SENAI-RS – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL DEPARTAMENTO REGIONAL DO RIO GRANDE DO SULCONSELHO REGIONAL Presidente Nato Paulo Gilberto Fernandes Tigre – Presidente do Sistema FIERGS Conselheiros Representantes das Atividades Industriais – FIERGS Titulares Ademar De Gasperi Astor Milton Schmitt Manfredo Frederico Koehler Suplentes Arlindo Paludo Paulo Müller Pedro Antônio G. Leivas Leite Representantes do Ministério da Educação Titular Antônio Carlos Barum Brod Suplente Renato Louzada Meireles Representantes do Ministério do Trabalho e Emprego Titular Neusa Maria de Azevedo Suplente Elisete Ramos Diretor Regional e Membro Nato do Conselho Regional do SENAI-RS José Zortéa DIRETORIA SENAI-RS José Zortéa – Diretor Regional Paulo Fernando Presser – Diretor de Educação e Tecnologia Paulo Fernando Basso – Diretor Administrativo-Financeiro Paulo Homem Marcos Gazzana CNC Básico Torno São Leopoldo 2006 1 © CNC Básico Torno 2006, SENAI-RS Trabalho elaborado por técnicos, sob a coordenação, orientação e supervisão da Unidade de Negócios em Educação Básica e Superior da Diretoria de Educação e Tecnologia do Departamento Regional do SENAI-RS. Coordenação Geral Coordenação Técnica Coordenação Local Paulo Fernando Presser DET DET/UNED Jorge Vicente Ribeiro Paulo Pires da Silva CEP SENAI Lindolfo Collor Jaures de Oliveira CETEMP Consultor CEP L. Collor Elaboração Paulo Homem Marcos Gazzana Consultor CETEMP CEP SENAI Lindolfo Collor Normalização bibliográfica Cristiane M. T. Luvizetto Reprodução gráfica CEP SENAI de Artes Gráficas Henrique D’Ávila Bertaso H765 HOMEM, Paulo; GAZZANA, Marcos. CNC Básico Torno. São Leopoldo: Centro de Educação Profissional SENAI Lindolfo Collor, 2006. 155 p. il. 1. Torno. 2. CNC I. Título CDU – 621.941 SENAI – Departamento Regional do Rio Grande do Sul Av. Assis Brasil, nº 8787 91140-000 – Porto Alegre, RS Tel.: (051) 3347-8839 E-mail:
[email protected] SENAI - Instituição mantida e administrada pela Indústria A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecânico, de fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito deste Departamento Regional. 2 ......61 3 ..................................................................3 FUNÇÃO G20.....................................26 6.................................................... 38 6....... 26 6.................57 6.............23 ........................................22 5 PONTOS DE REFERÊNCIAS (ZEROS) BÁSICOS.................................................40 6............ SISTEMA DE COORDENADAS DA MÁQUINA.........................................17 4................................61 6...13 FUNÇÃO G40 ....23 5.......8............................15 4 PLANO CARTESIANO............................6 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO..5 FUNÇÃO G90 .............................................................................................1 PONTO ZERO MÁQUINA “M”....................................................................................................................1 Fornecendo o ponto central “i” e “k”........................15 FUNÇÃO G42......26 6....................2 FERRAMENTA À FRENTE DO CENTRO...............23 5...................................................12 FUNÇÃO G37 ......................13 3 VANTAGENS DO COMANDO NUMÉRICO...............46 6..............................................................................................................27 6..............................................................................3 PONTO DE REFERÊNCIA DA MÁQUINA “R”..................................................................................................16 FUNÇÃO G46 ................25 6.........2 PONTO ZERO PEÇA “W”... 6 FUNÇÕES “G”..................................................................4 FUNÇÃO G21 ....................18 4..................................................46 6.........................................................................................3 Exercícios......57 6.9 FUNÇÃO G04 .................................10 FUNÇÃO G07 ..................................................SUMÁRIO APRESENTAÇÃO..............17 4...........4 SISTEMA DE COORDENADAS ABSOLUTAS.............................................7 EXERCÍCIOS...................................1 SENTIDO DOS EIXOS X E Z.........................8 FUNÇÃO G02 E G03 .......8....30 6..................................................................................................................................42 6.......................................3 FERRAMENTA ATRÁS DO CENTRO...................................................23 5.................. 25 6......................11 2 O QUE É CNC?.......................................................................................................6 FUNÇÃO G91................1 FUNÇÃO G00 ...............................................47 6....................................................................8.............................................................................................................................................................50 6........19 4..................5 SISTEMA DE COORDENADAS INCREMENTAIS................................20 4.......38 6.............................................................................17 FUNÇÃO G47 .................................................. 25 6......14 FUNÇÃO G41............57 6..................9 1 HISTÓRICO.........................2 FUNÇÃO G01.................................................................................................................2 Fornecendo o raio...................................................................................18 4....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................11 FUNÇÃO G33 ............................................................... ........................28...................................................................................117 8.............7 FUNÇÃO “P” .............................................117 8......114 7.................................1 FUNÇÃO M00 .........4 FUNÇÃO “N” ..................113 7..................30 FUNÇÃO G83 ...................88 6.................................................114 7............................98 6..................82 6.......................................120 4 ........6...........................6 FUNÇÃO “F” ............................................................................19 FUNÇÃO G54 e G55 ...............13 FUNÇÃO M30 .........................................119 8.........................................................29 FUNÇÃO G80...............................................................................” ...................................................................................................................................................115 7...28 FUNÇÃO G76..................................................................................................................110 6......................................................62 6....................................114 7.................................................115 8 FUNÇÕES ESPECIAIS.......................................................................................3 FUNÇÃO “H”.............1 Exercícios.....................8 FUNÇÃO M07 ....................................................6 FUNÇÃO M05 .................... FUNÇÃO G96 ........1 Exercícios.............................33 FUNÇÃO G95 ...............................20 FUNÇÃO G66 ......................................................................................................................12 FUNÇÃO M11 ..........................................................................................104 6..........100 6.........................................................................68 6..........8 FUNÇÃO “L” ..................94 6......................................................5..........................110 6..............................................................4 FUNÇÃO M03 ................................................................................................20.....................22 FUNÇÃO G68......7 FUNÇÃO M06 .....................................................92 6..........10 FUNÇÃO M09 ..................119 8..110 6.........................18 FUNÇÃO G53 .................................................1 FUNÇÃO “T” .......................................113 7...................................111 7 FUNÇÕES MICELÂNEAS OU AUXILIARES.........................................................................................23 FUNÇÃO G70.114 7..................................................................................................................115 7....26 FUNÇÃO G74 ...................................................................117 8.................21........................................................................25 FUNÇÃO G73 ..................9 FUNÇÃO “............21 FUNÇÃO G67 .27 FUNÇÃO G75...............................................................................113 7..........................................................................................................................................................61 6............................................................................118 8..........................................118 8.......................................................109 6...............................................................................................................................................89 6....................................................74 6...................................32 FUNÇÃO G94 .......................114 7................................................................................119 8...........80 6..........9 FUNÇÃO M08 ..........88 6..................................1 Exercícios....................................................................113 7................................................................................34.119 8................................................106 6......................................11 FUNÇÃO M10 .........................................................36 FUNÇÃO G99 ....................................................106 6...............26.................................113 7.........................2 FUNÇÃO “/” ...........................................1 Exercícios........61 6..........................................................................................................................2 FUNÇÃO M01 ........................................3 FUNÇÃO M02 .......................................................................................111 6...................................................................................................... FUNÇÃO “S” .................................................................................................27...................................................1 Exercícios.....................88 6..................................24 FUNÇÃO G71 ..................114 7.............31 FUNÇÃO G92 ..............................................35 FUNÇÃO G97.........................................................................................................................................................................................................................................................................5 FUNÇÃO M04 .......................... ..........................................................................................................................................................................................................3 EXERCÌCIOS ...................................121 9............................2 FLUXOGRAMA DE PROGRAMAÇÃO............................................121 9....155 5 ...........................1 INFORMAÇÕES SOBRE PROGRAMAÇÃO...........124 CONCLUSÃO..........122 9..........153 REFERÊNCIAS.......................................9 ESTRUTURA DE PROGRAMAÇÃO...................................................................................... 6 . novos parâmetros. Então. visando o aumento dos recursos produtivos. metal duro às modernas ferramentas com insertos de cerâmica. nenhuma oferecia a flexibilidade necessária para o uso de uma mesma máquina na usinagem de peças com diferentes configurações e em lotes reduzidos. com a descoberta e. do torno copiador e torno automático. Muitas soluções surgiram. com programação elétrica ou mecânica. reunindo as características de várias destas máquinas. sempre se procurou soluções que permitissem aumentar a produtividade com qualidade superior e a minimização dos desgastes físicos na operação das máquinas. Em paralelo ao desenvolvimento da máquina. 7 . que permitissem a usinagem com rigidez e dentro destes. As condições de cortes impostas pelas novas ferramentas exigiram das máquinas novos conceitos de projetos. levou à criação do torno revólver. que foi o desenvolvimento das ferramentas.APRESENTAÇÃO No desenvolvimento histórico das Máquinas Ferramentas de usinagem. Um exemplo desta situação é o caso do torno. outros fatores colaboraram com sua evolução. etc. A evolução do torno universal. desde as de aço rápido. conseqüente aplicação do Comando Numérico a Máquina Ferramenta de Usinagem. esta preencheu as lacunas existentes nos sistemas de trabalho com peças complexas. com emprego de “cames”. mas até recentemente. 8 . A aplicação ainda não era significativa. completamente. Somente quando este caminho foi abandonado por ordem econômica. como significando por meio ou através de números. Este conceito surgiu e tomou corpo. basicamente simples. no Brasil.C. inicialmente nos idos de 1848/50. já se dizia em voz corrente.I. várias empresas pesquisavam. idéia. A história não termina.T. que deixam de envolver somente Máquinas Operatrizes de usinagem. mais precisamente. experiência e viabilidade econômica. abriu-se para a pesquisa e o desenvolvimento do que seria o “Comando Numérico”. mas abre-se nova perspectiva de desenvolvimento.1 HISTÓRICO Em 1850. as Máquinas Ferramentas de usinagem. cujas idéias foram apresentadas pela “Parson Corporation”. principalmente. de acordo com os dados fornecidos por um computador”.N. a Força Aérea Norte-Americana utilizou em suas oficinas máquinas C. no Massachussets Institute of Tecnology. as palavras “Comando Numérico” começam a ser mais freqüentemente entendidas como soluções de problemas de usinagem. Da década de 60. isoladamente. desenvolveu-se um projeto específico que tratava do “desenvolvimento de um sistema aplicável às máquinas-ferramenta para controlar a posição de seus fusos. Nesta mesma época. No conceito “Comando Numérico”. Em 1855 e 1857. entrando em novas áreas. iniciando. o C. onde não se justifica o emprego de máquinas especiais. já se iniciou o emprego de máquinas com C. em substituição aos controles convencionais. o que.. também participou das pesquisas e apresentou um comando com entrada de dados através de fita magnética. quando sob a tutela da Parson Corporation e da Força Aérea dos Estados Unidos. principalmente. pois faltava confiança. Massachussets Institute of Tecnology. que a cibernética revolucionária. de certa forma.N. retardou o aparecimento do CN. nos Estados Unidos da América e.N.N. e aumentou muita a aplicação no campo da metalúrgica. garante estas perspectivas do crescimento.N. é também. Em nosso país. mas não se sabia exatamente como. foram desenvolvidos novos sistemas. Este desenvolvimento chega a nossos dias satisfazendo os quesitos de confiança. e sua aplicação.N. a história do C. O M. Atualmente.. O desenvolvimento da eletrônica aliado ao grande progresso da tecnologia mecânica. contudo. assim. os custos eram altos e a experiência muito pequena. máquinas ferramentas com C. A Romi é uma das primeiras Industrias nacional a adotar o emprego de máquinas equipadas com comando numérico em sua usinagem... a primeira a fabricar. máquinas foram especialmente projetadas para receberem o C. devem entender “numérico”. Houve tendências iniciais de aplicar o computador para comandos de máquinas. 9 . 10 . O circuito que integra a máquina-ferramenta ao C. Uma unidade calculadora.. Para entendermos o princípio básico de funcionamento de uma máquinaferramenta a Comando Numérico. genericamente. pode-se dizer que o Comando Numérico é um equipamento eletrônico capaz de receber informações através de entrada própria de dados. 11 . devemos dividi-la. micro e outros menos usuais.N. é denominado de interface. sem a intervenção do operador. recebidas através de leitoras de fitas. realize as operações na seqüência programada. em duas partes: Comando Numérico O C. entrada manual de dados. o qual será programado de acordo com as características mecânicas da máquina.2 O QUE É CNC? Como definição. Quanto mais recursos oferecer. maior a versatilidade. onde as informações recebidas são processadas e retransmitidas às unidades motoras da máquina-ferramenta. compilar estas informações e transmiti-las em forma de comando à máquina ferramenta de modo que esta.N. é composto de uma unidade de assimilação de informações. Máquina-Ferramenta O projeto da máquina-ferramenta deverá objetivar os recursos operacionais oferecidos pelo C.N. 12 . quando analisarmos os seguintes critérios na aplicação de máquinas a C. Basicamente. Interpolações lineares e circulares. • Profundidade de corte perfeitamente controlável. • Possibilidade de correção destes desgastes. • Redução do refugo. os quais executam as formas geométricas da peça. o seu custo inicial ficará em segundo plano. Compactação do ciclo de usinagem. • Simplificação dos dispositivos. Mandriladoras e Centros de Usinagem. • Troca automática de velocidades. de grande precisão.N. Sua aplicação tem sido maior nas máquinas de diferentes operações de usinagem. As dimensões dependem. Menor tempo de preparação da máquina. Redução na gama utilizável de ferramentas. Sistema de posicionamento. • Menor controle de qualidade. Furadeiras. Menor interação entre homem/máquina.. controlado pelo C. • Menor estoque de peças em razão da rapidez de fabricação. sua aplicação deve ser efetuada em empresas que utilizem as máquinas na usinagem de séries médias e repetitivas ou em ferramentarias. Menor movimento da peça. como Tornos. do comando da máquina. não necessitando as mesmas de projetos especiais.3 VANTAGENS DO COMANDO NUMÉRICO. Corte de roscas. quase que somente. sem a utilização de modelos. As principais vantagens são: Maior versatilidade do processo. faces aos recursos do comando/máquina. O Comando Numérico pode ser utilizado em qualquer tipo de máquina-ferramenta. A compra de uma máquina-ferramenta não poderá basear-se somente na demonstração de economia comparado com o sistema convencional. Fresadoras. que usinam peças complexas em lotes pequenos ou unitários. • Maior controle sobre desgaste das ferramentas. Menor tempo de espera. • Uso racional de ferramentas. pois. • Seleção infinitesimal dos avanços. • Aumento da qualidade do serviço. • Facilidade na confecção de perfis simples e complexos. 13 • • • • • • • • • • .N. • Repetibilidade dentro dos limites próprios da máquina. • • • 14 . • Uso racional do arquivo de processos.Maior segurança do operador. Economia na utilização de operários não qualificados. Rápido intercâmbio de informações entre os setores de Planejamento e Produção. • Troca rápida de ferramentas. 4. a coordenada cartesiana do ponto destino. entre outros dados. Z0). em relação a uma origem pré-estabelecida (X0. com uma linha paralela ao movimento transversal. Observações: O sinal positivo ou negativo introduzido na dimensão a ser programada é dado pelo quadrante. Para o deslocamento da ferramenta com precisão é necessário fornecer. onde a ferramenta está situada. SISTEMA DE COORDENADAS DA Toda geometria da peça é transmitida ao comando com auxílio de um sistema de coordenadas cartesianas. 15 . O plano cartesiano é a base para todo o sistema de programação em um programa CNC. Todo movimento da ponta da ferramenta é descrito neste plano XZ.1 SENTIDO DOS EIXOS X e Z: X MOVIMENTO LONGITUDINAL Z MOVIMENTO TRANSVERSAL O sistema de coordenadas é definido no plano formado pelo cruzamento de uma linha paralela ao movimento longitudinal (Z). Lembrar que X é sempre a medida do diâmetro.4 PLANO MÁQUINA CARTESIANO. 3 FERRAMENTA ATRÁS DO CENTRO TORRE TRASEIRA X+ 2º QUADRANTE 1º QUADRANTE Z3º QUADRANTE 4º QUADRANTE Z+ X16 .2 FERRAMENTA À FRENTE DO CENTRO. TORRE DIANTEIRA X3º QUADRANTE 4º QUADRANTE Z2º QUADRANTE 1º QUADRANTE Z+ X+ 4.4. a origem é estabelecida em função da peça a ser executada. Este processo é denominado “Zero Flutuante”. Z0) 17 . Z0) ORIGEM (X0. normalmente a origem (X0. podemos estabelecê-la em qualquer ponto do espaço para facilidade de programação. conforme ilustração abaixo: X X Z(+) Z(+) ORIGEM (X0. Z0.4 SISTEMA DE COORDENADAS ABSOLUTAS No sistema. O ponto X0 é definido pela linha de centro do eixo-árvore. Como vimos. a origem do sistema foi fixada como sendo os pontos X0.4. ou seja. Z0) é pré-estabelecida no fundo da peça (encosto das castanhas) ou na face da peça. O ponto Z0 é definido por qualquer linha perpendicular à linha de centro do eixo-árvore. Durante a programação. EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO: 20 E D 10x45° C B MOVIMENTO PARTIDA DE A B C D META PARA B C D E COORDENADAS ABSOLUTAS EIXO X 30 50 80 80 Z 30 20 20 0 Ø80 Ø50 B C E D 4. X A Ø30 A Z C B 18 .5 SISTEMA DE COORDENADAS INCREMENTAIS: A origem deste sistema é estabelecida para cada movimento da ferramenta. Após qualquer deslocamento haverá uma nova origem. Se a ferramenta desloca-se de um ponto A até B (dois pontos quaisquer). medidas (projetadas) em X e Z. Todas as medidas são feitas através da distância a ser deslocada. ou seja. a origem das coordenadas passará a ser o ponto alcançado. as coordenadas a serem programadas serão as distâncias entre os dois pontos. para qualquer ponto atingido pela ferramenta. Note-se que o ponto A é a origem do deslocamento para o ponto B e B será origem para um deslocamento até um ponto C. EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO: 20 E D 10x45° C B Ø80 Ø50 B C E D MOVIMENTO PARTIDA DE A B C D META PARA B C D E COORDENADAS INCREMENTAIS DIREÇÃO X 30 20 30 0 Z 0 -10 0 -20 Ø30 A 19 . e assim sucessivamente. em medida de diâmetro. em medida de raio. 20 . Coordenadas incrementais: Eixo / posição X Z p1 15 0 p2 p3 p4 p5 p6 Caso 2: os diâmetros da peça dados no eixo “X”.4.6 EXERCÍCIOS: Complete as tabelas abaixo: 75 50 30 15 X- Ø50 Ø35 Ø25 Ø15 Z+ X+ Coordenadas absolutas: Eixo / posição X Z p1 p2 p3 p4 p5 p6 Caso 1: os diâmetros da peça dados no eixo “X”. 2 PONTO ZERO MÁQUINA “W” Ponto zero do sistema de coordenadas da peça ou ponto zero da peça. X ponto de referência aos eixos da R máquina M ponto zero máquina ponto zero peça W Z Os pontos são definidos da seguinte forma: 5. este ponto fica localizado no flange do cone de fixação da placa e na face como sugere a figura acima. É fixado pelo fabricante.1 PONTO ZERO MÁQUINA “M” Ponto zero do sistema de coordenadas da máquina ou ponto zero máquina. o ponto zero máquina. Permite ao usuário “deslocar” ou “criar” novos pontos zero sistema de coordenadas em locais pré-determinados na peça e dimensionados em relação a uma única origem. Serve como um ponto onde os eixos sempre serão deslocados ao ligar a máquina para a sincronização do sistema de medição dos carros. 5. É o ponto inicial para todos os demais sistemas de coordenadas e pontos de referência da máquina.: já comentado em páginas anteriores. ponto zero peça e ponto de referência aos eixos da máquina. Na verdade.5 PONTOS DE REFERÊNCIAS (ZEROS) BÁSICOS Existem três pontos zeros básicos: ponto zero máquina. 5. Obs. das ferramentas e de aferição. 21 .3 PONTO ZERO MÁQUINA “R” Ponto zero do sistema de coordenadas da máquina ou ponto de referência da máquina. É fixado pelo fabricante. 22 . Elas são programadas pelo endereço “G” e um número de até dois dígitos. Podem ser MODAIS ou NÃO MODAIS. G02 e G03.6 FUNÇÕES “G” As condições de trajetória juntas com as coordenadas e seus valores. ou seja. 23 . que aparece automaticamente no campo de funções memorizadas do comando numérico quando é energizado.2 FUNÇÃO: G01 Aplicação: Interpolação linear com avanço programável. Como funções preparatórias ou condições “Gs” temos: G90. calculado através de coordenadas e com um avanço (F) pré-determinado pelo programador. NÃO MODAIS: Funções que todas as vezes que requeridas. G91. G00. ou para receber uma determinada informação. Com isto G90 cancela G91 e vice-versa. A função G00 é Modal e cancela as funções G01. G03 e G73. determinam a parte geométrica do programa. valendo para todos os blocos posteriores. Os eixos movem-se para a meta programada com a maior velocidade de avanço disponível para cada modelo de máquina. FUNÇÃO: G00 Aplicação: Posicionamento rápido.1. 6. G02 e G03 que um cancela o outro. Essas funções definem a máquina o que fazer. devem ser programadas. G01. G02. Todas elas são funções modais. 6. ou seja. (1a operação após ligar a chave elétrica geral) assim quando é “resetado” (limpeza de dados de parte da memória) ou quando um programa retorna ao início através das funções de fim de programa. G01. a menos que modificados por outra função ou a mesma. tratam-se de todas ou toda a função indicada. MODAIS: Funções que uma vez programadas permanecem na memória do comando. são válidas somente no bloco que as contém. preparando-a para executar um tipo de operação. É utilizado no momento que se iniciará a retirada de cavaco. podendo ser omitido os zeros iniciais. permanecem memorizadas (sendo executadas) até ser sobreposta por uma outra função do mesmo grupo. vale também para G00. Com esta função obtém-se movimentos retilíneos com qualquer ângulo. Existem funções ditas de posição básica que. Geralmente nos tornos CNC utiliza-se o avanço em mm/rotação, mas este também pode ser utilizado em mm/min. O avanço é um dado importante de corte e é obtido levando-se em conta o material, a ferramenta e a operação a ser executada. A função G01 é Modal e cancela as funções G00, G2, G3 e G73. 6.3 FUNÇÃO: G20 Aplicação: Programação em diâmetro. Esta função define que o valor dimensional associado ao eixo X é em diâmetro, e aplica-se aos códigos de programação X, I e U. A Função G20 é um comando Modal e já se encontra ativa quando ligamos a máquina, caso necessário aciona-la deverá ser programada em um bloco separado, antes de qualquer movimento relativo à programação em diâmetro. Cancela a Função G21 (programação em raio). Pode-se verificar na página de “Status” a função comandada em destaque. 6.4 FUNÇÃO: G21 Aplicação: Programação em raio. Esta função define que o valor dimensional associado ao eixo X é em raio e aplica-se aos códigos de programação X, I e U. A Função G21 é um comando modal e deve ser programada em um bloco separado, antes de qualquer movimento relativo à programação em raio. Cancela A Função G20 e será mostrada na página de “Status” em destaque. 6.5 FUNÇÃO: G90 Aplicação: Coordenadas absolutas A função G90 significa: “Deslocar para uma e após outra determinada posição sempre com referência a um mesmo ponto de origem das coordenadas”. 24 Valores ditos “absolutos” em um programa CN se referem ao ponto origem sistema de coordenadas, que será sempre o mesmo durante a programação. Assim o programa construído em “G90” terá todas as suas medidas em referencia (relação) a um único ponto de origem para as suas distâncias. 6.6 FUNÇÃO: G91 Aplicação: Coordenadas Incrementais A função G91 significa: Deslocar... mm em uma e após outras determinadas posições sempre com referência ao último ponto da parada de cada movimento programado. Valores ditos “incrementais” em um programa CN se referem ao ponto origem do sistema de coordenadas, que alterará sua posição a cada novo movimento no(s) eixo(s). Assim sendo este construído em “G91”, terá cada uma das suas medidas com referencia ao ponto anterior programado e tendo ele como ponto zero sistema de coordenadas. Função P: Aplicação: Identificação de programa. Todo programa principal ou sub-programa no diretório é identificado através de um único número “P” de 2 dígitos, podendo variar na faixa de P01 a P88. Os programas podem ser apagados do diretório ou ainda remunerados, se necessário. Nota: Se um sub-programa é remunerado, as referências a este programa contidas em outros, não são automaticamente atualizadas. Função L: Aplicação: Número padrão de execuções. A função “L” define o número de vezes que um determinado sub-programa deve ser executado. Pode-se chamar um sub-programa para múltiplas execuções, programando um bloco contendo a função “P” (número do sub-programa) e “L” (número de vezes que o sub-programa pode ser executado). EXEMPLO: P2 L3 # (define que o sub-programa 2 será executado 3 vezes). 25 PROGRAMAÇÃO INCREMENTAL E SUB-PROGRAMA EXEMPLO: 100 20 3 20 10 0,5x45° Programa principal (P1): N10 G99 # . . . N50 G X55. Z110. # N60 P2 L3 # N70 G90 # N80GX150.Z150. # N80 M30 # Sub-programa (P2): N10 G91 # N20 G Z-20. # N30 G1 X-10. F.15 # N40 G X10. # N50 G1 Z-.5 F.5 # N60 X-5. # N70 X-1. Z.5 F.15 # N80 G X6. # N90 G1 Z.5 F.5 # N100 X-5. # N110 X-1. Z-.5 F.15 # N120 G X6. # N130 M2 # Ø45 Ø50 26 Folha de anotações 27 . G20 medidas em Ø. G01 deslocamento linear em avanço de trabalho. Ø50 150 125 100 75 25 Ø75 Ø100 Ø150 Ø180 28 .7 EXERCÍCIOS Exercício 1. G00 deslocamento linear em avanço rápido. G54 deslocamento da origem. Elabore o programa utilizando: G90 sistema de medida absoluto.6. Folha de programação 29 . Exercício 2. G00 deslocamento linear avanço rápido. Elabore o programa utilizado: G90 sistema de medidas absoluto. G21 medidas em raio. Ø25 12. G54 deslocamento da origem.5 Ø50 100 87. G01 deslocamento linear em avanço de trabalho. G91 sistemas de medidas incrementais.5 125 Ø75 150 18° Ø100 Ø125 25 30 . Folha de programação 31 . G91 sistema de medidas incrementais. G54 deslocamento da origem. G20 medidas em Ø. G00 deslocamento linear em avanço rápido. G01 deslocamento linear em avanço de trabalho.Exercício 3 Elabore o programa utilizando: G90 sistema de medidas absoluto. 100 80 60 40 Ø80 Ø60 Ø40 Ø20 32 . Folha de programação 33 . G20 Medidas em Ø.Exercício 4 Elabore o programa utilizando: Ponto zero na placa. G90 Sistema de medidas absoluto.5 50 Ø150 Ø100 Ø25 Ø50 Ø75 34 . 125 100 87. G00 deslocamento linear em avanço rápido.5 75 62. G01 deslocamento linear em avanço de trabalho. Folha de programação 35 . A função “I” deve ser programada em diâmetro. as funções I e K (coordenadas para o centro do arco).8. Juntamente com o sentido do arco programa-se as coordenadas do ponto final do arco em X e Z. não são Modais. Programa-se o sentido de interpolação circular (horária ou anti-horária). Tanto G02 como G03 executam operações de usinagem de arcos prédefinidos através de uma movimentação apropriada e simultânea dos eixos. Z 0 ) Notas: .8 FUNÇÃO: G02 E G03 Aplicação: Interpolação circular.Caso o centro do arco ultrapasse a linha do centro devemos dar o sinal correspondente ao quadrante. 6. As funções I e K são programadas tomando-se como referência a distância do centro do arco até a origem do sistema de coordenadas. Na programação de um arco deve-se observar as seguintes regras: • • • O ponto de partida do arco é a posição de início da ferramenta. a função R (valor do raio). As funções I e K definem a posição do centro do arco.1 Função “I” e “K” Aplicação: Coordenadas do centro do arco. onde: • • I é paralelo ao eixo X. ou então. K é paralelo ao eixo Z. 36 . .6. através dos códigos G02 ou G03. cancelam a função G00 e autorizam o código G01 para movimentos subseqüentes. X R K C e n tro d o a rco Z (+ ) O rig em (X 0 . devemos inverter o código de interpolação circular (G02 e G03) em relação ao sentido de deslocamento da ferramenta. no eixo transversal (quadrante negativo).O sentido de execução da usinagem do arco define se este é horário ou antihorário. 37 . conforme os quadros abaixo: TORRE TRASEIRA (Quadrante Positivo) G02 (HORÁRIO) X+ G03 (ANTI-HORÁRIO) TORRE DIANTEIRA (Quadrante Positivo) G03 (HORÁ RIO) X+ G02 (ANTI-HORÁRIO) Observação: No caso de termos ferramentas trabalhando em quadrantes diferentes. R10. Z22.# N110 Z# Importante: Antes da execução do bloco contendo a interpolação circular o comando verifica automaticamente o arco e. .8.# ou N100 G3 X80.# ou N70 G2 X44. N30 G X21. mostrando a mensagem: “G02/G03 – DEF.5x45° R3 Ø80 Ø50 R 10 Ø24 . Z22. K50. o comando o pára. .25# N50 X24.ILEGAL”.5# N60 Z50. se for geometricamente impossível a execução.# N80 X50.2 Função “R” Aplicação: Definição de raio. 6. R3. É possível programar “interpolação circular” até 180 graus com auxílio da função R. I44. F. I74. discriminando o valor do raio sempre com sinal positivo.# N100 G3 X80.EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO Ø80 25 15 1. Z78.# N80 X74. 38 .# N70 G2 X44.Z81# N40 G1 Z80. Z40. K22. Z25. Z40. Folha de anotações 39 . 5 25 Ø125 Ø100 Ø50 Ø25 .5 50 37.6. 100 75 R 12 . G03 interpolação circular no sentido anti-horário.3 EXERCÍCIOS Exercício 1 Elabore o programa utilizando: G90 sistema de medidas absoluto. G54 deslocamento da origem.5 12 R 40 . G01 deslocamento linear em avanço de trabalho. G02 interpolação circular no sentido horário. G00 deslocamento linear em avanço rápido. G20 medidas em Ø.8. 41 .Folha de programação. G03 interpolação circular no sentido anti-horário. G54 deslocamento da origem. G00 deslocamento linear em avanço rápido. G01 deslocamento em avanço de trabalho.5 25 Ø125 Ø75 R 12 . 100 62. 42 .Exercício 2 Elabore o programa utilizado: G90 sistema de medidas absoluto. G21 medidas em raio.5 Ø50 R . G02 interpolação circular no sentido horário.5 12 R1 5 2. 43 .Folha de programação. cuja duração é definida por um valor “D” associado.10 FUNÇÃO: G07 Aplicação: Retração da ferramenta. “G03” ou “G73”. Entretanto. o programador por medida de segurança achar conveniente não permitir a Função de retração. uma vez inserida no início do programa. da ferramenta ou para troca de um inserto. Para utilizar este recurso é necessário que o programa em uso contenha a Função “G07”. o código “U” relativo ao eixo “X”.9 FUNÇÃO: G04 Aplicação: Tempo de permanência. o comando mostra ao operador na página de status. respectivamente. Na primeira vez que um bloco com G04 aparece no programa. para fins de inspeção da peça. “G02”. Nota: Quando o parâmetro “D” é usado para outro propósito. como por exemplo com G37. Por esta razão será necessário restabelecer o tempo cancelado. que é modal. Durante o tempo de parada. Entre um deslocamento e outro da ferramenta. para usinagem externa ou interna. Se em um determinado perfil. A função G04 executa uma permanência. Esta função permite ao operador interromper o processo de corte ou usinagem. será modificado qualquer tempo de permanência armazenado anteriormente. 44 . Os novos tempos usados nos blocos seguintes e que tiverem o mesmo valor da Função “D”. poderá ser programado com o sinal (negativo ou positivo). bastará programar o código “G07” sem nenhum parâmetro definido para “U” e “W”. A função retração estará inibida quando da execução de um bloco com “G01”. pode-se programar um determinado tempo de permanência da mesma.6. 6. o tempo decrescente. permanece com efeito até o final da execução do mesmo. podem ser requeridos apenas com a programação da Função G04. o programador deverá considerar que na programação da função “G07”. a função “D” deve ser incluída no bloco. que define o tempo em segundos. dependendo do quadrante que trabalha a ferramenta. ou seja. 11 FUNÇÃO: G33 Função G33 abre roscas nos eixos X e ou Z. Caso não seja programado. o comando assumirá o avanço atual.de modo a saber se esta função deve ou não ser aceita. 6. o que dispensa a reprogramação destes códigos após o “G07”. paralelas e cônicas. o avanço que estava sendo utilizado na usinagem no momento da solicitação da retração. Deve-se programar um bloco de G33 para cada passada de rosca. obtidas.Cada vez que for requisitada a retração. se necessário. se o movimento posterior ao “G07” tiver que ser executado em “G01” ou “G73”. A programação de uma interpolação circular sempre exige a presença de “G02” e “G03”. em que cada profundidade é programada em bloco separado. por funções opcionais programadas no mesmo bloco da função G33. definido no próprio bloco de “G07”. os eixos irão recuar de acordo com o valor do incremento definido no bloco “G07”. Há possibilidade de abrir-se roscas em diâmetros internos e externos. onde: U = Valor do incremento do recuo no eixo “X” W = Valor do incremento do recuo “Z” F = Avanço do incremento para retração da ferramenta Nota: Como a função de retração sempre verifica qual código “G” está em uso. Observação: Para utilizar esta função requer-se: G07 U W (F) #. ou seja. faz-se necessário reprogramar um “G01” ou “G73” sempre após “G07” ter sido programado em um ponto qualquer do programa. O avanço de retração poderá ser dado pelo parâmetro “F”. simples ou de múltiplas entradas. A Função G33 é modal e requer: 45 . O retorno da ferramenta e o posicionamento para uma nova passada devem ser programados em blocos separados e subseqüentes contidos de avanço rápido (G00). G33 Z K (X) (I) (A) #. onde: Z = Coordenada do ponto final da rosca no eixo longitudinal K = Passo da rosca no eixo longitudinal (X) = Coordenada do ponto final da rosca no eixo transversal (normalmente usado para rosca cônica) ( I ) = Incremento no eixo transversal por passo (normalmente usado para rosca cônica) (A) = Abertura angular entre as entradas da rosca. X(+) K X(+) K Z(+) Z(+) X(+) K K X(+) K I Z(+) Z(+) I 46 . # 80 50 3 M30 x 1.85# N50 G33 Z48.65 x Passo) x 2 H = 1.# N65 X28.# N25 X28.5# N85 GX35.# N105 X28.# N60 Z83.5# N75 GX35.5 47 .05 G33 N20 GX35.85 X = 28.5# N35 GX35.EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO: ROSCA MÉTRICA DIÂMETRO 30 x 1.35# N30 G33 Z48.5 Relação de fórmulas: H (Altura do filete) H = (0.# N45 X28.# N120 Z83.5 K1.05# N110 G33 Z48.# N85 X28.5 K1.15# N80 G33 Z48.5 K1.# N100 Z83.5 K1.85 X (Diâmetro final) X = Diâmetro inicial – Altura do filete X = 30 – 1.55# N70 G33 Z48.5 K1.# N40 Z83. Z83.# N80 Z83.5# N55 GX35.5# N115 GX35. A função G37 não é modal e requer: G37 X Z (I) K D E (A) (B) (W) (U) (L) Onde: X = Diâmetro final de roscamento (absoluto) Z = Posição final do comprimento da rosca (absoluto) I = Incremento no eixo X. D = Profundidade para a primeira passada. Com esta função poderemos abrir roscas em diâmetros externos e internos. roscas paralelas e cônicas. por passo.6.12 FUNÇÃO G37 Aplicação: Ciclo de roscamento automático. o valor da função “I” deverá ser negativo. sendo que o comando fará o cálculo de quantas passadas forem necessário. mantendo sempre o mesmo volume de cavaco retirado no primeiro passe. simples ou de múltiplas entradas com apenas um bloco de informação. K = Passo da rosca (incremental) A = Abertura angular entre as entradas da rosca (graus) B = Ângulo de alimentação para roscamento (graus) Observação: Valor programado = ângulo do inserto. para rosca cônica (diâmetro) Observação: no caso de rosca cônica interna. 48 . > 30 graus W 2 .> 60 graus U = Profundidade do último passe rosca (diâmetro) (incremental) L = Número de repetições do último passe da rosca (acabamento) 49 .D= H Número de passes E = Distância de aproximação para início do roscamento (incremental) E = Diâmetro posicionado – diâmetro externo (usinagem externa) E = Diâmetro da crista – diâmetro posicionado (usinagem interna) W = Parâmetro para ângulo de saída de rosca (pull-out) W 0 .> 45 graus W 3 .> 0 grau W 1 . X(+) K D X(+) K E H E I D W B X(+) 1mm X(+) K E D U E Z(+) Z(+) Z(+) Z(+) 50 . 75 Z51.75 Cálculo do número de passadas “D”: Observação: No exemplo.EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO: 83 35 15 3 30 H = (0.25 11 E = Diâmetro posicionado – Diâmetro externo E = 25 – 20 E=5 . .25 Diâmetro final = Diâmetro inicial – Alt. cálculo para 11 passadas.5) x 2 H = 3.65 x passo) x 2 H = (0.88# .5 E5. D. D= 3. Do filete Diâmetro final = 20 – 3. .65 x 2.5 Ø60 51 .# N65 G37 X16. . N60 GX25.25 Diâmetro final = 16. M20x2.5K2.Z88. 208 Altura do filete: H = (0.208) x 2 H = 3.ROSCA CÔNICA: Relação de fórmulas: H = (0.866 x 2.4 50 70 5 Passo: K = 25.5 fios/pol Ø33.826 Conversão do grau de inclinação: 1 grau 47 min = 1.4 : 11.866 x passo) x 2 I = Incremento eixo “X” por passo I = (tg x Passo) x 2 EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO: Rosca Cônica NPT 11.78 graus Altura do triângulo: 52 .5 K = 2. 85 Diâmetro final : Diâmetro final = diâm.55 Diâmetro inicial = 31. Z75.137 E5. Oposto Cat.# N75 G37 X28. a rotação do eixo árvore não deve ser superior ao valor determinado pela seguinte relação: Cte RPM Max = K Constante para GALAXY = 5000 Constante para CENTUR = 3000 Constante para COSMOS = 5000 53 .78 x 2. K2.02 Conicidade (I): I = (tg x P a ss o ) x 2 I = (tg 1.137 Distância de aproximação (E): E = Diâm.85 – 3.826 Diâmetro final = 28. Posicionado – diâm.15 Números de passadas (D): Observação: no exemplo.02 Z50.208) x 2 I = 0.208 I. Inicial E = 37 – 31.8565# Observação: Durante a execução de qualquer função de roscamento.4 – 1. cálculo para 16 passadas. Inicial – altura do filete Diâmetro final = 31. teremos: X = 1.tg = Cat.826 16 D = 0. D= 3.55 Diâmetro inicial : Diâmetro inicial = 33. Adjascente Passando para o diâmetro.8565 N70 GX37.15 D.85 E = 5. Z112.# 100 60 4 A 0° . K6. D86. A 120°. Diâmetro inicial: N80 G37 X22.# N85 G37 X22. K6. E5.ROSCAS COM VÁRIAS ENTRADAS: Relação de fórmulas: K = (passo) K = passo x número de entradas (passo programado) A = (abertura angular entre as entradas da rosca) A = 360 graus : números de entradas da rosca EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO: ROSCA 3 ENTRADAS M25 x 2 N75 G X30. D86 A0.4 Z62. K6. E5. A 240° .# M25 x 2 3 entradas 54 .4 Z62.# N80 G37 X22.4 Z62. A120. E5. D86 A240. estando à esquerda da peça a ser usinada.15 FUNÇÃO G42 Aplicação: Compensação do raio da ponta da ferramenta (direita). A função G40 é modal e está ativa quando o comando é ligado. quando solicitada pode utilizar o bloco posterior para descompensar o raio do inserto que deve ser inserido na página de “Dimensões de Ferramentas”. vista em relação ao sentido do curso de corte. vista em relação ao sentido do curso de corte. 55 .6.14 FUNÇÃO G41 Aplicação: Compensação do raio da ponta da ferramenta (esquerda). Esta função implica em uma compensação similar à função G41. 6. exceto que a direção da compensação é à direita. A função G40 deve ser programada em um bloco.13 FUNÇÃO: G40 Aplicação: Cancela compensação do raio da ponta da ferramenta. O ponto comandado para trabalho encontra-se no vértice entre os eixos X e Z. próprio para cancelar as funções previamente solicitadas como G41 e G42. A função G41 seleciona o valor da compensação do raio da ponta da ferramenta. Esta função. X Z PONTO COMANDADO 6. É bom lembrarmos que o importante para escolha do código G41 ou G42 adequado para cada caso. .. F. portanto cancelam a função G40. Exemplo: . . na página de “Dimensões de Ferramentas”. para que o comando possa neste espaço fazer a compensação do raio da ferramenta. onde se recomenda que o movimento seja feito sem o corte do material. N50 G41 (G42) # N60 G1 X. As funções G41 e G42 são modais. . é o sentido do corte.. Nunca se deve utilizar o código G00 (avanço rápido).As funções de compensação (G41 ou G42) devem ser programadas em um bloco separado a ser seguido por um bloco de aproximação com movimento linear (G01 ou G73). como veremos a seguir.Notas: . quando se estiver compensado o raio do inserto... # (Este bloco de aproximação será utilizado para a compensação). . Z.. . 56 . Ciclos fixos não são possíveis quando o comando estiver compensando o raio da ferramenta. ..A geometria da ponta da ferramenta e a maneira na qual ela foi informada são definidas pelo código “L”. CÓDIGOS PARA COMPENSAÇÃO DO RAIO DA FERRAMENTA (TORRE TRASEIRA) QUADRANTE (+) G42 G41 G41 G42 QUADRANTE (-) G42 G41 G42 G41 57 . CÓDIGOS PARA COMPENSAÇÃO DO RAIO DA FERRAMENTA: (TORRE DIANTEIRA) QUADRANTE (+) G41 G42 G41 G42 QUADRANTE (-) G41 G42 G42 G41 58 . temporariamente. A função G46 é modal e cancela a G47. A função G47 é modal e cancela G46. onde a velocidade de corte constante precisa ser restaurada. A função G47 deverá ser programada exatamente antes do ponto.19 FUNÇÃO: G54 E G55 Aplicação: Ativa o primeiro e o segundo “corretor” de placa. inibida por “G46”. Estas funções estão contidas na página de “Dimensões”. 6. a função G47 restabelecerá a velocidade de corte constante. com o título “Placa” e os valores contidos referem-se somente ao eixo “Z”. 6. quando se estiver programando a função G96 (Velocidade de corte constante). Esta função cancela a transferência do zero da placa.16 FUNÇÃO: G46 Aplicação: Inibe a velocidade de corte constante.17 FUNÇÃO: G47 Aplicação: Ativa a velocidade de corte constante. baseada na distância do movimento ao longo do eixo “X” da linha de centro do eixo-árvore para a ponta da ferramenta. determinado pelas funções G54 e G55. que exijam a confirmação da mudança do zero-peça. contidas na página de “Dimensões”. Estas funções deslocam o zero-peça original (definido por software) para uma distância pré-determinada.18 FUNÇÃO: G53 Aplicação: Cancela todos “corretores” de placa. 59 . permitindo que a RPM do eixo-árvore varie automaticamente. A função G46 é utilizada para. devem ser programados para todas as ferramentas do programa. Os códigos. Seguindo uma Velocidade Corte Constante. definida pelo programador (face frontal ou face de encosto). 6. quando utilizados.6. inibir ass variações na velocidade do eixo-árvore. as coordenadas devem ser ascendentes ou descendentes.O ciclo G66 não permite a execução de “mergulhos” nas peças. U1 = Pré-acabamento paralelo ao perfil final. A função G66 não é modal e requer: G66 X Z I K (U1) W P F # Onde: X = Diâmetro de referência para início de torneamento.Deve-se sempre observar as medidas do material em bruto nos posicionamentos de “X” e “Z” do ciclo G66 e na definição do perfil da peça no subprograma.20 FUNÇÃO: G66 Aplicação: Ciclo automático de desbaste longitudinal. I = Sobremetal para acabamento no eixo X (diâmetro). A função G66 requer um sub-programa com as dimensões de acabamento da peça. .6. Importante: . K = Sobremetal para acabamento no eixo Z. isto é. Z = Comprimento de referência para início de torneamento. Este ciclo permite a usinagem de desbaste completa de uma peça utilizandose apenas de um bloco de programação. mantendo as dimensões préestabelecidas (opcional). P = Sub-programa que contém as dimensões de acabamento do perfil da peça. 60 . W = Incremento por passada (diâmetro). F = Avanço programado para desbaste. DESBASTE EXTERNO PARALELO AO EIXO Z: A regra para posicionamento inicial do ciclo de desbaste externo deverá seguir as seguintes condições: X = Maior diâmetro da peça em bruto + 4 Z = Comprimento da peça em bruto + 2 EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO 70 50 40 25 Ø80 Ø50 R5 2x45° Posicionamento inicial: X = Maior diâmetro da peça em bruto + 4 X = 80 + 4 X = 84 Z = Comprimento da peça em bruto + 2 Z = 70 + 2 Z = 72 Ø20 61 . G03 e G73. para o acabamento da peça com a mesma ferramenta. .2 # N10 X20. no acabamento da peça. P10 F.3 U1 W4. Z25. Z70. K. . . # N15 Z55. G02. Z72. F. K. R5. I1. Nota: Querendo-se utilizar o sub-programa P10. .Funções preparatórias “G” admissíveis no sub-programa são: G01. Z72. será necessário que ambas estejam no mesmo quadrante. # N20 G2 X30. Z68.3 # N75 G X14. 62 . observar que o último ponto em X deve ser igual ao diâmetro da peça usinada. # N25 G1 X50. utilizando-se ferramentas diferentes.No sub-programa.Programa Principal: N70 G66 X84. P10 F. # N30 Z40. Z50. # N80 G42 # N85 P10 # N80 G40 # N85 G0 X83. .Após executar o ciclo de desbaste.3 # Sub-programa 10 (P10) N05 G1 X16. N70 G66 X84. . # Importante: Para utilizarmos o mesmo sub-programa de desbaste. I1. # N35 X80.3 U1 W4. # N40 M2 # Observações: . teremos: Programa Principal: . a ferramenta retornará automaticamente ao ponto inicial programado no bloco G66. DESBASTE INTERNO PARALELO AO EIXO Z: A regra para posicionamento inicial do ciclo de desbaste interno deverá seguir as seguintes condições: X = Menor diâmetro em bruto – 4 Z = Comprimento da peça em bruto + 2 EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO: R 5 Ø80 Ø50 Ø30 20 45 55 70 2x45° Posicionamento inicial: X = Menor diâmetro da peça em bruto – 4 X = 30 – 4 X = 26 Z = Comprimento da peça em bruto + 2 Z = 70 + 2 Z = 72 63 . 8 K.2 U1 W3. # N50 Z45. F2. P20 F. I. .No sub-programa. # N30 G3 X66. G03. G04 e G73. # N10 X76. # N40 G1 X50. P20 F. Z70. Z72. N80 G66 X26. observar que o último ponto X deve ser igual ao diâmetro do furo da peça em bruto. para o acabamento da peça com a mesma ferramenta.3 # . utilizando-se ferramentas diferentes. # N80 G41 # N85 P20 # N100 G40 # N105 G1 X28.3 # N85 G X82.8 K. será necessário que ambas estejam no mesmo quadrante. # N20 Z60. Z68. Z72. # N60 X30. R5. 64 . Z55. - . .2 U1 W3. . # N110 G Z72. Nota: Querendo-se utilizar o sub-programa P20. # Importante: Para utilizarmos o mesmo sub-programa de desbaste no acabamento da peça.Após executar o ciclo de desbaste a ferramenta retornará automaticamente ao ponto inicial programado no bloco G66.Programa Principal: . G02. Z20. Sub-programa 20 (P20): N05 G1 X80. # N70 M2 # Observações: Funções preparatórias “G” admissíveis no sub-programa: G01. I. teremos: Programa Principal: N80 G66 X26. Folha de anotações 65 . 6.20.1. Exercícios Exercício 1 Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G66 desbaste externo paralelo ao eixo Z: 115 100 90 60 10 Ø100 Ø36 Ø44 Ø80 Ø56 66 . Folha de programação 67 . Exercício 2 Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G66 Desbaste externo paralelo ao eixo Z: 125 80 45 Ø100 Ø80 3x45° Ø55 R1 2 68 . Folha de programação 69 . Exercício 3 Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G66 Desbaste externo paralelo ao eixo Z: 120 90 50 Ø116 Ø64 Ø30 R6 R 12 R 10 70 . Folha de programação 71 . 6. I = Sobre metal para acabamento no eixo X (diâmetro) K = Sobre metal de acabamento no eixo Z. isto é. W = Profundidade por passada no comprimento. Z = Comprimento de referência para início de torneamento. 72 . Importante: Deve-se sempre observar as medidas do material em bruto nos posicionamentos de “X” e “Z” do ciclo G67 e na definição do perfil da peça no subprograma. P = Sub-programa que contém as dimensões de acabamento do perfil da peça. em um ciclo de desbaste ou contorno. F = Avanço programado para desbaste. as coordenadas devem ser ascendentes ou descendentes. O ciclo G67 não permite a execução de “mergulhos” nas peças. A função G67 não permite inversões de cotas no eixo “X” e “Z”. A função G67 requer um sub-programa com as dimensões de acabamento da peça. U1 = Pré-acabamento paralelo ao perfil final. mantendo as dimensões préestabelecidas (opcional). A função G67 não é modal e requer: G67 X Z I K (U1) W P F # Onde: X = Diâmetro de referência para início de torneamento.21 FUNÇÃO: G67 Aplicação: Ciclo automático de desbaste transversal Este ciclo permite a usinagem de desbaste completa de uma peça utilizandose apenas de um bloco de programação. DESBASTE EXTERNO PARALELO AO EIXO X: A regra para posicionamento inicial para o ciclo de desbaste externo deverá seguir as seguintes condições: X = Maior diâmetro da peça em bruto + 4 Z = Comprimento da peça em bruto + 2 EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO: 2x45° R5 Ø80 Ø55 Ø38 Ø28 20 54 65 70 Posicionamento inicial: X = Maior diâmetro da peça em bruto + 4 X = 80 + 4 X = 84 Z = Comprimento da peça em bruto + 2 Z = 70 + 2 Z = 72 73 . para o acabamento da peça com a mesma ferramenta. N50 G67 X 84. Importante: Para utilizarmos o mesmo sub-programa de desbaste no acabamento da peça.Funções preparatórias “G” admissíveis no sub-programa: G01.Programa Principal: . # N45 M2 # Observações: . Z72. # N25 Z25. Nota: Querendo-se utilizar o sub-programa P30. . utilizando-se ferramentas diferentes. # N20 X55. K.3 U1 W2.3 U1 W2. Z72. # N15 X38. P30 F.Após executar o ciclo de desbaste. # N35 G1 X76. . # . . 74 . P30 F. teremos: Programa Principal: . Sub-programa 30 (P30) N05 G1 X28. I1.2 # . # N40 X80. será necessário que ambas estejam no mesmo quadrante. K. R5. .1 # N10 Z65. a ferramenta retornará automaticamente ao ponto inicial programado no bloco G67. F. . observar que o último ponto em X deve ser igual ao diâmetro da peça em bruto. N50 G67 X84. Z54. G02.No sub-programa. Z18. # N30 G2 X65. Z70. I1. . G03 G04 e G73. Z20.2 # N55 G X26. # N60 G42 # N65 P30 # N70 G40 # N75 G1 X82. DESBASTE INTERNO PARALELO AO EIXO X: A regra para posicionamento inicial do ciclo de desbaste interno deverá seguir as seguintes condições: X = Menor diâmetro da peça em bruto – 4 Z = Comprimento da peça em bruto + 2 EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO: 70 55 20 R5 2x45° Ø30 Ø60 Ø70 Ø53 75 . Posicionamento inicial: X = Menor diâmetro da peça em bruto –4 X = 30-4 X = 26 Z = Posicionamento do ponto zero na peça +2 Z = 70+2 Z = 72 Programa Principal: . . N60 G67 X26. Z72. I.5 K.2 U1 W1.5 P40 F.25 # . . Sub-programa 40 (P40) N05 G1 X70. Z70. F.2 # N10 X60. Z55. # N15 X53. # N20 Z25. # N25 G3 X43. Z20. R5. # N30 G1 X34. # N35 X30. Z18. # N40 M2 # Observações: - Funções preparatórias “G” admissíveis no sub-programa, são: G01, G02, G03, G04, G73. - No sub-programa, observar que o último ponto em X deve ser igual ao diâmetro do furo da peça em bruto. - Após executar o ciclo de desbaste a ferramenta retornará automaticamente ao ponto inicial programado no bloco G67. Nota: Querendo-se utilizar o sub-programa P40 para o acabamento da peça, com a mesma ferramenta, teremos: 76 Programa Principal: . . N60 X26. Z72. I.5 K.2 U1 W1.5 P40 F.25 # N65 G X72. # N70 G41 # N75 P40 # N80 G40 # N85 X28. # N80 G Z72. # . . Importante: Para utilizarmos o mesmo sub-programa de desbaste no acabamento da peça, utilizando-se ferramentas diferentes, será necessário que ambas estejam no mesmo quadrante. 77 6.21.1 Exercício Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função G67 ciclo automático de desbaste transversal 78 Folha de programação 79 . P = Sub-programa que contém as dimensões de acabamento do perfil da peça.6. utilizando-se apenas de um bloco de programação. pois a ferramenta segue sempre um percurso paralelo a um perfil definido. A função G68 requer um sub-programa com as dimensões de acabamento da peça. O ciclo G68. requer as seguintes condições: Posicionamento em “X”: X = Maior diâmetro + E + I + 4 (usinagem externa) 80 . em um ciclo de desbaste.22 FUNÇÃO: G68 Aplicação: Ciclo automático de desbaste paralelo ao perfil final. Este ciclo é específico para materiais fundidos e forjados. I = Sobremetal para acabamento no eixo X (diâmetro) K = Sobremetal para acabamento no eixo Z W = Incremento por passada no eixo programado. F = Avanço programado de desbaste. dependendo do sentido de corte determinado no sub-programa. A função G68 não é modal e requer: G68 X Z I K E W P F # Onde: X = Diâmetro de referência para início de torneamento. E = Espessura total do material a ser removido. O ciclo G68 pode assumir torneamento ou faceamento. Z = Comprimento de referência para início de torneamento. A função G68 não permite inversões de cotas nos eixos “X” e “Z”. O ciclo G68 permite a usinagem de desbaste completa de uma peça. utilizando como ciclo de torneamento. X = Menor diâmetro – E – I – 4 (usinagem interna) Posicionamento em “Z”.2 mm Ø80 Ø50 Ø25 20 30 50 66 75 81 . EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO USINAGEM EXTERNA: Sub-programa de acabamento distanciando-se da linha de centro (G68 como ciclo de torneamento). No exemplo. dentro do ciclo G68 (torneamento) deverão ser programados em raio. foi considerado: E = 4 mm (diâmetro) Desbaste em duas passadas Sobremetal no eixo “X” = 0.5 mm (diâmetro) Sobremetal no eixo “Z” = 0. Z = Comprimento da peça + E/2 + K + 2 Cálculo do “W” (profundidade): W = [ (E – I) : número de passes ] : 2 Os valores de “E” e “w”. observar que o último ponto em X deve ser igual ao diâmetro da peça em bruto.Funções preparatórias “G” admissíveis no sub-programa são: G01. W.2 E2.No final de cada passe a ferramenta retrai o ponto de início. # N30 M2 # Observações: .5 Z = Comprimento da peça + E/2 + K + 2 Z = 75 + 2 + 0. F. . .3 # .2 I.Cálculos: X = Maior diâmetro + E + I + 4 X = 80 + 4+ 0.5) : 2 ] : 2 W = 0.5 Z78. G03.5 K.2 W = [(E – I) : número de passes] : 2 W = [(4 – 0.No sub-programa. # N25 X80.2 + 2 Z = 78.875 P50 F. Sub-programa 50 (P50) N05 G1 X25. . G02. Z20. Z75. # N15 X50. # N20 Z30. Z50. 82 . N70 G68 X88. prosseguindo então para o passe posterior de forma contínua até que o perfil final seja atingido. . G04 e G73.5 + 4 X = 88.875 Programa Principal: .2 # N10 Z66. No exemplo. teremos: N70 G68 X88.5 Z78. EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO USINAGEM INTERNA: Sub-programa de acabamento indo em direção à linha de centro (G68 como ciclo de torneamento).3 mm 83 . W875 P50 F. com a mesma ferramenta. utilizando-se ferramentas diferentes. foi considerado: E = 5 mm (diâmetro) Desbaste em uma passada Sobremetal no eixo “X” = 1 mm (diâmetro) Sobremetal no eixo “Z” = 0.2 E2.Nota: Querendo-se utilizar o sub-programa para o acabamento da peça.3 # N75 G X23.2 I. será necessário que ambas estejam no mesmo quadrante.5 K. # Importante: Para utilizarmos o mesmo sub-programa de desbaste no acabamento da peça.# N80 G42 # N85 P50 # N90 G40 # N95 G1 X84. 3 +2 Z = 64.8 W = [(E – I) : número de passes] : 2 W = [(5 – 1) : 1 ] : 2 W=2 Ø35 84 .60 55 50 24 Ø70 Ø60 Ø50 Ø40 Cálculos: X = Menor diâmetro – E – I – 4 X = 35 – 5 – 1 – 4 X = 25 Z = Comprimento da peça + E/2 + K + 2 Z = 60+ 2.5 + 0. 8 I1. F. . # N35 M2 # Observações: . teremos: .Funções preparatórias “G” admissíveis no sub-programa são: G01.No sub-programa. com a mesma ferramenta.Programa Principal: .2 # N10 Z55. K. # N20 X50. # N80 G Z100. P60 F.5 W2. # N15 X60. Z50. K. . . G03.3 E2. . Nota: Querendo-se utilizar o sub-programa para o acabamento da peça. # N60 G41 # N65 P60 # N70 G40 # N75 G1 X32. . será necessário que ambas estejam no mesmo quadrante. Z64. P60 F. . G04 e G73. .8 I1. # .2 # N55 G X72. G02.No final de cada passe a ferramenta retrai o ponto de início.5 W2. observar que o último ponto em X deve ser igual ao diâmetro da peça em bruto. Z64.2 # . 85 . # N30 X35. N50 G68 X25. utilizando-se ferramentas diferentes. N50 G68 X 25. # N25 X40. . Z60.3 E2. prosseguindo então para o passe posterior de forma contínua até que o perfil final seja atingido. . Z24. Sub-programa 60 (P60) N05 G1 X70. Importante: Para utilizarmos o mesmo sub-programa de desbaste no acabamento da peça. A função G70 é modal e deve ser programada em um bloco separado.23 FUNÇÃO: G70 Aplicação: Programação em polegada. Não há necessidade de programar-se está função. embora quando empregada fique disposta a trabalhar do mesmo modo do que a interpolação Ponto a Ponto.24 FUNÇÃO: G71 Aplicação: Programação em milímetro. 6. Observação: O tamanho do canto arredondado é diretamente proporcional ao valor da velocidade de avanço programado. O operador pode selecionar o modo do sistema de unidade para polegada ou métrico. 86 . 6. através do painel de controle ou por programa através de funções G70 e G71. pois a mesma. Nota: Não se deve alterar o modo POLEGADA para MÉTRICO e vice-versa no meio da programação. resultantes de movimentos lineares consecutivos. Esta função prepara o comando para computar todas as entradas de dados em polegadas. está ativa quando o comando é ligado. se necessário. G01 G73 A função G73 é Modal e cancela-se G01 e G00. removendo o efeito de arredondamento dos cantos. pois o controle requer uma operação de REFERÊNCIA DA MÁQUINA (Machine home) quando o modo da unidade é alterado. Esta função prepara o comando para computar todas as entradas de dados em milímetros. A função G71 é Modal e. deverá ser programada em um bloco separado.25 FUNÇÃO: G73 Aplicação: Interpolação linear ponto a ponto Esta função é semelhante a G01 (interpolação linear).6. 6. onde: Z = Posição final (absoluto) W= Distância para quebrar cavaco (incremental) F = Avanço programado para função.26 FUNÇÃO: G74 Aplicação: Ciclo de furação e torneamento com descarga de cavacos.Na ausência da função W.15 # . Ø12 87 . F.N50 G X Z75. W15. EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO: 70 15 Ø80 . . como ciclo de furação requer: G74 Z (W) F # . # N55 G74 Z-5.Furação: A função G74. Observações: . . o eixo Z avança para o ponto final. . .A função G74 não é modal. em movimento contínuo. - Torneamento: A função G74 pode ser utilizada como ciclo de torneamento paralelo ao eixo Z, o qual torneia com sucessivos passes, até o diâmetro desejado. A função G74, como ciclo de torneamento, requer: G74 X Z I (U1) F #, onde: X = Diâmetro final (absoluto) Z = Posição final (absoluto) I = incremento por passada no diâmetro (incremental) U1 = Recuo angular da ferramenta (incremental) Observações: - Posicionar a ferramenta no diâmetro da primeira passada. - Se houver a função U1 num ciclo de torneamento, então a cada passada o comando fará um retorno no eixo X, no sentido contrario a penetração e com valor da função l até a posição inicial Z. EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO: . . . N70 G X84. Z83.# N75 G 74 X30. Z28. I6. U1 F.3# . . . Ø90 Ø30 28 80 3 70 25 2.5 . . . N30 G X30. Z73.# N35 G74 X50. Z25. I5. U1 F.25# . . . Ø50 Ø25 88 Folha de anotações 89 6.26.1 Exercício Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: de furação e de torneamento. G74 Ciclo 125 95 60 Ø150 Ø20 90 Ø50 Ø80 90 Folha de programação 91 . auxiliando nos trabalhos de desbaste como ciclo de faceamento. no sentido contrario a penetração. como ciclo de torneamento. A função G75. . com valor a função K até a posição inicial X.6. requer: G75 X Z (U1) F #. então a cada passada o comando fará um retorno no eixo Z.Se houver a função U1 no ciclo de faceamento.Posicionar a ferramenta no comprimento da primeira passada. 92 . • Faceamento: A função G75 descreve seu ciclo paralelo ao eixo X. onde: X = Diâmetro final (absoluto) Z = Posição final (absoluto) I = Incremento por passada em Z (incremental) U1 = Recuo angular da ferramenta (incremental) F = Avanço Observações: .27 FUNÇÃO: G75 Aplicação: Ciclo de canais e faceamento. .EXEMPLOS DE PROGRAMAÇÃO: 2 Ø60 Ø25 . . Z82. .15 # N85 Z82.5 U1 F. Z60 K2.5 # N80 G75 X45. Z70. Z88. # N85 Z88. # . # N25 G75 X25. U1 F. N20 G X65. 60 90 90 70 2 .2 # . . Ø80 Ø45 Ø30 93 . N80 G X28. K1. # N65 G75 X60. requer: G75 X (Z) (W) (K) (D) F #. A função G75. o eixo X avança para o diâmetro final com movimento contínuo. independentemente de estar ou não na mesma distância dos demais. Neste ciclo. Na ausência da função W. como ciclo de canais. onde: X = Diâmetro final (absoluto) Z = Posição final (absoluto) W = Distância para quebra cavacos (incremental) K = Distância entre os canais (incremental) D = Tempo de permanência (segundos) F = Avanço Observações: . e o eixo X avança para o diâmetro final com movimento contínuo. . podendo-se programar a quebra de cavacos. F. Z25. . os canais devem ser eqüidistantes sendo que o último canal será executado na posição Z programada.• Canais: O ciclo G75 pode ser usado também como ciclo de canais.1 # . .A função G75 não é modal.Na ausência da função W. EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO: 25 10 14 Ø70 Ø60 . N60 G X75. Z67. K14. 67 100 94 . Folha de anotações 95 . 1. 75 5 10 Ø150 Ø70 100 130 Ø80 96 .27.6. Exercicio Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G75 Ciclo de canais e de faceamento. Folha de programação 97 . sendo que o comando fará o cálculo de quantas passadas serão necessárias e o último incremento será subdividido em 4 passadas: (W/2.28 FUNÇÃO: G76 Aplicação: Ciclo de roscamento automático. W/4. Com esta função poderemos abrir roscas com apenas um bloco de informações. W/8) W=Ø U=Ø X = Ø FINAL Z FINAL K B A função G76 não é Modal e requer: G76 X Z K U W (A) (B) (I) Onde: X = Profundidade final do roscamento (diâmetro) (absoluto) Z = Posição final do comprimento de rosca (absoluta) K = Passo da rosca U = Profundidade da rosca no diâmetro (Incremental) W = Profundidade por passada no diâmetro (incremental) (A) = Abertura angular entre as entradas da rosca (graus) (B) = Ângulo de alimentação para sistema composto (graus) (I) = Conicidade incremental no eixo X para rosca Cônica (diâmetro) 98 . W/8.6. .065) . .65 x 2) x 2 H = 2. K2.52) da quinta passada (W = 0. a rosca será executada em 8 passadas. N60 G X30.6 W0. de acordo com o valor de W = 0. # N65 G76 X22. U2.52 # .4 Z35.4 Observação: No exemplo. M25 x 2 99 .13) da sétima e oitava passada (W = 0.52.6 Diâmetro final = Diâmetro inicial – altura do filete Diâmetro final = 25 – 2.26) da sexta passada (w = 0. Z54.6 Diâmetro final = 22. sendo: da primeira a quarta passada (W = 0.EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO: 50 33 4 H = (0. D D E SENT.HOR.ESQUEMA PARA PROGRAMAÇÃO DE ROSCA ESQUERDA E DIREITA: Posição do inserto: Adotar: (E) Esquerda (D) Direita . ANTI . D SENT. ANTI . olhando-se a placa frontalmente. D E E D D E SENT. HORÁRIO E E D Observação: A programação de rosca esquerda e direita deverá levar em consideração a posição de montagem do ferramental na máquina e o sentido do giro do eixo-árvore..Face de corte para baixo E SENT. 100 .Face de corte para cima .HOR. HORÁRIO D SENT. HORÁRIO E SENT. ANTI .HOR. Folha de anotações 101 . 1 Exercício Exercício com ciclo de roscamento automático G76 M20 H 1.736 102 .28.6. Folha de programação 103 . para determinar o valor do próximo. até que a profundidade final seja atingida. Quando “I-J” atingir o valor de “K”. 6. I = Valor do primeiro incremento de profundidade. a ferramenta retornará ao plano R.6. G83 Z I (J) (K) (U) (W) (R) (D) (P1) F # Z = Coordenada da profundidade do furo. sempre com retorno. sendo “J” um incremento menor que o valor de “I” Exemplo: Primeiro incremento = I Segundo incremento = I – J Terceiro incremento = (I – J) – J Observação: Se “J” não for programado o valor de “I” será utilizado para todos os incrementos. J = Valor a ser subtraído no último incremento de profundidade. 104 . em relação ao zero-peça. Essa função deverá ser programada para cancelar a função G83. este passará a ser o valor permanente de “I”. Se “U” não é programado ou é programado menor que “I”. depois de cada incremento. W = Determina um incremento de retração para quebra ou alívio de cavaco.29 FUNÇÃO: G80 Aplicação: Cancela o ciclo de furação G83. Se “U” é maior que RZ. Este ciclo executa operações de furar automaticamente com movimentos de retração ou tempo de parada para quebra de cavaco em um único bloco de programação. Cada vez que a profundidade de corte for igual ou maior que o valor de “U”. U = Determina a máxima profundidade de com ou sem quebra de cavacos e retorno ao plano R. que ocorrerá após cada incremento de profundidade. K = Valor mínimo determinado para o incremento. Observação: Se “W” não for programado o comando assume o valor “W” = 2mm. ocorrerá uma retração ao plano R. não ocorrerá a retração ao plano R.30 FUNÇÃO: G83 Aplicação: Ciclo automático de furação com quebra cavaco. o comando irá seguir o último avanço estabelecido. Observação: Se “R” Não for programado o comando assume o valor de Z utilizado para aproximação como referência. Observação: Se “P1” não for programado. P1 = Determina a retração da ferramenta no final do ciclo. F = Programa a velocidade de avanço de usinagem. Se não for programada no ciclo. para posição do plano de aproximação.R = Determina o plano de referencia para o início de usinagem ou seja. LAY – OUT DEMONSTRATIVO DOS PARÂMETROS DA FUNÇÃO G83 COORDENADA DE APROXIMAÇÃO PLANO "R" COMPRIMENTO DA PEÇA "Z" "U" I I-J W W K W K W K W K Observação: Tolerância de aproximação = 2mm (“W”) FURAÇÃO COM QUEBRA DE CAVACO SEM RETORNO AO PLANO “R” 105 Ø25 . a ferramenta retornará até o plano “R”. D = Tempo de parada da ferramenta após cada incremento de profundidade. a coordenada no eixo Z do ponto inicial da furação. ocorrerá retorno ao plano R sempre que a soma dos incrementos de profundidade for maior ou igual ao valor de U. após cada incremento. . P1 F. bloco de aproximação # N80 G80 . Ø25 106 . U75.Se 10 < U < 75.Se U > 75. Observações: .. R115. cancela a função G83 # . K10.EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO: Z130 (PLANO DE APROXIMAÇÃO) R115 (PLANO "R") 110 U75 Z40 I 20 15 3 10 3 15 3 15 3 3 15 . W3.15 # N70 G X Z130. a ferramenta retornará ao plano R. não ocorrerá retorno ao plano R até que a profundidade final Z seja atingida.Se U não for programado ou for programado menor ou igual a 10. N60 G83 Z40 I20. . . J5. G92Z MACHINE HOME Z . MACHINE HOME X G92X 107 . Ex: G92 S2500 M4# Estamos permitindo que o eixo-árvore gire até 2500 rpm.31 FUNÇÃO: G92 Aplicação: origem do sistema de Coordenada e limite de rotação do eixo árvore. dependendo do quadrante utilizado pela ferramenta.Origem do sistema de coordenadas: Estabelece origem do sistema de coordenadas absolutas: Se o trabalho for executado em coordenadas absolutas. devemos estabelecer a máxima velocidade (rotação).6. essa função deve ser programada. . Este ponto estabelecido pela função G92 acompanhada das funções X e Z. quando.Limite de rotação (RPM): Estabelece limite de rotação (RPM) Quando se estiver trabalhando com o código G92 junto com a função S estaremos limitando a rotação do eixo-árvore. deve-se estabelecer um ponto de partida (origem). Este ponto de origem deve ser dado no início de cada programa e pode ser cancelado através da função G99. apenas. Os valores da função G92 podem ser positivos ou negativos. para que o comando tenha a origem do sistema na memória para o cálculo dos posicionamentos. A função G92 é modal. realmente. onde F3. após definição da aplicação encontraremos formato para função de avanço F. 6. Assim após definição da aplicação.2 para mm/rot. A máxima RPM alcançada pela velocidade de corte constante pode ser limitada programando-se a função G92.34 FUNÇÃO: G96 Aplicação: Velocidade de corte constante A função G96 seleciona o modo de programação em velocidade de corte constante.1 para metros por minuto (G71).32 FUNÇÃO: G94 Aplicação: Avanço em pol/min ou mm/min Esta função prepara o comando para computar todos os avanços em pol/min (G70) ou mm/min (G71). encontraremos o formato para função de avanço F.6. A Função G94 é Modal.33 FUNÇÃO: G95 Aplicação: Avanço em pol/rotação ou mm/rotação Esta função prepara o comando para computar todos os avanços em pol/rot (G70) ou mm/rot (G71). . # N50 G92 S3000 M3 # .1 estabelece o formato para pol/min e F4 para mm/min.1 para pés por minuto (G70) e formato S3. 6. Deve ser programada em um bloco separado. A Função G95 é Modal. onde o cálculo da RPM é programada pela função S. N40 G96 # N45 S200. usando formato S4.4 estabelece o formato para pol/rot e F2. F2. 108 . . onde. A função G96 é modal e cancela a função G97. EXEMPLO: . Deve ser programada em um bloco separado. quando se trabalha em coordenadas absolutas. N60 G97 # N65 S2500 M3 # . . 6. A modificação da RPM pode variar através do seletor da RPM de 50% até 125% da velocidade programada. EXEMPLO: . usando um formato (S4). conhecido por “Machine Home”. . e é Modal. É programada a RPM diretamente pela Função S. transportando a origem para o Zero Máquina.35 FUNÇÃO: G97 Aplicação: Programa em RPM direta.6. 109 . A função G99 não é provida de movimentos nos eixos. A função G97 é Modal e cancela G96.36 FUNÇÃO: G99 Aplicativo: Cancela a função G92 e define a programação em função do Zero Máquina (Machine Home) Essa função quando solicitada cancela o efeito de origem dada pela função G92. 110 . etc. olhando-se a placa frontalmente. para que o operador possa virar a peça na placa. porém. M05 e M30. 7.4 Função M03 Aplicação: Sentido horário de rotação do eixo.3 Função M02 Aplicação: Fim de programa. contida na página “REFERÊNCIA DE TRABALHO”. Esta função é usada para indicar o fim do programa existente na memória do comando. A função M03 é cancelada por: M00. 7. M04. refrigerante de corte. A função M00 é programada. Esta função gira o eixo. do eixo-árvore. trocar ferramentas. Quando dá-se a parada através deste código. Neste caso. faixas de rotação. 7. geralmente. Este código causa parada imediata do programa. e um aviso de “AGUARDANDO INÍCIO” é mostrado no vídeo ao operador. 7. esta só estará ativa se o operador selecionar “PARADA OPCIONAL”. Esta função causa a interrupção na leitura do programa. Estas funções têm formato M2 e apenas um códico M pode ser programado em cada bloco.árvore no sentido horário. Quando programada. M01.2 Função M01 Aplicação: parada opcional do programa. a função M01 torna-se igual á função M00. pressionando-se o botão “CYCLE START” a leitura do programa é reiniciada.1 FUNÇÃO: M00 Aplicação: Interrompe execução do programa. M02.7 FUNÇÕES MISCELÂNEAS OU AUXILIARES As funções miscelâneas abrangem os recursos da maquina não cobertos pelas funções anteriores. 111 . Necessariamente. 7. cancelando as funções M03 ou M04 A função M05 ao iniciar-se o programa já está ativa e é cancelada por M03 e M04.7 Função: M06 Aplicação: Libera o giro da torre. M01.9 Função: M08 Aplicação: Liga o refrigerante de corte. M05 e M30. A função M04 é cancelada por: M00.8 Função: M07 Aplicação: iga o refrigerante de corte de alta pressão. Este código aciona o motor da refrigeração de corte e cancela-se por: M00. 7.5 Função: M04 Aplicação: Sentido anti–horário de rotação do eixo-árvore Esta função gira o eixo-árvore no sentido anti-horário.10 Função: M09 Aplicação: Desliga refrigerante de corte. dada pela função “T”. olhando-se a placa frontalmente. M02. a função M06 não precisa vir no mesmo bloco da função “T”. 7. Este código desliga o motor da refrigeração de corte e está ativo ao iniciar-se o programa. Toda vez que se seleciona uma determinada face da torre. M02. 7. esta deve ser acompanhada da função M06 que permite o giro da torre. 7.6 Função: M05 Aplicação: Desliga o eixo-árvore. Esta função quando programada pára imediatamente a rotação do eixo árvore. M08 e M30. M03. M01.7. 112 . 12 Função: M11 Aplicação: Troca faixa de rotação 100 RPM A 3500 RPM 7. Para comandos que trabalham com memória. 113 .7.13 Função: M30 Aplicação: Fim de programa principal Esta função tem a mesma aplicação da Função M02. tanto M02 como M30 rebobinam os dados da memória.11Função: M10 Aplicação: Troca faixa de rotação 25 RPM A 1000 RPM 7. 114 . onde os dois primeiros definem à máquina qual ferramenta iremos trabalhar e os dois últimos o corretor que será utilizado para a correção das medidas e desgaste do inserto. A função T é usada para selecionar as ferramentas na torre informando para a máquina o seu zeramento (PRE-SET). estes serão ignorados pelo comando. um para o movimento dos carros e outro para o giro da torre. raio do inserto. sem alterar a programação. sentido de corte e corretores. . Caso a opção Inibe Blocos não seja selecionada.8 FUNÇÕES ESPECIAIS 8. Exemplo: .1 FUNÇÃO: “T” Aplicação: Seleção de ferramenta e corretores. Se o caractere ”/” for digitado na frente de alguns blocos. Dois blocos serão necessários. N50 – (bloco executado) / N60 – (bloco eliminado) N 70 – (bloco executado) / N80 – (bloco eliminado) 115 . 8.2 FUNÇÃO: “/” Aplicação: Eliminação temporária da execução dos blocos. Exemplo: G99 G54 T01 M06 (Chama Ferramenta) (Ativa o corretor) 01 Observação: O giro da torre e o movimento dos carros não podem estar em um mesmo bloco. Utilizamos a Função Barra (/) quando for necessário inibir a execução dos blocos no programa. inclusive os que contiverem o caractere “/”. desde que o operador tenha selecionado a opção INIBE BLOCOS. na página referência de trabalho. o comando executará os blocos normalmente. É composta de 4 dígitos. ≠ . Exemplo: N50 G X130.4 FUNÇÃO: “N” Aplicação: Número seqüencial de blocos Cada Bloco de Informação è identificado pela função “N”. . ≠ N35 G54≠ N40 G X160. para deixar espaço para possíveis modificações no programa. As funções “N” são. H70≠ N30 T1111. Esta função deve ser usada em programas contendo números seqüênciais “N”.DESB. exceto quando utilizadas para desvio incondicional (função H) e procura de blocos. seguida de até 4 dígitos.. N70 T1212. esta função seria incrementada com valor de 5 em 5 ou de 10 em 10. .BROA..Z150.8.INTERNO. Este desvio deve ser executado somente no mesmo programa. por exemplo... ignoradas pelo comando. ≠ 8. Exemplo: N00. Z140. ≠ N05 G99≠ . ≠ 116 . não podendo utilizar-se de outro sub-programa.Exercício. pois o desvio ocorre para um determinado bloco que contenha uma seqüência. geralmente. A função “H” executa desvios incondicionais no programa e deve ser programada em bloco separado.3 FUNÇÃO: “H” Aplicação: Desvio Incondicional. e teria que ser programada no inicio do bloco.. Se usada.Peça. 8.25 – a cada volta do eixo árvore haverá um deslocamento de 0.8. De corte (m/min) Para ativar a rotação do eixo árvore (RPM) deve-se programar a função “S” seguida do valor de rotação desejada. se necessário. 117 . podendo variar na faixa de P01 a P88. Exemplo: P2 L3≠ (define que o sub-programa 2 será repetido 3 vezes). Os programas podem ser apagados do diretório ou ainda renumerados. Nota: Se um sub-programa é renumerado.7 FUNÇÃO: “P” Aplicação: Identifica um sub-programa Todo programa principal ou sub-programa no diretório é identificado através de um único número “P” de 2 dígitos. programando um bloco contendo a função “P” (número de sub-programa) e “L” (número de vezes que o sub-programa deve ser repetido). 8. as referências a este programa condita em outros. Pode-se chamar um sub-programa para múltiplas repetições. Exemplo: S1500 M3 (liga a rotação do eixo árvore a 1500 RPM) ou com velocidade de corte (m/min) exemplo G96. Exemplo: F 0.25 mm. não são automaticamente atualizadas.6 FUNÇÃO: “F” Aplicação: Avanço de trabalho (mm/min ou mm/rotação). 8.5 FUNÇÃO: “S” Aplicação: Rotação por minuto (RPM) ou veloc.8 FUNÇÃO: “L” Aplicação: Número de repetições do sub-programa (loop) A função “L” define o número de repetições que um determinado subprograma deve ser executado. O avanço é dado normalmente em milímetro por rotação mm/rot e é definida pela letra F em todas as camadas. 9 FUNÇÃO: “ . ” Aplicação: Elimina execução dos blocos (conforme programa) Caso haja necessidade de inserir comentários para auxiliar o operador. esses comentários serão ignorados pelo comando. Exemplo: . peça teste N10 T01 . fim de programa 118 .8. ferramenta de desbaste N200 M30 . 9 ESTRUTURA DE PROGRAMAÇÃO 9.1 INFORMAÇÕES SOBRE PROGRAMAÇÃO Neste comando, pode-se programar diretamente ou através de periféricos (leitora de fitas, micro computadores, etc.), nas Normas EIA e ASC-II (ISO). Todo programa é constituído de blocos de informações, que contém sempre um código “EOB” (End Off Block) no final de cada bloco, representado pelo sinal “≠”. Um bloco pode conter no máximo 64 caracteres, incluindo o próprio “≠”. O comando executa as funções na ordem correta, independente da forma na qual elas aparecem escritas dentro do bloco. Se na programação não houver nenhum valor numérico escrito após a letra da função, o comando assume o valor “zero”. Somente uma função de cada tipo é permitida por bloco. Os valores negativos ( - ) devem ser sempre precedidos do sinal, o que não ocorre para os dados positivos. Todas as funções definidas co-direcionalmente ao eixo “X” exprimem seus valores em diâmetro. No início de um comentário deve-se colocar o caractere ponto e vírgula ( ; ), visto que o comentário é usado para o controle de programas, documentação e também serve como mensagem ao operador. O comentário pode conter qualquer caractere, exceto: espaço e algumas funções miscelâneas de parada ou fim de programa (M01, M02, M30, M00). Estas são ignoradas pelo comando durante a sua exceção, mas são úteis para prover o operador de informações, no início e em blocos com paradas do ciclo de usinagem. Um comentário pode abranger um bloco inteiro. No comentário pode-se usar o caractere ( . ) para servir como espaço entre as palavras. Exemplos: N00;.. Peça.N.4320.≠ N50 T0202;..Acabamento.Externo ≠ M180 M0;.. Virar.Peça.Na.Placa ≠ M250 M2;..Fim.De.Programa ≠ 119 9.2 FLUXOGRAMA DE PROGRAMAÇÃO INÍCIO * INÍCIO ;_______ # (nome do programa) G99 # (reset da memória) * TROCA DE FERRAMENTA T00;________ # (comentário da próxima operação) G54 # G00 X ? . Z ? # (ponto de troca da ferramenta) T ? ? # (número da próxima ferramenta) M06 # M ________ # (faixa de rotação) TROCA DE FERRAMENTA N VCC ? S VEL. CORTE RPM MAX. * VELOCIDADE DE CORTE G96 # S ? ? # (valor da VC) G92 S? ? M3 / M4 # (limite e sentido de rotação) * PROGRAMAÇÃO EM RPM CONSTANTE G97 # RPM S ? - RPM) ? M3 / M4 # (valor e sentido de rotação GERAÇÃO DO PERFIL * GERAÇÃO DO PERFIL (instruções de acordo com a criatividade do programador) S HÁ + FER/TA ? N FIM * FIM DO PROGRAMA T00 # G54 # G00 X ? . Z ? # (ponto de troca da ferramenta) M30 / M02 # 120 Folha de anotações 121 G91 sistemas de medidas incrementais. G00 deslocamento linear em avanço rápido. 100 75 50 25 Ø125 Ø75 Ø50 122 .9.3 EXERCÍCIOS Exercício 1 Elabore o programa utilizando: Ponto zero na placa. G90 Sistema de medidas absoluto. G20 Medidas em Ø. G01 deslocamento linear em avanço de trabalho. Folha de programação. 123 . 34 Ø80 Ø60 45° Ø30 3x45° 124 . G01 deslocamento linear em avanço de trabalho. G00 deslocamento linear de avanço rápido. G54 deslocamento da origem. G21 medidas em raio. 100 80 50 41.Exercício 2 Elabore o programa utilizando: G90 sistema absoluto. 125 .Folha de programação. 125 100 Ø100 50 60 80 Ø80 Ø60 Ø40 126 . G00 avanço linear em avanço rápido. G90 sistemas de medidas absolutas.Exercício 3 Elabore o programa utilizando: Ponto zero na placa. deslocamento linear em avanço de trabalho. G20 sistema de medidas em Ø. 127 .Folha de programação. G00 deslocamento linear em avanço rápido.5 128 . G01 deslocamento linear em avanço de trabalho.Exercício 4 Elabore o programa utilizando: G90 sistema de medidas absoluto. G21 medidas em raio.5 75 R12.5 50 62. G02 interpoção circular no sentido horário. G54 deslocamento da origem. 100 45° Ø125 Ø100 Ø50 Ø25 37. 129 .Folha de programação. G00 deslocamento linear em avanço rápido. 125 75 R . G20 medidas em Ø. G02 interpolação circular no sentido horário.5 R2 5 50 Ø25 130 . G54 deslocamento da origem. G01 deslocamento linear em avanço de trabalho. G03 interpolação circular no sentido anti-horário.Exercício 5 Elabore o programa utilizando: G90 sistema de medidas absoluto.5 12 Ø100 Ø50 25 37. Folha de programação 131 . G54 deslocamento da origem. G03 interpolação circular no sentido anti-horário. 100 75 66 8 31 Ø35 R1 0 Ø70 Ø48 3.2 Ø60 132 36° . G02 interpolação circular no sentido horário. G21 medidas em raio.93 9. G01 deslocamento linear em avanço de trabalho. G00 deslocamento linear em avanço rápido.ExercÍcio 6 Elabore o programa utilizando: G90 sistema de medidas absoluto. Folha de programação 133 . 5 65 32. G03 interpolação circular no sentido anti-horário. G02 interpolação circular no sentido horário. 125 77.5 R12 R12 .5 Ø125 Ø100 Ø75 Ø50 Ø25 .Exercício 7 Elabore o programa utilizado: G90 sistema de medidas absoluto. G00 deslocamento linear em avanço rápido. G54 deslocamento da origem.5 R12 . G91 sistema de medidas incrementais. G01 deslocamento linear em avanço de trabalho. G20 medidas em Ø.5 134 . Folha de programação 135 . Exercício 8 Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G66 Desbaste externo paralelo ao eixo Z: 125 97 67 40 Ø86 Ø66 Ø50 R8 R1 0 Ø30 R1 R 10 0 136 . Folha de programação 137 . Exercício 9 Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G66 Desbaste externo paralelo ao eixo Z: R 8 R 10 R 10 Ø120 R 6 Ø60 45 95 125 Ø30 138 . Folha de programação 139 . Exercício 10 Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G66 Desbaste externo paralelo ao eixo Z: Ø25 12.5 25 Ø50 100 85 150 125 Ø75 Ø100 Ø125 50 140 . Folha de programação 141 . 125 90 65 Ø25 5 3x45° M30x3 Ø100 142 .Exercício 11 Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G33 Ciclo de roscamento (básico) e a função: G37 Ciclo de roscamento automático. Folha de programação 143 . Exercício 12 Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G66 Desbaste interno paralelo ao eixo Z: 100 R 8 Ø125 Ø30 Ø50 3x45° 35 60 80 Ø96 144 . Folha de programação 145 . Exercício 13 Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G67 Desbaste interno paralelo ao eixo X: 100 Ø125 Ø30 Ø60 R6 25 50 75 Ø90 Ø42 146 . Folha de programação 147 . Exercício 14 Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G67 Desbaste externo paralelo ao eixo X: 100 Ø125 Ø30 15 30 55 70 Ø100 Ø80 Ø60 R6 148 . Folha de programação 149 . 150 . especialmente. o que torna este um excelente material para pesquisa em campo. fornecidos Pela ROMI. no entanto da uma ótima noção de Programação. 151 .).CONCLUSÃO A conclusão dos exercícios e dos anexos encerram o presente Manual. Queremos também tornar claro que a aprendizagem do conteúdo deste manual. Agradecemos aos alunos e esperamos reencontra-los em outros cursos. deixa claro que o aprofundamento. deixando claro aos treinandos que aqui não se conclui. especialmente na operação e preparação de Torno CNC. para vários outros comando (I. os conhecimentos necessários para a perfeita compreensão de todos os detalhes relativo a programação CNC. e como lhe foi informado durante o curso. já que a tecnologia esta freqüentemente sendo melhorada nesta área. não o torna um profissional na área e que é primordial a continuidade no estudo desta matéria. e elementar para que no futuro o aluno tenha perfeitas condições de satisfazer as necessidades do mercado relativo a Programação.S. O curso a que se destina este manual é específico aos comandos MACH8 E MACH8. operação e preparação de Torno CNC. de forma alguma.O. 152 . Manual de Programação e Operação CNC Mach-8MP.l: ROMI. 1888.REFERÊNCIAS ROMI. 153 . 185p. S.