APOSTILA_TEOLOGIA_SISTEMTICA

March 27, 2018 | Author: Isvonaldo de Omena Queiroz | Category: Angel, Trinity, God, Book Of Genesis, Bible


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APOSTILA DE TEOLOGIA SISTEMÁTICAESBOÇO DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA O termo “teologia” é usado hoje em sentido amplo e restrito. É derivado de duas palavras gregas “Theos” e “Logos”, sendo que a primeira significa “Deus” e a segunda, “Palavra” e “Doutrina”. Em sentido mais restrito, portanto, teologia pode ser definida como “A doutrina de Deus” ou “A Ciência que estuda Deus” ou ainda “A Ciência que se ocupa com o que de Deus se pode conhecer”. 1 POSSIBILIDADE DE TERMOS UMA TEOLOGIA Sem dogmatizar, podemos afiançar que o intelecto humano não se contenta com uma simples acumulação de fatos: invariavelmente, busca uma unificação e sistematização de todo seu conhecimento de forma organizada, metódica, estrutural e inteligente. É isto que desejamos fazer. 1 – Deus existe e tem relações com o mundo. “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gên. 1:1). 2 – O homem feito à imagem de Deus é capaz de receber e compreender aquilo que Deus revela. “E disse Deus; Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança: domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado e sobre toda a terra. E criou o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou: macho e fêmea os criou” (Gên. 1:26-27). 3 – Deus tem se revelado. “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho” (Heb. 1:1). DIVISÃO DA TEOLOGIA 1 – TEOLOGIA SISTEMÁTICA – É aquela que se ocupa com a sistematização ou metodização ou ainda com a didática das coisas que de Deus se pode conhecer; 2 – TEOLOGIA BÍBLICA – É aquela que se ocupa dos materiais encontrados na Bíblia. É mais fundamentalista. Bibliocentrista, verbocentrista ou logocentrista, rhemacentrista ou ainda teocentrista. 3 – TEOLOGIA HISTÓRICA – Esta se preocupa com o conhecimento histórico ou com a histórica do cristianismo até os dias de hoje (cuidado com as obras da ASTE). 4 – TEOLOGIA PRÁTICA – É aquela que tem por objeto precípou ou principal a teologia pastoral, casamento, ceia, batismo, funerais. É a dos rituais ou cerimoniais. 5 – TEOLOGIA EXEGÉTICA – É aquela que busca “sacar”, “extrair”, “dissecar”, “escarafunchar”, “garimpar” os textos sagrados, ou extrair o máximo daquilo do que de Deus se pode conhecer. 6 – TEOLOGIA DOGMÁTICA – É aquela que se prende aos princípios de cada Igreja ou aos dogmas destas ou ainda com as doutrinas ou finalmente com o radicalismo de cada princípio religioso. É aquilo que é imexível. 7 – TEOLOGIA EMPÍRICA – É aquela, que se fundamenta no princípio da experimentação ou provas, que se baseia do tátil ou factível. 8 – TEOLOGIA DO VELHO TESTAMENTO – É a teologia das genes, das origens, do Velho Pacto ou Concerto. De Adão a Malaquias, segundo as línguas (hebraico e aramaico); costumes, rituais e cerimoniais, leis, normas consuetudinárias etc. Conhecida como Verotestamentária. 9 – TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO - É aquela que se prende ao novo Pacto ou a nova Aliança conhecida como Neotestamentária. 10 – TEOLOGIA DIALÉTICA – É aquela dos pensadores, filósofos, “teólogos” com: Barth, Brunner, Gogarten, Tillic. É a dos racionalistas, muitas vezes, ateus práticos. BÍBLIAOGOGIA – A DOUTRINA DAS ESCRITURAS “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homens, mas os homens da parte de Deus falaram movido pelo Espírito Santo” (II Ped. 1:21). A palavra Bíblia vem do grego “bibloi”, indicando “livros”. De fato, a Bíblia é uma biblioteca, sendo 39 no Velho Testamento e 27 no Novo Testamento. Escrita por um espaço de 1600 anos, com a participação de profetas, reis, boiadeiro, pescadores, doutores etc, num total de 40 personagens. O V.T. foi escrito na língua hebraica e o N. T. na língua grega, sendo que 300 anos a.C. setenta judeus. sábios 2 da Alexandria traduziram o V.T, do hebraico para o grego. Chamado Septuaginta. É bom lembrar que por influência de outros povos, alguns textos aparecem em aramaico. Mais tarde surgiu a Vulgata (latim). Por volta de 1780, apareceu, graças ao padre Antônio F. Figueiredo, a tradução em português. A versão que temos hoje é do pastor João Ferreira de Almeida. QUEM DE FATO ESCREVEU A BÍBLIA a) Negativamente: Não foram os anjos bons, porque, certamente não diriam que os homens hão de julgar os anjos (I Cor. 6:3). Não foram os anjos maus, porque eles não descreveriam o seu triste fim. Não foram os homens bons, porque a Bíblia diz que não há um justo e diz mais: “Todos pecaram...” (Rom. 3:23). Não foram os homens maus, porque, evidentemente não falariam eles: “Assim diz o Senhor...” Só o profeta Isaías faz menção desta assertiva 80 vezes. b) Afirmativamente: Deus inspirou homens especiais conforme evidências internas e externas. A própria Bíblia fala da autoria divina (Is. 40; II Tim. 3:16; Heb. 1:11; II Ped. 1:19-21). O imperador Diocleciano no seu despotismo disse: “Extincto nômine Christianorum” (Extinguiu-se o nome de cristãos). Os crentes foram torturados e consumidos pelo fogo, entretanto, anos depois, Constantino retirou os símbolos pagãos das bandeiras do Império e colocou os símbolos da cruz de Cristo. Voltaire, símbolo do cinismo e ceticismo francês, dizia que em poucos anos varreria da terra os cristãos. Ele morreu, e na casa onde ele morou, está hoje a Sociedade Bíblica Francesa. A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS É bom saber que vamos encontrar na Bíblia inspiração e revelação, tendo quase o mesmo sentido. Entretanto, REVELAÇÃO, significa etimologicamente “TIRAR O VÉU”, revelar, desvendar, descobrir. Figura mais próxima é do apocalipse. Enquanto a inspiração é Deus soprando, como numa flauta para produzir sons. Na Revelação, Deus se utiliza do material já existente - revelo, enquanto na INSPIRAÇÃO, Deus parte do “ex-nihil” ou nada, para torná-lo existente. A inspiração pode ser: a) Plenária - Tudo veio de Deus, por inspiração. Os autores estiveram sob a égide do Espírito Santo; b) Verbal - É teoria do ditado - Deus teria ditado ou como escrito está: “Assim diz o Senhor...”“.”“. c) Parcial - Autores há que receberam e outros não receberam. Daí a idéia de que a Bíblia contém a Palavra de Deus. INERRÂNCIA BÍBLICA 1) 0 texto de Marcos 16:16-20 é discutível para muitos estudiosos. Entretanto, se sendo discutível faz tão bem, imaginemos confirmada a sua veracidade! 2) O texto de Êxodo 14, na travessia do mar vermelho é também discutível. Pois dizem que o mar naquele lugar tinha apenas 30 cms de água. Então o milagre foi maior, pois Faraó e seu exército morreram afogados em pouca água; 3) A mulher de Caim. Pensam coisas imorais. Prova desconhecimento Bíblico de (Gênesis 5:4); 4) Moisés foi educado em toda “sofia” egípcia (At. 7:22) e fez afirmações totalmente contrárias as que aprenderam no Egito, como: a) Os egípcios acreditavam que o sol recebia reflexo de luz da terra. Moisés disse: “O sol ilumina aterra...” (Gên. 1:16). b) Os egípcios diziam que a terra era quadrada. Já que precedeu a Moisés disse que a terra era redonda (Jó 1:7). c) Os egípcios diziam que o homem veio do lodo das cheias do Egito, rio sagrado. Moisés disse que Deus fez o homem (Gên. 1:26,27 e Gên. 2:7). d) Os egípcios diziam que o mundo estava sobre cinco grandes colunas. Já diz o mundo está sobre o nada (Jó 26:7). TEOLOGIA – A DOUTRINA DE DEUS Deus existe. Deus é. Deus é o que é. Deus é auto-existente. Deus é o único independente. Deus auto Criado. Deus é a Se. Deus não carece de provas para a sua existência. Ele existe por Si mesmo. Aliás, o maior não tem que provar nada para o menor. O menor é que tem de buscar as provas. É a lei de causa e efeito. Deus fez todas as coisas. Todas as coisas foram criadas por Deus e sem Deus nada que foi feito se fez. Deus fez o grande relógio do universo e deu corda e este trabalha até hoje. Se tivéssemos que provar a existência de Deus seria até fácil. Difícil, é provar a sua inexistência. Fácil é aceitar que Ele existe. Trabalhoso é querer provar que Ele não existe. Se o sol é inescondível, imaginemos Deus! 3 O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE DEUS El, Elohim e Eloah ou Elyon (hebraico), Theos (grego) e Deus (latim e português). 1. 2. 3. 4. No princípio criou (El) Deus os céus e a terra (Gên. 1:1); Façamos (Elohim) o homem à nossa imagem e conforme a nossa semelhança (Gên. 1:26); Bendito seja Abrão do Deus (Eloah) Altíssimo; No princípio era o verbo e o verbo estava com (Theos) Deus... (João 1:1); EXPRESSÕES COMPOSTAS OU COMBINADAS PARA DEUS 1. El-Shaddai - O que satisfaz ou “Todo Poderoso”(Is. 43:13); 2. El-Elyon - O mais alto ou sublime (Is. 57:17); 3. Jeová-Rapha - O Senhor que sara (Ex. 15:26); 4. Jeová Shalom -0 Senhor é a paz (Juizes 6:24); 5. Jeová-Nissi - O Senhor nossa Bandeira (Ex. 17:15); 6. Jeová Raah - O Senhor é meu pastor (Sal. 23:1); 7. Joevá-Shammah - O Senhor está aqui ou está presente (Ez. 48:35); 8. Jeová-Tsidkenu - O Senhor nossa justiça (Jer. 23:6); 9. Jeová-Jireh - O Senhor proverá (Gên. 22:13,14); 10. Emanuel - E chamá-lo-ão pelo nome Emanuel... (Mat. 1:23). O QUE OS HOMENS SÁBIOS DISSERAM DE DEUS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Aristóteles - “Deus é a primeira causa de todo ser”. Platão - “É a mente eterna”. Emanuel Kant - “É a moral do mundo, a Ele tudo está sujeito”. Strong - “Deus é Espírito infinito e perfeito em quem todas as coisas tem sua fonte, apoio e fim’. Langston - “Deus é espírito pessoal, perfeitamente bom que em santo amor criou e governa todas as coisas”. Hegel - “Deus é o Senhor das estrelas e o Espírito dos espíritos”. Von Braun - “Cérebro das conquistas espaciais”. (Salmo 8) Importante: “Não precisamos tanto saber o que os sábios dizem de Deus, mas o que Deus diz de todos os homem”. A UNIVERSALIDADE DA CRENÇA EM DEUS 1. 2. 3. Argumento teológico - “O que fez o ouvido, acaso não ouviria?” (Sal. 94:9); Argumento cosmológico - “A ordem do universo, suas leis inexoráveis e a inesplicabilidade deste revela que um ser muito inteligente o fez”. Argumento antropológico - “A anatomia do corpo humano e a composição deste provam a existência de quem maior do que o homem o fez. O homem é um ser. O homem é ser afetivo, volitivo, intelectivo ou cognoscível. Isto é capaz de amar e ser amado, ter vontade própria e ter conhecimento do profundo”. EM YHVH, temos o Senhor por nós (Is. 64:4); EM EMANUEL, temos o Senhor conosco (Mat. 1:23); NO ESPÍRITO SANTO, temos Deus em nós (João 14:17); A EXISTÊNCIA DE DEUS Todo cristão aceita a verdade da existência de Deus. A Bíblia diz:... “é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam” (Heb. 11:6). Esta é uma crença universal dos cristãos. Não uma crença cega, inconseqüente e incoerente, mas lógica e inteligente. Entretanto, há correntes ideológicas que se opõem à fé, como: 1) O ATEÍSMO PRÁTICO - Todo ateísmo se opõe à fé, portanto é antibíblico e anticristão. É contra Deus e contra a Palavra do Senhor. Há nos Estados Unidos da América a mais nova organização “Associação americana para o Progresso do Ateísmo”. Aprioristicamente, o seu fundador deve ser um ex-membro de Igreja evangélica, (não convertido). Diríamos ainda um Judas contemporâneo que roubando está do Senhor alguma coisa, só ainda não se esforçou. “Diz o néscio ou insensato no seu coração: não há Deus” (Sal. 10:4). Já ouvi um cognominado ateu dizer ao pressentir a morte: “Meu Deus!” Como diz o pastor Dr. Nilson do Amaral Fanini “O ateu crê que ele não crê, porque o dia que ele deixar de crê que ele não crê e passa crê que ele crê”. O ateu é um pseudo ou falso, enganando-se a si mesmo e tentando enganar a outros. 4 2) 0 PANTEÍSMO PRÁTICO - Doutrina, segundo a qual, tudo que existe é Deus, ou tudo que foi criado é Deus. A montanha é Deus. O mar é Deus. As flores são Deus. A Bíblia diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gên. 1:1). Deus é Deus e as coisas animadas e inanimadas, por Ele criadas são criaturas, mas nunca são deuses. Compare com (Rom. 1:20-23). 3) 0 MATERIALISMO - Nada mais absurdo do que dizer: “Tudo é matéria”. Um professor de anatomia ao estudar um cadáver diante de seus alunos, acadêmicos em medicina disse: “Há muitos anos disseco cadáveres e nunca vi alma, por isso digo; sou um convicto materialista”. Só há matéria, acrescentou: um aluno presente, crente e temente a Deus, disse: “Professor vou lhe atirar uma cadeira; o que o mestre respondeu: não! o aluno continuou: o sr. não acaba de dizer que tudo é matéria. Matéria não sente nada... O materialismo é um esforço para tentar dizer não para os reclamos da alma ou do psique. A Bíblia diz: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo...” (Sal. 42:2). 4) AGNOSTICISMO - Originário de duas palavras gregas que significam: “não sabendo” ou e a capacidade da incapacidade. Dizem os agnósticos: “a mente finita não pode conhecer o infinito”. Podemos não conhecer Deus perfeitamente hoje, mas nem por isso deixamos de conhecê-lo em parte, até que um dia o conheceremos face a face, como escrito está na Palavra de Deus (1 Cor. 13:12). Podemos tocar a terra, embora não possamos envolvê-las com os braços. 5) O DEÍSMO - O deísmo retira Deus do mundo. Os deístas reconhecem até que Deus tenha criado o mundo, mas o entregou ao acaso ou sorte. O deísmo afirma que o mundo é como um balão de gás que foi atirado ao espaço físico. Não se sabe por onde anda e onde cairá. A Bíblia diz: “Porque nele vivemos e nos movemos e existimos, como também alguns dos vossos poetas disseram: pois somos também sua geração” (Atos 17:28). Ademais diz o santo livro “Um só Deus e Pai de todos o qual é sobre todos e por todos e em todos” (Ef. 4:6). 6) 0 DUALISMO - Esta teoria e assaz perigosa. Ela afirma que existem dois princípios distintos ou dois deuses. Em epistemologia, elas são idéia e objeto; em metafísica, mente e matéria; na ética, o bem e o mal; na religião, Deus e o Diabo. A Bíblia é clara quando diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gên. 1:1). Não há qualquer idéia bíblica de dois criadores, embora haja distintamente o bem e o mal. O cristão não pode aceitar a co-autoria de Satanás na criação do mundo. O cristão não pode admitir que Satanás esteja no mesmo pé de igualdade com o Senhor. Satanás, não como tal, foi um dia criado por Deus, mas está sujeito ao Criador em qualquer tempo ou espaço. ATRIBUTOS DE DEUS Vem do latim ad “para” e tribuere “atribuir” ou seja, aquilo que se atribui alguma coisa. O nome atributos não é ideal, desde que transmite a noção de acrescentar ou consignar alguma coisa a alguém e, portanto, pode criar a impressão de que está acrescentando algo ao ser divino. Poder-se-ia usar o termo “propriedade”. Quer usemos atributos ou propriedade, tenhamos muito zelo, tremor e temor ao usarmos o nome de Deus. Até porque, não se deve tomar o nome do Senhor em vão (Ex. 20:7). Deus pode ser conhecido como: 1. Auto-existente - Independente. Autocriado. Um ser a Se. A Bíblia diz: “Eu sou o que sou” (Ex. 3:14). Portanto, Deus não tem causa. Ele tem vida em si mesmo (João 5:26). God is God. Deus é Deus; por isso, não se pode explicar; É causa primeira sem ser causado. (Sto. Tomas de Aquino); 2. Infinitude - Não está limitado ao tempo e ao espaço. Ele é absoluto. Não conhece limitações. Sua transcendência e imanência falam de quanto Ele está além e presente concomitantemente ou ao mesmo tempo. (Sal. 139 e Jer. 23:24); Eternidade - Ele é elevado acima de todos os limites e sucessões. Fica bem. O eterno (Is. 40:28; Sal. 90:1 e2); Unidade - Deus tem apenas uma substância ou essência. Não há conflito quando se fala em trindade ou triunidade. Assunto que será abordado oportunamente. Deus é único. A palavra hebraica “echad”, traduzida por “um”, equivale ao alemão “eining”, ao holandês “eening”, ao latim “uno”. Deus é uno e único. (1 Rs. 8:60; Deut. 6:4 e 1 Tim. 2:5); Imutabilidade - Deus é imutável (Tiago 1:17; 1 Sam. 15:29). Deus pode mudar seus meios ou métodos, mas o que Deus disse, isso fará; É bom não confundir imutabilidade com imobilidade. Toda ação de Deus é dinâmica; 3. 4. 5. 5 6. 7. Santidade - Santo, Santo, Santo é o Senhor (Is. 6:3; 1 Ped. 1:16). Este é um dos principais atributos morais de Deus; Amor - God is love - Deus é amor (1 João 4:8). A Bíblia está cheia de provas ou fatos que evidenciam o amor de Deus. Haja vista, o gesto maior quando Ele deu o seu único Filho para salvar-nos dos nossos pecados (João 3:16). Este é também um dos principais atributos morais de Deus; Justiça - Deus é Justo (Jer. 23:6; Sal. 18:24-26; Mat. 5:48). Ela pode ser distributiva ou ato de fazer com que todos tenham os mesmos direitos e oportunidades, como... “O sol nasce...”. Ela pode também ser retribuitiva ou ato de dar a cada um o que cada um justo fizer. Céu a quem optar por Céu e inferno, a quem por inferno optar. Ela ainda pode ser punitiva ou todo ato que castiga ou pune alguém por erros cometidos (Gên.2:17; Rom. 1:32); Verdade - Muitos filósofos ainda perguntam como Pilatos; “Que é a verdade?” (João 18:38). A Bíblia diz que Deus é a única verdade absoluta (João 17:3; 1 João 5:20; Apoc. 6:10; Rom. 3:4; Heb. 6:18). O termo verdade conhecido no grego como algo genuíno, é também apresentado por alguns teólogos como veracidade; Perfeição - Dizer que Deus é perfeito é quase redundante. Por perfeição queremos dizer que Deus é em quantidade e qualidade a excelência absoluta. (Sal.18:30; Mat. 5:48 e Rom. 12:2); Espírito pessoal - Deus é substância e essência, conquanto seja imaterial e incorpóreo é algo concreto e pessoal. Alguns teólogos chamam isto de espiritualidade de Deus. Deixemos que a Bíblia no-Lo apresente como pessoa (Is. 65:2; Heb. 1:10; 1 Rs. 8:29; II Crôn. 16:9 e Sal. 34:15). Como Espírito (Luc. 24:39; João 4:24; Ex. 33:20; João 1:18; Rom. 1:20); Onisciência - Como pessoa, Deus conhece tudo. O Conhecimento de Deus não tem limite quanto ao tempo e espaço ao visível e invisível (Sal. 139: Dan. 2:22,28; Col. 1:16); Onipotência - Deus é Todo-Poderoso ou El Shadaí. (Gên. 1:1; Is. 40:12-15; Dan. 3:17; 4:35; Is. 43:13; Mt. 19:26); Onipresença - Ele conquanto esteja acima de tudo e de tudo além, pela sua transcendência, está também presente, pela sua imanência. É bom não confundir isto com panteísmo (Gên. 28:15,16; Sal. 139:7-10; At. 7:48,49; Atos 17:28 e Ef. 1:23). 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. A PROVIDÊNCIA DE DEUS A palavra latina vem de preposição pré (antes) e vídeo (ver), o ver antes. Por providência se entende o permanente exercício da energia divina, pela qual o Criador preserva todas as suas criaturas, opera em tudo que se passa no mundo e dirige todas as coisas para o seu determinado fim. Providência é a contínua agência de Deus, pela qual Ele faz com que todos os eventos do universo, cumpram o seu propósito original para o qual Ele o criou. A providência, como está plasmada nas Escrituras Sagradas, põe fora qualquer pensamento epicurista de ontem ou de hoje, quando se diz: “Comamos e bebamos hoje porque amanhã morreremos”. Deus não permitiria que a sua criação, especialmente o homem, ficasse a mercê de algo tão finito e obscurantista. A providência exclui também a idéia estoicista de que o mundo é governado pelo destino. Esta idéia não tem base bíblica nem apoio em pensamentos teológicos de respeito. Finalmente, a providência descarta qualquer possibilidade deísta quando afirma que Deus criou o que os deuses criaram, mas entregou as coisas criadas ao acaso ou ao “Deus dará”. A Bíblia diz que Deus criou e sustenta todas as coisas (Heb. 1:3). É verdade que Deus embora não dando causa a todas as coisas ou fatos, Ele tem o controle de tudo e nada escapa a sua percepção e até, pela sua soberania poderia dirigir tudo para fins mais nobres. Entretanto, Ele permite que certas coisas aconteçam para que não seja tirada do homem a sua liberdade, enquanto ser livre e responsável. NO PLANO FÍSICO TEMOS: a) O seu reino domina sobre tudo (Sal. 103:19); b) Mas trovejou o Senhor naquele dia... (1 Sam. 7:10); c) É ele quem remove os montes... quem move a terra para fora do seu lugar... quem fala ao sol este não sai e sela as estrelas (Jó 9:5-7); d) Pelo sopro de Deus se dá à geada... (Jó 37:10); e) É quem faz crescer a relva para os animais e as plantas para o serviço do homem (Sal. 104:14); f) O Ele faz nascer o sol sobre os maus e os bons... (Mat. 5:45); g) Contudo não deixar ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos dos céus 6 chuvas e estações frutíferas (Atos 14:17); NO PLANO HUMANO TEMOS: a) Porque não é do Oriente, não é do Ocidente, nem do deserto que vem o auxílio. Deus é o juiz: a um abate, a outro exalta” (Sal. 75:6,7); b) O Senhor fez com que o seu povo encontrasse favor da parte dos egípcios (Êxodo 12:36); c) Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória (Sal. 73:24); d) Ele determina até onde o mal pode ir, ou até onde o Diabo pode atuar, “Disse Deus a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder, somente contra ele não estendes a tua mão” (Jó 1:12 e 2:6); outrossim, Deus diz: “Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que possais suportar (1 Cor. 10:13). Finalmente, a providência, visa mostrar o cuidado do Senhor para com todas as coisas criadas especialmente para com o homem e mui particularmente com os salvos, conforme escrito está na Palavra de Deus. “... Todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados pelo seu decreto” (Rom. 8:28). Portanto, rejeitemos qualquer idéia panteísta, materialista, deísta, epicurista, estoicista, fatalista, determinista, naturalista, pessimista, mecanicista, humanista, sectarista, probabilista, dualista, idealista, evolucionista, agnosticista, positivista, existencialista, pragmatista, ceticista ou diabolista. A TRINDADE E A TRIUNIDADE A doutrina da trindade não se revela por filosofia, nem por analogia, nem ainda por ciência. É somente por revelação de Deus. O termo trindade é usado geralmente para exprimir duas idéias distintas: A tríplice manifestação de Deus e outra ao seu modo tríuno de existir. Portanto a trindade é a tríplice manifestação de Deus, ou seja: no Pai, no Filho e no Espírito Santo, enquanto a triunidade é a tríplice maneira de Deus existir, ou seja, dos três em um. E o anverso. Na trindade temos um em três e na triunidade temos três em um. E a maneira mais simples de se estudar a matéria. A doutrina da trindade não é uma verdade da teologia natural, mas da revelação bíblica (STRONG); A doutrina da trindade ou a palavra trindade não ocorre na Bíblia, mas há na Bíblia aquele que se manifestou no Pai, no Filho e no Espírito Santo, ou seja: o Pai criou, o Filho redimiu e o Espírito Santo santificou. A doutrina da trindade é um grande mistério. Para algumas pessoas ela não existe é invenção dos teólogos. Entretanto, este quebra-cabeça intelectual pode nos ajudar na compreensão do tremendum ministerium. Esta idéia presente está no Velho e no Novo Testamentos (Gên.1:26,27; Sal. 139; Isaías 6:9; João 6:27; 1:1; 14:10; 14:23; 14:6; 16:13). Usaremos aqui duas figuras que poderão ajudar-nos a compreender este mistério: único e uno. Não há outros deuses. Entretanto, Deus pode ser visto em três dimensões; como a água pode ser vista em três estados: líquido, sólido e gasoso. Ainda podemos ver o pastor de nossa igreja em três dimensões; para as ovelhas ele é o pastor, para os seus filhos ele é o pai e para nós alunos, ele é o professor. A natureza é pródiga em exemplos frisantes e eloqüentes sobre manifestações, como por exemplo, o sol é o único no sistema solar, mas oferece luz e calor ao mesmo tempo. Nem, portanto, se diz que está se vendo ou sentindo dois sóis. A eletricidade também é uma, mas pode se constatar luz e calor ao mesmo tempo ou em momentos diferentes e nem por isso se diz, duas eletricidades. Mas uma só em manifestações distintas. Isto pelo fato, mas se manifesta de formas distintas e, no caso, tríplice, conforme revelações da própria Palavra de Deus. Assim também Deus é um, mas pode ser visto no Pai, especialmente no Velho Testamento ou Velha Aliança. Pode também ser visto no filho ou na Nova Aliança e pode ser visto no Espírito Santo, o parácleto de Deus ou nas consolações do Senhor a nós crentes. O vocábulo “trindade” foi pela primeira vez usado por Tertuliano no final da década II, mas não encontrou lugar na Igreja formal do século IV d.C. Nas páginas das Escrituras Sagradas temos referências muitas respeitantes as várias formas de Deus se revelar. Isto revela também a dinâmica de Deus em se manifestar onde quer, como quer e quando quer. Isto ainda fala da soberania de Deus. Ele é soberano para agir da maneira que apraz. Muitas vezes a “trindade” transcende a compreensão humana. Daí, alguns evangélicos e paraevangélicos rejeitarem esta doutrina e até apresentarem respeitáveis documentos contestatórios ou se lançarem apologeticamente contra esta doutrina. Quando lemos em Gênesis 1:26 “façamos o homem a nossa imagem e conforme a nossa semelhança”, podemos verificar no texto o pluralmagestático da divindade. É bom salientar que no estudo da Cristologia e da Pnematologia, abordaremos cuidadosamente a personalidade do Filho de Deus, sua deidade e atributos, iguais aos do Pai, como também verificaremos a personalidade do Espírito Santo, sua divindade e atributos do Pai. 7 A COSMOLOGIA A CRIAÇÃO Por criação, entendemos o livre ato de Deus, pelo qual, no princípio, para sua própria glória, Ele fez sem uso de material pré-existente, todo universo visível e invisível (Strong). Por criação no sentido próprio de origem ex-nihilo, é a primeira obra que Deus faz ad extra. Nada precede, exceto aquela eterna atividade na essência divina ou do próprio Criador (H.C. Thissen). Por criação, podemos também entender que é a produção de tudo do nada (Lacy); A Criação imediata do universo é matéria tratada com inspiração, por Moisés, quando diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gên. 1:1). Este princípio se perde, no tempo, na história e no espaço. Denota algo muito além de conjectura humana. Para entender isto, é preciso saber um pouco de quem o fez. O termo hebraico “bereshít” (literalmente no princípio), é indefinido. Entretanto, não contraria a ciência e nem deixa qualquer crente sincero desapontado. Enquanto a filosofia grega procurava a explicação do mundo num dualismo que envolve a eternidade da matéria ou num processo de emanação que do mundo a manifestação eterna de Deus; a Igreja cristã desde o começo aceitava que Deus fez o mundo. Assunto aceito por Justino Mártir, Irineu, Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes e Teófilo. PROVAS BÍBLICAS 1. Moisés - o príncipe que foi tirado das águas do rio Nilo, quando ainda menino, por providência de Deus, pago que foi para ser criado pela própria mãe, recebeu desta em pouco tempo, os mais sagrados ensinamentos do Senhor sobre a criação, providência, transcendência e imanência. E verdade que Moisés aprendeu todas as “sofias” do Egito, mas a poeira do tempo e as ideologias egípcias não conseguiram apagar da sua mente o que Deus e a sua mãe haviam colocado. Daí, Moisés optar por Deus e pelo seu povo, pela ciência em Deus e pelo Deus do todo saber dizendo: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Declaração simples, objetiva e completa. Bastante para jogar por terra qualquer teoria sobre a criação. Se não bastasse esta assertiva, citaríamos o salmo 90 verso 10 que diz: “De eternidade a eternidade Tu és Deus...”. 2. Jó - patriarca que viveu antes de Moisés, num Oriente, onde a.escassez de informações era tremenda, onde os conceitos sobre criação e sustentação das coisas criadas eram os mais desencontrados e onde Satanás tinha um universo para atacar, Jó, homem íntegro e temente a Deus, que se desviava do mal (Jó 1:1), escreveu ou fez afirmações que a poeira do tempo não rasgou, como: “O que faz coisas grandes, que se não podem esquadrinhar e maravilhas tais que não se pode contar” (Jó 9:10); “Porventura não sabes tu que desde a antigüidade, desde que o homem foi posto sobre a terra e ainda que ande na sua altura e suba até o céu e a sua cabeça chegue até as nuvens, como o seu próprio esterco perecerá para sempre” (Jó 20:4-6). “...sustenta a terra sobre o nada” (Jó 27.6); “Pelo seu Espírito ornou os céus e sua mão formou a serpente enroscadiça” (Jó 26:13); “Ao Todo-Poderoso não podemos alcançar...” (Jó 37:23). “Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber se tens inteligência...” (Jó 38:4-7). 3. Neemias - um dos remanescentes no exílio, tendo de Deus a revelação para liderar o movimento pró-reconstrução de Jerusalém, não se fez de rogado, mas partiu, vencendo óbices e falsos judeus (Tobias e sambalates), mobilizando os verdadeiros judeus, moços e velhos em regime de “full time” ou tempo integral, levantou os muros e reedificou a cidade que estava em ruínas, tornando líder exponencial, escritor, estadista, visionário e homem de oração, disse, “a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles existem e tu preservas a todos com vida e o exército dos céus te adora” (Neemias 9:6). TEORIAS CONTRÁRIAS A PALAVRA DE DEUS 1) DUALISMO - Nem sempre o dualismo é apresentado de modo igual, mas em sua formação mais usual, estabelece dois princípios existentes. Dentre os defensores desta teoria temos: Platão, Aristóteles, os gnóstico, os maniqueus, os maçons e os feiticeiros. Filosoficamente falando, é impossível existirem simultaneamente o absoluto e o relativo. Outrossim, impossível é a co-existência de dois infinitos ou de dois eternos. 2) EVOLUCIONISMO - Este teoria já está em decadência, por falta de elementos comprobatórios. Seu próprio fundador C. Darwin fez confissões no final de sua vida desapontando os seus seguidores. A evolução parece mais uma mistura de teísmo com panteísmo. Esta teoria não surgiu para explicar, mas sim para complicar. Hoje está provado que a evolução de espécies e manipulações genéticas são possíveis, mas tendo material ou com material existente. Fácil é manipular as coisas existentes. 3) ATEÍSMO - O ateísmo vem apenas confirmar a Palavra de Deus: “Diz o néscio no seu coração; não há Deus”. Temse corrompido, fazem-se abominações em suas obras (Sal. 14:1). Pior do que o ateísta teórico é o ateísta prático, que muitas vezes está dentro das Igrejas, impedindo ao Espírito Santo de fazer maravilhas no meio do povo de Deus. 8 Há outras teorias. Entretanto não podemos perder tempo com idéias absurdas. Até porque, qualquer que for ela, sempre haverá uma interrogação no coração do homem de bem e fiel a Deus. De onde veio o primeiro elemento? O ovo da galinha ou a galinha do ovo? A explosão da matéria ou a matéria da explosão? Sir Isaac Newton tinha um amigo que, como ele, era um grande cientista. Esse amigo, ao contrário de Newton, era descrente, enquanto Sir Isaac era um devoto cristão. Conta-nos à história que certa ocasião, Sir Isaac conseguiu um hábil mecânico, seu amigo, fizesse uma réplica do sistema solar. No centro deste modelo, em miniatura estava uma bola de prata, representando o sol e, girando em torno dela, havia pequenas bolas, representando os planetas. Essas bolas eram ajustadas com engrenagem e correia que a capacitava mover-se em perfeita harmonia, ao girar a manivela. Um dia, quando Sir Isaac estava assentado, lendo em seu gabinete, com o mecanismo sobre a grande mesa, o amigo descrente entrou. De relance conheceu o que estava diante de si. Aproximando-se do mecanismo, girou lentamente a manivela e, com indisfarçável admiração, observou todos os corpos movendo em suas respectivas órbitas, e exclamou: “Puxa! Que coisa extraordinária! Quem fez?” Sem tirar os olhos do livro Newton respondeu: “Ninguém”. O descrente disse: “Evidentemente, Sir lsaac, o senhor não entendeu minha pergunta, eu perguntei quem fez este aparelho?” Olhando para ele Sir Isaac Newton afirma que ninguém o havia feito, mas a agregação de matéria tinha simplesmente acontecido e tomado à forma que ali estava. Porém o estupefato, descrente replicou excitado. “O Senhor deve pensar que sou tolo. Certamente alguém o fez e este alguém é um gênio! Gostaria de conhecê-lo”. Pondo seu livro de lado, Sir Isaac levantou-se, e, colocando a mão no ombro do seu amigo disse: Este engenho é apenas uma insignificante imitação de um sistema muitíssimo maior, cujas leis você conhece. Entretanto, você confessa crer que o grande original, do qual esse modelo é tirado, surgiu sem um plano e sem um autor. Isto também é obra do acaso. A FINALIDADE DE DEUS NA CRIAÇÃO Tudo quanto Deus criou, para sua glória o fez, a fim de receber de sua criação glórias, honras e louvores. a) “Ó Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda terra é o Teu nome!”.”.”“."“..”.”. “Pois expuseste nos céus a Tua majestade” (Sal. 8:1); b) “Os céus proclamam a glória de Deus...”.”. (Sal. 19:1); c) “A todos os que são chamados pelo meu nome e os que criei para minha glória, eu os formei, sim os fiz” (Is. 43:7). JÁ DISSEMOS em nossa definição de criação imediata que foi uma produção instantânea de coisas e que ela inclui todo o universo visível e invisível; insinuamos também que Hodge limita a criação imediata ao ato descritivo no v. 1: todo o restante do capítulo ele considera como criação mediata. O sol estava incluído na criação original; e a luz (vs. 3-5) veio do sol, apesar dos vapores a espalharem. Os germes da vida vegetal podem ter sobrevivido da condição primitiva, de modo que Deus simplesmente precisou ordenar a terra a produzir “relva, ervas que dêem semente e árvores que dêem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele” (vs. 11-13). Em Gênesis 2:19, lemos: “havendo, pois, o Senhor Deus, formado da terra todos os animais do campo, e todas as aves dos céus...”. Isto parece ensina a criação mediata de toda a vida animal (vs. 20-25). E somos definitivamente informados que “formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida” (Gên. 2:7). Isto mostra que ele também foi criado imediatamente, pelo menos no tocante a seu corpo. Tendo agora mostrado que a criação é tanto imediata quanto mediata, precisamos a seguir discutir certas questões que se relacionam à história da criação. EM PRIMEIRO LUGAR, o que estava incluído na criação imediata de Deus? Seguramente não apenas os céus, mas também os habitantes angélicos dos céus (Jó 38:7); e seguramente não apenas a terra, mas também todas as águas e gases da terra. Alguns sugeriram que possivelmente alguns dos seres angélicos, sob a liderança daquele que viria a ser Satanás, foram designados para habitar a terra (Luc. 4:5-8). Esta suposição é plausível, mas realmente não temos passagens que positivamente confirmem isto, a não ser que se interprete Ez. 28:12-15 e Is. 14:9-14 dessa maneira. EM SEGUNDO LUGAR, será que o versículo 2 representa a condição original da terra ou uma condição resultante de um grande cataclisma? Isto pode ser respondido de duas maneiras: A maioria dos escritores antigos considerava esse como a condição original pela ausência de qualquer declaração definida em contrário. Mas a condição 9 naquele versículo é manifestadamente uma de imperfeição. Será que Deus faz alguma coisa imperfeita? Sete vezes Gênesis 1 nos diz que Deus viu que o que havia feito era bom. EM TERCEIRO LUGAR, devemos pensar nos seis dias como sendo seis longos períodos ou com seis dias literalmente? Shedd diz, falando de modo geral: “A exegeses patrística e medieval os dá como longos períodos e não dias de 24 horas. Essa última interpretação tem prevalecido apenas na Igreja moderna”. O termo “dia” não nos ajuda na interpretação, pois é usado de várias maneiras na Bíblia. E usado, por exemplo, para as horas de luz, em contraposição às de escuridão (Gên. 1:4,16,18); para as horas de luz e escuridão combinadas (Gên. 1:15); para os seis dias da criação juntos (Gên. 2:4); e para longos e indefinidos períodos, como por exemplo “o dia da calamidade” (Deut. 32:35); “o dia da peleja” (1 Sam. 13:22); “o dia do furor ou ira (Jó 21:20; Ap. 6:17); “o dia da salvação” (II Cor. 6:2); e “o dia do Senhor” (Sof. 1:7,14). Muitas vezes a palavra hebraica para “dia” (yom) é traduzida como “tempo” (Gên. 26:8; 38:12; Deut. 19:6). Entre os muitos que têm esta opinião, podemos mencionar especialmente os teólogos Hodge, Shedd, Miley e Strong e os proeminentes cientistas: Dana de Yale e Guyot de Princeton. Todos eles destacam a maravilhosa harmonia do relato do Gênesis e as descobertas da geologia. Mas há também outros tantos que afirmam que os seis dias são dias literais. Josefo, não um cristão, mas judeu, nascido mais ou menos na época da morte de Cristo, interpreta Moisés como tendo dito que “em seis dias apenas o mundo e tudo que nele existe foi feito”. EM QUARTO LUGAR, qual foi o método que Deus usou para criar imediatamente? A Escritura mostra que o Espírito de Deus se movia sobre o abismo e Deus falou. Isto significa que Ele não fez simplesmente as coisas através do pensamento, como filósofos idealistas gostariam que aceitássemos; mas que Ele falou e deu poder à Sua palavra através do Seu Espírito. Pela fé entendemos que os mundos pela Palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Heb. 11:3). ANGELOLOGIA – A DOUTRINA DOS ANJOS As evidências da crença na existência dos anjos remontam séculos. A palavra anjo vem do grego “aggelo”, que significa mensageiro. A ORIGEM DOS ANJOS Que os anjos não existem desde a eternidade é mostrado pelos versículos que falam de sua criação. Neemias 9:6 “Tu fizeste o céu, o céu dos céus, todo o seu exército”; “Louvem o nome do Senhor, pois mandou ele, e foram criados”; Col. 1:16: “Pois nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele”. Isto está subentendido também na declaração de 1 Tim. 6:16, onde diz que Deus é “o único que possuí imortalidade”. A época de sua criação não é indicada com precisão em parte alguma, mas é provável que tenha se dado juntamente com a criação dos céus em Gên. 1:1. Pode ser que Deus os tenha criado imediatamente após ter criado os céus e antes de ter criado a terra, pois de acordo com Jó 38:4-7, “rejubilavam todos os filhos de Deus” quando Ele lançava os fundamentos da terra. Embora as Escrituras não citem números definidos, dizem-nos que o número de anjos é muito grande (Dan. 7:10; Mat. 26:53; Heb. 12:22). A NATUREZA DOS ANJOS Ao aceitarmos o fato dos anjos, naturalmente desejamos saber em seguida algo mais a respeito de sua natureza. Este assunto é uma questão de revelação e não de especulação filosófica. Observamos que: 1) NÃO SÃO SERES HUMANOS GLORIFICADOS - Mateus 22:30 diz que seremos como anjos, mas não diz que seremos anjos. No futuro, os crentes hão de julgar os anjos (I Cor. 6:3), que deve se referir aos anjos maus. Mas isso é diferente de dizer que seremos anjos. As incontáveis hostes de anjos “são diferenciadas dos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Heb. 12:22,23). Vai de encontro aos ensinamentos da Escritura “Eu quero ser um anjo e com os anjos ficar”. 2) SÃO INCORPÓREOS - Salmo 104:4: “Fazes a teus anjos ventos” citado em Heb. 1:7. Observe também Heb. 1:14; “Não são todos eles espíritos ministradores enviados para serviços, a favor dos que hão de herdar a salvação?” 10 3) SÃO UM BATALHÃO E NÃO UMA RAÇA - Hebreus 12:22: “Mas tendes chegado ao Monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incomparáveis hostes de anjos”. Eles nem se casam nem são dados em casamento, e nem morrem (Luc. 20:34-36). Cinco vezes são os anjos chamados de “filhos de Deus” no Velho Testamento (Gên. 6:2,4; Jó 1:16; 2:1; 38:7); mas nunca lemos a respeito dos “filhos dos anjos”. 4) EXCEDEM O HOMEM EM CONHECIMENTO, APESAR DE NAO SEREM ONISCIENTES - II Samuel 14:20: “Porém sábio é meu senhor, segundo a sabedoria dum anjo de Deus, para entender tudo o que se passa na terra”; Mt.24:36: “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai”. 5) SÃO MAIS FORTES QUE O HOMEM, APESAR DE NÃO SEREM ONIPOTENTES - Salmo103:20: “Bendizei ao Senhor todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens, e lhe obedeceis à palavra”; II Ped.2:11: “ao passo que anjos, embora maiores em força e poder, não proferem contra ele juízo infamante na presença do Senhor”; II Tess. 1:7,8: ”... quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo”. Ilustrações do poder de um anjo são encontradas na libertação dos apóstolos da prisão (At.5:19; 12:7,23) e no rolar da pedra que fechava o túmulo de Cristo (Mat.28:2). Sobre este último incidente, STRONG faz o seguinte comentário: “uma roda de granito, de 2,50 metros de diâmetro e 30 centímetros de espessura, rolando em uma caneleta, pesaria mais de quatro toneladas”. 6) SÃO VISÍVEIS E INVISÍVEIS - (Dan. 6:22; Mat. 28:3) - Contudo, devemos ter cuidado com OVNIs. Há muitas lendas ou fábulas no livro “Os deuses e os discos voadores”. CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS - OS MAUS 1) OS ANJOS QUE ESTÃO EM LIBERDADE - Estes são normalmente mencionados em conexão com Satanás, seu líder (Mat. 25:41; Ap.12:7-9). Mas Sa1. 78:49; Rom.8:38; 1 Cor.6:3; Ap.9:14 referem-se a eles separadamente. Estão, é claro, incluídos em “todo principado e potestade, e poder e domínio” em Ef 1:21, e são mencionados especificamente em Ef 6:12 e Col. 2:15. Sua principal ocupação parece ser a de apoiar seu líder Satanás na luta dele contra os anjos bons e o povo e a causa de Deus. 2) OS DEMÔNIOS - O termo “demônio” aparece somente três vezes no Velho Testamento (Deut. 32:17; Sa1. 106:37; Lev. 17:7), apesar de Sweet achar que existe uma referência a demonologia no Velho Testamento também em Lev. 16:21,22; Is.13:21. Eles causam moléstias (Jó 1:5-10, Mat. 9:33; 12:22; Lucas 9:37-42; 13:11,16). Duas coisas devem se observar a esse respeito. Quando Deus permitiu que Satanás infligisse doença sobre Seu servo Jó, Ele definitivamente estabeleceu limites para a ação dele; e as Escrituras fazem distinção bem definida entre possessão demoníaca de um lado, e distúrbios puramente físicos e mentais por outro lado. As seguintes passagens nos mostram essa distinção: Mat.4:34; 8:16; 9:20-35; 10:1; 14:35; Marcos 1:32,34; 3:15; Lucas 4:40; 6:17,18; 9:1. Eles causam distúrbios mentais (Marcos 5:4,cinco; Lucas 8:35). Embora, sem dúvida muitos dos chamados casos psicopatas possam ser encaixados aqui, não devemos nos esquecer que as Escrituras não consignam todos os distúrbios mentais diretamente à obra dos demônios. Eles levam muitos à impureza moral (Mat.10:1; 12:43; Marcos 1:23-27; 3:11; 5:2-13; Lucas 4:33,36; 6:18; 8:29; Atos 5:16; 8:7; Ap.16:13). Eles levam os homens a reterem a terminologia antiga, mas a preenchê-la com um conteúdo diferente. Assim, inspiração, encarnação, expiação, ressurreição, etc., podem ser pregadas por homens que não dão a esses termos o significado de longa data estabelecido. Eles se opõem aos filhos de Deus em seu progresso espiritual (Ef.6:12). Paulo mostra a vida espiritual como sendo uma guerra constante contra as milícias do mal e insta conosco para que coloquemos toda a armadura de Deus, para que tenhamos condições de resistir a essas tremendas forças do mal. Ele recebe também uma coleção de nomes de uma espécie diferente. Assim, é chamado de O MALIGNO (Mat.13:19,38; Ef.6:16; I João 2:13,14; 5:19). Esta é uma descrição de seu caráter e sua obra. Ele é malvado, cruel e tirânico para com todos que consegue controlar; e está disposto a praticar maldade sempre que puder. O TENTADOR (Mat.4:3; 1Tess.3:5). Este nome indica seu constante propósito e esforço para levar os homens a pecar. Ele apresenta as desculpas mais plausíveis e sugere as mais chamativas vantagens para se pecar. O DEUS DESTE SÉCULO (II Cor.4:4). Como tal, ele tem seus “ministros” (II Cor. 11:15), “doutrinas” (I Tim.4:1), “sacrifícios” (I Cor. 10:20), e “sinagogas” (Ap.2:9). Ele patrocina a religião do homem natural e é sem dúvida alguma, responsável por todos os falsos cultos e sistemas que assolam a cristandade hoje em dia. O PRÍNCIPE DA POTESTADE DO AR (Ef.2:2; 6:12). Como tal, ELE É O LÍDER DOS ANJOS MAUS (Mat.25:41; Ap. 12:7) e o PRÍNCIPE DOS DEMÔNIOS (Mat. 12:24; Ap. 16:13,14). Ele comanda uma vasta hoste de servos que executam suas ordens, e governa com poder despótico. O PRÍNCIPE DESTE MUNDO (João 12:12:31; 14:30; 16:11). Como DIABO, ele é o caluniador, o acusador dos irmãos (Ap. 12:10). Ele fala mal de Deus para o homem (Gên.3:1-7) e do homem para Deus (Jó 1:19; 2:4). DRAGÃO (Is.51:9; Ap.12:3,7; 13:2). O DESTINO DOS ANJOS 1) O DESTINO DOS ANJOS BONS - Temos sobejas razões para crer que os anjos bons continuarão servindo a Deus 11 por toda a eternidade. Na visão que João teve da Nova Jerusalém, que certamente pertence a uma era futura, e que está evidentemente destinada a continuar para sempre juntamente com o novo céu e a nova terra (Ap.21:1,2), ele viu anjos diante das doze portas da cidade (Ap.21:12). Se pelo menos alguns anjos vão estar servindo, não há razão alguma para não se crer que todos os anjos bons continuarão assim nos lugares que foram para eles designados. 2) O DESTINO DOS ANJOS MAUS - A respeito dos anjos maus, temos informação definitiva que terão sua parte no lago de fogo (Mat. 25:41). Enquanto isso são mantidos acorrentados e na escuridão até o dia do seu julgamento (II Ped. 2:4 e Judas 6), como o criminoso condenado que foi considerado culpado e mantido na prisão, aguardando o dia em que será sentenciado oficialmente e levado para sofrer a pena por seu crime. Quando Cristo voltar, os crentes terão parte no julgamento, ou condenação, dos anjos maus (1 Cor. 6:3). SUA QUEDA Algumas pessoas acham que Ez.28:15 se refere a Satanás. Se assim o for, então ele é definitivamente mostrado como tendo sido criado perfeito. Mas diversas passagens mostram alguns dos anjos como maus (Sal.78:49; Mat.25:41; Ap.9:11; 12:7-9). Isto se deve ao fato de ter deixado seu próprio principado e habitação apropriada (Judas 6) e pecado (II Ped.2:4). Não há dúvida que Satanás tenha sido o chefe da Manhã e Filho da Alva, e lamentar a sua queda. Ezequiel 28:15-17 parece semelhantemente descrever sua queda. Não pode haver dúvidas, portanto, de que houve realmente uma queda para alguns anjos. A época de sua queda. A Escritura silencia quanto a este ponto; mas deixa claro que a queda dos anjos se deu antes da do homem, já que Satanás entrou no Jardim sob a forma de serpente e induziu Eva a pecar. Mas não podemos dizer definitivamente quanto tempo antes do incidente do Éden os anjos caíram. Aqueles que consideram os dias da criação como longas épocas, naturalmente acharão que esta queda teve lugar durante esse longo período; aqueles que afirmam que Gên. 1:2 representa a conseqüência de uma grande catástrofe, naturalmente colocarão a queda dos anjos em algum lugar entre os versículos 1 e 2. De acordo com nossa preferência pela segunda interpretação, sugerimos que ela ocorreu algum tempo após a criação dos céus e da terra e que foi a causa principal da condição descrita em Gên. 1:2. O resultado de sua queda. Diversos resultados de sua queda aparecem nas Escrituras: (1) Todos eles perderam sua santidade original e se tornaram corruptos em natureza e conduta (Mat. 10:1; Ef.6:11,12; Ap. 12:9). (2) Alguns deles foram lançados no inferno (Tártaro, só aqui), e estão acorrentados até o dia do julgamento (II Ped.2:4). (3) Alguns deles permaneceram em liberdade e trabalham em definida oposição à obra dos anjos bons (Ap.12:7-9; Dan. 10:12,13,20,21; Judas 9). (4) Pode também ter havido um efeito sobre a criação original. Lemos que mais tarde a terra foi amaldiçoada com o pecado de Adão (Gên.3:17-19) e que a criação está gemendo por causa da queda (Rom.8:19-22). Não é improvável, portanto que o pecado dos anjos tenha tido algo a ver com a ruma da criação original em Gên. 1. (5) Eles serão, em um dia futuro, atirado para a terra (Ap. 12:8,9) e, após seu julgamento (1 Cor. 6:3), no lago de fogo (Mat. 25:41; II Ped. 2:4; Judas 6). A CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS - OS BONS 1) OS QUERUBINS - Os querubins são mencionados em Gênesis 3:24; II Reis 19:15; Ez. 10:1-20; 28:14-16. Eles também provavelmente podem ser encontrados entre os “seres vivos” no livro de Apocalipse. Strong declara que os querubins não “são seres reais... mas sim aparências simbólicas, feitas para representar a humanidade redimida, agraciada com todas as perfeições perdidas pela queda”. 2) OS SERAFINS - Os serafins são mencionados pelo nome apenas em Is. 6:2,6. São distintos dos querubins. Encontramos passagens que dizem estar Deus assentado acima dos querubins (1 Sm.4:4; Sal.80:1; 99:1, etc.); mas os serafins estão em pé, acima dEle (Is.6:11). Também seus deveres diferem dos que competem aos querubins. 3) OS ARCANJOS - O termo arcanjo só ocorre duas vezes nas Escrituras. 1 Tess. 4:16; Judas 9; mas há outras referências para ao menos um arcanjo, Miguel. Ele é o único a ser chamado de arcanjo. Ele aparece comandando seus próprios anjos (Ap. 12:7) e como o príncipe do povo de Israel (Dan. 10:13;21; 12:1). ANTROPOLOGIA – A DOUTRINA DO HOMEM A palavra significa “estudo do homem”. A antropologia é a doutrina do homem, mas o termo é usado tanto na teologia quanto na ciência. Como teologia, visa o estudo do homem e o seu relacionamento com Deus, enquanto na ciência, visa o estudo do homem na sua parte orgânica. Assim sendo, verificaremos em primeiro lugar, o homem como à luz da antropologia científica. 1. Somatologia, estudo dos caracteres físicos das raças; 2. Antropogeografia, estuda a distribuição das raças; 3. Antropologia cultural, estuda a lingüística, tecnologia, arqueologia, etc; 12 4. Antropologia social, estuda o homem como um ser social e filosófico; Mas o homem pode ser visto também como: 1. Ser biológico - isto é, composto de hidrogênio, carbono, cálcio, fósforo, etc. Os médicos não nos receitam vitaminas e sais minerais em vão. 2. Ser psicológico - isto é, o homem tem vontade própria, determinação própria, sentimentos, movimentos, reflexos, etc. 3. Ser sociológico - o homem não vive só. Não nasce só e não se auto-sepulta. Ele é por natureza um ser social nato. 4. Ser moral - há no homem uma consciência ou governo ético ou moral. Ainda que tentem fazê-lo irracional, há leis que nunca o permitiriam. 5. Ser teológico - ele é a imagem de Deus. Tem sede de Deus. Reclama por Deus. Ele é o ântropos, por natureza, aquele que olha para cima. 6. Ser filosófico - ele é um pesquisador nato, um inquiridor natural. Tem sede de saber das coisas mais profundas e da causa de todas as coisas. Ainda quando criança, este desejo já se manifesta. A transição da teologia para a antropologia, isto é, do estudo de Deus para o estudo do homem, é natural. O homem é a coroa da criação e ainda mais, o objeto do cuidado especial de Deus. A ORIGEM DO HOMEM Toda pessoa ponderada se confronta com a questão da origem da raça humana. As Escrituras Sagradas nos oferece um duplo relato da criação do homem, um em Gên.1:26,27 e outro em Gên.2:7,21,23. Autores da mais alta eminência parecem estar plenamente satisfeitos com a idéia bíblica da origem do homem. 1. A CRIAÇÃO DO HOMEM FOI PRECEDIDA POR UM CONSELHO DIVINO. Antes de registrar a criação do homem, o autor nos leva de volta, por assim dizer, ao conselho de Deus, pondo-nos em conhecimento com a Palavra de Deus. “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gên. 1:26). Alguns chamam de plural de majestado ou pluralmajestático, plural de comunicação. Seja como for, Deus fez o homem. 2. A CRIAÇÃO DO HOMEM FOI, NO SENTIDO MAIS ESTRITO DA PALAVRA. UM ATO IMEDIATO DE DEUS. O verbo usado na criação do homem é este “Barah”. Criou Deus o homem. Embora alguns discutam. Mas a criação do homem foi ato e não processo. 3. A CRIAÇÃO DO HOMEM FOI UM TIPO DIVINO. Tudo quanto criado foi, antes do homem diz a Bíblia foi bom, mas ao chegar ao homem, diz o Santo Livro: “foi muito bom”. Ademais, o homem além de ser criado como o “imago dei” ou a imagem e semelhança de Deus, ele é chamado a “coroa da criação”. Até porque, nele, Deus colocou algo mais, o sopro da vida. Então o homem passou a ser mais do que matéria, corroborada com outras referências como (Ecl. 12:7; Mat. 10:28; Luc.8:55; II Cor.5:1-8; Heb.12:9). Alguns teólogos chegam a citar o Salmo 8 como um forte argumento para dizer que Deus fez o homem um pouco menor do que o próprio Criador. Em que consistiria esta semelhança? Não é física. Deus é Espírito, portanto, a semelhança é espiritual. Os mórmons e os Suecoborgianos apresentam Deus como um grande ser humano. Deus não é isto... Poderíamos dizer em síntese bíblica que a imagem de Deus é moral, espiritual e mental como dizem respeitáveis teólogos, como: Hodge, Strong e outros. Leia (Ex.12:8; 33:20). TEORIAS CONTRÁRIAS A BÍBLIA EVOLUCIONISTA - Por ser tão pueril e de fôlego menor, não gastaremos muito tempo com ela. Haja vista, o que já dissemos, em capítulos anteriores. Esta teoria fala do homem como se ele fosse descendente de macacos ou antropóides, refutando-a diríamos: porque ainda há macacos? Enquanto o homem pseudocientista está tentando ligar o homem ao macaco ou aos irracionais, Deus está, pelo Espírito Santo, tentando uni-lo a Cristo, o Salvador. Teoria é teoria, nada mais do que teoria. O que falta no evolucionismo é o elemento comprobatório ou fatos que justifiquem-no. Outrossim, falta a chave do processo. Todo esforço para chegar às origens ainda não deu no elemento causador. Espero que nesta 13 busca, alguns sinceros cientistas encontrem o Senhor. O Deus que criou o homem. Certa ocasião, dois céticos e adeptos do evolucionismo assentaram em seus corações, por em xeque a Palavra de Deus a começarem pelos milagres de Cristo e pelas Epístolas Paulinas. Cada um faria uma parte. Meses depois os dois se encontraram não para refutarem a Bíblia, mas para confirmarem-na e confessarem a sua fé em Cristo. A ORIGEM DO HOMEM E A UNIDADE DA RAÇA A Escritura diz que a humanidade toda descende de um único par. Criado por Deus, casados por Deus e para a glória de Deus. (Gên. 1:27,28; 2:7 e 2:18-24). Strong diz que até nas tribos mais selvagens, isto é comprovado. 1. Argumento da fisiologia - Zoologistas, do ponto de vista de sua própria ciência, de um modo geral agora preferem mais a doutrina monogenista, que a traça a raça humana até um único casal; 2. Argumento da linguagem - Strong diz: “A filologia comparativa indica uma origem comum a todas as línguas mais importantes e não fornece evidência de que o menos importante também não seja assim derivado”. 3. Argumento da Psicologia - A existência entre todas as famílias da humanidade, de características mentais comuns, conforme evidências por máximas tendências e capacidade comuns, na prevalência de tradições semelhantes, e aplicabilidade universal de uma filologia e religião, é mais aceita por todos. 4. Argumento da história - As tradições apontam para uma origem e uma linhagem comum na Ásia Central. A história das migrações do homem tende a mostrar que houve uma distribuição, partindo de um único centro. A CONSTITUIÇÃO DO HOMEM As diferentes opiniões que foram comuns na história: Dicotomia e Tricotomia. É costume, especialmente nos círculos cristãos entender que o homem consiste em duas partes distintas, e de duas somente, a saber, CORPO E ALMA. Esta concepção é tecnicamente denominada dicotomia. Ao lado dela, porém, apareceu outra, segundo a qual a natureza humana consiste de três partes, CORPO, ALMA e ESPÍRITO. E designada pelo termo tricotomia. A exposição geral da natureza do homem na Escritura é claramente dicotômica. De um lado, a Bíblia nos ensina a ver a natureza do homem como uma unidade, e não como uma dualidade consistente de dois elementos diferentes, cada um dos quais movendo-se ao longo de linhas paralelas sem realmente unir-se para formar um organismo único. A idéia de um simples paralelismo entre os dois elementos da natureza humana, encontrada na filosofia grega e também nas obras de alguns filósofos posteriores, é inteira alheia à Escritura. Embora reconhecendo a complexa natureza humana, ele nunca a expõe como redundando num duplo sujeito no homem. Cada ato do homem é visto como um ato do homem todo. Não é a alma, e sim, o homem que peca; não é o corpo, e sim, o homem que morre; e não é meramente a alma, e sim, o homo, corpo e alma, que é redimido em Cristo. Esta unidade já acha expressão na passagem clássica do Velho Testamento, a primeira passagem a indicar a complexa natureza do homem, a saber, Gênesis 2:7 “Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem foi feito alma vivente”. Há, porém, duas passagens que parecem estar em conflito com a usual descrição dicotômica da Escritura, a saber, 1 Tess.5:23, “O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”; e Heb.4:12, “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a ponto de dividir a alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”. Deve-se notar, porém, que é boa regra de exegese que as afirmações excepcionais sejam interpretadas à luz da analogia Scripturae. Os tricotomistas procuram suporte no fato de que a Bíblia, como eles a vêem, reconhece duas partes constitutivas da natureza humana em acréscimo ao elemento inferior ou material, a saber, a alma (hebraico, nephesh; grego, psyque) e o espírito (hebraico, ruah; grego, pneuma). Mas o fato de serem empregados esses termos com grande freqüência na Escritura não dá base para a conclusão de que designam partes componentes, em vez de aspectos diferentes da natureza humana. Um cuidadoso estudo da Escritura mostra claramente que ela emprega as palavras umas 14 pelas outras, em permuta recíproca. Ambos os termos indicam o elemento superior ou espiritual do homem, vendo-o, porém, de diferentes pontos de vista. Contudo, devemos acautelar-nos quanto a esperar ver no Velho Testamento a distinção posterior entre o corpo, como o elemento material, e a alma, como o elemento espiritual da natureza humana. Esta distinção entrou em uso mais tarde, sob a influência da filosofia grega. A antítese alma e corpo - mesmo em seu sentido neotestamentário, não se acha no Velho Testamento. De fato, o hebraico não tem uma palavra para o corpo como organismo. A distinção veterotestamentária dos dois elementos da natureza humana é de diferente espécie. Em sua obra sobre A Doutrina Bíblica do Homem, diz Laídlaw: “Vê-se com clareza que a antítese é entre o inferior e o superior, o terreno e o celeste, o animal e o divino. Não se trata tanto de dois elementos, mas de dois fatores que se unem, com uma resultante única e harmoniosa,” o homem passou a ser alma vivente “. E evidente que é essa a distinção presente em Gên.2:7; Jó 27:3; 32:8; 33:4; Ecl.12:7. Várias palavras são empregadas no Velho Testamento para indicar o elemento inferior do homem ou partes dele, como” carne, “pó” , “ossos”, “entranhas”, “rins”, e também a expressão metafórica de Jó 4:19, “casas de barro”. Há também diversas palavras que indicam o elemento superior, como “espírito”, “alma”, “coração” e “mente”. A ORIGEM DA ALMA NO INDIVÍDUO 1) PREEXISTENCIALISMO - Alguns teólogos especulativos, dentre os quais Orígenes, Scotus Erígena e Julío Mueller são os mais importantes, defendiam a teoria de que as almas dos homens existiam num estado anterior, e que certas ocorrências naquele primeiro estado explicam a condição em que essas almas acham-se agora. Pergunta-se: Haveria um depósito de almas em algum lugar, para atender aos recém-nascidos? Isto cheira, romanismo. 2) TRADUCIONISMO - De acordo com o traducionismo, as almas dos homens são reproduzidas juntamente com os corpos pela geração natural e, portanto, são transmitidas pelos pais aos filhos. Na Igreja Primitiva Tertuliano, Rufino, Apolinário e Gregório deNissa eram traducionistas. Desde os dias de Lutero o tradicionismo tem sido o conceito geralmente aceito pela Igreja Luterana. Entre os reformados (calvinistas), tem o apoio de H. B. Smith e Shedd A. H. Strong também tem preferência por ele. (Ecl. 12:7; Is.42:5; Zc.12:1; Heb.12:9). A HAMARTIOLOGIA – A DOUTRINA DO PECADO No grego éhamartia. que é derivado de uma raiz que indica “errar o alvo”, conforme se pode ler em (Sal.78:57) Algumas definições de pecado: a) Pecado é transgressão da Lei de Deus (1 João 3:4); b) Pecado é estado mau da alma (Tiago 1:15,16); c) Pecado é o preço da desobediência (Rom.5:12); Como diz Langston: “Errar na doutrina do pecado é errar também na doutrina da salvação”. A idéia que temos de pecado determina, mais ou menos, a idéia que temos da salvação “ A ORIGEM DO PECADO O pecado originou-se no ato livre de Adão. A Bíblia diz que através da desobediência de um homem (Adão), o pecado entrou no mundo (Rom.5:12). A narrativa histórica está em (Gên.3:1-8), assim diz Thiesse “entretanto, é preciso ir mais fundo e procurar as causas primeiras do pecado”. 1) O PECADO NO MUNDO ANGÉLICO - Tudo começou com anjos, quando também por desobediência ou rebelião praticaram o ato proto do pecado ou do primeiro pecado, conforme alguns escritores colocam, citando (Is. 14:12-14 e Ez.28:14-18). Esta fonte é discutível por alguns teólogos, entretanto, é a mais próxima de hecatombe. Vale a pena salientar aqui, que jamais o pecado teve origem em Deus ou que Deus tenha criado o pecado, até porque, seria atribuir ao Perfeito a imperfeição ou imputar ao Eterno o transitório. Para consulta leia (Jó 34:10; Deut. 32:4; Sa1.92:16; Tiago 1:13). 2) O PECADO NA RAÇA HUMANA - Quando o pecado atingiu a espécie humana, já existia noutra esfera. .Adão foi vítima e réu ou efeito e causa. Por ele entrou o pecado no mundo, como escrito está na Bíblia. Adão ao render-se à 15 tentação ou ao tentador, cometeu o primeiro delito espiritual, comendo o fruto proibido onde o hebraico diz: “morrendo, morrerás”. Adão pecou não somente comprometendo toda a espécie humana, como chefe representativo de todos os viventes, mas também poluiu o que Deus criou tão limpo; sujou o que Deus criou tão puro; entortou o que Deus fez tão reto. Aliás, sendo Deus perfeito, faria Ele algo imperfeito? HOJE AO ESTUDARMOS TÃO SUBLIME ASSUNTO TENHAMOS CUIDADO COM COMENTÁRIOS E EXEGESE. Porque o primeiro exegeta da Bíblia, foi Satanás, que ao saber do que Deus tinha dito, disse para a mulher: “não é bem assim...” (Gên.3:4,5). A UNIVERSALIDADE DO PECADO Certamente as Escrituras ensinam a universalidade do pecado. “Não há ninguém que não peque” (1 Rs.8:46). “Porque à tua vista não há justo nenhum vivente” (Sal.143:2); “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rom.3:23). É verdade que Adão pecou, quando tinha todas as condições para não fazê-lo, mas fez. Verdade é também que Deus poderia evitar tal acontecimento, mas não evitou, para mostrar que Ele não criou um robô ou autômato, mas um ser livre e responsável. HOJE, muitos tendo tudo para pecar não pecam, porque estão procurando agradar ao Senhor, enquanto outros que tendo tudo para não pecarem o fazem, como evidência de que o homem, conquanto tenha pecado e contaminado toda raça humana, ele ainda é livre como dantes. A IMPUTAÇÃO DO PECADO DE ADÃO A Bíblia ensina que ao cair Adão, caiu com ele a raça inteira. Langston na sua teologia diz que as marcas do pecado estão em todos os seres viventes. A raça humana inteira, está com o vírus do pecado. Leia (Rom.5:19: Ef.2:1-3; Sal.51:1-10). Diz também Langston na sua teologia que há no mundo hoje pecador e pecadores. Isto é, sendo pecadores, confessou-se a Cristo como tal, arrependeram-se dos seus pecados e foram perdoados. Hoje são pecadores, mas salvos, pela graça de Cristo. Entretanto, há também pecador, ou aqueles que vivem no pecado, para o pecado, do pecado, gerando pecado, como verdadeiros fazedores de pecado. São os que se comprazem no pecado, embora sabendo que há cura para o seu mau. TEORIAS ERRÔNEAS A RESPEITO DO PECADO Conquanto o pecado seja uma realidade inerente ao ser humano, presente em tantos espaços e evidente em tantas pessoas, há ainda pessoas, pensadores, escritores e até religiosos que contestam esta assertiva, como: a) O ATEÍSMO - O ateísmo ao negar a existência de Deus, nega também a realidade do pecado na espécie humana. Nada mais perigoso do que negar a existência de Deus e nada mais tenebroso do que olvidar o pecado no mundo. Ele pode ser visto nas telas, pode ser também constatado nos jornais de todas as cidades do mundo. Pode ainda ser visto nos grupos sociais, nos lares, nos governos, nas instituições, nas camadas baixas e altas das sociedades, nos lugares pobres e nas regiões nobres, nas prisões e nos manicômios e até nas Igrejas. b) O DETERMINISMO - Ao afirmar que o livre arbítrio é uma ilusão está afirmando que o homem é vítima do auto pré-estabelecido. Ele nasce, cresce e morre porque tem que ser assim. Nada mais venenoso e letal do que esta teoria. É uma maneira sutil de incriminar ao próprio Deus, por tudo o que acontece. O cristão precisa estar preparado não só para pregar, mas também par rechaçar tais pensadores, escritores e expositores de idéias perniciosas. c) PELAGIANISMO - Pelágio foi um monge inglês, que nasceu mais ou menos em 370 a.D. O pelagianismo crê e defende a idéia de que o pecado de Deus afetou apenas a ele, que toda a alma humana é criada por Deus imediatamente e criada inocente. Teoria perigosa. E bom lembrar que o pai transmite ao filho tudo, inclusive o pecado. O pecado é hereditário. d) ILUSIONISMO - Teoria perigosa e perniciosa. Para Spinoza e para Leinbitz, o pecado é simplesmente um defeito, uma limitação da qual o homem está cônscio. O mundo está debaixo de mundo de fantasia. Tudo é ilusório. O importante é ser iludido. Triste estilo de vida. Tremendo mundo de viver. Neste campo entra um pouco de hedonismo “prazer”. Tudo vale quando dá prazer. Neste mundo imundo, muitos estão promiscuindo-se. Nestas águas sujas, muitos estão se sujando. Nestas ondas perigosas, muitos estão surfando. e) CIÊNCIA CRISTÃ - Esta seita nega a realidade do pecado. Declara que o pecado não é algo positivo, mas simplesmente a ausência do bem. Se pensar bem, não haverá pecado. Que bom se tudo fosse assim. Mas na verdade, o pecado é uma realidade tremenda, como está descrito na Bíblia. O pecado é como um polvo que com seus tentáculos 16 pode matar. Neste campo também se diz que o pecado é coisa de mentes anormais. Só os que mais pecam são os lustrados e aculturados. Haja vista, os maiores criminosos do mundo, são pessoas cultas e inteligentíssimas. CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO Como resultado do pecado de Adão, todos os descendentes seus nascem no mesmo estado em que ele caiu. 1) DEPRAVAÇÃO GENERALIZADA - Entende-se por depravação a falta de justiça original e uma tendência para o mal. A Bíblia diz que todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rom.3:23). Ainda podemos constatar em Rom. 1:1827 e 2:1-16. Este é o estado do mundo em pecado e do pecado do mundo. É uma depravação geral. É baixaria generalizada. 2) DESORDEM SOCIAL - O mundo em todos os tempos, lugares e estações esteve numa desordem social. A história universal dá conta desta hecatombe. Basta ler dos povos antigos, modernos e contemporâneos; dos povos civilizados e não civilizados; das nações adiantadas e não adiantadas. Deus fez um mundo bom, mas o pecado o colocou em desordem. Deus fez um reto, mas o pecado o entortou. Ao lermos os últimos versos do cap. três de Gênesis e os primeiros versos do cap. quatro, constataremos: trabalho penoso, fadiga, parto com dor, subserviência, fardos, espinhos, moléstias, doenças, pestilências, pragas, inimizades, insetos, homicídio, inveja, mentira, ocultação de cadáver, fuga, sinais do mal, etc. 3) OS SOFRIMENTOS DA VIDA - Os sofrimentos da vida, que resultam da entrada do pecado no mundo, também estão incluídos na penalidade do pecado. O pecado produziu distúrbios em todos os aspectos da vida do homem na face da terra. Sua vida física caiu presa de fraquezas e doenças, que redundaram em desconfortos e agonias. Os problemas mentais ou doenças mentais. Os problemas psicológicos ou doenças psíquicas, que para muitos cientistas, não passam de coisas normais, o pecado é algo mais profundo e dérmico, tem causas mais antigas e remotas. Hoje quando a ciência médica é desafiada com doenças como câncer “curável”, aids “incurável” e outras que certamente surgirão para por em xeque a palavra dos médicos (Jó 13:4) e confirmar a palavra de Deus. 4) A MORTE FÍSICA - A separação de corpo e alma também faz parte da penalidade do pecado. Que o Senhor tinha isto em mente na penalidade ameaçada é mais que evidente na explicação dele feita com palavras “tu és pó e ao pó tornarás” (Gên.3:19). Também transparece na argumentação de Paulo em, Rom. 5:12-21 em 1 Cor. 15:12-23 ou como mais freqüente se entende “O salário do pecado é a morte...” (Rom.6:23). O preço do pecado é a morte. O que se recebe pelo pecado é a morte. A conseqüência do pecado é a morte. O mundo não quis aceitar esta assertiva, mas hoje está cada vez mais clara e transparente e evidente e patente. Os hospitais estão aí para provarem. Os cartórios aí estão para atestarem. Os cemitérios estão aí para confirmarem. 5) MORTE ETERNA - Esta pode ser considerada como a culminância e a consumação da morte espiritual. As restrições do presente desaparecem, e a corrupção do pecado tem a sua obra completa. O peso total da ira de Deus desce sobre os condenados e isto significa morte no sentido mais terrível da palavra. “A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não tem repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, nem aquele que recebe o sinal do seu nome” (Apoc. 14:11). Este assunto será abordado mais amplamente, quando do estudo da Escatologia ou na doutrina que estuda as últimas coisas. 6) SEU EFEITO SOBRE O MEIO AMBIENTE - Lemos que a serpente foi amaldiçoada “entre todos os animais domésticos” e “entre todos os animais selvagens” (Gên.3:14). E evidente que a criação animal sofreu como restelado do pecado de Adão. Na era futura, esta maldição será retirada, e as feras selvagens se deitarão com os dóceis animais domésticos (Is. 11:6-9 e 65:25 e Os.2:18). “Porque sabemos que toda a criação será redimida do cativeiro da corrupção, para liberdade da glória dos filhos de Deus, porque sabemos que toda a criação a um só tempo geme e suporta angústias até agora” (Rom.8:21,22). A natureza hoje está sendo destruída. O meio ambiente está sendo poluído não simplesmente por deseducação ou falta de educação, mas por causa do pecado latente e patente do homem. O homem tornou-se um mal administrador da natureza. Como disse Rui Barbosa “Homo Homini Lupus” (homem lobo do homem). Finalmente, temos o pecado imperdoável - Ficaremos apenas com as passagens bíblicas que lançam luzes sobre este mal incurável ou doença letal, deixando que o assunto seja abordado também pelo ensino no N.T. e na doutrina da escatologia. Textos que falam deste assunto: Mat. 12:31,32; Heb.6:4-6; Heb. 10:26,27; I João 5:16). CRISTOLOGIA – A DOUTRINA DE CRISTO 17 A cristologia trata de uma pessoa, a pessoa de Cristo. E isto que faremos neste estudo despretensioso, mais objetivo. Se não bastasse o esforço de Herodes para matar o Filho de Deus quando nasceu em Belém da Judéia (Mat.2:16) e de Satanás do limiar do seu ministério na terra (Luc.4:1-13), surgiram movimentos anticristãos ou contra Cristo para impedir obra da redenção como: 1. Os Ebionitas - O nome é derivado de um vocábulo hebraico que significa (pobres ou indigentes). Eram judeus crentes que não conseguiam deixar as cerimônias mosaicas. Eram judaizantes que perturbavam a obra da Igreja cristã, no tempo de Pedro, Paulo e de outros crentes. Procure saber quem são estes hoje. 2. Os Gnósticos - Contemporâneos dos ebionitas, eram também chamados “docetas”. Estes negavam que Cristo tinha vindo em carne. O que se poderia constatar era uma semelhança, contrariando a Palavra de Deus (II João, Judas, Apoc. e Heb.2:14). 3. Os Arianos - Seguidores das doutrinas de Ário, que diziam que Cristo tinha semelhança com Deus, mais não era Deus, contrariando a Palavra de Deus, que nos ensina que Cristo é Deus, como escrito está (João 14:10). 4. Os Apolinários - Segundo os apolinarianos, Cristo não tinha mente humana, tinha o Corpo e Espírito, mais não a mente. 5. Os Nestórios - Estes negavam a verdadeira união das duas naturezas de Cristo. Explicavam que quando Jesus estava dormindo era homem e quando estava acordado era divino. 6. Os Eutiques - Estes acreditavam que as duas naturezas de Cristo se fundiram formando uma terceira que não era nem humana nem divina. Era o quê? O que depreendemos aqui: 1º) Todos estes tinham idéias paracristãs, não eram convertidos a Cristo; 2º) Todos se aproximaram de Cristo e da Verdade, mas ficaram só por perto; 3º) Todas as teorias, não passam de teorias. Se enlatadas fossem, hoje estariam já estragadas. “Ex nihilo, nihilo fit”. OS NOMES DE CRISTO 1. O NOME DE JESUS - O nome de Jesus é a forma grega do hebraico. “Jehoshua” “Joshua”, Is.1:1; Zac.3:1; o nome foi dado a dois bem conhecidos tipos de Jesus do Velho Testamento. 2. O NOME CRISTO - Se Jesus é nome pessoal, Cristo é o nome oficial do Messias. É equivalente da Maschiac do Velho Testamento e assim, significa “Ungido”. Na velha dispensasção os reis e sacerdotes eram ungidos (Ex. 29:7; 1 Sm. 9:16). A unção era um sinal visível de designação para o cargo. Assim Jesus o fora, conforme lemos em (Mat. 3:16; Mc. 1:10; Luc. 3:22 e João 1:32; 3:34). 3. O NOME FILHO DO HOMEM - No Velho Testamento, este nome se acha em Sal. 8:4; Dan. 7:13). No Novo Testamento, temos em Atos 7:56; Apoc. 1:13; 14:14. Era a maneira mais comum de Jesus tratar-se a Si mesmo. 4. O NOME FILHO DE DEUS - O nome “Filho de Deus”, foi aplicado no Velho Testamento (Ex. 4:22; Jer.31:9; Os. 11:1). No Novo Testamento temos: (João 1:34; 6:42; Luc. 1:35). Ademais temos. Filho, no sentido oficial ou messiânico (Mat.3:17; Luc. 3:22). Filho no sentido humanitário (Mat. 11:27; 14:28-33 e Heb. 1:1). Filho no sentido natalício (Mat. 1:18-24; João 1:13). Filho no sentido ético-religioso (Mat. 17:24-27). 5. O NOME SENHOR (Kyrios) - Equivale a Senhor, Adonía, Adon (Mat.21:3; Mc. 12:36; Luc. 2:11; At. 2:36, Fil. 2:11; João 20:28). AS NATUREZAS DE CRISTO 1. A HUMANIDADE DE CRISTO - A realidade da humanidade de Cristo pode ser provada nas Escrituras, ainda que os gnósticos, como já vimos, queiram contestar, as provas são irrefutáveis, com (João 8:40; At. 2:22; Rom. 5:15; 1 Cor. 15:21; João 1:14; 1 Tim. 3:16; 1 João 4:2). Além do que, passagens mostram que Jesus também passou por experiências normais da vida humana, como (Mat. 4:2; Mc.3:5; Luc. 22:44; João 4:6; Heb.5:7). 18 2. A NATUREZA DIVINA DE CRISTO - A deidade de Cristo ou a divindade de Cristo pode ser vista, no Velho Testamento e no Novo Testamento, como (Sal. 2:6-12; Heb. 1:5); (Sal. 45:6,7 e Heb. 1:8,9); (Sal. 110:1 e Heb. 1:13); (Is. 9:6 e Mat. 1:21,22); (Miq. 5:2 e Mat. 5:17; Mc. 8:38; Luc.4:18). Pode também ser vista nas epístolas paulinas (Rom. 1:17; 1 Cor. 1:1-3; II Cor. 2:5-10; Gal.2:20; Fil. 2:6; Col.2:9; 1 Tim.3:16). Ademais, pode ser verificada no Evangelho de João (João 1:1-3; 2:24; 3:16-18; 4:14; 5:18; 20:28). 3. AS DUAS NATUREZAS DE CRISTO EM UNIÃO - Era uma necessidade para tornar o divino humano e o humano divino, como (João 12:27; At. 3:18; Heb. 2:14; Heb. 9:22; Fil. 2:5-8; Heb. 12:2-4; 1 Ped. 2:21). 4. PROVAS BÍBLICAS DA IMPECABILIDADE DE CRISTO - Significa dizer que Cristo, conquanto humano nunca pecou (Luc. 1:35; João 8:46; 14:30; II Cor. 5:21; Heb.4:15; 1 Ped. 2:22; 1 João 3:5; Heb. 2:8,9; 1 Cor. 15:45; 1 Cor. 3:18; Fil. 3:21). A HUMILHAÇÃO DE CRISTO A Bíblia diz que Cristo preexistente se tornou homem “O Verbo se fez carne” (João 1:14), quando chegou a plenitude dos tempos (João 4:4). Esvaziou-se (Fil. 2:5-7). 1º) Cristo veio para destruir as obras do Diabo (1 João 3:8); Ainda lemos em Hebreus, veio para que os filhos de Deus tivesse participação comum... (Heb. 2:14,15); 2º) Cristo veio para nos dar o exemplo de uma vida santa, apesar de estarmos na carne, Cristo provou que é possível ser santo (Mat. 11:29; 1 João 2:16; 1 Ped. 1:14-16; II Ped. 2:21). 3º) Cristo veio nos preparar para o seu advento (Mat. 25:31- 46; At.1:5-11; Heb. 9:27,28; Rom.8:18-25). 4º) Para confirmar as promessas de Deus. Ele se fez homem para confirmar as promessas de Deus aos pais e para mostrar misericórdia com os gentios (Rom. 15:8-9; Is. 9:6; Miq. 7:14; Sal.16:8-10). 5º) Cristo veio para revelar o Pai. No Velho Testamento Deus é revelado como Criador e Governador (Sa1.103:13). Cristo acrescentou a esta revelação de Deus como Pai. (João 1:18; João 14:9; João 16:27; 1 João 3:1,2). Dr. R. SHEDD DIZ: É afirmado que o poder de Cristo em realizar milagres era oficial, como o dos apóstolos e dos profetas. Isto é um engano. Porque Cristo é a fonte original (Luc. 6:19; 8:46; Mat.9:28). Todos os milagres operados pelos apóstolos foram EM NOME DE JESUS CRISTO DR. STRONG DIZ: A humilhação de Cristo consistia na rendição do exercício independente dos atributos divinos. Jesus esvaziou-se a Si mesmo. A palavra é Kenoo, dela se obtém a palavra Kenosis. Este esvaziamento não significa necessariamente a perda da divindade. Ele esvaziou-se de coisas relativas (onisciência, onipresença e onipotência). A humilhação de Cristo está expressa na encarnação, sofrimento, morte, sepultamento e descida ao hades. A EXALTAÇÃO DE CRISTO Há provas escriturísticas da exaltação de Cristo como (Mat. 16:19; Luc. 24:26; João 7:39; At.2:33; Rom.8:17; Ef.1:20; I Tim.3:16; Heb.1:3 e Fil.2:9-11). Refutando as teorias do desmaio, teoria da visão, teoria mística, teoria da falsidade (Mat.28:11-15), podemos afirmar que Cristo foi exaltado: 1. VENCENDO A MORTE - A morte de Cristo foi à morte da morte (Os.13:14; 1 Cor.15:55-57); 2. TORNANDO-O AUTOR DA RESSURREIÇÃO - Cristo não foi ressuscitado, ressuscitou e da morte triunfou. Tinha poder para ressuscitar, como o fez (João 11:2-5). Mais no seu próprio caso, Ele operou a sua própria ressurreição (Mat.28; Mar.16; Luc.24; João 20; At.2:24; 1 Cor.6:1-4; Ef. 1:20). A ressurreição de Cristo atesta a sua divindade. Confirma as Escrituras. Garante a nossa ressurreição. Confundir os incrédulos. Transtornou o império das trevas. Frustrou o plano de Satanás. Destruiu o maior inimigo nosso - a morte - e alegrou o coração da Igreja. JESUS RESSUSCITOU, ALELUIA! 3. ASCENDENDO-SE AOS CÉUS - A ascensão de Cristo foi algo maravilhoso demais. Está em (Luc.24:50-53; At. 1:6-11), como referências que satisfazem a nossa curiosidade, sem falar em (João 6:62; 14:2; 1 Tim.3:16; Heb.1:3; 4:14 e 9:24). 4. A SESSÃO À DESTRA DE DEUS - Quando Cristo estava diante do sumo sacerdote, predisse que assentaria à direita do Todo-Poderoso (Mat.26:64). Pedro fez menção disto em (At.2:33-36 e 5:31). Isto fala da realeza de Cristo, do triunfo de Cristo. Do lugar que Deus lhe deu. Leia ainda (Rom. 14:9; 1 Cor. 15:24; Heb.2:7,8). 19 OFÍCIOS DE CRISTO Enquanto aqui na terra Jesus exerceu três grandes ofícios: o de profeta, o de Sacerdote e o de rei. Alguns teólogos, discutem-nos no entanto. Mas, a maioria dos estudiosos aceita a idéia, como se pode provar nas Escrituras. 1) OFÍCIO PROFÉTICO - O termo profeta no Velho Testamento é “ro’eh”, que indica alguém que recebeu de outrem para entregar a alguém. Os nomes mais comuns são “mensageiros de Deus”, “homens de Deus”, “vigia” (Ex.7:1 e Deut. 18:18). Era dever do profeta revelar a vontade de Deus ao povo. Isto poderia vir em forma de instrução, revelação, admoestação, exortação e promessas feitas. (Deut. 18:15; At.3:22-24; 1 Ped. 1:11); A Bíblia prova que Cristo foi um verdadeiro profeta (João 8:26-28; João 12:49,50; Mat.21:11; Luc.7:6; João 3:2). O profeta tinha também o dever de predizer o futuro e isto Cristo fez com muita propriedade (Mat.24; Mc.13; Luc.21). Como disseram Barth e Brunner: Jesus Cristo é a revelação porque, em Sua existência, Ele se revelou a ponte de reconciliação, na Cruz do Calvário. 2) OFÍCIO DE SACRIFÍCIO - Enquanto o profeta representava Deus aos homens, o SACERDOTE representava os homens a Deus. A figura veterotestamentária para sacerdote é quase sem exceção “Kohen”. Toda obra de Cristo, como sacerdote foi eminentemente, segundo o beneplácito de Deus e que se consubstanciou na expiação, figura do sacerdote da antiga aliança. Representação dessa EXPIAÇÃO: a) A idéia moral - Deste ponto de vista as bases da salvação são consideradas como uma grande providência originada no amor de Deus. A EXPIAÇÃO É UMA PROVIDÊNCIA (João 3:16; Rom. 5:8; 1 João 4:9; Heb.2:9; Luc.9:22-24; II Cor.5:15; Gal.1:4; Ef.5:25-27; Col.1:22; Tim.2:14; 1 Ped.2:21-24). b) A idéia comercial - A concordância é também descrita como um resgate feito por Jesus Cristo, para nos livrar da escravidão do pecado (Mat.20:28; Mc.10:45). A idéia básica de Expiar é “cobrir”. Jesus Cristo cobriu nossa dívida ou nosso cheque (Col.2:14). c) A idéia legal - A Bíblia descreve também a concordância do ponto de vista da lei. Cristo por obediência ao Pai, veio (Gal.4:4; Mat.3:15; Fil.2:8; Mar.10:38; Luc.12:50; Mat.26:39; Rom.3:25; Heb.8:28). d) A idéia sacrificial - A concordância é descrita também como trabalho mediador de reconciliar Deus com os homens, por meio de um sacrifício. O Novo Testamento está cheio de passagens representativas (Heb.9:11,12; Rom.5:10; II Cor.2:18,19; Ef.2:12-19; Col.1:20; Is.53:6-12; Mat.26:28; 1 João 1:7). A obra sacerdotal de Cristo não se restringe à oferta sacrificial de Si mesmo na cruz. Mas Cristo vai mais além. Ele entrou no Santo dos Santos, no Santíssimo, como sacrifício consumado, para apresentar a Deus, o sacrifício perfeito. Ele foi portanto, a oferta e o ofertante ao mesmo tempo, tipo do sacrifício perfeito. Por outro lado, Cristo fez-se também o intercessor, por nós, junto ao Pai (Rom.8:34; Heb.7:25,26; Heb 9:24; Is.53:12; João 17:17; 1 Ped.2:5). Ele se tornou ainda o Parácleto e advogado do seu povo (Rom.8:33,34). 3) OFÍCIO DE REI - Na qualidade de Segunda Pessoa da Trindade Santa. O Filho de Deus, Cristo, naturalmente, compartilha o domínio de Deus sobre todas as Suas criaturas, seu trono está no Céu e Seu domínio sobre tudo (Sa1.103:19). O reinado de Cristo é espiritual (Sa1.2:6-8); (Mat.28:18; João 18:37,38 e Ef. 1:22). a) Cristo é um Rei presente e futuro (Mat.12:28 e Luc.17:21) b) Cristo é um Rei sem término (sempiterno) (Sa1.45:6; Heb. 1:8; Is.9:7; Dan.2:44). SOTERIOLOGIA – A DOUTRINA DA SALVAÇÃO O termo Soteriologia é derivado de duas palavras gregas, soteria e logos, das quais a primeira significa salvação e a segunda palavra, discurso ou doutrina. Portanto, soteriologia é a doutrina da salvação. A soteriologia, divide-se em objetiva e subjetiva. A primeira diz respeito à obra de Cristo; a segunda, à obra do Espírito Santo. E o Deus trinitário que está presente no mundo e no pecador, levando a efeito a Sua obra redentora. 20 PRELIMINARES: a) O pecado entrou neste mundo pela livre escolha do homem e, há que sair também pela sábia e livre escolha do homem; b) O pecado atirou o peixe na praia e homem no mar. Algo terá que ser feito para devolver o peixe à água e o homem a terra firme; c) O pecado virou o mundo pelo lado avesso. É preciso virar o mundo, pelo evangelho, para o lado direito. A doutrina da salvação é uma das mais longas e mais abrangentes. É uma doutrina que tem muitas implicações, com o passa o, presente e futuro. Com muito temor, tremor vamos fazer algumas abordagens dos pontos capitais desta doutrina. CHAMADA À SALVAÇÃO 1) AS PESSOAS CHAMADAS - As Escrituras indicam que a salvação é oferecida a todos. E oferecida aos “predestinados” (Rom.8:30), a todos que “estão cansados e sobrecarregados” (Mat. 11:28), a “todo aquele que crê”, etc (João 3:15,16; 4:14; 11:26; Ap.22:17), aos “confins da terra” (Is.45:22; Ez.33:11; Mat.28:19; Mc. 16:14; João 12:32; 1 Tim.2:4; II Ped.3:9), e a “quantos encontrardes” (Mat.22:9). O convite do Evangelho não se limita aos eleitos, como alguns afirmam, é completamente evidenciado por passagens como estas: Sal.81:11-13; Prov.1:24-26; Ez.3:19; Mat.22:2-8,14; Luc.14:16-24. A luz destas passagens, não ousamos fazer distinção entre um chamado geral a todos e um chamado especial aos eleitos. Nem precisamos tampouco decidir se o chamado geral de Deus é sincero e se Seu chamado especial é irresistível. Deus não zomba dos homens. Se Ele oferecer salvação a todos, então também deseja salvar a todos, e estender a mesma ajuda a todos aqueles que O escolherem. A vontade do homem é o único obstáculo à salvação de qualquer pessoa. Deus não dá a um homem à vontade de fazer o bem e deixa o outro sem ajuda nesse aspecto. 2) OBJETIVO DO CHAMADO - Em poucas palavras, Deus não chama os homens para reforma de vida, para as boas obras, para o batismo, para serem da Igreja, etc. Toda essa coisa é apropriada em si mesma, mas são simplesmente o fruto certo daquilo para o qual Ele os chama. As coisas para as quais Ele chama o homem são arrependimento (Mat.3:2; 4:17; Mc.1:14,15; At.2:38; 17:30; II Ped.3:9) e fé (Mc.1:15; João 6:29; 20:30,31; At.16:31; 19:4; Rom.10:9; 1 João 3:23). Repetindo: Deus não chama ninguém para fazer algo que não possa fazer ou para o que Ele não esteja ansioso para ajudá-lo a fazer. 3) O SIGNIFICADO DO CHAMADO - Deus tem uma variedade de meios pelos quais chama os homens. Há primeiro de todos, a Sua Palavra. Ele chama os homens diretamente ATRAVÉS DA PALAVRA DE DEUS (Rom. 10:16,17; II Tess.2:14). É por isso que é necessário fazer a Bíblia chegar a todas as partes do mundo. Depois, Ele chama também os homens PELO SEU ESPÍRITO (João 16:8; Gên.6:3; Heb.3:7,8). O ESpírito Santo insta com o pecador para vir e aceitar a Cristo. Ainda mais, Ele chama os homens ATRAVÉS DE SEUS SERVOS (II Cr.36:15; Jr.25:4; Mat.22:2-4,9; Rom.10:14,15). Jonas é um bom exemplo de como Ele usa mensageiros humanos para trazer uma cidade ao arrependimento. A Palavra de Deus tem que ser levada aos não salvos por pessoas regeneradas, pessoas que podem testificar a respeito do poder dessa Palavra em suas próprias vidas. E finalmente, Ele chama ATRAVÉS DO MODO PROVIDENCIAL COMO TRATA OS HOMENS. Sua bondade serve para levar os homens ao arrependimento (Rom. 2:4; Jr.31:3), mas se não conseguir, então os Seus juízos’ devem fazê-lo (Is.26:9; Sal.107:6,13). ARREPENDIMENTO Embora o arrependimento e a fé estejam intimamente ligados, precisamos considerá-los, cada um separadamente. a) Um elemento intelectual - Há uma mudança de conceito, um reconhecimento de que o pecado envolve culpa pessoal, contaminação e desamparo. Este elemento é designado na Escritura como epignosis hamartias (conhecimento do pecado) Rom.3:20. Se este não for acompanhado pelos elementos subseqüentes, poderá manifestar-se como temor do castigo, sem ódio ao pecado. b) Um elemento emocional - Há uma mudança de sentimento que se manifesta em tristeza pelo pecado contra um Deus santo e justo (Sal.51:2, 10:4). Este elemento do arrependimento é indicado pelo verbo metamelomai. Quando acompanhado pelo elemento subseqüente, é lupe kata theou (tristeza segundo Deus), mas se não for acompanhado por ele, será lupe tou kosmou (tristeza do mundo), que se manifesta em remorso e desespero, (II Cor. 7:9,10; Mat.27:3; Luc.18:23). 21 c) Um elemento volitivo - Há também um elemento volitivo, que consiste numa mudança de propósito, num abandono interior do pecado e numa disposição para a busca do perdão e da purificação, (Sal.51:5,7,10; Jer.25:5). Este elemento inclui outros dois, e, portanto, é o aspecto mais importante do arrependimento. E indicado na Escritura pela palavra metanoia (At.2:38; Rom.2:4). A IMPORTÂNCIA DO ARREPENDIMENTO - A importância do arrependimento não é sempre reconhecida em nossos dias como o deveria ser. Os evangelistas apelam aos não salvos para aceitarem a Cristo e crerem sem mostrar ao pecador que está perdido e carece de um Salvador. Mas as escrituras dão muito destaque a pregação do arrependimento. Arrependimento era a mensagem dos profetas do Velho Testamento (Deut.30:10; II Rs.17:13; Jr.8:6; Ez.14:6; 18:30). Foi o ponto alto da pregação de João Batista (Mat.3:2; Mc. 1:15), de Cristo (Mat.4:17; Luc. 13:3,5), dos doze como grupo (Mc.6:12), e de Pedro em particular no Dia de Pentecostes (At.2:38; 3:19). Era também fundamental na pregação de Paulo (At.20:21; 26:20). FÉ Fé vem de uma palavra grega que significa fidelidade ou firmeza; “A outro, no mesmo Espírito, fé” (1 Cor. 12:9). Nesta passagem o Apóstolo Paulo admite a existência de fé salvadora. A Escritura diz: “Pela graça sois salvos, mediante a fé” (Ef. 2:8). Diz também que “andamos por fé, e não pelo que vemos” (II Cor. 5:7). Mas fé em 1 Cor. 12 é um dom especial que o Espírito Santo dá como Lhe apraz. Temos de distinguir entre a graça da fé e o dom da fé. A graça da fé é quando cremos que Deus fará tudo que prometeu em Sua Palavra. Todos os cristãos tem esta fé quando não temos fé nas promessas da Bíblia estamos pecando. Mas em nossas vidas há muitas coisas para as quais não há promessas específicas na Palavra. Por isso acrescentamos “se for de Tua vontade” quando oramos. Às vezes o Espírito Santo nos concede o dom de fé para crermos em coisas sobre as quais a Bíblia silencia. Se não temos este dom especial de fé não estamos pecando. A vida de George Muller, de Bristol, na Inglaterra, é um exemplo clássico do dom da fé. Durante muito tempo ele cuidou de milhares de órfãos, mas se recusava a pedir um único centavo, a quem quer que fosse. Ele orava até o dinheiro chegar. Este é o dom de fé de que Jesus está falando em Mat. 17:20: “se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível”. a) FÉ HISTÓRICA - Esta fé pode ser resultado da tradição, da educação, da opinião pública, do discernimento da grandeza da Escritura e outros fatores mais, acompanhados pela operações gerais do Espírito Santo. Pode ser muito ortodoxa e escriturísticas, mas não está arraigada no coração (Mat.7:26; At.26:27,28; Tg.2:19). E uma fides humana, e não uma fides divinas (fé humana não divina). b) FÉ MIRACULOSA - A fé miraculosa, assim chamada, é a persuasão produzida na mente de uma pessoa de que um milagre será realizado por ele ou em favor dela. Deus pode dar a uma pessoa, um trabalho para fazer, que transcende os seus poderes naturais, e capacitá-lo para fazê-lo. Toda tentativa de realizar uma obra dessa espécie, requer fé. Isso é bem patente nos casos em que o homem aparece apenas como instrumento de Deus ou como alguém que anuncia que Deus vai fazer um milagre, pois tal homem precisa ter plena confiança em que Deus não o deixara passar vergonha. Em última instância, somente Deus faz milagres, embora possa fazê-los através da instrumentalidade humana. Esta é a fé em milagres no sentido ativo (Mt. 17:20; Mc. 16:17,18). Não é necessariamente acompanhada pela fé salvadora, mas pode ser. A fé em milagres também pode ser passiva, a saber, a persuasão de que Deus fará um milagre em favor de alguém. Esta também pode ser ou não ser acompanhada pela fé salvadora (Mat.8:10-13; João 11:22-27; 11:40; At.14:9) compare versículos. c) FÉ TEMPORAL - Esta é a persuasão das verdades religiosas que vem acompanhada de algumas incitações da consciência e de uma agitação dos afetos, mas não tem suas raízes num coração regenerado. O nome é derivado de Mat. 13:20,21. É chamada fé temporária porque não é permanente e não se mantém nos dias de provação de perseguição. d) A VERDADEIRA FÉ SALVADORA - A verdadeira fé salvadora tem sua sede no coração e suas raízes na vida regenerada. Muitas vezes se faz distinção entre o hatitus e o actus da fé (entre o hábito e o ato da fé). Contudo, por trás 22 deste acha-se a semens fidei (semente da fé). Esta fé não é primeiramente uma atividade do homem, mas uma potencialidade produzida por Deus no coração do pecador. A semente da fé é implantada no homem quando da regeneração. Qual é a ordem lógica na experiência da salvação? Não existe, é claro, uma seqüência cronológica: conversão, justificação, regeneração, união com Cristo, e adoção, tudo isso se dá no mesmo instante. Somente a santificação é tanto um ato quanto um processo. Mas existe uma seqüência lógica, e seguiremos a ordem que acabamos de indicar. Isto fazemos porque as Escrituras apelam ao homem para que se volte para Deus (Prov. 1:23; Is 31:6; 59:20; Ez.14:6; 18:32; 33:9,11; Joel 2:12,14; Mat.18:3; At.3:19; Heb.6:1). A conversão é esse se voltar para Deus. DEUS É O AUTOR DA CONVERSÃO Somente Deus pode ser considerado o autor da conversão. Este é o ensino claro da Escritura. No Salmo o poeta ora: “Reestabelesse-nos, o Deus da nossa Salvação”, e em Jeremias 31:18 Efraim ora: “Converte-me e serei convertido”. Encontra-se uma oração pareada em Lam.5.21. Em At. 11:18 Pedro chama a atenção para o fato de que Deus concedeu aos gentios arrependimento para a vida. Uma declaração similar acha-se em II Tim. 2:25. Tomando a palavra “conversão” em seu sentido mais específico, ela indica uma mudança instantânea e não um processo como o da santificação. E uma mudança que se dá uma vez então se pode repetir, embora, como acima foi exposto, a Bíblia também denomine conversão o retorno do cristão a Deus, depois de haver caído em pecado. Neste caso, é à volta do crente para Deus e para a santidade, depois de os haver perdido de vista. 1) CONVERSÕES NACIONAIS - Nos dias de Moisés, de Josué e dos juízes, repetidamente o povo de Israel dava as costas a Jeová e, depois de experimentar o desprazer de Deus, arrependia- se dos seus pecados e retornava ao Senhor; houve uma conversão no reino de Judá nos dias de Ezequias e outra vez nos dias de Josias. Com a pregação de Jonas, os ninivitas se arrependeram dos seus pecados e foram poupados pelo Senhor, Jonas 3:10. Estas conversões eram simplesmente da natureza de reformas morais. 2) CONVERSÕES TEMPORÁRIAS - A Bíblia se refere também a conversões de indivíduos que não representam nenhuma mudança do coração e, portanto, só tem significação passageira. Na parábola do semeador Jesus fala dos que ouvem a palavra e logo a recebem com alegria, mas não tem raízes em si mesmo e, portanto dura pouco. Quando lhes sobrevêm as tribulações, provações e perseguições, depressa se ofendem e caem (Mat. 13:20,21). Paulo faz menção de Himeneu e Alexandre que “vieram a naufragar na fé” 1 Tim. 1:19:20, II Tim.2:17,18. E em II Tim.4:10, ele se refere a Demas que o abandonara porque o amor ao presente século o dominara. E o escritor de Hebreus fala de alguns que caíram, sendo que eles “uma vez foram iluminados e provaram o dom celestial e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa Palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro”, Heb.6:4-6). Finalmente, a respeito de alguns que tinham voltado as costas aos fiéis, diz João: “Eles saíram no nosso meio, entretanto não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco” (I João 2:19). 3) CONVERSÃO VERDADEIRA - (CONVERSIO ACTUALIS PRIMA) - A verdadeira conversão nasce da tristeza segundo Deus, e redunda numa vida de devoção a Deus, (II Cor. 7:10). E uma mudança que tem raízes na obra da regeneração, e que é efetuada na vida consciente do pecador pelo Espírito de Deus; mudança de pensamentos e opiniões, de desejos e volições que envolve a convicção de que a direção anterior da vida era insensata e errônea, e altera todo o curso da vida. 4) CONVERSÃO REPETIDA - A Bíblia fala também de uma conversão repetida na qual a pessoa convertida, depois de uma queda nos caminhos do pecado, retorna a Deus. Strong prefere não usar a palavra “conversão” para esta mudança, empregando antes palavras e frases como “rompimento, abandono, volta, negligências e transgressões e retorno a Cristo, confiança novamente depositada nele”. Mas a própria Escritura usa a palavra “conversão” para esses casos (Luc.22:32; Ap.2:5,16,21,22; 3:3,19). Deve-se entender, que a conversão, no sentido estritamente soteriológico, nunca se repete. Os que experimentaram a verdadeira conversão podem cair temporariamente sob os falsos encantos do mal e cair em pecado; até podem, às vezes, perambular longe do lar; mas a nova vida forçosamente se reafirmará e por fim os levará a voltar para Deus com corações penitentes. PERSEVERANÇA A doutrina da perseverança dos santos tem o sentido de que aqueles que Deus regenerou e chamou eficazmente para um estado de graça não podem cair nem total nem definitivamente, mas certamente perseverarão nele até o fim e serão salvos para toda eternidade (Is.14:24; Jó 23:13 e Rom.8:35,38,39). JUSTIFICAÇÃO 23 1) 0 TERMO DO VELHO TESTAMENTO - O termo hebraico para “justificar-se” que, na grande maioria dos casos, significa declarar judicialmente que o estado de uma pessoa está em harmonia com a exigência da lei (Ex.23:7; Deut.25:1; Prov.17:15). 2) 0 TERMO DO NOVO TESTAMENTO E O SEU EMPREGO - O verbo “dikaioo” Este verbo significa em geral, “declarar que uma pessoa é justa”. Ocasionalmente se refere a uma declaração pessoal de que o caráter moral da pessoa está em conformidade com a lei (Mat.12:37; Luc.7:29; Rom.3:4). Nas epístolas de Paulo, é evidente que o significado soteriológico do termo ocupa o primeiro plano. É “declarar em termos forenses que as exigências da lei, como condição de vida, estão plenamente satisfeitas com relação a uma pessoa” (At.13:39; Rom.5:1,9; 8:30-33; 1 Cor.6:11; Gal.2:16). 3) JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ - Relação da fé com a justificação. Diz a Escritura que somos justificados “dia písteos”, “ek pisteos”, ou “pistei” (dativo) (Rom.3:25,28,30; 5:1; Gal:2:16; Fp.3:9). A preposição “dia” salienta o fato de que a fé é o instrumento pelo qual nos apropriamos de Cristo e Sua justiça. A preposição “ek” indica que a fé precede logicamente à nossa justificação pessoal, de sorte que, por assim dizer, esta tem sua origem na fé. O dativo “pistei” é empregado no sentido instrumental. A Escritura nunca diz que somos justificados “dia ten pistin”, por causa da fé. Quer dizer que a fé nunca é apresentada como a base da nossa justificação. Se fosse a fé teria que ser considerada como uma obra meritória do homem. E isto seria a introdução da doutrina de justificação pelas obras, a qual o apóstolo coerente e consistentemente se opõe (Rom.3:21,27,28; 4:3,4; Gal.2:16,21; 3:11). Na verdade se nos diz que a fé que Abraão tinha lhe foi imputada para justiça (Rom.4:3,9,22; Gal.3:6), mas, em vista da argumentação completa, isto certamente não pode significar que, no caso dele, a fé propriamente dita, como uma obra, tomou o lugar da justiça de Deus em Cristo. SANTIFICAÇÃO De modo nenhum “E não entrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira” (Ap.21:27) e que Cristo na Sua vinda “transformará o nosso corpo de abatido para ser conforme o Seu corpo glorioso” (Fp.3:21). O AUTOR E 0S MEIOS DA SANTIFICAÇÃO A santificação obra do Deus tríuno, mas é atribuída mais particularmente ao Espírito Santo na Escritura (Rom.8:11; 15:16; 1 Ped. 1:2). E particularmente importante em nossos dias, com sua ênfase à necessidade de abordar antropologicamente o estudo da teologia e com seu unilateral chamamento para o serviço no reino de Deus, salientar o fato de que Deus, e não o homem é o autor da santificação. As duas partes da santificação são expostas na Escritura como: a) A mortificação do velho homem, o corpo do pecado - Esta expressão escriturísticas denota o ato de Deus pelo qual a contaminação e a corrupção da natureza que resultam do pecado são removidas gradativamente. Muitas vezes é exposta na Bíblia como a crucificação do Velho homem e, assim, é a morte de Cristo na cruz. O velho homem é a natureza humana na medida em que é dirigida pelo pecado, (Rom. 6:6; Gal.5:24). No contexto da passagem de Gálatas, Paulo contrasta as obras da carne com as do Espírito, e depois diz: “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências”. Significa que, no caso deles, o Espírito obteve predomínio. b) A vivificação do novo homem, criado em Cristo Jesus para boas obras - Enquanto que a primeira parte da santificação é de caráter negativo, esta é de cunho positivo. É o ato de Deus pelo qual a disposição santa da alma é fortalecida, os exercícios santos são incrementados e, assim, é gerado e promovido um novo curso da vida. A velha estrutura do pecado vai sendo posta abaixo aos poucos, e uma nova estrutura é erguida em seu lugar. Esta faceta positiva da santificação muitas vezes é chamada ressurreição com Cristo (Rom.6:4,5; Col.2:12; 3:1,2). A nova vida à qual ele conduz é chamada viver para Deus (Rom. 6:11; Ga1. 2:19). Enfim, AFETA O HOMEM TODO: CORPO E ALMA; INTELECTO, AFETOS E VONTADE: Isto decorre da natureza do caso, porque a santificação ocorre na vida interior do homem, no coração, e este não pode ser mudado sem se mudar todo o organismo do homem. Transforma-se o homem interior, forçosamente há transformação da periferia da vida também (1 Tess.5:23; II Cor.5:17; Rom.6:12; 1 Cor.6:15,20). PNEUMATOLOGIA – A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO O pastor David Gomes, respeitado obreiro do Senhor e pregador internacional, diz que o Espírito Santo é o Executivo de Deus. O Dr. Myer Pearlman, não menos nobre obreiro, também afirma que o Espírito Santo é o Executivo da Divindade. O Pastor e Evangelista mundialmente conhecido Billy Graham diz que o Espírito Santo não é apenas uma força misteriosa, nem tão pouco uma influência longínqua, mas o próprio Deus agindo ativamente no mundo de hoje. O Espírito Santo é uma pessoa. 24 O QUE DIZ A BÍBLIA SOBRE O ESPÍRITO SANTO A Bíblia ensina que o Espírito Santo é uma pessoa, Jesus nunca chamou o Espírito Santo de “isto” quando falava d’Ele. Em João 14,15 e 16, por exemplo, Jesus falou do Espírito Santo como “Ele”, porque Ele não é uma força ou uma coisa, mas uma pessoa. Falta instrução ou mesmo discernimento a alguém que trata o Espírito Santo como “isto”. Na Bíblia vemos que o Espírito Santo tem intelecto, emoções e vontade. Além disto, a Bíblia diz que Ele faz coisas que uma força não faria, somente uma pessoa real. 1) Ele fala: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas. Ao vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus “(Ap. 2:7). “E servindo eles ao Senhor, e jejuando disse o Espírito Santo: “Separai-me agora Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” (Atos 13:2). 2) Ele intercede: “Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rom. 8:26). 3) Ele testifica: “Quando porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim” (João 15:26). 4) Ele guia: ”Então disse o Espírito a Felipe: Aproxima-te desse carro, e acompanha-o” (At. 8:29)., “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rom. 8:14). 5) Ele ordena: “E percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Asia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu” (At. 16:6,7). 6) Ele conduz: ”Quando vier o Espírito da Verdade, Ele vos guiará a toda verdade porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir” (João 16:13). 7) Ele nomeia: ”Cuidem de vocês mesmos e de todo rebanho. Pois o Espírito Santo o pôs como guardiões do rebanho, para pastorear a Igreja de Deus que ele comprou por meio do seu próprio filho” (At. 20:28). 8) Pode-se mentir para Ele. “Então disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando- o, porventura, não seria teu? E, vendido não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At. 5:3,4). 9) Pode-se insulta-lo: “De quanto mais severo o castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?”(Heb. 10:29). 10) Pode-se b1asfemar contra ele: “Por isso vos declaro: Todo Pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada. Se alguém proferir alguma coisa contra o Filho do Homem ser-lheá isto perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo não será isto perdoado, nem neste mundo, nem no porvir”(Mat. 12:31,32). 11) Pode-se entristece-lo: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Ef. 4:30). Cada uma das emoções e atitudes que alistamos são características de uma pessoa. O Espírito Santo não é uma força impessoal, como a gravidade e o magnetismo. Ele é uma pessoa com todos os atributos de uma personalidade. Mas não é só pessoa. Também é divino. O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA DIVINA: ELE É DEUS Em toda a Bíblia podemos ver claramente que o Espírito Santo é o próprio Deus. Isto podemos deduzir dos atributos que a Escritura Lhe confere. Estes atributos, sem exceção são os do próprio Deus. Ele é eterno: Isto significa que nunca houve um momento em que Ele não existiu. “Muito mais o sangue de Cristo que, pelo Espírito Santo, a Si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas para servirmos ao Deus vivo” (Heb. 9:14). 25 Ele é todo-poderoso: “Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso também o santo que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Luc. 1:35). Ele é Onipresente (Está em todo lugar ao mesmo tempo): “Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença?” (Sal. 139:7). Ele sabe tudo (é onisciente): “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito, porque o Espírito a todas estas coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito que nele está? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus” (I Cor. 2:10,11). Ele é chamado de Deus: “Então disse Pedro: Ananias, porque encheu Satanás o teu coração para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At. 5:3,4). “E todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo o Espírito do Senhor” (II Cor. 3:18). Ele é Criador: A primeira referência bíblica ao Espírito Santo está onde lemos: “O Espírito de Deus pairava por sobre as águas”. No entanto, Gên. 1:1 diz: ”no princípio criou Deus os céus e a terra”. E em Colossenses 1 escrevendo a Igreja de Colossos sobre o Senhor Jesus Cristo, no meio de outras grandes verdades Paulo nos diz: “Nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanas, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste” (Col. 1:16,17). Assim, Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo estavam juntos criando o mundo. É da máxima importância para todos os cristãos compreender e aceitar estes fatos, tanto na teologia quanto na prática. A Bíblia começa com uma afirmação majestosa: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gên. 1:1). Na língua hebraica há três graus de números: singular – um; dual – dois; plural – mais de dois. A palavra traduzida por “Deus” em Gênesis 1:1 é plural, indicando mais de dois. A palavra hebraica é “Elohim”. Matthew Henry diz que ela significa “a pluralidade de pessoas na deidade: Pai, Filho e Espírito Santo. Este nome no plural... (confirma) nossa fé na doutrina da Trindade, que é claramente revelada no Novo Testamento, apesar de só levemente sugerida no Antigo”. Vemos no relato da criação que Deus desde o início nos fornece algumas indicações da verdade de que é Deidade se compõe de mais de uma pessoa. Eu grifei algumas palavras. Em Gên. 1:26 Deus diz: “Façamos o homem a nossa imagem conforme a nossa semelhança, tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra”. Mais adiante, Gên.3:22, o Senhor Deus disse: “Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal”. E em Gên.11:6,7 o Senhor disse: “Eis que o povo é um,. e todos tem a mesma linguagem. Isto é apenas um começo: Agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem do outro”. Quando Isaías ouviu a voz do Senhor, dizendo: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”, ele respondeu: “Eis-me aqui. Envia-me a mim!” (Isaías 6:8). Quando Deus “formou o homem do pó da terra” (Gên. 2:7), o Espírito estava envolvido. Isto podemos concluir indiretamente de Jó 33:4 “O Espírito de Deus me fez e o sopro do Todo Poderoso me da vida”. Um jogo de palavras aqui mostra como o Espírito de Deus e a nossa respiração estão intimamente relacionados: “Espírito” e “sopro” no hebraico são a mesma palavra. A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO DE BELÉM ATÉ PENTECOSTES Durante o período de tempo abrangido pelos quatro evangelhos a atuação do Espírito Santo estava centralizada na pessoa de Jesus Cristo. O homem-Deus foi concebido pelo Espírito (Luc. 1:35), batizado pelo Espírito (João 1:32,33), guiado com poder pelo Espírito (Mat. 12:27,28). Ofereceu a Si mesmo como expiação pelo pecado, pelo Espírito (Heb.9:14), foi ressuscitado pelo Espírito (Rom.8:11) e deu mandamentos por intermédio do Espírito (At. 1:2). Sem sombra de dúvida uma das passagens bíblicas que inspiram mais admiração é a que relata o que o anjo disse a Maria: “Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra: por isso também o santo que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Luc. 1:35). Pessoas excessivamente céticas e outras com uma visão muito limitada da ciência zombarão em total descrença, mas o anjo desfez qualquer dúvida quando disse: “Porque para Deus nada será impossível” (Luc. 1:37). 26 Para os não cristãos qualquer sugestão de que Deus-Espírito Santo seria capaz de concretizar o nascimento virginal é absurda. Se dissermos que Deus é Deus e que Ele governa Seu universo, não há nada difícil demais para o Seu poder ilimitado. E Deus sempre faz o que quer. Quando planejou o nascimento do Messias fez um milagre. Pulou um degrau na seqüência biológica normal da concepção: Nenhum ser masculino participou. A vida formada no ventre da virgem não era outra que a vida de Deus-Filho encarnada em um corpo humano. O nascimento virginal foi um milagre tão extraordinário, era óbvio que Deus estava operando a encarnação e não o homem. Há hoje em dia alguns assim chamados teólogos que negam a encarnação - rejeitam a divindade de Jesus Cristo. Com isto estão muito perto de blasfemarem contra o Espírito Santo! A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO DE PENTECOSTES ATÉ HOJE Em Atos, Lucas relata a ascensão de Jesus ao céu (At. 1:9-11). No capitulo 2 ele destaca a descida do Espírito Santo a terra (At.2:1-4). Jesus tinha dito: “Se eu não for, o Consolador (o Espírito Santo) não virá para vós outros; se, porém eu for, eu vo-lo enviarei” (João. 16:7). Foi em cumprimento desta promessa que Pedro disse a respeito do Cristo glorificado: “Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis” (At.2:33). O calendário judaico estava orientado em diversas festas durante o ano. As três mais importantes eram as em que todos do sexo masculino deveriam comparecer perante o Senhor (Deut. 16:16). Estas três festas eram a Páscoa, a Festa dos Tabernáculos e Pentecostes. “A Festa da Páscoa” Comemorava o dia em que os israelitas foram libertados milagrosamente de um longo período de escravidão no Egito. Depois de matarem um cordeiro “sem defeito” (Ecl.2:4) os israelitas passaram o sangue nas portas de todas as suas casas, e assaram e comeram os cordeiros. O sangue do cordeiro livrou-os do julgamento de Deus. A Páscoa do Antigo Testamento teve seu cumprimento final na morte de Cristo no Calvário, “pois Cristo, nosso cordeiro pascal foi imolado” (1 Cor.5:7). O livro dos hebreus nos ensina que devido a isto não há mais necessidade de sacrificar o sangue de novilhos e bodes. Jesus Cristo, de uma vez por todas, ofereceu a Si mesmo pela salvação de todos os homens, derramando Seu sangue. “A Festa dos Tabernáculos” (a palavra que nós usaríamos hoje seria “cabana” ou “tenda”) lembrava Israel dos dias do êxodo do Egito, quando as pessoas não viviam em casa, mas em cabanas feitas de ramos de árvores. A festa era celebrada depois da colheita, por isso é chamada “Festa da Colheita” em Êxodo 23:16. Talvez a comemoração da libertação do Egito tenha sido cumprida na libçrtação e bênção muito mais ampla que veio com a redenção em Cristo. João 7:38 sugere que a vinda do Espírito Santo mata mais a sede que a água no deserto e a chuva necessária para a colheita. “A Festa de Pentecostes” ficou conhecido como “A Festa das Semanas”, porque era comemorada no dia seguinte ao sétimo sábado depois da Páscoa - uma semana de semanas. Como isto perfaz 50 dias, o nome passou a ser “Pentecostes”, a palavra grega para “qüinquagésimo”. A festa de Pentecostes celebra o inicio da colheita: em Números 28:26 é chamada de “dia das primícias (primeiros frutos)”. E é verdade que o dia de Pentecostes, quando veio o Espírito Santo, no Novo Testamento, foi um dia de “primeiros frutos” - o início da colheita neste mundo, que será completado quando Cristo vier de novo. Pentecostes no Novo Testamento marcou o início da presente era do Espírito Santo. Os crentes estão sob a Sua direção assim como os discípulos eram guiados por Jesus. Jesus ainda exerce Seu senhorio sobre nós do céu, mas como Ele não pode estar conosco fisicamente,’ Ele transmite Suas instruções através do Espírito Santo, que faz Cristo ser uma realidade em nós. O BATISMO COM O ESPÍRITO Disse Billy Graham: “Freqüentando uma pequena escola bíblica na Flórida”, fui a uma “reunião de avivamento ao ar livre”. O discursante era um pregador de avivamento sulista à antiga, e o espaço ao seu redor estava totalmente tomado por uma 200 pessoas. O pregador completava com trovões o que lhe faltava em lógica, o que agradava muito ao povo. - Vocês foram batizados com o Espírito Santo? - ele perguntou aos ouvintes durante o sermão. Aparentemente ele conhecia diversas pessoas ali porque apontou para um homem e perguntou: - Irmão, você foi batizado com o Espírito Santo? 27 - E o homem respondeu: - Sim, graças a Deus! - Meu jovem - ele disse, apontando o dedo para mim - você foi batizado com o Espírito Santo? - Sim, senhor - eu respondi. - Quando você foi batizado com o Espírito Santo? - ele continuou. Ele não tinha perguntado isso aos outros. - No momento em que recebi a Jesus Cristo como meu Salvador - eu respondi. Ele olhou para mim como unia expressão surpresa, mas antes de passar para outra pessoa, ele disse: - Isto não pode ser. Mas podia! E era. Não duvido da sinceridade deste pregador. No entanto, durante os anos estudando a Bíblia, cheguei a conclusão que só há um batismo com o Espírito Santo durante a vida de cada crente, e que ocorre no momento da conversão. Este batismo com o Espírito Santo começou no dia de Pentecostes, e todos que conhecem a Jesus Cristo como Salvador experimentaram isto, foram batizados com o Espírito no momento em que foram regenerados. Além do mais, pode ser cheio com o Espírito Santo; se não são, precisam ser. A maneira com que as escrituras usam a palavra batismo mostra que ele é algo inicial, tanto no caso do batismo com água como com o Espírito, e que não se repete. Não achei nenhum versículo bíblico que indicasse uma repetição do batismo com o Espírito. “Pois, em um só Espírito todos nós fomos batizados em um só corpo” (1 Cor. 12:13). O original grego deixa claro nesta passagem que este batismo do Espírito Santo é uma ação completa, do passado. Ás vezes estas diferenças de opinião nada mais são que diferenças de expressão. Como veremos no próximo capítulo, o que algumas pessoas chamam de batismo do Espírito pode ser na verdade o que a Escritura chama de ser cheio de Espírito, o que pode acontecer muitas vezes em nossa vida, depois da conversão. Dez dias depois da ascensão veio Pentecostes. A promessa foi cumprida. O Espírito Santo veio sobre 120 discípulos. Pouco depois, falando a uma multidão bem maior, Pedro referiu-se ao “dom do Espírito Santo”. Ele insistiu com seus ouvintes: “Arrependei-vos, e cada um seja batizado...” e recebereis o dom do Espírito Santo” (At.2:38). John Stott declara que “não parece que os 3.000 experimentaram o mesmo fenômeno milagroso (o vento impetuoso, as línguas de fogo, o falar em línguas estranhas). Nada é dito sobre estas coisas. Mas pela promessa de Deus, feita através de Pedro, eles devem ter herdado a mesma promessa e recebido o mesmo dom (Vs.33 e 39). Mesmo assim, havia a diferença: os 120 já estavam regenerados, recebendo o Espírito Santo depois de esperarem em Deus por dez dias. Os 3.000 incrédulos, receberam o perdão dos seus pecados e o dom do Espírito ao mesmo tempo - e isto aconteceu no mesmo instante em que se arrependeram e creram, sem necessidade de esperar. “É de grande importância esta distinção entre os dois grupos, de 120 e 3.000 pessoas, porque a regra para hoje com certeza deve ser o segundo grupo, de 3.000 pessoas, e não o primeiro (como muitos pensam). O fato de a experiência dos 120 se dar em duas etapas distintas deve-se simplesmente a circunstâncias históricas. Eles não poderiam ter recebido o dom de Pentecostes antes de Pentecostes. Mas estas circunstâncias históricas deixaram de existir há muito. Nós vivemos depois de Pentecostes, como estes 3.000. Assim como eles, nós recebemos o perdão dos pecados e o “dom” ou “batismo” do espírito ao mesmo tempo. É verdade que houve diversas outras ocasiões, mencionadas pelo livro de Atos, semelhantes a Pentecostes: o assim chamado “Pentecostes Samaritano” (Atos 8:14-17) e a conversão de Cornélio (Atos 10:44-48). No entanto, os dois acontecimentos marcaram o início de um novo estágio na expansão da Igreja. Os samaritanos eram uma raça mista, desprezada por muitos como indigna do amor de Deus. O batismo deles com o Espírito foi um sinal claro de que também eles podiam ser do povo de Deus, pela fé em Jesus Cristo. Cornélio era gentio, e sua conversão foi outro passo de destaque na divulgação do Evangelho. O batismo do Espírito que ele e seus familiares receberam mostra que o amor de Deus era também para os gentios. Tendo em vista tudo isso, nenhum cristão precisa esforçar-se, esperar ou “orar até receber o Espírito”. Ele já O recebeu, não com trabalho e lutas, sofrimento e oração, mas como presente da graça, imerecido e não conquistado. A PLENITUDE DO ESPÍRITO Todos os cristãos devem ser cheios do Espírito. Qualquer coisa menos que isto é só parte do plano de Deus para nossa vida. O que a Bíblia quer dizer quando fala da plenitude do Espírito Santo? Vamos definir o termo: ser cheio do espírito é ser controlado ou dominado pela presença e pelo poder do Espírito. Em Efésios 5:18 Paulo diz: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas encheivos do espírito”. ele está contrastando duas coisas. Alguém cheio do álcool é controlado ou 28 dominado por este. A presença e o poder do álcool sobrepujaram suas capacidades e atitudes normais. É interessante que nós dizemos às vezes que alguém, está “sob a influência” do álcool. Isto de certa forma traduz o que é ser cheio do Espírito. Estamos “sob a influência” do Espírito. Ao invés de fazermos as coisas baseadas somente em nossa força ou habilidade. Ele nos dá poder. Ao invés de fazermos somente o que nós queremos fazer, somos agora guiados por Ele. Infelizmente milhões de filhos de Deus não se alegram da riqueza espiritual ilimitada que está a sua disposição, porque não estão cheios do espírito Santo. Não há nada mais trágico que um dom de Deus mal usado para propósitos egoístas ou não espirituais. Portanto é de suma importância ser cheio do Espírito. Mas não devemos nos confundir com a terminologia. Alguns cristãos usam termos como “o segundo batismo. “a segunda benção ou a segunda graça”; não encontramos nenhum destes termos na Bíblia, mas eu entendo que para muitas pessoas eles são apenas equivalentes para a plenitude do Espírito. O nome que damos ao fato é menos importante que sermos mesmo cheios do Espírito. COMO FICAR CHEIO DO ESPÍRITO SANTO É interessante que em nenhum lugar a Bíblia nos dá uma fórmula clara e concisa de como ficar cheio do Espírito. Eu creio que isto é assim porque a maioria dos crentes do primeiro século não precisavam que alguém lhes dissesse isto. Eles sabiam que a vida normal do cristão é uma vida cheia do Espírito. O fato de nós estarmos tão confusos sobre este assunto hoje em dia é uma prova triste do baixo nível espiritual da nossa vida. Apesar de a Bíblia não dizer muita coisa sobre este assunto, quando tomamos o Novo Testamento como um todo sobrarão poucas dúvidas em nossa mente sobre o que significa ter uma vida cheia do Espírito, ou como ela pode se tornar real em nós. Eu creio que o ensino do Novo Testamento sobre como ficar cheio do Espírito Santo pode ser resumido em três expressões: compreensão, submissão e andar pela fé. Todos nós sabemos que o “endurecimento das artérias” (arteriosclerose) é uma das doenças perigosas que ataca grande parte das pessoas. As artérias vão ficando entupidas com substâncias que ainda confundem os especialistas. Eles ainda não sabem como desentupir estas artérias, de maneira que o sangue possa fluir livremente de novo. A solução mais comum é “fazer um desvio” mas as opiniões dos médicos divergem sobre este método. Em muitos países são gastas grandes somas todo ano em pesquisa médica, para descobrir uma substância química que desobstrua as artérias e livre da morte milhões de pessoas. Nossa vida, da mesma forma, precisa da substância que é o sangue de Cristo para desentupir canos ou artérias em nós, para que a seiva vital possa fluir por eles. O pecado é o grande obstáculo, e o sangue de Cristo e o potente agente de limpeza, quando aplicado em arrependimento e fé. Às vezes novos crentes ficam confundidos ao descobrir que ainda são pecadores e que não só continuam sendo tentados, mas até cedem à tentação. Na verdade isto não deveria nos surpreender, porque a velha natureza de pecado ainda está em nós. Antes de alguém vir a Cristo, só uma força está atuando dentro dele, a velha natureza carnal. Quando aceitamos a Cristo, o Espírito Santo vem morar em nossa vida, e agora há duas naturezas atuando em nós: a natureza pecaminosa que quer que nós vivamos para o pecado e a nova natureza espiritual que quer que nós vivamos para Deus. A questão é: qual destas naturezas decidirá nossas ações? É por isso que é tão importante ser cheio do Espírito. Se o Espírito não controlar nossa vida, a velha natureza pecaminosa nos dominará. A atuação do espírito estará bloqueada enquanto permitirmos ao pecado que fique. Portanto, temos de acabar como pecado em nossa vida para saber como é ser cheio do Espírito. Isto não é fácil, por diversas razões. Uma, que pode ser muito penoso encarar o pecado. Geralmente a raiz dos nossos pecados é o orgulho, e nosso orgulho fica profundamente ferido quando admitimos honestamente, diante de Deus e diante dos homens, que não somos tão bons como pensávamos que fôssemos. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO APÓSTOLO 29 O termo grego significa “alguém enviado com uma missão”. John R. W. Stott diz: “O Novo Testamento provavelmente usa a palavra apóstolo com três sentidos diferentes... 1. No sentido geral que todos nós somos por Cristo enviados ao mundo, participando assim da missão apostólica da Igreja (João. 17:18; 20:21); neste sentido amplo todos nós somos apóstolos. 2. A palavra é usada pelo menos duas vezes para descrever “apóstolos das Igrejas” (II Cor. 8:23 e Fl. 2:25), mensageiros enviados de uma Igreja a outra com incumbências especiais. 3. O dom do apostolado, tão em destaque, deve se referir por isso a este grupo pequeno e especial, que eram os “apóstolos de Cristo”: os doze (Luc. 6:12,13) e Paulo (Gál. 1:1). PROFETA A nossa palavra profecia vem do termo grego que significa “expositor público”, nos tempos apostólicos este dom tinha duas facetas. Uma era a transmissão de palavras de Deus para os homens, através de um profeta. Isto era um dom sobrenatural. Para que as pessoas pudessem discernir entre profetas falsos e verdadeiros o espírito dava a outros o dom do “discernimento” de espíritos. Só o fato de existirem profetas que falavam por revelação implicava na existência de falsos profetas, como podemos verificar nos Antigo e Novo Testamentos. Os cristãos neotestamentarios não deviam desprezar a Profecia, mas também tinham de testar todas as coisas. De acordo com 1 Cor. 14:3 a segunda faceta da função do profeta era de edificar, instruir, consolar e exortar os crentes nas congregações locais. O profeta, geralmente forasteiro, tinha precedência sobre o ministro local. Mas com o passar do tempo os ministros locais também passaram a exercer o dom da profecia, pregando a Palavra de Deus para edificação dos cristãos sob seus cuidados. O dom da profecia no primeiro sentido, de predição, não existe mais tanto quanto no primeiro século do cristianismo. PASTOR A Bíblia não usa muito a palavra pastor. No Antigo Testamento ela aparece mais, no sentido de pastorear ovelhas. No Novo Testamento aparece só uma vez com a idéia de “pastor de ovelhas” (Ef. 4:11), ligada intimamente com a tradução veterotestamentária desta palavra. A palavra também está relacionada muito com o termo para mestre. Outras formas desta palavra grega também aparecem em duas outras passagens. Entre os cristãos a palavra pastor é geralmente preferida para designar ministros ordenados (At. 28:18-20;I Tim.3:1-7;Heb. 13:7e I Ped. 5:1). MESTRE A palavra grega usada em Éfeso 4:11 significa “instrutor”. Depois de a mensagem do evangelho ter resultado em conversões, os novos cristãos tem de ser ensinados. Na grande comissão (Mat. 28:18-20) logo depois da ordem para discipular vem: ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. Uma das coisas que a Igreja mais precisa na atualidade é mais mestres em Bíblia. 0S DONS DE SINAIS Um líder cristão disse que se ele ouvisse um pastor pregando na esquina mais próxima, simplesmente voltaria ao seu aparelho de TV para não perder seu programa favorito. Mas se lhe dissessem que na esquina está alguém fazendo milagres, ele deixaria tudo para ver o que estava acontecendo. Por que isto? Simplesmente por que parece que nós ficamos fascinados pelo que é espetacular e foge ao normal. Esta tipa de curiosidade não é necessariamente boa ou proveitosa, mas mesmo assim é muito comum. Uma coisa interessante é que nas quatro passagens bíblicas em que aparecem os dons espirituais (Rom. 12:6-8; I Cor. 12:8-10; Ef. 4:11 e I Ped. 4:10,11), os dons de sinais aparecem juntos somente em 1 Coríntios, uma igreja que abusava de pelo menos um destes dons. CURAS O Espírito Santo também concede o dom de curar. Já no Antigo Testamento aparecem muitos casos de curas, e todos nós sabemos que o Novo Testamento está cheio de exemplos de Jesus e seus discípulos curando os doentes. E através da história da Igreja Cristã houve muitos outros casos de curas físicas. 30 O dom da cura física por meios espirituais às vezes é associado às curas de fé. Muitos que a praticam dizem ter o dom de curar, ou pelo menos algum poder espiritual. Dezenas de milhares de pessoas acorrem a eles. Muitos mais são convidados a escrever a pregadores de rádio ou televisão, que garantem ter este dom de curar. De fato, nos últimos anos a atenção da massa foi atraída à fé cristã e às curas físicas. Doenças e fraqueza são parte da vida; no fundo, ninguém pode escapar delas. Todas as pessoas, também os mais famosos curandeiros pela fé, adoecem e um dia morrem. Kathryn Kuhlman, famosa por suas curas pela fé, morreu em começos de 1976. Durante anos ela sofreu de um problema cardíaco, e no fim de 1975 submeteu-se a uma operação da qual não se recuperou mais. ela curou outras pessoas, mas no fim sucumbiu à doença pessoalmente. Temos de’distinguir entre o que a Bíblia chama de dom de curar e um outro método de curar. Alguns colocam a sua ênfase na fé do que precisa ser curado - dizendo-lhe que será curado se crer. MILAGRES O significado da palavra “milagres”, no grego, é “poderes” (II Cor. 12:12). Um milagre é um acontecimento que o poder de nenhuma lei física pode produzir; é uma ocorrência espiritual, produzida pelo poder de Deus; uma maravilha, um prodígio. Na maioria das versões do Antigo Testamento a palavra “milagre” geralmente é traduzida por “prodígio” ou “feito poderoso”. As versões do Novo Testamento geralmente falam dos milagres como “sinais” (João. 2:11) ou “sinais e prodígios” (João. 4:48; At. 5:12; 15:12). LÍNGUAS Um dos principais pastores da Igreja da Escócia estava internado na unidade de tratamento intensivo de um hospital de Glasców. Ele sabia que sua vida estava por um fio, a qualquer minuto poderia estar face a face com seu Senhor. Por isso começou a falar com Ele. E de repente notou que estava falando em uma língua que nunca ouvira antes. contou o fato a um amigo, mas nunca mais tocou no assunto com ninguém. Recuperou a saúde e serviu a seu Senhor por mais alguns anos. Línguas é de fato um dom do Espírito. Existe hoje em dia presbiterianos, batistas, anglicanos, luteranos, metodistas; além dos pentecostais, que falam ou já falaram línguas, ou não, nem esperam fazê-lo. Mas se línguas é dom do Espírito santo, ele não pode dividir. Se os que falam línguas usam mal este dom, provocando divisões, falta-lhes amor. O FRUTO DO ESPÍRITO Paulo diz: Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, bondade, fé, mansidão, temperança, contra o quê, não há lei. Em fruits ofthe spirit (Frutos do Espírito) Hembree diz assim: “Nesta época de mísseis teleguiados e pessoas mal guiadas precisamos desesperadamente aprendermos a sermos gentis. Parece estranho que em uma era em que alcançamos a lua, enviamos sinais a planetas distantes e recebemos fotografias tiradas de satélites em órbita seja tão difícil comunicar ternura com os que estão ao nosso redor”. Thoreau escreveu o seguinte: “Se alguém não mantém o passo com seus companheiros, é talvez porque ele esteja ouvindo um outro tambor. Deixe-o andar de acordo com a música que ele ouve, mas comedido, ou longe dos outros”. Como cristãos nós não temos outra alternativa a não ser marchar no ritmo dos tambores do Espírito Santo, nos passos comedidos da bondade, o que agrada a Deus. ECLESIOLOGIA – A DOUTRINA DA IGREJA A DOUTRINA DA IGREJA A palavra “Igreja” vem da ekkléia que significa “chamar”. Dr. Thayer diz: “Igreja é uma assembléia de cidadãos chamados de suas casas para um lugar público”. Devemos ter em mente que “Church” em inglês não é derivado de “ekklésia” mas significa “pertencente ao Senhor”. Eles salientam que de fato a Igreja é propriedade de Deus, talvez, estivessem se baseando em (I Ped. 1:18). 31 DESIGNATIVOS BÍBLICOS PARA IGREJA 1) Corpo de Cristo - o nome não é aplicado somente à Igreja universal, como em (Ef. 1:23; Col. 1:18), mas também a uma congregação isolada (I Cor. 12:27). 2) Templo do Espírito Santo - a Igreja de Corinto é chamada “santuário de Deus”, no qual o Espírito Santo habita (I Cor. 3;16). Paulo fala que os crentes crescem, “para santuário dedicado ao Senhor” (Ef. 2:21,22). Pedro diz: “Casa Espiritual” (I Ped. 2:5). 3) Coluna e baluarte da verdade - há apenas um lugar em que o nome é aplicado à Igreja; a saber: (I Tim. 3:15). Refere-se à Igreja em geral e, portanto, aplica-se a cada crente e parte dela. A idéia aqui é que a Igreja guardiã da Verdade, cidadela da Verdade, defensora da Verdade, esteio da Verdade, contra os inimigos da Verdade; OUTRO SENTIDO PARA IGREJA 1. O SENTIDO DA IGREJA MILITANTE EM IGREJA TRIUNFANTE - Na presente dispensação, a Igreja é militante, isto é, convocada para uma guerra santa, e de fato nela está empenhada. Isto naturalmente, não significa que ela deve gastar suas forças em lutas sangrentas de autodestruição, mas sim, que tem o dever de levar avante uma incessante guerra contra o mundo hostil em todas as formas em que este se revele, seja na Igreja ou fora dela, e contra todos os poderes espirituais das trevas. A Igreja não pode passar o tempo todo em oração e meditação, embora estas práticas sejam tão necessárias e importantes, nem tampouco deve parar de agir, no pacífico gozo da sua herança espiritual. Ela tem que estar engajada com todas suas forças nas pelejas do seu Senhor, combatendo numa guerra que é tanto ofensiva quanto defensiva e a Igreja na terra é a Igreja militante, no céu é a Igreja triunfante. Lá a espada é permitida pelos louros da vitória, os brados de guerra se transformam em cânticos triunfais, e a cruz é substituída pela coroa. 2. SENTIDO UNIVERSAL - no sentido universal, a Igreja consiste de todos aqueles que, nesta dispensação, nasceram do Espírito de Deus, e foram, por esse mesmo Espírito, batizados no corpo de Cristo (I Ped. 1:3,22-25; I Cor. 12:13). 3. SENTIDO LOCAL - no sentido local, a palavra “Igreja” é usada para se referir ao grupo dos que professam ser crentes em qualquer lugar. Assim lemos, acerca da Igreja em Jerusalém (At. 8:1; 11:22), a Igreja em Antioquia (At. 13:1), a Igreja em Éfeso (At. 20:17), a igreja em Cencréia (Rom. 16:1), a Igreja em Corinto (I Cor. 1:2; II Cor. 1:1), as Igrejas na Galácia (Gal. 1:2), a Igreja dos Laodicenses (Col. 4:16), a Igreja dos Tessalonicenses (I Tess. 1:1, 2; II Tess. 1:1), as Igrejas da Judéia (1 Tess. 2:14), e das Igrejas da Ásia (Ap. 1:4). As Igrejas locais em conjunto deveriam ser uma réplica fiel da Igreja verdadeira, a Igreja universal; a maioria delas falha neste aspecto de maneira bem triste. Jesus previu este afastamento das condições ideais e o retratou nas parábolas do reino dos céus (Mat. 13). AS MARCAS DA IGREJA a) A fiel pregação Palavra. Esta é a mais importante marca da Igreja. Enquanto que esta independe dos rituais, estes não são independentes dela. A fiel pregação da Palavra é o grande meio para a manutenção da Igreja e para habilitá-la a ser dos fiéis. Que esta é uma das características da Igreja transparece em passagens como João 8:31,32,47; 14:23; 1 João 4:1-3; II João 9. b) O fiel exercício da disciplina. É deveras essencial para a manutenção da pureza da doutrina e para salvaguardar a santidade dos membros.As Igrejas que relaxarem na disciplina, descobrirão mais cedo ou mais tarde em sua esfera de influência um eclipse da luz da verdade e abusos nas coisas santas. Daí, a Igreja que quiser permanecer fiel ao seu ideal, na medida em que isto é possível na terra, deverá ser diligente e conscienciosa no exercício da disciplina cristã. A Palavra de Deus insiste na adequada disciplina a ser exercida na Igreja de Cristo (Mat.18:18; 1 Cor.5:1-5,13; 14:33,40; Ap.2:14,15,20; Mat.18:15-18; Rom.16:17; 1 Cor.5:2,9-13; II Cor.2:5-10; II Tess.3:6). A MISSÃO DA IGREJA Talvez não exista nenhuma outra fase da Eclesiologia que tenha sido tão mal entendida quanto esta. Começando com uma idéia errada da natureza da Igreja, educadores e assistentes sociais têm promovido um programa de reforma 32 política, econômica e social que não tem base bíblica e muitas vezes tem caráter antibíblico. Os cristãos devem fazer novamente a pergunta: Qual é a missão da Igreja? E quais são os métodos que ela pode usar? Consideremos as finalidades espirituais da Igreja. Quais são elas? 1. GLORIFICAR A DEUS - As escrituras mostram repetidamente que este é principal fim da Igreja (Rom. 15:6,9; Ef 1:5,6,12,14,18; 3:21; II Tess. 1:12; 1 Ped. 4:11). Este dever é tão fundamental que, se for cumprido com fidelidade, serão cumpridos também os outros propósitos da Igreja. Glorificamos a Deus adorando-O (João4:23,24; Fp.3:3; Ap.22:9). A substância da idéia nas palavras hebraicas é prostrar-se, render tributo, venerar, respeitar profundamente, servir religiosamente. Glorificamo-Lo também através de oração e louvor (Sal. 50:23). 2. EVANGELIZAR O MUNDO - A Grande Comissão manda que a Igreja vá por todo o mundo e faça discípulos de todas as nações (Mat. 28:19; Mar. 16:15; Luc. 24:46-48; At. 1:8). As Escrituras não nos mandam “converter” mas sim “evangelizar” o mundo. Com isso quer se dizer que a Igreja é devedora do mundo todo. 3. AGIR COMO FORÇA RESTRITIVA E ILUMINADORA DO MUNDO - Jesus disse que os crentes são o “sal da terra” e a “luz do mundo”. (Mat.5:13-16). Por sua influência e testemunho, eles detêm o progresso da iniqüidade (II Tess.2:6,7). Deus retém o juízo devido à presença dos santos entre os maus (Gên. 18:22-33), e quando o número dos justos for pequeno e a hora do juízo tiver chegado, Ele retira os justos dentre os ímpios antes de enviar os castigos (Gên. 19:22-25). Por seu testemunho, devem dar a conhecer o que Deus requer do homem e a necessidade de arrependimento e regeneração. Com esta finalidade, Deus fez de seu povo os guardiões de sua verdade (II Cor. 5:19; Gal.2:7; 1 Tim. 1:11). 4. PROMOVER TUDO QUE É BOM - Embora o crente deva separar-se de toda aliança mundana (II Cor. 6:14-18), ele deve, todavia apoiar todas as causas que buscam “por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gal.6:10). AS ORDENANÇAS DA IGREJA BATISMO Que o batismo é uma ordenança de obrigação perpétua na Igreja é provado pelos seguintes fatos: 1. Cristo pediu para ser batizado (Mat. 3:13-15) e aprovou a prática dessa ordenança por parte dos discípulos (João. 4:1,2); 2. Ele ordenou Seus discípulos na Grande Comissão a ensinar e batizar todos os discípulos (Mat. 28:19,20; Mc. 16:16); 3. Os apóstolos e os primeiros discípulos ensinavam e praticavam o batismo (At.2:38,41; 8:12,13, 36,38; 9:18; 10:47,48; 16:15, 33; 18:8). A FÓRMULA BATISMAL - Os apóstolos receberam instruções específicas para batizarem eis to onoma tou patros kai tou hyiou kaí tou hagiou pneumatos (para uma relação com o nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo). Nós, os batistas como tantos outros, batizamos por imersão por entendermos que o batismo, conquanto, seja um ato simbólico, foi praticado pelo Senhor Jesus Cristo e pelos apóstolos, por imersão, conforme (Mat.3:13-17; Mc.1:9-13; Luc.3:21,22; At.8:36-39). Até porque, se o seu batismo significa sepultamento, não se entende um sepultamento de parte do corpo. Sepulta-se o corpo inteiro. A CEIA DO SENHOR “E tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois da ceia tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto em meu sangue, que é derramado por vós” (Luc. 22:19, 20 e 1 Cor, 11:23-26). A Ceia do Senhor, pois, não é santa ceia nem culto de ação de graças, nem a páscoa dos judeus, nem sacramento, nem um meio de comunhão de crentes ou de igrejas, nem dispensadora de bênçãos. A Ceia do Senhor é simples e essencialmente um memorial do sacrifício vicário de Cristo que deve ser praticado pelas Igrejas de Cristo. “Porque todas as vezes que comerdes deste pão beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor até que ele venha”. O pão simboliza os padecimentos corporais de Jesus e seu corpo ferido na cruz, “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” (1 Ped.2:24). E o vinho simboliza o sangue inocente de Jesus derramado no calvário “por muitos para remissão dos pecados”. AS TEORIAS A RESPEITO DA CEIA DO SENHOR 1. A TEORIA DA TRANSUBSTANCIAÇÃO - É a teoria romanista. O pão transubstancia-se em corpo, sangue, alma e divindade de Jesus, tal qual está a destra de Deus. Seu significado é literal, e não metafísico. Portanto a frase de Jesus: “Isto é o meu corpo” significa para os romanistas, o próprio Jesus, em corpo e alma. Esta interpretação transgride a 33 interpretação do próprio Jesus, que diz: “Fazei isto em memória de mim” (Luc.22:19). Transgride, ainda, a interpretação apostólica: “Pois todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha” (1 Cor. 11). Transgride o Novo Testamento em Heb. 9:28; 1 Cor.9:13-14. 2. A TEORIA DA CONSUBSTANCIAÇÃO - É a teoria luterana. O pão, na verdade, não se transubstancia, mas Cristo espiritualmente, une-se à substância do pão, quando este é ingerido, e assim, Jesus é recebido também no ato da participação da Ceia do Senhor. Ora, o texto sagrado não dá o menor indício de tal interpretação. É idéia sacramentalista desconhecida em o Novo Testamento, esposada pelo protestantismo luterano. 3. A TEORIA DE QUE A CEIA DO SENHOR É UM MEIO DE GRAÇA - As teorias calvinista e anglicana, posto que não seja iguais a romanista e a luterana, esposam a mesma idéia sacramentalista dos romanistas e luteranos, de que o ato de tomar a Ceia do Senhor traz aos crentes bênçãos: E um meio de receber graças e bênçãos espirituais. Também, nesta teoria, não deparamos firmeza alguma na Escritura do Novo Testamento. O QUE DIZ A BÍBLIA: A Ceia do Senhor é um memorial do sacrifício de Jesus Cristo. A interpretação clara, simples e bíblica da Ceia do Senhor é típica, simbólica, metafórica, memorial. Jesus Cristo (em corpo, alma, sangue e divindade), na noite em que foi traído instituiu a Ceia do Senhor e seus discípulos participaram da mesma: comeram do pão e beberam do vinho que estavam sobre a mesa. E absurdo inqualificável o só pensar que o pão e o vinho se transubstanciaram, estando Jesus ali presente em carne e osso. Isto perverte completamente o ensinamento de Jesus e dos apóstolos sobre a humanidade do Filho de Deus. Se o corpo de Jesus Cristo estivessem em dois lugares ao mesmo tempo, então o corpo de Jesus não foi idêntico ao nosso corpo, na sua natureza física, humana. Mas que diz a Escritura? (Is.53:51.22; Luc.21:40-42; João 19:17,28-33; Heb.5:7; Fl.2:5-8; João 1:14; Rom.8:3; Gál.4:4; Heb.2:17; I João 4:1-3). A celebração da Ceia do Senhor é praticada pela Igreja reunida, e congregacional, e não individual ou em grupos separados. O GOVERNO DA IGREJA O SISTEMA CONGREGACIONAL, também chamado de sistema de independência. Segundo ele, cada Igreja ou congregação é uma Igreja completa, independente de todas as demais. Nesse tipo de Igreja, o poder de governo fica exclusivamente com os membros da Igreja, que tem autoridade para regulamentar os próprios assuntos. Os oficiais são simples fieis funcionários da Igreja local, designados para ensinarem e administrarem os interesses da Igreja e não tem poder de governo além do que possuem como membros da Igreja. É verdade que a democracia gera diferenças de opinião, e não há grupo mais democrático que os batistas. Alguém, em tom de brincadeira, declarou que os batistas são tão livres como porcos sobre o gelo. Esse tipo de liberdade tende por criar diferenças ou divisões, e por essa razão há muitas variedades de crentes batistas, desde os ultraconservadores aos muito liberais. Não obstante, podemos enumerar algumas características tradicionais dos batistas: a) Autoridade da Bíblia como única regra de fé e prática. Ver o artigo sobre AUTORIDADE quanto a variados pontos de vista sobre esta questão. No entanto, as Igrejas batistas aceitam ter “declarações de fé” as quais por não serem completas, deixam de lado muitos pontos doutrinários que muitos dos irmãos nem aceitam discutir, isto constitui uma falha por omissão. O Espírito de Deus avança, e muitos batistas marcam passo. b) Batismo de crentes, com total rejeição do batismo infantil. Imersão com modo correto de batismo. Muitas Igrejas batistas rebatizam aqueles que vindos de outras Igrejas, se unem a elas, mesmo que essas outras Igrejas também pratiquem o batismo por imersão. Esse extremo cheira a sectarismo. Contudo a partir de 1900 muitas Igrejas batistas tem recebido tais membros sem exigirem o rebatismo. c) O batismo em água e a Ceia do Senhor são as únicas ordenanças da Igreja não sendo considerados sacramentos. d) A Igreja de cristo compõe-se apenas de crentes. A maioria dos batistas acredita na Igreja mística ou universal 34 composta de todos os regenerados sem importar a quais grupos evangélicos pertençam. Mas, para muitos batistas, a admissão à Igreja local requer o rito do batismo por imersão. Entretanto, os batistas não crêem na regeneração batismal. e) Sacerdócio de todos os crentes. No Novo Testamento não há tal coisa como uma classe sacerdotal. Cada crente é responsável diretamente a Deus. f) Autonomia da Igreja local e governo democrático. Os batistas podem pertencer a associações e denominações, mas não aceitam autoridades hierárquicas acima da Igreja local. Assim, todas as questões pertinentes à Igreja local são decididas pelo voto da congregação e não por autoridades externas à mesma. g) Ministério. Os ministros batistas usualmente os homens dotados de treinamento teológico, os quais são sustentados pelas ofertas de suas respectivas congregações. A autoridade dos pastores porém, depende de sua espiritualidade e de seu treinamento intelectual superior, e não de alguma superioridade doutrinária conferida por dom escriturístico ou por tradição. Há pastores e mestres (embora estes não constituam um ministério), não levantados por algum sistema eclesiástico, e sim, pela autoridade providencial do Espírito. h) Separação entre a Igreja e o estado. Via de regra, os batistas nunca se revoltaram contra o estado. OS BATISTAS NO BRASIL O trabalho batista no Brasil, depois de uma tentativa em 1871 (Santa Bárbara, SP), que não durou, ieve inicio, em caráter permanente, em Salvador onde se organizou em 1882, a primeira Igreja Batista Brasileira, como resultado do trabalho dos missionários William Buck Bagley, Zachary Clay Taylor e do ex-padre católico romano, Antônio Teixeira, organizando-se no Rio de Janeiro em 1884; Maceió, 1885; Recife, 1886; Juiz de Fora, 1889; Manaus, 1900 e em muitos outros lugares do Brasil. Mantém, além de Igrejas, Faculdades e Seminários Teológicos, imprensas, escolas e hospitais. Em cerca de 1970, tinham 600.000 membros e 3.200 Igrejas. EXISTEM OUTROS SISTEMAS COMO: a) Presbiterial - O governo é exercido por presbíteros. Geralmente traz consigo: Conselho, o presbitério, o sínodo e a assembléia geral. b) Episcopal - A Igreja é governada por bispos. Há na realidade três ordens: Bispos, Sacerdotes e Diáconos. c) Papal ou católico romano - Este arroga para si todo poder: é uma monarquia absoluta, sob o domínio de um só soberano, o papa. OFICIAIS DA IGREJA Organização subentende a existência de oficiais. Evidência disto chega até nós em parte através de referências aos oficiais. Se formos seguir hoje a prática primitiva, então deve haver nas Igrejas os mesmos oficiais. 1. PASTOR - Presbítero e Bispo, estes três termos denotam um único cargo no Novo Testamento. Atos 20:17,28 diz que os “presbíteros” da Igreja de Éfeso foram constituídos em “bispos” sobre o rebanho com a finalidade de “alimentar” (pastor, poimaínen) a Igreja de Deus. Temos aqui os termos “presbíteros”, “bispos” e “pastores” usados para o mesmo homem. Em 1 Ped. 5:1,2, os deveres de um “pastor” são atribuídos aos “presbíteros que há entre vos. 2. DIÁCONOS - Além do presbyteroi, são mencionados os diakonoi no Novo Testamento, (Fl. 1:1; 1 Tim. 3:8,10,12). Segundo a opinião predominante, Atos 6:1-6 contém o registro da instituição do diaconato. Contudo, alguns estudiosos duvidam disto, e consideram o oficio mencionado em (At. 6), ou como um oficio geral em que as funções dos 35 presbíteros e dos diáconos foram combinadas, ou como um oficio meramente temporal, que atende a um propósito especial. Eles chamam a atenção para o fato de que alguns dos sete ali mencionados foram encarregados da tarefa de distribuir bem as dádivas para a ágape (festas do amor cristão), ministério que noutras partes é descrito pela palavra diakonia (At. 11:29; Rom. 12:7; II Cor. 8:4; 9:1,12,13; Ap. 2:19). Os requisitos para o oficio, como são mencionados em Atos 6, são muito exigentes, e nesse aspecto, concordam com as exigências mencionadas em 1 Tim. 3:3-10,12. O PODER DA IGREJA 1. PODER MINISTERIAL - É copiosamente evidentemente na Escritura que o poder da Igreja não é um poder independente e soberano (Mat. 20:25,26; 23:8,10; Cor. 10:4,5; 1 Ped. 5:3), mas sim uma diakonia liturgia, - um poder ministerial (de serviço) (At. 4:29,30; 20:24; Rom. 1:1), derivado de Cristo e subordinado à Sua autoridade soberana sobre a Igreja, (Mat. 28:18). Deve ser exercido em harmonia com a Palavra de Deus e sob a direção do Espírito Santo, por meio de ambos os quais Cristo governa a Sua Igreja, e em nome do próprio Cristo como Rei da Igreja (Rom. 10: 14,15; Ef. 5:23; 1 Cor. 5:4). 2. PODER ESPIRITUAL - É um poder espiritual porque é dado pelo Espírito Santo (João 20:22,23; 1 Cor. 5:4). Poder que só pertence aos crentes. Poder que só foi dado aos convertidos e comprometidos com o Senhor. Jesus Cristo não só fundou a Igreja, mas a revestiu de autoridade especial (Mat. 28:18-20). ESCATOLOGIA – A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS Todo o sistema de Teologia tem a sua Escatologia. Se existe um começo, tem que existir um fim também, não no sentido absoluto no qual o universo era não existente antes da criação, mas no sentido de uma troca daquilo que é temporal por aquilo que é eterno. A idéia escriturística da morte inclui a morte física, a morte espiritual e a morte eterna. Em se tratando de morte, tanto a física como a espiritual é resultado do pecado ou salário deste (Rom. 6:23); enquanto a morte eterna além de ser também conseqüência do pecado é conseqüência ainda do pecado imperdoável (Mat. 12:31,32; Heb. 6:4-6; Heb. 10:26:27 e João 5:16). É bom lembrar, que a morte física cara o crente, salvo por Cristo não é uma pena ou castigo, mas uma libertação deste corpo mortal (Rom. 8:18-23). Como disse o escritor Fernando Pessoa: “a morte não é o fim da vida, mas o dobrar na esquina ou perder de vista aquele que estava entre nós”. Isto não é mero eufemismo, mas uma realidade na vida do salvo. DEPOIS DA MORTE FÍSICA Vários teólogos chamam este período ou momento de “Estado Intermediário”. É preciso ter muito cuidado com as colocações humanas. Aprendi com Langston, com Berkhof, com Thissen, com Júlio Andrade, com Lacy e outros respeitados teólogos, mas creio que a terminologia não expressa tudo. Não estou inventando e destes mestres discordando, apenas quero deixar aqui minha preocupação com algo tão sério e explorado erroneamente pelos espíritas, católicos romanos, hinduístas, islamitas, kardecistas e outros “istas” deste mundo tenebroso. Verdade é que a morte não é um fim. Os silvícolas, em sua crença, admitiam que colocando um arco o flecha no caixão do morto, ajudaria o morto a se defender no futuro. Os gregos colocavam uma moeda na boca do morto, para, segundo sua crença; pudesse pagar algo no além. Os egípcios, por sua vez colocavam um mapa no caixão, a fim de ajudar o morto a procurar o seu destino no além. No Brasil, não poucos dizem, junto ao caixão de um morto “que tenha um bom lugar...”. Estas crendices retratam a fé popular a acabam evidenciando o que supracitados, a morte não é um fim. Mas, surge uma indagação: Para onde vai o salvo? E para onde vai o perdido? Com base em (Luc. 23:43; Luc. 16:19-31 e Ecl. 12:7), o salvo, após sua morte física, vai para o Céu, em estado de alma; enquanto que o perdido, após a sua morte física, vai para o inferno, em estado de alma. O que passa disto, fica por conta das conjecturas humanas. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO À volta de Cristo é indiscutivelmente o fato mais importante da Escatologia, pelo que passaremos a expor: 1) Sua Proeminência nas Escrituras - É fato que ela tem lugar de destaque nas Escrituras. Apesar do primeiro e segundo advento estarem freqüentemente tão mencionados tanto no Velho como no Novo Testamentos (Jó 19:25,26; Dan. 7:13; Zac. 14:4; Mal. 3:1,2; Mat. 24:25; Mc. 13; Luc. 21:1 e II Tess; II Ped e Ap.). 36 2) É uma chave geral para se entender as Escrituras - Falamos que a oração e um espírito quebrantado são importantes para se entender a Bíblia, especialmente as últimas coisas. Entretanto, sem a luz da própria Palavra, a Escatologia não terá como ser entendida com clareza e exatidão. A Palavra de Deus lança luz sobre os textos mais difíceis e controvertidos e o crente sincero acaba por se sentir iluminado e esclarecido do assunto. 3) É a esperança da Igreja - A vinda do Senhor é nos apresentada como a grande esperança da Igreja. Nem a morte, nem a conversão do mundo são as “esperança” do crente, segundo as Escrituras, mas sim à volta do Senhor. Paulo disse: “No tocante à esperança e a ressurreição dos mortos sou julgado” (At. 23:6; 26:6-8; Rom. 8:20-25; 1 Cor. 15:19; Gal. 5:5); e também “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tit. 2:13). 4) É incentivo para o Cristianismo Bíblico - A vinda de Cristo é o grande incentivo para o cristianismo bíblico. Crer sinceramente nesta doutrina muito tem influenciado a ortodoxia, pois aqueles que têm abrigado esta esperança com maior ardor e inteligência, nunca negaram a divindade de Cristo, nem puseram em dúvida a infalibilidade da Bíblia, nem declinaram a fé que foi uma vez entregue aos santos. Mas isto não é tudo. A aceitação desta verdade também induz a autopurificação (1 João 3:3; II Ped. 3:11; Mat. 25:6,7); inspira à vigilância e à constância (Mat. 24:44; 1 Tess. 5:6; Mac. 13:36; 1 João 2:28); desafia o que se afastou para retornar (Rom. 13:11,12), constitui uma admoestação aos iníquos (II Tess. 1:7-10), e é um apoio na adversidade e na dor (Tg. 5:7; Heb.10:35-37; 11:26; II Tim. 2:12; 1 Tess. 4:16-18). Fica claro que a “bendita esperança” era o incentivo da cristandade apostólica. MODO DA SEGUNDA VINDA a) Será uma vinda pessoal - Isto se deduz da afirmação feita pelos anjos aos discípulos no Monte da Ascensão: “Esse Jesus que dentre vós foi assunto no céu, assim virá do modo como o vistes subir” (At. 1:11; 3:20,21;Mt. 24:44; I Cor. 15:22; Fp. 3:20; Col. 3:4; I Tess.2:19; 3:13; 4:15-17; II Tim. 4:8;Tt. 2:13; Heb. 9:28). b) Será uma vinda física - Que a volta do senhor será física se deduz de passagens como At. 1:11; 3:20,21; Heb. 9:28; Ap.1:7. Jesus voltará corporalmente a terra. c) Será uma vinda visível - Numerosas passagens atestam, como (Mat. 24:30; 26:64; Mc. 13:26; Luc. 21:27; At. 1:11; Col.3:4; Tt.2:13; Heb.9:28; Ap. 1:7). d) Será uma vinda gloriosa e triunfal - A segunda vinda de Cristo, conquanto pessoal, física e visível, será, todavia muito diferente da sua primeira vinda. Ele não voltará no corpo da sua humilhação, mas num corpo glorificado e com vestes reais (Heb. 9:28). As nuvens do céu serão Sua carruagem (Mat. 24:30), os anjos Seu corpo da guarda (II Tess. 1:7), os arcanjos seus arautos (1 Tess. 4:16), e os santos de Deus serão o seu glorioso séqüito (1 Tess. 3:13; II Tess. 1:10). Ele virá como Rei dos reis e Senhor dos senhores, triunfante sobre todas as forças do mal, havendo posto todos Seus inimigos debaixo dos seus pés (1 Cor. 15:25; Ap. 19:11-16). O PROPÓSITO DA SUA SEGUNDA VINDA Cristo voltará no fim do mundo com o propósito de introduzir a era vindoura, o estado eterno de coisas, e o fará inaugurando e completando dois eventos formidáveis, quais sejam, a ressurreição dos mortos e o juízo final (Mat. 13:49,50; 16:27; 24:3; 25:14,46; Luc. 9:26; 19:15,26,27; João 5:25-29; At. 17:31; Rom. 2:3-16; 1 Cor. 4:5; 15:23; II Cor. 5:10; Fp. 3:20,21; I Tess.4:13-17; II Tess. 1:7-10; 2:7,8; II Tim.4:1,8; II Ped. 3:10-13; Jd. 14,15; Ap. 20:11-15; 22:12). Poderíamos então dizer: 1) Arrebatando a Sua Igreja (1 Tess. 4:13-17); 2) Revelando-se aos seus (Zac. 14:5; Joel 3:11; Mat. 16:27); 3) Julgando a Besta e o Falso Profeta (Ap. 19:19-21; II Tess; Mat. 24:21,29); 4) Prendendo Satanás (Ap. 20:2-7); 5) Inaugurando o milênio (Ap. 20.2-7); 6) Salvando a Israel (Rom. 11:2,5,25,26) - As Escrituras mostram que quando Cristo voltar, Ele primeiro livrará Israel se seus inimigos aqui da terra (Zac. 14:1-4; Jr. 30:7). Já consideramos ligeiramente este ponto antes. Mas ele não vai parar nesta libertação: ajuntará de novo a todo Israel, reunindo a casa de Israel e a casa de Judá (Jr. 31:35-37; 33:14-22; Is. 11:11-14; Ez. 37; 38:25); e, além disso, Ele os salvará o fará uma aliança com eles (Zac. 12:10-13:6; Is. 66:8; Jr. 31:31-34; Heb. 8:8-12). Estas promessas não podem significar que todo Israel será gradualmente reunido à Igreja, pois sua conversão é definitivamente associada com o fato de verem a Cristo (Zac. 12:10; Ap. 1:7). 7) Iniciando-se assim, a grande apostasia e a grande tribulação - Estas duas podem ser mencionadas juntas, .Porque estão entrelaçadas no discurso escatológico de Jesus (Mat. 24:9-12,21-24; Mc. 13:9-22; Luc. 21:22-24). As palavras de 37 Jesus indubitavelmente encontraram cumprimento parcial nos dias que precederam a destruição de Jerusalém, mas é evidente que terão cumprimento maior no futuro, numa tribulação que sobrepujará tudo quanto já foi experimentado (Mat. 24:21; Mac. 13-19). Paulo também fala da grande apostasia em (II Tess. 2:3; 1 Tim. 4:1; II Tim. 3:1-5). Ele já via algo desse espírito de apostasia em seus próprios dias, mas se vê claramente que ele quer calcar em seus leitores que essa apostasia assumirá proporções muito maiores nos últimos dias. A HORA DE SUA VINDA: PRÉ-MILENAR Disse Jesus: “Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos do céu, nem o Filho, senão somente o Pai” (Mc. 13:32); e, “Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade” (At. 1:7). No entanto, ele criticou os fariseus e os saduceus porque sabiam discernir o aspecto do céu, mas não só sinais dos tempos (Mat. 16:3); e Ele lhes pediu que aprendessem da figueira que quando as folhas brotam, está próximo o verão (Mat. 24:32,33). Os filhos de Issacar são elogiados por serem “conhecedores da época”, para saber “o que Israel devia fazer” (1 Cor. 12:32). Vemos assim que nos será dado saber a hora de modo geral, mas não particular. De modo geral, a resposta é que Sua vinda está iminente; ele pode voltar a qualquer hora (Mat. 24:36; 25:13; Mc. 13:32; Tito 2:13; I Tess.4:16,17). A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS “Morrendo o homem, porventura tornará a viver?” (Jó 14:14). Sempre tem havido aqueles que negam a ressurreição do corpo (Mat. 22:23; At. 23:8; I Cor. 15:12) tem sempre havido também aqueles que professam crer em uma ressurreição, mas negam que será uma ressurreição do corpo. 1) É OBRA DO DEUS TRIÚNO - A ressurreição é obra realizada pelo Deus Triúno. Em alguns casos se diz simplesmente que Deus ressuscita os mortos, sem se especificar pessoa alguma (Mat. 22:29; II Cor. 1:9). Mais particularmente, porém a obra da ressurreição é atribuída ao Filho (João 5:21,25,28,29; 6:38-40,44,54; 1 Is. 4:16). Indiretamente, também é apontada como obra realizada pelo Espírito Santo (Rom. 8:11). 2) É RESSURREIÇÃO FÍSICA OU CORPORAL - Nos dias de Paulo havia alguns que consideravam a ressurreição como espiritual (II Tim. 2:18). E nos dias atuais há muitos que só acreditam, numa ressurreição do corpo. Cristo é chamado “primícias” da ressurreição (1 Cor. 15:20-23). a) Os corpos dos crentes - diversas passagens declaram ou dão a entender que o corpo ressurreto dos crentes será semelhante ao corpo glorificado de Cristo (Fp. 3:21; 1 João 3:2; 1 Cor. 15:49). Alguns detalhes podem ser mencionados de 1 Cor.15. Lemos que não será composto de “carne e sangue” (50,51).Cristo tomou carne e sangue sobre si (Heb. 2:14); mas depois da ressurreição, Ele diz que seu corpo é composto de “carnes e ossos” (Luc. 24:39). Portanto, Ele não era puro espírito, e assim também nós não seremos puros espíritos quando ressuscitarmos. Novamente, será incorruptível (vs. 42,53,54). Não está, portanto sujeito à doença, decomposição e morte. E um corpo resistente. Em seguida será um corpo glorioso (v. 43). Podemos imaginar o que isso significa se pensarmos na transfiguração de Cristo (Mat. 17:1-8), e na descrição do Cristo glorificado no céu (Ap. 1:13-16). Além disso, será poderoso (v. 43). Isto é, não se cansará, e será capaz de executar feitos grandiosos a serviço de Cristo (Ap. 22:3-5). E novamente, como já dissemos antes, será um corpo espiritual (v. 44). isso provavelmente quer dizer que sua vida é a do espírito. E, finalmente, será um corpo celestial (vs. 47-49). Em II Cor. 5:1,2 Paulo fala de “um edifício da parte de Deus, nossa habitação celestial”. A respeito dessas declarações, Alford diz: “Da parte de Deus (v. 1), mas tratado agora como se trazido com o Senhor quando vier, e colocado sobre nós que estiver os vivos e permanecermos então”. Mas a expressão em 1 Cor. 15:47-49, também, possivelmente, dá a entender algo da natureza daquele corpo: será celestial, em contraste com o presente, que é terreno. Estes detalhes podem não satisfazer plenamente a curiosidade humana quanto à natureza do corpo ressurreto, mas nos dizem mais sobre ela do que qualquer prognóstico humano digno de crédito. b) Os corpos dos Não crentes - Apesar das Escrituras terem menos a dizer sobre a ressurreição dos não-salvos do que sobre a dos salvos, a evidência a respeito dela não é de forma alguma franca ou insatisfatória. Jesus declarou que está 38 chegando a hora quando todos que estiverem nas sepulturas sairão, alguns para a ressurreição da vida, e alguns para a ressurreição do juízo (João 5:28,29). Exortou os discípulos à não temerem “os que matam o corpo e não podem matar a alma”; mas a temeram antes “aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma quanto o corpo” (Mat. 10:28). Diante de Félix, Paulo declarou que Israel tinha esperança em Deus “de que haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos” (At. 24:15). Nem é preciso dizer que Paulo indicou que ele mesmo era dessa opinião (Dan. 12:2) indica que muitos dos que dormem no pó ressuscitarão “para vergonha e horror eterno”. E Ap. 20:12,13 ensina claramente que os não-salvos serão ressuscitados, julgados e lançados no lago do fogo. Assim, fica claro que os não-salvos também serão ressuscitados corporalmente. O JULGAMENTO FINAL A próxima coisa mencionada é o julgamento diante do Grande Trono Branco (Ap. 20:11-15; 21:8). Já consideramos a natureza deste julgamento e mencionamos aqui apenas alguns detalhes. Parece que este julgamento terá lugar em alguma parte do céu, pois lemos que de sua presença “fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles” (v. 11). A linguagem leva-nos a supor que o aparecimento do Trono com Alguém assentado sobre ele, é o que causa isto. Aparentemente este julgamento trata apenas dos não-salvos; pelo menos, menção alguma é feita acerca dos salvos. O JUIZ Deus é juiz sobre todos (Heb. 12:23), mas desempenhará essa tarefa através de Jesus Cristo. Ele “ao Filho confiou todo julgamento... porque é o Filho do homem”. O ESTADO FINAL DOS ÍMPIOS – INFERNO 1. 0 LUGAR PARA O QUAL OS ÍMPIOS SERÃO ENVIADOS. Na teologia dos dias atuais há uma evidente tendência, em alguns círculos, de eliminar a idéia de punição eterna. Os extincionistas, que ainda estão representados em seitas como o adventismo e a “aurora do milênio”, e os defensores da imortalidade condicional, negam a existência perpétua dos ímpios e, com isso, tornam desnecessário um lugar de punição eterna. Na teologia “liberal” moderna, a palavra “inferno” é geralmente considerada como um designativo figurado de uma posição puramente subjetiva, na qual os homens podem achar-se mesmo enquanto na terra, e a qual pode tornar-se permanente no futuro. Mas estas interpretações certamente não fazem justiça aos dados da Escritura. Não pode haver dúvida razoável quanto ao fato de que a Bíblia ensina a existência permanente dos ímpios (Mat. 24:5; 25:30,46; Luc. 16:19-31). Além disso, em conexão com o tema do “inferno”, a Bíblia emprega expressões indicativas de lugar o tempo todo. 2. O ESTADO NO QUAL CONTINUARÃO SUA EXISTÊNCIA - É impossível determinar precisamente o que constituirá a punição eterna dos ímpios, e nos convém falar mui cautelosamente sobre o assunto. Positivamente se pode dizer que consistirá em ausência total do favor de Deus; uma interminável perturbação da vida, resultante do domínio completo do pecado; dores e sofrimentos positivos no corpo e na alma; e castigos subjetivos, como agonias da consciência, angústia, desespero, choro e ranger de dentes (Mat. 8:12; 13:50; Mc. 9:43,44,47,48; Luc. 16:23,28; Ap. 14:10; 21:8). 3. DURAÇÃO DA SUA PUNIÇÃO - O fogo do inferno é chamado “fogo inextinguível” (Mc. 9:43); e dos ímpios se diz que “não lhes morre o verme” (Mc. 9:48). Além disso, o abismo que separará santos e pecadores no futuro é descrito como fixo e intransponível (Luc. 16:26). O ESTADO FINAL DOS JUSTOS - CÉU Diz Pedro: “Nós, porém, segundo a sua promessa esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça” (II Ped. 3:13). João teve uma visão dessa nova criação (Ap. 21:1). Somente depois que a nova criação estiver estabelecida é que a nova Jerusalém descerá dos céus, da parte de Deus, o tabernáculo de Deus será montado entre os homens e os justos adentrarão o seu gozo eterno. A Escritura apresenta o céu como um lugar. Cristo ascendeu ao céu, o que só pode significar que ele foi de um lugar para outro. O céu é descrito como a casa de nosso Pai, onde há muitas mansões (João 14:1) e esta descrição dificilmente será válida para uma condição. Além disso, diz a Escritura que os crentes estão dentro, enquanto os incrédulos estão fora (Mat. 22:12,13; 25:10-12). A Escritura nos dá motivos para acreditarmos que os justos herdarão, não somente o céu, mas a nova criação inteira (Mat. 5:5; Ap. 21:1-3). A recompensa dos justos é descrita como vida eterna, isto é, não apenas uma vida sem fim, mas a vida em toda a sua plenitude, sem nenhuma das imperfeições e dos distúrbios da presente vida (Mat. 25:46; Rom. 2:7). A plenitude dessa vida é desfrutada na comunhão com Deus, o que é realmente a essência da vida eterna (Ap. 21:3). eles verão a Deus em Jesus Cristo face a face, 39 encontrarão plena satisfação nele, alegrar-se-ão nele e O glorificarão. QUESTIONÁRIO 01 – O que é Eclesiologia? R: é o estudo das origens da igreja e suas doutrinas. 02 – Qual a origem do vocábulo igreja? R: vem do grego “Eklesia”, que significa “chamar para fora.” 03 – O que é igreja? R: é uma assembléia, uma congregação, ou um ajuntamento de pessoas salvas, batizadas, organizadas doutrinadas e ajustadas para a promoção do Reino de Deus. 04 – Quem é o fundador histórico da igreja? R: é o Senhor Jesus Cristo (Mat. 16:18) 05 – Qual é a base fundamental da igreja? R: é o Senhor Jesus Cristo, que a torna numa igreja invencível. 06 – Quem é o cabeça da igreja? R: Jesus Cristo 07 – Quais as relações entre Jesus e a igreja? R: Jesus é o cabeça da igreja. Jesus é o fundamento da igreja. Jesus é o motivador da igreja. Jesus é o autor da igreja. Jesus é à força da igreja. 08 – Quais as finalidades de uma igreja? R: Evangelizar o mundo. Batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Doutrinar, ajustar e ensinar a verdade. 09 – Quem legisla a igreja? R: O Novo Testamento 10 – Quais as igrejas mencionadas no Novo Testamento? R: Igreja local. Igreja invisível e Igreja universal. 11 – Quais as igrejas existentes? R: local e invisível 12 – Onde se organizou a primeira igreja cristã? R: em Jerusalém, no dia de Pentecostes. 13 – Quem é o poder judicial da igreja? R: a assembléia 14 – Como se caracteriza uma igreja batista? R: pela sua absoluta autonomia. 15 – Como se entende por “organizada” uma igreja? R: pela sua unidade, igualdade e harmonia. 16 – Qual a igreja primitiva que se tornou missionária por sua autonomia? R: a igreja da Antioquia. 17 – Quais os tipos de governos eclesiásticos se conhece na igreja? 40 R: Episcopal (imperial monárquico). Oligárquico. Democrático. 18 – Que é o governo imperial monárquico? R: é o governo da igreja Católica, tem hierarquia clerical. 19 – Que é o governo oligárquico? R: é o governo exercido por um pequeno grupo (presbíteros e pastores), deles saem todas as decisões da igreja. 20 – Que é governo democrático? R: é o governo onde as decisões da igreja são tomadas por seus membros, reunidos em assembléia, através do processo de votação. 21 – Quais são os oficiais da igreja Batista? R: pastores e diáconos. 22 – Quais os títulos que cabem num só ofício? R: presbítero, pastor, bispo e anjo da igreja. 23 – Qual é o termo da palavra pastor? R: ternura. 24 – Qual é o termo da palavra diácono? R: servo, despenseiro. 25 – Qual é o termo da palavra bispo? R: administrador, superintendente. 26 – Qual é o termo da palavra presbítero? R: conselheiro, educador. 27 – Quais os motivos da instituição do diaconato na igreja? R: 1 – deixar desembaraçados os ministros da igreja. 2 – promover o bem estar dos crentes. 3 – promover a paz na igreja. 4 – dar um testemunho mais eficaz. 5 – reforçar a liderança da igreja. 28 – Quais as qualificações para um diácono? R: 1 – ter boa reputação. 2 – ser cheio do Espírito Santo. 3 – ser cheio de sabedoria. 4 – ser cheio de fé. 29 – Qual o ministério do Diácono? R: é servir as mesas das viúvas, dos pobres e necessitados. Os batistas afirmam ser: servir as mesas do Senhor, do pastor e dos necessitados. 30 – Quantas e quais são as ordenanças da igreja? R: duas; batismo e ceia. 31 – A ceia do Senhor é santa? R: sim. Não só a ceia, mas tudo que é separado para o Senhor. 32 – O que é batismo? R: é a imersão nas águas, simbolizando a morte e sepultamento em Cristo e a emersão simbolizando a ressurreição e Cristo, para viver em novidade de vida. 33 – Que é ceia? R: é a comemoração simbólica da morte de Cristo, até que Ele venha. 34 – Quem toma parte na ceia? R: os crentes batizados e em comunhão com sua igreja. 41 35 – Quem administra as ordenanças? R: o pastor. 36 – Quem instituiu a ceia e quando? R: Jesus Cristo, na noite em que foi traído. 37 – Qual a diferença entre ceia e páscoa? R: ceia: é a comemoração simbólica da morte de Cristo. Páscoa: é a comemoração do livramento dos israelitas da escravidão no Egito. 38 – Quais são os elementos da ceia? R: pão e vinho. 39 – Onde é feita a distribuição da ceia? R: é feita com a igreja reunida. 40 – Que é necessário para se participar da ceia? R: ser crente e estar em plena comunhão com a igreja. 41 – O crente é consagrado pela ceia? Por que? R: não, porque a ceia é apenas um memorial. 42 – O que representa o pão e o vinho? R: o pão representa o corpo de Cristo e o vinho seu sangue. 43 – Quais as formas utilizadas para a celebração da ceia? R: restrita, ultra-restrita, livre e ultralivre. 44 – Que é ceia restrita? R: é aquela que é celebrada somente para os crentes de uma denominação. 45- Que é ceia super-restrita ou ultra-restrita? R: é aquela que é celebrada somente para os membros da igreja local. 46 – Que é ceia livre? R: é aquela que é celebrada para todos os crentes em Jesus Cristo, independente de denominação. 47 – Que é ceia superlivre ou ultralivre? R: é aquela que é celebrada a todas as pessoas presentes, independentes de credo religioso. 48 – Qual as exigências para o batismo? R: ser salvo em Jesus Cristo, isto é: Crer em Cristo como único Salvador. 49 – Qual das duas ordenanças define a unidade do crente? R: o batismo. 50 – o batismo salva? R: não, o batismo é para os salvos. 51 – Por que o crente deve ser batizado? R: porque Jesus deu o exemplo e ordenou que se o fizesse. 52 – Por que o batismo é um símbolo? R: porque representa a morte e a ressurreição do crente. 53 – Como o crente pode entrar para a igreja? R: por batismo Por carta de transferência. Por reconciliação. 42 Por aclamação. 54 – Como o crente pode sair da igreja? R: por exclusão Por carta de transferência. Por morte. 55 – A ceia pode ser levada a um crente na sua casa? Por que? R: não. 1 – porque não há necessidade. 2 – porque Paulo nos relata a ceia assim: “Quando vos unir...”, o que dá a idéia da figura congregacional e não individual. I Cor. 11:20. 56 – Que é transubstanciação? R: é a doutrina do corpo místico da Igreja Romana, que ensina a presença real de Cristo nos dois elementos da ceia. 57 – Que é consubstanciação? R: é a presença mística de Cristo, a conceder bênçãos aos participantes da ceia. 58 – Quais as categorias de ofensas? R: pessoais e morais. 59 – Qual a relação entre pastor e igreja? R: absoluta lealdade à palavra de Deus. 60 – A quem pertence o púlpito da igreja? R: ao pastor. 61 – Que diz a Bíblia a respeito do dízimo? R: é a entrega de algo que não nos pertence. 62 – Que é igreja militante? R: é a igreja que milita, luta e combate o pecado. 63 – Que é igreja universal? R: é a igreja composta de todas as raças, línguas e nações. 64 – Que é igreja triunfante? R: é a igreja que triunfará e reinará com Cristo. 65 – Com que se mantém uma igreja Cristã? R: com as contribuições de seus membros através de seus dízimos. 66 – O crente é obrigado a dar o dízimo? R: Deus não nos obriga a fazer nada, mas, quando se opera em nós a regeneração, ela traz resultados bons. 67 – Qual a finalidade da igreja? R: 1 – constituir um lugar de habitação para Deus (Ef. 2:20-22). 2 – dar testemunho da verdade (I Tim. 3:15). 3 – tornar conhecida a multiforme sabedoria de Deus (Ef. 3:10). 4 – dar eterna glória a Deus (Ef. 3:20,21). 5 – edificar seus membros (Ef. 4:11-13). 6 – disciplinar seus membros (Mat. 18:15-17; I Cor. 5:1-5; 5:9-13). 7 – evangelizar o mundo (Mat. 28:18-20). 68 – A igreja existe para influenciar o mundo ou para ser influenciada? R: a igreja leva sua influência espiritual ao mundo. 69 – Qual deve ser o verdadeiro manual da igreja? R: a bíblia, que é a nossa única regra de fé e prática. 70 – Qual deve ser a relação da igreja e o estudo? 43 R: deve ser inteiramente independente do Estado. 71 – A igreja já existia antes do Pentecostes? R: a igreja em germe, pois de outro, aqueles que se convertiam, não podiam ser acrescentados a nada (Atos 2:47). 72 – Quais as funções do governo da igreja? R: Legislativo, Judiciário e Executivo. 73 – Explique a função Legislativa no governo da igreja? R: Cristo é o Legislador. Nos seus ensinos no NT, encontramos as leis que serão aplicadas na igreja. 74 – Explique a função Executiva no governo da igreja? R: o ministro da igreja é o executivo. Ele faz cumprir as determinações de Cristo. 75 – Explique a função Judicial no governo da igreja? R: a autoridade judicial é a igreja. Ela é o juiz, ela demite, admite, julga, disciplina, reconcilia, etc. 76 – O que é disciplina da igreja? R: a disciplina é o meio pelo qual a igreja mostra ao seu membro o modo correto de proceder. A disciplina da igreja é instrução, educação e ensinamento. 77 – Quais as três leis que devem orientar-nos na disciplina da igreja? R: a lei do amor. A lei da confissão. A lei do perdão. 78 – Quais as formas de disciplina na igreja? R: formativa, corretiva e cirúrgica. 79 – Explique a disciplina formativa. R: é a doutrina dada do púlpito e das classes da E.B.D. 80 – Explique a disciplina corretiva. R: é a nomeação de uma comissão para corrigir e doutrinar o membro. 81 – Explique a disciplina cirúrgica. R: é a exclusão do membro que está prejudicando o Corpo, que é a igreja. 82 – O que é religião? R: é a vida do homem nas suas relações sobre-humanas. É a vida com Deus. 83 – A religião é natural do homem? R: sim. É tão natural como a fome, a sede, etc. 84 – Em que parte do homem a religião funciona? R: na parte invisível e espiritual. 85 – Como a religião se manifesta no homem? R: nos seus poderes de pensar, sentir e querer. 86 – Em que consiste a religião? R: Consiste em ser e não fazer. Fazemos boas obras porque somos cristãos, isto é, não as praticamos para nos tornar cristãos. 87 – Onde está à religião verdadeira? R: está na pessoa do Senhor Jesus Cristo. 88 – Qual a relação entre religião e teologia? R: religião é vida em Deus, teologia é o estudo da evidência desta vida. 89 – Religião é um corpo de doutrinas? Por que? R: não. Porque religião é vida. Teologia é que é doutrina. 44 90 – Que é religião verdadeira? R: é aquela que realiza a idéia da personalidade de Deus e suas manifestações. 91 – Qual é o campo da teologia e da religião? R: da teologia é a mente, da religião é o coração. 92 – Que é teologia? R: é a ciência que estuda as relações de Deus com o universo. 93 – Qual a diferença entre a teologia como ciência e as outras ciências? R: a ciência parte do conhecimento para a experiência, a teologia parte da experiência para o conhecimento. 94 – Quais os tipos de teologia conhecida? R: Teologia genética _ origens doutrinárias. Teologia bíblica _ conjunto de doutrinas bíblicas. Teologia histórica _ fatos ocorridos e narrados e fatos da história. Teologia contemporânea _ doutrinas modernas. Teologia dogmática _ estudo dos dogmas das igrejas. Teologia sistemática _ sistematização dos ensinos bíblicos. 94 – Como se divide a teologia? R: divide-se em doze partes: Teologia – doutrina de Deus. Antropologia – doutrina do homem. Hamartiologia – doutrina do pecado. Cristologia – doutrina de Cristo. Soteriologia – doutrina da salvação. Bibliologia – doutrina das escrituras. Pneumatologia – doutrina do Espírito Santo. Eclesiologia – doutrina da igreja. Escatologia – doutrina dos últimos tempos. Angelologia – doutrina dos anjos. Satanalogia – doutrina de satanás. Demonologia – doutrina dos demônios. 95 – Que é teologia genérica? R: é os estudo das origens doutrinárias. 96 – Que é teologia bíblica? R: é o estudo do conjunto de doutrinas bíblicas. 97 – Que é teologia histórica? R: é o estudo dos fatos ocorridos e narrados através da história. 98 – Que é teologia contemporânea? R: é estudo das doutrinas modernas. 99 – Que é teologia dogmática? R: é o estudo dos dogmas da igreja. 100 – Que é teologia sistemática? R: é a sistematização das doutrinas ou das verdades reveladas na Bíblia. 101 – Que é dogma? R: é uma crença que é aceita sem discussão. A igreja Católica prática vários dogmas. 102 – Quais as fontes que se serve à teologia sistemática? R: Cristo, o universo e a história. 103 – Qual o campo da teologia? R: é a mente do homem. 45 104 – Quantas e quais são as verdades em que se baseia a teologia? R: quatro são as verdades em que se baseiam a teologia, a saber: 1- Deus existe e tem relação com o mundo (Gên. 1:1). 2- O homem criado a imagem e semelhança de Deus tem capacidade para compreender aquilo que Deus revela. 3- Deus tem se revelado desde o princípio (Heb. 1:1 e João 17:1). 4- A Bíblia mostra a teologia como fonte da criação (Sal. 19:1-4). 105 – Qual a principal fonte de informação para a teologia? R: a Bíblia. 106 – Quais as fontes do conhecimento de Deus que o homem teve? R: revelação, inspiração e iluminação. 107 – Que é deontologia? R: é o estudo da teologia do ponto de vista ético. 108 – Das fontes do conhecimento qual a que ainda existe? R: a iluminação. 109 – Que é revelação? R: é a comunicação direta da verdade por Deus (Gên. 35:7 e Dan. 2:22,28). 110 – Que é inspiração? R: é a capacidade que Deus dá ao homem para escrever o que Ele deseja (II Tim. 3:16). 111 – Que é iluminação? R: é o auxílio que o Espírito Santo dá ao homem para interpretar o que já está revelado (Ef. 5:14). 112 – Qual é à base das escrituras? R: é a revelação de Deus, inicial, progressiva e permanente. 113 – Como Deus se revelou? R: na vida de Abraão e Moisés. Na vida dos profetas. Na vida de Jesus Cristo. Na vida dos apóstolos. 114 – Que é revelação cristã? R: é a manifestação de Deus na pessoa e no trabalho de Jesus Cristo. 115 – Fora da revelação, quais são as fontes da nossa teologia? R: no homem, no universo e na história. 116 – Quais são os sistemas teológicos conhecidos? R: Calvinistas, Mulliens e Champion. 117 – Que é axioma? R: é uma verdade que não precisa de demonstração, mas é provada na Bíblia. 118 – Quais os tipos de revelação? R: mediata e imediata. 119 – Que é revelação mediata? R: é Deus falando por meio de um mediador, por intermédio de alguém. 120 – Que é revelação imediata? R: é Deus falando por meio das coisas criadas, sem mediador. 121 – O que é Deus? 46 R: Deus é Espírito Pessoal, perfeitamente bom, que em santo amor cria, sustenta e dirige tudo (Langston). Deus é um ser pessoal, eterno, de absoluto conhecimento, poder e bondade (John Miley). Deus é espírito perfeito e infinito, que é origem, manutenção e o fim de todas as coisas. 122 – Qual é a natureza de Deus? R: é espírito pessoal. 123 – Que é espírito pessoal? R: é um ser que pensa, sente, quer, tem consciência e direção própria. 124 – Quais os nomes de Deus? R: Javé (Yahweh) _ Aquele que é (Êxodo 3:13-15). Elohim _ Deus Criador (Gên. 1:1). Adonai _ Deus Senhor (Gên. 2:2). Jeová _ Deus Supremo (Êxodo 3:4-7). El _ Deus em hebraico. El-Elyon _ Deus altíssimo (Gên. 14:17-22). El-Shaddai _ Deus todo poderoso (Gên. 1:17). El-Roi _ o forte que vê (Gên. 16:13). El-Olam _ Deus eterno (Isaías 40:28). El-Elihom _ Deus está nas maiores alturas. Javé-Nakeh _ o Senhor que fere (Ezequiel 7:9). Javé-Tsidkenu _ Deus da justiça (Jeremias 23:6). Javé Maccadeshkem _ o Senhor nosso santificador (Êxodo 31:13). Javé Jireh _ o Senhor que provê (Gên. 22:13-14). Javé Nissi _ o Senhor minha bandeira (Êxodo 17:15). Javé Raah _ o Senhor nosso pastor (Salmo 23). Javé Shammah _ o Senhor está presente (Ezequiel 48:35). Javé Shalom _ o Senhor nossa paz (Isaías 26:3). Javé Sabbaoth _ o Senhor dos exércitos (I Samuel 1:3). Javé El Gmolah _ o Senhor Deus da recompensa (Jeremias 51:56). 125 – Qual é a natureza de Deus como espírito? R: é um ser real, verdadeiro, invisível, que pensa sente e quer. 126 – Qual é a natureza de Deus como pessoa? R: tem direção própria e consciência própria. 127 – A glória de Deus aumenta? R: a glória essencial não, mas a glória manifestada sim. 128 – Qual é o fruto da inspiração? R: é o conhecimento da vontade de Deus. 129 – Qual é o caráter de Deus? R: perfeitamente bom. 130 – Cite algumas qualidades de Deus que a Bíblia nos ensina. R: Verdadeiro, Justo, Santo, Amoroso, Bondoso, Benigno, Paciente, Longânimo, Misericordioso, etc. 131 – Qual a relação de Deus com o universo? R: Ele cria, sustenta e dirige. 132 – Por que Deus é o verdadeiro criador? R: porque Ele consegue criar e crear. 133 – Qual é a diferença entre criar e crear? R: criar é fazer de alguma coisa já existente (o homem cria). Crear e fazer do nada (só Deus pode crear). 134 – Quais os tipos de atributos de Deus? R: morais ou absolutos e naturais ou relativos. 47 135 – Quais os atributos naturais ou absolutos de Deus? R: onipotência, onisciência, onipresença, infinitude, imutabilidade, imensidade e unidade. 136 – Quais os atributos morais ou relativos de Deus? R: santidade, justiça e amor. 137 – O que é santidade? R: é a Sua perfeita excelência moral e espiritual. Deus puro, impoluto e justo em si mesmo. 139 – O que é justiça? R: é a capacidade que Deus tem de garantir punição aos maus e patrocínio aos bons. 140 – O que é amor? R: é a essência de Deus. Deus é amor. 141 – Quais as provas da existência de Deus? R: na natureza  a matéria não é eterna, portanto teve que ser criada. Na criação animal  matéria viva só pode vir de matéria viva. Na aceitação universal  percepção humana. 142 – Que é unidade de Deus? R: é a soma de todos os seus atributos. 143 – Qual é a maior criação de Deus? Por que? R: o homem, porque foi feito a Sua imagem e semelhança. 144 – Que é onisciência? R: é o conhecimento pleno e total de todas as coisas, presente, passado e futuro. 145 – Que é onipotência? R: é o poder soberano de Deus. 146 – Em Deus há quantas formas de onipotência? Quais? R: duas moral e física. 147 – Que é onipotência moral? R: Deus não pratica qualquer espécie de mal, em virtude da essência de Sua própria natureza. 148 – Que é onipotência física? R: é a que se relaciona com a criação. Criador e sustentador. 149 – Que é infinitude? R: é a idéia de que Deus é infinito. Sempre existiu e sempre existirá. 150 – Que é imutabilidade? R: Deus não muda (Sal. 102:27). 151 – Que é imensidade? R: é a quantidade e a qualidade dos atributos de Deus, que são tão imensos, que foge a percepção humana. 152 – Qual é a maior prova de amor de Deus? R: é Ele dando-se a si mesmo por amor aos homens (João 3:16). 153 – Por que o amor de Deus é perfeito? R: porque está ligado a uma bondade perfeita. 154 – Quais as objeções contra a existência de Deus? R: intelectual e moral. 155 – Qual a objeção moral em relação à existência de Deus? 48 R: baseia-se na presença do mal no universo. 156 – Qual é a objeção intelectual em relação à existência de Deus? R: observando o universo, acham que é desnecessária a existência de Deus. 157 – Quais os argumentos filosóficos que provam a existência de Deus? R: moral ou teológico, teleológico, antropológico, ontológico e cosmológico. 158 – Explique o argumento moral ou teológico. R: é escrito na consciência humana. No Sal. 14 nós lemos: “Diz o néscio no seu coração” e não “Diz o néscio na sua cabeça”. Nenhum homem pode negar a existência de Deus conscientemente e sim pela falta de fé. Na experiência religiosa (João 9, e a mulher samaritana). 159 – Explique o argumento teleológico. R: é se baseia na grandeza do universo, que não tem medida, mas tem lógica: não pode ser compreendido, mas tem ordem. Se há um universo é porque houve um arquiteto. 160 – Explique o argumento antropológico. R: se há um plano, uma seqüência; há uma mente, um ser. 161 – Explique o argumento cosmológico. R: a existência do universo ao nosso redor. 162 – Discorra sobre a criação. R: Deus na Sua imensidade fez o mundo do nada e Seu Espírito pairava sobre a face do abismo, como à semelhança de uma galinha sobre os ovos a aquecer-lhes e dando-lhes vida. 163 – Qual a finalidade da Bíblia? R: revelar Deus e seus propósitos aos homens. 164 – Quais as evidências de que a Bíblia é a Palavra de Deus? R: pela unidade, pelo cumprimento das profecias e pela transformação dos homens. 165 – A Bíblia é ou contém a Palavra de Deus? R: a Bíblia é a Palavra de Deus (Hebreus 1:1). 166 – Quais são as vontades de Deus? R: secretas e reveladas. 167 – Que é vontade secreta? R: são os decretos escondidos em Deus. 168 – O que é vontade revelada? R: é aquela que Deus revela aos homens. 169 – Qual a relação entre a santidade e o amor de Deus? R: na santidade há plenitude de glória, na excelência moral de Deus. No amor, há o impulso deste Deus Santo, dando-se ao Mundo, com o desejo de possuir o mundo e conserva-lo em comunhão eterna consigo. 170 – Que é providência? R: é a disposição antecipada, o mesmo que presciência. 171 – Entre Deus e o mal há um abismo intransponível. Por que? R: porque o mal é contrário a bondade perfeita de Deus. 172 – Qual a origem do universo? R: o universo não tem existência própria, ele foi criado por Deus. 49 173 – Qual a dimensão do Espírito de Deus? R: o Espírito de Deus não tem dimensão, ele é infinito. 174 – Que é imanência? R: é a permanência de Deus inseparável do mundo. 175 – Que é transcedência? R: é o que está acima das idéias e conhecimentos ordinários. 176 – Por que as idéias de transcedência e imanência são necessárias? R: para que tenhamos uma idéia verdadeira de Deus. 177 – Qual a resultante da transcedência sem imanência? R: resulta em Deísmo. 178 – Que é Deísmo? R: é a crença em um Deus apenas Criador, mas longe do homem. 179 – Que é Panteísmo? R: é a crença de que Deus é tudo e tudo é Deus. Confunde o Criador com as coisas criadas. 180 – Que é Monoteísmo? R: é a crença em apenas um Deus. 181 – Que é Politeísmo? R: é a crença em vários deuses. 182 – Que é Teísmo? R: é a crença de que Deus está em todas as partes, tomando conhecimento de tudo que se passa com a humanidade (João 17:11-16). 183 – Onde se originou o Politeísmo? R: em Moabe e Edom. 184 – Que é Monogenismo? R: é a crença de que a humanidade originou-se de um casal (Atos 17:26). 185 – Que é Poligenismo? R: é a crença de que a humanidade se originou de vários casais. 186 – Que é Honoteísmo? R: é a crença num Deus principal e em diversos outros deuses menores. 187 – Que é Animismo? R: é a crença que atribui alma ou espírito às forças da natureza. 188 – Que é Agnosticismo? R: é a crença de que a mente finita do homem não pode alcançar a mente infinita de Deus. 189 – Que é Materialismo? R: é a crença de que o homem é um animal, não existe espírito. Só crê no que vê e no que pega. 50 190 – Que é trindade? R: é a tríplice manifestação de Deus, ou sua manifestação no Pai, no Filho e no Espírito Santo. 191 – Que é triunidade? R: é a unidade tríplice, porém, uma só essência. Deus é um em Sua essência, em seu ser. 192 – De que maneira Deus governa o mundo? R: segundo um método uniforme que se chama lei. 193 – O que é lei? R: são os 10 Mandamentos ou Decálogo dados por Deus a Moisés no Sinai. 194 – Deus governa pela lei? R: não, porque a lei por si só não tem força, porque é instrumento. Deus é a força da própria lei assegurada pelos seus Decretos. 195 – Se a lei é um método de uma inteligência divina ou de uma força moral, como definir este governo? R: o governo de Deus é segundo a lei, mas não pela lei. 196 – O mundo continua a ser governado por Deus? R: sim, porque Deus além de Criador é conservador e controlador das coisas criadas (Ef. 1:11). 197 – A presciência de Deus em relação à vida humana, controla o seu livre arbítrio? R: não, porque o homem sem liberdade não é homem à imagem e semelhança de Deus. 198 – Prove a existência da trindade no Velho Testamento. R: Gên. 1:1  Deus  Elohim  forma pluralizada de Deus (trindade). Gên. 3:15  Prova de Cristo. Sal. 51:11  Prova do Espírito Santo. Sal. 68:5  Prova de Deus. 199 – Prove a existência da trindade no Novo Testamento. R: Mat. 3:16,17  o Filho sendo batizado, o Pai se pronunciando e o Espírito em forma de pomba. Mat. 28:19  “... batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. II Cor. 13:13  “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós”. 200 – Qual é a relação da trindade entre si? R: é de perfeita harmonia. 201 – Qual é a obra de cada pessoa da trindade? R: o Pai é o Criador, o Autor e Arquiteto. O Filho é o Salvador, o Executor o Construtor. O Espírito Santo é o consolador, o Iluminador. 202 – Quais os três tipos de dispensações? R: a dispensação do Pai no Velho Testamento. A dispensação do Filho o Ministério terreno de Jesus. A dispensação do Espírito Santo da ascensão até a 2ª vinda de Cristo. 51 203 – Que é soteriologia? R: é o estudo da doutrina da salvação. 204 – De que se compõe o homem? R: no conceito dicotomista de corpo e alma. No conceito tricotomista de corpo, alma e espírito. 205 – Que é dicotomia? R: é a crença de que o homem é composto de corpo e alma, sendo alma sinônimo de espírito (Mat. 10:28, At. 2:31). 206 – Que é tricotomia? R: é a crença de que o homem é composto de corpo, alma e espírito, sendo alma diferente de espírito. O espírito é a parte mais elevada, que se comunica com Deus. A alma é a sede da personalidade e o corpo é o tabernáculo da alma. (I Tess. 5:23, Heb. 4:12). 207 – Que é corpo? R: é o instrumento, o tabernáculo, a oficina do espírito. 208 – Qual é a função do corpo? R: é unir o espírito ao universo material. 209 – Que é onipresença? R: é Deus presente ao mesmo tempo em toda a Sua criação (Sal. 139:7-10). 210 – Que é espírito? R: é o agente moral do corpo. 211 – Quais são os sentidos materiais do espírito? R: consciência e direção própria, poder de pensar, querer e amar. 212 – Quais são as teorias da origem da alma? R: pré-existencialismo. Traducionalista. Criacionista. Cooperação Mútua. 213 – Explique a teoria pré-existencialista da alma. R: Deus criou todas as almas antes de estarem nesta vida. A pecaminosidade da alma só existe pelo fato dela estar unida ao corpo, como um castigo imposto por pecados praticados em existência anterior (Platão). 214 – Explique a teoria traducionalista da alma. R: Deus soprou uma só vez o fôlego de vida, e depois capacitou o homem à multiplicação da espécie (Gên. 2:7; 1:28). 215 – Explique a teoria criacionista da alma. R: Deus cria as almas no momento do nascimento (Heb. 12:9; Ecl. 12:7; Zac. 12:1). 216 – Explique a teoria da cooperação da alma. R: tanto o Criador quanto o homem cooperam mutuamente na criação da alma (Ecl. 11:5; Sal. 52 139:13-16; Jó 10:8-12). 217 – Quais os elementos necessários à crença ou a fé? R: intelectual, visual e experimental. 218 – Como se processa o elemento intelectual? R: o homem houve falar de Jesus. 219 – Como se processa o elemento visual? R: o homem vê o que Jesus fez nos outros. 220 – Como se processa o elemento experimental? R: o homem aceita e experimenta a Jesus. 221 – Que tipo de fé é a fé cristã? R: experimental. 222 – Que é hamartiologia? R: é o estudo sobre a doutrina do pecado. 223 – Que é pecado? R: é o estado mal da alma. 224 – Que é o mal? R: é tudo que concorre direta ou indiretamente para o dano de outra coisa. 225 – Que é pecar? R: é estar em desobediência a Deus, ser contra a Sua vontade, errar o alvo o qual Deus fez o homem. 226 – Quais as conseqüências do pecado? R: conhecimento e prática do mal, perda da comunhão com Deus, expulsão do Paraíso, morte física e espiritual e depravação da natureza humana. 227 – Como se originou o pecado? R: originou-se da experiência do desvio das leis e atributos de Deus, primeiro em Satanás e seus anjos, e depois no homem. 228 – Qual é a raiz de todo o pecado? R: o egoísmo. 229 – O que é pecado mortal ou pecado sem perdão? R: é a blasfêmia contra o Espírito Santo, isto é, atribuir conscientemente a Satanás uma obra que se sabe ser de Deus. 230 – Que é pecado de omissão? R: é conhecendo o bem e deixa-lo de fazer. 231 – Que é pecado de comissão? R: é fazer aquilo que Deus proíbe. 232 – Que é pecado original ou pecado da raça? 53 R: é o pecado praticado por Adão e transmitido por hereditariedade a toda à raça. 233 – Qual é o pecado da criança? R: pecado original ou pecado de raça. 234 – A criança está salva? R: se ela morrer antes da idade da razão sim, pois o homem é condenado pelos pecados que pratica. 235 – Todos os homens são pecadores? R: sim, porque o estado natural dos homens é viver em pecado. 236 – Quais são os tipos de pecadores que existem? R: pecadores remidos e pecadores perdidos. 237 – O que dizem a filosofia, psicologia, biologia, ética e teologia em relação ao pecado? R: a filosofia diz que pecado é um tropeção. Adão e Eva tropeçaram. A psicologia diz que pecado é um desajuste. Toda humanidade está desajustada. A biologia diz que pecado é uma doença. A humanidade está doente espiritualmente. A ética diz que pecado é um lapso moral. A Teologia diz que pecado é o estado mal da alma. É a desobediência a Deus e seus preceitos. 238 – A salvação é um ato ou um processo? R: um ato. 239 – O homem se regenera? R: não, o homem é regenerado. 240 – O que vem primeiro, a fé ou a regeneração? R: em tempo igual, pois, não há crente sem regeneração e nem regenerado incrédulo. 241 – A santificação é um ato ou um processo? R: um processo. 242 – Que é fé? R: é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se vêem (Heb. 11:1). 243 – Quem nasceu primeiro, o mal ou o pecado? R: foi o mal, pois o pecado é oriundo do mal. 244 – Como podem os homens serem salvos? R: somente através de Jesus Cristo. 245 – Que é salvação? R: a salvação é constituída da Justificação (mudança exterior), da Regeneração (mudança 54 interior) e da Santificação (dedicação a Deus). 246 – Quais as condições para o homem ser salvo? R: fé e arrependimento. 247 – Que é arrependimento? R: é a repulsa pelos pecados cometidos. 248 – Que é fé cristã? R: é a crença em Jesus como o Filho de Deus vivo que veio libertar o homem do pecado. 249 – Na vida cristã pode haver fé sem arrependimento? R: não, somente o arrependimento sente a necessidade do Salvador e deseja a salvação da sua alma. 250 – O que é conversão? R: é abandonar o pecado e aproximar-se de Deus. É dar meia volta. 251 – Qual é a fonte, o mandamento e o meio da Justificação? R: a fonte é a graça de Deus, o fundamento é a Justiça de Cristo o meio é a fé. 252 – Qual é o estado original do homem? R: justo e santo. 253 – Que é morte física? R: é a desintegração do corpo e da alma. 254 – Que é morte espiritual? R: é a separação eterna do espírito humano da presença de Deus. 255 – Quais os resultados da morte espiritual do homem? R: perder a semelhança moral e a presença de Deus. Corromper seus poderes. 256 – Como o homem vence o pecado? R: aceitando o sacrifício de Jesus Cristo e vivendo em constante comunhão com Deus. 257 – Por que o homem conquistou a misericórdia de Deus para restaurá-lo? R: porque o homem não gerou o pecado, mas foi atingido por ele. 258 – Em que o homem é semelhante a Deus? R: no raciocínio, na natureza moral, na vontade própria, no livre arbítrio e na imortalidade espiritual. 259 – Que é expiação? R: é o sacrifício pelo pecado. 260 – Que é sacrifício? R: é uma cobertura divinamente provida para uma consciência culpada. 261 – Quais os três aspectos da salvação? R: justificação, regeneração e santificação. 262 – Que é justificação? 55 R: é o ato de Deus justificar o homem através da justiça de Seu Filho Jesus Cristo. Deus declara o pecador arrependido, livre de culpa e da condenação (Rom. 5:1,2,18). 263 – Que é regeneração? R: é o ato de Deus regenerar ou transformar a natureza pecaminosa do homem, em uma nova criatura. É o mesmo que novo nascimento. 264 – Que é santificação? R: é o processo pelo qual somos feitos participantes da glorificação da santidade de Deus. 265 – Qual é a essência da santificação? R: a pessoa santificada é separada, purificada, dedicada e consagrada ao serviço de Deus. 266 – Que é predestinação? R: é um ato eterno de Deus que em Seu prazer e sabedoria, sem considerar o demérito do homem, escolhe um determinado número de pecadores para o servirem como recipientes da graça especial do Seu Espírito. 267 – Quais os meios de santificação? R: o sangue de Cristo (eterna), o Espírito Santo (interna) e a Palavra de Deus (externa). 268 – Que é glorificação? R: é o ato final de Deus no processo da salvação. 269 – Quais os outros nomes da predestinação? R: Calvinismo, Eleição, Presciência, etc. 270 – Quais as bases bíblicas para a crença na predestinação? R: Mat. 11:27; Mar. 13:27; Luc. 18:7; João 6:37; João 15:16; João 17:2,6; Atos 9:15; 13:48; Rom. 8:27-30; Efésios 1:4,5; 2:8-12; II Tim. 1:9; I Ped. 1:1,2. 271 – Que é livre arbítrio ou arminianismo? R: é a teoria que afirma que a salvação está condicionada a vontade humana. O homem tem capacidade de escolher ou rejeitar por si mesmo a salvação de Deus em Jesus Cristo. 272 – Qual é a diferença entre mal e pecado? R: mal é sofrimento, pecado é desobediência. 273 – Por que razão Deus permitiu a entrada do mal no mundo? R: para que o homem usasse de liberdade e não abusasse do direito de ser livre razão porque o pecado é o estado mal do homem. 274 – Por que o sofrimento físico é de utilidade na vida moral? R: para o aperfeiçoamento da raça humana (II Cor. 4:17). 275 – O mal moral agrada a Deus? R: não, porque é pecado, e, por isso, contraria o caráter de Deus. 276 – Qual a diferença entre vida eterna e imortalidade? R: vida eterna; tempo presente  nós adquirimos a vida eterna no momento em que aceitamos a Jesus Cristo. Imortalidade; tempo futuro  a imortalidade se dará na ressurreição, quando recebemos corpos glorificados. 56 277 – O que é lugar intermediário? R: é o lugar onde os espíritos ficam após a morte física. 278 – Como se chama o lugar intermediário dos salvos? R: 3º Céu ou Paraíso. Lugar onde os espíritos dos que morrem no Senhor ficam conscientemente esperando a ressurreição dos corpos glorificados por Jesus na Sua 2ª vinda, é um lugar de gozo e paz (Luc. 16:23,24). 279 – Como se chama o lugar intermediário dos perdidos? R: Hades, Sheol ou Inferno. Lugar onde ficam os espíritos de todos os que morreram sem salvação, é um lugar de sofrimento (Luc. 16:23,24). 280 – Fale sobre a origem da raça humana. O que pensam os homens? R: a história diz que o homem surgiu na Ásia Central. A filosofia diz que a linhagem humana tem raiz comum. A psicologia confirma a unidade em instintos, ambições e tendências. A ciência reconhece ter uma origem comum na raça. 281 – Como foram salvos os homens que viveram antes de Cristo? R: foram salvos por antecipação do futuro sacrifício realizado em Cristo. O Cordeiro imolado na época era símbolo de Cristo, o Cordeiro de Deus. Os homens viviam na esperança da vinda do Messias (Jesus). 282 – Que é Cristologia? R: é o estudo sobre a pessoa do Senhor Jesus Cristo. 283 – Quem é Jesus Cristo? R: Jesus é o Criador de tudo, o Filho do Deu vivo, a 2ª pessoa da Trindade, Autor e Consumador da salvação dos homens. 284 – Qual é a natureza de Jesus? R: Jesus é Deus-homem. Quando Ele chorou, teve fome, sede e sono, vemos a manifestação humana. Quando Ele andou sobre o mar, multiplicou os pães e peixes, ressuscitou Lázaro e curou enfermos, vemos a manifestação divina de Jesus. 285 – Como se chama a união humana e divina em Jesus? R: união hipostática do verbo. 286 – Por que Jesus tinha que possuir as duas naturezas? R: como homem, Ele sentia e podia clamar a Deus as necessidades prometes da raça humana. Como Deus, Ele podia perdoar e libertar os homens destas necessidades. 287 – Qual o trabalho de Jesus? R: reconciliar o homem com Deus, mostrando por Ele mesmo, o caminho, a verdade e a vida eterna. 288 – Quais os nomes de Jesus? R: Emmanuel (Deus conosco) Jesus (Salvador) Cristo (Ungido) 57 Messias (Prometido) Senhor (Filho do homem). 289 – Qual a tríplice função ou ofício da pessoa de Cristo? R: Profeta, Sacerdote e Rei. 290 – Explique estas funções. R: Profeta  representando Deus junto ao povo. Sacerdote  representando o povo junto a Deus. Rei  ele reinará sobre todas as coisas criadas, inclusive na igreja militante. 291 – Por que Jesus Cristo pode salvar o homem? R: porque Ele cumpriu a pena lega, moral e sacrificial em lugar do homem. 292 – Jesus Cristo foi criado ou já existia? R: Jesus Cristo sempre existiu (Gên. 1:26, João 17:5). 293 – Qual a crença dos Ebionitas? R: negam a realidade da natureza de Cristo. 294 – Qual a crença dos Docetistas? R: negam a realidade da natureza humana de Cristo. 295 – O Que cria a teoria de Apolinário? R: negam a integridade da natureza humana de Cristo. 296 – O que cria a teoria Nestória? R: negam a união real entre as naturezas divina e humana de Cristo. 297 – O que cria a teoria de Eutíques? R: negam a coexistência das duas naturezas de Cristo. 298 – Quais os meios usados por Deus para revelar Cristo aos israelitas? R: a Lei o os Profetas. 299 – Como se manifestou a profecia? R: verbal e escrita. 300 – Quais os dois estados de Cristo? R: humilhação e exaltação. 301 – Como se deu a humilhação de Cristo? R: quando o verbo se fez carne, submetendo-se às leis humanas. 302 – Como se deu a exaltação de Cristo? R: na Sua ressurreição e ascensão. 303 – Qual o sentido da palavra verbo? R: Deus humanizado para cumprir uma missão divina. 304 – Qual era a função de um profeta? R: ensinar e guiar o povo de Deus, predizendo acontecimentos futuros e operando milagres. 58 305 – Quais são os aspectos da doutrina na concordância de Jesus? R: moral, comercial ou resgate e judicial ou legal. 306 – Explique o aspecto mora da concordância. R: é a manifestação do amor de Deus dando Seu Filho, no altar do sacrifício, colocando-O na cruz em lugar dos pecadores. 307 – Explique o aspecto comercial ou resgate da concordância. R: é o resgate feito por Jesus para nos livrar da escravidão do pecado. Ele pagou com a vida o preço da nossa liberdade. 308 – Explique o aspecto judicial ou legal da concordância. R: o homem transgrediu a lei. Jesus veio satisfazer as exigências da lei, cumprindo-a integralmente. 309 – Que é chamada divina? R: é Deus chamando os homens ao arrependimento. 310 – Que é convicção do pecado? R: é ter a certeza de que está condenado. 311 – Qual é a relação entre regeneração e santificação? R: a regeneração torna a árvore boa. A santificação torna o fruto bom. 312 – O batismo salva? Por que? R: não, porque ele é apenas um símbolo, um testemunho. 313 – Em que ocasião se dá à salvação? R: quando o Espírito Santo convence o homem do pecado, da justiça e do juízo. 314 – Qual é a importância teológica de ressurreição de Cristo? R: é a razão, a prova e a garantia da nossa ressurreição. Assim como a morte veio por meio de um homem (Adão), a ressurreição veio por meio também de um homem (Jesus). Assim como todos morreram em Adão, também todos serão vivificados em Jesus Cristo. 315 – Qual a finalidade do milagre? R: comprovar o poder de Deus e dar autoridade ao pregador. 316 – Qual a finalidade da profecia? R: comprovar a sabedoria e a onisciência de Deus. 317 – Que é racionalismo? R: é a doutrina que quer harmonizar a Bíblia com as razões humanas. Deus é tese, o Filho é antítese e o Espírito Santo é síntese. 318 – O que é evangelho social? R: é o ensino de que a missão de Deus é aqui mesmo na terra, dando alimentos, comidas e roupas aos necessitados. 319 – O que crê o liberalismo teológico? 59 R: crê que a Bíblia contém a palavra de Deus e não que ela é a palavra de Deus. 320 – O que é darwinianismo? R: é a crença de que o homem é originário do macaco. 321 – O que é evangelizar? R: “É transferir homens e mulheres de uma sociedade por outra, do ambiente natural para o ambiente sobrenatural da família de Cristo”. (Ronald Haal) “É partir donde o povo está e levar o povo para onde Jesus está”. (David Gomes) 322 – O que é Angelologia? R: é o estudo da doutrina dos anjos. 323 – Que sãos anjos? R: são seres espirituais, incorpóreos e assexuados. 324 – Qual a natureza dos anjos? R: racionais, morais e imortais. 325 – Quais as funções dos anjos? R: cantam, louvam e executam as ordens de Deus. Ministram em favor dos herdeiros da salvação. São mediadores em revelações especiais. 326 – Quais os atributos dos anjos? R: não sendo oniscientes, entretanto são superiores aos homens em conhecimento e com capacidade moral de servir a Deus. 327 – Quais os nomes dos anjos? R: Querubim, Serafim, Arcanjo, anjo Principado, Potestade, etc. 328 – Que significa Querubim? R: celestial. 329 – Que significa Serafim? R: queimador. 330 – Que significa Arcanjo? R: chefe dos anjos ou anjo superior. 331 – Que fazem os Querubins? R: são sentinelas de Deus. 332 – Que fazem os Serafins? R: executam as ordens de Deus. Servem, louvam e cantam a glória de Deus. 333 – Que significa anjo? R: mensageiro. 334 – Como se deu a queda dos anjos? R: por causa da vaidade, orgulho e soberba de Satanás ou Lúcifer, o mais “poderoso” e “perfeito” anjo de Deus (Ezequiel 28:17, Isaías 14:11-15). 60 335 – Quem é o arcanjo? R: Miguel (semelhante a Deus) – Judas 9. 336 – Quem é Gabriel? R: é o anjo assistente de Deus e enviado do Senhor (Luc. 1:19,26). 337 – Quem é o chefe dos anjos maus? R: Satanás. 338 – Que significa Satanás? R: adversário. 339 – Que quer dizer diabo? R: acusador. 340 – Na obra da destruição como Satanás é chamado? R: Apollion, que quer dizer destruidor. 341 – Onde Satanás começou a sua obra? R: no Éden, atacando Adão, a coroa da criação divina. 342 – De que maneira Satanás tentou destruir a obra de redenção? R: no deserto ao tentar três vezes a Jesus. 343 – Quem era Satanás antes de cair? R: Querubim Ungido, separado como sacerdote a serviço de Deus (Ezequiel 28:14). 344 – Quais as classes de anjos? R: eleitos e decaídos. 345 – Quais são os anjos eleitos? R: são os que permanecem fiéis a Deus. 346 – Quais são os anjos decaídos? R: são os que se rebelaram contra Deus. 347 – Como são chamados os anjos? R: filhos de Deus, Espíritos santos mensageiros. 348 – Quais os outros aspectos da obra do Espírito Santo? R: além de convencer o homem, Ele regenera, habita no homem, santificando-o dando-lhe poder e glorificando-o. 349 – Em que ocasião o Espírito Santo se manifestou visualmente? R: no batismo de Jesus, em forma de pomba. No dia de Pentecostes, em forma de fogo. 350 – Quais são os frutos do Espírito Santo? R: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança. 351 – Que é Escatologia? 61 R: é o estudo das doutrinas sobre as últimas coisas. 352 – Como será a 2ª vinda de Jesus? R: pessoal, visual, pública e com sinais. 353 – Como serão os corpos após a ressurreição? R: dos salvos serão incorruptíveis e eternos. Dos perdidos serão corruptíveis e também eternos. 354 – De algumas provas da existência do inferno. R: Isaías 65:17; João 14:2; Fil. 3:20; Apoc. 21:10. 355 – Quem será o juiz do julgamento final? R: Deus na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo (Rom. 2:16). 356 – O que é purgatório? R: segundo a Igreja Romana, é um lugar onde os mortos purificam seus pecados antes de ir para o Céu. 357 – Tem apoio bíblico o purgatório? Por que? R: não, porque se o fogo do purgatório pode purificar os pecados, fica então invalidado o sangue de Jesus. Paulo afirma que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” e que o “sangue de Jesus nos purifica de todos os pecados”. 358 – O que é limbo? R: é o purgatório para as crianças. 359 – Tem apoio bíblico o limbo? Por que? R: não, porque as crianças até a idade da razão são salvas pela graça do sacrifício de Jesus. Em duas ocasiões afirmou o seguinte: “deixai vir a mim os pequeninos, pois dos tais é o Reino dos Céus”. “Se vós não vos tornardes como um desses pequeninos, de maneira alguma entrareis no Reino dos Céus”. 360 – Qual a doutrina da morte eterna? R: os que não forem achados escritos no Livro da Vida, serão lançados no lago do fogo, por toda a eternidade (Apoc. 20:16). 361 – Quando Jesus virá? R: o dia e a hora ninguém sabe (Mat. 24:36). 362 – Jesus ainda está conosco? R: sim, “eis que estou convosco até a consumação dos séculos” (Mat. 28:20). 363 – Haverá julgamento para os homens? R: sim, todos serão julgados. 364 – Quais os tipos de julgamento serão? R: Tribunal de Cristo e Tribunal do Trono Branco. 365 – Quais as pessoas que serão julgadas no Tribunal de Cristo? R: os salvos, para receberem galardão por aquilo que fizeram ou deixaram de fazer em relação 62 à obra de redenção. Não há condenação neste tribunal. 366 – Quais as pessoas serão julgadas no Tribunal do Trono Branco? R: todos os homens, com exceção dos salvos, em Cristo. Este tribunal é para condenação, não havendo nenhuma possibilidade de absolvição. 367 – O que condenará os homens? R: o fato de terem rejeitado o amor de Deus na pessoa de Jesus Cristo. 368 – Há realmente necessidade deste juízo? R: sim, porque a Lei Moral, por sua própria natureza exigem um julgamento final. 369 – Que é Céu? R: é o lugar de gozo “indizível”, onde os remidos terão comunhão com Deus e com os anjos. 370 – O Céu é um lugar? R: sim, mais antes de tudo é um estado de espírito. 371 – Qual é o caráter e a natureza do Céu? R: descanso e alívio para os cansados, aperfeiçoamento do nosso conhecimento e lugar de comunhão com Deus. 372 – Que é inferno? R: é o lugar de tormento sem fim e um estado espiritual de tormento. 373 – Que é milênio? R: é o período de mil anos em que Satanás será preso, e os santos reinarão com Cristo. 374 – Quais as teorias a respeito do milênio? R: Amilenista, Pré-milenista e Pós-milenista. 375 – Explique a teoria Amilenista. R: eles não crêem no milênio literal. Para eles o milênio é símbolo de eternidade. 376 – Explique a teoria Pré-milenista. R: Cristo arrebatará a Sua igreja e em seguida o Mundo passará por uma grande tribulação. Após esta tribulação, Cristo voltará a este mundo para reinar durante mil anos. 377 – Explique a teoria Pós-milenista. R: Cristo só voltará após o milênio e até lá a igreja converterá toda a humanidade. 378 – Em que criam os gnósticos? R: negavam a humanidade de Jesus. 379 – Em que crê o docetismo? R: Jesus não era Deus, mas um homem um pouco melhor e mais sábio do que os outros. 380 – Qual a crença do liberalismo ou modernismo em ralação a Bíblia? R: não crêem na inspiração total das Escrituras Sagradas. Para eles a Bíblia não é a Palavra de Deus, e sim, contém a Palavra de Deus. 63 381 – Qual a base bíblica para a crença do livre arbítrio? R: Isaías 1:18; Mar. 16:16; Luc. 13:34; Atos 2:21; Fil. 1:6; I Tess. 5:19; I Tim. 2:4; Heb. 3:1214; II Ped. 2:21; 3:9. 382 – Quais são as obras de Satanás do princípio até hoje? R: possui e controla o mundo, acusa o povo de Deus, alimenta revolta, tenta os escolhidos, controla a cegueira dos perdidos e causa enfermidades e tem poder sobre a morte. 383 – Qual será o fim de Satanás? R: será lançado no fogo eterno com seu anjos (Apoc. 20:10). 384 – Quais as provas da existência de Satanás? R: em Isaías 14 e Ezequiel 28, vemos a sua queda. Em Jó 1:7, vemos ele falando com Deus e acusando seu servo. Em Mat. 4 vemos Satanás tentando a Jesus. Em Apoc. 20:10, vemos o seu fim. 385 – Que é Antropologia? R: é o estudo sobre o homem. 386 – Que é o homem? R: é um ser mora, criado à imagem e a semelhança de Deus. 387 – Para que Deus criou o homem? R: para manter comunhão com Ele e ser glorificado por Ele. 388 – Quais os sete passos da união com Cristo? R: padecendo com Cristo. Crucificando com Cristo. Morto com Cristo. Sepultado com Cristo. Ressuscitado com Cristo. Vivificado com Cristo. Glorificado com Cristo. 289 – Qual é o trabalho de Jesus Cristo? R: garantir a salvação eterna para todos que nEle crer e interceder por eles junto ao Pai (Deus). 64
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