Universidade Federal da Paraíba CCS/Fisiologia e Patologia Disciplina de Microbiologia Prof. Dr. José Soares do Nascimento (
[email protected]) FUNGOS PATOGENICOS EM HUMANOS 1. ASPECOS GERAIS: Mais de 250 mil sp. de fungos são conhecidas Célula eucariótica, heterotrófico, aclorofilada Parede celular: quitina-quitosana (zigomycota) quitina-glucana (ascomyota e basidiomycota filamentosos e mitospóricos), glucanamanana (ascomycota e mitospóricos leveduriformes), quitina-manana (leveduras basidiomicetos). Chytridiomycota: celulose Membrana: ergosterol Substência de reserva: glicogênio Modo de vida: Saprófitos: maioria Parasitos: plantas (80% das doenças de plantas são de natureza fúngica) animais (aproximadamente 100 sp. São patogenicas a humanos) Simbiontes: micorrizas, líquenes Metabolismo: aeróbio. Mas as leveduras são facultativas e promovem a fermentação Motilidade: imóveis, exceto alguns esporos flagelados Reprodução: sexual e assexual 2. IMPORTANCIA DOS FUNGOS Decompositores: a maioria Alimentação: proteína, vitaminas, aminoácidos (cogumelos comestíveis: Champignon, Shiitake, Shimeji, Morchella, Lacterius... ) Fermentação: pão, vinho, álcool (Saccharomyces), shoio (Aspergillus), queijos (Penicillium) Hormônio de crescimento: ác. Giberélico (Giberella) Antibiótico: penicilina, cefalosporina... (Penicillium) Micoses: doenças em humanos e animais (zoonose) – entre 100 – 150 espécies. Fungos produtores de micotoxinas: Claviceps Deterioração: alimentos, equipamentos, roupas... (leveduras e filamentosos) Fitopatógenos: ferrugens, mildio, manchas, necrose, murcha... (80% das doenças em plantas são causadas por fungos) Ecologia: alberga outras espécies, cadeia alimentar (cogumelos) Ornamentação: mercados consumidores (cogumelos) 3. MORFOLOGIA: a) Fungo leveduriforme: unicelular Células esféricas, blastósporos, pseudo-hifas e clamidósporos Cultura, células esféricas e pseudo-hifas de leveduras Candida albicans: Células esféricas, blastósporos, pseudo-hifas e clamidósporos b) Fungo filamentoso: multicelular, constituído por estrutura vegetativa (hifas). O conjunto de hifas forma o micélio. O micélio cresce de forma radial e horizontal, absorvendo nutrientes a partir do contato e ação enzimática sobre o substrato. As hifas têm crescimento indefinido enquanto houver nutrientes disponíveis. As hifas são cilíndricas, incolores (hialinas) ou levemente escuras (demácias). Alguns fungos modificam o micélio e estes, modificados, desempenham funções importantes, a exemplo dos Rizóides: (Rhizopus, Absidia) com função de se fixar no substrato. Grampo de conexão: (Basidiomyceto) permite a passagem de núcleos para o septo seguinte. Cenocítico: hifa não septada Apocítico: hifa septada Hifas cenocítica e apocítica CLASSIFICAÇÃO DE FUNGOS HAECKEL STAINIER (1866) (1969) Plantae Plantae Animalia Animalia PROTISTA Protista Inferior PROTISTA SUPERIOR MyxoMYCETE WHITTAKER (1969) Plantae Animalia Monera FUNGI Cultura de levedura HAWKSWORTH et al. seca. Plantae Animalia Monera PROTOZOA MyxoMYCOTINA CHROMYSTA PhycoMYCETE MastigoMYCOTINA FUNGI ChytridioMYCOTINA ChytridioMYCOTA ZygoMYCOTINA ZygoMYCOTA AscoMYCOTINA BasidioMYCOTINA DeuteroMYCOTINA AscoMYCOTA BasidioMYCOTA MITOSPÓRICOS AscoMYCETE BasidioMYCETE . DeuteroMYCETE . (1995) . pulverulenta (filamentoso) e úmida ou leitosa (leveduras).Grampo de conexão Morfologia colonial: a colônia é algodonosa (cotonosa). Colônias de fungos filamentosos 4. Ciclo de vida de um Zygomycota: Rhizopus Os ascomycota caracterizam-se por formar ascósporos na reprodução sexuada. Os ascósporos são nus ou dentro ascontroma (corpo de frutificação). Na reprodução assexuada formam conídios. Os Basidiomycota formam basidiósporos na reprodução sexuada e conídios (filamentoso) ou gemulação (levedura). Já as leveduras ascomycotas formam blastósporos ou gemulação. Ciclo de vida de ascomycota . cleistotécio e apotécio. Os as costromas mais conhecidos são: peritécio. Tipos de ascostromas Asco/ascósporos Conídio Formação do ascostroma Os badidiomycota Peritécio com ascos Ciclo de vida de Basidiomycete: cogumelos . Exemplos de fungos em fase mitospórica Reino Fungi: filos. Penicillium.. tipos de hifas e esporos. causador de deterioração de alimentos (produtor de micotoximas) e parasitos de animais e humanos. Sporothrix. Cryptococcus. Candida. Trichophyton. Histoplasma. Alternaria.Mitospóricos: fungo filamentoso. Fusarium. Microsporum. Micélio: septado Esporo sexual: desconhecido ou inexistente Assexual: conídio e blastósporo Exemplos: Aspergillus.. decompositor. de importância ambiental Zygomycota Cenocítica Zigóporo Esporangiósporo Rhizopus Mucor Absidia Cunninghamella Basidiobolus Conidiobolus Ascomycota Apocítica Ascósporo Conídio Saccharomyces Artroderma Eurotium Ajelomyces Pedraia hortae Basidiomycota Apocítica Basidiósporo Conídio Filobasidiella Amanita Ramaria Psilocybe MITOSPÓRICOS Apocítica Desconhecida Conídio Aspergillus ou inexistente Penicillium Fusarium Histoplasma Microsporum . saprófita. com alguns exemplos de interesse Esporo assexual Exemplos Filo Hifas Esporo (mitose) sexual (meiose) Chytridiomycota Cenocítica Oóporo Zoosporangiósporo Sp. Dimorfismo .Trichophyton Epidermophyton Alternaria Sporothrix Paecilomyces Paracoccidioides Coccidioides Candida Bipolaris Blastomyces Acremonium Chrysosporium Curvularia Cladosporium Fonsecaeae Nigrospora Epicoccum Exophiala Phialophora Rinocladiella Malassezia Reino Chromysta: apresenta o gênero Pythium insidiosum que é de interesse na micologia Reino Protozoa: não há espécies de interesse para a micologia médica. 5. 6. TERMOS RELACIONADOS ÀS DOENÇAS Infecção Doença Micoses Micotoxicose Micetismo Microbiota fúngica em humanos Fungos estritamente patogênicos Fungos potencialmente patogênicos Fungos oportunistas Infecção endógena Cogumelos alucinógenos e venenosos (micetismo). ENTRADA DE FUNGOS NO HOSPEDEIRO Transmissão/acesso ao hospedeiro Penetrar ou evadir as defesas do hospedeiro Lesar tecido ou ação de toxinas ou subprodutos 7. Micoses subcutâneas (esporotricose.. pH e níveis de cisteína ou outros compostos contendo grupos sulfidrílicos.. Exemplos de dimorfismo: Cladosporium (infectante: filamentoso) Corpos fumagóides (parasitária: levedura) Paracoccidioides (filamentoso) Roda de leme: levedura 8.) c) Pele Íntegra ou com lesões e escoriações Dermatofitoses (ação mecânica e enzimática: queratinases) e micoses superficiais (endógena ou adquirida) d) Via parenteral Picadas. psilocibina... (HCl e enzimas do estomago e bile e enzimas do intestino delgado ) Ex: micotoxicoses (aflatoxinas... O principal fator envolvido no dimorfismo é a diferença de temperatura entre o ambiente (25oC) e a do hospedeiro (37oC)..) . ferimentos. cromomicose.. água..) e micetismo (ergotismo. como também a concentração de CO2. amanitina. PORTAS DE ENTRADA NO ORGANISMO a) Trato respiratório: Histoplasmose PB-micose Coccidioidomicose Criptococose b) Trato gastrintestinal: alimentos contaminados. cortes. arranhões. entomoftoromicose. ocratoxinas.. PATOGENIA DA INFECÇÃO FÚNGICA Entrada do fungo no tecido Multiplicação local (via linfático) Disseminação Corrente sanguínea (sistêmica) Órgãos alvos 9. DON.Fungos filamentosos que ao infectar humanos ou animais modifica sua morfologia para levedura (forma parasitária). SUPERFICIAIS a) Pitiríase versicolor: Malassezia furfur Fungo produtor de lipases Manchas na pele Leveduras e hifas tortas e espessas b) Tinea nigra: Phaeoannelomyces wernechii Manchas escuras similar a melanoma na região palmar ou plantar Manchas na mão Hifas septadas e conídios escuros septados c) Pedra branca: Trichosporun Pelos pubianos com nodosidade.) que se unem especificamente a receptores de superfície no hospedeiro (glicoproteínas ou lipoproteínas) Esporos flagelados: Ex.(Candidíase) DIMORFISMO (esporotricose. FATORES IMPORTANTES DO PATÓGENO Adesinas: são moléculas de superfície no patógeno (mananas. histoplasmose.. Sporothrix e demais dematiaceos) Produção de enzimas e toxinas CÁPSULA: antifagocitária Candida albicans . Malassezia.10.Candidíase) 11. PB-micose) ENZIMAS (dermatofitose) PSEUDO-HIFAS (Candida albicans . consistência mole Artroconídios . cromomicose.. MICOSES I. Pitiose Esporos aéreos: artroconídios Estruturas de resistência: clamidósporos. escleródios (formados na cultura) Produção de melanina (Ex. quitosanas. Após invadir a camada córnea da epiderme. consistência dura Nodosidade (ascos) II. prurido.. perda da unha.d) Pedra negra: Piedraia hortae Pelos da cabeça com nodosidade.. perda de pelos. se aprofunda no infundíbulo do pelo. Lesão: pele glabra Lesão em pelos: endotrix e ectotrix Os pelos são infectados secundariamente. Fungos causadores de dermatofitoses: . lesão inflamatória (herpes circinada). DERMATOFITOSES Patogenia: Inoculação do artroconídio na pele glabra (lesão cutânea ou escoriação): ação mecânica e enzimática (queratinases) Crescimento radial: lesão macroscópica circular Descamação. cura espontânea. edema. c) Favosa (escútulas de godet): gotas de líquido seroso. b) Supurativa (Quérion de Celse): placas escamosas. alopecia. foliculite intensa. Epidermofitíases: . Tipos de tinea. descamação e alopecia. gotas de pus do orifício piloso. secreção purulenta. inflamação. 2. sendo que esta ultima tem sido a mais utilizada na ultimas publicações: Inglesa: considera o tecido afetado Tinea capitis Tinea corporis Tinea unguium Tinea pedis Tinea cruris Tinea barbae Francesa Tinea: • Tonsurante (capitis) • Supurativa (Kerion de Celse) (capitis e barbae) • Fávica (capitis e barbae) Epidermofitíases: Herps circinada (corporis) Grandes pregas (cruris) Interdigitoplantares e palmares (pedis e manum) Inbricata ou Tokelau (corporis) Onicomicoses: (unguium) 1. Tinea: a) Tinea tonsurante: crianças (4-10 anos). alopecia.Classificação dos dermatófitos quanto ao habitat: Geofílico Zoofílico Antropofílico Tipos de dermatofitoses: Há duas classificações: Inglesa e a Francesa. odor a urina de rato. agrupamento de hifas. pé-de-atleta d) Tinea imbricata ou Tokelau: círculos escamosos concêntricos. caracterizada por lesões denominadas de “Eczema marginado de Hebra” c) Lesões interdigitoplantares e palmares: frieira. decorrente da ação enzimática (queratinases) b) Grandes pregas: região inguinal e interglútea.a) Herpes circinada: lesão inflamatória na pele glabra. hiperqueratose 3) Onicomicose . furada.. SUBCUTÂNEAS Fungo infecta o hospedeiro a partir de uma lesão. a) Esporotricose (Sporothrix schenckii) Nódulos e ulceração ao longo do linfático.Identificação de dermatófito: Exame clínico (aspecto da lesão) Microscopia direta e microscopia de cultura Direta Cultura (Trichophyton) Direta Cultura (Microsporum) III. arranhão. Micose de progressão rápida .. Placas descamativas Direta Nódulos ulcerados Corpos fumagóides C. carrionii O agente só é identificado após o cultivo P.Microscopia Direta (difícil identificação) Leveduras em cobaios Fatores de patogenicidade: • Forma de infecção • Dimorfismo • Melanina • Enzimas Conídios em rosetas b) Cromomicose: Micose de progressão lenta. Cladosporium carrionii. pedrosoi c) Micetoma: eumicetoma (fungos) e actinomicete (bactérias filamentosas) Eumicetoma Actinomicose . verrucosa F. Etc. Fonsecaea pedrosoi. Phialophora verrucosa. Streptomyces paraguayensis Eumicótico: (tropicais e subtropicais). Agentes da entomoftoromicose: Conidiobolus coronatus. Rhizopus sp.Grão de eumicetoma: direto Grão de actinomicose: direto Actinomicótico: (cosmopolita) Actinomadura madurae. Nocardia brasiliensis. Basidiobolus ranarum e) Rinosporidiose: Rinosporidium seeberii Esporângios com esporos em corte histopatológico f) Doença de Jorge Lobo: Lacazia loboi . Fusarium moniliforme d) Zigomicose: mucormicose e entomoftoromicose Hifas espessas Hifas e esporangiósporos Agentes da mucormicose: Mucor sp. Pseudoallescheria boydii. asteróides. Acremonium falciforme. Madurella micetomatis. Absidia sp. N. SISTÊMICAS a) Paracocidioidomicose: Paracoccidioides brasiliensis Infiltrados de piócitos no terço médio (lesões calcificadas) Adenomegalias Ulceração Estomatite fibrose Estomatite moriforme de Aguiar Pupo Evolução: inalação • Pb micose-infecção: 60% positivo a paracocidioidina nesta fase. IV. linfadenite e adenopatia hilar. nasal. Pode não evoluir (apenas hipersensibilidade e anticorpos): resposta imunológica adequada. boca. Neoplasia pulmonar. • Pb-mocose doença: os conídios nos alvéolos se transformam em leveduras após algumas horas (broncoalveolite inespecífica) 6 semanas ocorre reação granulomatosa 20 semanas: lesão pulmonar. orofaringe. 50% dissemina pelos linfonodos e sangue para baço e fígado (complexo primário) Complexo secundário: Disseminação linfática ou hematogênica (lesões secundárias e vicerais: baço. fígado e medula óssea. intestino. anorretal Fatores relacionados a patogenicidade: . assintomática. Não há cultivo ainda.Nodulação em forma de quelóide Leveduras com brotamento. pneumonite clínica (hepatomegalia. esplenomegalia. pápulas. alcança os linfonodos mediastinais via linfática (complexo ganglionar primário) • Infecção controlada pela imunidade celular e hipersensibilidade ou dissemina-se linfo-hematogênica para outros órgãos. • pulmonar aguda: suor noturno.000) crianças e AIDS. Fatores relacionados a patogenicidade: • Dimorfismo: • Fagocitose: com multiplicação dentro do macrófago alveolar (pneumonite focal). linfomas. eritema nodoso. secreção serossanguinolenta (cutâneo-mucosa).• • • Dimorfismo: β-glucan na fase filamentosa e α-glucana na parede celular da levedura (antifagocitose). • Enzimas . osteólise. rins. leucemias – fístulas na pele. • disseminada: (1:50. • pulmonar crônica: expectoração mucopurulenta. pústulas. perda de peso. orelha de Mickey Cultura: conídio 25oC e levedura 35oC b) Histoplasmose: Histoplasma capsulatum Sinais semelhantes aos de tuberculose Granulomas caseificados Linfadenopatia:cutâneo-mucosa Histoplamose-infecção (reação intradérmica à histoplasmina) Histoplamose-doença • O fungo ao vencer a barreira inespecífica. Enzimas Fibrosamento Microscopia Direta: roda de leme. respiratório e circulatório). ulceração. tosse. hemoptise (tuberculose pulmonar). febre. miocárdio (AIDS: necropsia). SNC (meningite). dor torácica (autolimitada). mal-estar. mucosa. tosse e dores (reumatismo do deserto).• Formação de granuloma • Microscopia: Direta: (Corte histológico) leveduriformes esféricas. gripe. articulações. tosse. dispnéia. rins. • pulmonar aguda: sudorese. febre. ossos. halo claro. • disseminada: (1%) lesões de pele. intracelular Macroconídios tuberculados Leveduriforme c) COCCIDIOIDOMICOSE: Coccidioides immitis Ciclo infeccioso Patogenia: Inalação de artroconídios • infecção assintomática (reação intradérmica à esferulina. anorexia. Microscopia: . pele). supra-renais. gatti Patogenia: Inalação Infecção assintomática: fase pré-doença pulmonar: estado gripal. vertigens. hemoptise neurocriptococose:SNC (cefaléia. ossos.Direta: esférulas com esporos Cultura: artroconídios V. baço. com tosse e expectoração. OPORTUNISTAS a) CRIPTOCOCOSE: Cryptococcus neoformans • var. Microscopia: . dor torácica febre. náuseas. rins. neoformans: mais prevalente: tropismo pelo SNC • var. febre e distúrbios visuais (meningite) Disseminação hematogênica e linfática (fígado. . Os fungos crescem exuberantemente no espaço intravascular e atravessam as paredes para invadir secundariamente o tecido miocárdico. denotando a disseminação via hematogênica.Direta: levedura capsulada Cultura: basidiósporos Fatores relacionados a patogenicidade: • Cápsula: antifagocitária • Enzimas: proteases • Latência • Ação neurocerebral b) Aspergilose: Invasiva e por micotoxinas (não oportunista) Aspergillus fumigatus Aspergillus niger Aspergillus flavus Microscopia: Direta: hifas septadas espessas Localização preferencial dos fungos no interior de vasos. aveia. soja.Lesão cerebral Pulmão Cultura Micotoxinas (micotoxicose alimentar) 1. C. C. acúmulo de gordura no fígado. arroz. lusitaniea. necrose da pele. C. anorexia. rugosa . milho. castanhas. morte c) Candidíase • BERKHOUT (1923): Candida albicans • Mais freqüentes: boca. cereais. No leite encontram-se os tipos M1 e M2 decorrentes da ingestão das aflatoxinas na ração animal. morte B 2. redução no crescimento. anemia. tropicalis. Citrina. parapsilosis. frutas. aborto. atrofia dos testículos. centeio. Efeitos: hepototóxica carcinogênica. paralisia. hemorrágica hiperplasia biliar. Ocratoxinas (A e B): Aspergillus Produtos: amendoim algodão. C. leucemia. TricotecenosFumonisinas Zearalenona: Fusarium Produtos: trigo. Guilliermondii. produtos fermentados Efeitos: rins. Aflatoxinas (B1B2G1G2). Kefyr. diarréia. convulsões. cevada. vômitos. C. perda de peso 3. pimenta. espasmos. vagina e tubo digestivo • Principal origem: endógena Outras espécies de Candida de importância médica: C. edema pulmonar. glabrata. krusei C. Ácidos: Penicilium Produtos: sucos. derivados. gastrenterite. aumento das glândulas mamarias. C. Patulina. derivados Efeitos: Síndrome ATA. fluxo vaginal grumoso ou caseoso (“leite talhado”). coli. prurido. com odor fétido (pior após coito e menstruação) 2. • Produção de enzimas: lipases e proteínases. • corrimento vaginal caseose. secreção amarelada. fluxo vaginal branco homogêneo (“leite”). branco espesso e aderente. Micoplasmas. inflamação vaginal e colo uterino. • 3-5%: quatro vezes/ano. odor acre (“vinagre”) ou fétido. Vaginose bacteriana: não há resposta inflamatótia. • grande desconforto durante a relação sexual. • algumas mulheres têm apenas uma leve irritação e prurido. fissura. levemente aderido a parede vaginal. Vulvovaginite por Trichomonas: assintomática. Gardnerella vaginalis. ulceração. • inflamação vulvar com vermelhidão. • 40%: duas vezes. disúria e dor pélvica ocasionais. assintomática em 50%. Vulvovaginite Freqüência de vulvovaginal 1. • Formação de pseudo-hifas (obstâculo a fagocitose). Bacteriana Candida Trichomonas Freqüência de Vulvovaginite • 75%: uma vez.Características importantes na patogenia: • Crescimento a 37oC. 3. • Produção de metabólitos (manifestações alérgicas) Tipos de candidiases: 1. etc). Características e sintomatologia: • prurido e sensação de ardência na vulva. O uso de anticoncepcionais orais. diminuiçao de Lactobacilos e aumento de microrganismos anaeróbios (E. ardência a micção. Vulvovaginite por Candida: prurido vulvovaginal de intensidade variável. • pH não ácido . inodoro. antibióticos e as várias formas de imunodeficiência podem estar envolvidos no desencadeamento destes episódios de infecções repetidas. hiperemia. • Lesões cutâneas e inflamatórias. dor. imunossupressão. hialoronidade. virilha e anus e interdigitais) 5. lavador de carros. alterações da microbiota. tromboflebite. 2. ulceração. Candidíase (Perionyxis): paroníquia: Inflamação proximal da unha: abscesso em unha de lavadeiras. Inframamária: porção úmida e aquecida. septicemia (baixa imunidade celular: quimioterapias. 4.. AIDS. Glande com balanopostite (balanite): no homem. ardência e prurido (axilas. antibioticoterapia.. porem se considera uma DST O tratamento do parceiro: apenas em casos de recidivas Patogenia • Fatores de virulência: proteases e fosfolipases. com diabetes ou imunodeficiência Prurido. adesinas (invasão do hospedeiro. vulvovaginite. Lesão interdígito-palmar: pode ser uma micose ocupacional para quem trabalha com água. linfomas.Erupção avermelhada DSTs: a transmissão sexual é menos freqüente. fissura. AIDS). em alguns casos. dobras interglúteas e inframamárias. . diabetes. ardência a micção. tabagismo. endocardite e outros órgãos) • Fatores inerentes ao hospedeiro: pH. 3. aspecto membranoso. Lactentes e enfermos graves. Placas esbranquiçadas ou confluentes.. Com e após tratamento . esôfago e hematogênica. Adultos: inunidade debilitada (diabetes. Queilite angular: (fissuras) corticóides. aderidas à mucosa. AIDS. Candidíase sistêmica: febre. halo eritematoso.6. Eritema e atrofia papilar na superfície dorsal da língua 8. laringe. antibióticos).. terapia. mal-estar. escorrimento da saliva. 7. Disseminação pela faringe. Sapinhos ou estomatite cremosa ou pseudo membranosa: Crianças: freqüentes. dor muscular e erupção cutânea. • higiene pessoal .. B: C. prática de esportes coletivos. meias de nylon e calças apertadas.auto-infestação e contaminação do parceiro sexual. • relações sexuais . linfomas. desodorantes.O que contribui para a infecção? • gravidez ... glabrata Candida na mucosa: . Identificação de Candida sp.o diabetes.aumento dos níveis de estrógeno • anticoncepcionais . leucemias.aumento dos níveis de estrógeno • corticóides . tabagismo.provoca alteração no sistema imunológico • antibióticos .disseminação dos microrganismos do intestino para a vagina • roupa íntima de material sintético – aumento de calor e umidade • agentes sensibilizantes de pele – Lesões: sabonetes. promiscuidade sexual. intravenosos. AIDS • catéteres urinários. tropicalis C: C.. que passa a ser uma fonte de contágio. A: Candida albicans.desequilíbrio da microbiota • distúrbios . São Paulo: Atheneu.. Microbiologia. 2004. ALTERTHUM..J. O. Micologia médica à luz de autores contemporâneos. J.. 586p.N.ed.F. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.G. ROCHA. Fotos diversas em sites e particular. . L. J..A. F. 3.C.F. M. 388p.R. 1999.Prova do tubo germinativo: blastoconídios com tubo germinativo: na C. TRABULSI. CANDEIAS. albicas nota-se ausência de constrição Referências: SIDRIM. GOMPERTZ.