APOSTILA PREPARATÓRIA - Exame de Motonauta e Arrais-Amador

April 2, 2018 | Author: Anonymous 7uKW5rrTE | Category: Sea Captain, Tonnage, Sailor, Buoyancy, Maritime Pilot


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APOSTILA PREPARATÓRIAPARA O EXAME DE MOTONAUTA E ARRAIS-AMADOR. OBTENÇÃO DA HABILITAÇÃO PARA PILOTAR JET-SKI E EMBARCAÇÕES NA ATIVIDADE DE ESPORTE E RECREIO, NOS LIMITES DA NAVEGAÇÃO INTERIOR. 6ª Edição – Julho de 2013 COMUNICADO Esta edição da Apostila de Motonauta e Arrais-Amador está de acordo com a Norma da Autoridade Marítima – NORMAM-03/DPC, atualizada pela Portaria nº 29, de 21 de fevereiro de 2013, decorre do que estabelece a Lei nº 9.537, de 11 de dezembro de 1997, que dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário – LESTA, e do Decreto nº 2.596 de 18 de maio de 1998 – RLESTA, que a regulamenta. www.ventoempopa.com MATERIAL EXCLUSIVO DO SITE PORTALDOAMADOR É importante alertar que nossas apostilas recebem numeração única e senha exclusiva, e são personalizadas ao comprador (canto inferior esquerdo). Dessa forma, após receber o material, você somente poderá fazer uso para o seu aprendizado e para preparar-se para o exame, não estando autorizado ao revendê-lo, nem distribuí-lo sob qualquer forma. Se você baixou este material de outro site na Internet ou alguém repassou este material para você, saiba que estará fazendo uso de uma cópia pirata e pirataria é crime. Se você identificar que este material está sendo utilizado por outra empresa ou está sendo distribuído em outro site, por favor, denuncie para nós pelo email [email protected]. PROCESSO DE HABILITAÇÃO Para obter a habilitação na categoria de Motonauta ou Arrais-Amador o candidato deve: • • • • • Ser penalmente imputável (ter 18 anos de idade). Saber ler e escrever. Possuir documento oficial de identificação com foto (RG, CPF ou CNH). Obter atestado médico, fornecido por qualquer médico (com carimbo do CRM) que comprove bom estado psicofísico (físico, auditivo, mental e visual), incluindo limitações caso existam, podendo o atestado ser substituído pela Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dentro da validade. Obter Declaração de Frequência para Motonautas, atestando que realizou aulas práticas, com no mínimo, 3 horas de duração, em jet-ski ou Atestado de Embarque para ArraisAmador, atestando que possui, no mínimo, 6 horas de embarque, em embarcações de esporte e/ou recreio. Tais documentos, somente, podem ser emitidos por Entidade Náutica (Escolas, Associações, Clubes Náuticos, etc.), cadastrados na Capitania dos Portos, Delegacia ou Agência da Marinha. EXAME DE HABILITAÇÃO A prova de Motonauta ou Arrais-Amador pode ser convencional ou eletrônica, constituída de 20 questões para Motonauta ou 40 questões para Arrais-Amador, ambas de múltipla escolha, distribuídas proporcionalmente de acordo com o Programa recomendado. O candidato será considerado aprovado com 50% ou mais de acertos. A duração da prova será de 1 hora e 30 minutos para Motonauta ou 2 horas para Arrais-Amador. NOTA DO AUTOR A preparação do candidato é da responsabilidade de quem certificar os seus conhecimentos. No entanto, a conscientização da importância do cumprimento do contido na NORMAM-03/DPC por parte de todos que, direta ou indiretamente, estejam envolvidos com a navegação, é de imensa importância para uma navegação segura e a preservação da vida humana no mar. Lembre-se: o comandante ou piloto é responsável por tudo o que diz respeito à embarcação, pela vida de seus tripulantes, familiares e amigos, bem como de seu bem maior, sua própria vida. Capitão-Tenente (RM1-AA) Evangelista da Silva Arte, criação, desenvolvimento e atualização. www.ventoempopa.com ÍNDICE  Legislação Náutica 1 a 12 Manobra de Embarcação 13 a 23 Navegação e Balizamento 24 a 37 Primeiros Socorros 38 a 48 Combate a Incêndio 49 a 54 Sobrevivência no Mar 55 a 65 Noções de Comunicações 66 e 67 Bandeiras do Código Internacional de Sinais 68 Quadro de Sinais Náuticos (Balizamento Fluvial) 69 e 70 ANEXOS  Quadro de Infrações mais comuns e Penas Aplicadas  Suplemento (Questões para fixação) O quadro a seguir apresenta os modelos de insígnias, de uso facultativo, para serem usadas como distintivo ou bordadas, nas lapelas, camisetas ou bonés dos Amadores: (NORMAM-03/DPC) também é competência das Capitanias. a autoridade diplomática representa a autoridade marítima. que trata de assuntos relativos à navegação.Amador . Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 1 . Clubes e Entidades Desportivas Náuticas. Embarcações de Esporte e/ou Recreio e para Cadastramento e Funcionamento das Marinhas. estaduais ou municipais. amador é aquele que não atua como profissional. um amador não poderá ser contratado para conduzir embarcação classificada como de esporte e/ou recreio. que a regulamenta. orientando os países membros. Lei 9. Delegacias e Agências fiscalizarem.Diretoria de Portos de Costas Competências . podendo delegar competência para órgãos públicos.No exterior.537/97.LESTA A segurança da navegação. que é a Norma da Autoridade Marítima para Amadores.É a Autoridade Marítima Brasileira. uma infração cometida nas áreas adjacentes às praias poderá ter pena de multa aplicada pelos órgãos municipais. Portanto. NORMAM .www. nas águas sob jurisdição nacional rege-se por esta lei.537/97 – Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário . e pelo Decreto 2. no que for pertinente a lei. Capitanias.596/98. de 11 de dezembro de 1997. ou seja. bem como o estabelecimento de Normas de Procedimentos relativas à área sob sua jurisdição. conhecida como Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (LESTA). especificando as áreas destinadas a banhistas e à prática de esportes aquáticos o qual poderá ser incorporado ao Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro. Assim. Diretoria de Portos e Costas (DPC) .todo aquele com habilitação certificada pela autoridade marítima para operar embarcações de esporte e recreio. conhecido como RLESTA. Marinha do Brasil (MB) . Nas áreas próximas às praias.Estabelece as normas de tráfego e permanência nas águas nacionais para as embarcações de esporte e/ou recreio. Conforme entendimento genérico. Delegacias e Agências (CP/DL/AG) Responsáveis pela fiscalização (Inspeção Naval) do tráfego aquaviário nos aspectos relativos à segurança da navegação. aquele que faz da navegação aquavária uma opção de esporte e/ou lazer. Desta forma.Agência especializada da ONU. uma infração cometida nas áreas adjacentes às praias poderá ter pena de multa aplicada pelos órgãos municipais. Organização Marítima Internacional (IMO) . Ordenamento das Praias Municípios – Compete aos Municípios estabelecer o ordenamento do uso das praias.Norma da Autoridade Marítima DPC . fluviais ou lacustres. em caráter não profissional. marítimas. deverão observar a NORMAM-03/DPC. A NORMAM-03/DPC decorre do que estabelece a LESTA e RLESTA.com [LEGISLAÇÃO NÁUTICA] Introdução A segurança da navegação. Atividade de Esporte e Recreio Todas as embarcações classificadas na atividade de esporte e/ou recreio. em águas brasileiras rege-se pela Lei Federal 9. salvaguarda da vida humana no mar e prevenção da poluição ambiental. Conceitos e Definições I . sejam elas.ventoempopa. Normalmente é o proprietário da embarcação que por sua conta e risco. Refere-se às instalações que ajudam na execução das atividades das plataformas petrolíferas e portos e terminais privados de movimentação de carga.instalação ou equipamento.537.É proibido exceder a lotação estabelecida. transportando pessoas ou cargas. inclusive as plataformas flutuantes e. de 18/05/1998.www. não tem intenção de pilotar sua embarcação.Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário – Lei nº 9. Todo aquele que é transportado pela embarcação sem estar prestando serviço a bordo.Passageiro .quantidade máxima de pessoas autorizadas a embarcar.Inspeção Naval . incluindo a tripulação. ou seja. as fixas. por meios próprios ou não. pondo-a ou não a navegar por sua conta.Instalação de apoio . Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 2 . Interrupção da viagem . Ao contrário do amador. sujeita à inscrição na autoridade marítima e suscetível de se locomover na água.Navegação em mar aberto . apresta a embarcação com fins comerciais. Delegacias e Agências auxiliam a Diretoria de Portos e Costas (DPC) a exercer seu papel de fiscalização das Normas. portanto. IX . em seu nome e sob sua responsabilidade.atividade de cunho administrativo que consiste na fiscalização do cumprimento da LESTA e RLESTA.pessoa física ou jurídica que. localizado nas águas. VI . Aquela realizada fora das águas interiores. A definição não difere da existente para o transporte aéreo ou terrestre.Aquaviário . o meio pelo qual as Capitanias. não fazendo parte da tripulação nem sendo profissional não tripulante prestando serviço profissional a bordo.a realizada em águas marítimas consideradas desabrigadas. é passageiro.com [LEGISLAÇÃO NÁUTICA] II . RLESTA . de apoio à execução das atividades nas plataformas ou terminais de movimentação de cargas. põe a embarcação em atividade comercial. o aquaviário é todo aquele que exerce sua profissão a bordo de embarcações. V . todos são considerados embarcações. todos que estão a bordo da uma embarcação. se o proprietário de uma embarcação de esporte e recreio.todo aquele que.qualquer construção. consideradas abrigadas.596. ainda que clandestino.todo aquele com habilitação certificada pela autoridade marítima para operar embarcações em caráter profissional. Entenda-se. III . passando pelo jet-ski e pelas plataformas de petróleo.Lotação . pois se locomovem n´água por meios próprios ou não (como as chatas e as barcaças). poderá contratar esse profissional para conduzir sua embarcação.Decreto que regulamenta a LESTA – Decreto nº 2. quando rebocadas. de 11/12/1997. Vamos Recordar LESTA .Embarcação . passível de ocorrer interrupção da singradura (viagem) quando a embarcação estiver com excesso de lotação. VIII .Armador . e das normas e regulamentos dela decorrentes. Do caiaque ao navio de grande porte.ventoempopa. VII . IV . é transportado pela embarcação. É. auxiliar do Poder Judiciário.www. na operação da embarcação.se realiza durante ou após a construção. quando legalmente exigido. crupiê. Plataformas de exploração de petróleo em águas sob jurisdição nacional. sem integrarem a tripulação.com [LEGISLAÇÃO NÁUTICA] X . referentes à prevenção da poluição ambiental e às condições de segurança e habitabilidade de embarcações e plataformas. É o que exerce suas funções a bordo de embarcações. destinada às atividades direta ou indiretamente relacionadas com a pesquisa. pela qual é verificado o cumprimento de requisitos estabelecidos em normas nacionais e internacionais.ação técnica-administrativa. XVI . tais como. modificação ou transformação da embarcação. exploração e explotação dos recursos oriundos do leito das águas interiores e seu subsolo ou do mar. em seu nome. operando-a.Profissional não tripulante . sem exercer atribuições diretamente ligadas à operação da embarcação.Tripulante . bem como manter o registro da propriedade marítima das embarcações. pelo qual a autoridade marítima inspeciona a embarcação. músico. isto é. eventual ou periódica.ventoempopa. É o ato legal.instalação ou estrutura fixa ou flutuante. XIII . garçom.Proprietário . presta serviços eventuais a bordo.Vistoria .O Tribunal Marítimo. É o número mínimo de tripulantes dentro de padrões de segurança. desde que suas funções a bordo não o exijam. no sentido de constatar o cumprimento da legislação em vigor. a embarcação. previsto e prorrogável. O tripulante não necessita ser habilitado. Vistoria de Arqueação . com segurança. tem como atribuições julgar os acidentes e fatos da navegação. É aquele que legalmente detém. vinculado ao Comando da Marinha.aquaviário não tripulante que presta serviços de praticagem embarcado. incluída a plataforma continental e seu subsolo.Prático . o título de propriedade da embarcação. no sentido de fazê-la navegar.se realiza para reclassificar a embarcação da navegação interior para mar aberto. Tipos de Vistorias para embarcações de esporte e/ou recreio: Vistoria Inicial . Vistoria de Reclassificação . em nome de quem a propriedade da embarcação é inscrita na autoridade marítima e. embarcado.se realiza em embarcações com Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Quebra de coluna Arrais-Amador e Motonauta 3 .todo aquele que. Os que prestam serviços a bordo.pessoa física ou jurídica. Profissional que leva e traz embarcações do ponto de espera de prático para áreas de fundeio ou atracadouros nos portos ou terminais privativos ou vice-versa.Plataforma . Tribunal Marítimo . XI . inclusive da plataforma continental e seu subsolo. XII .aquaviário ou amador que exerce funções. Tal ação gera um documento de comprovação denominado de Certificado de Segurança da Navegação (CSN). XIV .Tripulação de Segurança .quantidade mínima de tripulantes necessária para operar. XV . registrado no Tribunal Marítimo. assim considerados por atos internacionais. órgão autônomo. entregando-os à autoridade competente. para a preservação do meio ambiente e para a segurança da navegação. do Certificado Internacional de Arqueação ou das Notas para Arqueação. b) ao inventário e à arrecadação dos bens das pessoas que falecerem a bordo.No caso de descumprimento das suas competências estabelecidas.Todas as pessoas a bordo estão sujeitas à autoridade do Comandante.manter a disciplina a bordo. este será considerado o Comandante se estiver presente a bordo e for habilitado para a área que estiver navegando. bem como os atos e as resoluções internacionais ratificadas pelo Brasil. em condições de segurança. III .proceder: a) à lavratura. tem competência para realizar casamentos. extensivas à carga. É a autoridade suprema a bordo a quem todos estão sujeitos (tripulação. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Também denominado Mestre. aos tripulantes e às demais pessoas a bordo.cumprir e fazer cumprir a bordo. III . V – comunicar à autoridade marítima: a) qualquer alteração dos sinais náuticos de auxílio à navegação e qualquer obstáculo ou estorvo à navegação que encontrar. de termos de nascimento e óbito ocorridos a bordo.impor sanções disciplinares previstas na legislação pertinente.ordenar o desembarque de qualquer pessoa.ordenar a detenção de pessoa em camarote ou alojamento. é o tripulante responsável pela operação e manutenção da embarcação. da embarcação e da carga transportada. II . IV . pode: I . e Arrais-Amador e Motonauta 4 . prender aqueles que puserem em risco a navegação. no exercício de suas funções e para a garantia da segurança das pessoas. O Comandante. antes da expedição do Certificado Nacional de Arqueação. Compete ao Comandante Importante: . e c) à realização de casamentos e aprovação de testamentos in extremis. dentre outras importantes atribuições. nos termos da legislação especifica. II . as normas e os regulamentos. nos termos da legislação específica. I . se necessário com algemas. cometida por outra embarcação. b) acidentes e fatos da navegação ocorridos com sua embarcação. Arrais ou Patrão.A menos que o Comandante seja formalmente designado pelo proprietário. Vistoria de Renovação se realiza em embarcação de comprimento igual ou maior de 24 metros para renovação do CSN.ventoempopa. quando imprescindível para a manutenção da integridade física de terceiros. em viagem.www. Comandante Autoridade do Comandante . registrar óbitos e nascimentos. Poderes do Comandante Suspensão da Habilitação . é aplicável ao Comandante a suspensão do certificado de habilitação em até 12 meses.cumprir e fazer cumprir a bordo. passageiros e não tripulantes).com [LEGISLAÇÃO NÁUTICA] comprimento maior ou igual a 24 metros. e c) infração a esta lei ou das normas e dos regulamentos dela decorrentes. da embarcação ou da carga. os procedimentos estabelecidos para a salvaguarda da vida humana. nos termos da legislação específica. a legislação. da própria embarcação e da carga. Débitos Decorrentes de A autoridade marítima sustará o andamento de qualquer Infração documento ou ato administrativo de interesse de quem estiver em débito decorrente de infração a LESTA. por exemplo. Na prática. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 5 . ficar doente. pode. tais como: multa. independente da penalidade prevista. Independente da reparação ou indenização das despesas.00 a 1. II – apreensão. armador ou preposto responde. e como tal. O Comandante é um ser humano como qualquer outro. estabelecida pela autoridade marítima. Danos aos Sinais Náuticos Os danos causados aos sinais náuticos sujeitam o infrator a repará-los ou indenizar as despesas de quem executar o reparo.com [LEGISLAÇÃO NÁUTICA] IV . de acordo com a RLESTA. é substituído por outro tripulante. A embarcação apreendida deve ser recolhida a local determinado pela autoridade marítima. Medidas Administrativas Especificamente para o navegante Amador.determinar o alijamento de carga. retirada de tráfego ou impedimento da saída de embarcação. devendo em qualquer caso de impedimento. segundo a precedência hierárquica. reparo ou alteração das características de embarcação. suspensão e cancelamento da habilitação. III – embargo de construção. e IV – imposição das medidas administrativas previstas na LESTA e regulamentada na RLESTA. perante a autoridade marítima. O proprietário. a autoridade marítima pode adotar as seguintes medidas administrativas: I – apreensão do certificado de habilitação (Carteira de Habilitação de Amador). pelas despesas relativas ao recolhimento e guarda da embarcação apreendida. nesta ordem.600. Substituição do Comandante O Comandante. dos cargos e funções a bordo das embarcações. tendo em vista que os infratores tudo farão para o bom andamento de qualquer documento ou ato administrativo. ser substituído para possibilitar que o navio prossiga viagem. o infrator estará sujeito a pena de multa do grupo D (R$ 40.www. no caso de impedimento.00) ou suspensão da habilitação até sessenta dias. até a sua quitação. é uma medida de grande utilidade para a autoridade marítima.ventoempopa. b) cabotagem: é a realizada entre portos ou pontos do território brasileiro. regulamenta a Lei nº 9.Se a navegação está sendo realizada em águas marítimas consideradas desabrigadas e entre portos brasileiros e estrangeiros. podemos classifica-la como: uma navegação de mar aberto de longo curso. Entrou em vigor em 9 de junho de 1998. III .537 (LESTA).00 a 1. enseadas e áreas marítimas consideradas abrigadas.200.00 de 80.Se está sendo realizada em águas marítimas consideradas desabrigadas e entre portos brasileiros. O procedimento administrativo se inicia com a notificação. no caso do Amador Náutico. canais.00 a 2. utilizando a via marítima ou esta e as vias navegáveis interiores.600. o infrator disporá de cinco (5) dias úteis para interpor pedido de reconsideração à autoridade imediatamente superior. a prerrogativa de estabelecer o valor da multa e o período de suspensão do Certificado de Habilitação.00 Para efeito da RLESTA o autor material da infração poderá ser: I .a pessoa física ou jurídica que construir ou alterar as Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 6 .o tripulante. Infrações e Penalidades Nota: .Lavrado o Auto.800. a navegação é classificada como: I . Constitui infração às regras do tráfego aquaviário a inobservância de qualquer preceito da LESTA/RLESTA e de normas complementares emitidas pela autoridade marítima.00 a 3.00 de 40.RLESTA O Decreto 2.00 a 2. podendo ser: a) longo curso: realizada entre portos brasileiros e estrangeiros. II .Mar Aberto . Para efeito da RLESTA.00 a 800. que antecede a lavratura do Auto de Infração. para efeito de multa. As infrações.00 de 40. baias. assegurando o direito do contraditório e a ampla defesa. sendo seus valores estabelecidos conforme tabela abaixo: GRUPOS A B C D E F G MULTA (R$) de 40. A pena de suspensão da habilitação não poderá ser superior a 12 meses. contados da data do conhecimento do Auto de Infração. armador ou preposto da embarcação. angras.o proprietário.Interior – é a navegação realizada em hidrovias interiores. lagos.a realizada em águas marítimas consideradas. desabrigadas.00 a 400. Caso não concorde com o valor da multa aplicada. e d) apoio portuário: realizada em hidrovias exclusivamente nos portos e terminais. Da Navegação Por exemplo: . Muito Importante: Apresentamos em anexo a esta Apostila um Quadro de Infrações Mais Comuns e Penalidades Aplicadas. são classificadas em grupos de A a G. respeitados os limites estipulados na RLESTA.com [LEGISLAÇÃO NÁUTICA] Decreto 2. sem o qual nenhuma penalidade poderá ser imposta. É da competência do representante da autoridade marítima. podemos classificá-la como: uma navegação de mar aberto de cabotagem. lagoas. Outro exemplo: . assinado pelo Presidente da República em 18 de maio de 1998. c) apoio marítimo: realizada para apoio logístico a embarcações e instalações em águas territoriais e na Zona Econômica Exclusiva (200 milhas). assim considerados rios.596/98 – Regulamento da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário .200.ventoempopa. II .00 de 40.www.00 a 200.00 de 40.Certificado de Habilitação é o equivalente a Carteira de Habilitação de Amador (CHA).00 de 80.596/98. o infrator disporá de quinze (15) dias úteis de prazo para apresentar sua defesa. Auto de Infração . Veleiro – pode conduzir pequenas embarcações a vela (sem motor).mediante apuração. e III .o prático. desde que comprove ter realizado o treinamento prático. Demais categorias a partir de dezoito (18) anos completos. São consideradas categorias iniciais: Veleiro. em qualquer área. se o próprio artigo que a impuser não estabelecer outro procedimento. é a repetição da prática da mesma infração em um período igual ou inferior a 12 meses. Capitão-Amador – pode conduzir embarcações entre portos nacionais e estrangeiros. Motonauta – pode conduzir somente moto aquática nos limites da navegação interior.por inquérito administrativo. três e assim sucessivamente. é a Norma da Autoridade Marítima para Amadores. os Amadores constituem um único grupo.no momento em que for praticada a infração. e VII . Constatação da Infração A infração e seu autor material serão constatados: I . ou seja.As Capitanias. exceto moto aquática. V . exceto moto aquática. Aplicação A NORMAM-03 aplica-se a todas as embarcações classificadas na atividade de esporte e/ou recreio (lazer). sem limitações geográficas.o construtor ou proprietário de obra sob. da Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil. sobre ou às margens das águas. Motonauta e Arrais-Amador. Reincidência da Infração A reincidência.o pesquisador.www. Normas da Autoridade Marítima (NORMAM-03/DPC) Aprovada pela Portaria nº 101. Mestre-Amador – pode conduzir embarcações entre portos nacionais e estrangeiros nos limites da navegação costeira. Delegacias e Agências. Importante: .Os Amadores habilitados antes de 02JUL2012. e podem ser habilitados nas seguintes categorias: Exames para Amadores . para efeito de gradação das penalidades. são os órgãos responsáveis pela aplicação das provas de Amadores. em caso de pena de multa ou suspensão do Certificado de Habilitação. exceto moto aquática. explorador ou proprietário de jazida mineral sob. VI . qualquer categoria de Amador poderá conduzir moto aquática. na multiplicação da penalidade por dois. sobre ou às margens das águas. A Idade mínima para habilitação de Veleiro é de oito (8) anos. Clubes e Entidades Desportivas Náuticas. A repetição na prática da mesma infração implicará.ventoempopa. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 7 . Arrais-Amador – pode conduzir embarcações nos limites da navegação interior. A partir dessa data. Habilitação da Categoria de Amadores Conforme o nível de exigência de habilitação necessário para conduzir embarcações de lazer. nos limites da navegação interior.o agente de manobra e docagem. poderão pilotar moto aquática (jet-ski) até o vencimento da habilitação.com [LEGISLAÇÃO NÁUTICA] características da embarcação. de 16 de dezembro de 2003. II . Embarcações de Esporte e/ou Recreio e para Cadastramento e Funcionamento das Marinhas. Estabelece procedimentos a serem cumpridos desde a construção da embarcação até sua baixa dos bancos de dados da Marinha. IV . devendo o proprietário ter atenção ao Termo de Responsabilidade que foi assinado por ocasião da inscrição ou registro da embarcação. Suspensão. utilizar a embarcação de esporte e/ou recreio.www.Considera-se como linha base. a linha de arrebentação das ondas ou. na legislação em vigor quando: conduzir embarcação com a Carteira de Habilitação suspensa. tais como. no caso de lagos e lagoas onde se inicia o espelho d’água.ventoempopa.É a designação dada ao agente de Inspeção Naval.Trafegar em área reservada a banhistas poderá suspender o Certificado de Habilitação em até 60 dias.com [LEGISLAÇÃO NÁUTICA] Dispensa da Habilitação Estão dispensados de possuir habilitação os condutores de dispositivos flutuantes e de embarcações miúdas sem propulsão a motor utilizados na atividade de esporte e/ou recreio. O Amador terá sua habilitação cancelada. Fiscalização Inspetor Naval . São estabelecidos os seguintes limites de navegação para embarcações. para transporte de passageiros ou carga. e para embarcações de propulsão a motor. quando o Amador: entregar a condução da embarcação à pessoa não habilitada. em atividades comerciais. Lembrando que. Polícia Militar e Bombeiros. A partir dessa linha são estabelecidos os limites para o tráfego de embarcações em áreas com frequência de banhistas. a partir de 100 metros da linha base. Prefeituras Municipais. a partir de 200 metros da linha base. paraquedas e painéis de publicidade. Apreensão e Cancelamento da Habilitação A autoridade marítima poderá suspender ou apreender a habilitação do Amador. de uma maneira geral. sem prejuízo de outras penalidades previstas. a fiscalização pode ser realizada por órgãos conveniados. Termo de Responsabilidade é o documento em que o proprietário da embarcação de esporte e/ou recreio assume a responsabilidade pela condição de operação de sua embarcação. e utilizar a embarcação para prática de crime. conduzir a embarcação em estado de embriaguez alcoólica ou sob efeito de substância tóxica de qualquer natureza. nas proximidades de praias. pelo prazo máximo de até 120 dias. Porém. A linha base é usada para delimitar as áreas seletivas para a navegação. Ressalta-se que no uso da embarcação nas imediações de praias. de modo a proteger os banhistas: para embarcações de propulsão a remo ou a vela. Áreas Seletivas para a Navegação Linha Base . áreas frequentadas por banhistas e/ou onde não exista um órgão próximo da Marinha. Toda embarcação está sujeita a fiscalização por uma equipe de Inspeção Naval. preservando a segurança dos banhistas. sem prejuízo de outras penalidades previstas. caso não haja nenhum dispositivo contrário estabelecido pela autoridade competente. e reincidir em faltas discriminadas no item anterior. As embarcações poderão se aproximar da linha base para fundear. São militares ou civis designados para executar as ações de fiscalização. reboque de esqui aquático. toda aproximação deverá ser feita perpendicular à linha base e com velocidade não superior a 3 nós. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 8 . dos lagos ou lagoas. a pena de suspensão da habilitação não poderá ser superior a 12 meses. Respeite os Banhistas . equipamentos e atividades que interfiram na navegação. ocorre em águas abrigadas. áreas próximas às usinas hidrelétricas. caso utilizem motor de popa. ou seja.Área . Arrais-Amador e Motonauta 9 . e nas áreas adjacentes às praias. sem cabine habitável e sem propulsão mecânica fixa e que. informações destinadas à atualização de cartas e publicações náuticas brasileiras. da seguinte forma: Embarcação Miúda .São publicações em forma de folheto.Área 2 . ou com comprimento menor que oito (8) metros que apresentem convés aberto ou fechado. exceto as miúdas. também realizada entre portos nacionais e estrangeiros. Embarcação de Grande Porte (Iate) – são consideradas de grande porte (ou iate). Embarcações de Esporte e/ou Recreio Cabine Habitável .é a navegação realizada em águas abrigadas (área1) ou parcialmente abrigadas (área 2) ao longo dos rios. este não exceda 30HP. Os Amadores habilitados nas categorias de Veleiro. Classificação da Navegação de Esporte e/ou Recreio Navegação Interior: .Considera-se cabine habitável aquela que possui condições de habitabilidade. que dificultem o tráfego das embarcações. áreas especiais nos prazos determinados em Avisos aos Navegantes.www. sem limitações geográficas. somente. até o limite da Navegação Costeira (até 20 milhas da costa).ocorre em águas parcialmente abrigadas. baías. Motonauta e Arrais-Amador. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho [LEGISLAÇÃO NÁUTICA] Não é permitido o tráfego e fundeio de embarcações nas seguintes áreas consideradas de segurança: a menos de 200 metros das instalações militares. exceto as embarcações de socorro. Embarcação de Médio Porte – são consideradas de médio porte aquelas com comprimento inferior a 24 metros. reservadas para os banhistas. rios e canais. canais de acesso aos portos. correnteza ou maré. Avisos aos Navegantes . proximidades das instalações do porto. Os Amadores habilitados na categoria de MestreAmador estão aptos a navegar.Mar Aberto – navegação realizada em águas consideradas desabrigadas. baias.São áreas de tráfego e fundeio proibido.ventoempopa. a menos de 500 metros das plataformas de petróleo. Subdivide-se em: a) Costeira: navegação realizada entre portos nacionais e estrangeiros dentro dos limites de visibilidade da costa. lagoas. onde eventualmente sejam observadas ondas com alturas significativas e/ou combinações adversas de agentes ambientais. Os Amadores habilitados na categoria de Capitão-Amador estão aptos a conduzir embarcações em todas as áreas. aquelas com comprimento igual ou superior a 24 metros. enseadas. II – Interior . podem navegar dentro dos limites da navegação interior. termoelétricas e nucleoelétricas (os limites serão fixados e divulgados pelas concessionárias responsáveis pela área). angras e canais cujos limites são estabelecidos pela Capitania local. tais como lagos. sem restrições (SR). A NORMAM-03 classifica a navegação de esporte e/ou recreio como: I . cujo propósito é fornecer aos navegantes em geral.são consideradas miúdas aquelas com comprimento inferior ou igual a cinco (5) metros (todas). É vedada às embarcações miúdas a navegação em mar aberto. ou seja. não excedendo a 20 milhas da costa. tais como vento. onde normalmente não sejam verificadas ondas com alturas significativas que não apresentem dificuldades ao tráfego das embarcações.com Áreas de Segurança Áreas de Segurança . . fundeadouros de navios mercantes. As Embarcações de lazer são divididas quanto ao comprimento. b) Oceânica: navegação marítima realizada fora dos limites de visibilidade da costa e sem outros limites estabelecidos. 83m 3. É o ato pelo qual o proprietário da embarcação por si ou por seu representante legal se faz conhecer perante a autoridade marítima (Capitanias.As embarcações obrigadas à inscrição. deverá ser observado para o pedido de cancelamento da inscrição ou registro junto a Capitania onde foi inscrita a embarcação. Prazos para Inscrição ou Registro de Embarcação [LEGISLAÇÃO NÁUTICA] Inscrição . Diz-se.).de uma embarcação é o seu cadastramento na Capitania.embarcações miúdas sem propulsão a motor e as utilizadas como auxiliares de outra maior cujo motor não exceda a 30HP. representada pelo volume do espaço disponível para transportar pessoas ou carga. contados a partir da data de emissão do documento de aquisição. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 10 . Registro . Por convenção. No período contado da data de emissão do documento de aquisição (Nota Fiscal. por exigência legal. A inscrição e/ou o registro da embarcação deverá ser requerido na Capitania. etc. Estão dispensadas de inscrição: . Delegacia ou Agência. que a embarcação “X” tem 200 de arqueação bruta ou 200AB. Somente nesse caso. no prazo de 15 dias. a medida da arqueação é expressa em unidades de cem pés cúbicos ingleses. devem ser registradas no Tribunal Marítimo. consideradas assim. ou seja. É a capacidade útil de um barco.dispositivos flutuantes destinados a serem rebocados. com exceção daquelas que. que possuam mais de 100 AB (arqueação bruta). atribuindo nome à embarcação. como arqueação bruta. faça a marcação do número no casco da embarcação e realize o pagamento do seguro DPEM. a embarcação poderá trafegar desde que o proprietário obtenha na Capitania o número de inscrição.com Inscrição e Registro de Embarcação Inscrição . o mesmo prazo de 15 dias. Fatura. 2. Estão obrigadas à inscrição: .de uma embarcação é o seu cadastramento no Tribunal Marítimo com atribuições do número de registro e a expedição da Provisão de Registro de Propriedade Marítima (PRPM).ventoempopa.todas as embarcações com propulsão a motor. por exemplo. com até 10 (dez) metros de comprimento.www. perda. Delegacias ou Agências). devem ser inscritas nas Capitanias. não havendo meios ou interesse em recuperar a embarcação. e . Em caso de sinistro (incêndio.). a contagem se inicia na chegada ao porto onde será inscrita ou registrada. etc. Para as embarcações miúdas o documento expedido pela Capitania dos Portos. naufrágio. acordos e convenções internacionais firmados pelo Brasil. equivalente a uma tonelada de arqueação. No caso de embarcação adquirida no estrangeiro. será o Título de Inscrição de Embarcações Miúdas (TIEM). A legislação. o documento fiscal substitui o documento de inscrição e registro da embarcação até o recebimento do documento definitivo. Arqueação . Por isso a obrigação de registro no Tribunal Marítimo. até o período máximo de 15 dias. Delegacias e Agências da Marinha do Brasil.As embarcações maiores de 100AB.Medição do volume dos espaços de um barco. com atribuição do nome e do número de inscrição e a expedição do respectivo Título de Inscrição de Embarcação (TIE). Registro . Delegacia ou Agência. determinam um tratamento diferenciado para as embarcações com comprimento igual ou maior de 24 metros. do tipo banana-boat. devam ser registradas no Tribunal Marítimo. recebendo o número de inscrição e o documento hábil de propriedade da embarcação. descumprir restrições das áreas seletivas para a navegação. ou deixar de arvorar a bandeira brasileira. trafegando em péssimo estado de conservação. é possível de ocorrer à apreensão de uma embarcação. inobservância de determinação para interromper a singradura (viagem). provado ter sido a inscrição feita mediante declaração. determinado por sentença judicial transitado em julgado. sendo utilizada para a prática de crime. Delegacia ou Agência. Carteira de Habilitação de Amador (CHA) .5 anos. trafegando sem as luzes e marcas previstas no RIPEAM.A embarcação quando apreendida deve ser recolhida a local determinado pela Autoridade Marítima.é obrigatório o uso de placa ou adesivo junto à chave de ignição da moto aquática alertando o usuário quanto à obrigatoriedade de o condutor ser habilitado como Motonauta (MTA). Cancelamento da Inscrição da Embarcação Validade da Documentação [LEGISLAÇÃO NÁUTICA] Além de multa ao proprietário. Advertência . prender a chave de segurança ao pulso. violação de lacre da Capitania. os documentos listados acima. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho No uso da moto aquática.Abrange as embarcações comumente conhecidas como jet-ski e similares.www. homologado pela DPC. documentos ou atos inquiridos de dolo. Arrais-Amador e Motonauta 11 . quando: navegando em área para a qual não foi classificada. algumas regras básicas devem ser observadas: Obrigatório: ser habilitado na Categoria de Motonauta. colete salva-vidas ou qualquer parte do condutor.ventoempopa. para uma condução segura. fraude ou simulação. Motos Aquáticas Proibições e Recomendações Moto Aquática . São situações que geram o cancelamento da inscrição da embarcação: houver naufragado. para todos os ocupantes do veículo. Delegacia ou Agência. trafegando sem o documento de inscrição (TIE ou TIEM). Bilhete de Seguro Obrigatório (DPEM) – 12 meses.10 anos. Todas as embarcações deverão portar. trafegar em áreas de segurança.com Apreensão da Embarcação Importante: . Título de Inscrição de Embarcações . e conhecer e respeitar as áreas de segurança previstas na NORMAM-03. uso do colete salva-vidas classe V. conduzida por pessoa em estado de embriaguez ou sob o efeito de substância tóxica de qualquer natureza. além do Termo de Responsabilidade. ter a moto aquática inscrita em qualquer Capitania. II ou III. quando aplicável. for utilizada comercialmente. conduzida por pessoa não habilitada. tiver seu paradeiro ignorado por mais de dois (2) anos ou o registro anulado. for desmontada para sucata ou for abandonada. as embarcações não deverão fazer zigue-zagues nem provocar marolas desnecessárias em áreas restritas ou congestionadas de embarcações.No caso de embarcação estrangeira que apresente irregularidades. sair das águas jurisdicionais ou arribar em porto nacional. planeje o gasto de combustível. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 12 . o Plano de Navegação ou Aviso de Saída. entregue na Marina ou Iate Clube. e . . . e • trafegar a menos de 200 metros de praias com incidência de banhistas. • trafegar em áreas de segurança e em locais interditados à navegação. .Significado: estou com mergulhador na água – mantenha-se afastado. para possibilitar o seu resgate em caso de emergência. bem como. poderá ser ordenada a não entrar no porto.Caso a embarcação infrinja alguma regra e seja determinada a sua apreensão. o proprietário disporá de 90 dias para sanar as irregularidades determinantes da apreensão para que a embarcação não fique sujeita a leilão ou incorporação aos bens da união. • conduzir passageiro na frente para que não interfira na condução da moto aquática.não é permitido lançar âncora (ferro) em locais onde possam prejudicar o tráfego no porto e nas vias navegáveis ou causar danos às canalizações e cabos submarinos. Antes de sair. não sair do porto. principalmente em situações de pouca visibilidade. Toda embarcação deve obedecer às seguintes regras: .as embarcações devem manter-se afastadas daquelas que estiverem exibindo a bandeira Alfa do Código Internacional de Sinais ou uma bandeira encarnada com transversal branca. • uso à noite (a moto aquática não possui luzes de navegação).Os danos causados aos sinais náuticos sujeitam o infrator a reparálos ou indenizar as despesas de quem executar o reparo.não é permitido movimentar propulsores havendo perigo de acidentes com pessoas que estejam na água ou de avarias em outras embarcações.as embarcações devem evitar cortar a proa de outra embarcação em movimento. Recomendações: uso de roupas protetoras (neoprene). representando ameaça de danos ao meio ambiente.somente as embarcações que possuem luzes de navegação. Se não estiver em Clube ou Marina.ventoempopa. indicando atividade de mergulhadores. deixe alguém em terra ciente para onde você vai e quando pretende retornar.www. Apreensão da Embarcação . .com Reboque . Muito Importante: Antes de sair para o passeio. Prescrições de Caráter Geral Danos aos Sinais Náuticos: .Exceto as motos aquáticas a partir de três lugares e as empregadas no serviço de salvamento da vida humana e em esportes aquáticos do tipo tow-in surf estão isentas da proibição de reboque [LEGISLAÇÃO NÁUTICA] Proibido: • o uso para reboque. a previsão do tempo. . luvas e óculos de proteção. podem operar sem restrições quanto ao horário. previstas no RIPEAM. • navegar em velocidade superior à permitida para uma determinada área. à tripulação. calçados do tipo croc ou neoprene. verifique também. Bandeira ALFA . durante o dia ou à noite. ou reduzir a distância perigosamente. a terceiros ou à segurança do tráfego aquaviário. que transporta com segurança.se estiver voltado para a parte da frente – parte de vante – o lado que fica à direita é chamado boreste e o lado que fica à esquerda e chamado bombordo. As posições relativas para quem está a bordo. É também chamada linha d’água a faixa pintada no casco entre os calados máximo (a plena carga) e o calado leve (embarcação vazia). lona. realizar pequenas manobras de peso a bordo. As partes curvas do costado de um bordo e de outro – próximas à popa – são as alhetas – a da direita alheta de boreste e a da esquerda. arte naval e náutica]. as partes curvas do costado de um bordo a outro . Embarcação Construção flutuante. Manobra de Embarcação: atracar. medido de borda a borda. são consideradas assim: se estiver na parte de trás. tais como dar nós.Cf. bochecha de bombordo. quando a embarcação está flutuando. O revestimento ou forro exterior que envolve toda a embarcação é chamado costado. classificação e nomenclatura de embarcações miúdas e leme e seus efeitos. [Dicionário Aurélio . dirigir embarcações miúdas. Os lados da embarcação são os bordos . arte do marinheiro. O pontal ou pontal moldado é a medida vertical entre o convés principal e a quilha. Identificação de corpos e partes da embarcação Os barcos são divididos em corpos. restrita. pegar a boia. feita de madeira e/ou ferro. tratar do exterior do navio. A superfície do casco que fica Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador 13 . Marinharia A arte ou profissão de marinheiro. O calado é a medida da altura. identificação. A parte da frente da embarcação é a proa e a parte de trás. alheta de bombordo. Linha d’água é a interseção da superfície da água com o costado da embarcação. As embarcações são divididas ao meio formando os corpos de vante e de ré. A medida longitudinal da embarcação é chamada comprimento. manobra em espaço limitado com emprego de um e dois hélices.próximas a proa . Borda livre é a distância vertical entre a linha de flutuação (superfície da água) até o convés principal. estará a ré e se estiver na parte da frente estará a vante. A parte do casco que divide os dois corpos é a meia-nau – é um referencial de uma região da embarcação que se situa entre a proa e a popa. Navio é o termo empregado para designar embarcações de grande porte. pessoas e/ou carga. desatracar. fazer trabalhos com cabos.www. na concepção de hoje. formando os corpos de vante e de ré. e a sua medida transversal é chamada boca. sobre a água (salgada ou doce). Navios e Barcos O significado natural de barco é o de um navio pequeno. brim.são as bochechas – a da direita é chamada bochecha de boreste e a da esquerda. a atividades menores.com [MANOBRA DE EMBARCAÇÃO] Veremos nesta unidade.ventoempopa. desde a quilha (fundo da embarcação) até a linha d´água. a popa. Quando o calado de vante é igual ao calado de ré.Diretamente relacionada com a segurança da embarcação. Estabilidade Básica Caturro ou Arfagem Balanço (figura 1) (figura 2) Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Chama-se estabilidade a capacidade que tem uma embarcação de retornar à sua posição de equilíbrio. embarque ou desembarque de cargas. O contra-alquebramento caracteriza-se por uma curvatura longitudinal com a convexidade para baixo (figura 2). devemos buscar os meios para fazer com que a mesma fique sempre com o trim correto (calado igual. a estabilidade transversal. contra-alquebramento é provocado pela maior concentração de pesos no centro da embarcação (meia nau) e pouco peso na popa ou proa podendo vir a quebrar ao meio em caso de mau tempo. pende para Arrais-Amador 14 . e também da distribuição correta de pesos a bordo. Alquebramento pode ocorrer pela maior concentração de pesos nas extremidades (proa e popa) da embarcação provocando uma curvatura longitudinal com convexidade para cima (figura 1). Chama-se trim. a diferença entre os calados a vante e a ré da embarcação (calados de proa e de popa). Estabilidade Transversal (sentido BE-BB) . sem compasso ou em águas parelhas).ventoempopa. Estabilidade longitudinal (sentido proa-popa) – No movimento longitudinal.com [MANOBRA DE EMBARCAÇÃO] mergulhada na água é chamada obras vivas ou carena. depende em grande parte do estado do mar. é chamada obras mortas. estado do mar conjugado à velocidade da embarcação. e a parte que fica acima da linha d’água. e balanço. podendo atingir valores elevados.www. diz-se que a embarcação está derrabada. tais como: efeito das ondas. depois de um caturro ou após um balanço motivados por forças externas. quando o calado á ré é maior que o calado a vante. ou seja. diz-se que a embarcação está trimada (trim correto. avante e a ré). arrumação de pesos a bordo. é o movimento de oscilação lateral da embarcação de um bordo para outro (sentido BE-BB). Para segurança da embarcação. Um balanço rápido demonstra boa estabilidade. ou arfagem. Caturro. Distribuição de Pesos A correta distribuição de pesos a bordo é fundamental para manter a estabilidade e o equilíbrio de uma embarcação. indica estabilidade deficiente. entre outros fatores que interferem no comportamento da embarcação. diz-se que a embarcação está abicada. ou compasso. já um balanço lento. Por outro lado. e quando o calado a vante é maior do que o calado a ré. é o movimento de oscilação vertical da embarcação no sentido longitudinal (proa-popa). a má distribuição de pesos pode causar deformações no casco no sentido do comprimento que provoca esforços denominados: alquebramento e contraalquebramento. os principais problemas apresentados por uma embarcação estão diretamente relacionados com o ritmo do caturro e a modificação do trim. Quando uma embarcação inclina transversalmente. isto é. É chamado braço de endireitamento a distância entre as verticais em que atuam as forças de gravidade e de empuxo. Para que isso ocorra. diz-se que ela está adriçada. evite pesos altos. como vimos.com um dos bordos (lados). Hélice e Seus Efeitos Leme Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Para uma embarcação se movimentar. Embarcação em equilíbrio as obras vivas (ou carena) são simétricas. transformando o braço de endireitamento em um braço de emborcamento. A figura acima representa a embarcação adernada (por causa da inclinação o centro de carena se movimenta). devido à movimentação de peso. Centro de Gravidade (G) e Centro de Carena (C) As embarcações são projetadas para em caso de oscilações laterais. • Efeito de Superfície livre – ocorre quando uma embarcação sofre uma inclinação por motivos externos e tendo um tanque parcialmente cheio. Toda embarcação desloca um determinado volume de água (deslocamento) recebendo uma força denominada empuxo que a empurra de baixo para cima e a faz flutuar. Leme. retornarem a posição inicial de equilíbrio. dividir os pesos entre as laterais é uma boa prática. sair navegando. tais como: queda na água ou até mesmo o emborcamento da embarcação. seu conteúdo se movimenta e o peso do líquido nele contido se desloca como se fosse um peso inserido lateralmente. coloque mais peso na parte de baixo que na parte de cima da sua embarcação. O Centro de Gravidade (G) é o ponto onde o peso total da embarcação se concentra atuando verticalmente para baixo (peso = deslocamento). se ultrapassado. ou por embarque ou desembarque de peso a bordo. concorrendo para acentuar a inclinação da embarcação. O leme é o principal aparelho de governo da embarcação.ventoempopa. é preciso que tenha um aparelho de governo. Embarque e Desembarque .é o ponto de encontro de duas linhas de ação da força de empuxo quando a embarcação se inclina de dois ângulos muito próximos. Portanto. É claro que existe um limite para a inclinação de uma embarcação que. devemos ter atenção na distribuição longitudinal e transversal de pesos a bordo.no embarque ou desembarque de pessoas ou de cargas a bordo. • Efeito de Pesos Altos .uma embarcação com centro de gravidade elevado. devemos tomar muito cuidado a fim de evitar imprevistos. O excesso de peso em partes altas ou a má distribuição de pesos em relação às laterais prejudica a estabilidade da embarcação. • Metacentro . diz-se que ela está com banda. Portanto. Ele proporciona o momento de endireitamento da embarcação quando está se inclina (aderna) para um dos bordos (BB-BE). O ponto onde se concentra a força de empuxo de baixo para cima é chamado Centro de carena (C). ao se inclinar por um motivo qualquer (balanço ou má distribuição de pesos) produzirá uma inclinação maior. pela atuação da força da gravidade. certamente produzirá o seu emborcamento.[MANOBRA DE EMBARCAÇÃO] www. quando a embarcação não está inclinada transversalmente. Instalado na Arrais-Amador 15 . estando à embarcação fundeada. A madre é o eixo do leme. o leme terá o mesmo efeito que com a embarcação se deslocando. o próprio motor funciona como leme. comum às embarcações de lazer. cana e porta. Nessas embarcações movidas por motor de popa. • Quando se vira o leme para a esquerda (bombordo). Um mancal muito importante é o da bucha telescópica do eixo que se localiza na abertura do casco por onde o eixo passa para fora da embarcação.com [MANOBRA DE EMBARCAÇÃO] popa. com rotação para a direita. para ambos os bordos. porém. o efeito máximo do leme é obtido com 45º de inclinação da porta em relação a quilha da embarcação. sempre. Agora. sabe-se que na prática. havendo correnteza passando sob a embarcação.ventoempopa. A cabeça é a parte da madre onde encaixa a cana do leme.é uma espécie de dobradiça. Há embarcações que possuem mais de um hélice. O eixo propulsor é apoiado em mancais que suportam seu peso e o mantém alinhado. O leme só tem ação quando a embarcação está em movimento. denominada cadaste. sempre. na situação de embarcação e hélice em marcha a VANTE. o leme pode ser comandado por um timão ou por uma roda de leme). na Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador 16 . embora a maioria possua apenas um e este fica submerso e situa-se na popa da embarcação. que é uma barra de madeira ou ferro com a qual se pode movimentar o leme para governar a embarcação (Além da cana do leme. a proa vira para a esquerda (bombordo). vamos analisar o efeito do leme e do hélice.www. Pela madre movimenta-se o leme. existem ainda as governaduras que são peças de latão ou ferro que dão apoio ao leme e permitem o movimento vertical . A superfície do leme é chamada porta . que tem por finalidade dar direção a embarcação e mantê-la no rumo determinado. considerando uma embarcação de um só hélice. Porém. Efeitos do Leme e do Hélice sobre uma Embarcação As embarcações de esporte e recreio (lazer) geralmente são movidas por motor de popa ou motor de centro com rabeta. Tendência da Proa das Embarcações • Quando se vira o leme para a direita (boreste) a proa vira para a direita (boreste). É por intermédio do leme que se faz o barco guinar (girar para boreste e bombordo). o seu efeito máximo não passa dos 35º. Hélice As pequenas embarcações em geral são movidas por motores. o leme é constituído de uma estrutura metálica ou de madeira. envolto por uma peça robusta situada no extremo da quilha. que possui um hélice em sua extremidade. No leme. Os hélices mais empregados são os hélices que giram para a direita. Basicamente o leme se divide em: madre.é sobre a porta que age a pressão da água para fazer o barco mudar de rumo. que transmitem um movimento de rotação a um eixo (eixo propulsor). Teoricamente. para serem manejadas com facilidade. Atracar e Desatracar Corda e Cabo . • Quando em mar ruim para vencer as ondas grandes devese acelerar na subida e desacelerar antes da descida. Prender uma embarcação a um cais ou a outra embarcação que já esteja atracada é atracar. Cabos grossos e cabos finos. que varia em seu comprimento. a proa vira para a direita (boreste) lentamente. içar a âncora. procurando alinhar-se ao que predominar mais. Os cabos que prendem a embarcação ao cais chamam-se espias. jogando-as ao cais para que alguém as amarre aos cabeços ou argolas existentes no cais. Os cabeços. largar a bóia onde esteve é desamarrar ou largar. cabos fixos e cabos de laborar. com seguimento.. na situação de embarcação e hélice em marcha a RÉ.. As espias são consideradas os cabos principais de amarração da embarcação. invertendo-se o seguimento da embarcação e o hélice dando adiante. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho [MANOBRA DE EMBARCAÇÃO] situação de embarcação e hélice em marcha a RÉ. recolhendo a amarra do fundo. a amarra é dividida em seções denominadas quartéis. a proa pode ir para a esquerda (bombordo) ou para direita (boreste). • Com o leme a meio.ventoempopa.com Ao final desta unidade apresentamos um Quadro resumo com a tendência da proa em embarcações de um só hélice. partindo do repouso. sempre. a proa vira para a direita (boreste) lentamente. corrente e maré. junto ao cais. A corrente que leva a âncora (ferro) ao seu fundeadouro é a amarra.www. Para prender uma embarcação ao cais é preciso usar espias. sempre. a proa vira para a direita (boreste) lentamente. tê-la seguro a uma boia é pegar a boia (ou amarrar). na situação de embarcação com seguimento a VANTE e hélice dando atrás. invertendo-se o seguimento da embarcação e o hélice dando adiante. O conjunto de quartéis de uma amarra forma uma quartelada. inicialmente a proa vira para a esquerda (bombordo) e em seguida para a direita (boreste) rapidamente. que podem ser singelos ou duplos.. a proa vira para a direita (boreste). neste último caso diz-se que a atracação foi a contrabordo de outra embarcação. Fundear e Suspender . duas exceções: A corda do sino e a corda dos relógios.Diz-se que na Marinha não há corda. as espias recebem nomes. na situação de embarcação com seguimento a VANTE e hélice dando atrás. de acordo com o tamanho da embarcação. e também resistentes para aguentar a embarcação na posição desejada. a proa vira para a direita (boreste) lentamente. Uma embarcação fica presa ao cais pelos cabos. em relação à embarcação. porém. na situação de embarcação e hélice em marcha a VANTE. para permitir a movimentação da embarcação é suspender. De acordo com a sua posição. são peças que servem para prender as espias das embarcações quando atracadas ao cais.Corrente ou cabo que serve para prender a âncora ao paiol da amarra ou ao convés da embarcação.As manobras de fundear e suspender devem ser feitas. mas tudo é cabo. Para realizar a manobra de atracar. Amarra . a manobra de lançar uma âncora ao fundo para com ela manter a embarcação segura e parada em determinado local no mar é fundear ou ancorar. a proa vira para a esquerda (bombordo) lentamente. sempre observando as condições de vento. devem ser leves e flexíveis. desprender do cais ou de outra embarcação onde esteve atracada é desatracar. usam-se cabos de grande bitola. Tudo é cabo. Arrais-Amador 17 . Existem. a espia que sai da embarcação perpendicular ao cais. Quando a bochecha da embarcação tocar o cais. leme e hélice. Recomenda-se demandar ao local da atracação com pouco segmento. (2) Espringue de proa – evita que a embarcação caia a vante. (4) Espringue de popa – impede que a embarcação caia a ré. (3) Través – evita que a embarcação se afaste do cais. passar as espias de proa e popa. porto e outros locais. Portanto. e o seu emprego deve estar de acordo com os efeitos de correntes. com máquina adiante devagar. Se a aproximação for por sotavento (figura 2). deve-se aproximar-se paralelo ao cais. O próprio vento ou corrente levarão a embarcação a encostar-se ao cais. • Atracação com vento ou corrente perpendiculares ao cais tornam a atracação mais difícil e perigosa. O certo é que o uso das espias economiza tempo e espaço. Durante uma atracação devemos nos aproximar do cais formando. • Atracação com vento ou corrente paralela ao cais (figura 3).com Espias . entre o rumo do barco e o cais. deve ser feita sempre contra o vento ou correnteza. lançantes e traveses evitam que a embarcação se movimente ou se afaste do cais. O vento e a correnteza encostará a popa ao cais. Logo que possível. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador 18 . Se a aproximação for por barlavento (figura 1). Quando a proa se aproximar do cais.ventoempopa. Diminui quando existe corrente pela proa. São muitas as formas de manobrar uma embarcação para atracar. aproximando-se ao cais com um ângulo aproximado de 30°.É o movimento da embarcação após a parada do motor. a espia colocada para ré da embarcação na direção da popa chama-se lançante de popa (5). deve-se passar um espringue de proa e dar leme para o bordo contrário ao cais e máquinas adiante devagar. passar um lançante de proa e parar a máquina.São os cabos usados para amarrar uma embarcação no cais. Seguimento: . desatracar ou simplesmente movimentar a embarcação ao longo de um cais. trapiche. Cuidados Básicos para Atracar A melhor hora para atracar a um cais é quando a maré está parada (sem corrente). A popa certamente encostará ao cais. um ângulo oblíquo e. ventos. QUADRO RESUMO PARA FIXAR MELHOR (1) Lançante de proa – evita que a embarcação caia a ré. sem inclinação para vante ou para ré chama-se través (3).www. deve-se chegar ao cais num ângulo aproximado de 45°. bem devagar. quase que parando. [MANOBRA DE EMBARCAÇÃO] A espia colocada a vante da embarcação na direção da proa chama-se lançante de proa (1). (5) Lançante de popa – impede que a embarcação caia a vante. logo que possível. na medida do possível contra o vento e a correnteza. as espias que saem de vante ou de ré na direção do meio da embarcação chamam-se espringue de proa (2) e espringue de popa (4). os espringues. como se estivesse em movimento. Cuidados Básicos para Desatracar Para desatracar deve-se. máquinas adiante devagar e colocação de defensas para proteger o costado. quando julgar suficiente o afastamento da popa.ventoempopa. Fundear Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Chama-se fundear ou ancorar à manobra de lançar uma âncora ao fundo. dar comandos para adiante e ir entrando com o espringue de proa. exceto a que diz para ré. largar os cabos de ré. para afastar a popa do cais. com segurança. basta passar a espia de proa. aproveitar o efeito do leme para afastar a popa e então largar os cabos de vante. com corrente de proa a desatracação fica mais fácil folgando-se primeiro os cabos de vante. conserva algum movimento após a parada do motor. mantendo-se os cabos de ré apertados (figura 6). ou seja. como se estivesse em movimento. De uma maneira geral. como regra geral. a não ser que a direção da corrente ou do vento aconselhe o contrário.com [MANOBRA DE EMBARCAÇÃO] • A corrente de proa permite que a embarcação seja governada pelo leme. recomenda-se a atracação por bombordo. mantendo o leme contrário ao cais. Quando a proa se aproxima do cais. dar máquinas adiante devagar. • A atracação deve ser feita enquanto a embarcação tem seguimento.www. Quando a proa se aproxima do cais. • Quando não há corrente ou vento (figura 4) – Leme a meio. • O seguimento diminui quando há corrente pela proa. A corrente de proa permite que a embarcação seja governada pelo leme. para fundear devemos inverter a máquina e Arrais-Amador 19 . ir entrando com a espia. dar comandos adiante logo que for conveniente. para com ela manter a embarcação segura por meio de sua amarra. possa dar adiante seguindo o rumo desejado. (espringue de popa). leme contrário ao cais e dar máquinas adiante devagar. de passo direito. na popa. exceto a que diz para vante. • Quando há corrente ou vento pela popa (figura 5) – Primeiro. na proa (espringue de proa). • Para embarcações de um só hélice. deve-se dar leme no sentido contrário ao cais lentamente até que a popa fique safa. • Quando há corrente ou vento pela proa – Largar todas as espias. devemos largar todas as espias. dar comandos para trás. mantendo o leme na direção do cais. deve-se colocar o leme a meio e dar comandos de máquinas atrás devagar. Com isto a embarcação afasta a proa do cais. basta passar a espia de proa. Pode-se também largar todas as espias exceto o espringue de popa. procurando manobrar para abrir a popa. e soltar então o espringue e de proa até que a embarcação se afaste do cais o suficiente para que. Ao iniciar o deslocamento. soltando o espringue de popa e manobrando o leme de maneira que a proa fique na direção desejada. tem importância quando a âncora se perde. para embarcações mais leves e em condições normais de tempo e mar. devido principalmente às dificuldades de manobra e de arrumação a bordo. o tamanho do filame (quantidade de amarra a se largar) deve ser no mínimo 3 vezes a profundidade do lugar em que foi lançado o ferro. Âncora ou Ferro [MANOBRA DE EMBARCAÇÃO] quando a embarcação estiver caindo a ré.www. precisa de um "filame" (cabo) 5 vezes maior que a profundidade do local para fixar-se. por não fazerem parte da bibliografia para Arrais-Amador. este modelo tem o inconveniente de ser difícil de ser Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador 20 . a âncora Bruce precisa de um filame mínimo apenas de três (3) vezes maior que a profundidade do fundeadouro. deve-se optar por "patas" finas. Todas as embarcações. ou seja. onde se largou a âncora. A âncora. Chama-se pegar a boia à manobra de amarrar a embarcação a uma boia flutuante. a embarcação não é arrastada por ventos. devem dotar uma âncora. em boas condições de tempo e mar. devemos aproar a embarcação a ela. Estando a embarcação presa no fundo do mar. Assim. Para marcar o local em que foi fundeada a âncora. não se mostram eficientes para fundos de pedra. compatível com o seu tamanho. pois possuem braços fixos. a mais tradicional e uma das mais antigas de que se tem notícia é o tipo Almirantado. foi substituída pelas âncoras do tipo patente. que é o local onde ela está fundeada. No entanto. recomenda-se que toda embarcação tenha uma âncora a bordo. a âncora mantém a embarcação no fundeadouro. também é chamada de ferro. ou seja. a "Danforth". 20 metros de cabo ou amarra. ela possui algumas partes móveis e. Esta âncora é a mais comum para embarcações de lazer. Em fundos de pedra. Para fundos de areia dura. quase metade do cabo que seria usado com uma âncora Danforth. Não se pode pensar em fundear ou ancorar. com no mínimo. sem falar de âncora ou ferro. no entanto. independente das Normas. Destinada aos fundos de areia. largar a âncora.com Embarcação fundeada Embarcação na boia (pegar a boia) Boia de Arinque . essa bóia além de mostrar a posição da âncora. usa-se uma bóia de arinque. Mais barata que outros modelos. o comprimento do cabo (amarra) depende dos locais onde habitualmente deva ser fundeada a embarcação. havendo risco de mau tempo ou fundeio demorado o indicado é de 5 a 7 vezes a profundidade do lugar. com pouco seguimento. As quais não serão abordadas nesta apostila. Âncoras para Embarcações de Esporte e/ou Recreio A que se vê na figura ao lado é do tipo Danforth.É o tipo de boia utilizada por embarcações de grande porte para indicar o local onde a âncora está no fundo. o filame é o pedaço da amarra necessário para fundear a embarcação. Há diferentes tipos de âncoras. Para se pegar uma boia. mas se deve empregar um ancorote mais pesado. correntezas ou ondas. é fácil de guardar a bordo.além de unhar mais forte. exceto as miúdas. Âncora Bruce . usa-se um filame menor. por isso. ele pode ser reduzido. lama ou cascalho. Se houver pouco espaço para permitir o uso do filame indicado.ventoempopa. num fundeio normal. ou seja. é recomendada apenas para embarcações pequenas.com [MANOBRA DE EMBARCAÇÃO] arrancado. Âncora Flutuante – Também denominada “Drogue” ou Âncora de Mau Tempo. normamente usadas para fundeios temporários ou como auxiliares da âncora principal. a âncora Arado é mais segura. de guardar (estivar) e avaria nas partes móveis. especialmente em areia e lama. Recomendada para embarcações pequenas. • Suspender – sair com a embarcação do local de fundeio.Com capacidade de Fixação superior à dos outros modelos. pois dificilmente se solta quando a correnteza ou o vento mudam de direção. Arrais-Amador 21 . com pouco segmento. • Tença – significa o tipo de fundo (qualidade). • Curva de Giro Padrão – É a curva que a embarcação faz quando o leme está para um dos bordos a um determinado grau considerado padrão e a uma determinada velocidade padrão. um bom fundeadouro tem como características: ter uma profundidade adequada ao fundeio e ao tipo de âncora. a âncora Garatéia pode ser feita em casa. corrente ou maré. • Por a embarcação à capa – é a manobra efetuada quando se quer manter a embarcação com a proa chegada ao vento para aguentar o mau tempo. não serve para fundear. • Garrando – quando uma embarcação é levada pelo vento. ter um fundo de boa tença e ser abrigado de ventos. De uma maneira geral. mas abatendo consideravelmente e formando uma esteira de calma. Âncora CQR ou Arado . correntes e ondas. diz-se que ela está garrando. • Correr com o Tempo – a expressão “correr com o tempo” significa: por o mar pela alheta e navegar com velocidade reduzida para aguentar um temporal. Algumas Expressões Marinheiras Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho • À Matroca – a expressão “à matroca” significa: derivar em função do vento e correntes marítimas.ventoempopa. ao contrário das outras. com um tubo de PVC e ferros de construção.www. ou seja.Projetada para fundos de pedra ou coral. Sua maior vantagem é que os ganchos se enroscam no fundo e abre-se com facilidade quando o cabo é puxado. recolhendo a âncora. é usada para diminuir a velocidade da embarcação que. pode ser usada como Ancorote. Como desvantagem. de mau tempo. menores de 5 metros de comprimento. podemos citar a dificuldade de unhar em fundos duros. no mar esteja a mercê de vagas e do vento. arrastando pelo fundo sua âncora. Ancorote – é uma versão menor de âncora. Fateixa Dobrável – Boa para fundo de pedra. Âncora Garatéia . Aprenda a fazer este nó na internet.guiadenos. . Veja que a segunda volta é invertida. Nó de pescador – Usado para encurtar uma linha. no endereço: http://www.guiadenos. puído). como aqueles fixados as boias circulares chamamos de RETINIDA.br/nos_view. no endereço: http://www. confunde-se com o nó direito.xpg.guiadenos. NOTA: As pontas dos cabos são chamadas CHICOTE do CABO. Nó de escota – Usado para unir (emendar) dois cabos de diferentes bitolas pelo chicote ou um chicote a um olhal ou alça. no endereço: http://www.Aprenda a fazer este nó na internet.ventoempopa.br/nos_view.Aprenda a fazer este nó na internet.br/materiais/apostilanos.com. escondendo um ponto em que ela esteja coçada (gasta). Não recorre.com.br/nos_view.guiadenos. Muito usado para amarrar embarcações pequenas ao arganeu de uma boia. no endereço: http://www.classesagrupadas. Nó de azelha – Usado para fazer uma marcação num cabo.asp?id={72814FB2-7653-469A-AECC2A55478618A5} Volta falida – Usados para fixar Volta da Ribeira – Usada para Volta do Fiel – Usada para fixar as espias nos cabeços.asp?id={B5C6828E-86BD-4A02-8945ED31644F9251} Nó de Catau – Usado para encurtar um cabo ou esconder um ponto gasto (coçado. ou silar uma parte do cabo que esteja coçada (ferida em consequência de atrito).www. verga malaqueta ou cunho. o meio do cabo chamamos de SEIO do CABO. o chicote em mastro. Antena. Aprenda a fazer este nó na internet.asp?id={307A436D-012D-4CFB-86AFEA6D7FBA90DE} Lais de guia – É o nó mais usado. .br ou baixe uma Apostila de Nós.asp?id={8711DCB7-BF1F-454D83A5-0B8D4FE24A62} Nó torto – Pouco usado.pdf Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador 22 . Para maiores detalhes sobre “nós e voltas”.br/nos_view.com. amarrar um mastro.com. . no endereço: http://www.guiadenos. Um cabo fino. no endereço: http://www.com.br/nos_view. e de modo geral objetos leves para içar.Aprenda a fazer este nó na internet.com.guiadenos. acesse: http://www. .com Nós e Voltas [MANOBRA DE EMBARCAÇÃO] Apresentamos aqui alguns dos principais nós e voltas para que você aprenda. Serve para formar uma alça ou um balso.com. Porém recorre. pois eles serão muito úteis a bordo e nas mais variadas situações: Meia Volta – Sua principal função é servir como base ou parte de outros nós.asp?id={62C90F1F-452E-46B58928-A6DFAB11523D} Nó direito – Usado para unir (emendar) cabos de mesma espessura (bitola). estando à embarcação com seguimento (movimento) para vante. Assim. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador 23 .ventoempopa. 589 Legenda: AV – a vante AR – a ré BB – Bombordo BE . uma vez que o seu efeito será resultante da força das águas sobre sua porta. independente do comportamento de sua embarcação.com [MANOBRA DE EMBARCAÇÃO] QUADRO – TENDÊNCIA DA PROA EM EMBARCAÇÕES DE UM SÓ HÉLICE COM ROTAÇÃO PARA A DIREITA EFEITOS DO HÉLICE Posição do LEME Embarcação e Hélice em Marcha AV Embarcação e Hélice em Marcha AR Partindo do repouso Com seguimento Partindo do repouso Com seguimento A MEIO Para BB lentamente Para BE lentamente Para BE lentamente Para BE lentamente A BB Para BB rapidamente Para BB Para BE muito lentamente Para BE rapidamente A BE Para BE lentamente Para BE Ação do Leme Grande Grande Para BE lentamente Muito pequena Para BE lentamente Pouco maior sem máquina Embarcação com seguimento a AV e hélice dando atrás Para BE lentamente Inicialmente para BB e em seguida para BE rapidamente Embarcação com seguimento a AR e hélice dando adiante Pode ir para BB ou BE Para BE lentamente Para BE Para BE lentamente Pequeno Médio Adaptado do Livro Arte Naval – Maurílio M. adotado pela Diretoria de Portos e Costas (DPC) na prova de Arrais-Amador. a proa da embarcação irá para esse bordo. Nesses casos.Boreste Muito Importante: O quadro acima. Ao contrário. quando a embarcação está com seguimento para ré e guina-se para boreste. ao girarmos o timão para um bordo.www. considere o quadro apresentado como muito importante para se dá bem na prova. ou seja. ou seja. por ser o comportamento que ocorre com maior frequência nas embarcações. é válido apenas como regra gerai e mostrado a título de instrução. é por meio do leme que se faz a embarcação guinar (para boreste ou bombordo). exceto nos casos de correnteza. – 2002 – pag. Assim. se o timão está guinando para boreste a proa irá para boreste e vice-versa. Lembre-se: O leme comandado pelo timão tem a função de dar direção a uma embarcação e mantê-la no rumo traçado. teremos a impressão que a proa da embarcação passou a ser a popa. a proa vai para bombordo e vice-versa. Fonseca – 6ª Ed. utilizando-se regras internacionais de navegação. RIPEAM Finalidade do RIPEAM . Palavras e Termos utilizados pelo RIPEAM: ≈ A palavra “embarcação” designa qualquer engenho ou aparelho.www. não esteja em uso. amarradas a terra ou encalhadas. Sinais de Perigo e Sinais Diversos. se encontra restrita em sua capacidade de manobrar. amarradas a terra ou encalhadas.As regras do RIPEAM se aplicam a todas as embarcações em mar aberto e em todas as águas a este ligadas.com [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO] Veremos nesta unidade. 4 anexos e incorpora as emendas de 1981. ≈ O termo “embarcação a vela” designa qualquer embarcação sob vela. ≈ O termo “em movimento” se aplica a todas as embarcações que não se encontram fundeadas. A pesca de anzol não se inclui nesta definição. Luzes Especiais e Regras de Governo. ≈ O termo “embarcação com capacidade de manobra restrita” designa uma embarcação que devido a natureza de seus serviços. está com severas restrições de manobra. 1993 e 2001. ≈ O termo “embarcação sem governo” designa uma embarcação que se encontra incapaz de manobrar. O RIPEAM apresenta medidas para evitar abalroamento no mar. conhecida no Brasil como RIPEAM. a fim de evitar acidentes envolvendo mais de uma embarcação. ≈ O termo “no visual” significa que uma embarcação observa a outra visualmente. ≈ O termo “embarcação de propulsão mecânica” designa qualquer embarcação movimentada por meio de máquinas ou motores. A “Convenção sobre o Regulamento Internacional para Evitar abalroamento no Mar” (COLREG). internacionalmente. utilizando-se regras internacionais de navegação. em 1977. se houver. Aplicação do RIPEAM . ≈ O termo “em movimento” se aplica a todas as embarcações que não se encontram fundeadas. ou seja. ≈ O termo “embarcação engajada na pesca” designa qualquer embarcação pescando com redes. luzes e marcas e ainda sinais sonoros. Sistema de Balizamento Marítimo da IALA B. ≈ O termo “embarcação restrita devido ao seu calado” designa uma embarcação que. 1987. luzes. no ano de 1972 e entrou em vigor. navegáveis por navios de alto mar. devido ao seu calado em relação à profundidade e largura de um canal.Evitar abalroamento no mar. usado ou capaz de ser usado como meio de transporte sobre a água. marcas e sinais. com a máquina de propulsão. Noções Básicas de Luzes de Navegação. 1989. redes de arrasto ou qualquer outro equipamento que restringe sua manobrabilidade. O RIPEAM é composto de 38 regras. foi adotada pela Organização Marítima Internacional (IMO). convencionadas pelos países membros da IMO e que padronizam as ações e manobras. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 24 . inclusive veículos sem calado (sobre colchões de ar) e hidroviários. e para embarcações em águas interiores.ventoempopa. linhas. É a velocidade que possibilita uma ação apropriada e eficaz para evitar abalroamento bem como para ser parada a uma distância apropriada às circunstâncias e condições predominantes – devemos diminuir a velocidade. ≈ Uma embarcação não deve cruzar um canal estreito se esta manobra vier atrapalhar a passagem de outra que só pode navegar no canal. Velocidade de Segurança . ≈ Usar as regras prescritas e soar os sinais de manobra previstos no RIPEAM. que estiver ao seu boreste. que houve alteração de movimento. com ampla antecedência. ≈ Toda manobra para evitar abalroamento deverá ser feita de forma franca e positiva. demonstrando à outra embarcação. Choque de dois veículos em terra. auditiva e eletrônica. embarcações a vela ou engajadas na pesca não devem atrapalhar a passagem de outra embarcação que só possa navegar com segurança dentro do canal. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 25 . aproximandose.com Regras de Governo e Navegação Abalroamento . ou quase diretamente opostos. [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO] Regras para conduzir embarcações em qualquer condição de visibilidade: ≈ Em face de NÃO existir sinalização em alto mar. ≈ Embarcações com menos de 20 metros de comprimento. Em caso de dúvida presuma que o risco de colisão existe. passando bombordo com bombordo. A situação de roda a roda é caracterizada quando os rumos são diretamente ou quase diretamente opostos. ≈ Uma embarcação deve evitar o máximo possível fundear em um canal estreito. para ser imediatamente visualizada pela outra embarcação. efetuar constante vigilância visual. Embarcações a vela de comprimento inferior a 20 metros. as duas guinam para boreste. ambas devem ir mais para a margem de seu boreste. em movimento. em condições que envolvam risco de abalroamento. poderá exibir uma lanterna combinada no mastro onde melhor possa ser vista. Regras para conduzir embarcações em canais estreitos: ≈ Uma embarcação deverá manter-se tão próxima e segura do limite exterior do canal. na água ou no ar.www. estiverem se aproximando em rumos diretamente opostos. quando duas embarcações navegam num canal estreito. Regras para conduzir embarcações no visual uma da outra: • Situação de Roda a Roda Quando duas embarcações. ou seja.Ato ou efeito de abalroar. resultando em uma passagem a distância segura. usando velocidade de segurança para poder manobrar a tempo de evitar um abalroamento. em rumos apostos. ≈ Existe um risco de abalroamento com outra embarcação quando a sua marcação for constante e a distância estiver diminuindo.ventoempopa. a propulsão mecânica. e pela corrente de sucção. a sua frente com segurança. a propulsão mecânica. Tendência em águas restritas . Manobra em Canais Estreitos As regras de navegação e manobras em rios e canais que apresentem restrições sejam em área para evolução ou profundidade. principalmente em locais de pouca profundidade. mantendo-se fora do caminho da outra evitando cruzar a sua proa (frente). principalmente se a embarcação for a propulsão mecânica. tende a aumentar o calado da embarcação. gerado pelo sistema de ondas que se inicia na proa. aproximando-se.A velocidade em canais e rios. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Cruzamento de embarcações . a embarcação é considerada uma “embarcação alcançadora”. • Situação de Rumos Cruzados Quando duas embarcações.ventoempopa. Arrais-Amador e Motonauta 26 . à pequena distância. Nessa situação. navegam em rumos que se cruzam.com [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO] • Situação de Ultrapassagem Quaisquer que sejam as condições. isto é. Convém que ambas as embarcações mantenham a velocidade a mais reduzida possível para lhes permitir governar. Na prática. devendo manobrar para passar pela outra. em rumos opostos. a tendência é de a proa guinar para a margem mais distante e a popa ser atraída para a margem mais próxima. toda embarcação que esteja ultrapassando outra deverá manter-se fora do caminho dessa outra. quanto a: Velocidade .5° para ré do través dessa última. deve-se reduzir a velocidade da embarcação para que esta não venha a tocar o fundo. não tem preferência de passagem. .www. Uma embarcação está ultrapassando outra quando se aproxima vindo de uma direção de mais de 22. uma tendência das ondas que se formam na proa de encontrarem resistência na margem mais próxima. Nesse caso. requerem do navegante alguns cuidados e procedimentos. Nesse caso. A embarcação que tem preferência deve manter seu rumo e velocidade ou manobrar apenas quando verificar que a colisão parece inevitável por omissão da responsável pela manobra. pode haver uma interferência recíproca devido ao movimento das águas. a manobra correta para evitar risco de abalroamento é que ambas as embarcações devem ir mais para a margem de seu boreste. principalmente em canais e rios estreitos. repelindo a proa para o bordo oposto. se a quantidade de água embaixo da quilha for pequena em relação ao calado. tem preferência de passagem a que avistar a outra pelo seu bombordo. A embarcação alcançadora (de maior velocidade). deve manobrar.Verifica-se.Quando duas embarcações navegam num canal estreito. manobrando antecipada e substancialmente. a embarcação que avistar a outra por boreste (ver a luz encarnada da outra embarcação).Quando duas embarcações passam em rumos paralelos e em sentidos contrários. a que vê a luz verde da outra embarcação. mas deverá manter-se afastada do caminho de embarcações: A. evitar atrapalhar a passagem segura de uma embarcação restrita devido ao seu calado. ≈ Toda embarcação que não uma embarcação sem governo ou com capacidade de manobra restrita deverá. emprego e situação da embarcação. A vela ≈ Uma embarcação de vela em movimento tem preferência em relação a uma embarcação a motor. Com capacidade de manobra restrita C. dependendo da propulsão. possibilitando que a outra embarcação perceba a sua intenção e que tenha a eficácia de se manter bem safa da outra. e de forma clara. Com capacidade de manobra restrita ≈ Uma embarcação com capacidade de manobra restrita em movimento tem preferência em relação a uma embarcação a vela e embarcação engajada na pesca. mas deverá manter-se fora do caminho de embarcações: A. exibindo os sinais adequados à situação. fazê-lo antecipadamente. se as circunstâncias do caso o permitir. Sem governo. Engajada na pesca D. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 27 . Sem governo B. Embarcação engajada na pesca ≈ Uma embarcação engajada na pesca em movimento tem preferência em relação a uma embarcação a vela. tanto quanto possível. Sem governo B.www.ventoempopa. a Regra 18 do RIPEAM define quem deve manobrar. levando em conta suas condições especiais. Com capacidade de manobra restrita C. Vejamos as regras: ≈ Uma embarcação à propulsão mecânica em movimento deverá manter-se fora do caminho de embarcações: A.com Regras de Preferência Entre Embarcações [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO] Exceto em situações especiais. mas deverá manterse fora do caminho de embarcações: A. ≈ Uma embarcação restrita devido ao seu calado deverá navegar com cuidado redobrado. Toda embarcação obrigada a manobrar deverá. ≈ Uma embarcação sem governo tem preferência em relação a todas as demais embarcações. Sem governo B. Quanto à apresentação das luzes. independentemente do tipo de propulsão.www. Nevada. Definição das Luzes de Navegação: ≈ Luz de mastro é uma luz branca contínua. Tempestade e outras de mesma natureza.5° por ante-a-ré do través do seu respectivo bordo. a do mastro de ré da embarcação terá que ser sempre a mais alta. visível apenas de quem vem de ré.5° por ante-a-ré do través de ambos os bordos. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 28 . Exibição das Luzes de Navegação Embarcações de Esporte e/ou Recreio de comprimento inferior a 12 metros. ≈ Luz de bordo é uma luz verde a boreste e encarnada a bombordo. situada sobre o eixo longitudinal da embarcação. as bóias do balizamento podem ser cegas ou luminosas. se tiver velocidade maior que 7 nós. e por cima desta. visível em setores de 112.ventoempopa. As luzes de navegação são setorizadas para melhor identificar o movimento da embarcação.Pode ser causa por Chuvas Torrenciais. Embarcações de propulsão mecânica em movimento com mais de 50 metros de comprimento devem exibir: • luz de mastro de vante branca • luz de mastro de ré mais alta que a de vante branca • luzes de bordos • luz de alcançado Embarcações com comprimento entre 12 e 50 metros devem exibir: • luz de mastro de vante branca • luz de mastro de ré (facultativa) • luzes de bordos • luz de alcançado Embarcações menores que 7 metros. deve apresentar também luzes de bordos. visível em um setor horizontal de 225° desde a proa até 22. ≈ Luz de alcançado é uma luz branca contínua situada tão próximo possível da popa. devem apresentar uma luz branca. posicionada para projetar sua luz sobre um setor de 67. Nevoeiro. ≈ Luz de reboque é uma luz amarela com as mesmas características da luz de alcançado. Se houver duas exibidas. Névoa. [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO] As luzes de navegação devem ser exibidas do pôr ao nascer do sol e em períodos de visibilidade restrita. quanto ao seu posicionamento e visibilidade. As marcas de navegação são cegas (não emitem luzes) e devem ser exibidas no período diurno. em um setor horizontal de 135°. esferas e cilindros. exibem normalmente luzes de bordo e uma luz circular branca.5° desde a proa até 22. de cor preta.5° de cada bordo a partir da popa. à noite. Elas são apresentadas em cones.com Luzes e Marcas de Navegação Visibilidade Restrita . sendo que não deve haver outras luzes que possam confundir a sua identificação por parte de outras embarcações. veremos: • 3 luzes brancas (verticais) no mastro a vante • luz de alcançado • luzes de bordos • luz de reboque (amarelo) acima da de alcançado.Com seguimento. e • Se for incapaz de se desviar do seu rumo. sendo a superior e a inferior encarnadas. exceto a luz amarela de reboque. e a do meio branca . exibirá também: • Luzes de mastro • Luzes de bordos • Luz de alcançado Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 29 .Com seguimento. Se for incapaz de se desviar do seu rumo. Se o comprimento do reboque for superior a 200 metros. exibirá também: • Luzes de bordos • Luz de alcançado Embarcação com capacidade de manobra restrita deve exibir: • 3 luzes verticais.com [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO] As luzes anteriormente citadas devem ser exibidas pelas embarcações em situações normais. Embarcações empurrando ou rebocando a contrabordo devem exibir: • As mesmas luzes dos casos anteriores. deve também exibir as luzes de embarcação com capacidade de manobra restrita. deve também exibir as luzes de embarcação com capacidade de manobra restrita. Embarcação sem governo deve exibir: • 2 luzes encarnadas (verticais) no mastro a vante .www. • • Embarcações simultaneamente rebocando e empurrando ou rebocando a contrabordo devem exibir: As mesmas luzes dos casos anteriores.ventoempopa. Vejamos algumas: Luzes de reboque e empurra – se o comprimento do reboque for inferior a 200 metros de comprimento. Em situações especiais outras luzes poderão ser exibidas. a embarcação rebocadora deve exibir: • 2 luzes brancas (verticais) no mastro a vante • luz de alcançado • luzes de bordos • luz de reboque (amarelo) acima da de alcançado. Bandeira B Embarcação engajada em varredura de minas deve exibir: • 3 luzes circulares verdes. • 2 luzes circulares verdes • Com seguimento usar luzes de bordos e luz de alcançado. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 30 .www. com vértice para baixo. Embarcação engajada em operação submarina ou de dragagem com capacidade de manobra restrita e com existência de obstrução deve exibir: • luzes de embarcação com capacidade de manobra restrita • 2 luzes circulares encarnadas no bordo onde se encontra a obstrução. E na impraticabilidade do uso das luzes e marcas. Embarcação encalhada deve exibir: • 2 luzes encarnadas circulares (verticais) • Luzes de fundeio (conforme regra acima) Embarcação transportando carga perigosa deve exibir: • 1 luz encarnada no alto do mastro ou a Bandeira Bravo durante o dia. devendo ser visível em todos os setores. sendo: 1 próxima do topo do mastro de vante e as outras duas. por uma embarcação que esteja em operações submarinas. Bandeira ALFA Se estiver fundeada não deve exibir as luzes de fundeio.ventoempopa. deve-se usar uma Bandeira “ALFA” disposta a uma altura mínima de 1 metro. quando também usando propulsão mecânica deve exibir: • Uma marca em forma de cone. Embarcação restrita devido ao seu calado deve exibir: • 3 luzes circulares encarnadas (verticais) • Luz de mastro à vante e a ré (Se a embarcação tiver comprimento inferior a 50m não é obrigada a exibir esta segunda luz a ré) • Luzes de bordos • Luz de alcançado Embarcação à vela.com [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO] Embarcação fundeada deve exibir: • 1 luz circular branca na parte de vante • 1 luz circular branca mais baixa que a de vante na parte de ré Se o comprimento for inferior a 50 metros pode exibir somente uma luz branca onde melhor possa ser vista. uma de cada lado da verga do mesmo mastro. www.ventoempopa.com Marcas de Navegação [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO] Como vimos anteriormente, as regras referentes às luzes se aplicam ao período noturno. Durante o dia as Regras são definidas por meio de marcas, onde melhor possam ser vistas. Vejamos as Regras: Embarcação fundeada 1 esfera preta Embarcação sem governo 2 esferas pretas na vertical Embarcação rebocando 2 cones pretos unidos pela base Embarcação encalhada 3 esferas pretas na vertical Embarcação com capacidade de manobra restrita 1 esfera preta sobre 2 cones pretos unidos pelas bases e outra esfera preta abaixo destes 2 cones Embarcação com capacidade de manobra restrita em função de seu calado 1 cilindro Sinais sonoros e Luminosos Embarcações de Esporte e Recreio, sem propulsão a motor, menores de 5 metros de comprimento estão dispensadas de usar buzina ou outro dispositivo que a substitua. Os sinais sonoros podem ser emitidos por apitos, buzinas ou ainda sinos e são utilizados pelas embarcações para sinalizar suas intenções, em situações de manobra, advertência e em baixa visibilidade. Vamos saber que sinais sonoros deverão soar e quanto tempo eles devem durar, de acordo com o tamanho de sua embarcação. Duração dos toques de apito: ≈ Apito curto – duração aproximada de 1 segundo ≈ Apito longo – duração aproximada de 4 a 6 segundos. As embarcações demonstram suas manobras e suas advertências, por meio de sinais sonoros, da seguinte forma: 1 apito curto Estou guinando para boreste (para a direita) 2 apitos curtos Estou guinando para bombordo (para a esquerda) 3 apitos curtos Estou dando atrás (máquinas atrás, para ré) 2 apitos longos e 1 apito curto Tenciono ultrapassá-lo por seu boreste 2 apitos longos e 2 apitos curtos Tenciono ultrapassá-lo por seu bombordo 1 apito longo, 1 curto, 1 longo e 1 curto Concordo com sua ultrapassagem 5 apitos curtos ou mais Não entendi suas intenções de manobra 1 apito longo estreitos, curvas outras de ocultas por haver embarcações obstáculos ou baixa visibilidade. A outra embarcação deve Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 31 www.ventoempopa.com [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO] responder ao sinal com 1 apito longo. Na ausência de apito, a embarcação poderá utilizar buzina ou sino para sinalizar as suas intenções. Qualquer embarcação pode suplementar os sinais de apito de advertência e manobra com sinais luminosos por meio de lampejos com duração de cerca de um segundo, em intervalos também de um segundo, da seguinte forma: Um lampejo Estou guinando para boreste Dois lampejos Estou guinando para bombordo Três lampejos Estou dando máquinas atrás O holofote pode ser utilizado para sinalizar perigo a outra embarcação quando dirigida a ela. Sinais Sonoros Emitidos em Visibilidade Restrita Quando se navega em visibilidade restrita alguns sinais sonoros devem ser executados com o propósito de evitar abalroamento com outras embarcações, especialmente, nos casos de neblina, chuva forte, fumaça, etc. Equipamentos utilizados: Embarcações menores de 12 metros Qualquer dispositivo sonoro Embarcações com mais de 12 metros Apito e sino Embarcações maiores de 50 metros Apito, sino e gongo As embarcações demonstram suas manobras em visibilidade restrita, da seguinte forma: 1 apito longo de 2 em 2 minutos Embarcação de propulsão mecânica com seguimento, com visibilidade restrita. 2 apitos longos de 2 em 2 minutos Embarcação a motor sob máquinas, mas parada e sem seguimento. Embarcação sem governo, restrita devido a seu calado, a vela, engajada na pesca, com capacidade de manobra restrita, rebocando ou empurrando 1 apito longo seguido de 2 apitos curtos de 2 em 2 minutos 1 apito longo e 3 apitos curtos 1 apito curto 1 longo e 1 curto 4 apitos curtos Embarcação rebocada Embarcação fundeada, indicando sua posição e advertindo uma embarcação que se aproxima quanto à possibilidade de uma colisão. Além do toque de sino, ou toques de sino e gongo Sinal de identificação de embarcação engajada em serviço de praticagem 5 apitos curtos Não consigo entender a sua manobra 3 badaladas distintas, 1 toque de sino e, se determinado, gongo e 3 badaladas distintas Embarcação encalhada Toque de sino a vante, seguido de toque de gongo a Embarcações iguais ou maiores de 100 metros, fundeada. ré. Lembre-se: Em visibilidade restrita, a embarcação que detectar a presença de outra em situação de risco de colisão deverá manobrar independentemente da manobra da outra embarcação com antecedência. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 32 www.ventoempopa.com Balizamento Balizamento - É o conjunto de bóias luminosas e balizas destinadas a orientar a navegação (à entrada de canais, portos e rios, ou para alertar sobre uma área de perigo rodeada por águas navegáveis etc.). O balizamento deve ser utilizado pelo navegante como orientação para uma navegação segura. [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO] É o conjunto de sinais visuais fixos, flutuantes, cegos e luminosos que demarcam os canais de acesso, áreas de manobra, bacias de evolução e águas seguras e também indicam os perigos à navegação nos portos e seus acessos, nas baias, rios, lagos e lagoas. No entanto, não se aplicam a faróis, barcas faróis, sinais de alinhamento, área de regatas, pontos de espera das eclusas e bóias gigantes. No Brasil, o balizamento adotado é o sistema “IALA B”. IALA, que em inglês quer dizer “International Association of Lighthouse Authorities”, pode ser dividido em “IALA A” e “IALA B”. Para se distinguir basicamente a IALA B (sistema usado no Brasil) e a IALA A (usado nos Estados Unidos), simples e basicamente, invertem-se as bóias que determinam as margens encarnadas para verdes e vice-versa. O sistema de balizamento da IALA é constituído pelos sinais laterais, de canal preferencial, perigo isolado, águas seguras, cardinais e especiais. Sistema de Balizamento da IALA B A identificação dos sinais de balizamento, durante o dia é feita por marca de tope, forma e cor e, durante a noite pela cor e ritmo das luzes. O Racon é um tipo de radar transponder usado na navegação marítima. O sistema de balizamento poderá ser dotado de um dispositivo denominado “racon”, que emite um sinal na tela do radar facilitando a sua identificação. Vamos recordar: A bordo de uma embarcação as cores das luzes de navegação dos bordos são verdes para boreste (BE) e encarnadas para bombordo (BB). Assim, no sistema IALA “B”, quem vai para o mar deixa os sinais encarnados por BB e os verdes por BE. Esta simples regra de coincidência de cores dos sinais de balizamento e das luzes da embarcação permite que o navegante manobre sua embarcação cumprindo as normas de balizamento. De forma inversa, aquele que vem do mar deixa os sinais encarnados por BE e os verdes por BB. a) Sinais Laterais: Os sinais laterais, geralmente são utilizados para definir os lados ou o canal preferencial a bombordo e a boreste de um caminho a ser seguido, de acordo com a direção de quem vem do mar quando se aproximam de um porto, baía, foz de rio e outras vias aquáticas. De uma maneira geral possuem formato cilíndrico, pilar, charuto ou cônico. Sinal lateral de bombordo (BB) Para serem deixados por BOMBORDO, quando a embarcação estiver entrando no porto. Tem a cor verde e pode ser da forma cilíndrica, pilar ou charuto. Quando houver luz, a bóia exibirá luz verde. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 33 coincidindo com as cores das luzes da embarcação. quando a embarcação estiver entrando no porto as bóias encarnadas devem ficar pelo boreste (direita) da embarcação e as bóias verdes pelo bombordo (esquerda). pilar ou charuto. a bóia exibirá luz verde. subindo o rio (de jusante para montante). Quando houver luz. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 34 . avistará as bóias verdes pelo seu boreste e as bóias encarnadas pelo seu bombordo.com [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO] Sinal lateral de boreste (BE) Para serem deixados por BORESTE. a bóia exibirá luz encarnada. a partir da entrada do canal vindo do mar e.ventoempopa. no caso da navegação fluvial. Indicam que o “canal preferencial está a boreste desta bóia”. Assim.www. Vamos memorizar: A regra a ser seguida é. pilar ou charuto. Quando houver luz. Pode ser da forma cônica. No Brasil a “direção convencional do balizamento”. ou seja. a numeração do balizamento de canal segue a ordem crescente. Então aparecerão bóias encarnadas com uma faixa verde. aparecerão bóias verdes com uma faixa encarnada. quando esta mesma embarcação estiver saindo do porto. referenciando a coincidência das cores das luzes de navegação e das bóias. b) Sinais Laterais Modificados: Canal preferencial a bombordo Há também a possibilidade de bifurcação dos canais. Quando houver luz. a bóia exibirá luz encarnada. quando a embarcação estiver entrando no porto. Tem a cor encarnada e pode ser da forma cônica. Indicam que o “canal preferencial está a bombordo desta bóia”. Canal preferencial a boreste Da mesma forma. Por isso dizemos na Marinha que “um marinheiro entra num porto solteiro e sai casado”. ventoempopa. os sinais cardinais indicam o quadrante que. De cor preta com uma larga faixa de cor amarela. tais como pedras. Estes sinais são colocados junto ou sobre um perigo que tenha águas navegáveis em toda a sua volta. De cor preta sobre a amarela. a noite. por dois cones pretos. De dia são identificados por duas esferas pretas uma sobre a outra. de dia. com três lampejos brancos rápidos (em intervalos de 10s) ou muito rápidos. e) Sinais cardinais: Nas cores amarelo e preto. à noite. navios afundados. Podem ser usados para indicar águas mais profundas ou ainda para chamar a atenção para a junção. ou seja. um sobre o outro. com lampejos brancos rápidos ou muito rápidos ininterruptos. ou o quadrante em que a embarcação deve se manter. com dois sinais iguais para balizá-lo. distingue-se. um sobre o outro.com c) Perigo Isolado: [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO] Os sinais de “perigo isolado” indicam a existência de perigos à navegação. ou o quadrante em que a embarcação deve se manter. As marcas de tope apontam para as posições das faixas pretas. por dois cones pretos unidos pela base (base a base). em que a embarcação deve passar para estar livre dos perigos. temos águas seguras. De cor amarela sobre preto. de dia. a noite. com intervalos de 5s. etc. ou seja. a noite. com seis lampejos brancos rápidos (em intervalos de 15s) ou Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 35 . distingue-se. Novos Perigos Quando da existência de um perigo isolado ainda não registrado em carta náutica. por dois lampejos brancos. bifurcação ou fim de um canal. com os vértices para baixo. Bóia de Sinal Cardinal Sul Indicam que as águas mais profundas estão ao sul deste sinal. De dia são identificados por uma esfera encarnada. d) Águas Seguras: Os sinais de “águas seguras” indicam que em torno desses sinais ás águas são seguras para a navegação (águas navegáveis). com os vértices para cima. Bóia de Sinal Cardinal Norte Indicam que as águas mais profundas estão ao norte deste sinal. por dois cones pretos. se o perigo oferecer risco à navegação é importante utilizar um balizamento dobrado. ou o quadrante em que a embarcação deve se manter. de noite exibe luz branca isofásica e exibe a letra A do código Morse. Bóia de Sinal Cardinal Leste Indicam que as águas mais profundas estão a leste deste sinal.www. distingue-se. É de cor branca e encarnada em listas verticais. É de cor preta e encarnada em listas horizontais. de dia. a partir deles. no Balizamento Fluvial. versão anglicizada do francês m'aider ou m'aidez. distingue-se. A marca de tope de um sinal especial é um X (xis) amarelo.É a chamada radiotelefônica de emergência ou socorro. a margem esquerda é a margem situada do lado esquerdo de quem desce o rio. lagos e lagoas.com [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO] muito rápidos (em intervalos de 10s).Relativo a rios. No sistema IALA B adaptado à navegação fluvial entende-se por margem esquerda a margem situada do lado esquerdo em relação à direção de montante para a desembocadura do rio e margem direita a margem situada do lado direito. área de despejos. A Arrais-Amador e Motonauta 36 . cabo ou tubulação submarina. área de exercícios militares. áreas de segurança.www. com intervalos de 10s. Mayday . pode-se se usar os seguintes sinais de perigo: ≈ A palavra MAY DAY emitida por radiotelefonia ≈ Foguetes com luz encarnada (à noite) ≈ Sinal explosivo em intervalos de 1 minuto ≈ Toque contínuo de qualquer aparelho de sinalização ≈ Código internacional de sinais bandeira NC ≈ Movimentos com os braços para cima e para baixo ≈ Bandeira quadrada de qualquer cor tendo acima ou abaixo uma esfera ou qualquer coisa semelhante a uma esfera ≈ Sinal de SOS emitido por qualquer método de sinalização inclusive telegrafia ≈ Foguete luminoso com pára-quedas ou tocha manual exibindo luz encarnada (à noite) ≈ Fumaça alaranjada (de dia) ≈ Radiofarol de emergência indicador de posição ≈ Corante de água ≈ Pedaço de lona alaranjado com um círculo e um quadrado preto para identificação aérea. é proibido o uso ou exibição de qualquer um dos sinais de perigo ou de outros que com eles possam ser confundidos. dragagens. separação de tráfego e outros fins especiais. um sobre o outro ponta a ponta. Regras para o Balizamento Fluvial e Lacustre Fluvial . Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Estando uma embarcação em perigo. navegando no sentido de montante para jusante.que está ou vive nas margens ou nas águas de um lago. f) Sinais Especiais: De cor amarela. também em relação à direção de montante para a desembocadura do rio. Em outras palavras. Sinais de Perigo Exceto quando da necessidade de indicar perigo. Exemplo: Uma área destinada a recreação. Bóia de Sinal Cardinal Oeste Indicam que as águas mais profundas estão a oeste deste sinal. de dia.ventoempopa. ou o quadrante em que a embarcação deve se manter. a noite nove lampejos brancos rápidos (em intervalos de 15s) ou muito rápidos. que significa "venha me ajudar". são especialmente destinados a orientar a navegação em regiões com características especiais mencionadas em documentos náuticos. De cor amarela com uma larga faixa preta. Lacustre . por dois cones pretos. logo os da margem esquerda exibirão luz encarnada.com Montante . No balizamento fluvial e lacustre que exija sinais luminosos. Se a embarcação estiver descendo o rio (navegando de montante para jusante) a bóia verde. Num rio ou canal. principalmente estreito. portanto. logo a bóia encarnada será deixada por bombordo e vice-versa.É o lado da corrente para onde correm as águas. sendo que a que vem em favor da corrente tem preferência. Regra de Preferência no Balizamento Fluvial Num canal ou rio. Obs: Anexo a esta apostila apresentamos um Quadro com os principais sinais náuticos complementares. Em pontes fixas . Jusante . deve exibir no centro uma luz rápida branca. [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO] margem direita. quando duas embarcações navegam em rumos opostos a que vem a favor da corrente deve posicionarse no meio do rio e a outra na sua margem direita. será deixada por boreste. os da margem direita exibirão luz verde. bóias e balizas usadas na navegação fluvial e lacustre. a embarcação maior tem preferência em relação a outra menor.É o lado da nascente do rio.A viga do vão principal de uma ponte fixa. QUANDO RESUMO DE APITOS Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 37 .www.ventoempopa. é a margem situada do lado direito de quem desce esse mesmo rio. nos casos de emergência.com Importância dos Primeiros Socorros a bordo [PRIMEIROS SOCORROS] Estudaremos um assunto muito importante para quem é marinheiro. Seja qual for a gravidade da situação. se isto já estiver assegurado.www. Η Agir rapidamente. você não contará com auxílio de outras pessoas. O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: “deixar de prestar socorro à vítima de acidente ou pessoa em perigo iminente. Os minutos imediatos após o acidente são os mais importantes para garantir recuperações e sobrevivência de feridos. é crime”. normalmente.ventoempopa. Além disso. Η Usar conhecimentos básicos de primeiros socorros. dominando a situação.Os primeiros socorros são medidas emergenciais de prestação de socorro. O fundamental é saber que. em situações de emergência. podendo fazê-lo. conhecimento de causa e frieza para evitar o pânico e inspirar confiança. . A bordo de uma embarcação. antes do encaminhamento médico. devese manter a calma e ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico. nervosismo. deve-se agir com calma. Primeiras Providências Os acidentes são formados de vários fatores e é comum que quem os presencia. ou até mesmo a morte. e são as principais causas de mortes ou danos que poderiam ser evitados. ao invés de ajudar. porque a bordo nem sempre temos os recursos que existem em terra. E. para alívio dos acidentados que estiverem conscientes. informando que ajuda especializada está a caminho. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 38 . ou quem chega ao acidente logo que este aconteceu deparar-se com cenas de sofrimento. Regras Básicas Algumas regras básicas ao prestar os primeiros socorros: Η Transmitir confiança. além disso. os recursos existentes a bordo são poucos em relação aos que existem em terra ou em grandes navios. Η Algumas vezes saber improvisar. pessoas inconscientes e outras situações que exigem previdências imediatas. certifique-se de que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro sem riscos para você. Omissão de socorro é crime Não se esqueça que um atendimento de emergência prestado de qualquer jeito. sem o uso de técnicas corretas e sem o conhecimento mínimo. A omissão de socorro caracteriza-se pela falta de pronto atendimento eficiente às vítimas de acidente. pânico. tranquilidade e segurança. pode prejudicar a vítima. de um modo geral. os conhecimentos de primeiros socorros podem salvar muitas vidas. porém dentro dos próprios limites. agravando o seu estado e provocando danos irreversíveis. Η Manutenção dos sinais vitais. Estes cinco passos obrigatórios devem ser repetidos durante todo o atendimento de emergência: Η Observar o nível de consciência.ventoempopa. Avaliação Primária Manutenção dos Sinais Vitais Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Nesta avaliação segue-se rigorosamente a seguinte sequência: Η Desobstruir vias aéreas e estabilizar a coluna vertebral. estado de choque. VHF canal 16 – Marinha do Brasil. hemorragias. 193 – Bombeiros. Η Verificar a circulação. Atendendo às Vítimas Existem critérios que são aceitos internacionalmente no que se refere à abordagem para prestar os Primeiros Socorros a uma vítima. A respiração pode ser observada por meio dos movimentos do tórax e do abdômen e por sons percebidos ao aproximar o seu ouvido do nariz da Arrais-Amador e Motonauta 39 . Η Desobstruir as vias aéreas. Η Procedimentos emergenciais (afogamento ou choque elétrico. Não é necessário usar cartão telefônico: a ligação é gratuita. As Capitanias. maiores serão as chances das vítimas sobreviverem. etc. por meio de suores e palidez. As principais etapas são: Η Avaliação primária ou avaliação inicial do paciente. Alguns números de telefones são os mesmos em todas as localidades do Brasil: 192 – SAMU. a sensibilidade e a capacidade de movimentação muscular do acidentado. Consulte a Marina. Η Verificar a respiração. Η O rosto do acidentado manifesta irregularidade pela cor azulada ou avermelhada e umidade da pele. Η Avaliação secundária. fraturas. Ligações de emergência podem ser feitas de qualquer telefone.).com [PRIMEIROS SOCORROS] Quanto antes acionar o socorro. 185 – Socorro e Salvamento Marítimo (SAR). Iate clube ou garagem onde você guarda sua embarcação e anote o número dos telefones. Η Proteção da vítima. parada cardiorrespiratória. Η Verificar se a temperatura da vítima está muito alta em relação à sua própria temperatura corporal.www. Η Verificar o estado de consciência. Delegacias e Agências da Marinha possuem seu próprio número de emergência e ficam com os equipamentos rádio na frequência de socorro (Canal 16) 24 horas. Η Infartos. de acordo com as prioridades.Quando. com o polegar. é preciso verificar a extensão dos ferimentos. pode fazer o coração voltar a bater. Η Palidez excessiva. virando a cabeça para o lado e retirando quaisquer objetos estranhos. Η Pele e lábios roxos.www.No caso de afogamento. Η Intoxicação. devemos deitar o afogado de costas com a cabeça virada de lado e fazer respiração boca a boca. Empurrar a cabeça para trás. . cuidando sempre da manutenção dos sinais vitais. proceder com as técnicas de ressuscitação a seguir: Método boca a boca: deitar a vítima de costas (decúbito dorsal – de “barriga para cima”). a quantidade de sangue perdido. Sintomas de parada respiratória: Η Ausência de movimentos de respiração (tórax e abdômen).com [PRIMEIROS SOCORROS] vítima. Η Checar imediatamente os sinais vitais (análise primária). o acidentado não estiver respirando. Η A verificação da pulsação pode ser sentida por meio do tato.As vezes e como medida extrema um murro forte. por ocasião de um acidente. devido à falta de oxigenação no cérebro. no peito. Sintomas de parada cardíaca: Η Inconsciência. Η Inalação de gases venenosos. Η Não havendo respiração ou pulso. as fraturas e as outras lesões. Η Inconsciência.Quando houver. . Procedimentos Emergenciais . parada respiratória e parada cardíaca. Η Reações do organismo a medicamentos.A quantidade aproximada de sangue no organismo humano é de 6 litros. . O ponto mais indicado para sentir a pulsação é o pescoço ou carotídeo. Η Afogamento e asfixia. deve-se realizar movimentos intercalados.Na intoxicação por gases a pele assume a cor azulada. Avaliação Secundária . Η Lábios. São causas de parada cardiorrespiratória: Η Choques elétricos. ao mesmo tempo. Em seguida. de quatro massagens cardíacas e uma respiração boca a boca. Η Traumatismos físicos. iniciando os procedimentos adequados para cada caso.ventoempopa. a) Parada Cardiorrespiratória A paralisação da respiração ou dos batimentos cardíacos leva a morte em poucos minutos ou causa danos irreversíveis. puxar a mandíbula Arrais-Amador e Motonauta 40 . língua e unhas azuladas. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Procedimentos: Η Não perder tempo tentando retirar água dos pulmões da vítima. Η Pupilas dilatadas. deve-se proceder a uma respiração boca a boca. b) Afogamento: . com o queixo virado para cima e. Η Ausência de pulsação e batimentos cardíacos. Η Se o coração voltar a bater deve-se manter a respiração boca a boca até que a vítima volte a respirar. por algum motivo. fazendo-se aproximadamente duas compressões por segundo. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 41 . deve-se jogar algum material flutuante para a vítima agarrar e chamar por socorro especializado (salva-vidas).www. Η Tratar o estado de choque. Nesses casos a respiração artificial é aplicada sobre a boca e o nariz e o ciclo é de 5 x 1 (5 compressões para 1 insuflação). Η Não tentar resgatar ninguém da água se não for treinado para isso. boca a boca. até que haja sinais de recuperação do batimento cardíaco. usa-se 2 dedos. . Η Se o coração não voltar a bater. em bebês. . até o coração voltar a bater. o coração da vítima também não está batendo inicie massagem cardíaca externa. Η Utilizando o peso do seu corpo. poderemos ventilar a vítima através do nariz.Caso seja verificado que após realização da respiração boca a boca. repetir. Se não houver pulsação.com .Na respiração boca a boca. [PRIMEIROS SOCORROS] para frente para facilitar a passagem do ar.Quando. comprimindo e aliviando regularmente. Η Estas operações têm como função comprimir o músculo cardíaco. reanimando os batimentos naturalmente. Η Informar ao médico se o afogamento ocorreu em água doce. Nesse caso. Frequência das manobras de ressuscitação cardiopulmonar Inicie sempre 15 massagens Respiração a cardíacas boca-a-boca 1 ou2 ressuscitação numa média de 10 a 15 socorristas com 4 de 100 vezes por respirações compressões minuto por minuto Em crianças o processo é administrado com apenas uma das mãos e. salgada ou piscina.ventoempopa. dentro do tórax. na altura dos ombros. Η Posicione as mãos uma sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso vertical que está no centro do peito chamado “osso esterno”. tampar as narinas do vitimado e. com uma frequência de aproximadamente 100 compressões por minuto. soprar num ritmo de 10 a 15 vezes por minuto. Η Ministrar oxigênio. não é possível aplicar o método boca a boca. Η Manter a vítima aquecida. devemos deixar a cabeça da vítima voltada para trás. proceder ao mesmo tempo à compressão torácica ou reanimação cardíaca. fazer compressões curtas e fortes. Procedimentos: Η Ajoelhar-se ao lado da vítima. produzidas pelo calor. que se caracteriza pela destruição completa de todos os tecidos desde a epiderme até o tecido ósseo. causa vermelhidão. eletricidade. Η Se necessário. Material condutor de eletricidade . com posterior descamação. São as chamadas “queimaduras indolores”. etc. da área corporal atingida. cubra a vítima com cobertor e mantenha a calma.com [PRIMEIROS SOCORROS] c) Choque Elétrico A intensidade da corrente que passa através do corpo é que torna o choque elétrico perigoso. nunca se deve tirar a roupa da vítima. se estiver inconsciente. devemos lavar com água e evitar romper as bolhas. para afastar a vítima do contato com a corrente elétrica. causa vermelhidão e dor no local. os vasos sanguíneos.Jamais utilize peça de metal. ou seja. faça o aquecimento do corpo. a derme e outros tecidos mais profundos. dor e formação de bolhas na camada superficial. . proceda a ressuscitação conforme já explicado anteriormente. as queimaduras classificam-se em quatro tipos: Η 1º Grau – Só atinge a epiderme ou a pele.ventoempopa.www. O risco de morte depende muito mais da extensão das lesões do que do grau da queimadura. Procure ajuda médica imediata. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho De acordo com a gravidade. tábua. também é importante.Após a retirada da vítima do contato com a corrente elétrica. sua principal característica é a necrose “morte dos tecidos”. radiação. . Η 3º Grau – Atinge toda a epiderme. sem a formação de bolhas. Η Procure ajuda médica imediata. bastão de borracha. Η Se houver parada cardiorrespiratória.). os músculos. Intensidades superiores a 50 miliampére são mortais para o ser humano. Arrais-Amador e Motonauta 42 . sendo a mais importante a que passa da cabeça para os pés. deite-a de costas. o percurso da corrente pelo corpo. cabo. Procedimentos: Η Desligue a fonte de energia e procure afastar a vítima da corrente elétrica usando material isolante (vassoura. caso seja necessário. agentes químicos. Nas grandes queimaduras. A mesma vítima poderá apresentar os quatro tipos de queimaduras. ferro ou aço. Η Se houver queimaduras. cubra a pessoa com um cobertor e a mantenha calma. do pescoço ou da mão para o pé. os nervos e os ossos. não ocorre destruição da derme. Η Se a pessoa estiver consciente. As correntes mais perigosas são as que atravessam o corpo de mão para mão. As queimaduras podem lesar a pele. etc. deite-a de lado. cubra-as com uma gaze ou um pano limpo e trate-as conforme será visto a seguir: d) Queimaduras São lesões da pele.Uma queimadura de 3° grau caracteriza-se pela derme completamente destruída. com as pernas elevadas. . Η Há ainda a queimadura de 4º grau.Nas pequenas queimaduras. Η 2º Grau – Atinge toda a epiderme e parte da derme. Alta – mais de 40% do corpo queimado Uma regra prática para avaliar a extensão das queimaduras pequenas ou localizadas. lavar a área afetada com bastante água ao mesmo tempo em que for sendo tirada a roupa. Η Se tiver que combater o fogo nas vestes. Η Nas queimaduras por agentes químicos. deve-se deixá-lo dobrado. pomada. Insolação . É um tipo de queimadura quase sempre superficial (1° grau). e) Fraturas Quebra ou ruptura de um osso. Η Se a vítima estiver consciente dê bastante líquido para a pessoa ingerir. creme dental. não deixar a vítima correr. pois só servem para complicar o tratamento correto. Deixar esta operação para o atendimento especializado. Procurar atendimento médico. manteiga.É a consequência do excessivo calor em locais úmidos e não arejados sobre um indivíduo. Folgar as roupas e colocar compressas frias na cabeça e no peito.Para imobilizar o braço.É a consequência da exposição direta e prolongada dos raios solares sobre um indivíduo. que deve ser feita da seguinte forma: Arrais-Amador e Motonauta 43 . . Deve-se suspeitar de uma fratura sempre que houver dor. Intermação .ventoempopa. em seguida providencie socorro médico imediatamente o mais rápido possível. óleo. Η Verificar respiração.www. Não usar gelo ou água gelada. Η Não passar loção. lavá-los abundantemente com água limpa ou solução de soro fisiológico. As fraturas podem ser fechadas ou abertas (expostas). edema (inchaço) e deformação da parte afetada. Média – entre 15 e menos de 40% da pele. Η As roupas que estiverem grudadas na pele não devem ser removidas. Η Se a queimadura for de pouca extensão. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Fraturas fechadas São fraturas nas quais as pontas dos ossos fraturados não perfuram a pele. clara de ovos ou qualquer outro produto. resfrie o local com água fria. é compará-las com a superfície da palma da mão da vítima. A este procedimento darse o nome de imobilização. O primeiro passo consiste em impedir a movimentação das partes quebradas. batimento cardíaco e nível de consciência. agindo conforme cada caso para manter os sinais vitais. Abafar com um cobertor ou faça-a rolar no chão.com [PRIMEIROS SOCORROS] Baixa – menos de 15% da superfície corporal atingida. Procedimentos: Η Deite a vítima de modo que a cabeça e o tronco fiquem em nível mais baixo que o resto do corpo. cobri-los com gaze ou pano limpo e procurar imediatamente um especialista. Η Não fure as bolhas. Não dê bebida alcoólica. Primeiros Socorros: Levar a vítima para um local com sombra e acomodá-la confortavelmente. que corresponde a aproximadamente 1% da superfície corporal. Η Em caso de queimadura nos olhos. mesmo que a lesão não seja aparentemente grave. para os casos de hemorragias. [PRIMEIROS SOCORROS] Η Η Η . revista ou jornal dobrado. Entorses – quando as articulações são forçadas além do limite natural. Η Se houver hemorragia abundante. com gaze ou pano limpo. acima e abaixo da fratura. amarrar a perna quebrada na outra colocando um lençol ou manta dobrada entre as duas pernas.Chamamos de TALA o dispositivo utilizado para imobilizar ossos quebrados. Colocar talas para sustentar o membro atingido. Amarrar as talas com ataduras ou tiras de pano. podemos imobilizar com tábua. O braço com suspeita de fratura deve ser imobilizado preferencialmente junto ao peito. além da fratura. de uma perna quebrada. Η Luxações – ocorrem nas articulações. dificuldade de movimentos. deve-se limpar com água e sabão. etc.A posição do pé. por exemplo. aplicar os procedimentos.  Acima da articulação. papelão ou jornal grosso. em quatro pontos:  Abaixo da articulação  Abaixo da fratura. Em alguns casos. Proteção de ferimentos . a fim de evitar que os músculos da perna movam o osso fraturado deve ser o mais natural possível. banhar a ferida com soro fisiológico e limpá-la periodicamente.A fim de melhorar o conforto da vítima com fratura na perna. com muita dor. Η Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 44 . Aqui. Η Coloque um curativo protetor sobre o ferimento. uma gravata ou uma tira de pano. papelão duro. inchaço. a melhor posição que ela deve ser imobilizada é esticada. Qualquer material rígido pode servir de tala: tábua. a vítima poderá apresentar também entorses e luxações nas articulações. não muito apertadas. . evitando contaminações.www. Proceder da seguinte forma: Η Coloque o membro acidentado em posição tão natural quanto possível com conforto para a vítima.No caso de fratura de antebraço. quando os ossos saem do lugar.Nas entorses e luxações. como numa torção de pé. Fratura de antebraço . Η Proteger o ferimento e controlar o sangramento. deve-se cuidar do ferimento da pele. Η Η Η Movimentar a vítima o mínimo possível.  Acima da fratura. infecções e hemorragias.ventoempopa. Fraturas expostas São fraturas nas quais as pontas dos ossos fraturados perfuram a pele.com . . Η Providenciar socorro especializado para a vítima. deve-se proceder como se fosse fratura. As talas deverão ultrapassar a articulação.Para evitar infecções em uma ferida. No caso de fratura na perna. antes de imobilizar a região afetada. Η Firme este curativo usando um cinto. Sempre que visualizamos o sangue. Η Manter. A hemorragia arterial é a mais perigosa. evitando movimentar a parte afetada. É importante Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 45 . brota em forma de pequenas gotas.ventoempopa. o membro ferido em posição mais elevada que o coração. como se a ferida babasse. A hemorragia venosa é menos perigosa que a arterial. pois o sangue verte para fora do corpo. O método de hemostasia que menos causa malefício a vítima é a compressão. para aproveitar melhor a coagulação. Η Não trocar o curativo. A não ser que seja muito intensa a hemorragia capilar não representa gravidade.www. gravata ou cinto. entre o vermelho vivo e vermelho escuro. se possível. Procedimentos: Η Aplicar um curativo de gaze ou pano grosso limpo sobre o ferimento e pressionar. por cima do curativo. . Η Amarrar um pano. quando necessário. Η Não tentar retirar corpos estranhos dos ferimentos. comprimir a artéria mais próxima da região. Η Se continuar sangrando. e sai de forma lenta e contínua. colocar novas ataduras por cima das já existentes. Η Em ferimentos pequenos. dizemos que a hemorragia é externa. Η Deitar a vítima. Quando um capilar é atingido o sangue tem cor intermediária. Quando as veias são atingidas. atadura.com -A vítima de hemorragia. Quando necessário. se possível. Não dar líquidos enquanto estiver inconsciente. Nesses casos. o sangue é vermelho escuro. a pressão do pano interromperá a hemorragia. deve ser aquecida e mantida agasalhada. artéria ou capilar. pressionar com o dedo até parar o sangramento. A ação ou efeito de conter uma hemorragia é chamado de hemostasia (significa controle do sangramento). que corresponde a cada batimento do coração. sem apertar muito para não prejudicar a circulação. Torniquetes Os torniquetes são usados essencialmente nos casos de hemorragias muito grandes provocadas por amputação ou esmagamento de membros e só devem ser colocados no braço ou na coxa. Hemorragia externa São hemorragias visíveis. [PRIMEIROS SOCORROS] f) Hemorragia É a grande perda de sangue devido ao rompimento de uma veia. Quando uma artéria é atingida o sangue é vermelho vivo e sai em forma de jatos rápidos e fortes. Η Não aplicar substâncias como pó de café ou qualquer outro produto no ferimento. pode-se aplicar o torniquete utilizando um pano largo e um pedaço de madeira ou metálico que se fixará ao pano. por meio de um nó e torcendo-o. e levam rapidamente a um estado de choque. Procedimentos: Η Deixar a vítima com a cabeça mais baixa que o corpo. pode indicar traumatismo craniano. Η Pele fria e pálida. fazer o rolamento de 90 graus e deixá-la na posição lateral de segurança. derrame ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). Os sinais externos devem ser acompanhados de muita atenção: Η Pulso fraco e acelerado. seguido de sangramento pelos ouvidos. de crânio. Η A vítima deve receber atendimento médico o mais rapidamente possível. Η Se a vítima estiver inconsciente.ventoempopa. Hemorragia nasal Este tipo de hemorragia é muito comum em acidentes com embarcações. Hemorragia interna Ocorrem em órgãos internos. Atualmente este procedimento é feito só por profissionais treinados e mesmo assim. Η Não deixar a vítima tomar líquidos ou se alimentar.com [PRIMEIROS SOCORROS] marcar a hora em que o torniquete foi aplicado. O que fazer: Η Sentar a vítima em local fresco e afrouxar suas roupas. Η Mucosas dos olhos e da boca brancas. Η Pedir à vítima para respirar pela boca e não a deixar assoar o nariz. Η Colocar uma bolsa de gelo ou compressas frias no local do trauma. exceto quando houver suspeita de fratura de coluna. em caráter de exceção. Nestes casos deve-se manter a cabeça um pouco elevada.www. tomando o cuidado principalmente com lesões na coluna cervical. Η Procure socorro médico. devendo-se desapertar gradualmente o torniquete de 15 em 15 minutos. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 46 . tontura e inconsciência. quase nunca é aconselhado. Η Monitorar os sinais vitais para evitar parada cardíaca e respiratória. Η Sede. Η Mãos e dedos arroxeados pela diminuição da irrigação sanguínea. . Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho h) Hipotermia Ocorre quando a temperatura central do corpo humano cai abaixo de 35 graus Centígrados. Η Remova as roupas molhadas. duas pessoas bastam para o levantamento e o transporte. levando-o até a maca. Antes da remoção da vítima. mova-a de costas. você e mais duas pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la numa tábua ou maca. Estima-se que. navegadores oceânicos. como um só bloco. Η Verifique a respiração e as batidas cardíacas. A hipotermia acomete militares. Η No caso de uma pessoa inconsciente. Η Imobilize todos os pontos suspeitos de fratura. Hipotermia . amarrando cobertores ou paletós. Η Para erguê-la. Η Se houver suspeita de fraturas. Η Não fazer movimentos bruscos. inicie imediatamente a respiração boca a boca e faça massagem cardíaca. Η Aqueça a vítima de forma lenta e gradual. impedindo-a de cair para trás. caçadores. Η Para puxá-la para um local seguro. A hipotermia pode ser atingida rapidamente no contato direto com a água fria. use pedaços de madeira. siga os seguintes passos: Η Coloque a vítima imediatamente em um local aquecido. evite mover a vítima.com [PRIMEIROS SOCORROS] g) Transporte de Acidentado Transportar pessoas acidentadas deve ser feita com o máximo de cuidado a fim de não agravar as lesões existentes. Η Apóie sempre a cabeça. mas sem evidência de fraturas. com Arrais-Amador e Motonauta 47 . amarre os pés do acidentado e o erga em posição horizontal. no sentido do comprimento. devem-se tomar as seguintes providências: Η Se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas. que podem sucumbir ao relento. esportistas.Se dá em qualquer água que esfrie o suficiente para abaixar a temperatura do corpo a menos de 35 graus Centígrados. equipes de resgate. Η Se houver parada respiratória. O que fazer: Ao se deparar com situação de hipotermia. Η Na presença de hemorragia abundante. se agravando muito quando há vento. com o auxílio de um casaco ou cobertor. a movimentação da vítima pode levar rapidamente ao estado de choque.www. umidade ou chuva. Se precisar improvisar a maca.Hipotermia é a condição na qual o indivíduo perde calor mais rapidamente.ventoempopa. lembrando que a maca é o melhor jeito de se transportar uma vítima. aventureiros e moradores de rua em áreas urbanas e rurais. metade de todas as vítimas de afogamento morrem devido aos efeitos da hipotermia e não pelo enchimento dos pulmões. As áreas afetadas tornam-se pálidas. e à medida que progride a região torna-se gradualmente dormente. Η Pode-se ministrar bebidas aquecidas. para evitar maior destruição dos tecidos. Η Não massageie os membros da vítima.com [PRIMEIROS SOCORROS] cobertores. Η Prevenir o choque. cianosadas. exceto bebida alcoólica. existem rigidez e insensibilidade térmica. Geladura . à medida que a falta de irrigação aumenta. i) Geladura É uma situação em que os tecidos são localmente lesados por exposição prolongada ao frio. Optar em agasalhar a vítima e não por as extremidades em água quente.ventoempopa. O que fazer: Η Levar a vítima para um local aquecido. de forma indireta. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 48 . diminuição dos movimentos locais.É a lesão decorrente do frio. cortando se necessário.www. Η Retirar a roupa ou calçado molhado ou húmido. podem ocorrer bolhas. depois brancas como cera. Η Aquecer a área afetada gradualmente. espontânea e explosão. esses acidentes tem vitimado dezenas de pessoas e. entre outras. Classificação dos Combustíveis . comburente e temperatura de ignição. Considerando que. quando ele for inevitável. se já não o fez. tintas. ≈ ≈ ≈ Vamos recordar? . com desprendimento de luz e calor. é capaz de fazê-lo entrar em combustão. pano. Calor A reação química que ocorre com a presença do combustível. causado consideráveis prejuízos financeiros. associado quimicamente ao combustível.com Prevenção e Extinção de Incêndios em Embarcações A cada ano. incompleta. Natureza do Fogo Para que haja fogo faz-se necessário que estejam presentes três componentes básicos: combustível.[COMBATE A INCÊNDIO] www.ventoempopa. a grande maioria desses acidentes poderiam ser evitados se fossem tomadas algumas precauções básicas. Além do que.Para haver combustão precisamos dos três componentes: Combustível. manutenção adequada das instalações elétricas. por mais simples. Ponto de Fulgor – Temperatura mínima na qual um combustível desprende gases suficientes para serem Arrais-Amador 49 . na prática. Temperatura de Ignição – É a temperatura necessária (quantidade de calor) para que a reação química ocorra entre o combustível e o comburente. ≈ Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Combustível – É todo material capaz de entrar em combustão (madeira. um incêndio a bordo não pode ser definitivamente impedido. mas também. devido a destruição de embarcações que. O carvão é uma exceção. O oxigênio é o comburente mais facilmente encontrado na natureza. não ocorre chama em uma concentração de oxigênio inferior a 16%. alguns metais. do comburente e da temperatura de ignição. papel. etc. tem considerado valor agregado. Normalmente. Porém.). adotar providências não só de prevenção de incêndios. Comburente – É todo elemento que. no manuseio de líquidos inflamáveis. Além do oxigênio o ar contém 78% de nitrogênio e 1% de outros gases. Os vapores emanados de um combustível inflamam-se na presença do comburente. convido você a mergulhar no assunto e. existe no ar atmosférico em uma quantidade aproximada de 21%. aquelas que venham a atenuá-lo. denomina-se “Combustão”. pois queima com 9% de oxigênio. produzindo gases capazes de entrarem em combustão. boa parte desses acidentes. comburente e temperatura de ignição. ocorrem diversos acidentes marítimos. são causados por incêndios e explosões a bordo. a partir de determinada temperatura.Os combustíveis podem ser classificados conforme sua velocidade em: completa. estopa. O resfriamento é o método mais antigo de se apagar incêndios. Convecção – Transmissão de calor característico dos líquidos e gases (os gases ao serem aquecidos em um compartimento sobem para outros compartimentos.).: carvão. pelo aquecimento de pisos e anteparas).). ele desprende gases em quantidade suficiente para serem inflamados por uma fonte externa de calor e continuarem queimando. que nada mais é que ”reduzir a temperatura de um combustível”.: gasolina. dando-se a extinção do incêndio por abafamento. Os combustíveis são classificados ≈ Quanto ao estado físico. Arrais-Amador 50 . a capacidade de manter a cadeia da reação. por isso requer que seja feito o resfriamento da área. em: • Sólidos (ex. precisamos atacar pelo menos um dos lados do triângulo do fogo. o oxigênio. óleo diesel. butano. retirando-se a temperatura. um incêndio em um compartimento pode.). pólvora. por condução. em que o combustível e o comburente perdem. Condução – Transmissão de calor que se faz de molécula para molécula. etc. A reação só permanece interrompida enquanto houver a efetiva presença do agente extintor.É o método de extinção de incêndios. Se retirarmos o comburente. papel. o fogo. Lembre-se! . ≈ Ponto de Combustão – Temperatura do combustível. por um agente que atua em nível molecular. • Gasosos (ex. passar para outros compartimentos adjacentes. novos incêndios). Extinção por Quebra da Reação em Cadeia Métodos de Transmissão de Calor [COMBATE A INCÊNDIO] inflamados por uma fonte externa de calor. Há três métodos de transmissão de calor: ≈ ≈ ≈ Os Combustíveis Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Irradiação – Transmissão de calor que se processa sem a necessidade de continuidade molecular entre a fonte calorífica e o corpo que recebe calor (exemplo de irradiação: o calor do sol). ou tem em muito reduzida. etileno. álcool.www. só com a presença do comburente. tendo como consequência. mas não em quantidade suficiente para manter a combustão. acima da qual. dando-se a extinção por resfriamento. Neste método não há abafamento ou resfriamento. não haverá fogo. • Líquidos (ex. certamente estaremos extinguindo a combustão. Ao retirarmos um dos três elementos do triângulo do fogo. É criada uma condição especial. também não haverá fogo. através de um movimento vibratório (A bordo. ou seja.Para extinguir um incêndio. madeira. etc.com Abafamento . ≈ Ponto de Ignição – Temperatura necessária para inflamar os gases que estejam se desprendendo de um combustível. que consiste em reduzir a quantidade de oxigênio para menos de 16%. etano. mesmo quando retirada esta fonte. sendo a água seu agente universal. Do mesmo modo. por exemplo.: metano.ventoempopa. etc. etc. etc. somente podem ser extintos por resfriamento. Classe dos Incêndios Os Incêndios são classificados em quatro classes. espuma.: pólvoras. normalmente formam “brasas” e deixam resíduos e cinzas (ex. tecido. havendo necessidade de ser alimentado por uma fonte externa de comburente. acetona. nitratos. ≈ Quanto à presença do comburente.). papel. para prevenir maiores danos e Arrais-Amador 51 . [COMBATE A INCÊNDIO] ≈ Quanto à Volatilidade. gasolina.com Combustíveis Sólidos . em: • Com comburente – São os combustíveis que possuem comburente em sua estrutura íntima (ex.ventoempopa. não necessitam de aquecimento para desprenderem vapores inflamáveis.: álcool.: madeira. se for necessário o uso de água ou espuma. etc. óleo lubrificante.Os combustíveis com comburente em sua estrutura íntima. álcool.).: madeira.). necessitam de aquecimento para desprenderem vapores inflamáveis. éter. • Não-voláteis – São os combustíveis que somente se inflamam após aquecimento acima da temperatura ambiente. benzina. (ex. gasóleo. Classe C – Incêndios em equipamentos elétricos.: óleos. Pó Químico. cloratos. papel. ou seja. etc. Para este tipo de incêndio são adequados os seguintes agentes extintores: espuma (mais indicado). etc.Quanto maior a fragmentação do material. tintas. cartão.). titânio. verniz. água. (ex. massas lubrificantes. nas condições normais de temperatura e pressão. A água por ser boa condutora de eletricidade. enquanto estão energizados. Classe B – Incêndios em líquidos inflamáveis (ex. tecido. plástico. Dióxido de Carbono (CO2) e Halon. em: • Voláteis – são os combustíveis que. maior será a velocidade da combustão. No entanto. a saber: ≈ ≈ ≈ Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Classe A – Incêndios em materiais sólidos inflamáveis que. óleo de linhaça. zircônio. ceras. não é indicada. são capazes de se inflamar. procure utilizar após desligar os equipamentos elétricos. etc. Jatos de água devem ser evitados para não espalhar o incêndio.www.: óleo combustível. tais como: lítio.). celulóide e metais combustíveis. Neste caso a combustão poderá ocorrer em atmosfera com concentrações de oxigênio inferiores a 16%. Para este tipo de incêndio são adequados os seguintes agentes extintores: Dióxido de Carbono (CO2) (mais indicado) e Pó Químico. Importante: . • Sem comburente – Não possui o comburente em sua estrutura íntima (ex.). lubrificantes. petróleo. ou seja. Dióxido de Carbono (CO2) e Pó químico. Para este tipo de incêndio são adequados os seguintes agentes extintores: água (mais indicado). éter. solventes. Em ambientes não ventilados pode causar asfixia nas pessoas. Os extintores para extinguir incêndios da classe C são identificados por meio de um círculo azul contendo a letra C. Classe D – Incêndios que resultam da combustão de metais alcalinos. em seguida pressionar a alavanca e dirigir o jato para a base das chamas. pó de alumínio. retirar o pino de segurança e pressionar o gatilho.www. Para usá-lo deve-se retirar o pino de segurança. Os extintores para extinguir incêndios da classe A são identificados por meio de um triângulo verde contendo a letra A. Os agentes extintores mais utilizados nos extintores portáteis são: ≈ Água – indicado para incêndios classe A. titânio. Para usá-lo. O propelente diz mais respeito ao aspecto prático de sua utilização. Um cuidado com os extintores de CO2 é evitar o contato direto do jato com a pele e os olhos. indicado para incêndios das classes B e C. deve-se virá-lo e pegar pelo fundo. lítio. deve-se remover o extintor de seu suporte. suspendendo pela alça inferior. Para este tipo de incêndio é adequado o agente extintor específico: Pó Seco (MET-L-X). urânio. sódio. Nas embarcações de esporte e recreio. dirigir o jato para a base das chamas.com [COMBATE A INCÊNDIO] ≈ Extintores Portáteis evitar choques elétricos. O CO2 tem como função principal abafar e secundária resfriar. e em conformidade com o tipo de incêndio provável. dirigindo o jato para a base das chamas. Os extintores portáteis são de diversos tipos. Para usá-lo. A espuma tem como função principal abafar e secundária resfriar. ≈ Espuma – melhor agente para incêndios das classes A e B. etc. São equipamentos empregados para controlar princípios de incêndios. fazendo com que o jato seja curvo de maneira que a espuma lançada não espalhe o líquido inflamado. Os extintores para extinguir incêndios da classe B são identificados por meio de um quadrado vermelho contendo a letra B. Convém que sejam instalados próximos aos locais mais propensos a incêndios a bordo. com revisões anuais dentro da validade.ventoempopa. normalmente. permitindo que a espuma escorra e cubra a superfície inflamada. as variações vão desde os agentes extintores (substâncias que extinguem os incêndios). tais como. ≈ CO2 – Dióxido de Carbono (CO2). são os únicos equipamentos utilizados para combater incêndio. magnésio. que são determinados em função da classe de incêndio a que se destina o equipamento e também pelo tipo de propelente. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador 52 . informando que o extintor é indicado para incêndios das classes A e B. panos. têm sua característica definida pela Diretoria de Portos e Costas (DPC).com [COMBATE A INCÊNDIO] ≈ Pó Químico – A base de bicarbonato de sódio ou de potássio. na etiqueta de identificação. a mangueira deve está dentro da validade e os bicos do fogão desligados quando não estiver em uso. Instalação de bujões de gás em locais inadequados – Os bujões de gás devem ser instalados em locais bem ventilados. nunca devem ficar perto do motor. que representa a Autoridade Marítima Brasileira. além de outras informações. anteparas e dutos recipientes. Os extintores que podem ser utilizados a bordo das embarcações. Trapos embebidos em óleo ou graxa largados em locais impróprios – Trapos. Vapor de Água . Extintores Portáteis . Se a embarcação Arrais-Amador 53 .O vapor de água pode ser utilizado como agente extintor somente por abafamento. Algumas das causas mais prováveis de incêndios a bordo são: ⊗ ⊗ ⊗ ⊗ ⊗ Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Fumar em locais impróprios – As áreas e os momentos autorizados para fumar devem ser do conhecimento dos tripulantes. não se deve permitir o uso do cigarro.ventoempopa. Por exemplo: Se o extintor portátil tem como “agente extintor” a espuma. Os extintores para extinguir incêndios da classe D são identificados por meio de uma estrela amarela contendo a letra D. Para usá-lo deve-se abrir totalmente o esguicho e lançar o pó sobre o metal incendiado. sem resíduos de óleo nos pisos. Acúmulo de óleo lubrificante e combustível com água no compartimento do motor – O compartimento do motor deve estar sempre limpo e arejado. Descuido no Abastecimento da embarcação – Após o abastecimento. Os resíduos podem avariar equipamentos eletrônicos. Nas fainas de reabastecimento e serviços de solda.www. O pó químico é indicado para incêndios das classes B e C. Medidas Preventivas para Evitar Incêndios a Bordo Prevenção contra incêndios é responsabilidade de todos que operam uma embarcação. estopa.São os equipamentos de combate a incêndio mais comumente encontrados a bordo das embarcações de esporte e/ou recreio. ≈ Pó Seco (MET-L-X) – utilizado em incêndios da classe D. apresentará dois símbolos. limpar qualquer resíduo proveniente de derramamento de combustíveis. ventoempopa. Vazamentos em rede de óleo lubrificante ou combustível – A Inspeção dos dutos. o princípio de incêndio a bordo. Equipamentos elétricos. voltagens e amperagens de bordo. tais como cozinha ou partes quentes do motor. Ao final do abastecimento afaste-se do cais de abastecimento e se dirija para um local seguro. Cuidados especiais com lâmpadas velhas. Recipientes com líquidos inflamáveis guardados em locais impróprios – A estocagem de materiais inflamáveis deve ser realizada. mal instalados ou em sobrecarga – Os cuidados com a rede elétrica e interruptores deve ser constante. deve ter contato com sistemas aquecidos.O segundo método para combater. para ventilar a embarcação. disjuntores que provocam centelhas. O benjamim (T). é saber usar o extintor corretamente. Mais importante que tudo isso. devem ser feitas rotineiramente. mangueiras. fios que podem apresentar aquecimento. e agora? – Cuidado especial se deve ter com os extintores de incêndio que. por pelo menos 10 minutos. o primeiro método. devem estar com a dotação completa. QUADRO RESUMO DE AGENTES EXTINTORES Água Espuma CO2 Pó Químico A Sim Sim Não Não Classe de Incêndio B C Não Não Sim Não Sim Sim Sim Sim D Não Não Não Não PQS Sim Sim Sim Sim Vapor Sim Não Não Não Agente Extintor Método de Extinção Resfriamento e Abafamento Abafamento e Resfriamento Abafamento e Resfriamento Abafamento e Resfriamento Quebra da Reação em Cadeia (Abafamento) Abafamento Lembre-se: .com [COMBATE A INCÊNDIO] ⊗ ⊗ ⊗ ⊗ possui compartimentos fechados. é estar familiarizado com o correto uso dos extintores. dentro da validade e prontos para funcionar. eficazmente. fusíveis. Aconteceu o incêndio. é um convite a incêndio. é recomendável abrir todas as vigias e escotilhas. sobre estrados de madeira e em locais ventilados.www. quando mal utilizado. é evitar que eles ocorram. tampa dos tanques e outros locais de instalações elétricas e de combustíveis. preferencialmente. sempre carregados. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador 54 . De forma alguma. Por isso. É importante que todos os tripulantes saibam vestir os coletes. para adultos de 55 a 110kg. seja requerida por regulamentos nacionais e internacionais. para crianças de 25 a 35kg. bóias circulares. Existem dois tipos de equipamentos de salvatagem: Os equipamentos individuais e os coletivos. São exemplos de equipamentos individuais de salvatagem os coletes salva-vidas e a bóias circulares. para pessoas de 35 a 55kg. pequeno. Coletes Salva-Vidas Coletes Infláveis . a emissão do certificado de homologação de todo componente. Podem ser do tipo canga (de vestir pela cabeça) ou do tipo jaqueta ou jaleco (de vestir como paletó). São exemplos de equipamentos coletivos de salvatagem as balsas infláveis e baleeiras. com a parte flutuante para frente. Podem ser infláveis ou rígidos (conhecidos como coletes de paina.com Salvatagem [SOBREVIVÊNCIA NO MAR E MATERIAL DE SALVATAGEM] Desde que o homem lançou-se ao mar. acessório. Arrais-Amador e Motonauta 55 . tripulantes e passageiros das demais embarcações. da forma de uso dos coletes salva-vidas. passou a conviver com sinistros envolvendo suas embarcações. Material de Salvatagem Homologação .Cabe a Diretoria de Portos e Costas (DPC). em tempo algum será possível eliminar definitivamente o risco de acidentes no mar. médio. por mais que se observem as medidas de segurança. e pequeno para crianças de 25kg. e pó marcador. Os recursos de salvatagem normalmente encontrados nas embarcações são os coletes salva-vidas. plataformas e atividades náuticas esportivas. Por mais modernos que sejam os sistemas de prevenção.É conveniente que antes de uma viagem se faça uma demonstração para todos embarcados. grande. estes são normalmente utilizados nas embarcações de esporte e/ou recreio). estivados (guardados) de maneira a serem prontamente utilizados. bateria e faixas adesivas refletoras. Esses equipamentos é que vão facilitar os procedimentos de emergência para garantir a sobrevivência das pessoas caso ocorra um naufrágio. equipamento ou outro produto cuja homologação pelo Governo Brasileiro. que todo o pessoal embarcado saiba utilizar os equipamentos de salvatagem disponíveis para uma eventual faina de abandono e conheça os procedimentos básicos de busca de salvamento (Search And Rescue – SAR). para que eles sejam utilizados adequadamente quando se fizerem necessários. É o principal e mais comum equipamento de salvatagem a bordo de uma embarcação. para adultos acima de 110kg. para aplicações em embarcações.Deve ser inflado quando já estiver dentro da água. . torna-se necessário. Os coletes infláveis contem ainda: ampola de CO2. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho As Normas marítimas brasileiras determinam que todas as embarcações devam ter a bordo equipamentos de salvatagem. homologado pela Marinha do Brasil. balsas salva-vidas e os equipamentos de sinalização de emergência. Normalmente possuem os seguintes acessórios: apito. Uso do Colete . São normalmente fabricados em cinco tamanhos básicos: extragrande.www. deverão mantê-los a bordo.ventoempopa. Os condutores. alça de pick-up e linha de agregação (utilizado para manter os náufragos reunidos). lanterna. dispositivo. Saber vestir o colete corretamente já salvou muitas vidas nos casos de abandono de um navio. em local visível. bem sinalizado e de fácil acesso para uma eventual necessidade de uso.O colete deve ser amarrado ao corpo. Todos os ocupantes de moto aquática devem vestir coletes salva-vidas classe V. para 100% da lotação autorizada no documento de inscrição da embarcação. pesca esportiva. Possui refletivo.Classe III – Navegação Interior . coletes que estejam homologados (aprovados).Classe V – Embarcações miúdas e Jet-ski. lagos e lagoas.Classe I . Seu uso é eficiente em mar. Arrais-Amador e Motonauta 56 . esqui aquático. ≈ CLASSE III – para uso nas embarcações empregadas na Navegação Interior. de modo a estarem prontamente acessíveis. bem sinalizado e de fácil acesso.Classe II – Navegação Costeira . canoagem e em embarcações miúdas classificadas como esporte e/ou recreio. ≈ CLASSE II – fabricados com base nos requisitos SOLAS. Possuem os mesmos requisitos de flutuabilidade dos coletes Classe I.www. verificar se o colete está dentro do prazo de validade. No entanto. Os coletes salva-vidas deverão ser estivados (arrumados) em local visível. mar agitado e locais remotos onde o resgate pode ser demorado. Para uso nas embarcações e plataformas empregadas em Mar Aberto na Navegação Oceânica que operam em águas internacionais. devendo haver coletes de tamanho pequeno para as crianças. Vamos Recordar? . ≈ CLASSE V – fabricado para uso em atividades esportivas de velocidade como: jet-ski. você deverá adquirir e utilizar a bordo de sua embarcação. É importante. e adquiridos conforme o emprego da embarcação. banana-boat. parasail. também. cais ou suspensos por pranchas ou outros dispositivos que corram risco de cair na água acidentalmente. Existem diversos modelos de coletes salva-vidas.com [SOBREVIVÊNCIA NO MAR E MATERIAL DE SALVATAGEM] Os coletes salva-vidas são classificados como: ≈ CLASSE I – fabricados conforme requisitos previstos na Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS). ≈ CLASSE IV – fabricado para uso. O que o diferencia é o fato de não possuir lâmpada. ou seja. o colete não terá validade. Sem refletivo. por pessoas envolvidas em trabalhos realizados próximos à borda da embarcação. pela Marinha. Os coletes homologados possuem uma etiqueta de identificação. Sem o certificado de homologação.ventoempopa. embarcações de médio porte classificadas como esporte e/ou recreio (empregadas na navegação interior). Possui refletivo e lâmpada. Seu uso é eficiente em qualquer tipo de água. por longos períodos. abrandados para uso nas embarcações empregadas em Mar Aberto na Navegação Costeira que operem somente em águas brasileiras.Navegação Oceânica . Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho A quantidade (dotação) de coletes em uma embarcação deve atender ao limite máximo (lotação) de pessoas a bordo. rios.Classe VI – Trabalhos . impressa em local facilmente visível. windsurf. ≈ Guarde os coletes sempre a bordo. Sua localização deverá ser bem indicada. siga as seguintes regras básicas: ≈ Nunca use o colete como encosto ou travesseiro. enquanto aguarda salvamento. Bóias Circulares Bóia salva-vidas tipo ferradura . com uma etiqueta. mesmo que o de alta velocidade prazo de validade não esteja vencido. Em alguns casos específicos. doce e posto para secar. são distribuídos nos dois bordos da embarcação. destinados principalmente para resgate rápido de alguém que cai na água “homem ao mar”. e em locais de fácil Refletivo acesso para o caso de necessidade. o colete deve ser lavado com água marcados com o símbolo acima. Deverá possuir uma linha de salva-vidas (cabo de nylon) fixada em quatro (4) pontos equidistantes em forma de alça.com [SOBREVIVÊNCIA NO MAR E MATERIAL DE SALVATAGEM] Para evitar imprevistos com o colete salva-vidas.A bóia salva-vidas Classe III (Navegação Interior). poderá ser do formato de ferradura. no caso das bóias Classes I e II. para facilitar o seu lançamento. e nunca amarrado à Somente os coletes Classe I e II embarcação. Normalmente. é fabricada em fibra de vidro na cor laranja com enchimento de poliuretano expandido de baixa densidade.www. . ≈ Inspecione os coletes periodicamente. a bóia deverá ser provida de um dispositivo de iluminação automático (facho holmes) para sinalização durante a noite. . a retinida terá 20 metros. deverão ser providos de refletivo.ventoempopa. possuir uma retinida flutuante (cabo fino) de comprimento igual ao dobro da altura em que ficará estivada (arrumada). Deverá ainda. bem como servir de apoio a mão do náufrago. evite locais trancados com chaves ou cadeados. e aqueles que Não use coletes Classe I. ≈ Não o retire da embarcação. DOTAÇÃO DE BÓIAS SALVA-VIDAS Embarcações miúdas Embarcações de médio porte < 12 metros Embarcações > a 12 metros Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Dispensadas de dotar 1 bóia 2 bóias Arrais-Amador e Motonauta 57 . Normalmente. O número de bóias a bordo depende do comprimento da embarcação. quando a mesma estiver acima da linha de flutuação na condição de navio leve. Os coletes destinados ao uso por ≈ Sempre que ocorrer algum treinamento. Não necessita ser marcada com o nome da embarcação. pois poderá faltar na hora da necessidade. substitua-os. mas deverá ser marcada de forma permanente. No caso da bóia Classe III. ou 30 metros. principalmente crianças deverão também ser em água salgada. com o número do Certificado de Homologação pela Diretoria de Portos e Costas (DPC). acompanhado com um fumígeno flutuante de fumaça alaranjada com duração de 3 a 4 minutos para sinalização durante o dia. conforme mostrado na figura abaixo: As bóias circulares (também conhecidas como bóia salvavidas) são equipamentos primários de salvamento. III ou IV em Banana-Boat ou em atividades estiverem em mau estado de conservação. II. se este for maior. www. procurando recuperar a pessoa antes que ela tenha passado pela embarcação. não possuem fitas retro refletoras.com [SOBREVIVÊNCIA NO MAR E MATERIAL DE SALVATAGEM] Lembre-se: . ≈ CLASSE II – fabricados com base nos requisitos SOLAS. no entanto. é o tempo em que se leva para retirar a pessoa de dentro da água. Seu diâmetro é de 650 mm. as bóias circulares podem ter acessórios do tipo sinais de fumaça ou dispositivos de iluminação). Para uso em Mar Aberto e nas plataformas. a bóia salva-vidas é muito utilizada na faina de “homem ao mar”. jogue uma bóia que tenha retinida. ou seja.ventoempopa. ≈ Não sendo possível. sendo provida de fitas retro refletoras. melhores serão as chances de sobrevivência. ≈ Esforce-se para não perder a vítima de vista. abrandados para uso nas embarcações empregadas em Mar Aberto. ≈ De preferência. Seu diâmetro é de 800 mm. Na ocorrência de “homem ao mar”: ≈ Em primeiro lugar de o alarme. Homem ao Mar Importante! Como dito acima. Seu uso é eficiente em qualquer tipo de água. O mais importante. que operem somente em águas sob jurisdição nacional. grite. ≈ CLASSE III – aprovada para uso nas embarcações empregadas na Navegação Interior. Seu diâmetro é de 650 mm. ≈ Providencie juntamente com outros tripulantes algum dispositivo para içar (subir) a pessoa de dentro da água para bordo. quando um tripulante ou passageiro cai dentro da água. avise ao piloto da embarcação ou comandante que tem alguém dentro da água. Possui os mesmos requisitos de flutuabilidade das bóias Classe I. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 58 . As bóias salva-vidas são de três tipos: ≈ CLASSE I (SOLAS) – fabricados conforme requisitos previstos na Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS). mar agitado e locais remotos onde o resgate pode ser demorado.Todo material de salvatagem deve possuir certificado de homologação emitido pela DPC. Quanto mais rápido. lance ao mar equipamentos de sinalização para marcar a posição da pessoa (como foi dito. sendo provida de fitas retro refletoras. dar máquinas adiante toda força e governar na recíproca do rumo original.recomendada quando o náufrago estiver no visual e safo da popa.recomendada para situações de mar grosso. Curva Racetrack . Em todas as situações o navio deve posicionar-se. Depois. Consiste em guinar 60° para o bordo em que o homem caiu e depois inverter o leme até atingir o rumo oposto ao que inicialmente se navegava diminuir a velocidade e aproximar-se do homem. e em seguida aproar diretamente no náufrago.com Resgate de Homem ao mar Importante! Quando se deseja retornar e navegar no rumo oposto exatamente em cima da esteira (marca deixada pelo hélice) na manobra de guinada deve-se usar a Curva de Boutakow. deve-se guinar para o bordo oposto ao da queda. mesmo que ele não esteja no visual. Consiste em guinar 70° para o bordo em que o homem caiu e depois inverter o leme até atingir o rumo oposto ao que inicialmente se navegava diminuir a velocidade e aproximar-se do homem. reduzindo máquinas adiante 2/3 e a cerca de 450 jardas do homem. Arrais-Amador e Motonauta 59 . Usar máquina e leme para atingir a posição final adequada ao recolhimento. Consiste em guinar 180° para o bordo em que o homem caiu e depois inverter o leme até atingir o rumo oposto ao que inicialmente se navegava. Curva de Boutakow . Consiste em guinar para o bordo em que o homem caiu e depois dar máquinas atrás toda força. dando máquinas adiante toda força.www. Consiste em guinar para o bordo da queda do homem. parando no bordo da queda. usar máquina e leme para atingir a posição adequada ao recolhimento. Esta manobra é uma das mais usadas em embarcações a motor. consiste retornar a embarcação exatamente no rumo oposto sobre a esteira deixada pelo hélice. O homem estando safo. parando a cerca de 10 metros do homem. deixando o homem por sotavento. manobrar com as máquinas para quebrar o seguimento próximo ao ponto de recolhimento. A curva é de 70° para um bordo e depois inverte-se todo o leme até atingir o rumo oposto ao que inicialmente se navegava. quando a embarcação começar a perder seguimento para vante.recomendada quando o recolhimento do homem ocorrer em águas restritas. Curva Retardada . Curva de Boutakow Utilizada na faina de recolhimento de Homem ao Mar. quando a proa estiver próxima da marcação do homem. Manobra “Y” (Yankee) . Esta manobra só deve ser feita em boas condições de visibilidade. devendo retornar ao homem.recomendada para situações em que o homem está no visual. quando o homem não está no visual. parar máquinas e dar máquinas adiante.recomendada para as mesmas situações da Curva de Williamson. à noite ou em baixa visibilidade. Curva de Anderson . para recolhê-lo.Consiste de duas guinadas razoavelmente rápidas de 180° para o bordo da queda do homem. são consideradas como procedimentos padrão as seguintes principais manobras: Curva de Williamson . Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho [SOBREVIVÊNCIA NO MAR E MATERIAL DE SALVATAGEM] Visando padronizar a forma de recolhimento de alguém que caiu na água.ventoempopa. entre a bochecha e o través. com uma margem de segurança de 10%. ficando assim protegidas da ação do tempo e dos borrifos do mar. esponjas (para remoção de água do interior da balsa). pirotécnicos (foguetes estrela vermelha com pára-quedas. abridor de lata.ventoempopa. Boça . uma caixa de primeiros socorros. manta térmica. podendo ser utilizadas pelos náufragos em poucos segundos. ≈ Classe III – São empregadas na navegação interior. existe um cabo de disparo que é fixo à estrutura do navio e que é responsável por acionar a Arrais-Amador e Motonauta 60 . para 3 (três) dias. duas latas por dia para cada náufrago – não usar no primeiro dia). bomba manual (para recompletar o ar). algumas são para 20 ou 25 pessoas. ≈ Classe II – Empregadas na Navegação de Cabotagem e Apoio Marítimo. a contar da data de fabricação. quando houver. o que liberará a descarga das ampolas de CO2 que inflarão a balsa em cerca de 30 segundos. lanterna sinalizadora com pilhas. um par de remos. aro flutuante. para evitar danos à balsa). Possuem cobertura alaranjada. ração líquida (latas de 350 ml. kit para pesca. que ficam dispostos em cabides próprios e localizados nos conveses abertos. As balsas não são equipamentos à prova de fogo e também não possuem propulsão.www. refletor radar. Atualmente as balsas infláveis são lançadas pela borda. Existem três classes de balsas: ≈ Classe I – Empregadas na navegação internacional (longo curso).O dispositivo de iluminação das balsas. e em seu interior os seguintes equipamentos fazem parte da dotação: um apito. facas (com ponta arredondada. São acondicionadas em casulos fechado de fibra de vidro (cofres plásticos).nome comum a muitos cabos. tabela de sinais de salvamento (para orientar a utilização dos pirotécnicos). As balsas salva-vidas devem ser revisadas a cada 12 meses e normalmente tem vida útil de 12 anos. quando deverá ser dado um puxão mais forte. e sólida (constituição básica: açúcar). coletores de água. A maioria é para 15 pessoas. Deve existir a bordo em quantidade suficiente. Para operação das balsas. fachos manuais vermelhos e fumígenos laranja). espelho sinalizador diurno. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho [SOBREVIVÊNCIA NO MAR E MATERIAL DE SALVATAGEM] São equipamentos que servem como meio secundário de abandono. proporcionando condições de sobrevivência para o número de pessoas de sua lotação.com Balsas Salva-Vidas balsa e casulo Iluminação das balsas . instruções para sobrevivência e utilização do kit da balsa. A cobertura da balsa salva-vidas é de cor alaranjada para facilitar o avistamento pelas equipes de busca. podendo ser utilizadas nas demais classes de navegação. Para sua utilização basta lançá-lo ao mar e colher o cabo até que seja encontrada certa resistência. é alimentado por bateria ativada automaticamente pela água salgada. Exigida nas embarcações de Esporte e/ou Recreio na Navegação de Alto Mar (Oceânica). ancora flutuante. bujões de vários diâmetros. São diversos modelos e variam conforme o fabricante. são fabricadas de acordo com as normas da Organização Marítima Internacional (IMO) e testadas para suportarem condições adversas de mar aberto por tempo indeterminado. é com as pernas esticadas e os pés juntos. As balsas salva-vidas rígida servem para serem utilizadas para abandonar a embarcação em caso de emergência.com [SOBREVIVÊNCIA NO MAR E MATERIAL DE SALVATAGEM] ampola de CO2. tracionando os tirantes existentes na sua parte inferior. este deve ser aumentado. lançando-se para trás. Equipamentos Rádio Em caso de emergência peça socorro usando os canais de comunicação disponíveis a bordo.www. para ela não virar.800MHZ. A melhor maneira de saltar na água. utilizando o colete salvavidas. pelo menos. O procedimento para pular na água. ou método seco. que inflará a balsa em cerca de 30 segundos. isto é. Esses materiais devem possuir “Certificado de Homologação” do país de origem. normalmente estão disponíveis os seguintes meios/canais: ≈ Rádio VHF – canal 16. de modo a permitir a chegada do casulo ao mar sem que ele fique pendurado pelo cabo de disparo. usar na frequência de Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 61 . que faz com que a balsa infle. No embarque direto. o embarque será molhado. Para embarcar na balsa. Se durante o lançamento da balsa salva-vidas. A melhor maneira de embarcar na balsa salva-vidas. você poderá desvirá-la subindo sobre os flutuadores.0 KHZ ≈ EPIRB – Se possuir o EPIRB. você terá que entrar na água. geralmente existe uma balsa rígida. O cabo de disparo também é utilizado como boça. mantendo os pés apoiados na borda.ventoempopa. Caso não seja possível. deve-se entrar na balsa sem mergulhar na água. é utilizando a escada de tiras e a plataforma de embarque. Caso o casulo esteja instalado em um convés muito elevado. recolha o cabo excedente e puxe com força para acionar o sistema de disparo (ampola de CO2). no qual esteja explicitamente declarado que o material foi homologado de acordo com os requisitos ou regras estabelecidas na Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no Mar – SOLAS 74/78. Após lançado o casulo na água (são necessários. Método para entrar na balsa: Existem duas maneiras de você entrar em uma balsa inflável: seco ou molhado. é pular sempre de pé (regra dos “pés primeiro”). Para o navegante amador. de preferência segurando seu colete salvavidas e nadar até o bote salva-vidas e embarcar nele com calma. Emprego de materiais de Homologação de Governos Estrangeiros O material de origem estrangeira poderá ser empregado para atendimento das dotações de embarcações e demais exigências das normas Brasileiras e instruções da Diretoria de Portos e Costas (DPC). ela se inflar de cabeça para baixo. com as pernas fechadas e braços juntos do corpo. desvirando-se a balsa em seu favor. devemos evitar fazer peso de um só lado. dois homens). Para facilitar. maior que o comprimento do cabo de disparo. Em seguida esta é arriada na água com o pessoal dentro dela. ≈ Rádio HF SSB – frequências 2181KHZ ou 4215. frequência 156. Em embarcações empregadas para navegação interior. de dentro da água. deve-se verificar a direção do vento. em função da temperatura da água do mar. ≈ Permanecer imóvel. O abandono por barlavento se justifica por ser onde as manchas de óleo terão menor extensão e o abatimento por efeito do vento tornará mais rápido o afastamento da embarcação. deve-se nadar o mais rápido possível para nos afastar da embarcação acidentada e com incêndio contra a correnteza e. sem ser frenético.ventoempopa. por baixo da água até afastarmos o risco de óleo na superfície. Para alcançar o seu objetivo. para ajudar as Arrais-Amador e Motonauta 62 . Se o colete for inflável.www. ≈ Quando ameaçado por tubarão. Veja os mais importantes: Não se deve saltar sobre as balsas salva-vidas e sim nas suas proximidades. protegendo o pescoço e os órgãos genitais (de pernas cruzadas). mantenha-se vestido com o colete salva-vidas. de frente para o tubarão. Sobreviventes de naufrágios durante a segunda guerra mundial apontam o óleo flutuante como a origem das maiores dificuldades para o salvamento. que é ser resgatado com vida. você tem que observar os procedimentos de sobrevivência no mar. ≈ Caso seja necessário nadar.com [SOBREVIVÊNCIA NO MAR E MATERIAL DE SALVATAGEM] 406MHZ. nadar com movimentos fortes e regulares. O abandono deve ser feito preferencialmente por barlavento devendo nadar até a sua balsa. Quando o náufrago já estiver na água ≈ Manter-se em constante vigilância. guelras ou ventre. ≈ Não retirar os sapatos e as roupas. evitando movimentos frenéticos. ≈ Caso o ataque seja iminente. fazê-lo com braçadas regulares. Sotavento: lado da embarcação por onde o vento sai. ≈ Celular – Apesar de não fazer parte dos equipamentos de comunicações de bordo. se for o caso. ≈ A sobrevivência do náufrago depende do tempo de permanência na água. mas se mantenha nas proximidades do naufrágio. numa direção que não cruze o seu caminho. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Você só é sobrevivente após o resgate! Até ser salvo. hoje é largamente utilizado pelo navegante amador. em forma de cuia na superfície da água e gritar com a cabeça mergulhada dentro da água. ≈ Afastar-se de locais onde existam cardumes de peixes. ≈ Bater com as palmas das mãos. Procedimentos do Náufrago antes do Resgate Barlavento: lado da embarcação por onde o vento entra. corte o cabo que a prende à embarcação. ≈ Afastar-se da embarcação que esteja afundando. Deve-se evitar saltar sobre destroços e em locais onde haja óleo. Para evitar todos os inconvenientes causados pelo óleo como o elevado risco de sufocação pela irritação das vias respiratórias e até mesmo a cegueira. procurar atingir o tubarão com algum objeto pontiagudo no focinho. você é apenas um náufrago. Após embarcar na balsa salva-vidas ≈ Após embarcar na balsa salva-vidas. conservando as energias. e nunca pular de cabeça e sim de pé. ≈ Caso o mar esteja agitado. saltar com o colete vazio. olhos. movimentar-se com regularidade. ≈ Execute suas tarefas relativas ao lançamento da Arrais-Amador e Motonauta 63 . ≈ Recolha da água objetos que estiverem flutuando e que possam ser úteis. ≈ Deixe os sinalizadores de emergência (fumígenos e foguetes iluminativos com pára-quedas) preparados para funcionamento. vista roupas adicionais e o seu colete salva-vidas. Antes da ordem de abandono. ≈ Economize energia. A ordem para abandonar a embarcação deve ser dada pelo comandante ou mestre da embarcação. para todos que que estiverem em boas condições físicas. ≈ Leve para a embarcação de sobrevivência apenas equipamentos úteis. Procedimento de Abandono da Embarcação Atenção! No mar.ventoempopa. A ordem para abandonar a embarcação deve ser dada pelo comandante ou mestre da embarcação. pois aumentará o desgaste físico e a perda de água do corpo. Ao receber a ordem para abandonar a embarcação. e observe as seguintes recomendações: ≈ Não leve objeto de uso pessoal nem qualquer tipo de bagagem. provável e possível. evite o sangramento de feridas quando na água. equipamentos de comunicação (rádios portáteis. cobertores. procure abastecer a embarcação de sobrevivência com água potável adicional. ≈ Proceda à distribuição controlada das rações de sobrevivência – água e alimento. fumígenos e pirotécnicos). ≈ No caso de rios e de águas abrigadas. régua. porém.www.com Revezamento na balsa salva-vidas . ≈ Havendo tempo. acessórios náuticos (carta náutica do local. compasso. de sinalização. principalmente sem roupas. dirija-se ao ponto de reunião (local previamente definido para abandono da embarcação). lápis). cabos de fibra. O cabo que prende a balsa à embarcação. o comandante deve considerar o risco de naufrágio iminente. ≈ Envide esforços para manter a moral do grupo elevado. caso ela não a possua. ≈ Estabeleça turno de vigia com o objetivo principal de observar a aproximação de embarcações ou aeronaves. ≈ Procure reunir todas as outras embarcações de sobrevivência que estejam nas proximidades. pois o sangue atrai piranhas que atacam em cardumes e podem devorar uma pessoa. O revezamento deverá ser previsto. pois os raios solares podem causar queimaduras graves. ≈ Improvise uma cobertura para sua embarcação de sobrevivência. ≈ Não se exponha ao sol. a nossa embarcação é o local mais seguro. entre outros. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho [SOBREVIVÊNCIA NO MAR E MATERIAL DE SALVATAGEM] equipes de busca e salvamento a encontrá-lo. ≈ Recolha os companheiros que estejam dentro da água e aplique os primeiros socorros em quem necessitar.havendo revezamento na balsa e para melhor conforto de quem está na balsa as roupas deverão ser trocadas para que os que estão na balsa permaneçam com roupas sempre secas. como por exemplo. mas em qualquer dos casos o fato deve ser tratado como “muito grave”. a fim de manter a circulação sanguínea. só deve ser cortado quando todos já estiverem embarcados na balsa. evite fazer esforços e não fale desnecessariamente. É conveniente. Entretanto. não se deve ingerir água do mar.com [SOBREVIVÊNCIA NO MAR E MATERIAL DE SALVATAGEM] embarcação de sobrevivência. A água existente nas balsas. deixando o restante para o terceiro e quarto dias. não se deve negligenciar quanto à alimentação. Proteger-se do sol. de preferência seco. que cada náufrago consuma 750 ml. Em caso de náusea. compostas principalmente de balas de goma (jujubas) e chicletes. o sal fica acumulado em seu corpo. eliminá-lo através da urina. a própria água do organismo vai migrar para eliminar o sal acumulado. sendo recomendável a partir do segundo dia. o organismo humano é capaz de suportar algumas semanas sem alimento sólido. Beber água salgada mata! Nunca beba água do mar. podendo inclusive morrer. na proporção de metade da cota. ≈ Afaste-se da embarcação sinistrada o suficiente para ficar “safo” da embarcação.www. A ração sólida também deve ser ministrada ao náufrago a partir do segundo dia. nem misture com água potável. Arrais-Amador e Motonauta 64 . e mal cheirosa. e posteriormente. ≈ Entre na embarcação de sobrevivência. água do mar e do frio e. Contudo. ou então. Importância da Alimentação para o Náufrago As rações modernas são em sua maioria em forma de açúcar. vento. A explicação para essa composição da ração sólida de sobrevivência no mar está no fato de que o corpo necessita primeiramente de açúcar e gordura.ventoempopa. A água da chuva pode ser consumida. o náufrago que bebe água do mar agrava o seu estado de desidratação. deve-se tomar logo o medicamento contra enjoo e manter-se deitado. Quando o náufrago bebe água salgada. a sobrevida da pessoa é reduzida para apenas alguns dias. procurar manter o equilíbrio hídrico do organismo. Perigos que Ameaçam a Sobrevivência Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho A água é a principal prioridade do náufrago em uma embarcação de sobrevivência. Dessa forma. quando em completa ausência de água. e não de carne (proteínas). havendo necessidade de água potável para dissolvê-lo nos rins. sobretudo. embora esta venha no final de sua lista de prioridades em sobrevivência no mar. são bem mais importantes do que comer. ≈ Assegure-se de que todos os companheiros destinados para aquela embarcação estão a bordo. As embarcações de sobrevivência modernas são dotadas de rações sólidas. Dispondo de água potável para beber. Também não se deve beber a urina. concentrada. no primeiro dia. O corpo humano tem cerca de 33 litros de água e esta quantidade não pode baixar para menos de 20 litros. conservando a água do corpo. Em comparação com a água. não deve ser ministrada ao naufrago. O vômito representa grande perda de água para o organismo. A urina do náufrago é escura. Como em sobrevivência no mar não existe água potável em quantidade adequada para hidratar o corpo. Dispensa As embarcações empregadas na Navegação Interior estão dispensadas de dotar (ter a bordo) embarcações de sobrevivência. a alimentação vem em segundo plano. de tabletes de um composto à base de glicose. o enjoo deve ser tratado com medicamentos próprios. com [SOBREVIVÊNCIA NO MAR E MATERIAL DE SALVATAGEM] Além de água do mar e urina.www. é proibida a ingestão pelo náufrago. A falta de funcionamento dos intestinos constitui fenômeno comum em náufragos. de bebidas alcoólicas. Exemplar [005098] pertencente à: Paulo Carvalho Silva Filho Arrais-Amador e Motonauta 65 .ventoempopa. dada exiguidade da alimentação. ≈ Transceptor portátil de VHF – indicado para os casos de abandono da embarcação ou falha de outro equipamento. Arrais-Amador 66 . Os equipamentos de rádio comunicações deverão possuir as seguintes características: ≈ Transceptor fixo de HF – potência de operação para operar a uma distância de pelo menos 75 milhas da costa. ≈ Transceptor fixo de VHF – potência mínima de 25w. • Comunicações entre uma embarcação e uma Estação Costeira (Iates Clubes e Marinas).www. bateria com autonomia quatro (4) horas. para operar no limite da navegação em mar aberto. Esses aparelhos mais conhecidos a bordo pela sigla SSB.8 8291. e com um coeficiente de utilização de 1:9 (1 minuto de transmissão por 9 minutos de escuta).1 6215 8255 12290 22060 DESCRIÇÃO Socorro Internacional (curta distância) Socorro Atlântico Sul (longa distância) Utilizada pelas estações costeiras dos Iates Clubes e Marinas Em função das co ndiçõe s locais de propagação o equipamento poderá operar ainda nessas frequências.As estações-rádio pertencentes aos Iates Clubes localizados ao longo do litoral brasileiro mantêm serviço de escuta em VHF e/ou SSB. Nesta disciplina iremos conhecer os equipamentos básicos obrigatórios a bordo das embarcações de esporte e/ou recreio (lazer). É recomendável que possua revestimento emborrachado (a prova d’água). tipo costeira. O rádio HF e o VHF podem ser usados para: • Comunicações entre embarcações. Frequências Obrigatórias [NOÇÕES DE COMUNICAÇÕES NA NAVEGAÇÃO INTERIOR] Manter comunicações confiáveis no mar é de suma importância para a segurança da embarcação e das pessoas de bordo. por meio de uma Estação Costeira (Iates Clubes e Marinas). • Transmissão e recepção de mensagens de socorro de pessoas que estejam correndo risco de vida. em referência ao tipo de modulação executada pelo equipamento. São obrigatórias as seguintes frequências: Em HF/SSB Frequência (kHz) 2182 4125 4431.ventoempopa. • Comunicações entre uma embarcação e um telefone. mantida sempre em carga.com Equipamentos Transceptor de HF/SSB (High Frequency/SSB) Transceptor de VHF (Ultra High Frequency) VHF portátil . e na navegação interior. para apoio às embarcações de esporte e/ou recreio (lazer). Importante! É proibida a transmissão em radiotelefonia no Canal 70. segurança e chamada inicial Canais 68 e 69. • Em navegação interior: equipamento em VHF.Canal de CHAMADA e SOCORRO.ventoempopa. no endereço http://www. . No entanto. [NOÇÕES DE COMUNICAÇÕES NA NAVEGAÇÃO INTERIOR] Em VHF Frequência (MHz) 156.Destinado a comunicações para em chamada seletiva digital (DSC) ao invés do Canal 16 Com a embarcação navegando. Nota do autor: O telefone celular não pertence ao Serviço Móvel Marítimo.br.anatel.525 MHz DESCRIÇÃO Canal 16 – canal de socorro. .8 MHz 156. pois ele é destinado a comunicações DSC.Com a embarcação navegando. Arrais-Amador 67 . Se o equipamento for adquirido no estrangeiro.com Canal 16 .8 MHz (Canal 16) e tráfego em canal designado pela estação.www.0 kHz e tráfego em frequência designada pela estação. A licença do equipamento (Licença de Estação de Navio) deve ser obtida nas agências da ANATEL. Todos os equipamentos de comunicações deverão estar de acordo com as normas da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). para aqueles que realizam a navegação interior ter um aparelho celular a bordo será sempre útil.HF: chamada em 4125.gov. o equipamento VHF deverá estar ligado e em escuta permanente no canal 16 ou canal 70 no caso de equipamento DSC. o equipamento VHF deverá estar ligado e em escuta permanente no canal 16 ou 70 no caso de equipamento DSC. Informações e o formulário para preenchimento podem ser obtidos na página daquele órgão. ≈ Embarcações Miúdas – Dispensado de ter a bordo equipamento rádio. • Em navegação costeira: equipamento em VHF. ≈ Embarcações de Médio Porte • Em navegação oceânica: equipamento em VHF e HF. respectivamente Canal 70 . ≈ Em navegação interior: recomendado o equipamento em VHF fixo ou portátil.VHF: chamada em 156. As embarcações deverão ter a bordo seguintes equipamentos transceptores: os ≈ Embarcações de Grande Porte ou Iate • Em navegação costeira ou oceânica: equipamento em VHF e HF. Frequências . deve estar homologado pela Autoridade competente do país de origem. Para a prova observe com atenção as bandeiras ALFA e OSCAR. Vamos.ALFA “Estou com mergulhador na água mantenha-se bem afastado e a baixa velocidade”. • Ser adequado para transmissão por todos os métodos. então. na Quarta Assembleia da Organização Marítima Internacional (IMO).OSCAR AMARELO E VERMELHO Homem ao Mar (Queda de um tripulante na água) [BANDEIRAS DO CÓDIGO INTERNACIONAL DE SINAIS] O Código Internacional de Sinais (CIS) foi adotado e entrou em vigor. 3 bandeiras substitutas e um galhardete especial. inclusive radiotelegrafia em código Morse e radiotelefonia. 10 bandeiras galhardetes numerais. em 1969.www. O . Nesse caso a embarcação deverá exibir uma bandeira Alfa que significa: A . conhecer o significado de cada uma das 26 bandeiras alfabéticas: QUADRO – BANDEIRAS ALFABÉTICAS E SEUS SIGNIFICADOS Arrais-Amador 68 .Se uma embarcação está impossibilitada de manobrar em apoio à atividade de mergulho amador. com as seguintes características: • Utilizar uma só linguagem de comunicação através de bandeiras que representam letras do alfabeto grego. Por exemplo: .ventoempopa. BRANCO E AZUL Tenho mergulhador na água (afaste-se) No código existem 26 bandeiras alfabéticas. tendo cada sinal um significado completo.com Bandeiras do Código Internacional de Sinais Nota do autor: . e Margem Direita a margem situada do lado direito de quem desce esse mesmo rio. isto significa que o tráfego está à esquerda de quem sobe ou desce o rio.com [QUADRO DE SINAIS NÁUTICOS] Como o Exame de Motonauta e Arrais-Amador é voltado especificamente para a Navegação Interior. Motonauta e Arrais-Amador 69 . bóias e balizas usadas na navegação fluvial e lacustre. se você observar um triangulo vermelho. Pontes (Placas Usadas nos Pilares das Pontes) Num pilar de ponte sobre um rio navegável.www. Vamos a eles: Balizamento Fluvial e Lacustre (Sinais fixos que orientam o navegante para manter-se no canal) SINAIS Colocados junto à MARGEM ESQUERDA Colocados junto à MARGEM DIREITA Indicadores de MEIO DO CANAL  Indicadores de TROCAR DE MARGEM  Indicadores de CANAL JUNTO A MARGEM  Colocados onde melhor possam ser vistos Indicador de PERIGO ISOLADO  Indicador de BIFURCAÇÃO DE CANAL  Lembre-se: Na navegação fluvial e lacustre.ventoempopa. Num pilar de ponte sobre um rio navegável. é importante que o Candidato conheça os principais sinais náuticos. se você observar um retângulo verde. isto significa que o tráfego está à direita de quem desce ou sobe o rio. ou seja. de montante (onde nasce o rio) para jusante (sentido da corrente). entende-se por Margem Esquerda a margem situada do lado esquerdo de quem desce o rio. A viga do vão principal de uma ponte fixa.ventoempopa. deve exibir no centro uma luz rápida branca e nos pilares laterais luzes fixas ou rítmicas. Boia Encarnada Sinal noturno adesivo reflexivo branco .Subindo o Rio (navegando para Montante) – deixar por Bombordo. de acordo com as convenções para o balizamento marítimo. .No balizamento fluvial e lacustre que exija sinais luminosos. .Subindo o Rio (navegando para Montante) – Deixar por Boreste. terminais e trapiches) Placa retangular encarnada com faixa branca TRÁFEGO PROÍBIDO Placa branca com retângulo encarnado no centro PILAR DE PONTE A ESQUERDA DE QUEM SOBE OU DESCE O RIO Placa branca com quadrado amarelo no centro TRÁFEGO PERMITIDO NOS DOIS SENTIDOS Placa branca com dois quadrados amarelos no centro TRÁFEGO PERMITIDO COM SENTIDO ÚNICO Placa branca com triângulo verde no centro PILAR DE PONTE À DIREITA DE QUEM SOBE O RIO Sinalização Náutica (Hidrovia Paraguai-Paraná) MUDANÇA DE MARGEM (MARGEM ESQUERDA) CANAL A MEIO DO RIO (MARGEM ESQUERDA MUDANÇA DE MARGEM (MARGEM DIREITA) CANAL A MEIO DO RIO (MARGEM DIREITA) CANAL JUNTO À MARGEM (MARGEM ESQUERDA) TRÁFEGO PROÍBIDO COM SENTIDO ÚNICO BIFURCAÇÃO DE CANAL (MARGEM ESQUERDA) PERIGO BIFURCAÇÃO DE CANAL (MARGEM DIREITA) Muito Importante: . Sinais Fixos Demarcatórios de Rota PERIGO ISOLADO MEIO DO CANAL MUDANÇA DE MARGEM BIFURCAÇÃO DE CANAL CANAL JUNTO A MARGEM Placas para sinalização de Pontes (também usadas em cais. píeres. os da margem direita exibirão luz verde. .Descendo o Rio (navegando para Jusante) – deixar por bombordo.Descendo o Rio (navegando para Jusante) – deixar por Boreste. logo os da margem esquerda exibirão luz encarnada. molhes. Motonauta e Arrais-Amador 70 .[QUADRO DE SINAIS NÁUTICOS] www.com Balizamento Fluvial (Hidrovia Tietê-Paraná) Boias de Demarcação de Rota Boia Verde Sinal noturno adesivo reflexivo branco . Não portar a documentação relativa à habilitação. pertinentes à embarcação.br/sta/rlesta.00 Até 120 dias *** O Capítulo IV da RLESTA que trata das Infrações e Penalidades. Conduzir embarcação sem habilitação. disponível no endereço: http://www.00 a 3. em mau estado ou vencido.dpc. Deixar de inscrever ou de registrar a embarcação. Navegar sem as luzes de navegação Apresentar-se com falta de equipamento de navegação exigido. Efetuar alterações ou modificações nas características da embarcação em desacordo com as normas.00 a 2. Apresentar-se sem a dotação regulamentar de itens e equipamentos de bordo.00 Até 60 dias de 80.00 Até 30 dias Até 30 dias de 80. Não portar os certificados ou documentos equivalentes exigidos. Deixar de efetuar outras marcações previstas (refere-se à identificação visual da embarcação).00 Até 30 dias Até 30 dias Até 30 dias Até 30 dias de 40. PERÍODO MÁXIMO DE SUSPENSÃO DA CHA FAIXA DE VALORES DE MULTA POR GRUPOS Até 30 dias Até 30 dias de 40.00 a 2. A reincidência sujeitará o infrator à pena de cancelamento.200. Transportar carga perigosa ou carga no convés em desacordo com as normas.mil. Causar danos a sinais náuticos Descumprir as regras regionais sobre tráfego. Apresentar-se com a dotação incompleta. Não possuir qualquer certificado ou documento equivalente. Apresentar-se com item ou equipamento da dotação inoperante.00 Até 60 dias Até 60 dias Até 30 dias Até 30 dias Até 30 dias de 40. Deixar de marcar no casco o nome da embarcação e o porto de inscrição (Para outras marcações.00 a 200. Velocidade superior à permitida.mar. Certificados ou documentos equivalentes com prazo de validade vencido.00 a 800. Equipamento de navegação defeituoso ou inoperante. Conduzir embarcação em estado de embriaguez ou após uso de substância entorpecente ou tóxica.800. Equipamentos de comunicações inoperantes ou funcionando precariamente.200. Transportar excesso de carga ou passageiros. Sigla: CHA – Carteira de Habilitação de Amador.00 a 1. ou exceder lotação autorizada. Não possuir a documentação relativa à habilitação. Equipamentos de combate e de proteção contra incêndios inoperantes ou funcionando precariamente. Descumprir regra do RIPEAM. Não portar o documento de inscrição ou registro da embarcação. na integra.600. Luzes de navegação em desacordo com as normas.00 *** Até 60 dias Até 30 dias Até 60 dias Até 30 dias *** Até 60 dias *** Até 60 dias Até 60 dias de 40.00 Até 60 dias Até 60 dias Até 60 dias *** *** de 40. Trafegar em área reservada a banhistas ou exclusiva para determinado tipo de embarcação.QUADRO DE INFRAÇÕES MAIS COMUNS E PENAS APLICADAS (Mais comuns a Navegação de Esporte e/ou Recreio) (Valores em R$) GRUPO A B C D E F G INFRAÇÕES Portar à habilitação desatualizada. ver Grupo A). estabelecidas pelo representante local da autoridade marítima. quando não constituir crime previsto em lei. Descumprir qualquer outra regra referente às normas de transporte previstas.htm#infracoespenalidades .00 a 400.
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