apostila-prevestibular-2012

April 2, 2018 | Author: TaiLeituras | Category: Momentum, Buoyancy, Mass, Force, Pendulum


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0APOSTILA PRÉ-VESTIBULAR NOS BAIRROS 2012 Índice Física ........................................................................................................... 01 Português..................................................................................................... 15 Matemática.................................................................................................. 43 Química....................................................................................................... 67 Biologia........................................................................................................ 77 Redação....................................................................................................... 96 Espanhol.................................................................................................... 118 Geografia................................................................................................... 155 Literatura................................................................................................... 172 História....................................................................................................... 179 Secretaria de Igualdade Social FÍSICA 1 DINÂMICA II TRABALHO ÷ Trabalho produzido por uma força está relacionado com a energia envolvida em seu deslocamento. Sua unidade é ( J ) joule. W = F. d. cosu onde: F é o módulo da força d é o deslocamento o é o ângulo formado entre a direção da força e do deslocamento. - Trabalho motor ÷ W > 0 ÷ Favorece o movimento - Trabalho resistente ÷ W < 0 ÷ dificulta o movimento - Trabalho nulo ÷ o = 90º ÷ a força não influencia no movimento ÷ Força Variável: O valor do trabalho coincide com a área do gráfico. - Trabalho do Peso: não depende da trajetória descrita, depende apenas do desnível sofrido pelo corpo. WP = ± m. g. h WP ( + ) ÷ descida WP ( - ) ÷ subida WP ( 0 ) ÷ corpo em movimento na horizontal - Trabalho da Força Centrípeta : é sempre nulo (o = 90º). ENERGIA É a capacidade que um corpo possui de realizar trabalho e não pode haver movimento sem envolvimento de energia. ÷ Energia Cinética: é a energia associada ao estado de movimento de um corpo. Unidades: Ec ¬ J (Joule) m ¬ kg v ¬ m/s Depende da sua massa m) e do quadrado de sua velocidade (v 2 ). ÷ Energia potencial: é a energia armazenada pelo corpo e que depende da sua posição em relação a um determinado referencial. Potencial Gravitacional: depende da massa do corpo e da altura que este se encontra de um determinado referencial. Ep = m. g.h Unidades: EP ¬ J (Joule) m ¬ kg g ¬ m/s 2 h ¬ m Potencial Elástica: depende da dureza da mola ( K ) e da compressão ou distensão ( x 2 ) desta. Unidades: EP ¬ J (Joule) m ¬ kg x ¬ m Força elástica: é uma força que surge devido a deformação de um mola, de um elástico, etc. x K Fel . ÷ = Esta força depende: - da dureza da mola, dado pela constante elástica (K), que tem como unidade no S.I. ( N m ). - e da deformação ( x ) sofrida por ela. - O sinal negativo indica que esta força sempre se opõe à força externa aplicada sobre o corpo. Teorema da Energia Cinética: o trabalho da resultante das forças que agem num corpo é igual a variação da energia cinética. W = AEc = Ecfinal - Ecinicial W = AEc = Ecfinal - Ecinicial Variação da energia potencial: associa-se o conceito de energia potencial sempre que no sistema atuarem forças conservativas. W = - AEP = EPinicial - EPfinal Energia Mecânica: é a soma das energias cinéticas e potencial. P C M E E E + = Conservação da Energia Mecânica: na ausência de forças dissipativas (força de atrito, resistência do ar, etc) isto é, em um sistema conservativo, a energia mecânica permanece constante. EM = Ec + Ep = cte Eminicial = EMfinal Obs: Quando um sistema possuir forças dissipativas (força de atrito cinético), essas ao realizarem trabalho, dissipam energia mecânica, isto é, transforma a energia mecânica em térmica. Potência média: mede a rapidez com que o trabalho é realizado. Unidades: P ¬ W (Watt) W ¬ J (Joule) t ¬ s (segundo) Potência instantânea: nos dá a idéia da potência do móvel a cada instante de seu deslocamento. P W t F d t = = ¬ A A . P F v = . 2 2 . x K Epel = 2 2 . v m Ec = t W Pm = FÍSICA 2 Conversões: 1cv = 736W ; 1hp = 746W EXERCÍCIOS 14. (UFAL) Considere um corpo sendo arrastado sobre uma superfície horizontal não-lisa, em movimento uniforme. Considere as afirmações I, II e III a seguir. I- O trabalho da força de atrito é nulo. II- O trabalho da força peso é nulo. III- A força que arrasta o corpo é nula. Dentre as afirmações I, II e III: a) é correta I, somente d) é correta II, somente b) é correta III, somente e) são corretas I e II c) são incorretas I, II e III 15. Um corpo de massa m = 3kg desloca-se sobre o plano inclinado conforme a figura. Sabe-se que AB = 8m. O trabalho realizado pela força gravitacional, quando o corpo vai de B até A, supondo, g = 10m/s 2 é: a) 1200 J b) 600 J c) 300 J d) 150 J e) 120 J 16. (FURG) Analise as afirmações sobre trabalho mecânico apresentadas abaixo. I- O trabalho realizado pela força resultante que age sobre um corpo que se move com velocidade constante é nulo. II- O trabalho realizado pela força de atrito que age sobre um corpo que se move com velocidade constante é nulo. III- O trabalho realizado pela força peso que age sobre um corpo em movimento é sempre nulo. Pode- se afirmar que: a) apenas I está correta b) apenas II está correta c) apenas III está correta d) apenas I e III estão corretas e) todas estão corretas 17. Um corpo de massa 7kg é arrastado, com velocidade constante, 12m sobre um plano horizontal, por uma força de 50N, paralela ao plano. Considerar g = 10m/s 2 . Determine: a) o trabalho realizado pela força b) o trabalho realizado pela força de atrito c) o coeficiente de atrito cinético entre o corpo e o plano 18. Uma força ,agindo sobre um ponto material, varia com a posição de acordo com o gráfico. Calcule o trabalho realizado pela força no deslocamento de 0 até 6m. 19. (UFPEL) Um corpo de massa m deve ser deslocado do ponto A ao ponto B, conforme mostra a figura. A linha AC é horizontal e AB representa um plano inclinado. Sob o ponto de vista do trabalho realizado pelo peso do corpo, podemos afirmar a) o trabalho independe do percurso b) é mais conveniente o percurso AB c) é mais conveniente o percurso ABC d) não há trabalho realizado, nesse caso. e) o trabalho é menor, no percurso AB. 20. (VUNESP) Um motor de potência útil igual a 125 W, funcionando como o elevador, eleva a 10m de altura, com velocidade constante, um corpo de peso 50N, no tempo de: a) 0,4s b) 2,5s c) 12,5s d) 5,0s e) 4,0s 21. Uma pedra é lançada verticalmente para cima no campo gravitacional terrestre. Após o lançamento, qual a grandeza, associada à pedra, cujo módulo aumenta na subida e diminui na descida? a) Aceleração da gravidade b) força gravitacional c) Energia cinética d) Energia potencial gravitacional e) Quantidade de movimento linear 22. (FUVEST-SP) Um ciclista desce uma ladeira, com forte vento contrário ao seu movimento. Pedalando vigorosamente, ele consegue manter a velocidade constante. Pode-se, então, afirmar que a sua energia: a) cinética está aumentando. b) cinética está diminuindo. c) potencial gravitacional está aumentando. d) potencial gravitacional está diminuindo. e) potencial gravitacional é constante. 23. (FURG) Uma gota de chuva, com velocidade nula, de uma grande altura cai livremente. Sabe-se que sobre a gota atua uma força de resistência do ar, cuja intensidade aumenta com o aumento da velocidade da gota. O gráfico abaixo mostra o valor da velocidade da gota em função do tempo. Analise as seguintes afirmativas. I- No intervalo de 0 a t1 , o aumento de energia cinética da gota é igual ao decréscimo de sua energia potencial gravitacional. II- No intervalo de t1 a t2 , onde a energia cinética da gota não varia, sua energia potencial gravitacional também não varia. III- No intervalo de 0 a t2 a energia mecânica da gota varia. Estão corretas: a) apenas a I b) apenas a II c) apenas a III d) apenas a I e II e) todas. 24. (FURG) O carro de uma “montanha russa” tem uma massa de 150 kg. Ele parte do repouso do ponto A e no ponto B atinge uma velocidade de 3 m/s. Qual a variação da energia mecânica entre A e B? Considere g = 10m/s 2 . a) –675 J b) –825 J c) 528 J 4 6 30 60 F (N) X (m) B A 30° M A C B A 3m 2m B t 1 t 2 t v FÍSICA 3 d) –2175 J e) 2175 J 25. Um objeto de 8 kg possui velocidade de 4 m/s quando recebe a ação de uma força horizontal cuja variação obedece o gráfico abaixo. Determine: a) O trabalho realizado até os 10m b) A energia cinética quando x = 0 c) A energia cinética quando x = 10m d) A velocidade em x = 10m 26. (UFPEL) Uma força de direção e sentido constantes tem o seu módulo dado, em função da distância percorrida, pelo gráfico a seguir. Sabendo-se que a força atuou em uma partícula de massa 2,0 kg e que esta partiu do repouso, qual a velocidade da partícula depois de percorridos 200m ? 27. (FURG) Um objeto de massa 0,2kg é lançado verticalmente para cima com uma energia cinética de 1000 J. Durante a sua subida uma energia de 200J é dissipada devido ao atrito com o ar. Considere g = 10 m/s 2 . A altura máxima atingida pelo objeto é a) 200m b) 400m c) 500m d) 800m e) 1000m 28. (UFPEL) O pequeno bloco mostrado na figura desliza sobre a superfície, saindo do repouso, no ponto A, e passando no ponto B de forma que sua energia potencial gravitacional sofre um decréscimo igual a 40 J. Sabendo que a energia cinética do corpo, ao passar no ponto B, é igual a 30 J, responda às questões abaixo e justifique sua resposta. a) Quanto vale o trabalho total realizado sobre o bloco enquanto ele se movimenta do ponto A ao ponto B? b) É possível que apenas forças conservativas tenham realizado trabalho sobre o bloco enquanto este se movimenta de A até B? 29. (UFPEL) Dois irmãos gêmeos, Mauro e Maurício, têm o mesmo peso. Eles brincam juntos no escorregador mostrado na figura abaixo. Enquanto Maurício sobe a escada até o topo do escorregador, Mauro corre até a base da rampa e sobe por ela até o topo, mesmo sujeitando-se a eventuais escorregões. a) Baseado(a) nas informações acima, você conclui que o trabalho realizado pelo peso de Maurício foi maior, menor ou igual ao trabalho realizado pelo peso de Mauro? Justifique sua resposta. b) Se Maurício é empurrado por Mauro, de forma que comece a descer a rampa com velocidade de 2,0 m/s, a partir de uma altura de 1,6 m, qual o módulo da velocidade de Maurício ao atingir o chão? Despreze o atrito e considere g=10 m/s 2 . IMPULSO e QUANTIDADE de MOVIMENTO ÷ Impulso: Ocorre quando um corpo recebe a aplicação de uma força durante um intervalo de tempo. Unidades: I ¬ N.s módulo ÷ I F t = .A F¬ N t ¬ s direção ÷ mesma da força sentido ÷ mesmo da força Força Variável: o impulso é igual a área do gráfico. Quantidade de Movimento: É a grandeza relacionada com o movimento do corpo, e é diretamente proporcional a sua massa e sua velocidade Unidade ÷ Kg. m/s módulo ÷ Q m v = . direção ÷ mesma da velocidade sentido ÷ mesmo da velocidade Teorema do Impulso: o impulso da resultante das forças que agem em um corpo num, determinado intervalo de tempo é igual a variação da quantidade de movimento desse corpo neste intervalo de tempo considerado. F m a F m v t F t m v R R R = = = . . . . A A A A     I Q m v m v = = ÷ A . . 0 10 20 F (N) x (m) 4 2 40 80 120 160 200 F (N) d(m) A B FÍSICA 4 Conservação da Quantidade de Movimento: num sistema isolado de forças externas, a quantidade de movimento é constante.   Q Q inicial final = EXERCÍCIOS 30. (FURG) Dois automóveis movem-se sobre uma linha reta, em sentidos contrários, constituindo um sistema livre da ação de forças externas. Havendo uma colisão entre eles podemos dizer SEMPRE que a) a colisão é elástica. b) após a colisão os automóveis seguem colados. c) existe conservação da energia mecânica do sistema. d) a quantidade de movimento linear do sistema não varia. e) ocorre uma inversão das velocidades. 31. (FURG) Uma gota de chuva, ao cair, intacta, vai aumentando sua velocidade até que a força de resistência do ar seja igual, em módulo, ao peso da gota. A partir desse instante, as grandezas que se mantêm constantes são a) energia mecânica e aceleração. b) energia mecânica e quantidade de movimento. c) energia potencial e quantidade de movimento. d) energia potencial e aceleração. e) energia cinética e quantidade de movimento. 32. Uma bola de 0,5 kg aproxima-se de uma parede com velocidade de 10m/s e, após um choque com a parede, retorna, na mesma direção, sem alterar o módulo de sua velocidade. Determine: a) a quantidade de movimento da bola antes e depois do choque. b) o impulso recebido pela bola, na interação com a parede. 33. (UFRS) Um corpo com massa de 2 kg, em movimento retilíneo, tem a sua velocidade linear variando no tempo de acordo com o gráfico abaixo. O valor do impulso e do trabalho da força resultante sobre o corpo entre t = 0 e t = 4 s valem, respectivamente, a) 8 N.s e 24 J. b) 24 N.s e 8 J c) 16 N.s e 24 J. d) 24 N.s e 96 J. e) 16 N.s e 96 J. 34. (PUC-MG) A bola A (m = 0,1 kg), com velocidade constante de 6m/s, colide elasticamente com a bola B (m=0,05 kg), que está parada. Após impacto, A tem velocidade de 2m/s; a velocidade de B é em, m/s: a) 2 b) 4 c) 6 d) 8 e) 10 35. (PUC-RS) O móvel A de massa M move-se com velocidade constante v ao longo de um plano horizontal sem atrito. Quando o corpo B de massa M/3 é solto, encaixa-se perfeitamente na abertura do móvel A. Qual será a nova velocidade do conjunto após as duas massas terem se encaixado perfeitamente? a) 3v/4 b) 2v/3 c) v/3 d) 3v e) 4v/3 Ondulatória Movimento Oscilatório: quando um corpo executa um movimento ora num sentido ora no outro, em torno da sua posição de equilíbrio (movimento de “vaivém”). Ex.: corda de violão, pêndulo simples, .. Movimento Periódico: quando um corpo passa sucessivas vezes pela mesma posição num mesmo intervalo de tempo, dizemos que ele está executando um movimento periódico. Ex.: movimento circular uniforme, pêndulo simples - Período (T): o período do movimento oscilatório é o tempo gasto para completar uma oscilação. Unidade: segundo (s) - Freqüência (f): freqüência do movimento oscilatório é dada pelo número de oscilações (repetições) num determinado intervalo de tempo. ) (s t oscilações n f ° = Unidade: hertz (Hz) = s -1 Relação: T f 1 = Amplitude (A): a amplitude de um movimento é o máximo deslocamento em relação à posição de equilíbrio. MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS) Movimento pelo qual um corpo de massa m é retirado da sua posição de equilíbrio e, a partir daí, passa a oscilar em torno dessa posição. O movimento é oscilatório, ou seja, o corpo executa um movimento ora num sentido ora no outro em torno da sua posição de equilíbrio. Isso se deve ao fato de existir uma força restauradora no sentido do ponto de equilíbrio do movimento quando o corpo encontra-se fora dessa posição. PÊNDULO SIMPLES Pêndulo simples consistem em um corpo massivo suspenso por um fio de determinado comprimento. FÍSICA 5 Num determinado local, desprezada as forças dissipativas (como a resistência do ar), o corpo, quando devidamente movimentado, oscila simetricamente em torno da posição 0 de equilíbrio, tendo como extremos os pontos A e B da figura. Obs.: O movimento pendular é periódico. PERÍODO DO PÊNDULO SIMPLES g L T . 2t = onde: L: comprimento do fio g: aceleração da gravidade Obs.: O período do pêndulo simples - Só depende do comprimento do fio e da aceleração da gravidade local; - Não depende da massa pendular; - O ângulo u deve ser pequeno (até 13°). Nessas condições o período não depende da amplitude de oscilação. OSCILADOR HARMÔNICO (MASSA-MOLA) Considere um corpo de massa m preso a uma mola ideal, cuja constante elástica é K . Colocaremos esse corpo sobre uma superfície sem atrito no seu estado de equilíbrio (x = 0, ou seja mola não- deformada). Quando o corpo for deslocado da posição (x = 0), surgirá uma força no sentido do ponto de equilíbrio. Por esse motivo, como já comentamos, essa força é chamada de força restauradora. Sendo assim, observamos que a força (elástica) e o deslocamento possuem sentidos diferentes. Então, podemos expressar a lei de Hooke como: x k F . ÷ = onde: k = constante elástica da mola x = medida da elongação ou compressão da mola A partir das figuras acima analisaremos algumas grandezas físicas como velocidade, aceleração, força, energia cinética e energia potencial. grandezas -A O A velocidade 0 máx. 0 aceleração máx. 0 máx. força máx. 0 máx. energia cinética 0 máx. 0 energia potencial máx. 0 máx. Período do M.H.S. k m T . 2t = Obs.: - Quanto maior for a massa do corpo, maior será o seu período de oscilação, ou seja, oscila lentamente. - Quanto maior for a constante da mola, menor será o seu período de oscilação. - O período de oscilação do M.H.S. não depende da amplitude. EXERCÍCIOS 1. (FURG) Sejam “T” o período e “f” a freqüência de oscilação de um pêndulo simples. Se levarmos este pêndulo da Terra para a Lua, a) “T” diminuirá, “f” aumentará b) “T” e “f” permanecerão inalterados c) “T” aumentará, “f” aumentará d) “T” diminuirá, “f” diminuirá e) “T” aumentará, “f” diminuirá 2. (FURG) Um pêndulo simples de comprimento L e massa m efetua 100 oscilações por minuto. Se quadruplicássemos o comprimento do pêndulo, o número de oscilações por minuto será: a) 25 b) 50 c) 100 d) 200 e) 400 3) (UFRGS) O período de um pêndulo simples que oscila com pequena amplitude, depende: a) da amplitude do movimento e da aceleração da gravidade. b) do comprimento do pêndulo e da aceleração da gravidade c) do comprimento do pêndulo e da amplitude do movimento d) da massa e do comprimento do pêndulo e) da massa do pêndulo e da amplitude do movimento. GRAVITAÇÃO Leis de Kepler 1ª Lei – Lei das órbitas Os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol, que ocupa um dos focos da elípse. 2ª Lei – Lei das áreas k el F  F  el F  K K K FÍSICA 6 O segmento de reta imaginário que une o Sol ao planeta, descreve áreas iguais em intervalos de tempos iguais. - A1=A2 e t1=t2 - Como AX2>AX1 ÷ V2>V1 Do Afélio(A), parte que o planeta está mais afastado do Sol, até o Periélio(P), parte em que o planeta está mais próximo do Sol, a velocidade do planeta aumenta seu valor (Mov. Acelerado) e do Periélio ao Afélio, o mov. do planeta passa a ser Retardado. 3ª Lei – Lei dos períodos O quadrado do período de revolução (T) de um planeta em torno do Sol é diretamente proporcional ao cubo do raio médio (R) da sua órbita. 3 2 .R T K = K ÷ constante - Quanto mais afastado (maior for sua órbita) o planeta estiver do Sol, maior será o tempo que ele levará para dar uma volta ao redor do Sol. Lei da Gravitação Universal de Newton Dois corpos colocados a uma distância (d) m do outro atraem-se com forças de mesmo módulo, mesma direção e de sentidos contrários, chamada Força Gravitacional. - que é diretamente proporcional ao produto entre suas massas. - e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas. 2 . . d m M G F G = Aceleração da Gravidade (g) - Na superfície do Planeta 2 sup . R M G g = R – raio da Terra - A Gravidade é maior nos pólos, onde a LATITUDE é maior (achatamento dos pólos) e um pouco menor na linha do equador, onde temos - LATITUDE menor (ZERO). - Em pontos externos ( ) 2 . h R M G g ext + = h – Altitude considerada - A Gravidade é menor quanto maior for a ALTITUDE (altura). - Velocidade (V) de um satélite h R M G V + = . EXERCÍCIOS 1. (UF-RS) Dois satélites artificiais da Terra, x e y, de mesma massa, giram em órbitas circulares concêntricas de raios r e 2r, respectivamente. Qual a relação entre o período do satélite y (Ty) e o do x (Tx)? a) Ty=Tx/4 b) Ty=Tx/2 c) Ty=2.Tx d) Ty=2. 2 .Tx e) Ty=4.Tx 2. (Uneb-BA) Considere um planeta com massa igual ao dobro da massa da Terra e raio três vezes menor que o raio da Terra. Se a aceleração da gravidade na superfície da Terra é g, na superfície do planeta em questão, a aceleração da gravidade é: a) 9g b) 18g c) 1,5g d) 6g e) 0,6g 3. (Mackenzie-SP) Dois satélites de um planeta têm períodos de translação de 32 dias e 256 dias. Se o raio da órbita do primeiro vale x, então o raio da órbita do segundo vale: a) 4x b) 8x c) 16x d) 64x e) 128x Termodinâmica Normalmente, durante uma transformação gasosa, a pressão, o volume e a temperatura variam. Expressão geral dos gases p V T p V T 1 1 1 2 2 2 . . = 1ª Lei da Termodinâmica Q W U = + A Transformação Isotérmica T = constante Sob temperatura constante, a pressão de um gás é inversamente proporcional ao seu volume. p V p V 1 1 2 2 . . = A A U n R T = 3 2 . . . AU = 0 ¬ Q W = FÍSICA 7 Transformação Isobárica p = constante Mantendo-se um gás sob pressão constante, seu volume aumenta com o aumento da temperatura. V T V T 1 1 2 2 = Q W U = + A Transformação Isométrica V = constante Mantendo-se o volume constante de um gás, a sua pressão aumenta com o aumento da temperatura. p T p T 1 1 2 2 = W p V = .A ¬ AV = 0 Q U = A Transformação Adiabática Não há troca de calor entre o gás e o meio externo. Q=0 W U = A Equação do estado de um gás p V n R T . . . = R atm l mol K = 0 082 , . . 2ª Lei da Termodinâmica - O calor não passa espontaneamente de um corpo de menor temperatura (frio) para um de maior temperatura (quente). - Nenhum motor térmico consegue transformar integralmente calor em trabalho. Rendimento n = W Q quente ou n = ÷ 1 Q Q fria quente EXERCÍCIOS 1. (UF-SC) O pneu de um automóvel foi regulado de forma a manter uma pressão interna de 21 libras-força por polegada quadrada, a uma temperatura de 14ºC. Durante o movimento do automóvel, no entanto, a temperatura do pneu elevou-se a 55ºC. Determine, aproximadamente, a pressão interna correspondente, em libras-força por polegada quadrada, desprezando a variação de volume do pneu. a) 18 b) 20 c) 21 d) 24 e) 28 2. (EEP) Um gás está contido em um cilindro de volume V com pressão de 1 atm e temperatura de 25ºC. Esse cilindro possui uma válvula de segurança que libera o gás quando a pressão excede 5 atm. Qual a temperatura máxima que este gás pode ter sem que haja liberação? a) 125ºC b) 1217ºC c) 50ºC d) 200ºC e) 25ºC 3. (AFA-RJ) Um cilindro com êmbolo móvel contém hélio à pressão de 2,0x10 4 N/m 2 . Fornecendo-se 5 kJ de calor ao sistema, é registrada uma expansão de 1,0x10 5 cm 3 a pressão constante. O trabalho realizado e a variação da energia interna valem, em J, respectivamente: a) 1500 e 4500 b) 2000 e 3000 c) 2500 e 2500 d) 3000 e 1000 e) 1500 e 2500 4. Determinada massa de gás ideal ocupa um volume de 60 litros sob pressão de 2,0 atm, à temperatura de 77ºC. Se a temperatura do gás for aumentada mantendo-se a pressão constante, qual será a temperatura do gás quando o volume for 240 litros? a) 1000 k b) 1200 k c) 1400 k d) 1600 k e) 1800 k ESTÁTICA Equilíbrio: Um corpo pode estar em equilíbrio das seguintes maneiras: - Equilíbrio estático ¬  v = 0: o corpo está em repouso em relação a um determinado referencial, isto é, a velocidade é nula para qualquer ponto do corpo. - Equilíbrio Dinâmico ¬ v cte = = 0: o corpo está em movimento retilíneo uniforme no referencial escolhido, isto é, a velocidade é constante para qualquer ponto do corpo. Momento de uma Força: O momento de uma força, em relação ao ponto fixo, é o produto de uma força  F (perpendicular à barra) pela distância d ao ponto à reta suporte da força. - Rotação no sentido anti-horário ÷ momento positivo - Rotação no sentido horário ÷ momento negativo UNIDADE NO S.I. ÷ N.m Binário: É um sistema constituído de duas forças de mesma intensidade, mesma direção e sentidos opostos cujas linhas de ação estão a uma certa distância d, que chama- se braço do binário. M = 0 FR = 0 FÍSICA 8 Se aplicarmos um binário a um sólido, inicialmente em repouso, este NÃO adquire movimento de translação (pois a força resultante é nula), mas adquire movimento de rotação (pois o momento não é nulo). Equilíbrio de um ponto material: A condição necessária e suficiente para que um ponto material esteja em equilíbrio estático é que a resultante de todas as forças que atuam sobre ele seja nula.  R X = 0  F R = 0 ´  R Y = 0 Equilíbrio do corpo extenso: Esta 1ª condição faz com que o corpo não tenha movimento de translação.  R X = 0  F R = 0 ´  R Y = 0 Esta 2ª condição faz com que o corpo não tenha movimento de rotação. M = ¯ 0 EXERCÍCIOS 1. (VUNESP-SP) O peso P está pendurado em duas cordas inextensíveis e de peso desprezível, amarradas nos pontos A e B do teto e em C, como mostra a figura: Os módulos das forças de reação nos pontos A e B do teto são: a) P 2 em cada um. b) P 2 em A e P 3 2 em B. c) P 3 2 em A e P 2 em B. d) P 3 2 em cada um. e) P em cada um. 2. (UFRS) Os objetos L, M e N, cujos pesos são 10N, 15N e 8N, respectivamente, estão suspensos por um arame muito leve, como mostra a figura. Qual é a força que o arame suporta entre L e M? a) 2 N b) 8 N c) 23 N d) 25 N e) 33 N 3. (UNIFOR-CE) Na figura abaixo, AB é uma barra rígida, homogênea e cilíndrica em equilíbrio, apoiada em um ponto fixo O. A esfera M, pendurada na extremidade A da barra por um fio de massa desprezível, pesa 20 N. A experiência nos leva a concluir que o peso da barra é de : a) 10 N b) 20 N c) 30 N d) 40 N e) 50 N 4. (PUC-SP) Na figura a seguir está representado um sistema mecânico em equilíbrio estático. X é uma barra rígida cilíndrica e homogênea, P é um apoio fixo, Y é uma esfera de massa igual a 2,0 kg, pendurada na barra por um fio de massa desprezível. Considere g=10 m/s 2 . Qual é a massa da barra em quilograma? a) 2,0 b) 0,5 c) 3,0 d) 4,0 e) 5,0 5. (UFRGS-RS) Uma barra homogênea de peso P e comprimento 4,0 m é articulada no ponto O, conforme a figura. Para se manter a barra em equilíbrio, é necessário exercer uma força F=80 N na extremidade livre. O peso da barra, em N, será: a) 20 b) 40 c) 60 d) 100 e) 160 HIDROSTÁTICA Pressão ÷ Pressão: é dada pela razão entre a intensidade da força normal à superfície e a área em que ela se distribui. p F A N = Unidades: N/m 2 =Pa ( Pascal ) ÷ no S.I. atm, mmHg, bária ÷ outras Relação entre as unidades: pressão atm. = 760 mmHg = 1 atm = 10 m.c.a = 10 5 Pa FÍSICA 9 Massa Específica ÷ Massa Específica ou Densidade Absoluta: é a razão entre a massa e o volume do corpo. u = m V Unidades: Kg/m 3 ÷ no S.I. g/cm 3 ÷ CGS - a densidade de um corpo pode não ter o mesmo valor da densidade absoluta da substância que constitui o corpo. Os valores somente são iguais quando o corpo for maciço e homogênio. ÷ Densidade Relativa: densidade relativa de uma substância é o quociente entre sua massa específica e a de outra substância tomada para comparação. dA B A B , = u u - a água é comumente tomada como substância para comparação. - não possui unidade. EXERCÍCIOS 1. A densidade absoluta do mercúrio é 13,6 g/cm 3 . Determine a massa de mercúrio contida em 1 . 2. A densidade absoluta do óleo é de 0,8 g/cm 3 . a) Quanto pesa o óleo contido em uma lata de 900 ml? b) Quantas latas de 900 ml podem ser preenchidas com 180 kg de óleo? 3. Um corpo de forma cúbica tem aresta igual a 20 cm e massa 3,2 Kg. Calcule a massa específica desse corpo. 4. Dois tijolos de mesma massa e mesmas dimensões A e B estão apoiados sobre uma superfície horizontal como na figura. Pode-se afirmar que ( justifique ) a) o tijolo A exerce maior pressão sobre a mesa do que o tijolo B. b) o tijolo B exerce maior pressão sobre a mesa do que o tijolo A. c) o tijolo A exerce sobre a mesa uma força maior do que a exercida por B. d) o tijolo B exerce sobre a mesa uma força maior do que a exercida por A. e) as forças e as pressões exercidas por A e B sobre a mesa são iguais. 5. (Covest) Qual a maior altura em centímetros que pode ter uma coluna cilíndrica feita de um metal de densidade igual a 3,0 x 10 3 kg/m 3 para que possa ser colocada em pé com segurança sobre um piso que resiste a uma pressão de no máxio 9,0 x 10 4 Pa? a) 300 b) 270 c) 60 d) 30 e) 27 6. (Faap) Uma pessoa de 72 kgf está sentada numa cadeira de 2kgf, cujas pernas têm 2cm 2 de base cada uma. Quando a pessoa levanta os pés do chão a pressão que a cadeira, com seus quatro pés,faz sobre o chão, é de: a) 2kgf/cm 2 b) 18kgf/cm 2 c) 9kgf/cm 2 d) 28kgf/cm 2 e) 72kgf/cm 2 ÷ Pressão de uma coluna de líquido (pressão hidrostática, efetiva ou relativa). É a pressão que um líquido exerce sobre o fundo do recipiente. p g h = u. . Princípio de Stevin A diferença de pressão entre dois pontos no interior de um líquido em equilíbrio é igual ao produto de sua massa específica pela aceleração da gravidade e pela diferença de nível entre esses ontos considerados. A A p g h = u. . - Se o ponto B estiver na superfície do líquido, temos: pressão absoluta pB = patm ÷ pA = patm + u. g. h Conseqüências do Teorema de Stevin: - a pressão aumenta com a profundidade; - num mesmo nível as pressões são iguais; - paradoxo hidrostático: a força exercida pelo líquido no fundo de cada recipiente são iguais. Vasos Comunicantes (tubo em U) com líquidos imiscíveis: u u 1 1 2 2 . . h h = EXERCÍCIOS 7. As barragens são construídas com a base bem mais larga do que o topo. Isso se deve principalmente FÍSICA 10 a) a presença da pressão atmosférica na superfície da água. b) no empuxo que água faz sobre a barragem. c) a variação da densidade da água com a profundidade. d) a existência de uma diferença de temperatura entre a superfície e o fundo do rio. e) ao aumento de pressão com a profundidade nos líquidos. 8. (FURG-98) Sabemos que no interior de um líquido a pressão cresce com a profundidade. Considerando-se a densidade da água 1,0 g/cm 3 , a aceleração da gravidade 10m/s 2 e a pressão atmosférica 1,0 x 10 5 Pa. Qual é a profundidade na água na qual a pressão atinge o dobro da pressão atmosférica? a) 1m b) 5m c) 10m d) 500m e) 1000m 9. (FURG) Uma grande piscina e um pequeno tanque, um ao lado do outro, contêm água a uma mesma profundidade. Podemos afirmar que: a) a pressão e a força total exercida pela água no fundo da piscina, são maiores que no tanque. b) a pressão no fundo da piscina, é menor que no fundo do tanque e as forças totais exercidas pela água, nas duas situações são iguais. c) a pressão no fundo da piscina, é maior que no fundo do tanque e as forças totais exercidas pela água, nas duas situações, são iguais. d) a força total exercida pela água, no fundo da piscina, é maior que no tanque, mas as pressões são iguais. e) a força total exercida pela água, no fundo da piscina, é menor que no tanque, mas as pressões são iguais. 10. Selecione a alternativa que apresenta as palavras que preenchem corretamente as lacunas nas afirmações seguintes: I- Na atmosfera terrestre, a pressão atmosférica ............... à medida que aumenta a altitude. II- No mar, a pressão na superfície é ................ do que a pressão a dez metros de profundidade. a) aumenta - maior b) permanece constante - menor c) permanece constante – maior d) diminui - maior e) diminui - menor 11. (PUC-SP) Um tubo em U contém mercúrio. Derrama- se num dos ramos, sobre o mercúrio, um líquido de densidade 3g/cm 3 , até que a coluna do mesmo tenha 10cm de altura. No outro ramo coloca-se álcool de densidade 0,8g/cm 3 até 15 cm de altura. A densidade do mercúrio é 13,6g/cm 3 . A diferença final de nível de mercúrio nos dois ramos é: a) 3,53cm b) 2,50cm c) 1,50cm d) 1,32cm e) 0cm Princípio de Pascal o acréscimo de pressão dado a um ponto de um líquido em equilíbrio transmite-se integralmente para todos os pontos do líquido. - O trabalho realizado nos êmbolos são iguais. WA = WB F X F X A A B B . . = EXERCÍCIOS 12. (FEI) Num macaco hidráulico, onde as áreas das secções transversais dos vasos verticais são A1=20cm 2 e A2=0,04m 2 . Qual é o peso máximo que o macaco pode levantar, quando fizermos uma força de 50N no êmbolo menor? a) 100N b) 1000N c) 200kgf d) 1000kgf e) 10000kgf Princípio de Arquimedes (EMPUXO) Todo corpo imerso, total ou parcialmente num líquido recebe uma força vertical, de baixo para cima, denominada empuxo, igual ao peso da porção de líquido deslocado. E V g L L = u . . - Pc > E ÷ corpo desce - Pc < E ÷ corpo sobe até flutuar - Pc = E ÷ corpo em equilíbrio O Empuxo é uma força aplicada pelo fluido no corpo nele submerso ou flutuando, sempre na direção vertical e com sentido para cima. O Empuxo depende: - da densidade do fluido e não da do corpo. - do volume do corpo que está submerso (mergulhado). - da gravidade do local(g). Peso Aparente P P E ap = ÷ EXERCÍCIOS 13. Selecione a alternativa que completa corretamente as lacunas do período seguinte: Quando um corpo é mergulhado num líquido ele sofre a ação de uma ... chamada empuxo, que atua de ... e que depende ... do corpo. a) força - baixo para cima - do volume submerso b) força - cima para baixo - do volume submerso c) força - baixo para cima - da densidade d) pressão - cima para baixo - da densidade e) pressão - baixo para cima - da densidade 14. O empuxo exercido sobre um corpo totalmente imerso em um líquido em equilíbrio depende: a) da profundidade em que está o corpo, da densidade do líquido e da aceleração da gravidade. b) da profundidade em que está o corpo, da densidade do corpo e da aceleração da gravidade. c) da densidade do líquido, do volume imerso do corpo e da aceleração da gravidade. d) da massa do corpo e da aceleração da gravidade. B B A A A F A F = FÍSICA 11 e) da densidade do corpo, do volume imerso do corpo e da aceleração da gravidade. 15. (Faap) Um tronco de árvore de 0,8 m 3 de volume flutua na água com metade de seu volume submerso. Qual é o empuxo de água sobre o tronco? Dado: g=10m/s 2 Densidade da água = 1000 kg/m 3 a) 80N b) 400N c) 800N d) 4000N e) 8000N 16. (FEI) Sabe-se que a densidade do gelo é 0,92g/cm 3 , a do óleo é 0,8g/cm 3 e a da água é 1,0g/cm 3 . A partir destes dados podemos afirmar que: a) o gelo flutua no óleo e na água. b) o gelo afunda no óleo e flutua na água. c) o gelo flutua no óleo e afunda na água. d) o óleo flutua sobre a água e o gelo flutua sobre o óleo. e) a água flutua sobre o gelo e afunda no óleo. HIDRODINÂMICA Estuda os fluidos em movimento. VAZÃO É a quantidade de fluido (volume) que escoa, por um determinado tempo, através de uma seção transversal qualquer. Q V t = A A onde: Q = vazão (m 3 /s) AV = variação de volume (m 3 ) At = variação de tempo (s) como: A A V A x = . Q A x t = .A A Q A v = . onde: Q = vazão (m 3 /s) A = área (m 2 ) v =velocidade (m/s) Conversão: 1m 3 = 1000 litros Equação da Continuidade Lei da conservação da massa: A quantidade de massa de fluido que entra na tubulação deverá ser a mesma que sai desta tubulação, num mesmo intervalo de tempo. A A A A m t m t 1 2 = u u . . A A A A V t V t 1 2 = A x t A x t 1 1 2 2 . . A A A A = A v A v 1 1 2 2 . . = Num escoamento de vazão constante, a velocidade de escoamento é inversamente proporcional à área da seção transversal. Ex: diminuir a área da ponta de uma mangueira, aumenta a velocidade. EXERCÍCIOS 1. A água flui com uma velocidade v1 através de uma mangueira de área de secção reta A colocada na horizontal. Se, na extremidade da mangueira, for colocado um bocal de área A/6, a água fluirá através dele com uma velocidade de a) v/6 b) v/3 c) v d) 3v e) 6v 2. (UFSM/97) Um líquido incompressível escoa através de um mangueira cilíndrica de raio (r) e enche um recipiente de volume (V) em um intervalo de tempo (At). A velocidade média de escoamento do líquido é: a) V r t .A b) V r t 2. . . t A c) V r t t. . 2 A d) V r t . . . t 2 A e) V r t . . t 2 A 3. (UFSM) Um fluido incompressível, não viscoso escoa em um cilindro horizontal com velocidade v1. A partir de um certo ponto, o raio do tubo reduz-se à metade. A velocidade v2, na região estreita, é: a) v2=v1/4 b) v2=4v1 c) v2=v1 d) v2=v1/2 e) v2=2v1 4. Um tanque de volume 20 m 3 está vazio. Quer-se enchê- lo de água por meio de uma mangueira de secção 0,20cm 2 com água tendo velocidade constante e igual a 5 m/s. Determine: a) a vazão; b) o tempo gasto para encher o tanque. TEOREMA DE BERNOULLI p g h v p g h v cte 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 + + = + + = u u u u . . . . . . Para uma mesma altura h1=h2 A velocidade é inversamente proporcional a pressão do fluido. VELOCIDADE GRANDE ¬ PRESSÃO pequena VELOCIDADE pequena ¬ PRESSÃO GRANDE Velocidade de escoamento FÍSICA 12 EXERCÍCIOS 5. (UFSM) Um recipiente contendo água a uma altura constante , possui um orifício a 50 cm da superfície livre da água. Sendo a aceleração da gravidade 10 m/s2, calcule a velocidade de escoamento da água através do orifício. a) 1000 m/s b) 100 m/s c) 10 m/s d) 5 m/s e) 2 m/s EXERCÍCIOS DE REFORÇO 01. (UFCE) Sob a ação de uma força constante, de 20N de intensidade, um bloco de massa 5,0 kg descreve um movimento retilíneo e uniforme, numa superfície horizontal, na mesma direção e sentido da força aplicada. O trabalho realizado pela força resultante que atua no bloco, num deslocamento de 2,0m, vale: a) zero b) 20J c) 50J d) 80J e) 100J 02. (UFR-RJ) Um elevador (A) transporta 1000 kg em 10 min, e um outro elevador (B) 200 kg em 2 min. Ambos percorrem a mesma altura (h) . Podemos afirmar que: a) (A) é mais potente que (B). b) (A) e (B) realizam o mesmo trabalho. c) (A) realiza maior trabalho que (B) e ambos são igualmente potentes. d) (A), por transportar maior massa que (B), é menos potente que (B). e) (A) realiza menor trabalho que (B). 03. (UEL-PR) O gráfico representa o valor algébrico da força resultante que age sobre um corpo de massa 5,0kg, em função do deslocamento x. O trabalho realizado pela força resultante, no deslocamento de 0 a 4,0m, em joules, vale: a) zero b) 10 c) 20 d) 30 e) 40 04. (UFV-MG) Um pai puxa o balanço da filha até encostá- lo em seu peito. Solta-o e permanece parado, sem receio de ser atingido pelo brinquedo quando ele retorna a posição inicial. Tal segurança se fundamenta na: a) primeira lei de Newton. b) segunda lei de Newton. c) conservação da Energia Mecânica. d) lei da ação e reação. e) lei da gravitação universal. 05. (UU-MG) Um corpo colocado a certa altura em relação ao solo possui energia potencial gravitacional. Se o soltarmos, seu próprio peso coloca-o em movimento e, à medida que o corpo vai caindo a: a) energia cinética aumenta. b) energia cinética diminui. c) energia cinética permanece constante. d) energia potencial gravitacional aumenta. e) energia potencial gravitacional permanece constante. 06. (Unimep-SP) Quando dizemos que um móvel com massa de 8kg tem 900J de energia, podemos afirmar que: a) o móvel está em repouso. b) o móvel está com movimento retilíneo. c) a trajetória descrita pelo móvel é uma parábola. d) o móvel está a 11,5m acima do solo. e) a velocidade do móvel vale 15m/s. 07. Quando abandonamos uma pedra de 1kg de massa de um ponto situado a 20 m acima do solo, ele desce com uma aceleração de 10m/s 2 . Desprezando a resistência do ar, podemos afirmar que: a) a energia potencial gravitacional é constante. b) a energia cinética é sempre igual à potencial. c) a 10 m do solo, a energia cinética é igual a 100J. d) a energia cinética independe da altura em que se encontra a pedra. e) é impossível calcular a energia mecânica num determinado ponto. 08. Uma partícula com massa de 10kg, em repouso, sofre a ação de uma força resultante, cujo módulo varia com o tempo de acordo com o gráfico. Determine: a) o módulo do impulso produzido pela força no intervalo de 0 a 10 s. b) a velocidade da partícula ao final de 10s. c) a intensidade de uma força constante que produziria o mesmo impulso no intervalo de 0 a 10 s. 09. Dois patinadores, um homem de 60kg de massa e um menino de 40kg, estão inicialmente em repouso sobre uma superfície gelada, plana e horizontal. Suponha que eles se empurrem mutuamente, um de frente para o outro. O homem vai para a direita com velocidade de 2,0m/s, e o menino vai para a esquerda com velocidade ( em m/s) de: a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6 10. Em um jogo da seleção brasileira de futebol, o jogador Dunga acertou um violento chute na trave do gol adversário. A velocidade da bola, na hora do impacto, era de 108 km/h. Supondo a massa da bola de 0.400 kg, a duração do impacto 5,0 x 10 -3 s e o choque é h g v . . 2 = FÍSICA 13 perfeitamente elástico. Calcule o módulo da força média que a bola exerceu sobre a trave durante o choque. a) 1,728 x 10 4 N b) 1,728 x 10 7 N c) 4,8 x 10 3 N d) 4,8 x 10 5 N e) nula 11. (UCP-RJ) Um pêndulo simples de comprimento L e massa m oscila com período T. O fio do pêndulo é inextensível e sem peso. O comprimento L pode variar convenientemente. Podemos afirmar que: a) encurtando o fio, a freqüência da oscilação diminui. b) mantendo o comprimento do fio constante e aumentando a massa m do pêndulo, o período aumenta. c) mantendo constante o comprimento do fio e transportando o pêndulo para outro lugar onde a aceleração da gravidade é maior, o período aumenta. d) durante a oscilação, ao passar pela posição vertical, a tração no fio é igual ao peso da massa do pêndulo. e) nenhuma das afirmativas anteriores é correta. 12. (Uneb-BA) Um bloco preso a uma mola ideal, encontra-se inicialmente em repouso, em um ponto O, sobre um plano horizontal. O bloco é afastado da posição inicial e, em seguida, abandonado, passando a oscilar, sem atrito, sobre o plano. Enquanto ele oscila, é correto afirmar que, no ponto O, o bloco tem: a) velocidade, aceleração e energia potencial máximas. b) velocidade mínima, aceleração e energia potencial máximas. c) velocidade e aceleração mínimas e energia potencial máxima. d) velocidade máxima, aceleração e energia potencial mínimas. e) velocidade, aceleração e energia potencial mínimas. 13. A distância media de Júpiter ao Sol é, aproximadamente, cinco vezes a distância média da Terra ao Sol. Se o período de translação, ao redor do Sol, é de 1 ano, determine, usando a terceira lei de Kepler, o período de translação de Júpiter, aproximadamente. a) 11 meses b) 11 anos c) 25 anos d) 25 meses e) 5 anos 14. (FEI-SP) Analise as afirmações e assinale a alternativa correta. I - O período de translação de Mercúrio (planeta mais próximo do Sol) é menor que o período de translação da Terra. II - A velocidade de translação de um planeta é constante ao longo de sua órbita. III - Segundo a primeira lei de Kepler, os planetas descrevem órbitas elípticas ao redor do Sol, estando este no centro da elipse. São corretas: a) somente I. b) somente II. c) somente III. d) somente I e II. e) somente I e III. 15. (FGV) Um recipiente metálico possui um êmbolo numa de suas extremidades e contém um gás no seu interior. A pressão do gás é p e a temperatura 200K. Pressionando- se o êmbolo até a metade do volume do recipiente e aumentando-se a temperatura para 400K, a pressão do gás será: a) p/4 b) p/2 c) p d) 2p e) 4p 16. (UFSM) Uma bolha de gás ideal, com volume V, é solta do fundo de um lago, onde a pressão é o dobro da pressão existente na superfície. Supondo a temperatura da água constante, a bolha chegará à superfície, com um volume: a) V/3 b) V/2 c) V d) 3V/2 e) 2V 17. (USF-SP) Considere as seguintes afirmações: I - Um sistema que recebe calor e não realiza trabalho aumenta sua energia interna. II - Se um sistema realiza um trabalho de 300J enquanto recebe 300 cal de calor, tem uma variação de energia interna igual a 960J. III - Se um sistema cede 50 cal em forma de calor e realiza trabalho de 100J, a variação de energia interna é de – 310J. É(são) correta(s): a) apenas I b) apenas II c) apenas III d) somente I e II e) todas 18. (UFRJ) Um gás ideal, em um recipiente mantido a volume constante, liberou 80 cal para a sua vizinhança. Pode-se afirmar que: I - O trabalho pelo gás foi de 80 cal. II - A energia interna do gás variou de 80 cal. III - A temperatura do gás diminuiu. IV - O trabalho realizado pelo gás foi nulo. As afirmativas corretas são: a) I, II e III b) I, II e IV c) I, III e IV d) II, III e IV e) I, II, III e IV 19. (ACAFE-SC) Um rapaz de 60 kg de massa está pendurado numa barra pelos dois braços, que formam ângulos de 30º com a vertical. Determine o valor aproximado da força exercida pelo seu braço direito. Adote g= 9,8 m/s 2 . a) 339,5 N b) 362,4 N c) 385,3 N d) 408,2 N e) 431,1 N 20. (UFRS) A barra homogênea BC da figura tem um peso de 10 5 N e seu comprimento é de 10 m. O centro de gravidade CG da barra e o ponto de apoio A estão, respectivamente, a 5 m e 2 m da extremidade B. Qual é o peso do corpo X que deve ser suspenso na extremidade B para que a barra se mantenha em equilíbrio mecânico na posição horizontal? a) 1,0 x 10 4 N b) 6,6 x 10 4 N c) 1,5 x 10 5 N d) 1,7 x 10 5 N e) 6,0 x 10 5 N 20) (AMAN-RJ) Um tanque contendo 5 . 10 3 litros de água tem 2m de comprimento e 1m de largura. Sendo g = 10m.s -2 , a pressão exercida pela água no fundo do tanque, em pascal, vale: a) 2,5 . 10 4 . b) 2,5 . 10 1 . FÍSICA 14 c) 5,0 . 10 3 . d) 5,0 . 10 4 . e) 2,5 . 10 6 . 21. A densidade do ouro é 19,33. Pergunta-se: a) o que significa fisicamente este valor? b) qual sua massa específica? c) qual seu peso específico? Dado: g = 10 m/s 2 ; u água = 1 g/cm 3 22. Você está de pé sobre o chão de uma sala. Seja p a pressão média sobre o chão, debaixo das solas dos seus sapatos. Se você suspendesse o pé, equilibrando-se numa só perna, qual seria a pressão média? 23. Observe os recipientes abaixo, todos contendo o mesmo líquido e próximos um do outro. Podemos afirmar que a pressão no fundo a) do recipiente A é maior que em B e C. b) do recipiente B é menor que em A e C. c) é igual nos três recipientes. d) do recipiente A é maior que em C. e) Nenhuma das afirmativas anteriores é correta 24. O recipiente mostrado na figura abaixo contém um líquido em equilíbrio. a) Nessa condição os pontos A e B, no interior do líquido, estão sujeitos à mesma pressão? b) Se um pistão for adaptado ao recipiente e através dele for produzido um acréscimo de pressão sobre o líquido, as paredes laterais do recipiente sofrerão um acréscimo de pressão igual ao exercido sobre o líquido? 25. Dois corpos A e B, de massa iguais e densidades diferentes são colocados na água. Ambos ficam parcialmente submersos. a) Se o volume do corpo B for a metade do volume do corpo A, o corpo A sempre ficará com metade de seu volume fora da água. b) Se a densidade de A for maior que a densidade de B, o empuxo sofrido pelo corpo A é maior que o sofrido por B. c) Se o volume do corpo A for maior que o volume do corpo B, o empuxo sofrido pelo corpo A é maior que o sofrido por B. d) O empuxo sofrido por cada corpo tem o mesmo valor. e) Se a densidade de A for maior que a densidade de B, o volume submerso de A é menor que o de B. 26. Um corpo homogêneo flutua na superfície da água com somente 20% do seu volume total emerso, isto é, fora da água. Qual a massa específica desse corpo? 27. Uma jangada de madeira de 2 m de largura e 4 m de comprimento flutua em um lago com águas paradas . Nessa situação, 4 cm da espessura da madeira fica fora d’agua. Considere a densidade da água 1000 Kg/m 3 e a gravidade local 10 m/s 2 . Quantas pessoas de 50 Kg cada podem ficar sobre a jangada sem molhar os pés? 28. Um cubo de gelo de 10 cm de aresta flutua na água. A massa específica da água é 1,0 g/cm 3 e a do gelo 0,9 g/cm 3 . Para que o cubo de gelo flutue com a face superior coincidindo com a superfície livre da água, deve ser posto sobre ele um coro de massa: PORTUGUÊS 15 Português VARIAÇÃO LINGUÍSTICA Toda língua possui variações linguísticas. Elas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo (variação histórica) e no espaço (variação regional). As variações linguísticas podem ser compreendidas a partir de três diferentes fenômenos. 1) Em sociedades complexas convivem variedades linguísticas diferentes, usadas por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos à educação formal; note que as diferenças tendem a ser maiores na língua falada que na língua escrita; 2) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situações de uso, sejam situações formais, informais ou de outro tipo; 3) Há falares específicos para grupos específicos, como profissionais de uma mesma área (médicos, policiais, profissionais de informática, metalúrgicos, alfaiates, por exemplo), jovens, grupos marginalizados e outros. São as gírias e jargões . MITOS DO PRECONCEITO LINGUÍSTICO Professor Marcos Bagno - Linguista e professor da UNB Mito nº 1: “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente.” Mito nº 2: “Brasileiro não sabe português. Só em Portugal se fala bem português.” Mito nº 3: “Português é muito difícil.” Mito nº 4: “As pessoas sem instrução falam tudo errado.” Mito nº 5: “O lugar onde melhor se fala português no Brasil é o Maranhão.” Mito nº 6: “O certo é falar assim porque se escreve assim.” Mito nº 7: “É preciso saber gramática para falar e escrever bem.” Mito nº 8: “O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social” 18 de maio de 2011 Marcos Bagno: Discussão sobre livro didático só revela ignorância da grande imprensa Na semana passada, o site IG noticiou que o Ministério da Educação comprou e distribuiu, para 4.236 mil escolas públicas, um livro que “ensina o aluno a falar errado”. Os jornalistas Jorge Felix e Tales Faria - do Blog Poder On Line, hospedado no portal – se basearam em exemplos de um capítulo do livro Por Uma Vida Melhor para afirmar que, segundo os autores da coleção organizada pela ONG Ação Educativa, não há nenhum problema em se falar “nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe”. Calçaram sua tese no seguinte trecho de um capítulo que diferencia o uso da língua culta e da falada:”Você pode estar se perguntando: “Mas eu posso falar os livro?”. Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico”. O fato de haver outros capítulos, no mesmo livro, que propõem a leitura e discussão de obras de autores como Cervantes, Machado de Assis e Clarice Lispector e ensina modos de leitura, produção e revisão de textos não foi citado. Mas a discussão sobre como registrar as diferenças entre o discurso oral e o escrito esquentou, principalmente após o colunista da Folha de S. Paulo Clóvis Rossi vociferar, no último domingo, que tal livro é “criminoso”. por Marcos Bagno, no seu site, via CartaCapital Para surpresa de ninguém, a coisa se repetiu. A grande imprensa brasileira mais uma vez exibiu sua ampla e larga ignorância a respeito do que se faz hoje no mundo acadêmico e no universo da educação no campo do ensino de língua. Jornalistas desinformados abrem um livro didático, leem metade de meia páginae saem falando coisas que depõem sempre muito mais contra eles mesmos doque eles mesmos pensam (se é que pensam nisso, prepotentementeconvencidos que são, quase todos, de que detêm o absoluto poder da informação). Polêmica? Por que polêmica, meus senhores e minhas senhoras? Já faz mais de quinze anos que os livros didáticos de língua portuguesa disponíveis no mercado e avaliados e aprovados pelo Ministério da Educação abordam o tema da variação linguística e do seu tratamento em sala de aula. Não é coisa de petista, fiquem tranquilas senhoras comentaristas políticas da televisão brasileira e seus colegas explanadores do óbvio. Já no governo FHC, sob a gestão do ministro Paulo Renato, os livros didáticos de português avaliados pelo MEC começavam a abordar os fenômenos da variação linguística, o caráter inevitavelmente heterogêneo de qualquer língua viva falada no mundo, a mudança irreprimível que transformou, tem transformado, transforma e transformará qualquer idioma usado por uma comunidade humana. Somente com uma abordagem assim as alunas e os alunos provenientes das chamadas “classes populares” poderão se reconhecer no material didático e não se sentir alvo de zombaria e preconceito. E, é claro,om a chegada ao magistério de docentes provenientes cada vez mais dessas mesmas “classes populares”, esses mesmos profissionais entenderão que seu modo de falar, e o de seus aprendizes, não é feio, nem errado, nem tosco, é apenas uma língua diferente daquela – devidamente fossilizada e conservada em formol – que a tradição normativa tenta preservar a ferro e fogo, principalmente nos últimos tempos, com a chegada aos novos meios de comunicação de pseudoespecialistas que, amparados em tecnologias inovadoras, tentam vender um peixe gramatiqueiro para lá de podre. Enquanto não se reconhecer a especificidade do português brasileiro dentro doconjunto de línguas derivadas do português quinhentista transplantados para as colônias, enquanto não se reconhecer que o português brasileiro é uma língua em si, com gramática própria, diferente da do português europeu, teremos de conviver com essas situações no mínimo patéticas. A principal característica dos discursos marcadamente ideologizados (sejam eles da direita ou da esquerda) é a impossibilidade de ver as coisas em perspectiva contínua, em redes complexas de elementos que se cruzam e entrecruzam, em ciclos constantes. Nesses discursos só existe o preto e o branco, o masculino e o feminino, o mocinho e o bandido, o certo e o errado e por aí vai. Darwin nunca disse em nenhum lugar de seus escritos que “o homem vem do macaco”. Ele disse, sim, que humanos e demais primatas deviam ter se originado de um ancestral comum. Mas essa visão mais sofisticada não interessava ao fundamentalismo religioso que precisava de um lema distorcido como “o homem vem do macaco” para empreender sua campanha obscurantista, que permanece em voga até hoje (inclusive no discurso da candidata azul disfarçada de verde à presidência da República no ano passado). Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua. O que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas entenderem é que defender uma coisa nãosignifica automaticamente combater a outra. Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los aomundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento. Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso é para eu tomar?”, porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo” e os que falam “errado”, é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles – se julgarem pertinente, adequado e necessário – possam vir a usá-la TAMBÉM. O problema da ideologia purista é PORTUGUÊS 16 esse também. Seus defensores não conseguem admitir que tanto faz dizer assisti o filme quanto assiti ao filme, que a palavra óculos pode ser usada tanto no singular (o óculos, como dizem 101% dos brasileiros) quanto no plural (os óculos, como dizem dois ou três gatos pingados). O mais divertido (para mim, pelo menos, talvez por um pouco de masoquismo) é ver os mesmos defensores da suposta “língua certa”, no exato momento em quea defendem, empregar regras linguísticas que a tradição normativa que eles acham que defendem rejeitaria imediatamente. Pois ontem, vendo o Jornal das Dez, da GloboNews, ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa deliciosa pergunta: “Como é que fica então as concordâncias?”. Ora, sr. Monforte, eu lhe devolvo a pergunta: “E as concordâncias, como é que ficam então? Exercícios 01 Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo? Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo. Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente? Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco. Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma. BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado). Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade. b) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco. c) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais). d) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo. e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio. Texto para as questões 02 e 03 02 Tendo em vista a segunda fala do personagem entrevistado, constata-se que a) o entrevistado deseja convencer o jornalista a não publicar um livro. b) o principal objetivo do entrevistado é explicar o significado da palavra motivação. c) são utilizados diversos recursos da linguagem literária, tais como a metáfora e a metonímia. d) o entrevistado deseja informar de modo objetivo o jornalista sobre as etapas de produção de um livro. e) o principal objetivo do entrevistado é evidenciar seu sentimento com relação ao processo de produção de um livro. 03 Quanto às variantes linguísticas presentes no texto, a norma padrão da língua portuguesa é rigorosamente obedecida por meio a) do emprego do pronome demonstrativo “esse” em “Por que o senhor publicou esse livro?”. b) do emprego do pronome pessoal oblíquo em “Meu filho, um escritor publica um livro para parar de escrevê-lo!”. c) do emprego do pronome possessivo “sua” em “Qual foi sua maior motivação?”. d) do emprego do vocativo “Meu filho”, que confere à fala distanciamento do interlocutor. e) da necessária repetição do conectivo no último quadrinho. 04 Texto I O professor deve ser um guia seguro, muito senhor de sua língua; se outra for a orientação, vamos cair na “língua brasileira”, refúgio nefasto e confissão nojenta de ignorância do idioma pátrio, recurso vergonhoso de homens de cultura falsa e de falso patriotismo. Como havemos de querer que respeitem a nossa nacionalidade se somos os primeiros a descuidar daquilo que exprime e representa o idioma pátrio? ALMEIDA, N. M. Gramática metódica da língua portuguesa. Prefácio. São Paulo: Saraiva, 1999 (adaptado). Texto II Alguns leitores poderão achar que a linguagem desta Gramática se afasta do padrão estrito usual neste tipo de livro. Assim, o autor escreve tenho que reformular, e não tenho de reformular; pode-se colocar dois constituintes, e não podem-se colocar dois constituintes; e assim por diante. Isso foi feito de caso pensado, com a preocupação de aproximar a linguagem da gramática do padrão atual brasileiro presente nos textos técnicos e jornalísticos de nossa época. REIS, N. Nota do editor. PERINI, M. A. Gramática descritiva do português. São Paulo: Ática, 1996. Confrontando-se as opiniões defendidas nos dois textos, conclui-se que a) ambos os textos tratam da questão do uso da língua com o objetivo de criticar a linguagem do brasileiro. b) os dois textos defendem a ideia de que o estudo da gramática deve ter o objetivo de ensinar as regras prescritivas da língua. c) a questão do português falado no Brasil é abordada nos dois textos, que procuram justificar como é correto e aceitável o uso coloquial do idioma. PORTUGUÊS 17 d) o primeiro texto enaltece o padrão estrito da língua, ao passo que o segundo defende que a linguagem jornalística deve criar suas próprias regras gramaticais. e) o primeiro texto prega a rigidez gramatical no uso da língua, enquanto o segundo defende uma adequação da língua escrita ao padrão atual brasileiro. 05 O personagem Chico Bento pode ser considerado um típico habitante da zona rural, comumente chamado de “roceiro” ou “caipira”. Considerando a sua fala, essa tipicidade é confirmada primordialmente pela a) transcrição da fala característica de áreas rurais. b) redução do nome “José” para “Zé”, comum nas comunidades rurais. c) emprego de elementos que caracterizam sua linguagem como coloquial. d) escolha de palavras ligadas ao meio rural, incomuns nos meios urbanos. e) utilização da palavra “coisa”, pouco frequente nas zonas mais urbanizadas. 06 O uso do pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e por um gramático nos textos abaixo. Pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro (ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo: Nova Cultural, 1988) “Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar, despreocupada, ou na língua escrita quando se deseja reproduzir a fala dos personagens (...).” (CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980) Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, pode-se afirmar que ambos: a) condenam essa regra gramatical. b) acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa regra. c) criticam a presença de regras na gramática. d) afirmam que não há regras para uso de pronomes. e) relativizam essa regra gramatical. 07 O “internetês”, como popularmente é conhecida essa linguagem, vem sendo uma variante da língua escrita cada vez mais utilizada pelos internautas. Esse novo modo de escrever, trazido no bojo das novas tecnologias, utiliza-se de determinados recursos de modo a assegurar uma comunicação mais rápida nos “chats”. O seguinte diálogo, extraído de uma sessão de bate-papo via IRC – software desenvolvido para comunicação virtual – ilustra esse uso: <IrcLittleGirl> oie. c tae? <N£O_matrix> aham. <IrcLittleGirl> :) mas eh um virciado msm... hehehehe. iaih como c vai? <N£O_matrix> bah, se eu so virciado, tu eh nerd... hiahuahauaahua. td blz. tu? <IrcLittleGirl> + ou - :’( <N£O_matrix> tche, conta ae <IrcLittleGirl> melhor naum <N£O_matrix>:/ <IrcLittleGirl>afff... tah bom. bombei d novu em fisik. Pod issu? Fala seriu... <N£O_matrix> <o> pssss mas me caiu os butiah do bolso agora. Deu pra ti entaum? <IrcLittleGirl> nem tantu... tm mais um semestre pela frent, ops bimestre mas tipow se eu rodar jah era...Panico rulezzz... ¬¬ <N£O_matrix> ah meo tens q t enkrna, faze os troçu em ksa, pegah aula particular <IrcLittleGirl> kra eu jah fis td issu mas tipow na hr da prova dah um tilt ta ligadu? <N£O_matrix> sei, sei... t deu um ctrl alt del no cérebro. fico tri d kra qdo me dah uma dessas... <IrcLittleGirl> kkkkkk... peor. No stress. <N£O_matrix>flw. m xama no pvt. :***** <IrcLittleGirl> nem adoro tu entaum...; ) bjinhuxxxx <N£O_matrix> vlw. eu tb. Ah, manda um [ ] p saulo. t+ <IrcLittleGirl> pod cre. Xauzinhu Observe as seguintes afirmativas. I. Os erros presentes no texto possuem diferentes motivos, dentre eles a redução de palavras(namo – namorado), a supressão de vogais (qr – quer) ou até mesmo o empréstimo de palavras do inglês (pvt – private – privado). II. O termo ops (linha 16) está para uma expressão de retificação, assim como aham (linha 2) está para uma de confirmação, ao passo que tipow (linha 16) (variação internética da gíria “tipo”) é uma partícula expletiva, ou seja, pode ser retirada sem prejuízo de sentido. III. Pelo texto, é correto depreender que o interlocutor masculino possui mais marcas gaúchas em sua linguagem, utilizando um nível entre o regionalista e o coloquial. IV. O símbolo :/ (linha 10), pelo contexto, poderia ser corretamente substituído por: “Eu não acredito nisso que me contaste... Que coisa desagradável!” Estão corretas apenas as afirmativas a) I e IV. b) I e II. c) II e III. d) II e IV. e) I, II e IV. 08 PORTUGUÊS 18 Sobre a linguagem de Chico Bento e seu pai, pode-se afirmar que a mesma a) contém erros que evidenciam a deterioração da língua. b) demonstra ignorância acerca da gramática do português. c) representa a variedade rural do português brasileiro falado. d) é reflexo do péssimo ensino do português nas escolas. e) é um modo de falar engraçado e estranho. 09 Na parte superior do anúncio, há um comentário escrito à mão que aborda a questão das atividades linguísticas e sua relação com as modalidades oral e escrita da língua. Esse comentário deixa evidente uma posição crítica quanto a usos que se fazem da linguagem, enfatizando ser necessário a) implementar a fala, tendo em vista maior desenvoltura, naturalidade e segurança no uso da língua . b) conhecer gêneros mais formais da modalidade oral para a obtenção de clareza na comunicação oral e escrita. c) dominar as diferentes variedades do registro oral da língua portuguesa para escrever com adequação, eficiência e correção. d) empregar vocabulário adequado e usar regras da norma padrão da língua em se tratando da modalidade escrita. e) utilizar recursos mais expressivos e menos desgastados da variedade padrão da língua para se expressar com alguma segurança e sucesso. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS (SEMÂNTICA) Para os menos avisados, semântica é a parte da gramática que estuda o sentido e a aplicação das palavras em um contexto. Assim sendo, a palavra manga pode ter alguns significados dependendo o contexto. Vejamos a palavra nas orações “Me lambuzo todo chupando manga” e “Não posso sair com essa manga rasgada”. Será que temos o mesmo significado para a palavra manga nas duas orações? Com certeza, não. Na primeira oração, a palavra tem como significado o fruto da mangueira; já no segundo, ela é uma parte de uma peça do vestuário. A esta característica das palavras apresentarem a mesma escrita, mas significados diferentes, quando aplicadas em um contexto, chamamos polissemia. POLISSEMIA É quando uma palavra tem mais de uma significação. SINONÍMIA É a característica de determinadas palavras assumirem, num determinado contexto, significação semelhante. Ex.: apelido – alcunha; longo – comprido; bônus – prêmio; branco – alvo. ANTONÍMIA Palavras com sentido oposto. Ex.: rico – pobre; alto – baixo; gordo – magro; claro – escuro. HOMONÍMIA Quando uma palavra assume mais de um significado. É a condição de duas ou mais palavras com significado diferente possuírem som e grafia semelhantes. As palavras Homônimas podem ser: homógrafas, homófonas e perfeitas. • Homônimas homógrafas: são palavras iguais na grafia e som diferente. Ex1.: O acordo está feito. (substantivo) [som fechado] Às vezes, acordo com muito sono. (verbo) [som aberto] Ex2 .: O começo da festa é sempre mais calma. (substantivo) [som fechado] Quando começo a dançar, todos se animam a dançar também. (verbo) [som aberto] • Homônimas homófonas: são palavras com a mesma pronúncia, mas grafia diferente. Ex1.: Gosto de ir a última sessão de cinema. (intervalo de tempo que dura uma reunião, uma assembleia) Ele fez a cessão de seus direitos autorais à editora Nascimento. (ato de ceder, ato dar) Gosto de ler a seção de esportes. (significa parte de um todo, segmento, subdivisão) Ex2.: Aquela viagem foi muito especial para nós. (substantivo) É importante que eles viajem ainda hoje. (verbo) • Homônimas perfeitas: são palavras com grafia igual e som igual. Ex.: O homem são pode e deve trabalhar bastante. (adjetivo = sadio) PORTUGUÊS 19 São cinco horas agora. (verbo ser) Vejamos agora mais alguns homônimos: Assento – objeto ou lugar em que a gente se senta. Acento – sinal diacrítico indicativo do acento ou para marcar a pronúncia das palavras. Caçar – perseguir (animais silvestres) para os apanhar ou matar, procurar. Cassar – anular, tornar sem efeito: cassar uma licença. Cela – pequeno quarto de dormir; cubículo; quarto de preso. Sela – assento acolchoado de cavalgadura. Censo – recenseamento de uma população; rendimento coletável. Senso - ato de raciocinar; faculdade de julgar. Chá – planta arbústea, também chamada de chá-da-índia. Xá – título do soberano da Pérsia, hoje Irã. Incipiente – que começa; que está no princípio, principiante. Insipiente – ignorante, insensato, néscio; não sapiente. PARONÍMIA Quando duas ou mais palavras tem significados diferentes, mas se parecem na grafia e no som. Vejamos algumas destas palavras: Absolver- declarar inocente; perdoar pecados a; isentar. Absorver- embeber, sorver; aspirar, engolir; compreender, assimilar. Acedente- que ou quem acede. Acidente- acontecimento casual, fortuito, imprevisto; desastre. Incidente- que incide, ocorre, sobrevém. Acender- pôr fogo, fazer arder; queimar, incendiar. Ascender- subir de categoria ou postos; elevar-se. Adereço- objeto de adorno; ornamento, enfeite. Endereço- indicação de nome e residência em sobrescrito; direção. Adição- soma, acréscimo. Edição- ato ou efeito de editar. Publicação de obra literária. Alusão- referência vaga e indireta. Menção. Ilusão- engano dos sentidos ou da mente. Sonho, devaneio. Atuar- exercer atividade, ou estar em atividade. Exercer influência. Autuar- lavrar um auto contra alguém; formar processo contra. Bebedor- aquele que bebe. Bebedouro- local onde se bebe. Blindar- revestir (navio) de chapas de aço, como proteção. Brindar- beber à saúde de: brindaram a aniversariante. Bocal- abertura de um vaso, frasco, candeeiro. Bucal- relativo à boca. Cavaleiro- homem que monta a cavalo; aquele que sabe cavalgar. Cavalheiro- homem nobre, distinto, de educação esmerada. Comprido- longo, extenso, dilatado. Cumprido- que foi executado; realizado: dever cumprido Comprimento- longo, extenso, dilatado. Cumprimento- extensão de um objeto; extensão de uma linha etc; saudação. Descrição- ato de descrever, narrar; contar, minuciosamente. Discrição- qualidade do que é discreto; sensatez. Destinto- que se destingiu; sem cor. Distinto- que não se confunde com o outro; diferente, separado. Destratar- maltratar com palavras; insultar. Distratar- desfazer, anular, rescindir (um pacto ou contrato). Discente- estudante, discípulo. Docente- professor, instrutor. Emergir- erguer-se acima da água; manifestar-se; sair de onde estava. Imergir- mergulhar, fazer penetrar, engolfar-se. Eminente- elevado, alto, superior, sublime. Iminente- sobranceiro; que ameaça cair, ou suceder a qualquer momento. Flagrante- manifesto, evidente; aquele em cuja prática é surpreendido. Fragrante- que exala cheiro forte e agradável; odorífero. Fluir- correr em estado líquido; derivar; proceder, nascer. Fruir- desfrutar, possuir, gozar. Fluvial- que diz respeito a rio. Próprio dos rios. Pluvial- relativo à chuva. Fusível- que se pode fundir; fio de fusibilidade calibrada, para proteger instalações. Fuzil- espingarda; carabina. Infligir- aplicar pena, castigo, repreensão. Infringir- transgredir, violar (a lei); deixar de cumprir, desobedecer. Mandado- ato de mandar; ordem escrita. Mandato- o tempo em que um político exerce durante seu cargo; procuração. Mistificar- abusar da credulidade de; enganar, iludir. Mitificar- converter em mito. Posar- tomar posição para ser fotografado. Pousar- colocar, pôr; recolher-se em pousada. Precedente- que precede, anterior, antecedente. Procedente- que procede, proveniente, originário, concludente. Pregresso- decorrido anteriormente; que aconteceu primeiro. Progresso- ato ou efeito de progredir. Desenvolvimento. PORTUGUÊS 20 Sorrir- rir levemente, com ligeira contração dos músculos faciais. Rir- manifestar o riso. Achar graça. Tráfego- fluxo das mercadorias transportadas por aerovias, ferrovias, hidrovias ou rodovias; comunicação. Tráfico- negócio indecoroso: tráfico de drogas. Vedado- que tem tapume; proibido; defeso; murado. Vetado- que foi proibido; que foi vetado. Vultoso- que faz vulto, volumoso, grande. Vultuoso- que tem rosto grande; congestão na face. EXERCÍCIOS 1) Assinale a alternativa cujas palavras substituem adequadamente as palavras e expressões destacadas: Passou-me sem atenção que a sua intenção era estabelecer uma diferença entre os ignorantes e os valentes, corajosos. a) desapercebido - descriminar - incipientes - intemeratos. b) despercebido - discriminar - insipientes - intimoratos. c) despercebido - discriminar - insipientes - intemeratos. d) desapercebido - descriminar - insipientes - intemeratos. e) despercebido - discriminar - incipientes - intimoratos. 2) O apaixonado rapaz ficou extático diante da beleza da noiva. A palavra destacada é sinônima de: a) imóvel b) admirado c) firme d) sem respirar e) indiferente 3) Indique a alternativa errada: a) As pessoas mal-educadas, sempre se dão mal com os outros. b) Os meus ensinamentos foram mal interpretados. c) Vivi maus momentos, naquela época. d) Temos que esclarecer os mau-entendidos. e) Os homens maus sempre prejudicam os bons. 4) Os sinônimos de exilado, assustado, sustentar e expulsão são, respectivamente: a) degredado, espavorido, suster e proscrição. b) degradado, esbaforido, sustar e prescrição. c) degredado, espavorido, sustar e proscrição. d) degradado, esbaforido, sustar e proscrição. e) degradado, espavorido, suster e prescrição. 5) Trate de arrumar o aparelho que você quebrou e costurar a roupa que você rasgou, do contrário não sairá de casa nesse final de semana. As palavras destacadas podem ser substituídas por: a) concertar, coser e se não. b) consertar, coser e senão. c) consertar, cozer e senão. d) concertar, cozer e senão. e) consertar, coser e se não. 6) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase abaixo: Da mesma forma que os italianos e japoneses _________ para o Brasil no século passado, hoje os brasileiros _________ para a Europa e para o Japão, à busca de uma vida melhor; internamente, os nordestinos ________ para o Sul, pelo mesmo motivo. a) imigraram - emigram - migram b) migraram - imigram - emigram c) emigraram - migram - imigram. d) emigraram - imigram - migram. e) imigraram - migram - emigram. 7) Há erro de grafia em: a) Eucláudia trabalha na seção de roupas. b) Hoje haverá uma sessão extraordinária na Câmara de Vereadores. c) O prefeito da cidade resolveu fazer a cessão de seus rendimentos à creche municipal. d) Voto 48ª sessão, da 191ª zona eleitoral. e) Ontem, fui ao cinema na sessão das dez. 8) Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. A ___________ da greve era ________, mas o líder dos trabalhadores iria ___________ o aumento mais uma vez. a) deflagração - eminente - reivindicar. b) defragração - iminente - reinvidicar. c) deflagração - iminente - reivindicar. d) defragração - eminente - reinvindicar. e) defragração - eminente – reivindicar 9) Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. Apesar de _______ em mecânica de automóveis, ele foi _______ de __________, pois não conseguiu diagnosticar o problema no motor do carro do diretor. a) esperto - tachado - incipiente. b) experto - tachado - insipiente. c) experto - taxado - insipiente. d) esperto - taxado - incipiente. e) esperto - taxado - incipiente. 10) Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. O ladrão foi pego em _________, quando tentava levar _______ quantia, devido a uma _______ de caminhões bem em frente ao banco. a) flagrante - vultosa - coalizão. b) fragrante - vultuosa - colisão. c) flagrante - vultosa - colisão. d) fragrante - vultuosa - coalizão. e) flagrante - vultuosa - coalizão. 11) Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. O rapaz que se sentiu ____________ pela diretora do colégio fez uma _______ até Brasília para tentar _________ uma pena a ela. a) descriminado - viajem - inflingir. b) discriminado - viagem - infligir. c) discriminado - viajem - infringir. d) descriminado - viagem - infligir. e) discrimando - viagem - infringir. 12) Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. __________, a verdade _______, e, apesar de todos os protestos dos deputados, o ________ governador ______ os direitos do secretário. a) De repente - emergiu - iminente - cassou. PORTUGUÊS 21 b) Derrepente - imergiu - iminente - caçou. c) De repente - emergiu - eminente - cassou. d) De repente - imergiu - eminente - caçou. e) Derrepente - emergiu - iminente - cassou. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL OS DEZ MANDAMENTOS PARA ANÁLISE DE TEXTOS: 1. Ler o texto duas vezes. A primeira para tomar contato com o assunto; a segunda para observar como o texto está articulado, desenvolvido. 2. Observar que um parágrafo em relação ao outro pode indicar uma continuação ou uma conclusão ou, ainda, uma falsa oposição. 3. Sublinhar, em cada parágrafo, a idéia mais importante, ou seja, o tópico frasal. 4. Ler com muito cuidado os enunciados das questões para entender direito a intenção do que foi pedido. 5. Sublinhar palavras como: erro, incorreto, correto, etc., para não se confundir no momento de responder a questão. 6. Escrever, ao lado de cada parágrafo ou de cada estrofe, a ideia mais importante contida neles. 7. Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse, escreveu. 8. Se o enunciado mencionar tema ou ideia principal, deve-se examinar com atenção a introdução e/ou a conclusão. 9. Se o enunciado mencionar argumentação, deve preocupar-se com o desenvolvimento. 10. Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que remetem a outros vocábulos do texto: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.) CONOTAÇÃO X DENOTAÇÃO DENOTAÇÃO - É o significado próprio da palavra que independe do contexto. É o uso da palavra no seu sentido próprio. Aparece com frequência na linguagem informática e técnica. A rapaz construiu o muro. O coração é um órgão do corpo humano. O homem atravessou um rio. Comprei uma corrente de ouro. CONOTAÇÃO - É um novo significado que a palavra pode adquirir dentro de um determinado contexto. Na conotação, as palavras assumem um sentido figurativo. A mulher nadava em ouro. As beatas choraram rios de lágrimas. Aquela senhora é um coração de pessoa. O tempo ia pingando lentamente. EXERCÍCIOS Anteponha às frases D ou C para sentido conotativo ou denotativo apresentado: A) ....... Quebrei um galho de árvores. B) ....... O presidente quebrou o protocolo. C) ....... Não sejas escravo da moda. D) ....... O escravo fugiu para o quilombo. E) ....... Tive uma idéia luminosa. F) ....... Os cometas têm uma cauda luminosa. G) ....... Joel estava imerso em profunda tristeza. H) ....... Doces recordações e amargas desilusões. I) ....... A fruta tem um sabor amargo. CLASSE DAS PALAVRAS São dez classes de palavras: substantivo artigo adjetivo numeral pronome verbo advérbio preposição conjunção interjeição - Substantivo: nomeia seres, coisas e ideias; o substantivo concreto nomeia seres e objetos; o substantivo abstrato nomeia ações, estados e qualidades. Flexiona-se em gênero (masculino/feminino), número (singular/plural) e grau (mudanças na terminação para indicar tamanho, intensidade ou estado emotivo). Ex.: O relógio é antigo. Ex.: A bondade é necessária. - Artigo: precede o substantivo, indicando-lhe o gênero e o número; ao mesmo tempo, determina-o ou generaliza-o. Flexiona-se o gênero e o número. Ex.: O estudante chegou. Ex.: Um velho poeta sorriu para mim. - Adjetivo: modifica o substantivo, atribuindo-lhe um estado, qualidade ou modo de ser. Flexiona-se em gênero, número e grau. Ex.: Eu sou feliz. Ex.: Ela é sincera. - Numeral: indica a quantidade, a ordem, a fração ou a multiplicação dos seres. Flexiona-se o gênero e o número. Ex.: Ele foi o primeiro colocado. Ex.: A metade da turma tirou dez. - Pronome: substitui ou acompanha o substantivo, nomeando seres, coisas ou ideias, ou modificando-os. Flexiona-se o gênero, o número e a pessoa. Ex.: Eu sou muito estudioso. Ex.: Você foi o melhor do grupo. - Verbo: indica uma ação, estado ou fenômeno da natureza, apresenta sempre um aspecto dinâmico. Flexiona-se a pessoa, o número, o tempo, o modo e a voz. Ex.: Eles passaram no concurso. Ex.: Todos estudavam bastante. - Advérbio: modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo uma circunstância. Flexiona-se o grau (apenas alguns). Ex.: Eles moram muito perto do curso. Ex.: Hoje é dia de ler um bom livro. - Preposição: liga termos de uma oração, estabelecendo variadas relações entre eles. Ex.: Viajou de avião. Ex.: Façam o dever em casa. PORTUGUÊS 22 - Conjunção: liga orações ou termos semelhantes, de mesma função. Ex.: Você quer sorvete de laranja ou abacaxi? Ex.: Vou ao teatro, mas não vou ao cinema. - Interjeição: exprime emoções ou sentimentos. Ex.: Puxa! Quase acertei a questão. Ex.: Ufa! Até que enfim passei na prova. SINTAXE DE PERÍODO E O ESTUDO DAS CONJUNÇÕES O período pode ser simples ou composto. Simples, quando houver apenas uma oração. Neste caso, temos oração absoluta. Composto, quando existir mais de uma oração. Quando período composto, temos por subordinação e por coordenação. A subordinação é caracterizada por existir dependência sintática entre as orações; a coordenação não apresenta dependência sintática. I - ORAÇÕES SUBORDINADAS são classificadas em: - Substantivas objetiva direta objetiva indireta completiva nominal apositiva subjetiva predicativa - Adjetivas Restritiva (não é pontuada) Explicativa (é pontuada) - Adverbiais (causal, temporal, final, proporcional, concessiva, comparativa, condicional, consecutiva e conformativa.) As orações subordinadas substantivas são as orações que exercem as funções sintáticas de objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto, sujeito e predicativo. Em “Desejo que você participe” é um período composto por subordinação. A primeira oração é a que não está sublinhada; a segunda oração está grifada. Observe que a segunda oração completa a primeira oração, exercendo a função sintática de objeto direto. Quando uma oração exercer a função sintática de objeto direto, devemos classificá-la de oração subordinada substantiva objetiva direta. Eis a classificação da segunda oração. O conectivo em negrito é a conjunção subordinada integrante. Só existe conjunção subordinada integrante nas orações subordinadas substantivas. As orações subordinadas adjetivas exercem a função de adjunto adnominal. A maneira mais fácil de reconhecer uma oração subordinada adjetiva é identificar o pronome relativo no período composto. Toda oração subordinada adjetiva apresenta pronome relativo. É no pronome relativo que se inicia a oração subordinada adjetiva. Quanto à sua classificação, temos as subordinadas adjetivas restritivas e explicativas. Aquelas, quanto à pontuação, não recebem pontuação; estas recebem vírgula ou travessão. Em “Luciano que é o coordenador do projeto está viajando”, há pronome relativo na oração grifada, iconizando ser subordinada adjetiva. O não emprego da pontuação comunica sua ideia de restrição. Se empregarmos as duas vírgulas ou travessões, ela passa a ser explicativa. As vírgulas, portanto, são facultativas, já que usando ou deixando de empregar não há impropriedade gramatical quanto à pontuação? Não. É comum em provas públicas afirmarem ser facultativo o uso das vírgulas para que você julgue se verdadeira ou falsa a afirmação. Claro que a resposta é falsa. Não se trata de um caso facultativo, pois há mudança de sentido. Com vírgula, a adjetiva expressa a ideia de explicação; sem a vírgula ou travessão, a idaia ou o sentido da oração adjetiva é de restrição. Em “João Paulo II, que é o Papa, está doente”, temos a oração grifada como subordinada adjetiva explicativa. Se retirarmos as vírgulas haverá mudança de sentido? Não! Cuidado com as orações explicativas que não podem ser restritivas. Impossível o valor de restrição no contexto, uma vez que apenas uma pessoa assume o papado. Não há liberdade contextual para se pensar em restrição. As orações com valores absolutos só podem ser explicativas. Toda explicativa em sua naturalidade não pode ser explicativa, mas toda explicativa pode ser restritiva, basta retirar a pontuação. São mais alguns exemplos de orações subordinadas adjetivas que só podem ser explicativas: A Constituição Federal do Brasil, que é a Carta Magna, está sempre revisada por um grupo de professores. / He, Ne, Ar, Kr, Xe e Rn – que são gases nobres – estão sempre estudados pelo professor Reinaldo Xavier. / Joaquim José da Silva Xavier, que é o mártir da Inconfidência Mineira, é sempre lembrado por nós. As orações subordinadas adverbiais exercem a função de adjunto adverbial. Como os adjuntos adverbiais são classificados pela ideia que cada um comunica, temos oração subordinada adverbial temporal, causal, condicional, concessiva, conformativa, final, proporcional, consecutiva, comparativa e comparativa. Em “Saí para comprar chocolate”, a oração grifada expressa finalidade, sendo classificada como subordinada adverbial final. Quando ao conectivo em negrito , trata-se de uma conjunção subordinada adverbial final. Vejamos outro exemplo: Quando me chamaram, entrei com a confiança que eu tinha. A oração sublinhada é subordinada adverbial temporal, sendo “Quando” a conjunção subordinada adverbial temporal; o termo em negrito é pronome relativo, dando início à oração subordinada adjetiva restritiva; a oração principal das duas orações é “entrei com a confiança”. Eis as principais conjunções subordinadas adverbiais: a) proporcionais: à proporção que, à medida que, na medida em que... b) finais: a fim de que, para que, para, que... c) temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que... d) concessivas: embora, se bem que, ainda que, mesmo que, conquanto... e) conformativas: como, conforme, segundo... f) comparativas: como, que, do que... g) consecutivas: que (precedida de tão, tal, tanto), de modo que, de maneira que... h) condicionais: se, caso, contanto que... i) causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como... II – ORAÇÕES COORDENADAS são orações independentes quanto à estrutura sintática, ou seja, as orações não desempenham funções sintáticas ao se relacionarem com as demais orações do período. Classificam-se em assindéticas e sindéticas. As assindéticas não apresentam conjunção; as sindéticas apresentam conjunção. As principais conjunções coordenadas são: a) aditivas: e, nem, mas também, mas ainda PORTUGUÊS 23 b) adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto c) alternativas: ou, ora... ora, ou... ou, já... já, quer... quer d) explicativas: pois ( quando anteposta ao verbo ), porque, que e) conclusivas: pois ( quando posposta ao verbo ), logo, portanto, então Ex.: 1. Ele trabalhou durante todo o mês, e não recebeu seu salário. [ Or. Coord. Sindét. Adversativa ] 2. Luciana trabalha e estuda. [ Or. Coord. Sindét. Aditiva ] EXERCÍCIOS 1- Na frase "Maria do Carmo tinha certeza de que estava para ser mãe" a oração em destaque é: a) Subordinada substantiva objetiva indireta b) Subordinada substantiva completiva nominal. c) Subordinada substantiva predicativa. d) Coordenada sindética conclusiva e) Coordenada sindética explicativa 2- Qual o período em que há oração subordinada substantiva predicativa ? a) Meu desejo é que você passe nos exames vestibulares. b) Sou favorável a que o aprovem. c) Desejo-te isto que sejas feliz. d) O aluno que estuda consegue superar as dificuldades do vestibular. e) Lembre-se de que tudo passa neste mundo. 3- Marque a opção que contém oração subordinada substantiva completiva nominal: a) "Tanto eu como Pascoal tínhamos preço de que o patrão topasse Pedro Barqueiro nas ruas da cidade" b) " Era preciso que ninguém desconfiasse do nosso conluio para prendermos o Pedro Barqueiro." c) "Para encurtar a história patrãozinho achamos Pedro Barqueiro no rancho que só tinha três divisões a sala, o quarto dele e a cozinha." d) " Quando chegamos, Pedro estava no terreiro debulhando milho que havia colhido em sua rocinha ali perto " e) "Pascoal me fez um sinalzinho, eu dei a volta e entrei pela porta do fundo para agarrar o Barqueiro pelas costas" 4- As orações subordinadas substantivas que aparecem nos períodos abaixo são todas subjetivas exceto: a) Decidiu-se que o período subiria de preço. b) É muito bom que o homem vez por outra reflita sobre sua vida. c) Ignoras quanto custou meu relógio? d) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebidos. e) Convinha-nos que você estivesse presente à reunião. 5- Na frase "Argumentei que não é justo que o padeiro ganhe festas" as orações introduzidas pela conjunção que são respectivamente : a) Ambas subordinadas substantivas objetivas diretas b) Ambas subordinadas subjetivas c) Subordinada substantiva objetiva direta e subordinada substantiva subjetiva. d) Subordinada objetiva direta e coordenada assindética . e) Subordinada substantiva objetiva e subordinada substantiva predicativa. 6- Em "É possível que comunicassem sobre política" a segunda oração é : a) Subordinada substantiva subjetiva. b) Subordinada adverbial predicativa. c) Subordinada substantiva predicativa d) Principal e) Subordinada substantiva objetiva direta. 7- A palavra se é conjunção subordinativa integrante (introduzindo oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das orações seguintes? a) Ele se morria de ciúmes pelo patrão. b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo. c) O aluno fez-se passar por doutor. d) Precisa-se de pedreiros. e) Não sei se o vinho está bom. 8- "As cunnãs tinham ensinado para ele que o sagüi-açu não era sagüim não, chamava elevador e era uma máquina ." Em relação à oração não destacada as orações em destaque são respectivamente: a) Subordinada substantiva objetiva direta coordenada assindética coordenada sindética aditiva. b) Subordinada adjetiva restritiva coordenada assindética - coordenada sindética aditiva. c) Subordinada substantiva objetiva direta subordinada substantiva objetiva direta coordenada sindética aditiva. d) Subordinada substantiva objetiva direta subordinada substantiva objetiva direta e) Subordinada substantiva subjetiva coordenada assindética coordenada sindética aditiva. 9- "Se ele confessou , não sei." A oração destacada é: a) Subordinada adverbial temporal b) Subordinada substantiva objetiva direta c) Subordinada substantiva objetiva indireta d) Subordinada substantiva supletiva e) Subordinada substantiva predicativa 10- " A verdade é que a gente não sabia nada" Classifica-se a segunda oração como: a) Subordinada substantiva objetiva direta b) Subordinada adverbial conformativa c) Subordinada substantiva objetiva indireta d) Subordinada substantiva predicativa e) Subordinada substantiva apositiva. 11- Leia atentamente a frase: "O presidente comunicou ao Ministro do Planejamento e ao Ministro da Indústria e Comércio, que não haverá expediente na segunda-feira próxima." Nesta frase a vírgula está separando erroneamente a oração principal e a oração: a) Subordinada substantiva objetiva indireta b) Subordinada adverbial temporal c) Coordenada Sindética adversativa d) Subordinada substantiva objetiva direta e) Subordinada substantiva assindética modal. 12- Em "Queria que me ajudasses." O trecho destacado pode ser substituído por: a) a sua ajuda b) a vossa ajuda c) a ajuda de você d) a ajuda deles e) a tua ajuda. PORTUGUÊS 24 13- "Lembro-me de que ele só usava camisas brancas." A oração destacada é: a) Subordinada substantiva completiva nominal b) Subordinada substantiva objetiva indireta c) Subordinada substantiva predicativa d) Subordina substantiva subjetiva. e) Subordinada substantiva objetiva direta ESTRUTURA DAS PALAVRAS Os elementos mórficos da estrutura das palavras são: radical, desinência e afixos. Radical: é o elemento de maior importância da palavra. Esse morfema possui o significado base para formar a palavra. Ex: pedra – pedreiro – pedrada – pedregulho. Desinência: é o elemento que indica a flexão da palavra. Elas podem ser nominais, indicando flexão de gênero (masculino ou feminino) e de número (singular ou plural), ou ainda, podem ser verbais, indicando flexão de modo (indicativo ou subjuntivo) e tempo (pretérito ou presente ou futuro), número e pessoa. Nomes: menin – a / menin – o = GÊNERO menina - Ǿ (morfema zero, neste caso indica ausência de plural) / menina - s = NÙMERO Verbos: am - o (modo/tempo = presente do indicativo) – (nº/pessoa = 1ª pessoa do singular ‘EU’) ama – ram (modo/tempo = prét. perf. do indicativo) – (nº/pessoa = 3ª pessoa do plural ‘ELES’) Afixos: são elementos secundários que se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Na língua portuguesa temos como afixos os prefixos, anexados antes do radical, e os sufixos, anexados depois do radical. Ex: in (prefixo) toc (radical) ável (sufixo) Obs : Em determinadas palavras são acrescentadas vogais ou consoantes de ligação. Ex: cha – l – eira / cafe – t – eira / gas – o – duto PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS Derivação: consiste em derivar uma palavra nova de outra já existente. Realiza-se das seguintes maneiras: Por sufixação: acréscimo de sufixo. Ex: jogador / felizmente Por prefixação: acréscimo de prefixo. Ex: incapaz / desligar Por derivação parassintética: acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo. Ex: anoitecer / enterrado Por derivação regressiva ou pós-verbal: substituição da terminação do verbo por desinência –a, -e, -o. Ex: mudar – muda / combater – combate / chorar - choro Composição: consiste na formação de uma palavra a partir de dois ou mais radicais, obtendo um novo significado. Pode ocorrer por: Justaposição: união de radicais sem alteração de estrutura. Ex: pontapé / pé-de-moleque / passatempo Aglutinação: união de radicais com alteração de estrutura. Ex: planalto (plano+alto) / hidrelétrico (hidro+elétrico) Redução: processo de redução da palavra original. Ex: cine – cinema foto – fotografia Zé – José zoo - zoológico Hibridismo: junção de radicais de origens diferentes. Ex: monocultura (mono = grego e cultura = latim) / automóvel (auto = grego e móvel= latim) Onomatopéias: são palavras que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres. Ex: miau (gato), tique-taque (relógio) Exercícios 1. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela em que ocorrem dois prefixos que dão ideia de negação. a) impune, acéfalo b) pressupor, ambíguo c) anarquia, decair d) importar, soterrar e) restabelecer, infiltrar 2. Com o mesmo radical da palavra díspares é formada a palavra a) discreto b) ímpar c) disparar d) aparar e) disperso 3. Relacionam-se a verbos existentes na Língua Portuguesa as palavras abaixo, exceto a) entrevistada b) ordinária c) perguntas d) diálogo e) funcionamento 4. Em cada alternativa os pares são formados por palavras com um mesmo processo de formação, exceto a) moto – quilo b) pesca – ajuda c) girassol – aguardente d) amaciar – enterrar 5. A palavra INCAPAZ é formada por qual processo? a) derivação por prefixação b) derivação por sufixação c) redução d) composição por aglutinação 6. Relacione as palavras ao seu processo de formação. 1 - zunzum 2 - desalmado 3 - desrespeito 4 - corte 5 – pernalta ( ) derivação parassintética ( ) composição por aglutinação ( ) onomatopéia ( ) derivação por prefixação ( ) derivação regressiva PORTUGUÊS 25 7. Considere o vocábulo envelhecer. Do ponto de vista da formação de palavras, esse verbo resulta do mesmo processo que os da alternativa: a) anoitecer – empobrecer – desligar b) ensurdecer – redefinir – inutilizar c) entristecer – adocicar – amadurecer d) empalidecer – desconfiar – esbranquiçar CONCORDÂNCIA Nominal: diz respeito ao substantivo e seus termos referentes: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Essa concordância é feita em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural). 1) Adjetivo posposto a mais de um substantivo concorda com todos ou com o núcleo mais próximo. Médico e enfermeiro estrangeiros. (ou estrangeiro) 2) Se os substantivos forem de gêneros diferentes, o masculino prevalece. Médicos e enfermeiras estrangeiros. 3) Adjetivo anteposto a mais de um núcleo substantivo concorda com o mais próximo. Teve péssima sorte e destino. / Teve péssimo destino e sorte. 4) Quando dois adjetivos referirem-se a um substantivo, o substantivo fica no singular e coloca-se um artigo na frente do 2º adjetivo ou o substantivo fica no plural. A língua chinesa e a alemã. / As línguas chinesa e alemã. 5) A palavra “meio” concorda com o substantivo quando é numeral, quando for advérbio é invariável. Comi meia maçã. / Minha mãe está meio cansada. 6) As expressões “é bom, é proibido, é necessário”, e outras semelhantes, ficam invariáveis quando o sujeito não for antecedido por artigo. É necessário boa saúde. Verbal: diz respeito ao verbo em relação ao sujeito. O verbo deve concordar em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª) de acordo com o sujeito a que se refere. 1) Sujeito simples: o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito. O dia está nublado. 2) Sujeito composto: o verbo vai para o plural João e Maria saíram à noite. 3) Sujeito composto com pessoas diferentes: se houver 1ª pessoa conjuga-se com “nós”, caso contrário, com “vós” ou como se o sujeito fosse “vocês”. Tu, ele e eu somos os vencedores. / Tu e ele sois/são os vencedores. Casos especiais: 1) Sujeito simples: os sujeitos expressos por substantivos coletivos pedem verbo no singular. A multidão corria apavorada. 2) Verbos impessoais não concordam; pois, não têm sujeito (ver em verbos). 3) Em orações interrogativas com os pronomes “que e quem”, o verbo ser concorda com o predicativo. Quem serão os primeiros? / Que são “buracos negros”? Exercícios 1) Faça a concordância nominal corretamente. a) Sentaram-se em bancos e cadeiras __________ (novo). b) É __________ gritaria. (proibido) c) É __________ a saída de dez minutos antes. (permitido) d) Eram mulheres e rapazes ____________. (honesto) e) Procuravam uma saída e um recuo _________. (tático) f) Pimenta em dose certa é ______ para o paladar. (bom) g) Era meio-dia e _______ (meio) 2) Faça a concordância verbal corretamente. a) _________poucos metros para que ___________ vítimas. (faltou/aram; houvesse/em) b) Se que Ana ou Cláudia se ___________ com Flávio. (casará/ao) c) Um presidente ou ministro, na qualidade de cidadão, ____ responsável. (é/são) d) Após o baile, ________ serpentinas e confetes. (sobrou/aram) e) A maioria das pessoas ________ correndo. (saiu/saíram) REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL É a interdependência dos termos de uma oração, verificando se um termo pede ou não complemento. A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos, adjetivos e advérbios). Exemplos: admiração a, por aversão a, para, por atentado a, contra bacharel em capacidade de, para devoção a, para com, por doutor em dúvida acerca de, em, sobre horror a impaciência com medo a, de obediência a ojeriza a, por proeminência sobre respeito a, com, para com, por acessível a contíguo a generoso com acostumado a, com contrário a grato a, por afável com, para com curioso de, por hábil em agradável a descontente com habituado a alheio a, de desejoso de idêntico a PORTUGUÊS 26 análogo a diferente de impróprio para ansioso de, para, por entendido em indeciso em apto a, para equivalente a insensível a ávido de escasso de liberal com benéfico a essencial a, para natural de capaz de, para fácil de necessário a compatível com fanático por nocivo a contemporâneo a, de favorável a paralelo a parco em, de propício a semelhante a passível de próximo a, de sensível a preferível a relacionado com sito em prejudicial a relativo a suspeito de prestes a satisfeito com, de, em, por vazio de longe de perto de A regência verbal trata dos complementos do verbo. Muitos verbos se relacionam com outras palavras ora por meio de preposição, ora sem ela. Vejamos a regência de alguns verbos: ASSISTIR No sentido de ver, exige complemento com a preposição a. Ex.: Assistimos a um filme ótimo ontem. No sentido de dar assistência, exige , geralmente, complemento sem preposição. Ex.: O médico assistiu o paciente. No sentido de pertencer, exige complemento com a preposição a. Ex.: Esse direito assiste ao trabalhador. (ao = preposição a + artigo o) No sentido de morar, exige complemento com preposição em. Ex.: Aquela atriz assiste em Ipanema. ASPIRAR No sentido de inspirar, exige complemento sem preposição. Ex.: Ele aspirou o ar puro da montanha. No sentido de almejar, exige complemento com a preposição a. Ex.: Eu aspiro a uma vaga na empresa. ATENDER (dar atenção) Ex.: Eles atenderam ao pedido que eles fizeram. Ex.: Angélica atendeu à solicitação do chefe. CHAMAR No sentido de convocar, exige complemento sem preposição. Ex.: O professor chamou os estudantes da turma. No sentido de dar nome, exige indiferentemente complemento com ou sem a preposição a e o predicativo com ou sem a preposição de. Ex1.: Uma aluna chamou José de bobo. Ex2.: Uma aluna chamou a José de bobo. Exercícios 1. Complete as frases abaixo com a opção que preencha corretamente as lacunas. a) Prefiro Português ______ Matemática. (a – do que ) b) Respondi _____ telegrama _____ amigo. (o - ao / ao – o) c) O neném queria _____ chupeta. (a – à) d) O professor quer muito ______ seus alunos. (os – aos) e) João pagou _____ dívida _____ credor. (a – à / a – ao) f) O policial visou _______ alvo. (o – ao) g) O gerente visou _____ cheque. (o – ao) h) Eles visam ______ bom emprego. (o – ao) i) Ela aspira _____ ar puro da fazenda. (o – ao) j) Paula aspira _____ vaga de diretora. (a – à) k) Kleber vai assistir _______ jogo no estádio. (o – ao) l) O médico assistia _______ paciente na UTI. (o – ao) m) O presidente assiste _______ Brasília. (em – na) n) Esqueceu-se ______ livro. (de – do) o) Esqueceu _____ livro. (o – do) p) Ofereci flores _____ jovem. (a – à) q) Vou _____ praia. (a – à) r) Vou ________ França estudar. (à – para) s) Informamos _____ aluno ______ prova. (o – ao / o – da) t) Jéssica vivia implicando _______ a irmã. ( a – com) u) A língua portuguesa procede ______ latim. (de – do) v) Pedro namora _____ Juliana. (com – sem preposição) w) Sua atitude implica _ uma reação imediata. (em – sem preposição) x) Custou ____ aluno entender ___ exercício. (o – ao / ao – o) y) Somos ______ trinta na sala de aula. (em – sem preposição) z) Todos assistiram ________ novela das oito. (a – à) 2. Aponte o erro de regência . a) A secretária visará o passaporte. b) Todos aspiravam a um cargo melhor. c) Perdoem aos meus deslizes. d) Assistia à novela. 3. Há erro de regência em: a) Aspiro àquele cargo. b) Esqueceram de mim. c) O presidente assiste em Brasília. e) Preferimos cinema a teatro. 4. É preciso acrescentar uma preposição a cada uma das frases seguintes para que se tornem adequadas ao padrão culto da língua portuguesa. Faça esse acréscimo. a) Não há oposição que ele entre no grupo. b) Está acostumado que eu lhe telefone todos os domingos. c) Estou ansioso que esse problema seja resolvido logo. PORTUGUÊS 27 d) Fui contrário que incluíssem meu nome num manifesto de apoio ao atual prefeito. e) O povo está desejoso que se encontre uma saída para a crise. f) Era um pequeno cão, cuja presença estávamos habituados. g) São crianças cujo futuro muita gente é insensível. 5. É preciso acrescentar uma preposição a cada uma das frases seguintes para que se tornem adequadas ao padrão culto da língua portuguesa. Faça esse acréscimo. a) Não se esqueça que ele deve colaborar com os colegas. b) O filme que assisti ontem me deixou comovido. c) É uma ótima professora, que todos querem muito. d) O futuro que aspiramos ainda está um pouco longe. e) Os princípios que ele se nega a obedecer são elementares para uma pessoa civilizada. g) A estabilidade que se visa com as novas regras econômicas parece ainda distante. Questões extras: 1. Leia a tira abaixo e responda: A conversa entre Mafalda e seus amigos a) revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam convergir. b) desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as pessoas. c) expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre posições divergentes. d) ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate político de idéias. e) mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para superar divergências. 2. A impropriedade vocabular pode ser responsável pela incoerência de um texto. Observe o problema no trecho abaixo, extraído de redação de aluno: “Além do mais, vale ressaltar que os únicos culpados por um atropelamento provocado por um adolescente, irresponsável, seriam seus pais. Até porque, nesta idade, o jovem é penalmente imputável.” (assunto: projeto do deputado Sérgio Carneiro - possibilidade de se conduzir veículos, legalmente, aos 16 anos; ano: 1999) Agora responda: a) Cite o termo o qual ocasiona incoerência. b) Explicite a intenção do autor ao utilizar tal termo. c) Explique o que ele realmente afirmou ao utilizá-lo. d) Reescreva o trecho incoerente, de modo a desfazer o problema. 3. Observe o texto abaixo: Há nele um trecho em que a estrutura gramatical utilizada não respeita o paralelismo gramatical por não serem usados elementos de mesmo valor sintático. a) Transcreva o trecho onde isso ocorre. b) Reescreva-o de forma a haver respeito ao paralelismo gramatical. 4. Coloque o acento grave onde for necessário: 1. Refiro-me aquilo que não ensinam na escola. 2. Aquela sua desculpa não engana a ninguém. 3. Aqueles vestibas que aprenderam aquelas regras da crase não passarão aquilo a que se chama “maus momentos”. 4. Os garimpeiros assistiam a cena em silêncio, entreolhando-se a luz das candeias. 5. Exige-se a assistência as aulas. 6. O aluno parecia entregue a alegres recordações. 7. Chegamos a cidade a uma hora morta. 8. Tomou o remédio gota a gota. 9. Iremos a Curitiba e depois a Natal. 10. Dedicaram templos a Minerva e a Júpiter. 11. Indo a casa, você só me encontrará as 14 horas. 12. Ninguém estava pronto a falar. 13. Falava a torto e a direito. 14. Viajaram, a pé, a Fortaleza dos jangadeiros. 15. O ladrão se achava as escondidas, quando a polícia o encontrou, as 20 horas. 16. Estou aqui desde as sete horas. 17. Você anda escrevendo cartas a Fernanda? 18. A incrível Jordana, o pai só permite que escrevam histórias infantis. 19. As segundas-feiras, almoço a paulista; as terças, a mineira. PORTUGUÊS 28 20. Dirigiu-se a Casa do Estudante para adquirir canetas novas. 21. Ontem, saldou seus compromissos: pagou a mensalidade do colégio, a empregada, as contas e a pessoas a quem devia. 5. Complete os espaços em branco com A, À ou HÁ: Lembro-me muito bem que, ........... dez anos atrás, ficávamos os dois, lado ....... lado, ....... porta do bar, aguardando ....... passagem do ônibus que levava ..... Lapa. 6. Em meio .......... neblina, esboçou-se, ........... poucos metros de nós, o vulto do potrinho ............ busca do qual saíramos. a. ( ) a – a – a b. ( ) a – à – à c. ( ) à – a – à d. ( ) à – à – à e. ( ) à – à – a 7. Aconselhei-o ........ que, daí ......... pouco, assistisse ........ novela. a. ( ) a – à – a b. ( ) a – a – à c. ( ) à – à – a d. ( ) à – à – a e. ( ) à – a – a 8. Indique a alternativa que preenche corretamente as lacunas das frases a seguir: 1. Chegava .... minha casa quase sempre ..... tardinha. 2. É grande a distância de Curitiba ........ Brasília. 3. Abrimos ....... loja ....... cinco horas. 4. Comprar ...... prestação, jamais! a. ( ) à, à, a, a, às, à b. ( ) a, à, à, a, às, a c. ( ) à, a, à, a, as, à d. ( ) a, à, a, a, às, a e. ( ) a, a, à, à, as, à 9. Assinale a frase em que os acentos graves, indicadores de crase, estão colocados corretamente: a. ( ) Saiu à correr, dizendo que chegaria tarde à escola. b. ( ) Leve-o à porta e indique-lhe a saída, à direita. c. ( ) Não me refiro à provas realizadas este ano, mas à outras. d. ( ) Irei à Europa, visitarei a Itália, onde me dirigirei à Roma. e. ( ) Solicito à V. Sª que volte à tarde. 10. Complete com HÁ, A ou À: 1. Daqui .......... pouco rezaremos pelo sucesso da cirurgia. 2. Parece que foi ........ tão pouco tempo. 3. .......... alguns anos, os vestibulares se constituíam de questões dissertativas. 4. .......... bem pouco tempo, todos os vestibulares no Brasil constarão de questões subjetivas. 5. Ela chorava de medo ........ muitas horas e sempre ........ tardinha. 6. O governador assumiu ........ poucos meses, mas as próximas eleições serão daqui ....... alguns anos. 7. O litoral nordestino foi feito ........ séculos por Deus. 8. O porto de Paranaguá fica ........ uma hora de Curitiba. 9. Esperava seu recado daí ........ meia hora, mas ele foi dado ........ duas horas atrás, somente. 10. ....... bem pouco tempo, ninguém sabia a diferença destes homônimos. 11. Voltaremos ao Brasil daqui ....... alguns meses, para rever os amigos. 12. O início do curso aconteceu ........ semanas. 13. Cristo morreu ........ quase dois mil anos. 14. ......... pessoas interessadas nesta obra. 15. Fomos ........ Fortaleza ......... duas semanas atrás e iremos a Manaus daqui ......... três dias. 16. Se não o vejo ......... anos, nada posso falar dele. 17. Vi-o ......... noite e não, .......... tarde, como supunham. 18. Minha cidade natal fica ......... quilômetros daqui, e ......... muitas horas de lá. 19. Nasci ......... 26 de fevereiro de 1950. 20. Do Rio ........ São Paulo são 400 km. 11. Complete com MAL ou MAU: 1. Ela sentiu-se ......... e foi embora. 2. Não fiquemos de ........-humor. 3. A ambição é o .......... deste mundo. 4. A empresa está ........ administrada. 5. Sinto-me ....... quando como demais. 6. Se você não é .........., por que faz o ........ ? 7. Cuecas .......... costuradas e de muito ......... gosto. 8. Porque ele é ......... pratica o ......... 9. Ele não é ........., apenas raciocina ........... 10. Ele vive .........-humorado por não conter o seu ...........- humor. 11. Foi um ..........-estar súbito. 12. Quem recebe ............-tratos é maltradado. 12. Complete com um dos PORQUÊS: 1. Vestiba, ................ você faz aviõezinhos durante a aula? 2. Ora, faço ............. me agrada. 3. O senhor vai me punir, ................? 4. Depois da aula o Diretor dirá o .............. 5. Não vejo razões .................. desconfiar dele. 6. Você erra, ainda, .................. quer. 7. Se eu erro ................. quero, qual o ................ do ...................? 8. Todos temos um ........................ em nossa vida. 9. Você não gosta de mim e eu quero saber ................... 10. Espero que tenha aprendido, ............ o vestibular não perdoa aos “fajutos” que não sabem aplicar os ....................... corretamente. 11. ................. você me procura, se nem mesmo o delegado sabe explicar o .................... de tamanho desinteresse pela apuração dos desmandos? 13. Assine a opção que preenche corretamente os pontilhados: 1. Você se interessa ............. tipo de assunto? 2. Não disse ........... países passou. 3.. Não esclareceu ............. motivo não veio. a. ( ) porque, porque, porque. b. ( ) por que, por que, por que. c. ( ) por que, porque, por que. d. ( ) porque, por que, porque. e. ( ) por que, porque, porque. 14. Nas formas verbais “configura, ocorrer, desconsiderar e chegamos”, o elemento estrutural destacado é: a. ( ) desinência modo-temporal. b. ( ) vogal temática. c. ( ) radical. d. ( ) tema. PORTUGUÊS 29 15. Associe as alternativas com os números que indicam os elementos componentes da palavra proposta: I – amássemos a) tema ( ) am b) vogal temática ( ) a c) desin.do imp.do subj. ( ) ama d) desin.da 1ª p. plural ( ) sse e) radical ( ) mos II- sapateiros a) suf. desig.de profissão ( ) sapat b) desin. do gênero masc. ( ) eir c) desin.de num. plural ( ) o d) radical ( ) s 16. As palavras claramente, bonzinho e homenzarrão são formadas por derivação: a. ( ) regressiva b. ( ) sufixal c. ( ) prefixal d. ( ) parassintética 17. As palavras endurecer, repensar, dito (subst.), combate, são formadas pelo processo de derivação: a. ( ) parassintética, prefixal, imprópria, regressiva. b. ( ) sufixal, prefixal, imprópria, regressiva. c. ( ) prefixal, prefixal, regressiva, imprópria. d. ( ) prefixal, prefixal, imprópria, regressiva. 18. As palavras pernilongo, pontapé, pontiagudo e alto- falante são compostas por: a. ( ) aglutinação, aglutinação, aglutinção, justaposição. b. ( ) aglutinação, aglutinação, aglutinação, aglutinação. c. ( ) justaposição, justaposição, justaposição, aglutinação. d. ( ) aglutinação, justaposição, aglutinação, justaposição. 19. Na forma verbal perguntou, a letra o: a. ( ) faz parte do radical do verbo b. ( ) não faz parte do tema verbal c. ( ) representa o sufixo modo-temporal d. ( ) é parte da desinência número-pessoal e. ( ) é a vogal temática a modificada 20. Indique a correspondência de colunas, respectivamente, dos seguintes substantivos coletivos: 1. feixe, ramalhete ( ) lenha, flores 2. vara, malhada ( ) bananas, cebolas 3. herbário, hinário ( ) cães, cavalos 4. penca, réstia ( ) porcos, ovelhas 5. matilha, manada ( ) plantas, hinos a. ( ) 3, 4, 5, 2, 1 b. ( ) 4, 3, 5, 1, 2 c. ( ) 1, 4, 5, 2, 3 d. ( ) 1, 4, 2, 5, 3 e. ( ) 1, 5, 3, 2, 5 21. Observe os seguintes enunciados: 1. Aquele sim é que é um carrão. 2. O livreco que acabara de ler não o convencera. 3. Você é aplicadíssimo: chega sempre no final da aula. 4. Ela faz hoje cinco aninhos. 5. Limpou a casa todinha. As palavras grifadas expressam respectivamente: a. ( ) elogio, desprezo, amizade, capricho, ironia. b. ( ) elogio, desprezo, ironia, carinho, capricho. c. ( ) elogio, elogio, ironia, desprezo, capricho. d. ( ) capricho, elogio, ironia, desprezo, capricho. e. ( ) desprezo, ironia, ironia, carinho, desprezo. 22. Nos espaços, escreva eu ou mim, conforme convier: a) Entre .......... e Filipe nada houve. b) Trazem livros para .......... ler. c) Nunca houve brigas entre .......... e ela. d) Já é tempo de .......... criar juízo. e) Nada poderia fazer sem .......... f) Sem .......... ler, não assino isso. g) Isso é para .......... ? h) Deixam tudo para .......... fazer. i) Não deu para .......... vir ontem. 23. Substitua os termos sublinhados pelos pronomes O, A, LHE: a) Antônio viu a José. Viu-.......... b) José ama Maria. Ama-.......... c) Maria espera José. Espera-.......... d) José convidou a Antônio. Convidou-.......... e) Pedro observa Maria. Observa-.......... 24. Complete a lacuna, substituindo o objeto direto ou indireto pelo pronome pessoal oblíquo correspondente: Exemplo: Eu quero o livro para mim. Eu o quero para mim. 1. Todos obedecem a seus superiores. Todos ........... obedecem. 2. Comprei o livro para os meninos. Comprei- ........ o livro. 3. O neto quer muito a seu avô. O neto ........... quer muito. 25. Assinale a incorreta: a. ( ) Nunca se ouviu falar dele. b. ( ) Apelidar-te-ei de “formoso”. c. ( ) Me impuseram severo castigo. d. ( ) Largaste-me só e desamparado. e. ( ) Apressa-te porque já é dia. 26. Assinale a opção que preenche corretamente os pontilhados: Se o ...........................-lhe que me procure. a. ( ) vir, dize b. ( ) vir, diga c. ( ) virem, dizei d. ( ) vires, diga e. ( ) ver, dize 27. Preencha as lacunas com os verbos indicados entre parênteses: a) Se nós nos .......... amanhã, conversaremos sobre as férias. (ver) b) Se os Estados Unidos .......... na guerra, haveria protestos no mundo todo. (intervir) c) Quando nós .......... as aulas, ficaremos em dia com a matéria. (repor) d) Quem .......... o contrário, cometerá um engano. (supor) e) Ontem, os palhaços .......... as crianças durante horas. (entreter) f) Ele .......... na discussão, mas se saiu mal.(intervir) PORTUGUÊS 30 g) Resolva o problema quando .......... razões ponderáveis ou quando isso lhe .......... (ver - convir) h) Se eles .......... os motivos, todos aceitarão a proposta. (expor) 28. Indique a alternativa gramaticalmente incorreta: a. ( ) A casa onde moro é excelente. b. ( ) Disseram-me por que chegaram tarde. c. ( ) Aonde está o livro? d. ( ) É bom o colégio donde saímos. e. ( ) O sítio aonde vais é pequeno. 29. Assinale a alternativa em que “meio” funciona como advérbio: a. ( ) Achei-o meio triste. b. ( ) Só quero meio metro. c. ( ) Parei no meio da avenida. d. ( ) Comprei um metro e meio. e. ( ) Descobri o meio de acertar. 30. Escreva nos parênteses os números correspondentes às relações estabelecidas pelas preposições destacadas abaixo, de acordo com o seguinte código: (1) tempo (4) lugar (2) modo (5) meio ou instrumento (3) causa (6) finalidade a. ( ) Daqui a três anos sairei desta cidade. b. ( ) Vão à escola buscar os diplomas. c. ( ) Dormem de cansaço. d. ( ) Muita gente morre de fome. e. ( ) Venho ao colégio de ônibus. f. ( ) Estudem para a vida. g. ( ) Caiu de bruços. 31. Em cada uma das frases que seguem ocorre uma preposição destacada. Indique o tipo de relação que ela estabelece, de acordo com o código abaixo: A - relação de companhia B - relação de tempo C - relação de instrumento D - relação de causa ( ) “Voltou a limpar as unhas com o grampo.” (Lygia F. Telles) ( ) “Estive com Lalino aqui no Colégio um ano.” (José L. do Rego) ( ) “Era nosso agregado desde muitos anos (...)” (Machado de Assis) ( ) “Aristarco arrebentava de júbilo.” (Raul Pompéia) 32. A preposição que há na frase: “Muitos morreram de fome” expressa relação de: a. ( ) causa b. ( ) modo c. ( ) intensidade d. ( ) meio e. ( ) n.d.a. 33. Preencha as lacunas, efetuando a concordância cabível: 1. Remeto-lhe em .......... as certidões. (anexo) 2. Cometeu crime de .......... -patriotismo. (leso) 3. Os soldados estavam .......... (alerta) 4. Seguem .......... os requerimentos. (incluso) 5. É .......... cautela com os .......... líderes. (necessário/pseudo) 6. As declarações devem seguir .......... ao processo. (anexo) 7. .......... alunos sabem esta lição. (bastante) 8. Os alunos sabem .......... esta lição. (bastante) 9. Foi acusado de crime de .......... -justiça. (leso) 10. Antônio e Maria chegaram .......... (junto) 11. Daqui a alguns minutos será meio-dia e ..........(meio) 12. Os rapazes estavam .......... entusiasmados. (bastante) 13. Ela parecia .......... desanimada. (meio) 14. .......... com a carta segue a encomenda. (junto) 15. É .......... entrada a pessoas estranhas. (proibido) 16. Ela .......... tomou a decisão. (mesmo) 17. Água-de-colônia é .......... (bom) 18. Ela .......... tomou a decisão. (próprio) 19. É .......... a entrada a pessoas estranhas. (proibido) 20. A água-de-colônia é ........... (bom) 21. Ouvi da moça um “Muito ..........” sincero. (obrigado) 22. O rapaz disse à moça: “Muito ..........” (obrigado) 23. Eles seguem .......... para Pelotas. (mesmo) 34. Complete os espaços com as palavras (obrigado, certo, sensato), respectivamente, flexionando-as se necessário: “Muito ....................., disse ela. Vocês procederam ............................, considerando meu ponto de vista e minha argumentação .......................” 35. Assinale a alternativa em que ocorra algum erro de concordância nominal: a. ( ) Seguem em anexo as faturas. b. ( ) Estou quite com meus credores. c. ( ) Cometeu um crime de lesa-majestade. d. ( ) Incluso estão os processos. e. ( ) Maria saiu meio decepcionada. 36. Assinale a(s) alternativa(s) incorreta(s) quanto à concordância nominal e some os valores que lhe(s) é(são) atribuído(s): a. ( ) Entrada proibida. b. ( ) É proibido entrada. c. ( ) A entrada é proibida. d. ( ) Entrada é proibido. e. ( ) Para quem a entrada é proibido? f. ( ) É proibida a entrada. g. ( ) Será proibido a entrada aos retardatários. 37. Indique a opção correta: a. ( ) Pratique o bem e terá felicidade. b. ( ) Pratica o bem e terá felicidade. c. ( ) Pratique o bem e terás felicidade. d. ( ) Praticas o bem e tereis felicidade. e. ( ) Praticai o bem e terás felicidade. 38. Enquanto ......... a lei e o regulamento, não se .......... infrações dessa espécie. a. ( ) forem observados, admitirão. b. ( ) forem observados, admitirá. c. ( ) for observada, admitirá. d. ( ) for observado, admitirão. e. ( ) for observado, admitirá. 39. O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito. Portanto, não está correta a alternativa: a. ( ) Faltam ainda seis meses para o vencimento. b. ( ) Existem fortes indícios de melhoria geral. c. ( ) Não provém daí os males sofridos. d. ( ) Os fatos que o perturbam são bem poucos. e. ( ) Serão considerados válidos tais argumentos? PORTUGUÊS 31 40. Não ......... haver ilusões ......... não .......... esperanças. a. ( ) pode, aonde, existe. b. ( ) podem, onde, existem. c. ( ) podem, onde, existe. d. ( ) pode, onde, existem. e. ( ) podem, aonde, existe. 41. Na tira abaixo, explique o valor da locução verbal “está indo” e do verbo “foi”. A partir da fala de Hagar (“Já foi”), aponte uma característica possível a ser atribuída a esse personagem. 42. Leia a tira abaixo e, considerando que ela encerra uma crítica ao funcionamento do sistema televisivo de nosso país, explique-a. 43. Há, na tira acima, a manifestação de duas posições contraditórias expressas por um mesmo personagem – Hagar. Quais são elas? Qual delas é a implícita e qual é a explícita? Em qual delas Hagar realmente acredita? 44. Nem sempre quando se utiliza a linguagem o entendimento entre os interlocutores é bastante simples. Ao contrário disso, na maioria das vezes em que um enunciado é proferido, seu sentido literal e o que ele adquire no contexto não coincidem. Assim sendo, o uso de alusões, insinuações, ironias, metáforas, ambiguidades, entre outros, são recursos comuns na linguagem cotidiana. Observe o exemplo acima no qual consta uma expressão idiomática que é usada em seu sentido não-literal. Agora responda: a) Que expressão é essa? b) Levando em conta o sentido não-literal, explique seu significado no contexto. 45. Na charge abaixo, percebe-se uma incoerência a qual é, efetivamente, fruto de uma ação intencional do autor. Observe: Sobre ela é INADEQUADO afirmar: a) O trecho “ele liga o chuveiro e fica do lado de fora” é o que melhor revela a incoerência do personagem. b) Nesse trecho (referente ao item a), o nexo “e” expressa ideia de adição (conjunção aditiva). c) A charge critica o distanciamento entre o discurso e a prática de determinados políticos, revelando, neste caso, a hipocrisia do vereador. d) “Faça o que eu digo, não faça o que eu faço” é condizente com a crítica implícita na charge. e) A fala dos personagens, nos dois primeiros quadrinhos, são idênticas, exceto pelo fato de a palavra sublinhada – “sujeira” – diferençar o tipo de discurso produzido pelo vereador: no 2º quadro, discurso “inflamado”. 46. Leia o texto a seguir, extraído do jornal Folha de São Paulo e responda ao que é solicitado. Professor bonzinho Aconteceu nas provas da Duke University, nos Estados Unidos. Dois ótimos alunos de biologia tinham exame na segunda- feira, mas decidiram passar o fim-de-semana numa cidade próxima. Foram a uma festa, perderam a hora, e, quando chegaram, a prova já tinha terminado. Procuraram o professor, explicaram-lhe que tinham viajado para longe e na volta um dos pneus do carro furou. Pediram uma nova prova e foram atendidos. No dia seguinte, o professor lhes entregou duas folhas com as questões. Impôs uma só condição. Que respondessem em salas separadas. A primeira pergunta, valendo um ponto, era tão fácil que a prova seria uma barbada. A segunda pergunta, valendo nove pontos, era a seguinte: – Qual pneu furou? Os ditados e provérbios abaixo – alguns adaptados por escritores brasileiros – foram extraídos de fontes diversas. Observe: I – “Malandro prevenido dorme de botina.” (Stanislaw Ponte Preta) II – “Elogia o bem, mas não esculhamba o mal.” (Millôr Fernandes) III – “Quando a cabeça não pensa o corpo padece.” IV– “Quem semeia ventos colhe tempestades.” V – “Na enxurrada da vida, o que cai na rede é peixe.” Levando em conta o conteúdo do texto do jornal, bem como os provérbios citados, é INADEQUADO afirmar que: a) a proposição I faz referência à atitude tomada pelo professor, exposta no final do texto; PORTUGUÊS 32 b) a proposição I diz respeito às atitudes dos alunos, não às do professor; c) a proposição II sugere uma crítica à atitude tomada pelo professor, explícita no final do texto; d) as proposições III e IV fazem alusão ao comportamento dos alunos, não ao do professor; e) a proposição V não tem uma relação semântica (de significado) direta com o conteúdo do texto. 47. Einstein já dizia “O grande cientista Albert Einstein disse uma vez: ‘Triste época a nossa, é mais fácil desintegrar um átomo do que romper um preconceito’.” Pedro Paulo Castelo (Folha de São Paulo, 25/10/99) Sobre o texto acima é INADEQUADO afirmar: a) Há nele uma comparação, não uma metáfora. b) A citação do nome de um eminente cientista, como Einstein, utilizada pelo leitor da Folha, tem a função de acrescentar ao seu ponto de vista sobre o preconceito o peso de autoridade de um teórico reconhecido e respeitado universalmente. c) A opção pelo uso do discurso direto ao citar o pensamento de Einstein pode ser vista como uma forma de criar maior realismo e veracidade à argumentação do texto e, desse modo, aumentar a credibilidade do interlocutor. d) A expressão “Triste época” revela, na verdade, uma ironia por parte de Einstein e da expressão “é mais fácil”. e) “desintegrar” e “romper” são verbos cuja carga semântica (de significado) reforça a ideia de dificuldade em se vencer o obstáculo em questão: o preconceito. 48. A breve tira abaixo fornece um bom exemplo de como o contexto pode afetar a interpretação e até mesmo a análise gramatical de uma sequência linguística. a) Supondo que a fala da moça fosse lida fora do contexto dessa tira, como você a entenderia? Se a fala da moça fosse considerada uma continuação da fala do rapaz, poderia ser entendida como uma única palavra, de derivação não prevista na língua portuguesa. Que palavra seria e o que significaria? b) As duas leituras possíveis para a fala da moça não estão em contradição; ao contrário, reforçam-se. O que significará essa fala, se fizermos simultaneamente as duas leituras? 49. Dois dias antes da decisão da Copa, as duas frases abaixo apareceram em periódicos de circulação nacional, evidenciando diferentes opiniões dos redatores acerca da possibilidade da conquista do pentacampeonato. I. Os jogadores do time brasileiro ainda não sabem se conquistarão o penta. II. Os jogadores do time brasileiro ainda não sabem que conquistarão o penta. Identifique a frase cujo redator acredita nessa conquista. Justifique à luz do nexo sublinhado. 50. “O objetivo é saber quais são os fatores biológicos e comportamentais que predispõem à infecção – informou Schechter.” Nesse trecho, usou-se com propriedade o sinal indicador da crase. A frase abaixo em que esse sinal não foi bem utilizado é: a) A Fundação Instituto Oswaldo Cruz dará apoio à pesquisa sobre a incidência do HIV. PORTUGUÊS 33 b) Os voluntários necessários serão escolhidos à critério das instituições envolvidas no projeto. c) Os voluntários também deverão responder às perguntas de um questionário sobre seu comportamento sexual. d) À semelhança do que ocorre em outros países, o Brasil ainda não tem infra-estrutura para testes em larga escala. e) O voluntário deverá informar às pessoas responsáveis pela pesquisa todas as reações surgidas em decorrência do tratamento. 51. É sabido que o fenômeno da crase vem indicado na escrita na escrita pelo sinal grave ( ` ), cuja presença sobre o a / as é facultativa em certos casos, como no seguinte exemplo: a) “[...] recursos ambientais necessários a seu bem-estar.” b) “[...] imprescindíveis à preservação [...]” c) “[...] é vedada a remoção dos grupos indígenas [...]” d) “[...] São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, [...]” e) “[...] necessárias a sua reprodução física [...]” 52. Assinale a alternativa que preenche corretamente os espaços: “ Fui ................ lugar, contíguo .................... casa de meu amigo”. “Prefiro isto ....................” a) àquele, à, àquilo b) aquele, à, aquilo c) àquele, a, aquilo d) aquele, a, àquilo 53. Há uma opção onde o uso da crase foi usado corretamente. Assinale-a. a) À partir de hoje às contas serão pagas a vista. b) A jovem foi à São Paulo fazer compras. c) O homem voltou à cavalo. d) Ela chegou às pressas e foi dando as senhas. 54. Indique a alternativa correta: a) Preferia brincar do que trabalhar. b) Preferia mais brincar a trabalhar. c) Preferia brincar à trabalhar. d) Preferia brincar a trabalhar. 55. Assinale a alternativa que completa esta frase: “Diga .... essa menina que estou ...... fazer o exercício ....... risca”. a) a, a, à b) a, à, a c) à, a, à d) a, à, à 56. _____ beira do leito, assistiu _____ amiga, hora _____ hora, minuto _____ minuto, sempre ____ espera de um milagre. a) À – à – à – a – à b) Á – a – a – a – à c) À – a – a – a – à d) À – a – à – à – à 57. Preencha as lacunas da frase abaixo e assinale a alternativa correta. “Comunicamos ____ V.Sª. que encaminhamos ______ petição anexa _____ Divisão de Fiscalização que está apta ______ prestar ______ informações solicitadas.” a) à, a, à, a, às b) a, a, à, a, as c) a, à, a, à, as d) à, à, a, à, às e) à, a, à, à, as 58. Assinale a opção que preenche corretamente, quando ao emprego do sinal indicativo de crase, o texto a seguir. _____ dimensão da aventura acrescentamos ______ tecnologia do nosso século, mas falta _____ muitos de nós o gosto por inventar; falta ____________ que inventa ______ ideologia do futuro. a) À –a – a – àquele - a b) A – à – a – àquele - à c) À – a – à – àquele - a d) A – a – à – àquele - a e) À – a – à – aquele - à 59. "Ande ligeiro, Pedro". O termo destacado tem a função sintática de: a) sujeito b) aposto c) objeto direto d) adjunto adverbial e) vocativo 60. Em "O hotel virou catacumba": a) o predicado é nominal b) o verbo é transitivo direto c) o predicado é verbo-nominal d) estão corretas c e d e) o predicado é verbal 61. "Lembro-me de que ele só usava camisas brancas." A oração sublinhada é: a) subordinada substantiva completiva nominal b) subordinada substantiva objetiva indireta c) subordinada substantiva predicativa d) subordinada substantiva subjetiva e) subordinada substantiva objetiva direta Para responder às questões de 62 a 69, leia o texto a seguir. PARE. E AGORA LEIA DEVAGAR Se você está lendo este artigo na versão impressa, é provável que só leia metade do que está escrito aqui. Se você está lendo em uma versão online, provavelmente não lerá um quinto. Pelo menos, são esses os veredictos de dois projetos de pesquisa – respectivamente, do Poynter Institute’s Eyetrack, e de Jakob Nielsen. Ambos sugerem que muitas pessoas não têm mais concentração para ler artigos até o final. E o problema não fica apenas por aí. De acordo com acadêmicos, estamos nos tornando leitores menos atentos também. Professor da Bath Spa University, Greg Garrard recentemente revelou que teve de encurtar a lista de leitura de seus alunos, enquanto Keith Thomas, historiador em Oxford, afirma estar perplexo com seus colegas mais novos, que analisam fontes com um mecanismo de busca em vez de lê-las em sua totalidade. Estamos, então, ficando burros? De acordo com The Shallows, livro de tecnologia de Nicholas Carr, os hábitos online estão danificando as faculdades mentais necessárias para processar e entender informações textuais mais longas. Os feeds de notícias a toda hora mandam o leitor de um link para outro – sem que ele, necessariamente, se aprofunde em algum conteúdo. A leitura é frequentemente interrompida PORTUGUÊS 34 com a chegada do último e-mail, e, agora, o internauta ainda absorve pequenas rajadas de palavras no Twitter e no Facebook. Tudo isso significa que embora a internet tenha nos tornado bons em coletar uma ampla gama de petiscos, também estamos gradualmente esquecendo como sentar, contemplar e relatar fatos. Um movimento pelo slow reading Continua lendo? Você provavelmente faz parte de uma minoria em extinção. Mas não importa: uma revolução literária está chegando. Primeiro, veio o slow food (comer devagar), depois a slow travel (a viagem lenta). Agora, as campanhas estão se juntando por um movimento de slow reading (leitura lenta). Acadêmicos e intelectuais querem que dediquemos nosso tempo para ler e reler. [...] A importância de desconectar O que deve ser feito, então? Os leitores slow percebem que a rejeição total à web é extremamente irrealista, mas muitos sentem que o isolamento temporário à tecnologia é a resposta. Os alunos de Tracy [Seeley, professora de Inglês na Universidade de San Francisco] por exemplo, têm defendido desligar o computador por um dia na semana. [...] Teve fôlego para chegar até aqui? Parabéns. Você já está apto a se alinhar ao movimento do slow reading. Basta, agora, tomar coragem para praticar mais vezes na semana. [...] Zero Hora, 26 jul. 2010, p. 4, Caderno Mundo Sustentável. (Adaptado). 62. Segundo o texto, o slow reading é a) um fenômeno surgido na internet. b) uma reação dos internautas ao excesso de informações circulando na rede. c) um movimento que visa a promover a leitura mais aprofundada dos textos. d) uma nova técnica de leitura dinâmica desenvolvida por acadêmicos. 63. Analisando a estrutura do texto, afirma-se que: I. O 2º. parágrafo acrescenta exemplos apenas para reforçar o afirmado no parágrafo anterior. II. O 3º. parágrafo apresenta as possíveis causas para os fenômenos expostos nos dois parágrafos iniciais. III.O penúltimo parágrafo traz a solução apontada pelos pesquisadores citados no início do texto. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s) a) I. b) II. c) I e III. d) II e III. 2 64. Observe o título do texto. Os verbos encontram-se no _____________, caracterizando uma sequência _____________. As palavras que preenchem corretamente as lacunas são, respectivamente, a) imperativo – injuntiva b) indicativo – argumentativa c) imperativo – descritiva d) indicativo – informativa 65. Ao longo do texto, o autor, com frequência, dirige-se diretamente ao leitor com a finalidade de a) testar o canal de comunicação. b) mantê-lo interessado na leitura. c) citar exemplos de mudanças de hábitos de leitura. d) questionar os hábitos de leitura do leitor. Para responder às questões 66 e 67, observe o seguinte trecho: “Tudo isso significa que embora a internet tenha nos tornado bons em coletar uma ampla gama de petiscos, também estamos gradualmente esquecendo como sentar, contemplar e relatar fatos.” 66. O período poderia ser reescrito, sem alteração de sentido, da seguinte maneira: a) Tudo isso significa que a internet não só nos tornou bons em coletar uma ampla gama de petiscos, mas também estamos gradualmente esquecendo como sentar, contemplar e relatar fatos. b) Tudo isso significa que estamos gradualmente esquecendo como sentar, contemplar e relatar fatos, pois a internet nos tornou bons em coletar uma ampla gama de petiscos. c) Tudo isso significa que a internet nos tornou bons em coletar uma ampla gama de petiscos, no entanto, estamos gradualmente esquecendo como sentar, contemplar e relatar fatos. d) Tudo isso significa que mesmo que a internet tenha nos tornado bons em coletar uma ampla gama de petiscos, ainda estamos gradualmente esquecendo como sentar, contemplar e relatar fatos. 67. No trecho, a palavra “petiscos” foi usada com sentido a) conotativo e poderia ser substituída por “iguarias”. b) denotativo e poderia ser substituída por “dados”. c) conotativo e poderia ser substituída por “dados”. d) denotativo e poderia ser substituída por “iguarias”. 68. A frase em que todas as palavras da língua portuguesa estão grafadas conforme o Acordo Ortográfico é: a) As pessoas leem textos cada vez mais curtos e a popularização da internet é uma das causas desse fenômeno. b) Para diversas pessoas, ficar um dia sem checar seu e-mail ou seu perfil nas redes sociais pode ser muito frustante. c) Ainda que se preocupem com a qualidade da leitura online, os adeptos do slow reading contra-indicam a rejeição total à web. d) A leitura fragmentada em demasia destroi a competência das pessoas para realizar certas tarefas. 69. Caso, na frase “Se você está lendo em uma versão online, provavelmente não lerá um quinto”, a locução verbal “está lendo” fosse substituída por “lesse”, a forma verbal na 2ª. oração a) não sofreria alterações. b) passaria para o presente do Subjuntivo. c) passaria para o futuro do Subjuntivo. d) passaria para o futuro do pretérito do Indicativo. Leia o texto abaixo e responda as questoes 70 e 71. “Zangief Kid” conta sua história de bullying O adolescente Casey Heynes, de 15 anos, tornou-se um super-heroi mundial depois que o vídeo em que aparece reagindo ao bullying foi postado na internet. Casey foi apelidado de “Zangief Kid”, pela semelhança do golpe que aplicou em seu agressor ao do personagem de videogame chamado Zangief, do jogo Street Fighter. O jovem recebeu o apoio de milhões de pessoas de todo o mundo, muitos PORTUGUÊS 35 também vitimas de bullying. Casey contou sua historia a TV ACA. Ele conta que sofreu com o bullying praticamente durante toda a sua vida escolar. As provocações, normalmente, eram por ele ser gordo e não reagir as agressões. O pai de Casey se disse chocado ao assistir ao vídeo porque não sabia do sofrimento do filho. O jovem recebia apenas o apoio da irmã. O bullying tornou Casey um garoto solitário, na escola. Segundo ele conta, no começo do ensino médio, ele chegou a ter oito amigos, que teriam se afastado à medida que as agressões aumentavam. Ele conta que chegou a pensar em suicídio, há cerca de um ano, no auge das agressões. A historia de Casey mudou no começo da semana passada, quando o vídeo em que reage as agressões de um garoto de 12 anos, que o soca no rosto e o provoca com outros socos, começou a circular. Casey agarra o agressor e o joga ao chão. Ele conta que o revide foi resultado de ser levado ao limite pelo grupo que o perseguia há duas semanas. As cenas foram vistas por milhões de pessoas em todo o mundo e rendeu uma suspensão para os dois meninos. Mas para Casey rendeu o apoio de pessoas de vários países. Seu Facebook passou a ter mais de 240 mil fãs e as mensagens chegam todos os dias, considerando-o um heroi. Disponivel em: <http://jornale.com.br/portal/mundo/140/13345.html>. Acesso em: 27 mar. 2011. (Adaptado) 70. Sobre o texto, afirmam-se: I. Há um tom de reprovação ao ato praticado por Casey Heynes, o “Zangief Kid”. II. A alusão ao personagem Zangief, do jogo Street Fighter, ratifica a violência da reação de Heynes. III. Pode-se perceber uma atitude parcial da escola em relação ao fato envolvendo Casey Heynes. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s) a) I e III. b) II. c) I e II. d) II e III. 71. Observe o emprego da expressão há cerca de: Ele conta que chegou a pensar em suicídio, há cerca de um ano, no auge das agressões. Em qual das frases as lacunas devem ser preenchidas com a mesma expressão destacada e no mesmo sentido empregado? a) A maioria das vitimas de bullying jamais fala ______________ humilhações por que passa. b) Provavelmente, um aluno que estava ______________ três a cinco metros de distancia gravou a reação de Casey Heynes as provocacoes de um garoto menor. c) ______________ 240 mil fãs no Facebook de Casey Heynes, o “Zangief Kid”. d) As aulas do primeiro semestre começaram ______________ um mês. Leia o texto abaixo para responder à questão 72. Nota: Corrupião (vocábulo onomatopeico) é uma ave apreciada por sua beleza e pelo seu canto. 72. A tira humorística de Verissimo retoma uma das temáticas abordadas no texto acima: corrupção e impunidade. Sobre ela, só NÃO é possível afirmar que no a) primeiro quadrinho, o aposto reforça o sentido onomatopeico do nome do personagem. b) primeiro quadrinho, se a segunda vírgula for retirada, o sentido da frase não poderá ser atribuído ao personagem Queromeu. c) segundo quadrinho, a expressão “desta vez” contradiz a certeza de que, no Brasil, os corruptos sempre ficam impunes. d) quarto quadrinho, a última frase reforça a certeza de que, no Brasil, os corruptos sempre ficam impunes. 73. O humor presente na tirinha decorre principalmente do fato de a personagem Mafalda a) atribuir, no primeiro quadrinho, poder ilimitado ao dedo indicador. b) considerar seu dedo indicador tão importante quanto o dos patrões. c) atribuir, no primeiro e no último quadrinhos, um mesmo sentido ao vocábulo “indicador”. d) usar corretamente a expressão “indicador de desemprego”, mesmo sendo criança. e) atribuir, no último quadrinho, fama exagerada ao dedo indicador dos patrões. Leia o texto abaixo para responder às questões 74 e 75. PORTUGUÊS 36 74. Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em a) situações formais e informais. b) diferentes regiões do país. c) escolas literárias distintas. d) textos técnicos e poéticos. e) diferentes épocas. 75. No poema, a referencia à variedade padrão da língua está expressa no seguinte trecho: a) “A linguagem / na ponta da língua” (v.1 e 2). b) “A linguagem / na superfície estrelada de letras” (v.5 e 6). c) “[a língua] em que pedia para ir lá fora” (v.14). d) “[a língua] em que levava e dava pontapé” (v.15). e) “[a língua] do namoro com a priminha” (v.17). 76. No romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o patrão para receber o salário. Eis parte da cena: No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem convive com marcas de regionalismo e de coloquialismo no vocabulário. Pertence a variedade do padrão formal da linguagem o seguinte trecho: a)“Nao se conformou: devia haver engano” (ℓ.1). b) “e Fabiano perdeu os estribos” (ℓ.3). c) “Passar a vida inteira assim no toco” (ℓ.4). d) “entregando o que era dele de mao beijada!” (ℓ.4-5). e) “Ai Fabiano baixou a pancada e amunhecou” (ℓ.11). 77. Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro informal, ou coloquial, da linguagem. a) “Tá legal, espertinho! Onde é que você esteve?!” b) “E lembre-se: se você disser uma mentira, os seus chifres cairão!” c) “Estou atrasado porque ajudei uma velhinha a atravessar a rua...” d) “...e ela me deu um anel mágico que me levou a um tesouro” e) “mas bandidos o roubaram e os persegui até a Etiópia, onde um dragão...” Leia o texto abaixo para responder às questões 78 e 79. 78. Assinale a única alternativa cujo teor é INCOMPATÍVEL com a proposta da tira. PORTUGUÊS 37 a) Pelas frases proferidas, é possível constatar que os personagens têm opiniões opostas acerca da manchete registrada no jornal. b) Na construção de sentido do texto, empregaram-se diferentes recursos de linguagem para expressão de ironia. c) O pronome isso, utilizado por um dos personagens, além da referência que estabelece com a manchete, evidencia um posicionamento crítico. d) A verbalização do pensamento dos personagens é registrada através de discurso direto. e) Num tom bem-humorado, a tira focaliza a falta de ética como uma questão recorrente na política. 79. O verbo devem, presente na fala de um dos personagens, tem seu sentido associado a a) probabilidade. b) dúvida. c) determinação. d) certeza. e) obrigatoriedade. 80. Assinale a opção que contém uma afirmativa correta, levando em conta as falas de Helga no texto acima. Exercícios Leia o texto abaixo para responder às questões de 01 a 05. Roer unhas é sinal de compulsão: saiba mais sobre essa mania Quem nunca se deparou roendo as unhas em momentos de estresse, nervosismo e ansiedade? O que muitos não sabem é que o hábito pode ser compulsivo e que causa danos sim. Trata-se da chamada onicofagia, que atinge homens e mulheres de todas as idades. "Não há idade específica, mas observo muitos casos com adolescentes. ___ crianças que começam ___ roer por ver os pais fazendo", afirmou a médica Meire Parada, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Segundo ela, essa compulsão pode trazer consequências, como traumatizar a base da unha. "Ao levar a unha ___ boca, você acaba tendo o contato com o dente, que causa danos e acaba deformando ___ unha. Além disso, pode machucar a cutícula e causar infecções, já que a boca contém bactérias", disse a dermatologista. “Nem sempre esses medicamentos são suficientes. É preciso ser feito um trabalho junto ao psicólogo para que se entenda qual é o motivo que leva a pessoa ___ manter o hábito”, afirmou a médica, ao acrescentar que, para parar, a pessoa precisa ter consciência disso e querer mudar seus hábitos. (Disponível em http://saude.terra.com.br/noticias/0,,OI4768361-EI16560,00- Roer+unhas+e+sinal+de+compulsao+saiba+mais+sobre+essa+mania.html. Acesso em: 27.05.2011.) 01. O texto 1 apresenta cinco lacunas. A sequência que as preenche corretamente é a) a – a – à – a – a b) há – à – à – a – a c) há – a – à – a – a d) a – à – à – há – a 02. “Trata-se da chamada onicofagia, que atinge homens e mulheres de todas as idades.” A palavra sublinhada pode ser substituída – sem alteração de sentido – por a) a qual b) onde c) qual d) o que 03. “Segundo ela, essa compulsão pode trazer consequências, como traumatizar a base da unha.” A palavra sublinhada pode ser substituída – sem alteração de sentido – EXCETO por a) Conforme b) Consoante c) De acordo com d) Não obstante 04. “...a pessoa precisa ter consciência disso e querer mudar seus hábitos.” A palavra sublinhada retoma a ideia da a) necessidade de um tratamento psicológico b) continuidade do tratamento com medicamentos c) necessidade de parar de roer as unhas e) mudança de hábitos 05. A palavra “onicofagia”, quanto à classificação gramatical, é um a) adjetivo b) substantivo c) verbo d) advérbio Leia o texto abaixo para responder às questões de 06 a 10. Café e saúde Vantagens e desvantagens da bebida Embora saibamos que cafeína demais não faz bem para a saúde, esta substância esconde muitas virtudes. No século XVIII o café chegou a ser prescrito como remédio e era vendido em farmácias. Além de saborosa, a bebida que faz parte da rotina dos brasileiros, seja no trabalho ou em casa, serve como um poderoso estimulante para o sistema nervoso, nos mantém ativos e ainda tem um papel benéfico em diversos problemas de saúde. O café costuma ser tomado depois das refeições por seus efeitos digestivos, ___ aumenta a produção de saliva e das enzimas digestivas que agem a favor do trato intestinal. A cafeína é uma substância que hoje não é encontrada apenas no café, mas também em medicamentos contra enxaqueca e até para tratar convulsões. Até os nossos pulmões se beneficiam com os efeitos da cafeína. Essa substância é capaz de melhorar a capacidade respiratória de pacientes com asma. Até agora, os cientistas afirmam que o café tem um efeito protetor para pessoas com sintomas da doença de Parkinson. Um extenso levantamento realizado na França diz que cerca de quatro xícaras de café por dia poderiam reduzir o risco de desenvolver a doença de Parkinson. Embora este estudo se baseie apenas no empirismo, ou seja, na observação, um outro estudo realizado nos Estados Unidos comparou os hábitos de 200 pacientes com Parkinson. Os pesquisadores perceberam um atraso no aparecimento dos sintomas da doença entre as pessoas que consumiam mais de três xícaras de café por dia. Apesar da constatação, os especialistas mantém a cautela ____ acreditam que devem fazer mais estudos antes de divulgarem o “efeito protetor do café”. Mas será que o café é perigoso para a saúde? Enquanto algumas respostas aparecem, outras continuam no escuro, afinal não se pode subestimar seus efeitos negativos. Os efeitos do consumo de café para quem tem problemas cardiovasculares continua a ser alvo de muitos estudos. O fato é que o café aumenta a pressão arterial, o que pode ou não estar ligado a um aumento do risco de ataques cardíacos. O professor Yezekiel Ben Ari, do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França, encontrou uma ligação entre a epilepsia e o consumo de café por mulheres grávidas. (Disponível em http://alimentacao.terra.com.br/noticias/no-trabalho-12/cafe-e-saude-158. Acesso em: 27.05.2011.) 06. O texto 2 apresenta duas lacunas. A sequência que as preenche corretamente é a) por que – pois b) pois – por que c) por que – porque d) porque – pois PORTUGUÊS 38 07. “Os pesquisadores perceberam um atraso no aparecimento dos sintomas da doença entre as pessoas que consumiam mais de três xícaras de café por dia.” O verbo sublinhado está no a) presente do indicativo b) presente do subjuntivo c) pretérito perfeito d) pretérito imperfeito 08. Na frase “Embora este estudo se baseie apenas no empirismo, ou seja, na observação, um outro estudo realizado nos Estados Unidos comparou os hábitos de 200 pacientes com Parkinson.” As palavras sublinhadas classificam-se, respectivamente, segundo a gramática tradicional, como a) pronome – verbo – substantivo – substantivo – verbo – substantivo – preposição b) pronome – substantivo – adjetivo – verbo – verbo – substantivo – conjunção c) conjunção – substantivo – adjetivo – verbo – verbo – substantivo – preposição d) conjunção – verbo – adjetivo – substantivo – verbo – substantivo – conjunção 09.“O fato é que o café aumenta a pressão arterial, o que pode ou não estar ligado a um aumento do risco de ataques cardíacos.” “O professor Yezekiel Ben Ari, do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França, encontrou uma ligação entre a epilepsia e o consumo de café por mulheres grávidas.” As expressões sublinhadas podem ser substituídas por a) de coração – françeza b) do coração – franceza c) de coração – francesa d) do coração – francesa 10. “Embora saibamos que cafeína demais não faz bem para a saúde, esta substância esconde muitas virtudes.” O verbo sublinhado está no a) presente b) pretérito c) futuro d) infinitivo Leia o texto abaixo para responder às questões 11 e 12. Qual é a primeira coisa que você faz quando entra na internet? Checa seu e- mail, dá uma olhadinha no Twitter, confere ___ atualizações dos seus contatos no Orkut ou no Facebook? ___ diversos estudos comprovando que interagir com outras pessoas, principalmente com amigos, é o que mais fazemos na internet. Só o Facebook já tem mais de 500 milhões de usuários, que juntos passam 700 bilhões de minutos por mês conectados ao site - que chegou ___ superar o Google em número de acessos diários. ___ internet é a ferramenta mais poderosa já inventada no que diz respeito ___ amizade. E está transformando nossas relações: tornou muito mais fácil manter contato com os amigos e conhecer gente nova. Mas será que ___ amizades online não fazem com que ___ pessoas acabem se isolando e tenham menos amigos offline, "de verdade"? Essa tese, geralmente citada nos debates sobre o assunto, foi criada em 1995 pelo sociólogo americano Robert Putnam. E provavelmente está errada. Uma pesquisa feita pela Universidade de Toronto constatou que ___ internet faz você ter mais amigos - dentro e fora da rede. Durante ___ década passada, período de surgimento e ascensão dos sites de rede social, o número médio de amizades das pessoas cresceu. E os chamados heavy users, que passam mais tempo na internet, foram os que ganharam mais amigos no mundo real - 38% mais. Já quem não usava ___ internet ampliou suas amizades em apenas 4,6%. (http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet-esta-mudando-amizade-619645.shtml) 11. O texto acima apresenta dez lacunas. A sequência que as preenche corretamente é a) as – A – a – Há – a – às – as – a – há – a b) as – Há – a – A – à – as – as – a – a – a c) às – Há – a – A – à – as – as – a – a – a d) as – A – à – A – à – as – as – a – a – a e) as – Há – a – A – à – às – as – a – a – a 12. Os verbos destacados no texto (faz, confere, comprovando, fazemos, chegou, está, será, constatou, ter, cresceu, passam, usava) estão, respectivamente, no a) pretérito perfeito, presente do indicativo, gerúndio, pretérito perfeito, pretérito perfeito, presente do indicativo, presente do indicativo, presente do indicativo, infinitivo, pretérito perfeito, pretérito imperfeito b) presente do indicativo, presente do indicativo, gerúndio, presente do indicativo, pretérito perfeito, futuro do pretérito, futuro do presente, pretérito perfeito, infinitivo, pretérito perfeito, presente do indicativo, pretérito imperfeito c) presente do indicativo, presente do indicativo, gerúndio, presente do indicativo, pretérito perfeito, presente do indicativo, futuro do presente, pretérito perfeito, infinitivo, pretérito perfeito, presente do indicativo, pretérito imperfeito d) pretérito perfeito, presente do indicativo, gerúndio, pretérito imperfeito, pretérito perfeito, presente do indicativo, presente do indicativo, presente do indicativo, infinitivo, pretérito perfeito, pretérito imperfeito Exercícios: 01. Os ouvintes ( )-se de opinar, temendo que se ( ) as críticas e os ânimos não se ( ) a) absteram, mantivessem, refazessem b) absteram, mantessem, refizessem c) abstiveram, mantivessem, refizessem d) absteram, mantessem, refazessem e) abstiveram, mantessem, refizessem 02. Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi empregada incorretamente. a) O superior interveio na discussão, evitando a briga. b) Se a testemunha depor favoravelmente, o réu será absolvido. c) Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida. d) Quando você vir Campinas, ficará extasiado. e) Ele trará o filho, se vier a São Paulo. 03. Se tudo ( ) conforme ele ( ), o trabalho já ( ). a) for feito, preveu, vai ser concluído b) fosse feito, prevera, teria sido concluído c) é feito, preveu, estaria pronto d) tivesse sido feito, havia previsto, estaria concluído e) tiver sido feito, preverá, será concluído 04. Mesmo que você lhe ( ) um acordo amigável, ele não ( ) a) proponha, aceitará d) proporá, aceitará b) propor, aceitava e) propôs, aceitava c) proporia, aceitaria 05. Tempo verbal que expressa um fato anterior a outro acontecimento que também é passado: a) pretérito imperfeito do indicativo b) pretérito imperfeito do subjuntivo c) pretérito perfeito do indicativo d) pretérito mais-que-perfeito do indicativo e) futuro do pretérito do indicativo 06. É possível que ( ) novidades interessantes, que ( ) e ( ) ao mesmo tempo. a) surjam, divertem, instruam d) surgem, divertem, instruem b) surjam, divirtam, instruam e) surgem, divirtam, instruem c) surjam, divirtam, instruem 07. Alternativa cuja forma verbal destacada exprime futuridade com relação ao tempo passado em que se situam as ações narradas: a) "( ) contemplou o lugar onde tantas vezes se (aprestara) para os seus breves triunfos no trapézio." b) "a despedida iminente, só ele (sentia)." c) "Em algum ponto do corpo ou da alma, doía-lhe (ver) o lugar do qual se despedia ( )" d) "No dia seguinte, (desarmariam) o Circo..." e) "( ) os que lá se encontravam tinham respondido friamente à saudação dele, como se (fizessem) um favor." 08. Dentre as frases abaixo, escolha aquela em que há, de fato, flexão de grau para o substantivo. a) O advogado deu-me seu cartão. b) Deparei-me com um portão, imenso e suntuoso. c) Moravam num casebre, à beira do rio. d) A abelha, ao picar a vítima, perde seu ferrão. e) A professora distribuiu as cartilhas a todos os alunos. 09. Numere a segunda coluna de acordo com o significado das expressões da primeira coluna e assinale a alternativa que contém os algarismos na sequência correta. (1) o óleo santo ( ) amoral a) 6, 1, 4, 3, 5, 2 (2) a relva ( ) a crisma b) 6, 3, 4, 1, 2, 5 (3) um sacramento ( ) o moral c) 4, 1, 6, 3, 5, 2 (4) a ética ( ) o crisma d) 4, 3, 6, 1, 2, 5 (5) a unidade de massa ( ) a grama e) 6, 1, 4, 3, 2, 5 (6) o ânimo ( ) o grama 10. Numere a segunda coluna de acordo com o significado das expressões da primeira coluna e assinale a alternativa que contém os algarismos na sequência correta. (1) água ( ) pluvial a) 7, 7, 3, 1, 7. PORTUGUÊS 39 (2) chuva ( ) ebúrneo b) 6, 3, 7, 1, 4. (3) gato ( ) felino c) 2, 4, 3, 7, 5. (4) marfim ( ) aquilino d) 2, 4, 7, 1, 7. (5) prata ( ) argênteo (6) rio (7) não consta da lista 11. Dadas as sentenças: 1. Ela comprou um livro para mim ler. 2. Nada há entre mim e ti. 3. Alvimar, gostaria de falar consigo. verificamos que está(estão) correta(s): a) apenas a sentença 1. d) apenas as sentenças 1 e 2. b) apenas a sentença 2. e) todas as sentenças. c) apenas a sentença 3. 12. A carta vinha endereçada para ( ) e para ( ); ( ) é que a abri. a) mim, tu, por isso d) eu, ti, porisso b) mim, ti, porisso e) eu, tu, por isso c) mim, ti, por isso 13. Por favor, passe ( ) caneta que está aí perto de você; ( ) aqui não serve para ( ) desenhar. a) aquela, esta, mim d) essa, essa, mim b) esta, esta, mim e) aquela, essa, eu c) essa, esta, eu 14. Das cinco alternativas apresentadas nesta questão, apenas uma completa adequadamente as sentenças abaixo. Aponte-a. I. Afinal, chegou o presente ( ) tanto esperávamos. II. ( ) você vai com tanta pressa? III. ( ) de dois meses, mudamos para este bairro. a) por que, aonde, há cerca b) porque, onde, acerca c) por que, onde, a cerca d) porque, onde, há cerca e) porque, aonde, a cerca 15. Assinale a frase gramaticalmente correta. a) Não sei por que discutimos. b) Ele não veio por que estava doente. c) Mas porque não veio ontem? d) Não respondi porquê não sabia. e) Eis o porque da minha viagem. 16. Use “a fim” ou “afim”, conforme a solicitação dos enunciados abaixo. a) A idéia dela era ( ) à minha. b) Ele não está ( ) de sair comigo. 17. Diga ( ) elas que estejam daqui ( ) pouco ( ) porta da biblioteca. a) à, há,a d) à,a,a b) a,há,à e) a, a, a c) a, a, à 18. "Como ( ) mais de mil desentendimentos entre ( ) e ele, um amigo ( ), ( ) de nos reconciliar. a) aconteceu; eu; interveio; afim b) aconteceram; mim; interveio; a fim c) aconteceu; mim; interveio; a fim d) houveram; eu; interviu; a fim e) houve; mim; interviu; a fim 19. Complete com a, à, às, as, há os espaços: a) O evento é aberto ________ pessoas interessadas. b) Chegou ________ dias. c) Pôs-se ________ caminhar. d) Minhas idéias são semelhantes ________ suas. e) Cheguei _____ cidade pontualmente ___ uma hora. f) Andava ________ procura de pessoas. g) Retornou ________ terra natal . h) Alexandre caminhava ________ passo lento. i) Falou muito ________ respeito do naufrágio. j) Recorreu _____ família e ____ ela se apegou muito. l) Chegou ________ Colômbia ________ alguns dias. 20. ( ) instruções ( ) à realização dos próximos vestibulares. a) Devem haver - referentes b) Deve haver - referente c) Devem haver - referente d) Deve haver - referentes e) Deve haverem – referentes 21. ( ) muitos anos que não vejo bonecas iguais às que se ( ) antigamente e que não ( ) mais. a) Faz - fabricavam - existem b) Fazem - fabricava - existem c) Fazem - fabricava - existe d) Faz - fabricavam - existe e) Fazem- fabricavam – existem 22. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas das frases a seguir: I - Saíram daqui______ pouco, mas voltarão daqui______ pouco, pois moram apenas______dois quilômetros de distância. II- _______foram suas amigas? _______ estarão agora? a) há - a - a - Aonde - Onde b) há - há - à - Onde - Onde c) há - a - a - Aonde - Aonde d) a - a - à - Para onde - Por onde e) a - há - há - Por onde - Aonde 23. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase, na sequência: Regina estava _____ indecisa quanto _____ mandar _____ faturas _____ ___notas fiscais e se _____ folha bastaria para o bilhete. a) meia; à; as; anexo; às; meia. b) meia; à; as; anexas; as; meia. c) meio; a; às; anexo; às; meio. d) meia; a; às; anexo; as; meio. e) meio; a; as; anexas; às; meia. Exercícios 1. Use “mal” ou “mau”. a) Antes só do que _______ acompanhado. b) Vestido________ feito. c) Não leves a ________ o que ela disse. d) Homem ________ humorado. e) Um _______ colega procede _______ e é _______ amigo. 2. Complete com “mais” ou “mas”. a) Ontem fui ao cinema, ________ não gostei do filme. b) Você é aquele que ________ faz bagunça. c) Choveu muito, _______ mesmo assim nós fomos ao passeio. d) Quem estuda tem ________ chances de passar na prova. e) Não acredito ________ em políticos. 3 . Complete com “onde” e “aonde”. a) ____________ você foi? b) ____________ você estudou? c) ___________ estão as camisetas? d) ___________ fica a Av. das Américas? e) ___________ você foi tão tarde? f) _____________ você vai com tanta pressa? g) _____________ está aquele jornal que eu estava lendo? h) O jornal está ____________ você deixou. i) _____________ você está nos levando? j) Não sei _____________ te encontrar. 4. Preencha as lacunas com “a” ou “há”. a) Não nos encontramos _______ dez anos. b) De hoje _______ quinze dias, muita coisa poderá mudar. c) Este produto é famoso ________ mais de um século. d) Daqui ________ poucos anos a situação pode melhorar. e) Ele saiu _______ dez minutos. f) Ele voltará daqui ______ vinte minutos g) Somos amplamente favoráveis ______ introdução de revistas em quadrinhos no ensino de Português. h) Chegaremos daqui _______ pouco. i) O parque fica _______ cem metros da praia. j) _________ anos que não chove no sertão. 5 . Preencha as lacunas, utilizando, corretamente, os "porquês". a) Desconheço as razões ____________ ele foi demitido. b) ____________ teriam saído rapidamente? c) Patrícia saiu sem dizer _______________. d) Ele não sabe o _________________ de sua atitude. e) Você chegou atrasado _________________? f) Eu não fui à reunião ________________ estava com muita dor de cabeça. g) Chegará o dia _______________ vocês tanto esperaram. k) ________________ as provas são sempre aos domingos? PORTUGUÊS 40 l) Agora percebo o _______________ de tanta alegria. m) A visita a Paquetá foi rápida, __________________ ? 6. Complete as lacunas, usando adequadamente mas, mais, mal, mau: “Pedro e João .............. entraram em casa, perceberam que as coisas não estavam bem, pois sua irmã caçula escolhera um .............. momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; ............ seus dois irmãos deixaram os pais .............. sossegados quando disseram que a jovem iria com as primas e a tia”. a) mau, mal, mais, mas b) mal, mau, mas , mais c) mal, mal, mais, mais d) mau, mau, mas, mais 7. Eis a razão .................. te chamei. Diga-me .................. está com medo. a) porque, porque b) porque, por que c) por que, por que d) porquê, por que e) por que, por quê 8. “Dei o livro ....... ela. Chegaremos logo ......... Brasília. Não vá ....... cozinha”. a) a, a, à c) à, a, à b) a, à, à d) à, à, à 9. Só não há erro de crase em: a) Obedeçam as leis. c) Eles voltariam à uma. b) Quero tudo as claras. d) O homem caminhava as cegas. 10. Assinale o emprego facultativo da crase. a) Estiveste à espera do mensageiro. b) Antônio declarou-se à Carolina. c) Ninguém irá à Penha. d) Sejamos úteis à sociedade. 11. A mulher todos os dias dava farelo à galinha. Que palavra abaixo substitui adequadamente o termo destacado? a) habitualmente b) diariamente c) frequentemente d) vespertinamente e) matinalmente 12. Observando as falas das personagens, analise o emprego do pronome SE e o sentido que adquire no contexto. No contexto da narrativa, é correto afirmar que o pronome SE, a) em I, indica reflexividade e equivale a “a si mesmas”. b) em II, indica reciprocidade e equivale a “a si mesma”. c) em III, indica reciprocidade e equivale a “umas às outras”. d) em I e III, indica reciprocidade e equivale a “umas às outras”. e) em II e III, indica reflexividade e equivale a “a si mesma ” e "a si mesmas", respectivamente. Exercícios 1. Levando-se em conta a norma culta da língua, assinale a opção na qual uma das frases apresenta uma concordância verbal inaceitável. a) Já é uma hora da tarde. / Já são duas horas da tarde. b) Deve haver alguma solução para o caso. / Deve haver várias soluções para o caso. c) Falta um dia para o início das aulas. / Faltam dez dias para o início das aulas. d) A maioria dos alunos não reclamou do calor. / A maioria dos alunos não reclamaram do calor. e) Apareceu ao longe um vulto assustador. / Apareceu ao longe vultos assustadores. 2. Em que item há erro de concordância verbal: a) Esta pessoa foi uma das que mais discutiu o caso. b) Eu com o meu amigo Paulo entramos na sociedade. c) Fazem dois meses que o visitei. d) Fui eu quem apresentei esta solução. e) Não podem existir muitos candidatos a esse ponto. 3. No grupo, _______ os trabalhos. a) sou eu que coordena b) é eu que coordena c) é eu quem coordena d) é eu quem coordeno e) sou eu que coordeno 4. Soube que mais de dez alunos se _______ a participar dos jogos que tu e ele _______ . a) negou - organizou b) negou - organizasteis c) negaram - organizaste d) negou - organizaram e) negaram - organizastes 5. De acordo com a norma culta, há erro de concordância verbal em: a) Fomos nós que saímos. b) Chegaram o professor e os alunos. c) Os Estados Unidos, por sua vez, tenta uma nova política econômica. d) A maior parte dos cariocas vivem em apartamentos. e) Muitos de nós andam por aí. 6. Há erro de concordância nominal, segundo a norma culta, em: a) Ele pulou longos capítulos e páginas. b) Considerou perigosos o argumento e a decisão. c) Remeto-lhes anexo as duplicatas. d) Bastantes alunos foram aprovados. e) Pedro e Tereza partiram sós. 7. Meninas, avisem a _______ colegas que vocês _______ é que vão dirigir os ensaios da peça. a) vossos - mesmos. b) seus - mesmas. c) vossos - mesmas. d) seus - mesma. e) vossos - mesmo. 8. É _______ discussão entre homens e mulheres _______ ao mesmo ideal, pois já se disse _______ vezes que da discussão, ainda que _______ acalorada, nasce a luz. a) bom - voltados - bastantes - meio. b) bom - voltadas - bastante - meia. c) boa - voltadas - bastantes - meio. d) boa - voltados - bastante - meia. e) bom - voltadas - bastantes - meia. 9. Considerando a concordância nominal, assinale a frase correta: a) Ela mesmo confirmou a realização do encontro. b) Foi muito criticado pelos jornais a reedição da obra. c) Ela ficou meia preocupada com a notícia. d) Muito obrigada, querido, falou-me emocionada. e) Anexo, remeto lhes nossas últimas fotografias. 10. Ora, ______ meses que não ______ na escola fatos como aquele que até agora nos ______ . a) faz – ocorrem – perturbam. b) fazem – ocorre – perturbam. c) fazem – ocorre – perturba. d) faz – ocorre – perturbamos. e) faz – ocorrem – perturba. Exercícios: 1. Localize o predicativo e classifique-o: a) Sua fisionomia parecia contraída. b) Eugênio recebeu triste a morte de Olívia. c) O relato terminou comprometido. PORTUGUÊS 41 d) Julgaram Eugênio incompetente. 2. Classifique o predicado das frases a seguir: a) A família de Alexandre recebeu a notícia alegre. b) Alexandre parecia cansado. c) Seu relato terminou. d) Velasco nomeou os tubarões pontuais. e) Rufino morreu afogado. 3. Em qual alternativa o vocábulo a deve receber acento grave? a. ( ) Pintou o quadro a óleo. b. ( ) Fomos a uma aldeia. c. ( ) Dirigiram-se a Vossa Excelência. d. ( ) Voltou a casa paterna. e. ( ) Começou a chover. 4. Assinale a opção que preencha corretamente os pontilhados: I. Vamos ...... cidade pagar os impostos. II. Fui ........... lojas fazer compras. III. Iremos ........... festas de aniversários. IV. Iriam ........... Curitiba no final do ano. a. ( ) à, à, às, à b. ( ) a, a, as, a c. ( ) a, à, às, a d. ( ) à, às, às, à e. ( ) à, à, as, à 5. Assinale a opção que preencha corretamente os pontilhados: - ............. muitos erram a grafia do ..............? - ............. não há lógica no seu uso. a. ( ) por quê, por que, por que. b. ( ) porque, porque, porque. c. ( ) por que, porquê, por quê. d. ( ) porque, porque, porquê. e. ( ) por que, porquê, porque. 6. Assinale a alternativa em que as formas completam corretamente as lacunas das frases, pela ordem: 1. Ele foi logo embora e ninguém sabe o ...................... 2. Nomearam-no ................? 3. ............... vos entristeceis? 4. Muita maldade acontece .................. o dinheiro é o grande envenenador da alma. a. ( ) por que, por quê, porquê, porque. b. ( ) por quê, por que, porquê, porque. c. ( ) porque, porquê, por quê, por que. d. ( ) porquê, porquê, por que, por quê. e. ( ) porquê, por quê, por que, porque. 7. Ao escrever a um amigo, você lhe envia um “abração”. “- Filhinho, vem com a mamãe.” O aumentativo de “abraço” e o diminutivo de “filho” denotam, respectivamente: a. ( ) tamanho, tamanho b. ( ) forma, afetividade c. ( ) intensidade, forma d. ( ) intensidade, afetividade e. ( ) forma, forma 8. Faça a correlação, observando a conotação da palavra destacada: (1) ironia (2) carinho (3) desprezo (4) elogio ( ) Você é muito bonzinho, seu sabidão! ( ) Ele nos serviu um vinhozinho qualquer. ( ) Pedro sempre se revelou um amigão. ( ) Fernandinho é um menino serelepe. ( ) Esse povinho não tem muita coragem. ( ) Aquele espertalhão foi preso ontem. a. 1, 3, 4, 2, 1, 3 b. 1, 3, 4, 2, 3, 1 c. 3, 1, 2, 4, 3, 1 d. 1, 1, 4, 2, 1, 3 e. 3, 1, 2, 4, 3, 1 9. Se é para .......... dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre ......... a. ( ) mim, eu e tu b. ( ) mim, mim e ti c. ( ) eu, mim e tu d. ( ) eu, mim e ti e. ( ) eu, eu e ti 10. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas: Eu .......................... desconheço. Roubaram-............. o carro Os carros? Roubaram-............... Não ........... era permitido ficar na sala. Obrigaram-.............. a sair daqui. a. ( ) o, lhe, nos, lhe, nos b. ( ) lhe, o, o, o, no c. ( ) o, os, lhe, lhe, lhe d. ( ) lhe, lhe, lhe, se, os e. ( ) o, o, os, lhe, no 11. I. Se você ..............., virei também. II. Se você ..............., caberei também. III. Se você ..............., verei também. IV. Se você ..............., irei também. V. Se você ..............., poderei também. a. ( ) vir, couber, ver, for, puder. b. ( ) vier, couber, vir, for, puder. c. ( ) vier, caber, vir, ir, puder. d. ( ) vir, couber, ver, ir, poder. e. ( ) vier, caber, vir, for, poder. 12. Foi preciso que eu .......... para que eles .......... a calma, sem se .......... um com o outro. a. ( ) intervisse, mantivessem, indisporem b. ( ) interviesse, mantivessem, indisporem c. ( ) interviesse, mantessem, indisporem d. ( ) intervisse, mantivessem, indispuserem e. ( ) interviesse, mantessem, indispuserem 13. Marque a frase absolutamente inaceitável, do ponto de vista da concordância nominal: a. ( ) É necessária paciência. b. ( ) Não é bonito ofendermos aos outros. c. ( ) É bom bebermos cerveja. d. ( ) Não é permitido presença de estranhos. e. ( ) Água de melissa é ótimo para os nervos. 14. Qual a alternativa em que a concordância está errada? a. ( ) Precisa-se de empregados. b. ( ) Precisam-se de empregados. c. ( ) Vendem-se refrigerantes. d. ( ) Consertam-se pianos de cauda. e. ( ) Compram-se jornais velhos. 15. Escreva nos parênteses: (S) para predicativo do sujeito (O) para predicativo do objeto a. ( ) Carmela e Marina assistiram alegres ao espetáculo. b. ( ) Consideramos Luzia uma excelente datilógrafa. c. ( ) Estava irritado com as brincadeiras. d. ( ) O inverno será rigoroso. e. ( ) Encontramos Maria Clara mais envelhecida. f. ( ) A lei foi considerada injusta. g. ( ) Consideraram a lei injusta. h. ( ) Estou farto do lirismo comedido. i. ( ) O meu verso é bom. j. ( ) Na calçada os homens caminhavam descobertos. l. ( ) Qual dos dois era o melhor? m. ( ) Vocês nem parecem brasileiros. 16. No período: “O homem andava triste porque não conseguiu que seu irmão lhe desse apoio naquela difícil empresa”, os verbos andar, conseguir e dar classificam-se, respectivamente, em: a. ( ) intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto. b. ( ) de ligação, transitivo direto, transitivo direto e indireto. c. ( ) de ligação, transitivo direto e indireto, transitivo direto e indireto. d. ( ) transitivo direto, transitivo direto, transitivo direto e indireto. e. ( ) intransitivo, transitivo direto, transitivo direto. 17. “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas, De um povo heróico o brado retumbante...” O sujeito desta afirmação com que se inicia o Hino Nacional é: a. ( ) indeterminado. b. ( ) um povo heróico. c. ( ) as margens plácidas do Ipiranga. d. ( ) do Ipiranga. e. ( ) o brado retumbante. 18. Na frase “Todos o consideravam um santo”, o predicado é: PORTUGUÊS 42 a. ( ) nominal b. ( ) transitivo c. ( ) verbo-nominal d. ( ) verbal e. ( ) intransitivo 19. Assinale a frase com sujeito indeterminado: a. ( ) Quantos doentes havia no hospital? b. ( ) Naquela manhã ventava perigosamente. c. ( ) Falam mal de nós. d. ( ) Pouco a pouco, a noite vem chegando. e. ( ) Choviam balaços sobre a cidade. 20. Qual a função sintática? O velho parecia cansado. a. ( ) sujeito b. ( ) aposto c. ( ) predicativo d. ( ) objeto direto e. ( ) objeto indireto 21. Obedeça- ___, estime-___ e ___ sempre que precisar. a) os – os – recorra a eles b) lhes – os – recorra a eles c) os – lhes – recorra-lhes d) lhes – lhes – recorra-lhes 22. Assinale a substituição errada: a) Aspiro o pó – Aspiro-o b) Aspiro ao sucesso – Aspiro-lhe c) Aspiro ao sucesso – Aspiro a ele d) Aspiramos o ar – Aspiramo-lo 23. Assinalar a alternativa que completa corretamente as lacunas em: "..... duas horas estamos ..... espera de sermos apresentados ..... quele escritor". a) a, à, a; b) há, à, a; c) há, à, à; d) a, há, a; e) há, a, a. MATEMÁTICA 43 MATEMÁTICA BÁSICA 01)(UFRGS) algarismo das unidades de ( 6 10 + 1 ) é a) 1 b) 2 c) 3 d) 6 e) 7 02)(UFRGS) Se ( x -1 + y -1 ) -1 = 2, então y é igual a: a) x 2 1 x ÷ b) x 2 1 x ÷ ÷ c) 2 x x 2 ÷ d) x 2 2 x ÷ e) x 1 x + 03) O valor de n na igualdade n 3 3 ) 3 ( 0 2 2 = + ÷ é a) 0 b) 1 c) 4 d) 12 e) 18 04 }O valor da expressão 1 3 5 1 4 ) 5 ( 2 0 2 2 + | . | \ | + ÷ ÷ ÷ é a) - 4 b) 1/ 9 c) 1 d) 5/ 4 e) 9 05) Simplificando a expressão 4 1 8 4 3 10 10 6 10 10 10 6 · · · · · ÷ ÷ ÷ obteremos: a) 10 -6 b) 10 -2 c) 1 d) 10 2 e) 10 6 06) ( ) 4 5 , 0 é igual a: a) 62,5 b) 6,25 c) 0,625 d) 0,0625 e) 0,00625 07)(UFRGS/2002) Analisando a seqüência abaixo 9 2 = 81 99 2 = 9801 999 2 = 998001 9999 2 = 99980001 conclui-se que o valor de 999999 2 é a) 9999800001. b) 99998000001. c) 99999800001. d) 999998000001. e) 99999980000001. 08) 0,12 . 2 , 0 0,08 . 0036 , 0 é igual a: a) 12 b) 12 . 10 -1 c) 12 . 10 -2 d) 12 . 10 -3 e) 12 . 10 -4 09) 21 20 19 0 .1 602 10 . 0,2 6 10 . 02 , 6 + é igual a: : a) 602 b) 60,2 c) 6,02 d) 2 e) 101. 10 -4 Gabarito 01) E 02) C 03) E 04) E 05) B 06) D 07) D 08) D 09) E RELAÇÃO Dados dois conjuntos A e B, qualquer lei que associe elementos de A a elementos de B estabelece uma relação real de A em B. Esta relação de A em B deve ser definida pelo próprio conjunto de pares ordenados ( x , y ) e A x B que satisfazem a lei de associação. 01) A representação decimal de ( ) 3 01 , 0 é: a) 0,01 b) 0,001 c) 0,0001 d) 0,00001 e) 0,000001 – DOMÍNIO : é o conjunto formado pelos primeiros elementos dos pares ordenados da relação. – IMAGEM : é o conjunto formado pelos segundos elementos dos pares ordenados da relação. Ex1) Sendo A = { 0, 1, 2, 3 } e B = { 2, 3, 4, 5, 6, 7 }. O domínio e a imagem das relações abaixo, é : - R1 = {( x, y ) e A x B / y = 2x } = {(1, 2),( 2, 4 ),( 3, 6 )} 1. 2. 3. 5. 7. 3. 5. 6. 8. 10. MATEMÁTICA 44 D = Im = - R2 = { ( x, y ) e A x B / y = 3x + 2 } = TESTES 02) (Furg 2002) 22) Os quatro elementos (0,2), (1,4), (1,5) e (2,6) do produto cartesiano M x N permitem determinar-se os conjuntos M e N. Então é correto afirmar- se que a) M · N = o b) M tem 4 elementos. c) M _ N d) N tem 5 elementos. e) M N tem 6 elementos. 03) (FURG) Sendo x x x f 3 2 ) ( ÷ = e t t f t g + = ) ( ) ( , então o domínio de g(t) é: a) { } 2 ou 1 0 | > s < 9 e t t t b) { } 2 ou 0 | > < 9 e t t t c) { } 0 | = 9 e t t d) { } 2 0 | s < 9 e t t e) { } 0 ou 2 1 | = s s 9 e t t t 04)(FURG) Seja 9 ÷ 9 : f uma função definida por f (x) = ax 2 + bx + c , onde a >0 e c < 0. Quanto às suas raízes, podemos afirmar que: a) não são reais. b) são reais e de mesmo sinal. c) são reais e de sinais diferentes. d) são nulas. e) são iguais e não-nulas. 05) Sendo x um elemento do conjunto A = { 1, 2, 3, 4, 5 } e y elemento do conjunto B = { 0, 4, 5, 7, 11, 13 }, então a relação dada por y = 3x – 2 é : a) {( 1, 1 )} b) {( 3, 7 ), ( 4, 11 )} c) {( 4, 2 ), ( 7, 3 ), ( 13, 5 )} d) {( 1, 1 ), ( 2, 4 ), ( 3, 7 )} e) {( 2, 4 ), ( 3, 7 ), ( 5, 13 )} 06)(UFRGS) Considerando A = { x e Z / -1 < x s 10 } , e sendo R a relação em A formada pelos pares ( x, y ) tais que y = 2x – 1 , o domínio e a imagem dessa relação correspondem , respectivamente, a a) { 0, 1, 2, 3 } e { 1, 3, 5, 7 } b) { 1, 2, 3, 4 } e { 3, 5, 7, 9 } c) { 0, 1, 2, 3, 4 } e { 0, 2, 4, 6, 8 } d) { 1, 2, 3, 4, 5 } e { 1, 3, 5, 7, 9 } e) { 1, 2, 3, 4, 5 } e { 0, 2, 4, 6, 8 } Gabarito 01) E 02) E 03) 04) C 05) E 06) D FUNÇÕES Dados os conjuntos A e B , chama-se função de A em B qualquer relação em que cada elemento de A tenha um único correspondente em B. A B A B 0. 2. 3. 5. A. B. C. D. E. 1. 2. 3. 4. A. B. C. D. E. – DOMÍNIO (Conjunto de Partida da Função) D(f) = { } : o conjunto A – CONTRADOMÍNIO (Conjunto de Chegada) CD (f) = { } : o conjunto B – IMAGEM Im(f) = { } ( são os elementos do CD que correspondem os elementos do domínio.) 01)(UFRGS) Dentre os conjuntos de pontos do plano cartesiano, apresentados abaixo, quais os que não podem representar gráficos de uma função? a) apenas I e III b) apenas II e IV c) apenas III e IV d) apenas I , III e IV e) apenas II , III e IV 02) O gráfico abaixo representa a função y = f( x ). A imagem dessa função é: a) [ - 3, 1 [ U ] 1, 2 ] U { 3 } b) [ - 3, 2 ] U { 3 } c) [ - 3, 3 ] – { 1 } d) [ - 3, 3 ] e) [ - 3, 3 [ MATEMÁTICA 45 VALOR NUMÉRICO DA FUNÇÃO Cada valor x pertence ao domínio de uma função y = f(x) , corresponde a um valor numérico da função. Ex1) Se f(x) = x 2 - x + 2, então : a) f( 2 ) = ( 2 ) 2 - ( 2 ) + 2 = 4 b) f( 0 ) = c) f( - 1 ) = d) f(x - 1) = Ex2) Sendo a função ¦ ¹ ¦ ´ ¦ > < + 0 x se , x 0 x se , 1 x = (x) f 2 ,então: a) f ( –1 ) = – 1 + 1 = 0 b) f ( 3 ) = c) f( 1/2 ) = Ex3) Se f( x + 2 )= x 2 – 5 , então f( 5 ) é igual a : TESTES 03)(UFRGS) Considere a função f : 9 ÷ 9 definida por: f (x) = ¹ ´ ¦ i rraci onal é x se 0 raci onal é x se 1 . Então f (2) + f ( 2 ) – f (2 + 2 ) é igual a: a) –1 b) 0 c) 1 d) 2 e) 3 04)(ACAFE) Dada a função ¦ ¹ ¦ ´ ¦ s > 1 x se 1, + x 3 < x < 1 se , 2 3 x se 7, - 3x = f (x) 2 , então, o valor de f(-2) + f(2) + f(4) é: a) 0 b) 2 c) 6 d) 4 e) 12 05)(PUCRS) Se f ( x – 2 ) = x² + 1 , então f (4) é igual a: a) 5 b) 16 c) 17 d) 36 e) 37 06)(UFSC) Considere as funções f : R ÷ R e g : R÷ R por f(x) = x 2 - x + 2 e g(x) = - 6x + 5 3 . Calcule f 1 2 | \ | . | + 5 4 . g(-1) R: 34/3 07)(UFSC) Considere a função f(x) real, definida por f(1) = 43 e f(x+1) = 2 f(x) - 15. Determine o valor de f(0) R:29 08) Seja f: R * ÷ R a função definida por f(x)= x 5 3 x 2 ÷ . O elemento do domínio que tem -2/5 como imagem é a) – 15 b) – 3 c) zero d) 2/5 e) 3/4 09) A função f, R  R, cujo gráfico está representado na figura a seguir é definida por... a) f(x)= ¹ ´ ¦ > + s + 2 x para 3, x 2 x para , 1 x b) f(x)= ¦ ¹ ¦ ´ ¦ > ÷ s + ÷ 2 x para 3, x 2 x para , 1 2 x c) f(x)= ¹ ´ ¦ > + s + ÷ 2 x para 3, x 2 x para , 1 x d) f(x)= ¹ ´ ¦ > ÷ s + ÷ 2 x para 3, x 2 x para , 1 x 2 10)(ACAFE) Considerando a função y = f(x), com – 8 s x s 10, representada na figura abaixo, é correto afirmar que: 2 4 y 2 4 6 8 -4 -2 0 -2 -4 10 -6 -8 a) f(-4) + f( 4) = 10 b) f(1) . f(2) . f(3) = 0 c) f( 0 ) = 0 d) f(-2) = 0 e) A imagem de f é [-4, 2] CLASSIFICAÇÃO DAS FUNÇÕES a) Crescente ÷ Se para valores progressivos de x possuir valores numéricos crescentes. x1 > x2 ÷ f(x1) > f(x2) b) Decrescente ÷ Se para valores progressivos de x possuir valores numéricos decrescentes. x1 > x2 ÷ f(x1) < f(x2) c) Par ÷ Quando os valores numéricos para valores simétricos de x são iguais: MATEMÁTICA 46 f(x) = f(-x) ÷ (simetria com o eixo Oy) d) Ímpar ÷ Quando os valores numéricos para valores simétricos de x são simétricos. f(-x) = - f(x) ÷(simetria em torno da origem) e) Injetora ÷ Diferentes elementos de A tem diferentes imagens em B. x1 = x2 ÷ f (x1) = f(x2) f) Sobrejetora ÷ O contradomínio é igual a imagem . CD = Im h) Bijetora ÷ Se a função for injetora e sobrejetora ao mesmo tempo. FUNÇÃO COMPOSTA Seja uma função f: A ÷B e uma função g: B ÷ C . Chama-se função composta de g com f, a função h definida de A em C, tal que h(x) = g( f(x) ). Representação: g o f(x) = g( f(x) ). f o g(x) = f( g(x) ). Ex) Se f(x) = x 2 + 1 e g(x) = x – 3 , então, fog ( x ) = f (g( x )) f o g ( x ) = [ g( x ) ] 2 + 1 f o g ( x ) = [ x – 3 ] 2 + 1 f o g ( x ) = x 2 – 6x + 9 + 1 f o g ( x ) = x 2 – 6x + 10 Ex) Dadas as funções de R em R: f(x) = 3x + 2 e g(x) = 2x –1 Calcule : 1) g o f(x) = 2) f o g(x) = 3) g o f(0) = Ex3) Dadas as funções ( ) x 5 x f ÷ = e g(x) = x 2 - 1, o valor de g o f( 4 ) é TESTES 11)(PUCRS) Seja f a função definida por ¦ ¹ ¦ ´ ¦ > ÷ < ÷ = 0 x se x 1 0 x se x ) x ( f 2 . Nestas condições, f(f(2)) é igual a a) 2 b) 1 c) 0 d) – 1 e) -2 12)(PUCRS) Se f é a função pela qual x x ) x ( f = , então f(f( x )) é igual a a) x b) 1 c) x d) 4 x e) x x 13)(UFSC) Considere as funções f, g : R ÷ R tais que g(x) = 2x + 1 e g(f(x)) = 2x 2 + 2x - 1 . Calcule f(7). a) 15 b) 49 c) 55 d) 98 e)109 FUNÇÃO INVERSA Seja a função f: A ÷ B a sua f -1 será B ÷ A tal que: – Somente as funções BIJETORAS admitem função inversa. – Troca-se x por y e y por x , isolando o novo y. Ex1) Calcule a função inversa de : a) ( ) 2 x 2 x f + = b) ( ) 2 3 x x f ÷ = c) ( ) 2 x 7 5 - x 3 x f + = 14)(UFRGS) As funções f e f –1 são inversas, Se f é definida por 3 - x 1 ) x ( f = , então f –1 (x) é igual a a) 3 x 1 + b) 3 x 1 + c) 3 - x 1 d) x – 3 e) 3 – x FUNÇÃO CONSTANTE – f(x) = k – D = – Im = FUNÇÃO DO 1º GRAU – f(x) = ax + b Com a, b e IR e a = 0. Onde : – a (coeficiente angular) indica a inclinação da reta. – b (coeficiente linear) indica a ordenada do ponto onde a reta intercepta o eixo 0y. MATEMÁTICA 47 Domínio = IR e Imagem = IR Ex1) Represente nos gráficos, as seguintes funções: a) f(x) = 2x – 6 b) f(x) = - 5x + 8 TESTES 15) Dos gráficos abaixo, o que melhor representa a função y = 3x + 5 é: 16) Seja a função f(x) = ax + b. Sabe-se que f(–1) = 3 e f(2) = 9. O valor de f (–2) é: a) 12 b) 5 c) 3 d) 1 e) –1 17) Seja f: R÷R uma função definida por f(x) = mx + p. Se f passa pelos pontos A(0, 4) e B(3, 0) então f – 1 passa pelo ponto a) ( 8, - 2 ) b) ( 8, 3 ) c) ( 8, - 3 ) d) ( 8, 2 ) e) ( 8, 1 ) 18) Um técnico em eletrônica cobra R$ 50,00 a visita e R$ 30,00 a hora de trabalho. Se ele trabalhou x horas e recebeu p reais, então: a) p = 150x b) p = 50x + 30 c) p = 30x + 50 d) p = 80x e) p = 50x + 80 19)(UFSC) Sabendo que a função f(x) = mx + n admite 5 como raiz e f(-2) = - 63, o valor de f(16) é : R:99 20)(UFSC) O gráfico abaixo representa temperatura T( o C) x tempo t (h). 01. No intervalo entre t1 = 1 e t2 = 2 a temperatura diminuiu numa taxa constante. 02. A função que determina a temperatura entre t1 = 5 e t2 = 6 é do tipo y = ax + b, com a < 0. 04. A temperatura diminuiu mais rapidamente no intervalo entre t1 = 1 e t2 = 2 do que no intervalo entre t2 = 2 e t3 = 3. 08. A temperatura mínima ocorreu no instante t = 3. 16. A temperatura máxima ocorreu no instante t = 2. Soma ( 09 ) Gabarito 01) A 02) B 03) C 04) E 05) E 06) 34/3 07) 29 08) E 09) B 10) B 11) D 12) D 13) C 14) B 15) 16) D 17) C 18) C 19) 99 20) 09 FUNÇÃO DO 2º GRAU f(x) = ax 2 + bx + c MATEMÁTICA 48 Com a, b e c e IR e a = 0. Onde : – a > 0 ÷ (concavidade voltada para cima) a < 0 ÷ (concavidade voltada para baixo) – c ÷ indica o ponto de intersecção da parábola com o eixo das ordenadas. ( 0, c ) Ex1) Determine os sinais de a, b e c das funções f(x) = ax 2 + bx + c, representadas nos gráficos abaixo: 01) Na figura abaixo, temos a representação geométrica do gráfico de uma parábola de equação y = ax 2 + bx + c. Para esta parábola, os sinais dos produtos a.b, a.c e b.c são, respectivamente, a) negativo, negativo e positivo b) negativo, positivo e negativo c) negativo, negativo e negativo d) positivo, positivo e positivo e) positivo, negativo e negativo RAÍZES OU ZEROS São os valores de x que tornam a função nula. f(x) = 0 ÷ ax 2 + bx + c = 0 Podemos achar as raízes por : a) Fórmula de Bhaskara : a 2 4ac - b b - x 2 ± = b) Relações de Girard : – Soma das raízes ÷ x1 + x2 = S = a b ÷ – Produto das raízes ÷ x1 . x2 = P = a c OBS : - Indicam os pontos de intersecção da parábola com o eixo das abscissas. ( x1 , 0 ) e ( x2 , 0 ) Ex) a) f(x) = x 2 – 3x + 2 b) f (x) = - x 2 + x – 6 DISCRIMINANTE: A = b 2 – 4ac A > 0 A função tem duas raízes reais distintas. A = 0 A função tem duas raízes reais iguais. A < 0 A função não tem raízes reais. 02) Os valores de m para os quais as raízes da função y = x 2 - 4x + m sejam reais e diferentes, são a) m > 4 b) m = 4 c) m < 4 d) m = 4 e) m = ± 4 03)(ACAFE) Os valores de m para os quais as raízes da função y = -x 2 - mx - 4 sejam reais e diferentes, pertencem ao intervalo: a) ]-2, 2[ b) [-2, 2] c) [-4, 4] d) R - [-4, 4] e) ] 4, + · [ 04) Associe as colunas M e N e assinale a alternativa correspondente à associação correta a) 1D, 2A, 3B, 4C b) 1C, 2B, 3D, 4A c) 1B, 2A, 3C, 4D d) 1D, 2A, 3C, 4B MATEMÁTICA 49 e) 1C, 2A, 3B, 4D 05)(UFRGS/2002) O gráfico da função quadrática f(x) = x 2 + px + 1 intercepta o eixo das abscissas em dois pontos distintos, se e somente se a) p < -2. b) p < 0. c) -2 < p < 2. d) p < 0 ou p > 2. e) p < -2 ou p > 2. VÉRTICE ( xv , yv ) ÷ - b 2a , - 4a A | \ | . | 06)(UFRGS) O movimento de um projétil lançado para cima verticalmente, é descrito pela equação y = - 40x² + 200x onde y é a altura, em metros, atingida pelo projétil x segundos após o lançamento. A altura máxima atingida e o tempo que esse projétil permanece no ar correspondem, respectivamente, a: a) 6,25 m e 5 s b) 250 m e 0 s c) 250 m e 5 s d) 250 m e 200 s e) 10.000 m e 5 s 07)(ACAFE) Um projétil é lançado a partir do solo, descrevendo uma curva dada pela equação y= 30x - 3x 2 onde y mede a altura do projétil em metros. A altura máxima que o projétil pode atingir é: a) 50m b) 75m c) 25m d) 120m e) 150m – VALOR MÍNIMO VALOR MÁXIMO – Im = [ yv , + · ) Im = (- · , yv ] Domínio = R 08) Sobre a função y = x 2 - 2x - 3 é CORRETO afirmar : a) O vértice é (1, 4) · b) O gráfico não intercepta o eixo dos x. c) O gráfico intercepta o eixo y no ponto (0, 3). d) O valor mínimo é -4. e) O ponto (-1, -2) e f(x). 09)(UFRGS) Um menino chutou uma bola. Esta atingiu altura máxima de 12 metros e voltou ao solo 8 segundos após o chute. Sabendo que uma função quadrática expressa a altura y da bola em função do tempo t de percurso, esta função é a) y = - t 2 + 8t b) y = - 8 3 t 2 + 3t c) y = - 4 3 t 2 + 6t d) y = - 4 1 t 2 + 2t e) y = - 3 2 t 2 + 3 16 t 10) No gráfico estão representadas as funções f : IR  IR / f(x) = (x + 3)(x – 1) e g : IR IR / g(x) = x + 3 . As coordenadas dos pontos V e L são, respectivamente, a) (–1,– 3) e ( 2, 5) b) (–1,– 4) e ( 2, 4) c) (–2,– 3) e ( 2, 3) d) (–1,– 3) e ( 2, 4) e) (–1,– 4) e ( 2, 5) 11)(ACAFE) A parábola y = x 2 + 2x e a reta y = 4x - 1 interceptam-se no ponto: a) ( 1, 3 ) b) ( 0, -1) c) ( -2, - 9 ) d) ( 1/4, 9/16 ) e) ( 8, 7 ) 12)(ACAFE) Dada a função y = x 2 - 4, determine o perímetro do triângulo formado pelos zeros da função e o vértice da parábola que ela representa. a) 8 b) 4 (1 + 5 ) c) 2 5 + 4 d) 4 + 5 e) 1 Gabarito 01) D 02) C 03) D 04) B 05) E 06) C 07) B 08) D 09) C 10) E 11) A 12) D ESTUDO DOS SINAIS MATEMÁTICA 50 a > 0 a < 0 A > 0 A = 0 A < 0 INEQUAÇÕES – Inequação do 1º Grau São as desigualdades do tipo: – ax + b > 0, ax + b > 0, ax + b < 0 e ax + b s 0 , com a = 0. Para resolvermos uma inequação de 1º grau, basta isolarmos a variável. Ex1) a) 2x – 4 > 0 b) 3x + 5 s 0 c) – 4x + 7 > 0 d) – x – 4 < 0 OBS : – > ou < ÷ não assume a raiz – > ou s ÷ assume a raiz – à direita da raiz ÷ mesmo sinal de a. – à esquerda da raiz ÷ sinal contrário de a. – Inequação do 2º Grau São desigualdades do tipo : – ax 2 + bx + c > 0 , ax 2 + bx + c > 0 , ax 2 + bx + c < 0 e ax 2 + bx + c s 0 , com a = 0 Para resolvermos uma inequação de 2º grau, devemos determinar as raízes e fazer o estudo dos sinais da inequação . a) Se A > 0 ( x1 = x2 ) – Entre as raízes ÷ sinal contrário de a . – Para fora das raízes ÷ mesmo sinal de a . Ex1)O conjunto solução para x 2 – 6x + 8 s 0 é b) Se A = 0 ( x1 = x2 ) – À esquerda e à direita da raiz ÷ mesmo sinal de a . Ex2) O conjunto solução para - x 2 - 2x - 1 > 0 é c) Se A < 0 ( x e IR ) – Toda ela tem o sinal da a. Ex3) O conjunto solução para x 2 - 4x + 5 > 0 é – Inequação Produto e Quociente Para resolvermos estas inequações, devemos determinar as raízes e analisar o estudo do sinal de cada uma das parcelas do numerador e, do denominador (quociente). Ex) a) ( x – 3 ).( x 2 – 3x + 2) > 0 b) 2 3x - x 3 - x 2 + s 0 DOMÍNIO DA FUNÇÃO 1) f x ( ) = n (x) R ¬ 2) ( ) ( ) ( ) ( ) f x n x d x d x = ¬ = 0 3) ( ) ( ) ( ) f x x PAR r x = ¬ > r 0 4) f x ( ) = r (x) IMPAR R ¬ 5) ( ) ( ) ( ) ( ) f x n x d x PAR d x = ¬ > 0 Ex) a) f(x) = x 3 + 2x - 8 b) ( ) x 2 3 4 x 2 x f ÷ ÷ = c) ( ) 3 x 2 x f ÷ = 01)(UFRGS) As soluções reais da desigualdade x 2 + 1 > 2x são números x , tais que a) x = 0 b) x > 1 c) x > 1 d) x = 1 e) x < 1 02) O conjunto solução para a inequação 0 5 x 6 x 2 > + ÷ ÷ é a) ] - o , 5 [ b) [ 3, 5 ] c) [ 3, 5 [ d) ] 5, + o [ e) IR 03) O conjunto de todos os valores reais de x que satisfazem a desigualdade 1 2 x 2 2 x 2 2 x s ÷ + ÷ + ÷ é: a) {x e R / x s 0 ou x > 2} b) { xeR/ x s 2 } c) {xeR/ x s –1 ou x > 1 } d) {xeR/ 2 ÷ s x s 2 } e) { xeR/ x s –1 } MATEMÁTICA 51 04) O domínio da função real , definida por f(x)= 4 x 5 2 x 1 x + ÷ ÷ , é: a) { x e R / 1 < x < 4 } b) { x e R / x > 1} c) { x e R / x > 1 e x = 4} d) { x e R / x > 4 } e) { x e R / x = 0 e x = 7} 05)(UFRGS) Os gráficos seguintes representam, respectivamente, as funções y = f(x) e y = g(x). Essas funções se anulam somente nos pontos indicados nas figuras. A solução da inequação f(x) . g(x) > 0 é a) ( -o , 0 ) b) ( 0, + o ) c) ( - 3, 2 ) d) ( - o, - 3 ) U ( 2,+ o ) e) ( -3, 0 ) U ( 0, 2 ) 06)(UDESC) Sendo as funções f: R ÷ R definida por f(x) = x 2 - 2x - 3 e g: R ÷ R definida por g(x) = - x 2 + 4x + 5, assinale VERDADEIRA (V) ou falsa (F) em cada uma das afirmações a seguir. ( ) g(x) > f(x) para todo x e ] - 1, 5 [ ( ) f(x) > g(x) para todo x e ] - · , -1 ] v [4, + · [ ( ) f(x) = g(x) para x e { - 1, 3, 5 } A seqüência correta é a) F – V – F. b) F – V – V. c) F – F – V. d) V – V – F. e) V – F – V. FUNÇÃO MODULAR – f(x) = |x| 07)(UFRGS/2000) O desenho abaixo representa o gráfico de y = f(x). -1 1 O gráfico que representa a função ) x ( f a) -1 1 b) -1 1 c) -1 1 d) -1 1 e) -1 1 08)(UFRGS/2001) O produto de duas variáveis reais, x e y, é uma constante. Portanto, dentre os gráficos abaixo, o único que pode representar essa relação é y y a) b) x x y y c) d) x x y e) MATEMÁTICA 52 x 09)(UFSC\2001) Determine a soma dos números associados à(s) proposição(ões) verdadeira(s). 01. o domínio da função ]: D ÷ R , D c R definida por 6 x 10 x 3 2 x ) x ( f ÷ ÷ ÷ = é d = {x e r / x s – 2 ou x > 5} – {6}. 02. a função inversa da função g(x) = 3 x 1 2x ÷ ÷ é definida por -1 g (x) = 2 x 1 3x ÷ ÷ . 04. sejam h e k, duas funções, dadas por h(x) = 2x – 1 e k(x) = 3x + 2. então h(k(1)) é igual a 9. 08. a função ]: R ÷ R definida por ](x) = x + 2, é uma função decrescente. 16. o conjunto-imagem da função h: R ÷ R, definida por h(x) = x 2 – 4x + 3 é Im(h) = {y e R / y > – 1}. 32. a função g: R ÷ R definida por g(x) = x 2 + 1, é uma função par. Soma ( ) 10)(UFSC) Sejam as funções 1 x 1 x ) (x f ÷ + = definida para todo x real e x = 1 e g(x) = 2x + 3 definida para todo x real. Determine a soma dos números associados à(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S). 01. ( ) x f - = x 1 f | . | \ | para todo x e R – { 0, 1 }. 02. O domínio da função f o g (f composta com g) é D(fog) = R – {- 1}. 04. A reta que representa a função g intercepta o eixo das abscissas em | . | \ | ÷ 0 , 2 3 . 08. A função inversa da g é definida por g -1 (x) = 2 3 - x . 16. O valor de g(f(2)) é igual a 3 4 . 32. A função f assume valores estritamente positivos para 1 ou x 1 - x > < . Soma ( 47 ) 11)(UFSC) Sejam f e g funções de R em R definidas por: f(x) = - x + 3 e g(x) = x 2 - 1. Determine a soma do números associados à(s) proposição(ões) VERDADElRA(S). 01. A reta que representa a função f intercepta o eixo das ordenadas em (0,3) 02. f é uma função crescente. 04. - 1 e + 1 são os zeros da função g. 08. Im(g) = { y e R / y > -1 }. 16. A função inversa da f é definida por f -1 (x) = -x + 3. 32. O valor de g(f(1)) é 3. 64. O vértice do gráfico de g é o ponto ( 0, 0 ). Soma ( 61 ) 12)(UFSC) Sendo f : R - {1} ÷ R - {1} definida por ( ) 1 x x y x f ÷ = = , determine a soma dos números associados às afirmativas VERDADEIRAS 01. O gráfico de f(x) é uma reta. 02. f(x) é uma função injetora. 04. Sua função inversa é f -1 = 1 x x ÷ . 08. f(x) é uma função par. 16. O valor de f(2) é igual a 2. 32. f(x) é uma função bijetora. Soma ( 54 ) 13)(UFSC) Considere a função f: R ÷R dada por f(x) = | 2x + 5 | . Determine a soma dos números associados as proposições corretas. 01. é injetora. 02. O valor mínimo assumido por f é zero. 04. O gráfico de f intercepta o eixo y no ponto de coordenadas ( 0, 5 ). 08. O gráfico de f é uma reta. 16. f é uma função par. Soma ( 06 ) 14)(UFSC) Seja f uma função real de variável real, representada pelo gráfico abaixo. Determine a soma dos números associados à(s) afirmativa(s) VERDADElRA(S). 01. f tem três zeros reais. 02. f é uma função crescente em seu domínio. 04. a imagem de f é R. 08. f é inversível em seu domínio. 16. O domínio de f é R. Soma ( ) 15)(UFRGS\2002) Na figura abaixo estão representados três quadrados. A área do quadrado maior é 25, e a soma das áreas dos quadrados hachurados é A(x). A função A(x) é crescente no intervalo a) | . | \ | 2 3 , 0 . b) | . | \ | 2 5 , 0 . c) | . | \ | · + , 2 5 . d) | . | \ | 5 , 2 3 . - x - MATEMÁTICA 53 e) | . | \ | 5 , 2 5 . 16) (UFPEL) Um espaço para show será cercado em três de seus lados, excetuando-se o lado das arquibancadas, conforme o esquema a seguir. Sendo o custo do metro de cerca R$ 2,00 para os extremos e R$ 3,00 para o lado paralelo às arquibancadas e dispondo-se de R$ 900,00, calcule as dimensões do espaço que pode ser cercado com esse custo, para que ele possua a maior área possível. Gabarito 01) D 02) C 03) B 04) D 05) D 06) C 07) A 08) C 09) 39 10) 47 11) 61 12) 54 13) 06 14) 29 15) E 16) LEI DOS SENOS Sempre que forem apresentados 2 ângulos e 2 lados opostos a estes ângulos. 2r = C sen c = B sen b = A sen a ^ ^ ^ 01) No triângulo ABC, onde AC = 15 2 e os ângulos A e C medem, respectivamente, 30º e 15º. A medida de BC é : a) 10 2 b) 15 c) 15 6 d) 30 e) 30 6 LEI DOS CO-SENOS Sempre que forem apresentados 1 ângulo e 3 lados. a 2 = b 2 + c 2 – 2bc . cos  b 2 = a 2 + c 2 – 2ac . cos ^ B c 2 = a 2 + b 2 – 2 ab . cos ^ C 02) Calcule o valor de x, nos casos abaixo: a) R: 12 2 b) R: 19 03)(UFRGS) O perímetro do triângulo da figura vale a) 13 b) 15 c) 7 +2 3 d) 7 + 13 e) 20 04)(SUPRA) Duas Rodovias A e B se cruzam formando um ângulo de 30 0 . Uma lanchonete se encontra na rodovia A, a 12km do cruzamento. Pela lanchonete passa uma rua retilínea C, perpendicular à rodovia B. A distância da lanchonete à rodovia B, indo através da rua C, é de: Dados: 5 , 0 30 sen 0 = ; 866 , 0 30 cos = o e 577 , 0 30 0 = tg a) 6 km. b) 8 km. c) 1 km. d) 5 km. e) 1,6 km. 05)(UFSC) Dois pescadores P1 e P2 estão na beira de um rio de margens paralelas e conseguem ver um bote B na MATEMÁTICA 54 outra margem. Sabendo que P1P2 = 63 m, os ângulos BP1P2 = o e BP2P1 = | e que tg o = 2 e tg | = 4, a distância entre as margens (em metros) é: R: 84 06) (UFPEL) 6) A figura representa dois quartéis do Corpo de Bombeiros. O primeiro está localizado no ponto A e outro, 11km distante de A, na direção leste. Num mesmo instante, avista-se, de cada posto do Corpo de Bombeiros, um incêndio no ponto C, segundo as direções indicadas na figura. Calcule a distância do fogo até cada uma das unidades indicadas na figura. 07) (UFPEL) O Brasil tem o segundo maior rebanho bovino do mundo e, entre as novas tecnologias de produção, encontra-se a criação por confinamento. Um terreno em formato triangular, com um de seus lados igual a 100m, conforme a figura abaixo, ilustra um exemplo de área onde serão confinadas 300reses. Com base na figura e em seus conhecimentos, determine o perímetro do terreno utilizado para esse confinamento. CICLO TRIGONOMÉTRICO MEDIDAS DE ARCOS Para mudarmos as unidades de medida de ângulos, de graus para radianos e vice-versa, podemos utilizar uma regra de três. t rd ÷÷ 180º ÷÷ 200 gr EX): Transforme os ângulos, de graus para radianos e vice-versa : a) 60º b) 330º c) 5t / 6 d) 7t/4 ARCOS CÔNGRUOS Determinamos que a circunferência tem um arco de uma volta igual a 360º ( ou 2t rad). Se quisermos trabalhar com arcos maiores que 360º ( ou 2t rad), necessitamos , então, dar mais do que uma volta completa na circunferência. Os arcos que param em um mesmo ponto, mas cujos valores foram encontrados após um total diferente de voltas na circunferência, são chamados de arcos côngruos. A esses arcos damos o nome de determinação. Ex1) 30º = a 1 determinação positiva 390º = a 2 determinação positiva ( 1 volta + 30º ) 750º = a 3 determinação positiva ( 2 voltas + 30º ) 1.110º = a 4 determinação positiva ( 3 voltas + 30º ) t + o = . k . 2 x ou º 360 . k x + o = ( k c Z ) MENOR DETERMINAÇÃO POSITIVA DE UM ARCO Para encontrá-la, devemos determinar quantas voltas foram dadas, e mais quanto precisou andar sobre a circunferência para chegar ao arco dado. Ex1) Encontrar a menor determinação positiva dos arcos: a) 840º b) 1200º c) - 30º 08) O valor de (cos 1080º - sen 720º). cos 1125º é a) 0 b) 1 c) 2 d) 2 2 e) 2 6 09) Um jovem acertou seu relógio analógico, exatamente às 6 horas, quando acordou. Saiu para prestar a prova de matemática do vestibular. Estava tão concentrado que só olhou novamente o relógio quando já estava na sala resolvendo as questões. Percebeu, então, que o ponteiro das horas tinha percorrido um ângulo de 72 0 . A hora que seu relógio marcava era: a) 8h. b) 8h e 24min. c) 8h e 15min. d) 8h e 30min. e) 9h. 10)(UFRGS) Os ponteiros de um relógio marcam duas horas e vinte minutos. O menor ângulo entre os ponteiros é a) 45º b) 50º c) 55º d) 60º e) 65º FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS MATEMÁTICA 55 11)(UFRGS) Se u = 85º , então a) tan u < cosu < sen u b) sen u < tan u < cos u c) sen u < cos u < tan u d) cos u < tan u < sen u e) cos u < sen u < tan u SENO Variação : - 1 s senx s 1 12)(PUCRS) Se a igualdade senx = 2m – 5 é verdadeira para algum x, m é tal que a) 0 s m s 5/2 b) – 2 s m s 3 c) 2 s m s 3 d) 2 < m < 3 e) – 5/2 s m s 5/2 13)(UFRGS) Sendo x número real, o menor e o maior valor possíveis da expressão ) 10x ( sen 2 - 5 42 são, respectivamente, a) 6 e 14 b) – 21 e 5 42 c) 5 14 ÷ e 5 42 d) 42 e - 42 e) – 14 e - 6 14)(UFRGS) Assinale a alternativa correta : a) sen300º < sen230º < sen200º b) sen230º < sen300º < sen200º c) sen230º < sen200º < sen300º d) sen200º < sen230º < sen300º e) sen300º < sen200º < sen230º 15)(ACAFE) Assinale o valor correto de k sendo sen x = 1 + 4k e cos x = 1, com k e IR. a) 2 b) 4 c) -1/4 d) - 4 e) -1/2 16)(ACAFE) Sendo sen x = 6 1 m 2 ÷ e t < x < 2t o menor valor inteiro de m é : a) -3 b) -2 c) -1 d) 0 e) 1 17)(ACAFE) A solução da equação 2 sen x + 1 = 0. com 0 s x s 360º é: a) {150º, 210º} b) { 210º, 330º} c) {120º, 240º} d) { 240º, 300º } e) { 30º ,150º} CO-SENO Variação : - 1 s cosx s 1 18)(PUCRS) Se y = 3cos x - 1, então y varia no intervalo a) [ 2, 4 ] b) [- 1, 1 ] c) [ -1, 3 ] d) [ -3, 1 ] e) [ -4, 2 ] 19)(PUCRS) O seno de 210º é igual ao co-seno de : a) 150º b) 120º c) 30º d) -30º e) 60º MATEMÁTICA 56 REDUÇAO AO 1º QUADRANTE _ Arco no 2º quadrante ÷ quanto falta para 180°; _ Arco no 3º quadrante ÷ quanto passa de 180°; _ Arco no 4º quadrante ÷ quanto falta para 360°; NÃO ESQUEÇA: Após a redução, devemos lembrar de analisar o sinal de cada função no quadrante em que estávamos trabalhando originalmente. Seno Co-seno Tangente 20)(PUCRS) O valor numérico de x cos 3 4 x 3 tan 2 2 x sen + para 3 x t = rd é a) 2 5 b) 3 5 c) 2 3 d) 5 2 e) 0 21)(UFRGS) Para todo x e IR, ( ) x - cos x 2 sen t + | . | \ | + t é a) 2 senx b) – 2 senx c) 2 cosx d) – 2 cosx e) 0 22)(UFRGS) Para todo x e IR, ( ) x - sen 2 x cos t + | . | \ | t + é a) cos x b) – senx – cosx c) 0 d) – 2 senx e) 2 senx RELAÇÕES FUNDAMENTAIS 1) sen 2 x + cos 2 x = 1 2) tg x = x cos x sen 3) cotg x = x sen x cos 4) sec x = x cos 1 5) csc x = x sen 1 23) Sendo senx = 3/5 e x e [ 0, 2t ], calcule: a) cos x b) tg x = c) cotg x = d) sec x = e) csc x = 24)(UFRGS) Se tan a = 2 1 e a e[ 0, 2 t ], então cos a é igual a: a) 2 3 b) 2 6 c) 3 6 d) 5 5 2 e) 2 5 25) O maior valor de a e 9*, para que se tenha, simultaneamente, sen x = 3a - 1 e cos x = a, é: a) 0 b) 4/5 c) 1 d) 3/5 e) 3/2 26)(UFRGS) O valor de m que satisfaz simultaneamente as igualdades 3 3 m x sen = e 3 6m x cos = é : a) 2 b) 1 c)1/2 d) 0 e) – 3 RELAÇÕES DERIVADAS a) sen 2 x = 1 - cos 2 x b) cos 2 x = 1 - sen 2 x c) tg x = gx cot 1 d) tan 2 x +1 = sec 2 x e) cotg 2 x +1 = csc 2 x 27)(UDESC) Se o seno de determinado arco do primeiro quadrante vale 5/13, então: a) o co-seno vale 12/13 e a tangente vale 5/12. MATEMÁTICA 57 b) o co-seno vale 8/13 e a tangente vale 5/8. c) o co-seno vale 5/12 e a tangente vale 12/13. d) o co-seno vale 5/8 e a tangente vale 8/13. e) o co-seno vale 8/13 e a tangente vale 5/12. 28)(UFSC) Sabendo que cosec x = 5/4 e x é do primeiro quadrante, então o valor da expressão 9. ( sec 2 x + tg 2 x ) é : R: 41 29)(UDESC) Se tg x = 2 e 0 < x < 90 o , então cos x é: a) 3 4 b) 2 5 5 c) 3 2 d) 2 3 e) 5 5 30)(PUCRS) A expressão ( 1 + cotg 2 x ).( 1 - cos 2 x ) é igual a: a) 0 b) 1 c) cos x d) sen x e) cotg x 31)(UFRGS) Levando em conta as variações das funções seno, co-seno e tangente, verifique qual das igualdades abaixo é verdadeira : a) 3 tg 2 x – 1 = 0 b) 3 – 2 cos 2 x = 5 c) 2 sen 2 x + 1 = 0 d) sen 2 x = 1 + cos 2 x e) 2 + tg 2 x = 0 32)(UFRGS) Considerando tg x + cotg x = 3 o valor de tg 2 x + cotg 2 x é igual a a) -7 b) -2 c) 0 d) 2 e) 7 33)(ACAFE) Sendo cos x = - 3 /2 e x e [t/2, t]; o valor de tg x é: a) 3 b) - 3 3 c) - 3 d) 3 3 e) 1 34)(ACAFE) O valor da cotangente do arco de 9t/4 radianos é: a) - 3 b)-1 c) 1/3 d) 3 /3 e) 1 35)(ACAFE) Simplificando a expressão x sec cos 2 g cot x 2 sec cos x sen 1 x 2 cos ÷ ÷ ÷ , obtemos : a) -1 b) 1 c) 2 d) -2 e) 0 36)(UDESC) A expressão mais simples para x 2 sec x 2 ec cos . x 2 cos 1 1 ÷ + é : a) 1 b) –1 c) 0 d) tg x e) sec 2 x 37)(ACAFE) Simplificando a expressão 6 7 sec cos . 3 5 sec 2 3 sen . cos . 4 3 tg t t t t t , obter-se-á: a) 0 b) 1/4 c) \2/2 d) \3/4 e) 3/4 38)(ACAFE) A alternativa verdadeira é : a) cossec 7t/2 = 1 b) sen 150º = - 1/2 c) sec 210º = -\3/2 d) cos 3t/4 = - sen 3t/4 e) tg 3t = 1 39)(UFRGS) Para todo x real, o valor da expressão x 2 g cot 1 1 x 2 tg 1 1 + + + é igual a: a) 1 b) 2 c) x 2 g cot x 2 tg 2 + + d) x 2 sec cos x 2 sec + e) x 2 sec cos x 2 sec 1 + ADIÇÃO DE ARCOS sen (a ± b) = sen a . cos b ± sen b . cos a cos (a ± b) = cos a . cos b  sen a . sen b tg (a ± b) = b .tg a tg 1 b tg a tg  ± MATEMÁTICA 58 40)(ACAFE) Sendo cossec x = -2 e x e ao 4º Quadrante, o valor da expressão cos (x - 5t/2) é: a) - 3 /2 b) 1/2 c) 3 /2 d) – 1/2 e) 3 48)(PUCRS) Se tanx = 3 1 e se tany = 5 1 , então tan ( x–y) é igual a a) 4 3 b) 3 2 c) 7 4 d) 8 1 e) 15 1 ÷ ARCO DUPLO 1) sen 2a = 2 . sen a . cos a 2) cos 2a = cos 2 a – sen 2 a 3) tg 2 a = a tg - 1 a tg . 2 2 NÃO ESQUEÇA: Para memorizar as fórmulas acima, basta trocar 2a por ( a + a ) . 49)(PUCRS) Se sen2x = 1, o quadrado de cos x – senx é igual a a) 0 b) 16 1 c) 4 1 d) 2 1 e) 1 50)(UFRGS) Para sen (·) = 1/2 e no 2º quadrante, considere as afirmações I – cos (·) = 3 /2 II – sen (2·) < 0 III – csc (3·) = 1 Quais são verdadeiras ? a) apenas a I . b) apenas a III . c) apenas a I e III. d) apenas a II e III. e) I , II e III . 51)(ACAFE) Sendo sen x = 3/5 e t /2 < x < t. Então, cos 2x é: a) 1/25 b) - 4/25 c) 4/5 d) 7/25 Gabarito 01) D 02) A) 12 2 b) 19 23) – 24) D 25) D 03) D 04) A 05) 84 06) – 07) – 08) E 09) B 10) B 11) E 12) C 13) A 14) A 15) C 16) B 17) B 18) E 19) B 20) B 21) E 22) C 26) B 27) A 28) 41 29) E 30) B 31) A 32) E 33) B 34) E 35) B 36) C 37) B 38) B 39) A 40) D 41) D 42) A 43) D 44) B MATRIZES Representação genérica: A = 33 32 31 23 22 21 13 12 11 a a a a a a a a a Elemento genérico: (aij)  representa todos os elementos da matriz A, onde i e j simbolizam, respectivamente, a linha e a coluna onde se encontra cada elemento. A = (aij)mxn  Representação genérica Matriz Quadrada: Denominamos de quadrada a matriz que possui o número de linhas igual ao número de colunas. 22 21 12 11 a a a a Matriz Nula: É a matriz cujos elementos são todos iguais a zero. 0 0 0 0 0 0 Matriz Oposta: A matriz oposta da matriz B é aquela que possui todos os elementos simétricos aos das posições correspondentes na B e cujo tipo m x n é idêntico. 1ª linha 2ª linha 3ª linha 1ª coluna 2ª coluna 3ª coluna Tipo de uma matriz é dado pela expressão m x n. m ÷ representa o número de linhas. n ÷ representa o número de colunas. MATEMÁTICA 59 ÷ = ¬ ÷ = 0 2 3 - 5 4 - 1 - B - 0 2 3 5 4 1 B Operações com Matrizes: Adição e Subtração: somam-se ou subtraem-se os elementos das posições correspondentes.Exemplo: = ÷ ÷ ÷ ÷ + ÷ 2 - 2 2 3 - 3 8 3 1 2 5 4 1 - 1 2 1 0 2 5 0 1 5 2 1 4 Obs.: Somente somamos ou subtraímos matrizes de mesmo tipo. - Multiplicação de uma constante por uma matriz: para multiplicarmos uma constante por uma matriz, multiplicamos cada elemento da matriz pela constante. ÷ ÷ ÷ ÷ = ÷ ÷ ÷ ÷ ÷ 6 15 9 3 0 6 15 12 3 2 5 3 1 0 2 5 4 1 . 3 - Multiplicação de matrizes: sendo A= f e d c b a e B= j i h g , para obtermos o produto A.B, usamos o dispositivo prático a seguir: + + + + + + = fj eh fi eg dj ch di cg bj ah bi ag B . A Matriz Transposta: Dada uma matriz M, denominamos de transposta de M (M t ) a matriz cujas linhas coincidem ordenadamente com as colunas da matriz M. Se M = f e d c b a , então M t = f c e b d a Matriz Identidade: É toda a matriz quadrada cujos elementos aij satisfazem a expressão: aij = ¹ ´ ¦ = = j i se , 0 j i se , 1 , então: = 1 0 0 1 I 2 = 1 0 0 0 1 0 0 0 1 I 3 DETERMINANTES Definição: O que chamamos de DETERMINANTE é um número associado a cada matriz quadrada, o qual intitulamos resolução desta. Determinantes de 1°ordem: Seja A = [ a11] uma matriz de 1° ordem, o seu determinante é igual ao único elemento que forma a matriz. Ex.: |-5|= -5 Determinantes de 2° ordem: Em matrizes de 2° ordem, calcula-se o determinante pela diferença entre o produto dos elementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária. 22 21 12 11 a a a a = a11 . a22 – a12 . a21 Determinantes de 3° ordem: Para o cálculo destes empregamos o método prático de Sarrus: - repetem-se as duas primeiras linhas abaixo do determinante. - efetuamos o produto dos elementos da diagonal principal e de suas paralelas que possuem 3 elementos, somando-os. - subtraimos o resultado anterior do produto dos elementos da diagonal secundária e de suas paralelas que possuem 3 elementos. Determinante de Ordem Superior à 3ª: Nestes determinantes devemos aplicar o teorema de LAPLACE até que tenhamos somente determinantes de 3ª ordem, os quais são calculados pelo método prático de Sarrus. Teorema de Laplace: Um determinante de ordem n >2 é calculado multiplicando-se os elementos de uma fila (linha ou coluna) pelos respectivos cofatores e somando-se os resultados. Propriedade dos Determinantes: 1. Se em uma matriz A existe uma fila (linha ou coluna) cujos elementos sejam todos iguais a zero, então det(A) = 0. 2. Se uma matriz A possui duas filas paralelas iguais, então det(A) = 0. 3. Se em uma matriz A existem duas filas paralelas proporcionais, então det(A) = 0. 4. Trocando de lugar, entre si, duas filas paralelas de uma matriz, o determinante ficará com o sinal trocado. Ex.: Diagonal secundária Diagonal principal MATEMÁTICA 60 5. Se multiplicarmos todos os elementos de uma fila de uma matriz por uma constante K, o determinante ficará multiplicado por K. 6. O determinante da matriz transposta de A é igual ao determinante da matriz A. det (A T ) = det (A) 7. Se A e B são matrizes quadradas de ordem n, então det (A.B) = det (A) . det (B). SISTEMAS LINEARES Resolução de Sistemas - Regra de Cramer: a1x + b1y + c1z = d1 No sistema, a2x + b2y + c2z = d2 a3x + b3y + c3z = d3 ¬ = A 3 3 3 2 2 2 1 1 1 c b a c b a c b a P Determinante principal 3 3 3 2 2 2 1 1 1 c b d c b d c b d X = A 3 3 3 2 2 2 1 1 1 c d a c d a c d a Y = A 3 3 3 2 2 2 1 1 1 d b a d b a d b a Z = A Determinamos as incógnitas da seguinte forma: P X Y A A = P Y Y A A = P Z Z A A = Obs.: A regra de Cramer se aplica para um número diferente de equações de forma análoga ao aqui exposto para 3 equações. Análise dos Sistemas: a) Sistema Compatível Determinado: é todo o sistema que possui solução única. Para isso, é necessário e suficiente que: AP = 0 Neste caso, o sistema possui solução única. b) Sistema Compatível Indeterminado: dizemos que um sistema é compatível indeterminado sempre que: AP = 0 e Ax = Ay = Az = 0 Neste caso, o sistema possui infinitas soluções. c) Sistema Incompatível ou Impossível: será impossível todo sistema em que AP = 0 e pelo menos um determinante das incógnitas (Ax, Ay, Az) for diferente de zero. Neste caso, o sistema não admite solução. Resumo 1: Resumo 2: 0 P = A SPD Possível e Determinado ( solução única ) Sistemas Lineares Homogêneos: Um sistema de equações lineares é dito homogêneo se em todas as suas equações os termos independentes são nulos. a1 x + b1 y + c1 z = 0 a2 x + b2 y + c2 z = 0 a3 x + b3 y + c3 z = 0 Em todo o sistema homogêneo têm-se: Logo, um sistema homogêneo admite somente 2 tipos de solução: Solução 1- Compatível Determinado:  quando AP = 0 Neste caso, a solução é dita TRIVIAL. (0; 0; 0) 0 P 0 x = A = , 0 P 0 y = A = e 0 P 0 z = A = Solução 2- Compatível Indeterminado: quando 0 P = A Neste caso, o sistema admite infinitas soluções. MATRIZES / DETERMINANTES 01) Para as matrizes: A = ÷ ÷ 5 6 3 1 2 2 , B = ÷ 1 5 0 2 2 3 e C = ÷ 2 1 0 6 1 3 , calcule: a) A + B b) A t – 2C c) A – 2B + C t 02) Sejam A= ( a ij ) 4x3 e B= ( b ij ) 3x4 duas matrizes definidas por a ij= i + j e b ij= 2i + j , respectivamente . Se A . B = C, então o elemento C 32 da matriz C, é: a) 98 b) 96 c) 94 d) 92 e) 90 SISTEMAS LINEARES IMPOSSÍVEL POSSÍVEL INDETERM. DETERM. 0 z y x = A = A = A SPI Possível e Indeterminado (infinitas soluções) 0 ou , , z y x = A A A SI Impossível (não possui solução ) 0 P = A Ax = 0, Ay = 0 e Az = 0 MATEMÁTICA 61 03) Considere a matriz A= | | . | \ | x x x cos 1 2 sen sen em que 0<x<t. O valor de x, para que det A = 0, é: a) 4 t b) 6 t c) 3 t d) 2 t e) 3 2t 04) No conjunto dos números reais, a soma de todos os valores de x, para os quais é NULO o determinante da matriz ÷ ÷ ÷ 0 4 1 0 1 1 1 3 1 x x , é: a) 3 b) 2 c) zero d) –1 e) –2 05) Se A e B são duas matrizes quadradas de ordem n e det( A ) = a, det ( B ) = b, a = 0 e b = 0, então: det ( 4 A · B -1 ) é igual a a) b a . 4 n b) b a . n . 4 c) b a . n . 4 2 d) b a 4 · · e) b a . 4 06) A é uma matriz quadrada de ordem 4 e det(A) = m. O det(2A) é igual a a) m b) 2m c) 8m d) 16m e) 32m 07) Considere as afirmações abaixo e assinale V para as VERDADEIRAS e F para as FALSAS. ( ) A multiplicação de matrizes não é comutativa, isto é, existem matrizes A e B tal que AB = BA. ( ) Toda matriz tem inversa. ( ) Existe elemento neutro na multiplicação de matrizes. A alternativa que contém a seqüência VERDADEIRA, de cima para baixo, é: a) V F F b) V V V c) F V F d) F F F e) V F V 08) Calcule a inversa e a transposta da matriz 5 0 3 1 . SISTEMAS DE EQUAÇÕES 09) No sistema ¦ ¹ ¦ ´ ¦ 2 = 2z + 2y - x 9 = z - y + 2x 7 = z + y + x , o valor da incógnita "z" é: a) 1 b) –10 c) 2 d) –2 e) 4 10) O sistema ¦ ¹ ¦ ´ ¦ 3 = nz - 3y + 3x 9 = 3z + y - 2x 4 = 2z - 4y + 2x nas variáveis x, y e z, tem como solução x= p, y = 2p e z = q. O valor de n + p – q é: a) –3 b) –2 c) 0 d) 1 e) 6 11) O valor de m, para que o sistema ¹ ´ ¦ 2m = y + mx m = my + mx seja impossível, é: a) 2 b) –1 c) 0 d) 1 e) - 2 12) Para que valor real de r o sistema ¦ ¹ ¦ ´ ¦ 1 = c + b - 2a 2 = c.r + b + a 0 = c - 7b + a admite uma ÚNICA solução (a, b, c)? a) ¬r 9 e b) 5 c r ÷ = c) 5 c r ÷ = d) 5 c r = e) 5 c r = 13) O sistema linear ¦ ¹ ¦ ´ ¦ 0 = z - y + 2x 0 = bz + y + ax 0 = z + 2y + x com a e b reais, é determinado se e somente se: a) b= -a +1 b) b= -a+1 c) b = a–1 d) b= a –1 e) b= a+ 1 14) O sistema linear ¹ ´ ¦ 2 = my + 4 1 = y - x x é possível e determinado se e somente se: MATEMÁTICA 62 a) m= 2 b) m= 4 c) m = - 4 d) m= 1 e) 4m =1 GEOMETRIA PLANA Semelhança De Triângulos: Dois triângulos são chamados semelhantes, se e somente se, possuem os três ângulos ordenadamente congruentes e os lados homólogos proporcionais. b) Teorema de Pitágoras e Relações Métricas: h altura relativa à hipotenusa TEOREMA DE PITÁGORAS b 2 = a 2 + c 2 RELAÇÕES MÉTRICAS m + n = b m . n = h 2 h b c . a = Estudo Do Quadrado E Do Retângulo: 2 S 2 BD AC diagonais BD e AC   = = = ÷ S = a . b Estudo Do Hexágono: h = a . sen 60°¬ 2 3 a h = 2 3 2 a 3 S 2 2 3 a . a . 6 S = ¬ = Diagonal maior = 2.a Estudo Do Círculo Área do círculo ÷ S = t . r 2 Comprimento da circunferência ÷ C = 2tr a) Setor Circular: Retificação de um arco ÷ ° o t = 360 r 2  (sendo o medido em radianos) Área do setor ÷ ° o t = 360 r S 2 Relações Importantes: Hexágono Inscrito num círculo: a r = Hexágono circunscrito a um círculo: 2 3 a r = Triângulo eqüilátero inscrito em um círculo: 2 3 r a r l p = = Triângulo eqüilátero circunscrito a um círculo: r a r L p = = 3 2 GEOMETRIA ANALÍTICA Introdução: a) Plano Cartesiano: (x0, y0) ÷ coordenadas do ponto P. X0 ÷ abscissa do ponto P. Y0 ÷ ordenada do ponto P. r ÷ bissetriz dos quadrantes ímpares. s ÷ bissetriz dos quadrantes pares. b) Razão de secção: MATEMÁTICA 63 A razão com que C divide AB é a mesma com XC divide XAXB e YC divide YAYB. Logo ( ) C Y B Y A Y C Y C X B X A X C X CB AC ABC r ÷ ÷ = ÷ ÷ = = = Ex.: Determine o ponto C que divide AB na razão 2, sendo A(-1; 3) e B(4; 0). C x 3 7 = C ( 3 7 = xC) 3 C y ) C y ( 2 C y 0 3 c y 2 C y 2 C y 3 C y B y A y C y r ÷ = ÷ ÷ ÷ = + = ÷ ÷ = C y 1= c) Ponto médio: O ponto médio do segmento AB, sendo A (XA, YA) e b (XB, YB) é o ponto M (XM, YM), sendo 2 B X A X M X + = e 2 B Y A Y M Y + = d) Distância entre dois pontos: 2 KB 2 AK 2 AB + = 2 ) A Y B Y ( 2 ) A x B x ( AB d ÷ + ÷ = Ex.: Determine a distância entre os dois pontos A(-2; 3) e B(4; 1). 10 2 AB d 40 AB d 4 36 AB d 2 ) 1 3 ( 2 ) 4 2 ( AB d = ¬ = + = ÷ + ÷ ÷ = e) Área de um triângulo: Considere um triângulo de vértices A (xA, yA), b (xB, yB) e C (xC, yC). A área do triângulo é dada pela fórmula: 1 C y C x 1 B y B x 1 A y A x . 2 1 S = f) Condição para alinhamento de três pontos: Três pontos A (xA, yA), B (xB, yB) e C (xC, yC) são colineares se, e somente se: 0 1 C y C x 1 B y B x 1 A y A x = Estudo Da Reta: Equação geral da reta: A toda reta (r) do plano cartesiano está associada uma equação da forma 0 C y B x A = + + , onde A, B, C e 9 , A = 0 ou B = 0 e (x, y) representa um ponto genérico da reta (r). 0 y B x A = + A = 0, B = 0 e C = 0 Reta que passa na origem do plano cartesiano. 0 C x A = + A = 0, B = 0 e C = 0 Reta paralela ao eixo das ordenadas. 0 C y B = + A = 0, B = 0 B = 0 e C = 0 Reta paralela ao eixo da abcissas. 0 x = ÷ Equação do eixo das ordenadas. 0 y = ÷ equação do eixo das abscissas. 0 y x = ÷ ou y x = ÷ Equação da bissetriz dos quadrantes ímpares 0 y x = + ou 0 x = ÷ Equação da bissetriz dos quadrantes pares c) Equação reduzida da reta: Ao explicitarmos y na equação geral da reta (Ax + By + C = 0), obtemos a equação reduzida: B C B Ax y ÷ ÷ = ¦ ¦ ¹ ¦ ¦ ´ ¦ = ÷ = ÷ , b B C a B A Se então b ax y + = a ÷ Coeficiente angular da reta. b ÷ Coeficiente linear da reta. b ÷ é o ponto onde a reta intercepta o eixo das ordenadas. tan o = Declividade da reta o = tan a 1 ) 4 ( 2 4 ) 1 ( 2 + = ÷ ÷ ÷ ÷ = ÷ ÷ = C x C x C x C x C x B x A x C x r C x C x C x 3 7 2 1 8 = + = ÷ MATEMÁTICA 64 d) Equação paramétrica da reta: As equações paramétricas dão as coordenadas (x, y) de um ponto qualquer da reta em função de uma terceira variável “t” (parâmetro). Assim, através da equação paramétricas: ¹ ´ ¦ + = ÷ = 1 t 3 y 1 t 2 x , podemos obter a equação geral da seguinte forma: ¹ ´ ¦ + = ÷ = 1 t 3 y 1 t 2 x ¬ ¦ ¦ ¹ ¦ ¦ ´ ¦ = ÷ = + t 3 1 y t 2 1 x ¬ 2 1 x + = 3 1 y ÷ 3x + 3 = 2y - 2 ¬ 3x – 2y + 5 = 0 f) Intersecção de duas retas: Todo ponto de intersecção de duas retas tem de satisfazer às equações de ambas as retas. Logo, obtemos o ponto de intersecção das retas resolvendo o sistema formando pelas equações: ¦ ¹ ¦ ´ ¦ = + + = + + 0 2 C y 2 B x 2 A 0 1 C y 1 B x 1 A g) Ângulo entre duas retas: – Quando duas retas são concorrentes, elas determinam quatro ângulos, dois a dois opostos pelo vértice. u1 + u2 = 180°, logo tan u2 = - tan u1 Para o cálculo de u1 (u1 < 90°) usamos a expressão: s a . r a 1 s a r a 1 tan + ÷ = u , onde: ar ÷ coeficiente angular da reta (r). as ÷ coeficiente angular da reta (s). h) Paralelismo de retas: Se duas retas são paralelas, or = os. Portanto, como tan or = tan os e tan o s = a, para que duas retas sejam paralelas é necessário e suficiente que: s a r a = i) Perpendicularismo de retas: 180°= 90°+ or + (180°- os) os = 90°+ or tan os = tan (90 + or) tan os = - cotg or ¬ tan os = r tan 1 o ÷ Logo, duas retas são perpendiculares se, e somente se, r a 1 s a ÷ = j) Determinação da equação geral da reta: Todas as retas que passam pelo ponto P (x0, y0) tem como equação: ) 0 x x ( a 0 y y ÷ = ÷ OBS.: Para individualizarmos uma reta, basta que coloquemos em “a” o seu coeficiente angular. k) Distância de um ponto a uma reta: A distância do ponto P(x0; y0) à reta (r) Ax + By + C = 0 é dada pela fórmula: 2 B 2 A C 0 y . B 0 x . A d + + + = Estudo Da Circunferência: a) Equação Reduzida: Para todo ponto P(x,y) pertencente à circunferência a distância do centro (o, |) ao ponto P(x, Y) é igual ao raio. R 2 ) y ( ) x ( = | ÷ + o ÷ 2 R 2 ) y ( 2 ) x ( = | ÷ + o ÷ b) Equação Normal: – Desenvolvendo a equação reduzida, obtemos: 0 F Ey Dx 2 By 2 Ax = + + + + OBS.: O termo Cxy deve ser nulo para que a equação represente uma circunferência. c) Determinação do centro e raio: A partir da equação 0 F Ey Dx 2 By 2 Ax = + + + + , obtemos as coordenadas do centro e o raio pelas fórmulas: MATEMÁTICA 65 A 2 D ÷ = o A 2 E ÷ = | A 2 AF 4 2 E 2 D R ÷ + = d) Condições de existência de uma circunferência: Para que uma equação represente uma circunferência é necessário que satisfaça as condições: 1ª) A = B 2ª) C = O 3ª) D 2 + E 2 – 4 AF > 0 e) Posições Relativas: P O N T O E C I R C U N F E R Ê N C I A dCP < R ÷ Ponto interno. dCP = R ÷ Ponto pertencente à circunferência dCP > R ÷ Ponto externo. R E T A E C I R C U N F E R Ê N C I A dC, reta < R ÷ Reta secante. dC, reta = R ÷ Reta tangente. dC, reta > R ÷ Reta externa. D U A S C I R C U N F E R Ê N C I A S 2 R 1 R 2 C 1 C d + < circunferências secantes 2 R 1 R 2 C 1 C d + = circunferências tangentes 2 R 1 R 2 C 1 C d + > circunferências externas. QUÍMICA 66 Termoquímica Termoquímica é a parte da Química que estuda a liberação ou absorção de calor que ocorrem em reações químicas ou mudanças de estado físico. a. Reações Ex.: C(s) + O2(g) + 393,5kj b. Mudanças de Estado Físico Ex.: H2O(g)  H2O (L) + 10,5 kcal ,,,,,,,,, Reações Exotérmicas e Endotérmicas As reações químicas podem ser: Exotérmicas: liberam mais calor do que absorvem. C(s) + O2(L)  CO2(g) + 393,5 Kj Endotérmicas: absorvem mais calor do que liberam. 2C(s) + H2(g) + 226,6 Kj  C2H2(g) Mudanças de Estado Físico Processo Endotérmico + calor + calor S L G - calor - calor Processo Exotérmicos Variação de Entalpia (AH) Quantidade de energia liberada ou absorvida em uma reação química mantida a pressão constante. AH = Hf - Hi Unidades: J (joule) ou cal (caloria) 1 cal = 4.18J Ex: C6H12O6(g) ÷ + 60 2 (g) ÷ 6CO2(g) + 6H2O(g) ÷ AH = - 673Kcal.mol -1 Relação entre AH e o tipo de reação AH Reação + Endotérmica - Exotérmica A variação de entalpia de uma reação corresponde a diferença entre as entalpias dos produtos e dos reagentes AH reação = H produtos – H reagentes Gráficos E ( energia ) x caminho de reação a) Reação Endotérmica b) Reação Exotérmica Hp > HR , logo AH > 0 Hp > H R , logo AH < 0 EXERCÍCIOS 01. (PUC ) – A equação a seguir HNO3 + NaOH ÷ NaNO3 + H2O AH = - 13.69 Kcal representa a) um pouco endotérmico b) a neutralização parcial de um ácido c) um processo em que há a liberação de calor d) um processo não espontânea e) uma reação de análise 02. ( PUC ) - - Dentre os processos a seguir I fotossíntese clorofiliana II combustão de gasolina III evaporação do suor IV fermentação de levedo São endotérmicos a) I E II b) I E III c) II E III d) II E IV e) III E IV 03. ( UFSM ) – Analise o gráfico abaixo, que representa um processo de mudança de estado da água Pode-se afirmar que I Hf – Hi = + 1.44 Kcal / mol II Hf > Hi III é um processo exotérmico Esta (ao) correta (s) a) apenas I b) apenas II c) apenas III d) apenas I e II e) apenas I e III Variação da Entalpia de Combustão ( AH C ) Calor liberado na combustão de 1 mol de determinada substancia a 25 o C e 1 atm Ex C (S) + O 2 (g) ÷ CO2 (g) AH = - 393.5 kj.mol –1 CH 3 OH (L) + 3/2O 2(g) ÷ CO2(g) + 2H2O(g) AH = - 638.1 Kj.mol -1 Variação da Entalpia de Formação ( AH f ) Calor liberado ou absorvido na formação de 1 mol de determinado produto a partir das substancia simples no estado padrão ( 25 o C e 1 atm ) Ex C (S) + 2H 2(g) ÷ CH 4(g) AH f o = - 74.8 Kj.mol –1 H2(g) + O2(g) ÷ H2O(l) AH f o = - 285 Kj.mol –1 QUÍMICA 67 3/2 O 2(g) ÷ O 3( g) AH f o = 143 Kj.mol –1 Obs.: AHf= 0 para substâncias simples no estado padrão Variação da Entalpia de Ligação ( AH L ) Calor absorvido necessário para quebrar um mol de ligações no estado padrão ( 25 o e i atm ) Ex H2 ÷ 2H AH = + 433.47 Kj/mol Lei de Hess A variação da entalpia para Qualquer reação depende apenas da entalpia inicia e final e não do caminho da reação AH reação = H p – H R E x.: Combustão do grafite Processos que podem ser realizados nas equações a) multiplicar e dividir todos os coeficientes estequiométricos por um mesmo valor. Neste caso o AH deverá ser dividido ou multiplicado pelo mesmo valor b) inverter a equação ex C (S) + O 2(g) ÷ CO 2(g) AH = - 393.5 kj | invertendo CO 2(g) ÷ C (s) + O 2 (g) AH = + 393.5 kj Ao inverter a equação a variação de entalpia muda de sinal EXERCÍCIOS 04. (UFRGS ) – A partir das equações termoquímicas abaixo H 2(g) + ½ O 2(g) ÷ H 2 O (g) AH = - 57.8 kcal 2H 2(g) + O 2(g) ÷ 2H2O (L) AH = - 136.6 kcal calcula-se a entalpia molar de vaporização da água como sendo de a) - 78.8 kcal b) -21.0 kcal c) +10.5 kcal d) +25.4 kcal e) +78.8 kcal 05. ( UFRGS ) – Se A, B e C representam substancia que participam da reações A ÷ B variação de entalpia = -10 kcal B ÷ C variação de entalpia = 5 kcal Pode-se prever que a reação C ÷ A apresentara uma entalpia de reação igual a a) +15 kcal b) +10 kcal c) +5 kcal d) –5 kcal e) –15 kcal 06. ( UFRGS ) – Considere s equações termoquímicas C (diamante) + O2(g) ÷ CI 2(g) AH O 298 = -94.5 kcal C (grafite) + O2(g) ÷ CO2(g) AH O 298 = -94.0 kcal A partir das informações acima é possível afirmar que a entalpia de formação do carbono diamante é igual a a) zero b) –0.5 kcal c) 5 x 10 2 kcal d) –188.5 kcal e) +188.5 kcal 07. ( UFRGS ) – A reação entre óxido férrico e alumínio metálico pode ser empregada para produzir ferro fundido. Sendo conhecidas as seguintes variações de entalpia 2AI + 3/2 O2 ÷ AI 2 O3 AHI = -400 kcal 2Fe + 3/2 O2 ÷ Fe2 O3 AHII = -200 kcal obtém-se para o efeito térmico da reação de um mol de óxido férrico com alumínio metálico em kcal, o valor a) -600 b) –200 c) –100 d) +200 e) +400 08. ( UFSM ) – Para reação H2(g) + CI 2(g) ÷ 2HCI (g) onde AH = -44.2kcal a entalpia de decomposição do ácido clorídrico é em kcal/mol a) -88.4 b) –44.2 c) +22.1 d) +44.2 e) +88.4 09. (UFSM ) – O óxido de zinco , ZnO. É utilizado em industrias metalúrgicas para a obtenção de zinco metálico, de acordo com a reação ZnO (S) + C (S) ÷ CO (g) + Zn (s) AH = X Baseando-se nas reações I Zn (s) + ½ O 2(g) ÷ ZnO (S) AH = -353 kj/mol de Zn(s) II C (S) + ½ O 2(g) ÷ CO (g) AH = -110kj/mol de C (s) calcule o valor de x a) +243 kj/mol b) –243 kj/mol c) –463 kj/mol d) +353 kj/mol e) +463 kj/mol Cinética Química QUÍMICA 68 Existem reações mais rápidas como as da explosão do TNT, e outras mais lentas como as que levam a formação do petróleo. A Cinética Química estuda essas velocidades e os fatores que as influenciam CÁLCULO DA VELOCIDADE A velocidade de uma reação com relação a um determinado reagente é a razão entre a variação da concentração molar e o tempo aA + bB ÷ cC + dD -A|A| ÷ variação da concentr. de A V A = ____ At ÷ intervalo de tempo A|C| ÷ variação da concent. de C V C = _____ At ÷ intervalo de tempo EXERCÍCIOS 01. ( UFSM ) – A velocidade média de uma reação é calculada pela fórmula V m = An/At (An = variação de número de moles e At = variação de tempo ) . na reação H2 + CI 2 ÷ 2HCI observou-se o seguinte: tempo / s n o de mol de HCI 0 0.00 5 0.20 10 0.50 15 0.80 20 1.50 qual a velocidade média de formação do HCI no intervalo de tempo de 5 a 10 segundos? a) 0.04 mol/s b) 0.05 mol/s c) 0.06 mol/s d) 0.30 mol/s e) 0.50 mol/s Teoria das Colisões É um modelo que procura explicar como ocorrem as reações e quais fatores, em nível microscópico, alteram sua velocidade. Segundo esta teoria as moléculas dos reagentes colidem entre si formando os produtos. Para que a reação se efetive devem ser observadas as seguintes características das colisões. 1. ENERGIA 2. A FREQÜÊNCIA 3. O DIRECIONAMENTO DA COLISÃO Quando a colisão entre as partículas dos reagentes ocorre em condições adequadas forma-se o complexo ativo que é uma estrutura de transição entre reagentes e produtos. Observe o esquema abaixo que mostra a formação dos produtos a partir do complexo ativado. Gráficos E (Energia) x Caminho da Reação Fatores que influenciam na velocidade da reação a) Natureza dos Reagentes Basicamente o estado físico dos reagentes e o número de ligações a serem rompidas durante a reação influencia na velocidade. Os reagente no estado gasoso são geralmente mais reativos que os mesmos reagentes no estado líquido e muito mais reativos que os mesmos no estado sólido. Em solução aquosa as reações tendem a ocorrer de forma mais rápida. Ex NaCI (S) = AgNO 3 (s) ( praticamente não ocorre) NaCI(S) + AgNO (aq) ( instantânea ) b) Superfície de Contato Quanto maior a área dos reagentes maior o contato entre eles e, portanto mais rápida será a reação Ex. uma lâmina de aço exposta ao ar e a umidade oxida-se mais lentamente que uma esponja de aço nas mesmas condições pois esta última possui maior superfície de contato. c) Pressão Considerando apenas as reações que tiverem pelo menos um dos reagentes no estado gasoso, a pressão é um fator essencial na avaliação da velocidade da reação. O aumento de pressão sobre o sistema, aumentara a freqüência de colisões entre reagentes tornando a reação mais rápida. | P | V d) Concentração Para reações que ocorrem em solução aquosa o aumento ou redução da concentração dos reagentes altera a freqüência das colisões aumentando ou diminuindo a velocidade das reações | | | | V e) Temperatura A alteração na temperatura em que ocorre a reação leva a alteração na freqüência das colisões e em sua energia T | Ec | Número de Colisões | V | f) Catalisador Catalisador é uma substancia que aumenta a velocidade de uma reação química reduzido a energia de ativação E a t | V | Ativador de catálise Energia de Ativação (Eat): mínima energia absorvida necessária para dar início a reação QUÍMICA 69 Substancias que melhoram o desempenho do catalisador. O ativador de catálise sozinho não tem influencia alguma sobre a velocidade de reação. Veneno de Catálise Substancias que prejudicam a ação do catalisador. O veneno sozinho não tem influencia alguma sobre a velocidade da reação. Inibidor de Reação Substancia que atua diretamente sobre os reagentes, removendo um ou mais reagentes do meio reacional, tornando a reação mais lenta. EXERCÍCIOS 02. ( UFSM ) – Considere o gráfico para a reação A + B ÷ C + D Escolha a opção que indica o abaixamento da energia de ativação provocado pela adição de um catalisador positivo a) AH 1 b) AH 2 c) AH 3 d) AH 4 e) AH 2 + AH 3 03. ( UFSM ) – Considere o gráfico que apresenta três curvas de variação de energia ( E ) para uma dada reação, preencha as lacunas e após assinale a alternativa correta As curvas ________________ , _________________ e __________________ representam respectivamente a ocorrência da reação na ausência de catalisador e de inibidor ( catalisador negativo ) na presença de catalisador e na presença de inibidor a) 1 – 2 – 3 b) 1 – 3 – 2 c) 2 – 1 – 3 d) 2 – 3 – 1 e) 3 – 1 – 2 Cálculo da Velocidade de uma Reação ( Lei de Guldeberg – Waage ) Numa temperatura constante a velocidade de uma reação é proporcional a concentração molar dos reagentes, elevados a expoentes calculados experimentalmente. Obs.: Para reações elementares os expoentes serão os próprios coeficientes estequiométricos da reação Ex S (S) + 2 O 2(g) + H 2(g) ÷ H2S O 4(L) A expressão para a velocidade da reação elementar acima descrita é V = k | O 2 | 2 | H 2 | Quando uma reação química se processa em mais de uma etapa, sempre consideramos a etapa mais lenta como determinante para o cálculo da velocidade Ex 2H 2(g) + 2 NO (g) ÷ N 2(g) + 2 H 2 O (L) Esta reação de desenvolve em duas etapas I H 2(g) + 2 NO (g) ÷ N 2 O (g) + H 2 O (L) ( lenta ) II H 2(g) + N 2 O (g) ÷ N 2(g) + H 2 O (L) ( rápida ) EXERCÍCIOS 04. ( UFRGS ) – Para a reação 2 A (g) + B (g) ÷ C (g) verifica-se experimentalmente que a velocidade de formação de C independente da concentração de B e é quadruplicada quando se dobra a concentração de A. a expressão matemática da lei da velocidade para essa reação é a) K |A| 2 |B| b) K |A| - |B| c) K |A| 2 d) K |A| 4 e) K |A| 4 |B| 05. (PUC) – Na decomposição térmica da amônia expressa pela equação: 2NH3(g)  N2(g) + 3H2(g) duplicando-se a concentração de NH3, a velocidade de reação ficará: a) inalterada. b) Duas vezes maior. c) Três vezes maior. d) Quatro vezes maior. e) Seis vezes maior. Equilíbrio Químico O equilíbrio é uma característica das reações reversíveis (ocorrem em sistemas fechados), onde os reagentes formam os produtos (reação direta) e os produtos reagem reconstituindo os reagentes (reação inversa). Ex.: N2 + 3H2 2NH3 Vejamos como isto ocorre: - Quando uma reação se inicia, temos apenas reagentes, que começam a reação com certa velocidade. - A medida que os reagentes começam a formar os produtos, sua quantidade no meio reacional vai diminuindo e portanto a velocidade da reação direta também. - Os produtos formados começam a reagir e como sua concentração aumenta com o tempo a velocidade da reação inversa tende a crescer. QUÍMICA 70 - Após determinado tempo as velocidades das reações direta e inversa igualam-se, nesse momento é atingido o equilíbrio químico. Condição para a existência de equilíbrio químico V direta = V inversa Constantes de Equilíbrio Tomando a seguinte reação genérica a A + b B ÷ c C + d D a) Velocidade para reação direta : Vd = kd. |A| a . |B| b b) Velocidade para reação inversa : Vi = ki |C| c . |D| d Como no Equilíbrio Químico – Vd =Vi KD |C| c . |D| d ___ = ________ Ki [A] a .[B] b Kd é chamado de Ke – Constante Equilíbrio Ki Logo Kc = |C| c .|D| d |A| a .|B| b resumo Kc = | produtos | n |reagentes | m Deslocamento de Equilíbrio Quando um sistema atinge o equilíbrio químico ele tende a permanecer, indefinidamente em equilíbrio desde que não seja perturbado por nenhum fator externo Principio de Le Chatelier Quando um sistema em equilíbrio sofrer uma perturbação externa, o equilíbrio desloca-se, alterando concentração dos reagentes e produtos para o sentido que atenue o efeito desta perturbação Fatores que deslocam o Equilíbrio químico a) Concentração O aumento da concentração de um reagente ou produto desloca o equilíbrio no sentido que vai consumi-lo. Observe o quadro a seguir: Fator de Alteração Deslocamento Aumento da Concentração dos Reagentes sentido DIRETO  Redução da Concentração dos Reagentes sentido INVERSO  Aumento da Concentração dos Produtos sentido INVERSO  Redução da Concentração dos Produtos sentido DIRETO  b) Variação da Pressão A variação da pressão terá efeito somente se: - houver diferentes números de móis de produtos e reagentes - houver pelo menos um reagente ou produto gasoso observe o quadro a seguir: Fator de Alteração Deslocamento Aumento da Pressão Sentido do menor número de móis gasosos Redução da Pressão Sentido do maior número de móis gasosos c) Variação da Temperatura - o aumento de temperatura aumenta a quantidade de energia disponível para a reação, para compensar o equilíbrio desloca-se para o sentido da absorção de energia, ou seja, o sentido endotérmico. - a redução da temperatura diminui a quantidade de energia disponível para a reação, para compensar o equilíbrio desloca-se para o sentido de liberação de energia, ou seja, exotérmico. Obs: somente poderemos afirmar algo a respeito da temperatura se o problema fornecer a variação de entalpia da reação que, por convenção é sempre relacionada ao sentido direto Observe o quadro a seguir: Fator de Alteração Deslocamento Aumento de Temperatura Sentido Endotérmico Redução de Temperatura Sentido Exotérmico O Catalisador e o Equilíbrio Químico O catalisador não altera o equilíbrio químico e sim faz com que a reação reversível chegue ao equilíbrio mais rapidamente. EXERCÍCIOS 06. ( PUC ) – o equilíbrio químico representado pela equação : N 2(g) + O 2(g) ÷ 2 NO (g) AH = + 21.6 Kcal apresentará rendimento máximo em NO: a) em temperaturas e pressões elevadas b) em temperatura e pressões baixas c) em temperaturas elevadas e pressões baixas d) em temperaturas elevadas independentemente da pressão e) em pressões elevadas independentemente da temperatura 10. ( UFSM ) – Para a limpeza pesada usam-se detergentes a base de amoníaco. Considerando o equilíbrio da reação: NH 4 + + H2O ÷ H3O + + NH 3(aq) afirma-se o seguinte: I aumentando a concentração de H3O + o equilíbrio desloca-se para a esquerda II o processo de equilíbrio não é uma reação reversível, pois nem sempre ocorre nos dois sentidos III aumentando a concentração de NH 3(aq) o equilíbrio desloca-se para a direita IV aumentando a concentração de NH 4 + , o equilíbrio desloca-se no sentido da formação de NH 3(aq) Está (ão) correta (s) a) I e IV apenas b) II apenas c) I e III apenas d) II e III apenas e) III e IV apenas Kc = QUÍMICA 71 11. ( UFSM ) – O resultado da análise química do sistema em equilíbrio a 2000 o C N 2(g) + O 2(g) ÷ 2NO (g) indicou |N2| = |O2| = 0.70 mol/L |NO| = 0.22 mol/L o valor da constante de equilíbrio é a) 010 b) 0.45 c) 0.64 d) 1.6 e) 10 Potencial de Hidrogênio (pH) e Potencial de Hidroxíla ( pOH) Auto – ionização da água Sabe-se que a água, quando quimicamente pura, sofre auto ionização, segundo H2O ÷ H + + OH - Expressando Ki para esta reação: Ki = |H +|.| OH - | | H2O | mas, como a auto-ionizacao da água é extremamente pequena, podemos considerar a concentração molar da água constante, portanto: Ki.|H2O| = Kw, então temos Kw = |H + |.|OH - | O valor Kw a 25 o C é: 10 -14 mol/L logo |H + |.|OH - | = 10 -14 Como cada molécula de água se auto-ioniza produzindo 1H + e 1OH - , podemos dizer que |H +| = |OH - | LOGO |H + |= 10 –7 na água pura |OH - | = 10 –7 na água pura substituindo |H + |.|H + | = |H + | 2 = 10 –14 Potencial Hidrogeniônico ( pH) Escala que mede o grau de acidez de uma solução em função dos íons hidrogênio O sol. ácidas 7 sol. alcalinas 14 | sol. Neutra matematicamente pH = - log |H + | Potencial Hidroxiliônico ( pOH) Escala que mede o grau alcalinidade de uma solução em função dos íons hidroxíla O sol. alcalinas 7 sol. ácidas 14 | sol. Neutra matematicamente pOH = - log | OH - | Relação entre pH e pOH A 25 o e 1 atm pH + pOH = 14 Hidrólise de Sais Alternando o pH É sabido que soluções de ácidos e oxiácidos ( HCI, HCN, HI...) apresentam pH menor que 7 e que soluções de bases e óxidos básicos ( NaOH, KOH, Ca(OH)2, CaO, Na2O, SO2, CO2, ...) apresentam pH maior que 7. Porém existem alguns sais que ao entrarem em contato com a água sofrem uma reação chamada hidrólise e acabam formando ácidos e bases. Sal + água ÷ ácido + base Este fato altera o pH da solução a) Sais de hidrólise ácida São aqueles que ao sofrer hidrólise formam um ácido forte e uma base fraca. Estes sais acarretam redução do pH da solução Ex: NH4CI + H - OH ÷ NH4OH + HCI b) Sais de hidrólise Básica São sais que ao sofrer hidrólise formam ácidos fracos e bases fortes. Estes sais acarretam aumento do pH da solução Ex: NaHCO3 + H – OH ÷ NaOH + H2CO3 EXERCÍCIOS 01. ( UNISINOS ) – O leite segregada pelas gl6andulas mamarias das fêmeas dos animais mamíferos, é um alimento ligeiramente ácido. O se pH portanto é: a) 1.5 b) 6.6 c) 7.3 d) 12.3 e) 13.5 02. ( IPA ) – O pH de uma solução cuja concentração hidroxilionica é 10 -9 íons.g/litro é a) 5 b) 6 c) 7 d) 13 e) 14 07. (PUC) – A chuva ácida provocada por óxidos produzidos na queima de combustíveis torna o solo e os lagos acidificados, podendo o seu pH ser inferior a 4,0. Além de procedimentos preventivos, para tentar elevar o pH do solo, deve-se empregar substâncias semelhantes a) ao vinagre. b) ao gás carbônico. c) à cal apagada. d) ao suco de frutas cítricas. e) ao ácido muriático. 08. (UNISINO)S – A hortência (Hydrangea macrophylla) é uma planta típica da serra gaúcha e apresenta flores nas cores branco, rosa, vermelho, roxo e azul, conforme o pH do solo. As flores de coloração azul, por exemplo, somente são produzidos em hortências cultivadas em solo ácido. Dispondo de uma hortência que produz flores rosadas, para fazer com que ela forneça flores azuis, é possível tratar-se o solo com solução de uma substância adequada, que poderia ser a) (NH4)2 CO3 b) NH4CI c) Ca3(PO4)2 d) CaCO3 e) CaO Eletroquímica QUÍMICA 72 A Eletroquímica estuda os fen6omenos elétricos que envolvem reações químicas Reações Pilhas Corrente Redox Eletrólise Elétrica Pilhas Nas pilhas ocorre formação de corrente elétrica devido a reações redox espontâneas Pilhas de Daniell Reação que ocorre: Zn + CuSO4  ZnSO4 + Cu Esta reação redox ocorre porque o zinco é mais reativo que o cobre: O zinco oxidou, portanto cedeu elétrons Observe o que ocorreu com o zinco: Semi-reação de oxidação: Zn o  Zn 2+ + 2 e- O cobre reduziu-se, portanto ganhou elétrons Observe o que ocorreu com o cobre: Semi-reação de redução: Cu +2 + 2e-  Cu o Observacoes: - a lâmpada acende indicando fluxo de elétrons - começa a depositar cobre na placa de cobre - placa de zinco sofre desgaste - íons zinco migram , pela ponte salina, para o frasco com sulfato de cobre - ocorre formação de um fluxo de elétrons que vai da placa de zinco para a placa de cobre obs: a pilha para de fornecer corrente elétrica quando a placa de zinco está completamente desgastada. Como saber se a Reação é ou não Espontânea – Reatividade dos Metais Metais com maior poder redutor realizam reações de simples troca quando colocados em solução que contenha íons de outro metal que apresente menor poder redutor Ex: Zn + 2AgNO3  Zn (NO3)2 + 2Ag | | maior menor poder poder redutor redutor Aumenta o Poder Oxidante Metais alcalinos >AI>Mn>Zn>Cr>Fe>Ni>Pb>H>Cu>Hg>Ag>Au e alcalino terrosos Aumenta o Poder Redutor Obs: O hidrogênio é um parâmetro poi a ele foi inferido o potencial de redução igual a zero ( E o = O Volt ) . assim todos os metais que estão a sua esquerda reagem com ácidos formando gás hidrogênio. Ex: Zn + 2HCI  ZnCI2 + H2 Potencial Padrão da Pilha Fornece o potencial em volts, da pilha AE o = E o oxi + E o red ex: pilha de alumínio com nitrato de ferroso 2AI o + 3 Fe(NO3)2  2 AI(NO3)3 + 3Fe o Semi-reações de redução ( Retiro dados da Tabela de Potenciais ) AI +3 + 3e -  AI o E o = -1.66 V Fe +2 + 2e -  Fe o E o = -0.44 v AE o = +1,66v + (-0,44v) = +1,22v ou seja, esta pilha gera 1.22 V de diferença de potencial elétrico Tabela de Potenciais de Redução Semi-Reação Potencial (E o a 25 o C em Volt) Li + (aq) + 1 e -  Li(s) -3,04 K + (aq) + 1 e -  K(s) -2,94 Ca +2 (aq) + 2 e -  Ca(s) -2,87 Na + (aq) + 1 e -  Na(s) -2,71 Mg + (aq) + 2 e -  Mg (s) -2,36 Al +3 (aq) + 3 e -  Al(s) -1,68 Zn +2 (aq) + 2 e -  Zn(s) -0,76 Cr +3 (aq) + 2 e -  Cr(s) -0,74 Fe +2 (aq) + 2 e -  Fe(s) -0,41 EXERCÍCIOS 01. ( PUC ) – a tabela a seguir apresenta semi-reações de redução a 25 o C e 1 atm semi-reação potencial de redução (volt) I Zn 2+ + 2e -  Zn -0.76 II Ni 2+ + 2e -  Ni -0.24 III Cu 2+ + 2e -  Cu +0.34 IV Ag + + e -  Ag +0.80 a) I E II b) I E III c) II E III d) I E IV e) III E IV 02. ( PUC ) – examinando-se a pilha de Daniell, representada a seguir Zn o / Zn +2 // Cu +2 / Cu o pode- se afirmar que a) o cobre se oxida e o zinco se reduz b) o zinco é agente oxidante porque ganha elétrons c) o cobre é agente redutor porque perde elétrons d) o eletrodo de zinco é o ânodo e o eletrodo de cobre é o cátodo e) a reação total da pilha pode ser expressa pela equação Zn +2 (aq) + Cu o (s)  Zn o (s) + Cu +2 (aq) QUÍMICA 73 Eletrólise São reações redox não espontâneas Eletrólise Ignea do NaCI Semi-Reações 2Na + + 2e-2Na o redução (polo -):deposita-se sódio metálico 2CI - CI2 + 2e- oxidação (polo+) : forma-se gás cloro _____________________ 2Na + + 2CI -  CI2 + 2 Na o Eletrólise Ígnea da água O sulfato de sódio é adicionado para facilitar o processo Auto - Ionização da água H2O H + + OH - 2H + + 2e-  2H2 redução (Pólo -): forma-se H2. 2 OH - H2O + O2 + 2e - Oxidação (Pólo +): forma-se O2 2 H + + 2 OH -  H2 + H2O + ½ O2 O interessante é que os íons Na + e SO4 -2 formados a partir do sulfato de sódio não migram para nem um dos pólos pois os íons hidrogênio e hidroxíla sofrem redução e oxidação com maior facilidade (menor gasto de energia). Facilidade de Descarga de Ânions Ânions Oxigenados < OH - < ânions não-oxigenados e HSO4 - FACILIDADE DE DESCARGA AUMENTA Facilidade de Descarga de Cátions Íons de Metais dos Grupos 1 e 2 < Al 3+ < H + < Outros Cátions FACILIDADE DE DESCARGA AUMENTA Eletrólise de NaCI em Água Análise dos Íons NaCI  Na + + CI H2O  H + + OH Íons Positivos:Na + H+ Qual se reduz mais facilmente? OH + Íons Negativos:Cl - OH- Qual se reduz facilmente? O CI - 2H + + 2e - 2H2 Redução (Pólo –): deposita-se Sódio metálico 2 Cl - Ci 2 + 2e- Oxidação (Pólo +): forma-se gás cloro. 2 H + + 2 Cl - Cl2 + 2 H2 Estequiometria da Eletrólise Leis de Faraday 1ª Lei m o Q m = K.Q m= K. i . t 2º Lei m o E m = K.E m= K. E . Q m= K . E . i . t 1 F = 96.500 e m = K . E . F E = K . E . F E/E = k . f F k 1 = m = F 1 x E x i x t V A E = então F v A i t m . . . = onde, m – massa de substância que eletrodeposita. Unidade: gramas. i – intensidade de corrente elétrica. Unidade: ampère (A). t – tempo em que a corrente foi aplicada. k – constante Q – cargas elétricas. Unidade: coulomb (C) ou faraday (F). 1 F = 96.500 C = 1 mol de e - = 6 × 10 23 e - Exercícios. 03. (PUC) – Não faz parte das substâncias produzidas a partir da eletrólise do sal de cozinha, em solução aquosa, a) a soda caústica. b) O gás cloro. c) A cal viva. d) O gás hidrogênio. e) O ácido clorídrico. 04. (PUC) – A massa de cobre, em gramas, depositada no eletrodo pela passagem de 96.8500 coulombs em uma solução aquosa de sulfato de cobre II é a) 31,7 QUÍMICA 74 b) 63,5 c) 79,8 d) 159,5 e) 319,0 05. (UFRGS) – A quantidade de eletricidade, expressa em Faradays, necessária para eletrodepostar 28g de Fe ++ é igual a a) 1 b) 2 c) 22,4 d) 28 e) 56 06. (UDESC) – A pilha de Daniell pode ser representada pela reação geral Zn 0 + CuSO4  Cu 0 + ZnSO4 sabendo-se que o potencial de redução do Zn 0 , e o E o é igual a -0,76 V, e o potencial de redução E o , do Cu 2+ , é -0,34 V, qual será a diferença do potencial AE o e como será seu funcionamento a) AE o = 1,10 V e seu funcionamento será espontâneo. b) AE o = 1,10 V e seu funcionamento não será espontâneo. c) AE o = 0,42 V e seu funcionamento será espontâneo. d) AE o = 0,42 V e seu funcionamento não será espontâneo. e) AE o = -1,10 V e seu funcionamento será espontâneo. Termoquímica 01. ( FMU ) - A reação de combustão do etanol pode ser representada pela seguinte equação: C2H5OH(l) + O2(g)  CO2(g) + H2O(g) Esta transformação pode ser classificada como: a) exotérmica com diminuição de entropia b) exotérmica com aumento de entropia c) endotérmica com diminuição de entropia d) endotérmica com aumento de entropia e) uma reação atérmica 02. ( UFRGS ) – Dadas as equações termoquímicas H2O(S)  H2O(L) ∆H = + 1.7 Kcal.mol 1 H2O(L)  H2O(g) ∆H = + 10.5Kcal.mol –1 H2(g) + ½ O 2(g)  H2O (g) ∆H = -68.3Kcal.mol –1 Pode-se afirmar que os ∆H das reações abaixo representadas I – H 2(g) + ½ O 2(g)  H2O(S) II – H2(g) + ½ O 2(g)  H2O (g) São em Kcal.mol –1 aproximadamente iguais a a) -1.7 e –10.5 b) +1.7 e +10.5 c) –70.0 e –57.8 d) –70.0 e +57.8 e) +70.0 e –57.8 03. ( UFSM ) – Sabendo-se que entalpias de formação do CaCO3(s) , CaO(s) e do CO2(g) são respectivamente, -288.5 Kcal/mol. –151.9 Kcal/mol e –94.1 Kcal/mol, qual o ∆H da reação : CaCO3(s)  CaO (s) + CO2(g) a) -42.5 kcal/mol b) +42.5 kcal/mol c) +246.0 kcal/mol d) – 246,0 kcal/mol e) –534.5 kcal/mol 04.( UFSM ) – Considere o seguinte gráfico De acordo com o gráfico acima indique a opção que completa, respectivamente as lacunas abaixo A variação da entalpia ∆H é _______________ a reação é _______________ porque se processa ___________ calor. a) positiva, exotérmica , liberando b) positiva, endotérmica, absorvendo c) negativa , endotérmica, liberando d) negativa, exotérmica, liberando e) negativa, exotérmica, absorvendo Cinética e Equilíbrio Químico 01. (UFRGS) A reação NO + ½ Br2  NOBr apresenta uma lei experimental de velocidade expressa por v=K|NO| 2 . | Br2|. A partir dessa informação é possivel afirmar que a) a reação apresenta ordem 3/2 b) a equação dada corresponde a um processo elementar trimolecular c) A velocidade da reação quadruplica quando a concentração de NO é dobrada d) A concentração de Br2 não tem influencia na velocidade da reação e) A velocidade da reação é sextuplicada ao se dobrarem as concentrações de ambos os reagentes 02. (PUC) Para diminuir a velocidade de uma reaçãoquimica, deve-se a) baixar a energia de ativação dos reagentes b) resfriar o sistema c) agitar o sistema d) adicionar mais reagente e) adicionar um ativador ao sistema 03. (IPA) Considere o sistema em equilibrio H2(g) + Cl2(g) ÷ 2 Hcl (g) podemos afirmnar que o aumento de concentração de gás hidrogenio provocará deslocamento do equilibrio a) no sentido de formação de HCl b) no sentido de formação de Cl2 c) no sentido de decomposição de HCl d) de acordo com o aumento da temperatura e) nos dois sentidos 04. (UFRGS) O equilibrio quimico representado por SO2(g) + ½ O 2(g) ÷ SO3(g) Corresponde a uma das etapas possíveis na formação de chuva ácida. Assinale a expressão da constante de equilíbrio Kc para a equação dada. a) [SO2]. [O2] / [SO2] QUÍMICA 75 b) [SO3] / [SO2] c) [SO2] . [O2] ½ / [SO3] d) [SO3] / [SO2] . [O2] 1/2 e) [SO3] / [SO2] . ½ [O2] 05. (PUC) Responder esta questão a partir da análise da tabela a seguir que apresenta o pH de alguns sistemas Sistema pH Suco de limão 2,2 a 2,4 Água com gás 4,0 Leite de vaca 6,6 a 6,9 Lágrima 7,4 Água do mar 8,0 Pelo exame da tabela, pode-se afrimar que a) a alágrima é mais ácida do que o leite de vaca b) a água do mar é mais básica do que o suco de limão c) a água com gás é mais básica do que o suco de limão d) o suco de limão é menos ácido do que a água do mar e) o leite de vaca é mais ácido do que a água com gás 06. (UNISINOS) O leite, substancia segregada pelas glandulas mamárias das femeas dos animais mamíferos, é uma alimento ligeiramente ácido. O seu pH, portanto é a) 1,5 b) 6,6 c) 7,3 d) 12,3 e) 13,5 BIOLOGIA 76 CITOLOGIA CARACTERÍSTICAS GERAIS: · quanto ao número: unicelulares e multicelulares · quanto a forma: esféricas, ramificadas, alongadas e pleomórficas. · quanto a estrutura celular: procarióticas, eucarióticas. · quanto ao ciclo vital (classificação de BIZZOZERO): lábeis, estáveis e permanentes. permanentes - Lei de Driesch: LEI DA CONSTÂNCIA DO VOLUME CELULAR: “Em indivíduos da mesma espécie e com o mesmo grau de desenvolvimento, o volume celular é constante.” PAREDE CELULAR: Também chamada de membrana celulósica, formada de celulose em vegetais e nas bactérias possui polipeptídeos associados a polissacarídeos. Funções: proteção e sustentação da célula. MEMBRANA PLASMÁTICA: Película delgada e elástica que reveste a célula, responsável pelas trocas entre o meio extracelular e intracelular. (PERMEABILIDADE SELETIVA). O atual modelo para a estrutura da membrana elaborada por SINGER e NICHOLSON (1912), é o modelo do MOSAICO FLUIDO, formado por lipídios, proteínas e uma pequena fração de glicídios. 1 e 2- fosfolipídios; 3- proteínas, 4- glicício; 5- proteína GLICOCÁLIX: ocorre na face externa das células animais, formado pelo conjunto dos glicídios da membrana e das glicoproteínas aderidas à ela. Funções: proteção contra danos mecânicos ou químicos; reconhecimento de uma célula por outra, promovendo a adesão ou rejeição entre elas. DIFERENCIAÇÕES DA MEMBRANA PLASMÁTICA: ·Microvilosidades: dobras da membrana que aumentam a superfície de contato e consequentemente aumenta a absorção.Ex: células epiteliais ·Desmossomos: regiões ricas em substâncias adesivas e fios de queratina que aumentam a adesão entre as células.Ex: células epiteliais ·Plasmodesmos: poros por onde passam fios de citoplasma, facilitando a passagem de substâncias de uma célula vegetal para outra. ·Nexos ou junções comunicantes: canais por onde passam íons e pequenas moléculas, facilitando a troca de substâncias entre as células. Ex: células cardíacas e hepáticas. ·Interdigitações: reentrâncias da membrana que aumentam a coesão entre as células, facilitando a troca de substâncias.Ex.: células epiteliais. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA: Há uma constante troca de substâncias entre a célula e o meio externo. Porém, apenas as substâncias necessárias devem entrar, enquanto as substâncias indesejáveis devem sair ou permanecer fora da célula. A membrana plasmática utiliza os seguintes mecanismos: TRANSPORTE PASSIVO: quando a entrada de substâncias através da membrana, ocorre sem gasto de energia, porque é a favor de um gradiente de concentração. -difusão simples: Passagem do soluto do meio de maior concentração (HIPERTÔNICO) para o meio de menor concentração (HIPOTÔNICO). -osmose: Passagem do solvente do meio hipotônico para o meio hipertônico, através de uma membrana semipermeável. Vegetal: PLASMÓLISE (perde água), TURGÊNCIA (ganha água) Animal: CRENAÇÃO (perde água), HEMÓLISE ou PLASMOPTISE (ganha água) -difusão facilitada: transporte de substância através de permeases(substâncias protéicas especializadas). TRANSPORTE ATIVO: quando o transporte de substâncias através da membrana ocorre contra um gradiente de concentração e com gastos de energia. Ex.: bomba de sódio e potássio TRANSPORTE EM BLOCO: também denominado de ENDOCITOSE, é um mecanismo para grandes moléculas que não conseguem atravessar a membrana celular. Pode ser por: -fagocitose: englobamento de partículas sólidas por meio da emissão de pseudópodes. Funções: captura de alimento, defesa. BIOLOGIA 77 -pinocitose: é o processo de captura de líquidos através de invaginações da membrana, formando pequenas vesículas. A eliminação de produtos para o exterior da célula é denominado de EXOCITOSE ou CLASMATOSE. CITOPLASMA É formado por uma espécie de líquido gelatinoso chamado de hialoplasma ou citosol, constituído por íons e moléculas orgânicas dissolvidas em água. Essas moléculas orgânicas dão a consistência gelatinosa, que caracteriza um colóide. Neste hialoplasma estão incluídas as estruturas citoplasmáticas. O citoesqueleto ou esqueleto celular é formado por microtúbulos e microfilamentos que mantém a forma da célula e serve de sustentação às estruturas celulares. Também participam do movimento amebóide, ciclose, deslocamento de cromossomos durante a divisão celular, movimento dos cílios e flagelos. ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS Ribossomos: São grãos formados por RNA e proteínas que podem estar livres no citoplasma ou associados às membranas do retículo endoplasmático. Função: síntese de proteínas. Retículo endoplasmático: rede de canais e vesículas achatadas de cisternas, formada a partir de invaginações da membrana plasmática. - Retículo rugoso ou granular: também chamado de ergastoplasma, possui ribossomos aderidos à sua membrana. Função: transporte, armazenamento e síntese de proteínas. - Retículo liso ou granular: não apresenta ribossomos em suas membranas. Função: síntese de lipídios, síntese de hormônios esteróides, desintoxicação. Complexo de Golgi: Constituído por uma pilha de vesículas achatadas e circulares e outras menores e esféricas que brotam a partir das primeiras. Função: secreção, formação do acrossoma do espermatozóide, síntese de glicídios. Lisossomos: pequenas bolsas contendo enzimas. As enzimas são produzidas pelo retículo rugoso e acumuladas nas vesículas de golgi, de onde surgem os lisossomos. Função: digestão intracelular, em função do material digerido pode ser heterofágica, autofágica ou autólise. Mitocôndria: corpúsculos que aparecem imersos no hialoplasma em número variável, apresenta-se delimitada por duas unidades de membrana, a externa e a interna. A membrana interna limita a matriz mitocondrial e forma, para o interior desta, uma série de invaginações denominadas cristas mitocondriais. Função: responsável pela segunda e terceira etapa da respiração. Centríolos: Microtúbulos de proteínas, dispostos sempre nove grupos de três microtúbulos. Cada célula apresenta dois centríolos perpendicular um ao outro e podem se autoduplicar. Não existem nos vegetais superiores: Função: Formação do fuso acromático e formação dos cílios e flagelos I- mitocôndria; 2- centríolo Respiração anaeróbica: Também chamada de fermentação, realiza a quebra da glicose sem o oxigênio do ambiente. O processo termina na primeira etapa da respiração aeróbica (glicólise) e o saldo energético é de duas moléculas de ATP. Os tipos mais importantes da fermentação são: a láctica e a alcoólica. Peroxissomos: organelas que contém enzimas no seu interior, sendo a catalase a mais constante. Função: decompõe a H2O2 Vacúolos: são cavidades do citoplasma, originadas por invaginações da membrana ou de dilatações do retículo. Pode ser: vacúolo digestivo, vacúolo contrátil, vacúolo de suco celular. Plastos: são orgânulos cujo tamanho e distribuição na célula varia de acordo com os organismos. Pode ser: ·Protoplastos: pequenos, incolores, encontrados nas células meristemáticas. ·Leucoplastos: incolores, com função de armazenamento: amiloplasto (amido). Oleoloplasto(óleo), proteoplasto(proteína). BIOLOGIA 78 ·Cromoplastos: são os coloridos: cloroplasto (verde), eritroplasto (vermelho), xantoplasto (amarelo), feoplasto (pardo). NÚCLEO O núcleo pode ser considerado o centro de controle da célula, porque no seu interior está o DNA, material químico do gene. É formado pela membrana nuclear, cromatina, nucléolo e nucleoplasma. Membrana nuclear ou carioteca: membrana que reveste o núcleo das células eucarióticas, tem natureza lipoprotéica, parede dupla e cheia de poros, que permitem a troca de material entre o núcleo e o citoplasma. Nucleoplasma ou cariolinfa: líquido formado de água e proteínas onde está mergulhada a cromatina. Nucléolo ou plasmossomos: local de síntese do RNA que forma os ribossomos. Esse RNA se junta a proteínas que vem do citoplasma formando subunidades precursoras dos ribossomos. Também tem DNA que forma os genes responsáveis pela síntese do RNA dos ribossomos. Cromatina: É o material cromossômico durante a interfase. É formado por longos filamentos, constituídos de DNA e proteínas, que apresentam vários graus de condensação podendo ser eucromatina (descondensada e geneticamente ativa) e heterocromatina (condensada e inativa). Cromossomos: Corpúsculos compactos em forma de bastonetes, facilmente visíveis ao microscópio óptico, formados a partir da condensação dos fios de cromatina. A cromatina e os cromossomos representam dois estados diferentes de um mesmo material. Quanto ao número: Células haplóides: células sexuais ou gaméticas, com apenas um cromossomo de cada par de homólogos, representadas por um cromossomo de cada par de homólogos, representadas por n e originadas por meiose. Células diplóides: células somáticas, com cromossomos formando o par de homólogos, representadas por 2n e originadas por mitose. Tipos: conforme a posição do centrômero: Estrutura: Cariótipo: conjunto de características cromossômicas, própria de cada espécie (forma,número,tamanho,etc.) CICLO CELULAR No ciclo de vida da célula, distinguem-se duas etapas: a interfase e o período de divisão celular. INTÉRFASE Período em que a célula não está se dividindo, e pode ser dividido em três períodos: G1 – Fase anterior à duplicação do DNA, a célula cresce e realiza seu metabolismo normal. S – Ocorre a duplicação do DNA. G2 – Intervalo entre a duplicação do DNA e o início da divisão celular. (Quantidade de DNA por núcleo) 2C C G1 S G2 M G1 S Intérfase Mitose Intérfase MITOSE: Processo de divisão celular que permite a distribuição dos cromossomos e dos constituintes citoplasmáticos da célula- mãe, igualmente entre as células-filhas. Fases da mitose: BIOLOGIA 79 Prófase: aumento do volume nuclear, condensação da cromatina, duplicação do centríolo, migrando para os pólos celulares, formação do fuso acromático, carioteca desintegra, nucléolo desaparece Metáfase: cromossomos em grau máximo de condensação, cromossomos formam a placa equatorial, melhor fase para estudo do cariótipo Anáfase: duplicação do centrômero, cromátides formam cromossomos-filhos que são arrastados para os pólos da célula Telófase: descondensação dos cromossomos, reconstituição da carioteca, formação dos nucléolos, citocinese Em animais: MITOSE CÊNTRICA e ASTRAL (presença de centríolo e áster), CITOCINESE CENTRÍPETA Em vegetais: MITOSE ACÊNTRICA E ANASTRAL (ausência de centríolo e áster) CITOCINESE CENTRÍFUGA MEIOSE: Processo de divisão celular pelo qual uma célula diplóide (2n) forma células haplóides (n). É um fenômeno de dupla importância: através da redução do número de cromossomos, permite a manutenção do número cromossômico constante na espécie, permite a variabilidade das espécies. Fases da meiose I . PRÓFASE I LEPTÓTENO: cromossomospouco condensados, distribuídos ao acaso, aparecem os cromômeros ZIGÓTENO: pareamento de cromossomos homólogos (sinapse) PAQUÍTENO: cromossomos em alto grau de condensação, formação das tétrades, ocorre o crossing-over DIPLÓTENO: começa a separação dos homólogos, aparece os quiasmas DIACINESE: terminalização dos quiasmas, desaparecimento do núcleo, desintegração da carioteca, formação do fuso acromático · METÁFASE I cromossomos pareados na placa equatorial · ANÁFASE I migração dos cromossomos duplicados para os pólos, não ocorre divisão do centrômero · TELÓFASE I cromossomos atingem os pólos, cada cromossomo é constituído por duas cromátides, formação da carioteca, desaparece o fuso acromático, ocorre a citocinese Fases da meiose II- prófase II, metáfase II, anáfase II e telófase II COMPOSIÇÃO QUÍMICA água: é a substância mais abundante nos seres vivos, funcionando como solvente no qual todas as outras substâncias são dissolvidas. glicícios: são importantes estruturalmente, aparecendo como componentes dos reforços celulares (celulose) e como fonte de energia (glicose). Classificam-se em: monossacarídeos (ribose, glicose, galactose, frutose), dissacarídeos ( maltose, sacarose, lactose) e polissacaraídeos (celulose, amido, quitina, ácido hialurônico). lipídios: servem como reserva energética, atuam como isolante térmico e participam na estrutura das membranas das células. Os glicerídios (óleos vegetais e gorduras animais), os cerídios , os fosfolipódios e os esteróides. sais minerais: aparecem nos seres vivos de três maneiras diferentes: dissolvidos na forma de íons na água do corpo, formando cristais e combinado com moléculas orgânicas possuem várias funções. Sais minerais Funções Principais alimentos Cálcio Forma ossos e dentes, coagulação sanguínea. Laticínios, hortaliças de folhas verdes. Fósforo Forma ossos e dentes, molécula dos ácidos nucléicos. Carnes, peixes, ovos, laticínios, feijão, ervilha. Sódio Equilíbrio do corpo, funcionamento de nervos e membranas da célula. Sal de cozinha. Cloro Forma HCl no estômago, atua com o sódio. Combinado com o sal comum. Potássio Equilíbrio de líquidos e funcionamento de nervos e membranas. Frutas, verduras, feijão, leite, cereais. Magnésio Forma clorofila, formação de ossos e funcionamento de nervos e membranas da célula. Hortaliças de folhas verdes, cereais, peixes, ovo, feijão, banana, soja. Ferro Forma hemoglobina Fígado, carnes, gema do ovo, legumes e hortaliças de folhas verdes. Iodo Faz parte dos hormônios da tireóide. Frutos do mar, sal de cozinha. Flúor Fortalece ossos e dentes. Pequena quantidade em todos os alimentos, peixes. Manganês Regula diversas reações químicas. Cereais, hortaliças e frutas. Cobre Ajuda na produção da hemoglobina, formação de melanina. Fígado, carnes, frutos do mar. 2n n n n n n n I II R e d u c io n a l E q u a c io n a l BIOLOGIA 80 vitaminas: trabalham em conjunto com as enzimas para o bom funcionamento do organismo, não são fabricadas pelo organismo, tendo que ser ingeridas através dos alimentos. Há dois tipos de vitaminas: lipossolúveis (vitaminas A, D, E e K) e hidrossolúveis ( vitaminas C e as do complexo B). Vitamina Fonte Deficiência A ou retinol Laticínios, ovo, fígado, rins, hortaliças verdes, Cegueira noturna, pele áspera e seca, baixa imunidade. D ou calciferol Fígado, óleo de peixe, laticínios, ovo, na pele através do sol. Ossos fracos e deformados. E ou tocoferol Cereais, hortaliças, com folhas verdes, óleos vegetais, amendoim. Em animais anemia, esterilidade. K ou naftoquinon a Laticínios, fígado, carnes, frutas, hortaliças. Dificuldade de coagulação do sangue. B 1 ou tiamina Feijão, frutas, fígado, carnes, gema do ovo. Inflamação dos nervos, paralisia, atrofia muscular (beribéri). B 2 ou riboflavina Carne, fígado, ovos, laticínios. Lesões na pele, rachadura nos cantos da boca. Niacina ou nicotinamida Ovos, laticínios, carne, fígado. Lesões na pele e sistema nervoso, dermatite, diarréia e demência (pelagra). B 6 ou piridoxina Banana, cereais, carne, fígado. Lesões dos nervos e músculos, convulsões e paralisia muscular B 12 ou cobalamina Produtos de origem animal Anemia e lesões dos nervos. Folacina ou ácido fólico Carne, ovo, frutas, amendoim, feijão. Anemia, diarréia. Biotina Distribuída nos alimentos Dermatite, dores musculares. Distribuída nos Fadiga, insônia, Ácido pantotênico alimentos náusea, dificuldade de coordenação motora. C ou ácido ascórbico Pimentão, brócoli, couve, goiaba, caju, laranja, acerola, morango. Baixa imunidade, sangramento da pele e gengivas, inchações e dores articulares (escorbuto). proteínas: são o principal componente estrutural da célula. São formadas por aminoácidos compostos reunidos por ligações peptídicas, fomando longos filamentos (polipeptídeos). A estrutura final das proteínas depende da seqüência na qual se arrumam os aminoácidos, a sequência é determinada pelo DNA. As enzimas são proteínas que funcionam como catalisadores, acelerando a velocidade das reações químicas. Cada tipo de reação tem a sua enzima específica, que são dependentes da temperatura e do pH. ÁCIDOS NUCLEICOS As maiores e mais importantes moléculas das células são os ácidos nucléicos, pois além de controlarem todas as atividades celulares, estabelecem o elo químico entre as gerações. Existem dois tipos de ácidos nucléicos: o ácido desoxiribonucleico (ADN ou DNA) e o ácido ribonucléico (ARN ou RNA), presentes em todos os seres vivos. Os vírus fazem exceção por apresentarem DNA ou RNA, mas nunca os dois. composição química dos ácidos nucléicos: os ácidos nucléicos são polinucleotídeos, isto é, macromoléculas formadas pelo encadeamento de unidades chamadas de nucleotídeos. Cada nucleotídeo resulta da combinação de três componentes: fosfato + açúcar + base nitrogenada. A combinação entre uma molécula de base nitrogenada e um açúcar recebe o nome de nucleosídeo. As pentoses são de dois tipos: desoxirribose no DNA e ribose no RNA. A única diferença entre as duas pentoses é que a desoxirribose possui um átomo de oxigênio a menos.As bases dos ácidos nucléicos são as purinas e as pirimídicas. As purinas possuem dois anéis heterocíclicos unidos, enquanto as pirimidinas só apresentam um anel. No DNA e no RNA as purinas são adenina (A) e guanina (G), e as pirimídicas são citosina (C) e timina (T), no DNA. O RNA contém uracila (U) no lugar de timina. O DNA é formado por duas cadeias de polinucleotídeos, enroladas helicoidalmente e ligados transversalmente através de pontes de hidrogênio, existentes entre uma purina e uma pirimidina. A adenina forma duas pontes de hidrogênio com a timina, e a guanina forma três pontes com a citosina. Os pareamentos A – T e C – G fazem com que, na molécula de DNA, as cadeias sejam denominadas de complementares. Devido à complementaridade, as cadeias são orientadas em sentidos opostos, são antiparalelas. O que diferencia DNAs de origens diferentes é o valor característico da relação (A + T) / (C + G) que é constante dentro de determinada espécie. replicação do DNA: é o processo de duplicação da molécula do DNA. Sob a ação de uma enzima específica, a DNA-polimerase, ocorre a quebra das pontes de hidrogênio e a conseqüente separação das duas cadeias. Ao mesmo tempo, cada cadeia vai formando a sua cadeia complementar, através do encadeamento de novos nucleotídeos, sempre observando o pareamento de A com T e de G com C. O resultado é a formação de duas cadeias que se conservam, na sua estrutura, uma metade da molécula- mãe, daí a designação de semi-conservativa, para a forma de replicação. BIOLOGIA 81 O RNA é constituído por uma única cadeia de nucleotídeos, inexistindo as relações de igualdade entre purinas e pirimidinas. No processo de transcrição os pareamentos são entre A – U e C – G. Existem três tipos de RNA: o RNA ribossômico (RNAr) associado a proteínas forma os ribossomos, organóides celulares responsáveis pela síntese de proteínas, o RNA mensageiro (RNAm) que leva a mensagem genética do DNA para os ribossomos e o RNA transportador (RNAt) ou RNA solúvel (RNAs) é o de menor cadeia tem, como função o transporte de aminoácidos do hialoplasma para os ribossomos. transcrição: é o processo através do qual o DNA serve de modelo para a síntese de RNA. Apenas uma cadeia de DNA é usada nesse processo, ativado pela enzima RNA-polimerase. Numa determinada região terminal ou intercalar, da molécula de DNA, ocorre a separação das cadeias. Uma delas forma o RNA através do encadeamento de nucleotídeos complementares. Pareiam-se: adenina do DNA com uracila do RNA; timina do DNA com adenina do RNA; citosina do DNA com guanina do RNA e guanina do DNA com citosina do RNA. SÍNTESE DE PROTEÍNAS cistron: o gene é definido modernamente como um cístron, isto é, um segmento de DNA que contém a informação genética para a síntese de uma proteína. O processo de síntese protéica é dividido em três fases: transcrição, ativação de aminoácidos e tradução. transcrição: a mensagem contida no cístron é transcrita para uma molécula de RNA, o chamado RNA mensageiro (RNAm). Uma cadeia da molécula do DNA controla a síntese de um tipo específico de RNAm. As bases complementares pareiam-se: adenina do DNA com uracila do RNA; timina do DNA com adenina do RNA; citosina do DNA com guanina do RNA e guanina do DNA com citosina do RNA. Assim, a molécula do RNAm formado copia a mensagem do DNA. No processo participa a enzima RNA-polimerase. O RNAm sai do núcleo, vai até o ribossomo e aí se prende, formando um molde para a síntese de proteínas. ativação de aminoácidos: é nesta fase que entra em ação o RNA transportador (RNAt). Numa das extremidades existe um anticódon, isto é, uma seqüência de três bases que são complementares a um códon do RNAm. No citoplasma, enzimas específicas ativam as moléculas de aminoácidos que se associam com as do RNAt formando os complexos de aminoácidos-RNAt. tradução: é o processo de síntese de uma proteína, realizado num ribossomo a partir de um molde de RNAm. Os ribossomos são partículas formadas por duas subunidades de tamanhos diferentes. Na subunidade menor liga-se o RNAm enquanto na subunidade maior se unem as moléculas de RNAt. HISTOLOGIA ANIMAL Tecido é um grupo de células, reunidas para executar uma função específica. Além de células também é incluído o material fabricado pelas células, que pode atuar somente como ligação entre as células e outras vezes desempenhar alguma função no tecido é denominada de substância intercelular. Também nos tecidos animais há um líquido que sai dos vasos sanguíneos com a função de levar alimento, oxigênio e hormônios ao tecido e remover dele o gás carbônico e os resíduos do metabolismo. Esse líquido é denominado de líquido intersticial. Como surgem os tecidos? Nos seres de reprodução sexuada, que constituem a maioria dos organismos, todas as células surgem a partir de uma única célula, a célula-ovo. Esta sofre divisões e produz um grupo de células, dando início à formação do embrião. A ectoderme (camada externa) dá origem aos tecidos que revestem o corpo do embrião, a endoderme (camada interna) dá origem ao revestimento do tubo digestivo e do aparelho respiratório e posteriormente surge a terceira camada a mesoderme que é responsável pela produção de vários tecidos situados no interior do corpo, como o conjuntivo, os músculos, o sangue. TECIDO EPITELIAL Reveste o corpo do organismo e forra suas cavidades, protegendo o organismo contra atritos, invasão de microorganismos, evaporação, absorção de alimentos e oxigênio. Tem pouca quantidade de substância intercelular e ausência de vasos sanguíneos e pode ser originado de qualquer folheto embrionário. Quanto às camadas: - epitélio simples: uma única camada de células. - epitélio estratificado: formado por várias camadas de células - epitélio pseudo-estratificado: formado por uma camada de células com núcleos em alturas diferentes, aparentando estratificação. - Epitélio de revestimento: O epitélio do intestino delgado é constituído por uma única camada de células de formato cilíndrico; nos alvéolos pulmonares, vasos sanguíneos, cavidades da pleura, do pericárdio e do peritônio há um revestimento de epitélio simples pavimentoso; um epitélio simples cúbico revestindo o ovário; um epitélio estratificado cilíndrico presente na conjuntiva dos olhos e um epitélio de transição formando a bexiga. Epiderme: epitélio estratificado pavimentoso que reveste externamente o corpo humano. Juntamente com o tecido conjuntivo subjacente, forma o maior órgão do corpo: a pele. Nas células superficiais há formação de uma proteína impermeável, a queratina que protege o corpo contra a desidratação. Nas camadas profundas encontram-se os melanócitos que fabricam o pigmento melanina responsável pala cor da pele e sua proteção contra o excesso de raios ultravioleta. Epitélio de secreção (glandular):As glândulas são estruturas formadas por agrupamentos de células epiteliais que se multiplicam e penetram no tecido conjuntivo. Atuam na produção de substâncias “secreções” que serão utilizadas em outras partes do corpo. Podem ser: - glândulas exócrinas: eliminam as secreções para fora do organismo através de um canal. Podem ser holócrinas ou merócrinas. Ex: sudoríparas, sebáceas, mamárias, salivares... - glândulas endócrinas: as secreções são lançadas para o interior do organismo. Ex: hipófise, tireóide, supra-renal. BIOLOGIA 82 - glândulas mistas: Também denominadas de mesócrinas ou anfícrinas, lançam as suas secreções tanto no sangue como em cavidades abertas. Ex: pâncreas, fígado. TECIDO CONJUNTIVO Caracteriza-se por ter bastante substância intercelular, originar-se da mesoderme (mesênquima) e têm geralmente a função de ligar um tecido a outro, além de sustentar os órgãos. Há vários tipos de tecidos conjuntivos: conjuntivo propriamente dito frouxo e denso, adiposo, cartilaginoso, ósseo, hematopoético e sanguíneo. Tecido conjuntivo propriamente dito: encontra-se abaixo do epitélio e em volta dos órgãos, tem como função sustentar e nutrir os tecidos que não possuem vascularização. Entre as células deste tecido há uma parte amorfa, formada principalmente por um polissacarídeo chamado de ácido hialurônico e fibras formadas pelas proteínas elastina e colágeno. Pode ser: - frouxo: poucas fibras e flexibilidade. - denso: resistente pelo acúmulo de fibras. Tecido adiposo: tecido que acumula gordura e é encontrado sob a pele, preenchendo espaços e envolvendo órgãos. Tecido cartilaginoso: possui fibras elásticas, fibras colágenas e uma substância intercelular rica em proteínas associadas a um glicídio que dão à cartilagem uma consistência firme e flexível. As células jovens são denominadas de condroblastos que produzem uma substância intercelular, crescem e se transformam em células adultas denominadas de condrócitos que ficam alojadas em lacunas chamadas de condroplastos. Ao redor da cartilagem forma-se um tecido denso denominado de pericôndrio. Tipos de cartilagem: hialina, elástica e fibrosa. Tecido ósseo: atua na sustentação do corpo, nos movimentos, servindo como ponto de apoio para os músculos e proteger órgãos vitais. È formado por uma parte orgânica de fibras colágenas associadas á glicoproteínas e uma parte inorgânica composta de sais, principalmente o fosfato de cálcio que forma cristais responsáveis pela dureza. As células jovens são os osteoblastos e as células adultas são os osteócitos que ficam alojados em cavidades chamadas de osteoplastos. Células especiais denominadas de osteoclastos atuam no equilíbrio do cálcio no corpo e secretam os ácidos que dissolve,m os sais de cálcio e a enzima colagenase que digere o colágeno. O sistema de Havers ou ósteon permite que o alimento e o oxigênio saiam dos vasos sanguíneos e cheguem pelos canalículos até os osteócitos. Os osos são formados a partir de um molde cartilaginoso que sofre calcificação e é substituído por tecido ósseo (ossificação endocondral). Tecido hematopoético: ou tecido hemocitopoético é responsável pela produção dos glóbulos do sangue. - medula óssea vermelha ou tecido mielóide: encontrada no interior dos ossos, as células do sangue ( hemácias, plaquetas e maioria dos glóbulos brancos) são inicialmente produzidas na medula e lançadas já prontas no sangue, os linfócitos se dirigem para outros órgãos onde se reproduzem. - tecido linfático: responsáveis por órgãos de defesa espalhados pelo corpo, como o timo, o baço e os nódulos linfáticos. Tecido sanguíneo: transporta substâncias no organismo e é formado por uma parte líquida, o plasma, e um conjunto de células, os glóbulos ou elementos figurados. - plasma: é constituído por água (cerca de 92%), sais minerais, proteínas (albuminas, globulinas, fibrinogênio e liproteínas) e outras substâncias. Atua no transporte de alimentos, oxigênio, gás carbônico, produtos de excreção, hormônios, células. - hemácias, glóbulos vermelhos ou eritrócitos: são os glóbulos mais numerosos no sangue e têm como função transportar oxigênio e parte do gás carbônico através da proteína hemoglobina que se liga de forma reversível ao oxigênio, transportando-o para as células. São formadas na medula dos ossos a partir de células chamadas de eritroblastos, com formato de um disco circular e bicôncavo, achatado no centro, que permite um aumento da superfície de contato com os gases a serem transportados. Nos mamíferos as hemácias são anucleadas. A redução da quantidade de hemoglobina caracteriza a anemia, já o aumento acima do normal é chamado de policitemia. - glóbulos brancos ou leucócitos: defendem o corpo contra infecções através de dois processos: a fagocitose e a produção de anticorpos. Podem ser: granulócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos) e agranulócitos (linfócitos e monócitos). - neutrófilos: encontrados com maior freqüência, realizam diapedese, são os mais ativos na fagocitose. - acidófilos ou eosinófilos: defendem o corpo contra os vermes e alergias. - basófilos: atuam na proudção de heparina e histamina. - monócitos: leucócitos de maior tamanho, formam macrófagos e fagocitam microorganismos e células mortas. - linfócitos: surgem na medula e migram para os tecidos linfáticos formando os linfócitos T e os linfócitos B. Atuam na produção de anticorpos. O sistema imunitário é formado, entre outras células, pelos linfócitos B, que se transformam em plasmócitos e produzem anticorpos; e linfócitos T que ativam outros linfócitos e atacam diretamente o micróbio invasor. Defesas artificiais como a vacina (antígenos) estimulam a produção de anticorpos pelo organismo (defesa ativa e preventiva) e o soro que é o fornecimento de anticorpos já prontos ao organismo (defesa passiva e curativa). - plaquetas ou trombócitos: fragmentos de citoplasma desprovidos de núcleo e em forma de disco que tem com função a hemostasia (interromper hemorragias). TECIDO MUSCULAR Origina-se da mesoderme e é formado por células alongadas (fibras musculares) e têm como função a contração provocando os movimentos. BIOLOGIA 83 Tecido muscular estriado esquelético: formado por células plurinucleadas, com miofibrilas estriadas (com faixas claras e escuras); é voluntário e está preso aos ossos, contrações rápidas. Tecido muscular liso: tem células uninucleadas e sem estrias; é involuntário e envolve a parede dos órgãos, contrações lentas. Tecido muscular estriado cardíaco: forma o miocárdio, localiza-se no coração e tem células uninucleadas com estrias, de contrações rápidas e involuntárias. Durante a contração do músculo estriado. O cálcio e o ATP armazenados no retículo são liberados. Com isso a miosina “puxa” os filamentos de actina, determinando a contração dos sarcômeros, que por sua vez, leva ao encurtamento das miofibrilas e da célula muscular, provocando a contração do músculo. TECIDO NERVOSO Tecido capaz de receber estímulos do ambiente e do interior do próprio organismo, transformar esses estímulos em impulsos nervosos e comandar as respostas. É formado por células altamente especializadas os neurônios e por neuróglias que tem como função nutrir e dar suporte à rede de neurônios. O neurônio é formado pelo corpo celular, do qual saem os prolongamentos curtos, os dendritos, e um prolongamento maior. o axônio. O axônio é envolvido pelas células de Schwann e pela mielina, um lipídio que funciona como isolante elétrico e aumenta a velocidade de condução do impulso nervoso. Quando estimulado. O neurônio é percorrido pelo impulso nervoso, uma inversão de cargas elétricas (entrada de Na + e saída de K + ) que se propaga ao longo da membrana. Na sinapse (ponto de contato) entre dois neurônios há um pequeno espaço, através do qual o impulso é transmitido de um neurônio a outro. Para isso, são utilizados os mensageiros químicos ou neuro-hormônios liberados pelo axônio de um neurônio para o dendrito ou corpo celular de outro neurônio. Os arcos reflexos são explicados em função de um encadeamento de três tipos de neurônios: neurônio sensitivo ou aferente (recebe o estímulo), neurônio de associação (na medula ou no cérebro) e neurônio motor ou eferente (leva o impulso para o músculo ou para a glândula). FISIOLOGIA HUMANA SISTEMA DIGESTÓRIO A digestão é realizada por processos mecânicos e químicos no sistema digestório. Na boca, os dentes cortam e trituram alimentos facilitando a atuação das enzimas digestivas. A saliva, secretada por três pares glândulas salivares (parótidas, submandibulares e sublinguais), contém água, íons e amilase salivar ou ptialina, que digere o amido em maltose. A língua direciona o bolo alimentar para a faringe e o esôfago. A faringe é um pequeno conduto de comunicação entre a boca e o esôfago. O bolo alimentar progride pelo esôfago através dos movimentos peristálticos (contrações). A epiglote controla o trajeto do alimento. No estômago, o bolo alimentar desencadeia a produção do hormônio gastrina, que provoca a secreção do suco gástrico, composto de muco, água, ácido clorídrico e pepsinogênio. O ácido clorídrico torno o meio ácido e o pepsinogênio é transformado em pepsina, enzima que transforma a s proteínas. O bolo alimentar passa a ser um material pastoso e esbranquiçado, o quimo. No intestino delgado, que possui três regiões (duodeno, jejuno e íleo), continua a processo de digestão.No duodeno, o quimo provoca a ação do pâncreas e do fígado, que liberam, respectivamente, suco pancreático e suco biliar ou bile. O suco pancreático é composto de água, bicarbonato, amilase pancreática, lípase pancreática, nucleases, tripsina e quimotripsina. O bicarbonato neutraliza a acidez do quimo e torna o meio alcalino. A amilase pancreática conclui a digestão do amido. A lípase transforma lipídios em ácidos graxos e glicerol. As nucleases quebram ácidos nucleicos em nucleotídeos. A tripsina e a quimotripsina transformam peptídeos em aminoácidos. O suco biliar composta de sais, é fabricado pelo fígado e armazenado na vesícula biliar. Emulsiona gorduras para que a lípase possa degrada-las. As alteração do quimo resultam na formação do quilo que progride pelo jejuno e pelo íleo, e os nutrientes são absorvidos pelas células da parede intestinal, chegando ao sangue. No intestino grosso ou colo, ocorre absorção de água, transformam o quilo em massa fecal ou fezes que são armazenados no colo descendente, no sigmóide e no reto. As fezes deixarão o intestino grosso, pelo ânus, finalizando o processo de nutrição. SISTEMA RESPIRATÓRIO BIOLOGIA 84 O sistema respiratório pode ser dividido em vias aéreas e pulmões. O ar inspirado entre pelas narinas e vai às cavidades nasais, que filtram o ar e promovem seu aquecimento e sua umidificação. Filtrado, umedecido e aquecido, o ar passa à faringe e à laringe. Da laringe, segue pela traquéia, revestida internamente Poe epitélio ciliado que promove a remoção de impurezas. Na extremidade inferior, a traquéia bifurca-se em brônquio esquerdo e brônquio direito. Os brônquios penetram nos pulmões e ramificam-se em tubos mais estreitos, os bronquíolos. Os bronquíolos abrem-se em cachos envoltos de capilares, os alvéolos pulmonares. Os pulmões são formados por milhares de bronquíolos e milhões de alvéolos. Uma fina membrana, a pleura, reveste os pulmões. Na base dos pulmões está o diafragma. Mecanismos da respiração Inspiração: Conjunto de movimento de resulta na entrada de ar; contração dos músculos intercostais e diafragma que causa o aumento do tórax e cria uma pressão interna menor que a externa. O ar entra pelas narinas, enche os pulmões e chega até os alvéolos. Expiração: Conjunto de movimento de resulta na expulsão de ar; relaxam dos músculos intercostais e diafragma que causa a redução do tórax e cria uma pressão interna maior que a externa. O diafragma se eleva e o ar deixa o sistema respiratório.  Hematose: passagem de gás oxigênio do ar para o sangue e do gás carbônico do sangue para os pulmões.  Hemácias humanas não possuem núcleo e no seu interior existem moléculas de hemoglobina. O oxigênio liga-se à hemoglobina (oxihemoglobina). A maior parte do gás carbônico circula dissolvida no sangue na forma de bicarbonato. SISTEMA CIRCULATÓRIO É composto por diversos vasos sanguíneos (artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias) e um coração. Tem como características ser dupla, fechada e completa. As artérias conduzem o sangue do coração aos tecidos e se ramificam em arteríolas, que se ramificam em capilares. Os capilares permitem a troca de gases e nutrientes entre célula e sangue e se conectam em vênulas, que se unem em veias, que conduzem o sangue do corpo ao coração. BIOLOGIA 85 O coração é um órgão musculoso que se encontra no tórax entre os dois pulmões e sobre o diafragma. È composto por dois átrios e dois ventrículos. Entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo existe a válvula mitral ou bicúspide. Entre o átrio direito e o ventrículo direito existe a válvula tricúspide. O músculo cardíaco, o miocárdio, é irrigado por vasos sanguíneos, as coronárias. As veias cavas trazem sangue do corpo até o átrio direito. As veias pulmonares trazem sangue dos pulmões até o átrio esquerdo. Do ventrículo direito, a artéria pulmonar lava sangue venoso aos pulmões. Do ventrículo esquerdo, a artéria aorta leva sangue oxigenado ao corpo. O coração pulsa, involuntariamente, fazendo um movimento de contração e relaxamento. A sístole é a contração cardíaca e a diástole é o relaxamento. Circulação sanguínea Pequena ou pulmonar: ocorre entre o coração e os pulmões e oxigena o sangue Grande ou sistêmica: ocorre entre o coração e o restante do corpo. Circulação linfática: quando ocorre troca entre capilares e células, parte das substâncias do plasma fica retida no meio intersticial. Esse plasma, provisoriamente fora da circulação, é a linfa. Entretanto, a linfa logo estará de volta à circulação por meio da circulação linfática que recolhe e devolve à circulação sanguínea. SISTEMA EXCRETÓRIO Promove a excreção de restos nitrogenados e controla a concentração de água e sais minerais. É composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. Os rins são constituídos de cápsula, córtex e medula. A cápsula renal é um envoltório externo. No córtex renal, estão os néfrons, unidade de filtração. A medula renal é a parte mais interna do rim., onde estão as alças de Henle e os ductos coletores. Ureteres são tubos musculares que saem dos rins e conduzem a urina até a bexiga urinária. A bexiga urinária é uma estrutura com capacidade de distender e contrais, armazenando e depois, eliminando a urina. A uretra é um longo canal que conduz a urina para fora do corpo. Formação da urina: Os rins filtram o sangue, reabsorvem parte do filtrado e secretam substâncias. Quando o sangue passa pelo glomérulo, diversas substâncias, tais como, água, íons, glicose, vitaminas, aminoácidos, hormônios e uréia, são filtrados e recolhidos. Glicose, hormônios, vitaminas, aminoácidos são reabsorvidos e retornam ao sangue. Os capilares envolvem o néfron secretam amônia, potássio e hidrogênio. A urina final possui muito menos água e sais minerais e mais uréia que a urina inicial. A regulação do controle da função renal independe de nossa vontade e se dá através de dois hormônios, chamados de antidiurético e aldosterona. O hormônio antidiurético aumenta a reabsorção de água e a aldosterona aumenta a reabsorção de sódio. SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso dos vertebrados é simples, dorsal e oco. Surge a partir do tubo neural, situado dorsalmente é dividido em: Sistema nervoso central: formado pelo encéfalo (bulbo, ponte, cerebelo, mesencéfalo, tálamo, hipotálamo e cérebro) e medula espinhal. BIOLOGIA 86 Sistema nervoso periférico: formado por gânglios nervosos e por nervos cranianos e raquidianos. Sistema nervoso autônomo: sistema nervoso simpático e parassimpático, com efeitos antagônicos sobre os órgãos em geral. SISTEMA ENDÓCRINO É composto pelas glândulas endócrinas e, juntamente com o sistema nervoso, integra e regula funções como nutrição, metabolismo, circulação, excreção e reprodução. As principais glândulas endócrinas do corpo humano são: hipófise, tireóide, paratireóides, supra-renal, pâncreas, ovários e testículos. Hipófise Hormônio Função Somatotrofina ou GH Induz o crescimento dos tecidos Adrenocorticotrófico ACTH Estimula as supra-renais Tireotrófico TSH Estimula a tireóide Folículo estimulante FSH Na mulher: maturação do óvulo, prepara o útero para menstruação e gravidez. No homem: produção de espermatozóides Luteinizante LH Na mulher: ovulação e formação do corpo lúteo. No homem: produção de testosterona Prolactina Desenvolvimento das mamas e secreção do leite após o parto. Antidiurético ADH Reduz a quantidade de urina. Ocitocina Contrações do útero no momento do parto, liberação do leite. Tireóide Hormônio Função Triiodotironina (T3) Incrementam o metabolismo das células, aceleram o metabolismo. Tiroxina (T4) Calcitonina Inibe a saída de cálcio dos ossos. Paratireóide Hormônio Função Paratormônio Regula a quantidade de íons cálcio no sangue. Supra-renais ou adrenais Hormônio Função Cortisol (glicocorticóides) Ações antiinflamatórias e gliconeogênese ( gorduras e BIOLOGIA 87 proteínas em glicose) Aldosterona (Mineralocorticóides) Reabsorção de sais minerais pelos rins e aumento da pressão arterial Adrenalina e noradrenalina Aumento da frequência cardíaca e respiratória Pâncreas Hormônio Função Insulina Reduz a concentração de glicose no sangue. Glucagon Aumenta a concentração de glicose no sangue. Ovários Hormônio Função Estrógenos Desenvolvimento de órgãos sexuais e promove o aparecimento de caracteres sexuais secundários. Progesterona Aumenta os vasos sanguíneos e os tecidos da mucosa uterina, preparando a mulher para a gravidez. Testículos Hormônio Função Testosterona Desenvolvimento dos órgãos sexuais do homem e provoca aparecimento das características sexuais secundárias. HISTOLOGIA VEGETAL Os tecidos vegetais são muito diferentes dos tecidos animais, por serem autótrofos, somente os vegetais possuem tecidos especializados para a fotossíntese e para a condução de seiva retirada do solo. Podem ser: TECIDOS EMBRIONÁRIOS Formado por células indiferenciadas denominadas de MERISTEMAS, que estão em constante divisão celular. - primário: crescimento em comprimento, formado por: protoderme, meristema fundamental e protocâmbio. - secundário: crescimento em espessura, formado pelo felogênio e o câmbio. TECIDOS PERMANENTES - assimilação: células vivas, denominadas de PARÊNQUIMA, dividido em: 1- parênquima fotossintético ou assimilação 2- parênquima de reserva: amilífero (amido), aqüífero (água) e aerífero (ar). - revestimento e proteção: EPIDERME, formada por uma camada de células vivas, apresentando na face externa uma substância impermeável denominada de CUTINA. Anexos epidérmicos: pêlos, estômatos, lenticelas, cera, acúleos, hidatódios. - condução ou tranporte: 1-lenho ou xilema: transportam água e sais minerais, no sentido ascendente (das raízes para as folhas), formado de células mortas. 2- líber ou floema transportam substâncias orgânicas, no sentido descendente (das folhas para as raízes), formado de células vivas. - sustentação: 1- colênquima: formado por células vivas, abaixo da epiderme e flexível. 2- esclerênquima: formado por células mortas, no interior do caule e raiz e tem firmeza. - secretores: armazenam substâncias úteis não utilizadas diretamente no metabolismo da planta. Ex: néctar, látex, resina. FISIOLOGIA VEGETAL BIOLOGIA 88 FOTOSSÍNTESE: Fenômeno de maior importância para seres vivos. Produz substâncias orgânicas; transformam a energia luminosa em energia química que fica armazenada na glicose (que é o principal combustível das células) e produz oxigênio que será utilizado na respiração celular para produzir energia para as células. A produção de substâncias orgânicas ocorre a partir do gás carbônico e da água com a utilização da energia solar, desprendendo oxigênio e ocorre em todos os seres que tem clorofila. luz 12 H 2 O + 6 CO 2 C 6 H 12 O 6 + 6 H 2 O + 6 O 2 É realizada em duas etapas: 1ª etapa: LUMINOSA (depende da luz) ocorre a fotólise da água ou reação fotoquímica de Hill. Ocorre a decomposição da água desprendendo oxigênio, produz ATP. luz 4 H 2 O + 2 NADP ÷ 2 NADPH 2 + 2 H 2 O + O 2 luz ADP + P ÷ ATP 2ª etapa: ESCURA (não depende da luz) reação termoquímica de Blakmann ou ciclo de Calvin ou Ciclo das Pentoses. Ocorre a utilização de gás carbônico e produção de glicose. O 2 + 2 NaDPH 2 ÷ (CH 2 O) + H 2 O + NADP ATP ÷ ADP + P Ponto de compensação luminoso (fótico): É a intensidade luminosa, onde a razão de fotossíntese é igual a respiração. Os dois processos se neutralizam. ÷ Fotossíntese ÷ H 2 O + CO 2 (CH 2 O)n + O 2 + H 2 O ÷ Respiração ÷ QUIMIOSSÍNTESE: Processo realizado por algumas bactérias não clorofiladas, que têm a capacidade de oxidar substâncias inorgânicas e utiliza a energia liberada neste processo na síntese de compostos orgânicos. GUTAÇÃO ou SUDAÇÃO: Elimina água na forma líquida,através de hidatódios. Condições para ocorrência do processo: temperatura alta, alta umidade e solo saturado de água. EXSUDAÇÃO: Eliminação de uma solução aquosa, no local de um ferimento. TRANSPIRAÇÃO: Eliminação de água na forma de vapor, importante para seiva bruta. fatores que influenciam: umidade, temperatura, vento, superfície exposta, transpiração estomática e transpiração cuticular. BOTÂNICA RAIZ: é capaz de promover:a fixação do vegetal ao substrato; a absorção de água e sais minerais;a condução do material absorvido;o acúmulo de diversos tipos de substâncias de reserva. Morfologia externa: Quando se observa externamente uma raiz, podemos verificar: coifa, região lisa, região pilífera, região de ramificação e colo. a) Coifa: É um tecido que recobre e protege a ponta da raiz. A coifa protege as células do ponto vegetativo contra o atrito, BIOLOGIA 89 ataque de microorganismos e outros seres vivos.Nas raízes aquáticas, a coifa é muito desenvolvida e freqüentemente é dupla. b)Região lisa ou região de crescimento: É a região desprovida de pêlos e de ramificações laterais, responsável pelo crescimento em comprimento da raiz. c)Região pilífera ou região de absorção: Aqui, as células epidérmicas da raiz produzem os pêlos absorventes, com a finalidade de aumentar a superfície de absorção da raiz. d) Região de ramificação: É a zona da raiz onde se formam as raízes secundárias. Estas, além de aumentarem a fixação do vegetal, aumentam a área de exploração do vegetal no solo, permitindo maior absorção de água e nutrientes minerais. e) Colo: Região de transição entre a raiz e o caule. TIPOS DE RAIZ SUBTERRÂNEAS OU TERRESTRES a) Raiz axial ou pivotante: Esta raiz apresenta um eixo principal que penetra perpendicularmente no solo e emite raízes laterais secundárias em direção oblíqua. É encontrada entre as dicotiledôneas (feijão) e gimnospermas (pinheiros). b) Raiz fasciculada: Nesta raiz não há eixo principal; todas as raízes crescem igualmente. Algumas ficam na superfície, aproveitando a água das chuvas passageiras. É característica das monocotiledôneas (milho, capim). c) Raiz tuberosa: É uma raiz muito espessada, devido ao acúmulo de substâncias de reserva. A raiz tuberosa é axial, quando a reserva é acumulada somente no eixo principal (cenoura, nabo, rabanete), e fasciculada, quando a reserva também fica acumulada nas raízes secundárias (mandioca, dália, etc.). AÉREAS a) Raízes suporte: São raízes que partem do caule e atingem o solo. A sua principal função é aumentar a fixação do vegetal. Aparecem no milho, plantas de mangue, figueiras, etc. b) Raízes cintura: Encontradas em plantas epífitas (orquídeas), crescem enroladas em um suporte, geralmente caules de árvores. Apresentam velame, que é uma epiderme pluriestratificada, com células mortas que funcionam como uma verdadeira esponja, absorvendo a água que escorre pelos caules. c) Raízes estrangulantes: São raízes resistentes, densamente ramificadas, que se enrolam em troncos de árvores, os quais lhes servem de suporte. Estas raízes crescem em espessura e acabam determinando a morte da planta de apoio por estrangulamento (impedem o crescimento e a circulação da seiva elaborada). Ex: cipós, mata-paus. d) Raízes tabulares: São raízes achatadas, geralmente encontradas em árvores de florestas densas. Desenvolvem-se horizontalmente à superfície do solo e são bastante achatadas. Além de fixação, estas raízes também são respiratórias. Ex: figueiras. e) Raízes respiratórias ou pneumatóforos: Aparecem em plantas que habitam lugares pantanosos, onde o oxigênio é consumido pela grande atividade microbiana, como ocorre no mangue. Na Avicena tomentosa (planta de mangue), estas raízes apresentam geotropismo negativo, crescendo para fora do solo. Os pneumatóforos apresentam poros denominados pneumatódios, que permitem a troca gasosa entre a planta e o meio ambiente. f) Raízes grampiformes: São as raízes curtas, que se aderem intimamente ao substrato. Ex: hera. g) Raízes sugadoras ou haustórios: São raízes modificadas de plantas parasitas. Estas raízes penetram no caule de uma outra planta e podem estabelecer um contato com o xilema (lenho), de onde sugam a seiva bruta. Neste caso, a planta é chamada semiparasita. Ex: erva-de-passarinho. Em outros casos, o haustório atinge o floema e passa a retirar a seiva elaborada. A planta, então, é chamada holoparasita. Ex: cipó-chumbo. ANATOMIA DA RAIZ De fora para dentro, divide-se em casca e cilindro central. Casca: camada externa de proteção, acúmulo de reservas e controle de nutrientes. a) Epiderme: impermeável na zona suberosa e permeável na zona de crescimento. Na região pilífera, as células se alongam formando os pêlos. b) Camada Suberosa: situa-se abaixo da epiderme, na zona suberosa. c) Córtex: formado por tecido parenquimático. Local de armazenamento e reserva. d) Endoderme: camada celular única. Apresenta espessamentos de lignina e suberina (listras de Caspary) interrompidos. Cilindro Central: porção interna da raiz. a) Periciclo: situado logo abaixo da endoderme, é de onde partem as raízes secundárias. b) Sistema Vascular: formado por vasos lenhosos e liberianos. Entre o lenho e o líber existe tecido parenquimático. BIOLOGIA 90 CAULE: é o eixo ascendente da planta e está relacionado com a produção e sustentação de folhas, flores e frutos. Serve para a condução de seiva e para acumular substâncias de reserva. TIPOS DE CAULE a) Tronco: É um caule desenvolvido, de estrutura lenhosa, apresentando sempre ramificações; caracteriza árvores e arbustos. b) Haste: Caule pouco desenvolvido, de consistência herbácea; caracteriza ervas e subabustos. c) Estipe: Caule cilíndrico, não-ramificado, típico das palmeiras. d) Colmo: Caule nitidamente dividido em nó e entrenó; é típico das gramíneas. O colmo pode ser maciço (cana) ou oco, fistuloso (bambu). e) Estolão ou estolho: Caule aéreo rastejante, articulado em nó e entrenó; é típico das gramíneas. Dos nós partem raízes e ramos aéreos. Ex: morangueiro, grama. ANATOMIA DO CAULE Estrutura Primária: Casca: a) Epiderme: camada cutinizada e dotada de estômatos. b) Hipoderme: abaixo da epiderme, suas células são lignificadas formando o colênquima para dar sustentação ao caule. c) Córtex: suas células são clorificadas na periferia e incolores por dentro. d) Camada Amilífera: contém grande quantidade de amido. Cilindro Central: As camadas mais externas do parênquima diferenciam-se em células esclerenquimáticas. Na porção mais interna, forma-se a medula, entre a faixa esclerenquimática e a medula ocorrem os agrupamentos vasculares. Estrutura Secundária: Casca: a) Felogênio: origina a camada suberosa para fora e o feloderma para dentro. b) Camada Amilífera: persiste na estrutura secundária. Cilindro Central: O câmbio forma para fora, novos vasos liberianos e, para dentro, novos vasos lenhosos. No inverno e verão ocorre ação mínima do câmbio e na primavera e outono se acentua a atividade do câmbio. Formam-se anéis claros e escuros, através dos quais pode se determinar a idade do vegetal. Em caules com súber espesso, formam-se as lenticelas (importante sistema de arejamento no vegetal). FOLHA: é um órgão vegetal especializado para a fotossíntese, transpiração e respiração. MORFOLOGIA Uma folha completa apresenta cinco porções: limbo, pecíolo, bainha, estípulas e nervuras. a) Bainha: É uma porção basal dilatada que prende a folha no caule ou ramo. É reduzida ou ausente nas dicotiledôneas e apresenta grande desenvolvimento nas monocotiledôneas. BIOLOGIA 91 b) Estípulas: São pequenas expansões formadas na axila de uma folha. Quando desenvolvidas, realizam as funções principais: protegem a gema existente na axila da folha e, na ausência de limbo, atingem grande desenvolvimento, tornando-se assimiladoras. É o que ocorre, por exemplo, na ervilha. c) Pecíolo: É o eixo que serve para sustentar e inserir a folha no caule. Ramificando-se, produz as nervuras que percorrem o limbo. d) Limbo: É a parte principal da folha. Quando falta, é geralmente substituído pelo desenvolvimento das estípulas ou achatamento do pecíolo. Uma folha que não tem qualquer destes elementos é chamada incompleta. ANATOMIA DA FOLHA a) Epiderme Superior: aclorofilada, transparente, deixando passar a luz para outros tecidos. b) Epiderme Inferior: células epidérmicas recobertas por cutícula, apresenta estômatos. c) Mesófilo: situa-se entre as duas epidermes. Parênquima Paliçádico: possui numerosos cloroplastos ordenados na periferia. Apresenta espaços intercelulares pequenos. Parênquima Lacunoso: possui menos cloroplastos e dispostos desordenadamente. Os espaços intercelulares são amplos. Agrupamentos Vasculares: no mesófilo, os agrupamentos vasculares estão distribuídos: feixes de vasos lenhosos próximos à epiderme superior, feixes de vasos liberianos próximos à epiderme inferior. FOLHAS TRANSFORMADAS a) Gavinhas: alongamento do pecíolo e nervura principal. Ex: videira. b) Espinhos: estruturas resistentes e alongadas. Ex: laranjeira. c) Escamas: folhas intumecidas que ocorrem em bulbos. Ex: cebola. d) Insetívoras: adaptadas a apreensão de pequenos animais. Ex: Dionea sp. e) Brácteas: folhas brancas ou coloridas que ocorrem na base de flores. Ex: três-marias. f) Espata: folhas que envolvem flores dispostas em um espádice. Ex: copo-de-leite. FLOR: Uma flor completa apresenta: pedúnculo, receptáculo, cálice, corola, gineceu e androceu. O receptáculo é uma dilatação da extremidade do pedúnculo. Forma a base para a inserção dos diversos elementos. O cálice e a corola constituem os elementos protetores ou acessórios. Gineceu é o aparelho feminino e androceu o masculino. Androceu: é o aparelho reprodutor masculino da flor, sendo constituído por um número variado de estames. Estrutura dos estames O estame é uma folha modificada, dividida em três partes: filete, conectivo e antera. a) Filete: É um eixo que fixa o estame no receptáculo; é encimado pela antera. b) Conectivo: É a zona de inserção da antera no filete. c) Antera: É a parte fértil do estame; constitui uma dilatação que produz grãos de pólen. Gineceu, carpelo ou pistilo: é o aparelho reprodutor feminino da planta, constituído pelos carpelos (folhas carpelares). Constituição do gineceu O gineceu é formado por uma ou mais folhas carpelares e aparece dividido em estigma, estilete e ovário. a) Estigma: É a parte apical do carpelo, formando uma superfície alargada para a recepção dos grãos de pólen. É recoberto por grande número de papilas estigmáticas, que secretam substâncias viscosas para facilitar a fixação dos grãos de pólen. b) Estilete: É a parte estéril, formando um substrato para crescimento do tubo polínico; ele pode ser cheio ou oco. c) Ovário: É a parte basal e globosa que produz e contém os óvulos. FRUTO: Ovário fecundado e desenvolvido. Apresenta-se constituído por três partes: epicarpo, - mesocarpo - endocarpo. Ao conjunto das três partes dá-se o nome de pericarpo PSEUDOFRUTOS: São aqueles em que a parte que se desenvolve e se torna comestível não é o ovário, mas sim uma outra parte da flor. a) Simples: Caju: A parte suculenta é o pedúnculo floral e o fruto verdadeiro é a castanha de caju (aquênio). Maçã, Pêra, Marmelo: A parte comestível é o receptáculo floral que envolve o fruto verdadeiro. BIOLOGIA 92 b) Composto: Morango: Existe um único receptáculo desenvolvido no qual encontramos um grande número de frutículos (aquênios). c) Múltiplo ou infrutescência: Origina-se do desenvolvimento de uma inflorescência, como é o caso do abacaxi, espiga de milho e figo. SEMENTE: É o óvulo fecundado e desenvolvido. Formado por: a) Casca ou tegumento: atua na proteção e disseminação, formado pela testa e pelo tegmen. b) Amêndoa: constituída pelo embrião e pelo endosperma ou albúmen. HORMÔNIOS VEGETAIS Hormônio Efeito Auxinas Produzida nas folhas jovens, sementes e meristemas apicais. Causam dominância apical. Estimulam o crescimento vegetal até determinada concentração.Ex: ácido indolacético (AIA) Giberelinas Produzidas nos meristemas apicais, folhas jovens e embriões. Provocam a distensão celular, floração, germinação de sementes. Citocininas Produzidas nas raízes. Promovem a divisão e a diferenciação celular, retardam o envelhecimento, crescimento de gemas laterais. Etileno Produzido em tecidos velhos. Atua na maturação e queda dos frutos, das folhas e das flores. Ácido abscísico Produzido na coifa, caule, folhas velhas e frutos maduros. Contribui para o fechamento dos estômatos e atua na dormência de gemas. MOVIMENTO DOS VEGETAIS TROPISMO : fenômenos de crescimento orientados em relação à um estímulo, que podem ser positivos quando o crescimento é na direção do estímulo e negativo quando contrário. Os agentes podem ser: através da luz (fototropismo); pela gravidade (gravitropismo ou geotropismo); substâncias químicas (quimiotropismo) e por contato mecânico (tigmotropismo). BIOLOGIA 93 NASTISMO: a direção do movimento não depende do estímulo, mas da organização dos tecidos vegetais. Pode ser através da luz (fotonastismo), através do contato mecânico (tigmonastismo ou seismonastismo). TACTISMO: deslocamentos orientados por um estímulo. Através da luz (fototactismo) e do ar (aerotactismo). FOTOPERIODISMO É o período de iluminação relacionado com o período de escuridão. É um conjunto de comportamentos como o início da floração, queda das folhas, fechamento dos folíolos. Os vegetais são classificados em: Planta Característica Dia longo Floresce só quando em períodos de iluminação diários acima de um valor crítico, por exemplo, 12 horas, como no final da primavera, quando os dias tornam-se mais longos e as noites mais curtas. Dia curto Floresce só quando em períodos de iluminação diários menores que um valor crítico, como no final da verão, quando os dias tornam-se mais curtos e as noites mais longas. Indiferente O florescimento não depende do fotoperíodo, apenas do sol, água e nutrientes minerais. REINO PLANTAE BRIÓFITAS: MUSGOS, HEPÁTICAS E ANTOCEROS, Avasculares, reprodução por metagênese,gametofítico duradouro, esporofítico transitório, dependem de água para reprodução, estruturas: filóide, caulóide, e rizóide. PTERIDÓFITAS: SAMAMBAIA, AVENCA, SELAGINELA Vasculares, reprodução por metagênese, gametofítico transitório, esporofítico duradouro, estruturas: folha, caule e raiz. GIMNOSPERMAS: PINHEIROS, CEDROS, PINUS Vasculares, reprodução por metagênese, gametofítico transitório, esporofítico duradouro, estruturas: folha, caule, raiz, flor e semente ANGIOSPERMAS: MONO E DICOTILEDÔNEAS BIOLOGIA 94 Vasculares, reprodução por metagênese, gametofítico transitório, esporofítico duradouro, estruturas: folha, caule, raiz, flor, semente e fruto. monocotiledôneas dicotiledôneas Semente 01 cotilédone 02 cotilédones Folha Invaginantes e nervuras paralelas Pecioladas e nervuras reticulares Feixe vascular difusos Ordenados Raíz Fasciculada ou cabeleira Axial ou pivotante Flor Trímeras Tetrâmeras ou pentâmeras Exemplo Gramíneas (arroz, trigo, cana, milho), abacaxi, bananeira, coqueiro. Leguminosas ( soja, feijão, ervilha, lentilha), cenoura, batata, abóbora. POLINIZAÇÃO A Fecundação das Angiospermas: A fecundação das Angiospermas é precedida pela polinização. Polinização é o transporte do grão de pólen desde a antera até o estigma da flor e pode ser direta ou indireta. A polinização direta é evitada pela maioria das plantas, pois resulta numa autofecundação. A autofecundação pode ser evitada através de: a) Heterostilia: Em que os estames e os carpelos atingem alturas diferentes, tornando-se difícil o grão de pólen cair no estigma da própria flor. b) Dicogamia: Em que os estames e carpelos amadurecem em épocas diferentes. Pode ser: Protandria: quando os grãos de pólen amadurecem em primeiro lugar. Protoginia: os óvulos amadurecem antes dos grãos de pólen. c) Hercogamia: Quando existe uma barreira física que impede a queda dos grãos de pólen no estigma da própria flor. d) Dioicia: Numa mesma espécie, existe uma planta feminina e outra masculina. e) Autoesterilidade: Incompatibilidade entre o pólen e o estigma da mesma flor. Algumas flores, chamadas cleistogâmicas, realizam a autofecundação, como acontece com a ervilha. A polinização indireta ou cruzada, realiza-se normalmente e é a mais importante, pois resulta numa fecundação cruzada. Diversos agentes polinizadores se encarregam da polinização cruzada. Agente polinizador Característica das flores Insetos (entomofilia) Corolas vistosas; presença de nectários e presença de glândulas odoríferas. Pássaros (ornitofilia): Geralmente são atraídos pela cor das corolas e presença de nectários. Vento (anemofilia) Estiletes longos; grãos de pólen numerosos e pequenos; estigmas plumosos e flores aperiantadas, sem nectários ou glândulas odoríferas. Morcegos (quiropterofilia) Flores perfumadas, produtoras de néctar e abrem à noite. Água (hidrofilia) Contato pela água da chuva. REDAÇÃO 95 Critérios de correção I. Domínio da norma culta II. Tema, estrutura e autoria III. Coerência IV. Coesão V. Proposta ao problema abordado Total: 1.000 pontos Na competência I, espera-se que o participante escolha o registro adequado a uma situação formal de produção de texto escrito. Na avaliação, serão considerados os fundamentos gramaticais do texto escrito, refletidos na utilização da norma culta em aspectos como: sintaxe de concordância, regência e colocação; pontuação; flexão; ortografia; e adequação de registro demonstrada, no desempenho linguístico, de acordo com a situação formal de produção exigida. O eixo da competência II reside na compreensão do tema que instaura uma problemática a respeito da qual se pede um texto escrito, em prosa, do tipo dissertativo- argumentativo. Por meio desse tipo de texto, analisam-se, interpretam-se e relacionam-se dados, informações e conceitos amplos, tendo-se em vista a construção de uma argumentação, em defesa de um ponto de vista. Na competência III, procura-se avaliar como o participante, em uma situação formal de interlocução, seleciona, organiza, relaciona e interpreta os dados, informações e conceitos necessários para defender sua perspectiva sobre o tema proposto. Na competência IV, avalia-se a utilização de recursos coesivos da modalidade escrita, com vistas à adequada articulação dos argumentos, fatos e opiniões selecionados para a defesa de um ponto de vista sobre o tema proposto. Serão considerados os mecanismos linguísticos responsáveis pela construção da argumentação na superfície textual, tais como: coesão referencial; coesão lexical (sinônimos, hiperônimos, repetição, reiteração); e coesão gramatical (uso de conectivos, tempos verbais, pontuação, sequência temporal, relações anafóricas, conectores intervocabulares, intersentenciais, interparágrafos). Na competência V, verifica-se como o participante indicará as possíveis variáveis para solucionar a problemática desenvolvida, quais propostas de intervenção apresentou, qual a relação destas com o projeto desenvolvido sobre o tema proposto e a qualidade destas propostas, mais genéricas ou específicas, tendo por base a solidariedade humana e o respeito à diversidade de pontos de vista, eixos de uma sociedade democrática. As qualidades de um texto Não existem fórmulas mágicas para fazer uma boa redação. O exercício contínuo, aliado à prática da leitura de bons autores e a reflexão são indispensáveis para a criação de textos. Não pretendemos aqui formar escritores, como também não dispomos de uma "varinha mágica" que lhe permita, de um momento para o outro, tornar-se um escritor consagrado. Nossa tarefa será a de apontar algumas qualidades que você deve observar na produção de seu texto. São qualidades da redação que você deve cultivar: a concisão, a correção, a clareza e a elegância. A concisão Ser conciso significa que não devemos abusar das palavras para exprimir uma ideia. Deve-se ir direto ao assunto, não ficar "enrolando", "enchendo linguiça". Significa, enfim, eliminar tudo aquilo que é desnecessário. A correção A linguagem utilizada na redação deve estar de acordo com a norma culta, ou seja, deve obedecer aos princípios estabelecidos pela gramática tradicional. Conhecer as normas que regem o uso da língua é fundamental para a produção de um texto correto. Evidentemente, a maioria das pessoas não conhece de cor todas as regras gramaticais. Por isso, em caso de dúvidas na redação, não hesite em consultar uma boa gramática tradicional. Tome cuidado com alguns desvios de linguagem que comumente aparecem em redações: 1. Grafia - tome cuidado com a grafia de palavras que não conheça. Em caso de dúvidas, consulte o dicionário. Se não for possível, substitua a palavra por outra cuja grafia você conheça. Lembre-se de que a língua portuguesa é muito rica em sinônimos. 2. Flexão das palavras - cuidado com a formação do plural de algumas palavras. 3. Concordância - lembre-se de que o verbo sempre concordará com o sujeito e os nomes devem estar concordando entre si. 4. Regência - fique atento à regência de verbos e nomes, sobretudo daqueles que exigem a preposição a, a fim de não cometer erro no emprego da crase. 5. Colocação dos pronomes - observe a colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, lhe, o, a, os, as). Não inicie frases com eles. A clareza A clareza consiste na expressão da ideia de forma que possa ser rapidamente compreendida pelo leitor. Ser claro é ser coerente, não contradizer-se, não confundir o leitor. São inimigos da clareza: a desobediência às normas da língua, os períodos longos, o vocabulário rebuscado ou impreciso. A elegância A elegância consiste numa leitura de texto agradável ao leitor. É conseguida quando se observam as qualidades que apontamos acima (a correção gramatical, a clareza e a concisão) e também pelo conteúdo da redação, que deve ser original, criativo. Lembre-se de que a elegância deve começar pela própria apresentação do texto. Deve apresentar-se limpo, sem borrões ou rasuras e com letra legível. REDAÇÃO 96 Os defeitos de um texto Inúmeras vezes, ao escrever, você deve ter tido preocupações do tipo: esta palavra se escreve com s ou com z? E esta é com x ou com ch? Será que esta frase ficou clara? Será que não estou me estendendo demais sobre o assunto? Ao escrever, devemos evitar defeitos que podem prejudicar a compreensão do nosso texto. Vejam alguns defeitos que empobrecem o texto: Ambiguidade Ocorre ambiguidade (ou anfibologia) quando a frase apresenta mais de um sentido. Ocorre geralmente por má pontuação ou mau emprego de palavras ou expressões. É considerada um defeito da prosa, porque atenta contra a clareza. Veja agora alguns exemplos de frases ambíguas: João ficou com Mariana em sua casa. - Alice saiu com sua irmã. Nos exemplos acima, a ambiguidade decorre do fato de o possessivo sua poder estar se referindo a mais de um elemento. Portanto, muito cuidado no emprego desse pronome possessivo. Você pode evitar a ambiguidade, substituindo-o por dele(s) ou dela(s). Obscuridade Obscuridade significa “falta de clareza”. Vários motivos podem determinar a obscuridade de um texto: períodos excessivamente longos, linguagem rebuscada, má pontuação. Observe: Encontrar a mesma ideia vertida em expressões antigas mais claras, expressiva e elegantemente tem-me acontecido inúmeras vezes na minha prática longa, aturada e contínua do escrever depois de considerar necessária e insuprível uma locução nova por muito tempo. Pleonasmo O pleonasmo (ou redundância) consiste na repetição desnecessária de um termo. Veja: A brisa matinal da manhã enchia-o de alegria. Ele teve uma hemorragia de sangue. Convém notar, no entanto, que bons autores costumam recorrer ao pleonasmo com função estilística, a fim de tornar a mensagem mais expressiva. Nesse caso, o pleonasmo não é considerado um defeito. Veja os exemplos abaixo: "A mim, ensinou-me tudo." (Fernando Pessoa) "A ti, trocou-te a máquina mercante." (Gregório de Matos) Cacofonia A cacofonia (ou cacófato) consiste na produção de som desagradável pela união das sílabas finais de uma palavra com as iniciais de outra. Veja: Nunca gaste dinheiro com bobagens. Uma herdeira confisca gado em Mato Grosso. Estas ideias, como as concebo, são irrealizáveis. Eco Consiste na repetição de palavras terminadas pelo mesmo som. Observe: A decisão da eleição não causou comoção na população. O aluno repetente mente alegremente. Prolixidade A prolixidade consiste na utilização de mais palavras do que o necessário para exprimir uma ideia; é, portanto, o oposto da concisão. Ser prolixo é ficar "enrolando", "enchendo linguiça", não ir direto ao assunto. O uso de cacoetes, expressões que não acrescentam nada ao texto, servindo tão-somente para prolongar o discurso, também pode tornar um texto prolixo. Expressões do tipo: "antes de mais nada", "pelo contrário", "por outro lado", "por sua vez" são, muitas vezes, utilizadas só para prolongar o discurso. Cuidado com elas. Veja o exemplo abaixo: Os jovens têm algo a transmitir aos mais velhos? Antes de mais nada, não saberia responder com exatidão. Grosso modo, há sempre uma eterna divergência entre as gerações. Os jovens pensam de um jeito, às vezes, estranho, que chega a escandalizar os mais velhos... Já os mais velhos, por outro lado, costumam, na maioria das vezes, achar que os mais jovens, em alguns casos, não têm absolutamente nada a transmitir aos mais idosos. Além dos defeitos que apontamos, procure evitar as frases feitas, os chavões, pois empobrecem muito o texto. Veja alguns exemplos: "inflação galopante" "vitória esmagadora" "esmagadora maioria" "caixinha de surpresas" "caloroso abraço" "silêncio sepulcral" "nos píncaros da glória" EXERCÍCIOS 1. (UNICAMP-SP) No dia 19 de novembro passado, a Folha de S. Paulo publicou a seguinte nota na seção "Painel": Pane gramatical "Os computadores do TSE emitiam o aviso, ontem no intervalo dos boletins: Dentro de instantes será divulgado novos (sic) resultados". a. Que trecho do exemplo poderia também ser considerado um caso de "pane gramatical"?. b. Reescreva corretamente o trecho problemático. 2. (FGV.SP) Leia com atenção: "As primeiras cenas do filme, ontem exibido, já mostrava todo o horror da guerra." Nessa frase, há um erro de: a. regência verbal b. concordância nominal c. colocação pronominal d. concordância verbal e. regência nominal 3. (UF-MG) Sem alterar o sentido do período, reescreva- o, eliminando as palavras destacadas e fazendo as adaptações necessárias. REDAÇÃO 97 O que é indispensável é que se conheça o princípio que se adotou para que se avaliasse a experiência que se realizou ontem, a fim de que se compreenda a atitude que tomou o grupo que foi encarregado do trabalho. Dissertação Dissertar é discutir assuntos, debater ideias, tecer opiniões, delimitando um tema dentro de uma questão ampla e defendendo um ponto de vista, por meio de argumentos convincentes. É um tipo de texto lógico- expositivo, colocamo-nos criticamente perante alguma dimensão da realidade e, mais do que isso, fundamentamos nossas ideias; explicitamos os motivos pelos quais pensamos o que pensamos. Para se obter uma exposição clara e ordenada, a dissertação é geralmente organizada em três partes: - introdução - em que você irá explicar o assunto que vai ser discutido com a apresentação de uma ideia, de um ponto de vista que você irá defender. - desenvolvimento- parte em que você irá desenvolver seu ponto de vista. Para tanto, você deve argumentar e fornecer dados. - conclusão- parte em que você dará um fecho coerente com o desenvolvimento, com os argumentos apresentados. Em geral, a conclusão é uma retomada da ideia apresentada na introdução, agora com mais ênfase, de forma conclusiva. Iniciando a redação a) Dados retrospectivos: As primeiras manifestações de comunicação humana, nas eras mais primitivas, foram traduzidas por sons que expressavam dor, alegria, espanto, Mais tarde... b) Citação: A partir das palavras de “...” podemos afirmar que “...” c) Cena descritiva: Edifícios altíssimos e cinzentos cobrem a metrópole. Cinzas também são as nuvens que quase diariamente cobrem o céu e despejam uma torrente que logo traz caos à cidade. Uma insuportável sinfonia de buzinas inunda o ar. É mais um dia em São Paulo. d) Pergunta: Será o futebol brasileiro realmente o melhor do mundo, se os melhores jogadores do país não disputam os campeonatos locais, pois partem para os clubes europeus assim que possível? e) Dado geográfico: Em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, oito mil homens vivem uma aventura todos os dias. A aventura do carvão. São os mineiros, homens que quase nunca vêem o sol. f) Dados estatísticos: Numa típica cidade brasileira, que tenha, digamos... habitantes, cerca de.... não possuem escolaridade completa até o 2º grau, o que denota o desprestígio do ensino perante a classe dirigente. g) Narrativa: Em Abril de 1964 foi deposto o presidente João Goulart e dado início à ditadura militar, que governou o país durante mais de vinte anos. h) Ideias contrastantes: Enquanto nos restaurantes caros pessoas elegantes gastam até duzentos reais numa refeição que segue cozinhas renomadas, os marginais da sociedade morrem de fome nas ruas. i) Uma frase nominal seguida de explicação: Uma tragédia. Essa é a conclusão da própria Secretaria de Avaliação e Informação Educacional do Ministério da Educação e Cultura sobre o desempenho dos alunos do 3º ano do 2º grau submetidos ao Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), que ainda avaliou estudantes da 4ª série e da 8ª série do 1º grau em todas as regiões do território nacional. Quanto ao desenvolvimento do tema: podemos usar citação, dados estatísticos, justificativas, exemplos, comparações, causa e consequência.... Quanto à conclusão: retomam-se a introdução, os argumentos e fecha o texto. Sem apresentar dados novos. A conclusão pode conter uma ideia humorística, surpreendente, taxativa, sugestiva.... Vocabulário Um dos mais graves erros cometidos na hora de escrever é a repetição desnecessária de palavras. Para isso, existem outras que substituem as repetições. Alguns hiperônimos: + Pessoas, personalidades, lideranças; + Medidas, providências, iniciativas, promoções, projetos, empreendimentos; + Atividades, trabalho, profissão, trajetória, caminhada, ação; + Problema, questão, crise, situação (crítica, caótica, emergencial...) + Aspectos, elementos, setores, fatores, causas, motivos, pressupostos; + Instituições, entidades, órgãos ( público, privado, governamentais...) + Recursos, condições, apoio, auxílio, reforços, contribuição; + Conseqüência, reflexo, resultado, solução (efetiva, eficaz) + Tempo, época, período, fase, oportunidade, ocasião; + Ciência, técnica, tecnologia, conhecimentos, informações; + Leis, normas, preceitos, orientações, códigos, determinações, princípios; Adjetivos de sentido positivo: + Pleno, perfeito, completo, geral, amplo, preciso, instantâneo, íntegro, consciente, sério, certíssimo, imparcial, verdadeiro, adequado, suficiente, significativo, relevante, imprescindível, importantíssimo, fundamental, poderoso, irrefutável, incontestável, enérgico, severo, crescente, vantajoso, utilíssimo, competitivo, empreendedor, justo, crescente, competente, inadmissível, inaceitável. Adjetivos de sentido negativo: + Caótico, crítico, escandaloso, pernicioso, prejudicial, lamentável, lastimável, indesejável, irrecuperável, irresponsável, corrupto, hipócrita, fraudador, estarrecedor, assustador, irrisório, exagerado, constrangedor, incompatível, inflexível, antidemocrático, injusto, indignidade, perplexo, radical, degradante, hediondo, indefensável, alarmante, inconcebível, perversa. REDAÇÃO 98 UM POUCO MAIS... Observações: Como escrever os números na hora da prova? a) Idade: deve-se escrever por extenso até o nº 10. Do nº 11 em diante devem-se usar algarismos; b) Datas, horas e distâncias sempre em algarismos: 10h30min, 12h, 10m, 16m30cm, 10km (m, h, km, I, g, kg). Compreensão textual Compreender um fato é analisá-lo em seus detalhes, considerando as consequências relacionadas a esse fato. Interpretar significa comentar, explicar algo. Pode-se afirmar que interpretar um fato é dar a ele um valor, uma importância pessoal. Compreendemos o texto quando o analisamos por inteiro, quando o vemos por completo. Interpretamos um texto, quando damos a ele um valor pessoal, um valor nosso. Apesar de o texto possibilitar as variadas interpretações, ele possui uma estrutura interna, um jeito próprio de ser que garante uma ideia principal, a do autor quando escreveu o texto. O autor pensa em algo quando escreve o texto, nós, quando lemos o texto, podemos dar a ele nosso valor, nossa interpretação pessoal, mas mesmo assim ele ainda possuirá uma ideia básica, cabe a nós também acharmos essa ideia. Nas provas, são essas ideias que precisamos encontrar ao lermos o texto e ao responder às questões de interpretação. Interpretar um texto equivale ao ato de interpretar ideias. Interpretar é explicar ou esclarecer o sentido de determinada leitura. É ler, usufruindo o texto naquilo que tem de significativo. É compreender o conjunto das relações das estruturas dos textos em suas diversidades. Assim, no processo de interpretação o leitor deve interagir com o texto de maneira ativa, reflexiva e crítica, buscando: a) a ideia central ou básica; b) as ideias secundárias; c) as relações entre as ideias expressas no texto. Observação: não existe uma “fórmula mágica” para a interpretação. A capacidade de interpretar um texto é, normalmente, diretamente proporcional ao hábito e à prática de leitura. Entretanto, algumas orientações devem ser seguidas. Dessa forma, considerada a complexidade da leitura, e o sem-número de elementos que interferem em sua realização, não se pode estabelecer uma lista fechada de itens que funcionem como um “programa” de leitura eficaz, mas é possível lembrar alguns procedimentos que podem ajudar o leitor a se comportar criticamente diante da escrita:  procure identificar que tipo de texto se está lendo;  verifique a ocorrência de variação linguística e analise- a;  julgue a adequação do texto à situação em que ele foi empregado;  identifique as relações entre as partes do texto que denunciam sua estrutura;  identifique as estratégias linguísticas utilizadas pelo autor;  relacione o texto à cultura da época em que ele foi produzido, comparando-a com a da atualidade;  identifique termos cujo aparecimento frequente denuncia um determinado enfoque ao assunto;  identifique expressões que o remetem a outro texto;  localize trechos que refletem a opinião do autor;  identifique traços que permitem relacionar o autor a certos grupos sociais e profissionais ou a correntes ideológicas conhecidas. Leia o texto abaixo: “WC” Em uma ocasião, uma família inglesa foi passear na Alemanha. No decorrer de um de seus passeios, os membros da referida família repararam uma casa de campo que lhes pareceu boa para passarem as férias de verão. Falaram com o proprietário, um pastor protestante e pediram que mostrassem a pequena mansão. A casa agradou os visitantes ingleses e combinaram ficar com a mesma para o verão vindouro. Regressando a Inglaterra, discutiram sobre os planos da casa, e de repente a senhora lembrou-se de não ter visto o “WC” (banheiro). Confirmando o sentido prático dos ingleses, escreveram ao pastor para obterem tal pormenor. A carta foi escrita: Gentil pastor, sou membro que a pouco o visitou a fim de alugar a casa de campo no próximo verão, mas como esquecemos de um detalhe importante, agradecemos se nos informasse onde fica o “WC”. O pastor não entendendo o sentido exato da abreviatura ”WC” e julgando tratar-se da capela da seita inglesa WHITE CHAPEL, assim respondeu: Gentis senhores, recebi sua carta e tenho o prazer de comunicar-lhe que o local a que se referiam fica a 12 Km de casa. Isto é muito cômodo inclusive para quem tem o trabalho de ir lá frequentemente, neste caso é preferível levar comida para lá e ficar o dia inteiro. Alguns vão a pé outros de bicicleta. Há lugar para 400 pessoas sentadas e 100 REDAÇÃO 99 em pé. O ar é condicionado, para evitar os inconvenientes da aglomeração. Os assentos são de veludo. Recomenda-se chegar cedo para conseguir um lugar sentado. As crianças sentam-se ao lado dos adultos e todos cantam em coro. À entrada é fornecida uma folha de papel para cada pessoa, mas se alguém chegar após a distribuição, pode usar a folha do visinho do lado. Tal folha deverá ser restituída na saída para ser usada o mês todo. Existem amplificadores de som e tudo o que se recolhe é dado para as crianças pobres da região. Fotógrafos especiais tiram fotos para jornais da cidade, de modo que todos possam ver seus semelhantes no cumprimento de um dever tão humano. Argumentação Segundo Ferreira (1999) argumentação é o ato ou efeito de argumentar, conjunto de argumentos, discussão, controvérsia. E, o ato de argumentar, por sua vez, compreende a apresentação de uma ou mais ideias, um ou mais pontos de vista pessoais ou de outrem, sobre um tema, acompanhados de provas, de exemplos, de fatos, de raciocínios que demonstrem que as ideias e os pontos de vista apresentados estão corretos, que o autor do texto está com a razão. Assim, o autor estará tentando convencer o leitor de que as suas ideias ou as ideias que está defendendo são verdadeiras, através da evidência das provas e à luz do raciocínio coerente e consistente. Na dissertação escrita o autor precisa argumentar quando manifesta seu ponto de vista ou o ponto de vista de outrem, o que pensa acerca de um fato, acontecimento ou teoria, para convencer o leitor de que ele, o autor, está com a razão. (Flôres, 1994) Tipos de argumentação Argumento de autoridade: a conclusão se sustenta pela citação de uma fonte confiável, que pode ser um especialista no assunto ou dados de instituição de pesquisa, uma frase dita por alguém, líder ou político, algum artista famoso ou algum pensador, enfim, uma autoridade no assunto abordado. A citação pode auxiliar e deixar consistente a tese. Não se esqueça de que a frase citada deve vir entre aspas. Veja: O cinema nacional conquistou nos últimos anos qualidade e faturamento nunca vistos antes. “Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça” - a famosa frase-conceito do diretor Gláuber Rocha – virou uma fórmula eficiente para explicar os R$ 130 milhões que o cinema brasileiro faturou no ano passado. (Adaptado de Época, 14/04/2004) Argumento baseado no consenso: há certas afirmações que são evidentes por si mesmas e, por isso, indemonstráveis. Exemplo: o todo é maior do que a parte. Assim, estas máximas e preposições são aceitas como verdadeiras e indiscutíveis. Para argumentar, cabe utilizar tais frases. Platão & Fiorin citam como exemplo: - A educação é a base do desenvolvimento. - Os investimentos em pesquisa são indispensáveis, para que um país supere sua condição de dependência. Argumento baseado em provas concretas: ao empregarmos os argumentos baseados em provas concretas, buscamos evidenciar nossa tese por meio de informações concretas, extraídas da realidade. Podem ser usados dados estatísticos ou fatos notórios (de domínio público). São expedientes bem eficientes, pois, diante de fatos, não há o que questionar... No caso do Brasil, homicídios estão assumindo uma dimensão terrivelmente grave. De acordo com os mais recentes dados divulgados pelo IBGE, sua taxa mais que dobrou ao longo dos últimos 20 anos, tendo chegado à absurda cifra anual de 27 por mil habitantes. Entre homens jovens (de 15 a 24 anos), o índice sobe a incríveis 95,6 por mil habitantes. (Folha de S. Paulo. 14/04/2004) Argumento de causa e consequência: para comprovar uma tese, você pode buscar as relações de causa (os motivos, os porquês) e de conseqüência (os efeitos). Observe: Ao se desesperar num questionamento em São Paulo, daqueles em que o automóvel não se move nem quando o sinal está verde, o indivíduo deve saber que, por trás de sua irritação crônica e cotidiana, está uma monumental ignorância histórica. São Paulo só chegou a esse caos porque um seleto grupo de dirigentes decidiu, no início do século, que não deveríamos ter metrô. Como cresce dia a dia o número de veículos, a tendência é piorar ainda mais o congestionamento – o que leva técnicos a preverem como inevitável a implantação de perigos. (Adaptado de Folha de S. Paulo. 01/10/2000) Argumento de exemplificação: a exemplificação consiste no relato de um pequeno fato (real ou fictício). Esse recurso argumentativo é amplamente usado quando a tese defendida é muito teórica e carece de esclarecimentos com mais dados concretos. Veja o texto abaixo: A condescendência com que os brasileiros têm convivido com a corrupção não é propriamente algo que fale bem de nosso caráter. Conviver e condescender com a corrupção não é, contudo, praticá-la, como queria um líder empresarial que assegurava sermos todos corruptos. Somos mesmo? Um rápido olhar sobre nossas práticas cotidianas registra a amplitude e a profundidade da corrupção, em várias intensidades. Há a pequena corrupção, cotidiana e muito difundida. É, por exemplo, a da secretária da repartição pública que engorda seu salário datilografando trabalhos “para fora”, utilizando máquina, papel e tempo que deveriam servir à instituição. Os chefes justificam esses pequenos desvios com a alegação de que os salários públicos são baixos. Assim, estabelece-se um pacto: o chefe não luta por melhores salários de seus funcionários, enquanto estes, por sua vez, não “funcionam”. O outro exemplo é o do policial que entra na padaria do bairro em que faz ronda e toma de graça um café com coxinha. Em troca, garante proteção extra ao estabelecimento comercial, o que inclui, eventualmente, a liquidação física de algum ladrão pé-de-chinelo. (Jaime Pinksky/Luzia Nagib Eluf.. Brasileiro(a) é Assim Mesmo, Ed.Contexto) Como argumentar Segundo Garcia (1999) a argumentação segue quatro estágios: a) Proposição (declaração, tese, opinião) · A proposição deve ser clara, definida, inconfundível quanto ao que se afirma ou nega. Deve prever divergência de opinião. Sendo clara e definida, a proposição será específica que facilitará uma tomada de posição favorável ou contrária. b) Análise da proposição · Neste estágio, devem-se tornar claros os termos da proposição, definir-se o sentido das palavras e a posição do autor, o que pretende provar. REDAÇÃO 100 c) Formulação dos argumentos · É o estágio em que o autor apresenta as provas, as razões que sustentam a ideia: fatos, exemplos, ilustrações, comparações...nas quais está alicerçada a sua tese. Othon Garcia recomenda que se adote a ordem gradativa crescente das provas, partindo das provas mais frágeis para as mais fortes. d) Conclusão · Decorre dos argumentos apresentados. É o fecho da argumentação que expressa, de forma clara e convincente, a essência da proposição. Texto poético e texto em prosa Prosa é uma palavra de duplo sentido, pois pode designar uma forma (um texto escrito sem divisões rítmicas intencionais – alheias à sintaxe, sem grandes preocupações com ritmo, métrica, rimas, aliterações e outros elementos sonoros), e pode designar também um tipo de conteúdo (um texto cuja função linguística predominante não é a poética, como por exemplo, um livro técnico, um romance, uma lei, etc...). Na acepção relativa à forma, “prosa” contrapõe-se a “verso”; na acepção relativa ao conteúdo, “prosa” contrapõe-se a “poesia”. Um texto pode ser produzido em prosa ou verso. Prosa é um discurso contínuo, não fragmentado, organizado em períodos e parágrafos, utilizado tanto em textos literários como não-literários. Verso é uma sucessão de sílabas ou fonemas formando uma unidade rítmica e melódica que corresponde, normalmente, a uma linha do poema. Algumas diferenças entre prosa e verso poderiam ser assim resumidas:  na prosa há uma tendência à ordem direta na estruturação dos termos do período; no verso há uma tendência à ordem indireta;  na prosa a rima é pouco freqüente, enquanto no verso ela é muito utilizada, apesar de não ser obrigatória;  na prosa o ritmo acompanha a naturalidade da fala, enquanto no verso o ritmo é marcante e existe preocupação com a métrica;  no verso é maior a preocupação com a realização de seqüências melódicas do que na prosa. Prosa “Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem – ou é o homem arruinado, ou o homem dos avessos. Solto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum. Nenhum! – é o que digo. O senhor aprova? Me declare tudo, franco (...) Mas, não diga o senhor, assisado e instruído, que acredita na pessoa dele?! Não? Lhe agradeço! Sua alta opinião compõe minha valia.” (Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa) Verso Quem Sabe um Dia (Mário Quintana) Quem Sabe um Dia Quem sabe um dia Quem sabe um seremos Quem sabe um viveremos Quem sabe um morreremos! Quem é que Quem é macho Quem é fêmea Quem é humano, apenas! Sabe amar Sabe de mim e de si Sabe de nós Sabe ser um! Um dia Um mês Um ano Um(a) vida! Sentir primeiro, pensar depois Perdoar primeiro, julgar depois Amar primeiro, educar depois Esquecer primeiro, aprender depois Libertar primeiro, ensinar depois Alimentar primeiro, cantar depois Possuir primeiro, contemplar depois Agir primeiro, julgar depois Navegar primeiro, aportar depois Viver primeiro, morrer depois Tipos de texto Descritivo: a função da descrição é informar as características do que está sendo apresentado. Exemplo: A família estava reunida em torno do fogo, Fabiano sentado no pilão caído, Sinhá Vitória de pernas cruzadas, as coxas servindo de travesseiros para os filhos. A cachorra Baleia, com o traseiro no chão e o resto do corpo levantado, olhava as brasas que se cobriam de cinzas. Estava um frio medonho, as goteiras pingavam lá fora, o vento sacudia os ramos das catingueiras, e o barulho do rio era como um trovão distante. (RAMOS, Graciliano. Vidas Secas, 1978, p. 66) Narrativo: relata um evento real ou fictício, que pressupõe a sucessão de fatos interligados por um nexo lógico, com a participação de personagens. Os elementos que compõem a narrativa são: narrador, personagem, tempo, espaço e enredo. Exemplo: A amiga “Ele chegou ao bar, pálido e trêmulo. Sentou-se. - Por enquanto, nada – desculpou-se ao garçom. - Estou esperando uma amiga. Dali a dois minutos estava morto. Quanto ao garçom que o atendeu, esse adorava repetir a história, mas sempre acrescentava ingenuamente: - E, até hoje, a ‘grande amiga’ não chegou! ” (QUINTANA, Mário. Caderno H. Porto Alegre, Globo, 1983. p.12) Dissertativo: caracteriza-se pela exposição de ideias. O texto dissertativo deve possuir introdução, desenvolvimento, conclusão e pode dividir-se em informativo e argumentativo. REDAÇÃO 101 Dissertação informativa: A dissertação informativa tem como instrumento a notícia, sendo a informação seu objetivo principal. Isto é, não leva em consideração o ponto de vista do autor, mas sim expor a realidade. CHINA ORDENA RESTRIÇÃO DAS EXECUÇÕES A Suprema Corte da China ordenou ontem que os juízes do país usem mais parcimônia em condenações à morte. A orientação é que sejam poupados assassinos que cooperem com as autoridades e grandes executivos ou políticos corruptos que ajudem a polícia a recuperar verbas desviadas. A nova ordem determina ainda que crimes passionais não devem resultar automaticamente em penas de morte se uma compensação financeira é paga à família da vítima. Pequim vem se esforçando para reformar o sistema de penas de morte na China. O governo não divulga o número de execuções por ano, mas estima-se que a China mate mais prisioneiros do que todos os outros países do mundo somados. A Anistia Internacional estimou que em 2005 houve 1700 execuções na China – 80% do total no mundo. (Folha de São Paulo, 15 de setembro de 2007) Dissertação argumentativa: A dissertação argumentativa implica debater, discutir ideias, acerca de um determinado tema, com o objetivo de influenciar, persuadir, convencer o leitor. Trata-se de uma exposição acompanhada de argumentos, embasados em fatos e dados, que levam à mudança de ponto de vista. BOM SENSO MODIFICADO “O bom senso é a coisa mais bem repartida do mundo”, afirmava o filósofo francês René Descartes (1596-1650). Ele provava sua assertiva dizendo que todos já estavam satisfeitos com a cota de que já dispunham e ninguém almejava possuir quinhão maior ou menor. Mas hoje, quando se vai a campo, fica difícil dizer o que é bom senso. Isso é particularmente notado na discussão dos produtos transgênicos. A manipulação genética de plantas e animais representa riscos. Talvez não tanto para saúde humana, dado que os impactos sobre o corpo são mais fáceis de simular em condições experimentais, mas certamente para o meio ambiente, que opera com centenas, talvez milhares, de variáveis ainda não conhecidas. Estudos sugeriram que o milho transgênico era fatal para certa espécie de borboleta. Novos experimentos em condições mais reais contestaram a hipótese. Mas isso ainda não significa que a tecnologia seja segura. Pode-se até afirmar que os transgênicos ganharam escala industrial de forma precipitada. Se são capazes de provocar uma catástrofe ambiental, vai-se descobrir da pior forma possível: na prática, e não em situação de laboratório. O fato é que os transgênicos, além de inevitáveis, conseqüência mesma do desenvolvimento científico, abrem perspectivas inéditas: o fim das pragas agrícolas; a solução para a fome em escala global e até a imunização contra doenças por meio dos alimentos. Essas possibilidades, contudo, não parecem animar uma parcela dos consumidores que se recusam utilizar esses produtos. E essa população que se opõe à sua utilização vem crescendo. Começa a se manifestar nos EUA, onde a discussão, até havia pouco, não prosperava. Tudo na vida envolve riscos. Saber equacioná-los, procurando obter vantagens e, ao mesmo tempo, cercando-se do máximo de precauções, é a fórmula de sucesso que garantiu que humanidade chegasse até onde chegou no campo da ciência. (Folha de São Paulo, 8 de junho de 2000) Exercícios: 1. Leia os fragmentos abaixo e identifique a que tipo de texto pertencem: a) “Embora o planeta disponha de riquezas incalculáveis – estas, mal distribuídas, quer entre Estados, quer entre indivíduos – encontramos legiões de famintos em pontos específicos da Terra. Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regiões da África, vemos com tristeza, a falência da solidariedade humana e da colaboração entre as nações.” b) "Um cilindro de madeira, de cor preta, medindo aproximadamente 17,5cm. de comprimento po 0,7cm. de diâmetro, envolve um cilindro menor, de grafite, de mesmo comprimento, porém de 0,15cm. de diâmetro. De uma das extremidades, foi retirada madeira, formando-se um cone, cujo ápice é uma fina ponta de grafite." c) "Abriu as venezianas e ficou a olhar para fora. Na frente alargava-se a praça, com o edifício vermelho da Prefeitura, ao centro. Do lado direito ficava o quiosque, quase oculto nas sombras do denso arvoredo; ao redor do chafariz, onde a samaritana deitava um filete d'água no tanque circular, arregimentavam-se geometricamente os canteiros de rosas vermelhas e brancas, de cravos, de azáleas, de girassóis e violetas". ("Um Rio Imita O Reno", - Vianna Moog) d) Uma raposa que vinha pela estrada encontrou uma parreira com uvas madurinhas. Passou horas pulando tentando pegá-las, mas sem sucesso algum... Saiu murmurando, dizendo que não as queria mesmo, porque estavam verdes. Quando já estava indo, um pouco mais à frente, escutou um barulho como se alguma coisa tivesse caído no chão... voltou correndo pensando ser as uvas, mas quando chegou lá, para sua decepção, era apenas uma folha que havia caído da parreira. A raposa decepcionada virou as costas e foi-se embora. (“A raposa e as uvas”, Esopo) Texto literário e texto não-literário Texto literário: tem função estética, há relevância no plano da expressão. O que importa não é apenas o que se diz, mas principalmente o como se diz. Há, em alguns casos, utilização de recursos estilísticos tais como: sonoridade, ritmo, repetição de palavras ou de sons, etc. Além disso, o texto literário é conotativo, faz usos de metáforas e metonímias e ainda é plurissignificativo. O mundo é grande (Carlos Drummond de Andrade) O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar. Texto não-literário: tem função utilitária (informar, convencer, explicar, responder, ordenar, etc.), focando a mensagem. Faz uso da linguagem denotativa, tendo um único significado. "Os Normais 2" investe em campanha na TV para levar público ao cinema "Os Normais 2" chega nos cinemas apenas no fim de agosto, mas sua forte campanha de lançamento começa REDAÇÃO 102 neste sábado com inserções no "Caldeirão do Huck", da TV Globo. O "Fantástico" também vai ser palco da campanha para o filme que conta o desenrolar do casamento de Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres). Ao total serão 1.200 inserções distribuídas na programação da Globo e mais 1.200 inserções nos canais da rede Globosat. A campanha é uma parceria da Imagem Filmes, Globo Filmes e a rede Telecine. (Fonte: http://www.folha.uol.com.br – 31/07/09) Exercícios: 1. Leia os fragmentos a seguir, indicando se são literários ou não-literários. a) Andorinha lá fora está dizendo: — "Passei o dia à toa, à toa!" Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste! Passei a vida à toa, à toa . . . (Andorinha - Manuel Bandeira) b) Tratamento sintomático a médio e longo prazo de doenças reumáticas crônicas, como artrite reumatóide, osteoartrite, espondilite anquilosante e doenças correlatas do tecido conectivo. Tratamento de lesão musculoesquelética. Dor e inflamação de pós-operatório. Dismenorréia primária e anexite. Síndromes dolorosas diversas (nevralgia cérvico- braquial, cervicalgia, lombalgia, ciática, etc.). Adjuvante no tratam. da dor e inflamação na faringo-amigdalite, sinusites e otites. c) Em uma frigideira grande, derreta a manteiga e doure a cebola, junte o frango picado e mexa bem, até ficarem dourados. Tempere com o sal e reserve, despeje o conhaque e incline levemente a frigideira para que o conhaque incendeie. Junte os champignons, os tomates, o catchup, a mostarda, misture e deixe ferver por cerca de 5 minutos. Incorpore delicadamente o Creme de Leite Light, misture ao molho e retire do fogo sem deixar ferver. Sirva a seguir, acompanhado de batata palha. d) Gastei uma hora pensando em um verso que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro inquieto, vivo. Ele está cá dentro e não quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira. (Poesia - Carlos Drummond de Andrade) e) “Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a corça selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.” (Iracema – José de Alencar) COERÊNCIA A coerência está diretamente ligada à possibilidade de se estabelecer um sentido para o texto como um todo. Sendo assim, ela é necessária para que haja unidade semântica no texto. A coerência pode ser interna, considerando o tempo, o espaço, o tipo de texto e a linguagem utilizada para cada tipologia; e externa, considerando os aspectos relacionados à realidade. 1. Reconheça as contradições, internas ou externas ao texto, existentes nos fragmentos a seguir: a) Muitas pessoas pobres ficam muitas vezes indignadas ao ver uma outra pessoa como ela, só que não passa fome como ela, ou seja, é rica e na maioria, ladrão, que rouba do povo e isso faz com que a população fique revoltada, e se manifestará em conflitos entre camadas sociais, no qual um favelado odeia outro de uma classe superior, e tendo oportunidade para acabar com o outro não vai perder a chance. b) No cinema, no teatro, não converse. Não mexa demais a cabeça, não fique aos beijos. Cuidado com o barulho do papel de bala, do saco de pipocas. Não os jogue no chão, quando acabar. Se o seu vizinho estiver fazendo tudo isso e incomodando, seja discreto. Peça que interrompam a sessão e acendam as luzes a fim de inibir o transgressor. Coesão A coesão é dada a partir de recursos linguísticos que, dentro de um texto, estabelecem relações textuais. Esses elementos tecem (texto = tecido) o texto. A coesão é dividida em referencial e sequencial. Coesão Referencial É aquela em que um componente da superfície do texto faz remissão a outro(s) elemento(s) do universo textual. Ao primeiro, denomina-se forma referencial ou remissiva e ao segundo, elemento de referência ou referente textual. A remissão pode ser feita para trás e para frente, constituindo uma anáfora ou uma catáfora. Exemplos: 1) O homem subiu correndo três lances de escada. Lá em cima, ele parou diante de uma porta e bateu furiosamente. (anáfora) 2) Ele era tão bom, o meu marido. (catáfora) A coesão referencial pode se dar das seguintes formas: Substituição: é a troca de uma expressão linguística por outra expressão linguística dada. Lexical: Minha prima comprou um carro. Eu também estou querendo um. Diafórica (pronominalização): As crianças estão viajando. Elas só voltarão no final do mês. Elíptica (apagamento): Luís comprou um sorvete. Agora seu filho quer Ø também. REDAÇÃO 103 Coesão lexical: é o efeito obtido pela seleção de vocabulário, utilizando dois mecanismos: Reiteração: faz a repetição do mesmo item lexical ou através de sinônimos, hiperônimos ou nomes genéricos. Exemplos: O presidente viajou para o exterior. O presidente levou consigo uma grande comitiva. (mesmo item lexical) Uma menininha correu ao meu encontro. A garota parecia assustada. (sinônimo) O carro bateu violentamente no poste. O veículo estava com problema nos freios. (hiperônimo) Todos ouviram um rumor de asas. Olharam para o alto e viram a coisa se aproximando. (nome genérico) Colocação: consiste no uso de termos pertencentes a um mesmo campo significativo. Ex: Houve um grande acidente na estrada. Dezenas de ambulâncias transportaram os feridos para os hospitais da cidade mais próxima. Coesão Sequencial É a coesão que diz respeito aos procedimentos linguísticos por meio dos quais se estabelecem diversos tipos de relações semânticas, à medida que se faz o texto progredir. Conexão: é feita por conectores ou operadores discursivos. Além de ligar as partes do texto, estabelecem relações semânticas. Ex: Este ano a chuva não foi abundante, mas as colheitas foram boas. Justaposição: é feita pela sequência do texto. Pode ocorrer com ou sem a presença de sequenciadores. Quando o texto se organiza sem os seqüenciadores, cabe ao leitor identificar, com base na sequência, os operadores discursivos. Nesses casos, o lugar do conector ou partícula é marcado, na escrita, por sinais de pontuação. Ex: Preciso sair imediatamente. Tenho um compromisso. (porque) Os operadores de sequenciação podem ser aqueles que: 1) marcam sequência temporal: um pouco depois, uma semana antes, um pouco mais cedo, etc. 2) marcam ordenação espacial: à esquerda, à direita, atrás, na frente, etc. 3) especificam a ordem dos assuntos no texto: primeiramente, em seguida, a seguir, finalmente, etc. 4) na conversação, introduzem um dado tema ou mudam de assunto: por falar nisso, a propósito, mas voltando ao assunto, fazendo um parêntese, etc. Elementos coesivos para ligar frases Adicionar: não só...mas também; bem como; não só...como também; não só...mas ainda; não somente...mas também. Opor: mas, porém, contudo, entretanto, todavia, no entanto, não obstante. Alternar: ou, ora...ora, seja...seja, quer...quer. Explicar: pois, porque, por, porquanto, uma vez que, já que, visto que, em virtude de. Dar causa: pois, porque, por, porquanto, visto como, visto que, já que, uma vez que, em virtude de, tendo em vista que. Dar consequência: portanto, por isso, por conseguinte, então, consequentemente, em vista disso, diante disso, em vista do que, de modo que, de maneira que. Dar concessão: apesar de, embora, ainda que, se bem que, por mais que, por menos que, por melhor que, por muito que, mesmo que. Dar a condição: se, caso, desde que, contanto que, a não ser que, salvo se. Incluir: também, inclusive, igualmente, até (inclusive). Dar continuidade: além disso, além de, outrossim, com efeito, por outro lado, ainda, inclusive, realmente, ora, acrescentando que, acrescente-se que, salienta-se ainda que, paralelamente. Concluir: portanto, por isso, assim sendo, por conseguinte, então, deste modo, desta maneira, em vista disso, diante disso. Indicar tempo: quando, logo que, enquanto, agora que, antes que, depois que, assim que, sempre que. Indicar finalidade: para que, a fim de que. Indicar proporção: à proporção que, à medida que, ao passo que. Exercícios 1. Substitua as palavras grifadas, nos textos a seguir, por mecanismos de coesão adequados. a) A China é mesmo um país fascinante, onde tudo é dimensionado em termos gigantescos. A China é uma civilização milenar. A China abriga, na terceira maior extensão territorial planetária (com 9.960.547 km²), cerca de 1 bilhão e 100 mil habitantes, ou seja, um quarto de toda a humanidade. Mencionar tudo o que a China, um tanto misteriosa, tem de grande ocuparia um espaço também exagerado. b) Todos os anos dezenas de baleias encalham nas praias do mundo e até há pouco nenhum oceanógrafo ou biólogo era capaz de explicar por que as baleias encalham. Segundo uma hipótese corrente, as baleias se suicidariam ao pressentir a morte, em razão de uma doença grave ou da própria idade, ou seja, as baleias praticariam uma espécie de eutanásia instintiva. Segundo outra, as baleias se desorientariam por influência de tempestades magnéticas ou de correntes marinhas. Agora, dois pesquisadores do Departamento de História Natural do Museu Britânico, com sede em Londres, encontraram uma resposta científica para o suicídio das baleias. De acordo com Katherine Parry e Michael Moore, as baleias são desorientadas de suas rotas em alto-mar para as águas rasas do litoral por ação de um minúsculo verme de apenas 2,5 centímetros de comprimento. Forma e grafia de algumas palavras e expressões POR QUE / POR QUÊ / PORQUE / PORQUÊ A forma “por que” pode ser a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Em REDAÇÃO 104 termos práticos, é uma expressão equivalente a "por qual razão", "por qual motivo". Veja alguns casos em que ela ocorre: Por que você agiu daquela maneira? Não se sabe por que tomaram tal decisão. Não é fácil saber por que a situação persiste em não melhorar. Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto final, de interrogação, de exclamação, ou de reticências, a sequência deve ser grafada “por quê”, pois, devido à posição na frase, o monossílabo que passa a ser tônico, devendo ser acentuado: - Ainda não terminou? Por quê? - Você tem coragem de perguntar por quê?! - Claro. Por quê? - Não sei por quê! Há casos em que “por que” representa a sequência preposição + pronome relativo, equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas flexões "pela qual", "pelos quais", "pelas quais"). Em outros contextos por que equivale a "para que". Observe: Estas são as reivindicações por que estamos lutando. O túnel por que deveríamos passar desabou ontem. Lutamos por que um dia este país seja melhor. Já a forma “porque” é uma conjunção, equivalendo a "pois", "já que", "uma vez que", "como". Observe seu emprego em outros exemplos: A situação agravou-se porque muita gente se omitiu. Sei que há algo errado porque ninguém apareceu até agora. Você continua implicando comigo! É porque eu não abro mão de minhas idéias? A forma “porquê” representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo). Como é um substantivo, pode ser pluralizado sem qualquer problema: Dê-me ao menos um porquê para sua atitude. Não é fácil encontrar o porquê de toda essa confusão. Creio que os verdadeiros porquês mais uma vez não vieram à luz. ONDE / AONDE Aonde indica ideia de movimento ou aproximação. Opõe-se a donde, que exprime afastamento. Veja nos exemplos que a forma aonde costuma referir-se a verbos de movimento: Aonde você vai? Aonde querem chegar com essas atitudes? Aonde devo dirigir-me para obter esclarecimentos? Não sei aonde ir. Onde indica o lugar em que se está ou em que se passa algum fato. Normalmente, refere-se a verbos que exprimem estado ou permanência. Observe: Onde você está? Onde você vai ficar nas próximas férias? Discrimine os locais onde as tropas permanecem estacionadas. Não sei onde começar a procurar. O estabelecimento dessa diferença de significado tem sido uma tendência do português moderno. Na língua clássica, ela não existia; ainda hoje, é comum encontrar-se o emprego indiferente de uma ou outra forma. Para satisfazer os padrões da língua culta, procure observar essa diferença. MAS / MAIS Mas é uma conjunção adversativa, equivalendo a "porém", "contudo", "entretanto": Tentou, mas não conseguiu. O país parece ser viável, mas não consegue sair do subdesenvolvimento. Mais é pronome ou advérbio de intensidade, opondo-se normalmente a menos: Ele foi quem mais tentou; ainda assim, não conseguiu. É um dos países mais miseráveis do planeta. MAL / MAU Mal pode ser advérbio, substantivo ou conjunção. Como advérbio, significa "irregularmente", "erradamente", "de forma inconveniente ou desagradável". Opõe-se a bem: Era previsível que ele se comportaria mal. Era evidente que ele estava mal-intencionado porque suas opiniões haviam repercutido mal na reunião anterior. A seleção brasileira jogou mal, mas conseguiu vencer a partida. Mal, como substantivo, pode significar "doença", "moléstia"; em alguns casos, significa "aquilo que é prejudicial ou nocivo". A febre amarela é um mal de que já nos havíamos livrado e que, devido ao descaso, voltou a atormentar as populações pobres. O mal é que não se toma nenhuma atitude definitiva. O substantivo mal também pode designar um conceito moral, ligado à ideia de maldade. Nesse sentido, a palavra também se opõe a bem: REDAÇÃO 105 Há uma frase de que a visão da realidade nos faz muitas vezes duvidar: "O mal não compensa". Quando conjunção, mal indica tempo: Mal você chegou, ele saiu. Mau é adjetivo. Significa "ruim", "de má índole", "de má qualidade". Opõe-se a bom e apresenta a forma feminina má: Trata-se de um mau administrador. Tem um coração mau. A PAR / AO PAR A par tem o sentido de "bem informado", "ciente": Mantenha-me a par de tudo o que acontecer. É importante manter-se a par das decisões parlamentares. Ao par é uma expressão usada para indicar relação de equivalência ou igualdade entre valores financeiros (geralmente em operações cambiais): As moedas fortes mantém o câmbio praticamente ao par. AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A Ao encontro de indica "ser favorável a", "aproximar-se de". Observe os exemplos: Ainda bem que sua opinião veio ao encontro da minha. Pudemos, assim, unir nossas reivindicações. Quando a viu, foi rapidamente ao seu encontro e a abraçou afetuosamente. De encontro a indica oposição, choque, colisão. Veja: Como você queria que eu o ajudasse se suas opiniões sempre vieram de encontro às minhas? Nós pertencemos a mundos diferentes. O caminhão foi de encontro ao muro. Ninguém se machucou, mas os prejuízos foram grandes. A / HÁ NA EXPRESSÃO DE TEMPO O verbo haver é usado em expressões que indicam tempo já transcorrido: Tais fatos aconteceram há dez anos. Nesse sentido, é equivalente ao verbo fazer: Tudo aconteceu faz dez anos. A preposição a surge em expressões em que a substituição pelo verbo fazer é impossível: O lançamento do satélite ocorrerá daqui a duas semanas. Partiriam dali a duas horas. ACERCA DE / HÁ CERCA DE Acerca de significa "sobre", "a respeito de": Haverá uma palestra acerca das conseqüências das queimadas sobre a temperatura ambiente. Há cerca de indica um período aproximado de tempo já transcorrido: Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos. AFIM / A FIM Afim é um adjetivo que significa "igual", "semelhante". Relaciona-se com a ideia de afinidade: Tiveram comportamentos afins durante os trabalhos de discussão. São espíritos afins. A fim surge na locução a fim de, que significa "para" e indica ideia de finalidade: Tentou mostrar-se capaz de inúmeras tarefas a fim de nos enganar. DEMAIS / DE MAIS Demais pode ser advérbio de intensidade, com o sentido de "muito"; aparece intensificando verbos, adjetivos ou outros advérbios: Aborreceram-nos demais! Isso nos deixou indignados demais. Estou até bem demais! Demais também pode ser pronome indefinido, equivalendo a "os outros", "os restantes": Apesar de ter chegado até lá como integrante de um grupo, resolvi partir sozinho, deixando aos demais a liberdade de escolher. Fiquei sabendo posteriormente que os demais membros da comissão também acabaram abandonando os projetos. De mais opõe-se a de menos. Refere-se sempre a um substantivo ou pronome: Não vejo nada de mais em sua atitude! Decidiu-se suspender o concurso público porque surgiram candidatos de mais. SENÃO / SE NÃO Senão equivale a "caso contrário" ou " a não ser": É bom que ele chegue a tempo, senão não haverá como ajudá-lo. Não fazia coisa alguma senão criticar. Se não surge em orações condicionais. Equivale a "caso não": Se não houver seriedade, o país não sairá da situação melancólica em que se encontra. NA MEDIDA EM QUE / À MEDIDA QUE Na medida em que exprime relação de causa e equivale a "porque", "já que", "uma vez que": REDAÇÃO 106 O fornecimento de combustível foi interrompido na medida em que os pagamentos não vinham sendo efetuados. Na medida em que os projetos foram abandonados, a população carente ficou entregue à própria sorte. Muitos autores não reconhecem essa forma como legítima. À medida que indica proporção, desenvolvimento simultâneo e gradual. Equivale a "a proporção que": Os verdadeiros motivos da renúncia foram ficando claros à medida que as investigações iam obtendo resultados. A ansiedade aumentava à medida que o prazo fixado ia chegando ao fim. Deve-se evitar a forma "à medida em que", resultante do cruzamento das duas locuções estudadas. Dificuldades na língua 1. Palavras que só existem no plural As alvíssaras Os anais Os antolhos Os arredores As belas-artes As cãs As condolências As espadas (naipe) Os esponsais As exéquias As férias As fezes Os idos As núpcias Os óculos As olheiras Os ouros (naipe) Os paus (naipe) Os pêsames As primícias Os víveres 2. Adjetivos pátrios reduzidos África afro Inglaterra anglo Alemanha teuto, germano Itália ítalo Áustria austro Japão nipo Bélgica belgo Macedônia mácedo China sino Malásia malaio Espanha hispano Polônia polono Europa euro Portugal luso Finlândia fino Síria siro França franco, galo Suíça helveto Grécia greco Tibete tibeto Índia indo Zâmbia zambo 3. Compostos invariáveis arco-íris os arco-íris bota-fora os bota-fora cola-tudo os cola-tudo diz-que-diz os diz-que-diz faz-de-conta os faz-de-conta fora-da-lei os fora-da-lei fora-de-série os fora-de-série habite-se os habite-se leva-e-traz os leva-e-traz louva-a-deus os louva-a-deus pára-quedas os pára-quedas perde-e-ganha os perde-e-ganha pisa-mansinho os pisa-mansinho saca-rolhas os saca-rolhas salva-vidas os salva-vidas sem-terra os sem-terra topa-tudo os topa-tudo 4. VIR, VIER e VIM a) Vir – Usa-se o infinitivo do verbo vir nos seguintes casos: 1. Depois de preposição (normalmente de ou para). Veja exemplos: Você tem obrigação de vir trabalhar no sábado. O prefeito eleito fez tudo para vir à tona o escândalo dos transportes coletivos. Ela ficou de vir, mas não apareceu. Disseram-me para vir mais cedo; por isso, estou aqui. 2. Emprega-se o infinitivo vir quando existem dois verbos: um auxiliar e outro principal, formando locução verbal. Veja: Você pode vir amanhã, pela manhã? Sua esposa não pode vir aqui. Mesmo sendo feriado, você deve vir à empresa. Você poderia vir à minha casa, mais tarde? b) Vier – É a forma verbal correspondente à primeira e à terceira pessoas do singular do futuro do subjuntivo. Veja construções certas e erradas: 1. Quando você vir de Presidente Figueiredo, traga doce de cupuaçu para mim. (errado) 2. Quando você vier de Presidente Figueiredo, traga doce de cupuaçu para mim. (certo) 3. Se ela vir mais cedo, anteciparemos a reunião. (errado) 4. Se ela vier mais cedo, anteciparemos a reunião. (errado) REDAÇÃO 107 c) Vim – A forma verbal vim é a primeira pessoa do singular do pretérito perfeito do verbo vir: eu vim, tu vieste, ele veio, nós viemos, vós viestes, eles vieram. Veja exemplos: 1. Estava chovendo muito; por isso, não vim. 2. Você telefou-me, e eu vim correndo. DICAS IMPORTANTES • Leia atentamente o que está sendo solicitado. Atualmente, as propostas se aproximam da realidade dos candidatos, constituindo-se roteiros confiáveis para a organização de ideias. • Crie mentalmente um interlocutor. Procure convencer um ouvinte específico do seu ponto de vista. • Planeje o texto sem utilizar fórmulas prontas. O fio condutor deve ser seu pensamento. • Evite marcas de língua falada. Escrita e fala são modalidades diferentes do idioma. Evite gírias e termos excessivamente coloquiais. • Confie em seu vocabulário. Todos guardamos palavras sem uso que podem transmitir com clareza o nosso pensamento. Procure encontrá-las. • Seja natural. Evite o uso de palavras de efeito apenas para impressionar a banca. • Acredite em seus pontos de vista e defenda-os com convicção. Eles são seu maior trunfo. Deu branco! Especialistas sugerem estratégias para evitar a paralisia ao começar a escrever um texto A angústia de não conseguir iniciar um texto é a da dificuldade de romper um silêncio constrangedor. Nem é necessário ser escritor ou poeta para ter experimentado a sensação. A mente divaga, palavras faltam, parece que tudo o que se aprendeu perde a eficácia e a forma, incapaz de ser transformado em frase. Quando se candidatou a uma residência em clínica médica em instituições americanas, no fim do ano passado, a paulista Juliana da Silva, de São José dos Campos (SP), teve de escrever uma "carta de motivação" a cada hospital, explicando as razões para a escolha daquele programa e por que seria a candidata ideal para a vaga. A barreira do idioma era o de menos. - Foram em média quarenta cartas e eu não tinha ideia de como começar! Não conhecia o público-alvo e estava insegura sobre que nível de linguagem adotar, principalmente porque cada texto exigiu certo nível de exposição pessoal e de autoconhecimento, o que significava transpor várias barreiras culturais que ficaram óbvias apenas ao longo do processo - explica. A necessidade a fez desenvolver um método próprio de desbloqueio. - O parágrafo inicial, sempre uma barreira, deixo por último, e só o retomo depois que escrevo todas as ideias e as vou costurando ao longo do texto. Costumo elaborar a ideia principal oralmente e depois tento fazer disso um parágrafo coeso. Nem sempre é fácil - explica. Estratégias úteis Juliana superou o bloqueio na marra. Aos 25 anos, começa este mês no Albert Einstein Medical Center, da Thomas Jefferson University, na Filadélfia. A especialização em nefrologia virá na sequência. A escritora Sônia Belotto, professora de oficinas de escrita, orienta que, em casos assim, há três condições para um bom resultado: "conhecer o público, dominar o assunto escolhido e dominar as técnicas de escrita". Fazer isso é que são elas. Língua reúne a seguir dicas de profissionais da escrita. São sugestões úteis até para quem não depende tanto da escrita para viver, como foi o caso da médica Juliana. Anote as ideias A organização dos pensamentos é uma etapa fundamental na preparação que precede um texto bem redigido. Em primeiro lugar, afirma a professora de redação do cursinho e colégio Objetivo Maria Aparecida Custódio, é preciso anotar todas as ideias que passam pela cabeça em relação ao assunto sobre o qual se quer escrever. À maneira de um brainstorming, é importante registrar conceitos e sacadas, que podem ser aproveitados na redação posteriormente. Porém, antes mesmo de se sentar para colocar as ideias no papel, convém definir a finalidade do seu texto e as possíveis formas de se tratar o assunto, tendo em mente, sempre, a necessidade de despertar e capturar o interesse do leitor. - A partir disso, o ideal é registrar as ideias relacionadas ao assunto da maneira mais espontânea possível; só depois vem a preocupação com o vocabulário, com a ortografia e com a organização do texto. Primeiramente vem o conteúdo; e em seguida, a forma - diz Cida. Identidade com o que vai dizer Para Edwiges Morato, livre-docente do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, aquilo que se põe no papel deve fazer sentido a quem escreve, ou haverá dificuldades de iniciar o texto justamente por não haver identidade com o tema. Exemplo é a redação de férias que professores propõem a alunos na volta às aulas. - Não é à toa que demoram para escrever algo. Se algo está fora de contexto, perde o sentido - diz. Exemplo é a compositora Zélia Duncan. Ao escrever uma letra, ela procura sons na melodia que a remetam a alguma palavra. - E é comum o parceiro mandar a melodia cantada sem letra e ali já tem um som me dizendo alguma coisa - conta. Evite o perfeccionismo Ainda que o lapso seja normal no processo linguístico, escrever não é, para muitas pessoas, uma tarefa simples como falar. Por isso, cedo ou tarde, topamos com uma página em branco que não conseguimos transpor. Não há um motivo especial para que isso aconteça, mas existem razões que podem causar esse bloqueio. Uma das mais comuns é psicológica: o medo de começar a escrever é o medo de que o resultado não seja bom. Segundo a professora Aparecida Custódio, do Objetivo, a autodepreciação nos impede de expor nossas falhas e também de revelar nossas qualidades. Ao escrever, REDAÇÃO 108 estamos nos expondo, e o fato de esse resultado ser submetido à avaliação de outrem pode gerar um bloqueio. - Estamos muito mais familiarizados com a fala do que com a escrita. Assim, é natural que nos sintamos inibidos diante da folha em branco. A palavra escrita fica registrada, como que a revelar nossas supostas deficiências - diz a professora. Em suas oficinas de escrita criativa, Sônia Belotto observa o mesmo. Muitos dos alunos que não conseguem iniciar seus textos relutam com o perfeccionismo, a ansiedade e a insegurança de se expor, mas Sônia garante que isso tudo é superado com exercícios de escrita. - Muitas vezes, a ansiedade em encontrar um bom tema, a capacidade em cumprir prazos e se expor ao colocar as ideias no papel pode acarretar dificuldades, assim como a insegurança, a falta de motivação e, principalmente, não conhecer as técnicas de escrita - afirma. O escritor Ricardo Lísias dá aulas de gramática para universitários da área de exatas e, devido à sua profissão, convive com muitos aspirantes a escritor. Ao comparar os dois grupos de pessoas, comenta que seus alunos de exatas escrevem com muito mais facilidade do que os aprendizes de escritor. Tudo porque não se autocensuram e veem a tarefa com mais objetividade, e por isso sofrem menos no processo de construção do texto. Descarte a solução burocrática Anotadas as ideias, é hora de perder o medo da página em branco. Na falta do começo ideal para seu texto, não vale escrever qualquer coisa e seguir em diante, só para tirar o bloqueio do caminho. O jornalista Sérgio Rizzo, colunista de Língua, professor de jornalismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie e crítico de cinema, conta que seus alunos muitas vezes superam a dificuldade para começar um texto com soluções burocráticas, e por isso ele sugere que voltem ao início e vejam o momento dedicado à abertura do texto como um investimento, e não perda de tempo. Acima de tudo, é preciso encarar essa dificuldade de começar um texto como algo normal, que a maioria das pessoas enfrenta e faz parte do processo de construção linguística. - Esse lapso não pode ser tratado como uma síndrome, como se fosse um mal ou uma patologia a serem erradicados. Assim como acontece o esquecimento na hora da fala, quando perdemos a palavra, esse lapso acontece na hora da escrita também - observa a professora Edwiges. Construa um caminho próprio Encarar um texto com objetividade é uma boa pista para não travar já ao começar um texto. Ainda que o conteúdo possa ser subjetivo, a tarefa de colocá-lo no papel deve ser objetiva. Isso significa construir uma estrutura textual e traçar um planejamento detalhado do que será escrito e como isso será feito. - Nunca chego à página em branco sem saber o que vou escrever. Faço 1.001 esquemas, planos, detalhes, listagens, pesquisas, fichas de personagem, e, quando chego a esse momento da criação, já tenho muito claro o que eu vou escrever. Achar que o texto sai do nada é o que causa "o nada" - aponta Lísias. Por isso, a sugestão é fazer esboços e esquemas para montar um esqueleto sólido o suficiente para não dar margem ao bloqueio - afinal, já se sabe o que será escrito. O administrador Augusto Campos, que atua na área de Planejamento Estratégico e escreve para os sites BR-Linux, BR-Mac e Efetividade, conta que, para ele, essa estratégia na hora de escrever equivale ao "empurrão que faz o carro sem bateria `pegar no tranco´". Ele deixa de lado a folha (ou a tela) em branco, lança mão de um papel de rascunho e faz uma lista de quais temas precisam ser abordados, quais ideias não podem deixar de ser mencionadas e quais perguntas devem ser respondidas. - Ao pensar nesse conjunto, é inevitável atentar para o encadeamento entre as partes e, sem perceber, você já estará redigindo a versão inicial. Depois é só colocar no papel - diz Campos. O crítico Sérgio Rizzo sugere outra maneira de estruturar o texto, que aprendeu no início da carreira com um jornalista experiente: dividir os parágrafos em blocos. Às vezes, para melhorar a estrutura, funciona recortar o papel em torno dos parágrafos já escritos, ou de temas que devem ser abordados, e montá-los numa ordem mais coesa. Isso pode consumir um tempo precioso, mas Rizzo garante que vale a pena. - Passei a encarar esse tempo perdido na abertura como um investimento feito no restante do texto. Digamos que você perca três horas no começo: a estrutura te deu um final, apontou caminhos, e então o resto será rápido - diz. Administre prazos Construir uma estrutura para o texto e praticar a leitura e a escrita são estratégias eficazes, mas que tomam certo tempo. Por isso, nada como a aproximação do dia ou horário de entrega de um texto para soltar as amarras que o impediam de fluir. Sérgio Rizzo diz que muitos de seus melhores textos foram produzidos próximos ao deadline, como se sua criatividade funcionasse melhor. A compositora Zélia Duncan não gosta de trabalhar sob pressão, ou seja, perto do prazo, mas confessa que eventualmente é ele que a desbloqueia para começar uma letra. - Eu demorei muito para começar a fazer a letra de Inclemência, pois era algo sério, uma melodia do maestro Guerra Peixe. Protelei durante meses, até que me deram uma prensa. Sentei e fiz a letra em meia hora. É uma das parcerias minhas de que mais gosto e tenho orgulho - conta. Mas, no fim, Zélia conclui que as dificuldades para começar a escrever são ossos do ofício. - Creio que todos, em algum momento, se sentem um pouco sem saída, mas isso está implícito no ofício de escrever, compor, seja lá o que for. O pintor diante de uma tela, quantas vezes não desistiu? Mas se fosse fácil, não seria tão profundo e qualquer um faria. Fazer de tal modo que só você seria capaz é, no fundo, o desafio e o principal medo a ser vencido. Exercitar é vital Não tem jeito: a facilidade de começar e desenvolver um texto só chega com a prática e o exercício constante. É irreal - ou, pelo menos, raro - esperar que um texto surja pronto na cabeça de um momento para o outro, como uma inspiração divina. - Faísca, inspiração, insight só surgem com esforço e dedicação, que precedem em muito tempo o ato de escrever - afirma a professora Aparecida Custódio, do Objetivo. REDAÇÃO 109 Por isso, a dica da escritora e editora Sônia Belotto é estipular um horário fixo diariamente e escrever, pelo menos, uma página, o que o levará rapidamente a escrever de forma natural e dinâmica. - Da mesma maneira que fazemos caminhadas ou frequentamos uma academia para exercitar a musculação, escrever promove o exercício da escrita e, quanto mais exercitarmos, mais facilidade vamos encontrar à medida em que escrevemos - aponta. Isso vale para qualquer profissão, afinal a familiaridade com a escrita ajuda qualquer um que goste ou tenha de escrever. Se não é possível praticar diariamente, que seja pelo menos duas vezes por semana. Segundo Rizzo, foi o exercício diário que o ensinou a lidar com as dificuldades que aparecem na hora de redigir o texto, porque o colocou em uma situação de ter de enfrentar os problemas que surgiam todos os dias na hora de escrever e, assim, ganhar know-how. - É um pouco como um cachorro na piscina - ou ele põe a pata para cima da água e aprende a nadar, ou ele morre. Se você produz cotidianamente o texto, também precisa aprender a se virar - compara. O mal dos textos curtos O mesmo princípio vale para a leitura. Segundo Rizzo, as pessoas têm lido textos mais curtos e enxutos, sobretudo na internet, e isso faz com que o redator tenha pouco contato com textos mais elaborados. - Quando comecei na carreira, me inspirava muito em reportagens legais que tinha lido, aí pensava em como adaptar aquilo para o que eu tinha que escrever - conta. Outra dica é ler textos de fôlego como "aquecimento" antes de se dedicar à escrita. - O leitor assíduo conta com um vasto repertório linguístico e cultural que lhe oferece amplas possibilidades de iniciar um texto - observa a professora Aparecida Custódio. Começar de novo O que os especialistas têm a dizer sobre como vencer o bloqueio criativo Não se cobrar demais Primeiramente, procure manter o lugar onde escreve arejado, respire e relaxe por alguns instantes. Comece a escrever o que lhe vier à cabeça e não se faça nenhum tipo de cobrança, principalmente sobre ser original ou ter obrigação de escrever um best-seller. Quando estiver escrevendo, apenas escreva, sem se criticar, revisar seu texto ou tentar organizá-lo enquanto escreve. Esperar a inspiração aparecer também não é um bom negócio, pois escrever requer muito trabalho, como qualquer projeto de vida. Sônia Belotto, escritora e editora de livros Faça aquecimento Quando temos de nos dedicar a textos muito longos e reflexivos ou a um volume de textos encadeados, como uma tese, é de grande ajuda permitir-se um tempo de aquecimento. Por isso, é importante que você tenha horas para queimar, porque a máquina começa funcionar depois de algum momento. É essencial que cada um descubra a sua curva de aceleração, como a de um carro. Sérgio Rizzo, jornalista, professor e crítico de cinema Pular o começo Para os casos mais comuns do dia a dia, o empurrão mais simples é deixar de lado a abertura e os parágrafos iniciais e ir direto para a conclusão, que geralmente afirma um conjunto de ideias que o autor já tem claras em sua mente. O processo de redação desse trecho geralmente é capaz de encadear as ideias que faltam para depois ir construir (já aquecido) os parágrafos iniciais. Augusto Campos, administrador Não insistir, nem parar Se travou geral, melhor respirar antes de insistir em um jeito improdutivo. Depois transformar a trava em uma procura, em um exercício, lembrar que o caminho deve ser sempre mais interessante do que a chegada. Ruim mesmo é deixar por fazer - isso solidifica a paralisia. Sou a favor de anotar ideias, escrever um pouco sem compromisso, provocar-se. Zélia Duncan, cantora e compositora Na hora do vestibular Fuga ao tema proposto, desconhecimento do assunto a ser abordado e ausência de domínio da expressão escrita são alguns dos maiores entraves à produção textual. O vestibulando pode vencer essas dificuldades lendo atentamente o enunciado e a proposta de redação, a fim de entender o que se pede; em seguida, deve ler os textos apresentados pela Banca Examinadora como base ou estímulo, identificando a ideia principal de cada um deles, a fim de, posteriormente, aproveitá-las em sua redação. Caso tenha dificuldade de entender os textos, o estudante pode tentar parafraseá-los, ou seja, reescrevê-los com outras palavras. Essa técnica, de buscar sinônimos para as palavras, costuma ser bastante útil não só para facilitar a compreensão, mas também para estimular a imaginação e ampliar as possibilidades de abordagem do tema. Maria Aparecida Custódio, professora de redação do Objetivo Bloqueio cinematográfico Até Stephen King tinha medo da página em branco. Em pelo menos três de seus livros adaptados para as telas, o escritor discorreu sobre a familiar frustração de encarar uma folha vazia sem conseguir começar um texto. Nas histórias, a improdutividade do escritor era enlouquecedora. Literalmente. Em O Iluminado (1980) - adaptação de uma obra de King dirigida por Stanley Kubrick - o protagonista Jack Torrance, interpretado por Jack Nicholson, enfrentou a página em branco em sua máquina de escrever durante um mês. Mas King não foi o único perturbado pela necessidade de iniciar um texto. O escritor de programas de TV, Isaac Davis, personagem de Woody Allen em Manhattan, também ensaiou diversas vezes (sem sucesso) ao introduzir um texto de abertura para o filme. Vale dizer que a questão do bloqueio criativo é recorrente na obra de Allen, a exemplo de Desconstruindo Harry (1997) e Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos (2010), entre outros filmes do diretor. Além de Allen, poucos foram tão acossados pelo fantasma da página em branco como Guido Anselmi, o REDAÇÃO 110 cineasta vivido por Marcello Mastroianni em 8 ½, de Federico Fellini, que precisava escrever o roteiro de um filme que já começara a ser rodado, sendo contudo incapaz de fazê-lo. Erros que não podemos cometer a) Fuga do tema! b) Parágrafos soltos ao longo do texto: é preciso ligar todos eles! (coesão / coerência) c) Períodos muito longos: ficam confusos e dificultam a leitura do texto. d) Frases sem sujeito: deixam o leitor perdido à procura do autor das ações do texto. e) Separação de sujeito e predicado por vírgula. f) Incompatibilidade entre sujeito e verbo: “A sopa que emagrece dois quilos por semana”. g) Utilizar a primeira pessoa: nunca use “eu” ou “na minha opinião”! h) Parênteses indevidos: quase nunca são realmente necessários, melhor evitá-los. i) Modo imperativo: ninguém quer dar ordens ao leitor! j) Expressões muito coloquiais e palavras vagas: “coisa”, “legal”, verbo “ser”... k) Repetição exagerada de palavras e expressões: viva a diversidade! l) Entregar a redação sem fazer revisão. Palavrinhas perigosas: Onde - Só deve ser utilizada para se referir a um lugar. Através - Utilizar somente quando há noção espacial. Mau / bom X Mal / bem Há (tempo passado) X A (distância e tempo futuro) Considerações - Não diga em sua redação apenas o que já é lugar comum. Procure argumentos que surpreendam o seu leitor! - Lembre-se de que ele corrigirá dezenas de textos por dia e ideias inovadoras serão sempre bem-vindas. - Você pode fazer citações em sua redação, desde que elas sejam curtas e apresentadas com as suas próprias palavras. É muito importante que elas possam ser comprovadas pelo leitor. Não se esqueça de citar a sua fonte, que pode ser um texto da própria coletânea apresentada pela prova. - Escrever sempre é a única forma de se aprender a escrever bem. Não depende de talento nem de dons divinos, mas do seu esforço e da sua persistência. - Redações lendárias como aquela em que o candidato escreveu apenas “tic tac tic tac tic tac” não passam de história da carochinha! Não invente tanto assim: sua imaginação deve voar dentro dos limites do gênero dissertativo-argumentativo, próprio das redações de vestibular. - Na hora de fazer a prova, não deixe a redação por último. Ela equivale a uma porcentagem muito significativa da sua nota final em todos os vestibulares. - Atenção a sua letra, sempre! Ela é um cartão de visitas! - Acredite em você. No final das contas, tenha a certeza de que todo esforço será recompensado com uma excelente nota no vestibular! Dicas para escrever uma boa redação Faça letra legível: Você acha que alguém vai tentar decifrar sua redação, tendo outras 700 para corrigir? Ordenação das Ideias: A falta de ordenação de ideias gera um texto sem encadeamento e, às vezes, incompreensível, partindo de uma ideia para outra sem critério, sem ligação. Coerência: Você não deve apresentar um argumento e contradizê-lo mais adiante. Coesão: A redundância denuncia falta de coesão. Não dê voltas num assunto, sem acrescentar dados novos. Isso é típico de quem não tem informações suficientes para compor o texto. Inadequação: Não fuja ao tema proposto, escolhendo outro argumento com o qual tenha maior afinidade. O distanciamento do assunto pode custar pontos importantes na avaliação. Estrutura dos Parágrafos: Separe o texto em parágrafos. Sem a definição de uma ideia em cada parágrafo, a redação fica mal estruturada. Não corte a ideia em um parágrafo para concluí-la no seguinte. Não deixe o pensamento sem conclusão. Estrutura das Frases: Faça a concordância correta dos tempos verbais; Não fragmente a frase, separando o sujeito do predicado; Flexione corretamente os verbos quando for usar o gerúndio ou o particípio. Conselhos úteis: Evite as repetições de sons, que é deselegante na prosa; Evite as repetições de palavras, que denota falta de vocabulário; Evite a repetição de ideias, que demonstra falta de conhecimento geral; Evite o exagero de conectivos (conjunções e pronomes relativos) para evitar a repetição e para não alongar períodos; Evite o emprego de verbos genéricos, tais como dar, fazer, ser e ter; Evite o uso exagerado de palavras e expressões do tipo: problema, coisa, negócio, principalmente, devido a, através de, em nível de, sob um ponto de vista, tendo em vista etc; Evite os coloquialismos: só que, daí, aí etc; Cuidado com o emprego ambíguo dos pronomes: seu, seus, sua, suas; Cuidado com as generalizações: sempre, nunca, todo mundo, ninguém; Seja específico: utilize argumentos concretos, fatos importantes; Não faça afirmações levianas, como: todo político é corrupto...; Não use expressões populares e cristalizadas pelo uso, como: a união faz a força; Não use palavras estrangeiras nem gírias, como: deletar, tipo assim; Observe a pontuação; Cuidado com o uso de conjunções: - mas, porém, contudo são adversativas, indicam fatores contrários; - portanto, logo são conclusivas; - pois é explicativa e não causal; Não deixe parágrafos soltos: faça uma ligação entre eles, pois a ausência de elementos coesivos entre orações, períodos e parágrafos é erro grave. Esquemas de dissertação REDAÇÃO 111 Aprimoramento Linguístico Dentre as falhas mais frequentes encontradas em textos dissertativos, muitas envolvem o uso de expressões coloquiais, outras a redundância ou a ausência de organização das ideias. Vamos alguns exemplos dessas incorreções, que deverão ser evitadas em seus futuros textos: Palavras de introdução “embromatória”: A vida, única e exclusivamente, é tão complexa que, apesar de tudo, não obstante o que possam dizer, torna-se altamente problemática. Intromissão: Na minha opinião, a seleção brasileira não está preparada para disputar a Copa da Alemanha. Abstração grosseira: Porque ai nós pegamos e pensamos: para onde vai a humanidade? Prolixidade / ausência de objetividade Textos complementares Família tem de ser careta Quem não estiver disposto a dizer 'não' na hora certa e se fizer de vítima dos filhos, que por favor não finja que é mãe ou pai. Esperando uma reação de espanto ou contrariedade ao título acima, tento explicar: acho, sim, que família deve ser careta, e que isso há de ser um bem incomparável neste mundo tantas vezes fascinante e tantas vezes cruel. Dizendo isso não falo em rigidez, que os deuses nos livrem dela. Nem em pais sacrificiais, que nos encherão de culpa e impedirão que a gente cresça e floresça. Não penso em frieza e omissão, que nos farão órfãos desde sempre, nem em controle doentio – que o destino não nos reserve esse mal dos males. Nem de longe aceito moralismo e preconceito, mesmo (ou sobretudo) disfarçado de religião, qualquer que seja ela, pois isso seria a diversão maior do demônio. Falo em carinho, não castração. Penso em cuidados, não suspeita. Imagino presença e escuta, camaradagem e delicadeza, sobretudo senso de proteção. Não revirar gavetas, esvaziar bolsos, ler e-mails, escutar no telefone, indignidades legítimas em casos extremos, de drogas ou outras desgraças, mas que em situação normal combinam com velhos internatos, não com família amorosa. Falo em respeito com a criança ou o adolescente, porque são pessoas, em entendimento entre pai e mãe – também depois de uma separação, pois naturalmente pessoas dignas preservam a elegância e não querem se vingar ou continuar controlando o outro através dos filhos. Interesse não é fiscalizar ou intrometer-se, bater ou insultar, mas acompanhar, observar, dialogar, saber. Vejo crianças de 10, 11 anos frequentando festas noturnas com a aquiescência de pais irresponsáveis, ou porque os pais nem ao menos sabem onde elas andam. Vejo adolescentes e pré-adolescentes embriagados fazendo rachas alta noite ou cambaleando pela calçada ao amanhecer, jogando garrafas em carros que passam, insultando transeuntes – onde estão os pais? Como não saber que sites da internet as crianças e os jovenzinhos frequentam, com quem saem, onde passam o fim de semana e com quem? Como não saber o que se passa com eles? Sei de meninas, quase crianças, parindo sozinhas no banheiro, e ninguém em casa sabia que estavam grávidas, nem mãe nem pai. Elas simplesmente não existiam, a não ser como eventual motivo de irritação. Não entendo a maior parte das coisas solitárias e tristes que vicejam onde deveria haver acolhimento, alguma segurança e paz, na família. Talvez tenhamos perdido o bom senso. Não escutamos a voz arcaica que nos faria atender as crias indefesas – e não me digam que crianças de 11 anos ou adolescentes de 15 (a não ser os monstros morais de que falei na crônica anterior) dispensam pai e mãe. Também não me digam que não têm tempo para a família porque trabalham demais para sustentá-la. Andamos aflitos e confusos por teorias insensatas, trabalhando além do necessário, mas dizendo que é para dar melhor nível de vida aos meninos. Com essa desculpa não os preparamos para este mundo difícil. Se acham que filho é tormento e chateação, mais uma carga do que uma felicidade, não deviam ter tido família. Pois quem tem filho é, sim, gravemente responsável. Paternidade é função para a qual não há férias, 13º, aposentadoria. Não é cargo para um fiscal tirano nem para um amiguinho a mais: é para ser pai, é para ser mãe. É preciso ser amorosamente atento, amorosamente envolvido, amorosamente interessado. Difícil, muito difícil, pois os tempos trabalham contra isso. Mas quem não estiver disposto, quem não conseguir dizer "não" na hora certa e procurar se informar para saber quando é a hora certa, quem se fizer de vítima dos filhos, quem se sentir sacrificado, aturdido, incomodado, que por favor não finja que é mãe ou pai. Descarte esse papel de uma vez, encare a educação como função da escola, diga que hoje é todo mundo desse jeito, que não existe mais amor nem autoridade... e deixe os filhos entregues à própria sorte. Pois, se você se sentir assim, já não terá mais família nem filhos nem aconchego num lugar para onde você e eles gostem de voltar, onde gostem de estar. Você vive uma ilusão de família. Fundou um círculo infernal onde se alimentam rancores e reina o desamparo, onde todos se evitam, não se compreendem, muito menos se respeitam. Por tudo isso e muito mais, à família moderninha, com filhos nas mãos de uma gatinha vagamente idiotizada e um gatão irresponsável, eu prefiro a família dita careta: em que existe alguma ordem, responsabilidade, autoridade, mas também carinho e compreensão, bom humor, sentimento de pertença, nunca sujeição. É bom começar a tentar, ou parar de brincar de casinha: a vida é dura e os meninos não pediram para nascer. Lya Luft Felicidade em excesso pode fazer mal Não há dúvida de que ser feliz é bom, mas em excesso pode ser um veneno. E, quanto mais procuramos a felicidade, menos somos felizes. Conheça o lado B da felicidade. Ser feliz é uma das maiores preocupações de nossa sociedade hoje. Ela se manifesta na cultura popular, em livros de autoajuda, terapias e palestras de motivação. Não é para menos. Há fortes evidências sobre os benefícios de ter mais emoções positivas, menos emoções negativas e de estar satisfeito com a vida - os 3 pilares da felicidade. No entanto, essa história também tem dois lados. Se for vivida em excesso, na hora errada e no lugar errado, a felicidade pode levar a resultados indesejados. E, inclusive, não ser saudável. É o que indicam estudos recentes. Níveis moderados de emoções positivas favorecem a criatividade, mas níveis altos não. Crianças altamente alegres estão associadas com o maior risco de mortalidade na idade adulta por seu envolvimento em comportamentos arriscados. Isso porque uma pessoa muito feliz REDAÇÃO 112 teria menos probabilidade de discernir as ameaças iminentes. Aqui, na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, fizemos uma pesquisa com 20 mil participantes saudáveis de 16 países. E encontramos os maiores níveis de bem-estar naqueles que tinham uma relação moderada entre emoções positivas e negativas em sua vida diária. Também vimos que níveis moderados (não extremos) de sentimentos positivos estão ligados à redução de sintomas de depressão e ansiedade, além do aumento da satisfação pessoal. Como você pode perceber, felicidade não é uma só. Ela vem em diferentes sabores. Varia, por exemplo, segundo a dimensão do estímulo (excitação x calma) ou do engajamento social (compaixão x orgulho). Certos tipos de felicidade são muito autofocados e, por isso, acabam sendo mal-adaptados. É o caso do orgulho, geralmente ligado às conquistas e ao status social. O orgulho pode ser bom em certos contextos, mas também tem sido associado à agressividade e ao risco de desenvolver transtornos de humor, como a mania. A própria busca por ser feliz também pode ser contraproducente. Muitas vezes, aliás, quanto mais as pessoas procuram a felicidade, menos parecem capazes de obtê-la. A razão é simples: elas concentram tanta energia e expectati va nesse esforço que os eventos felizes, como festas e encontros com amigos, acabam sendo decepcionantes. Em adultos jovens e saudáveis, essa busca incessante pela felicidade tem sido ligada ao maior risco de mania e depressão. O que fazer então? É impossível ser feliz o tempo todo ou em todo lugar. Não vale a pena nem tentar. Pense na situação em que você deseja (ou é mais relevante para você) ser feliz. E não se esqueça: não desmereça os sentimentos negativos. A tristeza, por exemplo, é parte da experiência humana e não necessariamente é ruim. Ela até nos ajuda a manter os pés no chão. Tentar maximizar emoções positivas e minimizar as negativas, portanto, nem sempre é uma boa. O equilíbrio é fundamental. June Gruber Qual é O Problema? Um dos maiores choques de minha vida foi na noite anterior ao meu primeiro dia de pós-graduação em administração. Havia sido um dos quatro brasileiros escolhidos naquele ano, e todos nós acreditávamos, ingenuamente, que o difícil fora ter entrado em Harvard, e que o mestrado em si seria sopa. Ledo engano. Tínhamos de resolver naquela noite três estudos de caso de oitenta páginas cada um. O estudo de caso era uma novidade para mim. Lá não há aulas de inauguração, na qual o professor diz quem ele é e o que ensinará durante o ano, matando assim o primeiro dia de aula. Essas informações podem ser dadas antes. Aliás, a carta em que me avisaram que fora aceito como aluno veio acompanhada de dois livros para ser lidos antes do início das aulas. O primeiro caso a ser resolvido naquela noite era de marketing, em que a empresa gastava boas somas em propaganda, mas as vendas caíam ano após ano. Havia comentários detalhados de cada diretor da companhia, um culpando o outro, e o caso terminava com uma análise do presidente sobre a situação. O caso terminava ali, e ponto final. Foi quando percebi que estava faltando algo. Algo que nunca tinha me ocorrido nos dezoito anos de estudos no Brasil. Não havia nenhuma pergunta do professor a responder. O que nós teríamos de fazer com aquele amontoado de palavras ? Eu, como meus outros colegas brasileiros, esperava perguntas do tipo "Deve o presidente mudar de agência de propaganda ou demitir seu diretor de marketing?" Afinal, estávamos todos acostumados com testes de vestibular e perguntas do tipo "Quem descobriu o Brasil?". Harvard queria justamente o contrário. Queria que nós descobríssemos as perguntas que precisam ser respondidas ao longo da vida. Uma reviravolta e tanto. Eu estava acostumado a professores que insistiam em que decorássemos as perguntas que provavelmente iriam cair no vestibular. Adorei esse novo método de ensino, e quando voltei para dar aulas na Universidade de São Paulo, trinta anos atrás, acabei implantando o método de estudo de casos em minhas aulas. Para minha surpresa, a reação da classe foi a pior possível. "Professor, qual é a pergunta?", perguntavam-me. E, quando eu respondia que essa era justamente a primeira pergunta a que teriam de responder, a revolta era geral: "Como vamos resolver uma questão que não foi sequer formulada?". Temos um ensino no Brasil voltado para perguntas prontas e definidas, por uma razão muito simples: é mais fácil para o aluno e também para o professor. O professor é visto como um sábio, um intelectual, alguém que tem solução para tudo. E com o tempo os alunos acreditam. E os alunos, por comodismo, querem ter as perguntas feitas, como no vestibular. Nossos alunos estão sendo levados a uma falsa consciência, o mito de que todas as questões do mundo já foram formuladas e solucionadas. O objetivo das aulas passa a ser apresentá-las, e a obrigação dos alunos é repeti-las na prova final. Em seu primeiro dia de trabalho você vai descobrir que seu patrão não lhe perguntará quem descobriu o Brasil e não lhe pagará um salário por isso no fim do mês. Nem vai lhe pedir para resolver "4/2 = ?". Em toda a minha vida profissional nunca encontrei um quadrado perfeito, muito menos uma divisão perfeita, os números da vida sempre terminam com longas casas decimais. Seu patrão vai querer saber de você quais são os problemas que precisam ser resolvidos em sua área. Bons administradores são aqueles que fazem as melhores perguntas, e não os que repetem suas melhores aulas. Uma famosa professora de filosofia me disse recentemente que não existem mais perguntas a ser feitas, depois de Aristóteles e Platão. Talvez por isso não encontramos solução para os inúmeros problemas brasileiros de hoje. O maior erro que se pode cometer na vida é procurar soluções certas para os problemas errados. Em minha experiência e na da maioria das pessoas que trabalham no dia-a-dia, uma vez definido qual é o verdadeiro problema, o que não é fácil, a solução não demora muito a ser encontrada. Se você pretende ser útil na vida, aprenda a fazer boas perguntas mais do que sair arrogantemente ditando respostas. Se você ainda é um estudante, lembre-se de que não são as respostas que são importantes na vida, são as perguntas. Stephen Kanitz Editora Abril, Revista Veja, edição 1898, ano 38, nº 13, 30 de março de 2005 Quanto nós merecemos? O ser humano é um animal que deu errado em várias coisas. A maioria das pessoas que conheço, se fizesse uma terapia, ainda que breve, haveria de viver melhor. Os problemas podiam continuar ali, mas elas aprenderiam a lidar com eles. Sem querer fazer uma interpretação barata ou subir além do chinelo: como qualquer pessoa que tenha lido Freud e companhia, não raro penso nas rasteiras que o inconsciente nos passa e em quanto nos atrapalhamos por achar que merecemos pouco. REDAÇÃO 113 Pessoalmente, acho que merecemos muito: nascemos para ser bem mais felizes do que somos, mas nossa cultura, nossa sociedade, nossa família não nos contaram essa história direito. Fomos onerados com contos de ogros sobre culpa, dívida, deveres e… mais culpa. Um psicanalista me disse um dia: – Minha profissão ajuda as pessoas a manter a cabeça à tona d’água. Milagres ninguém faz. Nessa tona das águas da vida, por cima da qual nossa cabeça espia – se não naufragamos de vez –, somos assediados por pensamentos nem sempre muito inteligentes ou positivos sobre nós mesmos. As armadilhas do inconsciente, que é onde nosso pé derrapa, talvez nos façam vislumbrar nessa fenda obscura um letreiro que diz: “Eu não mereço ser feliz. Quem sou eu para estar bem, ter saúde, ter alguma segurança e alegria? Não mereço uma boa família, afetos razoavelmente seguros, felicidade em meio aos dissabores”. Nada disso. Não nos ensinaram que “Deus faz sofrer a quem ama”? Portanto, se algo começa a ir muito bem, possivelmente daremos um jeito de que desmorone – a não ser que tenhamos aprendido a nos valorizar. Vivemos o efeito de muita raiva acumulada, muito mal-entendido nunca explicado, mágoas infantis, obrigações excessivas e imaginárias. Somos ofuscados pelo danoso mito da mãe santa e da esposa imaculada e do homem poderoso, pela miragem dos filhos mais que perfeitos, do patrão infalível e do governo sempre confiável. Sofremos sob o peso de quanto “devemos” a todas essas entidades inventadas, pois, afinal, por trás delas existe apenas gente, tão frágil quanto nós. Esses fantasmas nos questionam, mãos na cintura, sobrancelhas iradas: – Ué, você está quase se livrando das drogas, está quase conquistando a pessoa amada, está quase equilibrando sua relação com a família, está quase obtendo sucesso, vive com alguma tranqüilidade financeira… será que você merece? Veja lá! Ouvindo isso, assustados réus, num ato nada falho tiramos o tapete de nós mesmos e damos um jeito de nos boicotar – coisa que aliás fazemos demais nesta curta vida. Escolhemos a droga em lugar da lucidez e da saúde; nos fechamos para os afetos em lugar de lhes abrir espaço; corremos atarantados em busca de mais dinheiro do que precisaríamos; se vamos bem em uma atividade, ficamos inquietos e queremos trocar; se uma relação floresce, viramos críticos mordazes ou traímos o outro, dando um jeito de podar carinho, confiança ou sensualidade. Se a gente pudesse mudar um pouco essa perspectiva, e não encarar drogas, bebida em excesso, mentira, egoísmo e isolamento como “proibidos”, mas como uma opção burra e destrutiva, quem sabe poderíamos escolher coisas que nos favorecessem. E não passar uma vida inteira afastando o que poderia nos dar alegria, prazer, conforto ou serenidade. No conflitado e obscuro território do inconsciente, que o velho sábio Freud nos ensinaria a arejar e iluminar, ainda nos consideramos maus meninos e meninas, crianças malcomportadas que merecem castigo, privação, desperdício de vida. Bom, isso também somos nós: estranho animal que nasceu precisando urgente de conserto. Alguém sabe o endereço de uma oficina boa, barata, perto de casa – ah, e que não lide com notas frias? Lya Luft Agressão pode causar traumas permanentes, diz especialista Quando feito de apelidos e piadinhas, o bullying pode até parecer uma brincadeira. Mas suas consequências não são. Segundo a pesquisadora Cleo Fante, ex-presidente do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar (Cemeobes), se mal resolvido, o bullying pode deixar marcas para o resto da vida – tanto nos que o praticam quanto naqueles que dele são vítimas. “É um equívoco dizer que o bullying é uma brincadeira e que os alunos o superam sozinhos. Estamos falando de uma forma de violência deliberada”, diz. Mergulhada há cerca de dez anos no tema, Cleo é co-autora do livro Bullying: Perguntas e Respostas e autora de Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz, recém-adotado pela Secretaria da Educação de São Paulo como manual para a rede estadual paulista. Confira a seguir a entrevista com a especialista. O que caracteriza o bullying? Para que uma ação seja considerada bullying, ela precisa ter certas características: ser repetida contra uma mesma pessoa, apresentar um desequilíbrio de poder que dificulte a defesa da vítima, não possuir razão aparente e contar com atitudes deliberadas e que tragam prejuízo – material, físico, emocional ou de aprendizado. Há estudos sobre bullying entre alunos e professores, porém, o mais conhecido é entre alunos, apenas. Na sua opinião, as escolas sabem lidar com a questão? A maneira de lidar com a questão varia muito. Independe da localização e dos recursos da escola. Depende, isso sim, dos valores que propaga. De modo geral, ainda há muito a melhorar, mas pelo menos a percepção social do bullying melhorou nos últimos anos. O tipo e a localização da escola influem na incidência do fenômeno? Nas pesquisas que realizei, não vi muita diferença entre escolas pobres e ricas, centro e periferia. Não posso generalizar, dizendo que as escolas públicas têm mais bullying que as particulares. O que se sabe é que as escolas que trabalham valores humanos, que colocam limites, que impõem autoridade aos estudantes, sofrem menos. Há algum canal de denúncia oficial no país? Sim, a partir de 2008, o Disque 100 [Disque Denúncia Nacionalde Abuso e Exploração Sexualcontra Crianças e Adolescentes, criado em 1997 pela Associação Brasileira Multidisciplinar de Proteção à Criança e ao Adolescente (Abrapia) e executado desde 2003 pela Secretaria Especial de Direitos Humanos] passou a acolher denúncias de bullying. Foi uma conquista nossa, dos profissionais que desenvolvem um trabalho na área há quase dez anos. Desse trabalho, também são fruto os diversos projetos de lei espalhados pelo país que preveem que as escolas passem a preparar seus funcionários – não apenas professores – para identificar o bullying e para lidar com ele. O que leva uma criança ou adolescente a praticar o bullying? Nos estudos com que me envolvi, identificou-se que 80% dos agressores eram vítimas de violência em casa ou na própria escola. Eles reproduziam essa violência. Outras fontes apontadas pelas pesquisas são a permissividade e a falta de imposição de limites para crianças e adolescentes, a ausência de afeto e a influência da mídia, videogames e jogos virtuais. É um equívoco dizerem que bullying é coisa da idade, que com o tempo passa, que é brincadeira ou que os alunos superam sozinhos. Estamos falando de uma forma de violência que é deliberada, intencional, que é tramada, planejada. O bullying não pode ser explicado pela insegurança da adolescência. Que tipo de trauma o bullying pode gerar às vítimas? A curto e longo prazo, o bullying interfere na auto-estima, na concentração, na motivação para os estudos, no rendimento escolar e nos males psicossomáticos (diarréia, febre, vômito, dor de estômago e de cabeça) da vítima. A longo prazo, a vítima pode desenvolver transtornos de ansiedade e de alimentação (bulimia, anorexia, bruxismo, alergias, depressão e ideias suicidas). Se não houver intervenção, pode haver efeitos para o resto da vida. A vítima pode ser sempre insegura. Alguns têm resiliência, o poder de resistir e superar situações difíceis, mas outros penam. E os agressores? O agressor sofre, de imediato, um distanciamento dos objetivos escolares. Ele passa a ficar o tempo todo planejando o REDAÇÃO 114 que fazer e se esforçando para manter o jogo de poder com a vítima. Aliás, ele pode ter várias vítimas, isso é o mais comum. O agressor, então, pode sofrer queda no rendimento escolar e até evasão – como ele deixa de aprender, pode ser reprovado e perder a motivação para estudar. A longo prazo, ele pode cair na delinquência e no uso ou tráfico de drogas. Além disso, pode praticar o bullying em outros ambientes, como o trabalho e a família, tendo problemas nas relações profissionais e sociais e até nos relacionamentos afetivos e amorosos – prejudicados pela questão do poder, que tenderá a acompanhar o agressor. É possível que o bullying tenha algum efeito positivo na vida adulta? Imagine! Quanto mais cedo uma criança passa por situações de bullying, pior para ela. O MMA é um esporte como outros ou injustificada glorificação da violência? The Ultimate Fighter, reality show sobre os lutadores de MMA (sigla para "mistura de artes marciais", em inglês), tem levantado muita polêmica. As lutas são muito violentas e o contato frequente com esse tipo de imagem pode acabar reduzindo o nível de sensibilidade do espectador à violência. Ver um indivíduo quebrar a cabeça do outro passaria a ser algo normal e até desejado para o público. Os críticos acreditam que as academias possam despejar nas ruas uma imensidão de brigões, loucos por sangue. Prova disso foi a entrevista recente de um estudante de 16 anos à Folha de S. Paulo, em que ele justificou sua escolha pelo MMA: "Gosto de bater mesmo, quero ver sangue." Evidentemente, há inúmeros defensores que veem a luta apenas como mais um esporte, capaz de trazer várias vantagens a seus praticantes, como diminuir o estresse, desenvolver disciplina, propiciar grande gasto calórico. Assistir a lutas violentas poderia até ser um modo de exorcizar a violência na vida real. O que você acha dessa questão? O MMA deve ser encarado positiva ou negativamente? Não é vale-tudo Quando o UFC começou, em Denver, Colorado, nos Estados Unidos em 1993, cada lutador enfrentava no mínimo três adversários em uma noite. Havia poucas regras - não atingir os olhos, não usar os dedos para rasgar a boca do adversário e não golpear a virilha. Em 2001, os irmãos Frank e Lorenzo Fertitta, empresários americanos donos de cassinos em Las Vegas, compraram o evento e fizeram mudanças para que se tornasse um esporte reconhecido. Cada atleta passou a lutar apenas uma vez por evento, que tem em média cinco lutas por noite. Foram estipuladas 31 faltas, que podem até eliminar um competidor. Além disso, os atletas foram divididos em categorias de peso [...] e o acompanhamento médico passou a ser obrigatório - inclusive durante os treinamentos. [...] Todos os atletas são obrigados a passar por exame antidoping e testes médicos (HIV, hepatite, ressonância magnética e exame oftalmológico, entre outros). Durante as lutas, cinco médicos coordenados por um especialista em eventos esportivos de combate cercam o ringue, enquanto quatro especialistas em ferimentos leves acompanham os lutadores do lado de fora do octógono - o ringue, também chamado de gaiola, fechado, com cerca de nove metros de diâmetro ou quase 60m 2 de área de luta. [Davi Correia, Revista Veja] The Ultimate Fighter, reality show sobre os lutadores de MMA (sigla para "mistura de artes marciais", em inglês), tem levantado muita polêmica, pois as lutas são muito violentas. Esporte para uns, violência para outros Goste ou não, você vai ser atacado por todos os lados: a luta da moda, o MMA, está na TV, no cinema, nas livrarias, nas conversas de bar, nas academias de ginástica. Os patrocinadores do UFC (campeonato internacional de MMA) já estão batendo os tambores para o próximo torneio, que será realizado em junho, no Brasil. São ajudados pelos subprodutos da luta e ajudam a promovê-los. Nas academias, as aulas de MMA estão inchando De olho no filão, a Fitness Brasil, maior feira de tendências para o setor, que acontece em Santos no final de abril, vai apresentar treinos formatados para esse público de academias, além de montar um octógono (ringue de MMA) durante o evento, onde serão realizadas lutas. Tantos adversários e marketing tão poderoso tornam difícil a vida dos críticos da luta. O de maior visibilidade, atualmente, é o deputado federal José Mentor (PT), que apresentou um projeto de lei proibindo a transmissão dos campeonatos pela TV. Em artigo publicado na Folha (5/3), ele ataca o que considera brutalidade e propaganda de violência gratuita. [...] "O aumento de alunos nas aulas de MMA é imenso. Eles querem diminuir o estresse, desenvolver disciplina. Fora o gasto calórico, que é enorme", afirma o fisioterapeuta e professor Thomas Henrique Cabrera, que dá aulas da modalidade na rede de academias Runner, em São Paulo. [...] Mas, mesmo regrado, o MMA não convence gente como Éder Jofre, por exemplo. "Acho essa luta um assassinato. Não posso conceber o cara estar no chão e o outro vir dando joelhada", diz o bicampeão mundial de boxe, hoje com 75 anos. No MMA são usadas regras de diferentes modalidades, misturadas. Pode dar soco, como no boxe, mas também pode bater da cintura para baixo; pode estrangular, como no jiu-jítsu, mas também dar cotoveladas em pé, como no muay thai. "Criticavam o boxe porque era violento, mas, perto do MMA, é balé", diz Jofre. O estudante Paulo Sanchez, 16, é mais direto. Fez judô na infância, mas prefere o MMA porque tem mais ?pegada?. "Gosto de bater mesmo, quero ver sangue." Esse tipo de atitude preocupa o professor de artes marciais Jeremias Alves Silva. "Hoje tem mercado e qualquer um já quer abrir academia de MMA. A pessoa não é formada numa arte marcial, não consegue dar uma formação correta ao aluno." [Folha de S. Paulo, 13 de março de 2012] Com base nos textos acima, elabore sua redação sobre o tema O MMA é um esporte como outros ou injustificada glorificação da violência? Norma culta X variantes linguísticas: qual deve ser a posição da escola? Qualquer um, mesmo sem nunca ter passado pela escola, sabe que não pode falar sempre do mesmo jeito com todas as pessoas, pois, até mesmo entre os familiares, cada relação está marcada por um nível diferente de formalidade. A linguagem que usamos às vezes é mais informal, às vezes é mais séria, impessoal. Nessas situações menos pessoais, a norma culta é a mais adequada para garantir um contato respeitoso e mais claro entre os indivíduos. Por isso, quando o falante consegue variar a linguagem, adequando o nível de formalidade a suas intenções, à situação e à pessoa com quem fala, dizemos que ele possui boa competência linguística. O conhecimento das variedades linguísticas amplia nossas possibilidades de comunicação, mas é a norma culta que garante a manutenção de uma unidade linguística ao país. Com base nos textos da coletânea a seguir, elabore uma dissertação argumentativa sobre o tema: considerando que a norma culta é variante mais valorizada socialmente, qual deve ser a posição da escola em relação às outras variantes linguísticas? Qualidades e valores Estão confundindo um problema de ordem pedagógica, que diz respeito às escolas, com uma velha discussão teórica da sociolinguística, que reconhece e valoriza o linguajar popular. Esse é um terreno pantanoso. Ninguém de bom-senso discorda de que a expressão popular tem validade como forma de comunicação. Só que é preciso que se reconheça que a língua culta reúne REDAÇÃO 115 infinitamente mais qualidades e valores. Ela é a única que consegue produzir e traduzir os pensamentos que circulam no mundo da filosofia, da literatura, das artes e das ciências. A linguagem popular a que alguns colegas meus se referem, por sua vez, não apresenta vocabulário nem tampouco estatura gramatical que permitam desenvolver idéias de maior complexidade - tão caras a uma sociedade que almeja evoluir. Por isso, é óbvio que não cabe às escolas ensiná-la. [Evanildo Bechara, gramático e filólogo, em entrevista a revistaVeja, 29 de maio de 2011] Samba do Arnesto O compositor Adoniran Barbosa usava a norma popular da língua portuguesa em suas canções. “Menas: o certo do errado e o errado do certo” A ideia é provocadora e reflete um debate bem atual. Em cartaz desde 16 de março no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, a exposição "Menas: o certo do errado, o errado do certo", tem a proposta manifesta de homenagear a variante popular do idioma no Brasil. A exposição, que fica no museu até 27 de junho, começa na estação de metrô Luz, onde cerca de trinta banners trazem frases com os chamados tropeços comuns no português falado no Brasil, de "A nível de língua, ninguém sabe tudo" a "Ele vai vim para a festa". O objetivo é fazer o visitante refletir sobre a normatização na língua, antes mesmo de chegar às dependências do museu. Lá dentro, sete instalações convidam o visitante a lidar sem preconceito com as formas em uso no português brasileiro. O próprio título da mostra soa como provocação, brincando com a variante do advérbio "menos", por princípio invariável. “A exposição, de maneira divertida, mostra por que saímos do padrão culto muitas vezes sem nos darmos conta”, explica Antonio Carlos de Moraes Sartini, diretor do museu. Segundo Sartini, o objetivo é mostrar que os brasileiros "não falamos nem mais nem menos fora do padrão culto que italianos, americanos e franceses", e todo idioma tem variações que são usadas em certas situações e para diferentes públicos. [Revista Língua] Pertinente, adequado e necessário (...) Darwin nunca disse em nenhum lugar de seus escritos que “o homem vem do macaco”. Ele disse, sim, que humanos e demais primatas deviam ter se originado de um ancestral comum.(...) Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua. O que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas entenderem é que defender uma coisa não significa automaticamente combater a outra. Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento. Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso é para eu tomar?”, porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo” e os que falam “errado”, é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles - se julgarem pertinente, adequado e necessário - possam vir a usá-la. [Marcos Bagno, escritor e lingüista, na revista Carta Capital] Mestiçagens da língua Quando em 1727 o rei de Portugal proibiu que no Brasil se falasse a língua brasileira, a chamada língua geral, o nheengatu, é que começou a disseminação forçada do português como língua do País, uma língua estrangeira. O português formal só lentamente foi se impondo ao falar e escrever dos brasileiros, como língua de domínio colonial, tendo sido até então apenas língua de repartição pública. A discrepância entre a língua escrita e a língua falada é entre nós consequência histórica dessa imposição, veto aos perigos políticos de uma língua potencialmente nacional, imenso risco para a dominação portuguesa. [José de Souza Martins, cientista social, professor emérito da Universidade de São Paulo, em O Estado de S. Paulo] REDAÇÃO 116 ESPANHOL 117 UFPEL-2000 Un debate que vuelve: la muerte de la privacidad cuando se rematan cartas de famosos. O sea: cuando el amor se hace traición 1. 2. 3. 4. 5. "Sin duda, a través de los milenios, los amantes se han traicionado, pero la comercialización masiva de las traiciones, a precios elevados, es un hecho relativamente nuevo en lo que denominamos civilización." Este párrafo pertenece a la escritora Joyce Carol Oates, quien comenta en The New York Times el remate en la casa Sotheby's de las cartas que el escritor estadounidense J. D. Salinger le envió hace años a Joyce Maynard, su amante adolescente. 6. 7. 8. 9. 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 . EI Suplemento Cultura y Nación de Clarín reproduce este artículo porque tiene implicancias más profundas. Veamos. EI asunto no es simple, porque hay razones jurídicas que amparan esta suerte de violación de la privacidad. Según la ley de propiedad intelectual de los Estados Unidos, cada uno es dueño de las palabras que escribió en una carta personal, pero la persona que recibe la carta es propietaria del pedazo físico de papel y de los símbolos tipeados o escritos en él. La paradoja es que si bien está prohibido publicar cualquier carta sin el permiso de su autor, la carta propiamente dicha puede venderse. Por ejemplo en una subasta pública en Sotheby's, como en este caso. Lo cual incluye una exposición al público de las cartas privadas antes del remate. En la última parte de este jugoso artículo, Joyce Carol Oates expone la otra cara del asunto: “Pese a haber sido objeto de una crítica exasperada y farisaica, en primer lugar por los admiradores de Salinger, la decisión de Joyce Maynard de vender las cartas que él le escribió es asunto suyo, igual que la decisión de escribir sobre su vida. ¿Por qué una vida es más sacrosanta que la otra? En realidad, podríamos ser compasivos con los esfuerzos de Salinger (cada vez más fútiles) por salvaguardar su preciosa intimidad, pero em este caso ante material, que dará ideas y el hecho de que sea un escritor famoso no tiene la menor importancia." La conclusión de Oates es atendible: "Vender cartas de amor en Sotheby's marca, en todo caso, el fin de la fantasía del amor idealizado". (Foro de discusión moderado por Néstor Tirri y Monica Sínfrim) EI Clarín Digital, Buenos Aires, 11 de junio de 1999 http://www.clarin.com.ar 1) O texto afirma que as cartas foram ( a ) publicadas no livro de Joyce Oates. ( b ) leiloadas sem autorização do autor. ( c ) expostas ao público pelo New York Times. ( d ) publicadas no jornal New York Times. ( e ) vendidas a Joyce Oates por Sotheby's. 2) No artigo, a escritora norte-americana expressa ( a ) concordância em que as pessoas têm autonomia para tomar decisões sobre suas próprias vidas. ( b ) desagrado pelo fato de que atualmente os amantes vendem as cartas de amor que lhes foram enviadas. ( c ) discordância da atitude tomada por Joyce Maynard, ao tornar pública sua relação com Salinger. ( d ) intermediação junto a Sotheby’s, com o objetivo de vender cartas de amantes famosos. ( e ) crítica à lei de propriedade intelectual dos EUA, que protege excessivamente seus autores. 3) Segundo o foro de discussão de Clarín Digital, a lei diz que ( a ) a venda pública de cartas sobre a vida privada de pessoas famosas é punível perante a lei. ( b ) o autor mantém alguns direitos de propriedade sobre a carta, quando a envia para alguém. ( c ) quem escreveu a carta perde todos os direitos sobre ela, quando a envia para uma outra pessoa. ( d ) é lamentável que atualmente, em nossa civilização, sejamos capazes de trair por dinheiro. ( e ) deveríamos ser mais compassivos com J. D. Salinger e proteger sua vida privada. 4) Sobre o artigo, podemos afirmar que ( a ) Joyce Maynard escreveu um livro, onde publicou as cartas. ( b ) Salinger foi muito criticado por seus admiradores. ( c ) existe a versão dos fariseus e a de Salinger para este caso. ( d ) Joyce Oates vendeu as cartas porque foi traída por Salinger. ( e ) a venda realizada por Joyce Maynard está referendada pela lei. 5) Uma carta íntima, segundo a lei, é ( a ) apenas um pedaço de papel e tinta. ( b ) publicável, com a autorização do destinatário. ( c ) propriedade dos admiradores de seu autor. ( d ) publicável, com a autorização do autor. ( e ) publicável, segundo a fama do autor. ESPANHOL 118 UFSC-2002 El café vienés Esteban podía recordar el momento exacto en que se dio cuenta que su hermana era una sombra fatídica. Fue cuando ganó su primer sueldo. Decidió que se reservaría cincuenta centavos para cumplir un sueño que acariciaba desde la infancia: tomar un café vienés. Había visto, a través de las ventanas del Hotel Francés, a los mozos que pasaban con las bandejas suspendidas sobre sus cabezas, llevando unos tesoros: altas copas de cristal coronadas por torres de crema batida y decoradas con una hermosa guinda glaceada. El día de su primer sueldo pasó delante del establecimiento muchas veces antes de atreverse a entrar. Por último cruzó con timidez el umbral, con la boina en la mano, y avanzó hacia el lujoso comedor, entre lámparas de lágrimas y muebles de estilo, con la sensación de que todo el mundo lo miraba, que mil ojos juzgaban su traje demasiado estrecho y sus zapatos viejos. Se sentó en la punta de la silla, las orejas calientes, y le hizo el pedido al mozo con un hilo de voz. Esperó con impaciencia, espiando por los espejos el ir y venir de la gente, saboreando de antemano aquel placer tantas veces imaginado. Y llegó su café vienés, mucho más impresionante de lo imaginado, soberbio, delicioso, acompañado por tres galletitas de miel. Lo contempló fascinado por un largo rato. Finalmente se atrevió a tomar la cucharilla de mango largo y con un suspiro de dicha, la hundió en la crema. Tenía la boca hecha agua. Estaba dispuesto a hacer durar ese instante lo más posible, estirarlo hasta el infinito. Comenzó a revolver viendo cómo se mezclaba el líquido oscuro del vaso con la espuma de la crema. Revolvió, revolvió, revolvió... Y, de pronto, la punta de la cucharilla golpeó el cristal, abriendo un orificio por donde saltó el café a presión. Le cayó en la ropa. Esteban, horrorizado, vio todo el contenido del vaso desparramarse sobre su único traje, ante la mirada divertida de los ocupantes de otras mesas. Se paró, pálido de frustración, y salió del Hotel Francés con cincuenta centavos menos, dejando a su paso un reguero de café vienés sobre las mullidas alfombras. Llegó a su casa chorreado, furioso, descompuesto. Cuando Férula se enteró de lo que había sucedido, comentó ácidamente: «eso te pasa por gastar el dinero de las medicinas de mamá en tus caprichos. Dios te castigó». En ese momento Esteban vio con claridad los mecanismos que usaba su hermana para dominarlo, la forma en que conseguía hacerlo sentirse culpable y comprendió que debía ponerse a salvo. ALLENDE, Isabel. La casa de los espíritus, 1982. 6) De acuerdo con la idea global del texto es CORRECTO afirmar que: 01. Después del incidente en el Hotel Francés, Esteban percibió que la relación con su hermana era nefasta. 02. El café se desparramó ante la mirada de los frecuentadores del hotel. 04. Esteban solía gastar el dinero de su madre en los cafés, por eso a Férula le molestaba lo que él hacía. 08. Esteban jamás se olvidó del triste episodio en el hotel, porque fue cuando se dio cuenta de cómo era su hermana. ________ 7) De las siguientes afirmaciones: - se sentó en la punta de la silla - le hizo el pedido al mozo con un hilo de voz se deduce que: 01. Esteban no frecuentaba muy a menudo ambientes como aquel, por eso se sentía bastante incómodo. 02. La actitud de Esteban demostraba su nerviosismo e inhibición. 04. A pesar de la experiencia en observar desde la calle el ir y venir de los mozos, Esteban aún no se sentía a gusto en aquel sitio. 08. El espacio estaba siempre lleno de personas elegantes y por eso era importante dar a conocer su buena educación. 16. Los cafés eran sitios muy frecuentados y ruidosos por lo que había que estar siempre atento. ________ 8) La palabra hundir, de acuerdo con el contexto, tiene varias acepciones. Señala la(s) proposición(es) donde la palabra destacada podría ser sustituída CORRECTAMENTE como sinónimo de hundir o hundirse. 01. El Imperio Romano se desplomó en pocos años. 02. Los turistas inundan en enero las costas brasileñas. 04. El edificio se derrumbó porque estaba mal construído. 08. El ciclista se detuvo en los últimos tres kilómetros. 16. El velero naufragó a causa de una tormenta. ________ 9) Señala la(s) proposición(es) que sustituye(n) CORRECTAMENTE la expresión subrayada: “Llegó a su casa chorreado, furioso, descompuesto” 01. mesurado 02. desfigurado 04. estropeado 08. atascado 16. estreñido 32. airoso ESPANHOL 119 ________ 10) Señala la(s) proposición(es) que guarda(n) relación entre sí. 01. copa, taza, vaso, cáliz. 02. sillón, sofá, taburete, silla. 04. cama, sábana, manta, jabón. 08. traje, falda, calcetines, corbata. 16. taller, camarero, mostrador, mozo. 32. sueldo, paga, salario, ingresos. ________ 11) Señala la(s) proposición(es) CORRECTA(S) “Tomar un café vienés” Vienés – de Viena 01. Albaíno – de Albania 02. Griego – de Grecia 04. Irano – de Irán 08. Quiteño – de Quito 16. Guatemaltino – de Guatemala 32. Bosniense – de Bosnia ________ LATINOAMERICANO Yo entiendo por latinoamericano el hecho de que, por detrás de las diferencias perceptibles que hay entre los países de América Latina — el color de la piel, las diferencias idiomáticas creadas por la existencia subterránea de las lenguas indígenas detrás del español —, al pasearme por ellos siempre he tenido un sentimiento de unidad profunda, de unidad por debajo. Hay una América Latina a pesar de todas las tentativas artificiales que se han hecho siempre para separarnos: el viejo principio de dividir para reinar, que Washington aplica implacablemen-te, los nacionalismos locales fomentados casi siempre por gobiernos de tipo militar — la famosa cuestión de si los argentinos son, finalmente, mejores que los chilenos o los chilenos mejores que los ecuatorianos —. Pese a todo eso, yo siento una unidad que no puedo explicar racionalmente. Y la vivo. Es decir en cualquier país de América Latina yo estoy tan en mi casa como en la Argentina: si vivo en La Habana o en Panamá es exactamente como si viviera en Buenos Aires. Pero la verdadera diferencia empieza cuando desembarco en París o en Estocolmo. Cortázar insiste : — No es una unidad por encima, voluntaria, de intelectuales, sino por debajo. Yo creo que es algo que tiene que ver con lo telúrico, con la desmesura geográfica, con la historia común: la conquista, la independencia. Y, finalmente, hay esa unidad idiomática en la que no se piensa lo suficiente: hablamos todos español. Claro, está el Brasil ahí. Pero así como yo en Portugal no entiendo una palabra, en São Paulo o en Río de Janeiro entiendo el portugués perfectamente. Y con España también estamos muy cerca, después de las diferencias radicales del principio, cuando la Independencia. Creo que latinoamericanos y españoles tenemos divergencias mentales con frecuencia, distintas maneras de ver cosas, pero no es nada que nos separe: al contrario, es materia de discusión: un buen antagonismo intelectual. Las diferencias, en los últimos tiempos, han sido artificiales. Pero, por ejemplo, cuando después de la guerra española vino a América Latina ese otro gran éxodo, el contacto fue fabuloso. Entrevista de Julio Cortázar, CAMBIO 16, 13/4/1981. 12) De acuerdo con el Texto 2, se puede afirmar que: 01. históricamente los Estados Unidos contribuyeron a la unidad de América Latina. 02. la diferencia racial no es un factor de división en América Latina. 04. existe una unidad entre los latinoamericanos que está por encima de los nacionalismos exacerbados. 08. solamente los intelectuales, por su caráter cosmopolita, sienten una unidad entre los países latinoamericanos. ESPANHOL 120 _______ 13) Señala la(s) proposición(es) donde la palabra subrayada esté CORRECTA: 01. Brasil es tan grande, que hay que ir de una ciudad a otra siempre de avión. 02. En Florianópolis no hay metro, así que hay que ir en autobús a la Universidad. 04. Los niños que viven en el campo van a la escuela en bicicleta. 08. En los pueblos, las personas suelen ir al trabajo a pie. 16. En las grandes capitales, lo mejor es moverse de coche. _______ 14) De acuerdo con el Texto 2, la expressión Pese a en: “Pese a todo eso, yo siento una unidad que no puedo explicar racionalmente”. (líneas 17-18) se traduce como: 01. Mas. 02. Enquanto. 04. Embora. 08. Mais. 16. Porém. 32. Apesar de. _______ 15) Señala el (los) antónimo(s) CORRECTO(S): 01. Razón / sentimiento. 02. Artificial / oficial. 04. Ancho / angosto. 08. Radical / intransigente. 16. Cosmopolita / cosmonauta. _______ 16) Relaciona la columna de la izquierda con la columna de la derecha y señala la proposición con la secuencia CORRECTA: 01. Telúrico 02. Antagónico 03. Fomentar 04. Nacionalismo 05. Éxodo ( ) propio de la nación ( ) migración ( ) contrario ( ) estimular ( ) relativo a la tierra 01. a – c – b – d – e. 02. d – e – b – c – a. 04. d – b – c – a – e. 08. b – c – d – e – a. 16. a – d – b – c – e. _______ 17) De acuerdo con el entrevistado, Julio Cortázar, LO LATINOAMERICANO : 01. es algo real, que se siente y se vive, aunque no es fácil explicarlo. 02. es pura ilusión, puesto que lo que divide es más fuerte de lo que une. 04. se manifiesta en la unidad lingüística, ya que el portugués de Brasil no impide la comprensión. 08. es un sentimiento que no ha podido desarrollarse debido a ingerencias de potencias extranjeras. 16. se aplica tan sólo a las naciones hispanohablantes, no a otras, como Brasil, que hablan otras lenguas. 32. es una vivencia que deriva de una historia y un territorio compartidos, no resultado de acuerdos de alto nivel. _______ (UFPEL INVERNO 2003) Sociedad: la problemática de la minoridad Drogas y delincuencia www.lanacion.ar [...]Menores enmascarados vierten, últimamente casi a diario, frente a las cámaras de televisión sus macabros testimonios, estimulados por el hambre periodística, en aras de "transmitir la realidad tal cual es". No es el centro de la discusión el rol de los medios de masas en este tema, pero valdría la pena abrir algunos interrogantes sobre la utilidad que estos métodos tienen. De lo que no queda duda es de su aporte, en la gran mayoría de los casos, a vincular ESPANHOL 121 directamente la droga con el delito y promover las incalificables justificaciones de sus protagonistas en relación con sus actos. Las sustancias psicoactivas aparecen en este escenario como elemento omnipresente. En el imaginario colectivo se establece una relación directa entre la sustancia, el menor y el delito, perturbando aún más las, frecuentemente difusas, barreras que marcan el nivel de responsabilidad de aquél que comete una transgresión a la ley. El comprensible dolor e impotencia de los afectados se unen a los efectos del torbellino social y la desprotección generando un discepoliano panorama en el cual todo es posible. Presos que habitan en comisarías e institutos superpoblados que fugan con precisión suiza o son prontamente liberados para después continuar su saga demencial son imágenes con las cuales hemos desarrollado una familiarización patológica. Penas más duras y un descenso en la edad de imputabilidad son reclamados por un amplio sector de la población como búsqueda ilusoria de la seguridad perdida. [...] El centro del debate no debe ser solamente la edad de imputabilidad de los menores, ni los sistemas represivos. Se trata de evitar que el Estado arbitre solamente cuando el hecho está consumado, dejando vacío el terreno anticipatorio de la prevención y el posterior de la rehabilitación. [...] No se trataúnicamente de establecer criterios y leyes con el fin de fortalecer los mecanismos de control social, sino de dar prioridad al rol del Estado sobre este indelegable problema [...] En medio de este agobiante escenario corren algunas brisas de aire fresco. La experiencia de la ONG María de las Cárceles y otras organizaciones no gubernamentales ofreciendo otras alternativas a las personas privadas de su libertad, como talleres de computación, servicios a la comunidad, entre otras actividades, es estimulante. Nadie puede aseverar que un delincuente nunca cambiará, salvo los antiguos manuales de psiquiatría clásica. Sí podemos asegurar que en una persona, si además de convivir con sus propios demonios ingresa en un circuito institucional que la cronifica y perpetúa en su rol de antisocial, el cambio tiene escasas o nulas posibilidades de producirse. Por Carlos Souza Para LA NACION El autor es presidente de la Fundación Aylén y secretario de la Federación de ONG de Prevención y asistencia de las Adicciones (Fonga) 18) (INV.03) Aponte a afirmação que NÃO é feita no artigo sobre o panorama das drogas. (a) As drogas são elementos fundamentais na relação feita pela população entre delito e menores de idade. (b) Menores encarcerados têm sido libertados sistematicamente, o que os impele a seguir no caminho da criminalidade. (c) A população clama pela redução na idade da imputabilidade penal como uma forma de recuperar a segurança. (d) A mídia contribui para a promoção do crime ao tolerar os métodos dos menores mascarados. (e) O Estado tem um papel fundamental na problemática das drogas. (f) I.R. 19) (INV.03) O que se diz sobre as experiências no sentido da prevenção dos crimes e da reabilitação dos criminosos? (a) O Estado precisa estabelecer sistemas repressivos que dêem conta das dificuldades dos presos que convivem com problemas mentais.. (b) Nenhum delinqüente se transforma como acreditava a Psiquiatria clássica. (c) Algumas ONG oferecem serviços às famílias dos menores presos como uma forma de atingir a comunidade. (d) Ações punitivas devem ser sempre seguidas de ações preventivas. (e) Alguém que permaneça muito tempo em contato com o circuito institucional tem poucas chances de recuperação social. (f) I.R. (ACAFE) MERCEDES SOSA Apenas unos pocos años antes de la muerte de Carlos Gardel, el mundo gana otra voz que marcaría la historia de la música. El 9 de julio de 1933, en Tucumán, nace Mercedes Sosa. Más de sesenta años de vida intensa en los que conoce el confort, pero también la dignidad y la pobreza. La historia de Mercedes Sosa cantante comienza a los 15 años. Casi de casualidad se presenta en una radio de su provincia en donde canta la única canción que sabe hasta ese momento: “El pintao”. Gana y sigue cantando en la radio con el nombre de Gladis Osorio y, pese a la paliza que le da su padre, Mercedes descubre su verdadera vocación: el cantar sólo por el goce de cantar. La Negra, como es llamada, conoce Carlos Mathus y se casa al poco tiempo de ese encuentro. En 1963 van a vivir los tres, Carlos, su marido, Fabián, su hijo, y ella en Montevideo. Pero durante su primer matrimonio también se ve obligada a cuidar de edificios, incluso su limpieza. En la década del 70 es exiliada de su patria, Argentina, hacia donde vuelve el año 1982 para una histórica presentación en el Teatro Ópera de Buenos Aires. Los casi siete años de exilio terminan, al tiempo que se derrumba el régimen militar que prohibe la difusión de sus canciones y la obliga a irse de su país. Adaptado de El país. In: ¡Vale! Español para extranjeros. São Paulo: Moderna, 1998 20) La frase: “Casi de casualidad se presenta en una radio de su provincia...”, puede ser traducida al portugués como: A) Por acaso, apresenta um rádio à sua cidade. B) Apresenta-se, por azar, em uma radio de seu Estado... C) Por sorte, se apresenta em uma rádio de sua província... D) Apresenta-se, por acaso, em uma rádio de seu estado... E) Quase por acaso presenteia a cidade com um rádio. ESPANHOL 122 21) Observando las frases en lo que se refiere a la utilización de posesivos, se pueden considerar correctas: ( 1 ) En 1963 Mercedes vive con la suya familia. ( 2 ) Después de casada vive un tiempo en Montevideo con la familia suya. ( 3 ) Cantar es el gran placer suyo. ( 4 ) En los años 70 se exilia de la suya patria. A) todas. C) sólamente 2 y 4. B) sólamente 2 y 3. D) sólamente 1 y 4. E) sólamente 1 y 3. 22) De las frases que siguen, ¿cuál es gramaticalmente correcta? A) Carlos Mathus fue su primero marido. B) Sólo consiguió volver a su patria en el año 1982. C) En aquél día descubrió su verdadera vocación. D) Vuelve a la patria el tiempo que derrumba el régimen militar. E) ¿Qué se pasó con Mercedes en la década de 70? 23) Observando las frases que siguen, son consideradas correctas cuanto al uso de pronombres objetivos: ( 1 ) El régimen militar le obliga al exilio. ( 2 ) Su padre la golpeó por haber cantado en la radio. ( 3 ) Se presentando en la radio descubrió su vocación. ( 4 ) Por el régimen militar tuvo que exiliarse. A) sólamente 2 y 4. C) sólamente 2 y 3. B) sólamente 1 y 3. D) sólamente 1 y 2. E) todas 24) ¿Cuál alternativa completa correctamente las siguientes frases? - La historia de Mercedes Sosa cantante ___________ a los quince años. - Aunque ____________ una única música ya se presenta en la radio. - Antes que Carlos Gardel se ___________, Mercedes ya _____________. A) empiece, sepa, muera, tenía nacido. B) empeza, saiba, moriera, tenía nacido. C) empezaba, supiera, muere, nacía. D) empieza, sepa, muriera, había nacido. E) empieze, ha sabido, muriese, nacera. (UFPEL98) ANTECESOR - Manuel Vicent La revista “Science” publica en mayo de este año un magnífico hallazgo: el descubrimiento de una nueva especie de homínido, el HOMO ANTECESOR , en Atapuerca (Burgos, España.) En el yacimiento se encontraron seis individuos que vivieron hace 800.000 años. Son los seres humanos europeos más antiguos descubiertos. De extraordinario parecido físico con el hombre actual, los restos óseos muestran que fueron devorados por otros seres humanos en el transcurso de un festín caníbal. ESPANHOL 123 La misión de los hijos consiste en educar a los padres. Los niños buenos deben llevar de la mano cada día a sus mayores a la escuela porque los que nacen suelen ser más fuertes e inteligentes que los que mueren, de lo contrario el mono de Atapuerca estaría todavía reinando. Existe una gente muy sospechosa que al llegar a los 50 años comienza a pronunciar una frase terrible: ¡cuánta razón tenían mis padres! La repite a menudo tomando licor de pera en las nostálgicas sobremesas familiares. Se trata de una rendición. El progreso de la humanidad se debe a los descendientes que ante la realidad imponen a sus antecesores formas y sustancias nuevas. Primero se establece un período de resistencia. Durante esta etapa ser padre consiste en comprender cada vez menos a los hijos: el chico se ha dejado coleta, la niña vuelve de la discoteca a las nueve de la mañana, estudian oceanografía o arqueología y no empresariales. A estos vástagos les acompaña un mundo de músicas insoportables, viajes absurdos, opiniones políticas raras, espectáculos violentos, giros verbales carcelarios. El progenitor experimenta un rechazo nat ural y se sorprende a sí mismo repitiendo ante cualquier cosa que le molesta: esto tendría que estar prohibido. Es la primera señal de vejez absoluta. Realmente nadie muere de golpe. Morir consiste en ir renunciando al mundo que llega y tratar de prohibir cosas. Se empieza por repudiar la coleta del hijo y se acaba no entendiendo nada de alrededor, el Internet, la clonación, el amor informático. Pero hay padres muy lúcidos: son aquellos que a los 60 años por fin comprenden otra vez el mundo y tomando licor de pera pronuncian con melancolía una frase solemne: ¡cuánta razón tenía mi hijo! Esto mismo sucedió en el reino de Atapuerca. Aquel mono primero consintió que su descendiente llevara um aro en la nariz, después aceptó que renunciara a comer carne humana y al final terminó gustándole que tocara la flauta. De esta forma aquel mono de Atapuerca hizo posible que llegara Einstein. (Fonte: EL PAÍS, Madrid, 1º de junio de 1997) 25) O texto chama a atenção para o fato de que: ( a ) os filhos são egoístas e suas decisões são sempre distantes das convicções paternas. ( b ) os pais são incapazes de entender seus filhos. ( c ) os pais têm de evoluir ao ritmo de seus filhos, aprender com eles tudo o que a vida moderna vai trazendo. ( d ) no confronto de gerações, os pais sempre acabam tendo razão. ( e ) a questão ética leva-nos a tentar proibir alguns progressos, como a clonagem e o amor informático. 26) A alternativa que melhor sintetiza o estado de espírito do autor do texto é: ( a ) inquietação - diante da falta de educação de nossos jovens, com seus cabelos longos, roupas estranhas e vida desregrada. ( b ) rejeição - porque os descendentes desperdiçam suas vidas escutando músicas insuportáveis e realizando viagens absurdas. ( c ) amargura - porque os descendentes não compreendem o mundo dos mais velhos, freqüentam cursos inúteis e têm idéias políticas estranhas. ( d ) confiança - porque o suceder de gerações favorece o progresso da humanidade, como demonstra sua própria evolução. ( e ) conformidade - já que é impossível tentar compreender todas as inovações - Internet, amor informático - muito menos em plena velhice. 27) As pessoas a que se refere o autor nas linhas 03-04 são suspeitas porque: ( a ) ingerem bebidas alcoólicas até nas sobremesas. ( b ) acabam aceitando melhor as idéias dos filhos. ( c ) tentam imitar o que dizem e fazem os mais jovens. ( d ) atingiram a idade de 50 anos. ( e ) ancoraram-se a idéias do passado. 28) A expressão “a menudo”, na linha 05, pode ser entendida, em português, como: ( a ) seguidamente. ( b ) aos poucos. ( c ) em voz baixa. ( d ) esporadicamente. ( e ) no mínimo. 29) O conselho que o autor pretende transmitir através do texto é: ( a ) devemos desistir de entender os filhos mais problemáticos. ( b ) devemos adaptar-nos aos tempos modernos em que vivemos. ( c ) os mais velhos devem orientar os mais jovens para as dificuldades da vida moderna. ( d ) não é aconselhável procurar semelhanças entre o macaco e o homem. ( e ) não é bom beber nas sobremesas, sobretudo quando já se é idoso. (UFPEL 2001 VERÃO) La historia de la eugenesia – desde principios del siglo pasado hasta los nazis y la reciente ola de “limpieza étnica” – sin duda constituye una advertencia de que quizá la humanidad no esté lista para el conocimiento ESPANHOL 124 genético que ahora poseemos. Intentos de “limpieza étnica” por parte de las razas dominantes son imaginables en el futuro lejano y no pueden descartarse. (...) Estos temas no son triviales. En cien años, todo esto será posible. Tenemos que aceptar que podría ocurrir. La experiencia histórica demuestra una y otra vez que, cuando algo es posible, tarde o temprano alguien lo hace. (...) Conscientes de las grandes posibilidades y de los riesgos que trae aparejados el conocimiento del código genético, tenemos la esperanza de que las generaciones futuras nunca tengan que preguntarse, como T.S.Eliot: “¿Dónde está la sabiduría que perdimos con el conocimiento?” www.clarindigital.com.ar 30) No texto, a pergunta formulada pelo escritor T. S. Eliot faz referência à idéia de que: a) a curto prazo será possível o reconhecimento das etnias superiores através da genética, o que seria eticamente desejável. b) a História demonstra que a eugenia sempre foi buscada, ainda que com conseqüências catastróficas. c) a questão da manipulação genética deve ter prioridade sobre as questões éticas. d) devemos aceitar a possibilidade de que no futuro as etnias dominantes descartem o código genético e a História da eugenia. e) a eugenia e a seleção de raças superiores são temas triviais, embora relevantes. 31) Quanto aos conhecimentos genéticos, o autor do texto (questão 144 Espanhol) demonstra: a) segurança quanto a seu bom uso. b) temor quanto a sua utilização. c) frustração pela incipiência dos estudos. d) dúvidas quanto à real possibilidade de aplicação. e) satisfação com sua acelerada evolução. Catarsis 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. La cúpula de los ensayos parece una nave marciana camuflada entre los bosques de la sierra de Collsacabra, pero Els Joglars viven en un chalé vecino, la residencia que Tecla Sala (una heroína del textil catalán) mandó construir para reunirse con obispos y abades. Hermoso contraste ver ahora sus doce habitaciones ocupadas por los juglares más sulfúricos de España. En los últimos años, la compañía de Albert Boadella ha ido poniendo en escena una historia satírica de Cataluña. La de Boadella es posiblemente la única compañía que asume su función originaria hasta las últimas consecuencias. Su teatro radical y popular pone el carnaval sobre las tablas y el mundo del revés. Es el teatro de antes, cuando los poderes públicos aún no lo habían domesticado. 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 . Ahora ensayan su obra del año 2000, y en ella inventan a otro catalán mucho más típico de lo que pueda parecer, Salvador Dalí. Las dificultades son enormes, porque Dalí era una caricatura de sí mismo y explotaba su propio ridículo como un negocio. Quizás por ello, la obra, de la que sólo he visto unas tres cuartas partes, me ha parecido más lírica, severa y sorprendente que las anteriores. Los juglares ven en Dalí a otro juglar que arruinó su prestigio y dignidad sin por ello perder un ápice de lucidez. Como decía Enzensberger, hoy es casi imposible escandalizar y, si pones en escena al Papa orinando sobre un crucifijo, sólo consigues bostezos. Pero, en su nueva obra, Els Joglars satirizan lo único sagrado que aún respeta nuestra sociedad. No puedo decirles de qué se trata porque sería una traición, pero les aseguro que yo mismo vi los espectros de mis creencias ridiculizados sobre el escenario y me sentí escandalizado. Pero también liberado, porque no hay convicción que no nos haga esclavos, y es sano descreer de uno mismo. Nuestras viejas seguridades nos momifican, son ellas las que nos matan. Sin juglares, todos momias. DE AZÚA, Félix Diario EL PAÍS Madrid, 14 de julio de 1999. 32) O que se depreende da leitura do texto? ( a ) A companhia de Albert Boadella ensaia uma obra de conteúdo religioso. ( b ) A companhia de Albert Boadella está ensaiando uma obra mais séria e poética. ( c ) Els Joglars ridicularizam gravemente o Papa em sua última obra representada. ( d ) Els Joglars zombam de Dalí, apresentando-o como um louco sem lucidez. ( e ) A companhia de Albert Boadella dramatiza uma obra pouco recomendável. 33) Em relação ao primeiro parágrafo do texto, o autor explica que ( a ) Els Joglars moram todos juntos em uma residência - onde ensaiam - semelhante a uma nave marciana. ( b ) Els Joglars ensaiam em uma casa que serviu de local para reunião de abades e bispos da Igreja. ( c ) Els Joglars moram juntos em uma casa que parece uma nave extraterrestre, na serra de Collsacabra. ( d ) Els Joglars residem com Tecla Sala; bispos e abades, nos bosques da serra de Collsacabra. ( e ) Els Joglars residem, todos juntos, na casa próxima a um prédio semelhante a uma nave extraterrestre. ESPANHOL 125 34) Félix Azúa comenta, no último parágrafo, que ( a ) Els Joglars surpreendem o público, apresentando uma obra insignificante. ( b ) o público não se escandaliza com as representações de Enzensberger. ( c ) algumas obras de teatro excedem-se em suas críticas, e são vulgares. ( d ) o público não aceita que se satirizem cruelmente temas sacros. ( e ) todas as crenças, inclusive as mais sagradas, devem ser ridicularizadas. 35) Félix de Azúa explica, no segundo e terceiro parágrafos, que Els Joglars ( a ) realizam um teatro radical e novo, diferente do teatro domesticado e tradicional de antes. ( b ) se identificam ideologicamente com o papel que o teatro desempenhou no passado. ( c ) estrearam uma obra sobre Salvador Dalí, que apresentou enormes dificuldades técnicas. ( d ) não conseguiram captar a figura de Dalí, de quem fazem uma caricatura ridícula. ( e ) pretendem usar o prestígio de Dalí para, satirizando-o, fazer um negócio lucrativo. 36) A conclusão a que se chega, a partir de “No puedo decirles...” (linha 17) até o final do texto, é que ( a ) o autor critica a última obra da companhia, que é muito ofensiva aos assuntos sagrados. ( b ) as crenças e certezas convertem-nos em pessoas inexpressivas, porém livres. ( c ) a obra de Els Joglars consegue aterrorizar, com visões espectrais em cena, Félix de Azúa. ( d ) Els Joglars, em seu trabalho, encenam metaforicamente múmias, símbolo do imobilismo. ( e ) o escândalo produzido pela sátira às nossas crenças permite-nos evoluir e ser autônomos. Victoria Manuel Vicent 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 El fútbol es un espectáculo que no ha arraigado en Norteamérica por su falta de emoción. Un deporte que, después de hora y media de partido, puede acabar con un empate a cero no interesa a la masa de un país hecho a la violencia perenne, donde los niños, al salir de casa para ir a la escuela, se dan una palmada en la frente porque han olvidado algo, ¡¡el revólver!!, no los donuts. En el baloncesto y en el béisbol, el resultado se mueve cada minuto y a veces la victoria se produce en la última décima de segundo con la pelota volando todavía. Este azar que cambia en el marcador continuamente según el esfuerzo de los contrincantes es la esencia de Norteamérica. El baloncesto y el béisbol permiten además insertar publicidad en la pantalla entre dos jugadas decisivas, de forma que la agonía del juego se trabe con la mercancía para que el triunfo se confunda con el angustioso deseo de consumirla. Los divos del deporte son simples transmisores de productos. En las vallas publicitarias están sus cuerpos resplandecientes junto a unos objetos que se ofrecen a los ciudadanos, pero la gente de la calle en general está hecha una ruina física y no consigue reconocerse en esos músculos gloriosos, aunque sí en la horrible sopa que anuncian. El fútbol se reduce, salvo tres jugadas en cada partido, a un tedioso peloteo en medio del campo. Ajenos al juego, los espectadores establecen su propio reconocimiento en las gradas y en ellas buscan a unos héroes a su medida, gordos, esmirriados, panzudos, terciados. La frustración de no poder parecerse a los divos revienta en un estallido de violencia. Ésta es la fiesta salvaje de los hooligans. [...] Fonte: Opinión , El País de Madrid - El País Digital, n.779, 21 junho 1998. 37) Através do texto, o autor está querendo expressar que: ( a ) o futebol constrói a identidade dos jogadores e da torcida porque é um esporte sossegado. ( b ) os jogadores de futebol se tornam heróis por causa da violência das torcidas. ( c ) a violência, no futebol, se origina no estrelismo exacerbado dos jogadores. ( d ) o futebol não está arraigado na América do Norte, pela ineficácia das agências publicitárias. ( e ) o jogo de futebol não basta para canalizar as frustrações das torcidas violentas. 38) Nas linhas 20, 21 e 22, o autor diz “Ajenos al juego, los espectadores establecen su propio reconocimiento en las gradas y en ellas buscan a unos héroes a su medida, gordos, esmirriados, panzudos, terciados.”, querendo expressar que: ( a ) os espectadores necessitam de heróis dotados de qualidades com as quais se identifiquem. ( b ) os espectadores, possuídos pelo jogo, se identificam com o torcedor sentado ao seu lado. ( c ) os torcedores, presos pela paixão, só se reconhecem nos heróis bem sucedidos. ( d ) os espectadores se identificam com jogadores que sejam robustos e musculosos. ( e ) os espectadores se reconhecem em heróis esportivos magricelas, parasitas e sossegados. ESPANHOL 126 39) No terceiro parágrafo, o autor coloca que “El baloncesto y el béisbol permiten además insertar publicidad en la pantalla entre dos jugadas decisivas, de forma que la agonía del juego se trabe con la mercancía para que el triunfo se confunda con el angustioso deseo de consumirla.”, querendo dizer que: (a) as estratégias dinâmicas de alguns jogos impedem a publicidade inserida de ser realmente efetiva. (b) o bombardeio de publicidade entre uma e outra jogada converte qualquer partida de futebol em sucesso de mercado. (c) o movimento frenético dos jogadores aviva o desejo do espectador de consumir as mercadorias oferecidas. (d) o sucesso da equipe fomenta, no espectador, o desejo de consumir as mercadorias oferecidas pelas propagandas. (e) a compreensão da partida é dificultada pela constante interrupção publicitária nas jogadas decisivas. 40) Ainda no terceiro parágrafo, o autor coloca que: ( a ) os anúncios apresentam pessoas fracas fisicamente, para convencer os espectadores da necessidade do esporte. ( b ) o consumo das sopas anunciadas tem permitido às pessoas comuns desenvolver músculos gloriosos. ( c ) as pessoas comuns, ao se depararem com cartazes publicitários, se identificam com as sopas, mas não com os esportistas. ( d ) os corpos resplandecentes dos jogadores em destaque se oferecem como objetos de consumo às pessoas com dificuldades físicas. ( e ) nas fotos publicitárias, se vêem tanto esportistas resplandecentes como pessoas na ruína física, ao lado de sopas horríveis. (UFSC 2000) EL IMPOSTOR Estaba cansada de esperar pero el hombre Ilegó puntual y lo vi sonreírme con timidez el primer nombre. Me dijo que era Él y repitió en voz baja, como si lo dibujara o moldeara, el montón de circunstancias que nos habían separado. Yo deseaba creerle, pero él no era Él. Gemelos, hermanos mellizos me obligué a pensar. Pero Jesús nunca había tenido hermanos, este Jesús mío. Me besó cariñoso y sin presión y el brazo en la espalda me hizo creer por un momento. Inicié un tanteo: —¿Cómo te fue en Londres? — Bien; por lo menos me parece. Con esas cosas nunca se puede estar seguro — me miró sonriendo. — Más importante — dije — es saber si te acuerdas de la fiesta de despedida. Del epílogo, quiero decir. Me miró burlón y dijo: —¿Es una pregunta? Bien sabes, y lo volverás a saber esta noche, que no podía olvidar. Recuerdo tus palabras sucias y maravillosas. Puedo repetirlas, pero... — Por dios, no, — casi grité y la cara se me encendió. — No soy tan bruto. Era un juego, una amenaza cariñosa. Frente a las dos botellas sonrió, burlándose. Una era de vino rojo, la otra de blanco. — A esta hora, y como siempre, un vaso de blanco. Él prefería así, Él hubiera dicho las mismas palabras. Bebimos y después caminamos, recorriendo la casa. Este él andaba lento, casi sin mirar a los costados y se detuvo en la puerta del dormitorio. Miraba la cama, sonreía, me puso un brazo sobre los hombros, me pellizcó la nuca y, como siempre, me puse caliente y húmeda. Entre sábanas, viéndolo desnudo, sintiendo lo que sentía supe que él no era Él, no era Jesús. En la cama ningún hombre puede engañar a una mujer. Pero después del jadeo y el cigarrillo, dijo: — Bueno. Vamos a mirar el van gogh. Sigo creyendo que es falso, que hiciste una mala compra para la galería. Lo mismo, iguales palabras, me había dicho Jesús antes de viajar a Londres. Y sólo Él y yo estábamos enterados de la compra clandestina del van gogh. ONETTI, Juan Carlos. Cuentos Completos. Ed. Alfaguara, Madrid, 1995. (Juan Carlos Onetti (1909) – escritor uruguayo.) Vocabulario: Tanteo: prueba, examen, sondeo, exploración, cálculo. Jadeo: acción de jadear, respirar fatigozamente por efecto de algún trabajo o ejercicio impetuoso. 41) Personajes que intervienen en la historia: 01. Una joven que espera la llegada del amado; éste llega disfrazado y ella no lo reconoce. 02. Una pareja que riñe y tras un largo periodo de separación se reconcilia. 04. Jesús y María, una pareja feliz que conmemora un acontecimiento familiar. 08. Una pareja cuyo nombre no consta, y un cierto Jesús de quien sólo se sabe el nombre. 16. Una mujer pública y los clientes que la frecuentan. 32. Un ejecutivo que vuelve de un viaje de negocios y la esposa cariñosa que lo espera en casa. _______ 42) ¿Qué clase de vino toman y por qué? 01. Vino rojo, porque así lo exige la etiqueta. 02. Toman vino blanco porque combina mejor con la comida. ESPANHOL 127 04. Terminada la botella del rojo, toman un vaso de vino blanco. 08. La hora y la costumbre hacen que se decidan por el blanco. 16. Toman vino blanco porque así conviene en despedidas y bienvenidas. 32. El momento y la ocasión son más propicios para el blanco, y eso toman. _______ 43) ... casi grité y la cara SE ME encendió (líneas 24/25) Si se cambia la narración en primera persona, la(s) CORRECTA(S) es/son: 01. Ella gritó y la cara SE TE encendió. 02. Ellos gritaron y la cara SE NOS encendió. 04. Él gritó y la cara SE LE encendió. 08. Ustedes gritaron y la cara LES encendió. 16. Tú gritaste y la cara SE TE encendió. 32. Nosotros gritamos y la cara NOS encendió. _______ 44) En el texto leemos: Con esas cosas nunca se puede estar seguro. (líneas 13/14) La misma idea, con otras palabras se encuentra en: 01. Raramente podemos estar seguros con esas cosas. 02. Con esas cosas uno nunca puede estar seguro. 04. En cosas como esas nunca hay que confiar. 08. Nadie puede tener certeza con esas cosas. 16. Con esas cosas nunca podemos estar seguros. _______ 45) Indica la(s) alternativa(s) que da(n) continuidad, de forma CORRECTA, a la siguiente frase: (líneas 5/6) Yo deseaba creerle, y esperaba que él... 01) ... me creese. 02) ... creiera-me. 04. ... me creyera. 08. ... me creiesse. 16. ... crese en mi. 32. ... me creyese. _______ 46) Proposición(es) que refleja(n) la idea principal del Texto 1: 01. Ella oscila entre él y Él ¿cuál de ellos será el hombre de carne y hueso que está con ella?... 02. Se trata de un triángulo amoroso: una mujer y dos hombres alternándose pacíficamente. 04. Entre el lenguaje de los cuerpos y el de la razón, este último parece prevalecer. Pero la incertidumbre persiste. 08. La atracción sexual supera la incertidumbre; la información final revela que el corazón no se equivoca. 16. Situación cómica en que una mujer va a la cama con un extraño, pensando que es su esposo Jesús. _______ (UFPEL INVERNO 2002) Althusser, personaje teatral www.lanacion.ar Odile Baron Supervielle LA NACION Asistí el otro día en el teatro de la Alianza Francesa a un espectáculo que me resultó muy interesante, tanto por el hecho teatral en sí como por el tema de la obra: el asesinato cometido por el filósofo francés Louis Althusser, que mató a su esposa, Hélène . El corazón de la memoria, de Halima Tahan, es un relato escénico en cuatro episodios elaborado a partir de un texto no teatral: las memorias del filósofo Louis Althusser. (...) Conversé con Halima Tahan, responsable de este acontecimiento, escritora, poeta y directora de la revista Teatro del Sur. (...) -¿Creés que Althusser era consciente de sus actos cuando la asesinó? -En sus memorias, Althusser no tiene ningún registro de lo que hizo. Después de estrangular a Héléne, arrancó un pedazo de género rojo de la cortina y con él cubrió el cuerpo de su esposa. Según los expertos, Héléne no ofreció ninguna resistencia. Parecería que se hubiese entregado. -¿Y qué te llevó a interesarte en el personaje de Althusser? -Primero me asombró el hecho de que un filósofo de la importancia de Althusser llegara a estrangular a su esposa. Había además otras circunstancias que me resultaban llamativas y paradójicas. Althusser había estado repetidas veces internado en establecimientos psiquiátricos y, no obstante, era el maestro de jóvenes intelectuales brillantes como Michel Foucault, Derrida, Régis Debray, Bernard Henri-Levy y otros, que asistían con entusiasmo a sus seminarios y leían con el mayor interés sus libros. 5 ESPANHOL 128 (...) El tema que me apasionó plantearme al escribir esta pieza es cuál es el límite entre el genio y la locura. Una vez le pregunté a Sabato cuál era la diferencia entre un genio y un loco. Me respondió que el genio iba hasta el límite, pero volvía. El loco iba hasta el límite, pero no volvía... La película Una mente brillante aborda también ese tema, al tratar un caso en cierto modo semejante que, afortunadamente, no terminó en un crimen: el de John Nash, premio Nobel, aquejado de esquizofrenia. En Formas breves, Ricardo Piglia cuenta que James Joyce tenía una hija psicótica, a la que trataba de impulsar a buscar en el arte un punto de fuga. Lucía escribía y Joyce leía sus textos. Pero como ella se colocaba cada vez en situaciones más difíciles, le recomendaron a Joyce que consultara a Jung. Joyce lo fue a ver y le mostró los textos de su hija. "Es lo mismo que escribo yo", le dijo a Jung. Éste le contestó: "Pero ahí donde usted nada, ella se ahoga". 47) Para a autora do relato cênico “El corazón de la memoria”, os paradoxos na personalidade do filósofo Althusser NÃO se referem (a) às possibilidades dramáticas derivadas da esquizofrenia aparente em seus livros e seminários. (b) à relação dele com intelectuais brilhantes apesar de seu desequilíbrio mental (c) ao fato de ter assassinado sua esposa que, por sua vez, parece ter-se deixado matar. (d) à relação entre a genialidade e a loucura em geral. (e) Ignoro a resposta. 48) Qual a reação do analista Jung à obra da filha de James Joyce segundo a entrevista? (a) Encaminhar a filha de Joyce a procurar na arte a possibilidade de cura. (b) Encontrar na obra de Lúcia a descrição da esquizofrenia. (c) Detectar uma potencial criminalidade em sua obra literária. (d) Comparar a produção literária de Lúcia à do pai, embora com certa ressalva. (e) Ignoro a resposta. UFPEL INVERNO 2001 (...)En vuestro campo de las tecnologías informáticas, uno puede ver fascinantes avances y posibilidades también. Con redes mejoradas podemos distribuir recursos para programas de educación, derechos humanos y salud a una velocidad impresionante. Usando nuevos sistemas para aumentar el nivel de transparencia gubernamental, podríamos eliminar el sórdido velo que oculta de los ojos del público a la corrupción política y la hipocresía. Con mejor cartografía de la población y las corrientes migratorias, incluso podríamos utilizar la tecnología para proteger nuestros recursos naturales amenazados. (...) Sin embargo, nuestra esperanza en el avance científico no debe tornarse en una visión ingenua de utopía tecnológica. Nuestro optimismo no puede ocultar la gran cantidad de trabajo que queda por hacer. (...) www.geoinformacion.com 49) Em seu discurso pronunciado em setembro de 1998, Oscar Arias, Prêmio Nobel da Paz de 1987, refere-se à atual situação mundial, afirmando que: 1. a melhoria na cartografia populacional ajudaria a acabar com a hipocrisia política. 2. com a modificação das migrações haveria mais programas educacionais e de saúde. 3. os recursos naturais não seriam mais ameaçados se houvesse expansão dos direitos humanos. 4. a transparência do governo protegeria a expansão da educação ambiental. 5. apesar dos maravilhosos avanços tecnológicos, há ainda muito a ser feito em prol da humanidade e da natureza. Jean Baptiste LAMARCK foi um dos grandes naturalistas dos séculos XVIII e XIX. Em 1809 publicou “Filosofia Zoológica”, onde admitia a possibilidade de os animais evoluírem. Da sua obra traduzida para o espanhol, leia o trecho que segue: “Relativamente a los hábitos, es curioso observar el producto en la forma particular y talla de la jirafa. Se sabe que este animal, el más alto de los mamíferos, vive en el interior del África, donde la región árida y sin praderas le obliga a ramonear los árboles. De este hábito, sostenido después de mucho tiempo, en todos los individuos de su raza, resultó que sus patas delanteras se han vuelto más largas que las de atrás, y que su cuello se ha alargado de tal manera, que el animal, sin alzarse sobre las patas traseras, levanta su cabeza y alcanza con ella a seis metros de altura.” LAMARCK, J. Filosofía Zoológica. Valencia: F. Sempere y Compañía Editora. 50) Com relação à forma como a evolução opera e ao exemplo citado, pode-se afirmar que Lamarck: a) usou o princípio da hereditariedade para explicar as mudanças ao longo da evolução e, como exemplo, o alargamento das patas dianteiras e da cauda das girafas. b) usou o princípio do uso e desuso para explicar as mudanças ao longo da evolução e utilizou como exemplo o alargamento das patas dianteiras e do pescoço das girafas. ESPANHOL 129 c) usou o princípio do uso e desuso para explicar as mudanças ao longo da evolução e, como exemplo, o alongamento das patas dianteiras e do pescoço das girafas. d) usou o princípio da hereditariedade para explicar as mudanças ao longo da evolução e, como exemplo, o alongamento das patas dianteiras e da cauda das girafas. e) usou o princípio do uso e desuso para explicar as mudanças ao longo da evolução e utilizou como exemplo o alargamento das patas dianteiras e do pescoço das girafas. MEDIO AMBIENTE Ocho países lo determinan Buenos propósitos y compromisos incumplidos constituyen la principal herencia de la Cumbre de Medio Ambiente y Desarrollo, organizada por Naciones Unidas en Río de Janeiro hace cinco años. Este es el negro paisaje del estado del mundo que refleja el informe del Instituto Worldwatch de Washington en su decimocuarta edición. Para el instituto, los principales responsables son los ocho países ÷ cuatro industrializados y cuatro em desarrollo ÷ que determinan la suerte global del medio ambiente y de la población: China, Estados Unidos, Brasil, Rusia, Alemania, Japón, India e Indonesia. Los juicios son severos, especialmente para Estados Unidos, China y Rusia. Los ocho ‘pesos pesados’ del medio ambiente determinarán la configuración del mundo en mucho mayor medida, según el Worldwatch, que el Grupo de los Siete países más ricos, porque tienen el 56 % de la población, suponen el 59 % de la actividad económica, son responsables del 58 % de las emisiones de carbono y reúnen el 53 % de los bosques del planeta. En los últimos cinco años, las emisiones anuales de dióxido de carbono han aumentado, alterando la composición de la atmósfera y el equilibrio de la temperatura de la Tierra. Además, “las riquezas biológicas del planeta han disminuido rápida e irreversiblemente: grandes superficies de bosques antiguos han quedado degradadas o taladas , tanto en las zonas tropicales como en las templadas, y miles de especies de animales y plantas han sido eliminadas”. (Fonte: POSDATA, Nº 123, Montevideo, viernes, 17 de enero de 1997). 51) Na linha 08, utiliza-se a expressão “los ocho pesos pesados” do meio ambiente. Tais países são “pesos pesados” porque: ( a ) são os únicos responsáveis pelos desequilíbrios ecológicos do planeta. ( b ) são países desenvolvidos, com grande peso na administração dos recursos naturais. ( c ) seus altos índices de densidade populacional fazem suas decisões pesarem mais. ( d ) são países em desenvolvimento que não podem interferir no estado atual do mundo . ( e ) as decisões que tomam para usar seus recursos pesam mais no meio ambiente do planeta como um todo. 52) O objetivo do artigo NÃO é: ( a ) tornar públicas as conclusões do Instituto Worldwatch acerca dos cuidados com o meio ambiente. ( b ) externar a preocupação de uma organização acerca da indiferença dos grandes países para com o meio ambiente. ( c ) dar a conhecer o grau de incidência dos “oito pesos pesados” no equilíbrio ecológico do planeta. ( d ) difundir a posição dos “oito pesos pesados” acerca do relatório de Worldwatch. ( e ) provocar a reflexão sobre a atitude de determinados países quanto ao uso do meio ambiente. 53) O tom pesimista do relatório a que se refere o artigo, deve-se: ( a ) ao fato de que 53% dos bosques do planeta foram derrubados nos últimos cinco anos, alterando a composição da atmosfera. ( b ) aos severos julgamentos emitidos pelos oito grandes países mencionados, acerca dos Estados Unidos, China e Rússia. ( c ) à pouca disposição, por parte dos países responsáveis, para cumprir com o estabelecido em uma importante reunião sobre o meio ambiente. ( d ) ao fato de que os participantes da cúpula do meio ambiente e desenvolvimento declararam que nada poderia ser feito pelo meio ambiente. ( e ) ao fato de que o Grupo dos Sete países mais ricos será responsável por determinar a configuração do mundo futuro, já que abrange 56% da população do planeta. DRACULINES Carmen Rigalt 01 02 03 04 05 06 07 08 09 Corren malos tiempos para las madres sufridoras. Sufrir está mal visto, y hacer causa del sufrimiento, mucho más. Pero en algo hay que ocupar el alma, digo yo, sobre todo en las noches de los viernes, cuando a punto de rayar el alba te asomas a la habitación de los hijos y compruebas que su cama está vacía. Conste que servidora ha intentado echarle razón al tema, razón y condescendencia, pero no hay manera. La espera, esa cosa tan lenta que no transcurre en el reloj sino en el cuerpo -cada minuto es una punzada de alfiler, un pellizco en la boca del estómago- resulta incompatible con el consuelo. Mientras en la espesura de la noche aguardamos ansiosamente el ruido de una llave, la puerta de un ascensor, unas pisadas por la escalera -cuántos ruidos de balde, Dios mío, cuántas alarmas falsas acumuladas a lo largo de las horas-, no se nos ocurre pensar que nuestros hijos son felices bailando en una discoteca o haciendo palanca en la barra de un bar donde todos los jóvenes tienen la sonrisa de ESPANHOL 130 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 color cerveza. Cuando te dispones a ir a la cama, un trajín de duchas y armarios se apodera de todos los rincones de la casa. No es que de pronto hayan decidido hacer una excepción y tomar la noche. Es que ha llegado su hora. La hora de vivir. Salen cada vez más tarde y llegan cada vez más pronto (las seis de la mañana es prontísimo, se mire por donde se mire), tienen el cuerpo hecho a la oscuridad de los draculines y su lucidez es proporcional a la cantidad de música que ingieren. En el fondo me dan cierta envidia. Menos mal que un día también heredarán el gen del sufrimiento, como nosotras lo heredamos de nuestras madres, y sus noches se poblarán de esperas que les ayudarán a reconciliarse con nuestro recuerdo. Fonte: RIGALT, Carmen. La vida empieza en lunes, Espasa Selección, 1996. 54) A autora do texto chama a atenção para o fato de que: ( a ) as mães sofrem a síndrome da “cama vazia”, se angustiam porque seus filhos se mudam e vão residir em outra casa. ( b ) as mães vivem angustiadas porque seus “draculines” demoram a voltar para casa, em alguns dias da semana. ( c ) os jovens não se sentem felizes por dançar em discotecas ou beber muita cerveja no balcão. ( d ) algumas mães são depressivas e proíbem, apenas por inveja, que seus filhos saiam à noite e se divirtam. ( e ) os seres humanos herdaram um “gene do sofrimento” que produz angústia, quando saem à noite. 55) Nas linhas 21, 22 e 23, a autora escreve: “... tiene el cuerpo hecho a la oscuridad de los draculines y su lucidez es proporcional a la cantidad de música que ingieren.” Marque a alternativa que corresponde ao sentido dessa frase. ( a ) Os draculines habituaram-se a viver de noite, e sua clareza mental depende de ouvirem muita ou pouca música. ( b ) Os draculines vestem-se de preto, ao estilo da música “dark”, quando vão a locais de música onde podem dançar na escuridão. ( c ) Nas discotecas, os draculines ingerem drogas que lhes permitem ser lúcidos na escuridão, enquanto escutam música. ( d ) Os draculines são inteligentes e mentalmente lúcidos, à medida que se preparam para escutar uma grande quantidade de música. ( e ) Os draculines são pessoas que vestem roupas escuras e sua sensibilidade corresponde à quantidade de músicas que ouvem. 56) No trecho "Mientras en la espesura de la noche... a lo largo de las horas..." (linhas 09 a 12), a autora quer expressar que: ( a ) os jovens, quando voltam, provocam uma grande quantidade de ruídos noturnos, tropeçam em baldes e outros objetos. ( b ) durante a espera, escutamos sinais que nos induzem a crer que nossos “draculines” estão chegando. ( c ) ao final da noite, escutamos passos e batidas de portas, quedas de baldes e outros objetos e sentimos pavor pela chegada de salteadores. ( d ) pela excessiva sensibilidade, por vezes alguns alarmes de segurança disparam, em virtude de pequenos ruídos sem importância. ( e ) por causa de tantos alarmes falsos que acontecem durante a noite, até acreditamos na existência de seres imaginários. 57) Na última frase do texto, a autora diz-nos que: ( a ) as mães terão alucinações noturnas e medo de seres imaginários só porque suas avós também experimentaram essas sensações. ( b ) a imagem que, em nossa recordação, teremos de nossas mães será desagradável, por culpa do gene do sofrimento. ( c ) o gene do sofrimento somente se manifestará em pessoas que foram controladas por mães que as impediram de ter vida própria. ( d ) as mães, um dia, conseguirão reconciliar-se com seus filhos, quando for descoberto um remédio que elimine essa enfermidade genética. ( e ) as jovens se identificarão com as mães, quando também forem mães. TEXTO B La estación Allende es una de esas estaciones de campo con unos cuantos paisanos, un jefe en mangas de camisa, una volanta y unos tarros de leche. Me irritaron dos hechos: la ausencia de María y la presencia de un chofer. Apenas descendí, se me acercó y me preguntó: ÷ ¿Usted es el señor Castel? ESPANHOL 131 ÷ No ÷respondí serenamente÷. No soy el señor Castel. En seguida pensé que iba a ser difícil esperar en la estación el tren de vuelta; podría tardar medio día o cosa así. Resolví, con malhumor, reconocer mi identidad. ÷ Sí ÷agregué, casi inmediatamente÷, soy el señor Castel. El chofer me miró con asombro. ÷ Tome ÷le dije, entregándole mi valija y mi caja de pintura. Caminamos hasta el auto. ÷ La señora María ha tenido una indisposición ÷me explicó el hombre. «¡Una indisposición!», murmuré con sorna. ¡Cómo conocía esos subterfugios! Nuevamente me acometió la idea de volverme a Buenos Aires, pero ahora, además de la espera del tren había otro hecho: la necesidad de convencer al chofer de que yo no era, efectivamente, Castel o, quizá, la necesidad de convencerlo de que, si bien era el señor Castel, no era loco. Medité rápidamente en las diferentes posibilidades que se me presentaban y llegué a la conclusión de que, en cualquier caso, sería difícil convencer al chofer. Decidí dejarme arrastrar a la estancia. Además, ¿qué pasaría en caso de volverme? Era fácil de prever porque sería la repetición de muchas situaciones anteriores: me quedaría con mi rabia, aumentada por la imposibilidad de descargarla en María, sufriría horriblemente por no verla, no podría trabajar, y todo en honor a una hipotética mortificación de María. Y digo hipotética porque jamás pude comprobar si verdaderamente la mortificaban esa clase de represalias. Hunter tenía cierto parecido con Allende (creo haber dicho ya que son primos); era alto, moreno, más bien flaco; pero de mirada escurridiza. «Este hombre es un abúlico y un hipócrita», pensé. Este pensamiento me alegró (al menos así lo creí en ese instante). Me recibió con una cortesía irónica y me presentó a una mujer flaca que fumaba con una boquilla larguísima. Tenía acento parisiense, se llamaba Mimí Allende, era malvada y miope. ¿Pero dónde diablos se habría metido María? ¿Estaría indispuesta de verdad, entonces? Yo estaba tan ansioso que me había olvidado casi de la presencia de esos entes. Pero al recordar de pronto mi situación, me di bruscamente vuelta, en direción a Hunter, para controlarlo. Es un método que da excelentes resultados con individuos de este género. Hunter estaba escrutándome con ojos irónicos, que trató de cambiar instantáneamente. ÷ María tuvo una indisposición y se ha recostado ÷dijo÷. Pero creo que bajará pronto. SÁBATO, Ernesto. El túnel. Seix Barral. 1985. p. 71-72. 58) Señala la(s) proposición(es) que refleje(n) algun(as) de la(s) idea(s) presentes en el texto. 01. El narrador se encuentra entre amigos a los que ha ido a visitar. 02. María, sin duda, no desea verlo. 04. El narrador sólo desea ver a María. 08. María sufrió un accidente pero se recuperará pronto. 16. El narrador no se encuentra a gusto. ________ 59) En un primer momento, el narrador niega ser el señor Castel porque: 01. Está burlándose del chofer. 02. María no fue a esperarlo y está alterado. 04. Desea hacerle una sorpresa a María. 08. Está ofendido porque sólo lo espera un chofer desconocido. ________ 60) ¿Qué ocurriría, según el texto, si el narrador regresase a la ciudad? 01. El narrador viviría situaciones ya vividas ante-riormente. 02. María, seguramente, no sentiría su ausencia. 04. El narrador no podría dedicarse a su trabajo. 08. Con seguridad, su actitud le provocaría honda tristeza a María. 16. Seguramente, María nunca se lo perdonaría. ________ ESPANHOL 132 Fonte: GROENING, Matt. Life in Hell, In: Rev. Posdata, n. 91, Montevideo, 7 jun. 1996. p.113. 61) Através da propaganda de um estabelecimento de fast food, o autor ironiza o tipo de promoções que esse sistema utiliza. Indique qual das alternativas abaixo NÃO é oferecida como vantagem, no anúncio da Weenie Barn. ( a ) Cada grupo familiar pode ganhar um desconto, antes da meia-noite, na compra de um pancho de tofu 1 . ( b ) Para certas opções de cardápio, há um desconto de $1, que só funciona às quintas-feiras. ( c ) Na compra de um pancho caramelado, ganha-se um pirulito como cortesia. ( d ) Por menos de $13 a casa oferece, na compra de uma porção de fritas, saladas especiais de brinde. ( e ) Há opções de cardápio bem econômicas, como o dirigible hinchado: pão e salsicha com algum teor de osso. 1 tofu - queijo elaborado com leite de soja 62) Assinale a alternativa que está de acordo com o texto. ( a ) A fala do cozinheiro da Weenie Barn, ao dirigir-se ao leitor, está perfeitamente de acordo com o espanhol da Espanha. ( b ) Toda criança ganha uma porção pequena de ketchup, a qual pode ser grátis, já que seu pagamento fica a critério do usuário. ( c ) Os atendentes da Weenie Barn são baixinhos e ganham baixos salários. ( d ) O estabelecimento conta com um padrão de higiene impecável, que obriga seus empregados a lavarem as mãos até mesmo antes de ir ao banheiro. ( e ) A Weenie Barn dispõe de serviço de entrega de pedidos, isento de qualquer taxa adicional. (FURG 2004) Guerras de religión Juan José Millás (periodista y escritor español) Pongo la radio con cuidado, por si estallara al encenderla, mientras la taza de café da vueltas en el interior del microondas, y entre catástrofe y catástrofe mundial, un locutor nos previene de que el dios Tráfico se ha levantado de ESPANHOL 133 mal humor. Quizá no se le ofrecieron suficientes sacríficios durante la semana. El caso es que la M30 está cortada a la altura de Vallecas y en la M50 ha volcado un camión lleno de gallinas o de tripas de cerdo dejando absurda la vía de circunvalación. La lluvia, por su parte, ha convertido las calles del centro em una ratonera. El locutor insiste en que deje usted su coche donde está y use el transporte público. Dios mío, me digo, esto no es uma información, es un parte de guerra. Quizá no me he despertado todavía. Protegiéndome los ojos com la mano izquierda, para que si el aparato revienta no se me incrusten las esquirlas en los ojos, muevo la aguja de la radio en busca de uma situación real, soportable, medible, acogedora, y me entero involuntariamente de los atascos de la calle Velázquez, de Serrano, del trombo de la Castellana, del infarto de la Gran Vía. Entonces, continúo diciéndome, la gente no va a trabajar, sino a la guerra. -Va a trabajar, pero tiene que pasar previamente por la guerra para satisfacer al dios Tráfico, que suele despertarse muy colérico y no se calma hasta media mañana, después de haber devorado a tres vírgenes y cuatro padres de familia, a ver si te enteras. Me pongo la corbata y camino disciplinadamente hasta la primera parada del autobús. Bajo la marquesina nos encontramos cuatro o cinco personas. Nadie, excepto yo, se ha dado cuenta de que vamos a la guerra. La gente cree que va a la universidad o a ganarse la vida, o a dejar al niño en casa de su madre. He dicho que estábamos bajo la marquesina cuatro o cinco personas, pero no me he expresado bien: en reslidad somos cuatro o cinco bultos. No hay entre nosotros mayor relación que se podría establecer entre media docena de sacos de patatas abandonados en la vía pública. Desvío la mirada hacia la acera de ennfrente y veo más bultos caminando de acá para allá sin orden ni concierto. Vienen de la guerra o van a ella, según. [...] Dios mío, me digo, esto es la guerra y no me había dado cuenta hasta esta mañana, al encender la radio y escuchar el parte que oigo todos los días. [...] (Fragmento. Texto tomado de Internet: www.clubcultura.com/clubliteratura/clubescritores/millas/articuento088.htm) Glossário Gran Vía (la) – Uma das ruas mais importantes que atravessam o centro da cidade de Madri. Izquierda – Que está do lado oposto ao direito. Aguja (la) – Qualquer haste ou ponta metálica. Acogedora – Que acolhe bem; hospitaleira. Ofrecieron – Apresentaram ou propuseram para que fosse aceito. Encender – Pôr em funcionamento um sistema elétrico de iluminação, um aparelho de rádio, um aparelho de tevê, um computador. Hasta – Indica um limite de tempo, no espaço ou nas ações. Parada (la) – Lugar onde os veículos coletivos param a fim de receber e/ou deixar passageiros. Nadie – Nenhuma pessoa. Después – Posteriormente, em seguida. 63) Dadas su temática y su organización, se puede afirmar que el texto es 01. uma crónica periodística. 02. narrativo. 03. uma entrevista a un peatón. 04. un poema en prosa. 05. expositivo. 64) El tema del texto es 65) las guerras religiosas actuales. 66) los peligros del tráfico. 67) el sensacionalismo de los boletines informativos. 68) la soledad en las grandes ciudades. 69) el anonimato de las multitudes. 70) En el texto predomina 71) la objetividad. 72) la subjetividad. 73) la polifonía de voces. 74) el recurso a la autoridad. 75) el discurso indirecto. 76) Para hacer progresar su texto, el autor desarrolla varias ideas, entre otras, que 77) las personas en guerra han invadido todos los puntos de la ciudad. 78) Los noticiarios parecen partes de guerra por lo violentos. 79) Ha habido nuevos accidentes de tránsito y atascos en la ciudad. ESPANHOL 134 80) Las catástrofes naturales se suman a las provocadas por la guerra. 81) Cuando van al trabajo las personas corren tanto peligro como en la guerra. Solo son verdaderas 82) I, II, III. 83) I, III, IV. 84) II, III, V. 85) II, III, IV. 86) III, IV, V. 87) Dado el contexto, se puede interpretar que las expresiones “la M30” (línea 6) se refieren a 88) armas de fuego. 89) organismos de la policía. 90) servicios de vigilancia. 91) carreteras. 92) dos ciudades españolas. 93) Para recrear la inseguridad de un clima de guerra, el autor usa las siguientes construcciones: 94) Pongo la radio com cuidado por si estallara al encenderla (línea 3); 95) La lluvia, por su parte, ha convertido las calles del centro en una ratonera (línea 8); 96) Protegiéndome los ojos con la mano izquierda, para que si el aparato revienta no se me incrusten las esquirlas en los ojos... (línea ll y l2); 97) Me pongo la corbata y camino disciplinadamente hasta la primera parada del autobús (línea l9); 98) Bajo la marquesina nos encontramos cuatro o cinco personas (líneas l9 y 20). Las construcciones que recrean el clima de guerra son A) III, IV, V. B) II, IV, V. C) II, III, IV. D) I, II, IV. E) I, II III. 99) En el texto, la palabra “Tráfico” (líneas 5 y 17) se refiere a A) un jefe de oficina autoritario; B) una deidad antropófaga; C) alguien encargado del movimiento de personas y mercancías; D) una persona que hace negocios no lícitos; E) quien dirige la circulación de vehículos por calles y caminos. 100) Dado el contexto, se puede deducir que el contenido de los camiones volcados (línea 7) consistía en A) drogas. B) animales y armas. C) comestibles cárnicos. D) gallinas y seres humanos. E) basura. 101) Cuando el autor dice “quizá no me he despertado todavía” (líneas 10 y 11), se interpreta que I) no sabe si es real lo que está oyendo. II) está durmiendo. III) es demasiado temprano. IV) está soñando despierto. V) está soñando una pesadilla. 102) Las formas verbales “deje usted” y “use” (línea 9) han sido usadas, en ese contexto, con la intención de A) expresar un deseo. B) persuadir. C) trasmitir una información. D) expresar una necesidad. E) trasmitir una instrucción. 103) El autor presenta a las personas como “bultos” (líneas 21 a 26) para resaltar que A) solo importa su apariencia física. B) solo se ven sus rostros. C) usan ropas holgadas a causa de la lluvia. ESPANHOL 135 D) los seres humanos se han ido cosificando. E) son trabajadores. 104) La palabra “todavía” (línea ll) se puede traducir al portugués como I) todavia. II) ainda que. III) embora. IV) porém. V) ainda. 105) La palabra “pero” (línea 22) se usa para A) corregir lo que se dijo antes. B) expresar duda. C) confirmar lo que se dijo antes. D) repetir lo dicho antes. E) expresar una convicción. 106) Cuando el autor dice que “las calles se han convertido en una ratonera” (línea 8), está queriendo decir que A) los ratones morirán ahogados. B) los peatones morirán como ratones. C) el agua de la lluvia oculta los peligros de las calles. D) en la calle hay más ladrones que normalmente. E) los coches son más asaltados que en los días de sol. 107) El autor dice que teme que el aparato reviente (líneas 11 a 13) porque A) puede caer una bomba en su casa. B) no está prestando atención a lo que hace. C) hay sobrecarga de tensión elétrica. D) identifica al aparato de radio con una granada o similar. E) no usó un recipiente especial para microondas. FURG 2001 Texto A Se edita en ciencia Crear con ciencia. Desde el porqué del color azul de los vaqueros, los grandes errores de la ciencia y la historia del microondas hasta el zigzagueante mundo del ADN, Crear y criar con ciencia, el reciente libro de Patricia Linn presenta 5÷ una diversidad de atractivos temas relacionados con la ciencia y la tecnología, accesibles para adultos y niños. Através de una recopilación de 23 textos publicados anteriormente en el suplemento 10÷ “ El País Cultural” del diario El País, el libro incluye entre otros artículos, la historia del fósforo, las razones de la transparencia del vidrio, la desaparición de los dinosaurios, la clonación, los alimentos transgénicos, las mujeres en la ciencia, 15 ÷ los derrames de petróleo y la nueva concepción de los zoológicos sin jaulas. Asimismo, en los cinco capítulos en que está dividida la obra, se hace referencia a investigaciones científicas realizadas por expertos uruguayos. 20÷ “Crear y criar con ciencia”, Patricia Linn, Palacio del Libro Monteverde, 143 páginas. (Búsqueda. Montevideo, 19-25 oct. 2000, p. 33). 108) El Se de Se edita (título) indica que quien edita es A) Patricia Linn. B) Búsqueda. C) alguien indefinido. D) el diario “ El País” . E) “ El País Cultural” . 109) El texto es A) una explicación sobre aspectos curiosos de la ciencia. B) el comentario de un libro de ciencia publicado por uruguayos. C) una colección de curiosidades de la ciencia publicadas en un diario. D) un aviso publicitario de la editorial Palacio del Libro Monteverde. E) un artículo sobre un libro con temas afines a la ciencia. 110) El texto fue tomado de ESPANHOL 136 A) un diario de Montevideo. B) la solapa del libro en cuestión. C) el catálogo del zoológico. D) una publicación semanal. E) un aviso publicitario. 111) Entre los temas del libro (líneas 1-4) figuran A) los grandes errores cometidos por la ciencia. B) los grandes errores de la ciencia y la historia. C) las relaciones entre el ADN y las microondas. D) las causas por las que el ganado vacuno ve azules a los peones. E) los zigzagueos que provoca el ADN en el mundo. 112) De la lectura de las líneas 9 a 11 se deduce que el libro que se está comentando está formado por A) una recopilación de textos hasta ahora inéditos. B) 23 fascículos publicados en un diario como suplementos. C) textos publicados en un suplemento de “ El País” . D) textos que serán publicados en “ El País Cultural” . E) el suplemento de un diario que se publica como libro. 113) De acuerdo al contexto, la palabra asimismo (línea 17) se puede traducir por A) mesmo assim. B) além disso. C) embora. D) todavia. E) nem mesmo. 114) La palabra Búsqueda (línea 24), puede ser traducida al portugués por I - bússola. II - procuração. III - procura. IV - procurar. V - busca. ¿Cuáles están correctas? A) Sólo I y V. B) Sólo II y IV. C) Sólo III y IV. D) Sólo III y V. E) Sólo IV y V. 115) En las líneas 17-20, se hace referencia a investigaciones científicas realizadas por expertos uruguayos A) en cinco capítulos dedicados al Uruguay. B) que son coautores del libro. C) en cinco de los capítulos del libro. D) en los cinco capítulos del libro. E) tanto en Uruguay como en el extranjero. Texto B A CONTRAMANO por Pablo Vierci Palco móvil El tamaño de una crisis puede medirse por los indicadores macroeconómicos, como el PBI, el índice de desocupación, la rotatividad de los hoteles alojamiento, o por las paramétricas de la cultura callejera, que 5 ÷ pueden expresarse a través del siguiente enunciado: la crisis es directamente proporcional a la calidad de las obras que se representan en las calles, y viceversa. Vale decir, en tiempos de vacas gordas, los que 10 ÷ ‘pasan el sombrero’ en la calle o en los ómnibus no solo no producen ningún show ni divertimento, sino que simplemente solicitan una “ ayudita” para paliar una coyuntura desfavorable, y reciben el apoyo de un pueblo 15÷ generoso, con mucho níquel que le pesa en el bolsillo. En tiempos de crisis, en cambio, el pedido ambulante se sofistica, ofrece más porque la competencia aumenta – incluso con mano de obra desempleada de otros países de 20 ÷ la región – y, ciñéndose a las normas ISO 181 (la línea de ómnibus donde hay más gente pidiendo), ofrecen mejores servicios y productos con un precio cada vez más competitivo. ESPANHOL 137 25 ÷ Hasta hace poco, para pasar el sombrero en el ómnibus, el demandante ofrecía apenas una pieza de retórica barroca, que comenzaba con el manido “ damas y caballeros que viajan en esta unidad del transporte 30 ÷ colectivo de pasajeros, estoy autorizado por Grandes Tiendas Pajarito para entregar, en forma exclusiva... bla, bla” . Hoy las unidades de transporte se han convertido en filiales de la RAI, o del teatro Colón de Buenos Aires, 35÷ verdaderos palcos móviles, donde se interpreta lo mejor de la música folclórica, regional o culta, y donde se presentan, en una parada sí y en la otra también, barítonos privilegiados, agraciados tenores, violinistas virtuosos, 40 ÷ concertistas de salón y verdaderas orquestas de cámara (‘de ómnibus’, en verdad) que interpretan, con excelencia creciente, desde folclore cordillerano hasta la más compleja ópera de Verdi, pasando por piezas mejoradas del cuartetero 45÷ Rodrigo o el último hit de la “ muñeca brava” Natalia Oreiro. En la calle sucede lo mismo. Ya no se pide, sino que se ‘venden’ servicios. Si hasta ahora se ofrecía apenas el ‘lavado compulsivo del 50÷ parabrisas’, donde, en los semáforos más demorados, antes que el conductor tuviera tiempo de reaccionar, ya le habían lavado con agua y jabón el parabrisas delantero, el trasero, los vidrios laterales y hasta la manga del traje y el puño de la 55÷ camisa que asomaban infortunadamente por la ventanilla, ahora la calle se ha convertido en un complejo polifuncional donde se ofrecen espectáculos circenses en varias pistas, con malabaristas, magos que se tragan sables y 60÷ escupen fuego, payasos en sus zancos; mimos; espectáculos teatrales completos, con monólogos dramáticos, interpretados por actores fulminantes, que entre la amarilla y la roja del semáforo se recitan entero un pasaje de Molière, Verdaguer o 65÷ Shakespeare. Hoy por hoy, Bulevar Artigas se parece, cada vez más, al Broadway neoyorquino. Cuando en ese escenario móvil veamos a Liza Minelli, o el mismísimo Pavarotti, en vivo y en 70÷ directo, nos cante ‘O Sole Mio’ en un semáforo, recorriendo la fila de coches al trotecito, antes de que llegue la roja, mientras se seca el copioso sudor que le corre por la frente con una pañoleta florentina, y con una sonrisa beatífica pase el 75÷ platito para los ‘honorarios’, habremos llegado al fondo del pozo. A partir de allí, como dicen los economistas, iniciaremos el despegue, la economía se reactivará, los artistas volverán a los teatros y a las salas de conciertos, y a las calles 80÷ regresarán los verdaderos indigentes, que volverán a pedir “ a voluntá” , por simple caridad, mientras para ellos, los eternos rezagados, no llegan los tiempos mejores. (Posdata, 27 oct. 2000). 116) ¿A qué público se dirige el siguiente texto? A) A cualquier lector. B) A escritores. C) A científicos. D) A artistas. E) A economistas. 117) Según el texto, cuanto mayor es la crisis, A) mejor es la calidad de los empleos. B) más níquel hay en el bolsillo. C) más disminuye la competencia. D) mejor es la calidad de las obras callejeras. E) peor es la calidad de las obras callejeras. 118) En la línea 11, la expresión pasan el sombrero significa A) piden limosna. B) abandonan el sombrero. C) tiran el sombrero. D) atacan con el sombrero. E) interrumpen el discurso. 119) En la línea 21, la palabra ciñéndose significa A) acercándose. B) explicándose. C) ajustándose. D) apretándose. E) arrimándose. 120) La idea central del tercer párrafo es que en la calle A) no hay nadie. B) nadie vende nada. ESPANHOL 138 C) los mimos recitan. D) hay semáforos con los nombres de Molière, Verdaguer y Shakespeare. E) los espectáculos son cada vez mejores. 121) En la última oración ellos (línea 83) refiere a A) los indigentes. B) los artistas callejeros. C) los saltimbanquis. D) los economistas. E) los conciertos. 122) En la línea 38, la forma verbal se presentan A) se refiere a la RAI y al teatro Colón. B) se refiere a los artistas callejeros. C) se refiere al teatro Colón y a Buenos Aires. D) se refiere a las Grandes Tiendas Pajarito. E) es impersonal. 123) De acuerdo con el contexto, la mejor traducción para las siguientes palabras: competencia (línea 19) y zancos (línea 61), es A) sapiência - sapatos B) habilidade - galochas C) competência - meias D) equivalência - cavalos E) concorrência - pernas de pau 124) La opinión hoy por hoy (línea 67) significa A) recientemente. B) actualmente. C) hoy menos que ayer. D) hoy igual que ayer. E) hoy menos que mañana. 125) El vocablo mientras (línea 73) significa A) cuando. B) al tiempo en que. C) si. D) nunca. E) siempre. 126) La forma verbal veamos (línea 69) significa A) que podría ocurrir. B) que nunca ocurrirá. C) que ya ocurrió. D) que recién terminó. E) presente. 127) En el último párrafo la persona que es imaginada secándose el sudor de la frente es A) el autor del texto. B) un actor. C) Shakespeare. D) Liza Minelli. E) Pavarotti. FONOPASTA ESPANHOL 139 128) Infere-se do texto que “FONOPASTA” é o número telefônico de: ( a ) uma fábrica de todo tipo de capas e embalagens plásticas. ( b ) um serviço de assessoramento à mulher na cozinha. ( c ) um serviço de encomendas e tele-entrega de massas. ( d ) um estabelecimento comercial especiali-zado em pastas. ( e ) um supermercado que oferece desde verduras até eletrodomésticos. 129) A alternativa que NÃO apresenta expressões de mesmo significado é: (a) variedad de salsas - variedades de perejil. (b) por sólo $0,10 - por apenas $0,10. (c) sabor de hogar - sabor casero. (d) discar el FONOPASTA - llamar al FONOPASTA. (e) por supuesto - desde luego. FURG 2000 Texto A ¡Qué difícil es postular a un colegio! Los exámenes de capacidades intelectuales buscan evaluar al niño en funciones básicas como el lenguaje, motricidad fina, percepción, etc., y comparar su nivel con el 5 ÷ esperado para su edad. Cada colegio pondera estos ítems de acuerdo al perfil del estudiante que desean. Sin embargo, aunque a nivel clínico se puede evaluar a un niño con bastante precisión, ninguna prueba puede ser concluyente 10÷ respecto de su rendimiento futuro. Los menores tienen, por lo menos hasta los siete años, un desarrollo dispar en cada una de las áreas. En lo que respecta al lenguaje, éste aparece alrededor del año, cuando el niño 15 ÷comienza a balbucear sus primeras sílabas, como da-da o ma-ma. En los exámenes de evaluación se mide por las estructuras de frases y la amplitud de vocabulario del niño. Para esto se utilizan cuentos, haciéndosele mencionar, por 20÷ ejemplo, todos los nombres de animales que conoce o todos los integrantes de su familia y la actividad que realiza cada uno de ellos. Por otra parte, la discriminación auditiva y visual se utiliza en algunos tests sicológicos como ESPANHOL 140 25÷ una forma de prever futuros trastornos de aprendizaje, que estén relacionados con el desarrollo neurológico del niño. En la parte auditiva, se mide la capacidad de distinguir sonidos; en la parte visual, la distinción de figura y 30÷ fondo, de figuras distintas entre ellas, etc. La motricidad fina, a su vez, aparece alrededor de los 2 años de edad y se manifiesta en actividades como escribir y dibujar. Al evaluar a los menores se les hace dibujar, insertar 35÷ cuentas, armar torres con cubos, unir puntos con un lápiz o con hilo de bordar y encajar objetos. Por último, en el ámbito de las habilidades sociales, el juego en grupos que usualmente es aplicado a los menores que 40÷ postulan a los colegios tiene por objeto medir ciertas habilidades sociales, como la independencia, su capacidad de interactuar con los demás, de comer solos o de pedir claramente lo que desean. (Adaptado de Qué Pasa, 28 de marzo de 1998) 130) Según el texto, los exámenes de capacidades intelectuales sirven para A) evaluar funciones básicas tales como el lenguaje y la percepción. B) escoger a los mejores alumnos del año escolar. C) evaluar la percepción del lenguaje de los alumnos. D) determinar el perfil sicológico del alumno. E) evaluar objetivamente a los alumnos de cada año. 131) En la línea 5 la palabra pondera significa A) pasa. B) acontece. C) mira. D) observa. E) mide. 132) En la línea 7 aparece la forma verbal desean. Esta palabra concuerda gramaticalmente con A) la palabra niños, que es un sustantivo plural. B) la palabra colegio, que es un sustantivo colectivo. C) la palabra items, que es un sustantivo colectivo. D) la palabra capacidades, que es un sustantivo plural. E) la palabra funciones, que es un sustantivo colectivo. 133) La idea central del segundo párrafo es que A) lo importante es el desarrollo silábico del lenguaje. B) lo importante es la capacidad para contar frases. C) se presta atención a las sílabas da-da y ma-ma. D) se presta atención al nivel de sintaxis y vocabulario. E) se presta atención a la capacidad de balbucear en el primer año. 134) En la palabra haciéndosele (línea 19) la forma le se refiere A) al vocabulario. B) al año. C) al niño. D) al nombre. E) al lenguaje. 135) En los niños, un medio práctico para medir el desarrollo del lenguaje es: I - que cuenten cuentos infantiles que leyeron; II - que mencionen a los componentes de su familia; III - que mencionen nombres de aquellos animales que sepan; IV - que señalen a qué se dedican sus familiares; V - que mencionen las actividades de varios animales. ¿Cuáles están correctas? A) Sólo I, III y IV. B) Sólo I, III y V. C) Sólo I, IV y V. D) Sólo II, III y IV. E) Sólo II, IV y V. 136) Una idea importante del tercer párrafo es que A) se puede prever la inteligencia por la audición temprana. B) se puede pronosticar posibles trastornos del lenguaje. C) se puede detectar posibles problemas neurológicos. ESPANHOL 141 D) se puede prever futuros problemas visuales del niño. E) se pueden resolver los problemas neurológicos del niño. 137) La expresión hilo de bordar (línea 36) significa A) un hilo fino para coser. B) un hilo para márgenes. C) un hilo especial para niñas. D) un hilo para niños. E) un hilo blanco. 138) Marque la alternativa que identifica mejor al posible público-destinatario del texto: A) siquiatras clínicos que trabajan con niños. B) escolares que desean postular a un nuevo colegio. C) sicólogos y fonoaudiólogos educacionales. D) estudiantes de teoría de la educación. E) padres que buscan un colegio para sus hijos. 139) Una manera de evaluar la motricidad fina es A) describir y encajar objetos con la ayuda de un lápiz. B) hacer dibujos y unir puntos con un lápiz. C) insertar cuentas dibujadas con un lápiz. D) armar torres insertando cuentas en forma de cubos. E) escribir los nombres de animales y dibujarlos a lápiz. Para casi 150 mil jóvenes chilenos, cada verano es sinónimo de dolores de cabeza. Porque más allá de elegir cuál es su vocación al terminar el colegio, deben escoger el lugar donde estudiar. 5÷ Sólo un 20% de ellos podrá acceder a uno de los 545 mil cupos que ofrecen las 25 universidades tradicionales, y el resto deberá decidir entre una oferta cada vez más amplia de instituciones privadas. 10÷ Un estudio realizado en diciembre del 98 por la empresa BBDO Investigación descubrió que la elección de una universidad privada siempre viene después de la imposibilidad de ingresar a las tradicionales. 15÷ La investigación estableció que en la elección se toman en cuenta factores tan variados como la imagen de cada universidad o atributos como ambiente más seguro y elitista, el respaldo económico, el perfil de sus estudiantes y las 20÷ actividades de extensión cultural. Según explica Mariela Roth, socióloga de BBDO Investigación, en la elección de una universidad privada intervienen los mismos factores que determinan que el consumidor se 25÷ incline por un producto como un automóvil, una tarjeta de crédito o una bebida. Entre ellos, el aspecto más racional es la imagen de marca o los atributos que se asocian con determinado producto. 30÷ Además, en la decisión por una u otra entidad influyen factores más inconscientes y menos racionales, como el perfil de los estudiantes y las necesidades que cada individuo pretende satisfacer, entre ellas, status, liderazgo, lealtad o 35÷ sencillez. Asimismo, se pidió a los padres y jóvenes que identificaran un set de fotografías de jóvenes de distintas tendencias y nivel socioeconómico con el perfil de estudiantes de las universidades 40÷ evaluadas para establecer otras razones por las que también se escoge una institución de esta naturaleza. Este estudio estableció el bajo perfil de algunas universidades privadas y los atributos con 45÷ los cuales se asocia a las otras para lograr este incipiente status. (Qué Pasa, 9 de enero de 1999) 140) En este contexto, la expresión dolores de cabeza (línea 2) NO puede ser sustituida por A) problemas. B) dificultades. C) jaquecas. D) incertezas. E) preocupaciones. 141) La mejor traducción para la expresión más allá de (línea 3) es A) ao invés de B) mais além de C) muito além de D) longe de E) além de 142) Según el texto sólo una parte de los candidatos logra un lugar en la universidad tradicional, ya que A) el 20% de ellos postula a estas universidades. ESPANHOL 142 B) los cupos de estas universidades son limitados. C) la oferta de universidades privadas es grande. D) sólo hay 25 de estas universidades. E) hay muchas universidades privadas. 143) En este contexto la expresión tradicionales (línea 7) quiere decir A) comunes. B) abiertas. C) públicas. D) convencionales. E) clásicas. 144) Entre los factores que determinan la elección de una universidad privada se pueden mencionar: I - una universidad que brinde seguridad; II - la imagen que proyecta; III - el perfil elitista de la extensión cultural; IV - la solidez financiera que tenga. V - la imagen del perfil de los estudiantes; ¿Cuáles están correctas? A) Sólo I, II y IV. B) Sólo I, III y V. C) Sólo II, III y IV. D) Sólo II, III y V. E) Sólo III, V y IV. 145) La idea central del cuarto párrafo es que A) hay factores privados que intervienen en la elección de una universidad como un bien de consumo. B) BBDO Investigación realizó un buen trabajo de investigación aplicada a la educación de nivel superior. C) da lo mismo comprar a crédito un automóvil que postular a una universidad privada. D) se puede apreciar que BBDO Investigación es una consultoría seria en cuestiones de actualidad. E) se elige una universidad privada por los mismos factores por los que se escogen productos de consumo. 146) La palabra además (línea 30) tiene un valor A) alternativo. B) anticipativo. C) adversativo. D) aditivo. E) afirmativo. 147) En la línea 31 la palabra entidad remite a A) universidad. B) tarjeta de crédito. C) imagen. D) investigación. E) bebida. 148) La mejor traducción para las siguientes palabras: liderazgo (línea 34), sencillez (línea 35) es A) poder, modéstia B) comando, modéstia C) liderança, simplicidade D) chefia, rusticidade E) liderança, sinceridade 149) El mejor título para el texto es A) Las nuevas universidades en Chile. B) Escogiendo una nueva imagen. C) La universidad y su nueva imagen. D) En qué liceo estudiar hoy en día. E) Escogiendo una universidad privada. FURG 2002 ESPANHOL 143 Circe Maia 1 Circe Maia (Montevideo, 1932) ha publicado siete libros (el último es De lo visible, Ed. de la Feria, 2 Montevideo, 1998); actualmente reside en Tacuarembó. Su obra ha sido traducida al sueco y al inglés. 3 Es columnista habitual de Diario de poesía, que, por otra parte, le dedicó el dossier de su n.º 43, de 4 septiembre de 1997; allí fueron publicadas algunas de las traducciones de Ritsos y William Carlos 5 Williams que menciona sobre el final de este reportaje. 6 – Recuerdo unas palabras tuyas: “No hay algo como el en sí de las cosas: vemos perfiles, todo 7 es muy fragmentario”. Naturalmente tus versos son fragmentos de tu visión del mundo; empero, 8 supongo que tales fragmentos aspiran a una unidad. ¿Es así? 9 – La busca de una unidad de sentido en el mundo es una tarea filosófica, aunque reconozco que 10 en el fondo también es tarea de la poesía. Lo que pasa es que nos hemos tornado más cautelosos, 11 andamos con pie de plomo – por lo menos ese es mi caso –, de modo que acabamos recorriendo un 12 terreno desigual y parcial, aunque quizás más accesible. 13 – ¿Cuáles serían, en tu poesía, los temas obsesivos, los que siempre te persiguen? 14 – Leí en algún sitio – ahora no recuerdo dónde – que el poeta no escribe “sobre” un tema sino “a 15 partir” de él, o sea a partir de una experiencia viva en la cual se ve inmerso. Ciertamente, vivir una 16 experiencia con intensidad no es garantía de la excelencia del poema: hay toda una tarea de pasaje del 17 plano no-lingüístico al lingüístico, en la cual se produce una suerte de presión sobre el lenguaje para 18 que las palabras, al organizarse de cierta manera, sean más reveladoras. Al leer un poema se hace el 19 camino de regreso de un plano al otro. El lenguaje poético, como todo lenguaje, sigue siendo un puente, 20 un medio a través del cual algo que no es él mismo se trasluce. Si no fuese así, si el lenguaje poético 21 fuera, como piensa Jakobson, “autoreferente”, no valdría la pena escribir ni leer. Amar las palabras en sí 22 mismas sería como si un músico estuviera enamorado de las notas en sí mismas. La música nos lleva 23 más allá de la música – no sabemos adónde –; lo mismo sucede con la poesía. 24 – ¿En qué estás trabajando ahora? 25 – Estoy preparando un nuevo libro y traduciendo a William Carlos Williams. Sus reflexiones 26 sobre el acto de escribir me resultan muy interesantes. Lo compara con el acto de respirar mientras se 27 camina, una acción en la que a veces hay que detenerse, cambiar la marcha, retomar un ritmo, todo 28 según las vicisitudes de la caminata. Sus poemas tienen esos “cambios de respiración” muy 29 perceptibles, muy atractivos. Me interesa también mucho la traducción de poesía neohelénica: Kavafis, 30 Seferis, Elytis, Ritsos. Hace muchos años descubrí el griego moderno, fonéticamente tan vecino al 31 castellano y el portugués. 32 (Entrevista de Floriano Martins) 33 No, ya no 34 pero hace un rato sí. 35 –¿Quedó algo? 36 –Sí, la ceniza, el humo, tal vez 37 un pequeño, pequeño resplandor. 38 –¿Y de la voz? ESPANHOL 144 39 –También 40 algún eco quedó. 41 El hilo del sonido 42 en el fondo, apagándose. 43 ¿Cómo desenredarlo? 44 (Debías haber venido 45 un poco más temprano.) (inédito) Glossário Dossier: (Galicismo) Dossiê. Coleção de documentos referentes a certo processo, á determinado assunto, ou a certo indivíduo, etc. Humo: Fumaça Inmerso: Mergulhado, afundado, submerso. Neohelénico: Pertencente ao grego moderno. Valdría: Valeria (do verbo Valer). Vicisitud: Vicissitude. Mudança ou variação de coisas que se sucedem; alternativa. 150) El texto intitulado “Circe Maia” fue extraído A) de un libro de poemas publicado en Montevideo. B) del libro de Circe Maia titulado De lo visible. C) de una publicación literaria editada por la Feria. D) de una publicación literaria impresa en Montevideo. E) del dossier n.º 43 dedicado a Circe Maia. 151) Teniendo en cuenta la fuente, “Circe Maia” puede ser considerado como un texto A) jurídico. B) publicitario. C) periodístico. D) administrativo. E) científico. 152) La mejor traducción para “No hay algo como el en sí de las cosas” (línea 6) sería A) não há nada como a essência das coisas. B) não tem nada como o sim das coisas. C) não há nada como o sim das coisas. D) não há alguma coisa positiva. E) não há como acertar as coisas. 153) La expresión “... andamos con pie de plomo...” (línea 11) equivale, en el contexto, a A) andamos con pie pesado. B) caminamos con plomadas. C) nos volvemos plomizos. D) andamos con cuidado. E) marchamos dando zancadas. 154) El pronombre personal “él” (línea 15) tiene como referente a la palabra A) poeta. B) sitio. C) tema. D) lector. E) poema. 155) La palabra “fuera” (línea 21) está empleada para A) manifestar la certidumbre. B) expresar una posibilidad. C) localizar espacialmente. D) denotar desaprobación. E) indicar indiferencia. 156) Sólo las palabras que están dispuestas a la izquierda aparecen en el texto. ¿Cuál de las siguientes alternativas NO tiene sentido de oposición? A) algo (líneas 6, 20 y 35) – nada ESPANHOL 145 B) algún (líneas 14 y 40) – ningún C) perfiles (línea 6) – frentes D) trasluce (línea 20) – esconde E) sucede (línea 23) – acontece 157) Donde dice “acabamos recorriendo un terreno” (líneas 11 y 12), la expresión subrayada puede ser sustituida por un pronombre. El resultado sería A) les acabamos recorriendo. B) acabamos le recorriendo. C) acabamos lo recorriendo. D) acabamos recorriéndolo. E) acabamos recorriéndola. 158) La expresión “algún sitio” (línea 14) se refiere a A) un texto que no está definido.. B) un lugar de descanso. C) un espacio cercado por enemigos. D) una biblioteca pública E) un texto de Jakobson. 159) La expresión “... ese es mi caso...” (línea 11) se refiere a que la escritora A) propone que debe haber un pensamiento hegemónico. B) admite que el camino de la poesía es inaccesible. C) afirma que la tarea de la poesía no es filosófica. D) reconoce su busca de una trascendencia mística. E) manifiesta sus vacilaciones ante las tareas del poeta. 160) Las palabras del poema que aparecen dispuestas a la izquierda tienen su equivalente en portugués en las que están dispuestas a la derecha. Solo dos de las alternativas SON ADECUADAS. I. rato (línea 34) – rato II. ceniza (línea 36) – cinza III. no (línea 33) – no IV. hilo (línea 41) – fio Las alternativas son: A) I y II B) II y III C) II y IV D) III y IV E) I y III 161) De lo dicho (líneas 25 a 29) se infiere que A) hay que respirar antes de escribir. B) el escribir cansa el espíritu. C) hay que escribir despacio. D) al escribir encontramos dificultades. E) hay que escribir en movimiento. 162) Según lo que afirma la escritora (líneas 14 y 15), se deduce que la poesía es A) objetiva. B) subjetiva. C) imparcial. D) incomunicable. E) irreal. 163) La expresión “más allá” (línea 23) puede ser traducida por A) além. B) ali. C) lá. D) mais ali. E) aqui. 164) La escritora afirma (líneas 30 y 31) que el castellano, el portugués y el griego ESPANHOL 146 A) coinciden en el plano lexical. B) se parecen en el plano de los sonidos. C) tienen una sintaxis parecida. D) son históricamente próximos. E) se confunden en el área morfológica. 165) Las traducciones mencionadas (líneas 4, 25 y 29) fueron publicadas A) en los siete libros de la entrevistada. B) por William Carlos Williams. C) al final del reportaje. D) en un periódico literario. E) por Ed. de la Feria. 166) De las palabras de la escritora (líneas 18 y 19), se deduce que la lectura de un poema se basa en A) asociaciones de palabras muy diferentes entre sí. B) la transparencia de las palabras. C) una organización al acaso de las palabras. D) el trasvase de significados de un plano al otro. E) la comprensión de palabras con significados unívocos. 167) La proposición que resume la postura de la escritora sobre la poesía (líneas 14 a 23) es la que dice que A) las palabras pueden llevarnos más allá de lo que dicen literalmente. B) el plano de lo no-lingüístico no es representable mediante palabras. C) para escribir buenos poemas basta con vivir intensamente. D) las experiencias vividas y las palabras que las representan son lo mismo. E) hay que amar a las palabras en sí mismas para poder escribir. 168) La forma “busca” (línea 9) corresponde a un A) verbo. B) sustantivo. C) adverbio. D) preposición. E) adjetivo. 169) Los guiones que aparecen en el poema “Sobre el llegar un poco tarde” marcan A) la voz del poeta. B) la presencia de un narrador. C) los turnos en una conversación. D) el género de los interlocutores. E) pausas en la lectura. (UFSC-2001) He necesitado andar todo el camino que dejo recorrido, para llegar al punto en que nuestro drama comienza. Es inútil detenerse en el carácter, objeto y fin de la Revolución de la Independencia. En toda la América fueron los mismos, nacidos del mismo origen, a saber: el movimiento de las ideas europeas. La América obraba así porque así obraban todos los pueblos. Los libros, los acontecimientos, todo llevaba a la América a asociarse a la impulsión que a la Francia habían dado Norteamérica y sus propios escritores; a la España, la Francia y sus libros. Pero lo que necesito notar para mi objeto es que la revolución, excepto en su símbolo exterior, independencia del Rey, era sólo interesante e inteligible para las ciudades argentinas, extraña y sin prestigio para las campañas. En las ciudades había libros, ideas, espíritu municipal, juzgados, derechos, leyes, educación: todos los puntos de contacto y de mancomunidad que tenemos con los europeos; había una base de organización, incompleta, atrasada, si se quiere; pero precisamente porque era incompleta, porque no estaba a la altura de lo que ya se sabía que podía llegar a ser, se adoptaba la revolución con entusiasmo. Para las campañas, la revolución era un problema; sustraerse a la autoridad del Rey era agradable, por cuanto era sustraerse a la autoridad. La campaña pastora no podía mirar la cuestión bajo otro aspecto. Libertad, responsabilidad del poder, todas las cuestiones que la revolución se proponía resolver eran extrañas a su manera de vivir, a sus necesidades. Pero la ESPANHOL 147 revolución le era útil en este sentido: que iba a dar objeto y ocupación a ese exceso de vida que hemos indicado, y que iba a añadir un nuevo centro de reunión, mayor que el tan circunscrito a que acudían diariamente los varones en toda la extensión de las campãnas. SARMIENTO, Domingo Faustino. Facundo. Alianza, Madrid. 1988. p. 108-109. 170) Según el texto, se puede afirmar que: 01. Norteamérica influyó con sus ideas a Francia. 02. Los escritores norteamericanos influyeron con sus ideas a los franceses. 04. España influyó la independencia norteameri-cana. 08. España influyó la revolución francesa. 16. Francia y sus libros influyeron a los españoles. ________ 171) Según el texto, la revolución era interesante y comprensible: 01. Para todo el mundo. 02. Para las ciudades argentinas y no para el campo. 04. Para las ciudades argentinas y no para las campañas políticas. 08. Para todos, en lo que se refiere a la indepen-dencia del Rey. 16. Para todos, en lo que se refiere a su símbolo exterior. ________ 172) La proposición: “La América obraba así porque así obraban todos los pueblos”, se traduce al portugués: 01. A América atuava assim, porque assim atuavam todos os povos. 02. À América chegavam deste modo, porque as-sim chegavam a todos os povos. 04. A América pensava assim, porque assim pensa-vam todos os povos. 08. A América se comportava assim, porque assim se comportavam todos os povos. ________ FRAGMENTO A FRAGMENTO B 173) Señala la(s) proposición(es) CORRECTA(S). De acuerdo con el lenguaje utilizado en los fragmentos A y B, señala dónde podrías encontrar respectivamente esos textos: 01. Libro de receta / cartelera 02. Revista femenina / periódico 04. Revista científica / internet 08. Diccionario / libro científico 16. Discurso político / novela ________ 174) El fragmento A presenta la expresión rellenar. La palabra rellenar, de acuerdo con el contexto, puede tener otros significados. ESPANHOL 148 Señala la(s) proposición(es) que presenta(n) CORRECTAMENTE el empleo de dicha palabra. 01. Debes rellenar el impreso con tus datos personales. 02. En su conferencia hubo mucho relleno. 04. El albañil rellenó el agujero de la tapia. 08. El caballo rellenaba y movía la crin. 16. El acuario de la ciudad está relleno de tortugas y tiburones. 32. Ha rellenado la botella con vino. ________ 175) Señala la(s) proposición(es) que presenta(n), respectivamente, expresión(es) que puedan sustituir la expresión a lo largo presentada en los fragmentos A y B. “se cortan las berenjenas por la mitad a lo largo.” “... varios crímenes que se van produciendo a lo largo de la trama.” 01. A lo ancho / indirectamente 02. Longitudinalmente / en el desarrollo 04. En diagonal / durante 08. Longitudinalmente / durante 16. A lo ancho / en el desarrollo ________ 176) De acuerdo con el fragmento B, se puede afirmar que: 01. Clay era el verdadero asesino. 02. Clay era cómplice en los asesinatos. 04. Clay lleva a su mejor amigo al suicidio. 08. Clay era amante de la mujer de su mejor amigo. 16. Clay era inocente de los crímenes. ________ 177) Señala la(s) proposición(es) que podría(n) sustituir la palabra borrar presentada en el fragmento B. 01. Quitar 02. Manchar 04. Deshacer 08. Ensuciar 16. Destacar ________ 178) Señala la(s) proposición(es) que guarda(n) relación entre sí. 01. Rodaje / película / escenario / guión. 02. Juventud / niñez / vejez / madurez. 04. Lonjas / rodajas / trozo / tajada. 08. Taquilla / butaca / cirurgía / boleto. 16. Copa / vaso / taza / anillo. ________ (FURG 2003) 1 EL AGUA EN EL MUNDO 2 Un recurso escaso y contaminado 3 Según las Naciones Unidas, cerca de un tercio de la población mundial vive en países con carencia 4 moderada o grave de agua, la mayor parte en África y Asia. Si los actuales niveles de consumo 5 continúan, en 2025 dos de cada tres habitantes de la Tierra tendrán dificultades para abastecerse 6 de agua*. 7 Carlos Amorín** 8 Poca y contaminada. A la escasez creciente de agua dulce se agrega la contaminación incesante 9 de los ríos, lagos, corrientes subterráneas y cuencas hidrográficas. La causa principal de la 10 contaminación del agua es la descarga directa de desechos domésticos e industriales no 11 procesados en los cuerpos de agua superficial. Ello contamina no sólo los cuerpos de agua sino 12 también los acuíferos de agua subterránea adyacentes. Con la expansión de la industria, la minería 13 y el uso de agroquímicos, los ríos y acuíferos se contaminan con sólidos orgánicos, químicos 14 tóxicos y metales pesados. 15 La distribución geográfica de la contaminación del agua en América Latina, según el PNUMA, 16 “está dominada por los flujos desde las grandes áreas metropolitanas. Además de la concentración 17 de la población y la producción industrial que se da en estas metrópolis, intervienen otros factores ESPANHOL 149 18 causales importantes: un crecimiento en los sistemas de alcantarillado convencionales que no se 19 ha acompañado de facilidades de tratamiento correspondientes; la intensificación en el uso agrícola 20 de la tierra cerca de las áreas metropolitanas; los cambios en la estructura económica, con un 21 creciente énfasis en la manufactura; la concentración de escorrentía proveniente de áreas 22 pavimentadas en las ciudades en desarrollo, y la necesidad de una regulación artificial de las 23 corrientes fluviales. Como resultado, la calidad de los cuerpos de agua cerca de las grandes áreas 24 metropolitanas se ha visto seriamente comprometida”. La misma fuente agrega que “de particular 25 importancia en la contaminación de aguas subterráneas es la lixiviación debida al uso y liberación 26 inadecuados de metales pesados, químicos sintéticos y desechos peligrosos. La cantidad de estos 27 compuestos que llega a las aguas subterráneas proveniente de basureros y otras fuentes no 28 puntuales (escorrentía, infiltración en zonas agrícolas) parece estar duplicándose cada quince años 29 en América Latina”. 30 Un informe del programa de las Naciones Unidas “Evaluación de los Recursos Mundiales de 31 Agua Dulce”, a modo de síntesis, afirma que “La escasez de agua y la contaminación de las 32 fuentes habituales están causando problemas de salud generalizados, limitando el desarrollo 33 económico y agrícola, y dañando un amplio espectro de ecosistemas. Esto podría poner en peligro 34 numerosas fuentes de abastecimiento de alimentos y provocar el estancamiento en las economías 35 de vastas áreas del planeta. El resultado final podrá ser, entonces, la explosión de crisis locales y 36 regionales vinculadas con el agua, cuyas implicancias llegarían a ser globales”. 37 En este contexto, las más poderosas trasnacionales presionan por doquier para apropiarse del 38 agua del mundo, cuya extracción y distribución se perfila como uno de los negocios potencialmente 39 más lucrativos del siglo XXI. 40 *Fuente: Global Environment Outlook 2000. 41 **Integrante de la redacción de BRECHA 42 Brecha. Montevideo, 26 de julio de 2002. Glossário Alcantarillado – Encanamento. Escorrentía – Água de chuva que escorrega pela superfície do solo. Lixiviación – Operação de separar de certas substâncias, por meio de lavagem com dissolvente adequado, os sais nelas contidos. PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. 179) El texto “El agua en el mundo” tiene como objetivo A) denunciar a las organizaciones culpables por la escasez de agua; B) prevenir sobre los peligros de la falta de agua en Uruguay; C) informar acerca de la crisis del agua dulce; D) opinar sobre el problema del agua en el mundo; E) discutir las posibles soluciones al problema del agua. 180) Considerando las estrategias comunicativas que predominan, se puede decir que el texto es A) narrativo; B) argumentativo; C) descriptivo; D) expositivo; E) dialogado. 181) El texto “El agua en el mundo” fue tomado de A) una publicación de Montevideo; B) un manual de geografía; C) un sitio de Internet; D) un informe de Naciones Unidas; E) una publicación traducida del inglés. 182) El texto fundamenta su estructura en A) el análisis; B) la síntesis; C) la definición; D) la comparación; E) la negación. 183) El uso constante de la tercera persona indica que en el texto predomina A) la subjetividad; ESPANHOL 150 B) la referencia al lector; C) lo metalingüístico; D) la objetividad; E) lo ficcional. 184) Las partes del texto presentadas con letra cursiva y entrecomillado indican A) que lo afirmado es importante; B) que la información, de tan conocida, es obvia; C) que el informe es de un organismo oficial; D) que se quiere producir un efecto estético. E) que se refiere lo dicho por otro texto; 185) En el texto predominan las formas verbales en A) futuro; B) pasado; C) subjuntivo; D) presente; E) condicional. 186) El autor afirma que la causa principal de la contaminación del agua (líneas 9-10-11) se debe a A) la descarga de agua del retrete; B) la existencia de alcantarillados clandestinos; C) la falta de vigilancia ambiental; D) fallas en la educación ambiental; E) la falta de tratamiento de los residuos vertidos. 187) Según el contexto, la palabra “desechos” (línea 10) se refiere a A) desperdicios; B) artículos del hogar; C) papeles para paredes; D) objetos manufacturados; E) cosas en uso. 188) El vocablo “Ello” (línea 11) remite a A) los ríos, lagos y corrientes subterráneas; B) la descarga de desechos; C) los cuerpos de agua de la superficie; D) los dueños de las industrias; E) las dueñas de casa. 189) Dado el contexto, las expresiones “no sólo... sino también” (líneas 11-12) permiten A) probar la falsedad de lo que se afirmó antes; B) referirse a situaciones hipotéticas; C) negar lo afirmado anteriormente; D) ratificar lo argumentado y agregar información; E) rectificar una información y agregar argumentos. 190) Los siguientes enunciados se refieren a algunos de los factores que inciden sobre la contaminación del agua en América Latina (líneas 18-23). I La presión de la demanda sobre un alcantarillado inapropiado. II El crecimiento de la renta de la población urbana. III El aumento del número de fábricas. IV Las aguas pluviales contaminadas. V La mejora de los hábitos de higiene. ¿Cuál de las alternativas es la adecuada? A) I, II y III B) I, II y IV C) I, III y IV D) I, III y V E) II, III y V 191) Las palabras “cerca” (líneas 20 y 23) y “basurero” (línea 27) se traducen al portugués como ESPANHOL 151 A) a cerca ¾ vassoura B) a cerca ¾ lixo C) perto ¾ vassoura D) a cerca ¾ lixão E) perto ¾ lixão 192) El informe del programa de las Naciones Unidas (líneas 30-36) A) resta importancia a los pronósticos negativos sobre el agua; B) prevé futuros problemas provocados por la falta de agua; C) alerta sobre las aguas estancadas en vastas áreas del planeta; D) aconseja abastecerse de alimentos y de agua; E) defiende la necesidad de limitar el desarrollo agrícola. 193) La palabra “Esto” (línea 33) remite A) a poner en peligro numerosas fuentes de abastecimiento de alimentos B) al daño de un amplio espectro de ecosistemas; C) a los recursos mundiales de agua dulce; D) al informe del programa de las Naciones Unidas; E) a la explosión de crisis laborales locales y regionales. 194) La palabra “entonces” (línea 35), en ese contexto, fue usada para A) marcar hechos pasados; B) negar lo afirmado anteriormente; C) descartar las previsiones hechas; D) limitar los alcances de lo afirmado; E) agregar comentarios ampliatorios. 195) Con la forma verbal “podrá ser” (línea 35), se expresa A) una comprobación; B) certidumbre; C) una interrogación; D) una predicción; E) finalidad. 196) En la expresión “cuyas implicancias llegarían a ser globales” (línea 36), la palabra subrayada se interpreta como A) consecuencias; B) sobreentendidos; C) hipótesis D) disgustos; E) conflictos. 197) La expresión “por doquier” (línea 37) quiere decir A) por un lado en especial; B) por el lado que se quiere; C) por el lado que conviene; D) por el lado más débil; E) por cualquier lado. 198) El autor afirma que las más poderosas trasnacionales (líneas 37-39) A) ya se están ocupando de la administración racional del agua; B) trabajarán a pérdida en el negocio de la distribución del agua; C) ya están en carrera para apoderarse de las fuentes de agua; D) presionan al poder público para solucionar la escasez de agua; E) quieren administran el agua del mundo con espíritu igualitario. ESPANHOL 152 ANALITICO EXPOSITIVAS LOS ROBOTS QUE TRABAJAN EN EQUIPO Una profesora estadounidense ha inventado el “Nerd Herd” (Ciberrebaño), un grupo de robots capaces de darse órdenes los unos a los otros. Se los ve caminar apresuradamente de un lado a otro de la habitación, como cangrejos mecánicos, recogiendo objetos de colores brillantes. Pero el Nerd Herd o ciberrebaño es algo más que un juguete: se trata del proyecto más ambicioso para hacer que un grupo de robots se comporten como criaturas vivas. Pueden, por ejemplo, construir una casa o recolectar una cosecha de plantas, colaborando entre ellos, dándose órdenes y aprendiendo del trabajo en equipo; trabajar en cadenas de montaje, desactivar minas, luchar contra catástrofes o servir de ayuda en el hogar. “Cuando empecé a trabajar con robots - dice Maja Mataric, profesora de la Universidad Brandeis, de Massachusetts, Estados Unidos - intentaba que fueran más inteligentes, y la forma de conseguirlo es hacerlos cooperar unos con otros.” El Nerd Herd es único, ya que se trata del mayor grupo de robots autónomos capaces de trabajar a la vez. Son 24 y tienen el tamaño de una caja de zapatos; se mueven con ruedas y poseen unas pinzas con sensores para agarrar objetos. Pero lo más importante de estos robots es su medio de intercomunicación: mediante unos emisores-receptores de radio, se envían unos a otros mensajes de comportamiento, como “sígame” o “haga un giro”. Los robots son incentivados en su trabajo mediante premios y castigos en forma de puntos. Mataric compara a su rebaño con sociedades. “Podemos programar unos robots para que sean más ‘inteligentes’ que otros, y crear así entre ellos una jerarquía, igual que ocurre en ciertos grupos de animales”. (Fonte: Rev. Muy Interesante, Nº 142. Buenos Aires, agosto 1997.) 199) Que características permitem que seja atribuída inteligência aos robôs de que trata o artigo? 200) Partindo da descrição que o artigo oferece acerca dos robôs, compare a forma de comunicação dos robôs com a humana. Cite uma semelhança e uma diferença. 201) Os robôs são comparados no texto a um rebanho. Por quê ? (Fonte: LAVADO, J. Salvador (Quino). Potentes, prepotentes e impotentes. Buenos Aires, Ediciones de la Flor, 1989.) 202) Explique os dois sentidos da palavra “basura” empregados no texto, justificando, de acordo com o ponto de vista do autor, sua aplicação em cada caso. 203) Os homens de preto colocam-se, alternadamente, em pontos de vista diferentes a respeito das normas sociais e da autoridade institucional. O que é posto em evidência através dessas mudanças de posições? (UFPEL 1999 2ªFASE) La manía de NO TIRAR NADA Marité Rizzo 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. Parecería que en toda casa hay, por lo menos, un cajón donde cualquier mujer acumula diversos elementos inservibles: cabos de vela sin mecha, facturas pagas de hace 20 años, una hebillita rota, pedacitos de algún adorno que tuvimos la sana intención de arreglar, un solo aro sin su par, aburridísimas comunicaciones de la administración del consorcio, una receta ilegible, algún medicamento vencido... Tal vez este rinconcito desordenado sea inofensivo, inevitable y hasta simpático. Pero, ¿qué pasa cuando no podemos tirar ni regalar nada de todo aquello que ya no nos sirve? La manía de acumular está más extendida de lo que se supone. Según los investigadores, varias son las causas inconscientes por las que uno ESPANHOL 153 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. puede volverse maniático del “no tirar”. Una de las más comunes es que “en algún momento lo podemos necesitar”. Otra motivación es el contenido emocional que tienen algunos objetos: el vestido de novia, la primera ropita de nuestros hijos, los recuerdos de viaje... Tal vez pretendemos eternizar los momentos felices por este medio, sin darnos cuenta de que, la mayor parte del tiempo, esos “testigos” permanecen encerrados en un mueble. Por último, afirman los especialistas que los occidentales experimentamos una verdadera fobia al concepto de “vacío”, y por eso necesitamos atiborrar los placares, las alacenas, los espacios. Los orientales, en cambio, sostienen que sólo al experimentar el vacío surge la posibilidad de encontrarse con lo nuevo y lo distinto. Será por eso que en Oriente se habla del “arte del desapego”: no quedarse enganchado ni a lo material ni a lo emocional, y deshacerse de lo que ya no sirve. ¿Realmente pensamos que volveremos a usar ese vestido que hace tres años ocupa espacio en una valija? ¿Tiene sentido conservar los apuntes de estudio de una carrera que ya estamos ejerciendo hace rato? Lo mismo sucede en el terreno de las afectos:¿para qué acumular en el corazón ciertas historias del pasado, melancolías y resentimientos que inspiran temor al futuro e impiden gozar del presente? Para hacerle espacio a lo nuevo, es necesario desprenderse de algo viejo. Y en estos casos, acumular es perder. Fonte: Revista Para Ti, 28 de julio de 1997 RESPONDA ÀS QUESTÕES 136, 137, 138 E 139, QUE ESTÃO BASEADAS NO TEXTO ACIMA 204) Explique o sentido de perder, no campo dos afetos, segundo o texto. 205) Quais são os fatores que determinam a atitude de certas pessoas que "no tiran" nada? 206) Qual é a mania a que o texto se refere? 207) Explique o conceito de "vacío", segundo a cultura oriental e a cultura ocidental. 'CARMEN' Eduardo Haro Tecglen 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. Parodia de Mérimée. Carmen de Bizet, misionera sangrienta. Versión y dirección: Gustavo Tambascio. Intérpretes: Trinidad Iglesias, Juan Carlos Martín, Emilio Gavira. Pianista: Paco Pepe. Teatro Alfil. Un enano con voz de barítono, un actor largo y estrecho como tenor, una tiple* genéricamente gorda, hacen en esta canícula una parodia de Carmen. No ahorran el canto, aunque sus voces sean mas cómicas que importantes. Doblan los personajes, y añaden otros nuevos: hasta el de Prosper Mérimée, que explica cómo escribió su cuento, luego musicado, y hace el papel de destino para llegar al final sangriento en sólo 70 minutos. Que parecen más. El tiempo, en el teatro, es elástico, como si lo midieran los relojes blandos de Dalí; algunas veces se hace demasiado breve, otras parece interminable. Este es el caso. No es, sin embargo, suficiente para negarle el crédito a Gustavo Tambascio, que muchas otras veces ha sido más generoso con los espectadores. Lo que ahora les arroja es injusto. Por eso me parece que van pocos; el domingo pasado no pasaban de dos o tres docenas de refugiados del calor de la calle - que, sin embargo, los persigue -, que agradecieron muy gentilmente el esfuerzo de los actores. Es verdad que el trabajo es siempre mucho en el teatro, se haga bien o mal, y que siempre merece la gratitud de quien lo contempla. 7 de julio de 1998 - Copyright DIARIO EL PAIS, S.A. Madrid. * Tiple. m. La más aguda de las voces humanas, propia especialmente de mujeres y niños. (diccionario de la RAE.) RESPONDA ÀS QUESTÕES 140, 141, 142 E 143, QUE ESTÃO BASEADAS NO TEXTO “CARMEN” 208) Descreva o ator que tem voz de barítono e o ator que tem voz de tenor. 209) No texto, há três referências que nos induzem a pensar que esse espetáculo foi levado à cena no verão. Mencione duas dessas referências. 210) O que opina o jornalista sobre o espetáculo e sobre o trabalho teatral em geral? 211) Nas linhas 06 e 07, o jornalista manifesta sua opinião sobre a utilização da voz feita pelos atores e sobre as conseqüências dessa utilização. Explique essa opinião. GEOGRAFIA 154 I- GEOLOGIA: O planeta Terra guarda marcas de seu vasto passado. A história da geologia é, um pouco, a história da interpretação dessas marcas. Vários momentos da história o homem tende a compreender a geologia de acordo com suas dificuldades e tecnologia de cada época. As teorias contemporâneas sobre o tempo geológico surgiram no inicio do século XX, pouco depois da descoberta da radioatividade. O conhecimento do processo de desintegração radioativa dos elementos permitiu a datação cientifica da idade das rochas. Teorias Geológicas: - PANGÉIA: - Deriva Continental: - Placas Tectônicas: Observe o esquema representado a seguir (Estrutura da Terra). Ele mostra as camadas de que é constituída a Terra. Durante o processo de formação, a Terra recebeu em sua superfície uma “chuva” de meteoritos de vários tamanhos. Após a colisão com esses corpos celestes, a temperatura do nosso planeta aumentou muito. Grande parte da Terra fundiu e houve uma acomodação diferenciada de seus componentes. Os materiais mais pesados afundaram e formaram o núcleo; os mais leves ficaram próximos da superfície. Desse modo, o interior da Terra é formad o por camad as diferen tes: A crosta (litosf era), com materi ais leves; O manto (Astenosfera)camada intermediária; O núcleo(Nife), com materiais mais densos. A crosta pode ser dividida em duas porções diferentes entre si: a crosta continental e a crosta oceânica. A crosta continental é constituída de duas subcamadas: Crosta continental superior: com 15 a 25 Km de espessura, formada principalmente por silício e alumínio (SIAL) Crosta continental inferior: com 30 a 35 Km de espessura, nela predominam silício e magnésio (SIMA) A crosta oceânica é formada: Pela camada basílica, que tem de 1 a 4 Km de espessura Pela camada oceânica, que tem de 5 a 6 Km de espessura. A litosfera, com cerca de 70 Km de espessura, compreende a crosta (continental e oceânica) e a parte do manto superior. É formada por placas tectônicas. Para baixo da astenosfera está a mesosfera, que é constituída por materiais de densidade média e abrange parte do manto superior e o manto inferior. A endosfera (núcleo externo e interno) é formada essencialmente por ferro e níquel. As investigações geofísicas da Terra, através da propagação de ondas sísmicas revelaram algumas alterações na velocidade dessas ondas que indicam diferenças químicas entre uma camada e outra, as chamadas descontinuidades. Assim, entre a litosfera e o manto há a descontnuidade e Mohorovicic (Moho).A descontinuidade de Gutemberg é o limite entre o manto inferior e o núcleo. GEOGRAFIA 155 Vivemos na superfície terrestre. Na litosfera realizamos todas as nossas atividades. A hidrosfera (mares, rios, oceanos e lagos) e a atmosfera (camada gasosa), essenciais À vida humana, fazem parte dessa camada mais superficial onde se desenvolve a biosfera (constituída pela flora, pela fauna e pelo homem). Entretanto, conhecer o interior do planeta é extremamente importante para entender os fenômenos que podem ser devastadores para a vida humana, como as erupções vulcânicas e os terremotos. Agentes Endógenos: Vulcanismo: Tectonismo: Orogênese e Epirogênese Abalo Sísmico: Vamos responder essa pergunta: O que é o Epicentro, e o Hipocentro? QUADRO NATURAL Situado na parte central da Placa Sul-americana, o território brasileiro apresenta grande estabilidade. Não há registros de vulcanismo ativo e apenas esporadicamente ocorrem movimentos sísmicos de baixa intensidade. Não possui dobramentos terciários como os Andes e o Himalaia. Sua estrutura geológica é representada por escudos e núcleos Cristalinos (36%) e bacias Sedimentares (60%) e rochas Vulcânicas (4%). 32% dos terrenos cristalinos são da Era Arqueozóica e 4% da Era Proterozóica. Nesses 4% estão situadas importantes jazidas minerais (ouro, prata, ferro, níquel, cromo, platina, urânio, tungstênio, bauxita etc.) nos maciços de Urucum, do Quadrilátero Ferrífero, de Carajás e da Serra do Navio, entre outros. Os terrenos sedimentares são oriundos das Eras Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica. Têm jazidas de petróleo, carvão, gás natural, xisto betuminoso, calcário etc. Nos 4% das rochas vulcânica temos como destaque o solo de Terra Roxa. Vejamos as Eras Geológicas: cerca de 5 bilhões de anos. Tentativa de estabelecer uma cronologia nos fatos que se sucederam na história geológica da Terra. Os 5 bilhões de anos da história da Terra, aproximadamente, podem ser divididos em cinco eras: - Azóica: (4,8 até 3,8 bilhões de anos) A Terra em processo de resfriamento, dando origem as primeiras rochas da crosta, não se considera propriamente uma era geológica, pois nesta era a Terra se consolidou. - Arqueozóica: ( 3,8 até 2,5 bilhões anos) Formação dos primeiros continentes e oceanos; primeiras formas de vida dentro dos oceanos; ausência de fósseis. - Proterozóica: ( 2,5 até 590 milhões de anos) Transformações da crosta terrestre provocadas por movimentos internos, formações metamórficas de reservas minerológicas metálicas; definição das formas vivas em animais e vegetais. As eras Arqueozóica e Proterozóica compreendem o Pré- Cambriano. - Paleozóica: ( 590 até 250 milhões de anos) Resfriamento da superfície, com a formação calotas de gelo; vida na superfície, com o aparecimento das primeiras florestas (Coníferas); formações das jazidas carboníferas e os primeiros répteis e anfíbios. - Mesozóica: ( 250 até 65 milhões) Aquecimento da superfície terrestre devido ao Efeito Estufa; Vulcanismo; grandes florestas com plantas gigantes; domínio dos grandes sáurios e o surgimento dos primeiros mamíferos. - Cenozóica: ( 65 bilhões de anos até hoje) Dividida em duas partes: Terciário= esfriamento da superfície, com grandes calotas de gelo; desaparecimento dos denominados grandes répteis; formação dos continentes atuais e as grandes montanhas e cordilheiras. Quaternário= glaciações, domínio dos mamíferos; surgimento do homem; predomínio de sedimentações. As eras paleo+meso+ceno = cambriano. RELEVO Em grande escala, o relevo terrestre depende de:  Fatores internos (endodinâmica), podem ser tectônicos, que provocam dobras e fraturas, ou vulcânicos.  Fatores externos, representados pelos organismos vivos e pelos agentes de erosão; tendem a uniformizar o relevo. Diz-se que um relevo é velho, quando se apresenta bastante descarga pela erosão . Dobra Falha GEOGRAFIA 156 Diz-se que um relevo foi rejuvenescido, quando sofreu em eras recentes ações internas, provocando a aceleração dos agentes erosivos. Em seus detalhes, as formas de relevo dependem da natureza da rocha (substrato rochoso) e dos agentes morfoclimáticos. As principais formas de relevo são as montanhas, os planaltos, as planícies, que recebem denominações variadas conforme sua origem e detalhes morfológicos, e depressões que são formas que apresentam posição altimétrica mais baixa que as porções contíguas. Podem ser absolutas, se estiverem abaixo do nível do mar, ou relativas. O RELEVO BRASILEIRO É formado basicamente por planalto e planícies, possuindo altitudes modestas, devido à ação dos agentes erosivos, que o desgastaram ao longo das eras geológicas e também devido à ausência de dobramento terciários: - 41% são terras baixas com altitudes inferiores a 200 m, - 58,5% são planaltos e uma ou outra serra com altitude entre 200 e 1 200 m, - apenas 0,5% das terras estão acima de 1.200 m, são as áreas culminantes. Veja o perfil topográfico da placa Sul-americana: BRASIL NO MUNDO O Brasil está situado na parte centro-oriental da América do Sul, inteiramente no Hemisfério Ocidental, pois suas terras estão a oeste do meridiano de Greenwich. Com 8 511 965 km 2 , é o 5 o do mundo em conta apenas o fator terras contínuas, coloca-se em 4 o lugar, superando os Estados Unidos. Faz fronteira com todos os países continentais da América do Sul, exceto Chile e Equador. Não possui áreas inabitáveis ou de difícil ocupação humana, como geleiras (terras polares), altas montanhas (Andes, Himalaia) e desertos (Saara, Austrália). Isso coloca o Brasil em posição privilegiada, se comparado com outros países de grande extensão territorial. Devido à sua grande extensão leste-oeste (4 328 km), possui quatro fusos horários, todos atrasados em relação à hora mundial (Londres). A hora oficial do Brasil é de Brasília com três horas a menos de Londres. Tem um litoral muito extenso (cerca de 9 200 km), se levadas em consideração as saliências e reentrâncias uma posição estratégica de grande import6ancia no Atlântico Sul, passagem para a Antártica e aceso ao Índico e ao Pacífico Sul. ROCHAS: (Preencher) Tipos: - Magmáticas: - Metamórficas: - Sedimentares: SOLOSSOLO Pela ação do intemperismo as rochas se decompõem e se desagregam, ocasionando a formação dos solos, isto é, a camada arável da terra. Quando à origem, os solos podem ser: Eluviais ou zonais formados por sedimentos oriundos da rocha matriz subjacente. Aluviais ou azonais formados por sedimentos transportados através de diferentes agentes (rios, chuvas, ventos etc.). Orgânicos formados pela decomposição de matéria viva; o que vale dizer que são ricos em humo. Quanto à estrutura, que depende do processo de formação, os solos podem ser: arenosos, argiloso-arenosos ou argilosos. Perfil esquemático do solo: Horizonte A: rico em Húmus e matéria orgânica. Horizonte B: é constituído por material inorgânico, embora receba material orgânico pela infiltração da água. Horizonte C: distingue se pela presença de blocos de rochas. Horizonte D: presença da rocha matriz. Solos Férteis de Destaques: Massapé= Terra Roxa= Várzea= Problemas dos solos: - Lixiviação: GEOGRAFIA 157 - Laterização: - Erosão: Relevo Brasileiro: Classificação do relevo brasileiro (Segundo Aroldo de Azevedo)  Planalto das Guianas  Planalto Brasileiro Planalto Atlântico Planalto Central Planalto Meridional Planície Amazônica Pantanal Costeira - Planalto das Guianas: Localizado ao norte da planície Amazônica, divide-se em Planalto Norte-Amazônico e Região Serrana, onde se encontra o pico da Neblina, maior altitude do Brasil, com 3 014 m; - Planalto Atlântico: Estende-se desde o norte do Rio Grande do Sul. No Nordeste encontramos as chapadas do Araripe e do Apodi, o planalto da Borborema e a chapada Diamantina; em Minas e Bahia, a serra do Espinhaço. No Sudeste, encontramos elevações das serras do Mar e da Mantiqueira; - Planalto Central: Ocupa grande parte da região Centro- Oeste, trechos das regiões Nordeste, Sudeste e Norte. Possui terrenos sedimentares e cristalinos. Suas principais chapadas são as dos Parecis, dos Veadeiros e dos Guimarães; - Planalto Meridional: Estende-se por trechos do sul de Minas, Triângulo Mineiro, sul de Goiás e dos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e da região Sul. Divide-se em Depressão Periférica e Planalto Arenito-Basáltico. Possui terrenos sedimentares com derrames de lavas vulcânicas, que se decompuseram dando origem ao solo terra roxa; - Planície Amazônica: Localiza-se entre o Planalto Central e o das Guianas. Corresponde à Bacia Sedimentar Amazônica, que, a rigor, não é uma planície em toda sua extensão. Apenas as áreas próximas aos rios são planícies, as demais são baixos platôs; - Planície do Pantanal: É uma planície quaternária que recebe sedimentos depositados pelo rio Paraguai em suas cheias; - Planície Costeira ou Litorânea: Estende-se desde o nordeste do Rio Grande do Sul até o Amapá, sofrendo interrupções quando o relevo cristalino entra em contato com o mar. Entre a encosta do Planalto Atlântico e o litoral, as extensões planas são denominadas baixadas como a Fluminense, a Santista, a do Ribeira. II- NOÇÕES GERAIS DE ASTRONOMIA ASTROS LUMINOSOS: Apresentam luz própria: estrelas, pulsars, quasars e nebulosas. Pulsar: estrela pulsátil. Quasar: astro mais distante até hoje identificado. ASTROS ILUMINADOS: Não apresentam luz própria: planetas, satélites e cometas. UNIDADE ASTRONÔMICA: 150 milhões de km. ANO LUZ: 9,5 trilhões de km. PARSEC: 3,26 Anos-luz. Constelações BOREAIS: Visíveis no hemisfério celeste Norte – Ursa Maior, Hércules, Lira, Cocheiro e Ursa Menor. AUSTRAIS: Visíveis no hemisfério Sul celeste – Centauro, Cruzeiro do Sul, Navio, Cão Maior e Órion. ZODIACAS: são 12 visíveis no Equador celeste que dão origem aos signados do Zodíaco. SISTEMA SOLAR Sistema Solar Conjunto de astros situados na Via Láctea, que orbitam em torno do Sol. É constituído de uma estrela amarelada de 5 a grandeza. Nove planetas mais importantes, satélites, asteróides e cometas. SOL É constituído de camadas: Núcleo, Fotosfera (parte visível), Capa Inversora, Cromosfera e Coroa Solar. Observação: Muitos livros não fazem referência à Capa Inversora, sendo neste caso, incluída na Cromosfera. ~> MANCHAS SOLARES: Manchas situadas na fotosfera, descobertas por Galileu, que apresentam variação de dimensão com periodicidade. ~> PROTUBERÂNCIAS: Gigantescas labaredas que se despreendem da superfície solar. Outras observações: Saber + Outros solos: Tchernozion: Solos de regiões temperadas, rico em matéria orgânica, de coloração escura e muito fértil. Muito comum no leste europeu e interior dos EUA. Podzol: Solos ácidos, porém muito fértil muito comum nas zonas litorâneas temperadas. Loess: Solos das planícies Chinesas, rico em sedimentos depositados de outras áreas. GEOGRAFIA 158 ROTAÇÃO SOLAR: 25 dias e 19 horas. AFÉLIO: Maior afastamento Sol-Terra e corresponde a aproximadamente 152 milhões de km. PERIÉLIO: Menor afastamento Sol-Terra e corresponde a 147 milhões de km. PLANETAS Os mais importantes são em número de 9 (embora se conheçam ainda muitos outros mais). MERCÚRIO: É o menor e o mais próximo do Sol, o que corresponde ao planeta que executa em menor tempo o movimento de Translação. VÊNUS: É o planeta mais parecido e o mais próximo da Terra. Apresenta o maior dia do Sistema Solar e também a maior temperatura média dos nove planetas. É conhecido como estrela D’Alva. Em 2006 o planeta Plutão foi rebaixado para planeta anão do sistema solar!!! TERRA: O TERCEIRO PLANETA DO SISTEMA SOLAR: A Terra localiza-se a uma distância média de 150 milhões de km do Sol, completando uma volta ao seu redor em 365 dias e 6 horas. Nosso planeta realiza ainda uma rotação ao redor do seu eixo em 24 horas. Seu equador tem uma inclinação de 23 O 27’ em relação ao plano da eclíptica. Seu diâmetro equatorial é de 12 756 km; o diâmetro polar, de 12 713 km; a densidade média, de 5,52 g/cm 3 . A circunferência da Terra ao redor do equador é de 40 075 km, e a dos pólos em 40 000 km, o que significa que ela não é uma esfera perfeita, mas sim um geoelipsóide triaxial que é quase esférico mas achatado nos pólos. A Terra tem uma massa estimada em 5 995 quintilhões de toneladas e um volume estimado em 1 083 bilhões e 218 milhões de km 3 . Sua área total é de cerca de 510 100 000 km 2 , dos quais 148 940 000 km 2 são ocupados por terra. A profundidade média do oceano é de 3 810 m e a altitude média é de 822m. Apesar da idade estimada de 4,5 bilhões de anos, as rochas mais antigas encontradas na Terra têm 3,4 bilhões de anos. MARTE: Sua superfície apresenta “canyons” denominados de Canais de marte e também apresenta duas calotas polares que variam de tamanho durante o ano marciano. Apresenta dois satélites: - Fobos e Deimos. JÚPITER: É o maior planeta do Sistema Solar. Apresenta o menor dia e dezesseis satélites. SATURNO: Apesar de não ser o único, notabiliza-se pelos anéis que giram em seu redor. Apresenta mais de vinte satélites. URANO: Apresenta quinze satélites e vários anéis. NETUNO: Apresenta dois satélites. PLUTÃO: Apresenta o maior ano e um satélite, sendo o menos conhecido dos planetas. ANEL DOS ASTERÓIDES: É uma faixa com 500 milhões de km de largura, situado entre as órbitas de Marte e Júpiter, onde orbitam milhares de pequenos planetas – os planetóides. MOVIMENTOS DA TERRA: A Terra apresenta 14 movimentos conhecidos, dos quais 2 mais importantes: Rotação e Translação. ROTAÇÃO: Gira ao redor de seu eixo no sentido Oeste – Leste, completando uma volta a cada 24 horas aproximadamente e dando como conseqüência a sucessão dos dias e das noites. Vejamos outras conseqüências: Dia Solar: Passagem duas vezes consecutiva s do Sol pelo mesmo meridiano. Dia Sideral: Passagem de uma estrela qualquer por um mesmo meridiano. Dia Civil: Dia cujas horas são contadas de 0 a 24. TRANSLAÇÂO: Órbita ao redor do Sol, completando uma volta a cada 365 dias e 6 horas aproximadamente. Dá como conseqüência o ano e, juntamente com a Obliqüidade da Eclíptica, propicia as Estações do Ano. Vejamos outras conseqüências: Solstícios e equinócios, Afélio e Periélio, Sol da Meia Noite e Aurora Boreal e o Albedo. Solstício: Maior afastamento entre o Plano de Órbita e o Plano do Equador, ou, momento em que o Plano da Órbita coincide com um dos Trópicos. Os solstícios ocorrem no início do Inverno e Verão. Equinócio: Momento em que o Plano da Órbita coincide com o Plano do Equador, ou momento em que os raios solares atingem perpendicularmente a região equatorial. Os equinócios ocorrem no início do Outono e da Primavera. Vejamos: Anotações: GEOGRAFIA 159 Precessão dos Equinócios: É o movimento pendular do eixo da Terra de duração muito lenta. Ocasiona um lento deslocamento dos pontos equinociais. Obliqüidade da Eclíptica: Ângulo formado entre o Plano da Órbita e o eixo da Terra, correspondendo a 66 O 33’. Ou, ângulo formado entre o Plano da Órbita e o Plano do Equador, correspondendo a 23 O 27’. Preencha as situações de cada letra: A ................................................................................................... B .................................................................................................... C .................................................................................................... D .................................................................................................... A LUA Satélite natural da Terra. - 49 vezes menor que a Terra. - 384 mil km de distância média da Terra. Lembre-se de diferenciar o APOGEU e o PERiGEU. Relevo: Planícies (mares); Montanhas pouco erodidas; Circos – depressões circulares. Movimentos: Rotação – dias e noites lunares aprox. 28 dias terrestres. Gira ao redor do seu próprio eixo. Revolução– fases da Lua, aprox. 28 dias terrestres. Gira ao redor da Terra. Translação– ano, aproximadamente 365 dias e 6 horas. Gira ao redor do Sol, juntamente com a Terra. Fases da LUA Nome Posição no Espaço Nova (Novilúnio) Conjunção Quarto Crescente 1 a Quadratura Cheia (Plenilúnio) Oposição Quarto Minguante 2 a Quadratura ECLIPSES Solar: Lua Nova e alinhamento Sol-Lua-Terra. Pode ser Total, Anular e Parcial. Lunar: Lua Cheia e alinhamento Sol-Terra-Lua. Pode ser Total e Parcial. Qual o eclipse mostrado na ilustração a baixo? ...................................................................................... Quando a Lua não se encontrar alinhada com a Terra e o Sol, não haverá eclipse!!! Vejamos: III- ORIENTAÇÃO Pontos Cardeais: N – Norte – (Setentrional ou Boreal) S – Sul – (Meridional ou Austral) L ou E – Leste – (Ocidental) O OU w – (OCIDENTAL) Pontos Colaterais: NE – Nordeste; SE – Sudeste; SO – Sudoeste; NO – Noroeste. COORDENADAS GEOGRÁFICAS: Latitude: Distância contada em graus a partir do Equador no sentido Norte – Sul, variando de 0 O a 90 O . Vejamos: GEOGRAFIA 160 As principais latitudes correspondem a:  3-Linha do Equador: Lat. Oº  2-Trópico de Câncer: Lat. 23 O 27’ N  4-Trópico de Capricórnio: Lat. 23 O 27’ S  1-Círculo Polar Ártico: Lat. 66 O 33’ N  5-Círculo Polar Antártico: Lat. 66 O 33’ S Corta o Brasil: Equador – Pará, Amapá, Amazonas e Roraima. Capricórnio – Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Lembre-se: Os Paralelos demarcam as Latitudes e os Meridianos demarcam as Longitudes. Longitude: Distância contada em graus, a partir do Meridiano de Greenwich ou Inicial, no sentido Leste – Oeste e variando de 0 O a 180 O . As principais longitudes são os Fusos Horários, que, em número de 24, limitam as horas na superfície terrestre. Os fusos horários são longitudes múltiplas de 15 O . FUSOS HORÁRIOS 360º : 24 h =15º Para identificar a hora de um lugar qualquer basta identificar a longitude do ponto dado e a do ponto pedido num gráfico de fusos horários. Sempre que o deslocamento em direção ao ponto pedido for para leste (direita), aumenta-se uma hora por fuso ultrapassado até chegar ao ponto pedido. Se o ponto pedido estiver a Oeste (esquerda) do ponto dado, diminui-se uma hora por fuso ultrapassado até chegar ao ponto pedido. Exemplo: Que horas serão no ponto A que apresenta longitude de 105 O O, quando no ponto B de longitude de 30 O L forem 21 horas? Resposta: No ponto A serão 12 horas. Observação: Sempre que as longitudes não forem múltiplas de 15 O , geralmente se arredonda para o múltiplo de 15 O menor mais próximo. O Brasil apresenta 4 fusos horários situados de acordo com o seguinte mapa: Como você pode observar, existe um limite teórico e um limite prático dos fusos horários. Se o limite teórico fosse rigidamente obedecido, algumas regiões de um estado, por exemplo, teriam horários diferentes de outras regiões do mesmo estado, trazendo uma série de dificuldades em termos e comunicação. Veja o que ocorre nos estados do Nordeste. De acordo com o limite teórico deveriam pertencer ao 1 o fuso, mas por questões práticas estão todos incluídos no 2 o fuso, com exceção do arquipélago de Fernando de Noronha, que pertence a Pernambuco e se situa no 1 o fuso. Atenção Para Linha Internacional de Data!!! O Lugar onde o calendário muda Existe uma linha que corta o globo de pólo a pólo, onde a data dá um salto de um dia. É uma linha traçada sobre o antimeridiano de 180º, porém ela faz algumas curvas, desviando-se de ilhas e regiões em terra firme onde possa existir comunidades. Fusos horários em relação à hora de Greenwich Área brasileira compreendida Área Km 2 % -2 horas Ilhas oceânicas, inclusive o arquipélago de Fernando de Noronha. 37 0,00 -3 horas Unidades da Federação: Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Tocantins, Distrito Federal e parte do Pará, a leste da linha que, partindo da foz do Jari, sobe pelo rio Xingu, subindo por este até os limites de Mato Grosso. 4 355 442 51,17 -4 horas Unidades da Federação: Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, parte do Pará a oeste da linha já citada e a parte do Amazonas a leste da geodésica que, partindo de Tabatinga, vai a Porto Acre, compreendidas essas duas localidades no fuso de quatro horas. 3 805 572 44,71 -5 horas Unidades da Federação: Acre e parte do Amazonas a oeste da geodésica mencionada. 350 914 4,12 Brasil.................................... 8 511 965 100,0 0 GEOGRAFIA 161 Regra da LID: O deslocamento para LESTE soma-se 24 horas. O deslocamento para OESTE subtrai-se 24 horas. IV- CARTOGRAFIA A palavra cartografia começou a ser utilizada a partir de 1839 por um historiador português denominado de visconde de Porto Seguro e designava-se pela ciência que se ocupava da produção de mapas. O homem moderno através de escavações realizadas em sítios arqueológicos na região centro-oeste da Turquia registrou a descoberta de mapas que remontam ao ano 6.000 a.C. Mais recentemente, o interesse pelo estudo de cartas geográficas produzidas por diferentes povos veio alterar os rumos de cartografia. Observou-se que, apesar das ainda inúmeras lacunas documentais, a representação cartográfica é uma linguagem visual muito mais antiga e universal do que se acredita. Observou-se também, que cada cultura tem sua maneira própria de perceber o espaço e de representá-lo; as imagens espaciais refletem, pois, particularidades de como foram produzidas. Para que servem os mapas? Os mapas e as cartas formam a linguagem da Geografia, assim como é a linguagem de uma nação e a matemática é a linguagem das ciências físicas. Mapas e cartas têm, a princípio, uma função prática: servem de instrumento de conhecimento, domínio e controle de um território. A confecção de um mapa envolve desde o início, um certo conhecimento matemático e localização dos fatos geográficos (cidades, rios, estradas, litoral, montanhas, vales etc...) devem ser estabelecidos com precisão. A posição em que se encontram deve ser corretamente fixada, tendo em conta os pontos cardeais e colaterais. A cartografia não é só uma ciência, mas sim, uma técnica e principalmente uma arte. A técnica e a arte da confecção de mapas evoluiu e se desenvolveu à margem da necessidade prática d conhecer e dominar territórios. Atualmente as técnicas cartográficas envolvem uma tecnologia sofisticada que inclui computadores e satélites. Imagens tomadas do espaço por satélites que se utilizam de ondas eletromagnéticas e do acesso ao espectro invisível (infravermelho) geram cartas computadorizadas múltiplas. PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS: - Cilíndrica: Paralelos e meridianos se cruzam em linha reta e são perpendiculares. Usada para representações do mapa-múndi e para regiões de baixas latitudes. Vejamos: - Cônica: Paralelos curvos e meridianos retos. Usada para representar regiões de médias latitudes. Anotações: GEOGRAFIA 162 Polar: Paralelos formando círculos concêntricos e meridianos retos e diametrais. - Azimutal: Equidistante do centro. As projeções polares são azimutais. Mercator: É uma projeção cilíndrica-conforme onde se considera a Terra como se fora um cilindro tangente ao Equador e tem a precisão nas formas e desconsidera as áreas. Essa projeção é do século 16, foi muito utilizado nas navegações, período da hegemonia européia. Peters: É uma projeção cilíndrica-equivalente onde seu objetivo é dar precisão nas ÁREAS e tem deformações nas FORMAS. Atenção com a inversão da projeção!!! - Mollweide: Projeção que representa com exatidão a região situada entre dois paralelos. - Goode: O mapa-múndi aparece interrompido, porém os continentes apresentam as áreas proporcionais. PROJEÇÕES: A- CÔNICA B- CILíNDRICA C-azimutal (equidistante) CENTRO WASHINGTON D-azimutal (equidistante) CENTRO PÓLO NORTE E- de GOODE F- de MOLLWEID Anotações: GEOGRAFIA 163 Qual a letra que representa as projeções representadas acima do esquema? Aqui temos uma sátira da Mafalda sobre o conhecimento cartográfico. Cartografia e a Geopolítica: O século 20 foi o século das mudanças geopolíticas, união e fragmentação de países levaram os cartógrafos a muito trabalho. ESCALAS: estabelece a relação entre o tamanho real do fenômeno da superfície terrestre e a sua representação no mapa. Existem três tipos de Escalas: 1- Numérica: A redução do desenho é dada por número – 1/100 ou 1:100. O denominador indica quantas vezes o desenho foi reduzido. Lembre-se: Escala Pequena= maior o denominador = menor os detalhes = maiores as áreas a serem representada. Escala Grande= menor o denominador = maior os detalhes = menores as áreas a serem representada. Vejamos: GEOGRAFIA 164 2- Gráfica: A redução do desenho já é indicada por gráfico que apresenta a proporção de redução. Vejamos: ( cada 1 cm = 100 km ) 3- Explicita: a escala é dada diretamente, exemplo: 1cm no mapa equivale a 120 Km no terreno real. Outros elementos fundamentais da cartografia são: - Legenda - Titulo - Coordenadas - Escala - Projeção Curva de Nível: V- INTRODUÇÃO – O MEIO NATURAL Meio natural é o conjunto de condições naturais (não humanos que favorecem ou dificultam, em maior ou menor escala, a vida humana num determinado lugar. O CLIMA Clima é a sucessão dos estados da atmosfera em certo lugar. Diferenciar: Clima de Tempo. FATORES QUE DETERMINAM O CLIMA: - Latitude - Altitude A altitude influencia nos Biomas: - Massas de ar O clima do Brasil é influenciado pelas seguintes massas de ar: GEOGRAFIA 165 - Continentalidade - Maritimidade Os climas se classificam em quatro grupos básicos: - Quentes são os climas das baixas latitudes, onde a temperatura do mês mais frio é superior a 18 O C. - Áridos ocorrem em conseqüência da instalação de centro de alta pressão sobre os continentes, e se caracterizam pela escassez de chuvas e grande variação diária e anual da temperatura. - Mesotérmicos são os climas das latitudes médias, em feral, com quatro estações definidas. Quando não houver um inverno bem caracterizado, o clima será classificado como subtropical. - Frios são os climas das altas latitudes. Existem três tipos: frio propriamente dito, subpolar e polar. O clima influi no organismo humano, na alimentação, no vestuário, na habitação e na economia, principalmente nas atividades agrárias. Os principais elementos do clima são: - A temperatura, que varia conforme a latitude e a altitude; Com a radiação solar é mais intensa no Equador e diminui no sentido dos pólos, a temperatura do ar está na razão inversa da latitude. A temperatura do ar diminui na medida em que aumenta a altitude. - Os ventos, que se deslocam de uma zona anticiclonal (altas pressões) para uma zona ciclonal (baixas pressões). - As chuvas: Há três tipos fundamentais: * I- Convectivas, quando provocadas pela intensa evaporação e o conseqüente resfriamento pela ascensão do ar úmido, fenômeno que ocorre nas zonas equatoriais. * II- Frontais, quando causadas pelo encontro de uma massa fria com outra quente (e úmida), típicas das latitudes médias, como as do inverno no Brasil meridional. * III- Orogênicas ou Orográficas, quando os ventos se elevam e resfriam pelo encontro de uma barreira montanhosa, como é normal nas encostas voltadas para o mar. CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA As mais importantes classificações climáticas são as de Strahler, Köppen e Lysia M. Cavalcanti Bernardes. Lysia Bernardes identifica cinco climas: 1- Clima Equatorial: com médias térmicas e pluviométricas elevadas, chuvas bem distribuídas ao longo do ano. É o clima da Amazônia; 2- Clima Tropical Continental: com chuvas de verão e estiagem no inverno, é o clima da região Centro-Oeste, parte do Nordeste e Norte Ocidental; 3- Clima Subtropical: é o clima do sul do país; apresenta médias térmicas de manos de 20 O C, devido à influência da Massa Polar Atlântica. 4- Clima Semi-árido: caracterizado pela escassez e irregularidade das chuvas ao longo do ano; é o clima do Polígono das Secas ou sertão do Nordeste; 5- Clima Tropical de altitude ou Litorâneo: semelhante ao clima tropical, mas com acentuadas quedas de temperatura no inverno. Ocorre nos trechos mais elevados do Sudoeste e no sul do Mato Grosso do Sul; Observação: Strahler e Köppen identificam um clima específico para faixa costeira, é o clima litorânea úmido. Um recurso muito utilizado em provas é o Climograma. Vamos ver alguns climogramas: GEOGRAFIA 166 Observando o esquema a seguir responda quais as letras que os climogramas I e II estão representando respectivamente: Vejamos alguns problemas relacionados ao Clima: A sociedade já interferiu bastante nos ecossistemas. Efeito Estufa – teoria de mudança climática de Jonh Tyndall (1861), que diz que CO2 é transparente aos raios solares, mas opaco à radiação térmica de comprimento de onda mais longa, emitida pela superfície da Terra. Se a concentração atmosférica de CO2 aumentar, então a radiação térmica da Terra para a atmosfera diminui, aquecendo a superfície do planeta. A concentração de CO2 da atmosfera da sociedade pré-industrial, que era de 260-270 ppm, alcança hoje valor de 350 ppm, e estima-se que no ano 2065 será de 600 ppm. Camada de ozônio – camada com aproximadamente 20 km de espessura, distante cerca de 25 km da Terra, localizada na atmosfera que concentra cerca de 90 por cento do ozônio da atmosfera e que protege os seres vivos dos efeitos nocivos de parte da radiação ultravioleta do Sol. Chuva ácida – precipitação da água tornada ácida por resíduos gasosos provenientes principalmente da queima de carvões e derivados de petróleo, ou gases de núcleos industriais poluidores. Trata-se de entrada anômala de gases e produtos químicos no ciclo hidrológico, em condições de circuito não muito amplo, com retorno à superfície da Terra, e o alto nível de periculosidade para as plantas, animais, homens e edificações. Particularmente grave em áreas dotadas de chuvas orográficas, com diminuição do pH das águas, realimentadas pela queda das precipitações ácidas. GEOGRAFIA 167 Inversão Térmica – condição em que a camada de ar frio se sobrepõe a uma camada de ar quente impedindo o movimento ascendente do ar atmosférico. Em locais industrializados, a inversão térmica leva à retenção dos poluentes nas camadas mais baixas, podendo ocasionar problemas de saúde. Como a água se resfria e aquece mais lentamente do que a terra, as regiões marítimas apresentam menores variações de temperatura do que as regiões mediterrâneas. Fundamentalmente, as condições climáticas dependem da movimentação das massas de ar, cujas características (calor, umidade etc.) vão definir a evolução dos estados atmosféricos num determinado lugar. VI- VEGETAÇÃO A cobertura vegetal de qualquer região do planeta é resultante das condições climáticas (luz, temperatura, umidade, ventos), pedológicas (solos) e do relevo. CLASSIFICAÇÃO DA VEGETAÇÃO DO BRASIL A vegetação brasileira é dividida em formações florestais, campestres, complexas e vegetação litorânea. Vejamos o mapa das vegetações no Brasil: FORMAÇÕES FLORESTAIS - Floresta Amazônica: também chamada Hiléia Amazônica e floresta latifoliada (vegetais com folhas largas) equatorial. Divide-se em: a) mata do igapó ou caaigapó (sempre inundada); b) mata da várzea (inundada periodicamente); c) mata da terra firme (nunca sofre inundações). - Floresta Tropical Úmida de Encosta: também chamada Mata Atlântica. Estendia-se originalmente do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul; devido ao ininterrupto desmatamento, está reduzida hoje a 5% do que era. - Mata dos Cocais ou Zona dos Cocais: é uma formação vegetal de transição entre o lima semi-árido, equatorial e tropical. Sua principal espécie é o babaçu, que ocorre no Maranhão, Piauí e Tocantins. - Mata de Araucária ou Floresta Aciculifoliada: (vegetação com folhas em forma de agulhas): ocorre no Planalto Meridional, na área do clima subtropical. Sua espécie principal é a araucária, muito usada pela indústria madeireira. FORMAÇÕES CAMPESTRES - Campos: são formações vegetais herbáceas (rasteiras) nas quais existem, vários tipos de capins. Ocorre na planície gaúcha e em trechos de outras regiões. FORMAÇÕES COMPLEXAS - Cerrado: apresenta árvores de baixo porte, com caule e galhos retorcidos, o chão é coberto de gramíneas (vegetação rasteira). Ocorre especialmente na região Centro-Oeste. - Caatinga: é a vegetação do sertão do nordeste. Suas principais espécies são o pereiro, a aroeira, o aveloz e as cactáceas ( facheiro, mandacaru, xique-xique, etc.). É uma formação com muitos vegetais xerófitos. - Complexo do Pantanal: é uma formação heterogênea que ocorre na planície do Pantanal. Apresenta espécies próprias de outras formações: árvores, palmeiras arbustos, xerófitas (que vivem em regiões de clima de pouca umidade) e vegetação rasteira. VEGETAÇÃO LITORÂNEA - Mangues: com espécies sujeitas a oscilação da maré. - Vegetação das praias, dunas e restingas: suas principais espécies são a salsa-da-praia e o pinheirinho-da- praia. DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Da interação entre os vários elementos do quadro natural resultam os domínios morfoclimáticos, que são os seguintes: Amazônico: domínio de terras baixas, de clima quente e úmido e da floresta equatorial; Cerrado: domínio dos chapadões interiores com clima tropical alternadamente úmido e seco , vegetação de cerrados e matas-galerias; Mares de mortos: domínio dos mortos em meia laranja ou mamelonares, clima tropical úmido e floresta tropical úmida de encosta (Mata Atlântica); Caatinga: domínio das depressões semi-áridas e vegetação com espécies xerófitas (adaptadas e climas áridos e semi-áridos); Pradaria: domínios das coxilhas, clima subtropical e vegetação de pradaria (herbácea). Entre os domínios, existem as faixas de transição não- diferenciadas. Vejamos o mapa da devastação das vegetações no Brasil: Um dos grandes impactos ambientais na flora brasileira são as queimadas. Vejamos o mapa a seguir: GEOGRAFIA 168 Resumo do quadro climatobotânico: VII- HIDROGRAFIA Glossário Hidrográfico: Rio Perene: Rio Intermitente: Rio Planície: Rio de Planalto: Drenagem Exorréica: Drenagem Endorréica: Foz em Estuário: Foz em Delta: Montante: Jusante: Vazante: Cheias: Afluente: Subafluente: Divisor de Águas: Vejamos as Bacias Hidrográficas Brasileiras: A rede hidrográfica do Brasil possui as seguintes características: - Abundância de rios e escassez de lagos; - Rios com regime pluvial (alimentados pelas chuvas) tropical; - Rios com foz em estuário (uma boca), sendo poucos os que têm foz em delta (várias bocas, como o rio Parnaíba). O Amazonas é um rio de foz mista. No Polígono das Secas (sertão do Nordeste), existe rios que secam por longos períodos (são os rios temporários ou intermitentes). Os rios brasileiros são em sua maioria de planalto, com amplas possibilidades de aproveitamento hidráulico devido aos desníveis. Há poucos rios de planícies, como o Amazonas e o Paraguai, amplamente aproveitados como vias de navegação. Os cursos de água nos centros urbanos apresentam-se poluídos por dejetos urbanos industriais. PRINCIPAIS BACIAS HIDROGRÁFICAS - 1-Amazônica: a maior bacia do mundo. Seus rios são usados como meios de navegação. Possui o maior potencial energético do Brasil; - 2-do Paraná: apresenta o maior potencial instalado; - 4-do São Francisco: seu rio-eixo é aproveitado para navegação, produção de eletricidade e para irrigação; - 2-do Paraguai: o rio Paraguai é um rio de planície e serve como via de transporte de minérios do Maciço do Urucum; inunda o Pantanal em suas cheias; GEOGRAFIA 169 - 7-do Uruguai: o rio Uruguai é formado pelos rios Canoas e Pelotas bacia do Uruguai situa-se inteiramente na região Sul; - 5-agrupada do Nordeste: compreende os rios que desembocam entre os rios Tocantins e São Francisco; seus principais rios são o Grajaú, Mearim e Pindaré; - 6-agrupada do Leste: pertencem a essa bacia os rios Paraguaçu, Jequitinhonha, Doce e Paraíba do Sul, entre outros; - 8-agrupada do Sudeste: seus principais rios são o Ribeira de Iguape, o Tubarão e o Jacuí. Águas Oceânicas Oceanos * Pacífico - Superfície 164.316.900 Km 2 - Profundidade Máxima: 11898 m - Profundidade Média: 4.049 m * Atlântico - Superfície 86.555.200 Km 2 - Profundidade Máxima: 8648 m - Profundidade Média: 3314 m * Índico - Superfície 75.577.280 Km 2 - Profundidade Máxima: 7724 m - Profundidade Média: 3900 m Mares - Abertos: Arábico, Okhotsk, Weddell - Mediterrâneos: Mediterrâneo, Vermelho, Báltico - Fechados: Cáspio, Aral, Morto Fenômenos Salinidade Máxima – 40% - Mar Morto Média 35 a 36% Mínima – 5% Golfo de Bótnia Hidrosfera: Disponibilidade; Ciclo Hidrológico: Impactos Ambientais: Esgotos e Resíduos Urbanos (Lixo): GEOGRAFIA 170 Consumo: * Correntes Marítimas - Frias Nome Oceano Oya Siwo Pacífico Humboldt Pacífico Falklands Atlântico Labrador Atlântico As correntes frias estão diretamente ligada com o fenômeno da ressurgência ( Aumento da atividade pesqueira). Destaque para o Aqüífero Guarani: Formação geológica que apresenta material permeável saturado e acumula grande quantidade de água, captada por mananciais ou por drenagem. Estendesse por 8 estados brasileiros ( MT, MS, MG, PR,. SC, RS, SP e GO), Paraguai, Argentina e Uruguai. 0 10 20 30 40 50 60 70 Domestico Industrial Agricola LITERATURA 171 LITERATURA BRASILEIRA. CONCEITO DE LITERATURA: Verbete: literatura [Do lat. litteratura.] S.f. 1 Arte de compor ou escrever trabalhos artísticos em prosa ou verso. 2 O conjunto de trabalhos literários dum país ou duma época. 3. Manifestação artística que faz da palavra uma arte. “Literatura é a arte que recria a realidade através de palavras polivalentes (metáfora)”. Síntese de vários conceitos. “Arte literária é mimese (imitação); é a arte que imita a palavra.” (Aristóteles). “A literatura é a expressão da sociedade, como a palavra é a expressão do homem”. Louis de Bronald. GÊNEROS LITERÁRIOS A literatura, quanto à forma, pode se manifestar em prosa e verso. Quanto ao conteúdo, pode se manifestar em: 1.Gênero lírico: caracteriza-se pela emoção, pela subjetividade, pela aproximação entre o “eu” (sujeito) e o mundo (objeto). Em virtude de nascer do instrumento musical denominado “lira” o lirismo poético está intimamente vinculado à musicalidade, ao ritmo e ao som das palavras escritas em um poema, por exemplo. Modelos: soneto, madrigal, ode, vilancete, elegia... 2. Gênero dramático: trata-se do texto escrito com a finalidade de ser encenado em alguma representação teatral. Nesse tipo de texto, não há um narrador contando a história, pois esta acontece mediante a representações de atores que assumem papéis de personagens. A maior parte do texto desenrola-se a partir de diálogos, obrigando a uma seqüência das cenas propostas. Modelo: tragédia, comédia, drama, farsa... 3. Gênero épico: Caracteriza-se pelo afastamento entre o “sujeito” (narrador) e o “objeto” (mundo narrado), conseguindo, assim, maior objetividade entre o seu papel de apresentador, contador. Modelo: romance, conto, novela, crônicas... NARRATIVA: entendido enquanto uma variante moderna que mescla o gênero épico e o gênero dramático, caracterizando-se por se apresentar em prosa. Pode aparecer em três tipos: romance, conto ou novela. ESTRUTURAS NARRATIVAS CONTEMPORÂNEAS PERSONAGEN S TEMPO ESPAÇO AÇÃO ÊNFASE ROMANC E GRANDE NÚMERO LONG O MÚLTIPLO MÚLTIPL A PERSONAGEN S CONTO POUCOS BREVE ÚNICO ÚNICA SITUAÇÃO NOVAELA POUCOS BREVE POUCA VARIAÇà O LIMITADA PERSONAGEN S E SITUAÇÃO ELEMENTOS ESSENCIAIS DA NARRATIVA NARRADOR: É quem “conta” a história. Dependendo do ponto de vista que o narrador assume em relação aos fatos narrados, a narrativa pode ser feita na primeira ou na terceira pessoa. Existem vários tipos de narrador, como, por exemplo: Narrador onisciente: o narrador comporta-se como um Deus em seu universo ficcional; está em todos os lugares e em todas as épocas e conhece os sentimentos de todas as personagens, bem como todo o contexto histórico. Este narrador aparece com uma voz narrativa em 3. ª PESSOA e tem toda a liberdade para narrar. Narrador autodiegético (“Eu” como protagonista): neste caso o narrador participa efetivamente da história, ele protagoniza as ações. Ele narra em 1. ª PESSOA e as impressões referentes aos fatos e às personagens são contadas a partir do seu foco narrativo, ou seja, da sua opinião sobre as coisas. PERSONAGENS: a personagem de ficção não é um ser real. Ela é um ser de papel, uma pessoa, bichos ou criaturas inanimadas construídas por palavras, que não existem realmente. As personagens no decorrer da narrativa vão receber muitas características sejam físicas, sociais ou psicológicas. Esta predicação pode ser direta, quando for dada pelo narrador, ou indireta, quando envolver interpretação a partir das ações da personagem no decorrer da narrativa. Quando à forma, as personagens podem ser: Simples ou complexas: as personagens simples são aquelas que não sofrem nenhuma alteração no desenrolar da narrativa. Já as personagens complexas vão apresentar um comportamento imprevisível, sofrendo transformações ao longo da narrativa, seja interna ou externamente. Planas ou redondas: também chamadas de esféricas, estas personagens apresentam um alto grau de complexidade psicológica.. As personagens planas são como as simples, não sofrem nenhuma alteração durante a narrativa, já as redondas aproximam-se das complexas. As personagens redondas, devido a sua caracterização, figuram quase sempre entre as personagens centrais da narrativa. Quanto à função, as personagens são: Protagonistas: são personagens centrais da narrativa, toda a história vai girar em torno dela ou delas. Oponentes: são as personagens secundárias, são aquelas que vão colocar obstáculos à ação da personagem protagonista, é graças às personagens oponentes que teremos o desenvolvimento do(s) conflito(s). Um caso particular de oponente é a personagem ANTAGONISTA, pois esta além de colocar muitos obstáculos na vida da personagem protagonista vai disputar com ela o mesmo objeto de desejo, seja um tesouro, uma ideologia ou uma pessoa (o ser amado). adjuvantes (ou coadjuvantes): são personagens secundárias que ajudam a protagonista. As personagens adjuvantes opõem- se às personagens oponentes. TEMPO: É o momento em que ocorrem os fatos narrados. Há dois tipos de tempo: Tempo cronológico (objetivo): é o tempo delimitado pela cronologia oficial, ou seja, horas, meses, séculos, etc. Pode ser curto ou longo. Tempo psicológico (subjetivo): é o tempo vivenciado pela personagem; não vai ser contado a partir do calendário ou relógio, mas sim a partir do ponto de vista psicológico. AMBIENTE (ESPAÇO): É o lugar onde ocorrem os fatos narrados. Em certas narrativas, o espaço não é mencionado, pois não tem importância fundamental. Em outros casos, o espaço é muito importante e o escritor dedica a ele extensos trechos da obra. Assim, observa-se: localização geográfica; clima psicológico; situação econômica-política; moral / religião. ENREDO: o enredo ou conflito é a parte mais importante da narrativa, pois sem enredo não há história. O enredo pode ser desmembrado em um conflito maior ou principal e outros conflitos secundários. INTRODUÇÃO À POESIA Quando você lê notícias em um jornal, uma crônica ou um romance, você está lendo textos em prosa. Quando você escreve uma composição para a sua aula de Redação, geralmente está escrevendo um texto em prosa. Isso LITERATURA 172 porque a prosa é o conjunto de palavras ordenadas de modo a formarem um sentido, sem a preocupação de apresentarem rima, ritmo ou métrica. Mas quando você está lendo uma poesia, você está lendo um texto em versos. POESIA É A ARTE DE ESCREVER VERSOS. Elementos básicos da linguagem poética: Linguagem figurada : nesta linguagem predomina o uso CONOTATIVO dos signos, ou seja, usar a palavra desvinculada de seu sentido real, fora do “estado de dicionário”. Também encontramos nos textos poéticos o uso constante das figuras de linguagem: metáforas metomínias, catacreses, antíteses, assonância, aliteração, etc. Rima: é um jogo sonoro que facilita a memorização dos poemas. Até o Modernismo era considerada essencial para o fazer poético, tendo alcançado o máximo de sua técnica durante a escola parnasiana. Métrica: alguns poemas apresentam versos regulares, ou seja, obedecem à mesma métrica. As medidas clássicas são: - redondilha maior: versos com sete sílabas; redondilha menor: versos com cinco sílabas; decassílabo: versos com dez sílabas; alexandrino: versos com doze sílabas; Ritmo: juntamente com a métrica compõe os dois elementos formais que contribuem para a obtenção do chamado ritmo poético. Estrofe: é onde são agrupados os versos. Podem ser regulares ou irregulares. ESTILO DE ÉPOCA A concepção de mundo varia de acordo com a época. Variam também as maneiras de expressar a realidade. Cada época tem um estilo: conjunto de características semelhantes que se refletem no comportamento das pessoas, nos costumes e na arte. A essa semelhança na maneira de conceber e expressar a realidade chamamos estilo de época. O estilo de uma época vai impregnar todas as manifestações culturais dessa época. 1500 1601 1768 1836 LIT. DE INFORMAÇÃO BARROCO ARCADISMO ROMANTIS MO 1881 1893 1902 1922 REALISMO NATURALISMO PARNASIANIS MO SIMBOLIS MO PRÉ- MODERNIS MO MODERNIS MO QUINHENTISMO: A famosa Carta de Pero Vaz de Caminha abre um período de três séculos, chamado de Era Colonial, no qual nossa literatura buscava uma identidade própria, oscilando sempre entre os modelos culturais portugueses e o interesse pela vida da própria colônia. Essa primeira fase é chamada de literatura informativa. Barroco: (1601-1768) Arte da Contra-Reforma: - Crise do renascimento; destruição da harmonia social aristocrática e valorização do teocentrismo. Conflito entre Corpo e Alma. Corpo = vida, prazeres mundanos, gozo mundano, pecado. Alma = morte, salvação eterna, graça. Forma conturbada como tradução de conflitos interiores (antíteses, inversões, paradoxos, metáforas, hipérboles). Tema: O fluir do tempo: Viver a vida ou preparar-se para a morte. Poesia: Gregório de Matos (Boca do Inferno) Lírica Religiosa Lírica Amorosa Lírica Satírica Prosa: Pe. Antonio Vieira (Os sermões) Arcadismo: (1768-1836) O Arcadismo Brasileiro surgiu em decorrência da atividade mineiradora. Está também relacionado com a Inconfidência Mineira. Configura-se, aí, a tríade AUTOR – TEXTO – LEITOR. Os principais autores do Arcadismo foram: Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antonio Gonzaga e também os chamados pré-românticos, os poetas épicos indianistas: Santa Rita Durão e Basílio da Gama. Características da estética árcade: Arte ligada ao Iluminismo: - Racionalismo, busca pela simplicidade, imitação dos clássicos, retorno à natureza, bucolismo, pastoralismo e amor galante. - Recusa do sistema barroco: ausência de subjetividade, ressurgimento das academias. UFPEL: Marília de Dirceu, Tomás Antônio Gonzaga Duas tendências coexistem nas liras de Gonzaga: a) a contenção e o equilíbrio neoclássicos, com a utilização de todos os lugares-comuns do Arcadismo: um pastor, uma pastora, o campo, a serenidade da paisagem principal. b) o emocionalismo pré-romântico, na expressão pungente da crise amorosa e, posteriormente a prisão, da crise existencial do poeta. O sujeito lírico é o pastor Dirceu, que confessa seu amor pela pastora Marília. Eis a convenção neoclássica realizada, Mas é evidente que nos pastores se projeta o drama amoroso vivido por Gonzaga e Maria Dorotéia. A todo momento a emoção rompe o véu da estilização arcádica, brotando, dessa tensão, uma poesia de alta qualidade. “ Eu tenho um coração maior que o mundo tu, formosa Marília, bem o sabes; um coração, e basta, onde tu mesma cabes” As partes da obra A obra se divide em duas partes (há uma terceira, cuja autenticidade é contestada por alguns críticos): 1ª parte: contém os poemas escritos na época anterior à prisão de Gonzaga. Nela predominam as composições convencionais: o pastor Dirceu celebra a beleza de Marília em pequenas odes anacrônicas. Em algumas liras, entretanto, as convenções mal disfarçam a confissão amorosa do amor: a ansiedade de um quarentão apaixonado por uma adolescente; a necessidade de mostrar que não é um qualquer e que merece sua amada; os projetos de uma sossegada vida futura, rodeado de filhos e bem cuidado por suas mulher etc. 2ª parte: escrita na prisão da ilha das Cobras. Os poemas exprimem a solidão de Dirceu, saudoso de Marília. Nesta segunda parte, encontramos a melhor poesia de Gonzaga. As convenções, embora ainda presentes, não sustentam o equilíbrio neoclássico. O tom confessional e o pessimismo prenunciam o emocionalismo romântico. Romantismo; O Romantismo foi um movimento que configurou um estilo de vida e de arte predominantemente ocidental, no período compreendido entre a segunda metade do século XVIII e a primeira do século XIX. Reflete, no campo artístico, as profundas transformações históricas do período, marcado pelo apogeu do processo de transferência da liderança histórica da aristocracia para a burguesia. Defende os ideais da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. LITERATURA 173 As primeiras manifestações românticas podem ser localizadas na Alemanha, a partir da publicação de Os Sofrimentos do jovem Werther, de Goethe; na Inglaterra com a publicação de Ivanoé, de Walter Scott e a poética ultra-romântica de Lorde Byron; e na França, berço do movimento desde os iluministas Rousseau e Diderot até os grandes ícones Victor Hugo e Alexandre Dumas. Características centrais do Romantismo: 1.1 Predomínio da emoção, do sentimento – O subjetivismo. 1.2 Evasão ou escapismo – fuga da realidade: morbidez, desejo de morrer. Temas e Interesses da escola romântica: 1.1 Nacionalismo: valorização dos temas nacionais, do folclore, da cor local, do passado histórico, mítico e lendário. 1.2 Religiosidade: redescoberta das fontes bíblicas, sendo que há de se ressaltar a coexistência da contrição religiosa de Gonçalves de Magalhães, ou Fagundes Varela e o satanismo de Álvares de Azevedo. 1.3 Ilogismo: a exacerbação do Subjetivismo faz com que os românticos acreditem em si mesmos e nos mundos que criam, guiados pela intuição, mesmo quando essa atitude fere a lógica e a razão. 1.4 Idealização da mulher: quase sempre convertida em anjo, figura poderosa e inatingível, ou o extremo oposto: um demônio, capaz de mudar a vida do homem, de levá-lo à morte e à loucura. Aspectos estilísticos: liberdade de criação e despreocupação com a forma e o predomínio de metáforas. A evolução da poesia romântica – as Gerações: 1ª Geração – (1840-50): Chamada INDIANISTA ou NACIONALISTA, a qual se destaca Gonçalves Dias, cuja proposta abrange temas como a valorização do índio, a saudade da pátria, o amor impossível... 2ª Geração – (1850-60): chamada BYRONIANA, marcada pelo mal-do-século, extremamente individualista, ultra- romântica. Os poetas Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Fagundes Varela pertencem a essa geração. Principalmente o primeiro poeta versa sobre o medo do amor, o presságio da morte, a dúvida, o tédio, o conflito entre o sonho e a realidade... 3ª Geração – (1860-70): chamada CONDOREIRA, SOCIAL ou HUGOANA, representada por Castro Alves, o qual advogava a idéia da abolição da escravatura. Prosa romântica: No Brasil pós-Independência, colocou-se um desafio para nossos escritores românticos: definir o conceito de nação e de cultura brasileiras. O romance brasileiro, ao surgir nesse contexto, assume o papel de um dos principais instrumentos nesse processo de “redescoberta” do país e de busca de uma identidade nacional. O romantismo teve ampla aceitação entre os leitores brasileiros, isso se deve principalmente a dois fatores: a identificação imediata do público com a poesia romântica, de comunicação direta e acessível, e o aparecimento de um gênero literário novo em nosso país: o romance. Nessa tarefa de “redescobrir” os espaços nacionais o romance romântico agiu em três frentes: a selva, o campo e a cidade, que darão origem, respectivamente, ao romance indianista e histórico (vida primitiva), o romance regional (vida rural), e o romance urbano (vida citadina). Apenas José de Alencar escreveu obras ligadas às três temáticas. O romance romântico teve aproximadamente quarenta anos de vida: da década de 40 à década de 80, do século XIX. Nessa trajetória, modificou-se, amadureceu, aprimorou suas técnicas e preparou as bases para o surgimento de grandes mestres no gênero, como Machado de Assis. Características da prosa romântica: - Sentimentalismo. - Oposição aos valores sociais. - Peripécias heróicas. - Flash-back narrativo. - O amor como redenção. - Idealização do herói. - Idealização da mulher. - Impasse amoroso, com final feliz ou trágico. - Personagens planas. Linguagem metafórica Autores: Bernardo Guimarães: A Escrava Isaura; O Seminarista. Franklin Távora: O Cabeleira. Joaquim Manuel de Macedo: A Moreninha; O Moço Loiro; José de Alencar: Indianistas: Iracema; Ubirajara. Históricos: O Guarani; As Minas do Prata; Regionalistas: O Gaúcho; O Sertanejo; O tronco do Ipê; Urbanas: Senhora; Lucíola; A Pata da Gazela; Encarnação. Manuel Antônio de Almeida: Memórias de um sargento de milícias. Martins Pena: draumaturgo; O Juiz de Paz da Roça; O Noviço; Os Meirinhos. Visconde de Taunay: Inocência Realismo, Naturalismo: O ímpeto revolucionário e contestatório do período romântico, a exaltação da liberdade individual, da rebeldia, são substituídos por novas palavras de ordem: a ciência, o progresso, a razão. Tais sentimentos vão ao encontro da classe dominante, no sentido da estabilização de suas conquistas, da preservação da ordem e da maximização da produção industrial. O apogeu da Revolução Industrial, os avanços científicos e tecnológicos geraram profundas modificações na vida, no pensamento e na arte. A situação das massas trabalhadoras nas cidades industriais, a explosão urbana, a eletricidade, o telégrafo sem fios, a locomotiva a vapor criaram uma nova forma de vida, antecipando a atual civilização moderna. CARACTERÍSTICAS DO REALISMO: - Objetividade; - Semelhança das personagens com o homem comum; - Condicionamento das personagens ao meio físico e social; - Lei da causalidade - Detalhismo - Linguagem mais simples que a dos românticos; - Preferência pela narração em vez da descrição; - Racionalismo – análise psicológica e social; - Verossimilhança; - Pessimismo. Romantismo Realismo/ Naturalismo Subjetividade Objetividade Imaginação Realidade circundante Sentimento Inteligência, razão Verdade individual Verdade universal Fantasia, devaneio Fatos observáveis Homem = centro do mundo Homem uma peça do mundo Volta ao passado Crítica do presente NATURALISMO = REALISMO + LEIS CIENTÍFICAS Características centrais do Realismo – Naturalismo: LITERATURA 174 Doutrinas científico-filosóficas: - Positivismo; - Evolucionismo; - Determinismo; - Materialismo psicológico; - Anticlericalismo; - Marximismo Características temáticas e estilísticas: Objetivismo: preocupação com a verdade, lentidão narrativa, predomínio da denotação, preocupação formal, busca-se a clareza, o equilíbrio, a harmonia da composição e o rigor gramatical. Impassibilidade: o autor procura ausentar-se da narrativa, através de uma posição de neutralidade. Personagens esféricas: enquanto no romantismo as personagens tendiam a ser lineares, construídas dentro da visão maniqueísta: Bem x Mal, Vilão x Mocinho, no realismo/naturalismo, elas são esféricas, ou seja, são complexas e apresentam simultaneamente várias qualidades e defeitos que evoluem e abrangem uma grande profundidade psicológica. Contemporaneidade: a obra realista- naturalista centra-se no presente, no momento vivido pelo autor. São freqüentes a crítica social e a análise psicológica. Quadro COMPARATIVO entre Realismo e Naturalismo: REALISMO NATURALISMO Origem: França, com Madame Bovary, (1857) de Gustave Flaubert. Origem: França, com Thérese Raquim, (1867) de Émile Zola. Romance documental, apoiado na observação e na análise. Romance experimental, que pretende apoiar-se na experimentação científica. Acumula documentos, “fotografa” a realidade, para dar a impressão de vida real. Imagina experiências que remetem a conclusões a que não se chegaria apenas pela observação. Arte desinteressada, impassibilidade. Arte engajada, de denúncias, preocupações políticas e sociais. Seleciona os temas, tem aspirações estéticas, busca do Belo. Detém-se nos aspectos mais torpes e degradantes. Reproduz a realidade exterior, bem como a interior, através da análise psicológica. Centra-se nos aspectos exteriores: atos, gestos, ambientes. Volta-se para a psicologia, para o indivíduo. Prefere a biologia, a patologia, centra-se mais no social. Retrata e critica as classes dominantes, a alta burguesia urbana. Espelha as camadas inferiores, o proletariado, os marginais. É indireto na interpretação; o leitor tira as suas conclusões. É direto na interpretação; expõe conclusões, cabendo ao leitor aceitá-las ou discuti-las. Grande preocupação com o estilo. O estilo é relegado a segundo plano; no primeiro, a denúncia. Principais autores: Realismo: Machado de Assis: Memórias Póstumas de Brás Cubas; Quincas Borba; D. Casmurro; Esaú e Jacó Memorial de Aires; (Observação: os romances - Helena, A mão e a luva, Iaiá Garcia e Ressurreição pertencem à fase romântica do autor). Raul Pompéia: O Ateneu. Naturalismo. Aluísio de Azevedo: O Mulato; O Cortiço; Casa de Pensão. Adolfo Caminha: A Normalista. Júlio Ribeiro: A Carne. Parnasianismo: - Surge na França como oposição à Poesia Romântica; - Objetividade e impessoalidade do poeta; - Culto à forma, entendida como métrica, rima e versificação, perfeição formal; - Utilização de fórmulas poéticas fixas como o soneto; - “Arte pela Arte”: a arte só tem compromisso com ela mesma; - Tema principal: a mitologia greco-latina. Principais autores: Olavo Bilac. Raimundo Correia. Alberto de Oliveira. Machado de Assis. Francisca Júlia. Bernardino Lopes. Simbolismo: Síntese das principais características da estética simbolista: - Negação do positivismo, do cienticifismo, do materialismo e das estéticas neles fundamentadas (Realismo, Naturalismo, Parnasianismo). - Criação poética como fruto do inconsciente, da intuição, da sugestão, do “eu-profundo”, da associação de idéias e imagens. - Espiritualismo, misticismo, subjetivismo intenso, ocultismo. - Tom vago, impreciso, nebuloso. Poesia hermética, ilógica, obscura. - Uso de sinestesias. - Valorização máxima da musicalidade. - Interesse pelo noturno, pelo mistério e pela morte. - Gramática psicológica, neologismos, arcaísmos, combinações vocabulares inesperadas. - Emprego de maiúsculas alegorizantes e reticências. Pontos de contato com o Parnasianismo: Preocupação formal, culto da rima, preferência pelo soneto. Distanciamento da vida, descompromisso com as questões mundanas. Antecipações da estética Modernista: Ruptura com o descritivo e linear. Automatismo verbal, linguagem do mundo interior. Monólogo interior, captação do fluxo de consciência. Desarticulação sintática e semântica. Principais autores: Cruz e Sousa. Alphonsus de Guimaraens. Alceu Wamosy. Pré-Modernismo: No início do século XX, a Literatura brasileira sofreu uma série de influências, quer do momento histórico nacional, quer de novas idéias vindas da Europa. Politicamente, vivia-se o período de estabilização do regime republicano e a chamada “política do café-com-leite”, com a hegemonia de dois Estados da federação: São Paulo, em razão de seu poder econômico, e Minas Gerais, por possuir o maior colégio eleitoral do país. LITERATURA 175 Embora não tivesse absorvido toda a mão-de-obra negra disponível desde a abolição, o país recebeu nesse período um grande contingente de imigrantes para trabalhar na lavoura do café e na indústria. Os imigrantes italianos, que se concentraram na indústria paulista, trouxeram consigo idéias anarquistas e socialistas, que ocasionaram o aparecimento de greves, crises políticas e a formação de sindicatos. Do ponto de vista cultural, o período foi marcado pela convivência entre várias tendências artísticas ainda não totalmente superadas e algumas novidades de linguagem e de ideologia. Inovações do pré-Modernismo: Interesse pela realidade brasileira: neo-regionalismos, interesse pelo cotidiano do povo brasileiro. Busca de uma linguagem mais simples e coloquial: a chamada “escrita brasileira”, que provocou a ira dos meios acadêmicos e dos parnasianos. Principais autores: Lima Barreto: Triste Fim de Policarpo Quaresma; Clara dos Anjos; Euclides da Cunha: Os Sertões. Monteiro Lobato: Os Urupês. João Simões Lopes Neto: Causos do Romualdo; Lendas do Sul e Contos Gauchescos; Coelho Neto: foi considerado o Príncipe dos prosadores brasileiros (1928). Augusto dos Anjos: Poesia (mescla de tendências realistas, naturalistas e simbolistas) Modernismo: Tanto no Brasil como na Europa não houve uma arte moderna uniforme. Existiu, sim, um conjunto de tendências artísticas, muitas vezes provenientes de países diferentes, com propostas específicas, embora as aproximassem certos traços mais ou menos comuns, como o sentimento de liberdade criadora, o desejo de romper com o passado, a expressão da subjetividade e um certo irracionalismo. Paris foi o grande centro cultural europeu da época, de onde as novas idéias artísticas se irradiavam para o resto do mundo ocidental. Essas tendências, que surgiram na Europa antes, durante e depois da Primeira Guerra Mundial, receberam o nome de Correntes de Vanguarda. As vanguardas européias: - O Cubismo: França, 1907. Fragmentação da realidade, superposição, simultaneidade de planos (por exemplo, mistura de assuntos, espaços e tempos diferentes), ilogismo, humor, antiintelectualismo, linguagem predominantemente nominal e mais ou menos caótica. Principais artistas: Pablo Picasso e Apollinaire Cendrars. - O Futurismo: Itália, 1909. Marinetti propõe uma revolução literária, a destruição da sintaxe, liberdade para as palavras, emprego de verbos no infinitivo, abolição dos adjetivos e dos advérbios, Substantivos duplos (sub+adj), abolição da pontuação etc. - O Expressionismo: França e Alemanha, início do século XX. Propunha a arte como expressão dos sentimentos, livre; a arte como contestação, liberada do conceito estético de beleza; a arte como repúdio à repressão social; linguagem fragmentada, frases nominais, despreocupação formal. Principais artistas: Kandinski, Paul Klee, Munch, Herman Hesse, Thomas Man, Bertold Brecht. - O Dadaísmo: Suíça, 1916. Na literatura caracteriza-se pela agressividade, pela improvisação, pela desordem, rejeição a qualquer tipo de racionalização e equilíbrio, livre associação de palavras etc. Principais artistas: Tristan Tzara, Max Ernest, André Breton. - O Surrealismo: França, 1924. Busca da transposição do universo dos sonhos para o plano artístico, defendia uma escrita livre, o ilogismo, o devaneio, uma arte livre da razão. Principais artistas: André Breton, Salvador Dali, Joan Miró. No Brasil, a todas essas tendências chamou-se MODERNISMO, movimento que equivale ao Futurismo, para os italianos, e ao Expressionismo, para os alemães. Somente a partir da Semana de Arte Moderna, em 1922, é que o movimento de renovação, em nosso país, tomou rumos mais definidos, com propostas consistentes e conseqüentes. Semana de Arte Moderna. A Semana de arte Moderna foi possível graças à arrecadação de fundos promovida pelo jornalista René Thiollier, que conseguiu 847 mil réis junto aos fazendeiros e exportadores de café, Paulo Prado, riquíssimo intelectual paulista, foi o primeiro a contribuir. O teatro municipal de São Paulo foi alugado para a ocasião. A Semana concentrou-se em três sessões, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922. Em cada um desses dias houve a predominância de um tema. Dia 13 (Segunda-feira). A inauguração do evento deu-se com uma exposição de artes plásticas no saguão do teatro e uma conferência de Graça Aranha, intitulada “A Emoção Estética na Arte Moderna”, sua reputação de membro da Academia Brasileira de Letras e seus 54 anos não o pouparam das vaias do público por seus ataques ao academicismo. Ronald de Carvalho fez uma conferencia sobre “A Pintura e a Escultura Moderna”, Oswald de Andrade recitou poemas de sua autoria. No saguão, estavam expostas pinturas de Anita Malfati, Di Cavalcanti, John Graz, Zina Aita, J.F de Almeida Prado e Vicente do Rego Monteiro; projetos arquitetônicos e esculturas de Victor Brecheret. Dia 15 (Quarta-feira). Guiomar Novaes executa algumas obras de Villa-Lobos. Menoti Del Picchia proferiu uma conferencia sobre estética e arte ilustrada por um número de dança e leituras de poemas e prosas feitas por Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Luís Aranha, Sérgio Milliet, Tácito de Almeida, Ribeiro Couto, Plínio Salgado e Agenor Barbosa. Ronald de Carvalho faz a polêmica leitura do poema Os Sapos, de Manuel Bandeira, sob as vaias, latidos, uivos e urros da platéia. Dia 17 (Sexta-feira). Nesse último dia, houve um longo recital de Villa-Lobos, com a participação de Ernani Braga, Alfredo Gomes, Paulina d’Ambrósio, Lima Viana, Maria Emma, Lucília Villa-Lobos, Pedro Vieira e Antão Soares. Nesse dia, foram reafirmados os três objetivos fundamentais do movimento modernista brasileiro: - Reivindicar o direito permanente à pesquisa estética, à atualização da arte brasileira, à estabilização de uma consciência criadora nacional. - Reagir contra o “helenismo” de Coelho Neto, contra o purismo de Rui Barbosa, contra o academicismo de uma maneira geral. - Substituir o pieguismo literário de métrica rígida e sentimentos catalogados, pela linguagem coloquial, pela livre expressão, pela valorização da realidade nacional, pela exaltação da psique moderna. LITERATURA 176 Muitas foram as manifestações a respeito da Semana de 22, a maioria de teor conservador e hostil, publicadas nos principais jornais da época. Foram criadas várias revistas vinculadas ao movimento modernista, como a Klaxon (SP, 1922), a Estética (RJ, 1924), A Revista (MG, 1925-26), a Terra Roxa e Outras Terras (SP, 1926), a Revista Verde (MG, 1927), etc. As principais correntes literárias dessa primeira geração modernista foram: - Pau-Brasil (1924): Criada por Oswald de Andrade, essa corrente propunha uma arte brasileira de “exportação”, de raiz, telúrica e primitiva. Além de Oswald de Andrade estão ligados a esse movimento Tarsila do Amaral e Paulo Prado, entre outros. Todos eles tinham simpatia política pelo anarquismo e pelo comunismo. O símbolo era o tamanduá. - Verde-Amarelismo (1926): criticava a estética Pau- Brasil, pois a considerava “afrancesada”. Os criadores foram Plínio salgado, Menotti Del Picchia e Cassiano Ricardo. A corrente defendia uma arte genuinamente nacional, de tom ufanista, com a valorização do elemento indígena e sem fazer quaisquer concessões aos estrangeirismos. O Verde- Amarelismo evoluiu para o Movimento da Anta, já de franco caráter direitista, com enunciações fascistas. O símbolo, logicamente, era a anta. - Antropofagia (1928): revidando com sarcasmo o primitivismo xenófobo da escola da Anta, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Raul Bopp lançam o mais radical de todos os movimentos: a Antropofagia. Contrariamente à xenofobia da Escola da Anta, os antropófagos não negam a cultura estrangeira, mas também não a copiam nem a imitam. Assim como os índios primitivos devoravam seus inimigos, acreditando que assim assimilavam suas qualidades, os artistas antropófagos propõem a “devoração simbólica” da cultura estrangeira, aproveitando dela suas inovações artísticas, porém sem perder nossa própria identidade cultural. Trata-se, portanto, de um aprofundamento da idéia da “digestão cultural” já proposta no Manifesto da Poesia Pau-Brasil. Sínteses da evolução do Modernismo: 1ª Geração – “Fase Heróica” - 1922-1930. Características principais: - Rompimento com o passadismo e com o academicismo literário; - Ruptura com a gramática normativa, especialmente com a sintaxe; - Liberdade formal, personificada em especial pelo uso do verso livre, pelas formas de composição sem nenhuma regularidade, pela pontuação subjetiva do texto, ou a ausência total de pontuação. - Livre associação de idéias; - Incorporação e valorização do prosaico, do vulgar, do cotidiano, inclusive a linguagem coloquial, na poesia e na prosa; - Postura crítica ante determinados valores sociais, em especial os da elite burguesa; - Humor como recurso crítico: poema-piada (curto e com intenção humorística) e poema-paródia (criados sobre textos consagrados da literatura brasileira satirizam, sobretudo, o sentimentalismo romântico e o formalismo parnasiano); - Pesquisa das raízes nacionais; - Nacionalismo crítico ou ufanista, dependendo da corrente em que se insere. Autores: Oswald de Andrade; Mário de Andrade; Manuel bandeira; Menotti Del Picchia; Raul Bopp; Cassiano Ricardo; Guilherme de Almeida; Ronald de Carvalho; Alcântara Machado; 2ª Geração – Consolidação – 1930-1945. Características principais: - Estabilização das novas conquistas; - Preocupação religiosa e filosófica, equilíbrio no uso do material lingüístico na poesia; - Ampliação da temática que tende para o universal. - Retomada da tradição Simbolista contra a exaltação da técnica, contra a poesia circunstancial; Uso do soneto; - Vasta produção na prosa, que se dividiu em: Prosa urbana: focaliza o homem da cidade e seus conflitos sociais; Prosa regionalista: com raízes no Romantismo e no Realismo/Naturalismo, sendo que o ciclo de romances nordestinos, abordado num tom crítico sem precedentes na nossa literatura, é a principal marca dessa geração. Prosa intimista: analisa os processos psicológicos das personagens, desperta o desejo de investigação do mundo interior e dos motivos individuais de cada um. Autores: José Américo de Almeida; Rachel de Queiroz; José Lins do Rego; Graciliano Ramos; Jorge Amado; Érico Veríssimo; Cornélio Pena; Dyonélio Machado; Ciro dos Anjos; Lúcio Cardoso; Lúcia Miguel Pereira; Murilo Mendes; Tasso da Silveira; Vinícius de Moraes; Carlos Drummond de Andrade; Cecília Meireles. 3ª Geração – 1945. Características principais: - Maior apuro do verso; - Um agudo senso de medida; - Tendência para o intelectualismo; - Preocupação existencial; - Universalidade temática; - Consciência estética; - Volta à rima e aos metros tradicionais; - Uso do soneto; - Prosa intimista, realismo fantástico ou realismo mágico; - Tendência para um “Regionalismo Universal”. Autores: João Guimarães Rosa; Clarice Lispector; João Cabral de Melo Neto; Nélson Rodrigues; Ariano Suassuna; Mário Quintana Atualmente a literatura brasileira convive numa grande mistura de estéticas e estilos, mas mantendo a liberdade formal e de criação assegurada durante o movimento modernista. Na poesia nomes como Adélia Prado, Paulo Leminski, Décio Pignatari e Arnaldo Antunes merecem destaque. O quadro da ficção brasileira pós- 1945 pode ser assim compreendido: LITERATURA 177 LITERATURA CONTEMPORÂNEA Características: - Tem início em meados da década de 70; - Surge grande número de autores preocupados com temáticas distintas; - Os romances policiais, o fantástico e o regionalismo são tendências em evidência nessa época. Prosa regionalista: oscila entre os resíduos do neonaturalismo documental, a visão surrealista, o universalismo e as inovações lingüísticas. Mantém uma crítica político-social engajada. São representantes desse gênero: José Cândido de Carvalho, Antônio Callado, João Ubaldo Ribeiro, Autran Dourado, Luiz Antônio de Assis Brasil e Josué Montello. Prosa urbana: com um estilo direto, quase jornalístico, a denuncia da realidade e de seus aspectos sociais e políticos, fatos e personagens urbanos retratados de forma hiper-realista são características da obra de Rubem Fonseca, Patrícia Melo, Lygia Fagundes Telles e Ignácio de Loyola Brandão. Contos e crônicas: os mais destacados são; Fernando Sabino, Rubem Braga, Paulo Mendes campos, Luis Fernando Veríssimo, Millôr Fernandes, Carlos Heitor Cony, Otto Lara Resende, Moacyr Scliar e Dalton Trevisan. HISTORIA 178 HISTÓRIA GERAL PRÉ-HISTÓRIA (Do surgimento do homem – 3,5 milhões de anos atrás -, à invenção da escrita – 400 mil anos atrás) TEORIAS SOBRE O SURGIMENTO DO HOMEM: Criacionista: Surgimento do homem ligado à origem bíblica. Adão e Eva originando a espécie humana. Homem teria nascido na Ásia, provavelmente na região do Oriente Médio. Não esqueça que, como um presente masculino, este cede uma costela para que brote, do seu interior, o “ser inferior”. Evolucionista: Charles Darwin. Homem como vitorioso num processo de seleção natural e evolução. Homem como evolução dos primatas (macacos). Divide-se em: Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada (3,5 milhões de anos a 10.000 a.C.) - Caça, pesca e coleta de alimentos. - Nomadismo. - Regime de comunidade primitiva. - Instrumentos rudimentares feitos de ossos, madeiras ou lascas de pedra. - Propriedade coletiva das terras, águas e bosques. - Magia. - Divide-se em Paleolítico Superior e Inferior: Paleolítico Inferior: - SURGIMENTO DOS PRIMEIROS HOMINÍDEOS: HOMO HABILIS, HOMEM DE JAVA, HOMEM DE NEANDERTHAL E HOMO SAPIENS. - INÍCIO DA VIDA GRUPAL. PALEOLÍTICO SUPERIOR: - TERMINA COM O FIM DA ÚLTIMA GLACIAÇÃO. - COZIMENTO DOS ALIMENTOS. - SEMI-NOMADISMO, ABRIGAVAM-SE NAS CAVERNAS DURANTE AS ÉPOCAS MAIS FRIAS. - PINTURAS RUPESTRES. - USO DE ADORNOS E PINTURAS CORPORAIS. - Mesolítico (entre 10.000 e 8.000 a.C.): - Início da formação das aldeias e da sedentarização, além do início da agricultura. Há uma fabricação de instrumentos mais avançados, incluindo a cerâmica. Surge a divisão do trabalho, baseada principalmente no sexo. OBS: A agricultura estimulou a diversificação da cerâmica. Os cultivadores necessitavam de vasilhas para armazenar os grãos. Foi inventada a roda do oleiro, e isso levou aos veículos com roda. Neolítico ou Idade da Pedra Polida (8.000 a 4.000 a.C.). - Cultivo de diversas plantas (agricultura). - Domesticação de animais (pecuária). - Aldeias. - Cerâmica. - Roda. - Crescimento demográfico. - A evolução do paleolítico para o neolítico não ocorreu em todas as tribos. - Não conhecia o ferro, o vidro, a pólvora, e não empregava a roda. - Sedentarização. - Tecelagem. - Metalurgia. OBS: Com o excedente da produção, nem todos precisavam dedicar-se à agricultura, surgindo os tecelões, os padeiros, os cervejeiros e os sacerdotes. Observem que este negócio de que o vinho é a bebida mais antiga e tradicional não passa de uma bravata! Na verdade, a magnífica cerveja sacia os seres humanos desde a sedentarização dos mesmos. Vida longa aos cervejeiros! Idade dos Metais: - Cobre, bronze e ferro. - Produção de excedentes. - Desigualdade social. - Propriedade privada. A título de curiosidade: A humanidade é o resultado da evolução de um tronco antigo de primatas. Em determinado momento, o tronco se dividiu em dois grupos – os Pongidae e os Hominidae -, cada um apresentando sua evolução própria. Nos hominidae, desenvolveram-se dois grandes gêneros: os Austrolopithecus e os Homo. Há dez milhões de anos atrás, surgiu o ancestral comum entre homem e macaco. De 5 a 8 milhões de anos atrás, ocorreu a separação dos troncos de evolução. Os Ancestrais do Homem: Austrolopithecus (África): Mais antigo dos hominídeos. Homo habilis (mais ou menos 2 milhões de anos atrás até cerca de 1,5 milhão de anos atrás): Conseguia fazer uso de utensílios de pedra, inclusive armas, com as quais podia caçar animais, o que lhe permitiu ser carnívoro. Foi o primeiro hominídeo a usar o cérebro. Homo erectus (cerca de 1,5 milhão de anos atrás): É o primeiro a usar objetos de osso e pedra como ferramentas e como arma, a empregar o fogo e, provavelmente, a falar. Dispersou-se pela Ásia, pela África e pela Europa. Caçava animais grandes. Homo sapiens (cerca de 500 mil anos atrás): Antepassado humano mais próximo, dispersa-se pela Ásia, África, Oceania e Américas. Divide-se novamente, gerando o Homem de Neanderthal e o Homo sapiens sapiens (homem moderno). Obrigação de Vestibulando: Índio velho, tens que saber sobre a origem dos ameríndios. Não te esquece que na América só foram encontrados Homo sapiens sapiens (indício mais claro de que a existência humana não foi originária na América). Não te esquece que a teoria mais aceita para a vida humana na América é a do Estreito de Behring (comprovada pela cultura Clóvis), mas esta teoria tem sido contestada pela hipótese Malaio-Polinésia e pela Australiana (defendida por Niéde Guidon e pelos estudos feitos no sítio de Monte Verde, no sul do Chile). Civilizações da Antigüidade Oriental: - Civilização egípcia: Rio Nilo; - Civilizações Mesopotâmicas: Rios Tigre e Eufrates; - Civilização Chinesa: Rios Amarelo e Azul; - Civilizações da Índia: Rios Indo e Ganges. As primeiras civilizações são caracterizadas pelo modo de produção asiático. Caracteriza tal modo de produção o desenvolvimento da agricultura irrigada praticada nas terras cultiváveis, à margem dos grandes rios. Em torno do controle das águas surgem as civilizações. O Estado controlava a vida social e os esforços individuais, possuindo ainda as terras e dirigindo os habitantes. Os agricultores eram presos à terra num regime de servidão coletiva e pagavam ao Estado impostos sob a forma de produtos ou serviços gratuitos. Existia, ainda, uma ampla parcela da sociedade formada por escravos. Sugestão de Filmes: A Guerra do Fogo. O Elo Perdido. A Origem do Homem. HISTORIA 179 CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA: O Egito é uma dádiva do Nilo. Assim expressa-se a necessidade do Rio Nilo para a formação de uma das mais fenomenais civilizações da história da humanidade. A civilização egípcia formou-se entre dois desertos: o deserto Líbio e o Arábico. Assim, a civilização surgiu em torno da busca do aproveitamento da fertilidade da terra, graças aos húmus, restos de vegetação aquática putrefata e substâncias minerais, que formam-se quando retrocedem as águas do Nilo. Estabelecendo-se em volta do rio Nilo, os egípcios desenvolveram a agricultura, que foi a base de sua economia e que levou à própria unificação política. O Império era dividido em duas grandes regiões: o Alto Egito e o Baixo Egito. Período Arcaico ou Pré-Dinástico(4000 – 3200 a.C.): Foi no quarto milênio a.C. que teve início a história política do Egito, ainda não como unidade política, mas sim como um amontoado de pequenas províncias, chamadas nomos. Foi o período de povoamento e formação do Egito. A necessidade de construção das obras hidráulicas (barragens, diques e canais de irrigação) e de controle da população levou a formação de dois reinos: o Reino do Alto Egito (sul) e o Reino do Baixo Egito (norte) ÷ 3500 a.C. Nomos: pequenas comunidades agrícolas (cidades- estados) independentes, nas quais se iniciou a dissolução da propriedade coletiva, com o surgimento no interior de cada um, de uma espécie de aristocracia, proprietária das melhores terras. Antigo Império (3200 – 2180 a.C.): Estes dois reinos foram unidos em 3200 a.C. por Menés, governante do Alto Egito. Houve, então, a centralização política e a criação do Estado, com o surgimento da primeira dinastia egípcia. - Capitais: Tinis, depois Mênfis. - Monarquia Absoluta Teocrática, centrada na figura do faraó, dono de todas as terras do Egito. Todos os camponeses trabalhavam para o faraó. - Construção das grandes pirâmides (túmulos): Quéops, Quéfren e Miquerinos ÷ demonstram o conhecimento arquitetônico e a força da fé dos egípcios. - Os nomarcas, concentrando poderes, formaram uma poderosa nobreza fundiária e apoiaram o faraó até possuírem poder suficiente para derrubá-lo. Quando se sentiram suficientemente poderosos, passaram a disputar o poder, ocorrendo um período de anarquia que pôs fim ao Antigo Império. Médio Império (2040 – 1786 a.C.): Período da expansão do Império. Os faraós, apoiados pelos sacerdotes, retomaram o poder central, vencendo os nomos. - Restabelecimento do poder do faraó e da unidade do império. - A partir do crescimento e riqueza do Império, outros povos passaram a desejar dominar o Egito. Foi o caso dos hicsos, que invadiram o Egito, dominando-o por mais de um século e meio. Domínio Hicso (1786 – 1567 a.C.): Os hicsos, nômades, venceram graças ao cavalo, até aí desconhecido dos egípcios. Os hicsos levaram novas técnicas e culturas ao Egito, que se beneficiou com aquele domínio estrangeiro. Nesse período houve, também, a ocupação dos hebreus, que chegaram ao Egito fugindo das secas, da fome e das guerras na Palestina. Chegaram a participar da administração hicsa. Novo Império (1567 – 1085 a.C.): Os egípcios, porém, desejavam expulsar os invasores, o que foi conseguido graças a Amósis. Os hebreus foram dominados e escravizados pelos egípcios. Conseguem, porém, sair do Egito, sob o comando de Moisés, no chamado Êxodo. No Novo Império o Egito adotou uma política imperialista, tornando-se uma potência militar e contando com grandes faraós como Tutmés III e Ramsés II. Mas importante, no entanto, é o governo de Amenófis IV (1375 – 1358 a.C.), que lutando contra o grande poder dos sacerdotes, destruiu o culto tradicional e instituiu o monoteísmo do deus Aton. Ainda que esta religião desaparecesse com a morte de seu criador, é de grande importância, devido à influência que exerceu sobre os hebreus. - Amenófis IV promoveu uma revolução teológica, substituindo o politeísmo pelo monoteísmo (crença no deus Aton) com o objetivo de diminuir o poder dos sacerdotes de Amon-Ra. - Amenófis foi deposto pelos sacerdotes e substituído por Tutankhamon, que restituiu o culto politeísta. - Ramsés II continuou as conquistas e o expansionismo militar. Período de Decadência (1085 – 663 a.C.): Neste tempo o Egito foi dominado por líbios, núbios e assírios. Renascimento Saíta (663 – 525 a.C.): Os dominadores estrangeiros foram expulsos, conhecendo então o Egito um período de progresso, especialmente no comércio. Os persas, porém, venceram os egípcios (Batalha de Pelusa) e dominaram a capital, Sais. Tal vitória deveu-se à exploração sofrida pela população egípcia, que pagava altíssimos impostos para custear os gastos com o Exército e com o Estado, além de financiar os sacerdotes e faraós. Período de domínio estrangeiro (525 a.C. – 1922 d.C.): Desde a derrota de Pelusa frente aos persas, até 1922, o Egito sempre esteve sob o domínio estrangeiro: persa, grego-macedônico, romano, bizantino, árabe, turco, franco-inglês, inglês. Características do Egito: - Monarquia Absoluta Teocrática (faraó e sacerdotes). - Estreita relação entre poder político e religião. - Comércio à base de trocas, pois não havia dinheiro. - Crença na vida pós-morte. Cada localidade possuía seu deus, que, no momento em que a cidade tornava-se a mais poderosa, tornava-se seu Deus o Deus do Egito. - Politeísmo: Deuses com forma de animais (zoomorfismo) ou de um misto de homem e animal (antropozoomorfismo). - Escrita hieroglífica. - Imobilismo social. Classes privilegiadas: Sacerdotes, nobres, escribas e líderes militares. Classes populares: Artesãos, felás (camponeses) e escravos. - Economia sob controle do Estado. - O Estado apropriava-se do excedente da produção, recrutava trabalhadores para as construções públicas e cobrava impostos. HISTORIA 180 - Arquitetura foi a principal arte egípcia. Escultura e pintura como artes dependentes da arquitetura. - Cultura influenciada pela religião. - Avanços na astronomia, na matemática, na medicina, na geometria e na astrologia. A título de curiosidade: Ao contrário da crença popular, nem cavalos e nem camelos eram animais nativos do Egito. Os cavalos foram introduzidos na região pelos Hicsos. Eles eram utilizados primordialmente como puxadores de bigas (carros de guerra que transportavam cerca de quatro guerreiros e que marcaram todo o período do Novo Império). Já os camelos só chegaram ao Egito durante o domínio Persa, ou seja, no século VI a.C., época em que o esplendor Egípcio já havia se esgotado. Foi também por essa época que os famosos elefantes de guerra passaram a ser utilizados no Egito, porém, nunca em tão grande escala como no Império Persa, de onde eram naturais. Por ser seco em demasia, o Egito não dispunha de madeira de boa qualidade, o que o obrigava a pagar altos preços para importar o cedro da Fenícia, indispensável à construção dos barcos que subiam e desciam o Nilo, interligando o país. Justamente pelo fato de a madeira de boa qualidade ser importada e cara é que seu uso se tornava restrito a dois tipos de ocasiões: as necessárias (como a navegação) e as de ostentação (nas casas de ricos, nobres, nos templos e entre o mobiliário do Faraó). Sugestão de Filmes: *** Cleópatra. *** Documentário Ramsés. *** Documentário Nefertiti. CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMICA: As civilizações que se desenvolveram na Mesopotâmia (entre rios), assim como a civilização egípcia, buscaram os rios para fugir do deserto. No caso dessas civilizações, o Crescente Fértil (hoje Iraque), em torno dos rios Tigre e Eufrates, foi a salvação e o centro. Nessa região desenvolveram-se obras hidráulicas para evitar as enchentes e para tornar as terras férteis. SUMÉRIOS: - Organizados em Cidades-estados como Ur, Uruk, Lagash, Nippur. Cada cidade era governada por um Patesi, sumo-sacerdote e chefe militar. As cidades viviam guerreando entre si. - Inventores da escrita (escrita cuneiforme), da roda e da metalurgia. - Foram dominados pelos acádios. ACÁDIOS: - Organizados em Cidades-estados independentes, com destaque para Acad. - Sargão I: dominou o centro e o sul da Mesopotâmia, formando o primeiro Império mesopotâmico. - Dominados pelos amoritas, duraram apenas 300 anos. AMORITAS (Babilônia Antiga): - Construtores da cidade da Babilônia. - Hamurabi: Código de Hamurabi ÷ 1º código de leis escritas da História, baseado na Lei de Talião (“olho por olho, dente por dente”). - Dominados pelos assírios. ASSÍRIOS - Violência e crueldade. - Militarismo organizado e cruel: o primeiro exército organizado do mundo, com recrutamento obrigatório e que se tornou uma força permanente após o reinado de Tiglatfalasar III (tomou a cidade de Babilônia). - Riqueza baseada no roubo. Utilizavam o cavalo, as armas de ferro e os carros de combate. - Capitais: Assur, depois Nínive (Senaqueribe). - Dominados pelos caldeus. CALDEUS: - 2º Império Babilônico. - Principal líder:Nabucodonosor. Conquistas militares, destruição de Jerusalém e escravização dos judeus ( “Cativeiro da Babilônia”). Reconstrói a Babilônia, realizando obras arquitetônicas notáveis, como os Jardins Suspensos da Babilônia e a Torre de Babel. - Conquistados pelos persas, chefiados por Ciro, o grande. Características dos Povos Mesopotâmicos: - Monarquias Absolutas Teocráticas. - Rei era chefe militar, político e religioso. - Politeísmo (deuses com formas humanas – antropomorfismo). - Arte vinculada à religião e embelezamento dos palácios. - Não acreditavam em vida pós-morte, não dando importância aos túmulos. - Escrita cuneiforme. - Divisão dos dias, meses e anos. Estudo do movimento dos planetas, estrelas e previsão de eclipses. Na matemática foram notáveis: divisão, multiplicação, raiz quadrada, raiz cúbica, divisão do circulo em 360 graus. Te Liga: Já havia escravidão entre os mesopotâmicos. O escravo era juridicamente assimilado a um bem mobiliário. Freqüentemente era marcado, e o cirurgião que fizesse desaparecer a marca sofria a amputação da mão. Os escravos tinham a possibilidade de comprar as suas liberdades. O Egito também possuía escravismo, principalmente no “novo Império”. Porém, o modo de produção das duas civilizações não é escravista, e sim servil. Ah, e além disso, procura te lembrar se as cidades gregas continuaram usando escravos com a invenção da democracia, e quando a escravidão por dívidas foi proibida em Roma. CIVILIZAÇÃO HEBRAICA: Povo semita, iniciou seu deslocamento por volta do II milênio antes de Cristo. Estabeleceu em torno do Rio Jordão, na atual Palestina. Período dos Patriarcas: - Divididos em tribos seminômades: descentralização política. - Patriarcas: condutores das tribos hebraicas. - Período de busca de uma base territorial. - Patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó, José, Moisés e Josué. - Secas levam os hebreus a migrarem para o Egito por volta de 1800 a.C. - No Egito, chegaram a participar da administração hicsa. Após a expulsão dos hicsos, os hebreus são escravizados no Egito. - Conduzidos por Moisés, os hebreus deixam o Egito (Êxodo) por volta de 1250 a.C. Em meio à viagem, Deus entrega a Moisés, no monte Sinai, duas tábuas contendo os Dez Mandamentos. HISTORIA 181 Período dos Juízes: - Período de transição entre a descentralização do período dos patriarcas e a centralização do período dos reis. - Lutas de conquista de uma base territorial contra os cananeus e os filisteus. Josué, sucessor de Moisés, consegue agrupar as doze tribos. Para o comando militar, surge a figura do juiz. Destacaram-se Josué, Sansão, Gedeão e Samuel. - Em 1030 a.C., os hebreus adotam a monarquia. Saul é o primeiro rei. Período dos Reis: - Criação do Estado Hebreu, a partir de Davi, estabelecendo Jerusalém como capital (Golias: Filisteus). - Salomão, filho e sucessor de Davi, marca o apogeu da monarquia hebraica, beneficiada pela debilidade da Mesopotâmia e do Egito. Cisma: - Divisão da monarquia hebraica após a morte de Salomão: descontentamento popular, grandes desigualdades sociais e rivalidades entre as tribos do Norte e do Sul. - Divisão do Império nos reinos de Israel e Judá. O reino de Israel foi invadido e destruído pelos assírios. O reino de Judá sobreviveu mais dois séculos, sendo invadido pelos babilônios (cativeiro da babilônia). Cativeiro da Babilônia: - Escravidão dos hebreus na cidade da Babilônia. - Foram libertados por Ciro, rei persa, e retornaram a Palestina. - Reconstruíram o Estado hebraico na região de Judá: subordinado ao Império Persa. Diáspora: - A Palestina é conquistado pelos macedônios e, mais tarde, pelos romanos. - Domínio romano: pesados impostos e opressão. - Revoltas judaicas e migrações. - Em 70 d.C., durante o governo do Imperador Tito, a cidade de Jerusalém foi destruída e os hebreus completaram sua dispersão, abandonando a Palestina: essa dispersão do povo hebreu pelas terras do Império Romano é denominada de Diáspora. Em 1948, a ONU criou o Estado de Israel. OBS: Quando foi escrito o Antigo Testamento? A hipótese mais defendida por especialistas é que a maior parte dos livros do Antigo Testamento foi escrita e reunida a partir do século 6 a.C. Sábios judeus teriam orientado escribas a tomar nota das histórias mais populares da época envolvendo seu povo. Até o início da era cristã rolaram várias tentativas de organizar essas histórias num só livro. Não te esquece: Se a prova citar os hebreus, provavelmente ela irá citar David Ben Gurion, o pai do sionismo. Sionismo é o movimento que pregava a construção de um Estado judeu na Palestina, auxiliado pela Inglaterra e pelos Estados Unidos. Hoje, dois movimentos opõem-se aos judeus: os anti-sionistas, que opõem-se ao Estado de Israel e os anti-semitas, que opõem-se aos judeus. Hitler, por exemplo, era anti-semita enquanto a maioria dos Estados árabes são anti-sionistas. Sugestão de Filmes: - Ben Hur; - Os Dez Mandamentos; - Sansão e Dalila. Características do Povo Hebreu: - Único povo da antigüidade com religião monoteísta (Judaísmo). - Livros sagrados: Antigo Testamento e a Torá. - Concepção de “povo eleito”. - Estão ainda à espera da vinda do messias. CIVILIZAÇÃO FENÍCIA: - Povo semita que, por volta de 3000 a.C., estabeleceu-se no atual território do Líbano. - Como a terra não era fértil para a agricultura, os fenícios voltaram-se para o mar, sendo um povo marcado pelo comércio e pela pesca. - Civilização formada por uma série de cidades-estados independentes, como Ugarit, Biblos, Sídon e Tiro, governadas por um rei indicado pelas famílias mais poderosas. - Fundaram inúmeras colônias nas costas do Mar Mediterrâneo e nas costas africanas. Destaque: Cartago, no norte da África. - Criaram um alfabeto, que serviu de base para o alfabeto grego. - Politeístas, com cultos e sacrifícios humanos. - Dominavam a metalurgia. - Serão conquistados sucessivamente, a partir do século VIII a.C. por babilônios, persas e mesopotâmicos. Cartago resistirá, só sendo destruída pelos romanos, nas Guerras Púnicas. OBS: Cartago foi destruída pelos romanos nas guerras púnicas. Foram três as guerras. A primeira nasceu do conflito entre as cidades sicilianas de Messina, apoiada por Cartago, e Siracusa, apoiada por Roma. Os romanos venceram e conquistaram Córsega, Sardenha e a Sicília. A segunda originou-se das campanhas de conquista realizadas por Aníbal em território ibérico, enquanto na terceira Cartago foi destruída após um assédio de três anos. CIVILIZAÇÃO PERSA: - Localizou-se a leste da Mesopotâmia, onde atualmente fica o Irã. - Possuía poucas áreas férteis e por isso dedicaram-se ao comércio. Implantam economia monetária e adotam um sistema de pesos e medidas. - A civilização originou-se de dois reinos: os medos, ao norte, e os persas, ao sul. - Em 550 a.C., Ciro unificou as duas tribos, formando o Império. Os persas dominam os medos, anexam a Líbia, submetem as cidades gregas, conquistam a Babilônia e chegam aos territórios indianos. Ciro funda a cidade de Pasárgada. Estrategista, trata bem os vencidos, respeitando seus costumes e religião, o que garante estabilidade ao Império. Liberta os judeus ao conquistar a Babilônia. - Cambises I, filho de Ciro, foi um conquistador sádico que conquistou o Egito (Batalha de Pelusa), considerando-se faraó. Sob o reinado de Dario I, conquistam o Egito, a região do Indo, e a Macedônia (512 a.C.), mas fracassam na tentativa de submeter os gregos. Implanta a economia monetária, tendo o dárico como unidade e divide o Império em satrapias para facilitar a administração. Liga todo o reino através de estradas. - Xerxes, filho de Dário, foi derrotado pelos gregos nas Guerras Médicas. - Serão derrotados por Alexandre, o Grande, em 331 a.C. - O povo persa era politeísta no início da sua formação. No século VI a.C. será inventado o Zoroastro, que HISTORIA 182 concebia a existência do bem e do mal. Acreditavam no dia do juízo final. CIVILIZAÇÃO GREGA: Situada na Península Balcânica, nunca atingiu o status de reino unificado, graças às divisões internas em Cidades-estado que guerreavam constantemente entre si (Pólis). Apresenta território banhado pelo mar Egeu e pelo mar Jônico. Por ter um território marcadamente montanhoso, a agricultura tornou-se inviável voltando-se os gregos para o comércio. Período Pré-Homérico (2500-1100 a.C.): Período anterior à formação do povo grego, ou Grécia Primitiva. Na região, ocupada pela população autóctona (originária da própria região), desenvolveu-se a civilização creto-micênica, cujos centros eram a cidade de Micenas e a ilha de Creta. A partir do século XX a.C., sucessivas invasões de tribos nômades abalaram o vigor cultural creto-micênico. Aqueus, jônios, eólios e dórios saquearam e destruíram a região e formaram, pela mistura racial e cultural, o povo grego. O primeiro grupo a chegar à Grécia foram os aqueus. Essa é para aqueles que acreditam na força do casamento: A aliança de casamento é usada na mão esquerda porque os gregos acreditavam que o terceiro dedo da mão esquerda possuía uma veia que levava diretamente ao coração. Aí passaram a usar um anel de ferro imantado para os corações dos amantes se unirem. Isso, é claro, antes das mulheres começarem a trair seus fiéis esposos, enfraquecendo a sagrada instituição do casamento... Período Homérico (1100-800 a.C.): Fase retratada pelos poemas de Homero, Ilíada e Odisséia. Marca a invasão dos Dórios, que formarão Esparta e destruirão Micenas, fazendo com que a vida urbana praticamente desaparecesse. A população retornou para um tipo de vida mais primitivo, voltando a se organizar em pequenas comunidades, cuja célula básica era a grande família ou gens. A autoridade máxima era representada pelo “pater”, e os bens de produção e trabalho eram coletivos. Vários clãs, ou gens, formavam uma fratria; várias fratrias uma tribo. Não havia propriedade privada e todos os membros tinham direitos iguais. A posição social dependia do grau de parentesco com o pater-família. Período Arcaico (800-500 a.C.): Fase da formação das cidades-estados (pólis). Graças ao crescimento populacional, que não foi acompanhado pelo crescimento da produção, e graças à tendência dos gens a se dividirem em pequenas famílias, a sociedade coletiva foi desestruturando- se. Iniciou o aparecimento do individualismo e da propriedade privada. Os parentes mais próximos dos “paters” foram favorecidos, recebendo as terras anteriormente comunitárias. Formou-se a classe dos grandes proprietários: a aristocracia. A pólis se caracteriza pela independência, pela auto-suficiência econômica e pelo culto local. O líder da sociedade passou a ser o eupátrida (filho do pai). Formaram-se aproximadamente duas centenas de cidades, com um desenvolvimento histórico diferente. As duas principais foram Atenas (fundada pelos Jônios) e Esparta (fundada pelos Dórios). A nobreza de nascimento, mas sem bens, assim como os pequenos proprietários empobrecidos passaram a buscar a colonização de novas terras. Essa dispersão originou novas cidades, como Marselha e Bizâncio. Juntamente ao expansionismo grego, com a formação de novas colônias, havia também o aumento do escravismo até o ponto de ser o escravo a base da estruturação grega. A ampliação das camadas médias (demiurgos) e do escravismo, provocou a contestação ao poder da aristocracia, originando conflitos sociais e políticos que caracterizaram a passagem do período arcaico para o clássico. Período Clássico (500-338 a.C.): Fase correspondente ao apogeu da civilização grega, com a disputa entre Atenas e Esparta, e de ambas contra a Pérsia. Esparta: Localizada numa região chamada Lacônia, voltou-se para a guerra. Possuía uma organização militarista e aristocrática. Predominava uma economia agrícola, sem incentivos para o comércio. Era uma cidade totalmente dependente do escravismo e que aboliu a propriedade familiar para, em seu lugar, construir uma sociedade de classes, com todo o poder para os espartanos. A família era monogâmica e patriarcal. O Estado estava acima do cidadão, e era obrigação dos casais gerar filhos saudáveis para o Estado. Os Espartanos viviam uma vida simples, privados de luxos. Embora os espartanos fossem os únicos que tinham cidadania, o poder efetivo ficava nas mãos dos idosos (gerontocracia). A legislação foi atribuída a Licurgo. Atenas: Localizada na Península Ática, foi notável pela democracia. Embora, a partir de Clístenes, tenha implantado a democracia, os direitos políticos ficavam restritos aos atenienses (adultos, filhos de pais e mães atenienses), proprietários das melhores terras. Estavam excluídos os estrangeiros e as mulheres. A política ateniense evoluiu em cinco estágios: a realiza (período inicial, na qual Atenas foi governada por basileus – reis, apoiados pelos eupátridas), a oligarquia (domínio da sociedade pelos aristocratas, a partir da elaboração de um Estado protetor dos direitos dos aristocratas - Dracon), a plutocracia (surgiu das mudanças impostas pelo legislador Sólon, que acabou com a escravidão por dívidas e dividiu a sociedade censitariamente, combatendo o poder dos eupátridas), a tirania (período de domínio pelos tiranos ou ditadores, que legitimavam-se pela força), e a democracia (surge da reestruturação imposta por Clístenes, o “pai da democracia”, e da consolidação da democracia por Péricles, que garante a participação de todos os cidadãos nos negócios públicos). As Guerras Médicas (490-448 a.C.): - Gregos X persas (medos). - Motivo: o avanço do imperialismo persa. - Tratado de Susa (Paz de Calias ou Paz de Címon): fim do conflito, com a vitória grega. E o nome Maratona? Maratona é o nome da famosa planície da Grécia, próxima de Atenas, onde os gregos travaram uma das mais decisivas batalhas contra o Império Persa, no ano 490 a.C. Ao verem o tamanho da frota inimiga, os atenienses enviaram a Esparta um mensageiro, Filípedes, em busca de reforços. Ele cobriu os mais de 200 quilômetros de terreno acidentado e montanhoso em apenas 36 horas. Voltando à planícia de Maratona, Filípedes participou da vitória contra os persas, sendo mais uma vez convocado para correr até Atenas (a 40 quilômetros dali) para levar a notícia do triunfo. Apesar do cansaço, ele lançou-se de novo a caminho, cobrindo a distância em mais ou menos três horas. Ao chegar em Atenas, entregou sua última mensagem: “Vitória” – em grego, niké, que se tornaria uma das mais famosas marcas desportivas do planeta -, morrendo logo a seguir, de exaustão. A Guerra do Peloponeso (Esparta X Atenas): - Atenas (Confederação de Delos) X Esparta (Liga do Peloponeso) - Motivos: o imperialismo ateniense e as diferenças políticas e culturais entre Atenas e Esparta. HISTORIA 183 - Vitória de Esparta na Batalha de Égos Potamos. - Esparta foi derrotada por Tebas na Batalha de Leutras: início do imperialismo tebano. Declínio da Grécia: - Motivos: as constantes guerras entre as pólis e a falta de unidade grega. - Em 338 a.C., o território grego é conquistado pelos macedônios de Filipe II. - Com a morte de Filipe II, assume o poder seu filho, Alexandre Magno. Período Helenístico: - Alexandre Magno: Expansionismo militar e territorial, incremento do comércio internacional, fundação de Alexandria e formação da cultura helenística, fruto da fusão da cultura grega com a cultura oriental. Influências Culturais Gregas: - Democracia: práticas republicanas e participativas de poder. - Concepções de beleza, equilíbrio e harmonia. - Racionalismo, humanismo e antropocentrismo. - Filosofia: Sócrates, Platão e Aristóteles. - Matemática (Tales de Mileto), medicina (Hipócrates), química, Biologia e História (Heródoto e Tucídides). - Produção teatral, com o teatro ao ar livre. Destaques: Sófocles e Eurípedes. - Religião politeísta e sem dogmas. Havia o forte culto doméstico. - Estilos arquitetônicos: dórico, jônico e coríntio. Salve Chico Buarque: Chico Buarque de Holanda eternizou o sofrimento das mulheres atenienses na letra da música “Mulheres de Atenas”, que pode ser usada na prova para comparar a submissão da mulher ateniense em comparação com a valorização da mulher espartana. Te Liga: Ainda, a prova pode comparar a democracia ateniense com a democracia medieval, com a democracia absolutista ou com a democracia iluminista, que é a que nós seguimos atualmente. Te peço que fales com teu professor para fazeres um quadro comparativo. Obrigação de Vestibulando: As provas de vestibular têm cobrado o pensamento dos filósofos, inclusive citando vários pensamentos e exigindo que os vestibulandos relacionem o pensamento com o seu pensador. Procura saber o que pensavam Sócrates, Platão e Aristóteles, inclusive com a principal obra de cada um. Como estamos tratando de história procura, também, saber algo sobre os três historiadores gregos: Heródoto, Tucídides e Xenofonte. Sugestão de Filmes: *** Ulysses; *** ODISSÉIA; *** Tróia; *** 300; *** Alexandre. CIVILIZAÇÃO ROMANA: A civilização romana, ao contrário de outras civilizações anteriores, desenvolveu-se numa região de solo fértil e litoral pouco recortado, localizada na Península Itálica. Assim como na Grécia, na Península Itálica, os primeiros tipos de organização política foram as cidades-estado. - Os povos mais significativos na formação de Roma são os latinos, os sabinos e os etruscos. A Monarquia Romana: - Economia: agrária de subsistência. - Classes sociais: Patrícios (cidadãos de Roma possuidores de terras e gado – aristocracia), plebeus (livres, embora não participassem do Senado nem pudessem formar famílias legalmente reconhecidas – representavam a maioria da população), clientes (plebeus que viviam agregados às famílias patrícias) e escravos (população recrutada entre os derrotados de guerra, não possuíam qualquer direito político). - Reis acumulavam as funções executiva, judicial e religiosa, embora com poderes limitados pelo Senado ou Conselho dos Anciãos (possuíam direito de veto e sanção das leis apresentadas pelo rei). A ratificação das leis era feita pela Assembléia ou Cúria, composta por todos os cidadãos em idade militar. O Golpe dos Patrícios (509 a.C.): Os patrícios, através do Senado, derrubaram o último rei de Roma, o etrusco Tarqüínio, o Soberbo. O movito para o golpe dos patrícios foi o absolutismo real, já que os Etruscos que ocupavam o poder buscavam anular as limitações impostas pelos conselhos ao poder do rei. A República (509 a.C. – 27 d.C.): - A República, na verdade, foi uma aristocracia exercida pelos patrícios. - As instituições republicanas foram os Cônsules (chefes da República, em número de dois, eleitos anualmente – escolhidos entre os patrícios), o Senado (órgão máximo, controlava toda a administração, as finanças e decidia pela guerra ou pela paz – também era composto por patrícios), os pretores (encarregados da aplicação da justiça), os censores (responsáveis pelo censo da população e vigilância dos costumes), os questores (responsáveis pelas finanças), os edis (responsáveis pela administração pública), os ditadores (governavam com plenos poderes por seis meses, em caso de graves crises) e as Assembléias Populares (Assembléia Centurial – votos, Assembléia Cural – assuntos religiosos, e Assembléia Tribal – escolhia questores e edis). Com o expansionismo romano através de guerras, os patrícios passaram a acumular terras, riquezas e escravos. Os plebeus, marginalizados, passaram a fazer reivindicações, pois integravam o exército, pagavam impostos, garantiam a segurança de Roma, mas não possuíam direito algum. Os plebeus realizaram diversas manifestações, conseguindo direitos fundamentais como: - Tribuno da Plebe: vetar leis que prejudicassem os plebeus, conhecida como assembléia centuriata. - Lei das Doze Tábuas: leis escritas que limitaram as arbitrariedades. - Lei Canuléia: possibilidade de casamento entre plebeus e patrícios. - Eleição dos magistrados plebeus: inclusive cônsul. - Lei Licínia-Sêxtia: proibição da escravidão por dívida. Depois, a escravidão de romanos foi proibida. O Expansionismo Romano (busca por escravos e por terra): “Legio omnia vincit” (A legião vence tudo) Primeiramente, houve a conquista da Península Itálica (vitória sobre os etruscos, os gregos e os gauleses), buscando obter alimentos e defesa. Logo depois, voltou-se Roma para a conquista do Mediterrâneo. Enfrentou Roma, então, Cartago, colônia fenícia que resistiu à queda do Império Fenício, tornando-se uma potência comercial no Mediterrâneo. Essa disputa militar contra Cartago recebeu o HISTORIA 184 nome de Guerras Púnicas, e o motivo principal foi a disputa pelo controle comercial do Mediterrâneo. Estes conflitos foram vencidos por Roma, que destruiu Cartago. Como conseqüência, Roma dominou o Mediterrâneo. Em seguida, Roma conquistou o Mediterrâneo Oriental: Macedônia, Grécia, Egito, Ásia Menor, Síria. Com as conquistas, houve um grande afluxo de riquezas para Roma. A agricultura entrou em crise pela concorrência com os produtos das regiões dominadas. Os pequenos proprietários se arruinaram e venderam suas terras a preços muito baixos para os patrícios, que formaram latifúndios. Os plebeus, expulsos da terra, não conseguiam empregos nos centros urbanos pela concorrência com os escravos. O Estado, para evitar conflitos, iniciou a política do pão e circo, com a distribuição de trigo e o oferecimento de espetáculos circenses gratuitos. A República padece, com a corrupção e a exclusão. As Ditaduras dos Generais Políticos: A LUTA CIVIL DESENCADEOU-SE EM ROMA NUMA GUERRA ENTRE DOIS GENERAIS, MÁRIO E SILA, PELO PODER. AMBOS ERAM CÔNSULES. MÁRIO IMPLANTOU UMA DITADURA COM O APOIO DO EXÉRCITO E REALIZOU REFORMAS EM FAVOR DAS CAMADAS POPULARES, ALÉM DE INSTITUIR O SOLDO PARA OS SOLDADOS, PROFISSIONALIZANDO O EXÉRCITO. O GENERAL SILA, CONSERVADOR, ESTABELECEU, LOGO EM SEGUIDA, OUTRA DITADURA MILITAR, RESTABELECENDO OS PRIVILÉGIOS DA ARISTOCRACIA, COMBATENDO VIOLENTAMENTE AS REIVINDICAÇÕES POPULARES E AGRAVANDO A SITUAÇÃO SOCIAL. Os Triunviratos: OS TRIUNVIRATOS FORAM ACORDOS ENTRE POLÍTICOS E GENERAIS PARA CONTROLAR O PODER. O PRIMEIRO TRIUNVIRATO FOI FORMADO PELOS CÔNSULES POMPEU, JÚLIO CÉSAR E CRASSO. APÓS A MORTE DE CRASSO, RIVALIZAM JÚLIO CÉSAR E POMPEU. JÚLIO CÉSAR SAGROU- SE VENCEDOR, INICIANDO SUA DITADURA PESSOA, COM A REALIZAÇÃO DE REFORMAS POPULARES QUE SOFRERAM A OPOSIÇÃO DO SENADO. ACABOU POR SER ASSASSINADO POR UMA CONSPIRAÇÃO PROMOVIDA PELO SENADO. O segundo Triunvirato foi formado pelos cônsules Marco Antônio, Otávio e Lépido. Otávio afastou Lépido e declarou guerra a Marco Antônio, vencendo-o no Egito. Otávio conquistou os soldados com presentes e o povo com distribuição de trigo. Recebeu do Senado vários títulos: princeps (primeiro cidadão), imperator (o supremo) e augustus (o divino). O triunfo de Otávio assinalou o fim da República e o nascimento do Império Romano. O Alto Império Romano: Perseguição aos cristãos (martírio) : - motivos: os cristãos não aceitavam o politeísmo nem o caráter divino do imperador. - O caráter pacifista e universalista do cristianismo chocou-se com o militarismo e o escravismo do Império romano. Lê e te apavora: Em certa ocasião, Nero mandou cortar os testículos do jovem Esporo, a fim de transformá-lo em mulher, e em uma cerimônia pública, casou-se com o rapaz. Te Liga: O principal motivo da perseguição sofrida pelos cristãos é a negação destes em aceitar o caráter divino dos Imperadores. Além disso, procuravam os romanos disfarçarem os problemas internos do Império, ao nomearem um inimigo a unir a todos os romanos. Mais ou menos o que fez Hitler ao unir os alemães em torno do anti-semitismo, e o que hoje fazem os presidentes dos Estados Unidos ao unirem os estadunidenses numa luta contra o “Eixo do Mal”. O Baixo Império Romano: Marca o inicio da crise do Império Romano. Tentativas de Reformas: Diocleciano: - Edito do Máximo: tabelava os preços máximos para produtos e salários. Não funcionou. - Tetrarquia: dividiu o governo do império entre quatro pessoas para facilitar a administração. Constantino: - fundação de Constantinopla: proteção do Oriente. - Edito de Milão: legalizou o cristianismo. - Lei do Colonato: obrigatoriedade de fixação do colono à terra (vila) que trabalhava. Teodósio: - Edito de Tessalônica: oficializou o cristianismo. - Divisão do Império Romano: Império Romano do Ocidente (capital Roma) e Império Romano de Oriente (capital Constantinopla). · Decadência do Império Romano: - Esgotamento do modo de produção escravista gera a crise econômica, com a falta de braços na agricultura e na mineração. - A extensão do Império gera a necessidade do aumento abusivo dos impostos, o que gera revoltas e insubordinações. Os mercados se retraem e declina a produção. - a volta para uma economia rural de subsistência: inicia uma fuga para os campos, buscando fugir dos impostos e da crise. Os grandes proprietários rurais, em suas vilas, buscam a auto-suficiência, estabelecendo as origens do feudalismo. - A retração do comércio e da vida econômica logo se reflete na queda da arrecadação de Impostos, privando o Estado Imperial dos recursos para a manutenção do Exército e da burocracia. A anarquia militar e o enfraquecimento do poder central aceleram o processo de fragmentação política. - a ascensão do cristianismo e o aumento da influência da Igreja retira a necessária violência da sociedade romana, sendo a mensagem de pacifismo pregada pela Igreja um veneno ante a sede de invasão dos bárbaros. - as invasões bárbaras. Queda de Roma: Em 476, os hérulos, invadiram a cidade de Roma e derrubaram o último imperador romano, Rômulo Augusto. O Império Romano do Oriente duraria até meados do século XV. O Império Oriental, chamado Bizantino, extinguiu-se em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos turcos. Último Imperador Romano: Foi Rômulo Augústulo. Como tinha apenas 15 anos quando da destruição do Império, teve a vida poupada e foi exilado em Nápoles, onde viveu com uma gorda mesada como indenização. Influências Culturais Romanas: - A cultura romana não possuiu a grandiosidade grega, voltando-se para as necessidades práticas. A necessidade de glorificação do Estado esteve presente de forma onipresente nas artes. - O Direito Romano visava regulamentar a vida do cidadão romano estabelecendo seus direitos e deveres diante do Estado. Foi o mais significativo legado romano. - Na religião, primitivamente foram politeístas, com cultos públicos e domésticos que sofriam a influência grega. A partir do Edito de Milão, estabeleceu-se o catolicismo HISTORIA 185 como religião oficial romana, vindo daí a estruturação da Igreja Católica e a construção do culto a Jesus Cristo. Sugestão de Filmes: *** Spartacus; *** Júlio César; *** Quo Vadis; *** Gladiador; *** Império; *** Augustus; *** Nero; *** Titus; *** SATYRICON; *** MINISSÉRIE ROMA PRIMEIRA E SEGUNDA TEMPORADAS. Dica: Pra facilitar o teu estudo, faz um quadro comparativo entre todos os povos da antigüidade, contendo organização política, social (classes sociais), principal forma de trabalho, principais cidades, atividades econômicas, religião e cultura. A IDADE MÉDIA A Idade Média vai da queda do Império Romano do Ocidente até a tomada de Constantinopla pelos Turcos Otomanos (1453). O feudalismo foi o sistema originado do desmantelamento do Império Romano, sob a influência dos povos bárbaros, principalmente os germanos. O feudalismo caracterizar-se-á pelas relações servis de produção. Para piorar o isolamento europeu e a ignorância comandada pela Igreja Católica, nos séculos VII e VIII os árabes muçulmanos invadiram a Europa mediterrânea e o Norte da África, provocando o fechamento do mar mediterrâneo para o comércio europeu e o domínio muçulmano nesse mar. Divisão do feudalismo: Alta Idade Média: Século V ao XI (Cruzadas) Baixa Idade Média: Século XI ao XV. Características da Alta Idade Média: - Estagnação do comércio; - Ruralização (êxodo urbano por causa das invasões bárbaras); - Fragmentação política; - Sistema de colonato (arrendamento da terra); - Produtividade pequena, com técnicas e instrumentos rudimentares; - Imobilismo social (indivíduo preso ao seu “status”); - Desmonetarização; - Fortalecimento da aristocracia rural em detrimento do poder central (rei); - Força da tradição; - Expansão do catolicismo; - Rei com poder simbólico; - Cultura com um caráter essencialmente teocêntrico (Deus como centro do universo) e religioso, e a Igreja policiava a cultura, impondo a sua visão de mundo; - Censura religiosa; - Poder nas mãos dos senhores feudais, que dentro de seus feudos eram soberanos e concentravam todas as funções do Estado. Frase que Simboliza a Bobagem Alienante da Época: "Nobreza, clero e servos formam um só conjunto e não se separam. A obra de uns permite o trabalho dos outros dois, e cada qual, por sua vez, presta apoio aos outros." (Bispo Adalberon de Laon, século XI, justificando porque não podem haver revoltas dos servos) Integrantes do Sistema Feudal: 1) Clero: Composto por membros da Igreja, possuidora de imensas propriedades rurais. Dividia-se em alto clero (bispos e abades) e baixo clero (padres). 2) Nobreza: Donos das terras. Seu principal representante é o senhor feudal, e o de menor nobreza, o guerreiro. 3) Suserano: Nobre que, ao doar um feudo a outro (seu Vassalo), recebe deste um juramento de fidelidade e o compromisso de prestar ajuda militar. 4) Vassalo: Quem recebia um feudo de outro nobre, tornando-se dependente de prestar ajuda àquele. 5) Camponeses: Imensa maioria da sociedade feudal; estavam divididos em servos e vilões. 5.1) Servos: Trabalhadores da terra, cultivavam a terra do senhor feudal em troca de uma pequena parcela da produção, prestando ainda outros serviços como o trabalho obrigatório nas terras do senhor feudal por um determinado número de dias, o pagamento de impostos sobre as mínimas coisas, a obrigação de defender o senhor feudal em caso de guerra, entre outras coisas. Eram presos à terra, e vendidos com ela. Possuíam apenas os instrumentos de trabalho. 5.2) Vilões: Trabalhadores livres da terra. Pouco significativos numericamente. REINO DOS FRANCOS (fortes) - MAIS PODEROSO REINO DA EUROPA DURANTE A IDADE MÉDIA. - LOCALIZADO NA GÁLIA (ATUAL FRANÇA). - Importantes por manterem vivo, na Europa, o conceito de monarquia, e por estabelecerem uma aliança com a Igreja Católica. Outra importância dos francos foi a contenção do avanço muçulmano sobre a Europa. - Duas dinastias: Merovíngia (formação do Reino Franco, início do expansionismo e aliança com a Igreja Católica) e Carolíngia (glória dos Francos e tentativa de nova formação do Império Romano do Ocidente). Dinastia Merovíngia: - CLODOVEU: CONDUZIU OS FRANCOS EM DIREÇÃO À GÁLIA (480). - Meroveu: Derrotou os hunos, consolidando o domínio da Gália pelos francos (Batalha de Campos Catalúnicos). - CLÓVIS (482 A 511): NETO DE MEROVEU, UNIFICOU AS TRIBOS FRANCAS, SENDO O CRIADOR EFETIVO DO REINO FRANCO. CONVERTEU-SE AO CRISTIANISMO, ESTABELECENDO A ALIANÇA COM A IGREJA CATÓLICA. VENCEU OS VISIGODOS NO SUL DA GÁLIA, EM 507. - APÓS A MORTE DE DAGOBERTO, COMANDO DOS REIS INDOLENTES. - COMANDO DOS PREFEITOS DO PALÁCIO, ALTOS FUNCIONÁRIOS REAIS. DESTAQUE: CARLOS MARTEL (714 A 741). - 732: CARLOS MARTEL DETEVE A INVASÃO DOS MUÇULMANOS (BATALHA DE POITIERS). - 751: COM A MORTE DE MARTEL, SEU FILHO, PEPINO, O BREVE, DESTITUI O ÚLTIMO REI MEROVÍNGIO, CHILDERICO III. INÍCIO DA DINASTIA CAROLÍNGIA. TEVE O APOIO DO PAPA ZACARIAS, SENDO UNGIDO REI PELO ARCEBISPO BONIFÁCIO. DINASTIA CAROLÍNGIA: - PEPINO LUTOU CONTRA OS LOMBARDOS, QUE AMEAÇAVAM O PODER DA IGREJA CATÓLICA. VITORIOSO, DOOU AO PAPA AS TERRAS QUE HISTORIA 186 CONQUISTOU NA ITÁLIA. FOI O PRIMEIRO REI DOS FRANCOS A SER UNGIDO. PEPINO FOI O RESPONSÁVEL PELA CUNHAGEM DE MOEDAS, RECUPERANDO O SISTEMA UTILIZADO PELOS ANTIGOS GREGOS E ROMANOS. - COM SUA MORTE, O REINO FOI DIVIDIDO ENTRE CARLOS MAGNO E SEU IRMÃO CARLOMANO, QUE MORREU EM 771, DEIXANDO CARLOS MAGNO COMO LÍDER DE UM REINO FRANCO UNIFICADO. - CARLOS MAGNO: A) AUMENTO TERRITORIAL: FRANÇA, ALEMANHA, BÉLGICA, SUÍÇA, ÁUSTRIA, HOLANDA, IUGOSLÁVIA, TCHECOSLOVÁQUIA, HUNGRIA, ITÁLIA E A PARTE DA ESPANHA. B) CRIAÇÃO DE UMA SÉRIE DE LEIS ESCRITAS (CAPITULARES). C) DIVISÃO DO REINO EM CONDADOS E DUCADOS, DOAÇÃO DE TERRAS AOS NOBRES EM TROCA DE FIDELIDADE AO REI. D) OS MISSI-DOMINICI CONTROLAVAM A ATIVIDADE DOS DIVERSOS ADMINISTRADORES LOCAIS (FISCAIS DO IMPERADOR NAS PROVÍNCIAS). E) APOIO À CULTURA COM A CRIAÇÃO DE ESCOLAS E MOSTEIROS E A PROTEÇÃO AOS ARTISTAS (RENASCENÇA CAROLÍNGIA). MANUTENÇÃO DA CULTURA CLÁSSICA. F) IMPOSIÇÃO DO CATOLICISMO. - COM A SUA MORTE, ASSUMIU O FILHO LUÍS I, O PIEDOSO, QUE ENFRENTOU PROBLEMAS ECONÔMICOS E POLÍTICOS. - 843: TRATADO DE VERDUM: DIVISÃO DO REINO ENTRE OS TRÊS FILHOS DE LUÍS I. A DIVISÃO ENFRAQUECE O REINO, POSSIBILITANDO O AUMENTO DA INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA DOS ADMINISTRADORES LOCAIS (PROCESSO DE FEUDALIZAÇÃO). SEGUIR-SE-ÃO INVASÕES DE POVOS BÁRBAROS. CARLOS O CALVO (ATUAL FRANÇA), LUÍS, O GERMÂNICO (ATUAL ALEMANHA) E LOTÁRIO (REGIÃO CENTRAL DO ANTIGO IMPÉRIO, QUE SE ESTENDIA DA ITÁLIA AO MAR DO NORTE). - SÉCS. IX E X: LESTE FOI INVADIDO PELOS MAGIARES (HÚNGAROS). - 936: OTO I TOMOU O TRONO E, COM O APOIO DA IGREJA, EM 962 FOI COROADO IMPERADOR DO SACRO IMPÉRIO ROMANO GERMÂNICO. - 987: HUGO CAPETO ASSUMIU O PODER NA PARTE OCIDENTAL, INICIANDO A DINASTIA CAPETÍNGIA. - A LOTARÍNGIA FOI CONQUISTADA POR OTO I. IMPÉRIO BIZANTINO - IMPÉRIO BUROCRATIZADO E LEGISLADO, BASEADO NO COMÉRCIO E MARCADO POR SER O REINO CATÓLICO MAIS PRÓXIMO DA ÁSIA ISLÂMICA. - ESTADO TEOCRÁTICO CATÓLICO. - Cesaropapismo (Imperador considerado o representante de Deus na Terra). - Capital: Constantinopla. - Outras cidades importantes: Antioquia, Edessa, Tessalônica, Nicéia e Alexandria. - O Império foi fundado por Arcádio, filho do Imperador romano Teodósio. - Sucessão: Arcádio, Teodósio II, Leão I (início da Dinastia Leonina), Zenon e Anastácio. - Destaque: Justiniano (Dinastia Teodosiana). a) Tentativa de reconstrução do antigo Império Romano, influenciado pela esposa Teodósia. Reconquista do Egito, do norte da África, do sul da Itália, da Espanha, além de ilhas como Sicília, Córsega e Sardenha (destaque para os generais Belisário e Narsés). b) Escolhia os funcionários pela capacidade funcional, centralizando o poder. c) Dominou a Igreja. d) Embelezou a capital (Catedral de Santa Sofia). e) Codificou todo o direito romano, sob o título de Corpus Juris Civiles. Complementado pela edição do Digesto ou Pandectas (conjunto de pareceres e reflexões dos magistrados romanos), das Institutas (princípios fundamentais para estudantes de direito) e das Novelas (leis complementares elaboradas por Justiniano). f) Pacificação com os perdas sassânidas através do pagamento de impostos para que Bizâncio não fosse atacada. g) Aumento dos impostos para cobrir gastos públicos. h) Enfrentou uma violenta revolta popular (Revolta Nika) contra a excessiva carga tributária. Duramente sufocada pelo general Belisário com a morte de milhares de pessoas. Explodiu no hipódromo de Constantinopla. - Após a morte de Justiniano, enfraquecimento do Império. - Outro ponto bastante cobrado sobre o Império Bizantino envolve a reforma religiosa ocorrida em 1054, e chamada de “Cisma do Oriente”. O movimento de purificação religiosa começou no século VIII, com o Movimento Iconoclasta (quebra das imagens religiosas e proibição da produção de esculturas religiosas, em protesto contra os abusos da Igreja Católica). Do cisma, surge a Igreja Ortodoxa. - Divergência entre católicos e ortodoxos quanto à língua oficial, quanto ao papa, quanto à obrigatoriedade do celibato e quanto à adoração dos santos. - Em 1204, Constantinopla foi saqueada pelos próprios cruzados que foram chamados para salvar o Império Bizantino do ataque dos muçulmanos. - O Império se fragmentará em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos. Com a queda, ocorreu a fuga de muitos sábios para o Ocidente, levando seus manuscritos e suas idéias. O último imperador bizantino foi Constantino X, morto na tomada de Constantinopla. Características: - Arte: arquitetura (monumentalidade), escultura (religiosidade) e mosaicos. - Sociedade: a) Banqueiros, grandes mercadores, donos de oficinas, grandes proprietários de terra e altos funcionários públicos. b) Pequenos comerciantes, artesãos, funcionários subalternos e rendeiros (trabalhavam a terra com o compromisso de pagar aos proprietários com uma parte da produção). c) Trabalhadores urbanos, servos (trabalhadores ligados à terra) e uma pequena quantidade de escravos. - Planta das igrejas bizantinas tinha a forma de uma cruz grega (braços iguais); os telhados tinham a forma de cúpula. Predomínio de linhas curvas. IMPÉRIO ISLÂMICO - Localizado na Península Arábica, o Império Islâmico, assim como o judeu, têm origem semita. - Primeiramente, os árabes eram politeístas e animistas (adoração dos elementos da natureza, guardados na Caaba, em Meca). A sua conversão ocorrerá em 630, quando Maomé reconquista pelas armas a cidade de Meca, destruindo as imagens e objetos de culto, menos a Caaba, que tornou-se a comprovação da escolha dos árabes como povo escolhido. HISTORIA 187 - Região cortada por rotas comerciais e por disputas militares pelo domínio das rotas. - Maomé nasceu aproximadamente em 570, na cidade de Meca. Pertencendo à tribo dos coraixitas, clã de comerciante, entrou em contato com outras culturas e outras religiões através do comércio. Seu aprimoramento cultural veio após o casamento com Khadidjah, viúva rica que orientou Maomé sobre as religiões. - Em 610 ocorreu a “Noite da Revelação”, quando o arcanjo Gabriel comunicou a Maomé ser este o único profeta e Alá o único Deus. O islamismo estava sendo gerado. Ao longo da vida de Maomé Alá fez-se ouvir através de Gabriel e Maomé ditou a seus discípulos as palavras de Alá formando o livro sagrado dos muçulmanos, o Alcorão. O islamismo não aceitava o ateísmo, o politeísmo e a idolatria e por isso começou a combater a mercantilização da fé que ocorria em Meca. - Em 622 ocorre a Hégira (fuga), quando Maomé e seus discípulos são expulsos de Meca para Medina. Esse é considerado também o início do calendário árabe. Oito anos depois, Maomé conquista Meca, unificando política e religiosamente a região. - Em 632 morreu Maomé. Após sua morte, o islamismo expandiu-se rapidamente. O fato de o islamismo respeitar as diferenças culturais, desde que os povos pagassem impostos, facilitou a expansão. - Sucessores de Maomé: a) Abu Bak (632 a 634), que recebeu o título de Califa: Os apoiadores de Abu Bakr são chamados de sunitas, e os do primo de Maomé, Ali, de xiitas. Abu Bakr reuniu os textos islâmicos organizando o Alcorão. - Dinastia Omíada (660 a 750): a) Capital: Damasco. b) Califado passou a ser hereditário. c) Conquista do norte da África, do Mediterrâneo e da Península Ibérica (711). O expansionismo só foi contido em 732, quando o chefe franco Carlos Martel venceu os muçulmanos na Batalha de Poitiers. d) 750: Persas lideraram uma insurreição geral contra os omíadas. Abu Al Abbas inaugurou a Dinastia Abássida, com capital em Bagdá. - Dinastia Abássida (750 a 1258): a) Construção dos principais legados culturais arábicos. b) Divisão em diversos califados independentes. O principal califado foi o califado omíada de Córboda. c) Tradução e perpetuação da cultura clássica greco-romana. d) Criação do cargo de Vizir, espécie de Primeiro- ministro. e) Universidades. f) Fim da dinastia com a pilhagem de Bagdá pelos mongóis. - Em 1281 houve a criação do Império Islâmico Otomano, que manteve-se como principal porta-voz muçulmano até 1918, quando foi desmembrado ao final da Primeira Guerra Mundial. Características do Islã: - Toda a pintura e retrato de forma humana é proibida por ser uma forma de cultuar alguém além de Alá. - Alcorão (recitação): Ditado por Gabriel a Maomé, e por este aos seus discípulos. Além de livro religioso, é um código de moral e justiça, com normas comportamentais. - Suna: Livro sagrado que contém os livros e feitos de Maomé. - Deveres muçulmanos: orar cinco vezes por dia, em horários determinados, com o corpo voltado para Meca; peregrinar pelo menos uma vez a Meca; jejuar durante o mês de Ramadã; dar esmolas aos que necessitam; e a profissão de fé (aceitação de Alá e de Maomé). - Arquitetura: mesquitas (construídas segundo o modelo da casa de Maomé, em Medina), minaretes (torres cilíndricas ou octogonias situadas no exterior das mesquitas a uma altura significativa, para que a voz do muezin possa chegar aos fiéis, convidando-os para a oração), mausoléus e palácios. - Literatura: “O livro dos reis”, “Rubayyat” (Omar Khayyam) e “As mil e uma noites”. - Matemática: os números arábicos, trigonometria, álgebra e criação do zero. - Física: refração da luz e ótica. - Química: carbonato de sódio, nitrato de prata, ácido nítrico, ácido sulfúrico, álcool, destilação, sublimação e filtração. - Alquimia, com a busca do elixir da longa vida e a pedra filosofal, que permitiria transformar todos os metais em ouro. - Medicina: Avicena, anatomia e vírus. - Difusão das descobertas asiáticas. - Medicina: anatomia e vírus. Olha a loucura dessa gente: Para os xiitas,o último sucessor de Maomé foi Mohammed al Muntazar, que desapareceu no ano de 878. A crença do grupo diz que esse herdeiro um dia voltará à Terra para restituir o verdadeiro islamismo e salvar seus seguidores do fim dos tempos. AS CRUZADAS No século XI, verificam-se novas condições no sistema feudal. Há o aperfeiçoamento nas técnicas e nos instrumentos de trabalho, que resultam no aumento da produção de alimentos. A maior oferta de alimento coincidiu com o crescimento da população. Enquanto isso, há o confrontamento entre os senhores feudais, que cobram maiores impostos para cobrirem as guerras e os novos luxos, e os servos, que começam a negar-se a trabalhar na terra de seus senhores. A solução encontrada pelos senhores para disfarçar os problemas de desordem são as cruzadas (1095), atribuindo-se ao religioso a necessidade de todos unirem-se. Era o medo do avanço muçulmano ligado ao fanatismo religioso e aliado ainda à ambição que nascia na Europa de novas terras. Os cristãos chegaram a tomar Jerusalém, porém, os muçulmanos, cento e cinqüenta anos depois, retomaram-na. Foram nove cruzadas ao longo de 196 anos. Justificativa para as Cruzadas: Libertar lugares sagrados, que estavam sobre o domínio muçulmano. Reais Objetivos: - Desejo de obtenção de maiores extensões de terra; - Busca de riquezas no Oriente; - Tentativa de contenção do avanço turco no velho mundo; - Cristianização; - Válvulas de escape contra as pressões sociais. Conseqüências das Cruzadas: - Desenvolvimento do comércio no interior da Europa e da Europa com o Oriente; - Surgimento da burguesia; - Crescimento econômico das cidades italianas; - Enfraquecimento da nobreza e restabelecimento gradual do papel do rei; - Emancipação dos servos; - Descoberta da seda, das especiarias, da pólvora, do alfabeto e da álgebra, além do imposto de renda para pagamento das guerras santas; - Reabertura do Mediterrâneo aos europeus; - Cidades libertam-se do mando dos senhores feudais. HISTORIA 188 - Surgimento de novas práticas comerciais: letra de câmbio, cheque e contabilidade; BAIXA IDADE MÉDIA Início da crise do feudalismo. progressiva estruturação de um novo modo de produção, o capitalismo. surgimento de uma economia comercial: dinamismo comercial. surgimento de um novo grupo social, a burguesia. declínio do modo de produção servil. desenvolvimento do trabalho livre (relações assalariadas). CRISE DO SÉCULO XIV: Contribui para a decadência do feudalismo, devido: À grande fome (1315-1317); À peste negra (1347-1350); À Guerra dos 100 Anos (França X Inglaterra); Durou de 1337 a 1453. Dois foram os motivos para o conflito: o fato de o rei da Inglaterra possuir terras na França e desejar tomar o reino francês e a disputa pelo domínio de Flandres. Revoltas Camponeses e Urbanas. Sugestão de Filmes: *** Em nome de Deus; *** Joana D’Arc; *** Robin Hood; *** Irmão sol, irmã lua; *** O nome da Rosa; *** El Cid; *** Excalibur; *** Henrique V; *** O Carrasco; *** O incrível exército de Bancaleone; *** Tristão e Isolda; *** Cruzadas. Questionamentos Interessantes: 1) Se antes do aparecimento do capitalismo ninguém pensava em lucrar e consumir cada vez mais, seria correto acreditar que o individualismo egoísta e a competição dos dias de hoje são resultados da natureza humana? 2) Compare a Igreja católica medieval com a atual: o que mudou na sua atitude em relação aos problemas sociais? 3) Existiu feudalismo no Brasil? RENASCIMENTO COMERCIAL E EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPÉIA Revolução Comercial e Colonialismo: A REVOLUÇÃO COMERCIAL, ACONTECIDA DURANTE O SÉCULO XV E XVI, FOI A RESSURREIÇÃO EUROPÉIA, ÉPOCA ONDE OS RESQUÍCIOS FEUDAIS CONVIVERAM COM A NOVA VISÃO DE MUNDO TRAZIDA PELO RENASCIMENTO E PELA REFORMA PROTESTANTE. O HUMANISMO E O INDIVIDUALISMO BURGUÊS TOMAVAM O ESPAÇO DO TEOCENTRISMO E DO COLETIVISMO FEUDAIS. O GRANDE FATOR DESSE PERÍODO É, ALÉM DA VISÃO DE MUNDO BURGUESA (LUCRO), A ABERTURA DO HORIZONTE MUNDIAL, COM AS DESCOBERTAS EUROPÉIAS QUE FIZERAM O VELHO MUNDO VISLUMBRAR UM OUTRO CONTINENTE E SER A TERRA REDONDA. A EUROPA PASSA A IMPOR SUA CULTURA PARA UM ESPAÇO MUITO MAIOR. - as cidades passaram a lutar pela independência: autonomia urbana (emancipação da tutela feudal). - a burguesia assume o controle administrativo das cidades: os serviços urbanos eram proporcionados pelos grandes comerciantes. - Corporações de Ofício: associações de artesãos de um mesmo ofício (ramo de atividade). - objetivos: impedir a concorrência, garantir a qualidade dos produtos e organizar os horários de trabalho. - Motivos que contribuíram para a expansão européia: Progresso econômico, renascimento comercial e urbano, e formação da burguesia; Necessidade de encontrar novos mercados para os produtos burgueses; Progressos técnicos da Escola de Sagres; Centralização política; Disputa entre Espanha e Portugal pelo título de "nação dos mares". - Reflexos da Expansão Marítima: Fortalecimento dos Estados Nacionais; Declínio econômico das repúblicas italianas: perda do monopólio do comércio das especiarias; Desenvolvimento do tráfico de escravos. Inflação na Europa (Revolução dos Preços); Europeização da América; Catequização da América; Extermínio das populações indígenas; Mudança do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico; Gigantesco crescimento do comércio internacional, com o aumento do volume de trocas; Afluxo de riquezas para a Europa, e da miséria para a América; Acúmulo de capitais nas mãos da burguesia européia; Revolução nos conhecimentos técnicos e científicos; Bases para a Revolução Industrial. MERCANTILISMO Práticas econômicas adotadas pelas monarquias nacionais européias durante a Idade Moderna. Foi típica da fase do capitalismo comercial e considerava o comércio fonte principal de riquezas. Foi a política econômica do absolutismo. Características: Estado participando ativamente da economia (dirigismo estatal); Metalismo (prosperidade vinculada à quantidade de metais); Idéia de dever exportar mais do que importar (balança comercial favorável); Protecionismo estatal; Colonialismo; Escravidão negra; Monopólio comercial; Pacto colonial. Se tu achas que já lesses tudo, lê esse trechinho sobre as navegações européias: No perigoso ambiente das caravelas do século XVI, a presença de um médico era imprescindível. Entre outros motivos, estão: 1) As condições sanitárias das caravelas eram péssimas 2) A alimentação era baseada quase exclusivamente de uma monodieta de biscoito duro e salgado, quase sempre podre, perfurado por baratas e com bolor malcheiroso. A comida e a água eram guardadas no porão, sem cuidados mínimos de higiene. 3) A maioria dos marinheiros passava tão mal que não tinha forças para subir ao convés e fazer suas necessidades nos baldes reservados para isto. Faziam-nas no porão, muitas vezes já recoberto pelo fruto de seu próprio enjôo. 4) O banho era considerado um malefício à saúde (achavam que 2 ou 3 por ano eram suficientes) HISTORIA 189 Lê e te revolta: Na primeira viagem de Vasco da Gama às Índias, os lucros atingiram 6000%. Quando Vasco da Gama retornou à Índia, em1502, logo ao chegar enforcou 50 pescadores que encontrou nas redondezas. Mandou esquartejá-los, cortou seus pés e suas mãos, e enviou tudo ao samorim com uma carta que dizia ser aquele um presente que sinalizava o pagamento que faria por mais especiarias. Em seguida, abriu fogo contra Calicute. Sugestão de Filmes: *** 1492: A Conquista do Paraíso; *** O Poço e o Pêndulo; *** Cristóvão Colombo. O RENASCIMENTO CULTURAL O renascimento marcava a nova maneira de pensar e ver o mundo, notadamente burguesa. Pela primeira vez desde o clássico, buscava-se enfrentar a crença coma razão. Era a valorização da natureza e do homem, com a formação de um novo modo de vida europeu. Estava acontecendo o renascer da cultura européia, nas suas mais diversas manifestações, notadamente nas artes. Esse renascer tem dois significados: um deles é a retomada da cultura clássica antiga greco-romana; o outro, o desenvolvimento da cultura européia, paralisada durante a Idade Média, com um embate com o pensamento católico medieval. Desenvolveu-se entre os séculos XIV e XVI, tendo como centro a Itália. O nome renascimento ou renascença deve-se à impressão de que após a estagnação cultural da Idade Média, comparada com a Antigüidade, tão brilhante no campo das artes, a Europa agora voltava a renascer. - Antropocentrismo (humanismo): oposição ao teocentrismo medieval. - Racionalismo: o mundo passa a ser concebido como explicável através da física e da matemática. - Classicismo: Cultura clássica tomada como referência; - Individualismo: De acordo com as doutrinas protestantes e com os interesses burgueses, em contraposição ao coletivismo da cristandade; - Espírito de competição; - Otimismo; - Naturalismo; - Pregação da utilização dos idiomas nacionais; - Ambição material. Motivos do Pioneirismo Italiano: - Renascimento do comércio no Mediterrâneo; - Prosperidade das cidades italianas; - Contato com muçulmanos e bizantinos; - Herança da cultura clássica greco-romana; - Desenvolvimento que os centros urbanos e o comércio experimentavam. Principais Renascentistas Italianos: Leonardo da Vinci (1452-1519): Ciências e artes. Principais obras: A Monalisa ou Gioconda e Virgem dos Rochedos. “Já fiz planos de pontes muito leves (..) Conheço os meios de destruir, seja que castelo for (...) Sei construir bombardas fáceis de deslocar, carros cobertos, inatacáveis e seguros, armados com canhões. Estou (...) em condições de competir com qualquer outro arquiteto, tanto para construir edifícios públicos ou privados como para conduzir água de um lugar para outro. E, em trabalhos de pintura ou na lavra do mármore, do metal ou da argila, farei obras que seguramente suportarão o confronto com as de qualquer outro, seja ele quem for”. (Leonardo da Vinci, retirado de Jean Delumeau, A Civilização do Renascimento, Lisboa , Editorial estampa, 1984, vol. 1, p. 154) "O pintor é amo e senhor de todas as coisas que podem passar pela imaginação do homem, porque ele sente o desejo de contemplar belezas que o encantem, é o dono de sua criação, e se quer ver coisas monstruosas, que causem terror, ou que sejam grotescas e risíveis ou que provoquem compaixão, pode ser amo e criador delas (...) " Leonardo da Vinci Michelangelo Buonarroti (1475-1654): Pintor, escultor e arquiteto. Principais obras: Juízo Final, Capela Sistina, Esculturas: Moisés, Pietá e David. Rafael Sanzio (1483-1520): Pintor. Principais obras: As Madonas da Capela Cistina e afrescos no Palácio do Vaticano. Sandro Botticelli (1444-1510): Pintor. Principais obras: A Primavera e o Nascimento de Jesus. Ticiano: Principais obras: “A Fonte do Amor” e “Vênus Deitada”. Principais Renascentistas Fora da Itália: Rembrandt: Pertence ao renascimento dos Países Baixos. Erasmo de Rotterdam, que tem como obra principal Elogio da Loucura. Foi um filósofo holandês. François Rabelais (1495-1553): Francês, tem como obra principal Críticas à Monarquia. Michel de Montaigne era francês, e tem como obra principal “Ensaios”. Thomas Morus, que tem como obra principal Utopia. Utopia é considerada a primeira obra que prega o comunismo, pregando um Estado ideal, organizado de forma comunitária. Luis de Camões: Maior expoente do renascimento português, tem como obra principal Os Lusíadas. Miguel de Cervantes (1547-1619): Mais célebre renascentista espanhol, tem como principal obra Dom Quixote de La Mancha. William Shakespeare, que tem como principais obras Romeu e Julieta, Hamlet, Marco Antônio e Cleópatra, Muito Barulho Por Nada, Otelo, O Mercador de Veneza, Rei Lear, etc. Declínio Renascentista: - Contra-reforma católica (Inquisição); - Troca do eixo econômico europeu para o Oceano Atlântico; - Guerras entre as cidades italianas. A REFORMA RELIGIOSA A Reforma Religiosa foi um movimento amplo de mudanças sociais e religiosas, que ocorreu na Europa e nas áreas por ela colonizadas. Esse movimento teve início na Alemanha, no começo do século XVI. Três exemplos da loucura católica da época: O papa Alexandre VI era um nobre espanhol que entrou para a Igreja tentando fazer carreira. Não sabia rezar uma missa. Calixto III excomungou o cometa Halley, em 1456, por acreditar que se tratava de um emissário do mal. Leão X ficou famoso por manter um harém de rapazinhos no Vaticano. Outra forma que o clero usava para conseguir dinheiro era a venda de dispensas, isto é, licenças por meio das quais o fiel ficava dispensado de cumprir uma norma estabelecida pela Igreja. Por exemplo, um cristão podia se casar com a própria sobrinha desde que, para isso, comprasse uma dispensa. Causas da Reforma: - Conflito entre a ética católica e os interesses da burguesia. A ética católica condenava o lucro, a usura (juro) e a riqueza acumulada. A ética protestante, ao contrário, passa a justificar o acúmulo de capital. A riqueza passa a ser sinal da "escolha divina". HISTORIA 190 - Venda de indulgências; - Abusos do clero (venda de cargos eclesiásticos e relíquias sagradas); - Impostos eclesiásticos; - Humanismo; - Interesse dos príncipes pelas terras da Igreja; - Crise do feudalismo; - Novo contexto social, com formação do capitalismo e ascensão da burguesia. Luteranismo: Lutero pretende a purificação da religião, com a tradução da Bíblia, a possibilidade de contato direto do fiel com Deus, e não apenas através do papa, com o fim da venda de indulgências. Após traduzir a Bíblia para o alemão, Lutero é expulso da Igreja Católica pela Dieta de Worms. Para Lutero, a fé carregaria o fiel para o céu, o latim deveria ser abolido das missas, pois ninguém o entendia, as imagens deveriam ser abolidas, o celibato deveria ser combatido e os sacramentos religiosos católicos deveriam ser abolidos. O luteranismo ocorreu na Alemanha. Em 1517, Lutero revoltou-se com a venda de indulgências. Elaborou, então, as 95 Teses, nas quais condenava a venda de indulgências e alguns dogmas da Igreja e criticava o sistema clerical dominante. Na Dieta de Worms (1521), Lutero foi condenado como herege: Lutero negou-se a se retratar e com o apoio da nobreza não foi punido (refugiou-se no castelo do príncipe da Saxônia). Realizou, então, um de seus grandes objetivos: traduziu a Bíblia latina para o alemão. Na Dieta de Spira (1529), tentou-se conter o luteranismo. No luteranismo, há apenas dois sacramentos: batismo e comunhão. A Bíblia é vista como fonte de fé e livre exame. A salvação dos fiéis é obtida exclusivamente pela fé, e não pelas doações, como dizia a Igreja Católica. O Luteranismo prega, ainda, o uso das línguas nacionais, a supressão do celibato e das imagens (ícones), a submissão da Igreja ao Estado e a negação da transubstanciação (transformação do pão e vinho em corpo e sangue de Cristo). Na França: João Calvino e o calvinismo: Para Calvino, a salvação era obtida através da graça de Deus (predestinação). Assim, uma pessoa rica era assim porque era iluminada, sendo santa a riqueza por aproximar o rico do caminho de Deus. Quanto mais rica uma pessoa, mais próxima estaria de Deus. Assim, a religião aproximava-se da moral burguesa, ao encorajar, o trabalho, o lucro e a riqueza. O Anglicanismo de Henrique VIII: O anglicanismo teve um caráter essencialmente político e personalista. Dois motivos levaram Henrique VIII a romper com o papado: o desejo de novo casamento, e o desejo de adonar-se das terras da Igreja Católica na Inglaterra, enfraquecendo o papado no país para fortalecer o seu poder pessoal. Quanto ao seu desejo de novo casamento, desejava Henrique VIII unir-se a Ana Bolena e buscava o rei inglês, na verdade, um herdeiro homem que sua mulher não havia conseguido dar-lhe. Em 1534, através do Ato de Supremacia, Henrique VIII tornou-se chefe da Igreja na Inglaterra. Foi excomungado pelo papa, e, em resposta, confiscou os bens da Igreja Católica. Fundou o Anglicanismo, casou-se com Ana Bolena e fortaleceu seu poder pessoal ao tornar a Igreja e o Estado um ente só. A Doutrina Anglicana, por não ser fruto de um estudo religioso e sim de um desejo político de seu fundador, manteve muitas características da Igreja Católica, como a hierarquia eclesiástica. Apenas dois sacramentos: comunhão e batismo. A salvação, assim como no calvinismo, é obtida através da graça (predestinação). Haverá um Segundo Ato de Supremacia, já no reinado de Elizabeth I, quando haverá a consolidação do Anglicanismo. O Anabatismo: Tomas Münzer, apoiado nas idéias de Lutero, criou os ANABATISTAS (não eram batizados). Diziam que era possível ter o reino de Deus na Terra, as terras não deveriam ter cercas (reforma agrária por invasões), destruir os donos: clero e nobreza (violência). Contra-Reforma: Reação da Igreja Católica ao crescimento protestante. Reafirmação da infalibilidade papal e resgate da moralidade da Igreja. A contra-reforma teve um caráter conservador e violento. Movimentos: - Companhia de Jesus (1534): Criada pelo militar espanhol Inácio de Loyola, dedicava-se a difundir o catolicismo pelo mundo, principalmente nas colônias da América, África e Ásia. Seus difusores eram os jesuítas, que se dedicavam à educação dos povos “não evoluídos”. - Concílio de Trento (1545): Negou qualquer valor às doutrinas protestantes, reafirmando a verdade única da Igreja Católica. Criou os seminários e o catecismo e manteve a doutrina católica: salvação pela fé e boas obras, o culto à Virgem Maria e aos santos, a existência do purgatório, a infalibilidade do papa, o celibato do clero, a hierarquia eclesiástica e a indissolubilidade do casamento, 7 sacramentos, Bíblia como fonte de fé e interpretação pela igreja, uso do latim. Porém, a Igreja implicitamente reconheceu os abusos que estavam sendo cometidos em nome da fé ao proibir a venda de indulgências. - Santa Inquisição: A Inquisição era a arma mais brutal da Igreja Católica, responsável pela perseguição dos protestantes e outras minorias que afrontassem os ditames papais. Sugestão de Filmes: *** Lutero; *** Giordano Bruno. O ABSOLUTISMO O absolutismo foi a concentração de poderes nas mãos dos soberanos (reis) que governavam sem limites, auxiliados por ministros. O rei possuía o poder de decretar leis, dispensar justiça, arrecadar impostos e dirigir a vida econômica de seu Estado. Podia legislar, decretar guerra e fazer a paz. Não era mais um rei a serviço do Estado, mas um Estado a favor do rei. A França era a terra de Luís XIV, assim como a Inglaterra era a terra de Henrique VIII. Pensadores Absolutistas: MAQUIAVEL, Nicolau - O Príncipe - "Os fins justificam os meios". Representa a divisão entre moral e política. A política não visa a ter moral, mas sim a ter sucesso na consecução de seus objetivos. HOBBES, Thomas - O Leviatã - "O homem é o lobo do homem". Representa o Estado como aglutinador dos homens que, se não houvesse o Estado, demoliriam-se mutuamente. Segundo sua teoria, os súditos abririam mão da liberdade em favor da centralização e da ordem. BOSSUET, Jacques - Política Tirada da Sagrada Escritura - O rei é considerado um elemento divino, e desobedecê-lo é sacrilégio. Só Deus pode julgar o rei. HISTORIA 191 BODIN, Jean - Os Seis Livros da República - Teoria da soberania do Estado e teoria do Direito Divino. A autoridade do rei representa a vontade de Deus. Assim, todo aquele que não se submete à autoridade real é considerado inimigo de Deus. O rei deve estar acima das leis. Absolutismo Francês: - Origem: Guerra dos 100 Anos. - Apogeu da Centralização: Dinastia Bourbonica (Henrique IV, Luís XIII e Luís XIV). - História: - Rei responsável pela administração da justiça, criação de um exército nacional e restrição da autoridade do papa sobre o clero na França; - Luís XIII (1610-1643): Consolidação do absolutismo. Com a ajuda do Cardeal Richelieu, submete a nobreza e a burguesia, reforçando a autoridade real. Luís XIII: 1610 a 1643. Richelieu, ministro, internamente buscou enfraquecer a nobreza e a fortalecer o poder do rei, além de apoiar a burguesia; externamente, tornou a França uma das grandes potências européias. OBS - Os Três Mosqueteiros e o rei: O romance "Os Três Mosqueteiros" foi escrito pelo francês Alexandre Dumas. Ele conta a história um jovem proveniente da Gasconha, D'Artagnan, que vai à Paris buscando se tornar membro do corpo de elite dos guardas do rei, os mosqueteiros. Chegando lá, após acontecimentos singulares, ele conhece três mosqueteiros chamados "os inseparáveis": Athos, Porthos e Aramis. Juntos, os quatro enfrentarão grandes aventuras à serviço do rei da França, Luís XIII, e principalmente, da rainha, Ana d'Áustria. Encontram seus inimigos na pessoa do Cardeal Richelieu e seus guardas, além de Milady, uma bela mulher à serviço de Richelieu, que já foi casada com Athos. Essa lista também inclue os huguenotes e os ingleses, inimigos da Coroa francesa. No fim, vencendo todos os perigos que os esperavam, distinguindo-se nas guerras contra os inimigos da França, e salvando a rainha Ana d'Áustria, despedem-se, ficando apenas d'Artagnan ao serviço da rainha, nos mosqueteiros reais. - Luís XIV (1643-1715): Apogeu do absolutismo e desenvolvimento econômico. Era o rei sol, soberano assim como o astro, com todos a girarem à sua volta. Acumulou funções de rei e de ministro. Isentou a corte do pagamento de impostos. Revogou o Édito de Nantes, que concedia liberdade religiosa na França. É marcante a sua frase: "L'etat c'est moi!" (O Estado sou eu). Luís XIV: 1643 a 1715. Luís XIV obteve a aceitação da nobreza ao seu governo absolutista estimulando-a a freqüentar a Corte. Assim, distantes de suas bases nas províncias, e sob o olhar próximo do rei, não mais causariam perigo. Faleceu em 1715. - Luís XV: Caos econômico e impostos excessivos. Luís XV: 1715 a 1774. Foi o pior dos Luíses que a França teve. Perdas coloniais. - Luís XVI: Queda do absolutismo com a Revolução Francesa. Luís XVI: 1774 a 1789. Absolutismo Inglês: - Origem: O grande ponto de amadurecimento do absolutismo inglês ocorreu com a Guerra das Duas Rosas, quando houve o enfraquecimento da nobreza. - Apogeu da Centralização: Dinastia Tudor, que instalou o absolutismo com o apoio da burguesia e do Parlamento. - História: - Século XIII: Oposição à centralização. 1215: Magna Carta (João Sem Terra). Na Magna Carta, há o submissão do rei às leis. O rei não podia promulgar mais novas leis, nem aumentar os impostos sem o consentimento do Parlamento; - Henrique VII: Fim da Guerra das Duas Rosas - Centralização. Inicia a Dinastia Tudor, pacificando o país e consolidando o Estado nacional. - Henrique VIII (1509-1547): Impôs a sua autoridade sobre a nobreza e o Parlamento, graças ao apoio da burguesia, interessada na expansão comercial. Criação da Igreja Anglicana, rompimento com o papa e apropriação das terras católicas na Inglaterra. Henrique VIII. - Elizabeth I ou Isabel: Conhecida como a rainha virgem, consolidou o Anglicanismo e estimulou o desenvolvimento comercial e manufatureiro. Início da expansão colonial. Elizabeth I: 1588 a 1603. Crescimento capitalista no país. Início da expansão colonial inglesa, com a colonização da América do Norte e a pirataria contra navios espanhóis. Mecena, patrocinava a arte de Shakespeare. Com a sua morte, termina a dinastia Tudor. - Após Elizabeth I, assume o trono inglês a Dinastia Stuart (1603 a 1688), marcada pelo declínio do absolutismo e pelos choques com o Parlamento. Há a perseguição aos católicos, no período de Jaime I. Absolutismo Português: Ocorreu a partir da Revolução de Avis, com a Dinastia de Avis (1383 a 1580) tendo o apoio da burguesia. Absolutismo Espanhol: Só acontece a partir de 1476, com a expulsão dos árabes-muçulmanos invasores. O momento que marca tal período é o casamento de Isabel, do reino de Castela, com Fernando, herdeiro do trono de Aragão. Sugestão de Filmes: *** Rainha Margot. A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA Utilizando-se como pretexto para a exploração colonial o argumento da necessidade de civilizar os povos americanos, por meio da cultura e da fé cristã, os espanhóis dizimaram as civilizações indígenas, escondendo por trás do empreendimento comercial e cristão a finalidade primeira, que era a busca dos metais preciosos a todo o custo. Destacam-se nessa empreitada três colonizadores: Hernán Cortez no México, e Francisco Pizarro e Diogo Almagro, no Peru. Dois objetivos foram perseguidos economicamente: metais preciosos e produtos que pudessem ser vendidos nos mercados europeus com grande lucro. Ao contrário da colonização portuguesa do Brasil, onde o negro tornou-se a principal mão-de-obra, e o tráfico negreiro um extremamente lucrativo negócio, na América Espanhola, a mão-de-obra indígena foi a principal fonte produtora. A mita, na qual os índios trabalhavam nas minas por um prazo determinado e sob um pagamento irrisório foi utilizada, principalmente nas minas de prata de Potosí, e contribuiu para arruinar a estrutura comunitária indígena e exterminar a população nativa. Além da mita, havia a encomienda, que era a exploração dos nativos como servos nos campos e nas minas. A exploração era justificada como um pagamento de tributos, feito pelos índios em forma de serviços, por receberem proteção e educação cristã. A sociedade formada na América Espanhola era uma sociedade organizada hierarquicamente, com a seguinte ordem: ÷ Chapetones: espanhóis da metrópole que ocupavam altos postos militares e civis (justiça e administração). Elite. ÷ Clero. HISTORIA 192 ÷ criollos: espanhóis nascidos na América (aristocracia colonial: grandes proprietários e comerciantes) que, por constituírem a elite colonial, participavam das câmaras municipais (cidades mais importantes), denominadas cabildos (ou ayuntamientos). ÷ mestiços. ÷ índios. Lê e te revolta: “Os índios foram queimados vivos, havia açougues espanhóis vendendo carne humana (dos índios) para alimentação dos cães, e soldados que apostavam o sexo de uma criança na barriga da mãe, depois rasgando o ventre da mulher com a espada para verificar. Objetos de arte, prédios, manuscritos indígenas, tudo foi destruído.” E pensar que nós temos um tremendo orgulho de nosso sangue lusitano! Sugestões de Filmes: O capitão de Castela; Os reis do sol. ILUMINISMO OU ILUSTRAÇÃO: Os escritores franceses do século XVIII provocam uma verdadeira revolução intelectual na história do pensamento moderno. Suas idéias caracterizam-se pela importância dada à razão. Rejeitam-se as tradições e procura-se uma explicação racional para todas as coisas. Era a filosofia revolucionária da burguesia, que ficaria conhecida como Ilustração ou Época das Luzes. Princípios básicos do Iluminismo: - Racionalismo; - Combate ao absolutismo e à teoria do poder divino dos reis; - Combate ao mercantilismo; - Crítica aos privilégios de classe (ordens ou estados); - Combate ao poder da Igreja; ÷ Defesa da limitação do poder real. ÷ Defesa da não intervenção do Estado no campo econômico; ÷ Defesa de um sistema constitucional. Os Principais Filósofos Iluministas: Podemos dividir os iluministas em dois grupos: o dos filósofos, que se preocupavam com os problemas sociais, políticos, culturais e religiosos; e o dos economistas, que procuravam promover o enriquecimento das nações. São eles: - Jean Jacques Rousseau: Principal iluminista, tem como obra principal “Do Contrato Social”, na qual faz críticas ao absolutismo e defende a liberdade. Critica também a burguesia e a propriedade privada. - Montesquieu, que tem como obra principal “O Espírito das Leis”, na qual inventa a Tripartição do poder: executivo, legislativo e judiciário. - Voltaire, que tem como obra principal “Cartas Inglesas”, na qual faz críticas à Igreja Católica e aos resquícios feudais, além de defender a liberdade de expressão. - John Locke, que tem como principal obra “Segundo Tratado do Governo Civil”, na qual diz que a vida, a liberdade e a propriedade são direitos naturais do homem, e diz ainda que o direito de rebelião é inerente ao homem, não podendo ser coagido. Os Economistas: Pregavam a liberdade econômica, opondo-se a qualquer regulamentação. A economia deveria ser fornecida pela natureza. Devido a esse pensamento, foram chamados de fisiocratas. Para eles, as empresas deveriam concorrer livremente, pois a livre concorrência faria os preços baixarem, e a qualidade dos produtos elevar-se. Os fisiocratas, representados por Quesnay, Gournay e Turgot, defendiam a agricultura como fonte geradora de riqueza e a não intervenção do Estado na economia. Já os liberais, representados primordialmente por Adam Smith, fundador da economia moderna como ciência, defendiam a ideologia econômica da burguesia e do capitalismo, o trabalho como fonte de riqueza e condenavam o mercantilismo, defendendo a concorrência, a divisão do trabalho e o livre comércio. Os principais economistas foram: - Adam Smith: Adam Smith, “pai do liberalismo”, tem como principal obra “Da riqueza das nações”. Inglês, valoriza o trabalho e propõe as linhas básicas do capitalismo através do estudo da lei da oferta e da procura, e da lei dos “mais fortes”, numa seleção mercadológica dos mais competentes. - David Ricardo: Tem como principal obra “Princípios da Economia Política e Tributação”. Defende que o preço da força de trabalho deve ser equivalente ao mínimo necessário para a subsistência do trabalhador, não sendo o patrão responsável pela sustentação da família de seu empregado. - Thomas Malthus: Segundo Malthus, a miséria social é culpa do desequilíbrio entre a produção e o consumo. A produção agrária, segundo Malthus, cresce em P.A., enquanto a população cresce em P.G. Assim, a culpa pela existência da pobreza seria do próprio pobre, que se procriaria descontroladamente. Propõe, ainda, a retirada de apoios governamentais como saúde e alimentação aos pobres, que não contribuiriam para a nação, além de não serem grandes competidores. O Despotismo Esclarecido: Foi o governo de príncipes e reis, que colocavam em prática as idéias iluministas, governando de acordo com a razão e de acordo com os interesses do povo, mas não abandonavam a forma absolutista, sendo as conquistas iluministas uma fachada para a continuidade do absolutismo. ENCICLOPÉDIA Veículo de difusão das idéias liberais, continha o resumo do pensamento iluminista e fisiocrata. Foi organizada por Diderot e D’Alembert e pregava o racionalismo, a atividade científica, o anticlericalismo, o deísmo, e o contrato social. Foi composta de 35 volumes. REVOLUÇÃO INGLESA DO SÉCULO XVII E O PARLAMENTARISMO: Significou a destruição do Absolutismo na Inglaterra, com o Parlamento ascendendo ao poder e, junto com ele, a burguesia. Foi a luta entre o rei e o parlamento, entre a nobreza e a burguesia. A Revolução Inglesa foi a primeira revolução burguesa da Europa Ocidental, antecipando em 150 anos a Revolução Francesa. Sem a Revolução Inglesa não seria possível, de forma alguma, a Revolução Industrial que lhe sucederia. 1. Etapa) Guerra Civil ou Revolução Puritana (1642-1648): Revolta de Carlos I contra as medidas adotadas pelo Parlamento. Ordenou que sua guarda invadisse o Parlamento e prendesse seus líderes. A sociedade inglesa era dividida entre os partidários da monarquia absolutista (Cavaleiros), e os partidários da monarquia constitucional (Cabeças Redondas). Eram favoráveis à monarquia absolutista a burguesia financeira, os mestres de corporação e o alto clero anglicano, além da nobreza católica. Em contrapartida, eram defensores à monarquia constitucional a burguesia mercantil, a gentry (nobreza rural, que explorava a terra de forma capitalista), os HISTORIA 193 mestres manufatureiros, os camponeses pobres, além dos presbiterianos (puritanos). OBS: Gentry eram os representantes dos proprietários de médio porte, viviam no campo e dependiam desta propriedade para sobreviver. Passam a investir cada vez mais na propriedade para crescer, por isso querem livrar a economia do mercantilismo, assim no aspecto político, assumem as mesmas posições da burguesia liberal confundindo-se com ela. Os cabeças redondas acabam por sair vitoriosos, executando o rei e instalando o regime republicana pela primeira e única vez na história inglesa. Na verdade, o que ocorrerá será uma ditadura do líder dos cabeças redondas, Oliver Cromwell. 2. Etapa) A República Ditatorial de Cromwell (1649-1658): Cromwell realiza uma República ditatorial, conhecida como Protetorado. São fatos marcantes a unificação britânica, o Ato de Navegação (incentivo à construção naval, proibição de entrada e saída de mercadorias em navios estrangeiros, foi fundamental para o comércio, a burguesia, o capital e a revolução industrial), a Guerra com os Holandeses. No início, Cromwell governou em conjunto com o Parlamento, mas depois deu um golpe e instalou a ditadura (1653-58). 3. Etapa) A Restauração Monárquica (1660- 1688): Ricardo Cromwell manteve-se no poder apenas oito meses, pois não tinha a habilidade do pai. Restaurou-se a monarquia com os Stuart, Carlos II assume o trono britânico e volta a aquietar as vozes do Parlamento. Seu sucessor, foi Jaime II, que desagrada à burguesia e à nobreza anglicana, devido ao fato de ser católico e autoritário. 4. Etapa) Revolução Gloriosa (1688-1689): Foi entre as tropas de Guilherme de Orange e as forças de Jaime II. Guilherme de Orange e sua esposa, Maria Stuart, assumem o poder na Inglaterra tendo, entretanto, que assinar, em 1689, uma Declaração de Direitos (Bill of Rights), que previa, por exemplo, tolerância religiosa aos protestantes em geral, superioridade da lei sobre a vontade do rei (fim do absolutismo), aprovação de tributos pelo Parlamento, liberdade de imprensa, exército permanente e retirada do poder do rei de suspender lei alguma. No plano político, a Revolução Gloriosa marca o fim do absolutismo na Inglaterra. O poder do rei passa a ser limitado pelo Parlamento, e a monarquia adquiriu um caráter constitucional. Sugestão de Filmes: *** Cromwell; *** O homem que não vendeu sua alma; *** Paixão e Traição; *** Mary Stuart; *** Ana dos Mil Dias; *** A Letra Escarlate; *** Morte ao Rei. A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799) SIGNIFICADOS: ÷ Revolução burguesa. ÷ Consolidação do Estado burguês. ÷ Teve participação popular. ÷ Tomada do poder político pela burguesia. ÷ Derrubada do Antigo Regime. MOTIVOS: ÷ Queda na produção agrícola devido aos entraves feudais e a fenômenos climáticos: alta de preços, miséria e fome. ÷ Imposição de mais tributos e medidas fiscais e comerciais. ÷ O clero e a nobreza não pagavam impostos diretos, ocupavam os melhores cargos na administração e no exército, recebiam rendas do governo e tinham privilégios judiciários. - Absolutismo dos Bourbons: - As idéias iluministas: Essencial: Desejo da burguesia de atingir o poder político. O PROCESSO REVOLUCIONÁRIO: - Crise política: ÷ Sucessivas demissões de ministros: Turgot, Brienne, Calonne e Necker. ÷ Assembléia dos Estados Gerais: Clero, Nobreza e Povo. ÷ O Terceiro Estado conseguiu aumentar o número de deputados. ÷ O Terceiro Estado exigiu a votação individual (a votação tradicional era por Ordem ou Estado). ÷ O rei Luis XVI tentou dissolver a Assembléia. ÷ Os deputados do Terceiro Estado ocuparam a sala do jogo da péla e juraram não se dissolver enquanto não fosse elaborada uma constituição: Assembléia Nacional Constituinte. ÷ O rei procurou reunir forças para reprimir os deputados rebelados na Assembléia. ÷ Demissão de Necker. A REVOLUÇÃO: - A burguesia organizou a Guarda Nacional para resistir ao rei e comandar a população. - Tomada da Bastilha (14.07.1789) ÷ Estopim da revolução. AS FASES DA REVOLUÇÃO: - Assembléia Nacional Constituinte (1789-1791) + Abolição dos privilégios feudais. + Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: ÷ Igualdade civil. ÷ Propriedade privada. ÷ Resistência à opressão. + Constituição Civil do Clero: ÷ Confisco dos bens da Igreja. ÷ O Estado passava a controlar o clero. + Constituição de 1791: ÷ Monarquia constitucional. ÷ Divisão de poderes. ÷ Voto censitário. ÷ Proibição de greves. - Assembléia Legislativa (1791-1792) + Grupos Políticos: ÷ Girondinos: alta burguesia. ÷ Jacobinos: pequena burguesia e sans-culottes. ÷ Migração da nobreza. ÷ Apoio externo para restaurar o Estado absolutista. + Fuga do Rei (junho/1791): ÷ Conspiração contra-revolucionária. ÷ Foi preso na fronteira. ÷ Os sans-culottes exigiam medidas radicais. ÷ O rei foi acusado de traição. ÷ Foi proclamada a República. - Convenção Nacional (1792-1795) + sufrágio universal. + Facções Políticas: conflitos ÷ Girondinos: direita ÷ consolidação das conquistas burguesas. HISTORIA 194 ÷ Planície ou Pântano: representantes da burguesia sem posição política definida. ÷ Jacobinos (Montanha): esquerda ÷ aprofundamento da revolução. ÷ Foi formada a 1ª Coligação contra a França: Áustria, Prússia, Holanda, Espanha (monarquias absolutistas temerosas dos reflexos da Revolução sobre sua estabilidade política) e Inglaterra (esta, devido a rivalidades econômicas). ÷ Insatisfações. ÷ Os jacobinos assumem a Convenção. + Convenção Montanhesa ou Jacobina (1793- 1794): ÷ Adoção de um novo calendário. ÷ Participação popular. ÷ Radicalização política. ÷ Constituição do Ano I (1793): sufrágio universal e democratização. ÷ Governo Jacobino: Comitê de Salvação Pública (administração e defesa externa), Comitê de Salvação Nacional (segurança interna) e o Tribunal Revolucionário. ÷ Medidas populares: Lei do Preço Máximo, venda dos bens da Igreja e nobres emigrados, abolição da escravidão nas colônias, fim de todos os privilégios, ensino público e gratuito. * Terror (set/1793 a jul/1794): ÷ Robespierre. ÷ Execuções: guilhotina. Inclusive de Danton. ÷ Impopularidade de Robespierre: dificuldades econômicas e militares, ameaças externas e insegurança da população (execuções). * Reação Termidoriana (jul/1794): ÷ Golpe dos girondinos: Robespierre e Saint-Just são guilhotinados. ÷ Os representantes do Pântano (alta burguesia girondina) assumem o comando da Revolução. + Convenção Termidoriana (1794-1795): ÷ Retomada do caráter burguês da revolução. ÷ Anulação das medidas jacobinas. - Diretório (1795-1799): ÷ Supremacia girondina. ÷ Oposição dos jacobinos e dos realistas. ÷ Revoltas populares. ÷ Conspiração dos Iguais (1796): movimento dos sans-culottes ÷ Graco Babeuf ÷ critica a propriedade privada e defesa da igualdade social. ÷ Vitórias do exército francês contra a 2ª Coligação (Espanha, Holanda, Prússia e reinos italianos). ÷ Ascensão da Napoleão Bonaparte + Golpe do 18 Brumário (nov/1799): ÷ Napoleão Bonaparte, representando dos interesses girondinos, dissolve o Diretório e institui o Consulado (Constituição do Ano VIII ÷ 1800) ÷ fim da Revolução e consolidação do Estado burguês. NAPOLEÃO BONAPARTE Napoleão Bonaparte chegou ao poder através do Golpe do 18 Brumário, sendo eleito cônsul. A vitória de Bonaparte foi uma vitória da burguesia francesa, interessada em pacificar a França e na estabilidade, haja visto haver conseguido chegar ao poder. Bonaparte tinha o apoio da burguesia, dos militares e dos camponeses. CONSULADO (1799-1804) ÷ Napoleão Bonaparte enfrenta as ameaças estrangeiras e recupera a economia e a sociedade. ÷ Bonaparte criou o Banco da França, saneando as finanças, criando o franco e financiando a indústria e da agricultura. ÷ Reatou as relações com a Igreja: Papa Pio VII. - Código Civil Napoleônico (1804): Inspirado no Direito romano, garantia as conquistas burguesas, concedendo ampla proteção à propriedade privada, restabelecendo a escravidão nas colônias e proibindo os sindicatos e as greves. - Ainda no ano de 1804, Bonaparte tornou-se cônsul vitalício e, através de um plebiscito, foi proclamado Imperador. IMPÉRIO (1804-1815) - Prosseguimento das guerras externas. - Decretou o Bloqueio Continental (1806), na tentativa de vencer a Inglaterra comercialmente, posto que não conseguiu vencer a Inglaterra militarmente. Neste bloqueio, proibiu as relações comerciais entre os países europeus e a Inglaterra. ÷ Portugal e Rússia: desobediência ao Bloqueio e quebra da hegemonia francesa. ÷ Portugal: invasão napoleônica de Portugal e fuga da família real (D. João VI) para o Brasil. ÷ Rússia: os russos adotaram a tática da “terra arrasada” e provocaram a retirada do exército napoleônico. DECLÍNIO NAPOLEÔNICO ÷ Exilado na ilha de Elba. - Restauração da Monarquia Bourbon: Luis XVIII ÷ pouco tempo. GOVERNO DOS CEM DIAS (1815) ÷ Napoleão foge da ilha de Elba e recupera o poder. ÷ 7ª Coligação derrota definitivamente Napoleão na Batalha de Waterloo. ÷ Napoleão é exilado na ilha de Santa Helena: morre em 1821. CONGRESSO DE VIENA Reconstrução da Europa, com a tentativa de evitar- se novas revoltas burguesas que viessem a colocar em risco a ordem monárquico-nobiliárquica que vigorava na maioria dos países europeus. Busca-se colocar no poder da França os reis que haviam sido tirados pela Revolução Francesa. Participam do Congresso de Viena o czar Alexandre, da Rússia; o chanceler Metternich, da Áustria; Castereagh, da Inglaterra; Hardenberg, da Prússia, e Talleyrand, representando a França. A partir do Congresso de Viena surge a Santa Aliança, que teria a responsabilidade de reprimir os movimentos contrários ao Antigo Regime, e também impedir a independência da América Espanhola, ajuda mútua, vigilância sobre revoluções, censura à imprensa. Seu poder desapareceu em 1830. Foi enfraquecida por não intervir nas independências latino-americanas pois representava interesse para a Inglaterra. Esta saiu da Santa Aliança. SANTA ALIANÇA: ÷ Rússia, Prússia, Áustria, Inglaterra e França. ÷ Objetivos: combater os movimentos liberais e nacionalistas. ÷ Declínio: avanço capitalista, a defesa do principio de não-intervenção pela Inglaterra e a Doutrina Monroe (contrária a medidas recolonizadoras). Sugestões de Filmes: - Danton, o Processo da Revolução. - A noite de Varennes. - Os miseráveis, com Lian Neeson. - Assim Deus mandou. - Jefferson em Paris. - Napoleão. - Monsieur N. - Maria Antonieta. HISTORIA 195 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Processo de transformações econômicas e sociais geradas pela mecanização iniciado na Inglaterra da segunda metade do século XVIII. MOTIVOS DO PIONEIRISMO INGLÊS - Estado burguês e liberal: incentivo ao capitalismo. - Burguesia poderosa. - Acúmulo de capitais. - Existência de mercados consumidores. - Existência de matérias-primas: carvão, ferro, lã, algodão. - Existência de mão-de-obra: + Enclosures (“cercamento dos campos”): avanço do capitalismo no campo. ÷ expropriação dos camponeses. ÷ êxodo rural. Olha esse texto do Adam Smith que explica o fundamento da Revolução Industrial: Da forma pela qual a fabricação de alfinetes é hoje executava, um operário desenrola o arame, outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete e assim por diante. Dessa forma, a importante atividade de fabricar um alfinete está dividida em aproximadamente dezoito operações distintas. Trabalhando dessa maneira, dez pessoas conseguem produzir entre elas mais do que 48 mil alfinetes por dia. Assim, pode-se considerar que cada uma produzia 4800 alfinetes diariamente. Se, porém, tivessem trabalhado independentemente um do outro, sem que nenhum tivesse sido treinado para esse ramo de atividade, certamente cada um deles não teria conseguido fabricar vinte alfinetes por dia, e talvez nem mesmo um. (Adam Smith, A Riqueza das Nações) 1 a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1760-1860): - Energia a vapor. - Quebra dos artesãos independentes. - Explosão dos centros urbanos. - Surgimento do operário urbano. SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1860- 1914): - Expansão da industrialização: Bélgica, França, Alemanha, Rússia, EUA e Japão (Revolução Meiji). - Energia: petróleo e eletricidade. - Transformação do ferro em aço. - Indústria química. - Ferrovias, automóveis e aviões. - Telégrafo e telefone. - Concentração da produção e do capital. MÉTODOS DE DINAMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO: Fordismo: Divisão do trabalho, produção em série, esteiras rolantes, especialização da empresa em um só produto. Taylorismo: Controle dos movimentos das máquinas e dos homens no processo de produção para aumentar a produção. CONSEQUÊNCIAS: - divisão extrema do trabalho. - produção em massa. - separação entre capital e trabalho. - aumento demográfico. - urbanização: cidades. - consolidação do capitalismo (industrial e depois monopolista e financeiro) e afirmação do Estado Liberal. - classes sociais antagônicas: burguesia e proletariado. CONDIÇÕES DOS TRABALHADORES: - Miséria e bairros operários. - Trabalho de mulheres e crianças. - Jornadas de trabalho de 14 a 16 horas por dia e falta de qualquer segurança no trabalho. - Salários extremamente baixos. - Disseminação de doenças nos bairros operários. “Sempre nos batiam se adormecíamos (...) O capataz costumava pegar uma corda da grossura do meu polegar, dobrá-la e dar-lhe nós (...) Eu costumava ir para a fábrica um pouco antes das 6, por vezes às 5, e trabalhar até 9 da noite. Trabalhei toda a noite, certa vez (...) Nós mesmo escolhíamos isso. Queríamos ter algum dinheiro para gastar. Havíamos trabalhado desde as 6 da manhã do dia anterior. Continuamos trabalhando até às 9 do dia seguinte (...) Estou agora na seção de cordas (...) Posso ganhar cerca de 4 xelins (...) Meu irmão faz o turno comigo. Ele tem 7 anos. Nada lhe dou, mas, se não fosse meu irmão, teria de dar-lhe 1 xelim por semana (...) Levo-o comigo, às 6, e fica comigo até às 8.” (Thomas Clarke, de 11 anos, que trabalhava como emendador de fios em uma fábrica inglesa, em 1883) “Menos de 10% dos habitantes das grandes cidades gozam de perfeitas condições de saúde”, declarou o Dr. Turner Thackrah, de Leeds. MOVIMENTOS SOCIAIS DOS TRABALHADORES: - Movimento Ludista (Ludismo): Tendo como líder Ned Ludd, pregava a destruição das máquinas como forma de eliminar as péssimas condições de vida e de trabalho. - Movimento Cartista (Cartismo): Movimento popular que pregava reformas nas condições de trabalho e direitos políticos, e a estipulação destas em Cartas do Povo. - Movimento dos Sindicatos (Trade unions): Busca da união da classe operária através de organizações trabalhistas. SOCIALISMO: ÷ Reflexo da reação operária as novas condições de vida e de trabalho da sociedade industrial. ÷ Justiça social: ideologias igualitárias. ÷ Socialismo utópico, socialismo científico ou marxista e anarquismo. Socialismo Utópico: ÷ Reação romântica contra os efeitos da industrialização. ÷ Não apontava os caminhos (meios, métodos) para se atingir a sociedade ideal (justa). ÷ Modelos idealizados. - Saint-Simon: - Charles Fourier: - Robert Owen: - Socialismo Científico ou Marxista: ÷ Ideologia revolucionária do proletariado. ÷ Karl Marx e Engels ÷ “Manifesto Comunista”, “O Capital” e “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado”. ÷ Análise dos mecanismos econômicos e sociais do capitalismo ÷ compreender a realidade para transformá-la. - Princípios: ÷ Materialismo Histórico: a sociedade é determinada pelas suas condições socioeconômicas. HISTORIA 196 ÷ Luta de Classes: agente transformador da história ÷ antagonismo entre explorador e explorado ÷ interesses opostos. ÷ Mais-valia: valor da riqueza produzida pelo trabalhador além do valor remunerado de sua força de trabalho ÷ exploração do trabalhador. ÷ Revolução Socialista: atuação política do proletariado ÷ ditadura do proletariado ÷ socialização ÷ comunismo ÷ “De cada um segundo sua capacidade e a cada um segundo suas necessidades”. ÷ “Proletários de todos os países, uni-vos”. - Anarquismo: ÷ Eliminação de toda forma de governo. ÷ Liberdade geral: comunismo libertário. - Proudhon: sociedade sem classes, sem exploração e sem Estado. - Bakunin: anarquismo terrorista ÷ violência como meio de se atingir a igualdade social e a extinção do Estado. - Catolicismo Social: ÷ Doutrina social da Igreja Católica. ÷ Papa Leão XIII. - Encíclica Rerum Novarum ÷ Religião como instrumento de reforma e justiça social. ÷ Apelo ao espírito cristão dos patrões. ÷ Contesta a teoria marxista da luta de classes. SUGESTÃO DE FILMES: *** Tempos modernos; *** Escândalo, pavor e chamas; *** Daens: um Grito de Justiça. *** Germinal. INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS As províncias do centro-norte começaram a extrapolar as liberdades concedidas pela Inglaterra, e seus produtos passaram a concorrer com os produtos britânicos, obrigando a Inglaterra a apertar o cerco contra as colônias, punindo os sonegadores e evitando o contrabando. Este arrocho foi gerando revoltas nas colônias, revoltas que aumentaram após a “Guerra dos Sete Anos” (1756-1763). Lei do Açúcar (Sugar Act): 1764 - Estabelecia que todo açúcar que não fosse comprado nas Antilhas Inglesas seria cobrado altos impostos, prejudicando o comércio triangular. Além disso, uma série de outros produtos foram incluídos na lista de monopólios da Coroa britânica. Lei do Selo (Stamp Act): 1765 – Cobrava taxas sobre diversos documentos comerciais. ÷ Imposto cobrado (selo) sobre documentos, livros e jornais publicados na colônia. Atos Townshend (1767) - Tributação sobre vidro, papel e chá. Lei do Chá (Tea Act): 1773 - A Companhia das Índias Orientais (Londres) passou a deter o monopólio do comércio do chá: tinha por objetivo prejudicar os holandeses e excluir os colonos. Os colonos reagem na Boston Tea Party (Festa do Chá de Boston): colonos disfarçados de índios jogaram ao mar um carregamento de chá no porto de Boston. Leis Intoleráveis (1774): Fechamento do porto de Boston, ocupação militar de Massachusetts e impedimento da expansão territorial dos colonos para o oeste. O movimento de independência inicia no IIº Congresso da Filadélfia (1775). No dia 04 de julho de 1776, Thomas Jefferson redige a famosa Declaração de Independência dos EUA. Os soldados norte-americanos são comandados por George Washington. Contaram os colonos com o apoio da França, da Holanda e da Espanha. A inspiração dos colonos serão os textos de John Locque. O exército inglês será vencido em Yorktown, reconhecendo a Inglaterra a independência dos Estados Unidos no Tratado de Paris, assinado em 1783. A primeira Constituição norte-americana será assinada em 1787. Forma de governo republicana e separação dos três poderes. Washington eleito o primeiro presidente, voto censitário, mulheres e negros excluídos das decisões políticas. Escravidão mantida e desrespeito aos direitos dos índios. Sugestão de Filmes: *** Tempo de Glória; *** O Patriota; *** Revolução; *** Tributo à Liberdade. OS ESTADOS UNIDOS NO SÉC. XIX. DOUTRINA MONROE (1823): - Nacionalismo. - James Monroe - “A América para os americanos”. - Definiu politicamente a expansão econômica internacional dos EUA: contribuiu para o desenvolvimento capitalista. EXPANSÃO TERRITORIAL: - Expansão interior ÷ Conquista de territórios da América do Norte. - Avanço para o interior chegando até o Oceano Pacífico. - Expropriação de índios: extermínio. - Guerras com povos vizinhos: México ÷ Texas, Califórnia, Novo México, Arizona, Utah e Nevada. - Compra de áreas colônias de nações européias: Louisiana, Flórida e Alasca. A GUERRA DE SECESSÃO (1861-1865): ÷ Guerra civil entre os estados do Norte e os estados do Sul. - Motivos: + Diferenças de colonização: ÷ Norte: colônia de povoamento, pequenas propriedades agrícolas, trabalho livre, comércio dinâmico e capitalização. ÷ Sul: colônia de exploração, monocultura, exportação, latifúndio, escravismo e aristocracia rural. + Divergências econômicas e sociais: ÷ Norte: economia industrial, classe dominante burguesa, vida urbana, a favor da abolição da escravidão (Compromisso do Missouri, Compromisso Clay e “A Cabana do Pai Tomás”) a favor de tarifas protecionistas e interesse no mercado interno. ÷ Sul: economia agrícola, classe dominante de latifundiários, vida rural, a favor da manutenção da escravidão, contra as tarifas protecionistas e interesse no mercado externo. + Eleição de Abraham Lincoln ÷ Republicano defensor das tarifas protecionistas e no predomínio da União. ÷ Os estados do Sul separaram-se e formaram os Estados Confederados da América: Carolina do Sul, Virgínia, Geórgia, Mississipi, Louisiana. - Conseqüências: ÷ Supremacia política e econômica do Norte. ÷ O sul saiu arrasado. ÷ O assassinato de Abraham Lincoln por um sulista. O IMPERIALISMO NORTE-AMERICANO + Política do Big Stick (“grande porrete”): intervenções militares. HISTORIA 197 ÷ Garantiu investimentos e interesses políticos ameaçados. Vai comendo essa massa: Os estadunidenses conservadores, puritanos e leitores do Antigo Testamento, acreditam que, como Moisés, cruzaram o Mar Vermelho (no caso o Oceano Atlântico) e chegaram à Terra Prometida (no caso os Estados Unidos). Assim, teriam o destino manifesto de dominar o mundo. E o pior é que as bestas são as donas do mundo! SUGESTÃO DE FILMES *** A cor púrpura; *** Amistad; *** Cavalgada com o diabo; *** Gerônimo; *** O Último dos Moicanos; *** Pequeno Grande Homem; *** E o vento levou...; *** Malcolm X; *** Dança com Lobos; *** O Álamo; *** Sobre Deuses e Generais. REVOLUÇÕES LIBERAIS DO SÉCULO XIX - 1830 (REVOLUÇÃO LIBERAL (burguesia) - alguns chamam de 2ª REVOLUÇÃO FRANCESA - burguesia consegue apoio das massas, exemplo francês vai se expandir pelo mundo - “onda” liberal. Essa revolução acontece graças ao enfraquecimento do Congresso de Viena devido a saída da Inglaterra que não tinha mais interesse em manter o absolutismo, só queria derrubar de vez Napoleão. - 1848 PRIMAVERA DOS POVOS expandiu pelo mundo ideais socialistas e republicanos. IMPLANTOU A REPÚBLICA. Representante presidencialista - mandato de 4 anos sem reeleição, burguesia está assustada com o movimento popular e apóia o general Luís Napoleão Bonaparte (sobrinho de Napoleão). Em 1852, acabou o mandato de Luís Napoleão e ele desfecha um golpe, nascendo novamente o império (burguesia e militares). Luís Bonaparte torna-se Napoleão III - imperador dos franceses. O IMPERIALISMO DO SÉCULO XIX ÷ Processo de expansão (neo) colonialista das potências industriais ocorrido no final do século XIX e início do século XX e que provocou a partilha da África e da Ásia entre essas potências. POTÊNCIAS: ÷ Inglaterra, França, Rússia, Holanda, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha. ÷ EUA e Japão em suas regiões de influência. MOTIVOS: ÷ Necessidade de novas fontes de matérias-primas: ferro, cobre, petróleo, manganês, trigo, algodão. ÷ Necessidade de mercados consumidores para a produção industrial. ÷ O crescimento demográfico europeu. ÷ A necessidade de áreas para aplicação dos capitais excedentes. ÷ O interesse no controle de bases estratégicas para o comércio marítimo de cada potência. JUSTIFICATIVAS IDEOLÓGICAS: ÷ Missão civilizadora: humanitária, filantrópica, cultural, altruísta, melhorar as condições de vida das colônias abandonando o conforto da metrópole. ÷ “Fardo do homem branco” . Superioridade econômica e cultural. ÷ Darwinismo social: superioridade racial. Lê e entende o motivo dos conflitos atuais na África: Ruanda-Burundi era um protetorado das Nações Unidas, governados pela Bélgica. A minoria étnica tutsi foi favorecida com privilégios em detrimento da maioria hutu. Quando da independência, em 1962, Ruanda e Burundi tornaram-se nações independentes com os hutus assumindo o poder e criando leis preconceituosas contra os tutsis, além de liderar uma política de extermínio contra os hutus. Lê e te revolta: O Congo era uma colônia pessoal do rei belga Leopoldo II, que a explorou de forma brutal. Leopoldo II espalhou pseudo-missionários pelo Congo, que tornaram-se tiranos, decidindo sobre a vida e a morte dos habitantes do Congo. Os agentes belgas passaram a estimular o negócio do marfim e a extração da borracha. Os habitantes trabalhavam de forma quase escrava nessas atividades. Era comum, por divertimento, os belgas praticarem tiro ao alvo contra as aldeias negras. Leopoldo II foi obrigado, pela pressão internacional, a transferir “seus direitos” para o governo belga em 1908, recebendo por isso mais de 50 milhões de francos. Sugestão de Filmes: *** Mestre dos Mares. INDEPENDÊNCIA DOS PAÍSES LATINO-AMERICANOS Influências: ÷ Liberalismo econômico. ÷ Iluminismo. ÷ Independência dos Estados Unidos. ÷ Revolução Industrial. ÷ Revolução Francesa. ÷ Doutrina Monroe. Motivos Internos: ÷ Monopólio colonial dificultava as relações comerciais da elite criolla com a Inglaterra. ÷ Domínio mercantilista metropolitano restringia os setores produtivos. ÷ Criollos sentiam-se preteridos na ocupação dos cargos administrativos e políticos. Guerra de Independência: - 1ª Fase (1810-1814): ÷ Ocorre por ter havido a intervenção napoleônica na Espanha e o conseqüente enfraquecimento da metrópole. ÷ os criollos formaram as juntas governativas. ÷ os chapetones foram depostos. ÷ os criollos, através das juntas governativas, assumiram a administração das colônias. ÷ com a derrota de Napoleão, os espanhóis reprimiram os movimentos separatistas. - 2ª Fase (1817-1825): ÷ reinício das lutas vitoriosas pela Independência liderada pelos criollos com o apoio efetivo da Inglaterra e também dos EUA. ÷ Teve como líderes Simon Bolívar (republicano, defendia uma América do Sul livre, unida e forte ÷ pan- americanismo, liderou a independência da Venezuela, do Peru, da Colômbia e do Equador), José de San Martín (defendia um governo monárquico constitucional, liderou a independência da Argentina, do Chile, do Peru), Bernardo O’Higgins (líder da independência chilena) e José Sucre (liderou a independência do Peru). HISTORIA 198 ÷ O Uruguai terá uma independência diferente, tendo se libertado do Brasil, à qual pertencia sob o título de Província Cisplatina. O principal líder da independência chamava-se Lavalleja. ÷ Em 1826, o projeto de Simon Bolívar fracassou, quando o seu ideal de unidade política foi vencido pelos vários líderes locais que almejavam chegar ao poder apoiando a divisão das Américas. Os motivos para tal situação, além dos interesses das oligarquias locais, foram a oposição dos ingleses e norte-americanos, desejosos do enfraquecimento político, econômico e militar da região. Características dos países americanos independentes: ÷ Repúblicas. ÷ Fragmentação política. ÷ Manutenção das estruturas socioeconômicas coloniais: latifúndio, supremacia da elite agrária, monocultora e exportadora. ÷ Economia dependente: fornecedora de matérias- primas e consumidoras de manufaturados. ÷ Caudilhismo: fenômeno político que caracterizou as nascentes repúblicas latino-americanas e que consistiu no controle do poder por chefes militares. O caudilho era o chefe total da nação, utilizando-se da demagogia e do paternalismo para manter as camadas populares afastadas das decisões políticas. OBS: Dois países possuem independências interessantes. O primeiro é o Haiti. O Haiti era uma colônia francesa e foi o único país que conseguiu a independência com movimento liderado por escravos, que mataram todos os brancos da ilha, abolindo à força a escravidão. Em 1845, a parte oriental da ilha separou-se, dando origem à República Dominicana. O segundo é Cuba, país que se tornou independente em 1898, após guerra entre Estados Unidos e Espanha. Porém, sua independência foi seguida a uma total dependência dos Estados Unidos. Triste Continuidade: Apesar da promissora luta pela independência, o panorama pós-independência da América Latina foi marcado pela concentração de poder nas mãos dos donos de terra e grandes mercadores, enquanto ampliava-se a pobreza das massas populares oprimidas. Outro fato marcante é a ascensão de ditadores (caudilhismo) vindos do campo, e a configuração das economias locais de forma dependente do capital estrangeiro (principalmente do inglês). Questionamento Interessante: Você não nota semelhança entre a Doutrina Monroe e o atual pensamento dos dirigentes americanos quanto aos rumos a serem dados aos países latino-americanos? UNIFICAÇÃO ITALIANA E ALEMà Movimentos nacionalistas que buscavam transformar os territórios divididos da Itália e da Alemanha em países unificados e independentes. Unificação Italiana: - A unificação italiana será encabeçada pelo reino mais rico e que mais desejava a unificação italiana, o reino de Piemonte-Sardenha. Cavour, um dos líderes do Risorgimiento (movimento que pretendia fazer a Itália reviver seus tempos de glória), pretendia a formação de um país independente monarquista constitucional. Para alcançar seu objetivo, Cavour obteve o apoio da burguesia e dos proprietários rurais e pôs em prática um plano de modernização da economia e do Exército. Pediu, então, o apoio dos franceses, e com este, venceu os exércitos austríacos, dominando a Lombardia e os ducados de Parma, Módena e Toscana. - O revolucionário Giuseppe Garibaldi, à frente de mil voluntários conhecidos como camisas vermelhas, atacou os territórios dominados pela dinastia dos Bourbon, anexando ao território italiano independente as duas Sicílias. - Com a maior parte do atual território italiano sob seu controle, em 1861 Victor Emanuel II foi proclamado rei da Itália. - Em 1866, as forças italianas venceram os austríacos, anexando o território de Veneza. - Em 1870, Roma foi anexada, e no ano seguinte passou a ser a capital do país. - O papa Pio IX não aceitou a perda dos domínios territoriais da Igreja. Por isso, rompeu relações com o governo italiano. Nascia assim a Questão Romana, só resolvida em 1929, com a assinatura do Tratado de Latrão, pelo papa Pio XI e Benito Mussolini. Unificação Alemã: - A unificação alemã, assim como no caso da Itália, será liderada pela região mais rica, no caso a Prússia. Assim acontecia por ser a Prússia uma região de desenvolvimento comercial e industrial (desejava o fim das barreiras alfandegárias e o fortalecimento do país na busca de uma zona colonial). - Zollverein (1834): Sob a liderança da Prússia, era a união alfandegária entre os diversos Estados alemães. Estimulou o comércio entre os Estados alemães e deu um enorme impulso à indústria e ao transporte ferroviário. - Possuidora de imensas reservas de carvão e ferro e de uma burguesia vigorosa, a Prússia tornou-se o mais industrializado de todos os Estados que compunham a Confederação Germânica. - Movimento Unificador: liderado pela Prússia. Líder do movimento: Otto Von Bismarck, primeiro-ministro da Prússia (membro da aristocracia prussiana, era um monarquista convicto e favorável à solução pela força). - Bismarck consegue a unificação através do incentivo a indústria, reforma e modernização do exército e incitação ao nacionalismo. - A unificação deu-se através de três guerras: contra a Dinamarca (1864), contra a Áustria (1866) e contra a França (1868-1870). - Guerra dos Ducados (1864): Guerra da Prússia, aliada à Áustria, contra a Dinamarca. Em conseqüência, os vencedores dividiram os territórios conquistados. - Guerra Austro-Prussiana (1866): Guerra da Prússia, auxiliada pelo reino de Piemonte-Sardenha, contra a Áustria. Bismarck provoca a Áustria e vence-a em apenas sete semanas. Como conseqüência, os austríacos aceitam a dissolução da Confederação Germânica e assinam o Tratado de Praga, com a expansão do território dominado pela Prússia. - Os Estados do norte formaram, sob a liderança da Prússia, Confederação Germânica do Norte. Os Estados do sul, por sua vez, - Bismarck, ao invés de lutar contra os alemães do sul, chama-os a unirem-se aos do norte, provocando uma guerra contra um inimigo em comum: a França. - Guerra Franco-Prussiana (1870-71): Guerra da Prússia contra a França, devido à oposição francesa à unificação alemã, e à habilidade de Bismarck, que com a guerra pretendia unir todos os alemães. - os alemães derrotam a França na Batalha de Sedan: completava-se a unificação alemã. Pelo Tratado de Frankfurt, a França era obrigada a pagar uma indenização, a entregar as regiões da Alsácia-Lorena (região riquíssima em minério de ferro). HISTORIA 199 Sugestão de Filmes: *** O Leopardo; PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL Motivos da Guerra: - Imperialismo: a corrida imperialista sobre a Ásia e a África provocava problemas entre as nações européias, principalmente no tocante à divisão das áreas coloniais. - Rompimento do equilíbrio europeu: A unificação alemã veio a preocupar os ingleses e os franceses, apavorados com a possibilidade de perderem a hegemonia econômica européia. Além disso, a Alemanha e a Itália, países atrasados na corrida imperial, exigiam uma redivisão dos territórios coloniais. - Nacionalismo: ÷ revanchismo francês. ÷ minorias étnicas nacionais: húngaros, croatas, bosníacos, romenos, tchecos, eslovacos e sérvios. - Paz Armada: ÷ corrida armamentista: tanques de guerra, encouraçados, submarinos, obuses, aviação. - Política de Alianças: ÷ Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria-Hungria e Itália. ÷ Tríplice Entente: Inglaterra, França e Rússia. - As Questões Balcânicas: ÷ diversidades de nacionalidades. ÷ a Rússia defendia o pan-eslavismo (unificação dos eslavos balcânicos), apoiava a Sérvia (encabeçava o movimento pan-eslavista balcânico) e desejava dominar a região do mar Negro ao mar Egeu. ÷ a Alemanha defendia a Áustria-Hungria e planejava construir a estrada de ferro Berlim-Bagdá para barrar o avanço russo e ter acesso às áreas petrolíferas do Golfo Pérsico, ameaçando os interesses ingleses nessa região. ÷ a Sérvia pretendia construir a Grande Sérvia. ÷ a Áustria anexou as regiões eslavas da Bósnia e Herzegovina, tomadas ao decadente Império Turco. Início da Guerra: Assassinato do príncipe herdeiro do Império Austro- Húngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando, em Sarajevo, na Bósnia. O atentado, ocorrido em 1914, foi realizado por uma organização secreta nacionalista sérvia, que se opunha à anexação da Sérvia pelo Império Austro-Húngaro. - 1917: Tratado de Brest-Litovski: ÷ retirada da Rússia da guerra devido à revolução socialista. Entrada dos EUA: ÷ motivos: o afundamento de navios norte- americanos pelos alemães. ÷ significado: o poderio industrial, humano e bélico norte-americano possibilitou a retomada da ofensividade aliada e várias vitórias militares. Tratados de Paz: - Os 14 Pontos de Wilson ÷ “paz sem vencedores”. ÷ foi inviabilizado por acordos paralelos e por pressão da França e da Inglaterra. ÷ propõe a criação da Liga das Nações. - Tratado de Versalhes (1919) ÷ assinado com a Alemanha. ÷ considerou a Alemanha culpada pela guerra: “punição”. ÷ cessão de territórios: devolução da Alsácia-Lorena e perda das colônias. ÷ indenizações. ÷ desarmamento. + oficializou a criação da Liga das Nações: ÷ manter a paz mundial. ÷ nasceu falida devido à ausência dos EUA, Alemanha e Rússia. - Tratado de Saint-Germain ÷ assinado com a Áustria. ÷ desmembramento do Império Austro-Húngaro. ÷ surgimento da Polônia, Tchecoslováquia, Hungria e Iugoslávia. Conseqüências: ÷ os tratados de paz provocaram revanchismo e descontentamento. ÷ progressiva degradação dos ideais liberais e democráticos. ÷ fortalecimento do nacionalismo. ÷ desemprego. ÷ declínio da Europa. ÷ modificação no equilíbrio europeu. ÷ ascensão dos EUA. ÷ origens da descolonização. Sugestão de Filmes: *** Rosa Luxemburgo. *** Mata-Hari. *** Gallipoli. *** O batalhão perdido. *** Adeus às armas. *** A vaca e o prisioneiro. REVOLUÇÃO RUSSA O colapso do czarismo: - 1ª Guerra Mundial: Serviu para aprofundou as contradições da frágil economia capitalista russa e arrastou consigo o próprio regime czarista. A participação do exército russo será vergonhosa, sendo marcada por derrotas militares, deserções, motins militares, greves nas fábricas, falta de gêneros alimentícios e combustível, queda da produção e miséria das massas. Houve, ainda, o fortalecimento das oposições, pois o czar foi responsabilizado pelo desastre russo. Revolução de fevereiro de 1917 (menchevique): ÷ Movimento espontâneo das massas marcado por greves, passeatas de trabalhadores, adesão de militares e queda do regime czarista. - Logo após a abdicação de Nicolau II, foi nomeado um Governo Provisório, liderado por Kerenski, representante dos bolcheviques. Kerenski negou-se a aceitar a principal exigência dos revoltosos: a retirada dos exércitos russos da guerra. Também não permitiu a reforma agrária. Por isso, as guerras recomeçaram. Para pacificar as tensões, Kerenski fez algumas concessões, como o direito de livre expressão e associação e a libertação de todos os presos políticos, permitindo que os exilados voltassem ao país. Revolução de outubro de 1917 (Bolchevique): - Movimento resultante de uma cuidadosa preparação por parte dos bolcheviques que tomaram de assalto os departamentos públicos e o Palácio de Inverno. - Lênin recebe a chefia do governo. - Apelo aos trabalhadores, soldados e camponeses.
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