ASFIXIOLOGIA-FORENSE

March 19, 2018 | Author: capelobo | Category: Oxygen, Carbon Monoxide, Blood, Carbon, Breathing


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. . . . . . e a supressão da respiração. Os termos anóxias hipóxia significam inadequados . ou em outras palavras. devido asidéias que os antigos tinham da respiração e da circulação. Etimologicamente quer dizer faltade pulso.ASFIXIOLOGIA FORENSE 10.1CONCEITO Podemos definir asfixia como impedimento às trocas gasosas nos pulmões. 2 Condições para respiração normal: 1 – Equilíbrio percentual gasoso adequado 2 . 4 – Movimentos respiratórios. etc. 10. zumbidos. Cessam os movimentos respiratórios. o coração pára com os ventrículos em diástole. equimose subconjuntivas. sobre vem hipertensão arterial. por isto são chamados sinais gerais de asfixia. Fase de morte da respiração – Surge uma insuficiência ventricular direita. Embora não sejam patognomônicos das asfixias. vertigens. Em todo processo de asfixia distinguimos 4 fases: Fase cerebral – Neta fase aparece perturbações sugestivas.3. tem importância pois seu achado orienta o diagnóstico de asfixia. perda da consciência dentro de 30 segundos. petéquias subcutâneas. Esta fase dura de 1 a 2 minutos. qualquer que tenha sido a modalidade de asfixia. aparecem em todos os cadáveres cuja causa da morte foi asfixia. isto é. . Estes sinais se dividem em externos e internos.Permeabilidade dos orifícios das vias aéreas. o coração torna-se lento. 10. cogumelo de espuma saindo pela boca. As asfixias podem se fazer por interferência em qualquer desta fases. 5 – Hemodinâmica da circulação e bioquímica do sangue corretas. mortes pelo frio. 3 – Permeabilidade das vias aéreas. Mas asfixias.1 Sinais gerais externos de asfixias são: Cianose da face. Por fim. Almeida Junior diz que a asfixia em medicina legal tem de ser primitiva quanto ao tempo e violenta quanto ao modo. A fase cianosase. cianose das unhas. ofuscamento da visão. Cabe observar que embora estes sinais apareçam em todas as mortes por asfixias.suprimento de oxigênio nos tecidos. eliminação de urina e de fezes ejaculação. como nos envenenamento. congestão da face.3 Sinais gerais de asfixia Quando examinamos um corpo de asfixiado. encontramos sinais que estão presentes qualquer que tenha sido a sua causa. 10. Fase de excitação cortical e medular . angústia.Nesta fase a vítima apresenta conclusões. são também encontrados em outras causas de morte. otorragia. pulso acelerado. livores escuros (com exceção do afogamento e monóxido de carbono). a diminuição de O² se acompanha de aumento de CO² no sangue arterial e de hipercapnia. A duração desta fase vai de 1 a 2 minutos. hiperminésia. Fase cardíaca – Os batimentos cardíacos tornam-se irregulares e vão enfraquecendo cada vez mais. O que eventualmente se encontra é a chamada suspensão de cadáver. Diz-se que o enforcamento é completo ou típico quando o corpo está suspenso totalmente ou então enforcamento incompleto ou atípico quando parte do corpo da vítima e se apóia no solo ou outra superfície. fluido. 10. encontramos além dos sinais gerais de asfixia as lesões do pescoço. Apresenta-se este sulcos com as bordas frequentemente equimosadas e com o seu fundo de cor pálida. São 3 estas asfixias: o enforcamento. Pode aparecer sulco nos músculos esternocleidomastóideo. entram em jogo mecanismo nervoso. o sinal de Friedberg.2 Sinais gerais internos de asfixia são: Espuma aérea e sanguinolenta. devido à maior compressão alo exercida pelo laço. chamas de laço mole. Encontramos em alguns casos sufusão hemorrágica na adventícia dos grandes vasos do pescoço. hiperglicemia. deve-se suspeitar de homicídio. .1 Enforcamento E a modalidade de asfixia em que a constricção do pescoço é feita por um laço que tem a extremidade fixa em um ponto dado. Daí não se encontrar nos enforcamentos indícios que a vítima tentou evitar o enforcamento. em que o criminos suspende o corpo para simular suicídio por enforcamento. que é escuro (com exceção do afogamento e asfixia pelo monóxido de carbono). tais como dados entre o laço e o pescoço. pelas dificuldades apresentadas. o sinal de Amussat. Durante muito tempo se acreditou ser impossível suicídio no enforcamento incompleto. Geralmente é único. Será mais ou menos pronunciado dependendo do material com que é feito o laço. elástico. Também é em grande número de casos interrompido. Quando o laço é feito com material pouco resistente. quase instantânea.4. Hoje em dia sabe-se que o enforcamento completo. correspondendo esta interrupção à abertura da alça.4Asfixia em espécie Asfixias por constricção do pescoço.10. Externamente em sulco que é produzido pelo laço. força do agressor não é freqüente. Internamente encontramos lesões em correspondência com as lesões em correspondência com as lesões externas. predomina o suicídio.1 1 Diagnóstico de enforcamento Nos caos de morte pelo enforcamento. com limite nítidos. pouco elástico. Alterações do sangue. A literatura internacional registra caso de pervertidas vindo em conseqüência a falecer. petéquias. Este sulco na maioria das vezes é oblíquo. Também por estas razões a perda da consciência no enforcamento é muito rápido. embora seja possível o homicídio e o acidente. infiltrações hemorrágicas na pele. cloro plasmático 10. congestão visceral. em parte devido a que o enforcamento é uma asfixia complexa. vacuidade relativa do coração esquerdo e repleção do direito. Mais raramente podemos encontrar rotura da túnica interna da carótida. e cuja força atuante é o próprio peso da vítima. por necessitar grande superioridade. em que além dos mecanismos respiratórios. excitação dos gânglios nervosos (seios carotidianos) e que podem determinar síncope cardíaca.4. na musculatura do pescoço e na traquéia. formam um sulco mais largo menos profundo. tecido celular subcutâneo. Esta eventualidade em nosso meio é rara. mudança do pH. denomina-se laço duro e formam sulco mais pronunciado. Com causa jurídica de morte. podendo ser horizontal nos casos de enforcamento atípico em que o corpo está apoiado pelas pernas. que desidrata a pele. na traquéia e brônquios. . o estrangulamento e a esganadura. baixa do ponto de criocospia. 10. Quando o laço é feito com material resistente. ou outra posição em que o tronco toma posição horizontal.3. correspondendo a parte mais profunda aquela zona oposta ao nó. aumento da relação cloro globular diminuição do oxigênio. O homicídio também. sua profundidade é desigual. Aqui encontramos também como sinal próprio desta modalidade um sulco no pescoço. Fraturas do osso hióides. ou antebraço. suicídio e acidente.5. 10.4.3. contínuo e tem profundidade uniforme em toda volta do pescoço. como nas demais asfixias encontramos os sinais gerais de asfixia. podendo ser suicídio. com almofadas ou travesseiros. Aqui como no enforcamento encontramos também fenômeno circulatórios e nervosos.1 Oclusão dos critérios das vias aéreas Podemos encontrar casos de homicídio. Fraturas laringe. infiltração hemorrágica na pele. Também no estrangulamento.5 Sufocação Segundo o critério de Lacassagne. produzido pelo laço. Podemos não observar nem lesões externas nem internas. Este sulco apresenta-se múltiplos com mais freqüência que no enforcamento.5. como uma engrenagem de máquina. etc. Aqui também entram em jogo além dos mecanismos asfíxicos os mecanismos circulatórios e nervosos. Nem sempre estão presentes. acidentais ou criminosas. nestes casos o suicida usa de artifícios para que o laço não afrouxe. excetuando-se as contricções do pescoço e penetração de líquidos na traquéia e brônquios. um peso. ou até mesmo pelo pé. O acidente também é possível. tecido celular subcutâneo e musculatura do pescoço.4. Em regra. . embora atuem com menos intensidade que no enforcamento. A causa jurídica da morte no estrangulamento é na maioria das vezes o homicídio.1 Sufocação Direta A sufocação direta existe obstáculo ao ingresso do ar pelos orifícios respiratórios ou ao seu trânsito pelas vias aéreas.1. em caso de suicídio ou crianças podem ser sufocadas por cobertores ou pelos corpos de seus pais com que dormia. Pode ser direta e indireta: 10. o sulco no estrangulamento é horizontal. ou um impedimento à ventilação pulmonar. quando sobreviver a inconsciência. 10. compreende todos os casos de asfixias.1 Lesões na esganadura. Os sinais particulares desta asfixia se localizam no pescoço. 10. 10.3Esganadura Esganaduraé a modalidade de asfixia em que a constricção do pescoço é feita diretamente pela mão humana. Lesões no estrangulamento.4. Geralmente é a força da mão humana. A conclusão dos critérios respiratórios pode se fazer com as mãos em casos de homicídio ou com esparadrapo. mas pode ser qualquer outra. Também costuma ser menos pronunciado. cuja causa é um obstáculo no trajeto das vias aéreas. Internamente encontramos.2 Estrangulamento E a modalidade de asfixia em que a constricção do pescoço é feita por um laço e cuja força atuante é qualquer outra diversa do peso da vítima.10. feridas contusas.2. hermético. quase sempre acidentais. A necropsia nos casos de soterramento revelará presença do corpos estranhos. As mortes por confinamento quase sempre são acidentais.5. encontramos associadas com freqüência lesões da série contundente. como cal.1. bem como das meninges. aumentando a sobrevivência. mais fácil a passagem do ar.5. 10. O sinal característico. Nos casos de compressão torácica. O seu diagnóstico será feito pelos comemorativos. terra.1 Compressão torácica Nesta modalidade de asfixia. hermético. etc. e também vamos encontrar esta equimose nos órgãos internos da boca e da faringe. a morte será rápida.2 Asfixia por confinamento Esta asfixia é provocada quando o indivíduo permanece em um ambiente fechado. nunca revelam sinais específicos por inexistirem. onde é possível a renovação do ar. Se o material for cáustico. Aqui a necropsia revelará com sinal próprio a presença do corpo estranho que obstrui a traquéia ou os brônquios. algumas vezes homicida. como escoriações ungueais.ou de algum material que foi usado. indivíduo encontrado em ambiente fechado. como fibras de tecidos.5.1. fraturas de costela. As mortes por ar confinado. embora as outras hipóteses sejam admissíveis. ou equimose cérvico facial. quanto menor a unidade do material. farinha. quando pesos caem sobre as vítimas impedindo os movimentos respiratórios. que nem sempre é encontrado. os orifícios respiratórios. é a chamada máscara equimótica. A sobrevida nesta modalidade de asfixia pode ser grande.) ou pelo menos parte dele. Neste caso. cimento. variando não só com a residência da vítima como com fatores ligados ao próprio meio.2. 10. em caso de infanticídio o indivíduo é introduzido em um meio sólido. quando encontramos sinal específicos encontramos vestígio do que foi empregado para ocluir os orifícios. equimoses. brônquios e no aparelho digestivo.2 Sufocação indireta. com sinais gerais de asfixia. algo impede os movimentos do tórax e do abdome. restos de esparadrapos. 10. e o aumento do gás carbônico. sendo muito mais freqüente em crianças. Nestas condições. 10. cuja necropsia não revela outra causa da morte. . o oxigênio é consumido e o gás carbônico aumenta paulatinamente. Alguns autores admitem que associado à diminuição de oxigênio. etc. o material que soterrou o indivíduo na traquéia. quanto menos espessa a camada sobre a vítima. a parte superior. São mais freqüentes os acidentes. Equimose que ocupa toda a face e pescoço. tais como escoriações. Seu corpo é totalmente recoberto por substância sólida (geralmente pulverulenta. tem importância o aumento da temperatura e da unidade do ambiente no desencadear da morte.5.A sufocação por oclusão dos orifícios das vias aéreas. nem sempre deixa sinal próprio. cal.5.2 Oclusão das vias respiratórias Aqui há um predomínio absoluto das causas acidentais.3 Soterramento. 10. a saber: Quanto maiores os fragmentos. pois a síncope e a morte costumam ser imediatas. ou pelo contato do corpo (quer ainda em vida ou após a morte) com a areia do fundo. inconsciência. em qualquer líquido. grande diluição sanguínea com hemólise. O suicídio não é raro encontrarmos. que se destaca com facilidade. segundo a maioria dos autores. O indivíduo que na água. piscinas.) ou a água salgada (do mar). amputação). como edema agudo do pulmão por hipertensão venosa brusca. ou com pedras. etc. O homicídio aparece com menor freqüência. finais. movimentos respiratórios desordenados. curtos. feridas.6. são sinais de permanência do corpo na água. lesões produzidas pela fauna. ou nela é jogado. cuja incidência aumenta nos meses de verão. O líquido mais freqüentemente produz o afogamento e a água. alterações bioquímicas do sangue. presença de corpos estranhos subungueais. quer seja água doce (de lagos. logo em seguida asfixia. vamos encontrar alterações que provam ter a morte ocorrido por afogamento (embora estes sinais estejam ausentes no afogamento – inibição). Pode ter falecido fora d`água e seu corpo jogado nesta para ocultar o cadáver. Uma pessoa pode morrer dentro d`água por outra causa. equimoses na face e conjuntivas. ou por síncope.1 Mecanismo da morte O falecimento do afogado se produz por processo muito complexo e discutível. ou seja. maceração da epiderme. relaxamento.6.10. a asfixia que sobrevém então é chamada afogamento. daí se distinguir quatro fases no afogamento. se bem que o mecanismo básico da morte é a asfixia por impedimento da entrada de ar nas vias respiratória. pode morrer de duas maneiras: por asfixia. isto não quer dizer que a causa da morte foi afogamento. Em todos estes casos vamos encontrar um certo número de sinais. depois inspirações profundas. tais como cogumelo de espuma nas narinas e boca. que são resfriamento rápido do corpo. A estes mecanismos se juntam outros. Internamente. A asfixia por obstruçãolíquida das vias aéreas a entrada da água é a causa principal da morte. 1ª fase – Fase de apnéia voluntária 2ª fase – Fase de dispnéia inspiratória 3ª fase – Fase de apnéia reflexa 4ª fase – Fase de dispnéia expiratória 10. vamos encontrar sinais do afogamento. Daí as denominações afogamento azul e afogamento branco. retração dos órgãos genitais dos mamilos. convulsões. e morte. ou por embarcações (fraturas. No segundo caso. 10. Estas lesões são decorrentes da . Além destes. 6 AFOGAMENTO Afogamento é asfixia provocada pela introdução de líquido nas vias aéreas. não há introdução de líquido nas vias aéreas. O quadro desenvolvido entre a caída na água e a morte apresenta-se como um momento de apnéia com certa agitação.2 Diagnóstico do afogamento Quando se depara com um corpo encontrado na água ou em outro líquido. o afogamento propriamente dito. livores de hipóstases de colorido avermelhado. rios. pele anserina. ou simular afogamento. e este líquido penetre nos pulmões em vez de ar. A causa mais freqüente do afogamento é o acidente. Não é necessário que todo o corpo esteja submersos. 1 Sintomas psiquiátricos São caracterizados por topor intelectual. Sangue para as pesquisas deve ser colhido no coração esquerdo. perda da vontade. 10. pelo acúmulo de água nos pulmões. Espuma sanguinolenta na traquéia e brônquios. Presença de enfisema aquoso. incapacidade para o trabalho. Alterações da hematimetria e hemoglobinemia. queima de derivados de petróleo em motores à exploração.2 Sintomas nervosos São motores.7. que se diferem das de Tardieu por serem maiores e terem origem nas roturas do parênquima pulmonar devidas à penetração brusca do líquido.7. sensitivos. Há diluição do sangue. fogões e aquecedores de gás de petróleo. insônia. areia). 10. da condutibilidade elétrica e da crioscopia. Esta captação do CO pelas hemátias impedindo-as de exercer sua função de transportar o oxigênio para os tecidos é que explica a morte pelo monóxido de carbono. é um gás incolor. que têm seu peso aumentados e consistência modificados. Trabalhadores em indústrias que utilizam fornos. cuja fórmula química é CO.7. e do material que houver em suspensão neste líquido (plâncton.1 Asfixia Crônica. pela sua maior fluidez.7 ASFIXIA POR MONOXIDO DE CARBONO O monóxido de carbono. que é oriundo principalmente da queima de matéria orgânica.1.3 Sintomas gerais . ou manchas de Paltauf. nervosos e gerais. 10. O monóxido de carbono é absorvido pela via respiratória e sua afinidade pela hemoglobina é 210 vezes maior que a do oxigênio e a do gás carbônico. da densidade.7. o que se revela pela sua coloração vermelha. cozinheiros e fumantes podem apresentar um quadro crônico.1. 10. e carboxihemoglobina resultante da combinação do monóxido de carbono com a hemoglobina é 200% mais estável que a oxihemoglobina e é incapaz de fornecer oxigênio aos tecidos.1. que estão diminuídos nos afogados de água doce e aumentados nos de água salgada. 10. explosões. Outros sinais importantes no afogamento são a presença do líquido no estômago e primeiras alças intestinais e os sinais gerais de asfixia.penetração do líquido nas vias aéreas e são: presença de líquido nas vias respiratórias. Toda matéria orgânica queimada em ambiente podre de oxigênio forma monóxido de carbono (incêndios. As lesões pulmonares são representadas pelas manchas de Tardieu. insípido e inodoro. constituídos de sintomas que podem ser divididos em 3 grupos: psiquiátricos. Encontramos ainda alterações laboratoriais como dos eletrólitos. sensoriais tróficos e vasomotores. Presença de equimoses subpleurais. são as principais fontes do monóxido de carbono). indisposição geral. devido ao aumento da permeabilidade endoteliais. reduzindo o teor da hemoglobina disponível para transportar oxigênio e por impedir a liberação de certa parte de oxigênio à baixa pressão de oxigênio existente nos tecidos orgânicos. um paciente com anemia tendo um nível de hemoglobina 50% do normal e sem monóxido de carbono terá cerca de duas vezes mais oxigênio disponível para seus tecidos do que o paciente com hemoglobina normal que tem 50% dela combinada com monóxido de carbono. a morte pode ser quase instantânea. Há também intensa congestão e edema do cérebro.1 Fase dos Sintomas Primitivos E caracterizado por : . (perigo de vida). é a que tem maior interesse médico legal. 10. desorientação. das condições de saúde da vítima. glicosúria e albuminúria.7.1. Nestes casos a morte advém em poucas horas. podem permanecer sintomas nervosos. Compreende 3 fases: fase dos sintomas primitivos. do tempo de exposição.2 Fisiopatologia da Asfixia Algumas pessoas com 30% de CO podem ser assintomáticas. Combinações acima de 50% de carbóxilhemoglobina exigem hospitalização podem levar ao coma e morte. rins e baço.1 Asfixia Aguda A forma mais freqüentemente encontrada é a forma aguda.7.2. Assim sendo.7.2. Os sintomas principais são a queda ao solo e a perda da consciência. ele combina também com a mioglobina dos músculos e com certas enzimas. a presença de monóxido de carbono reduz a disponibilidade de oxigênio para os tecidos de duas maneiras: por combinação direta com a hemoglobina. ao qual se somam alterações no sistema enzimático de respiração celular. Nas intoxicações superagudas dos casos de inalação maciça de gás. 10. ou ter sintomatologia podre. Entretanto. O paciente com anemia poderá ter somente sintomas leves enquanto o paciente com monóxido de carbono pode provavelmente morrer. Como exemplo. da atividade física. aumento da pressão arterial. A gravidade do quadro vai depender da quantidade de CO no ambiente. Se a morte não ocorre. taquicardia. circulatórias. Além da forte afinidade do monóxido de carbono pela hemoglobina. na maioria das pessoas concentrações de 15 a 20% causam cefaléia. O exame anatomopatológico nos casos fatais revela hemorragias microscópicas em todo organismo. da quantidade de CO absorvido. Os danos celulares são causados pela anóxia. acompanhados de convulsões. A presença do monóxido de carbono aumenta a estabilidade da combinação hemoglobina oxigênio. fase do coma e a fase retorno à vida.Compreendem perturbações digestivas. 10. perturbações psíquicas sensoriais. 2. O diagnóstico da morte pelo monóxido de carbono é feito pela dosagem do CO no sangue e pelas lesões cadavéricas. As lesões cadavéricas orientam o diagnóstico. das manifestações viscerais sobressaem as pulmonares. de monóxido de carbono.1.2 Fase do coma Tem duração variável e depende da gravidade do caso. Estas alterações são causadas direta ou indiretamente pela diminuição do suprimento de oxigênio do cérebro.7. Este é originado da hemoglobina liberada quando o eritrócito morre no fim de seu tempo de vida. A capacidade de distinguir visualmente diferenças na intensidades da luz por indivíduos observando uma leve formação é prejudicada quando apenas 4% da hemoglobina está combinada com monóxido de carbono. terá no mínimo 6% de sua hemoglobina saturada com monóxido de carbono.2.7. a coloração característica do sangue. A capacidade de discriminar a duração de tempo também diminui. p. Pode aparecer também glicosúria. O globo pálido e o córtex cerebral podem exibir desde alterações mínimas até necrose franca com reação gliallipofágica.1. como pneumonias e abscessos. A certeza de que a morte se deu em conseqüência do monóxido de carbono entretanto é dada pela dosagem de CO no sangue. m. em maior ou menor grau. . As manifestações nervosas são de natureza motora. principalmente do cérebro.3 Fase do retorno à vida ou dos sintomas secundários Nesta fase observamos manifestações nervosas e viscerais. Quando o paciente sobrevive algum tempo. tais como escolha da letra correta. devido à carboxihemoglobina. que em caso positivo estará elevada. Encontramos os sinais gerais de asfixia. Sintomas motores – Importância muscular e convulsões. de monóxido de carbono. Seu ar exalado terá cerca de 3 p. Uma pessoa que inala fumaça de 20 cigarros durante um dia. cerca de 120 dias. Em empregados de garagens trabalhando numa atmosfera contendo 7 a 240 p. livores e das vísceras. encontrou-se 3 a 15% de sua hemoglobina com monóxido de carbono. degeneração e morte de células ganglionares.Sintomas nervosos – Cefaléia. É acompanhada de convulsões. sensorial e sensitiva. Sintoma digestivo – Vômitos e náuseas. Deve-se salientar que todas as pessoas têm parte de sua hemoglobina ligada ao monóxido de carbono.p. encontramos tromboses nas veias. escolha da cor correta e corte nos Tês.m. que está mais longe do exterior. O sangue deverá ser colhido do coração direito. que apresentam uma tonalidade rósea carmim.2. de relaxamento dos esfinters e hipertermia 10. Erros na aritmética e na capacidade de salientar palavras plurais não ocorrem até 8 a 10% de saturação da hemoglobina. desmielinização focal e áreas focais de necrose. Um ser humano que respira ar com os menores valores possíveis de monóxido de carbono terá ainda cerca de 1% de sua hemoglobina eritrocitária combinada com o monóxido de carbono. 1. O mesmo nível de saturação é também capaz de interferir em certos testes psicológicos. 10. No sistema nervoso central dilatação vascular.
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