbalmente ou por escrito. no seu julgamento. e a natureza. época e extensão dos procedimentos de auditoria. O auditor deve incluir na documentação de auditoria as comunicações sobre fraude feitas à administração. Além disso. 298 .Auditoria . iv) os resultados dos procedimentos de auditoria. aos responsáveis pela governança. o auditor deve incluir na documentação de auditoria as razões dessa conclusão. o auditor deve incluir a seguinte documentação de auditoria para as respostas do auditor aos riscos avaliados de distorção relevante: iii) as respostas globais aos riscos avaliados de distorção relevante decorrente de fraude no âmbito das demonstrações contábeis. aos órgãos reguladores e outros. Lucas Salvetti ii) os riscos identificados e avaliados de distorção relevante decorrentes de fraude no âmbito das demonstrações contábeis e das afirmações.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . inclusive os desenhados para monitorar o risco de a administração burlar controles. Se o auditor conclui que a presunção de risco de distorção relevante decorrente de fraude relacionada ao reconhecimento de receita não é aplicável nas circunstâncias do trabalho. sem anúncio prévio. conciliações conciliações .Executar procedimentos em contas ou outras elaboradas pela entidade.Rever o nível e a adequação dos relatórios de gastos apresentados pela alta administração”.Auditoria . em contas ou outras conciliações d) Testar a integridade de registros e operações processados em sistema computadorizado.Visitar locais ou executar certos testes de surpresa. encontramos como exemplo de respostas à avaliação do auditor do risco de distorções relevantes decorrentes de apropriação indevida de ativos a seguinte: “.Buscar evidências de auditoria adicionais em fontes fora da entidade sendo auditada”.Testar a integridade de registros e operações processados em sistema computadorizado. 299 . No mesmo apêndice. c) Executar procedimentos elaboradas pela entidade. exceto: a) Visitar locais ou executar certos testes de surpresa. . b) Rever o nível e a adequação dos relatórios de gastos apresentados pela alta administração. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2012) Para lidar com riscos avaliados de distorção relevante decorrente de fraude.Capítulo 13: 01. Lucas Salvetti Exercícios Comentados . o auditor independente pode lançar mão dos seguintes procedimentos de auditoria. .Receita Federal 2012 . sem anúncio prévio. considerando inclusive realizadas em períodos intermediários. e) Buscar evidências de auditoria adicionais em fontes fora da entidade sendo auditada.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Resolução: De acordo com o apêndice 2 da NBC TA 240. temos como Exemplos de possíveis procedimentos de auditoria para lidar com riscos avaliados de distorção relevante decorrente de fraude os seguintes: “. sendo um caso de fraude. levando em consideração os fatos acima narrados. erro e erro. com o percentual de 5%. Item II . pertencia a outro colaborador do departamento pessoal. Resolução: O que diferencia fraude e erro é a intenção do agente. destes funcionários. fraude e erro. nos próximos 5 anos. evidenciou funcionários demitidos. e) Fraude. Ao analisar a folha de pagamentos. o que torna ela o gabarito da questão. O contador da empresa. a) Fraude. ao realizar seus procedimentos e testes de auditoria. Assinale a opção correta. c) Erro. evidencia três fatos: I.Fraude. Outro caso de fraude. Item I .Receita Federal 2012 . II. Lucas Salvetti Portanto. sendo 300 . Está claro que o departamento fiscal teve a intenção em fraudar o fisco ("com o objetivo de reduzir o volume de impostos a recolher"). O projeto foi revisto e se reestimou para 10 anos. sendo que a conta a ser creditado o pagamento. cadastrou no sistema de faturamento. estimando a produção de um milhão de unidades. a alíquota do IPI que deveria ser de 11%.Fraude. conforme classificação dada pela NBC TA 240.Auditoria . ao definir a vida útil da máquina que foi introduzida em linha de produção nova. constando do cálculo da folha. Erro = ato não-intencional. quanto à identificação de fraudes e erros. já que o funcionário demitido deveria ter seu nome retirado da folha de pagamento. fraude e fraude. a alternativa B trata-se de um caso de apropriação indevida de ativos (e não de fraude).Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. com o objetivo de reduzir o volume de impostos a recolher. d) Fraude. III. fraude e erro. O departamento fiscal da empresa. estabeleceu alíquota. erro e erro. b) Erro. o que me leva a afirmar que: Fraude = ato intencional. 02. (ESAF / Analista Técnico da SUSEP / 2010) O auditor interno. sem demonstrar nenhuma intenção em efetuar tal ato. b) da auditoria interna. constatou os seguintes fatos: I. Lucas Salvetti que na verdade teve a conta de recebimento de proventos alterada para a conta de um outro colaborador (do departamento pessoal). d) da auditoria externa. gabarito alternativa A. 03.Erro. II. (ESAF / AFRFB / 2009) A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é: a) da administração. c) do conselho de administração. Sendo assim. Ao efetuar a comparação com o valor de mercado na data da transferência. Item III .000. fica clara a intenção de desviar o recurso da empresa. 04. Está claro que a empresa adotou uma depreciação errada. Portanto. "a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração".Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e) do comitê de auditoria.000. o que nos permite concluir apenas que se trata de um erro. (ESAF / Auditor do Tesouro Municipal de Natal SEMUT / 2008) O auditor.00. Resolução: De acordo com o item 4 da NBC TA 240. constatou-se que a máquina estava valorizada por R$ 800. Contrato efetuado entre a empresa e um de seus sócios transferindo uma máquina entregue como integralização de capital no valor de R$ 1.00. Portanto. 301 .Auditoria . efetuando a depreciação de suas máquinas pela taxa relativa a um turno. gabarito alternativa A. ao efetuar a avaliação e os testes nas contas dos itens componentes do imobilizado e de suas respectivas depreciações. Unidade Fabril operando em dois turnos.Receita Federal 2012 .000. erro. 05. possui um prédio fora de operação e resolve alugá-lo por 5 anos. II. caso seja 302 . a ser usada no processo produtivo. Sendo assim. Lucas Salvetti III. Além disso. b) fraude. Um funcionário da Contabilidade. recebendo o aluguel a vista. gabarito alternativa E. Portanto.A. não é possível através do item chegar a conclusão da intenção do fato. erro. constantes da folha de pagamentos e da provisão de férias reconhecendo os valores a serem recebidos. erro. erro.Receita Federal 2012 . erro. pode-se afirmar que as assertivas I. levou vantagem neste fato).Auditoria . Resolução: Item I – Trata-se de fraude já que o sócio integralizou um ativo imobilizado por um valor que não era o seu (ou seja. o que caracteriza fraude. fraude. fraude. O diretor financeiro da empresa comercial Betal S. o auditor as classificaria como uma situação: I. e) fraude. Item II – Efetuar a depreciação a uma taxa relativa a um turno (ao invés de 2) foi um erro da entidade. (ESAF / Auditor Fiscal da Receita Estadual CE / 2007) Ao confrontar-se com as situações a seguir expostas. Os Juros e a variação cambial de uma máquina em processo de construção e importação. fato normal. respectivamente. erro. d) fato normal. II e III correspondem a: a) erro. III. contabilizado em despesas financeiras e de juros. mas com cláusula de devolução parcial. fraude. sem conseguir verificar a intenção do erro. A empresa nunca possuiu este tipo de equipamento instalado em suas unidades. trata-se de um ato intencional. Item III – Neste caso. Contrato vigente de prestação de serviços de manutenção em ar condicionado. estamos falando de um erro já que o juros e a variação cambial estão classificados contabilmente de forma errada. com três períodos de férias não gozados.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Assim. c) erro. c) erro. normal e normal. trata-se de uma fraude (alguém forjou tal despesa).Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Resolução: Item I – Se o funcionário não gozou as férias (e isto está previsto na folha da pagamento e na provisão de férias). 06. Item III – Neste caso deve-se contabilizar como outras receitas.Auditoria . e) normal. e) Aplicação de práticas contábeis indevidas. c) Manipulação. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Assinale. a) normal. não tem porquê ela ter solicitado a prestação de serviço de manutenção. b) Supressão ou omissão de transações nos registros contábeis.não é caracterizada como fraude. ou seja. b) fraude. e não resultado de exercícios futuros. O diretor financeiro juntamente com o contador determinam que seja contabilizado em Resultado de Exercícios Futuros. gabarito da questão alternativa A. Portanto. aquela que . fraude e normal. Resolução: 303 . de modo a modificar os registros de ativos. Lucas Salvetti rescindido o contrato. entre as opções abaixo. já que a situação é normal. trata-se de um erro (nada foi afirmado sobre a intencionalidade do fato). normal e erro. não há que se falar em fraude ou erro. a) Interpretação incorreta das normas contábeis. falsificação ou alteração de registros ou documentos. fraude e erro.Receita Federal 2012 . passivos ou resultados.à luz da interpretação do Conselho Federal de Contabilidade . por isso. d) Registro de transações sem comprovação. Item II – Se a empresa nunca possuiu ar-condicionado. fraude e fraude. d) fraude. tendo em vista que não ficou explicito o dolo na ação. "11. não contém distorções relevantes. em seu item 11. 07. d) Tendo se valido adequadamente das técnicas de auditoria. sendo portanto apenas um erro. que envolva dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal". empregados ou terceiros. como um todo.Receita Federal 2012 . ainda que dolosa. Lucas Salvetti De acordo com a definição dada ao termo "fraude" pela NBC TA 240. a) O Auditor Interno não pode ser responsabilizado. não enseja responsabilidade. De acordo com o item 5 da NBC TA 240.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . Resolução: O item 4 da NBC TA 610 afirma que "o auditor independente assume integral responsabilidade pela opinião de auditoria expressa e essa responsabilidade do auditor independente não é reduzida pela utilização do trabalho feito pelos auditores internos". Fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos da administração. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Acerca da responsabilização de Auditor. O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de auditoria é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis. temos que: "5. e) A utilização de serviços contábeis de um Auditor Interno pelo Auditor Independente isenta este último de qualquer responsabilidade sobre os resultados dos trabalhos. dos responsáveis pela governança. c) A ocorrência de informação incorreta no parecer do Auditor." 304 . o Auditor Externo não pode ser responsabilizado pela ocorrência de fraudes e erros não detectados em seus trabalhos. mesmo que gere prejuízos à entidade auditada ou a terceiros. no desempenho de suas funções. podemos concluir que a alternativa correta é a de letra "A". assinale a opção correta. não pode gerar responsabilização. b) A omissão de informações nos pareceres de auditoria. causadas por fraude ou erro. Receita Federal 2012 . II. III. II. que tinha urgência em realizar a entrega da mercadoria a um cliente especial.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. de acordo com o item A52 da NBC TA 200. Fraude c) I. Fraude. 08. em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria. podemos afirmar que houve. gabarito da questão. Erro. há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis não sejam detectadas. Fraude 305 . a "descoberta posterior de uma distorção relevante das demonstrações contábeis. (ESAF / Analista de Controle Externo TCU / 2006) O auditor interno ao realizar o processo de avaliação das rotinas a seguir. II. III. Sendo assim. Fraude. embora a auditoria seja adequadamente planejada e executada em conformidade com as normas de auditoria. Erro.Auditoria . Erro. não indica por si só. Erro d) I. II. o gerente de tecnologia da informação. II. II. não foi lançada. Erro. resultante de fraude ou erro. o gerente de logística. III. III. em virtude de problemas no setor de faturamento da empresa. Erro e) I. Lucas Salvetti No entanto. uma nota fiscal de compras de material de escritório. sejam baixados somente os itens existentes no sistema. Erro. Com base nas considerações anteriores e de acordo com as definições convencionadas de fraude e erro. III. Fraude. por solicitação do departamento de contabilidade. uma falha na condução de uma auditoria em conformidade com as normas de auditoria". constata que I. Fraude. III. Portanto. alternativa D. respectivamente a) I. que o analista contábil havia guardado em sua gaveta para posterior registro. Fraude b) I. utilizou uma nota fiscal de um outro cliente que já havia recebido a mercadoria com a mesma especificação e quantidade para atender essa urgência. Fraude. ajustou o sistema de estoques para que. todas as vezes em que o saldo de mercadorias no sistema estiver abaixo da quantidade vendida. trata-se de uma fraude. deverá submeter-se a exame de c) O auditor independente é responsável pela prevenção de fraudes nas demonstrações contábeis. O item afirma que o gerente de TI (a pedido do departamento de contabilidade) efetua o ajuste no sistema de estoque para manipula-lo. Alternativa C – Errado. Item II – Fraude.Receita Federal 2012 . Essa exigência é feita pela NBC PA 12. Resolução: Alternativa A – Certo. 306 . d) O auditor independente pode utilizar os trabalhos de engenheiros legalmente habilitados. trata-se de um ato intencional. a) O auditor independente deverá comprovar a participação em programa de educação continuada. que caracteriza o fato como uma fraude. tratase de erro. Lucas Salvetti Resolução: Item I – Erro. Portanto. gabarito da questão é a alternativa E.Auditoria . Portanto. Essa exigência é feita pela NBC PA 13. De acordo com o item 4 da NBC TA 240. 09. Item III – Fraude. (ESAF / Auditor Fiscal Natal / 2001) Assinale a afirmativa falsa. Portanto. b) O auditor independente competência profissional. Portanto.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. O fato de o gerente ter urgência para realizar uma entrega não o respalda de o fazer de forma incorreta (intencionalmente). "a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração". Alternativa B – Certo. e) O auditor independente pode utilizar os trabalhos realizados pelo auditor interno. Veja que o que resultou o fato foi o esquecimento (ato não intencional) da nota fiscal em uma gaveta. Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Alternativa D – Certo. O auditor independente pode utilizar o trabalho de especialistas assim que julgar necessário no desempenho do seu trabalho. Tal fato é regulado pela NBC TA 620. Alternativa E – Certo. Caso o auditor independente julgue apropriado utilizar o trabalho do auditor interno, o mesmo poderá fazer respeitando os aspectos regulados pela NBC TA 610. Portanto, gabarito da questão alternativa C. 307 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti CAPÍTULO 14 – Avaliação das Distorções Identificadas. Resolução CFC nº 1.216/09: NBC TA 450 – Avaliação das Distorções Identificadas durante a Auditoria. 1 – Objetivo. O objetivo do auditor é avaliar: a) o efeito de distorções identificadas na auditoria; e b) o efeito de distorções não corrigidas, se houver, nas demonstrações contábeis. Distorções podem ser decorrentes de: i) imprecisão na coleta ou no processamento de dados usados na elaboração das demonstrações contábeis; ii) omissão de valor ou divulgação; iii) estimativa contábil incorreta decorrente da falta de atenção aos fatos ou de interpretação errada dos fatos; e iv) julgamentos da administração sobre estimativas contábeis que o auditor não considera razoáveis, ou a seleção e aplicação de políticas contábeis que o auditor considera inadequadas. 2 – Acumulação de distorções identificadas. O auditor deve acumular distorções identificadas durante a auditoria que não sejam claramente triviais. Para auxiliar o auditor a avaliar o efeito das distorções detectadas durante a auditoria e a comunicar as distorções à administração e aos responsáveis pela governança, pode ser útil distinguir entre distorção factual, distorção de julgamento e distorção projetada. 1) Distorção factual é aquela que não deixa dúvida. 2) Distorções de julgamento são aquelas decorrentes de: i) julgamento da administração sobre estimativas contábeis que o auditor não considera razoáveis; ii) seleção ou aplicação de políticas contábeis que o auditor considera inadequadas. 3) Distorção projetada é a melhor estimativa do auditor de distorções em populações, envolvendo a projeção de distorções 308 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti identificadas em amostras de auditoria para populações inteiras de onde foram extraídas as amostras. RESUMO: Factual Não deixa dúvida julgamento da administração sobre estimativas contábeis que o auditor não considera razoáveis Tipos de distorção Julgamento seleção ou aplicação de políticas contábeis que o auditor considera inadequadas Projetada melhor estimativa do auditor de distorções em populações, envolvendo a projeção de distorções identificadas em amostras de auditoria 3 – Consideração de distorções identificadas no decorrer da auditoria. O auditor deve determinar se a estratégia global e o plano de auditoria precisam ser revisados se: a) a natureza das distorções identificadas e as circunstâncias em que elas ocorreram indicarem que podem existir outras distorções que, em conjunto com as distorções detectadas durante a auditoria, poderiam ser relevantes; ou b) o conjunto das distorções detectadas durante a auditoria se aproxima da materialidade determinada. Se, por solicitação do auditor, a administração examinou uma classe de transações, saldos contábeis ou divulgação e corrigiu distorções que foram detectadas, o auditor deve executar procedimentos 309 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti adicionais de distorções. auditoria para determinar se continua havendo 4 – Comunicação e correção de distorções. O auditor deve comunicar tempestivamente ao nível apropriado da administração todas as distorções detectadas durante a auditoria, a menos que seja proibido por lei ou regulamento, requerendo que a administração corrija essas distorções. Essa comunicação tempestiva de distorções ao nível apropriado da administração é importante, pois permite à administração: 1) avaliar se os itens são efetivamente distorções; 2) informar o auditor caso não concorde; e 3) tomar medidas quando necessário. Se a administração recusar-se a corrigir algumas das distorções reportadas pelo auditor, este deve obter o entendimento sobre as razões pelas quais a administração decidiu por não efetuar as correções e deve considerar esse entendimento ao avaliar se as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorções relevantes. 5 – Avaliação do efeito de distorções não corrigidas. Antes de avaliar o efeito de distorções não corrigidas, o auditor deve rever a materialidade determinada para confirmar se ela continua apropriada no contexto do resultado efetivo da entidade. O auditor deve determinar se as distorções não corrigidas são relevantes, individualmente ou em conjunto. Ao fazer essa determinação, o auditor deve considerar: i) a magnitude e a natureza das distorções, tanto em relação a classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação quanto às demonstrações contábeis como um todo, e as circunstâncias específicas de sua ocorrência; e ii) o efeito de distorções não corrigidas relacionadas a períodos anteriores sobre as classes relevantes de transações, saldos contábeis ou divulgação, e sobre as demonstrações contábeis como um todo. 310 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti O auditor deve comunicar as distorções não corrigidas aos responsáveis pela governança e o efeito que elas, individualmente ou em conjunto, podem ter sobre a opinião no seu relatório de auditoria. Além disso, o auditor deve requerer a correção dessas distorções não corrigidas. O auditor deve, também, comunicar aos responsáveis pela governança o efeito de distorções não corrigidas relacionadas a períodos anteriores sobre as classes relevantes de transações, saldos contábeis ou divulgação, e sobre as demonstrações contábeis como um todo. 6 – Representação formal. O auditor deve solicitar representação formal da administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela governança, sobre se acreditam que os efeitos de distorções não corrigidas são não relevantes, individualmente e em conjunto, para as demonstrações contábeis como um todo. 7 – Documentação. o valor abaixo do qual as distorções seriam consideradas claramente triviais O auditor deve incluir na documentação de auditoria todas as distorções detectadas durante a auditoria e se foram corrigidas a conclusão do auditor sobre se as distorções não corrigidas são relevantes, individualmente ou em conjunto, e a base para essa conclusão A documentação do auditor sobre distorções não corrigidas pode levar em conta: i) a consideração do efeito agregado das distorções não corrigidas; 311 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti ii) a avaliação de se o nível ou os níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação, se houver, foi excedido; e iii) a avaliação do efeito de distorções não corrigidas sobre índices importantes ou tendências, e do cumprimento de requerimentos legais, regulatórios e contratuais. 312 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti Exercícios Comentados - Capítulo 14: (FCC / ISS-SP / 2012) No processo de Auditoria, o auditor a) pode, após ter executado todos os testes, ter a certeza da integridade da informação atestando todas as demonstrações contábeis exigidas em seu parecer de auditoria. b) não pode ter certeza da integridade da informação, embora tenha executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que todas as informações relevantes foram obtidas. c) pode, tendo aplicado os procedimentos de auditoria, atestar a integridade da informação, mas não pode se eximir de certificar, por meio de seu relatório, a exatidão das demonstrações contábeis. d) não deve atestar a integridade das informações contábeis, das notas explicativas e dos demais relatórios publicados pela empresa, enquanto não obtiver uma carta da administração atestando as demonstrações em conjunto. e) deve, em conjunto com a administração, atestar que todos os processos, riscos e possibilidades de fraudes foram avaliadas e ter a certeza da integridade da informação. Resolução: O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. Portanto, o auditor independente busca no seu trabalho de auditoria obter evidência apropriada e suficiente para concluir sobre a adequação das demonstrações contábeis. No entanto, não há como ter certeza da integridade da informação já que há limites práticos e legais à capacidade do auditor de obter evidências de auditoria, por exemplo: 1) Existe a possibilidade de que a administração ou outros possam não fornecer, intencionalmente ou não, as informações completas que são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis ou que tenham sido solicitadas pelo auditor; 313 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti 2) A fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados para sua ocultação; 3) A auditoria não é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de busca, que podem ser necessários para tal investigação. Sendo assim, de acordo com o item A47 da NBC TA 200, "o auditor não pode ter certeza da integridade da informação, embora tenha executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que todas as informações relevantes foram obtidas". Portanto, a alternativa A, C, D e E estão erradas. Gabarito da questão, alternativa B. 314 Auditoria - Receita Federal 2012 - Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti CAPÍTULO 15 – Materialidade e Relevância no planejamento e na execução dos trabalhos de auditoria. Resolução CFC nº 1.213/09: NBC TA 320 – MATERIALIDADE NO PLANEJAMENTO E NA EXECUÇÃO DA AUDITORIA. 1 – Objetivo O objetivo do auditor é aplicar o conceito de materialidade adequadamente no planejamento e na execução da auditoria. Para fins das normas de auditoria, materialidade para execução da auditoria significa o valor ou valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as demonstrações contábeis como um todo, para adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto, excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Se aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se, também, ao valor ou valores fixados pelo auditor inferiores ao nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis e divulgações. 2 – Materialidade e Risco de Auditoria A estrutura de relatórios financeiros freqüentemente discute o conceito de materialidade no contexto da elaboração e apresentação de demonstrações contábeis. Embora a estrutura de relatórios financeiros discuta materialidade em termos diferentes, ela em geral explica que: distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes quando for razoavelmente esperado que essas possam, individualmente ou em conjunto, influenciar as decisões econômicas de usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis; julgamentos sobre materialidade são feitos à luz das circunstâncias envolvidas, e são afetados pela magnitude e natureza das distorções, ou a combinação de ambos; e julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários das demonstrações contábeis são baseados em considerações sobre as necessidades de informações financeiras comuns a usuários como um grupo. Não é considerado o possível efeito de distorções sobre usuários individuais específicos, cujas necessidades podem variar significativamente. 315 ou em ambos. A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é afetada pela percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das demonstrações contábeis O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da auditoria.Receita Federal 2012 . identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante determinação da natureza. sobre as demonstrações contábeis na formação da opinião 316 A materialidade e os riscos de auditoria são levados em consideração durante a auditoria. época e extensão de procedimentos adicionais de auditoria avaliação do efeito de distorções não corrigidas. Em outras palavras. sobre as demonstrações contábeis e na formação da opinião no relatório do auditor independente. e na avaliação do efeito de distorções identificadas na auditoria e de distorções não corrigidas. a materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade baseado na natureza ou na magnitude. não se pode especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma situação particular”.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. se houver. a definição de materialidade é: “QC11. Lucas Salvetti De acordo com a Resolução CFC nº 1374/11.Auditoria . dos itens para os quais a informação está relacionada no contexto do relatório contábil-financeiro de uma entidade em particular. A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam com base na informação contábil-financeira acerca de entidade específica que reporta a informação. Consequentemente. especialmente na: . O auditor deve determinar a materialidade para execução da auditoria com o objetivo de avaliar os riscos de distorções relevantes e determinar a natureza. a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria. individualmente ou em conjunto. também. mas. As circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade. e as circunstâncias específicas de sua ocorrência. Uso de referenciais (benchmarks) na determinação da materialidade para as demonstrações contábeis como um todo A determinação da materialidade para o planejamento envolve o exercício de julgamento profissional. nas circunstâncias específicas da entidade. saldos contábeis ou divulgação para as quais se poderia razoavelmente esperar que distorções de valores menores que a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis. saldos contábeis e divulgações. também. a natureza de distorções não corrigidas. serão sempre avaliadas como não relevantes.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Aplica-se freqüentemente uma porcentagem a um referencial selecionado como ponto de partida para determinar a materialidade para as demonstrações contábeis 317 .Receita Federal 2012 .Auditoria . Lucas Salvetti A materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas. o auditor deve determinar. o auditor deve determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. ao avaliar seu efeito sobre as demonstrações contábeis o auditor considera não apenas a magnitude. houver uma ou mais classes específicas de transações. 3 – Determinação da materialidade no planejamento e para a execução da auditoria Ao estabelecer a estratégia global de auditoria. Se. Apesar de não ser praticável definir procedimentos de auditoria para detectar distorções que poderiam ser relevantes somente por sua natureza. o nível ou níveis de materialidade a serem aplicados a essas classes específicas de transações. saldos contábeis ou divulgação para os quais se poderia razoavelmente esperar que distorção. e (e) a volatilidade relativa do referencial. (b) as principais divulgações referentes ao setor em que a entidade atua (por exemplo. receita ou patrimônio líquido). do que nos resultados da entidade). regulamentos ou a estrutura de relatório financeiro aplicável afetam as expectativas dos usuários em relação à mensuração ou divulgação de certos itens (por exemplo. se a entidade é financiada somente por dívida em vez de capital próprio.Auditoria . e a remuneração da administração e dos responsáveis pela governança). patrimônio líquido. Lucas Salvetti como um todo. (c) a natureza da entidade. os usuários dão mais importância a informações sobre os ativos. Nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações. Os fatores que podem afetar a identificação de referencial apropriado incluem: (a) os elementos das demonstrações contábeis (por exemplo. despesa). e processos que os envolvam. (d) a estrutura societária da entidade e como ela é financiada (por exemplo. (b) se há itens que tendem a atrair a atenção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade específica (por exemplo. influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis incluem: (a) se leis. negócio recémadquirido). o seu setor e o ambiente econômico em que atua. (c) se a atenção está focada em aspecto específico do negócio da entidade que é divulgado separadamente nas demonstrações contábeis (por exemplo. ativo. de valores menores que a materialidade para demonstrações contábeis como um todo. passivo. a fase do seu ciclo de vida. custos de pesquisa e desenvolvimento para empresa farmacêutica). com o objetivo de avaliar o desempenho das operações. transações com partes relacionadas. os usuários tendem a focar sua atenção em lucro.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 318 .Receita Federal 2012 . receita. saldos contábeis ou divulgação Fatores que podem indicar a existência de uma ou mais de uma classe de transações. o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações. Mudança nas circunstâncias que ocorreram durante a auditoria Revisão decorrente de. Novas informações Mudança no entendimento do auditor sobre a entidade e suas operações em decorrência da execução de procedimentos adicionais de auditoria 5 . c) materialidade para execução da auditoria. b) se aplicável.Auditoria . se aplicável.. Lucas Salvetti 4 – Revisão no decorrer da auditoria O auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo (e.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Documentação O auditor deve incluir na documentação de auditoria os seguintes valores e fatores considerados em sua determinação: a) materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações. saldos contábeis ou divulgação) no caso de tomar conhecimento de informações durante a auditoria que teriam levado o auditor a determinar inicialmente um valor (ou valores) diferente. 319 . d) qualquer revisão com o andamento da auditoria.Receita Federal 2012 . saldos contábeis ou divulgação. Erradas.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. De acordo com o item 10 da NBC TA 300. o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações. pode estabelecer nível de relevância abaixo dos determinados no planejamento. O auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo (e.Errada. deve o auditor considerar os efeitos no seu parecer. d) os níveis de relevância estabelecidos no planejamento devem ser mantidos. sendo sempre avaliadas individualmente. Resolução: Alternativa A . não sendo permitido considerar nos limites eventuais distorções não identificadas ou projetadas. é verdadeiro afirmar que: a) o processo de avaliação de relevância deve sempre considerar os níveis de risco e as distorções identificadas.Receita Federal 2012 . Alternativa B e D . e) se a administração da entidade auditada negar-se a ajustar as demonstrações contábeis e os procedimentos de auditoria adicionais. conforme transcrevo abaixo: "12. Além disso.Capítulo 15: 01. saldos contábeis ou divulgação) no caso de tomar conhecimento de 320 . (ESAF / Analista Técnico da SUSEP / 2010) Com relação aos níveis de relevância determinados em um processo de auditoria externa. por exemplo. c) não se devem considerar as avaliações de risco e relevância no seu conjunto. É devido considerar eventuais distorções não identificadas ou projetadas (como é o caso das distorções anômalas). durante a realização dos trabalhos. b) o auditor. de forma a não permitir concluir que o montante agregado das distorções seja irrelevante. se aplicável.Auditoria . em nenhuma hipótese. encontramos previsão no item 12 da NBC TA 320 para a revisão no decorrer da auditoria da relevância (materialidade) adotada. Lucas Salvetti Exercícios Comentados . temos que: "O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria sempre que necessário no curso da auditoria". independentemente dos fatores encontrados. quando da utilização do processo de amostragem. De acordo com o item 9.Auditoria . se tomadas com base nas demonstrações contábeis. este é o gabarito da questão. Portanto. e) a sua subjetividade e distorção influenciar nas decisões financeiras dos acionistas controladores e demais usuários. se estas forem tomadas com base nas demonstrações contábeis. uma informação é relevante quando a) sua omissão ou distorção puder influenciar nas decisões econômicas dos usuários. para adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto. tendo como base de decisão o parecer da auditoria. (ESAF / Analista Técnico da SUSEP / 2002) Para o auditor independente. devendo modificá-la caso a distorção não seja corrigida pela administração da entidade auditada. 02. inferiores ao considerado relevante para as demonstrações contábeis como um todo. Portanto. materialidade para execução da auditoria significa o valor ou valores fixados pelo auditor. excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo". O auditor deve considerar o efeito das distorções relevantes na opinião que emitirá sobre a adequação das demonstrações contábeis.Certa. temos que: "9. b) a sua materialidade influenciar na tomada de decisões econômicas e financeiras dos usuários. c) a sua distorção influenciar em decisões econômicas ou financeiras tomadas pelos usuários. Para fins das normas de auditoria. tendo como base de juízo o parecer da auditoria independente. Lucas Salvetti informações durante a auditoria que teriam levado o auditor a determinar inicialmente um valor (ou valores) diferente".Receita Federal 2012 .Errada.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) a sua omissão influenciar negativamente nas decisões tomadas com base nas demonstrações contábeis por acionistas preferenciais ou pelos membros do Conselho de Administração. alternativa errada. 321 . Alternativa E . Alternativa C . Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. temos que: "QC6. a probabilidade de que distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto possam exceder a) os riscos recomendados para as demonstrações como um todo b) os valores considerados relevantes para a emissão do parecer 322 . ou já tiver tomado ciência de sua existência por outras fontes". A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo no caso de alguns usuários decidirem não a levar em consideração. Portanto. não fazendo. 04. as demonstrações contábeis têm como público os seus usuários (e não somente seus acionistas preferenciais ou controladores). Lucas Salvetti Resolução: De acordo com o item QC6 da Resolução CFC nº 1374/11. 03. de controle e de detecção em níveis cuja interação entre eles resulte num risco de auditoria baixo. A fonte dessa "informação" são as demonstrações contábeis. Ou seja. Se a materialidade (relevância) de uma conta for alta. se a conta é irrelevante. Tal procedimento visa a reduzir. de forma apropriada. o que torna as alternativas B e C erradas. (FCC / ISS SP / 2007) II. por exemplo. Resolução: Certo. Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. Existe uma relação inversa entre o risco de auditoria e o nível estabelecido de relevância pelo auditor. (CESGRANRIO / Contador Junior TRANSPETRO / 2011) O auditor deve atentar para que o valor ou os valores fixados anteriormente sejam inferiores ao considerado relevante para as demonstrações financeiras como um todo. testes de auditoria na extensão que faria para contas relevantes. ou seja.Auditoria . o que nos leva a afirmar que as alternativas D e E estão erradas. Como se pode verificar acima. gabarito da questão. o auditor pode ser arriscar ao máximo. o auditor deve se sujeitar ao menor risco possível. deverá manter os riscos inerente. alternativa A. Auditoria . determinado por amostragem estatística e) após avaliar o sistema contábil e de controles internos da entidade. temos que: “o valor ou valores fixados pelo auditor. 05.” Portanto. ii) determinação da natureza. e extensão de 323 . inferiores ao considerado relevante para as demonstrações contábeis como um todo. Resolução: A materialidade e os riscos de auditoria são levados em consideração durante a auditoria. excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Lucas Salvetti c) os limites estabelecidos pelas Normas aplicáveis ao caso d) a uniformidade das aplicações dos princípios contábeis e) a materialidade para as demonstrações como um todo Resolução: De acordo com o ITEM 9 DA NBC TA 320. (ESAF / AFRFB / 1998) As normas de auditoria independente preconizam que a relevância deve ser considerada pelo auditor a) em montante que não ultrapasse 5% do ativo total da entidade auditada b) em montante que não ultrapasse 5% do resultado líquido do exercício c) na determinação da natureza. especialmente na: i) identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. época procedimentos adicionais de auditoria.Receita Federal 2012 . gabarito da questão. alternativa E. para adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto. oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria d) em função do risco de auditoria. Portanto. É o que afirma o item 10 da NBC TA 320. B Está errada já que não é necessariamente 5% (nem em relação ao ativo total ou resultado líquido). para adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto. 324 . Alternativa A. Isto está previsto no item A1 da NBC TA 320. O auditor é quem define a materialidade (“valor ou valores fixados pelo auditor. que trata o assunto “Materialidade”. se houver. gabarito da questão. inferiores ao considerado relevante para as demonstrações contábeis como um todo. excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo”). Não é necessariamente determinada por amostragem estatística. Alternativa D Errado. alternativa C.Receita Federal 2012 . sobre as demonstrações contábeis e na formação da opinião no relatório do auditor independente. Alternativa E Errado. Lucas Salvetti iii) avaliação do efeito de distorções não corrigidas.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. A materialidade é determinada quando o auditor estabelecer a estratégia global de auditoria (e não após a avaliação do sistema contábil / controle interno da entidade).Auditoria . e Divulgações Relacionadas. incluindo as de valor justo. Uma diferença entre o desfecho da estimativa contábil e o valor originalmente reconhecido ou divulgado nas demonstrações contábeis não representa necessariamente uma distorção nas demonstrações contábeis. O grau de incerteza de estimativa.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. afeta os riscos de distorção relevante de estimativas contábeis. Lucas Salvetti CAPÍTULO 16 – Auditoria das estimativas contábeis Resolução CFC nº 1. no contexto da estrutura de relatório financeiro aplicável. 325 . mas podem ser apenas estimados. incluindo sua suscetibilidade à tendenciosidade da administração intencional ou não. Inclusive do Valor Justo. 1.Auditoria . Este termo é usado para um valor mensurado do valor justo quando existe incerteza de estimativa. O objetivo da mensuração de estimativas contábeis pode variar dependendo da estrutura de relatório financeiro aplicável e do item financeiro que está sendo relatado. 1 – Objetivo e Natureza da Estimativa Contábil O objetivo do auditor é obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre: (a) se as estimativas contábeis. A natureza e a confiabilidade das informações disponíveis para a administração para suportar a elaboração de estimativa contábil variam significativamente.223/09: NBC TA 540 – Auditoria de Estimativas Contábeis. afetando dessa maneira o grau de incerteza de estimativa associada às estimativas contábeis. são razoáveis. por sua vez. bem como para outros valores que requerem estimativas. registradas ou divulgadas nas demonstrações contábeis. Estimativa contábil é a aproximação de um valor monetário na ausência de um meio de mensuração preciso.1 – Natureza da estimativa contábil Alguns itens das demonstrações contábeis não podem ser mensurados com precisão. e (b) se as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis são adequadas.Receita Federal 2012 . Receita Federal 2012 . natureza da estimativa contábil O grau de incerteza de estimativa varia com base na. extensão em que há método ou modelo geralmente aceito usado para elaborar essa estimativa subjetividade das premissas usadas para elaborar a estimativa contábil Obs. que nem todos os itens das demonstrações contábeis que requerem mensuração do valor justo envolvem incerteza de estimativa (ex: mercado ativo e aberto que fornece informações confiáveis e prontamente disponíveis sobre os preços praticados nas negociações) Exemplos adicionais de situações onde podem ser requeridas estimativas contábeis que não envolvam estimativas contábeis do valor justo incluem: provisão para créditos de liquidação duvidosa..Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . no entanto. 326 . Lucas Salvetti Exemplo de estimativas contábeis com incerteza mais alta (riscos mais altos de distorção relevante): i) estimativa contábil em relação ao desfecho de litígios. a incerteza de estimativa associada a uma estimativa contábil pode ser tão grande que os critérios de reconhecimento na estrutura de relatório financeiro aplicável não são satisfeitos e a estimativa contábil não pode ser elaborada. ii) estimativas contábeis do valor justo para instrumentos financeiros derivativos não negociados em bolsa. obsolescência dos estoques.. iii) estimativas contábeis do valor justo para as quais é usado modelo altamente especializado desenvolvido para a entidade ou existem premissas ou dados que não podem ser observados no mercado. Em alguns casos. Devo ressaltar. indicadores de possível tendenciosidade da administração. Tendenciosidade da administração Tendenciosidade da administração é a falta de neutralidade da administração na elaboração e apresentação de informações. As estruturas de relatórios financeiros frequentemente demandam neutralidade. Estimativas envolvem julgamentos baseados em informações disponíveis quando as demonstrações contábeis são elaboradas. os julgamentos consideram premissas sobre assuntos incertas na época da estimativa. poderiam ter afetado significativamente as ações da administração ou as premissas usadas pela administração. método de depreciação ou vida útil dos bens. caso fossem conhecidos na época da auditoria. A suscetibilidade de estimativa contábil à tendenciosidade da administração aumenta com a subjetividade envolvida na sua elaboração. Entretanto.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. ausência de tendenciosidade. estimativas contábeis são imprecisas e podem ser influenciadas pelo julgamento da administração. Lucas Salvetti obrigações por garantia. Para muitas estimativas contábeis. ou seja. investimento cuja O auditor não é responsável por prever condições. influenciam o planejamento e a identificação de riscos e as atividades de avaliação do auditor no período corrente. desfecho de contratos de longo prazo. Essa tendenciosidade é inerente em decisões subjetivas que são muitas vezes necessárias na elaboração de estimativa contábil. custos decorrentes de acordos e sentenças de litígios. transações ou eventos futuros que. provisão para valor contábil de possibilidade de recuperação é incerta. Para auditorias recorrentes.Auditoria . 2 – Procedimentos relacionadas de avaliação de risco e atividades 327 .Receita Federal 2012 . identificados durante a auditoria dos períodos anteriores. o auditor deve obter entendimento dos itens abaixo para fornecer uma base para identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante nas estimativas contábeis: (a) as exigências da estrutura de relatório financeiro aplicável para as estimativas contábeis. como avaliou esse efeito. (b) como a administração identifica as transações. e (vi) se a administração avaliou o efeito da incerteza de estimativa e. (c) como a administração elabora as estimativas contábeis e o entendimento dos dados em que elas estão baseadas. (v) se houve ou deveria ter havido mudança nos métodos do período anterior para elaborar as estimativas contábeis e. (iv) as premissas subjacentes às estimativas contábeis. Os procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas ajudam o auditor a desenvolver uma expectativa sobre a natureza e o tipo de estimativas contábeis que a entidade pode ter. (ii) controles relevantes. eventos e condições que podem gerar a necessidade de reconhecimento ou divulgação de estimativas contábeis nas demonstrações contábeis.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. incluindo as respectivas divulgações. (iii) se a administração usou especialista.Receita Federal 2012 . o auditor deve fazer indagações à administração sobre mudanças em circunstâncias que podem gerar novas estimativas contábeis ou a necessidade de revisar as existentes. A consideração inicial do auditor é se o entendimento obtido é suficiente para identificar e avaliar os riscos de distorção relevante 328 . por quê.Auditoria . Ao obter esse entendimento. incluindo: (i) o método/modelo usado na elaboração da estimativa contábil. Lucas Salvetti Na execução de procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas para obter entendimento da entidade e de seu ambiente. em caso afirmativo. em caso afirmativo. por si só. é importante que a administração possa demonstrar que o novo método é mais apropriado ou que ele é... incluindo adequado controle interno.. seus recálculos posteriores para o período corrente.. Lucas Salvetti em relação às estimativas contábeis e planejar a natureza. a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria. Revisão de estimativa contábil do período anterior O auditor deve revisar o desfecho das estimativas contábeis incluídas nas demonstrações contábeis do período anterior ou. o entendimento obtido é suficiente para. época e extensão de procedimentos adicionais de auditoria A consideração inicial do auditor é se. ATENÇÃO!! A administração é responsável por estabelecer processos de elaboração das estimativas contábeis para as demonstrações contábeis. No caso de a administração ter mudado o método para elaborar uma estimativa contábil..Auditoria .. quando aplicável.. avaliar os riscos de distorção relevante (em relação a estimativa) planejar a natureza. natureza das estimativas se as informações obitidas na revisão seriam relevantes.Receita Federal 2012 . Um método de estimativa específico pode precisar ser mudado em resposta a mudanças no ambiente ou nas circunstâncias que afetam a entidade ou nas exigências da estrutura de relatório financeiro aplicável. uma resposta para essas mudanças. para identificar e avaliar os riscos de distorção relevante (de estimativas) A natureza e extensão da revisão do auditor levam em consideração. 329 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. ou seja. na identificação de circunstâncias ou condições que aumentam a suscetibilidade das estimativas contábeis a possível tendenciosidade da administração ou a indicação da existência dela. gerar incerteza de estimativa).Receita Federal 2012 . Essa revisão não visa questionar os julgamentos feitos nos períodos anteriores que foram baseados em informações disponíveis na época. a existência de técnicas de mensuração reconhecidas que podem reduzir a incerteza de estimativa (embora a subjetividade das premissas usadas como inputs possa. a disponibilidade de dados confiáveis de fontes externas. no período corrente.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. contudo. a duração do período de previsão e a relevância dos dados coletados de eventos passados para prever eventos futuros. a sensibilidade da estimativa contábil a mudanças nas premissas. A revisão de estimativas contábeis do período anterior também pode ajudar o auditor. 330 . a extensão em que a estimativa contábil é baseada em dados observáveis ou não observáveis.Auditoria . a magnitude do valor reconhecido ou divulgado nas demonstrações contábeis para uma estimativa contábil pode não ser um indicador de sua incerteza de estimativa. Uma estimativa contábil aparentemente irrelevante pode ter o potencial de resultar em distorção relevante devido à incerteza de estimativa associada ao próprio processo. Lucas Salvetti Obs. O auditor pode julgar que seja necessária uma revisão mais detalhada para as estimativas contábeis identificadas durante a auditoria do período anterior por apresentarem alto grau de incerteza de estimativa. 3 – Identificação e avaliação de riscos de distorção relevante O grau de incerteza de estimativa associada às estimativas contábeis pode ser influenciado por fatores como: a extensão em que a estimativa contábil depende de julgamento. ou para as estimativas contábeis que mudaram significativamente em relação ao período anterior. levando em consideração a natureza da estimativa contábil: (a) determinar se os eventos ocorridos até a data do relatório do auditor independente fornecem evidências de auditoria com relação à estimativa contábil... (ii) as premissas usadas pela administração são razoáveis à luz dos objetivos de mensuração da estrutura de relatório financeiro aplicável.Auditoria . conforme exigido pela NBC TA 330. Lucas Salvetti 4 – Respostas aos riscos identificados de distorção relevante a ADM aplicou adequadamente as exigências da estrutura de relatório financiero aplicável (relevante para estimativa) O auditor deve determinar se. (b) testar como a administração fez a estimativa contábil e os dados em que ela está baseada. nas estimativas ou no método de elaboração usado no período anterior são apropriados Ao responder aos riscos identificados de distorção relevante. o auditor deve avaliar se: (i) o método de mensuração usado é apropriado nas circunstâncias. Ao fazer tal teste. (c) testar a efetividade operacional dos controles sobre os quais a administração elaborou a estimativa contábil. o auditor deve seguir um ou mais dos passos abaixo.Receita Federal 2012 . juntamente com os procedimentos substantivos apropriados. (d) desenvolver uma estimativa pontual ou um intervalo para avaliar a estimativa pontual da administração. os métodos para elaborar as estimativas são apropriados as mudanças. se houver. o auditor deve obter o entendimento 331 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Para essa finalidade: (i) se o auditor usa premissas ou métodos diferentes da administração. é improvável que sejam necessários habilidades ou conhecimento especializados para o auditor avaliar a provisão para créditos de liquidação duvidosa. na estimativa de valores de mercado quando não há mercado observável. com base em evidências de auditoria disponíveis. incluindo se existem áreas sabidamente sujeitas à interpretação diferente ou a que a prática seja inconsistente ou está em desenvolvimento. alto grau de incerteza de estimativa. instrumentos financeiros complexos). o auditor deve reduzi-lo. mesmo quando há incerteza de estimativa. depósitos minerais.Receita Federal 2012 . (ii) se o auditor conclui que é apropriado usar um intervalo. envolvimento de cálculos complexos ou modelos especializados. pretende adotar para Para a maioria das estimativas contábeis. bens agrícolas. Lucas Salvetti suficiente das premissas ou métodos da administração para estabelecer que a estimativa pontual ou o intervalo por ele utilizado leva em consideração variáveis relevantes para avaliar quaisquer diferenças significativas com a estimativa pontual da administração. procedimentos que o auditor responder a riscos identificados. até que todos os desfechos dentro do intervalo sejam considerados razoáveis. passivo ou componente do patrimônio no negócio ou setor específico (por exemplo.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Consideração sobre a necessidade conhecimento especializados de habilidades ou Assuntos que podem afetar a consideração do auditor sobre a necessidade de habilidades ou conhecimento especializados incluem. por exemplo. complexidade das exigências relevantes da estrutura de relatório financeiro aplicável para estimativas contábeis. é improvável que sejam necessárias habilidades ou conhecimento especializados.Auditoria . por exemplo: natureza do ativo. Por exemplo. 332 . se considerado necessário. 5 – Procedimentos substantivos adicionais para responder a riscos significativos Se. o auditor pode não ter as habilidades ou conhecimento especializados necessários quando o assunto envolvido está fora da área contábil ou de auditoria e pode precisar obtê-los de especialista do auditor. o auditor deve. no julgamento do auditor.Receita Federal 2012 .Auditoria . Além disso. o auditor pode concluir que é necessário obter habilidades ou conhecimento especializados relacionados com áreas específicas de contabilidade ou auditoria. Quando essas pessoas executam procedimentos de auditoria como parte do trabalho. fazem parte da equipe de trabalho. estimativa não reconhecida . em alguns casos. Pessoas com essas habilidades ou conhecimento podem ser empregadas pela firma de auditoria ou contratadas de uma organização externa à firma de auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre: (a) se a decisão da administração de reconhecer ou não reconhecer.. desenvolver um intervalo para avaliar a razoabilidade da estimativa contábil. Para estimativas contábeis que geram riscos significativos. se a mensuração é suficientemente confiável para satisfazer os critérios de reconhecimento se os critérios de reocnhecimento da estrutura do relatório financeiro foram satisfeitos 333 estimativa reconhecida O foco da avaliação do auditor. as estimativas contábeis nas demonstrações contábeis. Lucas Salvetti Entretanto. e (b) se a base de mensuração selecionada para as estimativas contábeis está de acordo com as exigências da estrutura de relatório financeiro aplicável. a administração não tratou adequadamente os efeitos da incerteza de estimativa das estimativas contábeis que geram riscos significativos. Essas divulgações podem incluir. incluindo qualquer modelo aplicável. A apresentação de demonstrações contábeis de acordo com estrutura de relatório financeiro aplicável inclui a adequada divulgação de assuntos relevantes. por exemplo: premissas utilizadas. A estrutura de relatório financeiro aplicável pode permitir. Lucas Salvetti 6 – Avaliação da razoabilidade da estimativa contábil e determinação de distorção são razoáveis O auditor deve avaliar se as estimativas contábeis nas demonstrações contábeis. divulgações relacionadas com as estimativas contábeis e algumas entidades podem divulgar voluntariamente informações nas notas explicativas das demonstrações contábeis. efeito de quaisquer mudanças sobre o método de estimativa em relação ao período anterior. (no contexto da estrutura de relatório financeiro aplicável) apresentam distorção.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.. base para a seleção do método de estimativa. 7 – Divulgações relacionadas com estimativa contábil O auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente se as divulgações nas demonstrações contábeis relacionadas com estimativas contábeis estão de acordo com as exigências da estrutura de relatório financeiro aplicável.Auditoria . uma distorção pode surgir em decorrência da combinação dessas circunstâncias tornando a identificação individual difícil ou impossível. 334 .Receita Federal 2012 .. Em alguns casos envolvendo estimativas contábeis. ou prescrever. fontes e implicações da incerteza de estimativa. método de estimativa utilizado. utilização das premissas da própria entidade para estimativas contábeis do valor justo quando eles são inconsistentes com premissas do mercado observáveis. quando apropriado. 8 – Indicadores de possível tendenciosidade da administração O auditor deve revisar os julgamentos e decisões feitas pela administração na elaboração de estimativas contábeis para identificar se há indicadores de possível tendenciosidade da administração.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o auditor deve também avaliar a adequação da divulgação da incerteza de estimativa nas demonstrações contábeis no contexto da estrutura de relatório financeiro aplicável. quando a administração fez uma avaliação subjetiva de que houve mudança nas circunstâncias.Auditoria . Para estimativas contábeis que geram riscos significativos. Lucas Salvetti Essas divulgações são relevantes para que os usuários entendam as estimativas contábeis reconhecidas ou divulgadas nas demonstrações contábeis. ATENÇÃO!! Indicadores de possível tendenciosidade da administração não constituem. e deve ser obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se as divulgações estão de acordo com as exigências da estrutura de relatório financeiro aplicável. por si só. Exemplos de indicadores de possível tendenciosidade da administração com relação a estimativas contábeis incluem: mudanças em estimativa contábil ou no método de elaboração. o auditor pode tomar conhecimento de opiniões e decisões feitas pela administração indicativas de possível tendenciosidade da administração. Durante a auditoria. dos responsáveis pela 335 . seleção ou elaboração de premissas significativas que produzem uma estimativa pontual favorável para os objetivos da administração. 9 – Representações formais O auditor deve obter representações formais (por escrito) da administração e. seleção de estimativa pontual que pode indicar um padrão de otimismo ou pessimismo. distorções para concluir sobre a razoabilidade de estimativas contábeis individuais. Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . 336 . Lucas Salvetti governança se a administração acredita que as premissas significativas utilizadas nas estimativas contábeis são razoáveis. não apresentam distorções relevantes. 10 – Documentação O auditor deve incluir na documentação de auditoria: (a) a base para a sua conclusão sobre a razoabilidade das estimativas contábeis e divulgações que geram riscos significativos. se houver A documentação de indicadores de possível tendenciosidade da administração identificada durante a auditoria auxilia o auditor a concluir se sua avaliação de risco e as respostas relacionadas continuam apropriadas e. O auditor deve incluir na documentação de auditoria. a base para a sua conclusão sobre a razoabilidade das estimativas contábeis e divulgações que geram riscos significativos indicadores de possível tendenciosidade da administração.. se houver. como um todo.. se as demonstrações contábeis. e (b) indicadores de possível tendenciosidade da administração.Receita Federal 2012 . 337 . Dessa forma. Resolução: De acordo com o item A22 da NBC TA 540. no período.Capítulo 16: 01. Cabe salientar que. ao avaliar as provisões para processos trabalhistas elaboradas pela Empresa Projeções S. para estabelecer o valor da provisão. e) da administração da empresa. 02. para permitir estimativas mais apropriadas no período. b) dos advogados. d) exigir que seja feita uma média ponderada das perdas dos últimos três anos. sendo que as estimativas são partes integrantes das demonstrações contábeis. e) avaliar se houve o ajuste dos procedimentos. temos que: "A22. além dessa previsão.A. os valores provisionados ficaram distantes dos valores reais.. c) da auditoria interna. (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor. dimensionando os reflexos nas demonstrações contábeis. d) do conselho de administração. (ESAF / Analista Técnico SUSEP / 2010) As estimativas contábeis reconhecidas nas demonstrações contábeis da empresa são de responsabilidade: a) dos auditores externos. Lucas Salvetti Exercícios Comentados . o que reforça ainda mais o gabarito da questão.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. percebeu que nos últimos três anos. temos que é a administração a responsável pela elaboração das demonstrações contábeis. alternativa E.Auditoria . por inadequação dos procedimentos. deve o auditor: a) estabelecer novos critérios para realização das estimativas pela empresa. A administração é responsável por estabelecer processos de elaboração das estimativas contábeis para as demonstrações contábeis. incluindo adequado controle interno". c) ressalvar o parecer.Receita Federal 2012 . b) determinar que a administração apresente novos procedimentos de cálculos que garantam os valores registrados. 5 temos que: "11. 03. indique aquela que não está associada com assegurar a razoabilidade das estimativas contábeis.6 que "quando a comparação entre as estimativas feitas em períodos anteriores e os valores reais destas evidenciar variações significativas.1. Tal procedimento inclui.13 diz.Auditoria .13. matemático-estatística dos b) Coerência dos procedimentos adotados nas estimativas com períodos passados.1. de forma a permitir estimativas mais apropriadas no período em exame. Atualmente na NBC TA 540 temos que: "A119.13. em seu item 11. e suas projeções e os cenários e) As práticas correntes em entidades semelhantes no mesmo período. c) Acompanhamento dos resultados da companhia para planejamento fiscal. A avaliação da razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações incluídas nas notas explicativas das 338 . d) A conjuntura econômica econômicos esperados. Lucas Salvetti Resolução: A NBC T 11. em seu item 11.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. os planos futuros da entidade. a coerência destas com o comportamento dos itens estimados em períodos anteriores. o auditor deve verificar se houve o competente ajuste nos procedimentos.". Resolução: De acordo com a NBC T 11. a conjuntura econômica e as suas projeções". quando estas forem relevantes.Receita Federal 2012 .13. (ESAF / AFTE-RN / 2005) Das assertivas a seguir. a) Análise da fundamentação procedimentos utilizados. as práticas correntes em entidades semelhantes. além da análise da fundamentação matemático-estatística dos procedimentos utilizados pela entidade na quantificação das estimativas.13. O auditor deve assegurar-se da razoabilidade das estimativas.1. sendo assim o gabarito da questão alternativa E.5. individualmente consideradas. de estimativas feitas em períodos anteriores com os resultados reais desses períodos.Auditoria . se requerida pela estrutura de relatório financeiro aplicável ou voluntariamente divulgada. Portanto. envolve essencialmente os mesmos tipos de considerações aplicadas na auditoria de estimativa contábil reconhecida nas demonstrações contábeis". b) fazer uso de estimativa independente para isentar-se da responsabilidade de avaliação da estimativa preparada pela administração.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. (ESAF / AFTE-RN / 2005) Em relação às estimativas contábeis. para avaliar se estão adequados às condições da entidade. 339 . c) considerar se a revisão e aprovação foram feitas em níveis apropriados da administração da entidade. b) teste dos cálculos envolvidos na estimativa. Lucas Salvetti demonstrações contábeis. Os procedimentos envolvidos na revisão e teste do processo utilizado pela administração da entidade são: a) avaliação dos dados e consideração dos pressupostos em que a estimativa se baseia. e) testar os cálculos efetuados pela administração da entidade.13) temos que: "17. d) levar em conta se foram evidenciadas na documentação de suporte da determinação da estimativa contábil. a alternativa C não se associa com a verificação da razoabilidade das estimativas feitas pela entidade. e d) consideração dos procedimentos de aprovação da administração da entidade". o que torna esta alternativa o gabarito da questão. quando possível. 04. Resolução: De acordo com a norma vigente à época da prova (NBC T 11. pode-se afirmar que o auditor não deve a) comparar as estimativas contábeis de períodos anteriores com os resultados reais desses períodos. c) comparação. registradas ou divulgadas nas demonstrações contábeis. alternativa B 340 . A elaboração das demonstrações contábeis exige que a administração exerça julgamento ao fazer estimativas contábeis que sejam razoáveis nas circunstâncias. seus recálculos posteriores para o período corrente. se as informações obtidas na revisão seriam relevantes. 4º Item 9 da NBC TA 540: "9. o auditor independente não se isenta de sua responsabilidade (verificar as estimativas contábeis utilizadas pela entidade auditada) pelo fato de fazer uso de estimativa independente (por ele elaborada). incluindo as de valor justo. e (b) se as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis são adequadas. gabarito da questão. O auditor deve revisar o desfecho das estimativas contábeis incluídas nas demonstrações contábeis do período anterior ou. são razoáveis. faço as 1º Item 6 da NBC TA 540: seguintes considerações: "6.Auditoria . Portanto. O objetivo do auditor é obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre: (a) se as estimativas contábeis. Sendo assim.Receita Federal 2012 . Lucas Salvetti Atualmente. no contexto da estrutura de relatório financeiro aplicável". A natureza e a extensão da revisão do auditor levam em consideração a natureza das estimativas contábeis e. quando aplicável. para identificar e avaliar os riscos de distorção relevante de estimativas feitas nas demonstrações contábeis correntes". assim como ao selecionar e ao aplicar políticas contábeis apropriadas" 3º Item 33 da NBC TG 23: "O uso de estimativas razoáveis é parte essencial da elaboração de demonstrações contábeis e não reduz sua confiabilidade". 2º Item A3 da NBC TA 200: "A3.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.1 Finalidades avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual avaliar a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à exercer o controle das operações de crédito. bem como dos direitos e haveres da União apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional 341 Finalidade eficácia e à eficiência da gestão orçamentária. ação governamental Sistema de Controle Interno visa à avaliação da. operacional e patrimonial. Lucas Salvetti CAPÍTULO 17 – Auditoria do setor público federal: finalidade e objetivos da auditoria governamental. formas e tipos. normas relativas à execução dos trabalhos Instrução Normativa nº 001/2001 – SFCI/MF 1 – Finalidades e Atividades do Sistema de Controle Interno O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal visa à avaliação da ação governamental.. por intermédio da fiscalização contábil. avais e garantias. financeira e patrimonial .Auditoria . financeira. gestão dos adminsitradores públicos federais aplicação de recursos públicos por entidades de Direito Privado 1. abrangência e atuação. orçamentária. da gestão dos administradores públicos federais e da aplicação de recursos públicos por entidades de Direito Privado.Receita Federal 2012 . de natureza autárquica ou não. f) a avaliação da aplicação de recursos públicos por entidades de Direito Privado que visa a verificação do cumprimento do objeto avençado. e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. avais. c) a avaliação da execução dos orçamentos da União que visa a comprovar a conformidade da execução com os limites e as destinações estabelecidas na legislação pertinente. financeira. d) a avaliação da gestão dos administradores públicos federais que visa a comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos e examinar os resultados quanto à economicidade. e h) a avaliação das renúncias de receitas que visa avaliar o resultado da efetiva política de anistia. o alcance dos objetivos e a adequação do gerenciamento. b) a avaliação da execução dos programas de governo que visa a comprovar o nível de execução das metas.2 Atividades Precípuas O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal para atingir as finalidades básicas compreende o seguinte conjunto de atividades essenciais: a) a avaliação do cumprimento das metas do Plano Plurianual que visa a comprovar a conformidade da sua execução. destinadas a cobrir despesas com a manutenção dessas entidades. remissão.Receita Federal 2012 . e) o controle das operações de crédito. e das entidades sem fins lucrativos. patrimonial. eficiência e eficácia da gestão orçamentária. subsídio. alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições. Lucas Salvetti 1. direitos e haveres da União que visa a aferir a sua consistência e a adequação. 342 . concessão de isenção em caráter não geral. de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais. garantias.Auditoria . crédito presumido. g) a avaliação das aplicações das subvenções que visa avaliar o resultado da aplicação das transferências de recursos concedidas pela União às entidades. públicas e privadas.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. planejamento. inclusive sobre a forma de prestar contas.Auditoria . 1.5 Atividades Subsidiárias As atividades a cargo do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal destinam-se. contabilidade e administração federal. finanças. a cargo do Presidente da República. no ciclo de gestão governamental. b) o aperfeiçoamento da gestão pública nos aspectos de formulação.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti 1. O apoio ao controle externo. consiste no fornecimento de informações e dos resultados das ações do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. coordenação. e c) os órgãos responsáveis pelas ações de planejamento. execução e monitoramento das políticas públicas.3 Atividade de Apoio ao Controle Externo O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal prestará apoio ao órgão de controle externo no exercício de sua missão institucional. 1.4 Atividade de Orientação O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal prestará orientação aos administradores de bens e recursos públicos nos assuntos pertinentes à área de competência do Sistema de Controle Interno. Veja que essa atividade não se confunde com as de consultoria e assessoramento jurídico que competem a Advocacia Geral da União e a seus respectivos órgãos e unidades.Receita Federal 2012 . 2 – Atividades Complementares do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal 2. preferencialmente.1 Elaboração da prestação de contas do Presidente da República 343 . sem prejuízo do disposto em legislação específica. orçamento. a subsidiar: o exercício da direção superior da Administração Pública Federal. a) a supervisão ministerial. Execução do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social Balanços da Administração Indireta e Fundos Execução do Orçamento de Investimento das Empresas Estatais Os procedimentos e a padronização a serem adotados na elaboração da Prestação de Contas Anual do Presidente da República. em consonância com as instruções estabelecidas pelo Tribunal de Contas da União..Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti A elaboração da prestação de contas do Presidente da República visa a atender ao disposto no art. a ser encaminhada ao Congresso Nacional. A Prestação de Contas Anual do Presidente da República. por parte do Poder Executivo Federal. inciso XXIV. 84.Receita Federal 2012 . será elaborada pela Secretaria Federal de Controle Interno do Ministério da Fazenda Relatório de Atividades do Poder Executivo Composição da prestação de contas do Presidente da República.. receber as informações dos órgãos que executam os orçamentos da União avaliar a consistência das mesmas Elaboração da prestação de Contas do Presidente da República consiste em.Auditoria . 344 .. da Constituição Federal. encaminhá-las ao TCU Faz parte dessa função a emissão de parecer quadrimestral sobre o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. 2 Controle Social A criação de condições para o exercício do controle social sobre os programas contemplados com recursos oriundos dos orçamentos da União visa fortalecer este mecanismo complementar de controle público. por meio eletrônico.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 .Auditoria . as informações sobre a execução financeira das ações governamentais constantes nos orçamentos da União. por intermédio da disponibilização de informações sobre as atividades desenvolvidas.. 345 . quando se configura as situações descritas no esquema abaixo. instaurado pela autoridade administrativa competente. estão devidamente constituídos SCI deve avaliar os mecanismos de controle social dos programas de governo (principalmente os executados descentralizadamente).. 2. 2. Lucas Salvetti serão publicados pela Secretaria Federal de Controle Interno do Ministério da Fazenda. estão operando adequadamente têm efetiva representativadade dos agentes sociais e realizam suas atividades de forma efetiva e independente A Secretaria Federal de Controle Interno deve disponibilizar.3 Auditoria de Tomada de Contas Especial A Tomada de Contas Especial/TCE é um processo administrativo. devendo destacar se os mesmos. particularmente no que se refere à avaliação da execução dos programas e avaliação da gestão. Auditoria . 346 . reforma e pensão e visa a subsidiar o Tribunal de Contas da União no cumprimento do disposto no inciso III.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.4 Análise de Processos de Pessoal A análise de processos de pessoal consiste na análise dos atos de admissão. dar-se-á em conformidade com as orientações e disposições próprias e as emanadas do Tribunal de Contas da União . bens e valores públicos prática de qualquer ato ilegal.5 Avaliação das Unidades de Auditoria Interna A avaliação das unidades de auditoria interna das entidades da Administração Indireta Federal consiste em avaliar o desempenho das mesmas e visa comprovar se estão estruturadas de forma adequada. ilegítimo ou antieconômico que resulte dano ao Erário TCE é um processo administrativo instaurado quando se configura. para fins de registro. identificar os responsáveis e quantificar o dano causado ao erário sempre que a Administração Pública tiver que ser ressarcida de prejuízos que lhe foram causados. Lucas Salvetti omissão no dever de prestar contas a não comprovação da aplicação dos recursos repassados pela União desfalque ou desvio de dinheiros.Receita Federal 2012 . desligamento. do art. quanto à legalidade. A atuação dos órgãos do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal sobre os processos de TCE. da Constituição Federal. 2. A instauração da TCE é obrigatória. sendo este um procedimento de exceção que visa apurar os fatos. 71.TCU. 2. aposentadoria. que trata da apreciação dos atos de pessoal.. Auditoria . financeiro. inclusive no apoio institucional ao Controle Externo.6 Diligências As diligências visam buscar informações e esclarecimentos junto aos gestores públicos sobre as razões que levaram à prática de qualquer ato orçamentário. 2. patrimonial e operacional praticado por agente público. Lucas Salvetti realizando suas funções de acordo com os respectivos planos de trabalho.Receita Federal 2012 . a fim de subsidiar os exames a cargo do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. RESUMO: Atividades do SCI Precípuas Apoio ao controle externo Orientação Subsidiárias Elaboração da prestação de contas do Presidente da República Controle Social Auditoria de Tomada de contas especial Análise de processos de pressoal Avaliação das Unidades de Auditoria Interna Digilências Atividades complementares 347 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 2 Áreas de Atuação A área de atuação da Secretaria Federal de Controle Interno do Ministério da Fazenda. Casa Civil e AGU Unidades de Controle Interno dos comandos militares do Min. incumbida da orientação normativa e da supervisão técnica dos órgãos e das unidades que compõem o Sistema. Os órgãos setoriais podem subdividir-se em unidades regionais e setoriais.SFC/MF. ainda.Receita Federal 2012 . da Defesa. da Fazenda) Secretaria de CI do Min. além das funções de órgão central. da Defesa Gerencias Regionais de CI (GRCI) nos Estados órgão setorial Integram o SCI do Poder Executivo Federal. Lucas Salvetti 3.1 Órgãos Integrantes órgão central Secretaria Federal de CI do Min. 3.Auditoria . A Secretaria de Controle Interno da Casa Civil tem como área de atuação todos os órgãos integrantes da Presidência da República. sendo.Organização e Estrutura 3.. unidades setoriais unidades regionais No que se refere ao órgão central.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados. a Secretaria Federal de Controle Interno do Ministério da Fazenda . excetuados aqueles jurisdicionados pelos órgãos setoriais. abrange todos as unidades e as entidades do Poder Executivo Federal. responsável pelas atividades de Controle Interno da Advocacia-Geral da União até a criação do seu órgão próprio. Relações Exteriores. 348 . além de outros determinados em legislação específica. convênio. ii) entidades da Administração Indireta Federal. v) projetos financiados por recursos externos. em nome desta. gerencie ou administre dinheiros. composta pelo titular do órgão central. guarde. sujeitam-se à atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal mediante os seguintes processos: 349 . e pelos titulares dos órgãos setoriais. Estão sujeitos à atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal quaisquer pessoas física ou jurídica. que utilize. iii) programas de trabalho. ajuste ou outro instrumento congênere. pública ou privada. As pessoas física ou jurídica. vii) a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante contratos de gestão. transferências a fundo. bens e valores públicos ou pelos quais a União responda. pública ou privada. operacional e contábil. que a presidiará. ou que. assuma obrigações de natureza pecuniária. Lucas Salvetti A Comissão de Coordenação de Controle Interno–CCCI do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. acordo. vi) projetos de cooperação junto a organismos internacionais. arrecade.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . 4 – Abrangência de atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal A abrangência de atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal inclui: i) as atividades de gestão das unidades da administração direta. iv) recursos e sistemas de controles administrativo. tem por objetivo promover a integração e a harmonização de entendimentos sobre matérias de competência do sistema. 2 Prestação de Contas dirigentes das entidades supervisionadas da Adm.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti 4. para atender necessidade prevista em Lei específica A Tomada de Contas poderá ser consolidada se envolver mais de uma unidade gestora que tenha vinculação administrativa. gerenciem ou guardem dinheiros.Auditoria .1 Tomada de Contas ordenadores de despesa das unidades da Adm. Indireta Federal responsáveis por entidades / organizações de direito público/privado. recebam subvenções ou transferências à conta do Tesouro pessoas físicas que recebam recursos da União. bens e materiais da União 4. Prestação de Contas 350 .Receita Federal 2012 . subtração. Direta Tomada de Contas aqueles que arrecadem. extravio ou estrago de valores. valores e bens da União aqueles que por ação ou omissão derem causa a perda. que se utilizem de contribuições para fins sociais. b) fundações públicas. i) projetos que administrem recursos externos e de cooperação técnica junto a organismos internacionais.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. a menos que previsto em lei específica. nas seguintes categorias: a) autarquias.Receita Federal 2012 . contempladas com dotações orçamentárias e recursos financeiros. j) agências autônomas. denominadas unidades gestoras.unidades da Administração Direta Federal: compreende os serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. g) empresas subsidiárias integrais. especiais. d) sociedades de economia mista. e 2. executivas e reguladoras. c) empresas públicas. f) fundos constitucionais.3 Tipos de unidades e entidades Os tipos de unidades e entidades são: 1. inclusive em virtude de incorporação ao patrimônio público. nos termos de seus tratados constitutivos. 351 . não se admitindo subdivisões.entidades supervisionadas da Administração Indireta Federal: compreende as entidades dotadas de personalidade jurídica própria.Auditoria . Lucas Salvetti A Prestação de Contas será obrigatoriamente unificada por entidade. k) organizações sociais regidas por contrato de gestão. controladas. l) outras definidas em lei. e) serviços sociais autônomos (entidades paraestatais). h) empresas supranacionais de cujo capital social a União participe de forma direta ou indireta. setoriais e de investimentos. coligadas ou quaisquer outras de cujo capital o poder público tenha o controle direto ou indireto. 4. renúncias de receita.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . devendo o 352 . documento ou informação. Lucas Salvetti 4. nenhum processo. no exercício de suas funções. não lhe podendo ser sonegado.Normas Relativas à Execução do Trabalho no Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal dependências Servido do SCI. contribuições parafiscais e incentivos fiscais. 5 . operações de crédito da União receitas próprias e as aplicações da Adm Direta e Indireta No que se refere às receitas próprias e as aplicações da Administração Federal Direta ou Indireta..4 Recursos lei orçamentária anual créditos adicionais Consideram-se recursos todos os valores originados. concessões de serviço público.. sob qualquer pretexto. inclusive fundos especiais oriundos de subsídios. terá livre acesso a todas(os).Receita Federal 2012 . documentos valores livros O acesso a tais itens refere-se ao órgão ou entidade examinado. Auditoria . deve considerar a legislação aplicável. Lucas Salvetti servidor guardar o sigilo protegidas legalmente. Comunicar.Receita Federal 2012 . normas e instruções vigentes. de imediato e por escrito. solicitando as providências necessárias..Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.. das informações caso elas estejam Quando houver limitação de ação. Para tanto. quando for o caso. A elaboração de um adequado programa de trabalho exige: 353 . b) Elaboração do programa de trabalho: o programa de trabalho consta da ordem de serviço preparada pela área de controle que elabora o plano estratégico e operacional.1 Planejamento dos Trabalhos Exame Preliminar Planejamento dos Trabalhos Elaboração do programa de trabalho a) Exame Preliminar: o servidor do SCI deve examinar as informações constantes da ordem de serviço e dos planos estratégico e operacional a que se vincula o objeto do controle. ao dirigente do órgão ou entidade examinada 5. bem como os resultados dos últimos trabalhos realizados e diligências pendentes de atendimento. iv) a localização do objeto ou unidade examinada. iii) a definição e o alcance dos procedimentos a serem utilizados.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. v) o estabelecimento das técnicas apropriadas. e vii) referência quanto ao uso de material e/ou documentos de exames prévios ou outras instruções específicas. Lucas Salvetti i) a determinação precisa dos objetivos do exame. 354 . ii) a identificação do universo a ser examinado. Capacidade dos sistemas de controle interno administrativo Avaliar os procedimentos.2 Avaliação dos controles internos administrativos Capacidade dos sistemas de controle interno administrativo Efetividade Avaliação dos controles internos administrativos Exame dos objetivos de controle Prevenção de impropriedades e irregularidades I. ou seja. 5. vi) a estimativa dos homens x horas necessários à execução dos trabalhos. de forma a possibilitar o atingimento das metas.Auditoria . em termos satisfatórios de economia. com o objetivo de constatar se estes proporcionam razoável segurança de que as atividades e operações se realizam.Receita Federal 2012 . eficiência e eficácia. políticas e registros que compõem os controles. a identificação sobre o que se deseja obter com a auditoria e a fiscalização. instituídos em uma unidade ou entidade.Auditoria . obter informações oportunas e confiáveis promover a eficiência operacional assegurar a observância das leis. registros e outros dados relevantes. mecanismos.. sem desvios. Exame dos objetivos de controle proteger seus recursos Unidades e entidades adotam Sistema de Controle Interno administrativo que é usado para. normas e políticas vigentes IV. Um bom sistema de controle interno administrativo reduz a probabilidade de ocorrer tais impropriedades ou irregularidades. devem conter procedimentos. políticas. III.Receita Federal 2012 . com o propósito de verificar se os procedimentos. funcionam de acordo com o previsto e se os objetivos de controle estão sendo atendidos. 5. Lucas Salvetti II. Efetividade Realizar exame das operações que se processam nos sistemas de controle interno administrativo.3 Supervisão das atividades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal Toda atividade do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve ser supervisionada pela chefia ou por servidor a quem a função for formalmente delegada. ainda que não possa evitá-las totalmente. Prevenção de impropriedades e irregularidades Os sistemas de controle interno administrativo. 355 . mecanismos e diretrizes que prevejam ou minimizem o percentual de impropriedades ou irregularidades.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. de forma permanente. no que tange à execução dos trabalhos e ao cumprimento das ordens de serviço. contribuir para o desenvolvimento dos seus conhecimentos e capacidade profissional. III. com maior experiência. c) da adequada formulação dos papéis de trabalho. deve instruir e dirigir. devendo. Áreas e enfoques da supervisão A supervisão deve abranger a verificação: a) do correto planejamento dos trabalhos de acordo com o solicitado na ordem de serviço. b) o grau de dificuldade previsível dos trabalhos. As evidências da supervisão exercida deverão ficar registradas nos próprios papéis de trabalho. adequadamente.Auditoria . b) da aplicação de procedimentos e técnicas para o atingimento das metas/objetivos previstos para a execução dos trabalhos. Responsabilidade de quem dirige a função O titular da unidade do Sistema de Controle Interno deve supervisionar todas as atividades que envolvem a execução do trabalho.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. conhecimentos técnicos e capacidade profissional. devendo para isso. e c) alcance de prováveis impropriedades ou irregularidades a detectar no órgão ou entidade examinada. com atribuições de supervisão. assegurando-se de que esses possuam conhecimentos técnicos e capacidade profissional suficientes ao adequado cumprimento das atribuições que lhes são conferidas. Supervisão das equipes de trabalho O servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. de acordo com o programa fornecido. Lucas Salvetti I.Receita Federal 2012 . ainda. seus subordinados. II. estabelecer mecanismos e procedimentos adequados para avaliar a atuação destes supervisores. podendo delegar parte das tarefas a supervisores. d) da necessária consistência das observações e conclusões. 356 . Intensidade de supervisão O grau de intensidade da supervisão exercida sobre a equipe está diretamente relacionada aos seguintes fatores: a) conhecimento e capacidade profissional dos membros da equipe. IV. A validade do seu trabalho depende diretamente da qualidade das evidências que é considerada satisfatória quando reúne as características de suficiência. seu trabalho. f) do cumprimento das normas e dos procedimentos de aplicação geral.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.entende-se como tal. o servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal é levado a um grau razoável de convencimento a respeito da realidade ou veracidade dos fatos examinados. Lucas Salvetti e) da fiel observância dos objetivos estabelecidos na ordem de serviço. os testes ou provas adequados nas circunstâncias. 5. mediante a aplicação de testes que resultem na obtenção de uma ou várias provas.Receita Federal 2012 . I. deve realizar. adequação e pertinência.Auditoria . permitindo chegar a um grau razoável de convencimento da realidade dos fatos e situações observadas.4 Obtenção de evidências Em atendimento aos objetivos da atividade. quando os testes ou exames realizados são apropriados à natureza e características dos fatos examinados. o servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. de forma objetiva. Finalidade da evidência Consiste na obtenção suficiente de elementos para sustentar a emissão de sua opinião. c) Pertinência da evidência . solidamente. para obter evidências qualitativamente aceitáveis que fundamentem. na extensão indicada na ordem de serviço.a evidência é pertinente quando há coerência com as observações conclusões e recomendações eventualmente formuladas. b) Adequação da evidência . da veracidade da documentação examinada. seu trabalho. 357 . da consistência da contabilização dos fatos e fidedignidade das informações e registros gerenciais para fundamentar. a) Suficiência da evidência – ocorre quando. eficácia e economicidade. o servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve guiar-se pelos critérios de importância relativa e de níveis de riscos prováveis. com vistas a permitir que os dirigentes possam adotar as providências corretivas pertinentes. Critérios para obtenção da evidência Na obtenção da evidência.Receita Federal 2012 .Auditoria . 358 . quando couber. deverá ser dado o devido tratamento. no decorrer de qualquer atividade.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. legitimidade. Caracterização de impropriedade e irregularidade Impropriedade consiste em falhas de natureza formal de que não resulte dano ao erário. Lucas Salvetti ESQUEMA: Conseguir um grau razoável de convencimento da realidade dos fatos examinados Exames são apropriados à natureza e características dos fatos examinados Quando há coerência entre a evidência e as observações. quando sejam obtidas evidências das mesmas. eficiência. conclusões.5 Impropriedades e irregularidades O servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. recomendações formuladas Suficiência Evidência Adequação Pertinência II. porém evidencia-se a não observância aos princípios de legalidade. 5. I. às probabilidades de erro na obtenção e comprovação da evidência. deve prestar especial atenção àquelas transações ou situações que denotem indícios de irregularidades e. A importância relativa refere-se ao significado da evidência no conjunto de informações e os níveis de riscos prováveis. A aplicação dos procedimentos especificados na ordem de serviço não garante necessariamente. ESQUEMA: Impropriedade falhas de natureza formal de que não resulte dano ao erário. alcance. Portanto. porém evidencia-se a não observância aos princípios de legalidade.Auditoria . ocorrida no período submetido a exame. eficiência. defrontar-se com tais ocorrências. alcance. Lucas Salvetti A irregularidade é caracterizada pela não observância desses princípios. constatando a existência de desfalque. Detecção de impropriedades e irregularidades Apesar de não ser o objetivo primordial das atividades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal a busca de impropriedades ou de irregularidades. desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para o Erário Irregularidade II. desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para o Erário.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . legitimidade. a identificação posterior de situação imprópria ou irregular. o servidor deve estar consciente da probabilidade de. não significa que o trabalho tenha sido inadequado. quando obtida evidências. a detecção de toda impropriedade ou irregularidade. no decorrer dos exames. eficácia e economicidade não observância desses princípios. Compete-lhe assim. prestar especial atenção às transações ou situações que apresentem indícios de irregularidades e. comunicar o fato aos dirigentes para adoção das medidas corretivas cabíveis. 359 . constatando a existência de desfalque. Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. ou ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade. Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade. mas que não é reconhecida porque: i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja exigida para liquidar a obrigação. 2 – Definições. Lucas Salvetti CAPÍTULO EXTRA: .Receita Federal 2012 . oportunidade e valor. Passivo contingente é: a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade.Provisões. Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos. Passivo e Ativo Contingente. 1 – Objetivo. Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. ou b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados. As provisões podem ser distintas de outros passivos tais como contas a pagar e passivos derivados de apropriações por competência (accruals) porque há incerteza sobre o prazo ou o valor 360 .Auditoria .180/09: NBC TG 25 – Provisões. O objetivo desta Norma é estabelecer que sejam aplicados critérios de reconhecimento e bases de mensuração apropriados a provisões e a passivos e ativos contingentes e que seja divulgada informação suficiente nas notas explicativas para permitir que os usuários entendam a sua natureza. Continuidade Operacional Resolução CFC nº 1. Passivo é uma obrigação presente da entidade. derivada de eventos já ocorridos. Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. ou ii) obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento desta Norma (porque não é provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar a obrigação. todas as provisões são contingentes porque são incertas quanto ao seu prazo ou valor. Adicionalmente. Lucas Salvetti do desembolso futuro necessário para a sua liquidação.Receita Federal 2012 . b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação.Auditoria . o termo passivo contingente é usado para passivos que não satisfaçam os critérios de reconhecimento. Relação entre provisão e passivo contingente Em sentido geral. visto que ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma obrigação presente que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos. Porém. nesta Norma o termo “contingente” é usado para passivos e ativos que não sejam reconhecidos porque a sua existência somente será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controle da entidade. Uma provisão deve ser reconhecida quando: a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado. Esta Norma distingue entre: a) provisões – que são reconhecidas como passivo (presumindose que possa ser feita uma estimativa confiável) porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação. 3 – Reconhecimento de Provisão. e b) passivos contingentes – que não são reconhecidos como passivo porque são: i) obrigações possíveis. ou não pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável do valor da obrigação). e 361 . Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. a menos que seja remota a possibilidade de uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos Evento passado Um evento passado que conduz a uma obrigação presente é chamado de um evento que cria obrigação. Obrigação presente 1) Quando for mais provável que sim do que não que existe uma obrigação presente na data do balanço. a entidade divulga um passivo contingente. São reconhecidas como provisão apenas as obrigações que surgem de eventos passados que existam independentemente de ações futuras da entidade (isto é. São exemplos de tais obrigações: i) as penalidades ou os custos de limpeza de danos ambientais ilegais. Se essas condições não forem satisfeitas. a entidade deve reconhecer a provisão (se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos). ou liquidação da obrigação pode ser imposta b) no caso de obrigação não formalizada. quando o evento (que pode ser uma ação da entidade) cria expectativas válidas em terceiros de que a entidade cumprirá a obrigação. a conduta futura dos seus negócios).Auditoria . e 2) quando for mais provável que não existe uma obrigação presente na data do balanço.Receita Federal 2012 . 362 . é necessário que a entidade não tenha qualquer alternativa realista senão liquidar a obrigação criada pelo evento. nenhuma provisão deve ser reconhecida. que em ambos os casos dariam origem na liquidação a uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos independentemente das ações futuras da entidade. Lucas Salvetti c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. Para um evento ser um evento que cria obrigação. Esse é o caso somente: a) quando a legalmente. Quando há várias obrigações semelhantes (por exemplo. uma saída de recursos ou outro evento é considerado como provável se o evento for mais provável que sim do que não de ocorrer. Lucas Salvetti ii) a entidade reconhece uma provisão para os custos de descontinuidade de poço de petróleo ou de central elétrica nuclear na medida em que a entidade é obrigada a retificar danos já causados. Dado que a entidade pode evitar os gastos futuros pelas suas próprias ações. As diferenças de circunstâncias relativas à promulgação tornam impossível especificar um único evento que torna a promulgação de lei praticamente certa. tal obrigação é tratada como obrigação legal. a entidade divulga um passivo contingente. por exemplo. é necessário haver não somente uma obrigação presente. a menos que a possibilidade de saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja remota. ela não tem nenhuma obrigação presente relativamente a esse gasto futuro e nenhuma provisão é reconhecida. Quando os detalhes de nova lei proposta ainda tiverem de ser finalizados. Saída provável econômicos de recursos que incorporam benefícios Para que um passivo se qualifique para reconhecimento. montando filtros de fumaça em certo tipo de fábrica). Para a finalidade desta Norma. Para a finalidade desta Norma. 363 . a entidade pode pretender ou precisar efetuar gastos para operar de forma particular no futuro (por exemplo. Em muitos casos será impossível estar praticamente certo da promulgação de legislação até que ela seja promulgada. Quando não for provável que exista uma obrigação presente.Receita Federal 2012 . alterando o seu modo de operar.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. a obrigação surgirá somente quando for praticamente certo que a legislação será promulgada conforme a minuta divulgada. Por outro lado. devido a pressões comerciais ou exigências legais. se a probabilidade de que o evento ocorrerá for maior do que a probabilidade de isso não acontecer. mas também a probabilidade de saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar essa obrigação. isto é.Auditoria . são periodicamente avaliados para determinar se uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos se tornou provável. fazer uma estimativa da obrigação que seja suficientemente confiável para ser usada no reconhecimento da provisão.Receita Federal 2012 . a avaliação da probabilidade de que uma saída de recursos será exigida na liquidação deverá considerar o tipo de obrigação como um todo. uma provisão é reconhecida (se os outros critérios para reconhecimento forem atendidos). Exceto em casos extremamente raros.Auditoria . a menos que seja remota a possibilidade de uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos. 364 . O passivo contingente é divulgado. Se esse for o caso. que pela sua natureza são mais incertas do que a maior parte de outros elementos do balanço. a entidade é capaz de determinar um conjunto de desfechos possíveis e. dessa forma. 4 – Reconhecimento de Passivo contingente A entidade não deve reconhecer um passivo contingente. a provisão deve ser reconhecida nas demonstrações contábeis do período no qual ocorre a mudança na estimativa da probabilidade. Lucas Salvetti garantias sobre produtos ou contratos semelhantes). 5 – Reconhecimento de Ativo contingente A entidade não deve reconhecer um ativo contingente. Estimativa confiável da obrigação O uso de estimativas é uma parte essencial da elaboração de demonstrações contábeis e não prejudica a sua confiabilidade. Os passivos contingentes podem desenvolver-se de maneira não inicialmente esperada.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Por isso. Isso é especialmente verdadeiro no caso de provisões. Embora possa ser pequena a probabilidade de uma saída de recursos para qualquer item isoladamente. Se for provável que uma saída de benefícios econômicos futuros serão exigidos para um item previamente tratado como passivo contingente. pode ser provável que alguma saída de recursos ocorra para o tipo de obrigação. As estimativas do desfecho e do efeito financeiro são determinadas pelo julgamento da administração da entidade. então o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento é adequado. Porém. Quando a provisão a ser mensurada envolve uma grande população de itens. em alguns casos. O ativo contingente é divulgado quando for provável a entrada de benefícios econômicos. uma vez que pode tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado. a entidade divulga o ativo contingente. As incertezas que rodeiam o valor a ser reconhecido como provisão são tratadas por vários meios de acordo com as circunstâncias. quando a realização do ganho é praticamente certa. Um exemplo é uma reivindicação que a entidade esteja reclamando por meio de processos legais. a obrigação deve ser estimada 365 . 6 – Mensuração Melhor estimativa O valor reconhecido como provisão deve ser a melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do balanço.Receita Federal 2012 . A melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente é o valor que a entidade racionalmente pagaria para liquidar a obrigação na data do balanço ou para transferi-la para terceiros nesse momento. Lucas Salvetti Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou de outros não esperados que dão origem à possibilidade de entrada de benefícios econômicos para a entidade. complementados pela experiência de transações semelhantes e. Se a entrada de benefícios econômicos se tornar provável.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. por relatórios de peritos independentes. o ativo e o correspondente ganho são reconhecidos nas demonstrações contábeis do período em que ocorrer a mudança de estimativa.Auditoria . Se for praticamente certo que ocorrerá uma entrada de benefícios econômicos. em que o desfecho seja incerto. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis. Quando houver uma escala contínua de desfechos possíveis. Em muitos casos não existe evidência objetiva suficiente até que a nova 366 . Valor presente Quando o efeito do valor do dinheiro no tempo é material. Risco e incerteza Os riscos e incertezas que inevitavelmente existem em torno de muitos eventos e circunstâncias devem ser levados em consideração para se alcançar a melhor estimativa da provisão.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. a provisão será diferente dependendo de a probabilidade da perda de um dado valor ser. É preciso ter cuidado ao realizar julgamentos em condições de incerteza. O risco descreve a variabilidade de desfechos. de 60 por cento ou de 90 por cento. e cada ponto nessa escala é tão provável como qualquer outro. o valor da provisão deve ser o valor presente dos desembolsos que se espera que sejam exigidos para liquidar a obrigação. O nome para esse método estatístico de estimativa é “valor esperado”. por exemplo.Auditoria . para que as receitas ou ativos não sejam superavaliados e as despesas ou passivos não sejam subavaliados. O efeito de possível legislação nova deve ser considerado na mensuração da obrigação existente quando existe evidência objetiva suficiente de que a promulgação da lei é praticamente certa (exigese evidência do que a legislação vai exigir e também de que a sua promulgação e a sua implementação são praticamente certas). Uma nova avaliação do risco pode aumentar o valor pelo qual um passivo é mensurado. é usado o ponto médio da escala. Evento futuro Os eventos futuros que possam afetar o valor necessário para liquidar a obrigação devem ser refletidos no valor da provisão quando houver evidência objetiva suficiente de que eles ocorrerão. A provisão deve ser mensurada antes dos impostos. Portanto. Lucas Salvetti ponderando-se todos os possíveis desfechos pelas suas probabilidades associadas.Receita Federal 2012 . Somente os desembolsos que se relacionem com a provisão original são compensados com a mesma provisão.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 9 – Uso de Provisão Uma provisão deve ser usada somente para os desembolsos para os quais a provisão foi originalmente reconhecida.Receita Federal 2012 . Reconhecer os desembolsos contra uma provisão que foi originalmente reconhecida para outra finalidade esconderia o impacto de dois eventos diferentes.Auditoria . Lucas Salvetti legislação seja promulgada. 367 . Se já não for mais provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos futuros para liquidar a obrigação. O valor reconhecido para o reembolso não deve ultrapassar o valor da provisão. o valor contábil da provisão aumenta a cada período para refletir a passagem do tempo. a despesa relativa a uma provisão pode ser apresentada líquida do valor reconhecido de reembolso. 7 – Reembolso Quando se espera que algum ou todos os desembolsos necessários para liquidar uma provisão sejam reembolsados por outra parte. 8 – Mudança na provisão. Quando for utilizado o desconto a valor presente. e somente quando. O reembolso deve ser tratado como ativo separado. for praticamente certo que o reembolso será recebido se a entidade liquidar a obrigação. Alienação esperada de ativo Os ganhos na alienação esperada de ativos não devem ser levados em consideração ao mensurar a provisão. mesmo se a alienação esperada estiver intimamente ligada ao evento que dá origem à provisão. Esse aumento deve ser reconhecido como despesa financeira. As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente. a provisão deve ser revertida. Na demonstração do resultado. o reembolso deve ser reconhecido quando. c) mudanças na estrutura da administração. Reestruturação Reestruturação é um programa planejado e controlado pela administração e que altera materialmente: a) o âmbito de um negócio empreendido por entidade.Receita Federal 2012 . b) fechamento de locais de negócios de um país ou região ou a realocação das atividades de negócios de um país ou região para outro. por exemplo. Uma provisão para custos de reestruturação deve ser reconhecida somente quando são cumpridos os critérios gerais de reconhecimento de provisões Nenhuma obrigação surge pela venda de unidade operacional até 368 . e d) reorganizações fundamentais que tenham efeito material na natureza e no foco das operações da entidade. Exemplos de eventos que podem se enquadrar na definição de reestruturação são: a) venda ou extinção de linha de negócios. Contrato oneroso Contrato oneroso é um contrato em que os custos inevitáveis de satisfazer as obrigações do contrato excedem os benefícios econômicos que se esperam sejam recebidos ao longo do mesmo contrato. a obrigação presente de acordo com o contrato deve ser reconhecida e mensurada como provisão. ou b) a maneira como o negócio é conduzido.Auditoria . Se a entidade tiver um contrato oneroso. Lucas Salvetti 10 – Aplicação de Regras de Reconhecimento e Mensuração Perda operacional futura Provisões para perdas operacionais futuras não devem ser reconhecidas.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. eliminação de um nível de gerência. para cada classe de provisão: 369 . a entidade pode mudar de idéia e. ela pode não estar comprometida com a venda até que o comprador tenha sido identificado e houver contrato firme de venda. incluindo aumentos nas provisões existentes. Mesmo quando a entidade tiver tomado a decisão de vender uma unidade operacional e anunciado publicamente essa decisão. e b) não associados às atividades em andamento da entidade. a entidade deve divulgar: a) o valor contábil no início e no fim do período. incorridos e baixados contra a provisão) durante o período. ou remanejamento da equipe 11 . quando há um contrato firme de venda. b) marketing. b) provisões adicionais feitas no período. ou c) investimento em novos sistemas e redes de distribuição. que a) necessariamente ocasionados pela reestruturação.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti que a entidade esteja comprometida com essa operação. d) valores não utilizados revertidos durante o período.Auditoria .Divulgação Para cada classe de provisão. A provisão para reestruturação desembolsos diretos decorrentes simultaneamente sejam: deve incluir somente os da reestruturação. A entidade deve divulgar. Até haver contrato firme de venda. e e) o aumento durante o período no valor descontado a valor presente proveniente da passagem do tempo e o efeito de qualquer mudança na taxa de desconto. de fato. ou seja. A provisão para reestruturação não inclui custos como: a) novo treinamento permanente. terá de tomar outras medidas se não puder ser encontrado comprador em termos aceitáveis. c) valores utilizados (ou seja.Receita Federal 2012 . a entidade deve divulgar. A menos que seja remota a possibilidade de ocorrer qualquer desembolso na liquidação. b) a indicação das incertezas relacionadas ao valor ou momento de ocorrência de qualquer saída. conforme tratado no item 48. e c) a possibilidade de qualquer reembolso. para cada classe de passivo contingente na data do balanço. e c) o valor de qualquer reembolso esperado. passivo contingente ou ativo contingente. quando praticável: a) a estimativa do seu efeito financeiro. com a devida justificativa. declarando o valor de qualquer ativo que tenha sido reconhecido por conta desse reembolso esperado. uma breve descrição da natureza do passivo contingente e. 370 . Em casos extremamente raros. É importante que as divulgações de ativos contingentes evitem dar indicações indevidas da probabilidade de surgirem ganhos. Sempre que necessário para fornecer informações adequadas. pode-se esperar que a divulgação de alguma ou de todas as informações exigidas pelos itens 84 a 89 prejudique seriamente a posição da entidade em uma disputa com outras partes sobre os assuntos da provisão.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. b) uma indicação das incertezas sobre o valor ou o cronograma dessas saídas. juntamente com o fato de que as informações não foram divulgadas.Auditoria . Lucas Salvetti a) uma breve descrição da natureza da obrigação e o cronograma esperado de quaisquer saídas de benefícios econômicos resultantes. mas deve divulgar a natureza geral da disputa. a entidade deve divulgar as principais premissas adotadas em relação a eventos futuros. a entidade não precisa divulgar as informações.Receita Federal 2012 . Em tais casos. Auditoria . pode haver uma saída de recursos envolvendo benefícios econômicos futuros na liquidação de: (a) obrigação presente.Receita Federal 2012 . Há obrigação possível ou obrigação presente cuja probabilidade de uma saída de recursos é remota.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. como resultado de eventos passados. uma saída de recursos. Divulgação é requerida para o passivo contingente. Lucas Salvetti Provisão e passivo contingente São caracterizados em situações nas quais. A provisão reconhecida Divulgação exigida para provisão é Nenhuma provisão reconhecida é Divulgação a exigida para passivo contingente Nenhuma é provisão reconhecida é Nenhuma o divulgação exigida é é Uma contingência passiva também é originada em casos extremamente raros nos quais há um passivo que não pode ser reconhecido porque não pode ser mensurado confiavelmente. ou (b) obrigação possível cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade. mas provavelmente não irá requerer. Há obrigação presente que provavelmente requer uma saída de recursos. Há obrigação possível ou obrigação presente que pode requerer. 371 . A entrada de A entrada de benefícios benefícios econômicos é A entrada não é econômicos é provável.Auditoria . como resultado de eventos passados.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. há um ativo possível cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade. praticamente não certa. Lucas Salvetti Ativo contingente São caracterizados em situações nas quais. praticamente certa. mas provável. O ativo não contingente é Nenhum ativo é Nenhum ativo é reconhecido reconhecido Divulgação exigida é Nenhuma divulgação exigida é 372 .Receita Federal 2012 . 3 – Responsabilidade pela avaliação da capacidade entidade de manter sua continuidade operacional. b) concluir. As demonstrações contábeis para propósitos especiais podem ou não ser elaboradas de acordo com uma estrutura de relatório financeiro para a qual o pressuposto de continuidade operacional é relevante. 1 – Objetivo. 373 . para fins gerais. pela administração. da Considerando que o pressuposto de continuidade operacional é um princípio fundamental na elaboração de demonstrações contábeis. Os objetivos do auditor são: a) obter evidência de auditoria suficiente sobre a adequação do uso. Lucas Salvetti Resolução CFC nº 1.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. sobre a existência de incerteza significativa em relação a eventos ou condições que podem levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional. a menos que a administração pretenda liquidar a entidade ou interromper as operações.Auditoria . De acordo com o pressuposto de continuidade operacional.Receita Federal 2012 . são elaboradas com base na continuidade operacional. As demonstrações contábeis.226/09: NBC TA 570 – Continuidade Operacional. ou não tenha nenhuma alternativa realista além dessas. a entidade é vista como continuando em operação em futuro previsível. do pressuposto de continuidade operacional na elaboração das demonstrações contábeis. a elaboração das demonstrações contábeis requer que a administração avalie a capacidade de continuidade operacional da entidade mesmo se a estrutura de relatório financeiro não incluir uma exigência explícita para isso. 2 – Pressuposto de continuidade operacional. baseado na evidência de auditoria obtida. e c) determinar as implicações para o relatório do auditor independente. de cumprir com os termos contratuais de indicados por 10) mudança nas condições de pagamento a fornecedores. no relatório do auditor independente. 374 . podem levantar dúvida significativa quanto ao pressuposto de continuidade operacional: Financeiro 1) patrimônio líquido negativo (passivo a descoberto). 4 – Procedimentos relacionadas.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. a ausência de qualquer referência à incerteza de continuidade operacional. 3) indicações de retirada de suporte financeiro por credores. de avaliação de risco e atividades Exemplos de eventos ou condições que. 7) atraso ou suspensão de dividendos. individual ou coletivamente. de compras a prazo para pagamento à vista. ou utilização excessiva de empréstimos de curto prazo para financiar ativos de longo prazo. 4) fluxos de caixa operacionais negativos demonstrações contábeis históricas ou prospectivas. pela administração. 6) prejuízos operacionais significativos ou deterioração significativa do valor dos ativos usados para gerar fluxos de caixa.Receita Federal 2012 . 8) incapacidade de pagar credores nas datas de vencimento.Auditoria . 2) empréstimos com prazo fixo. sem previsões realistas de renovação ou liquidação. Lucas Salvetti A responsabilidade do auditor é obter evidência de auditoria suficiente sobre a adequação do uso. 9) incapacidade empréstimo. próximos do vencimento. Como o auditor independente sofre limitações inerentes no exercício de seu trabalho. do pressuposto de continuidade operacional na elaboração e apresentação das demonstrações contábeis e expressar uma conclusão sobre se existe incerteza significativa sobre a capacidade de continuidade operacional. não pode ser considerada uma garantia da capacidade de continuidade operacional. 5) principais índices financeiros adversos. franquia.Auditoria . 5) falta de suprimentos importantes.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. no caso de perda. 2) perda de pessoal chave da administração sem reposição. 4) catástrofe não segurada ou segurada por valor inferior. Outros 1) descumprimento exigências legais. durante toda a auditoria. 375 . regulamentação ou política governamental. resultar em indenização que a entidade provavelmente não terá capacidade de saldar.Receita Federal 2012 . quando de sua ocorrência. 6) surgimento de concorrente altamente competitivo. 3) mudanças de legislação. clientes importantes. A importância desses eventos ou freqüentemente ser atenuada por outros fatores. à evidência de eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional. que supostamente afetam a entidade de maneira adversa. ou principais fornecedores. 3) perda de mercado importante. condições pode O auditor deve permanecer atento. 5 – Revisão da avaliação da administração. de exigências de capital. Obs. 4) dificuldades na manutenção de mão-de-obra. incluindo outras 2) processos legais ou regulatórios pendentes contra a entidade que podem. O auditor deve revisar a avaliação da administração sobre a capacidade de continuidade operacional. licença. Operacional 1) intenções da administração de liquidar a entidade ou interromper as operações. Lucas Salvetti 11) incapacidade de obter financiamento para o desenvolvimento de novos produtos essenciais ou outros investimentos essenciais. Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. pode impossibilitar o auditor de concluir se o uso. o auditor deve solicitar que a administração estenda o período de avaliação para pelo menos doze meses. Além de indagações à administração. cobrir menos de doze meses. Ao revisar a avaliação da administração sobre a capacidade de continuidade operacional. para suportar sua avaliação. contudo. 7 – Procedimentos adicionais de identificados eventos ou condições. auditoria quando são Se forem identificados eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional. é parte fundamental na avaliação do auditor sobre o uso. o auditor não tem a responsabilidade de aplicar nenhum outro procedimento de auditoria para identificar eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional além do período avaliado pela administração. 6 – Período administração. do pressuposto de continuidade operacional é apropriado às circunstâncias. Não é responsabilidade do auditor corrigir a falta de análise da administração. sobre a capacidade de continuidade operacional. o auditor deve cobrir o mesmo período utilizado pela administração para fazer sua avaliação.Auditoria . a partir daquela data (do balanço / demonstrações contábeis). Lucas Salvetti A avaliação elaborada pela administração. pela administração. o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para determinar se existe ou não incerteza significativa. 376 . Se a avaliação elaborada pela administração. Em algumas circunstâncias. pela administração.Receita Federal 2012 . a partir da data das demonstrações contábeis. sobre a capacidade de continuidade operacional. do pressuposto de continuidade operacional. a falta de análise detalhada da administração. posterior à avaliação elaborada pela O auditor deve indagar à administração sobre seu conhecimento de eventos ou condições posteriores ao período em que foi elaborada a avaliação da administração relacionada com dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional. Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . d) verificar se algum fato ou informação adicional foi disponibilizado desde a data em que a administração fez sua avaliação. porém com a existência de incerteza significativa. Esses procedimentos devem incluir: a) no caso em que a administração ainda não realizou uma avaliação da capacidade de continuidade operacional. 9 – Uso apropriado do pressuposto de continuidade operacional. e) solicitar representações formais da administração com relação a seus planos para ação futura e a viabilidade desses planos. solicitar que a administração faça essa avaliação. o auditor deve expressar uma conclusão se. no seu julgamento. Com base na evidência de auditoria obtida. Lucas Salvetti por meio de procedimentos adicionais de auditoria. 377 . 8 – Conclusão e relatório de auditoria. incluindo a consideração de fatores atenuantes. c) no caso em que a entidade preparou uma previsão de fluxo de caixa e a análise da previsão é um fator significativo na verificação do desfecho de eventos ou condições na avaliação dos planos da administração para a ação futura: i) avaliar a confiabilidade dos dados de suporte gerados para elaborar a previsão. e para as ii) determinar se há suporte adequado premissas utilizadas na previsão. existe incerteza significativa sobre a capacidade de continuidade operacional relacionada a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa sobre essa capacidade de continuidade operacional. se é provável que o resultado dessas ações melhore a situação e se os planos da administração são viáveis nessas circunstâncias.Auditoria . b) avaliar os planos da administração para ações futuras em relação à avaliação da continuidade operacional. porém existe incerteza significativa. do pressuposto de continuidade operacional. Lucas Salvetti Quando o auditor independente conclui que o uso do pressuposto de continuidade operacional é apropriado nas circunstâncias. elaborar demonstrações contábeis quando o uso do pressuposto de continuidade operacional é inapropriado nas circunstâncias. pela administração. ou optar por. portanto. que pode não ser capaz de realizar seus ativos e saldar seus passivos no curso normal do negócio. do pressuposto de continuidade Se as demonstrações contábeis foram elaboradas no pressuposto de continuidade operacional. a utilização desse pressuposto pela administração nas demonstrações contábeis é inapropriada. ele deve determinar se as demonstrações contábeis: a) descrevem adequadamente os principais eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional e os planos da administração para tratar desses eventos ou condições. declarando. Se a administração da entidade for requerida. e b) divulgar claramente que existe incerteza significativa relacionada a eventos ou condições que podem levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional e. 10 – Uso inapropriado operacional. Se for feita divulgação adequada nas demonstrações contábeis. no seu relatório.Auditoria . Se não for feita divulgação adequada nas demonstrações contábeis. o auditor deve expressar uma opinião sem ressalvas e incluir um parágrafo de ênfase em seu relatório.Receita Federal 2012 . o auditor deve expressar uma opinião com ressalva ou adversa.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. ele deve expressar opinião adversa independentemente das demonstrações contábeis incluírem ou não a divulgação da inadequação do uso. as demonstrações contábeis são elaboradas conforme uma base alternativa. O auditor pode ter condições de realizar a auditoria 378 . que há uma incerteza significativa que pode levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da entidade. mas no julgamento do auditor. porque pode não ser possível para ele obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre o uso do pressuposto de continuidade operacional na elaboração das demonstrações contábeis. Se houver atraso significativo na aprovação das demonstrações contábeis pela administração ou pelos responsáveis pela governança após a data-base das demonstrações contábeis. Lucas Salvetti dessas demonstrações contábeis. 12 – Atraso significativo na aprovação das demonstrações contábeis. O auditor pode ter condições de expressar a opinião sem ressalva sobre essas demonstrações contábeis. o auditor deve indagar as razões do atraso. 379 . 11 – Relutância da administração em elaborar ou estender sua avaliação. Em certas circunstâncias. Se a administração estiver relutante em atender a essa solicitação.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. desde que elas apresentem divulgação adequada. Se o auditor acredita que o atraso pode estar relacionado a eventos ou condições relacionados com a avaliação da continuidade operacional. pode ser apropriada uma opinião com ressalva ou a abstenção de opinião no relatório do auditor independente. o auditor pode achar necessário solicitar que a administração elabore ou estenda sua avaliação.Auditoria . desde que o auditor determine que a base alternativa é uma estrutura de relatório financeiro aceitável naquelas circunstâncias. o auditor deve executar procedimentos adicionais de auditoria necessários. uma vez que pode tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado.Auditoria . Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis.Receita Federal 2012 . Resolução: A contingência ativa só deve ser reconhecida quando for praticamente certa a sua ocorrência (e não provável. não há no que se falar em alteração de opinião por parte do auditor. provável e estimada. o auditor deve emitir um parecer a) sem ressalva. d) com negativa de opinião.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e) com abstenção de opinião. então o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento é adequado". que uma contingência ativa. (ESAF / Analista Técnico SUSEP / 2010) O auditor independente constatou. se não ocorreu infringência. Nesse caso. b) com ressalva. quando a realização do ganho é praticamente certa. Assim podemos afirmar que o auditor deve 380 . Tal previsão consta no item 33 da NBC TG 25. a empresa auditada acerta ao não efetuar o registro nos seus livros contábeis (devendo efetuar apenas a sua divugalção. durante seus trabalhos de campo. portanto. Lucas Salvetti CAPÍTULO EXTRA – EXERCÍCIOS 01. devem os escritórios de advocacia ou advogados da entidade auditada classificar o sucesso das causas em remoto. ora transcrito: "33. Porém. possível ou provável. como consta no item 34 da NBC TG 25). 02. o que torna a alternativa A o gabarito da questão. Portanto. em discussão jurídica. não constava nos registros contábeis da entidade auditada. devendo emitir uma opinião sem modificação (sem ressalva). como afirma o enunciado). (ESAF / AFTE-RN / 2005) Para reconhecimento dos passivos tributários. c) adverso. e) solicitar o registro contábil de provisão para processos com classificação remota de perda. Sendo assim................... temos atualmente a NBC TG 25. alternativa A.zero).Auditoria ...divulga........ d) compor a provisão sem considerar os processos com provável perda judicial.. e a expectativa de perda é remota... Baseado no julgamento do advogado.....Existe(possível)... 03.......menor igual 50%...maior que 50% Ação.. mesmo com posição desfavorável à entidade. como exposto acima... contra nosso cliente é 100. nenhuma... Lucas Salvetti a) calcular a provisão reconhecendo os passivos analisando as probabilidades nos processos possíveis...... a posição do auditor é que a empresa a) contabilize o valor total da ação e adicione uma nota explicativa. de onde podemos concluir o seguinte: Possibilidade..Provável Probabilidade...Receita Federal 2012 .... c) contabilize o valor parcial da ação sem uma nota explicativa... b) contabilize o valor parcial da ação e adicione uma nota explicativa. o auditor recebeu a seguinte resposta de um dos advogados da empresa auditada: o valor da ação...Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof......... Remota.... (ESAF / AFRFB / 2002) Como resposta a uma circularização de advogados..... Resolução: No que se refere a reconhecimento de passivo (passivo contingênte). prováveis e b) não-contabilizar provisão para as autuações que estejam sendo discutidas administrativamente.(+ ... 381 .000 reais. c) não-reconhecer referidos passivos porque se assim o fizer estará reconhecendo a obrigação. o auditor deve reconhecer os passivos prováveis (aqueles que são mais prováveis que sim do que não) e divulgar os passivos contingentes (exceto se a probabilidade de ocorrer for remota)....... gabarito da questão..provisiona l-----------------------------------l Passivo Contingente l Passivo (provisão) Portanto...... 382 .Auditoria . a entidade divulga um passivo contingente. gabarito letra "D". Lucas Salvetti d) não contabilize o valor da ação e não inclua nota explicativa. Resolução: De acordo com o item 16 da NBC TG 25: "a) quando for mais provável que sim do que não que existe uma obrigação presente na data do balanço. mas o montante não puder ser razoavelmente estimado. (ESAF / AFRFB / 2000) Quando a chance de uma entidade incorrer em um passivo for provável. uma provisão deve ser reconhecida quando: a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado. b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. a menos que seja remota a possibilidade de uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos" Ou seja. e b) quando for mais provável que não existe uma obrigação presente na data do balanço. quando é remota a possibilidade de perda a empresa não precisa nem contabilizar. Portanto. e c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. nem divulgar. o auditor deverá emitir parecer: a) Com ressalva b) Restritivo c) Adverso d) Com opinião qualificada e) Com parágrafo de ênfase Resolução: De acordo com a NBC TG 25. e) não contabilize o valor da ação e adicione uma nota explicativa. a entidade deve reconhecer a provisão (se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos). 04.Receita Federal 2012 . Nesse caso. (FCC / ISS-SP / 2012) A empresa Terceserv S. Como não há prescrição do crédito tributário. Resolução: 383 . em virtude de não atender aos pronunciamentos contábeis vigentes. b) solicitar que a empresa reverta o lançamento. A previsão da utilização do parágrafo de ênfase encontra-se na NBC TA 706. C e D erradas) sendo devido a utilização do parágrafo de ênfase para salientar tal fato.Auditoria . e) ressalvar o relatório de auditoria. a empresa constituiu provisão ativa para reconhecimento do crédito. B. Opera em mercado extremamente competitivo e não há por parte da administração expectativa de obtenção de lucros nos próximos 5 anos. Tal fato não gera modificação na opinião do auditor (o que torna as alternativas A. é de tal importância. mas não pode ser estimado razoavelmente. mesmo que o valor seja irrelevante. Portanto.Receita Federal 2012 . item 5: "Parágrafo de ênfase é o parágrafo incluído no relatório de auditoria referente a um assunto apropriadamente apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que. uma vez que a empresa infringe regra contábil e fiscal.000. A empresa aposta na qualidade dos serviços prestados para superar a concorrência e começar a gerar lucro. a entidade deve efetuar a sua divulgação (mas não a sua provisão/reconhecimento). e emitir relatório de auditoria sem ressalva. uma vez que o crédito é devido. Lucas Salvetti Portanto. de acordo com o julgamento do auditor. possui prejuízos fiscais decorrentes de resultados negativos apurados nos últimos dois anos no valor de R$ 1.000. o auditor externo deve a) abster-se de emitir o relatório de auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 05.A. como o enunciado aborda um passivo que é provável. uma vez que o benefício já é devido. caso a empresa não atenda ressalvar o relatório de auditoria. que é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis". c) manter o lançamento. d) recomendar que seja apropriado parte para o resultado do período. e emitir relatório de auditoria sem ressalva ou ênfase.00. gabarito da questão alternativa E. Dessa forma. uma vez que pode tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado.Receita Federal 2012 . por isso a alternativa E não é aplicável ao caso.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e) relatar em parecer adverso os efeitos no patrimônio que o processo de descontinuidade ocasiona. gabarito da questão. de forma a divulgar os valores dos ativos e passivos por valor de realização. No entanto. (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor da empresa Encerramento S. limitando o escopo dos trabalhos pelas restrições financeiras apresentadas pela atividade. obs. d) emitir parecer sem ressalva. Traduzindo: trata-se de uma provisão de um ativo contingente. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis. 06.Auditoria . o auditor deve solicitar a empresa que adeque o seu lançamento. Porém. obteve evidências da incapacidade de continuidade da entidade. trazendo os valores dos ativos e passivos. 384 . Logo. nos próximos 6 meses. deve o auditor: a) informar. ora transcrito: "33.A. quando a realização do ganho é praticamente certa. em parágrafo de ênfase no parecer. com remota possibilidade de acontecimento. não existe expectativa (por parte da administração) de obtenção de lucro nos próximos 5 anos. b) emitir parecer com ressalva. Lucas Salvetti A questão afirma que foi feita uma provisão para reconhecimento do crédito gerado pelos resultados negativos dos últimos dois anos. A ressalva só é feita quando a distorção tiver efeito relevante e não generalizado nas demonstrações contábeis. então o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento é adequado". mas estabelecendo que a empresa apresente as demonstrações contábeis. alternativa B. a valor de realização. Vejamos o que trás o item 33 da NBC TG 25. os efeitos da situação na continuidade operacional da empresa de forma que os usuários tenham adequada informação sobre a situação. c) emitir parecer com abstenção de opinião por não conseguir determinar a posição econômica e financeira da empresa. salientando os efeitos em sua opinião caso ele não seja revertido. Sendo assim. financeiro e financeiro. o auditor constatou que a empresa estava com passivo a descoberto. de operação e financeiro.Receita Federal 2012 . em seu parecer. gabarito da questão. Esses fatos representam respectivamente indicadores: a) de operação. mencionar. o auditor deve.10. A entidade foi autuada por impostos não recolhidos. Os diretores financeiro e de produção pediram demissão. que tinha.10.1. Passivo a descoberto (patrimonio líquido negativo) é um indicador Financeiro. o auditor deve expressar uma opinião com ressalva ou adversa. 07. de operação e de outras indicações. conforme apropriado". e) financeiro. Portanto.A. de modo que os usuários tenham adequada informação sobre a mesma". Atualmente. alternativa A. estando a empresa com dificuldades para substituí-los.Auditoria .. os efeitos que tal situação pode determinar na continuidade operacional da entidade. Resolução: De acordo com o item A2 da NBC TA 570.6 a previsão de "quando constatar que há evidências de riscos na continuidade normal das atividades da entidade. 385 . Se for feita divulgação adequada nas demonstrações contábeis. b) financeiro. em parágrafo de ênfase. de acordo com a NBC TA 570. Lucas Salvetti Resolução: Na época da prova.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. sem grandes chances de sucesso em sua defesa. c) de outras indicações. temos que: "19. em seu item 11. de operação e financeiro. Se não for feita divulgação adequada nas demonstrações contábeis. (ESAF / AFRFB / 2009) No processo de análise da continuidade dos negócios da empresa Extensão S. temos que: 1. a norma vigente era a NBC T11. 20. d) financeiro. o auditor deve expressar uma opinião sem ressalvas e incluir um parágrafo de ênfase em seu relatório. financeiro e de operação. Caso a decisão vier a ser contrária à empresa. o auditor deve emitir um parágrafo de ênfase destacando tal fato. ao avaliar as demonstrações contábeis da empresa Evolution S. Lucas Salvetti 2. o auditor não deve alterar a sua opinião (ou seja. visto que há incerteza no desdobramento da causa. No entanto. deve emitir um relatório sem ressalva). a mesma entrará em processo de descontinuidade. temos que ter em mente que: 1º Se a entidade auditada efetua a divulgação adequada do fato nas demonstrações contábeis (e demais notas explicativas). sem grandes chances de sucesso de defesa é classificado em "outros indicadores". e) sem ressalva. com introdução de parágrafo de ênfase fazendo referência à nota explicativa que deve descrever detalhadamente o evento. Resolução: No que se refere aos casos de descontinuidade.A.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o fato como restritivo às c) adverso. A empresa não vem recolhendo o referido tributo há mais de 5 anos e o valor relativo a essa contingência é significativo. evidenciando demonstrações contábeis. Sendo assim. por não permitir avaliar as demonstrações contábeis. Demissão de diretores financeiros e de produção. (ESAF / Analista Técnico SUSEP / 2010) O auditor externo. identificou que a empresa está discutindo a similaridade de seus produtos com produtos de concorrentes que possuem isenção de tributação. b) com ressalva. Processo fiscal. d) sem ressalva. estando a empresa com dificuldade para substituí-los é um indicador Operacional. Dessa forma deve o auditor emitir parecer: a) negativa de opinião.. pela sua significância. A 386 . gabarito da questão é a letra "E". por não poder firmar opinião sobre as demonstrações contábeis. 08. A decisão deve ter seu mérito julgado em quatro anos.Auditoria . 3.Receita Federal 2012 . por tratar-se de um assunto que merece a atenção dos usuários das demonstrações contábeis. o que nos permite concluir que trata-se da primeira opção (abordada acima).)". 09. financeiro e operação. (ESAF / AFRE-CE / 2007) O auditor. financeiro e operação. d) financeiro. temos que: 1) Prejuízos substanciais de operação --> Indicador Financeiro 2) Perda de fornecedor essencial --> Indicador Operacional 387 . ora transcrito: "Parágrafo de ênfase é o parágrafo incluído no relatório de auditoria referente a um assunto apropriadamente apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que. Em conformidade com as Normas do Conselho Federal de Contabilidade. ao avaliar a Empresa Declínio & Expansão Ltda.. Resolução: De acordo com o item A2 da NBC TA 570. Voltando ao enunciado da questão. temos logo em seu início que "O auditor externo. o fato estava devidamente divulgado). e) financeiro.. Lucas Salvetti previsão da utilização do parágrafo de ênfase encontra-se no item 5 da NBC TA 706. operação e financeiro. ao avaliar as demonstrações contábeis da empresa Evolution S. de acordo com o julgamento do auditor.A. Portanto.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. identificou(. operação e financeiro. está claro o auditor obteve a informação do fato através das demonstrações contábeis da empresa (ou seja... b) operação. c) financeiro. esses indicadores são classificados como a) operação. sendo o gabarito da questão a alternativa E. perda de fornecedor essencial e dificuldades de manter mão-de-obra especializada na empresa. é de tal importância. operação e operação.Receita Federal 2012 . emitindo um relatório com ressalva ou adverso. 2º Se a entidade não efetua a divulação adequada do fato nas demonstrações contábeis. depara-se com três indicadores: prejuízos substanciais de operação. que é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis".Auditoria . o auditor deve alterar sua opinião (ou seja. conforme for apropriado). Lucas Salvetti 3) Dificuldades de manter mão-de-obra especializada na empresa --> Indicador Operacional Sendo assim.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o auditor poderá considerar a continuidade da empresa quando houver a evidência de normalidade pelo prazo de a) seis meses após a data das demonstrações contábeis. que exigem uma avaliação explícita da administração. o auditor deve cobrir o mesmo período utilizado pela administração para fazer sua avaliação. atenção para a diferença literal entre a norma antiga (01 ano) e a norma atual (pelo menos 12 meses) 388 . (ESAF / AFRE-MG / 2005) O auditor. por legislação ou regulamentação específica. Assim. quando do planejamento dos trabalhos deve avaliar a continuidade normal dos negócios da entidade ao analisar o risco da execução da auditoria. Resolução: De acordo com o item 13 da NBC TA 570 temos que: "13. mas não limitado a.Receita Federal 2012 . conforme exigido pela estrutura de relatório financeiro. gabarito da questão é a alternativa E.Auditoria . Por exemplo. Muitas das estruturas de relatórios financeiros. b) um ano após a data das demonstrações contábeis. obs. especificam para qual período a administração deve levar em consideração todas as informações disponíveis. caso esta determine um período mais longo". d) um ano antes da data das demonstrações contábeis. Ao revisar a avaliação da administração sobre a capacidade de continuidade operacional. no Brasil esse período é definido em pelo menos. podemos concluir que o período é de pelo menos doze meses da data do balanço (demonstrações contábeis). doze meses da data do balanço". Seguindo adiante na mesma norma. c) seis meses antes da data da emissão do parecer. 10. sendo o gabarito da questão a alternativa B. Portanto. temos em seu item A10 que: "A10. e) um ano após a data da emissão do parecer. clientes importantes. o que torna a alternativa "D" o gabarito da questão. elencado em "outros": "descumprimento de exigências de capital. e. e) outra referência. NBC T 11 . a empresa ter o passivo a descoberto (PL negativo) é um indicador financeiro. outros indicadores e um indicador operacional.Receita Federal 2012 . inferior ao que o estatuto da empresa determinava. podemos afirmar que os mesmos correspondem. teve substancial perda de mercado.Distribuição de dividendos inferior ao que o estatuto da empresa determina: De acordo com a norma vigente à época da prova. Lucas Salvetti 11. Com base nos dados apresentados e de acordo com a NBC-T 11. Resolução: 1. temos um indicador financeiro. Sendo assim. respectivamente. havia distribuído dividendos. em decorrência de um acidente ocasionado pelo uso de seu produto.Substancial perda de mercado: O item A2 da NBC TA 570 afirma que trata-se de um indicador operacional a "perda de mercado importante. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2004) O auditor.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . financeiro e de operação. 389 . inclusive as estatutárias" Semelhante previsão temos no item A2 da NBC TA 570. a indicador: a) contábil. incluindo outras exigências legais" 3.Patrimônio Líquido negativo: De acordo com a NBC TA 570. constatou que a empresa estava com seu Patrimônio Líquido negativo. outra indicação e de operação. b) de operação. 2. franquia. c) financeiro. ao avaliar a continuidade normal da entidade auditada. outra indicação e financeiro. item A2.IT 8 (Resolução CFC nº 957/03) temos em seu item 6 a classificação em outras indicações: "c. contábil e de operação. d) financeiro. ou principais fornecedores". contábil e financeiro.1) Descumprimento de exigências de capital mínimo ou de outras exigências legais ou regulamentadas. licença. Receita Federal 2012 . no seu julgamento. e) omitir do parecer de auditoria o fato para não dificultar a situação da empresa. sendo assim. tal prazo é de pelo menos (mas não limitado) a doze meses da data do balanço. sendo que. Lucas Salvetti 12. o que torna a alternativa "D" incorreta. como afirma o item 13 e A10 da NBC TA 570. o auditor deve: a) guardar sigilo dos fatos contábeis. b) avaliar os efeitos realização dos ativos. o que torna a alternativa B correta e torna a alternativa "A. no Brasil.Auditoria . o auditor deve expressar uma conclusão se. existe incerteza significativa sobre a capacidade de continuidade operacional relacionada a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa sobre essa capacidade. 390 . C e E" incorreta. d) evidenciar a normalidade das operações pelo prazo mínimo de seis meses. nas demonstrações contábeis quanto à c) limitar os procedimentos e testes para realização do trabalho na empresa. não divulgando ao público ou em nota explicativa.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Resolução: De acordo com o pressuposto de continuidade operacional. a entidade é vista como continuando em operação em futuro previsível. (ESAF / AFRFB / 2003) Na hipótese de o auditor constatar e evidenciar na análise da empresa que haja risco de continuidade. A continuidade deve ser verificada pelo auditor analisando o mesmo período utilizado pela administração para fazer sua avaliação. (ESAF / AFRFB / 2003) O auditor externo deve recusar o serviço de auditoria. de forma a serem possíveis todos os procedimentos de auditoria. integridade. a todos os relatórios. b) for independente em relação à entidade auditada. integridade.Receita Federal 2012 . integridade. o auditor externo deve atender aos seguintes princípios éticos profissionais: a) integridade. sempre que: a) possuir ações ou debêntures da entidade auditada. informações e demais demonstrações contábeis. podemos classificar esta auditoria como sendo: a) uma limitação na extensão do trabalho. A empresa disponibilizou acesso ilimitado a todas as áreas da empresa. eficiência e negligência e) eficiência. d) um trabalho de objetivo limitado. 391 . confidencialidade. eficiência. c) tiver conhecimento da atividade da entidade auditada. Lucas Salvetti CAPÍTULO 18 – Lista de exercícios Capítulo 01: 01. (ESAF / AFRFB / 2003) A ética profissional é condição para o exercício de qualquer profissão. eficiência e confidencialidade c) dependência. Assim. c) uma indeterminação na extensão do trabalho. integridade e parcialidade 02. e) uma restrição na extensão do trabalho.A. b) um trabalho de objetivo ilimitado. dados. confidencialidade e dependência b) independência.Auditoria . Na execução do trabalho de auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. contratou empresa de auditoria independente somente para emitir parecer sobre seu Balanço Patrimonial. imparcialidade e ineficiência d) confidencialidade. d) identificar e compreender as atividades da empresa. (ESAF / AFRFB / 2003) A empresa Restrição S. registros. 03. e) estiver capacitado para exercer o trabalho. que a empresa renovasse o contrato de auditoria para o próximo ano. c) ser imparcial em sua opinião. supervisionar e revisar o trabalho em todas as suas etapas. Lucas Salvetti 04. cuja única formação é administração de empresas. não é procedimento de auditoria e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. e) cometer erros não intencionais.Auditoria . b) renunciar aos trabalhos. O primeiro. d) é ético. a integridade é a qualidade na qual a confiança do usuário de seus serviços se norteia. (ESAF / Auditor Fiscal do Tesouro – RN / 2005) No controle da qualidade dos seus serviços.Receita Federal 2012 . não é procedimento de auditoria e não atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. que o parecer seria assinado por sócio do escritório de contabilidade. de modo a garantir aos usuários de seus serviços a certeza __________ de que o trabalho foi realizado de acordo com as ___________ de controle de qualidade requeridas nas circunstâncias. 05.A. c) é ético. a) planejar / razoável / normas 392 . considera-se apenas em alguns casos para emissão do parecer e não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor. o segundo. b) não é ético. respectivamente. Para isso. o auditor não pode a) questionar os fatos contabilizados. que a empresa emitisse a carta de responsabilidade da administração e o terceiro. que: a) é ético. não deve ser considerado para emissão do parecer e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. Pode-se afirmar. o auditor deverá ___________. e) não é ético. estabeleceu três procedimentos obrigatórios para emissão do parecer. (ESAF / AFTE-RN / 2005) Na ética profissional do auditor independente. d) subordinar-se a julgamento. é procedimento de auditoria e não atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. com relação aos procedimentos. (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor da empresa Negócios S. 06.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. a partir da data-base das demonstrações contábeis publicadas.Receita Federal 2012 . Essa obrigação refere-se ao: a) Programa de Avaliação dos Sistemas de Controles Internos. a partir da data de emissão do parecer de auditoria. capacidade de atendimento ao cliente e outros aspectos. de forma a evitar questionamentos relacionados à independência. e) sete anos. (ESAF / AFRFB / 2002) Os auditores independentes devem ter política definida para rotação de responsáveis técnicos. o auditor deve manter a boa guarda de toda a documentação pelo prazo de: a) três anos. Lucas Salvetti b) reestruturar / parcial / normas c) organizar / mínima / leis d) elaborar / total / regulamentações e) auditar / razoável / leis 07. d) cinco anos. b) quatro anos.Auditoria . d) Programa de Controle de Qualidade dos Trabalhos de Auditoria. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2002) Para fins de fiscalização do exercício profissional. 09. considerando aspectos como grau de independência existente. b) Programa de Acompanhamento da Continuidade Operacional da Entidade.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 393 . e) Programa de Educação Profissional Continuada. O período de atendimento de um responsável técnico a um cliente não deve ultrapassar a: a) dois anos. b) três anos. 08. c) Programa de Capacitação e Atualização de Profissionais. c) quatro anos. (ESAF / Analista de Auditoria – SERPRO / 2001) O Conselho Federal de Contabilidade determina que o auditor independente avalie permanentemente sua carteira de clientes. a partir da data-base das demonstrações contábeis. d) o controle de qualidade é inerente à qualificação profissional do auditor. tendo de compor parceria com firma de auditoria maior. a partir da data de emissão do parecer de auditoria. 10. d) cinco anos. se o auditor não possuir equipe. GABARITO CAPÍTULO 1: 1 2 3 4 5 B D A E D 6 7 8 9 10 A D D C D 394 . sendo passível de punição ética pelo Conselho Federal de Contabilidade. ficando sob sua responsabilidade os trabalhos. c) o auditor deverá de forma obrigatória constar de seu parecer a limitação da equipe técnica. e) três anos. b) terá limitação na execução de parte do trabalho.Receita Federal 2012 . e) a qualidade do trabalho fica sempre comprometida. (ESAF / AFRE-CE / 2007) O programa de controle de qualidade deve ser estabelecido de acordo com a estrutura da equipe técnica do auditor e a complexidade dos serviços. a qual confirmará sua competência para a execução do trabalho. a) não poderá aceitar o trabalho visto ser de fundamental importância à existência de estrutura técnica da equipe.Auditoria . Lucas Salvetti c) cinco anos. a partir da data de publicação das demonstrações contábeis.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. em trabalho desta natureza. assim. desde que o Conselho Regional de Contabilidade autorize formalmente. sob pena de este emitir parecer com ressalva por limitação de escopo.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . d) Podem ser divulgadas para o auditor sucessor. o sigilo deve ser mantido em diversas situações. exceto: a) na relação entre o auditor e a justiça. desde que a entidade auditada autorize previamente. o auditor deve ter acesso a todos os documentos. acionistas ou sócios da empresa auditada. b) participação direta ou indireta como sócio ou acionista da empresa auditada.Receita Federal 2012 . Assim. c) na relação entre os auditores e os órgãos fiscalizadores. (ESAF / AFRFB / 2003) Para o exercício da profissão. 02. (ESAF / AFRFB / 2000) As informações que serviram de base para o último parecer sobre demonstrações contábeis emitido pelo auditor independente que tenha sido precedido: a) Não podem ser divulgadas para o auditor sucessor. 03. Lucas Salvetti Capítulo 02: 01. e) Devem ser compulsoriamente divulgadas para o auditor sucessor. e) na relação entre os auditores. fatos e informações da empresa. b) na relação entre o auditor e a entidade auditada. sob pena de quebra de sigilo profissional. e) fixar honorários condicionados ao tipo de parecer a ser emitido. d) na relação entre o auditor e demais terceiros. independente de autorização da entidade auditada. em nenhuma circunstância. c) ser representante comercial da empresa auditada sem vínculo empregatício. (ESAF / AFRFB / 2003) É evidência de independência do auditor externo: a) parentesco com administrador. por escrito. b) Devem ser divulgadas para o auditor sucessor. 395 . conforme determinam as normas. c) Podem ser divulgadas para o auditor sucessor. d) ter sido empregado há mais de três anos da empresa auditada. d) a limitação de acesso à documentação da entidade a ser auditada. c) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual ou habitual. e) a existência de fraude ou erro nas demonstrações auditadas. auditada. (ESAF / AFRFB / 2003) Ao determinar os honorários a serem pagos. 07. a) A amplitude do trabalho desenvolvido pelo auditor interno e sua responsabilidade estão limitadas à sua área de atuação. b) o conjunto de trabalhos de auditoria e consultoria prestados. a perda de independência pode-se dar pela ocorrência dos seguintes fatos. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Em uma Auditoria Independente. c) a possibilidade de o profissional contratado poder realizar o trabalho com imparcialidade. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2001) Assinale a opção que não encontra amparo na NBC-P-3 . b) o auditor ter conhecimento suficiente sobre o negócio da empresa.Receita Federal 2012 . e) o impedimento pela empresa dos locais onde os serviços serão realizados. 06. (ESAF / AFRE-CE / 2007) É fator determinante para a recusa de um trabalho de auditoria externa a) o auditor ser importante acionista da empresa auditada. Lucas Salvetti 04.Auditoria . auditoria 05.Normas Profissionais do Auditor Interno.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. auditada. o auditor externo deve considerar: a) o tipo de parecer a ser emitido à entidade auditada. exceto: a) operações de créditos e garantias com a entidade b) relacionamentos comerciais com a entidade c) relacionamentos familiares e pessoais com a entidade d) atuação como administrador ou diretor de entidade e) recebimento dos honorários devidos pelos serviços de prestados à entidade auditada. d) a necessidade de uso de especialistas para avaliação de áreas específicas. auditada. 396 . auditada. cabe ao auditor interno prestar assessoria ao Conselho Fiscal ou aos órgãos equivalentes da entidade.Receita Federal 2012 . II. I. pode-se afirmar que: 397 . c) O dever de manter sigilo encerra-se cinco anos após terminado o vínculo empregatício ou contratual do auditor interno. o auditor interno pode apresentar os seus papéis de trabalho ao auditor independente. e) Desde que autorizado pela administração da entidade. registros e relatórios. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) É uma característica da auditoria interna: a) manter independência total da empresa. II e III estão corretas. 09.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. b) As assertivas I. II e III estão erradas. d) revisar integralmente os registros contábeis. a) As assertivas I. c) emitir parecer sobre as demonstrações financeiras. Fraude é o ato intencional de omissão praticado para manipular documentos. Lucas Salvetti b) Quando solicitado. c) As assertivas I e II estão corretas e a III está incorreta. b) ser sempre executada por profissional liberal. e) existir em todas empresas de capital aberto. 10. (ESAF / AFRFB / 2009) Com relação aos relatórios de auditoria interna. e) As assertivas I e III estão corretas e a II está incorreta. A auditoria interna deve assessorar a administração na prevenção de fraudes e erros. d) As assertivas II e III estão incorretas e a I está correta. III. A auditoria interna é independente e imparcial. d) O auditor interno pode realizar trabalhos de forma compartilhada com profissionais de outras áreas da entidade que o emprega.Auditoria . 08. (ESAF / AFTE-RN / 2005) Analise as afirmativas a seguir e assinale a opção correta. c) podem relatar parcialmente os riscos associados aos possíveis pontos a serem levantados pela auditoria externa. que permitem ao auditor interno obter provas suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações. 398 . quando houver irregularidades que requeiram ações imediatas. c) emitir relatório parcial para permitir providências imediatas. incluindo testes de observância e testes substantivos. 11. c) Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência. e) expedir relatório até o estágio de realização. inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários da Entidade. deve a) proceder à conclusão dos relatórios imediatamente. exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da Entidade. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade. a) Os procedimentos de auditoria interna são os exames. (ESAF / AFTE-RN / 2005) O auditor interno. d) somente devem ser emitidos antes do final dos trabalhos. d) concluir os trabalhos no curso do prazo planejado. b) devem estar disponíveis a qualquer administrador da empresa.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . ao constatar impropriedades e irregularidades relevantes com necessidade de providências imediatas. b) antecipar o relatório final para permitir providências rápidas. sem concluir o trabalho. b) Os testes de observância visam a obtenção de uma razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento. sem restrição. Lucas Salvetti a) podem considerar posições de interesse da administração e dos gestores. assinale a afirmação incorreta. acerca dos procedimentos da auditoria interna. sendo conduzidos aos interesses desses. 12. e) não devem ser emitidos antes do final dos trabalhos. por não possuírem informações completas.Auditoria . A ___________________ compreende os exames. a) Auditoria Independente. desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. eficácia. d) integridade do ambiente de controles internos. e) Auditoria Interna. 13. c) eficiência dos processos de produção. c) Técnica de amostragem em Auditoria.Receita Federal 2012 . b) eficiência dos sistemas de informações.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. levantamentos e comprovações. 399 . desatenção. e) economicidade dos controles internos. dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos. relevantes e úteis. Lucas Salvetti d) As informações que fundamentam os resultados da auditoria interna são denominadas de 'evidências'. bem como de transações e operações da Entidade. com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. de modo a fornecerem base sólida para as conclusões e recomendações. análises. 15. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2004) Não é função da auditoria interna avaliar a a) eficácia dos processos dos controles internos. e) O termo 'fraude' aplica-se a atos involuntários de omissão. adequação. metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade. tanto em termos físicos quanto monetários. eficiência e economicidade dos processos. d) Auditoria Externa.Auditoria . 14. b) Auditoria Governamental. fidedignas. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Preencha a lacuna com a expressão adequada. que devem ser suficientes. (ESAF / AFRFB / 2003) Assinale a assertiva correta quanto às características da auditoria interna e externa. avaliações. 16. (ESAF / Fiscal de Rendas do Município do RJ / 2010) A respeito dos objetivos da auditoria interna e da auditoria independente.404/76. d) A auditoria interna não avalia os controles internos e a auditoria externa os elabora.Receita Federal 2012 . 400 . é correto afirmar que: a) o objetivo da auditoria interna é apoiar a administração da entidade no cumprimento dos seus objetivos. conforme determina a Lei 6. c) a atuação de ambas não difere na essência uma vez que os objetivos da avaliação é sempre a contabilidade. enquanto a auditoria externa cuida de revisar os lançamentos e demonstrações contábeis. 17. e) o objetivo da auditoria interna é produzir relatórios demonstrando as falhas e deficiências dos processos administrativos e os da auditoria externa é emitir parecer sobre a execução contábil e financeira da entidade. enquanto o da auditoria independente é a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis. e a auditoria externa deve disponibilizar seus papéis de trabalho sempre que solicitados. d) a auditoria interna cuida em verificar os aspectos financeiros da entidade.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. (FEPESE / AFRE-SC / 2010)Analise a lista abaixo. e) A auditoria interna tem como objetivo a revisão das atividades da empresa continuamente e a auditoria externa é independente em todos os aspectos. Lucas Salvetti a) A auditoria interna é independente da empresa e a auditoria externa deve realizar testes nos controles internos e modificá-los quando necessário. b) A auditoria interna é obrigatória. modifica e implanta na empresa auditada. enquanto a auditoria externa se preocupa com os pareceres a respeito das demonstrações contábeis. c) A auditoria interna tem como objetivo atender à gestão da empresa e a auditoria externa atender às necessidades da diretoria da empresa.Auditoria . b) a auditoria interna se preocupa em avaliar os métodos e as técnicas utilizadas pela contabilidade. nessa ordem. Lucas Salvetti I. V.Auditoria . IV. II. Exame de conformidade. (2) auditoria contábil independente e (3) perícia contábil.Receita Federal 2012 . III. Contador devidamente registrado em órgão de classe. Profissional com qualquer formação. a) (1) I e IV (2) II e IV (3) II e V b) (1) I e VI (2) III e V (3) III e VI c) (1) II e VI (2) II e V (3) II e IV d) (1) III e VI (2) II e V (3) I e VI e) (1) III e V (2) I e IV (3) III e V GABARITO CAPÍTULO 2: 1 2 3 4 5 6 D A D E A C 7 8 9 10 11 12 C D E D C E 13 14 15 16 17 E C E A A* 401 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. VI. Investigação de fraude Assinale a alternativa que esteja associada à (1) auditoria interna. Contabilista. Litígio. Auditoria . b) o exame da adequação dos saldos de abertura do exercício anterior com os saldos de encerramento do exercício atual. continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. d) é a fase em que participa. além da equipe de auditoria. o planejamento da auditoria deve contemplar os seguintes procedimentos. b) constitui-se nos trabalhos iniciais de coleta de informações a respeito da entidade a ser auditada e dos mecanismos de controle existentes. em especial. c) não é uma fase isolada da auditoria. c) a verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício são uniformes com as adotadas no exercício anterior. e) a identificação de relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior. a área responsável pela elaboração das demonstrações contábeis.Receita Federal 2012 . d) a identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da entidade e sua situação patrimonial e financeira. 02. de alguma maneira. pela primeira vez. distorçam as Demonstrações Contábeis do exercício atual. que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior. 402 . (ESAF / Inspetor da CVM / 2010) A respeito de planejamento na realização de auditorias é correto afirmar: a) é a fase inicial dos trabalhos e deve ser concluída antes que as equipes específicas e/ou especializadas iniciem suas avaliações. na entidade. revelados ou não-revelados.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Quando for realizada uma auditoria. toda a área de gestão e governança da entidade. exceto: a) a obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do exercício não contenham representações errôneas ou inconsistentes que. e) consiste em definir as estratégias gerais e o plano de trabalho antes do início de qualquer atividade de avaliação e revisão das demonstrações. ou quando as Demonstrações Contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas por outro auditor independente. Lucas Salvetti Capítulo 03: 01. mas um processo contínuo e iterativo. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Como objetivo do Planejamento da Auditoria não se pode incluir: a) obter conhecimento das atividades da entidade.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. b) a natureza. 403 .Auditoria . b) O conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade. oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados no trabalho. b) propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro dos prazos e compromissos previamente estabelecidos. indique a opção que não representa uma consideração relevante a ser feita no planejamento do trabalho da auditoria externa. para identificar eventos e transações relevantes que afetem as Demonstrações Contábeis. (ESAF / AFRFB / 2002) O auditor deve avaliar o sistema contábil e de controles internos de uma entidade para determinar: a) a relevância. d) identificar meios para aumento dos lucros da entidade. c) assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes contidos em suas demonstrações contábeis recebam a atenção requerida. d) O uso dos trabalhos de outros especialistas e auditores internos. 05. Lucas Salvetti 03. 04. e) O conhecimento das práticas contábeis adotadas pelos fornecedores e clientes da empresa auditada e as alterações procedidas.Receita Federal 2012 . e) identificar a legislação aplicável à entidade. (ESAF / AFRFB / 2003) Entre as assertivas a seguir. a) O conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e as alterações procedidas em relação ao exercício anterior. auditores independentes. o risco de auditoria e a avaliação da aplicação dos procedimentos de auditoria. c) A natureza. a oportunidade e a extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria. a identificação de transações com partes relacionadas. o risco de detecção e a avaliação do controle de qualidade. a continuidade normal das atividades. a relevância dos saldos. as contingências e a revisão dos papéis de trabalho do auditor anterior. 07. os procedimentos contábeis adotados.Auditoria . a identificação de relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior e à revisão dos papéis de trabalho do auditor anterior. 06. e) a avaliação dos procedimentos contábeis. c) a avaliação do risco de auditoria. o ambiente de controle. os controles internos. os controles internos. os de controle e os de detecção da aplicação dos testes de auditoria. a uniformidade dos procedimentos contábeis. que foi auditada por outros profissionais no período imediatamente anterior.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. b) a análise dos saldos finais do exercício anterior. os procedimentos contábeis adotados. a revisão do parecer do auditor anterior e a identificação das principais alterações adotadas em assembleia geral. os eventos subseqüentes. a uniformidade dos procedimentos contábeis. os saldos de abertura. o auditor deve incluir no seu planejamento: a) a análise dos saldos de abertura. 404 . o sistema de informação contábil. a carta de responsabilidade da administração e a revisão do programa do auditor anterior. Lucas Salvetti c) os riscos inerentes. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Os procedimentos relacionados para compor um programa de auditoria são desenhados para: a) detectar erros e irregularidades significativas. as partes relacionadas e a revisão dos papéis de trabalho do auditor anterior. d) as estimativas contábeis. d) a identificação de eventos subseqüentes relevantes. a análise de uniformidade dos procedimentos contábeis. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando da realização de uma primeira auditoria numa entidade. as práticas contábeis. a aplicação dos procedimentos de auditoria e o risco de controle. a identificação das práticas contábeis. e) a relevância dos saldos.Receita Federal 2012 . Auditoria .Receita Federal 2012 . 09. 405 . o auditor deve explicitar que: a) as deficiências observadas têm relação direta com a elaboração das demonstrações contábeis e são suficientes para comprometer o funcionamento da entidade. e) as distorções detectadas decorreram única e exclusivamente das deficiências desse controle detectados como falhos. cosseguro (ou co-seguro). prêmio líquido e prêmio bruto. seguro. 08. avaliação e gerenciamento do risco. resseguro e a retrocessão. c) ambiente de controle. prêmio estatístico. c) o exame efetuado nos controles internos. atividade de controle. risco de crédito. prêmio puro.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. b) os assuntos comunicados estão limitados às deficiências que o auditor identificou durante a auditoria e concluiu serem de importância suficiente para comunicar aos responsáveis pela governança. informação e comunicação. risco de subscrição e risco operacional. se estenderam para além do limite destas. c) avaliar a estrutura dos controles internos. (ESAF / Analista Técnico da SUSEP / 2010) Assinale a opção que completa de forma correta a frase. embora relacionados com as demonstrações contábeis. d) coletar evidências suficientes de auditoria. e) desenvolver um plano estratégico da empresa. d) prêmio de risco. risco legal. d) os controles internos avaliados demonstram que a organização necessita desenvolver programas de governança nas áreas financeiras e contábeis. Lucas Salvetti b) proteger o auditor em caso de litígio legal. (ESAF / Inspetor CVM / 2010) Na comunicação das deficiências do controle interno. b) auto-seguro. Os 5 (cinco) elementos que formam o controle interno são: a) risco de mercado. b) segregação. determinou que a partir do mês de dezembro as funções de pagamento das compras efetuadas passarão a ser feitas pelo departamento de compras. extinguindo-se o setor de Contas a Pagar. Lucas Salvetti e) proposta. (ESAF / AFRE-MG / 2005) É objetivo do controle interno. d) as limitações de acesso físico a ativos. e) à aderência às políticas existentes. c) evidenciação.Receita Federal 2012 . (ESAF / AFTE-RN / 2005) Na avaliação do risco de auditoria. b) a salvaguarda do patrimônio da empresa. e) atribuição. 11. certificado. (ESAF / AFRE – CE / 2007) A empresa CompraVia Ltda. b) a estrutura organizacional da entidade. (ESAF / AFTE-RN / 2005) A relação custo versus benefício para a avaliação e determinação dos controles internos deve considerar que o custo dos controles internos de uma entidade: 406 . e) o sistema de aprovação e registro de transações. d) repartição. o auditor deve avaliar o ambiente de controle da entidade. endosso. apólice. d) a unificação das responsabilidades. c) o estímulo à eficiência operacional. c) os métodos de administração adotados.Auditoria .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. excetuando a) a avaliação do cumprimento do planejamento. exceto: a) a precisão e a confiabilidade dos relatórios contábeis. 12. 13. questionário de risco (perfil) e 10. Esse procedimento afeta a eficácia da medida de controle interno denominada a) confirmação. mas o auditor nunca deverá deixar de aplicá-los. a avaliação do controle interno é de fundamental importância para o auditor. o auditor deverá aplicar número maior. Lucas Salvetti a) deve ser superior aos benefícios por ele b) não deve ser inferior aos benefícios por ele c) não deve ser igual ou inferior aos benefícios por ele d) deve ser superior ou igual aos benefícios por ele e) não deve ser superior aos benefícios por ele gerados. c) suposição e presunção de que os procedimentos e métodos estabelecidos e um grau elevado de insegurança de que estes estão sendo aplicados e funcionando conforme o previsto. 407 . dispensa a aplicação de teste. 14. pois o controle interno não interfere nessa análise.Auditoria . (ESAF / AFRFB / 2003) A avaliação dos controles internos compreende: a) suposição e presunção de que os procedimentos e métodos estabelecidos e um grau razoável de segurança de que estes não estão sendo aplicados e funcionando conforme o previsto. segundo a avaliação do auditor. Desta forma. Assim sendo.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. gerados. se o controle interno for deficiente. No entanto. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Na realização dos serviços de auditoria. d) certeza e compreensão dos procedimentos e métodos estabelecidos e um grau razoável de segurança de que estes estão sendo aplicados e não funcionando conforme o previsto. e) conhecimento e compreensão dos procedimentos e métodos estabelecidos e um grau razoável de segurança de que estes estão sendo aplicados e funcionando conforme o previsto. gerados. b) empresa que apresente controle interno deficiente. pode-se afirmar que: a) há relação do controle interno com o número de testes a serem aplicados pela auditoria. gerados. 15. menor será o número de testes. b) conhecimento e compreensão dos procedimentos e métodos estabelecidos e um grau razoável de insegurança de que estes estão sendo aplicados e não estão funcionando conforme o previsto.Receita Federal 2012 . se o controle interno for eficiente. gerados. (ESAF / AFRE-MG / 2005) O risco de auditoria resulta: a) do risco inerente da atividade de auditoria. e) Diminuição do escopo de exame e redução do número de transações. d) controle. 16. e) empresa que apresente controle interno eficiente. segundo a avaliação do auditor. dispensa a aplicação de testes de auditoria. (ESAF / Fiscal de Rendas RJ / 2010) Assinale a opção falsa a respeito dos assuntos que. b) detecção. e) estrutura. independente da existência de erros ou fraudes que possam existir nos processos. 17. d) Planejamento adequado dos trabalhos de auditoria. não registrando na contabilidade dez notas fiscais. que pela própria natureza de seus trabalhos não consegue minimizar ou diminuir seus riscos. (ESAF / AFRE-CE / 2007) O sistema adquirido pela empresa Certifica S. continha um erro de parametrização interna. b) do risco do negócio de seus clientes.A. 408 .Auditoria .Receita Federal 2012 . Esse risco de auditoria é denominado risco de a) negócio. b) Revisão e supervisão dos trabalhos de auditoria realizados. depende da experiência do auditor. Lucas Salvetti c) o número de testes é puramente subjetivo. ou seja. O auditor ao realizar os testes de auditoria constata o erro. ajudam o auditor a reduzir o risco de detecção em uma auditoria. se bem equacionados. a) Formação de equipes de trabalho com pessoal preparado. d) os testes de auditoria não guardam correlação com a avaliação do controle interno da empresa. c) Aplicação do ceticismo profissional.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. c) inerência. 18. quando na fase de planejamento. b) o índice percentual associado à soma ponderada dos índices de risco inerente.Receita Federal 2012 . b) o sistema de controles internos da entidade. Lucas Salvetti c) da separação da existência de erros ou fraudes e da transparência com que estes erros ou fraudes são apresentados. deve o auditor avaliar a) a natureza e o volume das transações. (ESAF / AFRFB / 2003) O risco de controle é o risco: a) de o auditor deixar de realizar um procedimento de auditoria. (ESAF / AFTE-RN / 2005) Na avaliação do risco de auditoria. por meio de procedimentos planejados. 19. 20. d) a amplitude associada à não-cobertura das ações da empresa auditada pelos controles contábeis adotados. c) as atividades da entidade. 21. com o risco do negócio e com a relevância do cliente e sua representatividade para a empresa de auditoria. d) o sistema contábil da entidade. d) da junção do risco inerente. 409 . (ESAF / AFTE-RN / 2005) Por risco de auditoria entende-se a) a possibilidade de o auditor não conseguir concluir seus trabalhos. de detecção e de amostragem. que levará a divergências relevantes nas demonstrações contábeis. e) a possibilidade de o auditor emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas. c) a possibilidade de que o resultado da auditoria induza o auditor a concluir pela existência de irregularidades em virtude de falhas nos procedimentos de auditoria. e) da combinação da possibilidade de existência de erros graves e da ocultação dos erros.Auditoria .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. em nível específico. e) a qualidade da administração da entidade. o auditor deve considerar: a) aumento de risco inerente. d) redução de risco inerente. d) efetuar testes alternativos de controle. 22. Lucas Salvetti b) de associar a empresa a um cliente sem credibilidade e ter sua imagem confundida com a imagem do cliente.Auditoria . ele deve: a) aumentar o nível de risco inerente. b) redução de risco de controle. porque determinados procedimentos de controle do cliente mostraram-se ineficientes. e) de o auditor emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre as demonstrações contábeis e estas apresentarem uma situação enganosa ao mercado. b) estender os testes de controle. d) de que os sistemas administrativos e o auditor deixem de avaliar as demonstrações contábeis. e) aumento de risco de controle. e) aumentar o nível de testes substantivos.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando os produtos que estão sendo vendidos pela empresa auditada estão sujeitos a alterações significativas de preços. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando um auditor eleva o nível de risco de controle. 23. 410 . c) aumentar o nível de risco de detecção. c) de que os sistemas contábeis e de controle interno deixem de detectar uma distorção de saldo que poderia ser relevante. c) aumento de risco de detecção.Receita Federal 2012 . Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti GABARITO CAPÍTULO 3: 1 2 3 4 5 6 C B D E B A 7 8 9 10 11 12 D B C B D A 13 14 15 16 17 18 E E A E D E 19 20 21 22 23 A E C A E 411 .Receita Federal 2012 .Auditoria . com alta probabilidade de ocorrência de erros e/ou fraudes.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. as quais apresentam risco alto. com baixa probabilidade de ocorrência de erros e/ou fraudes. os testes de auditoria poderão ser suportados por relatórios de confirmação feitos pela administração da empresa. constatou a seguinte situação: Área 1: Baixo nível de risco. d) em decorrência da probabilidade baixa e média nos itens 1 e 2. e) nos riscos e na confiança apresentada pelos controles internos da empresa. b) deverá aplicar testes considerando grandes amostragens para todas as áreas. d) na experiência do auditor em empresas que realizam as mesmas atividades que a empresa auditada. c) somente deverá realizar testes nas áreas 2 e 3. (ESAF / Analista Técnico SUSEP / 2010) O auditor externo.Receita Federal 2012 . visto que o risco e a probabilidade de ocorrência de erros é baixa. (ESAF / Analista Técnico SUSEP / 2010) A definição. pode-se afirmar que o auditor: a) não deverá realizar testes para a área 1. c) nos conhecimentos e nas experiências dos auditores que farão os trabalhos. Com base nas conclusões acima. ao realizar os procedimentos para avaliação de três processos da empresa a ser auditada. da extensão dos testes a serem aplicados em seus procedimentos de auditoria são fundamentados: a) no volume de transações praticado pela empresa auditada. sem influência dos controles internos. pelo auditor externo. b) na carta da administração que afirma que todas as informações foram prestadas e disponibilizadas para a auditoria. Área 2: Alto nível de risco. Área 3: Alto nível de risco. Lucas Salvetti Capítulo 04: 01. com média probabilidade de ocorrência de erros e/ou fraudes. de forma padrão. 02. 412 .Auditoria . Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) os itens patrimoniais estão avaliados. (ESAF / AFRE-CE / 2007) Os testes de observância visam: a) confirmar que as normas e procedimentos da empresa estejam estabelecidos e previstos em seus manuais. b) a suposição de evidência quanto à suficiência. 03. c) evidenciar que os procedimentos estabelecidos pela empresa estão funcionando e sendo cumpridos na prática. na aplicação dos testes substantivos. d) a suposição de evidência quanto à suficiência. d) assegurar que as demonstrações contábeis sejam apresentadas a todos os usuários. (ESAF / AFRFB / 2003) O teste substantivo tem como objetivo: a) a obtenção de evidência quanto à suficiência. c) a obtenção de evidência quanto à suficiência. exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade. 04. b) a transação de fato ocorreu. não deve avaliar se a) o componente patrimonial existe em certa data.Auditoria . 413 . c) há disponibilidade das informações. (ESAF / AFTE-RN / 2005) O auditor. inexatidão e valor dos lançamentos produzidos pelo sistema contábil da entidade. e) todas as transações estão registradas. b) estabelecer normas para implantação dos controles internos na empresa. Lucas Salvetti e) deverá efetuar testes em todas as áreas. e) garantir que os administradores da empresa estejam implantando os sistemas de controles internos. conforme estabelece as normas de auditoria. exatidão e valor dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade.Receita Federal 2012 . exatidão e velocidade dos dados produzidos pelo sistema de custos da entidade. 05. exatidão e validade dos registros produzidos pelo sistema contábil da entidade. d) diminuir os testes de controle. (ESAF / AFRFB / 2000) Para verificar a existência. Lucas Salvetti e) a obtenção de evidência quanto à insuficiência. (ESAF / AFRFB / 2002) Os testes substantivos de auditoria dividem-se nas seguintes categorias: a) testes de eventos subseqüentes e testes de transações e saldos b) testes de observância e testes de circularização de saldos c) testes de amostragem estatística e procedimentos de revisão analítica d) testes de observância e testes de amostragem estatística e) testes de transações e saldos e procedimentos de revisão analítica 07. c) aumentar os testes substantivos. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando o auditor.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o compras e foi Assim. 08. o auditor independente de demonstrações contábeis aplica: a) Testes substantivos b) Testes de observância c) Testes de revisão analítica d) Testes de abrangência e) Testes de conferência de cálculos 09. afirmar que o auditor deve: a) aumentar os testes de controle. 06.Auditoria . b) diminuir os testes substantivos. efetividade e continuidade dos controles internos da entidade. pode-se AFRFB / 2002) Durante a fase de testes de auditor constatou algumas imperfeições no ciclo de necessário aumentar o nível de risco de detecção. e) manter os testes substantivos. (ESAF / observância.Receita Federal 2012 . tem como objetivo conferir detalhes 414 . de posse de algumas faturas selecionadas. (ESAF / AFRFB / 2002) O teste referente à constatação.Auditoria . Lucas Salvetti cotejando os dados de embarque com os dados da prestação de serviços efetuados por uma determinada empresa. denomina-se: a) de revisão analítica b) de observância c) substantivo d) de abrangência e) documental 11. e) de inspeção e revisão analítica. d) de confirmação e de observância. b) de revisão analítica e substantivos.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. pelo auditor.Receita Federal 2012 . este teste denomina-se: a) de revisão analítica b) substantivo c) de conferência d) abrangente e) de observância 10. 12. (ESAF / Auditor Fiscal procedimentos de auditoria permitem ao auditor obter adequadas para fundamentar contábeis auditadas. de que os orçamentos para aquisição de ativos são revisados e aprovados por um funcionário adequado. da Previdência Social / 2002) Os são um conjunto de técnicas que evidências ou provas suficientes e sua opinião sobre as demonstrações Tais procedimentos abrangem os seguintes testes: a) substantivos e de observância. c) substantivos e de cálculo. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) A determinação da amplitude dos exames necessários à obtenção dos 415 . dos documentos utilizados no processo de GABARITO CAPÍTULO 4: 1 2 3 E E C 4 5 6 C A E 7 8 9 C B B 10 11 12 B A C 416 . Lucas Salvetti elementos de convicção que sejam válidos para o todo no processo de auditoria é feita com base: a) na experiência do auditor em trabalhos executados.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . d) na quantidade de lançamentos contábeis feitos pela empresa. b) na quantidade de horas negociadas com o cliente para execução do trabalho. c) na análise de riscos de auditoria e outros elementos que dispuser. e) na observância contabilização. 03. d) observação. (ESAF / AFRFB / 2009) A empresa Agrotoxics S. d) custeio integrado. e) solicitação de informações. c) circularização. em todas as regiões do Brasil. o cálculo do índice de rotatividade dos estoques para verificar se apresentava índice correspondente às operações praticadas pela empresa. b) revisão analítica. tem seus produtos espalhados por diversos representantes. e) confronto. b) custeio ponderado.A. b) observação.Receita Federal 2012 . c) revisão analítica. Seu processo de vendas é por consignação. 417 . e) amostragem. 02. o procedimento de auditoria a ser aplicado é: a) inspeção. dentro ou fora da entidade. Lucas Salvetti Capítulo 05: 01. d) confirmação. recebendo somente após a venda.Auditoria . (ESAF / Fiscal de Rendas do Município do RJ / 2010) Para a obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação.A.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. O procedimento de auditoria que garantiria confirmar a quantidade de produtos existentes em seus representantes seria: a) inventário físico. c) investigação. Esse procedimento técnico básico corresponde a: a) inspeção. (ESAF / AFRFB / 2009) A auditoria externa realizou na empresa Avalia S. c) cálculo. caso não concorde com o saldo em aberto informado.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2008) Quando da aplicação dos testes de observância e substantivos. tem-se uma circularização: a) branca b) preta 418 . quantidades absolutas ou outros meios. numa determinada data. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando a administração de uma entidade solicita. Lucas Salvetti 04. b) acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução.a revisão analítica . A empresa estava em fase pré-operacional e agora passou a operar em plena atividade. 05. documentos e de ativos tangíveis. c) obtenção de informações junto a pessoas ou conhecedoras da transação. quocientes. com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. O procedimento técnico básico que aplicado pelo auditor constataria esse evento seria: a) ocorrência. possui prejuízos fiscais apurados nos últimos três anos.Auditoria . d) inspeção. mediante índices. b) circularização. consiste no(a): a) exame de registros.Receita Federal 2012 . 06. As projeções para os próximos cinco anos evidenciam lucros. o auditor deve considerar alguns procedimentos técnicos básicos. circunstâncias. por carta postal.tal como a define a NBC-T-11. aos seus clientes que respondam diretamente aos seus auditores independentes. (ESAF / AFRFB / 2009) A empresa Grandes Resultados S. e) inventário físico. Um deles . d) conferência comprobatórios. dentro ou fora da entidade. entidades da exatidão aritmética de documentos registros e demonstrações contábeis e outras e) verificação do comportamento de valores significativos.A. (ESAF / AFRFB / 2000) O pedido de confirmação (circularização) no qual o auditor solicita que o destinatário responda apenas se a informação está errada é usualmente denominado na atividade de auditoria independente: a) Positivo b) Em branco c) Negativo d) Em preto e) Com divergência 08.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti c) positiva d) negativa e) atestatória 07. o auditor independente utiliza.Receita Federal 2012 . principalmente. (ESAF / AFRFB / 2000) Para certificar-se que direitos de crédito efetivamente existem em determinada data.Auditoria . o procedimento de: a) conferência de cálculo dos créditos b) observação de processo de controle c) inspeção de ativos tangíveis d) confirmação junto aos devedores e) revisão analítica dos recebíveis 09. (ESAF / AFRFB / 2000) Assinale o melhor procedimento técnico de auditoria para certificar a adequação do saldo contábil da depreciação acumulada: a) Inspeção b) Observação c) Investigação e Confirmação d) Revisão Analítica e) Cálculo 419 . (ESAF / AFRFB / 2000) A confirmação. de um fornecedor que mantém estoques da empresa auditada em seu poder na data-base do balanço: a) É um procedimento que não deve ser aplicado na auditoria contábil de estoques. nos índices de empréstimos de curto e longo prazo. Esse procedimento chamase: a) inspeção b) observação c) investigação d) cálculo e) confirmação 420 . de auditoria independente das e) Deve gerar uma ressalva no parecer dos auditores e constar das notas explicativas. (ESAF / AFRFB / 2002) O teste referente à análise de movimentação e investigação de quaisquer flutuações relevantes e não usuais. 11. d) É um procedimento usual demonstrações contábeis. c) Deve obrigatoriamente ser validado com a realização de inspeção física no local. (ESAF / AFRFB / 2002) O auditor.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. por escrito. entre o exercício corrente e o exercício anterior. Lucas Salvetti 10.Receita Federal 2012 . denomina-se: a) de revisão analítica b) substantivo c) de observância d) documental e) de abrangência 12. por meio de uma listagem de dividendos. confere a exatidão dos valores de pagamentos desses. com as respectivas autorizações dadas em atas de reuniões de diretoria ou de assembléias de acionistas. b) Não pode ser aceito pelo auditor como prova de propriedade e existência do ativo.Auditoria . c) concordar parcialmente com os advogados.Auditoria . ______________ e comparabilidade. 421 . e) o saldo apresentado pela empresa no cliente. e) não concordar nem discordar dos advogados. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Em decorrência das respostas de circularização. Lucas Salvetti 13. b) a existência física do bem da empresa. existência e) facilidade.Receita Federal 2012 . de advogados internos e externos da empresa auditada. apresentação.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. individualidade d) indisponibilidade. irrelevância. sua _____________________. o auditor deve: a) concordar integralmente com os advogados. já em fase de execução. o auditor deve considerar a ______________ das informações. confiabilidade c) clareza. d) a existência de duplicatas descontadas. c) a existência física do documento gerador do fato. a) facilidade. existência. irrelevância b) disponibilidade. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) A circularização é um procedimento de auditoria que aplicado à área de contas a receber confirma: a) os cálculos efetuados pelo auditor. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica. d) discordar integralmente dos advogados. materialidade 15. contra a empresa. 14. Neste caso. materialidade. relevância. o auditor independente recebeu diversas respostas com opinião sobre a possibilidade remota de insucesso de ações de diversas naturezas. b) discordar parcialmente dos advogados. Lucas Salvetti 16. e) A forma primária de obtenção de evidência é a partir de procedimentos de auditoria executados durante o curso da auditoria. assinale a alternativa correta. a) A evidência de auditoria é mais confiável quando é obtida de fontes independentes externas à entidade. e) adequação da evidência de auditoria. (FGV / AFRE-RJ / 2010) De acordo com as normas de auditoria em vigor. a medida da qualidade da evidência de auditoria. 17. c) Resposta não recebida é quando a parte que confirma não responde ou não responde de maneira completa a uma solicitação de confirmação positiva. d) evidência de auditoria. a) A quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação dos riscos de distorção. (FGV / AFRE-RJ / 2011) Tendo em vista o que determina o Conselho Federal de Contabilidade. b) Em algumas situações. b) A qualidade é fator importante para determinar a suficiência das evidências. d) As auditorias anteriores não podem ser uma fonte de evidência segura se tiver sido executada por outra entidade de auditoria. as normas de auditoria requerem que o auditor obtenha evidência de auditoria mais persuasiva quanto menor o risco avaliado. é conhecida como: a) avaliação dos procedimentos de auditoria. Nesse sentido. 18. isto é. c) suficiência da evidência de auditoria. c) A opinião do auditor é sustentada nas evidências de auditoria. b) avaliação dos papéis de trabalho dos especialistas. e considerando a doutrina.Auditoria . Nesses casos. (ESAF / Inspetor CVM / 2010) Assinale opção falsa a respeito das evidências de auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o auditor deve evitar a execução de procedimentos alternativos de auditoria.Receita Federal 2012 . a relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta o auditor. ou a devolução de uma solicitação de 422 . a administração se recusa a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação. ser objetivo e manter postura de ceticismo profissional. das normas de auditoria e as decisões informadas requeridas ao longo de toda a auditoria não podem ser feitas sem a aplicação do conhecimento e experiência relevantes para os fatos e circunstâncias. A independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com integridade. nas decisões sobre materialidade e risco de auditoria. exige-se que o auditor seja independente da entidade sujeita a auditoria. c) No caso de trabalho de auditoria ser de interesse público e. conforme visto no item anterior. a evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas ou informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas a indagações a serem usadas como evidências de auditoria. e) As confirmações negativas fornecem evidência de auditoria mais persuasiva que as confirmações positivas. para um destinatário não localizado). portanto. Lucas Salvetti confirmação não entregue (devolução pelo correio. a) O julgamento profissional é essencial para a condução apropriada da auditoria. 19. ou para confirmar a ausência de certas condições como um "acordo paralelo" (side letter). Não se recomenda. 423 .Receita Federal 2012 .Auditoria . O Código de Ética Profissional do Contabilista e as normas profissionais descrevem a independência como abrangendo postura mental independente e independência na aparência. exigido pelo Código de Ética Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do CFC. por exemplo. contratos ou transações entre a entidade e outras partes.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) Os procedimentos de confirmação externa são frequentemente usados para confirmar ou solicitar informações relativas a saldos contábeis e seus elementos. A independência do auditor frente à entidade salvaguarda a capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem ser afetado por influências que poderiam comprometer essa opinião. O julgamento profissional não é necessário. por exemplo. o uso para confirmar os termos de acordos. assinale a alternativa correta. em particular. Isso porque a interpretação das exigências éticas e profissionais relevantes. (FGV / AFRE-RJ / 2011) Em consonância com o Conselho Federal de Contabilidade. contudo. b) O ceticismo profissional não inclui estar alerta. que institua um ambiente seguro para as respostas recebidas eletronicamente. pode reduzir esses riscos. na data. o auditor não pode solicitar a essa parte que envie uma nova resposta por escrito diretamente a ele. por si só. por fax ou correio eletrônico. A adequação é a medida da quantidade de evidência de auditoria. porque a parte que confirma endereçou a resposta incorretamente para a entidade ao invés de encaminhar para o auditor). do relatório. menos evidência pode ser necessária). para os quais a firma determinou a necessidade de revisão do controle de qualidade do trabalho. A obtenção de mais evidência de auditoria. e) Revisão do controle de qualidade do trabalho é o processo projetado para fornecer uma avaliação objetiva. Lucas Salvetti d) A suficiência e adequação das evidências de auditoria estão interrelacionadas. pode não compensar a sua má qualidade. envolvem riscos relacionados à confiabilidade.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. assinale a alternativa correta. maior a probabilidade de que seja necessária mais evidência de auditoria) e também pela qualidade de tais evidências de auditoria (quanto melhor a qualidade. 20. dos julgamentos relevantes feitos pela equipe do trabalho e das conclusões obtidas ao elaborar o relatório. b) As respostas recebidas eletronicamente. c) Uma resposta verbal a uma solicitação de confirmação. d) Quando a resposta não for recebida. A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte e sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que são obtidas. A quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação pelo auditor dos riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos avaliados.Auditoria . O processo de revisão do controle de qualidade do trabalho não é elaborado para auditoria de demonstrações contábeis de companhias abertas e os outros trabalhos.Receita Federal 2012 . Um processo usado pelo auditor e a parte que confirma. podendo ser difícil estabelecer a prova de origem e autoridade da parte que confirma e a identificação de alterações. (FGV / AFRE-RJ / 2011) Com base nas disposições do Conselho Federal de Contabilidade. porém. ou antes. se houver. por exemplo. os seguintes procedimentos alternativos de auditoria podem ser executados: observar saldos de 424 . se enquadra na definição de confirmação externa. a) Quando uma resposta foi enviada ao auditor indiretamente (por exemplo. uma deficiência.Receita Federal 2012 . Por exemplo. em conjunto com a administração. d) não deve atestar a integridade das informações contábeis. 425 . tendo aplicado os procedimentos de auditoria. Lucas Salvetti contas a pagar. (FCC / ISS SP / 2012) O aumento no uso de procedimentos substantivos no processo de auditoria para confirmação dos saldos do contas a receber da empresa Financia S. documentação de embarque e vendas próximas ao final do período. também.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. atestar que todos os processos. no controle interno da entidade sobre o processo de encerramento e elaboração de demonstrações contábeis. o auditor deve avaliar se essa distorção é indicativa de fraude. atestar a integridade da informação. a exatidão das demonstrações contábeis. mensuração ou erros de transcrição nos procedimentos de confirmação externa. ou deficiências. 22. Quando uma distorção é identificada. b) não pode ter certeza da integridade da informação. examinar recebimentos subsequentes específicos. mas não pode se eximir de certificar. e) deve. o auditor pode concluir que diferenças nas respostas à solicitação de confirmação são decorrentes de época. ter a certeza da integridade da informação atestando todas as demonstrações contábeis exigidas em seu parecer de auditoria. c) pode. após ter executado todos os testes. (FCC / ISS SP / 2012) No processo de Auditoria. enquanto não obtiver uma carta da administração atestando as demonstrações em conjunto. por meio de seu relatório. riscos e possibilidades de fraudes foram avaliadas e ter a certeza da integridade da informação. embora tenha executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que todas as informações relevantes foram obtidas. e) As exceções observadas em respostas a solicitações de confirmação podem indicar distorções ou possíveis distorções nas demonstrações contábeis. As exceções podem fornecer um guia para a qualidade das respostas de partes que confirmam similares ou para contas similares. 21. o auditor a) pode.A.Auditoria . das notas explicativas e dos demais relatórios publicados pela empresa. Todas as exceções representam distorções. As exceções podem indicar. c) circularização. e) fiscalização. b) observação. por meio de dados obtidos junto a terceiros. atendendo a legislação trabalhista. e) exige a estratificação da amostra. (FCC / ISS SP / 2012) O auditor ao verificar na folha de pagamentos se as verbas pertinentes ao FGTS e INSS foram calculadas adequadamente. c) indagação. 23. 24. e) revisão por pares. b) fiscalização. c) causa uma diminuição da amostra. d) investigação. é um procedimento de auditoria denominado: a) perícia. d) não influencia no tamanho da amostra. Lucas Salvetti a) obriga que a amostra seja aleatória. GABARITO CAPÍTULO 05: 1 2 3 4 5 6 D A B D E D 7 8 9 10 11 12 C D E D A D 13 14 15 16 17 18 E B D D E C 19 20 21 22 23 24 C B B C A C 426 . b) possibilita um aumento da amostra. com os quais a entidade mantém relacionamento comercial. realiza o procedimento de cálculo e a) inspeção. d) revisão analítica.Auditoria . (FDC / ISS BH / 2012) A validação de transações ou saldos contábeis da entidade auditada.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. b) o ativo está subavaliado e o passivo está superavaliado. b) a conta de investimento reavaliação está adequada. Dessa forma pode-se afirmar que: a) a conta de reserva de reavaliação está superavaliada.A. de 100% de acréscimo. c) a conta de imposto de renda diferido está superavaliada. para contabilização de uma nova verba de horas extras a pagar.638/2007. 427 . (ESAF / AFRFB / 2009) A empresa de prestação de serviços NBA Informática S. ao realizar testes no cálculo do valor recuperável de um ativo imobilizado.000. pode-se afirmar que a conta: a) de ajuste especial no Patrimônio Líquido. No entanto. não foi feita a parametrização no sistema. identificou que a taxa utilizada para descontar o fluxo de caixa estava maior que a recomendada para aquela atividade. e) o passivo está superavaliado e o resultado está superavaliado. tem seus processos integrados sistemicamente. Lucas Salvetti Capítulo 06: 01. está subavaliada. c) o passivo está subavaliado e o resultado está subavaliado. conforme permissibilidade estabelecida pela Lei n. está subavaliada. 02. A folha de pagamentos apresentava remuneração de R$ 20.Receita Federal 2012 . realizou o estorno da Reserva de Reavaliação. e) do ativo imobilizado está subavaliada. do imobilizado. (ESAF / AFRFB / 2009) A empresa Parcial S. Dessa forma. (ESAF / Analista Técnico da SUSEP / 2010) O auditor externo. d) os saldos estão adequados sem subavaliação ou superavaliação. 03. 11. está superavaliada.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) de depreciação acumulada do imobilizado. feito pelo método do fluxo de caixa descontado. No mês de julho de 2009.A. está superavaliada. b) de despesa de depreciação.00 nessa verba. c) do ajuste especial no Resultado do Exercício. pode-se afirmar que: a) o passivo está superavaliado e o resultado está subavaliado. A folha de salários é integrada à contabilidade mensalmente.Auditoria . o contador não realizou o estorno dos impostos pertinentes à reavaliação. Dessa forma. (ESAF / AFRE-MG / 2005) Ao ser feita a análise da conta de Estoques da empresa Comercial de sapatos Ltda. o auditor deve efetuar o cut-off para: a) determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares. e) comprovar que os documentos de compras de mercadorias estão suportados por documentação suporte às necessidades da empresa. do valor referente a ICMS sobre mercadorias adquiridas. dessa conta. refletem o levantamento do inventário.. A consideração que pode ser feita sobre o processo de auditoria é que o auditor afirmará que: a) o saldo da conta encontra-se sub-avaliado em decorrência de o débito de ICMS ser um crédito de imposto da empresa. 05. c) determinar o momento em que as três últimas compras e as três últimas vendas de mercadorias ocorreram durante o inventário. Lucas Salvetti d) a conta de lucros acumulados está superavaliada. bem como os documentos com eles relacionados. sendo creditada pelo valor e a contrapartida levada a resultado em despesa de ICMS. d) a conta deve ser ajustada. o auditor identificou algumas diferenças numéricas em determinadas 428 .Receita Federal 2012 .Auditoria . nem sub-avaliado. e) a conta de resultado do exercício está subavaliada. e) o saldo da conta encontra-se super-avaliado. b) o lançamento deveria ter sido efetuado a débito de ICMS no resultado. (ESAF / AFRFB / 2002) Durante o trabalho final de auditoria. 06. 04. por tratar-se de imposto sobre mercadorias. o auditor externo depara-se com lançamento a débito. (ESAF / AFRFB / 2002) Durante o acompanhamento de um inventário físico de estoques. c) o lançamento é devido e o saldo da conta não se encontra nem super-avaliado.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. b) comprovar que efetivamente todos os itens a serem inventariados estão adequadamente acondicionados no almoxarifado da empresa. d) comprovar que os procedimentos adotados pela administração para a contagem de estoques são adequados às práticas usuais. em função do ICMS sobre mercadorias ser um direito da empresa. entre os pontos relacionados abaixo. (ESAF / AFRFB / 2002) O auditor independente. ao efetuar o teste de auditoria nos contratos de seguros. Dois dias após o encerramento dos trabalhos de auditoria. e) Diferença de 5%. e) verificar detalhadamente seguradora. 429 . Assinale. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Para determinação da suficiência de cobertura de seguros para ativo imobilizado deve-se proceder ao confronto da cobertura da apólice com o valor: a) da existência física do ativo imobilizado.Auditoria . Siderúrgica Ferro e Aço S. Lucas Salvetti áreas testadas. Apesar de ter efetuado o teste quanto à vigência das apólices. d) avaliar a real situação financeira da companhia seguradora. constatou que todas as apólices estavam em vigor conforme relatório entregue pelo contador da Cia. 07.A. o auditor não atentou em: a) verificar o grau de risco de eventual sinistro dos imobilizados. e) do Patrimônio Líquido.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) Ausência de contratos de seguros dos veículos e caminhões. b) Ausência de apropriação pro-rata temporis de receita financeira. b) avaliar o montante segurado com o valor dos imobilizados. de conciliação bancária. c) verificar as medidas preventivas tomadas pela empresa.Receita Federal 2012 . as informações fornecidas para a 08. a) Diferença de 2% no valor da depreciação anual do imobilizado. já que a cobertura de seguros não era suficiente para o sinistro ocorrido. c) total das despesas de seguros. b) das despesas antecipadas. uma explosão ocorre em uma das principais caldeiras da empresa e o auditor é convocado pelo conselho de administração do cliente para esclarecimentos. considerado imaterial. d) do saldo contábil do ativo imobilizado. c) Diferença de 5% no valor da provisão para devedores duvidosos. o de maior relevância. o auditor deve acompanhar o inventário físico executando testes de confirmação das contagens físicas e procedimentos complementares necessários. e) Análise de composição de estoques. (FCC / AFTE-PB / 2006) Em relação ao Inventário Físico de Estoques a ser realizado pelas empresas. 11. 10. Lucas Salvetti 09. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Assinale a opção que não corresponde ao fator de risco inerente em estoques. c) Margem bruta por produto ou por localidade de seus postos de vendas. 430 . c) Variação no custo-padrão é relevante. d) Análise de variação de preços de produtos entregues pelos fornecedores.Receita Federal 2012 . b) quando o valor dos estoques for expressivo em relação à posição patrimonial e financeira da empresa.Auditoria . e) Alterações nos preços unitários e taxas de desconto para clientes especiais. a) Flutuações significativas nos preços de materiais. b) Alterações significativas nos níveis de produção. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Assinale a opção em que o procedimento de revisão analítica não está associado a clientes.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) Processo de produção envolve várias etapas complexas. b) Análise do nível de devoluções e abatimentos por clientes individualmente. a) Análise de flutuações de volume ou na quantidade de vendas por produto. é responsabilidade do auditor: a) sempre acompanhar e aplicar testes que confirmem a existência física dos elementos registrados nas contas contábeis da empresa auditada. e) confirmar que os ajustes apurados no inventário físico tenham sido contabilizados. d) do custo como base do valor. d) passivo real a descoberto. Madeirense verificou a existência de várias duplicatas quitadas.Receita Federal 2012 . b) da oportunidade. c) passivo fictício. c) da materialidade. o princípio a) da entidade. (FCC / AFTE-PB / 2006) O auditor ao aplicar os testes de superavaliação ou subavaliação nas contas de Ativos e Passivos objetiva confirmar se o contador observou. b) subestimação de passivos. 12.Auditoria . mas cuja baixa não tinha sido registrada na escrituração contábil. Lucas Salvetti c) acompanhar e colaborar na execução do inventário físico. emitidas por fornecedores da companhia. d) proceder ao inventário físico. e) da prudência. apresentando as divergências para que a empresa possa realizar os ajustes e elaborar as demonstrações contábeis. sendo desobrigado de acompanhar o inventário físico em qualquer situação. (FCC / ISS SP / 2007) Nos trabalhos de auditoria externa. o profissional encarregado de revisar as contas a pagar da Cia. 13. quando a empresa for industrial elaborando os ajustes necessários nas demonstrações contábeis. 431 . Esse fato constitui um indício de a) falta de origem para suprimentos de caixa. e) passivo oculto.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. na elaboração das demonstrações contábeis. Auditoria . Lucas Salvetti GABARITO CAPÍTULO 06: 1 2 3 4 E 5 A E B D 9 10 11 12 D E B E 13 C ANULADA 6 C E 7 8 432 .Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. V. 433 o risco de . b) Somente a II é verdadeira. O auditor seleciona itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada. I. V e) V.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. amostragem.Receita Federal 2012 . ao realizar o processo de escolha da amostra. d) Todas são falsas. V b) F. os itens a seguir a respeito do uso de amostragem estatística em auditoria e assinale a opção que indica a sequência correta. Para os testes de controle. a) Somente a I é verdadeira. se verdadeiro ou falso. uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um aumento no risco identificado de distorção relevante. F 02. V c) V. V. V. a) V. c) I e III são verdadeiras. V. que estratificação é o processo de dividir a população em subpopulações. O nível de risco que o auditor está disposto a aceitar não afeta o tamanho da amostra exigido em razão da existência de outros controles a serem utilizados.Auditoria . F. V. deve considerar: I. na determinação do tamanho da amostra. II. F d) F. III. que cada item que compõe a amostra é conhecido como unidade de amostragem. cada qual contendo um grupo de unidades de amostragem com características homogêneas ou similares. F. III. Lucas Salvetti Capítulo 07: 01. (ESAF / ISS RJ / 2010) Avalie. (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor. F. F. II. IV. sem considerar os erros esperados. V. Existem outros riscos não resultantes da amostragem tais como o uso de procedimentos de auditoria não apropriados. b) divisão da população pela amostra estratifi cada. pode recorrer a técnicas de amostragem. 03. para determinar a extensão de um teste de auditoria. Lucas Salvetti e) Todas são verdadeiras.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Auditoria . (ESAF / AFRFB / 2009) No processo de amostragem o LSE Limite Superior de Erro para superavaliações é determinado pela: a) soma do erro projetado e da provisão para risco de amostragem. Qual dos fatores abaixo não corresponde a um fator a ser levado em consideração na determinação da amostra? a) tamanho da amostra b) risco de amostragem c) erro tolerável d) erro esperado e) uniformidade 06.Receita Federal 2012 . identifique a que não está relacionada à determinação da amostra a) estratificação b) tamanho c) erro tolerável d) erro esperado e) sequencia 05. do desvio das possíveis perdas amostrais. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2004) O auditor. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando da aplicação da técnica de amostragem estatística em testes substantivos. c) soma do erro estimado e da confi abilidade da amostra. d) divisão do erro total pela população escolhida. quanto menor o tamanho da amostra: 434 . e) subtração do erro total. 04. (ESAF / AFTE-RN / 2005) Das assertivas a seguir. b) a quantificação do erro tolerável será maior. reavaliar o risco de amostragem. analisar qualquer erro detectado na amostra. os procedimentos de auditoria apropriados aos seus objetivos. e) analisar qualquer erro detectado na amostra.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. projetar os erros encontrados na amostra para a população. reavaliar o risco de amostragem. (ESAF / AFRFB / 2002) Executados.Receita Federal 2012 . d) rejeição incorreta e subavaliação da confiabilidade. (ESAF / AFRFB / 2002) O risco de amostragem em auditoria nos testes de procedimentos de comprovação pode ser assim classificado: a) subavaliação e superavaliação da confiabilidade. projetar os erros encontrados na amostra para a população. d) a quantificação do erro tolerável será menor.Auditoria . analisar qualquer erro detectado na amostra. b) aceitação incorreta e superavaliação da confiabilidade. analisar qualquer erro detectado na amostra. projetar os erros encontrados na amostra para a população. c) a taxa de desvio aceitável será menor. c) superavaliação da confiabilidade e rejeição incorreta. 07. e) esta não afeta o erro tolerável nem o esperado. d) reavaliar o risco de amostragem. os resultados da amostra devem ser avaliados pelo auditor conforme a seqüência a seguir: a) projetar os erros encontrados na amostra para a população. b) reavaliar o risco de amostragem. projetar os erros encontrados na amostra para a população. 435 . 08. c) analisar qualquer erro detectado na amostra. e) rejeição incorreta e aceitação incorreta. Lucas Salvetti a) a taxa de desvio aceitável será maior. para cada item da amostra. reavaliar o risco de amostragem. b) risco de controle excede o risco de rejeição. GABARITO CAPÍTULO 07: 1 2 3 4 5 B B A E E 6 7 8 9 10 A E E C C 436 . (ESAF / AFRFB / 2002) Ao determinar o tamanho de uma amostra.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. erro tolerável e erro esperado. Lucas Salvetti 09. e) risco de detecção. tamanho da população e desvio aceitável. risco de controle e erro esperado. e) erro tolerável excede o risco de detecção.Receita Federal 2012 . (ESAF / AFRFB / 2002) O auditor deve reavaliar o risco de amostragem quando o: a) erro tolerável excede os erros da população. d) risco de amostragem. d) risco de aceitação excede o de rejeição. c) erro da população excede o erro tolerável.Auditoria . risco de amostragem e erro esperado. 10. o auditor deve considerar: a) tamanho da população. c) risco da população. erro tolerável e erro esperado. b) tamanho da população. e) pelo prazo de dois anos. (ESAF / Analista CVM / 2010) Na elaboração da documentação de auditoria (Papéis de Trabalho). aquela que não se aplica aos papéis de trabalho. d) natureza dos procedimentos de auditoria a serem executados. b) tamanho e complexidade da entidade auditada. exceto: a) importância da evidência de auditoria obtida. 03. b) pelo prazo de três anos. c) riscos identificados de distorções relevantes nas demonstrações contábeis. c) pelo prazo de cinco anos. o auditor deve levar em conta os seguintes fatores. ao conteúdo e a extensão. Indique. a partir da data de emissão do seu parecer. a partir da data de finalização da auditoria. e) volume dos recursos das transações auditadas. Lucas Salvetti Capítulo 08: 01.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 437 . (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Segundo as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis.Receita Federal 2012 . no que se refere à forma. a partir da data de finalização da auditoria. 02. d) pelo prazo de três anos. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Os papéis de trabalho são o conjunto de documentos e apontamentos com informações e provas coligidas pelo auditor e que constituem a evidência do trabalho executado e o fundamento de sua opinião. o auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a custódia dos papéis de trabalho a) pelo prazo de cinco anos. entre as seguintes afirmativas.Auditoria . a partir da data de finalização da auditoria. a partir da data de emissão do seu parecer. Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . c) Quando podem ser utilizados por mais de um período. e) aos procedimentos ligados aos testes de superavaliação.Papéis de Trabalho e Documentação de Auditoria. ao não solicitar carta de responsabilidade da administração à empresa auditada. d) às demonstrações contábeis. são classificados como 'permanentes'.Auditoria . b) aos princípios contábeis brasileiros. b) A critério do auditor independente. não estaria atendendo a) ao conteúdo dos papéis de trabalho. (ESAF / AFTE-RN / 2005) O auditor.02 . a partir da data de emissão do parecer sobre as demonstrações contábeis. 05.IT . 04. 438 . indique a que não encontra amparo na NBC T 11 . c) As cartas de responsabilidade da administração não integram o conjunto de papéis de trabalho do auditor das demonstrações contábeis. e) Podem ser padronizados ou não. (ESAF / Auditor Federal de Controle Externo / 2000) Entre as assertivas abaixo. b) Devem conter informações relativas ao planejamento da auditoria. d) Arquivos mantidos em meios ópticos ou magnéticos não podem ser classificados como papéis de trabalho. partes ou excertos dos papéis de trabalho podem ser postos à disposição da entidade auditada. a) Os papéis de trabalho devem ser guardados pelo prazo de 5 anos. d) O auditor pode usar quaisquer documentos preparados pela entidade. desde que avalie sua consistência e se satisfaça com seu conteúdo. Lucas Salvetti a) Devem ser conservados em boa guarda pelo período de cinco anos a partir da data da emissão do parecer a que serviram de fundamento. c) ao processo de emissão de parecer adequado. considerando o disposto pelo CFC. que poderá autorizar o uso das informações por terceiros quando relevantes 07. cartas de circularização. que também é responsável pela sua guarda e sigilo c) auditor. de clientes. durante e após a aplicação dos procedimentos de auditoria. (FGV / AFRE-RJ / 2008) Os papéis de trabalho constituem o conjunto de documentos e apontamentos que o auditor colige antes. e) registram as evidências do trabalho executado. que também é responsável pela sua guarda e sigilo e) auditor. c) facilitam a revisão do trabalho de auditoria. não é correto afirmar que: a) a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional. de dividendos e de participações. são exemplos de "papéis" de trabalho: cópia de contratos de financiamento. 439 . relação de fornecedores.Auditoria . de empréstimos. que deverá arquivá-lo pelo prazo de cinco anos a contar da publicação do parecer. que detém a responsabilidade pela guarda e divulgação dos mesmos b) auditor. 06. que também é responsável pela autorização de sua divulgação d) entidade auditada. d) pertencem ao auditor independente. A esse respeito. podem ser reutilizados. Assim. alguns papéis de trabalho. arquivos magnéticos. (ESAF / Auditor Federal de Controle Externo / 1999) Conforme determinação da NBC T 11.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. mapa de apuração de impostos. cópia de documentos fiscais.Receita Federal 2012 . etc. os papéis de trabalho de auditoria são de propriedade exclusiva do (da) a) entidade auditada. em especial a Resolução 1. Lucas Salvetti e) No caso de auditorias realizadas em vários períodos consecutivos. b) não é necessário nem prático documentar todas as questões de que o auditor trata.024. desde que atualizados. d) de emissão do parecer dos auditores. c) da publicação das demonstrações contábeis. e) em que o auditor finalizar os trabalhos em campo. esta deve ser emitida na data a) de encerramento das demonstrações contábeis. e) a renúncia ao trabalho. b) do término dos relatórios de revisão. 10. quando da recusa por parte da administração da empresa auditada na apresentação de cartas de declarações de responsabilidade é a) emitir parecer com ressalva ou com abstenção de opinião.Auditoria . da Carta de Responsabilidade ao auditor independente caracteriza a) limitação de escopo. realizando os trabalhos em conformidade com as normas de auditoria. b) emitir parecer sem ressalva. desde que conste explicativas.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti 08. Ao solicitar a carta de responsabilidade da administração da empresa. 440 . (ESAF / Analista Técnico SUSEP / 2006) A ação a ser praticada pelo auditor. e) emitir um parecer sem ressalva ou adverso. ao realizar auditoria na empresa Construção S.. b) impossibilidade de auditoria. d) fraude em auditoria. e não emitir nenhum parecer. das notas c) emitir um parecer com abstenção de opinião ou adverso. d) recusar os trabalhos. pela administração da empresa auditada. (ESAF / AFRE-MG / 2005) O não fornecimento.A. (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor. aplicou todos os procedimentos de auditoria necessários ao trabalho.Receita Federal 2012 . c) suspensão da auditoria. 09. Lucas Salvetti 11. b) deve aceitar o trabalho. não concordou em apresentar a carta de responsabilidade da administração. 13. 441 . b) Delimitação de responsabilidade do auditor e da administração. a) Atendimento às normas de auditoria independente. (FCC / ISS SP / 2012) A empresa Resistente S. estabelecendo a limitação de escopo e evidenciando a recusa no relatório da auditoria. 12. da carta de responsabilidade da administração. pelo auditor independente. e) Confirmação da exatidão e fidedignidade dos números. o auditor a) deve denunciar a empresa aos órgãos competentes e recusar a auditoria. ainda que exigido por lei. (ESAF / AFRFB / 2003) Dos objetivos a seguir relacionados. c) não deve aceitar o trabalho a menos que seja exigido por lei ou regulamento. em qualquer situação. (ESAF / AFRFB / 2002) Assinale a opção que não se refere ao objetivo de obtenção. d) deve ressalvar o parecer. c) Delimitar as responsabilidades do auditor e da administração. qual não corresponde aos objetivos do auditor na obtenção da Carta de Responsabilidade da Administração. d) Dar mais confiabilidade às informações verbais obtidas.Receita Federal 2012 . apresentando nota de ênfase em qualquer situação. e) não deve aceitar o trabalho. d) Esclarecimento de pontos não constantes nas demonstrações contábeis. a) Atender às normas contábeis geralmente aceitas.Auditoria .A. c) Obtenção de evidências de auditoria por escrito. Nesse caso.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e) Atender às normas de auditoria independente. b) Obter evidência auditorial por escrito. c) o conselho de administração. GABARITO CAPÍTULO 08: 1 2 3 4 5 E A D A C 6 7 8 9 10 B D C * A 11 12 13 14 A E C D 442 .Auditoria . Lucas Salvetti 14. b) a diretoria executiva. e) a diretoria financeira e a de controladoria. (FCC / ISS SP / 2012) A carta de responsabilidade da administração da empresa auditada responsabiliza a) o conselho de administração e o conselho fiscal.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) a governança e a administração. licença ou registro em órgão de classe é um dos elementos de verificação da competência do especialista. exceto: a) na avaliação do trabalho do especialista. Lucas Salvetti Capítulo 09: 01. ainda que dolosa. é correto afirmar. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Acerca da responsabilização de Auditor. c) quando o especialista for funcionário da empresa auditada. d) a responsabilidade. d) se o especialista for independente e não possuir vínculo com a empresa. é do especialista e não do auditor. mesmo que gere prejuízos à entidade auditada ou a terceiros. (ESAF / ISS RJ / 2010) A respeito do uso de especialista de outra área em auditoria. a) O Auditor Interno não pode ser responsabilizado. b) A omissão de informações nos pareceres de auditoria. o auditor não pode fazer referência ao trabalho de especialista no seu parecer. c) a certificação profissional. quanto à qualidade e propriedade das premissas e métodos utilizados. não pode gerar responsabilização.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. não cabe ao auditor revisar ou testar a fonte de dados utilizada. b) em questionar a capacidade do especialista. assinale a opção correta.Receita Federal 2012 . não enseja responsabilidade. e) em divulgar o fato em parecer sem ressalva. 02. 443 . não há responsabilidade do auditor a) em confirmar se o especialista é habilitado.Auditoria . b) na emissão de parecer sem ressalva. no desempenho de suas funções. (ESAF / AFRE-CE / 2007) Quando da utilização de serviços de especialista. 04. c) A ocorrência de informação incorreta no parecer do Auditor. desde que habilitado. e) É atribuição do auditor obter evidência adequada de que o alcance do trabalho do especialista é suficiente para os fins da auditoria. a) Contactar um outro auditor mais experiente da empresa e pedir sua presença imediata para auxiliar no acompanhamento do inventário.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.Receita Federal 2012 . a segunda pilha referia-se a alumínio de 50% de pureza. tratou logo de efetuar o cut-off das movimentações de mercadorias. quando então foi convidado para conhecer o lugar onde estavam empilhados os lingotes. Indique qual o procedimento que o auditor deveria ter efetuado para que essa dúvida fosse esclarecida. O procedimento de contagem foi efetuado como o auditor havia previsto. Lucas Salvetti d) Tendo se valido adequadamente das técnicas de auditoria. e) A utilização de serviços contábeis de um Auditor Interno pelo Auditor Independente isenta este último de qualquer responsabilidade sobre os resultados dos trabalhos. (ESAF / AFRFB / 2002) Um assistente de auditoria foi designado para acompanhar a contagem física de lingotes de alumínio nas instalações da Alumiar S/A. o Auditor Externo não pode ser responsabilizado pela ocorrência de fraudes e erros não detectados em seus trabalhos. c) é do auditor interno. e) é do auditor independente. a responsabilidade do parecer a) deve ser compartilhada com a administração da empresa. o engenheiro comunicou que a primeira pilha de lingotes referia-se a alumínio de 95% de pureza. b) deve ser compartilhada com o auditor interno. 06. foi atendido pelo engenheiro responsável e gerente de contabilidade.Auditoria . porém de forma limitada. No entanto. d) é única e exclusiva do auditor independente. Ao chegar no local. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando um auditor independente utiliza relatórios elaborados pelos auditores internos para concluir seus trabalhos nas áreas de estoques e imobilizado. se os estoques forem relevantes. 05. e a terceira 25% de pureza. Retornando ao escritório. No pátio da empresa. retornando ao seu escritório. 444 . o auditor passou a refletir: "será que aquele produto era realmente alumínio e com os percentuais de pureza que me informaram?". ele deve: a) ressalvar o parecer de auditoria.Receita Federal 2012 . b) da administração que contratou o especialista para execução do trabalho. d) efetuar testes adicionais necessários. e) Acompanhar os procedimentos de contagem e relatar que. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando o auditor independente emitir um parecer modificado em função do resultado de um trabalho de um especialista identificado em seu parecer. se o auditor independente julgar que o volume de testes não é suficiente. mesmo se contratado pela administração. b) abster-se de emitir uma opinião de auditoria. 445 . (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Ao utilizar os trabalhos já efetuados pela auditoria interna em seus testes substantivos. c) exclusiva do auditor independente. 08. por não conhecer o produto. exceto pela alteração resultante do trabalho do especialista. d) compartilhada entre o auditor e o especialista contratado pela administração.Auditoria . c) requisitar novos testes à auditoria interna. c) Retirar amostras de cada pilha de lingotes de alumínio para que sejam enviadas posteriormente para certificação por um profissional independente.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) Interromper a contagem dos lingotes de alumínio e relatar que. e) do auditor. o saldo de estoque deve ser ressalvado. a responsabilidade desse parecer é: a) compartilhada entre o auditor e o especialista contratado pelo auditor. o saldo de estoques deve ser ressalvado. 07. por não conhecer suas características. Lucas Salvetti b) Pedir ao engenheiro presente no local do inventário que emita um certificado atestando os percentuais de pureza de cada pilha. e) incluir uma nota explicativa em seu parecer. Auditoria . quando apropriado.Receita Federal 2012 . d) O zelo profissional demonstrado pelos auditores internos durante o trabalho. obrigatoriamente o auditor necessita do auxílio de um especialista de outra área. a) A objetividade da função de auditoria interna. (FGV / Fiscal da Receita Estadual do AP / 2010) De acordo com a NBC TA 620. c) A necessidade do uso do trabalho de especialistas para executar a auditoria interna. deve avaliar os aspectos relacionados nas alternativas a seguir.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o alcance e os objetivos do trabalho do especialista para fins da auditoria. sobre a natureza. 11. (FGV / AFRE-RJ / 2010) O auditor independente. o alcance e os objetivos do seu trabalho. Lucas Salvetti 09. o auditor não deve assumir o seguinte procedimento: a) determinar a natureza. aprovada pela Resolução CFC nº 1230/09. Assinale-o. Esse profissional é um: a) engenheiro b) advogado c) atuário d) médico e) administrador 10. com o especialista por ele contratado. e) A comunicação eficaz entre os auditores internos e o auditor independente. à exceção de um. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Num exame de uma entidade de previdência privada. que trata do uso do trabalho de especialistas. b) estabelecer acordo. para determinar se o trabalho dos auditores internos é adequado. b) A competência técnica dos auditores internos. devendo para tanto obter entendimento na área de especialização. por escrito. 446 . Auditoria . e) determinar a necessidade de utilizar o trabalho do especialista para obter evidências de auditoria apropriada e suficiente. incluindo a relevância e a razoabilidade das suas constatações ou conclusões e a consistência com outras evidências de auditoria. d) avaliar se o especialista possui competência.Receita Federal 2012 . em área que não seja contabilidade e auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. GABARITO CAPÍTULO 09: 1 2 4 5 A E D D 6 7 8 9 C C D C 10 11 C D 447 . habilidades e objetividade necessárias na área de contabilidade e auditoria. condição indispensável para sua contratação. Lucas Salvetti c) avaliar a adequação do trabalho do especialista. No entanto.Auditoria .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.A. inclusive como aumento de capital. 02. 03. b) durante o exercício contábil objeto da auditoria. data anterior ao evento. d) a alteração do controle societário. adquiriu a principal concorrente. e) decidir se as demonstrações devem ser ajustadas. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2004) São consideradas situações de eventos subseqüentes para a auditoria. c) a destruição de estoques ou estabelecimento em decorrência de sinistro. determinando nova data para publicação das demonstrações contábeis. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Consideram-se exemplos de transações e eventos subseqüentes. exceto a) as operações rotineiras de compra-e-venda. rever o parecer considerando o fato relevante. a firma de auditoria deve: a) manter o parecer com encerramento aos trabalhos. discutir o assunto com a administração e tomar as medidas apropriadas às circunstâncias. c) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas explicativas. e) o aporte de novos recursos. 448 . após o encerramento do balanço e a emissão do parecer pelos auditores. a empresa ainda não havia publicado suas demonstrações com o parecer. (ESAF / AFRFB / 2009) A empresa Grandes Negócios S. b) a compra de nova subsidiária ou de participação adicional relevante em investimento anterior. Lucas Salvetti Capítulo 10: 01.Receita Federal 2012 . Nessa situação. exceto fatos ocorridos: a) após a publicação do balanço e do parecer de auditoria. havidos entre a data de término do exercício social e até após a data da divulgação das demonstrações contábeis. dando b) obrigatoriamente. d) refazer o parecer considerando as novas informações. b) com abstenção de opinião. c) adverso com parágrafo de descontinuidade. mas antes da emissão de seu parecer. 449 . Lucas Salvetti c) da data de fechamento do balanço até a data de emissão do parecer. e) depois do término dos trabalhos de campo e emissão do parecer e antes da data de publicação. c) a data de assinatura do parecer de auditoria.Receita Federal 2012 .Auditoria . d) a data da carta de responsabilidade da administração. 06. (ESAF / Analista Técnico SUSEP / 2002) Após a data de fechamento. a) Circularização do saldo de contas a receber do período findo auditado. diante dessa situação. b) o último dia de serviço da equipe de campo. o auditor independente constatou que a matriz da empresa que ele audita requereu concordata. d) sem ressalva com parágrafo de ênfase. o auditor deve emitir um parecer a) com ressalva e parágrafo de ênfase. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Identifique um procedimento de auditoria para evidenciação de um evento subseqüente. 05. e) de incerteza com parágrafo de descontinuidade. A administração da empresa apresentou adequada interpretação nas demonstrações contábeis. Esse fato pode afetar a continuidade operacional de seu cliente que é dependente financeiramente da matriz. 04. e) a data de publicação das demonstrações contábeis.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) durante a publicação do balanço e do parecer de auditoria. (ESAF / AFRFB / 2002) A responsabilidade do auditor independente sobre as demonstrações contábeis é até a) a data base das demonstrações contábeis. aprovado pela Resolução 1229/09. nos mesmos jornais onde foram publicadas as demonstrações contábeis da empresa auditada. e) Teste de adições de imobilizado realizado durante o período auditado. (ESAF / Auditor Fiscal da Previdência Social / 2002) Se. c) informar aos órgãos regulamentares competentes que irá tomar medidas para informar aos usuários das demonstrações contábeis publicadas quanto ao risco identificado. o auditor tomar conhecimento de um fato que poderia modificar seu parecer e. 08. poderia ter levado a sua alteração.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e) informar aos principais acionistas da empresa que as demonstrações contábeis publicadas podem apresentar vieses para fins de tomada de decisão. c) Exame dos pagamentos realizados no período auditado. o auditor deve: a) informar à administração da empresa auditada que tomará medidas para impedir que seu parecer seja utilizado por terceiros para tomada de decisão. se após a data do seu relatório. a administração não toma as medidas necessárias para assegurar que os usuários sejam informados do fato.Utilização do Trabalho de Auditoria Interna. d) enviar uma carta aos administradores da empresa auditada. que o auditor está se abstendo do parecer de auditoria publicado. 07. informando que o trabalho de auditoria foi prejudicado e. deve: 450 . no entanto. mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis. se fosse do seu conhecimento na data do relatório. irá se manifestar a respeito desse fato. após a emissão das demonstrações contábeis de companhia aberta. tomar conhecimento de fato que. d) Exame de devoluções de vendas realizadas no período seguinte auditado. num momento futuro. o auditor. Lucas Salvetti b) Inventário físico dos saldos de abertura e final do período auditado. (FGV / Fiscal de Rendas do AP / 2010) De acordo com a NBC TA 610 . oportuno.Auditoria . b) publicar.Receita Federal 2012 . GABARITO CAPÍTULO 10: 1 2 3 4 E A B C 5 6 7 8 D D A D 451 . c) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e. b) revisar as providências tomadas pela administração divulgando-as no âmbito interno da empresa juntamente com o seu relatório para que todos sejam informados da situação. mesmo que tome conhecimento de eventos subsequentes. caso afirmativo. indagar como a administração pretende tratar do assunto nas demonstrações contábeis.Auditoria . ainda que a administração não altere as demonstrações contábeis. a seu critério.Receita Federal 2012 . d) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Lucas Salvetti a) manter o relatório sem qualquer alteração e comunicar o fato a administração para que. e) deixar de executar qualquer procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após a data do seu relatório. adote as medidas corretivas necessárias. c) exclui a responsabilidade do auditor de se manifestar sob qualquer aspecto das demonstrações. que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. devem relevantes. (ESAF / AFRFB / 2009) A empresa de Transportes S. e) extingue a responsabilidade do auditor de mencionar. qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. o auditor deve emitir sua opinião afirmando se estas representam adequadamente ou não a situação patrimonial da entidade.Capítulo 11: 01. exceto: ser observados os seguintes aspectos a) as obrigações para o período seguinte. é uma empresa que tem seus registros contábeis e procedimentos 452 . qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. Nesse parecer.A. d) não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar.Auditoria . 03.Receita Federal 2012 . b) a origem e a aplicação dos recursos para o período a que correspondem. no parecer. (ESAF / AFRFB / 2009) Na emissão de parecer com abstenção de opinião para as demonstrações contábeis de uma entidade. qualquer desvio. (ESAF / Inspetor da CVM / 2010) No parecer sobre as demonstrações contábeis. no parecer.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. independente da relevância ou materialidade. e) o resultado das operações no período. podese afirmar que: a) elimina a responsabilidade do auditor de emitir qualquer parecer devendo este comunicar à administração da empresa da suspensão dos trabalhos. b) não suprime a responsabilidade do auditor de mencionar. c) as mutações do patrimônio líquido. no parecer. d) a posição patrimonial e financeira. 02. Lucas Salvetti Lista de exercícios . c) do encerramento dos relatórios de auditoria pela firma. e) parecer com abstenção de opinião. d) do envio das demonstrações contábeis para o jornal. b) adverso. b) parecer com ressalva. Nesse caso.Auditoria . mas evidenciando em nota explicativa a e) com abstenção de opinião. exceto: a) parecer sem ressalva.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2004) A data do parecer de auditoria deverá ser a mesma data: a) do encerramento dos trabalhos de auditoria na entidade. e) das demonstrações contábeis objeto da auditoria na entidade. 06. segundo a natureza da opinião que contém. o Parecer do Auditor Independente. deve o auditor emitir parecer: a) sem abstenção de opinião. A agência estabeleceu procedimento para registro das concessões que diverge significativamente. d) sem ressalva. do procedimento estabelecido pelo Conselho Federal de Contabilidade. (ESAF / AFRFB / 2002) O fato de a administração se recusar a fornecer uma declaração que o auditor considere necessária constitui uma limitação de alcance. 04. Nessa situação. d) parecer adverso. b) da publicação das demonstrações contábeis ao público.Receita Federal 2012 . (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2008) De acordo com a NBC-T-11. Lucas Salvetti estabelecidos por agência de fiscalização. o auditor deve expressar um(a): 453 . divergência. c) com ressalva. c) parecer irregular. 05. pode ser classificado das seguintes formas. b) pelo objetivo limitado de seu trabalho.Receita Federal 2012 . d) não deve ser identificado no parecer por questões éticas. que uma contingência ativa. d) parecer de incerteza ou com abstenção de opinião. e) não deve ser identificado no parecer por questões técnicas. 08. 09. provável e estimada. durante seus trabalhos de campo. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando o auditor vier a emitir uma ressalva em decorrência do relatório de um especialista ou de suas conclusões. c) negativa de opinião ou com parágrafo de ênfase. 07.Auditoria . c) deve ser identificado no parecer para dividir as responsabilidades. e) pela limitação de escopo. e) parecer com ressalva ou com parágrafo de ênfase. b) com seu consentimento pode ser identificado no parecer. Lucas Salvetti a) parecer com ressalva ou com abstenção de opinião. e todos os procedimentos julgados necessários foram efetuados. O auditor não encontrou nenhuma restrição ao acesso de informações e registros. (ESAF / Analista Técnico da SUSEP / 2002) O auditor independente constatou. não constava nos registros contábeis da entidade auditada. b) parágrafo de ênfase ou abstenção de opinião. c) pela abstenção de outros demonstrativos. esse especialista a) deve ser identificado no parecer para suportar o motivo da ressalva. Nesse caso. d) por uma ressalva de escopo. o trabalho do auditor caracteriza-se a) pela extensão limitada de seu objetivo.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. (ESAF / AFRFB / 2002) O auditor independente foi contratado apenas para opinar sobre o balanço patrimonial da empresa "ABC". o auditor deve emitir um parecer 454 . Nesse caso. uma vez que as demonstrações foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.Receita Federal 2012 . e) com abstenção de opinião. Dessa forma. (ESAF / AFTE RN / 2005) Na constatação de evidências de riscos na continuidade normal das atividades da entidade. c) adverso. e) adverso e com parágrafo de ênfase. ressalvando que neste aspecto não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS. o auditor ao emitir seu relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis deve a) emitir um parecer adverso. (FCC / ISS SP / 2012) A empresa brasileira Torucha S.Auditoria . estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade: IFRS. c) emitir parecer sem ressalva.A. 10. evidenciando que as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. b) com ressalva. b) sem ressalva e sem parágrafo de ênfase. ressalvando que as demonstrações contábeis não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS. Lucas Salvetti a) sem ressalva. de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. usando o método de equivalência patrimonial. d) com negativa de opinião. d) sem ressalva e com parágrafo de ênfase. 11. o auditor independente deverá emitir parecer: a) com abstenção de opinião. b) elaborar parágrafo de ênfase. c) com ressalva e com parágrafo de ênfase. como essas práticas refletem os pronunciamentos do CPC − Comitê de Pronunciamentos Contábeis.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para avaliação dos investimentos em controladas. elaborou as demonstrações contábeis de 2011. consolidadas e individuais. coligadas. 455 . condicionando sua avaliação aos reflexos que o referido procedimento causaria às demonstrações contábeis. d) abster-se de emitir opinião em virtude da relevância que o procedimento causa nas demonstrações contábeis das empresas de forma geral.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. uma vez que esse procedimento é opcional. GABARITO CAPÍTULO 11: 1 2 3 A D C 4 5 6 C E A 7 8 9 B B A 10 11 12 D B A 456 . (FCC / ISS SP / 2012) A empresa exportatudo S.Auditoria . com limitação de escopo. b) avaliar o impacto e verificar se o procedimento afeta representativamente o resultado. tem em suas operações instrumentos financeiros derivativos de hedge de moeda para cobertura de sua exposição cambial. c) emitir relatório de auditoria. e) ressalvar e enfatizar. deve o auditor externo a) verificar se o procedimento está divulgado em nota explicativa e emitir relatório de auditoria sem ressalva. no relatório de auditoria. uma vez que as práticas contábeis adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS. Apesar de enquadrar-se na condição para contabilização pelo método de hedgeaccounting não o aplica. uma vez que as práticas adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS.A.Receita Federal 2012 . 12. e) emitir um relatório de auditoria. Lucas Salvetti d) abster-se de opinar em seu relatório de auditoria. ressalvando o relatório de auditoria. os efeitos que o referido procedimento causa às demonstrações financeiras auditadas. Dessa forma. (D) não deve aceitar o trabalho a menos que seja exigido por lei ou regulamento. ainda que exigido por lei. apresentando nota de ênfase em qualquer situação. não concordou em apresentar a carta de responsabilidade da administração. em qualquer situação. estabelecendo a limitação de escopo e evidenciando a recusa no relatório da auditoria. GABARITO CAPÍTULO 12: ALTERNATIVA D 457 . (C) deve aceitar o trabalho. Nesse caso.Capítulo 12: (FCC / ISS SP / 2012) A empresa Resistente S.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. o auditor (A) não deve aceitar o trabalho. (E) deve ressalvar o parecer. (B) deve denunciar a empresa aos órgãos competentes e recusar a auditoria. Lucas Salvetti Lista de exercícios .Receita Federal 2012 .Auditoria .A. ao definir a vida útil da máquina que foi introduzida em linha de produção nova. 458 . 02. constando do cálculo da folha.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. destes funcionários. pertencia a outro colaborador do departamento pessoal. c) Erro. sem anúncio prévio. b) Rever o nível e a adequação dos relatórios de gastos apresentados pela alta administração. nos próximos 5 anos. c) Executar procedimentos elaboradas pela entidade. o auditor independente pode lançar mão dos seguintes procedimentos de auditoria. fraude e erro.Auditoria . e) Buscar evidências de auditoria adicionais em fontes fora da entidade sendo auditada. levando em consideração os fatos acima narrados. O contador da empresa. O projeto foi revisto e se reestimou para 10 anos. em contas ou outras conciliações d) Testar a integridade de registros e operações processados em sistema computadorizado. (ESAF / Analista Técnico da SUSEP / 2010) O auditor interno. III. exceto: a) Visitar locais ou executar certos testes de surpresa. erro e erro. a) Fraude. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2012) Para lidar com riscos avaliados de distorção relevante decorrente de fraude. evidenciou funcionários demitidos. estabeleceu alíquota. a alíquota do IPI que deveria ser de 11%. cadastrou no sistema de faturamento.Receita Federal 2012 . sendo que a conta a ser creditado o pagamento. Assinale a opção correta. II. com o objetivo de reduzir o volume de impostos a recolher. quanto à identificação de fraudes e erros. estimando a produção de um milhão de unidades. evidencia três fatos: I. b) Erro. O departamento fiscal da empresa. com o percentual de 5%. ao realizar seus procedimentos e testes de auditoria. fraude e erro. Lucas Salvetti Lista de exercícios .Capítulo 13: 01. Ao analisar a folha de pagamentos. ao efetuar a avaliação e os testes nas contas dos itens componentes do imobilizado e de suas respectivas depreciações. (ESAF / Auditor do Tesouro Municipal de Natal SEMUT / 2008) O auditor. c) do conselho de administração. (ESAF / AFRFB / 2009) A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é: a) da administração. e) Fraude. 03.Receita Federal 2012 . Contrato efetuado entre a empresa e um de seus sócios transferindo uma máquina entregue como integralização de capital no valor de R$ 1. II. erro. b) da auditoria interna. e) do comitê de auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. erro. d) da auditoria externa. 459 . e) fraude. fato normal. fraude. d) fato normal. b) fraude.000. contabilizado em despesas financeiras e de juros. efetuando a depreciação de suas máquinas pela taxa relativa a um turno. 04. Os Juros e a variação cambial de uma máquina em processo de construção e importação. a ser usada no processo produtivo. fraude. respectivamente. erro. Assim. Ao efetuar a comparação com o valor de mercado na data da transferência.Auditoria . erro.000.000. Lucas Salvetti d) Fraude. Unidade Fabril operando em dois turnos.00. III. fraude. pode-se afirmar que as assertivas I. erro e erro.00. II e III correspondem a: a) erro. constatou-se que a máquina estava valorizada por R$ 800. constatou os seguintes fatos: I. c) erro. erro. fraude e fraude. erro. 07. e) Aplicação de práticas contábeis indevidas. Contrato vigente de prestação de serviços de manutenção em ar condicionado. c) erro. c) Manipulação. no desempenho de suas funções. O diretor financeiro da empresa comercial Betal S. d) Registro de transações sem comprovação. aquela que . constantes da folha de pagamentos e da provisão de férias reconhecendo os valores a serem recebidos.não é caracterizada como fraude. Um funcionário da Contabilidade. 06. entre as opções abaixo.A. d) fraude.à luz da interpretação do Conselho Federal de Contabilidade . (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Assinale. mas com cláusula de devolução parcial. recebendo o aluguel a vista.Receita Federal 2012 . 460 . e) normal. II. passivos ou resultados. III.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. b) fraude. O diretor financeiro juntamente com o contador determinam que seja contabilizado em Resultado de Exercícios Futuros. falsificação ou alteração de registros ou documentos. Lucas Salvetti 05. A empresa nunca possuiu este tipo de equipamento instalado em suas unidades. fraude e normal. caso seja rescindido o contrato. fraude e fraude. o auditor as classificaria como uma situação: I. (ESAF / Auditor Fiscal da Receita Estadual CE / 2007) Ao confrontar-se com as situações a seguir expostas. a) normal. fraude e erro. com três períodos de férias não gozados. normal e normal. de modo a modificar os registros de ativos. assinale a opção correta. b) Supressão ou omissão de transações nos registros contábeis.Auditoria . possui um prédio fora de operação e resolve alugá-lo por 5 anos. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2006) Acerca da responsabilização de Auditor. a) Interpretação incorreta das normas contábeis. normal e erro. Erro 461 . III. em virtude de problemas no setor de faturamento da empresa. Fraude. não enseja responsabilidade. c) A ocorrência de informação incorreta no parecer do Auditor. que tinha urgência em realizar a entrega da mercadoria a um cliente especial. Erro d) I. Erro. Erro. III. III. Fraude. respectivamente a) I. Fraude.Auditoria . II. e) A utilização de serviços contábeis de um Auditor Interno pelo Auditor Independente isenta este último de qualquer responsabilidade sobre os resultados dos trabalhos. 08. (ESAF / Analista de Controle Externo TCU / 2006) O auditor interno ao realizar o processo de avaliação das rotinas a seguir. Lucas Salvetti a) O Auditor Interno não pode ser responsabilizado. ainda que dolosa. o Auditor Externo não pode ser responsabilizado pela ocorrência de fraudes e erros não detectados em seus trabalhos. não pode gerar responsabilização. Com base nas considerações anteriores e de acordo com as definições convencionadas de fraude e erro. II. Fraude c) I. III. II. por solicitação do departamento de contabilidade. sejam baixados somente os itens existentes no sistema. Fraude. todas as vezes em que o saldo de mercadorias no sistema estiver abaixo da quantidade vendida. uma nota fiscal de compras de material de escritório. ajustou o sistema de estoques para que. mesmo que gere prejuízos à entidade auditada ou a terceiros. que o analista contábil havia guardado em sua gaveta para posterior registro. Erro.Receita Federal 2012 . não foi lançada. constata que I. Erro. o gerente de logística. podemos afirmar que houve. d) Tendo se valido adequadamente das técnicas de auditoria.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. b) A omissão de informações nos pareceres de auditoria. II. Fraude b) I. utilizou uma nota fiscal de um outro cliente que já havia recebido a mercadoria com a mesma especificação e quantidade para atender essa urgência. III. o gerente de tecnologia da informação. II. Fraude 09. Lucas Salvetti e) I. deverá submeter-se a exame de c) O auditor independente é responsável pela prevenção de fraudes nas demonstrações contábeis. III. Erro. GABARITO CAPÍTULO 13: 1 2 3 4 5 B A A E A 6 7 8 9 A D E C 462 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. b) O auditor independente competência profissional. e) O auditor independente pode utilizar os trabalhos realizados pelo auditor interno. d) O auditor independente pode utilizar os trabalhos de engenheiros legalmente habilitados.Auditoria . Fraude. (ESAF / Auditor Fiscal Natal / 2001) Assinale a afirmativa falsa. a) O auditor independente deverá comprovar a participação em programa de educação continuada. II.Receita Federal 2012 . por meio de seu relatório. tendo aplicado os procedimentos de auditoria. Lucas Salvetti Lista de exercícios . enquanto não obtiver uma carta da administração atestando as demonstrações em conjunto. após ter executado todos os testes. o auditor a) pode. embora tenha executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que todas as informações relevantes foram obtidas. atestar a integridade da informação. ter a certeza da integridade da informação atestando todas as demonstrações contábeis exigidas em seu parecer de auditoria. riscos e possibilidades de fraudes foram avaliadas e ter a certeza da integridade da informação. em conjunto com a administração. b) não pode ter certeza da integridade da informação.Auditoria .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. mas não pode se eximir de certificar.Receita Federal 2012 . atestar que todos os processos. e) deve.Capítulo 14: (FCC / ISS-SP / 2012) No processo de Auditoria. a exatidão das demonstrações contábeis. GABARITO CAPITULO 14: Alternativa B 463 . c) pode. d) não deve atestar a integridade das informações contábeis. das notas explicativas e dos demais relatórios publicados pela empresa. sendo sempre avaliadas individualmente. 02. e) se a administração da entidade auditada negar-se a ajustar as demonstrações contábeis e os procedimentos de auditoria adicionais. (ESAF / Analista Técnico da SUSEP / 2002) Para o auditor independente. c) a sua distorção influenciar em decisões econômicas ou financeiras tomadas pelos usuários. não sendo permitido considerar nos limites eventuais distorções não identificadas ou projetadas.Auditoria . 464 . se estas forem tomadas com base nas demonstrações contábeis. tendo como base de decisão o parecer da auditoria.Receita Federal 2012 .Capítulo 15: 01. c) não se devem considerar as avaliações de risco e relevância no seu conjunto. independentemente dos fatores encontrados. d) a sua omissão influenciar negativamente nas decisões tomadas com base nas demonstrações contábeis por acionistas preferenciais ou pelos membros do Conselho de Administração. b) a sua materialidade influenciar na tomada de decisões econômicas e financeiras dos usuários. d) os níveis de relevância estabelecidos no planejamento devem ser mantidos. em nenhuma hipótese.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. tendo como base de juízo o parecer da auditoria independente. uma informação é relevante quando a) sua omissão ou distorção puder influenciar nas decisões econômicas dos usuários. deve o auditor considerar os efeitos no seu parecer. pode estabelecer nível de relevância abaixo dos determinados no planejamento. durante a realização dos trabalhos. b) o auditor. Lucas Salvetti Lista de exercícios . de forma a não permitir concluir que o montante agregado das distorções seja irrelevante. (ESAF / Analista Técnico da SUSEP / 2010) Com relação aos níveis de relevância determinados em um processo de auditoria externa. é verdadeiro afirmar que: a) o processo de avaliação de relevância deve sempre considerar os níveis de risco e as distorções identificadas. Tal procedimento visa a reduzir.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. a probabilidade de que distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto possam exceder a) os riscos recomendados para as demonstrações como um todo b) os valores considerados relevantes para a emissão do parecer c) os limites estabelecidos pelas Normas aplicáveis ao caso d) a uniformidade das aplicações dos princípios contábeis e) a materialidade para as demonstrações como um todo 05. Lucas Salvetti e) a sua subjetividade e distorção influenciar nas decisões financeiras dos acionistas controladores e demais usuários. (FCC / ISS SP / 2007) II. 04. (CESGRANRIO / Contador Junior TRANSPETRO / 2011) O auditor deve atentar para que o valor ou os valores fixados anteriormente sejam inferiores ao considerado relevante para as demonstrações financeiras como um todo. de forma apropriada.Auditoria . GABARITO DO CAPITULO 15: 1 2 E A 3 4 CERTO E 465 5 C . determinado por amostragem estatística e) após avaliar o sistema contábil e de controles internos da entidade. se tomadas com base nas demonstrações contábeis. 03. Existe uma relação inversa entre o risco de auditoria e o nível estabelecido de relevância pelo auditor.Receita Federal 2012 . oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria d) em função do risco de auditoria. (ESAF / AFRFB / 1998) As normas de auditoria independente preconizam que a relevância deve ser considerada pelo auditor a) em montante que não ultrapasse 5% do ativo total da entidade auditada b) em montante que não ultrapasse 5% do resultado líquido do exercício c) na determinação da natureza. e) da administração da empresa. matemático-estatística dos b) Coerência dos procedimentos adotados nas estimativas com períodos passados. 03. percebeu que nos últimos três anos. b) determinar que a administração apresente novos procedimentos de cálculos que garantam os valores registrados. deve o auditor: a) estabelecer novos critérios para realização das estimativas pela empresa. c) ressalvar o parecer. no período.Auditoria .Receita Federal 2012 .Capítulo 16: 01. b) dos advogados. c) Acompanhamento dos resultados da companhia para planejamento fiscal. a) Análise da fundamentação procedimentos utilizados. d) do conselho de administração. (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor. Dessa forma. para permitir estimativas mais apropriadas no período. Lucas Salvetti Lista de exercícios . (ESAF / AFTE-RN / 2005) Das assertivas a seguir. 02. dimensionando os reflexos nas demonstrações contábeis. os valores provisionados ficaram distantes dos valores reais. 466 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. d) exigir que seja feita uma média ponderada das perdas dos últimos três anos. para estabelecer o valor da provisão.. e) avaliar se houve o ajuste dos procedimentos. indique aquela que não está associada com assegurar a razoabilidade das estimativas contábeis. (ESAF / Analista Técnico SUSEP / 2010) As estimativas contábeis reconhecidas nas demonstrações contábeis da empresa são de responsabilidade: a) dos auditores externos.A. ao avaliar as provisões para processos trabalhistas elaboradas pela Empresa Projeções S. c) da auditoria interna. por inadequação dos procedimentos. Auditoria . d) levar em conta se foram evidenciadas na documentação de suporte da determinação da estimativa contábil. e) testar os cálculos efetuados pela administração da entidade. c) considerar se a revisão e aprovação foram feitas em níveis apropriados da administração da entidade. Lucas Salvetti d) A conjuntura econômica econômicos esperados. b) fazer uso de estimativa independente para isentar-se da responsabilidade de avaliação da estimativa preparada pela administração.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. GABARITO CAPÍTULO 16: 1 2 E E 3 4 C B 467 . e suas projeções e os cenários e) As práticas correntes em entidades semelhantes no mesmo período. para avaliar se estão adequados às condições da entidade. (ESAF / AFTE-RN / 2005) Em relação às estimativas contábeis. pode-se afirmar que o auditor não deve a) comparar as estimativas contábeis de períodos anteriores com os resultados reais desses períodos. 04. e) com abstenção de opinião. c) adverso. contra nosso cliente é 100. Lucas Salvetti Lista de exercícios – Capítulo Extra: 01.Auditoria . 03. Baseado no julgamento do advogado. (ESAF / Analista Técnico SUSEP / 2010) O auditor independente constatou.Receita Federal 2012 . 468 . e a expectativa de perda é remota. a posição do auditor é que a empresa a) contabilize o valor total da ação e adicione uma nota explicativa. Assim podemos afirmar que o auditor deve a) calcular a provisão reconhecendo os passivos analisando as probabilidades nos processos possíveis. prováveis e b) não-contabilizar provisão para as autuações que estejam sendo discutidas administrativamente. que uma contingência ativa. o auditor deve emitir um parecer a) sem ressalva. c) não-reconhecer referidos passivos porque se assim o fizer estará reconhecendo a obrigação. b) com ressalva.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. (ESAF / AFTE-RN / 2005) Para reconhecimento dos passivos tributários. Nesse caso. d) compor a provisão sem considerar os processos com provável perda judicial.000 reais. d) com negativa de opinião. durante seus trabalhos de campo. devem os escritórios de advocacia ou advogados da entidade auditada classificar o sucesso das causas em remoto. provável e estimada. mesmo com posição desfavorável à entidade. o auditor recebeu a seguinte resposta de um dos advogados da empresa auditada: o valor da ação. não constava nos registros contábeis da entidade auditada. em discussão jurídica. e) solicitar o registro contábil de provisão para processos com classificação remota de perda. (ESAF / AFRFB / 2002) Como resposta a uma circularização de advogados. possível ou provável. 02. 000. 04. b) solicitar que a empresa reverta o lançamento. e emitir relatório de auditoria sem ressalva. e) ressalvar o relatório de auditoria. possui prejuízos fiscais decorrentes de resultados negativos apurados nos últimos dois anos no valor de R$ 1. mas o montante não puder ser razoavelmente estimado. em virtude de não atender aos pronunciamentos contábeis vigentes. Lucas Salvetti b) contabilize o valor parcial da ação e adicione uma nota explicativa. (FCC / ISS-SP / 2012) A empresa Terceserv S. Como não há prescrição do crédito tributário. d) não contabilize o valor da ação e não inclua nota explicativa. c) contabilize o valor parcial da ação sem uma nota explicativa.A. a empresa constituiu provisão ativa para reconhecimento do crédito. uma vez que o benefício já é devido. caso a empresa não atenda ressalvar o relatório de auditoria. Nesse caso.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. e) não contabilize o valor da ação e adicione uma nota explicativa. mesmo que o valor seja irrelevante.Auditoria . uma vez que a empresa infringe regra contábil e fiscal. o auditor deverá emitir parecer: a) Com ressalva b) Restritivo c) Adverso d) Com opinião qualificada e) Com parágrafo de ênfase 05.00. c) manter o lançamento. Opera em mercado extremamente competitivo e não há por parte da administração expectativa de obtenção de lucros nos próximos 5 anos. (ESAF / AFRFB / 2000) Quando a chance de uma entidade incorrer em um passivo for provável.000. 469 . d) recomendar que seja apropriado parte para o resultado do período. A empresa aposta na qualidade dos serviços prestados para superar a concorrência e começar a gerar lucro. e emitir relatório de auditoria sem ressalva ou ênfase. uma vez que o crédito é devido. o auditor externo deve a) abster-se de emitir o relatório de auditoria.Receita Federal 2012 . Caso a 470 ..Auditoria . financeiro e financeiro. o auditor constatou que a empresa estava com passivo a descoberto. d) financeiro. obteve evidências da incapacidade de continuidade da entidade. os efeitos da situação na continuidade operacional da empresa de forma que os usuários tenham adequada informação sobre a situação. Os diretores financeiro e de produção pediram demissão. 07.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. 08. trazendo os valores dos ativos e passivos. e) financeiro. de operação e de outras indicações.A. de forma a divulgar os valores dos ativos e passivos por valor de realização. b) financeiro. limitando o escopo dos trabalhos pelas restrições financeiras apresentadas pela atividade. identificou que a empresa está discutindo a similaridade de seus produtos com produtos de concorrentes que possuem isenção de tributação. deve o auditor: a) informar. nos próximos 6 meses. em parágrafo de ênfase no parecer. (ESAF / Analista Técnico SUSEP / 2010) O auditor externo. A empresa não vem recolhendo o referido tributo há mais de 5 anos e o valor relativo a essa contingência é significativo. Esses fatos representam respectivamente indicadores: a) de operação. A entidade foi autuada por impostos não recolhidos.A. sem grandes chances de sucesso em sua defesa. mas estabelecendo que a empresa apresente as demonstrações contábeis. e) relatar em parecer adverso os efeitos no patrimônio que o processo de descontinuidade ocasiona. c) de outras indicações. d) emitir parecer sem ressalva. estando a empresa com dificuldades para substituí-los. Lucas Salvetti 06.. Dessa forma. de operação e financeiro. (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor da empresa Encerramento S. a valor de realização. b) emitir parecer com ressalva. c) emitir parecer com abstenção de opinião por não conseguir determinar a posição econômica e financeira da empresa.A. ao avaliar as demonstrações contábeis da empresa Evolution S. de operação e financeiro.Receita Federal 2012 . (ESAF / AFRFB / 2009) No processo de análise da continuidade dos negócios da empresa Extensão S. financeiro e de operação. A decisão deve ter seu mérito julgado em quatro anos. perda de fornecedor essencial e dificuldades de manter mão-de-obra especializada na empresa. operação e financeiro. d) financeiro. o fato como restritivo às c) adverso. 09. a mesma entrará em processo de descontinuidade. operação e operação.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. Dessa forma deve o auditor emitir parecer: a) negativa de opinião. e) sem ressalva. b) um ano após a data das demonstrações contábeis. (ESAF / AFRE-CE / 2007) O auditor. esses indicadores são classificados como a) operação. quando do planejamento dos trabalhos deve avaliar a continuidade normal dos negócios da entidade ao analisar o risco da execução da auditoria. evidenciando demonstrações contábeis. d) um ano antes da data das demonstrações contábeis.. visto que há incerteza no desdobramento da causa. e) financeiro. por não poder firmar opinião sobre as demonstrações contábeis.Auditoria . (ESAF / AFRE-MG / 2005) O auditor. por não permitir avaliar as demonstrações contábeis. depara-se com três indicadores: prejuízos substanciais de operação. o auditor poderá considerar a continuidade da empresa quando houver a evidência de normalidade pelo prazo de a) seis meses após a data das demonstrações contábeis. b) operação. 471 . 10. ao avaliar a Empresa Declínio & Expansão Ltda. Em conformidade com as Normas do Conselho Federal de Contabilidade. Assim. d) sem ressalva.Receita Federal 2012 . financeiro e operação. financeiro e operação. operação e financeiro. c) seis meses antes da data da emissão do parecer. c) financeiro. com introdução de parágrafo de ênfase fazendo referência à nota explicativa que deve descrever detalhadamente o evento. Lucas Salvetti decisão vier a ser contrária à empresa. b) com ressalva. d) financeiro. c) financeiro. e) omitir do parecer de auditoria o fato para não dificultar a situação da empresa. 12. d) evidenciar a normalidade das operações pelo prazo mínimo de seis meses. constatou que a empresa estava com seu Patrimônio Líquido negativo. b) de operação. podemos afirmar que os mesmos correspondem. e) outra referência. a indicador: a) contábil. (ESAF / AFRFB / 2003) Na hipótese de o auditor constatar e evidenciar na análise da empresa que haja risco de continuidade. o auditor deve: a) guardar sigilo dos fatos contábeis. e. financeiro e de operação. em decorrência de um acidente ocasionado pelo uso de seu produto. inferior ao que o estatuto da empresa determinava. não divulgando ao público ou em nota explicativa. havia distribuído dividendos. (ESAF / Analista de Finanças e Controle CGU / 2004) O auditor. Com base nos dados apresentados e de acordo com a NBC-T 11. Lucas Salvetti e) um ano após a data da emissão do parecer. GABARITO CAPÍTULO EXTRA: 1 2 3 4 A A D E 5 6 7 8 B A E E 9 10 11 12 E B D D 472 .Auditoria . nas demonstrações contábeis quanto à c) limitar os procedimentos e testes para realização do trabalho na empresa. 11. contábil e financeiro. teve substancial perda de mercado. b) avaliar os efeitos realização dos ativos. contábil e de operação. outra indicação e de operação.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof. outra indicação e financeiro. ao avaliar a continuidade normal da entidade auditada. respectivamente.Receita Federal 2012 . 212/09 NBC TA 320: Resolução CFC nº 1.311/10 NBC TA 200: Resolução CFC nº 1.Receita Federal 2012 .211/09 NBC TA 315: Resolução CFC nº 1. Auditoria – Um Curso Moderno e Completo.209/09 NBC TA 265: Resolução CFC nº 1. 2010.4: Resolução CFC nº 976/03 NBC P 1.213/09 NBC TA 330: Resolução CFC nº 1.205/09 NBC TA 230: Resolução CFC nº 1.Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.203/09 NBC TA 210: Resolução CFC nº 1.214/09 NBC TA 402: Resolução CFC nº 1.Auditoria .100/07 NBC P 1.208/09 NBC TA 260: Resolução CFC nº 1.323/11 NBC PA 12: Resolução CFC nº 1. Marcelo C.109/07 NBC PA 290: Resolução CFC nº 1.215/09 NBC TA 450: Resolução CFC nº 1.216/09 473 .377/11 NBC PA 13: Resolução CFC nº 1.210/09 NBC TA 300: Resolução CFC nº 1.207/09 NBC TA 250: Resolução CFC nº 1.6: Resolução CFC nº 1. Lucas Salvetti Bibliografia ALMEIDA. Código de Ética Profissional do Contador: Resolução CFC nº 803/96 Princípios de Contabilidade: Resolução CFC nº 750/93 NBC PI 01: Resolução CFC nº 785/91 NBC TI 01: Resolução CFC nº 986/03 NBC P 1: Resolução CFC nº 821/97 NBC P 1 1.206/09 NBC TA 240: Resolução CFC nº 1.204/09 NBC TA 220: Resolução CFC nº 1.8: Resolução CFC nº 1.023/05 NBC PA 01: Resolução CFC nº 1.201/09 NBC PA 11: Resolução CFC nº 1. São Paulo: Atlas. 218/09 NBC TA 505: Resolução CFC nº 1.226/09 NBC TA 580: Resolução CFC nº 1.219/09 NBC TA 510: Resolução CFC nº 1.231/09 NBC TA 705: Resolução CFC nº 1.224/09 NBC TA 560: Resolução CFC nº 1.235/09 NBC TA 800: Resolução CFC nº 1.223/09 NBC TA 550: Resolução CFC nº 1.233/09 NBC TA 710: Resolução CFC nº 1.222/09 NBC TA 540: Resolução CFC nº 1.229/09 NBC TA 620: Resolução CFC nº 1.238/09 NBC TG 24: Resolução CFC nº 1.221/09 NBC TA 530: Resolução CFC nº 1.Receita Federal 2012 .Teoria e Questões Comentadas ESAF Autor: Prof.228/09 NBC TA 610: Resolução CFC nº 1.232/09 NBC TA 706: Resolução CFC nº 1.234/09 NBC TA 720: Resolução CFC nº 1.180/09 474 .184/09 NBC TG 25: Resolução CFC nº 1.230/09 NBC TA 700: Resolução CFC nº 1.217/09 NBC TA 501: Resolução CFC nº 1.Auditoria . Lucas Salvetti NBC TA 500: Resolução CFC nº 1.220/09 NBC TA 520: Resolução CFC nº 1.236/09 NBC TA 805: Resolução CFC nº 1.227/09 NBC TA 600: Resolução CFC nº 1.237/09 NBC TA 810: Resolução CFC nº 1.225/09 NBC TA 570: Resolução CFC nº 1.