APOSTILA PREPARO PERIÓDICO DO SOLO.pdf

April 2, 2018 | Author: Rita Monteiro | Category: Plough, Tractor, Soil, Erosion, Agriculture


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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRASDEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ÁREA DE MECANIZAÇÃO NOTAS DE AULA ASSUNTO: PREPARO PERIÓDICO DO SOLO DISCIPLINA ENG 116 – MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS I PROF. NILSON SALVADOR JANEIRO/2012 1 PREPARO PERIÓDICO DO SOLO 1 INTRODUÇÃO Segundo literatura específica, a prática do preparo do solo começou a ser praticado na Mesopotânea, há cerca de 2000 anos antes de Cristo. Inicialmente, era praticado o preparo manual, com o passar do tempo, ele foi substituido pela tração animal, onde se utilizava para isso ferramentas do tipo haste com formato apropriado, construidas primeiramente de madeira e posterormente de ferro. Um grande avanço no preparo foi quando, em 1760, foi inventado na Escócia o arado de aiveca metálico. Atualmente, o preparo periódico é mundialmente, praticado quase que na sua totalidade usando o trator como fonte de potência. Um terreno com sua vegetação natural conserva por si só a sua fertilidade. Esta fertilidade premanente é dedido ao grande nímero de classes de plantas que crescem umas junto a outras e que em conjunto cobrem o solo, protejindo-o dos maiores inimigos da fertilidade: a radiação solar direta e o impacto de gotas. O primeiro contribui para a mineralização do solo, e o segundo tráz como consequência a erosão. O cultivo da terra é necessário para o fornecimento de alimentos e fibras aos seres humanos e outros animais, porém isso tem proporcionado: o culrivo de apenas um tipo de planta; a retirada da parte mais rica em nutrientes das plantas na colheita; a exposição da superfície do solo à luz e à chuva por períodos prolongados. A fertilidade do solo se baseia fundamentalmente na atividade das bactérias, algas e demais organismos do solo, que tranforman de tal maneira os materiais nutritivos em conteudos que podem ser diretamente absorvidos pelas raízes das plantas. A radiação solar direta mata as bactérias. Por isso, nos solos nús as partículas de terra da camada superficial se desfazem. A água capilar se evapora e a superfície do terreno fica seca. Os elementos menores são arrastados pela água das chuvas e conduzidas para as camadas inferiores do solo, entupindo os macroporos, impedindo a circulaçào de ar e a retirada do gás carbônico, prejudicando, desta forma, a vida dos microorganismos. A agricultura tem buscado compensar essas perdas por meio da rotação de culturas e da adubação. Um bom solo é aquele que, normalmente, é constituido de 50% em volume de materiais térreos; uns 25% de vazios maiores, capazes de permitirem a circulação do ar e; 25% de condutos capilares específicos para a circulação de água. Durante o preparo, uma série de variáveis são modificadas com a passagem das ferramentas ativas. Essas variáveis modificadas podem ser agrupadas em; a) Edáficas – caracterizam o tipo e o estado do solo. Dentro deste grupo encontram-se: a textura, a estrutura, o teor de matéria orgânica, fertilidade do terreno, porosidade, densidade, umidade, etc.; b) Mecânicas – somente se manifestam quando o terreno é submetido à ação do preparo. Dependem fundamentalmente das variáveis edáficas e também do teor de água no solo. São elas: - esfosço cortante (caracterizado pela coesão e ângulo de atrito interno); - resistência a compressão; - deformação, - adesão; etc.; c) De desenho das ferramentas – definem a morfologia das ferramentas de trabalho. Suas características geométricas influenciam grandemente na qualidade final do trabalho executado e no requerimento energético. Incluem-se neste item: curvaturas, ângulos de posição e de ataque, larguras, comprimentos, rugosidade do material de trabalho, etc.. 2 d) Globais – caracterizam-se no estado final do trabalho executado, tendo por base os objetivosdo mesmo, assim como das forças que atuam sobre as ferramentas ativas. Representam o resultado da inter-relação dos três grupos anteriores. Entre os mais importantes, temos: tamanho, forma e distribuição de agregados, rugosidade da superfície e afofamento. A mobilização do solo, obtida através do preparo periódico, surge da necessidade que se tem de dar condições, as mais próximas às ideais, para que a cultura a ser implantada venha a desenvolver-se adequadamente. Entende-se por Solo – todo o meio material sobre o qual se baseia a produção de alimentos para a humanidade e é constituido por um complexo conjunto de fatores bióticos e abióticos que possibilitam a germinação de sementes, o desenvolvimento e a produção de vegetais. Inicialmente as razões de se realizar o preparo periódico do solo foram para: melhorar a temperatura do solo; melhorar a absorção e a retenção de água; melhorar a fertilidade do solo e; reduzir o impedimento mecânico. Com o tempo, outras razões foram acrescentadas, tais como: controlar plantas daninhas; incorporar plantas e resíduos vegetais; controlar insetos e doenças; preparação de leito de semeadura; incorporar fertilizantes e corretivos; configurar a superfície do terreno para permitir a execução de determinadas operações, tais como: plantio, irrigação, colheita mecanizada, etc. e; reduzir a erosão do solo por meio da execuçào das operações seguindo as curvas de nível do terreno e também por deixar a superfície com sulcos perpendiculares ao escorrimento das águas. 1.1 Efeitos do preparo periódico do solo sobre Busca-se com o preparo periódico do solo, proporcionar um ambiente favorável á germinação, crescimento, desenvolvimento e produção de uma determinada espécie vegetal, o que será possível melhorando-se as condições do solo no que diz respeito a sua capacidade de absorção e retenção de água, seu arejamento, e sua fertilidade, a qual pode ser traduzida por uma adequada atividade biológica. Essas condições ideais serão obtidas a partir do momento em que através da mobilização do solo, sejam controladas as plantas que concorrerão com a cultura em termos de luminosidade, umidade, nutrientes e espaço. Isso é considerado, principalmente, pelo corte da vegetação presente, incorporação de suas partes aéreas e exposição do seu sistema radicular, permitindo que elas também sirvam como adubação verde, o que proporciona a reestruturação do solo, melhoria de suas condições de arejamento e umidade, nutrientes e espaço. Pois, se o solo foi peparado corretamente, ele passará a ter mais macroporos e com os poros melhor distribuidos. Consequentemente com maior capacidade de armazenamento de água, ar e nutrientes, com mais ação microbiana, proporcionando também a melhoria da fertilidade. Da mesma forma, a resistência á penetração das raízes das plantas é minimizada, permitindo que elas venham a se deslocar mais facilmente absorvendo, assim, uma maior qualidade dos nutrientes presentes no solo. É evidente que o preparo do solo feito erroneamente acarreta problemas, de tal forma que mesmo os solos mais férteis poderão torna-se improdutivos. Os problemas de um mau preparo são trazidos pela sua desestruturação, a qual proporciona dificuldades ao desenvolvimento radicular da planta, encharcamento rápido e formação de uma camada de solo compacta a uma determinada profundidade, chamada pe-de-arado ou pe-de-grade. Esses fatores facilitam o processo erosivo e dificultam muitas vezes o desenvolvimento do sistema radicular de plantas. 3 .  . na camada subsuperficial. devido a microporosidade. abaixo da profundidade de trabalho dos discos da grade. tempo de operação e capacidade de trabalho das máquinas.  Propriedades hídricas. Portanto. a) O consumo de energia. o rápido encharcamento do solo facilita. a qual é. forma-se uma zona compactada. .  Rugosidade superficial. chuva e vento.número de operações.Evaporação. já que a água é impedida de atingir as camadas mias profundas.Infiltração. ocasionando os mesmos problemas verificados anteriormente.  .Distribuição dos tamanhos . tempo de operação e capacidade de trabalho.Estabilidade  Germinação e emergência.tipo de equipamento.Retenção. o escorrimento da camada superficial do solo. b) A rugosidade superficial do solo.compactação. Quando isto ocorrer. Da mesma forma. 4 . . . Isso facilita a ação dos agentes erosivos. fazendo com que ele fique rapidamente saturado. e propicia maior compactação do solo.  Produtividade das culturas. dificultando que. em casos de chuva intensa.O pe-de-arado origina-se pela passagem do arado sempre a uma mesma profundidade de trabalho ao longo de vários anos. visto que. a água venha á penetra-lo. a mais fértil. caso já se tenha feito a semeadura. resistência a penetração e porosidade.  Temperatura do solo. . pois os poros passam a ser ocupados por água. nas próximas chuvas. .profundidade de operação ou de mobilização.regulagens. Isso faz com que as plantas sejam prejudicadas por falta de ar.  .  Agregados. poderá haver. saturando-se rapidamente. o preparo periódico do solo tem efeito no:  Consumo energético. ocasionando menor aeração e menor capacidade de absorção. muitas vezes na ocasião de ocorrência de chuvas. também uma maior dificuldade para a emergência das plântulas. geralmente. Sua formação faz com que o solo tenha diminuída sua capacidade de retenção e absorção de água.seqüência das operações.  Incidência de plantas daninhas.  Fertilidade.  Cobertura do solo. .  Densidade. reduzindo a infiltração de água no solo.sistema de preparo. Concomitantemente. forma-se uma crosta compacta na sua superfície. O excesso de preparo secundário faz com que o solo fique totalmente desestruturado superficialmente. . bem como da quantidade de calor que incide e que é emitida na superfície do solo (BEAUMER & BAKERMANS.sistema de preparo do solo. 5 . e) As propriedades hídricas .- tipo de ferramenta utilizada. A temperatura do solo depende de condutividade térmica e da capacidade de calor volumétrica. devido aos seus efeitos sobre o crescimento e desenvolvimento de vegetais.suprimento de água. . .práticas de manejo. Neste sentido. devido a desagregação dos agregados e ao rearranjamento das partículas. isto é.número de operações secundárias.A temperatura é uma das características mais importantes solo. sistema de preparo. Indiretamente. d) A densidade. A densidade e resistência são cíclicas. a absorção de nutrientes e o desenvolvimento de plantas. .tipo de equipamento.superfície de contato dos agregados. 1982).incorporação de fertilizantes.estrutura.teor de matéria orgânica. a estrutura. Para a maioria das plantas cultivadas. a resistência à penetração e aumenta a porosidade. 1973).profundidade de operação.na retenção . Diretamente.incorporação de calcário.disponibilidade de nutrientes. diminuem com o preparo e posteriormente seus valores voltam a aumentar. c) A cobertura do solo . na compactação e na resistência mecânica. .na infiltração . . O preparo reduz a densidade. . . . o volume limitante de aeração é de 10%. em função do ressecamento das mesmas.textura. resistência à penetração e porosidade. a aeração. a emergência. . . a rugosidade e a cobertura com resíduos são importantes. A densidade do solo influi na disponibilidade de oxigênio. . A densidade expressa a relação entre a massa e o volume total de uma amostra de solo seco. afeta a germinação.na evaporação f) A temperatura . .regulagens. afeta o teor de água. d) A fertilidade . a disponibilidade de nutrientes e decomposição de resíduos vegetais.preparo em anos anteriores. tipo de equipamento. o crescimento radicular. (WIERENGA et al. . A crosta representa impedimento mecânico para a germinação das plântulas.De acordo com JORGE (1986). Em anos chuvosos. esse preparo ajuda na produtividade em anos de baixa precipitação. a penetração das raízes. aproximadamente. 25%. pode ser vantajoso por contribuir na redução das perdas de solo por erosão. Esta conduz a diversos problemas. o que compromete a produtividade das culturas. A temperatura do solo depende da condutividade térmica do solo (densidade e umidade). Para ARNDT (1965). seu deslocamento para as depressões do microrelevo e sua compactação. proveniente da agregação dos componentes sólidos. h) A germinação e a emergência de plântulas. a disponibilidade de nutrientes.Em geral a germinação é melhor em solos onde a temperatura se encontra entre 18 e 24oC. pode superar à obtida no sistema convencional em até 30%. A temperatura mínima que pode ocorrer a germinação é muito variável em função da cultura. como a redução da taxa de infiltração de água e do volume de água armazenado no solo. da radiação recebida (ângulo de incidência dos raios solares. além da luz e temperatura forem apropriados. isto é de. Segundo OJENIYI & DEXTER (1979). a energia proveniente do impacto das gotas de chuva ou de irrigação. Conseqüentemente. retardando a emergência e reduzindo a densidade de plantas na lavoura. O manejo conervacionista. o suprimento de água. causa a ruptura das ligações entre as partículas na superfície do solo. provocando a redução do diâmetro dos agregados. influencia os vegetais de diversas maneiras.A germinação somente é obtida quando o suprimento de água e oxigênio. está em torno de 90% do limite plástico inferior. haja vista a maior retenção de água proporcionada pela presença de resíduos vegetais na superfície do solo. maiores perdas de solo por erosão e redução da taxa de difusão de gases. o contato solo-semente. regulando a aeração. A temperatura do solo depende da insolação que recebe e absorve. para a cevada e o trigo é de 3. o que pode afetar a respiração das sementes em germinação e das plântulas emergentes. bem como na redução dos gastos com combustível. a superfície do solo tende a tornar-se mais nivelada e coberta por uma camada contínua de partículas finas e compactadas. do calor específico do solo (umidade e composição do solo) e. natureza da cobertura superficial e altitude). O solo deve ser preparado quando sua consistência se encontra no estado de sazão. Já o crescimento de plantas é melhor para temperaturas próximas de 25oC. Em geral. redução no custo de produção pela redução do número de equipamentos e de operações. com a cultura bem conduzida a produtividade. Neste item é importante: A distribuição dos tamanhos e a estabilidade dos agregados. nas operações de preparo primário. A perda de água. isso acontece nos solos argilosos quando os teores de água estão em torno de 70% da capacidade de campo. 6 . g) Os agregados . no sistema de preparo conservacionista. a estrutura do solo. mesmo que em anos chuvosos afete a produtividade. a presença desuniforme de resíduos na superfície do solo afeta a profundidade de semeadura e a germinação naqueles sistemas de preparo que mobiliza ao mínimo o solo como o conservacionista. como exemplo. o conteúdo de água ótimo para produzir maior número de agregados pequenos e a mínima quantidade de poros grandes.5oC e para o milho é de 9oC. Por outro lado. a atividade biológica e a temperatura do solo. denominada crosta superficial. emergência de plântulas. conforme ilustra a figura 1. preparo secundário.3 Sistemas de preparo .2 Conceito de Preparo periódico do solo . j) A produtividade das plantas -VIEIRA (1984) relata que os efeitos do sistema de preparo sobre o desenvolvimento e produtividade das culturas variam muito. as grades (de dentes ou discos)e. Preparo secundário: Trata-se do nivelamento e destorroamento da camada de solo que já sofreu o preparo primário. Essa operação. enquanto que o preparo profundo dificulta a germinação por deixar o banco de sementes em condições desfavoráveis. Semeadura direta. em alguns casos. a fim de que se tenha facilitada a semeadura.Os sistemas de preparo podem interagir com as condições ambientais e interferir na dinâmica das populações de plantas daninhas. segundo SEGUY et al (1984). como aquele realizado com uma aração (preparo primário) e duas gradagens (preparo secundário). 1. resultando em alterações do comportamento das comunidades infestantes. Preparo primário: São as operações iniciais de mobilização da camada de solo na qual se desenvolverão as raízes das plantas. Os equipamentos utilizados neste tipo de operação são principalmente. normalmente. o número e a sequência das operações caracterizam o sistema de preparo. Segundo Mialhe (1974) o preparo peródico do solo pode ser distinguido em: preparo primário e. O sistema de preparo convencional é caracterizado.O tipo de equipamento utilizado.O excessivo destorroamento do solo. bem como para o estabelecimento e para o desenvolvimento de plantas cultivadas. a profundidade de preparo e a rotação e manejo de culturas têm grande importância no controle das infestações. O sistema. 1. buscando atingir as condições para a germinação de sementes.pode ser definido como a manipulação física. Os sistemas de preparo são: Convencional. e que entre sistemas de preparo com revolvimento do solo as diferenças não têm sido significativas. Conservacionista e. é executada por arados (de aivecas ou discos). enxadas rotativas e grades agrícolas pesadas. As operações de preparo superficiais. assim como na eficiência dos herbicidas (PPI e préemergentes). escarificadores. os rolos destorroadores e enxadas rotativas. 7 . dependendo das condições edafoclimáticas. química ou biológica do solo. Mínimo ou reduzido. é indicado que seja executado pouco tempo antes da semeadura. i) As plantas daninhas . em quase todo o país. colocam as sementes de plantas daninhas em condições ideais de germinação. aliado ao tipo de solo e variações térmicas e presença de precipitações afetam consideravelmente o encrostamento. visando a criação de melhores condições físicas e químicas para o crescimento e produção da cultura. Para AMBROSI & ZENTNER (1991). caracteriza-se pela pouca mobilização do solo. como os arados.FIGURA 1 – Solo preparado pelo sistema convencional. usando escarificador. nem tampouco tem grande capacidade de incorporação de resíduos vegetais. Esse sistema de preparo. de forma que dos resíduos existentes. O sistema de preparo conservacionista. FIGURA 2 . 8 . figura 2. o sistema de preparo conservacionistas contribui para manter ou até aumentar a produtividade e amenizar os riscos ambientais.Preparo de solo no sistema conservacionista. os quais não fazem a inversão do solo e. normalmente é ralizado com escarificadores. seja mantido após o preparo. pelo menos 30% na superfície do terreno. para ajudar na proteção e manutenção das boas condições do solo. enquanto que a rotação de culturas contribui para diminuir o risco econômico. sendo que. que neste caso. muitas vezes. normalmente. caso contrário. consequentemente do sistema de preparo periódico a ser adotado. permitirá partir de uma condição inicial e chegar numa condição final. A semeadura direta é uma técnica que vem aumentando expressivamente no Brasil e. que se deve. FIGURA 3 – Preparo do solo no sistema de cultivo mínimo. figura 4. figura 5.O sistema de preparo de cultivo mínimo ou reduzido caracteriza-se pela mínima atividade de mobilização do solo. figura 3. de forma a procurar fazer um preparo primário não muito intenso. faz-se a implantação de uma cultura para se proteger o solo (cobertura) e após a aplicação de produtos químicos (dessecantes) ou após o corte do mato através da passagem de um rolo-faca ou roçadora. ao excesso de preparo. na qual. desejável para o desenvolvimento produtivo da cultura que se está sendo implantanda. do número de operações e. prejuízos incalculáveis poderão advir. a escolha dos equipamentos. busca mobilizar o mínimo possível o solo e obter uma maior economia de combustível. com aração e destorroamento conjuntamente. tanto eólica quanto hídrica. cria-se as condições para a semeadura. Se escolhido e realizado corretamente. numa mesma passada. 9 . a fim de se evitar problemas de erosão. inúmeras vantagens serão obtidas. que por sua vez. principalmente. executam-se o preparo primário e o secundário. é realizada com semeadora específica. Pelo exposto. compactação superficial e a desagregação total do solo. este acoplamento dá-se por meio da barra de engate para tração. 10 . b) Quanto ao engate á fonte de potência De arrasto: São máquinas ou implementos de preparo do solo cujo acoplamento à fonte de potência ocorre através de um único ponto. FIGURA 5 – Caracterização da operação de aração com aivecas. Tração mecânica: São as máquinas ou implementos de preparo do solo que utilizam fonte de potência mecânica. 1.3 Classificação das máquinas e implementos de preparo do solo Pode-se classificar as máquinas e implementos de preparo do solo da seguinte maneira: a) Quanto á fonte de potência Tração animal: São as máquinas ou implementos de preparo do solo que utilizam.FIGURA 4 – Cultivo de soja em sistema de semeadura direta. como fonte de potência. No caso de usar-se um trator como elemento tracionante. animais de tração. Máquinas e implementos para sistematização e conservação do solo: são as máquinas e implementos agrícolas utilizados para realização dos trabalhos complementares de preparo do solo. É evidente que na prática essa posição será variável. 135º com a sua posição inicial. tendo-se em conta a relação existente entre a largura e profundidade de trabalho do arado. que vem. pode-se citar: arados. plainas. A teoria geral da aração prevê que o arado deverá cortar uma fatia de solo (leiva) de secção retangular. homogenização das condições de fertilidade do solo. Em tratores. este acoplamento dá-se através dos dois braços inferiores de sistema de engate de três pontos. larvas e ninhos. que são: - necessidade de reestruturação da camada arável. melhoria da aeração e umidificação do solo. também visam a sua conservação. São elas: grades agrícolas de discos intermediárias ou médias. elevá-la. valetadoras.Montados: são máquinas e implementos de preparo do solo nos quais a união ao elemento tracionante dá-se por meio de três pontos. c) Quanto à aplicação Máquinas e implementos para preparo primário do solo: são aqueles destinados à realização das operações iniciais de mobilização do solo. além de facilitarem a quebra do solo através das diferenças de temperatura ocorridas entre o dia e a noite. O valor de 135º para o ângulo de inversão da leiva é desejado porque vêm a ser aquele que permite uma maior faixa de exposição desta aos agentes externos. Semimontados: são máquinas ou implementos de preparo do solo nas quais o acoplamento à fonte de potência ocorre em dois pontos. controle das plantas concorrentes com a cultura a ser implantada. fraturá-la e volteá-la até uma nova posição. A união à fonte de potência (trator) é feita pelo sistema de engate de três pontos do trator. grades agrícolas de dentes e enxadas rotativas. Como exemplos destes equipamentos. rolos compactadores e entaipadoras. escarificadores. São exemplos destes equipamentos: sulcadores. bem como através da ação do impacto da gota da chuva sobre ele. que deverá formar em ângulo de aproximadamente. 1. dentre os outros.4 Teoria geral da aração A fim de seja possível identificar-se e diferenciar-se o que vem a ser preparo do solo do que seja a aração. lâminas. em muitos casos. principalmente através do enterrio de suas partes aéreas. grades agrícolas de discos leves. Máquinas e implementos para preparo secundário do solo: são equipamentos cuja função principal é nivelar e destorroar o solo mobilizado pelas máquinas e/ ou implementos de preparo primário. enxadas rotativas e subsoladoras. sendo que a parte traseira do equipamento é sustentada por uma ou mais rodas. controle de insetos. grades agrícolas de discos pesadas e intermediárias. seus ovos. que permitirão uma melhor decomposição de uma matéria orgânica. a qual se baseia em alguns princípios. torna-se necessário o conhecimento da Teoria geral da aração. 11 . a velocidade de deslocamento do conjunto trator/arado. conforme se observa na figura 6. foice. ponteira. nota-se que toda a aração vem a ser um preparo de solo.5.). etc. fertilidade. conforme a Teoria Geral da Aração. grade de dentes. condições adequadas à aeração. pois. fraturamento e inversão parcial da leiva. muitas vezes.FIGURA 6 – Maneira como se processa o tombamento lateral da leiva. Chade de fenda. sulcador. de forma a invertê-lo parcialmente. seu único movimento o de deslocamento (arado de aiceca. que são: a) Quanto ao tipo de órgão ativo  Arados de aivecas: São os implementos agrícolas cujo o corpo de arado é constituído por relha. o termo máquina agrícola refere-se a um conjunto de órgãos constrangidos em seus movimentos por obstáculos fixos de resistência suficiente para transmitir o efeito de forças e transformar energia( arado de disco. semeadora.cultivador de enxadinhas. infiltração. armazenamento de água e homogeneização da fertilidade.etc.1 Classificação Os arados podem ser classificados segundo vários aspectos. estes conceitos são confundidos. de executar. aiveca. facas. corte. trator. b) Quanto à fixação dos órgãos ativos 1 Segundo Mialhe (1974). relha. É sua função realizar as operações primárias de preparo do solo. Está idéia é importantíssima.etc. Ferramentas são elementos que compõemuma máquina ou implemento (disco.). melhores condições de aeração. que não os arados. devendo apresentar facão ou sega circular.). quase que sempre. preconiza a mobilização do solo. etc.rastro. criando assim. umidificação . busca-se controlar as plantas que concorrerão com a cultura a ser implantada em termos de espaço. 1. motor.martelo. aivecas e costaneira.) ou apetrechos manuais (enxada. a falar em fazer-se uma aração mesmo quando são utilizados outros implementos ou máquinas de preparo do solo. 12 . o que leva a maioria das pessoas. bem como propiciar. enquanto que implemento agrícola é um conjunto constrangido de órgãos que não apresentam movimentos relativos. Dessa forma. mas nem todo o preparo de solo é uma aração. A aração portanto. Portanto. possuindo roda estabilizadora. não tendo capacidade de transformar energia e sendo. homogeneização da fertilidade e combate as plantas concorrentes e insetos prejudiciais. fixadas a uma coluna. com a utilização dos arados. umidade e luminosidade.  Arados de discos: São máquinas agrícolas cujo corpo de arado é constituído por disco e cubo fixados a uma coluna. ao solo. 1. simultaneamente.5 ARADOS O arado é a máquina ou implemento agrícola1 constituído de um ou mais órgãos ativos capaz. elevação. devendo possuir. Interdependentes: São arados compostos de um conjunto porta discos.  Arado reversível: arado no qual os corpos de ardo são reversíveis. as facilidades atuais para aquisição desses equipamentos. O rendimento da tração mecânica é bem maior. formando ângulo horizontal com a direção de deslocamento e ângulo vertical igual a zero. c) Quanto à reversibilidade  Arado fixo: arado no qual os corpos de ardo são fixos movimentando a leiva somente para a direita. dentro do que preconiza a Teoria Geral da Aração. o baixo rendimento da tração animal. 2. parcialmente. (figura 7). 2.  Independentes: São arados cujo o corpo é acoplado.Classificação dos arados de aiveca Os arados de aiveca podem ser classificados da seguinte forma: a) Quanto a fonte de potência: . formando ângulo horizontal com a direção de deslocamento e ângulo vertical diferente de zero. também um facão ou sega circular. entre outros fatores. movimentando a leiva tanto para a direita quanto para a esquerda. individualmente. Considerando a disponibilidade de equipamentos no mercado para aplicação na agropecuária. Desde que bem projetado e construído este implemento é capaz de realizar um trabalho de preparo do solo (aração) de excelente qualidade.tração animal. . principalmente naqueles locais onde a tração mecânica é dificultada em função da declividade. Arados de aivecas Os arados de aivecas são implementos agrícolas constituídos por uma superfície torcida (aivecas). fraturar e inverter. (figura 8). a porção de solo. 13 . quando comparado a tração animal de mesma faixa de potência. com melhor qualidade. menor custo/benefício e maior rapidez.1 . As quais são fixadas a uma coluna.tração mecânica. uma borda afilada (relha) e uma extensão inferior (costaneira). a tração animal vem sendo praticada somente em situações bem específicas ou em pequenas áreas de exploração agrícola. e devido à capacidade trativa da tração mecânica pode-se produzir muito mais trabalho na unidade de tempo. ao chassi. denominada de “leiva”. já que é capaz de cortar. Para o seu abaixamento e levantamento durante as manobras de cabeceira.timão ou apo. são indicados para trabalhos em grandes áreas. Com isso. têm maior comprimento. É pouco usado no Brasil. são fáceis de ser manejados ou operados. as vantagens do arado montado e do arado de arrasto. a parte da frente do arado é erguida pelos braços de levante do sistema hidráulico do trator .cabeçlho. 2. nesse equipamento. Por essas razões e por possuir maior capacidade de trabalho. principalmente quando se consirera o conjunto trator-arado. conferindo-lhes maior independência da fonte de potência em relação aos arados montados. Esses arados operam hidrailicamente. são presos ao trator apenas por um pino da barra de tração. devido a esta independência. haja vista que ele e a fonte de potência operam como uma só unidade. Embora sejam fáceis de oprar. Os arados de arrato. são também chamados de arados integrais. 5. São acoplados ao trator somente pelas duas barras de levante do sistema hidráulico de três pontos. o que dificulta o seu transporte e requer mais área para manobras de cabeceira. os arados mais atuais são equipados com sistema hidráulico de engate rápido e de cilindros externos. exigem mais conhecimento do operador para proceder as regulagens normais. Os arados montados. b) Quanto ao acoplamento: . Os arados semi-montados são um mixto entre os montados e de arrasto. 14 .aiceca. 4roda de profundidade e.semi-montado. Possuem maior número de corpos. .montado.FIGURA 7 – Arado de aiveca tração animal: 1. trata-se de um arado de capacidade de trabalho intermediária. . principalmente em áreas pequenas. Durante as manobras de cabeceira.arrasto. onde buscou-se reunir.rabiças. 3. enquanto a parte traseira desliza verticalmente para cima sobre o eixo de sustentação da roda traseira. reversível e de arrasto. normalmente para a direita. de forma os corpos do arado mudem de posição para que possam tombar a leiva para o mesmo lado. 15 . . Os arados fixos tombam a leiva somente para uma direção.multicorpos. permitindo dessa forma que na aração de uma área se tenha as leivas tombadas apenas para um lado. FIGURA 9 – Arado de aiveca de tração mecânica. são manejados novamente ao iniciar a passada de volta. c) Quanto ao movimento do orgão ativo: .FIGURA 8 – Arado de aiveca de tração mecânica.reversível. fixo e semi-montado.monocorpo. d) Quanto ao número de orgãos ativos: .fixo. Os arados reversíveis têm os corpos dispostos de tal forma que após serem manejados para tombar a terra para um lado numa passada . . cobridor de hervas.2 – Constituição dos arados de aiveca Os arados de aiveca montados são constituidos de: chassi. As colunas unem o corpo do arado ao chassi. Os arados de arrasto são constituidos. categoria II e III (para arados com 4 ou mais corpos). coluna. Quando bem projetado não necessita de peso adicional para penetrar no solo. extensão posterior da aiveca. 16 . As categorias de engate do arado ao trator. roda de controte de profundidade. rastro ou costaneira). Normalmente. o dispositivo de acoplamento se trata de um cabeçlho que se prende à barrade tração do trator. barra transversal. a qual lhe confere excelente capacidade de penetração. FIGURA 10 – Arado de aiveca com seus componentes. o arado com apenas um corpo (monocorpo) é usado para pequenos tratores. mecanismos de segurança e de regulagens e. . devido ao formato do corpo do arado e à chamada “sucção vertical”. O chassi é a parte estrutural e mais resistente do arado de aiveca. Nesses. mini-aiveca. roda de sulco e roda de terra. acessórios (sêga. em termos de produção. Os dispositivos de regulagens e nivelamentos encontram-se no próprio arado ( placa vertical.O número de corpos do arado determina sua capacidade de trabalho. que serve para dar sustentação a todos componentes que integram o arado. além dos itens já mencionados para os arados montados. para traç 2. extensão superior da aiveca. corpo (aiveca. dispositivos de acoplamento. manivelas para regulagem de profundidade e de nivelamentos). relha. cortador de raizes e diopositivos de segurança). onde a potência disponível é limitada ou então. encontradas no mercado são: Categoria I (para arados com até 3 corpos). de roda de direção. barra de direcionamento. 17 . pode-se reunir as aivecas usadas no Brasil. denominada aiveca (figura 12). Pode-se caracterizar a aiveca através de dois setores. Além do corte. E) suporte. O inicial que é responsável pela continuação da elevação e fragmentação da leiva. possuem uma relação comprimento (L)/altura (H).1 – Aiveca Estes arados são caracterizados por uma superfície torcida. o fácil deslizamento do prisma de terra sobre sua superfície. Figura 8. também tem sido objeto de preocupação para o projeto da aiveca. já o setor final. Não obstante a diversidade existente de tipos. B) aiveca. entre outos. denominado de “frente”. C)rastro ou costaneira.  Tipos de aiveca A qualidade da inversão provocada na leiva caracteriza o formato da aiveca. a qual é responsável pela continuidade da elevação e da torção iniciada pala relha. de forma mais ou menos suave. D) talão do rastro ou costaneira. em: cilindrica. helicoidal e as cilindrica-helicoidal. denominado de “ala” . elevação inversão da leiva. A forma da ala da aiveca e a velocidade de deslocamento influenciarão fortemente no aiveca cumprimento principal da aiveca. Essas aivecas. a boa cobertura dos restos vegetais.FIGURA 11 – Corpo de arado de aivecas: A) relha. iniciada pela relha. depositando-a lateralmente em sulco contiguo. segundo Ortiz-Cañavate & Hernanz (1998). tem a função de concluir a inversão parcial e o fraturamento da leiva. a velocidade operacional e o grau de inversão. colocando-a laterlmente em sua posição definitiva. Figura 9. fraturamento e a inversão parcial da leiva. 2. que é a inversão e o lançamento lateral da leiva.2. isto é. no projeto do arado. haja vista seu menor tempo gasto em todo o processo de aração. o lado lateral oposto ao de tombamento da leiva forma outra (vista lateral) e. facilitando a secagem rápida dessa superfície. onde o excesso de água da chuva possa ocasionar problemas de encharcamente e naqueles casos em que se faz necessário um maior enterrio da cobertura vegetal. O ângulo de liberação da leiva é menor (24° a 28°) e a velocidade operacional pode chegar a 9 km/h. observa-se que esse resultado é menor para a aiveca helicoidal. Cilíndricas – As aivecas deste formato iniciam o giro da leiva. o que proporciona uma boa porosidade e capacidade de armazenamento de água. ficando o solo com uma maior superfície exposta ao sol. onde o lado inferior forma uma cunha (vista superior). Nos solos leves. Helicoidais – As aivecas deste formato fazem com que a leiva de um giro completo. 18 . do corte à liberação da leiva invertida. o conjunto relha e aiveca resulta num triedro com ângulos pequenos ou pronunciados (α e β). sendo ele completo devido a força da gravidade e devido a isso ocorrem várias tensões no prisma de solo.FIGURA 12 – Vistas lateral e superior dos diversos tipos de formatos de aivecas. com grande ângulo de liberação da leiva (45° e 47°). Relacionando a largura (l) com o comprimento (L) do corpo do arado. provocando o seu maior fraturamento. Essa aiveca produz leivas de arestas mais vivas. além de deixar a superfície do terreno com menor rugosidade. C) mista. Prara operar a maiores velocidades de deslocamento tem-se diminuido o ângulo de liberação da leiva. Daí a razão da largura de seu corpo ser bem menor que o seu comprimento. haja vista seu menor ângulo de liberação ou de saída da leiva. B) helicoidal. A) cilíndrica. A grande coesão superficial existente nesses solos permite um maior tempo de contato da leiva com a superfície da aiveca sem risco de fragmentação. tem-se uma superfície que pode ser obervada laterlmente do lado da terra já arada. proporcionando sua inversão parcial. figura 13. Nesse caso. Este tipo de aiveca adapta-se bem a solos leves. comparativamente aos demais tipos mencionados e serem indicadas para baixas velocidades. Daí a razão das aivecas cilindricas terem maior largura em relação a altura. a inversão e liberação da leiva deve ocorrer rapidamente devido ao risco de fragmentação do prisma de terra e do mesmo voltar a ocupar seu lugar no sulco. o que possibilita uma inversão mais suave do prisma de terra. interligando estas. São indicadas para solos pesados ou compactados e úmidos. É o modelo mais utilizado para tração motora. de formato helicoidal na sua parte final. com aiveca helicoidal e. Cilindróide – Também chamada de universal. 19 .FIGURA 13– Aração a tração animal. mista ou cilindrico-helicoidal.distância necessária para inversão da leiva com as aivecas helicoidal e cilindrica. FIGURA 14– Características de uma aração com aivecas cilindricas. trata-se da união entre uma aiveca de formato cilíndrico na sua porção inicial com outra. 8 a 1.cilindroide L/H=0. com a parte frontal substituível e. aliada a necessidade de redução do esforço tratório surgiu a aiveca descontínua. recebem o nome de aivecas de lâminas ou de superfície descontínua.0.e a adesão solo/metal também diminui. extremamente pegajosos. sabe-se que grande parte do esforço tratório deve-se ao atrito so solo com a superfície da aiveca. Sabendo-se que a leiva constituida de solo pegajoso é capaz de ficar mais tempo em contato com a superficie sem se desfazer e com e com grande possibilidade de aderir à mesma. FIGURA 16 . necessitando com isso mais manutenção. Desta forma. sem que o prisma de terra se desfaça. Como a aiveca vem a ser a parte mais importante do arado e responsável pela correta inversão da leiva. com isso. existe sempre um tipo específico de aivéca.7 a 0. descontínua. 20 . Para este último caso. . diminui à medida que a relação L/H aumenta. Todavia. .cilindrica L/H=0. isto é. já que cada solo possui condições próprias.8.4 e. para um maior valor de de L/H tem-se um maior comprimento de corpo. talvez seja o componente mais estudado.FIGURA 15 – Relação comprimento (L)/altura (H) da aiveca: . o desgaste da peça também aumenta.1 a 1. normalmente. não existe uma aiveca que trabalhe bem em todos os tipos de solo. Já a largura do corpo do arado. a maior pressão de contato do solo na superfície aumenta. que atende melhor as especificidades do terreno em conformidade com a qualidade do trabalho desejado. Como o prisma de terra argiloso e úmido é mais aderente sobre a superfície da aiveca ele fica.helicoidal L/H=1. mais tempo deslizando sobre a superfície. Como nesse tipo de aiveca a área de contato com o solo é menor. Existem. Apesar disso. Por outro lado. aivecas de formatos especiais para trabalhos a grandes velocidades e em solos com alto teor de argila e umidade. ainda. o esforço de tração reduz. O comprimento total do corpo do arado acompanha a relação L/H.Aivacas: contínua. cujas funções são: ÓA – bordo da parede do sulco. com destaque do tombamento da leiva. Trata-se do perfil mais importante da aiveca. evitando com isso. profundidade e velocidade de deslocamento. CD – bordo do sulco. Esta linha deve estar próximo da parede do sulco. haja vista o atrito solo/solo. o acúmulo de terra entre o que prejudica o trabalho final do arado. 21 . A suavidade e qualidade dessa inversão.segundo ses valores máximos de largura. os maiores ângulos da parte posterior da ala tem papel importante. DÓ – Trata-se da linha de união da relha com a aiveca. 2cm da leiva anterior de modo a não tocar ou se arrastar no “canto” do prisma liberado e com isso. Além disso. o corte certical da leiva é realizado nessa parte. AC – perfil superior. Constitui a última parte da inversão da leiva. considerando o ângulo do talude do prisma de terra ou leiva. FIGURA 17 – Partes que compõem o perfil da aiveca. evitando assim que o prisma de terra caia no fundo so sulco de onde foi retirado. Constitui o guia do prisma de terra sobre a aiveca. aproximadamente. Os corpos de arado que não possuem sêga. que pode ser reto ou curvo dependendo do tipo de aiveca. como dito anteriomente é influenciada pela forma e velocidade de deslocamento da aiveca. constituindo asim numa zona de grande desgaste. No perfil da aiveca existem quatro partes fundamentais. Deve ser perfeitamente reta para que haja uma boa união das ferramentas mencinadas. Perfil da aiveca A medida que a leiva vai deslizando sobre a aiveca sua inversão vai se concretizando. o qual deve ficar a uma distância de. aumentar o esforço de tração. A superfície de unão da relha para a aiveca deve também estar sempre no mesmo plano e adaptado à curvatura do corpo do arado. 2. Senα = d/b FIGURA 18 – Reelação profundidade de corte (d) / largura de corte (b). conforme mostra a figura 18. lembrando-se que ao arar. respectivamente. o prisma de solo ou leiva. seu levantamento. a superior resistentes a abrasão e a inferior resistente às cargas nela impostas ou impactos. iniciando ao mesmo tempo. com a função de cortar. também é considerada ruim. um terreno com declive deve-se considerar o ângulo de inclinação do terreno e a relação b/d para obter o ângulo de inversão desejado (α). Considera-se que uma boa aração seja aquela que: . Observa-se que para que haja a inversão num terreno plano a largura da leiva tem que ser 1. arado desnivelado com pendente para frente. adequada relação profundidade largura de corte e’arado nivelado. arado desnivelado transversalmente com pendente para o lado do terreno não arado e. A inversão mais recomendada é com: ângulo de 45°. observar a relação largura de corte(b)/profundidade de corte(d).2 – Relha À frente da aiveca. profundidade de aração muito elevada. arado desnivelado tranversalmente com pendente para o terreno arado.Para obter um tombamento ou inversão da leiva adequado. deve-se. devido a: velocidade de deslocamento baixa. horizontalmente. encontra-se a relha (A). tombando para cima. estas devem ser resistentes a impactos. faça boa inversão da leiva. onde o esforço é maior. o que requer durezas Brinell de 500 a 700 e 300. uso de aiveca com pouca curvatura. Normalmente. profundidade de aração muito baixa e.resulta numa boa desagregação. A inversão com ângulo de 70° é considerada ruim. deixa o microrelevo variando de 5 a 10 cm. Em razão do desgaste que estão sujeitas as relhas. a relha tem duas camadas. seja feita em velocidade compativel com o projeto do arado.27 vezes maior que a profundidadeessa. daí a importância de seu material de fafricação. o uso da aiveca adequada para o serviço. deixa a matéria orgânica prese entre as leivas consecutivas. 2. Já a inversão com ângulo de 35°. São muito utilizados aço 22 . pois é ela que penetra no solo mais duro. no ângulo de inversão da leiva. uso de aiveca com curvatura excessiva. tendo em vista o uso da velocidade de deslocamento correta. O ângulo de inversão da leiva pode ser determinado pela expressão . devido: uso de velocidade de deslocamento muito alta. obedecendo seus ângulos e curvaturas. Aparte mais importante da relha e que sofre maior desgaste é a ponta. Esta peça é regulável. onde o esforço necessário ao corte inicial da leiva não seja muito elevado.43). P (máx. Para aumentar a sua vida útil. as melhores condições são obtidas com o ângulo horihontal que varia de 35º a 50º. em condições de solos duros e abrasivos. dobrando-se. principalmente. esta ponta venha a ser novamente conformada através de um trabalho de ferreiro. S (máx. após desgastada. B) pontiaguda. Relha normal (reta) – Sua utilização dá-se em solos leves é médios.7 a 1.05%). Quando maior este ângulo.carbono-manganês. istó é. O ângulo mais frequente é o de 45º. preparando-o para o corte da relha. a relha é colocada inclinada com relação alinha de deslocamento. C)com formão.  Ângulos da relha Ângulo Horizontal da relha (α) – É o ângulo formado entre a linha que contém a borda da relha e a linha de deslocamento do arado. em função do tipo de solo a ser trabalhado.34 a 0. sendo. isto é. a fim de que. (figura 19). portanto. na parte posterior da ponta. Apresenta a vantagem de romper melhor o solo. figura 20. sendo que. A fim de reduzir a força necessária à tração do arado. dependendo do solo que será trabalhado. FIGURA 19 – Vista frontal dos diversos formatos de relha. Si (0. As relhas com ângulo de 35º são indicadas para solos compactados e as de50º para solos soltos. naqueles fáceis de se trabalhar. após ocorrido o desgaste. ela apresenta. Relha com formão – É utilizada. Mn (0. não produzido um excessivo desgaste nesta peça. material de reserva. a fim de que . maior a largura de corte da relha. Possui. A) normal. bem como pode ser ajustado de acordo com o desgaste sofrido. com a seguinte composição: C (0.  Tipos de relha Existem. a relha pode apresentar a ponta maior ou menor. mas utilizada atualmente em tração mecânica e em condições de solo onde a penetração do arado reserva abaixo da ponta. segundo Conti (1950). também. Relha pontiaguda (bico de pato) – É caracterizada pelo formato de sua ponta. 23 . de 0. por esse motivo. a possibilidade de ser invertida. principalmente. utilizadas. basicamente. portanto. O formão é a parte que penetra inicialmente no solo. indicado para solos de textura media.0).9). a sua vida útil.045%) e. de 0. três tipos de formato de relhas. ela possa vir a ser novamente conformada.7 a 0. FIGURA 21 – Vista lateral – ângulo de corte da relha. isto é. é uasado em relhas apropriadas para solos compactados.  Largura de corte da relha 24 . enquanto o de 25º é indicado para condições opstas. de 15º . aparecendo assim a magnitude de α. A existência dos ângulos α e β explica o fato da relha do arado ser como uma dupla cunha. Independente da influência que o ângulo β possa ter sobre o esforço de tração total exigido pelo arado. em razão da escassa aderência entre suas partículas. vista superior. quando se observa lateralmente. isto é.FIGURA 20 – Vista superior – ângulo horizontal da relha (AH) Ângulo de corte da relha. também denominado de ângulo vertical (β) – É o ângulo formado pelo plano de corte que contém a base da relha e a linha que une a ponta da relha ao centro de resistência da aiveca. no sentido solo arado. é utilizada para definir o ângulo de corte da relha ou vertical. A superfície côncava da parte inferior da relha. que pelas suas características tem maior risco de não completar sua inversão pela desestruturação prematura. O ângulo menor. destacandose assim o ângulo β. Este ângulo varia de 15º a 25º. formado pela horizontal inferior e a linha que. a primeira pode ser visualizada quando ela esta apoiada e a olhamos de cima. a linha que une a ponta da relha ao centro de resistência do corpo do arado. a que esta em contato com o fundo do sulco no sentido longitudinal. Figura 21. definido também como ângulo de penetração da relha. A segunda. isto é. partindo de sua ponta é tangente a sua superfície convexa ou superior ou. onde: AC – Ângulo de corte e CR – Centro de resistência do corpo de arado. evidencia sua importãncia com o comprimento total do arado e com a velocidade na qual este pode deslocar. È aí que o ângulo β. deve-se levar em conta que um solo compactado permite uma inversão mais lenta do prisma de terra que um solo solto. a relha na posição de trabalho. 14” (0. e as mais comuns encontradas são: 10” (0. em função do ângulo horizontal (α) e do comprimento do fio de corte A diferença de comprimento no fio de corte das relhas condicioa.406m). Considerando a velocidade de deslocamento igual. por sua vez. figura 22.71m Sen35º Solo médio – α = 45º . a largura de corte da relha é dada em polegada. Em se tratando do fator custo da aração. esta condicionado aos seguintes fatores: a) a relacão pretendida de entre a largura e a profundidade de corte da leiva.356m) e. Nas relhas de de bordo cortante reto. Considerando. o comprimento do fio de corte da relha é: Solo compactado – α = 35º . O ângulo (α) de inclinação da leiva é função da relação profundidade/largura de corte. o comprimento do fio de corte da relha é maior ao arar um solo compactado do que ao arar um solo solto. o segundo fator citado (letra b). Nas relhas côncavas. As duas primeiras são recomendadas para uso em tração animal.305m).Normalmente. diferença no resto do corpo. segundo a natureza do solo.comprimento do fio de corte = 0. o comprimento do fio de corte da relha. Para obter a largura de corte do arado basta multiplicar a largura de corte de uma relha pelo número de relas existentes no arado. a largura de corte é obtida multiplicando-se o comprimento do fio de corte pelo ângulo α antes mencionado.53m Sen50º FIGURA 22 – Largura de corte da aiveca.comprimento do fio de corte = 0.406 m = 0. principalmente na aiveca. b) ao ângulo de ataque da relhas.comprimento do fio de corte = 0.254m). 16” (0.406 m = 0. enquanto as dua últimas são recomendadas para uso em tração mecânica. 25 .Portanto.57m Sen45º Solo solto – α = 50º . o comprimento do fio de corte. para determinação da largura de corte. é obtido projetando-se seus extremos sobre um plano. 12” (0. sendo que a inversão aumenta com aumento da largura de corte.406 m = 0. A projeção do fio de corte da relha sobre a ’’soleira’’ ou plano disposto na direção de deslocamento condiciona a largura de corte (L) da mesma. um exemplo desenvolvido para o trabalho de apenas uma relha de 16 polegadas (tração mecânica). FIGURA 23 – Relhas de corte: regular. quando muito gasta. necessitam de ser substituda ou reconstituida.05m menor. A primeira parte da relha é a mais importante e a que sofre maior desgaste. onde o fio de corte é côncavo. O desgaste da ponta e do fio de corte da relha contribuem para aumentar a base de sustentação do arado no solo. efetuam um corte horizontal do solo 0. de corte completo. Fixada assim esse comprimento o fio de corte da relha pode ter diferentes medidas para uma mesma aiveca. Independentemente do tipo de relha e da forma como sua manutenção é feita. as de corte regular em condições intermediárias. uma vez que a ponta passa a ficar “rombuda” e terá dificuldades para penetrar no solo e o fio de corte vai assumindo gradativamente a forma retilínea. como é feito com as lâminas de corte em tratores de esteira. As de corte estreito são indicadas para uso em condições de solo bem favoráveis e desprovidos de raízes.  Partes da relha As partes da relha são: ponta.deve-se fixar a velocidade operacional inferior limite para um determinado arado e a partir desta o comprimento ideal do corpo do arado. de trocar toda a peça. as de corte regular 0. . fio de corte e ala. o trabalho para deslocar o excesso de material localizado em sua prate inferior para a ponta e fio de corte é feito por ferreirro. todavia. de forma a não provocar a desagregação da leiva antes de sua inversão.05m (regular) ou 0. portanto. são substituiveis. dando origem assim as relhas: de corte estreito. enquanto as do corte completo não têm diferença em relação à largura de corte do corpo do arado. enquanto as de corte completo são indicadas para solos com bastante vegetação. Esse comprimento ideal ciondiciona o comprimento do bordo anterior da aiveca sobre o qual se adapta a relha. dificulta o corte inferior da leiva e a penetração da ponta no solo. ponta e fio de corte. há necessidade de manter sempre afiada s as partes que entram em contato com o solo para realizar o corte horizontal ou de base do prisma de terra. de corte regular e. As relhas de corte curto ou estreito. curto ou estreito e. não necessitando. até chegar o momento em que necessita ser substituida. onde a presença de raízes poderia dificultar o rompimento do solo nas faixas de 0. consequentemente no custo horário da 26 . Nas relhas.1m menor do que a largura de corte do corpo do arado. figuras 23 e 24.1m (estreita). tendo em vista a participação da relha na quantidade de energia requerida e. o desgaste da ponta é muito pronunciado e com maiores consequências para a qualidade do trabalho e manejo do arado. Nos arados de aiveca mais modernos apenas as partes da relha que sofrem maior desgaste. apenas pela elevação da leiva após o seu corte horizontal. completo. As relhas de fio de corte reto. Neste caso de reconstrução. devido ao peso e.Relha de corte completo.2. Para solos francos 7 mm e para solos compactados 9 mm.Relha de cortecurto ou estreito e. Para que o arado trabalhe de maneira estável. C. permanecendo na profundidade necessária ao trabalho. devido à inversão do prisma de terra.3 – Rastro ou costaneira Devido a função que executa o corpo do arado. respectivamente. 27 . FIGURA 24 – Largura de corte de relha: A. 2. isto é. contra a parede vertical do sulco. B. surge uma força de reação que empurra o arado contra a soleira do sulco.aração. . existe o rastro ou costaneira.Relha de corte regular. Para solos soltos ou com reduzida resistência à penetração recomenda-se deixar 4 mm de folga entre plano de apoio do bordo cortante da relha e aquele em que se assenta a ponta da mesma. sem a tendência de deslocar-se para o lado do solo não arado. dessa forma.cujo formato é o de uma cantoneira ou prancheta. Alguns arados. o que impede que venham a executar seu trabalho de forma adequada. A presença de rastro nos corpos dos arados assumem maior importancia nos solos argilosos úmidos e nos solos compactados. de grande importância para seu adequado funcionamento. evitando. É verificado deixando-se arado numa superfície plana.  Sucção no corpo do arado Os arados de aivecas apresentam alguns parâmetros. FIGURA 25 – Elementos que compoem o corpo do arado. a qual tem a função de proteger a costaneira do desgaste. Valores superiores causariam uma maior tendência de aprofundamento do arado e vice-versa. Esse espaço deve ser de 1. Ele permite ao arado apoiar-se contra a parede e o fundo do sulco. assim as forças exercidas pelo solo sobre a aiveca. podem apresentar na parte final do rastro uma pequena peça chamada talão. figura 26. com a ponta encostando no solo. tanto pelos fabricantes quanto pelos usuários.É o espaço compreendido entre as faces inferiores da relha e costaneira e o plano horizontal do fundo do sulco. onde o efeito das forças se tornam mais pronunciadas. adiante relacionados. sem entretanto. demasiadamente. Sua superfície deve ser grande o suficiente para permitir essa estabilidade. 28 . bem como nos últimos corpos dos arados. pressionar. Muitas vezes por não terem tais parâmetros observados. sustentando.2cm (1/2”) aproximadamente. Sucção vertical (SV) . a parede e o fundo do sulco. que se tenha um aumento no esforço de tração. estes implementos podem ser mal construídos ou regulados. e medindo-se a distância entre o talão da costaneira e o solo. . Sucção horizontal (SH) – É o espaço compreendido entre as faces laterais da relha e costaneira e o plano vertical da parede do sulco. tanto a sucção vertical quanto a sucção horizontal vêm a ser curvaturas encontradas na parte inicial da costaneira. Esse dispositivo de segurança.4”). figura 27. Este espaço.proteção com mola. .FIGURA 26 – Vista lateral da sucção vertical (SV) no corpo do arado.proteção com pino fusível. como pedras. etc. são: . medindo no talão da costaneira deve ser de 1.8cm (3. FIGURA 27 – Vista superior da sucção horizontal (SH) no corpo do arado.2. próximas à união desta peça com a relha. Os mecanismos de segurança mais comuns.4 Mecanismos de segurança do arado A presença de um mecanismo de segurança do arado é muito importante. além do que reduz as perdas de tempo durante a araçao para reparações no implemento. 2. 29 .haja vista o formato de cunha do corpo e da possibilidade de exsitência de obstáculos no solo trabalhado. Valores inferiores levariam o arado a não apresentar regularidade quanto à largura de corte. raizes. evita que demais componentes do arado venham ser danificados quando a relha encontrar resistências. No caso de arados de tração animal.proteção com retorno automático e..2cm (1/2”) a 1. valores maiores tenderiam a desloca-lo para a terra não lavrada. com movimento de rotação independente. devendo possuir inclinação de 30º com relação à vertical. encontrase um facão ou sega circular. O facão apresenta forma de lâmina. cuja função é promover o corte vertical da porção de solo. FIGURA 29 – Mecanismo de segurança de mola.5 Acessórios  Sêga Nos arados de aivecas bem construídos.2. É mais 30 . É mais indicado em situações de trabalho a maiores profundidades e em direção ao solo não lavrado e acima da ponta da relha. e sua ponta deve situar-se ligeiramente em direção ao solo não lavrado e acima da ponta da relha. 2.FIGURA 28 – Mecanismo de segurança de mola. automático. à frente de cada corpo de arado. FIGURA 30 – Mecanismo de segurança com pino fusível. figura 31. em relação ao corpo do arado. A sêga deve. 31 . capaz de girar sobre um eixo central. A profundidade de corte da sêga deve ser inferior ao seu raio. estriado ou recortado. Pode possuir formato liso. recomenda-se deixar o centro da sêga coincidindo com a ponta da relha ao trabalhar um solo nas condições normais. em relação a ponta da relha ao arar solos compactados e duros. também deve ser posicionada. cerca de 20mm. para realizar o corte de 50% da profundidade ou ficar com aparte inferior de seu bordo inferior de 2 a 5 cm acima da relha. paralelamente à linha de deslocamento do arado. Com relação à sua posição no sentido longitudinal. No sentido lateral e do lado da terra não arada. no sentido vertical. FIGURA 31 – Vista esquemática do posicionamento lateral. Posicionamento da sêga no arado . tendo em vista o seu mancal. O elemento de corte vertical no formato de sega circular não é indicado para solos pedregosos ou que apresentam tocos. Isso faz com que o esforço necessário à tração seja menor que o exigido pelo facão. espera-se que o chassi do arado ofereça condições para proceder essas regulagens. pois possui a tendência de rolar sobre eles. vertical e longitudinal da sêga circular.indicado em situações de trabalho a maiores profundidades e em solos que possuam pedras ou tocos. Mediante essas informações.Seguindo a recomendação de alguns autores. cerca de 5 cm recuado. Já a sega circular apresenta o formato de um disco com a borda afiada. Figura 32. cerca de 5 cm adiantado em relação a ponta da relha para solos soltos e. a sêga deve estar regulada. pode-se concluir que quanto maior o diâmetro da sêga menor é o ângulo no ponto de interseção mencionado e. é feito pela borda frontal da aiveca. aumento 32 . recomenda-se usar sêga de bordos recortados. conforme figura 33. 2 – profundidade (plano vertical). Recomenda-se usar sêga com diâmetro de 18 polegadas (45. Em muitos arados. consequentemente melhor é o seu trabalho. cuja largura de corte é de 16 polegadas. Assim sendo.  Mini-corpo É normal a presença de plantas daninhas entre as arestas sucessivas e expostas dos prismas de terra. quando se ara um terreno com vegetação. O diâmetro de 15 polegadas (38. FIGURA 33 – Influência do diâmetro da sêga no ângulo de corte: bordo cortante & superfície do terreno.posição do centro da sêga em relaçãoà ponta da relha e linha de tração (plano longitudinal). o que causa um aumento significativo do esforço de tração do arado. sendo que o corte vertical do prisma do solo. 6 – posicionamento correto da sêga. Essas plantas daninhas. podem ser roblemas para as operações posteriores.0cm) ao se trabalhar em solos com restos de vegetação. Diâmetro da sêga – Outro fator importante é o diâmetro da sêga. neste caso. 3e4 – regulagem do aprumo (ângulos).7cm) ao se trabalhar em solos com restros de vegetação e em arados. cabe ressaltar que sua capacid da sêga com a superfície do terreno.FIGURA 32 – Regulagens do arado: 1. No caso de solos compactados e com grande quantidade de restos vegetais. tais como: embuchamento. não são encontrados nem a sega circular nem o facão. Ao se trarar do diâmetro de sêga. 5 – regulagem do alinhamento longitudinal e. com mini-aiveca. FIGURA 34 – Corpo de arado de aiveca com sêgas do tipo facão e circular.  Cobridor de ervas 33 . ocupando parte do vazio de secção triangular. O mini-corpo é posicionado junto a sêga. B. FIFURA 35 – Aração em superfície com vegetação: A. identificando o posicionamento da mini-aiveca. principalmente quando esta é feita logo após a aração.sem mini-aiveca e. é lançada no fundo do sulco. sobre a aresta superior esquerda da leiva antes que ela seja invertida. Durante a inversão da leiva. a pequena secção de solo cortada. que tem por finalidade arar uma pequena secção de terra (aproximadamente de 10cm x 3cm). faz-se o uso desse acessório. enquanto a duperfície do terreno arado fica sem nenhuma vegetação aparente. conforme figuras 34 e 35. também invertida.no tempo das operações de gradagens e desuniformidade na profundidade de semeadura. Com o objetivo de evitar tais incovenientes. B. até que a aresta em contato com a superfície da aiveca fique totalmente na vertical. 34 . FIGURA 37 – Aração : A. que tem por finalidade ajudar na cobertura da vegetação presente na área trabalhada. observa-se que a leiva vai sendo invertida gradualmente. de forma que a superfície arada fique limpa ou desprovida dessa vegetação. constituido de uma ou mais peças (vergalhão) de aço flexível que é posicionado entre a sêga e o corpo do arado. imediatamente antes de completar a inversão da leiva. então. a leiva poderá voltar a sua posição anterior ou.  Extensão posterior da aiveca Posicionando-se na parte posterior de um corpo de arado em operação e olhando o mesmo na direção de avanço. FIGURA 36 – Arado de aiveca equipado com cobridor de ervas. completando-se assim uma inversão de 90°.Trata-se de um acessório. somente a inércia provocada por uma velocidade mais alta poderá complementar os 45°de inversão.sem o cobridor de ervas e. à medida que o arado é deslocado. O cobridor de ervas inclina e direciona a vegetação para o fundo do sulco.com o cobridor cobridor de ervas. Se a partir desse ponto a aiveca não existisse mais. figura 39.  Extensão superior da aiveca Nos solos aderentes. Essa roda pode ter a função de limitar. evitando assim que ela ultrapasse a parte superir da aiveca e caia no sulco. A presença da extensão da aiveca pode ser condicionada a estabilidade da leiva. sua função é fazer que uma cobertura vegetal alta.  Roda Alguns arados montados são equipados com roda.totalizando assim 135°. Já quando localizada na parte posterior da aiveca. Para evitar isso. onde o destorroamento não é feito com facilidade e por outro lado. presente no solo que se está trabalhando. Quando localizada na parte superior. pode-se adicionar a parte superior da aiveca uma extensão com superficie. de forma a acompanhar a inversão da leiva nos 45° restantes. existe uma vegetação que dificulta a inversão da leiva. apenas. 35 . a profundidade de corte ou de absorver as forças laterais impostas ao arado em substituição ao rastro. Nos arados de arrasto. pode ser utilizado uma extensão da superfície posterior da aiveca. uma peça denominada extensão de aiveca. FIGURA 38 – Aiveca com extensão posterior. ainda. a qual tem por função ajudar na inversão total da leiva. que se localiza na parte superior ou posterior da aiveca. devido principalmente a relação largura/profundidade. Os arados de aivecas podem apresentar. a presença de rodas tornam-se necessárias para sustentação em geral e direcionamento do arado. a altura e densidade da vegetaçào presente. aqual fica localizada na parte posterior do arado. FIGURA 39 – Aiveca com extensão superior. tem com função permitir que a leiva sofra um melhor tombamento em arações rápidas. todavia a exigência de tração aumenta em razão da maior superfície de deslizamento solo/metal. seja totalmente depositada no fundo do sulco. em função das componente R x . elevação e inversão da leiva. y e z. FIGURA 41 – Sistema de forças que atuam sobre o arado e que se reduzem a resultante localizada em G e que passa pelo ponto de engate. são: . que é adaptado no rastro e serve para auxiliar no corte de raízes naqueles terrenos. .Esforço de tração necessário ao seu movimento.G = ponto de aplicação das forças. Os componentes R.3 – Centro de resistência do corpo da aiveca e do arado. segundo os eixos x.Reação do solo.. destorroamento.E = ponto de engate do arado. . Ry e Rz . Mostram ainda que a relação S/L foi. aproximadamente. 36 . 2.Peso do equipamento. As forças que atuam em um arado que desloca à velocidade uniforme.R = resistência ao corte. FIGURA 40 – Cor[po de um arado de aiveca equiparo com cortador de rizes. V e S aumentan de intensidade com o incremento da velocidade. Cortador de raizes Alguns fabricantes de arado disponibilizam como acessório o cortador de raízes. L. Resultados de ensaios tem mostrado que S equivale a cerca de 24% de L.M = momento resultante. Tem-se adotado os seguintes significados para as diferentes forças: . duas vezes superior em um solo arenoso (areia fina) em relação a solos argilosos. . como é o caso da alfafa. dando origem a Rh: . cuja vegetação existente possui sistema radicular abundante. . .L = componente direcional de R. Para estimar a força na barra de tração é usando as equacões: FBT = n ( a x p x µ ) µ = µ0 + λ x V2 Sendo: n = número de corpos do arado. 37 .5] x a Onde: N = número de corpos do arado. para solo franco arenoso. do estado em que o solo se encontra. V = velocidade de deslocamento. Segundo a ASAE os valores médios de resistência específica para vários solos. enquanto outros a ¼ x a (a= largura de corte da leiva) a partir.013V2 .053V2 .020V2 . tipo de ferramenta usada. para V menor que 1. A resistência do solo é influênciada pelo tipo de solo. atuam.049V2 . 2.O Centro de Resistência ( CR ) é o ponto no equipamento. para solo franco argiloso. da velocidade de deslocamento e. em relação a face interna da roda direita do trator (figuras 42 D e E) é dada pela expressão: d = [0. onde a força resultante. tais como: resistência específica do solo (valor tabelado).032V2 .0 m/s. (N/cm2). enquanto outros a 50% da profundidade de corte ( figura 42 C). da parede vertical do sulco (figuras 42 A e B). c) No sentido lateral – alguns autores consideram a 7. para solo argila siltosa. para solo franco. b) No sentido vertical – alguns autores consideram a 5 cm a partir da soleira do sulco. para solo silte arenoso. 3 + 0. a = largura de corte da leiva.75 + (N – 1) x 0. por sua vez. 3 + 0. umidade. µ = coeficiente de resistência específica operacional. a = largura de corte. são: FBT = FBT = FBT = FBT = FBT = 7 + 0.4 – Exigência de Potência A força na barra de tração (FBT) requerida por um arado para trabalhar determinado solo numa dada velocidade. A localização do CR num corpo de arado de aiveca em operação é: a) No sentido horizontal – 30 cm posterior a ponta da relha (figura 42 C). também. 2. (cm). grau de consolidação. presença de materia orgânica e de raízes e. enquanto a secção mobilizada é influenciada pela largura e profundidade de corte da leiva. Em geral. p = profundidade de corte. depende de alguns fatores. (km/h). µ0 = coeficiente relativo ao solo. (cm). está condicionada a força de tração requerida e à velocidade operacional. A potência (P). 3 + 0. em função de todas as componentes mencionadas. da secção de solo mobilizada.8 + 0.6 cm a partir da parede vertical do sulco. µ = µ0. A distância (d) do Centro de Resistência do arado. K = 270. para V em km/h. K = 75 e. em função do aumento da coesão e ainda devido ao aumento da massa do prisma de terra. para solo arenoso. tendo em vista que a a a resistência do solo aumenta com o aumento da coesão molecular.FBT = 2 + 0. a aração e 38 . como também aumenta à medida que aumenta a adesão solo/interface.013V2 . preferencialmente no estado friável. Recomenda-se realizar a aração quanto a umidade do solo se encontrar próximo do limite de plasticidade. PBT (cv)= FBT x V K K = constante: para V em m/s. Em resumo. FIGURA 43 – Ajuste da bitola do trator.FIGURA 42 – posição do Centro de Resistência no corpo de um arado de aiveca segundo diferentes autores. 39 . em função da largura de corte do arado. de forma a contornar toda a área a ser arada de fora para dentro.CG do trator com o Centro de Resistência do arado – CR. 11% devido ao empuxe e aceleraçào e. no final de cada “tiro” deve-se erguer o arado ou corpos do arado do solo para proceder a manobra de cabeceira e voltando a abaixá-lo quando o conjunto se encontrar na posição adequada. estando o trator com as roras direitas fora do sulco. onde o tombamento da leiva se dá para fora ou para o lado direito do deslocamento do conjunto trator-arado. o que altera a comformação da superfície do terreno. deformação e fricção soso/solo. deixam uma depressão no centro da área. onde a resistência dos torrões não é muito grabde e nem tampouco a resistência da massa de solo seja elevada. Independentemente de cada uma delas recomenda-se variar a profundidade do sulco e alternar o sentido de aração a cada ano. unindo o Centro de Gravidade . Os 54% restantes da potência. 2. unindo o Centro de Gravidade . 17% devido a fricção do solo com o rastro e. Já um aumento de 0. Esse procedimento deve ser continuado. estando o trator com as roras direitas dentro do sulco.1 g/cm3 na densidade aparente pode aumentar a força de tração em 10%. onde as as leivas de cada uma das duas últimas passadas. e mesmo qualquer outra operação de preparo periódico do solo deve ser realizada.5 Métodos de aração Arados fixos . em função do sentido de tombamento das leivas.CG do trator com o Centro de Resistência do arado – CR.aração de fora para dentro e. de forma a dificultar a formação do pé-dearado e de formar no centro do terreno depressão (aração de fora para dentro) ou camalhão (aração de dentro para fora). preferencialmente. mais comumente utilizados com arados fixos em geral são: . o que permite reduzir a deterioração do solo. deve-se iniciar a aração num ponto do terreno.Os métodos de aração. . render o trabalho e diminuir o requerimento energético. são assim distribuidos: 20% devido ao corte horizontal da leiva.aração de dentro para fora. Para fazer a aração de fora para dentro.FIGURA 44 – Linha de tração . FIGURA 45 – Linha de tração . na faixa de umidade. Em se tratando de talhões de forma retangular ou quadrada. 40 . 23% devido a ruptura. Considera-se também que 46% da energia requerida pelo arado de aiveca é assim distribuido: 4% devido a resistência ao rolamento. até chegar no centro do terreno. 25% devido a fricção do solo com a aiveca. acertando assim o superfície do terreno. possibilitam realizar a aração com o sentido de tombamento desejado. ressaltando ainda que as arações devem ser realizadas seguindo as curvas de nível ou perpendicular ao sentido de caminhamento das águas e. uma vez permite a reversão do corpa do arado nas manobras de cabeceiras. independentemente da forma de acoplamento à fonte de potência. 41 . tendem a formar um camalhão. FIGURA 47 – Aração com arado reversível. Cabe aqui.FIGURA 46 – Dois sistemas de aração de fora para dentro. nessa aração ela é coberta. de forma a tombar as leivas para dentro e continuar a operação até que se chegue nas extremidades do terreno. se possível sempre no sentido do maior comprimento de “tiro”. Se na aração anterior foi deixado no centro do terreno uma depressão. A aração de dentro para fora deve ser iniciada no centro do terreno. as mesmas recomendações feitas para arados fixos. As leivas das duas primeiras passadas sendo tombadas para dentro. com relação a variação da profundidade de trabalho e sentida de tombamento da leiva. Arados reversíveis – Esses arados. semi-montado.monocorpo. Entretanto. obter um maior rendimento ou eficiência nos trabalhos de preparo do solo. já que o corte provocado pelos discos apresenta o formato semicircular.multicorpos. e) Quanto a independência dos corpos: . . conseqüentemente seu esforço de tração.1 – Classificação do arados de disco a) Quanto a fonte de potência: . . FIGURA 48 – Formato semicircular dos sulcos abertos por um arado de discos independentes. . difícil definir-se que vêm a ser a parede e o fundo do sulco.tração animal. fica. dessa forma.3 – Arado de disco Estes arados surgiram da tentativa de se reduzir o atrito entre a superfície ativa da aiveca e o solo e. A massa desses arados varia. b) Quanto ao acoplamento à fonte de potência: . d) Quanto ao número de orgão ativos: .montado.fixo.discos interdependentes.reversível. arados semi-montados – de 200 a 300 kg/disco. Procurava-se. . . 3. Nesse tipo de arado. . a diminuição do atrito conseguida devido ao rolamento do disco é compensada pelo maior peso necessário para que o arado possa aprofundar-se no terreno.tração mecânica.de arrasto. através da substituição à aiveca por um disco. normalmente. arados montados – de 120 a 175 kg/disco. Arados de discos independentes ou regulares 42 . c) Quanto ao movimento do orgão ativo: . Figura 48.discos independentes. da seguinte forma: arados de arrasto – de 300 a 1000 kg/disco. em função do giro do disco. montado. A profundidade de ação dos discos recomendada deve se restr ingir a 1/3 de seu diâmetro. figura 50. Trata-se de um equipamento.conta com um limpador. além de fazer uma boa inversào. Os discos operam formando um ângulo horizontal coma direção de deslocamento e ângulo vertical diferente de zero com a superfície do terreno. são os equipamentos. este arado apresenta vantagens em relação ao arado de aivecas. São indicados paratrabalhar em qualquer tipo de solo e para arações mais profundas. 8 km/h e com os discos dispostos de 35° a 45° em relação a linha de tração. onde cada corpo contendo a ferramenta ativa ou disco é disposta independentemente numa coluna. tocos e solos turfosos. Operam ã velocidades de. Embora não realize o melhor trabalho de preparo do solo. Em face do esforço requerido na barra de tração ser. recersível e multicorpos. Inicilmente. picam. Arados de discos interdependentes São também chamados de arados gradeadores ou arados verticais. Consta de vários discos. cuja função é ajudar na limpeza do disco e na inversào da leiva. comumente usados em operações de aração no Brasil. Estando os discos inclinados em relação ao sentido de deslocamento e à vertical em relação à superfície do terreno. desenvolvido em 1927 para preparo de solo nas grandes planícies dos Estados Unidos. incorporam bem os resíduos vegetais. cujo projeto é um misto entre o arado e a grade. baixo e ter grande 43 . também denominada de leiva. Cada disco . Trabalham à profundidade de até 10 cm.Também chamados de arados regulares. cortam uma fatia de solo. elevando-a e lançandoa lateral. pouco espaçados entre si. tais como manutenção mais simples e capacidade de rolar sobre o terreno onde estiver trabalhando. com identificação de seus componentes. principalmente em terrenos onde a atuação do arado de aivecas é limitada ou até desaconselhável como em terrenos com presença de rocha. Trata-se de uma máquina. Figura 49.dispostos vertivalmente em um mesmo eixo. raízes resistenter. com diâmetro entre (40 a 60cm) ou 16” e 24 ”. aproximadamente. empregado para trabalhos de preparo periódico secundário e posteriormente para preparo periódico primário superficial. relativamente. FIGURA 49 – Arado de disco de tração mecânica. corpo (disco. cubo). Sua largura de corte pode variar de 1. que nada mais são do que chapas metálicas com a função de evitar que o solo fique acumulado entre eles. situado na parte posterior do arado. a potência necessária para tracionar este equipamento encontra-se na faixa de 2 a 2. coluna. O número de discos normalmente utilizado neste tipo de arado é de seis podendo chegar a dezoito no caso de arados de arrasto. com pouca vegetação e resíduos culturais superficiais por ocasião do preparo. Esta roda é semelhante àquela existente no arado de discos independentes. chama-se conjunto porta discos. A união entre a estrutura do arado (chassi) e o conjunto porta discos é obtida por meio das hastes. onde a presença de restos culturrais na superfície não afetam a condução da cultura implantada ou para o preparo do solo naquelas regiões semi-áridas. Estes arados apresentam discos geralmente um pouco menores que os dos arados de discos independentes. sendo que junto à face interna do disco. 3-2 – Constituição dos arados de disco O arado de discos independentes montados são constituidos de: chassi. apresentando a mesma função.5KW por disco. FIGURA 50 – Vista superior de um arado de discos interdependentes. dispositivos de acoplamento e de regulagens. montados ao longo um eixo (de seção transversal quadrada) comum a todos.capacidade de trabalho. O arado de arrasto é 44 . cujo o giro livre é permitido por meio de mancais. encontram-se os limpadores de discos. seu tamanho é consideravelmente maior. roda de sulco.10m 4m. O arado de discos interdependentes também apresenta uma roda estabilizadora. limpadores e dispositivos de reversão. Segundo Ortiz-Canavate (1984). um disco plano com a borda afilada. Ao conjunto formado por um determinado ao número de discos. caso ele seja reversível. São indicados para trabalhos superficiais em solos cultivados. deslocando-se pelo último sulco. espaçados entre si de maneira uniforme através de separadores. com raízes ou restos vegetais.8% de carbono. Para solos arenosos. em geral com 0. Todavia. são indicados discos de bordas lisas e de maior tamanho. a massa por disco nesse tipo de arado é maior que nos arados de aiveca. o atrito solo /interface passa a ser bem menor nesse arado. o que ajuda na penetração dos discos quando se trabalha à velocidades maiores. relacionando o tamanho dos discos às condições de uso. Em função da finalidade do arado. varia-se também a expessura e a concavidade do disco. Apresentam a Tabela 1. o seu desgaste é bem menor e acontece de forma uniforme ao longo de todo o seu fio de corte. uma vez que devido ao seu desenho. O fio de corte do disco é em forma de bisel. Os discos de borda lisa são mais comuns e recomendados para a maioria das situações. isto é.constituido de forma semelhante ao arado de aivécas. pouco consistentes e limpos. principalmente palha de arroz e de milho que são de dificil picagem. b – bisel interno e. do tipo de solo e quantidade de matéria vegetal sobre o terreno. Quando interno ou do lado côncavo é mais duradouro e facilita a penetração em solo duro e quando externo ou do lado convexo é mais agudo. Diâmetro do disco . Têm dureza muito alta na região do corte e baixa na região central.  Disco Os discos são calotas esféricas de aço. principalmente. com3/4” de espessura e 10. inversão com destorroamento e o lançamento lateral da leiva. Normalmente. já os de borda recortada cortam melhor os resíduos vegetais epor isso. sendo que alguns fabricantes usam aço-liga para dar maior resistência a choques. São em números e tamanhos variados apresentando o formato de uma calota esférica. existem diâmetros que variam de 50 a 95cm (20” a 38”) e para condições muito especiais disco com 125cm ou de 50”. exemplo: 28 x 4 ¼” ( 28” de diâmetro e 1 ¼” de expessura). 45 . os discos são especificados em função de seu diâmetro e de sua expessura.bisel externo. diferindo apenas com relação ao corpo.A escolha do tipo e tamanho do disco depende. necessitam de mais peso para aprofundar no solo que os arados de aiveca. Já para solos mais duros. elevação. Figura 46. são indicados os discos com borda recortada e de tamanho menor. Com a variação do diâmetro. tendo a função promover o corte. Vomo o disco gira à medida que o arada avança no sentido de deslocamento. são recomendados para terrenos com muita resteva. FIGURA 51 – Borda cortante de disco de arado: a. Devido ao fato da superfície de corte no disco ser maior do que nos arados de aiveca. Podem ter borda lisa ou recortada. com excesso de cobertura morta. borda recortado. podendo este ser interno ou externo.5” de concavidade. seu emprego exige peso adicional ao arado. de penetração relativamente fácil. 46 . Diâmetro do disco Profundidade (cm) Largura (cm) Polegada centímetro 26 65 15 25 28 70 20 30 30 75 25 35 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------Concavidade do disco – A concavidade esta relacionada com o raio de curvatura da esfera que a originou.. com grande quantidade de palhas na superfície. com abundância de raízes.) ---------------------------------------------------------------------------------------------------------20 2 7/8 26 23 3 ½ 28 24 3 3/8 28 24 3 11/16 32 26 3 ¾ 32 26 4 38 FONTE: Elementos de Maquinaria Agricola I. 4 4 5 4 6 6 1/4 1/4 3/8 1/2 1/2 ½ Tabela 3 .profundidade e largura de corte recomendas para aração. compactados. em função do diâmetro de discos. 1990 Tabela 2 – Diâmetro e concavidade de discos. com o destorroamento e inversão da leiva.Indicação de uso tradiconal de discos de arados de acordo com seu diâmetro. Para solos pesados. exigindo grande poder de penetração. Diâmetro dos discos (polegadas / cm) 24 / 61 26 / 66 28 / 71 30 / 76 Condições para uso Solos extremamente duros. arenosos. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------Diâmetro (poleg. FONTE: SEGUY et al. argilosos. Solos de consistência mediana. Aplicados em arações profundas.Tabela 1 . 1977. em solos de consistência média. A concavidade do disco está relacionada com a velocidade de deslocamento.) Diâmetro (poleg.) Concavidade (poleg. argilosos ou argilo-arenosos.) Concavidade (poleg. Menor concavidade permite maior velocidade e profundidade e menor destorroamento e inversão. Solos duros. b) Ângulo horizontal do disco: ângulo formado entre a linha horizontal que passa pela borda do disco e a linha de deslocamento do arado. enquanto que. FIGURA 52 – Ângulo vertical do disco. Já os ângulos maiores que 45° têm passam a ser.  . Ângulos do disco . pode ser encontrado arados com ângulos menores e maiores que essa faixa. Ângulos horizontais menores. que aumenta à medida que o ângulo de aproxima de 90°. sendo responsável pela penetração do disco no solo. seguindo Kepner (1982). Esses ângulos são: a) Ângulo vertical do disco: ângulo formado entre o plano vertical e o plano que contém a borda do disco. Quanto maior o ângulo horizontal. geralmente entre 10 e 35 cm . em parte. Apresenta variação. Embora seja mais aconselhavel o uso de ângulos entre 38º a 55º. o indicado é um ângulo vertical de 20º. maior será o faturamento do solo e melhor o corte e enterrio da cobertura vegetal.ângulo vertical do disco. onde: PV – plano vertical. A profundidade de corte máxima é estimada em 1/3 do diâmetro do disco. dependendo do diâmetro do disco. quando se encontra em deslocamento. Figura 52. sendo mais comum aângulos 42º a 45º. para solos arenosos. A dificuldade de penetração do disco num dado solo aumenta com o aumento do ângulo vertical. em torno de 42º. para solos francos. Figura 53. Quanto menor for este ângulo. cujo adequado conhecimento reveste-se de grande importância no momento de regular o equipamento para o trabalho. maior esforço necessário à tração e maior a tendência do arado de penetrar no solo. 25º. conforme Kepner (1982).Os arados de discos independentes apresentam dois ângulos. são mais indicados para trabalhos em solos argilosos.Profundidade de corte do disco – A profundidade de corte oscila. e. 47 . Ângulos menores que 42° passam a ter a parte convexa do disco atritando com aparede do sulco . maior a largura de corte. PD – plano do disco. também chamado de ângulo de corte do disco. enquanto que os valores em torno de 45º são mais indicados para solos arenosos. arrastados devido a dificuldade de giro. O ângulo vertical indicado para trabalhos em solos argilosos é em torno de 15º. entre 15º e 25º. encontra-se a roda estabilizadora. chamadas cubos. consegue-se o mesmo efeito da sucção horizontal dos arados de aiveca. a coluna vem a ser o elo de ligação entre o corpo ativo do arado de discos independentes da estrutura. onde: LT – linha de tração.FIGURA 53 – Ângulo Horizontal do disco. encontram-se os limpadores de discos. Sua posição é inclinada com relação ao plano vertical e á linha de tração. absorvendo os esforços proveniente da reação da leiva sobre os discos. que é um disco plano com a borda afilada deslocando-se pelo fundo e mais próxima da parede do último sulco. que se encontram fixados na parte inferior das colunas. compensa-se a força que o solo exerce sobre os discos do sim.  Roda estabilizadora ou roda de sulco Na parte posterior do arado. cuja função é evitar o acúmulo de solo no disco e complementar o giro que a leiva deve sofre para que sua inversão parcial seja a mais adequada. que nada mais são do que mancais de rolamentos. para que dessa forma. seja possível a adequação da posição dos discos ao trabalho que se pretenda realizar com o arado. sendo responsável por ajudar a regular a profundidade de trabalho do último disco e por ajudar a dar estabilidade lateral ao arado. A coluna deve possibilitar a alteração tanto de ângulo vertical quanto do ângulo horizontal do disco. o que é obtido diminuindo-se a pressão sobre a mola que se encontra-se unida ao parafuso regular desta roda. PD – plano do disco. existem peças. Para Que os discos possam girar livremente. Figura 54. diminui-se a pressão ou peso sobre ela e aumenta-se a pressão sobre os discos forçando-os a um maior aprofundamento.  Limpadores de discos Junto à face interna do disco. Portanto. cuja parte superior é acplada ao chassi. Esse efeito é similar à sucção vertical dos arados de aiveca. Levantando-se a roda estabilizadora. com relação a linha de deslocamento deve ser de aproximadamente. uma para cada disco. Dessa forma. A inclinação no arados fixos. 48 . 5º em direção ao solo lavrado.  .ângulo horizontal do disco. de formato semelhante de uma aiveca de geração cilíndrica. A largura de corte do 1° disco pode ser feito deslocando o eixo transversal para o lado direito (3” no caso de discos de 26” e 4” no caso de 28” e 30”) ou ajustando a bitola do trator para o arado em questão. É importante salientar que os 49 . O chassi pode ser de estrutura tubular. Esse deslocamento permite alteração no posicionamento em relação ao trator. que o número de discos e.  Eixo trnsversal No arado de discos independentes montados e fixos. . regulagens no arado e da velocidade operacional do conjunto (V). PV – plano vertical.032 x V2 . PR – plano da roda. de 7 a 10 kW/ corpo e que o tempo necessário por corpo para preparar a àrea de 1 ha é de. existe. a fim de que seja facilitada a adição de peso em seu interior para melhorar o aprofundamento do arado. em sua parte posterior.Solo argiloso: FBT = 2. A) vista superior. a largura de trabalho do arado venham a ser aumentados. uma peça chamada eixo transversal. pinos de engate deslocados em relação ao seu centro. permitindo. as rodas e o sistema de engate ao trator.cm2 V = km/h A estimativa da potência necessária será calculada de forma semelhante à mostrada para arados de aiveca. variando a largura de corte. localizado na parte frontal do chassi.045 x V2 Sendo: FBT = N. pode-se adiantar que a exigência de potência nesses arados é . de 7 a 12 h/ha.Solo franco: FBT = 2. Entretanto. em parte o nivelamento do arado. B) vista posterior. LT – linha de tração.4 + 0. nada mais sendo do que um eixo que possui. ainda.4 + 0. além das colunas. assim. nas suas extremidade. a força na barra de tração (FBT) necessária para tracinar um corpo de arado de disco será influenciada pelas condições do solo no momento da aração. está peça serve de elo para ligação do órgão ativo do arado com o trator. Alguns tipos de chassi apresentam a possibilidade de acoplamento.FIGURA 54 – Posição da roda estabilizadora. o ângulo horizontal dos discos e. Em útima análise. portanto. Figura 55. de uma outra coluna.  Exigência de força e de potência Conforme descrito para os arados de aiveca. em geral. Sobre a parte estrutural do arado (chassi) acoplam-se. aproximadamente. o qual compreende o: a) nivelamento transversal e. os problemas oriundos de uma inadequada regulagem devem-se à falta de conhecimentos. os quais proporcionam um melhor esclarecimento acerca de influência das diferentes regulagens no trabalho final desses equipamentos. Desta forma. 3. com detalhes da roda estabilizadora. deve ser realizado seu nivelamento. isto é. escarificador.1 Nivelamento do arado Depois de acoplado e centralizado o arado no trator. de maneira que o único esforço do elemento tracionalmente será vencer sua resistência à tração. que permitem que eles possam trabalhar corretamente. sendo a variação da largura de corte feita através dos batentes. enxada rotativa. portanto. Todos os arados apresentam mecanismos. sendo que o 1° ponto corresponde à barra de 50 . 3. b) acoplar o 3° Ponto e.4. funcionará em perfeito equilíbrio. é importante o conhecimento de três conceitos básicos. não havendo tendência de se deslocarem tanto longitudinalmente quanto transversalmente. c) acoplar o 2° Ponto. grades e subsoladores). sofrendo o mínimo desgaste em seus componentes e permitindo uma operação mais adequada e correta do trator. Os procedimentos adotados são semelhantes para todos os equipamentos (arados de aiveca e de disco. para a realização dos ajustes necessários ao bom desempenho do equipamento. Antes de abordarem-se os vários tipos de regulagens que podem ser feitas nos arados. proporcionando uma aração adequada co mínimo esforço de tração. FIGURA 55 – Eixo transversal de um arado montado fixo. desde que este implemento ou máquina esteja bem regulado. por parte do operador.arados de disco montados reversíveis não apresentam este eixo. A ordem de acoplamento de implementos montados é: a) acoplar o 1° Ponto.4 Regulagens As regulagens dos arados são feitas para que os eles trabalhem o mias corretamente possível. b) nivelamento longitudinal. Na maioria dos casos. o arado será capaz de proporcionar uma melhor mobilização do solo. a) Nivelamento transversal – deve ser realizado com o auxilio do 2°ponto. Figura 56. Figura 57. aumentando ou diminuindo o seu comprimento. Isto permite que o lado direito e esquerdo trabalhem numa mesma profundidade. É realizada usando-se as barras estabilizadoras do trator. FIGURA 56 – Vista posterior do trator com a barra de levante do sistema hidráulico de três pontos. O A centralização do arado tem por objetivo dar estabilidade lateral ao conjunto tratorarado. Considera-se que o implemento esteja centralizado quando as barras de levantamento se encontram à mesma distância das faces internas dos pneus. com sua respectiva corrente estabilizadora. FIGURA 57 – Vista posterior do conjunto trator-arado. 51 .levantamento esquerda do Sistema Hidráulico de Três Pontos. portanto os 2 braços devem ter o mesmo comprimento (medir com trena) os braços do sistema hidráulico. mostrando o arado nivelado transversalmente. permitindo assim a uniformidade na profundidade no sentido transversal. Os ajustes do 1° e 2° ponto deverão ficar na mesma altura em relação ao solo. com a finalidade de possibilitar que todos os discos do corpo do arado toquem o solo ao mesmo tempo. as quais permitem afastar as barras de levantamento em relação a face interna do pneu. a qual não possibilita em alguns tratores nenhum ajuste vertical. ao proceder o nivelamento longitudinal deixar o primeiro disco cerca de 3 a 5 cm mais alto que os demais.4. aumentando ou diminuindo o seu comprimento. com a finalidade de possibilitar que todos os discos do corpo do arado toquem o solo ao mesmo tempo.Deve ser realizado com o auxílio do 3° ponto. No caso de arados de discos. cabendo lembrar as recomendações relativas a altura do primeiro orgão ou ferramenta ativa para o nivelamento longitudinal. 3. b – dianteira do arado mais baixa e. na parte central. b – desnivelado para o lado do terreno não arado e. Em se tratando de arado fixo. Este ponto localiza-se. para todos os três corpos. para arados de aivecas. Todavia recomenda-se nesse caso. a) Centro de tração: é o ponto de aplicação da resultante das forçastracionantes. centralização e nivalamento são aplicados. c – desnivelado para o lado do terreno arado. já para arados com dois corpos ativos. Por exemplo.a b c FIGURA 58 – Nivelamento transversal em um arado de aiveca: a – correto.2 Centro de resistênciado do arado de disco: é ponto de aplicação da resultante de todas as esforças resistentes à tração do arado e a profundidade de trabalho. Emtratores agrícolas. aos arados de aiveca montados. permitindo assim a uniformidade na profundidade de corte no sentido do deslocamento. o centro de resistência do arado como um todo se localiza sobre o centro de resistência do corpo central. afastando da parede do sulco cerca de ¼ da largura de corte. também. Esses procedimentos para acoplamento. localiza-se longitudinalmente. o centro de resistência individual de cada corpo de arado localizase na linha superfície do solo e afastado da parede do sulco ¼ da largura de corte. 52 . Já para os arados de discos reversíveis os nivelamentos devem ser feitos sobre uma superfície plana. este ponto localiza-se medianamente entre os centros de resistência individuais de cada corpo de arado. c – traseira do arado mais baixa. b) Nivelamento longitudinal . a b c FIGURA 59 – Nivelamento longitudinal em um arado de aiveca: a – nivelamento correto. Para arados com mais de um corpo ativo. um pouco à frente do eixo traseiro e na altura de sua barra de tração. este ponto localizase numa posição intermediária entre os dois centros de resistência individuais. os nivelamentos devem ser realizados após o conjunto trator-arado ter dado a primeira passada no terreno e estar com a roda direita dentro do sulco. um pouco acima da linha divisória entre a relha e a aiveca. isto é. chamado ponto virtual de engate (PVE). onde: CT – centro de tração.b) Ponto de engate: é o ponto no qual ocorre a união entre o elementtracionante e o arado. FIGURA 61 – Arado de aiveca de 3 corpos. Portanto. onde o primeiro está cortando uma leiva de maior largura. resumidas em dois aspectos principais. a qual. haverá a tendência do arado em não manter a profundidade e estabilidade lateral ideais ao trabalho desejado. Já para um arado montado. este ponto vem a ser a união da barra de engate do implemento à barra de tração do trator. não sendo um ponto de união físico. do sistema de engate à fonte de potência (de arrasto montado e semimontado) e da marca (fabricante). passando pelo ponto de engate ou PVE forma o que se chama de linha de tração. se esse pontos não estiverem alinhados tanto longitudinalmente quanto transversalmente. Caso ocorra o contrário. CR – centro de resistência. A união do centro de resistência ao centro de tração. para que o arado encontra-se bem regulado e em perfeito equilíbrio deve formar uma linha reta e no mesmo plano vertical da linha de deslocamento do elemento tracionante. No entanto. e. a linha de tração deverá ser uma linha reta paralela à linha de deslocamento do conjunto do conjunto trator /implemento. por isso. No caso de um arado de arrasto. Figura 60. trata-se de um ponto localizado bem à frente da união do trator com o implemento. PE – ponto de engate. Várias regulagens podem ser executadas nos arados. A maneira de obterem-se essas regulagens depende do tipo de arado (aivecas ou discos). este ponto localiza-se na convergência (prolongamento para a parte frontal do trator) dos três braços que compõem o sistema de engate de três pontos do trator. um aspecto sempre permanecerá o mesmo. FIGURA 60 – Linha de tração (LT). o controle da profundidade de trabalho e o controle da estabilidade lateral. 53 . ou seja. devido à bitola desjustada. também pode ser feita neste caso.Com relação à roda estabilizadora. são válidas as mesmas considerações feitas para os arados de discos. Caso a arado apresente roda estabilizadora. ao ser aumentada. pode-ser feita a adição de peso ao arado. b) Arado de discos de arrasto . conforme relacionados a seguir.Os dois itens iniciais (ângulo vertical e ângulo horizontal) apontados para arados montados continuam sendo válidos para os arados de arrasto. os quais não devem ser ultrapassados sob pena de se prejudicar o trabalho do arado. . .Através da variação do ângulo horizontal: quanto maior for este ângulo. e com isso que o arado venha a ter uma maior tendência de penetrar no solo. . Da mesma forma que nos arados de discos montados. para os arados montados. maior a tendência de aprofundamento do arado. respectivamente. . . faz-se com que a roda absorva menos parte do peso dos discos.Regulando-se a posição da altura das rodas que sustentam o arado.Através da variação da sucção vertical. .Pelo sistema de controle de profundidade do sistema hidráulico de três pontos do trator . o que foi salientado no item anterior.4. c) Arado de aiveca montado - - - Através da variação da sucção vertical. maior a tendência de aprofundamento do arado.Através da variação do ângulo vertical: quanto menor este ângulo.3 Profundidade de trabalho O controle de profundidade de trabalho é obtido através de ajustes próprios ao tipo de arados a ser utilizado. da mesma forma que foi salientado anteriormente. . fazendo-se com que ele tenha aumentada ou diminuída sua tendência ao aprofundamento. permite um maior aprofundamento do arado no solo.Caso o arado apresente roda estabilizadora. a) Arado de discos montado .3. d) Arado de aivecas de arrasto .A adição de peso à estrutura do arado. .Através da roda estabilizadora: reduzindo a pressão sobre a mola dessa roda.Adicionando-se peso à estrutura do arado: se após executadas todas as regulagens acima não tenha sido possível atingir-se a profundidade de trabalho desejada. pode-se regular o terceiro ponto. No entanto deve-se observar os valores máximos e mínimos indicados para essa variação. 54 . Através do controle de profundidade do sistema de engate de três pontos do trator.Regulando-se altura das rodas de sustentação do arado. a qual. são válidas as mesmas considerações feitas para os arados de discos. o que faz com que o arado tenha a tendência de penetrar mais no solo ou sair dele. pode-se fazer com que ele tenha uma maior ou menor tendência ao aprofundamento. encurtando-o ou aumentando-o. também é válido para o caso dos arados de arrasto. como esta roda funciona como um leme. pela variação do ângulo que esta roda forma com a linha de deslocamento do conjunto elemento tracionante /arado. caso o arado tenha a tendência de deslocar-se mais para a direita (terra lavrada). correspondente a ¼ de volta de cada lado da corrente estabilizadora. . dessa forma. valendo as observações feitas anteriormente isto é. isto é. 3 cm. As considerações feitas no item anterior com relação a roda estabilizadora também são válidas neste caso. deve-se tomar cuidado para essas variações não ultrapassem os limite máximo e mínimo recomendados Caso o arado apresente roda estabilizadora. No caso de arados de discos montados.Pela variação do ângulo que a roda estabilizadora faz com que a linha de deslocamento do conjunto trator/arado. Com relação aos braços inferiores do sistema de engate de três pontos do trator. a qual.Pela roda estabilizadora. tendendo a estar mais próxima da parede do sulco e com um gume cortante de.Através do eixo transversal. permite-se que o arado venha a deslocar-se lateralmente. isto é. isto é. os braços devem ser capazes de apresentar um pequeno movimento lateral. Variando-se o seu posicionamento. mais para a esquerda ou para a direita do trator. 55 . Entretanto. - - - b) Arado de discos de arrasto Pelo alinhamento de sua barra de engate com relação ao seu centro de resistência. no mínimo. c) Arado de aivecas montado Através de sucção horizontal. A flange da roda estabilizadora deve posicionar-se no fundo do sulco. d) Arado de aiveca de arrasto . ao ser aumentada fará com que o arado tenha tendência em de se deslocar mais para o lado do solo que não foi lavrado. as mesmas considerações feitas anteriormente para os arados de discos montados são válidas. a) Arado de discos montado . deverá ser deslocada mais a direita . pois.4.Através dos braços inferiores ou de levante do sistema de engate de três pontos do trator. alterando-se seu posicionamento. pois se esse for muito grande o arado poderá desviar-se de sua trajetória a prejudicar o deslocamento do trator em linha reta. .4 Estabilidade lateral A estabilidade lateral do arado pode ser obtida através das formas a seguir relacionadas.Através do alinhamento de sua barra de engate em relação ao seu centro de resistência. o arado fará com que o trator apresente a tendência de movimentar-se para a esquerda. reversíveis a roda estabilizadora desloca verticalmente e paralela a linha de tração. . ela deverá ter seu ângulo aumentado.3. pois. consegue-se fazer com que o arado fique centralizado em relação ao trator. também são mantidas as observações feitas para os arados de discos montados. A tensão dada a eles não deve ser demasiada ou muito diminuta. pois. . como a aração exige um grande esforço de tração por parte do trator. sobre o último corpo.gira-se a manivela de nivelamento do braço inferior direito do sistema de engate de três pontos do trator. Outro fato que deve ser levado em conta diz a respeito à pressão e lastragem dos pneus do trator.aumenta-se o tamanho do terceiro ponto. que servirá de base para posterior regulagem do arado e começo dos trabalhos de preparo do solo. até que fique um pouco acima da posição do braço inferior esquerdo. procede-se ao afrouxamento dessa roda. a fim de evitar-se que eles venham a patinar em excesso. Portanto. pois. e o último corpo fique encostado no solo.5 Abertura do 1º sulco Estando o implemento devidamente acoplado ao trator e este com a pressão dos pneus. Desta forma. há a necessidade de fazer-se o sulco inicial. os pneus devem ser lastrados e estar com a pressão indicada pelo fabricante. Isso assume maior importância quando se trabalha com arados montados. principalmente. unicamente. deve-se Ter o cuidado para que a face interna das rodas traseiras esteja com a mesma posição das faces internas das rodas dianteiras.0bar 56 . podendo-se dividi-los em vários itens. 3.4. os quais dependem do tipo de arado a ser utilizado. principalmente.baixa-se o arado até que os discos toquem no solo. . deve-se erguer o arado e continuar-se a aumentar o tamanho do terceiro ponto até que o último corpo toque no solo. Isso deve ser feito até que o primeiro corpo fique com um espaço livre em relação ao solo de. Faz-se essa operação até que ela se torne difícil. Quando se trabalha com arados fixos. como a bitola do trator. trabalhará com as rodas de um dos lados dentro do sulco aberto pelo arado.se o arado apresentar roda estabilizadora. já que está dependerá. do último corpo do arado. a parte superior da torre de engate do implemento é empurrada para trás. isso é obtido girando-se de capa externa. . . pois. procede-se da seguinte maneira: . da largura de corte do arado. Ao começarem-se os trabalhos de aração. faz-se a abertura do primeiro sulco. Como exemplo. que servirá de base para regulagens posteriores do arado. normalmente.895lbf/pol2=100.6 Complentação das regulageens durante o trabalho 2 1.0kPa=6. posicionando-se o arado de forma que apenas o último corpo ativo penetre no solo.com uma velocidade superior à que será utilizada na aração.3kPa (21bf/pol2) a mais que os do lado esquerdo. utilizar-se à um arado de discos do tipo montado. nos quais os pneus do lado direito sempre estão do sulco. cerca de 5 cm. de maneira que o arado venha a apoiar-se. lastragem e bitola corretas para iniciarem-se os trabalhos. Para tanto. 2 já que são eles que sustentarão a maior parte do peso do conjunto trator/arado.Um aspecto importante em relação à regulagem dos arados diz a respeito de alguns itens que devem ser observadas no trator.4.através da alavanca do levante do sistema de engate de três pontos do trator. aproximadamente 10 cm. . estes devem ter uma calibração com cerca de 0. isto é. Este sulco deve ser aberto através da ação. 3. alguns cuidados com regulagens iniciais devem ser tomadas. o conjunto trator/arado formará uma unidade que necessita manter-se em linha reta e que. lubrificando-se os cubos das segas circulares. a todas as máquinas e implementos agrícolas. suas funções. as quais deverão ser corrigidas na próxima passada.pode-se.4. além de serem de um custo mais elevado. coloca-se o trator com rodas do lado direito dentro do sulco aberto inicialmente e procede-se da seguinte forma: .Após aberto no terreno o primeiro sulco de aração. ajustes corretos e um armazenamento aprorpriado após sua utilização são fatores importantes que vão permitir aos arados trabalharem de maneira correta por um grande período de tempo e com um mínimo de gastos (custos). . evitando–se. agora. estabilidade). com suas peças ativas gastas ou quebradas. assim sucessivamente. nas propriedades rurais. é previsível verificar-se algumas horas do dia para fazer-se a manutenção e arriscar-se à ocorrência de danos maiores. os trabalhos a serem executados. substituindo-as. Os arados. 3cm. 57 . .4. servindo de poleiro para galinhas ou guardados junto a adubos. como de resto todas as máquinas e implementos agrícolas. . muitas vezes. . até que o primeiro corpo fique com uma folga em relação ao solo de. os quais vão fazer com que se perca muito tempo para saná-los. Pode-se dividir a manutenção dos arados em trabalhos que devem ser executados diariamente.Manter parafusos e porcas bem apertadas. mantê-los bem afiados. aproximadamente. e. necessitam de cuidados especiais para cumprirem. deixados ao tempo. . . em casos extremos (desgaste excessivo). Portanto.Verificar sucções vertical e horizontal. previamente e em serviços de conservação. também.No caso de possuírem facão ou sega circular.baixa-se o arado até que ele venha a apoiar-se ao solo. visto que seus mecanismos são bastante solicitados e encontram-se expostos a situações muito adversas. esses equipamentos enferrujados.7 Manutenção Uma adequada manutenção. até considerar-se que o arado encontra-se bem regulado e trabalhando conforme o desejado. 3.8. . mantendo-se sua afiação e. adequadamente.1 Arados de aivecas Diariamente: . muitas vezes. 3.gira-se a manivela de nivelamento do braço inferior direito dos sistema de engate de três pontos do trator até que ela fique paralela ao braço inferior esquerdo e ambas fiquem niveladas em relação ao solo.Verificar o estado das relhas. dar início à movimentação do trator (aração). Isso faz com que .girar a capa externa do 3° ponto.Verificar torções na estrutura. atrasando-se dessa forma. A falta de cuidados com os arados evidencia-se pelo fato de encontrar-se com facilidade. aproveitando-se para verificação de possíveis deficiências de regulagem (profundidade. esses equipamentos naõ sejam capazes de trabalhar adequadamente e dentro dos parâmetros estabelecidos pelos fabricantes. No caso de existirem partes móveis. Para prevenir-se a corrosão (ferrugem) das relhas e rastros. Descrição Reapertar Parafusos e porcas Sucção vertical e horizontal Cubos das segas circulares Sega facão Relha e Estrutura X Lubrificar Verificar Com Verificar Afiar Desmontar Substituir Intervalo torções graxa A cada 24h A cada 24h X X X X X X A cada 24h A cada safra A cada safra A cada safra Quando necessário 58 . protegido do sol e da chuva. as pecas que se encontrarem danificadas ou desgastadas. estas devem ser desmontadas. limpas e lubrificadas. Consegue-se uma maior proteção. principalmente das aivecas. sempre. longe de fertilizantes e animais domésticos (galinhas). imediatamente. o arado deve-se ser lavado. TABELA 4 – Manutenção periódica de arados de aivecas.A ponta da relha pode ser recuperada por estiramento a quente. verificando-se e consertando-se ou substituindo-se. cobrindo-se o arado com uma camada de graxa fina. Preventivamente: Ao final dos trabalhos de aração. A fim de evitar-se o surgimento de pontos de ferrugem deve-se retocar a pintura sempre que necessário. . em caso de desgaste excessivo. ou. evitando-se seu contato direto com o solo. Conservação: Feita manutenção preventiva deve-se guardar o arado em lugar seco. óleo ou qualquer tipo de produto anticorrosivo. pode ser substituída através da soldagem de uma nova ponta.Observações: . um jogo de relhas sobressalentes.Ao recuperar-se a relha. deve-se tomar cuidados especialmente com a manutenção das sucções vertical e horizontal. Para uma melhor compreensão dos serviços de manutenção dos arados de aivecas. indica-se que o arado fique apoiado sobre calços de madeira. .É importante manter-se. montou-se a tabela 2. Reapertar todas as porcas e parafusos. e parafusos da roda estabilizadora).2 Arados de discos Diariamente: .Verificar-se a folga do cubo da roda guia e dos mancais de sustentação dos discos. estabeleceu-se tabela 3. protegido do solo e da chuva. por estarem mais protegidos do meio externo. a fim de evitar-se pontos de ferrugem.Manutenção periódica de arados de discos. deve-se fazer a verificação daqueles mecanismos que. no caso de apresentarem desgaste acentuado. A fim de facilitar-se a compressão dos serviços de manutenção de um arado de discos. principalmente dos discos. Para que isso seja feito de maneira correta.Os cubos de discos e a roda estabilizadora devem ser desmontados e limpos.Verificar se os discos encontram-se limpos e afiados. . cobrir-se. Conservação: Após executada a manutenção periódica. a pintura do arado deve ser retocada. TABELA 5 . devem ser substituídos. todos os pinos graxeiros devem ser previamente limpos. Descrição Parafusos e porcas Articulações Cubos e mancais de rolamento Cubo da roda Reapertar Lubrificar Verificar Com Desmontar Substituir a folga graxa X Intervalo A cada 24h X X A cada 24h X A cada 24h X X A cada safra A cada 24h 59 . Para evitar-se a corrosão (ferrugem) dos discos. o arado deve ser guardado em local seco. essas peças devem ser engraxadas e remontadas. longe de fertilizantes e animais domésticos (galinhas). Posteriormente. com uma camada de graxa fina.3. Também é necessário verificar-se o estado dos rolamentos. óleo ou qualquer tipo de anticorrosivo. Preventivamente: Ao final da utilização do arrasto.4.8. é indicado que o arado fique apoiado sobre calços ou pranchões de madeira. necessitam de uma manutenção mais espaçada. . Caso haja necessidade. o arado deverá ser lavado. deverão ser. buchas. É importante.Lubrificar todas as partes móveis do arado (mancais. verificando-se a existência de peças danificadas. . imediatamente substituídas ou consertadas. eliminando-se possíveis folgas e substituindo-se vedações que se encontram desgastadas. Primeiramente. também. Caso existam. sendo que os resíduos vegetais ficam depositados na superfície. as vibrações dos braços do escarificador tornam-se mais intensas. devido aos graves problemas que têm sido verificados. A escarificação possui grande importância principalmente quando o preparo do solo é executado em época e locais que apresentam pluviometria muito elevada ou estejam sujeitos a ventos fortes. a saber: escarificação superficial: de 5 a 15cm. a escarificação. pois. dessa forma. assim. alguns profissionais tem-se denominado a escarificação de preparo vertical. quanto à conservação do solo. juntamente com a subsolagem. a estrutura e a porosidade do solo. quando ambos os equipamentos trabalharem à mesma profundidade. se bem conduzido. tem sido amplamente divulgada. causar menores problemas de erosão (hídrica e eólica). Devido ao fato de não inverter o solo. a cobertura vegetal (matéria orgânica) que fica sobre a superfície. permitindo melhor infiltração de água no terreno e proteção contra a erosão eólica. A quebra do solo dá-se por vibração do escarificador e no sentido vertical. cumpre a função de amortecer o impacto da gota da chuva e diminuir a velocidade de escorrimento superficial. sendo que isso acontece da melhor maneira quando o terreno encontra-se mais seco.1 Escarificação Escarificar o solo consiste em mobiliza-lo a uma determinada profundidade (no máximo 30cm). por mobilizá-lo com menor intensidade. Nos últimos anos. observaram que a escarificação proporcionou maior rendimento efetivo e menor requerimento energético. Além desses fatores Martucci apud Coan (1995) afirma que a necessidade energética dos escarificadores é 60% inferior à do arado de discos. e. 60 . o controle da erosão e melhorando a infiltração e retenção de água. escarificação profunda: 15 a 30cm. facilitando.guia Rolamentos Discos X A cada safra X X Quando necessário Quando necessário 4. Portanto. pode trazer grandes benefícios. como uma técnica capaz de resolver os problemas relativos a preparo do solo. (1995). nota-se que a escarificação é um tipo de preparo do solo que. Por não provocar a inversão do solo. Também Salvador et al. Conforme a profundidade de atuação do escarificador. ao estudarem diferentes sistemas de preparo periódico do solo. ESCARIFICADORES 4. tem-se a escarificação dividida em dois tipos. a escarificação causa-lhe uma menor desagregação. entre outras. pois além da intensidade de mobilização do solo ser menor que no preparo convencional. dessa forma. principalmente pela utilização errônea do sistema convencional de preparo do solo (aração e gradagem). Daí a razão desse equipamento ser muito usado para o sistema de preparo conservacionista. tanto no que diz respeito ao aspecto econômico. tendo-se uma mínima mobilização superficial. de acordo com a sua largura. FONTE: PEÑGARICANO. As hastes são dispostas sobre a estrutura do escarificador (chassi). Um bom chassi deve permitir que a regulagem do espaçamento entre as hastes seja feita de forma rápida e fácil. podendo apresentar diferentes formatos. deve permitir um adequado espaçamento entre essas hastes. As hastes. podem apresentar vários formatos e podem ser rígidas ou flexíveis. C) espiral de seção quadrada. as quais servem de meio de ligação entre este elemento e as ponteiras do escarificador. Normalmente. obtém-se uma melhor mobilização do solo. B) com inflexão.O escarificador é composto por um chassi ou estrutura que é a parte responsável pela sustentação das hastes. Figura 62. através de sua vibração. A parte ativa do escarificador são as ponteiras. sendo que. 1987. além de servir de meio de ligação entre o elemento ativo do escarificador (ponteira) e o elemento tracionante. Figura 64. pois.Escarificador FONTE: PEÑGARICANO. FIGURA 63 – Alguns formatos de hastes de escarificadores: A) curva. Figura 63. são flexíveis. a saber: estreitas: possuem de 4 a 8cm de largura. responsáveis diretas pela mobilização do solo. FIGURA 62 . podem ser divididas em dois tipos. largas (aladas): acima de 8cm de largura. a qual. 61 . 1987. ao mesmo tempo em que se tem diminuído o esforço de tração necessário ao deslocamento do implemento. ângulo de atrito interno do solo (αi) e. As Figuras 65.6 x 22 x tg45° + 5 + 7) = 75cm FIGURA 65 – Trabalho realizado pelo escarificador.6 Pmáx x tgαi + Lp + Δd Na maioria dos casos escarifica-se com várias hastes. é: D = 3 (0. Como Cr = corresponde de 25% a 30% da Pmáx e há 2 “cristas” entre 2 hastes consecutivas (1 para cada haste). tais como: profundidade máxima de operação (Pmáx). e a profundidade máxima de 25 cm. largura da ponteira (Lp). normalmente duas ou três. Considerar o Cr=30% de Pmáx. largura da ponteira (Lp).2 Distância entre hastes . o equipamento é contituido de 3 barras porta-ferramentas e 11 hastes com ponteiras de 5 cm de largura. sendo estas dispostas na configuração triangular ( com a haste central na parte anterior) e distribuidas em três barras porta-ferramentas do implemento (N). Para exemplificar. temos: D = 0. Então: D = 0. A) estreita ou comum. A distância entre hastes em cada uma das 3 barras porta-ferramentas. altura de “crista” (Cr). B) larga ou alada. 62 . temos: D = 0. normalmente não ultrapassa 30cm e está condicionada a alguns fatores. 4.6 Pmáx x tgαi + Lp + Δd) Δd: varia entre 2 e 8 cm.FIGURA 64 – Formatos de ponteiras de escarificador.6 x 22 x tg45° + 5 + 7 = 25cm entre hastes na operação. 66 e 67ilustram todo esse procedimento.A distância entre hastes (D) na operação de escarificação. temos: Determinar a distância entre hastes na operação de escarificação. sabendo-se que o ângulo de atrito interno solo/solo (αi) do terreno a ser trabalhado é de 45° . largura de “crista” (Δd).6 Pmáx x tgαi + Lp + Δd Já a distância entre hastes em cada barra porta-ferramentas é: D = N (0. Figura 66 – Distância entre hastes (d), αi , Δd , Cr e Pmáx. FIGURA 67 – Disposição das barras e das hastes nas barras. 4.3 Exigência de potência – Como cada uma das hastes realizam um trabalho simétrico, a componente transversal da resultante de forças que atuam em cada uma delas pode ser considerada, praticamente nula. Cabendo nesse caso tratar apenas das componentes horizontal e vertical. Essas componentes crescem de forma linear com a velocidade, em vez de ser quadrático como acontece com outros equipamentos.Elas crescem também com o quadrado da profundidade de trabalho. Ortiz Cañavate & Hernanz (1989) mostram que a componente horizontal de reação do solo, para hastes espaçadas de 30 cm, operando à velocidade de 8,3 cm, alcançam os seguintes valores: Solo franco Solo franco argiloso Solo argiloso F8,3 = 520 +49,2 x V2 F8,3 = 480 +48,1 x V2 F8,3 = 527 +36,1 x V2 63 Para: F = N/haste e V = km/h Para a profundidade de escarificação “P”, a expressão anterior é modificada para: Fp = F8,3 (P / 8,3)2 Portanto a exigência de Potência na barra de tração, será: PBT = Fp X V K Sendo: K = constante para as unidades de Fp X V. 4.2 Regulagem As regulagens a serem executadas nos escarificadores dizem respeito, principalmente, à profundidade de trabalho e dist6ancia entre as hastes. Essa distância é diretamente relacionada à profundidade de trabalho do equipamento, a qual por sua vez deve ser baseada no tipo e largura das ponteiras que estão sendo utilizadas, mantendo-se os níveis descritos anteriormente. Spoor, Godwin (1978) afirmam que a profundidade de trabalho encontra-se diretamente ligada à largura da ponteira, devendo ser estabelecida entre cinco e sete vezes essa largura, a fim de que não seja ultrapassada a profundidade crítica. 4.4 Manutenção Da mesma forma que para os arados, a manutenção correta do escarificador permitirá que este implemento venha a ter uma maior vida útil, e custos de utilização mínimos e que seja evitada a ocorrência de contratempos quando da sua utilização. A manutenção dos escarificadores pode, a exemplo do que se fez com os arados, ser dividida em manutenção diária, preventiva e de conservação, conforme estabelecido abaixo.    Diariamente: verificar torções na estrutura; manter parafusos e porcas bem apertados; verificar o estado das ponteiras, mantendo sua afiação; em caso de desgaste excessivo, substituí-las. OBS.: No caso de o escarificador apresentar um rolo destorroador na sua parte traseira, deve-se engraxar seus rolamentos e verificar-se seu estado geral. Outro fato importante é que se deve, sempre, ter à mão um jogo de ponteiras sobressalentes. Preventivamente: 64    ao final da utilização do implemento, ele deve ser lavado, verificando-se e consertando-se as peças com problemas e substituindo-se aquelas que apresentarem desgaste excessivo; no caso de o escarificador possuir rolo destorroador, seus mancais devem ser desmontados, limpos e lubrificados, verificando-se o desgaste dos rolamentos e substituindo-os quando necessário. para se evitar o surgimento de pontos de ferrugem, a pintura do escarificador deve ser retocada sempre que necessário. Conservação:  após executada a manutenção periódica, o implemento deve ser guardado em local seco, protegido do sol e da chuva, longe de fertilizantes e animais domésticos;  para prevenir-se a ocorrência de ferrugem nas ponteiras, é interessante que elas fiquem apoiadas sobre calços de madeira, evitando-se o contato direto com o solo;  uma maior proteção do implemento é obtida cobrindo-se o mesmo com uma camada de graxa fina, óleo ou qualquer outro tipo de produto anticorrosivo, principalmente as ponteiras. Com o objetivo de se facilitar o entendimento do processo de manutenção dos escarificadores, apresenta-se a Tabela 4. TABELA 4 – Manutenção periódica de escarificadores. Descrição Parafusos e porcas Ponteiras Mancais e rolamentos (quando existirem) Estrutura Reapertar X Lubrificar Verificar Com Verificar Afiar Desmontar Substituir Intervalo torções graxa A cada 24h Quando X X necessário A cada X 24h Quando X X X necessário A cada X 24h A cada X safra Quando X necessário A cada X safra 5. ENXADAS ROTATIVAS A enxada rotativa é a máquina agrícola dotada de diversas lâminas dispostas, através de flanges, sobre um eixo localizado transversalmente ao sentido de deslocamento da máquina, figura 68, cujo rápido movimento de rotação (normalmente 65 na incorporação de adubos e corretivos e na picagem e incorporação de restos culturais. o trabalho do arado e grade. a qual é projetada a distância em direção a uma chapa localizada na parte posterior do equipamento. inicialmente. deixando-os preparados para a semeadura de arroz irrigado. com a função de fazer os preparos primário e secundário do solo. atualmente. dessa forma. FIGURA 68 – Enxada rotativa. Figura 58. dessa forma. Entretanto. no trabalho complementar ao preparo primário do solo. Ainda uma condição especial de trabalho das enxadas rotativas é a sua eficiente utilização em solos de várzea. sendo. no controle de plantas concorrentes (principalmente em pomares e entre linhas de culturas). ela é mais utilizada. 66 . sendo que a rotação dessas lâminas segundo FNH-Howard apud Alonço (1990). fraturada em diversas porções menores. por meio de um carda.no sentido de avanço) proporciona o corte de uma fatia de solo. na formação e manutenção de canteiros em horticultura. pode variar entre 122 e 216rpm. numa única passada. Esta máquina foi projetada. como tal procedimento não se mostrou eficaz. substituindo. A movimentação das lâminas é obtida através do eixo de tomada de potência (TDP) do trator. FONTE: FNH-HOWARD . Já Mazukowiski. 67 . e a profundidade máxima de atuação pode chegar a 0. à velocidade de deslocamento.5m. exige grande potência do trator e apresenta elevado consumo de combustível. proporcionalmente. a largura de trabalho deste equipamento pode variar entre 0. Já Candelon (1971) afirma que a enxada rotativa exige 20cv de potência para cada metro de largura de trabalho. enquanto que pesquisas alemãs citadas por Silveira (1988) dizem que a potência necessária à tração da enxada rotativa é de 60% a 80% maior que a para arados. Juanos (1980) salienta que a enxada rotativa possui um custo de aquisição e manutenção elevados. em seus estudos. e à quantidade de rotação das lâminas. Derpsch (1984) informam que essa largura de trabalho pode atingir até 4.FIGURA 69 – Enxada rotativa conjugada com um modelador de canteiro.80m. (1992 a) detectaram. Segundo Ortiz-Cañavate (1984). que o consumo horário de combustível aumentou.90 e 2. FIGURA 70 – Enxada rotativa em operação de preparo de solo para para a cultura do arroz em tabuleiro. Gamero et al. Nesse sentido.25m. pois. pois Poe haver a formação de uma camada compacta (pé-de-arado) proporcionada pela raspagem das lâminas no solo. tem-se um acentuado desgaste das lâminas. velocidade de giro e número de lâminas (enxadas). entre outros: da rotação do rotor. A alteração da velocidade de rotação. A enxada rotativa compõe-se de uma caixa de transmissão. Em resumo. Exige pouca potência do trator. Exige um pouco mais de potência que o anterior. sendo mais indicado para terrenos limpos e leves. é feita através da troca de engrenagens. principalmente no sentido de evitar-se o trabalho sempre à mesma profundidade. varia em função. Figura. que são os elementos ativos das enxadas rotativas.FONTE: FNHHOWARD. As lâminas. responsável por receber movimento da caixa de transmissão e permitir o giro das lâminas. pois. maior o giro e quantidade de lâminas e quanto mais baixa a placa de impacto. responsáveis pela mobilização do solo. normalmente. dessa forma. um melhor trabalho é obtido. maior a desagregação do solo. Um aspecto importante diz respeito a sua localização no eixo. encontra-se um eixo. sendo responsável por reduzir e alterar seu sentido de giro. Entretanto. do tipo de lâmina usada. o tamanho do torrão produzido na operação de preparo com enxada rotativa dependerá. Acoplados a esse eixo existem flanges. cuja função é dar sustentação às lâminas. proporciona um bom fraturamento do solo.Quando se utiliza esta máquina. a qual deve apresentar um formato helicoidal. da velocidade de deslocamento do conjunto trator-enxada rotativa. que recebe o movimento oriundo da TDP do trator. pode-se afirmar que quanto menor a velocidade. transmitindo esse movimento ao eixo. Figura 72. Em “L”: muito utilizado para o enterrio de restos vegetais. podem apresentar vários formatos a seguir descritos. do número de lâminas usadas por flange. Outro cuidado que se deve ter é de não utilizar a enxada rotativa em áreas declivosas. Gamero et al (1992 b) observaram que o efeito produzido pela enxada rotativa sobre a estrutura do solo. Apresenta o 68 . Reto: trata-se de um tipo pouco utilizado. principalmente. 71. Perpendicularmente à direção de deslocamento. corre-se grande risco de haver perdas de solo por erosão (tanto eólica quanto hídrica). alguns cuidados devem ser tomados. FIGURA 71 – Posicionamento das lâminas no eixo da enxada rotativa. Já em solos pedregosos ou muito duros. das regulagens utilizadas durante a operação da máquina. Dessa forma. considera-se que a enxada rotativa apresentará um melhor trabalho quando a velocidade de deslocamento e a rotação das lâminas forem baixas. devido à grande mobilização que ela causa no solo. da altura do anteparo traseiro e. sendo o fraturamento do solo diretamente relacionado à velocidade de deslocamento do trator. formar o chamado “pé-de-arado”. Em “C”: trata-se de um formato intermediário entre os anteriores. em terrenos secos e duros.problema de alisar. Flexível: trata-se de um tipo de lâmina que apresenta vibração ao mesmo tempo em que mobiliza o solo. principalmente. portanto. em terrenos difíceis de se trabalhar. FIGURA 72 – Formatos de lâminas de enxadas rotativas mais usadas no Brasil: A) em “L”. o solo na profundidade de trabalho. B) reto. provoca um maior fraturamento no terreno. C) em “C”. podendo criar um espelhamento do terreno e. principalmente. Em “U”: é um tipo de lâmina que apresenta um bom trabalho. 69 . Em “T”: utilizado. servindo para aplicações gerais. Faz com que o solo não fique aderido à lâmina e. conseqüentemente. demasiadamente. portanto não exige grande potência para o seu acionamento. Na parte posterior ou lateral da máquina.1 Regulagem As regulagens que podem ser realizadas nas enxadas rotativas referem-se a três aspectos. Deve-se ter o cuidado para que o aperto dos parafusos e a tensão das molas estejam ajustados corretamente. com a finalidade de controlar a profundidade de trabalho. encontra-se uma placa de impacto. que nada mais é do que uma chapa metálica de altura regulável. que são prensados através de parafusos e molas. é uma embreagem composta por disco de atrito. no caso de um aperto excessivo. normalmente. que são: velocidade de avanço. uma maior velocidade de deslocamento da máquina irá proporcionar fatias de solo mais largas. a fim de ter-se uma maior ou menor desagregação do solo cortado pelas lâminas. Quanto mais baixa estiver esta chapa. 70 . na largura das fatias de solo cortadas pelas lâminas (enxadas). pois. devido ao impacto sofrido. existe um dispositivo de segurança. A fim de que seja evitada a danificação das lâminas (enxadas). A velocidade de trabalho pode variar entre 4 e 9km/h. FIGURA 73 – Efeito da placa de impacto no tamanho de torrão: levantada e abaixada. As fatias desse solo são lançadas contra a chapa e. menor será o tamanho dos torrões formados. Para uma dada rotação das lâminas. a embreagem poderá patinar com esforços mínimos. caso contrário. o qual. estão localizados os patins ou rodas. Atrás do eixo que suporta as lâminas. desagregam-se diminuindo de tamanho. poderá haver quebra das lâminas sem o acionamento do dispositivo de segurança. ou então. dependendo do tipo de serviço a ser executado. A velocidade de avanço (trabalho) influi. Essa variação de velocidade sempre deverá ser obtida através de troca das marchas do trator e nunca se alterando a rotação de seu motor. rotação das lâminas e profundidade de trabalho. diretamente. 5. pode-se calcular a rotação das lâminas através da seguinte expressão: V = Vt (E1/E2) 0. FIGURA 75 – Efeito do desenho da lâmina ou faca no corte e na compactação do solo. podendo situar-se. conforme salientado anteriormente. da rotação do rotor e da velocidade de avanço. A rotação das lâminas é variável. Uma maior rotação das lâminas para uma mesma velocidade de trabalho proporciona um maior fraturamento do solo. 71 . Conforme Alonço (1990). E1 = número de dentes da engrenagem motora. E2 = número de dentes da engrenagem movida.3 onde: V = velocidade angular das lâminas.FIGURA 74 – Mordedura. Vt = velocidade angular da TDP do trator. dentro da faixa de 122 a 216 rpm. em função do número de facas por flange. deve-se raspar os pontos de ferrugem que possam existir e pinta-los posteriormente. OBS. recondicionadas ou substituídas. Antes dessa tarefa ser executada. óleo ou qualquer tipo de anticorrosivo. diretamente. Pode-se. evitando-se o contato direto das lâminas com o solo. a profundidade varia entre 10 e 20cm. longe de fertilizantes e de animais domésticos. Também é interessante cobri-la com uma camada de graxa fina. a exemplo dos casos anteriores. 5. O nível e estado do óleo lubrificante da caixa de transmissão devem ser verificados. Deve ser dada especial atenção ao dos rolamentos. As peças que se encontrarem danificadas ou desgastadas devem ser. Quanto mais aberta encontrar-se essa placa. menor seu fraturamento. Sua regulagem é obtida através do levantamento ou abaixamento das rodas de profundidade ou patins laterais. substituindo-se aquelas que se encontrarem muito desgastadas e reapertando-se as que estiverem soltas. a fim de que seja possível desmonta-lo. protegido do sol e da chuva.2 Manutenção Da mesma forma que já foi salientado para os demais equipamentos de preparo do solo. uma adequada manutenção das enxadas rotativas permitirá que essas máquinas possuam uma maior vida útil.: um maior ou menor fraturamento do solo pode ser obtido regulando-se a abertura da placa de impacto. baixos custos de utilização e que não haja ocorrência de contratempos durante sua operação (Tab. ele deve ser lavado. Diariamente:  verificar o estado das lâminas. TABELA 5 – Manutenção de enxadas rotativas Descrição Reapertar Lubrificar Verificar Desmontar Substituir Com Intervalo 72 . Normalmente. entretanto.A profundidade de operação depende. imediatamente. Conservação Feita a manutenção preventiva. do tamanho dos flanges e das lâminas. dividir-se a manutenção das enxadas rotativas em manutenção diária. deve-se limpar os pinos graxeiros. menor o impacto do solo contra ela e. Esse óleo deve ser substituído dentro do período recomendado pelo fabricante. pode chegar até a 25cm. Preventivamente Ao final da utilização do equipamento. preventiva e de conservação. portanto. é interessante que a enxada rotativa fique apoiada sobre calços de madeira. Da mesma forma que para os arados. eliminando-se possíveis folgas e substituindo-se vedações danificadas. O equipamento deve ser guardado em local seco.  lubrificar as partes móveis (articulações e rolamentos). 5). cuja finalidade é romper as camadas subsuperficiais compactadas. principalmente do secundário. tipo de rodagem.). resolveu-se incluí-lo neste capítulo. quando a resistência do solo à deformação. devido à sua semelhança com o escarificador e à grande utilização que vem tendo.Reduz a produtividade das culturas.evitar a excessiva desestruturação do solo através do uso de ferramentas mais agressivas e o excessivo número de operações de preparo. através da quebra de camadas subsuperficiais compactadas. poderá ser comprometida com compactação residual. A compactação nos solos agrícolas tem como consequência grandes prejuizos. Considera-se a subsolagem como uma operação de sistematização do solo. o rompimento do solo dá-se no sentido vertical.. etc. são: . Já as soluções corretivas podem ser entendidas como: 73 . como um equipamento de preparo do solo. SUBSOLADORES Embora o subsolador seja considerado como um implemento a ser usado para a descompactação do solo e não para o preparo primário do solo. . em muitos casos.Reduzir o excesso de tráfego nas áreas agricolas. nos últimos anos. Portanto.  inibição das operações químicas e.afeta o crescimento das raízes  devido ao impedimento mecânico. considerando o tipo de solo. busca-se facilitar a penetração no solo tanto das raízes das plantas como de água. etc.Reduzir o excesso de peso na maquinaria agrícola.Aumenta a exigência tratória das operações agrícolas . o que. para corrigir ou amenizar a compactação subsuperficial. pressão nos pneus. devido ao solo se encontrar com umidade inadequada. a subsolagem é a mobilização do solo em profundiade (superior a 30cm). pode evitar a ocorrência de erosão. o histórico de uso do solo. Desta forma. não havendo inversão de leiva como no caso da aração. provocando pouca mobilização superficial.  direcionamento no crescimento tradicular. principalmente dos tratores ( lastragem em geral. As soluções preventivas e relacionadas à mecanização da agricultura. tipo de pneu.graxa Parafusos e porcas Articulações Mancais de rolamento Rolamentos X Lâminas A cada 24h X X X X X X X A cada 24h A cada 24h A cada safra Quando necessário A cada 24h Quando necessário 6. . Assim.Aumenta o encharcamento do solo em áreas sem declive . matéria orgâanica.Aumenta o escorrimento superficial em áreas declivosas e . uma vez que: .Não realizar ou mesmo evitar trabalhar com máquinas no terreno. . . em linhas gerais. . Dessa forma. ela exige um esforço de tração relativamente elevado. subsolador tipo “ripper”.As agrícolas ou de médio e longo prazo. a subsolagem. por executarem a sua tarefa a maiores profundidades. As soluções mecânicas para controlar a compactação superficial ou até 30 cm encontram-se no uso de equipamento de preparo periódico primário. denominada de“torpedo”. pode-se utilizar o cultivo mínimo.As mecânicas ou de curto prazo e. Vários autores recomendam a execução da subsolagem em intervalos de três a cinco anos. Os subsoladores podem ser utilizados com alguns dispositivos especiais. cuja função é realizar outras tarefas que não. podem durar de sete a oito anos. Enquanto que para controlar a subsuperficial existente no solo encontram-se no uso de subsoladores e para diminuir a possibilidade dela vir a existir. o preparo conservacionista e principalmente a semeadura direta. 74 . regulagem e manutenção são. necessitam de uma construção mais robusta. implicando custos maiores para a sua execução. Também podem receber adaptações para enterrar tubos plásticos destinados à drenagem.. válidas para os subsoladores. A recomendaçõ mais racional é monitorar o solo e somente partir para subsolagem quando o grau de compactação vir a comprometer o sistema como um todo. maior consumo de combustível. como é o caso da cultura do feijão guandú. FIGURA 76 . operação com trator de maior potência e equipamento mais robusto. apenas. segundo Stone. também. subsolador acionados. cuja função é fazer túneis (canais) de drenagem subterrâneos. Por ser a subsolagem realizada a grande profundidade. As soluções agrícolas ou de médio e longo prazo podem ser aquelas que envolve a adubação verde. Gulvin (1976). especialmente em solos argilosos e úmidos. pode-se ter: a) subsolador convencional.Subsolador usado com um expansor preso à ponteia para drenagem de selo argilosos. sendo que os subsoladores. cujos canais feitos dessa forma e nessas condições. Nesses subsoladores pode ser acoplado um ou mais depósitos de adubo. pois. por exemplo. devido a. condições ideais para trabalho. cuja função seria permitir a colocação de fertilizante ou corretivo em profundidade ou adaptado uma peça na parte posterior da ponteira. o que pode incorrer a erros e prejuizos em função do alto custo da operação.Todas as observações feitas para os escarificadores no que se refere a distância entre hastes. esses implementos são muito parecidos. formato das ponteiras. o pousio e mesmo a implantação de culturas que tem sistema radicular capaz de romper as camadas compactadas. A exemplo do chassi dos escarificadores. FIGURA 77 – S ubsolador acionado ou de hastes vibratórias: a) haste com movimento alternativo e. FIGURA 78– Subsolador convencional montado. chamada chassi ou estrutura. que serve de sustentação às hastes. sendo sua 75 . é composto por uma parte estrutural. Conforme Silveira (1988). A estrutura do subsolador convencional consta de um chassi.Existem ainda os chamados subsoladores acionados ou vibratórios. Figura 64. com identificação de seus componentes. figura 78. responsáveis pela união entre o chassi e a parte ativa do subsolador. Colocadas lateralmente ao chassi. b) pocnteira com movimento alternativo. deve permitir que se façam as regulagens de localização das hastes. este tipo de subsolador apresenta uma redução do esforço de tração em mais de 30%. Recebem energia da fonte de potência por dois meios: barra de tração e TDP. as ponteiras. daí a razão de serem menos exigentes em força de tração e de propiciarem mais trincas no solo e. a qual é obtida pela TDP do trator. com suas barras porta-ferramentas. nos quais as hastes apresentam oscilação no sentido transversal. a exemplo do escarificador. consequentemente maior desagregação. 6. normalmente de aço. nas quais são acopladas as hastes do subsolador.1 Constituição do subsolador O subsolador. estão as rodas. como no caso das hastes escarificadoras. estudando diversos formatos de ponteiras aladas e sua influência nas forças que atuam sobre elas. esta última tem de ser mais robusta que a do escarificador. FIGURA 79 – Hastes gígidas de subsolador: A) reta. possibilitando. B) inclinada. observou que a ponteira com bordas retas e ângulo de ataque igual a 20o apresentou melhor eficiência operacional quando comparada às ponteiras com bordas côncavas e convexas e ângulo de ataque igual a 15o. O formato das ponteiras influencia. As hastes podem ainda ser: rígidas e vibratórias. As ponteiras. Figura 80. As hastes podem ter as seguintes formas: reta. Lanças (1988) demonstrou que as ponteiras aladas embora ofereçam uma maior resistência à movimentação do implemento. tem proporcionado melhores resultados com relação a quantidade de energia requerida/unidade de volume de solo mobilizado. isto é. Na sua parte inferior é fixada a ponteira. Machado (1992). pois. A parte superior da haste é fixada ao chassi. inclinada e reta. dessa forma. Estudos tem mostrado que a haste parabólica. diretamente. Segundo Lanças (1988) as hastes de formato parabólico devem ser utilizadas de forma que seu trecho curvo fique totalmente fora do solo Também tem mostrado que a melhor configuração de montagem das mesmas na estrutura do subsolador é a triangular. regular sua profundidade de trabalho. a resistência oferecida à tração do implemento e a quantidade de solo mobilizado. com a central na frente eas outras duas atráz. A largura da ponteira retangular ou comum é de 7 a 8 cm e da ponteira alada é de 30cm. Sua construção é bastante rígida a fim de que suporte esforços provocados pelo solo durante o trabalho do equipamento. curva e. também pode ser de formato retangular ou comum e com asas ou alada. D) parabólica. C) curva. à semelhança do escarificador. sobre a área transversal de solo mobilizado e sobre a resistência específica operacional. parabólica. uma maior eficiência de trabalho. Figura 79 . A diferença fundamental entre ambas diz respeito a seu aspecto construtivo. inclinada. seguida da curva. 76 .função permitir que o implemento trabalhe na profundidade escolhida. proporcionam uma área de solo mobilizado muito maior do que as estreitas. FIGURA 81 – Profundidade crítica (Pc) a partir do nível do solo (NS). que vão localizados na parte frontal de cada haste e servem para facilitar o corte do solo em terrenos que apresentem grande quantidade de cobertura vegetal. 6. torna-se necessário obter algumas informações. Godwin (1978) definiram o que vem a ser a profundidade crítica. de forma que ela execute. adequadamente.FIGURA 80 – Formatos de ponteiras de subsolador: A) alada ou com asas e.2 Profundidade crítica Spoor. tais como:  Qual é o objetivo da subsolagem?  Existe no terreno camada subsuperficial compactada?  Se existe. o seu trabalho de mobilização do solo. 6. qual é o grau de compactação?  Onde essa camada subsuperficial compactada se encontra: profundidade inicial e final. FONTE: PEÑAGARICANO. Essa profundidade encontra-se diretamente relacionada à largura da ponteira. que é a máxima profundidade de atuação de uma ponteira. B) comum ou estreita. 1987.3 Operação de subsolagem Para que seja realizada a operação de subsolagem. Figura 81. concluíram que ela se situa entre cinco e sete vezes a largura da ponteira. através se seus estudos. Alguns subsoladores apresentam discos de corte. sendo que esses autores. espessura da camada? 77 . bitola.? Quando deverá ser feita a operação: umidade do solo? Qual será a sequência das operações: subsolagem-preparo ou preparosubsolagem? Objetivo da subsolagem .? Qual trator será usado: potência disponível.Como no Brasil o uso de subsoladores é. lastreamento. usado para descompactação de camadas subsuperficiais compactadas. FIGURA 82 – Efeitos das operações mecanizadas na compactação subsuperficial e desta no desenvolvimento da plantas. tipo. configuração de montagem. quase que na sua totalidade. etc. etc. rodado.    Qual é o subsolador a ser usado: tipo de haste e ponteira. distância entre hastes. todos os comentários serõa direcionados para esse fim. 78 . se a base inferior da camada subsuperficial compactada se encontra a 40 cm a profundidade da operação deverá ser de 45 a 50 cm. pode-se recorrer a um dos seguintes métodos:       Visual. Grau de compactação . Retirada de amostras de solo para determinação de densidade e porosidade em camadas do solo. FIGURA 83 – Profundidade de subsolagem. Essa profundidade excedente assegura que mesmo com as prováveis variações na profundidade da camada subsuperficial compactada no terreno. pode ser feita utilizando-se dos recursos disponíveis no local de trabalho. pode-se ao verificar sua existência. identificar o início e final da camada e. Uso de estilete em trincheiras. consequentemente a sua espessura e o seu grau de comprometimento com a produção de agrícola. toda essa camada será rompida pela ponteira. Uso de penetrômetros ou de penetrógrafos. a qual serve para assegurar que toda a camada subsuperficial compactada será rompida em todo o terreno.Independentemente do método usado. pelo comportamento de cultura nas estiagens e nos períodos chuvosos.Verificação da existência de camada subsuperficial compactada . também.Para definir da profundidade de operação ou de subsolagem há necessidade de primeiramente verificar a profundidade inferior da camada subsuperficial compactada. Nesse caso. Figura 83. Uso de pulverizador em trincheiras. Desde os mais simples ou menos precisos até os mais precisos. Em geral. Sistema radicular de certas plantas. Profundidade de operação .A verificação no terreno da existência de camada subsuperficial compactada. 79 . Figura 70. e a partir daí acrescer uma faixa de 5 ou 10 cm de profundidade. Assim sendo. diretamente. com identificação da cultura do milho e da presença de camada subsuperficial compactada. para ponteiras comuns. Godwin (1978). Todas as observações feitas neste aspecto para os escarificadores são válidas para os subsoladores.para ponteiras aladas D pode variar de 60 a 80 cm. deve ser de 1. ponteiras aladas e configuração triangular por serem mais eficientes energeticamente. da potência disponível. A distância entre hastes nos subsoladores é semelhante à dos escarificadores. e: .5 vezes a profundidade de trabalho.5 a 2 vezes a profundidade de trabalho. Subsolador a ser usado – O subsolador a ser usado numa dada operação é função da disponibilidade do mesmo no empreendimento agrícola. Deve-de dar preferência para o uso de hastes parabólicas.FIGURA 84 – Àrea de produçãoagrícola. Já para ponteiras aladas. sendo que. estando relacionada. Figura 85.para ponteiras comuns D pode variar de 40 a 60 cm. Segundo Spoor. a distância (D) entre hastes para uma profundidade de 40 cm. ele deve situar-se entre 1 e 1.. está diretamente relacionado à profundidade de trabalho e ao formato da ponteira. 80 . . etc. com a profundidade de trabalho e com a largura das ponteiras. Os tratores 4 x 2 somente devem ser indicados para realizar subsolagem antes do preparo periódico. considerando uma reserva. chama-se atenção para o fato de que o teor de água aqui referido é da camada subsolada e não da camada superficial. Cabe ressaltar que Compactação é diferente de Adensamento. onde o trincamento do solo é considerável devido a coesão molecular ser maior. trabalhar o solo quando este se encontrar no estado sólido terá como resultado torrões muito grandes e de difícil desagregação posterior. Figura 84. em conformidade com: a profundidade de subsolagem. a qual pode se encontrar no estado plástico. considerando apenas o baixo teor da água na camada superficial sem a preocupação de verificar a umidade nas camadas inferiores. os torrões têm menor resistência e não são tão grandes e a deformação do solo no estado sólido-elástico é recuperável. todavia. podem em ser indicados tanto para realizar subsolagem antes como depois do preparo. do tipo de rodado e distribuição de peso (4 x 2. Entretanto. Aconselha-se determinar em laboratório especializado a pressão de pré-consolidação de cada talhão usado no processo produtivo e relacionar seu resultado com as operações e as máquinas usadas em cada caso. preferencialmente as de borracha. Fonte de potência – A escolha do trator a ser usado depende de inúmeros fatores. 81 . Quanto menor o teor de água num solo argiloso mais propicio ele se encontra para o trincamento. a fim de evitar o retorno da compactação e de garantir melhor condição de tráfego motriz. A pressão de preconsolidação deve ser a pressão máxima aplicada ao solo para que a compactação adicional seja evitada. Para evitar a produção de torrões demasiadamente grandes. A bitola do trator deve ser aquela que permite o deslocamento das rodas somente nas entre-linhas. dentre eles: da exigência de potência efetiva do subsolador no local de trabalho.FIGURA 85 – Distância entre hastes. ângulo de atrito interno solo/solo e. Teor de água no solo ideal para realizar eficientemente a subsolagem – A eficiência da operação de subsolagem é quantificada em função das trincas produzidas no solo. Caso isso oconteça. bem como os de esteira. o lastreamento correto torna-se muito importante. 4 x 4 e. Alguns produtores vem praticando a operação de subsolagem. tendo em vista seu menor desempenho em superfícies muito soltas. na camada superficial ou mais seca acontecerá o trincamento. o valor da “crista”. recomenda-se realizar a subsolagem quando o solo se encontrar no estado friável. Os tratores 4 x 2 TDA e 4 x 4. 4 x 2 TDA. e da sequência operacional. enquanto qua na camada inferior estará sendo feito canal de drenagem. uma vez que pela suas características de projeto apresentam bom desempenho na condição de solo solto. esteira). Figura 86. com teor de água próximo do Limite de Contração. Como trata-se de uma operação muito exigente em força e potência. da massa de solo e da adesão solo metal. Sequência operacional – A operação de preparo periódico com ferramentas do tipo disco depois da subsolagem exige maior esforço tratório e potência.FIGURA 83– Subsolagem com parte do solo no estado friável e outra no plástico. haja vista o maior volume de terra movimentado pelas ferramentas ativas com formato de “bacia” frente às 82 . FIGURA 84 – Estados de um solo argiloso. com identificação dsa curvas de resistência dos torrões. 6.4 B b 77.5 Dn 109. conforme Salvador et al.dificuldades de manutenção da profundidade de corte. Preventivamente: 83 .0 G 92. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------ENERGIA REQUERIDA ( kW-h/ha) SISTEMAS DE SEQUÊNCIAS OPERACIONAIS DIFERENÇA PREPARO ----------------------------------------------------------(%) SP PS ---------------------------------------------------------------------------------------------------------D 97.  lubrificar os rolamentos das rodas de profundidade. conforme segue.6 BC a . substituí-las.16. (1995).7 Gn 101. evitando a ocorrência de contratempos durante a sua utilização. Tabela 6 – Requerimento energëtico em sequências operacionais envolvendo preparo periódico – subsolagem.21. bem mais vantajosa energeticamente.6 E 69. a manutenção dos subsoladores pode ser dividida em manutenção diária.2A a 73.4 Manutenção A manutenção correta do subsolador permitirá que ele apresente uma adequada vida útil. Além disso. considerando que dependendo da cultura a ser instalada pode-se fazer a operação de semeadura-adubação sem a necessidade de gradear (preparo secundário).13. a sequência preparo primário do solo-subsolagem torna-se.13. essa sequência propicia a redução do tráfego no terreno depois de realizada.0 Da . o esforço tratório requerido na operação de subsolagem depois do preparo é menor.2 b 81.4 CDa . Diariamente:  verificar torções na estrutura.4 C b 86.0 AB a . tendo em vista que parte da camada dura se solo tenha sido trabalhado no preparo.  manter parafusos e porcas bem apertados.4 A a 5.1 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e de mesma letra minúscula na linha não difrem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. Dessa forma. Por outro lado.2 MÉDIA 94.3 a .7 C b 81.  verificar o estado das ponteiras.8 C b 88.16. Fonte: salvador (1992). mantendo sua afiação. em caso de desgaste excessivo. Da mesma foram que para os outros implementos. preventiva e de conservação. Descrição Parafusos e porcas Ponteiras Rolamentos das rodas de controle de profundidade Estrutura Reapertar X Lubrificar Verificar Com Verificar Afiar Desmontar Substituir Intervalo torções graxa A cada 24h Quando X necessário A cada X 24h Quando X X necessário A cada X 24h A cada X safra Quando X necessário A cada X safra 7. o subsolador deve ser guardado em local seco e protegido do solo e da chuva. Para que o implemento fique melhor protegido. fundamentalmente. substituindo-se aquelas que possuírem desgaste excessivo. TABELA 7 – Manutenção periódica dos subsoladores. permitindo que se tenham condições 84 . sua pintura deve ser retocada sempre que necessário. Conservação Após a manutenção periódica. ao preparo secundário do solo. tem-se a Tabela 6. Para facilitar a compreensão da manutenção dos subsoladores. o que provoca. Deve. também. óleo ou um produto anticorrosivo. a fim de evitar-se o contato direto das ponteiras com o solo. ficando longe de fertilizantes e de animais domésticos. a fim de evitar-se o surgimento de pontos de ferrugem. nelas a ocorrência de pontos de ferrugem. proporcionar o destorroamento (desagregação dos torrões) e nivelamento do terreno após o preparo primário. até sua nova utilização é interessante cobri-lo com uma camada de graxa fina. Caso apresentem alguma danificação ou excessivo desgaste. isto é. limpos e lubrificados. devem ser substituídos. os rolamentos das rodas de profundidade devem ser desmontados. ficar apoiado sobre calços de madeira. GRADES AGRÍCOLAS As grades agrícolas são equipamentos destinados. verificando-se e consertando-se as peças que apresentarem problemas.    ao final da sua utilização. verificar a existência de torções na estrutura. o subsolador deve ser lavado. 7. em substituição aos arados ou escarificadores (grades pesadas). ocasionará um outro problema que é a desagregação demasiada do solo. De acordo com o tipo de dente estas grades podem ser divididas em grades agrícolas de dentes rígidos. ser utilizada para a incorporação de sementes.1 Grade agrícola de dentes rígidos. facilitando. 7. e no preparo primário do solo. São capazes de executar um bom trabalho em solos mais leves e com pouca cobertura vegetal e de combater invasoras que estiverem em sua fase inicial de desenvolvimento. adubos orgânicos. Portanto. na qual são acoplados os dentes. além do fato de que um maior trânsito do trator sobre o terreno causa maior compactação em menor espaço de tempo. superficialmente. portanto. Caso a gradeação seja feita de forma excessiva (acima do necessário). grades agrícolas de dentes flexíveis. sendo. barata e de fácil construção. a qual pode provocar sua total desestruturação (pulverização). Pode-se definir a grade agrícola como uma máquina ou implemento agrícola constituído por diversos órgãos ativos. pode-se caracteriza-las. aquele responsável pela execução do trabalho em solos leves e com pouca quantidade de resíduos vegetais. a ação dos dentes. É uma grade simples. devido aos vários tipos de grades agrícolas existentes.1 Grade agrícola de dentes . desmatamento de vegetações finas. adubos e corretivos. este equipamento pode adaptar-se a várias outras funções dentro da propriedade rural. tornando-o bastante suscetível ao processo erosivo. além de essa operação tornar-se mais cara (maior consumo de combustível). Entretanto. quando for usada no preparo secundário do solo. discos ou dentes. através de seu órgão ativo. o órgão ativo. genericamente. grades agrícolas de dentes oscilantes (móveis) e em grades agrícolas de dentes giratórios. cada qual sendo mais adequada para uma determinada função. o número de passadas da grade sobre o solo deve ser o mínimo possível. restos culturais. Dentre elas. Existem diferentes tipos de grades agrícolas. geralmente. isto é. A estrutura poderá ser rígida ou flexível. restos de cultura. nota-se que a grade agrícola é um equipamento com utilização bastante diversificada dentro da propriedade. em grades agrícolas de dentes e grades agrícolas de discos.Nas grades agrícolas de dentes. adubos minerais e corretivos após aplicados com semeadora/adubadora a lanço. pode-se citar:  preparar o solo (preparo primário). Geralmente. diferentes daquelas referentes ao preparo secundário do solo. isto é. é composta por uma armação de madeira ou aço que forma a sua estrutura.  escarificar ou quebrar as camadas de solo superficiais que se encontrem adensadas ou compactadas. Pode. deve-se ter o cuidado de reduzir-se ao máximo o seu trânsito.1. quebra de camadas de solo adensadas superficialmente. Entretanto.adequadas para a realização da semeadura. de baixo custo de aquisição e manutenção. figura 85. neste último caso.  desmatar vegetação fina. também.  picar e incorporar.  incorporar sementes. permitirá uma melhor adaptação do equipamento aos desníveis do terreno. No entanto. sendo sua principal função nivelar e destorroar o solo (preparo secundário). Alguns tipos apresentam a possibilidade de variar-se o ângulo de inclinação dos dentes a fim de eles 85 . terem uma maior ação. Seu trabalho é muito semelhante ao dos escarificadores, sendo apenas bem mais superficial, já que a profundidade de trabalho depende do tamanho dos dentes e do peso da grade. FIGURA 85 – Grade agrícola de dentes rígidos: A) estrutura rígida; B) estrutura flexível. 7.1.2 Grade agrícola de dentes flexíveis - também é chamada de grade agrícola de dentes vibratórios, geralmente, possui os dentes finos e largos (lâminas), o que possibilita que eles oscilem ao encontrarem a resistência oferecida pelo solo. Essa vibração proporcionada pela flexibilidade dos dentes permite que este tipo de grade execute um bom trabalho de destorroamento do solo, figura 86. Segundo Juanos (1980), a dimensão dos dentes é de 0,30 a 0,40m, sendo que a velocidade mínima para trabalhar-se com este equipamento deve ser de 10km/h. Os dentes podem apresentar, basicamente, dois formatos, curvos (seguindo uma espiral) ou retos. FIGURA 86 – Grade agrícola de dentes flexíveis. FONTE: CBC, 1979 7.1.3 Grade agrícola de dentes oscilantes (móveis) - É composta, normalmente, por quatro seções de dentes rígidos, dispostos perpendicularmente ao deslocamento da máquina, figura 87. A movimentação dos dentes é obtida através do eixo de tomada de potência do trator (TDP). Segundo Renius (1995), este equipamento realiza um excelente trabalho em solos pesados. 86 FIGURA 87 – Grade agrícola de dentes oscilantes. FONTE: JUANOS, 1980 7.1.4 Grade agrícola de dentes giratórios - neste tipo de grade, os dentes são montados em duas ou três estruturas circulares concêntricas, unidas a um eixo central, o qual permite o giro livre dos dentes a partir do momento em que o trator comece a deslocar-se e eles entrem em contato com o solo. Grades deste tipo são suspensas pelo sistema de engate de três pontos do trator e devem apresentar uma pequena inclinação longitudinal a fim de se permitir que os dentes venham a girar. 7.2 Grade agrícola de discos As grade agrícolas de discos, figura 88, são aquelas nas quais os elementos responsáveis pela mobilização do solo são calotas esféricas (discos) semelhantes aos discos dos arados, sendo, normalmente, menores do que estes e podendo apresentar as bordas lisas ou recortadas. Neste último caso, proporciona um melhor corte dos restos vegetais presentes na superfície do solo. Os discos são montados sobre um eixo de seção transversal quadrada, cuja função é sustenta-los, possibilitando que todos girem ao mesmo tempo e com a mesma velocidade. Os discos são mantidos eqüidistantes através de separadores, sendo que, usualmente, entre o último e o penúltimo disco, existe um mancal, com a função de permitir o giro do chamado conjunto porta discos (disco, separador, mancal e eixo) FIG. 34. A união entre uma seção do chassi e o conjunto porta discos a de seção de grade. Entre cada par de discos, existem, também, os limpadores de discos, que são dispositivos presos ao chassi da grade com a finalidade de evitar o acúmulo de solo e resíduos vegetais entre os discos. Normalmente esses elementos são chapas de aço, mas alguns fabricantes também utilizam correntes finas para essa função. FIGURA 88 – Grade agrícola de discos 87 FIGURA 89 – Conjunto porta discos de uma grade agrícola de discos. FONTE: SEMEATO. A vantagem principal da grade de discos com relação à grade de dentes consiste na sua maior capacidade de picar e incorporar resíduos vegetais, o que faz com que este tipo de equipamento dificilmente embuche, apresentando um bom trabalho tanto em solos leves quanto em solos pesados, e adequando-se, também, a vários tipos de serviço dentro da propriedade. Segundo Ortiz-Cañavate (1984), em condições medianas de trabalho, atuando a uma profundidade em torno de 0,15 a 0,20m e a uma velocidade de 5 a 6 km/h, este tipo de grade exigirá a potência do motor da ordem de 0,8 a 1,5kw por disco (1 a 2cv/disco). O inconveniente da utilização deste equipamento é seu custo mais elevado, tanto de aquisição quanto de manutenção. De acordo com a disposição dos órgãos ativos, pode-se dividir as grades agrícolas de discos nos tipos a seguir descritos. 7.2.1 Grade agrícola de discos de simples ação - Constitui-se de duas ou mais seções de grade, dispostas lado a lado, sendo que, a cada passada da grade, o solo é movimentado uma única vez, em sentidos opostos, figura 90. FIGURA 90 – Grade agrícola de discos de simples ação. 7.2.2 Grade agrícola de discos de dupla ação - Neste tipo de equipamento, as seções da grade são colocadas uma à frente da outra, de maneira que, a cada passada da máquina no terreno, numa faixa, movimenta-se o solo duas vezes, uma em cada sentido. Este tipo de grade, conforme o posicionamento das seções, pode ser dividido em grade agrícola de discos de dupla ação em tandem e em grade agrícola de discos de dupla ação excêntrica. 7.2.2.1 Grade agrícola de discos de dupla ação em tandem (X) - Trata-se de uma grade agrícola de discos de dupla ação, composta de quatro seções de grade, duas dianteiras e duas traseiras, figura 91. Numa única passada, as seções dianteiras movimentam o solo para um determinado lado (em sentidos opostos), e as traseiras, 88 figura 92.ângulo horizontal da seção dianteira. pode-se colocar o centro de resistência da grade mais para a esquerda ou para a direita permitindo-se que o equipamento trabalhe deslocado em relação ao trator e mantendo-se. colocadas umas em frente da outra. ao mesmo tempo.ângulo horizontal da seção traseira. 7. Isso é obtido através da diferenciação entre o ângulo horizontal da seção dianteira e o ângulo horizontal da seção traseira com relação ao eixo de simetria da grade.para o lado oposto. Essa possibilidade de deslocamento lateral da grade permite que sejam executados trabalhos de limpeza de vegetação rasteira em culturas perenes (pomares) com o trator deslocando-se entre as fileiras de árvores. onde:  .Constitui-se de duas seções de grade. sem provocar esforços laterais ao mesmo. 89 . Assim.  . Este equipamento é capaz de trabalhar posicionando mais à direita ou à esquerda do trator.2.2 Grade agrícola de discos de dupla ação excêntrica (V) . FIGURA 91 – Grade agrícola de discos de dupla ação em tandem. sem passar por debaixo de suas copas. de maneira a formarem um “V” quando em positivo de trabalho. LS – linha de simetria da grade. podese posicionar o centro de resistência individual de cada seção mais para um lado ou para outro. a linha de tração paralela à linha de deslocamento do conjunto (trator/grade). podem ser simétricas ou assimétricas. FIGURA 92 – Grade agrícola de discos de dupla ação excêntrica. através dessa variação. Tendose esses ângulos com valores diferentes em relação ao eixo de simetria da grade.2. Dependendo da disposição das seções de grade com relação à linha de tração. É utilizada no destorroamento de leivas formadas na aração ou para complementar a mobilização realizada pela grade agrícola de discos pesada.3 Classificação das grades de disco emfunção do peso 7. quando possível. Para as grades de discos. lateralmente. 7. 90 . relacionada à umidade. Considera-se o posicionamento dos discos. Isso significa que os conceitos de linha de tração vistos no capítulo referente aos arados também são válidos para as grades agrícolas.2 Grade agrícola de discos intermediária . a seguir descritos. Sua função principal é a execução do preparo primário do solo. apresentam o diâmetro variando entre 61 e 71 cm (24” e 28”). pois. 7.3. É destinada a promover a mobilização superficial do solo a fim de que se complete o seu destorramento. diretamente. estando.3.3 Grade agrícola de discos destorroadora-niveladora -. neste tipo de grade. correto quando os da seção traseira localizam-se entre os da seção dianteira. Seu peso por disco é inferior a 50kg e a distância entre discos inferior a 25 cm. velocidade de deslocamento e alinhamento transversal e longitudinal estiverem corretos. é obtido um melhor rendimento de trabalho da grade. podem ser divididas em três tipos. Em linhas gerais. Velocidades de trabalho mais altas também proporcionam uma maior ação da grade (mobilização do solo). peso. pode-se dizer que quanto maior for o ângulo horizontal dos discos. Os discos podem apresentar diâmetro de até 56 cm (22”). em substituição aos arados ou escarificadores.1 Grade agrícola de discos aradora . Os discos. Este tipo de grade é equipada com discos de maior diâmetro igual ou maior que 76 cm (30”). tem peso por disco superior a 130kg e distância entre discos maior que 35 cm. tipo e densidade do solo e cobertura vegetal presente na área a ser trabalhada. dessa forma. deve estar bem regulada pra proporcionar a máxima eficiência de trabalho. Grades de discos montadas necessitam que se façam os nivelamentos longitudinal (através do terceiro ponto do trator) e transversal (através do braço inferior direito do trator). é feita através da variação da inclinação e espaçamento entre os dentes.É destinada a promover a mobilização profunda do solo com incorporação de cobertura vegetal. proporcionando. o nivelamento do terreno para a execução da semeadura. ao mesmo tempo. A regulagem das grades de dentes. Seu peso por disco está compreendido entre 50 e 130 kg e a distância entre discos de 25 a 35 cm. as condições adequadas de trabalho serão atingidas quando a variação do ângulo horizontal dos discos. Isso acontecerá quando a grade proporcionar uma adequada largura de trabalho e não apresentar tendência de deslocar. maior a profrundidade atingida durante o trabalho e maior a mobilização provocada no solo. a exemplo das demais máquinas e implementos.3.4 Regulagens A grade agrícola. 7.Com relação à mobilização do solo e tamanho dos discos as grades agrícolas de discos. 7. o elemento tracionante e quando a profundidade de trabalho desejada ou preestabelecida for atingida em todos os seus órgãos ativos (discos/dentes). ele deverá passar por uma vistoria geral. Após essa verificação inicial. substituído. Se os dentes apresentarem-se danificados e/ou desgastados. deverá ser. Para o melhor entendimento do processo de manutenção das grades agrícolas de discos. verificando-se o estado geral dos rolamentos. para tanto. por entrarem em contato direto com o terreno. Para se facilitar a compreensão dos aspectos estabelecidos acima. a fim de verificar-se a existência de peças danificadas. conforme segue. ela deve ser lavada e desmontada. substituindo-se as partes defeituosas. Posteriormente. o nível do óleo. essas peças serão engraxadas e remontadas. imediatamente. que serão limpos. c) Conservação Após executada a manutenção preventiva. Todas as porcas devem ser reapertadas e os discos e limpadores analisados individualmente para evitar-se o surgimento de pontos de ferrugem. confeccionouse a Tabela 7. este foi dividido em três etapas. principalmente no que se refere ao aspecto de lubrificação das peças móveis. substituídas.     a) Diariamente: verificar e apertar a porca de fixação do eixo. os pinos graxeiros devem ser previamente limpos.  trocar o óleo de acordo com o prazo e recomendações estabelecidos pelo fabricante da máquina. diariamente. ajustar.5 Manutenção Devido às grades agrícolas executarem seu trabalho ao nível do solo em condições bastante adversas. óleo ou outro produto anticorrosivo. deverão ser substituídos. já que estas. deve-se verificar. imediatamente. este procedimento pode ser adotado a cada 120 horas ou 10 dias de trabalho. A manutenção das grades agrícolas de dentes resume-se à verificação diária do estado geral dos dentes e de possíveis torções na sua estrutura (quando existir). OBS.  ocorrendo vazamentos no mancal. regular e apertar as porcas e limpadores dos discos. necessitam de atenção especial. verificar o estado dos discos. Caso algum deles encontre-se danificado (quebrado).: Se a grade apresentar mancais de rolamento de lubrificação permanente (banho de óleo). deverá ser guardada em local seco. lubrificar os mancais. mantendo-os limpos e afiados. deve-se fazer uma adequada manutenção.7. serão necessários os seguintes cuidados:  nos primeiros dias de trabalho. A fim de evitar-se a corrosão dos discos é importante que a grade fique apoiada sobre pranchões de madeira. eliminando-se folgas e substituindo-se vedações que estiverem desgastadas. a grade. Deve-se desmontar principalmente os mancais. ao abrigo do sol e da chuva e longe de fertilizantes e animais domésticos (galinhas). uma atenção especial 91 . b) Preventivamente: Ao final da utilização da grade. Também é importante cobri-la com uma camada de graxa fina. as quais serão. No caso de trabalhar-se com uma grade de dentes giratórios ou oscilantes. a exemplo dos arados. tendo-se os mesmos cuidados vistos para as grades agrícolas de discos. L. O. Preparo vertical do solo. 1990. Madrid: Ediciones Mundi-Prensa.) sob déficit hídrico induzido em solo de cerrado. 679p. 310p. A. CANDELON. (Dissertação. dos S. guarda-se o equipamento. A. Brasília: SENAR 1979. 947p. 1987. que serão. CBC. 92 . BARAÑAO. na cultura do milho (Zea mays L.Manutenção das grades agrícolas de discos Descrição Parafusos e porcas Reapertar Lubrificar Verificar Trocar o Com nível de Ajustar Substituir óleo graxa óleo A cada 24h A cada 50h X Articulações X Mancais de rolamento a graxa X Mancais de rolamento a óleo Mancais de rolamento a graxa ou óleo Intervalo A cada 50h X X A cada 120h A cada 1200h A cada 500h X Retentores X Discos X A cada 100/1500h Quando necessário 8. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA. SBEA. 1995.tem que ser dispensada às peças móveis e aos rolamentos. Buenos Aires: Editorial Hemisfeiro Sur. Operador de máquinas agrícolas. BALASTREIRE. Terminados os trabalhos. substituídas. São Paulo: Manole. 21p. 1971. BIBLIOGRAFIA ALONÇO. 1986. 24. Las maquinas agricolas. 105p. Santa Maria: UFSM. seguindo-se os mesmos passos visto anteriormente para as grades agrícolas de discos. CHIESA. o equipamento deve ser lavado. verificando-se a existência de peças danificadas. Mestrado). Viçosa. P. COAN. TABELA 7 . 115p. A. Influência da incorporação de adubos e corretivos em profundidade. Feito isso.. Maquinaria agrícola. T. imediatamente. Máquinas agrícolas. V. C. MARCHESAN. Anais. 641p. p. KEPNER. MACHADO. A. Madrid: Ediciones Mundi-Prensa.CONTI. BARGER.. L. Rotavatores da série “E” e “EP”. Guia de preparo do solo para culturas mecanizadas. G. C. DERPSCH. L. Faculdade de Engenharia Agrícola.. Manual de instruções. 301p. A. 378p.. L. ca. Santa Maria: SBEA. v. L. R. K.. SP: Fundação de estudos agrários Luiz de Queiroz. 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