O olhoretina, transmissão visual e anexos Igraíne Helena S. Osório Karina Heckler Lígia R. Simonetti Luciano I. Branquinho Maicon Gheller Talisson Sander Retina ο ο Origem: aprofundamento do diencéfalo Tem caráter invertido: recepção visual: camadas mais profundas transmissão da informação: camadas mais superficiais Organização demonstra uma estrutura curiosa: células fotorreceptoras são uma das últimas células a ter contato com a luz! Retina: camadas ο ο ο ο ο ο ο ο ο Composta por 9 camadas: membrana limitante interna camada de células ganglionares camada plexiforme interna camada nuclear interna camada plexiforme externa camada nuclear externa membrana limitante externa segmentos externo de cones e bastonetes epitélio pigmentar Região mais externa ο ο ο ο Epitélio pigmentar + camada fotorreceptora (segmento externo dos cones e bastonetes)+ membrana limitante externa + camada nuclear externa Epitélio pigmentar: epitélio cúbico simples Sintetizam e possuem o pigmento melanina:evitar reflexão – ausência em albinos mesma função de uma câmara escura numa máquina fotográfica Absorve a luz após cones e bastonetes excitados Células fotorreceptoras: cones e bastonetes ο 3 partes: Segmento externo:fotorreceptor, Membrana limitante externa pigmentos visuais alojados em discos Segmento interno: citoplasma, núcleo e organelas – concentração de mitocôndrias Terminal sináptico: compõe plexiforme externa ο ο Cones X Bastonetes Pigmento visual Segmento externo Discos Visão Fotopsinas + retinal = pigmentos coloridos Afunilado Substituídos quando danificados Escotopsina + retinal = rodopsina Alongado Substituídos periodicamente Em cores com Em preto e branco com alta sensibilidade sensibilidade à normal à luz luz Região mais interna ο ο ο Camada plexiforme externa + camada nuclear interna + camada plexiforme interna + camada de células ganglionares + membrana limitante interna Camada plexiforme externa: Sinapse entre o terminal sináptico das fotorreceptoras e as células ganglionares (cam. Nuclear interna) Também chamada de camada sináptica externa Nela estão presentes as células horizontais cujos prolongamentos colocados horizontalmente estabelecem contato entre vários receptores Região mais interna ο ο Camada nuclear interna: Composta por neurônios bipolares Células de morfologia variável: » células bipolares difusas: sinapse com dois ou mais fotorreceptores » células bipolares monossinápticas: 1 axônio de cones – envio de estínulo diretamente ao cérebro ο Conexão entre fotorreceptores e células ganglionares ο ο Camada plexiforme interna: Sinapse entre neurônios bipolares e células ganglionares Presença de células amácrinas: contato com as ganglionares que pode ser dependente delas (periferia da retina) ou elas auxiliarem (fóvea da retina); Região mais interna ο ο ο Camada de células ganglionares: contato externamente com os neurônios bipolares Seus axônios não se ramificam Na porção interna suas fibras nervosas convergem para a formação do nervo óptico que ocorre no ponto cego da retina ο ο Membrana limitante interna: Constituída por expansões das células de Müller e por prolongamentos de astrócitos da retina separa a região mais interna da retina do corpo vítreo; Membrana limitante Camada de Células interna células Amácrinas ganglionares Camada nuclear interna Camada nuclear externa Segmento externo de cones e bastonetes Camada plexiforme interna Axônios convergindo para formar nervo óptico Células horizontais Camada plexiforme externa Membrana limitante externa Epitélio Pigmentar 2- Corpo vítreo 4- retina seta - coróide (*) nervo óptico 4- retina 2- corpo vítreo Observações A imagem perdida por causa do ponto cego da retina é recuperada pelo cruzamento de informações realizadas no cérebro Células de Müller:funções equivalentes à neuróglia, servindo para sustentar, nutrir e isolar os neurônios da retina Camada mais interna da retina:vascularização própria, através da artéria central da retina que entra no globo ocular juntamente com o nervo óptico Segmentos externos dos cones e bastonetes: nutrição por difusão! FUNDO OCULAR NORMAL (RETINOGRAFIA DE OD) Disco Óptico Área macular Fóvea Artérias Escavação Histofisiologia Somente após a luz atravessar o sistema de lentes do olho e o humor vítreo é que ela atinge a retina = diminuição da acuidade visual Na região central da fóvea as camadas são deslocadas para os lados para melhor contato Mecanismo da visão: Luz Decomposição dos Pigmentos visuais Alteração no Potencial da membrana Histofisiologia ο ο ο ο Rodopsina = escotopsina + 11-cis-retinal Quando a luz encontra o segmento externo dos fotorreceptores, a degradação começa lentamente 11-cis-retinal todo-trans-retinal À medida que a conversão ocorre, a escotopsina se afasta do retinal dando origem a vários intermediários: Barrodopsina Luminorrodopsina metarrodopsina I metarrodopsina II Forma ativa Fisiologia da visão Metarrodopsina II – desencadeia reação das células fotossensíveis Causa uma hiperpolarização no gradiente da membrana que acaba desencadeando o potencial de ação Bastonetes são muito mais sensíveis à luz do que cones – cascata de reação com a presença de 1 fóton Hiperpolarização resulta da alteração na permeabilidade do segmento externo aos íons sódio O potencial normal das células fotossensíveis é -40mV, com a alteração atinge o limiar e gera potencial de ação Fisiologia da visão Reversão da cascata: ~1s quando a rodopsinaquinase transforma a metarrodopsina II em rodopsina novamente Potencial de ação gerado: impulso passa para a camada plexiforme externa, seguindo o caminho das sinapses Quando chega nas células ganglionares se agrupa com os outros vindos de outras regiões da retina e gera o impulso da visão A visão em cores se dá quase pelo mesmo processo com a alteração do pigmento A interpretação da cor é realizada pelo cérebro proporção de cones excitados Função neural da retina Transmissão do sinal = condução eletrotônica, ganglionares são únicas a usar o potencial de ação Condução eletrotônica é mais rápida e permite graduação do estímulo Os axônios das ganglionares percorrem caminho muito longo, não permitindo que a condução eletrotônica seja possível Caminho do impulso: células fotossensíveis camada plexiforme externa e células horizontais células bipolares camada plexiforme interna e células amácrinas células ganglionares Inibição do sinal Células horizontais: sua saída é sempre inibitória que ajuda a manter o contraste da imagem Células bipolares de 2 tipos: Despolarizantes Hiperpolarizantes Levam impulsos positivos ou negativos ao cérebro ο ο Visão é o resultado da interação das células entre si e a interpretação realizada pelo cérebro Neurofisiologia central da visão ο ο ο ο Depois que o estímulo é gerado na retina, ele é transmitido para o cérebro A via passa por 2 estruturas antes de chegar ao destino: Quiasma óptico Corpo geniculado dorsolateral do tálamo Existem 2 sistemas da via visual: Sistema antigo: mesencéfalo e áreas prosencefálicas basais Sistema novo: córtex visual Quiasma Óptico Região de cruzamento entre os nervos ópticos as fibras das metades nasais se cruzam e se unem às fibras das metades temporais opostas O cruzamento forma os tratos ópticos que farão sinapse com o núcleo geniculado dorsolateral do tálamo Núcleo geniculado dorsolateral do tálamo ο ο Tem 2 funções: retransmitir a informação do trato óptico para o córtex – transmissão ponto a ponto selecionar a informação visual que é permitida passar Após passagem, os tratos ópticos passam a ser chamados de radiação óptica (trato geniculocalcarino) Os sinais dos dois olhos são mantidos separados durante a passagem Sistema antigo da via visual ο ο ο ο As fibras também se projetam para a área antiga do cérebro, que antes era responsável pela visão Constituem mesencéfalo e áreas prosencefálicas basais Saem do quiasma e fazem conexões com: núcleos supraquiasmáticos do hipotálamo: ritmos circadianos núcleo pré-tectais no mesencéfalo: movimentos reflexos do olho pra ativar o reflexo fotomotor colículo superior: movimentos direcionais rápidos dos 2 olhos núcleo geniculado ventrolateral do tálamo: auxilia na regulação de algumas das funções comportamentais do olho Córtex visual Localizado nos lobos occipitais Se divide em: ο Córtex visual primário: » É onde terminam os sinais da área macular (fóvea) da retina » É dividido em 6 camadas sendo que na IV há a sobreposição ο Córtex visual secundário: » aspectos da imagem visual são progressivamente dissecados e analisados » também chamado de área de associação visual Entre as áreas visuais primárias e secundárias estão localizados os blobs de cores, que são as áreas primárias para decifrar cores Vias para análise da informação visual ο ο ο ο ο 1- via rápida para posição e movimento são transmitidos por células ganglionares de tipo rápido, mas sem cores córtex visual primário área mediotemporal posterior e córtex occiptoparietal 2- via colorida precisa análise dos detalhes visuais via para o reconhecimento de letras, leitura, determinação da textura córtex visual primário áreas visuais secundárias das regiões inferior, ventral e medial dos córtices occipital e temporal Controle autônomo da acomodação da abertura pupilar o olho é inervado por fibras nervosas parassimpáticas e simpáticas fibras parassimpáticas núcleo de Edinger-Westphal 3º nervo craniano gânglio ciliar atrás do olho sinapse controlam músculo ciliar (foco do cristalino e o esfíncter da íris que causa a constrição da pupila) fibras simpáticas corno intermédiolateral do primeiro segmento torácico entram na cadeia simpática gânglio cervical superior neurônios pós-ganglionares inervam as fibras radiais da íris (aumentam o diâmetro pupilar) ο ο Estruturas acessórias do olho Conjuntiva: ο Membrana mucosa ο Reveste parte da esclerótica e a superfície interna das pálpebras ο epitélio é estratificado prismático ο lâmina própria é composta de tecido conjuntivo frouxo Estruturas acessórias do olho ο Pálpebras: Camadas de fora para dentro: pavimentoso queratinizado frouxo » pele com epitélio estratificado » derme de tecido conjuntivo » feixes de músculos estriados que formam o músculo orbicular do olho espessamento na ponta: Tarso Tarso » camada de tecido conjuntivo com » glândulas sebáceas no interior do » Conjuntiva Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado Derme de tecido conjuntivo frouxo Estruturas acessórias do olho ο ο ο ο ο Glândulas lacrimais: glândulas serosas do tipo túbulo alveolar composto porção secretora é composta por células mioepiteliais produzem uma secreção salina com a mesma quantidade de NaCl que o sangue Sua secreção é pobre em proteínas e contem a lisozima, que digere cápsulas de bactérias Localizadas na borda superoexterna da órbita