Apostila Treinamento Corte e Solda

March 22, 2018 | Author: alexcrivelar | Category: Polymers, Polyethylene, Plastic, Solubility, Extrusion


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SENAIESCOLA SENAI MARIO AMATO CENTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA EM CERÂMICA, PLÁSTICOS E QUÍMICA PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO CORTE E SOLDA DE MATERIAIS PLASTICOS NÚCLEO TECNOLÓGICO DO PLÁSTICO CFP 1.16 Elaboração: Gerson J. Santos Agosto / 2001 ÍNDICE CORTE E SOLDA Corte e Solda ( Conhecendo o processo )..............................2 Tipos de cortes..............................3 A máquina de corte e solda..............................6 Componentes da Máquina..............................8 Alguns Periféricos da Corte e Solda.............................17 Regulagem e Operação ( Check-list ).............................21 2 MATERIAIS OLEIFÍNICOS PARA FILMES Há muitos materiais que podem ser utilizados no processo de extrusão para filmes. Os materiais plásticos mais utilizados para este processo são: os polietilenos de alta e de baixa densidade, bem como misturas dos mesmos entre si e com polietilenos lineares; polipropileno; poliuretano termoplástico; poliamida; PVC, e algumas poliésteres. Porém nós iremos nos basear mais nos materiais oleifínicos, por serem estes materiais os mais usados no processo de obtenção de filmes e principalmente por suas características que os tornam mais aplicáveis ao ramos das embalagens flexíveis ou semi-flexíveis Basicamente os materiais oleifínicos se distinguem dos outros materiais plásticos pela sua natureza de hidrocarbonetos puros ou seja são compostos exclusivamente de hidrogênios e carbonos em toda a sua molécula, o que os torna versáteis, de simples obtenção e de fácil utilização e processamento. Estes materias são normalmente consumidos em grandes quantidades, inclusive pelo seu baixo custo comparados a outros materiais plásticos. Por estes motivos são considerados “ comodities “, entre os materiais plásticos. Estudaremos a seguir as duas principais famílias de oleifínicos que existem no mercado os polietilenos e os polipropilenos. 3 PP. Polimerização . Sabendo-se o peso molecular da unidade repetitiva do monômero que produz o polímero e seu grau de polimerização. Anti-Oxidantes: evitam a oxidação dos materiais à temperatura ambiente. formando uma macromolécula polimérica. do produto final. melhoram suas propriedades e alteram suas características físicas e químicas.A palavra polímero é originada do grego. PVC. resíduos da gasolina ou óleo de aquecimento. ( Ex: PE. TERMOPLÁSTICOS Termoplásticos: são polímeros que sob efeito de temperatura e pressão fundem e fluem podendo ser moldados. As unidades simples são originadas de moléculas simples.O conjunto de reações através das quais os monômeros reagem entre si. cujo significado é ’’ muitas partes ’’ ( poli: muitas. A denominação polímero foi dada às grandes moléculas formadas por unidades químicas simples repetitivas. evitando a aderência nos componentes do equipamento. Lubrificantes: tem a função de facilitar o fluxo do material durante o processamento. O rendimento. Reforços: são incorporados nos materiais plásticos para aumentar a resistência mecânica. Da participação de cada produto fabricado a partir de petróleo. é notado que apenas 4% da produção total é usada para fabricação de plásticos. térmica e elétrica. tempo e tipo de reator. endurecem. adicionadas ao material plástico. Consiste de moléculas simples de produtos obtidos a partir do gás natural e principalmente do petróleo. PET ). para reduzir o custo. adquirem a forma do molde. e quando resfriados. mero: partes ). que foram definidas como monômeros. Peso molecular . é chamado polimerização.é a matéria prima dos polímeros. Entre os mais utilizados temos: Pigmentos: são adicionados aos materiais plásticos para melhorar o seu aspecto visual. Plastificantes: geralmente são líquidos que aumentam a flexibilidade dos materiais plásticos e facilitam seu processamento. pressão. ou melhorar alguma propriedades física.ALGUMAS DEFINIÇÕES Monômero . química. ADITIVOS Os aditivos são substâncias químicas que. Alguns monômeros foram por muitos anos. Cargas: são incorporadas aos materiais plásticos. POLÍMERO Polímero . Estabilizantes: sua função é a de retardar a degradação do polímero durante o processamento.O peso molecular pode ser definido como a somatória das massas atômicas de cada elemento químico que compõe uma molécula. a velocidade de reação e os seus mecanismos dependem de vários fatores dentre eles. 4 . pode-se obter o peso molecular de uma macromolécula do polímero. os principais são temperatura. Aplicando-se temperatura e pressão novamente eles podem reiniciar um novo ciclo de fusão e endurecimento. portanto é possível uma série de cores ao pigmentá-lo. Em 1954 dois outros métodos foram desenvolvidos: um usando catalisadores de óxidos metálicos ( processo Phillips ) e outro usando alquil alumínio ou materiais similares ( processo Ziegler ). o polietileno é produzido tanto pelo processo de alta pressão. quanto a sua capacidade de exudação. gosto. soltando pouca fumaça.I. Devido à ramificação das cadeias. por exemplo. também podem ser utilizados. 5 . atoxidade. Devido a essas modificações. entretanto. Retardadores a Chama. ficaram mais rígidos e com alto ponto de amolecimento. A cor natural do PEAD é um branco leitoso. Os aditivos são incorporados aos materiais plásticos. os polímeros apresentaram densidades mais elevadas. Agentes de Expansão. esses materiais eram ramificados e de peso molecular médio moderado. Até meados de 1950 o polietileno comercial foi produzido por processos de alta pressão. Observação: O uso dos aditivos para se obter vários resultados finais no produto plástico vai ficar restrito quanto à aplicação deste produto. etc. Antiestáticos. ficará evidente um odor como graxa de cera. geralmente menor de 50.C. no caso do polietileno de baixa densidade ( PEBD ). solidez à luz. patenteado em 1933 pela I. Quando o material é aquecido numa chama ele acenderá com facilidade e queimará com uma chama azul de bordas amarelas. como pelo processo de baixa pressão ( processo Phillips ). O processo Ziegler fornece polietilenos com características intermediárias.000. parecido com cera. Por esses processos os polímeros podem ser preparados em temperaturas e pressões menores. O POLIETILENO A cor natural dos polietilenos é um branco. cor. para indústria alimentícia e de brinquedos deve-se observar o que a norma pede quanto às substâncias contidas nestes. odor. calandra ou misturadores do tipo Banbury. Aromatizantes. traslúcido para trasparente e o material possui um toque macio.Outros aditivos tais como os absorvedores de Raios Ultra Violeta. Atualmente. misturados mecanicamente através de extrusoras. Pingos acesos serão formados e quando a chama é apagada. segundo a reação 1.8% de pureza. dependendo do processo empregado na polimerização do etileno reduz a eficiência do iniciador e pode ser removido por passagem sobre catalisador de cobre reduzido ou por tratamento sob pressão com sódio fundido a 150ºC. d) Processo Standard Oil (Indiana). com ebulição a -104ºC e tem alto calor de polimerização (800 . Para se conseguir uma boa polimerização. peso molecular e sua distribuição. elas precisam ser removidas rigorosamente. acetileno.1. Como. PROPRIEDADES Os polímeros comerciais apresentam diferentes propriedades por quatro razões básicas:    grau de ramificação do polímero. b) Processo Ziegler. são monóxido de carbono. as temperaturas de ebulição destes componentes são muito baixas ( no caso do etileno é -104ºC ) a destilação é feita sob pressão. Os principais contaminantes do etileno. presença de impurezas. O oxigênio. em geral.000 cal/g). À pressão normal (1 atm) o etileno é um gás. oxigênio e água. A separação desses hidrocarbonetos é feita por sucessivas destilações fracionadas. o produto proveniente do reator é constituído por vários hidrocarbonetos. POLIMERIZAÇÃO DO ETILENO A polimerização do etileno ocorre segundo esta reação: n H 2C H 2C CH2 etileno CH2 n polietileno Existem quatro métodos de polimerização do etileno: a) Processo de Alta Pressão. 6 .02%. Muitas patentes requerem nível de monóxido de carbono a menos de 0.PREPARAÇÃO DO ETILENO O etileno é obtido a partir do " Cracking " do etano ou de naftas virgens provenientes do gás natural e do petróleo. c) Processo Phillips. Como as impurezas podem afetar tanto a reação de polimerização como as propriedades do produto. CH3 desidrogenação H2C H 3C etano CH2 etileno Quando utilizam-se naftas virgens. deve-se utilizar etileno com aproximadamente 99. 130ºC. Além disso. mais duro. amolece a 80ºC. a elevadas temperaturas a solubilidade em hidrocarbonetos alifáticos. portanto. um polietileno com índice de fluidez 0. mais rígido. Possui densidade menor que a da água. por exemplo. baixa constante dielétrica. e amolece a uma temperatura de 80 . A presença de impurezas. alterando suas propriedades. o coeficiente de fricção e a resistência ao impacto diminuem. tenacidade e moderada resistência a tração. O polietileno é um termoplástico de aspecto ceroso.60%). a temperatura de amolecimento. como fragmentos metálicos. apresentam menor dureza superficial. menos resistente ao impacto. ao passo que. e são mais transparentes. Todas as propriedades mecânicas do polietileno são dependentes da história térmica da amostra. alta resistividade e alta resistência dielétrica. muito boa resistência química. Polidispersividade de 20 a 50 são consideradas típicas para polímeros de baixa densidade e 2 para polietileno não ramificado. translúcido. da ordem de 80 a 130ºC. desde o estado fundido. mais flexível. Apresenta excelente característica dielétrica. Os polietilenos ramificados possuem baixa densidade. esses polímeros são mais flexíveis. provenientes dos catalisadores empregados nos processos Ziegler e Phillips. porém. As propriedades elétricas do polietileno são excelentes: ele tem baixa perda dielétrica. mais resistente ao stress cracking e mais transparente.94g/cm3 amolece a 117ºC. No caso do polietileno a distribuição de peso molecular varia em função do tamanho das ramificações presentes na sua estrutura. rigidez e resistência ao stress-cracking. aumenta a resistência a tração. ou no comportamento durante sua vida útil. Em temperatura ambiente.A presença de ramificações na estrutura do polietileno causa interferências na cristalização. uma vez que a cristalinidade é reduzida (50 . pois não formam-se grandes estruturas cristalinas. Assim. à tração. Quimicamente os polietilenos são resistentes à maioria dos produtos químicos. amolecem à temperaturas baixas e são mais permeáveis a gases e vapores. aromáticos e clorados aumenta rapidamente. o sólido terá densidade e cristalinidade menores. mas que sob a forma de filmes pode ser transparente. será mais mole. tenacidade. 7 .3 e densidade 0. menor resistência química. tenacidade. Uma distribuição do peso molecularização estreita produz acréscimo na resistência ao impacto. porém com uma perda de facilidade de processamento. o polietileno é insolúvel em todos os solventes orgânicos. a resistência ao “stress cracking" porém.92g/cm3 e com um índice de fluidez de aproximadamente 20. Esta propriedade varia com o peso molecular ou índice de fluidez e com a densidade ou cristalinidade. com exceção dos ácidos fortemente oxidantes. Se resfriarmos rapidamente o material. por tratamento em água fervente. o polietileno amolece a uma temperatura relativamente baixa. Um aumento do peso molecular. halogênios livres e certas cetonas. dá um produto mais cristalino. mais resistente a tração e menos transparente. um polietileno com densidade igual a 0. ou traços de materiais incorporados na cadeia do polímero podem causar sérias influências nas propriedades elétricas do polímero. Devido a baixa energia de coesão molecular. O resfriamento lento ou o recozimento da amostra. A solubilidade num dado solvente. A probabilidade de ocorrência destas fissurações. Embora a temperatura de processamento seja baixa. pode ocorrer uma fissuração. etc. A viscosidade do polietileno fundido diminui a medida que aumenta a temperatura. depende muito da densidade do polímero. ésteres de poliglicol. porém. A radiação ultra-violeta provoca a foto-oxidação do polietileno em contato com o ar a temperaturas normais. quanto maior o grau de cristalinidade (densidade) do polímero. normalmente é de 180 a 230ºC. ou mesmo o enxofre elementar. assim. para PEBD e PEAD. respectivamente. entretanto. ésteres orgânicos. Assim. das propriedades mecânicas e elétricas. hidrocarbonetos e hidrocarbonetos clorados difundem-se rapidamente através do mesmo. podem ser processados por várias técnicas de transformação. os polietilenos absorvem lentamente os hidrocarbonetos com inchamento. A relação L : D ou C : D da rosca e taxa de compressão utilizada na extrusão do polietileno é 16:1 a 20:1 e a taxa de compressão está compreendida entre 2. este oxida-se facilmente. A temperatura empregada na extrusão deste polímero. 8 . hidrocarbonetos líquidos. é alto. as mais empregadas são: injeção e extrusão. tais como sabões metálicos. revestimento de fios e papéis. Para o processamento de filmes tubulares. Embora insolúveis à temperatura ambiente. Os polietilenos. A adição de anti-oxidantes tais como fenóis substituídos. Na Tabela 4. também acelera a oxidação com conseqüente deterioração da aparência. sendo que os de alta densidade possuem a menor solubilidade. quanto maior a cristalinidade (densidade) menor a permeabilidade a gases e líquidos. principalmente em estado fundido não deve ficar muito tempo em contato com o ar. na forma de filmes. o calor específico. afetando as suas propriedades elétricas. aminas aromáticas. utiliza-se razões de sopro de 2. As principais características que devem ser observadas no processamento dos polietilenos são:      A baixa absorção de umidade do polímero evita a necessidade de pré-secagem. exceto quando aditivos higroscópicos estão presentes. Quando o polietileno é submetido a esforços multiaxiais. Um importante fenômeno que deve ser levado em conta quando se estuda a resistência química do polietileno. em contato com certos líquidos. que filtra os raios ultra-violetas. silicones fluídos. laminados.5:1 e 4:1. Cerca de 75 % do polietileno produzido são processados por extrusão. pode-se observar o efeito da temperatura na viscosidade do produto fundido. tubos. mais este se contrai. supera a oxidação em temperaturas elevadas. Uma prolongada exposição ao calor. mas a foto-oxidação previne-se melhor pela incorporação de 2 a 3% de negro de fumo. peças ocas. pois. que varia com a temperatura.2:1 e 4. alguns líquidos tais como éteres. comparada com muitos outros materiais plásticos. na presença de meios ativos). álcoois sulfonados e sulfatados. A permeabilidade a líquidos é baixa.5:1. A cristalinidade é responsável pela contração do material no molde durante o resfriamento. decresce com o aumento do peso molecular. Os polietilenos podem absorver lentamente certos compostos orgânicos que contenham enxofre. Esta propriedade é afetada diretamente pela cristalinidade. material. é a resistência ao stress-cracking (resistência a fissurações sob tensão. alta permeabilidade a gases. 9 .91 ). tais como. nas indústrias de embalagens de alimentos e na agricultura. aumentando-se esta pressão. notase que o produto contrai menos durante o resfriamento. duro e possui um ponto mais alto de plastificação ( PP isotáctico puro não é fabricado comercialmente como material de moldagem. resistência química. entre outras. oxidável. O polietileno é um dos termoplásticos mais consumido devido às várias vantagens. baixo custo. Entretanto este polímero apresenta algumas desvantagens. Os componentes normalmente têm um toque duro e seco. Natta e nos catalisadores desenvolvidos por Ziegler (organo metálicos) sendo. É muito utilizado na produção de recipientes ocos ( garrafas .9 g/cm3. boa processabilidade. A pressão do ar normalmente empregada é de 30 a 100 psi. O polietileno tem seu maior consumo na forma de filme . baixa resistência à tração. como o PE. tias como. Os tubos de polietilenos são usados para mangueiras de água e em tubos que conduzem produtos químicos. com base nos estudos do Professor G. este material tem um ponto de plastificação maior que 170°C. A cor natural deste material é um branco marfim translúcido. tanques de combustível de automóveis. porém é mais rígido.Na fabricação de peças por extrusão a sopro a temperatura do molde normalmente empregada é de 10 a 80ºC. introduzido no mercado por volta de 1959. O POLIPROPILENO O PP-H. o material contrairá menos e a peça ficará mais flexível. baixo ponto de amolecimento. diminuindo-se esta temperatura ocorrerá uma redução do ciclo de moldagem. é um plástico linear de hidrocarbonetos. baixa resistência ao risco. e uma densidade de aproximadamente 0. O material (sólido sem carga) flutuará tanto em água . peças técnicas ) por extrusão – sopro. Materiais tradicionais para moldagem são materiais termoplásticos semicristalinos translúcidos com uma densidade de 0. O termoplástico é obtido pela polimerização do propeno ou propileno. O polipropileno foi desenvolvido em 1957 pela MONTECATINI em Milão. boas propriedades elétricas. depende da temperatura de “cracking". principalmente. ainda. da maneira como o material foi resfriado durante o processamento. Portanto. enquanto que. H H3C C CH3 propano H CrO3AlO3 H C H2C + H2 CH3 propeno As propriedades do polipropileno dependem principalmente do grau de isotaticidade. maior será a quantidade de propeno em relação ao propano. H3C H H C C CH H2C CH3 + CH3 H3C etano H CH3 propeno CH3 2 metil butano RECUPERAÇÃO DIRETA DE GÁS DE REFINARIA: Nos gases efluentes do craqueamento do petróleo. passa do estado gasoso a -48ºC. que pode ser avaliado através do ensaio de índice de fluídez ( Melt lndex ). a cristalinidade depende. 10 . as principais diferenças entre os vários tipos comerciais. A relação de propeno para propano. A maioria dos polipropilenos disponíveis no mercado têm aproximadamente a mesma isotaticidade. dentre eles. ou seja. quanto maior a temperatura. sob pressão atmosférica. da cristalinidade. peso molecular e tipo de polipropileno ( copolímeros. o propano pode ser desidrogenado. H2C CH CH3 propileno Fórmula estrutural do propeno. da recuperação direta dos gases de refinaria. passando a propeno. o propano e o propeno. como na reação 2.PREPARAÇÃO DO MONÔMERO O propeno ou propileno é uma olefina que. reforçados ). encontra-se uma série de hidrocarbonetos. Pode ser obtido através da pirólise de hidrocarbonetos mais pesados (naftas) ou. estão no peso molecular. Entretanto. entretanto. sempre que possível. soluções aquosas de sais inorgânicos e à maioria dos solventes orgânicos. devido à presença. apresenta pontos que possuem pequena resistência à oxidação. Apresenta uma temperatura de amolecimento Vicat em torno de 148 ºC. um certo inchamento. muito empregado na fabricação de dobradiças. verifica-se uma diminuição da resistência à tração. as peças devem ser flexionadas por 3 a 4 vezes logo ao saírem do molde para que haja uma orientação molecular no sentido do fluxo. cobre. através de copolimerização ou por produção de blendas. e temperatura de distorção térmica de 105 ºC. O polipropileno degradado é caracterizado por decréscimo do peso molecular. deve-se evitar. Esta degradação. O comportamento térmico de polímeros parcialmente cristalinos é descrito por duas temperaturas de transição: temperatura de fusão cristalina . assim como alguns óleos e gasolina produzem. Devido à sua natureza apolar. como o ácido nítrico concentrado. particularmente a altas temperaturas.Tg. É atacado por soluções de agentes fortemente oxidantes. O polipropileno apresenta pobres propriedades de impacto. um aumento no peso molecular dificulta a cristalização do polímero. acido sulfúrico fumegante e ácido sulfônico. Uma importante propriedade do polipropileno é a excelente resistência à fadiga por flexão. um aumento do peso molecular. principalmente à baixa temperatura. manganês. que aumenta com peso molecular e densidade maiores. Portanto. o PP possui uma grande resistência aos agentes químicos. portanto aumento do índice de fluidez. sendo portanto. A melhoria das propriedades de impacto pode ser realizada produzindo um material com peso molecular alto. O contato com metais. A estrutura molecular do PP puro. 11 . tais como. As propriedades elétricas não são afetadas pela isotaticidade ou pelo peso molecular. O PP apresenta baixa permeabilidade a gases em geral. o uso destes metais como insertos. diminui sensivelmente a resistência à oxidação deste polímero. Para se obter tais dobradiças. variando portanto. cobalto e suas ligas. Os hidrocarbonetos. dureza e rigidez. Estas variações podem ser explicadas partindo-se do princípio que. prejudicando as propriedades do material. o grau de cristalinidade. Por outro lado. Possui excelente resistência ao stress cracking. ou seja. resiste bem a soluções de ácidos e álcalis minerais. sendo pouquíssimo permeável a vapores d’água. exerce grande influência sobre as propriedades do polipropileno. A Tg do PP está em torno de -10ºC e a Tm em torno de 160 a 165ºC. provoca um aumento da viscosidade no estado fundido e da resistência ao impacto. como resultado da ação conjunta do oxigênio do ar e da radiação ultra-violeta.O peso molecular. Outra forma de oxidação ocorre à temperatura ambiente. Assim. halogênios. Esta oxidação aumenta de intensidade com a elevação da temperatura. de hidrogênios em carbonos terciários. ao longo da cadeia polimérica. mas sim pela presença de resíduos metálicos provenientes do catalisador empregado. o que o torna indicado para uso em embalagens. mas o recurso mais utilizado é a introdução de uma fase elastomérica. conhecida por foto-oxidação pode ser diminuída com a adição de carbon black (2%) ou de substâncias absorvedoras de raios ultra-violeta.Tm e temperatura de transição vítrea . uma diminuição no índice do fluidez. . compressão e termoformação a vácuo. As técnicas empregadas na transformação do polipropileno são injeção. acetato-butirato de celulose. o polímero oxida-se com relativa facilidade nestas condições. por aplicação de um campo elétrico. entretanto. A contração do PP. podendo também ser esterilizados sob temperaturas de até 140ºC sem que ocorram deformações. durante o resfriamento no molde é baixa quando comparada com o PE. Também. Uma conseqüência indesejável deste carregamento é que os objetos passam a atrair pó. A resistência à abrasão do PP não pode ser considerada ótima. entretanto. etc. PROCESSAMENTO As principais características de processamento que devem ser observadas são: A viscosidade no estado fundido do PP é sensível às variações de temperatura. etc.Os artigos de PP são absolutamente resistentes a água fervente. polietilenos. o PP não é atacado por estes. ABS. POLIPROPILENO COM TRATAMENTO ANTI-ESTÁTICO: O polipropileno. Sob temperaturas superiores a 270ºC. devido às qualidades higroscópicas destes aditivos. tende a carregar-se eletrostaticamente por fricções. Os aditivos anti-estáticos normalmente empregados não influem sobre as propriedades mecânicas. porém é muito maior que os polímeros amorfos como PS.Propriedades afetadas pela velocidade de resfriamento Propriedades Físicas transparência alongamento tenacidade resistência à tração resistência impacto rigidez Molde Frio Maior Maior Maior menor Maior menor 12 Molde Quente menor menor menor Maior menor Maior . O PP anti-estático não apresenta este inconveniente. é recomendável efetuar a secagem do granulado antes de sua transformação. A temperatura do molde não deve ultrapassar os 95ºC. PMMA. moldagem rotacional. assim como a maioria dos materiais plásticos. quando reforçado com fibras de vidro. etc. pois as altas temperaturas acarretam sensíveis influências sobre as propriedades físicas do produto final. o PP se contrai no molde durante o resfriamento. Por não constituir terreno nutritivo para os microorganismos. sendo necessários os bicos valvulados. este polímero apresenta melhor resistência que muitos termoplásticos. químicas e térmicas do PP. poliestirenos. tais como. não exercem nenhum tipo de influência sobre as condições de transformação. possui facilidade de oxidação temperaturas elevadas. SAN. Além disso. Por ser um polímero semi-cristalino. extrusão. injeção a sopro. a viscosidade do material é muito baixa. A contração do PP situa-se numa faixa de 1 a 2%. Além das aplicações citadas.Coleta e Separação Triagem por tipos de materiais ( papel . como por exemplo: PS e poliolefinas. filmes. metal.Reciclagem Química Identificação dos Plásticos: A identificação dos plásticos. e evita combinações de plásticos incompatíveis para algumas aplicações . o PP pode ser transformado em fibras. 3 . que permitem que os materiais sejam reaproveitados como matéria-prima para outros produtos. boa resistência à abrasão e alta resistência à tração.Revalorização Etapa intermediária que prepara os materiais separados para serem transformados em novos produtos. pois possibilita a separação do mesmos. 13 .Reciclagem Energética 3 . etc. tem um papel muito importante. Etapas da Reciclagem: 1 . alta tenacidade. As fibras são de grande importância na fabricação de cordas. pois apresentam baixa densidade. É uma atividade moderna que alia consciência ecológica ao desenvolvimento tecnológico e econômico.Reciclagem Mecânica 2 . o PP é muito empregado em artigos hospitalares. PVC e PET. mediante a uma serie de operações. 2 . para geração de novos produtos a partir dos Tipos de Reciclagem de Plásticos: 1 . plásticos. por apresentar baixo peso específico e resistência à esterilização em autoclaves RECICLAGEM DOS MATERIAIS PLÁSTICOS Reciclagem é a revalorização dos descartes domésticos e industriais. madeira. chapas.Por extrusão. ). tubos e cabos.Transformação Processamento dos materiais materiais revalorizados. No caso do filme tubular a pré-forma vai atingir as condições dimensionais apropriadas através do uso de um jato de ar que irá inflar este “ tubo “ gerando assim um “ balão “.EXTRUSÃO DE FILMES INTRODUÇÃO O processo de extrusão de filmes é um processo de transformação de material plástico que trabalha com compressão do plástico e calor afim de amolecê-lo e forçá-lo através de um conjunto de ferramentas de perfil tubular ou plano que resulta na extrusão de uma pré forma que ao receber uma ação de estiramento. tubular ou plano. 14 . seja por estiramento mecânico ( calandras ) ou com o auxílio de ar ( tubular ). Uma extrusora de filmes é composta basicamente de 4 partes: Conjunto extrusor. O ferramental usado para a obtenção da pré-forma que dará a forma final ao filme. torre de puxamento ou conjunto tracionador ( no caso de filme plano – flat die ). daí este processo também recebe o nome de filme balão. conjunto cabeçote. é chamado de conjunto matriz ou matriz plana ( para o filme plano ). conjunto embobinador e painel de controle. De acordo com o tipo de material plástico. adota-se um perfil de temperaturas que deverá amolecer este material sem agredi-lo ao ponto de degradar se. O material plástico ao “ cair “ na rosca transportadora. flanges e disco de fluxo ( porta-telas ). variador de velocidade. rosca de plastificação ou transportadora. elementos de transmissão. Para os polietilenos de baixa densidade utiliza-se um perfil de temperatura que está na casa dos 140 a 180 ºC e para os de alta densidade de 160 a 220 ºC e os polipropilenos estão na faixa dos 170 a 220 ºC. refrigeração. caixa redutora.A MATÉRIA PRIMA Os materiais plásticos mais utilizados para este processo são aqueles mencionados no início desta apostila. 15 . mas basicamente um aspecto que deve ser levado em consideração para a aplicação neste processo é a alta viscosidade ou a baixa fluidez para que o material tenha uma consistência estrutural que permita a extrusão já que estes materiais ao sairem pela matriz praticamente não sofrerão a ação de pressão. A função de plastificar o material ( torná-lo pastoso ) é essencialmente do calor gerado por uma série de resistências elétricas que abraçam o cilindro onde a rosca fica alojada. ao contrário do que acontece no processo e injeção. Isto gera uma compressão deste material esmagando-o e auxiliando-o a se tornar pastoso. O EQUIPAMENTO O conjunto extrusor ou a extrusora é composta de motor elétrico. resistências e termopares. começa a ser impulsionado para frente pelos filetes da rosca por onde passa e que vai diminuindo o espaço interno a medida que este se desloca. cilindro de plastificação. funil. Estes materiais geralmente são introduzidos no funil da máquina na forma de grãos de forma regular ou em forma de material aglutinado ( filme reciclado em aglutinador ). plastificação do material de uma forma eficiente e controlada. É este conjunto o responsável pela acomodação. transporte. rolos de arraste.O cabeçote é composto de corpo. as saias. As trafilas macho e fêmea podem ser divergentes ou convergentes dependendo do dimensional final do filme a ser produzido. difusor de fluxo ou aranha. o rolo-banana. a íris. Fazem parte do conjunto torre de puxamento. rolos puxadores e em alguns casos torre giratória. núcleo ou torpedo. sistema giratório e anel de resfriamento. A ferramenta que vai determinar a forma e a espessura inicial do tubo é o conjunto matriz que é composto pela trafila macho e a fêmea. no que se refere à entrada do material no mesmo. facas refiladoras. Há dois tipos de cabeçotes. permitindo assim dar ao material a condição de estiramento ideal para o filme. conicidade. em alguns casos válvula reguladora de fluxo do ar interno. tacômetros. por exemplo. macho e fêmea ( conjunto matriz ) válvula de controle do ar interno. 16 . No bobinador encontramos os rolos condutores. Pode-se trabalhar com um cabeçote giratório para melhorar as características de distribuição do material em relação à sua orientação transversal e para haver uma boa distribuição de possíveis imperfeições no ferramental o que iria se concentrar em um só ponto na bobina gerando uma bobina desforme. mantendo-o na temperatura ideal para a moldagem se alterar suas características. amperímetros. as palhetas de dobras. O AR E O PROCESSO O ar inserido no interior do balão pode ser de origem de ar comprimido gerado por compressores comuns de ar ou podem ser obtidos por sistemas individuais de obtenção de jato de ar ( ventiladores ou ventoinhas ). O painel é a unidade onde se encontram os controles e leitores dos parâmetros de regulagem desta máquina como: os pirômetros. para filmes de diâmetros pequenos pode se usar uma trafila convergente que irá reduzir o diâmetro final da fêmea. do puxador e do bobinador. potenciômetros de controle das velocidades da rosca. O cabeçote por sua vez serve para conduzir o material plastificado até a matriz. com calombos. o cabeçote axial ( entrada por baixo ) e o cabeçote radial ( entrada pela lateral ). descanso de porta-rolos. facas de abertura lateral de filmes. contador de metragem e o dispositivo de tratamento corona. etc. voltímetros e controladores. O PEBD tem em média uma tolerância de estiramento que vai de 2:1 ( 2 vezes o diâmetro da matriz ) até 4:1 e o PEAD em média de 2. Com isto pode se inflar um balão em PEBD de até 4 vezes o diâmetro da matriz sem comprometer suas propriedades de resistência ao rasgo. No caso da relação de estiramento que é dada pela relação entre a velocidade de “ entrega “ do material que sai pela matriz. Isto ocorre quando o material. bem como a tolerância de estiramento intrínseca do material utilizado no processo. A altura da linha de névoa também é determinada pelo tipo de material plástico que se está extrudando. está relacionada com a capacidade deste material de ser estirado sem sofrer deformação mecânica na estrutura molecular do mesmo. Porém no caso dos PE´s de alta densidade. A tolerância de estiramento intrínseca do material plástico. que é jogado na base do mesmo. Os polietilenos de baixa densidade normalmente não necessitam de altura de linha de névoa alta. na presença de energia ( calor ). é possível se obter várias condições de resistência do filme produzido bem como características de estiramento e de soldabilidade no caso da corte e solda. 17 .O ar externo gerado pelo sistema de refrigeração do balão ( ventilador ). bem como a velocidade do puxador o que vai determinar o quanto este material está sendo estirado no sentido longitudinal do filme ( no comprimento ).5:1. tem pó função principal a refrigeração do balão. é imprescindível trabalhar-se com uma linha de névoa de 5 a 10 vezes a matriz para se permitir uma boa normalização das cadeias carbônicas do material antes de sofrer o estiramento dado pela ação do ar interno do balão. propriedades de barreira ( permeabilidade a gases ) e propriedades químicas como o tensofissuramento ( stress cracking químico ) e óticas. RELAÇÃO DE ESTIRAMENTO E TOLERÂNCIAS É preciso salientar também a importância da relação de estiramento do material no ato do puxamento. Neste caso uma altura de mais ou menos 2 a 5 vezes o diâmetro da matriz é o suficiente. Através da alteração da altura desta linha de passagem de estados do material plástico. neve ou gel. permite a mobilidade de suas macromoléculas. já que no sentido transversal o estiramento é dado pela inflagem do balão. à deformação mecânica.5:1 até 5. o que irá permitir o estiramento do material sem alterar as propriedades mecânicas e químicas do filme. ou seja tornar o material que sai pela matriz no estado visco-elástico para o estado solidificado. à tração. Esta passagem gera uma marca que as vezes é visível e que é chamada de linha de névoa. 3.57 LF=perímetro do diâmetro :2 DIÂMETRO DO BALÃO:  Balão = _LF_ 1.CÁLCULOS PARA DETERMINAÇÃO DE MEDIDAS NO PROCESSO DE EXTRUSÃO P/ FILMES TOLERÂNCIAS DE ESTIRAMENTO: PEBD 2:1 / 4:1 PEAD 2. Um filme em PEBD de 600 mm de largura e 60 de espessura. justifique a resposta: 4. Um determinado pedido de uma bobina de 500 mm e 50 começa a ser produzido.5:1 / 5.5:1 RELAÇÃO DE INFLAGEM OU SUFLAMENTO ( RS ) RS= __Balão_  Matriz RELAÇÃO DE ESTIRAGEM ( RE ) RE = Abertura do lábio Espessura do filme LARGURA DO FILME ( LF) : LF=  Balão x 1. ]ual a largura máxima que um filme pode alcançar com uma matriz de 150 mm. pode ser produzido em uma máquina com uma matriz de 90 mm e abertura de lábio 1. Um filme de 1600 mm em PEBD deverá ser produzido. o que você faria para corrigir o processo sem efetuar a interrupção da produção? 18 . Há disponíveis dois jogos de matrizes um com diâmetro de 250 mm e outro com 350mm.57 DIÂMETRO DA MATRIZ :  Matriz =  Balão RS EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1.5mm? Justifique: 2. 5. que jogo você definiria para ser colocado em máquina. Determine qual seria a matriz indicada para produzir um filme em PEAD de largura 1050mm e espessura de 30 . por um descuido durante a regulagem a medida é ultrapassada em 40 mm e a espessura em 20. Os tipos de corte-dobra-solda variam em função do resultado esperado no produto final. etc. se dará ao longo deste comprimento. Seu funcionamento básico se dá através da utilização de cabeçotes ou facas aquecidas por resistências lineares e podem tanto efetuar o corte na superfície do filme quanto uma simples operação de soldagem de suas camadas o que pode ser acompanhado de dobra. sacolas. dobrados e/ou cortados. através de operações de soldagem. embalagens flexíveis. Como o fluxo do bobinamento do filme se dará no seu sentido longitudinal.CORTE E SOLDA CONHECENDO O PROCESSO A corte-solda é um processo periférico ao processo de extrusão de filmes que tem por finalidade permitir chegar-se à forma final do substrato plástico ( película ou filme ). 19 . rótulos. embalagens flexíveis. toda e qualquer operação de soldagem. separados ou não da bobina. O resultado será a formação de peças ( sacos. corte ou até mesmo dobra. corte e/ou dobra deste. no sentido do seu comprimento. que antes se encontrava em forma de bobina ( contínua ) para a fabricação de sacos. Também se admite a conjugação dos três em vários tipos de combinações. sacolas. ou seja. ) soldados. etc. TOPO E FUNDO COM PICOTAMENTO Onde o cabeçote ( barra ) de soldagem é acompanhado de uma faca do tipo ( facagráfica ) serrilhada e o resultado é a soldagem sem a separação do produto que continuará a ser uma bobina porém com a possibilidade de destacamento posterior do mesmo através do serrilhado. Com exceção do processo de picotamento ( serrilhado ). existe a separação da peça da bobina original. TOPO E FUNDO COM CORTE Onde o cabeçote de soldagem é acompanhado de uma faca do tipo ( faca-gráfica ) porém neste caso de fio contínuo e o resultado é a soldagem do fundo do produto e o corte do topo com a separação do produto.TIPOS DE CORTES Em relaçãos aos tipos de cotes temos os cortes laterais ( em relação ao produto final cortado ). cortes de topo e fundo com soldagem em uma extremidade e picotamento na outra e corte de topo e fundo com solda e corte conjugados onde a cada golpe ocorre a soldagem do fundo e o corte do topo. 20 . CORTE E SOLDA LATERAL Onde o cabeçote ou a faca de soldagem possui apenas uma barra de soldagem ( aquecida ) que permite o corte do produto e a soldagem da lateral das duas parte cortadas simultâneamente. RETARDADOR DE PEÇAS 5. PAINEL COMANDO CENTRAL DO OPERADOR 3.A MÁQUINA DE CORTE E SOLDA É uma máquina de funcionamento eletro-mecânica e que pode ser auxiliada por sistemas pneumáticos e por dispositivos eletrônicos como leitores óticos ( foto-célula ). Algumas máquinas são conjugadas. FOTO-CÉLULA ( SENSOR ÓTICO ) 16. estas máquinas são consideradas máquinas 2 em 1. rótulos. CAVALETE PORTA-BOBINAS 14. etc. por terem dois comandos de acoplamentos independentes e que poder ser regulados de forma diferente entre si resultando em trabalhos simultâneos e com resultados diferentes. BANDEJA DE EMPILHAMENTO 7. FACAS E PALHETAS 21 . ESTRUTURA DA MÁQUINA 9. CONTADOR DIGITAL DE CICLOS 8. CENTRALIZADOR MANUAL 13. EQUIPAMENTOS AUXILIARES ( PISTÕES ) 15. etc. ou seja. MANIVELA DE CONTROLE ( PRESSÃO DO COMPENSADOR ) 10. ESTEIRA TRANSPORTADORA 4. inversores de freqüência. BARRA DE SOLDA LATERAL ( CABEÇOTE ) 2. SISTEMA PORTA-ROLOS ( ENTRADA DA BOBINA ) 12. PARTE FRONTAL 6. ROLO TRACIONADOR ( COMPENSADOR ) 11. sacolas. LEGENDA DA REPRESENTAÇÃO ANTERIOR 1. Esta máquina agrega vários componentes e periféricos que somados oferecem uma grande flexibilidade de trabalho com vários tipos de resultados diferentes. ). permitem o trabalho com um ou dois tipos de embalagem ( sacos. pistões pneumáticos para picotamento ou estampagem de confetes ( alças ). esteira transportadora. contadores de ciclo ou cortes e área de empilhagem . etc. tracionadores ( acoplamento 1 e 2. palhetas que evitam dobraduras nas laterais dos filmes. desestatizador. galope. Hastes roscadas com uma trava cilíndrica. dispositivos de operações auxiliares. como por exemplo. o sistema de arraste de bobina ou compensador de esticamento.. freio.COMPONENTES DA MÁQUINA Dentre os componentes da mesma podemos citar: os rolos porta bobinas que podem ser usados os da própria máquina ou porta rolos especiais como os centralizadores de bobinas. Pode se utilizar “ pesos “ em forma de tarugos de aço envoltos em tecido de algodão ( para não danificar o filme ) que mantém o filme devidamente esticado para evitar flacidez no filme que pode acarretar variações no tracionamento do filme. ROLOS PORTA-BOBINAS Os rolos porta bobinas estão localizados na entrada da máquina para o filme e tem por função acondicionar a ( s ) bobina ( s ) que irão ser submetidas ao processo. cabeçotes ou facas de corte-solda. braço apanhador. etc. facas para aberturas laterais nos filmes. regulagem de passo. ). foto-célula ou leitores de registros em filmes impressos. 22 . servem para centralizar manualmente através de manoplas o alinhamento do filme em relação ao tracionador da máquina. O acionamento deste motor se dá a medida que o grau de tensão do filme aumenta um sitema de rolos dispostos em zig e zag e que estão presos a uma haste móvel onde na extremidade desta haste existe um potenciômetro de acionamento giratório ( por pinhão e cremalheira )que ao completar uma certa fração de seu perímetro ( por volta de 3 / 4 ) liga este motor elétrico que vai “ empurrar “ o filme aliviando ou compensando esta tensão isto ocorre várias vezes durante o processo sempre que o grau de tensão do filme aumenta. impressoras de jato de tinta. clichês em alto relevo. Os atritos nestes rolos se somam gerando uma grande restrição para o deslizamento do filme o que pode culminar em deformação ou até rompimento do filme. que são emitidos pela máquina em sincronia com a operação de corte e/ou solda da máquina. chancelamento ( gravação por deformação ) e impressão ( de lotes. Isto é aplicável à medida que se trabalha com filmes de materiais mais ou menos flexíveis como. prazo de validade. prático ou estético. permitem operações de furação. permitir operações paralelas à de corte e solda com o objetivo de promover resultados de efeito técnico. DISPOSITIVOS AUXILIARES Dentre os dispositivos auxiliares disponíveis para esta máquina podemos citar alguns deles que tem por função básica. ). 23 . São estes dispositivos os sistemas de pistões nos quais agregando-se ferramentas como punções. É possível se regular a força de resistência deste sistema através de uma alavanca que aumenta a restrição para a movimentação do conjunto dos rolos o que resultará na variação do acionamento em relação ao tensionamento do filme. facas gráficas. o que para funcionar requer a alimentação por uma linha de ar comprimido acoplada à máquina e também sinais elétricos ( pulsos ). os polietilenos de alta ou baixa densidades.. por exemplo... identificação. etc. Estes sistema é composto de um rolo de borracha ( tracionador ). ligado a um conjunto redutor de velocidade acoplado a um motor elétrico. Para compensar este problema as máquinas de corte e solda de filmes são dotadas de sistema compensador de esticamento ou de arraste do filme.SISTEMA DE ARRASTE DA BOBINA O filme passa por uma série de rolos até chegar ao tracionador da máquina. Estes pistões são essencialmente pneumáticos. etc. pequenos cortes vazados. Podemos citar como exemplo desta aplicação. pois neste caso a regulagem mecânica da máquina não será suficiente para garantir a centralização do corte em relação à impressão ou gravação. a abertura de uma lateral para a confecção de sacos simples. A função das facas de abertura lateral do filme ( enquanto parte da bobina ). Como no nosso caso a máquina é conjugada ( 2 em 1 ). FOTO-CÉLULA Os filmes que receberam impressão devem ter o seu corte trabalhado com especial atenção. Para isto o controle do ponto exato em que a faca de corte deve incidir não poderá ser feito sem o registro ( garantia de posicionamento ) feito na própria impressão. para centralização da gravação principalmente quando esta possui mais de uma operação de gravação. existem dois pontos de sinais ( pulsos ). dependendo da aplicação e necessidade. sendo esta lateral a eventual boca do mesmo. independentes para comandar até dois sistemas diferentes. reserva-se um ponto desta gravação que servirá como registro ( normalmente numa cor mais escura ). As palhetas por sua vez servem para evitar dobras nas laterais dos filmes ocasionadas por excesso de esticamento ou tensão no mesmo ou por má formação da bobina. é promover a abertura em uma ou nas duas laterais do mesmo. por exemplo.Sinais que farão o comando das solenóides para a comutação das válvulas pneumáticas que permitirão a atuação dos pistões. As facas de abertura lateral bem como as palhetas também são equipamentos auxiliares da máquina de corte solda. Quando se imprime uma bobina de filme. mais de uma cor. 24 . Este procedimento fará com que ao ser interrompida por este sinal. 25 . a foto-célula acione a descida do cabeçote promovendo o corte do filme. TRACIONAMENTO ( ACOPLAMENTOS ) Por ser uma máquina essencialmente eletro-mecânica. com a vantagem do corte ser comandado pela própria gravação garantindo assim o sincronismo do corte e da centralização da figura em relação à embalagem cortada. mas que podem influenciar negativa na soldagem. Rolos de borracha tracionam o filme durante o galope da máquina e através de um sistema de freios ocorre a parada para que durante a descida da barra de soldagem o filme não esteja em movimento causando deformações no corte. O efeito desta energia no produto da corte e solda será mais importante a medida que o saco cortado vai sendo depositado um sobre o outro. pois podem atuar bem em alguns efeitos no filme. a corte-solda promove o tracionamento do filme através de um sistema mecânico de transmissão por correntes acoplados a um redutor de velocidades de regulagem variável movido por um motor elétrico.A foto-célula vai funcionar como um leitor deste registro. faz com elas sejam repelidas o que atrapalha o empilhamento dos mesmos tornando mais difícil sua embalagem e acomodação. O fato das peças estarem carregadas com carga elétrica de mesma polaridade. A regulagem do passo ( distância entre os cortes no filme ) é feito através do deslocamento da haste graduada localizada nas caixas laterais do sistema de acoplamento ou simplesmente alimentando um comando numérico com o valor em milímetros da largura desejada. linhas. cuja refração será interrompida ou desviada ao passar por este registro. etc. Aditivos incorporados ao material no processo de extrusão também tem uma boa eficácia neste caso. A máquina de corte-solda é dotada de barras desestatizadoras na entrada do filme e na saída para minimizar este efeito já que é impossível elimina-lo por completo. No caso dos aditivos deve-se ter alguns cuidados. DESESTATIZADOR Todo o material plástico utilizado para produção de filmes gera eletricidade estática em função do atrito que o mesmo sofre ao passar pelos vários cilindros rolantes durante o processo de extrusão e no momento de corte e solda também. que através de um feixe de luz contínuo. bem como seu perfil ( arredondamento ) pode variar em função da largura do fio de soldagem que se pretende e com o material a ser soldado. CABEÇOTES OU BARRAS DE SOLDAGEM São dispositivos. isto em função da velocidade tangencial no perímetro que o mancal vai imprimir durante os movimentos do acionamento. poliéster. por exemplo. para evitar a aderência do material fundido no fio da barra. A máquina conjugada tem dois acoplamentos que podem trabalhar simultaneamente. se o processo for somente de soldagem a temperatura deve ser mais baixa e é aconselhável a utilização de uma película de PTFE ( teflon ). O controle da temperatura neste dispositivo é importante quando se vai trabalhar com cada tipo de material plástico ( polietileno de baixa ou alta densidede. o que no caso do tipo de corte e solda lateral será a largura da embalagem cortada. mais estreita e cortante para PP. para os polietilenos de baixa densidade podem ser trabalhados na faixa dos 300 a 350 ºC para o processo de corte e solda. Desta forma é possível se controlar o passo ou a distância entre os cortes no filme. e conseqüentemente aumenta a distância entre um acionamento e outro o inverso também ocorre. Existem alguns tipos diferentes de barras dependendo do tipo de soldagem e ou corte que se deseja efetuar no filme. 26 . normalmente aquecidos que tem por função cortar e soldar os filmes. etc. com regulagens diferentes pois neste caso o que vai mudar entre elas vai ser a velocidade com a qual o filme será puxado. etc. A área ou largura do fio ou da aresta de contato com o filme. Exemplo: mais arredondada e larga para PE. pvc. polipropileno. ).O passo do corte se dá pelo movimento circular da haste que aciona uma roda excêntrica a medida que se afasta a do mancal que liga a haste à roda excêntrica o perímetro do traçado deste movimento circular aumenta. pela alta temperatura. eliminando assim o braço apanhador. ou seja. Outra razão para se trabalhar com alta temperatura é o fato de que este dispositivo deve ser autolimpante. 27 . pode se afastar o braço apanhador. utiliza-se alta temperatura. Neste caso o rolo de encosto da barra deve ser resistente à penetração das facas o que pode não ocorrer com os rolos originais. Um sistema de cilindros rolantes apoiados por braços que oscilam ora permitindo o avanço do saco ora tracionando-o. Se houver necessidade de parada por mais de cinco minutos é importante colocar a barra aquecida na posição para cima para que o calor não danifique os rolos de borracha bem como o próprio filme. num movimento de sobe e desce ou puxando-o para a ação da esteira transportadora. a tração do produto que se dá pelo arraste promovido pelas correias de algodão da esteira transportadora que veremos em seguida. o resíduo gerado pela fusão do material não poderá ficar preso no fio da barra. mantendo o esticado até atingir a esteira transportadora. para este movimento de subida do cabeçote. para que a barra aquecida não toque as fitas da esteira podendo danifica-las ou rompê-las. Alguns tipos de máquinas de corte e solda tem sistema de sopradores de ar comprimido que tem a função de auxiliar a saída do saco pelo arraste.Devido a alta velocidade em que o filme vai estar em contato com o cabeçote e o pequeno espaço de tempo deste contato. O BRAÇO APANHADOR Após o corte do produto flexível é necessário retirá-lo do local de incidência da barra para que o calor não o deforme. fazendo um leve movinento de sua haste para trás. O que ocorre então é a sublimação do resíduo de material durante o processo. pois não seria conveniente efetuar a interrupção do processo para se fazer várias limpezas na mesma. Pode se também utilizar facas ( gráficas ) de corte a frio em paralelo com as barras de soldagem para cortes contínuos ou serrilhados. Durante a operação de soldagem o cabeçote deve ter atingido a temperatura ideal para o trabalho e estar posicionado voltando-se para baixo e perpendicular à superfície do filme. ou seja. para que o operador possa acomodar o material cortado. neste caso deve-se multiplicar o valor contado pelo número de produtos por corte. As fitas de algodão que trabalham sincronizadas garantem esta condição. velocidade deve acompanhar a velocidade de entrega do filme no ato do corte. A esteira transportadora será a responsável por conduzir este produto até a área de empilhamento sem danificá-lo. e então depositados um sobre o outro formando uma pilha de peças. amarrotamentos. A velocidade da esteira pode ser alterada girando a manivela do redutor. etc. ESTEIRA TRANSPORTADORA Após a separação do produto cortado do filme da bobina é importante “ manuseá-lo “ com cuidado para se garantir a integridade do produto. marcas. portanto pode se presumir que o número de batidas que a máquina der será o números de peças cortadas. A altura da pilha formada vai depender diretamente da quantidade de peças cortadas e da espessura das mesmas. A máquina de corte e solda tem na sua área de empilhagem conjuntos de vários rolos de borracha em forma de arruelas. salvo em situação onde existe o corte de mais de uma saco por vez. etc. ÁREA DE EMPILHAGEM Uma vez cortado o produto deve ser transportado até a área de empilhagem sem dobras. Após contado o número de acionamentos pré-estabelecido pelo operador a máquina pára por um espaço de tempo. montados lado a lado em um cilindro rolante que tem por função conduzir as peças cortadas na saída da esteira e empilhá-las uma sobre as outras. quebras ou vincos. Este conjunto pode ter sua altura alterada em função do tamanho da pilha de sacos. sem provocar dobras. 28 . Um temporizador controla este tempo que pode variar de 0 a 15 segundos.A distância entre o braço apanhador e a barra de soldagem pode ser regulada em função do tamanho ( largura ). Esta CONTADORES DE CICLO Para um controle do número de peças que a máquina vai cortar existe um contador que marca quantas vezes a barra de soldagem será acionada. também pré-estabelecido. do produto para que não haja um apanhamento ineficiente ou excessivo. rugosidade. principalmente quando se pretende incluir operações auxiliares ao longo do trajeto do filme esta operações devem ser aplicadas na mesma posição durante todo o processo. funciona mantendo o filme sempre alinhado corrigindo eventuais desalinhamentos na bobina que é muito comum. Estas sanfonas podem também ter suas dobras cortadas e suas abas soldadas continuamente. refiladoras e o triângulo de dobra. ALGUNS PERIFÉRICOS DA CORTE-SOLDA Dentre os periféricos mais usados para auxiliar ou para aumentar a gama de possibilidades neste processo podemos citar o dispositivo centralizador de bobinas. a dobradeira de filmes. CENTRALIZADOR OU ALINHADOR O alinhamento da bobinas é algo muito importante para este processo de corte e solda. Isto ocorre porque o filme passa por uma pinça com um fluxo de ar constante. que funciona como um sensor a medida em que o filme se desloca a variação deste fluxo de ar aciona o movimento do suporte que contém a bobina. Variação de alinhamento não é bem vinda neste caso. Se o filme começar a se deslocar para a direita ou para esquerda ele automaticamente irá levar toda a bobina para o lado oposto corrigindo este problema. DOBRADEIRA E SOLDADEIRA DE ABAS Dobras laterais ( sanfonas ) podem ser feitas na própria máquina extrusora ou em máquinas dobradeiras que conduzem as extremidade dos filmes passando-as por chapas cilíndricas produzindo as dobras. cantoneiras dotadas de imãs servem para garantir a concentração das mesmas alinhadas sobre as outras. O dispositivo centralizador de bobinas. bobinadoras.Na bandeja onde as peças serão empilhadas. 29 . BOBINADEIRAS Máquinas tracionadoras de filmes em bobinas podem ser alinhadas com a máquina de corte e solda para as operações em que o produto não será destacado ou separado da bobina original. no sentido do comprimento do filme. ou seja. Para um filme impresso que irá originar uma embalagem com frente e verso é mais interessante que esta impressão seja feita de uma vez. As refiladoras servem também para aparar as laterais defeituosas de bobinas ou para calibrar a largura da bobina. ou seja. Esta dobra ocorrerá no sentido longitudinal. TRIÂNGULO DE DOBRAS Um acessório ou periférico muito útil é o triângulo de dobra que serve para dobrar o filme durante sua movimentação na máquina de corte e solda. Estas máquinas trabalham tracionando as bobinas enquanto lâminas cortantes avançam na bobina cortando o filme e em alguns casos também o tubete. Também são usadas para refazer bobinas ou separar bobinas grandes em bobinas menores. REFILADORAS São máquinas de corte de bobinas reduzindo-a no sentido de sua largura em duas ou mais bobinas. Principalmente quando a impressão é policromática ou com mais de uma cor. em uma única operação de desbobinamento. 30 . nos casos de soldagem de topo e fundo com corte serrilhado. por exemplo. pois quanto mais vezes a bobina for manuseada ou desbobinada e rebobinada poderá danificar a impressão feita anteriormente. Ligue o alimentador ( ou o sistema de arraste. Verificar se todas as chaves estão desligadas e se a barra de solda lateral ( cabeçote ou faca ) está levantada. faca para corte lateral. 4. como por exemplo. 12. 1. velocidades da transportadora. rodas empilhadoras e retardadores. apanhamento. na parte posterior da máquina. do estado de conservação de rolos de borracha das esteiras de algodão. verifique periodicamente o procedimento de ajuste e de funcionamento de cada seção ou acessórios standard da máquina. REGULAGEM E OPERAÇÃO DA MÁQUINA DE CORTE E SOLDA CHECK-LIST Este check-list de procedimento operacional deve oferecer assistência ao operador. 6. etc. Ajuste o pirômetro controlador da temperatura da barra de solda lateral para 370º C ( 700º F ). Monte todos os acessórios necessários tendo em vista o resultado final esperado para o produto que se deseja obter. Ajuste os parâmetros de regulagem da máquina ( velocidade da máquina. ou seja. 3. comprimento de puxamento. que é a temperatura aproximada para o corte e soldagem de filmes de polietileno de baixa a média densidade. 2. 10. etc. Acione em alguma das chaves liga-desliga de acionamento dos movimentos da máquina ( ao desligar esta função procure lembrar qual foi a chave que você uso para desligar para não ter que perder tempo procurando-a. e além disso. dispositivo para corte de alça de sacola. 9. de verificação da lubrificação correta dos componentes. que pode ser dobrado pelo triângulo antes de ser cortado e ao sair no outro lado já estará com a gravação nos dois lados da peça.Nestes casos a impressão será em frente e verso de um só lado do filme. tempo de detenção. assegurar uma operação eficiente e sem interrupções da máquina e dos vários acessórios. bem como o tracionador do filme ). Execute os procedimentos de manutenção diária. Verifique se a água está circulando através do resfriador ( barra de proteção dos rolos de arraste ) na área de solda lateral. 5. na posição de preservação dos demais componentes próximos a este equipamento que trabalha aquecido. Ligue a energia elétrica. 7. etc. 8. 31 . para assegurar uma operação econômica. 11. através da chave geral localizada no console de controle. Em geral. Coloque o filme no desbobinador e passe-o através da máquina como mostra o diagrama de colocação do filme expresso na lateral da máquina ou em manual da mesma. Colocando o cabeçote ( barra de soldagem lateral ) na posição de trabalho isto é posicionada para baixo e perpendicular à superfície do filme. por exemplo. ). por tentativas ). 32 . calçados impróprios. aqueles que decorrem da execução das tarefas de forma contrária às normas de segurança. relógios. polias. às vezes. roupas soltas. os acidentes são provocados por haver condições e atos inseguros ao mesmo tempo. pisos fracos e irregulares. Pode-se citar como exemplos de pontos de agarramento: cilindros. causado por : d) Desajustamento e) Personalidade Fatores que fazem parte das características de personalidade do trabalhador e que se manifestam por comportamentos impróprios. é possível analisar os fatores relacionados com a ocorrência de atos inseguros e controlá-los. No entanto. excesso de ruído e trepidações. Eis alguns exemplos de partes que poderão ser agarradas: cabelos compridos e soltos. instalações elétricas impróprias ou com defeitos. Tais condições apresentam-se como deficiências técnicas : a) na construção e instalações em que se localiza a empresa. falta de ordem e de limpeza. máquinas apresentando defeito .áreas insuficientes. correias-correntes. isto é. roupas não apropriadas. Eis alguns exemplos: desleixado . colocam em risco a integridade física e/ou mental do trabalhador devido à possibilidade do mesmo acidentar. camisa desabotoada. calça de boca larga. Estas causas são apontadas como responsáveis pela maioria dos acidentes. pulseiras.se. MANEIRA DE SE VESTIR NO TRABALHO É sabido que as partes móveis das máquinas formam pontos de agarramento que representam constante fonte de perigo para o operador. b) na maquinaria: localização imprópria das máquinas. colares. como exemplos: b) Fatores circunstanciais: c) Desconhecimento dos riscos da função e/ ou da forma de evitá-los. cordões. brincos. c) na proteção do trabalhador : proteção insuficiente ou totalmente ausente. exibicionista calado . etc. camisa de mangas compridas .exibicionista falador. equipamento de proteção com defeito. falta de sinalização . exclusivamente. alguns fatores que podem levar os trabalhadores a praticar atos inseguros : a) Inadaptação entre homem e função por fatores constitucionais. É falsa a idéia de que não se pode predizer nem controlar o comportamento humano. deve-se levar em conta que. engrenagens. falta de proteção em partes móveis e pontos de agarramento. Seguem. Na verdade. anéis. para orientação.desatento . " machão ". partes sobressalentes. enfeites. no fator humano. presentes no ambiente de trabalho. CONDIÇÕES INSEGURAS São aquelas que.SEGURANÇA CAUSAS DE ACIDENTES DO TRABALHO ATOS INSEGUROS Os atos inseguros são geralmente definidos como causas de acidentes do trabalho que residem.brincalhão. Exemplificando ambiente desorganizado. Assim como as dependências de uso coletivo merecem uma atenção especial. etc. Para cada coisa deve existir um lugar adequado . caixotes. A limpeza. chão sujo de graxa.usar calça de boca estreita com as barras firmemente costuradas e sem vira . além de prejudicar a produção da empresa. . nas mãos ou dedos . temos o seguinte : - passagens obstruídas com tábuas. conservação e manutenção são muito importantes nas máquinas. . Eis alguns exemplos: . combustíveis ou substâncias químicas . temperatura. produtos acabados etc. não agarrada ou larga demais. geralmente. cavacos. não usar quaisquer enfeites no pescoço.usar calçado de sola de couro fechados e baixos . Não deve ficar jogada estopa impregnada de óleo ou graxa .usar touca ou gorro para prender os cabelos compridos.O calçado é também um grande problema no ambiente de trabalho porque. ORDEM E LIMPEZA É sabido que no ambiente de trabalho muitos fatores de ordem física exercem influências de ordem psicológicas sobre as pessoas.usar as mangas compridas com os punhos abotoados ou. interferindo de maneira positiva ou negativa no comportamento humano. . Armazenar os materiais de uma forma segura . . As pessoas que trabalham num ambiente desorganizado sentem uma sensação de mal-estar que poderá tornar-se um agravante do estado emocional já perturbado por outros problemas. Preservar a ordem e limpeza nos refeitórios . . a ordem e a limpeza constituem um fator de influência positiva no comportamento do trabalhador. os tipos mais usados pelo trabalhador são desaconselháveis e ninguém está livre de que algo pesado caia sobre os pés ou algo perfurante ultrapasse a sola.usar roupa ajustada ao corpo. Conservar o vestiário limpo e organizado. bancadas e ferramentas de uso particular. conforme as condições em que se apresentam. serragens etc. obstáculos onde se pode facilmente tropeçar ou escorregar .usar sapatos de segurança com biqueira e palmilha de aço onde se fizerem necessários . . Esse estado psicológico poderá afetar o relacionamento dos trabalhadores e expô-los ao risco de acidentes. mas algumas medidas podem ser tomadas de imediato para minimizar os riscos. Manter as instalações sanitárias limpas e desinfetadas . estudados e tratados para se conseguir resultados duradouros ou definitivos. luminosidade. Todos os aspectos citados precisam ser observados. Exemplos de fatores de ordem física: cor. então. Neste contexto. mangas curtas . obstáculos que impedem o trânsito normal das pessoas por entre máquinas ou corredores . Manter desimpedido o acesso ao material de combate a incêndio . 33 . ruído. Manter a sinalização desobstruída . usar camisa abotoada e dentro da calça . equipamentos. não deve existir acúmulo de resíduos. Exemplificando : - As bancadas e as máquinas devem permanecer sempre limpas e em ordem. nos braços. por não ter entendido. ou perguntar constantemente. Com o passar do tempo a pessoa começa a falar mais alto. cãibras e em alguns casos de problemas como cristalino do globo ocular. as quais podem provocar anemias.que estão presentes principalmente. há também as RADIAÇÕES IONIZANTES. Nos casos de vibração de todo o corpo. 34 . em princípio. necessita-se de dois fatores imprescindíveis : ORDEM E LIMPEZA RISCOS PROFISSIONAIS AGENTES FÍSICOS Estes são representados pelo ambiente de trabalho. Paralelamente ao calor podemos acrescentar as chamadas RADIAÇÕES ULTRAVIOLETAS . com o tempo.Muitos outros exemplos podem ser citados pois. Além das radiações ultravioletas. conforme legislação específica e de acordo com a duração de exposição no ambiente de trabalho. nas operações de fusão de metais a alta temperatura. Estes tipos de doenças podem ser provenientes de aparelhos especiais e materiais radioativos. podem aparecer problemas renais e casos de dores fortes na coluna. vibração. tais como: iluminação. num ambiente de tranqüilidade e segurança. Convém esclarecer que os fatores comentados geralmente aparecem devido à exposição excessiva ao calor. leucemia e até outros tipos de câncer. após longo tempo de exposição. a irritabilidade ou uma sensação de ouvir o ruído mesmo estando em casa. em todos os ramos de atividade em que se deseja realizar determinadas tarefas. além de interferir na qualidade final do serviço e criar situações de emergência das quais provêm as ocorrências de acidentes. ILUMINAÇÃO: A má iluminação ou o excesso de iluminação. As vibrações localizadas nos braços e mãos provocam deficiências circulatórias e nas articulações. acima da intensidade. indústrias de vidro etc. Este é o início de uma surdez parcial que. devido ao esforço de fixação da imagem ou à contração nos casos de excesso de iluminação. inflamação nos olhos (casos de conjuntivite) conforme o tempo de exposição. radiação. Estes níveis sonoros. de acordo com as características do posto de trabalho. RUÍDO: Certas máquinas. provocam. podem provocar queimaduras. siderurgia.. são os mais propensos a problemas como insolação. equipamentos ou operações produzem um ruído agudo e constante. Como os seus efeitos são térmicos. VIBRAÇÃO: Os problemas físicos motivados pela vibração aparecem na grande maioria dos casos. ruído. calor e frio que. nos casos de solda elétrica etc. causa também a redução da capacidade visual. podem causar danos à saúde. tais como :radiografias industriais de controle. CALOR: Os trabalhadores expostos a trabalhos de fundições. mais conhecida como cataratas. aparelhos de raio-X etc. passará a ser total e irreversível. reações que são chamadas de venenosas ou tóxicas. bronquites. indústria de alimentos congelados etc. fumaças etc. uma vez fixada no órgão de afinidade. algumas substâncias e vapores têm o poder de fixar-se no tecido adiposo subcutâneo. VIA RESPIRATÓRIA : Nas operações de transformação de um produto original pelo processamento industrial dispersam-se na atmosfera substâncias. líquida e sólida. resfriados. na grande maioria dos casos. névoa . provocando alterações. criando casos de asma. VIA CUTÂNEA: A pele tem várias funções e. Alguns metais como cobre e mercúrio podem fixar-se nos rins. 35 . frigoríficos.Via respiratória . poeiras. . entre elas. sérios prejuízos à saúde. pneumoconiose ( alteração da capacidade respiratória. devido à inalação de poeiras ).FRIO: Os casos mais comuns que se destacam pela ação do frio são queimaduras pelo frio. tem propensão a assimilar o chumbo. AGENTES QUÍMICOS: Os agentes químicos. Assim sendo. criando uma insuficiência renal. a substância tóxica entra na circulação sangüínea. Urna vez absorvida. absorvido tanto pela via respiratória. Entretanto.Via cutânea . Há três vias básicas de penetração dos tóxicos no corpo humano: . atingindo desde as vias aéreas superiores até os alvéolos e o tecido conectivo pulmonar. algumas alergias. a principal é a proteção contra as agressões externas. monóxido de carbono. VIA DIGESTIVA: Normalmente a ingestão de substâncias pode ser considerada um caso acidental. alterações nos glóbulos vermelhos e problemas da medula óssea. há vários grupos de substâncias químicas que penetram principalmente pelos poros. Geralmente.Via digestiva . inflamações das amígdalas e da laringe. produzem. O fígado. gotículas. essas ocorrências predominam em empresas tais como : industrialização de pescados. tais como : gases. arsênico e tálio ocorrem problemas neurológicos.desta maneira. quanto via cutânea ou digestiva. Esses elementos penetram no organismo pela via respiratória. mercúrio. que podem ser encontrados nas formas gasosa. vapores. Outro caso é o monóxido de carbono que afeta as células do coração. quando absorvidos pelo nosso organismo. Nas intoxicações de chumbo. por exemplo. O benzeno fixa-se na medula óssea e pode provocar leucemia. causando muitas vezes. gripes. fumos. poucos são os casos de doenças profissionais citadas dentro dessas condições. que poderão criar quadros de anemia. inicia os distúrbios no organismo. Um agente químico. congelamento nos pés e mãos e problemas circulatórios. arsênico etc. A substância. . pode depositar-se em qualquer órgão do corpo humano. da mucosa ao longo do tubo digestivo e do fígado. FINALIZAÇÃO É importante destacar que nem todos os produtos ou agentes aqui comentados e presentes no ambiente de trabalho irão causar. tais como roer as unhas. tuberculose. parasitas e outros. para isto deve se observar todos os fatores que influenciam nos vários estágios que compõem o processo. escolioses nos tecedores a mão. os quais são transmitidos ao esqueleto e órgãos do corpo.. modificações da estrutura óssea etc. artrite crônica nos membros superiores. a possibilidade de a pessoa absorver as substâncias químicas ou biológicas. sendo visíveis apenas ao microscópio. mau cheiro etc. 36 . no caso de marceneiros. deterioração de alimentos.. além de contarem com diversos processos de transmissão. Para que haja danos à saúde é necessário que exista uma combinação de vários fatores como. Estes comportamentos junto ao posto de trabalho podem criar deformações físicas. prejuízos à saúde. por exemplo: o tempo de exposição. obrigatória e imediatamente. Apresentam muita facilidade de reprodução. cifoses. a concentração dos tóxicos no ambiente de trabalho. CONCLUSÃO O sucesso na transformação de matéria prima plástica. como as bactérias. ou limpá-las com os dentes são as principais causas de ingestão de substâncias tóxicas. . Os casos mais comuns de manifestação são: . fungos. Mas ao final de tudo o que vai pesar mais nas tomadas de decisões será a boa consciência do técnico ou profissional envolvido ao se deparar com os quase certos problemas no processo de transformação e que deve agir com profissionalismo e acima de tudo bom senso!. o tipo de tóxico e a forma como o contaminante se encontra. no caso de costureiras. AGENTES MECÂNICOS : Os agentes mecânicos de doenças profissionais caracterizam-se pelas atitudes e hábitos profissionais. vírus. A utilização de um grande número de ferramentas de forma constante e a pressão exercida sobre algumas partes do corpo criarão diversos tipos de doenças profissionais. depende de muitas variáveis e de se manter estas variáveis sob controle. . pintores etc. Certos hábitos. assim como nos demais processos.Ferimentos e machucados onde podem ocorrer infecção por tétano . postura incorreta. neoformações cartilaginosas atribuídas aos martelos pneumáticos etc.. Esses microorganismos são invisíveis a olho nu.Diarréias causadas pela falta de asseio e higiene em ambientes destinados à alimentação.Hepatite. bacilos. AGENTES BIOLÓGICOS : São microorganismos presentes no ambiente de trabalho. Uma série de cuidados são requisitados e cada vez mais se fazem imprescindíveis quando o assunto é assegurar qualidade final e total dos produtos manufaturados. em qualquer dos processos citados.Os poucos casos encontrados são de manifestações dentária. que podem ser levados por outros funcionários para o ambiente de trabalho . Esses agentes biológicos são capazes de produzir doenças. entre as quais podem ser citadas: hidrartroses. micoses da pele etc. 1989 37 . Tecnologia dos Plásticos. VOSSEBÜRGER. Brydson .Escola SENAI Mario Amato Gerson J..Apontamentos Profissionais Jun / 2001 J. Editora Edgard Blücher Ltda. Butterworth Heinemann. Miles. 5a edição. J. 1995. Briston . Indústrias Brasileiras de Matérias Plásticos MICHAELI. Santos . 1ª Edição .. KAUFMANN. BRYDSON. W.Propriedades 2 Publicado pela Imperial Chemical Industries Limited.A.Escola SENAI Mario Amato Apostilas de Processo de Transformação – “ Extrusão de Filmes “ Curso Técnico em Plástico Núcleo Tecnológico do Plástico .C.Plastics Materials Editora Van Nostrand Reinhold Company 2ª Edição . Col.1970 D.1972 Polietileno Alkathene ..A.A. GREIF H..H.1975 (Tradução) Modern Plastics Encyclopedia Editora Mc Graw .A.. F-J. 1994. Poliolefinas .Tecnologia dos Polímeros Editora Poligono S.Escola SENAI Mario Amato Apostilas de Material Plástico – “ Polipropileno “ Curso Técnico em Plástico Núcleo Tecnológico do Plástico . 48 .curso de polipropileno – ABPpol.Hill Publications Company.Escola SENAI Mario Amato Apostilas de Material Plástico – “ Polietileno “ Curso Técnico em Plástico Núcleo Tecnológico do Plástico .197I . Plastics Materials . H. 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