Apostila Telecomunicações CFSd 2014 v2

March 29, 2018 | Author: Hamara Costa | Category: Radio Broadcasting, Digital Television, Signal To Noise Ratio, Cryptography, Broadcasting


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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPOLÍCIA MILITAR DIRETORIA DE ENSINO INSTRUÇÃO E PESQUISA RAFAEL BONICEN DA SILVA TELECOMUNICAÇÕES NA POLÍCIA MILITAR DO ESPÍRITO SANTO VITÓRIA 2013 SUMÁRIO PARTE 1 - O SISTEMA DE RADIOCOMUNICAÇÃO DA PMES ............................... 4 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 8 1.1. A importância de um sistema de comunicação diferenciado para o serviço operacional da PMES .............................................................................................. 8 1.2. Comunicações em momentos de crise: o conceito de “Missão Crítica” ......... 8 1.3. A escolha adequada de uma Rede de Comunicação .................................... 9 2. SISTEMAS ANALÓGICOS DE RADIOCOMUNICAÇÃO ............................... 11 2.1. Frequências em um Canal de Radiocomunicação ....................................... 11 2.2. Comunicação ponto-a-ponto ........................................................................ 12 2.3. Comunicação ponto-multiponto via estação repetidora................................ 14 2.4. Áreas de sombra .......................................................................................... 18 2.5. Identificando problemas em uma repetidora ................................................ 21 3. SISTEMAS DIGITAIS DE RADIOCOMUNICAÇÃO ........................................ 22 3.1. Protocolos de radiocomunicação digital ....................................................... 25 3.2. O padrão TETRA ......................................................................................... 27 4. APCO25 – O PADRÂO ADOTADO PELA PMES .......................................... 29 4.1. Comparação básica entre APCO25 e TETRA ............................................. 30 4.2. Serviços e facilidades oferecidos no APCO25 ............................................. 33 4.3. Segurança nas comunicações ..................................................................... 36 4.4. Cobertura de sistema analógico x cobertura P25 ........................................ 38 5. EQUIPAMENTOS DIGITAIS APCO25 UTILIZADOS NA PMES .................... 39 5.1. Baterias de transceptores portáteis .............................................................. 39 5.2. Utilização dos rádios digitais em modo analógico ou em modo digital P25 . 44 5.3. Antenas ........................................................................................................ 48 6. UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE RADIOCOMUNICAÇÃO.............................. 52 6.1. Meios auxiliares na transmissão da mensagem ........................................... 52 7. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 59 PARTE 2 - O CIODES E SUAS TECNOLOGIAS ..................................................... 61 8. IMPORTANTE ................................................................................................. 62 9. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 63 10. ORGANOGRAMA DO CIODES ...................................................................... 66 11. RECURSOS TECNOLÓGICOS ...................................................................... 68 11.1. E-COPS .................................................................................................... 68 11.2. Sistema Integrado da Inteligência de Segurança Pública do Espírito Santo - SISPES................................................................................................................ 69 11.3. GEORAST ................................................................................................ 72 11.4. CONECTA ................................................................................................ 79 11.5. Smartphone com acesso ao Portal SESP................................................. 82 PARTE 1 - O SISTEMA DE RADIOCOMUNICAÇÃO DA PMES INTRODUÇÃO 1. havendo troca de tiros e evasão dos bandidos. (2) a utilização de equipamentos que permitam a troca de informações é tão importante como o armamento e equipamentos de proteção para o policial. a troca de informações é fundamental para a segurança dos policiais e da sociedade. Outros policiais em radiopatrulhas acompanham o veículo. podemos chegar às seguintes conclusões: (1) no serviço policial militar. inclusive. Entretanto. Ambos estão devidamente armados.2. e adentram com o carro roubado no bairro onde os militares do policiamento a pé se encontram. em maior ou menor proporção. um carro é tomado em assalto no bairro Laranjeiras. ou seja. com carregadores e munição reserva. armamentos não letais.1. sem informações. A importância de um sistema de comunicação diferenciado para o serviço operacional da PMES Em seu serviço operacional. pois estavam sem rádio. Durante o serviço desses policiais. Da análise do exemplo. Essa rede é estruturada visando à comunicação de policiais militares que estejam de serviço em determinada área. Comunicações em momentos de crise: o conceito de “Missão Crítica” Conforme será visto. Estes. 1. Imagine a seguinte situação: um Policial Militar. a PMES possui uma rede própria de radiocomunicação. Imagine os prejuízos sociais que ocorreriam caso o . Podemos afirmar com relativa certeza que. os quais ao se depararem com nossa dupla atiram contra eles.8 1. encontra-se escalado no policiamento ostensivo a pé do bairro Nova Carapina. vestem coletes balísticos e possuem. a PMES depende diretamente de um sistema de comunicação capaz de levar informações a todos os operadores de segurança que se encontram de serviço em determinada localidade. eles se encontram sem rádio de comunicação. juntamente com seu parceiro. são surpreendidos pelos bandidos. como não sabiam o que estava ocorrendo. já aconteceram diversos casos semelhantes ao descrito nas Polícias Militares de todo o Brasil. que se encontram altamente armados. etc). a empresa pode simplesmente falir. Basicamente. os serviços de comunicações devem estar estruturados em uma rede profissional de missão crítica (ou comunicação crítica).3. No contexto da Segurança Pública. no caso de eventuais falhas. 1. etc). Para evitar esse tipo de transtornos. podemos imaginar o que aconteceria se o sistema de um grande banco. Quais seriam as consequências se o provedor de acesso à internet perdesse dados dos clientes? Já pensou na situação caótica que uma grande cidade. poderíamos ter resultados extremamente danosos à sociedade e aos agentes de segurança. em relação à segurança pública. iDEN. ou de uma grande empresa. como São Paulo. Da mesma forma. PoC. Se tal sistema é vítima de uma falha que interrompa seu funcionamento ou que cause a perda de dados importantes. ficasse horas sem funcionar. O estudo específico destas redes foge ao escopo deste material. diversas soluções de rede de comunicação estão disponíveis tanto nas formas de redes comerciais (celular. tais empresas "montam" seus sistemas como sendo de missão crítica. viveria se os computadores e a comunicação do sistema metroviário simplesmente parassem? Para muitas empresas e setores de atividade. ou seja. . missão crítica é um ambiente tecnológico construído para evitar a paralisação de serviços e a perda de dados importantes a um negócio ou atividade. e. no caso de uma interrupção no sistema de comunicação em situações de crise. em uma infraestrutura tecnológica projetada especificamente para evitar que qualquer falha em alguns dos sistemas chegue a comprometer a continuidade do funcionamento das operações. VoWLAN. uma série de equipamentos e tecnologias é aplicada ao ambiente. A escolha adequada de uma Rede de Comunicação Atualmente. que elas possam ser rapidamente solucionadas. o uso de determinados sistemas é imprescindível para a manutenção do negócio e da atividade ao qual se destina. como na de redes privadas (redes de radiocomunicação bidirecional.9 sistema de telecomunicações da PMES entrasse em pane e as transmissões das ocorrências não pudessem ser transmitidas? Da mesma forma. Para isso. os órgãos cujos serviços dependiam de comunicação tiveram que se utilizar de redes próprias para obter sucesso nas suas operações. mesmo em momentos de crise. de empresas com redes voltadas aos usuários comuns? Logicamente. ou seja. Este deve ser o ponto de partida para qualquer projeto de comunicação para a segurança pública. a comunicação dos operadores de segurança pública deve ser garantida. requisito para o sucesso de qualquer ação ou operação policial. deve-se ter em mente o conceito de missão crítica. A separação entre sistema de comunicação para fins comerciais e para a segurança pública é tão importante que. podemos fazer uma análise de uma idéia baseada em senso comum: a de que o sistema de comunicação da PMES deveria se basear em telefonia celular ou “Nextel” (na verdade. no momento de se escolher o sistema a ser utilizado. por motivos diversos. na distribuição do espectro de frequências regulamentado pela Agência Brasileira de Telecomunicação – ANATEL.10 Quando falamos de segurança pública. Vários são os exemplos no mundo de situações de crise em que. ou seja. ele não pode disputar espaço em uma rede de comunicação com usuários comuns. pode ser dependente. Nesses casos. Nos momentos de crise. a rede de comunicação deverá estar disponível sempre que for necessário. devemos nos perguntar: a comunicação do sistema de Segurança Pública. unicamente. as redes de telefonia celular e outras formas de comunicação ficaram congestionadas devido ao grande número de pessoas tentando dar notícias aos seus parentes e amigos. Conforme já vimos. antes de propormos uma solução como essa. Neste ponto. . não. o sistema utilizado pela empresa Nextel é o iDEN – Integrated Digital Enhanced Network). há faixas de frequências exclusivamente reservadas para a Segurança Pública. 1. Frequências em um Canal de Radiocomunicação Embora existam vários tipo de redes de radiocomunicação analógicas.que será apresentada no próximo capitulo.11 2. com a compra de suas primeiras repetidoras digitais. Na Figura 1. a PMES tenha iniciado o processo de digitalização de sua rede de radiocomunicação. Nas áreas em azul. focaremos nossos estudos nas redes comuns aos órgãos de segurança pública do Espírito Santo. o sistema já é digital convencional. tem-se a divisão da rede de radiocomunicação da PMES. Embora em 2008. originando redes mais robustas do que as existentes nos sistema de radiocomunicação analógica. Nela. 2. atualmente a grande parte dos municípios do Espírito Santo ainda conta com sistemas de radiocomunicação analógicos. Figura 1 . esse processo se apresenta de forma a integrar sistemas de comunicação de voz com sistemas de comunicação de dados.Rede de Radiocomunicação da PMES O estudo do funcionamento e da estrutura da rede de radiocomunicação analógica. além de necessária para o entendimento da rede digital . faz-se útil quando observamos a atual estrutura do sistema de comunicação da PMES. SISTEMAS ANALÓGICOS DE RADIOCOMUNICAÇÃO A evolução das tecnologias de comunicação tem gerado um processo natural de digitalização dos sistemas de telecomunicações. toda a área vermelha do mapa do Espírito Santo corresponde aos municípios nos quais ainda se têm um sistema analógico de rádio. . Na radiocomunicação. Quando o usuário aperta a tecla denominada PTT (sigla do inglês Push-To-Talk. Comunicação ponto-a-ponto É a transmissão direta entre dois ou mais transceptores. O canal é formado. o rádio é por natureza um receptor. aperte para falar).2. Figura 2 . o rádio transmissor se comunica diretamente com os receptores.Transceptor portátil utilizado na PMES No canal de voz do sistema de radiocomunicação há uma frequência fixa por meio da qual ocorre a transmissão. pois eles são terminais transmissores e receptores em um mesmo equipamento. o terminal atua como um transmissor. Os terminais de rádio da PMES são denominados Transceptores. portanto. sem que o sinal passe por uma estação repetidora. Quando o PTT não está pressionado. 2. por um par de frequências. e outra frequência fixa por meio da qual ocorre a recepção da mensagem. podendo o usuário transmitir uma mensagem de voz. o tráfego de informação se dá por meio de canais formados por pares de frequências fixas para a transmissão e a recepção da mensagem. Nesse tipo de comunicação. ou em sua tradução. .12 Nesses sistemas. 13 Figura 3 . Dificilmente a onda eletromagnética transmitida pelo PM chegará à VTR em condições de ser “entendida”. A desvantagem da comunicação ponto-a-ponto é que seu alcance é extremamente limitado. móveis e portáteis.Comunicação ponto-a-ponto Esse tipo de comunicação é muito utilizado em policiamentos de guarda e operações policiais (patrulhas em morros. em geral. Imagine um policial querendo se comunicar com outra viatura. sendo que entre eles há um morro de altitude elevada. Além disso. as ondas eletromagnéticas sofrem atenuação durante sua propagação. ou seja. elas perdem energia (potência). possuem uma potência de saída limitada. geralmente os usuários dos rádios se encontram em locais pouco estratégicos para realizar uma transmissão. enquanto que nos rádios portáteis. ou diversos prédios. etc). policiamento em eventos. . em modo analógico. a potência de saída máxima é de 45 W. temos uma potência de saída máxima de 5 W. no caso das estações fixas e dos rádios móveis. Dois fatores principais influenciam o alcance da transmissão ponto-a-ponto: potência dos rádios e obstrução da linha de visada entre eles. Os transceptores fixos. Conforme já vimos. Por exemplo. aumentando o alcance das transmissões e. Comunicação ponto-multiponto via estação repetidora Em sistemas ponto-multiponto temos uma estação rádio-base (ERB) que transmite um sinal para várias estações terminais de rádio. .3. as ERB são formadas por estações repetidoras (ou simplesmente “repetidora”). Dessa forma. Como o objetivo no serviço policial militar é fazer com que todos os policiais de uma mesma unidade se comuniquem.Obstrução física da linha de visada entre dois transceptores Uma forma de fazer com que o alcance dos rádios seja maior é utilizando estações repetidoras na rede de rádio. 2. a área de cobertura da comunicação via rádio. e com a função de retransmitir um sinal. normalmente instalados em locais de altitude elevada. Isso porque uma mensagem deve ser recebida por todos os receptores sintonizados no mesmo canal. na PMES.14 Figura 4 . consequentemente. as quais são constituídas por um conjunto de equipamentos. torna-se necessária a utilização de equipamentos que aumentem o alcance dos rádios em relação a comunicação ponto-a-ponto. principalmente no interior do estado.15 Como as repetidoras estão posicionadas em locais bem elevados e operam com bastante potência.3. ele está utilizando as frequências da repetidora localizada no Morro do Jaburuna. Figura 5 .1. atualmente a PMES está em processo de digitalização de sua rede de radiocomunicação. tem-se uma estação repetidora. nos canais ponto-a-ponto. não há a presença da repetidora. Quando um rádio está sintonizado no canal do 4º BPM. elas têm uma área de cobertura bem maior do que as estações localizadas no solo. conforme já visto. em Vila . por exemplo. Canal de comunicação analógico convencional Conforme já dito. A rede de radiocomunicação analógica da PMES é estruturada de forma que. para cada canal de comunicação.Comunicação via estação Repetidora 2. Entretanto. Logicamente que. ainda há vários canais analógicos em uso. Os locais onde são instaladas as repetidoras são denominados sítios de comunicação (ou sites de comunicação).  Canal do 7° BPM . Essa repetidora faz parte da rede de radiocomunicação do 4º BPM.Cobertura dos canais de Linhares e Mantenópolis Outra característica da rede de radiocomunicação da PMES é que seus canais funcionam de forma isolada. podemos observar a área de cobertura de dois canais analógicos de radiocomunicação da PMES. um rádio sintonizado no canal do 11º . um rádio no canal do 4º BPM irá sempre acionar a repetidora do 4º BPM. Assim.16 Velha.  Canal do 6º BPM . temos a localização da repetidora de cada um desses canais. Exemplo da distribuição de canais na Grande Vitória:  Canal do 1º BPM – repetidora localizada no Morro da Fonte Grande. o canal de Linhares e o de Mantenópolis. Figura 6 .repetidora localizada no Morro do Jaburuna. Dessa forma.repetidora localizada no Morro de Goiapaba. Na figura. sendo que o determinante para a cobertura deles é a posição de suas respectivas repetidoras.  Canal do 4º BPM – repetidora localizada no Morro do Jaburuna.  Canal do BPTran .repetidora localizada no Morro da Fonte Grande. Na Figura 6. 17 BPM não recebe e nem transmite para um rádio sintonizado no canal do 2º BPM. não haverá comunicação entre eles no canal convencional. os transceptores somente transmitem para a repetidora. em modo analógico. e somente recebem da repetidora.Comunicação em um canal convencional analógico Há de se notar. portanto. Tal processo não será visto neste material. que. ou seja. Figura 7 . tem essa configuração em “ilhas de comunicação” devido a forma como o serviço operacional da corporação é organizado. toda a comunicação passa por uma estação repetidora. todo o canal ficará sem comunicação. . A rede de radiocomunicação da PMES. Há alguns casos em que é interessante fazer enlaces entre repetidoras. Em um canal convencional analógico. no caso de pane em uma repetidora. Mesmo que um rádio esteja próximo a outro. 18 Figura 8 . Áreas de sombra Mesmo com a utilização de estações repetidoras. .4.Impossibilidade de comunicação em caso de pane na Repetidora 2. há a possibilidade da transmissão delas não alcançar determinadas áreas. Conforme se verifica na Figura 9. Tais regiões são chamadas áreas de sombra. as áreas de sombra são formadas principalmente por obstrução da comunicação devido ao relevo ou pela distância do ponto à repetidora ser tamanho que a potência desta não alcança o rádio localizado naquele local. as quais ficam sem comunicação. celular.19 Figura 9 – Área de sombra formada devido a obstrução do sinal (relevo). temos outra ainda mais comum que se dá pela falta de alcance dos transceptores. Dessa forma. em seu serviço. internet. O policial militar. Em qualquer tipo de rede que utilize radiofrequência como forma de transmissão de sinal (rádio. televisão) existem as áreas de sombra. Além das áreas de sombra existentes devido à falta de alcance da repetidora. deve estar atento para os locais onde por ventura haja áreas de sombra. devido a sua localização. a transmissão de um HT não alcance a repetidora. pode ocorrer que. enquanto um rádio portátil opera com 5 W. . as repetidoras analógicas da PMES funcionam com potência próxima a 50 W. Em geral. pois é o equipamento de menor potência em uma rede. Nessa situação o policial receberá comunicação. por ter potência maior. mas não conseguirá transmitir. . irá alcançar o citado equipamento. Já a repetidora. quando retransmitir o sinal de outro rádio.20 Figura 10 . Há de se notar que a comunicação mais crítica em uma rede de radiocomunicação se dá quando se tem um rádio portátil transmitindo.Rádio portátil transmitindo para uma repetidora localizada distante dele. Figura 11 .Repetidora transmitindo para um portátil localizado distante dela. Com isso. de forma que ele possa identificar se realmente está ocorrendo um problema ou se ele está em uma área de sombra. o problema deve estar em algum terminal da rede. Além da possibilidade do policial estar em uma área de sombra. não conseguem se comunicar utilizando seus equipamentos de rádio.5. Vale ressaltar que o PM deve conhecer a rede em que está trabalhando. Podemos então identificar o problema na comunicação da seguinte forma: se nenhum rádio da rede está conseguindo receber ou transmitir mensagens. Vimos que a comunicação utilizando o sistema repetidor deve obrigatoriamente passar pela repetidora. 2) o rádio de quem está recebendo está com problemas. . Identificando problemas em uma repetidora Muitos policiais. durante sua atividade. caso a repetidora pare de funcionar.21 2. e 3) a rede de rádio que o policial está utilizando encontra-se com problemas. há ainda as seguintes possibilidades: 1) o rádio de quem está transmitindo está com problemas. os rádios que se encontram em sua rede não se comunicarão. Caso contrário. então o problema provavelmente é na repetidora. a ANATEL determinava que o espaçamento entre canais tivesse uma largura de banda de 25 kHz. acompanhando as demais corporações de segurança pública em todo o Brasil. estamos falando de regulamentações. Como exemplo. A adição da capacidade de transmissão de dados integrada com o sistema de voz abre a possibilidade de novas ferramentas para a Segurança Pública. Pode parecer exagero. a atualização remota da configuração dos rádios dentre muitos outros. bem como planejamentos adequados por meio de projetos elaborados por profissionais capacitados. Em alguns países. UHF ou 800 MHz. Para sistemas de comunicação que utilizam radiofrequência. como a localização automática de veículos e pessoas. o de evitar interferências entre os canais.. Tal espaçamento entre canais tem entre seus objetivos. a PMES. o acesso a bases de dados.outro ponto importante que direciona o uso da tecnologia digital é o uso mais eficiente do espectro radioelétrico. Vamos elencar algumas delas: Transmissão integrada de voz e dados - As soluções digitais de radiocomunicação atuais possibilitam a transmissão de mensagens de voz e dados no mesmo sistema. não há tecnologia sem fio que possa existir. Quando falamos em uso eficiente do espectro radioelétrico. simplesmente não existem mais canais de rádio (frequências) disponíveis. A migração de um sistema de rádio analógico para digital se justifica por razões práticas e técnicas. . a troca de mensagens de texto.22 3. Não importa de qual banda estamos falando: VHF. vem passando por um processo de digitalização de sua rede de radiocomunicação. ou mesmo em algumas regiões do Brasil. em modo analógico. exigindo altos investimentos. um canal de frequência é tão importante para a tecnologia existir quanto a água é importante para os seres vivos. Tal processo é extremamente complexo. Uso mais eficiente do espectro radioelétrico . mas sem canais de RF para usar. SISTEMAS DIGITAIS DE RADIOCOMUNICAÇÃO Nos últimos anos. Alguns métodos são baseados em software e outros em hardware. ocupação de canal. Figura 12 . não somente pela modulação. usuários ativos.a transmissão digital apresenta melhor desempenho frente ao ruído devido ao uso de repetidores regeneradores na . é fundamental também considerar a questão do sigilo ou privacidade nas comunicações.Os equipamentos de controle do sistema garantem o funcionamento somente de equipamentos autorizados. é possível reduzir esse espaçamento entre canais de 25 kHz para 12. Mais adiante será abordada com mais detalhes a questão da segurança das informações por meio de criptografia. mas qualquer um tem alta confiabilidade. Controle total da utilização da rede . registro das chamadas realizadas. Melhor desempenho frente a ruídos . Existem diversos algoritmos de criptografia disponíveis. a PMES ainda não possui um sistema de gerenciamento em sua rede de radiocomunicação digital. Sistemas digitais são especialmente desenhados para oferecer segurança. mas também pela criptografia.Sistemas digitais e uso otimizado do espectro eletromagnético Sigilo e segurança nas comunicações . etc. Infelizmente.5 kHz. com a possibilidade de geração de relatórios precisos sobre a utilização do sistema.23 Em sistemas de comunicação digital.para os órgãos de segurança pública. medida em dBm. de dois sinais distintos em função da qualidade do áudio. totalmente isento de ruído. medido em dB (eixo vertical): . Quanto mais alto for a relação sinal-ruído.24 transmissão de sinais pulsados permitindo a recuperação de pulsos de formato perfeito. temos no eixo horizontal a intensidade do sinal atenuado. definido como a razão entre a potência de um sinal e a potência do ruído sobreposto ao sinal. Uma característica dos sistemas digitais é a utilização de um sistema de correção de erros que otimiza a relação sinal-ruído. a relação sinal-ruído compara o nível de um sinal desejado com o nível do ruído de fundo. Figura 13 . Uma característica importante a se observar na transmissão de sinais é a relação sinalruído. Em termos menos técnicos. Qualidade de áudio – em modo digital tem-se uma melhor qualidade de áudio. No gráfico abaixo.Regeneração de sinal digital. Isso faz com que áreas periféricas que não eram claramente audíveis em sistema analógicos tenham boa chance de receber mensagens “altas e claras” em modo digital. menor é o efeito do ruído de fundo sobre a detecção ou medição do sinal. Exemplo disso é a telefonia celular. independente do processamento do sinal se dar de forma analógica ou digital. podemos afirma que. que embora opere em modo digital. Atualmente existe uma série de protocolos digitais. resta-nos relembrar que. ou seja. Uma questão bastante mitificada em relação a sistemas de radiocomunicação digital diz respeito à existência de áreas de sombra.25 Figura 14 . Enquanto na modulação analógica a qualidade do áudio vai piorando naturalmente conforme o nível de sinal do receptor fica mais fraco. . surge o desafio da escolha do protocolo de comunicação.1. Pode-se observar que. Desta forma. Sobre essa questão. Sendo assim. tanto em sistemas analógicos. por meio de ondas eletromagnéticas. como em sistemas digitais. 3. continua sofrendo com problemas de cobertura. sendo eles protocolos abertos ou proprietários (é comum utilizar o termo “padrão” como sinônimo de protocolo). a transmissão da informação ocorrerá conforme discutido no capítulo 2. todas as questões físicas já elencadas relativas a propagação e transmissão do sinal são válidas também para o modo digital. somente caindo abruptamente quando o nível de sinal do receptor fica extremamente fraco. no modo digital a qualidade do áudio tende a se manter constante.Qualidade do áudio analógico e digital em função do nível do sinal. Protocolos de radiocomunicação digital Após optar pelo sistema digital. existirão as áreas de sombra. sendo eles o TETRAPOL. o usuário obviamente escolhe utilizar uma determinada marca para seu sistema e seus equipamentos. não é um protocolo reconhecido pela ETSI (Instituto de Padronização de Telecomunicações Europeu). São exemplos de protocolos proprietários: a) Mototrbo. principalmente por questões de interoperabilidade. É um sistema FDMA que funciona em canais de 10 ou 12. os fabricantes não possuem autonomia para alterar especificações de padrões abertos. é um sistema que carece de várias das funcionalidades já presentes nos outros sistemas. d) o SMARTNET II. ao qual daremos maior ênfase por ser o padrão adotado pela PMES. Ao optar pela utilização de um protocolo proprietário em uma rede de radiocomunicação. e) o Nexedge. . b) IDAS. o TETRA. c) EDACS. Entretanto. o padrão TETRAPOL é utilizado somente pela Polícia Federal. da Kenwood. No Brasil. analisaremos apenas os padrões utilizados pelos órgãos de segurança pública no Brasil.26 Os protocolos proprietários são desenvolvidos e patenteados por um determinado fabricante. dentre outros. Ou seja.5 kHz. o TETRA. Os padrões abertos são definidos por normas de entidades independentes de fabricantes. e o TETRAPOL. e o APCO25. oferecendo 2 canais por cada 25 kHz. o APCO25. da Harris. é recomendada a adoção de um padrão aberto de radiocomunicação. Para aplicações de missão crítica. Em nossos estudos. Além disso. da Motorola. da Motorola. esta corporação já possui projetos com objetivo de adotar o TETRA ou o APCO25. a Cassidian. O TETRAPOL é um protocolo desenvolvido pela empresa EADS no final dos anos 1980 com o objetivo de proporcionar um sistema digital troncalizado para as forças de segurança da França. e é suportado somente por um fabricante. São exemplos de padrões abertos de radiocomunicação o DMR. da Icom. Apesar de ser considerado um protocolo aberto. ou Terrestrial Trunked Radio(do inglês: Rádios Terrestres Troncalizados). O protocolo TETRA foi pensado para usuários PMR (Professional Mobile Radio – Rádio Profissional Móvel).2. bombeiros e ambulâncias). onde os diferentes . O sistema TETRA é um sistema de rádio troncalizado digital com tecnologia TDMA. Além disso. essa proposta será integrada ao protocolo. Isso é feito através de testes que se realizam algumas vezes ao ano. a associação tem outra função. que é comprovar que as diferentes funções do protocolo funcionem corretamente entre os diferentes fabricantes. Existe uma associação chamada TETRA Association que desenvolve o protocolo TETRA e o publica para que os diferentes fabricantes usem as especificações em seus desenvolvimentos. Isso permite mais comunicações num mesmo espectro de frequência que um sistema analógico. que pode ser traduzido como Instituo Europeu de Padronização de Telecomunicações). especialmente para usos em agencias governamentais. Se passar por todas as aprovações da associação. segurança pública (polícias. O padrão TETRA TETRA. e uma equipe técnica estudará a proposta. serviços de emergência. cumprindo com um requisito de muitos países e aumentando a eficiência em espectros altamente ocupados. e será publicada para que os demais fabricantes possam fazer aplicações ou soluções compatíveis com a função proposta. é um protocolo aberto de rádio digital troncalizado criado e gerenciado pela ETSI (do inglês: European Telecommunications Standards Institute. um instituto internacional que produz e mantém protocolos de comunicações. Os membros dessa associação são:  Fabricantes de Infraestrutura TETRA  Fabricantes de Terminais TETRA  Usuários TETRA  Fabricantes de aplicações e soluções baseadas no protocolo TETRA Qualquer membro pode propor uma nova aplicação ou implantação à associação.27 3. etc. que depois emite um certificado detalhando quais funções funcionam e quais não. No Brasil. e podem ser baixados gratuitamente do site do TETRA Association. sendo que a empresa vencedora irá implantar uma rede TETRA. no ano de 2012. . No Espírito Santo. o padrão Tetra foi adotado na Polícia Militar do Rio de Janeiro e na Polícia Militar da Bahia. Esses certificados se chamam IOP (Certificados de Interoperabilidade). a Prefeitura Municipal de Vitória lançou um Edital para aquisição de um sistema de radiocomunicação para a Guarda Municipal.28 fabricantes se juntam e testam seus equipamentos. Os testes são supervisados por um organismo independente. Como os padrões P25 são de domínio público. nas páginas da TIA. ele deve operar em conformidade com os padrões definidos nas normas publicadas pelo APCO25. traduzido como: Associação Nacional de Diretores de Telecomunicações). .Símbolo do P25 O P25 é uma arquitetura aberta que foi projetada com o intuito de suprir as necessidades das instituições governamentais norte-americanas de segurança pública. Seu conjunto de padrões engloba serviços para uma rede digital voltada para organizações de segurança pública. Figura 15 . da NCS (do inglês Federal Agencies and the National Communications System. As documentações técnicas do padrão P25 podem ser encontradas com facilidade na internet. ou simplesmente P25) é um conjunto de normas produzidas através da articulação conjunta da Associação dos Oficiais de Comunicações em Segurança Pública dos Estados Unidos (em inglês: Association of Public Safety Communications Officials International – APCO) da NASTD (do inglês National Association of State Telecommunications Directors. APCO25 – O PADRÂO ADOTADO PELA PMES O padrão APCO25 (também conhecido como Project 25. qualquer fabricante pode produzir rádios compatíveis com sistemas P25. FCC ou do Instituto de Padronização Nacional Americano (American National Standard Institute – ANSI).29 4. sendo definidas pelas normas as interfaces. o funcionamento e as capacidades de qualquer sistema de rádio que possa ser definido como P25. Para que um rádio seja classificado como P25. tradução: Agências Federais e Sistema Nacional de Comunicação) e da TIA (em inglês: Telecommunications Industry Association. traduzido como Associação de Indústrias de Telecomunicações). o CBMES e a PCES.  Desenvolver funcionalidades e capacidades para sistemas de radiocomunicação com foco na segurança pública. Entretanto. eficiência e confiabilidade nas comunicações entre as agências governamentais.25 kHz na Fase 2 TDMA.5 kHz na Fase 1 FDMA ou de 6.  Permitir efetividade. UHF (nas faixas de 380 MHz) e 800 MHz. em decisão conjunta com a PMES. com canais de 12.  4. Permitir o uso eficiente do espectro radioelétrico. a adotarem o P25 como padrão para a rede de radiocomunicação digital da segurança pública no Espírito Santo. Comparação básica entre APCO25 e TETRA Foge aos objetivos deste material uma comparação profunda entre os padrões P25 e TETRA.1. para operação troncalizada ou convencional. é importante se ter em mente algumas diferenças básicas entre os dois padrões.1. 4. nem tão pouco à segurança pública. .1. bem como os motivos que levaram a SESP.30 Embora tenha sido inicialmente desenvolvido para serviço de segurança pública norte-americano. a tecnologia P25 não ficou limitada ao mercado dos EUA. Faixa de frequência e modo de operação Os sistemas APCO25 estão disponíveis em VHF. O APCO25 possui quatro objetivos principais:  Garantir a competitividade entre fabricantes por meio de uma arquitetura de protocolo aberto. 25 kHz. 4.2. Assim como o P25 Fase 2. Em relação a faixa de frequência em que pode operar cada padrão. os órgãos de segurança pública do Espírito Santo utilizam a faixa de VHF. 380-400 MHz. uma vez que a liberação junto a ANATEL e a consequente utilização de uma faixa de frequência compatível com o TETRA seriam simples de ser feito. enquanto o TETRA é uma tecnologia para operação em modo estritamente troncalizado. o TETRA permite a utilização de quatro canais em uma faixa de 25 kHz. Isso.1.31 Figura 16 . O padrão APCO25 pode operar tanto em modo . é importante observar que. entretanto. surge o problema de “o que fazer com o legado existente de rádios analógicos convencionais ou troncalizados?”. por sua vez. 410-430 MHz e 450-470 MHz) e 800 MHz. É importante observar ainda que o padrão P25 permite operação em modo convencional e em modo troncalizado. não estão disponíveis para a banda de VHF.Utilização de canais no padrão P25 Os sistemas TETRA. sendo sua operação somente em modo troncalizado. mas para UHF (350 MHz. Compatibilidade com sistemas legados Ao atualizar ou migrar o sistema de radiocomunicação de analógico para digital. o que somente é possível no sistema P25. não é uma condição fundamental para a adoção deste padrão. Em relação a utilização de canais. atualmente. o que nos dá 6. o TETRA opera em TDMA. Tal fato possibilita a aquisição gradual de rádios digitais. e um rádio móvel. não por causa da banda de frequência necessariamente. Na PMES. Em sistemas P25. as repetidoras digitais possuem uma sensibilidade de recepção muito superior se comparadas às repetidoras analógicas de baixo tráfego que são normalmente montadas com dois rádios móveis interligados. Um terminal portátil P25 tem cerca de 5 watts. Quando isso ocorrer. Outro ponto importante diz respeito aos rádios. que passarão a operar em modo digital. com a aquisição de repetidoras digitais P25 para a região da Grande Vitória. respectivamente. conforme visto no item 0. Área de cobertura Os sistemas APCO25 são mais indicados quando as áreas de cobertura são extensas. o número de bases necessárias para cobrir uma mesma cidade com APCO25 será menor que . No sistema TETRA isso não seria possível. mas pela potência de transmissão das repetidoras. Como a PMES não possuía transceptores digitais. Além disso. enquanto os TETRA possuem 1 watt e 3 watts. possibilitando um caminho suave de migração. 4. todo o sistema da Grande Vitória pôde operar em modo digital.1. até que no ano de 2011. uma vez que um mesmo rádio pode operar tanto no modo analógico quanto no digital. Os transceptores foram sendo substituídos aos poucos.32 analógico quanto em modo digital. No APCO25. uma vez que os rádios deste padrão operam somente em modo digital. essas potências podem chegar a mais de 125 watts na repetidora. esse processo iniciou em 2005. 45 watts. Ou seja. depois do combinador.3. os quais são distribuídos e podem operar normalmente na rede analógica existente até que toda ela esteja capacitada para operar em modo digital. mesmo se comparados na banda comum de 800 MHz. os rádios possuem mais potência que em TETRA. muito menor do que as do P25. Já as Estações Rádio Base do padrão TETRA possuem potência de transmissão de cerca de 10 W. faz-se a mudança no modo de operação dos transceptores e das repetidoras. essas repetidoras atuavam em modo analógico. nem tão pouco de modo de funcionamento de cada padrão. existem diversas outras diferenças entre os padrões P25 e TETRA. 4. Embora o P25 defina em suas normas diversos tipos de serviços. listamos abaixo aqueles que brevemente serão aplicados na Segurança Pública do Espírito Santo:  Chamada de grupo .2. Uma aplicação típica de serviços seria o controle de despacho dos agentes de segurança pública.33 o número de bases TETRA.Quadro resumo do comparativo entre P25 e TETRA Obviamente. mesmo que essa comparação seja feita na mesma faixa de frequência (UHF ou 800 MHz). objetivando tempos rápidos de chamada. Entretanto. Serviços e facilidades oferecidos no APCO25 O sistema P25 é desenhado para prover serviços móveis e portáteis a usuários profissionais para comunicação com suas organizações. Figura 17 . este material não possui o objetivo de se aprofundar em questões de arquitetura de rede. Os membros do grupo tem um número comum pré-definido. chamadas de grupo e individuais. Um número mínimo de 5 níveis de prioridade é definido. O número 1 corresponde a prioridade máxima. mesmo que isto signifique que as outras chamadas serão desconectadas. na frente das chamadas com baixa prioridade.  Chamada prioritária É um serviço suplementar as chamadas de difusão ampla. Assim que a chamada de prioridade for desconectada. Cada usuário/terminal possui um número de ID pré-definido.  Criptografia Codifica a informação de maneira a torná-la segura. Todos os membros podem se escutar entre si.  Chamada de Voz individual Chamada em duas direções entre dois usuários individuais. Se os recursos estão ocupados. o recurso fica disponível para a chamada preventiva. chamadas de grupo e individuais. Uma chamada preventiva sempre tem recursos alocadas para ela. ou dinamicamente programado pelo despachante ou operador do sistema. pelo qual são endereçados. Uma chamada com prioridade terá acesso preferencial aos recursos da rede.  Conexão de voz com a rede telefônica .3. O terminal pode ser estaticamente programado para um ou mais grupos. a chamada com prioridade será colocada em uma fila. o qual é utilizado para as chamadas individuais. Só quem possui a chave pode decodifica-la. Será mais bem estudada no item 4. Pode ser realizada diretamente entre usuários ou por meio da console de despacho. Um número mínimo de 5 níveis de prioridade é definido. dos quais o originador é um membro.34 São chamadas de voz nas duas direções entre um usuário e um grupo de usuários pré-determinado.  Chamada prioritária preventiva É um serviço suplementar as chamadas de difusão ampla. em uma situação de perigo eminente. para decidir se vai escutar ou não. O despachante assim escuta o que se está passando no rádio do usuário. Pode ser iniciado de qualquer lado.  Monitoramento da unidade É um serviço suplementar às chamadas individuais. rede telefônica ou sistema rádio. chamadas de grupo e individuais. o usuário pode selecionar aspectos importantes de uma chamada. A chamada é iniciada remotamente pelo despachante. chamadas de grupo e individuais. iniciar uma chamada sozinho. Permite que o originador da chamada deixe sua identificação com a parte chamada. Por exemplo. Permite ao rádio do usuário. O serviço permite ao rádio do usuário iniciar uma chamada sem a intervenção do próprio usuário através da tecla PTT (Push to talk). O propósito do serviço é permitir ao despachante ou outros usuários escutar o usuário em um evento de possível perigo para ele.  Identificação do Indivíduo que transmite É um serviço suplementar as chamadas de difusão ampla. Permite a um usuário seletivamente escutar qualquer chamada. para subsequente retorno da . Permite identificar o usuário que está transmitindo a mensagem.  Chamada de alerta Serviço suplementar às chamadas individuais.35 É um serviço suplementar as chamadas de difusão ampla. tais como o ID (identificador) do grupo.  Emergência silenciosa É um serviço suplementar as chamadas de difusão ampla. a chamada pode ser iniciada pelo usuário do rádio ao pressionar uma chave de emergência. chamadas de grupo e individuais. chamadas de grupo e individuais.  Escuta discreta É um serviço suplementar as chamadas de difusão ampla. Isto é. Permite a comunicação entre um usuário da rede telefônica e um ou mais usuários do sistema rádio. dois rádios programados com a mesma chave de criptografia podem se comunicar. isto é. Essa chave de criptografia é definida pelo administrador do sistema de radiocomunicação.3. 4. Uma das grandes vantagens de uma rede digital P25 é a possibilidade de criptografar as transmissões de voz e de dados sem afetar a qualidade da comunicação e o seu alcance. ou seja. Por esse motivo. a qual somente poderá ser decodificada por um receptor que possua o dispositivo apropriado de descrambling. uma fórmula matemática que transforma uma mensagem entendível por qualquer receptor em uma mensagem criptografada. Em uma transmissão criptografada. scrambler é o dispositivo que sobrepõe ou inverte sinais. Em telecomunicações. é necessário que o transmissor e o receptor tenham a mesma chave de criptografia. utiliza-se um algoritmo de criptografia. poucos são os sistemas de comunicação VHF analógicos que utilizam esse recurso de codificação de mensagem – a PMES nunca utilizou. Para isso.36 chamada. cujo conteúdo está embaralhado e só pode ser decifrado por quem possua a chave de criptografia certa. sendo como uma senha. Encriptação é o processo de codificar uma mensagem. . ou seja. O grande problema de se utilizar o scrambler em sistemas de radiocomunicação são as perdas no alcance da transmissão e na qualidade da mensagem. protegendo o seu conteúdo. Segurança nas comunicações Em modo analógico. é possível proteger a comunicação utilizando-se o recurso denominado scrambler (traduzindo do inglês: misturador de frequência). de forma a codificar uma mensagem transmitida. Opera como um “prompt” (aviso) à parte chamada para que ela retorne a chamada. após ser definida. Conforme já dito. ou seja. ou seja. Essa chave de criptografia é inserida no rádio por meio de um dispositivo encriptador.37 Figura 18 . Após ser inserida nos terminais. mais difícil “quebrá-lo”. Os algoritmos de criptografia DES e AES foram definidos e normatizados pelo governo dos Estados Unidos da América. por meio de radiofrequência. a chave de criptografia. Os terminais P25 podem ser criptografado por canais. ou seja. As normas do P25 estabelecem como padrão a criptografia DES-OFB (do inglês: Data Encryption Standard – Output Feed Back). Obviamente. e a AES (do inglês: Advanced Encryption Standard). quanto maior a quantidade de bits de um algoritmo de criptografia. de 64 bits.Comunicação segura utilizando criptografia. é inserida nos terminais de rádio por meio de um dispositivo encriptador. a chave nunca mais pode ser acessada. não há como nenhum usuário ou programador ter acesso a chave de criptografia. Figura 19 . de 216 bits. As normas P25 definem também como funcionalidade a capacidade de carregar chaves no rádio remotamente por meio da Interface Aérea Comum (CAI).Transceptor recebendo chaves de criptografia por meio de dispositivo encriptador. Tal sistema é denominado de OTAR (do inglês: Over . é possível inserir uma chave de criptografia para cada canal ou grupo de conversação. Na figura Figura 14. entretanto. Isso faz com que áreas periféricas que não eram claramente audíveis em sistema analógicos tenham boa chance de receber mensagens “altas e claras” no P25 digital. Como a potência de transmissão de rádios digitais P25 e de rádios analógicos são iguais. enquanto a do sistema analógico decai conforme o nível de ruído. Isso. há de se imaginar que a cobertura de ambos também será a mesma. Quanto mais alto for a relação sinal-ruído. uma vez que se observa uma maior área de cobertura nas comunicações digitais P25 quando comparadas às comunicações analógicas. . A relação sinal-ruído de um rádio é um elemento crítico em sistemas analógicos. A relação sinal-ruído é definido como a razão entre a potência de um sinal e a potência do ruído sobreposto ao sinal. a relação sinalruído compara o nível de um sinal desejado com o nível do ruído de fundo. menor é o efeito do ruído de fundo sobre a detecção ou medição do sinal. após serem definidas. as chaves são enviadas para os terminais por meio das estações repetidoras.4.38 The Air Rekeying). Nesse sistema. não é verdade. Cobertura de sistema analógico x cobertura P25 Há muitas discussões acerca da comparação entre área de cobertura de um sinal de rádio analógico e de um sinal de rádio digital P25. 4. Em termos menos técnicos. Uma característica dos sistemas P25 é a utilização de um sistema de correção de erros que otimiza a relação sinal-ruído. pode-se observar que a qualidade do áudio em um sistema P25 tende a se manter constante. e as de lítion (Li-Ion). entretanto. em caso de dúvidas quanto a utilização dos equipamentos de radiocomunicação da PMES.39 5. Como órgão público. pode-se ter equipamentos de diversos fabricantes atuando juntos em uma mesma rede. serão demonstrados alguns detalhes referentes aos equipamentos (transceptores) e acessórios de radiocomunicação utilizados pela PMES. Aos usuários. que atualmente são adquiridas juntamente com os rádios digitais.1. TAIT (portátil modelo TP9160 e móvel/fixo modelo TM9155) e ICOM (portátil modelo IC-F70). É importante ressaltar que existem diversos outros fabricantes e desenvolvedores P25. ou seja. . Nos itens abaixo. Na PMES. desde que todos atendam as normas do APCO25. existem dois tipos de baterias: as de níquel-metal hidreto (NiMH). 5. todo o processo de compra da PMES baseia-se em licitações públicas nas quais são especificados os equipamentos e incentivadas a livre e ampla concorrência entre as marcas e revendedores. Dessa forma. Ela é um sistema eletroquímico que provê energia necessária para ligar dispositivos elétricos. procurem o setor responsável na Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (DTIC). Baterias de transceptores portáteis A bateria é um acessório fundamental nos rádios portáteis. mais antigas e que ainda são encontradas nos rádios analógicos. a PMES possui. terminais de radiocomunicação digitais P25 das seguintes marcas/modelos: MOTOROLA (radio móvel modelo XTL2200). As baterias de lítion oferecem melhor custo-benefício. segue a recomendação para que. EQUIPAMENTOS DIGITAIS APCO25 UTILIZADOS NA PMES Conforme descrito no Capítulo 5. pois possuem maior tempo de vida útil. localizada no Quartel do Comando Geral. atualmente. atualmente a PMES possui uma rede de radiocomunicação digital no padrão APCO25 Fase 1 (ou P25 fase 1). O padrão P25 tem como vantagem a interoperabilidade. as baterias de NiMH estão menos sujeitas ao efeito memória do que as baterias do tipo níquel-cádmio (a PMES não possui esse tipo de bateria). Este efeito faz com que a bateria passe a considerar como carga total apenas a quantidade de carga que foi adicionada e consequentemente.). Quando a PMES especifica um transceptor portátil em um Termo de Referências (projeto base para se iniciar uma licitação). dificilmente eles se esgotam antes da validade da bateria. a todos os dados relativos a bateria (quando ela começou a ser usada.40 Nas baterias de NiMH. de forma que. etc. Da mesma forma. as baterias atuais de Li-Ion são microprocessadas. Conforme se pode ver nas especificações acima. Na verdade. A quantidade de ciclos das baterias de Li-Ion é maior do que as de NiMH. As baterias de lítion são mais avançadas e mais leves do que as de níquel. Além disso. elas possuem grande quantidade de ciclos. quantas vezes ela já foi recarregada. Pode-se ter acesso. as baterias de lition possuem ciclo de recargas. elas são fabricadas para serem recarregadas n vezes. Como. Para evitar esse efeito é preciso descarregar totalmente a bateria antes de recarregá-la. O efeito memória ocorre quando uma bateria é carregada antes de ter a carga anterior totalmente gasta. ele está gastando um destes ciclos. não há como recarregar uma . existe o fenômeno do “efeito memória” (usualmente chamado de bateria viciada). 5% em recepção e 90% em stand-by) – especificação retirada do Termo de Referência para aquisição de transceptores elaborado pela equipe técnica da SESP. Cada vez que o usuário a coloca para carregar. cada fabricante possui sistemas específicos de segurança. somente a bateria do fabricante pode ser utilizada no seu rádio. por meio de software específico. exigindo recargas frequentes. se ele necessita ser recarregada. como está a vida útil dela. as baterias são especificadas da seguinte forma:  Bateria recarregável microprocessada de Li-íon com capacidade mínima de 1900 mAh e autonomia mínima de 12 (doze) horas contínuas. Na verdade. em geral. também chamadas de baterias inteligentes. passa a durar menos. não desenvolvem o efeito memória e possuem maior tempo de vida. para um ciclo operacional de 5-5-90 (5% do tempo em transmissão. ou seja. 1900 mAh. 5% em recepção e 90% em stand-by. tem-se uma autonomia de 12 horas no ciclo de trabalho 5-5-90. A capacidade da bateria é dada em mAh (mili-ampéres-hora). ou seja. Com uma bateria de 1900 mAh. as baterias de Li-Ion possuem ciclos de recarga. caso o usuário a coloque no carregador sem que ela realmente necessite ser recarregada. 5. Quanto maior essa capacidade. 2500 mAh. etc. a bateria “avisará” ao carregador.41 bateria no carregador de outro fabricante (a bateria troca dados com o carregador para ser recarregada). tem-se baterias de 1800 mAh. de forma que não será queimado um ciclo sem necessidade. Atualmente. Conforme já dito. e carregador veicular.1.1. 5% do tempo em transmissão. no caso das baterias microprocessadas. 3200 mAh. Figura 20 . Entretanto. maior a autonomia da bateria.Carregador de mesa individual marca TAIT . carregador múltiplo. Carregando e cuidando das baterias Há basicamente três tipos de carregadores disponíveis no mercado (dependendo do fabricante): carregador individual de mesa. a carga da bateria somente se inicia quando a bateria só se inicia quando ela estiver com temperatura entre 0ºC e 40ºC. Antes de se iniciar carga de uma bateria. c) Recebendo e fazendo chamada enquanto carrega Pode-se receber ou fazer uma chamada enquanto o rádio estiver no carregador. deve-se verificar se a temperatura da mesma está próxima a temperatura do ambiente. a recarga não será interrompida. acende-se um LED laranja no carregador. pois isso não causará dano algum. . Da mesma forma. Nos carregadores de marca TAIT (Figura 20). pode-se remover a bateria do carregador a qualquer tempo. Nas baterias de Li-Ion microprocessadas.Carregador múltiplo marca TAIT a) Temperatura de carregamento: As baterias não devem ser expostas a temperaturas muito altas ou muito baixas por um período prolongado de tempo. Se o usuário removê-lo para responder a uma chamada. b) Deixando a bateria carregando Pode-se deixar a bateria no carregador mesmo ela estando carregada. quando a temperatura da bateria está fora da faixa normal de carga. pois uma carga segura recomeçará quando o rádio for novamente colocado no carregador.42 Figura 21 . pois isso encurta a vida útil delas. e) Armazenando as baterias Quando não forem utilizadas por mais de um mês. É importante. o LED de status do r´dio pisca em vermelho.5 horas. seguir as seguintes recomendações:  Remova sempre a bateria do rádio antes de guarda-la. ou seja. os rádios portáteis alertam o usuário de várias formas: símbolo de bateria do visor aparece vazio. f) Carregando a bateria pela primeira vez A maneira como a bateria deve ser carregada pela primeira vez depende de sua química. para isso. pois isso diminui a vida útil da bateria.  Carregue completamente a bateria se for guarda-la por menos de um mês. Cuidado: não permita que a bateria do rádio descarregue completamente toda vez que for usado. se ela é de Li-Ion ou de NiMH.  Carregue a bateria aproximadamente 30% se for armazená-la por mais de um mês (nunca a guarde sem carga).  Armazene sempre em local seco e fresco. um som agudo soa. é necessária uma carga inicial de 2. .43 d) Alerta de baixa bateria Quando a bateria está com carga baixa. Quando aparecer no visor do rádio a mensagem “bateria descarregada”. Uma bateria de NiMH precisa de uma primeira carga de 14 horas. as baterias devem ser armazenadas corretamente para prolongar sua vida útil. o rádio deve ser imediatamente desligado. Já uma bateria de Li-Ion. Destaca-se ainda que um rádio na zona digital não se comunica com um rádio na zona analógica. deve-se seguir os seguintes passos: Figura 22 . Zona Digital – somente canais digitais.Como mudar o modo de operação do rádio TAIT TP9160 .44 5. Utilização dos rádios digitais em modo analógico ou em modo digital P25 Os rádios P25 (digitais) da PMES possuem a capacidade de se comunicar em modo analógico ou digital. 5. nos rádios P25 da PMES. o policial deve se preocupar com a zona e com o canal no qual irá operar.2. Transceptor TAIT TP9160 ou TM9155 Para mudar a zona de operação do rádio portátil TAIT TP9160 (digital ou analógico). É importante observar que.1. Esses rádios possuem duas zonas de canais: Zona Analógica – somente canais analógicos.2. sendo o contrário também verdade. Alterando o modo de operação dos rádios TAIT por meio do menu principal . Tanto no rádio portátil TAIT TP9160.45  Após selecionar a Zona em que o rádio irá operar (digital ou analógica).  Outra forma de se colocar o rádio na Zona Digital ou Analógica é utilizando-se o Menu Principal do rádio. como no rádio móvel ou fixo TM9155.  Vale ressaltar que essa opção é igual tanto para os rádios portáteis quanto para os rádios móveis e fixos. da seguinte forma: Figura 23 . o usuário deve escolher o canal do Batalhão onde ele irá trabalhar. a alteração do modo analógico para digital pode também ser feito por meio do menu do rádio. a alteração do modo de operação é feita da seguinte forma: Figura 24 . Transceptor móvel Motorola XTL 2200 Figura 25 .2.2.46 5. Transceptor portátil ICOM IC-F70 No radio ICOM IC-F70.Passo 1 para alterar a forma de operação no rádio Motorola XTL 2200 .Alterando o modo de operação dos rádios ICOM IC-F70 5.2.1. 47 Figura 26 .Passo 2 para alterar a forma de operação no rádio Motorola XTL 2200 Figura 27 .Passo 3 para alterar a forma de operação no rádio Motorola XTL 2200 . que transporta o sinal até o receptor que termina a linha. Tipos de antenas Cada antena é determinada para operar em uma determinada faixa de frequência com suas características principais (outro motivo pelo qual não se pode trocar uma antena de forma aleatória). O fabricante da antena deve informar a faixa de operação da antena e as características garantidas dentro desse intervalo de frequências. que formam o campo de indução. fixos e portáteis da PMES: a) Antenas de viaturas = Antena monopólo vertical móvel A antena monopólo vertical é utilizada nos transceptores móveis da PMES. a antena receptora absorve a energia da onda eletromagnética que chega até ela. também é parte do circuito elétrico de um transmissor (ou de um receptor) e pode ser modelada como um circuito contendo resistência. Antenas Uma antena é basicamente um transdutor que converte uma corrente elétrica alternada em uma onda eletromagnética. Para cada aplicação. cargas e correntes na antena produzem campos elétrico e magnético. Os campos elétrico e magnético radiados por uma antena formam o campo eletromagnético que é responsável pela transmissão e recepção da energia eletromagnética através do espaço. A antena transmissora irradia uma onda eletromagnética. há um tipo de antena mais adequado. Isso porque uma característica importante destas antenas é que elas possuem radiação . Portanto. Há então a transferência de energia do transmissor para o receptor usando como meio de transmissão ondas eletromagnéticas se propagando no espaço. o transmissor funciona como fonte de tensão para uma linha de transmissão (cabo coaxial ou guia de onda). e funciona como uma fonte de tensão para uma linha de transmissão (cabo coaxial ou guia de ondas).3. Uma antena.3.1. no entanto. São apresentados a seguir as antenas utilizadas nos transceptores móveis.48 5. No processo de recepção. capacitância e indutância. que transporta o sinal até a antena transmissora. No processo de transmissão de uma comunicação por meio de RF. que se propaga no espaço. 5. A explicação física para isso é relativamente complexa. irradiam com mesma intensidade em todas as direções horizontais. Dessa forma. toda antena é formada por um dipolo. No caso da antena monopólo. Na verdade.49 horizontal omnidirecional. o comprimento da antena deve ter 5/8 do comprimento da onda VHF a ser transmitida ou recebida. pode-se dizer que o tamanho da antena depende da frequência de operação do rádio. ou seja. no caso da instalação de antenas em veículos. o plano-terra é formado pela placa condutora existente no teto do veículo. o outro pólo é formado pelo chamado plano-terra. O importante. como ela possui somente um pólo. para melhor aproveitamento das . entretanto. é que o usuário saiba que.Antena monopólo vertical móvel A antena monopólo vertical móvel utilizada na PMES é de 5/8 de onda. e foge ao escopo deste material. Outra característica importante das antenas monopólo vertical móvel é em relação a necessidade de um plano-terra. Figura 28 . É justamente por esse motivo que. ou seja. no início do serviço em uma viatura. elas devem ser instaladas no centro do teto do carro. sendo possível verificar no visor do rádio uma mensagem indicando tal fato. há uma proteção contra isso.90 m da antena quando ela estiver funcionando. b) Antenas helicoidais emborrachadas (rádios portáteis) Em rádios portáteis são utilizadas as antenas helicoidais emborrachadas.50 características da antena monopólo vertical móvel. na Figura 28. Recomenda-se que o policial miliar. Figura 29 . No caso das viaturas policiais. as antenas devem ser montadas em locais que impeçam que uma pessoa possa estar a menos de 0. Isso porque os rádios nunca podem operar sem antena. ele não funcionará. de forma que. Observa-se ainda. que a base da antena é formada por uma mola bobinada. caso o usuário tente transmitir no rádio sem antena.Antena helicoidal emborrachada . verifique se o cabo que passa por dentro desta mola encontra-se intacto. há ainda de se considerar a possibilidade de interferência que onda eletromagnética irradiada pela antena pode causar no circuito do giroflex da viatura. Outra recomendação do fabricante é que. por questões de segurança relativas a exposição de pessoas a RF. é importante manter a antena a certa distância deste equipamento (nunca instalar a antena em cima do giroflex). Nos rádios móveis mais novos. Dessa forma. devem ser observadas as seguintes considerações:  Antes de assumir serviço nas viaturas. lembrar que no teto do veículo existe uma antena. para essas antenas. .  Nunca pegar os HT's pela antena. Da mesma forma.  no caso das viaturas. nuca se deve utilizar o rádio sem a sua antena. em relação ao cuidado com as antenas.  não descascar as antenas de borracha.  não morder as antenas de borracha. Em síntese. antes de entrar em locais cobertos. que elas são dimensionadas pelos fabricantes para determinado rádio. observar se a antena está bem fixada e se o cabo dentro da mola da base da antena está intacto.  não utilizar os rádios com antenas que não sejam a original. Assim.  evitar ficar retirando e recolocando as antenas das viaturas e dos HTs. os usuários nunca devem trocar a antena de um transceptor por uma de outra marca.  caso seja observado qualquer dano nas antenas dos rádios.51 É importante ressaltar. procurar a Divisão de Radiocomunicação da DTIC. como padrão. Este é o Alfabeto Fonético Internacional. O Alfabeto Fonético Internacional foi originalmente desenvolvido pelos fonéticos britânicos e franceses sob os auspícios da Associação Fonética Internacional. pelo soletramento das palavras: Tabela 1 . Algumas são do alfabeto grego e outras não parecem pertencer a nenhum alfabeto. de modo a que não fique nenhuma dúvida quanto ao seu conteúdo e a grafia das palavras que a compõem. A maioria das letras do alfabeto é originária do alfabeto romano ou derivada dele.1. 6. evita a criação e a citação indiscriminada de palavras diversas pelos operadores para indicar uma mesma letra. Sofreu revisões durante a história. e o “Código Q”. incluindo algumas grandes. Mas o seu principal papel está no auxílio da correta compreensão da mensagem. Meios auxiliares na transmissão da mensagem Dentre os meios considerados auxiliares da transmissão da mensagem. mesmo na transmissão de palavras incomuns ou estrangeiras ou de grafia diferente da normal. tem aplicação quando há necessidade de soletrar palavras ou outro conjunto de letras. O alfabeto pretende ser uma notação padrão para a representação fonética de todas as linguagens.1. estabelecida em Paris. como ocorre no caso de mensagens transmitidas em meio a péssimas condições de comunicação ou. como a da convenção de Kiel (1989). como meio auxiliar da transmissão. Alfabeto fonético internacional O Alfabeto Fonético. UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE RADIOCOMUNICAÇÃO 6. padrão para eliminar dúvidas a cerca do conteúdo da mensagem.52 6.Alfabeto fonético internacional Letra Palavra Letra Palavra A Alpha P Papa B Bravo Q Quebec C Charlie R Romeo .1. O seu uso. na dificuldade de sua compreensão. etc. em 1886. os algarismos fonéticos. A mais recente foi em 1993. destacamse: o alfabeto fonético internacional. com pequena alteração em 1996. façam supor que não haverá qualquer dificuldade de compreensão para quem irá receber a mensagem. É importante frisar que. palavras em que não haja possibilidade de que sejam confundidas por sua pronúncia ou correta grafia. mesmo que as letras. deve-se evitar utilizá-lo indiscriminadamente. que o tempo para transmitir certas mensagens com a utilização do alfabeto fonético pode resultar num tempo maior do que aquele gasto para transmiti-la de maneira direta na sua forma original. a despeito de todo esse cuidado. que deve ser sempre soletrada utilizando-se o alfabeto fonético.53 D Delta S Sierra E Echo T Tango F Fox-trot U Uniform G Golf V Victor H Hotel W Whiskey I Índia X x-ray J Juliete Y Yankee K Kilo Z Zulu L Lima M Mike N november O Oscar Há de se ressaltar que somente a parte da mensagem cujas palavras poderiam trazer dificuldades na recepção deve ser transmitida usando-se o alfabeto fonético. Por outro lado. como quem recebe. tenha pleno conhecimento desse alfabeto. . cargos ou funções ou. abreviaturas ou palavras que sejam plenamente conhecidas. é necessário que tanto quem transmite. por sua ocupação com tempo excessivo e desnecessário. ainda. como nas transmissões de abreviaturas de postos ou graduações dos militares. pode-se verificar pelo número de palavras resultantes. por sua sonoridade. para o êxito da transmissão. pois tal fato só serviria para congestionar a rede de comunicação. Por isso mesmo. É errado usar o alfabeto fonético para soletrar siglas. A única exceção é com relação a transmissão de placa de veículo. como “quatro. que combinados formam os números. do nome do próprio algarismo seguido da palavra “TRIPLO”. meia”.Algarismos fonéticos Algarismos 1 2 Fonética Uno Dois 3 Três 4 5 6 7 8 9 0 Quatro Cinco Meia Sete Oito Nove Zero Os algarismos deverão ser enunciados conforme assinalado na coluna “fonética”. Os números serão sempre pronunciados algarismo por algarismo e formados pelos conjuntos desses. o número 6. conforme haja repetição de dois ou de três algarismos em sequência. ainda. apesar de não usuais. Os sinais gráficos.436 = “dois zero uno PONTO quatro três meia”. o 16. o 43. Quando houver sequência de algarismos idênticos em um mesmo número.1. deverá ser empregada a combinação dessas palavras entre si (duplo-triplo. Algarismos fonéticos Em relação aos algarismos. zero”. Abaixo alguns exemplos de aplicação: . Se o número de algarismos repetidos em sequência for superior a três.54 = ”meia VÍRGULA cinco quatro”. deverão ser enunciados de acordo com seus próprios nomes. três”.2. como “uno. etc. deverá ser empregada a fonética básica abaixo apresentada: Tabela 2 . o número 10 (dez) deverá ser enunciado “uno. deverão ser pronunciados com as palavras “duplo” ou “triplo”. ou.54 6. Dessa forma. triplo-triplo). tais como ponto ou vírgula. como por exemplo no número: 201. ou. 55 a) sequência de dois e de três algarismos iguais (emprego das palavras “duplo” e “triplo”): Tabela 3 - Algarismos fonéticos: seuência de dois e três algarismos iguais Números Fonética 100 Uno Duplo Zero 2001 Dois Duplo Zero Uno 166 Uno Duplo Meia 33348 Triplo Três Quatro Oito 22777 Duplo Dois Triplo Sete b) sequência de quatro ou mais algarismos iguais: Para quatro algarismos iguais sucessivos, deverá ser enunciado o nome do próprio algarismo, seguido da palavra “triplo”, mais o nome desse mesmo algarismo. Para cinco algarismos, deverá ser usada a combinação das palavras “duplo” e “triplo”. Tabela 4 - Algarismos fonéticos: sequência de quatro ou mais algarismos iguais Números Fonética 2222 Dois Triplo Dois 5555 Cinco Triplo Cinco 66666 Duplo Meia Triplo Meia Para os demais casos de repetição de algarismos em sequência, deverá ser obedecido o mesmo raciocínio. Na transmissão de mensagem contendo números e 56 algarismos deverá haver repetição por quem recebe a confirmação. A padronização referente aos algarismos e números aplica-se também na pronunciação de prefixos. Deverá ser evitado o emprego de palavras em desacordo com o anteriormente indicado, principalmente expressões como "tudo", "trinca", "duque" e outras fora destas orientações e não expressamente autorizadas. A esse respeito, tem-se observado a tendência dos operadores de criar uma fonética diversificada da apresentada no quadro anterior, empregando a designação ordinal de cada algarismo para indicá-los como “primeiro”, “segundo”, “terceiro”, “quarto”, “quinto”, “sexto”, “sétimo”, “oitavo”, “nono”; para os algarismos de “1” a “9”; e, a palavra “negativo”, para o algarismo zero. Essa prática é pouco recomendada, pelo simples fato de criar um paralelismo com a fonética-padrão que mostra-se, sobremaneira, mais adequada face ao princípio da concisão da mensagem, na medida em que a pronúncia dos algarismos pelo seu ordinal gasta tempo maior do que o utilizado com o padrão apresentado. Além do mais, o uso da palavra “negativo” para designar o algarismo zero, por si só, já contribui para o estabelecimento da confusão de significados, visto ser ela convencionada de modo diferente nas “palavras e expressões convencionais”, querendo dizer “não”, “não está correto”, “não está autorizado”. A prática descrita, embora tolerada, deve ser evitada, em face de seus aspectos nocivos, quando empregada paralelamente com o padrão recomendado, podendose aceitar, no entanto, sua utilização em casos especialíssimos, quando após a transmissão da mensagem pelo padrão recomendado, algum trecho seu, por qualquer motivo, permanecer obscuro ou mal compreendido, necessitando assim, de sua retransmissão. Ressalte-se que esse uso deverá ser esporádico. 6.1.3. O código Q É outro meio convencional, auxiliar na transmissão da mensagem, empregado para economicidade de seu texto, bem como para imprimir maior celeridade às comunicações de rádio, é o denominado “Código Q”. O código Q é uma coleção padronizada de três letras, todas começando com a letra "Q". As três letras do código Q eram usadas para se fazer uma questão de forma abreviada e então respondê-la da mesma forma. Por exemplo, “QSL?” significa: “Você recebeu a minha mensagem?” “QSL” era a resposta confirmando “Sim, recebi a sua mensagem.” O 57 código Q original foi criado aproximadamente em 1909, pelo governo britânico como uma "lista de abreviações preparado para o uso dos navios britânicos e estações costeiras licenciadas pela Agência Postal Geral". O código Q facilitou comunicação entre operadores de rádios marítimos que falam línguas diferentes, e por isso foi adotado internacionalmente. Um total de quarenta e cinco códigos Q aparece na "lista de abreviações para ser usadas na rAdiocomunicação", que foi incluído no serviço de regulação afixado à terceira convenção internacional de radiotelegrafia (essa convenção, que aconteceu em Londres, foi assinada em 5 de julho de 1912, e tornou-se efetiva em 1 de julho de 1913). Apesar de criados quando o rádio usava apenas o código morse, eles continuaram a ser empregado depois da introdução transmissões por voz. Os códigos Q compreendidos entre QAA-QNZ são reservados para uso aeronáutico; QOA-QOZ para uso marítimo; QRA-QUZ para todos os serviços. A relação apresentada a seguir mostra alguns códigos Q: Tabela 5 - Tabela de código Q Tabela do Código Q QAP Permanecer na freqüência (escuta) QRA Nome do operador / nome da estação QRB Qual a sua distância? QRD Qual a sua localização? QRG Freqüência ou faixa de operação QRH Variação de freqüência na estação QRK Inteligibilidade dos sinais ( 1 a 5 ) QRL Estou ocupado não interfira QRM Interferência de outra estação QRN Interferência estática ou atmosférica QRO Aumentar a potência da estação QRP Diminuir potência da estação QRQ Manipular mais rapidamente QRR S.O.S. terrestre QRS Manipular mais lentamente, devagar QRT Parar de transmitir QRU Você tem algo para mim? QRV Estarei a sua disposição QRW A estação "X" me chama em "X" khz/s (canal) QRX Aguarde um pouco na frequência (sua vez de transmitir) QRY Quando será minha vez de transmitir ? Significado na PMES Na escuta Clareza da transmissão 58 QRZ Quem está chamando ? QSA Intensidade de sinais ( 1 a 5 ) QSD Sua transmissão é defeituosa QSJ Taxa, Dinheiro QSL Confirmado - tudo entendido QSM Repita o último câmbio (câmbio) QSN Você me escutou ? QSO Comunicado direto ou indireto QSP Retransmissão de mensagem de outra Estação QST Comunicado de interesse geral QSU Transmita ou responda em "X" Khz/s (canal) QSV Transmita uma série de "V" QSW Transmitirei nesta ou em outra freqüência QSX Escutarei sua chamada em "X" Khz/s (canal) QSY Vou transmitir em outra freqüência ou canal QSZ Devo transmitir cada palavra ou grupo? QTA Anule a mensagem anterior QTB Concordo com a sua contagem de palavras QTC Mensagem, notícia QTH Local da estação - endereço do operador QTI Qual o seu destino ? QTJ Qual a sua velocidade ? QTO Comunicar por meio de código internacional de sinal QTR Horas QTS Queira transmitir seu indicativo QTU Horário de funcionamento da estação QTX Sairei por tempo indeterminado QTY A caminho do local do acidente QUD Recebi seu sinal de urgência QUF Recebi seu sinal de perigo Fazer contato Última forma Telefone Banheiro Observa-se na Tabela 5 - Tabela de código Qque alguns códigos Q são utilizados na PMES de forma diferente do padrão internacional. Esse regionalismo é verificado em todas as Polícias Militares do Brasil, e deve ser conhecido pelo policial. REFERÊNCIAS 1 HARRIS CORPORATION.AAA. 898p. São Paulo.59 7. 14 TIA-102.300.CAAB-B. Rede de rádio digital da segurança pública: estudo de caso para a Copa do Mundo de futebol e Belo Horizonte. Alcides Tadeu. Felipe Fragoso de. 2006. RF Communications Division. Washington/DC: APCO. 1996. P25 Training Guide Electronics. Project 25 Recommendations Common Air Interface. 2004. Project 25 Trunking Control Channel Menssages Recommendations C4FM/CQPSK Modulation. 2010. Ed. 2001.392-2 TETRA Air Interface. USA 2005. Apresentação sistemas APCO25. 2 HARRIS CORPORATION. 8 DANIELS Inc. RF Communications Division. Washington/DC. Statement of requirements. Rogério Muniz. 1996. Brasília. Vitória. Project 25 Recommendations C4FM/CQPSK Modulation. 1997. Volume two: VHF/UHF Tecnology. Radio Communications in the Digital Age. 74p. 52p. Leandro da Cruz. 6 ALMEIDA. Edition 2. Project 25 DES Encryption Protocol. OLIVEIRA. Washington/DC. 5 ROSA. 12 TIA-102. 2010. . Radio Communications in the Digital Age. 11 TAIT Communications. Mauro.CAAB-C. USA 2005. Érica: São Paulo.BAA. 9 ETSI Nr. 7 AMARAL. Edition 2. Ed. 3 CARVALHO. Transmissão de dados sobre sistemas de comunicações críticas APCO25. Washington/DC. Paris: ETSI. Cristiano Torres do. Volume one: HF Tecnology. 4 GOMES. 16 MOTOROLA SOLUTION. 1996. What´s APCO Project 25? 2004. Belo Horizonte. Washington/DC. 13 TIA-102. LTC: São Paulo. 2003. 10 PROJETO 25. Comunicações Analógicas e Digitais. Apostila de Telecomunicações do CFSD do CBMES. 2009. 2005. 15 TIA-102. Telecomunicações: Transmissão e Recepção. 2009. Rafael Bonicen da. 19 TAIT Communications. 21 CARVALHO. 2010. 2010. Vitória. Apostila de Telecomunicações do CFSD da PMES. . 2006. Guia do Usuário – TM9155. 2009.60 17 SILVA. Rogério Muniz. 18 TAIT Communications. 20 MICOM Team. Propagação em enlaces rádio ponto-a-ponto. Guia do Usuário – TP9160. 2012. Treinamento Técnico e Operacional do IC-F70 e IC-F80. O CIODES E SUAS TECNOLOGIAS .61 PARTE 2 . elaborada no ano de 2012.62 8. . pela seguinte equipe (os postos e cargos são relativos à época em que o material foi elaborado): Tenente Coronel PM Nylton Rodrigues Ribeiro Filho – Diretor do CIODES Major PM Mauro Arcelino Gegenheimer – Coordenador institucional da PMES no CIODES Investigador PC Jorge Fernandes Bortoloti – Coordenador institucional da PCES no CIODES Major BM Carlos Wagner Borges – Coordenador institucional do CBMES no CIODES Inspetora GCMV Gisele Eustáquio Ferreira – Coordenadora institucional da GCMV no CIODES Tenente Coronel BM Rogério Bubach – Gerente de Contra-inteligência da SESP Major PM Sérgio Pereira Ferreira – Gerente de Tecnologia da Informação da SESP Major PM Leonardo Vieira Celante – Gerente de Inteligência da SESP Capitão PM Leonardo Nunes Barreto – Chefe da Central de Atendimento do CIODES 1º Tenente Elber Camargo Volkeres – Oficial Coordenador de Operações Policiais Sargento PM Flavio João Daniel – Assessor Administrativo da Direção do CIODES Todos os textos aqui apresentados foram retirados na íntegra do referido material. IMPORTANTE Esta parte é um resumo do trabalho denominado “MPSAE – Metodologia Padronizada de Socorro e Atendimento Emergencial – Conceito C4i”. de forma que 92% das ligações são atendidas até o segundo toque. Polícia Civil. Polícia Rodoviária Federal. este é convertido em uma ocorrência. Corpo de Bombeiros. Quando um cidadão necessitado clama pelo socorro do Estado. Guarda Municipal de Vitória e Secretaria de Justiça. Novas teias de articulações se formam entre os indivíduos. é disparado pelo atendente da Central de Atendimento de Emergências 190 um Alerta Vermelho. é classificada como alerta vermelho. um alerta de aviso urgente informando o local onde o fato está ocorrendo. INTRODUÇÃO Nos dias de uma era em que a informação corre mais rápido que o próprio tempo. pautado pelos princípios da eficiência e da celeridade no atendimento à sociedade. Esta separação de ocorrências por prioridade permite agilizar o atendimento dos casos mais emergenciais. independente seu tipo ou gravidade. pronto para prestar o socorro necessário ao cidadão em situação de crise e desamparo. a sociedade evolui e se moderniza em uma velocidade nunca antes concebida. surge em 2004 o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (CIODES). as ligações de emergência realizadas via 190 são recebidas por uma Central de Atendimento de Emergências (CAE) especializada. primando por um socorro cada vez mais rápido e eficaz. órgão de atendimento emergencial à sociedade capixaba. Tal procedimento tem forte poder de resposta. média ou baixa. que integra em uma mesma estrutura física o trabalho de atendimento conjunto da Polícia Militar. cujo estado de flagrância denote sua incidência imediata naquele exato instante. conforme o nível de prioridade. Quando um chamado é registrado. alta. . buscando reduzir ao máximo o tempo de angústia sofrido pelo cidadão. Em face deste novo cenário que se desponta a cada dia.63 9. por meio de suas agências de regulação social. e com elas aumenta progressivamente a complexidade dos conflitos sociais. a qual. proporcionando uma filtragem mais precisa da gravidade de cada situação. Quando é constatada uma situação crítica em andamento. Em meio a este contexto de incessantes turbulências. que funciona diuturnamente com atendentes providos de treinamento contínuo. que clama por uma presença constante e atenta do Poder Público. ou seja. torna-se imperiosa a presença de um Estado organizado e eficiente. 64 impedindo que o crime em andamento evolua ao ponto de seu potencial lesivo tomar proporções irreversíveis à sociedade. em face da complexidade que se desponta a cada dia. que surge a importância da atividade de Inteligência integrada ao serviço emergencial. possibilitando. Mas é necessário evoluir e dar um passo adiante. em tempo real. possibilitando enviar o recurso operacional mais próximo do local do fato e reduzindo consideravelmente o tempo de resposta no atendimento ao cidadão. possibilitando às agências de segurança se posicionar frente aos vetores de movimentação. Enquanto a viatura se desloca para as proximidades do local. o atendente da CAE continua com o solicitante na linha. como um fator diferencial para a produção de um conhecimento privilegiado. por meio do sistema Automático de Localização Veicular (AVL). visualiza por GPS o rastreamento e o posicionamento de cada viatura. . esta é georreferenciada no Sistema Integrado de Atendimento de Emergências (SIMAE). é necessário estar um passo adiante. possibilita uma maior agilidade no enfrentamento das emergências. assumindo uma postura antecipativa e preventiva em substituição aos modelos tradicionais de atuação reativa. o qual. Este alerta é recebido imediatamente pelo Despachador de Recursos Operacionais (DRO) da respectiva agência de segurança pública. Mais do que isso. culminado em uma resposta cada vez mais rápida e precisa prestada à sociedade. acompanhar a concentração e tipologia dos crimes em andamento na região metropolitana. associada a um programa de treinamento profissional contínuo e a uma metodologia pré-definida de atendimento. cujas informações alimentarão um valioso banco de dados utilizado para o desenvolvimento das estratégias de segurança pública. Ter a capacidade de acompanhamento dos eventos críticos em tempo real passa a ser fundamental para uma gestão adequada dos recursos de segurança. se estavam portando armas de fogo e qual direção seguiram. coletando outras informações relevantes para o êxito do atendimento. tais como as características dos acusados. E é por este motivo. Quando uma ocorrência de gravidade é atendida. Esta integração de recursos humanos e tecnologias. pois se calam e se recolhem silenciosos diante da atuação presente do Estado. . que não chegam sequer a serem vistos.65 Enquanto pautado por esse novo modelo de gestão integrada. o objetivo maior do CIODES sempre será socorrer com rapidez o cidadão e prevenir a evolução de novos crimes. o CIODES encontra-se subordinado à Secretaria de Estado da Segurança Pública. novas agências de segurança pública se incorporaram à estrutura do CIODES. Prevê-se ainda. seguindo os ditames preconizados pela Carta Magna brasileira. a Secretaria de Justiça (SEJUS) e. Com a função precípua de integrar e coordenar a atuação conjunta das agências de segurança pública responsáveis por prestar o socorro emergencial ao cidadão. recentemente.190 do CIODES.66 10. Polícia Civil (PC) e Corpo de Bombeiros Militar (CBOM). em um futuro provável. Desta forma. a incorporação das centrais de operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU). congregou fisicamente a coordenação institucional das centrais de emergência da Polícia Militar (PM). tais como a Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV).Organograma do CIODES . ORGANOGRAMA DO CIODES Conforme anteriormente visto. Com o decorrer do tempo. pode-se resumir a estrutura do CIODES através do seguinte organograma: Figura 30 . interligados fisicamente à já existente Central de Atendimento de Emergências . a Coordenação de Inteligência. o Centro Integrado Operacional de Defesa Social. 67 Todas estas agências reunidas. . porém independentes e vinculadas operacionalmente às suas instituições de origem. harmônica e complementar. as coordenações institucionais das agências de segurança manterão sua respectiva autonomia. fornecem inquestionavelmente um poder de resposta muito mais eficiente ao cidadão capixaba. Ressalte-se que. As coordenações deverão primar por uma atuação de forma integrada. trabalhando diuturnamente em um mesmo ambiente físico. embora operando de forma integrada em um ambiente conjunto. o atendente da Central de Emergências gera um Boletim de Chamado (BC). e é responsável pela interligação e acompanhamento simultâneo das ocorrências entre as várias agências de segurança. Caso a natureza da situação envolva mais de uma instituição. Foi implantado em 2004. Este mesmo número de ocorrência transforma-se então em um Boletim de Atendimento (BA). com as informações . 11. conforme a sua natureza. E-COPS O E-COPS é um software de propriedade da Secretaria de Segurança desenvolvido com a finalidade de gerenciar o atendimento dos chamados emergenciais. Por meio do sistema E-COPS. juntamente com a instalação do CIODES na sede da Secretaria de Segurança Pública. RECURSOS TECNOLÓGICOS Diante uma necessidade concreta de administrar os recursos operacionais das diversas agências de segurança pública. Caso haja a necessidade de encaminhamento da ocorrência ao DPJ. com informações complementares que serão acrescentadas pelo DRO após o atendimento da guarnição no local do fato. foram incorporadas diversas ferramentas tecnológicas dedicadas a um gerenciamento mais eficiente do amplo conjunto de informações que envolve as atividades das instituições. Por este motivo. Uma vez recebida uma ligação via 190. é enviada automaticamente para respectiva agência de segurança. o boletim de chamado é encaminhado simultaneamente para todas as instituições competentes. que é encaminhado ao DRO da agência de segurança competente.1. cuja ocorrência. os recursos de suporte tecnológico é um fator indispensável a ser observado para se obter uma maior precisão e rapidez na capacidade de resposta às emergências. para cada solicitação registrada via 190 no CIODES é gerado um número de ocorrência. este mesmo Boletim de Atendimento transforma-se em um Boletim Unificado (BU). Tais recursos encontram-se detalhados a seguir. em se tratando de atendimentos emergenciais. possibilitando atendimento imediato à situação e reduzindo em muito o tempo de resposta àquela emergência.68 11. ao longo do histórico de atividades do CIODES. para armazenar e gerir esses dados têm sido um importante instrumento no aumento das possibilidades de atendimento à população. a necessidade de promover relacionamentos entre os dados produzidos pela segurança pública e defesa social do Estado e a necessidade de um ambiente de alta disponibilidade que possibilitasse fornecer os dados com valor agregado aos profissionais da área de segurança pública e defesa social. O Projeto do Portal SISP.2. Esta interligação de dados entre as agências de segurança tem valor inestimável para o cidadão na redução do tempo de atendimento das ocorrências. a dificuldade de construção de uma base de dados unificada. os quais têm acesso compartilhado para acompanhar o andamento da ocorrência. teve início no ano de 2007. apesar do grande número de informações disponíveis.SISPES A grande massa de dados produzidos pelas instituições de segurança pública e defesa social do Estado (Polícia Militar. de 02 de julho de 2007. a partir da modificação da Lei Complementar nº 297. Os problemas que deram origem a iniciativa de criação do Portal SISP foram o aumento da violência. a seleção desses dados e o relacionamento entre eles têm sido um novo desafio. de alta disponibilidade. tais como inquéritos policiais e processos criminais. foi idealizado um ambiente virtual. o chamado é encaminhado automaticamente para os órgãos de segurança competentes.69 detalhadamente descritas pela guarnição. que servirão de instrumentação para providências legais posteriores. Quando mais de uma agência é necessária. que permite a criação de um importante banco de dados para auditorias e estudos de segurança pública. 11. Contudo. pela Lei Complementar nº 400. Em sequência ao encerramento do fato. Sistema Integrado da Inteligência de Segurança Pública do Espírito Santo . Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar) e a utilização de Data Centers. Esse conjunto de problemas foi determinante para criação de uma estrutura lógica que permitisse que . flexível e que permitisse aos profissionais da área de inteligência de segurança pública e defesa social acessarem dados cadastrais de forma relacionada. todos os dados são registrados permanentemente em um servidor específico. Naquela data. de 27 de julho de 2004. Identificar e relacionar indivíduos em bases de dados distintas. O IndSeg possibilita o estabelecimento dos links entre os dados das diversas bases de dados no momento da inserção desse dado na base. por meio de convênio.70 as bases de dados permanecessem em seus órgãos de origem e mesmo assim pudessem ter dados relacionados entre si. Após a constituição das ligações de relacionamentos entre os dados. O projeto da “Base de Conhecimento Estadual” foi idealizado e estruturado pela Gerência de Contrainteligência. possam integrar seus dados utilizando-se do IndSeg. Os sistemas corporativos das instituições podem ser remodelados conforme a necessidade de cada órgão. apresentando essas relações. Facilitar o desenvolvimento de outras ferramentas para a SESP/ES e para entidades conveniadas. A concepção inicial do IndSeg faz com que ele seja uma espécie de tradutor entre as diversas estruturas e tecnologias de bases de dados existentes. A Base de Conhecimentos Estadual permite que outros órgãos. A concepção da Base de Conhecimentos Estadual possibilita a integração de ferramentas em várias tecnologias. As reuniões de trabalho permitiram a criação de um algoritmo intitulado Índice de Segurança (IndSeg). O projeto tem seguinte o objetivo: Facilitar o acesso às diversas bases de dados da SESP/ES em um único ambiente Web. A gestão das bases de dados não está vinculada à forma como eles são relacionados pelo IndSeg. O profissional utiliza apenas um login de usuário e senha para acessar os dados relacionados. utilizando-se dos mesmos recursos de índice e de relacionamentos de dados. e pela Gerência de Tecnologia da Inf ormação. integrante da Subsecretaria de Estado de Inteligência. Integrar as bases de dados da SESP/ES com outras bases de dados corporativas fora do ambiente institucional. eles estão aptos a serem consultados em um ambiente Web. Permitir que as instituições possam gerir suas bases de dados de forma independente. O sistema é capaz de relacionar indivíduos semelhantes em bases de dados diferentes. integrante da Subsecretaria de Estado de . não é possível re alizar a pesquisa com apenas um parâmetro. deixando a cargo do usuário escolher a opção que lhe convêm. No exemplo 02. independente da ordem. o item que apresentar restrição será apresentado em destaque – cor vermelha. 11. A pesquisa só é possível com a informação dos dados completos. município de registro. ou seja. o sistema faz o tratamento fonético dos parâmetros fornecidos. Unidade Federativa. um prenome e um nome. Isso . Nome do Indivíduo No espaço de pesquisa o usuário deverá inserir o nome do indivíduo a ser pesquisado. a pesquisa retornara todas as “Marias” que apresentem Silva em seu nome. 11. restrição judicial. licenciamento em atraso. “Maria” . o sistema tem como premissa mostrar todas as possibilidades existentes na base de dados. Não é preciso informar se a placa pesquisada é do Estado do Espírito Santo ou de outro Estado da Federação. busca todas as “Marias” que apresentem em qualquer parte o s nomes “Maria” e “Silva”. Nos dados do veículo. dois parâmetros.71 Administração. ano de fabricação. A consulta retornará os seguintes dados do veículo: chassi. ou seja. Registro Nacional de Veículo Automotor (RENAVAM).2. ano do modelo. no mínimo. de forma a verificar por completo na base de dados. As preposições serão desconsideradas. Placas de Veículos No espaço de pesquisa. sendo necessário inserir. dentre outras. 11. Por padrão. Isso ocorre. pois. “Maria Silva” .dois parâmetros.3.1.2. dados do proprietário com o nome e Cadastro de Pessoa Física (CPF). restrição de furto/roubo. Fonética Ao pesquisar indivíduos no SISPES. como não é possível determinar qual a “Maria Silva” o usuário está procurando. 03 (três) letras e 04 (quatro) números: letras e números sequenciais e sem espaços. ambas componentes da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Espírito Santo (SESP/ES).2. o usuário deve digitar a placa do veículo que se pretende pesquisar. conforme o exemplo: 01.2.um parâmetro e 02. comunicação de venda. GEORAST O Georast é um software destinado a coordenar o georreferenciamento dos recursos operacionais em relação ao local do fato de incidência emergencial. Essa dupla apresentação de indivíduos ocorre.. ou ainda se termina com “M” ou “N”. 11. é possível que exista o registro de números de outros Estados da federação.111111. sem espaços. porque na base de dados há dois números de documentos associados a pessoas distintas. Ao realizar uma consulta pelo número do RG funcional.3. ou seja. O Georast é .”. não é possível consultar parte do número do documento de identificação.4.. 11. se inserirmos o número 111111 como parâmetro de consulta. e como não é possível determinar qual o indivíduo que está sendo consultado. Documento de Identificação No espaço de pesquisa o usuário poderá informar qualquer número de documento de identificação (somente números. Assim como na consulta de placas.2. o SISPES retornará “Vandersom. é possível que se retorne dois resultados.. pela Delegacia On Line. o SISPES apresenta todas as possibilidades.” e “Wanderson. Assim. O tratamento fonético possibilita a apresentação de vários resultados. Esses registros podem ter sido inseridos na base de dados pelos registros do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (CIODES).72 ocorre para evitar a omissão de resultados. Essa funcionalidade dentro da pesquisa de indivíduos evita que o usuário tenha que digitar as várias possibilidades de variação do nome. um RG da carteira de identidade e um RG funcional. entretanto.”. o SISPES retornará apenas indivíduos cujo número do documento de identificação esteja relacionado com exatamente .. A base de dados do SISPES tem como referência o número de Registro Geral dos indivíduos do Estado do Espírito Santo. não importa se o nome foi escrito com “W” ou “V”. pesquisando -se “Wandersom. Exemplo são os boletins de ocorrência que são inseridos com o RG funcional dos policiais que acompanham as ocorrências policiais. Assim. ou por outro sistema que venha a integrar a base de dados SISPES... pontos ou traços): registro geral (RG) ou cadastro de pessoa física (CPF). Os DRO devem .). dentre inúmeras outras situações. em situações tais como: quando o solicitante alega que a viatura demorou ou não foi ao local lhe atender. O sistema traz ainda a possibilidade de se extrair relatórios de registro de cada status das guarnições. é possível visualizar no mapa o local da ocorrência e a posição das viaturas em tempo real. permitindo visualizar a distribuição espacial e a concentração criminal dos principais tipos de delitos. o que permite ao DRO visualizar de imediato a situação em que cada guarnição se encontra. que alimenta o Georast.3. que transmite informações através de um equipamento GPS. Assim. Emprego do recurso operacional mais próximo do fato Uma importante funcionalidade da ferramenta Rastreamento WEB diz respeito à possibilidade de se deslocar para um local onde a presença do Estado se mostre urgentemente necessária.73 alimentado por um sistema AVL (Automatic Vehicle Location – Localização Automática de Veículos). possibilitando encaminhar a guarnição mais próxima do local do fato. permitindo a visualização de todos os processos de policiamento. Tal modificação é mais uma ferramenta concebida para trazer mais rapidez no atendimento ao cidadão. as ocorrências são georreferenciadas no mapa. estratégia muito comum por infratores para retirar policiais e afastar as boas equipes do setor de patrulhamento. O sistema AVL. etc. desligada. que será analisado a seguir. quando são forjadas falsas denúncias contra as guarnições de serviço. alimentando outro sistema denominado SIMAE. empenhada em ocorrência. não se restringindo apenas a apurações disciplinares. Cada viatura atualmente é sinalizada no mapa pelo sistema com uma cor diferente conforme seu status operacional (viatura disponível. O sistema AVL sofreu recente modificação em 2011. possibilita também a auditoria de percursos e deslocamentos de cada viatura. com a possibilidade ainda de se acessar os dados do boletim de cada ocorrência gerada. mas rotineiramente como instrumento para resguardar o serviço prestado. para atender uma demanda emergencial. Esta ferramenta tem demonstrado grande importância nas mais diversas situações. 11. parada no DPJ. parada para manutenção.1. Por meio da integração de linguagem tecnológica entre o E-COPS e o Georast. o tipo de mapa desejado pelo usuário. evitando que haja atraso no atendimento face o empenho pelo DRO de um recurso operacional que. Preencha um dos campos e clique em Pesquisar.3. que surgirá o mapa com a opção destacada. Clique no box do local selecionado. Opções de Mapas Esta ferramenta permite escolher a camada base do mapa. escolas e delegacias mais próximas e as opções de mostrar bairro. pesquisa e veículos.2. O mapa focará o local da ocorrência e o DRO poderá visualizar os recursos operacionais que estiverem mais próximos do local e designar um que terá condições de atender ao cidadão com máxima brevidade. com informações sobre pontos de referências. hidrantes. ao receber uma nova ocorrência. A escolha da Camada base para uso durante os serviços é feita pelo DRO. mas sem marcar a caixa box “Capturar ocorrência”. Aparecerá a lista com o local desejado. o DRO deve. Basta a utilização de apenas um dos parâmetros.3. hospitais. a critério do DRO. reduzindo o tempo-resposta ao incidente notificado e abreviando a angústia da espera das pessoas que acorrem ao CIODES diariamente. tais como: destacamentos da PM. estava distante do local. Pesquisa de Localidade As pesquisas de área e localização por rua. podendo escolher entre as camadas Geobases e Geocontrol MapLink. Nesse menu também é possível escolher os tipos de sobreposições que a camada base terá. Para essa tarefa. contribuindo para a melhoria da qualidade dos atendimentos emergenciais deste Centro Integrado. bairro ou município podem ser realizadas no menu de consulta na aba Pesquisar. 11.3. Essa escolha pode ser alterada a qualquer momento. ou seja. mas duas informações se mostram relevantes para nortear a escolha: . 11.74 utilizar o Georast para verificar a localização dos recursos operacionais e certificarse de que está encaminhando ao local do fato o recurso que efetivamente está mais próximo. na tela principal da função de Despacho e iniciar o procedimento de plotagem até o comando “Mostrar no mapa”. clicar no globo azul que acompanha cada ocorrência no campo “Atendimentos Pendentes”. no momento da solicitação. na maior parte do serviço. o bairro e a cidade onde está localizado o veículo. Status da Ignição. . quando então surgirá o ícone “i” em azul. Status do GPS e a Localização. Data e Hora. em forma de tabela.75 Não é possível trabalhar com apenas uma das camadas. 11. Algumas sobreposições. Para localizar um veículo no Grid de informações. como hidrantes. da camada Geocontrol MapLink. Grid de Informações O Grid de Informações mostra. Data e Hora informa os dados de data e hora. Para possibilitar a visualização online do trajeto percorrido pela viatura. pois cada uma tem suas limitações de uso. O campo Foco possui um Box para cada viatura. Após selecionar uma viatura no menu de consulta na aba Veículos. que surgirá em destaque no rol de prefixos do Grid. GPS descreve o status do GPS do veículo (Válido ou Gravado). O campo Ignição descreve o status da ignição do veículo (N=desligada e S=ligada).4. estabelecimentos públicos de segurança e de saúde só são visualizados na Camada Geobases. o Grid de Informações mostra o detalhamento do seu status e da sua localização. faz-se necessário passar o mouse na parte superior do mapa.3. Localização informa o nome do logradouro. por mostrar as informações de forma visualmente mais “limpa”. Velocidade informa a velocidade do veículo. que deve ser marcado quando se quer acompanhar o deslocamento de alguma delas. com os dados do Rótulo. Recomenda-se o uso. as últimas informações detalhadas do veículo em pesquisa. Velocidade. Responsável (Órgão). Essas informações colhidas no momento da pesquisa são baseadas na última atualização fornecida pelo AVL do veículo. que ao ser clicado mostrará a viatura no mapa (centralizada na tela) e todo o seu deslocamento. basta teclar CTRL+F e digitar o prefixo da viatura. Os campos Rótulo e Responsável descrevem informações sobre o cadastro do veículo no sistema. o ícone aparece.5.6.76 11. Acompanhamento de deslocamento de viaturas Dentre as atribuições dos DRO. Clicando-se nele. 11. guiando as guarnições através do mapa disponibilizado. Dessa forma. o DRO deve realizar esse procedimento conforme as orientações a seguir: Assim que o fato for confirmado pelo recurso operacional responsável pelo atendimento da ocorrência. deve-se clicar no símbolo do globo (cor azul) correspondente ao incidente que se pretende plotar. o DRO também pode contribuir na localização rápida dos endereços. basta marcar a caixa box FOCO. Através de uma comunicação direta entre as ferramentas E-COPS e GEORAST. sendo ele provido de AVL ou GPS Institucional. destaca-se o acompanhamento de deslocamentos de viaturas para o atendimento das ocorrências emergenciais. Em seguida. preencher a caixa box . posicionado de forma implícita na parte superior central do mapa. Para acompanhar o deslocamento de uma viatura específica. Na aba “OCORRÊNCIA” do Rastreamento WEB.3. a viatura marca na caixa box FOCO passa a ocupar a parte central do mapa e todo o seu deslocamento é acompanhado até que a caixa box seja desmarcada. da tela principal da função Despacho do programa E-COPS. visando controlar e coordenar a chegada do recurso operacional ao local do incidente o mais rápido possível. Passando-se o mouse sobre o local. logo abaixo das legendas. deve-se selecionar pelo número a ocorrência enviada pelo E-COPS ao Georast.3. localizada no Grid de Informações. na parte inferior da tela e em seguida clicar no ícone “i” em azul. desde o acionamento até a chegada ao local determinado. Georreferenciamento de Ocorrências e Alimentação do SIMAE Umas das atribuições dos Despachadores de Recursos Operacionais é o georreferenciamento (ou plotagem) de alguns tipos de incidentes considerados de maior relevância para a segurança pública. localizado no lado direito do campo ATENDIMENTOS EM ANDAMENTO. além de possibilitar a fiscalização sobre os deslocamentos. Através da ferramenta Rastreamento WEB é possível acompanhar o percurso do recurso operacional. mas podem ser consultadas no banco de dados do SIMAE a qualquer tempo. Após isso.7.77 referente a Capturar Ocorrência. a correta alimentação do SIMAE e ainda a possibilidade de socorrer uma guarnição que se depare com uma situação de risco iminente de forma mais rápida. é necessário que o sistema esteja funcionando perfeitamente e o Despachador de Recursos Operacionais. o sistema informa a realização da plotagem através de outra caixa de diálogo.3. com informações sobre a localização geográfica do fato e ainda um link para a leitura dos boletins do CIODES (BC. Confirmada a operação pelo DRO. para associar o incidente com a latitude e a longitude mostradas no mapa. Nesta etapa. como a alocação acertada de um recurso que está mais próximo de um incidente emergencial. BA e BU). Manutenção do Sistema de Software A principal finalidade da instalação dos aparelhos de Localização Automática de Veículos (AVL) nas viaturas é possibilitar uma maior eficiência na gestão do emprego desses veículos no contexto da segurança pública. visando saber se realmente o DRO está convicto da plotagem que está realizando. Surge na tela uma caixa de diálogo através da qual deve-se confirmar com um clique no botão “OK” o procedimento. muitas são as possibilidades de uso otimizado dessa ferramenta tecnológica. Essas informações permanecem visíveis por 48 horas (configuração default). 11. que também deve ser fechada com um clique no botão “OK”. Mas para o pleno uso dessa importante ferramenta. . deve-se clicar no link “Mostrar no Mapa”. o sistema Georast faz uma verificação de segurança. Desse modo. automaticamente o registro do incidente criminal ocorre no Sistema Integrado de Monitoramento de Atendimento de Emergência – SIMAE. e deve-se efetuar um clique nesse local. Ao clicar no link “Mostrar no Mapa”. localizando sua posição através do AVL e encaminhando o devido apoio operacional. Realizados esses procedimentos. As funcionalidades do sistema de monitoramento de veículos são inúmeras. a região indicada pelas coordenadas geográficas da ocorrência (latitude e longitude) ficará em destaque. Sugere-se uma simulação. Se o procedimento de georreferenciamento (plotagem) está funcionando corretamente. Conforme a GTI. de pronto. é necessário que o DRO adote uma postura proativa em relação ao Georast. 1º. somente um técnico da citada empresa está autorizado a prestar assistência técnica.8. pois somente ele tem condições de constatar. é elemento fundamental para a manutenção do efetivo monitoramento das viaturas. Entretanto. Se todas as viaturas que assumiram o serviço estão com leitura de GPS atualizada.78 usuário primário do sistema. verificando durante o serviço: Se todas as viaturas relacionadas para a Unidade estão marcadas (opção “Marcar todos” na aba veículos do Georast. 6º e 7º BPM e na SESP. as guarnições não . acionar o OF COP para solicitar o reparo. Se a atualização do status operacional das viaturas está correta. 11. existe um suporte técnico para esses tipos de atendimento. que determinado aparelho não está funcionando corretamente. Manutenção do Sistema de Hardware A manutenção dos aparelhos AVL e CONECTA é realizada pela empresa contratada Geocontrol. Nesse contexto. De acordo com o Suporte Técnico da Geocontrol. leitura atrasada há mais de 12 horas significa defeito no equipamento e a viatura precisa prosseguir para a manutenção. Nos Batalhões de área da Grande Vitória. Essas informações ficam registradas no sistema e possibilitam a elaboração de auditorias e laudos técnicos solicitados frequentemente por órgãos correcionais e judiciários. E o DRO tem importante papel nessa questão. sem o clique de confirmação do procedimento. Caso positivo. através da coordenação da Gerência de Tecnologia e Informação da SESP. 4º. Uma das premissas do monitoramento por AVL se relaciona ao fato de que é necessário que os aparelhos estejam regularmente enviando eletronicamente informações para a Geocontrol.3. pois pode ocorrer falta de sincronia entre as ferramentas E-COPS e Georast. 4. Existe um procedimento padrão a ser seguido em casos de mau funcionamento dos equipamentos. enviará um torpedo para o técnico da Unidade a que pertence a viatura. que permite consultar a base de informações que compõem os diversos sistemas do Portal de Segurança. obedecendo-se o procedimento padrão acima descrito. 11. para solicitar a troca da viatura por outra cujo conecta ou AVL esteja funcionando. O P/4 entrará em contato com o Suporte da Empresa Geocontrol. A empresa. das 09:00 às 18:00h. imediatamente. para agendar o atendimento. o chefe de guarnição entrará em contato com o CIODES. Aqueles solicitados após o horário comercial de 08:00 às 18:00h e em dias úteis. com acesso de sinal digital 3G e função touchscreen. que segue abaixo: Se ocorrer de segunda a sexta-feira.  Se ocorrer fora do horário comercial. que será feito no primeiro dia útil seguinte na Unidade a que pertence a viatura. que então estará autorizado a executar o serviço. Esta ferramenta permite que os recursos operacionais do patrulhamento ostensivo tenham acesso rápido e fácil aos mesmos sistemas de consulta do CIODES. CONECTA O CONECTA consiste em um computador de bordo. . serão executados no dia útil subsequente. O 10º BPM ainda não possui um técnico à disposição na Unidade. Os serviços técnicos de assistência poderão ser solicitados em qualquer dia e horário.79 poderão acioná-los diretamente. o P/4 (ou outro militar autorizado por ele) da Unidade/Subunidade deverá ser acionado pelo chefe da guarnição. O Oficial COP deverá entrar em contato com o Suporte Geocontrol por telefone ou e-mail. mas o procedimento padrão acima deverá ser seguido à risca. Os atendimentos do BME e ROTAM podem ser feitos na SESP. tecnicamente denominado de "terminal embarcado". haja vista as constantes adulterações de veículos e dados falsos fornecidos por acusados abordados. em ambas as pontas. prestar uma resposta mais atenciosa e precisa ao cidadão. foto e parentesco de infratores) Sistema de Monitoramento de Atendimento de Emergências (registro das ocorrências havidas nos últimos dias. poderão realizar consultas diretamente na tela do terminal CONECTA. O CONECTA permite às equipes operacionais diversas funcionalidades. por meio do CONECTA a guarnição operacional.1. as guarnições terão acesso a diversos bancos de informações. principalmente no seu setor) e acesso ao Sistema E-COPS (registro e confecção eletrônica dos boletins de ocorrência). As guarnições operacionais. Sistema de Mandado de Prisão (SMP – verificação de acusados e foragidos). Assunção de serviço Por meio do CONECTA. incluindo nome. tais como Sistemas DETRANET (verificação de veículos). quando em patrulhamento ou posicionadas no próprio local da abordagem.4. ao assumir seu respectivo turno de serviço. 11. O terminal CONECTA possibilita resultados positivos que não se restringem somente à atuação operacional pontual. que será automaticamente atualizado na tela do despachador de recursos operacionais para acionamento no atendimento de ocorrências.2. uma vez que o despachador de recursos operacionais da sala de operações poderá focar sua atenção no atendimento das situações efetivamente emergenciais. poderá visualizar no mapa os pontos georreferenciados das principais ocorrências havidas nas últimas 24 horas. As vantagens deste sistema são visíveis e imediatas. possibilitando assim. as guarnições operacionais poderão cadastrar seu registro de assunção de serviço. Acompanhamento do SIMAE Como já citado anteriomente. Além da . além de uma maior precisão na abordagem. Sistema de Informações Cíveis e Criminais (averiguação de dados de identificação civil. filiação.80 Por meio do CONECTA instalado a bordo das viaturas. tais como: 11. mas de forma ampla em toda a administração gerencial dos recursos operacionais. Isto possibilita uma maior rapidez na atuação policial. sem a necessidade de intervenção da Sala de Operações do CIODES.4. o despachador de recursos operacionais da sala de operações terá a opção de enviar eletronicamente à guarnição operacional o boletim de chamado gerado via 190. Com o conhecimento destas informações disponibilizadas de forma imediata às guarnições.5. 11. o que contribui para elevar o padrão de precisão do mapeamento criminal e das análises criminais subseqüentes. dando prosseguimento às ações de diligência e de assistência ao cidadão vitimado.4. a guarnição.4. e em segundo lugar. 11. além dos complementos posteriores acerca do fato. desenvolve-se uma atuação policial com solução de continuidade. além de reforçar a presença e a sensação de segurança direcionada aos cidadãos dos locais que foram alvo de ações criminosas.81 visualização dos pontos. possibilitará uma aferição precisa do tempo de resposta despendido no atendimento ao cidadão. quando da chegada ao local.4. terá a atribuição de sinalizar por meio do conecta a chegada no local da ocorrência. possibilitando uma atuação muito mais precisa no atendimento emergencial. a guarnição de radiopatrulhamento terá uma maior capacidade de resposta.3. permitirá georreferenciar as coordenadas geográficas precisas do local por meio do posicionamento do GPS. com todas as informações detalhadas do local. 11. será possível ao policial acessar o boletim de ocorrência e acompanhar os dados daquele fato. possibilitando um enfrentamento focado dos locais de maior concentração criminal. por meio do terminal CONECTA. Com todas as informações detalhadas em mãos. o policial.4. Acionamento para atendimento de ocorrências com recebimento do boletim de chamado Através do terminal CONECTA. terá acesso ao . Consulta à base de informações Ao chegar ao local da ocorrência ou ao se deparar com alguma situação suspeita no transcorrer do serviço. Sinalização de chegada no local da ocorrência Após ter recebido o boletim de chamado. das vítimas e acusados. seja para localizar o local da ocorrência ou os envolvidos no fato. Tal procedimento tem como fundamento duas premissas básicas: primeiramente. policiamento montado). sem necessidade de deslocamento e afastamento do setor de patrulhamento até o DPJ apenas para realizar o registro do fato. Por . para aumentar a ostensividade policial.4. podendo retornar em menos tempo ao seu setor de patrulhamento. que terão condições de acompanhar o serviço com maior precisão e riqueza de detalhes. os policiais empenhados nestes processos de policiamento foram contemplados com mais um recurso tecnológico posto à disposição da Segurança Pública: smartphones com internet 3G e acesso ao Portal SESP. Objetivando dissipar tal nuvem que cobria grande parte dos recursos operacionais disponíveis (policiamento ostensivo a pé. desta forma. há a necessidade de se prosseguir ao DPJ. policiamento ciclístico. Uma vez preenchido o Boletim Unificado. a guarnição permanece menos tempo parada empenhada na confecção da ocorrência. reforçando a presença e a sensação de segurança no seio da comunidade. possibilitando consultar os bancos de dados que compõem a ampla base de conhecimento das agências de segurança pública.5. Smartphone com acesso ao Portal SESP Apesar de todos os recursos tecnológicos disponibilizados às viaturas através do CONECTA e dos consequentes avanços no atendimento ao cidadão. 11. não podiam ser visualizados no mapa para acionamento imediato no atendimento de ocorrências. Preenchimento do Boletim Unificado Uma vez atendida a ocorrência.6. 11. o próprio policial. os dados serão automaticamente registrados e disponíveis para consulta dos Oficiais Supervisores das Unidades. ainda se vislumbrava uma preocupante zona de sombra que recaía sobre os demais processos de policiamento. por meio do terminal poderá fazer o preenchimento do boletim de ocorrência. motopatrulhamento.82 Portal SESP. O CONECTA contribui. Quando. que além de não terem acesso às mesmas ferramentas. ainda assim. acionamento para atendimento de ocorrência com recebimento do boletim de chamado. . torna-se possível aos policiais o acesso às mesmas funcionalidades disponibilizadas através do CONECTA: assunção de serviço. sinalização de chegada com georreferenciamento do local da ocorrência e consulta à base de informações.83 meio do equipamento.
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