Atuação Da Enfermagem Em Urgências e Emergências _ EGov UFSC

April 2, 2018 | Author: Adaiele Elvis | Category: Nursing, First Aid, Wellness, Philosophical Science, Science


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29/10/2014Atuação da enfermagem em urgências e emergências | eGov UFSC Portal de e-governo, inclusão digital e sociedade do conhecimento Home Projetos Linhas de Pesquisa Publicações Buscar Faça seu Login Ações/eventos Disciplinas Grupos/parcerias Participe/publique Início » Atuação da enfermagem em urgências e emergências Seleccionar idioma ​ ▼ Colabore com o portal publicando artigos de sua autoria. Atuação da enfermagem em urgências e emergências Por Jeison- Postado em 10 dezembro 2012 Autores: ROCHA, Elivania Costa de Almeida. RESUMO: Buscou-se com este trabalho abordar a importância da atuação da enfermagem nas urgências e emergências hospitalares, pois mostra que os princípios da atenção hospitalar às vítimas de acidentes e violências reúne de forma complexa a estrutura física, a disponibilidade de insumos, o aporte tecnológico e os recursos humanos especializados para intervir nas situações de emergência decorrentes dos acidentes e violências. As emergências são as principais portas de entrada desses pacientes no hospital; considerando a gravidade das lesões, a assistência demandará ações de diferentes serviços e poderá exigir um tempo considerável de internação, acarretando um custo elevado.Diante dessa pesquisa busco estudar como vem se dando a produção cientifica brasileira sobre a atuação da enfermagem durante os procedimentos de urgência e emergência no período de 2000 a 2010? Tendo por objetivo geral: Analisar a produção cientifica sobre a atuação da enfermagem durante os procedimentos de urgência e emergência no período de 2000 a 2010. E como objetivos específicos; Analisar a importância do atendimento emergencial; Descrever as competências da enfermagem durante as emergências. Palavras –chave: Emergências; Urgências; Enfermagem; Cuidados. 1 INTRODUÇÃO Devido ao crescente aumento no número de atendimentos de urgência e emergência no país, gerados pelos “acidentes” de trânsito, violência, e doenças de varias etiologias, sobretudo cardiovasculares, surge no Brasil à necessidade de um atendimento rápido e especializado em prestar os primeiros socorros a estes doentes de traumas e males súbitos, ainda na cena do fato. Para promover este atendimento, são enviadas ambulâncias de suporte básico e avançado, de acordo com o quadro da vítima, contando ainda com equipes de saúde, altamente qualificadas, mostrando que este cuidado reduz o número de óbitos e suas complicações atribuídas a ausência de socorro imediato e adequado. O atendimento pré-hospitalar, seja móvel, seja fixo, tem como premissa o fato de que, dependendo do suporte imediato oferecido à vítima, lesões e traumas podem ser tratados sem gerar seqüelas significativas. Para Malvestio e Sousa (2002), embora ainda existam muitas dúvidas a respeito do impacto da assistência pre-hospitalar sobre o êxito do tratamento alcançado pelas vitimas por ele atendidas, não se pode negar sua contribuição no sentido de redução do tempo de chegada ao hospital adequado, bem como das intervenções iniciais apropriadas a manutenção da vida. A relevância deste trabalho é dar ênfase às informações com finalidade de planejamento das atividades da enfermagem, tendo em vista que traumas graves provocados por acidentes e violências e males clínicos são os principais tipos de agravos que exigem atenção específica. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, a unidade de emergência é destinada a promover serviços de saúde requeridos com caráter de emergência e urgência para prolongar a vida da vítima ou prevenir conseqüências críticas, os quais devem ser proporcionados imediatamente. Os serviços de emergência possuem como características inerentes o acesso irrestrito; o número excessivo de pacientes; a extrema diversidade na gravidade no quadro inicial, tendo-se pacientes críticos ao lado de pacientes mais estáveis; a escassez de recursos, a sobrecarga da equipe de enfermagem; o número insuficiente de profissionais na área de saúde; o predomínio de jovens profissionais; a fadiga; a supervisão inadequada; a descontinuidade do cuidado e a falta de valorização dos profissionais envolvidos (DALCIN,2005). De acordo com Guido (1995), o atendimento inicial do paciente traumatizado acontece em três etapas sucessivas: na cena do acidente; durante o transporte e no centro hospitalar. As unidades de emergência são locais apropriados para o atendimento de pacientes com afecções agudas específicas onde existe um trabalho de equipe especializado e podem ser divididos em pronto atendimento, pronto socorro e emergência (ANDRADE et al, 2000). Diante dessa pesquisa busco estudar como vem se dando a produção cientifica brasileira sobre a atuação da enfermagem durante os procedimentos de urgência e emergência no período de 2000 a 2010? http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/atua%C3%A7%C3%A3o-da-enfermagem-em-urg%C3%AAncias-e-emerg%C3%AAncias 1/7 assegurando a referência e a contra-referência para os diferentes níveis do sistema. local que possui suporte completo e equipe sintonizada aos procedimentos necessários ao atendimento. ou de tratamento programado. onde aprendi diferenciar uma urgência de emergência. 2009). Salientando-se que a emergência representa uma situação ameaçadora e brusca que requer medidas imediatas de correção e defesa. ortopedia. unidades de saúde básica. Quanto à atenção hospitalar às vítimas de acidentes e violências reúne-se de forma complexa a estrutura física. onde receberá continuidade ao tratamento (PUCPR. Os casos de rotina são casos que podem aguardar até o dia seguinte. As disciplinas metodologia da pesquisa e gestão em serviços de emergência e urgência pré hospitalar da pós graduação em urgência e emergência também vão contribuir para que essa pesquisa seja realizada. Através das unidades básicas de saúde são priorizadas as ações de promoção. a emergência é uma propriedade que uma dada situação assume quando um conjunto de circunstâncias a modifica.ufsc. Neste caso o risco de vida é pouco provável (PUCPR.onde pude observar as atribuições da enfermagem emergencista e como se comportavam diante de uma determinada situação de que necessitasse de atendimento imediato percebendo assim as facilidades e dificuldades encontradas . diagnóstico precoce e recuperação da saúde. integralidade e participação da comunidade. neurologia e clinica médica. cirurgia geral. A emergência é caracterizada com sendo a situação onde não pode haver uma protelação no atendimento. A estratégia destas unidades reafirma e incorpora os princípios básicos do SUS: universalização. 2009). podendo seu estado alterar-se de minuto a minuto. mediante a construção de um modelo assistencial de atenção baseado na promoção. Fornecendo subsídios para o desenvolvimento da analise. o aporte tecnológico e os recursos humanos especializados para intervir nas situações de emergência decorrentes dos acidentes e violências. Representa o primeiro contato da população com o serviço de saúde do município. 2. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2. Os casos de urgência se caracterizam pela necessidade de tratamento especifico. a assistência demandará ações de diferentes serviços e poderá exigir um tempo considerável de internação. inspirado em experiências advindas de outros países cuja Saúde Pública alcançou níveis de qualidade. aprofundem o conhecimento sobre aqueles a quem devem servir.29/10/2014 Atuação da enfermagem em urgências e emergências | eGov UFSC Tendo por objetivo geral: Analisar a produção cientifica sobre a atuação da enfermagem durante os procedimentos de urgência e emergência no período de 2000 a 2010. com investimento na promoção de saúde.2 A CAPACITAÇÃO DO PROFISSIONAL QUE ATUE EM EMERGÊNCIAS http://www. geralmente estabelecendo prioridades através de protocolos de emergência. proteção. permitindo que os responsáveis pela oferta dos serviços de saúde. Esta pesquisa tem como fundamento ajudar os graduandos. os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS). pois o risco de vida é eminente e o inicio do tratamento terá que ser imediato. a disponibilidade de insumos. o paciente será encaminhado para a especialidade necessária.1 IMPORTÃNCIA DOS ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA Segundo Santos et al (1999). pois os sujeitos apresentam uma ampla variedade de problemas atuais ou potenciais. o mesmo deve ser imediato. O interesse pelo estudo se deu a partir dos estágios realizados na disciplina emergência na minha graduação. Este serviço foi idealizado para aproximar dos serviços de saúde da população e cumprir o princípio constitucional do Estado de garantir ao cidadão seu direito de receber atendimento integral à saúde. acarretando um custo elevado. descentralização. Por isso decidi estudar sobre esse tema e se aprofundar mais nesse assunto que é de extrema importância para os profissionais da área de enfermagem. proteção e recuperação da saúde dos indivíduos e da família. Após o quadro clínico estabilizado o cliente é removido as unidades básicas de apoio. principalmente as duas primeiras horas são os mais importantes para se garantir a recuperação ou a sobrevivência das pessoas feridas. Analisar a importância do atendimento emergencial. Inglaterra e Canadá (BRANDÃO. Os resultados obtidos vão contribuir para avaliar a atuação da enfermagem durante os procedimentos de urgência e emergência. de forma integral e contínua. baseada num atendimento sistematizado e preciso. considerando a gravidade das lesões. do recém-nascido ao idoso. Descrever as atribuições da enfermagem. a decisão da equipe necessita ser imediata. A assistência em situações de emergência e urgência se caracteriza pela necessidade de um paciente ser atendido em um curtíssimo espaço de tempo. 2003). 2009). há no setor a sala de Politrauma. Os casos de emergência se caracterizam pela avaliação de todas as especialidades. sadios ou doentes. como Cuba. A necessidade da formação do enfermeiro em atuação nas unidades móveis apresenta a importância dos procedimentos teóricos que aprendemos como enfermeiros que o socorro nos momentos após um acidente.egov. Criado no Brasil na década de 90. pós graduandos enfermeiros (a) a planejarem as atividades de enfermagem para que venha agir de forma correta com situações que necessite de atendimento imediato. onde será acompanhado pela Unidade Básica de Saúde mais próxima (PUCPR.br/portal/conteudo/atua%C3%A7%C3%A3o-da-enfermagem-em-urg%C3%AAncias-e-emerg%C3%AAncias 2/7 . E como objetivos específicos: Descrever urgência e emergências. Desse modo. As emergências são as principais portas de entrada desses pacientes no hospital. diferenciando-se do atendimento em consultórios. solucionar problemas decorrentes ao atendimento. sendo essa prática uma medida de caráter clientelista. chamadas como administrativas pelos autores Wehbe e Galvão (2003). nasoenteral e vesicais. Entretanto. a liderança. A atuação do enfermeiro encaixa-se naquela equipe supracitada e é primordial para os serviços de saúde no tocante à promoção à saúde dos clientes/pacientes que são assistidos em serviços de Urgência e Emergência. viabiliza execução de exames. coordenar. no segundo o profissional necessita formação específica em enfermagem em emergência e no último nível o enfermeiro deve ser especialista em área bem delimitada e atuar no âmbito pré e intra-hospitalar. Para Wehbe e Galvão (2003). Daí a importância dos movimentos reivindicatórios e desenvolvimento de mecanismos permanentes de participação democrática.498 de 25 de Junho de 1986 (CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM) que dispõe sobre a regulamentação do exercício profissional de enfermagem. que se percebe. alocação de recursos. Sendo ele um profissional que tem seu valor e importância no exercício da prática em emergências. compartilhar e/ou delegar funções. Os níveis de competência são primordiais para delimitar e restringir a atuação de enfermeiros não especializados em unidades de emergência. limpeza e portaria. emocional e mental. Nas análises de Tacsi e Vendruscolo (2004). assim como recomenda o Código de Ética de Enfermagem e a Lei 7. Ao atuar no setor de cuidados emergenciais. são: realizar estatística de atendimento.egov. com autonomia e responsabilidade sobre toda à equipe de enfermagem. acredita-se que o enfermeiro. deve delegar funções aos seus liderados. coordenar atividades do pessoal da recepção. entre estado e sociedade civil. Respeitar e tratar o próximo com dignidade e respeito é algo indispensável para uma liderança saudável e com produtos positivos. analisa os sinais vitais. realiza curativos de maiores complexidades. p. elaboração de escalas de profissionais de enfermagem. sua ação é voltada para a organização do serviço com espírito de liderança. por ser o líder da equipe de enfermagem. não deixando de exigir a qualificação profissional sob forma de especialização e/ou cursos na área de enfermagem em emergência. o enfermeiro deve manter o domínio do que está acontecendo e ter consciência do que está fazendo e o que esta sendo delegado. No tocante à gerência. Há mecanismos de contratação democráticos obedecendo aos níveis de competência e em desacordo com as práticas clientelistas que são através de realização de concursos e processos seletivos com critérios rigorosos de contratação com requisitos pré-definidos. consideram que o enfermeiro no setor de emergência deve adotar estilos de liderança participativa. Os aspectos éticos e legais devem ser considerados importantes e extremamente transparentes. O enfermeiro assume a função de liderança da equipe de enfermagem e desenvolve ações voltadas para assistência. a tomada de decisão e a competência técnica. tornando-os úteis no serviço. liderar equipe de enfermagem. cabendo privativamente ao enfermeiro. o enfermeiro bem capacitado. Wehbe e Galvão (2003. 05). a atuação do enfermeiro implica na organização. rápida e com bom conhecimento clínico e científico. O clientelismo é uma prática repugnada e antidemocrática de contratação de pessoal. gerência. Na assistência ele lidera ações de maiores complexidades delegando as de menores para Técnicos e/ou Auxiliares de Enfermagem respeitando os aspectos éticos e legais da profissão. dentre outras funções: planejar. organizar. a comunicação. a realidade vivenciada nas unidades dos Hospitais do Brasil e da Bahia. Sendo assim. os enfermeiros em serviços de emergência assistem o cliente/paciente juntamente com o médico. eficiente.29/10/2014 Atuação da enfermagem em urgências e emergências | eGov UFSC A capacitação necessária para atuar nas unidades de emergência é importante para o exercício da enfermagem em setores de emergência que lidam com pacientes/clientes em iminente risco de vida. instala sondagens nasogástrica. uma vez que. sob forma de órgãos colegiados de decisão partidários e deliberativos. Recuperar a saúde e mantê-la se estabelece com uma assistência à saúde de qualidade e equipe multidisciplinar voltada para o indivíduo como um todo na sua integralidade. Dessa forma. se esta diante de um problema sério que acarreta o enfermeiro e transfere para o mesmo sobrecarga funcional levando ao desgaste físico.ufsc.br/portal/conteudo/atua%C3%A7%C3%A3o-da-enfermagem-em-urg%C3%AAncias-e-emerg%C3%AAncias 3/7 . para o gerenciamento da assistência. pode-se ter uma assistência com profissionais capacitados para a área. 2004. o relacionamento interpessoal. As atividades gerenciais. é uma contratação temporária de pessoal não obedecendo o critério técnico para inserir os profissionais nessas unidades de cuidados críticos. e manutenção de equipamentos do setor. especialmente naqueles procedimentos que são concomitantes para manter uma ventilação adequada. executar e avaliar os serviços de assistência de enfermagem. proporcionando melhoria na qualidade de vida da população assistida. A partir dessa análise. e evolui os clientes/pacientes. sendo as principais habilidades. seqüência lógica das ações emergenciais e delegação de funções para que cada membro da equipe atue de forma sincrônica. sendo que nas análises de Assis (2003apud OLIVEIRA. ensino e pesquisa. http://www. controle de recursos materiais. prepara e ministra medicações. Os autores Tacsi e Vendruscolo (2004). O atendimento de emergência nas Unidades Hospitalares tem importante papel na recuperação e manutenção da saúde do indivíduo. desde 1983. sendo definidos em três níveis de competência: o primeiro requer competência mínima para o enfermeiro prestar atendimento ao paciente traumatizado. prepara instrumentos para intubação. realiza troca de traqueostomia. traz os Padrões da Prática de Enfermagem em Emergência da Associação Americana de Enfermagem (AAE). com recursos disponíveis e uma equipe em consonância com as atividades e trabalhando em harmonia têm condições de exercer seu papel com atuação eficiente e resolutiva.38): as práticas envolvidas com esquemas clientelistas são muito fortes e não vão desaparecer rapidamente da vida nacional. p. atentando para aspectos que envolvem a atuação eficaz. visto que o objeto de estudo se refere ao exercício da enfermagem durante urgências e emergências e as relações que se estabelecem entre os sujeitos no exercício da mesma. o que exige deles domínio de suas próprias emoções e conhecimento de seus limites e possibilidades. e nesse panorama. encontra-se a Unidade Emergência e os que lá trabalham. almejando “o repensar das práticas de cuidar. COELHO. pode ser feita com base nos conceitos descritos no Sistema Pessoal. A respeito do atendimento ao paciente nas unidades de emergência.29/10/2014 Atuação da enfermagem em urgências e emergências | eGov UFSC limitando suas ações de saúde voltadas exclusivamente para recuperação da saúde do indivíduo em partes e não holisticamente. dada a própria dinamicidade da realidade. trabalhos de pesquisa. é fundamental também que os enfermeiros estejam capacitados profissionalmente com Cursos de Pós-graduações em Enfermagem em Emergência e atualizados com freqüente participação em congressos e eventos científicos voltados para a enfermagem e. Leopardi (1999) afirma que os enfermeiros. A revisão de literatura será utilizada no processo de levantamento e análise do que já foi publicado sobre o tema proposto. numa visão humanística e existencial do ser cuidado” (KLETEMBERG. para a atenção às emergências. 94). Para tal. Polit (1995) enfatiza que a pesquisa qualitativa exige atitudes fundamentais. e o treinamento cientifico que habilitam a produção de trabalhos originais e pertinentes. 2007). METODOLOGIA Optou-se em fazer uma abordagem qualitativa. têm como premissa que outras relações possam ser apreendidas no transcurso do processo de investigação. Assim. como uma das formas de assegurar a humanização nesse momento (FIGUEIREDO. De acordo com Batista e Bianchi (2006). Nesse universo. A pesquisa utilizou o método descritivo qualitativo assumindo a forma de pesquisa bibliográfica por procurar estudar a metodologia através de referências teóricas adquiridas em literaturas (pesquisa bibliográfica e documental) e informações existentes a respeito do tema estudado. a utilização de uma metodologia de assistência pode subsidiar a priorização das necessidades da família e do paciente (GRITTEM. como é importante e necessário manter uma educação continuada atuante proporcionando o autoconhecimento. flexibilidade. devem fazer a avaliação dos sentimentos do paciente com respeito aos conceitos do Sistema Pessoal de King. diante de intercorrências que são muito comuns nessa unidade. quanto uma educação continuada voltada para o autoconhecimento. O estudo bibliográfico é a busca de uma problematizacão de um projeto de pesquisa a partir de referencias publicadas. capacidade de observação e interação do investigador com os atores sociais envolvidos. periódicos e outros. nessa perspectiva.1995) Por fim. na busca do equilíbrio entre a técnica. tais como: abertura. foi utilizado o método de revisão de literatura sobre a temática definida. 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A ativa funcionalidade de um serviço de emergência aliada à gravidade da clientela que ali aporta e à constante imprevisibilidade dos acontecimentos fazem com que o ambiente seja permeado de instabilidades. a ética e o aspecto subjetivo (SANTOS. Dessa forma. a relação entre a teoria do alcance de metas proposta por Imogene King e a humanização no atendimento ao politraumatizado. 2004. de conhecimento.egov. após procederem ao exame preliminar da vítima. Visando atender ao objetivo especificado desse trabalho. LACERDA. exclusivamente. a análise bibliográfica foi efetivada tendo como referência concreta o estudo realizado através da produção cientifica já existente sobre o tema. p. MANTOVANI. Ela constitui uma excelente técnica para fornecer ao pesquisador a bagagem teórica. tanto pela carga de trabalho. que apresentam ferimentos significativos e são importantes na definição dos cuidados necessários. http://www. analisando e discutindo as contribuições culturais e cientificas.ufsc. o enfermeiro presta assistência em setores considerados desgastantes. artigos. os profissionais que atuam na UE devem receber treinamento específico. 3. ou seja. Sendo assim. referente ao aspecto pessoal.br/portal/conteudo/atua%C3%A7%C3%A3o-da-enfermagem-em-urg%C3%AAncias-e-emerg%C3%AAncias 4/7 . devido ao excesso de atividades gerenciais que demandam tempo. permitindo um mapeamento do que já foi escrito sobre o tema e/ou problema da pesquisa. terão mais habilidade e segurança ao desenvolver ações nas UE direcionadas para pacientes/clientes com alto risco de vida. tanto técnico e científico. como pelas especificidades das tarefas. a partir de analises da produção cientifica brasileira do período de 2000 a 2010. Ele ainda acrescenta que esse profissional deve obter condições mínimas de material e pessoal para se dedicar à prestação de uma assistência efetiva e eficaz. o ambiente emergencial muitas vezes torna-se hostil devido à mecanicidade e frieza que certas situações exigem. 2004). A mesma autora complementa que os distúrbios nas percepções do self e do corpo ocorrem frequentemente nos pacientes com trauma. na analise das fontes e no levantamento de informações (reconhecimento das idéias que dão conteúdo semântico ao documento)( POLLIT. documentos cartográficos e documentos textuais). A consulta de fontes consiste: na identificação das fontes documentais (documentos audiovisuais. é importante que o enfermeiro e sua equipe contextualizem o cliente naquele meio. em detrimento das atividades assistências e alguns enfermeiros têm uma carga horária de trabalho elevada que se soma com o estresse do momento de trabalho. 2007) e. atenuar o sofrimento da vítima e humanizar o atendimento são fundamentos para uma atuação de enfermagem de qualidade. Para Tacsi e Vendruscolo (2004). com suas crenças. são fundamentais para alcançar um objetivo comum. Este conceito é concordante com o Código Civil Brasileiro (BRASIL. 14(4): 534-9. regulamentados internacionalmente. os aspectos éticos e legais que perpassam as ações profissionais também são importantes na compreensão da responsabilidade dos profissionais de saúde em função de seus misteres. 2003. http://www. melhorando com isso o seu campo de atuação. 1990) que no artigo 6º. PARANHOS. 2002) artigo 186. Estresse do enfermeiro em unidade de emergência. sustentada em conhecimentos técnicos e científicos. situações concretas. Rev Latino-am Enfermagem 2006. respeitando o cliente/paciente como cidadão e em sua totalidade. violar direito e causar dano a outrem. a tomada de decisões. mormente quando está presente o risco iminente de morte do paciente não há tempo hábil de tomar-lhe o consentimento prévio. Ao se analisar a dimensão dos serviços de emergência verifica-se que existe uma apreciação do profissional de saúde que atua nas emergências.egov. portanto. jan. faz com que este profissional sinta a necessidade constante de reciclagem. afim de que possa tomar decisões rápidas e concretas. mais particularmente no mundo acadêmico e no cotidiano dos profissionais de saúde. nas quais estão em jogo sujeitos concretos. transmitindo segurança a toda equipe e principalmente diminuindo os riscos que ameaçam a vida do paciente. Percepção das enfermeiras sobre a unidade de emergência. 7-19. saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos". com respaldo ético. 1(1): 91-7. Contudo.29/10/2014 Atuação da enfermagem em urgências e emergências | eGov UFSC As análises de Wehbe e Galvão (2003. bem como outras questões que envolvem a humanização da assistência de enfermagem os direitos e deveres dos profissionais de saúde. Atualmente tem-se discutido na sociedade em geral. Esses aspectos são reforçados pelo Código de Defesa do Consumidor (BRASIL. p. ainda que exclusivamente moral. n. Não esquecendo também que um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima. de enfermagem e os direitos dos usuários dos serviços de ações de saúde. 2007). diz: "são direitos básicos do consumidor: I . 13.br/portal/conteudo/atua%C3%A7%C3%A3o-da-enfermagem-em-urg%C3%AAncias-e-emerg%C3%AAncias 5/7 . valores e concepções particulares do mundo que os cerca. Espera-se que a ética e as legislações do exercício profissional possam contribuir para as tomadas de decisão. Uma das mudanças desta evolução é o cuidado do paciente de forma planejada./fev. prático e técnico. 1. BRANDÃO. REFERÊNCIAS ANDRADE LM. que refere: "aquele que por ação ou omissão voluntária. O Código de Ética do Profissional de Enfermagem (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. comete ato ilícito". família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia. BIANCHI ERF. que é a recuperar ou salvar a vida sem riscos e com qualidade na assistência.a proteção da vida.ufsc. Sendo assim. é fundamental uma atuação do enfermeiro num ambiente de trabalho assistencial centrado em procedimentos técnicos e tecnológicos. de um lado. deve ser o de manter a calma e ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico. p. segundo os quais não se hierarquizam os pacientes. manifestação clara do individualismo igualitário ocidental. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O profissional da enfermagem sabe que o fundamental em situações de emergência. envolvendo o atendimento do paciente em situação de emergência/urgência. por se tratar de um dos profissionais da área da saúde que precisa diariamente ampliar seus conhecimentos. particularmente. Situam-se. interatividade com outros setores e equipe. assim sendo: o enfermeiro que atua em unidade de emergência necessita ter conhecimento científico. CAETANO JF. o tempo. v. médicos e pacientes. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. BATISTA KM. Epidemiologia da Hipertensão Arterial. a lealdade a princípios que se pretendem universalmente aplicáveis e objetivamente definidos (nos casos de "salvar vidas") e. o trabalho de equipe harmonioso. em que a habilidade. pois muitas vezes não há tempo ou condições para sequer perguntar ao paciente seu nome ou se ele aceita determinada terapêutica. entre. de outro. caput e inciso I. O atendimento adequado e o tempo decorrido entre o acidente e a admissão hospitalar é um fator extremamente relevante para reduzir a mortalidade das vítimas de lesões produzidas por acidentes e violências Os profissionais orientam-se por princípios éticos médicos. Além disso. et al. acerca de quais seriam os critérios sociais na seleção de pacientes em serviços de emergência. a liderança colaborativa e a capacidade. 7) são pertinentes e interessantes no tocante à capacitação profissional. por parte dos profissionais de saúde. pois a constante evolução nas formas de assistência e dos equipamentos hospitalares utilizados para prestar o cuidado ao paciente. P. certifique-se de que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro sem riscos. SOARES E. a fim de garantir a continuidade da vida humana (CALIL. A. Em que consiste a responsabilidade profissional em enfermagem em face das situações de emergência. Rev RENE 2000. tornando-se imperiosas decisões e ações imediatas. negligência ou imprudência". 2005) destaca no artigo 12: "assegurar à pessoa. negligência ou imprudência. O enfermeiro de Unidade de Emergência de Hospital Privado: algumas considerações. Pública.egov. LACERDA. CANETTI. Suporte avançado a vida: atendimento a vitimas de acidentes de transito. funções e ações. D. 5.br/portal/conteudo/atua%C3%A7%C3%A3o-da-enfermagem-em-urg%C3%AAncias-e-emerg%C3%AAncias 6/7 . A. Rio de Janeiro. In: FIGUEIREDO. POLIT. GUIDO. MENDONÇA. M. Florianópolis: NFR/UFSC. In: Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico.Novas alterações na Lei do Inquilinato" (83) http://www. Rev. ALVAREZ. M. de A. 2004.C. HUNGLER. 36. out.V.F. 1995.. D.K. SOUSA. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Curitiba (PR): Universidade Federal do Paraná.. 2004. KLETEMBERG.M. S. p. Aprendendo a cuidar em emergência hospitalar: equipe. 9. Disponível em: < http://corensp. S. DESLANDES. D.A. M. C. 12. R.. Trauma: atendimento pré-hospitalar (APH). n. FIGUEIREDO.J.ufsc.101-12. v. S. Porto Alegre: Artmed.A. MANTOVANI. 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