Higiene IndustrialCURSO DE FORMAÇÃO DE OPERADORES DE REFINARIA HIGIENE INDUSTRIAL 1 Higiene Industrial 2 Higiene Industrial HIGIENE INDUSTRIAL ANDRÉ LUIS DA SILVA KAZMIERSKI ANTONIO GRAVENA Equipe Petrobras Petrobras / Abastecimento UN´s: Repar, Regap, Replan, Refap, RPBC, Recap, SIX, Revap 3 CURITIBA 2002 Financiado pelas UN: REPAR. REFAP. Título. Higiene industrial. RECAP. 38 p. 2002.Higiene Industrial 363.11 K23 Kazmierski. (algumas color. 2. . 4 . I. Ruído. REVAP. Antonio Gravena. 3. 1. : il. Ergonomia.) . REPLAN. REGAP. André Luis da Silva. 30 cm.Curitiba : PETROBRAS : UnicenP. SIX. Curso de formação de operadores de refinaria: higiene industrial / André Luis da Silva Kazmierski. RPBC. colocar questões aos instrutores e à turma. mas sim. Nome: Cidade: Estado: Unidade: Escreva uma frase para acompanhá-lo durante todo o módulo. desta forma não podem ser tomados como algo pronto e definitivo. Este projeto foi realizado pela parceria estabelecida entre o Centro Universitário Positivo (UnicenP) e a Petrobras. Para continuarmos buscando excelência em resultados. gabaritos de atividades – procuram integrar os saberes técnico-práticos dos operadores com as teorias. 5 . Estes materiais – módulos didáticos. diferenciação em serviços e competência tecnológica.Higiene Industrial Apresentação É com grande prazer que a equipe da Petrobras recebe você. aprofundar seu conhecimento. portanto. como um processo contínuo e permanente de aprimoramento. slides de apresentação. com a sua disposição para buscar outras fontes. representada pela UN-Repar. capacitando-se para sua nova profissão na Petrobras. planos de aula. enfim. caracterizado pela flexibilidade exigida pelo porte e diversidade das unidades da Petrobras. precisamos de você e de seu perfil empreendedor. Contamos. buscando a construção dos materiais pedagógicos que auxiliarão os Cursos de Formação de Operadores de Refinaria. 1 Uma Excursão no Aparelho Auditivo .......... 8 1.....3 Da Informação ...............................................................................................................................................................................2............................................................. 7 1...............................................................................................7...................................................................................................2... 18 1......................... 24 1....................6 A Legislação Trabalhista Brasileira e o Ruído ................................................... 19 1........................................4...... 21 1.6 Radiação de nêutrons ..........................................1........................2 Ouvido – O Palco da Audição .........................................1 Infravermelho ................................... 23 1.................................................2.....................7... 8 1..........................................1 Introdução ..................8...................................................7 Tipos de Radiação ....7...........4 Audiometria – Avaliando a Atuação das Células Ciliadas ........................2...................... 19 1.....................................1 Da Justificação ................................................... 29 1.....2.............................8........................ 33 .....................1 Objetivos...... 8 1..................7....................................... ....................3 Objetivo ................2 Conceituação ...........................Higiene Industrial Sumário 1 DIRETRIZES DE HIGIENE INDUSTRIAL ....... 17 1................................................................................................................................... 22 1.................................................................................................. 22 1............................................................. 23 1................... 24 1........................................8....................................................................................4 Raios catódicos ............2 Propriedades toxicológicas .....................................................4.........5............... 19 1........................................................................................... 8 1.......................................................... 28 1. 8 1.4 Preserve sua Audição ................4 Da Participação .5 Raio X .........................7.................. 28 6 1............... 23 1.........3 Conceitos ..................................................... 8 1............................... 7 1....................................................2 Da Funcionalidade ................1 Histórico ........................1.....................................4............................................................... 8 1......1 Ruído – Ameaça antes mesmo do Nascimento .......................................3 Radiação de fundo .................................................... 28 1.......5................. 8 1..................... 18 1..............................................5 Da Interação ......................................2 Diretrizes .....2 Ultravioleta .................................................................................................. 24 1.... 20 1.................1............................ 8 1... 7 1..............8 PPEOB: Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno .....3 Uma Atuação Inesquecível ...4........................................................................2 Protegendo-se do Ruído ....................................................3 Toxicocinética e toxicodinâmica ......7................................................9 NR 17 – Ergonomia ................................................5 Ruído – A Ameaça Silenciosa................................................. com posterior exames médicos nos trabalhadores. sugeriu medidas eficazes de controle a fim de eliminar as condições insalubres. Em nível departamental. As leis indenizatórias aplicavam-se apenas a acidentes de trabalho.1. os riscos existentes na manipulação de enxofre e zinco. registrou em uma enciclopédia de ciência natural. Entretanto. as doenças profissionais começaram a ser reconhecidas como tais e passaram a ser cobertas pelo seguro de acidente de trabalho. pois. inicialmente. as medidas de controle sugeridas por Ramazzini eram terapêuticas e curativas. na antiguidade. Nos Estados Unidos foram criados departamentos estaduais e federais responsáveis por inspecionar as condições dos ambientes de trabalho. que tratavam. O primeiro livro considerado como um tratado sobre doenças ocupacionais. foi realizada pela Dra. a primeira pesquisa que estudou. a importância da manutenção da saúde dos trabalhadores industriais foi sendo cada vez mais reconhecida. Pliny. . em consonância com a política de Segurança Industrial e com as diretrizes da Diretoria Executiva para as atividades de Segurança Industrial. inicialmente. o autor descreve os riscos associados à maioria das profissões de sua época e enfatiza a necessidade do médico conhecer a profissão de seu paciente para melhor poder diagnosticar sua doença. eram utilizados escravos nos trabalhos mais perigosos. d. normalmente. usada pelos trabalhadores nos serviços de maior exposição à poeira. sob a coordenação da Superintendência de Engenharia de Segurança e do 7 Meio Ambiente (Susema). Em 1473.C. Com a realização de estudos como o mencionado anteriormente. fez surgir as primeiras leis trabalhistas. observada por Hipócrates em mineiros e metalúrgicos. ou seja. o que impulsionou o desenvolvimento de uma ciência designada Higiene Industrial. No começo do século XX. Apesar da descrição das doenças profissionais típicas de seu tempo. o ambiente de trabalho. porém podiam incluir doenças profissionais no caso destas serem classificadas como acidentes. concluindo evidente correlação entre as doenças observadas e a exposição a produtos tóxicos. pouco foi feito para proteger os trabalhadores. Neste livro. feita de bexiga. 1. intensificou aqueles já existentes e aumentou significativamente o número de trabalhadores na indústria.1 Introdução A Higiene Industrial será exercida nas companhias. foi escrito por RAMAZZINI e publicado em 1700.1 Histórico A relação entre o ambiente de trabalho e seu efeito sobre a saúde do trabalhador é conhecida há muito tempo. Também descreveu uma máscara de proteção. No século I. Alice Hamilton. Em seu trabalho. da limitação das jomadas de trabalho e indenizações a serem pagas em caso de acidente.. Abordou os sintomas da intoxicação pelo chumbo e mercúrio e sugeriu medidas de controle. "De morbis artificum diatriba" (As doenças dos trabalhadores). de controle no ambiente de trabalho ou de redução da exposição. Na primeira metade desse século. em detrimento das medidas preventivas.Higiene Industrial Diretrizes de Higiene Industrial 1. Proteção Ambiental e Saúde Ocupacional. Ellonberg publicou seu primeiro livro que tratava das doenças ocupacionais e lesões dos trabalhadores nas minas de ouro. A Revolução Industrial trouxe novos riscos aos trabalhadores. no século IV a. A primeira doença profissional registrada foi a intoxicação por chumbo. esta coordenação compete ao Asema (Assistente de Engenharia de Segurança e do Meio Ambiente). um romano de renome.C. O conseqüente aumento no número de acidentes e 1 doenças profissionais. 3 Objetivo Assegurar aos trabalhadores padrões adequados de saúde e bem-estar no ambiente de trabalho. constituídas de hidrogênio e um ou mais elementos. extintores de incêndio. lava-olhos.2. com a produção de íons hidrogênio (H+). protetores faciais. Ponto de Combustão: é a menor temperatura em que vapores de um líquido.4 Da Participação Os programas de Higiene Industrial devem ser transparentes quanto aos métodos. no mínimo. contratados. Ponto de Auto-Ignição: é a temperatura mínima em que ocorre uma combustão.2.. e em relação aos danos que podem ser produzidos à sua saúde. que prevê a distribuição gratuita desses equipamentos. complementa-se e interage com as de Segurança Industrial. luvas. para a participação e desenvolvimento dos trabalhadores. utilizados para prevenir e/ou minimizar acidentes. comprometimento da saúde e do bem-estar ou significativo desconforto e ineficiência entre os trabalhadores ou membros de uma comunidade de trabalhadores. etc.2 Conceituação A Higiene Industrial é o conjunto de ações voltadas para o reconhecimento. Entende-se por trabalhadores os empregados. nocivas. e.1. de uso estritamente pessoal. Líquidos Inflamáveis: são agentes químicos que.3 Da Informação Todo trabalhador deve ser informado quanto aos riscos aos quais está exposto no desempenho de suas atribuições. líquidos inflamáveis. após inflamarem-se pela passagem de uma chama piloto. 1. é necessária a cooperação e o envolvimento dos responsáveis por estas atividades. atendidos os parâmetros de economicidade. em temperatura igual ou inferior a 93oC. agentes oxidantes e substâncias explosivas. Equipamentos de Proteção Individual – EPI: são equipamentos. em presença de alguns solventes como a água. 1. Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC: são equipamentos de uso coletivo. para que seus objetivos sejam alcançados. tais como. 8 1.1 Da Justificação Na seleção de projetos de instalações.2 Da Funcionalidade As instalações. a avaliação e o controle dos fatores ambientais e tensões originados do.2. SUSEMA – Dez/90 1. independente de uma fonte de calor. Devem criar condições . etc. de processos ou equipamentos que utilizem ou produzam agentes agressivos. para tanto. ou. no local de trabalho que possam causar doença. 1. Bases: são substâncias capazes de liberar íons hidroxila (OH–). às condições e aos limites estabelecidos na Legislação Brasileira.2. continuam a arder por 5 segundos. tóxicas. utilizados para prevenir e/ou minimizar acidentes.3 Conceitos Ácido: são substâncias. 1. botas. obedecendo. Saúde Ocupacional e Meio Ambiente. receber instruções quanto aos meios de prevenção e controle.Higiene Industrial A cada órgão da companhia cabe assumir a responsabilidade de executar programas específicos que atendam às suas características e necessidades particulares. corrosivas. 1.1. que. Seu uso é regulamentado pela Portaria 3214-NR-6 do Ministério do Trabalho de 08/06/78. Barreiras Químicas: são dispositivos ou sistemas que protegem o trabalhador do contato com substâncias químicas irritantes. resultados e medidas corretivas.5 Da Interação A Higiene Industrial exige ação multidisciplinar. substâncias produtoras de fogo. quando em reação com meios aquosos. 1. no mínimo.2 Diretrizes 1. deve-se optar por aquele que gere o menor nível de exposição dos trabalhadores. reage. na aplicação e aprimoramento dos princípios e ações da atividade. competindo ao trabalhador usá-los e conservá-los. processos e procedimentos existentes devem ser objeto de ações específicas com o objetivo de reconhecimento e avaliação de agentes agressivos existentes e estabelecimento de medidas de controle.. bolsistas e estagiários. Agentes Oxidantes: são agentes químicos que desprendem oxigênio e favorecem a combustão em refinarias. sob a liderança ativa e continuada do seu gerente de maior nível hierárquico.2. desprendem vapores inflamáveis. formadas pela passagem rápida do ar nos líquidos ou pela condensação de umidade atmosférica formando moléculas de gases ou vapores. lesão ou injúria. Não se difundem no ar. Substâncias Produtoras de Fogo: são agentes químicos sólidos. Existe uma relação direta entre a freqüência e a duração da exposição na toxicidade dos agentes tóxicos. Segundo o tempo de resposta a) aguda: é aquela em que os efeitos tóxicos em animais são produzidos por uma única ou por múltiplas exposições a uma substância.Higiene Industrial Ponto de Fulgor: é a menor temperatura em que um líquido libera suficiente quantidade de vapor para formar uma mistura com o ar passível de inflamação. Substâncias Nocivas: são agentes químicos que. absorção ou ingestão. podem causar efeitos graves e/ou mortais. e que podem voltar para seu estado natural por aumento ou diminuição da temperatura. Substâncias Tóxicas: são agentes químicos que. É a medida do potencial tóxico de uma substância. Poeiras: são partículas sólidas. metais. percussão. trituração. Substâncias Corrosivas: são agentes químicos que causam destruição de tecidos vivos e/ou materiais inertes. As neblinas difundem-se em maior extensão que os fumos. Não existem substâncias químicas atóxicas (sem toxicidade). A toxicidade de uma substância pode ser classificada de acordo com os seguintes critérios: 1. por inalação. inferior a um dia. Substância Química: é todo o agente que contém uma atividade potencial intrínseca. numa dosagem de 100 mg. Névoa: gotículas (de diâmetro maior que 0. CuO. Fumos: são partículas sólidas (de diâmetro menor que 0. também é verdade que não existe substância química que não possa ser utilizada com segurança.5 micras) geradas pela condensação de compostos metálicos. que não tenham efeitos lesivos ao organismo. Por outro lado. produzem centelhas ou calor suficiente para iniciar um processo destrutivo através de violenta liberação de energia. produzem efeitos de menor gravidade. Fumaças: partículas de carvão e fuligem. informações sobre as características ou propriedades da substância. duração da exposição e via de administração. olhos e trato respiratório. a dose para produzir o efeito. Substâncias Irritantes: são agentes químicos que podem produzir ação irritante sobre a pele. madeira. pela limitação da dose e da exposição ao organismo humano. que podem apresentar-se em suspensão no ar. Geralmente. absorção ou ingestão. pela passagem de uma chama piloto. minérios. informações sobre a exposição e o indivíduo. por qualquer via. Não existem substâncias químicas seguras.5 micras) resultantes da dispersão de líquidos. fricção.5 micras. capaz de interferir em um sistema biológico levando a um dano. Exemplo: óxidos metálicos (ZnO.5 micras. não explosivos. em possível equilíbrio com sua fase líquida. Vapores: são formas gasosas das substâncias que estão normalmente no estado sólido ou líquido. Toxicidade: é a capacidade latente. Para se avaliar a toxicidade de uma substância química. pode resultar em sintomas leves. Aerossol: partícula sólida ou líquida dispersa por um longo período de tempo no ar. produzidos por desintegração. As partículas que constituem uma neblina apresentam diâmetro inferior a 0. facilmente combustíveis. FeO). aparecem em um período de aproximadamente 10% do tempo de vida de exposição do animal ou em alguns meses. por um curto período. pulverização e impacto. as manifestações ocorrem rapidamente. inerente. sedimentamse sob a influência da gravidade. quando absorvido pelas diversas vias de penetração. carvão. ao serem introduzidos no organismo por inalação. com diâmetro maior que 0. é necessário conhecer: que tipo de efeito ela produz. ao passo que 10 mg da mesma substância por via intravenosa podem levar a sintomas graves. A chama dura no máximo 1 segundo. geralmente após volatilização de metais fundidos. Os maiores fatores que influenciam na toxicidade de uma substância são: freqüência da exposição. por ação mecânica. que causam ou contribuem para a produção de incêndios. Uma substância administrada por via oral. que uma substância química possui. Substâncias Explosivas: são agentes químicos que pela ação de choque. como rochas. geradas de materiais orgânicos ou inorgânicos. produzidos por 9 exposições diárias repetidas a uma substância. por qualquer via. b) subcrônica: é aquela em que os efeitos tóxicos em animais. . Neblina: são partículas líquidas em suspensão no ar. mesmo na presença de baixas doses. Por exemplo. moderada e severa são subdividos ainda em toxicidade: d) local aguda: efeitos sobre a pele. uma substância química ou um produto de seu metabolismo combina-se com uma proteína endógena (do próprio organismo) e forma um antígeno (alérgeno). Suscetibilidade ou sensibilidade: característica específica e inerente de um indivíduo em apresentar uma reatividade ou resposta na presença de um determinado agente ou antígeno. Segundo a graduação de toxicidade proposta por Irving Sax e adotada pela Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA). dermatite. Hipersensiblidade ou hipersuscetibilidade: aumento da reatividade individual a agentes exógenos. Outras classificações de toxicidade: – desconhecida: é aquela em que os dados toxicológicos disponíveis sobre a substância são insuficientes. geralmente durante toda a vida do animal ou aproximadamente 80% do tempo de vida. Exemplos: rinite. b) moderada: é aquela em que os distúrbios produzidos no organismo são reversíveis e não são suficientes para provocar danos físicos sérios ou prejuízos à saúde. A Concentração Letal (CL 50) é a concentração atmosférica de uma substância química que provoca a morte de 50% de um grupo de animais expostos. A exposição varia de segundos a horas. Uma exposição subseqüente à substância resulta em interação antígeno-anticorpo que provoca a reação alérgica. e) sistêmica aguda: efeitos nos diversos sistemas orgânicos após absorção da substância pelas diversas vias. A reação alérgica pode ser imediata ou retardada. c) severa: é aquela em que ocorrem mudanças irreversíveis no organismo humano. num período de uma a duas semanas. Reação alérgica: é uma reação adversa a uma substância química resultante de uma sensibilização prévia do organismo a esta estrutura ou a uma outra similar. A Dose Letal (DL 50) é a dose de uma substância química que provoca a morte de 50% de um grupo de animais da mesma espécie. 10 . muito usada em toxicologia experimental. as substâncias cancerígenas.Higiene Industrial c) crônica: é aquela em que os efeitos tóxicos ocorrem depois de repetidas exposições. determinada geneticamente. Dose letal (Dl 50) e concentração letal (CL 50) A informação da toxicidade de uma substância é obtida pelos dados de letalidade. os níveis de toxicidade leve. – retardada: é aquela que ocorre rapidamente após um longo período de latência. as membranas mucosas e os olhos após exposição que varia de segundos a horas. Segundo a severidade a) leve: é aquela em que os distúrbios produzidos no corpo humano são rapidamente reversíveis e desaparecem com o término da exposição ou sem intervenção médica. com liberação de histamina. quando administrada pela mesma via. – imediata: é aquela que ocorre rapidamente após uma única exposição. Alguns organismos desenvolvem reações alérgicas e lesões ao contato com uma substância química. Efeito reversível e irreversível: a reversibilidade ou irreversibilidade de um efeito tóxico é determinada pela capacidade que um tecido ou um órgão tem de se regenerar. suficientemente severas para produzirem lesões graves ou a morte. Por exemplo: o fígado tem uma grande capacidade de regeneração e muitas lesões são reversíveis. Este antígeno induz a formação de anticorpos (imunoglobulinas). em um tempo definido. Dose-resposta: relação entre o grau de resposta do sistema biológico e a quantidade de tóxico administrada. asma. por um período longo de tempo. em forma de uma extrema sensibilidade a baixas doses ou uma extrema insensibilidade a altas doses do agente químico. Idiossincrasia: é uma reação anormal a uma substância química. Para provocar uma reação alérgica. g) sistêmica crônica: efeitos nos sistemas orgânicos após repetidas exposições pelas diversas vias de penetração durante um longo período de tempo. f) local crônica: efeitos sobre a pele e os olhos após repetidas exposições durante meses e anos. O sistema nervoso central é constituído de células diferenciadas que não se dividem e 2. Existem duas seqüências. talidomida. chumbo. b) potencialização: quando uma substância que não tem efeito tóxico sobre um órgão ou um sistema é adicionada a uma substância que tenha efeito tóxico sobre esse órgão. Acredita-se que o evento inicial de carcinogênese das substâncias. álcool.Higiene Industrial não se regeneram. vias de exposição. inseticidas (pesticidas). sílica cristalina. quando combinados. Exemplos de substâncias provavelmente carcinogênicas: Acrilonitrila. mas resultar em morte do feto no período posterior de desenvolvimento e resulta em aborto. brometo de vinila. Se as mutações ocorrem no óvulo ou no espermatozóide. A indução de câncer pelas substâncias químicas ocorre através de uma série complexa de reações individuais. Mutagenicidade: capacidade de uma substância química em induzir mudanças ou mutações no material genético das células (cromossomos) que podem ser transmitidas durante a divisão celular. Órgão Cérebro Olho Coração Membros Superiores Membros Inferiores Fase da gestação (dias) 15 – 25 24 – 40 24 – 40 24 – 36 24 – 36 Fonte: Encyclopaedia of Occupational Safety and Health. porém. A influência das substâncias químicas depende da fase da reprodução durante a qual a exposição à substância ocorre. Numa segunda fase. Este efeito. entre outras. monóxido de carbono. e assim surge o câncer. solventes. lesões a este sistema são. Exemplos de substâncias com potencial teratogênico: mercúrio. O feto é suscetível entre o 20o e o 40o dia de gestação. formaldeído. Teratogenicidade: capacidade que uma substância tem de desenvolver uma mal formação no embrião (feto) em desenvolvimento. assim. a interação química pode ser classificada nos seguintes tipos: a) sinergismo: quando o efeito combinado de dois agentes químicos é maior do que a soma de cada agente dado isoladamente. Efeitos cancerígenos de substâncias químicas são também exemplos de efeitos tóxicos irreversíveis. seja uma mudança no material genético. fumo. no momento da fertilização. Os elementos para avaliação do risco são: propriedades físico-químicas da substância. é a base para a formação de antídotos. ocorre o crescimento. e então surge um efeito muito maior. Segundo Casarett. Interação química: o uso crescente de substâncias químicas nas diversas atividades pelo homem aumenta a possibilidade da interação de efeitos dos agentes tóxicos. As mutações podem gerar anomalias congênitas. Carcinogenicidade: capacidade específica que uma substância química tem de produzir câncer ou tumores em animais de laboratório e no homem. geralmente. uma interferindo na ação da outra. por meio de uma combinação do DNA com o carcinogênico final. Numa primeira fase. A mutação no material genético pode não afetar a fase inicial da embriogênese. a partir da célula neoplásica. d) antagonismo: quando duas substâncias são administradas juntas. benzidina. Risco: é a probabilidade do efeito tóxico 11 inerente de uma substância química aparecer em um sistema biológico exposto. c) adição: quando o efeito combinado de duas substâncias químicas é igual à soma dos efeitos de cada agente isoladamente. asbestos. e vice-versa. a resultante combinação do material genético pode não ser viável e a morte pode ocorrer no estágio inicial de divisão celular na gênese do embrião. cloreto de vinila. Exemplos de substâncias reconhecidamente carcinogênicas para o homem: Aflatoxinas. As mal formações ocorrem no primeiro trimestre da gestação. irreversíveis. provocam lesão hepática muito maior do que se forem somadas as lesões individuais de cada substância. desejado em toxicologia. através da ativação do metabólito químico carcinogênico. benzeno. entre outros. No quadro abaixo estão apresentados órgãos e a fase da gestação onde podem ocorrer as anomalias. agrotóxicos. a célula normal transforma-se numa célula neoplásica. . Por exemplo: o tetracloreto de carbono e o etanol (álcool etílico) são hepatotóxicos (tóxicos ao fígado). cádmio. Mas isso não significa que elas não estejam atuando no organismo: o risco de danos para a saúde é crescente e os efeitos. poderão influir no bem-estar e na saúde. É o mesmo tolueno. resultados de exposições imediatas e prolongadas em animais e resultados de estudos no homem. mas são três graduações de risco tóxico diferentes. a duração e a dose. Isso se chama Toxicidade. como detergente. da forma de lidar com as substâncias. o risco químico é mais percebido pelo pessoal do convés. Num navio. O Risco não depende da toxicidade Por exemplo. mas isto só acontece quando ela entra em contato com o corpo. muitas vezes utilizam-se substâncias químicas. como também causam alguns efeitos desagradáveis. Toda substância química pode fazer mal – depende da quantidade. já se sabia que qualquer substância é tóxica. o tolueno que está dentro de um tambor fechado representa um risco potencial de intoxicação. A probabilidade dela penetrar no organismo chama-se risco tóxico. Algumas substâncias são mais nocivas do que outras e seus efeitos podem ser diferentes. . os gases representam risco maior do que os líquidos). mesmo durante as operações em que há risco de contato. o risco depende. que só vai ocorrer se houver vazamento. A Toxicologia estuda esses efeitos nocivos sobre os seres vivos. Estão relacionadas à exposição: as diversas vias de penetração das substâncias.. em parte. efeitos toxicológicos. causa problemas que. como ardência e cheiro desagradáveis. aguarrás. O risco depende de tudo o que contribui para que a substância entre em contato com o organismo: – a temperatura (quanto mais alta. querosene. Isto acontece freqüentemente por se desconhecer que aquela substância é tóxica. demoram anos para se manifestar.. A substância tóxica pode causar mal. 2. O risco para o operador durante uma operação de carregamento é ainda maior. Introdução No século XIII. de cada pessoa. em grande parte. As pessoas que trabalham com agentes químicos acostumam-se a trabalhar com esses produtos e não sentem mais alguns sintomas. muitas vezes. a mesma toxicidade. E se não for utilizado o procedimento correto durante uma limpeza de tanque com trapos embebidos em tolueno. E a substância causadora de dano chama-se substância tóxica ou tóxico.Higiene Industrial propriedades metabólicas. o inseticida não faz mal somente para a barata e que o álcool prejudica o fígado. 3. Atualmente sabe-se que os antibióticos tanto permitem a defesa contra o ataque bacteriano. que acaba achando desnecessário se proteger. o confinamento do ambiente irá contribuir para que o organismo absorva o produto pelos pulmões e pele. 12 Este contato diário com produtos químicos. 1. No entanto. – a forma de embalar e transportar a substância. Dando Nome aos Bois. dependendo da dose. a freqüência. Exposição: é o contato do organismo com uma determinada substância tóxica. ao longo do tempo. Portanto. maior o risco). podendo até se tornar irreversíveis. Evitar esse contato com substâncias tóxicas é um direito que depende. – o estado da substância (em geral. sem que se perceba o risco que elas representam. que lida com grandes quantidades de produtos químicos nas operações Intimidade do Homem e do Produto Agressivo Este é o caso de quem trabalha em contato com produtos químicos: pega tanta intimidade com os produtos. Após absorção. Mas algumas reações acontecem longe do local de contato. 4. Este processo chama-se armazenamento. Por isso. É o processo de Absorção. No local onde a substância entra em contato. – pele – quando “T” está em contato com o corpo. Todos os solventes derivados do petróleo são lipossolúveis. solúveis em gorduras. se a substância conseguir atravessar a pele ou outras barreiras. ou seja. “T” é uma substância tóxica que não pertence ao organismo. dependendo da quantidade. os ácidos causam queimaduras. pode entrar em contato com o corpo através de: – via respiratória – quando “T” apresenta-se como gás ou vapor. dependendo da concentração. Pode-se trabalhar com uma substância muito tóxica e o risco ser pequeno. É o caso de limpeza de locais sem ventilação adequada com nafta ou outros solventes. Toxicocinética A peregrinação das substâncias químicas no organismo. ressecamento ou outras reações. olhos. abordado a seguir. a proteção é tão importante. Algumas substâncias atravessam a pele ou outras barreiras do organismo chegando ao sangue. Quando “T” consegue entrar no organismo e chegar até o sangue. 3. Quando “T” encontra um local pelo qual tem afinidade. “T” é transformado. É o caso da soda cáustica e dos ácidos. Exemplo: o dano que o tetracloreto de carbono e o álcool etílico causam ao fígado é um efeito sistêmico. No fígado. É o processo de Transporte e Distribuição. nariz. ela entra no caminho da toxicocinética. Ao entrar em contato com o organismo. diz-se que foi absorvida. pele. Pode-se trabalhar com uma substância pouco tóxica e o risco de intoxicação ser alto. “T” é levado pelo sangue para todos os lugares do organismo. O pessoal de máquinas pode estar exposto a quantidades significativas de substâncias tóxicas em suas atividades diárias. É o caso do 13 solvente que fica armazenado na gordura. Substâncias hidrossolúveis (solúveis em água) têm uma probabilidade maior de causar efeitos locais. A mesma substância pode causar efeitos diferentes. Dicas Importantes 1. fica armazenada. – via digestiva – quando “T” é um líquido ou sólido ingerido. 6. Por exemplo. 2. . 7. ardência. são os efeitos sistêmicos. que só vai causar intoxicação se houver vazamento. A substância química somente irá causar algum dano se houver contato com o organismo. Se ela estiver no ambiente. 5. pode causar irritação. É o processo de biotransformação. seja pelas mãos ou mesmo pelas roupas molhadas. são os chamados efeitos locais. como o caso da substância no tambor.Higiene Industrial de carga e descarga. São substâncias lipossolúveis. Podem. Os gases asfixiantes são divididos em simples e químicos. principalmente. Conhecendo Melhor o Efeito Irritação – muitas substâncias químicas conhecidas causam irritação. As substâncias. por gordura. HCN (gás cianídrico). Entre estes estão o câncer e as doenças do sistema nervoso. diminuição da coordenação motora. são distribuídas pelo sangue. causam uma sensação de euforia em pequenas doses. CO (monóxido de carbono). tolueno. Câncer – a célula muda sua forma e função e passa a se reproduzir de modo descontrolado. lacrimejamento e sangramento quando inalada. vermelhidão. 3. etano. finalmente. 6. É o processo de eliminação. são os chamados efeitos tardios. etc. sejam éter. Os efeitos que podem acontecer nas primeiras 24 horas após o contato. fenol e outros. provocar mudanças no comportamento ou uma tendência maior a acidentes. alterações de humor. em grande parte. suor. ou se manifestar em outras gerações (filhos. As alterações no sistema nervoso são. entre elas. Em doses maiores causam sensação de embriaguez. Algumas substâncias ficam armazenadas em alguns locais do organismo. inchação. que causa tosse. todos os solventes industriais. a formação de tumores benignos ou malignos (câncer). É o caso da amônia. Gases Asfixiantes Simples – provocam 14 asfixia ocupando o lugar do oxigênio no ambiente. podendo levar à morte. digestiva e através da pele. O sistema nervoso é altamente sensível aos solventes industriais porque é formado. Efeitos sobre o Sistema Nervoso – ocorrem quando a substância tem afinidade pelo sistema nervoso e afetam tanto o cérebro quanto os nervos situados em outros lugares do corpo. São portanto mais perigosos em ambientes confinados. No lugar de contato. Levam. netos. A asfixia é a falta de oxigênio na célula. 4. também. estas substâncias provocam reações que vão desde a coceira. 5. irritabilidade. Dicas Importantes 1. por via respiratória. as substâncias podem ou não provocar efeitos tóxicos. Estes podem demorar a aparecer. que fica com a forma e/ou função alteradas. Os mais comuns são: H2S (gás sulfídrico). até ulcerações e sangramento. Mutagênese – é uma modificação na célula. os rins eliminam “T” do organismo. depois de absorvidas. às vezes. O fígado é o principal local de transformação das substâncias. as que primeiro se manifestam. Gases Asfixiantes Químicos – provocam asfixia independente do local ser confinado ou não. Outros efeitos ocorrem com mais de 24 horas após o contato. propano e butano são asfixiantes simples. podendo chegar ao coma e à morte. As substâncias podem ser eliminadas pelo ar exalado. muitas vezes. Podem ocorrer diversos fenômenos. os ácidos e as bases. saliva.). hexano. anos para se manifestarem e por isso é mais difícil descobrir qual o agente causador. Asfixia – é causada por gases chamados asfixiantes. que serão estudados na toxicodinâmica. Pequenas doses diárias podem causar insônia. sonolência. . Durante esta permanência no organismo. 2. etc. Assim. que se manifesta na hora do contato. As frações gasosas do petróleo. provocando falência em suas funções. entre eles. são os chamados efeitos imediatos. Toxicodinâmica É o estudo das modificações que “T” provoca no organismo. como metano. dificuldade de concentração e mesmo sensação de dormência e formigamento. É o caso da queimadura pelo fenol. bisnetos. espirro. As substâncias podem ser absorvidas. xileno. São gases letais. pela urina e todas as outras secreções do organismo – lágrimas.Higiene Industrial E. Como se Proteger? Se tudo é tóxico. existem substâncias que provocam danos em determinados pontos do corpo. câncer de pulmão causado pelo fumo. tais como baixo peso e alterações cerebrais. trinta anos. por outro lado. Câncer. câncer de fígado causado pelo tetracloreto de carbono. – equipamentos – a manutenção dos equipamentos é importante no controle de risco. isto é. representa maior segurança. É importante pensar sempre em substituir substâncias mais tóxicas por outras menos tóxicas. e esta é uma das bases do procedimento seguro. significam maior risco. Mulheres dependentes de álcool e que bebem durante a gravidez podem provocar alterações na criança. Altas temperaturas e pressões. Isto depende de alguns fatores: – processo – condições favoráveis à expansão das substâncias podem aumentar o risco tóxico. expor-se a uma substância carcinogênica aumenta a probabilidade de uma pessoa ter câncer. Finalmente. Pode ser causado por substâncias químicas. – uso de E. como se proteger delas? – procedimentos – a maneira de realizar determinadas ações representa maior ou menor risco. e se as substâncias químicas estão em todo o lugar.P. porque é o órgão onde elas são transformadas. por isso o enclausuramento 15 .I – o equipamento de proteção individual impede o contato entre o agente tóxico e o organismo humano e assim reduz o risco tóxico. os aromáticos por solventes de cadeia aberta. Teratogênese – efeito provocado no feto quando a mulher grávida expõe-se a tóxicos. olhos. presença de anteparos e outras condições no local. porque se concentram na urina. Neste caso. os efeitos vão depender da dose e da época da gravidez em que a mulher teve contato com a substância tóxica. Substâncias mais voláteis também representam mais risco. raios-x. as substâncias causam danos ao fígado. por exemplo. – organização do trabalho – a forma como o trabalho é organizado pode implicar em um número menor de pessoas envolvidas em operações de maior risco ou maior proximidade da fonte tóxica. – ambiente – ventilação. Freqüentemente. mutação e teratogênese são efeitos probabilísticos. O período de incubação pode durar dez. etc. vírus.Higiene Industrial originando tumores e invadindo outros tecidos. exaustão. como. vinte. Por exemplo. como ossos. As substâncias muito tóxicas podem ser utilizadas de maneira segura. uma vez que contribui para a prevenção de acidentes que envolvam vazamentos e outros eventos de risco. Outro exemplo é o das mulheres que tomaram talidomida durante a gravidez e os filhos nasceram com defeitos nos braços. e aos rins e bexiga. órgãos formadores de sangue. podem diminuir o contato do homem com as substâncias. O mesmo vale para os outros efeitos. for engolida ou inalada? Consulte os manuais de primeiros socorros e as fichas de informação. na urina e no sangue. O mesmo vale para o transporte. No entanto. também. . 16 Outras Perguntas Importantes Ter curiosidade a respeito de substâncias com as quais se tem contato. Os derivados do petróleo são. limites de tolerância biológica.Higiene Industrial – armazenamento – as condições de armazenagem devem obedecer às instruções contidas nas fichas de informação das substâncias para evitar o risco de intoxicação. O que fazer se esta substância entrar em contato com a pele. NR-15 Anexo 11. Lembrete: para que a substância faça mal à saúde. Se os efeitos dependem da quantidade. Existem. é muito importante para a saúde. 6. no ar dos pulmões. Assim. Sem contato não há efeito. há possibilidade de se ter contato com alguma substância? Qual? Quando? Quanto? 5. 3. No estado gasoso. Por onde esta substância pode entrar no organismo? Isto depende do estado em que a substância se encontra. se for líquida. São os limites de tolerância (TLV em inglês). é preciso que haja contato com o organismo. fichas. Para se saber a quantidade de substância tóxica no ambiente retira-se uma amostra desse ar e envia-se para o laboratório. pode penetrar a pele. maior a probabilidade de intoxicação. e saber quanto foi absorvido. olhos. determina os limites de tolerância para várias substâncias. Assim. Esta substância é capaz de atravessar os pulmões e chegar até o sangue? Depende da solubilidade. Segurança e Saúde Ocupacional podem ajudar a encontrar as repostas para estas duas perguntas. mas lembre-se que líquido também evapora e o vapor pode ser inalado. determinados a partir de estudos que servem para comparação com os valores encontrados no ser vivo. pode-se considerar que existe uma quantidade da substância no organismo que não provoca efeitos nocivos observáveis. 2. Quanto mais lipossolúvel. 4. No local de trabalho. livros e revistas. que devem ser sempre exigidas dos fornecedores e fabricantes. muitas vezes existe certa quantidade de substâncias no ambiente. em portaria 3214 de 08/ 06/1978. pode-se também medir no ser humano. 1. foram estabelecidos limites considerados seguros para a maioria dos trabalhadores expostos durante a jornada de trabalho. O que esta substância pode causar à saúde? A resposta está nos manuais. Assim como se pode medir as substâncias no ar. em geral. muito lipossolúveis. como saber se a quantidade no ar pode causar efeitos nocivos ou não? Fazendo testes com animais de laboratório. seja no trabalho ou em casa. Nossa legislação. O resultado é comparado ao Limite de Tolerância e assim tem-se uma noção do risco. entrará por meio da respiração. A ficha de informação do produto esclarece esta pergunta. fica mais fácil saber como e onde proteger. Esta ficha deve ser exigida sempre do fornecedor ou fabricante para todas as substâncias. A forma como se está trabalhando é a melhor para evitar que a substância atinja o organismo ou há outras formas mais seguras? As equipes de Higiene Industrial. observando trabalhadores e levantando dados estatísticos. Espera-se que este manual possa colaborar para aumentar a participação nos Programas de Higiene Industrial e de Saúde Ocupacional. ao ouvir um trovão ou o rugido de um leão.4 Preserve sua Audição A perda auditiva induzida pelo ruído torna-se irreversível com o passar do tempo e as medidas preventivas devem ser adotadas por todos os empregados que estão expostos ao ruído. 1. como aquele produzido quando se atira uma pedra em um lago tranqüilo.. mas que permaneçam sendo a casa de outros seres. é semelhante àquela do homem das cavernas.Higiene Industrial 7. através de adoção de uma atitude prevencionista. Respeitar os próprios limites é fundamental: o homem vem sendo exposto a um número cada vez maior de substâncias químicas. É importante divulgar e usar corretamente o equipamento de proteção e utilizar os procedimentos corretos. e isso explica muito dos seus efeitos negativos sobre a saúde e a qualidade de vida. . as erupções de vulcões. terra fértil que dê o alimento não apenas para combater a fome. ouça sempre. líquido ou sólido) em um movimento ondulatório. os trovões. tensas. No Princípio Predominava o Silêncio. que se propaga até atingir o ouvido da outra. Pode-se utilizar as descobertas da ciência na melhoria da qualidade de vida no planeta: ar respirável que não cause doenças. Naquela época. em parte devido ao próprio desenvolvimento tecnológico e os resultados podem ser imprevisíveis. mas que garanta a saúde para todos! Ouça tudo. as principais fontes de ruído eram as forças da natureza. as chuvas. Apesar da grande e rápida evolução no conhecimento técnico. mesmo aquelas aparentemente menos nocivas pois não se sabe o que os novos estudos podem concluir. os ventos. Como contribuir para o controle do risco no meu local de trabalho? Aprender sobre toxicologia é ter consciência da própria responsabilidade diante das agressões aos seres vivos e ao ambiente. tendo como resultado a preservação de sua audição.. é gerado pela tecnologia criada pelo próprio homem e seu estilo de vida. Embora. a adaptação do nosso organismo às novas condições é muito lenta e não acompanha o ritmo do avanço tecnológico.. trata-se do mesmo fenômeno físico caracterizado por uma vibração mecânica que se propaga através de um meio (gás. em atitude de prontidão. Que tal conhecermos melhor o ruído.. Adaptação do Manual “Nocaute do risco Tóxico”. Quando se fala em som ou ruído. ouça bem. as fontes de ruído tenham se modificado com o passar dos anos. mares não apenas navegáveis. a reação orgânica do homem moderno ao ouvir o barulho de uma buzina ou de uma motocicleta.. da ASSAO. etc. É preciso ser cuidadoso e contribuir da melhor forma para prevenir a exposição às substâncias químicas. O ruído torna as pessoas alertas. na melhoria das condições de trabalho.. produzindo variações da pressão atmosférica. Hoje. o ruído atinge níveis muitas vezes insuportáveis. aquela que fala provoca uma vibração de suas 17 cordas vocais transmitida ao ar existente dentro da boca.? Quando duas pessoas estão conversando. refere-se ao nível de pressão sonora (NPS) ou nível de ruído e é medido na escala decibel (dB). sapo). transmitindo seus movimentos para os três pequeninos ossos. chama-se de ruído o som que nos é desagradável. indesejado ou que nos incomoda. ou seja. dispostos nos planos vertical. bigorna e estribo). O ouvido humano não é igualmente sensível a todas as freqüências. ouvido interno – onde existem duas estruturas principais.4. depende da sensação que ela provoca em quem a ouve. a trompa de Eustáquio. embora uma diferença de 3 dB possa parecer pequena. Para compensar esta diferença na sensibilidade humana. como se fosse um couro de tamborim. que estão ligados um ao outro e são os responsáveis pela transformação da onda sonora em estímulo mecânico. uma pequena e frágil membrana vibratória. Em geral. o martelo. . responsável pelo equilíbrio da pressão no interior do ouvido. Assim. A classificação da onda sonora em som ou ruído. como por exemplo. Quanto maior o volume. E o caracol ou cóclea. são responsáveis pela percepção da posição no espaço e pelo equilíbrio do nosso corpo. sons do violino). representa um aumento significativo no nível de pressão sonora. Tem como função conduzir o som (que é uma vibração mecânica). Você sabia que: 10 dB é 10 vezes mais que 1 dB 20 dB é 100 vezes mais que 1 dB 30 dB é 1000 vezes mais que 1 dB? 1. canetas e outros apetrechos. enquanto que o de baixa freqüência é percebido como grave (ruído de compressores. Portanto. é percebido como um som agudo (canto de passarinho. são introduzidos grampos.4. erradamente. as medições do nível de ruído são feitas com um equipamento. Aquilo que se conhece como “volume” do som. o labirinto. para o mesmo tempo de exposição. por onde algumas vezes. dependendo do tempo de exposição e do “volume”. 2. que tem um circuito de compensação eletrônico que tenta simular a resposta do ouvido e os resultados são lidos em dB (A). ouvido médio – contém um conjunto de três ossinhos (martelo. a bigorna e o estribo. até a membrana timpânica. Estão alojados em uma cavidade ligada à via respiratória através de um pequeno conduto. transmitido através do nervo auditivo até o cérebro. é mais sensível para o ruído de freqüência na faixa de 2 kHz a 5 kHz. O movimento vibratório das moléculas (som) propaga-se pelo ar até o ouvido. com predominância de ondas de altas freqüências. O som.1 Uma Excursão no Aparelho Auditivo O ouvido é composto por três partes: 1. Penetra pelo conduto auditivo e vai até a membrana timpânica que começa a vibrar. conhecido como decibelímetro. cujos canais semicirculares. um show de rock. ele pode ser capaz de provocar danos à saúde das pessoas. Independente da agradabilidade ou não do som. horizontal e posterior. quanto maior o nível de pressão sonora. estas poderão ser interpretadas como som. podem ser agradáveis para alguns e extremamente incômodos para outros. 3. onde a informação recebida através da janela oval é transformada em um sinal elétrico. 1. ouvido externo – formado pelo pavilhão auricular e pelo conduto auditivo.2 Ouvido – O Palco da Audição Canais semicirculares Martelo Estribo Bigorna Nervo acústico Caracol Tímpano Pavilhão Conduto auditivo externo Trompa de Eustáquio 18 Um som de 83 dB produz um nível de pressão sonora 2 vezes maior que um de 80 dB. alguns sons.Higiene Industrial Dependendo da intensidade e da freqüência das variações de pressão. maior o risco de dano auditivo. a ser interpretada pelo cérebro. por um aparelho chamado audiômetro. A pessoa que está sendo avaliada deve informar o momento exato em que o som é percebido. São várias as técnicas empregadas para se fazer um bom audiograma. Também é pela audição que. Pelo audiograma. perigos eminentes. inclusive o funcionamento das células ciliadas. que se manifesta por uma diminuição temporária da audição nas altas freqüências (sons agudos) e sensação de zumbidos. pelo menos. 1. como os marujos de antigamente se deixavam envolver pelo seu canto”. e com o ambiente que as cerca. podem causar danos às preciosas células ciliadas. E quem melhor para representá-las do que uma sereia. por conseguinte. Este processo natural de diminuição da audição pelo envelhecimento denomina-se Presbiacusia.3 Uma Atuação Inesquecível As grandes estrelas da audição.Higiene Industrial O estribo. Formam-se ondas na linfa (semelhantes àquelas ondas da pedra no lago). como a freada de um carro ou o barulho de uma sirene.4. as pessoas podem se relacionar entre si . dentre elas alguns medicamentos. 1. a linfa. Este “cansaço” temporário chama-se “Desvio Temporário do Limiar de audição” (DTL).4. pode-se saber como está a audição. ao cérebro que “entende” e faz a tradução: música. que provocam movimentos nos cílios das células de Corti.. Antes de realizar a audiometria. a pessoa deve evitar exposição a ruídos intensos. e até a adolescência são muitas as células ciliadas. barulho de trem. de diferentes sons de freqüência e intensidade padronizadas. durante. e vão ficando cada vez mais rarefeitas à medida que se envelhece. mas a pior e mais comum ameaça no ambiente de trabalho é o excesso de ruído. algumas vezes. Na infância. são alertados! 1. o que mascara o resultado do exame. O nervo auditivo capta esta informação e a transporta. capazes de transformar um “cafuné” em mensagem elétrica. 19 Ouvir é muito importante.4 Audiometria – Avaliando a Atuação das Células Ciliadas A audiometria é uma avaliação da capacidade auditiva das pessoas e seu resultado é registrado num gráfico chamado audiograma. o líquido que está no interior do ouvido interno. comprime a janela oval e. como um pistão.5 Ruído – A Ameaça Silenciosa. As células de Corti são capazes de transformar esse “cafuné” nos cabelos em estímulo nervoso. usando-se inclusive métodos que corrigem as alterações da percepção individual dos sons. O exame consiste na emissão. dentro do caracol. e o resultado é registrado em um gráfico. são as células ciliadas de Corti. Esta orientação deve-se ao fato de a célula ciliada entrar em “fadiga” temporária quando submetida a ruídos intensos. Essa diminuição das células ciliadas provoca uma redução progressiva e irreversível da capacidade auditiva. movimentando-se como se fosse uma vara de cuíca. o audiograma. por sua vez. Algumas substâncias químicas.. Através da audição. 14 horas. voz humana. que porém começam a diminuir na fase adulta. tão conhecida de todos pelos longos cabelos e que depende da água para sobreviver? “Vamos nos deixar seduzir pela sua história. etc. Higiene Industrial Veja como se sente a “sereia” quando submetida a ruídos de diferentes intensidades: Contudo. Este conjunto pode atenuar os ruídos mais agudos (nas freqüências maiores que 500 Hz) em 20 a 30 dB. desarticulação da cadeia de ossículos e sangramento (reveja o diagrama do ouvido). insônia. pela placenta e pelo líquido amniótico no qual “flutua” o feto. inclusive seu aparelho auditivo. o feto é mais sensível aos ruídos graves (aqueles com freqüência menor que 500 Hz). irritabilidade. o efeito vai depender. principalmente da freqüência do som e do tempo de exposição ao ruído. principalmente durante os últimos meses. Ruídos muito intensos (acima de 130 dB) podem causar dor nos ouvidos.1 Ruído – Ameaça antes mesmo do Nascimento No último trimestre da gravidez.5. o ruído pode provocar outros efeitos no organismo. alterações da pressão arterial e sensação de zumbido. o futuro bebê já está formado. mas também de outros fatores. estado de alerta por período prolongado. na gravidez. Portanto. através de um “escudo protetor” formado pela parede do abdômen e do útero. se for de impacto. tais como: cansaço. não somente da intensidade. 1. pode até provocar ruptura de tímpano. 20 . tipo explosão. Além de danificar a célula ciliada do ouvido. A Natureza protege o feto das agressões do meio ambiente. e. para mulheres grávidas. A 21 secreção tem função protetora. além de pressionar a cera para o interior do ouvido.5. 1. menor a possibilidade de provocar dano. caso tenha a sensação de zumbidos. Procure o serviço médico. durante a gravidez. são fontes de irritação como. devem ser evitadas exposições a ruídos em níveis superiores a 80 dB Alguns médicos recomendam que o recém-nascido permaneça em ambientes calmos e silenciosos. Procure manter-se o mais longe possível das fontes de ruído. e agir no sentido de resolver o problema. para participar do Programa de avaliação e controle. tonteira. Se for indicada pela Segurança a utilização de equipamento de proteção individual (EPI). porque seu ouvido é muito sensível. nos ambientes de trabalho.Higiene Industrial Estudos realizados em vários países consideraram como segura a exposição aos níveis de 80 dB por 8 horas. Estes níveis foram incluídos nas leis trabalhistas como limites de exposição ao ruído. pois significam proteção da saúde e segurança. colabore na escolha daquele mais adequado para o seu caso e ao qual você melhor se adapte. Compareça ao seu exame médico periódico e aproveite a oportunidade para tirar dúvidas. Outros podem causar desconforto ou mesmo dor. mesmo depois de sair da maternidade. Saúde e Higiene Industrial. do pingo d'água que cai do chuveiro.2 Protegendo-se do Ruído As pessoas estão expostas a ruídos de diferentes intensidades e freqüências praticamente durante todas as atividades. Siga as recomendações da equipe de saúde. por exemplo. apesar de não constituírem risco ao aparelho auditivo. Não introduza objetos no ouvido para limpeza e nem esfregue cotonete dentro deles. O Que Fazer? Se o ruído é no local de trabalho. favorece o crescimento de fungos e bactérias que podem causar infecção. O importante é o quanto de ruído está chegando ao ouvido. . Não esqueça de fazer a limpeza e demais cuidados com o seu protetor auricular. procure as equipes de Segurança. Alguns desses ruídos. e a do barulho do tráfego à noite quando se quer dormir. Utilize-o sempre que estiver exposto ao ruído. ****Contudo. redução da capacidade auditiva ou outro sintoma ligado ao ouvido. no trabalho e no lazer. Vários acidentes desagradáveis têm ocorrido devido a esta prática. A água. Quanto maior a distância. Pessoas que produzem secreção em excesso devem consultar o médico. O Que não Fazer Evite a entrada de água nos seus ouvidos. O importante é identificar as fontes de ruído. Atenda às solicitações destas equipes. Quando a questão é conforto. Pierre Curie e sua mulher. não é permitida a exposição a níveis de ruído a 115 dB(A) para trabalhadores que não estejam utilizando a proteção adequada. as radiações emitidas pelo urânio são capazes de penetrar a matéria. Dois anos depois. Para ruído de impacto. chamados de contínuos ou intermitentes. Evite ouvir música em alto volume para abafar ruído de outras fontes. Adaptação do Manual Viva Ouvindo.6 A Legislação Trabalhista Brasileira e o Ruído Para proteger contra a perda auditiva. aquele do tiro de canhão ou do bate-estaca. Neste caso. Isolam o rádio e o polônio e verificam que o rádio era tão potente que podia provocar ferimentos sérios e até fatais nas pessoas que dele se aproximavam.Higiene Industrial Caso tenha a sensação de surdez. e até mesmo em casa. Você sabe qual a sua dose diária de ruído no trabalho? Solicite esta informação ao pessoal da Segurança Industrial. Na maioria dos ambientes de trabalho. da ASSAO. conforme o quadro abaixo: Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente Nível de ruído dB (A) 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 98 100 102 104 105 106 108 110 112 114 115 Máxima exposição diária permissível 8 horas 7 horas 6 horas 5 horas 4 horas e 30 minutos 4 horas 3 horas e 30 minutos 3 horas 2 horas e 40 minutos 2 horas e 15 minutos 2 horas 1 hora e 45 minutos 1 hora e 15 minutos 1 hora 45 minutos 35 minutos 30 minutos 25 minutos 20 minutos 15 minutos 10 minutos 8 minutos 7 minutos Pela tabela. a legislação brasileira estabelece que o nível de ruído para o desenvolvimento de atividades intelectuais. consulte um médico. além de luminosidade. o limite máximo de exposição é de 130 dB ou de 120 dB(C). A 1. é preciso calcular o que se chama de “dose de ruído” ou “nível equivalente de ruído” recebido pela pessoa exposta. balconista de farmácia ou pessoas palpiteiras. polônio e rádio). Portaria 3. O uso de fones de ouvido em volume excessivamente alto provoca dano à audição. Descoberta pelo francês Henri Becquerel (1852-1909) poucos meses depois da descoberta dos raios X. não deve ser superior a 65 dB(A). . o que pode ser feito facilmente através de um equipamento colocado na pessoa a ser avaliada. resultando em emissão de radiação. a legislação brasileira determina limites de exposição ao ruído nos locais de trabalho (Anexo 1 e 2 da NR-15. 1.7 Tipos de Radiação 22 É a desintegração espontânea do núcleo atômico de alguns elementos (urânio. encontram fontes radiativas muito mais fortes que o urânio. Nunca coloque no ouvido remédio ou substâncias recomendadas por amigos. ouvido cheio de água. Para os demais tipos de ruídos.214 de 08/06/78 do então Ministério do Trabalho). chamado de “Dosímetro de Ruído”. o nível de ruído não permanece estático ao longo do tempo. o limite de exposição deve obedecer a uma combinação entre o nível de ruído e o tempo de exposição. Da mesma forma. Becquerel verifica que. um trabalhador exposto a um nível de ruído de 95 dB(A) não poderá ficar no ambiente ruidoso por período superior a 2 horas. sem o uso de uma proteção auditiva adequada. a polonesa Marie Curie. que envolvem concentração e raciocínio. são facilmente blindadas. mas também em aplicações médicas que incluem lâmpadas germicidas. e ao atravessarem uma substância. o elétron. 1. 8 mm. 1. A radiação gama tem seu poder de penetração muito grande. também muito utilizada por astrônomos para observar estrelas e nebulosas que são invisíveis com luz normal. urânio. principalmente. UV-B e UV-C. mas a maior parte da que incide sobre a Terra é filtrada pelo O2 e pelo ozônio na atmosfera. carbono-14. Para produzir o infravermelho. é necessária a colocação de uma barreira entre o operador e a fonte. entre outros. como potássio-40.7 MeV com uma penetração média de 2 a 3 mm na pele. Num dado meio. Se o emissor beta é ingerido. em geral empregam-se lâmpadas de vapor de mercúrio a de filamento longo incandescente. em tubos fluorescentes. Cerca de 30% a 40% dessa radiação deve. chocam-se com suas moléculas. o tratamento do Raquitismo e doenças de pele. em pequena proporção. Pode ser detectada por meio de células fotoelétricas. como acontece nos casos de diagnóstico e terapêutica. os efeitos são muito mais extensos. emitida por corpos aquecidos. O alcance das partículas alfa é muito pequeno.7. São penetrantes.. É dividida em três classes: UV-A.7. Quando a fonte de material radioativo for beta ou gama. que protegem a vida na Terra. que são muito precisas.Higiene Industrial A Radiação Alfa é uma partícula formada por um átomo de hélio com carga positiva.3 Radiação de fundo Toda vida. não totalidade. enriquecimento de leite e ovos com vitamina D.7. e alcança. estão presentes em quantidades variáveis nos alimentos. Alguns materiais radiativos. Cerca de 5% da energia mandada pelo Sol consiste nesta radiação. Esta radiação é empregada. partículas alfa de igual energia têm o mesmo alcance. A intensidade desta radiação tem permanecido constante por milhares de anos e chama-se radiação natural ou radiação de fundo. Sua constituição é feita por partículas beta que são emitidas pela maioria dos nuclídeos radiativos naturais ou artificiais e têm maior penetração que as partículas alfa. O infravermelho foi muito utilizado na II Guerra Mundial. A UV-A é a mais perigosa e tem período entre 4000 A (ângstrons) e 3150 A . de carga negativa. A radiação infravermelha é usada para obter fotos de objetos distantes encobertos pela atmosfera. está exposta à radiação cósmica e à radiação proveniente de elementos naturais radiativos existentes na crosta terrestre como potássio.1 Infravermelho Radiação eletromagnética invisível. em nosso planeta. Possui muitas aplicações. ou seja. . dos nuclídeos radiativos habitualmente empregados. Sua emissão é obtida pela maioria. tório. Radiação Beta é uma partícula. As substâncias radiativas emitem continuamente calor e têm a capacidade de ionizar o ar e torná-lo condutor de corrente elétrica.2 Ultravioleta Produzida por descargas elétricas em tubos de gás. Uma outra utilidade deste tipo de radiação é o uso nas fotografias infravermelhas. A inalação ou ingestão de partículas alfa é muito perigosa. césio. 1. etc. UV-B tem período entre 3150 A e 2800 A e causa queimaduras na pele. Radiação Gama é uma onda eletromagnética. Uma folha fina de alumínio barra completamente um feixe de partículas de 5 MeV. As ondas de menor período são as mais nocivas aos organismos vivos. e provém de muitas fontes. O 32 P dá uma radiação beta até 1. A distância que uma partícula percorre antes de parar é chamada alcance.23 se aos raios cósmicos. desde o aquecimento de interiores até o tratamento de doenças de pele e dos músculos. 50 mSv/ano ... 1. O valor médio da radiação de fundo em locais habitados é de 1. 0..0 mRem/semana . Os raios catódicos foram identificados no final do século passado por Willian Crookes.. 0. Verificou que algo acontecia fora da válvula e fazia brilhar no escuro focos fluorescentes.. combustível...7.. Assim. pois. Em contato com o meio ambiente....... provocam alterações genéticas e câncer..2 mSv/dia – 100 mRem/semana .0005 mSv/h – 0.Higiene Industrial Uma quantidade razoável de radiação vem do solo e de materiais de construção.7.... 0... Originam-se do espaço externo..N.05 mRem/h . no entanto. mas até hoje não existem formas absolutamente seguras de armazenar essas substâncias.. 1...... as substâncias radiativas interferem diretamente nos átomos e moléculas que formam os tecidos vivos... o feixe sofre um certo enfraquecimento..4 mRem/dia . Wilhelm Konrad von Röentgen descobre acidentalmente os raios X... não podem ser destruídas e permanecem em atividade durante milhares e até milhões de anos.... Exposição coulomb/Kg C/kg Dose absorvida gray Gy Equivalente de dose sievert Sv 1..5 Raio X São capazes de atravessar o corpo humano...... O tubo de raios catódicos é usado em osciloscópios e televisões.. Equivalente de dose de uma radiação igual a 1 joule por quilograma.5 mRem/h .. 0. Despejos no mar e na atmosfera são proibidos desde 1983.02 mSv/semana – 100 mRem/ano (0...... Exposição tal que a carga total de íons de mesmo sinal produzidos em 1 quilograma de ar é de 1 coulomb em valor absoluto... 25 milisievert (mSv) ao ano. Grandeza Atividade Unidades de Radioatividade do Sistema Internacional Nome becquerel Símbolo Bq Definição Atividade na qual se produz uma desintegração nuclear por segundo.. O uso do raio X tem sido uma importante ferramenta de diagnóstico e terapia. Estes raios desconhecidos são chamados simplesmente de “x”.E. Substâncias 24 radiativas são usadas como combustível em usinas atômicas de geração de energia elétrica. Ne-3.7.. As mais recomendadas são tambores ou recipientes impermeáveis de concreto. e por quebra ou ficção de certos átomos dentro do reator nuclear.. São resultado da ionização do gás e provocam luminosidade..6 Radiação de nêutrons Nêutrons são partículas muito penetrantes...... Água e concreto são as formas mais comuns usadas como barreiras contra radiação por nêutrons.... 1. por colisões de átomos na atmosfera.00 mSv/ano Resíduos Radiativos Entre todas as formas de lixo.. em motores de submarinos nucleares e em equipamentos médico-hospitalares. Dose de radiação ionizante absorvida uniformemente por uma porção de matéria...25 mSv/h – 20 mRem/dia ....004 mSv/dia – 2...01 são admitidos os seguintes níveis: Para indivíduos do público: – 0..... Eram raios capazes de impressionar chapas fotográficas através de papel preto...... 0. que devem ser enterrados em áreas geologicamente estáveis.. quando estudava válvulas de raios catódicos....0 mSv/semana – 500 mRem/ano . Nome especial para a unidade SI adotada pela 16a CGPM/1979... a radiação de fundo pode variar de local para local.. Essas precauções.. os resíduos radiativos são os mais perigosos.. porém durante a travessia.. no entanto passam facilmente por outros tecidos..1 Rem) .. Limites máximos de doses permissíveis Conforme norma C.. à prova de radiação...... Produziam fotografias que revelavam moedas nos bolsos e os ossos das mãos..4 Raios catódicos São feixes de partículas produzidos por um eletrodo negativo (cátodo) de um tubo contendo gás comprimido. Mesmo depois de esgotarem sua capacidade como Para trabalhadores – 2.N............ Em 1895. 1.. Os raios X são absorvidos pelos ossos.. à razão de 1 joule por quilograma de sua massa.. nem sempre são cumpridas e os vazamentos são freqüentes. Provoca a iluminação de certos sais minerais.... . CABO DE COMANDO Cabo de comando com unidade de comando para avanço e retração.Higiene Industrial IRRADIADOR Principais itens a serem inspecionados em um irradiador. 25 Tubo guia da fonte (extensão) usado para ensaios radiográficos panorâmicos. Higiene Industrial Símbolo da presença de radiação. Deve ser respeitado e não temido. CAVALETE E BANDEIROLA DE INTERDIÇÃO CONFORTO GERA SAÚDE 26 . Isto sugere que outros fatores atuam em conjunto para o aparecimento de LER. o que sugere uma forte ligação com a somatização dos medos de perda da estabilidade que os protegia. Grau II –Dor persistente e mais intensa. Grau IV – Dor forte. datilógrafos. contínua. a pessoa comumente sofre com: – perda da capacidade produtiva. levando-se também em conta a análise das condições de trabalho que propiciaram o surgimento da lesão. mouse. – perda de movimentos básicos. exames complementares quando necessários. No dizer da Dra. em decorrência de um conjunto de fatores existentes no trabalho. insuportável e intenso sofrimento. Conseqüências de uma ler instalada Uma vez portadora de LER. mais forte e tem irradiação definida. fascias e ligamentos. Prognóstico favorável. Fatores físicos – Condição física – estrutura muscular e nervosa – por falta de uma atividade física sistemática. – mobiliário inadequado – mesa. introspectivas e com uma visão mais restrita do mundo são mais susceptíveis. sinais clínicos ausentes. (1) Dra. embora necessária. pois depende principalmente. cadeira. de extensão aguda ou crônica. não é suficiente pois pianistas. E ainda através de um exame físico detalhado. Prognóstico sombrio. Aspectos a considerar A designação genérica LER enfatiza os movimentos repetitivos. das quais as mais freqüentes são as causadoras de inflamações de tecidos. Mestre em Psicologia Social . a pessoa já está debilitada. taquígrafos. de Psicologia Social do Trabalho . formigamentos e calor. Grau III – Dor persistente. digitadores. o que facilita o acesso à doença. Tal condição. leve e fugaz. Diagnóstico Existem várias formas clínicas das LER. Leny Sato. o que tem gerado em todo país muitos fóruns de discussão. os membros superiores até a região cérvico-braquial. ocorre a redução de produtividade. Fatores ambientais – Postura e rotina de trabalho inadequadas.Higiene Industrial LER é a terminologia do nosso país para designar afecções músculo-tendinosas que atingem. O diagnóstico é essencialmente clínico. desde que o tratamento seja iniciado de imediato.27 mente têm bom prognóstico. – características da profissão. – falta de vontade para reagir. aparece de forma intermitente. que podem ocorrer isoladas ou associadas. alterações psicológicas com quadros de depressão. ansiedade e angústia. . na queixa do paciente. já que não se pode “ver” as LER. nas normas técnicas para avaliação de incapacidades da Previdência Social de 1997 (Diário oficial de 11/06/97). em relação aos demais trabalhadores. em seu discurso sobre a dor e na sua história clínica ocupacional. Tem bom prognóstico. – visão de mundo – pessoas pessimistas. Tem-se constituído em um grande problema da saúde pública em muitos dos países industrializados. Estágios evolutivos da ler Grau I – Sensação de peso e desconforto no membro afetado – dor espontânea. em situação de uso muito intenso das mãos. de incapacidade física e psicológica perante a vida. – incapacidade de assimilação das mudanças. suportes. de revolta. Prognóstico reservado. Fatores psicológicos – Inseguranças e Medos – É alarmante o número de empregados de empresas estatais acometidos de LER. às vezes passam toda a vida sem manifestarem a doença. – depressão profunda. – perda da auto-estima pelo sentimento de inutilidade. Psicóloga pela USP. Esta terminologia poderá ser modificada para DORT – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. tendões. 3. A seguir estão relacionados fatores adicionais que contribuem para o surgimento ou agravamento das LER: 4. 2. – sentimentos de culpa. professora do Depto. músculos e nervos. Leny Sato(1): “Os aspectos emocionais são responsáveis por mais de 60% do agravamento do que é chamado LER”. – condição orgânica – grau de saúde – muitas vezes. teclado. 1.PUCSP. Os casos de LER diagnosticados precoce. principalmente. os músculos atrofiamse com o tempo e as pessoas armazenam tensões que predispõem à doença.USP. 5. Atividades em grupo para esclarecimento e adoção de uma postura proativa diante da situação também zelam por condições higiênicas no trabalho e melhoria da qualidade de vida dos envolvidos.8 PPEOB: Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno 1. etc.8. tanto técnicas quanto interpessoais. Deve-se adequar os móveis e equipamentos do ponto de vista ergonômico. querosene. indústria de explosivos.Higiene Industrial O fator desconhecimento da doença. prepara-as para o convívio com as incertezas 28 do futuro. a exemplo da PETROBRAS. e está presente como contaminante em diversos derivados. Grau de risco à saúde (API) Moderado à exposição aguda e alto à exposição crônica excessiva. Não deve ser confundido com benzina. O benzeno costuma ser referido como “benzol”. tem causado sérios desvios de tratamento e levado os pacientes a uma verdadeira peregrinação por um diagnóstico. de modo que as pessoas da organização sentamse atualizadas. desde que estabelecida a relação entre a lesão e o trabalho. 1. Deve-se. SUS e demais profissionais de saúde. auto-estima e nível de sociabilidade e cooperação na Organização. . é usado em forma pura nos laboratórios. Antônio Tadeu Benatti . nesse momento em que a globalização e a competição intensa ditam novas formas de trabalho. colas e vernizes. o INSS reconhece as diversas manifestações de LER em qualquer função exercida. diretor da Benatti & Benatti S/C Associados. grau de sucesso no trabalho. volátil. indústria de detergentes. monitorar os empregados não só em nível de suas condições ergonômicas. – Prevenir acidentes e ocorrências anormais. indústria de plásticos. “Devemos aumentar a estrutura. tolueno. bicarbureto de hidrogênio. xileno e pequenas quantidades de benzeno). indústria da borracha. anidrido maleico. Na indústria do petróleo. Usos: matéria-prima e intermediário na produção de grande número de substâncias químicas. etc. A emissão de CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho. Desde 1993. Grau de Insalubridade (NR 15) Máximo. O sentimento dos portadores é de que há sensível piora dos sintomas. para análise.2 Propriedades toxicológicas – Classificação: Cancerígeno – Limite de tolerância (NR-15): Não há – Valor de Referência Tecnológico (VRT): 1 ppm – Absorção pela pele: SIM – Limite de Odor: 12 ppm (ACGIH 1991). Capacitá-las para as novas demandas. deve ser efetuada por médico da empresa. com diversificação das tarefas e redução do tempo de exposição mostram-se bastante eficazes. quando se aumenta a exigência” Antônio Tadeu Benatti(2). produção de solventes e removedores de tintas. aumentando os temores em relação ao futuro e piorando o quadro psicossomático dos mesmos. mas das condições clínicas. heptano) e aromáticos (tolueno. Prevenção da ler Medidas simples è resultados significativos Pequenas modificações no processo e organização do trabalho. hexano. nafta mineral. 1. devolve-lhes a autoconfiança e a auto-estima. Fator não menos importante. com odor aromático caraterístico. O benzeno pode estar presente como contaminante em diversos produtos. (2) Dr. em muitos casos. indústria de fotogravura. cistos sinoviais. a exemplo do estireno. fenol.8. ciclohexano. bursites. que é uma mistura heterogênea de vários hidrocarbonetos alifáticos (pentano. como tintas. uma mistura de benzeno com outros hidrocarbonetos aromáticos (tolueno e xileno). indústria farmacêutica. etc. como gasolina. Benzeno (C6H6) Informações gerais É um líquido incolor. Cabe estudo ergonômico dos postos de trabalho nas empresas que. Sinônimos: benzol.consultor. ainda. possuem CIPA ou órgãos especializados em engenharia de segurança e medicina do trabalho.1 Objetivos – Preservar a saúde das pessoas. ciclo-hexatrieno.. Entre as LER reconhecidas oficialmente estão as epicondilites. O uso de eletroneuromiografia como instrumento de diagnóstico mostra-se altamente doloroso. mesmo nos casos iniciais. tendinites etc. A benzina é usada como solvente comercial. hexano. indústria de inseticidas. – Preservar o meio ambiente. 100 500 7.000 mg/m3 MAC (Rússia) = 5 mg/m3 VRT-MPT . convulsão. Aberrações nos cromossomos têm sido observadas em animais e homens expostos ao benzeno. Com a continuidade da .Higiene Industrial Classificação de carcinogenicidade ocupacional (ACGIH / 95-96) Confirmado como carcinogênico para o homem. como a fibrilação ventricular. 0. eritema (áreas avermelhadas) e bolhas. Do total absorvido.000 6 horas 1 hora 30 min 5 min Resposta Nenhuma Leve sonolência e dor de cabeça leve Sintomas de toxicidade aguda Perigoso para a vida.8.000 20. 1. 3 ppm. dor de cabeça. Estas doenças sangüíneas. têm sido atribuídas aos seus metabólitos. tontura. o benzeno provém do tecido gorduroso.NR 15 (Brasil) = 1 ppm (indústrias em geral) PROPOSTA DE MUDANÇA: LT-MP ou TLV-TWA (ACGIH / 95-96) = 0. após biotransformação em maior proporção no fígado. surgindo tosse. faringe e no esôfago.000 ppm) é rapidamente fatal (Quadro 1). uma substância altamente reativa. A ingestão da substância na dosagem de 15 a 20 mL pode provocar a morte no adulto. leucocitose ou leucopenia. distribuído e armazenado em tecidos ricos em gorduras como o sistema nervoso central e medula óssea. cuja atuação sobre ácidos nucléicos de células da própria medula óssea explicaria a toxicidade do benzeno. exceto o gorduroso. porém.3 Toxicocinética e toxicodinâmica Exposição aguda O benzeno é altamente volátil. onde pode provocar efeitos irritantes como dermatite de contato. sobre o sistema nervoso central como depressor. provém da fração de benzeno dissolvida no sangue. O benzeno atua. é rapidamente absorvido pela via respiratória ao ser inalado. A exposição a altas concentrações (20. devido à sensibilização do miocárdio. que ocorre 2 a 3 horas após a exposição. rouquidão e edema pulmonar. predominantemente. tanto em células da medula óssea como em linfócitos periféricos da corrente sangüínea. o benzeno provém dos demais tecidos. e por ser muito lipossolúvel. O quadro de anemia plasmática. Através das reações de oxidação. encontradas na exposição crônica ao benzeno. pode apresentar alterações hematológicas paradoxais: policitemia ou anemia. pelo efeito desengordurante. O benzeno predispõe a arritmias cardíacas Quadro 1. Limites de tolerância LT-MP ou TLV-TWA (ACGIH / 95-96) = 10 ppm. 96 mg/m3 graves. 2ª Fase: intermediária. efeitos depressores Fatal Fonte: American Petroleum Institute. com lesão das células epiteliais. dor retroesternal e tosse. Exposição crônica A exposição crônica ao benzeno pode produzir toxicidade na medula óssea que pode traduzir-se em anemia aplástica e leucemia aguda. O benzeno na forma líquida pode ser absorvido através da pele. O efeito agudo na via respiratória manifesta-se através de irritação de brônquios e laringe. 3ª Fase: lenta. levando ao aparecimento de fadiga. trombocitose ou trombocitopenia. 32 mg/m3 LT-MP ou TLV-TWA (OSHA) = 1 ppm IDLH (NIOSH) = 3. Efeitos do organismo a diferentes concentrações do benzeno Concentração de Tempo de Vapores de Benzeno exposição (ppm) 25 8 horas 50 . hidroquinona (1%) e catecol (3%). no período de 30 horas. O contato com os olhos provoca sensação de queimação. em seu 29 estágio inicial. coma e morte em conseqüência de parada respiratória. A ingestão do benzeno provoca sensação de queimação na mucosa oral. Cerca de 50% do total de benzeno inalado são absorvidos. que são conjugados com a glicina e o ácido glucurônico. principal via metabólica da biotrnasformação do benzeno. 10 a 50% são eliminados pela urina. em metabólitos solúveis em água como fenol (30%). forma-se o benzeno epóxido. A eliminação do benzeno inalterado no ar exalado tem três fases: 1ª Fase: muito rápida. no período de 3 a 7 horas. Ponto de fulgor: Limite inferior de explosividade: 12. gás de exaustão. as principais fontes emissoras estão no refino nas unidades de craqueamento e regeneração e queima de derivados (caldeira de CO). Administrar oxigênio 100% umidificado. óxido de carbono. Limite superior de explosividade: 74. Se não houver vômito com duas doses do xarope. lacrimejamento ou fotofobia persistirem após 15 minutos. – Dosagem urinária do ácido trans-transmucônico. luvas de PVC. produzido pela combustão incompleta de material orgânico ou carbonáceo. encaminhar ao oftalmologista. para local com ar fresco. Se ocorrer tosse e dificuldade para respirar. hemorragia nasal e gengival. Vigilância para efeitos depressores do sistema nervoso central. náuseas. nervosismo. Se irritação. edema. fornos e “flare”. máscara com filtro químico. leucemias mieloblásticas agudas. dor de cabeça. 2% Primeiros Socorros Na inalação Remover da área de exposição. A lavagem gástrica deverá ser acompanhada de cuidados extremos. Controle biológico – Dosagem do benzeno exalado. fissura e dermatite. Usar xarope de ipeca. de modo que é possível a ocorrência de pancitopenia (diminuição global das células sangüíneas). sem cheiro. O benzeno tem efeitos hepatotóxicos (tóxicos ao fígado). – Contagem de plaquetas. NIOSH e ACGIH.Higiene Industrial evolução. dos leucócitos e das plaquetas. No contato com os olhos Lavar em água corrente durante 15 minutos. A exposição prolongada ao benzeno também pode produzir fadiga. na exposição prolongada. Ventilação assistida e ressuscitação. mais freqüentemente. a leucemia instala-se muito tempo após cessar a exposição ao benzeno.). O contato prolongado com a pele causa secura. etc. – Dosagem urinária do ácido fenil mercaptúrico. vertigem. há redução dos eritrócitos (glóbulos vermelhos). As leucemias por benzeno são. Sinônimos: óxido carbônico. A leucopenia favorece quadros infecciosos. Por vezes. se necessário. Nome: monóxido de carbono (CO) Descrição: É um gás incolor. equimoses. poder-se-á optar 30 pela lavagem gástrica como tentativa para o esvaziamento da quantidade absorvida. Ocorrem. Na ingestão A indução do vômito poderá ser indicada em ingestão recente de grande quantidade de benzeno e se o paciente estiver consciente. irritabilidade.5%. – Hemograma. em indivíduos que apresentavam anemia aplástica. A trombocitopenia leva a manifestações hemorrágicas (púrpura. Controle da exposição e prevenção da intoxicação Uso de roupas impermeáveis. para previnir a aspiração para os pulmões. Tratar convulsões com diazepam e fenitoína. Medidas de controle ambiental. O benzeno é classificado como cancerígeno pela IARC. A redução dos eritrócitos pode levar a quadros graves de anemia. No contato com a pele Lavar com sabão e água em abundância. dor. bronquite e pneumonite. perda do apetite. O carvão ativado em solução tem demonstrado ser útil pela diminuição da absorção do benzeno. avaliar a existência de irritação pulmonar. – Dosagem do benzeno na urina. Na indústria do petróleo. Limites de tolerância: – NR-15: 39 ppm (43 mg/m³) – ACGIH: TWA: 25 ppm (29 mg/m³) – OSHA: PEL: 35 ppm (40 mg/m³) – NIOSH:REL: 35 ppm (40 mg/m³) – CEIL: 200 ppm (229 mg/m³) – CEIL: 200 ppm (229 mg/m³) . com densidade menor que a do ar. – Reticulócitos. gás de chaminé. na sua maioria. sistema nervoso e hemorragia capilar. na ordem indicada: Remover a vítima do local contaminado. pois o CO difunde-se rapidamente através da membrana alveolar. 189 Solubilidade em água: média Temperatura de auto-ignição: 260°C Estado físico: gás Limites de tolerância: – NR-15: 8 ppm (12 mg/m³) – ACGIH: TWA: 10 ppm (14 mg/m³) – OSHA: PEL:10 ppm(14 mg/m³). Acima desta concentração ou em trabalhos em locais confinados. é um gás incolor. com interferência imediata do suprimento de oxigênio à atividade celular dos tecidos.3700 20 min 1 min Instantes Efeitos Percepção do odor Irritação ocular Conjuntivite Perda do olfato Inconsciência. asfixiante. convulsão. caso a vítima esteja inconsciente e sem respirar. com odor de ovo podre.21 6-7 horas 50 . Utilização: é um subproduto decorrente do processamento de óleo cru com alto teor de enxofre. Como a hemoglobina tem uma grande afinidade pelo CO. possivelmente. inflamável.13 1 mim 10 . representam riscos de incêndio e explosão. Primeiros socorros: Executar imediatamente as seguintes medidas.0. no ar e em locais ventilados. Pode ser considerado impureza.000 ppm) de CO. chega à corrente sangüínea. em conseqüência. Riscos tóxicos: Um envenenamento por monóxido de carbono. providenciar socorro médico.200 15 min 200 . STEL: 15 ppm (21 mg/m³). pode resultar em lesões no cérebro. dentro dos limites de explosividade.300 900 1800 . hipotensão. Risco de incêndio: Misturas de CO (Monóxido de carbono) e ar. que vai sendo eliminada em cada um dos processos de refinação ou matéria-prima em refinarias que possuem unidades de enxofre. Dessa forma. edema pulmonar. Sintomas Dor de cabeça Dor de cabeça moderada e tontura Náuseas e vômitos Colapso Coma Morte Onde ocorre na refinaria: secra (caldeira de CO). pequenas quantidades da substância no ar é suficiente para que os seus efeitos se manifestem. Densidade: 1.100 4 horas 150 . STEL: 15 ppm (21 mg/m³) Concentração H2S Tempo de (ppm) exposição 0. mantê-la bem agasalhada e longe das correntes de ar. aplicar a respiração artificial. cerca de 200-300 vezes maior que a do oxigênio.Higiene Industrial Concentração de Tempo Médio Concentração % Vapores de Benzeno p/acumulção Carboxiemoglobina (ppm) (min) 7 50 150 12 100 120 25 250 120 45 500 90 60 1000 60 95 10000 5 Temperatura de auto-ignição: 609ºC. as manifestações primárias desenvolvem-se nos sistemas orgânicos mais dependentes da utilização do oxigênio que são o sistema nervoso central e o miocárdio (músculo do coração). Os efeitos clínicos da intoxicação pelo CO são reflexo da hipóxia dos tecidos e. desorientação Inconsciência e morte Morte Riscos à saúde: A mais importante via de penetração é a respiratória. Nome: H2S – Gás sulfídrico Descrição: O gás sulfídrico. onde se une à hemoglobina das hemácias e forma carboxihemoglobina.0005 . A vítima não deverá receber nenhum alimento (sólido ou líquido). pela impossibilidade da carboxihemoglobina transportar oxigênio. 31 . que oferece proteção contra concentrações de até 1% (10. Precauções: Usar máscara com filtro cartucho SW. tontura. deverá ser usado equipamento autônomo de respiração ou ar mandado. porém pode estar presente também nos produtos intermediários em concentrações variadas. pela inibição do sistema citocromo em nível celular. também conhecido como ácido sulfídrico ou sulfeto de hidrogênio. d) O SESAU (a equipe de saúde/emergência) deve ser avisado. a amônia deve ser mantida afastada de óleo ou outro material combustível. f) Em todo caso.Higiene Industrial Onde é encontrado na refinaria: o gás sulfídrico poderá estar presente em quase todas as unidades de processo. Na drenagem de água contendo H2S. . dependendo da concentração do gás no ar. Precauções: Em casos de vazamentos. possui odor característico. Fórmula: NH3 Utilização: Na indústria de petróleo. Emergência: Conjunto autônomo. Os equipamentos que contêm gás sulfídrico podem sofrer processo de corrosão com criação de camadas de sulfeto de ferro no seu interior. da duração. as equipes de combate devem usar equipamentos de proteção respiratória. pode inflamar-se por auto-ignição. deve ser aplicada. Pequenos focos de incêndio podem ser combatidos com pó químico seco. devem ser tomadas as seguintes medidas. o pessoal deve afastar-se do local e somente aproximar-se devidamente equipado. Equipamentos de proteção individual: Rotina: Máscara com filtro ABEK. STEL: 35 ppm (24 mg/m³) – NIOSH:REL: 25 ppm (18 mg/m³). É muito solúvel em água com a qual forma hidróxido de amônia. Deve ser evitada mistura com ácidos fortes. Forma de avaliação: aparelhos de detecção. deve-se diluir o H2S com vapor ou neblina d'água e sanar a fonte de vazamento. na área de armazenamento e sistema de drenagem de água oleosa. Limites de tolerância: – NR-15: 20 ppm (14 mg/m³) – Acgih:twa: 25 ppm (17 mg/m³) – OSHA: STEL: 35 ppm. Agente extintor recomendado: água. olhos e vias respiratórias. cloro. um gás muito irritante. dando origem a DIÓXIDO de enxofre. é utilizada em processos de destilação como antioxidante e controlador de pH. Nome: amônia (Sinônimos: Gás Amoníaco) Descrição: É um gás facilmente liqüefeito quando comprimido. servindo como fonte de ignição a resíduos inflamáveis que possam estar presentes nesses equipamentos. deve ser encaminhada ao SMS Saúde para tratamento e observação. e) A vítima inconsciente não deve receber alimento sólido ou líquido. c) o paciente deve estar agasalhado. tão logo seja possível. Onde ocorre na refinaria: sedide. DIÓXIDO de carbono e pó químico. sub-aguda e crônica. STEL: 35 ppm (27 mg/m³) Temperatura de auto-Ignição: 651ºC. O combate a incêndio envolvendo gás sulfídrico é feito com água para resfriamento dos equipamentos e circunscrição do incêndio até que a fonte de gás possa ser obstruída para extinção. éter etílico e solventes orgânicos. pode acumular-se em áreas mais baixas ou depressões e espalhar-se pelo chão. Por ser um gás mais denso que o ar. a pessoa afetada pelo gás sulfídrico. A intoxicação pela substância pode ser aguda. óculos com armação de borracha luvas e avental de PVC. afeta freqüentemente os pulmões tão rápido que não há tempo para chamar o médico antes de tentar ressuscitar a vítima. devem ser instaladas neblinas d'água para manter o ar úmido. Primeiros socorros: O gás sulfídrico. ainda que se recupere rapidamente. Solúvel em álcool etílico. Risco de incêndio: o gás sulfídrico é um gás altamente inflamável que queima com uma chama azul. pungente e penetrante. Risco à saúde: O gás sulfídrico. sem interromperse a respiração artificial. podendo ir de encontro a fontes de ignição. da freqüência da exposição e da susceptibilidade individual. que poderão causar explosões. que atua sobre o sistema nervoso. a respiração artificial sem interrupção até o reinício natural ou até que o médico chegue. quando inalado. Combustível. Risco de incêndio: Em caso de fogo. imediata32 mente. na ordem indicada): a) retirar a vítima imediatamente para ar fresco e puro. bromo ou iodo. evitando o risco de ignição. Portanto. é um gás altamente tóxico e irritante. Tal sulfeto torna-se perigoso na abertura desses equipamentos porque em contato com o ar. b) caso a vítima esteja inconsciente e não respire. Cuidados especiais devem ser tomados quanto a possíveis fontes de ignição nas proximidades. CO2 ou vapor. esôfago e estômago. – atentar para que não ocorra parada respiratória. 2. pausadamente. – vazamentos: – evacuar o local. pausadamente. avental e luva de PVC.P. – lavar com água em excesso. com filtro químico ABEK.1. em caso de acidente. Depois. Equipamentos de proteção individual: Rotina: Máscara V. dispnéia e tosse. dermatoses e queimaduras na pele. contato com a pele. segurança e desempenho eficiente. ao abrigo da ação corrosiva do gás amoníaco. – manter o acidentado deitado. – remover ou isolar o recipiente com vazamento em área bem ventilada.33 racterísticas psicofisiológicas dos trabalhadores. transferindo o conteúdo para outro recipiente. Chamar o médico. – certificar-se de que o equipamento de exaustão e ventilação esteja funcionando durante o período de trabalho. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às ca. mucosa e olhos: – remover imediatamente a roupa contaminada. – manusear e abrir com cuidado recipientes e sistemas de amônia. Primeiros socorros: 1. Fazer respiração artificial. dar água aos goles. – se o mesmo vomitar.Higiene Industrial Risco à saúde: – Por contato: destruição dos tecidos das mucosas do nariz e dos olhos. A ingestão de uma pequena colher de chá de amônia concentrada pode causar a morte. Precauções: – evitar contato com a pele e olhos. 1. Se disponível. – manter o acidentado deitado. – não respirar diretamente os vapores ao abrir um recipiente que contenha amônia. em caso de inalação excessiva de vapores de amônia: – remover o acidentado para uma atmosfera não contaminada. – comunicar ao médico alguma queimadura através de contato com amônia. – Nas proximidades do local de armazenagem. Também tem-se observado broncopneumopatias agudas e sub-agudas. Forma de armazenamento: – Recipientes que contenham amônia devem ser devidamente rotulados e estocados em posição vertical. se o acidentado estiver consciente: – provocar o vômito estimulando com água morna salgada ou com o dedo. se necessário. do calor e dos produtos sujeitos a reagir com amônia. – Por ingestão: destruição corrosiva da mucosa da faringe. calmo e aquecido até a chegada do médico. em caso de ingestão: – chamar o médico imediatamente. 5. calmo e aquecido até a chegada do médico. – não provocar vômito. Lavar a pele e olhos com água em abundância. se necessário. 4. Emergência: conjunto autônomo de respiração e proteção completa de PVC para o corpo. – Por inalação: efeitos irritantes nas vias respiratórias superiores. dar vinagre diluído ou suco de limão. – Os locais de armazenagem devem ser bem ventilados. manter sua cabeça virada para o lado.9 NR 17 – Ergonomia 17. pelo menos durante 15 minutos. se o acidentado estiver inconsciente: – não dar nenhum líquido para beber. – A instalação elétrica deverá ser do tipo blindado. – administrar oxigênio ou respiração artificial. 3. – Deverão ser tomadas medidas para que. Máscaras deverão estar em local de fácil acesso. deverá ser instalada uma tomada de água. aos goles. não haja derramamento direto do produto no esgoto. ao abrigo dos raios solares. Chamar o médico. de modo a proporcionar um máximo de conforto. . Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que inclua.2.2.3. as bancadas. com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento. 17.2.3.2. (117.3.2.2. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18 (dezoito) anos e maior de 14 (quatorze) anos. deverão ser usados meios técnicos apropriados. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas.1. 17.3.1.4.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada.1.002-3 / I2) 17.001-5 / I1) 17. (117.004-0 / 11) 17.1. por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.008-2 / I2) c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais.010-4 / I2) 17.6. os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance.2. o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição. além dos requisitos estabelecidos no subitem 17. aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés.006-6 / I1) 17. Mobiliário dos postos de trabalho.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas. as condições de trabalho. (117.2. o transporte manual de cargas.2. Para efeito desta Norma Regulamentadora: 17.007-4 / I2) b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador. para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança.005-8 / 11) 17. transporte e descarga individual de materiais. e à própria organização do trabalho. (117. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas. 17. transporte e descarga de materiais. (117. o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens.2. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. 17. 17. (117.1. bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador. mesmo de forma descontínua.2.1.5. com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. (117.3.1. 17. devendo a mesma abordar.2. em função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado.2. deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar. (117. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto: .2. que não as leves. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas.3. 17.009-0 / I2) 17.1. Levantamento. (117.7. mesas.2.3.2. compreendendo o levantamento e a deposição da carga.Higiene Industrial 34 17. visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos: a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade.1. cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho. (117.2. conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.003-1 / I1) 17. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé. escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura. 17. no mínimo. ao mobiliário. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador.3. carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes. Condições ambientais de trabalho. tais como: salas de controle.2.3. laboratórios.022-8 / I2) 17. (117.021-0 / I2) d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável.4. (117. sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador.3.1.026-0 / I2) 17.3.Higiene Industrial a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida. 17.016-3 / I2) 17. o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB.5. (117.017-1 / I1) b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível. 17. visualização e operação. (117. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé.5.025-2 / I2) d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento. escritórios.014-7 / II) 17.011-2 / I1) b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento. a partir da análise ergonômica do trabalho.4.012-0 / I1) c) borda frontal arredondada. mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152. datilografia ou mecanografia deve: a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura. evitando movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados. observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho. poderá ser exigido suporte para os pés. (117. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem observar o seguinte: a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente.75m/s.5.015-5 / I1) 17. Equipamentos dos postos de trabalho.2. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exigências previstas no subitem 17. (117. olhoteclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais. dentre outros. salas de desenvolvimento ou análise de projetos.019-8 / I2) b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade. (117. 17.5.1.4.5. que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador. 17. (117. protegendo-a contra reflexos.5. ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento. sendo vedada a utilização do papel brilhante.2.2. (117.1. (117.4. devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas. o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela.023-6 / I2) b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus centígrados).2. 17. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. norma brasileira registrada no INMETRO.018-0 / I1) 17. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17. (117. (117. (117.2. .024-4 / I2) c) velocidade do ar não superior a 0. (117. Os parâmetros previstos no subitem 17.013-9 / I1) d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.020-1 / I2) c) a tela.4.3.5.3. (117. são recomendadas as seguintes condiçôes de conforto: a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação.1.2 devem ser medidos nos 35 postos de trabalho. permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 17.4.5. e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador. (117. para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie. no mínimo. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17. Organização do trabalho. b) o modo operatório. (117. sendo que.3.3.5.032-5) b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8 (oito) mil por hora trabalhada. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento. geral ou suplementar.035-0 / I3) e) quando do retorno ao trabalho. cada movimento de pressão sobre o teclado. ombros.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual. 17. (117.4.5.1. A organização do trabalho. e a partir da análise ergonômica do trabalho. este será um plano horizontal a 0. o trabalhador poderá exercer outras atividades. utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. 17. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada.4.5.030-9 / I3) c) quando do retorno do trabalho.3. apropriada à natureza da atividade. deve-se.6. dorso e membros superiores e inferiores.75m (setenta e cinco centímetros) do piso.4. 17. natural ou artificial. reflexos incômodos.033-3 / I3) c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas. baseado no número individual de toques sobre o teclado.1. norma brasileira registrada no INMETRO. (117. observado o disposto no art.027-9 / I2) 17.036-8 / I3) .6.3.3. (117. 17.5. para efeito desta NR. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho. deve ser observado o seguinte: a) para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores. sendo considerado toque real.6. f) o conteúdo das tarefas.5. deve levar em consideração.3. inclusive o automatizado. (117. no período de tempo restante da jornada.029-5 / I3) b) devem ser incluídas pausas para descanso.028-7 / I2) 17. d) a determinação do conteúdo de tempo. (117.3.034-1 / I3) d) nas atividades de entrada de dados deve haver.2.6. após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias. uma pausa de 10 (dez) minutos para cada 50 (cinqüenta) minutos trabalhados. desde que não exijam movimentos repetitivos. A iluminaçâo geral deve ser uniformemente distribuída e difusa. sombras e contrastes excessivos.3. nem esforço visual. 17. 17. salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho. no mínimo: a) as normas de produção. para efeito desta NR.3.5. não deduzidos da jornada normal de trabalho.6. (117. e) o ritmo de trabalho. c) a exigência de tempo. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço. após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias.5.Higiene Industrial 36 17. (117. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17. a exigência de produção em relação ao número de tóques deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea “b” e ser ampliada progressivamente. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.5. a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento.5.2. Nas atividades de processamento eletrônico de dados. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413.031-7 / I3) 17. observar o seguinte: a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação. (117. 17. (117. Higiene Industrial 37 . A Petrobras considera que a vida particular dos empregados é um assunto pessoal. o zelo. A atuação da Companhia busca atingir níveis crescentes de competitividade e lucratividade. concorrentes. considerando a justiça. pelo respeito ao meio ambiente. As informações veiculadas interna ou externamente pela Companhia devem ser verdadeiras. Governo e demais segmentos da sociedade. pela observância às normas de segurança e por sua contribuição ao desenvolvimento nacional. competência e honestidade. 38 . clientes. desde que as atividades deles não prejudiquem a imagem ou os interesses da Companhia. parceiros. a dignidade. acionistas. o decoro. sem descuidar da busca do bem comum. a lealdade. que é traduzido pela valorização de seus empregados enquanto seres humanos. fornecedores. visando a uma relação de respeito e transparência com seus empregados e a sociedade. legalidade.Higiene Industrial Principios Éticos da Petrobras A honestidade. as decisões são pautadas no resultado do julgamento. Na Petrobras. o respeito. a eficácia e a consciência dos princípios éticos são os valores maiores que orientam a relação da Petrobras com seus empregados.