Apostila Filosofia 3 Ano 4 Bimestre Professor

March 18, 2018 | Author: Tricia Carnevale | Category: Sustainability, Economics, Time, Karl Marx, Sustainable Development


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FilosofiaProfessor Caderno de Atividades Pedagógicas de Aprendizagem Autorregulada - 04 3ª Série | 4° Bimestre Disciplina Curso Bimestre Série Filosofia Ensino Médio 4° 3ª Habilidades Associadas 1. Analisar as práticas ideológicas e alienantes presentes no cotidiano e suas repercussões para o mundo do trabalho. 2. Ser capaz de apresentar trabalho autoral a partir das discussões filosóficas realizadas no ensino médio. Apresentação A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores – docentes preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado. A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional. Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem. Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam, também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prática. Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa ater maior domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as ferramentas da autorregulação. Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender-a-aprender, o aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser. A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às suas aulas. Estamos à disposição através do e-mail [email protected] para quaisquer esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material. Secretaria de Estado de Educação Caro Tutor, Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas habilidades e competências do 4° Bimestre do Currículo Mínimo de filosofia da 3ª Série do Ensino Médio. Estas atividades correspondem aos estudos durante o período de um mês. A nossa proposta é que você atue como tutor na realização destas atividades com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as trocas de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você estimular o desenvolvimento da disciplina e independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de nossos alunos no mundo do conhecimento do século XXI. Neste Caderno de Atividades, a primeira aula fala de alienação para que você possa entender melhor a relação da produção com o capital e se ligue nas lutas trabalhistas para defender os seus direitos. Na segunda aula, apresentamos a tese da modernidade líquida, de Zygmunt Baumam, que nos alerta sobre as modificações do mundo do trabalho na contemporaneidade. Em seguida falamos dos “empregos verdes”, uma denominação para novas profissões que estão sendo criadas em todas as empresas para que consigam se adequar às exigências das novas legislações mundiais para mudarmos o curso do desenvolvimentista que a humanidade tomou e que está ameaçando a vida do planeta. Sugerimos uma pequena avaliação, na sequência das aulas para que possa testar seus conhecimentos e também indicamos uma atividade de pesquisa sobre fontes de energia para que você se capacite para o grande debate sobre o futuro energético do Brasil e do mundo. Este documento apresenta 03 (três) aulas. As aulas são compostas por uma explicação base, para que o aluno seja capaz de compreender as principais ideias relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e atividades respectivas. Para reforçar a aprendizagem, propomos, ainda, uma pesquisa e uma avaliação sobre o assunto. Um abraço e bom trabalho! Equipe de Elaboração Sumário Introdução ................................................................................................... 3 Objetivos Gerais ............................................................................................. 5 Materiais de Apoio Pedagógico ..................................................................... 5 Orientação Didático-Pedagógica ................................................................... 7 Aula 1: O que é alienação? ............................................................................ 8 Aula 2: Os muros da escola vão sumir... ....................................................... 16 Aula 3: Empregos verdes ............................................................................. 22 Avaliação ....................................................................................................... 29 Pesquisa ........................................................................................................ 35 Referências ................................................................................................... 37 Objetivos Gerais Este é o último bimestre da Educação Básica, conclusão de uma etapa da formação humana, social e intelectual que todo cidadão brasileiro deve ter, o que faz com que ele possua uma particularidade que o diferencia dos demais. As atividades propostas para este bimestre visam suscitar uma reflexão sobre o mundo do trabalho tanto no seu aspecto de humanização quanto no seu aspecto de alienação, de modo a permitir ao aluno uma emancipação real. Nosso objetivo é contextualizar as mudanças que o estudante passará após o término dessa etapa escolar, apresentando conceitos que possam ajudá-lo a se encontrar e atuar de forma mais crítica e autônoma no mundo do trabalho do século XXI. Materiais de Apoio Pedagógico No portal eletrônico Conexão Professor, é possível encontrar alguns materiais que podem auxiliá-los. Vamos listar estes materiais a seguir: Aula Referênci a Teleaulas nº Orientações Pedagógicas do CM Atividade: Realizar uma exposição com o tema: Ideologias. LIVROS Aula 1 03-EM* a) CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980. (Coleção Primeiros Passos). A autora discute os sentidos de ideologia. b) BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação de pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. c) GALLO, Sílvio (coord.). Ética e cidadania: caminhos da Filosofia. 13 ed. Campinas, SP: Papirus, 2005. (VER: Unidade 3 - “Ideologia” e a Unidade 4 - “Alienação: (Des)Humanização do Homem no Trabalho”); d) GRAMSCI, A. “A Indiferença” . In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de Textos Filosóficos. Curitiba: SEED/ Pr., 2009. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_peda gogicos/caderno_filo.pdf>. FILMES: a) ILHA das flores. Dirigido por: Jorge Furtado. BRA, 1989. son., color., 12 min. Disponível em: <http://www.portacurtas.com.br/curtanaescola/pop_160.asp?Cod=647& exib=5513 b) O CORTE. (Le Couperet). Dirigido por Costas Gravas. BEL, FRA, ESP, 2005. son., color., 122 min. c) HISTÓRIA DAS COISAS com Annie Leonard. (The story of Stuff with Annie Leonard). 20 min.. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=3c88_Z0FF4k ou http://www.youtube.com/watch?v=QCoQgRuu050&feature=relate d> (versão dublada). O que é História das Coisas ? Sítio: ALVES, Giovanni. Tempos Modernos e o Fordismo – Análise do filme: ‘Tempos Modernos’, de Charles Chaplin (1936). Disponível em: http://www.telacritica.org/temposmodernos_trabalho.htm MÚSICAS e outros materiais: DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Eu, Etiqueta. In: Corpo. Rio de Janeiro: Record, 1984 (alienação, ideologia); CAZUZA, Ideologia. Composição: Cazuza e Frejat MAX GONZAGA. Classe Média (música/link): http://www.maxgonzaga.com.br/f_index.htm>>(ideologia, alienação, indiferença). MORAES, Vinicius de. O Operário em Construção. In: Nossa Senhora de Paris. (alienação, ideologia, poder). SANTANA, Marco Aurélio. Tempos Modernos, de Charles Chaplin (Prof. de História da UNIRIO). Disponível em: http://www.telacritica.org/temposmodernos.htm>. b) Curso Ideologias Mundiais/FGV. Disponível em: http://academico.direitorio.fgv.br/ccmw/images/9/9f/Ideologias_Mundi ais.pdf b) Curso Ideologias Mundiais/FGV. Disponível em: http://academico.direitorio.fgv.br/ccmw/images/9/9f/Ideologias_Mundi ais.pdf Aula 2 - Atividade: Propor uma dinâmica de teste vocacional com a turma para identificar quais tipos de profissão e por que eles almejam tais profissões. Propor que eles levantem as principais características dos tipos de trabalhos que aspiram. Aula 3 - Vídeo: HISTÓRIA DAS COISAS com Annie Leonard. (The story of Stuff with Annie Leonard). 20 min.. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=3c88_Z0FF4k ou http://www.youtube.com/watch?v=QCoQgRuu050&feature=relate d (versão dublada). O que é História das Coisas ? Orientação Didático-Pedagógica Para que os alunos realizem as atividades referentes a cada dia de aula, sugerimos os seguintes procedimentos para cada uma das atividades propostas no Caderno do Aluno: 1° - Explique aos alunos que o material foi elaborado que o aluno possa compreendê-lo sem o auxílio de um professor. 2° - Leia para a turma a Carta aos Alunos, contida na página 3. 3° - Reproduza as atividades para que os alunos possam realizá-las de forma individual ou em dupla. 4° - Se houver possibilidade de exibir vídeos ou páginas eletrônicas sugeridas na seção Materiais de Apoio Pedagógico, faça-o. 5° - Peça que os alunos leiam o material e tentem compreender os conceitos abordados no texto base. 6° - Após a leitura do material, os alunos devem resolver as questões propostas nas ATIVIDADES. 7° - As respostas apresentadas pelos alunos devem ser comentadas e debatidas com toda a turma. O gabarito pode ser exposto em algum quadro ou mural da sala para que os alunos possam verificar se acertaram as questões propostas na Atividade. Todas as atividades devem seguir esses passos para sua implementação. Aula 1: O que é alienação? Alienado! Virou até xingamento, mas o que é que isso significa mesmo? Machado de Assis tem um excelente livro que se chama O Alienista. Se ainda não leu, recomendo. O “bruxo do Cosme velho” (O escritor brasileiro, genial, ganhou esse apelido porque morava no bairro Cosme velho, aquele que tem logo na saída do túnel Rebouças, na capital). Mas estamos saindo do tema... No alienista, Machado de Assis conta uma história que se passa num hospício e alienista é o médico dos loucos. Então, quando dizem “alienado”, querem dizer louco? http://images3.wikia.nocookie.net/__cb20080813132119/monica/pt-br/images/c/c1/Louco.gif Nem sempre! É que alienação tem vários sentidos. Vamos conhecer alguns deles? Quando falamos de alienação no sentido legal, ou seja, juridicamente, significa a perda de um bem, um direito pela venda de algo, hipoteca. Por exemplo, quando você compra um carro com financiamento bancário o carro só será seu quando terminar de pagar. O carro, o bem que você adquiriu, fica alienado e se você não pagar o banco ficará com ele. No dia a dia chamamos de alienado aquela pessoa desinteressada do que acontece no mundo e vive sem se ligar em questões fundamentais da vida: como a política, por exemplo. E como vimos, existem também os alienados mentais que é quando alguém está com a as faculdades mentais prejudicadas. Vulgarmente falando: os loucos. Observe que em todos os sentidos, aqui apresentados, alienação tem relação com perder alguma coisa: um bem material, o controle de si mesmo, a consciência e a compreensão sobre os fatos que se sucedem. Vamos pedir ajuda para a língua portuguesa: etimologicamente a palavra alienação vem do latim Alienare, alienus e que significa “que pertence a um outro” E outro é alius. Alienar, portanto é tornar alheio, é transferir para outro o que é seu. Agora ficou fácil: alienar é transferir para outro o que é seu. Rousseau, um importante filósofo francês da modernidade, diz que a soberania de um povo é inalienável. “A soberania não pode ser representada pela mesma razão porque não pode ser alienada, consiste essencialmente na vontade geral e a vontade absolutamente não se representa. É ela mesma ou é outra.” (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social.) Ao dizer que a soberania de um povo é inalienável (contrário de alienável) ele está afirmando que a soberania é sempre do povo, pertence ao povo de um país. Lembre-se sempre disso quando pensar na democracia representativa que vivemos. Elegemos nossos representantes, mas o poder é sempre do povo e não dos políticos. Por isso, a imagem do povo tomando o prédio do Congresso nacional, no dia 17 de junho de 2013, emocionou tanto os brasileiros. Andávamos esquecidos disso. Congresso Nacional ocupado por manifestantes http://imgsapp.sites.correioweb.com.br/app/noticia_133890394703/2013/07/09/748/2013070915440 8794515i.jpg Mas a partir de agora nós vamos centrar na noção de alienação na produção. Afinal, daqui a pouco você vai terminar o Ensino Médio e vai participar mais ativamente do mundo do trabalho. Gostaríamos que você pudesse se engajar nas lutas trabalhistas e se apropriar não somente do termo alienação, mas da sua própria vida, de tal maneira que a exploração capitalista tenha menos espaço na sua trajetória. Até porque, infelizmente, a alienação não é somente uma teoria. A alienação se dá na vida, a partir da divisão social do trabalho, quando o produto do trabalho não é mais do trabalhador, mas do patrão. Não é nada fácil, mas tomar consciência do que é, como é, e por qual motivo a alienação existe vai ajudá-lo a fazer escolhas melhores. Pode apostar nisso! Vamos situar isso na história do trabalho humano? Tudo começou, ou melhor, se intensificou na Revolução Industrial. Antes das fábricas, nós, os seres humanos, produzíamos o que precisávamos consumir em pequenas escalas, em pequenas oficinas domésticas. Nesse tempo, o trabalhador conhecia todas as etapas da produção do seu trabalho e os mestres ensinavam aos seus aprendizes que se tornariam, um dia, mestres também. http://www.brasilescola.com/upload/e/oficinas.JPG Depois surgiram a fábricas, e produzir se tornou mais complexo. Nas fábricas cada trabalhador faz uma pequena parte do produto. https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTDhZSUspPVsBckeiucl0LRd19GjmDlwp4Q6GnUi8MPOYgLUlW_w O trabalhador não era mais dono do produto que fabricava. Ele não era mais dono do seu tempo. Na fábrica vende-se a força de trabalho para o patrão em troca de um salário. Ou seja, o trabalhador não trabalha mais pra ele, mas para a fábrica em troca de um salário. O trabalhador aceita o trabalho sem escolher o salário, sem escolher o ritmo do seu trabalho e o tempo do trabalhador não é mais dele. E tudo que o trabalhador fará no seu tempo dentro da fábrica pertence ao patrão que venderá os produtos pelo preço que quiser, segundo a lei da oferta e da procura. O patrão buscará sempre o lucro, mas esse não será refletido no salário do trabalhador. Servirá para enriquecer mais o patrão que é o dono das máquinas. Olha a alienação aí: o trabalhador não mais se comanda. É comandado por forças externas. O mercado de trabalho, a lei da oferta e da procura determina sua vida. Sua vida passa a ser controlada por outro. http://sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2012/02/539w-12.jpg A mercadoria que o trabalhador da fábrica produz é superior a ele. A isso chamamos de fetichismo da mercadoria. O dinheiro, O CAPITAL, o lucro, passa a ser o mais importante. Mais importante do que o próprio homem que trabalha. O trabalhador fica desumanizado, “coisificado” (de coisa), pois ele mesmo é visto como mercadoria, pois a sua força de trabalho tem um preço específico no mercado. A divisão do trabalho foi descrita num livro chamado Princípios de administração científica, de Frederick Taylor (1856-1915). Nesse livro, ele estabelece um método de racionalização da produção. O taylorismo visava aumentar a produtividade economizando tempo, suprimindo gastos desnecessários no processo produtivo. Henry Ford, da indústria automobilística entendeu bem isso e levou os ensinamentos para a indústria automobilística. E o século XX conheceu o sucesso do sistema de linha de montagem. http://revistaforum.com.br/wp-content/uploads/2013/08/745pxAiracobra_P39_Assembly_LOC_02902u-600x483.jpg Sem dúvida deu muito certo para produzir mais em menos tempo. Henri Ford e muitos outros ficaram milionários. Rapidamente a lógica da produtividade saiu das fábricas e tomou conta de outros setores da vida humana. Tempo é dinheiro. Slogan conhecido por todos nós e que guarda essa perversidade da lógica da fábrica predominar na nossa maneira de viver. O homem reduzido a gestos mecânicos foi retratado em Tempos Modernos, filme clássico de Charles Chaplin. Se não assistiu ainda, assista! http://festival.culturainglesasp.com.br/blog/wp-content/uploads/2012/01/moderntimes.gif Foi dada a largada para a caça de postos mais altos, onde os trabalhadores oprimidos sobem de posto e passam a oprimir outros trabalhadores. Assim é no capitalismo selvagem. Termo cunhado para indicar que o caminho do ser humano não pode ser esse. Um homem não pode ser e nem deve se deixar ser explorado por outros homens. http://personalogia.files.wordpress.com/2010/07/capitalismoselvagem21.jpg Lembre-se de toda essa história ao fazer suas opções no mundo do trabalho. Sabemos que não é nada fácil, mas com consciência e sem se deixar enganar por falsas ilusões você poderá trilhar um caminho honesto e digno, contribuindo para que a solidariedade entre os homens possa aos pouco substituir a competitividade que essa forma de produção acabou por intensificar gerando tantas injustiças sociais. Marx tentou fazer uma revolução contra o capitalismo. Ele clamava: Trabalhadores do mundo uni-vos! https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ0wDZAyI3nWrYYEmzCmY-_eGwJs_Rah2rmT-M2brrhh3kg5By Revoluções aconteceram em alguns lugares do mundo, mas nenhuma delas foi suficiente para acabar de vez com a opressão de um ser humano sobre outro ser humano. Continuamos tentando e esperamos que você faça a sua parte para um mundo melhor e mais justo para todos. Atividade Comentada 1 Questão 01- Vimos alguns sentidos para a palavra alienação. Cite dois deles. Resposta pessoal que deve contemplar alguns dos sentidos apresentados na aula: louco, perda de um bem, desinteressado. E também: Alienar é transferir para outro aquilo que é nosso. Questão 02- Explique com suas palavras a relação do conceito de alienação na produção com a divisão social do trabalho. Resposta pessoal que deve contemplar a compreensão de que a alienação se dá quando o trabalhador não domina mais as diversas etapas da produção, pois se relaciona apenas com uma etapa determinada. O processo da divisão social do trabalho, onde cada um faz uma pequena parte do produto, enfraquece e aliena o trabalhador que não mais encontra sentido no que faz , pois não participa do “ fazer” como um todo e muito menos do lucro que será gerado através da sua força de trabalho e tempo de vida vendidos ao patrão em troca do salário. Questão 03- No dia 17 de junho de 2013, protestos simultâneos tomaram as ruas das principais cidades brasileiras. Em Brasília, milhares de pessoas, a maioria jovem, romperam o cerco policial e subiram no teto do congresso nacional. Observe a foto abaixo e faça uma consideração sobre esse movimento que ficou conhecido como a marcha do vinagre, estabelecendo uma relação sobre poder e democracia visto na aula de hoje. Resposta pessoal: Rousseau fala que a soberania de um povo é inalienável. No Brasil, vivemos em uma democracia representativa, onde votamos e os políticos nos representam. A esse tipo de democracia pressupõe que os políticos eleitos não são os detentores do poder, pois o poder é do povo e a sua soberania é inalienável. Ou seja, não pode ser transferida. Insatisfeitos com os rumos das politicas partidárias no Brasil, a população tomou as ruas e o Congresso Nacional numa demonstração da força popular e de participação política. A cidadania ativa é o contrário da alienação política. Aula 2: Os muros da escola vão sumir... O tempo de vir todos os dias para escola está acabando. E agora? Como vai ser? O seu mundinho particular vai se transformar e muito! Mas saiba que as transformações na sua vida vão estar muito relacionadas a mudanças que o mundo todo vem passando. Por isso, nessa aula você vai acompanhar uma tese bem radical para se situar melhor ao fazer as suas decisões para o mundo do trabalho que o espera lá do lado de fora dos muros da escola. A tese da Modernidade líquida! Lembre-se! Os líquidos mudam de forma de acordo com o lugar onde estão. Ao usar os líquidos como metáfora para pensar o nosso tempo, o autor dessa expressão nos indica que hoje em dia as coisas estão se transformando de maneira muito rápida. É essa a metáfora com a nossa era: a fluidez. Isso indica que mais que o espaço físico, o tempo é um fator fundamental para pensar o século XXI. Pensar a modernidade líquida pode nos dá uma bela imagem de leveza, não é mesmo? Mas também de inconstância. Vivemos eras de incertezas. Mas isso não é necessariamente ruim. Vamos pensar essa mudança? Antigamente, no mundo sólido, costumávamos acreditar que o futuro seria melhor que o presente. Para que isso acontecesse, bastava trabalhar bastante. E onde as pessoas iam trabalhar? Nas fábricas. Um lugar firme, fixo, sólido. Conseguir um emprego em uma fábrica era a garantia de ter trabalho por muito tempo e a possibilidade de ser promovido ao longo dos anos. Era comum começar novinho num lugar e se aposentar no mesmo serviço. Então, vamos pensar a fábrica como o exemplo da solidez, ok? http://www.novomilenio.inf.br/santos/1913/h0300gp0396.jpg Na modernidade sólida o trabalho dava a forma da vida e a confiança de que estávamos no controle do nosso próprio destino. Os planos de vida eram de longa duração. É como se as paredes da fábrica nos dessem a segurança de que o mundo era firme e seguro. E a humanidade caminhava pelos corredores da fábrica com os olhos no futuro e acreditando no progresso. Na modernidade líquida, fluida, onde tudo se transforma rápido demais, como está o mundo do trabalho? Parece que os corredores viraram labirintos. http://www.culturamix.com/wp-content/gallery/google-workspace/google2.jpg Os prazos dos projetos de vida agora são curtos. Precisam se adaptar a todo o momento devido a mudanças que acontecem no mundo inteiro. O trabalho foi arrancado da fábrica, jogado no mundo on-line, nas redes sociais. Os caminhos não são mais tão retos quanto às promoções por tempo de serviço que a fábrica dava. http://img.gawkerassets.com/img/18ixc9n34ae5zjpg/original.jpg O trabalho está no reino do jogo. Muda a todo instante e você precisa se preparar para isso. Hoje mais do que nunca a oportunidade vai fazer a diferença. Agarrar a oportunidade mais do que planejar. Estar pronto na hora que ela acontece. E o sucesso tem uma relação direta em satisfazer a você mesmo. A criatividade, o efeito do movimento na hora certa, conta muito. A flexibilidade é o slogan da era líquida. A incerteza impera. A fábrica nos unia. Hoje em dia, estamos mais individualizados. http://findyourself.com.br/wp-content/uploads/2011/11/foto167site2012.jpg Os sindicatos enfraqueceram. Quem trabalha mais não ganha mais. Já ouviu a brincadeira: quem trabalha não tem tempo para ganhar dinheiro? Ela é uma provocação para que você seja a cada dia mais criativo para encontrar saídas para a sua sobrevivência. E como já foi dito: isso não é necessariamente ruim: você pode trabalhar em qualquer lugar e de qualquer lugar. A maior fonte de lucro hoje em dia são as ideias e os objetos materiais! Vamos ver agora quatro categorias para pensarmos o trabalho: 1ª- manipuladores de ideias (quem inventa a ideia) 2ª Envolvidos na reprodução do trabalho (educadores, funcionários) 3ª Pessoas empregadas nos serviços pessoais (vendedores e publicitários que criam o desejo da compra) 4ª Trabalhadores de rotina ↔ Parte mais dispensável e trocável do sistema econômica. Não possuem habilidades específicas nem a arte da interação. No topo da pirâmide estão os que circulam. A riqueza vem do conhecimento das leis do labirinto! Busque o sentido apostando no que está na frente, no que ainda não existe! http://conteudo.imasters.com.br/13981/ideia1.jpg Mas cuidado! É comum se perder nesse labirinto que em cada ponto nos faz parar para consumir alguma coisa em busca de satisfazer desejos que não são nossos, mas criados pela turma lá da 3ª categoria, os vendedores e publicitários. Não é consumindo que escapamos das incertezas e da insegurança. O trabalho não pode se tornar somente um instrumento para o capital. O trabalho deve se associar ao sentido que você quer dar a sua vida, ainda que esse sentido precise ser reorganizado a cada momento. Vivemos em eras de desempregos, isso leva a insegurança. Muitos se perdem no labirinto achando que a satisfação imediata do consumo vai resolver essa sensação. Desista! Estar vivo no século XXI é poder aproveitar o que tem de bom e de ruim nessa nossa era. Não dá pra separar: as incertezas fazem parte da vida. Encare-as sem medo. Esteja atento e aproveite a chance do AGORA! Boa sorte no seu labirinto particular. Seja criativo ao atravessá-lo, mas não se esqueça de que os laços humanos não são descartáveis na criação da sua história pessoal! Atividade Comentada 2 Questão 01: Porque Bauman, autor da tese Modernidade líquida, usa os líquidos para criar uma metáfora com a era em que vivemos? Resposta pessoal: Ao usar os líquidos como metáfora para pensar o nosso tempo, o autor dessa expressão nos indica que hoje em dia as coisas estão se transformando muito rápido. É essa a metáfora com a nossa era: a fluidez. Questão 02: (FGV) “Pode-se distinguir os homens dos animais pela consciência, pela religião ou por tudo que se queira. Mas eles próprios começam a se diferenciar dos animais tão logo começam a produzir seus meios de vida, passo este que é condicionado por sua organização corporal. Produzindo seus meios de vida, os homens produzem, indiretamente, sua própria vida material”. (MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã.) O texto em destaque ressalta que, para Karl Marx, a distinção fundamental entre os homens e os animais baseia-se: A- no corpo. B- na religião. C- no trabalho D- na linguagem E- na consciência Comentário: “Para Marx as condições materiais do ser humano determinam a própria consciência. O mundo do homem não esta dado, ele é construído pelo trabalho, é o homem que produz, que fabrica o mundo em que vive: essa é a característica humana que nos distingue dos animais, segundo o autor”. Questão 03: Escreva com as suas palavras como você percebe a relação com o espaço e com o tempo no “mundo sólido” onde o grande sonho podia ser conseguir um trabalho na fábrica versus a fluidez do mundo contemporâneo. Resposta pessoal: Antigamente, era comum ter uma carreira longa em um único espaço físico. Passar a vida toda em um único trabalho. Um mesmo espaço por muito tempo. Hoje em dia, isso ainda pode existir, mas muitas outras formas de organização do trabalho surgiram e são até mesmo mais competitivas. As fábricas mudam de lugar, de país, migram para onde tem mão de obra barata. Ter uma carteira assinada não é garantia de emprego por muito tempo. A competividade aumentou. A categoria dos Trabalhadores de rotina, que vimos como sendo a parte mais dispensável e trocável do sistema econômica, perdeu segurança. Na modernidade liquida tudo se modifica rapidamente. Podemos trocar de emprego muitas vezes ao longo da vida. Não necessariamente para um emprego melhor, ou por sermos promovidos, mas seguindo a “ordem do mundo globalizado” que cria tendências. Nesse mundo mais fluido a criatividade e a flexibilidade ganham força. Faz-se necessário que os trabalhadores sejam capazes de se adaptarem as exigências do Mercado. Modernidade líquida valoriza o tempo. O mundo sólido valorizava mais o espaço. Pode-se trabalhar de qualquer lugar, o importante é ter velocidade de produção. Aula 3: Empregos verdes Você já ouviu falar em empregos verdes? Pelo sim pelo não, vamos começar com a definição que é dada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente que é facilmente encontrada na wikipedia, a enciclopédia mais democrática da Web http://pt.wikipedia.org/wiki/Green_job “Um emprego verde é o “ trabalho na agricultura, manufatura, pesquisa e desenvolvimento, administração, e atividades de serviço que contribuem substancialmente para preservar ou recuperar a qualidade ambiental. Especificamente, mas não exclusivamente, isso inclui trabalhos que ajudam a proteger ecossistemas e biodiversidade; reduzir o consumo de energia, materiais e água por meio de estratégias de alta eficiência; descarbonizar a economia; e minimizar ou concomitantemente evitar a geração de todas as formas de lixo e poluição." A Organização Internacional do Trabalho (OIT) informa que a “Iniciativa Empregos Verdes foi lançada no ano de 2009 para promover as oportunidades, a igualdade e a transição a uma economia sustentável, e para induzir os governos, empregadores e trabalhadores a se comprometerem com um diálogo sobre políticas coerentes e programas eficazes, a fim de criar uma economia favorável ao meio ambiente com empregos verdes e um trabalho decente para todos”. Hum... como assim? Ainda não captou? Fique tranquilo. Estamos só começando e agora, depois de dadas as definições e a posição histórica desse conceito, vamos começar a estudar o porquê desse tema chegar aqui, na sua aula de filosofia de hoje! Você está quase terminando o ensino médio e mesmo se já estiver trabalhando sabe que com o certificado de conclusão dessa etapa da sua vida escolar mais chances vão se abrir e você poderá escolher melhor o rumo que dará a sua vida profissional. E nada melhor do que se alinhar a um grande esforço de governos, trabalhadores e empregadores para que a humanidade consiga reduzir o consumo de carbono e preservar o meio ambiente. Fique atento e descubra essa linha política do mundo do trabalho! Todos juntos na batalha para que o desenvolvimento não provoque tanta destruição ao meio ambiente. Estamos falando de desenvolvimento sustentável. http://www.portalodm.com.br/images/noticias/2010-08-12_sustentabilidade-social-comecaem-casa_gg.jpg “O termo desenvolvimento sustentável foi apresentado em 1987 pelo relatório “Brundland” ou “Nosso futuro comum” que enunciou a definição básica de desenvolvimento sustentável: assegurar uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações futuras e ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais”; (In-http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/meioambiente/0024.html E para que a economia caminhe para esse lado precisamos de mudanças nos padrões de desenvolvimento. Paulo Bracarense que é professor da Universidade Federal do Paraná nos ensina que essa mudança tem que ser na direção de pelo menos um dos itens abaixo: (I) maximização da eficiência energética e substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis; (II) valorização, racionalização do uso e preservação dos recursos naturais e dos ativos ambientais; (III) aumento da durabilidade e reparabilidade dos produtos e instrumentos de produção; (IV) redução da geração, recuperação e reciclagem de resíduos e materiais de todos os tipos; (V) prevenção e controle de riscos ambientais e da poluição visual, sonora, do ar, da água e do solo; (VI) diminuição dos deslocamentos espaciais de pessoas e cargas. http://issoaidesign.com.br/wp-content/uploads/2011/10/triangulo_sustentabilidade_2.jpg Ele define emprego verde de um jeito bem simples: “aquele que proporciona às organizações ou empresas o exercício de suas atividades em condições que não impactem negativamente o meio ambiente. São empregos que proporcionam baixa emissão de gases poluentes, empregos que usam materiais e processos derivados da utilização de energias limpas, empregos que possam ser realizados com utilização racional e econômica da água e também, empregos exercidos de tal forma que a destinação dos resíduos sólidos garanta qualidade ambiental”. Isso abre caminho para pensarmos que os empregos verdes podem ser criados em qualquer lugar não é mesmo? http://ambientalsustentavel.org/wp-content/uploads/2011/08/emprego_verde1.jpg Existem “profissões verdes” Por excelência. Aquelas que lidam diretamente com o tema. Como um engenheiro florestal por exemplo. Mas e se esse engenheiro estiver trabalhando para uma grande empresa que desmata sem regras? Esse engenheiro não estará em um emprego verde. O emprego verde é muito mais amplo do que uma “profissão verde”. Eles podem (e devem) estar em todas as empresas. O desafio do desenvolvimento sustentável exige muitas frentes. É fundamental que você também passe a pensar nele ao entrar para o mundo do trabalho em qualquer área que for atuar. Saiba que agindo nesse sentido você estará ajudando não somente ao planeta, mas melhorando também a sua imagem frente aos empregadores. Hoje em dia, quem não se alinha ao tema do desenvolvimento sustentável não encontra muitas portas abertas. As grandes empresas precisam cumprir metas de redução de danos ao meio ambiente e um profissional ligado nisso ganha valor no mercado! Os empregos verdes aquecem o mercado e ajudam a promover a inclusão social na busca de modelos sustentáveis. Muitos setores estão sendo criados para buscar alternativas de energias limpas e de solução para os resíduos sólidos da empresa. Vamos dar um exemplo. O Brasil vai sediar grandes eventos esportivos e o setor de construção civil está aquecido. Mas não se trata mais somente de erguer as construções. Foram criadas leis que exigem das empresas responsabilidades ambientais e sociais. Conheça algumas delas: PBQP-H- Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividades no Habitat. PROCEL- A Etiqueta de Eficiência Energética em Edificações do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica e o Selo Casa Azul da Caixa Econômica Federal (CEF), no âmbito do Governo Federal. A queima de combustíveis no setor de transportes ainda produz muito mais do que gostaríamos de gases de efeito estufa. Mas o Governo vem incentivando a produção e o consumo de etanol e de biodiesel como forma de substituição ao uso da gasolina e do diesel. A produção de biocombustíveis é mais um bom exemplo de novos empregos verdes. http://www.biinternational.com.br/aluno/rodrigomatumoto/files/2010/06/etanol_20092.jpg Mas precisamos urgentemente de boas ideias e políticas públicas eficientes para encontramos soluções para o setor agropecuário que ainda é o maior responsável das emissões brasileiras de dióxido de carbono (CO2) 76%. Pagamos um alto preço ambiental para termos sucesso nesse setor. Quais serão os caminhos que vamos encontrar? Que tal você entrar para o mundo do trabalho de olho na sustentabilidade? http://www.idis.org.br/biblioteca/charges/tripe_sustentabilidade_edit.jpg/image_preview Tenho certeza que seus estudos de filosofia contribuíram para que possa caminhar de olhos bem abertos fora dos muros da escola e ao pensar no que será bom para você. Não se esqueça de que o ser humano é um ser político, e por isso você vai se formar, entrar em novas “ turmas” e não vai perder a dimensão de que faz parte da humanidade e que é responsável por todos os seus atos. Seja feliz! Atividade Comentada 3 Questão 01: O que é desenvolvimento sustentável? Resposta pessoal: Desenvolvimento sustentável é um conceito sistêmico que se traduz num modelo de desenvolvimento global que incorpora os aspectos de desenvolvimento ambiental. Foi usado pela primeira vez em 1987, no Relatório Brundtland, um relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criado em 1983 pela Assembleia das Nações Unidas. A definição mais usada para o desenvolvimento sustentável é: “O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais”. in-http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel Questão 02: É possível ter uma “profissão verde” e não estar em um emprego verde? Justifique sua resposta. Resposta pessoal: Sim, é possível, porque se o profissional estiver a serviço de empresas que não seguem as regras da sustentabilidade e ainda perseguem o lucro em detrimento da preservação ambiental, o profissional estará fazendo um desserviço ao meio ambiente e, portanto, não poderá ter sua atividade classificada como emprego verde que tem por principio, adequar a empresa aos princípios de sustentabilidade. Ex. engenheiro florestal que atua em empresas que ainda ferem a legislação e continuam a poluir e desmatar. Questão 03: Empregos verdes são sempre em áreas florestais? Justifique sua resposta. Resposta pessoal: Não, empregos verdes podem e devem estar em todas as empresas. São novas funções que podem existir em setores diversos, da agricultura à indústria, bem como em atividades científicas, técnicas ou administrativas. Até em um restaurante de uma grande cidade pode ser criado um “emprego verde”. O conceito de emprego verde é amplo e pode ser utilizado por qualquer empresa que decida que suas atividades não visarão somente o lucro em detrimento do meio ambiente. Ao pensarem nos lucros devem sustentar práticas rumo a uma economia verde, ou seja, de sustentabilidade. Avaliação Caro Professor Aplicador, Pode-se optar por fazer a seguinte composição, com uma nova pontuação para as questões de acordo com os critérios que você, professor aplicador indicar. 1° Possibilidade: as disciplinas nas quais os alunos participam da Avaliação do Saerjinho, pode-se utilizar a seguinte pontuação:  Saerjinho: 2 pontos  Avaliação: 5 pontos  Pesquisa: 3 pontos 2° Possibilidade: As disciplinas que não participam da Avaliação do Saerjinho, podem utilizar a participação dos alunos durante a leitura e execução das atividades do caderno como uma das três notas. Neste caso teríamos:  Participação: 2 pontos  Avaliação: 5 pontos  Pesquisa: 3 pontos Questão01: (UERJ_2009) Letra da musica ideologia, dos compositores brasileiros, Cazuza e Frejat. “Meu partido é um coração partido E as ilusões estão todas perdidas Os meus sonhos foram todos vendidos Tão barato que eu nem acredito Ah, eu nem acredito Que aquele garoto que ia mudar o mundo (Mudar o mundo) Frequenta agora as festas do “Grand Monde” Meus heróis morreram de overdose Meus inimigos estão no poder Ideologia Eu quero uma pra viver” A palavra "ideologia" é dicionarizada ora como "conjunto de ideias, pensamentos, doutrinas e visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo", ora como "conjunto de ideias que visa à manipulação e à alienação das pessoas". Os versos que melhor se relacionam à primeira e à segunda acepções, respectivamente, são: A) Os meus sonhos foram todos vendidos"/ Eu vou pagar a conta do analista (v. 4 e 19) B) Meus heróis morreram de overdose / É um coração partido (v. 10 e 2) C) Eu quero uma pra viver" / Frequenta agora as festas do ‘Grand Monde( v. 13 e 9) D) Meu sex and drugs não tem nenhum rock'n'roll / "(Mudar o mundo) (v. 18 e 22) Comentário: A noção de "ideologia" é complexa e envolve, no mínimo, dois sentidos complementares: "conjunto de ideias" em geral e "conjunto de ideias que visa à alienação de pessoas". O verso "Eu quero uma pra viver" remete ao desejo do eu poético de contar com um conjunto de ideias em que ele possa acreditar e com o qual ele possa viver, enquanto o verso "Frequenta agora as festas do ‘Grand Monde'" sugere um sujeito já alienado, que prefere viver nas festas da alta roda a se preocupar com os problemas sociais. Questão 02: (FGV) Leia o texto a seguir: De acordo com a filosofia de Karl Marx não existe no modo de produção capitalista uma sociedade homogênea, onde todos querem o melhor para todos. O que existe é uma luta de classes entre a burguesia dominante, proprietária dos meios de produção e a classe dominada, o proletariado, que precisa vender sua força de trabalho. As ideias que circulam no senso-comum costumam expressar o ponto de vista dos donos dos meios de produção, que monopolizam os meios de comunicação e difundem a ideologia que os interessa. Utilizando os conceitos do enunciado reflita sobre os quadrinhos a seguir: A) O pronome ELE ( no 4º quadro) refere-se ao patrão, ou seja, ao dono dos meios de produção da fábrica. B) Todos os personagens são representantes do proletariado, pois o patrão também trabalha. C) A relação entre o patrão e o empregado é harmoniosa porque um entra com o capital e o outro com a força de trabalho. D) O burguês, representado pelo personagem de preto, tem cuidado com os trabalhadores e por isso determina o ritmo da produção. E) A mercadoria é vendida por um valor muito superior ao salário pago ao trabalhador por sua força de trabalho: daí advém a riqueza do patrão. Comentário: A tira ironiza quem paga quem no modo de produção capitalista. Como o lucro vai para o patrão e quem trabalha é o operário a charge colabora para a compreensão de que o modo de vida do patrão é sustentado pelo trabalhador . Questão 03: Leia atentamente o texto abaixo. “Estamos diante de uma crise civilizatória; é isto que precisamos reconhecer para poder reagir enquanto ainda é tempo. A lógica do desenvolvimento gestada com a Revolução Industrial tornou-se o motor econômico, político e cultural do mundo nos últimos séculos. Não se trata mais de um embate nos velhos termos – capitalismo x socialismo – no marco da civilização industrial e seus desdobramentos. Estamos diante da crise da própria civilização industrial e de seus modelos de organização econômica e política – a dominante capitalista e a desafiante e subalterna socialista – para a sociedade. São os fundamentos desse tipo de civilização que se esgotaram. Literalmente, derreteram, foram consumidos pelas suas próprias contradições. E ameaçam o planeta inteiro.” (Cândido Grzybowski) IN- http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0125.html Em seguida, escreva uma breve consideração refletindo sobre a noção de progresso que tradicionalmente é pensado como resultado do desenvolvimento e a noção de desenvolvimento sustentável. Resposta pessoal que deve evidenciar a compreensão do aluno no sentido de que a lógica desenvolvimentista dos últimos séculos gerou consequências desastrosas para a vida do planeta. Caminhamos a passos largos, para o que talvez, seja a extinção do ser humano como espécie animal. Enfrentamos uma crise planetária e tentamos corrigir os rumos dos desdobramentos da civilização industrial que trouxe tanto conforto para uns e muita miséria para tantos. O ser humano já atingiu a compreensão de que essa lógica desenvolvimentista, que buscava o “progresso” a qualquer preço não tem mais lugar no mundo contemporâneo. A definição de sustentabilidade contempla além do desenvolvimento econômico, questões sociais e ambientais. Questão 04: Cite pelo menos dois exemplos de “empregos verdes” fora das áreas tradicionais das “profissões verdes”. Resposta pessoal: Valorize a criatividade do aluno. As possibilidades são muitas para essa resposta. Veja uma matéria do jornal O dia sobre o tema. “Para se ter uma ideia, o Brasil já possui 2,6 milhões de empregos verdes, 6,73% do total de postos de trabalho formais, segundo dados do Banco Mundial de 2011. O estudo estima que os investimentos para reduzir em cerca de 20% as emissões de carbono até 2030 no país poderiam gerar anualmente 1,13% a mais de empregos na nossa economia Outro dado importante são as características dos profissionais dessa área; a transição feita por muitos que, ao contrário do que se pensa, não abandonam suas áreas originárias, mas vão atrás de novas formações e/ou complementações que possam ser associadas à nova demanda. Exemplo disso, após concluir o curso de direito, o advogado Marcos Rangel buscou especialização cursando gestão ambiental na COPPE da UFRJ. Hoje, ele dirige uma companhia de compostagem, a Vide Verde, que atende clientes como L´Oreal, Michellin e os supermercados Zona Sul. Profissões jamais pensadas como lighting designer e gerente de obras são dois outros exemplos de que, trabalhar em prol do meio ambiente não é um cenário restrito: “Em quase todas as profissões temos espaço para a conscientização e o comprometimento com o meio ambiente, basta a pessoa direcionar a sua carreira para isso”, diz Marcos”. http://odia.ig.com.br/portal/cienciaesaude/emprego-verde-uma-nova-profiss%C3%A3o-1.466380 Questão 05: Reflita e escreva sobre “ter um patrão” (carteira assinada) ou ser autônomo. Considere as vantagens e desvantagens de cada uma dessas possibilidades à luz do que leu sobre alienação na produção e a noção de modernidade líquida. Resposta pessoal: ter um emprego formal é ainda uma garantia para o trabalhador. O objetivo da reflexão não é desmerecer a “carteira assinada”, mas a compreensão de que essa garantia é uma sensação que encontra eco nas formas mais tradicionais de produção. As novas tecnologias permitem hoje novas configurações e novos empregos. Não vale a pena ter patrão e ser explorado. É preciso avaliar a empresa para na qual vamos entrar. Muitas grandes empresas exploram ao máximo o trabalhador, preferindo pagar indenizações quando despedem ao invés de respeitar as leis trabalhistas. Como por exemplo, o pagamento de horas extras. Supermercados, lojas, redes de alimentação fast-food etc. sabem da grande demanda de mão de obra jovem e usam isso a seu favor. E os jovens trabalhadores se sentem presos nessa teia de exploração, pois sabem que empregos são difíceis de conseguir. Mas existe também um grande movimento político na contemporaneidade para gerar novos empreendedores. No Brasil, o microempreendedoríssimo individual vem ganhando força. A vantagem de “certa estabilidade” que a carteira assinada oferece só deve ser perseguida quando estiver ligada a empresas que respeitem as leis trabalhistas. Se isso não for possível é melhor “ligar a criatividade” e buscar rumos novos e ser seu próprio patrão. Pesquisa Caro professor aplicador, Ressalte com os alunos a importancia de não ficarem somente com uma única fonte de pesquisa. Se sua escola tiver um laboratório de informática que possibilite que a pesquisa seja realizada em sala de aula, privilegie essa opção levando os alunos para o laboratório e orientando-os presencialmente. Caso não seja possível, defina um prazo para que o trabalho seja realizado como tarefa extraclasse. -------------------------------------------Caro estudante, Você esta quase concluindo a etapa da educação básica e terá novos desafios pela frente. Cursos técnicos, graduações e mundo do trabalho esperam por você. Que caminhos seguir? Vimos que a questão ambiental esta em alta. O mundo anda correndo atrás do prejuízo ambiental causado pela civilização humana. O desenvolvimento que tem como pressuposto básico o crescer, sem respeitar limites naturais já caiu por terra. No mundo do trabalho são desejáveis e necessários profissionais que entendam o novo modelo e possam atuar de forma consciente. Vamos investigar as fontes de energia? Sugerimos uma lista de temas para que você pesquise e saiba como a humanidade caminhou para dominar forças presentes na natureza e usá-las para seu bem-estar. Conquistamos muito conforto, mas também criamos problemas para os quais temos o desafio de encontrar soluções. Depois da sua pesquisa você poderá participar de importantes debates sobre a melhor fonte de energia para sua região. Fique por dentro! Você poderá pesquisar individualmente cada tema. Mas, a sua turma do terceiro ano pode fechar com chave de ouro essa etapa preparando um seminário final e apresentando para a escola toda. Dividam-se em grupos e decidam com a ajuda do representante de turma, ou do professor que está acompanhando essa atividade qual tema será destinado a cada grupo. Usem e abusem das novas tecnologias para prepararem o seminário! Temas: 1-O domínio do fogo pelo homem e as mudanças nos hábitos alimentares dos seres humanos primitivos; 2-Período neolítico- agricultura, domesticação de animais, metalurgia, cerâmica etc. 3- História da energia das correntes de água. “Das rodas d’água as hidrelétricas. 3- História da energia dos ventos. Dos moinhos de vento as turbinas eólicas 4- O carvão e a revolução industrial. Carvão vegetal e mineral. Máquinas a vapor. 5- História da descoberta do petróleo. Seus derivados. Gás natural. 6- Termoelétricas e álcool. 7- Energia nuclear. 8- Energia Solar Ao final do seminário ou da sua pesquisa individual promova um debate sobre as vantagens e desvantagens de cada uma das formas de energia apresentadas considerando os três “Es”: Energia, economia, ecologia. Referências [1] Apostila_ EJA_EM Filosofia_VOL: 3 Ciências Humanas e suas tecnologias- 2000. Autoras: Ingrid Muller e Zuleika de Abreu. [2] Banco de questões FGV. EM http://ensinomediodigital.fgv.br/staticpages/acesso-ao-banco-deslogado.aspx [3] BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação de pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. _______________ Globalização: as consequências humanas, RJ, Jorge Zahar, 1999. [4] BGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: IBGE, 2 ed. 2004. 332 p. ISA (Instituto Socioambiental). O que é serviço ambiental?. Disponível em: http://pib.socioambiental.org/pt/c/terras-indigenas/servicos-ambientais/o-que-eservico-ambiental, acesso em 30/06/2009. [5] BORN, R. H. & S. TALOCCHI. Proteção do capital social e ecológico: por meio de Compensações por Serviços Ambientais (CSA). Editora Peirópolis, 2002. pp. 27-46. CMMD (Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e desenvolvimento). Nosso futuro comum. 2.e.d. Rio de Janeiro: FGV, 1991. [6] CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia: 1ª edição. São Paulo: Ática, 2011. _______________O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980. (Coleção Primeiros Passos). [7] Empregos Verdes: Em direção a uma economia com baixo consumo de carbono , de Paulo Bracarense, professor da Universidade Federal do Paraná, disponível em: http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D332C0AFF01333C0AA9AC3B0E/Emprego s_Verdes_Rumo_a_uma_economia_com_baixo_consumo_de_carbono.pdf [8] Filosofia/Vários autores._ Curitiba, SEED_PR. [9] Protocolo de Quioto à convenção sobre mudança do clima, 2001. Disponível em: http://www.forumclima.org.br/arquivos/A0509124.pdf, acessado em 12 de abril de 2009. [10] NUNES, E. R. M. Alfabetização Ecológica: um caminho para a sustentabilidade. Porto Alegre: Ed. do Autor, 2005. 134p. Equipe de Elaboração COORDENADORES DO PROJETO Diretoria de Articulação Curricular Adriana Tavares Maurício Lessa Coordenação de Áreas do Conhecimento Bianca Neuberger Leda Raquel Costa da Silva Nascimento Fabiano Farias de Souza Peterson Soares da Silva Marília Silva PROFESSORES ELABORADORES Giovânia Alves Costa Julio Cesar F. Offredi
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