Introdução à EngenhaEduardo Batman Júnior Eduardo Batman Júnior Introdução à Engenharia Educação a Distância SUMÁRIO APRESENTAÇÃO.............................................................................................................. 4 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 5 1. O ENGENHEIRO........................................................................................................... 6 2. PRODUTIVIDADE........................................................................................................ 11 3. SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES.............................................................17 4. CONSTRUÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS............................................................23 5. CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS.............................................28 6. COMUNICAÇÃO......................................................................................................... 31 7. CRIATIVIDADE............................................................................................................ 33 8. CONSCIÊNCIA AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE..............................................36 9. OTIMIZAÇÃO.............................................................................................................. 39 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................. 46 ANEXO............................................................................................................................. 47 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................52 4 APRESENTAÇÃO É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno, esta apostila de Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltados ao aprendizado dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos alunos uma apresentação do conteúdo básico da disciplina. A Unisa Digital oferece outros meios de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidisciplinares como chats, fóruns, Aulas web, Material de Apoio e email. Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, a Biblioteca Central da Unisa, juntamente com as bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, bem como acesso a redes de informação e documentação. Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo no seu estudo são o suplemento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal. A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar! Unisa Digital INTRODUÇÃO 5 Esta apostila tem o objetivo de introduzir o aluno no mundo da engenharia. Todos nós conhecemos algum engenheiro, mas raramente conhecemos as competências e habilidades que formaram esse engenheiro. Nessa apostila estudaremos o engenheiro de produção e o engenheiro ambiental, seu comportamento, suas atribuições, suas áreas de atuação e o mercado de trabalho. Também estudaremos o Sistema Internacional de unidades, sua importância e abrangência, aprenderemos o conceito de produtividade e a aplicação prática nas empresas, veremos as boas práticas na construção de tabelas e gráficos, ferramentas tão importantes no dia-a-dia do engenheiro, faremos menção ao projeto, início de tudo na engenharia, entraremos no tema comunicação para engenheiros, cuja necessidade de aprimoramento muitas vezes passa despercebida, abordaremos a criatividade que precisa ser muito aguçada e desenvolvida nesses profissionais e por fim, e não menos importante por isso, consideraremos a consciência ambiental e a sustentabilidade, tão comentadas nos dias de hoje, mas que para que tomem lugar efetivo na vida do engenheiro precisam ser discutidas desde o primeiro dia de aula. Bom estudo a todos! Prof. Engº. Eduardo Batman Jr. 1. O ENGENHEIRO Basta olhar ao redor para vermos a importância dos engenheiros. Nossas roupas foram fabricadas em máquinas desenvolvidas por engenheiros. Nosso relógio, nosso telefone celular, o computador, enfim, quase tudo que temos ou usamos, inclusive a energia elétrica e as lâmpadas que estão nos iluminando, foi desenvolvido, projetado e executado por engenheiros. Vocês sabem o que as personalidades a seguir, com sobrenomes famosos, têm em comum? aquilo que qualquer outro pode fazer com dois””. Depois de definir o engenheiro temos que definir engenharia e para isso vamos ao dicionário (Aurélio. Alfred Hitchcock. p.6 Yasser Arafat. Arthur Nielsen. mas vamos agora definir o engenheiro. Scott Adams.. Jimmy Carter. Rowan Atkinson. pela televisão. Osama Bin Laden. Rudolf Diesel. Alexander Graham Bell. Karl Benz. Thomas Edison. David Packard. Michael Bloomberg. à criação de estruturas.1): “Engenheiros são indivíduos que combinam conhecimentos da ciência. ou até remotamente.bem. Boris Yeltsin. Guglielmo Marconi. na empresa. Alexandre Gustave Eiffel. as atribuições legais de um engenheiro. Ray Dolby. Henry Laurence Gantt. Wellington (1847 – 1895) que descreveu a engenharia como “ a arte de fazer. Segundo Holtzapple e Reece (2006. dispositivos e processos para converter recursos naturais em formas adequadas ao atendimento das necessidades humanas”. Ferdinand Porsche. da matemática e da economia para solucionar problemas técnicos com os quais a sociedade se depara. na vizinhança. Henry Ford. Nikola Tesla e George Westinghouse: São engenheiros! Todos nós também conhecemos algum engenheiro. e certas habilitações específicas. 267): “Aplicação de conhecimentos científicos e empíricos. dentro de suas competências técnicas legais são: . que também são mestres da ciência e da matemática. William Hewlett. no círculo de amigos. Joseph Bombardier. Pereira (2008). Jacques Cousteau.. Essa ênfase na praticidade foi eloqüentemente relatada pelo engenheiro A. com um dólar. É o conhecimento prático que distingue os engenheiros dos cientistas. M. De acordo com Bazzo. p. Edwin Armstrong. tecnológicos e instrumentais. supervisionar. tão corretas quanto essas. da UFSC. oral e gráfica. Atuar em equipes multidisciplinares. Identificar. Sobre as competências e habilidades dos engenheiros. Conceber. elaborar e coordenar projetos e serviços técnicos. Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados. projetar e analisar sistemas. Planejar. 2208. T. P. Avaliar a viabilidade econômica de projetos. Trabalhar com ética e responsabilidade profissional. matemáticos. ferramentas e comportamentos. Fonte: BAZZO. Introdução à Engenharia: Conceitos. 2. W. Avaliar os impactos sociais e ambientais de suas atividades. Desenvolver e utilizar novas ferramentas e técnicas. mas creio que com elas nós já conseguimos atingir nossos objetivos. Comunicar-se eficientemente nas formas escrita. 89 . PEREIRA. formular e resolver problemas. Bazzo. Ed. L. A. Avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas. Assumir uma postura de permanente atualização profissional. que é o de deixar claro as atribuições genéricas de um engenheiro. Florianópolis: Ed. Pereira (2008) apresentam o quadro a seguir: Competências e habilitações dos engenheiros Aplicar conhecimentos científicos. certamente encontrará muitas outras definições para engenheiro e engenharia. V. Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas.7 • Administrar • Executar • Analisar • Experimentar • Assessorar • Fiscalizar • Avaliar • Gerenciar • Construir • Manter • Consultar • Operar • Controlar • Pesquisar • Desenvolver • Planejar • Dirigir • Produzir • Emitir parecer • Projetar • Ensinar • Supervisionar • Ensaiar • Testar • Especificar • Vender • Estudar • Vistoriar Se você pesquisar em livros ou na internet. produtos e processos. ocupa posição estratégica. O engenheiro de produção deve dedicar-se ao projeto. implementação. avaliação. gerenciamento e melhoria dos sistemas produtivos. para atender as demandas de empresas industriais e de serviços. seleção. tecnológicos e ambientais. outrora baseados numa lógica instrumental e tecnicista. operação. O curso de engenharia de produção visa formar profissionais generalistas. assumindo responsabilidades de gerenciamento de pessoas e processos que lhe exigem conhecimentos humanos e sociais somados àqueles de cunho puramente técnicos. energéticos. modelagem. considerando os aspectos humanos e sociais. produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria. o componente intelectual do trabalhador. O engenheiro. otimização e manutenção de . avaliação. envolvendo questões que incluem as dimensões humana e social. qualificação. Ribeiro (2001. estruturação. Dessa forma. inclusive. com base científica e conhecimentos amplos e abrangentes em todas as áreas da produção. Os cursos universitários. • Utilização de métodos organizacionais e técnicas de natureza matemática e estatística para projeto. através de ferramental matemático e tecnológico para tomada de decisões administrativas e estratégicas que privilegiem sua empresa sem desconsiderar o meio-ambiente. materiais. econômicos. simulação. modelagem. otimização e manutenção de produtos (bens e serviços) gerados pelos sistemas de produção. econômica e política”. seleção. nesse contexto. em maior escala. qualificação. p. articula-se uma nova base técnica com a lógica sistêmica de organização da produção e formas participativas de atuação. Segundo a ABEPRO (Associação Brasileira de Engenharia de Produção) consideram-se como atividades típicas do engenheiro de produção: • A utilização de métodos organizacionais e técnicas de natureza matemática e estatística para projeto.8 As novas atribuições dos engenheiros foram amplamente discutidas por Laudares. Agora vamos ajustar um pouco mais as definições às nossas habilitações: Engenharia de Produção e engenharia Ambiental. simulação. 492): “As mudanças ocorridas na organização do trabalho passaram a utilizar. em detrimento do componente físico-manual. vêm discutindo a urgência de um novo modelo que possibilite uma formação mais ampliada do engenheiro. estruturação. controle. durante sua preleção. Luiz Inácio Lula da Silva. organizado pela primeira vez nas Américas. programas e tecnologias que permitam a redução de impactos ambientais e a recuperação do meio. Scientific and Educational Organization) – www. implantação e operação de sistemas produtivos ambientalmente sustentáveis. no VII Conse (Congresso Nacional dos Engenheiros) citou que nos países que mais crescem no mundo. . o Engenheiro Ambiental é habilitado para trabalhar em indústrias dos mais diversos setores. em seu discurso destacou a importância da engenharia para a implementação de infraestrutura e outras melhorias que ofereçam melhores condições de vida à população e a necessidade de formação de novos profissionais da categoria nos próximos anos: “Hoje. inclusive. produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria. estadual e federal. O engenheiro ambiental deve se dedicar-se ao desenvolvimento. no dia três de dezembro de 2008. hospitais. agroindústrias. Geraldo Alckmin. agroindústrias. Quanto ao mercado de trabalho. em 24 de setembro de 2009. análise e diagnóstico para avaliação da contribuição de fontes de poluição na degradação ambiental. empresas de comércio. As atividades ainda incluem investigação.unesco. como mercado financeiro. consultorias. O presidente da República. em empresas de prestação de serviços.9 agentes e processos produtivos. há mais demanda por engenheiros do que conseguimos formar. monitoramento.” (fonte: UNESCO – United Nations Educational. na abertura do Congresso Mundial de Engenheiros (WEC – World Engineers’ Convention). projeto e execução de planos e programas para minimizar a ação poluidora sobre água. além da proteção dos recursos naturais não-renováveis. o Engenheiro de Produção é habilitado para trabalhar em indústrias dos mais diversos setores. empresas de comércio. além da pesquisa. Concessionárias de serviços Organizações não-governamentais instituições de pesquisa e ensino e Administração pública municipal.org. promover a preservação da qualidade ambiental e da sustentabilidade. desenvolvimento de projetos. o ar e o solo causados pelas ações do homem. Quanto ao mercado de trabalho. consultorias.br O secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo. como China e Índia. instituições de pesquisa e ensino e órgãos governamentais. em empresas de prestação de serviços. opera. executa e fiscaliza obras e serviços técnicos.br Para corroborar com nossas definições o MEC (Ministério da Educação e Cultura) ainda dispõem em seu sítio na internet os referenciais nacionais para os cursos de engenharia. Pesquisa Operacional. Ciência dos Materiais. perícias e avaliações. Gestão Estratégica de . e efetua vistorias. Transporte e Logística. coordena e/ou integra grupos de trabalho na solução de problemas de engenharia. Métodos Numéricos. os conteúdos profissionalizantes do curso são: Eletricidade Aplicada.org. Ergonomia e Segurança do Trabalho.fne.10 a graduação na área tecnológica chega a 30% do total de estudantes. considera a ética. Ferramentas da Qualidade. Modelagem. Gestão de Tecnologia. enquanto no Brasil. analisa a viabilidade econômica. envolvendo homens. éticos.” (fonte: FNE – Federação Nacional dos Engenheiros) – www. Gestão Ambiental. tecnologias. Mecânica dos Sólidos. que projeta. assim dispostos: REFERENCIAL DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Carga Horária Mínima: 3600h PERFIL DO EGRESSO O Engenheiro de Produção é um profissional de formação generalista. Não há como superar as assimetrias competitivas sem esses profissionais e sem educação. Materiais de Construção Mecânica. incorporando conceitos e técnicas da qualidade em sistemas produtivos. Qualidade. Estratégia e Organização. englobando aspectos técnicos. Análise e Simulação de Sistemas. a legislação e os impactos ambientais. custos e informação. situa-se em menos de um quarto desse percentual. Mecânica dos Fluídos. econômicos. Gestão do Conhecimento. realiza estudos de viabilidade técnico-econômica. otimiza e mantém sistemas integrados de produção de bens e serviços. emitindo laudos e pareceres. Engenharia do Produto. Gerência de Produção. implanta. a segurança. Neste mesmo congresso o deputado federal Ciro Gomes discursou sobre a conjuntura e os engenheiros e disse: “Esta é uma nação por fazer e faltam engenheiros para tanto. bem como a sua interação com o meio ambiente. como atestou ele. ambientais e de segurança. políticos. a carência na formação de engenheiros para que induzam e contribuam para o desenvolvimento nacional. TEMAS ABORDADOS NA FORMAÇÃO Atendidos os conteúdos do núcleo básico da Engenharia. Gerência de Projetos. Controle Estatístico do Processo. Sistemas de Informação. Esses números indicam. materiais. Gestão Econômica. Em suas atividades. Coordena e supervisiona equipes de trabalho. sociais. Processos de Fabricação. Mecânica dos Sólidos. e efetua vistorias. realiza estudos de viabilidade técnico-econômica. Avaliação de Impactos e Riscos Ambientais. construção civil. Cartografia e Fotogrametria. no desenvolvimento sócioeconômico e na qualidade de vida. Legislação e Direito Ambiental. na Gestão Ambiental e na Engenharia e Tecnologia Ambiental. PRODUTIVIDADE A intenção deste capítulo é fazer com que você tenha contato com algumas . Mecânica dos Fluídos. Caracterização e Tratamento de Resíduos Sólidos. que atua no Planejamento. Saneamento Ambiental. ÁREAS DE ATUAÇÃO O Engenheiro de Produção é habilitado para trabalhar em empresas de manufatura dos mais diversos setores. Análise e Simulação de Sistemas Ambientais.11 Custos. Poluição Ambiental. química. REFERENCIAL DO CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Carga Horária Mínima: 3600h PERFIL DO EGRESSO O Engenheiro Ambiental é um profissional de formação generalista. Hidrologia. Modelagem Ambiental. Planejamento do Processo. Sistemas de Informação. empresas de consultoria técnica e organizações não-governamentais (ONGs). como bancos. Instalações Industriais. eletro-eletrônica. mecânica. agroindústria. Coordena e supervisiona equipes de trabalho. Hidráulica Ambiental e Recursos Hídricos. ÁREAS DE ATUAÇÃO O Engenheiro Ambiental é habilitado para trabalhar em empresas e órgãos públicos e privados. Pedologia. Métodos Numéricos. executa e fiscaliza obras e serviços técnicos. Planejamento Ambiental. Ciência dos Materiais. emitindo laudos e pareceres. Atua nos aspectos do relacionamento HomemMeio Ambiente e seus efeitos na cultura. a segurança. TEMAS ABORDADOS NA FORMAÇÃO Atendidos os conteúdos do núcleo básico da Engenharia. Ergonomia e Segurança do Trabalho. os conteúdos profissionalizantes do curso são: Ecologia e Microbiologia. como metalúrgica. Geoprocessamento. 2. em organizações de prestação de serviços. Em suas atividades. Climatologia. Saúde Ambiental. instituições de pesquisa e ensino e órgãos governamentais. considera a ética. Gestão Ambiental. empresas de comércio. Geologia. Líquidos e Gasoso. perícias e avaliações. Informática. Planejamento e Controle da Produção. a legislação e os impactos ambientais. com o objetivo de se melhorar a produtividade com o menor custo possível. Neles aparece a sistematização do conceito de produtividade. no fim do século dezenove. ou seja. tais como mão-de-obra.ed. Esse objetivo é perseguido até hoje pelas empresas. pai da Administração Científica. as saídas (também conhecidas como outputs) e as funções de transformação. serviços prestados ou informações fornecidas. pelas funções de transformação. P11. capital. Fernando P. comuns aos engenheiros. A Produção pode ser entendida como quantidade produzida de um bem ou serviço. LAUGENI. matéria-prima. Laugeni (2005). mudando-se apenas as técnicas utilizadas. Todo sistema de produção compõem-se de três elementos básicos: as entradas (também conhecidas com inputs). Administração da Produção. A figura abaixo é uma representação clássica de um sistema de produção. o conjunto de todos os recursos necessários. ou seja. As saídas ou outputs são os produtos manufaturados. São Paulo: Saraiva. Eles são transformados em saídas ou outputs. A produtividade é a relação entre a quantidade ou valor produzido e a quantidade ou valor dos insumos utilizados. 2005. nos Estados Unidos. Taylor. EMPRESA A E M Mão-de-obra N B T I Capital R E A N Energia D T A E Outros insumos S Funções de transformação S A Í D A S A M B I E N T E Produtos Serviços Fonte: MARTINS. As entradas ou inputs são os insumos. informações e outros. energia elétrica. como a diferença de produção e produtividade.12 técnicas para resolução de problemas. como decisões e processos dentre outros fatores.. 2. a procura por melhores métodos de trabalho e processos de produção. Inicialmente. Segundo Martins. vamos observar alguns conceitos importantes. Petrônio G. surgiram os trabalhos de Frederick W. As funções de transformação ou função produção é entendida como um . pode-se falar da produtividade do capital. Em outras palavras. Em 1950 a CEE (Comunidade Econômica Européia) apresentou uma definição formal de produtividade como sendo “o quociente obtido pela divisão do produzido por um dos fatores de produção”.000 toneladas de cimento em um determinado ano. a prestação de serviços ou o fornecimento de informações. Portanto os sistemas de produção são aqueles que têm por objetivo a fabricação de bens manufaturados. da mão-de-obra e outros. produtividade é produzir mais e melhor. utilizando 150 funcionários que trabalharam em média 160 horas/mês. das matérias-primas. Solução: . Qualquer organização possui uma função produção porque produz algum tipo de bem ou serviço. Vamos examinar alguns exemplos de cálculo de produtividade. Também comparam sua produtividade com a dos concorrentes para verificar seu nível de competitividade. Desta forma. Exemplo 1 Determinar a produtividade parcial da mão-de-obra de uma empresa que produziu 180. em menos tempo e gastando menos com foco no lucro e na competitividade. com mais valor. As empresas calculam a sua produtividade de tempos em tempos para avaliar seu desempenho.13 conjunto de atividades que levam à transformação de um bem tangível em um outro com maior utilidade e conseqüentemente. sabendo-se que a empresa gastou $500.hora/ano Ou 150 H x 160 h x 12 m = 288.000.000 H.50/unidade.h m ano ano Onde cortamos mês (m) com mês (m) e sobram H.63 toneladas de cimento.000 t/ano = 0.63 t/h.63 t/H.14 A fórmula da produtividade é: P = OUTPUT/INPUT Para calcular o INPUT: INPUT: 150 Homens x 160 horas/mês x 12 meses/ano = 288.000 toneladas/ano P = OUTPUT= 180. Resposta: a produtividade é 0.h como unidades. Exemplo 2 Outra empresa.h/ano Onde cortamos ano com ano e sobram t/H. produziu 480. .000 Homens.000 H.00 com todos os insumos utilizados.000 unidades que foram vendidas a $ 3.h INPUT 288. OUTPUT: 180. Determine a produtividade total nesse período. que significa que cada homem trabalhando durante uma hora produz para a empresa 0. em média.H.h/ano como unidades. fabricante de lâmpadas. em um período de 6 semanas. Exemplo 3 Uma empresa fabricante de alimentos. Em 2007 sua produção foi de 799.00 OUTPUT: 480.680.00 unidade P = OUTPUT = $1. Solução: Em 2006: .000 unidade x $ 3.36 vezes maior que o valor investido em todos os insumos.00 Nesse caso cortamos cifrão com cifrão e temos unidade.000.000.000 toneladas com o emprego de 7.530 colaboradores.00 unidade = $1.36 x 100 = 336% Resposta: Podemos dizer que produtividade total é 3. produziu em 2006.680.50/unidade = $1.000.000.790 colaboradores. que podemos transformar em porcentagem desta forma: 3.00 = 3.15 Solução: INPUT: $500. 840.000 toneladas com o emprego de 6.680. Determine as produtividades em 2006 e 2007 e sua variação.36 (ou 336%) e entender que o valor faturado pela empresa é 3.36 INPUT $500. e sim um número puro.000. 000 t 7.16 INPUT: 7.05 ou x 100 = 105% 111.67 t/H P (2006) = 111.790 homens OUTPUT: 799.530 homens OUTPUT: 840. .530 H = 111.67 = 1.55 t/H P (2007) = 117.000 t 6.55 t/H Em 2007: INPUT: 6.67 t/H Para calcularmos a variação da produtividade utilizaremos a seguinte fórmula: Variação = P = P depois P antes Onde: P = 117.000 toneladas P = OUTPUT = INPUT 799.000 toneladas P = OUTPUT = INPUT 840.790 H = 117.55 Resposta: A produtividade aumentou 5%. numa tentativa de resolver esse problema. numa determinada receita usamos 250 mililitros de água. SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES Neste capítulo é o objetivo é apresentar o Sistema Internacional de Unidades (SI) que será muito utilizados pelos engenheiros em toda sua carreira. Muitos livros e sítios da internet apresentam esses materiais e alguns sítios inclusive já fazem o cálculo da conversão automaticamente.SI) O Sistema Internacional de Unidades . mas estendendo-se completamente a tudo o que diz respeito à ciência da medição.htm. ou seja. Para vendermos ou comprarmos algo. o que ocasionava muitos transtornos. gasolina por litro. para que os negócios pudessem ser fechados. esse sistema seria substituído pelo Sistema Internacional de Unidades . constituído inicialmente de três unidades básicas: o metro. que deu nome ao sistema. online. A Resolução nº 12 de 1988 do Conselho Nacional de Metrologia. O IPEM (Instituto de Pesos e Medidas) relata o seguinte em seu sítio na internet sobre a origem do Sistema Internacional de medidas: Em 1789. o Governo francês pediu à Academia de Ciência da França que criasse um sistema de medidas baseado numa "constante natural".SI em 1962.ipem. compreendendo não somente as medições que ordinariamente interessam ao comércio e à indústria (domínio da metrologia legal). para fabricar um bem ou construir um prédio. temos a necessidade de medidas. o litro e o quilograma. Para resolver esses impasses era necessário converter uma medida em outra e também era muito importante converter uma moeda em outra. Assim foi criado o Sistema Métrico Decimal.sp. numa construção utilizamos 100 metros de barras de ferro etc. o sitio do Ipem de SP (Instituto de Pesos e Medidas de São Paulo) cujo endereço é http://www. diferente dos outros. . compramos açúcar por quilograma. para fazer uma deliciosa comida. não arbitrária. a instituição que cuidava da moeda também cuidava do sistema de medidas. ampliado de modo a abranger os diversos tipos de grandezas físicas. Em muitos países.17 3. Por exemplo. Por muito tempo cada região teve seu próprio sistema de medidas. como por exemplo. A necessidade de medir é muito grande e antiga e acompanha o homem desde a sua origem.br/5mt/cv2/index. inclusive no Brasil dos tempos do Império. (posteriormente.SI foi sancionado em 1960 pela Conferência Geral de Pesos e Medidas e constitui a expressão moderna e atualizada do antigo Sistema Métrico Decimal. inclusive na hora do comércio entre as nações.gov. O Brasil adotou o Sistema Internacional de Unidades . CONMETRO ratificou a adoção do SI no País e tornou seu uso obrigatório em todo o território nacional. podem ser substituídas por nomes e símbolos especiais. Tabela 2: Exemplo de unidades do SI derivadas. 8. 2007). o kelvin. Normalização e Qualidade Industrial. o segundo. em razão de unidades de base. Grandeza Nome Símbolo Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Corrente elétrica ampère A Temperatura termodinâmica kelvin K Quantidade de matéria mol mol[2] Intensidade luminosa candela cd Fonte: INMETRO. consideradas como independentes sob o ponto de vista dimensional: o metro. 2007. decidiu basear o Sistema Internacional em sete unidades.SI. De acordo com o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia. 2007) a Conferência Geral de Pesos e Medidas. (revisada) Rio de Janeiro. diversas destas expressões algébricas. SISTEMA Internacional de Unidades . A segunda classe de unidades do Sistema Internacional elenca as unidades que podem ser formadas combinando-se unidades de base segundo relações algébricas que interligam as grandezas correspondentes. o quilograma. expressas a partir de das unidades de base: Grandeza Nome Símbolo . Tabela 1: Unidades de Base. Normalização e Qualidade Industrial. o mol e a candela. no ensino e no trabalho científico. No Sistema Internacional temos duas classes de unidades: as unidades de base e as unidades derivadas. Conforme o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia. ed. o que permite sua utilização na formação de outras unidades derivadas.18 Normalização e Qualidade Industrial . levando em consideração as vantagens de se adotar um tema prático único para ser utilizado mundialmente nas relações internacionais. o ampère. A divisão das unidades nessas duas classes é arbitrária porque não é uma imposição da física. Expressão em Expressão em outras unidades unidades SI de Grandeza derivada Nome Símbolo SI base Ângulo plano radiano 1 rad 1 m/m sr 1 m²/m² Ângulo sólido esferorradiano Freqüência hertz Hz 1/s --- Força newton N kg·m/s² --- Pressão. de maneira mais simples. 8. Normalização e Qualidade Industrial. Os nomes especiais e os símbolos particulares permitem expressar. fluxo de energia watt W kg·m²/s³ J/s Quantidade de eletricidade. Esses nomes e símbolos podem ser utilizados. Tabela 3: Unidades SI derivadas possuidoras de nomes especiais e símbolos particulares. por questões de comodidade.19 Superfície metro quadrado m² Volume metro cúbico m³ Número de ondas 1 por metro 1/m Densidade de massa quilograma por metro cúbico kg/m³ Concentração mol por metro cúbico mol/m³ Volume específico metro cúbico por quilograma m³/kg Velocidade metro por segundo m/s Aceleração metro por segundo ao quadrado m/s² Densidade de corrente ampère por metro ao quadrado A/m² Campo magnético ampère por metro A/m Fonte: INMETRO. 2007) Certas unidades derivadas. para expressar outras unidades derivadas. 2007. esforço pascal Pa kg/(m·s²) N/m² Energia. De acordo com o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia. SISTEMA Internacional de Unidades . unidades freqüentemente utilizadas. ed. trabalho.A --- Diferença de potencial elétrico. quantidade de calor joule J kg·m²/s² N·m Potência. que são mencionadas na tabela acima. (revisada) Rio de Janeiro. receberam nome especial e símbolo particular. força eletromotriz volt V kg·m²/(s³·A) W/A Resistência elétrica ohm Ω kg·m²/(s³·A²) V/A Capacidade elétrica farad F A²·s²·s²/(kg·m²) A·s/V . carga elétrica coulomb C s.SI. 8. 8. Estas unidades têm papel tão importante que é necessário conservá-las para uso geral com o Sistema Internacional de Unidades.SI. SISTEMA Internacional de Unidades .SI. 2007. ed.20 Condutância elétrica siemens S A²·s³/(kg·m²) A/V Indutância henry H kg·m²/(s²·A²) Wb/A Fluxo magnético weber Wb kg·m²/(s²·A) V·s Densidade de fluxo magnético tesla T kg/(s²·A) Wb/m² Temperatura em Celsius grau Celsius °C --- K Fluxo luminoso lúmen lm cd cd·sr Luminosidade lux lx cd/m² lm/m² Atividade radioativa becquerel Bq 1/s --- Dose absorvida gray Gy m²/s² J/kg Dose equivalente sievert Sv m²/s² J/kg Fonte: INMETRO. 2007. SISTEMA Internacional de Unidades . (revisada) Rio de Janeiro. . (revisada) Rio de Janeiro. Os usuários do SI precisam empregar conjuntamente certas unidades que não fazem parte do Sistema Internacional. cujos nomes e símbolo compreendem unidades SI derivadas tendo nomes especiais e símbolos particulares Expressão em Expressão em outras unidades unidades SI SI de base Grandeza Nome Símbolo Velocidade angular radiano por segundo rad/s 1/s Hz Aceleração angular radiano por segundo por segundo rad/s² 1/s² Hz² Momento de força newton metro N·m kg·m²/s² ---- Densidade de carga coulomb por metro cúbico C/m³ A·s/m³ ---- Campo elétrico volt por metro V/m kg·m/(s³·A) W/(A·m) Entropia joule por kelvin J/K kg·m²/(s²·K) N·m/K Calor específico joule por quilograma por kelvin J/(kg·K) m²/(s²·K) N·m/(K·kg) W/(m·K) kg·m/(s³·K) J/(s·m·K) W/sr kg·m²/(s³·sr) J/(s·sr) Condutividade térmica watt por metro por kelvin Intensidade de radiação watt por esterradiano Fonte: INMETRO. Tabela 4: Exemplos de unidades SI derivadas. mas estão amplamente difundidas. ed. ed. (revisada) Rio de Janeiro.001 m³ tonelada t 1 t = 1000 kg neper Np 1 Np = 1 bel B 1B= Fonte: INMETRO. 8.SI.21 Tabela 5: Unidades fora do Sistema Internacional. em uso com o Sistema Internacional Unidade Símbolo Valor em unidade SI minuto min 1 min = 60 s hora h 1 h = 60 min = 3600 s dia d 1 d = 24 h = 86 400 s grau ° 1° = π/180 rad minuto ' 1' = (1/60)° = π/10 800 rad segundo " 1" = (1/60)' = π/648 000 rad litro l ou L 1 l = 0. Sistema Internacional de Unidades . Tabela 6: Prefixos SI Nome Símbolo Fator yotta Y 1024 zetta Z 1021 exa E 1018 peta P 1015 tera T 1012 giga G 109 mega M 106 quilo k 103 hecto h 102 deca da 101 deci d 10-1 centi c 10-2 mili m 10-3 micro m 10-6 nano n 10-9 pico p 10-12 . 2007. É necessário admitir também algumas outras unidades que não pertencem ao SI. (revisada) Rio de Janeiro. 8. SISTEMA Internacional de Unidades . Tabela 7: Unidades fora do SI. 8. 4. 2007. Tabela 8: Outras unidades fora do SI em uso com o Sistema Internacional Nome Símbolo Valor em unidade SI milha marítima ---- 1 milha marítima = 1852 m nó ---- 1 nó = 1 milha marítima por hora = 1852/3600 m/s are a 1 a = 100 m² hectare ha 1 ha = 10 000 m² acre ---- 40.SI.SI.660 538 782(83) x 10−27 kg Unidade astronômica ua 1 ua = 1. em uso com o Sistema Internacional. 2007.495 978 706 91(30) x 1011 m Fonte: INMETRO. cujo uso é útil em domínios especializados da pesquisa científica.SI. cujo valor em Unidades SI é obtido experimentalmente Nome Símbolo Valor em unidades SI elétronvolt eV 1 eV = 1. Neste capítulo nosso objetivo é sugerir boas práticas na construção destes. (revisada) Rio de Janeiro. ed.22 femto f 10-15 atto a 10-18 zepto z 10-21 yocto y 10-24 Fonte: INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades . ed. SISTEMA Internacional de Unidades . Tabelas: . CONSTRUÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS Todo engenheiro deve saber construir e interpretar tabelas e gráficos.47 a barn b 1 b = 10−28 m² ångström Å 1 Å = 10−10 m bar bar 1 bar = 100 000 Pa Fonte: INMETRO. ed. pois são ferramentas valiosas e muitos dados são apresentados destas formas. 2007.602 176 487(40) x 10−19 J Unidade de massa atômica u 1 u = 1. (revisada) Rio de Janeiro. 8. • Se uma tabela precisar ser dividida em mais páginas.25 14.23 • As tabelas devem explicar um determinado evento.02 3.11 0. ou seja.2 0. quem foi o responsável pelo levantamento de dados. • Se uma tabela tiver muitas linhas em seu corpo. Nele podem constar as unidades de medida que serão utilizadas no corpo da tabela. o cabeçalho deve ser repetido em todas as páginas. por convenção temos: . estas devem estar em cores diferentes alternadas ou com espaçamentos diferentes e alternados.55 Participação Participação Participação Ao cromo tanino outros Outros tanino (%) (%) (%) 85. para facilitar a visualização. • Toda tabela deve ter uma fonte. • As tabelas devem ter totais de linhas e/ou colunas para que as comparações sejam facilitadas. Dado desconhecido _ Dado omitido X Dado inexistente • Utilize somente as casas decimais necessárias. • Todas as tabelas devem ter um título e este deve ser auto-explicativo. ou seja.. com o título apresentado apenas na primeira página. ela deve ter significado próprio. • O cabeçalho sempre deve ser delimitado por traços horizontais. pois o excesso pode desviar a atenção das comparações que realmente são importantes. Exemplo de tabela: Métodos de Curtimento de Couro Bovino – 1992 – 2000 Ano Produção de couros 1992 23 Ao cromo 19. • Sempre que possível ordene os dados de colunas e/ou linhas de sua tabela de maneira crescente ou decrescentemente.87 .. • As células de uma tabela não devem ficar em branco. 18 41.27 0.02 x 91.1 4.94 0. para ser interpretado sem necessidade de explicações adicionais.2 20.19 1.59 9.43 1.31 0. IBGE e AICSUL Gráficos: • Assim como as tabelas. a escala cresce da esquerda para direita e deve ser escrita embaixo do eixo.18 1. devemos utilizar a mesma escala.8 2.64 28.83 3.39 0.07 91. Preste muita atenção na escolha do gráfico. ela deve ter significado próprio. no eixo das abscissas (x).19 22.1 26. e este deve ser auto-explicativo. ou seja.6 0.01 2.26 0.12 0. A escala deve ser iniciada em zero.68 2. • Para cada tipo de evento existe um tipo gráfico mais apropriado.18 1.1 30. os gráficos devem explicar um determinado evento. inclua uma legenda para facilitar o entendimento do gráfico.91 9. no eixo das ordenadas.56 93. • Quando o gráfico tem como base um eixo cartesiano.97 25.79 11.6 x -66.3 58.5 6.01 94 95.19 0.3 32. mas quando esta estiver deslocada devemos fazer uma indicação de “quebra” nos eixos para mostrar este deslocamento. acima ou abaixo do gráfico.22 88. • As escalas dos eixos são muito importantes para não distorcer as informações que se pretende transmitir. Para comparar as informações de dois os mais gráficos.12 87.87 14.5 28 31. Também devem ter escala.79 88.77 x Fontes: CNPC.38 1. a escala cresce de baixo para cima e deve ser escrita à esquerda do eixo.5 29.35 0.09 1.37 0.21 1.3 2.13 3. • Todos os gráficos devem ter um título.81 7.55 3.51 1.13 84. • Sempre que necessário. . Em ambos devem estar inclusas as unidades de medida e podem ser utilizadas setas para indicar esta orientação.68 23.24 1993 1994 1995 1996 1997 1998 24 26 27 28.68 1999 2000 Variação 1992/2000 (%) 31. mas ao invés de colunas (verticais) temos barras (horizontais) e estes melhor representam comparações entre dados individuais.25 • Nunca exagere nas ilustrações que acompanham o gráfico para não o “poluir” visualmente. Vamos ver agora os principais tipos de gráficos: 1) Gráfico de linhas: deve ser utilizado para mostrar evolução. ou tendências nos dados no mesmo intervalo de tempo. exibido no seu rodapé. • Toda gráfico deve ter uma fonte. As categorias são organizadas na horizontal e os valores são distribuídos na vertical. Exemplo: Fonte: Fictícia 2) Gráfico de colunas ou barras: deve ser utilizado para demonstrar as alterações de dados em um período de tempo ou representar comparações entre dados. para enfatizar as variações ao longo do tempo. gráfico de colunas: Exemplo de . dificultando o entendimento do que realmente importa. ou seja. Os gráficos de barras são semelhantes. quem foi o responsável pelo levantamento de dados. este gráfico serve para mostrar o tamanho proporcional de itens .26 Fonte: Fictícia Exemplo de gráfico de barras: Fonte: CETESB 3) Gráfico circular: Também chamado de gráfico de pizza. por sua forma característica. mas nosso objetivo é instigar os alunos ao estudo de projetos. • Comunicação: apresentações escritas e orais. De acordo com Holtzapple. CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS Transformar uma idéia em algo tangível depende de um projeto. sem a menor pretensão de esgotar o assunto. para satisfazer alguma necessidade humana. é o que move a engenharia. Essa transformação do imaginário em real. técnicas de engenharia e economia para quantificar o desempenho das várias opções. Nesse capítulo iremos apresentar alguns conceitos de desenvolvimento de projetos. • Análise: uso de matemática. Reece (2006) o método de projeto de engenharia contém os seguintes elementos: • Síntese: combinação de vários elementos em um todo integrado. .27 que constituem uma série de dados e é muito útil quando você deseja dar ênfase a um dado em relação aos outros. Exemplo: Fonte: Fictícia 5. que será tratado em outras disciplinas do curso. e • Implementação: execução do plano. conforme a figura abaixo: .28 Este método pode deve ser desdobrado em fases. Busq ue solu ç ões Síntese e Estudo de Viabilidade 5. o 2 . Documente(s) a solução( ões) Projeto Detalhado . Escolha (s) a melhor (es) solução( ões) 7 . Projeto Preliminar A nalise cada solu ç ão emp otencial 6 . Identif q ue limita ç ões e critérios de sucesso 4 .29 tação Análise 1 . Monte a quip e e deprojeto 3. Identif q Comunicação Análise Implemen Síntese ue a necessidade e defna p roblema. LTC. podemos citar a estética (ou design). Rio de Janeiro. de tempo (ou prazo). etc. Construa a solu ção 30 10 . Essas limitações podem ser de orçamento. utilizar analogias. de legislação. separar funções. REECE. com pessoas das mais variadas áreas. M. desempenho. como identificar os parâmetros críticos. segurança. manutenção.T. W. Quanto aos critérios de sucesso. Introdução à Engenharia. eliminar necessidades. A solução escolhida deverá ser economicamente viável. entre muitos outros critérios. para se satisfazer uma necessidade. D. 2006. mas o engenheiro deve definir o problema. pois desta forma podemos abranger com mais recursos todas as variáveis do projeto. de pessoas. pois sempre existe uma maneira melhor. O tamanho da equipe deve ser proporcional ao tamanho e complexidade do projeto. ou mais viável. • Fase 5: A análise de cada solução em potencial deve ser realizada primeiramente no âmbito da viabilidade econômica. • Fase 2: A montagem da equipe de projeto deve ser multidisciplinar.9 . custo. Depois essa proposta deve ser transformada em um projeto preliminar e obtendo sucesso deverá ser documentado e comunicado á gerência para finalmente encaminhado para a realização de um projeto detalhado. de viabilidade de produção. • Fase 4: Buscar soluções significa que o engenheiro deve sempre pensar na melhor solução para o problema apresentado e para isso pode usar muitas técnicas. qualidade. • Fase 3: Os projetos sempre apresentam limitações.84 • Fase 1: A identificação da necessidade pode ser realizada por qualquer pessoa. entre outros fatores. p. trocar funções. Verif q ue e avalie Fonte: HOLTZAPPLE. ser . as soluções devem ser levadas ao conhecimento da gerência para que seja novamente discutido o assunto e aprovado para a realização do projeto detalhado. 6. • Fase 8: Depois de documentadas. Se produto atender as especificações do projeto o trabalho estará terminado. Se tudo funcionar bem. este deve ser encontrado e corrigido. COMUNICAÇÃO Todo o conhecimento e técnicas adquiridos no curso de engenharia não são suficientes para ser um excelente profissional. • Fase 10: Depois que o primeiro produto sair da linha de produção ele deverá ser testado e submetido a avaliações. Para que o profissional seja completo é preciso que saiba utilizar além da memória e raciocínio. Desenvolver bem o trabalho e se comunicar com eficácia em sua área de . de acordo com as expectativas. • Fase 7: Nessa etapa os engenheiros devem documentar as soluções escolhidas. a capacidade de se expressar com clareza em suas idéias e soluções para os problemas. de acordo com a viabilidade econômica e o projeto preliminar.31 • Fase 6: A escolha da melhor solução também deve ser realizada de acordo com a viabilidade econômica e deve ser aprovada em um projeto preliminar. Caso haja algum problema com a produção. uma linha de produção deverá ser montada. colaboradores devem ser treinados e o projeto executado. • Fase 9: Normalmente nessa fase um protótipo deverá ser construído a partir dos documentos produzidos. fornecedores deverão ser desenvolvidos. • Conclusão: você deve fechar a apresentação com pontos importantes. mas outras formas são: oral. Use capítulos para que o público se situe quando você mudar os tópicos. gráficos. fale com a voz alta e confiante. • Corpo: é o coração da apresentação. fique bem preparado. se exercite horas antes para que o corpo esteja bem relaxado e se entregue ao público e • Estilo: olhe nos olhos do seu público. patentes. artigos. Pesquisa: revistas técnicas. pernas bambas. Os mais usados são quadros de palavras. Para escrever ou se preparar para uma apresentação oral. Pense em qual mensagem você quer deixar para o público. estatísticas. embora alguns estudantes coloquem em segundo plano a importância da comunicação escrita e falada na engenharia. livros. tabelas. aumento dos batimentos cardíacos e da respiração são sinais típicos da ansiedade pré apresentação. internet. • Ansiedade de falar em público: suor. • Organização: conhecer sua audiência e planejar o que irá apresentar. Na engenharia todas elas têm o seu uso. relatórios governamentais. catálogos de bibliotecas. mapas e slides. pratique. • Recursos visuais: busque a simplicidade sempre. A forma mais importante de comunicação é a escrita. gráfica ou através de modelos icônicos. Para dominar esses sintomas treine. o engenheiro deve levar em conta três passos: • • Seleção do tema: que pode ser livre ou direcionado. anais de conferências. Permita-se cometer erros.32 atuação é um objetivo a ser alcançado pelo engenheiro bem sucedido. esquemas. não se distraia com seu relógio. resumos. fotografias. a apresentações orais se dividem em: • Introdução: é aqui que você cativa ou não sua audiência. Como engenheiro você precisará fazer propostas a clientes. entre outras coisas. não se fixe nos slides. Reece (2006). gastrite. etc. conectando os ouvintes ao seu mundo. Segundo Holtzapple. anel ou moedas . explicar ao chefe os resultados de uma determinada análise. Reece (2006): • Evite frases fragmentadas e frases muito longas. O engenheiro precisa escrever de forma precisa. • Evite palavras vagas. • Evite infinitivos modificados por advérbios. • Evite linguagem informal e • Evite linguagem muito rebuscada. A comunicação escrita é essencial ao trabalho do engenheiro. • Use referências claras e pronomes. sem dar margem a outras interpretações. • Elimine redundâncias. com duplo sentido. preparar memorandos. Expedir pedidos ou ordens aos funcionários da empresa. • Use menos preposições. ou seja. elaborar relatórios técnicos para clientes ou diretores. Eis algumas dicas de Holtzapple. redigir cartas comerciais ou propostas e escrever artigos em revistas técnicas são alguns exemplos. • Prefira voz ativa. pois o objetivo maior é expressar e não impressionar. Ler com freqüência e consultar dicionários enriquece o vocabulário técnico. Esteja bem arrumado para mostrar respeito pela audiência e seja otimista. Pereira (2008) um texto técnico deve ser: • Impessoal: redigido na terceira pessoa • Objetivo: sem ressalvas • Modesto e cortês: sem engrandecer o próprio trabalho • Claro: preciso Para o engenheiro o desenho é um instrumento de muita utilidade. clara e fácil de entender. . A linguagem técnica deve ser clara e objetiva. Segundo Bazzo. A boa escrita exige editoração. breve. Ao usarmos essa linguagem temos que levar em conta o público-alvo para usarmos uma terminologia adequada para que o público seja atingido sem ruído na comunicação. prefira frases com poucas palavras. nada de improvisação e sempre se colocar no lugar de quem irá ler (público-alvo) aquele texto. pomposa. pois permite visualizar os sistemas espacialmente.33 no bolso. ele é capaz de executar a visão espacial. • Evite a linguagem burocrática. muitas vezes o engenheiro precisa inovar. • Pensadores desorganizados: não tem estrutura. Uma mente criativa é organizada e estruturada. Os fatos são armazenados em locais únicos e são recuperados com facilidade quando necessários. Para o pensador criativo a informação é armazenada em vários locais com links úteis e facilidade de resolução rápida e eficaz do problema. usando. Para o engenheiro a criatividade também deve ser estimulada tonificando mos “músculos de síntese” sem ignorar algumas restrições peculiares à função. limitadas pelas leis da física e da economia. para isso.34 7. mas de difícil recuperação quando necessários. uma grande dose de criatividade. Quais são as características de um engenheiro criativo? Conforme Holtzapple. É nata do ser humano e que precisa ser estimulada e desenvolvida. E qual a origem da criatividade? Holtzapple. mas para satisfazer as necessidades humanas. mas a informação é armazenada em locais múltiplos e quando a informação é necessária há maior probabilidade de encontrá-la. Segundo Holtzapple. CRIATIVIDADE O engenheiro é um profissional que precisa ser criativo. . Reece (2006). • Pergunta por quê: é curioso em relação ao mundo e à solução de problemas. a criatividade é um talento que não é ensinado. Justamente por isso que o engenheiro deve ter grande criatividade. pois muitos imaginam que este se utiliza apenas de técnicas prontas para a resolução de problemas ou elaboração de projetos. Os fatos podem ser armazenados em locais múltiplos. • Pensadores criativos: é uma combinação dos dois outros tipos. Reece (2006) classificam as pessoas em: • Pensadores organizados: tem uma mente bem compartimentada. Reece (2006) são elas: • Persistência: um engenheiro de sucesso não desanima. • Desenvolve entendimentos qualitativos e quantitativos: o engenheiro deve desenvolver não apenas aptidões analíticas quantitativas. ordens de preparação. O engenheiro deve ser sensível ao inesperado. com boa aptidão espacial. mas também as aptidões qualitativas. fluxos. . Números e processos desenvolvem o subconsciente para um modelo qualitativo. girando ou duplicando. • Interesses amplos: é preciso ter equilíbrio entre as necessidades intelectuais. que nem sempre estão disponíveis.35 • Nunca está satisfeito: fará o que puder para melhorar o projeto que está sendo produzido. de maneira muito mais eficaz. físicas e emocionais. Normalmente a solução pode aparecer em um novo arranjo de componentes. • Faz analogias: as analogias aumentam as chances de encontrar a solução de problemas. • Pensamento sem fronteiras: é pensar na engenharia em geral. sem ficar restrito a uma única habilitação. • Habilidade para desenho: desta forma poderá comunicar relações espaciais. problemas fáceis podem ser resolvidos com informações largamente difundidas. combinado conhecimentos de todas as especialidades. Problemas difíceis precisam de informações especializadas. Quem faz analogias armazena as informações em locais múltiplos. Fique atento às suas soluções. • Trabalha com a natureza: a natureza poderá guiar o engenheiro até a solução de um problema. de maneira generalista. • Habilidade de visualização: muitas soluções envolvem visualização tridimensional. • Generaliza: para que o sucesso de um projeto seja aproveitado em outras situações. • Aprende com erros e acidentes: muitas descobertas foram feitas por acidente. dimensões. • Informação especializada. a experiência e o bom senso são vitais para a atuação do engenheiro. Anotar idéias é um bom hábito para o processo criativo. CONSCIÊNCIA AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE Para o completo entendimento do capítulo algumas definições se fazem necessárias. Como abordaremos o meio-ambiente como cenário. Sintetizar idéias e concatenar combinações são atividades dos criativos e o engenheiro deve desenvolver a criatividade para potencializar a quantidade e qualidade de soluções. ou seja. a grande maioria destes recursos não é renovável. Entretanto. Além da criatividade. De acordo com Batalha et al (2008. 8. eles são limitados em nosso planeta. exercitando sempre a imaginação. Manter a perseverança e a liberdade de pensar faz com que estimulemos a criatividade e saiamos da mesmice profissional. mas não esgotar. A criatividade é uma capacidade inerente ao ser humano e todos podem desenvolver este potencial.250) o uso do meio ambiente para a produção de mercadorias ocorre sobretudo por meio da exploração dos recursos naturais. seus recursos. de forma a utilizar. Conforme Bazzo. Pereira (2008) as etapas do processo criativo são: • Preparação • Esforço concentrado • Afastamento do problema • Visão da idéia • Revisão das soluções. p. Vem daí a preocupação com a conservação do meio-ambiente. . Registrar faz com que as idéias não se percam e nem sejam esquecidas ou se transformem em traços vagos.36 • Possui uma “caixa de ferramentas” de engenharia: o engenheiro precisa de uma grande “caixa” para armazenar todas as ferramentas adquiridas com sua experiência. e que agem sobre eles. este deve ser o primeiro a ser conceituado e para isso voltemos ao dicionário Aurélio: meio-ambiente é o conjunto de condições e influências naturais que cercam um ser vivo ou uma comunidade. com benefícios ambientais e econômicos para os processos produtivos. entre muitas. promovendo a utilização de materiais alternativos. O controle corretivo ou as técnicas de fim-de-tubo para tratar os resíduos industriais já não são suficientes para diminuir a agressão ao meio-ambiente quando pensamos no conceito de sustentabilidade. Durante muitos anos a pujança de nossa indústria foi caracterizada por chaminés soltando grande quantidade de fumaça preta no ar. maior era a capacidade produtiva da empresa e maior o seu poder. É nesse contexto que as técnicas de produção mais limpa (P+L) surgem para aumentar a eficiência nos processos das empresas. menos tóxicos e mais abundantes ou reciclados. o uso e o descarte (ou pós-uso). fazendo com que estas gerem menos resíduos. minimização ou reciclagem de resíduos gerados. o Ecodesign (projeto para o meioambiente) ou Design Ambiental. água e energia. a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas. criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir e conciliar dois objetivos: o desenvolvimento da economia e a conservação do meio-ambiente.37 Outra definição importante e muito difundida é a de desenvolvimento sustentável: Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. mas a elaborada pela UNIDO (United Nations Industrial Development Organization) e adotada pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) é bem completa: “Produção Mais Limpa significa a aplicação contínua de uma estratégia econômica. Essa é a principal definição. Quanto mais fumaça. Podemos encontrar muitas definições de Produção mais Limpa. e planejando o desenvolvimento. O tempo passou e as mudanças climáticas trouxeram consigo o alerta de que o caminho da humanidade estava errado. procurando . remete ao conceito de avaliar o efeito que um produto tem sobre o meio ambiente em todos os estágios do seu ciclo de vida. garantindo a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. e surgiu no Relatório Brundtland criado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.” Outra palavra que surgiu recentemente. ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos. através da não geração. a produção. • Suprimento de energia e matéria (que é finito e conhecido) • Capacidade de reciclar matéria e absorver resíduos para evitar a deterioração da qualidade de vida. pois o crescimento populacional é incompatível com a finitude do ambiente. O que é mais preocupante é o desenvolvimento da sociedade humana. ENERGIA Uso de recursos Resíduo Imp acto Processamento e modifcação dos recursos Resíduo Impacto Transporte Consumo Resíduo Impacto Resíduo Imp acto Fonte: BRAGA. et aL. Eis algumas premissas que precisam ser consideradas para que haja sobrevivência no planeta. São Paulo: Prentice Hall. P. grandes geradores de resíduos. dos recursos naturais e da capacidade de reciclar a matéria. Podemos observar na figura abaixo o modelo de desenvolvimento escolhido pelos seres humanos até os dias de hoje. Todo engenheiro de produção deve preocupar-se com o meio-ambiente quando desenvolve um projeto e todo engenheiro ambiental deve conhecer os processos produtivos. 2002. É impossível imaginar nos dias de hoje um engenheiro que não tenha consciência ambiental e que não se preocupe com a sustentabilidade em seus projetos. B. para que seu trabalho seja eficaz. Nosso planeta clama pela utilização racional de seus recursos e as gerações futuras dependem de como estamos administrando o mundo atualmente. Este tipo de projeto deve ser o alvo de todo engenheiro. Introdução à Engenharia Ambiental. Estaremos então caminhando para o colapso do planeta? .38 minimizar o impacto causado pela produção sobre o meio-ambiente. saneamento. A partir disso a engenharia precisou criar práticas para combater a degradação ambiental. o engenheiro precisa estar focado sempre no aumento do rendimento de sistemas e de sua produtividade. transportes. ou seja. Para que tenha sucesso na administração de empreendimentos. consumo ou tempo. benefícios para que houvesse longevidade. . De aplicador de tecnologias importadas de países mais desenvolvidos para gestores de departamentos e até de empresas o engenheiro teve um aumento considerável de atividades. favorecer a reciclagem e o reuso dos materiais para a restauração do meio-ambiente e proporcionar o desenvolvimento diário de uma consciência ecológica. principalmente nos grandes centros urbanos. construção civil. 9. responsável e sustentável para as próximas gerações. Contudo. saúde e conforto para o ser humano. A chave para o sucesso é racionalizar o consumo de recursos. como a de utilizar tecnologias de produção mais limpa.39 Segundo Braga et al (2002) o modelo de desenvolvimento sustentável tem seguinte base: • Dependência de energia do sol • Uso racional da energia e da matéria (evitar o desperdício) • Controle da poluição • Controle do crescimento populacional (estabilização da população) A engenharia tem muita responsabilidade sobre este novo panorama. e fica ainda o desafio em desenvolver outras para que os impactos negativos ao meioambiente sejam minimizados. OTIMIZAÇÃO Sabemos que houve uma mudança muito grande nas atribuições dos engenheiros desde o século passado até este. Chamamos este procedimento de otimização: busca da melhor condição para solução de situações que envolvam custos. o que o torna um profissional muito mais completo e desejado pelo mercado. com o crescimento populacional. aumentaram muito nos últimos anos. a degradação do meio-ambiente e a poluição. pois ela colocou a disposição das pessoas tecnologias de geração de energia. • Buscar reduzir os defeitos a zero. as pessoas. • Examinar as operações comuns a produtos diferentes e procurar reduzir custos. Na área industrial devemos: • Observar as máquinas e equipamentos e tentar descobrir problemas. a melhoria dos processos industriais se compõe de quatro estágios e um preliminar. O 5W1H é um tipo de lista de verificação utilizada para informar e assegurar o cumprimento de um conjunto de planos de ação. E agora vamos ver o conceito de operação: É o trabalho desenvolvido sobre o material por homens ou máquinas em um determinado tempo. As coisas objeto de análise devem ser relacionadas em quatro categorias: • Causa e efeito • Oposição • Similaridade • Proximidade Estágio 1: devemos identificar claramente o problema e devemos entender que sempre podemos melhorar algo. . descrevendo-o por escrito. Segundo Martins. mesmo que isso pareça impossível. que situação desagradável o problema causa. através de padronização e • Identificar as causas dos problemas. como por exemplo o 5W1H. da forma como é sentido naquele momento particular: como afeta o processo. Estágio 2: para conseguir uma melhoria num processo devemos primeiramente entendê-lo.40 Vamos rever os conceitos de processos e operações e entender como podemos melhorar processos industriais. Vamos começar com o conceito de processo: Em uma empresa industrial entendemos como processo o percurso realizado por um material desde que entra na empresa até que dela sai com um grau determinado de transformação. Um processo. Laugeni (2005). Esta técnica consiste em equacionar o problema. normalmente é constituído de diversas operações. diagnosticar um problema e planejar soluções. No estágio preliminar é importante ver as coisas sob todos os aspectos e ter uma nova maneira de pensar. e para isso recorremos a representações gráficas e modelos conceituais. É uma ferramenta para geração de novas idéias. pois causam inibições e desvios dos objetivos. Uma das maneiras mais eficazes para a geração de idéias é o método do brainstorming.Por que deve ser executada a tarefa (justificativa) • WHERE .Quando cada uma das tarefas deverá ser executada (tempo) • WHO . mais que uma técnica de dinâmica de grupo. é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa do indivíduo.Onde cada etapa será executada (local) • WHEN .Como deverá ser realizado cada tarefa/etapa (método) • WHY . Devem ser realizadas as seguintes tarefas: • Envolvimento no problema para que seja entendido claramente. conceitos e soluções para qualquer assunto ou tópico num ambiente livre de críticas e de restrições à imaginação. colocando-a a serviço de seus objetivos. . O brainstorming (ou "tempestade cerebral"). possíveis causas de um problema.O que será feito (etapas) • HOW . abordagens a serem usadas. Regras do brainstorming que devem ser seguidas: 9 Não julgar: são proibidos os debates e as críticas às idéias apresentadas. um dos mais negligenciados.Quem realizará as tarefas (responsabilidade) Exemplo do 5W1H WHAT HOW Como O que Limpar as cabeças de impressão Seguindo as operações do manual WHY WHERE Por que Onde Para melhorar a qualidade de impressão No painel de controle WHEN Quando WHO Quem A cada 2 semanas João Estágio 3: planejamento das melhorias. • Geração de idéias para resolvê-lo. freqüentemente. ou ações a serem tomadas. É útil quando se deseja gerar em curto prazo uma grande quantidade de idéias sobre um assunto a ser resolvido.41 • WHAT . A clara definição do problema é um dos pontos mais importantes e. proposto por Martins. 9 Liberdade total: nenhuma idéia é ruim o bastante para ser desprezada. O objetivo da empresa é verificar a possibilidade de extinguir as . o que é sempre fixo e o que é variável? 5. Há movimentos ou deslocamentos em vazio? Também pode ser utilizado um modelo de registro de atividades que agregam valor (AV) e que não agregam valor (NAV) no qual se separa as atividades que agregam valor das que não agregam. 9 Igualdade de oportunidade: todos devem ter chance de apresentar suas idéias. É possível aumento e redução nas variáveis do processo? 6. juntamente com o brainstorming. utilizar o método das “12 perguntas instigadoras”. Pode-se combinar duas ou mais operações em uma só? 8. A escala do projeto modifica variáveis? 7. Isso é normal ou excepcional? 4. Podemos também. Pode ser feito inversamente? 3.42 9 Quantidade é importante: quanto mais idéias. Há backup de dispositivos. separadas nas que agregam e nas que não agregam valor. Laugeni (2005): 1. A atividade que agrega valor é aquela que adiciona algo no produto que o cliente valoriza e se dispõem a pagar. e o tempo gasto em cada uma delas. No quadro abaixo. Pode ser que ela sirva de inspiração para outras idéias excelentes. Contudo. Pode ser eliminado? 2. As operações podem ser realizadas em paralelo? 10. ferramentas e meios de armazenamento de materiais? 9. as idéias originais devem ser preservadas. melhor. Pode-se mudar a seqüência das operações? 11. Há diferenças ou características comuns a peças e operações? 12. 9 Mudar e combinar: é permitido que alguém apresente uma idéia que seja uma modificação ou combinação de outras idéias já apresentadas. temos uma carta AV/NAV na qual estão demonstradas as atividades. No processo. caso tenha ocorrido. pois as pessoas apresentam resistência. P99. Segundo Bazzo. São Paulo: Saraiva. LAUGENI. Fernando P. Fonte: MARTINS. • Impedir que o problema se alastre. 2.ed. Não é eliminada a causa. dos quais 30 minutos são relativos a atividades A minutos são relativos a atividades NAV. Toda mudança organizacional tende a causar problemas. Petrônio G. • Remover os efeitos gerados pelo problema ocorrido. Administração da Produção.. eliminando as causas do problema em potencial. Estágio 4: Implementação das melhorias. como: • Prevenir possíveis problemas. 2005. CARTA AV/NAV Tempo = 10 min Atividade 1 Pintura Tempo = 20 min Atividade 5 Montagem Atividade 2 Inspeção Visual Atividade 3 Inspeção dimensional Tempo = 40 min Atividade 4 Estocagem em caixas Tempo = 10 min Atividade 6 Inspeção fnal 90 Tempo = 20 min Tempo = 20 min O tempo total do processo é de 120 minutos. Devemos entender o cenário e tomar diferentes ações para que a implantação dê resultado. a figura abaixo ilustra o conceito de otimização: .43 atividades que não agregam valor ou diminuir seu tempo e concentrar-se nas atividades que agregam valor. mas procura-se eliminar os danos decorrentes. Pereira (2008). A geladeira é um sistema homeostático. ou seja. retorna a melhor condição.44 Reduzir o indesejável Otimização é Otimizar é buscar a um processo melhor solução Aumentar o desejável Fonte: BAZZO. • Rendimento: e melhoria significa diminuição de perdas ou aumento de produção. criatividade e intuição para que ele aperfeiçoe uma situação-problema. . W. Introdução à Engenharia: Conceitos. pois o termostato regula automaticamente a temperatura interna entre o máximo e o mínimo desejado. Ed. Os modelos homeostáticos (que mantêm algumas de suas variáveis dentro de limites especificados) exemplos de modelos otimizantes. • Resistência: aumentar significa conseguir maior eficiência. Será exigida do engenheiro muita arte. Pereira (2008) podemos identificar dois modelos de otimização: • Modelo otimizante: permite a determinação direta da condição ótima. T. ferramentas e comportamentos. V. sem que haja interferência. Pereira (2008) as variáveis encontradas serão sempre: • Peso: deve ser reduzido para diminuir custos. 2208. da UFSC. Quando ao ser alimentado com parâmetros de entrada e executados os procedimentos operacionais adequados. pois de acordo com Bazzo. 2. com a utilização de menos material consegue resistir a um mesmo nível de carga. de produção. transporte ou armazenamento. PEREIRA. A. Florianópolis: Ed. L. Ainda de acordo com Bazzo. • Por intuição: habilidades para boas soluções sem uma justificativa com base científica. etc. segundo Bazzo. programação dinâmica. somente intuitiva. • Método analítico: baseado na teoria matemática da otimização. por exemplo. programação geométrica. ocorreu em decorrência da evolução da tecnologia desta indústria. • Técnica gráfica: utiliza-se de esquemas e desenhos que auxiliam na definição de proporções e formas. Para finalizar. CONSIDERAÇÕES FINAIS Para que um engenheiro tenha sucesso na profissão escolhida ele precisa .45 • Modelo Entrada-Saída: as variáveis do sistema são substituídas por valores numéricos apropriados (entradas) e é determinado o valor de uma variável que é dependente das demais (saídas). Com o advento dos computadores contribuiu muito para o desenvolvimento e aplicação deste método. Dentre os tipos de otimização que utilizam a matemática estão: programação linear e não-linear. cálculo diferencial. Pereira (2008) os métodos de otimização se dividem em: • Por evolução: a melhoria nos processos de industrialização de alimentos. As simulações matemáticas são exemplos deste método. • Por tentativa: Iniciada com esboço preliminar da solução e através de tentativas chega-se a melhor solução que é inerente ao processo do projeto. ANEXO Código de ética profissional do engenheiro.46 de muitos atributos que devem ser desenvolvidos durante todo o curso de graduação. reservando algumas horas todos os dias para ler e fazer exercícios. produtivos ou administrativos. que não pode ser deixada de lado nunca. A estrada é longa. de acordo com a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE): . mas o destino é recompensador. mas devem ser acrescentados a ela. para que o conteúdo seja fixado e o aproveitamento seja satisfatório. mas a criatividade na solução de problemas o uso correto e eficiente da comunicação. o desenvolvimento de projetos levando em conta a maior produtividade através da produção mais limpa. otimizando todos os processos. o caminho nem sempre é fácil. o estudo tem de ser um ato contínuo. Não adianta deixar para estudar na véspera da prova. O conhecimento das ferramentas da engenharia e sua aplicação são fundamentais para uma formação sólida. Esses atributos vão muito além da parte técnica. Para conseguirmos isso. não podemos esquecer o principal: estudar! Cabe a todo estudante de engenharia dedicar-se muito aos estudos. da empresa sem desconsiderar os princípios éticos são diferenciais para os egressos que terão a responsabilidade de conduzir o crescimento sustentável do Brasil. O aluno deve ter o estudo como hábito. Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: a) Cooperar para o progresso da coletividade. ou ainda que possam prestar-se a malícia ou dolo. capacidade e experiência para melhor servir à humanidade. Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: a) Cooperar para o progresso da profissão. contribuindo. e) Não aceitar tarefas para as quais não esteja preparado ou que não se ajustem às disposições vigentes. g) Realizar de maneira digna a publicidade que efetue de sua empresa ou atividade profissional. trazendo seu concurso intelectual e material para as obras de cultura. senão às pessoas que preencham os requisitos indispensáveis para exercer a profissão. somente fazê-lo com conhecimento da finalidade da solicitação e se em benefício da coletividade. ilustração técnica. para o sucesso das suas iniciativas em proveito da profissão. sempre que solicitado. d) Não se associar a qualquer empreendimento de caráter duvidoso ou que não se coadune com os princípios da ética. não expedir e nem contribuir para que se expeçam títulos.Considerar a profissão como alto título de honra e não praticar nem permitir a prática de atos que comprometam a sua dignidade. f) Não subscrever. ciência aplicada e investigação científica.47 São deveres dos profissionais da Engenharia. licenças ou atestados de idoneidade profissional. c) Não se expressar publicamente sobre assuntos técnicos sem estar devidamente capacitado para tal e. da Arquitetura e da Agronomia: 1º . diplomas.Interessar-se pelo bem público e com tal finalidade contribuir com seus conhecimentos. escolas e órgãos de divulgação técnica e científica. e contribuição de trabalho às associações de classe. b) Prestigiar as entidades de classe. impedindo toda e qualquer manifestação que possa comprometer o conceito da sua profissão ou de colegas. dos profissionais e da coletividade. b) Despender o máximo de seus esforços no sentido de auxiliar a coletividade na compreensão correta dos aspectos técnicos e assuntos relativos à profissão e seu exercício. 2º . c) Não nomear nem contribuir para que se nomeiem pessoas que não tenham a necessária habilitação profissional para cargos rigorosamente técnicos. mediante o intercâmbio de informações sobre seus conhecimentos e tirocínio. . quando solicitado a emitir sua opinião. g) Não rever ou corrigir o trabalho de outro profissional.Não cometer ou contribuir para que se cometam injustiças contra colegas.Não praticar qualquer ato que. na medida do possível. b) Não criticar de maneira desleal os trabalhos de outro profissional ou as determinações daquele que tenha atribuições superiores. direta ou indiretamente. a situação ou atividades de um colega. de maneira falsa ou maliciosa. nem criticar de maneira desprimorosa sua atuação ou a de entidades de classe. direta ou indiretamente. planos ou projetos de autoria de outros profissionais. possa prejudicar legítimos interesses de outros profissionais. 5º . tendo presentes os preceitos legais vigentes.Não solicitar nem submeter propostas contendo condições que constituam competição de preços por serviços profissionais. evitar. salvo com o consentimento deste e sempre após o término de suas funções. Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: a) Não se aproveitar nem concorrer para que se aproveitem de idéias. c) Não substituir profissional em trabalho já iniciado. b) Não injuriar outro profissional. neste caso. quando ocupar um cargo ou função em organização profissional. e) Não procurar suplantar outro profissional depois de ter este tomado providências para a obtenção de emprego ou serviço. d) Não solicitar nem pleitear cargo desempenhado por outro profissional. nem pelo desmerecimento da capacidade alheia. a reputação. c) Não se interpor entre outros profissionais e seus clientes sem ser solicitada sua intervenção e. sem seu conhecimento prévio. sem a necessária citação ou autorização expressa. Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: a) Não prejudicar. f) Não tentar obter emprego ou serviço à base de menores salários ou honorários. 3º . h) Não intervir num projeto em detrimento de outros profissionais que já tenham atuado ativamente em sua elaboração. 4º . Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: . que se cometa injustiça.48 h) Não utilizar sua posição para obter vantagens pessoais. somente expressar a sua opinião se baseada em conhecimentos adequados e convicção honesta. d) Se atuar como consultor em outro país.Exercer o trabalho profissional com lealdade. d) Não aceitar registro diferenciado entre a remuneração constante na carteira de trabalho e o que efetivamente lhe é pago. perito ou árbitro independente. 7º . Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: a) Considerar como confidencial toda informação técnica. c) Não praticar quaisquer atos que possam comprometer a confiança que lhe é depositada pelo seu cliente ou empregador. quando consultor. para proceder de modo diverso. c) Manter-se atualizado quanto a tabelas de honorários. salários e dados de custo recomendados pelos órgãos de classe competentes e adotá-los como base para serviços profissionais. perícia ou comissão técnica. adotar as estabelecidas pela FMOI – Fédération Mondiale de Organisations d’Ingénieurs. financeira ou de outra natureza. 6º . c) Não atuar como consultor sem o conhecimento dos profissionais encarregados diretamente do serviço. observar as normas nele vigentes sobre conduta profissional. limitar seus pareceres às matérias específicas que tenham sido objeto da consulta. que obtenha sobre os interesses de seu cliente ou empregador. tiver havido consentimento de todas as partes interessadas. ou. agir com absoluta imparcialidade e não levar em conta nenhuma consideração de ordem pessoal.49 a) Não competir por meio de reduções de remuneração ou qualquer outra forma de concessão.Atuar dentro da melhor técnica e do mais elevado espírito público. b) Receber somente de uma única fonte honorários ou compensações pelo mesmo serviço prestado. salvo se. b) Não propor serviços com redução de preços. e com espírito de justiça e eqüidade para com os contratantes e empreiteiros. b) Quando servir em julgamento. devendo. . dedicação e honestidade para com seus clientes e empregadores ou chefes. no caso de inexistência de normas específicas. após haver conhecido propostas de outros profissionais. Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: a) Na qualidade de consultor. br. individuais. em última instância. Associação Brasileira de Engenharia de Produção. não criando obstáculos aos seus anseios de promoção e melhoria. visando a cumpri-la corretamente. conforme dispõe a legislação vigente.org. eficiência e ao grau de perfeição do serviço que executam.50 8º .abepro. pelo seu voto nas entidades de classe. c) Reconhecer e respeitar os direitos de seus empregados ou subordinados no que concerne às liberdades civis. 9º . de pensamento e de associação. a fim de que seja prestigiado e defendido o legítimo exercício da profissão. Acesso em 02/09/2010. Arquitetura e Agronomia. Arquitetura e Agronomia – CREAs – cabendo recurso para os referidos Conselhos Regionais e. b) Procurar colaborar com os órgãos incumbidos da aplicação da lei de regulamentação do exercício profissional e promover. Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: a) Facilitar e estimular a atividade funcional de seus empregados. e colaborar para sua atualização e aperfeiçoamento. da Arquitetura e da Agronomia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABEPRO. Disponível em: www. para o CONFEA – Conselho Federal de Engenharia. políticas.Ter sempre em vista o bem-estar e o progresso funcional dos seus empregados ou subordinados e tratá-los com retidão. a melhor composição daqueles órgãos.Colocar-se a par da legislação que rege o exercício profissional da Engenharia. c) Ter sempre presente que as infrações deste Código de Ética serão julgadas pelas câmaras especializadas instituídas nos Conselhos Regionais de Engenharia. b) Defender o princípio de fixar para seus subordinados ou empregados. religiosas. salários adequados à responsabilidade. d) Não utilizar sua condição de empregador ou chefe para desrespeitar a dignidade de subordinado seu nem para induzir um profissional a infringir qualquer dispositivo deste Código de Ética. Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: a) Manter-se em dia com a legislação vigente e procurar difundí-la. sem distinção. justiça e humanidade. . Federação Nacional dos Engenheiros. W. Florianópolis: Ed. Acesso em 15/09/2010. Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo. Introdução à Engenharia Ambiental.sp. Trabalho e formação do engenheiro. REECE. 2. São Paulo: Saraiva. Disponível em: www. S. São Paulo: . D. HOLTZAPPLE.51 BATALHA.gov. ALT.org. Rio de Janeiro: LTC. Sistema Internacional de Unidades . São Paulo: Prentice Hall. P. ET AL. Introdução à Engenharia. T. Disponível em: www. da UFSC. BRAGA. B. L. Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Belo Horizonte: Fumarc. ed. P. 2008. A. ed. 2008. MARTINS. R. F. Rio de Janeiro: Elsevier. BAZZO.fne.br. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. P. V. J. O.fiesp. G. 2000. Disponível em: www. RIBEIRO. LAUDARES. FIESP. 2007. 8. G. M. P. 2006. M.. Introdução à Engenharia de Produção. Ed. ferramentas e comportamentos. W.SI. Introdução à Engenharia: Conceitos.br. 2. LAUGENI. Acesso em 08/09/2010. T. FNE. INMETRO. 2. PEREIRA.ed.ipem.br. 2006. Acesso em 24/06/2009. IPEM. MARTINS. 2002.com. (revisada) Rio de Janeiro. Administração da Produção. B. ET AL. Ministério da Educação. Acesso em 28/08/2010. 2005.mec. 4 ed. H. United Nations Educational. MEC.unido.org. UNIDO.52 Saraiva. Scientific and Educational Organization. United Nations Industrial Development Organization.org. Disponível em: www. Disponível em: www. A.unesco. FERREIRA. B. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. . Acesso em 13/09/2010.br. Disponível em: www. UNESCO. Acesso em 24/06/2009.gov. 2000.br. Miniaurélio Século XXI: O minidicionário da língua portuguesa.