APOSTILA_MINICURSO_FERIDAS

April 4, 2018 | Author: Stefanny Pollyani | Category: Necrosis, Skin, Biology, Earth & Life Sciences, Physiology


Comments



Description

Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências da Saúde Curso de Graduação em EnfermagemFERIDAS E COBERTURAS Carolina Carbonell dos Santos Danilo B. Ribeiro Rodrigo M. da Silva Cronograma • Introdução •Anatomia da Pele •Fases da Cicatrização • Realização de Curativos- Técnicas básicas • Tipos de Cicatrização • Avaliação de Feridas • Bordas • Técnicas de Desbridamento • Tratamento de Feridas Introdução Para DEALEY (1996), o conceito de ferida é “qualquer lesão que leve a uma quebra da continuidade da pele”, ou seja, qualquer ruptura que comprometa uma das principais barreiras de proteção do nosso organismo As feridas podem ter origem : Traumática  Agressão térmica, química ou mecânica. Cirúrgica Crônica  Incisão ou Excisão  Úlceras por Pressão como :  Estado nutricional e perfusão tecidual alterados(HIPÓXIA)  Fragilidade Capilar  Idade  Posicionamento prolongado no leito  Alteração da Mobilidade .Introdução Alguns fatores podem aumentar o risco de comprometimento da integridade da pele. mas dá suporte aos tecidos adjacentes. ela não faz parte da pele. apesar da hipoderme ter a mesma origem da derme. .segundo PRAZERES(2009). mas .Anatomia da Pele Divisão •Epiderme •Derme •Tecido Subcutâneo ou Hipoderme !!! Alguns autores consideram classicamente a hipoderme como uma das partes da pele. Epiderme •Formada por tecido epitelial (Avascular) •Origem ectodérmica •Mais externa •Sensibilidade tátil e de vibrações devido as células de Merkel • Formada por camada basal. espinhosa e córnea. . granulosa. Derme •Formada por tecido conjuntivo (Vascularizada) •Origem mesodérmica •Sensibilidade Dolorosa •Mais interna •Contém fibras colágenas e elásticas •Presença de água. através da transmissão de informações do ambiente como um todo.Permitem flexão e extensão dos membros sem danos as estruturas da pele. Fibras Colágenas.Servem para evitar traumas à pele. . proteínas. íons e glicosaminoglicanos • Células Sensoriais.Tônus e resistência para a pele e são formadas por Aminoácidos Fibras Elásticas. Colagenase .Processo de Cicatrização .Direcionar o Manejo Fases 1) Inflamatória Limpeza e Homeostasia  Sinais Inflamatórios  Acúmulo de Colágeno. contração da ferida e reepitelização.Das bordas para o centro. deposição de colágeno. pela ação dos fibroblastos. Contração do Leito da Ferida. Proliferação de Fibroblastos e células endoteliais.2) Fibroblástica ou Proliferativa Neoangiogênese. formação de tecido de granulação. . edema.Eritema. elevação em forma de tumor. Sinais.Prurido.3) Fase de RemodelaçãoTambém chamada de fase do amadurecimento  Início. Sintomas. extensão e local da lesão. Cicatriz imatura •Nesse processo o colágeno e constantemente degradado e sintetizado.aproximadamente 3 semanas após o dano tecidual  Pode se estender por até 2 anos dependendo do grau. pequena maleabilidade. fisgadas. • Ocorre substituição de colágeno tipo III por tipo I ( No sentido das linhas da pele). . dolorimento e formação de bolhas. Quelóide Não há substituição do colágeno tipo III (fibras desorganizadas) pelo colágeno tipo I. .Cicatriz Hipertrófica. há uma superposição de eventos celulares e moleculares. .Equipe Interdisciplinar Apoio Vínculo Adesão Observações -Não há separação entre as fases. -Não há curativo ou solução a ser usado em todo o processo de reparação que vá auxiliar nas 3 fases. diagnósticos ou terapêuticos” (Jorge & Dantas.2003:69)” Lesão Aberta Tratamento e o auxílio no processo de cicatrização ÚMIDO Nos locais de inserção de dispositivos invasivos Umidade é um fator de risco para a colonização ou infecção bacteriana SECO . com o objetivo de auxiliar no tratamento da ferida ou prevenir a colonização dos locais de inserção de dispositivos invasivos.Curativo “Curativo é o procedimento de limpeza e cobertura de uma lesão. Técnicas básicas para a Realização de Curativos Para a realização de um curativo devemos seguir algumas orientações: • Lavar as mãos. • Colocar o paciente na posição adequada. em um único sentido. expondo apenas a área a ser tratada. e luva de procedimentos. • Inspecionar cuidadosamente a ferida e o tecido adjacente. • Explicar ao paciente o que será feito. utilizando as duas faces da gaze. • Abrir o material a ser utilizado. • Aplicar o antisséptico ou o curativo selecionado. • Remover o curativo anterior. utilizando solução fisiológica se houver aderência. . • Limpar a lesão. • Evoluir em prontuário ou impresso próprio. • Datar e assinar o curativo. • Reunir o material e levá-lo para próximo do leito do paciente. para a mais contaminada. com técnica asséptica. • Realizar o curativo da área menos contaminada. sobre campo estéril. Se o paciente apresentar uma lesão apenas Do ponto menos contaminado da lesão para o mais contaminado Da lesão menos contaminada. para o mais contaminada Se o paciente apresentar mais de uma lesão . . Exemplo.FERIDA OPERATÓRIA . O processo cicatricial ocorre dentro do tempo fisiológico esperado e. como conseqüência. Está associada a feridas limpas Perda mínima de tecido  é possível fazer a junção dos bordos da lesão por meio de sutura ou qualquer outro tipo de aproximação Reduzido potencial para infecção.Tipos de Cicatrização Primeira Intenção É a situação ideal para o fechamento das lesões. deixa cicatriz mínima. . Produção mais extensa de tecido de granulação. acarretando um desvio da seqüência esperada de reparo tecidual. Requer maior tempo para a contração e epitelização da ferida. Exemplo.Segunda Intenção Está relacionada a ferimentos infectados Perda acentuada de tecido Não é possível realizar a junção das bordas. produzindo uma cicatriz significativa.ÚLCERA POR PRESSÃO . . Acontece quando uma incisão é deixada aberta para drenagem do exsudato e. fechada. posteriormente.Terceira Intenção Ocorre quando há fatores que retardam a cicatrização de uma lesão inicialmente submetida a um fechamento por primeira intenção. . . . . pois estes interferem no processo de cicatrização. Esta avaliação e documentação deve ser feita de forma SISTEMÁTICA. Deverá ser abordado o histórico geral do paciente e o da ferida em si. . desde a ocorrência da lesão até sua completa resolução.Avaliação das Feridas Avaliar e documentar a evolução da ferida é imprescindível para se determinar o tratamento apropriado para cada caso. É Importante observar fatores locais e sistêmicos. Fatores Gerais Idade Nutrição Patologias Associadas Condições Vasculares Drogas Estado neurológico Infecção Dor Fatores Locais Crônica ou Aguda Etiologia(Arterial, Venosa, Diabética, Por pressão) Avaliação Tópica... 1) Classificação das feridas pelo grau de lesão tissular Em estágios Por Profundidade 2)Classificação para lesões abertas baseadas nas cores do leito da ferida 3)Classificação quanto ao aspecto do exsudato. 4) Classificação de acordo com a dimensão da ferida As úlceras por pressão são classificadas por ESTÁGIOS Eritema(não reativo- Alívio da pressão- Não há melhora imediata(Prazeres, 2009). HIPEREMIA- A hiperemia é um aumento da quantidade de sangue circulante num determinado local, ocasionado pelo aumento do número de vasos sanguíneos funcionais.(Poder ser por acúmulo de sangue arterial ou venoso). ERITEMA- Eritema é o nome dado à coloração avermelhada da pele ocasionada por vasodilatação capilar, sendo um sinal típico da inflamação. 1) Classificação das feridas pelo grau de lesão tissular Por Profundidade Superficial ou parcial  quando atinge apenas a epiderme. podendo chegar à derme sem. seringa de insulina estéril e sem agulha. músculo e ossos A medida da profundidade pode ser feita utilizando-se um swab. sonda de aspiração. também. . o subcutâneo. no entanto atravessá-la Profunda ou total  quando. pinça. Sempre medir a partir do ponto mais profundo da lesão. além das camadas superiores pode envolver. dedo indicador enluvado. Black)  Categoriza o ferimento por meio da observação das cores vermelha.2)Classificação para lesões abertas baseadas nas cores do leito da ferida  Sistema RYB (Red. amarela ou preta e suas variações . Yellow. tendendo ao cinza. Característicasamarelo. frouxo e úmido. o pus e o material fibroso que favorecem a proliferação de microorganismos. Vermelho opaco. persistindo. significa uma diminuição ou retardo da granulação.Vermelha Cor vermelha com aspecto limpo indica presença de tecido de granulação saudável. Vermelho escuro com Por vezes há uma mistura aparência friável é das cores amarela e indicativo vermelha indicando haver de processo infeccioso em Granulação mas andamento. Podem estar presentes. tecido fibrótico no leito da ferida. Preta Cor preta confirma presença de tecido Necrótico(Necrose de Coagulação). . Amarela Amarelo forte há grande quantidade de material Fibrótico(necrose de liquefação) e outros componentes oriundos da degradação celular. ainda. também. Pode ser observada a presença de escara. Obs: Quando a lesão apresentar mais de uma cor deverá ser classificada pela cor que indica a situação mais crítica . Exsudato sanguinolento Lesão vascular. espesso  é o resultado de leucócitos e microorganismos vivos ou mortos. . Exsudato purulento. Aquoso. Exsudato seroso  É plasmático. apresentando coloração que pode variar entre amarelo. transparente  Normalmente presente em lesões limpas. seroso e ligeiramente róseo. Exsudato serossanguinolento.3)Classificação quanto ao aspecto do exsudato.Fluido. verde ou marrom de acordo com o agente infeccioso. Padrão mais comum de necrose .Uma das mais difíceis de ser desbridadas por agentes químicos ou enzimáticos em pouco tempo .Necrose . -Obs: “ Na maior parte das vezes. 2009.Mais indicado desbridamento mecânico ou cirúrgico.Conversão da célula em arcabouço opaco .Necrose de Coagulação. .Degradação do núcleo e manutenção forma celular básica .Apresenta-se como crosta escura. seca e extremamente aderida ao subcutâneo. . pg 49) Escara Edita da necrose que cobre PARTE OU TODA ferida e se mantém bastante aderida a seu leito. (PRAZERES. apresenta necrose de liquefação logo abaixo da crosta”. exsudato seros e uma quantidade significativa de DNA. bactérias. pois forma o coágulo composto por hemáceas. leucócitos e plaquetas. Fibrina – Decorrente de processos fisiológicos. Quando há um corte ou um machucado que faz romper a pele. química ou autolítica. forma-se a Fibrina. . leucócitos. essa proteína produz uma rede que estanca o sangue.Necrose de Liquefação.Esfacelo . opaco. . que é uma agregação das plaquetas na região onde houve rompimento dos vasos sanguíneos.Comum em lesões bacterianas .Esse tipo de necrose responde bem a ação de agente desbridantes de origem enzimática. desvitalizado.Aspecto esbranquiçado(muitas vezes esverdeado). que ficam presos na rede de fibrina. .Composta de fibrina. células mortas. dessa forma a fibrina impede o vazamento do sangue. 4) Classificação de acordo com a dimensão da ferida • Assim pode-se documentar com maior fidelidade a evolução do processo cicatricial e adequação do tratamento. com os mesmos instrumentos e técnicas. circunferência e profundidade da lesão. mantendo o cliente na mesma posição para que os dados sejam os mais fidedignos possíveis •Ainda se possível e com autorização do cliente. • O ideal é que estas medidas sejam tomadas por uma mesma pessoa. Instrumentos a serem utilizados para tal mensuração: Réguas. largura. a evolução da ferida pode e deve ser documentada por meio de fotografias * . papel milimetrado. Mensurar: Comprimento. maceração. . As bordas devem ser mantidas úmidas. hiperceratose. A palpação dos pulsos quando a lesão é em membros inferiores é importante para se observar a perfusão sanguínea no local. isso pode ocorrer por excesso de exsudato drenado que atinge a pele ou bordos da ferida ou devido a banhos que ofereçam umidade exagerada. mas o excesso de umidade pode levar a maceração. O ideal e desejável é encontrar a borda lisa. edema. não enrolada e aderida ao leito da ferida.Bordas A inspeção da pele circundante demonstrará se existem alterações como celulite. dermatite de contato ou calos. • Maior freqüência em pacientes agitados ou que são arrastados no leito em vez de levantados. •É uma ação isolada(dano somente á epiderme e derme). que empurra o corpo para baixo. •Resulta em lesão semelhante á queimadura. . •Quando a cabeceira é elevada. •A forma mais grave está associada ao cisalhamento. levando a UPP.Cisalhamento e Fricção Fricção: Atrito do paciente com a cama. os vasos são esticados e o fluxo sanguíneo fica dificultado ou interrompido. • Isso leva a uma sobrecarga mecânica nas partes moles(principalmente em proeminências ósseas). Cisalhamento: É a associação da fricção(atrito da pele com a cama) com a gravidade. o esqueleto empurra o corpo para baixo. Dessa forma. Desbridamento. IMPORTANTE Não confundir tecido isquemiado com tecido necrótico.É a remoção do tecido inviável ou necrótico e de corpos estranhos do leito da ferida. .Debridamento Conceito. a fim de auxiliar na reparação do tecido de granulação e conseqüente cicatrização. logo não sangra e o paciente não sente dor no local. com muita secreção e odor. Tecido Necrótico •É um tecido avascular. . •É um meio de infecção e não reage a antibioticoterapia sistêmica por ser desvitalizado. •Tecido necrótico e cicatrização não ocupam o mesmo lugar ao mesmo tempo. •EXISTE RELAÇÃO DIRETA ENTRE NECROSE E CONTAMINAÇÃO.Tecido Isquêmico O tecido isquêmico. apesar de já apresentar lesão celular por qualquer agente. •Estimula um processo inflamatória exacerbado. tem possibilidade de retornar ao estado normal sem necessitar de desbridamento. desvantagens e indicações de uso.TÉCNICAS DE DESBRIDAMENTO 1) Cirúrgico 2) Mecânico 3) Químico • Cada uma tem vantagens. . A escolha do melhor local será definida conforme as condições clínicas do paciente e da quantidade de tecido necrótico. no bloco cirúrgico ou em ambulatórios. Vantagens: Mais ráida e eficaz para remoção de necroses. . Indicação: Necrose de Coagulação e Liquefação. Observações:  Em UPP de grau 4 e extensas necroses Bloco Cirúrgico  Pequenas áreas de necrose A beira do leito e não necessita anestesia.1) Cirúrgico Consiste na remoção de tecido necrótico por meio de procedimentos cirúrgico que podem ser realizados à beira do leito. Métodos: • Técnica de Cover( Das bordas para o centro) Para necroses de Coagulação • Técnica de Square ( jogo da velha) Para necroses de coagulação Obs:Pode ser feita para facilitar penetração de substâncias desbridantes na necrose) •Técnica de Slice( Remoção desorganizada) . fazer compressão por 5 minutos •Usar Alginato de cálcio para absorção do exsudato.9% na necrose por 4 horas) Indicadas para Necrose de Liquefação .Desbridamento • Lavar com SF 0. 2) Mecânico Consiste na aplicação de força mecânica diretamente no tecido necrótico para facilitar sua remoção e a penetração de coberturas secundárias. • Usar AGE para prevenir infecção.9% em jatos para remover necrose residual. Métodos • Fricção com gaze ou Esponja • Irrigação com soro • Irrigação Pulsátil( Irriga e aspira ao mesmo tempo) • Hidroterapia • Curativo Úmido-Seco (Deixa gaze umidecido com SF 0. A maioria das técnicas acaba por lesionar o tecido de granulação também. • Se houver sangramento.Cuidados Pós. 3) Químico É feito com produtos que agem promovendo dois tipos de desbridamento: Enzimático: Aplicação de enzimas desbridantes diretamente no necrótico.Exemplo: Colagenase, estreptoquinase, bromalina e Papaína. tecido Indicação: Necrose de Liquefação ou Coagulação com ou sem presença de secreção purulenta. Autolítico: É a degradação natural do tecido necrótico.Exemplo: Askina(hidrogel), Alginato de Cálcio, Ácido linoléico. Mecanismo de Ação Umidade Leucócitos Polimorfonucleares Elaboração proteolíticas e fibrinolíticas  Desbridamento autolítico. Cuidados: de enzimas Géis não devem ser usados em lesões muito exsudativas pois levam a maceração dos bordos da lesão. Se o paciente estiver fazendo uso de corticosteróides, os agentes autolíticos são contra-indicados, pois não eles agem devido ao bloqueio da síntese de prostaglandinas pelo medicamento. Esse tipo de desbridamento é seletivo, porém é mais lento que o enzimático. Os diversos tipos de desbridamento podem ser associados. Tratamento de Feridas 1) Coberturas Utilizadas na Prevenção de Lesões •Utilizadas em pele íntegra após aplicação de escala de avaliação de riscos. •Também podem ser usadas em UPP grau II, drenando exsudato de quantidade moderada São Eles: Filme Transparente Curativos de Silicone Hidrocolóide . • Sangramento logo após a punção do cateter( curativo com compressa de gaze). Além disso. Indicações: •Fixação de Catéteres. reduz o manuseio no local de inserção de catéteres quando usado para fixá-los.Filme Transparente Mecanismo de Ação: Utilizado para reduzir o atrito evitando o surgimento de UPP.Indicações • Pacientes com sudorese aumentada. • Prevenção de UPP’s. Contra. • Fixação de Curativos. deve-se esperar o descolamento. Para Fixação de Curativos  Aplicar diretamente sobre o curativo primário ou sobre a compressa de gaze. não havendo necessidade colocar compressas com gaze por baixo. . mas não a pressão. Para Fixação de Cateteres  Aplicar diretamente sobre local puncionado. que dependerá do manuseio do paciente pela equipe e o grau de agitação do paciente. Reduz o atrito. Não há necessidade troca diária.Modo de Usar: Para prevenção de UPP Aplicar diretamente no local de pressão. . que pode ser lavada e reutilizada redução de custos. • Geralmente substitui o filme transparente quando a alto risdo de surgimento de UPP. • Amadurecimento da área cicatrizada para a proteção da Epiderme recém formada. onde haja risco de molhar a película aumento do custo. Modo de Usar: • Aplicar diretamente na área selecionada( Proeminências ósseas) • Em caso de umidade exagerada. Contra-Indicações • Áreas com umidade exagerada • Em pacientes com incontinência fecal ou urinária.Curativos de Silicone Composição: Tela de Poliamida revestida de silicone suave. Indicação: • Para prevenção de UPPReduz atrito e pressão. deve-se utilizar a tela de silicone. Curativo de Silicone . •Feridas Intactas Modo de Usar: Aplicar diretamente na área selecionada. gelatina e pectina compõe a maioria dos curativos de Hidrocolóides. • Barreira para efluentes de fístulas e ostomias. . • Feridas Cirúrgicas limpas com ou sem pontos. • Tratamento de Feridas pouco exsudativas. Contra.Indicações: • Áreas úmidas • Região Sacra em caso de incontinência fecal e urinária ou diarréia. para absorção do exsudato e redução do acúmulo de bactérias no leito da lesão. Indicações: • Prevenção de UPP  reduz atrito e pressão.Hidrocolóide Composição:Polímeros de Carboximetilcelulose Sódica. Existem placas com Alginato de Cálcio e Prata. produzido pelo próprio curativo.Observações:  Se for usado em feridas com umidade poderá haver formação de gel com odor fétido.  Nas feridas muito exsudativas Maceração de bordas pois não realiza absorção vertical. . aderente estéril (Adaptic) .2) Coberturas Utilizadas para o Tratamento de Lesões São aquelas que são usados no processo de cicatrização. preferencialmente nas fases proliferativas e de maturação. São eles: Película de Silicone Alginato de Cálcio e Sódio AGE( Ácidos Graxos Essenciais)  Triglicerídeos de Cadeia Média  Cobertura não. •Não adere ao tecido de Granulação •O silicone é hidrofóbico. pois adere suavemente a pele circunvizinha. Mecanismo de Ação: •Reduz trauma da lesão e tecido circundante. Não causa maceração nas bordas( age como selante) .Película de Silicone Composição: Tela de Poliamida revestida de silicone suave. portanto o excesso de exsudato é retirado da lesão de forma vertical. Úlceras diabéticas e vasculares planas. • Prevenção de UPP • Tratamento de UPP. Contra. . • Áreas doadoras e receptoras de enxerto cutâneo.Indicações • Tratamento de feridas exsudativas planas. que origina formação de bolhas por disjunção dermoepidérmica em conseqüência de pequenos traumatismos ou de fricção. •Epidermólise Bolhosa Presente em grupo de doenças hereditárias raras.Indicações caracterizadas essencialmente por • Feridas Cavitárias de todos os Tipos fragilidade cutânea. • Prevenção de tratamento da fragilidade dérmica nos idosos. .Modo de Usar •Aplicar diretamente sobre a lesão. •Requer curativo secundário. •Reaplicável por até 7-14 dias. •Pode ser mantida durante a limpeza da ferida ou retirada e lavada antes da reaplicação. . Dessa forma: • Alteram o ambiente no leito da ferida • Induzem hemostasia e agregação plaquetária • Também auxiliam no processo de desbridamento autolítico. Ele não adere ao leito e é facilmente removido com jatos de soro fisiológico.O cálcio e o Sódio são adicionados no processo de fabricação. o ácido algínico. O Gel impede saída lateral de exsudato e conseqüentemente a maceração das bordas da ferida. formando um gel suave. . Mecanismo de Ação: As fibras do polímero algínico tem a capacidade de absorver o exsudato da ferida. que é derivado de algas marrons.Alginato de Cálcio e Sódio Composição: Alginatos são compostos de sais de um polímero natural. Os íons de Ca e Na em contato com a umidade da ferida promovem o equilíbrio do gradiente dos mesmos. que compõem um ambiente quente e úmido o qual propicia a cicatrização. •Prevenção de UPP Modo de Usar: Aplicar sobre a lesão. por pressão. • Feridas Sangrantes •Desbridamento de pequenas áreas com necrose de liquefação. • Ulceras diabéticas. • Áreas doadoras de enxerto. .Indicações • Ulcerações exsudativas em geral. preenchendo cavidades. vasculares.Requer curativo secundário. • Feridas Cavitárias em geral. Contra-indicações •Grandes queimados( devido ao risco de perdas hídricas que o curativos pode ocasionar). túneis e descolamentos. •Em feridas planas a escolha tem sido a tele de silicone em função dos custos. •Duração de 5 a 7 dias. •Quando há 100% de tecido de granulação saudável.Observações • Têm-se usado muito o Alginato associado ao AGE para otimizar o processo cicatricial. devido a associação da capacidade de cicatrização do AGE e ao equilíbrio fornecido pelas trocas de íons cálcio e sódio. o Alginato pode ser trocado a cada 48 horas. . mas deve ser trocado sempre que tiver encharcado. acelerando o processo de cicatrização. ácido linoleico. Os principais elementos da formulação são o acido linoleico e Vitaminas A e E. ácido caprólico. vitamina A e E e lecitina de soja. Mecanismo de Ação: • Papel importante na integridade da pele e restauração da barreira de permeabilidade epidérmica. ácido cáprico. • O ácido linoleico causa resposta inflamatória( atrai leucócitos) e é agente na neoformação do tecido conectivo.Ácido Graxo Essencial Composição: Acido caprílico. . Obs: A formação do tecido de granulação com AGE ocorre de forma mais organizada. • Há indícios de ação bactericida por parte do ácido linoleico. ácido láurico. pois a síntese deste tecido é controlada pelas vitaminas A e E que não deixam que ocorra oxidação do acido linoleico. diminuindo a descamação da pele íntegra. coxim de fibras. pode ser usado com gaze de algodão. preferencialmente na fase proliferativa. Modo de Usar: Aplicar sobre a lesão. Contra-indicação Feridas com presença de necrose de coagulação.Indicação: • Feridas de todos os tipos em processo de cicatrização. . Alginato de cálcio e sódio. tela de silicone. • Prevenção de UPP. pois o desbridamento autolítico proporcionado pelo AGE é muito lento. gaze não tecido. acelerando o processo de granulação por manter o ambiente úmido.Triglicerídeo de Cadeia Média Triglicerídeos de cadeia média são capazes de alterar funções leucocitárias modificando reações inflamatórias e imunológicas. . por formar uma película protetora sobre a pele. São utilizados no tratamento de feridas abertas com ou sem infecção e profilaxia de úlceras de pressão. áreas doadoras e receptoras de enxerto. abrasões. Mecanismo de Ação: . Tipos de Feridas: -Feridas superficiais limpas. lacerações e demais lesões com necessidade da não-aderência do curativo à lesão.Feridas infectadas. impregnada com emulsão de petrolatum. Indicação: .Lesões superficiais de queimaduras. solúvel em água.(Adaptic) Composição: .Tela de acetato de celulose. Contra – indicação: . . .Cobertura Não-Aderente Estéril . úlceras.Feridas com cicatrização por primeira intenção.Proporciona a não-aderência da ferida e permite o livre fluxo de exsudatos. não aderente e transparente. Cobrir a ferida com cobertura secundária estéril.Requer curativo secundário. . Periodicidade de Troca: Trocar o curativo de contato sempre que apresentar aderência à lesão ou de acordo com saturação do curativo secundário. .9%.Lavar o leito da ferida com SF a 0.Modo de usar: .Produtos de hidrocarbonatos saturados derivados do petróleo podem causar irritação e reação granulomatosas. .Cobrir o leito da ferida com o curativo não-aderente(primário). . Observações: . .Remover exsudatos e tecidos desvitalizados se necessário. 3) Produtos para Desbridamento São aqueles que têm atividade de limpeza na lesão. Podem estimular o processo de quimiotaxia dos macrófagos(AGE). manter o equilíbrio da umidade( Géis) ou por ação enzimática. dependentes de sua composição. por diferentes mecanismos. Fazem parte desse grupo: Géis Papaína Curativos Impregnados com Prata Sulfadiazina de Prata Colagenase Prontosan . Mecanismo de Ação: A umidade promovida pelo gel hidrata o leito da ferida proporcionando desbridamento autolítico das crostas ou esfacelos. Em lesões com pouco umidade promovem o ambiente ideal para o mecanismo de cicatrização. ele também funciona atuando na manutenção( gel isotônico) e aumento (hipertônico) da osmolaridade no leito da lesão. Contra. misturada com geleificantes ou espessantes para apresentar-se na forma de gel. Indicações Manter o leito da ferida úmido. Desbridamento de necrose de liquefação pouco exsudativa (isotônicos). Desbridamento da necrose de coagulação(hipertônicos).Géis Composição: Seu veículo é basicamente a água. . No caso de géis com cloreto de sódio. em caso de lesões muito secas.indicações Queimaduras de Terceiro Grau Feridas com exsudato em média ou grande quantidade. Hidrogel Ação seletiva . Obs: O uso de gel em feridas muito exsudativas maceras as bordas da lesão e a pele adjacente. Ex: Askina . mantendo um ambiente ideal para a cicatrização.Modo de Usar: Aplicar uma camada fina na áreas a ser hidratada ou desbridada. Pode ser usada em associação com o película de silicone que reduz a absorção do gel pela mucosa. Mecanismo de Ação: Provoca a dissociação de moléculas de proteína em moléculas mais simples e. São encontradas na forma de pó. por fim. Após a diluição. . ou melhor.Papaína Composição: Enzima proteolítica obtida da Carica Papaya. não deve ser exposta a luz(fotossensível) e tem validade de 24 horas. É um desbridante a traumático que tem ação anti. Não se deve utilizar recipientes metálicos para a diluição e(ou) armazenamento. estimula a formação de colágeno. do látex do mamoeiro. em aminoácidos. Pacientes alérgicos ao látex não deverão usar a papaína. acelera o processo de cicatrização e diminui o edema local. solúvel em água destilada e soro fisiológico.inflamatória. pois ocorre oxidação e inativação da enzima. .A concentração varia de acordo com as características da necrose. sendo indicadas: • 15 a 10% para placas espessas pretas de necrose de coagulação • 6 a 4% na presença de exsudato purulento e esfacelos. Mecanismo de Ação: Principalmente o controle de bactérias presentes no leito da lesão. Age pela liberação da prata com o exsudato. é impedida de multiplicar-se. • Redução da Multiplicação bacteriana no leito da ferida. Os curativos impregnados com prata geralmente estão associados a outros componentes. •Espumas e hidrocolóides= Tem por função controlar e manter o ambiente úmido. ao entra em contato com a mesma. dentre eles: • Carvão ativado= Tem por função reduzir o odor da lesão. A bactéria tem tropismo pela prata e. Espumas Hidrocolóides e Alginato Prata .Curativos impregnados com prata Composição: Esponjas ou compressas não-aderentes impregnadas com prata. Indicações • Desbridamento de lesões com esfacelos e muito exsudativas. Indicações •Feridas secas e em fase de granulação •Exposição óssea • Modo de Usar: Aplicar sobre a ferida. preenchendo túneis. cavidades e descolamentos. Algumas apresentações não podem ser cortadas.Askina) Curativo de Alginato com Prata ( Nome comercial.Contra.Aquacel) . Curativo de Alginato com Prata ( Nome comercial. Efeitos Adversos: Cristalúria ( presença de cristais na urina) Nefrotoxidade Reações alérgicas Leucopenia ( déficit no número de leucócitos). . Indicação: . negativos e Cândidas Albicans. Contra – indicação: . Ela inibe a replicação do DNA e modifica a membrana celular.Sulfadiazina de Prata Mecanismo de Ação: É ativa contra grampositivos.Hipersensibilidade ao produto. Obs: O Uso prolongado pode induzir a resistência bacteriana.Prevenção de colonização e tratamento da ferida queimada. . . Observações: . Periodicidade de Troca: . .Modo de usar: .Lavar a ferida com SF 0.5 mm de espessura) . se necessário.Cobrir com cobertura secundária estéril.Limpar e remover excesso de creme e tecido desvitalizado.Colocar gaze de contato úmida.Aplicar o creme assepticamente por toda extensão da lesão (+/.9%.No máximo a cada 12 horas ou quando a cobertura secundária estiver saturada. .Retirar o excesso de pomada remanescente a cada troca de curativo. . Sulfadiazina de prata com nitrato de cério: • Têm ação bactericida e promove imunomodulação do queimado. • Maior eficácia em grandes queimados.Sulfadiazina de prata de ação lenta É a sulfadiazina de prata ligada a um lisossoma que estimula a liberação gradativa da substância. contudo os tecidos viáveis evoluem melhor e tornam-se aptos a enxertia mais rapidamente. • A aplicação tópica produz em 3 a 5 dias uma placa calcificada que não se depreende espontaneamente. Indicada para lesões pequenas e tratamento ambulatorial. • A ação enzimática da colagenase se dá por 2 caminhos: 1.Colagenase • Enzima exógena para desbridamento de feridas. Dissolve as fibras que fixam as placas de necrose no leito da ferida. exsudato seroso). Digestão direta dos componentes do esfacelo( fibrina. mas muito autores dizem o contrário. pois estimulam a degradação dos receptores de membrana e fatores de crescimento. 2. . bactérias. leucócitos. Desvantagens: • • • Ação Lenta Necessita Ph específico e temperatura ideal. As enzimas atrapalham o processo de granulação e epitelização. a colagenase tem ação seletiva. • Segundo Prazeres(2009). células mortas. •As crostas maiores devem ser mantidas umedecidas. • Limpeza e hidratação de feridas crônicas •Manter a umidade ideal em bandagens e curativos. Prontosan Gel 30ml . Solução 350 ml Observações • Alta compatibilidade tissular •Não inibe granulação e epitelização •Pode ser usado repetida e continuamente • Absorve odores da ferida • Depois de aberto.Prontosan Indicação •Para crostas finas e superficiais deve-se usar a solução de irrigação. pode ser usado por até 8 semanas •Pode ser mantido no leito da feridas durante a permanência do curativo. .Prontosan Gel A quantidade a ser aplicada n leito da ferida vai depender do intervalo entre as trocas de curativos:  Troca diária( até 24 horas): Colocar uma camada de pelo menos 3mm  Troca com intervalo maior que 24 horas: colocar uma camada de 3 a 5mm. . eles reduzem aquantidade de microorganismo na superfície do corpo. Logo.Antissépticos Tópicos São desinfetantes não tóxicos que podem ser aplicados à pele ou em tecidos vivos e tem a capacidade de destruir compostos vegetativos como bactérias. impedindo seu crescimento.Dentre eles cita-se: •PVPI(Polivinil Pirrolidona Iodo) ou Soluções Iodoforadas •Clorexidina Alcoólica . • Cuidar com relação a alergias ao IODO. . pois é inativado pelo exsudato da feridas. • O IODO é citotóxico para os fibroblastos. fungos e vírus. retarda a epitelização e a força tensional da ferida. • Existe no mercado o PVPI Tópico e o Degermante.PVPI(Polivinil Pirrolidona Iodo) ou Soluções Iodoforadas •Não tem sido muito utilizado como antisséptico tópico. Entretanto é preciso saber que ele tem uma ótima ação antisséptica contra a maioria das bactérias gram positivas e negativas. • Assepsia pré-operatória complementar (após degeneração prévia com PVPI Degermante) das mãos da equipe cirúrgica e do campo operatório. •Modo de Usar: PVPI Tópico deve ser aplicado com o auxílio de uma gaze esterilizada após limpeza do local a ser tratado.PVPI Tópico • Produto a base de Polivinil Pirrolidona Iodo em solução aquosa. proporcionando ação rápida e efeito prolongado mesmo em presença de matéria orgânica. bem como aplicação em feridas e queimaduras. Fonte: Vansil . •Indicação: •Assepsia da mucosa oral e vaginal. Enxaguar com água corrente e repetir a aplicação se necessário. Fonte: Vansil . •Modo de Usar: Aconselha-se espalhar PVPI Degermante na pele e massagear por dois minutos. um complexo estável e ativo que libera o Iodo progressivamente. secando a pele com gaze ou toalha esterilizada. •Indicação: É indicado na degermação de mãos e braços.PVPI Degermante • Produto a base de Polivinil Pirrolidona Iodo em solução degermante. Mecanismo de Ação: .Clorexidina Alcoólica Composição: . Contra .Antissepsia de pele e mucosas.Digluconato de Clorexidina em veículo alcoólico.indicação: Feridas abertas de qualquer etiologia . Tipos de Feridas: Inserção de cateter vascular.A atividade germicida se dá por mudanças fisiológicas e citológicas e o efeito letal é devido à destruição da membrana citoplasmática bacteriana. -Na inserção de cateteres vasculares para prevenção de colonização. Indicação: . Observações: Os curativos devem ser inspecionados diariamente e trocados quando sujos ou úmidos.Aplicar a solução alcoólica de clorexidina. ou com cobertura de filme transparente.Modo de usar: . . . umidade.Limpar o local de inserção com gaze e SF 0. . .Filme transparente – até no máximo 07 dias ou quando com sujidade. Periodicidade de Troca: .cobertura com gaze: cada 24 horas.Secar com gaze. soltura ou qualquer outro tipo de comprometimento.9%.Ocluir com fina camada de gaze e fixar.Cateteres . enrugamento. . Evolução . 9% .Produtos Utilizados PVPI( Bordas) Soro Fisiólogico 0. Produtos Utilizados Prontosan( Limpeza e Desbridamento) Gaze Vaselinada( Hidratação) Askina( Desbridamento Autolítico) . Necrose de Liquefação(Esfacelo) . . . . Disponível em < http://www. Raquel Paes. Ione Costa. Acesso em 25/04 às 18horas.br/principal/index. MARINS.br/principal/index. Editora Moriá. Juliane Diniz dos. DEALEY. PVPI Degermante. C.Referências Bibliográficas LIMA.vansil.com. Caderno de Enfermagem em Ortopedia. Tratamento de Feridas: Teoria e Prática. Disponível em < http://www. PRAZERES. Ministério da Saúde.32 pág.php> .Orientações Básicas. 2006. 2ed. Silvana Janning.php> . Curativos. São Paulo: Atheneu. . 2009. Cuidando de feridas um guia para enfermeiras. Instituto Nacional de TráumatoOrtopedia. Tatiane Marques. PVPI Tópico. Secretaria de Assistência a Saúde. RIBEIRO. SANTOS. 378 pág. 2001.com. Acesso em 25/04 às 18horas.vansil. Obrigado .
Copyright © 2024 DOKUMEN.SITE Inc.