Atlas Urinalise

March 27, 2018 | Author: Bruna Kellet | Category: Epithelium, Kidney, Medical Specialties, Wellness, Chemicals


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Cristais na urina ácidaOs cristais na urina são geralmente formadas devido à ingestão insuficiente de água, uma dieta rica em proteínas ou alterações no pH da urina. Cristais na urina indica que algo está errado com o sistema urinário. Cristais de acido úrico Os estados patológicos em que se encontram aumentados no sangue são: Gota, metabolismo das purinas aumentado, pode ocorrer em enfermidades febris agudas e nefrites crônicas. (a) (b) (a) Cristais de acido úrico com suas extremidades agudas. (c) (b) Imagem apresentando 2 cristais de acido úrico, em zoom maior. (c) Imagem com muitos cristas de acido úrico, suas extremidades afiladas são capazes de mostrar o grau de lesão. 19 Cristais de oxalato de cálcio Se grande quantidade de cristais de oxalato de cálcio estiver presente em urina recém-emitida, deve-se suspeitar de processo patológico como intoxicação pelo etilenoglicol, diabetes mellitus, doença hepática ou enfermidade renal crônica grave. A ingestão de grande quantidade de vitamina C pode promover o aparecimento desses cristais na urina, pois o ácido oxálico é um derivado da degradação do ácido ascórbico e produz a precipitação de íons de cálcio. Essa precipitação pode dar lugar também a uma diminuição no nível de cálcio sério. (a) (a) Cristais de oxalato de cálcio na urina e sua forma característica. (b) (b) Cristais de oxalato de cálcio em amostra de urina, bem característico. 20 Cristais de urato amorfo Numerosos na urina fortemente ácida. Como o ácido úrico, só se apresentam como componentes normais nos carnívoros. Aparecem como sais de urato ( sódio, potássio, magnésio e cálcio). Não apresentam significado clínico. (a) (b) (b) Cristais de urato amorfo na amostra de urina. (a) Cristais de urato amorfo na urina. Cristais de ácido hipúrico Os cristais de ácido hipúrico aparecem geralmente na urina após ingestão de alimentos com alto teor de ácido benzóico (vegetais e frutas). Ao microscópio óptico são visíveis sob a forma de agulhas ou estrelas incolores ou amarelo pálido. (a) (b) (a) Cristais de acido hipúrico na urina. (b) Cristais de acido hipúrico na urina. 21 hipertrofia de próstata e retenção vesical. 22 . Cristais de Urina Alcalina Cristais de fosfato triplo (fosfato amoníaco-magnesiano) Podem ocorrer nos seguintes estados patológicos: pielite crônica. cistite crônica. (a) (a) Cristais de trifosfato ou fosfato triplo. (b) (b) Cristais de trifosfato em um aumento maior. Aparecem também em urinas normais. como ocorre em doenças hepáticas. A precipitação de solutos depende do pH urinário e da solubilidade e concentração do cristaloide. se ficar em repouso. (c) Cristais de biurato de amônio. formam cristais de ácido úrico. (b) (c) (b) Cristais de biurato de amônio. São corpos esféricos castanhos amarelados. Cristais de biurato de amônio Urato ou biurato de amônio pode aparecer em urinas alcalinas. característico. Podem ocorrer em doenças hepáticas são solúveis aquecendo a urina ou acrescentando o ácido acético e. São patogênicos se aparecem em urina recém-emitida. ácidas ou neutras. 23 . com espículas longas e irregulares. (a) (a) Cristais de biurato de amônio. 24 . São solúveis em acido acético diluído. são incolores. tem forma de prismas finos. (b) (b) Cristais de fosfato de cálcio. Cristais de fosfato de cálcio Não são frequentes. (c) (c) Cristal de fosfato de cálcio. (a) (a) Cristais de fosfato de cálcio. placas ou agulhas. 25 . (a) (a) Cristais de fosfato amorfo. Cristais de fosfato amorfo Aparência granular incolor amorfa. (b) (b) Nas duas imagens cristais de fosfato amorfo. fornece coloração branca (turvação) a urina quando em grande concentração. associado a doença característica. hepatite viral. 26 . tetracloreto de carbono ou clorofórmio. Cristais de tirosina Aparecem em enfermidades hepáticas graves ou em tirosinose. hepática. tanto na imagem a esquerda quanto a direita. como a cirrose. (a) (b) (a) Cristal de tirosina em sua forma (b) Cristal de tirosina. atrofia amarela aguda do fígado e em severas lesões hepáticas provocadas por envenenamento porfósforo. Nas doenças hepáticas. Cristais anormais Cristais de leucina Tem significado patológico importante como em enfermidades hepáticas em fase terminal. estão normalmente associados a cristais de tirosina. (a) (a) Cristais de leucina. característicos. (c) (c) Cristal de tirosina. (c) (c) Cristais de colesterol. 27 . ou por ruptura de vasos linfáticos no interior da pélvis renal ou no trato urinário. Cristais de colesterol Seu aparecimento indica uma excessiva destruição tissular e em quadros nefróticos. (a) Cristal de colesterol na urina. está em consequência da obstrução a nível torácico ou abdominal da drenagem linfática. como também na quilúria. (a) (b) (b) Cristal de colesterol. 28 . (b) (b) Cristais de cistina. (c) (c) Cristais de cistina. característicos. insuficiente reabsorção renal ou em hepatopatias tóxicas. cistinúria congênita. como na cistinose. (a) (a) Blocos de cristais de cistina com sua forma hexagonal característica. Cristais de cistina A presença desses cristais tem sempre significado clínico. (b) Cristal de bilirrubina com cor caracteristica. com formas de halteres ou de esferas . (b) Cristais de carbonato de cálcio em forma de halteres. com sua forma de esferas. aparecem com grumos de agulhas ou grânulos com cor amarela característica. (a) (b) (a) Vários cristais de carbonato de cálcio. (a) (b) (a) Cristal de bilirrubina. Carbonato de cálcio São pequenos e incolores . 29 . Cristais de bilirrubina Presentes nas hepatopatias. Cristais de sulfa ou outros medicamentos As novas sulfas são muito solúveis em meio ácido. atualmente não se observam mais estes cristais na urina. de cor clara ou castanha. (c) (c) Cristais de ampicilina na urina. (a) (a) Cristais de sulfatiazol. unida de forma concêntrica. 30 . escura e fétida. quando ocorre tem aparência de agulhas em grupos. 450X. por isso. Urina turva. Luz natural. com sua forma característica. (b) (b) Cristais de tiabendazol. A maioria. Grânulos de hemossiderina Resulta da reabsorção de hemoglobina filtrada. 31 . (b) (b) Grande quantidade de grânulos de hemossiderina no sedimento de urina. (a) (a) Grânulos de hemossiderina. a fresco. podendo ser sinal de hemólise. luz comum. Cilindro Hialino ou Translúcido A presença de cilindros hialinos em pequena quantidade na urina é normal. cuja matriz primariamente é composta de proteínas de Tamm-Horsfall. Os diferentes tipos de cilindros conferem diferentes significados clínicos. Cilindros na urina São estruturas semelhantes ao contorno dos túbulos contornado distal e coletor. 32 . calor e estresse. pielonefrite. Porém pode aparecer de forma patológica quando o individuo apresentar glomerulonefrite. O pH alcalino. é translucido. os túbulos distais e os ductos coletores. facilita a dissolução dos cilindros. associados à proteinúria e a densidade urinária. (a) (a) Cilindro hialino. que são secretas no local pelas células epiteliais que forram as alças de Henle. preferencialmente se houver urina ácida concentrada e estes cilindros tomam a aparência morfológica do local onde houve deposição das proteínas. nota-se a transparência. desidratação. principalmente após exercícios físicos. (b) (b) Cilindro hialino. doença renal crônica e insuficiência cardíaca congestiva. (c) (d) (c) Cilindro granuloso fino. ou podendo ser resultantes de restos de leucócitos e bactérias. (a) (b) (a) Cilindro granuloso grosso. resultante de desintegração celular. Normalmente aparecem 1 ou 2 por campo. 33 . são finos e grosseiros. (d) Cilindro granuloso fino. (b) Cilindro granulos grosso. (c) (c) Cilindro hialino. Cilindro Granuloso ou Granulares Estes cilindros são oriundos da desintegração de cilindros celulares que permanecem nos túbulos devido à estase urinária. Possui como característica uma "dobradinha" na cauda. com característica dobra na cauda. 34 . sendo indicativo de lesão tubular crônica. menor do que o anterior. Cilindro Céreos A presença desses cilindros representa um estágio avançado da evolução natural dos cilindros hialinos patológicos. (a) (a) Cilindro céreo. característico com a cauda dobrada. (c) (c) Cilindro céreo. (b) (b) Cilindro céreo. Em muitos casos está associado a glomerulonefrite. (a) (a) Cilindro hemático. da próstata ou da uretra. lesões glomerulares. sendo formados devido ao sangramento no interior dos nefros. (b) (b) Cilindro hemático. 35 . Por isso são muito importantes para definir se a lesão é glomerular. (c) (c) Cilindro hemático. tubulares e capilares renais. da bexiga. ureteral. Cilindros Eritrocitários ou hemáticos São cilindros hialinos que contém aglomerados de hemácias ou hemoglobina ao seu redor e em seu interior. com varias hemácias espalhadas ao redor. 36 . Geralmente ocorre concomitante c/ leucocitúria e mostra a necessidade de se realizar uma cultura de urina. (a) (b) (a) Cilindro leucocitário. Cilindros Leucocitários São cilindros hialinos que contém leucócitos ao seu redor e em seu interior. Cilindróide São cilindros formados na junção da alça de Henle e do Túbulo contornado distal. são afilados e possui como característica uma "caudinha" no seu final. presente em infecções. (b) Cilindro leucocitário. São indicativos de infecção ou inflamação no interior do néfron tais como: Pielonefrite e Glomerulonefrite. (a) Cilindro adiposo. São formados pela agregação. são ligeiramente refringentes e contem gotículas gordurosas de cor marrom-amarelada. (a) (a) Cilindroide nota-se a caudinha (b) característica no final. a matriz de gotículas lipídicas livres. em distúrbios que provocam lipinuria como a síndrome nefrotica. 37 . (b) Cilindroide com a característica caudinha no final. Cilindro adiposo São encontrados juntamente com corpos adiposos ovais. (a) (b) (b) Cilindro adiposo. 38 . Cilindro misto Quando dois tipos celulares distintos estão representados na matriz proteica do cilindro. (a) (a) Cilindro misto. o hibrido resultante é o cilindro misto. (b) (b) Cilindro misto. (a) (a) Cilindro epitelial. Cilindro epitelial Quando ocorre lesão tubular. . aparecendo em casos de lesão tubular. exposição a varias drogas. as células são facilmente removidas do túbulo durante a dissolução do cilindro. 39 (c) Cilindro epitelial com células do túbulo renal. intoxicação por metal pesado. e rejeição aguda a aloenxerto. (c) (b) Cilindro epitelial. pois as células estão intimamente ligadas a proteína de tamm-horsfall. doenças virais. pode-se distinguir (b) do leucocitário pela presença de um núcleo central. 40 . (a) (a) Células epiteliais na urina em grande numero. (c) (c) Células epiteliais escamosas cobertas com Gardnerella vaginalis. (b) (b) Células epiteliais. Estruturas diversas Células epiteliais escamosas Não é incomum encontrar a menos que estejam presente em grande quantidade e com formas anormais. muitas e agrupadas. poucas. Em geral são registradas como raras . Geralmente quando não é feita a coleta correta do jato médio aparecem em maior numero.. (b) Bloco de células epiteliais recobertas por germes. 41 . esféricas. Células epiteliais pavimentosas Provem do revestimento da vagina e das porções inferiores da uretra feminina e masculina. caudadas ou poliédricas com núcleo central. (b) Células epiteliais de transição. (a) (b) (a) Célula epitelial na urina. Células epiteliais transicionais Originam-se do revestimento da pelve renal . não caudadas. (a) (b) (a) Célula epitelial transicional. São menores que as pavimentosas. percebe-se a cauda e seu tamanho menor. da bexiga e da porção superior da uretra. 42 . característica redonda. (a) (a) Células do túbulo renal. Células epiteliais dos túbulos renais Quando sua quantidade é grande há indicio de necrose tubular. rejeição de transplante e efeitos secundários da glomerulonefrite. Estas células são redondas e ligeiramente maiores que os leucócitos possuem um núcleo redondo e excêntrico. (b) (c) (c) Células epiteliais do túbulo renal (setas azuis). A observação de hematúria microscópica pode ser essencial para o diagnostico de cálculos renais. Hemácias na urina A existência de hemácias na urina tem relação com lesões na membrana glomerular ou nos vasos do sistema urogenital. (c) (c) No caso de uma hematúria glomerular ( a esquerda) as hemácias terão formas dismórficas. isomórficas. mas também é vista em infecções agudas. com forma não glomerular. sinalizando hematúria (b) Hemácias na urina. mostrando hemácias integras. uma grande quantidade costuma decorrer de uma glomerulonefrite. enquanto na hematúria não glomerular as hemácias serão isomórficas. indicando lesão não glomerular.000 células por mL (a) (b) (a) Hematúria microscópica. os valores normais são descritos de duas maneiras: – Menos que 3 a 5 hemácias por campo ou menos que 10. 43 . Considera-se normal achar pouco mais que 1 hemácia . 44 . hoje em dia se utiliza a analise bioquímica para a detecção de leucócitos . (b) (b) Urina apresentando leucócitos e hemácias. o leucócito pode ser visto a direita. Valores normais estão abaixo dos 10. mas a quantia ainda é avaliada microscopicamente. geralmente são encontrados menos de 5 por campo de grande aumento em urina normal. mas na urina feminina esse numero pode ser maior. Leucócitos na urina Indica uma possível infecção no trato urinário. Agrupamentos de leucócitos e grande numero de bactérias em geral são vistos em amostrar que produzem culturas bacterianas positivas.000 células por mL ou 5 células por campo (a) (a) Grande quantidade de Leucócitos em amostra de urina. envenenamento por mercúrio ou etilenoglicol) (a) (a) Corpo gorduroso oval. (c) (c) Vários corpos ovais gordurosos. Corpos ovais gordurosos Células dos túbulos renais com lipídios. lipidúria (síndrome nefrótica. (b) (b) Corpo oval gorduroso. nefropatia do diabetes mellitus e lupóide. 45 . esta associada com lesão no glomérulo. 46 . (b) (b) Candida sp na urina em imagem com zoom maior. (a) (a) Amostra de urina com candida sp. nota-se os brotamentos. (c) (c) Leveduras de candida na urina. Candida albicans Pode ser observada na urina de pacientes com diabetes melitos e de mulheres com candidiase vaginal. Deve-se observar atentamente os brotamentos. 47 . Não é considerado clinicamente significativo. é dada em cruzes. pode-se notar o flagelo. produzido por glândulas e células epiteliais do trato urogenital. (b) Trichonomas vaginalis na urina. Trichonomas vaginalis Encontrado na urina devido a contaminação por secreções vaginais. . exigindo observação em luz de baixa intensidade. este organismo é flagelado. (a) (a) Amostra com presença de muco. (a) (b) (a) Trichonomas vaginalis. Resultado: a quantificação de muco. Filamentos de muco O muco é um material protéico ( mucina ou fibrina). aparecem estruturas filamentosas com baixo índice de refração. Na microscopia. em 450X. 48 abundante. presença de bacilos. dependendo do método de coleta urinaria e quanto tempo se passou entre a coleta e a realização do exame. bacilos. (a) (a) Flora bacteriana na urina. Deve ser confirmado pela coloração de gram. Flora bacteriana A presença de bactérias pode ou não ser significativa. 49 . Se a infecção estiver presente. muitos leucócitos serão visualizados no sedimento. (b) (b) Presença de bactérias na urina. (a) (a) Fibra de gaze na urina. ou tecidos. 50 . (b) (b) Fibra de gaze na urina. Fibras na urina Presentes devido a pedaços de gaze. 51 . Espermatozoides na urina Por vezes são encontrados na urina devido a relações sexuais ou a ejaculação noturna. (b) (b) Espermatozoides na urina. (a) (a) Espermatozoides na urina. Gotículas de gordura (a) (a) Gotícula de gordura em lamina de urina. (b) (b) Bolha de ar em lamina. 52 . Bolha de ar (a) (a) Bolha de ar em lamina.
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