Apostila Provas Escola Tecnicas - Cefet

March 29, 2018 | Author: Christiano Meirelles | Category: Rock (Geology), Nazism, Sound, Brazil, Africa


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CEFET/RJ5 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 4 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Texto 1 Planeta Água Guilherme Arantes Água que nasce na fonte serena do mundo E que abre o profundo grotão Água que faz inocente riacho e deságua Na corrente do ribeirão Águas escuras dos rios Que levam a fertilidade ao sertão Águas que banham aldeias E matam a sede da população Águas que caem das pedras No véu das cascatas ronco de trovão E depois dormem tranquilas No leito dos lagos, no leito dos lagos Água dos igarapés onde Iara mãe d’água É misteriosa canção Água que o sol evapora Pro céu vai embora Virar nuvens de algodão Gotas de água da chuva Alegre arco-íris sobre a plantação Gotas de água da chuva Tão tristes são lágrimas na inundação Águas que movem moinhos São as mesmas águas Que encharcam o chão E sempre voltam humildes Pro fundo da terra, pro fundo da terra Terra planeta água... terra planeta água Terra planeta água. (Disponível em: http://uol.com.br/guilhermearantes/1981a.htm> . Acesso em 5 ago. 2003.) Texto 2 Adeus à conta d’água Se chove, é festa numa casa no Itanhangá. O imóvel é totalmente abastecido por São Pedro Se o carro-pipa não passava ia tudo por água abaixo. O empre- sário Humberto Gissoni fcava sem poder tomar banho, lavar a lou- ça, regar as plantas do jardim, e por aí vai. “Era o caos”, lembra. Isso até que ele, seguindo o conselho de um amigo engenheiro, resolveu fazer uma negociação, boa para ambos os lados, com São Pedro. Toda a água da chuva que caísse ele iria reaproveitar para abastecer a sua casa. Em troca, passaria a viver de uma maneira mais eco- logicamente correta. Além de reaproveitar o recurso natural, cada vez mais escasso, também passaria a ser adepto e incentivador da reutilização do lixo orgânico para a adubação do solo. Após cerca de cinco anos com sua casa sendo abastecida só com água da chuva (graças a um sistema muito simples de calhas, fltros e bombas), Humberto diz que só é obrigado a apelar para os carros-pipas em períodos de estiagem. No verão, um dia de chuva garante o abastecimento do imóvel no Itanhangá por aproxima- damente 10 dias. Ao que tudo indica, o trato com São Pedro vai de vento em popa. (MAGALHÃES, Andréa. Adeus à conta d’água. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 4 fev. 2001. Caderno Casa.) Texto 3 “O alarme já soou” Como as grandes corporações estão se apoderando da água doce do planeta e colocando em risco a sua e a nossa sobrevivência A mais ameaçadora crise ecológica, econômica e política do século XXI é a escassez global de água. Um bem essencial ame- açado pelo desmatamento, pela poluição, mas também pela ga- nância econômica de corporações que estão se apropriando das fnitas reservas de água subterrânea e colocando, literalmente em risco, o futuro da humanidade. Esse pesadelo está registrado no livro “Ouro Azul”, da editora M. Books, recém-lançado no Brasil, durante o Fórum Social Mundial. As notícias ruins são essas: a humanidade está esgotando, desviando e poluindo os recursos de água doce no planeta tão depressa e implacavelmente que todas as espécies na Terra, incluindo a nossa, correm perigo mortal. O suprimento de água na Terra é fnito. (DINIZ, Ana. “O Alarme já soou”. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 18 mar. 2003. JB Ecológico, p.8.) 01. O pensamento que se constrói a respeito da água, recurso natural, no texto 1, não se sustenta ao lermos os textos 2 e 3. Assinale a opção que demonstra tal afrmativa. a) No texto 1, a argumentação é objetiva, ao contrário dos textos 2 e 3, que demonstram argumentação fantasiosa. b) No texto 1, a água é democraticamente distribuída, ao contrá- rio dos textos 2 e 3, que mostram a água como aleatoriamente distribuída. c) No texto 1, a água é considerada bem primordial, ao contrário dos textos 2 e 3, que consideram a água como um bem supérfuo. d) No texto 1, o estilo é em prosa, ao contrário dos textos 2 e 3, que apresentam a forma em verso. e) No texto 1, a água é um bem perene, ao contrário dos textos 2 e 3, que mostram a fnitude da água. 02. Marque a opção incorreta quanto às afrmações sobre os textos. a) O texto 1 apresenta visão poética sobre a água. b) O texto 2 privilegia a mensagem subjetiva. c) No texto 3 predomina a função referencial. d) O texto 1 apresenta fguras de linguagem. e) No texto 3 prevalece a função metalinguística. 03. Após leitura atenta do primeiro texto, pode-se afrmar que a) a água é descrita em todos os seus estados. b) a água serve de meio de locomoção. c) a água pode construir ou devastar. d) a água da chuva sempre proporciona fartura. e) a água nunca acarreta prejuízo ao homem. 04. “Águas que movem moinhos/ São as mesmas águas/ Que en- charcam o chão/ E sempre voltam humildes/ Pro fundo da terra, pro fundo da terra” (texto 1) Os versos acima descrevem um fenômeno da natureza. Marque a resposta correta sobre tal fenômeno. a) Há na natureza uma alma litigante. b) Existe vida no movimento dos moinhos. c) Ocorre um movimento cíclico na natureza. d) Percebe-se um constante marasmo na natureza. e) Observa-se uma razão cartesiana na natureza. 6 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 4 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 05. Assinale o item em que a fgura de linguagem está em disso- nância com o trecho destacado em negrito. a) “Águas [...] / E depois dormem tranquilas” – prosopopeia b) “[...] lara mãe d’água / É misteriosa canção” – metáfora c) “Águas que caem das pedras / No véu das cascatas” – antonomásia d) “Gotas de água da chuva / Tão tristes” – prosopopeia e) “[...] apelar para os carros-pipas” – metonímia 06. “Se o carro-pipa não passava ia tudo por água abaixo.” (texto 2) Assinale a opção em que a mudança de estrutura das orações acima altera-Ihes a idéia de hipótese para a de causa. a) Quando o carro-pipa não passava ia tudo por água abaixo. b) Caso o carro-pipa não passasse ia tudo por água abaixo. c) Ainda que o carro-pipa não passasse ia tudo por água abaixo. d) Uma vez que o carro-pipa não passava ia tudo por água abaixo. e) O carro-pipa não passava, todavia, nada ia por água abaixo 07. “o empresário [...] fcava sem poder tomar banho,” e “Era o caos” Considerando o texto 2, marque a opção em que as expressões sublinhadas apresentam, respectivamente, as mesmas funções sintáticas das grifadas acima. a) “[...] seguindo o conselho de um amigo engenheiro,” e “[...] fazer uma negociacão.” b) “[...] um dia de chuva garante o abastecimento [...]” e “Se chove, é festa [...]” (subtítulo) c) “O imóvel é totalmente abastecido [....]” (subtítulo) e “[....] só é obrigado a [...]” d) “Adeus à conta d’áqua” (título) e “O imóvel é totalmente abas- tecido [...]” (subtítulo) e) “[...] ia tudo por água abaixo.” e “[...] também passaria a ser adepto [...]” 08. Com base no texto 1, assinale o item em que há a devida corre- lação entre o elemento coesivo sublinhado e o termo, em negrito, retomado anaforicamente. a) “Água dos igarapés onde Iara [...]” , b) “São as mesmas águas/ Que encharcam o chão” c) “Águas escuras dos rios/ Que levam a fertilidade [...]” d) “Água que nasce na fonte [...] / E que abre o profundo grotão” e) “Água que o sol evapora” 09. Em “Se o carro-pipa não passava ia tudo por água abaixo.”, o autor utiliza o recurso conotativo da linguagem. Marque a alternativa em que se identifca o mesmo recurso. a) “Toda a água da chuva que caísse ele iria reaproveitar [...]” b) “No verão, um dia de chuva garante o abastecimento [...]” c) “Água que nasce na fonte serena do mundo” d) “O empresário [...] fcava sem poder tomar banho, lavar a louça,” e) “O suprimento de água na Terra é fnito.” 10. “ Planeta Água” (texto 1) e “a mais ameaçadora” (texto 3) Assinale a opção cujos termos em negrito apresentam, respectiva- mente, classes gramaticais semelhantes às dos sublinhados acima. a) “E que abre o profundo grotão” e “Um bem essencial [...]” b) “Águas escuras dos rios” e “[...] mas também pela ganância [...]” c) “É misteriosa canção” e “[...] e implacavelmente que [...]” d) “Alegre arco-íris sobre a plantação” e “[...] no planeta tão depressa [...]” e) “Gotas de água da chuva” e “O suprimento de água na Terra é fnito.” CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 11. Sendo a 0,123 = 5, a 0,369 é igual a a) 5 0,246 b) 5/3. c) 3 5. d) 15. e) 125. 12. O quadrado hachurado na malha uniforme e infnita abaixo representada tem área igual a 1 cm 2 . Considerando quatro dos pontos assinalados nessa malha, não é possível construir um quadrado de área igual a a) 2 cm 2 . b) 3 cm 2 . c) 5 cm 2 . d) 10 cm 2 . e) 13 cm 2 . 13. O formato do papel A4 é defnido de tal maneira que a razão r entre o seu lado maior e o seu lado menor permanece a mesma quando o papel é cortado em dois pedaços iguais ao longo da linha que liga os pontos médios dos lados maiores. Podemos afrmar que r é tal que a) r = 2. b) r 2 = 2. c) r 3 = 2. d) r 4 = 2. e) r 5 = 2. 14. Para promover uma festa, certa empresa divide os gastos em duas partes. A primeira destina-se ao aluguel do salão e à deco- ração, o que não depende do número de convidados. A segunda corresponde à bebida e à comida, por convidado. Se atualmente os gastos com 40 convidados totalizam R$ 1.500,00 e com 100 convidados, R$ 2.250,00, podemos afrmar que o gasto dessa frma, por convidado, é de a) R$10,00. b) R$11,20. c) R$11,35. d) R$12,50. e) R$15,00. 15. Miguel mede os lados de um triângulo escaleno, cujos com- primentos em cm são números inteiros, e obtém perímetro igual a 15 cm. No entanto, ele sabe que o resultado está incorreto, pois sua régua tem os números 4 e 6 cm posições trocadas, conforme fgura abaixo. O perímetro correto é a) 13 cm. b) 14 cm. c) 16 cm. d) 17 cm. e) 18 cm. 7 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 4 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 16. A bandeira representada abaixo tem a forma de um retângulo cujos lados são divididos em 3 partes iguais. Cada ponto da divisão é ligado ao centro do retângulo. Que porcentagem da área do retângulo está acinzentada? a) 50% b) 60% c) 66,6...% d) 70% e) 75% 17. Para a escolha de representantes, uma turma de 26 meninos e 16 meninas deverá eleger um menino e uma menina. Sabendo-se que existem 11 candidatos e que 10 meninas são apenas eleitoras, quantos são os resultados possíveis da eleição? a) 11 b) 20 c) 30 d) 38 e) 40 18. O triângulo ASC abaixo é isósceles de base BC . Se os pontos D e E, pertencentes a AC e BC , respectivamente, são tais que SE = AE = DE = DC, os ângulos da base de ASC medem a) 20°. b) 25°. c) 29,5°. d) 31,7°. e) 36°. 19. As dimensões L (largura), A (altura) e C (comprimento) de uma mala, para ser embarcada em um avião, devem ser tais que L + A + C = 75 cm. Nesse caso, quais podem ser as medidas da largura e da altura de uma mala com 30 cm de comprimento e volume igual a 13 500 cm 3 . a) 11 cm e 34 cm. b) 15 cm e 30 cm. c) 17 cm e 28 cm. d) 20 cm e 25 cm. e) 21 cm e 24 cm. 20. Entre as adições abaixo, aquela cuja soma é a dízima periódica 12,43525252... é a) 43 52 12 100 9900 + + b) 435 25 12 990 1000 + + c) 124 3 25 10 100 1000 + + d) 124 3 252 100 10 999 + + e) 435 2 12 9900 1000 + + 21. O jornal O Globo publicou, em abril de 2003, reportagem in- titulada “Novas provas sobre males do chumbo”, da qual se extraiu o trecho abaixo. “Mesmo a exposição a pequenas quantidades de chumbo - até então consideradas seguras - pode causar danos ao desenvolvi- mento do intelecto das crianças, revelou um novo estudo. [... ] De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), apenas concentrações de chumbo no sangue acima de dez mi- crogramas por decilitro ofereceriam risco. O estudo indicou, no entanto, que crianças com concentrações abaixo destas apresen- taram problemas.” Com respeito ao elemento químico mencionado no texto e à espécie química Pb 2+ , assinale a alternativa correta. Dados: 207 82 Pb a) O elemento químico apresenta número atômico 82 e pertence à família II A. b) O elemento químico localiza-se no sexto período, família IV A. c) A espécie química Pb 2+ apresenta 82 prótons, 84 elétrons e 125 nêutrons. d) O elemento químico possui número atômico 207 e número de nêutrons 125. e) A espécie química Pb 2+ pertence ao quinto período, família V A. 22. A água oxigenada usada como antisséptico deve ser armazenada em frascos escuros ou opacos, para que impeçam a entrada de luz, caso contrário ocorre a seguinte transformação (não equilibrada): H 2 O 2 (aquoso) luz → H 2 O (líquido) + O 2 (gasoso) Equilibre a equação e identifque a alternativa correta, que apre- senta a classifcação da transformação e o somatório dos menores coefcientes inteiros possíveis da reação após o balanceamento. a) simples troca 4 b) análise 5 c) síntese 3 d) dupla troca 4 e) decomposição 8 23. O leite de magnésia é uma solução de hidróxido de magnésio, que tem como função diminuir a acidez e aliviar a azia provocada pelo excesso de ácido clorídrico produzido no estômago, conforme a reação abaixo. Mg(OH) 2 + 2 HCI o MgCl 2 + 2 H 2 O (I) (II) (III) (IV) Dados: 24 35 12 17 Mg e Cl As funções dos compostos identifcados por (I), (II), (III) e (IV), respectivamente, e o tipo de ligação presente no composto (III) correspondem à opção a) base, ácido, sal, óxido - ligação iônica. b) base, ácido, sal, ácido - ligação iônica. c) base, ácido, sal, ácido - ligação covalente. d) base, ácido, sal, óxido - ligação covalente. e) base, ácido, sal, base - ligação iônica. 8 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 4 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 24. O texto a seguir foi adaptado de uma notícia publicada no jornal O Dia, em março/1998. Avança, na Zona Oeste do Município do Rio de Janeiro, uma doença terrível que pode causar deformidades no rosto de suas vítimas e até matar. A doença que vem preocupando os especialistas, a Leishma- niose, atinge a pele ou a mucosa e deve ser tratada com rapidez. Sua transmissão ocorre através da picada do “mosquito-palha” que tenha sugado o sangue de um animal ou de uma pessoa infecta- da pelo protozoário causador da doença. Esse mosquito é encon- trado em forestas, bosques, matas secundárias e plantações de café e banana. O principal sintoma da Leishmaniose tegumentar é o aparecimento de uma ferida na pele, que não para de crescer. O tratamento consiste na aplicação de injeções de antimônio. Os bairros mais afetados pela doença são Campo Grande, Bangu e Jacarepaguá. Analisando o texto, pode-se relacionar a incidência dessa doença na Zona Oeste do Rio de Janeiro a a) defciência de saneamento básico. b) especulação imobiliária associada a desmatamento. c) ausência do agente transmissor. d) ingestão da forma de resistência do protozoário. e) sensibilidade aos inseticidas por parte dos transmissores. 25. “Contra a gripe, vacina é a melhor prevenção. Os casos e a gravidade da doença vêm diminuindo no Brasil. Curá-la não é possível, mas você pode preveni-la, vacinando-se todos os anos [...] A campanha de vacinação do idoso faz parte do Programa de Imunização do Ministério da Saúde.” (PRO TESTE. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, n.14, maio 2003. p. 36-37.) A forma de imunização acima citada denomina-se a) passiva natural. b) passiva artifcial. c) ativa natural. d) ativa artifcial. e) passiva / ativa natural. 26. Há milhões de anos, só existiam rochas compactas na superfície da Terra. Com o passar do tempo, essas rochas foram se fracionan- do e dando origem a fragmentos cada vez menores. Na formação do solo, esses fragmentos são reunidos com restos de animais e vegetais. A areia, a argila, o calcário e o humo são exemplos de materiais comumente encontrados nos solos. Entre as alternativas abaixo, identifque a que caracteriza as rochas metamórfcas e que contém exemplos correspondentes a esse tipo de rocha. a) Resultam da transformação de rochas ígneas, ou de rochas sedimentares. São produtos do contato das rochas com as massas magmáticas em contínuo movimento no interior da Terra. Exemplos: gnaisse, ardósia e mármore. b) Apresentam-se em forma de camadas ou extratos. Podem conter restos de animais e vegetais como fósseis e são resultado da fragmentação de rochas que podem sofrer ação do calor do Sol, desagregando seus minerais. Exemplos: arenito e calcário. c) Apresentam uma resistência muito grande ao fracionamento e difcilmente se alteram. São empregadas em pavimentação de ruas, construção de casas e edifícios. Exemplos: granito e basalto. d) Ao se solidifcarem, as lavas se transformam em rochas chamadas extrusivas, sendo muito importantes na formação de solo permeá- vel e propício para a agricultura. Exemplos: pedra-pomes e basalto. e) Têm sua forma determinada pela ação das águas, geralmente arredondadas ou ovaladas, sendo encontradas em abundância nos leitos de rios, formando sedimentos não-consolidados. Exemplos: cascalho e seixo. 27. Algumas das categorias de competição de hipismo têm o tempo ideal para a pista como o principal fator para se conhecer o vencedor da prova. Os juízes da prova calculam o tempo ideal levando em conta o comprimento da pista montada (percurso com obstáculos) e a velocidade escalar média da montaria. Em uma pista de 420 m de comprimento e velocidade escalar média de 350 m/min, para a montaria, o tempo ideal nessa competição hípica é de a) 72 segundos. b) 60 segundos. c) 12 segundos. d) 12 minutos. e) 7,0 minutos. 28. Quantas vezes você já ouviu estas frases: “O som está muito alto! Dá pra abaixar um pouco?”. Quando as pessoas dizem que o som está alto, estão se referindo a um som com grande volume. O uso incorreto deve-se à infuência da expressão “volume alto”. Na Física, porém, o volume do som refere-se à qualidade associada à energia de vibração da fonte que emite a onda sonora, enquanto as denominações “som alto” e “som baixo” referem-se à qualidade associada à frequência do som emitido pela fonte da onda sonora. Essas qualidades do som denominam-se, respectivamente, a) altura e intensidade. b) altura e timbre. c) intensidade e altura. d) intensidade e timbre. e) timbre e altura. 29. Nosso organismo tem como combustível os diversos alimentos que, depois de digeridos, liberam energia para manutenção de nossa vida. As embalagens de alguns produtos alimentícios trazem seu valor energético em Caloria (com c maiúsculo) para designar 1 kcal. O corpo humano consome em média 100 joules de energia por segundo (aproximadamente 25 cal/s) para realizar suas funções biológicas normais. Apenas para que o coração e demais órgãos e tecidos realizem suas atividades, o ser humano utiliza diariamente 2160 kcal. Esse consumo diário equivale ao consumo de energia elétrica de uma lâmpada incandescente de 100 W. Qual dos lanches, abaixo relacionados, equivale ao consumo de energia elétrica de uma lâmpada incandescente de 40 W? Lanche Quantidade de energia em kcal a) 1 cheeseburger, 1 coca-cola média, 1 porção média de batatas fritas, 1 sundae de chocolate. 1 200 b) 1 cheeseburger, 1 coca-cola pequena, 1 porção média de batatas fritas e 1 picolé de frutas. 864 c) 1 cachorro-quente, 1 coca-cola pequena, 1 porção média de batatas fritas, 1 picolé de frutas. 828 d) 1 cachorro-quente, 1 coca-cola pequena, 1 picolé de frutas. 510 e) 1 queijo-de-minas quente no pão de forma light, 1 coca-cola light, 1 picolé de frutas. 275 9 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 4 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 30. Os manuais de instrução de aparelhos elétricos têm especif- cações sobre a voltagem (ddp), a potência e a corrente elétrica do aparelho. É importante conhecer essas informações e obedecer a elas, para que se utilizem os aparelhos com o máximo de segurança. O choque elétrico é a passagem da corrente elétrica através do corpo humano (condutor de eletricidade), podendo provocar pequenas contrações musculares, parada cardíaca e morte. A gravidade do choque elétrico é determinada tanto pela intensidade da corrente elétrica como pelo caminho que ela percorre através do corpo. A menor intensidade de corrente elétrica que se sente no corpo, na forma de formigamento, é de 1 mA (0,001 A). O choque elétrico provocado por intensidade de corrente de 10 mA a 3 A pode levar à morte, quando atravessa o tórax, porque as chances de que o coração seja afetado são maiores. A especifcação relativa à voltagem (ddp) e à potência que origina maior intensidade de corrente elétrica é a do conjunto VOLTAGEM (ddp) POTÊNCIA a) 220V 12W b) 110V 12W c) 110V 15W d) 36V 5W e) 24V 5W 31. “Entende-se por Mercantilismo o conjunto de medidas econô- micas que foram colocadas em prática, ao longo do período da tran- sição feudalismo/capitalismo (século XV ao século XVIII), caracte- rizadas pela rigorosa intervenção do Estado no plano econômico.” (FARIA, Ricardo de M.; MARQUES, Adhemar M.; BERUTTI, Flávio C. História. Belo Horizonte: Lê,1998. p.159.) Indique a prática mercantilista que caracterizou a política econô- mica dos países ibéricos. a) Pirataria. b) Industrialismo. c) Colbertismo. d) Colônias de povoamento. e) Metalismo. 32. “Em toda parte, na América, falava-se muito de liberdade, de igualdade, dos direitos dos homens. A declaração de independên- cia [das treze colônias inglesas da América do Norte] proclamava: Consideremos essa verdade evidente Que Todos os Homens Se- jam Criados Iguais’ [sic]. Agora eram aprovadas leis que tentavam fazer essa verdade tomar corpo na vida real, e não só no papel.” (HUBERMAN, Leo. Apud REZENDE, Antonio Paulo; DIDIER, Maria Tereza. Rumos da História. História geral e do Brasil. São Paulo: Atual, 2001. p.328.) A independência dos Estados Unidos constituiu-se num exemplo para as Américas portuguesa e espanhola, fundamentalmente porque a) os índios e os escravos obtiveram direitos políticos no decorrer das lutas de independência, devido à difusão dos ideais de liberdade e igualdade. b) uma colônia lutou pela sua libertação, conseguindo romper os laços com a metrópole. c) a perseguição aos colonos protestantes pela Inglaterra deu à independência um caráter de luta pela liberdade religiosa. d) a adoção do regime republicano levou às últimas consequências o ideal democrático, tal como pregava Voltaire. e) a fragmentação territorial das treze colônias inglesas da Amé- rica do Norte, durante as guerras de libertação, desvendou a tendência, nas Américas, de formação de países com reduzidos territórios. 33. Em novembro de 1923, Hitler e seus partidários organizam um golpe de estado chamado de Putsh de Munique. O fracasso desse golpe leva Hitler à prisão. Durante o seu cárcere, Hitler escreve o livro Mein Kampf (Minha Luta), considerado uma espécie de bíblia do nazismo, por conter os princípios básicos dessa doutrina. Assinale, entre as opções abaixo, a que apresenta uma ideia básica do nazismo. a) A ideia de superioridade da raça ariana em relação a todas as outras. b) A defesa dos princípios do liberalismo clássico. c) A aceitação do marxismo como fonte de inspiração do nazismo. d) A defesa das teses do Tratado de Versalhes. e) A total aversão aos meios de comunicação como fonte da propaganda nazista. 34. “Rhodes não é um mero especulador feliz. Apaixonado pela civilização europeia, de que o elemento britânico constitui o fer- mento, imagina um Império africano cuja base seria o Cabo, a cabeça o Canal de Suez, em cujo seio fcaria a rota Londres-Bom- baim pelo Mediterrâneo, mar britânico.” (SCHNERB, Robert. O século XIX: o apogeu da civilização europeia. In: CROUZET,Maurice. História geral das civilizações, 3.ed. São Paulo: Difel, 1969. p. 192.) Cecil Rhodes foi um grande explorador das terras africanas para a Inglaterra, durante o imperialismo e colonialismo britânicos, na região, no século XIX. Ele representa o desejo inglês de construir um império na África, objetivo possibilitado pelo(a) a) segunda revolução industrial, que se caracterizou pela manu- tenção, em larga escala, das pequenas empresas artesanais. b) superioridade das raças ocidentais, fundamental na dominação do continente africano, já que garantiria, por si só, a construção desse império. c) expansão industrial inglesa, responsável pelo desenvolvimento de uma política imperialista sobre a África. d) impacto dos movimentos nacionalistas, como dos bôeres na África do Sul, que impediu a expansão inglesa na região. e) adoção de práticas missionárias inglesas, que protegeram a cultura africana da infuência europeia. 35. “A Revolução provavelmente teria ocorrido sem os flósofos. Mas eles provavelmente constituíram a diferença entre um sim- ples colapso de um velho regime e a sua substituição rápida e efe- tiva por um novo.” (HOBSBAWN, Eric. Apud Superinteressante, ano 3, n. 2, p.33, jun.1989. Edição EspeciaL) Com base no contexto histórico da Revolução Francesa, marque a opção que confrma a ideia acima. a) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, docu- mento elaborado no início do processo revolucionário que reconhecia o direito à liberdade e à igualdade, tornou, por isso, ilegal a propriedade privada, tal como defendia Rousseau. b) A fase do Terror Nacional, segunda etapa da Revolução Fran- cesa, durante a qual se estabeleceu uma ditadura camponesa, concretizou os ideais iluministas sintetizados na Enciclopédia. c) O período napoleônico, durante a época do império, adotou o despotismo esclarecido proposto por Voltaire, para realizar reformas por intermédio de uma política de expansão territorial. d) A Constituição de 1791 estabeleceu, conforme o pensamento de Montesquieu, a monarquia constitucional, composta por três poderes: o executivo, exercido pelo rei; o legislativo, exercido pelos deputados eleitos por voto censitário, e o judiciário. e) O Diretório caracterizou o período em que os jacobinos cons- tituíram um governo centralizado, ao promulgarem uma nova Constituição inspirada nas ideias de Rousseau e Locke. 10 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 4 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 36. Segundo os dados do Censo 2000, realizado pelo Instituto Brasi- leiro de Geografa e Estatística (IBGE), o crescimento populacional do Brasil não foi uniforme na década passada, conforme pode ser observado na tabela abaixo. Ritmos de crescimento da população no Brasil Capitais Reg. Metropolitanas Interior Taxa média de cresci- mento anual (1991 – 2000) 1,58% 2,01% 1,65% Participação no total brasileiro – 1991 23,92% 38,72% 76,08% Participação no total brasileiro – 2000 23,82% 40,04% 76,18% Analisando os dados constantes na tabela e conhecendo as ten- dências recentes de crescimento demográfco no Brasil, podemos concluir que a) as maiores responsáveis pelo crescimento da população do Brasil na década passada foram as grandes capitais, como o Rio e São Paulo. b) o crescimento da população do interior do Brasil pode ser explicado pela tendência crescente de migrações das cidades para o campo. c) as cidades cuja população mais tem crescido no Brasil são as cidades (geralmente de médio porte) localizadas na periferia das regiões metropolitanas. d) as pequenas cidades do interior do Brasil são as que menos têm visto aumentar sua população nos últimos anos. e) o crescimento populacional das capitais brasileiras é pratica- mente nulo, uma vez que sua participação, no total nacional, quase não se alterou entre 1991 e 2000. 37. IBGE constata interiorização da indústria do país A Pesquisa Industrial Anual do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografa e Estatística) mostra que a indústria do país sofreu um forte processo de desconcentração regional entre 1970 e 2000. Em 1970, Rio e São Paulo concentravam 61,3% do emprego e 71,9% da produção, em valor, da indústria nacional. Em 1985, as participações caíram para 54,5% e 57,2%, respectivamente. Quinze anos mais tarde, em 2000, a queda continuou, mas com menor intensidade: as participações fcaram em 45,5% (em- prego) e 54,7% (produção). (SOARES, Pedro. Folha Online , 28 jun. 2002.) Assinale a opção que não contém uma causa para a ocorrência do processo ao qual se refere o texto. a) Melhoria da infraestrutura de transportes, comunicações e energia no interior do Brasil, ao longo do período 1970-2000. b) Salários mais elevados dos trabalhadores no Rio de Janeiro e em São Paulo do que em outros estados do país. c) Muitos governos estaduais têm oferecido redução de impostos para atrair indústrias que já estão instaladas no Rio de Janeiro ou em São Paulo. d) As novas áreas industriais, fora do eixo Rio-São Paulo, têm sindicatos menos atuantes, o que representa menor ocorrência de greves e reivindicações. e) A crescente falta de mão de obra qualifcada nos territórios fuminense e paulista vem forçando as empresas a buscarem novas opções de localização. 38. Quanto valem a fauna e fora brasileiras? Ninguém sabe exatamente quanto vale a biodiversidade bra- sileira, mas todos sabem que é muito. Inclusive os estrangeiros. Dono da maior variedade de espécies do planeta, o Brasil desfruta de posição privilegiada para explorar os recursos naturais na bus- ca por novas tecnologias, seja na forma de uma droga contra o câncer ou um novo creme de barbear. Estima-se que o país abrigue de 15% a 20% de todas as espé- cies animais e vegetais existentes, muitas delas com exclusividade. Uma estimativa - em princípio a única disponível - coloca na biodiversidade verde e amarela uma etiqueta de R$ 4 trilhões. O cálculo é baseado em um estudo do pesquisador Robert Costanza, da Universidade de Maryland (EUA), publicado na revista Nature em maio de 1997. (Adaptado de ESCOBAR, Herton; KNAPP, Laura. O Estado de São Paulo. 8 abro 2002. In: Notícias da AGB, n. 13. 17 abril 2002.) Assinale a opção que não constitui uma das causas para a grande biodiversidade encontrada no Brasil. a) Relevo predominantemente de planícies. b) Predomínio de climas com altas temperaturas durante o ano. c) Abundância de chuvas na maior parte do território nacional. d) Maior parte do território localizado em áreas de baixas latitudes. e) Grande extensão territorial possibilitando a diversidade de espécies. 39. O processo de globalização vem ocorrendo ao mesmo tempo em que se formam blocos econômicos supranacionais que, por meio de acordos, buscam fortalecer as economias regionais. Esses blocos econômicos são de diferentes tipos, de acordo com os tratados econômicos que foram estabelecidos entre os países integrantes. Qual é o estágio atual do Mercosul? a) Área de livre comércio. b) União aduaneira. c) Acordo monetário. d) Área de proteção militar e econômica. e) União econômica e monetária. 40. Um maratonista participou de uma competição no Rio de Janeiro, no dia 10 de fevereiro, iniciada às sete horas. O percurso da prova foi em linha reta e com o Sol sempre à direita do atleta. Em que sentido o atleta correu durante toda a prova? a) Norte – Sul. b) Leste – Oeste. c) Sudeste – Noroeste. d) Oeste – Leste. e) Sul – Norte. 11 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 4 - 2 ª F A S E apostila de provas / 2012 MATEMÁTICA 01. Certa receita para o preparo de 30 biscoitos de polvilho leva 2 1 2 xícaras de açúcar; outra, para 40 biscoitos de chocolate, leva 3 3 4 xícaras de açúcar. Se uma xícara de açúcar pesa 80 gramas, quantos gramas serão necessários para se fazerem 60 biscoitos de polvilho e 30 biscoitos de chocolate? 02. Considere a sequência crescente (a, b, c, d, e), cujos termos são múltiplos consecutivos de 7. Determine a diferença e – a. 03. No plano cartesiano abaixo, onde os eixos coordenados estão graduados em centímetros, temos um retângulo ABCD e um triân- gulo EFG. Determine a área da região comum a esses dois polígonos. 04. O aluno Lucas tirou 7,5 numa prova de Matemática e 4,0 numa prova de Ciências. Ambas valiam de 0,0 a 10,0, e todas as questões de cada uma das provas valiam o mesmo número de pontos. Sabendo que ele acertou o mesmo número de questões nas duas provas e que a prova de Matemática tinha oito questões, determine o número de questões da prova de Ciências. 05. Se 2 é uma das raízes da equação do 2º grau x 2 + k x + 6 = 0, obtenha a outra raiz. 06. Um quadrilátero ABCD está inscrito numa circunferência de diâmetro AC = 5 cm. Sabendo que BC = 4 cm e que AD = 3 cm, determine o perímetro de ABCD. 07. Na fgura abaixo, as retas r e s cortam-se no ponto C e tan- genciam a circunferência de centro O e raio 2 , nos pontos A e B, respectivamente. Sabendo que AB = 2 3 , determine a medida de 08. O peso P h a uma altura h, acima da superfície da Terra, satisfaz a relação P h = P o 2 r r h       + em que P o é o peso ao nível do mar e r o raio da Terra (cerca de 6 400 km). Em que altitude uma pessoa teria de seu peso ao nível do mar. 09. Se x e y são inteiros formados apenas por algarismos diferentes de zero e 2 . y = 4000, determine x e y. 10. Num certo dia, o caixa de um cineclube recebe R$ 200,00 de 100 pessoas. O ingresso de um adulto custa R$ 5,00, de jovens entre 12 e 17 anos, R$ 2,00, e crianças pagam uma taxa simbólica de R$ 0,50. Determine qual o maior número possível de adultos que podem ter frequentado o cineclube nesse dia. 12 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 5 - 1 ª D I S C U R S I V A CEFET/RJ apostila de provas / 2012 MATEMÁTICA 01. Durante o inverno, os casacos de uma loja eram vendidos com 25% de lucro sobre o preço de custo. Com o fm do inverno, a loja entrou em liquidação, reduzindo os preços de venda dos casados ao preço de custo. Determine o percentual de redução que foi aplicado sobre o preço de inverno para estabelecer o preço da liquidação. 02. Querendo reformar o jardim da casa para o aniversário do flho, um jovem casal contratou uma empresa especializada em jardinagem que prometeu terminar o serviço em 5 dias, utilizando 3 funcionários que trabalhariam 8 horas por dia. O trabalho foi iniciado com 2 dias de atraso em função da chuva, e a empresa, para cumprir o contrato no prazo combinado, enviou nos dias restantes mais um funcionário e determinou uma nova carga horária diária. Determine essa nova carga horária. 03. Um adulto apresentava um quadro de anemia com 3,5 bilhões de glóbulos vermelhos por litro de sangue. Determine, em notação científca, a quantidade de glóbulos vermelhos deste adulto consi- derando que ele tem 5400m de sangue. 04. Reduza à forma mais simples a expressão 18 8 1. 6 32 − + − 05. A turma de Carlos tem 42 alunos, dos quais 20 praticam futebol, 32 praticam vôlei, e 6 não praticam qualquer esporte. Sabendo-se que Carlos não pratica esportes, quantos alunos praticam apenas um esporte? 06. José comprou um telefone celular por R$ 540,00 em prestações mensais iguais, tendo pago a primeira prestação no ato da compra. O irmão de Josué, que o acompanhava, aproveitando a oportuni- dade, também comprou um telefone celular por R$ 700,00, pelo qual pagou o mesmo valor da prestação do irmão mais R$5,00, aumentando a quantidade de prestações em duas. Em quantas prestações foi parcelado o telefone do irmão de José, sabendo-se que o valor da prestação foi o menor possível? 07. Uma substância em estado gasoso modifca seu volume de acor- do com a temperatura. Em uma experiência com um gás, observou- se que o volume variou segundo a função onde ( ) 5 f t t 455, 3 = + é o volume ocupado pelo gás em cm 3 e t é a temperatura em graus Celsius. Considerando valores de temperaturas inteiros, determine a maior temperatura, dessa experiência, em que o volume do gás será menor que o volume de um paralelepípedo com dimensões 0,12m, 0,15m e 0,2m. 08. A fgura abaixo é o símbolo escolhido por uma empresa de publicidade para representar uma campanha. A medida do ângulo BÂC é 64°, os segmentos BO e OC são congruentes e raios da circunferência. Determine a medida do ângulo BÊC. A B E C O 09. O tapete de Sierpinski é construído a partir de uma regra que se repete indefnidamente. Nesta regra um triângulo equilátero é dividido em 4 triângulos congruentes, desconsidera-se o triân- gulo do centro e divide-se em 4 os 3 triângulos restantes, e assim sucessivamente. As fguras abaixo mostram as primeiras etapas da construção separadamente. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Determine a área hachurada da terceira fgura, considerando que o lado do triângulo maior mede 3 cm. 10. Uma fábrica vendia determinado perfume em frascos com capacidade máxima de 0,05 litros e decidiu trocar o formato dos frascos para relançar o perfume em nova embalagem. O novo formato será de cubo e a base do frasco fcará inscrita em uma circunferência de raio 2 cm, para ser embalado em um cilindro de papelão. Desprezando-se a espessura do frasco e considerando-se o novo frasco com seu volume máximo, determine o frasco com maior capacidade e a diferença, em ml, das capacidades desses frascos. (Considere 2 1, 4 = ) 13 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 5 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Leia o texto abaixo e responda às questões de 01 a 05. Texto 1 Pra você eu conto Esses dias, no nosso grupo de bocha, fcamos recordando os tempo de colégio. Você sabe, Chico que depois de uma certa idade as pessoas gostam de lembrar o passado; em geral são as coisas boas que nos vêm à mente, os momentos agradáveis. Falávamos de nossos professores; todos tinham uma história a contar, eu tinha um professor que era assim, eu tinha uma professora que era as- sado. E você, Juca? - me perguntaram, - Não tem nada pra contar? Porque eu estava quieto, Chico; quieto, todo o tempo. Sou muito conversador, você sabe, mas nesse dia eu estava quieto. - Não – respondi. – Não lembro nada interessante. Mentira. Eu tinha, sim algo a contar. Mas não o faria. Porque não queria chorar na frente deles, sabe, Chico? Ainda sou daquele tempo em que se dizia, homem não chora. Homem é gaúcho, ainda por cima! – chorando? Nunca. Eu não daria tal vexame. Pra você eu conto, Chico. Porque você é meu neto, e esta é uma história que a gente conta para netos. Quero falar a você da primeira mulher que eu amei. Marta. A minha professora de História. Eu tinha sua idade, Chico: quatorze anos. E era assim como você: magro, desengonçado. Tímido. Mais tímido do que você, até. Meu Deus, como eu era tímido! Não conseguia sequer me aproximar de uma garota: fcava vermelho, começava a gaguejar. Meus amigos debochavam de mim, e o resultado é que eu me sentia ainda pior. Com vontade de morrer, às vezes. Palavra. (Moacyr Scliar) 01. No pequeno relato que faz ao neto Chico, o personagem nar- rador situa-se em dois momentos da própria vida, a maturidade e a adolescência. Em relação a cada um desses momentos, e ele se refere a características de seu temperamento, as quais podem ser defnidas, respectivamente, como: a) inibição quando tinha de enfrentar situação de relacionamento com sexo oposto / machismo imposto por educação segundo a qual o homem não pode chorar; b) forte emoção ao recordar momentos agradáveis do passado / pru- dência ao tratar de assunto que não lhe traziam boas recordações; c) timidez todas as vezes que se recordava de sua professora de história / vergonha quando sentia vontade de chorar, por ser homem e gaúcho; d) obrigação de, por ser homem e gaúcho, superar as próprias emoções / profundo acanhamento, principalmente diante da fgura feminina; e) angústia, a ponto de pensar a própria morte, por causa do deboche dos amigos / fngimento, evitando a verdade, quando o assunto não lhe agradava. 02. O emprego da vírgula na frase “Pra você eu conto, Chico” foi feito em obediência a uma norma de pontuação que também jus- tifca o emprego da(s) vírgula(s) na frase: a) Quando a professora Marta chegou à escola, todos fcaram encantados com sua simpatia. b) Marta, a primeira mulher que eu amei, era a minha professora de História. c) Eu, professora Marta e meus colegas fzemos várias excursões. d) Marta, minha professora de História, era muito bonita. e) Professora Marta, posso lhe fazer uma pergunta? 03. Se o trecho em discurso direto “E você, Juca? – me pergunta- ram. – Não tem nada para me contar?” fosse redigido em discurso indireto, na voz do personagem narrador, teria a seguinte redação: “Me perguntaram se eu não tinha nada para contar”. Das opções abaixo, a única em que a transposição do discurso direto para o indireto está INCORRETA é: a) – Não – respondi. – Não lembro nada interessante; / Eu respondi que não me lembrava de nada interessante. b) – Não – eu disse com convicção. – Sou homem e, portanto, nunca vou chorar na frente de ninguém./ Eu disse com con- vicção que sou homem e que, portanto, nunca vou chorar na frente de ninguém. c) – Eu tinha – declarou ele – uma professora que era um espanto./ Ele declarou que tivera uma professora que era um espanto. d) É mentira – Chico objetou-me – você amava a professora e não teve coragem de confessar isso aos amigos./ Chico objetou-me, dizendo que eu mentia, pois amava a professora e não tivera coragem de confessar isso aos amigos. e) – Professora Marta – perguntei – posso ir ao banheiro? / Eu perguntei à professora Marta se podia ir ao banheiro. 04. Nas opções abaixo foram feitas modifcações na redação do trecho “Sou muito conversador, você sabe, mas nesse dia eu estava quieto”. Das modifcações feitas, a única em que houve alteração do sentido da frase é: a) Nesse dia eu estava quieto, embora eu seja muito conversador, você sabe. b) Você sabe, sou muito conversador, porém nesse dia eu estava muito quieto. c) Sou muito conversador, você sabe, nesse dia, entretanto, eu estava quieto. d) Mesmo sendo muito conversador, você sabe, nesse dia eu estava quieto. e) Você sabe, nesse dia eu estava quieto, ainda que seja muito conversador. 05. Na frase “Quero falar a você da primeira mulher que eu amei”, se for substituído o termo sublinhado por um pronome oblíquo átono sintaticamente correspondente, a frase terá a seguinte redação: “Quero lhe falar da primeira mulher que eu amei”. Das substituições feitas nos itens abaixo, aquela em que a correspondência sintática está INCORRETA é: a) Os amigos recordavam o tempo de colégio / Os amigos recordavam-no. b) O avô perguntou ao neto se também era tímido / O avô lhe perguntou se também era tímido. c) O avô abraçou o neto, emocionado. / O avô lhe abraçou, emo- cionado. d) Um dos amigos contou aos companheiros a história da profes- sora. / Um dos amigos contou-a aos companheiros. e) Os amigos gostavam de lembrar o passado. / Os amigos gosta- vam de lembrá-lo. 14 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 5 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 Leia o texto abaixo e responda às questões de 06 a 10. Texto 2 Antes que eles cresçam Há um período em que os pais vão fcando órfãos de seus próprios flhos. É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados. Crescem sem pe- dir licença à vida. Crescem com uma estridência alegre e, às ve- zes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem de repente. Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura. Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do maternal? A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você está agora ali, na porta da discote- ca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça! Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes so- bre patins e cabelos longos, soltos. Entre hambúrgueres e refrige- rantes nas esquinas, lá estão nosso flhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros. Ali estamos, com os cabelos esbranquiçados. Esses são os flhos que consegui- mos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas. E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros. Principal- mente com os erros que esperamos que não repitam. Há um período em que os pais vão fcando um pouco órfãos dos próprios flhos. Não mais os pegaremos nas portas das disco- tecas e das festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ou- virmos sua alma respirando conversas e confdências entre os len- çóis da infância e da adolescência, cobertos naquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores. Não, não os levamos sufcientes vezes ao maldito Playcenter, ao shopping, não lhe demos sufcientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado. Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo nosso afeto. No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, disputa pela janela, pedido de chicletes e sanduíches, cantorias infantis. De- pois chegou a idade em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível largar a turma e os primeiros namorados. Os pais fcaram então exilados dos flhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades da- quelas “pestes”. Chega o momento em que só nos resta fcar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se a gente tinha de- saprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca da felicidade. E que a conquistem do modo mais com- pleto possível. O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado não exercido nos pró- prios flhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os ne- tos são a última oportunidade de reeditar nosso afeto. Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam. (Afonso Romano de Santana) 06. O texto 2 retrata as impressões de um pai a respeito da sensação de brevidade do tempo no processo de convivência com os flhos. Em suas impressões, ele retrata principalmente: a) o isolamento em que fcam os pais devido à indiferença dos flhos, quando estes crescem e assumem na conduta da própria vida; b) o receio dos pais diante do crescimento dos flhos, devido aos problemas graves de falta de segurança nos dias atuais; c) a angústia dos pais diante do crescimento dos flhos, pois os valores da sociedade atual são bastante diferentes dos valores vivenciados por eles; d) o sentimento de orfandade dos pais em relação aos flhos, quando estes começam a adquirir independência para tomar suas próprias decisões; e) a solidão dos pais, que só é diminuída quando os netos nascem e eles podem compensar a ausência dos flhos. 07. O trecho do texto em que fca clara a ideia de independência do jovem em relação aos pais, para comandar o seu próprio destino, é: a) “Crescem com uma estridência alegre e, às vezes com alardeada arrogância.”; b) “A criança está crescendo um ritual de obediência orgânica e desobediência civil.”; c) “E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros.” e) “Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados.” 08. No período “Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos, soltos”, se o autor quisesse substituir a palavra sublinhada por outra, sinônima e adequada ao contexto, só NÃO poderia substituí-la pela palavra: a) alegres; b) radiantes; c) jubilosos; d) estonteantes; e) exultantes. 09. No preenchimento das lacunas da frase “Se os pais não ___________ de tempo para amar os flhos, mais tarde ________ com o amargo sentimento de exílio e solidão”, para que sejam ob- servadas as normas da língua, têm de ser usadas, respectivamente, as formas verbais: a) dispuserem / conviverão; b) disporem / conviverão; c) dispuseram / conviveriam; d) dispõe / convivem; e) dispossem / conviviam. 10. No período “Chega o momento em que só nos resta fcar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se a gente tinha desa- prendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca da felicidade”, as palavras sublinhadas – formas fexionadas dos verbos desaprender e reaprender – foram formadas a partir do verbo aprender pelo processo de derivação prefxal, e seus prefxos signifcam, respectivamente: a) negação e anterioridade; b) afastamento e oposição; c) negação e repetição; d) separação e movimento para trás; e) oposição e repetição. 15 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 5 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 11. Um livro tem 3 cm de espessura, desprezando-se a capa. Con- siderando-se que o livro tem um total de 200 folhas, a espessura, em metros, de uma folha desse livro é: a) 1,5 . 10 -2 ; b) 6 . 10 -2 ; c) 1,5 . 10 -4 ; d) 6 . 10 -4 ; e) 1,5 . 10 -3 . 12. Ana e Paulo têm 2 flhos: Yasmin com 9 anos e Yan com 15 anos. Paulo é 5 anos mais velho do que Ana e a idade dele pode ser dividida exatamente pelas idades de seus flhos. A idade de Ana pode ser: a) 40 anos; b) 45 anos; c) 27 anos; d) 36 anos; e) 30 anos. 13. Ao adquirir um plano de uma empresa de telefonia celular, um usuário escolheu um plano pelo qual pagaria R$ 68,00 mensais, com direito a utilizar 100 minutos em ligações, assumindo o com- promisso de pagar R$ 1,02 por minuto excedente. No mês passado, o usuário utilizou nesse plano 2 horas e 15 minutos em ligações e pagou por esse serviço: a) R$ 185,30; b) R$ 107,30; c) R$ 117,30; d) R$ 103,70; e) R$ 113,70. 14. Com o aumento do preço do petróleo no mercado internacio- nal, o preço da gasolina foi reajustado em 4% para o consumidor. No entanto, haverá necessidade de um novo reajuste de 3% sobre o preço atual, a partir do próximo mês, para repassar totalmente o reajuste do petróleo. Após esse segundo reajuste, o preço da gaso- lina, para o consumidor, terá sofrido, em relação ao preço inicial, um aumento de: a) 7%; b) 7,12%; c) 8,2%; d) 7,2%; e) 8,12%. 15. Um aluno, ao fazer o simulado de uma prova com 70 questões, gastou, em média, 3 minutos na resolução de cada questão. Desse modo, ao terminar o tempo disponível para a prova, percebeu que havia deixado 14 questões em branco. Para que nenhuma questão fcasse sem resolução, neste simulado, esse aluno deveria gastar na resolução de cada questão um tempo médio de: a) 2 minutos e 15 segundos; b) 3 minutos e 45 segundos; c) 5 minutos; d) 2 minutos e 40 segundos; e) 2 minutos e 24 segundos. 16. Simplifcando-se a fração algébrica 2 2 6x +12 +6 , 2x - 2 encontramos: a) 1; b) 3x +1 ; x - 3 c) 3x - 3 ; x +1 d) 0; e) 3x +3 . x -1 17. O composto de uma substância A e de uma substância B é vendido por R$ 26,00 o quilo. A substância A é vendida por R$ 30,00 o quilo e a substância B por R$ 20,00 o quilo. O preço do composto é calculado em função das quantidades das substâncias e seus preços. As quanti- dades de A e B no quilo desse composto deverá ser, respectivamente: a) 200 g e 800 g; b) 500 g e 500 g; c) 700 g e 300 g; d) 600 g e 400 g; e) 800 g e 100 g. 18. Os gráfcos abaixo mostram a taxa de variação de indigência no Brasil, no campo (áreas rurais) e nas regiões metropolitanas. A pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas considera indigente aquele que não ganha o necessário para a aquisição de uma cesta de alimentos que garanta um consumo diário de 2888 calorias, nível recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Observado-se os gráfcos, podemos afrmar que a miséria: Áreas rurais indigentes do Brasil 50% 50% 51% 51% 52% 52% 53% 53% 54% 54% 2002 2001 2003 0% 5% 10% 15% 20% 25% 2002 2001 2003 Região metropolitana indigentes no Brasil 20,19% 16,60% 19,14% a) nas regiões metropolitanas, em 2003, atingiu uma taxa de 51%; b) em 2003, cresceu nas regiões metropolitanas, mas caiu no campo, em relação a 2002; c) nas regiões rurais, cresceu a partir de 2002; d) nas regiões metropolitanas, cresceu entre 2001 e 2002; d) nas regiões rurais, tem taxa menor que 50%, em 2003. 19. Usando 2 setores circulares e 1 retângulo, um arquiteto projetou um ventilador de teto com uma única hélice em acrílico conforme fgura abaixo. A área da hélice em metros quadrados é: (considere = 3,14 π ) 70cm 40cm 30cm a) 0,3712; b) 0,628; c) 1,7024; d) 6,28; e) 7,12. 16 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 5 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 20. A rampa de acesso a uma roda-gigante permite a entrada no brinquedo a uma altura de 2,70 m e forma com o solo um ângulo de 30°, como mostra a fgura. A distância percorrida por uma pessoa na rampa para entrar no brinquedo corresponde a 3/5 da altura máxima atingida pela pessoa no brinquedo. Essa altura é de: 2,70m 30° a) 9 m; b) 3,24 m; c) 2,30 m; d) 5,40 m; e) 8 m. 21. Quando os corpos se movem com uma velocidade constante ao longo de toda a trajetória realizam um movimento uniforme. Os corpos que se movem com velocidades variáveis realizam um movimento variado. Raramente um corpo realiza um movimento uniforme. Um bom exemplo é o dos ponteiros do relógio, que per- correm espaços iguais entre os números, em intervalos de tempos iguais e sucessivos. Analise o caso a seguir. Duas cidades distam 400 km entre si. Um trem faz todo o percurso em 4 horas. A velo- cidade, inicialmente baixa, vai aumentando até chegar a 120 km/h e depois, pouco a pouco, vai diminuindo, até parar completamente. A velocidade média desse trem é de: a) 400 km/h; b) 120 km/h; c) 100 km/h; d) 40 km/h; e) 4 km/h. 22. Qualquer superfície polida, capaz de refetir a luz numa só di- reção, recebe o nome de espelho. Quando a imagem é o resultado da ilusão produzida pelos raios luminosos refetidos no espelho, dizemos tratar-se de: a) imagem virtual; b) lentes divergentes; c) imagem difusa; d) imagem real; e) imagem prismática. 23. Os corpos podem ser postos em movimento, ter sua trajetória modifcada, seu movimento impedido, ou ainda sofrer deformação. A causa que produz tais efeitos é denominada força. Corresponde à intensidade da força: a) a reta segundo a qual a força atua; b) o ponto material onde a força atua; c) a orientação do deslocamento sobre a direção da força; d) a capacidade da força de produzir efeitos maiores ou menores; e) a gravidade que atua na direção vertical de baixo para cima. 24. Duas substâncias sólidas são colocadas em um líquido de den- sidade intermediária. A substância cuja densidade é menor que a densidade do líquido fca na superfície do líquido e vai para baixo. Esse método de separação de misturas heterogêneas chama-se: a) sublimação; b) decantação; c) fotação; d) levigação; e) centrifugação. 25. Os elementos químicos, ao se combinarem, formam milhões de compostos. Alguns elementos não se combinam naturalmente, porque seus átomos encontram-se isolados na natureza, constituin- do os gases nobres. Fazem isso ganhando ou perdendo o menor número de elétrons. Ao ganhar ou perder elétrons deixam de ser neutros e passam a ser denominados: a) prótons; b) íons; c) elétrons; d) âmnions; e) nêutrons. 26. Se você deixar algumas bolinhas de nafalina em seu guarda- roupa para espantar as traças, vai observando, depois de algum tempo, que as bolinhas começam a diminuir de tamanho até de- saparecer. Esse fenômeno pode ocorrer com qualquer substância, desde que as condições de pressão e temperatura sejam adequadas. A essa mudança de estado chamamos: a) vaporização; b) condensação; c) calefação; d) sublimação; e) fusão. 27. Uma máquina ou um homem realizam trabalho quando vencem uma resistência ao longo de um trajeto. O tempo gasto pra realiza- ção de um mesmo trabalho pode variar. Chamamos a capacidade de realizar trabalho num determinado tempo de: a) resistência; b) alavanca; c) interferência; d) movimento; e) potência. 28. A vida de um ser humano inicia-se nove meses antes do nas- cimento. Tudo começa com uma única célula formada pela união de uma célula masculina e outra feminina. Desse momento em diante, a célula divide-se em muitas outras, constituindo um novo organismo. Sobre esse tema, leia com atenção os itens abaixo. I. O fenômeno de união das células masculina e feminina. II. Nome da única célula que se forma, proveniente dessa união. III. Local onde se desenvolve o novo ser. A opção que apresenta os nomes que designam os três fatos acima, na ordem em que ocorrem, é: a) ovulação / zigoto / ovário; b) testículo / ovo / útero; c) fecundação / ovo ou zigoto / útero; d) fecundação / zigoto / ovário; e) união / tuba uterina / útero. 17 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 5 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 29. O conjunto formado pelo Sol e pelos nove planetas que giram em torno dele forma o Sistema Solar. Abaixo, estão relacionadas características de alguns desses planetas: I. De brilho intenso, é conhecido como estrela-d’alva, sendo sua atmosfera rica em gás carbônico. II. É conhecido como Planeta Vermelho e apresenta clima ameno com versões muito quentes. III. É o maior planeta do Sistema Solar e sua atmosfera é rica em hidrogênio. IV. É o que possui maior número de satélites conhecidos, cerca de vinte. Os planetas com essas características são, respectivamente: a) Mercúrio, Marte, Vênus e Plutão; b) Saturno, Marte, Júpiter e Plutão; c) Urano, Netuno, Júpiter e Saturno; d) Vênus, Marte, Júpiter e Saturno; e) Vênus, Marte, Saturno e Júpiter. 30. A dependência do homem em relação às plantas é tão antiga quanto a sua própria existência. Desde a Pré-História, o homem já buscava, nos vegetais, os alimentos necessários à sua sobrevivência e os remédios para males do corpo. A fotossíntese é o fenômeno que determina essa importância das plantas. Sobre a fotossíntese, é INCORRETO afrmar que: a) o gás carbônico e a água são usados como materiais de cons- trução de glicose; b) é o processo de montagem de matéria orgânica; c) seu objetivo principal é a liberação de oxigênio; d) a fotossíntese realizada pelas algas nos oceanos é responsável por mais de 80% do oxigênio liberado para a atmosfera; e) as plantas à noite continuam respirando como de dia. CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 31. A atividade econômica mais importante para os países ibéricos, sob o ponto de vista mercantilista, era a mineração. Pode-se, então, afrmar que: a) tanto a Espanha quanto Portugal tiveram a sorte de encontrar, de imediato, grandes jazidas de minerais, sendo que a primeira explorou a prata e o segundo o ouro; b) a mão de obra utilizada pelos espanhóis foi a indígena, subme- tida ao trabalho compulsório, maus tratos e fome, sendo isto, inclusive, considerado causa da dizimação de sua população; c) a mão de obra utilizada pelos portugueses, inicialmente, foi a indígena, logo substituída pela africana, ambas submetidas ao trabalho escravo e às difíceis condições de trabalho nas minas; d) não houve problema quanto ao transporte desses minérios para a Europa, porque o Trato de Tordesilhas foi respeitado e garantia a posse da América e sua exploração por parte de Portugal e Espanha; e) esta atividade pouco contribuiu para o fortalecimento das Mo- narquias Nacionais, porque a maior parte do lucro, nas mãos da burguesia, apenas consolidava a política mercantilista. 32. Os processos de independência dos países americanos, sejam de colonização inglesa, portuguesa ou espanhola, contam com aspectos em comum, entre os quais se pode destacar o seguinte: a) o confito de interesses entre colonos americanos e suas res- pectivas metrópoles existiu desde o início da colonização; b) além das revoltas coloniais, os historiadores apontam a Re- volução Industrial como fator que apressou o fm do sistema colonial, porque as práticas do capitalismo industrial se cho- cavam com as do colonialismo mercantilista; c) as novas ideias propagadas pelos flósofos iluministas foram geradoras dos ideais de liberação contra a opressão colonial e serviram de inspiração a todos os movimentos de independên- cia, inclusive a Inconfdência Mineira, movimento precursor de independência no Brasil; d) os movimentos de ruptura entre as colônias e suas metrópoles podem ser fundamentados na identidade entre independência política aliada à independência econômica; e) no plano internacional, movimentos como o iluminismo, a expansão industrial inglesa e as guerras napoleônicas, além das crises locais, foram responsáveis pela emancipação política das colônias americanas. 33. Na segunda metade do século XVIII, teve início na Inglaterra um processo de desenvolvimento que recebeu o nome de Revolução Industrial. Ao longo do século XIX, o progresso experimentado pelos países capitalistas intensifcou as rivalidades de natureza econômica e política que havia entre as nações industrializadas. Nesse contexto, analise as afrmativas a seguir: I. A industrialização na Europa contou com transformações no proces- so de trabalho, como a concentração de trabalhadores em unidades fabris, com especialização em determinados ramos da produção e utilizando frequentemente a mão de obra feminina e infantil. II. Pode-se defnir Revolução Industrial como um conjunto de transformações no processo produtivo que, ao utilizar má- quinas que permitissem reduzir o custo com mão de obra, provocava o esvaziamento das cidades e a volta dos trabalhadores ao campo. III. A segunda fase da Revolução Industrial pode ser identifcada com o aparecimento de novos setores de atividades que trans- formam os padrões de produção, tais como o uso da metalurgia (aços especiais, alumínio e materiais sintéticos) e novas fontes de energia (eletricidade e petróleo). IV. A industrialização iniciada na Inglaterra disseminou-se por vários países europeus, que passaram a desfrutar da natural expansão de novos mercados consumidos e mais fornecedores de matérias-primas. V. O período que se estendeu da segunda metade do século XIX até o início da Primeira Guerra Mundial fcou marcado na história pela expansão imperialista que se traduziu no neocolonialismo, cujo objetivo era repartir o mundo entre as grandes potências capitalistas. Sobre as afrmativas acima, pode-se dizer que: a) somente I, III e V estão corretas; b) somente I, II e IV estão corretas; c) somente II, III e V estão corretas; d) somente I, III e IV estão corretas; e) todas estão corretas. 18 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 5 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 34. O quadro político europeu transformou-se entre o fnal do século XIX e o início do século XX. A Europa passou a viver um período de confrontos que vai gerar uma corrida armamentista e que aca- bou por desencadear um confito generalizado, com consequências internacionais. Sobre este tema está INCORRETO afrmar que: a) a política de alianças estabelecida às vésperas da Primeira Guerra Mundial era feita por meio de acordos, defnindo situações em que países aliados se ajudariam mutuamente em caso de guerra; b) mesmo considerando que nem todos os países do mundo parti- ciparam diretamente do confito (1914/18) e que seu campo de batalha se restringiu à Europa, pela primeira vez uma guerra foi considerada mundial porque afetava, direta ou indiretamente, quase todo o mundo; c) as condições de paz impostas no término da Primeira Guerra Mundial não levaram em consideração os interesses étnico- regionais, e a Alemanha e seus aliados foram considerados responsáveis pela guerra e condenados a pagar pesadíssimas indenizações; d) os Estados Unidos saíram da Primeira Guerra Mundial com grandes vantagens econômicas que, no entanto, escondiam contradições do capitalismo, encaminhando o país para uma crise econômica (1929) que só foi superada graças à ação po- sitiva e imediata da Bolsa de Valores de Nova York; e) numa Alemanha faminta humilhada pela derrota na Primeira Guerra e ainda envolvida pela crise econômica, os nazistas ofere- ciam o orgulho patriótico e propunham uma política econômica que violava os acordos frmados no Tratado de Versalhes. 35. Sobre a Segunda Guerra Mundial, Winston Churchill, primeiro- ministro inglês, afrmou em um pronunciamento no Parlamento: “Esta guerra, de fato, é uma continuação da anterior”. Assim sendo, os desdobramentos ou efeitos deste segundo confito podem ser assim identifcados: a) a ditadura nazista não subestimava os povos conquistados, porque acreditava na força produtiva do ser humano e na sua capacidade intelectual; b) a descolonização da Ásia e da África foi um fenômeno histórico decorrente da Segunda Guerra, pois os países europeus que possuíam colônias saíram enfraquecidos do confito e não tiveram condições de impedir a liberação de suas colônias; c) a Guerra Fria foi um confito político-ideológico travado en- tre a União Soviética e os Estados Unidos que se restringiu à reorganização geográfca da Europa; d) para os Estados Unidos, as políticas nacionalistas dos países latino-americanos eram vistas como ameaças comunistas e a OEA (Organização dos Estados Americanos) foi criada para combater esta tendência comunista no continente; e) O Japão, grande vítima das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, contou com a ajuda americana na sua recuperação econômica, ganhando grandes fatias do mercado internacional, preocupando-se em não interferir, nem afetar o mercado e a economia norte-americana. 36. O Jornal O Globo, na edição do dia 16/03/04, publicou a se- guinte notícia: “Acordo União Europeia / Mercosul pode sair em maio – Delegado europeu diz que o bloco pode fazer concessões no setor agrícola. A União Européia (EU) quer fechar em maio, pelo menos na esfera política, o acordo de livre comércio com o Mercosul para que o entendimento possa ser efetivamente assinado em outubro”. Sobre essa notícia, leia as afrmativas abaixo. I. Esse acordo será de grande importância para a formação da ALCA, já que os Estados Unidos esperavam por essa parceria há muito tempo. II. Esse acordo fortalece a relação entre a América do Sul e a Europa, na esfera econômica e política. III. Com a criação de uma zona de livre comércio, os produtos circularão livremente nos países que compõem o bloco. IV. Esse acordo fortalece o MERCOSUL, pois faz com que não haja uma dependência econômica tão forte com relação aos EUA. V. O que atrasa as negociações são os produtos industrializados brasileiros de alta tecnologia que encontram subsídios na po- lítica de proteção ao mercado europeu. Acerca das afrmativas acima, pode-se dizer que: a) apenas I e II são corretas; b) apenas II, III e IV são corretas; c) apenas V é correta; d) apenas II, III e V são corretas; e) todas são corretas. 37. Com a globalização da economia, as empresas passaram a ter muito mais possibilidade de investir seu capital. O mundo desen- volvido passou a se unir em blocos econômicos. O desenvolvimento de um bloco econômico é marcado pela evolução em várias etapas. O estágio em que os países-membros de um bloco unifcam as taxas alfandegárias para os países de fora deste é conhecido como: a) mercado comum; b) área de livro comércio; c) união aduaneira; d) globalização; e) truste ou cartel. 38. O efeito estufa é um fenômeno natural muito importante para a nossa sobrevivência na Terra, porém, devido ao aumento da emissão de gases poluentes na camada atmosférica, ele se tornou um “impacto ambiental”. Possíveis consequências deste impacto para nosso planeta são: a) diminuição das temperaturas próximas ao solo, ocasionando estabilidade da circulação atmosférica e aumento da concen- tração de gases poluentes nas grandes cidades, cujo efeito é o número mais acentuado de doenças respiratórias na população; b) elevação da temperatura global, provocando o derretimento das calotas polares e o consequente aumento dos níveis dos oceanos; c) queda assustadora da temperatura da Terra em razão da grande poluição ocasionada pela emissão de gases poluentes na camada atmosférica; d) combinação do enxofre com o nitrogênio, gás responsável pela destruição de forestas e de monumentos e pela acidifcação de lagos; e) aumento da temperatura em escala local, originada pelo des- matamento e pela diferença de pressão entre as áreas centrais e as periféricas. 39. O gaúcho Getúlio Vargas, presidente que mais tempo governou o Brasil, deixou um legado de conquistas para o trabalhador brasi- leiro. Neste ano de 2004 que se completam 50 anos de sua morte, ainda vemos trabalhadores brasileiros lutando por esses direitos. Atualmente, uma das categorias de trabalhadores que mais tem lutado pelo reconhecimento de seus direitos é a dos trabalhadores rurais chamados boias-frias. O boia-fria é defnido como: a) agricultor que mora na propriedade rural, tem carteira de trabalho assinada e direitos trabalhistas assegurados; b) trabalhador sazonal que recebe por empreitada e tem partici- pação na safra; c) trabalhador que reside na cidade mais próxima, trabalha na época da entressafra das lavouras sazonais e, mesmo sem ter carteira de trabalho assinada, tem seus direitos trabalhistas assegurados; d) diarista que reside nas proximidades dos campos agrícolas, sem nenhum vínculo trabalhista com o proprietário rural, recebendo de acordo com sua produtividade; e) trabalhador especializado na agricultura altamente mecanizada, própria dos latifúndios com mais de 100 hectares, com boa remuneração e que tem seus vínculos trabalhistas garantidos. 19 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 5 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 40. Observe a tabela abaixo. ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA (%) FAIXA ETÁRIA 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 Jovens 0-19 anos 53,5 52,5 53,0 53,0 49,59 45,0 40,0 Adultos 20-59 anos 42,5 43,5 42,5 42,0 44,23 48,0 50,8 Idosos 60 anos ou mais 4,0 4,0 4,5 5,0 6,0 7,0 9,0 Fonte: IBGE. Anuário estatístico do Brasil e Síntese de indicadores sociais. Após a análise da tabela da estrutura da população brasileira, verifcamos que: I. a população de adultos apresentou crescimento até 1950, entretanto em decréscimo na década de 1960 e retomando o crescimento na década de 1990. II. a população de jovens continuou apresentando um grande crescimento por todas essas décadas, tornando-se o maior percentual da população brasileira. III. houve um crescimento significativo dos idosos nos últimos 10 anos. IV. não houve controle de natalidade nos últimos 30 anos, o que justifca um grande crescimento da população jovem. V. durante a década de 1960 e 1970, o percentual de adultos supe- rou o de jovens e idosos, motivado pelo controle de natalidade ocorrido na década de 1940. Das alternativas acima, são INCORRETAS: a) II, IV e V; b) I, II e V; c) II, III e IV; d) II, III e V; e) I, II e III. 20 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 6 - 1 ª F A S E A N U L A D A CEFET/RJ apostila de provas / 2012 PORTUGUÊS Texto I Faz de conta que não foi. Nada. Esta é uma historinha infantil. Mas tem sangue. Não se assus- te, não tenha medo. Era uma vez apenas não dói. Você vai achar tudo colorido. Você vai lembrar de sua in- fância. Quem nunca matou, quando criança, uma lagartixa? É a mesma coisa. Quem nunca quebrou as asas de um passarinho? É a mesma coisa. Uma história para ler e para dormir. Para ler e reler. Para não fazer nada senão ler e reler. Ouvir. Peça pro seu pai contar, sua mãe, sua vó. Uma história sem dó. Uma história infantil, boba, comum. Você já ouviu coisa pior. Leia para o seu flho não se sentir tão. Só. Vamos chamar esse país de País do Bem. Simples como um conto. Simples como um encanto. Um paraíso bonito, cheio de cachoeiras e praias cheias. O céu infnito. Alguma coisa fede, mas tudo bem. Não é pra feder agora, a gente ainda tem. Tempo. Quando eu aviso que há alguma coisa podre, de sangue nesse reino, é porque eu não quero enganar ninguém. É feio. Você che- gar no meio da história e se deparar com um corpo caído, morto de paulada de cano, esmigalhado - principalmente quando esse corpo é de um garoto que não tem nem. Onze anos. Essa história é uma fábula de esperança. Vá até o fm, não corra. A história é infantil porque parece um sonho. Gente grande sabe o que faz, sabe o que lê, o que vê, o que quer ser quando. Crescer. Apesar de frases, assim, infames, vamos à historinha que se passa no País do Bem, mais precisamente numa cidade onde moram várias crianças e adolescentes - costumo não fazer essa distinção entre crianças e adolescentes porque acabo achando que são todos bebês. Há quem afrme que eles são uns demônios. Mas o que fazer? A moral pra minha história é outra. Inclusive, quero que você, leitor, não se esqueça dessa minha fábula exótica. No País do Bem, tudo é exótico, dependendo, sim, da sua. Ótica. E me perdoe se, aqui, você não encontrou mais uma ilustra- ção, umazinha só, que acabaria deixando o texto mais leve, o rit- mo menos plano. Vou até pensar - encomendar uns quadrinhos americanos. Que tal o desenho de um corpo carbonizado – e uma tarja, nos olhos, preta? Com um tiro bem na cabeça – e uma tarja preta? Abandonado como um rato – e uma tarja, nos olhos. Preta. E o menino era pretinho, da cor do País do Bem onde tudo era pretinho. O céu, as casas. Todos os meninos que com ele estavam - que com ele viviam fazendo suas presepadas. Repito: quem nunca na vida atirou num passarinho? Quem nunca derrubou o caminho de uma lagartixa? É tudo a mesma coisa, pretinho. Pequenininho. No País do Bem, até na morte de alguém, a gente aprende a contar. Carneirinho. (FREIRE, Marcelino. Angu de sangue. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.) 01. No trecho “Esta é uma historinha infantil. Mas tem sangue.” (l.1), o uso da conjunção adversativa mas funciona para a) chamar a atenção dos pais antes de iniciarem a leitura para seus flhos. b) informar que ela é uma história para ser lida exclusivamente por adultos. c) fazer um contraponto entre a proposta da narrativa e o menino morto. d) mostrar que todas as histórias infantis têm cenas muito san- grentas. e) dizer o quanto as crianças são sempre perversas nas histórias infantis. 02. O texto se apresenta como uma historinha infantil e nos fala sobre um “País do Bem”. Em seguida, põe no mesmo nível a morte do garoto de onze anos, atirar num passarinho e derrubar o cami- nho de uma lagartixa (“É tudo a mesma coisa, pretinho.” l. 43-44). Com base nessas informações, podemos afrmar que temos a) uma ironia, fgura que tem como uma de suas características a interpretação oposta do que é dito. b) uma hipérbole, fgura pela qual o autor intencionalmente exagera as ideias para chocar os leitores. c) uma antítese, já que na dor do passarinho e na morte do menino podemos ter ideias que se opõem. d) um eufemismo, que tem como princípio a suavização de ideias muito contundentes. e) um pleonasmo, que se constrói na repetição excessiva das imagens de dor e agressividade. 03. O narrador do texto I atribui ao seu leitor um papel importante de co-autoria,uma vez que, constantemente, o convida a partici- par ativamente da construção da história em si. Assinale a única alternativa em que o diálogo do narrador com o leitor do texto não ocorre de forma tão explícita a) “Esta é uma historinha infantil. Mas tem sangue. Não se assuste, não tenha medo.” b) “Quando eu aviso que há alguma coisa podre, de sangue nesse reino, é porque eu não quero enganar ninguém.” c) “Essa história é uma fábula de esperança. Vá até o fm, não corra.” d) “Inclusive, quero que você, leitor, não se esqueça dessa minha fábula exótica.” e) “E me perdoe se, aqui, você não encontrou mais uma ilustração, umazinha só, que acabaria deixando o texto mais leve, o ritmo menos plano.” 04. Há certas passagens do texto I que rompem com a sintaxe tradicional da oração na língua portuguesa, ao isolar termos que, comumente, se complementariam. No fragmento “Não é pra feder agora, a gente ainda tem. Tempo.”, por exemplo, o objeto direto que completa a transitividade do verbo “ter” apresenta-se isolado, em forma de frase nominal. Das alternativas a seguir, só uma constitui exceção a essa quebra da sintaxe tradicional da oração. Assinale-a a) “Leia para o seu flho não se sentir tão. Só.” b) “...principalmente quando esse corpo é de um garoto que não tem nem. Onze anos.” c) “Gente grande sabe o que faz, sabe o que lê, o que vê, o que quer ser quando. Crescer.” d) “É tudo a mesma coisa, pretinho. Pequenininho.” e) “No País do Bem, até na morte de alguém, a gente aprende a contar. Carneirinho.” 21 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 6 - 1 ª F A S E A N U L A D A apostila de provas / 2012 Texto II Sobre a atual vergonha de ser brasileiro Projeto de Constituição atribuído a Capistrano de Abreu: Art 1º - Todo brasileiro deve ter vergonha na cara. Parágrafo único: Revogam-se as disposições em contrário. Que vergonha, meu Deus! Ser brasileiro E estar crucifcado num cruzeiro Erguido num monte de corrupção. (...) Estão zombando em mim. Não acredito. Debocham a viva voz por escrito. É abrir jornal, lá vem desgosto. Cada notícia – é um vídeo-tapa no rosto. Cada vez é mais difícil ser brasileiro. Cada vez é mais difícil ser cavalo desse Exu perverso – nesse desgovernado terreiro. (...) Valei-nos Santo Cabral Nessa avessa calmaria em forma de recessão e na tempestade da fome ensinai-me – a navegação. Este é o país do diz e do desdiz. onde o dito é desmentido no mesmo instante em que é dito. Não há linguista e erudito que apure o sentido inscrito nesse discurso invertido. (...) Cada povo tem o governo que merece? Ou cada povo Tem os ladrões a que enriquece? Cada povo tem os ricos que o enobrecem? Ou cada povo tem os pulhas que o empobrecem? (...) Ce n’est pás um pays sérieux!* Já dizia o general. O que somos afnal? Um país pererê? folclórico? tropical? misturando morte e carnaval? – Um povo de degradados? – Filhos de degredados Largados no litoral? – Um povo-macunaíma sem caráter nacional? (...) Ou somos um conto de fardas Um engano fabuloso narrado a um menino bobo, – história de chapeuzinho Já na barriga do lobo? (...) Espelho, espelho meu! há um país mais perdido que o meu? Espelho, espelho meu! há um governo mais omisso que o meu? Espelho, espelho meu! há um povo mais passivo que o meu? E o espelho respondeu Algo que se perdeu entre o inferno que padeço e o desencanto do céu. *Este não é um país sério. (SANT’ANNA, Afonso Romano. Epitáfo para o século XX e outros poemas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997) 05. Os textos I e II apresentam alguns pontos comuns. Entre eles o fato de que a) ambos recorrem à intertextualidade como forma de fazer uma oposição entre o mundo real e o mundo imaginário. b) ambos apresentam a violência como única saída para se sobre- viver em um mundo tão cruel. c) ambos relatam os roubos e desmandos de nossos governantes, ignorando a pobreza da população. d) ambos apresentam os homens ricos como pessoas que fazem do pobre a sua massa de manobra. e) ambos falam do absurdo das mortes infantis sem que nada seja feito pelos governantes para eliminá-las. 06. “Cada notícia - é um vídeo-tapa no rosto.” (versos 7 e 8) No fragmento acima, extraído do texto 2, Afonso Romano de Sant’Anna cria uma palavra (“vídeo-tapa”) com base na semelhança sonora com outra pré-existente (videotape). Assinale a alternativa em que o autor utiliza esse mesmo proce- dimento. a) “Cada vez é mais difícil ser cavalo desse Exu perverso” b) “Vaiei-nos Santo Cabral nessa avessa calmaria” c) “Este é o país do diz e do desdiz, onde o dito é desmentido” d) “Um país pererê? folclórico?” e) “Ou somos um conto de fardas um engano fabuloso” 07. Em diversas passagens do poema de Afonso Romano de Sant’Anna é possível identifcar a presença de frases interrogativas que, no texto, assumem vários signifcados, exceto o de a) levar o leitor a refetir sobre temas que ferem a imagem do brasileiro, como a desigualdade social e a corrupção. b) provocar um questionamento crítico que possibilite a constru- ção de uma nova identidade para o povo brasileiro. c) levantar hipóteses a respeito da real natureza da sociedade brasileira, no que tange ao plano da ética. d) fugir da temática central do poema para discutir, no plano abstrato, o conceito de brasilidade. e) ironizar a difícil condição de ser brasileiro e ter de conviver com tantos problemas de ordem político-social. 22 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 6 - 1 ª F A S E A N U L A D A CEFET/RJ apostila de provas / 2012 Texto III (1) Confusão e falta de informação. Foram esses os proble- mas de quem tentou acessar o Orkut na semana passada. A co- munidade virtual passou a exigir um cadastro no Google - seu proprietário - para permitir a entrada das pessoas. Quem tentava colocar o nome de usuário e senha habituais no campo destinado ao login recebia uma mensagem de erro. (2) Na segunda-feira, quando ocorreu a mudança, não havia ne- nhum aviso na página principal do site informando que era necessário o tal cadastro no Google. O comunicado só apareceu na terça. [...] (3) O Google é uma das empresas de internet que mais cres- ce, com uma ampla diversifcação de serviços. Ao unifcar a senha de acesso, terá mais controle sobre a forma como os usuários uti- lizam a internet, uma informação muito valiosa. [...] Outros problemas (4) A última mudança no Orkut não é o único problema que enfrenta quem costuma acessar a comunidade virtual. Conhecidos erros como “Bad, bad server” e “No donut for you” são frequentes. “O problema é o grande número de usuá- rios. Nós estamos trabalhando para minimizar isso. Espero que, em breve, esses erros parem de acontecer”, promete Büyükkokten. (5) No início do ano, o Orkut também causou uma polêmica no País. O jovem C.B.A, de 13 anos, teve o seu perfl na comu- nidade invadido por pessoas mal intencionadas. Eles deixaram mensagens racistas que ofendiam o garoto por ele ser negro. O caso deu origem a uma investigação no Ministério Público. O criador do Orkut afrma que não tomou conhecimento do inci- dente. “É a primeira vez que ouço falar desse caso. Não posso co- mentar porque não estou a par dele”, explica. (6) Segundo Büyükkokten, a política do Orkut é investigar as pessoas que são denunciadas pelos próprios usuários da co- munidade. “Quando nos escrevem relatando casos como esse, nós corremos atrás para descobrir se alguém está fazendo alguma coisa ilegal, como, por exemplo, praticar o racismo. Acho que é importante controlar o conteúdo do serviço.” [...] (7) No Orkut, cerca de 70% dos quase 8 milhões de usuá- rios declaram ser brasileiros. “Vocês fazem amigos muito facil- mente e, além disso, são usuários muito ativos de internet”, diz Büyükkokten, que se surpreendeu com a aceitação do serviço no País. “Eu não imaginava, mas fquei muito feliz com isso.” [...] Orkut excerto copiado do jornal “Último Segundo”, no dia 19/09/05, do site: http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/mundovirtual/21170012117500/2117 414/2117 414_1.xml 08. O fragmento acima foi retirado do jornal online “Último Segun- do”. A respeito dele, levando-se em consideração as características do texto informativo, podemos afrmar que a) o texto informativo goza da liberdade conferida pela licença poética, portanto pode tratar de qualquer assunto, da forma que melhor lhe convier. b) o texto informativo deve ter como base a função referencial da linguagem e, portanto, utilizar preferencialmente a denotação. c) o texto informativo deve usar e abusar da utilização da lingua- gem conotativa e da subjetividade. d) o texto informativo tem como principal objetivo infuenciar o leitor, portanto, além de apelar através da linguagem, deve se calçar na função emotiva. e) basta ao texto informativo basear-se em fatos reais. Questões ligadas à objetividade e à clareza fcam para segundo plano. 09. Levando-se em consideração as regras de coesão textual, não é correto afrmar que: (Observe os termos em negrito para responder a essa questão. Os parágrafos estão numerados.) a) Esses, no parágrafo 1, remete-nos a “Confusão e falta de infor- mação” do período anterior. b) A comunidade virtual, no parágrafo 1, remete-nos a “Orkut” do período anterior. c) Nós, no parágrafo 4, remete-nos a “grande número de usuários” do período anterior. d) Seu, no parágrafo 5, remete-nos a “O jovem C.B.A”, que o antecede no mesmo período. e) Eles, no parágrafo 5, remete-nos a “pessoas mal intencionadas” do período anterior. 10. No parágrafo 6, na fala de Büyükkokten, é transcrita a expressão “Nós corremos atrás”, típica da linguagem não-formal. Em relação às normas de produção do texto informativo, podemos dizer que a) a expressão é totalmente inaceitável, pois um texto informativo deve se pautar exclusivamente pelo padrão culto da linguagem. b) a expressão é totalmente aceitável, pois cada um escreve da forma que mais lhe agrada. c) o texto informativo tem como característica veicular todas as variedades existentes em uma língua. d) o entrevistado tinha, obrigatoriamente, de ser mais cuidadoso com a linguagem utilizada. e) embora faça parte de um texto informativo, é transcrição de fala e a fala não exige normas tão rígidas quanto a escrita. CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 11. A fm de comemorar uma vitória do seu interesse na câmara, o deputado Sograna Comensalão convidou alguns amigos para saborear o prato típico da corte, a pizza. Para o festejo comprou três pizzas, todas em forma de círculos e de igual tamanho. Na hora da divisão percebeu que o raio dos círculos, que representavam as pizzas, tinham medidas iguais às de um canudo de refrigerante. pizzas em setores circulares (fgura). Sabendo que cada um dos amigos convidados, inclusive o próprio deputado, comeu um único pedaço e que não houve sobra, quantos amigos do deputado comeram as pizzas? a) 13 b) 14 c) 15 d) 16 e) 17 23 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 6 - 1 ª F A S E A N U L A D A apostila de provas / 2012 12. Para pavimentar (colocar piso) seu quintal, cuja forma é a do pentágono ABCDE (fgura), o Sr. Nonê comprou placas de granito com 1m 2 . Se não houve desperdício nos cortes e foram aproveitados todos os pedaços, o número mínimo de placas que Sr. Nonê comprou é: a) 11 b) 12 c) 15 d) 16 e) 17 13. Considerando a conversão de unidades, pode-se afrmar que a resposta de Gaspar está a) correta. b) errada por 22,5 litros. c) errada por 2,25 litros. d) errada por 20,5 litros. e) errada por 2,05 litros. Responda as questões 14 e 15 com base no texto. Pesquisa mostra que a maioria dos pais é negligente. Pesquisa feita pelo núcleo de análise do comportamento de uma Universidade Federal, entrevistando 3000 pais, separou-os em quatro perfs, a partir dos resultados: negligentes (45%); autoritários (10%); per- missivos (12%) e participativos (o restante). O bancário Carlos faz malabarismos para estar mais presente no dia a dia dos flhos, mas acha difícil. Diz ele: -Tenho quatro flhos de quatro mulheres diferentes. Moro com o caçula, com quem tenho contato diário; Pedro vem a minha casa de oito em oito dias; Paulo vem de quinze em quinze dias e Lúcia, a mais velha, vem de vinte em vinte dias. Por sinal, neste domingo, estivemos todos reunidos. 14. Dos entrevistados a quantidade que se refere aos pais parti- cipantes é: a) 330 b) 660 c) 990 d) 1230 e) 1530 15. Considerando que neste domingo Carlos teve todos os seus flhos em casa e mantendo-se essa escala de visitas, após esse do- mingo, em quanto tempo Carlos terá em sua casa todos os flhos reunidos de novo? a) 60 dias. b) 90 dias. c) 120 dias. d) 150 dias. e) 180 dias. 16. “Brasil, o país dos impostos” Este ano o Brasil bateu o recorde de arrecadação. Cerca de 40% do PIB (produto interno bruto), que é toda riqueza produzida no país, é fruto desta arrecadação. Em média, para cada R$1,00 que gastamos, R$0,75 são destinados ao pagamento de impostos. O Sr. Glauco gasta por mês a quantia fxa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Mantendo-se esse quadro de arrecadação, em quantos meses terá o Sr. Glauco recolhido, a título de impostos, a quantia de R$ 11.250,00 (onze mil duzentos e cinquenta reais)? a) 7 meses. b) 6 meses. c) 5 meses. d) 4 meses. e) 3 meses. 17. Em um sinal de trânsito um menino fazia a seguinte “pro- moção”: pague 3 balas e leve 5. Aproveitando a “promoção”, levei 30 balas. Quantas balas paguei? a) 16 b) 18 c) 20 d) 22 e) 24 18. Sejam duas semicircunferências de centro 01 e 02 sendo R=2r. O comprimento do arco BC é: a) 1,51Wr b) 2 1Wr c) 2,5 1Wr d) 3 1Wr e) 3,5 1Wr 19. O triângulo abaixo possui as seguintes dimensões (em cm): Determine o valor de x, sabendo que a área do triângulo é igual a 18 cm 2 . a) 6 cm b) 5 cm c) 4 cm d) 3 cm e) 2 cm 20. Luísa é mais velha do que Caio um ano. Se a soma dos inversos de suas idades é igual a 7/12, a idade de Caio é a) 3 anos. b) 4 anos. c) 5 anos. d) 6 anos. e) 7 anos. 24 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 6 - 1 ª F A S E A N U L A D A CEFET/RJ apostila de provas / 2012 21. O gráfco abaixo representa o processo de aquecimento de uma amostra analisada, inicialmente observada no estado sólido. Observando e interpretando o gráfco, podemos concluir que a) a amostra é constituída de uma mistura azeotrópica. b) a amostra possui ponto de fusão de 70°C. c) a amostra possui ponto de ebulição de 40°C. d) trata-se de uma substância pura, que se encontra no estado sólido durante os primeiros 30 minutos de aquecimento. e) durante os primeiros 10 minutos de aquecimento a amostra manteve-se sólida. 22. Os átomos genéricos 7x+ 14 A e 3 x+ 10 B são isótopos. O átomo A tem o número de nêutrons igual ao número de elétrons do átomo neutro localizado no quarto período da família do Carbono. Assi- nale, entre as opções a seguir, o nome da família a que pertence o elemento que apresenta como isótopos os átomos A e B. a) Metais Alcalinos. b) Metais Alcalino-terrosos. c) Família do Carbono. d) Família do Boro. e) Família dos Gases Nobres. 23. Consultando um antigo “Dicionário de Química” os elabora- dores destas questões encontraram nomes consagrados de algumas substâncias e resolveram aproveitar a oportunidade para divulgar alguns bem interessantes, assim como suas respectivas fórmulas. Segue uma pequena amostra. Gás hilariante o N 2 O Pedra infernal o AgN0 3 Óleo de vitríolo o H 2 SO 4 Sublimado corrosivo o HgCI 2 Camaleão mineral o KMnO 4 Água-forte o HNO 3 Pedra-imã o Fe 3 O 4 Arsinav AsH 3 Considerando as principais funções químicas, encontramos nos compostos acima: a) dois óxidos, dois ácidos, três sais e um hidróxido. b) três ácidos, dois óxidos e três sais. c) dois ácidos, dois óxidos e três sais. d) dois sais, três ácidos e três óxidos. e) dois sais, dois óxidos e quatro ácidos. 24. O texto a seguir foi adaptado de uma notícia publicada no jornal O Globo, em setembro/2005. Tuberculose: África em estado de emergência A África está perdendo a batalha contra a tuberculose, in- formou ontem a Organização Mundial de Saúde (OMS), que de- cretou estado de emergência no continente por causa da doença. Apesar de todos os esforços para conter a doença, todos os traba- lhos implementados até o momento parecem não surtir o efeito desejado. A epidemia atingiu níveis sem precedentes no continen- te, o que torna fundamental o estado de emergência. É importante ressaltar que os casos de tuberculose na África têm como grande responsável a epidemia de AIOS na região. O continente é o que tem maior incidência do vírus HIV. A relação da incidência de casos de tuberculose com a epidemia de AIOS pode ser justifcada, uma vez que a) o HIV destrói todos os anticorpos produzidos pelo organismo humano, deixando-o vulnerável ao desenvolvimento de infec- ções secundárias oportunistas, que normalmente não afetariam uma pessoa sadia. b) a tuberculose e a AIOS apresentam o mesmo agente causador e, portanto, é comum uma pessoa portadora do HIV desenvolver tuberculose concomitantemente, ou seja, ao mesmo tempo. c) o HIV ataca os linfócitosT, células que comandam a defesa do organismo contra as infecções, e assim o sistema imune fca debilitado devido à queda da imunidade, o que favorece a instalação de infecções oportunistas. d) os casos de tuberculose do continente africano estão associados aos efeitos colaterais causados pela combinação de drogas presentes no “coquetel antiaids” , utilizado no tratamento de portadores do HIV. e) a efciência imunitária apresentada pelo portador de HIV torna o organismo capaz de resistir às infecções secundárias e opor- tunistas causadas pela ação do Mycobacterium tuberculosis. 25. Muitos peixes apresentam um órgão, geralmente associado ao esôfago, que regula sua futuabilidade em diferentes profundidades. Sobre esse órgão podemos afrmar que a) em peixes pulmonados, como a piramboia, apresenta grande quantidade de vasos sanguíneos e funciona como um “ver- dadeiro pulmão”, permitindo a esses peixes sobreviverem um tempo fora d’água. b) em tubarões, é bastante desenvolvido, o que lhes permite uma grande capacidade de nadar em altas velocidades e mesmo em grandes profundidades. c) em arraias, apresenta forma achatada, o que lhes garante um desempenho bastante ágil nas águas, permitindo que em algu- mas ocasiões saltem acima da superfície da água. d) em condríctios, recebe o nome de bexiga natatória e é consi- derado um órgão acessório da válvula espiral. e) em osteíctios, a válvula espiral encontra-se associada à linha lateral, de tal forma que esse órgão do sistema nervoso acaba sendo responsável pela variação de profundidade que o animal pode atingir. 25 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 6 - 1 ª F A S E A N U L A D A apostila de provas / 2012 26. Com o título: “Na Califórnia, batata frita servida com alerta de Câncer”, o jornal O Globo, edição de 22 de setembro de 2005, divulgou resultados de estudos realizados pela Universidade de Estocolmo em parceria com a Administração Nacional de Alimen- tos da Suécia. A matéria publicada, embora levante controvérsias, mostrou que se forma a acrilamida, uma substância considerada cancerígena, quando alimentos ricos em carboidratos são fritos, o que não é observado quando eles são cozidos. Ainda, segundo a re- portagem, o problema se manifesta quando um aminoácido natural, a asparagina, é aquecido em presença de açúcares. Aminoácidos e açúcares são normalmente encontrados - respectivamente - em moléculas de: a) proteínas e lipídios. b) proteínas e enzimas. c) amido e celulose. d) gorduras e amido. e) enzimas e celulose. 27. Quando praticamos qualquer atividade física, digitamos as te- clas do computador, ou simplesmente lemos, estamos transferindo energia para outros corpos. Para repor essa energia, comemos. Mas de que forma extraímos energia dos alimentos? Esse é um processo que ocorre dentro de cada célula de nosso corpo, que transforma a glicose, extraída dos alimentos, em energia. Essa energia é armazenada em forma de molécula de uma substância denominada ATP (trifosfato de adenosina) que poderá ser “que- brada” posteriormente para liberar a energia necessária à realização de nossas atividades. Um tablete de chocolate é um excelente energético porque é rico em glicose. Uma barra de chocolate ao leite de 300 g fornece 1500 cal. Essa energia armazenada poderá ser consumida subindo as escadas de um prédio, por exemplo. Assinale o número de andares que uma jovem de 50 kg deverá subir para transformar essa energia acumulada em trabalho. Considere: 1,0 cal = 4,0 J; 1 andar = 3,0 m e g = 10 m/s 2 . a) 12 andares. b) 8 andares. c) 6 andares. d) 4 andares. e) 2 andares. 28. Os olhos contêm 70% dos receptores sensitivos do corpo. Nossos olhos operam sob diversas condições, adaptando-se rápido a níveis de luminosidade, pois a íris se contrai ou se expande, por meio de um orifício central, a pupila. Músculos ajustam o cristalino, à medida que a luz o atravessa, para focar os raios luminosos na retina, onde a imagem será formada. Nem sempre a imagem forma-se na retina, o que caracteriza um defeito na visão. Lentes corretoras podem ser utilizadas para corrigir esse defeito. Observe o resultado do exame de vista: ESFÉRICO CILÍNDRICO OD + 2,50 - OE + 2,00 - Podemos afrmar que a lente corretora é a) convergente, e a pessoa tem hipermetropia. b) convergente, e a pessoa tem miopia. c) divergente, e a pessoa tem hipermetropia. d) divergente, e a pessoa tem miopia. e) divergente, e a pessoa tem presbiopia. 29. A cada ano as fábricas de automóveis aperfeiçoam os motores, melhorando seu desempenho, o que também as obriga a aprimorar os equipamentos de segurança, de forma que o motorista, ou seu passageiro, não sofram qualquer dano causado pelo próprio sistema de segurança. Os cintos de segurança são testados, bem como os “air-bags”, sendo esses últimos mais recomendados como equipamento que causará menor dano à caixa torácica, quando de uma colisão. Nas pistas de testes utilizam-se bonecos que têm a massa aproxi- mada de um homem adulto, 70 kg. Um automóvel esportivo tem cerca de 800 kg e faz de 0 a 100 km/h em 10 segundos, em média. Em uma desaceleração, aproximadamente, a intensidade máxima da força que o cinto de segurança faz sobre o tórax do boneco será igual à indicada em uma das alternativas abaixo. Assinale-a. a) 800 N. b) 700 N. c) 550 N. d) 350 N. e) 200 N. 30. Na Europa, o verão de 2003 foi o mais quente dos últimos 500 anos. A onda de calor veio após um inverno extraordinariamente frio na maior parte do mundo. Ondas de calor, períodos de frio intenso, inundações, secas, tornados, tempestades de neve e furacões ocorrem regularmente; alguns especia- listas em meteorologia, pertencentes a organizações científcas inter- nacionais, argumentam, porém, que esses fenômenos meteorológicos estão se tornando mais comuns e, ao mesmo tempo, mais rigorosos. Os cidadãos americanos e o resto do mundo fcaram horrorizados com dois dos furacões que assolaram os Estados Unidos este ano. O clima da Terra está em constante mutação porque é infuenciado por fatores complexos que variam ao longo do tempo. Mudanças na órbita da Terra causam variações na intensidade da radiação solar (calor e luz) que chegam à superfície do planeta e, por isso, o que era “extremo” em uma época poder ser “normal” em outra. As condições meteorológicas são muito infuenciadas pelos movi- mentos de enormes massas de ar. Esses movimentos são resultado das diferenças de temperatura na atmosfera. Em geral, o tempo é mais tempestuoso e mais extremo quando as diferenças de tempe- ratura são grandes. Nesses casos, há mais energia disponível que eleva o ar quente e úmido a pontos mais altos da atmosfera, onde ele esfria e o vapor d’água pode se condensar, formando as nuvens que produzirão chuva e neve. O processo de propagação de calor que movimenta as massas de ar, que infuenciam nas condições meteorológicas, é denominado a) pressão. b) condução. c) convecção. d) radiação. e) efeito estufa. 26 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 6 - 1 ª F A S E A N U L A D A CEFET/RJ apostila de provas / 2012 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 31. “A Lei do Selo era encarada pelos colonos como uma lei par- ticularmente tendente a eliminar a liberdade de imprensa e de agi- tação política. Desfechava um violento golpe sobre os advogados, em particular, e era onerosa para todos aqueles que desejassem fazer qualquer espécie de negócio, urbano ou rural. Para forçar o cumprimento à lei, foram previstas pesadas multas, penas e atra- entes prêmios aos delatores.” (APTHEKER, Heerbert. Apud FARIA, Ricardo de Moura; MARQUES, Adhemar; BERUTTI, Flávio. História & companhia. Belo Horizonte: Lê, 1998. v.3. p. 61) A Lei do Selo fez parte de um grupo de medidas, adotadas pelos ingleses a partir de 1763, que rompeu com a política da chamada negligência salutar. As principais razões para a Inglaterra adotar uma nova política colonial para suas treze colônias da América do Norte foram a) exclusivamente políticas porque o Parlamento inglês pretendia fortalecer sua ação na Inglaterra, aumentando a ‘interferência’ sobre as colônias. b) a situação fnanceira ruim após a Guerra dos Sete Anos e o crescente poderio econômico de suas treze colônias americanas. c) a necessidade de recursos humanos e de conhecimentos náuti- cos desenvolvidos pelas próprias colônias da América do Norte. para declarar guerra a Portugal. d) a descoberta de ouro na Virgínia e a ampliação da produção de açúcar na Carolina do Sul, que intensifcaram o interesse dos ingleses sobre a região. e) acabar somente com a autonomia econômica das áreas coloniais que apresentassem semelhança geoclimática com a Inglaterra, e, ao mesmo tempo, estimular a construção de navios em Nova lorque para fortalecer a Marinha britânica. 32. “Por volta de 1760, ocorreu, na Inglaterra, uma modifcação tão importante na maneira de produção que alterou, de forma dramática, toda a maneira de viver da sociedade inglesa. Essa mo- difcação, mais tarde, espalhou-se por outros países, provocando efeitos idênticos. Trata-se do processo conhecido como Revolu- ção Industrial.” (FARIA, Ricardo de Moura; MARQUES, Adhemar; BERUTTI, Flávio. História & companhia. Belo Horizonte: Lê, 1998. v.3. p. 30) Como o texto acima sugere, a Revolução Industrial teve um signif- cado histórico amplo, tendo sido, não só uma revolução econômica, mas também uma revolução social, na medida em que a) estimulou a absorção da mão de obra feminina nas fábricas em condições semelhantes às dos homens. b) provocou o aparecimento exclusivo de sindicatos patronais, que ti- nham como propósito principal aumentar a lucratividade das fábricas. c) dividiu as sociedades basicamente em duas classes sociais antagônicas: a burguesia e o proletariado. d) multiplicou as oportunidades de trabalho devido ao apareci- mento das maquinofaturas. e) criou diversos mecanismos de proteção ao trabalho infantil. 33. O conjunto de ideias sobre a economia dos Estados fcou co- nhecido como liberalismo econômico e seu principal representante foi o economista escocês Adam Smith (1723 - 1790), autor da obra “A riqueza das nações”. Dentre os princípios do liberalismo econômico se encontra a) a regulamentação da atividade econômica pelas instituições públicas. b) a distribuição da riqueza feita de acordo com a necessidade de cada indivíduo. c) a defesa da tomada do poder pelos trabalhadores e a implan- tação do socialismo. d) a existência de uma legislação que garante os direitos traba- lhistas, acalmando os trabalhadores nas suas reivindicações. e) a ideia de livre mercado e não intervenção estatal. 34. Marchemos, flhos da pátria Que chegou o dia da glória O sangrento estandarte da tirania Contra nós já está levantado. Ouvis bramir pelos campos Esses ferozes soldados? Vêm degolar Nossos flhos, nossas companheiras Às armas, cidadãos! Formai os batalhões Marchemos, marchemos Que um sangue impuro Banhe nosso solo! (Canção dos revolucionários, hoje Hino da França.Apud FARIA, Ricardo de Moura; MARQUES, Adhemar; BERUTTI, Flávio. História & companhia. Belo Horizonte: Lê, 1998. v.3. p.23.) Ao analisarmos a França no período que se estende da Revolução Francesa (1789) à queda defnitiva de Napoleão Bonaparte (1815), verifcamos que o país passou por sérias transformações políticas, econômicas e sociais. Dentre elas podemos apontar como correta a) o estabelecimento da República, como principal forma de governo entre 1804 e 1815. b) a publicação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cida- dão durante o Diretório, marcando, a partir dar, decisivamente os rumos revolucionários. c) a abolição tanto dos privilégios feudais, quanto da propriedade privada, nos primeiros anos da revolução. d) o fm de limitações às atividades da burguesia, devido ao desa- parecimento dos direitos feudais e à consolidação de conquistas, principalmente no campo jurídico. e) a implantação do primeiro governo socialista durante o período jacobinista. 35. A ascensão do Nazismo está intimamente ligada à derrota so- frida pela Alemanha na 1ª Guerra Mundial, à humilhação ocorrida com o Tratado de Versalhes e à crise econômica dos anos 20. Além das causas citadas, pode-se afrmar que o nazismo teve como origem a(o) a) descrença nas instituições democráticas. b) apoio de todos os setores da sociedade alemã ao bolchevismo. c) forte messianismo religioso característico do fm da Primeira Guerra. d) desarmamento imposto aos alemães, favorecendo as milícias nazistas. e) enfraquecimento do papel do Estado, principalmente após a crise de 1929. 27 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 6 - 1 ª F A S E A N U L A D A apostila de provas / 2012 36. Ao analisarmos diversos aspectos da população mundial, percebemos que a sua distribuição espacial é muito desigual; en- quanto em alguns lugares há elevados contingentes populacionais, em outros, ocorrem verdadeiros vazios demográfcos. Sobre esta questão, leia as afrmativas a seguir e marque a única incorreta. a) O continente mais povoado e o mais populoso é a Ásia que concentra mais da metade da população mundial. b) O Brasil é um dos países mais populosos, apesar de não estar entre os mais povoados. c) Depois da Antártida, a Oceania é considerada o continente menos populoso e menos povoado. d) Na Europa encontramos países como Mônaco, por exemplo, que, mesmo tendo pequena população absoluta, apresentam densidades demográfcas que estão entre as maiores do mundo. e) A China é o país mais povoado do globo, ou seja, o que apre- senta a maior população absoluta e a maior população relativa. 37. A História tem mostrado que no processo de desenvolvimento das relações entre os países ricos e as nações subdesenvolvidas, os primeiros têm levado inúmeras vantagens. Com a América Latina não foi diferente. As afrmativas abaixo abordam alguns aspectos dessas relações no que diz respeito ao continente latino-americano: I. O intenso êxodo rural nos países deste continente tem infuenciado a redução do custo da mão de obra nas áreas urbanas e a conse- quente desvalorização dos salários tem sido um importante fator de atração de empresas transnacionais para esta parte do mundo. II. O processo de industrialização de alguns países da América Latina, baseado na substituição de importações, estimulou um círculo de dependência entre os países da região e as nações de- senvolvidas, contribuindo para a elevação de seu endividamento externo. III. A abundância e o baixo preço das matérias-primas e energia nos países latino-americanos são um poderoso atrativo para a instalação de empresas estrangeiras nestes países pois, com a proximidade destas fontes, podem reduzir seus custos com transporte. Marque a alternativa que contenha a(s) afrmativa(s) correta(s). a) I e III. b) I e II. c) Apenas a I. d) I, II e III. e) Apenas a III. 38. A orientação é um elemento de grande valor estratégico no processo de ocupação do espaço geográfco; signifca achar o rumo certo, a direção correta a seguir. No conteúdo geográfco de uma das afrmativas abaixo existe um erro de orientação. Marque a alternativa em que isto ocorre. a) Se estivermos no Brasil e quisermos determinar a hora legal dos lugares que estão a leste deste país devemos aumentar uma hora para cada fuso horário neste sentido. b) A latitude de um lugar é medida em relação ao Equador. Se sairmos deste paralelo e nos dirigirmos para uma posição cada vez mais meridional ou setentrional, os valores latitudinais aumentam. c) A ilha de Cuba localiza-se a sudeste dos Estados Unidos, e, mais especifcamente, ao sul do estado da Flórida. d) O meridiano de Greenwich e o meridiano oposto a ele dividem a Terra em 2 hemisférios: o oriental e o ocidental. e) Se virarmos o planisfério confeccionado com base na pro- jeção de Mercator de cabeça para baixo, o hemisfério norte transforma-se em hemisfério sul e o hemisfério sul passa a ser o hemisfério norte. 39. A GEOGRAFIA DO FUTEBOL BRASILEIRO Para muitos o futebol é uma paixão nacional. Em grande par- te, essa paixão está relacionada com o sucesso mundial do futebol brasileiro. Alguns fatores ajudam a explicar esse sucesso. Contu- do, serão destacados apenas dois: O primeiro, obviamente, associa-se aos cinco títulos mun- diais do país, dois à frente de Alemanha e Itália, ambos em segun- do lugar, com três títulos. O outro fator motivador do sucesso do futebol brasileiro refere-se à capacidade de revelar jogadores de qualidade cuja grande maioria é, em seguida, exportada. O que se constata é a existência de brasileiros atuando em ligas de diversos países, desde as de elevado poderio econômico, como a italiana e a espanhola, onde atuam os jogadores mais va- lorizados do mercado mundial, até as mais modestas como, por exemplo, a venezuelana ou a indiana. Os clubes brasileiros difcilmente conseguem manter no mercado nacional os atletas de bom nível e, portanto, o que se verifca é uma verdadeira diáspora no futebol brasileiro! Clubes que disputam o campeonato brasileiro em 2005 por estado da federação e títulos nacionais * o título nacional do Flamengo de 1987 não foi reconhecido pela CBF. A entidade reconhece como campeão nacional o Guarani (SP) que junto com o Sport (PE) foram os representantes do fute- bol brasileiro na Taça Libertadores da América no ano seguinte. O Flamengo foi o Campeão do campeonato paralelo organizado pelo Clube dos 13. (Dados elaborados a partir de www.futeboltotal.com & http://pt.wikipedia.org/wiki/ Copa_do_Mundo). A partir da leitura do texto, da análise da tabela e observando as afrmativas abaixo, assinale a única alternativa correta. I. A capacidade do futebol brasileiro de revelar jogadores está associada à participação ativa do Estado na aplicação de políticas efcazes na área da educação, permitindo que os jovens tenham condições de estudar e praticar esportes no sistema de ensino público regular. II. A maior concentração de clubes que disputam a primeira divi- são do futebol brasileiro, assim como a concentração de títulos nacionais no Centro-Sul do país, denota a confrmação de um padrão de organização do espaço cujos investimentos públicos e privados se apresentam territorialmente concentrados. 28 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 6 - 1 ª F A S E A N U L A D A CEFET/RJ apostila de provas / 2012 III. A exportação de jogadores de futebol pode ser comparada às difculdades do país em manter a mão de obra qualifcada de diversas áreas exercendo suas atividades internamente, o que refete as fragilidades da economia brasileira diante do processo de globalização. IV. A presença de uma equipe da Região Nordeste e de outra da Região Norte confrma a tendência à desconcentração territo- rial dos investimentos produtivos e fnanceiros no país, onde empresas nacionais e transnacionais passam a estabelecer parcerias com esses e outros clubes nessas regiões. a) As afrmativas I e II estão corretas. b) As afrmativas III e IV estão corretas. c) Apenas a afrmativa II está correta. d) As afrmativas II, III e IV estão corretas. e) As afrmativas II e III estão corretas. 40. A VIOLÊNCIA DA INFORMAÇÃO “Um dos traços mais marcantes do atual período histórico é, pois, o papel verdadeiramente despótico da informação. Con- forme já vimos, as novas condições técnicas deveriam permitir a ampliação do conhecimento do planeta, dos objetos que o for- mam, das sociedades que o habitam e dos homens em sua rea- lidade intrínseca. Todavia, nas condições atuais, as técnicas são principalmente utilizadas por um punhado de atores em função de seus objetivos particulares. Essas técnicas da informação (por enquanto) são apropriadas por alguns Estados e por algumas em- presas, aprofundando assim os processos de criação de desigual- dades. É desse modo que a periferia do sistema capitalista acaba se tornando ainda mais periferia, seja porque não dispõe totalmente dos novos meios de produção, seja porque lhe escapa a possibili- dade de controle”. (SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000.p. 38-40). O texto acima evidencia o modo diferenciado pelo qual Estados e empresas se apropriam das técnicas da informação na escala planetária e é ilustrativo por confrmar a adoção de políticas que aprofundam a condição periférica de diversos outros Estados. Assinale, dentre as alternativas abaixo, aquela que apresenta um elemento que contribuiria para a superação da condição acima mencionada. a) A periferia do sistema capitalista, composta pelos países do G7, deve investir recursos fnanceiros em pesquisas científcas que permitam o desenvolvimento de técnicas garantidoras de uma maior competitividade na economia globalizada. b) Os países que compõem a chamada periferia do sistema capita- lista terão sua condição superada através das diversas políticas em andamento nos países centrais que visam a uma melhor distribuição do acesso às técnicas na escala do planeta. c) A superação da condição periférica passa pela necessidade de os Estados periféricos aumentarem suas exportações de bens primários, ainda em proporções insufcientes para gerar divisas para aquisição de técnicas diversifcadas. d) Os países periféricos devem criar mecanismos para promover políticas que estimulem a criação de condições para o desen- volvimento de técnicas em diversas áreas do conhecimento, visando reduzir a condição subalterna frente aos Estados de maior poderio econômico. e) Através do investimento de recursos em infraestrutura, os países periféricos criarão condições para que empresas transnacionais invistam suas técnicas em diversos setores da economia supe- rando, deste modo, a condição subalterna na economia global. 29 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 6 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 PORTUGUÊS Texto 1 Inesperada Primavera Você sabe, minha avó anda muito doente, com úlcera, rinite e problema de pressão. Você sabe, há dois anos minha avó fcou assim, tudo por causa de um namoradinho que ela teve e o flho dela, meu tio implicou tanto que o homem sumiu. Você acha que está certo? Está certo o quê? Que sua avó tivesse um namoradinho ou que sua avó interferisse? Eu fquei pensando naquela avó de sessenta e tantos anos, que morava escassa num subúrbio pobre da cidade. Colheita fn- da, os frutos no cesto eram tão mais de maduros. O rastro havia longo, mas estreito o prazo. Tanto se deu que de repente, ele chegou, a senhora pode fa- zer o favor de me informar onde mora seu Custódio? Seu Custó- dio morreu. Não fque assim, não, o senhor aceita um cafezinho? Obrigado, a senhora é muito atenciosa. Então enxames de sinos e bandeirinhas coloridas abrangen- do os agilizados dias. Ela, tardia crisálida, assumiu e somou as inesperáveis asas. Ele, súbita tangência, acrescentou lampejos e sonoridades claras. Sopros de brisa acima dos ventos altos dos temporais. Um homem e uma mulher morando copiosamente numa pe- quenina casa muito. Ela bordava iniciais acontecidas nos lenços e nas camisas e nas fronhas. Vaporosa, fazia o café, servia a comida. Fervor de pressurosamente. Ele a prover o sustento e em cantando as noites indeléveis, perduradas de estrelas e violão. Violalão, mi- nha nega, esta música é para você, ah, neguinho, de onde você ti- rou que meus olhos têm dois pedaços de lua? Violalinho, violagão, venha cá, minha nega, minha neguinha, venha ouvir o seu neglão. Zênite no pôr do sol, as metamorfoses engendravam o dila- tado limite nas pro9messas de forescências e de vindima farta. O flho não suportou o viço nem a inesperada primavera. (CUNHA, Helena Parente. Vento, ventania, vendaval: contos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1998) 01. A chegada do “namoradinho” na vida da “avó de sessenta e tantos anos” trouxe-lhe uma vitalidade e uma ânsia de ser feliz há muito não sentia. Daí o título do texto, “Inesperada primavera”: de repente, a vida ressurge. Os fragmentos de texto a seguir retratam esse renascimento e essa fartura de vida da avó, exceto a) “Colheita fnda, os frutos no cesto eram tão mais de maduros.” b) “Então enxames de sinos e bandeirinhas coloridas abrangendo os agilizados dias.” c) “Ela, tardia crisálida, assumiu e somou as inesperáveis asas.” d) “Vaporosa, fazia o café. Servia a comida. Fervor de pressuro- samente.” e) “...o dilatado limite nas promessas de forescência e de vindima farta.” 02. A sentença “O rastro havia longo, mas estreito o prazo.” Poderia ser substituída, sem qualquer prejuízo semântico, por a) O tempo que lhe restava era para tudo que ainda queria fazer. b) As marcas deixadas ao longo da vida estavam se extinguindo. c) Faltava-lhe menos tempo a viver do que o tempo que já vivera. d) O caminho percorrido em sua vida fora longo, porém estreito. e) O prazo de validade dos frutos que já colhera estava prestes a vencer. 03. No período “Eu fquei pensando naquela avó de sessenta e tantos anos, que morava escassa num subúrbio pobre da cidade”, o termo sublinhado pode ser substituído, sem perda de seu signi- fcado, pela expressão a) mal acomodada. b) bem tranquila. c) de um jeito feliz. d) com muita tristeza. e) com poucos recursos. Texto 2 Qual a diferença? Fritz Utzeri – 26/4/2005 Você já viu a propaganda de um provedor de telefonia, In- telig, na qual um cambista gordo vende ingressos a “30 real” e, quando a bilheteria fecha, diz com cara de sem-vergonha: “Agora é 90 real.” Aí aparece um garoto-propaganda, dá o recado de seu comercial e volta ao ar comentando: “Gordinho safado!” Como gordinho que sou, gostaria muito de processar o autor desse reclame vagabundo e meter o patife na cadeia, exatamente da mesma forma que o jogador Grafte fez com o argentino Desá- bato que o teria chamado de “negro sujo”, ou “negro safado”, não me lembro. No caso do Grafte, fca a palavra de um contra a do outro, mas o reclame da companhia telefônica passa várias vezes por dia. Digam-me qual a diferença entre os dois fatos? Como gordo que sou, sinto-me ofendido e veja se não tenho razão. O fato de o cambista ser gordo é apenas uma coincidência, mas na hora de ele agir como um safado, ele é xingado não por ser ladrão, mas por ser gordo. Se ele fosse magro, o idiota do comercial diria “magrinho safado”? Sexta-feira, 20 de maio de 2005 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA http://www.abi.org.br/colunista.asp?id=288 04. É possível afrmar que, no texto “Qual é a diferença?”, predo- minam as funções a) emotiva e poética da linguagem, pois o autor descreve sua vivência pessoal de discriminação, abusando das fguras de estilo. b) emotiva e conativa da linguagem, já que o autor procura des- crever sua experiência pessoal e convencer o leitor de que sua queixa tem fundamento. c) metalinguística e conativa da linguagem, uma vez que o autor, através da propaganda, explora as palavras, transitando entre o culto e o coloquial. d) fática e metalinguística da linguagem, já que o tema debate é o preconceito veiculado pelos canais de comunicação, especial- mente pela TV. e) referencial e fática da linguagem, pois o autor pretende, apenas, descrever o poder de persuasão das propagandas televisivas em geral. 05. Assinale a opção em que a coesão referencial foi feita de forma inadequada. a) “...na qual um cambista gordo vende ingressos a “30 real”...” – a propaganda b) “... que o teria chamado de “negro sujo”, ou “negro safado”...” – o argentino Desábato c) “...que o teria chamado de “negro sujo”, ou “negro safado”...” – o jogador Grafte d) “...mas, na hora de ele agir como um safado...” – o cambista e) “Se ele fosse magro...” – o idiota do comercial 30 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 6 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 06. Observe as duas realizações do cambista: “...ingressos a ‘30 real’ ” “Agora é ‘90 real’ ” A partir delas podemos afrmar que a) o desconhecimento das regras de concordância impede que nos comuniquemos com pessoas cujo nível escolar seja superior ao nosso. b) por ser perfeitamente compreensível, podemos afrmar que a concordância está gramaticalmente correta. c) embora seja perfeitamente compreensível, essa variedade da língua é aceita pelo grupo social considerado culto. d) por ser veiculado pela televisão e pelo jornal, já podemos consi- derar esse uso da linguagem como pertencente ao padrão culto. e) não existe diferença entre essa variedade da língua e a culta, o que importa verdadeiramente é que a comunicação se estabeleça. 07. Observe as duas frases: “Gordinho safado!” (texto 2) e “Que sua avó tivesse um namoradinho ou que o flho dela interferisse?” (texto 1). Podemos dizer que a) o diminutivo indica sempre tamanho pequeno; portanto, as duas palavras referem-se a pessoas de pequena estatura. b) o diminutivo em Língua Portuguesa pode ser afetivo e não haver, ao utilizá-lo, nenhuma referência ao tamanho. c) o diminutivo está exclusivamente ligado à pouca idade, já que, no texto, se refere a pessoas muito jovens. d) embora o diminutivo possa ser utilizado com valor afetivo, nos casos em destaque indica desprezo do enunciador. e) o diminutivo sugere ironia, pois o signifcado das palavras apontam para o oposto do que se propõe. 08. Pode-se afrmar que nos textos 1 e 2 são apresentadas questões que revelam a) preconceito face a situações que fogem do padrão estabelecido pela sociedade. b) a difculdade que existe para se encontrar a felicidade nos dias de hoje. c) o quanto a publicidade pode infuenciar nas decisões pessoais. d) o quanto os flhos infuenciam no destino de seus pais. e) que preconceito atualmente pode levar as pessoas à cadeia. Texto 3 09. Vários são os recursos utilizados por Maurício de Sousa para produzir humor na tira acima, excetuando-se a) a esperteza de Magali que, ao contrário de Eva, não se deixa enganar pela serpente. b) a subversão, por parte da serpente, de um provérbio popular muito conhecido. c) a paródia da consagrada história bíblica do pecado de Adão e Eva. d) o fato de Magali não se contentar apenas com a maçã oferecida pela serpente. e) a ausência de Adão na tira, o que prejudica o diálogo intertex- tual com o texto bíblico. 10. A linguagem utilizada na tira pode ser considerada como a) exclusivamente icônica, pois o ícone é preponderante nela. b) estritamente verbal, pois sem o verbo não há comunicação. c) simbólica, já que se baseia em uma história de fundo religioso. d) verbal e não-verbal, numa inter-relação entre ambas as formas. e) incoerente, já que mistura meios de naturezas diferentes. MATEMÁTICA 11. Considere que o recipiente indicado na fgura abaixo está totalmente cheio com um determinado líquido. 20 cm 30 cm 50 cm Que número mínimo de garrafas de 1 litro seria necessário para armazenar o líquido desse recipiente, deixando-o totalmente vazio? a) 15 b) 20 c) 30 d) 150 e) 300 12. A localização do ponto A representado esquematica- mente no sistema de eixos cartesiano pela intersecção das funções y = 2x e y = -4x + 12 é perfeitamente indicado pelo conjunto A x y a) {(6, 12)} b) {(2, 4)} c) {(1, 5)} d) {(3, 6)} e) {4, 8)} 13. Densidade é a quantidade de massa existente numa unidade de volume. Considerando a massa e o volume de alumínio apre- sentados no quadro Alumínio 918 g 340 cm 3 podemos dizer que a densidade do alumínio é: a) 1,7 g/cm 3 b) 2,1 g/cm 3 c) 2,3 g/cm 3 d) 2,7 g/cm 3 e) 3,1 g/cm 3 14. Sabe-se que o álcool e a gasolina são substâncias com densi- dades variáveis. Se a soma das densidades do álcool e da gasolina analisados é igual a 1,48 g/cm 3 e a diferença dessas densidades é 0,12 g/cm 3 , podemos dizer que a densidade do álcool em questão é: a) 0,60 g/cm 3 b) 0,70 g/cm 3 c) 0,72 g/cm 3 d) 0,80 g/cm 3 e) 0,82 g/cm 3 31 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 6 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 15. Com relação às identidades matemáticas I. a 2 – b 2 = (a+b) (a–b) II. a 2 + 2ab + b 2 = (a+b) 2 III. (a+b) (a 2 – ab + b 2 ) = a 3 +b 3 IV. (a+b) 3 + a 3 +b 3 podemos afrmar que a) todas são verdadeiras. b) são verdadeiras I, II e IV. c) são verdadeiras I, II e III. d) são verdadeiras apenas duas dessas identidades. e) apenas uma dessas identidades é verdadeira. 16. Se então a hipotenusa do triângulo retângulo com catetos a e b é a) 14 b) 15 c) 16 d) 17 e) 18 17. Uma pessoa pode fcar sem comer por mais de um mês, se puder beber água. Sem água, viverá somente alguns dias. Isto porque a maior parte do nosso corpo é constituída de água. Em cada 100 partes do nosso corpo (2x – 5) são de água e x de matéria sólida. Em porcentagem, o corpo humano apresenta: a) 85% de água. b) 45% de matéria sólida. c) 75% de água. d) 65% de água. e) 30% de matéria sólida. 18. O poder de destruição do homem O Governo divulgou que o índice de desmatamento da Ama- zônia caiu em 30%, situação ainda não animadora, já que neste foram derrubados 1984 quilômetros quadrados de mata. Pode-se dizer que esta área equivale à área de um círculo de raio igual a a) 23 km b) 24 km c) 8 10 km d) 9 10 km e) 11 10 km 19. A fgura abaixo representa parte de um bairro onde as avenidas J, K e L, paralelas, são interligadas pela mesma avenida M, tendo as quatro a mesma largura. Se α vale 60°, a soma dos ângulos θ + β é igual a Avenida J Avenida K Avenida L A v e n i d a M α β θ a) 120° b) 180° c) 220° d) 240° e) 360° 20. A camada da atmosfera chamada ionosfera fca a uma altura de 500 km acima da superfície terrestre e a exosfera fca numa posição igual ao dobro dessa altura. O número de divisores positivos do numeral que representa, em quilômetros, a altura da exosfera é a) 15 b) 16 c) 18 d) 20 e) 25 QUÍMICA 21. Ludmila e Luiza, flhas de um professor de Química, pediram ao pai para “defnir” água. Como pai e professor, ele sugeriu uma pesquisa e recomendou que elas consultassem um antigo Dicionário de Química, com mais de 20 anos. Dentre muitas coisas interessantes e curiosas, elas encontravam vários “tipos” de água e destacaram: Água de barita: solução aquosa de Ba(OH) 2 . Água de cloro: solução que se obtém dissolvendo-se cloro na água. Nesta solução, o cloro, ao reagir com a água, estabelece o equilíbrio 2 2 Cl +H O HCl +HClO. ⇔ É também conhecida como água clorada, e deve ser guardada em frascos escuros. Água de Javel: solução que contém KClO. Água de lavadeira: solução de NaClO, NaCl e Cl 2 . Utilizada como agente de limpeza, é conhecida também como líquido de Dakin. Água de cal: solução aquosa de Ca(OH) 2 . Água pesada: denominação dada à água cujas moléculas são for- madas pelo menos por um átomo isótopo pesada de hidrogênio e oxigênio. Água régia: solução que contém ácido clorídrico e ácido nítrico concentrado (3 partes para 1 parte, respectivamente). O nome foi dado pelos alquimistas devido ao fato de atacar o ouro, tido como o rei dos metais. A seguir, as estudantes apresentaram a pesquisa ao pai, que muito orgulhoso das flhas, elogiou o trabalho e, aproveitando a oportu- nidade, perguntou: Considerando seus conhecimentos sobre funções inorgânicas e as substâncias listadas na pesquisa, o que encontramos? Assinale a alternativa que indica a resposta correta de Ludmila e Luiza. a) Apenas três ácidos, duas bases, três sais, dois óxidos e uma substância simples. b) Apenas duas bases, dois ácidos, três sais, um óxido e uma substância simples. c) Apenas duas bases, três ácidos, dois sais, um óxido e nenhuma substância simples. d) Apenas duas bases, três ácidos, três sais, um óxido e uma subs- tância simples. e) Apenas três ácidos, duas bases, três sais, nenhum óxido e uma substância simples. 22. Na Tabela Periódica abaixo apresentada, os algarismos romanos substituem os símbolos dos elementos. IX IV VV VI X II VII III I Sobre tais elementos, é incorreto afrmar que a) I e II são gases à temperatura ambiente. b) III é um halogênio e o elemento de maior eletronegatividade. c) VII é um gás nobre com elétrons distribuídos em quatro níveis de energia. d) IV, V e VI possuem o mesmo número de camadas na eletrosfera. e) I, IV e IX apresentam propriedades químicas semelhantes e fazem parte da família dos metais alcalinos. 32 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 6 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 23. Observe atentamente as afrmativas abaixo, em busca das verdadeiras. I. Um sistema constituído de cloreto de sódio dissolvido em água, areia, vapor d’água e oxigênio gasoso é heterogêneo e apresenta três fases e quatro componentes. II. A ebulição da água é um fenômeno físico. III. Bromo e Mercúrio são, respectivamente, ametal e metal, e líquidos à temperatura ambiente. IV. O fracionamento do petróleo é uma transformação química, sendo realizada por destilação fracionada. V. Balão com saída lateral, termômetro, mangueira de látex e con- densador, fazem parte dos materiais usados para a montagem de um sistema de destilação simples em laboratório. VI. A mistura álcool etílico (álcool comum) e água, por se tratar de uma mistura azeotrópica, deve ser, sempre, separada por destilação simples. São corretas a) apenas I, II e III. b) apenas II, III, V e VI. c) apenas I, II, III e V. d) apenas I, II, IV e V. e) todas as afrmativas apresentadas. BIOLOGIA 24. A principal função do sistema digestório é retirar dos alimen- tos as moléculas necessárias para a manutenção do organismo. O sistema digestório é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão associadas glândulas anexas que participam da digestão. Sobre o processo digestivo, marque a opção incorreta. a) O fígado produz a bile, que é utilizada no estômago. b) O pâncreas secreta o suco pancreático, que é lançado no duodeno. c) Na boca, o alimento é misturado à saliva, que contém a ptialina. d) A pepsina é produzida por glândulas da parede do estômago. e) A digestão abrange processos mecânicos e químicos. 25. O texto a seguir foi adaptado de uma notícia publicada no jornal O Globo, em novembro/2004. Anticorpos conseguem bloquear HIV em teste – Vírus da AIDS deixou de infectar células humanas numa experiência inédita. Cientistas franceses anunciaram ter conseguido estimular anticorpos a bloquear drasticamente a infecção de células huma- nas do sistema imunológico pelo vírus da AIDS. Esta é a primeira vez que se obtém um resultado tão promissor contra as diversas variedades do vírus, abrindo um novo caminho para o desenvol- vimento de vacinas. Os anticorpos integram “as forças” de defesa do organismo e são caracterizados como a) células de defesa, linfócitos B, que integram o sistema imuno- lógico do organismo. b) polipeptídeos anormais capazes de produzirem réplicas de si mesmos. c) moléculas de lipídios sintetizadas por linfócitos T, células do sistema imunológico. d) substâncias produzidas por microorganismos que provocam danos às células do organismo. e) proteínas específcas que se destinam a combater antígenos que invadem o organismo. 26. "Persistindo os sintomas... o médico deve ser consultado”. Com esse jardão, as emissoras de rádio anunciam, com relativa frequência, alguns fármacos que, supostamente, não oferecem riscos de efeitos colaterais ao usuário. Para a autoridade médica, sinais e sintomas constam dentre os mais confáveis orientadores do diagnóstico. Supondo que um paciente manifestou o seguinte quadro clínico: acessos febris a cada três dias (febre intermitente) seguidos de calafrios, é razoável suspeitar de que se trata de patologia denominada a) amebíase. b) oxiuríase. c) malária. d) ascaridíase. e) teníase. FÍSICA 27. As grandes montadoras vêm tentando estimular a venda de au- tomóveis tornando-os cada vez mais atraentes. Em sua estratégia de marketing para lançamento de carros esportivos, levam o con- sumidor a imaginar que, em determinadas situações, não se deve ter medo de ousar. Os modelos atualmente no mercado combinam agressividade, espaço e conforto, além de desempenho. O fabricante de um carro esportivo informa ao consumidor que o motor desse modelo tem potência de 306 CV (1 CV = 735 Watts), velocidade limitada eletronicamente em 250 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 6,1 segundos. A energia consumida pelo motor 5.0 V8, desse modelo, equivale ao consumo diário de uma pequena cidade. O número aproximado de lâmpadas de 100 Watts que podem ser acesas, consumindo exatamente a mesma energia produzida em 2,0 horas de funcionamento desse motor, é: a) 600 b) 900 c) 1125 d) 2250 e) 4500 O texto abaixo se refere às questões 28 e 29. Como uma onda Nada do que foi será De novo do jeito que já foi um dia Tudo passa, tudo sempre passará A vida vem em ondas como um mar Num indo e vindo infnito Tudo que se vê não é Igual ao que a gente viu a um segundo Tudo muda o tempo todo No mundo Não adianta fugir Nem mentir pra si mesmo Agora Há tanta vida lá fora, aqui dentro Sempre como uma onda no mar Como uma onda no mar Como uma onda no mar Como uma onda no mar Como uma onda no mar Como uma onda no mar A música Como Uma Onda, de Nelson Motta, gravada por Lulu Santos, reproduz o movimento das ondas do mar em seus versos e ritmo, isto é, o movimento ondulatório, que se repete a cada in- tervalo de tempo, como a onda do mar que avança transportando energia, num movimento de subida e descida constante. 33 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 6 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 28. Uma onda do mar propaga-se a 72 km/h. Em 1 minuto a onda avança a) 4320 m b) 1200 m c) 600 m d) 72 m e) 20 m 29. O intervalo de tempo no qual a onda avança um comprimento de onda e o número de comprimentos de onda que a onda avança em uma unidade de tempo são denominados, respectivamente a) pulso e período. b) frequência e pulso. c) período e pulso. d) frequência e período. e) período e frequência. 30. O modo pelo qual uma nuvem acumula a quantidade de energia elétrica necessária para a formação de um raio é algo que ainda não foi totalmente compreendido. O ar quente e úmido sobe e se choca com o ar mais frio, ocorrendo condensação. As gotículas geradas ganham energia cinética ao cair. A queda e ascensão das gotículas de gelo e de água criam na nuvem uma seção negativamente e outra positivamente carregada. Quando a diferença de carga entre essas seções é sufcientemente grande, há a liberação de uma faísca gigantesca, o raio, que une as seções de cargas opostas. O raio lança-se para cima, ao contrário do que aparenta ocorrer. Há apenas uma pequena descarga para baixo, que atua como guia para a descarga principal. Ocorrem cerca de seis mil relâmpagos por minuto, em todo o mundo. A maioria deles ocorre dentro das nuvens, onde não são visíveis. Um relâmpago pode produzir corrente elétrica de cerca de 10 4 A. A quantidade de carga elétrica necessária para produzir um raio que se propaga por 10 -3 segundos é, em coulombs, de a) 1 x 10 b) 1 x 10 3 c) 1 x 10 5 d) 1 x 10 7 e) 1 x 10 9 HISTÓRIA 31. “Ao redefnir o novo lugar do homem no universo, repen- sando as próprias relações entre os homens e Deus, os humanistas serviram de referência à renovação cultural desencadeada duran- te os séculos XV-XVI, manifestadas no campo das artes, das letras e das ciências, denominada Renascimento.” (FARIA, R.; MARQUES, A.; BERUTTI, F. História & companhia. Belo Horizonte: Lê, 1998. p.79) A expansão do Renascimento por diversos países da Europa ocorreu principalmente devido ao (à) a) desenvolvimento da concepção teocêntrica. b) apoio dos mecenas. c) fortalecimento da autoridade dos senhores feudais. d) alto nível intelectual da população europeia. e) decadência do comércio no Mediterrâneo. 32. Muito embora tenha sido um complemento da Revolução Inglesa de 1640, a chamada Revolução Gloriosa de 1688 fcou as- sim denominada porque “não apresentou as convulsões sociais, as radicalizações extremistas e democratizantes que marcaram indelevelmente o movimento anterior. Em suma, uma Revolução sem sangue”. (ARRUDA, J.J. de A. A revolução inglesa. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1990. p. 88. (Coleção Tudo é história. V. 82). Dentre as mudanças provocadas pela Revolução Gloriosa (1689), podemos mencionar: a) o triunfo do parlamento, dominado pela burguesia, sobre o rei. b) o aumento das atividades mercantilistas na economia inglesa. c) o apoio ao movimento de independência das treze colônias da América do Norte. d) a consolidação da ditadura puritana de Cromwell. e) o estabelecimento do sufrágio universal para as eleições da Câmara dos Comuns. 33. “No Congresso de Viena, as principais decisões foram to- madas pela Áustria, Inglaterra, Prússia e Rússia. Nele, as forças conservadoras – composta por aqueles que pretendiam restaurar o Antigo Regime, caracterizado pelo absolutismo, pelo mercanti- lismo, pela divisão da sociedade em ordens ou estados diferencia- dos – recuperam seus privilégios e infuências tradicionais, reas- sumindo o controle do poder político e das massas trabalhadoras na Europa”. (SILVA, Francisco de A. História do homem: abordagem integrada da história geral e do Brasil. V.3. São Paulo: Moderna, 1996. p.70) Entre os acontecimentos que contribuíram para o desmorona- mento da política estabelecida pelo Congresso de Viena (1815), podemos citar a) a derrota das Revoluções Liberais, nas décadas de 1820 e 1930, ocorridas na Europa. b) a formação da Santa Aliança. c) o apoio inglês às tentativas de recolozinação da América Ibérica. d) os movimentos de unifcação da Itália e da Alemanha. e) o fracasso da chamada Doutrina Monroe. 34. Às vésperas do movimento revolucionário, o Império Russo apresentava particularidades políticas, econômicas e sociais, que se transformaram em fatores de sua própria destruição. Assinale a afrmativa correta sobre a Revolução Russa de 1917. a) O processo de abertura política ocorreu devido à revolução industrial russa, que desencadeou intenso crescimento eco- nômico no país. b) Os operários russos eram os mais organizados de toda a Europa, daí o sucesso da revolução socialista sob a liderança menche- vista de Plekanov. c) A revolução de 1917 fortaleceu a burguesia russa ao possibilitar sua aliança com os sovietes. d) Os bolchevistas, liderados por Lênin, assumiram a direção do processo revolucionário. e) Embora a revolução em curso fosse socialista, sua eclosão repentina não alterou a posição da Rússia na Primeira Guerra Mundial. 35. A Europa e o Pacífco foram os dois principais palcos de ope- rações da segunda grande guerra, que envolveu direta ou indire- tamente o mundo todo. Dentre as consequências da Segunda Guerra Mundial podemos apontar a) a expansão da globalização e do neoliberalismo nas nações capitalistas e o desenvolvimento de uma economia estatizante nas nações socialistas. b) o surgimento do Pacto de Varsóvia e de instituições como a ONU, a OTAN, e o COMECON. c) o desenvolvimento do Plano Marshall e da Doutrina Truman para superação do subdesenvolvimento. d) o avança do socialismo e o fortalecimento dos grandes impérios coloniais europeus na Ásia e na África. e) o aparecimento de regimes fascistas em diversos países do mundo. 34 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 6 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 GEOGRAFIA 36. A palavra clima é de origem grega e signifca “inclinação”, ou seja, inclinação dos raios solares. Tal referência justifca a infuência deste fenômeno como um fator de grande importância na distribuição da temperatura no planeta. No entanto, outros fatores também atuam neste processo. Sobre esta questão, leia as afrmativas a seguir: I. Quanto menos a latitude de um lugar, maior a temperatura, sendo, portanto, impossível a ocorrência de neve nas regiões equatoriais e tropicais, onde a incidência dos raios solares é mais direta do que nas demais zonas climáticas e onde predominam climas quentes. II. Devido à diferença de ritmo de aquecimento entre as águas e as terras emersas do planeta, as regiões litorâneas apresentam, em geral, maiores amplitudes térmicas do que as áreas mais interio- rizadas. III. Como efeito da infuência das correntes marinhas podemos ter desde a formação de climas desérticos até a caracterização de climas com temperaturas mais ou menos rigorosas nas regiões por elas banhadas. Marque a alternativa verdadeira. a) I, II e III são corretas. b) apenas a I é correta. c) II e III são corretas. d) apenas a III é correta. e) I e II são corretas. 37. A classifcação que utiliza o termo Países Subdesenvolvidos em oposição a Países Desenvolvidos ou Países do Sul em oposição a Países do Norte divide cerca de duzentos países em apenas dois grupos, acabando por não considerar as peculiaridades de cada país. No que diz respeito à diversidade que apresenta o chamado Mundo Subdesenvolvido, podemos considerar como verdadeiro que a) apesar da miséria que assola a população das nações de base agrária, o fato de não se terem industrializado permitiu que o meio ambiente destas regiões se mantivesse inalterado, diferente do que aconteceu nos chamados países subdesenvolvidos in- dustrializados como o Brasil, por exemplo, onde o desequilíbrio ambiental tem sido muito intenso. b) na África, de maneira geral um continente muito rico em recursos minerais, a exploração e exportação destes recursos representa a principal fonte de riqueza para muitos países da região e justifca a total estatização do setor mineral nos mesmos. c) apesar dos baixos níveis de vida de grande parte de seus habitan- tes, das difculdades políticas decorrentes de confitos étnicos e religiosos e de apresentar uma população predominante- mente rural, a Índia apresenta, por outro lado, uma produção industrial situada entre as maiores do mundo, destacando-se, inclusive, em setores de alta tecnologia, sendo possuidora de um grande arsenal nuclear. d) Tailândia, Malásia e Indonésia, localizada na chamada Ásia das Monções, estão entre os países mais pobres desta região: ainda hoje dependem totalmente das importações de bens industrializados, já que aí o setor industrial tem tido desempenho praticamente nulo. e) em geral, o fraco desempenho da atividade industrial nos países subdesenvolvidos faz com que estes apresentem taxas mais baixas de crescimento da população urbana que as dos países desenvolvidos. 38. “O mundo se globaliza desde Cristóvão Colombo. Os pro- cessos de globalização são múltiplos: tecnológicos, econômicos, sociais, políticos e culturais. Inicialmente impulsionados pelo Mercantilismo e posteriormente pela Revolução Industrial, foram necessários quinhentos anos para que, no fnal do século XX, che- gássemos ao início de uma nova era, e da globalização como fe- nômeno que permeia a consciência do conjunto da humanidade.” (SORJ, B. [email protected]: a luta contra a desigualdade na Sociedade da Informa- ção. Rio de Janeiro: Zahar, 2003). O texto trata do atual momento do processo de globalização, cal- cado num vigoroso processo de evolução tecnológica que produz entre outras consequências a) o enraizamento cada vez maior das culturas locais, em detri- mento de uma padronização que busca uma cultura global. b) o fortalecimento dos Estados Nacionais, como censores dos fuxos de informações. c) um aumento do fuxo de informações, entre empresas, governos e mesmo entre alguns cidadãos comuns. d) uma redução dos fuxos de mercadorias e informações, como resultado da formação dos blocos econômicos, a exemplo da União Europeia, que seriam a antítese do processo de globalização. e) a inclusão igualitária de toda a população no tocante ao acesso às informações. 39. Será que já raiou a liberdade Ou se foi tudo ilusão Será que a Lei Áurea tão sonhada Há tanto tempo assinada Não foi o fm da escravidão. Hoje dentro da realidade Onde está a liberdade? Onde está que ninguém viu? Moço não se esqueça que o negro também construiu As riquezas do nosso Brasil. Pergunte ao Criador Quem pintou essa aquarela Livre do açoite da senzala Preso na miséria da favela. (Trecho do Samba-Enredo do GRES Estação Primeira de Mangueira em Homenagem ao Centenário da Abolição da Escravidão, 1998). O texto e o gráfco acima demonstram que, após os 117 anos da Abolição da Escravidão no país, o bom senso recomenda a refexão muito mais do que a comemoração, tendo em vista a discriminação histórica persistente e dirigida à população afrodescendente nos níveis político, social, econômico, cultural e geográfco. Considerando os níveis político, social, econômico, cultural e ge- ográfco, analise as proposições abaixo e identifque a alternativa correta acerca da discriminação acima mencionada. 35 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 6 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 I. NÍVEL POLÍTICO: caracterizado pela baixíssima representati- vidade de lideranças afrodescendentes nos poderes legislativo, executivo e judiciário. II. NÍVEL SOCIAL: marcado pela precariedade das políticas públicas na área da educação básica, em que predominam crianças, jovens e adultos, difcultam a ascensão social desse segmento da população. III. NÍVEL ECONÔMICO: caracterizado pelos maiores índices de desemprego atingindo os afrodescendene, em especial os jovens, assim como pela predominância destes em diversas atividades na economia informal. IV. NÍVEL CULTURAL: representado pelas diversas expressões culturais de origem afrodescendentes – a exemplo da capoeira, da umbanda e do samba -, que exaltam diversos valores e não necessidade de resistência e de organização política. V. NÍVEL GEOGRÁFICO: marcado pelo predomínio de popu- lação afrodescendente residente em espaços em que a atuação do poder público é precária, a exemplo das favelas, dos bairros populares periféricos e dos conjuntos habitacionais populares. a) Estão corretas as proposições I e IV. b) Estão corretas as proposições I, II, III e IV. c) Estão corretas as proposições I, III e IV e V. d) Estão corretas as proposições I, II, III e V. e) Todas as proposições estão corretas. 40. “Segundo pesquisa de Edélcio Vigna, assessor de política agrária e agrícola do Instituto de estudos Socioeconômicos, com sede em Brasília, a bancada ruralista na Câmara dos Deputados, nas legis- laturas de 1995 a 1998, a bancada (...) já atingia 117 deputados”. “Depois desse auge, na legislatura 1999-2002, o número caiu para 89 e, na atual legislatura, 2003-2006, foram por enquanto identifcados 73 parlamentares ruralistas e simpatizantes. Mas, assinala Vigna, a queda cons- tante não deve ser considerada debilidade: ‘O forte do grupo é o potencial para mobilizar um número de deputados bem maior que os diretamente interessados nas proposições que são defendidas pela bancada’”. (Revista Caros Amigos. Edição Especial. Reforma agrária: vai ou não vai ? São Paulo: n.10, setembro, 2003. p.12). Além da representatividade no Congresso Nacional, os ruralistas se articulam em torno de uma importante entidade também repre- sentativa de seus interesses. Assinale a opção que apresenta essa entidade e os seus respectivos objetivos. a) MST: (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terras). For- mada por trabalhadores rurais sem-terras e ruralistas liberais. Defendem uma política de reforma agrária consentida, isto é, a partir do consenso entre ambos os grupos e o governo federal. b) UDR: (União Democrática Ruralista). Defensora da manuten- ção da concentração da estrutura fundiária. Congrega desde usineiros de regiões tradicionais aos modernos produtores rurais associados ao agronegócio exportador. c) CONTAG: (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agri- cultura). Composta exclusivamente por trabalhadores rurais formais da agricultura. Associa-se ao agronegócio exportador por este garantir e ampliar as oportunidades de emprego e renda no campo brasileiro. d) INCRA: (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrá- ria). Órgão federal que tem como uma de suas metas a pro- moção de reforma agrária em propriedades comprovadamente improdutivas e/ou griladas. Tal política tem o apoio irrestrito dos ruralistas que atuam nos modernos ramos do agronegócio. e) CPT: (Comissão Pastoral da Terra). Defensora dos grandes proprietários rurais e com grande atuação no campo brasileiro. Atua de forma contrária a ocupações de propriedades promo- vidas pelos trabalhadores rurais sem-terras. 36 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 7 - 2 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 REDAÇÃO Escolha um dos 3 (três) temas abaixo e desenvolva um texto dissertativo-argumentativo com, no mínimo, 15 (quinze) e, no máximo, 25 (vinte e cinco) linhas. Os textos que antecedem cada tema são apenas motivadores. Nota: As redações em forma de poema (versos), independente- mente do tema escolhido, serão zeradas. Texto 1 Podia ser aqui... China faz campanha de boas maneiras O governo chinês lançou uma campanha pública para ensi- nar a população a se comportar, tanto no país quanto em viagens ao exterior. De olho nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, cartazes e cartilhas dizem aos chineses, entre outras coisas, que eles não devem falar berrando, cuspir escandalosamente na rua e preci- sam lavar as mãos antes das refeições e após irem ao banheiro. De acordo com a imprensa local, o comportamento do chinês, algu- mas vezes, deixa estrangeiros constrangidos. A campanha poderia servir de modelo no Brasil, onde o hábito de urinar na rua, por exemplo, constrange os próprios brasileiros. (O Globo- 19/08/2006) TEMA 1: Para você, o brasileiro também precisa de regras de boas maneiras? Texto 2 Perda Total O que fazer para evitar a tragédia do trânsito do Rio, que mata um jovem por dia? "Estão batendo na tecla bebida e velocidade. Isso é apenas uma parte do problema’, alerta Cynthia Clark, psicóloga da UERJ e pesquisadora da área de comportamento no trânsito. O jovem alcoolizado ao volante de um carro após uma noitada é o capítulo fnal de uma série de equívocos e omissões." (BRISOLLA, Fábio; CERQUEIRA, Sofa e ALVARENGA, Teima. In: Revista Veja Rio, 13/09/2006, p. 16) TEMA 2: Quais as possíveis causas para o elevado índice de acidentes com jovens no trânsito do Rio de Janeiro? Proponha soluções viáveis. Texto 3 Capitão de indústria Eu às vezes fco a pensar Em outra vida ou lugar Estou cansado demais Eu não tenho tempo de ter O tempo livre de ser De nada ter que fazer É quando eu me encontro perdido Nas coisas que eu criei E eu não sei Eu não vejo além da fumaça O amor e as coisas livres, coloridas Nada poluídas Eu acordo pra trabalhar Eu durmo pra trabalhar Eu corro pra trabalhar Eu não tenho tempo de ter O tempo livre de ser De nada ter que fazer Eu não vejo além da fumaça que Passa E polui o ar Eu nada sei Eu não vejo além disso tudo O amor, as coisas livres, coloridas Nada poluídas. Marcos Valle / Paulo Sérgio Valle TEMA 3: Será que o homem virou escravo das coisas que ele criou? PORTUGUÊS Leia os textos com atenção e, em seguida, responda às questões: Texto 1 A Verdade Uma donzela estava um dia sentada à beira de um riacho, deixando a água do riacho passar por entre os seus dedos muito brancos, quando sentiu o seu anel de diamante ser levado pelas águas. Temendo o castigo do pai, a donzela contou em casa que fora assaltada por um homem no bosque e que ele arrancara o anel de diamante do seu dedo e a deixara desfalecida sobre um canteiro de margaridas. O pai e os irmãos da donzela foram atrás do assaltante e encontraram um homem dormindo no bosque, e o mataram, mas não encontraram o anel de diamante. E a donzela disse: – Agora me lembro, não era um homem, eram dois. E o pai e os irmãos da donzela saíram atrás do segundo ho- mem, e o encontraram, e o mataram, mas ele também não tinha o anel. E a donzela disse: – Então está com o terceiro! Pois se lembrara que havia um terceiro assaltante. E o pai e os irmãos da donzela saíram no encalço do terceiro assaltante, e o encontraram no bosque. Mas não o mataram, pois estavam fartos 37 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 7 - 2 ª F A S E apostila de provas / 2012 de sangue. E trouxeram o homem para a aldeia, e o revistaram, e encontraram no seu bolso o anel de diamante da donzela, para espanto dela. – Foi ele que assaltou a donzela, e arrancou o anel de seu dedo, e a deixou desfalecida - gritaram os aldeões. – Matem-no! – Esperem! – gritou o homem, no momento em que passa- vam a corda pelo seu pescoço. – Eu não roubei o anel. Foi ela que me deu! E apontou a donzela, diante do escândalo de todos. O homem contou que estava sentado à beira do riacho, pes- cando, quando a donzela se aproximou dele e pediu um beijo. Ele deu o beijo. Depois a donzela tirara a roupa e pedira que ele a possuísse, pois queria saber o que era o amor. Mas como era um homem honrado, ele resistira, e dissera que a donzela devia ter paciência, pois conheceria o amor do marido no seu leito de núp- cias. Então a donzela lhe oferecera o anel, dizendo: “Já que meus encantos não o seduzem, este anel comprará o seu amor.” E ele sucumbira, pois era pobre, e a necessidade é o algoz da honra. – Todos se viraram contra a donzela e gritaram: “Rameira! Impura! Diaba!” e exigiram seu sacrifício. E o próprio pai da don- zela passou a forca para o seu pescoço. Antes de morrer, a donzela disse para o pescador: – A sua mentira era maior que a minha. Eles mataram pela minha mentira e vão matar pela sua. Onde está, afnal, a verdade? O pescador deu de ombros e disse: – A verdade é que eu achei o anel na barriga de um peixe. Mas quem acreditaria nisso? O pessoal quer violência e sexo; não histórias de pescador. (VERÍSSIMO, LUIS Fernando. In: As mentiras que os homens contam. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2000, p,p. 125-126.) 01. Marque a opção que melhor resume a mensagem da crônica A Verdade de Veríssimo. a) A verdade nem sempre é a mais verossímil. b) A mentira sempre mascara a pura verdade. c) Não existe a verdade, apenas a versão da verdade. d) A verdade e a verossimilhança confundem-se. e) A verdade nunca prevalece sobre a mentira. 02. A crônica faz um diálogo (= intertextalidade) com o discurso dos contos de fada infantis. Marque a alternativa em que as palavras ou expressões não remetem a este universo. a) uma donzela; um dia; dedos muito brancos b) castigo do pai; anel de diamante; desfalecida. c) no bosque; o pai e os irmãos da donzela; assaltante. d) homem honrado; leito de núpcias; algoz da honra. e) Rameira!; violência e sexo; história de pescador. 03. Qual ditado popular abaixo estaria, intrinsicamenle, ligado à mensagem do texto 1? a) Mais vale um pássaro na mão do que dois voando. b) A mentira tem pernas curtas. c) Quem sai aos seus, não degenera. d) O feitiço virou contra o feiticeiro. e) Em casa de ferreiro, espeto de pau. 04. Assinale a opção em que a oração destacada tem o mesmo va- lor sintático-semântico do da sublinhada em “Temendo o castigo do pai, a donzela contou em casa que fora assaltada...” (t.1, 1.04). a) “...sentada à beira do riacho, deixando a água do riacho passar...” (1.01-02) b) “... e encontraram um homem dormindo no bosque...”(1.08) c} “Pois se lembrara que havia um terceiro assaltante.” (1.15) d) ”O homem contou que estava sentado à beira do riacho, pes- cando...” (1.27) e) “Mas como era um homem honrado, ele resistira...” (1. 30-31) 05. No primeiro texto, os termos “desfalecida” (1.06), “encalço” (1.16) e “sucumbira” (1.36) podem ser substituídos, sem implicar mudança de sentido, por, respectivamente, a) enfraquecida; sombra; perecera. b) minguada; rasto; não resistira. c) desmaiada; rasto; cedera. d) esmorecida; pista; perecera. e) fraquejada; pista; não resistira. Texto 2 “Muita gente se diz santinho e não é.” O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio de Mello, criticou ontem promessas que estão sendo feitas no horário eleitoral gratuito, dizendo que muitas delas poderiam ser enquadradas como propaganda enganosa. Irônico, Marco Aurélio voltou a afrmar que seria muito bom se fosse possível aplicar, à propaganda eleitoral, as regras do Códi- go de Defesa do Consumidor: – Muita gente se diz santinho e não é. Seria muito bom se pudéssemos aplicar o Código de Defesa do Consumidor contra a propaganda enganosa. Devemos excluir do nosso sufrágio pesso- as que prometem o que não podem cumprir. O ministro não fez referência a qualquer propaganda espe- cífca. Segundo Marco Aurélio, os eleitores devem fcar atentos e fazer seu próprio juízo do que veem nos programas: – Se o eleitor tiver o mínimo de atenção para o contexto, com a experiência de vida não vai se deixar enganar. Não somos ingênuos, não subestimem o povo brasileiro. De início (a propaganda) é de boa qualidade, mas é claro que temos candidatos que exageram em termos de promessas, em termos de dias melhores, e aí cumpre ao eleitor não se deixar enganar. O eleitor deve fazer exame criterioso do que está sendo dito na propaganda. Ele considera que uma espécie de Código de Defesa do Con- sumidor para a política seria interessante como forma de avaliar o desempenho do mandato, tendo em conta o que foi dito e o que está sendo realizado: – É uma sugestão para uma normatização futura. (BRAGA, Isabel e MIÚRA, Raquel. In: O Globo. 18 de agosto de 2006 ) 06. Segundo o presidente do TSE, cabe ao eleitor a) confar plenamente nas promessas dos candidatos. b) deixar-se convencer pelos argumentos dos candidatos. c) analisar judiciosamente as promessas dos candidatos. d) julgar sempre pertinentes as promessas dos candidatos. e) enquadrar os candidatos no Código de Defesa do Consumidor. 07. “Não somos ingênuos, não subestimem o povo brasileiro.” (Texto 2; 1.17) Marque a opção em que o termo sublinhado desempenha a mesma função sintática daquela destacada no trecho acima. a) “...promessas que estão sendo feitas no horário eleitoral.” (t.2; 1.02) b) “De início (a propaganda) é de boa qualidade...” (t.2,1.18) c) “..não subestimem o povo brasileiro...” (t.2; l. 17) d) ”O eleitor deve fazer exame criterioso...” (t.2; 1.21) e) “...uma espécie de Código de Defesa do Consumidor...” (t.2; 1.23) 38 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 7 - 2 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 08. Na passagem “Devemos excluir do nosso sufrágio pessoas que prometem o que não podem cumprir.” (Texto 2). O enunciador quis dizer em outras palavras que a) devemos excluir do nosso convívio pessoas sem-caráter. b) devemos expulsar das nossas relações as pessoas falsas. c) não devemos votar em pessoas falaciosas. d) devemos eliminar da nossa lista pessoas incapazes. e) não devemos rezar por pessoas que não merecem. 09. Apesar de pertencerem a gêneros diferentes, os textos 1 e 2 pretendem, na intencional idade dos comunicadores, evidenciar a ironia. Marque a opção em que as passagens confrmam, respec- tivamente, tal assertiva. a) “–Agora me lembro, não era um homem, eram dois.” (t.1, 1.10)/ “O presidente do Tribunal Superior eleitoral(...) criticou ontem promessas que estão sendo feitas...” (t.2, 1.01-02). b) “E trouxeram o homem para a aldeia, e o revistaram, e encon- traram no seu bolso o anel de diamante da donzela, para espanto dela.” (t.1, l 18-20) / “...dizendo que muitas delas poderiam ser enquadradas como propaganda enganosa.”(t.2, 1.03) . c) “– Eu não roubei o anel. Foi ela que me deu.” (t.1,1.25) / “irônico, Marco Aurélio voltou a afrmar que seria muito bom se fosse possível aplicar, à propaganda eleitoral, as regras do Código de Defesa do Consumidor.” (t. 2, l. 05-07) d) “Já que meus encantos não o seduzem, este anel comprará o seu amor.” (t.1, 1.34-35) / “Muita gente se diz santinho e não é.” (t.2, 1.08) e) “O pessoal quer violência e sexo, não histórias de pescador.” (t.1, 1.45) / – Muita gente se diz santinho e não é. Seria muito bom se pudéssemos aplicar o Código de Defesa do Consumidor contra a propaganda enganosa.” (t.2, 1.08-10) Texto 3 Charge de Miguel Paiva do Gatão de Meia-Idade da série “De pai para flha”. GATÃO DE MEIA-IDADE Miguel Paiva 10. De acordo com a charge irônica acima de Miguel Paiva, pode- se inferir que a) o confito de gerações aparece acirrado neste contexto. b) o pai emprega de forma demasiada crítica à linguagem da flha. c) o pai desabona as gírias usadas amiúde pela flha. d) apesar das divergências, o afeto entre pai e flha prevalece. e) o confito de gerações se apresenta como intransponível. MATEMÁTICA 11. O quociente de 50 50 por 25 25 é igual a: a) 25 25 b) 10 25 c) 2 25 d) 2 x 25 25 12. Considere as seguintes afrmativas: • Todos os maternáticos são cientistas. • Alguns cientistas são flósofos. • Todos os flósofos são cientistas ou professores. • Nem todo professor é cientista. Agora, considere as seguintes afrmativas: • Alguns matemáticos são flósofos. • Nem todo flósofo é cientista. • Alguns flósofos são professores. • Se um flósofo não é matemático, ele é professor. • Alguns flósofos são matemáticos. Partindo do princípio que as 4 (quatro) primeiras afrmativas são verdadeiras, quantas afrmativas do 2° grupo são a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4 13. Quanto à(s) raiz(es) da equação + + + − + 2 2 4 4 6 9 x x x x = 2x – 8, pode-se afrmar que a) é única e positiva. b) não existe. c) são infnitas. d) é única e negativa. e) são duas cuja soma é 10/3 . 14. Amanda, Bianca e Carlos tinham, juntos, R$ 10 000,00. Cada um deles investiu sua parte por um ano, com juros de 10% ao ano, Depois de creditados seus juros no fnal desse ano, Carlos passou a ter R$ 1100,00 mais o dobro do novo capital de Amanda. No ano seguinte, os três reinvestiram seus capitais, ainda com juros de 10% ao ano. Depois de creditados os juros de cada um no fnal desse segundo ano, o novo capital de Carlos era igual à soma dos novos capitais de Bianca e Amanda. Qual era o capital inicial de Amanda? a) R$ 2 000,00 b) R$ 2 200,00 c) R$ 2 400,00 d) R$ 2 600,00 e) R$ 2 800,00 15. Uma bandeira de formato retangular é dividida em 4 partes tam- bém retangulares, como mostra a fgura. Se as regiões II e III têm perímetros iguais, respectivamente, a 14 m e 18 m, pode-se afrmar que o perímetro da bandeira, em, é igual a a) 20 b) 24 c) 26 d) 28 e) 32 39 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 7 - 2 ª F A S E apostila de provas / 2012 16. Na fgura abaixo, ABC é um triângulo isósceles de base AB . Se CP e PQ são, respectivamente, perpendiculares aos lados AB e BC , BQ = l cm. e l ACP= 60º, pode-se afrmar que a área de ABC, em cm 2 é igual a a) 4 3 9 b) 2 3 3 c) 8 3 9 d) 4 3 3 e) 8 3 3 17. Na fgura abaixo, ABCD e BFGH são retângulos. Se AB = 6,4 em, AH = CK e BFGH, determinando a área do retângulo BFGH encontra-se: a) 10,00 cm 2 b) 19,35cm 2 c) 23,04 cm 2 d) 25,44 cm 2 e) 28,04 cm 2 18. Simplifcando a equação 2 2 3 4 . . x x x x , onde x > O; obtém-se: a) 6 1 5 x b) 5 1 6 x c) 1 x d) 5 6 x e) 6 5 x 19. Seja ABCD um retângulo com AB = 10 m e AD = 15 m. Se P é um ponto do interior de ABCD, cuja distância ao vértice A é igual a 6 m e cuja distância ao vértice B é igual a 8 m, qual é a distância de P ao lado CD? a) 8,2 cm b) 14,2 cm c) 15,2 cm d) 10,2 cm e) 9,0 cm 20. Considere que a expressão N = – D (D – 8) + 1 será utilizada para o cálculo do número de centenas de indivíduos N de uma determinada espécie, após decorridos 0 dias. Pergunta-se: a partir de quantos dias a população começará a diminuir? a) 0 b) 2 c) 4 d) 6 e) 8 21. O fuxograma abaixo mostra, esquematicamente, um processo industrial de obtenção de açúcar e álcool hidratado, A afrmativa incorreta é: a) em todas as etapas do processo industrial ocorrem transfor- mações (fenômenos) físicas. b) no destilador ocorre fracionamento de uma mistura homogênea. c) nos evaporadores ocorrem fracionamentos de misturas sólido + líquido. d) no tanque de diluição ocorre apenas uma mistura, ou seja, um fenômeno físico. e) os produtos obtidos ao fnal do processo não são substâncias puras. 22. Analise as afrmativas abaixo: I. O 6 C 14 e o 7 N 14 apresentam propriedades químicas semelhantes por estarem situados no mesmo período da tabela periódica. II. As espécies O 2 e O 3 ; C (grafte) e C (diamante) ; são variedades alotrópicas, que diferem entre si pela forma de cristalização. III. As ligações presentes no gás carbônico são do tipo covalente. IV. O ácido sulfúrico e o ácido nítrico, em meio aquoso, são solu- ções eletrolíticas. V. O carbonato de cálcio é um sal obtido pela reação de neutra- lização entre o ácido carbônico e o hidróxido de cálcio. Sobre as afrmativas, é possível dizer que a) apenas uma está correta. b) apenas duas estão corretas. c) apenas três estão corretas. d) apenas quatro estão corretas. e) todas estão corretas. 23. Qual a associação correta? I. Modelo Atômico de Dalton A. Seu modelo atômico é comparado ao “pudim de passas” II. Modelo Atômico de Thomson B. A massa do átomo concentra-se no núcleo. III. Modelo Atômico de Rutherford C. Os átomos são partículas esféricas sólidas. IV. Modelo Atômico de Rutherford Böhr D. determinou a natureza das radiações α (positiva), β (negativa) e γ (neutra) E. Seu modelo atômico é comparado ao “sistema solar”. F. O elétron tem energia constante em sua órbita. V. Modelo Atômico Atual G. O elétron é uma “partícula-onda”. a) IIC, IIIA, VD, IVE, VIIB. b) IB, IIA, IVG, VD, VIE. c) IIA, IIIC, IVB, VIE, VIID. d) IC, IIA, IVB, VI E, VIID. e) IC, IIA, IIIB, IVF, VG. 40 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 7 - 2 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 24. Quando você estuda um movimento em que a velocidade escalar se mantém constante ele é chamado de uniforme. Ao observar uma pessoa subindo ou descendo uma escada rolan- te, ela estará executando um movimento uniforme em trajetória retilínea, ou seja, um movimento retilíneo uniforme. Matematicamente o movimento uniforme utiliza uma equação que corresponde a uma função do 1º grau para determinar a posição de um móvel em função do tempo. Essa função pode ser representada através de um gráfco. O gráfco abaixo representa a variação da posição de uma pessoa que se movimenta num elevador subindo do 1º andar até o 4º andar de um prédio, em função do tempo que ela leva para executar o movimento. Analisando o gráfco podemos afrmar que a velocidade escalar do elevador é, em m/s, igual a a) 1,25 b) 1,5 c) 2,0 d) 2,25 e) 3,0 25. Galileu Galilei (1564-1642) deu início à ciência moderna ao unir a experimentação ao raciocínio lógico da matemática. Além de defender o modelo heliocêntrico de Nicolau Copérnico (1473-1543), ele utilizou uma luneta para observar a lua e o movi- mento dos planetas e seus satélites. Este instrumento científco inventado por um holandês no século XVI era constituído por duas lentes que possibilitavam a ampliação dos objetos observados. As lentes utilizadas na luneta eram a) cilíndricas convexas. b) cilíndricas convergentes. c) cilíndricas divergentes. d) esféricas convergentes. e) esféricas divergentes. 26. Geradores são dispositivos que transformam uma forma qualquer de energia em energia elétrica. As pilhas são exemplos de geradores, transformando energia química em energia elétrica. As pilhas são constituídas de uma substância condutora de cargas elétricas, o eletrólito, em que é inserida uma barra de carbono. O eletrólito é envolvido por uma lâmina de zinco. Reações químicas que ocorrem no eletrólito separam íons positivos que se acumulam no carbono e íons negativos que se acumulam no zinco, criando uma diferença de potencial (ddp) em torno de 1,5 V. Imagine uma lanterna que funcione com 02 (duas) pilhas ligadas em série a uma pequena lâmpada de 6,0 Watts fabricada para esta lanterna. Podemos afrmar que a resistência da lâmpada deverá ser de a) 0,50 : b) 1,0 : c) 1,5 : d) 2,0 : e) 2,5 : 27. Isaac Newton, além de estudar o movimento dos corpos celestes e terrestres, estudou também os fenômenos ópticos e a natureza da luz. Newton, na segunda metade do século XVII, descobriu que a luz branca era a mistura de sete cores, as mesmas que compõem o arco-íris (vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta). Ele observou um raio de luz solar atravessar um prisma de vidro e decompor-se nessas sete cores que denominou de espectro da luz solar. Podemos enxergar os objetos que nos rodeiam por emitirem luz própria ou por refetirem a luz que chega até eles. Objetos que recebem a mesma luz podem ser vistos de cores dife- rentes porque vemos a cor refetida por ele. Com que cores você verá uma bandeira do Brasil, feita em tecido com pigmentos puros, em um ambiente fechado que só tenha luz verde? a) Totalmente verde. b) Verde e amarelo. c) Verde e azul. d) Verde e preto. e) Verde e branco. 28. “No Brasil, as biofábricas de microorganismos entomopató- genos (que causam doenças em insetos) ainda são pouco conhe- cidas, embora o setor esteja crescendo a passos largos. Na Univer- sidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Cascavel, um projeto destinado à construção de um laboratório para produzir fungos irá atender à demanda de pequenos agricultores da região por esses agentes microbianos.[...] Serão produzidos Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana, espécies de fungos que atacam ácaros, cigarrinhas e moscas-brancas, entre outras pragas comuns nas propriedades locais." (Revista Ciência Hoje,Vol. 39, setembro, 2006. p.40) De acordo com o texto, o projeto da Unioeste busca oferecer aos pequenos produtores da região a possibilidade da aplicação de a) defensivos químicos. b) irrigação de culturas. c) aração do solo. d) rotação de culturas. e) controle biológico. 29. Considere a pressão atmosférica como o peso da coluna de ar sobre determinado ponto. Jogadores de futebol profssional, no início de uma partida, chegam a consumir até 5 litros de oxigênio por minuto. Ao nível do mar, como a pressão atmosférica é máxima (maior altura da coluna de ar) e uma maior quantidade de oxigênio está disponível, tal esforço não chega a ser tão grande, quanto o de um jogador que treina a 1500 metros de altitude. Neste último caso, para que o jogador consiga a mesma quantidade de oxigênio, seu organismo, a longo prazo, deverá a) aumentar o ritmo da respiração para eliminar mais gás carbônico. b) diminuir o ritmo da respiração a fm de manter uma maior quantidade de oxigênio no sangue. c) aumentar a produção de glóbulos vermelhos para carregar mais oxigênio no sangue. d) aumentar o volume de sangue circulante para carregar mais oxigênio. e) acelerar os batimentos cardíacos fazendo o sangue circular mais rápido. 41 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 7 - 2 ª F A S E apostila de provas / 2012 30. A água é fundamental aos seres vivos, que possuem quantidades variáveis em seus tecidos. Uma água-viva possui cerca de 95% de água, enquanto o milho, tem aproximadamente 70%. Mesmo em lugares secos, como os desertos, existem animais e plantas bem adaptadas a pouca quantidade de água no ambiente. Analise as al- ternativas abaixo a respeito da água e marque o item cuja afrmativa apresenta erro. a) A água é um solvente universal, permitindo que um grande número de substâncias se misturem a ela formando soluções. b) A água consumida pelo seres vivos é devolvida à atmosfera, principalmente, pela respiração e pela transpiração que os organismos realizam. c) A tensão superfcial da água permite que pequenos animais caminhem sobre a água sem afundar. d) A quantidade de vapor d’água na atmosfera não infuencia o clima de uma região. e) Os icebergs futuam nos mares, pois o gelo é menos denso do que a água líquida. CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 31. O período moderno, compreendido entre os séculos XV e XVIII, possui como referências na política, na economia e nas relações entre metrópoles e colônias, respectivamente. a) o Estado absolutista, o livre-comércio e o neocolonialismo. b) o Estado nacionalista, o intervencionismo e o nepcolonialismo. c) o Estado absolutista, o liberalismo e o pacto colonial. d) o Estado absolutista, o mercantilismo e o pacto colonial. e) o Estado liberal, o livre-comércio e o neocolonialismo. 32. A recuperação do legado cultural da Antiguidade Ocidental Clássica, a valorização do indivíduo e o laicismo são, elementos que podem ser associados. Contribuiu para o processo de expansão comercial e marítima no início da Época Moderna: a) ao Renascimento cultural europeu. b) aos movimentos liberais europeus e americanos. c) à Reforma Religiosa do século XVI. d) aos movimentos heréticos medievais, que desafaram os dogmas da Igreja. e) ao calvinismo e sua revolucionária ideia de salvação. 33. Contribuiu para o processo de expansão comercial e marítima no início da Época Moderna: a) a crise do Estado absolutista europeu, obrigado a procurar novas fontes de riqueza e poder. b) a tentativa de superação dos entraves ao desenvolvimento do comércio europeu ao fm do período medieval. c) o fortalecimento das cidades-Estado da Europa do Norte, principais interessadas em romper com o monopólio comercial dos muçulmanos. d) o confito religioso e político entre católicos e protestantes, que afetaram a economia da Europa ocidental e meridional. e) o desenvolvimento de amplas relações comerciais e políticas com os Estados do oriente, interessados em fazer aliança com os europeus contra os muçulmanos. 34. Marque a frase que contém características do período colonial brasileiro. a) Latifúndio, a mão de obra escrava e a produção de café foram uma das principais características da economia colonial. b) O tráfco negreiro foi um fator essencial para a produção co- lonial uma vez que os negros africanos foram a única mão de obra escrava utilizada em todo o período colonial. c) A exploração de ouro no século XVIII representou modifcações no comércio interno da colônia e favoreceu o aparecimento de novos núcleos urbanos. d) A atividade açucareira estava intimamente ligada aos interesses metropolitanos e, por isso, recebeu um controle e uma vigilân- cia semelhante ao realizado sobre a exploração do ouro. e) O comércio interno entre as regiões da colônia foi impulsionado pela venda do gado da região nordeste para todas as províncias. 35. Sobre o processo da independência do Brasil, seria correto afrmar que a) envolveu os interesses da burguesia brasileira, em especial os donos de manufaturas que queriam o fm do pacto colônia para expandir seus negócios. b) teve a intensa participação de boa parte dos escravos, em função da promessa de liberdade ofertada por seus senhores caso estes lutassem contra as tropas portuguesas. c) foi impulsionada pela luta dos setores populares que queriam ter acesso a terra e eram impedidos pela Legislação portuguesa. já que esta restringia a posse da terra à nobreza. d) ocorreu dentro dos interesses dos grandes proprietários de terra na colônia, gerando uma mudança política que acabou defnitivamente com o perigo da volta do pacto-colonial. e) gerou a implantação de mudanças substanciais no novo país, principalmente a adoção de princípios liberais como o fm do pacto-colonial e adoção do voto universal. 36. A Nike, grande fabricante mundial de tênis, possui, numa ci- dade norte-americana, 500 funcionários encarregados do design, do marketing, das operações fnanceiras e da organização das ven- das. São funcionários de elevada qualifcação, remunerados por um padrão salarial também elevado. Os modelos recém-criados nos Estados Unidos são transmitidos, via computador, para uma central na Malásia. Ali se produzem os protótipos, depois entre- gues a várias fábricas no Sudeste da Ásia, onde 15 mil assalariados se encarregam, fnalmente, da produção material do tênis Nike. Jacob Gorender. In:Flávia A.M. de Oliveira(org.).Globalização,Regionalização e Nacfonafsmo. São Paulo.Unesp.1999. Assinale a opção que explica essa fragmentação do processo pro- dutivo das multinacionais. a) A disponibilidade de matéria-prima e a mão de obra qualifcada são fatores determinantes na localização dessas indústrias. b) O aquecimento da economia do Sudeste Asiático tem aumen- tado o consumo de tênis na região. c) Essas empresas multinacionais respeitam as fronteiras das nações, o que justifca a produção no local de maior consumo. d) O alto custo do serviço de transporte não permite que a pro- dução dos Estados Unidos seja distribuída no mundo. e) As multinacionais buscam custo de produção mais baixo e maior produtividade. 42 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 0 7 - 2 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 37. A agricultura moderna aplica a ciência e a tecnologia para proporcionar aumento da produção e da produtividade. Com isso, muitas transformações vêm ocorrendo na zona rural mundial e brasileira. São mudanças resultantes da modernização agrícola, exceto: a) submissão ao grande capital, interferência das grandes empresas na comercialização e industrialização. b) o aumento da produção e de produtores especializados em determinadas culturas. c) o aperfeiçoamento dos mecanismos de escoamento da produção e comercialização. d) mudanças nas relações de trabalho com o aumento da infor- malidade e diminuição do trabalho assalariado. e) grande utilização de energia, água e insumos agrícolas no desenvolvimento das culturas. 38. A estrutura etária brasileira está sofrendo mudanças, se distan- ciando das estruturas dos países subdesenvolvidos e se aproximan- do das estruturas dos países desenvolvidos. A respeito da estrutura etária brasileira, podemos afrmar que a) o aumento do percentual de jovens é resultante dos elevados índices de natalidade nos grandes centros. b) a idade mediana teve um aumento, pois em todas as regiões aumentou a parcela de adultos e de idosos. c) a redução do percentual de idosos resulta da diminuição da expectativa de vida. d) o crescimento vegetativo acelerado tem contribuído para o aumento dos percentuais de jovens e adultos. e) a elevada mortalidade infantil não permite uma maior expansão do percentual de jovens, mas permite uma maior elevação do número de adultos. 39. O clima compreende os diversos fenômenos climáticos que ocorrem na atmosfera de um planeta. Marque a alternativa em que o tipo de clima está corretamente associado às suas características. a) Clima Equatorial o altas médias térmicas anuais, recebe intensa insolação o localiza-se em baixas latitudes o apresenta amplitudes térmicas reduzidas. b) Clima Tropical o as chuvas concentram-se no inverno, alter- nância entre uma estação chuvosa e outra seca o ocorre em altas latitudes, apresenta altas temperaturas.” c) Clima Desértico o abundância de chuvas, apresenta altas temperaturas, possui pequenas amplitudes térmicas, correntes marítimas frias atuam em sua formação. d) Clima Temperado o contrastes muito grandes de temperatura, temperaturas médias de verão baixas, temperaturas médias de inverno altas, amplitudes térmicas geralmente baixas. e) Clima Polar o predomina nas baixas latitudes, apresenta invernos gelados, lugares típicos deste clima: Antártida e Gro- enlândia. 40. Em que tipo de solos acontece mais intensamente o processo de “Lixiviação”? a) Solos em áreas muito desérticas, pois o processo de lixiviação resseca, tornando-o impermeável. b) Solos com excesso de húmus, pois os nutrientes diminuem o pH dos solos, tornando-os ácidos, acelerando assim o processo de lixiviação. c) Os solos em áreas muito frias, pois o gelo “queima” a camada superfcial dos solos, tornando-os empobrecidos e só permi- tindo o cultivo no verão. d) Os solos submetidos à ação intensa das chuvas, pois a água carrega os nutrientes empobrecendo os horizontes superfciais. e) Os solos muito arenosos ou pedregosos, pois este tipo de solo não retém a umidade necessária para torná-la fértil. MATEMÁTICA 41. Seja x a solução da equação considerando o conjunto universo U={x ∈IR/ x > a) Calcule x. b) Determine o valor do maior inteiro não superior a x. 42. A intensidade da força F de ação mútua entre duas cargas elé- tricas puntiformes Q 1 e Q 2 é diretamente proporcional ao produto do valor dessas cargas e, inversamente, quadrado da distância d que as separa. Este enunciado é conhecido como Lei de Coulomb e pode ser escrito da seguinte forma: F = K 0 . 1 2 2 Q . Q d onde K 0 é uma constante de proporcionalidade que depende do meio onde estão as cargas. Determine a intensidade da força F, sabendo-se: K 0 = 9 x 10 9 Q 1 = 2,5x 10 -6 Q 2 10 -6 d = 0, 01 43. Calcule o valor da expressão: -2 -3 101 80 0 8 2 . - -(-2) 9 3 E = 2 (-1) -(-1) +(-1) + 3       44. No paralelogramo ABCO abaixo, P é um ponto pertencente ao prolongamento do lado. Se PMé mediatriz do lado AB , PNé mediatriz do lado BC e BCO = 55°, determine a medida do ângulo l MPN . 45. Considere as diferenças: 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ; ; ; ; . 2 2 3 3 4 4 5 5 6 − − − − − a) Determine o valor da soma 1 1 1 1 1 1.2 2.3 3. 4 4.5 5.6 + + + + b) Calcule a soma 1 1 1 1 1 1 1 ... 1.2 2.3 3. 4 4.5 5.6 6.7 999.1000 + + + + + + + 46. Em uma gaveta de armário de um quarto escuro, há 3 camise- tas vermelhas, 4 camisetas brancas e 5 camisetas pretas. Qual é o número mínimo de camisetas que se deve retirar da gaveta, sem que se vejam suas cores, para que: a) Se tenha certeza de ter retirado duas camisetas de cores diferentes. b) Se tenha certeza de ter retirado duas camisetas de mesma cor. 43 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 0 7 - 2 ª F A S E apostila de provas / 2012 47. A representação gráfca das funções f (x) = 3x, g(x)=- 3 x +2e h(x)=0 , no mesmo plano cartesiano, determinam um triângulo T. Deter- mine a área da coroa circular defnida pelos círculos inscrito e circunscrito a T. 48. Em um trapézio ABCO, de bases e, tem-se que BÂD = 135° e o BCD 45 . AF = Sabe-se ainda que E e F são os pés das alturas BE e que a base maior CD é o triplo de AB . Qual é a razão entre as áreas de ABEF e ABCO? 49. Num exame de aptidão física, 60 (sessenta) candidatos correram uma distância de 12 km. Sabendo que o tempo médio (média aritmética) dos dez primeiros foi de 16,2 minutos, e o tempo médio dos restantes foi de 19,8 minutos, determine o tempo médio dos 60 candidatos. 50. Resolva a equação 59 1 = 3+ 1 19 x + y no universo dos números naturais. 44 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 0 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Leia os textos com atenção e, em seguida, responda às questões. Texto 1 Os números não mentem 05 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Os números têm o dom de intimidar as pessoas. Se alguém disser, por exemplo, que a maioria das mulheres casadas é infel, haverá à mesma mesa quem o conteste imediatamente. Mas, se a afrmação for que 57,8 por cento das mulheres casadas são inféis, a respeitabilidade da informação é rapidamente estabelecida, embora, é claro, tanto uma assertiva quanto a outra possam não passar, como no caso, de chutes sem o menor respaldo na realidade. Dizem que um matemático uma vez confrontou Diderot, o enciclopedista, que era ateu, com a sentença “a + b = x, logo Deus existe”. Diderot teria embatucado, vencido pelo aparente rigor científco da afrmativa, que, naturalmente, quer dizer apenas que a soma de dois números determinados é igual a um terceiro e é preciso ser bastante panteísta para acreditar que Deus está envolvido no assunto. Além disso, fomos acostumados a ouvir e repetir que os números não mentem. Mentiriam, neste caso, as palavras, enquanto os números, com toda a exatidão que sugerem, seriam sempre confáveis. Mas é óbvio que nem números nem palavras mentem. Quem mente são as pessoas que usam esses números e palavras. E mentem com tamanha desfaçatez que trazem uma péssima reputação à pobre ciência estatística, que já foi e continua vítima de toda sorte de vilipêndio, tais como o que a descreve como a arte de mentir com precisão ou aquela que leva um su- jeito a afogar-se num rio com a média de 50 centímetros de profundidade. Não é bem assim, mas às vezes parece ser. No dia a dia das notícias, as estatísticas nos perseguem, até porque, jogadas a torto e a direito, entram em fre- quente contradição umas com as outras, ou, o que é ainda mais afitivo, com a realidade que defrontamos. Estarão mentindo, ou o que vemos e ouvimos não passa de uma impressão paranoica? Que estarão querendo dizer com “o brasileiro médio”, “a dona de casa de classe média” ou “os ricos” ou qualquer outra das centenas de categorias em que nos dividem o tempo todo? Bem... não vou dar aula de estatística aqui, até porque me falta qualifcação e o que sei dela já lá se vai em au- las longínquas, nunca mais rememoradas. Mas encontrei, esquecidas num dos socavões do computador, algumas notas que tomei para mostrar o uso sem-vergonha das estatísticas, que nos pega todo santo dia. Não sei de onde tirei originalmente essas notas e, se são trabalho alheio, me apresso em agradecer, embora não saiba a quem. O objeto escolhido para a “pesquisa” é o pão e o objetivo é provar que ele faz mal. Os percentuais citados não são reais nem têm importância. É com truques como esses que nos empulham e aterrorizam todo santo dia. Aí estão os resultados “estatísticos” para a pesquisa sobre o pão. Os números não mentem. 1. 100% dos consumidores de pão acabam mortos. 2. 98,3% dos presidiários que cumprem pena por crimes violentos são usuários de pão. 3. 85,2% de todos os alunos do ensino médio que obtêm resultados insatisfatórios nas provas consomem pão diariamente. 4. No século XVIII, quando todo o pão era preparado nas próprias residências dos consumidores, a expecta- tiva de vida média era de menos de 50 anos. As taxas de mortalidade infantil eram absurdamente elevadas, muitas mulheres morriam de parto e doenças tais como as febres tifoide e amarela dizimavam cidades inteiras. 5. 92,7% dos crimes violentos são cometidos dentro de 24 horas depois da ingestão de pão. 6. O pão é feito basicamente de farinha de trigo. Está provado que menos de 500 gramas de farinha de trigo são sufcientes para sufocar um rato. O indivíduo médio, que consome dois pães de cinquenta gramas por dia, terá ingerido, no fm do mês, farinha sufciente para matar seis ratos. 7. Sociedades tribais primitivas que não fazem uso do pão apresentam baixa incidência de câncer, do Mal de Alzheimer, de Parkinson e de osteoporose. 8. Está provado estatística e cientifcamente que o uso do pão causa dependência física e mental. Pesquisa feita em voluntários revelou que 99,8% daqueles que foram submetidos a uma dieta forçada, somente à base de água, imploraram por pão, em três dias ou menos. 9. O pão é um alimento frequentemente utilizado em conjunto com outros alimentos pesados e prejudiciais à saúde, tais como a manteiga, queijo, geleia e embutidos, todos ricos em gorduras e colesterol. 10. Testes científcos comprovaram que o pão absorve a água. Partindo da premissa de que mais de dois terços do corpo humano são água, todo aquele que ingere pão corre o risco de sofrer desidratação grave. 11. O pão é assado em fornos cujas temperaturas são mantidas acima de 200° Celsius. Essa temperatura pode matar um ser humano adulto em menos de um minuto. 12. 58% dos indivíduos que consomem pão são totalmente incapazes de distinguir entre fatos científcos com- provadamente signifcativos e baboseiras pseudoestatísticas sem sentido e manipuladas, como esta. Claro nós não estamos nesses 58% (ou 58,4 ou 46,9), nós somos prevenidos contra esse tipo de coisa. É ver- dade. E assim me despeço, congratulando-me com todos vocês, pois 97,6% dos que leram esta coluna no domingo passado se mantiveram a semana inteira com a saúde estável e sem problemas no trabalho. (RIBEIRO, João Ubaldo. Os números não mentem. In: O Globo, 09 ag. 2009, p. 07) 45 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 0 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 Texto 2 Matemática 05 10 15 20 Matemática é mágica exata É um pedal para a construção O pensamento vai formando O que desliza pelas mãos. Se me atrapalho contando nos dedos, Faço a soma em qualquer papel. Acendendo os números na mente-painel Se em alguns casos Lanço mão da subtração Cubro essa visão: é a soma na contra mão. Na multiplicação a mente se intensifca Muito cuidado para não bailar na pista. A magia de duplicar e de permitir de uma só vez [muito somar. É legal estabelecer uma relação com tanto avanço, Pois, se contrario a matemática da multiplicação, Encontro o avesso, a divisão. É sempre uma via de mão dupla De uma tacada fazemos um golaço Bola na caçapa da sinuca O plano da mesa contém a base da geometria: Os cantos da mesa formam ângulos retos Os lados são retas retas E com essas ideias de exata magia Tá formado o universo. Leudo Carvalho Texto 3 Canção Excêntrica 05 10 15 Ando à procura de espaço para o desenho da vida. Em números me embaraço e perco sempre a medida. Se penso encontrar saída, em vez de abrir um compasso, protejo-me num abraço e gero uma despedida. Se volto sobre meu passo, é distância perdida. Meu coração, coisa de aço, começa a achar um cansaço esta procura de espaço para o desenho da vida. Já por exausta e descrida não me animo a um breve traço: - saudosa do que não faço, - do que faço, arrependida. (MEIRELES, Cecília: In: Melhores poemas de Cecília Meirelles / seleção de Maria Fernanda Meireles. 8 ed. São Paulo: Global, 1996, p. 32) 01. Pode-se afrmar que, para sustentar a ideia apresentada no início do texto 1, o escritor argumenta com base em a) dados históricos b) comparações c) exemplifcações d) falácias 02. O uso das aspas em “O objeto escolhido para ‘pesquisa’(...)” e “Aí estão os resultados ’estatísticos’(...)” (texto 1; linhas 24 – 26) justifca-se porque atribui ao trecho um tom a) humorístico b) crítico c) fctício d) irônico 03. As marcações linguísticas observadas no texto de João Ubaldo Ribeiro, tais como “até porque, jogados a torto e a direito, (...)” (texto 1; linhas 15), exemplifcam um dos tipos de registros linguísticos. Assinale o item que o identifca. a) Formal b) Coloquial c) Regional d) Vulgar 04. Um “No dia a dia das notícias, as estatísticas nos perseguem, até porque, jogadas a torto e a direito, entram em frequente con- tradição umas com as outras ou, o que é ainda mais afitivo, com a realidade que defrontamos. Estarão mentindo, ou, o que vemos e ouvimos não passa de uma paranoica?” (texto 1; linhas 15–17), o termo grifado se refere a a) estatísticas b) umas c) outras d) notícias 05. O texto 1 apresenta uma refexão acerca da referência a percen- tuais em pesquisas, tática utilizada para induzir pessoas ao dizer que os números não mentem, o narrador a) tenta legitimar as pesquisas que utilizam números como critério b) usa a ironia, pois revela a manipulação feita a partir dos núme- ros utilizados em pesquisas c) demonstra gostar do raciocínio matemático d) monstra a importância das pesquisas sobre o pão 06. A função expressiva ou emotiva da linguagem refete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções resultados em textos subjetivos. Verifca-se o predomínio da função emotiva da linguagem, nas orações abaixo, exceto em: a) “Bem... não vou dar aula de estatística.” b) “Se me atrapalho contando nos dados.” c) “Muito cuidado para não bailar na pista.” d) “Ando à procura de espaço.” 07. Em “Os números não mentem” (texto1; título e linha 26), “Se me atrapalho contando nos dedos” (texto 2; verso 5) e “Em números me embaraço” (texto 3; verso 3), ocorre a) uma comunhão de ideias, nos textos 2 e 3, decorrente da exatidão dos números, já explicitada no texto 1. b) uma contradição, uma vez que o texto de Cecília Meireles atri- bui aos números o fato desencadeador de um confito interno. c) uma ironia do texto 3 em relação ao 1 e ao 2, pois a perda da medida sugere que os números não são algo exato. d) uma relação de intertextualidade, em que o texto de Cecília Meireles retoma o de João Ubaldo e o de Leudo Carvalho para criticar o uso de estatísticas. 46 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 0 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 08. “Pois se contrário a matemática da multiplicação/ Encontro o avesso, a divisão.” (texto 2; verso 15 – 16) e “Se penso encontrar saída/ em vez de abrir um compasso/ Projeto-me num abraço/ e gero uma despedida” (texto 3; verso 5 – 8), percebe-se uma asso- ciação entre os sentimentos do eu lírico e os cálculos matemáticos. Assinale o item em que tal aproximação NÃO ocorre. a) “Na multiplicação a mente se intensifca” (texto 2; Verso 11) b) “A magia de multiplicar e de permitir de uma só vez somar.” (texto 2; verso 13) c) “Plano da mesa contém a base da geometria:” (texto 2; verso 20) d) “Já por exausta e descrita/ Não me animo a um breve traço” (texto 3; verso 15–16) 09. De acordo com os textos, assinale o item que substitui correta- mente, os termos sublinhados, nas frases abaixo, sem lhes alternar o sentido. I. “E mentem com tamanha desfaçatez...”(texto 1; linha 12) II. “...continua vítima de toda sorte de vilipêndio, ...” (texto 1; linha 13) III. “...que nos empulham e aterrorizam ...” (texto 1; linha 25) IV. “Já por exausta e descrita” (texto 3; verso 15) a) falta de pudor / desprezo / iludem / esgotada b) deslealdade / desgosto / amedrontam / cansada c) malícia / descanso / impões / gasta d) vergonha / expectativa / ludibriam / enganada 10. Os três textos abordam uma temática em comum. Apontem a alternativa que resume adequadamente a ideia central dos três. a) Expõem as difculdades ao lidar com os cálculos matemáticos. b) Demonstram a exatidão contida nos números. c) Valorizam as medidas geométricas na divisão dos espaços. d) Evidenciam a polêmica inserção dos números no cotidiano das pessoas. 11. Três apostadores Fulano, Beltrano e Ciclano, famenguistas faná- ticos, fzeram as seguintes apostas em relação aos próximos cinco jogos que o Flamengo vai disputar. Os resultados foram esses: FULANO V E D 1 X 2 X 3 X 4 X 5 X BELTRANO V E D 1 X 2 X 3 X 4 X 5 X CICLANO V E D 1 X 2 X 3 X 4 X 5 X (Onde: V: vitória; E: empate; D: derrota) Ao fnal dos cinco jogos, perceberam que Fulano acertou 3 palpites, Beltrano, três palpites e Ciclano, dois palpites. Quantas vitórias o Flamengo obteve nesses cinco jogos? a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 12. Sendo x um número real posi t i vo, ( ) = + 2 2 a x 1 e   =     + 2 x –1 b 1– x 1 , então a b vale: a) ( ) x x x –1 b) x x c) ( ) + x x 1 d) ( ) + 2 x x x 1 13. Se x + y = 1 e x 2 + y 2 = 2, então x 3 + y 3 é igual a: a) 3,5 b) 3 c) 2,5 d) 2 14. Caio aplicou, por dois meses, uma certa quantia à taxa de 10% ao mês, um sistema de juros simples. Sua irmã Luisa aplicou a mesma quantia, com a mesma taxa e durante o mesmo período de tempo, porém num sistema de juros compostos. Em relação ao juro recebido por Caio, o juro recebido por Luisa foi: a) 5% menor b) 5% maior c) 10% menor d) 10% maior 15. “As formas poliédricas são encontradas na natureza. Os al- véolos que compõem o favo de mel das abelhas lembram prismas hexagonais que se encaixam perfeitamente compondo o favo de mel. Com eles, as abelhas obtém, para uma certa quantidade de cera, um máximo espaço.” (TRECHO RETIRADO DO ARTIGO Poliedros, abelhas, arquitetura e ... futebol, DO PROFESSOR LUIZ MENDES) 47 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 0 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 Considere que um favo de comprimento 3,8 cm e 8,5 cm de largura tem alvéolos organizados como a fgura a seguir e que a distância entre dois vértices opostos de cada alvéolo é 5 mm. Desprezando as sobras de espaço entre alvéolos e as paredes do favo, quantos alvéolos completos constituem esse favo? (aproxime 3 para 1,7) a) 1970 b) 1950 c) 2870 d) 3920 16. ABCDE é um quadrado, M e N são pontos médios dos lados BC e CD, respectivamente. Os arcos BD e CD, respectivamente. Os arcos BD e MN têm centro em C. Sabendo que a área da região quadriculada é igual a 344 cm 2 , utilize π = 3,14 para determinar o perímetro da região pontilhada, em centímetros. a) 94,2 b) 134,2 c) 80 d) 120 17. Sabendo que o algarismo 1 aparece 202 vezes na numeração de páginas iniciais sucessivas de um livro, quantas páginas tem esse livro? a) 440 b) 500 c) 510 d) 540 18. Sejam − ⋅ ⋅ ⋅ = 6 2 9 10 (1,0 10 ) x (0,01) e − − ⋅ + ⋅ 9 11 9 10 1 10 , pode-se afrmar que a ordem de grandeza do número xy é: a) −9 10 b) −8 10 c) −7 10 d) −6 10 19. A soma dos números inteiros que satisfazem a inequação: − + − ≥ 2 x 21 x 3 0 é: a) 3 b) 4 c) 5 d) 6 20. Observe o mapa sobre a gripe suína: Considerando que conheço uma pessoa que morreu por gripe suína. Qual é o valor que mais se aproxima da probabilidade dela ser paulista ou carioca? a) 54% b) 44% c) 13% d) 5% 21. Os materiais encontrados na natureza são, em geral, misturas de várias substâncias. Mesmo em laboratório, quando tentamos preparar uma só substância, acabamos, normalmente, chegando a uma mistura de substâncias. Tornando-se então importante, nos laboratórios e também nas indústrias químicas, separar os componentes das misturas até que cada substância pura fque totalmente isolada das demais. Com base no texto apresentado acima podemos afrmar que: a) a fltração simples pode ser utilizada para separar água e álcool. b) a decantação é o melhor método para separar areia e serragem. c) a dissolução fracionada é um método auxiliar na separação de areia e sal. d) a destilação pode ser utilizada para separar sal e açúcar. 22. De acordo com a classifcação periódica dos elementos quími- cos, considere as afrmações a seguir: I. O rádio é considerado um metal de transição, pois pode formar cátions com diferentes números de oxidação. II. O ânion seleneto (Se 2- ) apresenta oito elétrons na camada de valência. III. O tungstênio é um metal que, no estado fundamental, apresenta elétrons distribuídos em seis camadas eletrônicas. IV. O ástato é um gás nobre e o seu número atômico é 85. V. O antimônio é um elemento que não pertence à família dos calcogênios. Estão erradas somente: a) I e III. b) II e III. c) II e IV. d) I e IV. 48 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 0 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 23. Considere as reações abaixo: I. + → + (s) 3 4(aq) 3 4 2(s) 2 (I) CaO H PO Ca (PO ) H O II. → + + 4 2 3(s) 3(g) 2 (v) 2(g) (NH ) SO NH H O SO III. + 2(g) 3(s) N Br A classifcação correta de cada reação química seguida da sequ- ência dos coefcientes dos reagentes e produtos necessários para o balanceamento adequado, estão representadas pela alternativa: a) I- Síntese (3-2-1-3); II- decomposição (2-1-2-1); III- simples troca (2-3-4). b) I- dupla troca (3-1-2-3); II- decomposição (2-1-2-1); III- síntese (1-2-3). c) I- adição (3-2-1-3); II- simples troca (1-2-1-1); III- síntese (1-3-2) d) I- dupla troca (3-2-1-3); II- análise (1-2-1-1); III- síntese (1-3-2) 24. No dia 22 de julho de 2009, aconteceu um dos maiores es- petáculos celestes deste século. O eclipse solar total mais longo da história foi observado, por completo, pelos dois países mais povoados da Terra, a China e a Índia. No Brasil, o próximo eclipse solar ocorrerá no ano de 2023 e poderá ser visto dos Estados do Norte e do Nordeste. Na ocasião o eclipse será do tipo anular, quando um anel solar permanecerá visível em torno da Lua. Eclipse total só será visível em 2045. Um eclipse do Sol ocorre sempre que a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol. Se durante um eclipse a Lua encobrisse completa- mente o disco do Sol, seria chamado de eclipse total. Caso contrá- rio, eclipse parcial. Se durante um eclipse a Lua estiver próxima de seu apogeu (maior afastamento da Terra). Seu diâmetro aparente parecerá menor que o do Sol e por não cobrir todo o disco, parte do Sol ainda permanecerá visível em forma de anel, daí o nome “anular” para este tipo de eclipse. Anular signifca “em forma de anel”. A respeito da formação de eclipses, quais afrmações abaixo são corretas? I. O eclipse total do Sol é observado nas regiões da Terra situadas na sombra da Lua. II. O eclipse parcial do Sol é observado nas regiões da Terra situ- adas na penumbra da Lua. III. Quando a Lua penetra no cone de sombra da Terra ocorre o eclipse total da Lua. IV. O eclipse anular do Sol é um tipo de eclipse parcial e, por isto, o observador que presencia um eclipse solar anular encontra-se na penumbra da Lua. a) I e II b) II e III c) III e IV d) I, II, III e IV 25. A Lua é uma fonte de luz secundária. Ela pode ser observada porque refete a luz que recebe do Sol. A luz do Sol, refetida pela Lua, atinge a Terra após, cerca de 0,021 min. Sendo a velocidade de propagação da luz no vácuo de 300.000 km/s, podemos afrmar que a distância da Lua à Terra é de, aproximadamente: a) 3,8 x 10 5 km. b) 6,3 x 10 3 km. c) 3,8 x 10 5 m. d) 6,3 x 10 3 m. 26. Isaac Newton, no século XVII, enunciou os Princípios do movimento dos corpos celestes e terrestres, que constituem os pilares da Mecânica Clássica, conhecidos como as Leis de Newton, relativas ao movimento. Estudando o movimento da Lua ele concluiu que a força que a mantém em órbita é do mesmo tipo da força que a Terra exerce sobre um corpo colocado nas suas proximidades. Podemos concluir que: A Terra atrai a Lua. a) e a Lua atrai a Terra com forças que têm a mesma intensidade, a mesma direção que passa pelo centro dos dois corpos e sentidos contrários, e por isso se anulam, de acordo com a Terceira Lei de Newton. b) e a Lua atrai a Terra com forças que têm a mesma intensidade, a mesma direção que passa pelo centro dos dois corpos e sentidos contrários, de acordo com a Terceira Lei de Newton. c) com força de intensidade seis vezes maior do que a intensidade da força com que a Lua atrai a Terra, de acordo com a Segunda Lei de Newton. d) e a Lua atrai a Terra por inércia, de acordo com a Primeira Lei de Newton. 27. Até o século XVIII a natureza corpuscular da luz prevaleceu. A partir do século XIX a teoria ondulatória eletromagnética que propõe ser a luz constituída por ondas eletromagnéticas, passou a predominar. Foi Albert Einstein, já no fnal do século XIX, início do século XX, quem retomou a teoria corpuscular. Para ele, a luz e toda a radiação eletromagnética é emitida ou absorvida de modo descontínuo, na forma de corpúsculos energéticos (fótons), cada um transportando uma quantidade defnida de energia. Atualmente admite-se que a luz tem dupla natureza, corpuscular e ondulatória. Desta forma é possível explicar todos os fenômenos óp- ticos, uns com a teoria ondulatória, outros com a teoria corpuscular. A retina do olho humano é sensível à radiação eletromagnética de uma pequena faixa de comprimento de onda, em torno de 10 -8 m. Sendo a velocidade de propagação da onda eletromagnética, no vácuo, igual a 3,0 x 10 8 m/s, podemos afrmar que a frequência correspondente à faixa de luz visível é de a) 3,0 x 10 8 Hz b) 3,0 x 10 8 KHz c) 3,0 x 10 8 MHz d) 3,0 x 10 8 GHz 28. O vírus infuenza A (H1N1) conhecido como agente causador da gripe Suína, alterou a rotina da educação brasileira no segundo semestre de 2009 ao adiar o retorno de milhões de estudantes às salas de aula. A medida preventiva tomada pelo Ministério da Edu- cação (MEC), com base nas recomendações de autoridades da área de saúde pública, cumpridas pela maior parte das escolas públicas e privadas, foi relevante e decisiva na luta contra a propagação viral. Não faltou espaço na mídia para os esclarecimentos necessários à população sobre a gripe A. Analise as alternativas abaixo, e assinale o item cuja afrmativa apresenta ERRO do ponto de vista biológico sobre o vírus infuenza A (H1N1) e a virose (gripe A). a) Possui um núcleo individualizado com o material genético viral. b) Deve evitar locais fechados com grande aglomeração de pessoas. c) Apresenta um envoltório, capsídio, formado por proteínas virais que protege o ácido nucleico. d) É uma pandemia por caracterizar um alerta mundial. 49 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 0 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 29. Em 16 de agosto de 2009 foi ao ar a entrevista exclusiva conce- dida ao programa Fantástico pelo modelo e ex-BBB 2. O modelo sofreu uma grave lesão na coluna e está paraplégico, sem movimen- tos da cintura para baixo. “O acidentado sofreu uma fratura na 12ª vértebra. Fragmentos do osso, além do impacto violento da batida, lesionaram a medula. Foram seis horas de cirurgia para aliviar a pressão na área e colocar oito pinos de titânio nas vértebras vizinhas. O modelo e ex-BBB 2 faz parte de uma estatística preocupante. 80% dos casos de lesão na medula atendidos na rede de Hospitais Sarah, centros de referência em reabilitação, são causados por acidentes de trânsito. A maior parte dos pacientes se encaixa nas caracterís- ticas do modelo: “70% adultos, homens, jovens, 50% solteiros. “Os rapazes se aventuram, né? Se sentem, talvez, invencíveis. Pensam que não vai acontecer com eles”, disse a diretora-executiva da Rede Sarah, Lucia Willadino Braga. (http://fantastico.globo.com) Quanto ao termo medula espinhal, contextualizado na reportagem, NÃO se pode afrmar que: a) constitui o sistema nervoso central, juntamente com o encéfalo. b) recebe proteção das meninges, membranas que recobrem o sistema nervoso central. c) as respostas medulares permitem ao organismo reagir lenta- mente em situações de emergência, já que as respostas rápidas são dependentes do cérebro. d) em acidentes em que há suspeita de comprometimento da coluna vertebral ou medula espinhal, a vítima deve ser cuida- dosamente transportada ao hospital em posição deitada e, de preferência, imobilizada. 30. “ É proibido fumar.” Governador sanciona e, Rio de Janeiro ganha lei antifumo. Tabacarias terão licença especial, mas acabam fumódromos. Em 90 dias, fumo em lugares fechados coletivos deverá ser banido. O governador do Rio, Sérgio Cabral, sancionou recentemente e lei antifumo, que proíbe o fumo em lugares fechados coletivos. O texto foi publicado em 18/08/2009 no Diário Ofcial do Estado do Rio de Janeiro. A lei extingue também os chamados fumódromos. A lei entra em vigor no prazo de 90 dias após a data de publicação. A lei restringe o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos ou qualquer outro produto fumigeno, derivado ou não do tabaco, aos espaços ao ar livre e residências. O projeto é de autoria do gover- nador Sérgio Cabral e foi inspirado na lei antifumo de São Paulo. Autoridades de saúde pública afrma que o fumo passivo – também conhecido como “fumaça ambiental do tabaco” – causa doenças – inclusive câncer de pulmão e doenças do coração – em não fumantes, além de quadros de asma, infecções respiratórias, tosse, difculdade de respiração e infecção no ouvido médio em crianças. Sobre o ato de fumar podemos afrmar que: a) Difculta o processo de respiração, pois o monóxido de carbono (CO) e o dióxido de carbono (CO 2 ), produzidos pela queima do tabaco, competem como oxigênio (O 2 ) no processo de associa- ção com a hemoglobina presente nas células brancas do sangue. b) Pode provocar a destruição dos alvéolos pulmonares impedindo a troca de gases (hematose), provocando insufciência respiratória. c) em nível celular, pode provocar o rompimento da membrana interna das organelas proporcionando alterações signifcativas no DNA do núcleo das mitocôndrias e gerando câncer. d) Uma vez no sangue a nicotina associa-se a hormônios como o estrogênio. A queda brusca dos níveis sanguíneos deste hor- mônio provoca a infertilidade e a impotência sexual masculina. CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 31. As ligações entre o Estado e a Igreja católica no Brasil iniciaram- se com a colonização. Foi somente na República que as duas esferas foram separadas. Durante o período colonial, é correto afrmar, no que toca ao papel desempenhado pela Igreja católica: a) a atuação das ordens religiosas se deu de forma organizada que sobrepujou dos grandes proprietários no que se refere à obediência das leis religiosas e morais. b) pelo regime do padroado, o Estado português se vinculava à Igreja católica em regime de submissão concedendo ao Papa o controle sobre a educação e a cobrança de impostos. c) os confitos entre o Estado português e a igreja católica, ao longo do período colonial, se deram em função da defesa que a hierarquia religiosa fez das populações indígenas em manter sua organização social original. d) no processo de colonização, coube à Igreja a educação religiosa das elites proprietárias de origem portuguesa e a doutrinação das populações incorporadas ao trabalho colonial de forma subalterna. 32. O povoamento da América Colonial Portuguesa apresenta como características corretas: I. ao longo do século XVIII podem ser observados fenômenos como a interiorização do povoamento e seu deslocamento em direção às áreas do centro-sul da Colônia; II. o povoamento inicial se deu em função da atividade extrativa do pau-brasil, que exigia uma quantidade de trabalhadores superior àquela que os indígenas podiam fornecer; III. a pecuária não teve relevância na interiorização do povoamento, por ser restringir às áreas periféricas das grandes plantações; IV. a extinção ou expulsão das populações indígenas litorâneas teve como resultado sua pouca presença no conjunto da população brasileira a partir do século XVIII, à única exceção da região amazônica. Está(ão) correta(s): a) somente a alternativa I. b) as alternativas I e II. c) as alternativas II e III. d) somente a alternativa IV. 33. “Que obra de arte é o homem: tão nobre no raciocínio, tão vário na capacidade; em forma e movimento, tão preciso e ad- mirável; na ação é como um anjo; no entendimento é como um Deus; a beleza do mundo, o exemplo dos animais.” (William SHAKESPEARE. HAMLET.) O trecho acima apresenta um dos traços mais importantes de cultu- ra moderna, que se afrmou gradativamente com as transformações que a sociedade europeia conheceu a partir da crise do feudalismo, no século XVI. Este aspecto pode ser nomeado como: a) o racionalismo. b) o antropocentrismo. c) o fsiocratismo. d) a escolástica. 50 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 0 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 34. Sobre a escravidão, largamente utilizada na América portuguesa é INCORRETO afrmar que: a) a utilização de escravos pelos portugueses é anterior à coloni- zação do território americano, tendo sido efetuada em áreas como a ilha da Madeira, ao longo do século XV; b) a utilização de escravos não se limitou ao trabalho agrícola, e estendeu-se às atividades domésticas e mineradoras, nas áreas onde predominou. c) A mentalidade escravista esteve, de tal modo, impregnada à cultura africana que os escravos trazidos para o Brasil tiveram difculdade em articular formas de resistência. d) a utilização de trabalho indígena foi predominante até fns do século XVI; a partir de então a importação de africanos se intensifcou. 35. Sobre o período que se estende entre os séculos XIV – XVII, pode-se afrmar que: I. Nos Estados Nacionais europeus vigorou o regime absolutista, fundamentado na doutrina do direito divino dos reis sobre os seus súditos. II. A expansão marítima e comercial europeia, iniciada pelos rei- nos ibéricos, proporcionou a formação dos impérios coloniais nos continentes americano, africano e asiático. III. O mercantilismo, conjunto de ideias econômicas e doutrinas de políticas econômicas, está associado ao crescimento dos Estados Nacionais, ao acirramento das rivalidades entre os países e a disputa por aquisição de colônias. Estão corretas as alternativas: a) I e II e IV. b) I, II e III. c) II, III e IV. d) I, III e IV. 36. A região Centro-Oeste está entre as regiões do Brasil com menor número de habitantes, mesmo tendo aumentando a sua participação na população total do país. A respeito do processo de ocupação desta região, analise as afr- mativas a seguir: I. Embora seu crescimento populacional tenha sido intenso nas últimas décadas, o predomínio das atividades primárias faz com que a região apresente a menor taxa de urbanização entre todas as regiões do país. II. Apesar de apresentar uma reduzida população absoluta, algu- mas áreas encontram-se mais densamente ocupadas, como é o caso da porção, noroeste que exibe as maiores densidades demográfcas de toda a região. III. É uma região de ocupação recente, onde os grandes investimentos agropecuários ainda não se fazem presentes, permitindo, assim, que sua estrutura fundiária seja dominada por pequenas proprie- dades rurais e apresente um dos menores índices de concentração. Marque a opção que apresente a(s) afrmativa(s) INCORRETA(S): a) apenas a II. b) I, II e III. c) apenas a I. d) II e III. 37. BOMBEIROS LUTAM PARA COMBATER INCÊNDIOS NA GRÉCIA “Itália e França estão enviando reforços para ajudar o corpo de bombeiros da Grécia a combater o incêndio forestal que se es- palha rapidamente pelos arredores da capital Atenas. Dezenas de casas já foram incendiadas e milhares de pessoas foram forçadas a deixar suas casas. Até agora não há relatos de feridos ou mortos.” (23/08/2009 – BBC Brasil) Não só na Grécia, como também em outros países da Europa Meridional como Portugal e Espanha, é comum a ocorrência de incêndios nesta época do ano. Marque a afrmativa que se relaciona corretamente a este fato: a) no clima temperado mediterrânico que ocorre na porção me- ridional da Europa, a estação do verão coincide com a época de estiagem, o que facilita a expansão do fogo pela vegetação. b) no clima temperado continental, típico destas regiões a queda das folhas da foresta temperada durante o outono torna-a um alvo fácil para a propagação de incêndios. c) as condições naturais em nada contribuem; as causas desses incêndios são apenas antrópicas e estão ligadas à insistência da prática da queimada por parte dos pequenos agricultores. d) nesta época, as baixas temperaturas e a menor pluviosidade do inverno, características marcantes do clima mediterrânico da re- gião, tornam as folhas quebradiças e fáceis de serem incendiadas. 38. O trabalho humano e os processos técnicos empregados nas atividades que transformam matérias-primas em produtos voltados para satisfazer as necessidades do homem têm-se modifcado ao longo da história. Analise as afrmativas abaixo a respeito dos impactos gerados pelo desenvolvimento industrial: I. A tendência atual nos países industrializados é a concentração na distribuição espacial das indústrias na medida em que as novas e complexas tecnologias resultantes da revolução técnico- cientifca requerem maior consumo energético. II. A industrialização de países subdesenvolvidos promoveu uma profunda alteração na divisão internacional do trabalho mas estes ainda continuam apenas exportadores de matérias-primas já que a produção industrial é apenas destinada ao mercado interno. III. Os avanços tecnológicos permitiram às grandes empresas viabilizar a busca por menores custos operacionais através da dispersão das etapas do processo produtivo em escala mundial. Marque a opção que apresenta a(s) afrmativa(s) CORRETA(s): a) I, II e III. b) apenas a II. c) apenas a I. d) I e II. 39. Leia atentamente a citação abaixo: “A conformação do terreno é de grande importância nas ba- talhas. Assim sendo, apreciar a situação do inimigo, calcular as distâncias e o grau de difculdade do terreno, quando à forma de se poder controlar a vitória, são virtudes do general de categoria. Quem combate com inteiro conhecimento destes fatores vence, de certeza; quem o não faz é certamente, derrotado.” (Sun Tzu, A arte da guerra) O texto acima, relaciona-se diretamente ao conceito geográfco de: a) paisagem. b) espaço. c) fronteira. d) região. 51 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 0 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 40. Passados 40 anos, a conquista da Lua continua insuperável e desafa potências a retornar a exploração do espaço. Até hoje é difícil avaliar a dimensão exata daquele “pequeno passo”, o primeiro dado por ser humano em solo lunar. Para os EUA, foi, certamente, um grande salto (...). Para o mundo, a mais simbólica imagem do quão longe a Humanidade poderia chegar. (O Globo 18/07/2009) Assinale a alternativa correta que explica a grande importância desse feito para os Estados Unidos, no contexto da organização mundial da época. a) No auge da guerra fria, a conquista da lua demonstrou a supe- rioridade dos Estados Unidos sobre a Coreia do Norte. b) Em virtude da corrida armamentista, a lua se apresentava como alternativa em caso de um confronto nuclear. c) Em tempos de guerra fria, essa conquista frustrou as pretensões da URSS de manter uma base de mísseis no espaço. d) No cenário da bipolaridade, esse feito representou uma vitória na corrida aeroespacial e uma imensa propaganda ideológica. 52 REDAÇÃO INTRODUÇÃO PARA A REDAÇÃO: 1. Desenvolva sua redação somente no espaço a ela reservado. 2. Escreva de forma legível, com caneta azul ou preta e sem rasuras. 3. Escolha um dos 3 (três) temas propostos e desenvolva um texto dissertativo de, aproximadamente, 25 (vinte e cinco) linhas. 4. Os textos relacionados a cada tema são apenas motivadores. 5. As redações em forma de poema (versos) ou de narrativa, independentemente do tema escolhido, serão zeradas. Tema 1 Os textos I e II apresentam duas diferentes abordagens sobre a mesma temática. O primeiro, “Vontade de vencer”, foi parte in- tegrante de uma das matérias josnalisticas do programa televisi- vo “Fantástico”, em 2005, e revela, sob o ponto de vista cientifco, como o josso organismo reage a situações de insucesso. O segun- do é a fábula de Esopo, escrito que nasceu no século IV a.C., e mostra como os erros alheios nos servem de exemplo. Tendo em vista os textos em questão, escreva uma disserta- ção em que você exponha as suas refexões acerca da relevância do erro para a nossa constituição como indivíduo. Analise se apren- demos mais com os nossos próprios erros ou com os dos outros. TEXTO I Vontade de vencer Por que será que o gosto da derrota é tão amargo? A resposta pode estar no instinto humano! Diz aquele velho ditado que o importante é competir. Mas pergunte a qualquer atleta que já tenha chegado pertinho da vi- tória e que depois tenha fcado com o gosto amargo da derrota na boca e qualquer um vai dizer que competir é importante, mas bom mesmo é ganhar. Em todas as culturas é assim: o sabor da vitória é maravilho- so. Perder é horrível, uma porcaria, uma desgraça. Mas será que existe uma explicação cientifca para isso? (...) nossos corpos foram feitos para sentir prazer na vitória. Substâncias chamadas neurotransmissores são liberadas pelo nos- so cérebro em momentos de luta e competição. Isso nos dá euforia e estímulo para seguir na batalha. Mas como explicar o desprazer da derrota? Quando a maré não está para o nosso lado, essas substâncias naturais que nos dão força e prazer, como as endorfnas e dopami- na, param de ser liberadas pelo cérebro. Enquanto nos entregamos passamos a sentir exaustão, passa mal, cada músculo começa a doer. Quando cai a fcha e nos damos conta de que perdemos, o corpo solta um hormônio relacionado ao estress, chamado cortisol. Misturado à adrenalina liberada durante a luta, o cortisol nos faz sentir ânsia e até medo. E se a derrota é de proporções catastrófcas, podemos apresentar em seguida um comportamento primitivo que temos em comum com os répteis. Ficamos totalmente paralisados. As funções secundárias do organismo são desligadas, os ba- timentos desaceleram, tudo para preservar o que é mais impor- tante: a vida. O sangue sai do estômago e fui para o cérebro. Então, o corpo nos ensina uma última lição. Toda vez que sofremos uma derrota como essa, uma região do cérebro chamada hipocampo é estimulada, para que a sensação horrível da derrota nunca mais seja esquecida. Tudo isso para nos ensinar que jamais devemos cometer o mesmo erro de novo. Disponível na internet via: <HTTP://www.fantastico.globo.com/Portal/jornalismo/ fantastico/cda/artigo/glb/Arquivo capturado em 2005/21/03> TEXTO II Um leão, um burro e uma raposa tornaram-se sócios e sa- íram para caçar. Depois de terem apanhado muita caça, o leão ordenou ao burro que a dividisse entre eles. Este fez três partes iguais, e disse ao leão que escolhesse a sua. O leão, furioso, caiu so- bre o burro e o devorou. Em seguida, mandou que a raposa fzesse a divisão. Esta, então, colocou tudo em um só monte, reservado para si apenas uns poucos restos, e pediu que o leão escolhesse. Como o leão lhe perguntasse quem a ensinara a dividir assim, a raposa respondeu: “A desgraça do burro”. Moral: A fábula mostra que as desgraças do próximo tornam o homem mais sábio. (Fábulas de Esopo) Tema 2 Com base na charge a seguir e no trecho da crônica de Martha Medeiros, redija uma dissertação em que se aborde a importância do humor quando nos defrontemos com situações difíceis em nossa vida cotidiana. Texto I Calvin ©1989 Universal Press Syndicate Texto II Espírito aberto Sabemos da quantidade de pessoas que passam necessidades reais, que estão desempregadas, que não têm como alimentar os flhos, que têm uma doença séria, enfm, ninguém ignora as ma- zelas do mundo. No entanto, muitas dessas pessoas que habitam as estatísticas não fazem parte do nosso círculo íntimo. Na maio- ria das vezes, nossos amigos e familiares estão bem, trabalham, possuem uma vida afetiva. Ok, eles têm lá seus problemas, mas não são exatamente o retrato da desgraça. Ainda assim, me es- panta que muitos deles, mesmo sem motivo para cortar os pul- sos, vivam como se fossem uns infelizes, lidando com o dia a dia de uma forma pesada, obstruindo o próprio caminho em vez de viver com mais leveza. São o que eu chamo de pessoas com o es- pírito fechado. Eu respeito quem traz uma grande dor e não sai espalhando sorrisos à toa, mas me enervo com quem fecha a cara por simples falta de humor. Palavrinha mágica, esta: humor. Não me refro a quem faz piadinhas a todo instante, e sim a quem possui in- teligência sufciente para saber que é preciso relevar as incomo- dações, curtir as diferenças e ser generoso com o que acontece a nossa volta. Humor signifca ter um espírito aberto. (MEDEIROS, Martha. Espírito aberto. In.: Revista O Globo, 07/01/2007, p. 10) (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 0 - 2 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 53 Tema 3 Os excertos I e II revelam impressões sobre uma mesma te- mática: o espaço coletivo. Redija um texto dissertativo que procure contrapor a visão do espaço público do início do século XX (repre- sentado, no texto I, pela rua) à do nosso século (no caso do texto II, a praia). Faça considerações a respeito dos possíveis confitos gerados pela grande concentração de pessoas em tais locais e proponha so- luções viáveis para o elevado índice de violência no Rio de janeiro. Texto I A rua Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é par- tilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos pare- cidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o senti- mento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo va- ria – o amor, o ódio, o egoísmo. Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fca, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua. [...] Ora, a rua é mais do que isso, a rua é um fator da vida das cidades a rua tem alma. (RIO, João do. A alma encantadora das ruas. Rio de Janeiro: Garnier, 1908.) Texto II Metrô Há uns quinze dias, um novo arrastão aterrorizou os banhis- tas do Arpoador. Testemunhas afrmam que uma parede humana avançou pela areia em direção ao Leblon simulando uma briga. Apavoradas, as pessoas correram para se refugiar na calçada e, na confusão, muitas foram roubadas. No dia seguinte ao ocorrido, li nos jornais o depoimento de um policial dizendo que o dia de sol surpreendeu as autoridades e a multidão ultrapassou em muito o contingente deslocado para garantir a segurança da orla. Em seguida, o ofcial confessou estar cada vez mais difícil dar conta da ordem em Ipanema e no Leblon devido à quantidade crescente de visitantes que têm acesso às suas praias. Como alternativa, ele sugeria que as linhas de ônibus fzessem sua parada fnal no Fla- mengo, para encaminhar o povo para o Aterro, uma praia maior e com mais capacidade de abrigar tanta gente. O testemunho do guarda me surpreendeu pela sinceridade. Afnal, não é politicamente correto coibir o direito de um mortal vir se banhar num mar que é de todos. Uma das graças do Rio é que seus grandes atrativos urbanos são democráticos, especial- mente a praia. Não fca bem dizer que quem anda de ônibus deve descer no Flamengo e, se quiser gozar da paisagem de Ipanema, que pague um táxi ou caminhe até lá. Por outro lado, esse homem da lei está falando de uma realidade que enfrenta na pele: dar con- ta da zorra nos fns de semana cada vez mais populosos em uma cidade violenta como o Rio de Janeiro. A lotação na Prainha foi regulada, a Barra tem tamanho para ser democrática e Ipanema sofre com o aperto. Se já está difícil agora, imagine depois, quando inaugurarem o metrô no bairro?! Se eu morasse longe da costa e tivesse a chan- ce de pegar um trem refrigerado que me levasse até a mitológica vizinha da Princesinha do Mar, juro por Deus, desflaria todo do- mingo na ciclovia. As aglomerações humanas no Rio são quase milagrosas, (...). A mistura de classes e credos é um patrimônio da nossa cidade que deve ser preservado (...) (TORRES, Fernanda. Metrô. In: Revista Veja Rio, 02/09/2009, p.98) MATEMÁTICA 01. Num triângulo ABC, têm-se AB = 90 cm, AC = 60 cm e BC = 50 cm. A Paralela MN ao lado BC forma o trapézio BMNC de perímetro 400 cm 3 . Determine as medidas dos lados desse trapézio. 02. Fulano e Beltrano são dois amigos muito competitivos que gostam de apostar sempre que podem. A última brincadeira deles consiste em cada um lançar um dado e observar a face voltada para cima. Qual é a probabilidade do resultado de Fulano ser maior que ou igual ao resultado de Beltrano? 03. Uma escola tem merenda para alimentar seus 160 alunos durante 62 semanas. Após 14 semanas, houve uma evasão em massa de 40 alunos. Passadas mais 15 semanas, a escola recebe 90 alunos novos. Quantas semanas, no total, a reserva da merenda durou, sabendo-se que, durante esse tempo, não recebeu nada para o estoque? 04. Em vitrais de igrejas, podem-se perceber várias fguras geo- métricas. Suponha um vitral no formato de um triângulo isósceles de 4 m de base e altura igual a 5 m. Nele deve-se inscrever outro triângulo isósceles invertido, cuja base é paralela à base do maior e cujo vértice é o ponto médio da base do primeiro. Pergunta-se: a) Qual deve ser a área do triângulo invertido para que esta seja máxima? b) Qual é a dimensão, em metros, da altura desse triângulo de área máxima? 05. Uma livraria oferece duas opções de pagamento: 1ª . opção: à vista, com 30% de desconto; 2ª . opção: em duas prestações mensais iguais, sem desconto, sendo que a primeira prestação deve ser paga no ato da compra. Qual a taxa mensal dos juros embutidos nas vendas a prazo? CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 0 - 2 ª F A S E apostila de provas / 2012 54 06. Dois automóveis A e B estão se movendo em direção à interse- ção de duas estradas retilíneas que formam entre si um ângulo de 90º. O carro A movimenta-se no sentido oeste, enquanto o carro B movimenta-se no sentido norte. Ambos os carros movimentam-se com velocidade constante. Às 13 horas, o carro A encontra-se a 200 quilômetros desta interseção entre as estradas e movimenta-se a 60 km/h enquanto o carro B encontra-se a 190 quilômetros desta interseção, movimentando-se a 55 km/h. Determinar: a) A distância entre os carros às 15 horas. b) O horário no qual a distância do automóvel A até a referida interseção entre as estradas, seja igual ao dobro da distância do automóvel B até esta interseção. 07. Determinar o valor da expressão abaixo: − − −       − − − −                   0 2 3 2 3 31 2 3 7 3 2 27 8 08. A fgura abaixo representa uma seção transversal de um refe- tor parabólico. Uma lâmpada é colocada no ponto F, situada no ponto médio do segmento VO . Sabendo-se que = AB 10 cm e = VO 11cm , determine a medida do segmento CD. 09. No triângulo retângulo ABC, representado abaixo, a diagonal FD do retângulo DEFG é paralela ao cateto AB do referido triân- gulo. Sabendo-se que a medida desta diagonal FD mede 100 cm, determine o perímetro do retângulo DEFG. 10. Os gráfcos a seguir representam a função f(x) = x 2 + 1 no intervalo 0 ≤ x ≤ 1. Seja S a área hachurada na fgura A. Com objetivo de encontrarmos um valor aproximado para S, dividimos o segmento AD em três partes iguais. Considere: • S 1 : a área hachurada na fgura B que corresponde a soma das áreas dos retângulos ABFE, BCIJ e CDML. • S 2 : a área hachurada na fgura C que corresponde a soma das áreas dos retângulos ABHG, BCLJ e CDON. Uma boa aproximação para a área hachuradas S (fgura A) consiste na média aritmética de S 1 e S 2 . Determine S. (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 0 - 2 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 55 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 1 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Leia os textos com atenção e, em seguida, responda às questões: TEXTO I: A ÚLTIMA CRÔNICA 05 10 15 20 25 30 A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momen- to de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num fagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “as- sim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de es- pelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome. Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a fcar olhando imóvel, vagamente an- siosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo- escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e flha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A flha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim. São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apa- gando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discre- tos: “Parabéns pra você, parabéns pra você...” Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra fnalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a ftinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfm se abre num sorriso. Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso. (SABINO, Fernando. A Companheira de Viagem.Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1965.) TEXTO II: O SORRISO DA COMISSÁRIA 05 10 15 Eu viajava no meu habitual voo Rio de Janeiro-Salvador. Ir à Bahia me renova e me inaugura todas as vezes, mesmo que a vez seja curta e parca. Às vezes, algo estranho se anuncia e me revela recantos meus desconhecidos no meu labirinto. De repente, me surpreende e me assalta a decifração de algum enigma em que eu me guardava debaixo das muitas sete chaves magras e sedentas. Naquele voo, a um certo instante, senti que se prenunciava um desvelamento, com tudo que tinha de ameaçador. Medo? Eu me preparei para o inevitável. A comissária ia e vinha, desfolhada em sorrisos para nós, passageiros desprevenidos. Eu disse que ela ia e vinha em sorrisos, mas não eram muitos, era um único sorriso mesmo, que também ia e vinha, à medida que ela se voltava para um e para outro passageiro, está tudo bem? precisa de alguma coisa? se precisar, é só chamar, estou às ordens, e você? não faça cerimônia, estou aqui para servir, ah, como aquele excesso me incomodava, ela se demasiava. Orgulho de se sentir indispensável ou mera carência de afeto, a comissária começava a se expor diante de todos. Ninguém percebia que, ocultamente, algo se mostrava, perturbando a neutralidade confortável da aeronave. Iniciado o serviço do almoço, a cada passageiro ela estendia o mesmo sorriso carnudo que lhe saía da vasta boca pintada de batom muito e demais vermelho. Boca sempre aberta, mesmo quando fechada. Boca que crescia e engordava, cada vez que ela se inclinava, perto da altura de cada boca sentada em cada poltrona. Por favor [boca gentil]. Aceita? [mais boca, gentil demais]. Bom apetite [simultaneamente, gentil mais e boca mais]. As bocas comiam, todas sem presságios. De prontidão sob o batom vermelhento, a boca da comissária se justifcava e se ajustava ao tamanho dos dentes. Todos os dentes, invisíveis não havia, visíveis numa coreografa feroz, de ritmo igual ao sorriso invicto, desde a entrada na aeronave, sim, desde o início dos tempos. Aquela mulher, fora de seu voo, teria alguém para quem sorrir? Saberia sobreviver sem a abundância do sorriso gordo, atropelado de dentes copiosos? Solidão solitária, solamente só e solo, sola. 56 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 1 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 20 25 30 Em que boca de homem caberia tal aquela boca? Difícil é amor com sorriso tão volumoso e sem canais para emergir do fundo. Antes de pegar a bandeja cada seguinte, para cada seguinte senhor passageiro, naquela minimíssima fração de segundo, ela rangia todos os dentes, todos cada dente. Rápida, mais rangia. Ódio ou medo, abandono ou traição, não, ela não podia ser esposa nem namorada nem a outra de nenhum marido frustrado. Depois de rangido todo o ódio, o sorriso vermelhudo se apossava da aeronave, dos passageiros e dos tripulantes. Diante da bandeja, não, obrigada, eu não quero almoçar, encolhida-me na poltrona, o rosto colado na janelinha coberta de nuvens. Não tolerava assistir, ante meu olhar espremido, ao desvendamento daquele desarvorado enigma. Olhei assustada os outros passageiros. Todos comiam nas suas bocas desavisadas. Por que eu, somente eu, invadi aquele secreto recesso de tanto ressentimento? Ela prosseguia no implacável ritual. Entre um rápido ranger de dentes e as demoradas mesuras. Pura urgência de novamente se esconder atrás do sorriso gorduroso, vermelhoso, agarrado nos dentes escandalosos, enquanto se inclinava e se curvava e quase se ajoelhava. Nenhuma vez eu sorri, contorcida nos meus próprios dentes que não rangiam e na minha boca transversal ao rosto. Vergonha de, sem prévio consentimento, haver penetrado num segredo de vida ou de morte? Culpa por não poder sequer pedir desculpas pela profanação? Talvez eu recuasse tanto atrás de minha boca intransponível, por mero horror à cumplicidade, após o horror da decifração. (CUNHA, Helena Parente. Vento, ventania, vendaval: contos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro; Salvador: Fundação João Fernandes da Cunha, 1998.) TEXTO III: GOLEIRO BRUNO RI AO SER XINGADO DE ASSASSINO Ministério Público vai pedir internação do adolescente pelo sequestro de Eliza Por Christina Nascimento 05 Contagem (Minas Gerais) – O Ministério Público (MP) de Minas Gerais vai requerer à Justiça que o menor J., de 17 anos, responda pelo crime de sequestro e que seja internado para aplicação de medida socioeducativa. O adolescente esteve ontem frente a frente com quatro acusados de participação no desaparecimento de Eliza Samudio: seu primo, o goleiro Bruno; Luiz Henrique Romão, o Macarrão; o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; e Sérgio Rosa Sales, único que se dispôs a prestar esclarecimentos. Entre as testemunhas, o atleta era quem aparentava mais calma. Como tem feito desde que foi preso, ele não abaixou a cabeça ao aparecer em público. Desta vez, ele ainda sorriu ao ser xingado de assassino pelos curiosos que se concentravam em frente à Vara da Criança e Adolescente em Contagem, onde aconteceu a audiência. (Mais cedo, goleiro deixou o Juizado Especial da Infância e Juventude de Contagem sorrindo sob os gritos de ‘assassino’ | Foto: Alex de Jesus / O Tempo) 10 15 Segundo o promotor da Infância e Juventude, Leonardo Barreto Moreira Alves, está comprovada a participação do menor no sequestro de Eliza, e já há elementos sufcientes para pedir a internação do garoto, considerada a punição mais grave pelo Estatuto da Criança e Adolescente. Se a Justiça acatar a solicitação do Ministério Público, J. fcará detido por pelo menos seis meses e, no máximo, três anos. “Por enquanto, não vou entrar no homicídio, e na ocultação de cadáver. Na versão do menor, ele não participou, mas o MP está analisando isso ainda. O fato de assistir pode consistir, sim, em responsabilidade no assassinato”, explicou Leonardo Barreto. Hoje termina o prazo de 24 horas que a promotoria tem para apresentar alegações fnais do caso. Em seguida, será a vez de a defesa do menor fazer o mesmo procedimento. A previsão é de que sentença saia até quarta-feira. (O DIA Online. 23 de julho de 2010. 02h42min. Disponível em: http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/7/goleiro_bruno_ri_ao_ser_xingado_de_assassino_98196.html) 01. Considerando o texto I, podemos afrmar que: a) no discurso do narrador, há predominância de cunho teológico e social. b) o discurso é imbuído de um tom bastante individualista e impessoal. c) a narração revela, paulatinamente, um caráter humanitário e um teor altruísta. d) a narrativa dá ênfase aos rituais de uma instituição tradicional da sociedade. 57 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 1 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 02. No primeiro parágrafo do texto I, o narrador/autor embrenha- se na tarefa de descrever o delicado e difícil processo que envolve a confecção de uma crônica. Pelo teor refexivo acerca do próprio fazer literário, pode-se dizer que, nesse parágrafo, predomina: a) a função emotiva da linguagem. b) a função conativa da linguagem. c) a função referencial da linguagem. d) a função metalinguística da linguagem. 03. O emprego do grau diminutivo sintético na língua portuguesa pode designar signifcados outros além da ideia tradicional de “diminuição”. O sufxo “-inho” (e suas formas fexionadas), por exemplo, pode atribuir sentidos variados aos substantivos, como podemos verifcar nos seguintes fragmentos extraídos do texto I: “(...)deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido po- bre, que se instalou também à mesa (...).” (l. 10-11) “(...)a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força (...).” (l. 24) “(...)ajeita-lhe a ftinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo.” (l. 27-28) Assinale o único signifcado que NÃO se faz presente nos subs- tantivos diminutivos destacados acima: a) ironia. b) afetuosidade. c) inocência. d) infantilidade. 04. Com base no texto I, assinale a opção na qual o vocábulo “que” apresenta classifcação morfológica destoante das demais alternativas. a) “Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a institui- ção tradicional da família, célula da sociedade.” (l. 12-13) b) “Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.” (l. 13) c) “O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom (...).” (l. 14) d) “São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta ca- prichosamente na fatia do bolo.” (l. 23) 05. Em textos literários, é comum que os autores se valham de recursos linguísticos diversos que conferem maior expressividade aos textos. É o caso do emprego de neologismos, nome dado à cria- ção de vocábulos novos na língua. Observe os seguintes exemplos extraídos do texto II: “De prontidão sob o batom vermelhento (...).” (l. 16) “(...) o sorriso vermelhudo se apossava da aeronave (...).” (l. 23) “(...) se esconder atrás do sorriso gorduroso, vermelhoso (...).” (l. 29) Sobre os neologismos destacados acima, é lícito afrmar que: a) são formados a partir do processo de composição, pela justa- posição de radicais de origem estrangeira. b) são palavras tradicionalmente existentes na língua, porém agora empregadas sem indícios de signifcação. c) são constituídos a partir de um mesmo radical, ao qual se adicionam sufxos já disponíveis na língua portuguesa. d) são incorreções gramaticais, uma vez que a autora do texto não tem autonomia para inovar o léxico de sua língua. 06. Leia o fragmento do texto II que se segue: “Pura urgência de novamente se esconder atrás do sorriso gorduroso, vermelhoso, agarrado nos dentes escandalosos, en- quanto se inclinava e se curvava e quase se ajoelhava.” (l. 40-42) No trecho destacado, é possível observar uma gradação que re- vela um julgamento avaliativo e crítico, por parte da narradora do texto II, em relação às ações da comissária de bordo. Nesse sentido, inclinar-se, curvar-se e ajoelhar-se sugerem qual atitude por parte da comissária? a) repugnância. b) submissão. c) timidez. d) vergonha. 07. “Na moderna literatura narrativa, tem sido amplamente uti- lizado um terceiro processo de reprodução de enunciados [...]. É o chamado DISCURSO INDIRETO LIVRE, forma de expressão que, em vez de apresentar a personagem em sua voz própria (DIS- CURSO DIRETO), ou de informar objetivamente o leitor sobre o que ela teria dito (DISCURSO INDIRETO), aproxima narrador e personagem, dando-nos a impressão de que passam a falar em uníssono.” (CUNHA, Celso e CINTRA, Luis F. Lindley. Nova gramática do português Contempo- râneo. 2ª edição, 28ª impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. pp. 622-623) Dentre os fragmentos do texto II relacionados a seguir, qual cor- responde a um exemplo claro de discurso indireto livre: a) “(...) à medida que ela se voltava para um e para outro passa- geiro, está tudo bem? Precisa de alguma coisa? se precisar, é só chamar, estou às ordens, e você? não faça cerimônia, estou aqui para servir, ah, como aquele excesso me incomodava, ela se demasiava.” (l. 8-9) b) “Aquela mulher, fora de seu voo, teria alguém para quem sorrir? Saberia sobreviver sem a abundância do sorriso gordo, atropelado de dentes copiosos? Solidão solitária, solamente só e solo, sola.” (l. 18-19) c) “Antes de pegar a bandeja cada seguinte, para cada seguinte senhor passageiro, naquela minimíssima fração de segundo, ela rangia todos os dentes, todos cada dente. Rápida, mais rangia.” (l. 21-22) d) “Olhei assustada os outros passageiros. Todos comiam nas suas bocas desavisadas. Por que eu, somente eu, invadi aquele secreto recesso de tanto ressentimento? Ela prosseguia no implacável ritual.” (l. 26-28) 08. A metonímia é “uma fgura de retórica que consiste no uso de uma palavra fora do seu contexto semântico normal, por ter uma signifcação que tenha relação objetiva, de contiguidade, material ou conceitual, com o conteúdo ou o referente ocasionalmente pensado.” (Dicionário Houaiss da língua portuguesa) Verifca-se a ocorrência de tal fgura de linguagem, nos períodos abaixo, EXCETO em: a) “São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta ca- prichosamente na fatia do bolo.” (texto I; l. 23) b) “Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, (...)” (texto I; l. 29) c) “As bocas comiam, todas sem presságios.” (texto II; l. 16) d) “Depois de rangido todo o ódio, o sorriso vermelhudo se apossava da aeronave (...)”. (texto II; l. 23) 58 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 1 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 09. Uma das pessoas relacionadas na notícia apresentada pelo texto III é identifcada apenas pela letra maiúscula “J” (l. 01 e 10) – supondo-se ser esta a inicial de seu nome próprio. O anonimato, no caso desta matéria jornalística em particular, justifca-se: a) pela necessidade de se preservar a família do rapaz em questão. b) por se tratar de uma notícia extraída das páginas policiais. c) pelo grau de parentesco do rapaz com o jogador de futebol citado. d) pelo fato de o jovem ainda não ter atingido a maioridade penal. 10. Os três textos lidos apresentam interpretações diferenciadas para o ato de sorrir. Considerando-se os seguintes excertos, que aspectos caracte- rizam, notadamente, o sorriso do pai de família (texto I), o da comissária de bordo (texto II) e o do goleiro Bruno (texto III), respectivamente? “(...) ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfm se abre num sorri- so.” (texto I; l. 29-30) “Ninguém percebia que, ocultamente, algo se mostrava, pertur- bando a neutralidade confortável da aeronave.” (texto II; l. 10-11) “Desta vez, ele ainda sorriu ao ser xingado de assassino pelos curiosos (...).” (texto III; l. 6) a) humildade – embaraço – estranhamento b) desconforto – artifcialismo – tranquilidade c) pureza – enigma – deboche d) inocência – segurança – orgulho CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 11. Manuela dividiu um segmento de reta em cinco partes iguais e depois marcou as frações 1 3 e 1 2 nas extremidades, conforme a fgura abaixo. Em qual dos pontos Manuela deverá assinalar a fração 2 5 ? a) A b) B c) C d) D Enunciado comum às questões 12 e 13. Passados setenta anos da morte do compositor Noel Rosa, 120 músicas de sua discografa, acabam de cair em domínio público. Depois de um colossal trabalho de pesquisa e restauração sonora, um professor paulistano de biologia reuniu toda a obra do Poeta da Vila em uma caixa com 14 CDs, assim distribuídos: 4 CDs com 14 músicas, 2 CDs com 15 músicas, 3 CDs com 16 músicas, 3 CDs com 17 músicas, 1 CD com 20 músicas e 1 CD com 25 músicas. Considere esse total de 230 músicas, onde não há músicas que estejam em mais de um CD. 12. Qual é, aproximadamente, a média de músicas por CD? a) 16,4 b) 17,8 c) 18,6 d) 19,2 13. Quantas músicas mais, no mínimo, deverão cair em domínio público até que o percentual de músicas da obra de Noel Rosa, nessa situação, ultrapasse 70% de sua obra? a) 34 b) 38 c) 42 d) 45 14. Qual, dentre as opções abaixo, equivale a + 3 2 2 ? a) − + 3 2 b) − + 1,5 2 c) + 1 2 d) 2 2 15. João, Pedro e Carlos são atletas. João tem 16 anos e joga vôlei, Pedro tem 17 anos e joga basquete e Carlos tem 15 anos e joga futebol. Considere que uma pessoa alta tem mais de 1,80m de altura e que somente uma das afrmativas abaixo é verdadeira. 1. Exatamente um dos rapazes é alto. 2. Exatamente dois dos rapazes mencionados são altos. 3. Exatamente três dos rapazes mencionados são altos. 4. Pelo menos dois dos rapazes mencionados são altos. A soma dos números dos itens cujas afrmações são falsas é: a) 1 b) 2 c) 8 d) 9 16. O elevador panorâmico do Cantagalo pode transportar 12 adultos ou 20 crianças. Qual o maior número de crianças que poderia ser transportadas com 9 adultos? a) 3 b) 4 c) 5 d) 6 17. Na fgura abaixo, O é o centro de uma circunferência que tangencia a semirreta BA no ponto A e tangencia o segmento BE no ponto C. Sabendo ainda que BA é paralela a reta OF, que o segmento EF é perpendicular a OF e que o menor arco da circun- ferência com extremidades em A e C mede 60° , podemos afrmar que o ângulo F Ê D mede: a) 20° b) 30° c) 50° d) 60° 18. Se ABCD é um quadrilátero tal que AB=AD, = ° ˆ BAD 60 , = ° ˆ AB^C 150 e = ° ˆ BCD 45 , podemos afrmar que: a) = CD AB b) = CD 2.BC c) < CD AD d) − < CD BD 0 59 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 1 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 19. Abaixo temos um triângulo retângulo ABC e uma fgura F composta por quatro triângulos congruentes a ABC. Considerando que BC=8cm e 3 AC=4 AB, qual é o perímetro da fgura F ? a) 36,0 cm b) 36,4 cm c) 38,0 cm d) 38,4 cm 20. A fgura abaixo consta de um hexágono formado por 24 triân- gulos equiláteros de lado 1. A área sombreada é formada por três triângulos equiláteros de tamanhos distintos entre si. Se S é a área sombreada e B é a área não sombreada do hexágono, o valor de B S é: a) 11 24 b) 15 24 c) 9 11 d) 13 11 21. Dentre os nutrientes necessários à saúde, tais como as proteí- nas, gorduras, carboidratos e vitaminas, estão os minerais. Assim como as vitaminas, os minerais não podem ser sintetizados pelo organismo e, por isso, devem ser obtidos através da alimentação pois desempenham diversas funções no organismo. Os minerais possuem papéis importantes como reguladores or- gânicos que controlam os impulsos nervosos, atividade muscular e o balanço ácido-base do organismo e como componentes ou ativadores/reguladores de muitas enzimas. Eles são divididos em macrominerais (cálcio, fósforo, sódio, po- tássio, cloro, magnésio, enxofre) e microminerais (ferro, cobre, co- balto, zinco, manganês, iodo, molibdênio, selênio, fúor e cromo). (Dados os Números atômicos: Ca=20, P=15, Na=11, K=19,Cl=17, Mg=12, S=16, Fe=26, Cu=29, Co=27, Zn=30, Mn=25,I=53, Mo=42, Se= 34, F=9, Cr=24.) Dentre os minerais citados acima, são halogênios – coluna 17 da Classifcação Periódica, os elementos: a) Sódio, potássio, fúor b) Ferro, cobre, zinco c) Manganês, ferro, cobalto d) Cloro, fúor, iodo 22. O elemento químico B possui 20 nêutrons, é isótopo do ele- mento químico A, que possui x prótons, e isóbaro do elemento químico C, que tem 16 nêutrons. O número de massa de C é 2x+2. Sabendo-se que A e C são isótonos, pode-se afrmar que o somatório do número de massa, do número atômico e de número de nêutrons dos elementos A, B e C, respectivamente, está rela- cionado na alternativa: a) 109, 56 e 53. b) 110, 58 e 52. c) 112, 54 e 48. d) 118, 62 e 56. 23. A gasolina é um dos numerosos produtos derivados do pe- tróleo bruto, que é fracionado nas refnarias numa torre metálica. O petróleo é aquecido num forno até a temperatura que garanta a vaporização de todos os produtos a serem extraídos. À medida que o vapor sobe na coluna da torre de separação, vai-se condensando em níveis diferentes. A gasolina obtida tem um índice de octana baixo, pelo que terá que ser tratada a fm de se obter um índice de octana mais elevado. O processo de fracionamento empregado no refno do petróleo cru ocorrido na torre 1 é a: a) Destilação fracionada. b) Destilação simples. c) Decantação. d) Filtração a vácuo. O texto abaixo, transcrição da canção do grupo Paralamas do Sucesso, se refere as próximas quatro questões. Tendo a Lua Composição: Herbert Vianna & Tet Tillett Eu hoje joguei tanta coisa fora Eu vi o meu passado passar por mim Cartas e fotografas gente que foi embora. A casa fca bem melhor assim O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu E lendo teus bilhetes, eu penso no que fz Querendo ver o mais distante e sem saber voar Desprezando as asas que você me deu Tendo a Lua aquela gravidade aonde o homem futua Merecia a visita não de militares, Mas de bailarinos E de você e eu. Eu hoje joguei tanta coisa fora E lendo teus bilhetes, eu penso no que fz Cartas e fotografas gente que foi embora. A casa fca bem melhor assim Tendo a Lua aquela gravidade aonde o homem futua Merecia a visita não de militares, Mas de bailarinos E de você e eu. Tendo a Lua aquela gravidade aonde o homem futua Merecia a visita não de militares, Mas de bailarinos E de você e eu. 60 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 1 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 24. Na Lua, a “gravidade aonde o homem futua” tem um valor seis vezes menor que a gravidade terrestre. Imagine uma bailarina, de 60 kg, visitando-a. Esta bailarina, na Terra, em um salto vertical, alcança altura de 1,20 m. Que altura, saltando verticalmente e com a mesma velocidade inicial, ela alcançará na Lua? a) 0,20 m b) 0,60 m c) 1,20 m d) 7,20 m 25. A massa e o peso da bailarina na Lua valem, respectivamente, a) 6,0 kg e 6,0 N. b) 6,0 kg e 60 N. c) 60 kg e 98 N. d) 60 kg e 588 N. 26. A Lua “merecia a visita não de militares”, entretanto, até hoje, nosso satélite natural recebeu a visita de doze homens, todos norte americanos e a serviço da NASA (Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica). Neil Armstrong e Edwin “Buzz” Aldrin, dois dos tripulantes da nave Columbia e integrantes da missão Apollo 11, chegaram ao solo lunar em 20 de julho de 1969. Armstrong colheu a primeira amostra do solo lunar, uma pequena pedra de aproximadamente 200g, utilizando um instrumento metálico similar a um martelo, de cerca de 500g de massa. Supondo que o astronauta tenha se descuidado e deixado cair, simultaneamente e da mesma altura, o martelo e a pedra, Galileu teria afrmado que o tempo de queda: a) depende da massa dos corpos. b) não depende da massa dos corpos. c) é diretamente proporcional à aceleração de queda. d) do corpo de maior massa é menor do que o de menor massa. 27. “O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu” porque Ícaro, em busca de seus sonhos e “querendo ver o mais distante”, encontrou a morte. Segundo a mitologia grega, ao fugir do labirinto onde vivia o Mi- notauro, Ícaro utilizou asas artifciais, feitas com penas de gaivota e cera do mel de abelhas. Querendo realizar seu sonho de voar próximo ao Sol, ignora os conselhos de seu pai e voa demasiado alto, o que fez com que a cera que prendia suas asas derretesse. Que forma de propagação de calor fez com que o Sol derretesse a cera das asas de Ícaro? a) Condução. b) Convecção. c) Irradiação. d) Contato. O novo papel das moscas Usos científcos de dípteros ajuda a mudar imagem negativa desses insetos. Já imaginou ter a capacidade de sentir um odor a mais de 40 km de distância? Equivale a estar em Jacarepaguá e detectar um peixe assado na brasa no mercado São Pedro em Niterói. Esta façanha é facilmente realizada por algumas espécies de moscas. No entanto, as moscas sempre foram vistas como responsá- veis por problemas de saúde pública, por carregar em seus corpos vários microrganismos que podem causar doenças muito graves no homem. Nos últimos tempos, porém, elas vêm exercendo um novo papel: seu uso na elucidação de crimes vem fazendo com que sejam vistas com outros olhos por pesquisadores e mesmo pela população. A novidade está na ajuda preciosa que estes insetos fornecem na coleta de informações importantes na reconstrução da cena do crime. Um cadáver, de acordo com seu estado de decomposição, apresenta diferentes graus de “atratividade” para diferentes espécies de insetos necrófagos. Logo, ocorre uma sucessão ecológica de co- lonização do cadáver, e ao se identifcar as espécies presentes e/ou seu grau de desenvolvimento, pode-se inferir o tempo decorrido da morte, as condições ambientais e até o local. Por exemplo, a presen- ça de determinada espécie de mosca implica um intervalo de morte de alguns dias, enquanto a presença de certos tipos de besouro pode indicar uma morte ocorrida há no mínimo dois meses. Adaptado de http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/revista-ch-2005/220/o-novo- papel-dasmoscasem 07/09/10 28. Sobre as moscas podemos afrmar que: a) Assim como todos os artrópodes, possuem patas articuladas, um poderoso esqueleto interno calcário e corpo dividido em cabeça, tórax e abdome. b) Sua grande capacidade de adaptação às condições ecológicas criadas pelo homem no processo de urbanização, decorre de avanços evolutivos gerados pela necessidade de sobrevivência destes animais. c) A relação ecológica que possui com os microrganismos que carrega em seu corpo é do tipo desarmônica, pois ajuda a espa- lhar agentes causadores de diferentes doenças como a dengue e diferia. d) Sua força e rapidez no voo são decorrentes da respiração do tipo traqueal. Moléculas de oxigênio são levadas, por meio de traqueias, até os músculos onde participam diretamente da quebra de glicose, que por sua vez gera energia de forma rápida e abundante. Desmatamento representa mais de 75% das emissões de CO 2 O desmatamento e as queimadas respondem por mais de 75% das emissões brasileiras de dióxido de carbono (CO 2 ), se- gundo os últimos dados dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2010 (IDS 2010). De acordo com a publicação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografa e Estatística), esses dois fatores são responsáveis por colocar o Brasil entre os dez maiores emissores de gases-estufa do mundo. Embora aponte tendência de queda no desmatamento em todos os nove estados que abrange a Amazônia Legal, o IBGE estima que a área total desmatada em 2009 se aproxima dos 20% da área original da Amazônia. Adaptado de http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/09/06/e060916161.asp em 07/09/10 29. Sobre a notícia acima, podemos afrmar: a) Em grandes altitudes, gases produzidos na queima de combus- tíveis fósseis e queimadas combinam-se com água formando ácidos, constituindo o que chamamos chuva ácida, hoje pre- sente em boa parte das grandes cidades brasileiras. b) Nas camadas superiores da atmosfera o CO 2 combina-se com O 3 , destruindo a camada de ozônio e provocando aquecimento global. c) A maior parte do CO 2 liberado na atmosfera é absorvido pelas plantas, que ao realizarem o processo de fotossíntese transfor- mam o CO 2 em gás oxigênio (O 2 ), provocando o que chamamos de desaceleração no processo de aquecimento terrestre. d) No processo de respiração aeróbica o CO 2 é produzido a partir da etapa conhecida como fotólise da água, constituindo o que chamamos de fase clara da respiração. 61 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 1 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 Imunização Um fator essencial para reduzir consideravelmente a mor- talidade infantil mundial é a ampla promoção de campanhas de imunização das crianças, especialmente nas nações mais pobres. Nesse contexto, um dos maiores desafos é a obtenção de recursos para garantir as imunizações. Talvez o maior deles seja o tempo. O intervalo entre a concepção de uma vacina e sua aplicação pode ser de até 30 anos em países de pouco desenvolvimento. Adaptado de Ciência Hoje, vol. 38, nº. 224 pág. 38, março, 2006. 30. A vacinação é um tipo de imunização ativa, conseguida arti- fcialmente através da injeção no organismo de: a) Um líquido obtido a partir do sangue ou fuido corporal de um animal contaminado, com uma grande quantidade de anticor- pos que começam imediatamente a neutralizar os antígenos. b) Proteínas especiais e específcas para cada antígeno, capazes de proteger o organismo contra a invasão de agentes agressores. c) Substâncias isoladas a partir de fungos que impedirão a mul- tiplicação de bactérias, fazendo com que o corpo produza rapidamente uma resposta imunológica. d) Agentes agressores (vírus e bactérias, por exemplo) atenuados ou mortos, ou ainda partes destes, que possam ser reconheci- dos como antígeno pelo organismo, de maneira que o mesmo produza uma resposta imunológica (a produção de anticorpos específcos). CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 31. O período inicial da presença portuguesa no litoral atlântico da América do Sul, que se estendeu aproximadamente do ano de 1500 ao início da década de 1530, apresentou características distintas das apresentadas nos momentos posteriores de implan- tação e consolidação do projeto colonial. Pode-se afrmar que, nos territórios recém-descobertos, durante aquelas primeiras décadas, a) tentando superar a difculdade de implantação do projeto co- lonizador, os portugueses atribuíram grande papel à iniciativa privada, que fcou responsável pelo recrutamento de mão de obra, desbravamento do território e implantação da agroma- nufatura de exportação. b) visando povoar e defender o território contra intrusos de outras potências europeias, o Estado português implantou na colônia uma política de relativa tolerância religiosa, permitindo aos judeus e aos protestantes possuir e cultivar terras, em troca da promessa de fdelidade à Coroa portuguesa. c) atribuindo grande importância às rotas comerciais do Oriente, via litoral africano, os portugueses dedicaram às terras ame- ricanas uma atenção relativamente secundária, sendo estas principalmente objeto de expedições exploratórias e de contatos esporádicos com as populações indígenas que habitavam o litoral. d) objetivando ao máximo de aproveitamento econômico foram realizadas as primeiras iniciativas de exploração utilizando a mão de obra escrava negra e moura, aproveitando-se das experiências anteriores de colonização dos portugueses nas Ilhas do Atlântico e do Mediterrâneo Ocidental. 32. A produção de açúcar da cana atravessa praticamente toda a História Brasileira, do seu período colonial, como América Por- tuguesa, até os dias de hoje. Durante o período colonial, é correto afrmar sobre a produção e comercialização do açúcar, que: a) Até o início século XVIII, ela se constituiu no núcleo mais importante da economia colonial, a partir do qual se desen- volveram diversas outras atividades econômicas e se iniciaram várias rotas de penetração territorial; b) O exclusivo mercantil entre Metrópole e Colônia, estabelecendo como prioridade absoluta para os portugueses a produção e exportação de açúcar, resultou na inexistência da produção de outros bens comercializáveis no território colonial; c) O fato de que a comercialização do açúcar estava nas mãos da burguesia europeia sob orientação mercantilista permite def- nir a agromanufatura açucareira como atividade de natureza capitalista, portadora das características fundamentais deste tipo de produção; d) A fragmentação do latifúndio em áreas decadentes ou peri- féricas às principais regiões produtoras de açúcar resultou no fortalecimento de setores sociais intermediários, formados principalmente por pequenos produtores indígenas e mestiços. 33. As transformações que se verifcavam no feudalismo europeu desde o século XIII possibilitaram o nascimento e a difusão de novas idéias, naquele processo que fcou conhecido como o Renas- cimento. Compreendendo as artes, a literatura e o conhecimento científco, podemos dizer sobre o Renascimento que: a) Este nasceu e se desenvolveu vinculado às possibilidades ofe- recidas pelo processo de fortalecimento da burguesia italiana, que foi favorecida pelo mercantilismo promovido pelos reis absolutistas daquele país europeu. b) Existe uma relação entre pioneirismo das cidades-Estado italia- nas no Renascimento e a forte presença cultural da Antiguidade Ocidental na península da Itália, que havia, no passado, sido o centro do Império Romano. c) O Renascimento promoveu a democratização substantiva da cultura italiana e europeia, ao rejeitar a divisão entre as culturas da elite e dos setores populares e valorizar enormemente as manifestações originadas das tradições camponesas durante o período moderno. d) Ao rejeitar totalmente o teocentrismo cristão medieval e os dogmas da Igreja, os intelectuais do Renascimento promoveram a recuperação das crenças e valores da Antiguidade Ocidental, baseadas no racionalismo pagão. 34. A dissolução da unidade cristã da Europa durante a Reforma resultou em confitos e turbulências na relação entre os cristãos, durante o período moderno. Analisando as diversas correntes cristãs no período pós-Reforma, podemos afrmar que: a) Formado como uma corrente nacional religiosa patrocinada pelo Estado absolutista inglês, o anglicanismo se caracterizou pelas ideias de predestinação divina e de valorização do sucesso individual, além da submissão ao poder do Soberano, tido como novo Papa. b) Difundindo-se pelas cidades da Europa centro-ocidental, o calvinismo teve papel importante no enfraquecimento das monarquias absolutas, por reivindicar o fm das hierarquias políticas e religiosas e a ideia de que o amor suplanta a fé no processo de salvação. c) O luteranismo pode ser considerado com revolucionário, não apenas no seu aspecto religioso, mas também por defender a igualdade social e a eleição dos membros da hierarquia religiosa pelo conjunto dos féis. d) A contrarreforma católica não se limitou à defesa de atitudes repressivas contra os dissidentes que promoveram o protes- tantismo, mas adotou várias medidas de moralização da Igreja católica e promoveu a expansão do catolicismo por novas áreas fora da Europa. 62 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 1 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 35. A escravidão persistiu durante a maior parte da história brasi- leira, abrangendo o período colonial e a quase totalidade da dura- ção temporal do Império, no século XIX. Suas consequências para a sociedade brasileira são enormes, sendo visíveis na persistência da desigualdade racial e nas condições de autoestima de grandes setores da população. São, também, geradoras de debates sobre as formas mais adequadas de superá-las, como pode ser exemplifcado nas políticas de cotas no ensino superior. No entanto, a escravidão não se caracterizou pela passividade dos escravos diante de sua condição: a história da resistência à escravidão é tão grande quanto a própria história da escravidão. Sobre esta resistência e seus des- dobramentos, é INCORRETA a seguinte afrmativa: a) A resistência não se limitou às ações violentas ou aos atos he- roicos por parte de lideranças escravas, mas permeou o próprio cotidiano dos cativos, manifestando-se em posturas individuais e coletivas diante do trabalho e na relação com os senhores. b) A difusão de formas culturais como a música e as danças, a forma- ção de associações civis e religiosas, e a difusão de determinadas maneiras de devoção espiritual signifcaram instrumentos de rejeição à escravidão e de busca por uma vida melhor. c) A resistência advinha da situação de humilhação, violência e crueldade inerente à relação entre senhor e escravo, a partir do momento da captura deste; neste sentido, a própria tristeza sentida pelo escravo diante da sua condição pode ser conside- rada como um ato de rejeição individual. d) A experiência da resistência escrava na América Portuguesa contribuiu para a formação do pensamento iluminista, a partir da ideia da bondade, da coragem e da honradez naturais ao homem escravo, conforme demonstrado no heroísmo de sua luta contra os dominadores. 36. “Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é par- tilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos pare- cidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o senti- mento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e 17 às épocas. Tudo se transforma, tudo varia – o amor, o ódio, o egoísmo. Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia, os séculos passam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fca, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua”. (RIO, João do. Fundação Biblioteca Nacional do Livro. A alma encantadora das ruas – Departamento Nacional do Livro – Ministério da Cultura. In: Coleção Cadernos de EJA: Tempo Livre e Trabalho. Ministério da Educação, 2007, p. 49). A imagem retratada das ruas cariocas na transição do século XIX para o século XX, presente no texto acima, evidencia um espaço onde os encontros e os desencontros entre indivíduos iguais e diferentes era uma realidade da paisagem urbana. Contudo, nessa primeira década do século XXI, observa-se uma nítida modifcação dessa paisagem e dos mecanismos que alteram o signifcado das ruas, processo expresso pelo (a): a) avanço do processo de privatização do espaço em razão da difusão de diversos produtos imobiliários privados como os condomínios fechados e as praças públicas. b) aumento do sentimento que associa a rua como espaço inseguro em oposição aos investimentos do setor privado de valorização dos espaços públicos. c) menor afastamento entre indivíduos das diferentes classes sociais devido à difusão de empreendimentos privados, como os shopping centers, que permitem uma maior integração entre as pessoas. d) aprofundamento do processo de segregação socioespacial em decorrência da mercantilização cada vez maior dos espaços de moradia e de lazer. 37. FORD E SEUS 25 “SISTEMISTAS” PRODUZEM UM CAR- RO A CADA 80 SEGUNDOS Todos querem conhecer o modelo de produção já diferente daquele que o próprio fundador da companhia, Henry Ford, pai da linha de montagem, inventou há um século. Cinco anos depois da instalação da fábrica, a invenção foi renovada, com opção de atrair os principais fornecedores para perto da linha de montagem. A fexibilidade do método permitiu à empresa ultrapassar a capacidade da fábrica, feita para produzir 250.000 automóveis por ano. São 912 veículos por dia – um a cada 80 segundos – em três turnos de jornadas de 42 horas semanais, executadas por 8.500 trabalhadores. Os da Ford somam 3.800. O restante é dos 25 for- necedores que dividem o mesmo espaço. (Adaptado de Valor Econômico. In: Coleção Cadernos de EJA: Tecnologia e Trabalho. Ministério da Educação, 2007, p. 35). A fábrica da Ford responsável pela produção dos modelos Fiesta hatch, Fiesta sedã e Ecosport, localizada na cidade de Camaçari, na Bahia, expressa o atual modelo produtivo pelo qual a indústria automobilística e outros segmentos industriais estão organizados. Sobre esse modelo produtivo, as características que o defnem, no tocante à produção e à organização do espaço, são respectivamente: a) Produção e trabalho fexíveis – grandes estoques de materiais e mercadorias no espaço fabril. b) Produção com base no sistema just in time – proximidade das fontes de matéria-prima. c) Produção padronizada e em massa – localização das unidades industriais nos grandes centros urbanos. d) Terceirização de atividades produtivas – maior articulação do espaço local com outras escalas geográfcas. 38. O processo de modernização da agricultura brasileira ganhou forte impulso com o processo de industrialização experimentado por nossa economia. Com a chegada das indústrias, sobretudo a partir da década de 1960, o setor agrícola passou a contar com um aparato tecnológico que permitiu modernizar sua base produtiva, elevando sua produtividade e melhorando a qualidade de seu pro- duto. Entretanto, essa modernização trouxe problemas ambientais, sociais e econômicos, alguns destes identifcados abaixo, com exceção da alternativa: a) Houve um aumento do desemprego no campo. b) A agricultura tornou-se cada vez mais dependente da indústria para produzir. c) Houve um aumento da contaminação dos solos e do meio hí- drico pelo uso cada vez maior de produtos químicos na lavoura. d) Houve um estímulo, por parte do governo, à produção de soja nas pequenas propriedades com uso de mão de obra familiar. 39. A substância do capitalismo é o encontro entre capital e tra- balho. O objetivo deste encontro é uma transação comercial: o ca- pital adquire o trabalho. Para que a transação seja bem-sucedida, é preciso satisfazer duas condições: o capital deve ser capaz de comprar e o trabalho deve ser vendável, ou seja, sufcientemente atraente para o capital. (Bauman. Zygmunt, Vida a Crédito. Rio de Janeiro: Zahar. 2010, pág. 38). Tomando o texto acima como referência, podemos chegar à se- guinte conclusão sobre o mundo do trabalho na atualidade: a) O mercado possui vaga para todos os trabalhadores. b) O mercado adapta-se à qualifcação dos trabalhadores. c) O trabalhador precisa apresentar qualifcação que interesse às empresas. d) As empresas defendem constantes aumentos de salários. 63 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 1 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 40. A continuidade espacial de várias áreas urbanas, que conduz ao fenômeno conhecido como conurbação, pode provocar mudanças climáticas em escala local, algumas delas já detectadas em grandes cidades brasileiras. A mais signifcativa é: a) redução da temperatura média. b) aumento da circulação dos ventos. c) formação de ilhas de calor d) redução das chuvas ácidas. 64 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 1 - 2 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 REDAÇÃO PROPOSTAS DE REDAÇÃO Seguem três temas de redação. Escolha somente UM deles para desenvolver seu texto. Ao escolher o tema, desenvolva-o e pro- cure utilizar os conhecimentos que você adquiriu e as refexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione os argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas. OBSERVAÇÕES: Seu texto deve ser obrigatoriamente: • escrito em linguagem verbal e na modalidade padrão da língua portuguesa. • uma dissertação. As narrações e os textos em forma de poema (em versos) serão desconsiderados. • ter 15 linhas, no mínimo, e 30 linhas, no máximo. • à tinta, azul ou preta. • desenvolvido na folha própria do concurso. TEMA 1 No mundo contemporâneo, cada vez mais a temática da “into- lerância” tem assumido notoriedade. Frequentemente, somos abordados por notícias envolvendo alguma prática de intolerân- cia, manifestada sob formas inclusive violentas. Agressões contra minorias sexuais, étnicas ou religiosas, por exemplo, não são raras e nos levam a questionar que rumos a humanidade tem tomado, quando se fala tanto sobre a necessidade de um maior respeito às diferenças individuais e sociais. Leia, atentamente, os textos a seguir. Trata-se de matérias jorna- lísticas que retratam bem como a intolerância tem se tornado um agravante no nosso cotidiano. TEXTO I: POLÍCIA INVESTIGA AÇÃO DE SKINHEADS CONTRA GAYS NO RIO DE JANEIRO Italo Nogueira Cartazes em defesa do “orgulho hétero” e cartilhas contra o projeto que criminaliza a homofobia foram espalhados pela peri- feria do Rio por grupos de skinheads. Para a polícia do Rio, essas gangues são responsáveis por uma série de ataques a homossexuais da zona sul do Rio, em Nova Iguaçu, São Gonçalo e Niterói. A polícia diz não saber quantos gays foram vítimas dos ski- nheads, que se organizam pela web. Mas apura se Alexandre Ivo, 14, torturado e morto há duas semanas em São Gonçalo, foi víti- ma de ataque homofóbico. Ele e amigos participavam de uma festa quando começou uma discussão com outro grupo. Após a briga, com agressões ver- bais e físicas, os amigos de Alexandre foram à delegacia registrar queixa e voltaram para a festa. Por volta de 1h30, o menino foi embora sozinho. Não foi mais visto. No dia seguinte, seu corpo foi achado em um terreno baldio. Havia sido asfxiado e tinha lesões no crânio, possivelmen- te causadas por pedradas e agressões com barras de ferro. A polícia chegou aos suspeitos pelo Disque-Denúncia e apu- ra se o crime foi motivado por homofobia ou pela briga. Para a mãe de Ivo, Angélica Vidal Ivo, 40, ele “sofreu a agressão por con- viver com homossexuais”. Os três envolvidos, Allan Siqueira de Freitas, 22, André Luiz Maçole, 23, Eric DeBruim, 22, presos preventivamente, negam o crime e ligação com skinheads. A Secretaria Estadual de Direitos Humanos do Rio acompa- nha as investigações e ONGs organizaram passeata contra o crime. Amigos de Ivo dizem, porém, que foram ameaçados. “Uma pessoa me ligou e disse que ia me matar se eu viesse”, disse um rapaz. A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática diz fazer rondas sistemáticas para tirar do ar sites que defendam a homofobia. “Conseguimos tirar quando há defesa clara a agressões ou assassinatos, por ser incitação ao crime. Mas uma lei contra a ho- mofobia, como existe contra o racismo, facilitaria nossa ação”, diz a delegada Helen Sardenberg. (Folha de São Paulo Online. 6 de julho de 2010. Disponível em: http://criasnoticias.wordpress.com/2010/07/07/ policia-investiga-acao-de-skinheads-contra-gays-no-rio-de-janeiro/) TEXTO II: MISSÃO DE INVESTIGAÇÃO SOBRE CASOS DE INTOLE- RÂNCIA RELIGIOSA EM ESCOLAS DO RIO DE JANEIRO Relatoria do Direito Humano à Educação deu início ontem (4/5) à missão de investigação sobre casos de intolerância re- ligiosa em escolas do Rio de Janeiro. Centro de Integração da Cultura Afro-Brasileira A viagem integra a missão nacional “Educação e Racismo no Brasil”, a ser realizada em 2010 em vários estados. Além da problemática da intolerância religiosa contra estudantes, famílias e profssionais de educação vinculados ao candomblé, à umban- da e a outras religiões de matriz africana, a missão nacional 2010 abordará outros casos de racismo no cotidiano das unidades edu- cacionais (das creches a universidades) e a situação da educação em áreas remanescentes de quilombos. A missão sobre intolerância religiosa no Rio de Janeiro ocor- re até amanhã (6/5) e ouvirá lideranças religiosas, estudantes e fa- miliares, pesquisadores(as) e autoridades do Ministério Público e da Segurança Pública. Ontem, a equipe da Relatoria foi recebida em audiência pela Secretária Estadual de Educação, Teresa Porto, e por sua equipe e visitou terreiros de candomblé na região metro- politana. A missão conta com o apoio da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro. “Submetida a um pacto de silêncio, a discriminação e vio- lência históricas contra pessoas adeptas de religiões de matriz africana sofre de profunda invisibilidade no debate educacional. As denúncias apontam que ela vem aumentando em decorrência do crescimento de determinados grupos neopentecostais nas pe- riferias das cidades e de seu poder midiático; da ambiguidade das políticas educacionais com relação à defesa explícita da laicidade do Estado e do insufciente investimento na implementação da lei 10.639/2003 que tornou obrigatório o ensino da história e da cul- tura africana e afro-brasileira em toda a educação básica”, afrma Denise Carreira, Relatora Nacional de Educação. Entre as denúncias que chegaram à Relatoria de diversas re- giões do país encontramse casos de violência física (socos e até apedrejamento) contra estudantes; demissão ou afastamento de profssionais de educação adeptos de religiões de matriz africana ou que abordaram conteúdos dessas religiões em classe; proibi- ção de uso de livros e do ensino da capoeira em espaço escolar; desigualdade no acesso a dependências escolares por parte de lideranças religiosas, em prejuízo das vinculadas à matriz africa- na; omissão diante da discriminação ou abuso de atribuições por parte de professores e diretores etc. Essas situações, muitas vezes, levam estudantes à repetência, evasão ou solicitação de transfe- rência para outras unidades educacionais, comprometem a auto estima e contribuem para o baixo desempenho escolar. 65 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 1 - 2 ª F A S E apostila de provas / 2012 As informações da missão ao Rio de Janeiro e de outros es- tados farão parte do relatório nacional, que será apresentado pela Relatoria ao Congresso Nacional, ao Conselho Nacional de Edu- cação, ao Ministério Público Federal, às autoridades educacionais, aos organismos das Nações Unidas e às instâncias internacionais de direitos humanos. (Publicado em 5 de maio de 2010. Disponível em: http://portalciafro.org.br/index. php? option=com content&task=view&id=432&Itemid=39) Lidos os dois textos, escreva um texto dissertativo-argumentativo em que você exponha as suas refexões acerca do seguinte tema: AS VÁRIAS FACES DA INTOLERÂNCIA NO MUNDO CON- TEMPORÂNEO TEMA 2 A seguir, você lerá dois textos. O primeiro é uma bem humorada letra de canção intitulada “Eu bebo sim”. O segundo corresponde a um fragmento de uma matéria da Revista Veja tratando sobre os riscos do consumo de álcool entre jovens. TEXTO I: EU BEBO SIM Eu bebo sim! Eu tô vivendo Tem gente que não bebe E tá morrendo Eu bebo sim! Eu tô vivendo Tem gente que não bebe E tá morrendo Tem gente que já tá com o pé na cova Não bebeu e isso prova Que a bebida não faz mal Uma pro santo, bota o choro, a saidera Desce toda a prateleira Diz que a vida tá legal Eu bebo sim! Eu bebo sim Eu tô vivendo Tem gente que não bebe E tá morrendo Eu bebo sim! Eu tô vivendo Tem gente que não bebe E tá morrendo Tem gente que detesta um pileque Diz que é coisa de moleque Cafajeste ou coisa assim Mas essa gente quando tá com a cara cheia Vira chave de cadeia Esvazia o botequim Eu bebo sim! Eu bebo sim, eu tô vivendo Tem gente que não bebe E tá morrendo Eu bebo sim! Eu tô vivendo Tem gente que não bebe E tá morrendo Bebida! Não faz mal a ninguém Água faz mal à saúde (Luis Antônio / João do Violão. Gravado por Elizeth Cardoso. Compacto: Copacabana, 1973) TEXTO II: DOCES E PERIGOSAS Adriana Dias Lopes e Naiara Magalhães A iniciação ao álcool é cada vez mais precoce. A atual geração de adolescentes começa a beber regularmente aos 14 anos – quase três anos antes da média exibida pelos jovens há cinco anos. Os dados são do I Levantamento Nacional sobre os Padrões de Con- sumo de Álcool na População Brasileira, de 2007, realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas. A mudança preocupa porque, quanto mais cedo uma pessoa começa a beber, maior é a probabi- lidade de ela vir a ter problemas com o álcool: 9% dos adultos que deram os primeiros goles aos 14 anos passaram depois à categoria de dependentes. Entre os que começaram a beber após os 21 anos, esse índice é de apenas 1%, segundo a publicação Uso e Abuso de Álcool, lançada pela Universidade Harvard em 2008. As meninas é que causam mais preocupação. As adolescentes de hoje compõem a primeira geração de mulheres que se igualam aos homens nos índices de alcoolismo. E essa não é uma tendên- cia exclusivamente brasileira. “No mundo todo, as moças estão alcançando os rapazes no que se refere aos problemas relaciona- dos ao álcool”, disse à VEJA o epidemiologista americano James Anthony, professor da Universidade Estadual de Michigan. Entre outros motivos, elas se sentem estimuladas a competir com os ga- rotos, como se a bebida fosse também uma área em que devesse prevalecer equidade entre os sexos. “Como se um sinal de mulher bem-sucedida fosse beber feito um homem”, acrescenta o psicote- rapeuta Celso Azevedo Augusto. Começar a beber exige persistência dos adolescentes, por causa do gosto forte e amargo do álcool. Mas esse obstáculo foi superado por uma invenção que deveria virar caso de saúde pú- blica: os ices. As misturas docinhas de vodca com suco de fruta ou refrigerante fazem a alegria da moçada. São o combustível das ba- ladas e festinhas caseiras, que invariavelmente terminam em mui- to vômito. “Os ices não apenas introduzem os jovens no consumo de álcool como os ajudam a ingerir doses cada vez maiores”, diz o neurocirurgião Arthur Cukiert, do Hospital Brigadeiro, em São Paulo. Vendidos em todo lugar e vistos pelos pais como “menos ofensivos”, podem ser mais devastadores do que outras bebidas. “Apesar de terem teor alcoólico semelhante ao das cervejas, são consumidos como limonada”, diz a psicóloga Ilana Pinsky, profes- sora da Unifesp. Um perigo. Mais um. “Tinha de beber para me sentir normal” “Eu comecei a beber aos 12 anos, com meus amigos. Depois da aula, nós íamos para o centro da cidade e bebíamos vinho, cerveja, vodca... No fm da tarde, voltava para casa, tomava um banho e já saía para beber de novo. Quando estava sóbrio, eu me sentia estranho; tinha de beber para me sentir normal. Aos 15 anos, meus pais me internaram pela primeira vez. Mas, naquela fase, eu não queria me tratar. Só agora tenho vontade de voltar a estudar, começar a trabalhar, melhorar a relação com minha fa- mília. Eu já magoei demais minha mãe. Ela fcava desesperada de me ver bebendo tanto. A lembrança do sofrimento de minha mãe é que me dá forças para tentar largar o álcool. Não quero mais fazê-la sofrer.” NEWITON DE MOURA SILVA, 20 anos (Revista VEJA. 9 de setembro, 2009) Analise de forma crítica, clara e coerente a temática proposta pelos textos acima. Posteriormente, produza um texto dissertativo- argumentativo sobre a seguinte proposta: ALCOOLISMO ENTRE JOVENS: QUANDO A DIVERSÃO PODE TORNAR-SE UM CASO DE SAÚDE PÚBLICA 66 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 1 - 2 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 TEMA 3 O advento das tecnologias virtuais proporciona uma aceleração no trânsito de mensagens entre as pessoas e a sensação de que tudo é possível nesse fantástico universo cyber. Entretanto, nem sempre as pessoas param para refetir sobre os efeitos por vezes nefastos dos usos impróprios da comunicação via internet e/ou telefones celulares. Casos de cyberbullying (o assédio moral envolvendo o uso de tecnologias da informação) são muito frequentes atualmente e têm gerado problemas de ordem social e psicológica em suas vítimas. Constrangimentos e ofensas divulgados ora pelas redes sociais da web ora por mensagens de texto sms têm afetado a auto estima de muitos jovens, que chegam, inclusive, a abandonar suas escolas ou mesmo a cometer suicídio. Refita sobre essa temática, amparando-se na leitura dos textos que se seguem: TEXTO I: (Ilustração de Michael Meister) TEXTO II: CYBERBULLYING: A VIOLÊNCIA VIRTUAL Beatriz Santomauro Todo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes perversões. Debocham uns dos outros, criam os apelidos mais estranhos, repa- ram nas mínimas “imperfeições” – e não perdoam nada. Na esco- la, isso é bastante comum. Implicância, discriminação e agressões verbais e físicas são muito mais frequentes do que o desejado. Esse comportamento não é novo, mas a maneira como os pesquisado- res, médicos e professores o encaram vem mudando. Há cerca de 15 anos, essas provocações passaram a ser vistas como forma de violência e ganharam nome: bullying (palavra do inglês que pode ser traduzida como “intimidar” ou “amedrontar”). Sua principal característica é que a agressão (física, moral ou material) é sempre intencional e repetida várias vezes sem uma motivação específ- ca. Mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relaciona- mento e torpedos com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados de cyberbullying. Aqui, no Brasil, vem aumentando rapidamente o número de casos de violência desse tipo. (...) Mesmo quando a agressão é virtual, o estrago é real O cyberbullying é um problema crescente justamente porque os jovens usam cada vez mais a tecnologia – até para conceder entrevistas, como fez Ana [nome fctício], 13 anos, que contou sua história para esta reportagem via MSN (programa de troca de mensagens instantâneas). Ela já era perseguida na escola – e passou a ser acuada, prisioneira de seus agressores via internet. Hoje, vive com medo e deixou de adicionar “amigos” em seu perfl no Orkut. Além disso, restringiu o acesso ao MSN. Mesmo assim, o tormento continua. As meninas de sua sala enviam mensagens depreciativas, com apelidos maldosos e recados humilhantes, para amigos comuns. Os qualifcativos mais leves são “nojenta, nerd e lésbica”. Outros textos dizem: “Você deveria parar de fa- lar com aquela piranha” e “A emo já mudou sua cabeça, hein? Vá pro inferno”. Ana, é claro, fca arrasada. “Uso preto, ouço rock e pinto o cabelo. Curto coisas diferentes e falo de outros assuntos. Por isso, não me aceitam.” A escola e a família da garota têm se reunido com alunos e pais para tentar resolver a situação – por enquanto, sem sucesso. Pesquisa da Fundação Telefônica no estado de São Paulo em 2008 apontou que 68% dos adolescentes fcam online pelo menos uma hora por dia durante a semana. Outro levantamento, feito pela ComScore este ano, revela que os jovens com mais de 15 anos acessam os blogs e as redes sociais 46,7 vezes ao mês (a média mundial é de 27 vezes por semana). Marcelo Coutinho, especia- lista no tema e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), diz que esses estudantes não percebem as armadilhas dos relaciona- mentos digitais. “Para eles, é tudo real, como se fosse do jeito tra- dicional, tanto para fazer amigos como para comprar, aprender ou combinar um passeio.” No cinema, essa overdose de tecnologia foi retratada em As melhores Coisas do Mundo, de Laís Bodanzky. A fta conta a histó- ria de dois irmãos que passam por mudanças no relacionamento com os pais e colegas. Boa parte da trama ocorre num colégio particular em que os dois adolescentes estudam. O cyberbullying é mostrado de duas formas: uma das personagens mantém um blog com fofocas e há ainda a troca de mensagens comprometedoras pelo celular. A foto de uma aluna numa pose sensual começa a circular sem sua autorização. Na vida real, Antonio [nome fctício], 12 anos, também foi vítima de agressões pelo celular. Há dois meses, ele recebe mensa- gens de meninas, como “Ou você fca comigo ou espalho pra todo mundo que você gosta de homem”. Os amigos o pressionam para ceder ao assédio e, como diz a coordenadora pedagógica, além de lidar com as provocações das meninas, ele tem de se justifcar com os outros garotos. (Revista NOVA ESCOLA. Junho/julho, 2010) Redija, agora, um texto dissertativo-argumentativo que refita criticamente sobre o seguinte tema: CYBERBULLYING E JUVENTUDE: MERA BRINCADEIRA OU PERVERSIDADE VIRTUAL? 67 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 1 - 2 ª F A S E apostila de provas / 2012 MATEMÁTICA 01. Os amiguinhos Kaio, Pedro e Lucas dividiram, igualmente, uma quantidade Q de bolas de gude. Antes mesmo de começa- rem a jogar, chegou o amiguinho Vitor. Resolveram então dividir a quantidade Q, igualmente, entre os quatro. Sabendo que para realizar a divisão bastou que cada um dos três amiguinhos desse vinte e cinco (25) bolas para o Vitor, determine a quantidade Q. 02. Sejam a e b números reais para os quais a igualdade + = + + a b 1 1 a 1 b tenha solução. Determine o valor do produto a.b . 03. A fgura abaixo mostra como Vicente envolveu, com ftas, três caixas de 10 cm de comprimento, 4cm de largura e 3cm de altura. Sabendo que Vicente gastou o mínimo de fta nessa tarefa, em qual das três caixas (A, B ou C) Vicente gastou menos fta? Justifque sua resposta. 04. O carro do Sr. Joel é fex (funciona indistintamente com gasoli- na ou álcool) e percorre, em média, 10 km com 1 litro de gasolina ou 7 km com 1 litro de álcool. Num determinado ano em que o litro de gasolina e do álcool custavam R$2,40 e R$1,40 , respectivamente, o Sr. Joel rodou 15000km, tendo abastecido o carro apenas com gasolina. Quanto ele teria economizado, em reais, neste mesmo ano, se tivesse abastecido o carro apenas com álcool? 05. Um triângulo retângulo tem lados com medidas a , b e c (em cm), onde = c 13 e < < c b a . Considerando ainda que a e b são números inteiros, calcule o valor de 2a - b . 06. Na fgura abaixo, temos dois arcos de duas circunferências com centros O e P:o primeiro possui extremidades A e B e o segundo possui extremidades A e C, respectivamente. Sabendo ainda que O é ponto médio do segmento e PA , B é um ponto do segmento PC e que o primeiro arco mede 3,2cm, obtenha a medida, em cm, do segundo arco. 07. Na fgura abaixo, os gráfcos das funções reais f e g são tangentes. Sabendo que f( x) = x 2 + 2k e g( x) = 2x + k , calcule f(2) + g(3) . 08. Nos campeonatos de futebol, uma vitória vale três (3) pontos e um empate vale um (1) ponto. O aproveitamento de um time no campeonato é calculado pela porcentagem entre o número de pontos conquistados em relação ao máximo do número de pontos disputados. Num determinado momento de um certo campeonato de futebol o time A havia conseguido uma vitória e ainda não havia perdido. Sabendo que esse desempenho conferiu ao time A um aproveitamento superior a 40%, calcule o número máximo de empates que ele pode ter conseguido até então. 09. Na fgura abaixo, O é o centro de uma circunferência que tangencia o segmento BQ no ponto T . Considerando também que o segmento BA é perpendicular ao segmento AO , que M é o ponto médio do segmento AO e que BM = 4.MT , determine a medida do ângulo 10. Na figura abaixo, os retângulos PQRS e ABCD, com / / PQ AB , representam, respectivamente o terreno e a casa da família Pinto Teixeira que ali vive com a cadelinha “poodle”, Hanna. A parte S , sombreada da fgura, representa a superfície do terreno que¨Hanna pode alcançar, quando presa à uma guia de 30m que está fxada no ponto M, médio de AB . Sabendo ainda que AB= 12me que BC = 18m, calcule o valor da área de S, usando 3 como valor aproximado de π. 68 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 2 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Leia os textos com atenção e, em seguida, responda às questões: TEXTO I: ATRAVESSADOS NO MUNDO REAL 05 10 15 20 25 30 A internet está mudando nossa maneira de pensar? Nicholas Carr, ex-diretor da “Harvard Business Review”, acha que desde que Gutenberg inventou a imprensa o cérebro humano não era submetido a tamanha sacudidela. Além das óbvias mudanças na maneira de viver e de se comunicar, estaríamos pensando de maneira diferente, incapazes de concentração e introspecção. Ler um livro, uma verdadeira proeza. A internet permeia de tal modo o cotidiano que é possível que um processo de adaptação esteja em curso. Estaríamos “evoluindo” para uma capacidade cada vez maior de consumir informação fragmentada e desconexa. Na ânsia do aqui e do agora, temos acesso a tudo e não entendemos quase nada. Mais informação e menos conhecimento, mais relacionamento e menos emoção. E, sobretudo, pouca refe- xão. A internet estaria induzindo a um pensamento raso. (...) Transformações falam de ganhos, mas silenciam sobre perdas. Incapacidade de ler Machado de Assis ou García Márquez está mais para involução. Sartre dizia que o inferno são os outros. Hoje o inferno é estar desconectado dos outros. Temo que, atualmente, ser alguém seja estar conectado a uma infnidade de “amigos”. Não mais os poucos escolhidos pelo afeto privilegiado, e sim qualquer um que cai na rede reve- lando seu autoretrato enquadrado em um algoritmo, banalizando o que um dia se chamou de intimidade. O que quer dizer amizade numa rede de 2.000 amigos? Facebook, Twitter, YouTube, que sentido tem esse frenesi de relacionamento? Solidão em tempos de destruição de vínculos? Recriação de pertencimento a grupos, ainda que virtuais e fugazes? Ou outra coisa ainda mal entendida? Por trás de cada postagem a caixa-preta do ser humano. “Eu é um outro”, a fórmula de Rimbaud exprime os possíveis que se escon- dem em cada um: segundas vidas, identidades em caleidoscópio. A rede tem uma natureza de espelho, um espelho de circo que devolve uma imagem grotesca, porém reconhecível, de tudo que existe entre nós, as zonas de sombra do real expostas à luz do dia. Os estudantes de Harvard inventaram um outro mundo. No flme “Redes sociais”, o personagem de Sean Parker, criador do Napster, é enfático: “Se um dia vivemos no campo e depois em cidades, hoje vivemos no ciberespaço.” Retórica ou sabedoria premonitória, o fato é que já há quem habite uma boa parte do dia esse território virtual. Que mundo é esse, volátil e surpreendente? A pergunta não lhes interessa, esse mundo não é movido a porquê. No universo de Mark Zuckerberg o que importa é o como. Conectar-se é o verbo mágico que explica o seu Facebook. Conectar-se com que objetivo? “O objetivo é conectar-se.” Não responderiam assim os dissidentes árabes que, usando o engenho de Zuckerberg se apresentaram entre si e ao mundo derruban- do o mito de que o fundamentalismo islâmico era a única opção às ditaduras corruptas.(...) Sem a internet os indignados da Praça Porta do Sol, de Madri, não teriam desafado um sistema político caduco. Nem as mulheres da Arábia Saudita, indignadas porque proibidas de dirigir automóveis, teriam organizado sua primeira manifestação de rebeldia. No man’s land, o território da internet atravessa o mundo real. O meteorito invisível que os meninos de Harvard criaram chocou-se com o tempo presente. Um meteorito já pôs fm a uma era. Quem serão os dinossauros de hoje? Partidos políticos são fortes candidatos. “Estávamos adormecidos e despertamos”, “Chamam-na de democracia, mas não é”, “Democracia real, já!”, dizem as praças. Com seus riscos e imensas oportunidades, a internet é o grande enigma do mundo contemporâneo. Decifrá-lo quem há de? Talvez já tenhamos sido devorados. (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. In: O Globo, 25 jun. 2011. p.07.) 69 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 2 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 TEXTO II: PELA INTERNET 05 10 15 20 25 30 Criar meu web site Fazer minha home-page Com quantos gigabytes Se faz uma jangada Um barco que veleje Que veleje nesse infomar Que aproveite a vazante da infomaré Que leve um oriki do meu velho orixá Ao porto de um disquete de um micro em Taipé Um barco que veleje nesse infomar Que aproveite a vazante da infomaré Que leve meu e-mail até Calcutá Depois de um hot-link Num site de Helsinque Para abastecer Eu quero entrar na rede Promover um debate Juntar via Internet Um grupo de tietes de Connecticut De Connecticut acessar O chefe da Macmilícia de Milão Um hacker mafoso acaba de soltar Um vírus pra atacar programas no Japão Eu quero entrar na rede pra contactar Os lares do Nepal, os bares do Gabão Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular Que lá na praça Onze tem um vídeopôquer para se jogar (Gilberto Gil, 1997.) TEXTO 3 DRUMMOND, Bruno. In: Revista O Globo, 24/07/2011, p.27) 01. Após leitura atenta do artigo “Atravessados no mundo real”, pode-se afrmar que se trata de um texto, predominantemente: a) narrativo. b) descritivo. c) injuntivo. d) argumentativo. 02. Relacionando-se o texto 3 ao texto 1, é correto afrmar que o diálogo das personagens de Bruno Drummond a) retifca as ideias do texto 1. b) ratifca as ideias do texto 1. c) discorda das ideias do texto 1. d) contrapõe as ideias do texto 1. 70 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 2 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 03. Assinale o item em que o emprego das aspas (no texto I) encontra-se em dissonância com a explicação: a) “Harvard Business Review” (l. 1) – isolar citação textual atribuída a outrem. b) “evoluindo” (l. 5) – mostrar que a palavra está empregada em sentido diverso do usual. c) “amigos” (l. 11) – demonstrar que o vocábulo está sendo usado em sentido irônico. d) “Eu é um outro” (l. 15) – mostrar que o fragmento em questão é de outrem. 04. No primeiro texto, os termos “permeia” (l. 5), “induzindo” (l. 8) e “premonitória” (l. 19) podem ser substituídos, sem implicar mudança de sentido, por, respectivamente a) alterna, deduzindo e instigativa. b) traspassa, deduzindo e preventiva. c) alterna, provocando e proflática. d) atravessa, compelindo e sintomática. 05. Observando-se o ponto de vista de cada um dos três textos, é incongruente afrmar que a) no texto 1, Rosiska questiona os benefícios da internet sobre os indivíduos. b) no texto 1, a autora desconsidera os riscos da internet sobre o usuário. c) no texto 2, Gil exalta as benesses da internet para os indivíduos. d) no texto 3, Drummond ironiza a valorização da realidade virtual pelas pessoas. 06. “Se faz uma jangada / um barco que veleje” (t.2, v. 4/5) Marque a opção em que o termo sublinhado apresente a mesma função sintática do acima. a) “Criar meu web site” (v.1) b) “Eu quero entrar na rede” (v.16) c) “Juntar via Internet” (v.18) d) “Um hacker mafoso acaba de soltar” (v.22) 07. “Num site de Helsinque para abastecer” (t.2, v.14) As preposições sublinhadas expressam as noções, respectivamente, de: a) origem / fnalidade. b) localização / causalidade. c) pertencimento / objetividade. d) causalidade / conclusão. 08. “Com quantos gigabytes / se faz uma jangada...” (t.2, v. 3/4) “O chefe da MacMilícia de Milão” (t.2, v.21) Marque a alternativa que apresente, respectivamente, as fguras empregadas nos fragmentos sublinhados acima: a) metonímia / prosopopeia. b) antonomásia / assonância. c) metáfora / aliteração. d) metonímia / hipérbole. 09. Nos períodos compostos, nem sempre, a relação semântica entre as orações é marcada através de uma conjunção, como ocorre em “A pergunta não lhes interessa, esse mundo não é movido a por- quê” (t.1, l. 21). Assim, ao interpretá-lo, verifca-se que a segunda oração estabelece com a primeira uma relação de: a) conclusão. b) explicação. c) adição. d) oposição. 10. A ocorrência de várias palavras de origem estrangeira, no texto II, revela: a) a extrema depreciação de nosso idioma. b) o uso desnecessário de estrangeirismos. c) a intercomunicação advinda da tecnologia. d) a apreciação de atitudes xenofóbicas. CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 11. O valor P de uma mercadoria teve dois aumentos sucessivos, um de 8% e outro de 12%, seu preço fcou em R$ 756,00. Se, ao invés destes dois aumentos, P tivesse um único aumento de 20%, o preço fnal da mercadoria seria: a) igual ao preço fnal obtido com os dois aumentos sucessivos. b) aproximadamente R$ 21,53 a menos que o preço fnal obtido com os dois aumentos sucessivos. c) R$ 6,00 a menos que o preço fnal obtido com os dois aumentos sucessivos. d) R$ 2,00 a mais que o preço fnal obtido com os dois aumentos sucessivos. 12. No plano cartesiano abaixo, a reta r passa pela origem e forma um ângulo θ com o eixo x. Escolhendo um ponto P (a, b) qualquer da reta r, e considerando θ = 40°, podemos afrmar que: a) Se P pertence ao 1º quadrante, então a = b. b) Se P pertence ao 3º quadrante, então a < b. c) a = b independente de qual quadrante estiver P. d) Se P pertence ao 3º quadrante, então a > b. 71 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 2 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 13. Um pai deixou de herança para seus flhos Aldo, Baldo e Caldo, mas determinou que, distribuída a herança: • Aldo desse uma parte do que recebera a Baldo e a Caldo, de modo que os legados de Baldo e Caldo dobrassem; • Depois disso, Baldo desse uma parte do que recebera a Aldo e a Caldo, de modo que os legados de Aldo e Caldo dobrassem; • Finalmente, Caldo fzesse o mesmo, de modo que os legados de Aldo e Baldo dobrassem. Cumpridas as determinações do pai, os flhos verifcaram que cada um fcara com 160 mil reais. Qual é a soma dos algarismos do número que representa o que fora o legado original de Aldo? a) 5 b) 6 c) 7 d) 8 14. Quem viaja no bondinho do Pão de Açúcar percorre dois trechos: o primeiro vai da Praia Vermelha até o morro da Urca (segmento PU da fgura) e o segundo, parte do morro da Urca até o Pão de Açúcar. Sabendo que o segmento PM e a altura do morro da Urca equivalem a 4 3 e a 5 9 da altura do Pão de Açúcar, respectivamente, podemos afrmar que o ângulo β formado pelos segmentos PU e PM indicados na fgura: ÂNGULOS SENO COSSENO TANGENTE 21° 0,358 0,984 0,384 22° 0,375 0,927 0,404 23° 0,391 0,921 0,424 24° 0,407 0,913 0,445 a) está entre 21° e 22° b) está entre 22° e 23° c) está entre 23° e 24° d) é maior que 24° 15. Considere o seguinte procedimento: na primeira etapa, pegue uma folha de papel e corte-a ao meio, colocando os dois pedaços um sobre o outro. Em uma próxima etapa, corte novamente os papéis ao meio e coloque os pedaços um sobre o outro formando uma pilha de papéis. Continue fazendo isso em cada etapa: sempre cortando todos os pedaços de papel da etapa anterior ao meio e formando uma nova pilha com todos os pedaços. Se fosse possível realizar o que foi exposto, em quantas etapas, no mínimo, poderíamos formar uma pilha de papel com cerca de 200 m de altura? Considere que 100 folhas empilhadas têm 1 cm de altura e que podemos fazer a aproximação 2 10 =1024≈10 3 . a) 21 etapas b) 201 etapas c) 2001 etapas d) infnitas etapas 16. O tangram é um conhecido quebra-cabeça de sete peças que tem formas geométricas bem conhecidas, originados da decomposição de um quadrado (fgura 1). Hoje já se tem conhecimento do surgimento de vários tipos de quebra-cabeças geométricos planos, muitas vezes também chama- dos de tangram e que também tem origem em recorte de alguma fgura plana. Abaixo se encontra o tangram coração, cujas peças são obtidas recortando-se um coração plano de acordo com o esquema da fgura 2, composta de: 3 setores de 90° de um círculo, 2 setores de 45° de um círculo, 1 triângulo retângulo, 1 quadrado, 1 paralelo- gramo e 1 trapézio retângulo. Utilizando-se todas as nove peças é possível representar uma grande diversidade de formas, como as exemplifcadas nas fguras 3 e 4. 72 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 2 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 Se a base AB do vidro de perfume mostrado na fgura 3 mede 3 cm, então a área da fgura 4, que representa um “patinho” mede: a) π + 4 cm 2 b) 2(π + 4) cm 2 c) 2π + 4 cm 2 d) 2π + 2 cm 2 17. Qualquer bebida extraída de uma máquina custa 1 real. Se a má- quina só aceita moedas de 10, 25, 50 centavos e de 1 real, de quantas maneiras distintas pode-se pagar uma bebida nesta máquina? a) 4 b) 5 c) 6 d) 7 18. Seja ABC um triângulo equilátero de lado 1. Considere um círculo C 0 inscrito a ABC e, em seguida, construa um círculo C 1 tangente a C 0 , AB e BC e outro círculo C’ 1 também tangente a C 0 , BC e AC. Continue construindo infnitos círculos C n tangentes a C n – 1 , AB e BC. Faça o mesmo para os círculos C’ n também tangentes a C’ n – 1 , BC e AC. A seguir, a fgura representa um exemplo com cinco círculos. A soma dos comprimentos de todos os infnitos círculos é: a) infnita b) π c) π 3 3 d) π 2 3 3 19. O “Método das Iterações” fornece um algoritmo que calcu- la o valor aproximado de raízes quadradas, indicado ao lado: + ≅ A B A 2 B Onde: A é o número que desejamos obter o valor aproximado da raiz quadrada e B é o quadrado perfeito mais próximo de A. Por exemplo, se A = 17, teremos B = 16 e daí. + ≅ = = 17 16 33 17 4,125 8 2 16 Aplicando o método acima, qual é o valor aproximado de 3 ? a) 5,73 b) 5,75 c) 5,77 d) 5,79 20. Leia com atenção a demonstração a seguir: Vamos provar por a + b que 1 + 1 = 1 Passo 0: Sejam a e b números reais não nulos tais que a = b. Passo 1: Se a = b, podemos multiplicar os dois membros desta igualdade por a e obter: a 2 = ab Passo 2: A seguir, subtraímos b 2 dos dois membros da igualdade: a 2 – b 2 = ab – b 2 Passo 3: Fatorando as expressões, temos: (a + b)(a – b) = b (a – b) Passo 4: Agora dividimos ambos os membros por (a – b) e obte- mos: a + b = b Passo 5: Como no início supomos que a = b, podemos substituir a por b assim: b + b = b Passo 6: Colocando b em evidência, obtemos: b (1 + 1) = b Passo 7: Por fm, dividimos a equação por b e concluímos que: 1 + 1 = 1 É evidente que a demonstração acima está incorreta. Há uma operação errada: a) No passo 2. b) No passo 3. c) No passo 4. d) No passo 6. 21. Um químico deseja separar todos os componentes que cons- tituem um sistema heterogêneo formado pela mistura de um álcool, de uma base, areia e de um óleo. Determine o processo de separação adequado em X, Y e Z, sabendo que a base é um granulado solúvel no álcool. a) X = dissolução fracionada, Y = sifonação e Z = fltração. b) X = decantação, Y = sedimentação e Z = fltração. c) X = fltração, Y = decantação e Z = destilação simples. d) X = sedimentação, Y = fltração e Z = destilação simples. 22. De acordo com a classifcação periódica dos elementos quími- cos, considere as afrmações a seguir: I. Os elementos zinco e bromo apresentam o mesmo número de camadas eletrônicas e não são metais. II. O hélio e o cátion Be 2+ apresentam dois elétrons na camada de valência. III. O nitrogênio e o fósforo pertencem ao mesmo período, apre- sentando propriedades químicas semelhantes. IV. O ânion iodeto (I – ) satisfaz a regra do octeto. V. A reação de complexação do iodo ( ) − − + ↔ 2(S) (aq) 3 (aq) I I I é uma reação de análise. Estão erradas as afrmações: a) I, III e V. b) II, III e V. c) I, II e IV. d) II, III e V. 73 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 2 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 23. “O acidente nuclear de Fukushima alcançou o nível de gravidade 6, quase chegando ao nível de Chernobyl (7), afrmou nesta segunda-feira o presidente da Autoridade Francesa de Segurança Nuclear (ASN), André-Claude Lacoste.” “A exposição aos raios não é o único risco ao qual o corpo humano está sujeito em relação à radioatividade. É ainda mais importan- te evitar que as pessoas incorporem material radioativo. A forma mais comum de isto acontecer é pela inalação de gases que se misturam à atmosfera depois de um vazamento.” Agencia AFP: segunda-feira, 14 de março de 2011 Por apresentar um núcleo instável, o Urânio ( 238 U 92 ) emite radiações e partículas transformando-se sequencialmente até chegar a ele- mentos mais estáveis como é mostrado abaixo: + + 238 4 234 92 2 90 234 4 228 90 2 88 228 208 88 82 U (urânio) Th (tório) Th (tório) Ra (rádio) Ra (rádio) ............ Pb (chumbo) Marque a alternativa que apresenta respectivamente o número de prótons do Urânio, o número atômico do Tório e o número de nêutrons do Chumbo: a) 238, 90 e 82 b) 92, 234 e 126 c) 92, 90 e 126 d) 238, 234 e 82 O texto a seguir refere-se às questões 24 à 27. Leia-o com atenção! A TERRA É AZUL! Em 1961, um homem – Yuri Gagarin – subia, pela primeira vez, ao espaço. O feito posicionou os russos na frente da corrida espacial travada com os Estados Unidos após o fm da Segunda Guerra. Em 2011, comemoramos cinco décadas dessa façanha. Por: Othon Winter Em 12 de abril de 1961, Yuri Alekseevich Gagarin estava a bordo da espaçonave Vostok-1, lançada de uma plataforma em Baikonur, no Cazaquistão, por um foguete Soyuz. Durante o voo, que durou 108 minutos, sendo 90 minutos efetivamente no espaço, completou uma órbita ao redor da Terra, viajando a uma velocidade aproximada de 27 mil km/h. Na descida, foi ejetado da nave quando estava a 7 km de altura e chegou ao solo suavemente, com o auxílio de paraquedas. Em órbita, Gagarin fez algumas anotações em seu diário de bordo. Porém, ao tentar usá-lo, o diário futuou e voltou para ele sem o lápis, que estava conectado ao livro por uma mola. A partir de então, todos os registros tiveram que ser feitos por meio de um gravador de voz. Como ele era ativado por som, a fta fcou logo cheia, pois muitas vezes o equipamento era ativado pelos ruídos na cápsula. Durante o voo, Gagarin se alimentou e tomou água, mantendo contato contínuo com a Terra por rádio, em diferentes canais, telefone e telégrafo. Ele foi o primeiro ser humano a ver a Terra do espaço. Pôde vê-la como um todo e, entre as observações que fez, uma é marcante. Impressionado com o que via, afrmou: “A Terra é azul!”. (Trecho adaptado a partir de matéria publicada na Revista Ciência Hoje, vol. 47, ed. 280. p. 72-73) 24. “Em 12 de abril de 1961, Gagarin estava a bordo da espaçonave Vostok-1, lançada de uma plataforma em Baikonur, no Cazaquistão, por um foguete Soyuz. Durante o voo, que durou 108 minutos, sendo 90 minutos efetivamente no espaço, completou uma órbita ao redor da Terra, viajando a uma velocidade aproximada de 27 mil km/h.” Considerando os valores indicados no texto, a distância percorrida por Gagarin enquanto efetivamente no espaço foi de a) 11250 km b) 18000 km c) 40500 km d) 685000 km 74 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 2 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 25. “Na descida, foi ejetado da nave quando estava a 7 km de altura e chegou ao solo suavemente, com o auxílio de paraquedas.” Após o paraquedas ter sido aberto, entendendo-se que o astronauta passou a descer com velocidade escalar constante, a resultante das forças que atuava sobre Gagarin era igual a) ao seu peso. b) ao seu peso e ao peso do paraquedas. c) a força de resistência do ar. d) a zero. 26. “Ele foi o primeiro ser humano a ver a Terra do espaço. Pôde vê-la como um todo e, entre as observações que fez, uma é marcante. Impressio- nado com o que via, afrmou: ‘A Terra é azul!’“ Assinale a alternativa em que estão corretamente representados os trajetos dos raios luminosos que permitiram a observação da Terra pelo astronauta soviético, a bordo da Vostok-1 há 50 anos. (As setas indicam o sentido de propagação da luz em cada raio luminoso e os desenhos encontram-se fora de escala). a) b) c) d) 27. Durante o voo, Gagarin manteve contato contínuo com a Terra por rádio, em diferentes canais. A comunicação se dava, preferencial- mente, em UHF (Ultra High Frequency). Supondo que a frequência usada na missão espacial russa tenha sido de 600 MHz e sabendo que as ondas de rádio viajam pelo espaço a velocidade da luz (3,0 x 10 8 m/s), o comprimento das ondas (λ) tem o valor de: a) 0,5 m. b) 1,0 m. c) 5,0 x 10 5 m. d) 1,0 x 10 6 m. 75 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 2 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 28. “Para clonar animais, separa-se, artifcialmente, as células de um embrião no começo do desenvolvimento. Nessa etapa, cada cé- lula é capaz de se tornar um embrião caso seja separada das outras. (...) Uma técnica diferente foi criada por cientistas escoceses, que clonaram, em 1996, uma ovelha. Para fazer o clone, eles usaram três ovelhas. Vamos chamá-las de 1, 2 e 3. Primeiro, pegaram um óvu- lo da ovelha 1 e retiraram o núcleo, onde estão os genes. Depois, conseguiram uma célula da mama da ovelha 2. Tiraram seu núcleo e o inseriram dentro do óvulo sem núcleo da ovelha 1. O óvulo da ovelha 1 com o núcleo da célula da mama da ovelha 2 foi posto no útero da ovelha 3, desenvolveu-se e gerou uma ovelha com genes iguais aos da ovelha 2: o clone, que recebeu o nome de Dolly”. Fonte (texto adaptado e imagem): http://chc.cienciahoje.uol.com.br/revista/ revista- chc-2002/122/copia-fel/clones-de-laboratorio A imagem e o texto acima fornecem um exemplo de formação de clones de animais em laboratório. Entretanto, é possível a formação de clones humanos naturalmente, durante o processo reprodutivo, através da: a) Formação de gêmeos monozigóticos (idênticos), que são for- mados quando o embrião gerado pela fecundação de um óvulo com um espermatozóide divide-se em dois ou mais, em fases iniciais do desenvolvimento. b) Formação de gêmeos dizigóticos (diferentes), que são formados a partir de fecundações distintas de um óvulo com um esper- matozóide, gerando indivíduos geneticamente distintos. c) Ocorrência de anomalias, tal como a fssão de um zigoto, formado pela fecundação de um espermatozóide e de um óvulo, através da ação de radiações UV e agentes químicos, como o tabaco. d) Formação de gêmeos monozigóticos (idênticos), quando estes são formados pela fecundação de um óvulo por dois espermato- zóides, gerando dois ou mais embriões geneticamente idênticos. 29. Muitos estudos atuais têm apontado um aumento considerável na concentração de gás carbônico (CO 2 ) na atmosfera a partir da Revolução Industrial. As principais atividades responsáveis seriam a queima de combustíveis fósseis (largamente utilizados nos trans- portes e em atividades industriais) e o aumento do desmatamento das áreas forestadas (para a expansão de áreas urbanas e agrícolas), conforme pode ser observado no esquema a seguir: Fonte: http://www.clickideia.com.br/site2/blog/29432 Acredita-se que a alta concentração atmosférica de CO 2 esteja relacionada com o aumento da temperatura da Terra, o que pode provocar mudanças climáticas signifcativas no planeta. Abaixo estão alguns mecanismos utilizados para diminuir estes impactos e a respectiva justifcativa para seu uso. Aponte a alter- nativa que apresenta um ERRO em sua proposta: a) Investimento em biocombustíveis produzidos a partir de ve- getais, pois estes incorporam CO 2 da atmosfera em etapas da sua produção. b) Preservação de áreas de forestas maduras, as quais mantêm grande quantidade de carbono fxado na matéria orgânica. c) Remoção de áreas de foresta madura e substituição por plan- tações, pois em seus estágios iniciais de crescimento as plantas tendem a absorver mais gás carbônico. d) Fazer o replantio de áreas desmatadas, visto que as plantas irão absorver CO 2 atmosférico durante seu crescimento. 76 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 2 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 30. Algumas doenças neurodegenerativas podem ser resultado da degradação progressiva da bainha de mielina dos neurônios pela ação do próprio sistema de defesa. Um exemplo é a adre- noleucodistrofa (ou ALD), uma doença hereditária na qual os portadores apresentam um acúmulo de grandes quantidades de um determinado tipo de gordura nos neurônios, o que estimula o ataque por leucócitos do próprio organismo. Outro exemplo de doença desmielinizante é a esclerose múltipla (fgura a seguir) que apresenta características semelhantes à ALD, mas possui causas distintas. Embora os estudos já realizados não permitam uma conclusão defnitiva, acredita-se que a esclerose múltipla tenha um componente genético, mas que a expressão da doença seja desencadeada pela ação de determinados micro-organismos. Fonte: http://patologiadeorgaosesistemas.blogspot.com/2010/09/ esclerose-multipla.html A partir do texto lido e dos seus conhecimentos sobre tecido nervoso e doenças relacionadas, analise as seguintes afrmativas e aponte a que apresenta um ERRO: a) Os neurônios, embora mais conhecidos, não são as únicas células encontradas no tecido nervoso. Encontramos também células que exercem outras funções como nutrição, sustentação e proteção dos neurônios. b) Os danos à bainha de mielina difcultam a transmissão dos impulsos nervosos pelos neurônios, o que pode resultar, por exemplo, em problemas motores, de raciocínio e sensoriais. c) Leucócitos, ou glóbulos brancos, são as principais células do sistema de defesa do organismo. Por isso, as doenças citadas no texto podem ser caracterizadas como auto-imunes. d) Ambas as doenças desmielinizantes citadas no texto possuem como causa a presença de um gene alterado herdado dos pais, não apresentando nenhuma infuência do ambiente. CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 31. “Embora a origem da Reforma de Lutero se deva a uma ex- periência pessoal, ela refetiu, na verdade, o estado de espírito co- mum a muitos seguidores da Igreja Romana. De fato, a iniciativa da livre interpretação da Bíblia deve ser compreendida como mais uma das muitas manifestações típicas do individualismo do ho- mem renascentista.” (Carmem Peris, Glória Vergés e Oriol Vérges, EL RENACIMIENTO. Barcelona: Parramón Ediciones, s/d, p.32) A Reforma Protestante fez parte do processo de transição da Idade Média para a Idade Moderna e teve na religião seu alvo principal. A partir do que foi dito acima podemos dizer que a Reforma religiosa foi: a) A livre interpretação da bíblia levou ao surgimento de diversas igrejas que renegavam a necessidade das obras e da fé absoluta em Deus como forma de organização da sociedade b) A manutenção do estado de espírito do catolicismo presente na manutenção pelos reformadores dos principais dogmas da igreja romana como a infabilidade do papa e o culto a virgem Maria. c) Um amplo movimento de mudanças sociais na medida em que alterou hábitos e costumes da época, integrando dois contextos: o das modifcações ligadas ao desenvolvimento do comércio e seus efeitos e o do processo de centralização monárquico, que deu surgimento ao Estado moderno. d) Um processo de transformação espiritual que teve repercussões em outros setores da sociedade como a expansão marítima ibérica que levou a religião de Lutero para o novo mundo. 32. Em um dicionário histórico, encontramos a seguinte de- fnição: “Contra-reforma – O termo abrange tanto a ofensiva ideológica contra o protestantismo quanto os movimentos de Reforma e reorganização da Igreja Católica, a partir de meados do século XVI.” (DICIONÁRIO DO RENASCIMENTO ITALIANO, Zahar Editores, 1988) Umas das principais vítimas da Contra Reforma, o italiano Galileu Galilei (1564 – 1642) ingressou para a História das ciências com uma trajetória especial. A reação da Igreja Católica contra Galileu explica-se, sobretudo, porque suas teorias contribuíram para: a) defender a concepção de quer o universo estava em movimento b) reafrmar a idéia de um universo aberto e fnito presente nos textos aristotélicos c) negar a autoridade da igreja ao questionar os textos sagrados d) expor a contradição presente nas teorias da época que afrma- vam a esfericidade da terra. 77 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 2 - 1 ª F A S E apostila de provas / 2012 33. “A terra queimará e haverá grandes círculos brancos no céu. A amargura surgirá e a abundância desaparecerá. A época mergu- lhará em graves trabalhos. De qualquer modo, isso será visto. Será o tempo da dor, das lágrimas e da miséria. É o que está para vir”. (Livro de Chilam Balam, da literatura maia, século XIII – AQUINO, Jesus, Oscar e. Fazendo a História, as sociedades americanas e a Europa na Época Moderna, p 63, Rio de Janeiro, Ed Ao Livro Técnico. 1990). O texto acima foi escrito bem antes da chegada dos espanhóis na América, entretanto ele já prenuncia o futuro dos povos americanos com a chegada dos Europeus. Qual a opção abaixo apresenta aspectos que facilitaram a conquista espanhola do Império asteca? a) O domínio da cidade de Lima capital do Império Asteca b) A crença de que os espanhóis eram divindades que trariam riquezas para os mexicanos. c) A introdução, na América, de doenças desconhecidas que cau- saram verdadeiras epidemias, dizimando parte da população nativa d) A falta de resistência dos astecas, que aceitaram a conquista espanhola com resignação. 34. “De pé fcaremos todos E com frmeza juramos Quebrar tesouras e válvulas E pôr fogo ás fábricas daninhas.” (Canção dos quebradores de máquinas do século XIX, citada por Leo Huberman, história das riquezas do homem, 1979) A partir do texto aponte o movimento que tinha na quebra das máquinas sua principal característica a) Cartismo. b) Anarquismo c) Socialimo d) Ludismo 35. No início da Revolução Francesa, A Assembléia nacional Constituinte promulgou em 26 de agosto de 1789 a Declaração dos Direitos do homem e do Cidadão, que estabelecia: “Os homens nascem e são livres e iguais em direitos” (art. 1º). Tal texto refete uma característica do pensamento liberal que: a) eliminava a ordem social e política calcada nos privilégios de nascimento; b) fortalece o poder real c) preservava os direitos seculares do clero e da nobreza; d) proclamava a igualdade econômica de todos; 36. A charge ao lado brinca com o olhar geopolítico dos Estados Unidos sobre o mundo, na qual fca evidente o caráter pejorativo. O termo “bêbados derrotados” para se referir à Rússia a) relaciona-se à reação xenófoba da população dos Estados Unidos às migrações em massa de trabalhadores russos para os EUA após o fm do socialismo, taxando-os como beberrões e sem qualifcação profssional. b) refere-se ao fm da guerra fria quando a URSS, derrotada frente à superioridade militar dos Estados Unidos, é obrigada por este país a se desfazer de todo seu arsenal nuclear. c) faz referência ao excessivo consumo de vodka por parte da cúpula do partido comunista soviético, principal causa do fm do socialismo e da própria desintegração da antiga URSS. d) faz referência à supremacia do Capitalismo estabelecida com a crise do socialismo, sistema sócio econômico dominante neste país durante a maior parte do século XX. 37. Os fatores naturais não determinam as formas de ocupação do espaço mas desempenham um papel importante. Analise as afrmativas abaixo que apresentam alguns tipos climáticos e sua infuência na economia das áreas onde ocorrem. 1. Apresentando verões quentes e secos e concentrando o período de maior umidade no inverno, o clima mediterrânico exerce grande infuência na atração de turistas que “invadem” todo ano, no verão, diversas regiões de países da Europa meridional, onde o turismo representa uma importante fonte de renda. 2. Típico do sul e sudeste asiático, o clima temperado continen- tal é marcado pela atuação de um mecanismo de ventos que provocam grande concentração de chuvas ao se dirigirem do oceano para o continente no verão, e forte estiagem quando se deslocam do continente para o oceano no inverno. Esta dife- renciação estacional demarca os períodos de plantio e colheita, exercendo grande infuência na agricultura regional. 3. Devido à escassez de umidade e às baixas amplitudes térmicas diárias que caracterizam o clima desértico da região do Saara africano, a agricultura se torna inviável em toda sua extensão. Marque a opção que apresenta a(s) afrmativa(s) correta(s). a) apenas a 1 b) apenas a 2. c) 1, 2, 3 d) 1 e 3 38. De acordo com dados do Departamento Nacional de Produção Mineral, o Brasil é hoje o segundo maior produtor mundial de ferro, atrás apenas da China. A região do (a) ___________________, é considerada uma das maiores jazidas de ferro do mundo e uma grande área produtora deste recurso no Brasil. Marque a opção que preenche corretamente o espaço acima. a) Quadrilátero Ferrífero no Espírito Santo. b) Serra de Carajás no Pará c) Maciço do Urucum em Santa Catarina. d) Serra do Navio em Goiás. 39. O recente acidente nuclear no Japão levou alguns países a reve- rem seus programas de produção de energia nuclear. No entanto, como esta não é a única forma de aproveitamento energético cuja utilização provoca algum tipo de impacto, é importante considerar as vantagens e desvantagens quando da opção por uma determinada fonte de energia. 78 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 2 - 1 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 Sobre este assunto é correto afrmar que: a) Na medida em que não recorre à queima de combustíveis fósseis, a hidreletricidade é uma forma de produção de energia que não provoca impactos ao meio ambiente. b) O álcool é uma importante fonte energética mas baseia-se na utilização de um recurso não renovável. Como depende da estrutura geológica, sua produção é mais indicada para países de grande extensão territorial. c) Um aspecto favorável das termelétricas convencionais é o fato de sua localização não depender diretamente das condições naturais. Por outro lado, representam uma importante fonte de poluição. d) O baixo custo de produção e comercialização e o reduzido impacto ambiental que provoca tem contribuído para fazer da energia solar a fonte de energia mais utilizada nos países desenvolvidos, principalmente após o acidente na usina nuclear de Fukushima no Japão. 40. VALOR DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA BRASILEIRA PODE CRESCER MAIS EM 2011 A melhora das perspectivas da safra de grãos e a continui- dade de bons preços levaram a CNA (Confederação Nacional de Agricultura) a elevar sua projeção do desempenho do setor agropecuário brasileiro para 2011, Segundo a entidade, o valor bruto da produção agropecuária deve chegar a quase 272 bilhões de reais este ano, o que representaria um crescimento superior a 7% sobre 2010. 14 de Março de 2011 – Fonte: Band News Apesar do otimismo contido na reportagem acima, sabemos que o setor agropecuário, ao mesmo tempo em que apresenta alguns resultados positivos, apresenta também alguns problemas. Qual das afrmativas abaixo relaciona-se corretamente à situação atual do espaço agrário brasileiro? a) O papel de destaque que o setor agrícola desempenha faz com que empregue mais de dois terços da população economi- camente ativa e responda por cerca de metade do PIB anual brasileiro. b) A maior parte dos agricultores brasileiros vive em grandes propriedades de base familiar e são elas que respondem pela maior parte da produção de alimentos; os pequenos e médios proprietários limitam-se a exportar sua produção pois não conseguem atender à demanda do mercado interno. c) A produtividade média da agricultura brasileira é bastante elevada quando comparada à dos demais países produtores; na pecuária esta situação se inverte e sua baixa produção transfor- ma o país em um dos maiores importadores de carne bovina. d) Embora os minifúndios representem grande parte do número de estabelecimentos rurais, os estabelecimentos caracterizados como grandes propriedades são em número muito menor mas absorvem um elevado percentual da área agrícola. 79 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 2 - 2 ª F A S E apostila de provas / 2012 REDAÇÃO PROPOSTAS DE REDAÇÃO: Seguem três temas de redação. Escolha somente UM deles para desenvolver seu texto. Ao escolher o tema, desenvolva-o e pro- cure utilizar os conhecimentos que você adquiriu e as refexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione os argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas. OBSERVAÇÕES: Seu texto deve ser obrigatoriamente: • escrito em linguagem verbal e na modalidade padrão da língua portuguesa. • uma dissertação. As narrações e os textos em forma de poema (em versos) serão desconsiderados. • ter 15 linhas, no mínimo, e 30 linhas, no máximo. • à tinta, azul ou preta. • desenvolvido na folha própria do concurso TEMA 1 A partir da leitura dos textos a seguir, desenvolva um texto dissertativo, em prosa, a respeito do seguinte tema: A escola com que sonho. Texto 1 ENSINO COM A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA A minha escola ideal teria uma maior participação da família. É o que falta. Há pais que nunca aparecem na escola, ou só vão aparecer no fm do ano, quando a criança está quase repetindo. A gente percebe que o dever de casa do flho não passa pelo pai, e aí a gente vê por que a criança tem aquela relação com o estudo em sala de aula. Porque os pais, em casa, têm papel, têm caneta; é só arranjar um pouco de tempo para sentar e se interessar pelo estudo da criança. Se a família não se interessa, também não desperta o interesse do próprio aluno pelo aprendizado. Eu passo muito mais exercício para ser feito em sala do que para os alunos levarem para casa, porque sei que eles não vão ser cobrados em casa para fazer. (A ESCOLA COM QUE SONHO – Lilene Alvarenga Irias. Professora de matemática – In: O Globo, 29/08/11, p.4) O DESAFIO DE ENSINAR APRENDER Refito cotidianamente sobre os desafos que nós, educadores, precisamos enfrentar. Olhando as práticas metodológicas do uni- verso escolar, vejo que falamos o tempo todo sobre o lixo, equilíbrio ecológico, responsabilidades individuais e coletivas... e continua- mos assistindo às pessoas jogando lixo no chão, vemos a violência no trânsito, desperdício. Pelo que se pode perceber, a pedagogia da fala não tem levado o percurso escolar aos fns da educação. O educador Paulo Freire já afrmava que os saberes não precedem o real. Ou seja, é preciso partir da sensibilidade para produzir conhecimento, usando instrumentos que alcancem sua essência; é preciso usar uma metodologia que fale sem palavras e sem julgamentos, mas carregada de ética e de estética, com sono- ridade prazerosa e crítica. E assim vejo mais forte o desafo de ensinar-aprender a partir da arte e da música. A música ajuda o aluno a olhar para o mundo, percebendo-se parte dele e dando a chance de encontrar outras possibilidades de relacionamento. A retornar para nós mesmos, todos os atores envolvidos, a responsabilidade pelos ritmos e sons, numa orquestra de iguais, socialmente iguais, sujeitos de direitos e deveres. Esta é a escola do meu sonho! (A ESCOLA COM QUE EU SONHO – Rogério de Paiva Lima: Diretor da escola Sesi Volta Redonda . In: O Globo, 22/08/11, p.4) Texto 3 A ESCOLA COM QUE EU SONHO Sonho com uma escola bem bonita, enfeitada com bolinhas, com pessoas saudáveis, que saibam, ler e escrever. Também sonho em ter sempre boas professoras e material escolar para desenhar e escrever, como lápis, tesoura, giz e muito papel para os alunos. Uma escola assim já me deixa muito feliz. (Rebecca Vitória Ramos. Estudante, 6 anos. In: O Globo, 15/08/11, p.4) TEMA 2 Os textos 1 e 2 apresentam duas diferentes abordagens sobre a mesma temática. O primeiro, “Normose”, de Martha Medeiros, apresenta um questionamento da cronista acerca do que signifca ser “normal”, a partir dos atuais padrões sociais. O segundo, “Maluco Beleza”, do compositor e cantor Raul Seixas, mostra, com humor e irreverência, uma outra posição em relação ao tema. Tendo em vista os textos em questão, escreva uma dissertação em que você exponha as suas refexões acerca do conceito de normalidade. Deixe clara, no seu texto, a sua posição em relação a tal conceito. Texto 1 NORMOSE “Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerando o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra in- ventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal. Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão pro- pagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito “normal” é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Bebe socialmente, está de bem com a vida, não pode parecer de forma alguma que está passando por algum problema. Quem não se “normaliza”, quem não se encaixa nesses padrões, acaba adoecendo. A an- gústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento. A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem esta- mos outorgando tanto poder sobre nossas vidas? Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha “presença” através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo. A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto- depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar? Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se de- sapegar de exigências fctícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim, aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu “normal” e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais. 80 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 2 - 2 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 Eu não sou fliada, seguidora, fel ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de for- ma íntegra, simples e sincera. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.” (Martha Medeiros, 05/08/07 – Jornal Zero Hora – Porto Alegre, RS) Texto 2 MALUCO BELEZA Enquanto você Se esforça pra ser Um sujeito normal E fazer tudo igual... Eu do meu lado, Aprendendo a ser louco Um maluco total Na loucura real... Controlando A minha maluquez Misturada Com minha lucidez... Vou fcar Ficar com certeza Maluco beleza... E esse caminho que eu mesmo escolhi É tão fácil seguir Por não ter onde ir Controlando A minha maluquez Misturada Com minha lucidez Vou fcar Ficar com certeza Maluco Beleza Eu vou fcar TEMA 3 Expressar-se por meio da palavra escrita – artisticamente ou não – nem sempre é fácil. S textos que seguem retratam formas distintas de lidar com a palavra. O primeiro, ”Deu branco”, revela a difculdade de se iniciar um texto, fazendo uma abordagem dos aspectos psicológicos que envolvem esse processo. O segundo, de Mario Quintana, é um poema escrito em prosa e utiliza-se da meta- linguagem para também falar a respeito do próprio ato de escrever. Já os trechos transcritos da entrevista de Ana Maria Machado à revista “Na ponta do lápis” evidenciam o quão naturalmente a escritora produz seus textos. Leia os textos a seguir, refita sobre a situação vivida por você neste momento e escreva um texto dissertativo-argumentativo em que você exponha a sua análise a respeito do tema: Os (dis)sabores de escrever. Texto 1 DEU BRANCO! A angústia não conseguir iniciar um texto é a da difculdade de romper um silêncio constrangedor. Nem é necessário ser escritor ou poeta para ter experimento a sensação. A mente divaga, palavras faltam, parece que tudo o que se aprendeu perde a efcácia e a forma, incapaz de ser transformado em frase. (...) EVITE O PERFECCIONISMO Ainda que o lapso seja normal no processo linguístico, escrever não é, para muitas pessoas, uma tarefa simples como falar. Por isso, cedo ou tarde, topamos com uma página em branco que não conse- guimos transpor. Não há um motivo especial para que isso aconteça, mas existem razões que podem causar esse bloqueio. Uma das mais comuns é psicológica: o medo de começar a escrever é o medo de que o resultado não seja bom. Segundo a professora Aparecida Custódio, do Objetivo, a autodepreciação nos impede de expor nossas falhas e também de revelar nossas qualidades. Ao escrever, estamos nos expondo, e o fato de esse resultado ser submetido à avaliação de outrem pode gerar um bloqueio. – Estamos muito mais familiarizados com a fala do que com a escrita. Assim, é natural que nos sintamos inibidos diante da folha em branco. A palavra escrita fca registrada, como que a re- velar nossas supostas defciências - diz a professora. (...) (Revista LÍNGUA. Junho. 2011) Texto 2 A COISA A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira coisa... e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfar que não foi propria- mente dita. O GOSTO DA ESCRITA Meu pai era jornalista. Sempre brinquei em máquina de escrever. Faço diário. Sobre tudo e sobre nada. Vou escrevendo como passarinho canta. Mas sempre gostei de escrever. Escrevia muitas cartas, fazia parte da equipe do jornalzinho da escola, essas coisas. [Hoje] escrevo o tempo todo, não só quando estou diante do papel ou do computador – esse é só o momento fnal, em que as palavras saem de mim e tomam forma exterior. A criação de personagens, tramas e histórias (...) Escrevo sempre a partir de duas coisas: o que eu lembro e o que eu invento. Acho que um livro começa muito antes da hora em que a gente senta parar escrever. É um jeito de prestar atenção no mundo, em todas as coisas, nas pessoas, e fcar pensando sobre tudo. Raramente eu sei como uma história vai terminar. Escrevo espontaneamente, num impulso. Depois eu volto ao que escrevi com um trabalho consciente de elaboração do texto. Acho que cada vez estou querendo contar uma história diferente, acontecida comigo mesma ou com gente que eu conheço, e transformada pe- las coisas que eu sonho ou imagino a partir daí. A minha criação é assim; um processo meio mágico, que a gente não sabe de onde vem nem como se desenrola. Procuro merecer, estar pronta, criar condições. Essas condições passam por trabalho e disciplina. Em geral, escrevo todo dia, sempre de manhã, quanto mais cedo me- lhor. Sem interrupções de fora. E com possibilidade de uma vista agradável quando levanto os olhos da página. (ESCREVENDO COMO PASSARINHO CANTA – Ana Maria Machado. Escritora – In: Na ponta do lápis, jul. 2010, p.2.) 81 CEFET/RJ REPRODUÇÃO PROIBIDA (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) 2 0 1 2 - 2 ª F A S E apostila de provas / 2012 MATEMÁTICA 01. Calcule a e h de modo que sejam as raízes da equação x 2 + ax + b = 0. 02. Gustavo está no ponto A de uma foresta e precisa ir para o ponto B. Porém, ele está com muita sede e, antes, precisa ir até o rio para beber água. O rio está representado pela reta r na fgura abaixo. Sabe-se que o ponto A e B é de 500 m. Calcule e menor distância que Gustavo pode percorrer. 03. Uma das grandes paixões dos cariocas é o desfle de escolas de samba. Foram entrevistados alguns foliões com a seguinte pergunta: “Em qual ou quais escolas você irá desflar em 2012?” e os entrevistadores chegaram a algumas conclusões de acordo com a tabela. Escolas de samba Número de foliões Mangueira 1500 Portela 1200 Salgueiro 800 Mangueira e Portela 600 Portela e Salgueiro 400 Mangueira e Salgueiro 200 Mangueira, Portela e Salgueiro 150 Nenhuma das três 700 a) Quantos foliões foram entrevistados? b) Quantos, dentre os entrevistados, não pretendem desflar no Salgueiro? 04. Outra grande paixão dos cariocas é o futebol. Na fnal do Campeonato Carioca de Futebol de 2001 o quadro das apostas era o seguinte: • Para o Flamengo: cada R$ 175,00 apostado dava ao apostador R$ 100,00. • Para o Vasco: cada R$ 100,00 apostado dava ao apostador R$ 155,00. Assim, por exemplo, se o Flamengo fosse o vencedor do jogo uma pessoa que tivesse apostado R$ 175,00 no Flamengo teria de volta seu R$ 175,00 e ainda ganharia R$ 100,00, enquanto que uma pessoa que tivesse apostando R$ 100,00 no Vasco perderia seus R$ 100,00. Supondo que uma casa de apostas tenha aceitado 51 apostas a R$ 175,00 no Flamengo, determine o número de apostas a R$ 100,00 que ela deve aceitar para que o seu lucro seja o mesmo independentemente de quem ganhe o jogo. 05. “A maioria das construções brasileiras é coberta com uma es- trutura de concreto chamada laje. Este tipo de cobertura ganhou a preferência dos construtores, pela facilidade de se levantar mais tarde um novo pavimento, fcando a laje como piso.” (HTTP://www.fazerfacil.com.br/Construcao/laje.htm; 01/08/2011) Lorena possui uma casa a ponto de laje e contratou o pedreiro “Nessabase” para fazer o serviço. Ele disse que, para preparar a mistura para fazer o concreto, são necessários cimento, pedra e areia lavada na produção de 1:3:3, ou seja, 1 parte de cimento, 3 de areia lavada (grossa) e 3 de pedra. Sabe-se que os preços do cimento, da pedra e da areia, por quilograma, são, respectivamente, R$ 0,56, R$ 0,04 e R$ 0,03. Determine quanto custa, em reais, a produção de 2800 kg dessa mistura. 82 (art. 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998) REPRODUÇÃO PROIBIDA 2 0 1 2 - 2 ª F A S E CEFET/RJ apostila de provas / 2012 06. Um objeto é lançado do topo de um muro, de altura h, atingindo o solo após 5 segundos. A trajetória parabólica do objeto é representada pela equação y = –0,5x 2 + b.x + 2,5 cujo gráfco está apresentado abaixo, onde y indica a altura atingida pelo objeto em relação ao solo, em metros, no tempo x, em segundos. a) Calcule a altura h e o valor do coefciente b da equação da trajetória. b) Determine a altura máxima, em relação ao solo, atingida pelo objeto. 07. Leia atentamente o texto abaixo: ANTIGUIDADE CLÁSSICA Há uma forma clássica de defnir a beleza: a harmonia de proporções. O conceito, criado na Grécia antiga, tem como base a chamada razão áurea. Segundo os gregos antigos, a perfeição estática está na relação geométrica de 1 para 1,618. O italiano Leonardo de Vinci a ilustrou com o Homem Vitruviano, em que essa proporção pode ser verifcada entre a altura do corpo humano (1,618) e a distância do umbigo até o chão (1), e entre a medida da cintura até a cabeça (1,618) e a largura do tórax (1). Atenção: não se está falando em metros. (Fonte: Revista VEJA, janeiro 2011, p. 80) a) De acordo com o texto, quando deve medir, aproximadamente, em centímetros, a largura do tórax de uma pessoa de 161,8 cm de altura que obedece os critérios da perfeição estética descritos? b) Considere que o corpo de Elisa com x metros de altura segue os padrões de perfeição estética descritos acima. Considerando = 1 c 1, 618 , escreva a medida t do tórax de Elisa em função da razão c e de sua altura x. 08. O polígono ABCDEF da fgura abaixo apresenta 3 pares de lados paralelos e congruentes entre si. Além disso, ED// GH // IJ // KL // AB , EF // DG // HI // JK // LA // BC , = AB AL , l = = ° AFE BCD 90 e = ° DEP 120 . Sabendo que ( ) = med FE 6 cm e ( ) = med AB 6 cm , determine a área do polígono ABCDEF. 09. No triângulo ABC de lados medindo AB = x – 7, BC = x e AC = x + 2, sendo x um inteiro positivo menor que 20, e os ângulos internos α , β e θ tais que α < β < θ < ° 90 . a) Faça o desenho do triângulo ABC, indicando seus vértices e ângulos internos. b) Determine os possíveis valores de x. 10. Três triângulos equiláteros de lado 1 cm estão enfleirados como indicado na fgura abaixo. Nessas condições, determine o seno do ângulo θ . 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