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March 21, 2018 | Author: Diego Arimateia | Category: Bible, Love, Prayer, Saint, Time


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ESCOLA DEFORMAÇAO PARA PREGADORES FABRIZIO ZANDONADI CATENASSI MARCO ANTÔNIO CITO ÍNDICE A ESTRUTURA DA ESCOLA DE PREGAÇÃO O que é a Escola ......................................................................................... 04 Como realizá-la? ......................................................................................... 07 A Avaliação da Pregação ............................................................................ 12 O participante e o condutor ......................................................................... 15 Bibliografia sugerida .................................................................................... 16 Roteiros de Avaliação ................................................................................. 17 Querigma / Auxílio para Participantes ......................................................... 18 ROTEIRO DAS PREGAÇÕES DE FORMAÇÃO O Chamado do Pregador e seus Obstáculos .............................................. 19 Ir Além ........................................................................................................ 21 O Perfil do Pregador .................................................................................... 22 Pregador Conduzido pelo Espírito Santo .................................................... 24 Estrutura do Plano de Pregação I ............................................................... 25 Estrutura do Plano de Pregação II .............................................................. 26 O Conhecimento de Deus ........................................................................... 27 Provas do Conhecimento de Deus .............................................................. 29 Encontrando a Mensagem na Bíblia ........................................................... 32 Técnicas de pregação ................................................................................. 33 Tipos de Mensagem .................................................................................... 35 Comunicando a Mensagem ......................................................................... 36 Lectio Divina ................................................................................................ 38 2 Introdução Esta pequena apostila é fruto de alguns anos de trabalho e experiência com a Escola de Pregação na Arquidiocese de Londrina-PR. Ela envolve os principais aspectos que devem ser levados em conta no planejamento, estruturação e implantação de uma Escola de Pregação. Sua primeira versão foi inicialmente distribuída em uma tarde de formação a todos os coordenadores de grupo de oração da Arquidiocese, para que o projeto fosse apresentado e para que quaisquer dúvidas sobre ele fossem sanadas. Nesta segunda versão, apresentamos a adequação às primeiras reflexões feitas a partir da implantação arquidiocesana das Escolas de Pregação, especialmente a partir do feedback dado pelos coordenadores de grupo e ministério, bem como pela nossa própria experiência na condução, uma vez que estivemos envolvidos com a implantação do projeto em Londrina. O foco principal desta apostila está nos coordenadores do Ministério da Palavra dos grupos de oração e nos coordenadores dos grupos. Em vista do caráter prático que a envolve e do objetivo de chegar a todos os grupos de oração da diocese, nos propusemos a escrevê-la de maneira simples, em forma de manual, sem abranger grandes discussões teóricas ou um referencial teórico para fundamentá-la. Este nível de análise e discussão pode ser encontrado na literatura específica que recomendamos posteriormente. Queremos também salientar que quaisquer sugestões e experiências são profundamente bem-vindas. Também nos colocamos à disposição para quaisquer dúvidas. Que este material seja de grande utilidade para todos vocês, servos, coordenadores e condutores de grupos de oração. E que nos auxilie a caminhar rumo a uma profunda formação, com rumo certo, fazendo crescer a Igreja de Cristo. Fabrizio Zandonadi Catenassi [email protected] Marco Antônio Cito 3 1 A estrutura da Escola de Pregação O QUE É A ESCOLA A Escola de Pregação é um projeto instituído na Arquidiocese de Londrina-PR em 2000, visando trazer aos pregadores uma formação mais sólida, que unisse a técnica e a unção do Espírito Santo, imprescindíveis para que o Evangelho não seja só Palavra, mas também seja vida naqueles que o ouvem. A integração desses elementos formam uma potente ferramenta para a evangelização, garantindo mais segurança nas pregações e preparando nossa natureza humana para ser colocada à disposição da graça de Deus. Essa formação é conduzida dentro das células da RCC: os Grupos de Oração, tornando-se específica, intensiva e muito eficaz. A Escola de Pregação baseia-se no método do exercício; é um laboratório de pregação, pois, além de receber um conteúdo formativo de qualidade, o futuro pregador é convidado e incentivado a colocar esse conteúdo em prática e inseri-lo em sua forma de pregar, sempre acompanhado e orientado pelo condutor da Escola. De forma geral, a Escola possui duas partes fundamentais: Conteúdos de formação: nesta proposta, é necessário que todos os participantes recebam o conteúdo básico de formação para pregadores. Esse conteúdo pode ser obtido através de um Encontro Básico, que pode ser oferecido pelo Ministério de Pregação Diocesano, ou pode ainda ser dado por meio de uma série de palestras, dentro da Escola de Pregação. Além do mais, o material para estas formações foi proposto especialmente pela RCC no volume 8 da Coleção Paulo Apóstolo, intitulado Formação de Pregadores, publicado pela Editora Santuário e pelo livro Formação de Pregadores, de José Prado Flores e Salvador Gomes e vem sido discutido e revisado a partir das recentes proposições do Ministério de Pregação Nacional na coleção Oratória Sacra. Os principais temas são os seguintes: O Chamado do Pregador e seus obstáculos; Ir além; O Perfil do Pregador; 4 o rumo a ser tomado. É importante dizer que eles não estão organizados em um Roteiro de Pregação a fim de fomentar a criatividade e organização dos palestrantes. Tipos de Mensagens. mas que faz necessária a consulta na vasta e rica literatura católica. Outras. O Conhecimento de Deus. o grande convite da Escola é fazer com que este conteúdo realmente se manifeste em nossa pregação. Técnicas de Pregação. Esses são os temas essenciais a serem conduzidos na formação da Escola. facilitando a elaboração das respectivas pregações. em um laboratório. Técnicas para Aprofundar. são “simuladas” pregações dentro da Escola. Essa combinação de conteúdos de formação com crivos tem sido de grande auxílio dentro da formação de nossos pregadores. Para auxiliar os condutores. Existem ainda outros temas interessantes que podem ser colocados para enriquecer nosso estudo. Para isso. há a avaliação da pregação. desde que não descaracterize as proposições básicas da Escola de Pregação. Ela vem saciar algumas deficiências muito comuns em nossos grupos de oração:  Dúvidas com relação ao ministério da Palavra: muitas pessoas não entram no Ministério da Palavra porque não sabem se é o seu chamado. Pelo contrário. Após o crivo. que traz a orientação. Para que isso aconteça.Pregador conduzido pelo Espírito Santo. é um suporte. o servo começa a se colocar dentro do ritmo de vida de um pregador. clara e organizada. Dentro da Escola de Pregação. Isso nos ajuda a perceber se estamos no lugar certo ou não. Encontrando a mensagem na Bíblia. Lectio Divina. são necessários exercícios que nos ajudem a estruturar uma pregação de acordo com o que foi proposto nos conteúdos de formação. Crivos: Além de receber o conteúdo de formação. tendo que preparar e apresentar pregações semanalmente ou quinzenalmente. cada um desses temas foi apresentado em linhas gerais. ficando a critério de cada grupo. perguntam-se se estão no lugar certo. abordando vários pontos propostos pela Escola. são realizados crivos de temas específicos. se é o que queremos ou não. de uma forma sucinta. Comunicando a mensagem. Vale também lembrar que essa apostila não tem o intuito de ser a única fonte de consulta para o estudo e compreensão dos temas básicos. Vias do conhecimento de Deus. 5 . já dentro do Ministério. Estrutura do Plano de Pregação. ou seja.  Medo de falar em público: além de oferecer um conteúdo orientado para quebrar as deficiências causadas pela timidez. algumas técnicas de falar em público. não há crivo sem avaliação – e uma avaliação com critérios. Na Escola de Pregação. o servo deverá fazer pelo menos seis crivos. ou seja. por exemplo. já não será a sua primeira pregação. a Escola também proporciona outro grande auxílio: para completar a Escola. pois já terá realizado vários laboratórios na Escola. 6 . ou porque são inacessíveis e não se deixam ser avaliados. Somos levados a enxergar nossas falhas e incentivados a melhorar cada vez mais em cada pregação.  Ter um retorno da pregação: muitos pregadores experientes vivem cometendo os mesmos erros em pregações porque não têm quem os avalie. A prática nos ajuda a perder a timidez e o medo de falar em público e os crivos são de grande valia em relação a isso. quando for pregar pela primeira vez no Grupo de Oração. Dinâmica Crivos Igual ao anterior + tipo de via utilizada. Dinâmica VIAS DO CONHECIMENTO Crivos. Gedeão (Jz 6. O CHAMADO DO PREGADOR. Atividades – Prática Tema 01 02 03 O QUE É A ESCOLA? (tema baseado no material desta apostila).COMO REALIZÁ-LA? Apresentamos aqui dois esquemas que podem ser usados para a realização da Escola de Pregação. (Obs. utilizando as técnicas aprendidas (para a próxima semana). Crivos . cada um com objetivos claros e específicos: 1º ESQUEMA: pode ser usado quando há muitos servos que já pregam ou que têm facilidade para se expressar ou falar em público ou quando há pouco tempo disponível. 13 Pregações finais Crivos 14 Crivos finais Oração Igual ao anterior + técnicas de oratória. 24-28) 05 PREGADOR CONDUZIDO Dinâmica + Oração de efusão PELO ESPÍRITO SANTO 06 ESTRUTURA DO PLANO DE PREGAÇÃO 07 O CONHECIMENTO DE DEUS 08 09 10 11 12 COMUNICANDO A MENSAGEM Igual ao anterior Igual ao anterior Igual ao anterior Igual ao anterior + tipo de fonte do conhecimento de Deus. IR ALÉM 04 CARACTERÍSTICAS DO PERFIL DO PREGADOR Preparar pregação – AMOR DO PAI ou JESUS SALVADOR. Cada um deverá preparar três pregações com duração de 20 min.: o crivo é Igual ao anterior feito na hora. TIPOS DE MENSAGEM Igual ao anterior Montar pregação com tema livre.continuação Dinâmica Reflexão escrita sobre um dos personagens bíblicos a seguir: Êutico (At 20. após cerca de 20 min. Crivos da atividade da semana anterior. DE DEUS ENCONTRANDO A MENSAGEM NA BÍBLIA Pontos para a avaliação Fidelidade ao tempo. sobre um dom carismático e um tema querigmático livre. fidelidade ao tema. Dinãmica Crivos da atividade da semana Igual ao anterior + Estrutura anterior. de preparação). 11-24). Tempo: 5 a 10 min. Igual ao anterior 7 . Crivo – Dividir pregações finais. Estudo bíblico Dinâmica (ver abaixo).: um tema catequético. com duração de 5 min. 7-11). Priscila e Áquila (At 18. Igual ao anterior + tipo de mensagem adotado. Igual ao anterior Dinâmica + Crivos Igual ao anterior + técnicas utilizadas. Dinâmica + Montar Pregação de 5 a TÉCNICAS DE PREGAÇÃO 10 min. O CONHECIMENTO DE DEUS Crivos (o crivo funciona como o anterior) + Jogo das Perguntas VIAS DO CONHECIMENTO DE DEUS Mímicas + Jogo das Perguntas TIPOS DE MENSAGEM Atividades Preparar 2 pregações com o tema ORAÇÃO. O esquema pode ser adaptado segundo a realidade de cada grupo. 8 .Observações: As reuniões devem ter a duração de 1 hora e meia a 2 horas. definidas por sorteio). A primeira. 2º ESQUEMA: pode ser usado quando os participantes têm nenhuma ou pouca experiência em pregação. COMUNICANDO A MENSAGEM Preparar pregação com o tema AMOR DO PAI. escolhendo dois tipos de mensagem diferentes. Preparar pregação em cima de alguma parábola. Duração: 5 min. Exige um pouco mais de tempo e é formado por duas partes. As pregações de formação têm um tempo médio de 1 hora. com as pregações de formação e a segunda com crivos. O PERFIL/ESPIRITUALIDADE DO PREGADOR Dinâmica: Reflexão escrita sobre duas bem-aventuranças ESTRUTURA DO PLANO DE PREGAÇÃO I Preparar pregação de AMOR DO PAI ou JESUS SALVADOR. ESTRUTURA DO PLANO DE PREGAÇÃO II Crivos semana passada (serão crivadas quantas pessoas o tempo permitir. TÉCNICAS DE PREGAÇÀO Crivos (o crivo funciona como o anterior). Parte I O QUE É A ESCOLA (em torno de 20 min. porém. 10 min. dependendo da realidade de cada grupo.) O CHAMADO DO PREGADOR (1 hora) Dinâmica de integração. é essencial que as principais pregações de formação sejam ministradas. REALIDADE. Sugerimos a seguir alguns temas: 1. mais de uma pessoa pode pegar o mesmo dom. Santíssima Trindade 9 . essas pregações podem ser dadas como duas ou três tardes de formação. Perfil do Pregador + Chamado do Pregador. História da RCC 4. 7. Se não houver tema suficientes. Para diminuir o tempo de duração da Escola. Senhorio de Jesus Espírito santo Maria Inserção na Comunidade Dons carismáticos: os seguintes dons devem ser divididos para que cada participante crive um deles (15 min. As reuniões podem ser semanais ou quinzenais. uma pessoa deve crivar mais de um dom. Discernimento dos espíritos Temas catequéticos: todos os participantes devem crivar um tema catequético básico (20 min. Segue aqui o temário: Temas querigmáticos: Cada participante deverá crivar TODOS os temas do querigma. Colocamos como sugestão o condutor fazendo o crivo. 1. um tema será crivado.). Obs. depois do último tema (Comunicando a Mensagem). Parte II A Segunda fase da Escola de Pregação é feita a partir de crivos.: Se não houver participantes suficientes. Em cada reunião. ou repassadas como uma formação de final de semana. para que haja tempo hábil para uma boa avaliação. 4. No caso de serem quinzenais. sugerimos que os participantes sejam divididos em mais de uma equipe na segunda parte e que essas equipes menores crivem alternadamente durante as semanas.Observações: Alguns temas podem ser dados no mesmo dia. Fé Línguas Ciência e sabedoria Profecia Cura e milagres 6. Sugerimos que a ordem das pessoas que vão crivar seja definida por sorteio. 3. 5. SABEDORIA e ORAÇÃO dos condutores. Vias do Conhecimento de Deus e Tipos de mensagem. A Bíblia 3.). Amor. Amor do pai Pecado Jesus salvador Fé e conversão. como uma única pregação: Estrutura I e Estrura II. Repouso no espírito 8. 2. O tempo será 10 min. As dinâmicas podem ser alteradas segundo a NECESSIDADE. Vida de oração 2. Portanto. os participantes já começam fazendo o crivo do Amor do Pai. cidade) e fazer uma pregação escrita sobre ela. Jogo das Perguntas: para avaliar o conhecimento bíblico e teológico dos participantes e motivá-los a estudar mais. Os anjos 21. Traição de Judas. Sugerimos como fonte de consulta desta técnica o livro Como ser um bom Pregador. casa. com alternativas. Mariologia 13.5. editado pela Editora Loyola. Pregação final: todos os participantes devem montar uma pregação com o tema livre. Dessa 10 . Missa parte por parte 15. Moisés e a sarça ardente. Dons infusos e efusos História da salvação Evangelhos Os sacramentos História da Igreja Católica Apostólica Romana 10. Então. Os participantes devem anotar a letra correspondente à resposta certa. 6. é necessário que as reuniões sejam enriquecidas por dinâmicas e atividades. de João Mohama. Os três sonhos do faraó. Algumas sugestões de títulos: visita de Maria à Isabel. Comunhão dos santos 17. capítulo ou capítulos de algum livro (20 min. sendo que um participante da equipe deve pegar uma frase ou acontecimento bíblico. 7. Ex. o condutor revela as respostas e faz um pequeno comentário a respeito de cada uma. eles são divididos em duas equipes.: Quem serviu sete anos Labão. 8. Oração do Pai Nosso 18. Conversão de Saulo. Os Atos dos Apóstolos 12. através somente da mímica (sem sons). motivam os participantes e ajudam a fixar o conteúdo. Marta e Maria. Outras denominações cristãs 16. Para tanto. deve fazer com que os integrantes da sua equipe adivinhem qual o título do acontecimento que ele tem em mãos. O Batismo de Jesus. b) Urias. apresentada em 30 minutos. c) Jacó. inferno e purgatório 20. Os dogmas da igreja Livro de aprofundamento: todos os participantes devem montar uma pregação baseada em um livro.). o condutor da Escola deve preparar algumas perguntas com referências bíblicas ou doutrinárias. para casar-se com ela? a) Esaú. Dinâmicas e atividades Para um bom aproveitamento da Escola. Entrada de Jesus em Jerusalém. Bodas de Canã. templo. Após fazer todas as perguntas. Céu. previamente preparado pelo condutor da Escola. Adoração do Bezerro de Ouro. Pregação I: escolher uma passagem da Bíblia que mencione um lugar (morro. Samaritana. Destruição de Sodoma. A Anunciação de Jesus. Credo Apostólico 11. Ressurreição de Lázaro. 9. Relacionamos aqui as dinâmicas mais usadas em nossas Escolas: Mímica: esta dinâmica busca principalmente desinibir os participantes e trabalhar com sua forma de expressão. A Liturgia 14. Elas chamam a atenção das pessoas. Davi dançando no Templo. pai de Raquel. Santos e santidade 19. além de buscar uma análise mais profunda sobre o sentido religioso que os livros bíblicos exprimem. Recurso: objetos ou perguntas Via: antropológica Técnica: opostos 11 . Perfil de Pregador: identificar personagens (exceto os relacionados na pregação sobre o Perfil do Pregador) bíblicos que servem de modelo para a pregação ou para o serviço e relacionar os traços deles (por escrito). Recurso: costumes ou milagres Usar magistério Técnica: repetição 4. Pregação II: Fazer uma pregação. ABRÃO.forma. O objetivo é fazer com que os participantes percebam a riqueza dos detalhes bíblicos. utilizando-se como o tema principal o significado de uma palavra. Exercício de Pregação: Os participantes devem preparar uma pregação com características previamente definidas pelo condutor (podem estar divididos em grupos). ESÁU. PEDRO. GÓLGOTA. objetiva-se fazer com que os participantes tenham mais contato com a Bíblia e suas narrativas. Aqui temos algumas sugestões: 1. O objetivo é construir mais intimidade com a Palavra. Recurso: parábola ou visão Via: cosmológica Técnica: visualização 3. Recurso: festas ou personagens Via: cosmológica Técnica: dramatização 2. PECADO. Podem pegar. por exemplo: PÁSCOA. mas não podemos exaltar demais o pregador. devemos elogiá-la e mostrar aos outros que é exemplo de boa pregação. Esse discernimento. Para evitar isso. a avaliação deve ser bem conduzida. A avaliação é um grande meio de crescimento. No entanto. pois. É importante dizer que a avaliação deve ser feita pelos participantes. para avaliar alguém. Somente em casos extremos nos referimos a ter ou não o dom da Palavra. mas sempre de maneira motivante. evitando problemas futuros. Com tamanha importância dentro do crescimento dos participantes. oração e preparação para que não construa somente mágoas entre os pregadores. o que é o primeiro passo para corrigi-los. Problemas pessoais fazem com que sejamos mais severos ou indiferentes nos crivos de quem não gostamos ou temos problema. Devemos aprender a olhar especialmente para o lado positivo das pregações. Devemos ser justos e agir com seriedade. Ainda que uma pregação seja muito. Devemos tratar todos os participantes igualmente. fazendo com que os outros participantes se tornem indiferentes àquela pessoa ou até mesmo ignorem-no. Devemos sim falar a verdade. mas as pessoas só vão crescer quando formos sinceros e dissermos a verdade em relação à pregação delas. os conteúdos das formações. É também importante que seja conversado no primeiro dia da Escola sobre a forma de avaliar as pregações. haverão as pregações que sempre ficam na defensiva. com zelo. 12 . críticas podem ser feitas de forma agressiva. eliminando problemas pessoais e centrando a avaliação nos critérios pré-definidos e já estabelecidos. seja mais superficial. muito boa. é necessário que tenhamos uma postura madura e orante dentro da Escola de Pregação. A partir dela. Provavelmente. para que se exercite um espírito crítico fundamentado. é necessário conhecer bem os critérios e. O ideal é que não façamos comentários sobre ter o dom da pregação ou não. pode acontecer uma disputa para ver quem prega melhor.A AVALIAÇÃO DA PREGAÇÃO É necessário que todas os crivos da Escola de Pregação sejam avaliados. seja mais firme. Seguem algumas dicas:      É comum termos medo de machucar as pessoas que estão sendo avaliadas. em primeiro lugar e depois pelo condutor. na maioria das vezes. sincera e com critérios. Alguns pode encarar as avaliações como ataques pessoais. portanto. é alcançado pelo próprio servo. Identificar as áreas fortes do pregador faz com que ele tenha segurança e o ajuda a crescer ainda mais em seus pontos fortes. quando acontece de uma maneira motivante. verdades colocadas sem caridade não oferecem crescimento. Começar com o lado bom também é uma grande arma para desarmar os servos que não reagem bem às críticas. O condutor deve ser um servo experiente e que tenha bom senso e sensibilidade para poder fazer uma avaliação sempre motivadora. identificamos nossos erros. Não podemos colocar nosso lado pessoal dentro da Escola. os pregadores conseguem modelá-las. No entanto. portanto. O pregador deve manter uma linha de raciocínio coerente e clara. Algumas vezes. não podemos deixar que ninguém converse! Além de ser uma falta de respeito. Pontos a avaliar: Estrutura I Desenvolvimento: palavras chaves adequadas. Muitos ficam inseguros quando alguém faz anotações durante a pregação. Deve haver um fio condutor central na pregação para que. Diga que sempre irá anotar pontos bons e ruins. não há necessidade de temer. conforme ele desejar. Passar do tempo não é bom e deixar muito tempo sobrando também. não cobramos esse quesito porque nós mesmos não somos capazes de montar um roteiro de pregação. Precisamos estudar para. Deixe claro que não há necessidade de justificar-se após a avaliação. coloque como isto como regra. quando o participante perder seu raciocínio ou divagar em algum exemplo. Naturalmente. sabe que tem que voltar para este fio condutor. Inclusive. O pregador não é escravo do tempo. motivação) 13 . Durante o crivo. Se necessário. Os pontos a serem avaliados são os seguintes: 1) Fidelidade ao tempo: a pregação deve terminar perto do tempo permitido. do tema. 2) Fidelidade ao tema: talvez um dos mais importantes pontos a serem avaliados. devemos avisar o pregador que estaremos fazendo algum sinal quando faltar um ou dois minutos para o fim da pregação. deve solicitar que os participantes tragam a pregação por escrito e entreguem-na a ele. aqui estamos tratando de técnica. idéias lógicas. dentro da Escola. 3) Estrutura do Plano de Pregação: ponto essencial na preparação da pregação. ligação entre as idéias. Quando se propõe a falar de Amor do Pai. o objetivo é modelar as pregações de acordo uma das estruturas apresentadas. desmotiva quem está pregando e insinua que a pregação não está sendo boa. o tema deve ser única e somente Amor do Pai. O pregador não deve desculpar-se ou perder-se em explicações após uma crítica. Simplesmente a acolhe no coração e discerne o que pode ajudá-lo a crescer. Introdução (do pregador. O que é repassado nas pregações de formação deve ser colocado em prática e devemos cobrar que todas as pregações estejam dentro de uma das estruturas apresentadas. Com o tempo. poder ajudar as pessoas a aprenderem a fazer o mesmo. como condutores. Sugerimos que o condutor procure identificar qual das estruturas foi utilizada no crivo e faça as correções necessárias. por isso a necessidade de sermos rigorosos. colocar uma maneira própria de montar a pregação.   Enquanto alguém criva. mais do que saber montar. buscando maior clareza e organização de idéias. 6) Postura: avaliar os pontos da pregação “Comunicando a Mensagem” Seguem posteriormente nesta apostila dois pequenos roteiros para a avaliação. 5) Tipos de mensagem: avaliar se a pregação atendeu ao tipo de mensagem solicitado.Conclusão (resumo. 14 . ato concreto) Oração (opcional) Estrutura II Ambientação Aplicação Exemplificação Imperativos Conclusão Oração Final (opcional) Motivação Leitura da Palavra 4) Técnicas de Pregação: devemos identificar quais técnicas foram usadas. e se foram bem utilizadas. Portanto. organizado e com facilidade para formação. sugerimos que ajudem na condução da Escola de Pregação. o servo deve ser maduro. salvo algumas exceções. Para ajudar na elaboração das pregações. que pregam. Outra necessidade para o condutor é que. sugerimos que os condutores procurem outro grupo que já a faça para participarem. Agir em mais de uma pessoa facilita o trabalho. com o carisma da liderança. de preferência.O PARTICIPANTE E O CONDUTOR Para participar da Escola. com experiência no Ministério de Pregação. Será ele o responsável por todas as avaliações de pregação e pela formação dos futuros pregadores. segundo o discernimento e a sabedoria do coordenador. intercessores ou ministros de cura. Para tanto. Se. Para ser o condutor da Escola de Pregação. dentro do grupo de oração. Servos de outros ministérios: a Escola não limita-se somente ao ministério da Palavra e tem o objetivo de formar todos os servos que pregam. Seminário de vida no Espírito). é necessário que façam a Escola de Pregação. dá uma visão mais abrangente e divide as responsabilidades. por exemplo. Uma boa sugestão é que não haja somente um condutor. já tenha participado de uma Escola de Pregação. há músicos. referindo-se a servos antigos e que já tem um conhecimento informal das orientações para pregadores sugeridas pela RCC. é necessário: Ter feito o encontro de 1º Anúncio (Experiência de Oração. mas sim condutores. As pregações de formação não precisam ser dadas apenas pelos condutores. mas que estejam participando de todas as pregações de formação dentro da Escola. Podem ser chamados servos de outros grupos ou do próprio grupo que já tenham feito a Escola. sugerimos uma bibliografia e apresentamos um resumo de cada uma nesta segunda parte. Já ter cursado ou estar cursando o Módulo Básico da Escola Paulo Apóstolo. se o grupo estiver fazendo a Escola pela primeira vez. Em alguns casos. é necessário que façam a Escola de Pregação. 15 . Frisamos a importância da participação de: Servos antigos: muitos servos pregam sem ter o conteúdo de suas pregações renovado ou sem estar acompanhando as orientações do Ministério da Palavra Nacional. Pregação: fundamentos. O Profetismo no Antigo Testamento. 2. GOMES. Ronaldo José de. Historicidade dos Evangelhos. p. 2010. ed.BIBLIOGRAFIA SUGERIDA Livros COUTINHO. Oratória Sacra: Ardor Missionário. 2008. Dercides Pires da. OLIVEIRA. 2005. SILVA. Pregação e ensino inspirados. Ministério de pregação. Alírio José. RCC – Novo Milênio. Porto Alegre: RCC Brasil. Dercides Pires da. Kerigma. Ardor missionário: dom do Espírito Santo para o Coordenador. 2. SILVA. Salvador. Dercides Pires da. 9. SOUSA. Col. 10. Aparecida: Santuário. 14. 2007. Módulo Missão: Anuncia-me. vol. vol. PROGRAMA DE FORMAÇÃO – MINISTÉRIO DE PREGAÇÃO NACIONAL (2010) METODOLOGIA COM PODER DO ESPÍRITO SANTO III - III IV - VVI - Módulo Fundamental: Roteirização. Pregar com Sinais e Prodígios. SILVA. José H. Apostilas MACHADO. RCC – Novo Milênio vol. SOUSA. São Paulo: Canção Nova. 2. Porto Alegre: RCC Brasil. Prado. PEDRINI. Aprofundamento da Mensagem. 2. Arautos da Salvação. módulo 2. Oratória Sacra: Verbalização. A importância da Palavra no grupo de oração. Pregador ousado. Aparecida: Santuário. Col. Pregação inspirada. Andrade. Col. In: ______. RCC – Novo Milênio vol. Verbalização. Oratória sacra: Roteirização. 7. 59-65. Oratória Sacra: Roteirização. São Paulo: Loyola. o Cantor. In: _______. Uma metodologia que facilite a docilidade ao Espírito Santo para pregar com simplicidade sem perder a ciência e aplicar a metodologia sem extinguir a unção. São Paulo: Loyola. 8. Módulo Bíblico: Leitura Bíblica. São Paulo: Dispa. Ronaldo José de. Saiba participar de grupos carismáticos. Col. Palavra viva. 2000. Aparecida: Santuário. 2009. ed. Módulo Espiritualidade: Ardor Missionário. Voz e unção. 2010. vol. Grupo de oração: um tesouro de Deus. Lectio Divina na missão do Pregador. A palavra de Deus nas reuniões de oração. SILVA.9. São Paulo: Canção Nova. 1. SILVA. Paulo Apóstolo. O perfil do pregador nas cartas Paulinas. Dercides Pires da. 1996. SILVA. Lázaro Praxedes (Org. 2. ed. o Intercessor. Porto Alegre: RCC Brasil. Col. 2005. Doutrina e documento à serviço da mensagem. Formação de pregadores. Tradição da Igreja.). São Paulo: Dispa. 2009. ed. Oratória sacra: Roteirização. Vol. Taciano J. FLORES. 2005. Vol. 25. Pregador ungido. 1. Dercides Pires da. Encontro para formação de coordenadores. São Paulo: Dispa. Coleção RCC Responde. o Pregador. Dercides Pires da. Módulo Geral: Se Eu me Calar as Pedras Falarão. Aparecida: Santuário. O Poder da Palavra de Deus. Dercides Pires da. Helena L. Onde buscar a Mensagem bíblica. Porto Alegre: RCC Brasil. Rios e outros. ed. SILVA. Os Carismas na pregação. Pregador Ousado. Formação de pregadores. ed. Módulo Doutrina: Fundamentos teológicos do carisma de pregação. Pregador Ungido. Dercides Pires da. vol. 2005. SILVA. 16 . mas estava desorganizado ( ) Não. 17 . HOUVE INTRODUÇÃO. mas com algumas deficiências ( ) Não. Estava confusa. DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO? ( ) Sim ( ) Sim. FOI REALMENTE BASEADA NA VIA CORETA? ( ) Sim ( ) Sim. O TIPO DA MENSAGEM FOI CLARAMENTE OBSERVADO? ( ) Sim ( ) Sim. de aprofundamento: _________________ Postura do pregador: ____________________ Conhecimento do pregador: ______________ AVALIAÇÃO . mas com algumas deficiências ( ) Não. Pessoal: ________________________ Apres. Utilizou outra via.ROTEIROS DE AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO – ESCOLA DE PREGAÇÃO Pregador: Tema: Tempo: PONTOS POSITIVOS PONTOS NEGATIVOS Apres.Dinâmicas Nome: Recurso utilizado: Tipo de Mensagem: Mensagem: Via utilizada: Técnica utilizada: Tempo: FOI CLARAMENTE COMPREENDIDA POR TODOS? (Comunicar só uma mensagem e não uma mistura de mensagens ao mesmo tempo) ( ) Sim ( ) Sim. Tema: __________________________ Motivação: ____________________________ Idéias claras: __________________________ Boa leitura: ____________________________ Organização: __________________________ Exemplificação:_________________________ Inovações: ____________________________ Distribuição do tempo: ___________________ Téc. mas com algumas deficiências ( ) Não ficou claro. 3.2. Objetivo: Apresentar Jesus como libertador do pecado. força de Deus 2.1.4. Como Perseverar 2. 19. Necessidade de perseverar 2. 9-10. 4-5. 23. 33. Paixão de Jesus 2.6. Gn 1. Dt 18. 14-15. 8. 18 Vida em comunidade 1. 34. Espírito Santo Objetivo: Apresentar a promessa do alto. Gl 2. Hb 11. Ef 4. Jesus já nos salvou 2. Hb 9. Fl 2. Ressurreição de Jesus 3. 22-24. Jesus é a última aliança 2. Is 54. Espírito. At 2. Passagens Sugeridas: Rm 12.5. Hb 4. Objetivo: Inserir-nos no plano de salvação e colocar nossa resposta pessoal diante do sacrifício e ressurreição de Jesus. At 19.16. Tópicos: 2. Ef 5.3. Amor eterno 2. incondicional. Jesus Salvador 1. aceitando-o como Senhor.2.4. 9. 2. Passagens sugeridas: Lc 23.1. 19-21. Integrar a pessoa à comunidade.4.3.2. a força para que o cristão consiga viver a fé e a conversão. Passagens Sugeridas: Ef 2. 2-3. frisando sua paixão e dando especial ênfase para sua ressurreição. Tópicos: 2. dono de tudo o que somos e temos. Efusão 3. 3.7. 2. Pecado e suas conseqüências Objetivo: Mostrar o grande motivo pelo qual não conseguimos sentir o amor de Deus e ficamos tão infelizes. Apresentar um pouco de sua história. Alianças 2. 16-17. 1. Promessa para hoje 2. Amor ilimitado 2.5. 2. 16. 12. Jr 31. Rm 5. 15. Deus vem ao encontro do homem 2. Jo 16. Tópicos: 2. Rm 7. 17. o Espírito que Jesus deixou. 1. 10-11. Deus é amor 2. Objetivo: Falar da necessidade de caminhar com passos firmes em direção à Deus. Gl 5.2. Mc 1. Amor incondicional 2. 46-52. I Jo 4.2. fonte única de salvação e última e eterna aliança. A mudança é fruto da Experiência com Deus 2.6. O Espírito Santo no Antigo Testamento 2.4.1. 9-14. Rm 3.5. Tópicos: 2.3. Rm 1. O pecado gera a morte. A fé causa em nós a conversão 2. 1-5. ser o nosso Senhor 3. 36. Amor como o de um pai 2. Jesus que cuidar de toda a nossa vida. II Cor 5. 2. Espírito como santificador 2.1. 23. É necessário ter fé / o que é fé 2. Integrar-se ao grupo de oração. At 13. 10. Mostrar a conversão como gesto natural do coração que foi tocado por Jesus.4. 3.QUERIGMA – AUXÍLIO PARA PARTICIPANTES (OPCIONAL) Amor do Pai Fé e Conversão / Senhorio de Jesus 1. A promessa do alto 2. Tópicos: Dificuldade em sentir o amor de Deus O que é o pecado O pecado nos separa do amor O fruto do pecado Não podemos nos livrar sozinhos Passagens sugeridas: Rm 6. de começar uma vida de constante conversão. Importância da comunidade 2.7. At 2. Tópicos: 2. sendo um amor perfeito e profundo. 38. Jo 3. Is 59. Deus te ama 2. Mc 10.3. Rm 10. At 2. 8. . 1-2. Jr 31. Ez 36. 19. 14-15.1.6. 27. 17. Objetivo: Identificar o amor de Deus como uma necessidade para os homens. Pentecostes – os apóstolos e nós 2. Is 43. Plano de Deus Passagens sugeridas: Is 49. 44ss. Passagens Sugeridas: Jo 16. 24. O pecado é o grande causador de nossa tristeza e não Deus. 13-15. compartilham a missão de todo o povo de Deus na Igreja e no mundo. Já que é realmente característico do estado leigo viver em meio ao mundo e aos negócios seculares. sob a coordenação de Paulo Blanco. profético e régio de Cristo. Para tanto. a seguir. especialmente no intuito de motivar o desenvolvimento de pregações criativas por parte dos formadores. participante do múnus sacerdotal. de maneira a dar com a sua ação neste campo claro testemunho de Cristo e a ajudar à salvação dos homens. 16. Muito deste material foi escrito a partir da apostila de formação de pregadores elaborada pela antiga Secretaria Pedro Estadual do Paraná. é preciso ser íntimo de Deus. Jo 15. por sua vez. Ao ser íntimo de Deus. elaborados a partir da síntese do material disposto na bibliografia sugerida. são eles chamados por Deus para. de sacerdote. 20). não por méritos nossos. exercerem o apostolado a modo de fermento no mundo” (Lumen Gentium 31) O Batismo concede ao cristão uma tríplice dimensão. Aos apóstolos e aos seus sucessores foi por Cristo conferido o múnus de. Somos chamados a atuarmos como colaboradores de Deus. Os leigos. O Chamado Recebemos um chamado de Deus. para sermos como Ele (Gl 2. I Sm 16. em nome e com o poder d’Ele. 13-14.2 Roteiros das pregações de formação Apresentaremos. somos chamados a ser: Sacerdotes (para estar com Deus): Precisamos estar com Jesus. quando se dedicam a evangelizar e santificar os homens e animar e aperfeiçoar a ordem temporal com o do Evangelho. pequenos roteiros referentes às pregações de formação. o pregador: 19 . ensinar. mas unidade de missão. santificar e reger. 2). abrasados no espírito de Cristo. 7b). II Tm 4. mas por vontade dele (Mc 3. Realizam verdadeiramente apostolado. Assim. Frisamos que são somente resumos. “Existe na Igreja diversidades de serviços. O CHAMADO DO PREGADOR E SEUS OBSTÁCULOS Nós somos chamados a Falar em nome de Deus (Rm 10. profeta e rei. Obstáculos na vida do Pregador Enfrentamos muitos obstáculos que nos impedem de aceitar o nosso chamado. 15). Porém. devemos nos lembrar do célebre exemplo – há muitos pregadores que falam grandes verdades como se fossem mentiras. 11-16): complexo de inferioridade Moisés (Ex 3. Foi-nos confiados carismas para fazer o que Ele fez. a exemplo de alguns personagens bíblicos: Isaías (Is 6. atuar nele. não é imitando a outra pessoa. 1-9): impureza Jeremias (Jr 1. 10): incapacidade (Ex 4. Trabalhamos impulsionados pelo mesmo Espírito de Deus (Jo 20. Reis (para agir em nome de Deus): Devemos agir em seu nome. em especial a incredulidade. de Eliseu e Elias – I Ts 1. Profetas (para falar em nome de Deus): Consiste em falar d’Ele (Mc 16. 42). b) supera as dificuldades. 13): omissão 20 . c) busca a comunhão. através: dos sacramentos. que nossa pregação vai obter frutos (cf. e há muitos artistas que falam grandes mentiras como se fossem verdades. A evangelização é uma ordem de Jesus. 4-10): imaturidade Gedeão (Jz 6. 21-22). 13): ignorância (Ex 4. A meta do evangelizador é viver o que a Samaritana ouviu: já não é por causa da tua declaração que cremos. Somos chamados a instaurar o Reino de Deus. por maior e mais capaz que seja. anúncio da Boa Nova.a) desenvolve laços de confiança com a Trindade. dos estudos (Bíblia. contemplação. 5). 13): ignorância (Ex 3. A pregação é uma necessidade no plano de Deus. 11): desmotivado (Ex 3. ex. documentos e livros). da oração (meditação. adoração). Porém. mas nós mesmos ouvimos e sabemos ser este verdadeiramente o Salvador do mundo (Jo 4. Exemplo de chamado e ir além: At 16. passar por lugares onde nunca havia estado. é sim acertar sendo você mesmo. Deus o considerou apto para libertar seu povo e conduzi-lo à terra prometida.IR ALÉM Muitos pregadores fazem pregações muito desacertadas não por falta de qualidades. 2. escolhendo os melhores exemplos. o pregador tem que levar as ovelhas para além do deserto. Quem não cruzou o limite do convencional não pode levar o povo à aliança. Chegar ao novo. dando tempo para que a pregação caia no coração antes de se exteriorizar. o que implica em colocar sua inteligência à disposição do Pai. 21 . compreender a revelação. Ir além não significa imitar quem está acertando. Precisamos sair daquilo que é cotidiano. Não conseguem mergulhar na mensagem. sem medo de ser guiado por Deus para lugares nunca antes visitados. pensando nas melhores palavras. e principalmente. conhecer sua história: Ex 3. O bom pregador não se repete sempre o mesmo. Quando Moisés ultrapassou o horizonte do cotidiano. você é você. 1. saber chamar atenção das pessoas. Sair do cotidiano. 3. mesmo continuando com o mesmo conteúdo. criar um próprio estilo. que sempre vimos e aprendemos. Ir além significa dar o melhor que tem para Deus. 6-10. Para aprendermos a ir além. Através da pregação. mas porque não sabem ir além. para colocá-la em simples palavras para o povo. precisamos ser ousados. Lembre-se: Você não precisa ter o estilo de grandes e conhecidos pregadores. Quando decidiu-se por ir além. mas sempre pergunta como poderia pregar isto de forma diferente? É como um produto que. Nossas pregações devem ir além. Deus concedeu-lhe maravilhas. se for o caso. vamos seguir os passos de Moisés. cruzar o limite do convencional. 1-9 Moisés cumpria todos os dias a mesma rotina. troca de embalagem para que possa vender mais. 7. Paciência 5. sal de menos deixa a comida sonsa. Zelo pelo Evangelho 22 . Humildade Não é ciumento. aquele que simplesmente transmite as ordens de Jesus. O pregador é o homem das bem-aventuranças Possui um coração de pobre. Membro do corpo místico de Cristo 12. Inserido na realidade do seu povo. Equilíbrio Jesus nos chamou a ser sal da terra (Mat 5. O pregador fala a Verdade A face do pregador é marcada pelo amor a verdade. Quem é o pregador? A palavra pregador vem do radical grego “KERYX” que significa ARAUTO. justo. Tem consciência de quem ele serve e de que a glória é do Senhor. Responsável Com compromisso assumidos / Pontualidade / Preparação e Oração da pregação. sem fachadas de cristão. 2. e nas nossa pregações. principalmente em temas difíceis. pois. que se colocam numa possível de dúvida. É a descrição de alguém em traços rápidos. O pregador usa os carismas 11. é aquele que chora. sem soberba. anunciava a guerra e proclamava a paz. na idade média. Abandono / Pessoa de fé Fé inabalável. desapegado das coisas do mundo. pois o sal dá gosto a comida. madura. 8. manso. A pregação precisa ser autêntica. ou seja. um mensageiro do Rei Jesus. de nossa boca precisa fluir a verdade. 10. É inconcebível que se coloque para pregar pessoas que têm restrições a dogmas da Igreja. e sal de mais torna impossível comê-la. 9. mas também sem falsa humildade. CARACTERÍSTICAS DO PREGADOR 1. E é isso que o pregador é. perfil é o contorno do rosto de alguém visto de lado. Intimidade com Deus 6. era o oficial que fazia publicações solenes.O PERFIL DO PREGADOR O que é perfil? Segundo o dicionário. pregadores que não aceitam totalmente a doutrina Católica. Ter testemunho de vida. misericordioso e àquele que sofre calúnias e é perseguido por causa de Jesus. eram mensageiros do rei.13). 3. 4. Arauto. 23 . 13. homem de oração.Dom do espírito santo. faz o coração do pregador arder de desejo de pregar a tempo e a destempo. abertura aos dons. dócil ao espírito. esse Dom jamais deixa o pregador ficar calado. tinha senso de comunidade. linguagem precisa. sempre viveu em comunidade. dócil ao espírito. 24-28. obediente ao Pai. Paulo: Conhecedor das escrituras. fidelidade exemplar. Experiência pessoal Exemplos de Perfil Jesus: Tinha autoridade. fé inquebrantável. Apolo: Atos 18. Mostra o amor a palavra. que o próprio Senhor me faça dócil e atento ao seu chamado. Ser conduzido e fazer com que eu não dirija meu ministério mas.1 – Luc 24. 5. Apóstolos antes e depois do Pentecostes! Jesus nos dá o ES Você e eu antes e depois do Batismo no ES Barreiras que impedem a ação do Espírito Santo. Ex: Mt 4. vigilante na oração e vencendo os empecilhos à ação do Espírito Santo. porque faz a vontade de Deus. buscando fazer a Sua vontade. 2.PREGADOR CONDUZIDO PELO ESPÍRITO SANTO O pregador que é conduzido pelo Espírito Santo é feliz e eficaz. Buscar os Sacramentos. Vida de Oração.1-6 Somos templos do Espírito Santo de Deus. Pecado. sempre vigilantes. sempre à anunciar a Boa Nova de Jesus. 25 Ser indignado – Ter paz inquieta (Jesus no Templo – Fariseus). Renunciar ao Pecado e reconhecer-se pecador – Jo 16. Mc 11. Demônio .23-24.13-17 – Fé verdadeira que Deus te deu. At 15. a inspiração e a revelação Com fé e obediência . 6-10.27 Natureza Humana X Meio Social. De revelação em revelação. De inspiração em inspiração. perda de unção. Ser e querer ser testemunha de Jesus – At 4. buscando a santidade para que o Senhor possa usar-nos da melhor forma.AT 19.9 Andar na Fé . 16-22 Pedir – Luc 11. tristeza. saber que o mesmo Espírito que agia nos Apóstolos está em nosso coração. sempre pronto a servi-lo. 14. falta de entusiasmo. que temos de estar dóceis a voz do Senhor. Como acolher a moção.Diretamente – IPed 5. 24 .Fé Heb 11. Método Prático De moção em moção. 13 Perdoar – Mat 6. apatia. temos que ter essa consciência e nos despojar. Requisitos para ser conduzido Estar Cheio – Permanecer cheios. 26-40.49 – At 1. 1-4. Indiretamente – Ef 4. etc. Como ser conduzido Exemplo dos Apóstolos At 8. 28.8.8. mornidão. At 16. Subitem 1: Vivemos uma história de desamor.ESTRUTURA DO PLANO DE PREGAÇÃO I Os passos para uma pregação são: 1º) orar. 4º) organizar o que foi discernido e definir um tema. 2º) anotar tudo o que foi revelado. pastoral a que pertence. escolhemos algumas palavras chaves que norteiem a pregação e estejam intimamente ligadas a ele. 3º) discernir o que vem de Deus. a partir dela as pessoas vão escolher se continuam ouvindo ou não a nossa pregação. “Amor incondicional” e “Plano de Amor”. dentro das palavras chaves. escolhemos subitens. 8 Conclusão retomar palavras chaves tirar dúvidas. idade. com mais de uma passagem que fundamente seu conteúdo. Motivação: dizer algo que motive as pessoas a continuarem nos ouvindo. Col. para pregações com um conteúdo mais extenso. Colocamos as palavras-chave. Ex. 8. I Jo 4. 16. Subitem 3: O amor mais profundo e verdadeiro vem de Deus. Desenvolvimento Baseia-se em palavras chaves. Paulo Apóstolo. Como organizar? Com uma Estrutura do Plano de Pregação. extraída do livro Formação de Pregadores. Estrutura I – usada geralmente para pregações um pouco mais longas. paróquia. tempo de grupo. estado civil. 26). É extremamente necessária.: At 17. vol. Então. Por exemplo: se o tema é “Amor do Pai”. Por exemplo: Item: Deus nos ama. Subitem 2: Sentimos falta do amor dos outros. também chamadas de itens. colocamos uma aplicação prática do que vamos falar ou algo que desperte a curiosidade. com um objetivo claro e específico (I Cor 9. Do tema: deixar bem claro no início da pregação o tema da pregação e o que o pregador vai falar dentro do tema. fazer colocações complementares fazer o fecho e chamar à oração 25 . Normalmente. podemos escolher como palavras chave “Deus nos ama”. Dentro do tema que vamos falar. Consiste em: Introdução Do pregador: nome. dando ênfase na parte que quer fixar mais. Colocamos costumes da época. Assim. literalmente. Por exemplo. Imperativos Rumo ao final da pregação. Prado Flores. as pessoas se sentem mais chamadas a viver o que foi proposto na pregação e ficam mais abertas para a oração 7. Motivação Com o mesmo objetivo da introdução da estrutura anterior. da qual vai formar-se toda a pregação. o pregador poderia dizer: “Quem aqui faz parte da renovação há mais de 5 anos? E até 3 anos? Menos de 1 ano?” Assim conheceria mais a assembléia para qual ele vai falar. 8. colocamos um exemplo. para que as pessoas consigam concentrar-se. de José H. Acrescenta apenas uma dica: a motivação pode ser usada para conhecer a assembléia. Isso consiste em dar ordens. 5. extraída do livro Formação de Pregadores. Depois da leitura. que são desenvolvidas em torno de uma passagem principal. gradativamente. seja de via cosmológica quanto antropológica (vistos posteriormente). nos prendemos mais na parte final da passagem.ESTRUTURA DO PLANO DE PREGAÇÃO II Existem várias outras estruturas do plano de pregação. damos uma visão geral do que falamos na pregação para fixar ainda mais o conteúdo e preparar a assembléia para a oração. “Mude de vida!”. fazemos os imperativos. Aplicação As pessoas querem ouvir o que a passagem tem para nos dizer hoje e é isso que mostramos na aplicação. 4. Oração final 26 . Quem não se lembra da história dos lencinhos na pregação do amor do pai 6. Exemplificação Para que o conteúdo fique ainda melhor fixado. Neste curso. vamos nos focando no que mais está relacionado com o tema que vamos falar. “Deixe o Senhor te tocar hoje!”. nos limitamos a apresentar mais uma. O pregador deve utilizar poucos versículos. situamos o ouvinte dentro da passagem que acabamos de ler. Porém. Ambientação ou orientação Na ambientação. para a assembléia: “Se abra para o amor de Deus!”. Por exemplo. 2. dizemos “Palavra da Salvação” quando for extraída de evangelhos e “Palavra do Senhor” nos outros casos. devemos tomar cuidado para não sermos repetitivos e começarmos a pregação novamente. Dizemos como a leitura pode servir em nossa vida. apresentamos a passagem de forma mais completa e. 3. normalmente usada para pregações querigmáticas. Resumo final Da mesma forma que o anterior. se utilizamos a passagem da Samaritana e nos propomos a falar de “Testemunho de vida”. Leitura da Palavra Essa estrutura baseia-se em uma passagem principal. É importante ressaltar que a leitura deve ser feita pausadamente. 1. mas é a religião do Verbo Encarnado e Vivo (CIC 108). é tomada da Mesa da Palavra de Deus e do Corpo de Cristo. as fontes primárias do conhecimento de Deus. e para ensinar da nossa Igreja. quem a ela não presta ouvido interiormente”. Para que nós. pregadores. a Igreja sempre venerou as divinas escrituras como venera também o Corpo do Senhor. falar-lhes em palavras humanas. evitando o Iluminismo (acreditar que Deus só se revela a ele. é necessário estar com Ele. onde poderemos buscar este conteúdo são: a Bíblia Sagrada. fizeram-se semelhantes à linguagem humana. (Sto. Pão da vida. as palavras de Deus expressas por línguas humanas. 1-3 ou Apolo em Atos 18. a eucaristia. explicava-lhes o que Dele se achava dito nas Escrituras (Lc 24. tenhamos o que falar do Senhor. Aqueles primeiros que escutam uma notícia conseguem transmiti-la com mais autenticidade. do que aqueles que escutam posteriormente.O CONHECIMENTO DE DEUS E começando por Moisés. na época. 2. A Bíblia Deus quis revelar-se aos homens. A Sagrada Tradição O que é a Sagrada Tradição? É a transmissão dos acontecimentos e ensinamentos dos Apóstolos e de outros em sua geração. A Sagrada Tradição conserva toda a autenticidade e o calor do anúncio de Jesus. Ex: Paulo em Atos 17. pois dela fazem parte os primeiros que escutaram (os Apóstolos) e os outros de sua geração próxima. ao ler a Bíblia. 27 . a Sagrada Tradição. passando a ser o dono da verdade). prestar grande atenção ao conteúdo e a unidade de toda a Escritura. percorrendo todos os profetas. o Fundamentalismo (interpretação ao “pé da letra”. para que não venha a ser “vão pregador da palavra de Deus externamente. porque a nossa religião não é um livro. precisamos ter o conteúdo em nossa mente. CIC 101-103). que se apeguem as Escrituras. Em nossas pregações devemos pois utilizar da Palavra de Deus assim como os Apóstolos utilizavam o Antigo Testamento. devemos tomar o cuidado de. não se firma em “letra nenhuma”).45). ouvir Dele e aprender com Ele. No entanto. Da mesma forma que o Verbo de Deus se fez carne. A Palavra de Deus deve-se fazer carne em nós. compunha a parte disponível da Bíblia. A Igreja recomenda a leitura da Sagrada Escritura orientando aos que se consagram ao ministério da palavra (podemos colocar aqui a Secretaria Pedro). mediante assídua leitura e cuidadoso estudo das mesmas. Conforme o Catecismo. fazendo-se semelhante aos homens. (Cf. Por este motivo. Ou seja. Agostinho).24. o Sagrado Magistério e o Senso Sobrenatural da Fé 1.27). não aceitando a Sagrada Tradição) e a Livre Interpretação (ao contrário do fundamentalismo. que. Para anunciarmos o Evangelho ele precisa estar em nosso corações (Lc 6. exemplos e instituições. A divisão dos documentos da Igreja (Magistério) pode ser feita conforme a sua destinação. não ensinando senão o que foi transmitido (CIC 86). os escritos fiéis. defesa da fé. entre outros. etc. mas a serviço dela. Gregório Magno e S. Puebla. os quais meditam em seu coração. a santificação do Domingo. de S. O Magistério da Igreja são os bispos em comunhão com o sucessor de Pedro. b) por escrito: os apóstolos e varões apostólicos que. quer seja por tratarem de problemas atuais. a Santa Missa. Mc 16. haverá o senso sobrenatural da fé. sob inspiração do Espírito Santo. aprovação eclesial. Compreende-se o conjunto de ensinamentos da Igreja. quer seja por expressarem a tradição apostólica. destina ao nosso continente (ex: São Domingos. Estes documentos são importantes fontes de conteúdo de pregação. isto é. a quatro princípios: fidelidade doutrinária. O Sagrado Magistério Palavra derivada do latim “magister“ que se traduz por mestre. 45 e 54). O Magistério da Igreja considerou Sagrada Tradição.). Quanto a antiguidade. Senso Sobrenatural da Fé Havendo um consenso universal sobre as questões de fé e costumes.15). Este senso é adquirido “pela contemplação e estudo dos que creêm. para defender a fé de elementos estranhos a sua pureza (heresias). que chegaram até nós por meio da Tradição. em linha sucessiva. emitidos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB (ex: Doc. assim. repassado principalmente através de documentos. ocorreu de duas maneiras (CIC 76): a) oralmente: pregações. a eles transmitindo o seu próprio encargo de Magistério (DV 7). antiguidade e santidade do autor. há os destinados: à Igreja Universal – para toda a Igreja (ex: CIC. e a Igreja no Brasil. etc. são considerados escritos até o século VIII. à luz do Evangelho. puseram por escrito a mensagem da salvação. Somente na Igreja Católica está a plenitude dos meios de salvação. e para que o Evangelho sempre se conservasse inalterado e vivo na Igreja. sob a direção do Magistério da Igreja.). São considerados também os escritos dos chamados “Padres da Igreja” ou “Santos Padres”. emitidos pela Conferência Episcopal da América Latina – CELAM. por trazerem a fiel interpretação da Sagrada Escritura e da Sagrada Tradição. 3. devoções como o Rosário. os Apóstolos deixaram como sucessores os bispos. naquilo que chamamos apologética. Encíclicas do Santo Padre. A transmissão do Evangelho. Compêndio do Vaticano II. Estes padres escreveram na maioria das vezes. é em especial a pesquisa teológica que aprofunda o 28 . como os Sacramentos. 4.Esta transmissão foi ordenada pelo próprio Jesus (Cf. João Damasceno. ou ainda. à Igreja Latino-Americana. segundo a ordem do Senhor. Importante ressaltar que o Magistério não está acima da Palavra de Deus. o bispo de Roma (Papa). Pela íntima compreensão que os fiéis desfrutam das coisas espirituais.conhecimento da verdade revelada. 29 . as palavras divinas crescem com o leitor” (Catecismo 94 – citações). etc. 30 . para utilizarmos em nossa pregações ou ensinamentos. ter com a formiga. ou seja. flores. que tira carne do seu próprio peito para alimentar seus filhos. O pregador é chamado a buscar na natureza a revelação da existência de Deus. c) Reino animal: são todos os seres vertebrados ou invertebrados.6: Vai. árvores. calcário. Podemos denominar estas vias de fontes auxiliares do conhecimento de Deus. passaremos a estudar. terra. pode ser comparada aos estudos de um adolescente. maremotos. que é um incômodo grão de areia. encontro do rio Amazonas como Oceano Atlântico. tão bela. etc. observa seu proceder e torna-te sábio. terremotos. trepadeiras. mas no futuro lhe será de grande valor. ó preguiçoso. Através destas vias encontraremos excelentes modelos para exemplificar nossas pregações. como origem e fim do Universo. O ponto de partida para descobrirmos estas provas está na criação: o mundo material (via cosmológica / natureza) e o ser humano (via antropológica / homem). tais caminhos não são provas no sentido que as ciências naturais buscam. que muitas vezes o incomoda. mamíferos ou não. Exemplo: o pelicano.19-20). que deu sua própria vida por nós e sua carne como alimento na Eucaristia. sobre cada uma. Exemplo: a pérola que se forma dentro da ostra. é um modelo a ser seguido: não devemos desviar nosso olhar do grande Sol que é nosso Deus. d) Fenômenos da Natureza: exprimem também o conhecimento de Deus. O Caminho da Natureza A natureza. São os ventos. b) Reino vegetal: as plantas em geral. 1.PROVAS DO CONHECIMENTO DE DEUS O Catecismo ensina que há certas vias (caminhos) que comprovam a existência de Deus. um pouco. Porém. tornado. Como ensina Provérbios 6. exemplifica claramente Jesus. Por isso. eclipses. Exemplo: o girassol. Exemplo: o fenômeno da “pororoca”. (cf. etc. rochas. todos os animais. água. Rom 1. mas no sentido de “argumentos convergentes e convincentes” que permitem chegar a verdadeiras certezas (CIC 31). que está sempre voltado para o sol. como nosso encontro com Deus: nosso fim é o seio da imensidão de Deus. tempestades. sal. é uma grande demonstração da grandeza de Deus. vulcão. A natureza é divida pela ciência em reinos: a) Reino mineral: que são pedras (preciosas ou não). Alegre. filmes. livros de santos. Caminho do Homem O homem em si mesmo e universo a ser descoberto e o qual revela Deus. alimentação. Breve e Centrado em Cristo. “. os lírios do campo. vestuário. o grão de trigo. etc. É um conjunto de vida e suas condições: habitação. transformando estas vias em mensagens de denúncia ao pecado ou de edificação para o povo de Deus. conhecimentos da Medicina. documentários. obs. lendas e contos.21).examinai tudo e abraçai o que é bom. é a história da humanidade que está se realizando em nossos tempos – fontes para estudo: jornais. a pérola preciosa. a rocha. entre outros. o grão de mostarda. ou seja. o testemunho é muito importante na pregação querigmática. fatos. a quem não vê. da Matemática. revistas. a quem vê. como a dona de casa que perdeu a moeda. Também podemos utilizar fatos da vida. o vento e outros. (Jo 4. pesquisas antropológicas. Podemos meditar. Somos à sua imagem e semelhança. Podemos citar como fonte de estudos. e) Na história pessoal: Sua história. é uma grande ilustradora daquilo que você prega. Essa via reúne várias áreas comuns que envolve o homem. da Geografia. os pássaros do céu.20).. músicas e danças tradicionais. d) Na história atual: entra aqui tudo sobre os acontecimentos atuais. utensílios e instrumentos diversos. dentro da via antropológica. podemos citar as ovelhas e o pastor. livros de história. costumes e leis. da Teologia entre outras. vejamos: a) No organismo humano: deve-se ter acesso a livros de anatomia. genética e outros. o seu próprio testemunho. alguns pontos. a água. Descobrir Deus no homem é o caminho mas fácil para chamá-lo de Pai: quem não ama seu irmão. fisiologia. porém precisa alcançar seu objetivo. noticiários. da Sociologia.. c) Nas ciências modernas: utilização dos recursos científicos e tecnológicos de nosso dias: descobertas da Psicologia. artes e religião. Você já meditou na natureza e dela retirou mensagens? 2. Seja. b) Na história universal: aqui abrange: personagens. livros. para tirar exemplos na pregação ou ensinamento. de preferência. 31 . sendo: ABC.Jesus usou e abusou dos exemplos da natureza. citada por Jesus.” (ITes 5. o mar. é incapaz de amar a Deus. áreas estas que o analisam com base nas características biológicas e culturais dos grupos em que se distribui. do nosso dia-adia. acontecimentos. épocas. língua.: Devemos tentar perceber o lado positivo e negativo da história. lojas. tudo é material para sua próxima pregação. que Deus já realizou. ou seja. Ele brincaria. E nós. poderia deixá-la ali no cantinho. chutaria. e se Ele não quisesse nada com a bola. os lugares que vê como bares. Os anúncios e os nomes que lê pelos caminhos. clubes. Nós somos assim? Conclui-se. Quando quisesse chutar. Santa Terezinha do Menino Jesus dizia que gostaria de ser uma bola para que quando o menino Jesus quisesse brincar.tenha o objetivo de construir a conversão dos ouvintes. queremos sempre estarmos nas mãos de Deus. seja de um processo acabado. que o pregador não pode passar distraído pelo caminho. 32 . a sua disposição para fazermos o que ele quiser? Ser bola e ser objeto e a disposição do seu dono. Basta ter atenção e dedicação. que ela continuaria sendo a bola do Menino Jesus. assim. são mensagens do próprio Deus e ricos de contéudo. Milagres Sarça Ardente (Ex 3. Visões. Maria e Isabel. Discursos Muitos dos discursos da Bíblia. Extrai mensagens novas e apropriadas a cada caso. antes de transmitir a palavra ele é um caçador da palavra e quando a encontra aplica a si mesmo e depois transmite aos demais.1-4). Ex: Mc 1. Pedro e Jesus. Ex: Gen 4. de Pedro. Oração Uma das mais belas formas de falar com Deus. 33 . Semeador – Mt 13. Perguntas São inúmeras as perguntas que encontramos na Bíblia. Por que a sarça ardia e não se consumia? O comunicador deve contemplar os milagres e perceber o que Deus está falando através deles. Ex: A guerra de Israel contra os amalecitas nos mostra a importância da intercessão. Filho Pródigo. Abraão. Revelações feitas a Abraão. Lugares Cidades. Ex: Tu me amas? Por que me Seguem? Por que choras? Querem me deixar? Dialógo Ex: Jó e os amigos.ENCONTRANDO A MENSAGEM NA BÍBLIA O pregador em primeiro lugar. 1-9. Jesus nos disse que o Espírito Santo nos recordaria tudo o que Ele nos disse. Eva e a Serpente. Ex: Moisés. na palavra. mas para recordar é primordial que exista antes na nossa memória. Davi. Sonhos ou Revelações Ossos Secos (Ez 37. por exemplo. Guerras Apesar da forma cruel.22-26) Personagens Estudar sobre a vida de todos os personagens bíblicos que nos são colocados na Sagrada Escritura. É importante que nos apresentemos a Deus com as nossa talhas cheias de água e com os nossos 5 pães e dois peixes.29 a sinagoga e a casa de Pedro. 1-10). Maria Madalena. Veremos a seguir. povoados.24-30 – Pedem a Deus coragem. etc.26 – o primeiro – At 4. nos mostra a luta diária contra o mal. Sonho de José. formas de se encontrar. diz que Moisés parou para contemplar o espetáculo. O comunicador não se atém ao óbvio e elementar expresso nas parábolas. a mensagem de Deus: Parábolas No Evangelho temos 38 parábolas. templos. Ex. e então extrairmos a mensagem. Ex: (Mc 8. Devemos sempre transportar os ouvintes dos milagres para tempo presente. que o homem fez a Deus e vice-versa. É uma maneira de chamar a atenção do ouvinte. Seja. 34 . o seu próprio testemunho. 5) Repetição: O pregador repete um trecho bíblico. Aquela que melhor se sobressai é a que melhor se adapta a mensagem e ao pregador. é muito importante que ele avalie outro pregadores e treine suas pregações (crivo) antes de pregar. Elas devem ser utilizadas para reforçar o tema. 6) Não dar todas as resposta: É quando o pregador leva o ouvinte a mergulhar em si mesmo e buscar a resposta dentro do seu coração. Alegre. Além disso. sendo: ABC. Dizer que Deus o inspirou de última hora pode ser uma desculpa para a falta de escuta de Deus e até mesmo pela falta de tempo para preparar a pregação. seja de um processo acabado. de preferência. de expressão corporal. o pregador deve estudar muito sobre o assunto. o pregador deve escutar a palavra de Deus durante o seu dia. deve estar atento a situações. que Deus já realizou. 3) Praticar: Assim como um atleta que treina. 2) Parábolas ou Alegorias: Tratam-se de histórias fictícias com um fundo moral. Alem disso. alguns pontos essenciais para utilizar as técnicas: 1) Ter a mente imbuída do assunto: Antes de pregar. ou seja. mas aquela que aborda tudo sobre aquele \único assunto. aumentando alguns diálogos ou situações com linguagens atuais. Sua conclusão deve ser sempre positiva e voltada para Cristo. Técnicas: 1) Testemunho: Muito importante na pregação querigmática. Esta técnica deve ser usada com muita sabedoria para não danificar a mensagem. utilizando-se. Breve e Centrado em Cristo. Todos os pregadores usam algum tipo de técnica. por exemplo) de maneira que o ouvinte possa sentir-se no local do acontecimento. Quando o pregador é fiel ao tema. 8) Descrição: É descrever detalhes de uma situação (bíblica. 3) Cachoeira: Trata-se de uma técnica em que o pregador vai expondo a mensagem sem interrupções.TÉCNICAS DE PREGAÇÃO Técnica é o modo pela qual o pregador vai falar a mensagem. de maneira que caiam direto ao coração do ouvinte e não deixa tempo de raciocínio. uma frase que talvez tenha passado despercebido mas que deve ficar gravado no coração do ouvinte. 7) Aguçar a curiosidade: Muito usada na motivação inicial. Antes. tenha o objetivo de construir a conversão dos ouvintes. 2) Fidelidade ao tema: A melhor pregação não é aquela que aborda todos os assuntos. principalmente. testemunhos e acontecimentos que podem ter relação com o tema. está sendo fiel ao chamado de Deus e evitando que as pessoas se dispersem e não gravem a mensagem. 4) Dramatização: Significa comunicar uma passagem ou trecho bíblico. porém precisa alcançar seu objetivo. recorrendo ao apêndice. 11) Quebra brusca de pensamento: É quando o pregador quebra uma linha de raciocínio para causar impacto nos ouvintes. podemos descobrir com o auxílio do Espírito Santo outras técnicas que. podemos não entender o significado verdadeiro. 10) Narração: É quando o pregador verbaliza acontecimentos da história da salvação. estádios... Ex: Trevas x Luz.Ele já te salvou”. Técnicas para aprofundar o entendimento da mensagem: através destas técnicas. havendo somente a narração dos pontos mais importantes da passagem. dinheiro. Abismo x Céu. prata) convertidos para o dia de hoje. No apêndice bíblico podemos encontrar alguns mapas com a maioria destas localidades e nos atentar para pontos importantíssimos.. Geografia Bíblica: Tanto o antigo como o novo testamento sempre nos situam da cidade ou local a que se refere.. da língua portuguesa.. Além destas. 35 .. assim entenderemos melhor o porque daquele versículo e o verdadeiro sentido da mensagem. se adequadas a nós e à mensagem..9) Histórias: O pregador auxilia-se de fatos verídicos como.. vermos que um talento equivalia a 36Kg de ouro. É necessário portanto.. podemos verificar que Maria percorreu uma distância de 150Km. podem auxiliar e muito na ação de Deus no coração de nosso ouvintes. Conversão de Valores: Neste apêndice podemos encontrar também os valores citados na palavra de Deus (talento. Esta técnica é muito utilizada para grandes trechos da bíblia. aproximadamente. Ex: Maria ao visitar sua prima Isabel. para se situar com o local. gregos ou latinos. Contexto: Verificando apenas um único versículo da passagem. por exemplo. muitas vezes.. Tristeza x Alegria. Opostos: O pregador pode utilizar-se de palavras contrárias para fixar ainda mais a mensagem.. o pregador leva o ouvinte a mergulhar nas riquezas despercebidas das passagens bíblicas: Significado das palavras: O pregador recorre à origem. Para isso.. por exemplo.. por exemplo.. a verdadeira definição de determinada palavra e o que ela realmente quer dizer naquele contexto.. como por exemplo. à época etc. É importante sempre citar o negativo primeiro e encerrar com o positivo. Nos espantaremos quando. recorrer a todo o contexto bíblico daquele capítulo ou livro... etc. a situação. Por exemplo: “Jesus não vai te salvar. a distância entre um local e outro. da Igreja primitiva para reforçar ainda mais a mensagem. recorre-se a dicionários bíblicos. dos Santos.. etc. etc. e agora precisam assimilar sobre sua doutrina. anunciar São basicamente as pregações da Experiência de Oração Amor do Pai. Não existe compromisso sem serviço. Ex: Sacramentos. obras de misericórdia etc. a) Espiritualidade: Leva a uma comunhão mais íntima com Deus. b) Compromisso: Traz uma dimensão horizontal. Fé e Conversão. Temos duas linhas: Linha do Amor (relações fraternas. reter Trata-se do ensino gradual da nossa fé e razões Se divide em Doutrinária e Apologética Doutrinária  Para pessoas que já conhecem a Jesus. Somos instrumentos de Deus para que ele alimente o seu povo com o pão da palavra. nos leva ao serviço com os irmãos. situações desanimadoras. Vida Nova (Perseverança ou Comunidade Cristã). Imagens. levanta os caídos. mas sim o que nosso irmãos precisam ouvir. Senhorio de Jesus. Pecado. Espírito Santo. Ex: Existência do Purgatório. à adoração. Essas mensagens devem estar muito bem fundamentadas dentro da Palavra de Deus e deve ser interpretada à luz do Magistério da Igreja. Mensagem de Perseverança Aborda temas que dizem respeito à fragilidade humana que buscam a Deus como refúgio e proteção. não para ser discutido mas para o conhecimento. paciência. Fortalecimento e Contrição.TIPOS DE MENSAGENS Mensagem Querigmática Mensagem de anúncio A palavra Kerigma significa proclamar. Se divide em 4 tipos: Espiritualidade. perdão. Apologética  Tem a função de esclarecer para as pessoas pontos polêmicos dentro da doutrina. provações. Sagrada Escritura. Não comunicamos o que bem queremos. (Eu e os irmãos). Compromisso. Mensagem Catequética Mensagem de ensino A palavra Catequese significa ensinar. Moral. contemplação a Deus. Claro que para esse tipo de pregação deve-se observar bem o público ouvinte. Sacode as pessoas que possam estar meio mornas no caminho de Deus. tribulações. Salvação. d) Contrição: Fortes exortações para aqueles que esfriaram. que abandonaram a caminhada. recorda que dependemos Dele. bondade e a Linha do Apostolado (ministérios.) c) Fortalecimento: São usadas para momentos difíceis. Virgindade de Maria. 36 . se possível. É denso em conteúdo.COMUNICANDO A MENSAGEM É necessário antes de entrarmos nos objetivos da pregação. jejuns. acessórios (brincos. Busque também o sacramento da confissão antes da pregação. 1. 6. Discurso Político – Todos conhecemos. Durante o Anúncio 37 . do grupo ou do evento em questão. ore junto com eles. pulseiras) e falta de higiene em geral. Palestra – Pouca formalidade. Discurso Acadêmico . 3. anunciar a Boa Nova. Valoriza a técnica. recomenda-se um mínimo entre trinta e quinze minutos. O conferencista não tem a preocupação de dialogar com os ouvintes. Horário: Conversar sempre antes com a pessoa que o convidou. Apresentação Física: Roupas adequadas. É importante ressaltar que cabe primeiro ao pregador preocupar-se com uma boa evangelização. cura. Conferência – Discurso didático. se informar sobre a realidade das pessoas. O Orador não precisa esforçar-se para dialogar com seus ouvintes. Cuidados com maquiagem. Pregação – É o ato de pregar. se necessário. Ensino – É um dos métodos mais eficazes de se transmitir conhecimento. prodígios e milagres são obras do Espírito Santo. Prima pela persuasão. B) Mediato – É conseguido com a obtenção do objetivo imediato. barba etc. transmitir conhecimento literário e científico. prodígios e milagres durante a pregação. dons. Esta proclamação é dotada de alguma disciplina. O discípulo. proclamar a Boa Nova de Jesus. Tem por objetivo ensinar. quando prega. Objetivos da Pregação A) Imediato – Evangelizar. deve utilizar todos os seus talentos. A finalidade mediata consiste na conversão dos ouvintes e também de curas. unhas cortadas. em prol da evangelização. porém não anula a liberdade do pregador. Prima pela condução do Espírito Santo. 2. estabelecer a diferença entre as várias espécies de alocuções e a pregação. pois a conversão. Chegar sempre com antecedência. todo o seu amor. Sua linguagem é livre e a mais coloquial possível. Preparação Espiritual: Missam mortificações. Antes do Anúncio Estudo e Oração: Tempo dobrado de estudo e oração. 5. Normalmente é dirigido as massas. permite ao orador maior liberdade. Sua linguagem é técnico-científica. toda sua intercessão. 4.Discurso inteiramente formal. Fale de acordo com a cultura que você possui. Peça ajuda de alguém para o momento em que for utilizá-lo. manter uma sintonia. demonstrando firmeza ou austeridade somente quando for necessário. ou o Pe. Por pior que você ache que tenha sido sua pregação. ou palavras bonitas que você desconhece com o intuito de enriquecer a pregação. segurando o púlpito. coloque-se a disposição para tirar dúvidas. saiba dividir o público. certo. mantenha sempre um semblante tranqüilo. Não ficar todo o tempo carrancudo ou rindo à toa. Cartaz – Deixe sempre pronto com antecedência.). Nunca olhe diretamente para uma pessoa por muito tempo. Intensidade (volume) adequado. tá. seu material de pregação.. A Face: Reflexo do coração. Eugênio Jorge etc.) Implementos para pregar: Microfone – ajuste com antecedência a altura ideal do som. Sem vícios (falar igual o Pe. eles servem somente para eu você coloque sua Bíblia e pregação. Depois do Anúncio Não somos artistas. Observe o comprimento do fio para saber até onde você pode ir. nunca use termos. Não subir em cadeiras. devemos sempre ter uma postura de servos. devemos permanecer no local. A Voz: Ferramenta de Trabalho. para 1000 ou 2 pessoas. Cuidado para não se enrolar no cabo. e não de estrelas de TV. Retroprojetor – Escolha o local e ajuste a luz com antecedência. mesas (somente se necessário). não somos maestro. cumprimentar as pessoas (dependendo do evento e do número de participantes. então. nunca pregue sentado. Nunca saia correndo. nem falar murmurado. Cuidado com os vício de linguagem (né. encostado ou pendurado Os Pés: Mantenha os pés na mesma abertura dos ombros para Ter equilíbrio A Respiração: Alimenta a voz. Roberto. As Mãos: Deve-se usar as mão para se expressar. porém sem exageros. não para o teto ou para o chão. Evitar: Mão no bolso. louvar a Deus pela pregação.. lembre-se que Deus pode fazer milagres com o nosso pouco. 38 . evitar gelado. Biombo ou púlpito – Cuidado para não ficar encostado. procurar sempre manter uma respiração tranquila e não falar quando o ar estiver acabado. coçar-se etc. Utilizar a voz para acentuar partes importantes Os Olhos: São a janela da alma. ou seja. sem gritaria. deve-se evitar ao máximo aquelas “fungadas” no microfone. amém. Não importa o tamanho da platéia. gritos. Jonas. apoiarse sobre a mesa. pastilhas. claro).Autoridade Espiritual: Não se está falando em seu próprio nome (IICor 5.20). Corpo: Não ficar parado como uma estátua. mas também não ficar de um lado para o outro de maneira frenética. Confie sempre em Deus. o zelo precisa se o mesmo. Linguagem: Procure ter uma linguagem simples e direta. olhe para as pessoas. 39 . Mas vale ressaltar que esses degraus nos levarão a um exercitar-se. à reação das pessoas. pode elevar à oração e a contemplação no momento que lhe aprouver. a luz da Palavra fez gerar em você.” Encontramos na Lectio Divina tudo o que necessitamos para conhecer a amar a Deus. Não é preciso deter-se agora no texto todo como na leitura. tentando responder a pergunta: “O que o texto diz?”. Esse degrau é o que exigirá maior esforço de sua parte. não é o momento de procurar direcionamentos. procurando perceber os seus sentimentos. Você deve confrontar sua vida com a Palavra. a um buscar mais profundo. Exercício que dá fruto para toda a vida. visto que fazem parte de um único encontro e que o Senhor.LECTIO DIVINA A Lectio Divina é o exercício ordenado da escuta pessoal da Palavra. é o momento de se colocar de forma mais pessoal diante da Palavra e buscar responder: “O que o texto me diz?” É hora de “ruminar” a Palavra. normas para sua vida. LEITURA Lê-se o texto repetidas vezes. mas com a força. É importante que você procure um momento e um lugar calmo onde possa escutar a palavra de Deus através da sua palavra. um método dinâmico de leitura. mas perceber o que o texto fala de forma genérica. a pergunta agora é: “O que o texto me faz dizer?” Depois da leitura e da meditação. as palavras mais fortes. estabeleceu uma fórmula para a sua realização de um modo muito simples. você terá a segurança de não estar diante de Deus somente como o que quer. através do Espírito Santo. É necessário antes de mais nada “fé”. Tudo o que você encontrar na leitura deve agora ser questionado com sua vida. como uma escada de quatro degraus: Leitura – Meditação – Oração – Contemplação. Como a oração é um diálogo de amor. batei pela oração e encontrareis na contemplação. Nesse primeiro degrau. os pontos mais importantes. que faz o homem entregar-se em submissão à Revelação. procurando prestar atenção ao desenrolar dos fatos. Ao mesmo tempo que se necessita de fé para se fazer a Lectio. Seja 40 . Esse degraus são mais para compreensão. É interessante o que diz o próprio Guido II: “Buscai na leitura e encontrareis na meditação. Um monge da Idade Média. ORAÇÃO A oração brota como fruto da meditação. a Lectio amadurece a fé. mas naquilo que o Espírito Santo tiver suscitado. enfim. a vencer as limitações de querer para nas primeiras dificuldades. A leitura em meia voz o ajudará usando mais um sentido. MEDITAÇÃO Agora sim. estar atento a todos os detalhes do texto. Guido II. na liberdade do se Espírito. . É um deliciar-se com a ação de Deus que toma a sua oração e leva você até o coração Dele.. CONTEMPLAÇÃO Agora. a questão é: “O que a Palavra faz?” É o próprio Deus agindo. é pura graça de Deus. O que o Espírito Santo suscitar. A contemplação não é fruto dos sues esforços.” É pelos frutos de conversão que reconhecemos se estamos orando de verdade. 41 . E como disse Santa Teresa: “Quereis saber se estais adiantadas na oração? Olhai se na vossa vida tem virtudes. um clamor.uma ação de graças. uma oração penitencial.
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