RESUMOEste é um trabalho de interpretação bíblica (At 9.31) cujo objetivo é buscar a intenção autoral do texto, sob o método hermenêutico histórico-gramatical. Nesse método são feitas análises de várias perspectivas: na obra, análise dos contextos histórico e geral, cultural e literário; no texto, análise gramatical, semântica e teológica. As conclusões a que se chegou são as seguintes: a Igreja descrita na suma de Atos 9.31, desfrutava de um período de paz na Palestina; e crescia, possuindo assim características da Igreja verdadeira, pois conduziam suas vidas no temor do Senhor e consequentemente desfrutavam do encorajamento que vinha da ação do Espírito Santo na vida da Igreja e do cristão. 1 INTRODUÇÃO Este é um trabalho exegético que tem por objetivo expor a intenção autoral ao analisar a obra registrada na Escritura Sagrada, “Atos dos Apóstolos” pertencente ao cânon bíblico e que precisamente se aterá ao exame do texto de Atos 9.31. Por isto, apresenta por trabalho exegético o estudo cuidadoso e sistemático da Escritura para descobrir o significado original que foi pretendido. A exegese é basicamente uma tarefa histórica. É a tentativa de escutar a Palavra conforme os destinatários originais devem tê-la ouvido; descobrir qual era a intenção das palavras da Bíblia dentro de seus contextos histórico e literário (FEE; STUART, 1997, p.19), acrescenta Mosconi: “portanto, exegese é o processo de descobrir e conduzir para fora da mensagem do texto. É deixar o texto falar por si próprio e buscar aquilo que ele quer dizer.” (MOSCONI, apud Wegner, 1998, p.143). O estudo exegético quanto à abordagem do objeto, além de possuir estes afazeres de compreensão no original, neste trabalho o estudo exegético também é fundamentado na teologia reformada, desta empregou o uso de sua hermenêutica, teologia Bíblica, teologia sistemática e do mesmo modo da sua fundamentação na metodologia histórico-gramatical na qual é um eficaz e plausível método por determinar uma interpretação fiel aos originais, que não altera a intenção autoral, facilitando uma abordagem mais completa e fidedigna ao texto sagrado, este também utilizará da pesquisa bibliográfica, sendo que livros de autores não reformados passarão pelo crivo reformado. O livro de Atos em suas contribuições recentes concentra-se em três áreas: Historicidade, Lucas demonstra seu conhecimento e exatidão de detalhes políticos, sociais e geográficos; Enfoques literários, Atos com suas narrativas de viagem, histórias de milagres e relatos de perigos em alto mar, por isto, estudiosos tem tido o estudo de Atos para empregar técnicas literárias a fim de abrir abordagens contemporâneas do texto das Escrituras; e temas teológicos, destes o principal usado por Lucas dentre outros, Lucas aborda a substituição da expectativa escatológica cristã primitiva pela história da salvação, oferecendo um esboço histórico dos acontecimentos salvíficos (CARSON, 1997, 230-234). 6 Essencialmente este trabalho trata do afazer exegético através de uma análise histórica e gramatical do livro “Atos dos Apóstolos” na passagem de Atos 9.31, apresentando aspectos quanto ao texto escrito e de seu respectivo contexto que é o resultado da pesquisa, da perspectiva de evidências internas e externas, nos níveis do contexto histórico, literário e teológico. Segue com argumentação teológica com base nos contextos históricocultural, gramatical e teológico. Prossegue com a síntese teológica da argumentação teológica que consta de: visão geral da passagem, argumento feito pelo autor na passagem, teologia da passagem e conexões confessionais reformadas. Por fim considerações finais que é a síntese dos resultados da pesquisa realizada, considerando seus pontos mais importantes (COELHO, 2011, p. 1-5). Este trabalho também tem por objetivo compartilhar da fé no poder de Deus, do Espírito Santo, e no Filho Jesus Cristo, que são os sustentadores da Igreja, trazendo paz e crescimento para o cristão e para Igreja, e esta é a maneira pela qual Deus fala através do exposto em “Atos dos Apóstolos.” 2 CONTEXTO 2.1 CONTEXTO HISTÓRICO 2.1.1 Contexto histórico geral 2.1.1.1 Contexto geral Atos dos Apóstolos não é apenas uma obra literária a parte, mas sim constituinte da obra lucânica composta de dois volumes (Evangelho de Lucas e Atos dos Apóstolos), cujo objetivo é o despertamento da fé e comprovação da confiabilidade histórica, com o tema dominante da universalidade do Reino de Deus (STOTT, 1994, p.46; VIELHAUER, 2005, p. 397, 409). A obra de Atos dos Apóstolos é caracterizada por registrar uma sequência de eventos, com destaques para aspectos que seriam atraentes para seus leitores helenistas, aspectos como a radicação do Cristianismo na antiga religião do Judaísmo, a abertura do Cristianismo aos gentios, o comportamento religioso, moral e político dos cristãos e o fato do funcionalismo romano não encontrar verdade alguma nas acusações levantadas contra os cristãos da época dos primórdios da Igreja. 7 Sermões e discursos pontuam toda a narrativa. não podemos aventurar através de conjecturas tão desprovidas de fundamentos. Lucas valeu-se de suas próprias memórias. provavelmente porque nada mais tinha ocorrido na época em que foi escrito a obra (GUNDRY. sempre que possível. p. A obra do NT “Atos dos Apóstolos” descreve a ação do Espírito Santo nas primeiras igrejas e na expansão do evangelho. p. por Philipp Vielhauer. 1982.” (KÜMMEL. 419). dos cristãos de Jerusalém. pois traça a importância do progresso do evangelho provido do poder do Espírito Santo (GUNDRY. nas residências dos quais ficara hospedado (At 21. também já foi chamado de “Atos do Espírito Santo” (GUTHIE. Pedro e Paulo são retratados com grande importância. sem dúvida alguma obteve informações da parte de Paulo. p. A obra de Atos termina com Paulo esperando o seu julgamento diante de César em Roma. As fontes de Atos são especulativas pela falta de evidências externas e internas. 419). diz Kümmel: “Quanto às fontes de Atos. 236). Portanto é possível que ele fosse registrando os acontecimentos num diário à medida que se desenrolavam. e também História da Literatura Cristã Primitiva (Academia Cristã. no entanto teólogos gastam um considerável espaço em suas obras para descrever as possíveis fontes e não chegam a uma devida conclusão1. Também havia a sua compilação de informes escritos. Além disso. em Jerusalém e vizinhança (GUNDRY. esta conjectura acima citada é mais Conferir: Introdução ao Novo Testamento (Paulus. apud Mauerhofer. 2005). 2010. como Filipe. por Werner Georg Kümmel. 1 8 . 2008. Embora não haja grande embasamento. p. outros documentos seriam em aramaico e hebraico que relatavam os primeiros acontecimentos do cristianismo. 219-236. Por isso. 1982). p. pois uma curiosidade natural seria a de saber de quais pessoas da cristandade primitiva o autor teria obtido estas informações e isto acaba sendo infrutífero. Também são registradas as três viagens missionárias de Paulo e a viagem a Roma que ocupam mais da metade dos últimos capítulos de Atos. p. de companheiros de jornadas de Paulo. 415-423. e como um antigo discípulo de nome Mnasom. Porém teólogos e estudiosos da Bíblia são favoráveis a conjectura de que a fonte provável foi que. 373-374). de Antioquia da Síria e de outros lugares que visitou com ou sem a companhia de Paulo. como Silas e Timóteo.Em Atos. 2008.23-29).8-16). o diácono evangelista.269). como o decreto do Concílio de Jerusalém (At 15. p. 2008. representada pelos códices Vaticanus. pelos pais eclesiásticos latinos.1. p. 1997. Estas testemunhas por serem abrangentes e confiáveis. sermões e sumas. ajudam-nos a entendê-lo e dar o devido valor a Ele.” (FEE. sumas e orações. gênero e título da obra A análise do gênero literário de Atos nos revela a princípio ser uma narrativa. Várias linhas narrativas compõem o enredo. podem ser identificados alguns distintos gêneros literários: como narrativas. uma versão com a qual as testemunhas Koine coincidem no essencial. isto não se deve a uma corrupção. relatórios de missões. STUART. mas por mostrar uma correção planejada e pertinente ao texto egípcio que mesmo na sua singularidade se revelam com as secundárias (VIELHAUER. O propósito delas é mostrar-nos Deus operando na Sua criação e entre Seu povo. Estes estilos ocorrem harmoniosamente no objetivo geral da obra.19). sendo que a referência completa estará na bibliografia deste trabalho. e até em um mundo mais vasto os confins da terra (At 1. discursos. pois explica a variedade do conteúdo e as constantes alterações em Atos bem como de seus discursos. consultar o livro Entendes o que lês.2 no entanto o relato de Atos é muito mais que uma narrativa conectada em termos de ordem cronológica. Para uma maior interação do assunto. narrativas. na versão do chamado texto “ocidental”. é a demonstração do autor nas suas narrativas de como a 2 “As narrativas bíblicas nos contam acerca de coisas que aconteceram . pelos papiros 45 e 75 e pelas citações nos pais aclesiásticos alexandrinos. representada pelo Codex Cantabrigiensis. 411-412). 2005. As narrativas O glorificam. p. capítulos 4 e 5. a de indicar ação do Espírito Santo (FABRIS.2 Contexto histórico 2.2.1. Este último possui caráter secundário. Quanto ao texto de Atos.1. Judéia e Samaria. relatórios de viagem. revelam também a autenticidade e integridade do livro de Atos que pertence ao cânon sagrado. 1991. Ephraemi rescriptus. 2. Alexandrinus.8). corroboraram para expansão do Reino alcançando várias culturas.64). Ao mesmo tempo. e nos dão o quadro da sua providência e proteção. também fornecem ilustrações de muitas outras lições que são importantes para nossas vidas.1 Definições quanto à natureza. 9 .1. foi preservado em duas versões: primeira. pelas marginalia da Syra Charclensi.mas não quaisquer coisas. nas testemunhas “egípcias”. segunda. Esta ação do Espírito Santo demonstra como as testemunhas de Jesus em Jerusalém. pelos papiros 38 e 48. pelos vétero-latinos. p. Por isto a cor especial de Atos. Sinaiticus.aceita. pode ser vista no prólogo ( Atos 1. datados entre a. A primeira evidência para o titulo tradicional vem dos Prólogos Anti-Marcionitas ao Evangelho de Lucas. 2008.179).1-5) na qual o 3 Sugere que a expressão “Atos dos Apóstolos” pode ter sido uma reação contra Marcion e sua doutrina de um só apóstolo. De todos os livros do Novo Testamento. atestam ser de autoria lucana “Atos dos Apóstolos.” (PINTO.203).1. p. Também documento fragmentário chamado Cânon Muratoriano. caracterizando assim uma narrativa de expansão cultural. destaca mais os “atos” de Paulo. 150 e 180. p. Por isso o título não deve determinar a maneira de interpretarmos o conteúdo e estrutura de Atos dos apóstolos (CARSON. Temos a evidência externa da tradição uniforme da igreja primitiva que atribui autoria lucâna a Atos. 2008. 2007. Atos é o que mais claramente exemplifica a relação da teologia da igreja primitiva com sua missão. p. apud.2 Autoria e destinatários Embora Atos tenha permanecido como uma obra anônima. bem como os pais da igreja: Irineu de Lyon. p. que não pertencia ao grupo dos doze presentes nos evangelhos. estudiosos dizem que poderia ser titulado como Atos do Espírito Santo pela evidente ação deste no livro. 2008.179). No entanto o título sobrescrito tradicional é “pra. além disso.lwn” (praxeis apostolôn). 2. Clemente de Alexandria.179) 10 . e. sem possuir quaisquer outras alternativas.xeij avposto. p. da igreja e dos apóstolos.2.D. Tertuliano e Eusébio. de desenvolvimento da teologia cristã e dos relatos das lutas da igreja (MARSHALL. 1999. a evidência externa e interna aponta fortemente para Lucas como autor (PINTO.lwn” (praxeis apostolôn)(atos apostólicos). ou ainda.palavra de Deus cresceu territorialmente. que preserva Paulo e seus escritos e descartava os demais apóstolos e suas cartas (BRUCE.179-180) Quanto a evidência interna.3 (PINTO. Mesmo tendo o título “pra.139-140).xeij avposto. Entretanto há o consenso na conjectura que olha a obra na sua totalidade. O livro não registra os atos de todos os apóstolos.1. onde o autor explana a ação humana e a ação do Espírito durante o desdobrar da história evidenciando a unidade inseparável de ambos no progresso de expansão do Reino de Deus por meio dos discípulos. p. 2008. Pinto. 2. principalmente por causa do espaço ocupado pela igreja de Antioquia no livro de Atos. é que este era um gentio no qual tinha educação superior (Médico). 2.2) eram gentios devotos e tementes a Deus.16).8-10.. a palavra que ele usa para definir sua "investigação" em Lucas 1. como Cornélio (Atos 10. 271). Entretanto a mensagem é oferecida a todos cristãos primitivos." assim.20). Pela falta de evidências para comprovar o local de escrita desta obra.208-209). Mesmo sem referências quanto ao local de escrita. 17. 27. 1997.1-18.. sendo um provável pseudônimo. p.5-15. sua "exposição em ordem" baseia-se numa pesquisa meticulosa: “. entretanto a tradição antiga esteja dividida entre a Grécia e Roma quanto ao local em que Lucas escreveu seus livros (GUNDRY. Lucas foi um viajante. era um historiador de acordo com Lucas 1. seu talento literário caminhou de mãos dadas com uma preocupação pela exatidão e. 2011.1. Antioquia talvez seja um local mais improvável. nobreza ou poder. 1996. O que sabemos sobre Lucas.1. que buscavam genuinamente a verdade (STOTT. Quanto ao destinatário de Atos temos Teófilo a quem a carta é endereçada. 20. não 11 .3 presume que ele viajou para poder executá-la.1. que identificam o autor Lucas como companheiro de Paulo nestes períodos de seu ministério (CARSON. ele era um rico aristocrata romano. 46-49). 2008. entretanto não há indicação suficiente para determinação do local de escrita do livro (GONZÁLES. tradicionalmente pensa que a obra de Atos tenha sido escrita em Antioquia. confiabilidade. sem restrição de raça. depois de acurada investigação de tudo desde sua origem.3..1-28. pelo fato de Lucas ter permanecido na companhia de Paulo durante o período de seu encarceramento. no entanto outro lugar que estudiosos especulam é de Lucas ter redigido seus escritos em Roma..3 Local e data O local de escrita é impossível saber. p.próprio autor se identifica e também no emprego do pronome “nós” em quatro passagens (At 16. portanto. Mas o nome "Teófilo" significa "o que ama Deus". talvez dirigido a quaisquer pessoas que. p. 21. pois a autor Lucas foi o homem escolhido e preparado pelo Espírito Santo para proclamar a universalidade da revelação divina. p. então o próprio Lucas deve ter participado de tais círculos talvez na comunidade romana exilada em Antioquia. 2.1. p. 374. 12 . pois Lucas termina o livro de Atos quando Paulo já se encontrava preso em Roma. apóstolos e daquelas testemunhas que viram e ouviram o Jesus histórico. este ainda não havia acontecido. 2007.C.C. (MARSHALL.19-20). Assim. Lucas também escreve por ser um historiador. inocente e legal por ser o cumprimento do judaísmo. 376). os acontecimentos que haviam se cumprido. ou ainda por nem mencionar a destruição de Jerusalém em 70 d. primeira o Evangelho de Lucas e segunda. pois sua obra é composta por dois volumes. 1990.temos grandes considerações a serem feitas. ele reuniu provas para mostrar que o cristianismo era inofensivo. a fim de confirmar a autenticidade do evangelho que estava sendo pregado e ensinado. das páginas 374 .C.1. diplomata e teólogo-evangelista. Sendo que a ocasião da escrita se dá pela certeza de que Lucas estava suprindo os cristãos de seu tempo. Segundo. (STOTT. Gundry. p. (GUNDRY. 2. investigados e escritos. por Robert H. Atos. também pelo fato de não tem alusões à perseguição de Nero em 64 d.376. então Atos deve ser datado por volta de 62-63 d. pois o fator de Lucas ter encerrado o livro de Atos sem descrever o resultado final do julgamento de Paulo.. o mesmo evangelho e a mesma 4 Para maiores informações desta forma abrupta que Lucas termina seu livro consultar no livro Panorama do novo testamento. Lucas escreve como diplomata. faz menções de testemunhas oculares.139).290-291). 2010. p. Primeiro como historiador sistematiza os fatos históricos que ocorreram para cumprir a profecia do Antigo Testamento. tinham sido testemunhados. pois dificilmente chegaremos a uma conclusão satisfatória e plausível.4 Ocasião e propósito Seria difícil de deduzir o porquê Lucas escreve Atos sem considerar sua obra num todo. Sendo assim. com a mesma comissão. Outro aspecto de diplomacia é o fato de Lucas ser um pacificador da igreja. representados por Teófilo. na qual prova através de sua narrativas que Pedro e Paulo eram apóstolos de Cristo. tudo isto favorece a uma data recuada. talvez seja este o motivo de ambos os livros serem dirigidos a Teófilo. p. deveriam ser e ainda são à base da fé cristã. com uma narrativa das origens cristãs. 2008. desenvolve uma apologética política. transmitidos. (MAUERHOFER. A data de escrita esta ligada dentre outras pela forma abrupta 4 que é terminada Atos. além desse motivo. Terceiro Lucas o teólogo-evangelista. e não na história em si como meros fatos. formam uma continuidade com o judaísmo. 1990..2 Contexto histórico específico 2. p. constituída de judeus e gentios. também para produzir um novo conceito teológico. que séculos mais tarde.autenticidade. que nomeava um “procurador” como seu representante.. 13 . em Atos. No entanto mesmo teólogo Lucas na sua essência é um evangelista. este foi um império diversificado. A situação política da Judéia mudou durante o período abrangido em Atos. 27-29). mesmo tendo seu filho Herodes Agripa II por sucessor. Houve várias mudanças de governantes e de procuradores. para quantos o Senhor nosso Deus chamar” At 2.C. 2. no qual a vinda do Espírito Santo e a missão da igreja preenchiam a lacuna causada pela demora da paurosia (MARSHALL. este filho não governou por ser muito jovem.1 Contexto sociocultural Toda narrativa de Atos desenvolve-se no tempo do Império Romano. ouvimos seus sermões. E os capacita a pregar para nós. pois proclama o evangelho da salvação para todos os povos.C. pois está preocupado com o significado salvífico da história. É neste sentido que ele é um “pacificador”. daí a inclusão de tantos sermões e declarações.20). Destaca-se no ano 37 d. pois demonstrou a unidade da igreja apostólica (STOTT. Todos estes motivos pelo qual Lucas escreveu Atos são permeados pelo propósito importante de demonstrar como a igreja. conforme disse Pedro no dia de pentecoste: “isto é.1. 1990. p. Lucas o teólogo da salvação evidência que a salvação é preparada por Deus. dada por Cristo e por fim oferecida a todos os povos. de acordo com suas histórias e circunstâncias particulares. Havia províncias “imperiais” e “senatoriais” e cada uma dessas tinha sua própria forma de governo. Calígula que garantiu o reinado da Judéia e de Samaria no ano 41 d.1.39 (STOTT.23-26). As províncias imperiais ficavam sob o governo direto do imperador. cujas províncias e cidades eram governadas de várias maneiras. Contudo ele tinha a prerrogativa de indicar um sumo sacerdote para ser o guardião do tesouro do templo ou ainda para exercer poder político de uma maneira limitada.2. p. especialmente de Pedro e Paulo. 1982. uma distância de apenas oitenta quilômetros. Judéia. No cálculo do território de Judá de oeste para leste. ekklhsi/a (ekklesia). No entanto vemos que os cristãos começavam a enfrentar o grande desafio do conflito com Roma. 11). à margem do deserto. neste ponto será justificado apenas os elementos históricos e sociológicos presentes na passagem. ou ainda a rejeição por parte dos judeus que não aceitaram o cristianismo (COMBLIN. p. os quais serão devidamente justificados no contexto da argumentação teológica. foi das montanhas da Judéia que 14 .Da perspectiva romana o governante tinha que manter a ordem. esta realidade gerava alguns problemas sócio-culturais. a`giou pneu/matoj (agiou pneumatos). Quando ocorresse tumulto e desordem o governante poderia ser considerado responsável. tendo em vista a menção de lugares geográficos. qualquer desordem ou tumulto era severamente punido. (GONZÁLES. Este território da “terra santa” já foi cenário de muitos acontecimentos importantes para o povo de Deus. e esses tumultos ocorrem a medida que Paulo faz seu caminho a outras partes do Império Romano. Por esta razão era inevitável que os cristãos logo entrassem em conflito com as autoridades porque sua pregação provocava debates e distúrbios.23-27). p. já na região de Jerusalém. 1988. O que ocorre é que a Igreja Primitiva era composta basicamente com duas categorias “sociais” nos seus primeiros anos de existência: os cristãos judeus e os cristãos não judeus. Galiléia e Samaria referem-se as três divisões da palestina. Há personagens implícitos em Atos 9. Galiléia e Samaria. 9-11). uma terra com singularidades e belezas únicas que serviu em todo tempo aos propósitos eternos de Deus (ROPS.31: Lucas faz menção à igreja. É neste contexto de maior glória do império romano que o cristianismo abre caminho pelo mundo. lavar ou não lavar a mão antes de comer. A Judéia fica ao sul. Espírito Santo. a distância das montanhas da Judéia até o Mar Morto dá menos de trinta quilômetros. 2008. a “terra de Deus” que foi cenário das manifestações miraculosas de Deus. até o norte. O que gerou muitas discussões devido às questãos de sentar a mesa com gentios. 2011. kuri/ou (kuriou) que refere ao próprio Deus. p. Isto é visto nos conflitos com o Sinédrio nos capítulos iniciais do livro. seguem-se análises dos lugares: Judéia. Senhor. referindo-se aos cristãos que se reuniam para o serviço ao Senhor Jesus. contou aos judeus a parábola do bom samaritano (Lc 10. Galiléia conhecida como a terra dos gentios. no deslocamento de sul a norte fica o território das multidões de varias nacionalidades representando todos os povos do mundo. Essas são as três regiões que compunham a palestina nos tempos de Jesus e de seus apóstolos. 1998. pois era impossível escapar desse intercâmbio. (GONZÁLEZ. 15 . p.52-53). 43).1-4). p.C. Nessa região. 40-42). (ROWDON. foi para este lugar que Deus mandou Israel voltar e se reunir para a leitura das maldições da aliança (Dt 11. ao longo dos anos os judeus do sul da Judéia passaram a odiar os samaritanos (ROBERTSON. 42-43). La se construiu o primeiro altar ao Senhor. isto fica claro na conversa com uma samaritana em João 4. 1998. Mas Jesus não demonstrou preconceito algum para com aqueles samaritanos. e foi sucedido por Festo (At 25) que morreu no cargo em 62 d. apud BRUCE NVI. p. 1998. At 24. local este visivelmente estratégico para alcance das demais nações (ROBERTSON. Essa faixa estreita de terra é a única ligação entre três continentes dos quais a civilização humana emergiu: Africano. que tinha Samaria como sua capital que fica ao norte da palestina. (Sl 23) E ainda nestas regiões que Saul perseguiu Davi incessantemente (ROBERTSON.30-35) (ROBERTSON. uma terra marcada por uma sociedade mista e conflitos sociais e religiosos. p. espiaram a terra que “mana leite e mel” (Nm 14. 2009. p. Foi nas regiões montanhosas da Judéia que Davi aprendeu as lições do “bom pastor”.os doze espias.44). p. Europeu e Asiático. 2009.C. 1998. o povo de Deus se viu constantemente em contato com o restante da humanidade. 1443). Josué levou o povo a este local para renovar a aliança (Js 8. Essa região foi do proposito do todo poderoso para proclamação da sua palavra ao mundo. Em Atos um dos procurados romanos que se faz necessário mencionar é Felix que Tácito descreve como um “mestre da crueldade e da lascívia” (cf. As forças da Assíria invadiram esta região e levaram boa parte do povo cativo e se instalaram nesta região de maneira que ouve uma mistura de povos assírios e judeus. sendo que o primeiro imperador romano a perseguir a igreja foi Nero em 54 d.30-37) (ROBERTSON. Samaria território da Palestina. 1998.29-30).C.25) foi chamado a Roma por Nero em torno de 59 d. 43). E a perseguição da igreja de Cristo por parte dos judeus em primeiro lugar e depois pelos gentios. os chamados mestiços. p. e há princípios ou temas que são planejados para o leitor (OSBORNE. ofereceu condições para que a expansão do Cristianismo fosse possível: havia paz relativa. no império romano. Devido a esta grande variedade de ideologias pagãs.194-199). estradas e rotas marítimas eram cada vez mais numerosas (ELWELL. As narrativas bíblicas contêm uma teologia.2 Contexto ideológico É certo que o poder político e militar dominante no século 1º estavam centralizados em Roma. 282). os cristãos da Igreja Primitiva era também permeada por ter a ideologia mais importante que era a crença no caráter único da divindade de Jesus e em sua morte e ressurreição (ELWELL. as características helenísticas eram pautadas no sincretismo religioso e isto afetou no crescimento do Cristianismo. inserindo as ideologias cristãs. YABROUGH. p. no entanto a Igreja primitiva tinha que lidar com a influencia de uma variedade de filosofias.2. YABROUGH. Este é um gênero mais comum encontrado na Bíblia. 2002. 2010.2. 201-205) 2. p. consistindo em mais de 16 .199-201). o Pentecoste impactou o mundo Romano pela transformação dos discípulos.2 CONTEXTO LITERÁRIO 2.1.2. As ideologias da religião no mundo do império romano eram caracterizadas pela crença no ocultismo e na astrologia. YABROUGH. 2002. mas especialmente nas mãos de Nero e Dominiciano.2. de pessoas e de suas ideologias. Mesmo possuindo crenças distintas. Por isto. especialmente o estoicismo. No entanto o século 1º com a pax romana.1 Gênero literário da obra. p. Através desta ação poderosa do Espírito Santo os cristãos da Igreja Primitiva permaneceram contra as ideologias pagãs. foi fácil expandir a ideologia do helenismo. o grego era língua comum. caracterizada por acreditar ser o povo de Deus e herdeiros das promessas do Antigo Testamento. Por isto a Igreja primitiva sofreu nas mãos de diversos imperadores romanos. a ordem social permitia viagens seguras.1 Natureza literária 2. 2002. o cinismo e o ceticismo (ELWELL. p.1. O recurso retórico que o autor usa na passagem relações de associações. o contexto remoto é um bloco de argumento. 1997. 2. ou peça literária em que a narrativa esta inserida. 2010. O que vemos em Atos na sua característica literária que é narrativa é de ser a princípio um livro de agradável leitura. sendo que os elementos narrados neste bloco estão de maneira sintética e demonstra o objetivo do narrador. p. Categoricamente temos por recurso retórico a inclusão de declaraçõeschaves proferidas pelas figuras centrais da narrativa.7. Tendo por objetivo a análise da passagem no seu posicionamento no fluxo do pensamento do autor. Assim as narrativas ajudam-nos a entender os soberanos propósitos divinos ocorridos na história (FEE.24. deste modo. 12. 79). observando do geral para o particular. juntamente com Atos 6.64.1. no entanto são necessários cuidados hermenêuticos para uma boa compreensão.2. e 19. p.83). 2009. ou seja. STUART. este apoio se dá por meio de explicação similar. p. apresentar os postos que revela o foco e o propósito de se contar a história. p. Estas sumas marcam uma mudança no ritmo da narrativa. no caso do texto de Atos 9. (KAISER. e respondendo ao seu 17 . 2009.2 Recursos retóricos da passagem. O propósito delas é mostrarnos Deus operando na sua criação e no seu povo. 67). 16.20 compõem resumos de ampliação e contração (OSBORNE.31.146). a narrativa em seu sentido mais amplo é um relato de acontecimentos específicos no tempo e no espaço com participantes cujas histórias são registradas com um começo meio e fim (KAISER. mas não quaisquer coisas. que apoiam ou esclarecem a ideia. narrativa. pois as narrativas Bíblicas nos contam às coisas que aconteceram. 68).30. STUART.31 é o resumo do bloco de Atos 6.4. a narrativa parece fazer uma pausa por um momento antes de tomar algum tipo de nova direção (FEE.2 Contexto remoto Este considera o contexto propriamente dito. neste caso atos 9. Em todo cada caso.um terço desta.2. 2. p. permitindo ao autor.8 à 9. 1997. é dividido em seis seções. p. Quinta.31.84). que era um helenista. ou painéis.84). o líder reconhecido da missão judaico-cristã. 18 . 2005. levada a efeito pelos “helenistas” (cristãos judaicos de idioma grego) para os judeus da diáspora ou os quase judeus (samaritanos e prosélitos). STUART. Pedro. STUART. Então ao repartir Atos segundo as sumas citadas acima. A relevância de Cornélio é que sua conversão foi um ato direto da parte de Deus. e era aquele que estava para liderar a expansão especificamente gentia. com Paulo na liderança.7. sendo: Primeira. p.25 – 16. e os gentios lhe dão boas-vindas (FEE.8 – 9.32 – 12. p. Esta seção tem uma característica judaica. Esta seção termina com uma narrativa que indica que uma divisão começara entre os crentes de idioma grego e os de idioma aramaico (FEE. onde a conversão dos gentios agora é levada a efeito pelos helenistas de modo resoluto (FEE. faz uma descrição da primeira expansão geográfica. no mundo gentio. Atos 6. Atos 12. sim. que dão a narrativa um movimento para frente. inclui nesta seção a conversão de Paulo.propósito (BATISTA.5 – 19. este fato serve como chave para a plena expansão do mundo gentio (FEE. A chave é a conversão de Cornélio. nesta seção o autor faz uma descrição da primeira expansão geográfica para dentro do mundo gentio. sendo que os judeus agora rejeitam de modo regular o Evangelho porque inclui os gentios. faz uma descrição da primeira expansão aos gentios. mas. Segunda. 1997. p. sua pregação primitiva.1 – 6. 1997. Atos 16. a oposição e o fato de que os crentes primitivos continuam associações com o templo e as sinagogas. que teriam sido suspeitos. Terceira. p. Possui também a narrativa da igreja primitiva se reunindo em concílio e não rejeita seus irmãos e irmãs gentios.4. Atos 1. nem impõe sobre estes exigências judaicas. faz uma descrição da Igreja Primitiva em Jerusalém. que não usou os helenistas nesta ocasião. agora.20. Aqui também inclui a história da igreja em Antioquia. cuja historia é contada duas vezes. entretanto na Europa. STUART. sua vida em comum. opositor judaico. 1997. Atos 9. 1997. Pois repetidas vezes os judeus rejeitam o Evangelho.69). neste bloco é feito uma descrição da expansão adicional.84). p. STUART. sempre em direção ao ocidente. STUART. sendo que o martírio de Estevão é a chave desta expansão inicial (FEE. 1997. sua propagação e a oposição inicial a ela. inclusive os sermões.83).24. Quarta.83). ibid. manuscritologia. Carlo M.21 – 28.4 Contexto estrutural 2. é apresentada no capítulo 9 de Atos.31. no entanto. traduções literal e A passagem em estudo. e apresenta três6 variantes na pericope de Atos 9.31 está diretamente ligado ao segundo bloco de argumentação.31. neste último bloco não tem a suma de costume pois o livro é terminado de forma abrupta. e tem por características a suma citada logo acima que retrata muito bem o que se narra neste bloco na qual nosso texto está inserido.84). Atos 19. O aparato crítico possui uma leitura. assim como no texto grego. 2008.1-30. p. 5 p. Johannes Karavidopoulos.4.32-43. sendo indicada como uma pericope narrativa completa na maioria das versões da Bíblia em português. Neste é feita uma descrição dos eventos que levam Paulo e o Evangelho para Roma.378). da sua pregação e fuga para Damasco e seu retorno para Jerusalém e fuga para tarso. 1997. p.2. 2009. Atos 9. 2005. no decurso de sucessivos julgamentos três vezes é declarado inocente de qualquer culpa (FEE. 2.8 – 9. 19 .31. este trata da narrativa que relata Pedro curando Enéias e ressuscitando Tabita (GUNDRY. STUART.2.69).2. A passagem de Atos 9. Já o contexto imediato posterior é Atos 9. da passagem. 6 Cof. Kurt Aland.31).1 Delimitação idiomática. faz parte do segundo bloco de narrativas (At 6. Atos 9. e Bruce Metzger. no qual é a referência para o estudo desta passagem o Novo Testamento Grego5. 5 O Novo Testamento Grego – Quarta edição revisada – que é baseado no The Greek New Testament editado por Barbara Aland. 2. O texto em análise. p. Martini.Finalmente.30.377. Sociedade Bíblica Brasileira. seu contexto imediato anterior é Atos 9. que possui a narrativa da conversão de Paulo. com muito interesse pelos julgamentos de Paulo.3 Contexto imediato O contexto imediato busca a relação existente entre a passagem escolhida e os textos que a antecedem e seguem (BATISTA. assim é citada em todos os manuscritos importantes datados do século IV e V. Esta origem é preferencial em relação a outras famílias. e Galiléia. No entanto. trechos obscuros. Neste texto acima (At 9. Devido ao alto grau de certeza não serão citadas as demais variantes. 20 . sendo edificada e caminhando no temor do Senhor. esta exegese utiliza. para melhor compreensão do texto.31: “Todavia a Igreja tinha paz por toda a Judéia. 20). 21).31) tem por tradução literal.” Esta tradução. as demais variantes estarão no apêndice deste trabalho.413). 1992. e na fortalecedora direção do Santo Espírito.31). segundo Luz (2003. usa-se a tradução idiomática. e conduziam suas vidas no temor do Senhor.” 7 Ibid. tem por resultado uma tradução difícil de entender. de origem Alexandrina. 1992. Galiléia e Samaria. O critério que auxiliou nesta decisão foi a datação em documentos de antiguidade tais como P74. podemos sugerir a seguinte tradução idiomática de Atos 9. somente a leitura adotada: Ἡ… ἐκκληζία… εἶσεν… οἰκοδομοςμένη καὶ ποπεςομένη… ἐπληθύνεηο (a… igreja… tinha… sendo edificada e caminhando… crescia em número). p. é certo que o texto é esse mesmo) e também por outros critérios de avaliação da mesma. portanto. e Samaria. CALLOW. Assim. Sendo assim. Outro fator que favorece esta escolha é o critério da família textual. um estilo que não é natural (BEEKMAN. e C. p. Igreja conforme toda a Judéia. Segue a citação integral do texto no Novo Testamento Grego:7 “Ἡ μὲν οὖν ἐκκληζία καθʼ ὅληρ ηῆρ Ἰοςδαίαρ καὶ Γαλιλαίαρ καὶ Σαμαπείαρ εἶσεν εἰπήνην. por sua vez. que procura comunicar fielmente a mensagem do original. B.377. . 5 p.” (At 9. e no encorajamento do Espírito Santo. ia crescendo em número. por ser literal.Esta exegese opta pela primeira variante devido ao seu alto grau de certeza (A. CALLOW. na integra o texto do Novo Testamento Grego. οἰκοδομοςμένη καὶ ποπεςομένη ηῷ θόβῳ ηοῦ κςπίος. usando as estruturas gramaticais e léxicas que são naturais da língua receptora (BEEKMAN. A. pois contém ambiguidades desnecessárias. e ainda. καὶ ηῇ παπακλήζει ηοῦ ἁγίος πνεύμαηορ ἐπληθύνεηο. e crescia edificando-se. tinha paz. o seguinte: “A. p. contudo. 51-53): I – O COMEÇO DA IGREJA (1. b. e.4-25).11-26).42).1-11). O evangelho se espalha até à Samaria (8. f.12-24).4. pedindo mais intrepidez (4. a. O pecado de Ananias e Safira (5. A conversão de um etíope (8. b. quando adentramos para a estrutura da passagem devemos fazer o uso de uma abordagem mais minuciosa e precisa quanto aos assuntos tratados. II – A IGREJA E AS AUTORIDADES JUDAICAS (3.2.43-47). g. b.54 – 8. O décimo . Os discípulos oram. Resumo da vida da igreja primitiva (2. c.14-42).1-7).1-22).47). d. d. h.5. A sequela à morte de Estevão (8.1-13). a. A volta dos discípulos para Jerusalém (1.31) a.2. A ascensão de Jesus (1.17-42). Prólogo (1. c. O discurso de Estevão no tribunal (7.1 – 9.15-26).1 .32-37).23-31). Pedro prega o evangelho (2. segue então a estrutura sugerida por Marshall (1980. c. e.1b-3).1 .2 Estrutura da obra-passagem Embora tenhamos citado que Atos pode compor-se de seis grandes blocos.2. d. f.1-10). III – A IGREJA COMEÇA A EXPANDIR-SE (6.6-11). A prisão de Pedro e João (4. A cura de um coxo (3. Pedro explica o incidente (3. g. O derramamento do Espírito Santo (2.26-40).1a). A nomeação dos sete (6.1-53). Outro resumo da vida da igreja primitiva (4. f.8-15). 21 . p. e. A morte de Estevão (7.segundo apóstolo (1. A controvérsia acerca de Estevão (6.1-5). A segunda prisão dos apóstolos (5. 18-21). A conversão de Cornélio (10. b. VI – A CAMPANHA MISSIONÁRIA DE PAULO NA MACEDÔNIA E NA ACAIA (15.1-35). V – A MISSÃO À ÁSIA MENOR E SUAS CONSEQUÊNCIAS (13. Barnabé. Corinto (18.1352). A conversão e a vocação de Paulo (9. g. A vocação à missão (13. A viagem de volta á Antioquia (14.1 – 15.8-20). Paulo. a. d.h. Atenas: o discurso no Areópago (17. A evangelização em Chipre (13. Marcos e Silas (15.32-43).17).11-40). Filipos: a primeira igreja na Macedônia (16. d.1-3). c.1-17). g. a.25) a.19b-31). IV – O COMEÇO DA MISSÃO AOS GENTIOS (9. A igreja em Antioquia (11. i.21-28).1-7). b.1-5). VII – A CAMPANHA MISSIONÁRIA DE PAULO NA ÁSIA (18. Tessalônica e Beréia (17. e. As obras poderosas de Pedro (9. O concílio de Jerusalém (15. c. a.1-15). a volta de Paulo a Derbe e Listra (16. Paulo parte de corinto (18.36-42).19-30).16-34). A chamada à Macedônia (16. A evangelização dos pagãos em Listra (14. 22 .28 – 20. b.32 – 12.38). A evangelização na sinagoga de Antioquia da Psídia (13. f.18).35).1-5). f. d.1 – 11. O conflito em Icônio (14. c. e.1-19a).4-12).1-25). Paulo começa a pregar (9. A prisão e o escape de Pedro (12.36 – 18. Paulo e os judeus em Roma (28.22-23).b. A defesa de Paulo diante da turba (21. da passagem em estudo.1-12). b. No entanto se faz necessário uma estruturação específica. 2.. Paulo comparece diante de Félix (24. Paulo viaja a Cesaréia e a Antioquia (18.31b).1-16). E CRESCE (9.24-28).17-31). Samaria e Galiléia (9. 2. ou seja. Os doze discípulos em Éfeso (19. A viagem de Paulo de Éfeso a Mileto (20. i.2. A viagem de Paulo para Jerusalém (21. g. h.1 – 28. c.31). 1.37 – 22. sigo: A IGREJA DESFRUTA DE PAZ. g.32).31b). Sendo assim para uma melhor compreensão do leitor. j. f. 2. e. Paulo é capturado em Jerusalém (21.1-27).31b).1-35).23-41).1-16). A reação de paganismo em Éfeso (19. c.1-7). 23 .2.10).17-36).13 – 26.1 Por toda Judéia.2 No encorajamento do Espírito Santo (9. 1 A igreja desfruta paz (9. A viagem para Itália (27.31a).29). h. f.2 Ao caminhar (9. Paulo comparece diante de Festo (24.17-38). Paulo comparece diante do Sinédrio (22.16).1 No temor do Senhor (9. 2. A obra de Paulo em Éfeso (19.30 – 23. d. 2 A Igreja cresce (9. Paulo é transferido para Cesaréia (23. a.1 Ao edificar-se (9.31b). O discurso de despedida de Paulo em Mileto (20.8-22). d.31).31b).31a). Paulo comparece diante de Festo e Agripa (25.1 – 28. A chegada de Apolo (18. VIII – PAULO É CAPTURADO E ENCARCERADO (21. e. Estes se estreitam com a análise semântica (composta de: etimologia. vemos a ocasião pela qual se dá a escrita de Atos. que está no original grego e será anexada no final deste trabalho. 2. pois ressalta o poder outorgado ao povo de Deus na expansão do Reino. que fornece resguardo bíblico-teológico ao escopo do trabalho. 24 . diacronia e sincronia). encorajando o povo de Deus. que incide em morfologia e sintaxe. para socorrer e ajudar a igreja.3.3. essencialmente. de ser inclusiva sem jamais discriminar raça. cultura ou classe social. por helenistas e por gentios. 2.31). Por isso Lucas escreve. 2. Atos é muito mais do que uma obra de cunho histórico.1 Análise gramático-semântico Veremos a análise do campo gramatical. Isto é algo maravilhoso para os primórdios da Igreja. o Messias acabara de cumprir a sua missão e agora estava no seio do Pai. contexto literário. Estes poderão ser consultados no Apêndice anexado no final deste trabalho. A Teologia Bíblica. o Espírito Santo. que é aprofundamento do motivo que levou o autor a escrever. havia uma preocupação quanto à aceitabilidade da veracidade do evangelho pregado. pois esta enfrentava dificuldades. além de possuir estas estruturas apresentadas acima. ou ainda. também é composta por um diagrama da passagem em estudo (At 9. pelos conflitos gerados pelos judaizantes.A parte final deste sub-ponto. que estará totalmente registrado na forma de Apêndice. que organizará a teologia na passagem.2 Ocasião Confirmando o Contexto Específico.3 CONTEXTO TEOLÓGICO Esta parte do trabalho consta de quatro itens: o gramático-semântico. A ocasião. sempre será a sua missão de pregar o evangelho. Por fim a Teologia Sistemática. a saber. escreve que mesmo na adversidade a tarefa da igreja. Ao demonstrar sua preocupação pastoral. numa cidade. fora de. assembléia. nos mesmos níveis. Busca-se uma interpretação que localize através de palavras presentes no texto. tem seu triunfo na sua esperança em Deus. os paralelos de idéias e históricos. p. 2005. ou qualquer ajuntamento ou multidão de homens reunidos por acaso.49-50). intermediário e canônico. ou assembléia do povo reunida em lugar público com o fim de deliberar.3 Teologia bíblica Esta análise deve “verificar que implicações teológicas a sua passagem possui. vila. Vemos isto em Atos 1.3. de.8. ou causa. de dentro de (de lugar. e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. ao descer sobre vós o Espírito Santo. ou aqueles que em qualquer lugar. ou assembléia dos israelitas. tempo. constituem um grupo e estão unidos em um só corpo. 1980. e de enfrentar as dificuldades encontradas no caminho da pregação e do testemunho do evangelho do reino.31 se dá pela observação do v. pois igreja levantada e dirigida por Deus. sendo preposição. O desvendar das conjeturas aplicadas no texto de Atos 9.]. “mas recebereis poder. literal ou figurativo).” É por isso que vemos na presença do Espírito Santo e de Cristo. o triunfo final é a palavra de Deus que permanece para sempre (MARSHALL. tumultuosamente. ou totalidade dos cristãos dispersos por todo o 25 . o motivo pelo qual a Igreja deve se alicerçar.de ressaltar que mesmo com a partida do Messias ele se fazia presente por meio do Espírito Santo.etc. por. 73). 2. paralelos nos níveis imediato.” (BATISTA. principalmente que relação ela guarda com outras passagens das Escrituras. ligam. 31 nas suas várias palavras cujos paralelos encontram-se em outras páginas das Escrituras: a palavra 1) ἐκκληζία (eklesia) no sentido inicial: de um composto de εκ (ek) ou εξ (ex) [preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede). de. significa: de dentro de. de oferecer um documento veracíssimo e encorajador. de que o realizar da missão não é mero ato humano. p. mesmo que a igreja sofresse mártires. Pode então significar em seu sentido inicial: reunião de cidadãos chamados para fora de seus lares para algum lugar público. BALZ. sendo que esta ação de “ter” está no imperfeito. é usada: “toda congregação”.mundo. emoção. 2005). 2. ou. Galiléia e Samaria tinham paz …”. Lc 16. pode ser traduzido: "Assim. indicando totalidade (1Cr 29. Já a expressão em 2. paz entre os 26 . é encontrada em (At 8. ou ainda a característica desta palavra designar qualquer forma de combinação de duas entidades. “preservar”. Esta maneira de designar a totalidade da Igreja. (BALZ. em (Dt 10.414). a Igreja em toda a Judéia. Mt 16. 2Cr 30. portanto.e. 2005). considerar ou manter como (STRONG.95).28). ou. Hb 11. ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme. ou ainda. Ez 44. Mas seu uso em Atos 9:31. Em 2. Galiléia e Samaria) nos primórdios da Igreja Cristã.2. etc.15) onde também é inserida a expressão ter. não terminada.14).1 εἶσεν εἰπήνην – segue primeiramente. p. 1990.1. Ed 10. ou seja Lucas narra concernente a totalidade da Igreja que residia na Palestina (Judéia. ter e assegurar. e o indicativo insere um tempero realístico e convincente para este estado de possuir algo. neste caso 9. no sentido de utilizar. o que coincide com o sentido literal e figurativo que expressa. vol 2. possuir).1. ausência da devastação e destruição da guerra.1 a palavra εἶσεν no seu sentido inicial. nesta expressão idiomática o autor de atos enfatiza a totalidade da palestina (καθʼ ὅληρ ηῆρ) e o estado em que a Igreja se encontrava “em paz” (εἶσεν εἰπήνην). Isto também é visto no NT (Mt 21. ter (segurar) na mão. No contexto canônico. SCHNEIDER. 18. segurar com firmeza. ou ainda assembléia dos cristãos fieis já falecidos e recebidos no céu (STRONG. segurar. tem o sentido inicial de: estado de tranqüilidade nacional. material e tipo metafórico. ter (i.18). Ἐκκληζία (Igreja) designa a totalidade dos cristãos em uma área geográfica específica e. com a seguinte expressão caracterizadora e modificadora do substantivo Igreja: 2) καθʼ ὅληρ ηῆρ Ἰοςδαίαρ καὶ Γαλιλαίαρ καὶ Σαμαπείαρ εἶσεν εἰπήνην (de acordo com toda a Judéia e Galiléia e Samaria tinham paz).2 εἰπήνην (paz).2. 1. ter ou incluir ou envolver. p. Lucas continua sua narrativa referente à Igreja. vol. agitação. e no seu contexto canônico. (ROLOFF apud. que é o sentido aplicado em Atos.).1. incluindo pessoal. “como segurando algo com segurança manter”.9. SCHNEIDER. prevalece tanto em Moisés quanto em Ezequiel o seu sentido verbal de possuir.31 a Igreja “tinha”.28. 1990. estado saúde que significa paz. Rm 8. mas testemunhavam e sofriam por dano próprio. cada tipo de bem.19).15. Em paz de Deus Hb. i. em (2 Rs 5. (STRONG. Ef 6. Metaforicamente a de reconciliação com mente. "O Deus da paz" significa que é o autor e doador desta bem-aventurança). o caminho que leva à paz (salvação). harmonia.13.51.16. (Lc 2. (ZODHIATES. Entre os indivíduos.26. Ou ainda pode denotar. 15.6).3. 2000). 2005).indivíduos. 7. Seu contexto canônico. Judéia e Galiléia.31. prosperidade. o autor descreve Eliseu desejando paz para a jornada de volta de Naamã. e ainda.e.29. o que leva à felicidade.01.20. 2000).12) na descrição da restauração de Jerusalém “haverá sementeira de paz”.19). 10.32. decorrentes e um um favor divino (Rm 5. At 12.33. Jo16. segurança.2. paz e harmonia (Mt 10. Em última análise da expressão: “καθʼ ὅληρ ηῆρ Ἰοςδαίαρ καὶ Γαλιλαίαρ καὶ Σαμαπείαρ εἶσεν εἰπήνην”. o estado de bem-aventurança de homens justos e retos depois da morte.21. ou seja um ser digno da paz (Lc 19.34. "evangelho da paz" significa evangelho de felicidade. seguridade. "rei tranquilidade."filho da paz" significa filho da felicidade. tranqüilidade (Lc 2. de qualquer que seja a classe. e por esta razão nada temendo de Deus e contente com porção terrena.5]). o autor narra que a Igreja em um sentido mais amplo de que alguma forma experimentava de um momento de paz na Palestina como Igreja no relacionamento como corpo de Cristo havia paz entre os cristãos residentes na Samaria. da paz do Messias. da pacífico.7 [ cf Is 53.6. 1 Ts 5. 2 Ts 3.4).14.13) enaltecendo a proclamação da paz. do cristianismo. e. ). Em Lucas 1. concórdia.. 11.79. (ZODHIATES. felicidade (pois paz e harmonia fazem e mantêm as coisas seguras e prósperas). Também havia paz porque os cristãos eram passivos não pegavam em armas. em (Zc 8. At 7. 27 . ou seja. prosperidade. os cristãos da Palestina estão em um estado de paz. At 9.3). bem-estar. Rm 14. sentido de de paz paz". 1Co 14. significa um rei Lc 12. Fp 4. "o caminho da paz" significa o caminho da felicidade.42. Contudo particularmente há um único sentido de oposição da guerra e da dissensão (Lc 14. o estado tranqüilo de uma alma que tem certeza da sua salvação através de Cristo. em (Jz 21. (ZODHIATES. Ap 6. 2000). Porém o autor quer dizer ou que signifique que por implicação. que não é mais uma lei. Em Atos. experiência. Por isto nos ateremos ao seguir nossa sequência da análise a estes verbos. reparar. virtude. graça. reconstruir. agora é uma pessoa Jesus cristo (At 9. o número inteiro. multidão inteira. 2005). intento.Seguiremos nossa abordagem de uma maneira diferente devido ao alto grau de importância dos seguintes verbos (οἰκοδομοςμένη (edificando-se). afeição. ser aumentado. persistir na jornada iniciada. promover crescimento em sabedoria cristã. Por cosenguinte. erigir uma construção.22. 24. ἐπληθύνεηο (crescendo). denota o fato dos crentes haverem encontrado o verdadeiro caminho. cresçer em sabedoria e piedade (STRONG. Jo 14.fundar.6) Finalmente a expressão grega 5) ἐπληθύνεηο (crescendo). metáforicamente . Contudo em ultima análise pode se dizer que esta expressão é usada num sentido metafórico em At 9. no seu sentido inicial: aumentar. promover crescimento em sabedoria cristã.fundar. afeição. em ultima análise. santidade. (STRONG. bem-aventurança.2). grande número. 18. cresçer em sabedoria e piedade.2005). de homens ou coisas. Então segue: 3) οἰκοδομοςμένη (edificando-se). (ser multiplicado) multiplicar. isto é. experiementar. o lugar que a Igreja estava sendo edificada era em toda Palestina. virtude. ou ainda ser o corpo que se constrói pela ação da cabeça Cristo (Ef 4. tentar algo. 2005). a palavra grega 4) ποπεςομένη (caminhando).18). Seu contexto canonico é abordado como um lugar onde foi edificado um altar (1 Sm 7. outro modo seria um edificio novo (Ap 21. ποπεςομένη (caminhando).2. 28 .15s). ser aumentado. estabelecer. na palavra πληθορ (plethos) que significa: multidão. tornar-se seu adepto. que tem seu sentido inicial: conduzir. multiplicar. transferir. continuar a própria jornada. bemaventurança. partir desta vida. aprender a conhecer pela experiência. graça. Possuindo seu contexto canonico também usa-se sua conotação metafórica “eu vou pelo camino de todos os mortais” (1 Rs 2. pois denota . provar algo.31. estabelecer. ou ser aqueles que constroem (Ef 2.17). santidade. experimentar algo ou alguém. achar o caminho ou ordenar a própria vida (STRONG.20). no seu sentido inicial: construir uma casa. seguir alguém. edificar (a partir da fundação). restaurar pela construção. vindo de um derivado do mesmo de πειπα (peira) e significa: tentativa. (STRONG. transportar. Como fundamento pode significar como ato divino “eu edificarei minha igreja” (Mt 16. Ou ainda quando usada na voz média.2).25. Esta vem de outra forma. 2005). ou templo de Cristo. 4.3-12).31. ser completado. porque Cristo vive a igreja também vive.11-16). comunhão vital e espiritual entre 29 . vol. multidão de pessoas. Ou seja. no entanto quando Lucas narra qualidade eclesiástica de seu tempo revela princípios implícitos no texto de Atos 9. Que se origina de πληθυ (pletho) que é uma forma prolongada de uma palavra primária πλευ (pleo) (que aparece somente como uma alternativa em certos tempos e na forma reduplicada πιμπλημι . ou seja diz respeito à sua assembléia exterior. é o conjunto dos salvos no qual são habitação. crescimento no salvador e crescimento da Igreja e do cristão nela (Is 54.11). espalhados na Palestina que também eram direcionados pelo propósito divino do agir do Espírito Santo que confortava e direcionava a comunidade cristã (CHAFER. organismo ao qual ele dá vida espiritual e por meio do qual ele manifesta a plenitude do seu poder e graça.8. o crescimento do mal do mundo (Sl 73. Por isso Igreja pressupõe união com Cristo.3. 35. bem como crescimento do povo eleito. p.1s. 2008.pimplemi). Em seus usos bíblicos pode denotar o crescimento da criação (Gn 1. portanto a Igreja não pode ser definida em termos simplesmente humanos. e tendo a Cristo na Igreja a faz superior do que todas instituição humanitárias. 2Co 10. a Igreja em seu sentido teológico é também mais amplo. 507). 396-397. Vemos que esse texto se refere a Igreja visível. mas sim considerar um elemento que transcendente. Em ultíma análise Atos usa com o sentido de crescimento da Igreja e do Cristão nela. organizada ou reconhecida. Cl 1. Na qual é um grupo de “Igrejas” (Cristãos). 1Pe 2. Só isto transforma o pecador em um cristão que possa ter crescimento.41. pois Igreja também é o corpo de Cristo. Ef 4.2-5. 2. por sua vez significa: preencher.14. contemplando assim uma vida de serviço a Deus e ao próximo. At 2. 2005). porém não anula o que citamos acima. Isto é. ser preenchido (STRONG.22). estas morrem mas.15.10.4 Teologia sistemática A passagem em questão em si não é um texto doutrinário. de suas ordenanças bíblicas e de seus ministérios. O NT tem apresentado instruções claras com respeito à Igreja visível quanto as suas autoridades. 5. uma vida que gera o andar e o servir daqueles que são salvos. Posuindo no seu contexto canônico denota tanto o crescimento de ímpios como do povo eleito (Gn 4.assembléia. aprouve a Deus conservar sua palavra e especificadamente o texto sagrado. p. o texto abordado. 30 . vol. é a cidadela da verdade. 2001. e assim crescer nEle. Tendo por característica o cumprimento do seu propósito que não é o de ser.31. Como corpo de Cristo. que compartilha de uma esperança e que serve um só Rei. portanto. edifica-se na comunhão. p. 2008. Estes crentes que participam da nova aliança em Cristo. submentendo-nos ao seu senhorio e a ação motivadora e consoladora do Espírito Santo. na referente passagem 9.os indivíduos o que constitui o princípio organizador da Igreja (STRONG. e da agência de Deus. p. trata. que nos informa através de sua narrativa o quanto é maravilhose ser Igreja do Deus vivo. 2. E também no que se refere teologicamente às marcas da Igreja em geral a pregação da palavra e em particular a ministração da palavra aos fiéis. 525-530). agora estão inseridos em um novo modo de vida.31. a Eclesiologia. para comunicar aos crentes todas as bênçãos espirituais. 519. pois conclui-se que nela havia primitivamente uma atividade eclesiológica por toda a Palestina. mas também em sua implicação interna. Por isso implicidamente. e também. livro de Atos. que os elementos que compõem os atributos e marcas da Igreja estejam de alguma forma inseridas nesta narrativa. mas.1561). está destinada a refletir a glória de Deus (BERKHOF. É implícito. impactados pela graça através de Cristo. o de expandir o Reino de Deus aqui na terra. crescia. pregação e ministrassão dos sacramentos. santidade e universalidade. Pois. Em vista do plano eterno de revelação. visto que a Igreja de Atos 9. esta. dos sacramentos. da doutrina referente à Teologia Sistemática. no assunto que se refere aos atributos da Igreja. sua unidade. 1999. por isso viviam em Cristo e submissos a Ele e também por intermédio da ação do Espírito Santo na vida do cristão e da Igreja (GRUDEM. e também crescer como Igreja do Senhor instituida aqui na terra. ou seja. 715-728). pois a essência da Igreja não se acha somente na sua comunicação externa. a mensagem é oferecida a todos os cristãos primitivos. com maestria. no qual a vinda do Espírito Santo e a missão da igreja que preenchia a lacuna causada pela demora da paurosia (MARSHALL. p. 3. o quanto ele é autêntico e como o nome de Jesus deve ser anunciado ao mundo. p. pois a Igreja estava inserida em uma cultura politeísta e helenista. 3. 1982. constituída de judeus e gentios. sem restrição de raça. Pois todos estes motivos pelo qual Lucas escreveu Atos são permeados pelo propósito importante de demonstrar como a igreja. Por esta razão. conforme identificado no Contexto Geral. nobreza ou poder. Isto será feito em 31 . Para isto. parte do propósito controlador do autor de Atos. Então Lucas tem por propósito controlador ao escrever Atos é de convencer Teófilo que ninguém pode prejudicar a vitoriosa marcha do evangelho em Cristo. Lucas aborda que Deus desejava espalhar o evangelho e enviou o Espírito Santo para promover a causa do seu reino (At 1.8). pois a autor Lucas foi o homem escolhido e preparado pelo Espírito Santo para proclamar a universalidade da revelação divina. 2006.3 ARGUMENTAÇÃO TEOLÓGICA A argumentação que se segue tem caráter teológico e tem como alvo expor o argumento de Lucas. delineado nos itens anteriormente esboçados em toda obra acima.2 ANÁLÍSE TEOLÓGICA Segue-se a análise teológica da passagem através de uma argumentação que considera todos os contextos pesquisados. forma uma continuidade com o Judaísmo.1 DECLARAÇÃO DO PROPÓSITO CONTROLADOR DO ARGUMENTO A argumentação. retratando assim ao excelentíssimo Teófilo como o evangelho entra no mundo. acima: a igreja estava em seus primórdios. (KISTEMAKER. abaixo. por isso alguns poderiam duvidar de sua identidade. acima descritos.57). vol. Lucas ao escrever sua obra. No entanto.1. também para produzir um novo conceito teológico.20). Lucas relata a Teófilo o progresso das boas-novas de Jerusalém até Roma. 25. esse versículo está relacionado tanto com o que precede e tanto ao que se segue. Comumente são traduzidas por “então. assim e etc. resumo. E CRESCIA (At 9. Ao compararmos os resumos anteriores (At 2. At 5.31). no entanto. 4. por isso.3. onde aguarda a convocação que leva à fundação de uma igreja mista. A fórmula. 15.31). incluindo gentios. vol. aqui.4.42-47. (KISTEMAKER. 2006. 32 . 6.12-16. é uma fórmula na qual Lucas muitas vezes começa uma nova seção do seu livro (At 8. cada um.32-35.5). ora. Por isso é de suma importância entender que nesta síntese é elucidada a seguinte temática: A IGREJA DESFRUTAVA DE PAZ. que num determinado tempo desfrutou da paz por todas palestina e que crescia abrangentemente.409). possuindo seus respectivos sub-pontos. em Atos 9. Galiléia e Samaria.8 – 9. dificilmente seria outra coisa senão uma nota editorial. μὲν οὖν. inserido por Lucas. pois. 11. tais como expressos pelo autor ao longo do verso em análise. significa que novos desenvolvimentos repousarão sobre uma base sólida colocada na Judéia. e não seria impróprio para tomar o verso como o início da nova seção que continua até (At 11.4. (cf. 13. porém. Ou seja. 14. na verdade”.31. portanto. aqui é necessário fazer uma explicação da expressão inicial do verso 31 (μὲν οὖν). Atos 9. 30.5.31 ela é usada como uma expressão de continuidade que Lucas emprega para indicar transição: “e assim.3. Sendo assim. 8.dois pontos básicos. Ou seja.7).41. A igreja desfrutava de paz por toda Judéia. parece necessário considerá-lo em seu próprio local que denota ligação com a seção anterior. Antes de adentrarmos nas abordagens das principais teses do autor. p.” Este versículo.4).19. 1. é por si só para o passado. E é nesta suma que encontramos características da Igreja em seus primórdios cristãos. 5. Galiléia e Samaria. que corresponde a uma abordagem sintética do que foi narrado no segundo bloco de narrativas (At 6. em número e em espiritualidade. esta frase faz a transição para a suma no verso 31. e. 12. Esta combinação é comumente usada por Lucas e ocorre cerca de trinta e nove vezes em Atos. 1. Vejamos como segue abaixo. 16. Prosseguiremos em dois pontos principais. uma seção que primeiro leva Pedro a Jope.18). O testemunho da Igreja é duplo. unificando todos os crentes pelo batismo (1 Co 12. consolação e salvação entre todos os povos. Quanto aos mensageiros.7-8). Contudo. para assim ser repleta de unidade.11 Lucas usa a palavra (ἐκκηζία).22). quanto a sua mensagem. cabe a Igreja expandir o Reino de Deus pelo anúcio da Palavra de Deus. esta expressão é carregada de significados. Temos também Filipe que explica a passagem que o Eunuco estava lendo (Is 53.15.17) e também por Cristo ser a cabeça da Igreja (Ef 1. 7). para designar a comunidade dos cristãos.18. a igreja tem por ministério ser o corpo de Cristo. no entanto não faz qualquer tentativa de dizer que pode ser construída pelo meio de viver no temor do Senhor. que é composta de eleitos e de não eleitos. mas era ralizado reuniões nas casas dos próprios cristãos. normalmente em um sentido local. formamos um só corpo” (1 Co 10.40). É de difícil compreensão aprender com a própria palavra empregada por Lucas. é o que vemos no sentido contextual. pregação do evangelho. morreu por pregar o Evangelho para muitos e mesmo na sua morte não imputou culpa aos seus executores (At 6. exceto que tais meios dependam da obra do Espírito Santo. e é isto que a Igreja fazia insistentemente em seus primórdios. O versículo presente descreve o bom funcionamento da Igreja. Filipe por sua vez retrata muito bem a missão da Igreja. Pois.1 Igreja (ἐκκληζία) A igreja como vimos anteriormente estava inserida no contexto do domínio do Império Romano. pois pregava o evangelho por todas as cidades que ele passava (At 8. e este veio a ter a Cristo como salvador pessoal. porém é claro que aqui seu sentido denota ser a Igreja visível. pois a Igreja primitiva sequer possuia templos. mensagem e mensageiros. de maneira alguma se perde a essência do que é a Igreja.13. que quando semeado há por parte da Igreja testemunho. no entanto é entendida como a composição da comunidade eclesiástica.27) e pela comunhão eucarística (1 Co 10. Portanto quando o autor usa a expressão Igreja no singular não indica Igrejas formadas nos moldes atuais. “já que há um só pão. “Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!” (Rm 10. Estevão homem cheio de graça e poder de Deus. Is 52. e quando se locomoviam por 33 . exortação. Em Atos 5.1.16s).7). pois o próprio corpo de Cristo é que torna a igreja una. .motivos de viajem ou até mesmo de fuga. Outro fator que corroborou enormemente para esta paz da Igreja na Palestina.C. que era neto de Herodes. visto que naquele tempo alguns sacerdotes também exerciam um papel político. mesmo sendo este judeu. Ele foi ferido pelo anjo do Senhor e teve uma morte dolorosa (At 12. tinham o aval do governo para expressar sua religião e esta é uma característica do helenismo que permeava aquela época. ele depôs Caifás. em Atos 9. Se dá pela suposição de que o sumário de Lucas corresponde aos anos 36-37 d.1-3 26. se concratulavam ao encontrar outro irmão na fé. O que ocorreu foram as sucessivas trocas de governantes. desistissem e ouvissem os seus novos 34 . Em 36 d.. o sumo sacerdote.C. Essas mudanças fizeram com que os Judeus. ou ainda faziam vistas grossas quanto as atrocidades cometidas contra os cristãos através dos judeus. ou seja tanto os Judeus do sul da Judéia e do norte da Galiléia viviam em perfeita harmonia com os Samaritanos (KISTEMAKER. e possui desde os seus primórdios mártires. e transferiu o sacerdócio para Jônatas.23).9-11). o Grande.. gentio ou samaritano. por isto Lucas indica a forte unidade do corpo de Cristo na Palestina. neste ano Calígula concdeu a Herodes Agripa I autoridade para governar como rei da Palestina. o governador romano Vitélio sucedeu Pôncio Pilatos.2 Desfrutava de Paz (εἶτεν εἰρήνην). 2006. vemos a narrativa de sua gloriosa conversão.C. e estes. os judeus.. ele mesmo reconhece isto em (At 8. pois a atenção dos judeus foi desviada para outros assuntos e somente assim se dizia que a Igreja desfrutava de paz.C. 1. pois visto que o próprio governo não simpatizava com os assim denominados cristãos. promoveu ordem e estabilidade. é o que vemos em (At 8. Quando o imperador Tibério morreu em 37 d. um ano mais tarde Jônatas foi substituido por seu irmão Teófilo.1-30. ao contrário de Pilatos. então sabemos pelo historiador Josefo que esses anos foram marcados por mudanças. Esta perseguição que era extremamente acentuada por parte dos Judeus. Vitélio. a partir daí há um cessar parcial das perseguições. Paulo era um icone que encabeçava esta persseguição cruel. governou de 37-44 d. p. 467).9-11).1.1-3 26. Herodes Agripa I. A Igreja antes era severamente perseguida. inclinados a perseguir os cristãos. Contudo. Contudo esta liberdade tomou proporções drásticas. Logo que assumiu o cargo. foi sucedido por Calígula. normalidade no caso de agora. mas também por estarem integralmente e totalmente em um estado de ser Igreja (ser cristão) na Palestina. 1. pois só isso não faria diferença. por intermédio de Cristo. nesta expressão usa-se três substantivos que localizam o espaço geográfico em que está inserida a Igreja. nestas combinações vemos a extensão na qual a Igreja está inserida. ou seja a “Igreja” (cristãos).8) que diz “Jerusalém.1 Por toda a Judéia. ou seja. que indica a extensão e abrangência da missão cristã.31. sendo que a expressão geográfica. aqui especificadamente é feito uma citação única da palavra Galiléia com o sentido de ser local de moradia de alguns cristãos. não somente num aspecto geográfico. pois nos outros dois casos em que aparece Galiléia em Atos não denota permanência de cristãos mas é vista como uma cidade que foi alvo da pregação da palavra ( At 10. depois do batismo que João pregou”). esta expressão também denota que os cristãos estavam presentes na sua completude. por conseguinte segue o texto. “ao longo de toda a”. Judéia. no entanto em 9. a paz. Judéia e Samaria e até os confins da terra”. Portanto paz é usada em seu sentido mais amplo além de significar. também significa o estado normal de todas as coisas. paz dos homens uns com os outros.467). desse modo a Igreja desfrutou de paz e tranquilidade. usa-se Judéia.1.governantes. já residiam por toda Palestina no seu aspecto geográfico de norte a sul de leste a oeste. 2006.37 “Vós conheceis a palavra que se divulgou por toda a Judéia. “ao longo” indica abrangência e extensão e o artigo “a” faz conexão com “Judéia. (KISTEMAKER. diferentemente de (At 1. talvez Lucas queira além de mostrar a localização geográfica e extensiva da Igreja. portanto. Galiléia e Samaria. como cristãos serem normalmente considerados como cidadãos no império romano da Palestina.2. Galiléia e Samaria (Ἰοσδαίας καὶ Γαλιλαίας καὶ Σαμαρείας). Ou ainda. também é citado como um dos 35 . tendo começado desde a Galiléia. tendo assim a paz com Deus e a paz na alma. como vemos abaixo. para Igreja que vive a salvação em cristo e. Galiléia e Samaria (καθʼ ὅλης ηῆς Ἰοσδαίας καὶ Γαλιλαίας καὶ Σαμαρείας) Por toda a (καθʼ ὅλης ηῆς). que tem por característica o que vimos anteriormente. paz para a Igreja também é vista como a salvação escatológica do homem todo. p. Galiléia e Samaria”. distrito”). para distingui-la de Samaria.6. nome de uma região do norte da Palestina. b) Ιοσδαια (Ioudaia). subiram da Galiléia para Jerusalém. não há em Atos evidencias de que tenha ocorrido fundação de igrejas na Galiléia. o 36 . neste ponto. A ocorrência da Galiléia. Era dividida em alta Galiléia e baixa Galiléia. que significa: Galiléia (“circuito”). incluindo a área de meio-judeu de Samaria. No seu sentido hebraico גלילה (Galiylah) significa: Galiléia (“circuito.lugares que Jesus apareceu após sua ressurreição (cf. A igreja está em paz e próspera. 2005). parece mais provável que havia poucos cristãos na Galiléia. rei de Tiro. provavelmente. com ele. refere-se a toda a Palestina. cercada ao norte pela Síria. pela Samaria e ao leste. assentada e estabelecida em todas as áreas judaicas. num sentido restrito. Segue uma pequena argumentação gramatical e geográfica de cada cidade: a) γαλιλαια (Galilaia) de origem hebraica ( גלילGaliyl) ou (forma alongada) ( גלילהGaliylah). Significa: Judéia (“seja louvado”). mas que havia muito poucos cristãos nessa região.”). Pode-se até argumentar que a Judéia. Ptolemaida e seus territórios e o promontório do Carmelo. pelo Jordão. ao oeste por Sidom. e agora estão prontas para uma maior expansão. 1 Co 15. no qual estavam situadas as 20 cidades que Salomão deu a Hirão. Comprovando assim que provavelmente havia cristãos na Galiléia. e foi visto muitos dias pelos que. localizada ao ocidente do Jordão e do Mar Morto. No entanto. sem qualquer implicação de que havia uma comunidade organizada na Galiléia ou não. feminino de ιοςδαιορ (Ioudaios) (com a implicação de γη (ge)). significa apenas que a igreja é agora de acordo com Lucas. Galiléia. um grupo de cidades ao redor de Quedes-Naftali.30-31 “Mas Deus o ressucitou dente os mortos. Galiléia e Samaria em Atos 9:31 poderia ser apenas como uma fórmula conveniente para afirmar que a Igreja judaico-cristã inteira estava em paz. Galiléia dificilmente poderia ser omitida. num sentido amplo. os quais são agora as suas testemunhas perante o povo. um território em Naftali amplamente ocupado por gentios. O silêncio sobre a Galiléia em Atos não pode significar que a igreja já estava estabelecida ali. como pagamento pelo seu trabalho de fornecer madeira do Líbano para Jerusalém. At 13. No seu sentido Hebraico ( יהודהe a ) significa: Judá (“louvado”). ao sul. Peréia. a parte sul da Palestina. e Iduméia. Tiro. (STRONG. 2005). de origem hebraica ( שמרון hebraico ( שמרון er er ). (STRONG. a tribo descendente de Judá. na história da salvação o crescer do mal. um levita na época de Esdras. um sacerdote na época de Neemias. por exemplo: na criação como multiplicação.filho de Jacó com Lia. território da Palestina. um músico levita na época de Neemias. denota seu sentido de: Samaria (“montanha para vigilância”). ou seja. que tinha Samaria com sua capital. do povo eleito. o crescimento é a lei da vida cristã. Ou ainda. de ser Igreja em total completude. da Palavra. a região na parte norte da Palestina pertencente ao reino do Norte. isto era também expresso em todo território. Das várias maneiras que se pode entender a expressão crescer. 2005). A Igreja cresce (ἐπληθύνεηο). a paz da alma. que era formado pelas 10 tribos de Israel que se separaram do reino do Sul depois da morte de Salomão durante o reinado de seu filho Roboão. como cristãos serem normalmente considerados como cidadãos no império romano da Palestina. por onde se obtém a paz com Deus. (STRONG. Significa: Samaria (“proteção”). normalidade no caso de agora. ou em sua totalidade que vivia a salvação em cristo e. é o sentido de crescimento da Igreja e do cristão nela. o reino composto pelas tribos de Judá e Benjamim que ocuparam a parte do sul de Canaã depois da nação dividir-se dois reinos após a morte de Salomão. também significa o estado normal de todas as coisas. a salvação escatológica dada ao homem todo por intermédio de Cristo. e a Igreja também era reconhecida por estas características de ter a Cristo. o filho de Jacó. 2. No ). pois. c) ζαμαρεια (Samareia). portanto. um supervisor de Jerusalém na época de Neemias. mas na 37 . ou seja. ou ainda é característica daqueles que tem a Cristo como Senhor e salvador de suas vidas. O significado que mais atende a intenção autoral do livro de Atos. assim como de qualquer vida. Portanto em todas as regiões citadas acima a Igreja alcançou paz no seu sentido mais amplo de paz dos homens uns com os outros. pois o cristão deve crescer não isolado. a paz eclesiológica também era vista em toda a Palestina. e do reino de Deus. isto também inclui paz que era. o território ocupado pela tribo de Judá. sendo inicialmente governadas por Jeroboão e a capital do reino do Norte ou Israel localizada 50 km ao norte de Jerusalém e 10 km a noroeste de Siquém. ou seja.2-5) (DUFOUR. não fazem outra coisa senão plantar e regar. pois Jesus a cabeça da Igreja é o sustentador de sua obra. a pedra angular não é só o edifício novo. mas também seu construtor. Este crescimento que é descrito em Atos 9. Pois construir é um desejo natural do homem. 2. p. A palavra crescer está ligado diretamente com o conhecer a Deus.6-9). pois o cristão e a Igreja só crescerão pelo fato de conhecerem e de terem uma profícua intimidade com Deus. Cristo. e o próprio Jesus é quem também a edifica. espiritual e em número. é a sua Igreja. evangelistas. a casa espiritual que é a Igreja cresce e se edifica (1Pe 2. são só colaboradores de Deus.9. sob a ação da cabeça. ou ainda um povo que edifica e constrói suas casas. Fp 1. proporcionando assim a geração de frutos no cotidiano cristão. 1Ts 3. segundo. se dá pelo modo de vivência dos primeiros cristãos com Deus e de uns para com os outros.31. Crescimento este que devido à qualidade do crescer cristão o Senhor Deus proporciona o aumentar e o multiplicar da menbresia Cristã.12) Paulo convida para o crescimento no conhecimento de Deus. o corpo de Cristo que se constrói. isto é visto pelo menos por duas razões que veremos agora na sequência da análise teológica.18). um edifício que se constrói.1 Ao edificar-se (οἰκοδομοσμένη). Paulo convida o cristão a crescer na fé. pois é Deus somente Deus é que dá o crescimento (1Co 3.. ou seja. em (Cl 1. nas boas obras.31. o corpo inteiro se constrói em si mesmo por intermédio de Cristo. No entanto o sentido de edificar em Atos 9. pois aqui se trata da edificação do corpo de Cristo. No entanto esta edificação é mutua no corpo 38 . 187). 253-254). p.10. Jesus é o próprio edificador da Igreja. na qual esta inserida uma pedra viva. 2002. que aborda tema de construção. pastores etc. pois o edifício é a sua obra. Esta é a primeira. A edificação deste corpo se dá pelo menos em duas ocasiões: primeira. por isto cristãos.Igreja.15). ao mesmo tempo em que ele cresce para salvação. Este conhecer a Deus proporciona para o cristão e para a Igreja o crescimento na graça (2 Pe 3. 2002. Isto fica mais claro quando vemos em (2Co 10. Seja este uma construção. Pois aqui edificar não denota seu sentido primário do antigo Israel. (DUFOUR. tem uso diferente. das duas características da Igreja primitiva que proporcionou crescimento em sua totalidade. sua cidade e seu templo. são agregados princípios norteadores. a evangelização. pois tudo isso retrata a verdadeira edificação que era vista na igreja primitiva em seu constante desenvolver da sabedoria e piedade. e com certeza pode ainda fazer diferença nos dias atuais. Portanto. É o que veremos a seguir. na afeição. Lucas emprega aqui o significado de “conduzir da vida”. Quais seriam estes limites. pois conduzir somente a vida por conta própria nem sempre significa um proceder agradável a Deus. pois entender isto implica numa maneira correta de conduzir a nossa vida cristã. no encorajamento do Espírito Santo. foram edificados. mas principalmente na sua força espiritual.2 Ao caminhar (πορεσομένη). a pregação da palavra. expressa movimento em geral.de Cristo envolvendo.31. este conduzir da vida dos cristãos em seus primórdios. a comunhão da Igreja. ou seja a Igreja caminhava dentro de limites que lhe proporcionava crescer. ou seja a maneira da Igreja caminhar. na graça. daí. indicando assim o fundar e estabelecer da Igreja através da edificação que é o promover do crescimento na sabedoria cristã.31. perante Deus e os homens. em geral esta palavra. caminhar. o que segue como caracterizador do conduzir da vida cristã nas duas formas descritas em Atos 9. Deste modo a Igreja foi fortalecida na fé e não apenas aumentaram em número. Esta é a segunda característica que proporcionou o crescimento na Igreja. a palavra normal para a marcha de um exército. ou seja. Por isto. por isso é acrescido no “conduzir da vida” alguns dos limites da vida cristã em pelo menos duas formas: no temor do Senhor e a outra. frequentemente confinado dentro de determinados limites. 2005). Vejamos abaixo. na santidade e na bem-aventurança. o autor de Atos usa a expressão edificar no seu sentido metafórico. para melhor enterdermos. ou seja. no conduzir da vida segundo Atos 9. bem como a ministração do batismo e da santa ceia. 2. o ter Jesus por cabeça. foram construídos em sua fé santíssima. sendo isto de suma importância para o cotidiano eclesiástico. na virtude. o prazer mais livre e constante. 39 . (STRONG. envolve também o culto de adoração a Deus. serviço mútuo. ou que dá proeminência ao comportamento. fez grande diferença. dono da Igreja e da vida aqui é representado como o soberano que merece um título de honra que expresse reverência.10b.10.27). e por intermédio de Cristo ( At 9. através do Espírito de Deus. 4. e também a característica de mostrar uma conduta ética que é natural para aqueles que pertencem ao reino de Deus. 17. 4. Esta ação de conduzir a vida no temor do Senhor implica em pelo menos duas características: a característica de possuir uma profunda reverência pela pessoa do Senhor (κςπίος).1.21 ). Pois este temor ao Senhor também implica numa reverência e honra a Jesus Cristo como salvador e Senhor do seu viver diário. 1Pe 2.35) e de seu status ressuscitado (2. 9.28. os cristãos acreditam. 21.31.36. 15.14.31. Portanto parece que Lucas usa esta expressão temor do Sehnor.20.33. 17. discípulos "do Senhor" (9. 2 Co 7. mas sim uma marca permanente de uma vida transformada.21). 20. contudo este título é dado a Deus quanto ao Messias.21. Ef 5.5. pois é Cristo que oferece tanto a motivação como da maneira da conduta cristã (Lc 18.31. 28.22. 23. At 9. 22. ou exaltam. 2Co 7. e atitudes em que as circunstâncias são guiadas pela confiança em Deus. em assuntos espirituais e morais. 42. Mas uma série de frases tipicamente de Lucas usando κύπιορ ocorre uma ou outra vez: O Senhor (ressuscitado) (Jesus) apareceu e fez ou disse algo (9.15). (Rm 8. Ou seja.31). 11. 14. Ou seja.1 No temor do Senhor (ηῷ θόβῳ ηοῦ κσρίοσ). 13. 24. 19. mas um medo saudável de desagradá-lo. “temor” e “reverência” diante de Deus (At 9.15). 9. 14. 9. pregar e batizar em seu nome (8.17.2.18. um medo que bane o terror pela sua acolhida. influenciando a uma disposição. com o significado de temor reverencial. que não é somente um cuidado circunstâncial. ou são adicionadas ao "Senhor" (5. 40 . Aqui é empregado com o significado de “medo”.16. Ef 5. Cristo é o objeto deste temor. por sua vez. Em Atos Lucas usa κύπιορ do ministério terrestre de Jesus "(1.18).2. Cl 3.11. Ap 11.2. 20. por isto aqui não denota um significado de ser um mero temor de Seu poder e de sua retribuição justa.35. e a partir de sua presença.21).23.17. 16. esta reverência a Deus acarreta numa confiança total no Senhor.3).3. pois o “Senhor”.31. sobre o qual ele tem o poder de decisão.1. Deus é o motivo da vida. 26. Rm 3.1) pregar ele (11. Senhor denota aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence. 11. 21b. 2000. Em Atos 9. vol. (BROWN. 5. Não deixavam de recorrer para o encorajamento e para o conforto do Espírito Santo. estava desfrutando de um tempo de paz por causa da mudança de foco dos Judeus. p. 6-8). a Igreja edificava-se. naturalmente esta Igreja cresce em numero e também no crescer pessoal do cristão na sua vida eclesiástica. pois Lucas entendeu que o Espírito Santo equipa a Igreja para missão. Sendo assim mais propensos a andar alegremente e a andar prudentemente. tendo por consequência o desfrutar do conforto. mas em dias de descanso e prosperidade. mas alegres na vida cristã. Lucas apresenta consistentemente o Espírito Santo dirigindo a vida das Igrejas locais. Por isto. ao evidenciarem marcas de uma Igreja genuína e saudável. vive no temor do Senhor. Ou ainda conforto do Espírito Santo que era consolação do povo de Deus e da Igreja. 41 .2 No encorajamento do Espírito Santo (καὶ ηῇ παρακλήζει ηοῦ ἁγίοσ πνεύμαηος).32-35. andava no temor do Senhor gerando uma vida de reverência e honra a Jesus Cristo como salvador e Senhor do seu viver diário. Eles caminharam no encorajamento do Espírito Santo. do encorajamento e da direção do Espírito Santo. pois a Igreja viveu não só em dias de angústia e aflição. b) A Igreja estava crescendo e conduzia sua vida nos limites cristãos. At 2.2. 739-741) Portanto este crescer da Igreja está na ligação destes dois elementos: quando andaram no temor do Senhor. ou seja. e que isto faz a maior alegria do crente em Cristo. então eles andaram no conforto do Espírito Santo. desnpenhando além da missão salvífica.12-16.42-47). pois eles estavam presos nos caminhos do Senhor. pois uma Igreja deve andar no conforto. Evidenciando que está implícita essa direção do Espírito Santo (cf. estando a Igreja cheia do Espírito Santo. Galiléia e Samaria).31 a ação do Espírito Santo é expressa com exatidão.são: a) A igreja que estava inserida na Palestina (Judéia. mudança esta que se deu pela conversão de Paulo e pela mudança dos governantes da Palestina. este irá capacita-la para à sua obra.2. assim também. 1. no encorajamento e na direção do Espírito Santo. esta direção é expressa em (At 4. não foram só fiéis. As conclusões da argumentação acima. Doutrina referente a Teologia Sistemática. ou seja. descrevendo que a Igreja desfrutava de um período de paz por toda Judéia.8-9. Galiléia e Samaria. E também no que se referem teologicamente as marcas da Igreja em geral pregação da palavra e em particular. usa argumentação narrativa. por conseguinte esta Igreja é descrita na narrativa de Lucas em Atos por estar crescendo ao andar no temor do Senhor e no encorajamento do Espírito Santo.4 SÍNTESE TEOLÓGICA Esta seção se ocupa. descreve a Igreja vivendo e desfrutando de um período de paz na Palestina. basicamente. retrata dois momentos singulares da Igreja em uma suma que é referente ao bloco narrativo (Atos 6. segue o seguinte argumento: O autor Lucas para atingir seu propósito de descrever características da Igreja em seus primórdios.2 ARGUMENTO DO AUTOR Para fazer isso. sua unidade. em apresentar um mapa geral da passagem.31).31 crescia. denomina-se Eclesiologia no assunto que se refere aos atributos da Igreja. Ao fazer isto.3 TEOLOGIA DA PASSAGEM Disso tudo emerge a teologia da passagem: onde é tratado da doutrina da Igreja. demonstrar o argumento da teologia da passagem. 4. ministração da palavra aos fiéis e também dos sacramentos. e após esta suma. Lucas. encerra este bloco narrativo (Atos 6. andando no temor do Senhor e no encorajamento do Espírito Santo.8-9. 4. e que esta crescia: edificando-se.1 VISÃO GERAL DA PASSAGEM Neste mapeamento da passagem o escritor de Atos.31). visto que a Igreja de Atos 9. Nesta suma. indicar sua teologia e relacioná-la com confissões de fé reformadas (Atos 9.31). Aqui é implícito 42 . santidade e universalidade. logo após a narrativa da conversão de Paulo. dá continuidade à sua narrativa em uma nova perspectiva. 4. 11:3-4. administradas as ordenanças e celebrado o culto público. Ef. 4:11-13. está destinado a refletir a glória de Deus como esta se vê registrada na obra da redenção. p.2:8. a casa e família de Deus. 525-530). (Ref. e 12:12-13. A Igreja Católica ou Universal. Mat. os oráculos e as ordenanças de Deus. para congregamento e aperfeiçoamento dos santos nesta vida. A esta Igreja Católica Visível Cristo deu o ministério. a plenitude daquele que cumpre tudo em todas as coisas. At. defendida por Lucas na passagem exegetizada (At 9. II. 1: 18). os torna eficazes para esse fim. Isa. 13:3 Col. segundo a sua promessa.31) encontra-se claramente exposta nas confissões de fé reformadas. Rom. que são membros dela. 2:47). I Cor. Gen.que os elementos que compõem os atributos e marcas da Igreja estejam de alguma forma inseridas nesta narrativa. Rom. juntamente com seus filhos. afirma: “I. é o Reino do Senhor Jesus. a Confissão de Fé de Westminster (1647) que. At. 10:32-33. 2001. são mais ou menos puras conforme neles é. Mat. com mais ou menos pureza. A Igreja Visível. o corpo. a doutrina da Igreja. 4. 519. Éf. (Ref. 22-23. I Cor.. Como corpo de Cristo. 5:6-7). 2:39. 1:13. em seu Capítulo XXV. 28:19-20). Sal . III. (BERKHOF. consta do número total dos eleitos que já foram. At. seu cabeça. As igrejas particulares. até o fim do mundo. 2:41-42. V. 7 :14. 1:2. 1: 10. mas também em sua implicação interna. formando assim uma unidade espiritual da qual compartilha uma esperança e serve um só Rei. e 3:15. 2:19. como antes sob a Lei) consta de todos aqueles que pelo mundo inteiro professam a verdadeira religião. (Ref. ensinado e abraçado o Evangelho. Ef. É a cidadela da verdade da agência de Deus para comunicar aos crentes todas as bênçãos espirituais. Col. 17:7. dos que agora são e dos que ainda serão reunidos em um só corpo sob Cristo. inciso I a VI. fora da qual não há possibilidade ordinária de salvação. 9:16. que também é católica ou universal sob o Evangelho (não sendo restrita a uma nação. e pela sua própria presença e pelo seu Espírito. AS igrejas 43 . 59:21. ora menos visível. IV. que é invisível. cita-se. pois a essência da Igreja não se acha somente na sua comunicação externa. I Cor. (Ref. pois conclui-se que nela havia primitivamente uma atividade eclesiológica por toda a Palestina. ela é a esposa.4 CONEXÕES CONFESSIONAIS REFORMADAS Enfim. aqui. Mat. Esta Igreja Católica tem sido ora mais. Apoc. uma lista os seguintes documentos confessionais reformados: Catecismo e Confissão de Fé de Genebra (1537). 39 Artigos da Igreja Anglicana (1571). 47. no entanto. Mat. e tem por característica o registro sequencial de eventos da Igreja Primitiva e evidência aspectos. aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus. contudo estas confissões são muito úteis pois verbalizam a crença com respaldo bíblico. haverá sempre sobre a terra uma igreja para adorar a Deus segundo a vontade dele mesmo. mas ele é aquele anticristo. moral e político dos cristãos e o fato do funcionalismo romano não encontrar verdade alguma nas acusações levantadas contra os cristãos da época dos primórdios da Igreja. como a radicação do cristianismo na antiga religião do judaísmo. 23:8-10. Confissão de Fé e Catecismos de Westminster (Maior e Breve) (1647). 1:2. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 5. 2 – Atos.1 Principais resultados obtidos 1 . VI. Não há outro Cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo. trata-se de uma narrativa. Mat. Col. em sentido algum pode ser o Papa de Roma o cabeça dela. relatórios de 44 . por isto é autêntico. 16:18). 11. Rom. por serem feitas por humanos estão sujeitas ao erro. mas sinagogas de Satanás. integro e tem aceitação dos pais da Igreja e está presente na maioria dos manuscritos confiáveis. Mat. quanto ao gênero literário. 2:9. Cânones de Dort (1619). Atos é mais abrangente pois também é uma narrativa conectada em termos de ordem cronológica e trata de várias linhas narrativas compõem o enredo. Confissão Galicana (1559). Catecismo de Heidelberg (1563).” Entende-se que as confissões não são inspiradas. 2ª.O livro de Atos não possui fontes exatas somente especulações. Confissão Belga (1561). não obstante. 1:22. I Cor.20-22. Confissão Helvética (1566).mais puras debaixo do céu estão sujeitas à mistura e ao erro. II Tess. e 13:12. (Ref. Confissão de Fé da Guanabara (1557). 2:3-4). O texto é canônico. a abertura do cristianismo aos gentios. (Ref. o comportamento religioso. enfim. 5:2-4. 13:24-30. I Ped. podem ser identificados alguns distintos gêneros literários: como narrativas. Confissão Escocesa (1560). 1:18. Ef. algumas têm degenerado ao ponto de não serem mais igrejas de Cristo. pois a autor Lucas foi o homem escolhido e preparado pelo Espírito Santo para proclamar a universalidade da revelação divina. formam uma continuidade com o judaísmo. Portanto 45 . porém a data que mais se aproxima é entre 62-64 d. trata. sumas e orações. Lucas é o autor de Atos. este foi um império diversificado. denomina-se Eclesiologia no que emerge ao assunto referente aos atributos da Igreja. 7 – Implicidamente. Contudo não há um local exato da escrita. era também um historiador. Contudo a Igreja teve um cessar das perseguições devido a conversão de Paulo e também pela constante troca de cargos na Palestina.Quanto à autoria devido às evidências internas e externas. Na qual seu propósito é de demonstrar como a igreja. nobreza ou poder. representados por Teófilo. e o poder da vinda do Espírito Santo que impulsionou a missão da igreja preenchendo a lacuna causada pela demora da paurosia. 4 .Quanto à ocasião de escrita se dá pela certeza de que Lucas estava suprindo os cristãos de seu tempo.C.Quanto às ideologias da época do império romano era o helenismo. 6 . da narrativa de Atos se dá no tempo do Império Romano.C. cujas províncias e cidades eram governadas de várias maneiras. da doutrina Igreja que referente a Teologia Sistemática. 3 . especialmente o estoicismo. Este teve a preocupação de endereçar sua obra (Atos). no entanto a Igreja primitiva tinha que lidar com a influência de uma variedade de filosofias. com uma narrativa das origens cristãs. de acordo com sua histórias e circunstâncias particulares. a fim de confirmar a autenticidade do evangelho que estava sendo pregado e ensinado. entretanto a mensagem de Atos também é oferecida a todos cristãos primitivos. constituída de judeus e gentios. a Teófilo. relatórios de missões. ou seja sua unidade. o cinismo e o ceticismo.. 5 – Quanto ao contexto sócio cultural. E a perseguição da igreja de Cristo por partiu em primeiro lugar por parte dos judeus. discursos. e depois pelos gentios. sem restrição de raça. As ideologias da religião no mundo do império romano eram caracterizadas pela crença no ocultismo e na astrologia. santidade e universalidade. sendo que o primeiro imperador romano a perseguir a igreja foi Nero em 54 d. o texto abordado. suas características eram pautadas no sincretismo religioso e isto afetou no crescimento do Cristianismo. este era um gentio com educação superior (Médico).viagem. Contudo o Império Romano na Palestina era marcado por uma sociedade mista e conflitos sociais e religiosos. que se submetendo ao cuidado amoroso da trindade Santíssima.havia primitivamente uma atividade eclesiológica por toda a Palestina. 5. consultar página 41. formando assim uma unidade espiritual da qual compartilha uma esperança e serve um só Rei. graça e misericórdia para que no conduzir da vida cristã fosse possibilitado o crescimento do cristão e da Igreja. pois ao fazer esta avaliação pode desfrutar de uma nova perspectiva que se dá num voltar a sua verdadeira prática eclesiológica. para assim obter não somente o crescimento numérico. motivação.3 Implicações desses resultados para a vida Mesmo o livro de Atos não possuir características normativas.2 Contribuição desses resultados ao tema Quanto às contribuições destes resultados para o tema sugerido “A Igreja desfruta de paz e cresce”. Por isto as implicações desse texto Atos 9. devido a esta soberania da ação divina foi possibilitado a Igreja desfrutar de um momento de paz no território Palestino. se dá pela observância que a Igreja contemporânea deve dar para seu modus vivendis. 5. mas também em sua implicação interna.31. foi concedido aos fiéis em Cristo. pois a essência da Igreja não se acha somente na sua comunicação externa. 8 – Quanto às conclusões da argumentação. pois esta está debaixo da soberania divina. se dá pelo destacar da relevância da Igreja. mas também o crescimento cristão no seu ser total. bem como um melhor modus vivendis do corpo da Igreja nos seus atributos eclesiásticos. cabe aqui a consideração de que a Igreja em seus primórdios vivia seus atributos teológicos e por isto não era somente bem sucedida. para somente assim dependente do senhorio de Cristo e de desfrutar do cuidado e da direção de 46 . mas também desfrutava de uma intimidade mútua e de uma intimidade divina. pois estas verdades atendem o querer da Trindade Santíssima para sua Igreja.Deus que se dá na vida do crente por meio da ação poderosa do Espírito Santo. 5. Ou ainda para combater outras práticas errôneas que estão inseridas nas Igrejas do século 21.4 Sugestões para novas abordagens a serem consideradas em trabalhos semelhantes A sugestão do exegeta é que se faça um levantamento sobre que a bíblia ressalta sobre práticas eclesiológicas eficazes dos atributos da Igreja que podem gerar uma Igreja militante eficaz em sua totalidade: esse levantamento bíblico sobre as práticas bíblicas eclesiológicas eficazes poderá combater as práticas eclesiológicas secularistas e pragmáticas. 47 . pode existir Igrejas e cristãos que busquem estas práticas bíblicas eclesiológicas eficazes para somente assim a Igreja possuir objetivos satisfatórios as verdades bíblicas. esse levantamento possibilitaria uma volta à razão do ser Igreja verdadeira de cristo em tempos pós-modernos. pois mesmo não existindo uma Igreja perfeita. sendo que ambas geram um mundanismo e uma cosmovisão de que a vida eclesiástica existe para satisfazer as vontades humanas e não a divina. Variante Αἱ … ἐκκληζίαι pa. (Metzger) Manuscrito Grego Categoria Cat.sai..T. Aland II ite a VI Gália/Itália III? Conclusão: Diante deste inventário.) que é a mesma adotada pelo texto 52 . (Metzger) O Categoria Cat. καὶ πορεσόμεναι… ἐπληθύνονηο. εἶτον … οἰκοδομούμενoι. (Metzger) Lat/Grg III (c/r:I ) V Categoria Cat. Variante Testemunha P74 Unciais ﬡ Unciais A Unciais B Unciais C Unciais 81 Unciais 181 Variante Αἱ … ἐκκληζίαι… εἶτον… οἰκοδομούμεναι.T. esta exegese opta pela leitura de (Ἡ… ἐκκληζία… εἶτεν… οἰκοδομοσμένη καὶ πορεσομένη… ἐπληθύνεηο.ANEXO I MANUSCRITOLOGIA TEXTUAL INVENTÁRIO – ATOS 9. acpr-A A A I I I II II II Texto T. Testemunha 614 1409 2344 Biz (l) Testemunha E Conteúdo acp eacp acpr acp Conteúdo a Conteúdo r Data III Texto T. Aland III II r-A B Texto T. Aland I {A} Ἡ… ἐκκληζία… εἶτεν… οἰκοδομοσμένη καὶ πορεσομένη… ἐπληθύνεηο..T.31 Ἡ μὲν οὖν ἐκκληζία καθ’ ὅλης ηῆς Ἰοσδαίας καὶ Γαλιλαίας καὶ Σαμαρείας εἶτεν εἰρήνην οἰκοδομοσμένη καὶ πορεσομένη ηῷ θόβῳ ηοῦ κσρίοσ καὶ ηῇ παρακλήζει ηοῦ ἁγίοσ πνεύμαηος ἐπληθύνεηο. eacpre eacpre eacp p eacp IV V IV V VI IV-V Data XII XIV XI IX Data VI Alexandrino e-B. καὶ πορεσόμενoι… ἐπληθύνονηο. Conteúdo: e – Evangelhos.e nas seguintes subcategorias: estrita. Antiguidade – a maioria das testemunhas na data variam entre os séculos III. IV e VI. a – Atos. Estes dados estão aqui inseridos para uma melhor interpretação. c – Epístolas Católicas.As Categorias do Sistema dos Aland: Categoria I: Manuscritos de uma qualidade muito especial que sempre devem ser considerados para estabelecer o texto original. p – Epístolas Paulinas. 53 . Também foram avaliados critérios externos segundos suas relevâncias: 1. r – Apocalipse. SÍMBOLOS E CATEGORIAS. Categoria III: Manuscritos com um carácter distinto e um texto independente. Esta categoria é bastante aberta e encaixa muitos manuscritos que ainda carecem pesquisa cuidadosa.) Categoria II: Manuscritos de uma qualidade especial mas que se distinguem da primeira categoria pela presença de influências alheias (especialmente do texto Bizantino) mas que ainda são importantes para o estabelecimento do texto original.) Categoria IV: Manuscritos do texto “Ocidental” ou do tipo do uncial D. e Minísculos. melhor que normal. 3. (Pertencem aqui manuscritos que não são bizantinos mas que mostram uma influência bizantina relativamente forte. (O texto egípcio pertence aqui). e para identificação dos símbolos usados no Inventário acima. Unciais. I .Abreviações usados para: Papiros. Abrangência – a testemunha com abrangência atinge 3 regiões. ABREVIAÇÕES. Justifica-se esta escolha pelo fato de esta leitura ser identificada no grau de incerteza A (totalmente certo) que diminuem as dúvidas a cerca da melhor escolha. tal como os papiros e os unciais até o século III ou IV. 4. II . Categoria V: Manuscritos com um texto pura ou principalmente Bizantino.bíblico. (O texto Alexandrino pertence aqui. 2. que normalmente são importantes para o estabelecimento do texto original. ou que reflectem outras influências alheias de fontes desconhecidas. Grau de importância – possui quatro testemunhas de categoria I. Esta categoria divide. normal. Família textual – a maioria das testemunhas são textos Alexandrinos e Bizantinos. livre. Ciampa. – irmão do.normal. C – “Cesareense”. 54 . Conteúdo: e – Evangelhos. III – A partir do século IV.Texto: A – Alexandrino. a. r – Apocalipse Texto (Origem/Geografia): GI – Gália/Itália. Categorias: II – Fontes dos primeiros três séculos (gregos e latinos).depois de. AR – Arménia. inf. d. B – Bizantino. s/l: Roy E. K – Koiné (proto Bizantino).Ásia Menor. AE – Alexandria ou Egipto. PB – Península Balcânica.normal ou melhor. antes de. SR – Síria. NA – Norte de África. III . NA – Norte de África. – segundo. AR – Arménia IV .O – “Ocidental” Categoria: e .Abreviações usados para Versões Antigas. n+ . Lat – Latim. irm. IB – Ibéria. – influenciado por. cerca Regiões Geográficas: AE – Alexandria ou Egipto.. GI – Gália/Itália.pdf).Abreviações usados para Pais da Igreja. Dados encontrados em: (CIAMPA. BR – Ilhas Britânicas. Heb). ABREVIAÇÕES: Nomes/Significados: seg. SR – Síria. Datas: † – faleceu. Línguas: Gr – Grego. c – Epístolas Católicas. a – Actos.comcast. Manual de referência para a Crítica Textual do Novo Testamento. Roy E. Disponível em: http://home. p – Epístolas Paulinas (incl. AM . PL – Palestina.estrito. ca.net/~rciampa/CriticaTextual. f – livre. PL – Palestina. n . e e 55 .31 Ἡ μὲν οὖν ἐκκληζία Todavia a Igreja εἶτεν εἰρήνην tinha paz καθ’ ὅλης ηῆς por toda a Ἰοσδαίας καὶ Judéia e Γαλιλαίας καὶ Galiléia Σαμαρείας Samaria. ἐπληθύνεηο (e) crescia: οἰκοδομοσμένη καὶ edificando-se πορεσομένη caminhando ηῷ θόβῳ ηοῦ κσρίοσ καὶ no temor do Senhor e ηῇ παρακλήζει ηοῦ ἁγίοσ πνεύμαηος. no encorajamento do Santo Espírito.APÊNDICE A DIAGRAMA DO TEXTO DE ATOS 9. o recurso de uma palavra que informa se um (singular) ou mais (plural) pessoas ou coisas são referidos ou realizar uma ação.Uma conjunção que liga dois elementos gramaticais iguais entre si (por exemplo. (HEISER. etc. uma palavra que funciona para ligar palavras individuais e as construções de várias maneiras. Significa: este. nominativo." Ao contrário o Grego tem apenas o artigo definido. a frase "o homem" tem o artigo definido e é específico. Exceto “o” ou “a”. Nominativo: O caso que normalmente se refere ao sujeito de um verbo ou um substantivo seguinte uma forma do verbo "ser" ou "tornar-se" (isto é. o artigo definido. número e caso. um assunto para outro. Singular. um predicado nominativo) que renomeia o assunto. Na gramática. O artigo grego tem gênero. μὲν Denominação: Conjunção coordenativa. 2005) 2. estes. artigo. 1. refere-se a uma pessoa ou coisa. A ausência do artigo denota indefinição. Por exemplo.APÊNDICE B ANÁLISE GRAMÁTICO-SEMÂNTICO DE ATOS 9. cláusula a cláusula. Etimologia: em todos as suas inflexões.) No "meio" da junção gramatical é dependente ou subordinado ao outro na relação de 56 . etc. (STRONG. (Partícula enfática) Análise: conjunção. singular. feminino. Coordenativa . Análise: O artigo definido identifica ou particulariza um substantivo ou substitui o substantivo. Ἡ Denominação: artigo. apenas casos especiais são levados em consideração. ao contrário do artigo indefinido na frase "um homem.31. aquela. E feminino que é umm dos três gêneros gramaticais em grego (os outros são masculino e neutro). 2005). At 9:31 Ἡ μὲν οὖν ἐκκληζία καθ‟ ὅληρ ηῆρ Ἰοςδαίαρ καὶ Γαλιλαίαρ καὶ Σαμαπείαρ εἶσεν εἰπήνην οἰκοδομοςμένη καὶ ποπεςομένη ηῷ θόβῳ ηοῦ κςπίος καὶ ηῇ παπακλήζει ηοῦ ἁγίος πνεύμαηορ ἐπληθύνεηο. Como partícula significa: verdadeiramente. 2005). expressando relações lógicas entre esses itens. foco ou trajetória de uma discussão. portanto. Introduz uma oração que é mais proeminente do que aquela a que se relaciona. 3. sumário. transição . ou conjunção. de fato.coordenação.) Análise: conjunção . Por exemplo. Inferência . Lógico . (conjunção.A conjunção coordenativa que transmite uma dedução. ou passagem para outra frase. lógica de transição. que atribui destaque a alguma palavra. Seu glossário lê: "Um conjunto Superordenativa é uma palavra que lança a cláusula que cabeças em um relacionamento superordenado para alguns cláusula (subordinados) outros.Uma conjunção que relaciona o fluxo de pensamento de uma frase cláusula. ou declaração. lógica de inferência. certamente. conclusão.Uma palavra que transmite relações sintáticas. então ela estava no acidente.Uma palavra que funciona para ligar palavras individuais e as construções de várias maneiras. Esta categorização é exclusivo para o Fribergs "Analytical Greek NT. seguramente. (HEISER. tem mais a ver com a expressão de funções gramaticais do que qualquer significado "definição" inerente à própria palavra.Uma conjunção que serve para indicar uma mudança no tópico." Superordenativa (ou Hiperordenativa). οὖν Denominação: Conjunção Superordenativa ou Hiperordenativa. relacionado. cláusula. Exemplos incluiriam a ἀμὴν partículas ("verdadeiramente!") E μὲν ("de fato" Romanos 1:8). "Isso significa que uma cláusula 57 . Seu significado." Enfática: Uma partícula. "ela foi à loja. ἄπα e διόηι)." Uma cláusula superordenado é "uma construção gramatical. construção. Partículas são também conhecidas como "palavras de função. Etimologia: de μεν (men) que é uma partícula primária. Exemplos incluem γάπ. ou inferência para a discussão anterior. Partículas . ou passagem. Conjunções coordenativas são também chamados de "paratáctico" conjunções. mas mais importante do que outra cláusula relacionados a ela. Superordenativa é o mais importante (superior) de duas orações subordinadas. (HEISER, 2005). Etimologia: οςν (oun) aparentemente, palavra raiz; partícula. Significa: então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim. 4. ἐκκληζία Denominação: substantivo, nominativo, feminino, singular. Análise: substantivo - Uma palavra que representa uma pessoa, lugar, coisa ou qualidade que pode funcionar como sujeito ou objeto de um verbo. Um substantivo é uma palavra que significa o nome de alguma coisa. Nominativo - O caso que normalmente se refere ao sujeito de um verbo ou um substantivo seguinte uma forma do verbo "ser" ou "tornar-se" (isto é, um predicado nominativo) que renomeia o assunto. Singular, refere-se a uma pessoa ou coisa. Na gramática, o recurso de uma palavra que informa se um (singular) ou mais (plural) pessoas ou coisas são referidos ou realizar uma ação. E feminino que é umm dos três gêneros gramaticais em grego (os outros são masculino e neutro). (HEISER, 2005). Etimologia: de um composto de εκ (ek) ou εξ (ex) [preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); sendo preposição, signuifica: de dentro de, de, por, fora de.] e de καλευ (kaleo), que significa: Já o uso de καλευ (kaleo) denota o sentido de: gritar, tendo um propósito. Este sentido deifere consideralvelmente dos seus sinônimos. (STRONG, 2005). εκκληζια (ekklesia), é a junção de εκ (ek) e καλευ (kaleo), que significa: reunião de cidadãos chamados para fora de seus lares para algum lugar público, assembléia; assembléia do povo reunida em lugar público com o fim de deliberar; assembléia dos israelitas; qualquer ajuntamento ou multidão de homens reunidos por acaso, tumultuosamente; assembléia de Cristãos reunidos para adorar em um encontro religioso; grupo de cristãos, ou daqueles que, na esperança da salvação eterna em Jesus Cristo, observam seus próprios ritos religiosos, mantêm seus próprios encontros espirituais, e administram seus próprios assuntos, de acordo com os regulamentos prescritos para o corpo por amor à ordem; aqueles que em qualquer lugar, numa cidade, vila,etc, constituem um grupo e estão unidos em um só corpo; 58 totalidade dos cristãos dispersos por todo o mundo; assembléia dos cristãos fieis já falecidos e recebidos no céu; De acordo com sua derivação, ζςναγυγη é simplesmente uma assembléia, uma massa de pessoas reunidas; εκκληζια é uma palavra mais restrita, também uma assembléia, mas que inclue somente aqueles especialmente reunidos dentre uma enorme multidão, para a transação de negócio. (STRONG, 2005). εκκληζια usualmente denota uma associação algo mais seleta que ζςναγυγη. Um uso significante de εκκληζια em estrita harmonia com sua derivação era comum entre os gregos. Era sua palavra comum, numa cidade grega livre, para a assembléia legal de todos aqueles que possuíam o direito de cidadão, para a discussão de assuntos públicos. Eram chamados dentre a população toda, “uma porção selecionada dela, que não incluía a massa, nem estrangeiros, nem ainda aqueles que tinham perdido seu direito cívico” (TRENCH, apud STRONG, 2005). ζςναγυγη era, antes dos tempos do N.T., apropriada para designar uma sinagoga, uma assembléia judaica para adoração, distinta do Templo, em cujo sentido é usado no N.T. Provavelmente por esta razão, e também por sua grande aptidão etimológica inerente, εκκληζια é a palavra tomada para designar igreja cristã, uma associação de crentes que se encontram para adorar. Estas palavras, no entanto, são algumas vezes usadas no N.T. num sentido não técnico πανηγςπιρ, ocorrendo apenas em Hb 12.23, difere de ambas, denotando uma assembléia solene para regozijo festivo. (STRONG, 2005). Mas o uso de sg. Está presente em Atos 9:31. Ἐκκληζία designa aqui a totalidade dos cristãos em uma área geográfica específica e, portanto, a ser traduzido com a Igreja: "Assim, a Igreja em toda a Judéia, Galiléia e Samaria tinham paz …”. (ROLOFF apud, BALZ; SCHNEIDER, 1990, vol. 1, p.414). 5. καθ‟ Denominação: preposição, genitivo. Análise: preposição - Uma palavra que ajuda a expressar a relação entre duas ou mais palavras em uma frase ou sentença. A preposição normalmente tem um objeto (o substantivo que segue a preposição) e um referente (a palavra ou frase a preposição e seu objeto modificar) cabeças ou governa uma frase (daí ", frase 59 preposicional"). Por exemplo, na frase "O homem bateu o carro no poste", a preposição "em" tem um objeto (o poste), criando a frase preposicional "no poste". Genitivo - O genitivo é o caso que se qualifica ou restringe a um substantivo por meio de uma caracterização específica. O genitivo normalmente marca um substantivo como a fonte ou o possuidor de algo, ou se refere ao tipo de relacionamento que tem substantivo para outro substantivo. Ele é normalmente expressa preposição "de". Por exemplo, na frase "trono do rei", o substantivo "rei" está no genitivo e qualifica o tipo de trono. Em "sangue de Cristo," Cristo é o substantivo genitivo que descreve posse. O caso genitivo é usado também para os objetos de algumas preposições. (HEISER, 2005). Etimologia: de καηα (kata), partícula primária que significa: abaixo de, por toda parte; de acordo com, com respeito a, ao longo de. (STRONG, 2005). 6. ὅληρ Denominação: adjetivo, genitivo, singular, feminino. Análise: Adjetivo - Uma palavra que modifica ou descreve um substantivo, substitui o substantivo, (por exemplo, pronome particípio, como substantivo), ou outro adjetivo. Genitivo - O genitivo é o caso que se qualifica ou restringe a um substantivo por meio de uma caracterização específica. O genitivo normalmente marca um substantivo como a fonte ou o possuidor de algo, ou se refere ao tipo de relacionamento que tem substantivo para outro substantivo. Ele é normalmente expressa preposição "de". Por exemplo, na frase "trono do rei", o substantivo "rei" está no genitivo e qualifica o tipo de trono. Em "sangue de Cristo," Cristo é o substantivo genitivo que descreve posse. O caso genitivo é usado também para os objetos de algumas preposições. Singular, refere-se a uma pessoa ou coisa. Na gramática, o recurso de uma palavra que informa se um (singular) ou mais (plural) pessoas ou coisas são referidos ou realizar uma ação. E feminino que é umm dos três gêneros gramaticais em grego (os outros são masculino e neutro). (HEISER, 2005). Etimologia: de ολορ (holos) palavra primária que significa: tudo, inteiro, completamente. (STRONG, 2005). 60 o recurso de uma palavra que informa se um (singular) ou mais (plural) pessoas ou coisas são referidos ou realizar uma ação. lugar. refere-se a uma pessoa ou coisa. coisa ou qualidade que pode funcionar como sujeito ou objeto de um verbo. Genitivo . número e caso. aquela. Análise: O artigo definido identifica ou particulariza um substantivo ou substitui o substantivo. ηῆρ Denominação: artigo. Por exemplo. singular. feminino. (STRONG. O artigo grego tem gênero. genitivo. O caso genitivo é usado também para os objetos de algumas preposições.O genitivo é o caso que se qualifica ou restringe a um substantivo por meio de uma caracterização específica. Ele é normalmente expressa preposição "de". E feminino que é umm dos três gêneros gramaticais em grego (os outros são masculino e neutro). Ele é normalmente expressa preposição "de". feminino.O genitivo é o caso que se qualifica ou restringe a um substantivo por meio de uma caracterização específica. e o neutro ηο (to) em todos as suas inflexões. Um substantivo é uma palavra que significa o nome de alguma coisa. Em "sangue de Cristo. na frase "trono do rei". 2005). ou se refere ao tipo de relacionamento que tem substantivo para outro substantivo. artigo que significa: este. O genitivo normalmente marca um substantivo como a fonte ou o possuidor de algo. 2005). Singular. ao contrário do artigo indefinido na frase "um homem.7. Análise: substantivo ." Cristo é o substantivo genitivo que descreve posse. Em "sangue de Cristo. ou se refere ao tipo de relacionamento que tem substantivo para outro substantivo. Por exemplo. A ausência do artigo denota indefinição. a frase "o homem" tem o artigo definido e é específico." Ao contrário o Grego tem apenas o artigo definido. Ἰοςδαίαρ Denominação: substantivo. 8.Uma palavra que representa uma pessoa. o substantivo "rei" está no genitivo e qualifica o tipo de trono. o substantivo "rei" está no genitivo e qualifica o tipo de trono. Por exemplo. O genitivo normalmente marca um substantivo como a fonte ou o possuidor de algo. genitivo. na frase "trono do rei". (HEISER. o artigo definido." Cristo é o 61 . estes. Na gramática. singular. Genitivo . etc. Etimologia: de ο (ho) que inclue o feminino η (he). Galiléia. καὶ Denominação: conjunção coordenativa. um músico levita na época de Neemias. ou passagem para outra frase. lógica. um levita na época de Esdras. etc. um sacerdote na época de Neemias. Análise . (HEISER. refere-se a toda a Palestina. a tribo descendente de Judá. o filho de Jacó.Uma conjunção que liga dois elementos gramaticais iguais entre si (por exemplo. cláusula. e Iduméia. um assunto para outro. expressando relações lógicas entre esses itens. Peréia. ou passagem. para distingui-la de Samaria. (conjunção. Lógico . 2005). um supervisor de Jerusalém na época de Neemias. Etimologia: de Ιοςδαια (Ioudaia) feminino de ιοςδαιορ (Ioudaios) (com a implicação de γη (ge)). cláusula ou passagem para outra frase cláusula. No seu sentido Hebraico ( יהודהe a ) significa: Judá (“louvado”). E feminino que é umm dos três gêneros gramaticais em grego (os outros são masculino e neutro). conectiva). num sentido amplo. 9. o recurso de uma palavra que informa se um (singular) ou mais (plural) pessoas ou coisas são referidos ou realizar uma ação. 2005). Uma palavra que serve para ligar palavras individuais e as construções de várias maneiras.substantivo genitivo que descreve posse. localizada ao ocidente do Jordão e do Mar Morto. Na gramática. cláusula a cláusula.) No "meio" da junção gramatical é dependente ou subordinado ao outro na relação de coordenação. ou passagem por expressar relações lógicas entre esses itens.Uma conjunção que relaciona o fluxo de pensamento de uma frase cláusula. (STRONG. Uma conjunção que relaciona o fluxo de pensamento de uma frase. Significa: Judéia (“seja louvado”). num sentido restrito. a parte sul da Palestina. O caso genitivo é usado também para os objetos de algumas preposições. o filho de Jacó com Lia.Indica a união de dois termos ou de duas idéias. refere-se a uma pessoa ou coisa. Coordenativa . o território ocupado pela tribo de Judá. Conjunções coordenativas são também chamados de "paratáctico" conjunções. Singular. 62 . o reino composto pelas tribos de Judá e Benjamim que ocuparam a parte do sul de Canaã depois da nação dividir-se dois reinos após a morte de Salomão. (LOUW. (7) para explicar o que precedeu e. vol. também. Diacronia: uma conjunção coordenativa com o sentido variando de acordo com suas circunstâncias. e apesar de que (MT 3. no contexto. demasiado (MT 5. p.25). (2) como um continuativo. um assunto para outro. conjunção que pode significar: e.Uma conjunção que liga uma idéia adicional ou elemento gramatical (palavra. 1. 04.55. visto que esta palavra coordena a relação entre “Πολςμεπῶρ καὶ πολςηπόπυρ‟ „muitas vezes e de muitas maneiras”. A vós.33b).14). Γαλιλαίαρ Denominação: substantivo. no entanto. NIDA. (5) para introduzir uma pergunta abrupta expressando um sentimento contrastante. portanto. At 8. Isto é o sentido que o autor usa no texto em análise. graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo "σάπιρ ὑμῖν καὶ εἰπήνη ἀπὸ θεοῦ παηπὸρ ἡμῶν καὶ κςπίος Ἰηζοῦ Χπιζηοῦ Ro 1. (STRONG. são bem o foco da cláusula de mútuo ("Áquila e Priscila ensinou Apolo"). 788-789).Conectivo . vol. MILLER.2). (6). Simão e Judas". como conectivo. feminino. a conjunção conjuntivo pode servir para continuar logicamente uma narrativa (". até mesmo.. Por exemplo. II..11). mas.19). em seguida. a saber (Mt 8. genitivo. I. enfatizando um fato inesperado e. e assim (MT 4. (3) para reforçar um contraste ou comparação também (2Co 8. José. aparentemente. 2000. (FRIBERG. 1996. 211) Sincronia: é usada no texto pelo autor como um marcador de coordenar de relação “e” "Ἰάκυβορ καὶ Ἰυζὴθ καὶ Σίμυν καὶ Ἰούδαρ. p.6).Uma conjunção que liga dois elementos gramaticais iguais entre si (por exemplo. conectando as cláusulas e sentenças e (Mt 21. (1) ligar palavras simples e (Mt 2. Localizamos em Mt 13. 10. 63 .7. 'Tiago. Etimologia: de και (kai). ainda. e Jesus disse") ou para associar dois itens que.) No "meio " do gramaticais participar é dependente ou subordinado do outro na relação de coordenação. FRIBERG. isto é. advérbio. (1) como um coadjuvante.23c). (2) como um ascensive. introduzindo algo incomum mesmo (MT 5. (2Co 2. etc. também. que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa. (4) para apresentar um resultado de circunstâncias anteriores e. ( 3) como coordenar o tempo com um evento quando (Mc 15.11b. uma partícula primária. cláusula a cláusula. 2005).39). realmente. a uma ideia anterior ou elemento gramatical.46). singular. frase cláusula). Coordenação . E feminino que é umm dos três gêneros gramaticais em grego (os outros são masculino e neutro). feminino. pelo Jordão. Etimologia: γαλιλαια (Galilaia) de origem hebraica ( גלילGaliyl) ou (forma alongada) ( גלילהGaliylah).Análise: substantivo . genitivo. (HEISER.O genitivo é o caso que se qualifica ou restringe a um substantivo por meio de uma caracterização específica. refere-se a uma pessoa ou coisa. lugar. O genitivo normalmente marca um substantivo como a fonte ou o possuidor de algo. Genitivo . Ptolemaida e seus territórios e o promontório do Carmelo. na frase "trono do rei". Um substantivo é uma palavra que significa o nome de alguma coisa.O genitivo é o caso que se qualifica ou restringe a um substantivo por meio de uma caracterização específica. Tiro. (STRONG. distrito”). coisa ou qualidade que pode funcionar como sujeito ou objeto de um verbo. 11. Análise: substantivo . singular. 2005). um território em Naftali amplamente ocupado por gentios. rei de Tiro. Um substantivo é uma palavra que significa o nome de alguma coisa. o recurso de uma palavra que informa se um (singular) ou mais (plural) pessoas ou coisas são referidos ou realizar uma ação. pela Samaria e ao leste. Ele é normalmente expressa preposição "de". Por exemplo. que significa: Galiléia (“circuito”). nome de uma região do norte da Palestina.Uma palavra que representa uma pessoa. O caso genitivo é usado também para os objetos de algumas preposições.Uma palavra que representa uma pessoa. ao sul. O genitivo normalmente marca um substantivo como a fonte ou o possuidor de algo. Em "sangue de Cristo. coisa ou qualidade que pode funcionar como sujeito ou objeto de um verbo. Na gramática. ou se refere ao tipo de relacionamento que tem substantivo para outro substantivo. ao oeste por Sidom. Era dividida em alta Galiléia e baixa Galiléia. No seu sentido hebraico ( גלילהGaliylah) significa: Galiléia (“circuito. lugar. Σαμαπείαρ Denominação: substantivo. no qual estavam situadas as 20 cidades que Salomão deu a Hirão. cercada ao norte pela Síria." Cristo é o substantivo genitivo que descreve posse. Singular. ou se refere ao tipo de 64 . um grupo de cidades ao redor de Quedes-Naftali. 2005). como pagamento pelo seu trabalho de fornecer madeira do Líbano para Jerusalém. Genitivo . o substantivo "rei" está no genitivo e qualifica o tipo de trono. singular. Na gramática. sem avaliação ou da conclusão da ação. O caso genitivo é usado também para os objetos de algumas preposições. Em "sangue de Cristo.Uma palavra que descreve uma ação estatal. É o estado de espírito de afirmação. que era formado pelas 10 tribos de Israel que se separaram do reino do Sul depois da morte de Salomão durante o reinado de seu filho Roboão. que tinha Samaria com sua capital. Ele é normalmente expressa preposição "de". E feminino que é umm dos três gêneros gramaticais em grego (os outros são masculino e neutro). 65 . o recurso de uma palavra que informa se um (singular) ou mais (plural) pessoas ou coisas são referidos ou realizar uma ação. mas é apresentado como real. 12. Imperfeito . Significa: Samaria (“proteção”). Por exemplo. sendo inicialmente governadas por Jeroboão e a capital do reino do Norte ou Israel localizada 50 km (30 milhas) ao norte de Jerusalém e 10 km (6 milhas) a noroeste de Siquém." Cristo é o substantivo genitivo que descreve posse.A voz gramatical que significa que o assunto está sendo ou foi realizando na ação verbal ou está no estado descrito pelo verbo. Indicativo . o escritor pode ou não acreditam que a ação é real. ativa. terceira pessoa. 2005). Análise: Verbo .O tempo verbal onde o escritor retrata uma ação no processo ou um estado do ser que está ocorrendo no passado. Singular. Ativa . denota seu sentido de: Samaria (“montanha para vigilância”). imperfeito.O clima em que a ação do verbo ou o estado de ser que ele descreve é apresentado pelo escritor como real. ou a produção de um resultado. εἶσεν Denominação: verbo. a região na parte norte da Palestina pertencente ao reino do Norte. o substantivo "rei" está no genitivo e qualifica o tipo de trono. território da Palestina. (HEISER. (STRONG. Etimologia: de ζαμαπεια (Samareia) de origem hebraica ( שמרון er ). No hebraico ( שמרון er ). refere-se a uma pessoa ou coisa. de ser. 2005). na frase "trono do rei". onde o escritor retrata algo tão real (em oposição a possíveis ou contingente sobre a intenção). Dependendo do contexto. indicativo.relacionamento que tem substantivo para outro substantivo. ter (segurar) na mão. Etimologia: de ειπηνη (eirene) provavelmente do verbo primário eiro (juntar) e significa: estado de tranqüilidade nacional. estar em certa situação. i. 2005).). Singular. ausência da devastação e destruição da guerra. ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme. (HEISER. E feminino que é umm dos três gêneros gramaticais em grego (os outros são masculino e neutro). concórdia. segurar com firmeza. Um substantivo é uma palavra que significa o nome de alguma coisa. (usado apenas em determinados tempos) é um verbo primário e significa:ter. (HEISER. ter ou incluir ou envolver. εἰπήνην Denominação: substantivo. Singular. 2005). etc. (STRONG. no sentido de utilizar. segurança. ea "terceira pessoa" refere-se à pessoa de quem está sendo falado ("ele ". 13. etc. acusativo. ter. tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida. harmonia. agitação. seguridade. Na gramática.Na gramática. segurar mesmo algo. considerar ou manter como.e. agarrar algo. "pessoa" refere-se a característica de verbos ou pronomes que nos ajuda a distinguir "o ator gramatical" na comunicação falada ou escrita. 66 . A "primeira pessoa" aponta para o ato falante ou intérprete (Eu).O caso que normalmente marca o objeto direto de um verbo ou o objeto de algumas preposições. coisa ou qualidade que pode funcionar como sujeito ou objeto de um verbo." eles "). a "segunda pessoa" aponta para a pessoa que está sendo dirigida ("você"). feminino Análise: substantivo . o recurso de uma palavra que informa se um (singular) ou mais (plural) pessoas ou coisas são referidos ou realizar uma ação. o recurso de uma palavra que informa se um (singular) ou mais (plural) pessoas ou coisas são referidos ou realizar uma ação. 2005). Acusativo . usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal.Terceira pessoa . refere-se a uma pessoa ou coisa. coisas externas. emoção.Uma palavra que representa uma pessoa. i.. refere-se a uma pessoa ou coisa. possuir. singular. Etimologia: de εσυ (echo) incluindo uma forma alternativa ζσευ (scheo).. paz entre os indivíduos. prender-se ou apegar-se. segurar. i. de atênção ou companhia. lugar.e. Na gramática. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa.e. o recurso de uma palavra que informa se um (singular) ou mais (plural) pessoas ou coisas são referidos ou realizar uma ação. nominativo. At 9. particípio. singular. o estado tranqüilo de uma alma que tem certeza da sua salvação através de Cristo. Particípios não tem humor. os cristãos da Palestina estão desfrutando dum estado de paz. O aspecto de um particípio não pode ser simplesmente equiparada com a de verbos.O tempo verbal onde o escritor retrata uma ação no processo ou um estado de ser. o particípio grego tem gênero. um predicado nominativo) que renomeia o assunto. (ZODHIATES. Jo16. 1Co 14. mas pode funcionar em um sentido imperativo. passiva. tenso um particípio é similar à tensa um verbo finito é. 67 ."um adjetivo verbal" (cf. da paz do Messias. Análise: Verbo . 2005). Nominativo . felicidade (pois paz e harmonia fazem e mantêm as coisas seguras e prósperas).33. 14. tranqüilidade.O caso que normalmente se refere ao sujeito de um verbo ou um substantivo seguinte uma forma do verbo "ser" ou "tornar-se" (isto é. 1 Ts 5. refere-se a uma pessoa ou coisa. Presente . o sujeito é o destinatário da ação verbal. 2005). feminino. o caminho que leva à paz (salvação). ou seja não havia perseguição nem guerra. (Lc 2. Em geral. bem como tenso e de voz (o lado verbal). 2000).Uma palavra que tem características de ambos um verbo e um adjetivo .29.3).prosperidade. o estado de bem-aventurança de homens justos e retos depois da morte. Singular.Uma palavra que descreve uma ação estatal.31. a palavra "brilhante"). ou a produção de um resultado. Passiva . Na gramática. sem avaliação da conclusão da acção. de ser. E feminino que é umm dos três gêneros gramaticais em grego (os outros são masculino e neutro).A voz gramatical que significa que o assunto está sendo posto em prática.21. do cristianismo. οἰκοδομοςμένη Denominação: verbo. Particípio . (STRONG. número e caso (o adjetivo lado). presente. e por esta razão nada temendo de Deus e contente com porção terrena. de qualquer que seja a classe. Como tal. 11. (HEISER.3. ou seja. O autor quer dizer que por implicação. casa habitada. as cumeeiras dos orientais eram (e ainda são)de superfície plana e usadas não somente para caminhar. santidade. habitação estabelecida de alguém. reparar. Sendo feminino (abstrato) é composto de οικορ (oikos) (casa. metáfora o processo de edificação. Ποπεςομένη Denominação: verbo. santidade. ocupantes de uma casa. edifício).e. metáf . todas as pessoas que formam uma família. nominativo. média ou passiva depoente. graça. bemaventurança. 2005). particípio. mas também para meditação e oração. piedade. que significa: (o ato de) construir. edificação.fundar. estabelecer.11 que significa: construir uma casa. qualquer lugar de habitação. 2005). restaurar pela construção. e mais tarde. promover crescimento em sabedoria cristã. da Igreja Cristã.. graça. linhagem. o lugar onde alguém fixou sua residência. 15. virtude. do corpo humano como habitação de demônios que o possuem. de um palácio. Contudo em ultima análise pode se dizer que esta expressão é usada num sentido metafórico em At 9. cabanas. estabelecer. de tendas. cresçer em sabedoria e piedade (STRONG. construção.fundar. uma construção qualquer. bem-aventurança. cumeeira da casa. erigir uma construção.31. descendentes de alguém) e a raiz de δυμα (doma de demo) significa: construir). Ou do mesmo que οικοδομη (oikodome). o tabérnaculo. casa. virtude. da igreja do Antigo e do Novo Testamento. uma parte de uma construção. feminino. promover crescimento em sabedoria cristã. pois denota .Etimologia: de οικοδομευ (oikodomeo) também οικοδομορ (oikodomos) de At 4. cresçer em sabedoria e piedade. sala de jantar. o que foi construído. Análise: Verbo . afeição. telhado. 68 . domicílio. afeição. santidade. ato de alguém que promove o crescimento de outro em sabedoria cristã. lar. construção. dos ninhos. a casa de Deus. felicidade. tocas de animais. edificação (i. de ser. salão. edificar (a partir da fundação). família de Deus. família. estábulos. singular. um lar. ou a produção de um resultado.Uma palavra que descreve uma ação estatal. reconstruir. presente. (STRONG. Particípio . do outro lado. a palavra normal para a marcha de um exército ou seja que registra o movimento externo perceptível.O caso que normalmente se refere ao sujeito de um verbo ou um substantivo seguinte uma forma do verbo "ser" ou "tornar-se" (isto é. Nominativo . continuar a própria jornada. número e caso (o adjetivo lado). 2005). O aspecto de um particípio não pode ser simplesmente equiparada com a de verbos. Esta deriva da raiz πεπαν (peran) aparentemente caso acusativo de um derivado absoleto de peiro (“furar”). seguir alguém. daí. transportar.Uma palavra que tem características de ambos um verbo e um adjetivo . O uso desta palavra expressa movimento em geral.A voz média significa que o sujeito do verbo está sendo afetado por sua própria ação ou está agindo sobre si mesmo. tentar algo. A voz passiva significa que o assunto está sendo posta em prática. significa: conduzir. E feminino que é umm dos três gêneros gramaticais em grego (os outros são masculino e neutro). provar algo. refere-se a uma pessoa ou coisa. experimentar algo ou alguém."um adjetivo verbal" (cf. mas pode funcionar em um sentido imperativo. ou seja. Singular. Na voz média de um derivado do mesmo de πειπα (peira) e significa: tentativa. partir desta vida. intento. a palavra "brilhante"). 69 . experiência. persistir na jornada iniciada. (HEISER. Média ou passiva . tenso um particípio é similar à tensa um verbo finito é. Particípios não tem humor. Em geral. o particípio grego tem gênero. um predicado nominativo) que renomeia o assunto. o recurso de uma palavra que informa se um (singular) ou mais (plural) pessoas ou coisas são referidos ou realizar uma ação. ou que dá proeminência ao comportamento. bem como tenso e de voz (o lado verbal). 2005). isto é. tornar-se seu adepto. experiementar. freqüentemente confinado dentro de determinados limites. achar o caminho ou ordenar a própria vida.O tempo verbal onde o escritor retrata uma ação no processo ou um estado de ser. Etimologia: de ποπεςομαι (poreuomai).Presente . Na gramática. (STRONG. Como tal. sem avaliação da conclusão da acção. o sujeito é o destinatário da ação verbal. advérbio significa: através. aprender a conhecer pela experiência. transferir. Um verbo na voz passiva com Deus como o agente declarado ou implícito é muitas vezes referido como o "passivo divino". ηῇ Denominação: artigo. agora é uma pessoa Jesus cristo (At 9. título dado: a Deus. dativo. estes. 18. 17. mestre. 2005). 24. 2005).2. feminino. proprietário. em ultima análise. dativo. que significa: amedrontar. e o neutro ηο (to) em todos as suas inflexões. masculino. o que possue e dispõe de algo. aquela. masculino. sobre o qual ele tem o poder de decisão. Etimologia: de θοβορ (phobos) da palavra primária phebomai. e o neutro ηο (to) em todos as suas inflexões. 19. (STRONG. (STRONG. artigo que significa: este. aplicável a várias posições e relações de vida e não sugestivo de propriedade ou tirania. etc. estes. terror. 2005). singular. reverência ao próprio marido. o mestre. príncipe.Em Atos. temor. (STRONG. 18. o imperador romano. que não é mais uma lei. medo. alguém que tem o controle da pessoa. artigo que significa: este. Jo 14. que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores. Παπακλήζει 70 . aquela. aquilo que espalha medo. Análise: Etimologia: de ο (ho) que inclue o feminino η (he). singular. Etimologia: de ο (ho) que inclue o feminino η (he). (STRONG. Κςπίος Denominação: substantivo. que significa: aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence.25. é um título de honra. genitivo. masculino. 20. no estado: o soberano. o artigo definido. denota o fato dos crentes haverem encontrado o verdadeiro caminho. singular. singular. Etimologia: de κςπιορ (kurios) de kuros (supremacia).6) 16. θόβῳ Denominação: substantivo. senhor. dativo. ηῷ Denominação: artigo. ao Messias. chefe. etc.22. Tem um sentido mais amplo. o artigo definido. 2005). Puro. aquilo que proporciona conforto e descanso. discurso persuasivo.T. contudo. em outras palavras. manter quente. puro de sensualidades. solaz. cuidar com amor terno. recatado. sublime). desenvolveram-no no grego bíblico.T. a beleza que surge do ajustamento simétrico na proporção correta. Significa belo. súplica. como verbo significa: aquecer. casto. feminino. e expressa sua concepção usual de santidade. física ou moralmente. importação. puro. consolação. singular. palestra estimulante. conforto. genitivo. Temos a correlação de cinco palavras. Daí. descreve aquilo que está em harmonia com a constituição divina do universo moral. É a palavra mais comum para santo no grego clássico. da salvação messiânica (assim os rabinos denominavam o Messias. para ajuda). um santo. instrutivo. 21. οζιορ. como adjetivo: algo muito santo. cuidar com carinho. seu sentido sinônimico para Santo. Isto confere com αγνορ (hagnos) do mesmo que αγιορ (hagios). o consolador. É. que não deve ser violada. da completitude hamoniosa do objeto em questão. que são: ιεπορ significa sagrado.Denominação: substantivo. a uma relação formal antes que a caráter. ἁγίος Denominação: adjetivo. neutro. conciliatório. no entanto. (esp. Etimologia: de παπακληζιρ (paraklesis) Que significa: convocação. discurso exortativo poderoso Seu sentido Sinônimico καλορ é a palavra mais nobre. É usada para descrever pessoas ou coisas. porque não é adequada para expressar a plenitude da concepção do N. distintamente a beleza que vem da harmonia. Aquelas que agora têm tal significado. santo. exortação. nenhuma destas palavras tem necessariamente algum significado moral no grego clássico. Designa uma relação externa. mas é rara no N. E também confere com θαλπυ (thalpo) provavelmente semelhante a thallo (aquecer). que ordinariamente não implica numa relação interna. significando: respeitável. 2005). Sagrado. (STRONG. o confortador). dativo. é aquilo que está de acordo com a 71 . portanto. imaculado. repreensivo. admoestação. singular. usada de pessoas ou coisas. Refere-se. Etimologia: de αγιορ (hagios) de hagos (uma coisa grande. solicitação. puro de todas as faltas. aproximação. Implica em uma relação especial com Deus. limpo. encorajamento. . αγνορ está provavelmente relacionada a αγιορ. Etimologia: de πνεςμα (pneuma) que se origina da palavra raiz. como ανοζια. ζεμνορ é aquilo que inspira reverência ou temor. Πνεύμαηορ Denominação: substantivo. de qualquer forma. co-igual. nunca mencionado como um força despersonalizada. Esta separação. No grego clássico é freqüentemente aplicada aos deuses. este significa: respirar. é provável. um casamento entre irmão e irmã. liberdade das impurezas da carne. Como contrário a οζιορ. O sentido de πνεςμα (pneuma) é: terceira pessoa da trindade. o espírito. de tal forma que expressa a concepção completa de santidade do N. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade). é um sentido em uso desde longa data.. pensa. um anjo. 2005).T. usado de demônios. destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material. não é principalmente externa. i. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito). αγιορ tem provavelmente como seu sentido fundamental “separação. contudo inferior a Deus. então. unicamente num sentido cerimonial.e. um espírito. coeterno com o Pai e o Filho. ou a omissão dos ritos de sepultura de um parente.e. ou mesmo que se refere simplesmente às aparências. neutro.. o princípio vital pelo qual o corpo é animado. Realmente importante.e. o Santo Espírito. p. do vento. genitivo. mas. 22. singular.ex.. πνευ (pneo). senão teria um significado moral. alma. antes do que algo que está de acordo com algum sistema de verdade revelada. do mundo a serviço a Deus. ou maus espíritos. algumas vezes. como o que é magnificente. o poder pelo qual o ser humano sente. rara e de sentido neutro no grego clássico. como nenhuma outra. “o que é consagrado e sancionado pela lei universal e consentimento” (Passow). e possuído do poder de conhecimento. espírito que dá vida. (STRONG. Descreve. decide. grande. simples essência. ou impressivo. Se não original. espírito racional. os gregos consideravam.. que pensava72 . i. Significa especificamente puro. Esta palavra. é o significado moral da palavra. i. desejo.e. i. comum no Egito. i. decisão e ação. soprar. desenvolveu o seu sentido.idéia geral e instintiva de “direito”.e. Mas freqüentemente tem a idéia inferior daquilo que é humanamente venerável. alma humana que partiu do corpo. É antes uma separação do mal e da corrupção. um espírito superior ao homem. de homens ou coisas. multidão inteira. Esta vem de outra forma. πνοη diferencia-se como sendo um movimento de ar mais brando. Ef 4. multiplicar. etc. crescimento no salvador e crescimento da Igreja e do cristão nela (Is 54. 23. θςελλα é mais violento que qualquer dos outros.2-5. a natureza espiritual de Cristo. a fonte eficiente de todo poder. que acompanha um chuva pesada.11-16). um movimento de ar (um sopro suave). (STRONG. imperfeito.. Que se origina de πληθυ (pletho) que é uma forma prolongada de uma palavra primária πλευ (pleo) (que aparece somente como uma alternativa em certos tempos e na forma reduplicada πιμπλημι .14. mas violento. grande número. At 2.15. (ser multiplicado) multiplicar. significa simplesmente um vento comum.10.1s. terceira pessoa do singular. πνεςμα quando usado no seu sentido mais simples para denotar vento. multiplicar. Denominação: verbo. uma corrente de ar que flue regularmente com certa força.pimplemi). ser preenchido. afeição. ανεμορ. indicativo. do vento.41. por outro lado. ἐπληθύνεηο. a natureza divina de Cristo. por sua vez significa: preencher. 1Pe 2. ser aumentado. é o vento forte. o número inteiro. Possui correlação sinônimica entre cinco palavras que significam vento. 2Co 10. ser aumentado. emoção. respiração pelo nariz ou pela boca. 2005). o vento em si mesmo. na palavra πληθορ (plethos) que significa: multidão. Análise: Etimologia: de πληθςνυ (plethuno) significando: aumentar. freqüentemente tempestuoso λαιλατ é o vento intermitente. 73 . Cl 1. 5. superior ao maior dos anjos e igual a Deus.se habitavam em corpos humanos. desejo. No texto tem o sentido do crescimento do povo eleito. daí. multidão de pessoas. é mais forte que πνεςμα. passivo. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém. Em ultíma análise Atos usa com o sentido de crescimento da Igreja e do Cristão nela. ser completado. e muitas vezes implica um conflito de ventos que se opõe. assembléia.