Frente 1Ficha 1 Características: Invertebrados e Vertebrados Frente 2 Evolução A origem da vida Frente 3 Taxonomia A classificação dos seres vivos Frente 4 Sistema Cárdio-Vascular 2 Noções de Embriologia e Zoologia Evolução A origem da vida 12 28 Vírus Uma partícula basicamente protéica Sistema Cárdio-Vascular II 38 Ficha 2 4 Poríferos e Celenterados 16 Evolução Convergência e Irradiação adaptativa 30 Viroses Doenças causadas por vírus 40 Hematologia O estudo do sangue Ficha 4 Ficha 3 6 Platelmintos e Nematelmintos Introdução à Genética 20 Estudo do Reino Monera 32 42 Sistema Reprodutor Feminino 8 Helmintíases Parasitologia platelmíntica Genética Leis de Mendel 22 Bacterioses Doenças causadas por bactérias 34 44 Sistema Reprodutor Masculino Ficha 5 10 24 36 46 Características: Invertebrados e Os reinOs da natureza VERTEBRADOS Fre 01 nte Fic h 01 a n Deste os tempos de Aristóteles os seres vivos eram agrupados em dois reinos: Vegetal e Animal. Com o desenvolvimento da Biologia, e principalmente em decorrência dos estudos microscópicos, percebeu-se que apenas dois reinos não eram suficientes para englobar toda a diversidade da vida em nosso planeta. n O biólogo alemão Ernst Haeckel (1837 – 1919) propôs, em 1899, a criação de dois novos reinos, Protista e Monera, para incluir os organismos estruturalmente mais simples do que animais e vegetais. Em 1969 o biólogo R. H. Whittaker sugeriu que os fungos, tradicionalmente classificados no reino Vegetal, fossem separados em um reino à parte, denominado Fungo ou Fungi. Vírus n Os vírus não são incluídos em nenhum dos cinco reinos. Não apresentam células, sendo constituídos por uma ou poucas moléculas de ácido nucléico, que pode ser DNA ou RNA, envoltas por moléculas de proteínas. Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, que atacam células de animais, de plantas, de fungos ou de bactérias. Quando fora da célula hospedeira, os vírus são completamente inertes e não se reproduzem. No interior da célula apropriada, porém, um vírus pode originar centenas de novos vírus idênticos. vírus da varíola vírus da herpes simples vírus da gripe vírus do tabaco vírus da parolidite Bacterófago Adenovírus Vírus do polioma reinO MOnera n O reino Monera reúne seres vivos unicelulares e procariontes: as bactérias e as cianobactérias, estas últimas também chamadas cianofíceas. reinO PrOtista n No reino Protista estão incluídos os protozoários, seres eucariontes, unicelulares e heterótrofos, e as algas, seres eucariontes, unicelulares ou multicelulares e autótrofos fotossintetizantes. n As algas multicelulares são incluídas nesse reino porque têm organização simples, com pouca ou nenhuma diferenciação entre as células que formam seu corpo. Pseudópodo Cílios Flagelo Sarcodina (Ameba) Ciliota (paramécio) Flagellata (tripanossomo) Sporozoa (greganina) 2 n BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br reinO Fungi n O reino Fungi inclui seres eucariontes, unicelulares ou multicelulares, que se assemelham às algas na organização e na reprodução, mas que diferem delas por serem heterótrofos. Em alguns sistemas de classificação os fungos são incluídos entre os protistas. A tendência moderna, porém, é classificá-los em um reino separado. reinO VegetaL n O reino Vegetal reúne as plantas, seres eucariontes, multicelulares e autótrofos fotossintetizantes. As plantas têm células diferenciadas, que formam tecidos corporais bem definidos. Musgos, samambaias, pinheiros e plantas frutíferas são os principais grupos que compõem o reino Vegetal. Célula Hifa Talo Folha Caule Micélio Tecio vasculares Parênquima Tecido de revestimento Raiz reinO aniMaL n O reino Animal reúne os animais, seres eucariontes, multicelulares e heterótrofos. Os animais apresentam células bem diferenciadas, que formam tecidos e órgãos corporais bem distintos. Esse reino inclui desde animais simples, como as esponjas, até animais complexos, como os mamíferos, grupo ao qual pertencemos. Invertebrados. n Representantes: Moscas,lagostas,abelhas,borboletas, etc... Características principais n O grupo dos invertebrados inclui 97% de toda a espécie animal. n Uma característica comum a todos os invertebrados é a ausência da espinha dorsal • formação multicelular e ausência de parede celular. • com exceção das esponjas, possuem tecidos como resultado de sua organização celular • sua reprodução geralmente é sexuada (gametas masculinos e femininos se combinam para formar um novo organismo) n De forma geral, podemos dizer que a grande maioria dos invertebrados é capaz de se locomover. Contudo, as esponjas somente realizam esta tarefa quando elas ainda são bem jovens e pequenas. Já as lagostas e os insetos são capazes de se movimentar durante toda sua existência. Vertebrados. n Representantes: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. n São cerca de 50 mil espécies, formando o maior e mais complexo grupo dos cordados. A diversidade da forma e tamanho é muito grande. n Habitat: todos os ambientes. n Os vertebrados apresentam-se como um grupo de cordados que desenvolveu métodos mais ativos de obtenção de alimento. Isso é conseqüência da maioria das características www.portalimpacto.com.br próprias desse grupo: substituição da notocorda pela coluna vertebral; aperfeiçoamento do sistema muscular segmentado e agrupamento dos tecidos nervosos e dos órgãos sensitivos mais complexos na extremidade anterior do corpo. Com essas características, os vertebrados tornaram-se o maior e o mais importante grupo dentre os cordados. n Constituem um grupo bastante diversificado representado por sete classes distintas: Cyclostomata (lampreias e feiticeiras), Chondrichthyes (raias e tubarões), Osteichthyes (peixes ósseos), Amphibia (anfíbios), Reptilia (répteis), Aves (aves) e Mammalia (mamíferos). n Essas classes podem ser agrupadas com base em determinadas características Características n Os vertebrados possuem um endoesqueleto ósseo ou de cartilagem, o que lhes permite atingir um porte físico maior. n O nome vertebrado vem em decorrência da presença de uma coluna vertebral, que sustenta o corpo e protege a medula espinhal, além de um crânio, que protege o encéfalo. n A notocorda está presente na maioria dos vertebrados somente no embrião. n Presença dos anexos embrionários que ajudam na sobrevivência do embrião, são eles: - saco vitelínico: é uma reserva nutritiva. - âmnion: líquido que protege o embrião contra a desidratação. Está presente somente nos embriões que se desenvolvem fora da água. - alantóide: armazena excretas e auxilia na respiração. - córion: bolsa que envolve os outros anexos. - Placenta: responsável pela nutrição, respiração e produção de hormônios da gravidez. n Em relação à temperatura corporal, os vertebrados podem ser classificados em distintas categorias. n Quanto à fonte de calor: - Endotérmicos: a temperatura do corpo é mantida por calor produzido pelo metabolismo interno do animal. Ex.: aves e mamíferos. - Ecototérmicos: a temperatura do corpo depende de fontes externas de calor (energia solar). Ex.: peixes, anfíbios e répteis. Quanto a variação de temperatura: - Homeotérmicos: a temperatura do corpo é mantida constante independentemente da temperatura do ambiente. Ex.: aves e mamíferos. - Pecilotérmicos: a temperatura do corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente. Ex.: peixes, anfíbios e répteis. n BIOLOGIA 3 Noções de Embriologia e AQUISIÇÔES EVOLUTIVAS DOS ANIMAIS n Para o vestibular você deve saber de algumas aquisições evolutivas que ocorrem nos animais. Estas aquisições vão originar várias estruturas que são de fundamental importância na hora de classificarmos os animais dentro dos filos. Eis as mais importantes. 1. Arquêntero e Blastóporo n Arquêntero: Também chamado de intestino primitivo do embrião. Forma-se durante o processo de gástrula no desenvolvimento embrionário. Neste caso parte do embrião dobra-se para o interior da blastocela; esta vai se reduzindo progressivamente e uma nova cavidade surge em seu lugar, o arquêntero. O arquêntero originará a cavidade digestiva no animal adulto. A abertura do arquêntero para o meio externo, o blastóporo, dependendo do grupo de animais origina a boca ou o ânus. 2. Protostômios e Deuterostômios n Protostômios: São animais nos quais o blastóporo vai originar a boca (do grego protos = primeiro, primitivo; stoma = boca). Ex: Platelmintos, nematelmintos, anelídeos, moluscos e artrópodes. n Deuterostômios: São animais nos quais o blastóporo vai originar o ânus (do grego deuteros = posterior). Ex: Equinodermos e Cordados. Boca ZOOLOGIA Fre 01 nte Fic h 02 a Ectoderma Endoderma DIBLÁSTICO Arquêntero Blastoderma Mersoderma Ectoderma Endoderma TRIBLÁSTICO celoma Arquêntero Protostômios 4. Acelomados, pseudocelomados e celomados. n O aparecimento do terceiro folheto embrionário (mesoderma) possibilitou aumentar a complexidade estrutural dos animais, originando novos órgãos. Todavia, um corpo preenchido por tecido mesodérmico maciço, como ocorre nos vermes platelmintos atuais, não se revelou muito vantajoso, pois todas as células tem de estar perto da cavidade digestiva para receber alimento e também perto do exterior para receber gás oxigênio. n Com exceção dos platelmintos, todos os outros animais triblásticos desenvolveram cavidades corporais que garantiram a circulação de substâncias nutritivas e gás oxigênio entre as células. Assim, de acordo com a presença e o tipo de cavidade corporal, os animais foram divididos em acelomados, pseudocelomados e celomados. 4.1. Acelomados: Neles todos os espaços do corpo situados entre a camada externa (derivada do ectoderma), e a camada mais interna (derivada do endoderma), são preenchidos por tecidos derivados do mesoderma. Ex: Platelmintos. 4.2. Pseudocelomados: Apresentam a cavidade corporal apenas parcialmente revestida pelo mesoderma. Ex: Nematelmintos. 4.3. Celomados: Nos animais adultos o celoma formará a cavidade geral do corpo, situada entre a epiderme e o tubo digestório e que aloja diversos órgãos. O celoma é totalmente revestido (internamente e externamente) pelo mesoderma. Ex: Anelídeos, moluscos, artrópodes, equinodermos e cordados. Blastópo Ânus Boca Deuterostômios Blastópo Ânus Esquema da origem da boca e do ânus a partir do blastóporo 3. Diblásticos e Triblásticos a) Diblásticos: São animais que apresentam dois folhetos germinativos ou embrionários (ectoderma e endoderma). Ex: Celenterados. b) Triblásticos: São a animais que apresentam três folhetos germinativos (ectoderma, mesoderma e endoderma). Ex: Dos platelmintos aos cordados. Acelomado 4 n BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br portalimpacto. Blastóporo www. a) Esquizocelomados: São animais cujo celoma se forma a partir de fendas internas surgidas nas massas mesodérmicas do embrião. Ex: Moluscos e anelídeos.PSEUDOCELOMADO Pseudoceloma CELOMADO Celoma 5. ESQUIZOCELOMADO Evaginação do arquêntero ENTEROCELOMADO Teloblastos Pseudoceloma Pseudocelomados Acelomados Segmentados Segmentados Esquizocelomados Celomados Enterocelomados Simetrial Radial Simetrial Bilateral Celoma ANCESTRAL PROTISTA Árvore filogenética que mostra as relações evolutivas entre os principais filos animais. Esquizocelomados e Enterocelomados. b) Enterocelomados: São animais cujo celoma se forma a partir de bolsas que brotam do teto do arquêntero.com. Ex: Equinodermos e Cordados.br n BIOLOGIA 5 . n Elevada capacidade de regeneração (amebócitos). n Digestão exclusivamente intracelular. sendo encontrados desde o nível das praias até uma profundidade de 6 mil metros. n Protostômios.br . Os canais radiais são revestidos internamente por coanócitos.PORÍFEROS e Celenterados 1. Áscon Sícon Coanócito flagelados Poro Câmaras vibráteis Lêucon Ósculo Poros ósculo pinacócito Coanócito flagelados espículas Poros Átrio porócito coanócito flagelo fluxo da água amebócito partículas de alimento núcleo Possui a parede do corpo dividido em três camadas: n Camada externa (Epiderme): é formada por células achata- 1. 6 n BIOLOGIA www. Na extremidade superior apresenta um grande orifício chamado ósculo. a parede do corpo é formada por projeções em forma de dedos.1. b) Brotamento: Consiste na formação de um broto a partir da esponja-mãe. Características gerais. n Acelomados. Reprodução assexuada: Pode ser de 3 tipos: a) Regeneração: Os poríferos possuem grande poder de regenerar partes perdidas do corpo. logo estes animais são destituídos de sistemas. n Por não apresentarem órgãos.3.4. Reprodução das esponjas. câmaras revestidas por coanócitos. Classificação n Os poríferos são classificados de acordo com o trajeto de circulação da água no interior da sua estrutura: a) Áscon: O tipo áscon é o mais simples. não haverá a formação dos sistemas. Aspectos anatômicos e fisiológicos dos poríferos. Qualquer parte cortada de uma esponja tem a capacidade de se tornar uma nova esponja completa. n Não apresentando órgãos.1. c) Lêucon: No tipo lêucon. As suas células possuem um certo grau de independência e não se organizam em tecidos. constituindo novos animais. Os brotos podem se separar. Filo Porífera (Espongiários).4. b) Sícon: Nas esponjas do tipo sícon. 1. que dá acesso a uma grande cavidade central chamada átrio ou espongiocele. n Camada interna: é constituída por células flageladas chamadas coanócitos cuja função é a digestão intracelular. onde se encontram as seguintes estruturas. n O filo Porífera é constituído por animais pluricelulares que apresentam poros na parede do corpo.2. A água penetra pelos canais inalantes. n Simetria Radial. n O habitat é preferencialmente marinho. que servem para proteção e revestimento de uma esponja. passa por câmaras vibráteis e vai à espongiocela pelos canais exalantes. 1. A parede é fina e possui poros inalantes que se abrem diretamente na espongiocela. Consiste na produção de gêmulas. n São animais sésseis. entre eles. n Diblásticos. n Rede de esponjina ou fibra de esponjina: estrutura que ajuda na sustentação do animal. um grupo de amebóides que são envolvidos por uma membrana grossa e resistente. c) Gemulação: É um processo realizado pelas espécies de água doce e alguns marinhos.portalimpacto. n Sua forma lembra um vaso fixo a um substrato geralmente rochoso. Eles são predominantemente marinhos (minoria em água doce). n Amebócitos: são células responsáveis pela distribuição do alimento e formação de outras células. Esta é revestida por coanócitos. 1. 1. A água penetra pelas camadas radiais. ESQUEMA DO CORTE DE UMA ESPONJA EVIDENCIANO AS CÉLULAS Fre 01 nte Fic h 03 a das chamadas pinacócitos. enquanto os outros animais estão incluídos no Eumetazoa.com. n Camada média (mesênquima ou mesogléia): é constituída por um material gelatinoso que é a mesogléia. n Espículas calçárias ou silicosas: são estruturas que fazem a sustentação do corpo do animal. Há canais inalantes e exalantes e. a parede do corpo é mais espessa e percorrida por um complicado sistema de canais. os poríferos foram incluídos no Reino Parazoa. indo para a espongiocela. 1. mas não tem ânus. n Os cnidários apresentam duas formas morfológicas: pólipos e medusas. A fecundação (interna) e as primeiras fases do desenvolvimento embrionário ocorrem no interior do organismo materno. os cnidoblastos. etc. pouco superior à dos poríferos. com longos tentáculos que rodeiam a boca situada na porção medial inferior. n São diblásticos. n Os cnidários são animais que apresentam apenas 2 folhetos embrionários (diblásticos).4. b) Sexuada: Os espermatozóides e óvulos são formados a partir das células intersticiais. Os pólipos são formas sésseis. n Possuem simetria radial. Os representantes mais conhecidos são as águas-vivas. de onde origina-se uma larva denominada anfiblástula. que contém um líquido tóxico. n Na epiderme estão situados diversos tipos de células. com a porção superior apresentando tentáculos que circundam a boca. também chamada cavidade gastrovascular. Isso se dá graças a um sistema nervoso bastante simples. que consiste na formação de um broto formado na parede do corpo do animal que se destaca dando origem a um novo indivíduo. denominada cnidocílio.2. mas que está presente neste grupo pela primeira vez no reino animal. ao desenvolver-se. observa-se que a maioria das esponjas é hermafrodita (monóicas). Como há estágio larval entre o zigoto e o adulto.1. b) Células interticiais: São células dotadas da capacidade de dar origem aos diversos tipos de células do animal. massa gelatinosa responsável pela sustentação esquelética do animal.3. n Existem formas livre-natantes chamadas medusas e formas sésseis chamadas pólipos. c) Células sensoriais: Têm a capacidade de perceber os estímulos externos e transmiti-los às células nervosas do animal. 2. a) Assexuada: Ocorre por brotamento. O endoderme é o folheto embrionário que dá origem a gastroderme. Participa ativamente do processo de regeneração. Possui na região voltada para o exterior um expansão em forma de dente. origina formas adultas. Reprodução dos cnidários. que é ativado ao menor toque e que funciona como um gatilho.2. O sistema nervoso não é centralizado. Reprodução Sexuada: n Quando a reprodução é sexuada. peixes. 2. Cnidoblasto descarregado Cnidoblasto Tipos de cnidoblastos o nematocisto. 2.portalimpacto. n Os cnidários são carnívoros e se alimentos de diversos tipos de animal: crustáceos. de hábitat preferencialmente marinho. bem como proporcionar o seu revestimento. 2. São elas: a) Células epitélio-musculares: São responsáveis por conferir movimento ao animal. embora existam espécies com sexos separados (espécies dióicas). forma-se um embrião que. Aspectos anatômicos e fisiológicos dos cnidários. 2. Os cnidoblastos localizam-se por toda a epiderme do cnidário. As medusas têm forma de um guarda-chuva. n Os cnidários apresentam capacidade de responder a estímulos do meio. mas do tipo difuso com os neurônios formando uma rede. Filo Cnidaria ou Coelenterata (Cnidários ou Celenterados) n Os cnidários são animais invertebrados com organização bastante simples. não há gônadas para a formação de gametas. fixa a um substrato e têm forma de um cilindro.com. sobretudo na região dos tentáculos e ao redor da boca. hidras e corais. n São acelomados. pelo qual são conduzidas até a cavidade gastrovascular. São caracterizados por apresentar células urticantes. dependendo da espécie. O ectoderma dá origem a epiderme. São os primeiros animais da escala zoológica a apresentar uma cavidade digestiva onde ocorre parte da digestão dos alimentos. Organização corporal dos cnidários. n São animais aquáticos. responsáveis por causar irritações e queimaduras. larvas de insetos. n Possuem digestão intra e extracelular. que sai pelo ósculo e fixa-se ao substrato. Os espermatozóides são liberados na água e nadam à procura do óvulo que. Entre essas camadas existe a mesogléia. Características gerais. que faz o revestimento da cavidade digestiva. d) Células glandulares: Secretam muco que tem função lubrificante. e) Cnidoblastos: São células dotadas de uma cápsula ovóide. pois tem boca. www. também é liberado na água ou pode permanecer aderido ao corpo da mãe. O sistema digestivo é dito incompleto. camada do corpo que reveste externamente o animal.br n BIOLOGIA 7 . n São protostômios. diz-se que as esponjas apresentam desenvolvimento indireto. sendo estes originados pelos amebócitos.4. Do zigoto. originando uma nova esponja. Essas presas são capturadas e levadas pelos tentáculos à boca. causador da esquistossomose. Classificação e diversidade dos platelmintos. há cílios que permitem o deslizamento do animal. 1. Na porção ventral. Aspectos anatômicos e fisiológicos dos platelmintos. n Os platelmintos podem ser monóicos. n Classe Cestoda: Reúne 2 mil espécies de vermes conhecidas como tênias ou solitárias. n São triblásticos. Logo abaixo da epiderme existem células musculares dispostas no sentido circular. longitudinal e transversal. As localizadas na porção medial são chamadas adultas e já são maduras sexualmente. como no caso dos esquistossomos. novas proglótides estão sendo produzidas. Os aspectos referentes à anatomia e fisiologia dos platelmintos serão descritos tendo como base a planária. Características gerais. n Podem ser de vida livre ou parasita. 1. Classe Turbellaria (planária) Ocelo Face dorsal Fre 01 nte Fic h 04 a responsáveis pela produção de muco. d) Sistema nervoso: Presente. autofecundação e nos esquistossomos há fecundação cruzada. localizados na região anterior de onde partem dois cordões nervosos ventrais.PLATELMINTOS e Nematelmintos 1. Existem aproximadamente 13 mil espécies de platelmintos divididas em 3 grupos: turbelários. outros são endoparasitas. do tipo centralizado. n São acelomados.br . a) Epiderme e sistema muscular: A planária possui o corpo recoberto por uma epiderme. 1. Apresentam grande capacidade regenerativa.portalimpacto. Reprodução dos platelmintos. nas tênias. como no caso das planárias e das tênias ou dióicos. A ação desse conjunto de músculos permitem o animal movimentar-se nos diversos sentidos. n Classe Turbellaria: Reúne os platelmintos de vida livre. n Possuem simetria bilateral. O corpo é constituído por um conjunto de unidades denominadas proglótides. A cada instante. O intestino é altamente ramificado. b) Sistema digestivo: Presente do tipo incompleto. Tubo digestório Faringe Boca Esquema do sistema digestório incompleto da planária Células-flama Poros excretores Canal excretor Classe Trematoda (esquistossomo) Ventosas Escoléx Classe Cestoda (tênia) Proglótides maduras Boca Faringe Face ventral Poro genital Cordões nervosos longitudinais Proglótides imaturas Proglótides grávida Nervos 1. pois há somente uma abertura: o ânus.com. trematóideos e cestóideos. Tem como representante o esquistossomo. Filo Platyhelminthes (Platelmintos) n Este filo reúne vermes que apresentam o corpo achatado no sentido dorso-ventral. Possuem na região da cabeça ventosas que servem para aderir ao intestino do hospedeiro. pois estão ricas em ovos e são continuamente eliminadas junto com as fezes do hospedeiro. Os turbelários têm como representante as planárias que podem ser aquáticas ou terrestres. n As proglótides localizadas próximo da cabeça são chamadas proglótides jovens e são imaturas. Esta apresenta muitas glândulas.2. n Classe Trematoda: Esta classe é constituída por espécies parasitas. representante de vida livre. c) Sistema excretor: Presente. É constituído por dois gânglios cerebrais. As excretas são eliminadas por células especializadas denominadas células-flama ou solenócitos. As trocas gasosas ocorrem por difusão.1. 8 n BIOLOGIA www.3. Alguns são ectoparasitas.4. n São protostômios. As proglótides situadas mais distantes da cabeça são chamadas proglótides grávidas. e) Sistema respiratório: Ausente. São os primeiros animais da escala zoológica a apresentar 3 folhetos embrionários durante o seu desenvolvimento e simetria bilateral. Nas planárias ocorre fecundação recíproca. Filo Nemathelminthes (Nematelmintos ou nematódeos) n Os nematódeos (do grego nematos. 2. Possuem dois canais longitudinais. por outro lado. A epiderme é composta por uma camada de células simples. nestes animais. Reprodução dos nematelmintos. A fecundação é cruzada e o desenvolvimento é indireto. n São triblásticos. a fêmea é diferente do macho. n Possuem dois cordões nervosos que percorrem o corpo do animal. e eidos.1.2. possuem boca e ânus. Com o corpo não segmentado e revestido de cutícula resistente e quitinosa. mas. Tubo digestivo Cavidade corporal (pseudoceloma) 2. n Possuem simetria bilateral. n Não possuem sistema circulatório. enquanto o ventral é sensorial e motora. ou seja. c) Sistema digestivo. ou seja. por músculos (de origem mesodérmica). Aspectos nematelmintos. com um formato que lembra a letra H. Esses lábios possuem papilas sensoriais. para facilitar a cópula. n Podem ser de vida livre ou parasita. n O corpo desses vermes é coberto por uma cutícula protetora muito resistente.br n BIOLOGIA 9 . por um lado. Da faringe partem os cordões nervosos. Os nematelmintos são os únicos pseudocelomados na escala animal. Características gerais.2. e) Sistema excretor. que percorrem a lateral do corpo do verme. n São dióicos. n A musculatura dos nematódeos é composta por uma única camada de células que se distribui longitudinalmente pelo corpo. www. unidos por um canal transversal. não existe um celoma verdadeiro. Essa cavidade é limitada. A boca possui lábios ao redor. anatômicos e fisiológicos dos a) Tegumento. Logo. A movimentação também vai depender da elasticidade da cutícula e do esqueleto hidrostático. f) Sistema Nervoso. isto é. d) Sistema circulatório. e sim um “falso celoma” ou pseudoceloma. produzida pela epiderme. ela é limitada pela parede do tubo digestivo (de origem endodérmica). n São animais dióicos. Os parasitas alimentamse de produtos pré-digeridos pelo hospedeiro. ’filamento’. em sua grande maioria. Essa cutícula protege contra as enzimas produzidas pelo sistema digestivo do organismo hospedeiro. nutrientes e substâncias tóxicas é feita pelo pseudoceloma.portalimpacto. Provocam flexões dorso ventrais. são animais de simetria bilateral. Apresentam dimorfismo sexual. O cordão nervoso dorsal é responsável pela função motora. ‘semelhante’) são todos cilíndricos e alongados. Boca Parede do corpo Ectoderme Mesoderme n Os nematódeos são os primeiros animais a apresentarem sistema digestivo completo. ventral ou longitudinalmente.3. n São protostômios. mas há também espécies fitófagas e carnívoras. Essa musculatura lisa é responsável pelos movimentos desses animais.com. que emite um ducto que elimina excretas pelo poro excretor. 2. Normalmente os machos são menores e sua porção posterior é afilada e curva. triblásticos. dentes ou placas cortantes. A principal excreta desses animais é a amônia. sendo considerada a mais importante. líquido presente no pseudoceloma. n São os primeiros animais da escala zoológica a possuir sistema digestivo completo. n São pseudocelomados. A circulação de gases. porém pseudocelomados. Pseudoceloma Endoderme ânus n Possuem uma célula especializada. b) Sistema muscular. possuem sexos separados. a cavidade do corpo não é “totalmente” revestida por folhetos mesodérmicos. composta principalmente de colágeno. enjôo. n Os principais sintomas desta verminose são: n Na fase aguda: coceiras. Essa se instala temporariamente em um tipo específico de caramujo planorbídeo (gênero Biomphalaria). O ciclo de vida deste invertebrado passa por dois hospedeiros: um intermediário e o outro definitivo. abdômen com aspecto dilatado. hemorragias. modificando-se em uma larva chamada de cercária.com. onde seja comprovado o grande número de casos da doença. as larvas atingem a corrente sangüínea. perda de peso. n A esquistossomose é uma doença (barriga d’água) muito comum no Brasil. 10 n BIOLOGIA www. lagos e córregos de regiões com histórico evidente. Dentre as medidas profiláticas. depositado em ambientes aquáticos. ESQUISTOSSOMOSE OU BARRIGA D’ÁGUA. por onde são transportadas até o intestino e fígado. dermatites. O tratamento consiste na ingestão de um anti-helmíntico associado ou não a vermicidas. diarréia. Ovos de esquistossomo eliminados junto com as fezes. TENÍASE Fre 01 nte Fic h 05 a Parasitologia platelmíntica n A teníase é uma doença causada pela fase adulta de um verme chamado tênia (taenia solium e taenia saginata) quando esta se aloja no intestino humano através da ingestão de derivados de porco e boi mal cozidos que contenham cistos do verme. destacam-se: n Evitar tomar banhos em locais desconhecidos. dor abdominal. garantindo condições básicas de higiene. n Inicialmente o ovo contido nas fezes de uma pessoa contamina. A verminose por muitas vezes não se manifesta. tosse. Seu corpo é formado por anéis e estes podem armazenar até 80. enjôos. Após a penetração. fadiga e fraqueza. se transforma em uma larva aquática ciliada denominada miracídio.000 ovos cada um. n As cercárias penetram ativamente através da epiderme. aumento do fígado (hepatomegalia). n Promover o controle da população de caramujos planorbídeos. vômitos e emagrecimento. parasitando as veias do fígado e intestino no ser humano.br . febre. Os ovos liberados pelas fezes contaminam o solo e a água que transmite aos animais e esses passam para o homem. Estes cistos formam a popular solitária que pode chegar a três metros de comprimento dentro do organismo humano. insônia.HELMINTÍASES 1. causada pela infestação de vermes platelmintos trematódeos do gênero Schistosoma. Para o tratamento caseiro utiliza-se até hoje o chá de sementes de abóbora. Vermes adultos nas veias do fígado Fígado Ovos eliminados na água Penetração ativa das cercárias através da pele Ovo Cercária Miracídio Eclosão do mirocídio e penetração no caramujo Cercárias abandonam o caramujo Rédias Cercárias Desenvolvimento do miracídio no corpo do caramujo Rédias Esporocisto Larva cercária que abandona o caramujo e penetra no homem. quando as pessoas (principalmente os ribeirinhos) usufruem de cursos d’água contaminados. e reproduzindo-se sexuadamente. porém pode apresentar alterações do apetite. n Na fase crônica: diarréia. irritação. 2. fixando-se aí por meio de ventosas.portalimpacto. diarréia. aumento do baço (esplenomegalia). n tratar os doentes e fornecer saneamento básico. Paciente com esquistossomose portador de intensa dilatação abdominal. Wuchereria bancrofti. provenientes da falta de ferro (anemia) no organismo. reiniciando o ciclo. transmissor da filariose. n A ancilostomose. mas podem ocorrer dores abdominais. n Ao entrar no organismo. se contaminado. Entre as medidas de controle. é provocada pelo Necator americanus e Ancylostoma duodenalis. um nematelminto que realiza todo o seu ciclo em um único hospedeiro Casca Embrião Ingestão de água ou alimentos contaminados por ovos de lombriga Formas larvais de lombriga migram do pulmão e traqueia e são engolidos Vermes adultos no instestino delgado Eclosão dos ovos e libertação das larvas no intestino delgado Eliminação dos ovos de lombriga com as fezes 5. Da pele.portalimpacto. uso de repelentes e tratamento dos indivíduos infectados. n O tratamento utiliza medicamentos específicos contra vermes. podendo atingir a região escrotal e as mamas. decorrente da anemia que o verme provoca no hospedeiro ao sugar seu sangue. É recomendável a repetição do tratamento após uma semana para matar larvas restantes. n Os primeiros sintomas da infecção são: palidez. é uma doença causada por um verme nematódeo. A proliferação pode obstruir os ductos do sistema linfático. sugando junto ao sangue as microfilárias. n A filariose. a larva entra na corrente sanguínea. o verme passa a sugar o sangue da pessoa. utilização de telas nas janelas e portas das residências. n Na terra quente e úmida. também conhecida por elefantíase. que são expulsos pelas fezes e eclodem entre cinco e dez dias. Ao penetrar na pele. passa pela mucosa até chegar ao intestino grosso aonde chega à maturidade. As fêmeas liberam ovos no intestino delgado. conhecido como lombriga. cansaço e fraqueza.com. andar descalço na terra. palidez e emagrecimento. desânimo. que ao picar o homem introduz larvas infectantes na corrente sangüínea. FILARIOSE OU ELEFANTÍASE. Os ovos depositados se transformam em microfilárias que se difundem para os vasos sangüíneos. n A transmissão da ancilostomose ocorre por meio do contato direto com solo contaminado. tornando-se larvas infectantes. ANCILOSTOMOSE OU ANCILOSTOMÍASE. sensação de “picada”. o ovo eclode e libera a larva no intestino delgado. onde habitam e se reproduzem. O diagnóstico é feito através do exame de fezes que. n Normalmente a ascaridíase não apresenta sintomas. migrando para o sistema linfático (os gânglios linfáticos). náuseas. n O nome popular amarelão deve-se a cor amarelada apresentada pela pessoa infectada. à esquerda. Outros sintomas como dores musculares. Essas larvas se desenvolvem em vermes adultos. A doença é perigosa para as gestantes.br n BIOLOGIA 11 . falta de apetite. também poderá ocorrer com o agravamento do quadro. dissipando para diversos órgãos (músculos e cavidades serosas). O ciclo de vida desse invertebrado patogênico ocorre com intervenção de dois hospedeiros: inicialmente passando por um vetor (o mosquito hematófago do gênero Culex). com aproximadamente 10 centímetros de comprimento. Acima. com aproximadamente 40 cm. destacam-se o combate ao mosquito vetor. apresenta os ovos do verme. n A transmissão ocorre quando um indivíduo infectado é picado pelo mosquito. também conhecida como amarelão. aumento dos sons intestinais. ASCARIDÍASE n A ascaridíase é uma verminose provocada pelo verme Ascaris lumbricoides. espécies de vermes parasitas nematódes. A contaminação ocorre quando um indivíduo ingere alimentos contaminados com ovos do verme. Uma vez fixada no intestino delgado. inchaço. como por exemplo. retendo a linfa e provocando um edema. vômitos. Ciclo de vida do Ascaris lumbricoides. Os principais sintomas são inchaço dos membros superiores e inferiores (braços e principalmente as pernas). transmitidas a outras pessoas. onde a larva atinge o estágio adulto. hipertensão. mosquito Culex. dos ovos saem larvas que procuram um hospedeiro humano.3. pois pode afetar o desenvolvimento do feto. Demais fotos: deformações em decorrência de obstruções dos vasos linfáticos www. tonturas. abdominais e de cabeça. dificuldade de raciocínio. 4. onde sofre transformações até chegar ao intestino delgado. prurido. a larva ocasiona vermelhidão. quando tem capacidade de liberar ovos. que parasita os vasos linfáticos do ser humano. de acordo com o tipo de ser vivo. TEORIA DA GERAÇÃO ESPONTâNEA n Os primeiros defensores conhecidos das ideias nesse sentido foram Anaximandro. e Anaxágoras. enguias e tartarugas. ignorando a pré-existência de ovos ou mesmo de suas larvas. n O defensor mais famoso dessa hipótese na antigüidade foi Aristóteles há mais de dois mil anos. seu pupilo Anaxímenes. No século XVI. n O médico belga J. no entanto contendo carneiros completamente formados em seu interior. supunha a existência de um “princípio ativo” dentro de certas porções da matéria inanimada. lesmas. lagostas.aliada ao pressuposto de que a geração espontânea era mesmo possível. enguias. Já no século XVII Em resposta às dúvidas de Sir Thomas Browne sobre “se camundongos podem nascer da putrefação”. como sapos. Van Helmont. conheça a seguir as principais teorias de origem da vida: 1.portalimpacto. impedir que ratos já formados tivessem acesso à “receita” que supunha-se produzir ratos . levando a falsas conclusões. Parmênides. mas em versões variadas. n A ideia era baseada em observações . havia a crença popular de que certas árvores costeiras originavam gansos. chegou a prescrever uma “receita” para a produção espontânea de camundongos em 21 dias. Esse mesmo princípio organizador também tornaria possível que seres vivos completamente formados eventualmente surgissem a partir da “matéria bruta”. n Essas conclusões errôneas se devem a falta de metodologia apropriada. ostras. na mitologia grega: após o dilúvio universal. por exemplo. limitando variáveis que pudessem trazer resultados falsos como por exemplo. bastava que se jogasse. bem como o seu próprio aparecimento. Sustentavam de modo geral que a geração espontânea ocorria. que as moscas eram originadas da matéria bruta do lixo. que está apta a receber a forma de criatura para a qual ela é por poder formativo transformada. uma camisa suja (o princípio ativo estaria no suor da camisa) e sementes de trigo para que dali a 21 dias fosse constatada a geração espontânea. por exemplo. relatava-se que algumas árvores davam frutos similares a melões. Questionar isso é questionar a razão. n Relatos de geração espontânea são encontrados. Segundo ele. que posteriormente foi responsável por grandes experimentos sobre fisiologia vegetal. Alexander Ross respondeu: Então pode ele (Sir Thomas Browne) duvidar se do queijo ou da madeira se originam vermes. num canto qualquer. madeira podre. senso e experiência. Se ele duvida que vá ao Egito. ar. Ainda no século XIII. mas os animais apareceram através da geração espontânea.br .de alguns animais aparentemente surgirem de matéria em putrefação. gafanhotos. a partir de fontes como água.EVOLUÇÃO A origem da vida Fre 02 nte Fic h 01 a Q uando o Homem começou a se dar conta dos seres vivos que o rodeavam. são procriadas da matéria putrefeita. que seria responsável. não havendo tanta preocupação em certificar-se de que as observações realmente correspondessem ao que se supunha serem fatos. pelo desenvolvimento de um ovo no animal adulto. ou se borboletas. n Cientistas de todos os campos do saber acreditavam. por exemplo. Demócrito. sem rigor científico atual . Foi então que surgiram algumas teorias cujo objetivo era explicar o surgimento e desenvolvimento das espécies vivas. ou se besouros e vespas das fezes das vacas. o casal humano sobrevivente Deucalião e Pirra precisou da ajuda dos deuses para recriar a humanidade. n Essas ideias sobre abiogênese eram aceitas comumente até cerca de dois séculos atrás. 12 n BIOLOGIA www. para a grande calamidade dos habitantes. e em sua versão. B. Isso antecedeu o desenvolvimento do método científico tal como é hoje. Esse princípio ativo organizador. e outros como Xenófanes. prole da lama do Nilo. descreveu diversas observações acerca da geração espontânea de diversos animais. e etc.com. ratos. palha. Paracelso. Empédocles. tornou-se necessário explicar o aparecimento destes. e lá ele irá encontrar campos cheios de camundongos. entre outras. cada tipo de ovo tendo um princípio organizador diferente.descuidadas. havia destruído o princípio ativo. essa técnica é conhecida como “pasteurização”. passados alguns dias. O aquecimento excessivo. esses “vermes” não apareciam. grande cientista francês. 2. estava convencido de que os tais vermes não surgiam espontaneamente da própria carne. abalaram profundamente a teoria da geração espontânea. A geração espontânea estava completamente desacreditada.1 Francesco Redi: Em meados do século XVII. Desta forma. os tubos de ensaio. aquecidos durante um certo tempo e em seguida selados. A diferença no seu procedimento foi a de ferver os líquidos durante uma hora. com aquecimento e resfriamento. Líquidos assim tratados mantiveram-se estéreis. ficando as idéias da abiogênese consolidadas. a de que “um ser vivo só pode surgir de outro preexistente”. indefinidamente. o italiano Lazaro Spallanzani repetiu as experiências de Needhem. Mas nos frascos fechados. Observou que o material em decomposição atraía moscas. foram colocados em tubos de ensaio. o ar penetrava no balão. A idéia central da biogênese. Hoje.br n BIOLOGIA 13 . uma “fonte de vida” dotada de um “princípio ativo” organizador. Assim. Redi colocou pedaços de carne no interior de frascos. O cientista italiano. Louis Pasteur: Foi na Segunda metade do século XIX que a abiogênese sofreu seu golpe final. Para eliminar o argumento de Needham. onde as moscas não tinham acesso à carne em decomposição. www. entrou em conflito com a geração espontânea provocando calorosas discussões entre os defensores de ambos os lados. que entravam e saíam ativamente dos frascos abertos. que é excelente meio de cultura para micróbios. mas as impurezas ficavam retidas na curva do gargalo. o fechamento dos frascos destinava-se a impedir a contaminação por micróbios externos. responde às críticas de Spallanzani com um argumento aparentemente muito forte. Spallanzani demonstrava que os resultados de Needham não comprovavam a geração espontânea: pelo fato de aquecer por pouco tempo. John Needhem: Um religioso chamado John Needham fez em 1745 um experimento cujos resultados pareciam comprovar as idéias da abiogênese. TEORIA DA BIOGêNESE n Teoria baseada na origem de um ser vivo apenas oriundo de outro ser vivo. Devido ao longo gargalo do balão de vidro. É interessante notar que o próprio Spallanzani não soube refutar esse argumento. como sucos de frutas e extrato de galinha.2. A carne em putrefação não constituía. fornecendoIhes o alimento necessário. o caldo de carne era conservado no interior de um balão “pescoço de cisne”. Louis Pasteur (1822-1895). Nenhum microrganismo poderia chegar ao caldo de carne. Uma vez esterilizado. Na época de Redi. em seguida os tubos foram fechados hermeticamente. Louis Pasteur o pesquisador Lázaro Spalazani e a favor da geração espontânea o naturalista John Needham.2. a teoria da biogênese começou a ganhar adeptos gerando o debate entre os cientistas acerca da origem da vida. como supunham os defensores da gera2. sem vida. Depois de algum tempo.com. isto é. Entre os defensores da biogênese estavam os médicos Francesco Redi. Para provar sua hipótese. estavam turvos e cheios de microorganismos. A intenção de Needham. o médico e biólogo italiano Francesco Redi elaborou experiências que. Apesar disso. Era o ano de 1864. ora obviamente a de provocar a morte de organismos possivelmente existentes nos caldos. sem princípio ativo. Needham.4. No século XVII. uma das principais evidências da abiogênese era o aparecimento “espontâneo” de “vermes” em carne podre. o caldo se mantinha estéril. porém. Needham não hação espontânea. segundo Needham. e submeteu-o a uma cuidadosa técnica de esterilização. notou o surgimento de inúmeros “vermes” deslocando-se sobre a carne e consumindo o alimento disponível. o que parecia demonstrar a verdade da geração espontânea.portalimpacto.3. verificando que imediatamente os líquidos ficavam infestados de organismos. O papel da carne era somente constituir um meio adequado ao desenvolvimento das larvas. não se limitando a aquecê-los. 2. não Poderia ocorrer a geração espontânea. ao aquecer. provando a inexistência da geração espontânea. preparou um caldo de carne. Lázaro Spallanzani: Em 1770. quebrou alguns pescoços de balões. deixando alguns abertos e fechando outros com uma tela. 2. Vários caldos nutritivos. via destruído todos os micróbios existentes. dando-lhes a oportunidade de proliferar novamente. Sua hipótese era que eles surgissem de ovos colocados por moscas. na época. porém. a fonte de vida eram seres vivos (moscas) que já existiam. a despeito de estar em contato com o ar. sendo até hoje aceita por fiéis de várias religiões. Essa hipótese supõe que a Terra teria sido “contaminada”. Essas moléculas simples foram arrastadas pelas chuvas para os mares e lagos. Ao mesmo tempo. 3.com. Hipótese Heterotrófica: A imensidão de matéria orgânica nos oceanos primitivos favoreceu os organismos que se alimentavam diretamente dela. proliferaram. que não produzem seus alimentos e não utilizam oxigênio. Transportados. foi o principal defensor da idéia de panspermia cósmica.2. A fermentação é feita por seres heterótrofos anaeróbios. 3. 3. as condições primitivas do planeta favoreceram o surgimento de violentas tempestades e de chuvas torrenciais que esfriaram as rochas quentes da crosta terrestre. capazes de fabricar seu próprio alimento. cuja energia. por exemplo. Hipótese Autotrófica: Alguns estudiosos sugeriram que os primeiros seres vivos já eram auto-suficientes. baseado nas idéias de Oparin. Hipótese Cosmozoária ou Panspermia Cósmica: Svante August Arrhenius (1859-1927). a origem da vida por evolução química. por meteoros. por microrganismos oriundos do espaço. físico sueco. que produz energia e gás carbônico (CO2). atmosfera primitiva foram bombardeados pelos raios ultravioletas e por descargas elétricas. S. O mecanismo mais elementar de obtenção de energia por meio de substâncias orgânicas é a fermentação. Criacionismo: Essa é a mais antiga de todas as hipóteses sobre a origem da vida e tem forte cunho religioso. Durante milhares de anos. Ele admitiu que a atmosfera primitiva do planeta era muito diferente da atual: ela não continha oxigênio. durante milhares de anos. propiciara a geração de moléculas orgânicas simples como hidrocarbonetos e aminoácidos. os gases presentes na. Haldane (1892-1964). encontrando condições favoráveis de sobrevivência. denominados cosmozoários.portalimpacto. A atmosfera primitiva era formada por gases simples como gás hidrogênio (H2) amôia (NH3). admitiu que as moléculas de proteínas acumuladas durante milhares de anos nos mares primitivos criaram as condições necessárias para a formação das primeiras células. acredita-se que os heterótrofos anaeróbios foram os primeiros seres vivos da Terra. esses microrganismos teriam atingido nosso planeta e. em tempos remotos. exatamente o inverso da atual. Por isso. O vapor de água liberado pelas erupções vulcânicas se acumulava nas regiões altas e frias da atmosfera.3. onde retornava ao estado líquido e voltava ao solo sob forma de chuvas.4. OUTRAS HIPóTESES SOBRE A ORIGEM DA VIDA: n Com a aceitação da biogênese. E essa é a Hipótese Heterotrófica. associada ao calor das erupções vulcânicas. As proteínas teriam se associado às moléculas de água 14 n BIOLOGIA www. constituindo a fonte de vida na Terra. ou melhor. surgiu a seguinte questão: Se os organismos são gerados a partir de outros. compostos essenciais ao início da vida na Terra.1. Teoria dos Coacervados: Em 1922. corno se originou o primeiro organismo? Há pelo menos três hipóteses propostas para responder à pergunta sobre a origem dos seres vivos na Terra: 3. metano (CH4) e vapor de água (H2O). o bioquímico russo Alexander Ivanovich Oparin (1894-1980) propôs a teoria da origem precoce da vida na história da Terra. 3.3.5. De acordo com esse pensamento a vida foi criada a partir de uma divindade.br . onde reagiram e formaram moléculas complexas como as proteínas e os ácidos nucléicos. Mais tarde o cientista John B. O material orgânico foi dissolvido em água e observaram a formação de coacervados. n Recentemente. transformando o coacervado em um sistema isolado.com.“tijolos” básicos das proteínas. no início dos anos 50. n Baseado na teoria de Oparin. Ao redor dessas esferas havia pequenas bolsas.portalimpacto. n Essas esferas eram formadas por proteínas em seu interior. apesar de primitivos. n Fox preparou uma solução líquida contendo aminoácidos e colocou essa solução em uma superfície seca e aquecida. podem ter surgido sistemas equivalentes com algumas diferenças: envoltos por uma membrana especial e contendo em seu interior várias moléculas. 4. provavelmente formadas por moléculas de água. Fox analisou a solução no microscópio e observou a formação de umas pequenas esferas. vapor d’água (H2O). As proteínas se aglomeram e ao redor se forma uma película composta por moléculas de água. teriam surgido os primeiros seres vivos que. Nesse momento. ExPERIMENTO DE MILLER n Numa experiência pioneira. Misturou num recipiente hermeticamente fechado hidrogênio (H2). 5. se é possível a formação de um sistema organizado como o dos coacervados. Em seguida. Com a presença dos ácidos nucléicos.br n BIOLOGIA 15 . que dizia que a água da Terra primitiva continha vários aminoácidos e era levada pelas chuvas para a superfície das rochas quentes. simulando a água do mar que molhava as rochas. cientistas utilizaram material orgânico proveniente de meteoritos em um experimento. e esse calor provocava a união dessas moléculas. essas formas teriam adquirido a capacidade de reprodução e regulação das reações químicas internas. resultantes das ligações entre os aminoácidos. n Os coacervados são produzidos dessa forma e possuem essa mesma composição. o cientista americano Stanley Miller recriou a provável atmosfera primitiva. entre elas os ácidos nucléicos. ExPERIMENTO DE FOx: n sidney Fox (1912-1998) foi um pesquisador norte-americano. amônia (NH3) e metano (CH4).e formaram massas gelatinosas denominadas coacervados. havendo em seu interior possibilidade de ocorrerem inúmeras reações químicas. Microesferas de Fox www. adicionou água salgada ao sistema. Essas pequenas esferas tinham a propriedade de aumentar seu tamanho e se dividirem em esferas menores. mas pode-se supor que. eles podiam trocar substâncias com o meio externo. Não se sabe como a primeira célula surgiu. Fez passar através dessa mistura fortes descargas elétricas para simular os raios das tempestades ocorridas continuamente na época e obteve então aminoácidos . n Após algum tempo. Os coacervados não são seres vivos. mas uma primitiva organização das substâncias orgânicas em um sistema isolado do meio (protobionte). eram capazes de se reproduzir originando seres semelhantes a eles. Apesar de isolados. Fox realizou um experimento muito parecido em seu laboratório. Essa semelhança também foi verificada no desenvolvimento embrionário de todos animais metazoários. Essas evidências são: a anatomia comparada. ou seja. a analogia e os órgãos vestigiais. As estruturas análogas não refletem por si só qualquer grau de parentesco. A homologia entre estruturas de 2 organismos diferentes sugere que eles se originaram de um grupo ancestral comum. encontram-se com tamanho reduzido e geralmente sem função. Fixismo: durante boa parte da história. 2. a asa do morcego e a nadadeira da baleia são estruturas homólogas entre si. Evidências da Evolução: há um grande número de evidências acumuladas que mostra que a evolução realmente ocorreu e continua ocorrendo. dando origem a espécies novas. quando mais diferentes são os organismos. menor é o período embrionário comum entre eles. Evolucionismo: também conhecida por teoria transformista. permanece fixa até os dias de hoje. podemos observar que estas apresentam estruturas semelhantes ou membros com a mesma função. estruturas análogas.1 Anatomia comparada: ao analisar as diferentes espécies. Embriologia Comparada: o estudo comparado da embriologia de diversos vertebrados mostra a grande semelhança de padrão de desenvolvimento inicial. As estruturas homólogas podem exercer ou não a mesma função. Elas fornecem indícios da adaptação de estruturas de diferentes organismos a uma mesma variável ecológica. o de que a vida existente nunca evoluiu. a pata do cavalo.Ex: O braço do homem. mas ambas estão adaptadas à execução de uma mesma função: o vôo. a embriologia comparada e os registros fósseis. À medida que o embrião se desenvolve. em função de adaptação à execução da mesma função. o processo através no qual ocorrem as mudanças ou transformações nos seres vivos ao longo do tempo. c) órgãos Vestigiais: órrgãos vestigiais são aqueles que.com. 3. A observação destes caracteres veio apoiar as idéias evolucionistas. surgiu no século XIX se baseia na evolução. não há similaridade funcional.portalimpacto. devida unicamente a uma mesma origem embriológica. 3. 3. entretanto. As principais evidências da anatomia comparada que auxiliam no estudo da evolução são: a homologia. Nesses casos. portanto. pois este fato demonstra uma origem comum de diferentes espécies.EVOLUÇÃO A origem da vida EVOLUCIONISMO Fre 02 nte Fic h 02 a 1.br . A importância evolutiva desses órgãos vestigiais é a indicação de uma ancestralidade comum. 3. o RNA e as proteínas são moléculas 16 n BIOLOGIA www. b) Analogia: A analogia refere-se à semelhança morfológica entre estruturas. em alguns organismos. surgem características individualizantes e as semelhanças diminuem. Nesse caso.3 Bioquímica Comparada: sabemos que todos os organismos com estrutura celular possuem como material genético o DNA e que os genes são trechos dessas moléculas de DNA transcritos em moléculas de RNA que podem ser traduzidos em proteínas. Ex: As asas dos insetos e das aves são estruturas diferentes quanto à origem embriológica. isto é. a) Homologia: por homologia entende-se semelhança entre estruturas de diferentes organismos. pois. São. pois todas têm a mesma origem embriológica. mas em outros organismos são maiores e exercem função definitiva. Portanto. o pensamento predominan te da humanidade foi o fixismo.2. o DNA. da mesma forma que foi criada. com. Modificações nessas moléculas foram fundamentais no processo da evolução e permitiram a grande diversificação dos seres vivos.br n BIOLOGIA 17 .portalimpacto. maior será a proximidade evolutiva entre elas. e qu . e. Assim. uer inil qualq do fóss em tempos ra m onside sseis eis: é c e vivera os fóss rganismos qu estudo dos fó os egistr hecerm .presentes em todos os seres vivos desde que eles surgiram na Terra. Por iss alment pécies atuais nhos da evolu u es com as rtantes testem po dos im www. comparando as seqüências de bases nitrogenadas do DNA ou do RNA. os fósseis s cond sob e pod ção. Isso significa que podemos estabelecer o grau de parentesco evolutivo entre elas. 3.4 R resença de o cia do de con portân os ap dício d da Terra. podemos estabelecer o grau de proximidade entre essas espécies. ou quanto maior a semelhança entre as proteínas dessas espécies. Quanto maior for a semelhança nas seqüências das bases nitrogenadas dos ácidos nucléicos. ou comparando as proteínas de diferentes espécies de seres vivos. A im possibilidade mpos remot em te s atuotos tá na rem o es erra trada m na T as das encon rentesco evoluçã para a os que vivera e pa istint d m tais d dícios sideraorganis ições ambien ão con necer in em for o. Os que não apresentam vantagem são eliminados ou apresentam menor número de descendentes. a lei da herança dos caracteres adquiridos. Pelo fato de esticarem sempre o pescoço para atingir a folhagem das árvores. não sendo. deixando um número maior de descendentes. dessa forma.br . • Lei do uso ou desuso: O uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que estas se desenvolvam. Assim.TEORIAS EVOLUTIVAS n Várias teorias surgiram para explicar a evolução. que se limitavam a defender as idéias evolucionistas. que explicava o modo de alteração das espécies. cavaleiro de Lamarck é considerado o verdadeiro fundador do evolucionismo. A teoria resultante de tal estudo chama-se Lamarckismo.com. camento Finalmente o contínuo esti origem as girafas do pescoço deu ou desuso atuais. Os organismos mais bem adaptados são. ocorrendo assim uma sobrevivência e reprodução diferenciais. A lei do uso e do desuso. que incorpora os conceitos modernos da genética. Lamarck foi quem primeiro sugeriu uma teoria de evolução fundamentada. • Como o ambiente não comporta todos os descendentes. Lamarck desenvolveu um estudo acerca do modo como funciona a evolução. germinativas. • Lei da transmissão das características adquiridas: alterações provocadas em determinadas características do organismo. 4. Atualmente. são transmitidas aos descendentes. adquiridas houve a evoluçã As girafas ancestrais provav elmente tinham pescoços curtos. Os princípios básicos das idéias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo: • Cada população tem tendência a crescer exponencialmente se verificarem condições ótimas no ambiente. • Lei da busca da perfeição: variações do meio ambiente levam o indivíduo a sentir necessidade de se adaptar.portalimpacto. ao contrário dos seus contemporâneos. ocorrerá uma luta pela sobrevivência entre os indivíduos da população sobrevivendo apenas alguns.1 Lamarckismo: Jean-Baptiste de Monet. Isto leva a uma superprodução de descendentes. Lamarck estabeleceu três leis para explicar a evolução: A lei da busca da perfeição. 4. ás idéias essenciais de Darwin sobre seleção natural. Segundo Darwin e Wallace. as teorias de Lamarck e de Darwin. Portanto. os mais aptos. Par a alcançar a folhagem das árvores de que se alimentavam. entre elas. o pescoço alongou-se. hereditárias. • Qualquer população é caracterizada pela existência de grande variabilidade entre os indivíduos que a ela pertencem. destacando-se. selecionados para aquele ambiente. foi formulada a Teoria sintética da evolução. tinham que esti car o pescoço. Essa caracteristica adquirida era transmitida aos seus descententes. os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados. e o desuso faz com que se atrofiem. • A sobrevivência e reprodução diferenciais conduzem a uma gradual alteração nas características da população.2 Darwinismo: Charles Darwin e Alfred Wallace desenvolveram uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. pelo uso e desuso. 18 n BIOLOGIA www. também denominada Neodarwinismo. pelo uso o das características e pela transmissã o. portanto. • Os indivíduos que apresentam características que lhes conferem vantagem competitiva num determinado ambiente são mantidas por seleção. s de enas as girafa Finalmente. As varia ções eram hereditárias. A síntese das duas teorias foi feita nos anos 30 e 40. mas sua divulgação só ocorre no século XX. reconhecendo ainda a seleção natural como o principal fator da evolução.com. Essa nova teoria. ap mà s sobrevivera scoços longo pe . chamada de Sintética ou neodarwinista. Os pontos importantes são: • MUTAÇÕES (gênicas e cromossômicas) e RECOMBINAÇÕES GENÉTICAS causam as VARIAÇÕES entre indivíduos sobre as quais age a SELEÇÃO NATURAL. é a base da moderna Biologia. A explicação sobe a hereditariedade das características dos indivíduos deve-se a Gregor Mendel (1822-1884).3 Neodarwinismo: Versão atual da teoria da evolução de Darwin. existem fatores que atuam sobre a variabilidade genética já estabelecida: seleção natural. migração e oscilação genética. a teoria darwinista foi sendo adaptada a partir de descobertas da Genética. Mutações Seleção natural Variabilidade Adaptação Recombinação gênica www. em 1865. que incorpora os conhecimentos atuais da Genética.As girafas ancestrais provavelmente apresentavam pescoços de comprimentos variáveis.br n BIOLOGIA 19 . No século XX.portalimpacto. Darwin desconhecia as pesquisas de Mendel. A competição e a seleção natural levaram à sobrevivência dos descendentes de pescoços longos. Portanto comp u a evolução. uma vez que estes conseguirão alimentar-se melhor do que as girafas de pescoço curto. • Além disso. pela seleção etição. natural ocorre 4. os tentilhões. tecido armazenador de água e espinhos protetores. IRRADIAÇÃO ADAPTATIVA: n Uma população ou uma espécie que vive em certa área tende a dispersar-se. A baleia. no entanto. não importando quais sejam seus ancestrais. ocupando o maior número de hábitats possível. sendo submetidos a pressões de seleção semelhantes. originadas de uma espécie única. é um testemunho claro de suas diferentes origens. Os tentilhões não voam muito bem. onde sobreviveu por certo tempo. nas quais ficaram isolados por um tempo suficiente para que ocorresse especiação. Aqui. porém. visitadas por Darwin durante sua viagem.EVOLUÇÃO CONVERGêNCIA ADAPTATIVA: Convergência e Irradiação adaptativa Fre 02 nte Fic h 03 a n Na irradiação. 20 n BIOLOGIA www. É evidente que os animais aquáticos que tenham a forma de seu corpo adaptada à natação serão selecionados favoravelmente. a competição entre elas é reduzida. cada qual adaptada a certo conjunto de condições de vida. ambos.com. Nas ilhas Galápagos. Já na convergência adaptativa. A morfologia de suas flores. Como as condições ambientais são diferentes em cada habitat. é bastante semelhante. alguns indivíduos do grupo devem ter migrado para outras ilhas. que vivem no mesmo ambiente há muito tempo. a semelhança não é sinal de parentesco.portalimpacto. se diferenciem bastante um do outro. afinal. apesar de sua origem diversa. A essa diversificação de formas. A forma do corpo das baleias e dos tubarões. os organismos de origens diferentes. ou evolução convergente. adaptado a certo tipo de alimento.br . mas. a seleção natural faz com que esses grupos. cada uma delas possuí um tipo de bico bem diferenciado. desenvolveram estruturas semelhantes: caules carnosos. que são peixes cartilaginosos. n Acredita-se que o grupo fundador tenha um dia chegado a uma das ilhas maiores. Dessa maneira. Em uma única ilha. ela resulta da ação da seleção natural sobre espécies de origens diferentes. espécies de uma mesma origem diferenciam-se de acordo com os ambientes em que vivem adquirindo características bastante diversas. chamamos irradiação adaptativa. acabem por se parecer. por exemplo. existem hoje varias espécies de tentilhões. ao longo do tempo. por terem uma grande especialização alimentar. é um mamífero homeotermo e respira por pulmões. De uma forma ou de outra. existem 14 espécies de pequenos pássaros. contudo. n Vejamos um exemplo de irradiação adaptativa. sendo evolutivamente bastante distanciada dos tubarões. n Algumas plantas de deserto do grupo das cactáceas e das euforbiáceas. talvez essa tenha sido a razão do isolamento na ilha e da conseqüente especiação. respirando por brânquias e são heterotermos. são animais adaptados à natação. uma única espécie pode dar origem a uma grande variedade de espécies. já que cada um deles se adapta a um ambiente diferente. Todas essas espécies são muito parecidas e provavelmente evoluíram de ancestrais comuns. poderiam ter descendentes férteis. n Cada uma das espécies recém-formadas. quando se diferenciam ainda mais. O critério que se usa. uniformemente. Em outra situação. subespécies. e finalmente originar espécies novas. e os indivíduos divergem do ponto de vista morfológico. já que eles vivem em ambientes diversos.ESPECIAÇÃO (A FORMAÇÃO DE NOVAS ESPÉCIES) Origem das espécies n Em Biologia. ou seja. Nesse exemplo. porém. produzindo descendentes férteis. os dois grupos são submetidos a diferentes pressões de seleção natural. O que se estabeleceu foi o que chamamos de isolamento reprodutivo. trata-se agora de duas espécies diferentes (D). Em outros termos. recombinações gênicas e seleção natural diferenciais População B Raça ou subespécie A Isolamento geográfico. no entanto. uma situação em que as subespécies tenham ficado isoladas geograficamente por um período muito longo.br n BIOLOGIA 21 . um fluxo de genes. Com o decorrer dos anos. seriam classificados como seres da mesma espécie. de couve. ou um grupo de populações. embora muito semelhantes morfologicamente. acasalando-se exclusivamente com machos de sua própria espécie. fragmentar-se em raças geográficas. Essa população se modifica no decorrer do tempo como um todo. o conceito de espécie terá de depender de outros critérios. População A Isolamento geográfico. o cruzamento entre indivíduos de raças diferentes ainda será possível. que ficam. já que as populações não se encontram. de uma população mais ou menos homogênea. por exemplo. o surgimento de novas espécies. Esses componentes. é basicamente a aparência do organismo. por exemplo. as espécies são os tipos de organismos existentes. mesmo que vivam na mesma região. como uma montanha ou um rio (B). e esse continuou durante muito tempo a ser critério fundamental na classificação biológica. no entanto. assim. um livre fluxo de genes entre duas populações: isso seria o suficiente para que ocorresse o fenômeno de especiação. cujos componentes têm a capacidade de se cruzar na natureza. Esses grupos. aqui. separados por uma barreira geográfica qualquer. formam as subespécies. e sua diferenciação tenha se tornado tão grande que os indivíduos são agora incapazes de se cruzar. caso se encontrem. Ocorre que os machos de espécies diferentes têm uma dança ligeiramente diferente. n A utilização do critério morfológico. que têm o efeito de “convidar” a fêmea o acasalamento. o ambiente muda. Isso por que. homens e gorilas. Em outras palavras.portalimpacto. na época da reprodução. por exemplo. Se colocadas em contato. e que. n A espécie é uma população. cada vez mais. Contrariamente. Caso fossem colocados em contato. Os mecanismos de especiação n Suponhamos a existência. sua morfologia. e a seleção natural ajusta a nova população às novas situações. esses organismos nunca se acasalaram na natureza. no entanto. Durante muito tempo. n Uma população original. continuam sendo de espécies diferentes. por sua vez. suas características físicas. Suponha que essa barreira. Especiação n O conceito de espécie baseado na capacidade de cruzamento é importante em evolução. a partir de uma espécie ancestral podem às vezes surgi duas novas espécies. assim. num certo instante se torne intransponível para os indivíduos desses dois grupos. Mais ainda os genes novos que surgem numa população não são transmitidos para a outra. mutações. n Imagine. capazes de perceber as pequenas diferenças no padrão dos movimentos rejeitam todos os machos “estranhos”. não são capazes de se cruzar com os de outra espécie. Ainda hoje os caracteres morfológicos são muito usados para caracterizar uma espécie. de seus híbridos diplóide e tetraplóide e suas dotações cromossômicas www. pois é possível haver cruzamento entre eles. pode sofrer um ciclo semelhante. mutações. “Um trabalhador brasileiro que more na cidade de São Paulo tem pouca probabilidade de se “cruzar” com uma camponesa de uma aldeia na China. já que ocorre a livre troca de genes entre os indivíduos. Nesses casos. bastante homogênea em termos genéticos (A). um organismo cuja reprodução seja normalmente assexuada. n Imagine. os genes selecionados numa das populações não o serão. portanto constituem duas espécies. que ao longo da evolução de uma espécie aparecesse algum mecanismo que impedisse. no entanto. As fêmeas. modificando-se ao longo dos anos até se transformar em especies novas. porém. de forma homogênea. Por exemplo. de forma definitiva.com. Imagine. isolados geograficamente e impedidos de se cruzar. que a partir desse momento evoluirão separadamente. a composição gênica desses dois grupos torna-se cada vez mais diferenciada. como as bactérias e alguns protistas. com uma serie de movimentos que incluem passos e batimentos das asas. Ninguém tem muita dúvida. É bem possível que algumas espécies tenham evoluído dessa maneira. na natureza. por esse critério. o que os caracteriza como seres da mesma espécie”. Essas duas populações passam a constituir o que chamamos de raças geográficas (C) e. como as características morfológicas e bioquímicas. No decorrer do tempo. pode apresentar algumas dificuldades. por que nos permite compreender a forma como surgem essas espécies novas. as duas espécies. Todo sistema de classificação de Lineu era baseado essencialmente na morfologia. se divide em dois grupos. recombinações gênicas e seleção natural diferenciais Raça ou subespécie B População ancestral Espécie A Isolamento reprodutivo Eespécie B Fruto de rabanete. os machos executam uma dança nupcial. em dizer que gatos e cachorros são organismos de “tipos” diferentes. Está claro que o conceito de espécie baseado na reprodução tem limitações. escolhendo os genótipos mais adaptados. estão isoladas por uma diferença de comportamento na hora da reprodução. pode-se dizer que espécie biológica é um grupo de indivíduos entre os quais pode ocorrer. numa determinada região. existem diversos grupos de aves quase idênticas em termos morfológicos e que. n Homozigoto: é aquele indivíduo que apresenta genes alelos iguais para uma dada característica.: Aa. Ex. manifestado durante o período de vida intra-uterina.: amputação de um membro. albinismo. resultante da interação do genótipo com o meio ambiente.: A dominante sobre a. n Fenótipo: é uma característica observável ou detectável. 22 n BIOLOGIA www. diabéticos que utilizam insulina.: olhos azuis.: MUTAÇÃO: é toda e qualquer alteração ocorrida em uma molécula de DNA. uso de óculos ou lentes de contato.com. sendo hereditária apenas quando atinge as células sexuais (gametas). hemofilia. aa. que determinam um mesmo caráter e estão localizados em loci correspondentes de cromossomos homólogos. DHRN n Genética: é a parte da biologia que estuda os mecanismos da transmissão hereditária e as modificações que ocorrem nos seres vivos. iguais ou diferentes.br . Ex.: cor da pele. Geralmente representado por letras maiúsculas. É representado. etc. n Cromossomos: estrutura encontrada no núcleo celular. bb. n Congênito: é uma forma de caráter adquirido. sendo uma característica não-hereditária. Ex. grupo AB. n Caráter biológico: é todo e qualquer aspecto morfológico. sendo formada por uma seqüência linear de genes.: a é recessivo em relação a A. polidactilia. • Cromossomos alossomos ou heterossomos ou sexuais: são aqueles que diferem nos dois sexos.Introdução à GENÉTICA CONCEITOS IMPORTANTES DE GENÉTICA Fre 02 nte Fic h 04 a Fenótipo = genótipo + meio ambiente Obs: NORMA ou AMPLITUDE DE REAÇÃO: é o conjunto dos diferentes fenótipos que podem ser originados pela interação acima. n Gene dominante: é aquele que manifesta o seu caráter mesmo estando em dose simples. n Fenocópia: é a ocorrência de indivíduos com mesmo fenótipo. possuem a mesma forma. Bb. porém com genótipos diferentes. n Cromossomos homólogos: são aqueles que formam pares. por letras minúsculas. BB. cicatriz.portalimpacto. n Adquirido: não tem participação genética. n Gen ou gene: é um segmento da molécula de DNA encontrado nos cromossomos. daltonismo. Ex.: SIDA. n Genes alelos: são genes. idiotia. OBS. • Cromossomos autossomos: são aqueles que são idênticos nos dois sexos e determinam características comuns em homens e mulheres Ex. Ex. • Genótipo: é o patrimônio genético de um indivíduo.: tingimento dos cabelos. cabelos castanhos. etc. etc. sendo responsável pela transmissão das características hereditárias. É o conjunto de genes de um indivíduo.: Cor da pele. o mesmo tamanho e genes que determinam o mesmo caráter. sendo responsáveis por características que se distribuem diferencialmente no homem e na mulher Ex. Ex. fenocópias. n Gene recessivo: é aquele que geralmente se manifesta apenas quando em dose dupla. etc. fisiológico ou comportamental de um indivíduo. Ex.: Daltonismo. n Heterozigoto: é aquele indivíduo que apresenta genes alelos diferentes para uma dada característica. sífilis. geralmente.: AA. Podem ser de três tipos: n Hereditário: envolve a participação de genes. Ex. Ex. polidactilia. silicone. hipertricose auricular). que são as unidades básicas da herança. “test-cross”): cruzamento realizado entre um indivíduo híbrido de F1 de genótipo desconhecido (homozigoto ou heterozigoto?). n Cruzamento-teste (ou.portalimpacto. n Genoma (n): é o conjunto de genes de uma célula haplóide. n Quando a célula está para se dividir. e pode-se ver que são constituídos por dois cordões paralelos.: V___ x vv www.br n BIOLOGIA 23 . Ex.O CROMOSSOMO n Os cromossomos são estruturas semelhantes a fios contidas no núcleo ou centro de controle da célula. Ex. eles se tornam mais curtos e espessos.: • Célula haplóide (n) = 1 genoma • Célula diplóide (2n) = 2 genomas n Célula haploide (n): é aquela que apresenta a metade do número cromossômico típico de uma espécie. n Célula diploide (2n): é aquela que apresenta o total do número cromossômico típico de uma espécie. Ex. do inglês.: Vv x VV ou vv. chamados cromátides. “back-cross”): cruzamento realizado entre um indivíduo híbrido de F1 com um parental.: gametas. n Retrocruzamento (ou.com. Ex.: células somáticas (são as que formam o corpo de um indivíduo). com o parental recessivo. n Ao longo do comprimento de cada cromossomo há uma série de estruturas químicas chamadas de genes. do inglês. Ex. células do corpo de um zangão. o que dá uma proporção de 3 sementes lisas para 1 rugosa. muitas vezes é necessário estimar matematicamente quantas vezes determinado caráter tem a possibilidade de aparecer. Nesses casos. A teoria mendeliana foi redescoberta em 1900 por três botânicos. promove-se a soma dos acontecimentos isolados. Essas linhagens eram aquelas que produziam descendentes com características que não variavam de uma geração para outra.1 Eventos mutuamente exclusivos ou regra do “ou”: Eventos mutuamente exclusivos são aqueles em que a ocorrência de um impede a ocorrência do outro. O relatório de suas pesquisas foi publicado em 1866. A probabilidade (P) de um evento acontecer é dada pela relação entre o número de eventos desejados e o número de eventos possíveis. A ervilhas-de-cheiro. Aplicando-se a regra da multiplicação dos eventos isolados. Eventos independentes são aqueles em que a ocorrência de um não impede a ocorrência do outro. o holandês Hugo de Vries. Mendel deixou ocorrer a autofecundação das plantas de F1 e constatou que a 2ª geração de filhos ou F2 era formada por cerca de 75% das sementes lisas e 25% de rugosas.Genética PROBABILIDADE LEIS DE MENDEL n Em Genética. a probabilidade de sair a face “5” no dado é de 1/6. sem formas intermediárias.portalimpacto. por outro lado. utilizadas por Mendel em seus trabalhos. Como a moeda tem duas faces (“cara” e “coroa”). Mendel considerou sete dentre essas características. uma vez que a ocorrência de “cara” na moeda não impede que surja a face “5” no dado. b) Método Experimental: Mendel cruzava plantas que pertenciam a linhagens que ele chamava de puras. constituíram a geração de pais ou geração parental (geração P). Ex. A seguir. portanto. o desenvolvimento de linhagens puras. o alemão Karl Correns e o austría co Erich Von Tschermak.br . Ex: No lançando de um dado. Entre essas características. Logo: P = 1/6 1.com. Assim: P= 1/6+1/6 = 2/6 = 1/3 1. na República Tcheca). qual a probabilidade de sair “cara” e a face “5”? Resolução: Observe que se trata de eventos independentes. Como a ocorrência de uma ou outra face (face “1” ou “6”) “satisfaz” o problema. Probabilidade (P) = Número de eventos desejados (n) Número de eventos possíveis (N) Ex: Qual a probabilidade de no lançamento de um dado cair voltada para cima a face “3”? Resolução: O número de faces existentes em um dado é 6. podemos considerar: • É de fácil cultivo e se reproduz de maneira relativamente rápida. o que facilita a ocorrência de autofecundação e. • Apresentava cer tas características (7 foram analisadas por Mendel) com variedades bem definidas. sendo que cada uma delas apresentava duas variedades distintas. ExPERIMENTOS DE MENDEL n O sucesso nos experimentos de Mendel deve-se principalmente ao material utilizado na pesquisa e a interpretação estatística dos resultados. Qual a de no Lançamento simultâneo de um dado e uma moeda. na Áustria (hoje Brno. Mendel observou que na geração F1 desse cruzamento todos os indivíduos produziram sementes lisas. Da mesma maneira. Mendel cruzou plantas puras de ervilha que produziam sementes lisas com plantas puras que produziam sementes rugosas. ou seja. dessas 6 faces apenas uma exibe a face “3”. a probabilidade de sair “cara” é de 1/2. o que permite a análise de várias gerações em tempo comparativamente pequeno. qual a probabilidade de se obter a face “1” ou a face “6”? Fre 02 nte Fic h 05 a Resolução: Vimos que a probabilidade de se obter a face “1” é dada pelo quociente da divisão do número de faces “1” que o dado possui pelo número total de faces existentes (6). Logo: P (face 1)= 1/6. Essas plantas. que deram início à experimentação. em um mosteiro da cidade de Brünn. temos: P = ½ x 1/6 = 1/12 1ª LEI DE MENDEL n As leis básicas da heredi tariedade começaram a ser desvendadas pelo monge agostiniano Gregor Mendel (1822-1884). a) Material: Mendel usou em seus experimentos a ervilha-de-cheiro (Pisum sativum) e analisou cuidadosamente os descendentes de cada cruzamento. marcando o início da moderna Genética. quando se deseja determinar a probabilidade de ocorrência de tais eventos. Os descendentes dessa geração P constituíram a primeira geração de filhos (geração F1). mas não recebeu a atenção que merecia. somam-se as probabilidades isoladas. a probabilidade de se obter a face “6” será igual a 1/6. 24 n BIOLOGIA www. apresentam várias características que favorecem a pesquisa genética.2 Eventos Independentes ou regra do “E”: A probabilidade da ocorrência simultânea de dois ou mais eventos independentes ou não-exclusivos é igual ao produto das probabilidades isoladas desses eventos. • Possui flores hermafroditas. a variedade rugosa não apareceu. que trabalharam independentemente. br n BIOLOGIA 25 . só reaparecendo na geração F2 e com menos freqüência.c) Conclusão: Mendel explicou os resultados. nas linhagens puras os fatores são iguais. encontrando-se ao acaso no momento da fecundação • Mendel chamou de variedade dominante aquela que se manifestava na geração F1 e de recessiva aquela que permanecia “escondida” em F1. www. sendo que.portalimpacto. formulando algumas hipóteses: • Cada característica é determinada por um par de fatores hereditários (genes). • Na geração F2 sempre ocorre a proporção de três indivíduos com a característica dominante para cada indivíduo com característica recessiva (proporção 3:1).com. semente lisa (LL) e semente rugosa (RR) da geração parental. No caso. • Esses fatores se separam na formação dos gametas. ocorre porque acontece a separação dos cromossomos homólogos durante a meiose 26 n BIOLOGIA www. afirma que os genes para uma mesma característica estão localizados nos mesmos loci nos cromossomos homólogos.br . MEIOSE x 1ª LEI DE MENDEL: n Na meiose. Obs. para aquela característica. Quando os genes alelos são iguais (AA ou aa). Portanto. Assim.portalimpacto. os gametas também serão iguais para aquela característica. os gametas masculinos e femininos unem-se e os genes alelos tornam a se encontrar. Nos cruzamentos. ela também pode ser denominada Monoibridismo. de maneira que cada um dos gametas contém apenas um fator de cada par”. TEORIA CROMOSSÔMICA DA HERANÇA n Proposta por Thomas Morgan e colaboradores. a 1ª lei de Mendel afirma que “As células somáticas contêm fatores aos pares. formando os pares de alelos. Como na 1ª lei de Mendel é analisado apenas um caráter por vez.ENUNCIADO DA 1ª LEI DE MENDEL n Também chamada de Lei da pureza dos gametas ou Princípio da segregação dos fatores. os cromossomos homólogos separam-se. esses pares de fatores separam-se durante a formação dos gametas. a separação dos genes alelos na formação de células reprodutoras (postulada pela primeira lei). Com isso. Quando os genes alelos são diferentes (Aa). os genes alelos também separam-se. indivíduos homozigotos produzem gametas iguais e indivíduos heterozigotos produzem gametas diferentes.com. os gametas podem ser de dois tipos: A e a. específicos para um determinado caráter. um para cada gameta. o cientista norte-americano R. conseqüentemente os cálculos serão diferentes. pelo menos de uma parte dos indivíduos. devemos observar se a característica aparece tanto nos indivíduos masculinos quanto nos femininos (herança autossômica e não herança sexual). Punnett idealizou um diagrama. a) Simbologia: As genealogias apresentam uma série de símbolos. b) Interpretação: A interpretação de um heredograma é efetuada em etapas: • Inicialmente. A combinação de linhas e colunas dá a proporção entre genótipos dos possíveis descendentes. os gametas de um genitor são distribuídos nas linhas e os do outro são colocados nas colunas. Se aparecer mais num tipo. Heredogramas ou Pedigrees. se não de todos. casais em que ambos os indivíduos são fenotipicamente iguais e têm descendente com fenótipo diferente do seu. Os símbolos indicam o grau de parentesco. pode se tratar de herança situada em cromossomos sexuais. • Posteriormente devemos fazer a determinação da dominância ou recessividade entre os alelos.QUADRADO DE PUNNETT: n Para facilitar a verificação dos genótipos dos descendentes e as suas proporções.portalimpacto. os indivíduos de uma família. localizam-se os homozigotos recessivos: apenas eles (e todos eles!) manifestam o fenótipo recessivo. a geração. as genealogias são os métodos mais usado para o estudo do tipo de herança de um caráter hereditário em uma determinada família. considerando-se que um homozigoto recessivo recebe um alelo recessivo de cada um dos pais e que transmite o alelo recessivo para todos os seus descendentes. o sexo. Uma vez determinados o alelo dominante e o recessivo. a ordem de nascimento. GENEALOGIAS: n Também denominadas árvores genealógicas. Podem-se determinar os genótipos. www. a presença de um caráter afetado por determinada anomalia. faz-se a localização dos homozigotos recessivos. C.com. no heredograma. Para concluir se um fenótipo é condicionado por um alelo dominante ou recessivo. • Mais tarde. etc. O filho com fenótipo diferente dos pais terá fenótipo e recessivo e os pais fenótipos dominantes e heterozigotos. devem-se pesquisar. • Por último faz-se a determinação dos demais genótipos. No quadrado de Punnett.br n BIOLOGIA 27 . palavra que qualifica algo. Estabeleceu ainda a nomenclatura binominal (ou binomial) para a espécie. Os filos ou as divisões são compostos por classes semelhantes. REGRAS INTERNACIONAIS DE NOMENCLATURA uma subespécie (populações da mesma espécie geograficamente isoladas. o nome de uma espécie é formado sempre por duas palavras. n Espécies muito parecidas podem ser reunidas no grupo gênero. Crotatus terrificus durissus (cascavel da Venezuela. nas plantas.br . À medida que se afasta da espécie em direção ao reino. Depois.e propôs uma hierarquia de semelhança entre eles. família da roseira e da macieira) e ales para a ordem (Coniferales. o gênero é sublinhado ou escrito em itálico. 6ª. a data em que ele descreveu essa espécie vem após seu nome. classe. ordem do pinheiro. 2ª. Felinae. formar novas espécies) é trinominal (trinomial): Ex. ralistas d ista.TAxONOMIA A classificação dos seres vivos OS SETE GRUPOS BÁSICOS DE CLASSIFICAÇÃO n Em 1735.com.1778. a primeira indica o gênero e a segunda. o botânico e médico sueco Carl Von Linné (1707 . utiliza-se. que se reúnem em classes. Crotalus terrificus terrificus (cascavel brasileira). escrito com inicial minúscula (se representar uma homenagem a alguém importante do país onde foi descrita a espécie.O nome das famílias dos animais recebe o sufixo idae e o da subfamília. inae: Felidae. escrito em itálico ou sublinhado: Homo sapiens (ser humano). Colômbia e América Central).reunindo os seres vivos em cinco grupos taxonômicos: reino. Os diversos filos ou divisões são reunidos em reinos. n Lineu propôs também o uso de palavras latinas para denominar os organismos. mas o leão pertence à espécie Panthera leo e a onça. se derivarem de outra língua. cerc o trabalh ois. foi convencionada uma série de regras que devem ser seguidas por todos os cientistas. à espécie Panthera onca. foi necessário estabelecer grupos intermediários: sub e supergêneros. sub e superfamílias. que quer dizer sábio. o termo ou epíteto específico (o epíteto. etc. ordem. em geral.A nomenclatura de 28 n BIOLOGIA www. portanto menor o grau de parentesco entre os organismos de cada grupo. ou seja.1882 inglês 18 Fre 03 nte Fic h 01 a cientifica e evitando confusões geradas pela existência de nomes populares diferentes para a mesma espécie. precedida de uma virgula ou entre parênteses: Trypanosoma cruzi Chagas. 1909 (protozoário que provoca a doença de Chagas).Todos os nomes científicos devem ser escritos em latim. da sequóia. seu nome (por extenso ou abreviado) deve aparecer em seguida ao termo específico sem pontuação. vejamos algumas: 1ª.a espécie é binominal. isto a fix va a teori écies ta esp a que as de de acreditav m. Gêneros afins formam famílias e estas compõem ordens.portalimpacto. aceicomo a oca e sua ép é. com inicial maiúscula: Aedes(Stegomya) aegypti (mosquito que transmite os agentes causadores da febre amarela e da dengue). etc. deverão ser latinizados.A designação do subgênero aparece entre o gênero e o termo específico. o termo específico. Felis domesticus (gato doméstico). Musca domestica (mosca). neste o grau de semelhança é menor que na espécie. entre parênteses. 09 . o grau de semelhança é menor e. que podem. o leão e a onça pintada são classificados no gênero Panthera. com ralista dep rwin (natu harles Da C ).) n Se o autor da descrição de uma espécie for mencionado. no futuro. ou um nome de pessoas latinizado). unificando mundialmente a linguagem e Lineu. 5ª. O primeiro termo indica o gênero e o segundo. a terminação aceae para a família (Rosaceae. Por causa da complexidade de certos grupos. Lineu em português) estabeleceu a espécie como unidade básica de classificação. notar qu Convém os natumaioria d . A ida íra não evolu seria disomente evolução no século e aceita vulgada m anos a de ce o de XIX. gênero e espécie . sub e supeordens. outros pesquisadores acrescentaram dois grupos: filo (para animais) ou divisão (para vegetais e fungos) e família. etc.Os termos que indicam gênero até reino devem ter inicial maiúscula. costuma ser um adjetivo. n Para que a classificação fosse uniforme. aceita-se o uso da inicial maiúscula). 4ª. Por exemplo. como sapiens. 3ª. sublinha a tempo a espécie inteira. lobo). n leões(Panthera leo) e tigres (Panthera tigris).. Das ordens se faz a classe pra dizer: que filos quando se agrupam. por acidente. os termos. Em 1758. Edentata (tatu. um reino se formou Música original:.com. tamanduá).. Leão macho e fêmea de tigre = Liger (híbrido) n Cruzamento entre uma égua (Equus caballus) e um jumento (Equus asinus). em 1804. Ursidae (urso). ExEMPLO DE CLASSIFICAÇÃO n Todas as raças de gatos domésticos são capazes de cruzar entre si e produzir descendentes férteis. formando a ordem Carnívora. Este e os outros filos de animais compõem o reino Animalia. Reptilia.Cap. Liger CANÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO Lineu definiu num distante passado que a espécie que eu estudei formava um binômio. Híbridos: Mula ou burro n Um zebroide é um cruzamento entre uma zebra (Equus boehmi) e um outro animal do gênero Equus. Assim. pensou em nos dizer: Que olhando a estrutura. 1758) Fabricius. na qual ele apresentou uma revisão de suas regras) para cá se os autores os publicarem em revistas científicas seguindo todas as regras. n Com as ordens Primates (ser humano. então. Chiroptera (morcego) e outras. n O cruzamento entre o cavalo e a jumenta também é possivel. provavelmente por falta de espaço no útero materno. os seres agrupou. À um tempo atrás. Inicial. Amphibia. de peixes e outras. Lineu classificou uma espécie de formiga como Formica sexdens. n Têm prioridade os nomes apresentados em primeiro lugar de 1758 (data da décima edição do livro de Lineu. se um pesquisador... Esta apresenta uma série de semelhanças com as famílias Canidae (cão. Rodentia (rato). é necessário também que na publicação conste uma descrição do animal. CRUZAMENTOS ENTRE ESPÉCIES DIFERENTES ÉCIE O DE ESP CONCEIT O s semeindivíduo Grupo de e cruzar apazes d scenlhantes c de produzir ientre si e em cond rteis. o cientista dinamarquês Johan Christian Fabricius (1743-1808) transferiu-a para o gênero Atta. descrever um animal já classificado. esta ções natu nte isolados de me espéprodutiva de outras divíduos in cies. que faz parte do mesmo gênero do gato selvagem (Felis silvestris). escrever: Atta sexdens (Linnaeus.portalimpacto. Essa regra é conhecida como lei da prioridade. o reentes fé d nd rais.br n BIOLOGIA 29 . esse animal é denominado Bardoto.n Quando uma espécie é transferida de um gênero para outro ou muda-se o gênero. Classificou à sua maneira. com as classes Aves. porém gera um animal de menor porte e imperfeicões na cabeça. Mustelidae (quati). 1804. Podemos. Por isso pertencem a espécie Felis domesticus.. macaco). forma o filo Chordata. prevalecerá o nome inicial. o nome do autor da primeira classificação é colocado entre parênteses. Viverridae (mangusto) e outras. a sua maneira Autor: Prof. Hyaenidae (hiena). Rinaldo Barral Bardoto www. a ordem Carnivora forma a classe Mammalia que. O gênero Phantera (leão.. Latinizarei para que eu possa sim unificar os nomes.. onça tigre) e outros semelhantes compõe a família Felidae. Espécie quem viu gênero tem mais traços famílias eu não agrupei de modo errôneo. ele só pode multiplicar-se no interior de uma célula viva.Hoje sabemos que algumas formas de câncer — aguns tipos de leucemia. um cterística presos s nucléic seu interi a das cara glicídios ois ácido Esta é um têm sempre os d lipídios e m RNA. recomeçando o ciclo. é chamado pró-fago e não destrói a bactéria. enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que infectam procariontes (domínios bactéria e archaea). Mas isso nem sempre acontece. reproduzindo-se em seu interior. reproduzindo-se e s tipos d ue algun e hoje q omegalo o cit Sabe-s A como iam DN inic vírus de patite B us da he inda us e o vír quanto a a vír NA en o que se de R a sínte .portalimpacto. parasis. n A diferença está nas ordens recebidas por tal equipamento que são dadas pelo DNA do vírus e não pelo da bactéria. chamada indução. pode ser produzida por raios ultravioleta e substâncias químicas que causem mutações. o pró-fago pode transformar-se num fago virulento e causar a destruição da célula. n Como é desprovido de estrutura celular. nores qu dos orga A: vezes me as nos mais varia trutur formados Es cem o dez ou doenç vírus são . Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular. Assim. ou seja. por exemplo — podem ser causadas por vírus. que podem atacar outras células.com. o DNA do vírus simplesmente se liga ao DNA da bactéria. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes (organismos cujas células têm carioteca). pois to nte por u la de ácid as dos vír basicame a molécu s exclusiv os. or. onde se multiplica. 30 n BIOLOGIA www. de mod formando ois tipos estão se tém os d iral con v partícula nucléicos e ácidos d com ele a cada divisão da célula bacteriana. m també res vivos apresenta outros se mplexos mais co Os vírus ula. o vírus utiliza todo o equipamento metabólico da bactéria. Muitas vezes. caracterizando um ciclo lítico. n O DNAdo vírus só comanda o metabolismo bacteriano se inibir o DNA da bactéria. o vírus do resfriado invade apenas as células das mucosas das vias respiratórias superiores (nariz. Os O de e contém élulas. inativo. Um dos vírus mais estudados é o bacteriófago ou fago. Como s bactéria ea nismos. em s vírus sã m causar e no homem. Por isso. porém. que ataca bactérias.VÍRUS Fre 03 nte Fic h 02 a Uma partícula basicamente protéica OS SETE GRUPOS BÁSICOS DE CLASSIFICAÇÃO n O Vírus é uma partícula basicamente protéica que pode infectar organismos vivos. po u mero) qu clusiv tas das c o DNA o a (capsô forem. é um parasita intracelular obrigatório. faringe etc). É importante observar que. Essa mudança. para a sua reprodução. Esse ciclo é chamado ciclo lisogênico n A qualquer momento.br .Cada célula bacteriana infectada pode liberar centenas de novos vírus. o vírus não é nem procarionte nem eucarionte. que po os os psula de o d seja ma cá o nucléic us. que mantém o seu metabolismo normal. O vírus que se encontra assim. ou então através de uma conjugação na qual o pró-fago passe para o citoplasma de uma outra bactéria e nela consiga inibir o DNA. vindo daí a dificuldade em classificá-lo. in ino proteín de ser de que re . à cáps REPRODUÇÃO n O vírus não pussui as enzimas encarregadas da duplicação do ácido nucléico nem o equipamento necessário para a síntese de novas cápsulas. Refrão Transcriptase reversa (o vírus vai liberar) e produz o DNA. Luís R. deixa a célula doente. através da engenharia genética. isto amente p se propa imultane aírus para fectada s v r in s à inativ la estive resistente se a célu e ácidos fectantes in proteínas proteínas egradam de vírus. o médico disse: você descuidou. Rinaldo Barral.com. a síntese que dominou. a integrase do zero (nada) vai misturar. o RNA id é or n Virusó gar. se misturou. uma enz RNA vira molde o ndo com te exsimples e is de cadeia . mas nosso organismo possui defesas naturais. eia simple se revers uma cad nscripta NA da à tra socia produz D ima que l. ah. culas de almente d São molé : norm n Príons ntos que rocedime ção por p . Microbiologia médica Amabis. até mesmo por toda a vida. controlou. José M. doenças provocam na gente.AS DEFESAS CONTRA OS VÍRUS n Os antibióticos não têm efeito contra o vírus. as vacinas e o soro costumam fornecer boa proteção.br n BIOLOGIA 31 . e se replicou. Sérgio e Gewandsznajder. o médico disse: você descuidou Letra: Prof. representadas pelos anticorpos e pelo interferon. s Vira RNA infectada Las sub entos de s células um Partícu Minúsculos segm núcleo da itar do auxílio de es: jam no n Viróid necess ultiplica ue se alo r q m óides po es unidas ide só se m dos vir tremidad do virusó determinado tipo es: Difere . Como eles sofrem mutações periodicamente. nuclear é seu sucesso. Biologia dos organismos Linhares. sua proteção acabou.(bis) As pessoas se convencem que o linfócito escapou. n Entre as defesas artificiais. Os repetidos ataques de gripe e resfriado são explicados pelo fato de que tais vírus se encontram espalhados de forma ampla pelo mundo. só um ácido ele tinha. ah. o interferon já vem sendo fabricado. inversa é sua transcrição. também a reprodução retrovírus eu não quero. Além disso. n A produção de anticorpos confere proteção ao organismo por tempo variável. (que o núcleo vai penetrar). Num instante tem acesso. existe sempre um novo tipo de vírus contra o qual a população ainda não está imunizada. uma proteína que protege o corpo especificamente contra o vírus. Porém estão doentes. o que explica por que certas doenças virulentas são de difícil reincidência. e comanda em retrocesso. m que conté são vírus RNA asetrovírus r s de a. F. nucléicos MúSICA: VIRUS PIRATA O vírus é um pirata. Melodia: Coração pirata(Roupa nova) Bibliografia: TRABULSI. Está no cromossomo e comanda a transcrição Chegando no citoplasma é dono de uma tradução Há.Biologia Hoje www. o médico disse: que infectou. (mas tem a vacina) A sua vida é um mistério.portalimpacto. já que alguns subtipos têm relação com o câncer no colo do útero. principalmente HPV-16. presenta 2 No Brasil. com indivíduos maior ina partir do muito emb s 50 anos ora tumore de idade. cujos fatores de risco são: n baixas condições sócio-econômicas n início precoce da atividade sexual n multiplicidade de parceiros sexuais n tabagismo (diretamente relacionados à quantidade de cigarros fumados) n higiene íntima inadequada Fonte: Instituto Nacional do Câncer giões umas re orEm alg ooN as com geográfic . HPV-18 HPV-31 e HPV-45 . uso de duchas ou medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores ao exame. O HPV está presente em mais de 90% dos casos de câncer do colo do útero. baixas con Está relaci dições sóci onado às o-econômic higiene íntim as e de inst a e a indivíd rução. nça no B esta doe Higiene é a melhor forma de prevenção contra o câncer de pênis ExAME DE PAPANICOLAU n O O exame preventivo do câncer do colo do útero (exame de Papanicolaou) consiste na coleta de material citológico do colo do útero. o exame não deve ser feito no período menstrual. Os carcinomas cervicais. A lesão deve ser retirada com bisturi elétrico ou produtos químicos. 40 mil torno de que em erão desenvolv mulheres rasil.portalimpacto.VIROSES CONDILOMA OU VERRUGA GENITAL Fre 03 nte Fic h 03 a Doenças causadas por vírus n Causada pelo vírus do papiloma humano (HPV). Para a coleta do material.vulvares e câncer de pênis tem sido atribuidos a alguns tipos de HPV. sendo repúcio (fim o estreitaose) um fato r predispon ente. é introduzido um espéculo vaginal e procede-se à escamação ou esfoliação da superfície externa e interna do colo através de uma espátula de madeira e de uma escovinha endocervical. sendo coletada uma amostra da parte externa (ectocérvice) e outra da parte interna (endocérvice).br . n sintomas: lesões em forma de “verrugas” na vulva. Mulheres que tiveram ou têm a doença devem fazer exames ginecológicos periódicos. a mulher deve evitar relações sexuais. ico com io avança m o méd estág procura ença em a do possuem câncer d e Pênis n O cânce r que ating e o pênis condições d está muito e higiene ín ligado às tima do indiv mento do p íduo. na vagina e no pênis. ). cer (INCA al do Cân e 12 muto Nacion 10 o Institu ata entre Segundo doença m sil. % das m lheres po m que 80 câncer já do s aponta sintomas Pesquisa do. o câ casos de câ ncer de pên ncer de pró is supera o stata e de b s exiga. anais. A fim de garantir a eficácia dos resultados.com. s malignos encontrado do pênis p s em indivíd ossam ser uos jovens. % de todo no homem s os casos . pois a presença de sangue pode alterar o resultado. essa ue no Bra ulheres q r dia. O Papilomavírus é altamente transmissível por contato sexual. Fonte: INCA. sendo m de câncer ais freqüe e Nordeste nte nas re do que na giões Nort s regiões regiões de e sul e sud maior incid este. ePideMiO LOgia n O cân cer de pên is é um tum cidência em or raro. Nas ência. a incibrasileiro deste colo câncer de dência de mais alta do éa do útero o-se estimand mundo. InstitutoNac ional do Cân cer 32 n BIOLOGIA www. à m uos não circ o tumor re á uncidados. Além disto. Cerca de uma semana depois.. Depois de se multiplicar. A água de vasos de plantas deve ser trocada com frequência e deve-se impedir o acúmulo de objetos que retenham água. n O período de incubação é de três a seis dias Prevenção: combate ao mosquito e vacinação.). provocada por outro tipo de vírus. gênero flvivirus. Amabis. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. não se consegue identificar o fator desencadeante. DENGUE n O agente etiológico pertence à família Flaviviridae. poços e cisternas devem estar sempre cobertos. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença. n O período de incubação varia de 02 a 15 dias. articulares. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. gênero flvivirus. como pneus. Sérgio e Gewandsznajder. vómito. semelhantes às do sarampo. Embora as feridas cicatrizem em poucos dias. Transmissão: pela picada do mosquito Aedes aegypti (pequeno e de cor escura. O herpes simples tipo 2 é adquirido geralmente na fase de adolescência.br n BIOLOGIA 33 . que vive nas regiões urbanas e tem hábitos diurnos) e do mosquito Haemagogus (no campo). Mas. n Os fatores capazes de desencadear as recidivas. FEBRE AMARELA n O agente etiológico pertence à família Flaviviridae. traumatismo. O vírus penetra na pele atraves da picada do artrópode infectado e dissemina para os linfonodos locais. Microbiologia médica. inflamação na garganta e sangramento na boca e no nariz. rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Sintomas: febre alta. Luís R. dores musculares. Manifestações clínicas mais frequentes do HHV-1: Gengivoestomatite herpética. Bibliografia: TRABULSI. Os agentes etiológicos do herpes simples são o Human herpesvirus 1(HHV-1) e o Human herpesvirus 2(HHV-2). a doença pode levar à morte. O primeiro contato com o vírus do herpes simples tipo 1 ocorre na faixa de seis meses a três anos de idade e o vírus é transmitido principalmente por contato com saliva. A partir dos linfonodos. n Biologia – HIV é um retrovírus. dor no estômago e lesões do fígado.. podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas. ataca o sistema imunológico.HERPES n transmissão: contato direto com o portador. etc. doenças que são acompanhadas de febre alta (pneumonia. É mais freqüente em adultos e em crianças na faixa etária de 1 a 6 anos. Na dengue hemorrágica. As causas predisponentes são as que diminuem a resistência do paciente. podem surgir. estress físico e emocional. sinosites. raios solares. Na maioria dos casos. As células mais atingidas são os linfócitos t CD4+.portalimpacto. latas. pois é transmitido principalmente durante o intercurso sexual. Em pessoas sub-nutridas e debilitadas. responsável por defender o organismo de doenças. é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. na cabeça e nos olhos. o que torna a pele amarelada (icterícia). caixas-d’água. o vírus permanece no organismo e pode provocar novas lesões. A morte pode resultar de lesões necróticas no fígado e nos rins. AIDS E O CICLO DO HIV n HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. garrafas. mestruação. F. n Manifestações clínicas mais frequentes do HHV-2: Vulvovaginite herpética e meningoencefalite n sintomas: pequenas vesículas cheias de líquido que.Biologia Hoje www. Prevenção: como o mosquito põe seus ovos em águas paradas e limpas. podendo estar associado ao período da erupção dentária. Causador da AIDS. n ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDs. Sintomas: febre. onde ocorre a multiplicação primária. classificado na subfamília dos Lentiviridae. erupção variceliforme de Kaposi e ceratoconjuntivite. no rin. coincidindo com o início das atividades sexuais. no fígado.com. José M. 90% das primo-infecções são inaparentes. manchas avermelhadas na pele. pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. espécie Dengue vírus e a transmissão ocorre atravé da picada do mosquito Aedes aegypti. o vírus penetra na circulação sanguínea e se localiza no baço. tirar o vírus da latência são: infecções das vias aéreas. com mais frequência nos lábios (herpes simples) ou na região genital (herpes genital). espécie Yellow fever virus. Biologia dos organismos e Linhares. formam feridas nas mucosas ou na pele. os sintomas se agravam e as pessoas devem permanecer em observação no hospital. Por isso. na medula óssea e nos gânglios linfáticos. essas manifestações começam a desaparecer. infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune. ainda. quando arrebentam. as bactérias podem ser esféricas (cocos). cerca de dez vezes menores que DNA as células eucariotas. Ribossomo n Abaixo da parede bacteriana. uma forma de pneumonia. faltando os outros organóides que são típicos das células eucariotas. n Muitas bactérias possuem filamentos longos usados para a natação – os flagelos. resultante de uma adaptação à vida parasitária. n Além disso.com. n A célula bacteriana apresenta uma parede de Pilos peptidioglicano (polissacarídeos e proteínas) Nucleóide interligadas em forma de rede. Flagelo São estruturas ricas em enzimas respiratórias e Plasmídio importantes no período de divisão celular da bactéria. n No citoplasma das bactérias. Provocam doenças a animais.. O DNA tem forma circular. que funcionam como conjugação (troca de material genético entre duas bactérias). como nas células dos eucariontes. em inglês). os micoplasmas receberam a denominação de PPLO (pleuropneumonia like organisms.br . não há membrana nuclear separando o material genético do citoplasma.Estudo do Reino MONERA REINO MONERA Fre 03 nte Fic h 04 a n Amaioria das bactérias não ultrapassa cerca de Estrutura de uma bactéria Cápsula 1 micrômero (µm). não há um núcleo individualizado. n Essas formas podem associar-se. como ocorre nos eucariontes. Eles são formados por apenas uma fibrila que serve de eixo – e não por nove grupos de fibrilas periféricas e duas centrais. os pilos. ou seja. podem haver também filamentos de citoplasma. encontramos a membrana plasmática. uma vez que ambos são parasitas intracelulares. os plasmídeos. e coe tipos d Formas s bactéria lônias e n Os organismos do gênero Rickettsia e Mycoplasma são bactérias pequenas (0.2 a 1 micrômero). encontramos fragmentos de DNA. de estrutura mais simples. constituindo colônias típicas de cada espécie. em bastonetes curvos (vibriões) ou em hélice (espirilos). que pode formar invaMesossomo ginações ou dobras chamadas mesossomos. ribossomos e grãos de glicogênio (reserva de alimento). 34 n BIOLOGIA www. n De acordo com sua forma. Membrana celular plasmática São. não estando ligado a proteínas.portalimpacto. portanto. em bastonetes retos (bacilos). Além do DNA principal. inclusive no homem: a Rickettsia causa o tifo exantemático e o micoplasma. mas algumas podem atingir o comprimento de até 10 micrômeros ou mais Membrana (o micrômero é a milésima parte do milímetro). Por isso. que muitas vezes Citoplasma é coberta por uma cápsula gelatinosa. Além dos flagelos. encontramos apenas o DNA. guiando o material genético para os pólos da célula. Um exemplo de fotossíntese bacteriana é o das tiobactérias. ocorre então a transferência de DNA de uma bactéria para outra. formando nitratos (bactérias nítricas). fornecendo o nitrato absorvido pelos vegetais. retirando moléculas orgânicas já digeridas do ambiente ou se seres vivos que parasitam. As bactérias anaeróbias podem ser facultativas ou estritas (obrigatórias) . A fermentação das bactérias é usada na indústria para a produção de iogurtes.br n BIOLOGIA 35 . a conjugação explica como a resistência a antibióticos pode espalhar-se entre várias espécies de bactérias. formando nitritos (bactérias nitrosas). n Certas bactérias do solo. A energia química utilizada é proveniente de reações químicas de oxidação de compostos minerais. as excreções são eliminadas para o exterior. As outras bactérias são autotróficas por fotossíntese ou por quimiossíntese. ao se reproduzirem dentro de bactérias. outras oxidam o nitrito. realizada através de vírus que. transportanas exuada d ass do-os para outra bactéria. diferentes das clorofilas a e b encontradas nas plantas. n Outro processo de transferência de DNA de uma bactéria para outra é a transdução. n As anaeróbias obrigatórias não possuem as enzimas adequadas para o aproveitamento do oxigênio e morrem na presença desse gás. Em seguida. oxidam a amônia. entre outros.com. como mostra o esquema: NH3 Amônia do solo O2 bactérias nitrosas NO2nitrito O2 bactérias nítricas NO3nitrato absorvido pelas plantas RESPIRAÇÃO E ExCREÇÃO n Quanto à respiração. juntamente com o mesossomo. associados às membranas internas.portalimpacto.NUTRIÇÃO n A maioria das bactérias é heterotrófica por absorção. Essas bactérias são importantes no ciclo do nitrogênio. Realiza. portanto. n Além de aumentar a variedade genética. Essas bactérias não usam água na sua fotossíntese e. que usam o gás sulfídrico no lugar da água. podem sair contaminados por ção reprodu pedaços de DNA bacteriano. por isso. chamado conjugação: duas bactérias se ligam pelo pilo. pigmentos capazes de absorver a luz do Sol. s bactéria www. através da membrana e da parede celular. n A célula aumenta de tamanho e o DNA se duplica. como mostra o esquema: 6CO2 + 12H2S + luz → C6H12O6 + 6H2O + 6S2 n As bactérias que fazem quimiossíntese utilizam a energia química em vez de energia luminosa para a síntese das suas cadeias de carbono. REPRODUÇÃO n A principal forma de reprodução das bactérias é a assexuada. as bactérias podem ser aeróbias ou anaeróbias. como é o caso do bacilo do tétano. ficando uma cópia do DNA para cada célula filha. que orienta a migração do DNA para as extremidades da célula. um papel semelhante ao do fuso acromático das células eucarióticas. a célula se divide. Vem dessa propriedade o nome do ramo a que elas pertencem: esquizófitos (esquizo = divisão). coalhadas. por exemplo. por divisão binária ou bipartição. chamados bacterioclorofilas. por difusão. n Finalmente. n As bactérias podem realizar um processo semelhante à reprodução sexuada típica. n As bactérias anaeróbias facultativas são assim chamadas porque tanto podem fazer respiração aeróbia – quando o ambiente tiver oxigênio – como respiração anaeróbia – caso falte esse gás.O esquema abaixo mostra a equação da fotossíntese: 6CO2 + 12H2O + luz → C6H12O6 + 6H2O + 6O2 n As fotossintetizadoras possuem. não liberam oxigênio. queijos (lactobacilos) e vinagre (acetobacter). os pulmões. febre tifóide. A infecção ocorre através de partículas infectantes e o tratamento é feito com antibióticos. por contato sexual (pode passar também da mãe para o feto pela placenta). indolor (o”cancro duro”). anualmente ocorrem cerca de 5. botulismo) ou por contato sexual (gonorréia. o gonococo invade a corrente circulatória dando origem à infecção gonocócica disseminada. Sem tratamento. Um sinal característico da doença é o aparecimento. Arlindo de Assis aplicava pela primeira vez a BCG oral em recém nascidos n Causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis).7 bilhão de pessoas estejam infectadas pelo Mycobacterium tuberculosis. manifestada através de artrites. segue sendo a infecção mais importante causadora de mortes em adultos no mundo por um único agente infeccioso. em geral.br . Os sintomas são pouco evidentes nas mulheres.000 mortes por tuberculose n Hanseníase (lepra) Em 1873. podendo levar à cegueira. sendo absolutamente necessários diagnóstico e tratamento médicos.com. nos casos mais avançados. transmitido. coqueluche. água ou objeto contaminado (disenteria bacilar. Um dos mais significativos e completos estudos sobre a tuberculose foi realizado pelo alemão Robert Koch (1843-1910). próximo aos órgãos sexuais. É causada pelo gonococo (Neisseria gonorrhoeae). Fre 03 nte Fic h 05 a Em cerca de 1 a 3% dos indivíduos com gonorréia assintomática não tratada. . cólera. hemoptise (expectoração com sangue).a doença da alma. o castigo do pecado. endocardites. tétano. 36 n BIOLOGIA www.A infecção pode atingir também a região da orofaringe e anorretal como resultado de práticas sexuais oral e anal. por contato com alimento. Principal causa de mortes no final do século XIX e início do século XX. n Ao contrario dos vírus. as bactérias são sensíveis a antibióticos. as vias aéreas superiores. com evolução para DIP (Doença Inflamatória Pélvica). sendo esta doença responsável por cerca de 7% de todas as mortes ocorridas na terra. As medidas preventivas incluem vacinação das crianças . A bactéria afeta predominantemente a pele. causa lesões na pele. provocando paralisia progressiva e morte.Sífilis Figura 2 a secundári Em 1927. febre.portalimpacto. fadiga e. leptospirose.Cancro Figura 1 bra. difteria.a vacina é a BCG (bacilo de Calmet Guérin) . ardência e pus ao urinar. sífilis). O doente apresenta tosse persistente. emagrecimento. O tratamento deve ser feito sob orientação médica. isso não significa que o indivíduo esteja curado. a recuperação é total. Provoca dor. Estima-se que 1.e melhorias dos padrões de vida das populações mais pobres. o sistema nervoso periférico e os olhos. nas mucosas e nos nervos (o doente apresenta falta de sensibilidade na pele). No Brasil. a doença pode apresentar sérias consequências e comprometer diversos órgãos e o sistema nervoso. n Sífilis. de uma ferida de bordas endurecidas. meningite). meningites e lesões cutâneas. lepra. Entretanto. Além destes. quando se acreditava ser a lepra uma punição divina. que compromete as tubas uterinas e pode causar esterilidade. Causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae). tracoma. Quando o tratamento é feito a tempo. Figura 1 Figura 2 n Tuberculose. compromete. o cientista norueguês Gerhard Henrik Amauer Hansen associou o microorganismo Mycobacterium leprae com a doença humana. o que dificulta o tratamento. pneumonia. escarlatina. bactéria transmitida por contato sexual. da pálpe primário . n Gonorréia ou blenorragia. que regride mesmo sem tratamento. geralmente. É causada pelo Treponema pallidum (espiroqueta). há vacinas e soros contra alguns tipos de bactérias.BACTERIOSES Doenças causadas por bactérias BACTÉRIAS PATOGêNICAS n As bactérias patogênicas podem ser transmitidas por gotículas de saliva dos doentes ou portadores (é o caso das que causam tuberculose. a partir de biópsias de lesões cutâneas. pode chegar de 12 a 20 litros em um só dia. No homem. pois as bactérias Gram-positivas são mais sensíveis à penicilina e à sulfa. chamado coloração de Gram. Bactérias Gram-positivas e Gram-negativas: n 1884. Subdividem-se em: n Halófilas . com frquência. Vivem em pântanos. Como prevenção deve-se evitar alimentos preparados sem condições higiênicas adequadas e a ingestão de água não potável. amônia pura vamos nitrificar (bïs) Sei que você insulina formou. amônia pura vamos nitrificar (bïs) Muitas fazem decomposição de que m chegou ao fim outra faz fixação do nitrogênio. sei que você GH fabricou Letra: Prof. relacionados com as bactérias. com período de incubação variando entre dois a cinco anos. principalmente. pântanos (onde produzem metano) e ambientes ricos em gás sulfídrico e com altas temperaturas. obtendo energia da formação do ácido sulfídrico (H2S) a partir do enxofre. em forma de vômito e. n Leptospirose. n Termoacidófilas . nucleóide tem enfim sem proteína muitas tem parede celular. lagos ou mares muito salinos. levando ao colapso dos órgãos e. coalhada para o álcool do vinho o vinagre é o destino dentro da ferm entação. Bactérias que possuem tal camada não absorvem esse corante. de diarréia. dezenas de vezes mais salgadas que a água do mar. o bioquímico dinamarquês Hans Christhian Gram (1853-1938) descobriu que bactérias destruídas de uma camada de lipídios associados a polissacarídeos na parede celular absorvem o corante violeta de genciana. onde produzem metano (CH4) como resultado da degradação da celulose Bactéria é monera sim. Doença causada pela Leptospira interrogans.É causada por Vibrio cholerae. A sua temperatura óptima é entre 35 e 50ºC. no fundo dos oceanos. O doente apresenta febre alta. É necessário atendimento médico para evitar complicações renais e hepáticas. musculares e articulares. Canção dos Moneras Arqueas n Archaea é a designação de um dos reinos de seres vivos. como vai respirar? mesossomo se formou assexuada reproduz-se sozinho. Essa classificação é importante. etc.A lepra lepromatosa apresenta lesões generalizadas com uma carga multibacilar de 10 10 bacilos por grama de tecido. muitos dos quais sobrevivem em lugares extremos (Extremófilo) como fontes de água quente.portalimpacto. nós vamos aprender.A lepra tuberculóide é caracterizada por lesões cutâneas e nervosas localizadas e limitadas. alimentos e objetos contaminados por urina de ratos. a penetração pode ocorrer através da pele lesada ou de abrasões invisíveis a olho nu de membranas mucosas como da conjuntiva e oro-nasofaringe. a cisão é o cam inho vírus entra na transdução. Adquire-se a bactéria pela ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes de portadores. iogurte. em locais como salinas. ou heterotróficas. n Cólera. conforme absorvam ou não o corante. Rinaldo Barral www. Na sua grande maioria metabolizam enxofre: podem ser autotróficas.br n BIOLOGIA 37 . n Esse processo. O tratamento é feito com antibióticos específicos. A perda de líquido. Trata-se de organismos procariotas. geralmente quimiotróficos. estações de tratamento de esgotos e no tubo digestivo de algumas espécies de insectos e vertebrados herbívoros. A bactéria se multiplica no intestino delgado e produz uma toxina que induz as células intestinais a liberar água e sais. n Metanogênicas . é usado para classificar as bactérias em Gram-positivas ou Gram-negativas. com período de incubação variando entre oito e doze anos. lagos de sal ou soda.vivem em concentrações salinas extremas.vivem em zonas de águas termais ácidas. à morte.com.este grupo de bactérias foi o primeiro a ser reconhecido como único. calafrios. cães e outros animais portadores da bactéria. dores de cabeça. com temperaturas óptimas entre 70 e 150ºC e valores de pH óptimo perto do 1. bactéria vai sintetizar a luz utilizar fermentando faz pra mim queijo. transmitida por água. situa-se entre o pericárdio e o endocárdio. carótidas (cabeça). VÁLVULAS (VALVAS) CARDÍACAS O átrio direito se comunica com o ventrículo direito através da válvula tricúspide. por falta de oxigênio. CONSTITUIÇÃO Fic 01 ha Fre 04 nte - Coração . o sangue não pode mais retornar aos ventrículos depois que deles saiu.SISTEMA CARDIO-VASCULAR 01.br . Na origem da artéria aorta. artéria hepática (fígado). através de diversos ramos: veia renal (rins). 03. esplênica (baço).4 cavidades 2 átrios(direito e esquerdo) 2 ventrículos (direito e esquerdo) Veias Vênulas Capilares Artérias Arteríolas Vasos Sangüíneos Sangue { { Linfa -Venoso (desoxigenado): rico em O2 e pobre em CO2 Arterial (oxigenado): rico em O2 e pobre em CO2 Vasos Vasos Linfáticos o Veia cava superior e veia cava inferior — são duas veias grandes e grossas que chegam ao coração pelo lado direito e desembocam no átrio direito. essas células morrerem. enquanto o átrio esquerdo se comunica com o ventrículo esquerdo por meio da válvula mitral ou bicúspide. estará caracterizado o infarto do miocárdio. Artéria pulmonar — é um vaso grosso que sai do ventrículo direito e se ramica em duas. subclávias (braços). Veias pulmonares — são quatro veias de calibre médio. trazendo sangue arterial dos pulmões ao átrio esquerdo. Endocárdio: membrana que reveste a superfície interna das cavidades do coração. A partir do coração. Elas recebem sangue venoso de todo o corpo. do lado esquerdo e válvula pulmonar do lado direito). pancreática (pâncreas). gástrica (estômago). 04. CAMADAS DO CORAÇÃO As paredes do coração são formadas por três camadas: Pericárdio (epicárdio): membrana que reveste externamente todo o coração. VASOS SANGUÍNEOS DO CORAÇÃO São os seguintes os principais vasos sanguíneos que saem do coração ou chegam nele: 38 n BIOLOGIA www. coronárias (miocárdio). ao passo que a segunda possui somente duas membranas (essa é a razão dos nomes tricúspide e bicúspide. recebendo nomes diferentes: artéria renal (rins). Assim.portalimpacto. Transporta sangue venoso do coração para os pulmões. se ramica e se espalha por todos os órgãos do corpo. 02. Chegam ao coração pelo lado esquerdo. O miocárdio é vascularizado pelas artérias coronárias que emergem da artéia aorta (logo no início desta).com. Se. A primeira delas possui três membranas que permitem a passagem do sangue apenas num sentido. existem as válvulas sigmóides (válvula aórtica. respectivamente). e artéria pulmonar próximo aos ventrículos. A obstrução de uma dessas coronárias implica a falta de irrigação sangüínea das células de uma região do miocárdio. mesentérícas (intestinos). Artéria aorta — é um vaso grande e grosso. veia hepática (fígado) etc. Sai do ventrículo esquerdo e leva sangue arterial à todo o corpo. pudendas (órgãos genitais) e ilíacas (membros inferiores). Miocárdio: camada muscular responsável pelo movimento do coração. o que é chamado automatismo cardiáco. CORAÇÃO (Hematose) PULMÕES CORAÇÃO Grande circulação/Circulação sistemica: é o percurso do sangue do ventrículo esquerdo até todo o organismo (Efeito Böhr). A primeira massa de bras nervosas condutoras ca na base da veia cava superior e constitui o nódulo sino-atrial(S. O impulso se propaga com grande rapidez. que se agrupam em regiões bem determinadas. REGULAÇÃO DA FUNÇÃO CARDÍACA O coração é uma bomba hidráulica que deve funcionar continuamente.) atingem o feixe de His. a pressão arterial deve ser de 120 por 80 mmHg. através da artéria pulmonar.) ou nódulo sinusal que é o marca-passo cardiáco. através das veias cavas. cortando-se toda sua inervação. O TRABALHO CARDÍACO A contração do miocárdio é chamada de sístole (o coração expulsa o sangue) enquanto que o seu relaxamento é chamado de diástole (o coração enche de sangue). TIPOS DE CIRCULAÇÃO HUMANA Pequena circulação / Circulação pulmonar: é o percurso do sangue do ventrículo direito até os pulmões (hematose).portalimpacto. mas também ajustar-se às solicitações do organismo quanto a um maior ou menor uxo de sangue. situado entre os ventriculos.05. ele continua a se contrair. e dos pulmões até o átrio esquerdo. determinando a contração total do miocárdio. através das veias pulmonares. CORAÇÃO (Efeito Böhr) CORPO CORAÇÃO PEQUENA CIRCULAÇÃO GRANDE CIRCULAÇÃO Marcapasso www. No homem adulto em repouso a frequência cardíaca (batimentos do coração) é de 70 a 80 minuto batimentos por mínuto(bpm). o coração tem um tipo especial de bras nervosas. A sístole determina uma pressão no sistema arterial chamada de pressão sistólica(máxima). 07. Daí os impulsos vão para o nódulo atrio-ventricular (A.br Desbrilador n BIOLOGIA 39 . 06. iniciando o estímulo para a contração. Dizemos então. que é de mais ou menos 120 mmHg. que em condições normais (normotensão arterial). Inicialmente devemos lembrar que ele é um orgão capaz de se auto-estimular para garantir a contração. além das bras musculares estriadas. chegando às bras de Purkinge. que caracteriza a sístole ventricular. caracteristicas do miocárdio. A melhor prova disso é que.com. Na diástole(pressão diastólica ou mínima) a pressão é de mais ou menos 80 mmHg. durante toda a vida. através da artéria aorta e de seus ramos e dos diversos órgãos até o átrio direito.A.V. Cadiacos (-50bpm) CIRCULAÇÃO LINFÁTICA-LINFA PRESSÃO ARTERIAL (PA) *Força do sangue na parede da artéria: TIPOS: Obs: { { -Pressão sistólica: PA máxima -Pressão diastólica: PA máxima -Hipertensão arterial: PA -Hipotensão arterial: PA -Normotensão arterial: rter l: rterial: t Esgmomanômetro Digital Esgmomanômetro Manual 40 n BIOLOGIA www.br .SISTEMA TRABALHO CARDÍACO Movimentos do Coração: Miocárdio Fic 02 ha OBSERVAÇÃO: PS .portalimpacto. Cadiacos (+100bpm) -Bradicardia: Batim.PD * 120 / 80 mm Hg * 140 / 60 mm Hg * 130 / 70 mm Hg Fre 04 nte CARDIO-VASCULAR II { AUTOMATISMO CARDÍACO SÍSTOLE DIÁSTOLE (Condução elétrica do coração) As Fases da Contração Cardíaca: DIÁSTOLE Enchimento dos át os átrios c e to SISTOLE ATRIAL c e to e t cu o Enchimento das ventrículos à CONTRAÇÃO DOS VENTRÍCULOS Enchimento dos átrios Esvaziamento dos ventrículos DESFIBRILADORES FREQUÊNCIA CARDÍACA Adulto normal = 60 – 80 bpm -Normocardia: Batim.com. Cardiacos normais -Taquicardia: Batim. .CIRCULAÇÃO NOS VERTEBRADOS ANFÍBIO RÉPTIL DUPLA INCOMPLETA CIRCULAÇÃO .AVES MAMÍFEROS DUPLA COMPLETA CIRCULAÇÃO .Circulação incompleta: ocorre mistura sangüínea. . CROCODILIANOS . .com.Circulação Aberta: Sangue circula no coração. CIRCULAÇÃO HUMANA PEIXE CIRCULAÇÃO SIMPLES COMPLETA www.br n BIOLOGIA 41 . .portalimpacto.Circulação Simples: circula um tipo de sangue no coração.Circulação fechada: sangue circula no coração e vasos sangüíneos.Circulação Dupla: circulam dois tipos de sangue no coração. vasos sangüíneos e em lacunas.Circulação completa: não há mistura sangüínea. removidos dos tecidos. substâncias resultantes da digestão. n A Segunda propriedade garante uma pronta combinação do pigmento com o oxigênio (nos órgãos respiratórios) e uma fácil liberação desse oxigênio (nos tecidos). também se encontram presentes materiais da excreção nitrogenada. Esta defesa pode ser anticorp vasores produz ismos in has. ácido úrico e creatinina. as globulinas e o fibrinogênio.1. Elas contêm uma alta taxa do pigmento hemoglobina(cor vermelha do sangue). Além disso. efetuada por alguns leucóan cam org cias estran tân citos através da fagocitose ou subs dos elementos estranhos. encontram-se ao redor de 8. n Em relação à primeira propriedade.br . Um pigmento eficiente no transporte de O2 deve ter duas propriedades básicas: b. Da composição do plasma fazem parte ainda vitaminas. enquanto os mesmos 100 ml de sangue dos mamíferos com hemoglobina nas hemácias podem conter cerca de 20 ml de oxigênio. encontram-se no plasma: aminoácidos. sabemos que 100 ml de plasma podem conter apenas 0. Granulócitos • Glóbulos PLASMA • 92% água • 7% de • Glóbulos brancos vermelhos proteínas e sódio • 1% outras substâncias dissolvidas • Plaquetas Neutrófilo Agranulócitos Eosinófilo Basófilo ENDOTÉLIO a) Plasma n Contém aproximadamente 90% de água.000 leucócitos por mm3 de sangue humano.com. b) Hemácias/eritrócitos/glóbulos vermelhos n São Células discóides bicôncavas e anucleadas nos mamíferos. Por serem células capazes de deformação. que tem uma grande afinidade pelo oxigênio. Por outro lado. Nele estão dissolvidas proteínas como a albumina. ou através da produção de anti- Linfócito diapedese fagocitose pseudópode Monócito Saída de um leocócito do sangue (diapedese) e fagocitose de micróbios invasores d) Plaquetas (trombócitos) coagulação sanguínea plaquetas coágulo sanguíneo o fraguetas sã e As plaq lulas qu s de cé ias que mento nc m substâ gulação lança na coa atuam uínea sang 42 n BIOLOGIA www.000.HEMATOLOGIA O estudo do sangue TECIDO SANGUINEO n O sangue é um tecido fluido. b. como uréia. Normalmente. hormônios e sais minerais. por emissão de pseudópodos.000 de hemácias por mm3 de sangue humano. Há aproximadamente 5. açúcares e lipídios simples. Há três tipos básicos de células: as hemácias. que são distribuídas às células.portalimpacto.3 ml de oxigênio. os leucócitos e as plaquetas (fragmentos de células). Estão relacionados com a defe: sa do organismo contra linfócito ostra um ue a invasão de microorganisA foto m bulo branco q gló ata tipo de os que mos. no qual as células ou elementos figurados estão contidas num líquido denominado plasma. Formação de compostos instáveis com o oxigênio.2. ELEMENTOS FIGURADOS Fre 04 nte Fic h 03 a corpos. os leucócitos podem atravessar as paredes dos vasos capilares (diapedese) e se deslocar no tecido conjuntivo através de movimento amebóide. Captação de grandes quantidades de oxigênio. c) Leucócitos (glóbulos brancos) n São células de formas e funções variadas. 000 .6. em pontos estratégicos. constituindo em conjunto o coágulo. pelo interior de gânglios linfáticos (onde há produção de leucócitos). A fibrina forma uma rede que aprisiona as células sangüíneas. liberam tromboplastina.000): viroses. que se abre na veia subclávia esquerda.br n BIOLOGIA 43 . Estas culminam com a transformação do fibrinogênio. A linfa tem por função o transporte de leucócitos (defesa orgânica) e de alguns nutrientes absorvidos no intestino lipídios.000/mm3 de sangue) adenoide tonsila LINFONODOS DO CORPO preauricular occipital submandibular cervicais paraesternais do mento timo nódulos linfáticos vaso linfático capilar sanguineo axilares cubitais baço placa de Peyer (Intestino delgado) células dos tecidos inguinais apêndice das poplitéias vasos linfáticos NóDULO LINFÁTICO massa de linfócitos e macrófagos www.000/mm3 de sangue) Granulócitos Agranulócitos Eosinófilos Neutrófilos Basófilos Linfócitos Monócitos Plaquetas (150. ricos em substâncias promotoras da coagulação sangüínea. n Os vasos linfáticos conduzem a linfa.n São fragmentos de células da medula óssea.000 a 10.000) n Leucopenia → diminuição do núm ero de leucócitos (menos de 4. A coagulação é um processo importante.000. substância líquida que corre pelos vasos linfáticos. e acabam se abrindo em determinados vasos sangüíneos. condutos que nascem ao nível dos tecidos. proteína insolúvel.000. solúvel. interrompendo-se assim a cadeia de reações que levam à formação de fibrina. reúnem-se uns com os outros. e a grande veia linfática. ajudando a impelir a linfa sempre para frente. que termina na veia subclávia direita. os movimentos dos corpos provocam. Nos hemofílicos faltam uma das substâncias relacionadas à coagulação.portalimpacto. Processo de coagulação Plaquetas Tecido lesado A circulação linfática n Anemia → diminuição do núm ero de hemácias (menos de 4.000. pelas contrações musculares.000 – 500.000) Tromboplastina Protrombina (enzima inativa) Ca ++ Trombina Fibrina (coágulo) n Além da circulação sanguínea. fluído intersticial capilar linfático Fibrinogênio órgãos hematopoéticos • Produzem células sanguíneas: • Medula vermelha óssea • Baço Número de células sanguíneas órgãos hemocateréticos • Destroem células sanguíneas envelhecidas • Baço • Fígado Hemácias (4. n Leucocitose → Aumento do núm ero de leucócitos (mais de 10.000): Bacterioses Leucemia → Aumento exagerado de leucócitos anormais (mais de 50. n Todos os vasos linfáticos do organismo convergem para dois grandes troncos – o canal torácico. o corpo é irrigado também pela circulação linfática.com. passando. As plaquetas. em certas circunstâncias. “compressores” dos vasos linfáticos. Além disso. Ela é formada pelos vasos linfáticos. formando vasos linfáticos mais grossos. já que é através dele que hemorragias são bloqueadas. em fibrina. Eles são recolhidos e transportados de volta para o sangue através da rede linfática. A linfa. n Os vasos linfáticos são dotados de válvulas que impedem o refluxo da linfa. que desencadeia uma série de reações. é formada de plasma e leucócitos que atravessaram a parede dos capilares e passaram para os tecidos adjacentes.000/mm3 de sangue) Elementos figurados do sangue Leucócitos (4. n Quando se instala a puberdade e dali por diante. ai.Sistema Reprodutor FEMININO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO n Conjunto de órgãos destinados a produção de gameta (óvulo). 1. Portanto. 1. Constituição: n É constituído pêlos órgãos reprodutores e estruturas anexas.H. mês de gestação. começa a ter prosseguimento o processo meiótico. a) Partes: cada ovário é constituído por duas camadas: córtex. Estrógeno: elaborado pelos ovários.Útero . zigóteno. fecundação. São 2 órgãos glandulares. pequenos lábios. a menina já realizou as fases da multiplicação e crescimento e já possui um grande número de ovócitos primários em processo interrompido de meiose.br . Assim. então. ovóides. Ocorre. localizados em cada 44 n BIOLOGIA www. hímen e glândulas de Bartholin. Esse fenômeno de interrupção da meiose recebe o nome de dictióteno. clitóris. a cada período regular de 28 dias (ciclo menstrual) haverá a produção de um único óvulo.S. Toda a ovogênese parece estagnar-se. fará o restante da meiose. medula. E assim permanecerá até a adolescência. Observações: 1. abertura vaginal. • Medula: camada interna responsável pela produção dos hormônios ovarianos (estrógeno e progesterona). a fim de originar um óvulo.Vagina. acomodação. sob estimulo hormonal (hormônios gonadotróficos da hipófise). cada ovócito primário deverá passar por uma meiose. Monte de Vênus Clitóris Grandes lábios Pequenos lábios Ureta Vagina 2. a) órgãos Reprodutores: Ovário – Tuba Uterina . • Produção de LH pela hipófise. abertura da uretra. n Dessa forma. Mas. F. São responsáveis pela produção do óvulo e de hormônios sexuais femininos (estrógeno e progesterona). todos os ovócitos primários iniciam a um só tempo a divisão l da meiose. de cada vez. produção de hormônios.com. os ovócitos primários (no organismo fetal) iniciam a fase de maturação. Entre 12 a 14 anos a hipófise elabora o FSH que atua no ovário determinando o desenvolvimento do foliculo ovariano e prosseguimento da evolução do ovócito l. órgãos reprodutores n Ovários: são as gônadas femininas (glândulas Sexuais femininas). completando a fase de maturação. A partir do 7°. 2. que é a subfase da diacinese. • Córtex: camada externa responsável pela formação do óvulo. sem realizar a última etapa da prófase l. ovário útero tuba uterina Fre 04 nte Fic h 04 a lado do baixo ventre (fossa ilíaca direita e esquerda). determina: • A preparação da mulher para o sexo (aparecimento dos caracteres sexuais secundários). desenvolvimento e expulsão do feto. (Hormônio Folículo Estimulante): produzido pela hipófise. 2.portalimpacto. São glândulas mistas ou anfícrinas. B) Controle Hormonal da Fisiologia Feminina (Ciclo Menstrual): neste controle atuam 4 hormônios: FSH + LH + Estrógeno + Progesterona. realizam quase toda a prófase l: leptóteno. o curioso — todos os ovócitos primários interrompem a sua meiose ao mesmo tempo. Na córtex encontramos as células germinativas (ovogônias) que iniciam a meiose antes do nascimento e páram na prófase l (dictióteno). Mas um ovócito apenas. Nesta etapa da ovogênese. ao nascer. determinando: • Desenvolvimento do ovócito I e amadurecimento do folículo ovariano (de GRAAF). miométrio Endométrio vagina colo do útero b) Estruturas Anexas: é representada pela vulva (pudendo): grandes lábios. paquíteno e diplóteno. • Estimula a produção de Estrógeno pelo ovário. sucede um fato interessante. Obs: o útero é dividido em três regi ões: fundo. Se houver fecundação 1. eliminação da menstruação e faz parte do canal do parto. Progesterona: produzida pelos ovários (corpo amarelo). muito vascularizada (vasos sangüíneos) que qua ndo descama promove o fenômeno da menstruação . 2. a placenta passa a produzir progesterona até o final da gravidez . • Paralização da produção de FSH pela hipófise. FSH Hipófise LH Ovário Prolactina Mamas Diversos Estrógeno Sistema reprodutor Artéria uterina mioma Ovário Útero Progesterona Mamas útero Trompa de Falópio catéter mioma intramural Ovário útero bexiga urinária ureta clitóris mioma subsaroso ânus VISTA LATERAL vagina vulva mioma pediculado mioma submucoso www.br n BIOLOGIA 45 . (Hormônio Luteinizante): elaborado pela hipófise. Estimula o desenvolvimento das mamas. TUBA UTERINA(oviduto. Maturação dos órgãos reprodutores. CAMADAS Miométrio: camada muscular uterina responsável pelos seus movimentos de contraç ão e relaxamento. que ocorre em seu terç o distal. preparação do útero para a gravidez. Estimula a produção de leite (após estimulação prévia das glândulas mamárias por estrógeno e progesterona) Crescimento do corpo e dos órgãos sexuais. ovócito I e a secreção de estrógeno. L. estimula o desenvolvimento das características sexuais secundárias femininas. determinando: • Rompimento do foliculo de Graaf e a liberação do ovócito II. corpo e colo uterino. úTERO: Órgão reprodutor feminin o responsável pelo desenvolvimento da gravidez e a sua descamação interna proporciona a menstruação . 4. Estimula a ovulação e o desenvolvimento do corpo amarelo (lúteo). trom pa de Falópio): órgão reprodutor responsável pelo fenômeno da fecundação.H.com. FSH → ESTRóGENO → LH → PROGESTERONA Glândula Hormônio órgão alvo Ovário Características Estimula o desenvolvimento do folículo ovariano.portalimpacto. determina: • Preparação da camada interna do útero (endométrio) para receber o ovo (zigoto).3. O córion produz a gonadotrofi na coriônica (HCG) que mantém a taxa de progesterona alta. Completa a preparação da mucosa uterina (endométrio) e a mantém preparada para a gravidez. fenômeno chamado de ovulação. superior ou externo. VAGINA (canal vaginal): órgão repr odutor responsável pelo ato sexual. • Desenvolvimento do corpo amarelo (corpo Lúteo) e a produção por este do hormônio progesterona. A partir da 12ª semana. Endométrio: camada interna uter ina. três cilindros: tecido esponjoso e corpos cavernosos. que são as gônadas masculinas. por estarem localizados no saco escrotal. n Os corpos cavernosos. Homens que apresentam os testículos embutidos na cavidade abdominal. permanecem a uma temperatura cerca de 2 a 3°C inferior à temperatura corporal. o que determina grande sensibilidade à estimulação sexual.com. é uma bolsa de pele situa da abaixo do pênis. abrindo-se para o exterior na extremidade da glande. o fluido seminal. Sob a bexiga. o que é necessário para que os espermatozóides se formem normalmente. Epidídimo n O epidídimo é um enovelado de túbulos localizado sobre o Glândulas bulbouretrais (Cowper) n As glândulas bulbouretrais (Cowper). os vasos deferentes provenientes de cada testículo se fundem em um tubo único. A próstata envolve a porção inicial da uretra. elas liberam um liquido. Vesículas seminais Bexiga urinária Vesícula seminal Próstata Canal ejaculador Glândula de Cowper Canal deferente Pênis (uretra) Epidídimo Testículos n As vesículas seminais são duas glândulas. os túbulos seminíferos. Obs. desembocam na uretra. Ela percorre o interior do pênis. onde terminam sua maturação e ficam armazenados até sua eliminação durante o ato sexual. A região anterior do pênis forma a glande. contornando a bexiga urinaria. Possui. Os espermatozóides recém-formados passam para o epidídimo. possibilitando sua introdução na vagina. Os órgãos reprodutores internos são os testículos.br . localizada sob a bexiga urinária. Elas produzem um líquido nutritivo. é a maior glândula acessória do sistema reprodutor masculino. dentro da qual se aloja o par de testículos. 46 n BIOLOGIA www. ao se encher de sangue. provocam a ereção do pênis. canal ejaculador e pênis (uretra) e as glândulas acessórias: vesículas seminais. anomalia denominada criptorquidia. em comunicação direta com os túbulos seminiferos. Pênis n O pênis é o órgão copulador masculino. Obs. Fre 04 nte Fic h 05 a testículo. Durante a excitação sexual. Próstata n A próstata. Testículos n O testículo é o órgão onde se formam os espermatozóides. Entre os túbulos localizam-se as células intersticiais. podem não formar espermatozóides.: A uretra é um duto comum aos sistemas reprodutor e urinário do homem. tem por função neutralizar a acidez da urina residual acumulada na uretra e também a acidez vaginal. A glande é recoberta por uma prega protetora de pele chamada prepúcio. A secreção das vesículas seminais é lançada no duto ejaculatório e constitui cerca de 60% do volume total do fluido eliminado durante o ato sexual. dentro dos quais se formam os espermatozóides. Os testículos humanos. ou escroto. próstata e glândulas bulbouretrais (Cowper). A vesícula seminal também secreta prostaglandinas. ou células de Leydig. localizadas sob a próstata.portalimpacto. localizadas atrás e sob a bexiga urinária. epididimos. cuja função é produzir testosterona (andrógeno). dutos espermáticos) n Os vasos (ou canais) deferentes são dois tubos musculosos que partem dos epidídimos e sobem para o abdome. em seu interior. sofrendo de esterilidade temporária. que desemboca na uretra. que contém o açúcar frutose e cuja função é nutrir os espermatozóides. A genitália externa é formada pelo pênis e pelo saco escrotal. Sua secreção é viscosa e alcalina. Acredita-se que a secreção das glândulas bulbouretrais contribua para a limpeza do canal uretral antes da passagem dos espermatozóides. onde lança sua secreção através de uma série de pequenos dutos.Sistema Reprodutor MASCULINO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO n O sistema reprodutor masculino humano compreende os órgãos genitais externos (genitália externa) e órgãos localizados no interior do corpo. o duto ejaculador. É constituído por tubos finos e enovelados. canais deferentes. onde a pele é fina e apresenta muitas terminações nervosas. Vasos deferentes (canais deferentes. formados por veias e capilares sanguíneos modificados.: Saco Escrotal n O saco escrotal. às vezes removida cirurgicamente por meio da circuncisão. o hormônio sexual masculino. que tem seu início aos 7 anos e complet a-se entre 12 e 14 anos.S. 3.C. F. e L.C.H. Controle Hormonal Masculino Ereção os can Enchimento de sangue nos tecid vernosos do pênis canal deferente Testosterona vesícula seminal ureter epidídimo bexiga urinária canal deferente canais seminíferos testículo corpo cavernoso FSH LH ureta corpo esponjoso próstata glândula de Cowper testículo epidídimo ESPERMATOZOIDE Líquido seminal Sêmen Líquido prostático Líquido bulbo-uretal bolsa escrotal pênis www. 1. (Hormônio Folículo Esti mulante) = estimula a espermatogênese .S.com.H.br n BIOLOGIA 47 . Testosterona (andrógeno): estimula a espermatogênese e determina o aparecimento dos caracteres sexuais secu ndários masculinos. I.S.H.S.). o sêm en (esperma).H. A eliminação dos espe rmatozóides é chamada ejaculação. é expulso do corpo por meio de contrações rítmicas da parede dos dutos espermáticos. líquido prostático e líqu ido bulburetral).portalimpacto. (Hormônio Luteinizante) = estimula a produção de testosterona pela s células de Leydig.H. 2. Observação: • A Hipófise faz o controle horm onal no homem através da produção de 2 (dois) hormônios que agem nos testículo s: F. constituído: espermatozóides e pelas secreções das glândulas acessóri as (líquido seminal.H. = hormônio estim ulante das células intersticiais. L. (I.Ejaculação n No clímax do ato sexual.