Asfalto_Capitulo_04_Mar2010

March 26, 2018 | Author: Rene Leal | Category: Concrete, Books, Engineering, Traffic, Polymers


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Pavimentação asfáltica Formação básica para engenheiros Liedi Bariani Bernucci Laura Maria Goretti da Motta Jorge Augusto Pereira Ceratti Jorge Barbosa Soares Rio de Janeiro 2008 3ª. Reimpressão 2010 Asfalto. 2006. ii. Motta..]. Cdd 625. Revestimento asfáltico. 504 f. iV. inclui Bibliografias. 3. Mistura. i. Jorge Augusto Pereira Ceratti e Jorge Barbosa Soares CooRdenAção de PRodução trama Criações de Arte PRoJeto GRáFiCo e diAGRAMAção Anita Slade Sonia Goulart deSenhoS Rogério Corrêa Alves ReViSão de texto Mariflor Rocha CAPA Clube de idéias iMPReSSão Gráfica imprinta Ficha catalográfica elaborada pela Petrobras / Biblioteca dos Serviços Compartilhados P338 Pavimentação asfáltica : formação básica para engenheiros / Liedi Bariani Bernucci. Pavimentação. Ceratti. Jorge Augusto Pereira. 4. A. Patrocínio PetRoBRAS 1. : il. – Rio de Janeiro : PetRoBRAS: ABedA.85 .PAtRoCinAdoReS Petrobras – Petróleo Brasileiro S. Bernucci. Petrobras distribuidora Abeda – Associação Brasileira das empresas distribuidoras de Asfaltos Copyright © 2007 Liedi Bariani Bernucci. iii. [et al.. Jorge Barbosa. Liedi Bariani. Laura Maria Goretti da Motta. Soares. Laura Maria Goretti da. 2. a Petróleo Brasileiro S. da universidade Federal do Rio de Janeiro. após excelente trabalho dos professores Liedi Bariani Bernucci. conceberam uma ação para contribuir na formação de engenheiros civis na área de pavimentação: o Proasfalto – Programa Asfalto na universidade. iniciou-se então o projeto que.. foram convidados quatro professores de renomadas instituições de ensino superior do Brasil. Para efetivamente aplicar estes novos materiais e a recente tecnologia. além de apresentar as técnicas de execução. a Petrobras distribuidora S. Laura Maria Goretti da Motta. sente-se honrada em participar deste projeto e cumprimenta os autores pela importante iniciativa de estabelecer uma bibliografia de consulta permanente sobre o tema. da universidade Federal do Rio Grande do Sul. Jorge Augusto Pereira Ceratti. unidas em um empreendimento inovador. de avaliação e de restauração de pavimentação. da universidade Federal do Ceará. resultou no lançamento deste importante documento.A. Para a elaboração do projeto didático. – Petrobras Petrobras distribuidora S.APRESENTAÇÃO tendo em vista a necessidade premente de melhoria da qualidade das rodovias brasileiras e a importância da ampliação da infra-estrutura de transportes. A forma clara e didática como o livro apresenta o tema o transforma em uma excelente referência sobre pavimentação e permite que ele atenda às necessidades tanto dos iniciantes no assunto quanto dos que já atuam na área. – Asfaltos Abeda – Associação Brasileira das empresas distribuidoras de Asfaltos . co-editora do livro Pavimentação Asfáltica. o livro Pavimentação Asfáltica descreve os materiais usados em pavimentação e suas propriedades.A.A.A. A universidade Petrobras. Petróleo Brasileiro S. e a Associação Brasileira das empresas distribuidoras de Asfaltos – Abeda vêm investindo no desenvolvimento de novos produtos asfálticos e de modernas técnicas de pavimentação. é preciso promover a capacitação de recursos humanos. essas empresas. Assim. este projeto arrojado foi criado para disponibilizar material didático para aulas de graduação de pavimentação visando oferecer sólidos conceitos teóricos e uma visão prática da tecnologia asfáltica. e Jorge Barbosa Soares. da universidade de São Paulo. 7 2.8 2.SumáRiO PReFáCio 7 1 1.3 2.1 3.5 Agregados intRodução CLASSiFiCAção doS AGReGAdoS PRodução de AGReGAdoS BRitAdoS CARACteRÍStiCAS teCnoLÓGiCAS iMPoRtAnteS doS AGReGAdoS PARA PAViMentAção ASFáLtiCA CARACteRiZAção de AGReGAdoS SeGundo o ShRP BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 115 115 116 124 129 150 154 .4 Introdução PAViMento do Ponto de ViStA eStRutuRAL e FunCionAL uM BReVe hiStÓRiCo dA PAViMentAção SituAção AtuAL dA PAViMentAção no BRASiL ConSideRAçÕeS FinAiS BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 9 9 11 20 22 24 2 2.3 1.3 3.5 2.2 2.2 1.2 3.1 2.4 2.4 3.9 Ligantes asfálticos intRodução ASFALto eSPeCiFiCAçÕeS BRASiLeiRAS ASFALto ModiFiCAdo PoR PoLÍMeRo eMuLSão ASFáLtiCA ASFALto diLuÍdo ASFALto-eSPuMA AGenteS ReJuVeneSCedoReS o PRoGRAMA ShRP BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 25 25 26 58 59 81 96 97 99 100 110 3 3.6 2.1 1. 3 6. SuB-BASe e ReFoRço do SuBLeito ALGuMAS eStRutuRAS tÍPiCAS de PAViMentoS ASFáLtiCoS BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 337 337 339 352 365 369 8 8.3 7.2 Técnicas executivas de revestimentos asfálticos intRodução uSinAS ASFáLtiCAS 373 373 373 .4 4.4 5.4 6.2 4.2 5.6 5.4 Materiais e estruturas de pavimentos asfálticos intRodução PRoPRiedAdeS doS MAteRiAiS de BASe.1 7.7 Dosagem de diferentes tipos de revestimento intRodução deFiniçÕeS de MASSAS eSPeCÍFiCAS PARA MiStuRAS ASFáLtiCAS MiStuRAS ASFáLtiCAS A Quente doSAGeM de MiStuRAS A FRio MiStuRAS ReCiCLAdAS A Quente tRAtAMento SuPeRFiCiAL MiCRoRReVeStiMento e LAMA ASFáLtiCA BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 205 205 207 217 253 256 263 269 281 6 6.1 4.6 Propriedades mecânicas das misturas asfálticas intRodução enSAioS ConVenCionAiS enSAioS de MÓduLo enSAioS de RuPtuRA enSAioS de deFoRMAção PeRMAnente enSAioS CoMPLeMentAReS BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 287 287 288 290 308 316 327 332 7 7.4 4.2 6.1 5.5 5.5 Tipos de revestimentos asfálticos intRodução MiStuRAS uSinAdAS MiStuRAS IN SITU eM uSinAS MÓVeiS MiStuRAS ASFáLtiCAS ReCiCLAdAS tRAtAMentoS SuPeRFiCiAiS BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 157 157 158 185 188 191 200 5 5. SuB-BASe e ReFoRço do SuBLeito MAteRiAiS de BASe.1 6.5 6.3 4.1 8.2 7.3 5. 8.7 Diagnóstico de defeitos.2 9.6 9.1 intRodução 11.3 8.4 ConSideRAçÕeS SoBRe o tRinCAMento PoR ReFLexão BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA ÍndiCe de FiGuRAS ÍndiCe de tABeLAS ÍndiCe ReMiSSiVo de teRMoS ÍndiCe ReMiSSiVo dAS BiBLioGRAFiAS 463 463 466 468 469 475 477 486 490 496 . avaliação funcional e de aderência intRodução SeRVentiA iRReGuLARidAde LonGitudinAL deFeitoS de SuPeRFÍCie AVALiAção oBJetiVA de SuPeRFÍCie PeLA deteRMinAção do iGG AVALiAção de AdeRÊnCiA eM PiStAS MoLhAdAS AVALiAção de RuÍdo PRoVoCAdo PeLo tRáFeGo BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 403 403 405 407 413 424 429 435 438 10 Avaliação estrutural de pavimentos asfálticos 10.2 tÉCniCAS de ReStAuRAção de PAViMentoS CoM PRoBLeMAS FunCionAiS 11.7 tRAnSPoRte e LAnçAMento de MiStuRAS ASFáLtiCAS CoMPACtAção exeCução de tRAtAMentoS SuPeRFiCiAiS PoR PenetRAção exeCução de LAMAS e MiCRoRReVeStiMentoS ASFáLtiCoS ConSideRAçÕeS FinAiS BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 384 389 393 397 401 402 9 9.6 ConSideRAçÕeS FinAiS BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 441 441 443 445 453 457 460 461 11 Técnicas de restauração asfáltica 11.6 8.1 9.3 tÉCniCAS de ReStAuRAção de PAViMentoS CoM PRoBLeMAS eStRutuRAiS 11.2 MÉtodoS de AVALiAção eStRutuRAL 10.5 SiMuLAdoReS de tRáFeGo 10.3 9.4 noçÕeS de RetRoAnáLiSe 10.5 9.1 intRodução 10.4 9.3 eQuiPAMentoS de AVALiAção eStRutuRAL não-deStRutiVA 10.4 8.5 8. bem como as diretrizes para a restauração asfáltica de pavimentos. Como toda obra de pavimentação. com melhor desempenho e mais duráveis para cada situação. disponibilizando material bibliográfico adicional aos estudantes e aos docentes de disciplinas de infra-estrutura de transportes. exercidos com competência e elegância pelos colegas aqui reconhecidos por seus valiosos comentários e sugestões: dra. assim como a preexistência de diversos materiais bibliográficos contribuiu para o projeto deste livro. estradas preexistentes influenciam o traçado de novas rodovias. não faltou neste caso a consultoria e o controle de qualidade. e estão cientes de que muitos outros caminhos precisam ser percorridos para uma viagem mais plena. esses assuntos foram considerados pelos autores de grande valia para a construção do conhecimento sobre pavimentação na academia. enveredando também pelos caminhos do projeto de dimensionamento das estruturas de pavimentos e de restaurações. A elaboração deste livro em muito assemelha-se à construção de uma estrada. para apoiar o ensino de graduação.PREFáCiO este livro tem por objetivo principal contribuir para a formação do aluno na área de pavimentação asfáltica. nossos parceiros e patrocinadores. o projeto deste livro integra o Programa Asfalto na universidade. todas essas áreas do saber afins à pavimentação dão embasamentos aos conceitos necessários para termos pavimentos rodoviários. da mecânica dos pavimentos. os autores procuraram ao máximo trafegar por diversas referências. decisões foram tomadas com vistas à delimitação do trabalho. dos cursos de engenharia Civil de universidades e faculdades do país. Foram enfocados tópicos julgados menos disponíveis na literatura técnica brasileira sobre materiais de pavimentação – principalmente no que se refere aos ligantes asfálticos e aos tipos e propriedades das misturas asfálticas –. Leni Figueiredo Mathias Leite 7 . aeroportuários e urbanos mais econômicos. a pós-graduandos. da geotecnia. das técnicas de controle tecnológico. da gerência de pavimentos etc. e os autores o vêem como mais uma via na incessante busca de novos horizontes. os autores acreditam que seu conteúdo possa ser também útil a engenheiros e a técnicos da área de pavimentação e. os autores reconhecem a limitação do escopo deste livro e recomendam fortemente que os estudantes busquem bibliografia complementar que enriqueça seus conhecimentos. no aspecto de organização do conhecimento. do projeto de tráfego e de drenagem. concebido em conjunto com a Petrobras e a Abeda. devidamente reconhecidas no texto. Como em qualquer projeto de engenharia. técnicas executivas e de avaliação de desempenho. competências e disponibilidades de tempo foram devidamente dosadas entre os quatro autores. Armando Morilha Júnior (Abeda). . da mesma forma que uma estrada possibilita a construção de outras tantas. A ordem relativa à co-autoria levou em consideração tão somente a coordenação da produção do livro. dr. eng. esta obra está sujeita a falhas. portanto. com materiais convencionais e alternativos. Prof. o avanço do conhecimento na fascinante área de pavimentação segue em alta velocidade e. espera-se ter pavimentado mais uma via para servir de suporte a uma melhor compreensão da engenharia rodoviária. sendo estes devidamente referenciados. no livro.). Por fim. cuidadosamente analisados. Luis Alberto do nascimento (Centro de Pesquisa da Petrobras). tal qual uma estrada. alguns trechos da obra talvez mereçam restauração num futuro não distante. Sérgio Armando de Sá e Benevides (universidade Federal do Ceará). Glauco túlio Pessa Fabbri (escola de engenharia de São Carlos/universidade de São Paulo). Que esta via estimule novas vias. novos trechos devem surgir. Aqui. os autores notA iMPoRtAnte: os quatro autores participaram na seleção do conteúdo. Prof. e o olhar atento dos pares ajudará a realizar a manutenção no momento apropriado. álvaro Vieira (instituto Militar de engenharia) e eng.A. A experiência de escrever este livro a oito mãos foi deveras enriquecedora. em busca de paisagens que ampliem o horizonte do conhecimento. construindo-o em camadas. Aos autores e aos leitores cabe permanecer viajando nas mais diversas estradas. um elemento presente foi o uso de textos anteriormente escritos pelos quatro autores em co-autoria com seus respectivos alunos e colegas de trabalho. Alfredo Monteiro de Castro neto (desenvolvimento Rodoviário S.e eng. Prof. compatibilizando-se sempre as espessuras das camadas e a qualidade dos materiais. eng. e consideram suas respectivas contribuições ao livro equilibradas. ilonir Antonio tonial (Petrobras distribuidora). por melhor que tenha sido o projeto e a execução. na organização e na redação de todos os onze capítulos. 1).1 INTRODUÇÃO Os pavimentos são estruturas de múltiplas camadas. resistência à fadiga e ao trincamento térmico. podendo também variar quanto à fonte. Foto: Tonial. essa camada deve ser tanto quanto possível impermeável e resistente aos esforços de contato pneu-pavimento em movimento. Na maioria dos pavimentos brasileiros usa-se como revestimento uma mistura de agregados minerais. Os requisitos técnicos e de qualidade de um pavimento asfáltico serão atendidos com um projeto adequado da estrutura do pavimento e com o projeto de dosagem da mistura asfáltica compatível com as outras camadas escolhidas. que são variados conforme a carga e a velocidade dos veículos. durabilidade. sendo o revestimento a camada que se destina a receber a carga dos veículos e mais diretamente a ação climática. de forma adequadamente proporcionada e processada. de vários tamanhos. 2005 Figura 4. garanta ao serviço executado os requisitos de impermeabilidade.1 Exemplos de estrutura de pavimento novo com revestimento asfáltico . um revestimento asfáltico de um pavimento novo consiste de uma única camada de mistura asfáltica (Figura 4. proporcionados de forma a resistirem às solicitações previstas do tráfego e do clima. flexibilidade. até um determinado volume de tráfego. Portanto. com ligantes asfálticos que. Nos casos mais comuns. estabilidade. Essa dosagem passa pela escolha adequada de materiais dentro dos requisitos comentados nos Capítulos 2 e 3. resistência à derrapagem.4 Tipos de revestimentos asfálticos 4. de acordo com o clima e o tráfego previstos para o local. cabe ao engenheiro de pavimentação procurar informações em cada estado ou em cada órgão responsável pela obra em questão para atender eventuais requisitos particulares. é possível ainda lançar mão de outros tipos de misturas asfálticas que se processam em usinas móveis especiais que promovem a mistura agregados-ligante imediatamente antes da colocação no pavimento. espera mostrar os conceitos básicos associados aos revestimentos asfálticos. podendo ser separadas em misturas novas relativamente fluidas (lama asfáltica e microrrevestimento) e misturas recicladas com uso de fresadoras-recicladoras. Os revestimentos são também identificados quanto ao tipo de ligante: a quente com o uso de CAP. tanto às deformações permanentes quanto às deformações elásticas repetidas da passagem do tráfego. e. ambos aquecidos em temperaturas previamente escolhidas. cabendo ao leitor a generalização do conhecimento. Em seguida é compactada. muitas vezes. Trata-se do produto da mistura convenientemente proporcionada de agregados de vários tamanhos e cimento asfáltico. que tem a função didática de servir aos cursos de graduação. A dosagem das misturas asfálticas usinadas será tratada no Capítulo 5. conforme visto no Capítulo 3. As misturas usinadas podem ser separadas quanto à distribuição granulométrica em: densas. 4. Vale comentar que neste livro será dado destaque às especificações do antigo DNER ou do atual DNIT por serem de cunho nacional. sempre associada a espessuras calculadas em função do tráfego e do tipo de materiais existentes nas outras camadas. em função da aplicação a que se destina. onde é lançada por equipamento apropriado.O material de revestimento pode ser fabricado em usina específica (misturas usinadas). As misturas a quente distinguem-se em vários tipos de acordo com o padrão granulométrico empregado e as exigências de características mecânicas. além dos tipos descritos. enquanto a produção. No entanto.2 MISTURAS USINADAS A mistura de agregados e ligante é realizada em usina estacionária e transportada posteriormente por caminhão para a pista. Este livro. por servirem de base para as especificações regionais. até atingir um grau de compressão tal que resulte num arranjo estrutural estável e resistente. Um dos tipos mais empregados no Brasil é o concreto asfáltico (CA) também denominado concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ). Cada uma dessas misturas tem requisitos próprios de dosagem e atendem a certa finalidade. Em casos de recomposição da capacidade estrutural ou funcional. ou a frio com o uso de EAP. fixa ou móvel. em função da característica viscosidade-temperatura do ligante. muito conhecidas no meio técnico. contínuas e descontínuas. As misturas asfálticas a quente também se 158 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . ou preparado na própria pista (tratamentos superficiais). denominado vibroacabadora. o transporte e as técnicas executivas serão mostrados no Capítulo 8. abertas. 5 mostra exemplos de corpos-de-prova moldados em laboratório ou extraídos do campo. A Figura 4. de forma a proporcionar um esqueleto mineral com muitos vazios interconectados. conhecida no Brasil por camada porosa de atrito (CPA).6 apresenta uma amostra extraída de um revestimento asfáltico de pista. com o objetivo de tornar a mistura com elevado volume de vazios com ar e. como se verá a seguir. 4. com insuficiência de material fino (menor que 0.2 mostra exemplos de composições de agregados de diferentes graduações. A Figura 4. O segundo grupo de misturas. • graduação aberta: curva granulométrica uniforme com agregados quase exclusivamente de um mesmo tamanho.4 apresenta exemplos de curvas granulométricas que ilustram os três tipos de composição do esqueleto mineral.3 mostra as diversas frações que compõem um concreto asfáltico (CA). são os pré-misturados a frio em que se empregam as emulsões asfálticas como ligante para envolver os agregados. Exemplo: mistura asfáltica drenante. A Figura 4. completados por certa quantidade de finos. • graduação descontínua: curva granulométrica com proporcionamento dos grãos de maiores dimensões em quantidade dominante em relação aos grãos de dimensões intermediárias. Exemplo: matriz pétrea asfáltica (stone matrix asphalt – SMA). Exemplo: concreto asfáltico (CA). exibindo três camadas de misturas asfálticas. de três tipos de mistura asfáltica: CA (densa). Tipos de revestimentos asfálticos 159 . com o objetivo de tornar o esqueleto mineral mais resistente à deformação permanente com o maior número de contatos entre os agregados graúdos. SMA (descontínua) e CPA (aberta ou porosa). Também proporcionados de forma conveniente para atender certos requisitos de arranjo do esqueleto mineral. drenante. possibilitando a percolação de água no interior da mistura asfáltica. A Figura 4. mistura sem agregados de certa graduação (gap-graded). como se verá mais adiante. como ilustração da participação de todos os tamanhos em quantidades proporcionais. feitas em usinas estacionárias próprias.2. As misturas asfálticas também podem ser separadas em grupos específicos em função da granulometria dos agregados. características volumétricas e de resistência mecânica especificadas.075mm) para preencher os vazios entre as partículas maiores. conforme visto no Capítulo 3.1 Misturas a quente As misturas asfálticas a quente podem ser subdivididas pela graduação dos agregados e fíler. mas em geral é também usado na temperatura ambiente. O ligante eventualmente pode sofrer um pequeno aquecimento. São destacados três tipos mais usuais nas misturas a quente: • graduação densa: curva granulométrica contínua e bem-graduada de forma a proporcionar um esqueleto mineral com poucos vazios visto que os agregados de dimensões menores preechem os vazios dos maiores. portanto. são nesse caso realizadas sem aquecimento dos agregados. de forma a ter uma curva descontínua em certas peneiras.dividem em grupos específicos em função da granulometria dos agregados. A Figura 4. 2 Exemplos de composições granulométricas dos tipos de misturas a quente Figura 4.010 0.00 10.(a) Aberta (b) Descontínua (c) Densa ou bem-graduada Figura 4.4 Exemplos de curvas granulométricas de diferentes misturas asfálticas a quente 160 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros .3 Exemplo de várias frações de agregados e fíler que compõem um concreto asfáltico – mistura densa ou bem-graduada e contínua 100 90 80 SMA – Faixa 0/11S alemã CBUQ ou CA – Faixa B do DNER CPA – Faixa III do DNER Passante em peso (%) 70 60 50 40 30 20 10 0 0.0 100 Abertura das peneiras (mm) Figura 4.100 1. 6 Corpo-de-prova extraído de pista mostrando a composição do revestimento asfáltico Tipos de revestimentos asfálticos 161 . graduação densa (b) SMA na faixa alemã 0/11S.(a) Concreto asfáltico na faixa B do DNIT. graduação aberta (d) Camada porosa de atrito (CPA) (e) Concreto asfáltico (CA) Figura 4. graduação descontínua (c) Camada porosa de atrito.5 Exemplos de corpos-de-prova de misturas asfálticas a quente Mistura asfáltica usinada a quente aberta que serve como revestimento drenante Concreto asfáltico denso Concreto asfáltico aberto como binder ou camada de ligação Figura 4. até de concreto de cimento Portland. da viscosidade e do tipo do ligante. Graças ao arranjo de partículas com graduação bem-graduada. devendo atender a especificação de serviço particular para camada especial de correção de desnivelamentos ou regularização em pavimentos em uso. SMA e CPA. por fluência. dependendo da forma dos agregados.5 a 6. desde que adequadamente selecionados os materiais e dosados convenientemente. a superior que fica em contato com os pneus dos veículos é chamada de camada de rolamento ou simplesmente de “capa” e tem requisitos de vazios bastante restritos. A faixa de teor de asfalto em peso está normalmente entre 4. mas são preparados com tamanhos nominais máximos de agregados graúdos de grandes dimensões são referidos genericamente de PMQ. a quantidade de ligante asfáltico requerida para cobrir as partículas e ajudar a preencher os vazios não pode ser muito elevada. Pode ser: • convencional: CAP e agregados aquecidos. para garantir a impermeabilidade. o que deve ser levado em conta no dimensionamento do pavimento. com asfalto duro. 162 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . podendo sofrer variações em torno desses valores. Os pré-misturados a quente que não atendem a requisitos granulométricos de camada intermediária ou de nivelamento.Todos esses tipos de misturas asfálticas a quente são utilizados como revestimento de pavimentos de qualquer volume de tráfego. com a finalidade de diminuir o teor de ligante e baratear a massa asfáltica. no caso de camada de rolamento (camada em contato direto com os pneus dos veículos) e de 4 a 6% para camadas intermediárias ou de ligação (camada subjacente à de rolamento). • especial quanto ao ligante asfáltico: com asfalto modificado por polímero ou com asfalto-borracha. a camada inferior é referida como camada de ligação ou intermediária (ou ainda de binder) e pode ser projetada com um índice de vazios ligeiramente maior. sempre são colocados sobre outra camada preexistente de concreto asfáltico ou de outro material.0%. Esse procedimento também modificará as características mecânicas e de flexibilidade da mistura. deformam-se significativamente. misturas de módulo elevado (enrobé à module élevé – EME). Para o teor de projeto. segundo a especificação DNIT-ES 031/2004. Concreto asfáltico denso (CA) O concreto asfáltico é a mistura asfáltica muito resistente em todos os aspectos. sendo que os tipos especiais. a relação betume-vazios está na faixa de 75 a 82% para camada de rolamento e 65 a 72% para camada de ligação (ver Capítulo 5). desde o muito baixo até o muito elevado. Caso não seja deixado certo volume de vazios com ar. massa específica dos mesmos. Quando a espessura de projeto de revestimento for maior que 70mm é comum fazer uma subdivisão em duas camadas para fins de execução. as misturas asfálticas deixam de ser estáveis ao tráfego e. pois a mistura necessita contar ainda com vazios com ar após a compactação em torno de 3 a 5%. 4 ¾” 19.42 Nº 80 0. Figura 4. aos 25oC. a curva granulométrica deve passar entre os pontos de controle definidos na Tabela 4.45. conforme exemplo apresentado na Figura 4. passando A B 100 95–100 75–100 60–90 – 35–65 25–50 20–40 10–30 5–20 1–8 4.2. Esta norma ainda estabelece valores de parâmetros mecânicos que são discutidos nos Capítulos 5 e 6.1 ½” 12.A Tabela 4. local onde a curva granulométrica não deveria passar. com 75 golpes de compactação por face dos corpos-de-prova tipo Marshall e resistência à tração por compressão diametral mínima de 0. TABElA 4.1 1” 25.65MPa. No passado.0 a 7.0 Camada de rolamento Tolerância – ±7% ±7% ±7% ±7% ±7% ±5% ±5% ±5% ±5% ±2% ±0.5 a 7. estabilidade Marshall mínima de 500kgf.3% O sistema Superpave utiliza para especificar a granulometria do agregado um gráfico onde o eixo das abscissas é dado pela abertura das peneiras. que se encontra atualmente em desuso. % Tipo de camada de revestimento asfáltico C – – – 100 80–100 70–90 44–72 22–50 8–26 4–16 2–10 4.7. elevado à potência de 0.075 Teor de asfalto.1 FAIxAS gRANUlOMéTRICAS E REqUISITOS PARA CONCRETO ASFálTICO (DNIT 031/2004-ES) Faixas Porcentagem em massa.8 1 ½” 38.0 Camada de ligação – 100 95–100 80–100 – 45–80 28–60 20–45 10–32 8–20 3–8 4.8 Nº 10 2. foi considerada uma região do gráfico.1 mostra as faixas granulométricas recomendadas pelo DNIT 031/2004ES. por exemplo.5 Nº 4 4. chamada de zona de restrição.0 Nº 40 0. Para que a graduação em estudo atenda aos critérios Superpave.7 3/8” 9.7 Exemplo da representação da granulometria segundo a especificação Superpave para um tamanho nominal máximo de 19mm Tipos de revestimentos asfálticos 163 .5 Camada de ligação ou rolamento Peneira de malha quadrada Série ASTM Abertura (mm) 2” 50.18 Nº 200 0. em milímetros.5 a 9. 0 13.1.0 Nmax ≤ 98.5 11.0 ≤ 98.2 0.0 96.5 9.1.78 65 .6 . esta zona de restrição não se aplica.3 REqUISITOS vOlUMéTRICOS DA DOSAgEM SUPERPAvE (AAShTO M 323/04) Vazios do agregado mineral (VAM).0 12.0 14.0 Ndes 96. Assim nas especificações mais recentes as zonas de restrição foram desconsideradas.6 . são muito sensíveis à variação do teor de ligante asfáltico.0 ≤ 98.0 4.0 14.5 15.5 4. mm 37.0 15.0 9.0 96.5mm Mín Máx 9.0 ≤ 89.5mm Mín Máx – 100 90 – 100 90 – – 100 90 – – 100 90 – – – – – 15 0 – – – 100 90 – – – 100 90 – – – – 41 6 – – – – 19 1 – – – – 100 90 – – – – 100 90 – – – 45 7 – – – 23 2 – – – – – 100 90 67 10 – – 49 8 – – 28 2 – 58 10 – 32 2 Obs. Uma variação positiva.0mm Mín Máx 19.75 16.5 ≤ 90. no entanto.0 25.5 ≤ 89.5 25 19 12.2 0.0 16.1. pode gerar problemas de deformação 164 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros .0 19.1. passando 37.0 11.0 % Gmm % mínima Tamanho máximo nominal (TMN).75 65 . às vezes dentro do admissível em usinas.0 11.0 ≤ 98.0 16.80 65 .0 96.: Tamanho nominal máximo é definido como sendo um tamanho maior do que o primeiro tamanho de peneira que retém mais de 10%. Muitos estudos mostraram que quando se utiliza areia britada ou mesmo areias com angulosidade elevada.0 11. Na Tabela 4. Densidade relativa requerida.0 13. TABElA 4.2 0.0 15.0 ≤ 98.3 a 3 3 a 10 10 a 30 > 30 ≤ 91.As zonas de restrição que foram inicialmente consideradas nos primeiros documentos e especificações do SHRP tinham por objetivo evitar misturas de difícil compactação e com potencialidade de ocorrência de deformação permanente devido à proporção elevada de areia fina natural em relação à areia total.6 .0 14.0 16.0 ≤ 89.2 Concretos asfálticos densos são as misturas asfálticas usinadas a quente mais utilizadas como revestimentos asfálticos de pavimentos no Brasil.1.3 0.0 13.0 15. Tráfego N AASHTO x 106 Nini < 0.36 0.5 14. % 70 .6 .6 .75 2.075 Porcentagem em massa.0 12.0 16.0 15.0mm Mín Máx 12.0 12.0 Relação betumevazios (RBV).0 12.0 12.0 11. Suas propriedades.0 14.3 indicam-se os critérios de dosagem de concreto asfáltico pelo método SUPERPAVE.0 13.0 96.2 0.75 Relação pó-betume efetivo (RPB).2 PONTOS DE CONTROlE DE ACORDO COM O TAMANhO NOMINAl MáxIMO DO AgREgADO (SUPERPAvE) Pontos de controle Abertura (mm) 50 37.5mm Mín 100 90 Máx 25.0 12.0 13. TABElA 4. % 0.75 65 . Outro fator importante é a redução de ruído ao rolamento. A Figura 4. e redução da reflexão da luz dos faróis noturnos. redução do spray proveniente do borrifo de água pelos pneus dos veículos. Todos esses aspectos conjuntos são responsáveis pela redução do número de acidentes em dias de chuva. Tipos de revestimentos asfálticos 165 . fatos não observados no trecho consecutivo com CPA. como camada de rolamento são empregados em geral revestimentos delgados com a finalidade exclusivamente funcional. maximizando a resistência ao cisalhamento e minimizando os vazios. amenizando esse desconforto ambiental em áreas nas proximidades de vias com revestimentos drenantes. a falta de ligante gera um enfraquecimento da mistura e de sua resistência à formação de trincas. dificultando a aderência pneu-pavimento em dias de chuva. aumentando assim a distância de visibilidade. até a água alcançar as sarjetas. de agregado miúdo e de ligante asfáltico. atualmente. em um dia chuvoso. Esta camada drenante é executada sobre uma camada de mistura densa e estrutural. O uso de asfaltos duros em concretos asfálticos é muito difundido na França e.permanente por fluência e/ou exsudação. Esses concretos asfálticos recebem o nome de misturas de módulo elevado (EME) por apresentarem módulo de resiliência elevado e também elevada resistência à deformação permanente. Possuem curvas granulométricas próximas à de máxima densidade.8 mostra uma foto de uma rodovia com um revestimento convencional do tipo CA denso. Sobre essas camadas de EME. A outra foto é de um trecho de CPA na Bahia. Essas misturas asfálticas a quente possuem normalmente entre 18 e 25% de vazios com ar – DNER-ES 386/99. uma vez que a resistência à tração é bastante afetada e sua vida de fadiga fica muito reduzida. A característica importante dessa mistura asfáltica é que ela causa: redução da espessura da lâmina d’água na superfície de rolamento e conseqüentemente das distâncias de frenagem. Esse revestimento é responsável pela coleta da água de chuva para o seu interior e é capaz de promover uma rápida percolação da mesma devido à sua elevada permeabilidade. Não são empregadas como camada de rolamento devido à textura superficial muito lisa resultante. CPA – camada porosa de atrito ou revestimento asfáltico drenante As misturas asfálticas abertas do tipo CPA – camada porosa de atrito – mantêm uma grande porcentagem de vazios com ar não preenchidos graças às pequenas quantidades de fíler. A CPA é empregada como camada de rolamento com a finalidade funcional de aumento de aderência pneu-pavimento em dias de chuva. De outro lado. seguido de um trecho com CPA. Na França essas misturas asfálticas podem conter até 30% de vazios com ar. Observe-se a diferença da presença de água na superfície do CA e a reflexão de luz dos faróis. parâmetros apresentados no Capítulo 6. Uma das formas de reduzir a sensibilidade dos concretos asfálticos a pequenas variações de teor de ligante e torná-lo ainda mais resistente e durável em vias de tráfego pesado é substituir o ligante asfáltico convencional por ligante modificado por polímero ou por asfalto-borracha. também nos Estados Unidos. no início da noite. com fechamento da macrotextura superficial. A especificação brasileira do DNER-ES 386/99 recomenda para CPA cinco faixas granulométricas e teor de ligante asfáltico entre 4.0 e 6. a realização do ensaio de permeabilidade e aspectos da textura superficial logo após a construção.A Figura 4.8 Exemplos de rodovias com camada porosa de atrito sob chuva (a) vista geral da pista (b) Realização de ensaio de permeabilidade (c) Textura superficial Figura 4.9 mostra a CPA executada no Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro em 2003. ficando (a) Trecho em CA seguido por trecho em CPA (b) Trecho em CPA na Bahia Figura 4.4.9 Aspectos da CPA no Aeroporto Santos Dumont – RJ (Fotos: BR Distribuidora) 166 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . Porém. a quantidade de ligante é geralmente reduzida.0% – Tabela 4. devido à particularidade granulométrica. 18 Nº 200 0. prevalecendo o volume de vazios requerido.8 Nº 10 2. MPa. % Ensaio Cântabro. uma vez que devido a elas há redução da permeabilidade. a 25°C. O ligante utilizado deverá ter baixa suscetibilidade térmica e alta resistência ao envelhecimento. Em geral recomenda-se o emprego de asfalto modificado por polímero para aumentar a durabilidade e reduzir a desagregação. Faixas Porcentagem em massa. Esse ensaio é abordado no Capítulo 6.5 3/8” 9. natureza.5%. A absorção de água para cada fração deve ser no máximo de 2%. cm Volume de vazios. pois eles estão em contato uns com os outros e a tensão nesse contato é muito elevada durante o processo de densificação. ABNT Resistência à tração por compressão diametral. Na Europa tem-se procedido à limpeza desses revestimentos.4 FAIxAS gRANUlOMéTRICAS E REqUISITOS DE DOSAgEM DA CAMADA POROSA DE ATRITO (DNER-ES 386/99) Peneira de malha quadrada Abertura mm ¾” 19.3 em média em torno de 3. resultantes da contaminação dos vazios por impurezas.0 IV – 100 70–90 15–30 10–22 6–13 – 3–6 V 100 70–100 50–80 18–30 10–22 6–13 – 3–6 Tolerância – ±7 ±7 ±5 ±5 ±5 ±3 ±2 ±0. Os agregados devem ser 100% britados e bem resistentes (abrasão Los Angeles ≤ 30%) para não serem quebrados na compactação. Tipos de revestimentos asfálticos 167 . % máx.0–6.0 18–25 25 0. Para ter um contato efetivo dos agregados. mín.55 < 4.5. Um teste fundamental a ser realizado é o desgaste por abrasão Cântabro. A CPA deve ser dosada pelo método Marshall (discutido no Capítulo 5). com equipamentos projetados para essa finalidade a fim de minimizar os problemas de colmatação. A camada inferior à CPA deve ser necessariamente impermeável para evitar a entrada de água no interior da estrutura do pavimento. forma.TABElA 4. passando I – 100 80–100 20–40 12–20 8–14 – 3–5 II – 100 70–100 20–40 5–20 – 2–8 0–4 III – 100 80–90 40–50 10–18 6–12 – 3–6 4.0 3.5 Nº 4 4. % Espessura da camada acabada. recomendado originalmente pelos espanhóis para esse tipo de mistura aberta drenante.0 Nº 40 0. dependendo do tipo de agregado. após certo tempo de uso.42 Nº 80 0.0 ½” 12.075 Ligante modificado por polímero. e quanto à sanidade deve apresentar perda de ≤ 12%. viscosidade e tipo de ligante. eles devem ser cúbicos com o índice de forma ≥ 0.5 a 4. o SMA foi introduzido no Canadá e em 1991 nos Estados Unidos. foi executado um pavimento superposto. Em 1990. traduzido em inglês para Stone Mastic Asphalt. constituído pela mistura da fração areia. na pista principal. concebido para maximizar o contato entre os agregados graúdos. em países como Bélgica.0 e 7. Uma das aplicações mais freqüentes alemãs tem sido a reabilitação de pavimentos de concreto de cimento Portland. a mistura se caracteriza por conter uma elevada porcentagem de agregados graúdos e. O SMA é um revestimento asfáltico. O SMA é uma mistura rica em ligante asfáltico. com buracos. são citadas as seguintes obras: • Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro: em 1999. entre outros. Esses vazios. SMA – Stone Matrix Asphalt A sigla SMA significa originalmente Splittmastixasphalt conforme designação na Alemanha – local de sua concepção. Geralmente é aplicado em espessuras variando entre 1. por sua vez. a camada de CPA foi renovada em 2003. nos pontos de maior uso. com coeficiente mínimo de atrito de 0. usinado a quente. 168 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . Suécia. a partir dos anos 80 passou a ser utilizado amplamente na Europa.61 (µmeter). próximo a São Paulo: em 1998. ligante asfáltico e fibras. são preenchidos por um mástique asfáltico. trincamento generalizado e bombeamento de material da base na superfície. Inglaterra. sendo esta última terminologia adotada nos Estados Unidos e. Para manter esse nível de atrito. atualmente. com uma espessura de 5cm entre os quilômetros 11. porém a denominação pela sigla original internacionaliza a terminologia e gera menos confusão de conceitos e especificações. e sobre ele aplicada uma CPA nos 923m centrais.5 a 7cm. Espanha. ligando São Paulo a Santos: em 1998 foi feita uma restauração através de fresagem seguida de recapeamento. aumentando a interação grão/grão.5%. Em português SMA pode ser traduzido para matriz pétrea asfáltica. também no Brasil. com um consumo de ligante em geral entre 6. ao contrário da CPA vista anteriormente.Como exemplos da utilização da camada porosa de atrito no Brasil. o que é retardado na solução de SMA. Foi efetuada uma fresagem do revestimento existente ou recomposição do greide da pista com caimento de 3%. Suíça. • Rodovia dos Imigrantes. As misturas asfálticas densas convencionais em geral resistem pouco à reflexão de trincas e à deformação permanente. 3km nas três faixas e no acostamento apresentavam condições precárias antes da restauração. Atualmente a tecnologia vem sendo aplicada também na Ásia e na América Latina. executada uma camada de 2cm de microrrevestimento asfáltico a frio e aplicada uma CPA com 4cm de espessura. Concebido em 1968 na Alemanha. • Rodovia Presidente Dutra. fíler. visto que houve colmatação dos vazios e perda de capacidade drenante ao final de seis anos de uso intenso.5 e 30. devido a essa particular graduação. e posteriormente para Stone Matrix Asphalt. Holanda. São misturas que tendem a ser impermeáveis com volume de vazios que variam de 4 a 6% em pista. dependendo da faixa granulométrica. forma-se um grande volume de vazios entre os agregados graúdos. A Figura 4.10 ilustra a composição granulométrica do SMA em comparação com um CA. Observe-se a maior quantidade de consumo de agregado graúdo na mistura SMA. A Figura 4.11 mostra o aspecto final de uma camada de SMA sendo executada em pista. O SMA é recomendado para aplicação em pavimentos como camada de rolamento ou de ligação. Devido à graduação e alta concentração de agregados graúdos, tem-se macrotextura (ver Capítulo 9) superficialmente rugosa, formando pequenos “canais” entre os agregados SMA CA Agregados graúdos Agregados graúdos Figura 4.10 Composições granulométricas comparativas entre um SMA e um CA (Foto: Horst Erdlen) Figura 4.11 Exemplo do aspecto de uma camada de SMA executada em pista Tipos de revestimentos asfálticos 169 graúdos, responsáveis por uma eficiente drenabilidade superficial e aumento de aderência pneu-pavimento em dias de chuva. No país, pioneiramente foi construída a pista do autódromo de Interlagos em São Paulo em fevereiro de 2000, empregando-se o SMA (Beligni et al., 2000). Em agosto de 2001 foi construído um trecho experimental de SMA na curva mais fechada e perigosa da Via Anchieta, rodovia que interliga São Paulo a Santos, mostrando grande sucesso e superioridade de comportamento funcional e estrutural em relação a outras soluções asfálticas até então empregadas (Reis et al., 2002). Desde então outros trechos vêm sendo executados usando ora graduações alemãs, ora americanas. As mais recentes obras são em rodovias dos estados de São Paulo e Minas Gerais, além de uso urbano em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. A especificação alemã foi a primeira a ser publicada como norma, em 1984, e engloba quatro tipos de SMA, denominados de 0/11S; 0/8S; 0/8 e 0/5, sendo o último algarismo referente ao diâmetro nominal máximo do agregado (onde até 10% no máximo ficam retidos em peneira desse tamanho) – Tabela 4.5 (ZTV Asphalt – StB, 2001). Para tráfego pesado ou solicitações especiais, as especificações restringem-se às faixas 0/11S e 0/8S. TABElA 4.5 FAIxAS gRANUlOMéTRICAS E REqUISITOS DE SMA PElA ESPECIFICAÇÃO AlEMà (ZTv Asphalt – StB 94, 2001) Peneira Faixas Porcentagem em massa SMA 0/11S SMA 0/8S 9–13 10–13 73–80 73–80 60–70 55–70 > 40 < 10 – < 10 B65 ou PmB45 > 6,5 0,3 a 1,5 Marshall (50 golpes por face) 135oC ± 5oC (para PmB deve ser 145oC ± 5oC) 3,0–4,0 3,0–4,0 2,0–4,0 35–40 85–100 25–50 60–125 30–40 70–100 20–40 45–100 20–40 45–100 – – > 97 % < 6,0 % B65 ou PmB45 > 7,0 < 0,09mm > 2mm > 5mm > 8mm > 11,2mm Características e requisitos Tipo de asfalto1 Teor de asfalto na mistura, % em peso Fibras na mistura, % em peso Dosagem Temperatura de compactação, °C Volume de vazios, % Camada de rolamento Espessura, mm Ou consumo, kg/m2 Camada de nivelamento Espessura, mm Ou consumo, kg/m2 Grau de compactação Volume de vazios da camada compactada 1 SMA 0/8 8–13 70–80 45–70 < 10 – SMA 0/5 8–13 60–70 < 10 – – B 80 > 7,0 B80 ou B200 > 7,2 2,0–4,0 15–30 35–75 A designação B corresponde a asfaltos convencionais e o número significa a penetração; PmB são modificados por polímeros. Os asfaltos polímeros (PmB45) são recomendados para solicitações especiais. 170 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros Na União Européia há outras faixas sugeridas, incluindo diâmetros nominais reduzidos, como 4 e 6mm, ou mesmo muito maiores, como 16, 19 ou ainda 25mm. A especificação norte-americana do SMA segue a norma da AASHTO MP 8-02, recomendando três faixas – Tabela 4.6. As propriedades da mistura são ditadas por especificações obtidas no equipamento de compactação giratório Superpave – Tabela 4.7. TABElA 4.6 FAIxAS gRANUlOMéTRICAS NORTE-AMERICANAS SEgUNDO AAShTO MP 8-02 Abertura (mm) Faixas Porcentagem em massa, passando 19,0mm 12,5mm Mín Máx Mín Máx – 9,5mm Mín – – – Máx – – – 25 19 12,5 9,5 4,75 2,36 1,18 0,6 0,3 0,075 100 100 88 60 28 24 – – – – – – 90 50 25 20 16 – – – 100 99 85 40 28 – – – 90 50 20 16 – – – 100 70 30 20 – – 100 95 50 30 21 18 15 8 11 8 11 12 TABElA 4.7 CARACTERíSTICAS E PROPRIEDADES DA MISTURA SMA SEgUNDO AAShTO MP 8-02 Propriedade Requisito para corpos-de-prova compactados no equipamento giratório – Superpave 4,0a 17 < VCAdrcb 6.200c 70 0,30 6,0 Volume de vazios, % VAM (vazios no agregado mineral), % mín. VCAmixb Estabilidade Marshall, N, mín. RRT – Resistência à tração retida (AASHTO T 283), % mín. Teste de escorrimento (draindown) na temperatura de produçãod, % em peso máx. Teor de asfalto na mistura, % mín. a b Em locais com clima frio o projeto pode ser realizado para 3,5% de volume de vazios. VCAmix corresponde aos vazios totais do agregado graúdo, e VCAdrc aos vazios com ar requerido + vazios ocupados pela fibra e asfalto + vazios ocupados pelos agregados miúdos. c Valor sugerido da prática. d Escorrimento segundo AASHTO T 305-97. As faixas com diâmetro nominal máximo de 19mm e 12,5mm são até o momento as mais empregadas nos Estados Unidos. A faixa com tamanho nominal máximo de 9,5mm tem sido a adotada mais recentemente e há uma tendência de aumentar seu emprego nos próximos anos. Não há consenso na especificação dos ligantes asfálticos. As especificações são em geral não-restritivas, empregando tanto os asfaltos modificados por polímeros como asTipos de revestimentos asfálticos 171 • • • • • • Gap-graded Outra opção mais recentemente introduzida no Brasil é a graduação com intervalo (gap) – descontínua densa. redução do spray ou cortina de água durante a chuva. • portos. conhecida por gap-graded. Em alguns casos vêm impregnadas de ligante asfáltico para facilitar sua abertura na usinagem. Esse tipo de mistura asfáltica tem sido empregado como camada estrutural de revestimento.A. por exemplo na restauração da pavimentação e na duplicação de trechos na Rodovia BR-040. (Cordeiro. são: • vias com alta freqüência de caminhões. 1999). porém em geral com uso de ligantes modificados. trecho Rio de Janeiro–Juiz de Fora. Em alguns países são utilizadas fibras de vidro. boa resistência à derrapagem devido à macrotextura da superfície de rolamento. paradas de ônibus. atualmente. • pistas de aeroporto. • interseções. facilitar a aplicação e evitar o escorrimento do ligante asfáltico (Napa. algumas aplicações do SMA. Há diversas experiências com sucesso sem uso de fibras. • rampas. Os norte-americanos. e são adicionadas durante a usinagem para evitar a segregação da mistura em seu transporte. A absorção deve ser de ≤ 2% pela AASHTO T 85. Em resumo. boa flexibilidade a baixas temperaturas. 172 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . e de magnésio de ≤ 20%. têm especificado abrasão Los Angeles ≤ 30% (AASHTO T 96). • estacionamentos. Os agregados em praticamente todos os países são obrigatoriamente 100% britados. mas não em teor de vazios elevado. • áreas de carregamento e descarregamento de cargas. sob concessão da Concer S. 2006). pontes. com esparsas exceções. faixa de ônibus. elevada resistência ao desgaste. As fibras são geralmente orgânicas (de celulose) ou minerais. redução do nível de ruído ao rolamento. contendo em geral 1:2 de ligante para fibras. A forma dos agregados é de preferência cúbica. com asfalto-borracha. conforme AASHTO T 104. Segundo a AASHTO D 5821. As fibras orgânicas podem ser utilizadas também em pellets ou agregações.faltos convencionais. que é uma faixa granulométrica especial que resulta em macrotextura superficial aberta ou rugosa. Algumas utilizações dessa faixa vêm sendo realizadas com asfalto-borracha. o ataque aos sulfatos de sódio de ≤ 15% após 5 ciclos. como os alemães. porém há casos de sucesso com agregados britados cuja abrasão excedeu 50%. As principais características de desempenho do SMA são: boa estabilidade a elevadas temperaturas. deve haver 100% de agregados britados em pelo menos uma face e 90% em duas faces. 1mm Ponto de amolecimento.7 100 90 78 28 15 10 7 4 2 100 100 92 42 25 20 17 10 7 Faixa de trabalho limite Mínimo Máximo 100 90 82.9 20.3 6.7 9.3 12.6 0.3 4. % mín.75 2.5 87.6 788 14 2.7 19.3 8.7 (Fonte: BR Distribuidora. cP Recuperação elástica. 2004) Resultados 6 2.3 10 7 4 2.4 6. 2005).4 40.A Tabela 4.9 ExEMPlO DE CARACTERíSTICAS DE UMA MISTURA GAp-GrAded COM ASFAlTO-BORRAChA USADA NO PAíS Ensaios Teor de asfalto-borracha Massa específica teórica Vazios totais Vazios cheios betume Vazios do agregado mineral Relação betume/vazios Estabilidade Fluência 1/100 Densidade aparente (Fonte: BR Distribuidora. TABElA 4. dutilômetro a 25ºC.1 12.4 70.10 CARACTERíSTICAS DE ASFAlTO-BORRAChA UTIlIZADO EM PROJETOS DE GAp-GrAded Caracterização do asfalto-borracha Ensaios Penetração. passando Mistura % Faixa CALTRANS limite Passando Mínimo Máximo 100 92. g/cm3 TABElA 4.3 0.8 ExEMPlO DE UMA FAIxA GAp-GrAded COM ASFAlTO-BORRAChA USADA EM PROJETOS NO PAíS Peneiras ABNT 3/4” 1/2” 3/8” Nº 4 Nº 8 Nº 30 Nº 50 Nº 100 Nº 200 Abertura (mm) 19.482 5.7 13. A Figura 4.075 Porcentagem em massa.3 11.4 35.7 100 100 92 42 25 16. 2004) TABElA 4.4 0.34 Unidade % g/cm3 % % % % kgf pol. ºC mín.000 50 Método ASTM D-5 ASTM D-36 ASTM D-4402 DNER 382/99 173 .9 e 4. (100g.4 9. 25ºC.500–4.8 mostra a faixa granulométrica que vem sendo utilizada em serviços de pavimentação com asfalto-borracha feitos no país pela BR Distribuidora (2004).15 0. 5s) 0.12 mostra a faixa granulométrica citada e a Figura 4.13 um aspecto de uma dessas aplicações feita na Rodovia Rio–Teresópolis (Fritzen.5 4. As Tabelas 4.10 mostram aspectos dessas misturas. (Fonte: BR Distribuidora) Tipos de revestimentos asfálticos Faixa 35–70 55 1.9 15. Viscosidade Brookfield a 175ºC. O DNIT também abre a possibilidade hoje do uso de asfalto modificado por polímero nas AAUQs através da especificação DNER-ES 387/99 – Tabela 4. em geral areia.13 Aspecto da superfície do revestimento construído com a mistura indicada na Figura 4.11. e fíler se necessário. utiliza-se como revestimento uma argamassa de agregado miúdo. Em regiões onde não existem agregados pétreos graúdos. também denominadas areia asfalto usinada a quente (AAUQ).12. com maior consumo de ligante do que os concretos asfálticos convencionais devido ao aumento da superfície específica (DNIT 032/2005 – ES) – Tabela 4. 2005) Figura 4. têm sido utilizadas na prática as argamassas asfálticas.12 Características da faixa granulométrica gap-graded e a curva usada no experimento da Rodovia Rio–Teresópolis (Fritzen. Nas referidas tabelas as exigências se referem à compactação Marshall com 75 golpes.12 (Fritzen. ligante (CAP).Figura 4. 2005) AAUq – areia asfalto usinada a quente Ainda dentro do grupo das misturas a quente. 174 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . 0 ±0. Um dos problemas mais freqüentes dessas misturas é que comumente apresentam menor resistência às deformações permanentes.18 0.42 0.11 FAIxAS gRANUlOMéTRICAS E CARACTERíSTICAS DE DOSAgEM RECOMENDADAS PElO DNIT PARA AAUq COM CAP (DNIT 032/2005 – ES) Peneiras Faixas Porcentagem em massa.3% Teor de asfalto.5 C 100 85–100 25–100 0–62 0–12 5.3% – ±5% ±4% ±4% ±3% ±2% Tolerância TABElA 4.0 65–82 30 2.0–8.0 3.0 0. Fluência. % Relação betume/vazios.5 4.0–4. Fluência.12 FAIxAS gRANUlOMéTRICAS E CARACTERíSTICAS DE DOSAgEM RECOMENDADAS PElO DNIT PARA AAUq COM ASFAlTO POlíMERO (DNER-ES 387/99) Peneira de malha quadrada ABNT Nº 4 Nº 10 Nº 40 Nº 80 Nº 200 Abertura (mm) 4. mm Abertura (mm) 9. comparadas às misturas usinadas a quente vistas anteriormente. tanto o agregado quanto o ligante são aquecidos antes da mistura e são aplicados e compactados a quente.075 4.0–8.0–8. 1999). kN. % Volume de vazios. Tipos de revestimentos asfálticos 175 .0–9.0mm – 100 90–100 40–90 10–47 0–7 Revestimento 7.18 0.4–4.0 Tolerância – ±5% ±5% ±3% ±2% ±0.075 Faixas Porcentagem em massa. % Relação betume/vazios.0–12. % Estabilidade.8 2.0 0.0 B 2.42 0.5 B 100 90–100 30–95 5–60 0–10 5.8 2.0–8. mm A AAUQ é normalmente empregada como revestimento de rodovias de tráfego não muito elevado. requerem muito cuidado na execução (IBP. devido à elevada quantidade de ligante asfáltico e presença de agregados de pequenas dimensões. kN mín.0 3.0–12. % sobre o total da mistura Volume de vazios. passando A ABNT 3/8” Nº 4 Nº 10 Nº 40 Nº 80 Nº 200 Emprego Teor de asfalto.0 65–82 25 2.75mm 100 80–100 60–95 16–52 4–15 2–10 Revestimento 6.TABElA 4. Como toda mistura a quente. passando A 100 90–100 40–90 10–47 0–7 5. Essas misturas. mín. % Estabilidade. 13 ilustra alguns ligantes duros produzidos na França para uso em misturas de alto módulo. 176 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros ..Misturas asfálticas a quente especiais francesas Os franceses têm desenvolvido várias concepções de combinação de granulometria e de ligantes especiais para comporem misturas asfálticas a serem utilizadas como camadas estruturais de revestimento. A dosagem das misturas asfálticas francesas é determinada com base em requisitos de desempenho da mistura tais como resistência à fadiga. 2002b). em camadas espessas como substituição de bases tratadas com cimento. Ligantes duros são geralmente aplicados em bases e camadas de ligação. Os cimentos asfálticos duros podem ser puros. o ligante de penetração na faixa 15/25 pode ser usado em camada de rolamento em condições favoráveis: espessura maior que 5cm. Assim surgiram a mistura asfáltica de módulo elevado (enrobé à module élevé – EME) e o concreto betuminoso de módulo elevado (béton bitumineux à module élevé – BBME). Ensaios reológicos e de caracterização especiais tais como BBR. 2003).. baixas deflexões nas camadas de fundação e temperaturas mínimas variando entre 0 e -10°C. deformação permanente e resistência à umidade (ver Capítulo 6). asfaltos modificados por asfaltita ou asfaltos modificados por polímeros. graduação contínua e elevada proporção de agregado britado. em contrapartida. e foi normatizada em outubro de 1992 com o código NF P 98-140. Devido a sua elevada viscosidade. visando melhorar o desempenho mecânico e. está normatizada pela AFNOR desde 1993 com o código NF P 140141 (Corté. e ponto de amolecimento entre 65 e 80°C (Serfass et al. a restauração das rodovias que atravessavam cidades e a reestruturação das vias lentas das auto-estradas levaram ao desenvolvimento dos revestimentos de módulo elevado que provêm da modificação de dois tipos de misturas asfálticas tradicionais: BB (béton bitumineux) e GB (grave-bitume). 2001). espectroscopia infravermelha. A Tabela 4. reduzir as espessuras (Brousseaud. Essa base asfáltica se caracteriza pelo uso de aproximadamente 3. Nos anos 1980. indicando-se temperaturas de usinagem e compactação em torno de 20°C acima das temperaturas dos ligantes convencionais (AIPCR. O uso de bases de misturas asfálticas a quente com teor de asfalto muito baixo é bastante empregado na França. 1997). 1999). a compactação torna-se um fator importante no comportamento quanto à resistência à fadiga. camada de ligação ou mesmo base de pavimentos. As principais características dos ligantes duros estão relacionadas à penetração a 25°C entre 10 e 20 x 10 -1mm.5% de asfalto de penetração nas faixas 40/50 ou 60/70 x 10 -1mm. usada como camada de rolamento ou ligação para pavimentos que exijam revestimentos com elevada resistência à formação de trilhas de roda. teor de asfaltenos entre outros são realizados em desenvolvimento de novos materiais ou projetos especiais (Brosseaud et al. A primeira é aplicada como camada de ligação (binder) ou como base. Esse é o conceito da mistura denominada grave-bitume – GB (base asfáltica) codificada em 1972. A segunda. essas duas mudanças na composição apresentaram a desvantagem de reduzir a resistência à fadiga.4 -6 56 29 0. mas restabelecer as características superficiais (principalmente impermeabilidade e textura para resistência à derrapagem) direcionaram as pesquisas para novas misturas asfálticas que pudessem ser usadas como camada delgada. 60°C) Módulo E (250Hz. A descontinuidade na curva granulométrica aumentou a aptidão à compactação além de melhorar a textura superficial. Com o objetivo de evitar elevado volume de vazios. 25°C) ângulo de fase (7.8Hz. 25°C) Módulo E (7.8Hz.5 63 5 57 18 86 74 6 -6 0 39 36 0. não sendo apropriadas para rodovias de tráfego intenso.8Hz.8Hz.9 64 9 60 7/13 10/20 64/74 -0. BBM (concreto asfáltico delgado) para ser executada em camadas de 30 a 40mm.1mm % °C °C °C °C MPa ° MPa ° MPa ° 0.6 62 6 56 17 83 72 6 -6 +2 39 35 0.1 +2 55 36 1. R.TABElA 4. Fraass Módulo E (7. Em 1979 foi codificada uma nova mistura denominada béton bitumineux mince.7 a 6%. 60°C) Módulo E (250Hz.8Hz. Fraass Aumento de P. 25°C) Módulo E (7. 1999) Ligante não-envelhecido Penetração a 25°C Ponto de amolecimento IP (LCPC) P.4 56 10 53 Ligante após RTFOT A necessidade de fazer a manutenção dos pavimentos já reforçados cujas exigências não eram mais aumentar a capacidade estrutural. 25°C) ângulo de fase (250Hz.3 -6 34 38 0. introduziu-se o uso de granulometrias descontínuas (granulometria 0/10 com descontinuidade na fração 4/6 e granulometria 0/14 com descontinuidade 2/6 ou 2/10) e o uso de teores maiores de ligante. 25°C) Penetração a 25°C Penetração residual Ponto de amolecimento Aumento do ponto de amolecimento P. 25°C) ângulo de fase (250Hz. R. 60°C) ângulo de fase (7.8Hz.8Hz.13 CARACTERíSTICAS DE lIgANTES DUROS PRODUZIDOS NA FRANÇA PARA EMPREgO EM MISTURAS DE MóDUlO ElEvADO (EME) (AIPCR.6 64 7 67 10/20 65/80 0/1 -3 66 1 59 10 61 10/20 75/85 2. Fraass Módulo E (7.9 62 8 59 10/20 60/74 +0.72 58 6 54 10/25 55/75 1.8Hz.7 58 6 54 47 0/+4 62/76 10/20 60/74 +0. 25°C) ângulo de fase (7. 25°C) °C MPa ° MPa ° MPa ° 0.5 -4 +2 71 28 1. Tipos de revestimentos asfálticos 177 .20 +3 61 34 0. R.4 -5 60 35 0.5 -8 40 39 0. No entanto. 60°C) ângulo de fase (7.6 64 6 63 11 69 75 11. variando de 5.1mm °C 15/25 60/72 0/1 -6 54 37 0.2 60 10 53 15/25 64/72 0/1. com recursos Finep e Petrobras. dimensão do agregado e propriedades dos finos (poder absorvente e rigidificante. resistência ao polimento). Tem sido designada de mistura de módulo elevado. modificado com polímeros ou com aditivos (fibras).16. fineza). BBUM (concreto asfáltico ultradelgado) – Magalhães (2004). (2004). Ainda nos anos 1980. No Brasil o tipo de mistura EME vem sendo estudado em laboratório. tendo sido testado com ligante tipo RASF (resíduo asfáltico de penetração 10) e um ligante modificado com EVA. A necessidade de novos padrões de misturas asfálticas serviu de motivação para o desenvolvimento de novos ensaios de laboratório com o objetivo de predizer a trabalhabilidade e o desempenho mecânico (resistência à deformação permanente para capa de rolamento. posição dentro da estrutura. 4. que tanto pode ser um ligante puro. o simulador de tráfego wheel-tracking test. Houve. o conceito de misturas delgadas foi impulsionado com o surgimento dos béton bitumineux ultra-mince. pela graduação e pela classe de desempenho.14 as principais características dos revestimentos asfálticos franceses e um resumo dos requisitos a serem atendidos de algumas misturas francesas (Tabelas 4. baseia-se no desempenho exigido sobre o produto acabado e não sobre um método como “receita de composição”. angularidade. Detalhes podem ser vistos em Magalhães (2004) e Magalhães et al. o desenvolvimento de uma série de novos ensaios (compactador de cisalhamento giratório. Esse sucesso está relacionado à introdução do conceito de “dissociação de funções” entre a camada de rolamento/desgaste e a camada de ligação. com o objetivo de introdução em breve em obras de pavimentação em locais de alto volume de tráfego. esta determinada em laboratório pelo estudo de dosagem. em pesquisas patrocinadas pelo CTPETRO (fundo de pesquisa gerado pelas empresas produtoras de petróleo). ensaios considerados atualmente fundamentais para o projeto de mistura a quente). Os agregados são totalmente britados e a composição granulométrica não é mais definida sob a forma de uma faixa a ser respeitada. BBTM (concreto asfáltico muito delgado). módulo complexo. A maioria das exigências para revestimentos asfálticos. Essa mistura deve ser usada em camadas com espessuras de 20 a 25mm com o objetivo de promover elevada e durável macrotextura e resistência à derrapagem sob tráfego pesado. ensaio de fadiga). embora as normas francesas não façam restrições às características do ligante. 2002b).18. pela espessura média. que agora compõem o método francês de misturas asfálticas baseado no desempenho (ver Capítulo 6).Devido a essas limitações foi organizado um concurso de técnicas inovadoras em 1983-84 pelo poder público francês que resultou na introdução do béton bitumineux très mince.17. 4. As exigências sobre os agregados dizem respeito às características mecânicas (dureza. 4.15.19). que faz parte das especificações e normas francesas. Quanto aos ligantes. a dosagem mínima em asfalto é fixada através do “módulo de riqueza” que traduz uma espessura mínima de filme de asfalto sobre o agregado (Brosseaud. rigidez e resistência ao trincamento por fadiga para camadas de ligação. 178 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . 4. Os diferentes revestimentos são definidos pelo tipo. É usada tanto em manutenção como em novas construções. especialmente na rede de auto-estradas concedidas. Apresenta-se na Tabela 4. desde 1970. Essas misturas apresentam uma descontinuidade marcante na fração 0/2. As formulações têm graduação descontínua 2/6 ou 2/4. BBTM. BBME) – os concretos asfálticos do tipo BBSG são os revestimentos clássicos que constituem as camadas de superfície (ligação e rolamento) com função estrutural.2 a 5. buscando-se ainda aderência e conforto. Tipos de revestimentos asfálticos 179 . aplicam-se em pavimentos novos e reforços.Uma descrição sucinta dos tipos de misturas a quente normatizados na França é feita a seguir (Magalhães. composição descontínua 2/6 e teor de asfalto entre 5. 2006): • camadas superficiais de revestimentos espessos (BBSG. aplicada em 1/3 da rede de auto-estradas e em torno de 1/4 da rede nacional francesa. com 5. além de apresentar bom desempenho à fadiga. Empregam-se ligantes duros de penetração 10/25 com teores de até 6%. duas classes em função dos resultados na prensa de cisalhamento giratório – PCG (vazios menor que 18% para a classe 1 e entre 18 e 25% para a classe 2) e espessuras entre 20 e 25mm com excelente rugosidade superficial e manutenção da mesma ao longo do tempo. Esses revestimentos são essencialmente produtos especiais das empresas. Seu emprego está limitado aos locais sujeitos a intensas solicitações. O BBME é uma categoria particular do BBSG com rigidez e resistência à deformação permanente elevadas. O EME mais empregado é da classe 2 devido à sua maior resistência à fadiga.2% de ligantes modificados por polímeros com espessura média de 40mm. tratados com 3. As misturas ultradelgadas – BBUM (espessura entre 10 e 15mm) são utilizadas tanto em vias urbanas (tipo 0/6 devido ao baixo nível de ruído) quanto em manutenção de rodovias secundárias (tipo 0/10) em substituição aos tratamentos superficiais. • camadas de revestimento intermediárias (GB e EME) – são empregadas na construção de camadas de ligação de pavimentos asfálticos espessos.5% de ligante puro ou modificado. • misturas asfálticas drenantes (BBDr) – com vazios em torno de 20 a 22%. A técnica de BBTM tem-se tornado a mais utilizada para a manutenção dos pavimentos com tráfego rápido e elevado. A mistura do tipo BBM é uma técnica rústica aplicada na restauração da superfície do pavimento em manutenções mais pesadas. Ferreira. Os GB são usados há mais de 30 anos com agregados de dimensões máximas de 14mm e eventualmente 20mm. conforto ao rolamento e baixo ruído. estruturas mistas ou na manutenção como reforço estrutural.4 a 5.5 a 4% de ligante geralmente 35/50. aplicadas a uma taxa de 25 a 35kg/m2.5 a 5. aderência pneu-pavimento. • camadas superficiais de revestimentos delgados (BBM. com espessuras variando de 30 a 50mm. São aplicados teores de 4. 2004.8% de ligante puro ou modificado. aumentar a aderência e reduzir o nível de ruído em auto-estradas e vias expressas. drenabilidade. BBUM) – esses tipos de revestimentos são aplicados de acordo com a filosofia francesa de “dissociação de funções das camadas betuminosas” exercendo o papel funcional do revestimento com um ganho nas seguintes características: impermeabilidade. são aplicadas com a finalidade de eliminar água superficial. cont. TABElA 4. As misturas a frio (enrobés coulés à froid – ECF) são misturas de agregados. água e aditivos e têm sido aplicadas em substituição aos tratamentos mais sensíveis à desagregação com dosagem de 12 a 14kg/m2. b. 1994) Sigla Denominação Norma Classificação Classe ou tipo BBSG Bétons bitumineux semi-grenus Bétons bitumineux minces Concreto betuminoso de graduação contínua Concreto betuminoso delgado NF P 98-130 Granulometria 0/10 0/14 Espessura média (mm) 60 a 70 70 a 90 BBM NF P 98-132 a. 2 ou 3 conforme desempenho à def.14 REvESTIMENTOS ASFálTICOS NORMAlIZADOS PElA AFNOR (SETRA e lCPC. perm. emulsão asfáltica. BBTM Bétons Concreto bitumineux trés betuminoso minces muito delgado Graves bitume Camada granular betuminosa Mistura asfáltica de módulo elevado Concreto betuminoso de módulo elevado NF P 98-137 Tipo 1 ou 2 conforme PCG Classe 1. 2 ou 3 conforme desempenho mecânico Classe 1 ou 2 conforme desempenho mecânico Classe 1. c ou d conforme gran. 1. às vezes em dupla camada na dosagem de 25kg/m2. 2 ou 3 conforme desempenho mecânico 0/6 ou 0/10 ou 0/14 descontínua 0/14 0/20 20 a 25 GB NF P 98-138 80 a 120 100 a 150 EME Enrobés à module élevé NF P 98-140 0/10 0/14 0/20 0/10 0/14 60 a 100 70 a 120 100 a 150 60 a 70 70 a 90 BBME Bétons bitumineux à module élevé NF P 98-141 180 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . 0/6 0/10 0/10 0/14 30 a 40 35 a 50 BBC Bétons bitumineux cloutés Bétons bitumineux drainants Bétons bitumineux pour chaussées souples à faible traffic Hot rolled asphalt Concreto betuminoso drenante Concreto betuminoso para estrada de pavimento flexível de tráfego leve NF P 98-133 0/6 0/10 0/10 a 0/14 0/6 30 60 40 30 40 a 50 40 a 60 8 10 a 12 BBDr NF P 98-134 BBS NF P 98-136 BBS BBS BBS BBS tipo tipo tipo tipo 1 2 3 4 0/10 0/10 0/14 0/14 disc. 2/6 cont. cont.• tratamentos superficiais e misturas a frio – os tratamentos superficiais (enduit superficiel – NF P 98 160) representam a técnica mais econômica utilizada na manutenção da impermeabilização e forte macroestrutura superficial de rodovias com volume de tráfego de baixo a médio. 7 ≥0.000 Deformação admissível em fadiga e6 (mdef) ≥100 ≥100 ≥100 ≥110 ≥100 ≥100 BBSG classe 1 BBSG classe 2 BBSG classe 3 BBME classe 1 BBME classe 2 BBME classe 3 ≥0. 2002b) Mistura PCG (% de vazios) 6 – 11 7 – 12 8 – 13 Razão r/R1 Porcentagem de afundamento em trilha de roda (60ºC) após 30.75 ≥0.000 ≥12.000 ciclos ≤ 15 ≤ 15 ≤ 15 BBMa BBMb BBMc 1 ≥0.15 CARACTERíSTICAS DAS MISTURAS ASFálTICAS DElgADAS (≤ 50mm) PARA CAMADA DE ROlAMENTO (Brosseaud.75 ≥0.500 ≥7.000 ciclos ** após 30.7 ≥0. 2002b) Mistura PCG (% vazios) C60 (D 10mm) C80 (D 14 mm) Razão r/R ATR3 (%) * após 10.5 ≤5 ≤10 ≤7.000 ≥9.8 ≤10 ≤7.75 ≥0.000 ≥11.000 ≥7.000 ciclos Módulo de rigidez (15ºC–10Hz) MPa ≥5.5** Módulo de rigidez (15ºC– 10Hz) MPa Deformação admissível em fadiga e6 (mdef) ≥80 ≥90 ≥100 ≥110 ≥130 GB classe 2 GB classe 3 GB classe 4 EME classe 1 EME classe 2 3 ≤11 ≤10 ≤9 ≤10 ≤6 ≥0.75 ≥0.000 ≥9.8 ≥0.5 ≤5 2 Afundamento em trilha de roda TABElA 4.65 ≥0.8 ≥0.75 Ensaio Duriez de avaliação do dano por umidade induzida TABElA 4.17 CARACTERíSTICAS DAS MISTURAS ASFálTICAS PARA CAMADA INTERMEDIáRIA OU DE lIgAÇÃO (Brosseaud. 2002b) Mistura PCG (% vazios) C60 (D 10mm) C80 (D 14mm) 5 – 10 4–9 5 – 10 4–9 5 – 10 4–9 5 – 10 4–9 5 – 10 4–9 5 – 10 4–9 Razão r/R ATR2 (%) após 30.000 ≥14.000 Afundamento em trilha de roda Tipos de revestimentos asfálticos 181 .75 ≥0.7 ≥0.5** ≤7.000 ≥12.000 ciclos ≤10* ≤10* ≤10** ≤7.000 ≥14.75 ≥9.TABElA 4.16 CARACTERíSTICAS DAS MISTURAS ASFálTICAS ESPESSAS (> 50mm) PARA CAMADA DE ROlAMENTO (Brosseaud. 000 ≥9. 10Hz e porcentagem de vazios entre: l 7% e 10% (classe 1) l 3% e 6% (classe 2) Ensaio de tração direta (NF P 98-260-1) Determinação do módulo e da perda de linearidade numa porcentagem de vazios entre: l 7% e 10% (classe 1) l 3% e 6% (classe 2) Ensaio de fadiga (NF P 98-260-1) Deformação relativa a 106 ciclos.70 Classe 2 ≥0.5% ≥14. para uma placa de 10cm de espessura.000 ciclos e a 60ºC. 0/14 e 0/20 Ensaio Duriez a 18ºC (NF P 98-251-1) Razão: r (em MPa) após imersão R (em MPa) a seco Ensaio de afundamento de trilha de roda (NF P 98-253-1) Profundidade do afundamento em porcentagem da espessura da placa. a 15ºC.80 ≤10% ≥9.80 Classe 3 ≥0.000 – – ≥14. 10Hz e porcentagem de vazios entre 5% e 8% Ensaio de tração direta (NF P 98-260-1) Determinação do módulo e da perda de linearidade numa porcentagem de vazios entre 5% e 8% módulo em MPa a 15oC.000 ≥12. a 15ºC. a 30.19 DESEMPENhO MECâNICO ExIgIDO PARA MISTURAS DE MóDUlO ElEvADO BBME (NF P 98-141) Ensaios do BBME 0/10 ou 0/14 Ensaio Duriez a 18ºC (NF P 98-251-1) Razão: r (em MPa) após imersão R (em MPa) a seco Ensaio de afundamento de trilha de roda (NF P 98-253-1) Profundidade do afundamento em porcentagem da espessura da placa.18 DESEMPENhO MECâNICO ExIgIDO PARA MISTURAS DE MóDUlO ElEvADO EME (NF P 98-140) Ensaios do EME 0/10. para uma placa de 10cm de espessura.000 ≥110 mdef ≥100 mdef ≥100 mdef 182 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros .5% – – ≤7.75 ≤7. numa porcentagem de vazios entre: l 7% e 10% (classe 1) l 3% e 6% (classe 2) Ensaio de módulo complexo (NF P 98-280-2) Módulo (em MPa).000 ≥14.000 ciclos e a 60ºC. e6 Classe 1 ≥0.000 – – ≥14. com uma porcentagem de vazios entre 5% e 8% Ensaio de módulo complexo (NF P 98-280-2) Módulo (em MPa). 10ºC e 25Hz e porcentagem de vazios entre: l 7% e 10% (classe 1) l 3% e 6% (classe 2) Classe 1 ≥0.80 Classe 2 ≥0. a 30. 0.TABElA 4.000 ≥12. 10ºC e 25Hz e porcentagem de vazios entre 5% e 8%.000 ≤7% ≥12.02s Ensaio de fadiga (NF P 98-261-1) Deformação relativa a 106 ciclos.000 ≤5% ≥12.000 ≥100 – mdef – ≥130 mdef TABElA 4. com volume de vazios (V V) elevado. O PMF pode ser usado como revestimento de ruas e estradas de baixo volume de tráfego. com baixo volume de vazios. Espessuras maiores devem ser compactadas em duas camadas. As camadas devem ser espalhadas e compacTipos de revestimentos asfálticos 183 . Quando >20% pode ser usado como camada drenante. • vazios > 12% – apresenta alta permeabilidade. podendo ser: • denso – graduação contínua e bem-graduado. usinas de pequeno porte com misturadores tipo rosca sem fim. que varia de acordo com o volume de vazios. • semidenso: com quantidade intermediária de agregado miúdo e pouco fíler. 9 < V V ≤ 15%. Santana (1992) ressalta os aspectos funcional.4. 1999). miúdo e de enchimento. • aberto – graduação aberta. ficando após a compactação com volume de vazios relativamente baixo. com elevado volume de vazios. com agregados de vários tamanhos. pode-se observar: • vazios ≤ 12% – apresenta baixa permeabilidade podendo ser usado como revestimento. Os PMFs podem ser usados em camada de 30 a 70mm de espessura compactada. No que concerne à permeabilidade. estrutural e hidráulico do PMF. Dependendo do local da obra. pode-se até lançar mão de betoneiras comuns de preferência as de eixo horizontal (IBP. e é função da granulometria escolhida.2 Misturas asfálticas usinadas a frio Os pré-misturados a frio (PMF) consistem em misturas usinadas de agregados graúdos. dependendo do tipo de serviço e da granulometria da mistura. O mesmo autor define ainda o PMF como uma mistura preparada em usina apropriada. O processo de usinagem pode ser visto no Capítulo 8. ficando após a compactação. 22 < V V ≤ 34%. espalhada e compactada na pista à temperatura ambiente. podendo-se aquecer ou não o ligante. que pode ser executado em três categorias: • aberto (PMFA): com pequena ou nenhuma quantidade de agregado miúdo e com pouco ou nenhum fíler. ou usinas horizontais dotadas de dosadores especiais. usada como camada de base ou revestimento. podem ser usadas para misturar os PMFs: usinas de solo ou de brita graduada. ficando após a compactação com um volume de vazios intermediário. miúdos e de enchimento. usinas de concreto asfáltico sem ativar o sistema de aquecimento dos agregados.2. 15 < V V ≤ 22%. misturados com emulsão asfáltica de petróleo (EAP) à temperatura ambiente. Para operações de manutenção de pavimentos em uso. Há também facilidades de se operar a mistura em usinas móveis. necessitando uma capa selante caso seja usado como única camada de revestimento. ou ainda como camada intermediária (com CA superposto) e em operações de conservação e manutenção. • denso (PMFD): com agregados graúdo. emulsão asfáltica catiônica em geral. TABElA 4. A especificação técnica DNER-ES 317/97 se aplica a esses tipos de misturas asfálticas.tadas à temperatura ambiente.0% ±0. O DNIT inclui a possibilidade de uso de emulsão asfáltica modificada por polímero nos pré-misturados a frio. boa adesividade com quase todos os tipos de agregado britado. % sobre o total da mistura Volume de vazios. pó de escória ou combinação deles.4 19. A especificação de serviço que rege essa aplicação é a DNER184 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros .0% ±2. o que é conveniente para pavimentação urbana de ruas de pequeno tráfego. É possível também se lançar mão atualmente de emulsões modificadas por polímeros para atender características específicas de clima e tráfego (Abeda. 2001).0% ±5. mín.0–6. Um resumo dessas especificações no que se refere às graduações e a alguns requisitos de dosagem é mostrado na Tabela 4. Podem ser usados: areia. 2001).20 FAIxAS gRANUlOMéTRICAS E CARACTERíSTICAS DE DOSAgEM RECOMENDADAS PElO DNIT PARA PRé-MISTURADOS A FRIO (DNER-ES 317/97) Peneiras ABNT 1” ¾” ½” 3/8” Nº 4 Nº 10 Nº 200 Abertura (mm) 25.20. pedrisco.0 5–30 25 (compactação de 75 golpes por face) 15 (compactação de 50 golpes por face) 2. 2001).0 12.0% ±7. O espalhamento pode ser feito com vibroacabadora ou até mesmo com motoniveladora.0% ±5. possibilidade de estocagem e flexibilidade elevada (Abeda. conhecidas como areias asfalto a frio – AAF – onde há carência de agregados pétreos graúdos. passando A 100 75–100 – 30–60 10–35 5–20 0–5 4.075 Faixas Porcentagem em massa. trabalhabilidade à temperatura ambiente. O uso de emulsões de ruptura lenta e mistura densa pode levar o PMF a apresentar resistências mecânicas maiores e mais adequadas para uso como revestimento.5 4. mm As vantagens da técnica de misturas a frio estão ligadas principalmente ao uso de equipamentos mais simples.0 0.8 2. 2001).5 B – 100 75–100 35–70 15–40 10–25 0–5 C 100 95–100 – 40–70 20–40 10–25 0–8 D – 100 95–100 45–80 25–45 15–30 0–8 Tolerância ±7.5 9.0–4. Também é possível estocar a mistura ou mesmo utilizá-la durante um dia inteiro de programação de serviços de conservação de vias (Abeda. É possível ainda se utilizar as argamassas a frio.3% Teor de asfalto.0% ±7. Fluência. % Estabilidade. kN. Nesse caso é importante usar emulsão de ruptura lenta que tenha por base asfaltos mais consistentes para melhorar as características mecânicas da AAF (Abeda.0% ±7. pó de pedra. especialmente nos revestimentos com desgaste superficial e pequeno grau de trincamento. Outro uso é como capa selante aplicada sobre tratamentos superficiais envelhecidos. Eventualmente ainda é usada em granulometria mais grossa para repor a condição de atrito superficial e resistência à aquaplanagem. como a lama asfáltica e o microrrevestimento. empregando os equipamentos WTAT (wet track abrasion test). que prevê as mesmas faixas granulométricas que as aplicações com emulsão asfáltica convencional. A lama asfáltica é processada em usinas especiais móveis que têm um silo de agregado e um de emulsão. lama asfáltica As lamas asfálticas consistem basicamente de uma associação. um depósito de água e um de fíler. A dosagem da lama asfáltica é realizada segundo as recomendações da ISSA – International Slurry Surfacing Association. na França e no Brasil (IBP. de agregados minerais. nos Estados Unidos (slurry seal). além dos tipos de mistura descritos acima. 4. sendo nesse caso um elemento de impermeabilização e rejuvenescimento da condição funcional do pavimento. Abeda. material de enchimento ou fíler. à temperatura ambiente. embora a impermeabilização da superfície possa promover em algumas situações a diminuição das deflexões devido ao impedimento ou redução de penetração de água nas camadas subjacentes ao revestimento. que se misturam em proporções preestabelecidas imediatamente antes de serem espalhadas através de barra de distribuição de fluxo contínuo e tanto quanto possível homogêneo. e porcentagem de resíduo de emulsão entre 4. uniformemente misturadas e espalhadas no local da obra.ES 390/99. Aplica-se especialmente em ruas e vias secundárias. cujas faixas granulométricas e algumas características da mistura constam da Tabela 4. com pequenas alterações em alguns requisitos como volume de vazios de 5 a 25%. em espessuras delgadas de 3 a 4mm. Esse tipo de mistura in situ começou a ser utilizado na década de 1960.0 e 7. emulsão asfáltica e água. em consistência fluida. que empregam usinas estacionárias ou mesmo móveis em alguns casos. não corrige irregularidades acentuadas nem aumenta a capacidade estrutural.0 nas faixas C e D. LWT (loaded wheel tesTipos de revestimentos asfálticos 185 . No entanto.3 MISTURAS IN SITU EM USINAS MóvEIS Em casos principalmente de selagem e restauração de algumas características funcionais. em geral de ruptura lenta. A especificação correspondente é a DNER-ES 314/97. 1999. estabilidade mínima de 25kN com compactação dos corpos-de-prova Marshall com 75 golpes por face. é possível usar outros tipos de misturas asfálticas que se processam em usinas móveis especiais que promovem a mistura agregados-ligante imediatamente antes da colocação no pavimento.10. 2001). São misturas relativamente fluidas. sem compactação posterior. A lama asfáltica tem sua aplicação principal em manutenção de pavimentos. 0 III 100 90–100 65–90 45–70 30–50 18–30 10–21 5–15 5–8 4–6 10–15 7.5–12. mm Água Ligante residual Abertura (mm) 9. de agregados minerais.0–13. Microrrevestimento asfáltico Esta é uma técnica que pode ser considerada uma evolução das lamas asfálticas. água e emulsão com polímero. porém utiliza emulsões modificadas com polímero para aumentar a sua vida útil. A Figura 4.5 4. kg/m2 % em relação ao peso da mistura seca ter and sand adhesion) e WST (wet stripping test). passando I – 100 80–100 – 30–60 20–45 10-25 5–15 4–6 3–4 10–20 8.33 0. Figura 4.4 1. e eventualmente adição de fibras (ABNT NBR 14948/2003).14 Exemplo de aplicação de lama asfáltica em um trecho de via urbana (Fotos: BR Distribuidora) 186 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros .15 0.0 – ±5% ±5% ±5% ±5% ±4% ±3% ±2% Tolerância Mistura seca.TABElA 4.21 FAIxAS gRANUlOMéTRICAS E CARACTERíSTICAS DE MISTURA RECOMENDADAS PElO DNIT PARA lAMA ASFálTICA (DNER-ES 314/97) Peneiras ABNT 3/8” Nº 4 Nº 8 Nº 16 Nº 30 Nº 50 Nº 100 Nº 200 Espessura.8 2. pois usa o mesmo princípio e concepção. fíler.21 0.0 II – 100 90–100 65–90 40–65 25–42 15–30 10–20 2–5 2–3 10–20 10.6 0.5–13.075 Faixas Porcentagem em massa. mostrados no próximo item.0–16. O microrrevestimento é uma mistura a frio processada em usina móvel especial.14 traz fotos de uma aplicação de lama asfáltica.5 IV 100 90–100 45–70 28–50 19–34 12–25 7–18 5–15 8–13 6–9 10–15 6. também utilizados para a dosagem de microrrevestimento. ABNT NBR 14949/2003 – caracterização da fração fina por meio da absorção do azul-de-metileno. duas horas. Além desses dois ensaios ainda são utilizados os seguintes procedimentos de dosagem: ABNT NBR 14798/2002 – determinação da coesão e características da cura pelo coesímetro (Figura 4. O microrrevestimento é utilizado em: • recuperação funcional de pavimentos deteriorados. respectivamente. conhecidos como LWT (loaded wheel tester and sand adhesion) e WTAT (wet track abrasion test). • capa selante. A Figura 4. • revestimento de pavimentos de baixo volume de tráfego.17). A emulsão é preparada de tal forma que permita sua mistura aos agregados como se fosse lenta e em seguida sua ruptura torna-se rápida para permitir a liberação do tráfego em pouco tempo. • camada intermediária anti-reflexão de trincas em projetos de reforço estrutural. (a) lWT – máquina de ensaio de adesão da areia (b) WTAT – abrasão úmida Figura 4. por exemplo.16 Etapas do ensaio de coesão de dosagem de microrrevestimento asfáltico Tipos de revestimentos asfálticos 187 .15 mostra os equipamentos usados para dosagem de lama asfáltica e microrrevestimento.Há vantagens em se aplicar o microrrevestimento com emulsão asfáltica de ruptura controlada modificada por polímero.16). Esses ensaios serão aplicados na dosagem que será vista no Capítulo 5.15 Equipamentos de lWT e WTAT usados na dosagem de microrrevestimento e lama asfáltica (a) Coesímetro (b) Ensaio em andamento (c) verificação do torque Figura 4. especificados pela ABNT NBR 14841/2002 e ABNT NBR 14746/2001. ABNT NBR 14757/2001 – determinação da adesividade de mistura (Figura 4. quando necessários. aproveitando os agregados e ligantes remanescentes.19 mostra uma aplicação de microrrevestimento como camada de manutenção de pavimentos em uso. 4.4 MISTURAS ASFálTICAS RECIClADAS Quando um pavimento asfáltico em uso torna-se deteriorado estruturalmente. com acréscimo de agentes rejuvenescedores.Corpo-de-prova (a) Confecção do corpo-de-prova (b) Compactação do corpode-prova (c) Corpo-de-prova (d) Corpo-de-prova no tubo com água (e) Tubo sendo colocado no equipamento (f) Equipamento em funcionamento Figura 4. 188 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . há necessidade de restaurar sua capacidade de carga através de colocação de espessuras adicionais de camadas ou através do corte de todo ou parte do revestimento deteriorado por equipamento especial – fresadora – e execução de nova camada de revestimento asfáltico. O material gerado no corte pode ser reaproveitado por reciclagem. cujas especificações podem ser vistas em DNIT 035/2005-ES e ABNT NBR 14948/2003. A Figura 4. Entende-se por reciclagem de pavimentos o processo de reutilização de misturas asfálticas envelhecidas e deterioradas para produção de novas misturas. Fresagem é a operação de corte. como forma de restauração da qualidade ao rolamento da superfície. CAP ou EAP novos. e também com adição de aglomerantes hidráulicos.18 mostra exemplos de aplicação de microrrevestimento. de parte ou de todo o revestimento asfáltico existente em um trecho de via. provenientes da fresagem. ou até englobando outra camada do pavimento.17 Etapas do ensaio Schulze-Breuer e Ruck de dosagem de microrrevestimento asfáltico A Figura 4. espuma de asfalto. ou como melhoria da capacidade de suporte. por uso de máquinas especiais. ou simplesmente fresadoras. por exemplo. Tipos de revestimentos asfálticos 189 .19 Exemplo de aplicação de microrrevestimento asfáltico Existem inúmeros equipamentos atualmente que permitem processar esse corte.Figura 4. Mais informações sobre esse processo de fresagem e sobre fresadoras podem ser vistas em Bonfim (2000). chamados de máquinas fresadoras. que utilizam rolos especiais munidos de pontas (bits) cortantes pela presença de diamantes nas mesmas – Figura 4. e nas páginas dos fabricantes.20.18 Exemplos de aplicação de microrrevestimento asfáltico em rodovia de tráfego pesado como restauração funcional (a) Antes da aplicação (Fotos: BR Distribuidora) (b) Após a aplicação Figura 4. 21 mostra um exemplo de um processo de fresagem em uma rodovia. (a) Processo de fresagem e recolhimento do material (b) Pista após fresagem Figura 4.20 Exemplo de um rolo de corte de uma fresadora A Figura 4. enquanto o ligante asfáltico tem suas características alteradas. utilizando-se CAP. • a frio. tornando-se mais viscoso nessa condição. É possível reaproveitar totalmente o material triturado ou cortado pelas fresadoras e recuperar as características do ligante com a adição de agentes de reciclagem ou rejuvenescedores. Normalmente os agregados de uma mistura envelhecida mantêm as suas características físicas e de resistência mecânica intactas. A reciclagem pode ser efetuada: • a quente. mostrando ainda o material fresado sendo recolhido em um caminhão para posterior reaproveitamento e a superfície ranhurada resultante do corte com os bits fresadores.Figura 4. utilizando EAP. agente rejuvenescedor emulsionado (ARE) e agregados fresados à temperatura ambiente. agente rejuvenescedor (AR) e agregados fresados aquecidos.21 Exemplo de fresadora e de serviço de fresagem em uma rodovia 190 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . além da questão ecológica de preservação de recursos minerais escassos. porém. com ou sem adição de ligantes hidráulicos. A espessura acabada é da ordem de 5 a 20mm. Esse é um processo de reciclagem que envolve pequenas espessuras de revestimento e não há em geral fresagem e sim um aquecimento e posterior recompactação do trecho a ser corrigido. As especificações DNIT 033/2005 e DNIT 034/2005 indicam os requisitos a serem atendidos para reciclagem em usina ou in situ. O ligante penetra de baixo para cima no agregado (penetração ‘invertida’). com emulsão modificada com (a) espuma de asfalto ou (b) com agente rejuvenescedor (ARE). em operação simples ou múltipla. pela aplicação única do ligante.22 mostra exemplos de equipamentos de reciclagem a frio in situ. enquanto a penetração das seguintes camadas de ligante é tanto ‘invertida’ como ‘direta’. formando uma nova base que será revestida de nova mistura asfáltica como camada de rolamento. executado por espalhamento sucessivo de ligante betuminoso e agregado. um outro processo de melhoria da condição funcional de um revestimento ainda novo que apresente problema construtivo que é a termorregeneração. ainda. Essas técnicas têm sido freqüentemente utilizadas no país e atualmente já se tem vasta experiência nesse serviço. A Figura 4. Define Larsen (1985): “Tratamento superficial por penetração: revestimento flexível de pequena espessura. seja a frio (EAP) por equipamento especialmente concebido para essa finalidade. 4. Nesse caso pode ser incorporada ao revestimento antigo uma parte da base. obrigatoriamente. com espuma de asfalto.Pode ser realizada em: • usina. de alta resistência ao desgaste. • in situ. a quente ou a frio – o material fresado é levado para a usina. Há numerosas vantagens técnicas em se utilizar a fresagem e a reciclagem nos processos de recuperação de pavimentos degradados.5 TRATAMENTOS SUPERFICIAIS Os chamados tratamentos superficiais consistem em aplicação de ligantes asfálticos e agregados sem mistura prévia. respectivamente. com posterior compactação que promove o recobrimento parcial e a adesão entre agregados e ligantes. • in situ.” As principais funções do tratamento superficial são: • proporcionar uma camada de rolamento de pequena espessura. seja a quente (CAP). Há. Tipos de revestimentos asfálticos 191 . O tratamento simples inicia-se. na pista. O tratamento múltiplo inicia-se em todos os casos pela aplicação do ligante que penetra de baixo para cima na primeira camada de agregado. a quente ou a frio – o material fresado é misturado com ligante no próprio local do corte. que será coberto logo em seguida por uma única camada de agregado. 192 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . Nos tratamentos múltiplos em geral a primeira camada é de agregados de tamanhos maiores e eles vão diminuindo à medida que constituem nova camada. De acordo com o número de camadas sucessivas de ligantes e agregados. A Tabela 4. Devido à sua pequena espessura.22 mostra um exemplo de faixas granulométricas que podem ser empregadas no TSD. • proporcionar um revestimento antiderrapante.22 Exemplos de equipamentos do tipo fresadoras-recicladoras in situ • impermeabilizar o pavimento e proteger a infra-estrutura do pavimento. • TSD – tratamento superficial duplo. segundo norma DNER-ES 309/97.(a) Reciclagem in situ com espuma de asfalto (b) Reciclagem in situ com emulsão rejuvenescedora ARE Figura 4. podem ser: • TSS – tratamento superficial simples. • TST – tratamento superficial triplo. o tratamento superficial não aumenta substancialmente a resistência estrutural do pavimento e não corrige irregularidades (longitudinais ou transversais) da pista caso seja aplicado em superfície com esses defeitos. A Figura 4. • proporcionar um revestimento de alta flexibilidade que possa acompanhar deformações relativamente grandes da infra-estrutura.23 mostra esquematicamente esses três tipos de revestimentos. 7 9. por espalhamento de liTipos de revestimentos asfálticos 193 . aproximadamente.0% ±5.1 12.22 ExEMPlO DE FAIxAS gRANUlOMéTRICAS PARA TRATAMENTO SUPERFICIAl DUPlO DNER-ES 309/97 Peneiras ABNT 1” ¾” ½” 3/8” Nº 4 Nº 10 Nº 200 mm 25.Fases de execução – TSS (Penetração invertida) 2ª – agregado 1ª – ligante 3ª – compactação Fases de execução – TSD (Penetração invertida) 4ª – agregado 3ª – ligante 2ª – agregado 1ª – ligante 5ª – após compactação Figura 4. que se caracterizam pelo espalhamento de materiais separadamente e o envolvimento do agregado pela penetração do ligante (sempre com pequenas espessuras): • capa selante por penetração: selagem de um revestimento betuminoso por espalhamento de ligante betuminoso. Freqüentemente usada como última camada em tratamento superficial múltiplo.0% São ainda incluídos na família dos tratamentos superficiais.8 2. com ou sem cobertura de agregado miúdo.0% ±7.4 19.075 Faixas Porcentagem em massa.0% ±5.0% ±7.0% ±2. usa-se também o termo “pintura de impermeabilização” ou fog seal. Espessura acabada: até 5mm. • tratamento superficial primário por penetração: tratamento para controle de poeira (antipó) de estradas de terra ou de revestimento primário. passando A B 1ª camada 1ª ou 2ª camada 100 – 90–100 – 20–55 100 0–15 85–100 0–5 10–30 – 0–10 0–2 0–2 Tolerância C 2ª camada – – – 100 85–100 10–40 0–2 ±7.5 4. Quando não usada cobertura de agregado miúdo.23 Esquema de tratamentos superficiais (sem escala) (Fonte: Nascimento.0 0. 2004) TABElA 4.0% ±7. • lama asfáltica: capa selante por argamassa pré-misturada. Espessura acabada maior que 20mm. Nesse tipo de tratamento. os tratamentos superficiais múltiplos em diretos e invertidos: • denomina-se por penetração invertida o tratamento iniciado pela aplicação do ligante. • macadame betuminoso por penetração (direta): aplicações sucessivas (geralmente duas) de agregado e ligante betuminoso. nesse tipo de tratamento. executados com emulsão de baixa viscosidade. complementada pela coesão conferida pelo ligante. Essa ancoragem é necessária para compensar a falta de ligante por baixo do agregado. a primeira camada de agregado. A maior parte da estabilidade do tratamento superficial por penetração simples devese à adesão conferida pelo ligante entre o agregado e o substrato. por espalhamento. também. deve ser levado em conta.gante betuminoso de baixa viscosidade. Espessura acabada de 2 a 5mm. Desaconselha-se o uso de emulsão de baixa viscosidade em tratamento superficial por penetração (somente em capa selante). O ligante deve penetrar. Discriminam-se. Recomenda-se ainda iniciar o tratamento superficial convencional por uma aplicação de ligante quando não há um agulhamento significativo da primeira camada de agregado. de 2 a 5mm na superfície tratada. como é o caso do tratamento superficial clássico no caso de ligantes a quente. uma vez que o atrito entre as partículas e a própria inércia de cada pedra contribuem significativamente para a estabilidade da camada. nesse caso um outro tipo de revestimento. como pré-misturado. com ou sem cobertura de agregado miúdo. em espessuras maiores que 50mm. era prevista uma penetração (agulhamento) significativa do agregado no substrato já durante a compactação. onde é necessário iniciar-se por um espalhamento de agregado para evitar o escorrimento do ligante. a estabilidade é principalmente obtida pelo travamento e atrito entre as pedras. deve ser considerada. Já no macadame betuminoso. O tratamento superficial simples sempre é totalmente de penetração invertida. sem prévio banho de ligante. há uma transição no que diz respeito à estabilidade. Inicia-se pela aplicação do agregado mais graúdo. no mínimo. freqüentemente. • o termo penetração direta foi introduzido para melhor identificar os tratamentos superficiais. Portanto. Entretanto. A partir de um tamanho de agregado da ordem de 25mm pode-se iniciar o tratamento por espalhamento de agregado (mesmo sem agulhamento). mais duvidosas serão as vantagens econômicas do processo. principalmente em acostamentos. Do tratamento superficial por penetração simples até o tratamento múltiplo. É mais usado como base ou binder. quanto mais aplicações se adotam no tratamento superficial. sendo secundária a contribuição dada pelo entrosamento das partículas. A construção de um tratamento superficial simples consiste das seguintes etapas (ver em maiores detalhes no Capítulo 8): 194 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . como um complemento à base. como o nome indica. Podem ser empregados cimentos asfálticos ou emulsões asfálticas nesse tipo de construção. com cobertura de agregado miúdo (DER-BA 023/00). e é obtido por penetração direta: espalha-se primeiro o agregado e depois o ligante betuminoso. aplica-se um banho de ligante com carro-tanque provido de barra espargidora. Abeda (2001) define que o tratamento antipó consiste no espalhamento de emulsão asfáltica catiônica. O macadame betuminoso tem sido pouco empregado nos últimos anos. é iniciada a compressão do mesmo sobre o ligante. com posterior aplicação de agregado mineral. Rodovia Petrolina–Casa Nova. Em 1959. com ou sem cobertura de agregado miúdo. 1986). com finalidade de utilização em pavimentos de baixo volume de tráfego. curada e isenta de material solto. melhorando a eficiência e regularidade na aplicação dos tratamentos superficiais. A técnica de tratamento antipó ou contrapó já foi bastante empregada na Bahia (Costa. não é recente. A capa selante. O tratamento superficial primário – TAP (antipó) de estradas de terra ou de revestimento primário é uma alternativa de baixo custo para locais de baixíssimo volume de tráfego e é obtida por espalhamento de ligante de baixa viscosidade. atualmente sendo usados também ligantes modificados por polímero ou por borracha de pneus. compactação: após o espalhamento do agregado. 1978).24 mostra alguns exemplos dessas etapas construtivas pelo processo mais tradicional onde são empregados equipamentos independentes para a aplicação de ligante asfáltico e distribuição de agregados. com a finalidade de evitar a propagação do pó. 2. Freqüentemente usada como última camada em tratamento superficial múltiplo. A tentativa de associar um ligante asfáltico a um revestimento primário.25 são mostrados exemplos de etapas construtivas com a nova geração de equipamentos especialmente preparados com silos de agregado e de ligante combinados em um único veículo. 3. enquanto na Figura 4. Iniciase pela aplicação do agregado mais graúdo (DNER-ES 311/97). utilizando uma emulsão RM-1C sobre 150mm de espessura de material granular (Santana. Uma contagem de tráfego efetuada naquela época registrou um volume diário de 210 veículos. o DER do estado (DER-BA) realizou sua primeira experiência. A Figura 4. na qual aproveitou-se o revestimento primário existente e aplicou-se uma imprimação de asfalto diluído CR-250. Em 1969. o DER-BA construiu um trecho de 80km na BR-235. de preferência com caminhões basculantes dotados de dispositivos distribuidores. sobre uma superfície não-pavimentada. Em 1968. aplicação do ligante asfáltico: sobre a base imprimada.1. espalhamento do agregado: após a aplicação do ligante. na BR-135/MA. Foram construídos 43km da rodovia BA-046. O agregado utilizado sobre o CR-250 foi uma areia lavada de rio. efetua-se o espalhamento do agregado. sendo 67% de carTipos de revestimentos asfálticos 195 . foi construído o primeiro trecho da técnica de antipó (Santana. 1978). permite a selagem de um revestimento betuminoso por espalhamento de ligante betuminoso. com rolo liso ou pneumático. 24 Etapas construtivas de um tratamento superficial simples pelo sistema convencional ros de passeio. Segundo o referido órgão.000km de tratamento antipó utilizando ligantes asfálticos na forma de emulsões convencionais e asfaltos diluídos. o DER-BA construiu numerosos trechos com diferentes características quanto ao volume de tráfego e quanto ao índice de pluviosidade da região.Sentido de aplicação (a) Aplicação de ligante (b) Distribuição de agregados Sentido de distribuição (c) Correção de imperfeições (d) Compressão dos agregados (e) Aspecto superficial (f) vista geral Figura 4. 196 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . gerando as normas DER-BA-1985 e DER-BA ES-P-23/00. Devido ao grande sucesso obtido. o estado já construiu cerca de 5. por exemplo. (2004) procuraram ensaios para avaliar o comportamento do tratamento quando submetido ao desgaste do tráfego. caso freqüente em ruas e estradas municipais vicinais. por adição de óleo de xisto (emulsão antipó) ou outros aditivos. com algumas modificações. Para o LWT foram confeccionados moldes de 50. é possível se conseguir melhores resultados mesmo com essa técnica muito simples. As conTipos de revestimentos asfálticos 197 .8mm de largura e 381. 2003) À medida que evoluem as emulsões asfálticas. aliado à escolha adequada do material de base.25 Exemplos de equipamentos e etapas construtivas de um tratamento superficial simples pelo sistema do equipamento especial com silos de agregado e ligante no mesmo veículo (Fotos: Santos. convencionalmente utilizados na dosagem de microrrevestimento. 50.0mm de comprimento. Duque Neto et al. Para o ensaio WTAT foram confeccionados moldes de 300mm de diâmetro e 50. quando o volume de tráfego é pequeno e de baixo peso.0mm de altura. Os ensaios escolhidos para esse teste foram metodologias associadas à dosagem de microrrevestimento asfáltico. tiveram seus moldes para confecção do corpo-de-prova alterados.0mm de altura. Os ensaios de desgaste LWT e WTAT. visto a necessidade de criação de uma camada de solo que pudesse ser comparada à superfície da base do pavimento que recebe o tratamento antipó. Com o intuito de verificar a durabilidade da técnica antipó e de melhorar o nível de sucesso na sua dosagem.(a) Equipamento espargidor e distribuidor de agregados combinados (b) Detalhe de aplicação (c) Compressão dos agregados Figura 4. 2005).dições de carregamento. o sucesso da técnica estará garantido. velocidades do equipamento e tipo de superfície de contato foram mantidas conforme os ensaios padronizados pela ABNT NBR 14746 e ABNT NBR 14841. é necessária a realização do ensaio de desgaste nessa camada. areia etc. Os métodos de ensaios modificados permitem verificar a durabilidade da base imprimada quando ela está sujeita à ação do tráfego.). se a base imprimada possuir uma boa interação com a emulsão proporcionando boa resistência ao desgaste. Portanto.26 Ensaio de desgaste lWT modificado para antipó (Duque Neto et al. Considera-se que.. O mesmo se pode aplicar ao projeto de tratamento superficial simples (Thuler.27 mostram alguns aspectos desses testes modificados e a Figura 4. 2004) 198 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . As Figuras 4. O pó utilizado no salgamento da técnica do tratamento antipó possui a finalidade de proteger a camada imprimada e estará submetido à ação do tráfego. (a) Prensa para compactação do corpo-de-prova (b) Espalhamento da emulsão no corpo-de-prova sobre solo compactado (c) Ensaio em andamento (d) Resultado do ensaio Figura 4. visto que a impermeabilização da base estará satisfeita.26 e 4.28 apresenta fotos de aplicação de tratamento antipó em campo. e o seu sucesso depende da qualidade da emulsão aplicada no segundo banho e do material granular utilizado (pó de pedra. 27 Ensaio de desgaste WTAT modificado para antipó (Duque Neto et al.(a) Equipamento WTAT (b) Amostras compactadas (c) Emulsão antipó e RM-1C em diferentes amostras (d) Amostras extraídas do WTAT Figura 4.. 2003) Tipos de revestimentos asfálticos 199 . 2004) Figura 4.28 Exemplos de aplicação em campo de tratamento antipó com emulsão à base de óleo de xisto (Castro. BROSSEAUD. NBR 14757: microrrevestimentos e lamas asfálticas: determinação da adesividade de misturas. São Paulo. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. . 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Design and construction SMA mixtures: state of the practice. 15 Equipamentos de LWT e WTAT usados na dosagem de microrrevestimento e lama asfáltica Figura 4..11 Exemplo do aspecto de uma camada de SMA executada em pista Figura 4.28 Exemplos de aplicação em campo de tratamento antipó com emulsão à base de óleo de xisto (Castro.21 Exemplo de fresadora e de serviço de fresagem em uma rodovia Figura 4.19 Exemplo de aplicação de microrrevestimento asfáltico Figura 4.25 Exemplos de equipamentos e etapas construtivas de um tratamento superficial simples pelo sistema do equipamento especial com silos de agregado e ligante no mesmo veículo Figura 4..26 Ensaio de desgaste LWT modificado para antipó (Duque Neto et al.8 Exemplos de rodovias com camada porosa de atrito sob chuva Figura 4.13 Aspecto da superfície do revestimento construído com a mistura indicada na Figura 4. 2005) Figura 4.5 Exemplos de corpos-de-prova de misturas asfálticas a quente Figura 4.7 Exemplo da representação da granulometria segundo a especificação Superpave para um tamanho nominal máximo de 19mm Figura 4.Índice de figuras e tabelas 4 tipos de revestimentos asfálticos Figura 4. 2003) 157 160 160 160 161 161 163 166 166 169 169 174 174 186 187 187 188 189 189 190 190 192 193 196 197 198 199 199 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros .23 Esquema de tratamentos superficiais Figura 4. 2004) Figura 4.12 Características da faixa granulométrica gap-graded e a curva usada no experimento da Rodovia Rio–Teresópolis (Fritzen.4 Exemplos de curvas granulométricas de diferentes misturas asfálticas a quente Figura 4.27 Ensaio de desgaste WTAT modificado para antipó (Duque Neto et al.2 Exemplos de composições granulométricas dos tipos de misturas a quente Figura 4.20 Exemplo de um rolo de corte de uma fresadora Figura 4.22 Exemplos de equipamentos do tipo fresadoras-recicladoras in situ Figura 4. 2004) Figura 4.1 Exemplos de estrutura de pavimento novo com revestimento asfáltico Figura 4.17 Etapas do ensaio Schulze-Breuer e Ruck de dosagem de microrrevestimento asfáltico Figura 4.24 Etapas construtivas de um tratamento superficial simples pelo sistema convencional Figura 4.16 Etapas do ensaio de coesão de dosagem de microrrevestimento asfáltico Figura 4.6 Corpo-de-prova extraído de pista mostrando a composição do revestimento asfáltico Figura 4.12 (Fritzen.14 Exemplo de aplicação de lama asfáltica em um trecho de via urbana Figura 4.3 Exemplo de várias frações de agregados e fíler que compõem um concreto asfáltico – mistura densa ou bem-graduada e contínua Figura 4.10 Composições granulométricas comparativas entre um SMA e um CA Figura 4.9 Aspectos da CPA no Aeroporto Santos Dumont – RJ Figura 4.18 Exemplos de aplicação de microrrevestimento asfáltico em rodovia de tráfego pesado como restauração funcional Figura 4. 2005) Figura 4. 4 Faixas granulométricas e requisitos de dosagem da camada porosa de atrito (DNER-ES 386/99) Tabela 4.19 Desempenho mecânico exigido para misturas de módulo elevado BBME (NF P 98-141) Tabela 4.17 Características das misturas asfálticas para camada intermediária ou de ligação (Brosseaud.21 Faixas granulométricas e características de mistura recomendadas pelo DNIT para lama asfáltica (DNER-ES 314/97) Tabela 4. 2002b) Tabela 4.7 Características e propriedades da mistura SMA segundo AASHTO MP 8-02 Tabela 4.8 Exemplo de uma faixa gap-graded com asfalto-borracha usada em projetos no país Tabela 4.20 Faixas granulométricas e características de dosagem recomendadas pelo DNIT para pré-misturados a frio (DNER-ES 317/97) Tabela 4. 2001) Tabela 4.6 Faixas granulométricas norte-americanas segundo AASHTO MP 8-02 Tabela 4.22 Exemplo de faixas granulométricas para tratamento superficial duplo DNER-ES 309/97 163 164 164 167 170 171 171 173 173 173 175 175 177 180 181 181 181 182 182 184 186 193 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros .3 Requisitos volumétricos da dosagem Superpave (AASHTO M 323/04) Tabela 4.12 Faixas granulométricas e características de dosagem recomendadas pelo DNIT para AAUQ com asfalto polímero (DNER-ES 387/99) Tabela 4.2 Pontos de controle de acordo com o tamanho nominal máximo do agregado (Superpave) Tabela 4.14 Revestimentos asfálticos normalizados pela AFNOR (SETRA e LCPC. 1994) Tabela 4.1 Faixas granulométricas e requisitos para concreto asfáltico (DNIT 031/2004-ES) Tabela 4.Índice de figuras e tabelas Tabela 4.15 Características das misturas asfálticas delgadas (≤ 50mm) para camada de rolamento (Brosseaud.9 Exemplo de características de uma mistura gap-graded com asfalto-borracha usada no país Tabela 4. 2002b) Tabela 4.5 Faixas granulométricas e requisitos de SMA pela especificação alemã (ZTV Asphalt – StB 94.18 Desempenho mecânico exigido para misturas de módulo elevado EME (NF P 98-140) Tabela 4. 1999) Tabela 4.13 Características de ligantes duros produzidos na França para emprego em misturas de módulo elevado (EME) (AIPCR.16 Características das misturas asfálticas espessas (> 50mm) para camada de rolamento (Brosseaud.11 Faixas granulométricas e características de dosagem recomendadas pelo DNIT para AAUQ com CAP (DNIT 032/2004 – ES) Tabela 4. 2002b) Tabela 4.10 Características de asfalto-borracha utilizado em projetos de gap-graded Tabela 4. 125. 41. 403. 53 estabilidade à estocagem. 116. 132. bacia de deformação”. 67. 355. 377. 83. 42 ponto de amolecimento. 358. 118. 176. 119. 70 reômetro de cisalhamento dinâmico. 353. 441 de aderência em pistas molhadas. 73. 117 análise por peneiramento. 417. 177. 328 areia-cal-cinza volante. 30. 149. 354. 132. 287. 337. 120. 403. 41. 176 BBM. 120. 122. 187. 424. 443 afundamentos. 75. 417. 59. 179. 352. 167. 216. 472 asfalto natural. 264. 32. 41 coesividade Vialit. 416. 280 adesividade. 30. 134. 99. 48 ponto de fulgor. 441 asfalto modificado por polímeros. 464 abrasão. 115. 353. 443. 261 ângulo de fase. 452 basalto. 303 areia. 423 borracha (ver asfalto-borracha). 430 areia-asfalto. 435 aderência. 96. 152 miúdo. 94. 143 base (camada de pavimento). 273. 72 suscetibilidade térmica. 99 especificação européia. 119. 174. 442. 53 durabilidade. 360. 473 agregado.ÍNDICE REMISSIVO DE tERMOS A AASHTO. 182 betume (ver asfalto). 441. 124 graúdo. 142. 124. 463 funcional. 72 densidade relativa. 119 britado. 409 B “bacia de deflexão. 32. 352. 116. 100 asfalto-borracha. 172. 100. 25. 354. 351. 406. 174. 463 objetiva. 176. 68. 327. 142. 174. 58. 328. 49 espuma. BBUM. 32. 38. 357 bombeamento de finos. 290. 341. 119. 387 amostragem de agregados. 148. 25. 141. 190. 27. 106 retorno elástico. 121. 414. 271. 69. 92. 27 especificação brasileira. 139. 269. 404. 97. 194. 260. 130 análise granulométrica. 104 reômetro de fluência em viga (BBR). 99. 85. 64. 363. 9. 207 artificial. 72 fragilidade e tenacidade. 143. 180. 445 agentes rejuvenescedores. 429 estrutural. 150. 103 produção. 34. 153. 142. BBME. 181. 253. 302. 81. 430. 395 abrasão Los Angeles. 151. 142. 119. 119 aromáticos. 97. 322. 275. 150. 26 composição química. 445. 116. 55 solubilidade. 116. 165. 151 natural. 188. 119. 403. 441. 26 amostragem. 151. 108 viscosidade. 419. 187. 143. 273. 102. 73 massa específica. 59. 62 especificação SHRP. 27. 324. 240. 162. 26. 150. 483 adesão. 176 asfalto. 25. 65. 164. 273. 53 penetração. 150. 179. 322. 49 tração direta (DTT). 104. 118. 416. 306. 357 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . 52 ponto de ruptura Fraass. 165. 356. 357 absorção. 39 programa SHRP. 51. 341. 70 separação de fases. 61. 54 recuperação elástica. 49 bica corrida. 43 avaliação. 34. 404. 37. 139 angularidade de agregado. 95. 356 argila. 162. 33. 133. 377 asfaltos diluídos. 122. 340. 429. 96 asfalto-espuma. 63. BBTM. 64 asfaltenos. 58. 62. 140. 363 argila calcinada. 41. 134 argila expandida. 362 alcatrão. 30. 183. 132 análise petrográfica. 9. 256. 130. 108 vaso de envelhecimento sob pressão (PAV). 152. 49 dutilidade. 120. 116 propriedades (ver propriedades dos agregados) reciclado. 261. 27. 116. 424 subjetiva. 339 base asfáltica. 346. 63. 100 propriedades físicas-ensaios. 75 brita graduada simples. 153. 421 afundamento de trilha de roda. 104. 338. 181. 473 caminhão espargidor. 144 específica Rice. 34. 232 compatibilidade. 43. 397. 317. 443. 162. 352 “de dissipação de trincas (de absorção de trincas. 339 de rolamento (ver revestimento asfáltico). 275. 47 buraco (panela). 259. 49. 318. 304. 351. 187. 271 compressão. 9. 432 coesão (coesividade). 415. 338. 52 ensaio azul-de-metileno. 320. antireflexão de trincas)”. 463. 108. 301. 84. 45 CAP (cimento asfáltico de petróleo) (ver asfalto) capa selante. 399 curva de Fuller. 313. 162. 328 . 162 cone de penetração dinâmico (DCP). 473 de revestimento intermediárias. 318. 84. 321. 403. 415. 92. 356. 134. 362 britador. 415. 434. 52. 180. 81. 317 concreto asfáltico. 101. 178 concreto asfáltico denso. 390 densímetro eletromagnético. 337. 442. 346. 380 compactação. 161. 49 dureza. 320. 49. 472 porosa de atrito (ver revestimento drenante). 85 emulsão asfáltica. 472 intermediárias de alívio de tensões. 445. 448. 289. 419. 84 endurecimento. 416 deflexão. 209 relativa. 468 superficiais de revestimentos delgados. 345. 311. 352.brita graduada tratada com cimento. 217. 81. 454. 167. 413. stripping). 177. 266. 67. 123. 135. 165. 176. 53. 299. 421. 469 de módulo elevado. 416. 468. 100 classificação de defeitos. 134 E elastômeros. 259 drenagem superficial. 277 dosagem ASTM. 264. 364. 178. 423 deslocamento. 298. 229. 341 classificação de textura. 401. 82. 72. 446. 159. 425 C camada(s) “de base. 321. 457 desgaste. 352. 416. 109 durabilidade. 321 cura. 407 DSC. 179. 330. 104. 176. 422. 41. 139 densidade (ver massa específica) específica. 161. 183. 157. 390 desagregação (ver desgaste. 9. 432. 256 dosagem Marshall. 308. 227 dosagem Superpave. 133. 415. 217. 33. 51. 195. 233. 205. 209 máxima teórica. 422 descolamento. 178 dureza dos agregados. 127 britagem. 176 de reforço do subleito. 443. 363. 430. 44. 302. 44. 443. 271. 105 DTT. 159. 269. 206. 137. 256. 108 endurecimento do ligante asfáltico. 254. 129. 421 desempenho. 464 deformação. 342. 194. 350. de sub-base”. 129. 470 compressão uniaxial não-confinada (creep). 267 Cântabro. 187. 345. 162. 158. 124. 311. 83. descolamento. 82. 145. 119 distribuidor de agregados. 49. 162. 127. 328. 415 classificação de solos. 124 Brookfield. 60. 142 classificação de asfaltos. 327. 124. 235 dosagem de misturas asfálticas recicladas a quente. 134. 468. 210 máxima medida. 319. 346. 162. 45 Cannon-Manning. 297. 315. 266. 446 diorito. 421. 81. 105. 352 coletores de pó (filtros de manga). 274. 300. 389 Índice remissivo de termos compactador giratório (Superpave). 379. 179. 187. 162. 72. 229 curvas granulométricas (ver granulometria). 395 cimento asfáltico de petróleo (ver asfalto) classificação de agregados. 393 dosagem. 253. 302. 253. 393. 383. 352 concreto asfáltico delgado. 261 D DCP (dynamic cone penetrometer cone de penetração dinâmico). 415. 340. 106. 322. 441. 58 DSR. 96. 165. 427 creep. 373. 316. 443 degradação. 253. 279 bandeja. 182 emulsão aniônica. 10. 118. 116. 161. 420. 183. 165. 468 concreto asfáltico de módulo elevado. 147 densímetro com fonte radioativa. 414. 165. 176. 229. 384 corrugação. 416. 62. 289. 445. 43. 119. 63 EME. 34. 348. 227. 179. 66. 258. 416. 443 deformação permanente (ver afundamento em trilha de roda). 224. 444 defeitos de superfície. 217. 396 Cannon-Fenske. 425. 165. 444 contrafluxo. 193. 230. 317. 217. 134. 197. 421. 291. 253. 93 emulsão catiônica. 311. 96. 468 fundação. 312. 87 separação de fases. 122. 140 índice de degradação após compactação Proctor. 57 granito. 118. 50 tenacidade. 273 sedimentação. 427. 408. 172. 159 graduação com intervalo. 272. 30. 408. 431. 117. 316. 131. 291. 85 especificações para cimento asfáltico de petróleo. 222. 33. 254 fragilidade. 73 fresadoras. 180 gel. 72. 50. 67. 470 gerência. 37. 424. 108. 89. 288 estocagem. 389 grau de desempenho. 132. 72. 172 graduação densa. 271. 445. 80. 16 Hveem. 140 efeito do calor e do ar. 134. 53 ponto de ruptura Fraass. 78. 403. 429. 68 expressão de Duriez. 123. 55 recuperação elástica por torção. 90 sanidade. 179. 56 índice de suporte Califórnia. 119 escorregamento. 84 especificação brasileira de emulsões asfálticas modificadas por polímero. 72. 409. 41 IRI. 303 mancha de areia. 50. 413 irregularidade. 122. 222. 66. 376. 424. 407. 472 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . 95 especificação de emulsões asfálticas para lama asfáltica. 109 tração indireta. 79 resíduo por destilação. 434 IGG. 362 graduação. 48 ponto de fulgor. 119 fendas. 52. 308 Treton. 73. 384 estufa de filme fino rotativo. 190. 428. 169. 191. 52. 99. 337 FWD. 469. 407 índice de penetração. 451. 415. 53. 33. 429 IGI. 428 índice de irregularidade internacional. 143. 172 fórmula de Vogt. 144 Schulze-Breuer and Ruck. 128. 183. 132. 379. 45. 448. 176. 413 irregularidade longitudinal. 49 equivalente de areia. 419. 205. 252 fíler. 264 índice de gravidade global. 404. 119 fibras. 67. 420 gráfico de Heukelom. 118. 159 graduação do agregado. 412. 414 índice de atrito internacional. 139. 133. 70. 346 F fadiga. 288. 452 I IBP. 90. 56. 255 exsudação. 50. 31 geogrelhas. 122. 471 geossintéticos. 434 índice de degradação após compactação Marshall. 117. 450. 49. 51 estufa de película fina plana. 420 especificação brasileira de asfalto diluído. 159. 92 10% de finos. 88 penetração. 74. 188. 383 forma dos agregados. 106. 60 espuma de asfalto. 159 graduação uniforme. 430. 323 graduação aberta. 137 índice de degradação Washington. 229. 380 fluência. 119 grau de compactação. 28. 94. 72. 355 escória de alto-forno. 416. 50. 266 ponto de amolecimento. 76. 313. 127. 188. 432 pêndulo britânico. 441 gnaisse. 448 imprimação. 407. 92. 123 J juntas. 86 desemulsibilidade. 415. 54. 137. 206. 51 EVA. 138 viscosidade. 73 solubilidade. 117. 410 G gabro. 427. 223. 430. 413. 136 índice de forma. 46. 25. 91 envelhecimento. 97. 38. 445 feldspato. 43. 37 hidroplanagem. 415. 427. 36. 410. 120. 119. 67. 469 geotêxteis. 172. 474 estabilidade. 75 tração direta. 27. 315. 119 GB. 291. 428 impacto. 431 peneiração. 101. 139. 192. 216 H hidrocarbonetos. 11. 132. 30. 108 escória de aciaria. 291 IFI. 405. 469. 407. 259 grumos. 42 placa. 428 índice de gravidade individual. 53 estabilidade à estocagem. 160 filtro de mangas. 97 especificação brasileira de emulsões asfálticas catiônicas. 142. 159 graduação descontínua. 141. 72 flexão. 51. 342 índice de susceptibilidade térmica. 49. 161. 91 resíduo por evaporação. 89 determinação do pH. 192 fresagem. 117. 88.carga de partícula. 189. 411. 264. 67. 153 espuma. 55. 118. 318 fluxo paralelo. 121. 433 histórico. 213. 141. 126. 30. 191 reciclagem in situ. 122 penetração. 441. 132. 145 materiais asfálticos. 59. 41. 431 Índice remissivo de termos O ondulações transversais. 389. 300. 397 laterita. 447. 138 perda por umidade induzida. 433 maltenos. 9. 191. 416. 373 misturas asfálticas drenantes. 33. 415 pavimentos rígidos. 88. 471. 36. 349 módulo de rigidez. 59 macrotextura. 166. 120. 132 quartzito. 10. 472 processo estocável.L lama asfáltica. 92 pintura de ligação. 184. dimensões. 119 quociente de irregularidade. 165. 116 pedreira. 103. 237. 443 penetrômetro de cone dinâmico. 178 recapeamento. 343. 427 parafinas. 306 multidistribuidor. 76 processo seco. 296. 362 ligantes asfálticos modificados com polímeros. 360. 118. 275 mistura asfáltica. 352. 449. 352. 168 Mecânica dos Pavimentos. 183 petróleo. 78. 353. 43. 146. 101. 48 pré-misturado. 412. 71. 100 ponto de amolecimento anel e bola. 441. 352 materiais estabilizados granulometricamente. 197. 338 pavimentos flexíveis. 26. 408. 102. 96 PG. 119. 217. 179 módulo complexo. 119. 85. 397 microtextura. 301. 446. 153 PAV. 468. 386 Lottman. 259 reômetro de cisalhamento dinâmico. 291. 277. 269. 227. 453. 468. 70. 424. 270. 33. 104 . 441 manutenção preventiva. 328 perfilômetro. 228 metodologia MCT. 432. 117. 269. 422 reologia. 422. 441 pavimentos de concreto de cimento Portland. 137. 352. 165 perda ao choque. 198. 120. 68 PMF. 413 R raio de curvatura. 121. 342. 144. 357 macadame seco. 271. 22. 190. 150. 118. 473 limpeza. 472 reciclado. 9. 185. 403 pavimentos asfálticos. 50 plastômeros. 157. 68 manutenção. 261. 406. 474 reciclagem em usina. 339. 366. 469. 211. 79. 152. 194. 367. 259. 10. 119. 188. 37. 412. 359. 191. 148. 116. 209 massa específica efetiva. 430. 433 ponto de amolecimento. 10. 194. 358 macromoléculas. 184. 185. 352 macadame hidráulico. 211 massa específica máxima medida. 35. 27. 470. 357. 352. 407. 205. 430 método Marshall. 143 LWT. 407. 69. 53. 55. 39 reforço. 368. 76 produção de asfalto. 306 módulo de resiliência. 186. 413 quarteamento. 30. 337. 415 osmometria por pressão de vapor. 473. 55. 406. 65. 42. 414. 185. 27. 25. 86. 365. 345 percolação. 10. 269. 53. 346. 48. 390. 33. 361 microrrevestimento. 303. 205. 106 módulo dinâmico. 80. 34. 35. 274 polimento. 420. 255 pó. 115. 187. 125 peneiras. 209. 395 M macadame betuminoso. 468 rejeitos. 355. 37. 69. 453 megatextura. 38. 132. 380 pó de pedra. 76. 149. 474 reconstrução. 56. 54. 430. 58 partículas alongadas e achatadas. 337. 129 P panela. 108 pavimentação. 117. 146. 167. 300. 207. 126 peneiramento. 214 massa específica máxima teórica. 305. 37. 454 RASF. 63. 352 remendo. 120. 33. 104. 36. 159. 294. 337. 76. 192. 187. 365. 58. 353. 25. 422 Q QI. 103. 122. 145. 441. 415. 413. 337 pedregulhos. 10. 131. 198. 393. 20. 253. 186. 421. 28 oxidação. 119 quartzo. 99. 78. 195. 9. 385. 38 propriedades físicas. 10. 183. 124. 348. 441 recuperação elástica. 355 reciclagem. 159. 345. 65. 443 massa específica aparente. 409 permeabilidade. 358 material de enchimento. 358 matriz pétrea asfáltica. 274. 406. 441 massa específica. 304. 416. 80 processo úmido. 297. 195. 209 massa específica real. 338. 339. 373. 472 refino do petróleo. 208. 260 pH. 418. 120. 9. 12. 72 rochas ígneas. 172. 395 tratamentos superficiais. 165. 393. 28. 354. 437 ruptura da emulsão. 379. 473 revestimentos delgados. 417. 473 U usina asfáltica por batelada. 380. 65 tipos de rochas. 472 SARA. 36. 317 simuladores de tráfego. 423 segurança. 392. 143. 467 serventia. 67. 91. 18. 120. 409. 342. 172. 14. 352. 387 t tamanho máximo. 176. 378. 117. 165 revestimentos asfálticos. 358. 196. 469 trincamento por fadiga. 352. 134 SMA. 251. 120. 90. 406. 445. 435 TFOT. 179 resistência à tração estática. 41. 72 restauração. 435. 463. 206. 382 simuladores de laboratório. 67. 456. 457 revestimento asfáltico drenante. 50. 388 vibroacabadora de pneus. 97. 352 Superpave. 342. 263. 351. 467. 168. 469. 463. 192. 315 ressonância nuclear magnética. 259 suscetibilidade térmica. 354. 382 usina contínua. 20. 234 teor de parafinas. 391. 131. 263. 67. 465. 364 sub-base. 229. 226. 166. 92. 178. 34. 442. 400 tratamento superficial triplo. 250. 103. 133. 393 rolos compactadores estáticos. 391 rolos de pneus. 374. 162. 92 RV. 66. 133. 165. 359 solo-cal. 251 resistência ao atrito. 103 S SAMI. 361. 29 saturados. 94 SBS. 379 secador de fluxo paralelo. 308 resistência à tração retida. 134. 230. 169. 381. 359 solo-brita descontínuo. 224. 49. 466. 384 tratamento superficial duplo. 55. 403. 118 transporte. 390. 359 solo-areia. 390. 103. 249. 10. 429. 452. 378 silos quentes. 176. 194. 27. 377. 100. 363. 364 solo-cimento. 188. 383 usina de asfalto. 317. 119 termoplásticos. 157. 192. 67. 377. 65. 185. 468 resíduo. 178. 264. 28. 119. 441 SHRP. 384 V valor de resistência à derrapagem. 102. 193. 251. 165. 252 sol. 348 trincamento. 383 secador de contrafluxo. 179 resistência à fadiga. 391. 192. 153. 51 tipos de ligantes asfálticos. 395 tratamento superficial primário. 32 Saybolt-Furol. 58 teor de sílica. 108 ruído. 337. 404. 351. 68. 466 segregação. 66. 393 rolo compactador. 379. 116 rochas sedimentares. 379. 464. 32. 406. 30. 120. 63. 236. 354. 392. 386. 36 resinas. 454. 354. 425. 393 triaxial com carregamento repetido. 28. 95 Schellenberg. 230. 33. 75. 100. 62. 172. 50. 30. 436. 252 secador. 150. 120. 311. 31 solo arenoso fino laterítico. 69. 150. 106 reperfilagem. 327. 339. 116 rolagem. 11. 70. 193. 164. 473 RNM. 383 segmentos homogêneos. 413. 453. 431 resistência à abrasão. 41 tipos de modificadores. 172. 405. 472. 459 sintético. 28. 431 valor de serventia atual. 150. 164 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . 230 silos frios. 150. 360 solo-agregado. 68. 269 resistência à deformação permanente. 123. 430. 381. 103. 249. 466. 205. 356. 263. 153 teor de asfalto. 161. 458. 356. 30 resistência. 116. 180. 123. 350. 118 rochas metamórficas. 390 rolos compactadores vibratórios. 52. 64 textura superficial. 91. 51. 356. 315 trincas. 415. 179. 108 vibroacabadora de esteiras. 233. 406. 87. 302. 468 retorno elástico. 407. 355 resíduo de vácuo. 40. 62. 46. 381. 194. 179. 467. 373. 321. 455. 390 RTFOT. 34. 407. 308.reômetro de fluência em viga. 27. 171. 9. 373. 229. 288. 467. 79 retroanálise. 89. 232. 87. 140 resistência ao trincamento por fadiga. 381 usinas asfálticas. 191. 100. 170. 9. 70. 457. 221. 382 usina gravimétrica. 165. 374. 130. 230 tamanho nominal máximo. 374. 56 teor de argila. 441. 140. 404. 195 tratamento superficial simples. 429 selagem de trincas. 219 SBR. 347. 28. 406 vaso de envelhecimento sob pressão. 374 usina de produção. 231 Índice remissivo de termos . 387 viga Benkelman. 446. 448. 430. 270 WTAT. 45 viscosidade rotacional. 44. 431 W WST. 199. 197. 346. 28 VRD. 445. 45 viscosidade cinemática. 164. 270 Z zona de restrição. 47 viscosímetro capilar. 44. 187. 269.vibroacabadoras. 447. 449 viscosidade absoluta. 44 VPO. 230. V. Bernucci. Fabrício. (2004a). (1998). e Soares.A. 111 (2001) NBR 14746. 111 NBR 14757. J.R.. Quintanilha. e Massaranduba. 281 (2004) NBR 15166. (1997). J. 111 (2004) NBR 15184. 200 AASHTO (1999) AASHTO T209. E. 111 (2005) NBR 9935. 200 NBR 14798. M. (1997). J. L. C. (2004). 110 ABINT (2004). 369 ABNT (1993) NBR 12891. 369 NBR 14376. 111 ABPv (1999). 110 ABNT (2000) NBR 14594.. J-P. Rodrigues Filho. 110 ABNT P-MB 590/1971. J.A. 154 AASHTO (1993).F. 281 Allen. 332 Alvarenga. 281 AASHTO (2000) AASHTO T166. J. 402 ASTM ( 2003b) ASTM E-1960. 200 NBR 14949. 110 P-MB 43/1965.L. 438 AASHTO (1997) AASHTO T305.L. Moura. 110 ABNT P-MB 609/1971. 110 ABNT (1998) NBR 9619. 369 (2004) NBR 15140. 111 NBR 6296. 110 (2000) NBR 6569. (2004). 111 P-MB 326. 200 NBR 14855. J..B.F. 111 NBR 11341. (2003). 332 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . 110 NBR 14756. Fabrício.A. 369 ABNT (1992) NBR 12053. E. 200 NBR 14841. 111 NBR 14948. 154 (2003) NBR NM 53. L.A. 438 Asphalt Institute (1989). (1985). (2001). 281 Aps. 281 Antosczezem Jr.. Bernucci. 110 (2003) NBR 6297. 200 NBR 14758. 110 P-MB 425/1970.M. L. (1994). 110 ABNT (1999) NBR 14393. 281 AASHTO (2001) AASHTO D5821.C. 281 AASHTO (2005) AASHTO MP801. J. 110 (2001) NBR 6300.V. (2001).V. 369 ABNT (1991) NBR 12262.. 110 ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT (2000) NBR 6560. (2004b).B.S. 110 ABNT (2000) NBR 6302.B. 110 ABNT (1998) NBR 6576. J. 281 (2004) NBR 15115. 154 (2005) NBR 15235. Silveira. W. J. Bernucci. 369 ANP (1993).. Fabrício.. 110 P-MB 586/1971.L. 438 Aps. 332 AFNOR (1993) AFNOR-NF-P-98260-1. e Haisler. 461 Alvarez Neto. L. 369 AASHTO (1989) AASHTO T 283/89. M. 110 ABNT (1999) NBR 14249. 332 AIPCR (1999).. L. 369 ABNT (1991) NBR 12265. 110 ABNT (2000) NBR 14491. D. 110 ABNT P-MB 826/1973.. 369 NBR 11806. 111 NBR 11805. 154 (2004) NBR 14896. 110 (2001) NBR 6293. Bernucci.L. 110 P-MB 581/1971. O. 154 ABNT (1991) NBR 12261. 154 AASHTO (1991) AASHTO T85. 110 (2001) NBR 14736. 111 (2004) NBR 5765. M. 200 Albernaz.M. J. D.ÍNDICE REMISSIVO DAS bIblIOgRAfIAS A AASHTO (1986).B.. H. 475 ABNT (1989) NBR 6954. 110 ABNT (1999) NBR 6299. 200 NBR 14950. 281 ABNT (1994) NBR 13121. Fabrício.B. 281 AASHTO (1999) AASHTO T104. 402 APRG (1997). 332 AASHTO PP35. 111 (2003) NBR NM 52. 438 Aps. 369 Alvarez Neto.. 110 ABNT (2002) NBR 14856. M. 332 AFNOR (1991a). 200 (2001) NBR 5847. 281 ABEDA (2001). 200 AASHTO (2003) AASHTO T312. 154 Asphalt Institute (1995). 281 AASHTO (2003) AASHTO T319. Nogami.S. 111 (2004) NBR 15087. S. 24 AFNOR (1991) AFNOR-NF-P-98253-1. 438 Adam.M. 461 Aldigueri.C. 111 (2005) NBR 6568. 110 (2000) NBR 6567.A. 461 Amaral.L. 438 ASTM (1982) ASTM D4123. 154 Asphalt Institute (1998).C. 110 (2000) NBR 6570. Y. (1998). Kim (2002). e Cincerre. 24 Christensen. S. 201 DER-BA ES P 23/00. M. 369 Bernucci. (2003).T. (1962). 333 DERBA (1985). (1976). Ghuzlan. R. e Leite. 112 ASTM (2004) ASTM D7175.I.A. (2000).E. (2002). 24 Bohong. Bogdanski. 282 Carey Jr. (2000). 369 Balbo. L. 112 ASTM (2002) ASTM D6816. 112 ASTM (2005) ASTM C 125.F. (2000). L. 461 DNER (1985) DNER PRO159/85. 112 Daniel.S.M. A.L. 154 ASTM (2000) ASTM D 4791-99. 154 ASTM (2000) ASTM D2041.. (2003). M. (1960).B. (2006). W.L. 111 ASTM (2001) ASTM D2170. E. 112 ASTM (2001) ASTM E 965-96. 332 ASTM (2003a) ASTM E 303-93 S. (2001). (1998). e Irick. 200 Brosseaud. 282 ASTM (2000) ASTM D244. R. 111 ASTM (2001) ASTM D6648. 438 Carneiro.M. 112 DNC 733/1997 (1997). 112 b Balbo. 112 ASTM (2001) ASTM D5581. 201 Buchanan.R. I.S. W. (1982). Gest.Y. 200 Bely. Fernandes. 333 Ceratti.F. J. 24 Benevides.(1993).. Kingham. 402 DER-SP (1991). 111 ASTM D 270. 333 Brosseaud.T.. 112 ASTM (2002) ASTM D6723. (1997).M. 201 Brosseaud. 111 ASTM (2000) ASTM D5840. 111 ASTM (2004) ASTM D6084. (1986). E. 112 Bittencourt.P. 282 ASTM D 113. 154 Camacho.V. 112 ASTM (2003) ASTM D3497-79.N. 111 ASTM (1998) ASTM C702.A. G. D.B.E.. 282 Dama. F.. e Uge. 333 DNC (1993). e S.A. 369 Bottin Filho. Y. 111 ASTM D 5329. (2000).A. R. A.H. J.C.L. (2004)..L. (1977). 282 Bukowski. 112 Bertollo. Delorme. J. 24 Cordeiro.A. 112 ASTM D 95.. 332 Bertollo. 154 ASTM (1999) ASTM D4791. 282 Castro Neto.. 112 ASTM D 5858. 201 Corté. 282 ASTM (2001) ASTM D5801. (2003). 201 Croney. 461 C Cabral.(1965). 282 Castro Neto. 112 ASTM (2001) ASTM D2171. M. J. Y. J.S. 332 ASTM (1993) ASTM C 1252. K. (1943). 111 ASTM D 36. C. 112 DNER (1979) DNER PRO-10/79. J. 282 ASTM (2001) ASTM D4124. P. S. e Moura. 332 Barksdale (1971). Bernucci.L.R. (1958).G. J.. H.. 282 COMITEE ON TROPICAL SOILS OF ISSMFE (1985). J.R.J. (1977). (2002). (1991).A. M. W. 438 Brito. Villibor. 438 D DAER/RS-EL 108/01.A. Y. 201 DER-PR (1991).R. 112 Centro de Estudios de Carreteras (1986). 438 Brosseaud.H.A. 200 Bonnaure. 438 . 282 ASTM (2002) ASTM D4402. Carré. (2002b).A. 111 ASTM (2000) ASTM D6521. Shen (2003) . 111 Índice remissivo das bibliografias ASTM D 92. B. C. 333 Carneiro. e Leathers.R.. 282 ASTM (1995) ASTM D1856. 282 ASTM (2000) ASTM D2726. 333 Castelo Branco. R. M. 332 Boscov. L. L. (2001). J. G.. V. (1992). (1996). (2000).S. W. 112 ASTM (2001) ASTM D5841.. 369 Chevallier.T. 112 ASTM (2002) ASTM D1188. 461 ASTM E102. (1989). 282 ASTM (2000) ASTM D 1075-96.R. (1997). 369 Dijk. 438 ASTM (2002) ASTM D 1754/97. 461 ASTM D 88. Gravois. W..M. e Soares. 201 Costa. 369 Bernucci. J. 112 ASTM (2001) ASTM D2172.M. 154 ASTM C128. 111 ASTM (2000) ASTM D5976. 112 ASTM(2002) ASTM D402. (2003). (2001). Brown. 111 ASTM D 2007. 369 Concer (1997).R. M.N.C. (1991). L. J. L. 333 Coelho. D.ASTM (1986) ASTM C496. J. 332 Bottura. E.T.B. 282 ASTM (1997) ASTM D5..B.L. 111 ASTM (2001) ASTM D2042.S. e Sória. H. 201 Brosseaud. F. S.A. 369 Carey Jr. 332 Beligni. 332 Benkelman. (1993). e Y. e Y. (2005). (2002a). (1962). 111 ASTM D4748-98. 438 ASTM (2004) ASTM D2872.. Kim e Lee. D.M. R.A.J.A. (2002). V.-F.B. 461 DNER (1979) DNER PRO-11/79. Y.A. P.. E. F. S. Huckins. 282 Castro. A. L.T (2006). Hiernaux. 461 Carpenter. (1975). (2003). (1995). F.M. 333 Daniel.. Aragão. J-L. 282 ASTM (1994) ASTM D5002.C. H. Leite. e Fang. 333 CNT (2004). 24 Bonfim. (1987). 154 ASTM C127. A. 438 Cundill. 201 DNER (1999) DNER-ES 388/99. 438 DNER (1994) DNER-PRO 269/94. 333 DNER (1994) DNER-IE 006/94. 370 DNER (1997g) DNER ME 254/97. 370 DNIT(2005) DNIT 032/05-ES. 333 DNER (1999) DNER-ME 397/99. 370 DNER (1997e) DNER ES 304/97. 155 DNER (1998) DNER-ME 081/98. 155 DNER (1996). 202 DNER (1999) DNER-ES 390/99. 333. 154 DNER (1994) DNER-ME 053/94. 155 DNER (1996) DNER-PRO 273/96. 201 DNER (1999) DNER-ES 387/99. 201 DNER (1997) DNER-ES 319/97. 154 DNER (1994) DNER-ME 093/94. 202 DNIT(2005) DNIT 033/05-ES. 370 DNER (1997d) DNER ES 303/97. 282 DNER (1995) DNER-ME 084/95. 155 DNIT (2005). 113. 402 DNER (1997) DNER ME 367/97. 201 DNER (1997) DNER-ES 317/97. 201 DNER (1997) DNER-ES 312/97. 475 DNER (1999) DNER-ES 389/99. 154 DNER (1994) DNER-ME 24/94. 461 DNER (1997). 461 DNER (1994) DNER-ME 063/94. 155 DNER (1997) DNER-PRO 120/97. 202 DNIT (2005) DNIT 035/05-ES. 283 DNER (1998) DNER-ME 035/98. 439 DNIT (2003) DNIT 006-PRO. 112 DNER (1994) DNER-ME 078/94. 112 DNER (1994) DNER-ME 138/94. DNER (1994) DNER-ME 222/94. 155 DNER (1997c) DNER ES 301/97. 201 DNER (1997) DNER-ES 310/97. 439 DNIT (2003c) DNIT 009-PRO. 154 DNER (1994) DNER-ME 086/94. 438 DNER (1994d) DNER ME 258/94. 155 DNER (1997) DNER-ES 308/97. 155 DNER (1999) DNER-ME 400/99. 202 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros . 155 DNIT (2003) DNIT 005-TER. 154 DNER (1995) DNER-ME 043/95. 154 DNER (1994) DNER-ME 061/94. 201 DNER (1997) DNER-ES 311/97. 438 DNER (1994b) DNER ME 228/94. 282 DNER (1994) DNER-ME 133/94. 201 DNER (1997) DNER-ES 318/97. 201 DNER (1997) DNER-ES 320/97. 201 DNER (1997) DNER-ES 313/97. 201 DNER (1999) DNER-ME 383/99. 113 DNER (1996) DNER-ME 193/96. 155 DNER (1999) DNER-ME 399/99. 283 DNER (1997) DNER-ME 197/97. 283. 283 DNER (1996) DNER-PRO 199/96. 461 DNER (1994) DNER-PRO 08/94. 439 DNIT (2004) DNIT 031/04-ES. 155 DNER (1999) DNER-ME 398/99. 202 DNER (1999) DNER-ME 382/99. 370 DNER (1995) DNER-EM 035/95. 155 DNER (1999) DNER-ES 386/99. 202 DNIT (2006). 370 DNER (1998). 155 DNER (1997) DNER-ME 153/97. 201 DNER (1997) DNER-ES 314/97. 155 DNER (1998) DNER-ME 096/98.DNER (1994). 201 DNER (1997) DNER-ES 309/97. 155 DNER (1999) DNER-ME 401/99. 370 DNER (1994b) DNER-PRO 182/94. 282 DNER (1994) DNER-ME 117/94. 438 DNER (1994c) DNER ME 256/94. 370 DNER (1994c) DNER-PRO 229/94. 461 DNER (1994a) DNER-PRO 164/94. 154 DNER (1994) DNER-ME 107/94. 370 DNER (1997f) DNER ES 305/97. 154 DNER (1994) DNER-ME 089/94. 201 DNER (1997) DNER-ME 054/97. 155 DNER (1998) DNER-ME 083/98. 155 DNIT (2005) DNIT 034/05-ES. e Nascimento L.. 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