Ataliba de Castilho - Como, onde e quando nasceu a língua portuguesa

March 24, 2018 | Author: ivanleich | Category: Carthage, Latin, Iberian Peninsula, Ancient Rome, Phoenicia


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Como, onde e quando nasceu a língua portuguesa? Ataliba T.de Castilho (USP, CNPq No texto “Como as línguas nascem e morrem”, você viu que as línguas pertencem a famílias, sendo que o Português faz parte da família das línguas românicas, que por sua vez descendem do Latim, que por sua vez descende do ndoeuropeu! "timo, #$ temos uma $rvore geneal%gica& Para sa'er como, onde e quando nasceu a Língua Portuguesa, precisaremos em primeiro lugar entender o que ( a )uropa Latina! *ndice+ ,! -orma./o da )uropa Latina 0123 a!C! 4 ,56 d!C7 5! Como foi que os romanos invadiram a Península '(rica8 0,29 a!C! 4 633 d!C!7 1! :iz aí, como era mesmo esse Latim ;ulgar8 6! Preparando o cen$rio para a forma./o do Português 6!, < período do =omance 0>33?,3337! 6!5 =omânia <cidental, =omânia <riental, forma./o das línguas românicas 6!1 Povos pr(?romanos na Península '(rica 6!6 Povos p%s?romanos que invadiram a Península '(rica 6!6!, <s germanos 6!6!5 <s $ra'es @! Aue consequências Bouve na invas/o $ra'e da península e a forma./o do Português8 Por que eu tenBo de pensar nisto8 >! Português Crcaico+ a primeira variedade de Português que se ouviu no mundo >!, Primeira fase do Português Crcaico+ o Dalego?Português 0,,33?,1@37 >!5 Eegunda fase do Português Crcaico 0,1F3?,@637 9! Auando ocorreu o reconBecimento do Português como uma nova língua8 F! Primeiras Dram$ticas do Português 2! Principais dicion$rios do Português ,3! Gas como era mesmo esse Português Crcaico8 ,,! Cmostras do Português Crcaico ,5! Novas Perguntas ,1! Hi'liografia para aprofundamento ,6! Dloss$rio !. "orma#$o da %uropa &atina ('() a.C. * !+, d.C Pra come.o de conversa, você sa'ia que existe a Cm(rica Latina, mas sa'ia tam'(m que existe uma )uropa Latina8 Pois (, al(m de Cm(rica Latina tam'(m existe uma )uropa Latina! I isso mesmo, s% que ao contr$rio! I porque existiu uma )uropa Latina que temos Bo#e uma Cm(rica Latina, onde se falam o Português, o )spanBol e o -rancês, trazidos pelos colonizadores! C )uropa Latina ( a parte europ(ia do que so'rou do mp(rio =omano! < mp(rio =omano desapareceu enquanto organiza./o política e administrativa, mas sua cultura continua viva, sendo cultivada, por exemplo, aqui no Hrasil& :aí a importância em conBecer a )uropa Latina! ;amos sintetizar no pr%ximo quadro a forma./o de =oma, as conquistas romanas e a latiniza./o de grande parte da )uropa! %-pans$o de .oma e /orma#$o da %uropa &atina 9@1 a!C! >,>?@32 a!C! @32 a!C! 123 a!C! 1,5 a! C! 56, 4 51F a!C! !(0 a.C. ,2, a!C! ,>9 a!C! ,6F?,6> a!C! ,6> a!C! ,53 a!C! @F a @3 a!C! ,@ a!C! 61 a 62 d!C! ,3>?,56 d!C! -unda./o de =oma no monte Palatino, e o rapto das Ea'inas <s reis etruscos organizam o =eino dos JarqKínios! Constr%i?se a Cloaca G$xima, para drenar os pântanos em que se fundara =oma! )xpuls/o de JarqKínio e nascimento da =epL'lica! nvas/o dos Dauleses, que queimam =oma mas s/o expulsos! Constru./o da primeira estrada romana, a ;ia Mpia, que liga =oma a C$pua! Conquista da Eicília, EardenBa e C%rsega, transformadas em províncias romanas Conquista da Península 1b2rica Conquista da D$lia Cisalpina, no norte da t$lia! Conquista da líria, na costa setentrional do Cdri$tico! Conquista da GacedNnia e da Dr(cia Primeiras expedi.Oes enviadas P Mfrica, na Junísia! Conquista da D$lia Jransalpina, que passou a cBamar Prouincia Nar'onensis! Conquista da D$lia Eetentrional! Conquista da =(cia 0DrisOes, Jirol, Lom'ardia7! Primeira expedi./o P nglaterra! Conquista da :$cia, atual =omênia! C forma./o da )uropa Latina foi o primeiro passo para o surgimento de dois grandes grupos lingKísticos na cBamada =omânia ;elBaQ, a sa'er, as línguas românicas orientais e as línguas românicas ocidentais! )ste mapa mostra como se deu a forma./o do mp(rio =omano, e aqui nos interessam apenas os territ%rios da )uropa! Para entender como o mp(rio =omano foi sendo construído, leia esse mapa assim+     ;ermelBo+ ,11 a! C! Laran#a+ 66 a!C! Cmarelo+ ,6 d! C! ;erde+ ,,9 d!C! ;e#amos agora como a invas/o romana da Península '(rica teve como um de seus resultados a forma./o da Língua Portuguesa! +. Como /oi que os romanos in3adiram a Península 1b2rica? (!(0 a.C. * ,)) d.C. <s romanos invadiram a Península '(rica entre ,29 antes de Cristo e 633 depois de Cristo! Auem diria, dois mil anos mais tarde, n%s aqui no Hrasil estamos falando uma língua latina& Auando os romanos conquistaram a Península '(rica eles atiraram 0lan.as e flecBas7 no que viam 0os coitados dos i'(ricos7 e acertaram no que n/o viam 0os povos da Cm(rica Latina7! Eer$ que os romanos tinBam isso em mente8 Claro que n/o, RezinBo, eles nem sa'iam que existiam terras do outro lado do “mar oceano”, muito al(m do mundo mediterrâneo onde eles passearam suas Bostes e suas frotas de com(rcio! Gas enfim, o que levou os romanos a invadirem a Península '(rica foi uma raz/o t/o simples quanto antiga+ a am'i./o Bumana! Sma resposta mais precisa nos far$ via#ar para Cartago, cidade localizada no norte da Mfrica, atualmente JLnis! T$ ouviu falar nas Duerras PLnicas8 Pois (, os romanos precisaram de três delas para aca'ar com o poderio dos cartagineses, povo descendente dos fenícios, que tinBam instalado sua matriz em Cartago, e que concorriam com os =omanos nas rotas comerciais do Gediterrâneo! )nt/o por que essas guerras foram cBamadas “pLnicas”8 Porque fenício em grego ( phóinikos, palavras que os romanos adaptaram para púnico. ;ocê #$ sa'e que o Latim ;ulgar importou muitas palavras do DregoU phóinikos foi mais uma delas! Oes+ o primeiro desem'arque ocorreu em 5.ou no s(c! a!C 4 curiosamente. sua vizinBa. a primeira potência glo'alizada do <cidente.oados e eliminados pelos romanos! Sm ano antes tinBa sido fundada a cidade de -elicitas Tulia <lisipo. atual Lis'oa! )ntre F3 e 9. e foi assim que a Península '(rica entrou na dan. cBefe dos Lusitanos! )m .iriato.ulgar s% se implantou no s(c! .as P cBefia de . a!C! cai a regi/o pirenaica! )ntre 56 e . na altura de Di'raltar. P medida que estirava seus mLsculos pelo mundo ent/o conBecido.a! Auem diria que o interesse pela prata e pela rede comercial criada pelos cartagineses daria nascimento./o da '(ria se completasse! C penetra.F a!C!. gra. estes foram atr$s de suas possessOes. mas o norte e o centro permaneceram por muito tempo na m/o dos antigos donos do neg%cio! < norte foi particularmente resistente.12 a!C! eles foram atrai. al(m de fa'ricarem eles mesmos tecidos e outras mercadorias! )les tinBam conquistado uma parte da Península '(rica. antes mesmo que eles tomassem a D$lia Cisalpina. por volta dos anos 633! . Bein8 =oma. o que s% ocorreria no s(c! a!C! -oram necess$rios dois s(culos para que a ocupa. pois o Latim . portanto. Cugusto consuma a conquista! :iferente da vit%ria pelas armas foi a vitoria lingKística. plantava tam'(m uma rede lingKística muito importante. a =ede Línguas =omânicas EC! C invas/o romana come. de onde extraíam prata! :errotados pelos romanos em sua cidade?matriz. comprando e vendendo produtos em sua rede de filiais ali instaladas. ao Português. da nossa era. 'em mais tarde. ent/o cBamado “Colunas de W(rcules”! < sul da Península foi rapidamente su'metido./o romana na '(ria se deu em duas dire. implantava o Latim! Eem sa'er. onde Bo#e ( a CatalunBa! < segundo desem'arque ocorreu no sul.2 a!C!.< fato ( que os cartagineses V pLnicos tinBam dominado a 'acia mediterrânea. segundo Javani 0. na fon(tica e na sintaxe. transformando menos o Latim . a primeira Wispânia era mais distante. particularmente na H(tica. mais para c$ 0“citerior”7! Cada uma dessas grandes províncias teve um esquema de coloniza./o resultaram o Catal/o e o )spanBol! Por que “ulterior” e “citerior”8 I f$cil+ olBando o novo territ%rio desde =oma. mais para l$ 0“ulterior”7.Cada uma dessas dire. Carpetani. e a segunda era mais pr%xima./o resultaram o Dalego e o Português! < texto de TLlio C(sar que você leu trata de um epis%dio ocorrido na Wispânia Slterior. portanto. . em que iria surgir o Dalego?Português! )sta língua românica. mais desenvolvida economicamente. foi colonizada pela aristocracia senatorial e pelas ordens eqKestres. Jarraconense e Cartaginense. e Ba'itada pelos . s% de navio! )m conseqKência. formada pela H(tica e pela Lusitânia.accaei e Dalleci+ dessa dire.Oes daria origem a uma divis/o administrativa da Península '(rica. desenvolveu?se nessa regi/o uma modalidade conservadora do Latim . formada pela Jarraconense. posteriormente dividida em Dalaecia. em que a Pax =omana esteve amea.ada! :a entrada pelo norte resultou a Wispânia Citerior. tendo sido administrada durante s(culos pelo Eenado! Ct( mesmo escolas de nível superior foram ali instaladas. com conseqKências no surgimento das línguas românicas peninsulares! :a entrada pelo sul resultou a Wispânia Slterior. e mais isolada de =oma+ para via#ar P capital do mp(rio. Crevaci.7! -ormou?se uma cultura citadina. onde surgiria o Português. seria mais conservadora no voca'ul$rio. Ba'itadas pelos Celti'eri. <retani.ulgar.errones e pelos Lusitani+ dessa dire./o pr%prio! C Wispânia Slterior.ulgar! .2>F+ 5. su'stituída nas comunidades $grafas pela transmiss/o oral dessa tradi. comparando aas palavras latinas como palu. assumindo propriedades linguísticas da 'ero?=omânia e da Dalo?=omânia+ Haldinger 0. com sua natureza de “língua?ponte”. menos desenvolvida economicamente.intervoc$licos.a lingKística. tanto mais inovadora sua língua! )xplicando melBor! Nas culturas desenvolvidas B$ um nLmero maior de escolas. conservados por este! I o que se verifica./o anterior! I por isso que se entende o “convervadorismo lingKístico”! Sma cultura menos desenvolvida n/o cultiva esse sentimento. logo alterado pelas mudan. germanu com as . ali desenvolvido./o.Oes desenvolvem naturalmente o conceito de que B$ uma tradi. de onde era accessível por terra! )m conseqKência.C Wispânia Citerior foi colonizada por militares.2>57! I isso aí+ quanto mais desenvolvida uma cultura./o. B$ um passado a conservar. e a comunidade est$ mais a'erta Ps tendências pr%prias de mudan./o mais regularmente! Pessoas expostas a essas institui. disseminando?se a informa. entretanto. conBecido pelo que se aprende na escola e se lê nas 'i'liotecas! C pr%pria escola ( o lugar da transferência da tradi.e o –l. seria mais inovador. tanto mais conservadora sua língua! Co contr$rio. quanto menos desenvolvida uma cultura. tanto quanto Ps influências de outras culturas! Conserva?se menos o est$gio lingKístico Berdado dos antepassados. mais ligada a =oma.ulgar! < Catal/o se constitui num caso P parte. o conservador Português passou P frente do CastelBano inovador quando perdeu o –n.as gramaticais! I isso que se entende por “inovadorismo lingKístico”! Cs línguas s/o./o! Num caso como no outro. alguns particulares organizam 'i'liotecas. conserva?se mais o est$gio de língua rece'ido da gera. mais complexas do que um quadro esquem$tico como o que aca'o de desenBar poderia representar! Cssim. transformando mais fortemente o Latim . o CastelBano ou )spanBol. tendo?se ali desenvolvido uma cultura mais rural. seria o caso de de ler algum texto escrito nessa língua! Pois (.castelBanas palo.Oes os ditongos oral au e nasal ão.os dele! I como diziam os antigos+ “quem sai aos seus n/o degenera”! Lem're?se de que no texto “Como as línguas nascem e morrem8” se mostra que o ndoeuropeu./o “conservadorismo V inovadorismo” n/o pode ser tomada como uma verdade a'soluta! C Wispânia Slterior e a Citerior compreendiam administrativamente os conventus. qual dessas línguas mudou mais8 Casos como estes s/o muito freqKentes. pisos em mosaico. Garcial. estradas. e estes as civitates. tam'(m uma língua de gente analfa'eta . guardaram tra. os #aponeses ainda n/o tinBam inventado o gravador eletrNnico port$til! < #eito ent/o ( comparar as línguas românicas entre si. surgindo como inova. desta vez n/o vai dar& < Latim . Auintiliano./o cultural de =oma na Península '(rica! C literatura romana atingiu seu apogeu nesta $rea+ Eêneca e Lucano eram de C%rdo'a. termas. ainda por cima.ulgar. de CalaBorra. hermano. de C$dis! :a arquitetura restam ainda Bo#e magníficos exemplares de pontes. irmão. como era mesmo esse &atim 6ulgar? Cgora que ficou clara a importância do Latim . 4i5 aí.ulgar. de Híl'ilis. e Columela. você poderia procurar outros consultando a 'i'liografia! )les mostram que a oposi. poucos indivíduos dominavam a escrita! Para piorar as coisas. que eram a 'ase da administra. sendo este uma novidade em termos de Latim. meu caro. arcos?de?triunfo e monumentos tumulares! '. pois sendo descendentes do Latim . <lBando essas e outras palavras./o romana.ulgar era s% falado. teatros. e as portuguesas pau. e falado por quem n/o dominava a escrita 4 sendo que naqueles tempos. aquedutos. em que elas foram omitidas. em que se conservaram essas consoantes. tendo constituído a 'ase dos atuais municípios! -oi grande a flora. e#a aqui o que dizia o gram$tico+ Te-to7amostra do Appendix Probi8 &1STA 4% PA&A6. por exemplo7. escrito comida. non speculum Aquaeductus. . C palavra da esquerda era culta. por isso dizemos agora ama"a e n/o ama!a. C consoante ! estava mudando para ". que deriva do vulgar speclum < genitivo –ae estava mudando para i. como as com(dias romanas. e pode ter misturado sem querer as duas variedades! )sse ( o caso do de uma famosa listinBa preparada pelo gram$tico Pro'o./o de palavras latino?vulgares que n/o poderíamos ter o'tido de outra forma! .%N4% C:. non pel"is 9U% S% AP.0“$grafos” ( mais elegante7. pois ( evidente que quem os escreveu sa'ia Latim Culto. o que ocorre ainda Bo#e em cumida. fez uma lista de palavras separadas pelo adv(r'io non.ulgar. a coisa se repetiu.AS Speculum. daqui tendo derivado Português aqueduto C vogal antes da tNnica estava se fecBando./o de suas línguas?filBas! No caso do Latim . tam'(m se pode 'uscar por aí um ou outro texto latino que tenBa documentado essa variedade. teve de ser reconstituída a partir da compara.ulgar. imperfeito do indicativo culto de amare. as inscri./o do Latim . mas o 'om da Bist%ria ( que ele nos deixou uma rela. e deveria ser evitada! N/o sei se o m(todo de Pro'o deu certo. e por aí vai! Gas ( preciso tomar cuidado com esses testemunBos. os grafitti em paredes que tenBam so'revivido 0como em Pomp(ia. e deveria ser utilizada.Oes em arcos?do?triunfo e em pedras tumulares. e o m(todo Bist%rico? comparativoQ atacou de novo& Para a#udar na reconstitui. que deve ter vivido no s(c! d!C! Para evitar que seus alunos usassem formas vulgares. non aquiductus Formica. a da direita era latino?vulgar. non furmica le!es. 1SS: C vogal depois da tNnica estava sumindoU ( por isso que dizemos agora espelho. ( a mon#a )g(ria.. 'datado possi"elmente do s(c. nesta 'usca do Latim . <ra. d! C! sua eregrinatio ad locca sancta. 1SS: . atrav(s de de% &e & seis! quae ha!et forsitam. 1SS: < demonstrativo ipsa funciona como artigo.7 aparece o particípio presente iacens. mas o Port! criou a forma tal"e% em seu lugar! < numeral sedecim so'reviver$ no taliano sedice e no -rancês sei%e. divertindo?se a valer! Eeu autor tinBa domínio do Latim Culto.runnius *orocotta. esse vale ( um grande vale iacens su!ter latus montis $ei que se estende so' o flanco do monte de :eus 9U% S% AP. o Jestamento do PorquinBo. que desapareceu nas línguas românicasU 057 n/o aparece o pronome relativo X indicativo.A4U=>: #allis autem ipsa ingens est "allis. su'stituído em Port! pelo gerLndioU do adv(r'io forsitam derivou o taliano forse. . tam'(m. dezesseis mil passos de cumprimento -icou famoso.%N4% C:. perdido o valor identificador original! Lem're?se que o Latim Culto n/o tinBa artigos! E% formas cultas+ 0. ditadas ao co%inheiro e aos parentes pouco antes de sua morte-+ lari 05336+ .os que viriam a consolidar?se nas línguas românicas!  Te-to7amostra do Testamentum Porcelli T%<T: % T.as recitavam partes do texto.67! )sse mesmo autor comenta que o texto ( uma par%dia! Eegundo E/o TerNnimo. )# depois de *risto.A4U=>: 9U% S% AP. o “Jestamentum Porcelli”. mas o Português e o CastelBano reconstruiriam a forma. quantum potuimus "identes aestimare que tem talvez pelo que pudemos #ulgar olBando aut ipsi dice!ant in longo milia passuum forsitam sedecim ou eles mesmos Yos moradoresZ diziam.Oes com particípio presenteU 017 mant(m?se o genitivo em $ei. que su'stituiria as constru. pois dali veio o Português e vieram todas as outras línguas românicas! Leia esta amostra+ Te-to7amostra da Peregrinatio ad locca sancta T%<T: % T. mas deixa escapar aqui e ali alguns tra.%N4% C:. que seria su'stituído pela prep! de X su'stantivo! Note?se de novo o particípio presente. que escreveu no s(c! . em que se registram as últimas "ontades do porquinho +. isto (.ulgar. em que mistura formas latinas vulgares a formas cultas! Jam'(m aqui o que interessa ( espiar os vulgarismos.<utra figura importante. as crian. talvez. de.)ncipit testamentum porcelli. perdoa ao suplicante”! 4. e Bo#e aca'o com tua vida! < porquinBo Corocota disse+ “se fiz algo. proclamar”! Na sintaxe.a do grupo nd para nn. coquina. scri!endum dictaui. ditei para ser escrito +agirus cocus di2it3 '"eni huc. e n/o indica origem de cima para 'aixo. !uculariis intestina. rogo. doarei”7! < uso de parentes como “parentes”. . puellis caudam.. mulieri!us lum!ula. < cozinBeiro Gagiro disse+ “vem aqui. cursori!us et "enatori!us talos. et hodie ti!i dirimo "itam-. porquinBo fugitivo.. "itam peto. aos surdos as orelBas. ut de ci!ariis suis aliquid dimittere eis. .5 6t ut "idet se moriturum esse.5 ) como perce'eu que ia morrer. porcelli aponta para o grande nLmero de palavras portuguesas que derivaram do diminutivo em -elus. fugiti"e porcelle. variedade em que o primeiro termo quer dizer “pais”. lam'edor do cB/o. *orocotta porcellus di2it3 'si qua feci.uoniam manu mea scri!ere non potui. em que se omitia a vogal u de coquus. aos meninos a 'exiga. como o"is / o"icula 0 o"elha1 "as / "ascella 0 !ai2ela1 aures / auricula 0 orelha. horae spatium petiit et cocum roga"it ut testamentum facere posset. 4.. su qua "ascella pedi!us meis confregi. ( um partitivo em de meis "isceri!us. e o segundo “lamentar?se aos gritos. domine coce. aos advogados e prolixos a língua. esiciariis femora. e de clamare como “cBamar” tam'(m evidencia tra. visível nos polissíndetos 0et. pe. aos vaqueiros os intestinos... de . *lama"it ad se suos parentes.runnius. pueris "esicam. cinaedis musculos. Preparando o cen?rio para a /orma#$o do Portugu@s .et7 e na repeti.a o testamento do porquinBo! Como n/o pude escrever com minBa m/o./o do ver'o 0da!o dona!o “darei. Ps meninas a cauda./o portuguesa co%inha! < texto imita o estilo repetitivo dos documentos pL'licos. pediu o tempo de uma Bora. Ps mulBeres os lom'os. *ocus 0e cocina7 apontam para a pronLncia popular. concede roganti-. dispens$veis no Latim Culto. soli"ertiator. aos salsicBeiros as coxas. permitindo neste caso a deriva.rundius. causidicis et "er!osis linguam. nestes casos! $e. e"ersor domi. as cerdas da ca'e. Come. aos corredores e aos ca. destruidor da casa. de modo que lBes legasse algo de seus alimentos! )le disse+ 0!!!7 ) de minBas vísceras. nota?se o uso das preposi.o a vida. como no uso culto de caelo cadere “cair do c(u”! . .os discrepantes do Latim Culto. se cometi algum erro. +.adores os calcanBares.a aos 'riguentos. ri2atori!us capitinas. surdis auriculas.5 6t de meis "isceri!us dado dona!o sutori!us saetas.. e rogou ao cozinBeiro para que pudesse fazer um testamento! CBamou a si seus parentes. latroni!us ungulas. aos ladrOes os cascos 0!!!7 < diminutivo de porcus. tendência ainda Bo#e o'servada quando dizemos falano em vez de falando. se que'rei algumas vazilBas com os meus p(s. calcado em grundire “grunBir”. legarei os pelos aos sapateiros. por exemplo. si qua pecca"i.ui ait3 4.Oes ad... rogo. . mostra a mudan.runnius *orocotta porcellus testamentum fecit. senBor cozinBeiro. < nome do porquinBo. aos efeminados os mLsculos.. 33 a .39 d!C!+ olBe de novo o resumo so're as duas =omânias para entender 'em isto! C forma. a do Português propriamente dito. e este./o da Península '(rica pelos romanos e a existência de povos e culturas pr( e p%s?romanos no territ%rio criaram as condi. e como o Latim . era mais arcaico que aquele levado P :$cia.Oes para o surgimento do Português! .333. ve#a no seguinte esquema como o Latim Culto morreu. conquistada no ano . a [.ulgar foi se multiplicando na )uropa Latina+ .1@3U a segunda fase.Oes do =omance '(rico do noroeste da Península '(rica no Português Crcaico! 017 < Português Crcaico sofreu mudan.C latiniza. vai de . 0.e#a a esse respeito o esquema que aparece no texto “Como as línguas nascem e morrem8” < Latim . aproximadamente entre os anos >33 e . atual =omênia./o do =omance '(rico! 057 Jransforma.@63 a . por sua vez. denominadas línguas rom7nicas.. vai de . falou?se na )uropa o 8omance! .amos nos limitar neste texto aos três primeiros capítulos! Para facilitar as coisas./o da Península '(rica e contactos lingKísticos com os povos pr( e p%s? romanos.9@37U segunda fase.7 Latiniza.as./o da Língua Portuguesa ( uma Bist%ria que pode ser contada em pelo menos cinco capítulos+ 0.ulgar trazido para a '(ria era mais arcaico que aquele levado para a D$lia. o que permite dividi?lo em duas fases+ primeira fase.1@3 a . a do Dalego?Português. derivadas do Latim .ulgar! )ntre os Lltimos tempos do Latim e o surgimento das línguas românicas.amos ver isso passo a passo! C expans/o romana pela )uropa teria como resultado o surgimento de um grande con#unto de línguas. s(culos [. com duas fases+ primeira fase. s(culo [ [! 0@7 Português Contemporâneo+ s(culos [[ a [[ ! .@63! 067 Português Goderno. de que resultou a forma. /o do Latim ..ulgar e as futuras línguas românicas! I no primeiro desses sentidos que se toma aqui a palavra 8omance! < período =omance n/o ( conBecido em detalBes! Judo o que se sa'e ( que o =omance variava geograficamente. <s cidad/os romanos tinBam consciência das variedades de Latim que estavam usando. quando surge o primeiro documento em -rancês..ulgar dialetado que se espalBaria pela )uropa! < adv(r'io romanice. de F1F! Na '(ria o “prazo de validade” do =omance foi mais extenso. nem era ainda algumas das línguas românicas que Bo#e conBecemos! C pr%pria dura. o quei#o e o vinBo!!! . falar Latim Culto.Oes operadas na gram$tica da língua de =oma.33! . ele parece ter sido extinto em F33. quando distinguimos o Português Culto do Português Popular! Naquele tempo./o do =omance variou no tempo+ na -ran. isto (. intermedi$ria entre o Latim . e ele deve ter so'revivido at( . e #$ n/o podia mais ser considerado como Latim. mudaria foneticamente para 8omance.ulgar por toda a )uropa Latina. os 'ons ares do lugar. tal como Bo#e..omance (A))7!))) . e romanice loqui. os Turamentos de )stras'urgo. falar o Latim . dadas as profundas altera. ! : período do .a. e posteriormente um gênero liter$rio 4 precisamente as narrativas redigidas nessa língua. passando a designar primeiramente a resultante europ(ia da dialeta. que aparece na express/o romanice loqui. as variedades do Latim eram reconBecidas e designadas pelas expressOes latine loqui.ocê sa'e. isto (. o azeite. o =omance <cidental e o =omance <riental! . amigo 1TA&1AN: 9oi.as entre as línguas da =omânia <riental 0 taliano. 057 manterem as consoantes surdas intervoc$licas.:. o Português e o Dalego7! Cs línguas da =omânia <cidental se caracterizam por 0.TUDUES 9ós.omBnia :cidental. Eardo7 e aquelas da =omânia <cidental 0-rancês. o Catal/o e o Proven. amico .:.CN1A :C14%NTA& C =omânia <cidental ( su'dividida em Dalo? =omânia 0de que derivaram o -rancês.al.as entre elas se limitou P forma.7 manterem a vogal postNnica. Catal/o.+ . amado.omBnia :riental &AT1.CN1A :. independentemente do gênero+ -rancês les hommes Ylez]mZ. poi :upo. amatu. conforme sugerido acima8 N/o mesmo& <'serve o pr%ximo Auadro e tire você mesmo suas conclusOes! 4i/eren#as entre o Portugu@s (. como em Latim tegula 0 tegla 0 Português telha.omBnia :cidental . “telBa”. amicu P:.al7 e 'ero?=omânia 0de que derivaram o CastelBano. 017 semivocalizarem a primeira consoante do grupo ct. 017 assimilarem o grupo consonantal octo 0 otto.amos agora comparar duas línguas origin$rias das “duas =omânias”+ o Português e o taliano! Eer$ verdade que as diferen. =omeno. 9os. como em Latim focu \ taliano fuocu. *talo? =omânia 0de que derivou o taliano7 e =eto? =omânia 0de que derivou o =(tico7! Cs línguas da =omânia <riental se caracterizam por 0. 057 sonorizarem as consoantes surdas intervoc$licas. pois :o!o. CastelBano e Português7! .7 perderem a postNnica. !am!ino – !am!ini “menino 4 meninos”! . . em que n/o se pronuncia o –s do su'stantivo.omBnia :cidental e o 1taliano (..1%NTA& C =omânia <riental ( su'dividida em :aco? =omânia 0de que derivou o =omeno7./o do plural.ulgar tegula 0 taliano tegola. donde fazerem o plural em –e para as palavras femininas. )spanBol los hom!res. como em fogo. /orma#$o das línguas romBnicas No Auadro a seguir s/o recolBidas as principais diferen. donde fazerem o plural em –s. 067 terem o Nominativo como caso Lnico. Português os homens.omBnia :riental. e em –i para as palavras femininas+ taliano sorella – sorelle “irm/ 4 irm/s”. 6U&DA. como em Latim ./o socioBist%rica das línguas românicas podem ser melBor entendidas quando se reconBecem dois grandes domínios do =omance da Clta dade G(dia.Cs muitas diferen.omBnia :riental e .as na forma. como em oito 067 terem o Ccusativo como caso Lnico. post :upu. amato. . Proven. muito complexas mesmo quando aparentadas! . fixaram?se na regi/o )ntre?Je#o?e? Duadiana. noite. feito *era./o Cm'roilírios! :urante certo tempo. povo origin$rio da )uropa Central. notte. sertuZ . mas =am%n Gen(ndez Pidal conseguiu prov$?lo ligando topNnimos que remetem ao nome pr%prio “Cm'rones”! Com isso.ascos ou 'eros.ulgar8 )m que elas se aproximam. certo Ydito sera. donde a designa. kertuZ .a denominada “Cm'rones” pelos =omanos! C eles mesclaram? se os lírios.tto. pensou?sse que esse povo n/o tivesse passado pela Península '(rica. e do :ouro at( a Lusitânia! No segundo período.. o que se pode ver pelo Gapa “Cm'roilírios na Península '(rica” . migraram para a Península '(rica entre F33 e 133 a!C! No primeiro momento. aquele povo n/o ndoeuropeu. na Msia. e ainda os Celtas. ocuparam o centro do territ%rio. descendiam de uma ra. como Bavia no C$ucaso um povo denominado “Boi i'(roi” pelos gregos. na t$lia. ' Po3os pr27romanos na Península 1b2rica C '(ria n/o era nenBum deserto Bumano quando os =omanos cBegaram! )les encontraram aqui os . nocte. organize alguns quadros comparativos e localize outros pontos de contacto e de afastamento! Cssim s/o as línguas. surgindo os Celti'eros! &ígures ou Ambroilírios <rigin$rios aparentemente da LigLria. ele restituiu o percurso dos Cm'roilírios pela península. misturando?se aos 'eros.ascos ou 'eros est/o na Península '(rica desde tempos imemoriais! )les s/o origin$rios da regi/o do C$ucaso.. certo Ydito tchera. origin$ria da Msia Genor e da Lí'ia! :ada a superioridade cultural dos 'eros.ito.cto. e em que elas se afastam de sua língua?m/e8 Consulte uma gram$tica das duas línguas. e n/o eram indo?europeus! E/o o'scuras as rela. outros supOem que Hascos e 'eros integrem a mesma etnia! <s romanos os Celtas <s Celtas. . factu *era.Oes entre os Hascos e os 'eros! )stes Lltimos integraram a Cultura Capsense. os Cm'roilírios. os -enícios ou Cartagineses 0a quem derrotaram7 e os Dregos! Leia no quadro a seguir uma síntese da Bist%ria desses povos! Fascos ou 1beros <s Hascos. fatto *era. certu Ydito kera. tchertoZ Aual dessas línguas se mostra mais pr%xima do Latim . supOe?se que os Hascos tenBam aprendido a língua daqueles! )ntretanto. decifrado por G! D%mez Goreno! . su'stituindo?se a palavra latina aratrum.imenes. grafados em grego ou no alfa'eto epic%rico. a '(ria! NenBum desses povos conseguiu preservar sua língua diante do avan. preservado  . !riga e dunum “fortaleza”.er Jovar 0.ulgar rece'eria deles contri'ui. na"a 0que quer dizer “depress/o”. cogula “veste sacerdotal”./o dos Hascos! < Latim .ascongadas. palavra suplantou a latina sinNnima sinister7. terra dos . por etimologia popular !arriguilha. Ar!u(s7. palavra que significava antes “galeria das minas”7.2@F7. sagum 0 saio / saia. arrugia 0que deu arroio.denominaram “. você encontrar$ algumas palavras que o Português tomou de empr(stimo Ps línguas dos povos pr(?romanos!  Palavras oriundas do Hasco+ C língua 'asca./o francesa. pi<arra. guitarra7. ?rraca! Palavras oriundas do Celta+ sufixo –essu 0 -(s 0em Alg(s. camisa. -rdo / -rda 0como em esquerdo. !rio. caminho. e ainda Bo#e em dia eles ocupam as Províncias . !arro.Oes lingKísticas do Hasco+ sufixos –rro / -rra 0como em !e%erro. com exce. antropNnimos Sancho / Sanches.imeno / . por importa. :ugdunum 0 :ião. formado a partir de !raguilha7. EcBucBardt 0.o romano. lausiae 0que deu lousa7. palavras que entraram na composi. carrus 0 carro.2>97! Contri'ui. Crri'as 0.Oes lexicais. que eles aca'aram por dar seu nome patronímico ao territ%rio. cachorro. manteiga. !ragas “roupa 'ranca” 0e. cu#o nome. l(gua. tendo preservado sua morfologia e sua sintaxe! I por isso que o Dalego. carruca 0 charrua. ali$s. Etella 0. o Português e o CastelBano mantêm at( Bo#e uma gram$tica neolatina! No quadro a seguir. ca!allus0 ca"alo.2>17.ascones”. que suplantou o latim equus.2697. deixou diversos documentos epigr$ficos espalBados pela 'acia do Gediterrâneo. #inodunum 0 #erdun.ascos! Eua importância ( tanta. e que entra no topNnimo 9a"arra7. da )spanBa! :o lado francês. ou êuscara. resultou de #asconia. . =agus 0que deu =e>o7. !i%arro./o dos topNnimos *oním!riga 0 *oim!ra. ocupam a DasconBa. Po3os pGs7romanos que in3adiram a Península 1b2rica C Península '(rica n/o virou um paraíso na terra s% porque os romanos tinBam cBegado e tomado conta do peda.7 Drupo <riental+ . e que aca'ariam por dar?lBe fim.e#amos isto! . 7ngelo.. l$ vieram os Mra'es aca'ar com a gra. drama. go"ernar.. quando o lugar entrou na mira dos germanos! Logo os germanos. gesso. no topNnimo Santa *om!a $ão 0em que deve ter Bavido uma reinterpreta. mec7nica! N/o s/o aqui mencionados os termos t(cnicos de que o Drego a'asteceu a'undantemente o Português.. !ispo. que em alguns casos suplantou a palavra latina correspondente mutare. tomilho. greda.! :s germanos < nome “germanos” reco're um con#unto de tri'os. donde o “santa”7. você pode se perguntar o seguinte+ que sons se repetem nas palavras 'ascas8 Aue domínios do voca'ul$rio foram enriquecidos pelas palavras Berdadas dos povos pr(?romanos8 :$ para conversar 'em.. golpe. !odega.no português como o feminino (gua. gato. escola. por n/o terem entrado para a língua neste período Bist%rico! Lendo essas listas. igre>a..a dos descendentes dos invasores germânicos! . cer"e>a. !asium 0 !ei>o e !asiare 0 !ei>ar. !lasf@mia e !lasfemar.  Palavras oriundas do Drego+ púrpura. cima. trado. cada. monarquia./o mesmo do mp(rio. lan<a./o de com!a como colom!a. !ico. cum!a “vale”.ada a )ra Goderna. ca!ana. que tanta confus/o #$ tinBam armado no cora. !ati%ar.o! )stavam os descendentes dos romanos muito felizes com suas novas propriedades Bispânicas. em 629 d!C& Gas n/o apenas os germanos fizeram estrepulias no lugar& Gal come. mesmo n/o usando essas palavras8 . cam!iare 0 cam!iar. que se atiraram so're a )uropa em diferentes (pocas Bist%ricas! )ssas tri'os eram assim divididas+ 0. o Conde Tuli/o.isigodos. ter facilitado . variante do Cristianismo.ândalos tomam a H(tica 4 cu#o nome mudam para #andalu%ia./o que se tornaria not$vel pela codifica. vieram para a '(ria a partir de 632 d!C! os . Clanos. atualmente Andalu%ia ? mas logo passaram P Mfrica.isigodos e os <strogodos7. devastando as províncias romanas da Gauritânia e Jingitânia! <s Euevos criaram em 652 um importante reino na Dallaecia. compondo a famosa :e2 #isigothorum! )les ocuparam a meseta castelBana. Clamanos e Euevos! :esses grupos.>. iniciando?se a miscigena. desde Hurgos at( Gadri e Joledo! Professando o Crianismo../o das leis./o 4 fato que impediu a '(ria de transformar?se numa D%tia! Lem're?se que os -rancos transformaram a antiga província romana das D$lias em -rancia.7 Drupo <cidental+ -rancos. os Euevos. W(rulos e outros! 0. que cBegaram em 6.isigodos. atual -ran.ândalos! <s Clanos tomam a Lusitânia. o rei =ecaredo a'#ura do Crianismo. tendo dominado a península at( >56.ândalos. com capital em Hraga.isigodos! )sse reino teve fim em @F@! <s mais importantes dentre os germanos foram os . tendo sido conquistados pelos ./o. Dodos 0que compreendiam os . fato que levou os . HurgLndios.a! No come.o do s(c! . evitaram inicialmente casar?se com os Bispano?romanos! )m @F2. fragmentando?se a 'ela constru. ap%s derrotar as “tri'os?irm/s”! )les desenvolveram uma civiliza. mas s/o logo repelidos! <s . os Clanos e os . a ponto de um visigoto.isigodos a mudarem de atitude. a invas/o $ra'e! No mapa a seguir você pode fazer uma id(ia da importância dos Dermanos nesta altura da Bist%ria europ(ia+ a monarquia visig%tica se envolvera em 'rigas internas. ulgar Wispânico. n/o mais considerada como metr%pole! -ormou?se um sentimento nacional. em conseqKência. come.ou a dialetar?se nos diversos =omances de que surgiriam a partir do s(c ! [ as línguas românicas i'(ricas! Como os germanos tinBam entrado em contacto com os romanos desde o s(c! .ulgar independentemente da invas/o da Península . suas contri'ui. e entre os s(cs! . 0.adoras da península em rela.7 palavras vindas do germânico ocidental 0como os -rancos7 ou do germânico oriental 0como os Dodos7 que penetraram no Latim .Oes l(xicas devem ser consideradas segundo o grupo germânico de que procedem e segundo o local em que se deu o contacto! W$. e [ o Latim . matizado pelos germanismos.C grande importância lingKística da invas/o germânica est$ em que seu domínio li'ertou as potencialidades diferen./o a =oma. radim. tinBa sido extinto o mp(rio =omano do <cidente. durante a dade G(dia! <'viamente. . guarir e guarecer “curar”. . orgulho. Crito. =eles. 8odolfo. sufixo –engo 0a"oengo.ou"eia. ao . longo'ardos na t$lia.odo. 8esende. ga!ar-se. 8amiro. atual -ran. a!adengo7. feudo. “calLnia”7.odinho. rou!ar. guerra 0que suplantou Latim !ellum7. introduzidas durante o período =omance 0germanismos francos na D$lia. Crandão. !runo. .on<al"es. 8ugerius 0 8og(rio. parra. #iliati 0 . #aldemir. Corgonha. fralda.a. lu"a./o. Ailhelm 0 . Al"arenga. 6l"ira. =eodorigo. . donde guisado “disposto. !ramar. . +elo. com a expans/o do mp(rio Carolíngio e da cultura proven. guisa “maneira”.uilherme. alei"e. íngreme.ondomar. do s(c! .a que o aporte visig%tico foi mais acentuado na Península '(rica! )is aqui algumas palavras germânicas que entraram para o Português+  Eu'stantivos comuns+ elmo. !ritar. Argemil.al e francesa. . . donde 8uderigo 0 8odrigo. ostrogodos e visigotos em outras $reasU 017 franquismos e galo?romanismos difundidos mais tarde. . !ranco. ganso. 6sposende. Fernando. espora. aio. realengo. valor guerreiro”! )sses elementos aparecem em =eodulfo. . arran#ado”.ondemir “c(le're na luta”. 6rmegilde.omide. :o!ão.odói. seguindo =afael Lapesa. !urgo. #era. tr(gua. rico. solarengo.'(ricaU 057 palavras germânicas regionais. Fafiães. alei"e 0donde alei"osia. coifa.on<alo. . 8amilde.omes / . . al!ergue. 'urgLndios. sa!ão. la"erca.a”. com sua capital .uimarães. +ir e +il “gl%ria”.urique.uilhade. Caião. Guitos desses topNnimos transformaram?se em antropNnimos! . for. . sufixo 4ardo 0!astardo7! Eu'stantivos pr%prios+ os nomes pr%prios germânicos compunBam?se de elementos significativos. . vamos enumer$?los sem essa preocupa. em'ora se reconBe.uedes. portanto. agasalhar. tais como Aulf “lo'o. 8igo e 8i% “poder”. ( difícil distinguir os germanismos a partir desses crit(rios! Cssim. Atiães. . Ataíde. ufano.unths “espada. gastar. em!ai2ada. Bl"aro e Al"arenga. Curgo. lem'rar que no s(c! . JopNnimos+ #imaranis 0 .uiães. devendo?se   < domínio germânico na Península estendeu?se. Afonso. !rasa. guardar. general $ra'e7 e se instalam na Península por largos anos. em que fundam diversos reinos! :estes reinos surge o movimento da =econquista. e os emires Bispânicos tornam?se independentes! C'derraBman . refor. a're as portas de Ceuta aos $ra'es e pede uma expedi. os generais Gusa e J$rique atacam os Bispano?godos. a 9@> a Wispânia Gu. nortistas 'ascos e sulistas visigodos! < Conde Tuli/o. o Português e o )spanBol.ara'izado do Eul..a a constru.3. acelerou as mudan. registrando?se lutas entre cat%licos e arianos. ap%s um acordo com Castela! . visigodo. “ca'o de J$rique”. a fugirem para o Norte.ando a latinidade nesta parte da )uropa! :esse ponto de vista. pelo contr$rio.as de que resultariam o Dalego.625 4 quando os espanB%is #$ desco'riam a Cm(rica& :e 9. ligados ao Califado de :amasco! :essa data at( 252 organiza?se o Califado de C%rdo'a. at( sua expuls/o em . o tiro dos germanos saiu pela culatra& ..ulmana ( governada por emires. e sucedem?se no poder! )m 9F@ come.+ * :s ?rabes Por volta de 9. no ano de . de onde foram definitivamente expulsos com a tomada de Clgarves e sua inclus/o em Portugal../o que tome a Península '(rica! )m 9..5>1..em =oma! Gas a invas/o germânica n/o conseguiu extinguir o Latim da Península '(rica. que teria como resultado pNr em contacto essas duas variedades românicas! <s $ra'es ficaram @@5 anos em Portugal. que falavam um =omance 'astante inovador se comparado ao =omance mo. ent/o redenominada Di'raltar 0de ge!-al-=Drik./o da mesquita de C%rdo'a! C cBegada dos $ra'es o'riga os remanescentes Bispano?godos.. atravessam as Colunas de W(rcules. a monarquia visig%tica entrou em s(ria crise. 625! <s $ra'es trouxeram para a '(ria sua desenvolvida cultura. para as explica. que dispunBam dos mesmos direitos dos mo.Oes do Clcor/o! :esenvolveu?se a Wist%ria e a Deografia. os costumes. que falavam $ra'e em suas rela. os costumes e as roupas dos $ra'es! 067 <s mo. tendo sido expulsos ap%s a captura de Dranada. que adotaram a língua. a Hotânica. em que se so'ressaíram Hen Waiane. salvaram para o <cidente textos como os de Crist%teles. que incluía desde a Cgricultura at( a -ilosofia. os !aladiEEm.$ra'es 0palavra que significa “su'metido aos $ra'es”7.7 <s $ra'es invasores. Bispano?godos 'ilíngKes su'metidos aos invasores. anos. palavra adaptada de .isigotBorum foi mantida. usos e os #uízes Bispânicos foram conservados! < desenvolvimento liter$rio foi muito intenso. passando por uma extraordin$ria Crquitetura preservada at( Bo#e! Jendo traduzido para o $ra'e os cl$ssicos gregos.Oes familiares! 0@7 <s #udeus. e romance em suas rela. a Cgricultura e a Crquitetura. 9F. a ponto de pensarem alguns Bistoriadores da literatura que a poesia lírica medieval da Península '(rica se#a de origem $ra'e! )studos lingKísticos foram cultivados. em .)les ficaram mais tempo na )spanBa.Oes com os novos propriet$rios do esta'elecimento. no sul da península! C cultura aqui desenvolvida foi superior P africana. que se tornaram os novos donos do peda. Hen Eaíde. al(m da GLsica! :etalBar tudo o que ocorreu no período escapa Ps limita.andaluzia.$ra'es! .o! islamizados pelos $ra'es! 057 <s mouros ou 'ere'eres vindos da Gauritânia. a Gedicina. caracterizando?se por uma grande tolerância religiosa e politica! C Lex .Oes deste texto! Hasta que se diga que a cBegada $ra'e dividiu a sociedade Bispano?romana em três segmentos sociais+ 0. a -ilosofia. destruídos na )uropa pela intolerância crist/! < maior esplendor de sua cultura ocorreu na regi/o cBamada “Cl Cndalus”. Bispano?godos convertidos ao slamismo. que tinBam sido conquistados e 017 <s muFalladim. Henalcati'e. ou muladíes. Henela'ar. a que se seguiu em ./o latina na península foi mantida pelos mo. que pu'licou as muaxaBas completas. n/o se podendo afirmar que a po(tica $ra'e peninsular deu surgimento a um movimento artístico que poderia ter sido criado pelos Dallaeci.$ra'e.$ra'es. e latinismos penetraram no $ra'e! )les tiveram tam'(m uma enorme importância no desenvolvimento da poesia lírica i'(rica! Wo#e se sa'e que em língua mo. as moa2as. anteriores aos $ra'es! Cs car#as foram desco'ertas em .26F por E! G! Etern. muladíes ou renegados. e mostram que nos s(cs! [ e [ tinBa existido uma lírica tradicional.$ra'e foram compostas as car>as ou findas.Oes 'oferecem uma modalidade de língua a que chamamos mo<Dra!e. se encontram em o'ras manuscritas de 'n Husra. e tam!(m por alguns dos conquistadores-+ Dalm(s de -uentes 0. e 127 Car#a $ra'e . esp(cie de remates po(ticos de 5. com sua tradu. n/o conBecendo o =omance. praticada em al-Andalus por cristãos. este ponto segue inconcluso. 'n al?Tati' e Tud$ Wa?Leví! I natural que os copistas que transcreveram esses manuscritos. sem extingui?lo! )is aqui algumas car#as. a que viriam a assemelBar?se as cantigas d^amigo galego?portuguesas. aí incluídas as car#as! Cs muaxaBas $ra'es em que se encontram car#as romances. $ra'es e Be'raicas. ou mua2ahas. Cs car#as mesclavam palavras mo. ara'ismos penetraram nas línguas i'ero?românicas.Oes po(ticas dos $ra'es e dos Be'reus peninsulares.226+ 1.$ra'es! Ctrav(s deles. retiradas de Dalm(s de -uentes 0./o+ Cmostra de car#as romances. reiterpretaram?nos de mil modos! Gas n/o B$ dLvida que essas composi.C tradi. que s% surgiriam no s(culo seguinte! )ntretanto.226+ F@7! Cs sucessivas etnias $ra'es que com frequência invadiam a península diminuíram fortemente o contingente mo.2@5 o tra'alBo de )milio Darcía D%mez. 1 ou 6 versos que acompanBavam as composi. "en.Oes d^amigo. confessando seu amor P sua m/e e Ps suas amigas. <idi.Oes acima! <lBe aqui como se deu a ocupa. . dom )!rahim .Drrame a o! :igarte #em. .h nome doceH #em-te a mim $e noite Se não. )reEme a tí!. se não queres. querido ( um grande !em $este momento. 6l querid4o5 es tanto !en4i5 $Ieste a%-%ameni. si non keres./o7 da Península '(rica pelos $ra'es+ . em que uma mulBer fala pela 'oca do poeta. #en filEo dI)!n ad-$aEEeni #aEse mieF o qorachón de mí!. meu senhor./o 0e a desocupa. ou mesmo formulando seu dese#o com a clareza das composi. #em. )rei4me5 a ti $i% aonde 4posso5 unir-me 4contigo Car#as Be'raicas #en. "em. 4que5 estD doente3 quando sararDJ I evidente a proximidade destas car#as com as can.#en <idi )!rahim Ga nuFemne dolcheH #ente a mi! $e nohte )n non. 6nfermo Eed3 KuFand sanaradJ #em. Ga 8a!!H Se se me tornaradJ =an mal me duFóled li-l-ha!i!. filho de )!n ad-$aEEeni #ai-se de mim meu cora<ão Ai senhorH Acaso me "oltarDJ =anto me dói pelo amigo. a%Dfama! Comidas+ a%eite. sor"ete. alga%arra. diferente de alcaide. almLndega. assassino. Dlcool. algara. “governador do concelBo”7.. alfarro!a. alcD<ar 0ara'iza. alfa%ema. adaga. aletria. alfenim.e#amos agora algumas palavras $ra'es que penetraram no Português  Pessoas e profissOes+ alfaiate. 2arope. alarido. alfafa. alf(loa. a<ucena. alfange. alcalde 0“#uiz municipal”. 2erife 0“no're”7! <fício da guerra+ adail 0“soldado da vanguarda”7. alcD<o"a 0“castelo”7. acepipe. almo2arife 0“inspetor”7.    . alarde. almocre"e. ac(m. a<afrão. alcachofra. fulano. alfa"aca. alca<u%. a<úcar. cuscus! Cgricultura+ alforreca 0“urtiga”7. almotac( 0funcion$rio encarregado da metrologia7. algara"ia 0variante de ara"ia7. marfim. acicate 0“espinBo”7. alferes./o da palavra latina castrum7. alfa>eme. a%eitona. adufe. 9ora / 9oras / 9orinha / 9oura. alcat(ia. a<ude./o romana do territ%rio8 :esapareceram8 Claro que n/o! Ee a tradi. !arraca. al"enaria 0note?se o sufixo românico7./o latina da península tivesse desaparecido. parece que a Bist%ria se repete+ os invasores germanos cortaram os la.os da '(ria com =oma! <s invasores $ra'es uniram . lima. Faro. formado por uma roda dotada de vasos”. t7mara. algarismo.e! al =Drik “ca'o de J$rique”7. ..uadiana. leilão. que tinBam come. limão. arma%(m. Dlge!ra./o do mapa lingKístico i'(rico atual! . andaimes. . +edina. pataca. o mesmo que al!atro%7. cara"ana. aldra"a. o que aconteceria aos romances i'(ricos. 2a"eco 0“'arco”7. !a%ar.Oes”7. ado!e. ta!ique! Cnimais+ ginete 0“cavaleiro”. !en>oim. mesquita. Alham!ra! Clgumas palavras românicas s/o ara'izadas e depois re?entram no Português. pois de certa forma completou o tra'alBo das dire. e depois o cavalo7. . alco"a. Bo#e estaríamos falando alguma variedade do $ra'e! sso n/o aconteceu gra. como Santa )ria 0 Mantarim 0 Santar(m. Alfama. . arro%. aldeia. laran>a. Al"alade. sarrago 0“moeda. r(cua 0“'esta de carga”7. alcouce 0“prostí'ulo”7. arraia 0“re'anBo”. a<ougue. alicerce. Almada. formadas so're a palavra nora “aparelBo para tirar $gua. argola. acelga.Oes de penetra. ga%ela. cam'ista”7.Oes+ almoeda 0“anLncio”7.e#amos como isso aconteceu! Com a cBegada dos $ra'es. Alc7ntara 0“a ponte”7.uadalqui"ir. adar"e 0“torre”7. almude. ArrD!ida. donde arraia-miúda7. que s% completaria seus o'#etivos no s(c! [. alfor>e.    T$ no final do período =omance tem origem o movimento da =econquista.uadala>ara. concorrendo para a organiza. caf(. romã. atum. Al!ufeira. r@s. at(! JopNnimos+ Algar"e. )xpressOes+ o2alD. alf7ndega. al!arrã 0“fortifica. tremo<o!  Com(rcio e constru. alface. papagaio.i!raltar 0de . com a expuls/o dos mouros V $ra'es da Península '(rica! )sse movimento teve uma enorme importância lingKística./o romana. >a"ali. saguão.ado a se desenvolver em raz/o da coloniza.$ra'es e ao movimento da =econquista! Cssim. AlcalD. aduana.almeirão. a%ule>o. cifra. lacrau.as aos mo. alcatra% 0“pelicano”. 57 09.319?.31@?..>57 0F9@?. anexa.3197 0.197 =eino de Crag/o e CatalunBa 02.6927 =eino de Crag/o e Castela.>5?./o ao sul.625 0expuls/o dos Lltimos $ra'es7 formaram?se os reinos crist/os da '(ria e surgiram as línguas românicas na península! -oi lento o movimento da =econquista.. os Bispano?godos repelidos pelos $ra'es refugiaram?se no norte da península e organizaram os )stados Crist/os Gedievais.@.>7! )m . que aca'ou por assimilar o leonês e o aragonês! < Português e o Catal/o escaparam do formid$vel desempenBo do CastelBano.$ra'es. dadas as guerras que moviam entre si e contra o mouro! < quadro a'aixo tenta captar essa complicada (poca Bist%rica! "orma#$o dos %stados Crist$os . que ganBou um grande impulso #$ a partir do ano de 213! nicialmente./o do =eino de Navarra Com o movimento da =econquista. surgido com o casamento de -ernando de Crag/o e sa'el de Castela [email protected][email protected]? .Oes.edie3ais =eino de CstLrias =eino de Le/o 0953?23@87 Condado de Castela 0215?.6927 =eino de Le/o e Castela 0.os Bispano?romanos crist/os em movimentos guerreiros que consolidaram a cultura romana! .. 0cBegada dos $ra'es7 e . su#eitos a muitas modifica. at( a total expuls/o dos $ra'es! Auem levou a melBor foi o CastelBano. o Português no noroeste da Península '(rica. movimentando?se sempre em dire. o CastelBano no centro e o Catal/o a leste foram ocupando os territ%rios dos mo.37 =eino de Le/o e CstLrias 0. 9ue consequ@ncias hou3e na in3as$o ?rabe da península e a /orma#$o do Portugu@s? Por que eu tenho de pensar nisto? )ntre 9.. preservando sua identidade nacional e lingKística! Gas voltemos ao Português! .3527 =eino de Crag/o Condado de Harcelona =eino de Navarra 0F33?.5.amos ver isso de perto! H.2?2. ( proclamado =ei de Le/o e Castela! Nasce Cfonso Wenriques.5F . outra filBa de Cfonso .aia+ ela procede de *ale. este rei recorre ao poderoso C'ade de Clun_. que ocupavam o sul do atual territ%rio português. com o título de :! Cfonso ! nicia?se a dinastia dos HorgonBa. #untado a ortu..) F33?. que se retira apressadamente para a Mfrica! Convocados pelo Papa.33 Considerado como o período proto?Bist%rico do Dalego?Português 0e. que envia em sua a#uda seus primos )udo e Wenrique de HorgonBa! Gorre o Berdeiro de u.. estrata. e rece'e o Condado de Portugal e Coim'ra como dote! < Condado localiza?se na margem esquerda do =io :ouro. fala?se =omance durante este período. guerreiros de muitas partes acorreram P Península...F@ .. para com'ater os $ra'es invasores da )uropa ela mesma! )ra o espírito das cruzadas. a influência francesa so're Portugal! :! Cfonso . ! )m desespero de causa./o do Condado ao domínio de Castela. para su'meter o condado P sua tutela! Cfonso Wenriques prende sua m/e no Castelo de Duimar/es e vence os castelBanos na HatalBa de E/o Gamede.ufe P testa de um poderoso ex(rcito mouro. mas na '(ria o período do =omance se estendeu mais! Cfonso . assim. que passam a pressionar Cfonso Wenriques a que declare a independência do condado! :! Cfonso . tais como a!elia. :! Cfonso ocupa Leiria. a quem sucede :! -ernando ! Gorre :! Cfonso . e. onde Bo#e ( a cidade de .< seguinte quadro Bist%rico ( importante para que você acompanBe os acontecimentos simultâneos P forma.iLva. sendo coroado =ei de Portugal.alência! I a (poca do Cid! CBega o general $ra'e u. documentando?se em textos do Latim Gedieval as primeiras palavras portuguesas. Berda o domínio de Daliza.a . . filBa de Cfonso .326 . :! Wugo de HorgonBa.a a agir como so'erano independente. Cfonso Wenriques vence?os na HatalBa de <urique. :! Wenrique come. que derrota Cfonso .12 . e :! Cfonso . Calatrava.39 . Eanto Eepulcro ou dos Jempl$rios./o do Português! Eituamos nele o =omance do Noroeste da Península e o Português Crcaico em seu contexto Bist%rico! : .5 .59 . Eantar(m e Lis'oa! <s interesses portugueses deslocam?se cada vez mais para o Eul! Gorre :! Cfonso . ativado pelas ordens religiosas e militares dos Wospital$rios./o do =eino de Portugal! Lutando contra os $ra'es. no Clente#o. desgostando os 'arOes de )ntre?:ouro?e?GinBo. primeiro passo para a cria. incorporando ao seu =eino Eantar(m. paduli!us. ap%s ter fundado os Gosteiros de Eanta Cruz de Coim'ra e de . Lis'oa e o Clente#o! C#udado por cruzados ingleses e alem/es.3F@ . deu origem P palavra ortugal. tramando com seu primo :! =aimundo a partilBa do reino de Cfonso ... da Língua Portuguesa7. cerca o Castelo de Duimar/es. filBo de :! Wenrique e :! Jeresa! Gorre :! Wenrique! ..323 . :! Jeresa declara?se =ainBa de Portugal e trama a recondu.69 . Na D$lia. Cparentemente sugestionado por seu primo :! Wugo. termo que. o -rancês ( documentado pela primeira vez em F1F.. e rece'e o Condado de Daliza como dote! Wenrique de HorgonBa casa?se com :! Jeresa.ila Nova de Daia! <'serve esta palavra .a. de Le/o e Castela entra em Joledo e amea. .32 . ! Come. pela <rdem de Cvis! =aimundo de HorgonBa casa?se com :! Srraca. conseqKentemente. mais tarde.. primeira Casa =eal portuguesa! Eua vida foi um con#unto de 'atalBas contra os $ra'es! :urante cinqKenta anos.omance do Noroeste e o surgimento do Portugu@s Arcaico (!!)) * !H. .. com direito ao título de rei! Gorre :! Cfonso . e sua Berdeira.@9 . ele prossegue nas conquistas do Eul.ufe. conelium. iagem ao Ca'o Hranco! <s primeiros escravos negros s/o trazidos a Portugal! Gorre :om -ernando. =ei de Portugal! Pedro Mlvares Ca'ral cBega a CocBim.61F ./o imperial! Casado com uma inglesa.iagem P Duin(.@ . .592 ./o de Nuno Mlvares Pereira e o apoio dos ingleses.66@ .@32 .626! :esco'erta do Hrasil! Carta de Pero . Príncipe e Cno Hom! )xplora.ada a :! Ganuel. prisioneiro em -ez! . fundada por Cfonso Wenriques. como na. :! Cfonso so'e ao trono. gra. ( menor.. na costa de Gala'ar./o Ps lBas Can$rias so' o comando de :! -ernando de Castro! :esco'rimento de parte do Crquip(lado dos C.Oes.3?./o do =eino de Henim.666?. e depois aventurando?se pelo mar oceano e desco'rindo o Hrasil! Jem início a expans/o marítima e colonial.6.551?.6.6@> .6@3 .661 . E/o Jom(. ! .6>5 .66.@ ./o da )ra de C(sar pela )ra de Cristo! )xpedi. tam'(m conBecido como período do Dalego?Português! C )scola de Eagres.ores! Gorre :! To/o ! Eo'e ao trono seu filBo :! :uarte! Gorre :! :uarte. cu#os descendentes trariam sua fala para o Eul do Hrasil. d$ início a um longo reinado./o de Don.656 . com a tomada de Ceuta! Eu'stitui./ol oficial portuguesa ao Pacífico! . continuando a tarefa de seus antepassados.erde! :esco'rimento das ilBas de -ern/o do P%.as P a.6F9 .alo )anes e Pero de Ivora ao interior africano 0Jucurol e Jum'uctu7! Hartolomeu :ias do'ra o ca'o da Hoa )speran. :ona -elipa de Lencastre.6F> . Clco'a..@33 . P 'usca de ouro.Lcar da lBa da Gadeira cBega P nglaterra! nicia?se o povoamento da ilBa de Eantiago. na atual Nig(ria! )xpedi.ores. cu#o tratado tinBa sido assinado em .os pL'licos! Sma crise din$stica e os esfor. que viriam a ter grande importância cultural! Eeu filBo :! EancBo so'e ao trono! Gorre d! EancBo e :! Cfonso ocupa o trono de Portugal! Gorre :! Cfonso .a. o fil%sofo :! :uarte e o nfante :! Pedro! < início desta dinastia coincide com o t(rmino da primeira fase do Português Crcaico./o”+ o navegador nfante :! Wenriques. para onde transfere gradualmente os servi. e :! EancBo Berda o trono! Com sua morte.659 .a! :uarte PacBeco Pereira ( encarregado de dirigir uma expedi..6F6?.62F [email protected] CaminBa endere. desco'rindo?se o Crquip(lago de Hi#ag%s na costa da Duin(! Domes )anes de Rurara sucede a -ern/o Lopes como cronista do =ei! Cadamosto desco're o arquip(lago de Ca'o . prepara Portugal para as grandes navega.5. atravessa o Dolfo de Hengala e cBega a Galaca! Cfonso de Cl'uquerque conquista Doa! Joma Galaca e faz a primeira expedi. at( que a tomada de Clgarves completa o mapa de Portugal tal como ( Bo#e conBecido! )le passa a residir por mais tempo em Lis'oa. :om To/o foi pai da “ínclita gera.611 . .@. decisivo para o futuro de Portugal.a e explora a costa oriental de Gadagascar.693 ./o secreta Ps costas do Hrasil e de discutir com os espanB%is a fixa.os de Castela ? que por essa altura a'sorvera o =eino de Le/o ? por retomar sua antiga possess/o têm como conseqKência o surgimento da dinastia dos Cvises! :om To/o ( o primeiro Cvis que se torna monarca! )le era filBo 'astardo de :! Pedro ! Jendo vencido os castelBanos em Cl#u'arrota. :! Pedro assume a regência! nicia?se o povoamento dos C. ./o da linBa de JordesilBas. cBega a CocBim.@. seu filBo :! Cfonso .1F@?.erde! < primeiro carregamento de a. Ca'o .655 . inicialmente rodeando a costa africana. *ndia! :iogo Lopes de Eequeira do'ra o Ca'o da Hoa )speran. no s(c! [. irgínia Gattos e Eilva. v$rias mudan. morfol%gicas e sint$ticas ocorreram no Latim . at( . de .am escritas! <ra. no seu livro . ( por que #$ vinBa sendo falada B$ muito tempo& W$ quanto tempo8 mpossível sa'er! :e modo que vamos olBar estas datas todas com um p( atr$s.ulgar e no =omance Wispânico. .ulgar. quando uma dada língua cBega a ser escrita. mais precisamente. ou Cl$ssico! Cugusto EoromenBo 0. discípulo de Clexandre Werculano.ocê deve ter notado por esse Auadro que o nome Afonso est$ muito ligado aos primeiros tempos de Portugal! Eurgiu daqui a express/o “no tempo dos afonsinBos”. em seu caminBo para o Português Crcaico! .e#a isso de perto no texto de =osa . foi o primeiro a reconBecer que o Português derivava do “sermo vulgaris”. sempre que se quer referir a tempos remotos! Eo' esse pano de fundo socioBist%rico.as fonol%gicas. entendendo que elas s/o aproximativas! e [.F9F7.F16?. Portugu@s Arcaico8 a primeira 3ariedade de Portugu@s que se ou3iu no mundo < Português Crcaico foi falado e escrito entre os s(cs! [ o ano de . afinal ela ( uma narrativa de eventos que se dispOem na linBa do tempo! Ct( aí tudo 'em! < pro'lema ( que na Bist%ria das línguas s% podemos dat$?las atrav(s de documentos nos quais elas apare. “Como se estruturou a língua portuguesa”! <s primeiros estudos Bist%ricos do Português derivavam erradamente nossa língua do Latim Culto. ou Latim .rigem da :íngua ortuguesa./o das línguas e das fases Bist%ricas pelas quais elas passaram! Pense um pouco! C Bist%ria dos povos exige datas.@63! Ee B$ um assunto complicado ( o da data.F>9! CBegou a Bora de estudar o Português Crcaico! A.. isso se deu por volta de .ocê encontrar$ esses dois textos no . tam'(m conBecida como a do Dalego?Português. diversos autores têm tra'alBado com a Bip%tese de que o Português surgiu quando se deixou de escrever documentos no =omance do Noroeste da Península. diplomas particulares./o do =eino de Portugal! Janto um fato quanto outro decorrem das correrias e a.2267! Eegundo essa autora. o Dalego?Português vai ocupando os novos territ%rios.! Primeira /ase do Portugu@s Arcaico8 o Dalego7Portugu@s (!!))7!'H) <s prim%rdios do Dalego?Português coincidem com a cria. Bein8 Pois n/o ( n/o! < -rancês ( pouco mais de três s(culos mais velBo. talvez um pouco antes.5.5. e a Notícia de Jorto .Oes guerreiras promovidas pela =econquista! )nquanto o =eino se consolida. igualmente no come.533. deslocando?se do Norte para o Eul! )ssa língua românica foi adotada pelos mo. pelos mu. da CBina e do Tap/o& Ee você quiser ver o quanto se tem que'rado a ca'e.Neste quadro de dificuldades.1@3U a segunda fase vai desta data at( . vai de .ínculo 5 deste Portal! )sses primeiros documentos s/o diplomas reais.67! . podemos dizer 4 at( que se descu'ram documentos mais antigos 4 que o Português se formou nessa data. de que se conBecem v$rias versOes. leis locais e leis gerais! Língua liter$ria mesmo ocorreria. adotando?se a língua que decerto #$ vinBa sendo falada B$ tempos! <ra..$ra'es. com a + o 0. e por outros contingentes que desciam do Norte para ocupar as terras a'andonadas pelos $ra'es! <s primeiros documentos escritos na Língua Portuguesa aparecem no s(c! [ Jestamento de Cfonso 0cerca de . e que portanto #$ existe B$ F33 anos! .o desse s(culo.@63! A .ulmanos que tinBam permanecido na península.a para datar o Português e reconBecer suas fases Bist%ricas.33 a . o Português Crcaico passou por duas fases+ a primeira fase.67. entre o s(c! [ e o s(c! [ ! Logo.elBinBo. isto (. leia Gattos e Eilva 0. e o CastelBano existe desde 233 e tal! magine ent/o a idade das línguas da *ndia. /o do Dalego?Português para o Português Crcaico se deu “por volta de .F@7. moDsticas em lugar de monDsticas. $rea em que os $ra'es n/o conseguiram fixar?seU a segunda $rea. compreende o nordeste e o resto de Portugal. em lugar de elemosinas. mais populares.7 as cantigas de amor. e a segunda fase do Português Crcaico #$ teria aparecido! Cssim.extraordin$ria flora. e 017 as cantigas d^escarnBo e mal dizer. poemas satíricos.1@3”! . Ba'itualmente grosseiros! Eegundo Castro 0. administrada pelas ordens militares. palavras que mostravam características dessa língua.a lingKística se interpenetram! Cntes e depois dessa data o Dalego?Português ainda existia.) C transi. tais como elemosias. + Segunda /ase do Portugu@s Arcaico (!'I)7!H. em que fala a mulBer. visto que os períodos de mudan. em documentos do final do s(c! [ #$ encontramos “palavras portuguesas”. Cancioneiro da . escrita em ./o proven. 057 as cantigas de amigo.amos insistir em que os períodos lingKísticos n/o coincidem com as datas do calend$rio civil. etc! Lem're?se do que #$ foi aqui dito so're a precariedade das data. reunida nos cancioneiros+ Cancioneiro da C#uda. inclinando?se muitos a considerar que a Carta de CaminBa.al.Oes linguísticas! A.22. finaliza o período medieval do Português! . de inspira./o da poesia lírica. em que fala o Bomem.+ . at( o rio Gondego. as datas aqui indicadas s/o meramente aproximativas. Cancioneiro da Hi'lioteca Nacional de Lis'oa! Jrês categorias de poesia s/o recolBidas nesses cancioneiros+ 0.aticana. ao sul do Gondego! )ntretanto. esses documentos foram escritos em duas $reas territoriais+ a primeira $rea corresponde a Daliza e o noroeste de Portugal.@33. isto (. menos povoada por(m mais extensa. au 0 ou depois em o. chama+ os grupos :laga. ainda Bo#e as duas línguas s/o de f$cil intercompreens/o! Guito pr%ximo do Dalego desde o passado longínquo. pom!a+ mant(m o lomo. uma que “olBa” para o transformando ai do Latim em e! passado e outra que “olBa” para o futuro7+ mant(m o ditongo ai. cla"e. flamma *haga. lum!um.ro. transformando?o em outro ditongo. palum!a *hum!o.5@@ :! Cfonso instala?se em Lis'oa. !onu.13F! T$ no s(c! [ .523 funda?se a Sniversidade de Lis'oa. mesmo separadas.< =eino de Portugal consolida?se cada vez mais no sul! )m . . ei. separando?se do Português! )ntretanto. o Dalego?Português sofre altera. dito YportuZ+ mant(m o o uerto+ ditonga o o e transforma e o –u final! –u em –o.consonantais tam'(m s/o palatizados.<DC E +etus +edo+ conserva a vogal e! +iedo3 ditonga a vogal e. paloma+ perde o grupo grupo m!! m!! &AT1. e se surgir um Biato n. por(m d/o origem a s/o palatizados em ʃ. poco+ perde o ditongo. Nanuariu / Nanuairu 0` variantes !\ Naneiro 0` o mês de duas \ 6nero+ perde o ditongo. como em "Oio.TUDUES CAST%&JAN: J=CJCG)NJ< :CE . o Português entretando sempre se diferenciou do CastelBano. !om. "ino+ mant(m o – intervoc$lico. 6U&DA. como se pode ver pelo Auadro?resumo a seguir! 4i/eren#as entre o Portugu@s e o Castelhano P:.Oes lingKísticas. cha"e. transformando?o em mudando au do Latim em ou e outro ditongo. pouco+ mant(m o 0 . "inu 0 lã. ditongo. e o centro cultural e político passa a girar ente Lis'oa e Coim'ra! )m . J=CJCG)NJ< :CE C<NE<CNJ)E :ana.. llama+ esses grupos consonantais iniciais pl-. transferida para Coim'ra em . de Nanus. o deus de duas frontes7 frontes. ʎ. cl-. Auru. fl. !ueno. "inho+ perde o –n. paucu 0 . ortu 0 orto. lla"e.0 lana. a fronteira do =eino de Le/o e Castela isola a Dalícia de Portugal! < isolameno se acentua no s(c! [ . desenvolve a consoante YaZ! laga.uro.intervoc$lico! formado por vogal nasal X vogal oral. a7 e a Corte./o! )sse sentimento da Língua Portuguesa como ./o. passamos ao s(culo [. francesas e espanBolas 0Gosteiros de Eanta Cruz e Clco'a. aprimorando a língua liter$ria! Constituída essa consciência lingKística.Oes. diversos autores portugueses “castelBanizam”. um dos quais. em que trata igualmente do assunto! Paralelamente a isso. com seus c(le'res versos 6 na língua. que agiram como centros irradiadores de cultura na dade G(dia+ os mosteiros. insuficientes para as altas cria. To/o de Harros. como se pode ler nos primeiros gram$ticos.Oes de o'ras latinas./o das primeiras gram$ticas e dicion$rios. sua expans/o e sua oposi. al(m da pu'lica. onde se levavam a ca'o tradu. 9uando ocorreu o reconhecimento do Portugu@s como uma no3a língua? Levou tempo para que se tomasse consciência do Português como uma nova língua! Jiveram importância nesse ofício duas institui. escreveu as $(cadas da Bsia./o ao castelBano! Dram$ticos portugueses dos s(culos [. quando o de'ate Bo#e rotulado como “a quest/o da língua”. proclamam as virtudes da língua p$tria. capaz de veicular quaisquer tipos de sentimentos e arrazoados! )les se opunBam Pqueles que #ulgavam as línguas românicas veículos toscos. focalizaram a importância do Português./o entre a expans/o do mp(rio e a Língua Portuguesa. n/o por uma suposta inferioridade da Língua Portuguesa. que seria levada aos quatro cantos do mundo! )scritos evidenciam essa percep. 117 C ningu(m passou desperce'ida a rela.0. . mas por ser a castelBana culturalmente mais importante e de maior penetra.Oes do espírito! ) aqui entra CamOes. e [. para a qual convergiam os interesses nacionais! )screviam ali fidalgos e trovadores. na qual quando imagina *om pouca corrup<ão cr@ que ( a :atina 0Lus! . aconselBa o policiamento da língua pelo uso.>63 e a atitude de . o 'inNmio Português?CastelBano ( complicado com o equacionamento do pro'lema do Dalego! < padre 'eneditino -ei#%o. apenas o )spanBol. conceito que tomou de empr(stimo a Cícero! Clarificada e assente a necessidade de cultiv$?la. . a fuga P imita. ! :ois fatos poriam fim P querela suscitada pelo 'inNmio Português?CastelBano+ a independência portuguesa em .rigem da língua portuguesa7! Nos anos setecentos. movendo a cultura portuguesa de uma su#ei.erne_ no s(culo [. que #$ tinBam comido muito p% na estrada. o taliano e o -rancês eram aí compreendidos! C atitude de -ei#%o foi tam'(m uma resposta aos gram$ticos castelBanos que reduziam o Português a um su'dialeto. os estudos de :uarte Nunes de Le/o 0./o para outra! < fluxo gaulês se avoluma. pois s/o os Bomens que fazem a língua. uma vez que o derivavam do CastelBano! =essurgem ent/o as apologias da Língua Portuguesa. surgem no s(culo [./o de neologismos. argumento que se tornou t%pico! To/o de Harros. e o a'andono da roupagem 'arroca espanBola que sufocava o idioma escrito! )ra o racionalismo iluminista que derrocou o princípio da autoridade e estimulou estudos mais aprofundados da língua! Na fase final do s(culo [.culturalmente menos importante levou -ern/o de <liveira a pregar sua propaga. e a valorizar a clareza de sua pronLncia. propugnando o enriquecimento da língua atrav(s da ado. a Crc$dia Lusitana propOe o -rancês como exemplo. propondo uma volta aos cl$ssicos de quatrocentos e quinBentos! . reclama a inclus/o do Português e Dalego. no s(c! [. no seio da família românica! Lem're?se que at( ent/o./o servil dos cl$ssicos. entidades indistintas. de origem galega. por sua vez./o. por um crit(rio ar'itr$rio. provocando o renascimento da quest/o da língua! C Ccademia =eal das Ciências arvora? se em defensora da pureza do idioma 0donde o gloss$rio de francesismos do Cardeal Earaiva7. rammatica da :ingoagem ortugue%a .rigem da :ingoa ortugue%a .912 4 To/o de Gadureira -ei#%.@1> 4 -ern/o de <liveira. 4 Mlvaro -erreira de .96> 4 .rtografia .@96 ? Pero de GagalB/es de Dândavo.>3> 4 :uarte Nunes de Le/o.2 4 Cmaro de =e'oredo.rammatica da :ingua ortugue%a . . . Cre"es :ou"ores da :ingua ortugue%a . .@63 4 To/o de Harros.rammatical para todas as :ingoas .erne_.rthographia . .rammatica hilosophica da :ingua ortugue%a. o =omantismo vem encontrar os gram$ticos atentos ao gênio da língua e ao papel do povo em sua ela'ora.>1. +ethodo . . 4 TerNnimo Contador de Crgote.>.95. . . .-inalmente./o! T$ agora a quest/o da língua ( entregue P ciência. Primeiras gram?ticas do Portugu@s             .91> 4 Luís Caetano de Lima.9F5 4 TerNnimo Eoares Har'osa.@9> 4 :uarte Nunes de Le/o. fundador da Linguística Portuguesa! C Bist%ria da língua passa a incorporar a língua n/o escrita! ) nisto estamos! I. espelho da lingua latina .era. personificada em -rancisco Cdolfo CoelBo. 8egras da lingua portugue%a. #erdadeiro +ethodo de 6studar .rtografia . 8egras que ensinam a maneira de escre"er a hortografia da língua portuguesa com um diDlogo que adiante se segue em defensão da língua portugue%a . . Cutor 'rasileiro.>. . .5?.iana. #oca!ulario ortugu@s e :atino.2@5 4 Cntenor Nascentes. 5 volumes! 4 Ee'asti/o =odolfo :algado. Principais dicion?rios do Portugu@s                       .23> 4 Cnicedo dos =eis Don. $icionario da :ingua ortuguesa.iter'o. . )nflu@ncias do #oca!ulDrio portugu@s em línguas asiDticas. e . compNs o melBor dicion$rio para o estudo do Português Cl$ssico! . 5 volumes! .isconde de Heaurepaire =oBan. segunda parte.2@F! .@>5 4 TerNnimo Cardoso. . ou :e2icon 6timológico das pala"ras e nomes portugueses que t@m origem arD!ica.>69 4 Hento Pereira.2@2 4 Tos( Pedro GacBado. $icionDrio *ontempor7neo da :íngua ortuguesaU 1b! ed! .215 e . 4 Cntonio Cugusto Cortes/o. .rtogrDfico da Academia das *i@ncias. .9. 9o"o $icionDrio da :íngua ortuguesa. $icionario :usit7nico – :atino.FFF 4 Caldas Culete. #oca!ulDrio . 6b! ed! . #estígios da língua arD!ica em ortugal.95F 4 :om =afael Hluteau. . .alves. 4 Ee'asti/o =odolfo :algado.>16 4 Hento Pereira. .9F2?. . Su!sídios a um dicionDrio completo 4histórico-etimológico5 da :íngua ortuguesa. . rosodia in #oca!ularium =rilingue. $icionDrio 6timológico. 6lucidDrio das pala"ras.23.lossDrio :uso-AsiDtico. $icionDrio 6timológico. :usitanum et *astelhanum. $icionDrio de #ocD!ulos Crasileiros. Apostilas aos $icionDrios ortugueses.25.2F5 4 CntNnio Deraldo da CunBa.(. 533. . $icionario :usit7nico – :atino. 5 volumes! .3 volumes! .233?. $icionDrio Crasileiro da :íngua ortuguesa. primeira parte. Nomes pr%prios! .26F. 4 CntNnio Wouaiss. $icionDrio Pouaiss da :íngua ortuguesa.9F2 4 Gorais e Eilva. Nomes comuns! $icionDrio 6timológico.alves .922 4 -rei Toaquim de Eanta . $icionDrio 6timológico 9o"a Fronteira da :íngua ortuguesa.2F> 4 Cur(lio Huarque de Wolanda.9F2 4 -rei To/o de Eousa.FFF 4 C! T! de Gacedo Eoares. 5335 4 -rancisco da Eilva Hor'a..2@>?. termos e frases que em ortugal antigamente se usaram. :atinum. $icionDrio de ?sos do ortugu@s do Crasil.FF2 4 . =esouro da :ingua ortuguesa. . 4 CgostinBo Har'osa.263 4 -rancisco da Luz =e'elo Don. 2F2.2267.ocê vai ter algumas surpresas& Características do Portugu@s Arcaico E)DSN:C -CE) -onologia Auatro fonemas si'ilantes. disponi'ilizados neste Portal! ) como falante do Português Hrasileiro.Para mais informa. VdV! Eurgimento de Biatos dada a queda de consoante Crase das vogais do Biato+ selo. mesmo. VzV mais dois apicoalveolares predorsoalveolares VsV. por ele organizado! !). teúdo. como em amades.22. tenere 0 teer. sa!udo.. f(. amaes.Oes recentes do Português Crcaico s/o encontradas em Gattos e Eilva 0. a fon(tica e a morfossintaxe da segunda fase. fa%ees./o dessas nasais finais. medesmo 0 meesmo. sa!ido. -unt 0 om 0fecerunt 0 forma curiosamente n/o aceita na língua culta. fide 0 fee. simplesmente lendo e anotando textos escritos nos dois primeiros momentos de nossa língua. Perda da consoante nasal intervoc$lica e Eimplifica. VzV! VcV. fi%eram. Castro 0. escrito por Tacinto do Prado CoelBo para o $icionario das :iteraturas volumes. entre outras o'ras! No quadro a seguir s/o reunidas as principais diferen. -one 0 om 0sermone 0 sermom7.7. com surgimento de vogais nasais finais+ -ane 0 am predominância da vogal –om./o para dois fonemas si'ilantes predorsoalveolares VsV.as entre o Português Crcaico da primeira e da segunda fases! . o'serve o voca'ul$rio. 0cane 0 cam7. Ganuten. !ão./o do feminino+ hua pastora portuguesa Particípios dos ver'os em –er terminam por –udo+ )sses particípios passam a terminar em ido+ tido. ditongados posteriormente. 1 . sendo dois =edu.226+ 65?617.22. intervoc$lica+ sigillu 0 seello. como em cão.ocê poder$ aumentar esse quadro. ter.alega. Gaia 0. Crasileira e . tais como em des. C forma teúdo so'revive em conteúdo. que muda para –ão. consulte o ver'ete :inguística. . fe%erom7 Gorfologia Palavras em –or e –es s/o uniformes quanto ao =egulariza.as como era mesmo esse Portugu@s Arcaico? :escri. que passam a gênero+ hum / hua pastor portugu@s rece'er –a para a marca. fa%edes. surgindo Biatos. comparando os dados assim recolBidos com a língua que falamos Bo#e em dia no Hrasil! . . esta uma -onu 0 om 0!onu 0 !om7. P= G) =C -CE) ortuguesa. sermão. ./o do VdV no morfema nLmero?pessoal – Perda desse fonema.Oes./o dessas palavras. < pronome possessivo tem formas tNnicas 0meu / minha. e acó. pondes. aló! Aue tal você sair por aí usando essas formas8 Procure entender nos livros so're Português Crcaico acima indicados 0naqueles tempos se diria 'suso indicados-7 as palavras que causarem estranBeza! . identifique outros autores e textos.2@6. cantigas d^amigo e cantigas de mal dizer 4 s% para ver. vol! . Amostras do Portugu@s Arcaico Procure amostras do Português Crcaico no Portal da Língua Portuguesa! Consultando uma 'oa Bist%ria da Literatura Portuguesa. e depois algumas Cantigas d^amor./o em ver'os monossil$'icos+ ides.! Luís -elipe Lindle_ Cintra editou a o'ra em 6 volumes! < trecBo selecionado pela LinBa do Jempo levar$ você de volta ao livro de TLlio C(sar. p$g! .ocê est$ tendo um primeiro encontro com os arcaísmos.5>! < interesse em ler este texto est$ em que você leu TLlio C(sar diretamente no Latim! <lBe o que aconteceu com esse texto durante a fase medieval de nossa língua! C CrNnica Deral de )spanBa foi escrita no s(culo [ . "indes. edi. e divirta?se vendo como era nossa língua “no tempo dos afonsinBos”! Leia inicialmente a 9otícia de =orto. :esaparecem as formas $tonas! !!. $e Cello Pispaniensis. leia algumas narrativas. . neste caso. ta. intitulado *omo NulEo *esar foi aas Spanhas contra os filhos de ompeo que anda"am aló! CcBou esquisito esse aló8 Pois (. naqueles tempos as expressOes locativas eram mais completas que Bo#e! Wavia aqui. ali. como a maledicência corria solta entre nossos antepassados! :epois. teu / tua7 e $tonas 0ma. pois escolBemos da CrNnica parte do Cap! F3./o crítica do texto português por Luís -elipe Lindle_ Cintra! Lis'oa+ mprensa Nacional V Casa da Goeda. como a 4emanda do Santo Draal e esta amostra da CrKnica Deral de %spanha. . sa5 Ganuten. /o maior8 <s textos medievais Ps vezes s/o difíceis de entender! Aue devo fazer para facilitar minBa leitura deles8 Aue importância isso tem8 !'. .2@9 V .2157. quando o sou!e NulEo *esar e que ou"e ordenado daquella "e% ena cidade de 8oma aquello que te"e por !em com o senado.2@27. lari 053367! 6! Eo're as contri'ui. "eheronsse pera as Spanhas e apoderaronsse dellas e a>unta"ã a sE muEtas gentes.2>57. que eram hE por caudees cQ aqueles dous filhos de ompeo-.2@5?. e foE logo contra elles e contra outros dous prEncipes que eram com elles. romano ou p%s?romano. foisse logo pera as Spanhas cQntra os filhos de ompeo. Fibliogra/ia para apro/undamento 5! Eo're a '(ria romana. Eilva Neto 0. e tornouse para 8oma muE honrrado.2657. supondo?se que ele tenBa uma dessas deriva.211.s filhos de ompeo. onde se perdeo ompeo. Gaurer Tr! 0.Oes8 Cs palavras que Berdamos dos povos n/o?latinos s/o vitais em nosso dia?a?dia8 <s Cruzados agiram isoladamente na retomada das terras i'(ricas aos $ra'es.2@57. por hEr apressa so!re seus inmiigos a deshora. Lapesa 0. ve#a Eilva Neto 0. ou eles se integrariam em alguma organiza.2927! . :u!io e Acio #aro. ler Haldinger 0. des o dia que saEu de 8oma.2>57! 1! Eo're o Latim .'$epois que NulEo *esar "enceo a grã !atalha de =asalia. 6 sou!e no"as 0` teve notícias7 dos filhos de ompeo. !+.ulgar. que alló anda"ã. Geier 0.Oes lexicais dos povos pr( e p%s?romanos. 6.2>F7.o para sa'er se meu nome ( pr(?romano. No3as perguntas     Aue fa.2@37. que scaparon da !atalha. consulte DamillscBeg 0. hu erã 0` onde estavam7. e os feEtos que fe% no 6gipto e nas terras que so>ugou e meteu so! o seu poderio. 6. que em de% e sete dias foE na cidade de Segon<a. Gaurer Tr! 0. . como aquel a que todo o mundo em aquel tempo era so 0` so'7 seu senhorio e todos lhe o!edeeciam. Piel 0. tanto andou. 2>F7! >! Eo're a Bist%ria da língua portuguesa./o da )uropa Latina 0123 a!C! 4 .2@5?. ver Eouza 0.22. Werculano de CarvalBo 0.2637. ver Gattos e Eilva 0.2927.2F57. Dloss?rio Jexto+ -orma. mediante a an$lise de indícios por eles deixados ou de suas línguas?filBas! . Csín Palacios 0.F137.2. Castro 0.elBa ? :esigna. como era mesmo esse Latim ./o alternativa para )uropa Latina! Partes da )uropa em que se desenvolveram as línguas românicas! Jexto+ :iz aí.56 d!C7 0Line.2@57. Je_ssier 0. ver Eilva Neto 0.ulgar8 0Line17 G(todo Bist%rico?comparativo ? =amo da Linguística voltado para a reconstru.2217! !.@! Eo're os $ra'es na Península '(rica.7! 9! Eo're o português [email protected] • =omânica . . Eteiger 0.2@9 V .2157... GacBado 0. :oz_ V )ngelman 0./o de est$gios linguísticos insuficientemente documentados.
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