CONTABILIDADEDE CUSTOS Professor Dr. Roberto Biasio SUMÁRIO INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 11 1 A TEORIA GERAL DOS CUSTOS ....................................................................... 12 1.1 GENERALIDADES ........................................................................................ 12 1.1.1 ORIGEM DO CUSTO ....................................................................................... 12 1.1.1.1 Estágios Inferiores da Civilização ............................................................. 12 1.1.1.2 Evolução das Empresas ........................................................................... 13 1.1.2 A CONTABILIDADE FINANCEIRA, DE CUSTOS E GERANCIAL .................................. 14 1.1.2.1 Contabilidade Financeira........................................................................... 14 1.1.2.2 Contabilidade de Custos ........................................................................... 15 1.1.2.3 Contabilidade Gerencial ............................................................................ 18 1.2 CUSTOS........................................................................................................ 18 1.2.1 CONCEITO DE CUSTO .................................................................................... 18 1.2.2 FINALIDADES E OBJETIVOS DE CUSTOS ........................................................... 19 1.2.2.1 Determinação do Preço de Venda ............................................................ 19 1.2.2.2 Avaliação de Estoques .............................................................................. 19 1.2.2.3 Controle da Gestão Administrativa ............................................................ 19 1.2.2.4 Tomada de Decisão .................................................................................. 19 1.2.2.5 Elaboração de Orçamento ........................................................................ 20 1.2.2.6 Planejamento e Projeção do Lucro ........................................................... 20 1.2.2.7 Apuração do Resultado ............................................................................. 20 1.2.2.8 Comparação dos Custos Referentes a Períodos e Condições Econômicas Diversas ................................................................................................... 20 1.2.2.9 Conhecimento do Grau de Eficiência Técnico-Administrativa da Empresa20 1.2.2.10 Análise da Economicidade de Operações ................................................ 21 1.2.2.11 Conhecimento do Nível de Rentabilidade Econômica e do Ponto Ótimo de Produtividade ........................................................................................... 21 1.2.3 MEIOS UTILIZADOS PARA DETERMINAÇÃO DOS CUSTOS ................................... 21 1.2.3.1 Conhecimento dos Produtos, Materiais e Equipamentos .......................... 21 1.2.3.2 Conhecimento do Processo Técnico de Produção ................................... 21 1.2.3.3 Conhecimento do Processo de Distribuição.............................................. 22 1.2.3.4 Conhecimento das Atividades Administrativas e Auxiliares ...................... 22 1.2.3.5 Planejamento do Sistema de Cálculo dos Custos..................................... 22 1.2.3.6 Organização do Trabalho Executivo ......................................................... 23 2 1.2.3.7 Controle de Execução do Trabalho ........................................................... 23 1.2.3.8 Interpretação dos Resultados ................................................................... 23 1.2.3.9 Comparações e Conclusões ..................................................................... 24 1.2.4 PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM A DETERMINAÇÃO DOS CUSTOS ..................... 24 1.2.5 OS DEZ MANDAMENTOS DO BOM CONTROLE DE CUSTOS ................................. 26 2 ASPECTOS DOS CUSTOS .................................................................................. 28 2.1 TERMINOLOGIA UTILIZADA EM CUSTOS.................................................. 28 2.1.1 GASTO ......................................................................................................... 28 2.1.2 INVESTIMENTOS ............................................................................................ 28 2.1.3 CUSTO ......................................................................................................... 29 2.1.4 DESPESA ...................................................................................................... 29 2.1.5 DESEMBOLSO ............................................................................................... 29 2.1.6 PERDA.......................................................................................................... 29 2.1.7 MERCADORIA ................................................................................................ 30 2.1.8 PRODUTOS ................................................................................................... 30 2.1.9 MATÉRIA-PRIMA ............................................................................................ 30 2.1.10 COMPONENTES ............................................................................................. 31 2.1.11 MATERIAIS DE EMBALAGEM ............................................................................ 32 2.1.12 MATERIAIS SECUNDÁRIOS .............................................................................. 32 2.1.13 MATERIAIS AUXILIARES .................................................................................. 32 2.1.14 MATERIAIS DE CONSUMO ............................................................................... 32 2.1.15 RAZÕES DE CUSTOS PARA A DISTINÇÃO .......................................................... 33 2.1.16 RAZÕES DA CONTABILIDADE GERAL PARA A DISTINÇÃO .................................... 33 2.2 ASPECTOS DOS CUSTOS INDUSTRIAIS ................................................... 34 2.2.1 ASPECTO FINANCEIRO ................................................................................... 34 2.2.2 ASPECTO ECONÔMICO ................................................................................... 34 2.2.3 ASPECTO CONTÁBIL ...................................................................................... 34 3 ELEMENTOS DE CUSTOS .................................................................................. 35 3.1 QUADRO DEMONSTRATIVO DA FORMAÇÃO DO GASTO GLOBAL (GERAL) ..................................................................................................... 35 3.2 COMENTÁRIOS SOBRE OS ELEMENTOS DO GASTO GLOBAL DOS PRODUTOS................................................................................................ 35 3.2.1 PREÇO DE VENDA ......................................................................................... 36 3.2.2 GASTO GLOBAL ............................................................................................. 36 3.2.3 CUSTOS DE PRODUÇÃO ................................................................................. 36 3.2.3.1 Custos Diretos........................................................................................... 36 3.2.3.2 Custos Indiretos ........................................................................................ 37 3.2.4 DESPESAS DE DISTRIBUIÇÃO .......................................................................... 38 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio 3 3.2.4.1 - Despesas Comerciais ............................................................................. 38 3.2.4.2 - Despesas de Administração Geral.......................................................... 38 3.2.5 LUCRO ......................................................................................................... 38 4 - CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS ...................................................................... 39 4.1 QUANTO A ORIGEM GERAL ....................................................................... 39 4.1.1 CUSTOS COM O TRABALHO HUMANO ............................................................... 39 4.1.2 CUSTOS COM O CAPITAL UTILIZADO ................................................................ 39 4.1.3 CUSTOS COM MATERIAIS ............................................................................... 39 4.1.4 DESPESAS (“CUSTOS”) TRIBUTÁRIAS .............................................................. 39 4.1.5 DESPESAS (“CUSTOS”) FINANCEIRAS .............................................................. 39 4.1.6 OUTROS CUSTOS E DESPESAS ....................................................................... 40 4.2 QUANTO AO AGENTE CONSUMIDOR........................................................ 40 4.2.1 CUSTOS DO PRODUTO ................................................................................... 40 4.2.2 CUSTOS DOS DEPARTAMENTOS ...................................................................... 40 4.2.3 CUSTOS DAS DIVISÕES .................................................................................. 40 4.2.4 CUSTOS DOS CENTROS DE CUSTOS................................................................ 40 4.3 QUANTO AS SUAS FUNÇÕES .................................................................... 40 4.3.1 CUSTOS DE FABRICAÇÃO ............................................................................... 40 4.3.2 DESPESAS DE ADMINISTRAÇÃO ...................................................................... 40 4.3.3 DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO................................................................... 41 4.4 QUANTO A FORMA DE APROPRIAÇÃO ..................................................... 41 4.4.1 CUSTOS DIRETOS.......................................................................................... 41 4.4.2 CUSTOS INDIRETOS ....................................................................................... 41 4.5 QUANTO A SUA ESPÉCIE ........................................................................... 41 4.5.1 CUSTOS COM MÃO DE OBRA ........................................................................... 41 4.5.1.1 Mão de obra Direta: .................................................................................. 41 4.5.1.2 Mão de obra Indireta: ................................................................................ 41 4.5.2 CUSTOS COM MATERIAIS ............................................................................... 42 4.5.2.1 Matéria-prima: ........................................................................................... 42 4.5.2.2 Componentes Diretos: .............................................................................. 42 4.5.2.3 Materiais de Embalagem........................................................................... 42 4.5.2.4 Material Secundário: ................................................................................. 42 4.5.2.5 Material Auxiliar de Produção ................................................................... 42 4.5.2.6 Material de Consumo: ............................................................................... 42 4.5.3 CUSTOS COM SERVIÇOS ................................................................................ 42 4.5.4 OUTROS GASTOS DE FABRICAÇÃO.................................................................. 42 4.6 QUANTO A SUA POSIÇÃO NA CONTABILIDADE FINANCEIRA ................ 43 4.6.1 CUSTOS DESEMBOLSADOS............................................................................. 43 4.6.2 CUSTOS CALCULÁTORIOS .............................................................................. 43 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio ..2.............................4 QUANTO AO SISTEMA DE APROPRIAÇÃO .........5................................................................................................................ Dr...................5......................................... 51 5.............5 QUANTO A LEGISLAÇÃO FISCAL BRASILEIRA ........................ 46 5........... 49 5.. 50 5..... 51 5............1.. 51 5.....1 NÃO SECCIONAL ...................... 48 5........2.2 Custo por Processo Paralelo:......2 CUSTOS VARIÁVEIS ............ 49 5..............................1 Para Quem Possua Inventário Permanente: .......................................................2.............4 CUSTEIO ABC (CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES) ....5 TEORIA DAS RESTRIÇÕES – TOC ...............................................3 CUSTOS POR ORDEM DE SERVIÇOS ................3............................ Roberto Biasio ............5............2 Custo Variável Constante:.................... 43 4...............1 COM BASE EM VALORES HISTÓRICOS ................ 49 5..........................2.............................. 49 5.... 48 5..........3 QUANTO A CLASSE DOS VALORES EMPREGADOS..................................................................5.......... 44 4................1........3.......... 43 4....................................................................................................................................................1 CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL............5....................7........................4 GRÁFICO DA EVOLUÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE CUSTOS ... 50 5.7...... 46 5.....1..............1.................................................................... 50 5................................3 CUSTEIO PADRÃO OU STANDARD..................1......3 Custo Variável Regressivo: ..................................... 50 5.... 44 5 SISTEMAS DE CUSTEIO ..........................................................................................7.......1 AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES DE MATÉRIA-PRIMA..3 COM BASE EM VALORES PADRÕES ......................7...... 51 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.....................1.3 Custo por Processo Seletivo: .1.......................................................1....................5.............................................. 51 5.......... 50 5.............1 CUSTOS POR PRODUTO ......4......1 CUSTOS FIXOS ..........................................................2..2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL . 51 5..............1 Para Quem Possua Contabilidade de Custos Integrada e Coordenada à Contabilidade Geral:.......4 CUSTOS POR PROCESSO ..........3......................................4... 46 5.......2 Para Quem Não Possua Contabilidade de Custos Integrada e Coordenada à Contabilidade Geral:.......... 43 4......2 AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO.............2................................................4......................7...... 44 4........7....................7.......1 Custo Variável Progressivo: ........................... 48 5..........................................................2..........................4..4 4...........................................7 QUANTO O GRAU DE VARIAÇÃO RELATIVAMENTE ÀS QUANTIDADES PRODUZIDAS ................1 QUANTO A FORMA DE APURAÇÃO ............................ 48 5......... 48 5............ 50 5......2....2...............................2 COM BASE EM VALORES DE REPOSIÇÃO ............ 44 4.............. 47 5... 47 5............... 46 5............2 SECCIONAL .............................1....... 48 5...........................................................................................................................................................................................................2 CUSTOS POR ORDEM DE PRODUÇÃO (POR ENCOMENDA) .....................4......2 Para Quem Não Possua Inventário Permanente: ...2 QUANTO A FORMA DE ALOCAÇÃO ...................3 CUSTOS MISTOS ...1 Custo por Processo Seqüencial: ..............................2...... 48 5....................................... 43 4......... .4 MÉTODO DE ALOCAÇÃO DOS CUSTOS DOS CENTROS AUXILIARES AOS PRODUTIVOS. 60 7.......2 Centros de Resultado ou de Lucro.......................................................................................................5..1.................2 Preço de Transferência Baseado no Mercado . 53 6...............5.......3................................................................3 Preço de Transferência Negociado ..............1 APROPRIAÇÃO DIRETA . 61 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof................. 51 6 DEPARTAMENTALIZAÇÃO .................. 58 6......................................... 55 6..............2 CENTROS DE CUSTOS PRODUTIVOS ..................................... 56 6...............5.....5...................................5........................3 Centros de Investimento ....3 PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA.. 56 6....3 CLASSIFICAÇÃO DOS CENTROS DE CUSTOS .....................5....................1 CONCEITO DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO ..........1 CENTROS DE CUSTOS AUXILIARES ..............................4..................................3 APROPRIAÇÃO AUTÔNOMA ......1 RESULTADO POR ÁREA DE RESPONSABILIDADE ...........1......3.................................... 52 6...................2 Para Quem Não Possua Contabilidade de Custos Integrada e Coordenada á Contabilidade Geral:........5.......................3 ETAPAS DA DEPARTAMENTALIZAÇÃO ..............3..........................................................................6 CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO CIF’S OU GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO – GGF’S ................................3......................... 57 6.............3......................................................................................1.3.................................... 56 6................................2 CENTROS DE RESPONSABILIDADE ..... 57 6.......................... 57 6.............5..............1..........2 CENTRO DE CUSTO ................................................................................1 Bases de Rateio: ...... 58 6........................ 53 6...............5.............................................................. 55 6..4. 60 7........... 56 6..................................1 FORMAS DE APROPRIAÇÃO ....................2.............. 59 7 APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS ........... 57 6. 52 6............................... 57 6..............................................3 MÉTODO DE DISTRIBUIÇÃO ALGÉBRICA ....1.......... 55 6.....3 CENTROS DE CUSTOS ADMINISTRATIVOS ............1 MÉTODO DE DISTRIBUIÇÃO DIRETA .1 Centros de Custos .........2.......................2....... 56 6.........4.....................................1 DEPARTAMENTALIZAÇÃO . 60 7... 52 6....................................................2 APROPRIAÇÃO INDIRETA ............ 57 6.................................................................................................................................... 58 6....................................................3.............................................1 Para Quem Possua Contabilidade de Custos Integrada e Coordenada à Contabilidade Geral:.2 OBJETIVOS DA DEPARTAMENTALIZAÇÃO ........ 52 6.....................................................................................2...................................................................1............................3............5 CONTABILIDADE POR RESPONSABILIDADE ............................. 59 6..............2 MÉTODO DE DISTRIBUIÇÃO SEQÜENCIAL OU MÉTODO PASSO A PASSO .. 60 7.....................5 5...........................5...............1....................... 60 7........ 60 7........... 51 5.........5....................................3 AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES DE PRODUTOS ACABADOS .........................5.... 51 5.............1 Preço de Transferência com Base nos Custos da Empresa ................. Dr............ Roberto Biasio ...2 NORMAS DE APROPRIAÇÃO ............................ ........................ 75 9...4....... 75 9............. 61 7..1 Sistema de Custo não Seccional ........................ 69 8... Dr......................2...........................2 SISTEMA DE CUSTO SECCIONAL .......................................................................... 68 8.........4 SISTEMAS DE APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS AOS PRODUTOS .....................................................................8 VANTAGENS DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO ....................................1 Características dos Custos Fixos: ....3 MÉTODOS DE APROPRIAÇÃO .......4..... 68 8..............................2 DESPESAS ... 62 7......1.. 64 7....... 73 8......4.................................. 61 7.....3.........6 APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS (DIRETOS E INDIRETOS)......3 DISTINÇÃO ENTRE CUSTOS DIRETOS E CUSTOS INDIRETOS..................2....................................................................... 71 8...............2 CUSTOS INDIRETOS ..........................................2.......................................2............................ 74 8................4..2.............................5 O QUE NÃO COMPÕE O CUSTO DE PRODUÇÃO NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO................ 74 9 CUSTEIO DIRETO (VARIÁVEL) ................1.........6 7......... 67 8........1 CONCEITO............................2................................. 68 8.......................... 76 9......7 ESQUEMA BÁSICO DE APROPRIAÇÃO PELO CUSTEIO POR ABSORÇÃO................................ 64 7............................1 SISTEMA DE CUSTOS NÃO SECCIONAL.................................................................. 65 8 CUSTEIO POR ABSORÇÃO .................2 Sistema de Custos Seccional................................1 CONCEITO...............................1 ETAPAS DO ESQUEMA DE APROPRIAÇÃO PELO CUSTEIO POR ABSORÇÃO ....... 70 8......................... 69 8.................................4.1 CUSTOS FIXOS .. 76 9................. 64 7....................7............................................................................................3 PARALELO ENTRE OS DOIS SISTEMAS .............1 CUSTOS DIRETOS..........................................9 DESVANTAGENS DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO .........................4.........3................................3 RAZÕES DESTA DISTINÇÃO .....................................................3 Exemplos de Custos Fixos: ... 77 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof..................................................2 Demonstração Gráfica dos Custos Fixos: ............................................2............1 Características dos Custos Variáveis: .....2 DISTINÇÃO ENTRE CUSTOS E DESPESAS ............................................................................................2............. 69 8. 67 8......3 RAZÕES DESTA DISTINÇÃO .................................2 CUSTOS VARIÁVEIS .................................................... 68 8.................................... 76 9...................1 CUSTOS . 61 7............... 70 8.................4...........4 O QUE COMPÕE O CUSTO DE PRODUÇÃO NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO........................................... 75 9. Roberto Biasio ............................................... 68 8........................3..................................2........4.... 76 9.....................................2............................................................................................... 71 8..........................1.4 ESQUEMAS DOS DOIS SISTEMAS DE APROPRIAÇÃO DE CUSTOS ....................................................................................................... 75 9..............2 DISTINÇÃO ENTRE CUSTOS FIXOS E CUSTOS VARIÁVEIS . 2..........................................................3 Componente como Fator Limitante: .......... 83 9........ 101 11..........1 CONCEITO.............................. 102 11................... 100 10..................................6 OBJETIVOS DO CUSTEIO DIRETO .........2....2...........1 INFLUÊNCIA NA APURAÇÃO DO LUCRO .............. 83 9......2 9................. 84 9.............2...........5 RAZÕES DO NÃO USO DO CUSTEIO DIRETO NOS BALANÇOS ............... 92 10................2 ASPECTO LEGAL ... 77 Exemplos de Custos Variáveis:..............3 RECEITAS................................ 98 10............................. 101 11....... 95 10...........................................11 VANTAGENS DO CUSTEIO DIRETO (VARIÁVEL) ........................................................13.................................3 Demonstração Gráfica dos Custos Variáveis .......2 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO GLOBAL OU TOTAL .......... CUSTOS VARIÁVEIS E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ......................................................... 77 9................................ 92 10.................. 99 10.......10 ESQUEMA BÁSICO DO CUSTEIO DIRETO (VARIÁVEL)...............12 DESVANTAGENS DO CUSTEIO DIRETO (VARIÁVEL)..... 83 9......13...4 VANTAGENS DOS ÍNDICES E MARGENS DE CONTRIBUIÇÃO........................................ 82 9............ 92 10......................................................2 ESPÉCIES DE CUSTO-PADRÃO ........................2 MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS .2.3 EXEMPLOS PARA DISTINÇÃO ENTRE OS CUSTEIOS POR ABSORÇÃO E VARIÁVEL ..............2... 77 9..................... 84 10 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ..........................................................3 CARACTERÍSTICAS DO CUSTEIO DIRETO (VARIÁVEL) .............................. 100 11 CUSTEIO PADRÃO .......... Roberto Biasio ................2 FATORES LIMITANTES DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA ............................................................2...................................... 95 10... 80 9.............................2....1 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA ...................2............2....................2.............9 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ..................................2. 79 9...........2.............4 Componente e Demanda Como Fatores Limitantes: ............7 CUSTEAMENTO DIRETO COMO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO DE LUCRO .. 103 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof............. 92 10........................................ 81 9............................ 97 10...............................1............................................. 92 10.......1 Horas-máquina como Fator Limitante: ....8 CUSTEAMENTO DIRETO COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE...... 79 9........ 80 9........1 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO X VOLUME ... 92 10.......................2...... 78 9..............1 CONCEITO.....4 RAZÕES PARA NÃO APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS FIXOS AOS PRODUTOS..................................13 COMPARAÇÃO ENTRE OS CUSTEIOS POR ABSORÇÃO E DIRETO ..................................................2 Horas-máquina e Demanda como Fatores Limitantes: ........................................................... 78 9.................................13............1......7 9.........2.. Dr................................................1 CUSTO-PADRÃO IDEAL ........................................... ........5...................................10 ALOCAÇÃO DOS CUSTOS PELO SISTEMA ABC. 113 12 CUSTEIO ABC – CUSTO BASEADO EM ATIVIDADE .......................................3.. 105 11...................1 ESQUEMA BÁSICO DO CUSTEIO TOC........................................................... Roberto Biasio .......3 ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ...............................................................................................................7...............................................................1 ORIGEM ............ 108 11............ 122 12............................................................................3 OBJETIVOS ............3....7 VARIAÇÕES DE CUSTOS ......................................... 119 12.............................................1 SIGNIFICADO DE VARIAÇÃO ............................10..............................4 CAMPO DE APLICAÇÃO ............. 116 12...................... 105 11................... 109 11........ 107 11.............................. 108 11........2 CUSTO-PADRÃO CORRENTE . 107 11................................................................ 118 12....5 COMPONENTES....................................... 120 12............. 117 12............... 123 12..................10..............3 CUSTO-PADRÃO PARA DETERMINAR O VALOR DO INVENTÁRIO................................................10.......................................5................... 108 11..................................... 122 12..... 104 11................. 106 11........................................................ 126 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof..........5 CARACTERÍSTICAS ...... 106 11...................7............................. 105 11......2 CONCEITO DE SISTEMA ABC ...5.......................................................2 PADRÃO PARA MÃO DE OBRA .................2 VARIAÇÕES NO CUSTO-PADRÃO ........ 110 11.......3 ATRIBUIÇÃO DOS CUSTOS DAS ATIVIDADES AO PRODUTO............9 DESVANTAGENS ..... 111 11.......................................................3.........................2 Variações de Mão de obra Direta:......... 120 12............................... 119 12...................3......................3..................... 108 11.... 117 12.............6 VANTAGENS ...........3......2 CUSTO-PADRÃO PARA MEDIR A EFICIÊNCIA DA PRODUÇÃO .................................................................................................. 106 11.......3 OBJETIVOS ....................3.............3 PADRÃO PARA GASTOS (CUSTOS) GERAIS DE FABRICAÇÃO ................................................ 103 11......2................ 116 12....8 11..................................................... 117 12............2..................................4 CUSTO-PADRÃO COMO BASE PARA ORÇAMENTOS ........1 CUSTO-PADRÃO COMO BASE PARA ESTIMAR PREÇOS DE VENDA ..4 CARACTERÍSTICAS .... 103 11......................................................8 VANTAGENS .......... Dr.........................................3 Variações de Custos Indiretos de Fabricação: ....................................6 ETAPAS DO SISTEMA DE CUSTEIO ABC ...........................................................................3 CUSTO-PADRÃO ESTIMADO ....................................................1 PADRÃO PARA OS MATERIAIS .........................2 IDENTIFICAÇÃO E SELEÇÃO DOS DIRECIONADORES DE CUSTOS ................... 107 11......................1 Variações de Materiais Diretos: ...............................7.................................7.... 124 13 TEORIA DAS RESTRIÇÕES (TOC) .........................................7..............7 OBJETIVOS .........7................................... ........................ 141 14...2 CARACTERÍSTICAS DA TOC ..............1.....................................3 Determinação do Preço de Venda pelo Método do Lucro sobre o Capital Empregado .................5............. 126 13....................................................8 CONTRIBUIÇÕES DA TOC PARA A GESTÃO EMPRESARIAL ............................. 159 14.................................1..........2 Princípios de otimização ....................................................... 141 14.........6........ 129 13...... 136 13...........9 13............ 128 13...3 NÃO-RESTRIÇÃO ....................................................................4 COMPOSIÇÃO DO PREÇO DE VENDA ................. 133 13....................................................................1................................3 ESQUEMA BÁSICO DO CUSTEIO TOC .............7........................... 130 13..................................1.....7 PASSOS DO PROCESSO DECISÓRIO ...............5.............................................. 137 13. 130 13.1 LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................................................................................. Dr....................................... Roberto Biasio ......1........4 GARGALO .................................................. 194 14............................2 Determinação do Preço de Venda pelo Método Custeio Direto ....................7.................6 MEDIDAS DE DESEMPENHO .... 180 14............5.............1...10 DESVANTAGENS DA TOC............................................................................................... 159 14..............................2 INVENTÁRIO ...................3 FLUXO DE CAIXA .............................................. 129 13.......................4 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ESTRUTURA TEÓRICA DA TOC .............. 132 13......1 GANHO ................................1 Determinação do Preço de Venda pelo Método do Custo ............... 134 13............5 DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ...................4.. 128 13........2 FATORES QUE INTERFEREM NA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA .......5....................1 SISTEMA ......5.................................................................... 128 13............................................... 158 14......................4 Determinação do Preço de Venda pelo "MARK-UP": .....................1 Restrição do sistema .......4.......................5.................... 129 13... 141 14......1....................................1 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA............... 137 13.........................4..1.................1...................................................... 128 13.....................6.6.. 195 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.1 CONCEITO DE TEORIA DAS RESTRIÇÕES (TOC) ..3 DESPESA OPERACIONAL .................................................5 TAMBOR-PULMÃO-CORDA ..........................................................4...... 131 13........1. 139 13................... 126 13.......... 140 13.............................1..... 128 13.....9 VANTAGENS DA TOC .....5....... 157 14...................................................... 126 13............................................................................Margem de Contribuição ................1 ASPECTOS GERAIS .................... 130 13.............................................. 141 14......4.5 MEDIDAS DO ALCANCE DA META ................................. 140 14 CUSTOS E PREÇOS ................................2 RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO .................................3 MÉTODOS USADOS NA DETERMINAÇÃO DOS PREÇOS DE VENDA ....1 IDÉIAS FUNDAMENTAIS DA TOC EM RELAÇÃO À OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO ....................................2 RESTRIÇÕES ...................................................................7........... ......9 CUSTEIO DIRETO (VARIÁVEL) ....2 ASPECTOS DOS CUSTOS ..................... 199 15...... 203 15......................... 205 15...... 232 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof..........................1................ 199 15...................................................2..... 202 15....................1 A TEORIA GERAL DOS CUSTOS ........................... Roberto Biasio ........................................ 200 15...........................................5 SISTEMAS DE CUSTEIO ...8 CUSTEIO POR ABSORÇÃO .............10 15 EXERCÍCIOS .....................................................................................PRÁTICA .............................................................................................2 PARTE II .......................................................................1.............1 PARTE I .........6 DEPARTAMENTALIZAÇÃO ................................... 205 15............. 202 15................................... Dr...................................... 203 15.7 APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS............. 204 15..........................................3 EXERCÍCIO SOBRE DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE VENDA COM BASE NO CUSTO218 BIBLIOGRAFIA ..... 204 15.......... 203 15....1.............. CUSTEIO VARIÁVEL E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO.......12 CUSTEIO E PREÇOS ......................................10 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO .......3 ELEMENTOS DE CUSTOS .................................................2.........................................................................1................................ 209 15.................................1............................................................................ 201 15.....1....1........11 CUSTEIO PADRÃO ..........................................................1.......... ..2.........................TEORIA ...............................................1..........................................4 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS ............................1 EXERCÍCIO SOBRE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE ........................1........1....................................... 205 15.................. 201 15.... 199 15.........................1........2 EXERCÍCIO SOBRE CUSTEIO POR ABSORÇÃO... se procurará dar um conhecimento básico sobre o que vem a ser CUSTO. chegando até o estudo de sua aplicação nos momentos atuais.INTRODUÇÃO Esta apostila foi elaborada com o objetivo de desenvolver os tópicos mínimos necessários para a aprendizagem da disciplina de CONTABILIDADE DE CUSTOS. Na elaboração desta apostila buscou-se desenvolver sistematicamente o programa exigido para a referida disciplina. Embora. aos quais foram adicionadas matérias por nós desenvolvidas através de nossa vivência profissional e de conhecimentos pessoais. ela esteja alicerçada sobre o programa da disciplina anteriormente referida. Nesta etapa encontraremos vários exemplos práticos que nos ajudarão a entender melhor a importância do estudo das diversas classificações de custos e a necessidade de distinguirmos com firmeza os vários sistemas de custos hoje existentes. Sendo que. ela pode ser utilizada como material de pesquisa para conhecimento na atividade profissional. Numa segunda etapa. Por último. encontraremos uma bateria de exercícios de fixação da matéria. Esta obra não teve a pretensão de esgotar o assunto sobre a Contabilidade de Custos. bem como de familiarizar o aluno com as técnicas mais usuais de controle e apuração dos custos. começaremos por estudar a sua origem e a evolução no tempo. A disciplina de Contabilidade de Custos tem por objetivo fundamental fornecer ao aluno os conhecimentos básicos e indispensáveis de Contabilidade de Custos. Para isso. administrada para o curso de Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul. principalmente. sendo ela dividida em duas partes . serão abordadas as diversas classificações e sistemas de custos. os tópicos que julgamos mais importantes foram inseridos nesta obra.uma teórica e outra prática. mas sim trazer de forma simples e sintética os pontos fundamentais que envolvem a Contabilidade de Custos. . habilitando-o a resolver problemas ligados ao planejamento. No decorrer de sua elaboração foram pesquisadas diversas obras que tratam sobre os assuntos constantes no programa exigido. Inicialmente. se for um iniciante nesta área. implantação e operacionalização de sistemas de custos. comercialização ou prestação de serviço. nestas condições. caçava e pescava. Como não havia moeda. não mais isolados uns dos outros. Em tal estágio econômico os custos e preços flutuam independentemente da vontade do Homem. Neste estágio ocorre significativa alteração no processo econômico-social. nem sentido especulativo. os fenômenos dos custos. fornece-lhe a caça e outros bens e serviços.1 ORIGEM DO CUSTO 1. A necessidade de obter-se os bens necessários para a sobrevivência acompanha o Homem desde os primórdios da civilização.1 GENERALIDADES 1.1 Estágios Inferiores da Civilização a)Produção e Consumo: O custo surge quando se quer obter algo. Com isso. cujo domínio da Natureza ainda era muito precário. Quando o Homem primitivo. sozinho. Esses núcleos humanos. num ciclo diário. Não havia propriedade privada e tudo era de todos e para todos. na busca de sua sobrevivência. as condições do meio em que viviam eram variáveis e imprevistas. estava produzindo para o seu próprio consumo. sem a preocupação do amanhã. mas em equipe. Imperava o regime de produção-consumo.1. outros colhem ou pescam. surgem as especializações: uns caçam.1. o Homem enfrentava. nem poupança. em sua luta pela subsistência. Distribuição e Consumo Devido às dificuldades e perigos enfrentados pelo Homem. cujos efeitos positivos na produtividade estimulam-nos a se aperfeiçoarem nesta técnica primitiva. colhia. reúnem mulheres e filhos em afazeres domésticos e vão a busca de alimentos. ficavam numa .1 A TEORIA GERAL DOS CUSTOS 1. Os Homens se agregam em núcleos. levaram-no a reunir-se em grupos. sua produção restringia-se às necessidades imediatas e individuais de satisfazer-se fisionomicamente.1. Inicialmente. todos produzem para o próprio consumo em bases igualitárias e aí temos então o primeiro consumo internacional. Havia uma permuta de bens e consumos em que estes eram iguais àqueles... Todos produziam para o consumo da comunidade. b)Produção. nômades. por sua vez. O pescador apanhava uma certa quantidade de peixes por dia. conseqüentemente. como aves de rapina. modificando também. Tal regime de produção e consumo implicava numa tese em que o Custo é igual ao Preço. embora primitivo. o meio selvagem e hostil em que habitava e. sendo uma parte para seu consumo e o restante entregue à comunidade que. seja ele por intermédio de produção. resulta no consumo de valores a que denominamos de custo. quando enfrentava sozinho a natureza. São fabricados assim os mais toscos e variados utensílios de trabalho. resolve cultivar a terra e novas e importantes modificações sócio-econômicas ocorreram: o investimento em bens de consumo. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. o mesmo fenômeno era representado pela maior ou menor escassez dos mesmos. mas. e outros instrumentos de defesa pessoal são confeccionados e modificados ou aperfeiçoados para a produção. sob o aspecto dos custos. bem como ensejando novos e maiores investimentos nos bens de produção. d)Bens de Consumo Cansado das mudanças constantes. mas também para os dias futuros. A necessidade de se resguardar das intempéries e incertezas levando-o a produzir não só para o consumo imediato. os custos dessas tarefas. enquanto esta lhes oferecia as condições privilegiadas de produção.. acumulando. o Homem ainda usava as próprias mãos para sulcar a terra. a mesma lança que serviu à caça poderia sulcar a terra. diariamente.2 Evolução das Empresas O consumo de bens e a utilização de serviços são necessidades inerentes à própria condição humana. O importante desse estágio. cujos custos na elaboração representaram os primeiros investimentos em bens de produção.. É o Homem a pensar cada vez mais. No início. reduzindo os custos unitários. o Homem primitivo. quando em bando. Nesse estágio.1.. c)Primeiros Investimentos O Homem reunido em grupos sofre menos que aquele solitário. como hoje. onde a abundância da natureza lhes propiciava mais bens com menos esforços. Roberto Biasio . Como naquela época não existia moeda que medisse o custo ou preço dos bens. é que o Homem passa a produzir mais. Todavia continuava vítima da incerteza quanto ao amanhã e ao futuro mais longínquo. reduzindo ainda mais os custos dos bens de consumo resultantes.13 determinada região. outras escassas e magras. Épocas fartas e abundantes. Sua experiência associativa encorajou-o mais. sentindo-se. e)Bens de Produção Com o passar dos tempos o Homem primitivo descobriu a utilidade de outros elementos da natureza no auxílio à produção. A manipulação da natureza ou transformação desta na obtenção de um bem que satisfaça as necessidades do Homem. ainda em seu regime comunista primitivo. capinar e colher. sem expressão monetária na época. o que remonta aos princípios da civilização. Dr. mudando-se a seguir para outras. e a garantir a segurança não só do dia de amanhã. Ocorreram assim os primeiros investimentos em bens de consumo. e mais longe. mas de gerações futuras. de uma mentalidade e de suas repercussões sociais. Os resultados são animadores com o aumento sempre crescente da produção. Assim é que. expressão do labor humano aplicado à natureza na obtenção de bens. numa espiral que bem refletia a legitimidade evolutiva de uma época.1.. continuava a enfrentar a fome e o frio. com maior segurança. 1. remota ou imediata. plantar. conseqüentemente. despersonalizando-a. O desenvolvimento do comércio e do transporte marítimo proporcionou a ampliação da produção. e dessa maneira valorava as mercadorias. com o conseqüente crescimento das empresas. com sistema simples de produção. Roberto Biasio . 1. aparecendo o sistema de trocas. bem como o levantamento de todas as demonstrações contábeis no seu final. envolvendo maior número de pessoas. Dr. foram criadas as empresas para comercializar os bens produzidos rudimentar e artesanalmente apenas por uma família ou por pequenos grupos familiares. beneficiava-os rudimentarmente e oferecia-os a outros homens ou a outros clãs.2. não necessitando de maiores sofisticações.1. Fazendo o cálculo basicamente por diferença. Este estágio da evolução determinou a necessidade de ser incrementada a forma de organização societária. já que a sua medida em valores monetários era extremamente simples: o contador verificava o montante pago por item estocado. tem como objetivo a apuração do resultado de cada período. Isto conduziu ao aperfeiçoamento dos grandes empórios e das empresas de navegação. Entre as técnicas desenvolvidas para a segurança e a racionalização da produção surgiu o controle dos custos que permitiu ao dirigente saber quanto custa produzir cada um dos bens ou serviços de sua empresa. houve necessidades de maior controle que proporcionasse maior segurança nas aplicações de capital e na manutenção dos sistemas produtivos com apresentação de resultados positivos nas suas operações.1 Contabilidade Financeira A Contabilidade Financeira.14 com ferramentas muito rudimentares. embora ainda artesanalmente.2 A CONTABILIDADE FINANCEIRA. Como conseqüência. As pequenas empresas. ainda. apurava o valor de aquisição das mercadorias vendidas. DE CUSTOS E GERANCIAL 1. também conhecida por Contabilidade Geral. Houve o desenvolvimento da civilização em que o Homem ou seu clã extraia os bens da natureza. computando o quanto possuía de estoques iniciais. Na Era Mercantilista a Contabilidade Financeira estava bem estruturada para servir as empresas comerciais. Com a descoberta de novas tecnologias e o aparecimento de sistemas complexos de produção. pois até a Revolução Industrial. adicionando as compras do período e comparando com o que ainda restava. na clássica disposição: Estoques Iniciais + Compras . cujo valor do capital aplicado transformou-a de propriedade individual em coletiva. as decisões sobre as alternativas mais vantajosas a serem adotadas no seu sistema produtivo.Estoques Finais = Custo das Mercadorias Vendidas Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. tinham seu controle executado exclusivamente pelo seu proprietário.1. facilitando. Estes custos de produção comparados aos preços de venda indicam-lhe a margem de lucro de cada um. o Homem só utilizava os bens naturais no mesmo estado em que eram encontrados na natureza ou com pequeno beneficiamento executado pelo próprio consumidor ou membros da sua família. a contabilidade apurava o custo das vendas mediante o levantamento físico dos estoques. Todo este processo evolutivo culminou com a Revolução Industrial iniciada na Inglaterra. cuja primeira fase ocorreu na segunda metade do Século XVIII. se torne possível à administração utilizar as contas para esclarecer os custos de produção e de distribuição. tanto por unidade como pelo total. com os dados da produção e das vendas. É o processo de usar os princípios contábeis. para solução desse problema. de vendas e financeiras. Portanto. Era princípio rígido o registro das transações e das operações somente pelas despesas realmente incorridas. dos componentes da organização. para levantamento do balanço e apuração do resultado. a determinar mais corretamente as rendas e levantar os balanços.2. e por meio de sua análise fornecer a melhor informação no sentido de se apurar o custo correto do produto. Para que a empresa industrial obtivesse o valor do custo de seus produtos foi necessário o surgimento da Contabilidade de Custos. do que vermos o Contador tentando adaptar à empresa industrial os mesmos critérios utilizados na comercial. O valor do estoque dos produtos existentes na empresa. analisa e interpreta os custos dos produtos. econômica e lucrativa. deveria então corresponder ao montante que seria o equivalente ao valor de "compras" na comercial. Roberto Biasio . Nesse tempo eram apenas computados os custos diretos: o valor do material consumido e o valor da mão de obra aplicada. quando se considerou que a Contabilidade de Custos era voltada para as atividades internas da organização. então registrar os custos que capacitavam o administrador a avaliar os inventários e. foi possível o emprego de taxas predeterminadas para a apropriação dos custos indiretos ao valor dos produtos. com a formação dos critérios de avaliação de estoques no caso industrial.2 Contabilidade de Custos Contabilidade de Custos é o processo ordenado de usar os princípios da contabilidade geral. não dispunha agora tão facilmente dos dados para poder atribuir valor aos estoques: o seu valor de "compras" na empresa comercial estava agora substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de produção utilizados. fabricados por ela. Foi bastante difícil a adoção generalizada da computação de valores no custo de um produto. Contabilidade de Custos é o ramo da função financeira que acumula. para um ou para todos os produtos fabricados ou serviços prestados e os custos das diversas funções do negócio. para controlar as operações e para auxiliar o administrador no processo de tomada de decisões. Dr. A Contabilidade de Custos nasceu com a Revolução Industrial. deixando-se de atribuir aqueles outros que na empresa comercial já eram considerados como despesas no período de sua ocorrência: despesas administrativas. dentro do mesmo raciocínio. dos inventários. dos planos operacionais e das atividades de distribuição para determinar o lucro. Começou-se a adaptação. Sua principal função era. com finalidade de obter operação eficiente.15 Com o advento das indústrias.1. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. bens ou serviços. de tal maneira que. conseqüentemente. Nada mais razoável. dos serviços. organiza. dos inventários e dos serviços. Os contadores se restringiam a contabilizar apenas os custos reais. para registrar os custos de operações de um negócio. passaram a compor o custo do produto os valores dos fatores de produção utilizados para a sua obtenção. vários fatores exigiram que o contador de custos desse mais um grande passo em direção a um maior refinamento. para a tomada de conhecimento e registro dos vários fatores de custo. 1. tornou-se mais complexa a função do Contador que. No fim do século passado. Com certo relaxamento desse princípio. Com a concorrência mais acirrada. Os quais podemos resumi-los. os registros de custos tiveram seu início. e a composição do custo do produto recebeu um interesse particular.Contabilização dos custos indiretos de fabricação . O desenvolvimento paralelo de Pesquisa Operacional e da Computação Eletrônica veio dar maior apoio à Contabilidade de Custos. Problemas. Atualmente as informações são prestadas mais rapidamente. As informações de Custo passaram a apoiar a Administração em suas funções de planejamento e tomada de decisões. Roberto Biasio .Custeio direto . essa primeira fase caracterizou pela preocupação com o registro dos custos. Com a Segunda Grande Guerra desenvolveram-se modernas técnicas de administração.Planejamento do Lucro . A história do desenvolvimento da Contabilidade de Custos é a história do desenvolvimento industrial.Uso de estimativas como dados de custo com alguma atenção para . O uso de ferramentas e equipamentos tornou-se reinante. e novas concepções levaram à Contabilidade de Custos impulsos novos. aumentando sua área de influência.Sistema de custos por processo -Determinação do Custo . À medida que o campo das atividades do administrador se ampliava.Tomada de decisão a curto prazo escolha alternativa . a Contabilidade de Custos passou a ser encarada como parcela essencial da Contabilidade Gerencial. sentiu-se a necessidade de melhores informações sobre custos.Controle de custos de distribuição . agora o são pelo emprego de técnicas estatísticas e matemáticas mais sofisticadas.Sistema de custos por encomenda . de certo modo difíceis de serem solucionados.16 De qualquer modo.Tomada de decisão a longo prazo 1)Contabilidade de Custos para Determinação do Custo: A certeza de um fornecimento adequado de materiais tornou-se importante. Contabilidade de Custos ganhou corpo. e prestou-se maior atenção ao registro de materiais. atingindo sua identidade específica e começou a ser finalmente considerada como instrumento da Administração. tornou-se mais patente a necessidade de serviços da Contabilidade de Custos.Contabilidade por responsabilidade . À medida que as atividades industriais começaram a seguir. conforme segue: .Planejamento do lucro . Dr. antes.Contabilização de mão de obra direta -Determinação do Custo . O desafio do moderno contador reside exatamente no ponto de que ele agora dispõe de maiores recursos para fazer parte do primeiro quadro na hierarquia administrativa.Análise de custo-volume-lucro -Tomada de Decisão com . Por isso mesmo. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.Sistema de custo-padrão o controle de custo .Controle de Custo . A determinação do custo assim tornou-se o primeiro objetivo da contabilidade de custos. bem como pelo uso crescente do equipamento eletrônico de processamento de dados.Contabilização de matéria-prima . A Contabilidade de Custos cada vez mais passou a responsabilizar-se pela análise e interpretação das informações quantitativas a fim de fornecer à Administração instrumentos significativos e oportunos para a gerência da organização. Esta alteração em objetivo. organizada como divisões de produto. A contabilidade de custos contribuiu na ordenação de dados relevantes. que a partir de então tem sido bem recebida. em virtude da concorrência. como da contabilidade. 2)Contabilidade de Custos em Transição A mecanização ulterior provocou o uso mais sofisticado de equipamentos e instalações fabris. e sim o montante de custo que deveria tê-lo sido. conhecida por custeio direto. 4)Contabilidade de Custos para Planejamento do Lucro e para Decisões Administrativas Flutuações. contudo. Roberto Biasio . Passou-se a enfatizar não mais o montante de custo incorrido. Outro aspecto do planejamento requereu que a administração avaliasse propostas de ação para tomada de decisões. e sim às áreas deficientes que exigiam ação corretiva. econômicas violentas e concorrência acurada na década de 20 criaram uma necessidade de planejamento global para preparar a administração para enfrentar situações semelhantes.17 A industrialização ulterior criou dois tipos de atividades industriais: as do tipo sob encomenda. Passou-se a dirigir a atenção não mais àquilo que era esperado. tais como a fabricação de máquinas a vapor. adequados para tais fins. Dr. A contabilidade de custos também contribuiu na promoção de cooperação entre planos desenvolvidos por administração descentralizada. Uma dessas propostas. O resultado foi surgirem propostas dramáticas para usar os dados de custo não somente para determinação do custo. Mais uma vez. ainda hoje é matéria controversa. agrupados como parte dos custos indiretos de fabricação. ganharam importância. Cada vez maior atenção passou a ser dirigida de custos de materiais e mão de obra para custos indiretos de fabricação. 3)Contabilidade de Custos para Controle de Custos O uso dos dados de custos para fins além da determinação do custo foi outra cisão importante no desenvolvimento da contabilidade de custos. os objetos do custo e as finalidades gerenciais que buscamos através das informações obtidas por meio da contabilidade de custos. exigiu várias mudanças tanto por parte da administração. Outra proposta.a aceitação de estimativas como dados de custos e a incorporação destas na determinação do custo. Um aspecto do planejamento demandou que a administração fizesse uma previsão econômica do ano seguinte e que fizesse planos com base naquela previsão. o controle de custo evoluiu como o segundo objetivo da contabilidade de custos. Não interessava mais quais custos tinham sido incorridos. denominada sistema de custo-padrão. A concorrência ulterior trouxe à baila os problemas de instalações fabris ociosas e sucatas. Abaixo encontramos as fases de trabalho desenvolvidas pela contabilidade de custos. Um esforço para acelerar o estabelecimento desses últimos custos acarretou a mais importante cisão na metodologia da contabilidade de custos . O uso de dados de custo para fins de planejamento tornou-se assim um objetivo adicional da contabilidade de custos. A contabilidade de custos contribuiu na coordenação de planos realizados por funções de vendas e produção e na análise de suas inter-relações. tais como a refinação de açúcar. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. mas também para outros propósitos. porém quem os incorrera. Os custos associados ao seu uso em geral. e as do tipo produto uniforme. Planejamento . 1.Interpreta . Há um custo do bolo. Se o Governo tem por objetivo socorrer uma área onde existe uma doença.Avaliação do Patrimônio . Roberto Biasio . Quer a dona-de-casa. Se a dona-de-casa resolver fazer um bolo ela gasta para conseguir o que deseja.Produtos . até o ponto em que se possa receber o preço convencionado. 1. quer o industrial.Coleta .Programas .Planos Operacionais .Componentes . há um custo de um Programa de Saúde. existe um custo do calçado. fornecendo informações para tomada de decisões.Controle das Operações . O custo de uma coisa é o quanto se gasta para conseguí-la e isto é interesse antigo e de todo mundo que deseja bem administrar suas riquezas. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.1. para a produção e distribuição de mercadorias (ou prestação de serviços).Atividades Especiais . gasta para tal e.Organiza .18 CONTABILIDADE DE CUSTOS FASES DO TRABALHO . Se um industrial fabrica calçados ele gasta para fazer um par de sapatos e. ou seja: todos gastam para conseguirem um bem ou um serviço.2 CUSTOS O que gastamos para poder fazer alguma coisa é o custo dessa coisa. Mas no atual estágio.2. Do ponto de vista econômico. todos têm custos.Controle de Custo . de diferentes formas e expressa em seu valor monetário. entende-se por custo toda e qualquer aplicação de recursos.Determinação da Rentabilidade . ela passou a ter um papel muito importante junto aos administradores.Estoques .3 Contabilidade Gerencial A Contabilidade Gerencial tem por objetivo fornecer informações para tomada de decisão.Analisa .Segmentos de Distribuição FINALIDADES GERENCIAIS .Tomada de Decisão 1. Dr. quer o Governo. com o surgimento da Contabilidade Gerencial. com bastante influência a Contabilidade de Custos.Acumula .2.1 CONCEITO DE CUSTO Custo de um bem ou serviço é a expressão monetária dos insumos físicos realizados na obtenção deste considerando-se o total retorno dos capitais empregados em termos de reposição.Serviços . Inicialmente a Contabilidade de Custos não era utilizada como meio de informação para tomada de decisão e sim como uma forma de resolver os problemas de avaliação de estoques. neste caso.Informa OBJETO DO CUSTO . neste caso. Custo é tudo o que se gasta para se obter um bem ou um serviço. como: Contabilidade Financeira (Geral). Contabilidade Fiscal e sem dúvida. Usando-se para isso de outras contabilidades. quando a situação permite e eliminálos quando ocorrer o inverso. .Substituição de um determinado equipamento por outro que represente menor custo ou melhor produtividade. depende. Uma Contabilidade de Custos bem organizada é condição necessária para dar ao administrador os meios de exercer comparação constante entre o que está sendo realizado e os padrões predeterminados. Dr. Entre as várias finalidades da apuração dos custos. por se tornar inviável.Investir em propaganda para aumentar o faturamento.19 1.2. 1.2.1 Determinação do Preço de Venda O objetivo deste custo é fornecer dados para a formação do preço de venda. . Quem produz o faz para vender. por não trazer o retorno desejado. ou seja.Eliminação de certos privilégios concedidos aos funcionários ou a direção. e concedê-los quando a empresa estiver em condição de oferecê-los.4 Tomada de Decisão Tem por objetivo fornecer alternativas para a administração tomar as decisões mais acertadas.Redução dos gastos com uma determinada rubrica de despesa. tais como: .2. . . Estas alternativas surgem através do estudo dos custos ocorridos e projetando-se os futuros.Extinção de setores ociosos ou desnecessários.3 Controle da Gestão Administrativa Muitos dos instrumentos de controle que o administrador tem à sua disposição são baseados em dados de custos.2.2. Através da análise dos custos a administração pode tomar inúmeras decisões. na empresa de materiais e produtos estocados.2.2. dependendo a forma de como a informação é utilizada. entretanto.2. Roberto Biasio .Conceder benefícios aos funcionários. Saber por quanto se vai vender um produto. 1. .Deixar de produzir um determinado produto. ou a troca de fornecedores. vamos citar algumas a seguir: 1. . 1.2.Substituição de matérias-primas por outras de valores inferiores.2 Avaliação de Estoques Tem por finalidade informar o valor existente. É fácil observar que não pode haver controle sem o estabelecimento de objetivos definidos e de metas a serem cumpridas para a consecução desses objetivos. fundamentalmente. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. .Redução do quadro de funcionários. quando a situação não permite mantê-los. de se conhecer o quanto se gastou para produzir. . ela pode auxiliar a administração nas diversas áreas da empresa.2 FINALIDADES E OBJETIVOS DE CUSTOS A apuração do custo tem várias finalidades. 1.2. Identificadas e separadas as referidas condições.2. adequados para tais fins. Como foi colocado acima.2. 1.Estabelecer planos ou solucionar problemas especiais. Dr.8 Comparação dos Custos Referentes a Períodos e Condições Econômicas Diversas Através da comparação dos custos referentes a períodos e condições econômicas diversas é possível determinar as condições que são favoráveis à empresa e quais as mais críticas.9 Conhecimento do Grau de Eficiência Técnico-Administrativa da Empresa Um estudo adequado dos custos da empresa nos proporciona o conhecimento do grau de eficiência técnico-administrativa que a empresa deve alcançar. Portanto. 1. para obtermos o resultado devemos antes apurar o volume de custos (despesas) envolvidos na obtenção das receitas. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. a determinação do custo tem um papel preponderante no planejamento do lucro.20 .7 Apuração do Resultado O resultado é obtido entre o confronto das receitas e das despesas num determinado período. o custo é uma parte fundamental na elaboração do orçamento.2. Portanto. 1.2. 1. Este grau representa o estágio que a empresa deve alcançar para obter o maior e melhor proveito dos investimentos utilizados pela administração. o administrador poderá se situar em qual das situações passadas ele se encontra e saber qual as medidas que ele deverá tomar para tirar o maior proveito possível das condições favoráveis e se armar da melhor forma existente para enfrentar as situações desfavoráveis. se não soubermos projetar o custo envolvido na busca deste lucro. A contabilidade de custos contribuiu na ordenação de dados relevantes. organizada como divisões de produtos. Roberto Biasio . Outro aspecto do planejamento requereu que a administração avaliasse propostas de ação para tomada de decisão.5 Elaboração de Orçamento Orçamento é um meio de coordenar os esforços individuais num plano de ação que se baseia em dados de desempenhos anteriores e guiado por julgamentos racionais dos fatores que influenciarão o rumo dos negócios no futuro. Portanto.2. A contabilidade de custos contribuiu na coordenação de planos realizados por funções de vendas e produção e na análise de suas inter-relações.2. pois sem o estudo dele e a sua projeção futura.6 Planejamento e Projeção do Lucro Um aspecto do planejamento demandou que a administração fizesse uma previsão econômica do ano seguinte e que fizesse planos com base naquela previsão. o orçamento se baseia em dados de desempenhos anteriores e esses dados para serem obtidos é necessário a participação do custo.2. Não é possível conseguirmos planejar um lucro futuro. A contabilidade de custos também contribuiu na promoção de cooperação entre planos desenvolvidos por administração descentralizada. é impossível estabelecermos um orçamento.2.2. O estudo dos custos nos proporciona saber se a administração possui um grau de eficiência técnicoadministrativa adequado. tamanho. tipo de acondicionamento). O nível de rendimento econômico é obtido através do custo versus retorno. quanto ao tamanho. fresadora.2. Para que tenhamos o conhecimento do processo técnico é necessário conhecermos: .3. dos produtos danificados.. . sendo que. dos serviços de garantia de produtos.2. da capacidade ociosa do equipamento. diâmetro. A análise da economicidade de operações ocorre na medida em que passamos a analisar o custo que envolve cada uma das operações e através deste estudo buscarmos a operação mais econômica ou ainda a forma de executá-la de maneira mais econômica.os padrões de qualidade exigidos para a produção do produto. do tempo ocioso dos operários. para ter este conhecimento ela precisa necessariamente da Contabilidade de Custos.3.3 MEIOS UTILIZADOS PARA DETERMINAÇÃO DOS CUSTOS A elaboração e aplicação de um sistema de apropriação e cálculos de custos são obtidas através da utilização dos seguintes meios: 1.2.21 1. materiais necessários. injetora. 1. também está envolvido o levantamento dos custos dos desperdícios.2. . Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.10 Análise da Economicidade de Operações Este objetivo do custo é obtido através da análise das operações pela empresa e dos custos envolvidos nelas.o tempo necessário em cada uma das etapas de sua produção. resistência. forma. Nesta análise. maleabilidade.a forma pela qual se pretende produzi-lo. etc.1 Conhecimento dos Produtos. espécie. . as espécies de materiais que serão empregados na sua confecção (tipo. comprimento. serra. espessura. .2 Conhecimento do Processo Técnico de Produção Ao estudarmos o custo de um produto precisamos do conhecimento do processo técnico pelo qual ele vai ser produzido.2. é indispensável que se conheça anteriormente o tipo de produto que será produzido (forma. Roberto Biasio . 1. média ou grande.2. Já o ponto ótimo de produtividade é determinado em função do nível de produtividade que a empresa deva obter para absorver mais adequadamente os custos envolvidos com os fatores da produção.) e o tipo de equipamento necessário para a sua fabricação (quanto à precisão: máquina comum ou CNC.as exigências técnicas que o produto deverá possuir. plaina. Dr.as etapas necessárias para a sua obtenção. do trabalho necessário para conserto. e outras qualificações que podem ser dadas aos equipamentos).11 Conhecimento do Nível de Rentabilidade Econômica e do Ponto Ótimo de Produtividade Uma empresa que produz um bem deve saber qual é o seu nível de rentabilidade econômico e do ponto ótimo de produtividade com vistos ao integral aproveitamento dos fatores da produção. lixadeira etc. quanto à espécie: torno.2. furadeira. 1. pequena. quantidade. Materiais e Equipamentos Para que possamos elaborar um sistema de custos e obtermos os dados desejados. . quantidade.o tempo necessário para a preparação das máquinas. outros elementos necessários para que detenhamos o conhecimento da técnica pela qual é obtido o produto desejado.Faturamento.Armazenagem. . se tem a ciência da forma. .3. 1.Promoção. os quais podemos classificar em: Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.3 Conhecimento do Processo de Distribuição O conhecimento do processo de distribuição é o meio pelo qual obtemos a parcela do custo que se refere às despesas realizadas pela atividade comercial. . Estes sistemas variam em função da forma em que são alocados os custos.2. . O processo de distribuição é composto pelos meios utilizados pela empresa para distribuir o produto.2.Transporte.5 Planejamento do Sistema de Cálculo dos Custos Há vários sistemas de se calcular os custos envolvidos num produto. . 1. . 1.tipo de mão de obra a ser utilizada (especializada ou não). b)Depois da Fabricação Já nesta etapa encontramos as seguintes atividades mais importantes de distribuição: .Venda. passando pelos custos resultantes das mais diversas políticas de crédito e cobrança. a)Antes da Fabricação Nesta etapa encontramos as seguintes atividades mais importantes de distribuição na ordem aproximada em que são realizadas: .2.tipo de equipamento necessário. dimensão e abrangência em que elas são executadas.4 Conhecimento das Atividades Administrativas e Auxiliares Através do conhecimento das atividades administrativas e auxiliares é que se obtém o valor do custo envolvido com estas atividades e mais importante. As despesas que formam os custos de distribuição variam do simples aluguel de lojas e depósitos até aqueles que se originam dos métodos variados de pagamentos de comissões. .Propaganda.3. .Pesquisa de Mercado.materiais necessários para a sua fabricação. bem como a interrelação com os produtos fabricados. desde a entrega direta ao consumidor.Cobrança.3. . até por meio de uma rede complexa de agentes e distribuidores. . . Roberto Biasio .Financiamento.Serviços de Produtos O processo de distribuição pode ocorrer através de diversas alternativas. O processo de distribuição de uma atividade fabril pode ser dividido em duas etapas: antes da fabricação e depois da fabricação.22 . Dr.Crédito. . .8 Interpretação dos Resultados É através da interpretação dos resultados que se obtém viabilidade ou não de um produto. .7 Controle de Execução do Trabalho O controle de execução do trabalho é um meio utilizado para a obtenção e aplicação de um sistema de apropriação e cálculo de custos.Por Processo.como atacadista.Por vendedores individuais ou equipes de vendedores. Torna .2. Também é através da análise dos resultados que podemos detectar possíveis falhas ou então situações críticas de custos.. Como vimos há vários sistemas (existem outros além dos citados) para calcular os custos.Por método de solicitação . . Dr. é indispensável à existência da organização do trabalho executivo. . Esta interpretação é um meio Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.2.Por Ordem Específica. . .por visita do vendedor. telefone. No caso do custo. 1.Por canais de distribuição .3. etc. .3. .se necessário verificar periodicamente se os planos traçados estão sendo atingidos dentro do estabelecido. torna-se fundamental planejarmos qual o sistema que mais se adapta ao caso e fazermos deste planejamento um caminho para chegarmos aos dados necessários à determinação de um custo preciso. caso contrário o resultado encontrado pode não espelhar a realidade.Por produtos ou linhas de produtos.Custeio por Absorção.Por Produto. uma vez que. . pois é através dela que são coordenadas todas as etapas e pessoas necessárias na elaboração e aplicação de um sistema adequado de apropriação e cálculos de custos.Por Encomenda. varejista.Por área de distribuição geográfica. 1.Custeio Padrão.Por clientes individuais ou equipes de clientes. 1. . . . sendo que.Por divisões administrativas da organização de vendas. correio.6 Organização do Trabalho Executivo A organização do trabalho executivo é um meio utilizado na obtenção dos custos. Roberto Biasio .Custeio Direto ou Variável.Por depósito. b)Quanto a Forma de Alocação . para a formação e aplicação do custo de qualquer produto é necessário que haja um controle do trabalho executado.Por tamanho do pedido. ..Por método de entrega. . etc.2. c)Quanto as Despesas de Distribuição .3.23 a)Quanto a Incorporação no Produto . na medida em que não é possível obtermos qualquer resultado sem organização. 3 . Ele deve sempre procurar adaptar os instrumentos de controle às necessidades de acompanhamento do atingimento dos fins. não basta saber quanto custa cada etapa de produção. quando elaboramos um sistema de custos este deve estar munido de instrumentos que possibilitem a interpretação e análise dos resultados obtidos. Implantação e Controle denomina estes princípios como "atitudes" óbvias que o especialista de custos deve seguir diante dos objetivos a que se propõe. 1. Entretanto.2. O especialista não deve nunca tentar mudar o modo como a gerência trabalha.Procurar sempre o equilíbrio entre a velocidade da informação e a sua exatidão.9 Comparações e Conclusões As comparações e conclusões são fundamentais na aplicação de um sistema de apropriação e cálculos de custos.do que uma informação corretíssima produzida com atraso. O especialista deve estar preparado para dar as respostas exigidas pela gerência. Os objetivos preestabelecidos pela gerência é que devem prevalecer. A esses procedimentos denominamos de princípios. Além do que.Procurar sempre adaptar os controles aos fins e não estes àqueles. George S. Para Leone. 2 .Procurar sempre a resposta que se quer obter antes de tentar resolver o problema. Também nos possibilita saber se a forma de produção é a mais adequada e por fim se o produto é viável. mas sim verificar se em cada uma delas está maximizado o desempenho.2. em sua obra CUSTOS Planejamento.mesmo que não esteja dentro dos padrões rigorosos de tamanho e qualidade . no momento certo e no lugar desejado. na medida que. são dez as "atitudes" que um especialista deve seguir: 1 . deve ser sensível às novas exigências mais rápidas por parte da administração.4 PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM A DETERMINAÇÃO DOS CUSTOS Ao montarmos um sistema de apropriação e cálculo de custos devemos seguir vários procedimentos para que possamos obter o dado correto. G. Roberto Biasio .3. É exatamente disso que a gerência Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Não deve o especialista adiantar-se em estabelecer critérios. deve ser flexível à orientação gerencial. A organização interna do setor sob sua responsabilidade e os critérios básicos adotados devem ser preparados para dar essas respostas. a informação oportuna é muitas vezes mais necessária . Leone. 1. O órgão produtor de informações gerenciais deve ser uma atividade dinâmica.24 utilizado na elaboração e na aplicação de um sistema de custos. classificações e registros de acumulação antes de conhecer o que vai ser exigido. Dr. Deve o especialista procurar prestar a informação com o grau de exatidão adequado. pois é através delas que podemos perceber se o método utilizado para a coleta dos dados é o mais adequado. Se necessário. de registros e de relatórios inúteis.Procurar familiarizar-se com o processo operacional e com os seus termos. os quais são o objetivo de suas investigações. Caberá ao sistema de informações alertar a gerência sobre as ocorrências. até modificar os objetivos que traçou. Caso esse procedimento não possa ser tomado. mas nunca o especialista deverá agir como responsável pela correção dos mesmos.. As informações prestadas à gerência pelo setor especializado devem indicar os desvios ocorridos nas operações. o planejamento e o conteúdo das informações devem ser feitos sempre de acordo com as intenções do usuário e na forma que ele apontar. Para que tal não aconteça. O especialista encarregado de produzir informações gerenciais deverá estar familiarizado com os sistemas operacionais da empresa. no sentido de verificar se as mesmas ainda são válidas e úteis em face da constante mudança de políticas. As próprias informações e suas variações relevantes apontadas por esses instrumentos de controle é que irão alertar o gerente no sentido de alterar o seu modo de trabalhar e. 4 . Será da competência exclusiva do responsável pela área operacional dedicarse à tarefa de ajustamento e de tomada de decisões em relação ao rumo que vai estabelecer. Dr.Atentar sempre para o fato de que a atividade do especialista age sempre como "termômetro" (indica. É necessário. vez por outra. objetivos e métodos operacionais na empresa. as suas causas. 6 . Roberto Biasio . por determinadas áreas de atividade. 5 . De nada adianta o trabalho do responsável pelo setor de apoio se ele não entender a linguagem e o que faz o homem da atividade-fim. deve o especialista produzir para cada um dos responsáveis. apontando as informações relevantes e específicas. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. O trabalho de análise do comportamento de cada área de atividade em face das informações geradas pelo sistema será muito mais útil. fazer uma análise do produto do setor gerador de informações. sem jamais serem consultados.Procurar sempre apontar para a gerência os fatos e dados mais relevantes. 7 . de documentos. talvez.25 necessita. É uma tendência natural à sofisticação e a multiplicação dos relatórios.Preocupar-se sempre com a proliferação de dados.Atentar sempre para o fato de que as informações devem ser preparadas na forma que o usuário as deseje e as entenda. 8 . ele deve ajudar o gerente. relatórios gerenciais simples e que disponham apenas das informações pertinentes a cada área de atuação. Não é desejável que os relatórios sejam ininteligíveis e morram nos arquivos e gavetas. mas não age) e não como "termostato" (age desligando). O especialista deve agir para mudar cada um dos três aspectos da situação prejudicial. quando for necessário.5 OS DEZ MANDAMENTOS DO BOM CONTROLE DE CUSTOS Thomas S.Use gráficos para obter uma apresentação mais eficaz: Os gráficos são uma excelente maneira de "secar" as estatísticas para determinar as tendências. mais uma vez. aos quais chamou de "Os Dez Mandamentos do Bom Controle de Custos". mas resista à tentação de mostrar de quantas informações você dispõe. não só um seguimento: Não deixe desviar para a sua área favorita. Dudick em sua obra Controle de Custos Industriais elaborou uma lista de dez pontos a serem verificados na avaliação de um sistema de custos.depois entre nos detalhes. 10 . faça o pessoal de vendas comprar da fábrica e dê-lhes sua própria demonstração de lucros e perdas depois faça uma avaliação da operação de produção como unidade independente. Aqui. Informações não significativas degradam todas as demais informações que as acompanham. Dr. é que esta terá sucesso e seus relatórios serão de utilidade para os diversos níveis gerenciais de planejamento. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.Procurar sempre evitar a seguinte situação: "O incompetente informando o irrelevante ao indiferente”. sendo eles os seguintes: 1 . em detrimento de todas as outras. Roberto Biasio . A indiferença do usuário é altamente negativa em qualquer processo de produção de informações. Cubra toda a demonstração de lucros e perdas. entre as vendas e os lucros controlando por responsabilidade funcional.Controle todos os custos. 1. enfatize primeiro os grupos principais .2. O pessoal operacional deve ser sensível aos problemas da atividade de geração de informações. Corte os detalhes em favor do quadro geral. As informações somente serão relevantes se no planejamento de sua produção o usuário tiver participação ativa.26 9 . através de uma linguagem entendida por todos. como o pessoal que recebe seus relatórios deve estar familiarizado com os critérios de acumulação e de classificação utilizados. Quando possível. A competência deve partir do próprio elemento responsável pela geração das informações ao se preparar tecnicamente e ao adotar estas e outras atitudes. de controle e de decisão. Somente desse modo. acima apresentada. 3 .Procurar familiarizar o pessoal de operações com os métodos e critérios adotados pelo especialista de sistema de informações.Resuma primeiro os elementos principais dos custos: Os detalhes são importantes. 2 . Tanto o pessoal que fornece dados operacionais e econômicos para o componente de sistema de informação. Depois acompanhe o quadro geral com maiores informações quando necessário. Isto somente facilitará as apropriações corretas para a determinação das taxas de despesas indiretas também facilitará o controle melhor. use-o com sensatez: No custeio direto. Depois. Depois determine se você tem o número correto de pontos de recuperação de despesas indiretas distribuídos pelo processo. e os custos fixos são debitados diretamente às despesas correntes. 10 .Não faça de seu programa de instalação de orçamento flexível um grande projeto: Não desperdice tempo precioso analisando resmas de dados históricos e preparando diagramas de dispersão às dúzias. Assim. 5 .Recupere suas despesas indiretas de acordo com a natureza do processo: Fique alerta para as recuperações incorretas das despesas indiretas. mas o impossível já é outra coisa. porque vais saber onde assentam seus pés. Tenha cuidado com alocação periódicas totais no desenvolvimento de uma demonstração de lucro e perdas de uma linha de produto. Certifique-se de que você está utilizando a base correta. A maioria dos gerentes gosta de serviço difícil. Roberto Biasio . 8 .Saiba o que está nas suas despesas indiretas: Descubra quais são os itens dominantes.Use padrões realistas de preferência aos reais em seu sistema de custo: Aceite algumas ineficiências como custo normal do negócio. Faça suas cotações de acordo com essas linhas e você terá uma oportunidade maior de ser bem sucedido ao cotar um novo produto. 7 . Faça-os notar o que você está tentando conseguir e faça-os participar da instalação. Dr.Conheça sua operação: Não use seu sistema contábil para conseguir respostas à força. interprete os relatórios para a sua gerência de acordo com os fatos.27 4 . 9 . com algumas consultas às históricas e converse com o pessoal para quem o orçamento está sendo preparado. suas variâncias vão ser tão grandes que perderão o valor analítico e os gerentes analisados não vão demorar muito para desacreditar o sistema. para assegurar que as diferenças de processo da fabricação serão consideradas na aplicação das despesas indiretas ao produto. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Vá para frente de batalha e investigue o que está por detrás das respostas. Certifique-se de que você não vai se enredar em praxes erradas. os estoques são avaliados aos custos diretos ou variáveis.Não espere que seus clientes paguem a sua ineficiência: Lembre-se que as cotações competitivas normais são baseadas em operações razoavelmente eficientes e utilização de equipamento ótimo.Se você usar o custeio direto. Se você usar padrões ideais sem provisões. haverá mais probabilidade deles apoiarem seu programa e você vai conseguir um orçamento mais significativo. Use as informações atuais. já que você vai saber o que está tentando controlar. 6 . no momento em que existe o reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento.1. sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). de seu consumo. tendo eles dois conceitos distintos.2 INVESTIMENTOS Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). e às vezes o experiente embaraçado. Custos e Despesas são três palavras sinônimas ou dizem respeito a conceitos diferentes? Confundem-se com Desembolso? E investimento tem alguma similaridade com elas? Perda se confunde com algum desses grupos? E quanto à matéria-prima. 2. Podem ser de diversas naturezas e de períodos de ativação variados: a de matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente como investimento circulante. Gastos. Esta terminologia não é uniforme entre os estudiosos. são expressões que representam coisas diferentes ou são nomenclaturas sinônimas? No meio desse emaranhado todo de nomes e idéias. vamos utilizar a mais aceita. componentes.1. de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são especificamente chamados de investimentos. por isso. Todo o gasto implica em desembolso. 2.1 TERMINOLOGIA UTILIZADA EM CUSTOS Antes de analisarmos os aspectos dos custos se faz necessário discorrermos sobre a terminologia que é utilizada em custos industriais. a máquina é um gasto que se transforma num investimento permanente.1 GASTO Sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer. mas não são a mesma coisa. Só existe gasto no ato da passagem para a propriedade da empresa do bem ou serviço. Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou serviços (Gastos) que são "estocados" nos Ativos da empresa para baixa ou amortização quando de sua venda.2 ASPECTOS DOS CUSTOS 2. normalmente o principiante se vê perdido. ou seja. no entanto. passamos a utilizar a seguinte nomenclatura. materiais auxiliares e materiais de consumo. as ações adquiridas de outras empresas são gastos classificados como . portanto defasada ou não do gasto. exatamente pela sua característica de anormalidade e involuntariedade. Não se confunde com despesa (muito menos com o custo). que não são depreciados) ou só se transformam quando de sua venda. O custo é também um gasto. no momento da utilização dos fatores de produção (bens ou serviços. a quase totalidade dessas "perdas" é. não é sacrifício feito com intenção de obtenção de receita. alguns gastos muitas vezes não se transformam em despesas (por exemplo. passando por investimento. As despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que têm essa característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. durante ou após a entrada da utilidade comprada.4 DESPESA Bem ou serviço consumidos diretamente ou indiretamente para a obtenção de receitas. entretanto. 2. isto é. Porém.29 investimentos circulantes ou permanentes. de quitação de uma obrigação. 2.1. ao se deduzi-la das receitas. assim como as despesas. já que são valores sacrificados de Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.1. Exemplos comuns: perdas com incêndios. obsoletismo de estoques etc. dependendo da intenção que levou a sociedade à aquisição. um custo. São itens que vão diretamente à conta de Resultado. mas não representam sacrifícios normais ou derivados de forma voluntária das atividades destinadas à obtenção da receita. para a fabricação de um produto ou execução de um serviço). terrenos.6 PERDA Bem ou serviço consumido em forma anormal e involuntária.3 CUSTO Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. 2. Roberto Biasio .1. fazer aparecer o lucro ou o prejuízo. Todas as despesas são ou foram gastos.5 DESEMBOLSO Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Despesas são valores que foram aplicados contra a renda de um determinado período. na realidade. É muito comum o uso da expressão "perda de material" na fabricação de inúmeros bens. Dr. só que reconhecido como tal.1. Despesa é o sacrifício para se obter receitas e que vai para o resultado exatamente para. Todos os custos que são ou foram gastos se transformam em despesas quando da entrega dos bens ou serviços a que se referem. outros passam primeiro pela fase de custos e outros ainda fazem a via sacra completa. como custo. Muitos gastos são automaticamente transformados em despesas. Pode ocorrer. custo e despesa. ou ainda. 2. e isso é permitido devido à irrelevância do valor envolvido. Existem dois tipos de produtos: a) Produtos em elaboração São os produtos que ainda não estão prontos para serem vendidos. Esses produtos também são conhecidos por produtos semiprontos. embora o seu maior objetivo é comercializar produtos. mas normalmente considerada bastante completa para finalidades contábeis. São produtos que necessitam de mais operações para atingir o estágio necessário para serem comercializados. Com ela. O problema reside sempre no que é importante em termos econômicos e o que não é. em dinheiro.1. Essa é uma definição relativamente simples.1. e essa importância é tomada no sentido do valor. fazendo parte de um sacrifício já conhecido até por antecipação para a obtenção da receita almejada. transformação. vemos que a matéria-prima abrange. Cabe aqui ressaltar que inúmeras perdas de pequeníssimo valor são na prática comumente consideradas dentro dos custos ou das despesas. produtos semiacabados. 2. embalagem. sem sofrer qualquer alteração física. Existem vários tipos de processos de produção.1. Muitas indústrias também comercializam mercadorias. visto que. Com isso. acondicionamento. as mesmas comercializam bens na forma que eles foram adquiridos. sem sua separação. O termo mercadorias é amplamente utilizado nas empresas comerciais. Também são conhecidos como produtos acabados ou produtos elaborados. Roberto Biasio . entre eles encontram-se: industrialização. primeiramente. materiais de pequena monta consumidos no processo produtivo. produtos em produção. não se consideram matérias-primas. e que já se encontram em condições para serem comercializados. No caso de montantes apreciáveis. 2.7 MERCADORIA Mercadorias são materiais adquiridos junto a outras empresas e que são destinados à venda no estado em que foram comprados. já que sempre haverá alguma subjetividade nessa conceituação e não existe e nem pode existir regra definitiva e completa que resolva o caso em todas as hipóteses. que representam no contexto global da fabricação. montagem etc. os materiais considerados importantes no processo de produção. Dr. 2.9 MATÉRIA-PRIMA Matéria-prima é o material essencial (mais importante) utilizado no processo de produção e que sofre mutação física nesse processo de fabricação ao se transformar em produto. com o objetivo de serem vendidos. b) Produtos prontos São os produtos que foram fabricados pela empresa.30 maneira normal no processo de produção. ou seja. esse tratamento não é correto. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.8 PRODUTOS Produtos são bens que foram fabricados pela empresa através de processos produtivos onde ocorreu algum tipo de alteração física dos materiais comprados. 1. Com isso. Mas.31 Em segundo lugar. Roberto Biasio . às vezes.10 COMPONENTES A esses materiais adquiridos ou até produzidos pela própria empresa. Por exemplo. normalmente com o nome específico de componente. mesmo que a madeira contida no móvel seja. ao produto. considera-se a madeira a matériaprima na fabricação de móveis. o espelho comprado pela fábrica de móveis e aplicado diretamente na elaboração de um móvel nunca será chamado de matéria-prima nessa fábrica. considerado como material direto. esse material. por exemplo). intrinsecamente. ao tratamento. uma indústria de computadores faz aquisição junto a terceiros de todos os componentes: peças de plástico. vemos que o petróleo é matéria-prima na fabricação de gasolina. cristalina e inquestionável na fabricação de um produto qualquer. A soja é uma matéria-prima utilizada na fabricação de óleo. chips. mesmo que de forma direta. Alguns deles possuem até nomenclatura especial. não costuma. comprá-los de terceiros e efetuar a Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Pode ocorrer de. mas como uma modificação física relativa ao corte. papel. Porém. não na sua forma intrínseca. numa indústria de cosméticos. mas terá o nome de componente ou material direto (especificamente embalagem) e nunca será chamada de matéria-prima. Sua função acaba sendo exclusivamente a de especificar esses produtos. Todavia. em seu custo. Algumas dessas modificações físicas se dão. indagar se existe matéria-prima numa indústria exclusivamente montadora. o motor comprado de terceiros por um fabricante de geladeira não é considerado matéria-prima. na ala referente á sua produção. mas na aparência física. naftas etc. absolutamente igual à contida nas toras originais. Dr. adquirido de terceiros ou fabricado pela própria empresa. circuitos eletrônicos. Ou então. como no caso das embalagens. cristal etc. Pode-se. poderá. ao próprio custo do produto nelas contido. 2. se dá outros nomes. que são agregados. E realmente pode ocorrer de não existir. fios etc. essas embalagens são superiores. mesmo que ele seja usado e aplicado de forma direta. se não ocorrer mudança física alguma não se chama a esse material de matéria-prima. mas que não sofrem mutação física. óleo. Assim. então. materiais diretos etc. depois de obtida a embalagem. ela será considerada um custo direto do produto final (perfume. Por exemplo. essas embalagens não são chamadas de matérias-primas porque não sofrem mutação física. É um consumo importante que diz respeito a algo físico que se modifica fisicamente para se transformar no produto final. chamar de matéria-prima aos materiais lá utilizados: celulose. Se não houver mutação física alguma. farelos etc. na linha de produção do refrigerador. determinadas embalagens serem o mais relevante dos custos incorridos na produção. às vezes. à aparência. O minério de ferro é matéria-prima utilizada na fabricação do aço. mas nunca será chamado de matéria-prima. O aço é matéria-prima utilizada na fabricação de inúmeros produtos siderúrgicos. objetiva. O motor retro citado na fabricação da geladeira. até químico em seu revestimento acabou acontecendo. tais como: componentes. Às vezes. vê-se na definição que a matéria-prima obrigatoriamente sofre um processo de mudança física na industrialização. considera-se que também se passa chamar a essa madeira de matéria-prima. ser considerado tecnicamente como matéria-prima. Se a própria fábrica de cosméticos efetua a fabricação dessas embalagens. será. aditivos. plástico para proteger o produto no transporte. Como exemplo podemos citar: lixas. catalisadores e outros) etc. porém não integram fisicamente o produto. por exemplo. a caixa de papelão para os sapatos. apenas em teoria que se tem uma forma mais nítida de segregação. ou mesmo porque para ela o gasto com esse material é menos relevante. etc. plaquetas. Existem dois tipos de materiais de embalagem: a) embalagem de acondicionamento: materiais que são utilizados para embalar o produto com o objetivo de tornar possível a venda.32 montagem. e também de uma diferente visão analítica dos custos. b) embalagem para transporte: materiais que são utilizados para possibilitar o transporte do produto. 2.1. 2. Vê-se então que.11 MATERIAIS DE EMBALAGEM Os materiais de embalagem são os materiais utilizados para acondicionar os produtos que são fabricados. Sua produção industrial. em função de uma distinta sofisticação nos níveis de controle. Se a empresa quiser. Exemplo: garrafa para o vinho. Essa embalagem não será entregue com o produto ao consumidor final. por isso apropria contabilmente essa tinta como parte dos materiais diretos. mas que não possuem nenhuma ligação com os produtos fabricados. e muitas vezes por ambas as hipóteses. Porém. produtos químicos vários (solventes. simplesmente temos uma indústria sem matéria-prima. óleo de corte. Estes materiais podem ser Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. ou então pela dificuldade em se efetuar essa perfeita identificação. Por exemplo.1. brocas. na prática. pregos. serras etc. e sabe quanto dela foi consumido na fabricação deste ou daquele item. Já a empresa B. são muitas vezes aplicados diretamente (do ponto de vista físico) na elaboração de um produto. Exemplo: madeira utilizada para fazer caixas. essas distinções não são absolutamente universais. ou com menor atenção para detalhes.1. com menor nível de controle. por isso. limita-se à junção dos componentes. tintas. É lógico então que. e como nenhum deles sofre alteração física nessa empresa. Roberto Biasio .14 MATERIAIS DE CONSUMO Os materiais de consumo são os materiais gastos pela empresa. etc.12 MATERIAIS SECUNDÁRIOS São materiais que são fisicamente acoplados de forma direta ao produto. mas. Dr. 2. pode perfeitamente identificar o consumo desses itens com a produção deste ou daquele produto. 2. indiretos. tinta. são classificados como materiais indiretos.1. possuem contato e/ou ação sobre o produto fabricado. exatamente por sua irrelevância em termos econômicos. pode estar considerando o gasto com tinta totalmente como materiais auxiliares indiretos. em função do comentado (pequeno valor econômico e dificuldade de mensuração) é comum ver as indústrias considerando tais materiais como auxiliares.13 MATERIAIS AUXILIARES Materiais auxiliares são materiais diretamente utilizados no processo produtivo. podem ocorrer que a indústria A aponta o consumo de um determinado material. o principal é que sejam. "chutes" etc. peças. desde que esses materiais estejam sendo baixados no momento de sua utilização. Despesa. independentemente das conseqüências técnicas.33 consumidos tanto na área produtiva como na comercial ou na administrativa. Componentes. sempre. Desembolso e Perda. aquilo que se identificar como custo. Já o Desembolso e o Gasto podem representar qualquer uma das expressões anteriores. Vai para o resultado do exercício o que representa Despesa e Perda.16 RAZÕES DA CONTABILIDADE GERAL PARA A DISTINÇÃO a)Em relação às expressões: Gasto. a razão maior nesta distinção. b)Em relação às expressões: Matéria-prima. 2. vestimentas etc. Desembolso e Perda.1. está em separar o que irá do que não irá compor o custo do bem ou serviço a ser produzido. Material Auxiliar e Material de Consumo (quando utilizado no setor produtivo). em função de sua venda. Investimentos e Perdas não fazem parte do custo de um produto. Despesa. em custos. nada há que se temer por qualquer impropriedade terminológica.1. Dr. Componentes. para a Contabilidade Geral não há de fato problema sério algum nessas classificações de ordem prática. 2. mas sim porque os meios de produção deles necessitam. Custo. a própria titulação em si acaba não sendo importante. estimativas. Investimento. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. há o interesse do profissional de contabilidade em evidenciar uma terminologia adequada. para a Contabilidade de Custos. e só sendo considerados como parte integrante do resultado da empresa no momento da baixa do produto acabado. É claro que. são palavras que podem estar associadas a qualquer uma das anteriores (Custo. no que se deve louvá-lo imensamente. somente. b)Em relação às expressões: Matéria-prima. material de expediente. Como exemplo podemos citar: material de limpeza. não por que o produto deles necessita para a sua fabricação. Os valores relativos a matérias-primas e a outros materiais diretos (embalagens. essa distinção em termos de contabilidade de custos (tratando-se apenas dos gastos efetuados pela área produtiva) tem efeito prático apenas no que diz respeito á separação entre os custos diretos de um lado (matérias-primas. componentes e outros) e indiretos do outro lado (materiais auxiliares. Roberto Biasio .15 RAZÕES DE CUSTOS PARA A DISTINÇÃO a)Quanto às expressões: Gasto. fazem parte do custo do produto. Quanto ao Desembolso e ao Gasto. Irá compor o custo do novo produto ou serviço. e sim apenas a forma com que serão agregados seus custos aos produtos: de forma direta ou não. Despesas. materiais de consumo e outros). componentes etc. Perdas e Investimentos).) podem até sofrer de erros em suas terminologias. Logo. Já os materiais indiretos são alocados aos produtos sempre por meio de coeficientes de rateio. Quando consumidos na área produtiva. Investimento. considerados como custo de produção por se referirem á fase de industrialização. Material Auxiliar e Material de Consumo. como o próprio nome já diz. Custo. ficando ativado o que representa Custo e Investimento. Despesas. apropriados diretamente aos produtos a que dizem respeito. na Contabilidade Geral a razão maior nesta distinção está em definir o que vai para o resultado do exercício e o que permanece ativado. Mas trata-se. No aspecto contábil os gastos são separados conforme sua natureza. Custos. Roberto Biasio . Perdas. Sendo que. de uma situação que deve ser evitada porque sempre pode haver mal-entendido em função de uma classificação mal feita ou intitulação mal dada.1 ASPECTO FINANCEIRO Sob o aspecto financeiro o custo é considerado um gasto.3 ASPECTO CONTÁBIL No aspecto contábil o custo é considerado como um gasto necessário na produção de bens ou serviços.34 Um material de pequeno valor. podem ser investimentos ou consumos. Abaixo encontramos um quadro que evidencia os três aspectos dos custos: ASPECTO FINANCEIRO ASPECTO ECONÔMICO ASPECTO CONTÁBIL INVESTIMENTOS INVESTIMENTOS GASTOS Sacrifícios financeiros que diminuem a disponibilidade ou aumentam o Passivo Exigível Aplicações em recursos para utilização futura CONSUMO Absorção de recursos em itens que são consumidos no presente Gastos ativados CUSTOS Gastos efetuados com o objetivo de obter-se um bem ou um serviço DESPESAS Gastos efetuados com o objetivo de obter-se uma receita Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. agregado aos produtos acabados e com estes baixado somente dentro do valor de custo dos produtos vendidos. 2.2. de qualquer maneira. não venha a sofrer mutação física.2.2 ASPECTO ECONÔMICO Neste aspecto é levada em consideração a forma qualitativa que o custo recebe na estrutura patrimonial. e esse valor baixado for incorporado aos custos de produção. nenhum problema maior estará ocorrendo. secundário. o custo pode originar-se de ambos. o qual faz surgir o desembolso de recursos ou o aparecimento de uma obrigação. mesmo que ele.2 ASPECTOS DOS CUSTOS INDUSTRIAIS 2. Os gastos. 2. 2. Despesas. sob o aspecto econômico.2. inclusive. pode até estar contabilizado com matéria-prima. Dr. em: Investimentos. mas se sua baixa for feita apenas quando de sua efetiva utilização. . é muito empregada para designar todos os gastos. mão de obra indireta e outros custos indiretos) DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO DESPESAS DE DISTRIBUIÇÃO DESPESAS DE ADMINISTRAÇÃO GERAL L U C R O 3.3 ELEMENTOS DE CUSTOS São vários os elementos que compõem o custo de um produto.2 COMENTÁRIOS SOBRE OS ELEMENTOS DO GASTO GLOBAL DOS PRODUTOS A seguir faremos um breve comentário sobre cada um dos elementos de custos e despesas acima evidenciados no quadro acima. então a palavra custo só deve ser empregada aos valores gastos para produzir e/ou comprar. componentes e outros materiais diretos) MÃO DE OBRA DIRETA GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO (Materiais indiretos. então essa distinção não tem muita importância. No entanto. sendo que. Embora. a palavra custo pode ser empregada para os dois gastos (custos e despesas). sejam eles para produzir ou para vender. também chamados por muitos como sendo o “custo” total dos produtos. Já para os valores gastos para vender e administrar devem ser considerados despesas e não custos. sendo que os mesmos podem ser agrupados em função do tipo de custo que desejamos apurar. que formam o gasto geral dos produtos. tecnicamente. se o tema abordado for preço de venda. a palavra custo só se refira os valos gasto para produzir e/ou compra.1 QUADRO DEMONSTRATIVO DA FORMAÇÃO DO GASTO GLOBAL (GERAL) GASTO CUSTO CUSTO DIRETO PREÇO GLOBAL DE DE VENDA CUSTO (Custos para produzir e vender) PRODUÇÃO INDIRETO MATERIAL DIRETO (Matéria-prima. Abaixo encontramos um quadro onde nos mostra a composição geral do custo de um produto. 3. ao qual somando-se o lucro desejado encontramos o preço de venda. Se o tema abordado for o valor gasto para produzir ou comprar. Da mesma forma que o fio é produto na Fiação é matéria-prima na Tecelagem. Nesse tipo de custo não há necessidade de se utilizar distribuições proporcionais. que ao mesmo tempo em que é produto da Usina de Fundição é matéria-prima da Indústria de Laminação de Aço. sendo ela em: Matéria-prima e Componentes. Roberto Biasio . mão de obra direta e gastos gerais de fabricação. ao vender o produto a terceiros. formado pelo Custo de Produção e pelas Despesas de Distribuição. É a importância a ser cobrada.1 PREÇO DE VENDA É o valor pelo qual a empresa vai vender o produto. No que concerne ao Custo de Produção. a colocação no mercado. O Custo de Produção se divide em dois grandes grupos. a apropriação é feita de maneira direta. na indústria. a)Material Direto: O material direto representa a parcela dos materiais usados no processo de fabricação que é imediatamente identificável e mensurável nos produtos produzidos.1)Matéria-prima: É o material manipulado na transformação em produto. É a coisa que passa por transformação ou beneficiamento. Os custos diretos se subdividem em dois grupos. pela empresa.3 CUSTOS DE PRODUÇÃO O Custo de Produção.3. é denominado. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.2.2. Como exemplo mencionamos o lingote de aço. O que define a matéria-prima não é a sua natureza. equivale ao custo de compra de mercadorias no comércio e. custo principal. que são: Material Direto e Mão de obra Direta. Gasto Global é. sofre uma subdivisão. componentes. mas o seu estado primitivo em relação ao objetivo da indústria. Os materiais postos no processo que não atendem a estes dois critérios são geralmente tratados como material indireto.1 Custos Diretos Custos diretos são principalmente os que incorre determinado produto. também. por isso mesmo. seja do produto ou da mercadoria. a. portanto. a sua origem está na matéria-prima. Um mesmo bem pode ser produto numa indústria e matéria-prima em outra. O material direto. origina o custo de distribuição. identificando-se como parte do respectivo custo.2. Dr. também denominado custo complementar ou comercial.36 3. que são: 3. 3. Um custo direto é aquele que pode ser especificamente atribuído a um produto. uma parte do custo indireto de fabricação.2. em ambos os casos.2 GASTO GLOBAL É o somatório dos dispêndios necessários para a produção e distribuição dos produtos fabricados pela empresa. O Custo de Produção representa tudo o que é necessário despender para se obter um produto em condições de venda. 3. seja ela especializada ou não. taxas de rateio ou critério de distribuição proporcional. etc. embora imprescindíveis à tarefa de produzir. b)Mão de obra Direta: É composta por todo o trabalho aplicado diretamente no produto ou em seus componentes. ajudando-a a atingir seus objetivos. parafusos utilizados para fixar as partes de um móvel. brocas. lote de produto. em fim qualquer peça utilizada na elaboração de um produto que não sofra nenhuma espécie de transformação por parte de quem está produzindo o referido produto. mas de natureza genérica demais para lançar-se diretamente no custo do produto. Roberto Biasio . São elementos indispensáveis. a. b)Mão de obra Indireta: É o trabalho dedicado à administração. etc.3) Outros Materiais Diretos: São materiais de pequeno valor que por conveniência da empresa são controlados e atribuídos ao custo específico de cada produto.2. aprendizado.3. almoxarifado. portanto. Como exemplo temos os suprimentos para a fábrica.2 Custos Indiretos São todos os custos que não são perfeitamente mensuráveis ou identificáveis ao produto. não se encontram diretamente identificados com um determinado produto. o salário e seus encargos sociais serão considerados mão de obra direta. Os custos indiretos são custos necessários à operação da fábrica. Quando o tempo de trabalho do o operário pode ser identificado com o produto. material para manutenção. guarda. podendo ser fixo ou variável. faxina. Dr.37 a. Nesse caso. controle de qualidade. lixas. material de limpeza. supervisão. Este elemento de custo. Exemplo: a embalagem e os cadarços de um par de sapatos.2)Componentes: São peças que são adquiridas de terceiros e que integrarão o produto sem que haja qualquer alteração em sua propriedade inicial. Como exemplos desses materiais podemos citar: pregos. Em muitas empresas esses materiais não são controlados e são considerados como materiais indiretos e apropriados aos produtos através de rateio. serão considerados como mão de obra indireta. Caracteriza-se pela participação auxiliar do processo produtivo e é ação desenvolvida em torno da fabricação. dependem do emprego de recursos para sua distribuição aos produtos. processo fabril ou centro de custos. por sua generalidade. então. mas que não se constituem no essencial. apontadores. material de segurança. considera-se como mão de obra direta o salário do empregado cuja ocupação estiver diretamente relacionada ao produto que está sendo fabricado. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. tendo ele as três classificações seguintes: a)Material Indireto: É todo o material não usado como parte imediata no produto que se fabrica. Os demais operários empregados no departamento fabril. lubrificantes para máquinas. tintas. Para efeitos práticos. é chamado de Gastos Gerais de Fabricação. preparação de máquinas. como combustíveis. material de solda etc. 3. tais como. 38 c)Outros Custos Indiretos: Compreendem todos os custos não incorridos para os produtos fabricados. 3. expedição). salários e encargos sociais dos funcionários ligados à área comercial (vendas.Despesas Comerciais São despesas relacionadas com a atividade de vendas.4 DESPESAS DE DISTRIBUIÇÃO A Despesa de Distribuição é a parcela do gasto que somada ao custo de produção compõem o gasto global. correio.2. financiamento. impostos.4. Como exemplo podemos citar: despesas efetuadas pelos departamentos de contabilidade.4.2. Dr.2 . material de expediente. O lucro tem por objetivo remunerar o investimento efetuado pelos proprietários da empresa. financeiro.5 LUCRO O lucro é a parcela correspondente a diferença entre o preço de venda e o custo global do produto. fretes e carretos para entrega dos produtos vendidos. seguros.1 . A Despesa de Distribuição pode ser dividido em: Despesas Comerciais e Despesas de Administração Geral. telefone. 3. Portanto. mas para o benefício geral de toda a fábrica ou parte dela. doações e contribuições. jurídico. 3. etc. Pode ser elas relacionadas com salários. recursos humanos. Entre tais custos temos: luz e força. É através do lucro que a empresa consegue efetuar novos investimentos. São despesas ligadas ao controle. água.Despesas de Administração Geral São as despesas que ocorrem de forma a atender objetivos genéricos da empresa. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. etc. telefone. 3. brindes.2. a despesa de distribuição é composta pelas despesas que não fazem parte do processo de produção. Entre elas podemos citar: comissões a representantes. pesquisa de mercado. mas são indispensáveis para a empresa atingir seus objetivos. encargos com salários. Roberto Biasio . depreciação.2. financiamento. investimento dos recursos da empresa. propaganda e promoções. etc. 1. etc.1.1. Este custo.4 .2 CUSTOS COM O CAPITAL UTILIZADO É o custo proveniente do investimento efetuado pela empresa (sócios).5 DESPESAS (“CUSTOS”) FINANCEIRAS São gastos provenientes da alocação de capitais de terceiros.3 Custos com Materiais É o custo despendido na aquisição de materiais (matérias-primas. equipamentos. juros pagos a fornecedores.1.1 QUANTO A ORIGEM GERAL 4. taxas e contribuições. despesas com a cobrança de duplicatas provenientes de vendas a prazo. podendo ser despesas com financiamentos junto a bancos. materiais de consumo. por atraso. entre eles os quais se destacam os seguintes: 4. 4. 4. é representado pelo valor que a pessoa que aplicou o dinheiro na atividade produtiva deixou de ganhar em outra atividade. produtos intermediários.) necessários à atividade. . etc.1 CUSTOS COM O TRABALHO HUMANO É o custo despendido para compensar o esforço humano com o intuito de atingir os objetivos da empresa.4 DESPESAS (“CUSTOS”) TRIBUTÁRIAS Representam os gastos com o pagamento de impostos.CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Os custos de produção classificam-se por vários aspectos.1. 4. normalmente. 4. o custo. ou seja. 4. pois o custo ocorreu de forma a atender uma necessidade do próprio produto. 4. material direto e gastos gerais de fabricação). energia elétrica. financiamento e investimentos dos recursos detidos pela empresa.1 CUSTOS DO PRODUTO Teremos o produto como agente consumidor.2. Entre eles podemos citar: aluguéis.3. quando o custo é identificado diretamente ao produto.1 CUSTOS DE FABRICAÇÃO São os custos despendidos na produção do produto (mão de obra. quando ele estiver relacionado com divisões. 4.2 CUSTOS DOS DEPARTAMENTOS O custo tem como agente consumidor o departamento. tendo por objetivo: controle. mas o tenha sido realizado em seu benefício.2.2.3 CUSTOS DAS DIVISÕES Terá como agente consumidor às divisões. quando os custos forem atribuídos por divisões de produtos ou segmentos de mercados. Dr. tenha sido efetuado por outrem. 4.1. Neste caso é considerado o produto como agente consumidor. telefone etc. 4. quanto é identificado o departamento que efetuou o referido custo. Aqui o custo ocorre em função de atender necessidade de um departamento. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Roberto Biasio .4 CUSTOS DOS CENTROS DE CUSTOS Neste caso o agente consumidor é considerado o centro de custo que absorveu o custo. Aqui o custo está diretamente relacionado ao centro de custo que o efetuou ou indiretamente. 4.40 4.2 QUANTO AO AGENTE CONSUMIDOR 4.2 DESPESAS DE ADMINISTRAÇÃO São os gastos efetuados em áreas ligadas à administração geral.3 QUANTO AS SUAS FUNÇÕES 4.2.6 OUTROS CUSTOS E DESPESAS São os gastos gerados para produzir e/ou vender que não estão classificados nos títulos anteriores.3. Roberto Biasio . de pessoal de manutenção.3 DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO São os custos efetuados para a realização das vendas dos produtos fabricados.3. Custos diretos são aqueles que podem ser diretamente apropriados a cada tipo de bem ou órgão. isto é.4 QUANTO A FORMA DE APROPRIAÇÃO 4. no momento de sua ocorrência.2 CUSTOS INDIRETOS São todos os custos que não são perfeitamente mensuráveis ou identificáveis ao produto. podemos citar: a mão de obra do operador de máquina. portanto. denominado rateio. 4. Como exemplo. de chefe de setor. Estes custos podem ser divididos em: 4. 4.41 4. e. não há necessidade de se utilizar distribuições proporcionais.1 Mão de obra Direta: Os custos com a mão de obra direta são aqueles provenientes da utilização de mão de obra empregada diretamente na transformação do produto. 4. Tal separação é efetuada através de um critério especial. estão ligados diretamente a cada tipo de bem ou função de custo.5. Custos estes representados pelos salários.1 CUSTOS DIRETOS São todos os perfeitamente mensuráveis e identificáveis com o produto. a apropriação é feita de maneira direta.5. Custos indiretos são os custos comuns a muitos tipos diferentes de bens. encargos sociais e outros custos ligados com a mão de obra.2 Mão de obra Indireta: Os custos com a mão de obra indireta são aqueles oriundos da utilização de mão de obra que não tenha atuação direta no produto.1 CUSTOS COM MÃO DE OBRA São os custos envolvidos com a mão de obra utilizada dentro da empresa.5 QUANTO A SUA ESPÉCIE 4.1. dependem do emprego de recursos para sua distribuição aos produtos.5. sem que se possa separar a parcela referente a cada um.1. podemos citar: mão de obra de gerente de produção. no momento de sua ocorrência.4. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. 4.4. etc. Como exemplo. 5.4 OUTROS GASTOS DE FABRICAÇÃO São os demais gastos dependidos para produzir e que não fazem parte dos grupos acima: Exemplo: energia elétrica.3 CUSTOS COM SERVIÇOS Os custos com serviços são os custos representados pela aquisição de serviços fora da empresa.2. 4. 4. Serviços estes relacionados com a elaboração de operações nos produtos ou partes destes.2.2. são classificados como materiais indiretos. 4. material de limpeza.5.2.2. etc. mas que não se agrega ao produto.5.5. telefone etc. o saco para a farinha etc. Exemplo: vassouras. parafusos. brocas.2. exatamente por sua irrelevância em termos econômicos.6 Material de Consumo: Material de consumo é o material utilizado nas atividades secundárias e auxiliares da produção. não tendo relação direta com o produto. 4. material de segurança. 4.42 4. 4. mas que não sofre transformação durante o processo de produção. lubrificantes. aluguel.2 Componentes Diretos: Os componentes diretos são representados por todo o material que é parte integrante do produto.5. ou então pela dificuldade em se efetuar essa perfeita identificação. etc. é o material que se desgasta durante o processo produtivo.5 Material Auxiliar de Produção O material secundário. e muitas vezes por ambas as hipóteses. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. rebolos.5. Exemplo: a garrafa para o vinho.5.5. Roberto Biasio . pregos etc.2 CUSTOS COM MATERIAIS Estes custos são representados pelos gastos na compra de insumos necessários à atividade empresarial e podem ser divididos em: 4. Exemplo: lixas. Exemplo: tintas. Dr. também conhecido por material auxiliar. mas.5.4 Material Secundário: São materiais que são fisicamente acoplados de forma direta ao produto. em equipamentos da empresa.1 Matéria-prima: Matéria-prima é todo o material que é parte integrante do produto e que sofre transformação durante o processo produtivo. 4. ou ainda.3 Materiais de Embalagem Os materiais de embalagem são os materiais utilizados para acondicionar os produtos que são fabricados. 1 CUSTOS FIXOS São aqueles. Se cresce o volume produzido. compra de matéria-prima. constante e regressivo. Dr. ou seja.7.1 Custo Variável Progressivo: O progressivo é o custo variável cuja variação ocorre em proporções maiores que a variação do volume de atividade. se diminui o volume produzido. Roberto Biasio . permanecem constantes não se alterando com as modificações da quantidade produzida.7 QUANTO O GRAU DE VARIAÇÃO RELATIVAMENTE ÀS QUANTIDADES PRODUZIDAS 4. no entanto. São também conhecidos como Custos de Estrutura. do tipo e do tamanho de uma empresa e de suas instalações industriais. Exemplo: depreciação. isto é. da variação da quantidade produzida no período. aqueles cuja origem é conseqüência do funcionamento normal da empresa.43 4. etc. São aqueles custos que.6. dentro de uma determinada escala de produção. apesar da variação do nível de atividade da empresa. 4. quanto menor o volume de atividade no período.6 QUANTO A SUA POSIÇÃO NA CONTABILIDADE FINANCEIRA 4. São também conhecidos como Custos de Atividade.6. São todos os custos representados por saída efetiva de numerários.2.2 CUSTOS CALCULÁTORIOS São os custos que não exigem desembolso de numerários. Quanto maior o volume de atividade no período. conseqüentemente. Exemplo: pagamento de salários. São aqueles custos que acompanham o crescimento do volume de produção na mesma proporção ou com a mesma intensidade. o custo cresce proporcionalmente mais. Os custos variáveis apresentam-se subdivididos em: progressivo. mas que. o custo diminui proporcionalmente mais. maior será o custo variável e. Este custo pode ser explicado pela mão de obra direta Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. correspondem a insumos legítimos derivados das operações da empresa.7. São os custos que variam em função da variação do volume de atividade. menor será o custo variável. cujo montante global permanece inalterado. 4.7.1 CUSTOS DESEMBOLSADOS São os custos que após sua decisão significam desembolso de caixa. 4.2 CUSTOS VARIÁVEIS São todos os custos que variam em seu montante global em função da variação do nível de atividade da empresa. 4. pois são decorrentes da natureza. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.7. 4. o custo diminui na mesma proporção. Roberto Biasio . Dr. Os custos mistos são aqueles que possuem. o custo cresce em proporção maior.44 trabalhando em recintos pequenos cujo acréscimo de pessoal provoca decréscimo de produtividade por saturação do local. o prestador de serviços possui seus custos fixos de preparação do equipamento para efetuar os serviços encomendados e estes devem ser rateados em cima da produção. estudados neste capítulo. Este custo pode ser explicado por consumo de matéria-prima. se diminui o volume produzido. e não pode ser eliminado quando não há produção é conhecido como um custo misto ou custo semivariável.2. Quanto maior for o lote de peças encomendadas.7. já a parte variável é paga em função do volume consumido.2 Custo Variável Constante: O constante é o custo variável cuja variação ocorre na mesma proporção da variação do volume de atividade. Conseqüentemente. Assim. sendo que a parte fixa é paga independentemente do volume de energia consumida. o custo diminui proporcionalmente menos. Se cresce o volume produzido.3 Custo Variável Regressivo: O regressivo é o custo variável cuja variação é proporcionalmente menor em relação à variação do volume de atividade. 4. visto que. Se cresce o volume produzido.7. uma vez que. Um exemplo deste custo são os serviços contratados junto a terceiros.3 CUSTOS MISTOS São custos que não variam proporcionalmente com o número de unidades produzidas nem permanecem inalterados. dificultando a execução das tarefas. Portanto. Um custo cujo total inclina-se a variar (mas não proporcionalmente) com o número de unidades produzidas.7. o custo cresce em proporções menores: se diminui o volume produzido. a tendência de o preço de venda unitário diminuir na medida que o volume de encomenda aumentar. porém este não subirá na mesma proporção das quantidades encomendadas. Outro exemplo é o aluguel de uma copiadora em que o valor é fixo até determinado número de cópias e. para cada unidade acrescida no volume produzido o custo apresenta um acréscimo constante. eles mostram uma tendência ascendente quando aumenta o número de unidades produzidas. no seu total uma parcela fixa e outra parcela variável. Ao invés disso.4 GRÁFICO DA EVOLUÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE CUSTOS A seguir encontramos um gráfico onde está representada a evolução dos diferentes tipos de custos. menor será a parcela de custos fixos a ser atribuída aos preços. isto é. Um dos exemplos dos custos mistos é o consumo de energia elétrica que possui uma parte fixa (demanda) e outra variável (consumo medido por quilowatt-hora). a partir desse número passa a variar em função do número de cópias tiradas. Isto ocorre. o custo cresce na mesma proporção. o valor unitário tenderá a ser menor à medida que o lote aumenta.2. quanto maior a produção. 4. apesar de a produção crescer. 4. maior será o custo total. Dr. Roberto Biasio .45 Gráfico da Evolução dos Diferentes Tipos de Custos 10 (1) (2) 9 Valores 8 (3) 7 expressos 5 (4) 4 em 3 2 R$ (5) 1 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Nível de Atividade (Quantidade Produzida) 9 10 (1) Custo Variável Progressivo (2) Custo Variável Constante (3) Custo Variável Regressivo (4) Custo Misto (5) Custo Fixo Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. entre elas. Os sistemas de custeio podem ter várias classificações. cujo valor se deseja conhecer. são os principais fatores determinantes do sistema de apuração de custos mais adequado para ser utilizado. 5. podemos citar as seguintes: 5.1 CUSTOS POR PRODUTO Este sistema é usado nas empresas que produzem diferentes tipos de bens independentemente de encomenda do cliente.1. os custos indiretos. tendo por base a apropriação de cada ordem de produção e. apropriando-se os custos diretos e rateando-se no final do período. bem como o tipo de produto final oferecido ao cliente. O sistema por encomenda é o método que computa o custo. pois o produto pode ter existência física ou ser simplesmente um serviço. Este sistema é conhecido também pelo nome de sistema por encomenda. comercializada. É necessário que todas as unidades do mesmo tipo sejam padronizadas para que a determinação do custo unitário seja igual para cada uma das unidades.5 SISTEMAS DE CUSTEIO Sistemas de custeio são os métodos utilizados para proceder à alocação ao produto dos custos a ele relacionados.1 QUANTO A FORMA DE APURAÇÃO A apuração de custos consiste na acumulação do custo em cada tipo de unidade ou função de custo. A acumulação de custo é feita sobre cada tipo diferente de produto. isto é.1. o custo de um determinado período de fabricação é a soma das ordens deste mesmo período. a produção é inicialmente destinada para estoque e. 5. cada ordem de produção emanada de cliente é considerada uma encomenda particular e ganha um número. conseqüentemente. emitidas pela Seção de Fabricação. Normalmente são produtos padronizados e produzidos em grandes quantidades e em linha específica para cada produto. posteriormente. assim que o pedido é recebido. Sob o sistema por ordem de produção. segundo ordens específicas de produção.2 CUSTOS POR ORDEM DE PRODUÇÃO (POR ENCOMENDA) O sistema de custo por ordem de produção é um sistema no qual cada elemento do custo é acumulado separadamente. O sistema de produção e o de comercialização dos produtos de uma empresa. Geralmente os produtos a serem fabricados em cada encomenda . para determinada quantidade de produto a ser produzido. quando se tratar de um bem tangível que se transformará. Em outras palavras. Neste sistema. Roberto Biasio . durante certo período de tempo. a apuração de custos por ordem de serviço pode ter custo de materiais. diferentemente do sistema por ordem de produção em que os custos são acumulados em cada ordem. Cada centro de custo é identificado como um processo específico. 5. cada uma. geralmente. Por este sistema. de produtos farmacêuticos. ou seja. A ordem de fabricação ou requisição encerra-se quando for completada a quantidade produzida. pelas unidades produzidas no mesmo período. em conseqüência. etc. especificada na mesma. os paralelos e os seletivos. Este sistema permite que a empresa relacione a renda obtida numa ordem de produção com os custos realizados para a produção. 5. A produção é realizada em diversos centros de custos. independentemente dos órgãos de produção pelos quais seja necessário passar até chegar à fase final de fabricação. Existem vários tipos de produção por processo. é aplicado com resultados positivos em indústrias de petróleo. cuja principal diferença é o fornecimento do material pelo cliente. separadamente. determinado por centro de custo. As ordens de produção são emitidas para o início da execução do serviço. Dr.4 CUSTOS POR PROCESSO O custeamento por processo destina-se a acumular os custos numa empresa em que a fabricação se caracteriza por produtos padronizados. são controlados numa ficha de controle ou na própria requisição em que se pede a elaboração do produto. A determinação do custo unitário por produto sai da divisão do somatório dos valores gastos pela quantidade produzida. atribuindo-se ao quociente o custo médio unitário.1. podem ser acumulados os valores dos materiais cuja aplicação seja necessário. os custos são acumulados por centros produtivos ou centros de custos. porém.1. Portanto. Este método consiste na divisão do custo do período pelas unidades produzidas. o custo unitário é determinado através da divisão do total de custos acumulados num processo. e o custo unitário. Tal sistema. Além do serviço. e os mais distintos são os seqüenciais. produção contínua e demanda constante. não sofrem transformações e são simplesmente aplicados no lugar de outros defeituosos. dar-se-á essa autorização pela emissão de uma ordem de produção. quantidades equivalentes de material.47 têm características especiais que os diferenciam prontamente de todas as outras encomendas do departamento de produção. adotado quando os produtos não podem ser identificados no processo produtivo. Através desse sistema. devidamente autorizado. que recebem. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. de lâmpadas. sempre em igualdade de condições à quantidade constante no pedido do cliente. Essa ficha de controle é emitida.3 CUSTOS POR ORDEM DE SERVIÇOS Tem as mesmas características do sistema anterior. nesse mesmo processo. produção de unidades padronizadas. resultando em unidades idênticas produzidas em massa. mão de obra e custos indiretos. Caracteriza-se pelo fornecimento apenas do serviço e. Os custos. os valores oriundos do consumo e de outros gastos são registrados numa ficha controle. a acumulação dos custos é feita em cada ordem de serviço diferente. nenhum trabalho poderá ser iniciado sem que ele seja. 5. utilizando matéria-prima inicial ou mais de uma. 5. e só os de produção. óleo diesel. todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos. sem que todos os produtos passem. gás.2 Custo por Processo Paralelo: No tipo paralelo.1.48 5. O uso do custo standard ou padrão não requer a existência de um sistema contábil. 5.1 CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL É o sistema de custos onde só são alocados aos produtos os custos variáveis. mas só parte entra no forno para torrar. uma vez que um sistema de custo real ou atual poderá ser a base desse Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. de bebidas. Pertencem a este tipo as indústrias que. 5. vários produtos diferentes. custos variáveis. É o tipo usado nas indústrias de cimento. durante o processo.4. etc. tendo em vista a existência de mercado tanto para a castanha torrada como para a castanha apenas descascada. necessariamente.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL É um sistema de apuração de custos que consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados.2 QUANTO A FORMA DE ALOCAÇÃO 5. óleo combustível. por todas as fases. como conseqüência. já os custos indiretos são atribuídos aos produtos através de rateio (critérios de proporcionalidades).1 Custo por Processo Seqüencial: No tipo seqüencial. 5. que entra em processamento uma matéria-prima (petróleo) e saem simultaneamente os vários produtos (gasolina. o produto é continuamente transferido de um processo para o outro. indo diretamente para o resultado.). formal.1. asfalto. para os estoques só vão.2.1.3 Custo por Processo Seletivo: No tipo seletivo. É o caso da indústria de destilação de petróleo. É o caso da indústria de beneficiamento de castanhas em que toda a matéria-prima entra em processamento (pré-aquecimento.2.4. remoção da casca). mais de um produto é elaborado através de uma ou de mais de uma fase de processos independentes. obtêm.3 CUSTEIO PADRÃO OU STANDARD Esse sistema de custo também é conhecido como custo orçado ou estimado.2. até o último. Os custos diretos são alocados de forma direta (são identificados os produtos causadores dos custos). Roberto Biasio . quando o produto é considerado produto acabado e transferido para o depósito. que podem ser operados simultaneamente ou não.4. de açúcar. existem fases para vários produtos. ficando os custos fixos separados e considerados como despesas do período. de medicamentos e outras. Dr. tempo. compostos pelo custo das atividades utilizadas para produzir os produtos (apropriados aos produtos através do uso dos direcionadores de custos identificados a cada atividade utilizada). bem como a utilização de experiência anterior para formalizar a definição desse tipo de custo. os produtos consumem atividades. para determinar o valor de inventário e como base de orçamento. embalagem. onde se refletirá o material que vai ser consumido. ou seja.3 QUANTO A CLASSE DOS VALORES EMPREGADOS 5.3. Contudo.). componentes. Roberto Biasio .4 CUSTEIO ABC (CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES) ABC – Custo Baseado em Atividades (Activity-Based Costing) é o sistema de custo que tem por objetivo determinar o custo de cada atividade e para isso se utiliza de direcionadores de custo (cost driver) para alocar os custos indiretos ligados às atividades que os consumem. sendo assim.49 sistema de custo. para medir a eficiência da produção. Dr. onde serão explanados em tópicos individuais. exigirse-á um estudo especializado. o custo-padrão ou standard pode ser aplicado: como base para estabelecer preços de vendas. é determinado pela soma dos custos diretos (apropriados diretamente aos produtos consumidores) e indiretos. serão objeto de uma apreciação mais detalhada e profunda em capítulos posteriores.1 COM BASE EM VALORES HISTÓRICOS Com base neste sistema os custos são apurados pelos valores históricos. Através do custo-padrão ou standard poder-se-á. ficando os demais custos separados e considerados como despesas do período. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Portanto. quanto à forma de alocação. com antecedência. O sistema contábil tem seu papel fundamental no momento do confronto do custo-padrão (orçado) com o custo efetivo (realizado). mão de obra e outros custos que se esperam ser necessários para a elaboração do produto ou serviço.2. Pelo ABC quem gera custos não são os produtos e sim as atividades. Conseqüentemente. Os três sistemas de custeio aqui vistos. O custo do produto. 5. por esse sistema. pelas importâncias que a empresa desembolsou no momento de sua realização. determinar o custo-base de cada peça a ser produzida na empresa. esse tipo de custo é um sistema fundamentado na predeterminação das operações.5 TEORIA DAS RESTRIÇÕES – TOC Custeio TOC (Teoria das Restrições) é o sistema de custos onde só são alocados aos produtos os materiais diretos. 5. sendo que. podemos dizer que os custos históricos correspondem aos valores de aquisição.2. Os únicos custos que devem compor o custo do produto são os materiais diretos utilizados na fabricação (matéria-prima. 5. etc. 3 COM BASE EM VALORES PADRÕES A determinação do custo de um produto utilizando-se o sistema com base em valores padrões é efetuada através da obtenção de custos predeterminados. de apropriação de custos dos produtos e/ou mercadorias ao Resultado) dependendo do item a ser avaliado e do método de controle utilizado pela empresa. Os valores dos gastos necessários á fabricação de um determinado produto são valorados através de estimativas de custos (custos predeterminados) levando-se em conta o conhecimento e a experiência. devido à utilização do custeio padrão. o custo do produto fabricado é determinado levandose em consideração os gastos necessários para sua produção.3. avaliados a valores de reposição (mercado). são as seguintes: Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. procedesse à apropriação desses custos aos produtos. Neste método de custeio. As possíveis diferenças que surgirem entre os custos predeterminados e os reais. Os cálculos têm dois objetivos: o custo de cada seção ou centro de custo (secundário) e o custo do produto (principal). juntamente com os demais itens de custo considerados. Dr. As formas de avaliação de estoque estão estabelecidas no art. 5.1 NÃO SECCIONAL Quando a apropriação é feita diretamente aos produtos. exclusivamente. 185 do Regulamento do Imposto de Renda e. entre os produtos fabricados.4.5 QUANTO A LEGISLAÇÃO FISCAL BRASILEIRA A legislação fiscal brasileira estabelece formas alternativas de avaliação de estoques (conseqüentemente. 5. Neste sistema não importa quanto custou um determinado gasto e sim quanto ele está custando atualmente. estaremos trabalhando com os custos avaliados sempre a valores de mercado.50 5. 5.4 QUANTO AO SISTEMA DE APROPRIAÇÃO 5. 5. posteriormente. através de rateios. Estes custos passam a ser padrões e servem para determinar o custo de todas a unidades produzidas de um mesmo produto. deverão ser distribuídas.2 COM BASE EM VALORES DE REPOSIÇÃO Quando for utilizado o sistema de custeio com base em valores de reposição.3. 14 do Decreto-lei 1598/77 e no art. O objetivo dos cálculos é o produto. Estes dois sistemas serão vistos com maior profundidade no capítulo que trata da Apropriação dos Custos. Roberto Biasio .4. após.2 SECCIONAL Quando a apropriação do custo do processo e de uma parcela do custo complementar é feita aos centros de custos e. 56% do maior preço de venda no período base). etc. mas todos os itens.5.5. c)Avaliação com base no preço de venda.5. subtraída a margem de lucro. ou b)80% do valor dos produtos acabados.3.5.3. subtraída a margem de lucro. determinados através dos 70% do maior preço de venda no período base (ou seja. Desde que não resulte em valor inferior àquele que seria obtido através da avaliação pelos critérios "a" e "b". 5.5.51 5.2 Para Quem Não Possua Contabilidade de Custos Integrada e Coordenada á Contabilidade Geral: a)70% do maior preço de venda no período base.5. c)Avaliação com base no preço de venda. em estoque. sejam eles matéria prima.2.2 Para Quem Não Possua Inventário Permanente: a)Segundo o inventário físico. sendo este avaliado aos últimos custos de aquisição. 5.5. adquiridas no período base (matérias-primas já incorporadas ao produto a ser avaliado).3 AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES DE PRODUTOS ACABADOS 5. ou b)Pelo custo das aquisições mais recentes (PEPS). 5.2 AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO 5. ou b)Pelo custo médio das produções mais recentes (PEPS).2 Para Quem Não Possua Contabilidade de Custos Integrada e Coordenada à Contabilidade Geral: a)Uma vez e meia o maior custo das matérias-primas. 5. 5.1 Para Quem Possua Inventário Permanente: a)Pelo custo médio ponderado. material de consumo. Desde que não resulte em valor inferior àquele que seria obtido através da avaliação pelos critérios "a" e "b". Dr. adquiridos de terceiros.1.5.1. embalagem. 5. material secundário. Roberto Biasio .5. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.2. não apenas a matéria-prima. componentes.1 Para Quem Possua Contabilidade de Custos Integrada e Coordenada à Contabilidade Geral: a)Pelo custo médio ponderado de produção.1 Para Quem Possua Contabilidade de Custos Integrada e Coordenada à Contabilidade Geral: a)Pelo custo médio ponderado de produção.1 AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES DE MATÉRIA-PRIMA Observação: Enquadra-se nesta sistemática. ou b)Pelo custo das produções mais recentes (PEPS). 1 CONCEITO DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO Departamentalização significa dividir a empresa em segmentos chamados de centros de custos aos quais se debitam os gastos não identificáveis com o produto.2 OBJETIVOS DA DEPARTAMENTALIZAÇÃO Vários são os objetivos que se departamentalização. entre eles podemos citar: procura alcançar através da 1)Dividir a empresa em áreas administrativas (centros de custos). localizadas numa ou em diferentes áreas da empresa (departamentos). ou seja. objetivando alocar em cada um deles os seus respectivos recursos produtivos (máquinas. eficácia). 6. visando apurar diversos parâmetros de desempenho por centro (custos. equipamentos. pode ocorrer a constituição de um Centro de Custo. representada por homens e máquinas (na maioria dos casos) desenvolvendo atividades homogêneas.1. pessoas etc) e gastos por eles provocados. 2)Descentralizar a administração.1 DEPARTAMENTALIZAÇÃO 6. possibilitando entre outras coisas calcular o custo das atividades produtivas. Na maioria das vezes um Departamento é um Centro de Custos. baseado na reunião de atividades semelhantes entre si. nele são acumulados os Custos Indiretos para posterior alocação aos produtos (Departamentos de Produção) ou a outros Departamentos (Departamentos de Serviços).1. dos produtos fabricados e avaliar a gestão administrativa do responsável de cada centro de custo. Departamentalização é a divisão da empresa em centros de custos. atribuindo autonomia e responsabilidade ao responsável de cada centro e ao mesmo tempo ter condições de avaliar a sua gestão. 6. eficiência. Diz-se unidade mínima administrativa porque sempre há um responsável para cada Departamento ou pelo menos deveria haver. ou ainda.6 DEPARTAMENTALIZAÇÃO Departamento é a unidade mínima administrativa para a Contabilidade de Custos. resultado. tempo de produção produtividade. . Em outras situações podem existir diversos Centros de Custos dentro de um mesmo Departamento. 4)Registrar.53 3)Possibilitar o controle de bens patrimoniais e atividades utilizadas por cada centro de custo. seguindo-se o critério da causação. sendo assim. 4)Cadastrar as atividades identificando-se qual o centro de custo que vai realiza-la. levantar. 2)Fazer o mapeamento. Os gastos gerais de fabricação podem relacionar-se diretamente com a fábrica como um todo. 3)Alocar os recursos produtivos (máquinas. usar um critério que tenha relação com a causa que gerou cada custo respectivo. 6. para facilitar a alocação de custos nos respectivos centros consumidores. 6. 5)Eliminar o maior número possível de custos indiretos. Roberto Biasio . pessoas etc) em cada centro de custo respectivo. com departamento de serviços ou com departamentos de produção. Deve-se observar que atividades e equipamentos diferentes devem estar em centros diferentes. 8)Possibilitar responsabilizar as áreas por seus custos específicos. Dr. Centros de Custos são estruturações instituídas. 7)Possibilitar calcular o custo da atividade prestada por cada centro de custo. e os que não forem possíveis. 9)Permitir a adoção de taxas departamentais diferenciadas. equipamento. controlar. 6)Apurar o custo de cada centro de custo. Os gastos gerais da fábrica incluem todos os custos relacionados com a fábrica como um todo. espécie por espécie.2 CENTRO DE CUSTO É a unidade de controle em que debitamos exatamente os custos ocorridos num determinado período. 12)Calcular o custo e o preço de venda dos produtos produzidos de forma mais adequada. 5)Alocar os custos em cada centro de custos. 6)Distribuir os custos dos centros de custos auxiliares aos centros que utilizaram suas atividades. que praticamente subdividem as várias dependências de um patrimônio em centros de custos. codificação. cadastro e identificação de todos os centros de custos.3 ETAPAS DA DEPARTAMENTALIZAÇÃO 1)Dividir a empresa em áreas geográficas. analisar e avaliar os custos e/ou resultados por centro de responsabilidade. 7)Distribuir os custos dos centos produtivos (incluindo-se os custos recebidos dos centros auxiliares) aos produtos fabricados. A departamentalização dos gastos gerais de fabricação permite um controle mais detalhado dos custos de fabricação e também uma determinação mais precisa do custo dos serviços e produtos. é preciso que sejam distribuídos entre os departamentos que a compõem. 11)Constituir uma base para melhor controle de custos. 10)Permitir melhor determinação de custos dos produtos. Devendo-se alocar o maior número possível de gastos de forma direta. As Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.1. O controle mais íntimo é possível porque a departamentalização implica responsabilidade de um chefe ou supervisor. Eis as principais razões que dificultam a apropriação dos custos indiretos aos produtos e que recomendam. Entre esses. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Um centro de custo. c)Participação diferenciada dos diferentes produtos na utilização dos custos de cada setor. O critério da unidade de responsabilidade diz respeito à possibilidade de junção de atividades de um mesmo nível hierárquico sob um mesmo Centro de Custo. A delimitação dos Centros de Custos deve ser orientada não apenas pelas características já apresentadas. b)Fluxos operacionais diferentes para vários produtos. a)Produção de diferentes produtos e em diferentes quantidades. em certos casos. Dr. sua departamentalização. inicialmente. Existem custos que necessitam de métodos especiais de rateios e por esta razão os custos assim identificados. ou seja. devem ser reunidas sob um mesmo Centro de Custo as atividades ou máquinas semelhantes. cabe citar. Pelo critério da homogeneidade funcional. Roberto Biasio . podem formar um centro de custo independente.54 despesas originadas em um departamento são identificadas com a pessoa responsável. a função de cada departamento e a responsabilidade de cada gerente ou feitor. A departamentalização se faz necessária sempre que encontramos dificuldades na apropriação dos custos indiretos. 7)Segregação básica dos diferentes processos de produção. os centros de custos são formados de forma a facilitar os cálculos e rateios dos referidos custos. mas também por critérios técnicos. Os custos dos departamentos de serviços. a unidade de responsabilidade e as técnicas de cálculo dos custos. tais como escritório da fábrica. etc. departamento de manutenção. 8)Asseguração do fluxo uniforme da produção. a homogeneidade funcional. A similaridade é encontrada em vários aspectos: operações. Na determinação dos departamentos ou centros de custos as seguintes considerações devem ser lembradas: 1)A estrutura organizacional da fábrica. pode ser um departamento. são os que podem ser relacionados com a operação desses departamentos. parte de um departamento ou a combinação de diversos departamentos. por outro lado. 4)Determinação das bases de medida do volume de produção e os pontos de pagamento da mão de obra. No critério em que são levadas em consideração as técnicas de cálculo de custos. 9)Estabelecimento das linhas de responsabilidades para um controle físico da produção. portanto. custos e a própria localização física. 3)Serviços prestados por cada departamento de serviço e a base de alocação aos departamentos diretos ou centros de custos. 2)Variedade do equipamento e método de fabricação. 6)Grau de exatidão requerido na aplicação dos gastos ao custo dos produtos. como já afirmamos anteriormente. é onde se processa a transformação do material em produto. Setor de Energia. Manutenção Industrial. promovem uma assistência constante e ininterrupta à produção. porém. ou seja.Os centros de custos são normalmente classificados nos seguintes grupos: Auxiliares. São os que.1 CENTROS DE CUSTOS AUXILIARES São considerados como centros de custos auxiliares os centros de apoio da empresa que não executam as operações nos produtos diretamente.3 CLASSIFICAÇÃO DOS CENTROS DE CUSTOS Centro de custos é a menor fração de atividade ou área de responsabilidade para a qual é feita a acumulação de custos. também conhecidos como centros fabris. Sua função consiste em atender às necessidades dos departamentos de produção ou de outros departamentos de serviços. São centros de custos de apoio à produção. Um método de adicionar estes custos ao custo do produto é inclui-los no trabalho executado nos centros de produção. Como os centros produtivos recebem os benefícios executados pelos centros Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Produtivos e Administrativos. mesmo que elas sejam realizadas por um departamento em comum. Dessa forma o produto recebe o benefício do trabalho executado pelo centro de custo auxiliar.3. pela distribuição dos custos do centro auxiliar pelos de produção. 6. Centros de custos produtivos são todos os centros de custos destinados á produção de bens e serviços que serão comercializados pela empresa. Sua função é servir aos centros de custos produtivos.3. mas através do qual o produto não passa. Já que tal centro recebe o benefício do trabalho executado pelos centros auxiliares. Dr. na elaboração dos produtos ou dos serviços. etc. isto é não se faz trabalho algum no produto. Centros de custos produtivos são os centros que atuam diretamente na fabricação dos produtos. São os centros de custos destinados à produção de bens e serviços sem finalidade comercial. em torno dos centros produtivos. mas que dão sustentação aos setores dedicados à produção. não trabalhando. Centros de Custos podem coincidir com Departamentos. Um centro de custo auxiliar é essencial ao funcionamento da organização. em alguma base de apropriação. 6. Um centro de produção é aquele em que as unidades processadas são transformadas fisicamente. o produto deve suportar seu quinhão dos custos dos centros auxiliares. Por conseguinte. como um centro de custo pode ser formado por mais de um departamento. São exemplos de centros de custos auxiliares: Almoxarifados. o custo total de produção deve incluir não somente os custos diretos dos centros de produção como também uma participação do custo operacional dos centros auxiliares. É recomendável que atividades com custos diferentes sejam executadas por centros de custos diferentes. mas em alguns casos um departamento pode conter vários centros de custos. Os centros de custos auxiliares correspondem à parte especial da organização.55 6. transformando fisicamente as unidades em processamento. Roberto Biasio .2 CENTROS DE CUSTOS PRODUTIVOS São os centros destinados ao processamento dos produtos. Compras. Como exemplo podemos citar: Assistência Médica. Este método exige duas fases de distribuição. 6. Beneficiamento. Dr.3. Deve-se estabelecer uma ordem hierárquica de distribuição dos custos. Logo.2 MÉTODO DE DISTRIBUIÇÃO SEQÜENCIAL OU MÉTODO PASSO A PASSO Quando os custos dos centos de serviços são distribuídos regressivamente para outros centros auxiliares e/ou de produção. entre si. Atividades que não possuem nenhuma relação com a atividade produtiva. etc.3 MÉTODO DE DISTRIBUIÇÃO ALGÉBRICA Quando considera o fato de que alguns centros de serviços não só prestam serviços para.4 MÉTODO DE ALOCAÇÃO DOS CUSTOS DOS CENTROS AUXILIARES AOS PRODUTIVOS 6. Só os centros produtivos recebem custos dos auxiliares.4. Contadoria Geral. Tornos. etc.4. Na primeira.56 auxiliares. aos produtivos e aos auxiliares. 6. 6. Os centros de custos administrativos correspondem aos centros (departamentos) que executam atividades administrativas. indistintamente. 6. o valor recebido de outros centros de custos deve ser distribuído seguindo-se o critério de rateio estabelecido pelo método de distribuição seqüencial. sendo que depois ocorre uma nova distribuição aos centros produtivos relativo aos centros de custos de serviços que receberam custos. mas também podem receber serviços de outros centros de serviços.3 CENTROS DE CUSTOS ADMINISTRATIVOS São todos os centros de custos que reúnem às atividades de ordem administrativa da empresa. os custos destes últimos devem ser também incorporados à produção. São comuns a todos.1 MÉTODO DE DISTRIBUIÇÃO DIRETA Quando ocorre uma distribuição dos custos dos centros auxiliares diretamente para os centros de produção. Este método reconhece o inter-relacionamento dos centros de serviços. Como exemplo de centros de custos produtivos podemos citar: Corte. Roberto Biasio . prestam serviços. todo o centro distribui seus custos para os demais centros que utilizaram suas atividades e também recebe custos de outros centros pelo uso de atividades .4. o custo de produção será a soma dos custos dos centros de produção e dos centros auxiliares. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Pessoal. Na segunda. Tesouraria. Polimento. porém. desta forma. 6. o gestor responde pelas receitas e pelos custos identificados com a área sob sua responsabilidade. o desempenho dos gestores nas suas áreas de responsabilidade.5. os gestores. o gestor deve ter claramente definidas as variáveis controláveis e não controláveis por ele. o gestor responde somente pelos custos identificados com a área sob sua responsabilidade. os incentivos necessários para atingirem as metas da organização como um todo. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. durante o processo de gestão.2. Roberto Biasio . lhes foram atribuídas responsabilidades. Além de participar do planejamento de suas atividades. sua amplitude dependerá da filosofia implantada bem como da relação custo-benefício dessa descentralização. não controlando as receitas ou o nível de investimento. como há a possibilidade de uma área ter lucro ou prejuízo em suas operações. portanto.2 CENTROS DE RESPONSABILIDADE A descentralização requer a definição dos centros de responsabilidade que podem ser definidos como um segmento da organização em que cada gestor responsabiliza-se pelo seu desempenho. 6.1 RESULTADO POR ÁREA DE RESPONSABILIDADE A apuração de resultados por áreas de responsabilidade permite à alta administração a introdução de mecanismos que proporcione aos gestores das áreas. por ações as quais. também denominado como centro de negócio ou unidade de negócios. Os gestores. ou comparando-o com o custo de concorrentes. O objetivo é atribuir ao centro somente os gastos e os ganhos sobre os quais o gestor responsável tenha perfeito controle. Dr. O centro de resultado também é denominado centro de lucros. O centro de resultado funciona como um negócio independente com exceção as decisões de investimento que cabem a níveis hierárquicos superiores. bem como fornece dados para mensuração do resultado obtido pela área. anteriormente. pela comparação entre os resultados obtidos e as expectativas anteriormente determinadas. Os centros de responsabilidade podem ser divididos em centros de custos.5. O desempenho do centro de custo pode ser avaliado acompanhando-se a evolução dos custos de produção.Centros de Custos Neste tipo de centro de responsabilidade.5. avaliando. ou medindo-se a produtividade e acompanhando sua evolução. e as áreas sob sua responsabilidade. tenham seus resultados e desempenhos avaliados. o gestor responde por investimentos. Centros de Resultado ou de Lucro Neste tipo de centro de responsabilidade. centros de lucro (ou resultado) e centros de investimentos. 6. entende-se que a melhor nomenclatura para esse tipo de centro é a de centro de resultado. as áreas.5 CONTABILIDADE POR RESPONSABILIDADE A contabilidade por responsabilidade tem por objetivo garantir que. receitas e pelos custos identificados com a área sob sua responsabilidade.3 Centros de Investimento Neste tipo de centro de responsabilidade.57 6. A divisão por responsabilidade leva a organização a um processo de descentralização e. os custos fixos não são transferidos a outras unidades e. dependendo do conceito de custo-padrão adotado. fretes. Com base em um destes modelos.5. determina também o custo para o centro comprador. Neste método. 6.3.3 PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA O preço de transferência representa o valor pelo qual são transferidos produtos e serviços entre as atividades e áreas internas de uma organização. Este método apresenta como vantagem o fato do preço não incorporar os elementos nos quais a empresa não incorre. A desvantagem está na incorporação de distorções causadas Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.58 6. Porém. Para correta avaliação de resultados e desempenhos das áreas de responsabilidade necessário se faz que o preço de transferência seja calculado de forma a refletir a real contribuição de cada área ao resultado global da organização.5. Neste método. porém o método induz a resultados ilusórios pois. etc. b) Custo total mais margem de lucro Representa uma variante do método baseado no custo total realizado. fretes. em que o produto ou serviço é transferido pelo preço vigente no mercado. b) Preço de mercado ajustado Constitui um refinamento do critério anterior.5. juros. Roberto Biasio . tais como: impostos.1 Preço de Transferência com Base nos Custos da Empresa a) Custo variável padrão O produto ou serviço é transferido por um custo tecnicamente determinado. comissões.3. que pode ser um preço médio. 6. Este método apresenta como vantagem o fato dos custos não exercerem influência na determinação do preço. o método não permite a identificação do resultado gerado nas atividades. etc. Ao mesmo tempo em que o preço de transferência determina a receita no centro vendedor. Sua formação é feita tomando-se como base os custos incorridos no passado bem como às expectativas futuras com base em análise do comportamento do mercado no qual a empresa está inserida. incorpora também a distorção causada pela arbitragem da margem. aplica-se uma margem (mark-up) sobre o custo-base numa tentativa de aproximação ao preço de mercado. o preço incorpora elementos nos quais a empresa não incorre. seguros. além de incorporar deficiências relativas ao conceito de custo utilizado. o preço de transferência do produto de uma área para outra é determinado com base no preço validado pelo mercado para o produto fabricado. a) Preço corrente de mercado O produto ou serviço é transferido pelo preço vigente no mercado. que pode ser um preço médio. Pode ser utilizado quando não existir um preço de mercado preciso para certo produto ou serviço (produtos intermediários específicos). comissões. ajustado pela exclusão de eventos que não ocorrem nas transações internas. Dr. impede a transferência de ineficiências entre as áreas.2 Preço de Transferência Baseado no Mercado O modelo de preço de transferência baseado no mercado não leva em conta o custo de fabricação do produto. seguros. tais como: impostos. Entretanto. qual será o critério de alocação (rateio) dos CFI’s e sua previsão futura e. 6.5. posteriormente. Outro problema é a influência causada pelo poder “político” dos gestores. por exemplo.6 CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO CIF’S OU GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO – GGF’S Os custos indiretos de Fabricação (CIF) são gastos identificados com a função de produção ou elaboração do serviço a ser comercializado e que. não podem ser associados diretamente a um produto ou serviço específico.3.59 por variáveis de difícil estimativa. Este método permite a influência da habilidade de negociação dos gestores no valor do produto ou serviço. custo ou mercado. custos de pós-venda e previsões de insolvências e políticas próprias de cada empresa. empregar esse gasto préestimado para apurar o custo de produção do período e também o preço de venda. deverá haver mediação de gestor de nível hierárquico superior as partes relacionadas. Um dos maiores problemas da contabilidade de custos consiste na forma de transferir os custos indiretos de fabricação aos produtos. Roberto Biasio . A predeterminação do CFI’s consiste em estimar qual será o valor destes num período futuro (antes de ter-se o custo real). 6. processo genericamente denominado de rateio. b) Preço de transferência baseado no custo de oportunidade O modelo de preço de transferência baseado no conceito de custo de oportunidade estrutura-se a partir da premissa de que o valor dos produtos e serviços transacionados entre as unidades deveria refletir o valor do benefício possível de ser auferido na melhor alternativa econômica de obtenção dos bens e serviços demandados. seja ou não a partir de parâmetros de referência como. como o próprio nome já revela.3 Preço de Transferência Negociado a) Negociação entre gestores O produto ou serviço é transferido com base em valor negociado e aceito pelos gestores envolvidos na transação. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Na possibilidade de ocorrência de tais distorções. Dr. tais como: custos financeiros. 1 FORMAS DE APROPRIAÇÃO A apropriação dos custos pode ocorrer de três tipos: direta.1.2. 7.1 APROPRIAÇÃO DIRETA Quando se conhece o valor a consignar a cada produto ou centro de custo.3 APROPRIAÇÃO AUTÔNOMA Quando há necessidade de se conhecer prévia e separadamente o custo de um material ou trabalho (reunindo-se vários gastos diretos e indiretos) para. principalmente. apurar. e existe a necessidade de se ratear este valor entre os produtos ou centros de custos. 7. relacionando os fatos físicos com os monetários. então. cujo valor se deseja conhecer.7 APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS Apropriar é identificar. 7. 7. transferi-lo para os produtos ou centros de custos. utilizando-se critérios de proporcionalidade. denominados bases de rateio. indireta e autônoma.1.1 Bases de Rateio: Bases de rateio são critérios de distribuição proporcional destinados a apropriação dos custos não identificáveis aos produtos ou aos centros de custos e baseados. reunir os custos aplicados ou a aplicar na fabricação e venda de cada produto. na origem destes custos.1. 7.1. Há relação direta entre o gasto e o produto ou centro de custo. . A apropriação de custos consiste na acumulação do custo em cada tipo de unidade ou função de custo.2 APROPRIAÇÃO INDIRETA Quando não se conhece o valor a ser consignado. 2)Separação entre custos (compõem o custo industrial) e as despesas (compõem o custo comercial ou administrativo). os tipos de sistemas de custeio já foram objeto de nosso estudo. Nem sempre a base de rateio de um determinado custo indireto utilizada por uma empresa como sendo a mais ideal. 4)Separar os custos Diretos dos Indiretos. Dr. O número e espécie dessas normas variam muito de empresa para empresa. Roberto Biasio . por encomenda. 7. Exemplo: uma empresa poderá ter seu método de apropriação constituído desta forma: Apuração por produto (quanto à forma de apuração). O método de apropriação é constituído através da conjugação de um tipo de sistema de custeio em cada uma de suas subdivisões. tipos de custos envolvidos e outras variáveis. pelo custeio direto (quanto à forma de alocação) em valores históricos (quanto as classe dos valores empregados).1 SISTEMA DE CUSTOS NÃO SECCIONAL O sistema de custo não seccional tem por finalidade o cálculo de custo de cada produto. quando tratamos especificamente desse assunto. certas regras são básicas para qualquer empresa.2 NORMAS DE APROPRIAÇÃO Para que seja possível uma apropriação adequada dos custos é necessário estabelecer normas de apropriação que devem ser seguidas. sendo que. mesmo se referindo ao mesmo tipo de custo indireto. sem a necessidade de calcular-se o custo de cada uma das seções ou fases do processo produtivo. tamanho da empresa. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Porém. poderá ter a mesma utilidade para uma outra empresa. sendo que.61 7. para a sua distribuição. 6)Determinar quais os custos que se relacionam a cada produto. 3)Identificar os custos Fixos (não variam com a quantidade produzida) e os Variáveis (variam em função da quantidade produzida). 7. os diretos serão apropriados diretamente aos produtos ou centros de custos. 5)Utilizar adequadamente as bases de rateio e as taxas de apropriação.3 MÉTODOS DE APROPRIAÇÃO O método de apropriação dos custos varia em função do sistema de custeio utilizado pela empresa. auxiliares e administrativos). processo de fabricação utilizado (por produto. pois não é cabível que se transfira custos a produtos que não se identificam com eles. e sim com outros. por processo).4 SISTEMAS DE APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS AOS PRODUTOS Os sistemas utilizados para efetuar a apropriação dos custos aos produtos são: sistema de custo não seccional e o sistema de custo seccional. Sendo que. algumas serão vistas a seguir: 1)Identificar e separar os custos por centros (produtivos. 7. já os indiretos vão necessitar de bases de rateio.4. dependendo do tipo de produto (ou tipos). podem ser rateadas previamente. Roberto Biasio . despesas financeiras. industriais e comerciais. ele é rateado entre todos os produtos que lhe deram origem. 7. Haverá tantos rateios quantas forem às bases adotadas. de caráter geral.3)Elaborar as folhas de rateio dos custos indiretos.2)Quando um item de custo não se identifica. viagens e estadas. comissões. ainda. c)custo comercial direto. despesas gerais de produção e outros custos gerais indiretos). 1.2)Classificar os custos nos quatro grupos indicados no tópico anterior. despesas com o pessoal administrativo e outras despesas indiretas). entre o setor industrial e o comercial. em bases percentuais. propaganda.4. armazenamento.62 O método de cálculo de custo não seccional consiste em: 1)Apropriação dos custos: 1. Podem. O custo comercial é aquele composto pelas despesas que não possuem ligação com a área produtiva (impostos. mão de obra e outros custos diretos).4)Elaborar as folhas-resumo de custos. ser rateados somente entre os produtos proporcionalmente ao custo apropriado a cada um ou a outro fator escolhido.2 SISTEMA DE CUSTO SECCIONAL O sistema de custo seccional compreende duas fases distintas de apropriação e cálculo: 1ª)apuração do custo do trabalho de cada centro. 2. 1. 2. 1. d)custo comercial indireto. transporte e outros). referentes a todos os itens de custo e à produção a que eles correspondem.2)Custo Industrial Indireto: apropriado a cada produto mediante rateios. com nenhum produto. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.3)Custo Comercial Direto: apropriação especificamente a cada produto. reunindo em cada folha os custos sujeitos à mesma base de divisão proporcional. materiais. b)custo industrial indireto.1)Custo Industrial Direto: apropriação especificamente a cada produto (matéria-prima. compreendendo. 2)Roteiro de Cálculo: 2. e)custo total. Dr.1)As despesas de administração e outras.4)Custo Comercial Indireto: apropriação a cada produto mediante rateios (despesas de serviços internos de vendas. em relação a cada produto: a)custo industrial direto. 3. mão de obra. para posterior rateio entre os produtos. que são cálculos de divisão proporcional às bases escolhidas (custos de materiais. 3)Observações: 3. especificamente.1)Coletar os dados necessários. 2. são específicos (mão de obra. nos centros dos setores comercial e administrativo.). 2)Roteiro de Cálculo: 2. custos gerais de produção e outros itens de custos rateáveis entre os centros produtivos). acondicionamento.63 2ª)apuração do custo dos produtos. Os custos apropriáveis aos centros podem ser: a)diretos: custos localizados em cada centro e que. 1. c)os custos dos centros auxiliares transferidos para os setores produtivos. custos diversos do setor industrial ou a ele atribuídos).3)Custo Comercial Indireto: apropriado a cada produto mediante rateios (despesas dos serviços internos de vendas. b)os custos rateados e transferidos para os centros. constituído de: a)Custo direto de cada centro produtivo (mão de obra.1. aluguel. também.1)Custo direto de matérias-primas. na maioria dos casos. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.) b)Custo indireto de cada centro produtivo (custos de centros e serviços auxiliares. comissões. etc. nada impede que seja aplicado. considerando o total de horas produtivas de cada um. etc. 1. que compreende: 1. e que devem ser rateados entre os centros que se beneficiam deles. Como os custos seccionais devem servir para o cálculo dos custos dos produtos. necessariamente eles deverão acumular-se mediante transferência. d)o custo total e o custo-hora de cada centro produtivo. transporte e outras despesas comerciais diretas).1)Custo Industrial. depreciação. incluindo o custo dos centros em que foram processados. conservação. não identificados com nenhum centro.2)Custo do processo de produção. para fins de acompanhamento e controle dos custos correspondentes. viagens e estadas. O método de cálculo de custo seccional consiste em: 1)Apropriação dos custos: 1. Embora a finalidade do sistema se limite.1)Elaborar uma demonstração (mapa) do custo do processo de produção. componentes e outros 1. de onde saem os componentes dos produtos e produtos finais. materiais diretos. propaganda e outras despesas gerais indiretas). b)indiretos: os custos de ordem geral. armazenamento. despesas financeiras. Roberto Biasio . energia. na proporção do benefício (serviços técnicos auxiliares. portanto. propaganda.1. seguros. Dr. além dos demais componentes do custo final. materiais. nos centros produtores.2)Custo Comercial Direto: apropriado especificamente a cada produto (impostos. ao custo industrial. transporte. contendo: a)os custos diretos de cada centro. Já no sistema seccional é obrigatório o cálculo do custo de cada centro. pelo fato do primeiro ter por finalidade o cálculo do custo de cada produto. 7. sem necessidade de calcular-se o custo de cada um dos centros ou fases do processo produtivo.4. sem a atualização da apropriação via centros de custos.2)Elaborar uma demonstração do custo geral de cada produto. Roberto Biasio . multiplicado pelo respectivo custo-hora). 3)Observações: 3. contendo: a)custo do processo de produção (número de horas de cada centro produtivo. uma vez que neste último além de custos dos produtos determinam-se os custos de centros ou fases do processo produtivo. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. c)custo comercial direto. Dr.64 2. Quanto aos custos indiretos verifica-se: a)no custo não seccional os rateios são feitos somente em relação aos produtos. para depois calcular o custo do produto.3 PARALELO ENTRE OS DOIS SISTEMAS O custo seccional difere do não seccional apenas no que se refere ao custo industrial. aplicado em cada produto. É necessário lembrar também que o sistema não seccional apresenta um menor poder de análise em relação ao sistema seccional. relativamente ao processo de produção. necessário ao cálculo do custo de cada produto.4.1)O objetivo final do custo seccional é o custo-hora de cada centro produtivo. A exposição gráfica do esquema de apropriação do custo pelo sistema não seccional é encontrada na próxima página. d)custo comercial indireto. em muitos casos seu uso tornou-se muito trabalhoso ou leva a imprecisões muito grandes. b)custo direto de matérias-primas.4. 7.4. b)no custo seccional os rateios fazem-se entre os centros (para cálculo de custo total de cada um) e também entre os produtos. matéria e outros. O sistema não seccional é bem mais simples do que o de custeio seccional. Pelo fato do sistema não seccional ser o mais simples.1 Sistema de Custo não Seccional O esquema do sistema de apropriação de custos não seccional por nós montado procura visualizar a forma como ocorre a distribuição dos custos industriais e comerciais diretamente ao produto.4 ESQUEMAS DOS DOIS SISTEMAS DE APROPRIAÇÃO DE CUSTOS 7. Custo da Mão de obra Indireta. 3-Comissões. 5-Despesas dos serviços. Despesas de fabricação. só depois serem apropriados aos produtos. Materiais de Expediente e Outras Despesas Ligadas às Áreas de contabilidade e Finanças.2 Sistema de Custos Seccional Já neste sistema apenas os custos diretos são apropriados diretamente ao produto.FINANÇAS E CONTABILIDADE 4-Custos e Desp. A exposição gráfica do esquema de apropriação de custos pelo sistema seccional é encontrada na próxima página.“CUSTO” COMERCIAL C A B C GASTO TOTAL A B C EVENTUAIS ACRÉSCIMOS A B C GASTO FINAL A B C 1-Matérias-primas. Custo da mão de obra. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. os indiretos devem passar primeiro por uma apropriação aos centros de custos que possuem ligação e. Indiretas RATEIOS C A B C Parcela dos gastos de III e IV atribuída ao setor industrial CUSTO INDUSTRIAL A B DESPESAS COMERCIAIS . (“ Serviços” = Setores de Trabalho) (A B C são Produtos) 7. Propaganda e Outros Custos Diretos de Venda.VENDAS I-PRODUÇÃO 1-Custos Diretos 2-Custos Indiretos 3-Despesas Diretas III . Custo-máquina. 6-Desepsas dos Serviços. Impostos.4. Outros Custos Diretos. Outros Custos Indiretos. Roberto Biasio .65 ESQUEMA DO SISTEMA DE APROPRIAÇÃO NÃO SECCIONAL II .4. Despesas de Operações Financeiras. Indiretas RATEIOS A B IV-ADMINISTRAÇÃO GERAL 6-Custos e Desp. 4-Despesas dos Serviços. 2-Materiais Indiretos. enquanto que. uma vez que. Indiretas 5-Custos e Desp. Depreciações e Outras Despesas Indiretas Comerciais. Depreciações e Outras Despesas Indiretas Ligadas à Administração Geral. Dr. há a necessidade de rateio dos custos indiretos aos centros de custos. O esquema de apropriação seccional é um pouco mais complexo. Materiais Diretos. Propaganda. Indiretas 8-Custos Indiretos IV .“CUSTO” COMERCIAL CUSTO INDUSTRIAL A B A C B C GASTO TOTAL A B C EVENTUAIS ACRÉSCIMOS A B C GASTO FINAL A B C 1-Centros onde são processados os produtos. (“Serviços” = setores de trabalho) (A B C são os produtos) Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. propaganda e outras despesas comerciais diretas. materiais diretos. custo máquina e outros custos diretos. custo da mão de obra indireta. Dr. 2-Centros de apoio aos Centros Produtivos. 3.66 ESQUEMA DO SISTEMA DE APROPRIAÇÃO SECCIONAL II – FINANÇAS E CONTABILIDADE I-PRODUÇÃO 1-Centros Produtivos 6-Custos Diretos 2-Centros Auxiliares 7-Custos Indiretos III – ADMINISTRAÇÃO GERAL 4-Centros Administrativos 3-Centros Administrativos 9-Custos e Desp. custo de mão de obra direta. transformação dos materiais. Roberto Biasio . 13-Despesas com alimentação. 16-Parcela de custo industrial provinda dos Centros Administrativos com ligação com os Centros Produtivos. diretoria. 15-Parcela de custo industrial provinda dos Centros Administrativos com ligação com os Centros Auxiliares. impostos e outras despesas indiretas comerciais. 14-Despesas sem ligação com o setor industrial (contabilidade. despesas de operações financeiras.VENDAS 10-Custos e Desp.Indiretas 5-Centros Administrativos 11-Despesas Indiretas 12-Despesas Diretas Parcela atribuída ao às 13-Custo Industrial 14-Despesas Comerciais Parcela atribuída aos 15-Centros Auxiliares Custo por Centro Auxiliar Custo por Centro Produtivo 16-Centros Produtivos Rareio por Rareio por Rateio aos Produtos Rateio aos Produtos DESPESAS COMERCIAIS . 11-Despesas dos serviços. 7 e 8-Materiais indiretos. etc. 6-Matéria-prima. assistência social atribuída ao setor industrial.). impostos. 10-Despesas dos serviços e outras despesas indiretas. 4 e 5-Centros que reúnem as atividades de ordem administrativa da empresa. despesas gerais de fabricação e outros custos indiretos. 12-Comissões. 9-Despesas dos serviços. o custeio por absorção. 8. A metodologia de custeamento pelo método por absorção é considerada como básica para a avaliação de estoques pela Contabilidade Financeira. Passam a integrar o valor contábil dos produtos feitos. relacionando-se mais com a criação das condições de se produzir). entre outras. isto é. . como instrumentos gerencial de tomada de decisão. porque como premissa básica os "rateios" dos chamados custos fixos. sejam eles fixos ou variáveis. com a finalidade de atender as exigências fiscais e societárias.8 CUSTEIO POR ABSORÇÃO A contabilidade de custos. Este método consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos elaborados de forma direta e indireta (rateios). é o único aceito pelo Fisco. O fato do sistema de absorção incorporar o total dos custos industriais (fixos e variáveis) aos produtos fabricados. Enquanto que. Por este sistema todos os custos industriais. que. quando procura custear o produto atribuindo-lhe também parte do custo fixo. no sistema de custeio direto (variável) os custos fixos vão para o resultado no período em que ocorrerem. mediante rateio. indo para o estoque. O método de custeamento por absorção é falho em muitas circunstâncias. apesar de se aparentarem lógicos. no sistema de custeio por absorção eles só irão para o resultado no momento da efetiva venda dos produtos. ele também é conhecido por custeio global. quer se refiram à tarefa de produção em geral e só passam ser alocados aos bens fabricados indiretamente. tanto os custos que são variáveis (que só existem quando cada unidade é feita) quanto os fixos (que independem de cada unidade. é conhecida como contabilidade de custos pelo método de custeamento por absorção ou integral. para fins de levantamento de Balanço Patrimonial e de Resultados. e é como se esta última estivesse a adquirir da fábrica os produtos por ela elaborados por um valor tal que cobrisse tudo o que a fábrica gasta para produzi-los. quer estejam diretamente vinculados ao produto. fazem parte do custo do produto.1 CONCEITO Custeio por absorção é o sistema de custeamento pelo qual é realizada a apropriação aos produtos elaborados pela empresa. poderão levar a alocações arbitrárias e até enganosas. nesse método de custeio. Em relação às exigências fiscais. de todos os custos incorridos no processo de fabricação. No custeio por absorção é como se a empresa estivesse separada em duas partes: a fábrica e a atividade comercial. da mão de obra direta. Por esse motivo devemos saber distinguir muito bem quais são os custos diretos e quais os indiretos. à administração e ao uso dos recursos de terceiros (financeiros). dos serviços de terceiros. etc. É atribuído aos produtos feitos por meio de medições efetuadas (como no caso da matéria-prima. 8.68 Esses custos todos de fabricação são atribuídos a todos os produtos e só serão descarregados para despesas. tem-se que fazer a inclusão não só dos chamados custos diretos como dos custos indiretos de fabricação. No entanto.2. inclusive a distinção entre custo e despesa na empresa industrial. etc. Dr. depreciações. ao se avaliar os estoques dos produtos feitos (bem como dos ainda em elaboração). e que vai para o resultado exatamente para. ao se vender o produto.3 DISTINÇÃO ENTRE CUSTOS DIRETOS E CUSTOS INDIRETOS Vimos que. materiais indiretos. na indústria. esse valor corresponde a uma despesa. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. há as demais despesas relacionadas às vendas.2 DESPESAS Despesa é o sacrifício para se obter receitas. Roberto Biasio . no processo de produção. seguros. Como foi visto apenas os custos é que fazem parte do custo do produto. ou seja. o que era estoque transforma-se numa despesa.2. enquanto que. ao se deduzi-la das receitas.1 CUSTOS Custo é o que se gasta na fábrica.2. e é agora jogado para o resultado como valor a ser diminuído da receita de venda. Deriva dessa concepção. fazer aparecer o lucro ou o prejuízo. etc. enquanto que.2 DISTINÇÃO ENTRE CUSTOS E DESPESAS 8. dos componentes. o custo direto é alocado diretamente para o produto. 8. Vai para o estoque.). 8. 8. afetando o resultado do período. No caso da indústria. as despesas vão diretamente para o resultado do período. quando forem vendidos. Apesar de ser chamado de custo dos produtos vendidos.3 RAZÕES DESTA DISTINÇÃO A maior razão para esta distinção está em separar os valores que irão compor o custo dos produtos do que irão diretamente para o resultado do período.) ou por meio de rateios (mão de obra indireta. pelo método de custeio por absorção. a forma de alocação desses custos ao produto ocorre de forma diferenciada. Logicamente. o indireto necessita de rateios para sua transferência ao produto. 2 CUSTOS INDIRETOS Custos indiretos de fabricação. da energia elétrica consumida (quando há medidores que identificam quanto se está consumindo em cada item). da mão de obra direta. Com base neles. dos componentes. matérias-primas. dos serviços executados por terceiros. componentes etc. rateados. mas que.3. também chamados de gastos gerais de fabricação. ou então a energia elétrica e outros. É o caso das matérias-primas.3. Dr. por ser rateados ao invés de medido. solvente. ou pela dificuldade de se fazer à medição ou ainda pelo quanto se gastaria para fazer todo o controle. de uma forma objetiva e direta. dos materiais consumidos na fábrica. E a validade nesta distinção reside no fato de que.69 8. quando alocado de forma indireta. o que faz com que se esteja transferindo esse tipo de custo do grupo dos diretos para o dos indiretos. produtos químicos. Acaba sendo sempre (com raríssimas exceções absolutamente anormais) um custo variável. do aluguel. das embalagens. quanto é consumida para cada item. 8. Estes são artifícios que usamos para distribuir os custos que não conseguimos ver com objetividade e segurança a quais produtos se referem.3 RAZÕES DESTA DISTINÇÃO Os custos diretos relativos à mão de obra direta. são aqueles incorridos dentro do processo de produção. nos obrigam ao uso de rateios.1 CUSTOS DIRETOS Custos diretos são aqueles que podemos identificar como pertencendo a este ou aquele produto. lubrificantes. Já os custos indiretos são alocados aos produtos sempre por meio de coeficientes de rateio. acabam sendo considerados como indiretos e. etc. quando se tem um item apontado. "chutes" etc. São apropriados aos produtos sem que seja necessário fazer rateios e não oferecem dúvidas quanto a serem deste ou daquele item que está sendo produzido.). serras. estimativas. medido e apropriado como direto. peças. Já qualquer custo. tem-se um custo alocado a um produto de forma inequívoca. 8. mas que por sua irrelevância. ou por ser de pequena monta em relação aos custos totais ou até por uma certa desorganização da empresa.) e outros custos diretos são apropriados diretamente aos produtos a que dizem respeito. Às vezes o custo com o pessoal direto da produção (que está de fato produzindo cada item) acaba. É o caso do consumo de alguns materiais. o que é de extrema relevância na análise das margens de contribuições e outras análises de custos. higiene. estimamos o quanto deve ir de depreciação. mas que não se consegue relacionar diretamente com o produto (como combustíveis. da energia que não medimos. Roberto Biasio . para serem apropriados aos produtos. Existem muitos custos que poderiam ser mensurados e identificados com cada produto. do custo com o pessoal que não trabalha diretamente sobre o produto. como brocas.3. pois há como se mensurar quanto pertence a cada um. possui sempre o estigma de ser um valor sujeito à razoabilidade e validade do critério de apropriação utilizado. Claro fica que isso reduz a confiabilidade dos valores obtidos como custo final de fabricação de cada bem. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. etc. materiais diretos (embalagens. por isso. e por não agregarem valor aos bens que financiam. almoxarifado de matérias-primas e demais materiais de consumo industrial (incluindo os de higiene. no custeio por absorção. mas que estiver relacionado com a administração geral da empresa. portarias e guardas de toda a planta industrial. independente de produção. deve ser tratado diretamente como despesa. no caso das despesas financeiras em sentido amplo. independentemente do volume de produtos elaborados. veículos.5 O QUE NÃO COMPÕE O CUSTO DE PRODUÇÃO NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO Tudo o que a empresa estiver sacrificando. de equipamentos e imóveis de utilização industrial. 8. vendas. depreciações de todos os imóveis. Roberto Biasio . aluguel e arrendamento mercantil de máquinas e outros fabris. descontos de duplicatas e demais encargos financeiros também vão para o resultado. etc. etc. do conselho de administração. limpeza. os honorários da diretoria. equipamentos. tudo que esteja sendo sacrifício incorrido para que se produzam bens deve ser atribuído como custo desses bens. e sim derivados dos passivos. Ainda devem ser incorporados como custo às amortizações de valores relacionados com a produção.70 Às vezes. pois além do rateio relativo a qual produto ou linha de produção vai. orçamento. Mas há ainda alguns itens que precisam ser enumerados. com o esforço de venda e com o uso de capitais de terceiros. quer o relacionamento entre o gasto e o produto seja direto ou indireto.4 O QUE COMPÕE O CUSTO DE PRODUÇÃO NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO Praticamente já se enumerou a maior parte dos custos que.. Assim. instalações e outros imobilizados de uso no processo de fabricação. ainda um outro rateio surge: o relativo ao número de produtos fabricados em cada linha. Está incluído nesse rol também tudo o que se gasta com a administração da produção (chefia ou superintendência da fábrica). Veja-se o caso de combustíveis de caldeira que às vezes é o mesmo. se trata de um item que possui seu valor fixo. distribuição. como gastos de desenvolvimento de produto novo anteriormente diferidos. etc. etc. juros. como despesas. etc. florestas. compra e recepção de materiais. departamento de programação e controle da produção. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. alimentação e segurança do pessoal da fábrica. Dr. e não como custos). os princípios contábeis fazem com que assim sejam conceituados (isto é. 8. exaustão dos recursos naturais que estejam sendo utilizados na fabricação. serão "absorvidos" pelo produto feito. manutenção. como despesas. de capital de giro para sustentar a produção. de finanças. mesmo aqueles derivados do financiamento de matérias-primas. As despesas com variações monetárias. minas. transporte. como no caso de jazidas. Enfim. transporte interno. são tratados como despesas. e sua apropriação se torna ainda mais arbitrária. marketing. Cabe aqui ressaltar que. Os encargos financeiros não aumentam o valor dos ativos e representam o quanto se está deixando de obter de lucro (ou tendo-se de acréscimo ao prejuízo) por não se estar utilizando capital próprio.). são diretamente descarregados para o período. Por não representarem gastos relativos aos ativos. os gastos com o departamento de contabilidade geral. não incorporando o custo do produto fabricado. O custo direto é especificamente atribuído a um produto sem que haja a necessidade de ser utilizado distribuições proporcionais (rateios). a arbitrariedade sempre vai existir nessas alocações. Assim. pela sua própria definição. As bases de rateio devem ser escolhidas de conformidade com a relação que possa existir entre cada item de custo indireto e cada produto. para a apropriação dos custos diretos e indiretos. constituindo parte do item a receber a apropriação. de forma indireta aos produtos. Todas essas formas de distribuição contêm. mediante utilização de maior número de bases e fatores de rateio. Para termos uma noção mais clara de como é processada a apropriação dos custos pelo custeio por absorção. Roberto Biasio . etc. por ser possível pesá-los ou medi-los. como apropriação de qualquer espécie. é interessante relacionarmos este assunto com o que foi abordado quando do comentário da sistemática adotada nos sistemas de apropriação não seccional e seccional. critérios de rateio. tantos quantos forem os fatores de rateio adotados e o interesse em obter maior ou menor precisão de cálculo. que às vezes não se podem distribuir separadamente a uma unidade do produto. Todos os custos indiretos só podem ser apropriados. e em outras oportunidades só a aceitamos por não haver alternativas melhores. pode haver dificuldade em identificar-se a relação entre certos custos e produtos. deve-se procurar a exatidão. O sistema de custeio por absorção. previsão de comportamento de custos. Em caso contrário. É assunto diferente. em menor ou maior grau. Dr. A distinção dos custos indiretos. da mesma forma que os custos da matéria-prima e mão de obra direta. a apropriação é feita de maneira direta. na proporção em que o produto considerado tenha sido causa do custo a ratear. O cálculo do custo da matériaprima e da mão de obra direta em uma unidade do produto é assunto relativamente simples. isto é. portanto. quando tratamos da apropriação dos custos. A apropriação dos custos indiretos faz-se por meio de cálculos de rateios.7 ESQUEMA BÁSICO DE APROPRIAÇÃO PELO CUSTEIO POR ABSORÇÃO O esquema básico de apropriação pelo sistema de custeio por absorção ocorre da seguinte forma: Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. quando as diferenças numéricas são desprezíveis. é comum fazer-se o seu agrupamento.6 APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS (DIRETOS E INDIRETOS) Os custos diretos são apropriados diretamente ao produto. Estes dois sistemas já foram objeto de nossos estudos.71 8. entretanto. um certo subjetivismo. quando se trata de custos indiretos. 8. é necessário criar alguma técnica para apropriar os custos indiretos ao trabalho como fator combinado. pois se identificam como parte do respectivo produto. como pelo seccional. além disso. para redução de cálculos de rateio. pode ser obtido tanto pelo sistema de apropriação não seccional. mediante estimativas. mas não constituem. maior inconveniente. Como são muitos itens. Os custos indiretos formam parte integrante do produto. Esses dois fatos prejudicam a exatidão dos cálculos. tão eqüitativa quanto possível. precisa fazer-se em uma base na qual seja possível determinação exata. sendo que às vezes ela existirá em nível bastante aceitável. porque este fator se compõe de muitos elementos diferentes. 72 - Os custos diretos são apropriados diretamente ao produto, por se identificarem especificamente a cada produto; - Os custos indiretos são apropriados através de rateios, podendo ser diretamente aos produtos ou, apropriados aos centros de custos e depois aos produtos; - As despesas são levadas diretamente ao resultado do exercício, por não fazerem parte do custo dos produtos fabricados. - As receitas vão para o resultado, defrontando-se com as despesas e proporcionando o resultado (lucro ou prejuízo). A seguir está demonstrado graficamente o esquema de apropriação de custos e despesas pelo sistema de custeio por absorção. ESQUEMA BÁSICO DE APROPRIAÇÃO PELO CUSTEIO POR ABSORÇÃO 1 - CUSTOS 4 - Indiretos 2 - DESPESAS 3 - RECEITAS 5 - Diretos 6 - Rateios 7 - CUSTO INDUSTRIAL A B C 8 - ESTOQUES A B C 9 – CUSTO DOS PRODUTOS A B C 10 – RESULTADO (LUCRO OU PREJUÍZO) 1 - Tudo o que é gasto para a fabricação dos produtos (custos diretos e indiretos). 2 - São todos os gastos que não possuem relação direta com a fabricação dos produtos e por este motivo vão diretamente para o Resultado. 3 - Valor obtido na venda dos produtos. Receita com a venda dos bens fabricados pela empresa. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio 73 4 - Custos que incorrem dentro do processo de produção, mas que, para serem apropriados aos produtos necessitam de rateio (materiais indiretos, mão de obra indireta, despesas gerais de fabricação). 5 - Custos que são apropriados diretamente aos produtos, por ser possível a sua mensuração de forma objetiva e direta a cada um dos produtos. Não necessitam de rateios para a sua apropriação (matéria-prima, componentes, mão de obra direta). 6 - Forma utilizada para possibilitar a transferência dos custos indiretos aos produtos. O rateio pode ser efetuado por dois sistemas: seccional ou não seccional. a)Sistema de Rateio Seccional: é aquele em que os custos indiretos são transferidos primeiro para os centros de custos (produtivos e auxiliares). Posteriormente, os custos existentes nos centros auxiliares são rateados aos centros produtivos. E por fim, os custos dos centros produtivos são rateados aos produtos, que somados aos custos diretos, formam o custo de produção dos produtos (custo industrial). b)Sistema de Rateio não Seccional: é aquele em que os custos indiretos são apropriados diretamente aos produtos, sem passar pelos centros de custos. Após o rateio dos custos indiretos aos produtos, estes são somados aos custos diretos, para juntos comporem o custo de fabricação dos produtos (custo industrial). 7)Custo total de fabricação dos produtos, composto pelos custos diretos e indiretos de produção. 8)Estoque de produtos (em elaboração e acabados) avaliados pelo custo de fabricação (custo industrial). 9)Valor do custo das unidades dos produtos vendidos. Este valor representa o gasto (despesa) que a empresa teve para obter os produtos que foram objeto de venda. 10)Confronto entre as Receitas e as Despesas. O resultado é obtido através do confronto de todas as despesas e receitas que a empresa tiver durante um exercício, independentemente se estiverem ou não relacionadas diretamente com os produtos fabricados. A B C são os produtos. Observação: Pelo sistema de custeio por absorção os custos fixos fazem parte do custo do produto que irá compor o estoque. Só será despesa quando o referido produto for vendido. Portanto, o custo só será despesa no período de sua ocorrência, se o produto ao qual foi incorporado for vendido no mesmo período de sua fabricação. 8.7.1 ETAPAS DO ESQUEMA DE APROPRIAÇÃO PELO CUSTEIO POR ABSORÇÃO 1ª)Separação entre custos e despesas; 2ª)Separação entre custos diretos e indiretos; 3ª)Apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos; 4ª)Rateio dos custos indiretos; 5ª)Soma dos custos diretos e indiretos de cada produto, objetivando, com isso obter o custo industrial de cada um; Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio 74 6ª)Considerar como estoque (Ativo Circulante) os produtos em elaboração e os prontos, ainda não vendidos (os estoques devem ser avaliados ao custo de fabricação, ou seja, ao custo industrial); 7ª)Considerar como parte do resultado do exercício as despesas efetuadas. Os gastos sem relação com o processo produtivo. 8ª)Transferir para resultado, na forma de Custo dos Produtos Vendidos, o valor do custo existente nos estoques, relativamente aos produtos vendidos. 9ª)Considerar as Receitas de Vendas como parte do resultado. Os custos e as despesas incorridas num mesmo período só irão para Resultado desse período caso toda a produção elaborada seja vendida e não haja estoques iniciais e nem finais. 8.8 VANTAGENS DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO A seguir vamos citar algumas das vantagens que o sistema de custeio por absorção proporciona: a)o custo do produto é apurado de forma completa, pois todos os itens que interferem direta ou indiretamente na sua fabricação são considerados; b)matem um controle rígido sobre centros de custos auxiliares e de produção (quando for usado o sistema seccional), apontando imediatamente qualquer distorção incorrida; c)a avaliação dos estoques de produtos prontos e de produtos em elaboração é feita pelo seu valor total; 8.9 DESVANTAGENS DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO a)apresenta grandes limitações em termos de análises gerenciais; b)sua forma de apropriação dos custos não é facilmente explicável, principalmente quando a empresa precisa tomar decisões a respeito de linhas de produtos ou eliminação de produtos fracos; c)requer maiores investimentos; d)Ignora a elasticidade da procura; e)não leva em consideração a concorrência; f)os produtos não contribuem todos com a mesma margem de lucro. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio 9 CUSTEIO DIRETO (VARIÁVEL) Na determinação do custo de um produto, considerando-se os custos totais (diretos e indiretos), quer sejam fixos ou variáveis, o que levaria ao conceito de que o custeio direto se ocuparia exclusivamente dos custos diretos, abandonando os custos indiretos. Na verdade, este errôneo conceito surge do próprio título - custeio direto - aparecido nos Estados Unidos no ano de 1936 através de J. Harris e persiste até hoje. De ser entendido que o custeio direto seria mais bem intitulado por custeio variável, uma vez que envolve todos os custos variáveis, quer sejam diretos ou indiretos, necessários ao produto ou serviço, englobando, portanto, matéria-prima, mão de obra direta e outros custos proporcionais ao produto ou serviço. Observa-se, portanto, que todos os custos dispensáveis, se o produto ou serviço não for elaborado ou prestado, classificam-se como custos considerados no sistema de custeio direto, donde se conclui que o referido sistema de custeio seria mais bem intitulado como custeio variável. 9.1 CONCEITO Custeio direto (ou variável) é o método de se avaliar os estoques de produtos atribuindo-se a eles apenas e tão-somente os custos variáveis de fabricação, sendo os custos fixos descarregados diretamente como despesas do período. O custeio direto (ou variável) é um sistema de custos onde só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os custos fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o resultado, para os estoques só vão, como conseqüência, custos variáveis. 9.2 DISTINÇÃO ENTRE CUSTOS FIXOS E CUSTOS VARIÁVEIS 9.2.1 CUSTOS FIXOS Custos fixos, também conhecidos por custos de períodos de tempo ou de custos de estrutura, são aqueles em que a empresa incorre pelo fato de existir e estar pronta para produzir. Tais custos não sofrem alterações significativas diante das variações ocorridas no volume de produção ou venda. Custos fixos são aqueles que, em cruzeiros reais, num período curto de tempo (normalmente um mês ou no máximo um trimestre), têm seu valor determinado pela expectativa de volume de produção, não se alterando pelo fato de se produzir mais ou então menos. Podem existir alterações na quantidade produzida, mas seu valor portanto.1. Talvez se alterem por problemas de inflação.2 Demonstração Gráfica dos Custos Fixos: Valores 3 em 2 R$ 1 Custos Fixos 0 1 2 3 4 Quantidade produzida 9.1 Características dos Custos Fixos: a)o seu valor total é constante dentro de uma faixa considerável de produção. . . bem como de sua incidência está afeto diretamente à alta administração.Mão de obra indireta (e às vezes mão de obra direta especializada.1. c)a sua distribuição pelos departamentos é problemática.2.2.Seguros. de critérios adotados pela administração ou em outros casos por meio de métodos contábeis. Dr. mas não de forma diretamente proporcional às mudanças nas quantidades fabricadas. em curto período de tempo.Depreciação.2. 9. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.3 Exemplos de Custos Fixos: . Roberto Biasio . são os incorridos diretamente na produção ou venda de determinado produto ou serviço: ocorrem somente quando houver produção ou venda e seu montante pode ser considerado proporcional à quantidade produzida ou vendida. . modificam-se de forma proporcional à modificação no volume de produtos feitos. também conhecidos de custos proporcionais ou de custos de atividade.1. . b)apresentam diminuição do valor por unidade de produto na medida em que a produção aumenta.Arrendamento mercantil.Honorários. que não pode ser dispensada ou recrutada facilmente).Aluguel.2. . São aqueles que. dependendo. d)o controle dos seus valores. em cruzeiros reais. dos responsáveis pelos departamentos. 9. não dependendo. e outros.76 não muda por causa dessas modificações de volume.2 CUSTOS VARIÁVEIS Custos variáveis. 9. às vezes. 2. .3 CARACTERÍSTICAS DO CUSTEIO DIRETO (VARIÁVEL) O método do custeio direto. d)os custos fixos. do consumo de certos produtos químicos.).Serviços de terceiros contratados por unidade.1 Características dos Custos Variáveis: a)o seu montante total varia em proporção direta com o volume de produção. do telefone.Embalagens. sejam eles diretos (material. c)é fácil a obtenção do seu valor nos vários departamentos por onde é processado. d)o controle de seu consumo também é efetuado com simplicidade pelos responsáveis de cada departamento. b)o custo unitário é fixo e o custo total varia conforme a quantidade produzida. a cobertura total dos custos fixos está na dependência das quantidades vendidas de cada produto e da quota de custos atribuída a cada um.2. de apropriação indireta devem ser cobertos com a margem ou lucro bruto. como é o caso da energia elétrica.Consumo de matéria-prima.2. Roberto Biasio .2. é separar a parcela fixa da variável.Parte do gasto com energia elétrica (parcela referente ao consumo na fábrica) Observação: Há alguns custos que possuem uma parcela fixa e outra variável. independente da quantidade produzida. salários e outros itens) ou indiretos (energia elétrica das máquinas. . o ideal. e)assim. Dr.3 Exemplos de Custos Variáveis: . Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. 9.2. . da água.77 9.Mão de obra direta (na maioria das vezes). 9. etc. apresenta as seguintes características: a)o custo do produto compreende exclusivamente os elementos considerados como custos variáveis.2 Demonstração Gráfica dos Custos Variáveis Valores 3 em 2 R$ Custos Variáveis 1 0 0 1 2 3 4 Quantidade produzida 9. manutenção. o custeio direto reúne apenas os custos variáveis. c)portanto. representada pela diferença entre o preço de venda e o custo direto. b)apresentam valor constante por unidade de produção.2. em sua concepção clássica. Nestes casos. por unidade. . A seguir estão citadas algumas das razões que motivam a não apropriação dos custos fixos aos produtos: 1ª)Pela sua própria natureza. devido à diminuição do volume. e não da sua própria. e acabam presentes no mesmo montante. tendem os custos fixos a ser muito mais um encargo para que a empresa possa ter condições de produção do que sacrifício para a fabricação específica desta ou daquela unidade. O custo de um produto pode. ou. já que os custos fixos globais serão agora carregados mais para aquele item. O fato de se apropriar de uma forma pode alocar mais custos em um produto do que em outro. como determina o custeio por absorção. que contêm. o custo de um produto pode variar em função da alteração de volume de outro produto. quase sempre grandes graus de arbitrariedade. Por se alterar um procedimento de distribuição de custos fixos. por abandonar os custos fixos e tratá-los contabilmente. Se a empresa estiver reduzindo um item por ser pouco lucrativo. também o resultado medido dentro do seu critério parece ser mais informativo à administração. do que para fabricar uma unidade a mais de um determinado produto.78 9. os custos fixos existem independentemente da fabricação ou não desta ou daquela unidade. ou transformar um superavitário em deficitário. Dr. e vice-versa. 3ª)O valor do custo fixo por unidade depende ainda do volume de produção: aumentando-se o volume. e vice-versa. essa é uma maneira de se auto-enganar. são quase sempre distribuídos à base de critérios de rateio. ter instalada sua capacidade de produção. 2ª)Por não dizerem respeito a este ou àquele produto ou a esta ou àquela unidade. o montante a ser carregado por um determinado produto será diminuído. cuja quantidade cresceu. quando se tratar de aspectos gerenciais. e assim aumentar ainda mais o custo de produção. mas da quantidade dos outros bens fabricados. 9. Estes motivos fazem com que o sistema de custeio direto seja defendido por muitos como sendo o sistema ideal de custeio. num círculo vicioso. em maior ou menor grau. Roberto Biasio . E não há lógica em se alterar o grau de rentabilidade de um produto em função de modificações nas formas de rateio. pior ainda ficará sua posição. mesmo que oscilações (dentro de certos limites) ocorram no volume de produção.4 RAZÕES PARA NÃO APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS FIXOS AOS PRODUTOS São vários os motivos que levam muita gente a não aceitar a apropriação dos custos fixos ao produto. talvez façamos o inverso. é necessário associar-se sempre ao custo global o volume que se tomou como base. e. arbitrariedade. tem-se um menor custo fixo por unidade. então. pode-se fazer de um produto rentável um não-rentável (aparentemente). ao se aumentar à quantidade dos outros elaborados. o aumento de preço com base no seu alto custo poderá provocar uma diminuição da sua procura. se um produto estiver com baixo lucro. principalmente. são necessários muito mais para que a indústria possa operar. reduzir seu volume.5 RAZÕES DO NÃO USO DO CUSTEIO DIRETO NOS BALANÇOS Do ponto de vista decisorial. verificamos que o custeio Direto (Variável) tem condições de propiciar muito mais rapidamente informações vitais à empresa. variar em função não do seu volume. e. como se Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. conseqüentemente. Se se for decidir com base em custo. Pior do que tudo isso. se alterarmos o critério de rateio. a taxa de lucro sobre investimento. digamos um ano ou menos. que o custeamento direto é muito útil no planejar para períodos curtos. relativos a tais produtos. se parte dos produtos só será vendida amanhã. muito correto jogarmos todos os custos fixos contra as vendas de hoje. que a diferença líquida de venda e o custo unitário variável. 3)Permitir uma política de preços mais flexíveis em função da capacidade instalada da empresa e das condições vigentes no mercado numa determinada época. visando obter informações gerenciais para tomada de decisões. o lucro total proveniente de todas as operações. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. 4)Possibilitar uma melhor análise dos custos de cada produto. Ora. 9. essa situação poderá vir a mudar no futuro. quer variáveis. Entretanto. se fabricamos hoje. A análise do ponto de equilíbrio. incorremos hoje em custos que são sacrifícios para a obtenção das receitas derivadas das vendas dos produtos feitos. devemos apropriar as receitas e delas deduzir todos os sacrifícios envolvidos para a sua obtenção. contudo. baseado em determinado volume. individualmente. podemos citar: 1)Aumentar o poder competitivo da empresa. a contribuição marginal de um segmento total das vendas. quer fixos. dentro desse raciocínio. 9. Segundo estes. Justifica-se dessa forma a ainda não aceitação do Custeio Direto para efeitos de Balanços e Resultados. principalmente o Regime de Competência e a Confrontação. 2)Planejar melhor o resultado econômico. por isso. Não seria. Parece. com sua separação de custos variáveis (produtos) e fixos (período). e o cálculo do valor do lucro marginal facilitam qualquer análise da relação custo-lucro-volume. O custeamento direto. 5)Permitir uma melhor classificação dos produtos. Ele (o Custeio Direto) de fato fere os Princípios Contábeis. e no tomar decisões correntes sobre operações do que fazer para o planejamento de longo alcance. pela rentabilidade apresentada individualmente. pelos Auditores Independentes e tampouco pelo Fisco. Dr.6 OBJETIVOS DO CUSTEIO DIRETO Entre outros objetivos do custeio direto. esse critério de avaliar estoques e resultado não é reconhecido pelos Contadores. Roberto Biasio . e essas vendas poderão em parte vir amanhã. Tal plano pode incluir planejamento de longo ou de curto prazo. Mas os Princípios Contábeis hoje aceitos não admitem o uso de Demonstrações de Resultados e de Balanços avaliados à base do Custeio Direto.7 CUSTEAMENTO DIRETO COMO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO DE LUCRO O orçamento empresarial é um plano administrativo que cobre todas as fases das operações futuras. 6)Determinação da contribuição marginal. para alcançar um alvo proposto de lucro. já que são quase sempre repetitivos e independentes dos diversos produtos e unidades. Mas essa não-aceitação do Custeio Direto não impede que a empresa o utilize para efeito interno.79 fossem despesas. deve então também ficar para amanhã uma parcela dos custos. Roberto Biasio . e a primeira necessidade de cada produto ou serviço é gerar recursos dos seus custos variáveis. depois de deduzidos os custos e despesas variáveis de produzir e vender. Parece adequado. após a total absorção dos custos fixos da empresa. acha que o contador de custos pode fornecer uma Demonstração de Resultados mais significativa e compreensível. ou contribuição de cobertura. a administração das empresas deixa de se preocupar com a maximização do lucro final para se preocupar com a maximização Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. cada produto absorve somente os custos que incidem diretamente sobre si mesmos (custos variáveis). preparar relatórios também para todos os departamentos ou áreas de responsabilidade. principalmente a de vendas. como para a obtenção do lucro total da empresa. é destinada à absorção de custos fixos e. A diferença entre o preço líquido de venda e o custo unitário variável é chamada de Margem de Contribuição (MC). Com seus dados de despesas super ou sub-absorvida e as possíveis flutuações inversas dos custos de produção e dados de venda..80 todos esses problemas de planejamento podem ser resolvidos com o auxílio de uma estrutura de custeamento direto. mas que variam em função da variação do volume de unidades) teremos o custo total unitário variável do produto. baseados em custo-padrão. Adotando o custeamento direto.9 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Pelo método de custeamento direto. orçamentos flexíveis e uma divisão de todos os custos em seus componentes fixos e variáveis. Somando-se a estes custos variáveis as despesas variáveis de comercialização (gastos que não integram o custo de fabricação. adequadamente incompreensível. por menor que seja. sendo o excesso. isto é o custo de sua estrutura independente do nível de produção efetiva. A Margem de Contribuição deve contribuir tanto para a absorção dos custos fixos. Por este conceito. 9. O método de custeamento direto substitui o lucro pela Margem de Contribuição. que também é chamada margem de contribuição. Mas destina-se este novo tipo de Demonstração de Resultados a servir meramente ao departamento de vendas? Os relatórios que o departamento de custos emite devem servir a todos as divisões de uma empresa. Pelo custeio direto. Dr. a administração. ou renda marginal. a contribuição marginal é o que sobra da receita total ou das vendas.8 CUSTEAMENTO DIRETO COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE O método de custeamento por absorção é o produto de uma Demonstração de Resultados. Isto é. parece que se tornava necessário um tipo diferente de procedimento de custo. 9. em particular. preparada para administração. ou margem direta. sendo esta última considerada fundamental no custeio direto. uma contribuição para absorver custos fixos. a análise de lucro da empresa é efetuada não com base nos lucros unitários dos produtos. portanto. mas com base na Margem de Contribuição que cada um pode contribuir para absorver os custos fixos e formar o lucro total da empresa. começa a proporcionar o lucro. Esta contribuição marginal. O conceito do custeio direto surgiu pelo fato de as empresas terem seus custos fixos. Voltaremos a tratar sobre Margem de Contribuição. Sob o aspecto de custeio direto. 9. que se materializa. resultado negativo. não está gerando receita. porque isto resulta na maximização da capacidade de absorção de custos fixos e de geração de lucro. porque. com maior aprofundamento. a preocupação primeira deve ser maximizar a margem de contribuição. sem produção.81 da margem de contribuição total. através do sistema de custeio direto.CUSTOS 4-Variáveis 3 .RECEITAS 5-Fixos 7-Custos Diretos 6-Custos Indiretos 2 . no capítulo seguinte.CUSTO INDUSTRIAL A B C 12 . Dr. se a empresa estiver parada.10 ESQUEMA BÁSICO DO CUSTEIO DIRETO (VARIÁVEL) A seguir encontramos um esquema que nos evidencia como ocorre a distribuição dos custos e das despesas. isto é. ESQUEMA BÁSICO DE APROPRIAÇÃO PELO CUSTEIO DIRETO (VARIÁEIL) 1 . os custos fixos são considerados como prejuízo. mas está com custos fixos. o que proporcionaria. com a maximização da margem de contribuição de cada produto. normalmente. naquele instante. Assim. Roberto Biasio .DESPESAS 8-Custos Indiretos 9-Custos Diretos 10-Rateio 11 .ESTOQUES A B C 13– CUSTO DOS A B C 14 – RESULTADO (LUCRO OU PREJUÍZO) Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. 4 . quando for utilizado o sistema de custeio direto. quando for composta de mão de obra especializada. 2. Ex. 3 .Confronto entre as Receitas de vendas menos o somatório do custo dos produtos vendidos com os custos fixos e as despesas do exercício. 7 . Ex. Ex.São gastos que não possuem relação direta com a fabricação dos produtos. clientes.: Mão de obra direta.. Dr. b)reflete a relação de custo.São custos que além de variarem quando ocorre variação de produção.: Energia elétrica utilizada nas máquinas. 13 . volume e lucro.Custos que além de não variarem com o volume menor ou maior de produção. c)facilita a avaliação de: produtos.Forma pela qual são distribuídos os custos variáveis indiretos aos produtos. são considerados indiretos. dificultando a demissão e contratação da mesma. Roberto Biasio . Ex. pelo custeio direto. depreciação.11 VANTAGENS DO CUSTEIO DIRETO (VARIÁVEL) Abaixo citaremos algumas das vantagens que o sistema de custeio direto proporciona: a)o impacto dos custos fixos nos resultados é salientado por que o total dos custos aparece no demonstrativo de resultado.: Matéria-prima. composto apenas dos custos variáveis de produção (diretos e indiretos).Custos industriais.Custos que variam em função da produção. 5 . etc. A B C são os produtos Observação: por este sistema de custeio (custeio direto ou variável) os custos fixos são considerados como despesa do exercício em que ocorrerem. 12 . não variam à medida que há alteração no volume de produção. ou seja. por não terem ligação direta com o produto. 10 . possuem a característica de se identificarem diretamente com o produto.Custos que variam com o volume de produção. dependendo de distribuição proporcional. se modificam de forma proporcional à modificação no volume de produtos feitos. 11 . Custos que existem. Receita com a venda dos bens fabricados pela empresa. mesmo quando a fábrica está parada.Custo do produto. 9. volumes. 14 . mesmo que os produtos fabricados no mesmo período permanecerem no estoque.Valor obtido na venda dos produtos. porém não são identificados diretamente com o produto. regiões.Estoque de produtos (prontos e em elaboração).Valor do custo das unidades dos produtos vendidos.Custos que embora oriundos da área industrial. são gastos efetuados pelos centros administrativos.: Aluguel. quando os mesmos forem avaliados pelo custeio direto. 9)Custos que não variam em função da produção. 6 . Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. mas que por sua característica são considerados custos diretos. 8 . tanto dos centros produtivos como dos centros auxiliares.82 1. 3º)sempre que as unidades produzidas forem menores do que as unidades faturadas o custeio direto apresenta um resultado operacional maior do que o custeio por absorção. f)evita as dificuldades e possíveis distorções da apropriação dos custos indiretos. mas sim também possui algumas desvantagens. Já no custeio direto. mediante rateios. Roberto Biasio . e)facilita o trabalho de Orçamento e Planejamento Econômico e Financeiro. i)simplifica muito o cálculo de custos. não apresenta apenas vantagens. 9. em face da imprecisão destes. entre elas podemos citar: a)a apropriação dos custos dos produtos é incompleta. No custo por absorção eles compõem o custo de produção.12 DESVANTAGENS DO CUSTEIO DIRETO (VARIÁVEL) Como a maioria dos sistemas. não sendo incorporados ao valor dos estoques. como despesas. os custos fixos não são incorporados aos produtos. c)a classificação entre custos fixos e variáveis tende a ser arbitrária. tornando-se despesa quando da venda dos referidos produtos. Dr. em relação aos custos semivariáveis.1 INFLUÊNCIA NA APURAÇÃO DO LUCRO Como já colocamos anteriormente. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. por um ou outro sistema de apuração. o custeio direto. Com base nisso.13 COMPARAÇÃO ENTRE OS CUSTEIOS POR ABSORÇÃO E DIRETO 9. não existe diferença do resultado operacional.83 d)é mais lógico e mais pragmático. f)a adoção do custeio direto pode levar o Administrador a relegar os custos fixos no processo de estabelecimento dos preços de venda. g)demonstra a margem de contribuição de cada produto para a absorção dos custos fixos e para o lucro. principalmente. o custeio por absorção apresenta um resultado operacional maior do que o custeio direto. b)ignora os custos fixos. indo para o resultado no período em que ocorrerem. uma vez que os custos fixos são contabilizados. indo para estoque. h)reduz o lucro do exercício. podemos afirmar que: 1º)sempre que as unidades produzidas forem maiores do que as unidades faturadas. 2º)sempre que as unidades produzidas forem iguais às unidades faturadas. 9. principalmente quando algum relatório tem que ser explicado à Diretoria. e)não é aceito pelo fisco. pois há uma grande dificuldade de classificar corretamente os custos segundo o seu comportamento diante do volume de atividade.13. a diferença básica entre o custeio por absorção e o custeio direto (variável) é a forma da destinação dos custos fixos. totalmente. d)não mantém um controle completo sobre o processo de produção. 9.000. Dr.50 ------------15. descartando a possibilidade de utilização do Custeio Direto para tal finalidade. Para que a empresa tenha o Sistema de Custeio Integrado é necessário que possua os custos de seus produtos determinados através do Sistema de Custeio por Absorção.84 9.50 1. será penalizada com um pagamento a maior no Imposto de Renda.977 nos seus artigos 13 (custo dos bens ou serviços) e 14 (determinação do custo dos bens) cria algumas normas referentes ao sistema de custos a ser adotado pelas empresas.000. Esse decreto-lei faculta às empresas possuírem ou não um sistema de custos.598 de 26 de dezembro de 1.00 ---------------R$ 900.2 ASPECTO LEGAL O Decreto-lei 1. As empresas de Sociedade Anônima e principalmente as de capital aberto devem possuir um Sistema de Custo Integrado à Contabilidade.00 4.Total do custo variável por un R$ b)Custos fixos .Embalagem .00 R$ 260.3 EXEMPLOS PARA DISTINÇÃO ENTRE OS CUSTEIOS POR ABSORÇÃO E VARIÁVEL Com o objetivo de obtermos uma idéia mais clara de quais as diferenças que poderiam ocorrer na Demonstração de Resultados e no Balanço Patrimonial com o uso alternativo do Custeio Variável (Direto) e o Custeio por Absorção. Destacando-se dessa forma a necessidade da utilização do Sistema de Custeio por Absorção e.Aluguel .00 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. façamos as seguintes hipóteses: I)A empresa Zito Ltda produz um único produto e que tem os seguintes custos: a)Custos variáveis por unidade . conseqüentemente. é um elemento valioso de análise e por isso deve ser utilizado internamente nas empresas.Mão de obra indireta . mas com certeza aquela que não se enquadrar no Sistema de Custos Integrado à Contabilidade Geral.00 R$ 500.000.Depreciação .000.13.Energia elétrica (iluminação) .Matéria-prima .Mão de obra direta .000.13.Componentes diretos R$ R$ R$ R$ . exige que as empresas tenham Custo Integrado.00 R$ 60. Roberto Biasio . a própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apesar de ainda não estar fiscalizando com rigor as empresas de capital aberto. o Custeio Direto.00 R$ 80. para fins de tomada de decisão.00 2.Total custos fixos 7. Mesmo assim. 000 35.00 = R$ 35.485.Estoque no final do período .000.00 15.155.640.000. Roberto Biasio .00 = 1.00 0.000.00 180.000.000.00 c)Demonstração do Resultado CONTAS / SISTEMAS DE CUSTEIO Receita de venda (33.000 un 12.145.900.Preço de venda unitário R$ 180.120.245.000.CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO VARIÁVEL ITEM dade Unitário Total Unitário Total Estoque Inicial 0 0.00 .000.00) Custo dos produtos vendidos (CPV) LUCRO BRUTO Custos de fabricação (custos fixos) SUBTOTAL Despesas com vendas Despesas administrativas Despesas financeiras LUCRO OPERACIONAL POR ABSORÇÃO 2.2)Custo do produto pelo custeio direto: Como pelo custeio direto só faz parte do custo do produto os custos variáveis de produção. alternativamente os dois sistemas.180.00 .000.00 .Estoque início do período .) -----------------.00.640.00 VARIÁVEL 2.00 = 745.00 0.00 Estoque Final 12.000 x R$ 80.000.00 675.00 Vendas (CPV) 33.00 = 2.000.200.000.000.485.00 .00 R$ 200.00 .00 15.000. então o custo do produto neste caso é de R$ 15.000.Total despesas complementares d)Informações complementares .155.Produção do período .575.00 .00 15.000.00 .00 -------------------R$ 500.00 -045. b)Estoque final e CPV.Despesas administrativas .00 Rateio dos custos fixos (inds.00 420.1. a.120.00 a.000.000 35.Despesas financeiras .000.000.= 20.000.00 1.495.200.00 Produção 45.00 = 1.000.00 por un 45.000 35.Despesas com vendas . pede-se:: a)Custo do produto.000.Utilizando-se.00 = 985.00 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00 R$ 120.000.000.00 + 20.00 495.00 1 .00 = 1.000.00 .00 .00 1. c)Demonstração do Resultado.000.1)Custo do produto pelo custeio por absorção: 900. b)Estoque Final e Custo do Produto Vencido (CPV) Quanti.000.180.000.000 Custo do produto = 15. Dr.000 un R$ 80.000.85 c)Despesas complementares . pelo sistema de custeio por absorção os referidos custos fixos foram incorporados aos produtos.705.00 = 2.000. A diferença entre os dois lucros foi de R$ 240.575.00 . Com isso podemos concluir: sempre que parte da produção permanecer no estoque e não existir estoque inicial.000.00 = R$ 240.000.000.000 35.86 Conclusão: O lucro maior foi obtido através do sistema de custeio por Absorção.000.000.000. pelo sistema de custeio direto os custos fixos (R$ 900.000.Qual seria o resultado obtido pela mesma empresa se ela tivesse um estoque inicial de 12.00 .000 un x R$ 20. b)Estoque Final e Custo do Produto Vencido (CPV) Quanti.00 200.00 pelo o custeio por absorção e R$ 15.00 900.000.560.180.00 = 2.000.00 0.00 = 2. avaliadas ao mesmo custo apurado na produção (R$ 35.00 = 240.000. o resultado pelo sistema por absorção será maior.00 = 2.000.00 = 3.00 e Custeio direto R$ 15. a qual tem sua origem na diferença do estoque inicial (420.00 VARIÁVEL 4.00 c)Demonstração do Resultado CONTAS / SISTEMAS DE CUSTEIO Receita de venda (57.00 .00 (2.000 unidades produzidas)? a)Custo do produto não sofre nenhuma alteração permanecendo o mesmo da hipótese anterior.00).000 unidades em estoque inicial mais as 45.000. Que Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.000. ou seja: Custeio por absorção R$ 35.000.065.00 Estoque Final 0 0.000 x R$ 80.565.000.995.000.000.000 unidades.00) foram considerados como despesa do próprio exercício. numa parcela de R$ 20.000 35.000.00 15. Enquanto Que.065.00 Produção 45.855.00 Conclusão: O lucro maior foi obtido através do sistema de Custeio Direto.00 180.00 855.000.00).00).000.00 .000.560.00 .00 420. Pois.805.000.00 15.000.00 180. ficando o restante como estoque (12.000.000.000.565.CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO VARIÁVEL ITEM dade Unitário Total Unitário Total Estoque Inicial 12. A diferença entre os dois lucros é de R$ 240.00 por unidade.000.180. Dr.00 (985.00 675.00 = 240.00 1.000.00 Vendas (CPV) 57.000 35.000.00 120.00 200.995.00 pelo o custeio direto) e vendesse todas as 57. Roberto Biasio . 2 .00 15.000. somente foi considerada como despesa à parcela correspondente aos produtos vendidos (33.00) Custo dos produtos vendidos (CPV) LUCRO BRUTO Custos de fabricação (custos fixos) SUBTOTAL Despesas com vendas Despesas administrativas Despesas financeiras LUCRO OPERACIONAL POR ABSORÇÃO 4.000.1.745.00 180. maior também será o estoque.000.000.00. pelo sistema de custeio por absorção.00).305.00).00 – 2.000 unidades (12.305.00 120.00 0.000.000 un x R$ 20.00) a qual tem origem na diferença entre os dois estoques (420.000.00 = 2.000.00 1. Que por sua vez originou-se pela forma diferente que foram tratados os custos fixos.000.00 = R$ 660. 87 por sua vez.575.00 VARIÁVEL 3. pelo sistema de custeio por absorção.000.00 = 2.525. não ficou nada para estoque final.00 1.00 = 240.00 200.000. de todos os custos do período (variáveis e fixos).025. passará a ter resultados menores utilizando-se do sistema de custeio por absorção. fazendo com que. Roberto Biasio .925.000 35. em ambos os sistemas. por unidade.000.00 900.00 Vendas (CPV) 45.00 0.00 180.00 .00.00) Custo dos produtos vendidos (CPV) LUCRO BRUTO Custos de fabricação (custos fixos) SUBTOTAL Despesas com vendas Despesas administrativas Despesas financeiras LUCRO OPERACIONAL POR ABSORÇÃO 3.000 x 20.000.CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO VARIÁVEL ITEM dade Unitário Total Unitário Total Estoque Inicial 0 0.00 Estoque Final c)Demonstração do Resultado CONTAS / SISTEMAS DE CUSTEIO Receita de venda (45.00 0. Neste caso percebemos que.000. 3º)Uma vez que.675. no mesmo período.000. não houve repercussão de custos fixos de períodos anteriores (pelo sistema por absorção os estoques possuem uma parcela de custos fixos. 3)O que ocorreria se a mesma empresa não tivesse estoque inicial e nem estoque final (vendeu toda a produção do período)? a)Custo do produto não sofre nenhuma alteração permanecendo o mesmo da hipótese anterior.00 120.000 35.575.000. fez com que não existisse nenhum custo fixo do período absorvido pelo estoque final.00 0.00 15.00 675.025.1. originou-se da parcela de custo fixo incorporada.000. enquanto que pelo sistema direto isto não acontece:).00 = 2.00).000. no próprio período.000.525.00 200.00 e Custeio Direto R$ 15. b)Estoque Final e Custo do Produto Vencido (CPV) Quanti. Isto ocorreu devido: 1º)A venda total da produção. visto que.00 = 1.000.00 120.00 15. todos os custos fixos fossem para o resultado. além é claro.00 180. 2º)Não havendo estoque inicial.025.00 Produção 45. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.000.000. pelo sistema de custeio por absorção. quando a empresa vender toda a sua produção do período e parte de seus estoques iniciais. ou seja: Custeio por Absorção R$ 35. no estoque inicial (12.000. passa a transferir para o resultado parte dos custos fixos que em exercícios anteriores foram considerados como estoques.00 1.00 Conclusão: Não existe diferença entre os dois lucros apurados pelos dois sistemas.000.00 = 2.000 x R$ 80.00 = 1.000.575. Dr.000.600.00 0 0.000. que por conseqüência.00 = 2.000.00 .000.000.00 675.000.600. não tendo estoque inicial e toda a produção do período foi vendida. 000. além de toda a produção do período. 3ª)O resultado será maior pelo sistema direto se a empresa vender.00 .00 . 1)Custeio Direto Tipo de Custos unitários em R$ Bacia Matéria-prima Mão de obra Direta A 40.Mão de obra indireta R$ 130. considerando-se a apropriação dos custos indiretos de fabricação pelos seguintes critérios de rateios: 2. 4ª)O resultado será igual se as vendas da empresa representarem toda a produção do período.00 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.Total R$ 600. Neste caso não havendo consumo de estoques iniciais e nem formação de novos estoques com a produção do período.00 600 B 30.00 100.00 B 30. aumentando o volume de seus estoques.Outros gastos R$ 170.000. levando-os para o estoque.200 b)Custos indiretos de fabricação (fixos): .000. enquanto que o sistema por absorção absorve os custos fixos ao custo do produto.000.00 Total 90.00 110.00 100. º de produtos fabricados.88 Conclusões finais: 1ª)O que difere um sistema de outro é a forma da destinação dos custos fixos. 2.Depreciação R$ 140. o sistema direto os considera como despesa do exercício. Dr.00 ------------------.00 C 50.00 130. 2ª)O resultado será maior pelo sistema de absorção quando a empresa estocar parte da produção do período. Roberto Biasio .A.1)N.00 . II)A empresa Aço Nobre S.00 60.00 .00 Pede-se: 1)Qual é o custo de cada produto pelo sistema de custeio direto? 2)Qual é o custo de cada produto pelo sistema de custeio por absorção.000.00 50.2)Valor da matéria-prima utilizada.00 200 50. 2. produz três tipos diferentes de bacias e computou os seguintes custos durante um mês: a)Custos diretos (variáveis) e produção mensal: Tipo de Custos unitários em R$ Quantidade Bacia Matéria-prima Mão de obra Direta Produzida A 40.00 400 C Quantidade total Produzida 1.Seguros R$ 90.Energia elétrica R$ 70.00 60.3)Valor da mão de obra direta utilizada. parte dos seus estoques iniciais.00 50.000. 00 360.48 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Custo Total p/un 90.67% 100.00% Custos Fixos Total Por Un. s/total 48.48 Custo Var. sendo assim temos: Tipo de Produto A B C Matéria-prima Por Unidade.00 490.027% 32.00 240.00 194. 90.162.00 Custo Var.00 360.00 Custo Variável Unitário.00 Custo Fixo Por Unidade 480.00 50.000.00 % de part. Total dos custos fixos a serem rateados ---------------------------------------------------------------Total da base de rateio utilizada (matéria-prima) = 600.00 495.00 600.000.00 50.2)Valor da matéria-prima Tipo de Prod Quantidade Prod.00 570.200 100.000. 40.000.00 Rateio dos custos fixos = ------------------.592.00 Custo Total Unitário 570.00% 288.00 130.00 Custos Fixos Total Por Un.33% 200.00% 12. 600 200 400 Total Mão de obra Direta Por Total un.00 110.00 110.00 610.81 596.= 12. A B C 600 200 400 Total Matéria-prima Por Total Un.00 60.00 500.00 24.00 Proporção da Base Rateio 12. 50.00 405.00 de matéria-prima que o produto consume deve receber R$ 12. Dr.00 6.000.00 = 50.00 20.246.000.00 C TOTAL 1. s/total 40.00 130.00 30.541% 27. Unit.00 600.00 500. Custo Total p/um 90.00 90.00 162.00 600. Roberto Biasio .000.89 2)Custeio por Absorção: 2. 243.00 por unidade 1.00 20.00% 600.00% 300.000.00 590.000.00 110.00 2.00 30.00 12.00 130.000.00 500. 40.00 490.00 50.81 486.000. estabelecendo-se uma relação entre o total do custo fixo a ser distribuído e o total da base de rateio a ser utilizada (neste caso o valor total da matéria-prima).00 de custos fixos. º de produtos fabricados: 600. Unit.00 110.00 100.00 630.00 710.00 Isto quer dizer que para cada R$ 1.00 12.00 24.00 -----------------.3)Valor da Mão de obra Direta Tipo de Prod A B C Quantidade Prod.00 72.000.00% 40.00 B 200 16.41 810.00 400 33.00 130.000.00 480.000.00 2.000.000.41 940.000.000.00 74.00 710.00 600.= 500.000.00 30.00% 100. % de part.00 Pode-se também usar outra forma para fazer o rateio dos custos fixos.000.1)N.432% 100.200 Distribuição dos custos fixos e determinação do custo unitário dos produtos: Tipo Quantidade Custos Fixos Custo Custo % de Total de Produzida participação Variável Total Por Produto s/ o total p/un unidade Unitário A 600 50. = 8. Roberto Biasio .00 ----------------------------------------------------------------------. III)Utilizando-se dos dados do último exemplo. 2)Custeio por Absorção: 2.00 Proporção da Base Rateio 8.41 810. º de produtos fabricados: 600.00 de mão de obra direta que o produto consume deve receber R$ 8. estabelecendo-se uma relação entre o total do custo fixo a ser distribuído e o total da base de rateio a ser utilizada (neste caso o valor total da mão de obra direta).90 Pode-se também usar outra forma para fazer o rateio dos custos fixos.1081 Custo Fixo Por Unidade 405.00 Rateio dos custos fixos = ----------------.81 486. quando os custos fixos foram rateados utilizando-se como base a matéria-prima. portanto. o custo unitário do produto determinado por este critério será sempre composto de apenas dos custos variáveis.1081 de custos fixos.00 por unidade 800 Distribuição dos custos fixos e determinação do custo do unitário dos produtos: Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00 110.00 Custo Total Unitário 495. proceder os mesmos cálculos do exercício anterior. 90. sendo assim temos: Tipo de Produto A B C Mão-de obra Direta por Unidade.-----------------. Total dos custos fixos a serem rateados = 600.48 Custo Variável Unitário. que a quantidade produzida do produto A passe a ser somente de 200 unidades (no exemplo anterior era de 600 unidades).000. apenas considerando-se uma alteração. ou vice-versa. Esta mudança é tão significativa em muitos casos. porém é o de maior custo nos demais casos.000. 2ª)Pelo sistema de custeio por absorção podemos notar que o valor do custo unitário de cada produto muda em função da simples alteração do sistema de rateio dos custos fixos.1)N. 50. podendo transformar um produto rentável em um não rentável. Dr.1081 Total da base de rateio utilizada (mão de obra direta) = 74.00 Isto quer dizer que para cada R$ 1. podemos perceber que o produto B é o que tem menor custo.000.00 100.81 596.= 750. No exemplo utilizado.00 130.1081 8.1081 8.41 940.00 60.48 Conclusões: 1ª)Pelo critério de custeio direto não há necessidade da existência de rateios dos custos fixos. pelo sistema de custeio por absorção.00 555. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.000. 40.000. Custo Total p/un 90.000.00 750.00% 200 25.41 882.00 750. 200 200 400 Total Matéria-prima Por Total un.00% Custos Fixos Custo Variável Total Por unidade Unitário 150.882. pois os custos fixos são sempre considerados como despesa do exercício.87 659.3)Valor da mão de obra direta Tipo de Prod A B C Quantidade Prod. Roberto Biasio . 4ª)Podemos perceber que com a redução do volume de produção do produto tipo A. s/total 8. Custo Total p/un 90.519% 37.00% 800 100.00 130.00 705.10 776. 200 200 400 Total Mão de obra Direta Por Total Un. s/total 18. 141. conseqüentemente.000.00 20.00% 400 50. o que na realidade não ocorreu.000. independentemente do método de rateio dos custos fixos.00 352. 50.00 266.87 529.00 750.00 300.00 130.00 105.00 6.114.00 705.00 10.00 50.5 1. Unit.41 992.00 600.824% 100.00 110.00 645.174.00 90. Dr. ocorrerá um aumento de custo em todos os produtos. este passou a absorver um percentual menor de custo fixo.00 60.00 110. mesmo daqueles que não sofreram alteração.00 % de part.000. aumentando a participação dos demais produtos.00 100.000.00 34.00 23.00 600.00 54.00 880.00 2. 111.000.57 1.00 130. Unit.664.00 % de part.000.444% 100.000.00 24. Distorções estas que poderão levar-nos a tomar medidas incorretas.66 Conclusões: 1ª)Qualquer mudança nas quantidades produzidas. Isto pode ocasionar a interpretação de que os demais produtos ficaram mais caros.251. podemos concluir que ao utilizarmos o sistema de custeio por absorção deveremos tomar muito cuidado com as bases e critérios de rateios utilizados. 3ª)No sistema de custeio direto a variação no volume de produção não afeta o custo individual do produto. pois se não forem bem usados eles poderão levar a respostas com grandes distorções.00% Custos Fixos Total Por Un.00 20.220. acabará afetando o custo final dos produtos.00 860.11 666.529% 17.91 Tipo de Produto A B C TOTAL Quantidade % de Produzida participação s/ o total 200 25.000. independentemente do volume de produção.36 Custo Var.66 2.00 150.000.00 224. ao se adotar o sistema de custeio por absorção.037% 44. 2ª)Com a redução da produção de um tipo de produto.2)Valor da matéria-prima Tipo de Prod A B C Quantidade Prod.36 Custo Var.121.00 110.00% Custos Fixos Total Por Un.944. 5ª)Finalmente.00 30.00 600.00 Custo Total p/un 840.000.000.647% 58. poderá ocorrer que o de margem maior individual tenha a margem de contribuição total menor. Com o objetivo de analisarmos a margem de contribuição.2. 10. 10.1. porém quando formos computar o total da margem de contribuição deste produto e confrontar com outro. E sempre que tivermos que optar entre dois produtos devemos fazê-lo optando pelo que nos traz a maior margem de contribuição total.1 CONCEITO Margem de Contribuição é a diferença existente entre a receita proporcionada pelo produto e o seu custo variável. É o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e lhe pode ser imputado sem erro. É o valor obtido através da multiplicação da margem de contribuição unitária pela a quantidade vendida de cada produto respectivamente.1 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA A margem de contribuição unitária é a diferença entre os custos variáveis unitários apropriados ao produto e a receita gerada pelo mesmo.1 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO X VOLUME Muitas vezes uma margem de contribuição unitária poderá nos impressionar por sua rentabilidade. Embora. começaremos com um exemplo onde procuraremos evidenciar a necessidade de determinar sempre a margem de contribuição total de cada produto e não apenas a unitária.2 MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS 10. A Margem de Contribuição pode ser classificada em: margem de contribuição unitária e margem de contribuição global ou total.1. 10.10 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 10. tendo a propriedade de dimensionar a capacidade de amortização dos custos fixos e a formação do lucro unitário.2 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO GLOBAL OU TOTAL A margem de contribuição total é a diferença entre os custos variáveis totais e a receita gerada pelas vendas da empresa num determinado período. esta . C 5 unid.00 450.00 2º lugar Produto B R$ 120.00 300.00 5.00 250.00 250.500.00 2.00 1.500.750.00 xxxxxxxxxx 150.00 1.00 900.000.00 2. Primeiro vamos mostrar que não é possível utilizarmos o percentual de margem de contribuição para tomada de decisão.00 As colocações diferentes entre os produtos por valor relativo (%) e por montante de margem de contribuição comprovam o princípio de que a base para tomada de decisão visando à maximização de lucros será.00 550. Total limitante D 100. A 5 unid. mas sim Margem de Contribuição. produto R$ Total (=) Margem % contrib.500.750.00 180.00 de Produção 500.00 110. 20 unid. devemos decidir sempre em relação à margem de contribuição total gerada por cada produto.00 2.00 70% 40% 55% 50% 50% 70. por produto R$ Total (-) Custo Fixo R$ (=) Resultado R$ 5 unid. B 5 unid.00 200. Muito menos devemos utilizar o percentual da margem de contribuição sobre o valor de venda de cada produto como ponto de referência para a tomada de decisão.93 última seja necessária para obtermos a primeira.unitária R$ p/unit. o resultado em Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00 1. já que de fato não pertencem a este ou àquele produto.00 500.00 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 2.00 4º lugar Produto A R$ 350.00 R$ de Margem de Contribuição Total 1º lugar Produto D R$ 1.500.00 120. Considerando o quadro acima os produtos teriam a seguinte classificação: % de Margem de Contribuição 1º lugar Produto A 70% 2º lugar Produto C 55% 3º lugar Produto D 50% 4º lugar Produto B 40% R$ de Margem de Contribuição Unitária 1º lugar Produto D R$ 250.250. e sim ao global. Roberto Biasio .00 3º lugar Produto C R$ 550.00 90. não determinamos o "lucro" por produto. portanto. os Custos Fixos são deduzidos da soma de todas as Margens de Contribuição.00 1.250. Para o exemplo consideremos que a empresa "X" possua os dados constantes no quadro a seguir: Volume Produtos Preços em R$ Total Vendas em R$ (-) Custo % Variável por R$ p/unit.00 xxxxxxxxxx 350.250.00 600.00 30% 60% 45% 50% 50% 30. Dr.00 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 250.00 Observação: Quando analisamos a margem de contribuição.00 3º lugar Produto C R$ 110.00 2º lugar Produto B R$ 600.00 4º lugar Produto A R$ 70. 00 4º lugar Produto D R$ 1.00 2º lugar Produto B R$ 120. 10 unid.00 300.00 3.400.00 de Produção Preços em R$ 2.400.00 2. que determine um número máximo de produtos totais a serem produzidos. se a empresa só pode fabricar um número "X" de produtos.94% (-) Custo % 30.000. É possível perceber que sendo iguais as quantidades produzidas de todos os produtos.500.00 Total Vendas em R$ 30% 60% 45% 50% 46.00 R$ Total 1.200.00 1.00 4.000.800. será este "X" multiplicado pela maior margem de contribuição unitária que gerará a maior margem de contribuição total.00 250.00 1.00 500. no momento em que as quantidades produzidas se mostram em montantes diferentes de um produto para outro.06% (=) Margem % 70.000. por produto 5. É preferível um resultado com percentagem baixa e valor absoluto alto à situação inversa. Ou então vejamos como ficaria se os mesmos produtos.00 1.00 9.00 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 2.00 90. as colocações podem se inverter caso os produtos de baixa contribuição unitária sejam produzidos em quantidades muito superiores aos de maior margem de contribuição unitária.680.000.00 120.00 2º lugar Produto C R$ 1.00 xxxxxxxxxx Variável por R$ p/unit.00 1.00 xxxxxxxxxx contrib. Pois.080. 4 unid.00 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Roberto Biasio .00 250. 12 unid.00 110. Volume 24 unid. % de Margem de Contribuição 1º lugar Produto A 70% 2º lugar Produto C 55% 3º lugar Produto D 50% 4º lugar Produto B 40% R$ de Margem de Contribuição Unitária 1º lugar Produto D R$ 250. Total limitante Produtos A B C D 100.00 R$ Total 70% 40% 55% 50% 53.00 R$ de Margem de Contribuição Total 1º lugar Produto A R$ 1.00 2.600.94 valor e não em percentagem.00 1.00 200. do exemplo anterior fossem produzidos nas seguintes quantidades. Isto faz com que a empresa. ela deva optar sempre em produzir o produto de maior margem de contribuição unitária.00 (-) Custo Fixo R$ xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 2.00 180. ao enfrentar um fator limitante.320.700.320.00 1.unitária R$ p/unit.800.00 4º lugar Produto A R$ 70.200. Porém.000.00 3º lugar Produto C R$ 110.00 3º lugar Produto B R$ 1.680. Produto Quantidade produzida A 24 B 10 C D 12 4 50 unid. Produto 720.00 (=) Resultado R$ Considerando-se o quadro acima os produtos passariam agora a ter a seguinte ordem de classificação. Dr.200. a colocação pela margem de contribuição unitária e total permanece inalterada. quando nos depararmos com algum tipo de fator limitante de produção. O percentual de margem de contribuição é importante quando queremos analisar a rentabilidade que o produto proporciona sobre o preço de venda. para obter medidas comparáveis de lucratividade do produto. Em tais casos. por percentagem e margem de contribuição unitária permaneceram inalteradas. Isto é. A relação deve ser multiplicada pela rotação de estoque (número de vezes que o estoque é vendido por ano). chegamos a conclusão que o produto que nos possibilitava um maior lucro era àquele que possuía maior margem de contribuição. o critério para os lucros máximos. O objetivo é maximizar os lucros totais. em cruzeiros reais. Assim. nunca em percentagem. este pode reverter totalmente à posição anterior. certo tipo de peça comum a todos os produtos fabricados etc. demanda. limitativo ou crítico).2. é a maior contribuição possível aos lucros por unidade de fator restritivo. Sendo que. 10. O fator restritivo é o item que restringe ou limita a produção ou venda de determinado produto. porém para fins de maximização do resultado total. Porém. uma relação do tipo índice de margem de contribuição é um indício suficiente para a lucratividade. a uma dada capacidade. porque está determinada pelo produto que faz a maior contribuição total. 10. horas de mão de obra. quando a produção não for uniforme entre os produtos. metros cúbicos de espaço para apresentação de produtos. podendo ser horas-máquina. Para podermos observar o quanto um fator limitante influencia na decisão de escolha do produto mais lucrativo faremos alguns exemplos ilustrativos a seguir: Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.2. o que realmente importa é à margem de contribuição total que cada produto proporciona. que dependem da consecução da maior margem de contribuição por unidade de fator restritivo (espaço. muitas vezes é necessário decidir que ordens se devem aceitar. Para fins de análise do lucro individual de cada produto é importante analisarmos a margem de contribuição unitária em valores monetários. enquanto que. Com isso percebemos que o fundamental é observarmos sempre a margem de contribuição total que cada produto proporciona.2. Neste último exemplo ocorreram três ordens de classificações diferentes uma das outras.2 FATORES LIMITANTES DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA Quando uma indústria fabrica muitos produtos e está sendo operada à capacidade máxima. O fator restritivo varia de caso a caso. não significa necessariamente que os produtos a serem favorecidos sejam os que apresentam os maiores índices de contribuição por unidade de produto ou vendas monetárias. Roberto Biasio .95 Com as novas quantidades determinadas para cada produtos ocorreu uma inversão total na classificação por margem de contribuição total. é a classificação por margem de contribuição total que demonstra em ordem decrescente os produtos que mais maximizam os lucros.1 Horas-máquina como Fator Limitante: Quando analisamos a maximização dos lucros sem fator limitante de produção. total. principalmente. Dr. A abordagem da margem de contribuição fornece os dados para uma decisão apropriada. 96 Produção sem Fator Limitante Produtos A Preço de venda unitário 100.00 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.necess.00 Com o fator limitante de 600 horas-máquina os produtos passariam a ter a seguinte ordem de classificação por lucratividade: 1º lugar 2º lugar 3º lugar 4º lugar Produto A Produto C Produto D Produto B R$ 8.400. passando os mais lucrativos a serem os menos lucrativos e. a escolha de produzir e vender recairia em cima dos produtos de maior margem de contribuição unitária.400.00 120.250. Não possuindo nenhum outro fator limitador (demanda. Roberto Biasio .00 3. assim sendo a escolha obedeceria a esta ordem: 1º lugar 2º lugar 3º lugar 4º lugar Produto D Produto B Produto C Produto A R$ 250. Dr.00 90.00 Margem de Contribuição unitária 70.00 C 200.00 B 300.00 600 8 75 110. mas o seu surgimento poderá fazer com que ocorra alteração na ordem encontrada.00 600 20 30 120.00 Custo variável unitário 30.000.600.00 250.00 R$ 70.00 R$ 110. os com menor lucro passarem a serem os de maior lucro.p/cada unid.00 R$ 3.00 R$ 120. Alteração esta.00 250.00 D 500. que poderá representar a inversão total de rentabilidade dos produtos. sempre vai surgir algum tipo de fator limitante. Muitas vezes este fator não altera a ordem estabelecida anteriormente.00 600 25 24 250. Nº produtos possíveis de serem fabricados Margem de contribuição unitária por produto Margem de contribuição total A B C D 600 5 120 70.250. Produtos Total de horas-máquina Horas-máq.00 Porém.600. espaço) qual o produto que ela deveria escolher? Para obtermos esta resposta devemos achar a margem de contribuição total de cada produto em função do fator limitador apresentado.00 R$ 8. Consideremos que como fator limitante o número de horas-máquina existente na empresa e que para produzir uma unidade de cada tipo de produto é necessário a quantidade de horas-máquina estabelecidas no quadro a seguir: Produção com Fator Limitante (Horas-máquina) Produtos A Horas-máquina necessárias para cada produto 5 B 20 C 8 D 25 A empresa possui uma capacidade instalada total de 600 horas-máquina.00 6.00 R$ 6.00 180.00 Não existindo nenhum fator limitante.00 8.de cada prod.00 110.000.00 8. 10.75 R$ 10.2 Horas-máquina e Demanda como Fatores Limitantes: Agora vamos associar dois fatores limitantes ao mesmo tempo. deixando de produzir os demais produtos. o produto A sem fator limitante estava em quarto lugar.). Então como fazer para maximizar os lucros neste caso? Devemos produzir os produtos de maior margem de contribuição pelo fator limitante horas-máquina. sendo que.00 Como podemos perceber. Continuando com o exemplo colocado anteriormente. Roberto Biasio .00 3º Com base nessa última forma a classificação a ordem de prioridade de produção seria a mesma apresentada anteriormente.75 4º 2º 250. mas não na mesma proporção (cinco vezes maior). Isto ocorreu porque no mesmo espaço de tempo (600 horas-máquina) é possível produzir cinco vezes mais do produto A em relação ao produto D. se só existe demanda para 20 unidades. o produto D passou de primeiro para terceiro lugar.00 25 10.00 D 110. porém até atingir a demanda existente.00 5 14.97 Outra forma de classificar os produtos em função de um fator limitante é dividir a margem de contribuição unitária de cada produto pelo número de unidades de elementos do fator limitante que cada produto consumo. sendo.2.00 R$ 13.de cada prod.00 20 6. a margem de contribuição unitária do produto D é maior do que a do produto A. Dr. Assim.00 1º B C 120. produto chamarisco. Porém.unitária por fator limitante Classificação MC total por Hora-máq. Produtos A Margem de contribuição unitária por produto Horas-máq. porém com a existência do fator limitante horas-máquina ele passou a ser o primeiro.00 R$ 6. Vejamos como ficaria: Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. acrescentamos os seguintes dados: Produção com Fator Limitante (Demanda) Produtos Demanda existente (nº de unidades) A 20 B 80 C 50 D 30 Com a demanda apresentada notamos que de nada adianta produzir 120 unidades do produto A.p/cada unid. Margem de contrib. etc. Enquanto que. pode existir outros fatores envolvidos nesta escolha que impedem a empresa de deixar de fabricar os outros produtos (demanda.necess. 70. a empresa deveria optar em produzir 120 unidades do produto A. ou seja. 1º lugar 2º lugar 3º lugar 4º lugar Produto A Produto C Produto D Produto B R$ 14.00 8 13.2. devemos localizar a margem de contribuição total de cada produto.900.00 xxxxxx 5.00 7. Dr. A importação demora cerca de 90 dias para ser concretizada.2. onde não havia fator limitante e os produtos tinham as seguintes margens de contribuições unitárias. necessitando ser importado.00 4.000.00 - C D Total 50 30 180 8 25 xxxxx 400 750 2.00 4º lugar Produto A R$ 70. Nº produtos possíveis de serem fabricados Margem de contribuição unitária por produto Margem de contribuição total A B C 120 2 60 70.98 Produtos Demanda existente Horas-máq.00 1.00 120 4 30 110. até esgotar o total de horas-máquina disponíveis.000.600 4º 120.00 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Produção com Fator Limitante (Componente) Produtos Quantidade de rolamentos para cada unidade A 2 B 8 C 4 D 3 Voltamos ao exemplo anterior.00 3.utilizadas / disponíveis Quantidade de produtos fabricados Margem de contribuição unitária Margem de contribuição total A B 20 5 100 1º 100 20 70.p/cada unidade.de cada prod. Horas-máq.400. porém em quantidade variada.400.00 Conforme o quadro acima. 10.00 250. Horas-máquina para toda a demanda Classificação MC total por Hora-máq.00 2. sempre preenchendo primeiro a dos produtos de maior margem de contribuição total. atualmente não existe no mercado nacional.necess.00 D 120 3 40 250.300. A empresa atualmente possui um estoque de 120 rolamentos.00 80 20 1. agora apresentado (componentes). Roberto Biasio . por fator limitante horas-máquina. já levando em consideração o fator limitante.3 Componente como Fator Limitante: Neste caso vamos analisar a existência de fator limitante num determinado componente que serve para todos os produtos.200.p/cada un.00 120 6 20 120.00 Façamos agora a determinação da Margem de Contribuição Total de cada produto em função do fator limitante. para o que vem logo em seguida. as 600 horas-máquina seriam utilizadas de forma a produzir as quantidades necessárias para atender a demanda. Os quatro produtos produzidos pela empresa necessitam de um tipo especial de rolamento.2. Como deverá ela distribuir este estoque em relação aos produtos a serem fabricados? Primeiro devemos saber qual é a quantidade de rolamentos que cada produto necessita. cujo. Posteriormente.850 2º 3º xxxxxx 400 100 600 50 4 74 110.500. Produtos Total de rolamentos Rolamentos necess. passando posteriormente.00 3º lugar Produto C R$ 110.00 10.00 1.00 2º lugar Produto B R$ 120. em ordem decrescente: 1º lugar Produto D R$ 250. 00 R$ 2.00 R$ 4. maior será a dificuldade de identificarmos quais os produtos e em que quantidades devem ser produzidos para que ocorra a maximização do lucro.00 80 6 480 4º 120. uma certa matéria-prima. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Rolamentos utilizados / disponíveis Quantidade de produtos fabricados Margem de contribuição unitária Margem de contribuição total A B C 20 2 40 2º 30 15 70. demanda. Vejamos como ficaria: Produtos Demanda existente Rolamentos para cada unidade.4 Componente e Demanda Como Fatores Limitantes: Agora vamos ver como ficaria se os mesmos produtos enfrentassem os dois fatores limitantes simultaneamente (componentes . como horas-máquina. podemos concluir que: se não houver limitação na capacidade produtiva.00 xxxxxx 7. observados os dois fatores limitantes aqui apresentados? Devemos produzir os produtos de maior margem de contribuição pelo fator limitante componentes (rolamentos). seria ele o escolhido para ser produzido.00 1. Dr. quando tratamos da demanda como fator limitante.00 R$ 3.550.rolamentos e demanda). interessa o que produz a maior Margem de Contribuição Total pelo fator limitante da capacidade.000. mas se existir.00 - 50 4 200 3º 110.200. porém até atingir a demanda existente.2.400. 10.2. não havendo mais nenhum fator limitante.300. conseqüentemente.2. O problema de formular os programas mais lucrativos de produção e composições de matérias-primas é essencialmente o de maximizar a contribuição em face de diversos fatores limitativos.2. os produtos passariam a ter a seguinte ordem: 1º lugar 2º lugar 3º lugar 4º lugar Produto D Produto A Produto C Produto B R$ 10.99 Com a presença do fator limitante de 120 rolamentos disponíveis.00 Após analisarmos os exemplos aqui colocados. Pode ocorrer que existem num mesmo período diversos fatores limitando a capacidade da empresa.00 Neste caso o produto de maior margem de contribuição total pelo fator limitante é o D. Para este exemplo vamos considerar o fator limitante componente a quantidade de rolamentos apresentada no exemplo anterior e a demanda àquela apresentada no exemplo 2.00 - D Total 30 180 3 xxxxx 90 810 1º xxxxxx 90 120 30 45 250. Roberto Biasio . Quais os produtos que deveriam ser produzidos.050.00 8. Rolamentos para toda a demanda Classificação MC total por rolamento. Pode haver muitos fatores restritivos que tenham de ser utilizados por cada tipo diverso de produto. espaço físico.500. etc. Quanto maior for o número de fatores limitantes conjugados ao mesmo tempo. interessa o produto que produz maior Margem de Contribuição por unidade. os preços mínimos a curto prazo pelos custos variáveis de produzir e vender.00 (preço de venda). preços e lucros e. A abordagem da contribuição fornece os dados necessários a uma decisão apropriada.00. porque cada item é direta e especialmente identificável com determinado segmento de atividade ou produto.00 nas vendas pode ser facilmente calculado como 0. As decisões deste tipo são realmente determinadas por uma comparação dos custos adicionais visando ao aumento na receita de venda. quanto mais baixo o índice. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. 40% de R$ 600. leva a decisões mais sábias sobre preços. CUSTOS VARIÁVEIS E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO A alocação de receitas e de custos variáveis é. pode-se avaliar prontamente seu realismo pelo cálculo do número de unidades a vender para conseguir os lucros desejados. Os partidários da abordagem contributiva afirmam que a apuração de custos com destaque para a margem de contribuição ajuda os gerentes a entenderem a relação entre custos.4 VANTAGENS DOS ÍNDICES E MARGENS DE CONTRIBUIÇÃO As vantagens de saber os índices e as margens de contribuição das divisões. As mudanças dos lucros líquidos podem ser facilmente calculadas multiplicando-se a alteração no número de unidades pela margem de contribuição unitária ou multiplicando-se o aumento na receita de vendas pela taxa de contribuição marginal.00. direta. f)Em última análise. se o produto recupera mais que seus custos variáveis está dando uma contribuição aos lucros gerais.00 (40% de R$ 50. Normalmente. b)As margens de contribuição são essenciais para auxiliar os administradores a decidirem se um segmento produtivo deve ser abandonado ou não.100 10.3 RECEITAS. Roberto Biasio . quanto maior for o índice da margem de contribuição. portanto. O cálculo é facilmente feito dividindo-se os custos fixos mais o lucro desejado pela margem de contribuição. volume. linhas de produção e de produtos podem ser resumidas da seguinte maneira: a)Os índices de margem de contribuição muitas vezes ajudam a administração a decidir que produtos devem merecer maior esforço de venda ou ser colocados em planos secundários ou simplesmente tolerados pelos benefícios de vendas que puderem trazer a outros produtos. d)Quando se chega à conclusão quanto aos lucros desejados. descontos especiais. e)Muitas vezes é necessário decidir sobre como utilizar determinado grupo de recursos (exemplo: máquinas ou insumos) de maneira mais lucrativa. Dr. a taxa de Margem de Contribuição do Produto "X" é R$ 240. em geral. melhor é a oportunidade de promover vendas. maior será o aumento do volume de vendas necessário para recuperar os compromissos de promover vendas adicionais. c)As margens de contribuição podem ser usadas para avaliar alternativas que se criam com respeito à redução de preços. 10. isto é. Esta informação é fornecida prontamente dentro da abordagem de contribuição. campanhas publicitárias especiais e de prêmios para aumentar o volume de vendas.00). porque esta decisão é determinada pelo produto que der a maior margem total aos lucros. O aumento do lucro líquido resultante de um aumento de R$ 50.40 x R$ 50. A curto prazo. Por exemplo. os preços máximos são estabelecidos pela demanda do consumidor. ou seja. R$ 20. e o estudo de suas causas e efeitos que possam apresentar. incluindo-se estudos de tempos e movimentos de cada operação. podendo-se.11 CUSTEIO PADRÃO Antes de definirmos o que seja custeio padrão. torna-se necessário repetir algo do que já foi dito a respeito de custo. E se o mercado não comportar o preço razoável? O Custo Histórico registra fenômenos de uma época ou período de produção e. mas sempre algum tempo depois e. Essas e outras considerações são sistemas adicionais de custos numa programática que melhor assegure a rentabilidade dos investimentos. para que se estabeleça o princípio. por isso mesmo. o custo histórico. também chamados de "reais" ou "efetivos". Até aqui havíamos estudado o custo em base de fenômenos ocorridos. conhecer quanto custou aquilo que se produz.1 CONCEITO A forma mais eficiente de se controlar custos é a utilização do sistema de custos padronizados. pois. porém levando em conta as naturais deficiências do homem e da máquina. mesmo que se compare diversos períodos passados. quando houver uma comparação sistemática com os custos calculados "a posteriori". obrigatoriamente em outro. Custo-padrão é um sistema de apropriação prévia dos consumos na produção. é certo que se adote medidas corretivas. de maneira científica. Dificilmente. com conhecimento de causa. Custos-padrão são custos determinados previamente. pois a peculiaridade de um determinado período não se repete. . O seu controle. mas certo ainda são as medidas preventivas. apura-se o custo histórico no momento em que o produto é terminado. 11. Custo é o consumo de valores na obtenção de bens. até que se determine o custo. no entanto. É um pré-cálculo de custos dos produtos. ignorase o grau de eficiência de fabricação ou por quanto poderá ser vendido o produto com uma margem razoável de lucro. possibilitam uma melhor administração dos meios de produção. corrigir as deficiências do processo adotado. É necessário sabê-lo antes de se produzir ou mesmo antes de investir para produzir. também chamados custos-padrão ou "standard". a acumulação dos valores consumidos na obtenção do produto. imputando-os com eqüidade. Não basta. Torna-se valioso instrumento de análise administrativa e descontrole. nem sempre pode servir de orientação para o futuro. o fundamento e o objetivo. baseados em cálculos analíticos rigorosos sobre processos produtivos. em conjunto com o conhecimento íntimo dos processos industriais e consciência dos problemas de fabricação fornecerá ao executivo uma excelente ferramenta de controle. Algumas peculiaridades desse termo são expostas a seguir: Todos os custos-padrão são custos predeterminados. Dr. b)Estudos de tempos e motivação das operações. Os custos-padrão são um meio rápido para fazer uma estimativa de custo para os preços de novos produtos e o sistema fornece uma base conveniente para o planejamento e previsão. As oscilações do mercado. avaliar a eficiência da empresa.dispensando. Os custos-padrão são estabelecidos por um processo científico. que se apoia. a acumulação de custos detalhada para todas as ordens que atravessam a fábrica. coletando dados em diversas fontes. portanto um estudo cuidadosamente planejado do método de fazer o produto ou de prestar o serviço. na imputação dos valores. mediante a análise dessas variações.102 O custo-padrão é um sistema de apropriação dos consumos na produção. à produção. custos predeterminados que representam apenas uma média de custos passados. O uso de custos-padrão e variâncias. utilizando-se a experiência passada e presente.apoiasse no princípio fundamental da administração por exceção ou administração do excepcional. cientificamente. todavia nem todos os custos preparados antes das operações são incluídos na categoria de custo-padrão. a instabilidade da moeda e outros fenômenos não invalidam ou desmerecem o custo-padrão. Procuraremos descrever algumas delas a seguir: Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. pois são controláveis satisfatoriamente. O "padrão" é um custo planejado que permite. Daí o processo de determinação dos custos-padrão geralmente incluir: a)Uma seleção cuidadosa do material. portanto. permitindo. O termo "custo-padrão" ou "padrão" possui diversos significados e implicações. Roberto Biasio . para administrar a empresa através do controle dos custos reais pela sua comparação com os custos planejados (padrão eficiente). podendo a diferença indicar eficiência ou ineficiência. O sistema de custos-padrão é um recurso de valor incalculável por sua análise automática de variâncias e exonomias que proporciona a avaliação de estoque e produção ao "padrão” . c)Um estudo de engenharia do equipamento e das operações de manufatura. Ele serve. através da comparação com o custo real. Os custos-padrão representam.uma técnica administrativa das mais modernas e eficazes . 11. com eqüidade. O custo-padrão também chamado "standard" . devem ser geralmente chamados de "custos estimados". e previamente. a determinação das variações de custo para mais ou para menos. Por outro lado. ou uma opinião envolvendo um estudo científico das operações. objetivando uma computação justa e correta de quantidade e valores programados para vigência de um determinado período. O Custo-padrão tem esse mérito e a eficiência de seus resultados depende quase sempre do rigor de sua aplicação.2 ESPÉCIES DE CUSTO-PADRÃO Existem diversas acepções de custo-padrão. 2. . por exemplo. Este tipo de custeio-padrão tem por objetivo (hoje em franco desuso) fabricar um custo "em laboratório". mas aquela medida num intervalo de tempo observado no teste. . . No final.leva em consideração os fatores de produção que a empresa tem a disposição realmente. Suas principais características são: . fazendo-se alguns ajustes em função de varianças esperadas. com a mais eficiente mão de obra viável. fornecimento de energia etc.fixa valores que a empresa deverá alcançar ao longo de vários exercícios. Roberto Biasio . Suas principais características são: . a 100% da capacidade da empresa. já que serviria apenas para comparações realizadas no máximo uma vez ao ano. 11. É um valor que a empresa considera difícil de ser alcançado.1 CUSTO-PADRÃO IDEAL Sob esta acepção o custo-padrão é entendido como sendo o custo ideal de fabricação de um determinado item. Isto é. . sem nenhuma parada por qualquer motivo. O uso do custo-padrão ideal é extremamente restrito. a não ser as já programadas em função de uma perfeita manutenção preventiva etc. As perdas de material seriam apenas as mínimas admitidas como impossíveis de serem eliminadas pela Engenharia da Produção. 11.2.considera somente fatores ideais que a empresa deveria ter. então o valor conseguido com o uso das melhores matérias-primas possíveis.2. mão de obra. equipamentos. apenas para se ter uma idéia de quanto se evoluiu com relação há anos anteriores. com experiências usando o operário mais bem habilitado. . sem se considerar sua produtividade oscilante durante o dia. os cálculos relativos a tempo de fabricação (de homem ou máquina). seriam feitas com base em estudos minuciosos de Tempos e Movimentos. e não a meta fixada para o próximo ano ou para um determinado mês. mas com a diferença de levar em conta as deficiências subitamente existentes em termos de qualidade de materiais. Seria. e assim por diante.só considera falhas que possam ser sanadas por parte da empresa.só exclui as falhas que cientificamente não podem ser sanadas. .fixa valores que a empresa teria que alcançar no momento (podem ser difíceis.2 CUSTO-PADRÃO CORRENTE Este diz respeito ao valor que a empresa fixa como meta para o próximo período para um determinado produto ou serviço. mas não impossíveis). Suas principais características são: Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. por exemplo.só tem base em estudos científicos.103 11.tem base e estudos teóricos e testes práticos.3 CUSTO-PADRÃO ESTIMADO O custo-padrão estimado é aquele obtido através de estudos de dados passados. Dr. mas não impossível. custo-padrão ideal seria um objetivo da empresa a longo prazo. Podem empregar-se o controle dos custos para comparar e medir realizações. exige que determinados estudos sejam feitos. Por exemplo. Por ser custo planejado. exige-se que a empresa faça uma averiguação da produtividade de cada máquina. O custopadrão corrente é mais elaborado. analisar resultados e determinar os motivos por que os custos reais diferem dos padrões. em função da não consideração de variação de produtividade.só leva em conta os aspectos práticos. extremamente teórico). enquanto que o estimado é o que deverá ser. tais como volume de atividade. Podem empregar-se os custospadronizados na administração para a determinação de programas. (O custo-padrão ideal tende a ser. consumo de energia e lubrificantes que deveria ter etc. ou reconhecimento das que excedem esse mesmo padrão.o custo obtido é aquele que deverá ser e não aquele que deveria ser. enquanto este é o que normalmente a empresa deverá obter. não considerando os aspectos teóricos. para fixação do custo-padrão corrente. Em nosso estudo. permite o controle dos custos reais e indiretamente o controle de toda a empresa. estaremos nos referirmos ao custo-padrão Corrente. bem como apuração de responsabilidades pelas realizações que ficarem abaixo do padrão. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. considerando-se as suas características técnicas. mudança de equipamentos etc.3 OBJETIVOS Conforme já foi exposto. . Dr. Ele é determinado na fase de planejamento e é utilizado na fase de controle. introduzindo algumas alterações esperadas. Aquele é o que a empresa deveria alcançar se conseguisse atingir certos níveis de desempenho. tais como volume que deveria produzir (talvez fornecida pelo próprio fabricante). e apenas introduz algumas modificações esperadas. que representam as duas funções administrativas básicas da empresa.baseia-se apenas em dados passados. pegar-se-ia simplesmente a média passada. Haverá um custo padronizado para cada artigo. Podem utilizar-se os custos padronizados para quaisquer fatores que entrem na contabilidade de custos. é criar condições para uma melhor administração da empresa. suscetível de emprego com bastante precisão para fins administrativos e de controle dos custos. A principal diferença entre o custo-padrão corrente e este é que o custo-padrão corrente é o custo que deveria ser. no sentido de que faz a união entre aspectos teóricos e práticos da produção. por outro lado. medida de resultados.104 . este fato não seria percebido. enquanto que o custo estimado só levaria em conta os práticos. O custo-padrão corrente é o mais "científico". 11. O custo-padrão é a importância que se pode considerar característica do custo de um artigo ou de um fator qualquer. sempre que falarmos em custo-padrão. Para o custo estimado. permitindo e contribuindo para que sejam atingidos os objetivos da empresa. O objetivo final do custo-padrão é fazer com que os planos e a realidade se encontrem. podendo por isso nunca apontar defeitos ou ineficiências que seriam sanadas com aquele. . Roberto Biasio . o objetivo fundamental do custo-padrão. enquanto que o estimado parte da hipótese de que a média do passado é um número válido. e se por um problema de regulagem a máquina estivesse consumindo mais energia do que deveria. tempo. determina-se o custo do material a ser fabricado. determinar o custo-base de cada peça a ser produzida na empresa. estima-se as quantias específicas de: materiais. Dr. em virtude de ser um só custo unitário.105 operação ou departamento ou para classe de custos. com antecedência. eis que por outra forma poder-se-ia frustrar o emprego dos padrões em virtude de deficiências ou falta de exatidão. esse tipo de custo é um sistema fundamentado na predeterminação das operações. Essa estimativa tem vários usos entre eles: como base para estabelecer preços de vendas. poderá ser corrigido ante as informações advindas do que realmente ocorrer na prática. servirá de padrão a ser seguido. portanto. custo-padrão representa uma estimativa dos custos tais como deveriam ser dentro de certas condições de mercado e de operações. chega-se ao preço de venda. medindo-se os desvios do padrão estabelecido e processando as devidas análises de correções. tempo e outros. oriundos da instituição do custo-padrão ou standard. Usualmente utiliza-se o custo-padrão (standard) com intuito de criar um sistema de controle. Assim. antes do início da produção. este sistema poderá ser usado para determinar o valor do inventário.2 CUSTO-PADRÃO PARA MEDIR A EFICIÊNCIA DA PRODUÇÃO Com a existência de dados de custos. O uso do custo standard ou padrão não requer a existência de um sistema contábil. formal. é o de fixar uma base de comparação entre o que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido. bem como outras informações disponíveis. não será necessário conhecer o preço unitário quer seja de cada lote. através da experiência e vivência. Assim.3. mão de obra e outras despesas que se esperam ser necessárias para a elaboração do produto ou serviço. determina-se às variações no processo de produção. com base numa venda ou orçamento. Roberto Biasio . Levando esse custo. para medir a eficiência da produção. Através do custo-padrão ou standard poder-se-ia. 11. bem como. peça ou ordem de Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. 11. exigir-se-á um estudo especializado. para determinar o valor de inventário e como base para orçamentos. oferecendo facilidade funcional. mão de obra. Seu grande objetivo. 11. Exercendo-se uma política de controle e verificação dos padrões preestabelecidos. Conseqüentemente. O emprego do correto e completo dos custos padronizados exige a existência de padrões para todos esses elementos. posteriormente. Conseqüentemente. onde se refletirá o material que vai ser consumido. tempo. Contudo. por peça ou produto.3.3. uma vez que um sistema de custo real ou atual poderá ser a base desse sistema de custo. Dessa forma. Em resumo. na execução das operações. para fins de comparação.3 CUSTO-PADRÃO PARA DETERMINAR O VALOR DO INVENTÁRIO Com a existência dos padrões estabelecidos numa empresa. bem como a utilização de experiência anterior para formalizar a definição desse tipo de custo. se for o caso. será possível analisar as deficiências geradas por gastos excessivos de materiais.1 CUSTO-PADRÃO COMO BASE PARA ESTIMAR PREÇOS DE VENDA O estabelecimento de preços de vendas através do custo-padrão ou standard ocorre antes de se iniciar a produção do produto. devem-se conhecer os preços da época para qual se elabora os orçamentos. além de sabermos a respeito de desfalques. dando-nos condições de ajustá-las contabilmente. conhecendo-se a linha de produtos. despesas acessórias e etc. e da comparação entre ambos é que se estabelecem as variações aritméticas para mais ou para menos. ter-se-á a base para elaborar o orçamento geral. pois. com base na compilação desses dados e no que se vai vender. para que haja o integral fechamento (custo x contabilidade). Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. a empresa terá toda base de custos em sua mão.106 fabricação. no mínimo até o encerramento do exercício social. deverá ser coordenado com o orçamento. 11.5 COMPONENTES Os componentes que fazem parte do custo padrão são: materiais. nas compras e na administração executiva. por produto e em geral. Com esses dados. nos cálculos do custo histórico e no custo-padrão. para tal fim. as variações dos custos reais deverão ser contabilizadas. Dr. 6)Quando utilizado para avaliação dos estoques. Roberto Biasio . 11. 5)É através da pesquisa e da análise que deverão ser corrigidas e ajustadas.4 CUSTO-PADRÃO COMO BASE PARA ORÇAMENTOS Com a existência dos padrões definidos na empresa. 2)Na elaboração deste sistema. dados e subsídios em diversas fontes. será elaborado o orçamento empresarial para quantos períodos se queira estipular.3. podemos citar as seguintes: 1)Buscam-se valores. incorreções e erros na programação.4 CARACTERÍSTICAS Entre as várias características que o custo-padrão possui. com a inflação e outros fatores que poderão distorcer as provisões dos custos imputados. principalmente quanto à provisão do volume de produção. para tornar-se eficiente. deve-se ter sempre muito cuidado com as oscilações de mercado. tempo. tão pouco conhecer quantas peças em inventário serão utilizadas para uma ou outra ordem de fabricação ou lote. objetivando uma computação justa e correta de qualidade e valores programados para viger em determinado período. 4)O custo-padrão. tais como: desperdício de material e deficiência do pessoal nos meios de produção. além do que elas nos fornecem dados e informações gerenciais muito importantes. pessoal. no que concerne a suas operações. 3)O custo-padrão deve ser seguido do custo histórico. Evidentemente. ter-se-á estipulado a quantidade de material a ser gasta. Assim. para o respectivo período. mão de obra e despesas indiretas de fabricação. e com a instituição do custo-padrão para a fabricação desses produtos. 11. assim. ineficiência na produção. tanto maior a probabilidade de eqüidade na estimativa. A variedade qualitativa dos elementos. a)Bases para taxas: As bases de relação dos custos indiretos podem ser entre outras: horas ou valor da mão de obra direta. não causando a deformação do custo de produção.3 PADRÃO PARA GASTOS (CUSTOS) GERAIS DE FABRICAÇÃO Se qualificar o material ou a mão de obra direta é relativamente fácil. desse modo. bem como a maior ou menor intensidade de consumo. Devemos ter muito cuidado na valorização dos materiais (pesquisando o mercado fornecedor). variáveis. Quanto maior o período de observação maior a eqüidade do coeficiente de custo-unidade.5. percentual de perda ou refugo e preço. 11. As variações poderão. Quanto maior o período de observação numa estrutura constante.5. Há custos indiretos fixos.2 PADRÃO PARA MÃO DE OBRA Como nos materiais. quantidade ou valor de material direto. A soma da quantidade útil acrescida da desperdiçável é igual à quantidade requerida de material para elaboração do produto. Toda variação entre o custo-padrão e o histórico.5. etc. pois só assim teremos um rédito correto e. o mesmo não ocorre com os custos indiretos. ocorrer em dois campos distintos: quantidade e no valor. ainda uma das resultantes das somas desses diversos itens.107 11. denuncia irregularidades: erros de cálculos no padrão ou no histórico. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. tempo improdutivo incontrolável. variáveis-simples e variáveis-ponderados. dois fenômenos podem alterar para mais ou menos no custo de mão de obra: a resultante de mais ou menos tempo que o previsto e o custo unitário maior ou menor. têm de se considerar todos os "fatores possíveis de modificações". As quantidades são estabelecidas com certo rigor e exatidão. tais como custo direto de produção. Outra fonte não menos importante na predeterminação do custo indireto padrão é a experiência de períodos anteriores de custos. b)Outros: São de grande valia os dados orçamentais na predeterminação do custo indireto padrão. 11. nem sempre controlável. Roberto Biasio . tais como: espécie.1 PADRÃO PARA OS MATERIAIS Para se estabelecer o custo-padrão dos materiais. quantidade. Dr. o que não ocorre com o preço. e o segundo resulta de uma série de fenômenos que ocorrem no mercado de trabalho. fazem dos custos indiretos um complexo de problemas para imputação correta nos custos de produção. em termos relativos. o primeiro depende da eficiência. etc. b)Deficiência do pessoal. f)Deficiência nas compras. c)Integração dos setores da empresa ao fixar os padrões e observar a sua consecução.7. que são a característica essencial do custeio-padrão. Dr. g)Erros de cálculos no Custo Histórico. A expansão da pesquisa deve ser programada com objetividade. 11. torna-se indispensável proceder-se à revisão dos cálculos. Roberto Biasio . Tais variações são apresentadas na demonstração de lucros e perdas na linha de custeio-padrão. mas. na realidade.7. A variação total é a diferença entre o lucro que seria obtido se todos os padrões tivessem sido alcançados e o lucro (ou perda) que realmente se conseguiu. ser obtida em qualquer sistema que compare o resultado real com um orçamento. tais como: a)Desperdício de material. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. O custeio-padrão permite a separação das variações oriundas de cada fator que afeta o custo. não somente o que aconteceu.108 11. d)Melhor planejamento das atividades da empresa. porém. Até certo limite essas diferenças. nos componentes e que há maior variação. porém não é a variação total que é a realmente importante ou significativa para a gerência.7 VARIAÇÕES DE CUSTOS 11. que indicará. assim. são excessivas.2 VARIAÇÕES NO CUSTO-PADRÃO O fato de o custo-padrão ser calculado antes da produção dá margem a que apresente diferenças em relação ao custo efetivo. b)Melhor utilização dos fatores de produção. para fins de ajustamento.6 VANTAGENS O custo-padrão proporciona a seguintes vantagens: a)Permite a existência de padrões. são admissíveis. uma subdivisão dessas variações permitirá o estabelecimento dos responsáveis por elas. com base nos quais é possível a avaliação contínua do ciclo interno de atividade da empresa. É da máxima importância a pesquisa em torno das variações entre os custos Padrão e Histórico. Quando. d)Má administração executiva. Essa diferença pode. É através da análise das variações que determinamos uma série de anomalias. 11. por que aconteceu. desprezando-se as variações de baixo percentual e intensificando as de maior expressão.1 SIGNIFICADO DE VARIAÇÃO As diferenças entre o real e o padrão são chamadas de variações. c)Deficiência nos meios de produção. h)Erros de cálculos no Custo-padrão. ou variações. também. Adicionalmente. e)Incorreção na programação. máquinas mal reguladas. Dr.200. etc. que serviu de base para a formação do preço de venda desse mesmo produto. VARIAÇÃO DE CUSTO TOTAL Variação de Materiais Diretos Preço Uso Composição Variação de Mão-de-obra Direta Taxa Eficiência Variação dos Custos Indiretos de Fabricação Volume Custo Eficiência Rendimento Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. As variações que ocorrem no custeio padrão podem ocorrer de três maneiras: variações nos materiais diretos. portanto. Os padrões monetários mensuram as variações de preços e de taxas. os custos incorridos são comparados aos padrões para fins de apuração das variações. Os padrões físicos mensuram as variações de quantidades consumidas ou produzidas. Na realidade.00. ineficiência da mão de obra. Os custos-padrão devem ser desdobrados em padrões físicos e padrões monetários. tanto de matérias-primas e produtos.00. tanto de horas-homem. que deverá ser analisada para que as suas causas prováveis sejam detectadas. de R$ 200.000. que deverão ser explicadas pelas causas prováveis a fim de alimentar o processo de ação corretiva e a tomada de decisão.A variação desfavorável foi. variações na mão de obra direta e variação nos custos indiretos de fabricação. À medida que as operações vão sendo concluídas. horas-máquina. como da eficiência da mão de obra. como quantidade de matériaprima e volume de produção. Roberto Biasio .109 i)Desfalques. . ou mais propriamente os custos-padrão. . As causas prováveis das variações entre o que deveria ser (padrão) e o que foi (real) podem ser divididas à alteração de preços. 11. O seguinte exemplo sintetiza a importância do custo-padrão: . matéria-prima fora dos padrões.7.3 ANÁLISE DAS VARIAÇÕES A eficiência somente é aferida a partir do momento em que temos algum parâmetro de comparação. esses padrões são custos que deveriam ser atingidos dentro de operações eficazes.Custo real incorrido para produzir a peça "K" é igual a R$ 1.00.O custo-padrão determinado previamente para produzir a peça "K" é igual a R$ 1. deve-se verificar todos os aspectos referentes a possíveis modificações: espécie. Mesmo em casos de desvios favoráveis. Esta diferença deve ser estabelecida a preço-padrão uma vez que a variação de preço já foi segregada. b)Causas das Variações dos Materiais Diretos: b. porque permite avaliar a eficiência da empresa. Muitas vezes é difícil fixar padrões de preços de materiais. O importante na análise é verificar se as discrepâncias entre o padrão e real são significativas. com a finalidade de melhorar a eficiência. percentagem de perda ou refugo e preço. para que propicie à empresa um exame das causas. Os preços de materiais padrões devem refletir os preços do mercado. no item anterior. agora. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.1 Variações de Materiais Diretos: a)Formas de Variações dos Materiais Diretos: As variações nos materiais podem ocorrer por duas formas: variação de preço de material e variação de uso de material. em uma conta de variação de uso dos materiais. a. Dr. No exame do padrão do uso de materiais.1)Variações Favoráveis: Em muitas oportunidades costuma-se dar atenção somente às falhas e ao baixo desempenho das pessoas que compõem a força de trabalho de uma empresa. quando o material é retirado do estoque para uso).3. O desvio das quantidades padronizadas resulta em variações da quantidade de materiais.110 11. Os padrões de preços permitem: 1)conferir o desempenho do Departamento de Compras. segregar.7. dois fatores deverão ter sido tomados em consideração: preço de compra e a quantidade de material usada. Ao estabelecer-se o custo-padrão de materiais para cada produto da empresa. a diferença entre a quantidade realmente utilizada de material e a quantidade que deveria ser utilizada. que podem ser favoráveis ou desfavoráveis pelo uso dos materiais. a diferença entre o preço estabelecido para um determinado material e o preço real pelo qual ele é comprado. em uma conta de variação de preço dos materiais. a. tendo em vista que os preços dependem muito mais de fatores externos do que do controle da administração.2)Variação de Uso de Material: A variação de uso do material ocorre quando existir diferença entre a quantidade do material utilizado e quantidade-padrão especificada. já deverão ter sido preparados preços-padrão que representam os preços que se espera pagar no período. quantidade. Roberto Biasio . A análise da variação é importantíssima. Para os materiais que entram diretamente nos produtos. deve-se analisar as causas. 2)medir o efeito dos aumentos ou reduções de preço sobre os lucros das empresas.1)Variação de Preço de Material: a variação de preço do material ocorre quando existe diferença entre o preço utilizado para estabelecer o custo-padrão para o material e o preço real pago para o mesmo. que poderão ser padrões mal dimensionados. O que o sistema contábil deve fornecer é um meio de segregar. a variação devida na modificação no preço de compra necessita. Esta variação pode ocorrer por dois motivos: variação na composição do material e variação no rendimento do material. Tendo sido eliminada. Há dois pontos em que a variação de preço pode ser separada: no ponto de compra (isto é quando o material dá entrada no estoque) ou no ponto quando o material é entregue à fabricação (isto é. . II)Na área de suprimentos (compras) . Esta análise consiste na depuração das causas prováveis das variações. Os dois mais importantes fatores.qualidade da matéria-prima utilizada. provocando excessivo consumo de matéria-prima. . Inicialmente deve-se dar atenção aquelas variações mais significativas. . inicia-se o processo de análise pelos itens.deficiência em ferramentas e estampas de trabalho.deficiência no fluxo de materiais. . Roberto Biasio . .falta de acompanhamento de mercado por parte da área de suprimentos. .máquinas mal preparadas ou reguladas que provocam estragos na matériaprima usada.deficiência na manutenção de máquinas.baixa qualidade da mão de obra que aumentou esse consumo. provocou maior consumo.111 O rendimento pelo cumprimento de metas deve fazer parte dos objetivos de uma empresa como forma de motivar a força de trabalho humana e obter melhores índices de produtividade.problemas técnicos. que. Dr. etc. deterioração por mal acondicionamento. a performance obtida por determinado setor da firma deve ser analisada com o intuito de ser estendida a outras áreas da empresa. . .matéria-prima fora do padrão por ineficiência do controle de qualidade no recebimento do fornecedor.alteração de preço decretada pelo governo.2 Variações de Mão de obra Direta: Esta variação ocorre sempre que houver diferença entre os salários diretos reais e os salários diretos padrões. como evaporação em excesso.3. . cujos valores são mais expressivos.inexistência de cotação de preços.7. Em alguns casos. por ser inferior a recomendada. na maioria das indústrias.compra de última hora. 11. . O custo da mão de obra direta é. . entre elas destacamos: I)Na área produtiva: . aos valores menores significativos. Após o instante em que as variações entre o que deveria ser (padrão) e o que aconteceu (real) foram apuradas. por sua natureza. em termos de valores absolutos e. o elemento de custo mais suscetível a flutuações causadas pelo fator humano.deficiência no processo de corte e pesagem de matéria-prima.falta de programação de compras. . conforme os princípios da materialidade e da administração por exceção. b. .2)Variações Desfavoráveis: A análise das variações desfavoráveis é importante. são a tarifa salarial (taxa) dos que executam o trabalho e a eficiência com que o trabalho é feito. . posteriormente. .matéria-prima fora de especificação.determinação da Diretoria de se comprar de outro fornecedor para não ficar na mão de um único. O custeio-padrão revela a Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.compra mal feita por deficiência do setor de compras. a eficiência dos operários é um fator altamente significativo em sua influência no custo.00 (40 horas x R$ 3.digamos R$ 5. poderão ocorrer modificações nos salários das várias categorias de operários. o custo de mão de obra direta de um operário importaria em R$ 140. Dr. oriundas de várias causas. o que é solicitado do sistema contábil é uma forma de separar a diferença entre o padrão e o real. independentemente do número de peças trabalhadas. Se.00 por artigo. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. a fim de premiar as pessoas e áreas envolvidas com o intuito de motivar e melhorar os resultados da empresa como um todo. Em uma semana de 40 horas. Qualquer que seja a causa. Roberto Biasio . por excelência.1)Variações Favoráveis: O rendimento obtido acima do padrão deve ser analisado. os gastos reais de salários para uma determinada operação. Mesmo que a melhor previsão de salários tenha sido feita.50 a hora -. A maioria dos seres humanos. Por este fato a remuneração do trabalho humano de uma empresa deveria ser constituída de parte fixa. o trabalho para uma determinada operação fosse remunerado por uma simples base horária . Em tal caso. ocasionada pelas tarifas salariais. vive à procura de desafios. logicamente atingíveis. b)Causas das Variações da Mão de obra Direta: b. Se o trabalho para uma determinada operação for remunerada simplesmente por unidade produzida .50). obviamente.2)Variação de Eficiência: O tratamento do fator eficiência no custo da mão de obra direta depende do método pelo qual os salários são calculados. dois aspectos principais devem ser tomados em conta: o volume de produção que os assessores técnicos estimam dever ser alcançado e os salários que devem ser pagos por esse volume de produção. Poderá vir a ser necessário algumas vezes. o custo-padrão de mão de obra direta para a operação seria estabelecido em R$ 5. a.digamos R$ 3.50. fossem produzidos 56 artigos. que seria paga em função de um desempenho mínimo aceitável e parte variável.00 por peça. o custo real seria o mesmo e não surgiria variação de eficiência da mão de obra direta. dessa forma. um trabalho extraordinário ou o emprego de um operário especializado em trabalho comum. Em tal caso. Hoje até as próprias operações administrativas deveriam ser quantificadas fisicamente com o objetivo de serem conhecidos os padrões. que dependeria da produtividade de cada pessoa ou de operações. por outro lado.00 por peça trabalhada -. então o custo da mão de obra direta para a operação seria de R$ 5. da quantidade de artigos produzidos durante esse período. o custo por artigo seria de R$ 2.1)Variação Salarial (Taxa): ao computar-se o custo de mão de obra padrão para uma determinada operação. sem qualquer outra complicação.00 por peça. variações surgirão. aumentando. se 70 artigos fossem produzidos. então o custo por artigo de um dado período dependeria. nesse período. Se. acima do que deveriam ser. independentemente dos artigos produzidos.112 diferença entre os salários previstos e os realmente pagos (variação salarial) e a diferença entre a eficiência que se espera na realização do trabalho e a eficiência realmente alcançada (variação de eficiência). o custo seria de apenas R$ 2. a)Formas de Variação da Mão de obra Direta: a. Roberto Biasio . . não há por que haver variação por eficiência em relação a eles. exigindo maior tempo de mão de obra. A única variação que pode.7.2)Variações Desfavoráveis: As variações desfavoráveis ocorrem quando os custos reais são superiores aos padrões. 11.funcionários não treinados convenientemente para executar a tarefa. ou seja.mão de obra não adequada para a função. mas pode em certos momentos acusar variações. que variam diretamente com a produção havida. iniciando-se por aquelas que apresentam os maiores valores absolutos (princípio da materialidade). independentemente de quantas unidades sejam produzidas em determinado tempo. . II)Variações de Custos Fixos e Variação da Capacidade Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. A variação de volume tem sua maior repercussão nos custos fixos. não compreendidos nos grupos de materiais diretos e mão de obra direta. etc.3.1)Variação de Volume: Esta variação ocorre sempre que ocorrer variação entre o volume de produção estabelecido no padrão e o volume de produção real. portanto. Com relação o item de custos tais como materiais de consumo. cujo causas principais poderiam ter ocorrido em função de: . mas que não são perfeitamente identificáveis aos produtos elaborados. I)Variações dos Custos Variáveis O padrão que deve ser estabelecido para os gastos variáveis deve ser expresso em termos de custo por unidade de produção ou de tempo. quando o tempo gasto para produzir um produto for superior àquele estabelecido como padrão. Dr.113 Os padrões de operações administrativas devem existir. b. uma vez que. Sempre que ocorrerem variações acima dos padrões. surgir em relação a um custo variável é devido a modificações de preço. um padrão por unidade pode ser estabelecido. como forma de distribuir tarefas. Custos indiretos de fabricação são todos os gastos necessários para a fabricação dos produtos. definir a lotação de funcionários por área e evitar atrasos de serviços de alguns funcionários sobrecarregados.matéria-prima inadequada exigindo maior tempo de mão de obra para executar a operação. Neste grupo encontramos custos variáveis e custos fixos. .fluxo inadequado de operações. a)Formas de Variação de Custos Indiretos de Fabricação: a. o custo variável por unidade permanecerá o mesmo.3 Variações de Custos Indiretos de Fabricação: Antes de comentarmos as variações de custos indiretos de fabricação se faz necessário voltarmos a conceituar o que são custos indiretos de fabricação. Uma vez que os custos verdadeiramente variáveis variam diretamente ligados à produção. Neste grupo são classificados todos os custos despendidos na fabricação dos produtos. pois o valor dos custos variáveis mantém estrita relação com o volume produzido. também. os quais necessitam de bases de rateio para serem transferidos aos produtos. tais variações devem ser investigadas. nos variáveis a tendência é de não ocorrer variação. Considerando-se o exemplo anterior. se o princípio de atribuir custos normais à produção normal não for adotado).40 -------R$ . contudo.000 unidades.(50. Variação Total Custos fixos atribuíveis ao período (60. Se no final do ano forem produzidas apenas 50. mas itens como os enumerados não são afetados pelo aumento das atividades até ao máximo da capacidade das instalações existentes. um aumento substancial na produção. por unidade.000 unidades. O primeiro fator.00 e por qualquer Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.000. conhecida como variação de volume.000x2. Roberto Biasio . pois que.00 R$ 120. nas condições presentes e no que é esperado no período correspondente. então de R$2. a. Nenhuma despesa pode ser absolutamente fixa. do que podem ser tiradas conclusões erradas.00 --------------R$ . produza ela o máximo de sua capacidade ou somente um quarto desta.0.00 e a produção normal para o ano for estabelecida pelos departamentos técnicos em 60.2)Variação de Custo: Esta variação ocorre quando o valor dos custos indiretos de fabricação no padrão não é o mesmo valor obtido através dos levantamentos dos custos reais. manutenção dos edifícios. que seja. O aluguel de uma fábrica será o mesmo. de forma que. certos itens de gastos podem ser considerados como "fixos".00) Variação Total Variação por Unidade Custo unitário padrão Custo unitário real Variação unitária 120. Representa a super ou subrecuperação de custos devidas as modificações no número de horas trabalhadas.000.000 = R$ 2. somente será possível mediante a utilização de dependências adicionais.00 R$ 120. por exemplo: aluguel. Se o total de custos fixos. já foi tratado anteriormente.000. Os custos fixos normais serão estimados com base na experiência anterior. e agora necessita ser considerado novamente.114 Os custos fixos abrangem todos os itens de gastos que permanecem mais ou menos inalterados. ordenados da administração. surgirão novas considerações. se tal aumento estiver sendo previsto. Dr. somente como tempo ocioso. resulta das modificações no volume de produção e representa o super ou sub-absorção de custos fixos. independentemente de mudança (dentro de limites razoáveis) no nível de atividade. para o ano for estimado em R$ 120. etc.000. o padrão de custos fixos será.000. onde os custos indiretos de fabricação estabelecidos eram de R$ 120. Na ausência.000. A variação de volume. porém. se assim não o for feito (em outras palavras. acima da capacidade plena da fábrica existente.00 100. Evidentemente.000. de modificações dessa ordem.00. o da extensão do uso da capacidade normal. uma produção normal será custeada com custos normais.000 x 2.000 = R$ 2. É de particular importância a segregação dessa variação.00) Custos fixos padrão recuperados pela prod.40 Esta variação. Sob o custeio padrão.00/50. devida a essas modificações. vamos ter então uma variação negativa dos custos gerais indiretos de fabricação.uma queda temporária de produção ocasionará um aumento de custo.00/60.20. resulta de dois fatores: a extensão com que a capacidade normal foi utilizada e a eficiência com que o trabalho foi executado. 00 Número de peças previstas por hora-máquina: 5 un Total de peças produzidas(previsão):(5 un x 200 hm) 1.000 = R$ 2.000) = R$ 4.00/200) R$ 20.000.00) = R$ 4. se a eficiência da máquina não for mantida e passar a produzir apenas 4 un por horamáquina (total de 800 un = 4 un x 200 hm).00 (R$ 4.00.000 = R$ 2.000. No entanto.00/4 un).000. A eficiência pode ser medida em diversos itens que influenciam os custos indiretos de fabricação.000.00 -------------R$ .000.000.000.00 (1.50 -----R$ . esta diferença é a variação de custo. Se considerarmos uma produção de 60. estes custos.000.00/800) = R$ 5.00 -------------R$ .00 (R$ 20.00.000.00/60.00/60. ligada aos custos indiretos de fabricação.00 Número de horas máquina previstas para o período: 200 horas Custo de depreciação por hora máquina (4.000. Variação Total Eficiência estabelecida no padrão Eficiência real obtida Variação Total Variação por Unidade Eficiência estabelecida no padrão Eficiência real obtida Variação unitária (1.00.115 motivo.00 R$ 150.00 (R$ 20. Dr.000 un Ao considerarmos que a máquina produz 5 un por hora-máquina e que o valor de depreciação por hora-máquina representa R$ 20.000.000. teremos: Variação Total Custo padrão estabelecido Custo real do período Variação Total Variação por Unidade Custo padrão estabelecido Custo real Variação unitária R$ 120.3)Variação de Eficiência: Esta variação ocorre quando existir diferença entre os padrões de eficiência estabelecidos e os obtidos.00 R$ 120.0.00/1.1.000.00 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00) = R$ 5.30. ao final do período somarem um total diferente de R$ 120.50 a.000 x R$ 4. chegamos a conclusão que o custo de depreciação por peça será de R$ 4.00 R$ 150.00/5 un).00 (R$ 4. tais como: horas-máquina.000 x R$ 5. kg de matéria-prima processada etc. fazendo com que o custo de depreciação por peça passe a ser de R$ 5.000.000.000 unidades e uma variação dos custos fixos de R$ 120. Roberto Biasio .1.00 para R$ 150.00 --------= R$ . Para exemplificar este tipo de variação consideramos os seguintes dados: Valor da depreciação da máquina no período: R$ 4. teríamos uma diferença no custo indireto de fabricação em função de variação da eficiência estabelecida no padrão. na década seguinte em um ambiente no qual a insatisfação com os métodos de custeio tradicionais atingia o seu ponto de saturação. só voltando a germinar. de autoria de J. é forçoso reconhecer que algumas alterações importantes processaram-se no ambiente econômico entre os anos 70 e 80. e não apenas como um sistema hierarquizado de departamentos. Miller e T. Em função das inovações no ambiente empresarial e com base nos estudos que se desenvolveram a respeito da urgência de novas técnicas de produção e custeio.1 ORIGEM Em 1971. ao mesmo tempo que ganhava impulso a difusão da informática aplicada às atividades administrativas. Mesmo que houvesse interesse nessas novidades. as empresas passaram a ser vistas como uma rede de processos. essas idéias hibernaram durante a década de 70. teriam apresentado sérios obstáculos à imediata aplicação prática das novas idéias. Assim. Vollmann. com redobrado vigor. A despeito disso. de um artigo intitulado “A Fábrica Oculta”. alguns autores proeminentes na área da contabilidade de custos entendem que aquilo que é hoje conhecido como sistema ABC de custeio foi inaugurado a partir da publicação. Embora pareça inadequado definir uma data ou um episódio como marco inicial do sistema ABC. No início dos anos 80.12 CUSTEIO ABC – CUSTO BASEADO EM ATIVIDADE 12. . o custeio por atividade passou a ser citado com mais freqüência em publicações especializadas e as primeiras aplicações práticas do sistema foram tentadas em algumas grandes empresas norte americanas orientadas por consultores inovadores. A época. Assim. começou a progredir a idéia hoje dominante de que tanto a alocação dos custos indiretos com base no nível aplicado de mão de obra direta como controle de custos baseado em uma rígida estrutura departamental constituem formas superadas de custeio e de controle de custos e que o sistema ABC preenche satisfatoriamente esta lacuna deixada pelos sistemas tradicionais de custeio. entretanto. não parecia propícia à proliferação de novidades contábeis. Ao que tudo indica. foi publicado nos Estados Unidos o livro Activity Costing and InputOutput Accounting. em 1985. foi esse o primeiro trabalho publicado a respeito do sistema de custeio baseado em atividades. determinando o fim da hibernação do sistema ABC e estimulando a sua divulgação. pela Harvard Busuness Review. as limitações da informática da época ( ferramenta de suma importância para a coleta e análise dos dados requeridos pelo custeio por atividade). Distribuir os custos indiretos dos produtos. procura-se estabelecer a relação entre atividades e produtos. . . Já Martins. O ABC é uma ferramenta que permite melhor visualização dos custos através da análise das atividades executadas dentro da empresa e suas respectivas relações com os produtos. de forma mais próxima a realidade de seus custos. Dr. Apura-se o custo das diversas atividades. sendo que. o custeio ABC evoluiu e novas metodologias foram adaptadas no modelo inicial para a aplicação em todos os tipos de empresas.Alavancar atitudes das pessoas envolvidas no processo de mudança.4 CAMPO DE APLICAÇÃO O sistema de custeio baseado em atividades quando foi criado tinha seu enfoque principal as empresas que apresentavam uma grande variedade de produtos e clientes e para empresas que apresentavam um elevado percentual de seus custos como indiretos. Com o tempo. e como conseqüência melhorar o processo de negócio. Assim na operação do sistema. sendo que esses custos alocados aos produtos via direcionadores específicos.117 12. . como uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos. fundamentalmente parte da premissa de que as diversas atividades desenvolvidas pela empresa geram custos e que os diversos produtos consomem ou utilizam essas atividades. como se pode Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. define o custeio baseado em atividades (ABC). tem vários objetivos.2 CONCEITO DE SISTEMA ABC ABC (Activity-Based Costing) é o sistema de custo que tem por objetivo determinar o custo de cada atividade e para isso se utiliza de cost driver (direcionadores de custos) para alocar os custos indiretos ligados às atividades que os consumem. dentre os objetivos mais adotados tem-se: .Apurar o real custo dos produtos de forma correta. defini-los de acordo com seu porte e suas metas.3 OBJETIVOS O Sistema de Custeio Baseado em Atividades. cabendo a cada empresa. Roberto Biasio .Segundo Nakagawa. . 12. o Custeio Baseado em Atividades trata-se de uma metodologia desenvolvida para facilitar a análise estratégica de custos relacionados com as atividades que mais impactam o consumo de recursos de uma empresa. utilizando-se o conceito de cost drivers ou direcionadores de custos. O sistema ABC. 12. os produtos consumem atividades.Apurar o custo dos produtos em empresas com grandes diversidade de produtos e clientes.Apurar as atividades que agregam ou não valor e a possibilidade de eliminá-las. Pelo ABC quem gera custos não são os produtos e sim as atividades. de suporte. com a finalidade de analisar todas as atividades e obter os custos totais dos produtos. Com a mecanização das empresas. Estimular a melhoria contínua e o controle da qualidade total. 7) Busca suprir uma deficiência dos sistemas tradicionais de alocação de custos que não atendem mais a realidade das empresas (crescimento dos custos indiretos –CIF). Dr. para fins de gerenciamento. segundo Cooper. coletando. 9) Tem por meta refletir a causalidade entre recursos. 5) Procura. O ABC fornece informações de grande importância para a análise de custos. propiciando a visibilidade das atividades que não agregam valor. baseadas no custo do produto que reflita o processo de desperdícios. Vincula os custos da empresa com as atividades. hospitais. 3) O ABC tem por objetivo principal calcular o custo das atividades e não do produto como os demais sistemas de custeio. empresas de rádio difusão. tornando seu uso uma necessidade para uma melhor alocação dos custos indiretos de produção e um melhor gerenciamento das atividades. incluindo as áreas de produção. independentemente de serem chamados fixos ou variáveis. O custeio ABC. o volume de custos indiretos tem crescido significativamente. prestadoras de serviços e até em pequenas e médias empresas. através do uso dos rastreadores de custos reduzir a imprevisão da distribuição dos custos indiretos. Kaplan e outros. que se constitui numa das características mais relevantes de uma empresa. os produtos consumem atividades. sendo que. estimar e definir preços. todos os custos que podem ser a elas atribuídos razoavelmente bem. O ABC apresenta ainda as seguintes características: 1) Origem americana (anos 80) 2) Desenvolvido pela academia (Harvard). 8) Tem por objetivo desenvolver uma sistemática de alocação de custos que permita avaliar a eficiência (valor agregado) das atividades que consomem os recursos e geram os CIF. atividades e produtos na alocação dos custos indiretos. para cada unidade administrativa. O sistema ABC pode complementar os sistemas tradicionais de contabilidade financeira e coexistir com eles”. 4) Quem consume os custos são as atividades. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. e para cada unidade de produto. porque o planejamento e o controle são dirigidos ao nível de processo e identificação da origem do custo em lugar do enfoque nos sintomas. proporciona maior segurança nas tomadas de decisões relacionadas a comprar ou fabricar. atendendo demanda do meio empresarial.5 CARACTERÍSTICAS O sistema ABC foi projetado para o estudo dos custos de organização completa. comercialização e administração. O ABC consegue um rastreamento racional dos custos. 6) Quanto maior for o volume de custos indiretos maior é seu desempenho.118 observar em bancos. através da relação de causa e efeito e a eficiência e a eficácia com que os recursos são consumidos nas atividades. de produção. 12. Roberto Biasio . 4) Distribuir os custos indiretos dos produtos. pois são elas que consomem os recursos e os respectivos custos. Sendo assim. 5) Alavancar atitudes das pessoas envolvidas no processo de mudança. Dr. CUSTOS/ RECURSOS Atividades consomem custos Custeio do processo Direcionadores de custos Primários ATIVIDADES/ PROCESSOS Produtos consomem atividades Custeio do produto Direcionadores de custos secundários PRODUTOS/ SERVIÇOS Como pode-se observar na figura. As principais etapas que devem ser seguidas pelo custeio ABC são as seguintes: 1ª) Mapeamento das atividades: (identificação das atividades e seus respectivos custos).2ª) Alocação dos custos às atividades/processos: (alocação do custo departamental ao custo da atividade ou do processo produtivo). O custo do produto só é possível ser calculado após o cálculo das atividades que ele consome. os produtos devem receber o custos correspondente ao nível de uso de cada atividade necessária para a sua produção. tem vários objetivos. defini-los de acordo com seu porte e suas metas. 4ª) Divisão do custo da atividade pelo direcionador de custos.7 OBJETIVOS O Sistema de Custeio Baseado em Atividades. 2) Apurar as atividades que agregam ou não valor e a possibilidade de eliminálas. sendo que não é nosso aqui não é descrever todas as etapas.5ª) Redistribuição dos custos das atividades indiretas até as diretas. mas sim calcular o custo das atividades. cabendo a cada empresa. Na figura a seguir é possível observar a seqüência lógica que o sistema ABC deve seguir para alocar os custos e recursos aos produtos produzidos. mas sim apresentar de forma sintética as principais etapas que compõem o sistema ABC. 12. dentre os objetivos mais adotados tem-se: 1) Apurar o real custo dos produtos de forma correta. Roberto Biasio . pois o princípio do sistema ABC é que as atividades consomem recursos (custos) e os produtos utilizam atividades. o sistema ABC não tem como princípio calcular o custo do produto. e como conseqüência melhorar o processo de negócio.3ª) Identificação dos direcionadores de custos (cost drive).6ª) Cálculo dos custos dos produtos/serviços. de forma mais próxima a realidade de seus custos. 3) Apurar o custo dos produtos em empresas com grandes diversidade de produtos e clientes.6 ETAPAS DO SISTEMA DE CUSTEIO ABC O custeio ABC apresenta várias etapas. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.119 12. 9.Os custos indiretos são melhor alocados em função do uso dos direcionadores de custos no lugar das bases de rateio. 4– Permite a identificação e eliminação de atividades que não adicionam valor ao produto. alocando aos produtos todos os custos das atividades que utiliza. 8. o sistema ABC também apresenta algumas desvantagens. tais como: qualidade.Permite avaliar adequadamente desempenhos operacionais não mensuráveis financeiramente. 11.9 DESVANTAGENS Embora considerado como uma inovação e uma evolução em termos de sistemas de custeio. não os custos. promovendo o contínuo aperfeiçoamento de atividades. 3– Permite que se tomem ações para o melhoramento contínuo das tarefas de redução dos custos do “overhead”. 6. indo a suas origens. necessário.Gerencia as atividades. Roberto Biasio .Adota um procedimento mais consistente.Possibilita uma alocação mais precisa dos custos indiretos e por conseqüência apura com maior precisão o custo de cada produto. 12. 2. 7– O ABC oferece um aumento. racionalização da linha de produtos.Possibilita melhor qualidade na tomada de decisões.Permite uma melhoria nas decisões gerenciais pois deixa-se de ter produtos “sub-custeados” ou “supercusteados” permitindo-se a transparência exigida na tomada de decisão empresarial. 13. eliminando desperdícios. flexibilidade. na exatidão dos cálculos de custos usados em algumas das mais importantes decisões tomadas nas empresas. entre elas podemos citar: 1. entre elas encontram-se as seguintes: Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. 12.Permite identificar em que atividades ocorrem os problemas da empresa. quanto a redução dos custos. reengenharia de processos.120 12. Dr. ciclo de produção e atendimento de ordens.Questiona os porquês dos procedimentos. 5– Gera aos gestores e tomadores de decisão informações sobre oportunidades de otimizar processos. 10.8 VANTAGENS O sistema de custeio ABC apresenta várias vantagens. 2 – Ignora a elasticidade da procura.121 1– Requer investimentos elevados. portanto. dos serviços ou de qualquer outro objeto de custeio. trazendo conseqüências graves para a determinação e análise dos custos dos produtos. ambos são atribuídos diretamente ás atividades. em virtude de exigir um número excessivo de informações gerenciais que podem inviabilizar sua aplicação. 5 – O ABC em sua forma mais detalhada pode não ser aplicável na prática. no ABC teremos diferentes custos unitários por atividade com diferentes níveis de volume. Roberto Biasio . atribuindo aos produtos o custo/despesa proporcional que cada produto usou das atividades desenvolvidas pela empresa. 13-O custo do produto varia todo o mês. em muitos casos. 4 – Os produtos não contribuem todos com a mesma margem de lucro. que normalmente utilizados por vários produtos. 8-Todas atividades apresentam diferentes níveis de volumes. 10-Sua implantação depende de uma reestruturação da filosofia da empresa. o objetivo primeiro do ABC é calcular o custo das atividades. 9-O processo de distribuição de custos fixos gera informações que impossibilitam a comparabilidade entre os custos de empresas concorrentes. 3 – Não leva em consideração a concorrência. este produto sofrerá a carga de todos os custos daquela atividade. 7. 15-Só é aceito pelo fisco se ocorrer uma diferenciação entre custos de despesas. Dr. 6.O custo de todos os produtos são influenciados por qualquer mudança na produção de qualquer produto. 12-Não diferencia custos de despesas. visto que. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. dificultando a análise. 11-É um processo dispendioso em termos financeiros e de tempo e nem todas as empresas dispõem de capital para um investimento desse porte.Transformação aparente de custos fixos em custos variáveis. Custo maior que o benefício. o seu custo é muito maior que seu benefício. independentemente se são produtivas ou não. o que em princípio não é previsto pelo sistema. 14-Quando um único produto utiliza de um centro de apoio. RECEITAS 5-Custos Indiretos 6-Rastreamento 7-Rateio 8 .Custos industriais. para serem apropriados aos produtos necessitam serem distribuídos através de rastreamento das atividades ou através de rateio (materiais indiretos.CUSTOS 4.DESPESAS 3 .10. por ser possível a sua mensuração de forma objetiva e direta a cada um dos produtos. componentes. Receita com a venda dos bens fabricados pela empresa. são gastos efetuados pelos centros administrativos. tanto dos centros produtivos como dos centros auxiliares. Os custos indiretos (na maioria deles fixos) são Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.Valor obtido na venda dos produtos. mas que. Roberto Biasio .São gastos que não possuem relação direta com a fabricação dos produtos. Dr. mão de obra indireta. despesas gerais de fabricação).Custos que são apropriados diretamente aos produtos.1 ESQUEMA BÁSICO DO CUSTEIO TOC A seguir encontramos um esquema que nos evidencia como ocorre a distribuição dos custos e das despesas. ESQUEMA BÁSICO DE APROPRIAÇÃO PELO CUSTEIO TOC 1 .CUSTO INDUSTRIAL A B C 9 . através do sistema de custo ABC. 5 . 2.10 ALOCAÇÃO DOS CUSTOS E DESPESAS PELO SISTEMA ABC 12.ESTOQUES A B C 10 -CUSTO DOS PRODUTOS A B C 11 – RESULTADO (LUCRO OU PREJUÍZO) 1. Não necessitam de rastreamento e nem de rateios para a sua apropriação (matéria-prima.Custos Diretos 2 . 4 . 3.Custos que incorrem dentro do processo de produção.122 12. mão de obra direta). chamados direcionadores de atividades. No entanto. Enquanto os sistemas tradicionais utilizam rateios. b) os demais custos indiretos que não se enquadram na situação anterior e que para serem distribuídos aos produtos é necessário recorrer a alguma base de rateio. O que é um direcionador de custos? Direcionador de custos é o fator que determina a ocorrência de uma atividade. A rigor.123 separados em dois grupos: a) os que podem ser distribuídos aos produtos através de rastreadores de custos. As atividades. Os direcionadores de recursos responderão às seguintes perguntas: “o que é que Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. 10. seguindo a ordem apresentada no subitem anterior. O primeiro identifica a maneira como as atividades consomem recursos e serve para custear as atividades. há de se distinguir dois tipos de direcionador: os de primeiro estágio. O rastreamento compreende em buscar um fator que represente o motivo causador do custo e que tem uma relação direta entre a atividade executada e os produtos fabricados. todos os custos. atribuir aos produtos o valor de custo compatível com o nível de uso de cada atividade. demonstra a relação entre os recursos gastos e as atividades. Um dos pontos chave do sistema de custeio ABC está na escolha dos direcionadores de custos. caso a empresa queira utiliza-lo para calcular o custo dos produtos para fins contábeis deverá fazer a separação entre os custos e as despesas. ao serem executadas. sejam eles diretos ou indiretos.10. Roberto Biasio . 6 . fixos ou variáveis devem compor o custo do produto. da existência de seus custos.Estoque de produtos (prontos e em elaboração).Forma utilizada para a transferência da maior parte dos custos indiretos aos produtos.Confronto entre as Receitas de vendas menos o somatório do custo dos produtos vendidos com os demais e as despesas do exercício.Valor do custo das unidades dos produtos vendidos. deduz-se que o direcionador é a verdadeira causa dos custos. consomem recursos que devem ser alocados a estas. 7) Os custos indiretos que não for possível identificar nenhum rastreador de custos. também chamados direcionadores de recursos ou fatores de consumo de recurso e os de segundo estágio.2 IDENTIFICAÇÃO E SELEÇÃO DOS DIRECIONADORES DE CUSTOS A grande diferença que distingue o ABC dos sistemas tradicionais de custeio é a maneira como ele atribui os custos indiretos aos produtos. A B C são os produtos Observação: o sistema de Custeio Baseado em Atividades não tem uma preocupação grande em separar os custos de despesas. Dr. quando for utilizado o sistema de Custeio Baseado em Atividades. possibilitando com isso. 11. 12. composto pelos custos diretos e indiretos de produção. Como as atividades exigem recurso para serem realizadas. sendo que. o ABC utiliza direcionadores de custo. quando os mesmos forem avaliados pelo Custeio Baseado em Atividades. Já as despesas devem ser lançadas diretamente contra a conta de resultado do período. 9. ou seja. conseqüentemente. Portanto o direcionador de custos deve refletir a causa básica da atividade e. são distribuídos aos produtos utilizando-se bases de rateio (critério de distribuição utilizado no custeio por absorção) 8)Custo total de fabricação dos produtos. 00 Direcionador N.750. 12. O direcionador de recurso. Direcionador/ Centro N.º de treinamentos N.º de consultas Estando os direcionadores definidos. indica a relação entre as atividades e os produtos. bem como o custo de cada uma individualmente. para realizar aquela atividade (comprar materiais).200. Roberto Biasio . O segundo identifica a maneira como os produtos “consomem” atividades e serve para custear produtos (ou outros custeamentos). é não as requisições. A maneira como esta atividade se utiliza deste recurso pode ser mensurada através das requisições de material identificam as quantidades utilizadas deste recurso (material de escritório). Por exemplo: “como a atividade comprar materiais consome materiais de escritório?”.º de treinamentos N.º de funcionários N. o número de inspeções feitas nas diferentes linhas de produto define a proporção em que a atividade inspecionar a produção foi consumida pelos produtos.º Seleções N.00 TOTAL DO CUSTO R$ 8.10. faz-se necessário o levantamento da qualidade e quantidade de ocorrência dos direcionadores de atividades por produto. a próxima etapa é custear os produtos.3 ATRIBUIÇÃO DOS CUSTOS DAS ATIVIDADES AO PRODUTO Uma vez identificadas as atividades relevantes. Para melhor identificar estes procedimentos segue um exemplo onde são apresentadas as duas formas de distribuição de custos indiretos. estas indicam o direcionador. Dr. neste caso. O exemplo apresentado demonstra como pode ser distribuído o custo do departamento de Recursos Humanos para os demais departamentos (centros de custos). Para tanto.Os direcionadores que foram escolhidos para levar o custo das atividades para os produtos demonstram a melhor relação entre atividade e produto.00 Recursos Treinamentos R$ 3. é a quantidade necessária. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.124 determina ou influencia o uso deste recurso pelas atividades?” ou “como é que as atividades se utilizam deste recurso?”. Por exemplo.500.00 Humanos Assistência Médica R$ 1.º de consultas Corte 80 10 3 12 Usinagem 40 20 4 10 Tornos 30 15 3 8 Montagem 20 10 2 5 Total 170 55 12 35 Pelos sistemas tradicionais o total do custo do departamento de recursos humanos seria distribuído com base em um único critério.00 Recrutamentos e seleção R$ 1. seus direcionadores de recursos e respectivos custos.º Seleções N. ou seja.º de funcionários N.700.850. Levantamento dos direcionadores de atividades: Atividades Custo Departamento Folha de pagamentos R$ 1. apura-se a quantidade de direcionadores para cada centro de custo que deve custear essa atividade. sem levar em consideração o tipo de atividades executadas pelo referido departamento. 00 R$ 8.00 400.00 3.400. o custo do departamento de Recursos Humanos seria distribuído conforme demonstrado no quadro a seguir. fatores que determinam a relação custo-atividade.º de treinamentos N.00 250.750. o custo de cada atividade deverá ser atribuído aos centros de custos conforme demonstra o quadro a seguir. A diferença está no procedimento utilizado para a distribuição.050.500.00 1.00 R$ 1.00 N.500.00 8.00 Com base no custo unitário de cada direcionar e no volume de direcionadores que cada centro de custo possui.050.00 R$ 3.00 1.00 200. Centro de Csot Corte Usinagem Tornos Montagem TOTAL N.400.00 Custo para cada funcionário = ------------.00 1.125 Se a escolha da base de rateio recaísse sobre o número de funcionários.00 8.00 2. Dr.000. então o custo seria distribuído conforme demonstrado no quadro a seguir.00 por funcionário 170 Já pelo custeio ABC o custo total do departamento de Recursos Humanos seria distribuído em função dos rastreadores de cada atividade específica que o departamento presta.00 300. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Roberto Biasio .00 1.º Dir.00) foi distribuído entre os departamentos que utilizaram as atividades do referido departamento.750.000.200.º de funcionários 80 40 30 20 170 Custo do RH 4.200. Isso ocorreu porque ele tem um número bastante representativo do total de funcionários.e seleção Assistência Médica TOTAL DO CUSTO Direcionador N.500. ou seja.00 Total do custo 2.350.500.700.00 170 10.00 2.00 Assistência Médica 600.700. os departamentos (centros de custo) receberam o custo das atividades na proporção que cada um deles utilizou.00 500. Praticamente a metade do total do custo.00 400. Direcionador/ Centro Corte Usinagem Tornos Montagem Total Folha de pagamentos 800.00 Recrutamentos e seleção 300. Atividades Folha de pagamentos Treinamentos Recrutamento. Custo unit R$ 1.500.00 R$ 1.00 700.00 Como se pode observar.00 2. Utilizando-se os rastreadores de custos.00 1.850. Os sistemas tradicionais utilizam uma base de rateio que na maioria das vezes não reflete o verdadeiro motivador dos custos.00.500.= 50.00 1.00 400.º de funcionários N. Só porque ele tem um grande número de funcionários é justo que ele arque com o custo de atividades que não usa ou que usa numa proporção bem menor a proporção de funcionários? Já pelo custeio ABC.00 55 70.00 Treinamentos 700.00 1.000. nos dois sistemas o valor total do custo do departamento de Recursos Humanos (valor de R$ 8.00 12 100.00 35 50. Essa proporção foi definida em função dos rastreadores de custo.º de consultas Direcionador Custo total N.00 200.00 1.000.º de consultas 8.º Seleções N.850. No primeiro sistema o departamento de corte recebeu R$ 4.00 300.700. através do físico israelense Eliyahu Goldratt quando se envolveu com os problemas da logística de produção elaborando um método de administração totalmente novo. 13. ficando os demais custos separados e considerados como despesas do período. que não sejam os materiais diretos. 13. decidiu ensinar as pessoas o raciocínio lógico que usava para resolver os problemas. Os únicos custos que devem compor o custo do produto são os materiais diretos utilizados na fabricação (matéria-prima.).1 CONCEITO DE TEORIA DAS RESTRIÇÕES (TOC) Custeio TOC (Theory Of Constraints) é o sistema de custos onde só são alocados aos produtos os materiais diretos. permitindo um enorme aumento na produção sem aumentar as despesas operacionais fazendo com que outras empresas se interessassem em aprender a técnica.2 CARACTERÍSTICAS DA TOC 1) O custo do produto compreende exclusivamente os materiais diretos empregados na fabricação dos produtos. componentes etc. 3) O TOC tem por objetivo calcular o “throughput” (ganho gerado através das vendas. 13. através do sistema de custeio TOC. Ao invés de dar as soluções prontas.13 TEORIA DAS RESTRIÇÕES (TOC) A teoria das restrições teve início na década de 70. devem ser cobertos com o “throughput”. ou seja. 2) O custo unitário é fixo e o custo total varia conforme a quantidade produzida. a diferença entre o preço de venda e o custo com os materiais diretos empregados na fabricação e as despesas variáveis na venda). embalagem. 4) Todos os demais custos.3 ESQUEMA BÁSICO DO CUSTEIO TOC A seguir encontramos um esquema que nos evidencia como ocorre a distribuição dos custos e das despesas. . 5) O TOC busca identificar os produtos que geram maior volume de throughput e eliminar as restrições de produção existentes no sistema. O método elaborado foi bem sucedido. 2.RECEITAS 5-Todos os Demais Custos 6 . etc. energia elétrica.Estoque de produtos (prontos e em elaboração). tanto dos centros produtivos como dos centros auxiliares. depreciação. 4– Materiais diretos que vão compor o produto final. embalagem. são gastos efetuados pelos centros administrativos.CUSTO INDUSTRIAL A B C 7 .127 ESQUEMA BÁSICO DE APROPRIAÇÃO PELO CUSTEIO TOC 1 . 7. Dr. A B C são os produtos Observação: por este sistema de custeio (custeio TOC) apenas os custos com materiais diretos fazem parte do custo dos produtos.São gastos que não possuem relação direta com a fabricação dos produtos. Como exemplo podemos citar: matériaprima. aluguel. composto apenas dos materiais diretos. quando for utilizado o sistema de custeio TOC.ESTOQUES A B C 8 -CUSTO DOS A B C 9 – RESULTADO (LUCRO OU PREJUÍZO) 1.Custos industriais. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.Custo do produto pelo custeio TOC.Confronto entre as Receitas de vendas menos o somatório do custo dos produtos vendidos com os demais e as despesas do exercício. Receita com a venda dos bens fabricados pela empresa.Valor obtido na venda dos produtos. 5– Todos os demais custos necessários para a produção dos produtos que não fazem parte dos materiais diretos. Roberto Biasio . 3. 8.CUSTOS 4-Materiais Diretos 2 . Como exemplo cita-se: mão de obra direta. Os demais custos são considerados como despesas do exercício. 6. São materiais que têm seu consumo regulado pelo volume de produção. 9. componentes. quando os mesmos forem avaliados pelo custeio TOC.DESPESAS 3 .Valor do custo das unidades dos produtos vendidos. Portanto. Roberto Biasio .1 SISTEMA Adaptando a definição de sistema à tese fundamental da TOC determina-se que o sistema é a empresa. 13. Assim sendo. acabam por tornar essa empresa ineficiente. faziam sentido e mesmo não tendo restrição de recursos.4. projeto. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. alguma coisa que a empresa não tem o suficiente.4. Portanto se a empresa possuir um ou mais gargalos sempre estará limitada a eles. O gargalo que limita o ganho de um sistema inteiro é chamado de Recurso com Restrição de Capacidade (RRC). procedimentos e práticas usuais do passado que são regras utilizadas por muito tempo que. onde seus esforços em conjunto tentam chegar a uma meta traçada. máquinas. Em compensação. esse sistema sempre terá limitações. a produção num recurso não-gargalo está restrita à capacidade de um recurso gargalo. 13. se a demanda excede a capacidade de produção de uma fábrica. ou ainda. a palavra restrição está mais adequada quando aplicada em aspectos ligados com fornecedores. e as restrições políticas que são formadas por normas. impedindo que o lucro seja infinito. O sistema é um conjunto de elementos que dependem um do outro de alguma forma. etc.128 13. como elo mais fraco de uma corrente. procedimentos. mercados. A diferença básica entre conceito de restrição e de gargalo está na sua área de aplicação. pedido.3 NÃO-RESTRIÇÃO Um recurso não-gargalo é qualquer recurso cuja capacidade é maior do que a demanda colocada nele. porque isto origina a fabricação de inventários que não são necessários. Um recurso não-gargalo tem excesso de capacidade. fornecedor. na época que foram elaboradas. Existem dois tipos de restrições: as físicas ou restrições de recursos que engloba mercado. 13. quer dizer que ao menos existe um gargalo no processo de produção.4 GARGALO Gargalo é aquele recurso cuja capacidade é igual ou menor do que a demanda colocada nele.4.4. definindo a limitação de uma máquina ou processo de produção.4 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ESTRUTURA TEÓRICA DA TOC Para um melhor entendimento da TOC se faz necessário conhecer alguns conceitos básicos que formam a sua estrutura teórica. etc e o termo gargalo é mais adequado para ser aplicado em produção. a qual tem uma meta. ele não deve seguir o seu ritmo normal de produção. materiais. essas limitações são chamadas de Restrições ou Gargalos. normas. 13.2 RESTRIÇÕES A restrição é definida como qualquer coisa que limita um melhor desempenho de um sistema. Dr. pessoas. é um processo no qual toda a expedição da fábrica ocorre de acordo com o que é programado para estar nos pulmões (restrição. julga-se o desempenho dela através das demonstrações financeiras. Na Teoria das Restrições. O lucro líquido definido por Goldratt é diferente do lucro líquido contábil. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. o sistema ajuda a evitar a ociosidade na restrição e o atraso nas entregas dos clientes.1 LUCRO LÍQUIDO O lucro líquido mede o quanto de dinheiro a empresa está gerando.5 TAMBOR-PULMÃO-CORDA É a técnica utilizada para gerenciar os recursos a fim de maximizar o ganho. A corda é o processo de comunicação entre o processo de restrição e processo final que controla ou limita o material liberado no sistema para sustentar a restrição. sendo definido como ganho menos a despesa operacional.129 13. expedição e pulmões de montagem).5. é representado pela seguinte fórmula: LL=G – DO Onde: LL = Lucro líquido da empresa G = Ganho total da empresa DO = Despesa operacional total da empresa É uma medida absoluta de lucratividade para avaliação do nível de geração de dinheiro pelo sistema. 13. O tambor marca o ritmo de produção determinado pela restrição do sistema. Pela liberação desses materiais nos pulmões. A teoria das restrições define os parâmetros que auxiliam a medição do grau de alcance da meta que são: o lucro líquido. retorno sobre o investimento e fluxo de caixa. Portanto. Roberto Biasio . Dr. 13. Na TOC. onde. não existe um meio para selecionar um conjunto de medidas antes da meta estar definida. Além disso. a meta da empresa é ganhar dinheiro. pode-se chamá-la de produtividade. Goldratt propõe o uso conjunto do retorno sobre o investimento. identificam-se as causas de que faltem itens nos pulmões. os pulmões podem ser de tempo ou material para sustentar o ganho e/ou o desempenho dos prazos de entrega.4. Os pulmões estabelecem as proteções contra incertezas para que o sistema possa maximizar o ganho. ele é insuficiente na medida em que duas empresas que tenham o mesmo lucro líquido nos diferentes investimentos envolvidos terão desempenhos econômico-financeiros distintos. e a freqüência dessa ocorrência serve para priorizar atividades de melhoria. que é um medidor relativo.5 MEDIDAS DO ALCANCE DA META Segundo Goldratt as medidas são o resultado direto da meta escolhida e portanto. Roberto Biasio . Esses parâmetros são denominados objetos de ação como medidas operacionais que expressam a meta de ganhar dinheiro muito bem. para fins da TOC. É muito importante. Dr. É representado pela seguinte fórmula: RSI = LL / I Onde: RSI = Retorno sobre o investimento LL = Lucro líquido da empresa I = Investimento Para Guerreiro o retorno sobre o investimento dimensiona o esforço necessário para o alcance de determinado nível de lucro. Os dois indicadores acima explicitados não são suficientes por si só na medida em que torna-se necessário garantir que as condições financeiras da empresa estejam convenientemente solucionadas. 13. mas também permite que sejam desenvolvidas regras operacionais.130 13. inventário e despesas operacionais. estabelecer parâmetros que guiem as ações operacionais no sentido do cumprimento da meta. embora possa estar bem posicionada no curto prazo do ponto-de-vista econômico. lembrando que.6 MEDIDAS DE DESEMPENHO O sucesso da implementação da teoria das restrições reside em que fornece um novo conjunto de medidas que indicam se a meta está sendo alcançada. Dessa forma aparece a lógica do caixa. 13. serve para avaliar a tomada de decisão.5. este último inclui todo o dinheiro que o sistema (organização) investe na compra de coisas que ele pretende vender. Uma empresa com problemas contínuos de caixa. para se dirigir uma fábrica as medidas operacionais globais definidas pela TOC são: ganho.3 FLUXO DE CAIXA O fluxo de caixa é um indicador considerado por Goldratt como sendo muito mais uma situação necessária para a sobrevivência da empresa do que propriamente um medidor do alcance da meta.2 RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO Retorno sobre o investimento é definido como o lucro líquido dividido pelo inventário. Estas medidas representam a mensuração da meta e não constituem a meta em si. Em países onde as taxas de juros são altas quando comparadas com os padrões internacionais a problemática do caixa apresentará uma importância relativamente maior. Tais medidas são respostas a três perguntas: • Quanto dinheiro é gerado pela empresa? • Quanto dinheiro é investido na empresa? • Quanto dinheiro se está gastando para o funcionamento da empresa? Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. no entanto.5. no médio e longo prazo poderá ter seus resultados comprometidos pelas condições financeiras indevidamente equacionadas no curto prazo. Aqui cabe ressaltar. As fórmulas para calcular o ganho são as seguintes: GU = PV – CTV Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Entre os dois indicadores do “mundo dos custos”. tais como: melhoria da qualidade dos produtos.6. e deve ser subtraído do preço de venda do produto para se calcular o ganho unitário. tem para incrementar os ganhos futuros nas empresas. Os exemplos mais claros de CTV são os custos de matéria-prima. pois a redução do inventário. aumento da flexibilidade em relação à alteração no mix de produção e da entrada de novos produtos. incluindo comissões. Todavia. Segundo a teoria das restrições produção não é necessariamente ganho. onde ele faz utilização restrita do princípio do custeio variável na medida em que considera como custos variáveis apenas os custos das matérias-primas.1 GANHO Ganho é definido como a primeira medida de desempenho do alcance das metas. Neste momento Goldratt explicita teoricamente uma clara divisão conceitual entre o “mundo dos ganhos”. 13. a partir do indicador operacional ganho. ganho foi definido como receita menos materiais diretos. A justificativa é de que não há qualquer limitação intrínseca para aumentar o ganho nas empresas. a partir dos indicadores operacionais inventários e despesas operacionais Goldratt propõe que a empresa deve privilegiar o “mundo dos ganhos” em relação ao “mundo dos custos”. aumentando simultaneamente o ganho. Dessa forma o indicador local ganho é considerado “o primeiro lugar na escala de importância” da Teoria das Restrições. Isto ocorre em função de uma série de impactos que a redução de inventários tem nos sistemas produtivos como um todo. O ganho corresponde ao preço de venda menos o montante de valores pagos aos fornecedores pelas matériasprimas diretas. enquanto o produto não é vendido. etc. segundo a TOC. Para cada unidade vendida a mais do produto incorre-se no valor de sua matéria-prima. Goldratt propõe que a redução dos inventários é mais importante do que a redução das despesas operacionais. A definição oficialmente aceita de ganho é o resultado da receita menos os custos totalmente variáveis. Para se calcular o ganho unitário de cada produto precisamos subtrair os seus custos totalmente variáveis (CTV) do seu preço de venda. aumento de rotatividade dos inventários com as óbvias conseqüências financeiras daí advindas. Custo totalmente variável é o montante que varia para cada acréscimo de uma unidade nas vendas do produto. Dr. diminuição do tempo de atravessamento na fábrica com a conseqüente redução dos prazos de entrega. taxas alfandegárias. Roberto Biasio . na maior parte da literatura TOC. em particular a redução dos inventários de produtos acabados e em processo.131 Para a meta é reduzir a despesa operacional e o inventário. e o “mundo dos custos”.. então trata-se de um CTV (custo totalmente variável). a utilização da filosofia do custeio variável como fonte de sustentação das proposições feitas por Goldratt. Ganho é o índice pelo qual o sistema gera o dinheiro através das vendas. Se a variação do custo for diretamente proporcional à variação no volume de produção. não importando quando foram comprados. Outra conclusão importante é que.6. produtos em processo. o foco deve ser a produção de produtos que possam ser vendidas e não simplesmente estocados. Sendo o ganho definido desta forma. No enfoque tradicional da contabilidade. Roberto Biasio . produtos acabados e ainda ativos. como máquinas e construções. na atualidade. a mão de obra deixou de ser um custo variável para converter-se num custo fixo. teremos quanto a empresa gera de dinheiro com a venda de cada unidade do produto. Nenhum valor agregado é atribuído ao inventário. Para se calcular qual o ganho total da empresa basta somar os ganhos totais de cada produto (que é igual ao ganho unitário multiplicado pelo volume vendido). também se reduz a confusão sobre que valores se incluem no inventário e quais se consideram despesas do período. Nesse conceito estão incluídos as matérias-primas. que as empresas geram dinheiro através da venda e não da produção. principalmente nos países industrializados. portanto para ganhar dinheiro. 13. A posição do T0C frente a este ponto é diferente. o ganho não é o mesmo que a venda. Dr..2 INVENTÁRIO A segunda medida de desempenho é o inventário que é definido como sendo todo o dinheiro que o sistema investe na compra de bens que ele pretende vender. as máquinas e construções não estão classificados como inventários devido ao fato de que a empresa não foi constituída para vender seu maquinário nem suas construções. Isto é devido ao entendimento de que. Podemos concluir. que são registrados pelo valor pago aos respectivos fornecedores. assim. Na TOC. A definição de ganho exige que se determine o momento em que a venda ocorreu. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Com essa metodologia não é possível aumentar os estoques em processo e nem os acabados para aumentar os lucros do período. todos os demais gostos existentes no processo de transformação como a mão de obra. O valor atribuído ao estoque em processo e ao acabado é igual ao seu custo totalmente variável tendo como objetivo eliminar a geração de “lucros aparentes” devido ao processo de alocação de custos. os custos de mão de obra direta não são deduzidos das vendas quando se calcula o ganho.132 Onde: GU = Ganho unitário do produto PV = Preço de venda unitário do produto CTV = Custo totalmente variável GTP = GU x Q Onde: GTP = ganho total do produto Q = quantidade de vendida do período Ganho total da empresa = Σ GTP Dessa forma. energia elétrica e outros recursos não incorporam o valor do inventário sendo classificados como despesas operacionais. Pois nesta teoria todas as coisas que formam o sistema estão disponíveis para a venda. encargos e depreciações. Ao reduzirmos o inventário obtemos menores preços. O ideal é uma decisão que aumente o G e diminua I e a DO. Com essas três medidas (G. o que importa é se são totalmente variáveis (quando estão classificadas no CTV) ou não totalmente variáveis (quando então são classificadas nas Despesas Operacionais . quem decide se é ou não uma boa decisão.133 O inventário deve ser dividido em duas categorias. O juiz final. Roberto Biasio . devido ao seu impacto direto e indireto. É uma grande mudança quando o inventário é visto como uma fonte e não um usuário do dinheiro. Além desses gastos.DO). girar o inventário tão rápido que sejamos pagos pelo produto acabado antes de ter que pagar a matéria-prima. Existe apenas um impacto indireto no lucro líquido e ele é através do canal de custo de carregamento. I.6. Dr. a TOC não se importa em classificar as despesas em fixas ou semi-variáveis. Despesa operacional é compreendida como todo o dinheiro que temos de colocar constantemente dentro da máquina para mover suas engrenagens – salários. Quando as pessoas falam sobre a TOC o erro mais comum é dizer que para a teoria das restrições a despesa operacional é fixa. A TOC considera que todo o dinheiro gasto com algo que não possa ser guardado para um futuro faz parte da despesa operacional. Porém. O índice de giro ou consumo de inventário é uma medida excelente do desempenho e do índice de mudança na empresa de manufatura. incorporam-se a essa despesa os valores de bens que faziam parte do inventário e foram utilizados e desgastados no período (como a depreciação de máquinas).3 DESPESA OPERACIONAL Despesa operacional é todo o dinheiro que o sistema gasta transformando o inventário em ganho. qualquer decisão que resulte positivamente no RSI é uma decisão que nos leva na direção da meta do sistema. A TOC afirma que qualquer coisa pode ser classificada numa dessas três medidas. a dos estoques de matériaprima. 13. melhor qualidade nos produtos. luz. e que as três são suficientes para fazermos a ponte entre o LL (lucro líquido) e o RSI (retorno sobre o investimento). desde o presidente da empresa até a mão de obra direta. Isso por que os estoques de produtos têm um grande impacto sobre competitividade da empresa. DO) conseguimos saber o impacto de uma decisão nos resultados finais da empresa. Não há valor acrescido ao produto. é o RSI. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. sempre caso a caso. O impacto do inventário nas três medições do resultado é calculado através do uso dos custos de carregamento. Quando vamos tomar uma decisão na TOC precisamos medir o impacto dessa decisão nas três medidas. aluguéis. produtos em processo e produtos acabados e outros ativos. Reconhecemos que a diminuição do inventário reduz várias despesas operacionais e causa um impacto no retorno sobre o investimento e no fluxo de caixa. respostas mais rápidas aos nossos clientes. todo o dinheiro que o sistema gasta transformando investimento em ganho é classificado como despesa. é nesse momento que analisamos se a DO vai variar ou não. 7 PASSOS DO PROCESSO DECISÓRIO Remover a restrição e melhorar a performance da organização deveria ser o objetivo da administração. Identificar a(s) restrição(ões) do sistema. Passo 4: elevar a(s) restrição(ões). volte ao passo 1. pode-se observar que a restrição é a máquina B. As cinco etapas de focalização permitem que os gerentes planejem o processo global de produção e que focalizem sua atenção nos recursos que criam o maior impacto. mas.134 13. Matéria-prima a ser processada Máquina A 10 unidades por hora Máquina B 4 unidades por hora Máquina C 6 unidades por hora Neste caso. mas normalmente terá um número muito pequeno de restrições. especialmente. pois é a que apresenta o menor desempenho (4 unidades/hora). pois são elas que determinam o desempenho global da empresa. Sendo que a máquina A e C 30 têm capacidade para produzir um volume maior que capacidade apresentada pela máquina B. Neste aspecto deve-se dar prioridade àquelas que tenham a ver com a obtenção de uma maior margem de contribuição. os gerentes podem desafiar alguns dos princípios básicos de gerenciamento. Não deixe que a inércia seja a maior restrição do sistema. A primeira etapa consiste em identificar a restrição no sistema que limita o ganho. Esta afirmativa é refletida nos cinco passos para o aprimoramento contínuo apresentados em A Meta que são: Passo 1: identificar a(s) restrição(ões) do sistema. A seguir está demonstrado um fluxo de produção onde uma das máquinas é o gargalo. Roberto Biasio . mostrando claramente que a administração deve focalizar na restrição. Passo 5: se uma restrição for elevada. não permita que a inércia se instale. Todo o sistema deve ter pelo menos uma restrição. Caso siga com sucesso os cinco passos e. a organização pode superar uma restrição após outra e continuar avançando. O gerenciamento de restrições tem seu maior impacto na medida em que permite aos gerentes desenvolver uma visão da organização como um sistema. Esta teoria parece excelente. Através da compreensão do processo dessas etapas. Como a existência da restrição é dita como certa e o problema é descobrir como otimizar dentro dos limites impostos por ela. Passo 2: explorar a(s) restrição(ões) do sistema. Todavia. Passo 3: subordinar qualquer outra coisa à decisão acima. a TOC mostra como superar as restrições em lugar de apenas aceitá-las. já que o desempenho do sistema como um todo depende disso para que o fluxo de Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Goldratt propõe cinco passos para auxiliar os administradores a identificarem e superarem as restrições. contrária à visão do gerenciamento tradicional que consiste em otimizar o desempenho de cada departamento de forma isolada. Dr. como realmente funciona? Vejamos abaixo os passos: Passo 1. Mesmo com esse aumento. limpezas depois do trabalho e mudanças de turnos podem ser mudadas para acrescer mais tempo de processamento para a restrição a cada dia. Vamos supor que após serem tomadas algumas medidas de exploração do recurso gargalo. a máquina B aumentou sua produção de 4 unidades por hora para 5 unidades por hora. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. então estará havendo um aumento dos estoques. A primeira sugestão é assegurar que a restrição esteja ocupada com os produtos certos para que o lucro seja maximizado. Sendo identificado o recurso que limita o desempenho da fábrica. Isso pode ser conseguido através no controle para que o gargalo não trabalhe peças defeituosas. Roberto Biasio . é uma boa idéia observar aleatoriamente a restrição e ver o que os funcionários e os recursos estão fazendo”. o fluxo de produção apresenta o seguinte quadro: Matéria-prima a ser processada Máquina A 10 unidades por hora Máquina B 5 unidades por hora Máquina C 6 unidades por hora Como podemos observar. todos os recursos não-restrição devem ser utilizados na medida exata demandada pela forma empregada de exploração das restrições. explorar a(s) restrição(ções) do sistema Consiste em decidir como explorar a restrição do sistema. as demais máquinas têm capacidade superior a ela. Passo 3. Observar se o recurso está trabalhando continuamente sem interrupção. portanto. Esse passo compreende buscar a capacidade oculta do gargalo. Diante dessa situação. A palavra “explorar” significa aproveitar-se de algo. a máquina B ainda continua sendo o gargalo. pois qualquer minuto perdido nesse recurso é um minuto a menos no nível de produção de todo o sistema. precisamos tirar o máximo possível dele. freqüentemente. estabelecer horários extras para essa máquina. devem fornecer tudo o que as restrições precisam consumir e nada além disso. portanto. Dr. Passo 2. Se um recurso não restrição estiver trabalhando numa taxa maior que a restrição. a restrição limita o desempenho do sistema produtivo. subordinar qualquer outra coisa à decisão anterior Recursos restritivos ou gargalos determinam o ganho das organizações. pois cada minuto perdido no recurso crítico é perdido por todo o sistema. é desperdiçada por se produzir e vender os produtos errados ou por causa da utilização de procedimentos inadequados para programar e controlar a restrição. intervalos. significa aproveitar a capacidade existente na restrição que. E neste caso. que a máquina permaneça o mínimo possível parada na troca de programa (estabelecer estratégias para as trocas de programa). Por definição. visto que. pois regras simples como quando fazer a parada para o almoço.135 produção não seja interrompido. então precisamos garantir que sempre haja um estoque de segurança na frente da restrição para que ela não pare. ela não possui capacidade para processar todos os produtos. Depois de determinar esse composto. deve-se passar para o próximo passo. que a máquina não fique parada na troca de turno. que fala sobre explorar a restrição. a restrição foi mudada. ao ser superada uma restrição fará com que surja uma outra restrição e com isso deve-se voltar novamente para o passo 1. E estabelece nove princípios Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. ou seja. Se uma restrição for elevada. na época que foram elaboradas. mudada. Embora os motivos que os originaram já não existam mais. Com isso a restrição mudou de lugar e é necessário passar para o passo 5. estas regras e procedimentos ainda existem. ou seja. Passo 5. superior a capacidade apresentada pela máquina C. Quando a restrição é elevada e. o excedente ficará parado.136 Dessa forma as máquinas A e C devem trabalhar no ritmo da máquina gargalo. o desempenho da empresa subirá (lucro) de patamar. mas não irá para o infinito. ou seja. Se a empresa entender que a produção da máquina B é muito inferior a necessidade existente no mercado. a maximização da eficiência e eficácia de todos os recursos do processo produtivo. Dr. Portanto. Passo 4.7. Em muitos casos. que agora passa a ser o gargalo. Roberto Biasio . são desenvolvidas algumas regras de trabalho. deve-se voltar e examinar estas regras. então ela deverá passar para o passo 4. Elevar a(s) restrição(ões) do sistema A quarta etapa consiste em elevar a restrição. O simples fato de focalizar e explorar uma restrição já faz com que se descubra uma capacidade a mais nesse recurso. portanto. durante o processo de exploração e subordinação.1 IDÉIAS FUNDAMENTAIS DA TOC EM RELAÇÃO À OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO No sentido de otimização da produção a TOC propõe a máxima “a soma dos ótimos locais não é igual ao ótimo total”. São regras utilizadas por muito tempo que. A quinta e última etapa do processo de focalização de cinco etapas consiste em evitar que a inércia interrompa o processo de aprimoramento contínuo. faziam perfeito sentido. Não deixe que a inércia seja a maior restrição do sistema. não é mais gargalo. Caso contrário. ao elevar uma restrição. pois se a máquina A produzir mais que 6 unidades. criando um investimento indesejável de estoque em elaboração. Alguma coisa limitará esse desempenho. volte ao passo 1. a máquina B. executada pelas máquinas B. Esta etapa pode ser confundida com a etapa 2. pois tem capacidade de produção de 8 unidades. Vamos supor que a empresa resolveu comprar mais uma máquina B e colocar em funcionamento fazendo com que o fluxo de produção passe ser o seguinte: Matéria-prima a ser processada Máquina A 10 unidades por hora Máquinas BB 8 unidades por hora Máquina C 6 unidades por hora Podemos observar que a segunda operação. As restrições de políticas ocorrem quando uma companhia mantém as mesmas políticas enquanto o mundo muda. 13. elas serão agora uma restrição de política. Segundo Goldratt deve-se elevar uma restrição apenas após completar o segundo e terceiro passo do processo (explorar e subordinar). o recurso restrição corresponde a qualquer elemento que limita o desempenho da empresa. Roberto Biasio .1. A seguir os nove princípios de otimização que são considerações indispensáveis na TOC. porém não são reconhecidos como limitadores do processo. 13. a TOC pressupõe o relacionamento entre dois tipos de recursos que normalmente podem se encontrar tipo de empresa: os recursos que geram restrições e os recursos que não geram restrições. pois ao manter o fluxo igual à demanda do mercado. gerenciamento e restrições comportamentais. Dr.7.7. os quais apresentam as restrições no âmbito da produção. Esse princípio determina que a utilização de um recurso não-gargalo seja parametrizado em função das restrições existentes no sistema.1. ou seja. ao elemento que não limita o seu desempenho. a Tecnologia da Produção Otimizada). tais como mercado. em vez disso.137 básicos de acordo com o pressuposto que toda a linha de produção possui gargalos e sempre haverá num dado momento. O nível de utilização de um recurso não-gargalo não é determinado pelo seu próprio potencial e sim por outra restrição do sistema. Balancear o fluxo e não a capacidade: Segundo Goldratt e Cox. 2.2 Princípios de otimização Para otimização da produção Goldratt desenvolveu o software OPT (Optimized Production Technology. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. portanto o fluxo deve ser um pouco menor do que a demanda. A idéia é tornar o fluxo através do gargalo igual à demanda do mercado. No ambiente industrial existem diversas categorias de restrições.1 Restrição do sistema No que se refere ao planejamento das atividades. que a qualquer dado tempo os gargalos podem ser identificados. O montante de ganho da empresa é influenciado pelas características e necessidades do mercado. Normalmente os problemas relacionados com materiais e capacidade no processo de produção são visualizados facilmente. recursos internos com capacidades limitadas ou pela limitação de demanda do mercado. capacidade logística. existe o risco de que a diminuir a demanda a empresa perde dinheiro. 13. também existem no ambiente das empresas. que trabalha primeiramente com a identificação dos gargalos. ou seja. Goldratt considera que onde existem gargalos estes devem ser usados para controlar o fluxo através do sistema até o mercado. e as restrições de logística. não se deve equilibrar a capacidade com a demanda. Ou seja. deve-se equilibrar o fluxo do produto através da fábrica com a demanda. e o recurso não-restrição. gerenciamento e comportamento. 1. Uma restrição é qualquer elemento que limite o sistema cumprimento de sua meta de ganhar dinheiro. conclui-se que os recursos restritivos (restrições ou gargalos) determinam o ritmo do sistema e o ganho bem como os níveis de estoque. primeiro é importante definir o que é “lote de processamento e “lote de transferência”. Roberto Biasio . Dr. o fluxo (ganho) se mantém constante. que este princípio não é aplicado nas formas convencionais de programação de produção. minimizando tempo gasto com a preparação desses recursos e aumentando. A utilização e ativação de um recurso não são sinônimos: A utilização de um recurso significa fazer uso do recurso de maneira que ele leve o sistema na direção da meta. A ativação de um recurso é como apertar o botão para ligar uma máquina. seja através da preparação de máquinas de produção de unidades defeituosas ou da fabricação de produtos não demandados pelo mercado diminui o tempo total disponível para atender o volume de ganho. Destaca o autor. a capacidade de fluxo. Na TOC os lotes de processamento e de transferência não precisam ser iguais. O lote de transferência não pode e muitas vezes não deve ser igual ao lote de processamento: Para explicar esta situação. Os estoques são dimensionados e localizados em pontos específicos de forma que seja possível isolar os gargalos de flutuações estatísticos provocados pelos recursos não-gargalos que os alimentam. se estes fazem os fatores restritivos. não causa parada no gargalo criando um tipo de estoque que pode ser caracterizado como um “estoque pulmões” por tempo de segurança. 7. isso não consumiria todo o tempo ocioso. que haja ou não algum beneficio derivado do trabalho que está fazendo. isto permite dividir os lotes e reduzir o tempo de passagem dos produtos pela fábrica. assim. Os gargalos governam o ganho e o inventário: A partir do exposto acima. ela opera. e o lote de transferência corresponde ao tamanho do lote que vai sendo transferido para uma próxima operação. A ativação de um recurso mais do que suficiente para alimentar um recurso gargalo contribui com os objetivos da otimização da produção. limitado pelo recurso gargalo. 5. Uma hora perdida no gargalo é uma hora perdida no sistema inteiro: Qualquer tempo perdido no gargalo.138 3. gerando estoque que aumenta as despesas operacionais. antes que este seja repreparado para o processamento de outro item. situações que não acontece com outros sistemas tradicionais de Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. 6. assim. Uma hora economizada onde não é gargalo é apenas uma ilusão: A economia de preparação em não-gargalos não torna o sistema nem um povo mais produtivo. O tempo e o dinheiro economizados são uma miragem. A teoria das restrições determina que só existem benefícios na redução dos tempos de máquinas ou processos. Mesmo que se dobrasse o número de preparação. O lote de processamento tem a ver com o tamanho de lote que vai ser processado totalmente em determinado recurso. já que. Portanto deve-se evitar qualquer atraso no gargalo causado por flutuações estatísticas ou eventos aleatórios. 4. antes do recurso gargalo. Os planos devem ser estabelecidos de acordo com uma seleção de alternativas operacionais. 5.O objetivo da gestão deve ser a rentabilidade. o alcance da meta da empresa. os tempos de reabastecimentos serão estabelecidos em função de como a produção é programada. O lote de processamento deve ser variável e não fixo: Na maioria dos sistemas tradicionais o tamanho de lote deve ser o mesmo para todas as operações de fabricação do produto.As restrições forçam a empresa a operar de forma limitada. uma vez que as características das operações individuais podem conduzir a um cálculo diferente. 2. eles se constituem em dados para alimentar o sistema de planejamento da produção. No modelo da teoria das restrições.O desempenho máximo das partes não conduz necessariamente ao resultado máximo do todo. A programação da produção ao responder as questões de o que e quando produzir deve levar em consideração o conjunto de restrições existentes. 7. deverá ser observado o tratamento dado as lead times. Nesse aspecto da programação da produção. mas isto se traduz num problema de escolha do tamanho a ser adotado. 9. Os programas devem ser estabelecidos. Os sistemas tradicionais são baseados no pressuposto que os led times podem ser estabelecidos antes do processo e planejamento. Entre elas podemos citar: 1. Na teoria das restrições.8 CONTRIBUIÇÕES DA TOC PARA A GESTÃO EMPRESARIAL A TOC através de uma nova visão de administração trouxe várias cntribuições para a gestão empresarial. 4. 13. eles são resultados do processo de planejamento da produção.Os desempenhos devem objetivar a eficácia e a eficiência. 8. considerando todas as restrições simultaneamente.O planejamento operacional deve existir sempre. fundamentalmente. 3.O controle deve existir em todas as áreas organizacionais da empresa. que correspondem aos tempos de reabastecimento. As preposições apresentadas para otimização do processo produtivo objetivam. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Roberto Biasio . 6. Dr.As atividades deverão ser controladas. 9.As contribuições dos produtos devem ser enfatizadas.139 programação de produção onde se assume que o lote de processamento é igual ao de transferência. os lotes de processamento podem variar de uma operação para outra. Assim. ou seja. 8. mediante rateios. entre elas podemos citar as seguintes: 1. em face da imprecisão destes. 4 – Não é aceito pelo fisco. Dr. 13. 3. etc.Localiza os gargalos (restrições na produção) e trabalha para tirar o maior desempenho deles. 13. volumes.–Trabalha com o balanceamento do fluxo (trabalhar no ritmo do gargalo) e não da capacidade de produção (capacidade máxima). a TOC não apresenta apenas vantagens. mas também apresenta algumas desvantagens. 2 – Ignora os custos que não fazem parte dos materiais diretos. 8 – Simplifica muito o cálculo de custos.140 10 – Os parâmetros econômicos deverão ser prioritariamente empregados na avaliação das áreas organizacionais. 3 – Não mantém um controle completo sobre o processo de produção. 5 – A adoção do TOC pode levar o administrador a relegar os custos fixos no processo de estabelecimento dos preços de venda.Evidencia os produtos que geram maior retorno para a empresa através da determinação do ganho de cada um deles e não do custo. como fazem os demais sistemas.A apropriação dos custos dos produtos é incompleta.9 VANTAGENS DA TOC O sistema de custeio proposto pela TOC apresenta várias vantagens. 7 – Demonstra o ganho de cada produto para a absorção dos custos fixos e para o lucro. Roberto Biasio . clientes. 5 – Evita as dificuldades e possíveis distorções da apropriação dos custos indiretos.10 DESVANTAGENS DA TOC Como todo sistema de custos. regiões. 4.Facilita a avaliação de: produtos. entre elas podem ser citadas: 1. 2. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. critica-se o preço-base à luz das características existentes do mercado. . .1.se ela quer ter grandes lucros em curtíssimo prazo ou se o lucro é estabelecido a médio ou longo prazo. condições de entrega..1 ASPECTOS GERAIS O problema da formação dos preços está ligado às condições de mercado. razão pela qual a consideramos como integrante do Planejamento Estratégico da empresa.2 FATORES QUE INTERFEREM NA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Quando falarmos em Preço de Venda.fixa-se o preço mais apropriado com condições diferenciadas para atender: . atender aos anseios do mercado àquele preço determinado. .1.prazos diferentes de financiamento de vendas. .1 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 14.volumes diferentes.descontos para prazos mais curtos. O Cálculo do preço de venda deve levar a um valor: .que traga à empresa a maximização dos lucros. levando-se em consideração as relações custo/volume/lucro e demais aspectos econômicos e financeiros da empresa.testa-se o preço às condições do mercado.forma-se um preço-base. qualidade.14 CUSTOS E PREÇOS 14. devemos levar em consideração alguns fatores relevantes. ao nível de atividade e à remuneração do capital investido (lucro). aspectos promocionais etc. .que melhor aproveite os níveis de produção etc. .comissões sobre vendas para cada condição. volume de vendas. . 14. A tomada de decisão referente ao estabelecimento do preço de venda de um produto. . aos custos. . requer um estudo muito profundo por parte do responsável por tal empreendimento. prazo. às exigências governamentais. com o preço dos concorrentes. Ao se determinar a formação do preço de venda de um produto deve-se observar as seguintes condições: .que seja possível manter a qualidade. tais como: a)Filosofia da Empresa . qual a faixa de mercado que a empresa está buscando: a de baixa. pedido ou pago por um bem ou serviço Segundo Sardinha (1995). m)Existência de Produtos Substitutos a Preços mais Competitivos . c)Mercado de Atuação . atacado. far-se-á inicialmente um estudo teórico sobre os fatores que influenciam a formação do preço de venda.1 PREÇO DE VENDA Preço de venda é a quantia de dinheiro.objetiva determinar o volume de produtos possíveis de serem vendidos.saber se pretende vender somente no mercado interno ou se também vai colocar seu produto no exterior.altamente flexível. Dr.o produto pode ser substituído por um outro a custos menores ou o produto é o único no mercado ou ainda seus similares são mais caros.2. administrar e comercializar o produto. os objetivos da proposta. g)Integração com Área Comercial . d)Nível de Concorrência . portanto.saber se atua num mercado de concorrência perfeita. preço é definido como sendo a quantidade de dinheiro que o consumidor desembolsa para adquirir um produto e que a empresa recebe em troca da cessão do mesmo. q)Volume de Custos e Despesas . Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. representantes.2 PRECIFICAÇÃO Considerando-se. média ou alta renda.volume necessário de custos e despesas de fabricar. serão abordados os aspectos que envolvem a definição de políticas de precificação.142 b)Público a ser Atingido . j)Política de Preços . média ou alta qualidade.é a partir dele que começamos sempre toda e qualquer análise.é a partir dela que estabelecemos as metas a serem alcançadas. ou seu equivalente. n)Demanda Esperada do Produto . f)Linhas de Produtos .saber se a venda será para varejo.verificar o nível de produção e de vendas que se pretende ou se pode operar. com o objetivo de incentivar as vendas e ao mesmo tempo enfrentar as mudanças das condições econômicas do momento. 14. monopólio ou oligopólio. e)Capacidade de Produção Instalada . distribuidores. Roberto Biasio .se o produto está ou não sujeito ao controle de preços governamentais. p)Nível de Produção e Vendas Desejado . i)Conhecer o Custo de Fabricação ou Aquisição do Produto . h)Forma de Comercialização . 14.o produto deve ter baixa. Em seguida. o)Controle de Preços .conhecer detalhadamente os produtos fabricados pela empresa e os seus processos de fabricação.o pessoal de vendas (internas e externas) representam um valioso foco de informação no momento da decisão da formação do preço de venda. l)Qualidade do Produto em Relação às Necessidades do Mercado Consumidor . O preço também pode transmitir informações sobre o produto. Bernardi (1998) divide em três posições os preços de venda. os objetivos de preços mais comuns incluem: segmentação e posicionamento – apoiar os esforços de posicionamento do produto nos mercados alvo. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. no mercado interno.É usada quando a empresa possui imagem e qualidade de produtos superiores às dos produtos de melhor concorrente.143 Já Churchill & Petter (2000) definem o preço como sendo a quantidade de dinheiro. Dr.2. embora possa ocorrer que quando o preço do produto ultrapassar um certo nível. Nas palavras do próprio Lauren. Sinteticamente. o nível de preço ajuda a atrair determinados mercados-alvo. Quando compradores potenciais não conseguem avaliar diretamente os benefícios do produto em relação à concorrência. p. competitividade – competir em termos de preço relativo ou participação de mercado. mas não têm condições de comprar um Ralph Lauren (CHURHILL & PETTER. enquanto outras pessoas pagarão mais. o que não difere. que deve ser dada para se adquirir a propriedade ou o direito de usar um produto. sobretudo porque o preço influencia quais clientes potenciais irão comprar o produto.2. que são: 1. para atrair compradores que acreditam que o status da linha alta moda da Ralph Lauren vale seus preços elevados. pode-se dizer que o preço é a expressão do valor de troca que se oferece por alguma coisa que satisfaça uma determinada necessidade ou desejo. do skimming. de maneira geral.2. Portanto.1 Segmentação e Posicionamento O preço dá apoio ao esforço da organização para posicionar o produto de modo a servir determinados segmentos do mercado.337). não terão mais condições de adquiri-lo. Algumas pessoas procurarão o preço mais baixo para uma categoria de bens e serviços. com a finalidade de diferenciar-se. posição de Preços altos . A Polo/Ralph introduziu a coleção Lauren de roupas femininas a preços moderados. 14. Roberto Biasio . 2000. a estratégia de preços usada para determinados produtos e linhas de produtos deve apoiar os objetivos de marketing desenvolvidos durante o planejamento estratégico de marketing. Para os autores. responsabilidade social – alcançar um padrão de responsabilidade social. que inclui também o tempo e o esforço mental e comportamental despendidos. a linha de preços mais baixos volta-se para consumidores que gostam de qualidade e bom gosto. 14.2 OBJETIVOS DOS PREÇOS Para Churchill & Petter (2000). venda e lucros – obter os níveis desejados de vendas e alcançar o nível projetado de lucros. bens ou serviços. sobrevivência – possibilitar a sobrevivência da organização. Afirmam que o preço é apenas parte do custo total que os clientes pagam numa troca. podem usar o preço como indicador de valor. ficando a empresa mais bem aparelhada para desenvolver sua própria estratégia de preços e política mercadológica. As empresas com freqüência procuram definir um preço que dêem a elas um maior lucro. Em outras ocasiões. acaba reduzindo o lucro em função do aumento da receita não ser suficiente para compensar a redução da margem de lucro unitária provocada pela redução do preço de venda. se centrarem em outro objetivo.2.É usada desde que a empresa venda com lucro. os lucros. pode ocorrer o inverso. tornando-se assim muito mais competitiva (BERNARDI. Às vezes. Para Churhill & Petter (2000).É usada onde a concorrência é ativa e diversificada. Roberto Biasio . Quando vários concorrentes oferecem basicamente o mesmo produto. ela deve conhecer muita bem sua estrutura de custos e a de seus concorrentes. Em geral. 249). a fim de ganhar volume e fatia de mercado (market share) e usualmente funciona como estratégia de preços de penetração. no aumento de vendas ou em uma maior participação no mercado. por exemplo. os Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Nesse caso. podem obter lucros maiores a longo prazo. os aumentos de vendas são conseguidos mediante a redução do preço de venda. mesmo gerando um volume maior de receita. Às vezes.2 Vendas e Lucros O objetivo de definir um determinado preço pode ser uma meta a atingir quanto a um certo nível especificado de vendas.3 Competitividade Para que uma empresa seja competitiva e ao mesmo tempo lucrativa. O conhecimento dos próprios custos e despesas. com ofertas. Nem sempre o aumento de vendas resulta no aumento do lucro. se esta redução de venda for compensada por um aumento da margem de lucro através do aumento do preço de venda que resulte em um lucro total maior. vendas crescentes são um indicador de que a organização está oferecendo um composto de marketing atraente. 1998. 3. além do método de formação de preços. Contudo. Em algumas situações. o sucesso em alcançar metas de venda nem sempre se traduz em sucesso em termos de outros objetivos. posição de Preços médios . uma redução da receita total pode aumentar o lucro. como por exemplo. bem como dominar a forma de cálculo dos custos e preços. em muitas situações. p. ou seja. Dr.144 2. serviços entre outros. O nível de vendas pode ser medido ou por unidades de produto vendidas ou de acordo com a receita. elas imaginam que. novos produtos. o nível de lucro é o objetivo específico da estratégia de preços. Um produto de preço médio e outro de preço relativamente baixo também podem ser posicionados como oferecendo alto valor: o primeiro com uma boa qualidade a um preço razoável e o segundo como qualidade aceitável por um preço baixo.2.2. os clientes geralmente fazem seleção em função dos preços.2. auxilia o entendimento dos custos da concorrência e da estratégia competitiva. o aumento do volume vendido. como. um produto de preço mais alto pode proporcionar maior valor se oferecer algo especial em termos de qualidade ou prestígio. visto que. posição de Preços baixos . 14. campanhas promocionais. 14. existem situações em que o mercado não apresenta condições favoráveis para estabelecer preços com margem de lucro sem que ocorra uma redução no volume de venda. o suficiente para cobrir os custos variáveis. há uma ligação entre participação de mercado e lucros. não ficar mais limitadas a objetivos de sobrevivência. Em geral. em um futuro breve. a fim de atrair clientes. ou podem cortar os custos até que o nível baixo de preços torna-se lucrativo (CHURHILLl & PERTTER. ela define preços mais altos do que seus concorrentes comuns e buscam compensar essa diferença a maior oferecendo outras vantagens ao cliente. mas um segmento extremamente lucrativo do mercado total. porque a função social está acima do objetivo de alcançar lucro. No entanto. Os objetivos de sobrevivência incluem definir preço igual ao custo total ou abaixo dele.339). 14. Em outros casos. As organizações forçadas a usar tais táticas também procuram maneiras de melhorar as condições. Essa perspectiva implica que. uma vez que algumas das pessoas que se beneficiam desses produtos não têm condições de comprá-los. os autores citam o caso dos fabricantes de medicamentos e vacinas que já foram criticados por cobrar demais. muitas empresas preferem manter os níveis de atividades. ao mesmo tempo. porém seu uso deve ser por períodos curtos. pois cobrar mais poderia fazer com que os clientes comprassem da concorrência. um preço alto associado à alta qualidade poderia dar à organização uma pequena participação de mercado. 14. os profissionais de marketing podem também ter de levar em conta questões relacionadas à responsabilidade social. vendendo. os profissionais procuram definir o preço mais baixo. No entanto. p. Preços sem lucro ou com pequena margem de prejuízo podem ser aceitos para manter a sobrevivência da empresa em momentos de crise. Roberto Biasio . 2000. Porém. de forma a. Numa situação de licitação competitiva. As decisões de preços governamentais podem ocorrer de duas formas: 1) quando o governo define preços Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. um objetivo deve ser o de torná-los acessíveis.2. Dr.2. para produtos essenciais.4 Sobrevivência Em situações normais.145 vendedores muitas vezes definem preços semelhantes.2. Os objetivos de participação no mercado têm as mesmas limitações que os objetivos de sobrevivência. Por exemplo. visando à sua sobrevivência. mesmo que. porém.5 Responsabilidade Social Para Churchill & Petter (2000). Os objetivos de responsabilidade social aparecem com mais freqüência nas decisões de preços governamentais e nas organizações sem fins lucrativos. Nessas condições. Elas podem estimular a demanda por meio de propaganda ou de melhorias no produto. além de cobrir todos os seus custos e despesas. pois a manutenção dessa estratégia por períodos longos poderá levar a empresa à falência. os profissionais da área cobram um preço diferente de seus concorrentes. seja necessário reduzir os preços a níveis que só cubram os custos e despesas. Como exemplo. se a organização quer que seus produtos tenham uma imagem de prestígio ou de melhor rentabilidade. trazer também uma margem de lucro. ao definir preços. os objetivos econômicos descritos acima são de importância primordial para a maioria das empresas.2. para isso. toda a empresa deseja definir preços que sejam suficientes para. Também é sabido que a concorrência está cada vez mais acirrada. 2) quando o governo estabelece preços máximos para bens e serviços oferecidos pela iniciativa privada. Segundo Churchill & Petter (2000). Para quem quer ser competitivo não só em qualidade e atendimento. mas sim se guiarem simplesmente pela intuição ou pela atitude dos concorrentes. conforme o modelo a seguir. esse objetivo não tem tanta presença. prazos volumes e demais elementos que fazem parte da negociação. constituindo-se em uma das peças fundamentais do planejamento empresarial. torna-se necessário que ela possua alternativas de precificação que se adapte às mais diferentes condições apresentadas pelo mercado (venda à vista ou a prazo. nos prazos de pagamentos dos custos e despesas. muitas organizações podem não seguir uma abordagem reflexiva e analítica para definir preços. seja pelo fato de a iniciativa privada explorar atividades essenciais ou que dependam de concessão pública. dinheiro ou cartão de crédito. nos volumes vendidos. nas empresas com fins lucrativos. Dr. mas também em preço. mas também para proporcionar um crescimento contínuo. Segundo Gell & Belloli (1995). em cheques. A formação de uma política de precificação flexível vai além da definição do valor a ser cobrado por um bem ou um serviço. Certamente.2. nos custos de estrutura. Deve definir. Para que uma política de precificação seja flexível. pois nessas empresas o objetivo do lucro tem sobressaído aos demais objetivos. para sobreviver. mudanças nos custos de compra. as condições. as decisões específicas são complexas. o caminho das pedras começa com a adoção de uma postura política dentro da empresa: preço não é negócio que diz respeito apenas ao setor financeiro (Exame. para alcançar os objetivos da empresa. 14. Sendo assim.3 IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DE POLÍTICAS COMERCIAIS FLEXÍVEIS É consenso geral nos meios empresariais que toda a empresa. não só para manter suas atividades. Roberto Biasio .146 para os bens e serviços que ele mesmo oferece.2. nos valores das comissões. Isso se torna necessário tendo em vista o atendimento dos objetivos da empresa em consonância às exigências do consumidor e do mercado. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. além do preço a ser cobrado. ela deve seguir um processo lógico para a decisão do preço. o que obriga as empresas a manterem-se constantemente atualizadas através de um considerável volume de informações para a tomada de decisão de modo ágil e eficaz.4 ESTRATÉGICAS PARA DEFINIÇÃO DAS POLÍTICAS DE PRECIFICAÇÃO O modo como são definidos os preços dos produtos de uma organização varia de acordo com os objetivos organizacionais e com a natureza do produto e dos mercados-alvo que ele pretende servir. uma vez que muitas variáveis afetam o sucesso de uma estratégia de precificação. A Difícil Arte de Fixar Preços: 1998). 14. tem que ter lucros suficientes. Embora esse processo pareça direto. etc). a determinação dos preços de venda dos produtos é tarefa extremamente importante na empresa. uma empresa pode decidir cortar custos para lucrar com uma estratégia de preços baixos. eles devem dar suporte ao esforço de criar valor para os mercados-alvo identificados. ajudar a alcançar os objetivos gerais da empresa. Na definição dos objetivos da precificação. em seguida. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. como no caso de um produto realmente novo. o passo seguinte é identificar e avaliar as características da demanda e outras restrições de preços.147 Definição dos objetivos da precificação Avaliação da resposta dos clientes e de outras restrições de preços Análise do potencial de lucros Definição do preço inicial Ajuste dos preços conforme necessário Definição dos objetivos da precificação . outras restrições a considerar são características do próprio produto. as diversas áreas da empresa devem ser envolvidas. Como exemplo afirmam que as pessoas responsáveis pela produção deverão assegurar que a organização possa atender à demanda esperada para o produto num dado preço. Ao perceber que os consumidores irão cada vez mais comprar com base nos preços baixos. ao financiamento ou à venda do produto. Para Churchill e Petter (2000). Dr. devem participar na definição dos objetivos de precificação. Uma razão para isso é que o estágio no ciclo de vida está relacionado a outra restrição. ao avaliar a resposta dos clientes. Quando há poucos substitutos. os esforços para definir os objetivos da precificação devem ser coordenados com outras funções da organização.Segundo Churchill & Petter (2000). Churchill e Petter (2000) colocam que os profissionais de marketing podem querer atingir um alto nível de lucros na venda de CDs. Avaliação da resposta dos clientes e de outras restrições de preços Quaisquer que sejam os objetivos da empresa. à disponibilidade de substitutos. além da de marketing. o estágio do produto em seu ciclo de vida influencia o preço que os clientes estão dispostos a pagar. sejam elas ligadas à produção. os clientes podem estar dispostos a pagar um preço maior. Como esses objetivos servirão de guia para a estratégia de preços escolhida. terão de ser capazes de administrar os fundos que entram e saem nos níveis previstos de vendas e produção. Para usar um exemplo extremo. Devem. analisar o nível total de demanda e o grau em que ela é afetada pelas mudanças de preço. os profissionais de marketing consideram quanto de um determinado produto os membros do mercado-alvo irão comprar por determinado preço. Os responsáveis pelas finanças. por sua vez. o processo acerca da definição do preço inicia quando são estabelecidos os objetivos da empresa. Para os mesmos autores. A ligação entre os preços e outras funções indica que a precificação é mais uma área de marketing que pode se beneficiar do uso de equipes interfuncionais. devem examinar a procura pela classe do produto. ou seja. após definir os objetivos dos preços. Para Churhill & Petter (2000). Por exemplo. Como a política de preços influi diretamente na quantidade de produto vendido e na quantidade de dinheiro que flui para a empresa. porque os clientes não irão comprar por esse preço. Para tanto. há limites para o preço que a organização pode cobrar. mas a empresa não pode conseguir isso cobrando 500 reais por CD. pela categoria do produto e pela marca específica e. portanto. outras áreas. Assim. Roberto Biasio . Há muitas razões que podem levar a ajustes no preço de tabela.Para Churchill e Petter (2000). concorrência e valor para os clientes. os profissionais de marketing devem usar métodos de precificação baseados em algumas combinações de custo. aliadas a técnicas. uma abordagem mais lucrativa é procurar maneiras de reduzir custos o suficiente para tornar o produto lucrativo a um dado preço. Usar uma equipe para o desenvolvimento do produto. como as contidas no Código de Defesa do Consumidor. os profissionais também precisam levar em conta questões legais. Historicamente. Em geral. Porém. Para fazer isso. que. é preciso coletar informações sobre o padrão da demanda. Definição do preço inicial . Para cobrar mais que os concorrentes. decidir quando e como oferecer vários tipos de ajustes de Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. o preço poderá ser definido relativamente alto. Ajustes nos preços conforme necessário . ao contrário. quem define os preços deseja cobrar o suficiente para. Por fim. Assim. Através da análise marginal será possível determinar o volume necessário a ser vendido para atingir o lucro desejado. incluindo a consideração de objetivos de lucros e de valor para os clientes. têm de obter aprovação do governo para qualquer aumento nas tarifas. a idéia for uma estratégia promocional enfatizando como o produto é superior ao de seus concorrentes. Roberto Biasio . Se. pelo menos. Às vezes. Segundo Churchill e Petter (2000). a ação governamental pode impedir que os preços caiam abaixo de um determinado nível. com freqüência é útil para alcançar o equilíbrio adequado. Ao definir preços. para definir um preço inicial. Os ofertantes podem querer oferecer uma promoção temporária de preços para atrair compradores do produto. Depois. que proíbem aumentos e discriminação de preços injustificados. Além disso. como companhias de eletricidade. será preciso manter o preço baixo. com base nos objetivos e restrições de preços. Na definição dos preços faz-se necessário um estudo da demanda provável a cada nível de preços e qual a sua margem respectiva de modo a possibilitar uma análise da potencialidade de lucros a cada alternativa. empresas de utilidade pública. Além disso. cobrir esses custos. pode haver razões pelas quais isso seja impossível ou talvez não seja a maneira mais lucrativa de definir um preço. como a da análise marginal. demanda e lucro. as organizações que vendem para o governo também podem ter de seguir orientações específicas para definir seus preços. como no caso de uma safra recorde.Segundo Churchill e Petter (2000). no outro extremo. se a intenção for vender o produto em lojas de descontos.148 É necessário também considerar o custo relativo à produção e à comercialização do produto. os profissionais que definem os preços devem cuidar dos limites fixados pelos preços da concorrência. os profissionais de marketing decidem qual será a faixa de preços razoável. é preciso analisar os lucros potenciais associados à faixa em consideração. deve levar em conta o modo como o preço se encaixa entre os outros elementos do composto de marketing. como no caso de um preço unitário mais baixo para pedidos grandes. a organização terá de convencer o mercado-alvo de que seu produto é superior em algum aspecto. Quanto menor for a margem maior será o volume necessário para atingir os objetivos de lucros traçados. ou podem querer que o preço cobrado para vários grupos de clientes reflita os custos de servilos. Dr. Análise do potencial de lucros . darão informações sobre as relações entre preço. experimentar um produto. Roberto Biasio . Desconto Desconto de curta duração Folhetos oferecendo um desconto de promocional para estimular as vendas ou 10% num restaurante. como a compra em maior quantidade. Preço de Estabelecimento de preços Supermercados que vendem alguns mercadorias.92. Subtrair os descontos do preço de tabela resulta no preço de mercado. Exemplo Uma bandeja de iogurte com quatro potes a R$ 2.perto ou abaixo do custo a produtos pelo preço de custo. juntamente usado do comprador em troca de um com um pagamento em abatimento no preço do carro novo. descontos sazonais. o preço efetivamente pago pelo cliente.149 preços é o último passo no processo de definição da política de preços e compreende a seleção de maneiras de ajustar o preço de tabela. descontos promocionais e preços de mercadorias-isca Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.Um desconto é. Os descontos também podem ser oferecidos para incentivar comportamentos desejáveis. As opções básicas são usar alguma combinação de descontos. um reembolso de parte do preço. dinheiro. Margem Redução de preço em troca Algum vendedor para supermercados promocional da realização de certas que oferece desconto caso este atividades promocionais coloque em sua propaganda o seu pelo revendedor.60.Descontos . conforme demonstrado no Quadro 1. descontos comerciais. Desconto Redução percentual no comercial preço de tabela oferecido a revendedores. enquanto que potes vendidos separadamente custam 0. O efeito desses descontos é especialmente grande no caso de produtos vendidos por meio de intermediários. Redução de preço oferecido durante períodos de pouca demanda. ou pode oferecer um abatimento posterior. O vendedor pode subtrair o desconto antes de o cliente pagar. simplesmente. Desconto Desconto por quantidade Desconto sazonal Definição Redução no preço por unidade pela compra de grande quantidade. ou seja. Para Churchill e Petter (2000). Desconto Incentivo para compradores para pagarem rapidamente ou pagamento à um preço mais baixo pelo vista pagamento à vista. Os autores consideram. Postos de gasolina onde o álcool e a gasolina de quem paga com cheque ou dinheiro são mais baratos ou o desconto oferecido para quem renovar a assinatura de uma revista antecipadamente. válido por um induzir os compradores a período de tempo. Editora que vende livros para uma rede de livrarias em menor preço do preço de varejo sugerido. os descontos provocam impacto sobre o preço de mercado de muitos produtos. uma redução no preço. ou seja. que os descontos comumente usados incluem descontos por quantidade. . para isca fim de atrair clientes para atrair compradores para essas ofertas uma loja. Hotéis fora da temporada de turismo reduzem seus valores nas diárias. Abatimento Desconto pelo oferecimento Concessionária que recebe o carro por troca de um produto. Dr. preços psicológicos e geográficos. abatimentos. produto. descontos para pagamento à vista. e para outros itens de preço normal. portanto. Estratégias de preços destinadas a tornar um preço mais atraente para os compradores utilizam preços psicológicos. Ao fazer isso. preço não-arredondado e preço de pacote. Para Churchill e Peter (2000).150 Outras políticas de preços . Esta política também é conhecida por preço justo todos os dias. tanto nessa política de preços como nas demais. como a entrega e instalação gratuita do item adquirido. Por exemplo.Para Churchill e Petter (2000). as taxas de juros podem ser reduzidas ou eliminadas. número redondo. às vezes. os profissionais de marketing. conforme mostrado no Quadro a seguir:] Técnicas de Definição Exemplo Preços Preço por Estabelecimento de preços O iate Benetti tem um preço-base de prestígio elevados para transmitir 20 milhões de dólares. se Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Roberto Biasio . eles precisam ter em mente que. único. ou seja.Muitas vezes os preços são ajustados de forma a aumentar o apelo do produto.Os preços dos bens e serviços podem variar em função do local onde o mesmo será entregue. que a empresa não se descuide e pense que o aumento nas vendas aumentará muito o seu lucro. Para incentivar compras imediatas. usam preços geográficos para ajustar o preço de forma a refletir as diferenças de custos existentes pelo fato de os produtos serem destinados a diferentes locais. “compre um e leve dois”. uma alternativa a essas reduções de preços por períodos curtos é usar uma estratégia de preços baixos todos os dias. Os preços não precisam necessariamente ficar substancialmente abaixo da concorrência. Essas políticas são comumente usadas para incentivar compras imediatas ou para induzir à experimentação de um novo produto ou para atrair clientes para uma nova loja. mas a intenção é dar aos compradores a confiança de que podem contar com um preço justo ou razoável sem ter de esperar por uma liquidação. em vez de promover descontos ocasionais em alguns produtos. há muitos outros modos de reduzir o preço de um produto. com a redução de preço. Preço de Oferta de vários produtos A maioria das diárias dos hotéis inclui pacote num pacote por um preço o café da manhã. É importante. 200. Segundo Churchill e Petter (2000). Essa estratégia é adotada para conquistar clientes de longo prazo por proporcionar valor superior a eles. como nas promoções de "três vezes sem juros". Preço não Estabelecimento de preços Uma cidra Cerescer anunciada por arredondado um pouco abaixo de um R$ 2.000 dólares. Também podem ser acrescidos serviços extras no preço de um produto. enquanto um uma imagem de alta cupê turbo da Porsche 911 custa qualidade ou exclusividade. Para os mesmos autores. estabelecer preços consistentemente baixos. Dr. terá mesmo que vender mais para equilibrar o seu lucro.Preços geográficos . para linhas de produtos ou produtos individuais. “compre três leites condensados e ganhe o quarto de presente”. Um lado compensa o outro. os profissionais de marketing podem usar preço por prestígio. Preços psicológicos . . além dessas.48. Roberto Biasio . os profissionais de marketing também podem usar preço FOB de origem. Preço por Tipo de preço uniforme na ponto-base entrega em que o vendedor cobra o preço de venda mais o custo da entrega a partir de um ponto-base onde o produto é produzido. dois são comuns: a) conseguir que muitos membros do mercado experimentem o produto. Muitas empresas usam a técnica de preços geográficos como uma forma de oferecer uma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes. assim. os compradores da zona B podem ter de pagar uma taxa de entrega mais alta. Exemplo “FOB fábrica” significa que o direito de propriedade é transferido na fábrica onde o produto foi feito. e. incluindo a entrega. buscando com isso atrair mais clientes. Técnicas de Preços Definição Preço de O preço do vendedor é para o FOB origem produto no ponto de embarque. são incompatíveis num certo grau. Empresa que cobra a mesma taxa de transporte para seus produtos em todo o Brasil. Preço O preço do vendedor inclui uniforme na transporte. “FOB destino” significa que o direito de propriedade é transferido no endereço onde o comprador irá receber os bens. e o direito de entrega propriedade é transferido quando o comprador recebe os bens. por exemplo. Para alguns itens. Políticas de preços para novos produtos . Esses objetivos.151 cobram mais para despachar para clientes distantes. onde o direito de propriedade passa do vendedor para o comprador. A empresa pode dividir a localização dos clientes em zona A (estados próximos à empresa) e zona B (estados mais afastados).Entre os objetivos da precificação para um novo produto. Dr. um preço uniforme na entrega ou outros tipos de preços geográficos. porém. e o vendedor arca com o custo. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Convencer as pessoas a experimentar um produto exige um preço baixo. Um laboratório farmacêutico pode cobrar pelo transporte a partir de seu ponto-base em Cubatão. Preço de Tipo de preço uniforme na zonas entrega em que os compradores múltiplas em diferentes zonas pagam preços de entrega diferentes. “FOB fábrica – frete permitido” significa que o comprador cuida do transporte. Preço de Tipo de preço uniforme na zona única entrega em que os compradores pagam o mesmo preço. conforme os resumidos no Quadro 3. Para Churchill e Peter (2000). estarão em desvantagem em relação aos concorrentes que estão mais próximos desses clientes. FOB com Tipo de preço uniforme na frete entrega em que o vendedor permite que o comprador deduza permitido os custos de transporte do preço de venda do produto. b) recuperar rapidamente os custos de desenvolvimento. ao passo que recuperar custos rapidamente pode exigir um preço mais alto. mesmo que isso represente um aumento de custos. O grau em que um produto é perecível em qualquer um desses sentidos influencia a política de preços de uma organização. alguns tipos de produtos. tenham sido prestados e não possam mais ser vendidos. Por fim. as empresas geralmente baixam um pouco os preços. assim como seu estágio no ciclo de vida. os competidores também podem mostrar-se relutantes em oferecer novos produtos concorrentes se as margens de lucro forem baixas. Em resposta a essa concorrência. Mais tarde. como casas e tratores. Embora a cobrança de um preço baixo pareça prejudicar os lucros da organização. Roberto Biasio . Políticas de preços para produtos existentes . duas são bastante conhecidas: a estratégia de penetração e a estratégia de desnatamento.Quando o objetivo da política de preços é recuperar rapidamente os custos de desenvolvimento de um novo produto. as empresas. as políticas de preços devem considerar várias características da mercadoria. concorrentes devem entrar no mercado.152 Para Churchill e Peter (2000). Além disso. um preço inicial relativamente alto para conquistar a "nata" do mercado. Finalmente.Quando é cobrado um preço relativamente baixo para incentivar membros de um mercado-alvo a experimentar um produto. É provável que uma organização utilize uma política de preço por desnatamento tanto quando a demanda seja inelástica. percam seu apelo ou utilidade.Ao definir o preço de produtos existentes. o preço de penetração possibilita que a organização atraia uma grande fatia do mercado. pode ser definido um preço de desnatamento. Os profissionais de marketing definem preços para os produtos perecíveis de forma que os clientes os comprem antes que eles se estraguem. a) Penetração . Uma vez que o prestador ofereceu o serviço. uma palestra ou uma viagem aérea. a chance de vendê-lo termina.Segundo Churchill e Peter (2000). ao lançarem um novo produto. devem durar um longo tempo. geralmente não têm nenhuma vida de prateleira. Serviços. e a organização tem um monopólio temporário do produto como quando ela detém uma patente. Os profissionais que definem os preços também podem ter de planejar redução de preços para desencalhar produtos que estejam sendo vendidos mais lentamente que o esperado. A precificação por penetração também pode ser usada quando se espera que concorrentes entrem logo no mercado e quando a demanda pelo produto é elástica em relação ao preço. Entre as estratégias utilizadas na fixação de preços para produtos novos. ou. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. os produtos mais perecíveis. Dr. atraídos pelas altas margens de lucro. dependendo dos objetivos desejados e da posição que a empresa está situada em relação à sua concorrência. se a política adotada tem por objetivo servir um mercado de massa. ela oferece algumas vantagens econômicas. b) Desnatamento . como o grau em que ela é perecível e distintiva. Esse é o caso de cartões de Natal ou camisetas de Olimpíadas. está sendo utilizado o preço de penetração. seja ele um show. alguns produtos são perecíveis no sentido de que a demanda por eles se esgota depois de certo tempo. no caso de serviços. como bananas e remédios. têm vida útil mais curta. a) Perecibilidade . Isso pode envolver definir um preço que o mercado veja como atraente. Outros. como ajudar a organização a aumentar rapidamente as vendas até o volume em que possa operar com mais eficiência. poderão definir seus preços de forma diferente. a política de preço mais eficiente. talvez. Se o mercado-alvo vir o produto como superior. Para incentivar o crescimento. como clipes para papel e lavagem a seco. como resultado de um compromisso com qualidade. tal estratégia pode prejudicar os lucros. Quando o produto entra no estágio de crescimento. eles também podem oferecer uma política de descontos. As estratégias de preço típicas para o estágio de introdução foram descritas anteriormente quando se descreveu sobre preços de novos produtos. c) Estágio do ciclo de vida – Ainda segundo Churchill e Peter (2000). Durante a fase de declínio do ciclo de vida do produto. O preço baixo torna-se ainda mais importante durante o estágio de maturidade. Dr. pode-se manter os preços estáveis e. mas com altos lucros. as empresas precisam ganhar novos mercados-alvo que não haviam se interessado em comprar o produto por um preço mais alto. Para produtos com muitos concorrentes ou poucas características especiais. mais rapidamente que para outros. a organização pode ter condições de cobrar um preço mais alto por itens que tenham poucos concorrentes ou ofereçam um diferencial. podem ser usados aspectos como qualidade. Roberto Biasio . os concorrentes começam a entrar no mercado. ao mesmo tempo em que mantêm uma qualidade confiável.Quando um produto é parte de uma linha. Políticas de preços para linhas de produtos .153 b) Diferenciação . É com produtos com diferenciais que as empresas encontram condições de obter vantagem. o estabelecimento de objetivos de preços para a linha de produtos como um todo dá alguma flexibilidade aos profissionais da área.Segundo Churchill e Peter (2000). marca. os profissionais da área geralmente precisam fixar um preço abaixo ou no mesmo nível do preço dos concorrentes. mas a estratégia de preços para a linha inteira. Se a estratégia de preços for aumentar a participação de mercado ou manter uma grande participação. é de se esperar um lucro mais baixo. pode-se usar rotineiramente um preço abaixo do mercado. varia de acordo com o estágio do ciclo de vida do produto. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. em termos de lucros. portanto os vendedores precificam seus produtos no mesmo nível ou abaixo dos da concorrência para ganhar maior participação de mercado. Para criar um diferencial. se eles querem ganhar o lucro máximo com a linha de produtos inteira. Para induzir os clientes a comprar o produto. a empresa deve considerar não só o preço de cada produto individualmente. é possível criar uma imagem distintiva para certos produtos. Se esse for o caso. Segundo Churchill e Peter (2000). design e recursos. uma maneira de conseguir isso pode ser a de procurar um retorno maior em alguns produtos do que em outros. Por exemplo. desenvolver uma estratégia para servir um mercado de nicho com vendas relativamente pequenas. No entanto. para produtos homogêneos. as empresas podem reduzir os preços ainda mais num esforço de manter as vendas fortes. pode-se cobrar um preço mais alto que o dos concorrentes. Ao mesmo tempo. muitas vezes. de modo que o preço de cada produto seja consistente com a imagem total da linha. Em contraposição. como carros e roupas. Para redução do custo total. Segundo Martins (1996). (PV . 2 . Para melhor compreensão.5 DIFICULDADES NA PRECIFICAÇÃO E NA FORMAÇÃO DE POLÍTICAS DE PRECIFICAÇÃO É consenso geral que o preço. torna-se indispensável. Dr. ou ambos. os preços historicamente foram formados adicionando-se o lucro aos custos. pois. e pela adequação das estruturas de custos e despesas fixos ao nível mínimo adequado. se for possível.redução do custo total O custo total é formado pelo volume de fatores de produção/comercialização. reduzindo-se a quantidade e o valor dos fatores correspondentes.2. as empresas possuem dois caminhos para aumentar o lucro: 1 . portanto.Σpi . Definindo-se lucro como sendo: L = RT – CT. o preço de venda deve ser determinado com base no mercado e nos seus custos. Porém. pois Como já é bastante comentado e do conhecimento geral. para avaliar a rentabilidade da venda e mesmo a sua viabilidade. cujo mercado influencia marcantemente ou mesmo fixa. Portanto. (PV – CDV) – CDF L = Q . é indispensável que se saiba determinar quanto custou o produto e qual é o retorno que ele proporciona. Roberto Biasio . atualmente.125).CDF Segundo Cogan (1999).aumentar a receita total A receita total é formada pelo volume vendido e pelo preço de venda. Q + CDF) L = Q . Q – (CDV. Essa ação pode ser efetuada pela alteração do produto ou da produção.Para o aumento da receita total. em que RT = Receita Total e CT=Custo Total.154 14. qi) -CDF Custo e Despesa Fixos Quantidade do Fator de Produção/Comercialização Preço do Fator de Produção Preço de Venda Volume Vendido Lucro = MC (Margem de Contribuição) . Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. pode-se decompor a fórmula da seguinte maneira: L = RT – CT L = PV . faz-se necessário aumentar a quantidade vendida ou o preço. essas duas considerações básicas convivem ainda (p. é definido muito mais em função do mercado que dos custos de sua produção. do que ela determinar o preço em função daqueles custos ou despesas”. pelos preços desses fatores e pelos custos e despesas fixos. também é consensual que quem vende o produto deve saber quanto o mesmo custou. agir sobre um desses fatores ou sobre todos conjuntamente. o preço é determinado pelo mercado. ou como no atual paradigma num mundo que cada vez mais caminha para uma competição perfeita. “é muito mais provável que uma empresa analise seus custos e suas despesas para verificar se é viável trabalhar com um produto. diante de um comprador em potencial.. também. independentemente Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. a consumir. Dr. na maioria das vezes.155 O mesmo autor cita várias estratégias de formação de preços. Desse modo. 88).. A partir daí. 20% de tudo que se fabrica no Brasil é vendido abaixo do custo. Assim. etc. adota-se uma fórmula japonesa que coloca em primeiro lugar o consumidor. porém. Um fato concreto dessa dificuldade é exemplificado pelo consultor de empresas Stephen Charles Kanitz. portando uma lista de preços referentes a determinados produtos. não existe um método objetivo para precificação de produtos. a estratégia de precificação por linhas de produtos objetiva maximizar os lucros para o total dos produtos da linha. e não. citado na Revista Exame (1992:88). mesmo grandes companhias que dispõem de recursos financeiros abundantes e equipe profissional capacitada estão sujeitas a não compreenderem o comportamento real do consumidor frente a diversas situações de ordem conjuntural. Outra observação importante citada no referido artigo refere-se à mudança de postura em relação aos métodos de fixação de preços: O método tradicional sempre seguiu a cartilha do ‘defina quanto custou e depois acrescente o percentual de lucro’. o caminho das pedras começa com a adoção de uma postura política dentro da empresa: preço não é negócio que diz respeito apenas ao setor financeiro. como opiniões e impressões pessoais. p. por exemplo. por um pessoal que. Defini-lo é uma decisão que deve envolver a produção. psicológica. o único sinal de política de preços presente é a determinação da validade da lista para um determinado período de tempo e abrangendo certas condições de negociação.) saber formar preço corretamente será o pulo-do-gato no futuro”. Segundo o artigo A Difícil Arte de Fixar Preços. (. etc. Além disso. define o preço apenas com base no custo. A primeira é o custo do produto. A correta formação de preços de venda é questão fundamental para a sobrevivência e o crescimento auto-sustentado das empresas.) interligadas e fundamentais na formação do preço. Beulke e Bertó (1996) criticam as formas tradicionais de negociação utilizadas para estabelecer o preço de venda. Roberto Biasio . vai-se adequando o custo de produção e a margem de lucro.. em que diferentes preços são aplicados a diferentes compradores para o mesmo produto. para obter o maior lucro possível para um determinado item de uma linha de produtos. Hoje. em termos de prazos de pagamento. na melhor das hipóteses.. De acordo ainda com a mesma revista: “só com todo este pessoal envolvido é possível concentrar a atenção sobre duas coisas (. mercadorias e serviços. propriamente. a estratégia a ser adotada na hora de estabelecer a margem de lucro”. ficando a mesma sujeita a fatores subjetivos. Para eles. com muito pouca informação de custos e de mercado. que afirma: “(. 1992.. o departamento financeiro e a contabilidade (EXAME. o marketing.. No mundo real. descontos. pode-se cometer grandes erros de precificação que implicarão em problemas de venda e lucros. É comum que essa lista de preços seja elaborada normalmente na unidade central da empresa. entre elas a estratégia de preços distintos ou variáveis. Nesses casos.) para quem quer ser competitivo não só em qualidade e atendimento. É preciso definir quanto o cliente está disposto a pagar e. as listas são elaboradas de forma empírica. Em muitos casos. a característica mais comum dentro das formas tradicionais de negociação entre empresas industriais ou comerciais é a presença de um vendedor. Tal situação traz como conseqüência à empresa o risco de desconhecer a postura de seus clientes e do mercado em consonância aos preços estipulados e à atribuição de valores aos produtos. mas também no preço. A segunda. Segundo esse consultor. é necessário que a empresa mantenha uma política flexível de precificação que contemple o estudo das diversas variáveis que compõem a definição dos preços e que possibilite a avaliação dos resultados esperados a cada alternativa apresentada. sobre a modificação de produtos. capacidade produtiva. a avaliação dos efeitos sobre os lucros das alternativas de preços a serem praticadas. Por sua vez. a função de oferta relaciona as quantidades de um produto que a(s) empresa(s) desejam comercializar com preços diferenciados. É sabido que uma das vantagens competitivas das empresas. produtos similares. além dos já citados. O fato de se observar que a relação benefícios e custos divergem muito de cliente para cliente bem e que ocorrem mudanças constantes nas condições mercadológicas. as formas tradicionais de estabelecimento de políticas de precificação e da própria negociação. o preço se faz ou se analisa a partir de custos. antecipando ações e evoluindo em harmonia com seu ambiente. ao mesmo tempo. segundo as modernas técnicas de custeio. são definidas sem a consideração de todo o leque de opções existentes. atendimento qualificado a seus clientes. A determinação dos custos. A função de demanda refere-se a um relacionamento de quantidades de um produto que os consumidores pretendem adquirir a diferentes preços. estratégias de Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Somente através de uma política eficiente de preços. A empresa. A determinação do preço de um produto considera as funções de demanda e de oferta. prejudicar o retorno desejado pela empresa. Roberto Biasio . a definição da política de preços pode ser facilitada com o auxílio de Sistemas de Informações desenvolvidos para esse propósito. procurar reduzir os custos por eles percebidos. Além disso. tais como: custos. Em outras palavras. ou descontinuidade. porém o conhecimento e o estudo dos custos é de fundamental importância. A política de preços a ser implementada deverá maximizar os benefícios percebidos pelos clientes e. desenvolvimento de seus funcionários. à luz do mercado. sem. Para que uma empresa seja competitiva. no entanto. fornecedores. ela deve ser capaz de reagir rapidamente aos eventos para atingir os objetivos fixados a curto termo. isso obriga as empresas a manterem uma política de preços flexíveis. O preço do mercado estará em equilíbrio quando o preço demandado for igual ao preço ofertado. está diretamente relacionada com a rapidez e a agilidade com que são usadas as informações disponíveis e com a capacidade de gerar várias alternativas a cada situação apresentada. etc. O preço de venda. as empresas poderão atingir seus objetivos de lucro. concorrentes. no atual contexto de mercado. por conseqüência. mercado consumidor. pela dificuldade da avaliação dos possíveis resultados. é muito mais influenciado pelo mercado do que pelos custos. Para que esse objetivo seja alcançado. Dr. possibilita.156 de seus portes e de suas áreas de atuação. entende-se que as empresas devem estruturar-se de forma a desenvolver um sistema integrado de informações que possibilite aos administradores a tomada de decisões e a definição de uma eficiente política de fixação de preços de venda. no momento. permitindo à empresa decidir sobre a continuidade. A política de fixação de preços deve levar em consideração vários fatores. sabendo antecipadamente dos efeitos das suas decisões. crescimento de longo prazo. retorno desejado. Diante desse cenário. ou ainda. Dentro desse enfoque. para ser competitiva. uma vez que fazem parte do preço de venda e. dever ter à sua disposição meios e alternativas que possibilitem ao seu decisor tomar decisões rápidas. são fatores determinantes do lucro. no momento em que a soma das margens for igual ao dos custos e despesas fixos teremos o Ponto de Equilíbrio (PE). entre outros. possa gerar alternativas de preços. 2)Determinação do preço pelo método do Custeio Direto (Margem de Contribuição) .6 MÉTODOS USADOS NA DETERMINAÇÃO DOS PREÇOS DE VENDA São vários os métodos utilizados na fixação do preço de venda. podemos citar como principais os seguintes: 1)Determinação do preço orientado pelo custo (Cost-Plus) .preço nas indústrias . quando a soma das margens de contribuições for superior a soma dos custos e despesas fixos. termos um resultado traduzido em prejuízo.conhecendo-se os custos de fabricação de produto e adicionando-se os custos fixos teremos o custo total. tarefa essa específica atribuída ao decisor. adicionando-se aos mesmos uma certa margem de lucro. com base em informações disponíveis ou oriundas de propostas. . 3)Determinação do preço pelo método do Lucro sobre o Capital Empregado . Para tanto.preço dos atacadista e varejista .2.consiste em colocar um percentual arbitrado sobre o custo de aquisição e formar o preço de venda. objetivos da empresa. O SAD concebido tem por objetivo trabalhar um dos componentes que fazem parte da definição das políticas de preços: o cálculo e a flexibilização do preço diante das mais variadas situações apresentadas pelo decisor.é calculado através da seguinte fórmula: Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Esta parcela é destinada primeiro para cobrir os custos e despesas fixos e depois gerar o lucro. visando à identificação da política que melhor se apresente para cada momento. é também conhecido como "markup". custo e capacidade de financiamento. não serão avaliados pelo sistema. Os demais componentes (análise do mercado. O lucro só começará a surgir após atingir o PE. pretende-se criar uma ferramenta que reduza a dificuldade do decisor na avaliação de alternativas de precificação.é o método que busca obter um valor de venda que além de cobrir todos os custos e despesas variáveis gere uma parcela excedente (margem de contribuição).é a maneira pela qual estabelecemos o preço de venda com base nos custos. Enquanto a soma das margens de contribuições não forem suficientes para cobrir os custos e despesas fixos. ou seja. estratégias de precificação. 14. ou seja. margem de lucro e calculamos o preço de venda. Roberto Biasio . com vistas ao atendimento dos objetivos de todas as partes envolvidas na negociação. ficando a sua avaliação sob a responsabilidade de cada decisor. da avaliação e do gerenciamento desses fatores.157 mercado. Não é objeto deste trabalho o estudo da formação. são várias maneiras de fazermos este cálculo: . Em seguida colocamos os impostos. que ele. Dr. o cálculo do preço e da avaliação dos possíveis resultados a cada mudança. etc). embora de extrema importância para a formação de políticas comerciais. : cigarro. etc.2.método de preço corrente .: depreciação de prédios e equipamentos administrativos. 14. níveis economicamente injustificáveis.método de preços agressivos .consiste em oferecer certas mercadorias a preços tentadores com a finalidade de atrair o público comprador para o local de venda e dessa forma.as decisões da concorrência.na maioria das vezes representados pelos custos diretos de produção.Empregado x % Lucro Desejado) Preço de Venda:-----------------------------------------------------------------------------Volume 4)Determinação do preço baseado na concorrência .: Matéria-prima. .normalmente representam os custos indiretos de produção. 2)Custos Fixos de Produção . que no momento da formação dos seus preços de venda. Dr.seria ingenuidade pensar que as empresas estabelecessem seus preços de vendas utilizando-se somente de qualquer um dos métodos citados anteriormente.representadas pelas despesas ligadas à administração e comercialização e que não variam com o volume de venda nem de produção.158 Custo Total+(Total Cap. 5)Determinação do Preço pelo Método Misto . Roberto Biasio . . salário do pessoal administrativo e comercial.método da imitação do preço . Ex. cafezinho. Ex. seguros ligados à área industrial.é muito importante que tenhamos este cuidado no momento da fixação do preço de venda. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Quem imita preços pode fazê-lo por iniciativa própria ou por acordo com a empresa líder. É aconselhável e mais seguro para a empresa.é aquele em que a empresa simplesmente copia os preços determinados e adotados por outra empresa selecionada entre as concorrentes do mercado. .: depreciação dos prédios e equipamentos de produção.são produtos onde os concorrentes praticam o mesmo preço. 3)Despesas Fixas de Administração e Comercialização . . É conhecido como "guerra de preços" ou "dumping". São estes métodos os mais usados: . independente da maior ou menor procura. "liquidações de inverno". São os famosos "artigos do dia". . componentes.método dos preços promocionais . "ofertas da semana". etc. Ex. abaixo do custo das mercadorias.perspectivas de mercado. intensificar o número de clientes potenciais. às vezes. Ex. até serem atingidos. em certos casos.os custos envolvidos.ocorre quando entre um grupo de empresas concorrentes se estabelece a tendência a uma redução repetida de preços. leve em consideração: . Mão de obra Direta.7 COMPOSIÇÃO DO PREÇO DE VENDA O preço de venda é composto dos valores dos seguintes itens: 1)Custos Variáveis de Produção . jornal. 2. 5)Se o misto é o método mais aconselhável. despesas. Ex. O método mais aconselhável é o misto. torna-se necessário um maior aprofundamento em seu estudo. despesa financeira embutida no preço.: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ).8 DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Para que possamos determinar o preço de venda de qualquer produto devemos ter em mente primeiro o sistema que vamos utilizar na formação do preço de venda. É o lucro que possibilita a empresa obter recursos para o pagamento dos dividendos aos acionistas e para a recuperação dos investimentos efetuados. entre elas estão as seguintes: 1)É o método que demanda maiores conhecimentos em custos. Dr. Contribuição Social.159 4)Despesas Variáveis de Comercialização . podendo ser usado isoladamente ou em parceria com os demais métodos. 2)Serve de base para os demais métodos. este não existirá se não houver primeiro o método orientado pelo custo. bem como obter a parcela de lucro desejada. 6)Lucro . conseqüentemente. do método de determinação do preço de venda orientado pelo custo (Cost-Plus). Roberto Biasio . sendo que.1 Determinação do Preço de Venda pelo Método do Custo Para se determinar o preço de venda pelo método de formação do preço de venda pelo custo devemos seguir os seguintes passos: Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Esta parcela representa a importância que cada produto traz para dentro da empresa na forma de retorno dos investimentos efetuados. utilizando-se da estrutura empresarial atual(custos. etc.8. porém vamos tratar aqui. 5)Impostos e Contribuições sobre o Lucro . 3)É o método mais utilizado. Como já foi visto anteriormente há várias maneiras de se chegar ao preço de venda. dependendo do método a ser utilizado. bem como possibilitar a efetivação de novos investimentos.parcela de lucro líquido desejado para a venda. comissões. por várias razões.são as despesas que surgem ao se comercializar os produtos.2. 4)Através deste método é possível saber qual deve ser o preço de venda dos produtos para absorver o total dos custos fixos e variáveis da empresa. 14. capacidade produtiva. Ex.: impostos e contribuições sobre as vendas. 14. demanda. com maior profundidade.).tributos que são devidos proporcionalmente ao lucro obtido. o seu montante varia proporcionalmente ao valor dos produtos vendidos. na venda a prazo. A distribuição é feita a cada centro de custo através da utilização de uma base de rateio que mais se adegue a cada tipo de custo ou despesa envolvido. efetuar o rateio dos custos totais de cada centro auxiliar aos centros produtivos. da parcela de despesas administrativas e comerciais fixas e o montante individual de despesas variáveis de comercialização. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. 2)Centros Auxiliares: centros.160 a)Apuração do Custo do Produto Nesta primeira parte buscamos determinar o custo total do produto. 2)Custos Indiretos de Produção: são os custos que não possuem uma relação direta com os produtos. Ex. manutenção. para a distribuição desses custos. 1º)Separação dos custos diretos e indiretos de produção: Nesta etapa cabe a identificação de todos os custos de produção. Aqui. Roberto Biasio . Ao final do rateio dos custos e das despesas aos centros de custos obteremos. auxiliar ou administrativo. Ex. seja ele produtivo. através da soma dos valores constantes em cada centro. 3º)Rateio dos custos dos centros auxiliares aos centros produtivos: Uma vez. da mão de obra e das despesas fixas de administração geral: Através da utilização de planilha de apropriação de custos se efetua a distribuição dos custos indiretos de produção. conseqüentemente. não tendo nenhuma ligação com a fabricação dos produtos. nesses centros não é processada nenhuma operação no produto. a base de rateio que mais se adegue. que como o próprio nome diz. São os que podem ter seu volume medido especificamente a cada produto individualmente. depois de apurado o custo de cada centro de custos. novamente. componentes. mão de obra direta. que os centros auxiliares existem para dar sustentação aos centros produtivos. sendo que. nele é efetuado algum tipo de operação no produto. devem então. Sendo que. Os centros de custos são agrupados em três grupos: 1)Centros Produtivos: centros onde ocorre a passagem do produto. sendo eles agrupados em dois grupos distintos: 1)Custos Diretos de Produção: aqueles que se identificam diretamente ao produto.: matéria-prima. Conseqüentemente. apenas serão somadas com o custo do produto para se obter o "custo total" do produto para determinação do preço de venda.: depreciações. do valor da mão de obra e seus encargos e das despesas fixas de administração geral aos centros que se relacionam com os referidos gastos. Dr. sendo que. etc. por eles o produto não passa. 3)Centros Administrativos: são os centros ligados à administração geral. deverá ser utilizado. o seu volume consumido não é determinado especificamente a cada produto individualmente. as despesas ocorridas nesses centros não irão compor o custo do produto. estão na estrutura produtiva com fins de auxiliar os centros produtivos. Custo este composto dos gastos totais de produção (diretos e indiretos). 2º)Apropriação dos custos indiretos de produção. o total de custo ou despesa envolvido em com cada um deles. seguros. Uma vez que. Observação: Em função do rateio dos custos indiretos de produção aos centros produtivos. a ele referido. o custo direto relativo a mão de obra direta será calculado através do número de horas utilizadas. Despesas estas que variam em função do preço de venda estabelecido para cada produto. para fins de estabelecimento do preço de venda. Para determinar a parcela das despesas administrativas que cada produto deve recuperar. aplica-se o percentual encontrado na referida relação sobre o custo unitário de transformação de cada produto (só sobre o custo de transformação porque foi este o custo utilizado para achar o percentual de relação). Despesas Financeira (relativa a venda a prazo). se estabelece. mas sim. COFINS. o valor da hora produtiva incorpora não apenas o valor do custo da mão de obra direta. 7º)Determinação da participação das despesas administrativas em relação ao custo total de produção: O fato das despesas administrativas existirem sem terem nenhuma ligação com a área produtiva não quer dizer que ao se estabelecer o preço de venda devem ser esquecidas. os custos indiretos de fabricação são incorporados ao custo hora produtiva. então basta somar o total do custo da mão de obra. pois representam um percentual sobre o valor de venda. multiplicado pelo valor do custo da hora produtiva do respectivo centro de custo. por cada produto. Em seguida. em cada centro. 5º)Determinação do montante de cada tipo de custo direto que vai para cada produto: Aqui devemos verificar. primeiramente. uma relação entre o total das despesas administrativas e o total do custo de transformação. Comissão. Fretes e Carretos s/Vendas e Propaganda e Publicidade (quando tiverem um percentual predeterminado sobre o valor das vendas). também. o produto a ser vendido deve trazer o retorno dessa despesa. Roberto Biasio . 6º)Apuração do custo de produção: O custo de produção é o somatório dos custos diretos e indiretos envolvidos na fabricação do produto. PIS. se existir uma despesa administrativa é porque. Pois. quais os custos que estão diretamente envolvidos com a produção de cada produto. Entre elas podemos citar: ICMS. é o somatório do custo de produção com a parcela de despesas administrativas. devemos multiplicar o seu montante utilizado pelo valor individual de cada um deles.161 4º)Determinação do custo de cada hora produtiva: Para obtermos o valor de cada hora produtiva devemos dividir o total de custo de cada centro produtivo pelo número de horas produtivas do mesmo centro de custo. quando avaliado pelo método de custeio por absorção. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Observação: O custo de produção aqui encontrado corresponde ao valor do produto para fins de estoque. etc. 8º)Apuração do "custo" total do produto: O "custo” total do produto. uma parcela de todos os custos indiretos de produção. com os materiais diretos e os serviços externos. Depois. para a empresa operar normalmente ela é necessária e conseqüentemente. 9º)Determinação do percentual de despesas variáveis de comercialização: Este percentual é representado pelo somatório dos percentuais de todas as despesas variáveis de venda. usualmente. Dr. obtendo-se com isso a parcela de despesas administrativas que o referido produto deve suportar. Conseqüentemente. primeiramente. 162 b)Apuração Percentual de Lucro Líquido antes dos Tributos: Este percentual nos possibilita. o preço de venda deve ser composto também de uma importância que represente o retorno desejado pela empresa. após a dedução da Contribuição Social. onde o preço de venda é obtido através da divisão do custo total do produto pelo mark-up divisor. Os dois são calculados de forma semelhante. c)Apuração do Fator de Formação do Preço de Venda – Mark-up A apuração do Fator de Formação do Preço de Venda (Mark-up) se baseia na determinação de um acréscimo necessário sobre o custo total do produto para a obtenção de um valor que possibilite a cobertura. 19. através do preço de venda obtido. o divisor. Dr. Ao ser determinado um percentual de lucro desejado é necessário observarmos que para chegarmos ao referido percentual primeiro deveremos deduzir alguns tributos incidentes sobre o lucro obtido.74% antes dos tributos (LLaT). O referido percentual é composto de uma parcela do preço de venda. Roberto Biasio . das despesas variáveis de comercialização. da modalidade multiplicador e divisor. 31. Para demonstrar como devem ser calculados. a mesma se destina a obtenção do lucro desejado e a cobertura dos tributos sobre o mesmo. 2)Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ): calculado sobre o lucro líquido. dos tributos sobre o lucro e ainda obter o lucro desejado. iniciaremos calculando o markup para preço de venda final. O seu montante tem relação direta em função do volume de lucro obtido. das despesas fixas administrativas. ou seja. É de se observar que estes tributos não possuem o preço de venda como base de cálculo. 11º)Determinação do Mark-up Existem dois tipos de Mark-up: o multiplicador. de todos os custos de produção. somado aos percentuais das despesas variáveis de comercialização.25% de despesas variáveis de comercialização (DVC) e 25% de desconto desejado (DD). Atualmente. onde o preço de venda é obtido através da multiplicação do mark-up multiplicador pelo custo total do produto (gasto total para produzir e vender sem considerar os gastos que variam em função do valor preço de venda). sendo que. 10º)Determinação do percentual de lucro desejado e dos tributos a ele relacionados: Além dos custos e despesas envolvidos na produção e venda do produto. formar o coeficiente do Fator de Formação do Preço de Venda. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Para fins de exemplo serão considerados os seguintes percentuais: 15% para o lucro depois dos tributos (IRPJ de 15% e CS 9%). sendo que ambos podem ser calculados para preço de venda final e preço de venda em condições de dar um desconto pré-determinado antecipadamente. no Brasil são os seguintes os tributos incidentes sobre o lucro: 1)Contribuição Social (CS): calculada sobre o lucro líquido antes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e após a dedução da própria Contribuição Social. 163 1) Mark-up sem Desconto (MK s/D) É o fator que determina o preço de venda líquido a ser cobrado para obter o lucro desejado, não podendo ser aplicado nenhum desconto sobre o mesmo, sob pena de não obter o lucro definido. 1.1) Mark-up Divisor sem Desconto = MK D s/D MK D s/D = 1 - %DVC - LLaT MK D s/D = 1 - 0,3125 - 0,1974 = 0,4901 1.2) Mark-up Multiplicador sem Desconto = MK M s/D MK M s/D = 1 1 - %DVC - LLaT MK M s/D = 1 = 2,0404 1 - 0,3125 - 0,1974 % DVC é o percentual das despesas variáveis sobre o preço de venda; % LLaT é o percentual determinado para se obter o Lucro Líquido antes dos tributos a ele relacionados. Observação: Os valores correspondentes aos percentuais devem ser expressos na forma centesimal, ou seja, o percentual determinado dividido por 100. Assim sendo, um percentual determinado de 31,25%, deverá ser informado como sendo 0,3125. 2) Mark-up com Desconto (MK c/D) É o fator que determina um valor para o preço de venda, de tal forma que a empresa pode conceder, sobre o mesmo, o desconto determinado e, com o valor líquido, ainda, obter o lucro desejado. 2.1) Mark-up Divisor com Desconto = MK D c/D MK D c/D = ( 1 - %DVC - %LLaT) x (1 - %DD) ou MK D s/D x (1 - %DD) MK D s/D = (1 - 0,3125 - 0,1974) x (1 - 0,25) = 0,4901 x 0,75 = 0,3676 2.2) Mark-up Multiplicador com Desconto = MK M c/D 1 MK M s/D MK M c/D = 1 - %DVC - LLaT OU 1 - %DD 1 - % DD 1 1 - 0,3125 - 0,1974 2,0404 MK M c/D = = = 2,7205 1 - %DD 0 ,75 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio 164 % DVC é o percentual das despesas variáveis sobre o preço de venda; % LLaT é o percentual determinado para se obter o Lucro Líquido antes dos tributos a ele relacionados. % DD é o percentual definido como desconto desejado para ser calculado sobre um preço de venda encontrado para chegar ao preço que gere o lucro definido. d)Caso Prático de Determinação do Preço de Venda pelo Custo A Metalúrgica Aço Nobre S/A produz dois tipos de componentes automotivos, tendo os mesmos os seguintes dados: PRODUTO QUANTIDADE PRODUZIDA A B 2.500 un 1.500 un MATERIAIS DIRETOS - Aço SAE 6048 - Rolamento tipo X - Rolamento tipo Y - Carcaça Fundida tipo A - Carcaça Fundida tipo B 20 kg 2 un 1 un 1 un - 25 kg 1 un 3 un 1 un MÃO DE OBRA DIRETA - Centro de Corte - Centro de Tornos - Centro de Usinagem - Centro de Montagem 1,60 h 3,90 h 2,80 h 2,50 h 1,20 h 2,30 h 1,70 h 1,50 h SERVIÇOS EXTERNOS - Tratamento Térmico 3,00 h 4,00 h A empresa Metalúrgica Aço Nobre S/A possui a seguinte estrutura: 1)Centros de Custos Através da departamentalização a empresa é dividida em vários centros de custos, sendo eles agrupados em três grandes grupos: auxiliares, produtivos e administrativos. A quantidade de centros de custos depende muito da variedade de atividades que a empresa executa. O importante que atividades com custos diferentes (custo hora) devem ser alocadas em centros de custos diferentes. Para facilitar a compreensão e o desenvolvimento do exemplo prático, o número de centros de custos a ser utilizado será bastante reduzido, porém isso não vai prejudicar o entendimento, pois o importante é demonstrar como funciona e não exemplificar todos os tipos de centros de custos. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio 165 1.1)Centros de Custos Auxiliares São os centros que possuem a maioria das suas atividades voltadas a dar suporte aos centros produtivos. Não realizam nenhuma atividade que atue diretamente na transformação e/ou produção dos produtos, mas exercem um papel importante na fabricação dos produtos, uma vez que, os centros produtivos dependem deles para funcionar. Para o exemplo prático a ser desenvolvido serão considerados os seguintes centros auxiliares: - Almoxarifado (AX) - Manutenção Industrial (MI) 1.2)Centros de Custos Produtivos Os centos de custos produtivos são os que executam atividades diretamente relacionadas com os produtos que são fabricados com o objetivo de venda. Além de acumulares os custos que cada um gera, também recebem via rateio o custo dos centros de custos auxiliares, na proporção o uso das atividades que os centros de custos auxiliares executam. Para o exemplo prático a ser desenvolvido serão considerados os seguintes centros produtivos: - Corte (CO) - Tornos (TO) - Usinagem (US) - Montagem (MO) 1.3)Centros de Custos Administrativos São os centros de custos que têm por objetivo executar atividades que não possuem nenhuma relação com as atividades produtivas, sejam elas de forma direta ou indireta. Para o exemplo prático a ser desenvolvido serão considerados os seguintes centros administrativos: - Administração Geral (AG) - Administração Comercial (AC) 2)Bases de Rateio Utilizadas pela Empresa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 BASE RATEIO /CENTRO CUSTO Nº de Funcionários Geral Nº de Funcionários Fábrica Quantidade de KW Instalados Quantidade de m² de Espaço Usado Nº de Requisições Feitas Nº de Horas de Manutenção Nº de Ligações Telefônicas Realizadas Nº de Passagens Transporte dos Funcionários Nº de Horas Produtivas (*) AG AC AX MI CO TO US MO 12 6 3 6 27 39 33 24 3 6 27 39 33 24 9 6 12 18 48 96 75 36 146 73 365 219 657 803 876 511 6 8 0 20 108 88 18 66 15 30 0 0 120 90 75 45 147 345 33 68 45 23 17 21 350 100 100 150 1.150 1.600 1.300 1.050 0 0 0 0 5.800 13.200 9.550 8.500 (*) O total de horas produtivas de cada centro de custo foi calculado através da soma do total de horas trabalhadas em cada um dos dois produtos fabricados (Produto A e Produto B), ou seja Total de horas de cada centro = (tempo de operação do centro no Produto A x Quantidade produzida do Produto A) + (tempo de operação do centro no Produto B x Quantidade produzida do Produto B) Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio 166 3)Gastos Mensais da Empresa (Custos e Despesas) 3.1) Diretos 3.1.1)Salários CENTRO DE CUSTO AG AC AX MI CO TO US MO Salários por centro de custo 9.600,00 5.100,00 1.950,00 4.320,00 20.250,00 31.980,00 22.440,00 15.120,00 3.1.2)Encargos Sociais os Salários a)13º Salário: 1/12 sobre os valores dos Salários (Valor dos salários / 12) b)Férias: 1/12 s/os valores dos Salários + 1/3 (Salários / 12 x 1,333333) c)Previdência.Social:28,8% os valores dos Salários.,Férias e 13ºSalário d)FGTS: 8,0% sobre os valores dos Salários, Férias e 13º Salário 3.1.3) Outros gastos alocados diretamente nos respectivos centros de custos GASTOS/CENTRO DE CUSTO AG AC AX MI CO TO US MO Deprec. Máqs., equips e móveis(*) 1.750,00 1.100,00 1.250,00 2.500,00 6.250,00 7.500,00 3.750,00 2.500,00 7.500,00 Propaganda e Publicidade Despesas de Viagem Combustíveis e Lubrificantes 1.200,00 4.350,00 500,00 1.200,00 Material de expediente 1.260,00 1.020,00 Despesas Financeiras 9.780,00 325,00 350,00 780,00 620,00 450,00 150,00 150,00 180,00 130,00 140,00 4.350,00 Receitas Financeiras (*) Os valores aqui apresentados já estão líquidos dos valores do PIS e COFINS, ou seja, os valores apresentados são os valores que devem ser considerados como gastos do período. 3.2) Indiretos 3.2.1)Honorários da Direção Valor dos honorários mensais R$ 1.500,00 3.2.2)Encargos Sociais os Honorários da Direção a) Previdência.Social:20% b) FGTS: 8,0% 3.2.3)Gastos Gerais de Fabricação e Administração TIPO DE GASTO INDIRETO Aluguel de Imóveis (*) Consumo de Energia Elétrica (*) Consumo de Água Material de Proteção e Segurança (Fábrica) Prêmios de Seguros sobre Imóveis Alimentação Servida Diariamente Transporte dos Empresados Material de Limpeza e Higiene Pessoal Comunicação (Telefone) (*) Plano de Saúde para os Funcionários VALOR MENSAL 3.200,00 12.750,00 320,00 2.750,00 850,00 13.500,00 5.400,00 1.270,00 2.350,00 4.500,00 (*) Valores já líquidos dos créditos de tributos Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio 00% (*) 4. 8.00% (*)Se % de despesa financeira disponível for sobre o preço de venda c/IPI (%DF s/PV c/IPI).60% 5. para isso: %DF s/PV s/IPI = (1 + %IPI) x %DF s/PV c/IPI --> % em centesimal. deve-se transformá-lo em % de despesa financeira sobre o preço de venda s/IPI (%DF s/PV s/IPI).167 4. sem IPI. 8. Dr.) Custos Diretos dos Produtos TIPO DE CUSTO 4.00% 7) Lucro pretendido pela empresa A empresa deseja um lucro líquido de 15% após os tributos. dos dois.65% 7. 8. com e sem IPI.00 55.1) Materiais Diretos Aço SAE 6048 Rolamento tipo X Rolamento tipo Y Carcaça tipo A Carcaça tipo B 4.2) A prazo.00 400.00 h 3. sem IPI.50 40.00% 1.2) Serviços Externos Tratamento Térmico UNIDADE kg un un un un VALOR UNITÁRIO (valores líquidos de tributos) 4.1) À vista. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. produtos nas seguintes condições: 8. 6)Tributos Incidentes sobre o Lucro Tributos sobre o lucro Contribuição Social Imposto de Renda Pessoa Jurídica Percentual 9. para 30 dias. em condições de dar um desconto de 15% e obter o lucro estabelecido.4) A prazo. Roberto Biasio .00 300.00% 15. 8) Preço de Venda A empresa quer saber os preços.00% 10.3) À vista. com e sem IPI.50 5)Despesas Comerciais Variáveis (sobre o preço de venda sem IPI) Despesa ICMS PIS COFINS Comissão Despesa Financeira para 30 dias (para vendas a prazo) IPI Percentual 17. em condições de dar um desconto de 25% e obter o lucro estabelecido. relativa a este caso. Esta distribuição deve obedecer a uma base de rateio que mais identifique a parcela de benefício usufruída por cada centro produtivo em relação ao custo do centro auxiliar que está sendo rateado. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Custo este que nos possibilita o rateio dos custos indiretos de produção aos produtos fabricados. Também é através da planilha que vamos determinar o custo de cada hora produtiva. Na página seguinte encontraremos a planilha de apropriação de custos (também conhecida por MLC . 3º e 4º. dividindo-se o custo total de produção de cada centro produtivo pelo número de horas produtivas. É através da planilha de apropriação de custos que são distribuídos os custos indiretos aos centos de custos. que posteriormente. obtendo-se com isso o novo custo de cada centro de custo produtivo. mão de obra direta e os serviços externos. denominada de PLANILHA DE APROPRIAÇÃO DE CUSTOS. Esta distribuição é procedida utilizando-se das bases de rateio disponíveis e que mais se adeguem a cada custo ou despesa. 2º)Apropriação dos custos indiretos de produção. Os demais gastos de produção são considerados custos indiretos. são alocados aos produtos fabricados. Em seguida determina-se o custo de cada hora produtiva. da mão de obra e das despesas fixas de Administração Geral: Neste passo faremos com a ajuda de uma planilha. Roberto Biasio . Dr. Esta segunda se refere ao rateio dos custos dos centros auxiliares aos centros produtivos. devidamente preenchida com os passos 2º. 3º)Rateio dos custos dos centros auxiliares aos centros produtivos: Após a distribuição de dos os custos e despesas aos centros de custos respectivos se faz necessário uma nova distribuição.Mapa de Locação de Custos).168 RESOLUÇÃO DO CASO 1º)Separação dos custos diretos e indiretos de produção: A empresa possui como custos diretos dos produtos os materiais diretos. 4º)Determinação do custo de cada hora produtiva: Após a distribuição dos custos dos centros auxiliares aos produtivos procedesse a soma destes com os custos do próprio centro de custo. respectivamente. 00 1.00% 27.170.449.00% 0.750.74 92.03% 5.00 300.00 2.150 5.00% 18.080.00% 0.37% 0.00% 0.50 1.00 24.00 1.55% 12.00% 0.58 110.070.00 3.00% 8.15 33 100 68 150 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.91% 2.45% 4.302.00% 93.00 10.425.00% 10.37% 0.00% 20.75% 6.40 19.00 60.00% 4.60 562.00 204.00 7.00 48.00% 100.95 187.00% 34.00 540.31% 1.00 6.00 39.270.400.00% 6.24 15 219 14 445 492 450 51.00% 16.00 54.59% 22.080.00% 0.65% CENTROS PRODUTIVOS TO US MO 26.62 101.36% 7.80 512.00% 0.43% 3.810.20 70.00% 0.00 5.00 246.50 382.00 192.00 11.94% TOTAL 82.92 228.00 64.96 180.750.03% 1.20 2.00 330.84 CENTROS PRODUTIVOS TO US MO 390.00 14.00 1.00 325.00% 6.086.39% 32.00 12.78% 22.00 120.00 36.00% 6.29% 2.00 18.00 418.00% 0.45 TOTAL 1.00% 4.00 21.16% 87.00% 12.20 812.800 CENTROS PRODUTIVOS TO US MO 39 33 24 39 33 24 96 75 36 803 876 511 88 18 66 90 75 45 23 17 21 1.00% 4.00% 89.72% 0.60 151.00 2.00 57.500. Dr.00 92.00 128.88 139.00 3.00% 6. Total dos Gastos Indiretos Nº BR 1 1 1 4 3 1 2 4 1 8 1 7 1 TOTAL GERAL 1.970.00% 2.041.275.40 2.00% 5.500. Prêmios Seguro sobre Imóveis Alimentação dos Funcionários Transporte dos Funcionários Material de Limpeza e Higiene Comunicação (Telefone) Plano de Saúde dos Funcion.20 6.20 279.210.00% 100.00 510.00 98.00% 29.80 9 146 6 15 147 350 34.21 360.40 2.55% 10.00 320.45 7.00 19.187.00 240.00 48.00% 6.00 51.50 152.350.56 62.00% 22.00% 18.18% 32.00% 15.534.562.00 4.050 CENTROS ADMINISTRATIVOS AG AC TOTAL 18 12 6 CENTROS DE CUSTOS TAXAS DE RATEIO Nº de Funcionários Total Nº de Funcionários da Fábrica Nº de KW Instalados Nº de m² de Espaço Utilizado Nº de Requisições Feitas Nº de Horas de Manutenção Nº de Ligações Feitas Nº de Passagens Fornecidas Nº de Horas Produtivas Nº TR 1 2 3 4 5 6 7 8 9 TOTAL GERAL 100.100 37.86 1.46% 1.00% 14.00% 100.73% 21.20 704.02% 24.00% 6.00% 100.50 499.600 1.620.00% 24.846.40 203.00% 12.169 MLC .80 339.00 12. Roberto Biasio 101 250 CO .00% CENTROS ADMINISTRATIVOS AG AC TOTAL 12.00 448.84% 15.17 540.837.040.43 125.66 270.500.00% CO 18.530.13 6 73 8 30 345 100 17.510.00% 2.00 8.00 78.00% 8.13 136.050 CENTROS AUXILIARES AX MI TOTAL 6.362.94% 100.50 1.00 1.748.00 119.654.00 13.00% 20.00 1.00% CENTROS DE CUSTOS CUSTOS INDIRETOS Pró-labore INSS sobre Pró-labore FGTS sobre Pró-labore Aluguel de Imóveis Consumo de Energia Elétrica Consumo de Água Material de Proteção e Seg.11 70.00 1611.44% 19.41% 18.08 3.40 50.82% 2.00 5.10% 35.085.40 4.72% 9.00 30.60 4.200.071.160.73% 4.00% 4.88 50.60 576.36 153.40 9.00% 100.17% 88.55% 25.050 13.00 12.00 66.50 262.20 25.00 3.00 765.00 90.86 76.39% 21.41 10.550 8.00 1.00 120.00 270.00% 16.00% 100.45% 16.40 51.03% 49.44 663.00 320.00% 0.32 810.00 3.76 1.00 990.00% 4.800 37.00% 4.00% 2.847 280 330 106 5.973.00% 70.300 1.00 768.43 2.18% 85.80 1.32 57.00 720.430.943.72% 2.00% 6.40 25.00 540.40 1.00% 100.27% 4.00 85.40 12.489.63 687.00% 28.496.690.00 31.MAPA DE LOCAÇÃO DE CUSTOS CENTROS DE CUSTOS BASE DE RATEIO Nº de Funcionários Total Nº de Funcionários da Fábrica Nº de KW Instalados Nº de m² de Espaço Utilizado Nº de Requisições Feitas Nº de Horas de Manutenção Nº de Ligações Feitas Nº de Passagens Fornecidas Nº de Horas Produtivas Nº BR 1 2 3 4 5 6 7 8 9 TOTAL GERAL 150 132 300 3.200 9.00 180.80 187.36 228.20 77.14 977.00 850.80 192.37 CENTROS AUXILIARES AX MI TOTAL 9 3 6 9 3 6 30 12 18 584 365 219 20 20 27 27 48 657 108 120 45 1.00% 3.00 38.00 2.00% 25.159.00 CENTROS ADMINISTRATIVOS AG AC TOTAL 180.63% 25.00 60.00 637.500 TOTAL 123 123 255 2.650 314 375 699 5.60 494.00 810.00 4.00 232.00 83.00% 100.00% CENTROS AUXILIARES AX MI TOTAL 90.00 2.00% 22.59% 0.230.25 3.48 CO 270.00% 78.00 2.40 356.00 2.40 330.00% 3.00% 14.00 4.20 28.50 255.00 12.00 2.00 12. 83 566.431.842.056.69 54.00 359.50 12.00 1.67 26.826. EM RELAÇÃO AO CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO CENTROS DE CUSTOS Nº TOTAL CENTROS ADMINISTRATIVOS CENTROS AUXILIARES CENTROS PRODUTIVOS BR GERAL AG AC TOTAL AX MI TOTAL CO TO US MO TOTAL 54.780.44 38.) INSS s/(Sal+13º Sal+Férias) FGTS s/(Sal+13º Sal+Férias) Deprec.320.30 696.54 1.793.00 1.00 475.032.00 .199.18 78.20 6.719.686.00 1.863.73 2.550.989.32 12.56 3.63 .249.772.463.51 1.345.34 225.00 .96 56.287.66 75.09 25.82 28.790.00 25.686.433.32 1.496.850.96 56.00 3.283.372.270.09 1.74 4.81 599.161.200 h 9.00 1.404.700.250.952.64 2.18 78.00 1.14 29.00 15.08 1.e Móveis Propaganda e Publicidade Despesas de Viagem Combustíveis e Lubrificantes Material de Expediente Despesas Financeiras Receitas Financeiras Total dos Gastos Indiretos Total dos Gastos (Dir.45 282.00 2.25 365.33 14.995.433.772.47 121.78 1.00 799.06 4.00 1.500 h Nº de Horas Produtivas 10 9.00 9.146.44 216.826.13 4.444.280.48 5.826.975.37 73.91 54.191.94 5.754.679.250.63 284.780.750.94 2.120.00 9.147.6.00 5.14 282.700.00 150.686.61 -12.00 140.65 670.361.120..493.78 2.780.67 30.28 48.207.120.61 50.372.00 325.201.22 405.63 10.600.42 54.53 Valor recebido do C/C => AX 5 282.00 4.545.934.078.ADM.00 20.00 450.73 27.17 34.120.140.260.03 Valor após transf.15% ============================= 225.51 37.310.00 522.67 14.61 -12.539.433.144.579.869.00 3.026.14 29.310.82 18.14 CENTROS ADMINISTRATIVOS AG AC TOTAL 9.15 1. Dr.00 620.965.00 2.98 11.73 27.51 37.552.24 Total de Gastos Transferidos 19.08 7.00 180.72 162.03 412.503.058.188.50 1.6.361.120.4.259.00 7.60 2.00 22.500. (s/Sal.055.00 7.00 780.63 -6.) Provisão para Férias (s/Sal.550 h 8.74 1.61 Valor a ser transferido do MI 12.42 Total de Gastos após Rateio 37.226.24 -6.100.78 40.89 634.93 3.62 2.96 56.686.00 6.35 26.19 11.14 29.250.884.372.47 2.61 1.420.95 1.296.11 28.61 -19.39 Custo por Hora Produtiva % das despesas administrativas em relação ao custo de produção 56.500.00 9.83 55.30 1.433.826.170 CENTROS DE CUSTOS CUSTOS DIRETOS Salários Provisão para 13º Sal.00 1.372.800 h 13.) % 8.114.19 35.310.00 31.69 54.539.50 405.771.066.73 27.75 7.00 4.00 4.19 3.00 162.550.28 917.000.93 6.864.772.305.350.693.350.980.545.00 89.32 1.59 51.61 1.39 2.878.786.825.34 225.4.686.500.00 350.826.440.17 5.479.00 49.500.41 208.24 1.69 ========================== Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00 350.00 1.42 Total de Gastos após Rateio CÁLCULO DO CUSTO HORA PRODUTIVA EM CADA CENTRO DE CUSTO PRODUTIVO E DO % DE PARTIC.00 424.94 6.45 . DA DESP.15 214.custos MI -19.69 55.819.18 78.30 40.00 1.custos AX -12.63 -12.350.930.33 11.83 2.33 487.826.14 29.750.45 Valor após transf.80 8. + Ind.12 60.86 479.62 20.33 1.Máqs.45 282.41 405.63 Valor a ser transferido do AX 6.683.00 9.823.00 500.11 3.302.339.00 -4.00 TOTAL GERAL 110.545. Roberto Biasio 25.83 5.900.03 52.633.140.100.200.224.950.199.989.62 169.120.760.140.56 CUSTOS TRANSFERIDOS DOS CENTROS AUXILIARES PARA OUTROS CENTROS DE CUSTOS QUE USARAM ATIVIDADES DOS CENTROS AUXILIARES CENTROS DE CUSTOS Nº TOTAL CENTROS ADMINISTRATIVOS CENTROS AUXILIARES CENTROS PRODUTIVOS BR GERAL AG AC TOTAL AX MI TOTAL CO TO US MO TOTAL .553.68 1.372.761.00 233.00 1.78 6.156.63 405.00 7.600.350.25 2.00 130.372.310.000.04 27.51 37.95 5.500.71 3.00 150.500.750.00 23.486.52 3.34 225.19 Valor recebido do C/C => MI 6 282.969.200.61 8.07 2.00 7.51 9.62 12.989.020.682.910.267.Equips.361.00 5.663.61 1.355.050 h 5.00 600.72 Total de Gastos Recebidos 54.565.28 CENTROS AUXILIARES AX MI TOTAL CO CENTROS PRODUTIVOS TO US MO TOTAL 1.42 513.03 10.199.94 16.328.100.850.78 186.94 5.104.886. Este valor está calculado nos quadros a seguir. . 6º)Apuração do custo de produção: O custo de produção é o valor que corresponde ao gasto total (diretamente ou indiretamente) que a empresa teve para a fabricação do produto. 7º)Determinação da participação das Despesas Administrativas em relação ao custo total de produção: Esta participação é representada pelo percentual que o total das despesas administrativas representam em relação ao total do custo de produção. o somatório de todos os custos de produção. bem como da parcela das despesas administrativas atribuída a cada um dos produtos e seu gasto total para produzir e vender sem considerar as despesas variáveis sobre o preço de venda está demonstrado nos quadros a seguir. basta fazer o seguinte: Total das Despesas Administrativas x 100 % de Participação = ---------------------------------------------------------Total do Custo de Produção 56.69 x 100 % de Participação = ------------------------. quando foram dadas as características dos produtos.= 25. Este valor corresponde.433. Para o cálculo. O cálculo da apuração do custo de produção dos produtos. onde está demonstrada apuração do custo de cada produto. no início do enunciado do problema. portanto.686.15 % 225.45 8º)Apuração do "custo" total do produto: O "custo" total do produto para fins de determinação do preço de venda é o somatório do total do custo de produção com a parcela de despesas administrativas atribuída a cada produto. relativos a cada produto.5º)Determinação do montante de cada tipo de custo direto que vai para cada produto: O montante de custos diretos de cada produto está determinado. 00 400.8 PARCELA DAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS(*) 25.29 (*) Percentual obtido através da participação do total das despesas administrativas em relação ao total do custo de produção.76 Montagem h 1.39 6. do referido percentual.94 23.00 55.00 165. 2.20 9. 1.48 11.00 40.94 13.88 PARCELA DAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS 25.00 2SERVIÇOS EXTERNOS 14.50 4.00 3CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO 41. 1.38 Corte h 1. Quanto à forma de obtenção. TOTAL 1MATERIAIS DIRETOS 525. QUANT.07 Montagem h 2. Quanto à forma de obtenção.00 Rolamento tipo X un.15% 10.15% 16.17 Usinagem h 2.59 CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO (para fins de estoque) 772.74 9.50 4. APURAÇÃO DO CUSTO PARA PREÇO DE VENDA POR PRODUTO PRODUTO PRODUTO B CUSTO Nº FATOR DE CUSTO UNID.50 3CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO 65.32 (*) Percentual obtido através da participação do total das despesas administrativas em relação ao total do custo de produção.00 3.00 3.50 Rolamento tipo X un. UNIT. 1.00 40.70 5.50 90. TOTAL 1MATERIAIS DIRETOS 717.00 55. Dr.98 CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO (para fins de estoque) 600.00 Carcaça Tipo A un.00 40.50 Tratamento Térmico h 3.00 2SERVIÇOS EXTERNOS 10.00 Carcaça Tipo B un.172 APURAÇÃO DO CUSTO PARA PREÇO DE VENDA POR PRODUTO PRODUTO PRODUTO A CUSTO Nº FATOR DE CUSTO UNID.00 55.50 14. a mesma está demonstrada no 7º passo da resolução deste caso prático.00 Aço SAE 6048 kg 20. do referido percentual.00 300.00 400. Roberto Biasio .80 5.50 10.74 16.38 Corte h 1. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.44 CUSTO TOTAL DO PRODUTO PARA PREÇO DE VENDA 617.49 10.00 4. a mesma está demonstrada no 7º passo da resolução deste caso prático.38 Tornos h 2.00 300.60 9.17 Tornos h 3.00 Rolamento tipo Y un.00 4.48 15. UNIT.30 5. 3.00 80.41 CUSTO TOTAL DO PRODUTO PARA PREÇO DE VENDA 783.66 Usinagem h 1.00 Rolamento tipo Y un.90 5. QUANT. 1.00 Tratamento Térmico h 4.50 Aço SAE 6048 kg 25.50 112. 65% 7. para obtermos o percentual de lucro com os tributos devemos fazer uma conjugação do percentual de participação do lucro em relação ao preço de venda e os dos tributos em relação à parcela de lucro. Sendo um único tributo incidente sobre o lucro. 10º)Determinação relacionados: do percentual de lucro e dos tributos a ele Este percentual representa a participação no preço de venda necessária para cobrir todos os tributos relacionados com o lucro e ainda propiciar o lucro desejado.4286% sobre o preço de venda para. e 70 = 15. Em nosso caso prático vamos trabalhar com a regra geral. Dr.00% 35.4286 Isto quer dizer que a empresa deve estabelecer um percentual de 21.00% 31. sobre o valor do IPI não incide as demais despesas variáveis de comercialização.4286 . incluindo o IPI. a participação de um tributo sobre o preço de venda.4286% (21. com 30% de tributos sobre o lucro. será de 6.25% 4.25% Observação: O IPI não é considerado neste cálculo.60% 5. obter um lucro líquido final de 15% sobre o preço de venda. então: X = 100 x 15 / 70 => X = 21. Roberto Biasio . porém. Exceção a esta regra ocorre quando a empresa vende o produto a consumidor não inscrito no ICMS ou quando inscrito destinar o produto para consumo próprio sem direito a crédito de ICMS.00). Neste caso o ICMS incidiria sobre o total da Nota Fiscal.00% 1. e este com o valor de venda. pois o mesmo incide também sobre o preço de venda.15. estabelecido em 30% sobre um lucro líquido de 15%. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Tipo de Despesa Variável ICMS PIS COFINS Comissão Total das despesas variáveis para preço de venda à vista Despesa financeira para venda a prazo (30 dias) Total das despesas variáveis para preço de venda a prazo Percentual 17. o percentual total de lucro líquido (lucro líquido mais tributos) pode ser obtido através de uma regra de três. da seguinte forma: Percentual de lucro desejado 15% Percentual de tributo sobre o lucro 30% Lucro antes dos tributos Tributo Lucro líquido após tributos % comparativo 100% 30% 70% % estabelecido X 30% 15% Se 100 = X .173 9º)Determinação do percentual de despesas variáveis de comercialização (% DVC): Este percentual é obtido através da soma de todos os percentuais das despesas que possuem sua origem do preço de venda. Conseqüentemente. Como os tributos estão diretamente relacionados com o lucro desejado. 0. que corresponde a 30/100. basta usar a fórmula a seguir: %LLaT = %LLdT .15 0 .76 %LLaT = 0. Para obter o percentual de lucro líquido antes dos tributos.09 . tanto para o preço de venda à vista como para o preço de venda a prazo.1974 ou 19. serão demonstrados os cálculos dos dois tipos de mark-up (divisor e multiplicador) Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Para evidenciarmos que para ambos os casos o mark-up divisor e o mark-up multiplicador podem ser empregados. onde 1 .1974 x 100) 11º)Determinação do Mark-up O mark-up nos possibilita obter o preço de venda através da multiplicação do mark-up multiplicador pelo custo total do produto.0. Dr.15 = = 0. %LLaT = 0.74% (0. ou seja.15 0 . para o seu próprio cálculo.: percentual de 30% de imposto de renda.% IRPJ %LLaT = Percentual de Lucro Líquido antes dos Tributos %LLdT = Lucro Líquido depois dos tributos (CS e o IRPJ) % CS = Percentual devido de Contribuição Social sobre o Lucro %IRPJ = Percentual devido do Imposto de Renda Pessoa Jurídica Observação: Os valores correspondentes aos percentuais devem ser informados sempre em forma centesimal. se torna necessário calcularmos o Mark-up sem Desconto (MK s/D) e Mark-up com Desconto (MK c/D). o percentual estabelecido dividido por 100. informa-se 0.% CS . ou pela divisão do custo total produto pelo mark-up divisor.30. à vista e a prazo.174 A legislação fiscal brasileira estabelece que o lucro é base de cálculo de dois tributos (para empresas tributadas pelo LUCRO REAL): 1) CS = Contribuição Social sobre o Lucro. Roberto Biasio . bem como. Como o caso em estudo requer que sejam determinados os preços de venda com e sem desconto. 1) IRPJ = Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Ex.1974 1 .01. A partir de 01.97 a Contribuição Social passou a ser considerada uma despesa indedutível para o cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica. partindo-se do percentual de lucro líquido após os tributos e considerandose os dois tributos acima mencionados. Roberto Biasio . % LLaT é o percentual determinado para se obter o Lucro Líquido antes dos tributos a ele relacionados.1974 = 0.0.0404 1 .1974 = 0.175 I) CÁLCULOS DOS MARK-UP 1) Preço de venda à vista sem desconto Mark-up Divisor sem Desconto (MK D s/D) MK D s/D = 1 .4501 Mark-up Multiplicador sem Desconto (MK M s/D) MK M s/D = 1 1 .0.%DVC .1974 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. 2) Preço de venda a prazo sem desconto Mark-up Divisor sem Desconto (MK D s/D) MK D s/D = 1 .0.1974 % DVC é o percentual das despesas variáveis sobre o preço de venda.3125 .LLaT MK D s/D = 1 .3525 .2217 1 . Dr.LLaT MK M s/D = 1 = 2 .3525 .%DVC .0.LLaT MK M s/D = 1 = 2 .0.3125 .4901 Mark-up Multiplicador sem Desconto (MK M s/D) MK M s/D = 1 1 .%DVC .%DVC .LLaT MK D s/D = 1 .0.0.0. 6138 1 .%DVC .%DD) MK D s/D = (1 .75 = 0.3125 .2217 MK M c/D = = = 2.%DVC .1) Mark-up Divisor com Desconto (MK D c/D) MK D c/D = ( 1 . Roberto Biasio .%DD) MK D s/D = (1 .75 4) Preço de venda a prazo com desconto Mark-up Divisor com Desconto (MK D c/D) MK D c/D = ( 1 .2) Mark-up Multiplicador com Desconto (MK M c/D) 1 MK M s/D MK M c/D = 1 .%LLaT) x (1 .%DD 0 .0.0.LLaT OU 1 .1974) x (1 .4901 x 0.25) = 0.4901 x 0.176 3) Preço de venda à vista com desconto 3.%DD 0 .1974 2.25) = 0.0.%DD) ou MK D s/D x (1 . Dr.1974 2.0. % DD é o percentual definido como desconto desejado para ser calculado sobre um preço de venda encontrado para chegar ao preço que gere o lucro definido.%LLaT) x (1 .0.0404 MK M c/D = = = 2.1974) x (1 .0.3125 . Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.0.3676 3.0.85 = 0.2) Mark-up Multiplicador com Desconto (MK M c/D) 1 1 .7205 1 .3525 .%DD) ou MK D s/D x (1 .%DD 1 .3525 .%DVC .3826 4.0.85 % DVC é o percentual das despesas variáveis sobre o preço de venda. % LLaT é o percentual determinado para se obter o Lucro Líquido antes dos tributos a ele relacionados.% DD 1 1 .0. 508.32 783.67 1.385.2217 Preço de Venda sem IPI 1.35 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.32 783.15 174.29 617.3826 2.509.259.130.371.82 125.32 783.22 IPI s/Preco de venda 10% 125.54 1.35 1.259.44 2.613.32 783.52 1.758.613.914.740.29 Mark-up 0.55 2.385.55 2.29 0.29 Mark-up 0.82 Preço de Venda com IPI 1.96 159.27 3) PREÇO DE VENDA À VISTA COM DESCONTO PREVISTO DE PRODUTO TIPO DE MARK-UP Custo total para Preço de Venda Mark-up Preço de Venda sem IPI 25.130.914.96 159.58 1.29 0.32 783.02 137.25 IPI s/Preco de venda 10% 137.54 1.4901 2.758.67 1.04 1.32 783.27 1.7205 1. Roberto Biasio .15 174.0404 Preço de Venda sem IPI 1.3676 2.44 2.047.4501 2.6138 1.25 1.04 2) PREÇO DE VENDA A PRAZO SEM DESCONTO PREVISTO PRODUTO A B A B TIPO DE MARK-UP DIVISOR MULTIPLICADOR Custo total para Preço de Venda 617.29 617.371.32 783.740.32 783.02 Preço de Venda com IPI 1.96 1.598.177 II) CÁLCULO DOS PREÇOS DE VENDA COM BASE NOS MARK-UP’s 1) PREÇO DE VENDA À VISTA SEM DESCONTO PREVISTO PRODUTO A B A B TIPO DE MARK-UP DIVISOR MULTIPLICADOR Custo total para Preço de Venda 617.52 1.679.58 1. Dr.679.598.00% PRODUTO TIPO DE MARK-UP Custo total para Preço de Venda Mark-up Preço de Venda sem IPI A B A B DIVISOR MULTIPLICADOR 617.00% A B A B DIVISOR MULTIPLICADOR 617.047.29 617.29 617.22 1.96 4) PREÇO DE VENDA A PRAZO COM DESCONTO PREVISTO DE 15. 52 1. Roberto Biasio .00% x 4 233.60% x 4 95.30 47.371.9 Custo total do produto = custo produção + desp.26 287.04 2 Preço de venda com IPI = 3 + 4 10.914.27 2 Preço de venda com IPI = 3 + 4 10.00% x 4 62.7 .82 3 IPI = Preço de venda sem IPI = custo (11) x mark-up 1.26 7 COFINS = 5.96 159.178 III) COMPROVAÇÕES COMPROVAÇÃO PREÇO DE VENDA À VISTA SEM CONDIÇÕES DE DAR DESCONTO PRODUTO A B 1 1.76 261.65% x 4 20.61 51.5 .00% 15.71 6 7.758.91 8 COMISSÃO = 0. 270.00% x 4 125.00% x 12 22.60% x 4 104.098.73 26.96 1.98 79.63 28.15 15.00% x 12 24.32 783.13 271.84 5 ICMS = PIS = 1.15 15.77 10 SUBTOTAL = 4 . 617.53 15 IRPJ = 205.77 16 Lucro líquido depois dos tributos = 14 .65% x 4 22.16 295.37 30.37 6 PIS = 7.385.39 13 Constribuição Social = 226.54 1.00% 17 Percentual de lucro líquido = 16 x 100 / 4 COMPROVAÇÃO PREÇO DE VENDA A PRAZO SEM CONDIÇÕES DE DAR DESCONTO PRODUTO A B 1 1.29 11 Custo total do produto = custo produção + desp.61 9 DESPESA FINANCEIRA = 888.00% 15.01 8 COMISSÃO = 4.6 .06 1.67 1.08 16 Lucro líquido depois dos tributos = 14 .38 28.92 13 246.00% x 12 37.53 12 Lucro líquido antes dos tributos = 10 -11 Constribuição Social = 9.740.22 4 17.598.09 14 Lucro líquido antes do IRPJ = 12 -13 15.46 7 COFINS = 5.64 315.75 121.00% x 4 9 DESPESA FINANCEIRA = 865.508.8 .61 14 Lucro líquido antes do IRPJ = 12 -13 15.6 .58 1.00% x 4 214.15 174.00% x 12 40.02 3 IPI = 1.5 .259.74 343.7 .86 69.8 .49 12 Lucro líquido antes dos tributos = 10 -11 9.9 617.00% 17 Percentual de lucro líquido = 16 x 100 / 4 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.32 15 IRPJ = 188. Dr.00% x 4 54.00% x 4 137.58 87.00% x 4 68.32 783.81 10 SUBTOTAL = 4 .29 11 248.24 132.97 239.25 4 Preço de venda sem IPI = custo (11) x mark-up 17.126.70 5 ICMS = 1.37 312. 10 3Desconto a ser concedido de 1.00% x 4 62.76 261.08 16 Lucro líquido depois dos tributos = 14 .74 3 1.58 87.77 10 SUBTOTAL = 4 .126.259.30 47.00% X 4 68.70 5 ICMS = 1.61 51.61 14 Lucro líquido antes do IRPJ = 12 -13 15.03 307.58 1.01 8 COMISSÃO = 4.73 121.98 79.047.00% 15.8 – 9 617.613.63 28.55 2.39 13 Contribuição Social = 226. Dr.00% X 12 22.06 1.81 10 617.598.86 532.00% X 12 37.86 69.37 6 PIS = 7.32 783.7 .00% 242.38 28.84 5 ICMS = 1.29 11 Custo total do produto = custo produção + despesa adm.53 15 IRPJ = 205.179 COMPROVAÇÃO PREÇO DE VENDA À VISTA COM CONDIÇÕES DE DAR DESCONTO PRODUTO A B 1 1.16 295.60% X 4 104.29 11 Custo total do produto = custo produção + despesa adm.61 9 DESPESA FINANCEIRA = SUBTOTAL = 4 5 6 7 8 9 888.91 8 0.13 271.22 4Preço de venda depois do desconto sem IPI 17.97 239.130. Roberto Biasio .37 312.09 14 Lucro líquido antes do IRPJ = 12 -13 IRPJ = 15.00% 17 Percentual de lucro líquido = 16 x 100 / 4 COMPROVAÇÃO PREÇO DE VENDA A PRAZO COM CONDIÇÕES DE DAR DESCONTO PRODUTO A B 1 1.00% X 4 233.00% X 4 9 DESPESA FINANCEIRA = 865.00% 17 Percentual de lucro líquido = 16 x 100 / 4 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.92 13 Contribuição Social = 246.44 2.46 7 COFINS = COMISSÃO = 5.77 16 Lucro líquido depois dos tributos = 14 – 15 15.00% x 12 24.740. 270.25 4Preço de venda depois do desconto sem IPI 17.098.26 7 COFINS = 5.35 2Preço de venda antes de conceder o desconto 15.60% x 4 95.00% X 4 54.24 132.00% 15.32 15 188.5 .679.49 12 Lucro líquido antes dos tributos = 10 –11 9.26 287.00% x 4 214. 248.00% 419.96 2Preço de venda antes de conceder o desconto Desconto a ser concedido de 25.96 1.00% x 12 40.51 12 Lucro líquido antes dos tributos = 10 -11 9..64 315.71 6 PIS = 7.32 783.52 1.78 26.6 .74 343.37 30.65% X 4 22.15 15.65% x 4 20.371. 00 Tributos Incidentes sobre o Lucro Contribuição Social Imposto de Renda 9. Também.2 Determinação do Preço de Venda pelo Método Custeio Direto .Margem de Contribuição O cálculo do preço de venda através do método custeio direto (variável)/margem de contribuição buscar obter um valor de venda que além de cobrir todos os custos e despesas variáveis gere um a parcela excedente (margem de contribuição).8.180 14.00% Lucro Líquido Desejado após os Tributos R$ 8.00 Despesas Variáveis de Comercialização ICMS 17. o mesmo não envolve rateios e distribuições de custos e despesas.00 Despesa Fixa Total por mês R$ 3. podendo o mesmo ser alterado e compensado com um aumento de venda. Este método é bastante gerencial e prático. para atingir o lucro desejado? Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00% PIS 1.000.65% COFINS 7.00% 15. possibilita a análise da aceitação ou não de pedidos adicionais. possibilitando uma maior flexibilidade no seu cálculo.60% Comissão 2. Com esta parcela a empresa deve primeiro produzir e vender um volume “x” de produtos (PE) para cobrir todos os seus custos e despesas fixos.000. A empresa Bom Gosto Ind. lucro este igual ao volume de unidades vendidas acima do ponto de equilíbrio multiplicado pela margem de contribuição unitária.mesa para escritório . visto que.00% Capacidade de Produção Instalada por Mês Produção Atual (atendendo o mercado) 315 un 250 un 1) Qual deve ser o preço de venda no nível de produção atual.2.de Móveis Ltda fabrica um único produto . Com objetivo de exemplificar o uso deste método vamos trabalhar algumas variáveis partindo de um exemplo. Dr.00 Custo Variável por unidade R$ 175.000. A maior virtude deste método é que o preço por ele calculado não é definitivo. As análises dessas variações foram desenvolvidas no capítulo AS RELAÇÕES DO CUSTO COM O VOLUME E O LUCRO . Roberto Biasio . com uma redução nos custos e despesas fixos ou mesmo com uma redução dos custos e despesas variáveis.e apresentou os seguintes dados: Custo Fixo Total por mês R$ 12. Após este ponto de venda a empresa começará a obter lucro. 5. que dividida pela Quantidade Produzida e Vendida (QPV).1)Deve a empresa Bom Gosto Ind. teremos a margem de contribuição unitária (MCu). porém.76 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. então devemos buscar o lucro antes dos tributos (LL). qual seria o preço a ser praticado.32 0. ambos por unidade. Como já temos o lucro líquido definido.526. além de arcar com o custo de embalagem especial de R$ 4.00.181 2) Se a empresa resolver aumentar a sua produção em 10%. LL 8.00 LLaT = --------. Também terá que arcar com uma despesa de R$ 500.00 por lote de mercadoria exportada em gastos com desembaraço? 5. sendo que.= -------------. Roberto Biasio . Para a conversão do lucro líquido após os tributos em lucro líquido antes dos tributos usaremos a fórmula apresentada anteriormente. desta vez sobre o preço de venda? Neste caso quantas unidades seriam necessárias para atingir o ponto de equilíbrio contábil? 5) Considerando-se que o mercado interno só tem demanda para 250 unidades a empresa resolveu avaliar duas propostas recebidas de uma empresa da argentina: 1ª) Aquisição de 65 unidades por R$ 210. COFINS) mas terá um aumento nas comissões.00 cada. Dr. para atingir o mesmo lucro? 3)Qual deve ser o preço de venda ser praticado pela empresa caso ela deseje ter uma margem de contribuição de 40% sobre o custo variável de produção? Neste caso qual o lucro que ela obteria no nível de produção atual e quantas unidades seriam necessárias para atingir o lucro atual? 4)E se a empresa desejasse ter os mesmos 40% de margem. para atingir o lucro desejado.de Móveis Ltda. aceitar alguma das propostas.76 (*) 0.00 cada.= 10. ficará isenta dos tributos sobre o preço de venda (ICMS.000.2)Qual seria o preço mínimo pelo qual passaria a valer a pena aceitar cada uma das propostas? RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES PROPOSTAS I-PREÇOS PARA MERCADO INTERNO 1) Preço de venda no nível de produção atual. 2ª) Aquisição de 150 unidades por R$ 240. se fechar o contrato.00 e uma despesa e de transporte R$ 6. depois somá-lo aos Custos (CFT) e Despesas (DFT) Fixos Totais para com isso obtermos a Margem de Contribuição Total (MCT). PIS. passando dos atuais 2% para 3%. 0.27 0.32 MCu = ------.22 0.2825 PV (DVu = 28. mudando apenas o volume de produção.7175 PV = 277.82 + 175.182 (*) Resultado da aplicação da fórmula quando a Contribuição Social for de 9% e o Imposto de Renda de 15%. PV = MCu + CVu + DVu PV = 102.00 = 25. MCT = LLaT + CFT + DFT MCT = 10.32 MCT 25.7175 PV = 267.82 QPV 275 u PV = 92.7175 2) Preço com aumento de produção em 10% e o mesmo lucro A sistemática é a mesma do item anterior.00 0.= 102.2825 PV = 102.= ---------------.7175 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.11 277. Então.82 267.526.526.526.00 + 0.2825 PV = 92.000.25% do PV) 1 PV . Roberto Biasio .00 + 0.0.82 PV = ---------.= 386.= 373.00 + 3.32 MCu = --------.11 QPV 250 u Sabemos que o Preço de Venda (PV) é o somatório da MCu com o Custo Variável Unitário (CVu) mais a Despesa Variável Unitária (DVu).= --------------.32 + 12.11 PV = ---------.25% do PV) 1 PV .11 + 175. Dr.000. MCT 25.00 0.526.11 + 175.= 92.2825 PV (DVu = 28.82 + 175. teremos: LLaT = MCT .2)Lucro Líquido após os Tributos com a produção atual Lucro Líquido depois Tributos (LLdT) será a diferença entre o Lucro Líquido antes dos Tributos (LLaT) e os tributos devidos sobre ele (Contribuição Social .12. Dr. Sendo assim.00 + 175. Quando falamos em margem de contribuição estamos nos referindo a parcela do preço de venda que não é absorvida pelos custos e despesas fixas.00 x 40% = 70.2825 PV = 70.000.183 3)Preço de venda com 40% de margem contribuição sobre o custo variável de produção.275.500.500.25% do PV) 1 PV .000. Sendo assim. a qual é destinada primeiramente a absorver o total dos custos e despesas fixos (Ponto de Equilíbrio).500.00 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.0.CS . posteriormente.500.3. Por sua vez.00 + 0. Roberto Biasio .00 245.1)Preço de venda para QPV = 250 PV = MCu + CVu + DVu PV = 70. primeiro devemos calcular a margem de contribuição unitária.2825 PV (DVu = 28.00 = 1. o LLaT é diferença entre a MCT com e a soma dos CFT e DFT.IRPJ).00 LLdT = 2.CS e Imposto de Renda Pessoa Jurídica .= 341.7175 3. LLdT = LLaT .00 . ela passa a gerar o lucro líquido antes dos tributos.225.00 .00 3.IRPJ MCT = 70.00 LLaT = 17.00 PV = ------------.DFT e.900.00 = 2.00 0.00 .00 x 250 u = 17.00 = 2.7175 PV = 245.375.00 .00 + 175.46 0.CFT . MCu = CVu x 40% = 175. 0. 0.2825 PV) e um CVu de R$ 175.= 551.00 Seguindo o raciocínio desenvolvido na primeira questão.40 PV.3)Quantidade para lucro após tributos = 8.2825 PV = 175.3175 PV = 175.2825 PV 1 PV .526.00.40 PV .0. preço de venda.00 = 25. Tendo a empresa um volume de DV de 28.000. ou QPV = --------QPV MCu 25.32 + 12.66 ---> 365 unidades 70.526.25% sobre o preço de venda (0.32 MCT MCT MCu = -------.00 175. Roberto Biasio .000.00 + 0.00 0.00 PV = -----------. ou seja.32 QPV = ---------------------.00 + 3.3175 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.000.00 4)Preço com 40% de margem sobre o próprio preço de venda Novamente estamos tratando de margem de contribuição.1)Preço de venda para QPV = 250 Neste caso a margem de contribuição representa 40% do preço de venda.40 PV + 175. Dr. o preço de venda será assim calculado: PV = MCu + CVu + DVu PV = 0.526. temos: MCT = LLaT + CFT + DFT MCT = 10. é que aquela foi calculada sobre um valor já predeterminado (CVu) e esta é calculada a partir de um valor ainda desconhecido. a diferença da calculada no item anterior e essa.184 3.= 364. 4.18 0. 3 e 4.40 -> 40%).1 4.527.00 3.1/3.18 2CVU 175.65% 6.50 17.11) 17LLdT (15-16) (*) Na comprovação das questões 3. Já na questão 4. o resultado da comprovação tem uma pequena diferença.63 (0.580.117.525.18 1PREÇO DE VENDA 341.000.3 4.00 15.00 175.1 a margem de contribuição unitária é de R$ 220.82 70.89 41. 2 e 3.00 250.00 12DFT 3.05 93.05 58.578.47/551.3 a empresa obteve o lucro desejado de R$ 8.63 5.00% 65.117.000. O quadro acima comprova que os preços calculados atendem os objetivos que a empresa estabeleceu. Dr.04 9QPV 250.00 3.000.92 (0.50 2.526.00 12.578.70 5PIS 1.60% 29.83 11.000.09 6COFINS 7.40 220.000.18 x 0.47 364.00 68.04 unidades (arredondando teremos 68 unidades) para atingir o Ponto de Equilíbrio (lucro = 0).000. CFT + DFT 12.00/175.00 10.000.506. Nas questões 1.46 551.00 1.999.00% 7.578.000.83 375.579.526.86 11CFT 12.00 7.89 7.00 12.46 155.527.00 947.2 386.000.04 => 68 un MC u 551.35 28.13 1.83 6.00 12.525.48 947.489.20 40.472 COMPROVAÇÃO Abaixo encontramos a comprovação das questões de 1 a 4.14) 14CS (13 x % CS) 9.37 25.00 175.50 10.= --------------------------------.00 + 3.610.22 373.11 92.000.70 93.09 9.275.2 foram utilizadas a quantidades fracionadas com o objetivo de atingir o resultado mais próximo do estabelecido nas referidas questões. Roberto Biasio .500.000.000.00.11 105.21 2.00 10MCT (8x9) 25.= ---------------. Já na questão 4.00 3.95 41.00 3.2)Ponto de Equilíbrio com o preço calculado no item 4.000.50 14.2 ficou comprovado que com o preço calculado a empresa necessita vender 68.000.00 = 0.38 1.017.91 30.2 COMPROVAÇÃO RUBRICA/QUESTÃO 1 2 3.29 225.02) 8.900.27 341.66 250.71 155.29 (0.00 13LLaT (10-11-12) 10.1 a margem de contribuição unitária obtida é de R$ 70.71 4ICMS 17.02 70. Nas referidas questões.00 12.999.36 3.02 9.00 175.00 175.63 9.1 Para acharmos o volume necessário para atingir o Ponto de Equilíbrio (PE) basta aplicarmos a fórmula do PE.84 36.00 8MCU (1-2-3) 102.999.00 3. correspondendo.58 (0.00 275.00 25.00 220.2 3.47 e a mesma corresponde a 40% do preço de venda da referida questão (220.72 7.47 6. de centavos.95 25.50 (0.00 3DVC (4+5+6+7) 28.16 5.47 220.00% 947.45 96.46 58.46 551.01) 15LLaIRPJ (13-14) 9.37 6.000.00 9.185 4.00 12.89 7COMISSÃO 2.13) 16IRPJ (13 x % IRPJ) 15. em virtude do arredondamento feito no preço de venda.02 11.500.66 63.46 96.00 175.50 25.93 6.18 = 40%).578.000. Na questão 3.00 PE = ------------. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.20 55.00% 1.00.= 68.25% 109. a 40% do custo variável do produto (70.000. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.Interno e Externo =====> R$ 12.000. Roberto Biasio .00 -------------------R$ 3.00 R$ 3. Comissão ===================> Lucro Líquido Desejado após os Tributos O lucro mínimo desejado pela empresa (mercado). pois o ICMS. 2ª) Aquisição de 150 unidades por R$ 240. abrir mão de 85 unidades vendida atualmente no mercado interno.1-Deve a empresa aceitar alguma das propostas? 1ª) Aquisição de 65 unidades por R$ 210.00% 15.00 cada. CFT/mês p/mercado interno CFT adicionais p/exportar Total de CFT c/Merc.500.00 R$ 10. de venda de 65 unidades. vem absorver a capacidade ociosa existente na empresa (capacidade total de 315 un .00 --------------------R$ 185. PIS e COFINS não incidem no ME.00 R$ 500.00 cada.Interno e Externo ======> DFT/mês p/mercado interno DFT adicionais p/exportar Total de DFT c/Merc.186 II-PREÇOS PARA MERCADO EXTERNO 5)Avaliação de preços para atender a proposta de empresa argentina.000.capacidade aproveitada para o mercado interno de 250 un = 65 un de capacidade ociosa). Dr.00 Despesas Variáveis de Comercialização Só ficou as comissões que passaram de 2% p/ 3%. Já para atender a 2ª proposta a empresa terá.Interno e Externo ======> CV un p/mercado interno CV un adicionais p/exportar Total de CVun c/Merc.000.00 ------------------R$ 12. interno + mercado externo) continua sendo ===> 3.00 R$ 0. O primeiro passo que devemos seguir é ajustar o dados do mercado interno para o mercado externo. além de absorver 100% da capacidade ociosa.000.00 Tributos Incidentes sobre o Lucro Os tributos sobre o lucro são os mesmos para o mercado interno como o mercado externo Contribuição Social Imposto de Renda 9.00% Capacidade de Produção Instalada por Mês Produção Atual (atendendo o mercado) 315 un 250 un 5. Observamos que a 1ª proposta.00% R$ 8.00 R$ 175. 89 para R$ 8.00 500.000.10 107.40 = 651.89 8.50 9.00 28.187 PROPOSTAS Preço de Venda Custo Variável Unitário Despesas Variáveis Comerciais Margem de Contribuição Unitária SITUAÇÃO ATUAL 1ª PROPOSTA 2ª PROPOSTA 386.66 A seguir são apresentadas duas outras formas de avaliar viabilidade ou não da proposta sem ser necessário calcular toda a demonstração de resultado.00% 64.50 26.231.11 18. Como a 1ª proposta só absorve a capacidade ociosa.00 = 715.50 64.11 3.02 1. então a verificar a viabilidade da 1ª proposta. Dr.78 SITUAÇÕES MCU QUANT. Para sabermos se ela é viável basta Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00% 64.11 x 250 = 25.30 3.743.48 = 9.11 x 0. SITUAÇÕES MCT Antes dos Gastos Adicionais Custos Fixos Totais Adicionais Despesas Fixas Totais Adicionais MCT Após dos Gastos Adicionais Contribuição Social sobre o lucro adicional Resultado depois da Contribuição Social Imposto de Renda Lucro Líquido depois do tributos SÓ ATUAL ATUAL+PED.77 TOTAL = = = 26.00 3.40 651.00% 107.00% 6.000.000.66 DIFERENÇA 1.215.11 Imposto de Renda 15.00% 107.00 12.00 11.00 0.580.33 543.500.000.00 1.00% Lucro antes do IRPJ IRPJ 15.00 240.243.00 Margem de Contribuição Total renunciada no mercado interno 102.33 Diferença do lucro depois dos tributos ao aceitar a segunda proposta = 543.527.00% Lucro depois dos Tributos SITUAÇÃO ATUAL 102. MCT E LUCRO Margem de Contribuição Total na Exportação 18.89 1ª PROPOSTA 18.88 10. Roberto Biasio .544.00 Diferença de MCT ao aceitar a segunda proposta = 715.011.70 x 65 = 1.00 500.527. PROPOSTAS Margem de Contribuição Unitária Quantidade Margem de Contribuição Total Custo Fixo Total Despesa Fixa Total Lucro antes dos Tributos Contribuição Social 9.80 Passamos.66.00 8.33 = 543. aumentou o lucro da empresa de R$ 8.50 12. visto que.00 185.50 0.215.25% 109.50 Custos Fixos Totais Adicionais 0.00 175.527.000.70 47.70 x 65 = 1.22 210.243.00 = 10.50 500.686.527.50 Contribuição Social sobre o lucro adicional 9.50 947.00 Despesas Fixas Totais Adicionais 500.46 8.00 25.743.50 26. então ela é um complementa da atual.13 = 8.000.EX.20 102.544.215.544.40 Resultado depois da Contribuição Social = 651.579.78 Como podemos observar a 1ª proposta é viável. 25.00 185.12 1.77 543.00% 7.11 15.00 715.00 3. Dr. Para este cálculo vamos supor que o mercado interno seja abastecido por concorrentes. fincando para este último apenas 165 unidades.15 12.000.00 500.069. Sendo assim.40) (1.11) Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00% (301.00 CF Total 12.527.52 1.60 = 5.000.473. A 2ª proposta não só absorve a capacidade ociosa.00% 166.018. = 4.15 500.848.20 TOTAL = = = 24.527.15 8.51) 15.50 24. não havendo. para que a empresa aceitar a venda para exportação ao preço de R$ 210.00 (2.848.11 (obtida no mercado interno) por uma de R$ 18.63 7. PROPOSTAS SITUAÇÃO ATUAL 2ª PROPOSTA 102.00=715. Roberto Biasio . Sendo assim.00 CFT ad.33 600.50 Lucro depois dos Tributos = 1.404. mas necessita de parte da capacidade utilizada para atender o mercado interno.89 6. 25.80 DIFERENÇA (1.15 = 6.170.009.00% 277.50).35) 9.000.00 Lucro antes dos Tributos = 1.15 = 7.90 MCT .00 25.215.80 A seguir são apresentadas duas outras formas de avaliar viabilidade ou não da proposta sem ser necessário calcular toda a demonstração de resultado.500.50 23.00 Contribuição Social 9.70 (obtida na exportação).00 8.509.50500.018.30 Lucro antes do IRPJ = 1.828.000.473.22 1.000.00 o pedido mínimo deveria se de 27 unidades (27 un x 18.35) 500.00% (180.500.80 Margem de Contribuição Unitária Quantidade x 165 x 150 Margem de Contribuição Total = 16.EX.70 MCu = 504.09) (1.277. Agora passamos a verificar a viabilidade da 2ª proposta.527. pois acima disso a empresa estaria trocando uma margem de contribuição unitária de R$ 102.15 766. alteração de preço pelo fato da menor oferta por parte da empresa.11 47.518.00 0.681.751.069. SITUAÇÕES MCT Antes dos Gastos Adicionais Custos Fixos Totais Adicionais Despesas Fixas Totais Adicionais MCT Após dos Gastos Adicionais Contribuição Social sobre o lucro adicional Resultado depois da Contribuição Social Imposto de Renda Lucro Líquido depois do tributos SÓ ATUAL ATUAL+PED.188 verificar se a MCT da 1ª proposta é superior aos custos fixos adicionais (1.72 6.90) e no máximo de 65 unidades.82 = 6.00DF Total 3. com isso.518.670.70 IRPJ 15.527.00 3.84) (1. para atender esta proposta a empresa deverá deixar de vender 85 unidades no mercado interno. 189 SITUAÇÕES MCU QUANT. Margem de Contribuição Total na Exportação 47,80 x 150 Custos Fixos Totais Adicionais Despesas Fixas Totais Adicionais MCT renunciada no mercado interno 102,11 x 85 Diferença de MCT ao aceitar a segunda proposta Contribuição Social sobre o lucro adicional 9,00% Resultado depois da Contribuição Social Imposto de Renda 15,00% Diferença do lucro depois dos tributos ao aceitar a segunda proposta MCT E LUCRO = 7.170,00 500,00 8.679,35 = (2.009,35) (180,84) = (1.828,51) (301,40) = (1.527,11) Como podemos observar a 2ª proposta não é viável, visto que, o lucro da empresa reduziu de R$ 8.000,89 para R$ 6.473,80, uma redução de R$ 1.527,09. Dependendo da forma de cálculo o resultado apresenta uma variação de centavos em função de arredondamento de cálculos. Para sabermos se ela é viável ou não, basta verificarmos se a MCT ajustada da 2ª proposta é positiva, nula ou negativa. Se positiva é viável, se nula é indiferente e se negativa é inviável. Para vendermos com o preço de venda de R$ 240,00 (preço ofertado na 2ª proposta) a empresa só poderá renunciar 48 unidades. Este número é determinado dividindo-se o total de margem adicional gerada na exportação pelas quantidades disponíveis para exportação pela diferença das margens de contribuição unitárias do mercado interno e externo. Primeiro demonstraremos como ficaria o resultado da empresa se as quantidade da segunda proposta fosse ajustada ao volume disponível (capacidade produção menos quantidade comprometida com o mercado interno) PROPOSTAS SITUAÇÃO ATUAL 102,11 Margem de Contribuição Unitária Quantidade x 250 Margem de Contribuição Total = 25.527,50 Custos Fixos Total 12.000,00 Despesas Fixas Totais 3.000,00 Lucro antes dos Tributos = 10.527,50 Contribuição Social 9,00% 947,48 Lucro antes do IRPJ = 9.580,02 IRPJ 15,00% 1.579,13 Lucro depois dos Tributos = 8.000,89 SITUAÇÕES MCT Antes dos Gastos Adicionais Custos Fixos Totais Adicionais Despesas Fixas Totais Adicionais MCT Após dos Gastos Adicionais Contribuição Social sobre o lucro adicional Resultado depois da Contribuição Social Imposto de Renda Lucro Líquido depois do tributos 2ª PROPOSTA 47,80 x 65 = 3.107,00 0,00 500,00 = 2.607,00 234,63 = 2.372,37 391,05 = 1.981,32 TOTAL = = = 28.634,50 12.000,00 3.500,00 13.134,50 1.182,11 11.952,39 1.970,18 9.982,21 SÓ ATUAL ATUAL+PED.EX. 25.527,50 28.634,50 0,00 500,00 25.527,50 28.134,50 8.000,89 DIFERENÇA 3.107,00 0,00 500,00 2.607,00 9,00% 234,63 2.372,37 15,00% 391,05 9.982,21 1.981,32 1.981,32 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio 190 SITUAÇÕES QUANTIDADE MCU Margem de Contribuição Total na Exportação 47,80 x 65 Custos Fixos Totais Adicionais Despesas Fixas Totais Adicionais MCT renunciada no mercado interno 102,11 x 0 Diferença de MCT ao aceitar a segunda proposta Contribuição Social sobre o lucro adicional 9,00% Resultado depois da Contribuição Social Imposto de Renda 15,00% Diferença do lucro depois dos tributos ao aceitar a segunda proposta MCT E LUCRO = 3.107,00 0,00 500,00 0,00 = 2.607,00 234,63 = 2.372,37 391,05 = 1.981,32 Se a segunda proposta fosse aceita com a quantidade excedente a empresa aumentaria seu lucro em R$ 1.981,32. Agora vamos calcular quantas unidades podem ser transferidas do mercado interno para o mercado externo sem comprometer o lucro atual. Ou seja, caso o cliente externo não aceite apenas as 65 unidades disponíveis, quantas podem ser acrescentadas a essas, retirando-as das unidades comercializadas no mercado interno. Para isso temos duas formas de calcular a quantidade máxima para ser destinada para a exportação: a primeira é calcular quantas unidades devem ser reduzidas do pedido feito através da segunda proposta de exportação; ao outra é definir quantas unidades podem ser adicionadas ao volume excedente, ou seja, quantas unidades podem ser deixadas de serem vendidas no mercado interno para atender o mercado externo. Primeiro vamos calcular a quantidade pela primeira forma, ou seja, calcular quantas unidades vem ser reduzidas do pedido feito pelo cliente externo Para ambas as formas, o primeiro passo é calcular a diferença entre as margens de contribuição unitária que os dois preços geram (preço mercado interno e preço para exportação). Margem de contribuição unitária mercado interno Margem de contribuição unitária mercado externo Diferença entre as duas margens de contribuições unitárias R$ 102,11 R$ 47,80 --------------R$ 54,31 Em seguida deve-se dividir o valor da margem de contribuição total que a empresa perde ao aceitar o pedido integral de exportação pela diferença das margens de contribuições unitárias e obter o número de unidades que devem ser diminuídas do pedido de exportação. MCT a menor ao aceitar o pedido exportação R$ 2.009,35 Diferença entre as duas margens de contribuições unitárias / R$ 54,31 ---------------Quantidade que deve ser retirada do pedido de exportação 37 un Pedido de exportação inicial Quantidade que deve ser retirada do pedido de exportação Quantidades que podem compor o pedido de exportação 150 un - 37 un --------113 un Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio 191 A segunda forma é calcular quantas unidades podem ser adicionadas às disponíveis para atender o pedido feito pelo cliente externo. Após calcular a diferença entre as duas margens de contribuições unitárias deve-se dividir o valor da margem de contribuição total que a empresa ganha se vender para o mercado externo apenas as unidades disponíveis e com isso obter o número de unidades que pode ser adicionado às unidades disponíveis para exportação. MCT a maior ao aceitar o pedido exportação R$ 2.607,00 Diferença entre as duas margens de contribuições unitárias / R$ 54,31 ---------------Quantidade que deve ser retirada do pedido de exportação 48 un Pedido de exportação inicial Quantidade que deve ser retirada do pedido de exportação 65 un + 48 un --------113 un Quantidades que podem compor o pedido de exportação Para cada unidade, acima de 65, que a empresa vender para externo ela terá uma redução na sua MCT de R$ 54,31 (102,11 - 47,80). Assim, ao vender 48,00 un (2.607,00/54,31) ela terá anulado o adicional de margem de contribuição obtido na venda do excedente de produção. Sendo assim, a empresa poderia vender, de sua produção total de 315 un, 113 un para o mercado externo e 202 para o mercado interno mantendo o mesmo resultado que obteria com a venda de 250 un exclusivamente para o mercado interno. PROPOSTAS Margem de Contribuição Unitária Quantidade Margem de Contribuição Total Custos Fixos Total Despesas Fixas Totais Lucro antes dos Tributos Contribuição Social 9,00% Lucro antes do IRPJ IRPJ 15,00% Lucro depois dos Tributos SITUAÇÃO ATUAL 102,11 x 202,00 = 20.626,22 12.000,00 3.000,00 = 5.626,22 506,36 = 5.119,86 843,93 = 4.275,93 2ª PROPOSTA 47,80 x 113,00 = 5.401,40 500,00 = 4.901,40 441,13 = 4.460,27 735,21 = 3.725,06 TOTAL = = = 26.027,62 12.000,00 3.500,00 10.527,62 947,49 9.580,13 1.579,14 8.000,99 O resultado total só não foi de exatos R$ 8.000,00 porque consideramos 113 un (48 un + 65 un), quando a quantidade calculada foi de 113,0022 un (48,0022 + 65 un). 5.2)Qual seria o preço mínimo pelo qual passaria a valer a pena aceitar cada uma das propostas? Agora vamos trabalhar com a hipótese de que a empresa deseja atender o pedido de exportação, atendendo uma das propostas recebidas, nas quantidades Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio 192 solicitadas e portanto, quer saber qual o preço mínimo que ela deve cobrar, em cada proposta para não sair perdendo. Para não sair perdendo a empresa deverá, na soma dos resultados de venda no mercado interno e externo obter o lucro líquido após os tributos de R$ 8.000,00. 5.2.1-Preço mínimo para atender a 1ª proposta A primeira proposta é de fornecer 65 unidades a empresa argentina. Neste caso a empresa deverá cobrar um valor que resulte uma MCT igual aos CFT adicionais, ou seja: Custos Fixos Totais adicionais para exportar Despesas Fixas Totais adicionais para exportar R$ 0,00 R$ 500,00 ========= Gastos Fixos Totais adicionais para exportar R$ 500,00 MCT gerada a menor o mercado interno por atender a export. R$ 0,00 ========= Margem de Contribuição Total a ser obtida na venda de 65 un R$ 500,00 PV = MCu + DVu + CVu, onde: MCT 500,00 MCu = -------- = ---------- = 7,6923 ==> 7,69 QPV 65 u DVu = 3% x PV (3% se refere ao percentual de comissão) CVu = 185,00 (175,00 custo interno + 10,00 custo adicional) PV = 7,69 + 0,03PV + 185,00 1PV - 0,03PV = 7,69 + 185,00 0,97PV = 192,69 192,69 PV = --------- = 198,65 0,97 5.2.1-PV mínimo para atender a 1ª proposta é de R$ 198,65 O preço oferecido pelo importador foi de R$ 210,00, portanto, acima do preço mínimo necessário para cobrir os custos e despesas da venda. Se a empresa atender o pedido com o preço mínimo (R$ 198,65) não trará nenhuma alteração no resultado. 5.2.2-Preço mínimo para atender a 2ª proposta A segunda proposta é de fornecer 150 unidades a empresa argentina. Neste caso a empresa deverá cobrar um valor que resulte uma MCT igual a soma dos CFT Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio 81 O preço oferecido pelo importador foi de R$ 240.03PV = 61.00 custo interno + 10.00 0.00 ========= Gastos Fixos Totais adicionais para exportar R$ 500.81 0.179. portanto. onde: MCT 9. de 250 un. abaixo do preço mínimo necessário para cobrir os custos e despesas da venda.20 + 185. Roberto Biasio .00 MCT gerada a menor o mercado interno por atender a export. se vender ao preço oferecido ou abaixo do preço mínimo ela terá um resultado inferior daquele obtido com a venda só para o mercado interno. porém.00 custo adicional) PV = 61.179.00 (175.193 adicionais e da MCT que a empresa deixará de obter pelo fato de ter que reduzir suas vendas internas em 85 unidades.= 253.35 ========= Margem de Contribuição Total a ser obtida na venda de 65 un R$ 9.35 MCu = -------.03PV + 185.0.20 PV = ----------.1957 ==> 61.00.679. R$ 8. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.20 + 0.2. ou seja: Custos Fixos Totais adicionais para exportar Despesas Fixas Totais adicionais para exportar R$ 0.97 5.97PV = 246.00 R$ 500. Se a empresa atender o pedido com o preço mínimo (R$ 253.20 246.2-PV mínimo para atender a 1ª proposta é de R$ 253.35 PV= MCu + DVu + CVu.= 61.81) não trará nenhuma alteração no resultado. Dr.00 1PV .20 QPV 150 u DVu = 3% x PV (3% se refere ao percentual de comissão) CVu = 185.= --------------. O preço de venda por este método é obtido através da seguinte fórmula: Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.35 7.48 9.00 7.194 COMPROVAÇÃO A seguir encontramos a comprovação da questão 5.50 947.15) (0.79 MERC. 1ª PROPOSTA EXT.72 102.00% 7COMISSÃO 2.00 8. com pequenas diferenças em função de arredondamentos.000.11 250.13 8. o sistema de cálculo de preço pelo custeio direto/margem de contribuição é bem mais flexível e prático.22 1.000.01) (0.00 3. Além das hipóteses trabalhas poderíamos trabalhar com vários produtos e estabelecermos uma margem de contribuição média e um mix de produtos necessários serem produzidos e vendidos com o propósito de atender os objetivos estabelecidos.82 277.50 12. O mesmo raciocínio vale também para o inverso.00 9.596.65 185.527.39 O quadro acima comprova que os preços calculados atendem.000.00 10. o valor do capital empregado e o percentual de lucro desejado sobre o mesmo.00 6.00%15.00 781. os objetivos que a empresa estabeleceu. Com estes dois itens estabelecidos a empresa poderia compensar a redução da margem de contribuição de um produto com o aumento da margem de outro.579.11 65.898.90 198.000.37 29.35 7.8.EXT. ou ainda com o aumento de quantidade do próprio produto que sofreu a redução ou em outro(s) produto(s).579.681.00 0.69 65.528.027.INT MERC.579.15 12.028.580.00 109.2 COMPROVAÇÃO PROPOSTAS RUBRICA/QUESTÃO INT.00 3.66 6.00% 0. 1PREÇO DE VENDA 2CVU 3DVC (4+5+6+7) 28.15 12. Como foi possível observarmos no decorrer da resolução deste problema.15 166.00 26.001.11 165. 14.00 10.60% 0.80 SOMA 0.46 9.00 0.00 10.11 65. 386.22 175.00 3.00 315.10 8.53 9.00 0.00% 6COFINS 7.00 5.500.527.00 3.80 1.89 1.00% 8MCU (1-2-3) 9QPV 10MCT (8x9) 11CFT 12DFT 13LLaT (10-11-12) 14CS (13 x % CS) 9.302. MERC.00 1.00 25.500.680.848.00 16.37 29.00% 9.00 500.72 102.61 0.000.00 315.2.00 5. Roberto Biasio .25% 3.00 (0.00% 4ICMS 17.527.580.00 7.02) (0.66 6.20 150.404.180.00% 3.14) (0.11) 2ª PROPOSTA SOMA 0.15 947.33 1.3 Determinação do Preço de Venda pelo Método do Lucro sobre o Capital Empregado Para a determinação do preço de venda através deste método devemos ter.00 500.00% 5PIS 1.20 7.96 0.00 499.85 0.00 109.00% 15LLaIRPJ (13-14) 16IRPJ (13 x % IRPJ) 15.22 175.000.22 8.579.96 7.000.35 947.00% 17LLdT (15-16) 386.81 185.EXT.59 253.65% 0.INT MERC.62 1.35 12.00 0.00 26.848.61 61. além do custo total dos produtos. Dr.03 1.00 0.000. O dono de uma fábrica de móveis aplica um índice de 3. obtém o preço de venda da mesma.686.2.343.5 sobre o custo de produção de uma determinada mesa e com isso.8. RESOLUÇÃO DO CASO 1.3 sobre o custo de aquisição de um determinado televisor e obtém o preço de venda do mesmo.005) 1.686. O comerciante de televisores. por exemplo. o preço de venda será R$ 2.00 PV = -------------------------------------------------. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.280. uma vez que . .195 Custo total + (Total Capital Empregado x % Lucro Desejado) PV = ----------------------------------------------------------------------------------Volume Caso Prático de Determinação do Preço de Venda pelo Método do Lucro sobre o Capital Empregado: A empresa Nova Era S. produz um único produto e tem os seguintes dados: 1)Custo total da empresa (fixo e variável) R$ 1.00x0.00 3)Volume de unidades produzidas 500 un 4)Percentual de lucro desejado s/capital empregado 0.000.000.4 Determinação do Preço de Venda pelo "MARK-UP": a)Definição de Mark-up: O mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para formação do preço de venda. Observação: Para se determinar os custos totais da empresa.00 por unidade.600.00 2)Total Capital Empregado R$ 12.00+(12.taxas variáveis sobre vendas. pois sobre este incidirão as despesas variáveis de comercialização calculadas sobre o preço de venda.000.despesas administrativas fixas. primeiro devemos determinar o lucro desejado. o lucro faz parte do preço.600.impostos sobre vendas. Roberto Biasio .280.000. 14. .A. b)Finalidades do Mark-up: O mark-up tem por finalidade cobrir as seguintes contas: .= --------------------.5% A empresa deseja saber qual deverá ser o preço de venda.00 500 500 Portanto.000. aplica um índice de 2.= 2. Dr. 00/un + 0.196 . .Custos variáveis para produzir e vender.200. 1 .00 R$ 30.0.00 R$ 30.Margem de contribuição desejada: 15% . 4)Comprovação do percentual de lucro encontrado no item anterior.despesas de venda fixas. em porcentagem e porcentagem do lucro. em valor. para pagamento à vista: R$ 30. 2)Ponto de equilíbrio: em unidades. deseja alterar sua tabela de preços para a venda de pinos de aço.= R$ 50. Dr.15PVV PVV . e dispõe das seguintes informações: . com isso.00 PVV (1-0.00.= -------------.custos indiretos de produção fixos.A.000 un .40 0. b)Formação do preço de venda a vista tomando-se como base o mark-up. 3)Margem de segurança operacional: em unidades. . d)Solução do caso Prático da Metalúrgica Noroeste S.A. em valor.6667 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.40PVV = R$ 30.Hipótese de entrega do produto no momento da formação do preço. c)Caso Prático de Determinação do Preço de Venda pelo MARK-UP A Metalúrgica Noroeste S. 25% PEDE-SE: 1)Preço por un.00 p/un .: 1)Preços de venda a)Formação do Preço de Venda a Vista (PVV) PVV = R$ 30. para venda a vista e para pagamento em 30 dias.00 por unidade (pino).00 . Preço de venda a vista (PVV) (-) Impostos e taxas a vista (-) Margem de contribuição desejada = Mark-up divisor ou = Mark-up multiplicador (100%/64%) = = = 100% (25%) (15%) ---------= 60% = 1. Roberto Biasio .0. considerando custo financeiro à razão de 10% ao mês. justificação.25PVV + 0.00 PVV = --------------.40) = R$ 30.Custos fixos do período: R$ 19.lucro.Volume previsto de venda: 4.Impostos e taxas incidentes sobre as vendas para pagamento a vista: .60 O preço de venda a vista é de R$ 50. = -----R$ 0.560 unidades ( R$ 50.197 b.200.560 unidades PE(valor) = PE(un) x PVV PE(valor) = 2.00 un x 1.00 PVV = R$ 50.= 2.00 R$ 19.60 100 b.1)Venda financiada em 30 dias PVP = PVV x (1 + %DF) PVP = 50.200.000.000.000.200.00 x (1.560 un x R$ 50.800.= -----R$ 19.00 PE(un) = ----------------.00 PE(valor) = R$ 128.00 = 15% -------------------.10) PVP = 55.00 c)Formação do preço de venda a prazo (PVP) c.10) PVP = 50.00) (-) Impostos e taxas s/vendas (25%) (-) Custos variáveis (2.200.000. Dr.00 = 100% R$ 32.00 = = 50.= ------------. Roberto Biasio .2)Preço de venda a vista com base no mark-up multiplicador PVV = R$ 30.560 un x R$ 50.50 PE(un) = 2.00 x 15%) R$ 7.00 Justificação do ponto de equilíbrio Demonstração de Resultados Vendas (2.00 60 0.00 = 0% Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00 = 60% -------------------.00 30.6667 = R$ 50.1)Preço de venda a vista com base no mark-up divisor PVV = 30.00 = R$ 128.560 x 30.00 = 15% R$ 19.00) (=) Margem de contribuição (-) Custos fixos (=) Resultado R$ 128.00 = 25% R$ 76.00 x (1 + 0.00 2)Ponto de Equilíbrio (PE) Custos Fixos Totais PE(un) = ------------------------------Margem de Contribuição Unitária R$ 19. 36 = 0.00 = 9.198 3)Margem de segurança operacional (MSO) MSO(un) = volume previsto .000.4% % Lucro = 5.560 un MSO(un) = 1.PE(un) MSO(un) = 4.00% R$ 50.00% % Lucro = % MC x % MSO % Lucro = 0. Dr.15 x 0.00% R$ 200.00) .000un .= ----------R$ 10.000 x 30.000.000.00% R$ 19.= -----------R$ 30.36 =====> 36.00) (-) Impostos e taxas s/vendas (25%) (-) Custo variável (4.60% -------------------.= 0.000.00 MSO(valor) = R$ 72.000un x R$ 50.40% Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00 = 60. Roberto Biasio .00 % MSO = -------------------.000.800.000.000.2.R$ 128.000.00 = 25.00 = 15.440 un MSO(valor) = (volume previsto x PVV) .054 ---> 5.00% ------------------.4% 4)Comprovação do percentual do lucro Vendas (4.PE(valor) MSO(valor) = (4.000.00 = 100.000.R$ 128.200.00 MSO(valor) % MSO = -----------------------Venda total em R$ R$ 72.00 %MSO = 36.00 = 5.00 MSO(valor) = R$ 200.00 .00% R$ 120.00) (=) Margem de contribuição (-) Custos fixos (=) Resultado R$ 200.000 x 50. que a empresa industrial considera como o equivalente ao de "compra" no comércio? 16)O que foi necessário para que a empresa industrial obtivesse o valor do custo de seus produtos? 17)O que vem a ser Contabilidade de Custos? 18)Quais são os objetivos da Contabilidade de Custos? 19)Por que a Contabilidade de Custos é considerada como uma parcela essencial da Contabilidade Gerencial? 20)Qual foi o motivo que fez com que o homem sentisse a necessidade de melhores informações sobre os custos? 21)Qual foi o primeiro objetivo da Contabilidade de Custos? 22)O que se entende por Contabilidade de Custos em Transição? 23)Qual é a finalidade da Contabilidade de Custos para Controle de Custos? . nos custos do produto.15 EXERCÍCIOS 15.TEORIA 15.1 PARTE I .1 A TEORIA GERAL DOS CUSTOS 1)Quando foi que surgiu o princípio de custo? 2)Nos primórdios da civilização como era determinado o custo dos bens e serviços? 3)Quais foram os primeiros investimentos efetuados pelo homem? 4)Qual foi à forma encontrada pelo homem primitivo para reduzir o custo dos produtos? 5)Quais foram os primeiros bens de produção utilizados pelo homem? 6)Qual o efeito gerado. com a utilização dos bens de produção? 7)De que forma começou a surgir o beneficiamento dos produtos? 8)Qual foi a causa do surgimento das primeiras empresas? 9)Que conseqüência trouxe o desenvolvimento do comércio? 10)O que ocorreu com a organização societária após a Revolução Industrial? 11)Quando foi que o homem passou a sentir a necessidade de maior controle para a segurança do capital investido? 12)Como e com que objetivo o controle dos custos foi utilizado como técnica p/ segurança e racionalização da produção? 13)Qual foi o principal objetivo do surgimento da Contabilidade Financeira (Geral)? 14)Como era apurado o custo das vendas da Era Mercantilista? 15)Quais são os valores. para a determinação do custo das vendas.1. para saber por quanto se deve vender um determinado produto? 33)Qual é o objetivo do custo na avaliação dos estoques? 34)Como é atingido o objetivo do custo no controle da Gestão Administrativa? 35)Cite e comente as conseqüências de três decisões que podem ser tomadas através da análise dos custos? 36)Como a determinação dos custos faz parte da elaboração de Orçamentos? 37)De que maneira a determinação do custo contribui no planejamento e na projeção do lucro? 38)O que vem a ser o grau de eficiência técnica-administrativa da empresa? 39)Como o administrador pode auxiliar-se através da comparação dos custos referentes a períodos e condições diversas? 40)Como é procedida a análise da economicidade de operações? 41)O que você entende por nível de rentabilidade econômica? 42)Quando é que a empresa obtém o ponto ótimo de produtividade? 43)Qual é a importância do conhecimento dos produtos.2 ASPECTOS DOS CUSTOS 1)Distinga. Custo. Material Auxiliar e Material de Consumo. Dr. 15. 2)Qual a importância desta distinção para a Contabilidade de Custos e para a Contabilidade Geral? 3)Comente o que representam as nomenclaturas: Matéria-prima. 50)Comente individualmente os "Dez Mandamentos do Bom Controle de Custos". Componente. Roberto Biasio . Desembolso e Perda.200 24)De que forma a Contabilidade de Custos é utilizada para Planejamento do Lucro e para Decisões Administrativas? 25)Quais são as fases de trabalho da Contabilidade de Custos? 26)Quais são os objetivos da Contabilidade de Custos? 27)Quais são as finalidades gerenciais da Contabilidade de Custos? 28)Qual é a contribuição dada pela Contabilidade de Custos para a Contabilidade Geral? 29)O que você entende por custos? 30)Quais são as finalidades da Contabilidade de Custos? 31)Como é atingido o objetivo da determinação do preço de venda pela Contabilidade de Custos? 32)O que é necessário. conceituando. materiais e equipamentos na determinação do custo? 44)O que é que envolve o conhecimento do Processo Técnico de Produção? 45)De que formas pode-se dar o processo de Distribuição? 46)Quais as despesas que compõem o Custo de Distribuição? 47)Qual é a importância da interpretação dos resultados na determinação dos custos? 48)Qual é a finalidade de comparações e conclusões ligadas aos custos? 49)Comente individualmente os princípios relacionados com a determinação dos custos. Investimento. Gasto. 4)Quais as razões desta distinção para a Contabilidade de Custos e para a Contabilidade Geral? Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.1. Despesa. Dr.1. qual a classificação que os custos podem receber? 19)Quando é que os custos são considerados fixos? 20)Os custos fixos nunca sofrem alterações? Justifique. 21)Qual é o comportamento do custo fixo por unidade produzida.4 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 1)Como estão classificados os custos quanto a origem geral? Comente sucintamente cada uma das subdivisões? 2)Como estão classificados os custos quanto ao agente consumidor? 3)Qual é o critério utilizado para a classificação dos custos quanto ao agente consumidor? 4)Quando é que o custo tem como agente consumidor o Produto? 5)Qual é o objetivo atendido pelo custo quando este tem como agente consumidor os departamentos? 6)Qual é o relacionamento mantido pelo custo quando este tiver os centros de custos como agente consumidor? 7)Como podem ser classificados os custos quanto as suas funções? 8)O que você entende por custos de Fabricação? 9)Como são classificados os custos quanto à forma de apropriação? 10)Quando é que os custos são considerados diretos? 11)O que são custos indiretos? 12)De que forma os custos indiretos são alocados aos produtos? 13)Quanto à espécie. Roberto Biasio .201 5)De que forma o custo é considerado. como estão classificados os custos? 14)Qual a diferença existente entre a mão de obra direta e a mão de obra indireta? 15)Como estão divididos os custos dos materiais? 16)O que representa os custos com serviços? 17)Diferencie custos desembolsados de custos calculatórios. segundo os Aspectos Financeiro. 8)O que você entende por Lucro? 15.3 ELEMENTOS DE CUSTOS 1)O que você entende por Preço de Venda? 2)Qual a diferença entre o Custo Global e o Custo de Produção? 3)O que compõem o custo direto de produção? Faça um breve comentário individual de cada componente.1. quando ocorrer variação de produção? 22)Quando é que os custos são considerados variáveis? 23)Qual a relação existente entre o custo variável e a produção? Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. 4)O que compõem o custo indireto de produção? Faça um breve comentário individual de cada componente. 18)Quanto ao grau de variação relativamente às quantidades produzidas. Econômico e Contábil? 15. 5)Qual a diferença básica entre os custos diretos e os indiretos de produção? 6)O que vem a ser Custo de Distribuição? 7)Quais são os componentes do Custo de Distribuição? Comente-os individualmente. Roberto Biasio .1. Dr.5 SISTEMAS DE CUSTEIO 1)O que você entende por sistemas de custeio? 2)Em que consiste a apuração de custos? 3)Quais são as formas de apuração de custos? 4)Em que consiste a apuração de custos por produto? 5)Quando é que ocorre a apuração dos custos por ordem de produção (encomenda)? 6)Como é procedida a apuração dos custos através da apuração por processo? 7)Qual é a forma de alocação de custos utilizados no custo por processo seqüencial? 8)Como ocorre a apuração do custo por processo paralelo? 9)Qual a sistemática utilizada na apuração de custo por Processo Seletivo? 10)Quais são os sistemas de custeio existentes. quanto à forma de alocação? 11)Em que consiste o sistema de custeio direto? 12)Qual a diferença principal entre o Custeio Direto e o Custeio por Absorção ? 13)O que você entende por Custeio Padrão? 14)Quando é que os custos são alocados a valores históricos? 15)O que se entende por valores de reposição? 16)Como são obtidos os valores padrões? 17)Qual a diferença entre os sistemas de apropriação Não Seccional e Seccional? 18)Quais são as formas permitidas.202 24)Como se comporta o custo variável por unidade produzida. 15.6 DEPARTAMENTALIZAÇÃO 1)Qual a diferença entre departamento e centro de custo? 2)O que vem a ser departamentalização? 3)O que você entende por Centro de Custos? 4)Quais são as razões que nos leva a departamentalização? 5)Quais as considerações que devem ser lembradas na determinação dos centros de custos? 6)Quais são os objetivos da departamentalização? 7)Com que finalidade se procura eliminar o maior número possível de custos indiretos? 8)Qual é o objetivo que se procura atingir ao apurar o custo de cada centro de custo? 9)Qual a finalidade da adoção de taxas departamentais diferenciadas? 10)Com que finalidade se busca responsabilizar as áreas por seus custos específicos? Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.1. b)Produtos em Elaboração. para a avaliação dos estoques de: a)Matéria-prima. pela legislação brasileira. c)Produtos Acabados. quando ocorrer variação na produção? 25)Quando é que o custo é considerado custo variável progressivo? 26)Quando é que ocorre o custo variável constante? 27)Como se comporta o custo variável regressivo? 28)O que você entende por custos mistos? 15. Como ele é atingido? Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Roberto Biasio .1. 5)O que são Custos Variáveis? 6)Cite as características dos Custos Variáveis.7 APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS 1)O que vem a ser apropriação de custos? 2)Qual a diferença entre a apropriação direta e indireta? 3)O que você entende por base de rateio? 4)Comente quatro normas de apropriação? 5)Faça uma comparação entre os sistemas de apropriação de custo Não Seccional e Seccional? 15. diferenciando.9 CUSTEIO DIRETO (VARIÁVEL) 1)Conceitue Custeio Direto (Variável).1. para não apropriação dos custos fixos aos produtos? 9)Quais as razões do não uso do Custeio Direto nos balanços? 10)Quais são os objetivos do Custeio Direto? 11)Como a empresa pode aumentar seu poder competitivo utilizando-se do Custeio Direto? 12)Possibilitar uma melhor análise dos custos de cada produto. defendidas pelo Custeio Direto. custo direto de custo indireto. 4)Quais são as razões da distinção entre custos diretos e custos indiretos? 5)O que compõe o custo de produção no Custeio por Absorção? 6)O que não compõe o custo de produção no Custeio por Absorção? 7)Como são apropriados os custos indiretos de produção do produto? 8)Quais são as etapas de apropriação dos custos pelo Sistema de Custeio por Absorção? 9)Quais as vantagens proporcionadas pelo Sistema de Custeio por Absorção? 10)Quais as desvantagens que o Sistema de Custeio por Absorção apresenta? 15. Dr.1.8 CUSTEIO POR ABSORÇÃO 1)Como ocorre a apropriação dos custos pelo custeio por absorção? 2)Diferencie Custo de Despesa. é um dos objetivos do Custeio Direto. 7)Quais são as características do Custeio Direto? 8)Quais são as razões.203 11)Como são classificados os centros de custos? 12)Quando é que os centros de custos são considerados auxiliares? 13)Qual a ligação existente entre os centros de custos auxiliares e o setor produtivo? 14)O que são centros de custos produtivos? 15)O que se entende por centros de custos administrativos? 15. 3)Conceitue. individualmente. 2)Como é procedida a apropriação dos custos pelo Sistema de Custeio Direto? 3)O que são Custos Fixos? 4)Cite as características dos Custos Fixos. 204 13)De que forma o Custeio Direto é utilizado como instrumento de planejamento de lucro? 14)Como o Custeio Direto pode transformar-se em instrumento de controle? 15)O que é Margem de Contribuição? 16)Para que deve contribuir a Margem de Contribuição? 17)Por que, sob o aspecto do Custeio Direto, os custos fixos são considerados como prejuízo (despesas)? 18)Quais as vantagens do Custeio Direto? 19)Quais as desvantagens do Custeio Direto? 20)Qual a influência, na apuração do lucro, na adoção dos sistemas de Custeios por Absorção e Direto? 21)Qual é o sistema de custeio aceito pelas legislações brasileiras: fiscal e societária. Por quê? 15.1.10 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 1)Conceitue Margem de Contribuição. 2)Como é obtida a Margem de Contribuição Unitária e a Margem de Contribuição Total? 3)O que devemos fazer para escolher o produto que mais maximiza o lucro total? 4)Que tratamento é dado aos Custos Fixos na determinação da Margem de Contribuição? 5)O produto que tiver a maior margem de contribuição unitária proporcionará sempre a maior margem de contribuição total. Por quê? 6)O que é fator limitante de produção? 7)Qual é a importância do fator limitante na maximização dos lucros? 8)Quais são as vantagens dos índices e margens de contribuição? 15.1.11 CUSTEIO PADRÃO 1)O que vem a ser Custeio Padrão? 2)Quais são as espécies estudadas de Custo-padrão? Faça uma breve distinção. 3)Quais são os objetivos do custo-padrão? 4)De que forma o custo-padrão é utilizado como base para estabelecer preço de venda? 5)Como é possível medir a eficiência da produção através do custo-padrão? 6)É possível usarmos o custo-padrão para determinar o valor do inventário? 7)De que maneira o custo-padrão é utilizado na determinação de orçamento? 8)Quais são as características do custeio-padrão? 9)Quais são os componentes do custo-padrão? 10)O que compõe as despesas indiretas de fabricação? 11)Quais as vantagens do custo-padrão? 12)O que significa variação, no custo-padrão? 13)De que forma podem ocorrer as variações de materiais diretos? 14)Cite três causas desfavoráveis na variação dos materiais diretos, no custeio padrão. 15)Quais são as formas de variação da mão de obra direta. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio 205 16)Cite três causas das variações da mão de obra direta, no custeio padrão. 17)Quais são as formas de variação dos custos indiretos de fabricação? 15.1.12 CUSTEIO E PREÇOS 1)A que valor deve levar o cálculo do preço de venda? 2)Quais as condições que se deve observar ao determinar o preço de venda? 3)Comente três fatores que interferem na formação do preço de venda? 4)Comente os métodos usados na determinação dos preços de venda. 5)Quais são os componentes do preço de venda? 6)Como é procedida a determinação do preço de venda pelo método do custo do produto? 15.2 PARTE II - PRÁTICA 15.2.1 EXERCÍCIO SOBRE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE 1)A empresa MEGA S.A. produz um produto tipo "A" e durante o mês de março/9x levantou os seguintes dados: a) Compras Realizadas Data Quantidade % ICMS Custo Total 05.03.9x 30 17% 8.000,00 08.03.9x 20 12% 7.200,00 21.03.9x 15 12% 4.000,00 24.03.9x 10 12% 2.500,00 Crédito de Pis 1,65% e de Cofins 7,6% Produtos / Custos Prontos Em Elaboração Total dos Custos b) Requisições Data Quantidade Nº Req. 07.03.9x 20 01 13.03.9x 10 02 25.03.9x 25 03 31.03.9x 5 04 c) Outros Gastos por Produtos Mão de obra Direta Gastos Gerais de Fabricação 300,00 400,00 100,00 200,00 400,00 600,00 d)Composição do Produto: o produto é composto de três unidades de material, sendo que das sessenta unidades requisitadas foi obtida a seguinte produção: -Produtos prontos: 8 unidades -Produtos em elaboração: 12 unidades (todos eles estão na mesma fase de produção). e)Preço de Venda: O maior preço de venda praticado no período base foi de R$ 5.000,00. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio 206 A empresa MEGA S.A. quer saber, no final do período, o valor dos seguintes estoques: 1)MATÉRIA-PRIMA - Avaliado pelos seguintes métodos: 1.1)Custo médio ponderado (média móvel). 1.2)Custo médio ponderado (média fixa). 1.3)Peps 1.4)Ueps 1.5)Custo das últimas aquisições 2)PRODUTOS EM ELABORAÇÃO - Avaliado pelos seguintes métodos: 2.1)Custo médio ponderado (média móvel ou fixa). 2.2)Uma vez e meia o maior custo da matéria-prima aplicada. 2.3)56% do maior preço de venda praticado no período base. 3)PRODUTOS PRONTOS - Avaliado pelos seguintes métodos: 3.1)Custo médio ponderado (média móvel ou fixa). 3.2)70% do maior preço de venda praticado no período base. xxx - xxx - xxx - xxx 2)Durante o mês de abril/92 a mesma empresa levantou os seguintes dados, agora em relação ao produto "B": a) Compras Realizadas Data Quantidade % ICMS Custo Total 03.04.9x 40 12% 15.000,00 06.04.9x 20 17% 8.000,00 18.04.9x 10 12% 5.000,00 27.04.9x 15 17% 7.000,00 Crédito de Pis 1,65% e de Cofins 7,6% Produtos / Custos Prontos Em Elaboração Total dos Custos Data 05.04.9x 10.04.9x 20.04.9x 28.04.9x b) Requisições Quantidade Nº Req. 30 01 15 02 10 03 25 04 c) Outros Gastos por Produtos Mão de obra Direta Gastos Gerais de Fabricação 400,00 600,00 200,00 400,00 600,00 1.000,00 d)Composição do Produto: o produto é composto de quatro unidades de material, sendo que das oitenta unidades requisitadas foi obtida a seguinte produção: -Produtos prontos: 12 unidades Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio 207 -Produtos em elaboração: 8 unidades (todos eles estão na mesma fase de produção). e)Preço de Venda: O maior preço de venda praticado no período base foi de R$ 5.000,00. A empresa agora quer saber, em relação ao produto "B", os mesmos dados anteriormente solicitados do produto "A". xxx - xxx - xxx - xxx 3)Com os dados abaixo calcule o que se pede. a) Compras Realizadas Data Quantidade % ICMS Custo Total 10.03.9x 50 17% 40.000,00 17.03.9x 10 12% 9.000,00 23.03.9x 40 17% 96.000,00 Crédito de Pis 1,65% e de Cofins 7,6% b) Requisições Data Quantidade Nº Req. 12.03.9x 30 01 18.03.9x 25 02 28.03.9x 45 03 c)O maior preço de venda praticado no período base foi de R$ 10.000,00. d)Para a fabricação do produto são necessárias 4 (quatro) unidades de material (matéria-prima). e)A empresa possui o seguinte estoque: 6 un de produtos pontos e 19 un de produtos em elaboração. f)A empresa possui inventário permanente apenas da matéria-prima estocada, sendo que não possui Contabilidade de Custos Integrada e Coordenada. PEDE-SE: 1)Qual é o estoque de matéria-prima avaliado pelo custo médio ponderado média móvel? 2)Qual é o valor do estoque dos produtos em elaboração, avaliados pelos métodos: 2.1)Preço de venda. 2.2)Custo da matéria-prima 3)Qual é o valor do estoque dos produtos prontos? Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr. Roberto Biasio Dr. Quantidade Custo unitário Custo Total da Compra Quantidade Custo unitário Custo Total Saída Quantidade Custo unitário Custo Total do Estoque Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.208 FICHA PARA CONTROLE DE ESTOQUE DE MATÉRIA-PRIMA ENTRADAS SAÍDAS SALDOS Data do Movto. Roberto Biasio . 00 ----------------R$ 6. Dr.xxx 2)A empresa Sem Comparação Ltda produtora de calças e camisas obteve os seguintes custos durante o mês de abr/9x: a)Custos Diretos(variáveis) Tipo de Matéria-prima Mão de obra Direta Produto por unidade por unidade Camisa 0.80 1.00 ----------------R$ 750.00 R$ 12.20 Quantidade produzida 500 300 b)Custos indiretos (fixos) de fabricação: Tipo de Custo Base de Rateio a ser utilizada Depreciação Unidades produzidas Materiais de Consumo Matéria-prima consumida Mão de obra Indireta Mão de obra direta Outros Gastos Indiretos Unidades produzidas Total dos Gastos Indiretos Valor 600.300. Roberto Biasio .800.00 R$ 1.800.00 320.80 Calça 0. produtora de cadeiras levantou os seguintes custos no mês de mar/9y: a)Custos aplicados na produção: -Materiais diretos (total) -Mão de obra direta (total) -Custos gerais de fabricação (total) R$ 2.00 R$ 200.00 -Total geral c)Informações complementares -Produção do mês -Estoque no início do mês -Estoque no final do mês -Preço de venda unitário 800 un 50 un 200 un R$ 400.000.2.00 -Total geral b)Despesas complementares -Despesas com vendas -Despesas administrativas -Despesas financeiras R$ 300.40 1. xxx . 1)A empresa Alfa S.00 R$ 3.00 200.000.00 180. CUSTEIO VARIÁVEL E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO.00 R$ 250.A.00 A empresa utiliza o sistema de custeio por absorção para a apropriação dos custos e o custo médio ponderado para a avaliação dos estoques. Calcular: 1)O custo unitário de produção no mês de mar/9y 2)Composição do estoque final 3)Demonstração do resultado.xxx .209 15.2 EXERCÍCIO SOBRE CUSTEIO POR ABSORÇÃO.xxx .00 1.00 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. 000.000.Caxias Ltda produz três tipos diferentes de sapatos e durante o mês de mar/9n constatou o seguinte: a)CUSTOS DIRETOS (VARIÁVEIS) Tipo do sapato A B C Matéria-prima por unidade 50. considerando-se a apropriação de todos os custos indiretos de fabricação.00 R$ 300.00 --------------R$ 900.00 R$ 400. Roberto Biasio .00 40.000 5.xxx .00 Quantidade produzida 3.00 Mão de obra Direta por unidade 80.00 R$ 100.00 R$ 400.000.000.210 c)Despesas complementares Despesas com vendas Despesas administrativas Despesas financeiras R$ 200.000.00 50. Dr.00 Total d)Informações complementares: Tipo de Produto Estoque Inicial Camisa 0 Calça 0 Estoque Final 100 50 Preço de venda por unidade R$ 5. através dos sistemas de Custeio por Absorção e Custeio Direto o seguinte: a)Custo dos produtos b)Estoque dos produtos no final do mês c)Demonstração do resultado xxx .000 b)CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO (FIXOS) -Depreciação -Limpeza -Mão de obra indireta -Outros gastos -Total R$ 200. por três Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00 60.00 A empresa Sem Comparação Ltda quer saber.xxx .00 60.000.00 R$ 300.xxx 3)A empresa Indl.00 ---------------------R$ 1.00 PEDE-SE: 1)Qual é o custo de cada produto pelo sistema de custeio direto? 2)Qual é o custo de cada produto pelo sistema de custeio por absorção.00 R$ 4.000 2. 00 15.xxx .00 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00 60. Comentar as diferenças encontradas pelo uso alternados das bases de rateio. pelos dois sistemas.00 Mão de obra Direta por unidade 80. produz três tipos diferentes de produtos e possuem os seguintes dados: a)CUSTOS DIRETOS (VARÁVEIS) Tipo de Produto A B C Matéria-prima por unidade 20.xxx .xxx .200 750 b)CUSTOS INDIRETOS (FIXOS) Tipo de Custo Depreciação Aluguel Mão de obra Indireta Outros Gastos Indiretos Total dos Gastos Indiretos Base de Rateio a ser utilizada Unidades produzidas Unidades produzidas Mão de obra direta Matéria-prima consumida Valor 100.00 Quantidade produzida 1.00 180.000.00 370. nas duas hipóteses apresentadas.000.xxx .00 Preço de venda 1. xxx .xxx .00 PEDE-SE: 1)Qual é o custo de cada produto pelo sistema de custeio variável (direto) e pelo sistema de custeio por absorção? xxx .000.000.000.050 1.00 1.000. Qual é o reflexo no resultado e no estoque com autilização de cada um dos sistemas de custeio. levando-se em consideração a possibilidade de venda total ou parcial da produção.000.00 Mão de obra direta (total) 120.500.00 48. 3ª hipótese: pelo valor da mão de obra direta aplicada.00 80.00 60.000.00 Outros materiais diretos (total) 40. xxx .000.00 50.00 25.A. tendo os mesmos os seguintes dados: PRODUTO A B Quantidade produzida 800 600 Matéria-prima consumida (total) 160.00 130.xxx .xxx 6)A empresa Casa Nova S/A produz dois tipos diferentes de produtos. 2ª hipótese: pelo valor da matéria-prima consumida. utilizando-se para isso as seguintes bases de rateio: 1ª hipótese: pelo nº de produtos fabricados.00 150.000.00 20.00 40.xxx 5)Como ficaria o custo dos mesmos produtos.211 hipóteses diferentes de apropriação.xxx 4)A empresa Bom Tempo S.00 Embalagem por unidade 10. se todos os custos fixos fossem rateados pelas unidades produzidas? Comente a relação dos valores achados dessa forma com a anterior. Roberto Biasio .000. Dr.000. 00.00. -O preço de venda por unidade é de R$ 400.00.00 por unidade -Total de custos fixos de produção e despesas de administração do período foram de R$ 122.xxx .00 -Despesas fixas de administração (total) R$ 275.500 unidades -Custos com materiais R$ 120. 7)A empresa Sul Brasil Ltda produtora de um tipo de caneta.00 200. através do custeio direto e do custeio por absorção. pelos sistemas de custeio direto e por absorção. -Custos com serviços externos R$ 20. Roberto Biasio . -O preço de venda é de R$ 4. durante o período de um mês levantou os seguintes dados -Produção e venda do período de 1.200 unidades -Custos fixos de produção (total) R$ 600. A empresa utiliza o método de custeio direto e deseja saber: Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.xxx 8)A empresa Ar Frio S/A fabricante de um tipo de refrigerador.00 -Custo com mão de obra direta (total) R$ 540.212 Tipo de Custo Mão de obra Indireta Depreciação Base de Rateio a ser utilizada Mão de obra direta Unidades produzidas Valor 400.000. Dr.00 -As despesas variáveis de comercialização são de 30% sobre o preço de venda.00 por unidade -Custos com mão de obra direta R$ 50. xxx .400. -Despesas variáveis de comercialização representam 27% sobre o valor de venda.xxx . para fins de estoque? b)Qual é a margem de contribuição unitária? c)Qual é o percentual de margem de contribuição deixado pelo produto sobre o preço de venda? d)Qual é o resultado que a empresa obteve no período. durante o período de um mês levantou os seguintes dados -Produção e venda do período 1. antes do imposto de renda? e)Quantas unidades seriam necessárias serem fabricadas e vendidas para se obter o ponto de equilíbrio? f)E para se obter um lucro antes do imposto de renda de R$ 1.00 -Custo com os materiais diretos (total) R$ 720.00 por unidade.00 PEDE-SE: a)Qual é o custo por unidade.00 A empresa possui contabilidade de custos integrada com a contabilidade geral e quer saber qual é o custo dos produtos para fins de estoque.000.400. xxx . para fins de estoque? b)Qual é o custo unitário de cada modelo para fins de preço de venda? c)Qual é a margem de contribuição unitária de cada modelo? d)Qual é o lucro líquido obtido? xxx . Um com controle remoto e outro sem controle remoto.50 por hora de mão de obra direta tanto para um quanto para outro modelo.00 para o sem controle. Os preços de venda são respectivamente de R$ 1.00.00 por unidade para ambos os modelos.00. quantas unidades seriam necessárias serem fabricadas e vendidas e qual deveria ser a receita total para atingir esse objetivo? xxx .00 e ambos são rateados aos produtos tendo como base de rateio o custo da mão de obra direta. As despesas variáveis de comercialização representam 25% do valor das vendas. Os tempos de fabricação são de 22.00 para o com controle e R$ 380. cujo custo variável unitário de fabricação é de R$ 75. a)Qual é o Custo unitário para cada modelo pelos sistemas de apropriação direto e por absorção. sendo que as despesas variáveis de comercialização são de 30% para os dois modelos. além de R$ 3. A empresa quer saber de cada modelo.200.00 para o modelo com controle remoto e R$ 1.xxx .340.xxx .000 unidades com controle e 4.000 pares e teve no mesmo período um total de custo e despesa fixos (de produção e administração) de R$ 21.000 unidades sem controle.213 a)Qual é o percentual de margem de contribuição deixado pelo produto sobre as vendas? b)Qual é o custo do produto para fins de estoque? c)Quantas unidades são necessárias fabricar e vender para total cobertura dos custos fixos (atingir o ponto de equilíbrio)? d)Qual é o resultado que a empresa obteve no período antes do imposto de renda e contribuição social? e)Se a empresa pretender obter um lucro de R$ 51.000.070.000.00 por par. por unidade. Os custos com materiais são de R$ 400. A empresa para atender o mercado produz mensalmente 5.300.xxx 10)A empresa de calçados Estilo S/A fabrica um determinado modelo de sapato masculino. A Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.5 horas para o modelo sem controle.xxx 9)A empresa Som & Vídeo S/A é fabricante de dois tipos de televisores.00 por mês e as despesas fixas de administração e venda totalizam R$ 301. Os demais custos variáveis são de R$ 250. Roberto Biasio . Os custos fixos de produção totalizam R$ 714. Dr.6 horas para o modelo com controle remoto e de 18.00 para o sem controle remoto.xxx . Num determinado mês a empresa fabricou 1. 50? c)Quantas unidades deveriam ser produzidas e vendidas para atingir o ponto de equilíbrio? d)Qual será o resultado se a empresa produzir e vender 900 un? E quantas seriam necessárias p/lucro de R$ 340.00 por un Custos com mão de obra direta R$ 80. A empresa utiliza o método de custeio direto e deseja saber: 1)Qual é o custo do produto para fins de estoque? 2)Qual é a margem de contribuição unitária? Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00. de R$ 637.xxx . Sabendo-se que a empresa utiliza o método de custeio direto. Os custos variáveis de fabricação são de R$ 7.) R$ 12. sendo que durante o mês de junho/9x levantou os seguintes dados: Produção e venda do período 800 un Custos com materiais diretos R$ 120. a)Qual é o valor da margem contribuição unitária? b)Qual deverá ser o valor total das vendas para que a empresa tenha um lucro.00 por unidades.xxx 11)Numa determinada empresa o preço de venda de um produto é de R$ 15.550. Dr. A soma do custo fixo de produção com as despesas fixas de administração e venda totalizam R$ 2.xxx .+ adm.00.214 empresa pretende obter um lucro de R$ 9.200 unidades? xxx .00 total As despesas variáveis de comercialização representam 25% sobre o preço de venda. Roberto Biasio . pede-se: a)Qual o valor do preço de venda unitário e o total de receita necessária para atingir este objetivo? b)Quantas unidades seriam necessárias serem fabricadas e vendidas para atingir o ponto de equilíbrio? c)Qual deveria ser a receita total para atingir o ponto de equilíbrio? d)Qual será o resultado se a empresa produzir e vender 1. produz um único tipo de móvel para escritório.A.00 por un Custo fixo do mês (prod.00 por unidade.00 por un Preço de venda R$ 300.xxx .xxx .xxx 12)A empresa Verde Vale S.000.000.00? xxx . As despesas variáveis de comercialização representam 25% do preço de venda. antes do imposto de renda. A produção é de 400 unidades. sendo que. total de despesas fixas administrativas e comerciais R$ 900.00.100. as despesas variáveis de comercialização são de 30% sobre o preço de venda.000? xxx .xxx .70. Dr. total de gastos gerais fixos de fabricação de R$ 1. a produção do mês foi de 500 unidades e o preço de venda unitário é de R$ 28.00 por unidade.00. As despesas variáveis de venda são de 25% sobre o preço de venda.4)Qual seria o resultado obtido se a empresa conseguir ao mesmo tempo reduzir as despesas variáveis de comercialização de 30% para 25% e aumentar a produção de 500 unidades para 1. A empresa quer saber: 1. custo unitário com serviços externos de polimento R$ 0.00 de Mão de obra Direta.890.3)Qual é o resultado que a empresa obteve antes dos tributos? A que preço ela deveria vender este produto para aumentar o seu resultado em 35%.00. O mesmo produto é composto de R$ 80. A empresa ainda possui os seguintes dados: Custo fixo de produção de R$ 8.xxx 14)Numa determinada empresa produz um único produto e o seu preço de venda é de R$ 300.00? obter um xxx .215 3)Quantas unidades deveriam ser produzidas e vendidas para se obter o ponto de equilíbrio? 4)Qual é o resultado que a empresa obteve no período antes dos tributos? 5)Quantas unidades a empresa deveria produzir e vender para lucro de R$ 10.2)Quantas unidades deveriam ser produzidas e vendidas para atingir o ponto de equilíbrio? 1.00. num determinado mês levantou os seguintes dados: custo total com materiais diretos R$ 2. mantendose os demais dados inalterados? 1.00 de materiais diretos e de R$ 60.850.1)Qual é o custo para fins de estoque pelo sistema de Custeio por Absorção e pelo Custeio Variável? 1.xxx .500.00. Roberto Biasio .800.xxx 13)A empresa ZT Indústria de Equipamentos Eletrônicos Ltda produz um único produto.xxx .000.00 e despesas fixas de administração de R$ 2. A empresa quer saber: 1)Qual é o custo para fins de estoque pelo sistema de Custeio por Absorção e pelo Custeio Variável? Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00.xxx . custo total de mão de obra direta R$ 2. 00 50 4 A empresa tem R$ 30. 700.00 800. Tipo de Custo variável Preço de venda Componentes necessários Produto por un por un para cada produto A 300.A.00 10 B 200. podendo ocorrer quatro hipóteses diferentes: 1)Produção e venda sem fator limitante: Produto A B C Custo variável un 300.00 30 10 400.00 4 4)Produção e venda com fator limitante.00 2)Produção sem fator limitante e venda tendo demanda como fator limitante Produto A B C Custo variável un 300. O fator limitante na produção é um determinado tipo de componente que é comum para os três produtos e existem em estoque apenas 800 unidades.00 200.00 500.00 B 200.00 C 500.00 Demanda 30 60 50 3)Produção com fator limitante e venda sem fator limitante.00 Preço venda un 700.000.00 400.00 Preço de venda Demanda Componentes nec.585.00 800.00 700.00 como custos fixos do período e deseja saber nas quatro hipóteses: Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00 200. Produção com componente comum em quantidade limitada e venda com demanda fixa. por un por prod p/cada prod. fabrica três tipos de produtos.00 Preço venda un 700.00 500. Tipo de Custo variável Produto por un A 300.00 400. Dr.00 400.00 8 C 500.00 60 8 800.216 2)Quantas unidades deveriam ser produzidas e vendidas para atingir o ponto de equilíbrio? 3)Quantas unidades devem ser produzidas e vendidas para que a empresa obtenha um lucro de R$ 8.00? 4)Qual será o resultado da empresa se ela produzir e vender 320 unidades do produto? 15)A empresa Casa Nova S.00 800. Roberto Biasio . 00 5 B 600.00 800. O fator limitante na produção é o fato dos três produtos dependerem da mesma máquina.00 Preço de venda Demanda Horas nec. podendo ocorrer quatro hipóteses diferentes: 1)Produção e venda sem fator limitante: Produto A B C Custo variável un 400.00 700.00 Preço venda un 600. Dr. Tipo de Custo variável Preço de venda Horas necessários Produto por un por un para cada produto A 400.00 B 600. sendo que a mesma só dispõe de 120 horas por mês.00 600.xxx .00 Preço venda un 600.00 900.000. Roberto Biasio .xxx .00 como custos fixos do período e deseja saber nas quatro hipóteses: 1)Qual é o produto proporciona o maior retorno? 2)Qual é o resultado do período? Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00 800.00 800.00 600.00 4 4)Produção e venda com fator limitante. Tipo de Custo variável Produto por un A 400.00 2)Produção sem fator limitante e venda tendo demanda como fator limitante Produto A B C Custo variável un 400.00 Demanda 20 10 40 3)Produção com fator limitante e venda sem fator limitante. por un por prod p/cada prod.00 600.00 C 700.00 900.00 10 2 800. 600. Produção com componente comum em quantidade limitada e venda com demanda fixa.00 2 C 700.00 900.00 40 4 A empresa tem R$ 20.00 700.xxx 16)A empresa Sul América S/A fabrica três tipos de produtos.00 20 5 900.217 1)Qual é o produto proporciona o maior retorno? 2)Qual é o resultado do período? 3)Quais produtos que a empresa deveria produzir e em que quantidade? xxx . d) Preço de Venda a Prazo. em condições de dar um desconto sobre o preço de venda de 10.2. sem IPI. Dr. com e sem IPI. Roberto Biasio .NECESSÁRIOS 4 un por produto 2 un por produto 5 un por produto A empresa possui ainda os seguintes dados: -As despesas variáveis são de 25% sobre o preço de venda -O total de componentes "X" disponível no estoque da empresa é de 400 unidades xxx .00 Nº COMP. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.218 3)Quais produtos que a empresa deveria produzir e em que quantidade? xxx . sem IPI. b) Preço de Venda a Prazo.xxx . sendo que a empresa quer saber o seguinte: 1) Preço de venda de seus dois produtos nas seguintes condições: a) Preço de Venda à Vista.xxx .xxx .xxx - 15. A empresa quer saber qual ou quais produtos ela deve produzir e em que quantidades. com base nos dados abaixo: PRODUTO CUSTO VARIÁVEL PREÇO DE VENDA A R$ 8. Os referidos produtos são denominados de produto "A" e produto "B".00%.00 R$ 28. com e sem IPI.00 R$ 20. c) Preço de Venda à Vista.xxx 17)A empresa Nova Era Ltda produz três tipos diferentes de produtos.00%. que está em falta no mercado.3 EXERCÍCIO SOBRE DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE VENDA COM BASE NO CUSTO I)Resolução de exercício com o uso de planilha (MLC – Mapa de Locação de Custos).00%. Os três produtos dependem deste componente. embora em quantidades diferenciadas. sendo que não consegue atender a demanda existente em função da falta de um componente "X". 2) A empresa quer obter um lucro líquido após todos os tributos de 8. em condições de dar um desconto sobre o preço de venda de 15.xxx .00 B R$ 7.00 C R$ 12. A empresa Mecânica Aço Nobre S/A produz dois tipos diferentes de componentes automotivos.00 R$ 15. 300 5.20 h 1.Centro de Corte .Centro de Tornos .700 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.50 h 1.30 h 1.Tratamento Térmico 2.10 h SERVIÇOS EXTERNOS .60 h 2.Aço SAE 6048 .000 un B 3.50 h 2.000 un MATERIAIS DIRETOS .219 1) Estrutura dos dois produtos: PRODUTO A QUANTIDADE PRODUZIDA 2.000 750 600 0 0 0 0 8.Rolamento tipo X .3)Centros de Custos Administrativos -Administração Geral (AG) -Administração Comercial (AC) 3)Bases de Rateio Utilizadas pela Empresa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 BASE RATEIO /CENTRO CUSTO Nº de Funcionários Geral Nº de Funcionários Fábrica Quantidade de KW Instalados Quantidade de m² de Espaço Usado Nº de Requisições Feitas Nº de Horas de Manutenção Nº de Ligações Telefônicas Realizadas Nº de Passagens Transporte dos Funcionários Nº de Horas Produtivas (*) AG AC AX MI CO TO US MO 7 4 2 4 13 21 17 14 2 4 13 21 17 14 19 16 32 48 98 250 325 89 245 120 450 325 457 654 543 523 18 22 0 40 235 125 98 175 30 45 0 0 125 98 83 65 235 456 65 45 22 34 27 14 150 100 100 200 600 1.90 h 1.Carcaça Fundida tipo A .1)Centros de Custos Auxiliares -Almoxarifado (AX) -Manutenção Industrial (MI) 2.1.2)Centros de Custos Produtivos -Corte (CO) -Tornos (TO) -Usinagem (US) -Montagem (MO) 2.40 h 1.Carcaça Fundida tipo B 8 kg 4 un 3 un 2 un - 7 kg 3 un 6un 1 un MÃO DE OBRA DIRETA .70 h 1. Roberto Biasio . Dr.00 h 2) Estrutura da empresa 2.1.400 10.1.Rolamento tipo Y .Centro de Montagem 1.1) Centros de Custos 2.100 9.Centro de Usinagem . 580.00 4.00 250.240.00 13. Máqs.00 AC AX MI CO TO US MO 980.00 2.450.00 220.00 2.790.1)Honorários da Direção Valor dos honorários mensais R$ 1.Social:28. ou seja.1)Salários CENTRO DE CUSTO AG AC AX MI CO TO US MO Salários por centro de custo 5.0% sobre os valores dos Salários.00 Despesas Financeiras 6..450. Dr.2)Encargos Sociais os Salários a)13º Salário: 1/12 sobre os valores dos Salários (Valor dos salários / 12) b)Férias: 1/12 s/os valores dos Salários + 1/3 (Salários / 12 x 1.860.350.00 13.200.00 2. 4.00 Material de expediente 750.00 380.00 1.2.560.890.2.00 970.750.2)Encargos Sociais os Honorários da Direção a) Previdência Social:20% b) FGTS: 8.1.230.3) Outros gastos alocados diretamente nos respectivos centros de custos GASTOS/CENTRO DE CUSTO AG Deprec.00 9.00 970.00 450.00 1..00 170.00 Propaganda e Publicidade Despesas de Viagem 985.00 Combustíveis e Lubrificantes 350.00 2.00 2. Roberto Biasio .0% Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00 17.800.00 85.350.00 2.00 3.1.00 130.00 4. ou seja Total de horas de cada centro ``= (tempo de operação do centro no Produto A x Quantidade produzida do Produto A) + (tempo de operação do centro no Produto B x Quantidade produzida do Produto B) 4)Gastos Mensais da Empresa (Custos e Despesas) 4.380.220 (*) O total de horas produtivas de cada centro de custo foi calculado através da soma do total de horas trabalhadas em cada um dos dois produtos fabricados (Produto A e Produto B). equips e móveis(*) 850.00 4.00 4.2) Indiretos 4.00 Receitas Financeiras (*) Os valores aqui apresentados já estão líquidos dos valores do PIS e COFINS.1.333333) c)Previdência.1) Diretos 4.00 2.00 250. Férias e 13º Salário 4. os valores apresentados são os valores que devem ser considerados como gastos do período.00 180.100.00 520.150.Férias e 13ºSalário d)FGTS: 8.8% os valores dos Salários.570.700. 840.00% 1.450.00% Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00% (*)Se % de despesa financeira disponível for sobre o preço de venda c/IPI (%DF s/PV c/IPI). deve-se transformá-lo em % de despesa financeira sobre o preço de venda s/IPI (%DF s/PV s/IPI). Roberto Biasio .00 9.1) Materiais Diretos Aço SAE 6048 Rolamento tipo X Rolamento tipo Y Carcaça tipo A Carcaça tipo B 5.190.00 6)Despesas Comerciais Variáveis (sobre o preço de venda sem IPI) Despesa ICMS PIS COFINS Comissão Despesa Financeira para 30 dias (para vendas a prazo) IPI Percentual 17.00 11.00 15.3)Gastos Gerais de Fabricação e Administração TIPO DE GASTO INDIRETO Aluguel de Imóveis (*) Consumo de Energia Elétrica (*) Consumo de Água Material de Proteção e Segurança (Fábrica) Prêmios de Seguros sobre Imóveis Alimentação Servida Diariamente Transporte dos Empresados Material de Limpeza e Higiene Pessoal Comunicação (Telefone) (*) Plano de Saúde para os Funcionários VALOR MENSAL 1.350.221 4.800.00 2.65% 7.00 670. 7)Tributos Incidentes sobre o Lucro Tributos sobre o lucro Contribuição Social Imposto de Renda Pessoa Jurídica Percentual 9.00 280.00 7.00 730.00 1.940.50 12.00 (*) Valores já líquidos dos créditos de tributos 5) Custos Diretos dos Produtos TIPO DE CUSTO 5.780.60% 5.00 1.2) Serviços Externos Tratamento Térmico UNIDADE kg un un un un VALOR UNITÁRIO (valores líquidos de tributos) 3.00% (*) 2.00 3.2. Dr.00% 10.00% 15. para isso: %DF s/PV s/IPI = (1 + %IPI) x %DF s/PV c/IPI --> % em centesimal.00 h 1.00 6. Dr.222 MLC . Roberto Biasio CO CENTROS PRODUTIVOS TO US MO TOTAL .MAPA DE LOCAÇÃO DE CUSTOS CENTROS DE CUSTOS BASE DE RATEIO Nº BR Nº de Funcionários Total 1 Nº de Funcionários da Fábrica 2 Nº de KW Instalados 3 Nº de m² de Espaço Utilizado 4 Nº de Requisições Feitas 5 Nº de Horas de Manutenção 6 Nº de Ligações Feitas 7 Nº de Passagens Fornecidas 8 Nº de Horas Produtivas 9 TOTAL GERAL CENTROS ADMINISTRATIVOS AG AC TOTAL CENTROS AUXILIARES AX MI TOTAL CO CENTROS PRODUTIVOS TO US MO TOTAL Xxxxxxx xxxx xxxxx xxxxx xxxxx xxxxx xxxxx xxxxxx xxxxxx xxxxx xxxxx Xxxxxx CENTROS DE CUSTOS TAXAS DE RATEIO Nº TR Nº de Funcionários Total 1 Nº de Funcionários da Fábrica 2 Nº de KW Instalados 3 Nº de m² de Espaço Utilizado 4 Nº de Requisições Feitas 5 Nº de Horas de Manutenção 6 Nº de Ligações Feitas 7 Nº de Passagens Fornecidas 8 Nº de Horas Produtivas 9 TOTAL GERAL CENTROS ADMINISTRATIVOS AG AC TOTAL CENTROS AUXILIARES AX MI TOTAL Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. 1 TOTAL GERAL CENTROS ADMINISTRATIVOS AG AC TOTAL CENTROS AUXILIARES AX MI TOTAL CO CENTROS PRODUTIVOS TO US MO TOTAL GERAL CENTROS ADMINISTRATIVOS AG AC TOTAL CENTROS AUXILIARES AX MI TOTAL CO TO TOTAL Total dos Gastos Indiretos CENTROS DE CUSTOS CUSTOS DIRETOS Salários % Provisão para 13º Sal.223 CENTROS DE CUSTOS CUSTOS INDIRETOS Pró-labore Nº BR 1 INSS sobre Pró-labore 1 FGTS sobre Pró-labore 1 Aluguel de Imóveis 4 Consumo de Energia Elétrica 3 Consumo de Água 1 Material de Proteção e Seg.e Móv. (s/Sal. 2 Prêmios Seguro s/ Imóveis 4 Alimentação dos Funcionários 1 Transporte dos Funcionários 8 Material de Limpeza e Higiene 1 Comunicação (Telefone) 7 Plano de Saúde dos Funcion.Máqs. Dr. + Ind.) Provisão para Férias (s/Sal..) Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.) INSS s/(Sal+13º Sal+Férias) FGTS s/(Sal+13º Sal+Férias) Deprec. Propaganda e Publicidade Despesas de Viagem Combustíveis e Lubrificantes Material de Expediente Despesas Financeiras Receitas Financeiras Total dos Gastos Indiretos Total Gastos (Dir.Equips. Roberto Biasio CENTROS PRODUTIVOS US MO TOTAL . Roberto Biasio ============================= . Total de Gastos Recebidos Total de Gastos após Rateio CÁLCULO DO CUSTO HORA PRODUTIVA EM CADA CENTRO DE CUSTO PRODUTIVO E DO % DE PARTIC.ADM. Dr. EM RELAÇÃO AO CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO CENTROS ADMINISTRATIVOS CENTROS AUXILIARES CENTROS PRODUTIVOS Nº TOTAL CENTROS DE CUSTOS TOTAL TO US MO BR GERAL AG AC TOTAL AX MI TOTAL CO Total de Gastos após Rateio Nº de Horas Produtivas Custo por Hora Produtiva % das despesas administrativas em relação ao custo de produção ======================= Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. DA DESP.custos AX Valor a ser transferido do MI Valor recebido do C/C => MI Valor após transf.custos MI Total de Gastos Transf.224 CUSTOS TRANSFERIDOS DOS CENTROS AUXILIARES PARA OUTROS CENTROS DE CUSTOS QUE USARAM ATIVIDADES DOS CENTROS AUXILIARES CENTROS ADMINISTRATIVOS CENTROS AUXILIARES CENTROS PRODUTIVOS Nº TOTAL CENTROS DE CUSTOS TO US MO BR GERAL AG AC TOTAL AX MI TOTAL CO TOTAL Valor a ser transferido do AX Valor recebido do C/C => AX Valor após transf. UNITÁRIO TOTAL 1MATERIAIS DIRETOS Aço SAE 6048 Rolamento tipo X Rolamento tipo Y Carcaça Tipo A 2SERVIÇOS EXTERNOS Tratamento Térmico 3CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO Corte Tornos Usinagem Montagem CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO PARCELA DAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS CUSTO TOTAL DO PRODUTO PARA PREÇO DE VENDA Nº APURAÇÃO DO CUSTO PARA PREÇO DE VENDA POR PRODUTO PRODUTO PRODUTO B CUSTO FATOR DE CUSTO UNID. QUANT.Nº APURAÇÃO DO CUSTO PARA PREÇO DE VENDA POR PRODUTO PRODUTO PRODUTO A CUSTO FATOR DE CUSTO UNID. UNITÁRIO TOTAL 1MATERIAIS DIRETOS Aço SAE 6048 Rolamento tipo X Rolamento tipo Y Carcaça Tipo B 2SERVIÇOS EXTERNOS Tratamento Térmico 3CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO Corte Tornos Usinagem Montagem CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO . QUANT. Roberto Biasio . 12 Lucro líquido antes dos tributos = 10 –11 13 Contribuição Social = 14 Lucro líquido antes do IRPJ = 12 –13 15 IRPJ = 16 Lucro líquido depois dos tributos = 14 – 15 x 12 x 12 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. 12 Lucro líquido antes dos tributos = 10 –11 13 Contribuição Social = 14 Lucro líquido antes do IRPJ = 12 -13 15 IRPJ = 16 Lucro líquido depois dos tributos = 14 – 15 1 x 12 x 12 COMPROVAÇÃO PREÇO DE VENDA A PRAZO SEM CONDIÇÕES DE DAR DESCONTO PRODUTO A B 2 Preço 3 IPI de venda com IPI = 3 + 4 = X4 4 Preço de venda sem IPI = custo (11) x mark-up 5 ICMS = 6 PIS X4 = X4 7 COFINS = X4 8 COMISSÃO 9 DESPESA = FINANCEIRA = 10 SUBTOTAL X4 X4 =4-5-6-7-8-9 11 Custo total do produto = custo produção + desp.226 COMPROVAÇÃO PREÇO DE VENDA À VISTA SEM CONDIÇÕES DE DAR DESCONTO PRODUTO A B 1 2 Preço 3 IPI de venda com IPI = 3 + 4 = x4 4 Preço de venda sem IPI = custo (11) x mark-up 5 ICMS = 6 PIS x4 = x4 7 COFINS = x4 8 COMISSÃO 9 DESPESA = FINANCEIRA = 10 SUBTOTAL x4 x4 =4-5-6-7-8–9 11 Custo total do produto = custo produção + desp. Dr. Com dados pré-determinados. 50.00% A empresa utiliza o sistema de custeio por absorção e distribui as despesas fixas em função da participação dos custos de produção de cada produto e quer saber qual dever ser o preço de venda nas seguintes condições: a) À vista sem desconto.000.60% -Comissão 5.65% -COFINS 7.000. e Com.e Com.227 xxx . Dr. com os materiais diretos A 3.00% 1.4)Lucro após todos os tributos -A empresa deseja um lucro líquido de 14.xxx . b) À vista em condições de dar um desconto de 20% c) A prazo sem desconto. Ltda fabrica dois tipos diferentes de produtos e possuem os seguintes dados: 1.xxx .00 130.00% -PIS 1.xxx . Ltda fabrica dois tipos diferentes de produtos e possuem os seguintes dados: 1.000.3)Tributos sobre o lucro -Imposto de renda -Contribuição social 15.00% -Financeira para venda a prazo 5.00% 1.00% 9.2)Despesas variáveis de comercialização -ICMS 17.00 Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00 B 1.xxx .000 Custo total de produção 90. 1)A empresa Sol Ind.00 1.000 50.00 Total despesas fixas administrativas + comerciais.1)Custos e despesas da empresa durante o mês: Produto A B Quantidade produzida e vendida 2.000 3.000 20.xxx - II)Resolução de exercício sem o uso de planilha. Roberto Biasio . d) A prazo em condições de dar um desconto de 10% xxx .1)Custos e despesas da empresa durante o mês: Produto Quantidade produzida e vendida Custo un.xxx - 2)A empresa Casa Nova Ind. 000.00% Tributos sobre o lucro Imposto de renda Contribuição social 15. com os demais gastos de produção Total despesas fixas (administrativas.00 R$ 65.xxx .4)Lucro após todos os tributos -A empresa deseja um lucro líquido de 15.228 Custo un.00% 1.00% Lucro após os tributos 8.000.60% Comissão 5.xxx 3)A empresa Casa & Cozinha Ltda fabrica dois tipos de produtos destinados à decoração de casas e durante um determinado mês levantou os seguintes dados PRODUTO Quantidade produzida (un) Custos c/materiais diretos p/un Custos c/Mão de obra direta p/un Gastos Gerais de Fabricação total Despesas Fixas Administrativas total A B 500 1.00% -Financeira para venda a prazo 6.3)Tributos sobre o lucro -Imposto de renda 15.00% 9. Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.00 8.xxx .00 R$ 5.2)Despesas variáveis de comercialização -ICMS 17.00% A empresa utiliza o sistema de custeio por absorção e distribui os seus custos indiretos e as despesas administrativas em função da participação dos custos diretos de cada produto.000. Roberto Biasio . Dr. d)A prazo em condições de dar um desconto de 8%.65% -COFINS 7. + comerciais) 5.00% -Contribuição social 9.60% -Comissão 5.00 17. b)À vista em condições de dar um desconto de 17% c)A prazo sem desconto. xxx .00 R$ 30.00 20.00% A empresa utiliza o sistema de custeio por absorção e distribui as despesas fixas em função da participação dos custos de produção de cada produto e quer saber qual dever ser o preço de venda nas seguintes condições: a)À vista sem desconto.000 R$ 15.00% PIS 1.00% -PIS 1.65% COFINS 7.00 1.00 As despesas variáveis de comercialização são as seguintes: ICMS 17.00% 1.00 13. Ltda fabrica un único tipo de produto e possui os seguintes dados: Custo total de produção por unidade Parcela das despesas administrativas por un R$ 45.00 As despesas variáveis de comercialização são as seguintes: ICMS 17.229 A empresa quer saber: 1)Qual é o custo do produto para fins de estoque? 2)Qual é o preço de venda à vista sem desconto.60% Comissão 8.000.xxx 5)A empresa TDE Indústria e Comércio Ltda fabrica dois tipos de eletrodomésticos e durante um determinado mês levantou os seguintes dados: PRODUTO Quantidade produzida Tempo de produção (por unidade) Custos c/materiais diretos(por un) Custo da Mão de obra direta(por h) Gastos Gerais de Fabricação (total) Despesas Fixas Administrativas (total) A B 600 800 5h 7h R$ 12. 3)Qual é o preço de venda à vista em condições de dar um desconto de 25% xxx .xxx .00% Tributos sobre o lucro Imposto de renda Contribuição social 15.00% PIS 1. b)À vista em condições de dar um desconto de 20% xxx .65% COFINS 7.60% Comissão 6.00% PIS 1.800. e Com.00% Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof. Dr.65% COFINS 7.xxx 4)A empresa NLZ Ind.00% Despesa financeira 3.00% Lucro após os tributos 10.00 As despesas variáveis de comercialização são as seguintes: ICMS 12.xxx .80 0.00% A empresa quer saber qual dever ser o preço de venda nas seguintes condições: a)À vista sem desconto. Roberto Biasio .xxx .00 15.00 R$ 8.90 R$ 6.00% 9.xxx .00 R$ 1.00 R$ 0. 00% 1.xxx 6)A empresa Veneza Ind.000.000.00 R$ 6.00% 5)Tributos incidentes sobre o lucro -Contribuição Social (CS) -Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) 9.00% 9. Para a produção e venda do referido produto a empresa incorrerá nos seguintes custos e despesas: 1)Custo com materiais aplicados por unidade -Custo de aquisição sem IPI -IPI sobre compra material -ICMS sobre compra de material R$ 100.00% 12.00 R$ 3. S/A quer lançar um produto novo no mercado e obter um lucro líquido após todos os tributos de 10%.80 3)Gastos fixos de produção mensal.00 0.2)Qual é o preço de venda a prazo sem desconto? 3.00% A empresa utiliza o sistema de custeio por absorção e distribui os seus custos indiretos e as despesas administrativas em função da participação dos custos diretos de cada produto.00% 15.4)Qual é o preço de venda à vista em condições de dar um desconto de 30%? xxx .xxx .00% 2)Outros custos diretos por unidade (variáveis) -Mão de obra direta -Energia Elétrica (já liq. e Com. Dr.00% Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.1)Qual é o custo dos produtos para fins de estoque? 3. -Aluguel -Depreciação do investimento -Mão de obra indireta -Outros gastos de produção R$ 2.00% 10. A empresa quer saber: 3.00 4)Despesas variáveis de comercialização -ICMS -PIS -COFINS -Comissão -IPI 17.230 Lucro após os tributos 12.65% 7.de ICMS) R$ R$ 20.60% 8.3)Qual é o preço de venda à vista sem desconto? 3.00% Tributos sobre o lucro Imposto de renda Contribuição social 15.xxx .00 10.00 R$ 100. Roberto Biasio .000. 000 un. em cada uma das três situações? 6)Quantos produtos devem ser produzidos e vendidos para a recuperação total do investimento e em que prazo isso se daria? 7)Qual deve ser o preço para recuperar todo o investimento em 12 meses.000. sendo ele depreciado contabilmente em 10 anos.231 6)Despesas fixas mensais -Administrativas -Comerciais R$ 1. Roberto Biasio .000 un e 3. Dr.00 R$ 800. A EMPRESA DESEJA SABER: 1)Qual será o custo para fins de: estoque (custeio por absorção).00. Calcular os respectivos custos para os seguintes volumes de produção e venda mensal de: 1. sem IPI.000. a taxa de 10% ao ano. após todos os tributos. para as três quantidades de produção informadas? Apostilha de Contabilidade de Custos – Elaboração Prof.000? 2)Qual deve ser o preço de venda a vista.00 7)Investimento efetuado para a fabricação do referido produto foi na ordem de R$ 360. preço de venda. nas três hipóteses de produção e venda apresentadas? 3)Qual será a margem de contribuição unitária em cada uma das três situações? 4)Quantos produtos devem ser fabricados e vendidos para atingir o Ponto de Equilíbrio nas três situações acima apresentadas? 5)Qual será o lucro líquido total obtido. ou seja. 2. 2002 MATINS. Controle de Custos Industriais. Dalvio José .. Jr. preços e resultados. São Paulo: Atlas. PETER. 1998.Curso Básico de Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas. Vol. São Paulo: Pioneira. 2 ed. 2003 ASSEF. Atlas IBRACON – Inst. IUDÍCIBUS. BEULKE. São Paulo: Saraiva. 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