Apostila-de-Bateria - melhor

March 31, 2018 | Author: du1000brazil | Category: Drum Kit, Drum, Pop Culture, Musical Notation, Rhythm And Meter


Comments



Description

Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário- 1 INTRODUÇÃO Este método de bateria é um apanhado de vários materiais retirados de sites sobre este assunto. Espero que você possa aproveitar da melhor maneira possível pois, é o resultado de várias horas de dedicação e empenho em poder reunir tudo em uma só apostila. Agradeço o apoio de meu amigo e irmão em Cristo, Rogério Gama que me ajudou na realização deste trabalho. Márcio de Carvalho Bossan Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 2 ÍNDICE 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. • • INTRODUÇÃO ÍNDICE A HISTÓRIA DOS TAMBORES RECONHECIMENTO DO INSTRUMENTO PRATOS PELES BAQUETAS MONTAGEM E REGULAGEM DA BATERIA AQUECIMENTO MICROFONES AFINANDO SUA BATERIA TEORIA LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PARTITURAS TÉCNICA Mãos Pés BATIDAS E CIA ACENTOS E NOTAS FANTASMA APLICADAS AO GROOVE TERCINA EM BUMBO E CAIXA FORTALECENDO O GROOVE INDEPENDÊNCIA DA MÃO DIREITA ESTUDOS DE BUMBO Pedal Simples Pedal Duplo FILL INTRODUÇÃO AOS RUDIMENTOS ACENTUANDO TERCINAS REBOTE COORDENAÇÃO ABERTURA DE CHIMBAL IMPROVISAÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 14 15 23 23 27 30 40 50 54 69 93 93 96 101 101 117 118 120 122 126 15. 16. 17. 18. 19. 20. • • 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 28. • • • • • • 3 128 128 146 147 151 153 155 RÍTMOS Rock Blues E Shuffle Disco Rítmos Afro-cubanos Samba Baião A HISTÓRIA DOS TAMBORES Tambor é o termo genérico de uma grande variedade de instrumentos musicais que consistem numa pele esticada sobre um vaso ou uma armação oca, e produz som quando percutido. Esse som é produzido pela vibração da membrana (pele), classificando-o assim como membranofone, dentro de uma larga categoria de instrumentos de percussão. As primeiras descobertas Os tambores começaram a aparecer pelas escavações arqueológicas do período Neolítico. Um tambor encontrado numa escavação da Moravia foi datado de 6000 anos antes de Cristo. Tambores têm sido encontrados na antiga Suméria com a idade de aproximadamente 3000 anos antes de Cristo. Na Mesopotâmia foram encontrados pequenos tambores (tocados tanto verticalmente quanto horizontalmente) datados de 3000 anos antes de Cristo. Tambores com peles esticadas foram descobertos dentre os artefatos Egípcios, de 4000 anos antes de Cristo. Características dos primeiros tambores Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de árvore oco (furado). Estes troncos eram cobertos nas bordas com a pele de algum réptil ou couro de peixe e eram percutidos com as mãos. Mais tarde começou-se a usar peles mais resistentes e apareceram as primeiras baquetas. O tambor com duas peles veio mais tarde, assim como a variedade de tamanhos. Muitos métodos foram utilizados para fixar as peles. Nos tambores de uma pele eram usados pregos, grampos, cola, etc. Nos tambores de duas peles eram usadas cordas que passavam por furos feitos na própria pele e as esticava. Os tambores Europeus mais modernos geralmente prendiam a pele pela pressão de dois aros, um contra o outro e a pele no meio. Caixa Um modelo menor de tambor que possuía uma corda na pele de baixo foi provavelmente adaptado pelos Árabes. Este tambor era geralmente usado como instrumento folclórico. Em algum lugar, por volta do século XIV, ele começou a ser utilizado pelos militares. Os tambores sempre tiveram uma função extra musical, como a de transmitir mensagens à distância e, principalmente, a função religiosa. Eles têm sido creditados com poderes mágicos e eram tidos como objetos sagrados. Ainda hoje, em algumas sociedades a confecção de um tambor continua a envolver um certo ritual. No leste da África, oferendas como o gado, são feitas ao "tambor real", o qual não simboliza somente o poder e "status", mas também oferece uma proteção sobrenatural. A bateria (conjunto de tambores), se popularizou no século XX com as orquestras, as bandas militares, com a dança popular e os grupos de Jazz e Rock. A grande variedade de maneiras com que ela é aplicada hoje em dia comprova o seu longo período de desenvolvimento. Porém. viradas.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 4 RECONHECIMENTO DO INSTRUMENTO 1 . Não deve ser tocado sem a pele de resposta (pele de baixo). 10 e 11 . ocasionando eventuais dores nas costas. O correto é que seu pé esteja a uns cinco centímetros da corrente do pedal. Muito utilizado para marcar o tempo. Bumbo: Peça tocada por um pedal com a ponta do pé. A caixa produz tanto sons estridentes ou vibrantes (também chamados rufos) como sons muito mais altos. através de um simples movimento no pedal. Dessa forma ele poderá funcionar livremente e você ficará melhor apoiado no banco.Pratos de ataque ( crash ) 12 e 13 . 5 e 6 . mantendo a pulsação da música (como um metrônomo). o som produzido será muito alto e certamente fará com que você mude de idéia.Caixa 3 – Chimbal / Contra-tempo 4.Surdo 8 . se tocar com ele totalmente aberto. o chimbal pode ser tocado tanto com as duas mãos ou com o pé esquerdo.Prato de efeito ( splash ) Reconhecimento do Instrumento Caixa: Peça principal da bateria. pois só assim você conseguirá um som agudo ao afiná-lo. Chimbal: Peça formada por dois pratos. Assim você teria muita dificuldade para tocá-lo.Bumbo 2 . ou seja. Observação: O seu pé não deve estar muito a frente do pedal. contendo uma esteira embaixo da pele de resposta. . Tom Agudo: E um complemento muito importante da bateria onde você executa suas evoluções.Pratos de condução ( ride ) 9 .Tons 7 . o chimbal produz um som agradável. a não ser que você seja um baterista de uma banda de heavy metal onde esta sonoridade é necessária para a execução das levadas.Pratos de efeito ( china ) 14 . por exemplo. permitindo assim que você tire um som bem alto e de qualidade. lembrando assim outros instrumentos de percussão como repique e timbales. Uma vez fechado e tocado com a baqueta. 5 PRATOS: Os pratos são instrumentos maciços e seu som e produzido pela vibração de toda a sua superfície. permite uma variedade de sons. estes têm como característica básica à reverberação. oferecendo infinitas possibilidades aos bateristas.. Monte a sua estante de pratos de forma que o prato fique bem solto e num angulo que você consiga tocá-lo tanto com a mão direita quanto com a mão esquerda. Com um som bem claro e definido. ideal para a fabricação de sinos.O Coração do seu Kit O Chimbal é também um prato indispensável em qualquer set. São utilizados normalmente na bateria 3 tipos de pratos. Hi Hat (chimbal) . Eles devem ser escolhidos juntos e devem completar um ao outro. Há dois tipos básicos de Ride. ele tem a função de conduzir o ritmo. É bastante utilizado principalmente nas preparações e dinâmicas da música. Tom Grave: Peça que produz um som totalmente grave. ou seja. sem a necessidade de inclinar o corpo à frente. Ao contrário dos pratos de condução. possibilitando também que seja usado em acentuações ou ataques. Um tem uma ressonância menor e oferece uma extrema definição das notas. tocar as menores subdivisões da música e eventualmente para sustentar uma dinâmica. só que possui um som um pouco mais grave. porém permitindo que estas soem mais "abertas". Prato China: devido ao seu perfil diferente produz um som de características orientais. assim como o Ride. além dos pratos que também compõem o chimbal e funcionam aos pares.. com um som bem agudo e rápido. Servem para acentuar partes mais sutis das músicas. Pratos de Condução (Ride Cymbals): servem para pontuar o ritmo. Seu prato de condução deve estar posicionado num angulo ideal para que você consiga tocar o centro ou cúpula do prato e voltar à caixa tranqüilamente. lembrando às vezes um som de gongo. O Uso correto dos Pratos Procure sempre deixar os pratos de ataque não muito longe do seu alcance. etc. combinando condução com acentos. pois. quando percutido. uma liga de cobre e estanho. A relação entre eles é muito importante. de uma chicotada. O prato de baixo deve ser um pouco mais pesado . Escolhendo os Pratos Ride (pratos de condução) . que é melhor conseguida com uma batida forte feita com o dorso (meio) da baqueta. enquanto que outros têm uma boa definição das notas.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Tom Médio: Tem a mesma função do tom agudo.Mais do que uma Simples Condução Ride é parte integral de todo "set" de pratos. Prato Splash (Splash Cymbals): São Pratos pequenos e finos. Pratos de boa qualidade são geralmente feitos de bronze. Pratos de Ataque (Crash Cymbals): servem para acentuar determinados momentos da música. o que torna o som da bateria bastante grave. do Jazz Acústico ao Rock. Efeitos Especiais Estes provavelmente serão os últimos pratos que você vai adicionar no seu set. Que tipo (estilo) de música você toca? Talvez você precise de um som leve. Isto vai garantir um som preciso (chick) dos pratos. É claro que as regras são feitas para serem quebradas. Veremos aqui alguns conceitos básicos para ajudar a distinguir essas diferenças: Peles grossas vão resultar num som mais grave que as peles finas • Peles revestidas (porosas) vão inibir os harmônicos melhor que as não revestidas • Peles (com um círculo preto no centro) também inibem os harmônicos • Peles de filme duplo produzem um som mais "cheio" do que as peles de filme simples e também inibem os harmônicos. Há uma enorme variedade de pratos de ataque. Boa sorte e bons timbres! PELES: Escolhendo as Peles Há infinitos tipos. Remo. Cada uma com características distintas. As razões para fazerem isso. Basta dar uma olhada num catálogo de uma dessas marcas para ver a infinidade e opções e ficar confuso na hora de escolher.. modelos e fabricantes de peles. Não há limites quanto ao número e variedade de pratos de ataque que você possa usar no seu set. eles produzem um som único e proporcionam acentos e efeitos exóticos e explosivos. porosas.. O volume. experimente. É importante que o volume do seu chimbal esteja balanceado com o volume da sua caixa e bumbo. pele de filme simples. com mais "brilho" como no jazz. o timbre e seu gosto pessoal que irão determinar o tipo de prato que você deve escolher.. clear. Crash e Splash (pratos de ataque) . hidráulicas. use peles mais grossas. geralmente são: • . Através dos anos muitos bateristas vêm empregando diferentes maneirar de "abafar" seu instrumento. Aquarian. A variedade de opções é infinita. como as hidráulicas. Tente algo diferente.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 6 que o de cima.. Combine os vários tipos de peles e crie seu som. Então use peles finas. Teste vários modelos e marcas e experimente várias combinações de medidas e timbres. ou se você procura um som mais pesado como rock. Evans.Pratos com Personalidade Uma vez que você escolheu seu Ride e Chimbal. você está pronto para selecionar seus pratos de ataque e splashes. pele de filme duplo. Abafadores Aqui as coisas ficam um pouco subjetivas. Podemos citar o China Type (prato invertido) como um prato de efeito. ou mais. Então. A Oak. Hoje em dia você encontra uma variedade enorme de marcas e modelos. você vai encontrar um modelo que atenda suas exigências em vários tipos de situação. Sua escolha dependerá da preferência pessoal e algumas necessidades musicais específicas. Uma vez que você definiu o tipo de baqueta que é bom para você. Determine o melhor comprimento. ficando fácil você descobrir um que satisfaça suas necessidades. Neste caso esteja certo de selecionar uma ponta de nylon de qualidade para obter um bom resultado. sendo mais densa. É muito comum os bateristas profissionais usarem 2 ou 3 modelos diferentes de baquetas . peso e diâmetro da baqueta que se ajuste à sua maneira de tocar. Os fatores a se considerar na escolha da baqueta incluem densidade. Maple . Que tipo de volume seu som requer? Um trio de jazz ou uma banda de Rock? Para cada situação o tipo de baqueta vai variar. " White Oak " e " Hard Rock Maple ". Sinta as baquetas. travesseiros para bumbo. Verifique se ambas tem o mesmo peso. Isto não torna a Hickory melhor nem pior que a Oak. pesquise. Ela é considerada uma madeira dura. tipo de ponta (nylon ou madeira). Alguns bateristas preferem o som natural da ponta de madeira. é interessante você experimentar os vários tipos de abafadores e verificar qual se adapta ao seu tipo de som. para sentir a "pegada" e o tipo de som produzido. Toque cada uma em diversos tipos de superfície. diâmetro. Evite baquetas que soam como se fossem ocas. É apenas uma diferença. formato da ponta. BAQUETAS Como Escolher as Baquetas A escolha da "melhor" baqueta é uma decisão muito pessoal.. Ela é cerca de 10% mais pesada que a Hickory.. Quando escolher uma baqueta. no som e na longevidade (tempo útil) da baqueta. embora não seja tão densa e pesada quanto Oak. Os 3 tipos de madeiras mais comumente usados na fabricação de baquetas são " American Hickory ". 7 Hoje em dia os fabricantes de peles oferecem uma variedade enorme de abafadores. procure pela boa qualidade da madeira com os veios uniformes de ponta a ponta. Experimente e compare diferentes tipos antes de comprar. Outros preferem a ponta de nylon para obter um som mais aberto dos pratos. comprimento. As madeiras têm uma variação natural de cores. De tempos em tempos é bom que você experimente novos modelos e diferentes tipos de marcas. American Hickory A mais preferida Hickory para a confecção de baquetas vem do Sudoeste dos EUA. Essas diferenças ficam a cargo da preferência pessoal do baterista. como na escolha da pele. peso. etc. Muitos bateristas ainda não descobriram o quanto eles podem obter maior rendimento usando a baqueta correta. é uma madeira mais dura.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário • • • controlar os harmônicos diminuir o decay conseguir um som mais encorpado do tambor. Depois que você se tornar mais experiente. experimente e boa sorte! Tipos de Madeiras e suas Diferenças Que tipo de madeira é o melhor? Não há uma resposta única. White Oak Cresce nas regiões montanhosas do Japão. Aros de plástico. a cor não importa. tipo de madeira. O tipo de madeira selecionada vai ter uma grande influência no balanço. espumas auto-adesivas. Então. TOM-TONS: Ao montar os tom-tons eles devem ser colocados no mesmo ângulo de maneira que fiquem bem próximos a caixa e que você não tenha que esticar muito os braços para alcançá-los. Posicionando a máquina de forma em que a sua perna esquerda fique bem confortável para poder executar a marcação. Isto servirá para um melhor equilíbrio e uma melhor pegada quando estiver tocando. O assento deverá estar na altura do joelho proporcionando um ângulo reto. PEDAL DUPLO: Muito usado em hoje em dia . Antes de tocar nunca esqueça de verificar se o seu pedal está nem preso e centralizado. Em seguida regule o banco de acordo com o tamanho de sua perna. pesquise. E bom lembrar que você nunca deve tomar todo o assento do banco possibilitando assim um certo equilíbrio e maior velocidade. PEDAL: Antes de tudo observe se o pedal está bem regulado de acordo com o seu gosto. ela ficará muito lento. ou seja. BUMBO: Primeiro coloque o bumbo na posição correta. Em seguida veja se eles estão em uma posição confortável. lembrando que essa é uma posição muito usada por bateristas de Jazz. BANCO: Em primeiro lugar é preciso que você use um banco macio e confortável para não ocasionar dores nas costas quando estiver tocando. Não monte-o muito próximo a você. Hoje em dia você encontra uma variedade enorme de marcas e modelos. A caixa como preferir poderá ser colocada em um ângulo reto ou um pouco inclinada para baixo. PRATO HIDE (CONDUÇAO): . Em seguida regule os pés fazendo com que eles fiquem bem presos ao chão e de maneira que fique um espaço na frente do bumbo. deixo um espaço em relação ao seu antebraço. HI-HAT (CHIMBAL): Regule o chimbal em uma altura em que você não esbarre a mão esquerda na direita ao tocar. Nunca deixe o seu batedor muito alto. ou seja. e seus braços deverão estar bem relaxados. Muitos bateristas preferem a Maple porque ela pode ter um diâmetro maior sem aquele peso que é normalmente associado às baquetas grossas. você deve se sentir bem confortável e relaxado. O Maple é muito menos durável que a Hickory ou a Oak. Isso contribuirá para uma boa atuação quando estiver tocando. Em seguida você irá verificar se ao colocar as pontas das baquetas estão bem centralizadas no meio da pele. experimente e boa sorte! Montagem e Regulagem da Bateria Montagem e Regulagem da Bateria: A bateria deve ser montada de acordo com o seu tamanho. Verifique se a altura do batedor está centralizado mais ou menos no centro do bumbo.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 8 A Maple é cerca de 10% mais leve que a Hickory. ficando fácil você descobrir um que satisfaça suas necessidades. isto fará com que o pedal não corresponda. Consiste em um pedal com duas sapatas (uma para o pé esquerdo e outra para o pé direito) e dois batedores que tocam ao mesmo tempo. Para você ter uma boa performance. CAIXA: O próximo passo é posicionar a caixa. ele dispensa a necessidade de um segundo bumbo. SURDO: Ao montar o surdo verifique se a sua posição está paralela aos tom-tons. pulsação. AQUECIMENTO . Monte a sua estante de prato de forma que o prato fique bem solto e num ângulo que você consiga tocá-lo tanto com a mão direita quanto com a esquerda.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 9 Você deve montar o seu prato de condução em um ângulo ideal para que você consiga tocar o centro ou cúpula do prato e voltar à caixa tranqüilamente. PRATO CRASH (PRATO DE ATAQUE): Procure sempre deixar os pratos de ataque não muito longe do seu alcance. sem a necessidade de inclinar o corpo a frente. o mesmo deve ficar entre 2 e 5cm do tambor. depois direcione o microfone para o logotipo da marca. antes você deve utilizar a pele dos tons ou da caixa por exemplo. mais ou menos uns 25º. . meio direcionadas para o lado exterior.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 10 MICROFONES Para ter uma noção de como colocar os microfones. a tensão da pele (o quanto ale está esticada). pois a acústica de um instrumento é uma coisa muito pessoal. o tipo de pele (membrana). a força do impacto da baqueta na pele. em suas extremidades. quando a membrana é percutida. a variedade de sons que podemos obter de um . Sofrendo a influência de todos esses fatores. a área do impacto. e a acústica do local. o certo seria você testar várias marcas e modelos diferentes e escolher o que achar melhor.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário MAS QUAIS MICROFONES UTILIZAR? Existe diversos tipos de microfones para cada peça e ambiente diferente. mesmo com estas dicas não quer dizer que o som ficará às "mil maravilhas". por uma membrana vibratória. As características desse som dependem de vários fatores: o material no qual é confeccionado o casco. aqui vai alguns sets de microfones que você pode usar 11 PARA O USO EM ESTÚDIO Caixa Bumbo Tons Over Shure Beta 57 Shure SM 81 Shure Beta 56 Shure KSM 32 Shure Shure Shure Shure Shure Shure Shure Shure Beta 57 Beta 52 Beta 56 SM 81 Beta 57 SM 58 SM 58 SM 58 PARA O USO EM PALCO Caixa Bumbo Tons Over Caixa Bumbo Tons Over USO BÁSICO Mas lembre-se. Afinando sua Bateria Conceito De uma grossa maneira. um tambor é um casco coberto. obtemos o som. Tanto a composição quanto às medidas de altura. percutindo na borda da pele. alguns bateristas recomendam você colocá-las no tambor. Depois que fizer isso. Quando se colocam peles novas. tirar as peles velhas. A pele ainda estará frouxa. O objetivo é encontrar aquele ponto onde a pele e o casco "trabalharão" juntos. com a pele bem esticada. a melhor coisa a fazer é. próximo a cada parafuso. apertar bem os parafusos e deixar assim por algumas horas. Quanto mais apertada a pele. Aperte os parafusos sempre em cruz. Se você não sabe que tamanho de pele precisa. da tensão da pele de resposta e de sua relação com a afinação dos outros tambores. enquanto que em outros ela parece "morta". Se você colocar peles novas o resultado será melhor. Básico A pele é fixada na borda do casco por um aro. mais alto será o som do tambor. A primeira coisa a fazer é procurar igualar a tensão em todos os pontos da pele.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 12 tambor é ilimitada. comece por uma afinação baixa (pele solta) e gradativamente vá aumentando a tensão. o aro é fixado pelas castanhas. Apertando os parafusos o aro pressiona a pele contra a borda do casco. o aro e os parafusos apertando-os com os dedos até onde conseguir (procure manter sempre a mesma tensão para todos os parafusos). Se você nunca afinou sua bateria antes. Os seguintes diagramas mostram a ordem de aperto dos parafusos para tambores de 4. para tirar as tensões da cola que fixa a pele no aro. vá controlando o som. Quando a pele está sendo afinada. Um fator importante que atua nessa variedade de sons é a tensão que está sendo aplicada sobre a pele .que é a afinação. Está limpa? Qualquer defeito na borda pode influenciar no som. diâmetro e espessura do casco influenciam no timbre. Você vai perceber que em alguns níveis de tensão a pele vibra bastante. 8 e 10 afinações: Comece pela pele de baixo (resposta). Cheque a borda do tambor. quando percutido. e golpeando-o levemente com uma baqueta de feltro ou borracha. A altura (afinação) da pele depende das características do casco. Você pode determinar essa freqüência pegando o casco sem as peles. retire a pele do tambor e comece o processo de afinação. Faça o mesmo com a pele de cima (batedeira). Agora você pode usar a chave de afinação. O que acontece é que a freqüência de ressonância do seu casco (a freqüência na qual o casco vibra) também contribuirá para a vibração da pele. ou poderá cancelar essa vibração. simplesmente você deve medir o diâmetro do tambor (geralmente em polegadas). Tensão da Pele de Resposta Você tem 3 opções para a afinação da pele de resposta: . volume e sustentação do som. As Características do Casco Cada casco tem sua vibração numa certa freqüência. em primeiro lugar. segurando-o levemente. mas a pele contribui em grande parte nas características do som final obtido. Conforme você vai apertando os parafusos. 6. Coloque a pele no tambor. e tente obter o mesmo som de cada ponto. Provavelmente você nunca irá ver um baterista de Reggae afinar seu instrumento como o Alex Van Halen afina o seu. Muitos bateristas realmente não sabem como fazer o bumbo soar bem. que sempre está presente quando se fala de afinação de bateria: RESSONÂNCIA. Mas mesmo que cada tambor esteja afinado o timbre obtido pode não ser agradável. Experimente novos sons sempre! Bumbo O bumbo é a "batida do coração" da bateria. Como nos outros tambores. porque ele tem duas peles se vamos percutir em uma só? E qual a função daquela abertura (furo) na pele da frente? Todas as respostas mentem no complexo mundo da AFINAÇÃO. O bumbo sempre terá duas peles . uma droga! O importante é procurar manter um equilíbrio. por exemplo. e sua ressonância será longa. aja visto que cada estilo de música possui seus timbres particulares. e o porque das duas peles é esta palavra.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário • • • Mesma tensão do que a pele de cima Maior tensão do que a pele de cima Menor tensão do que a pele de cima 13 Cada uma dessas opções produz diferentes resultados. você vai certamente ouvir o som dela ressonar primeiro. que são abafadores desenvolvidos pelas empresas que fabricam as peles. Coloque a pele. como já mostramos anteriormente. o aro e aperte os parafusos com os dedos até fixar bem.( bwow). A experiência é o melhor caminho. Quando você toca na pele de cima de um tambor. É o mesmo que pôr a cabeça dentro de um tambor de óleo e gritar "Alô" ( A l l ô ô ô ô. ou do bumbo quando percutido com o "pirulito" (batedor do pedal). A razão pela qual o bumbo é feito de madeira. Novamente.(boom). Sem uma variação de tensão entre as duas peles o som ficará "morto". o ar contido neste tambor é imediatamente comprimido. Existem também os "Muffles" de vários modelos e marcas. especialmente se você toca vários gêneros de música. Bem. A verdade é que você tem que usar algo para abafar o bumbo. Então se a pele de baixo estiver mais tensionada que a de cima. o tambor pode estar exatamente afinado numa nota e seu som (timbra). Em outras palavras. Pouca definição de timbre. Pele de baixo com menor tensão que a de cima O "decay" e "sustain" são diminuídos. um intervalo que soe agradável entre um tambor e outro. outros usam travesseiros. o processo inicial de afinação é o mesmo de qualquer outro tambor. O quanto você vai abafar depende das dimensões do bumbo e do som desejado. Mesma tensão para as duas peles Isto produz um som com bastante "sustain" . Não há regras específicas quanto a isto. procurando igualar a tensão em todos os pontos da pele. Alguns bateristas usam um cobertor encostado na pele de trás e da frente. você deve experimentar vários tipos de abafadores e tensão nas peles. Pele de baixo com maior tensão que a de cima Aqui sim as coisas se tornam interessantes. dando o efeito de "pitch bend" . A l l ô ô ô ô ). Permite um melhor controle da ressonância e do timbre. Isso provoca a ressonância da pele de baixo. depende da tensão da pele de cima (batedeira). por uma fração de segundo. Depois aperte cada parafuso em cruz. O ataque pode ser preciso. A pele de cima. Você deve afinar e re-afinar sua bateria.bem. Ressonância é a vibração do tambor quando depois que você percute nele com a baqueta. Afinação Relativa com Outros Tambores Há pessoas que dizem que afinam suas baterias em intervalos de terças ou quintas. Consequentemente a pele de baixo produz o som completo antes que a pele de cima. seguida pela pele de cima. eles apenas colocam um cobertor ou travesseiro no seu interior. o timbre vai depender muito do tipo de música a ser tocada e do gosto pessoal . é levemente abafada pelo contato da baqueta. existem deferentes tipos de caixas em diferentes tipos de material. Se seu bumbo tem uma "sobra" de som. Afinando a Pele de Resposta A pele de baixo (resposta) é muito mais fina que a pele de cima porque ele tem que vibrar. seu groove pode soar indefinido. Ajustes Finais Agora você está pronto para fazer os ajustes finais. toque no centro da pele para verificar o som. . Tome cuidado com a pele de resposta. aperte cada parafuso até que o aro faça pressão sobre a pele esticando-a um pouco. Agora verifique novamente a tensão em cada parafuso. Coloque sua mão no centro da pele e force apele para baixo várias vezes. você deve assentá-la com sua mão. isto é. Afinando cada Ponto de Tensão Agora. e vá experimentando . com a chave de afinação. respeitando seu "timbre natural". aperte levemente (meia volta da chave) os parafusos sempre de maneira cruzada. Coloque a caixa na estante. coloque a esteira. diferentes espessuras de aro. não os force com a chave de afinação. experimente! Caixa . é muito fácil danificá-la. até que chegue numa tensão desejada. Toque os acentos e notas suaves. verificando a tensão em cada parafuso. Você deve observar estas características na hora de afinar sua caixa. Tome cuidado com o assunto . Ajustando a Esteira Depois de colocadas e pré-afinadas as peles.ressonância. permitindo que a caixa responda à esteira. Verifique se ela está centralizada. Nota: como sabemos. Conforme aperta os parafusos. Experimente.Afinação da Pele Superior Coloque a pele e o aro. o mesmo espaço nas duas bordas. experimente. casco. Procure verificar o som obtido em vários níveis de dinâmica. Com os dedos. 14 Se há algumas "ondas" na borda da pele.a tensão das peles. Esteja certo de que todos os parafusos têm a mesma tensão. principalmente ao aplicar muitas notas no bumbo. a tensão da esteira. Os parafusos devem virar facilmente. e diferentes dimensões do casco também.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário do músico. Use o mesmo processo de afinação da pele superior. verificando se a caixa responde bem em todas as situações. não há o que se possa fazer. HARMONIA . Agora tente acompanha-lo batendo palmas. intensidade . graves e agudos. Lembre-se: quanto mais você experimenta. São representados pelas notas musicais: dó. observe por exemplo. mi. • MELODIA . Na música são representados pelos sinais de dinâmica. No caso da bateria.é uma combinação de sons simultâneos. violino. É pelo timbre que distinguimos um som da mesma altura. não se usa as notas musicais. duração. enquanto que outras vão simplesmente te "irritar".é o maior ou menor tempo produzido pelo som. Na música a duração do som é representada pelas Figuras de Notas.é um conjunto de som sucessivo. e sim. produzido por instrumentos ou vozes diferentes (se uma música esta sendo executada por um piano. e você conseguirá obter uma maior variedade de sons interessantes de sua bateria. neta data. O ritmo esta presente em todas as coisas (na batida do coração. • . nele temos um movimento contínuo e uniforme. o o o • RITMO . Quando você canta "parabéns pra você. mas a música não dispensa o ritmo. Esteja aberto para mudanças sempre! TEORIA Música A música é uma arte universal. O ritmo é completamente independente da música. É o resultado da vibração dos corpos. o altura . peças da bateria (chimbal.é tudo aquilo que impressiona o ouvido. A cada segundo o ponteiro se desloca precisamente. lá e si. duração e intensidade.é a característica própria de cada instrumento.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Acústica da Sala 15 Tenha em mente que a acústica da sala onde está o instrumento é um fator decisivo no som obtido. menos medo terá do processo de afinação. você está cantando a melodia da música. Para ficar mais claro a assimilação sobre o ritmo. pratos. bumbo. É a arte de nos expressarmos através dos sons. sol. o ponteiro de segundos do relógio. flauta. portanto ele é uma lei universal. Ao fazer isso. A qualidade pela qual distinguimos os sons são: altura. Neste caso. caixa. fá. Algumas salas vão deixar o som de sua bateria realmente bom.. Ritmo. numa marcha militar). É a mais sublime criação humana. Harmonia e Harmonia. você está acompanhando o RITMO do relógio. duração .". timbre . • SOM . Os elementos que compõe a música são: Som.conhecido também como CADÊNCIA. intensidade e timbre.refere-se ao volume do som. ré. etc). etc)..são os som médios. nos ponteiros do relógio. Mas. escrever. e pode ser comparada a um texto comum de um jornal ou uma revista qualquer. é que eles vão perceber sua importância. a partitura é simplesmente um "lembrete". contados de baixo para cima. T . Pois bem. Não se sabe porque. o que só nos trará benefícios. vamos nos habituar a desenvolver um interesse pela leitura. assim como o jornal contém símbolos que registram a linguagem falada (palavras). e alegam que ela é "coisa para maestro". grafia por meio de notas. Lembre-se que não se pode aprender a ler. ãC o . deixando estes mitos de lado. cada linha ou espaço serve para indicar o instrumento no qual devemos percutir (tocar). . P T o m T 1 o m 2 C r a t o d e o n d Cu ç r . A partitura contém símbolos que registram os sons dos instrumentos musicais (notas e figuras). as notas.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 16 Leitura e Interpretação de Partituras Introdução A maior parte dos bateristas não tem interesse. ou até mesmo se negam a aprender a leitura musical. Tudo requer paciência. Nesse sistema. o w b e l l C B u m a i x b o a S u r d C o h i m b A r o a l / p d é a c a i x a P C C S a r a r . - r a s h ( p r a t o d e a t a q u e ) h i n a T y p e ( p r a t o i n v e r t i d o ) S p l a s h ( p r a t o d e a t a q u e p e q u e n o ) . p Cl . Na verdade. e todos os símbolos relativos a ela. os acentos. sem pressionarmos a nós mesmos. Procure memorizar com calma cada um dos assuntos abordados. A grande jogada é caminharmos de acordo com nossa capacidade individual. andar em um dia. O mesmo acontece com a música. por pensar que a bateria é um instrumento fácil de se tocar e que eles nunca precisarão da leitura. - o C s C d i v e r s o s t i p o s d e p r a t o u s a m o s a s a b r e v i a t u p l . você vai perceber que a partitura é uma ferramenta que vai te auxiliar bastante Conceitos e Simbologia Nesta parte vamos conhecer os principais conceitos e símbolos utilizados na interpretação de uma partitura. mas muitos músicos chegam a ter medo da partitura. TS . No caso da BATERIA. veremos a leitura e os símbolos afins passo a passo. num trabalho em estúdio. falar. Nesta seção. Procure estudar esse assunto com atenção e. determinação e prática. os sinais de pontuação. as figuras musicais são escritas sobre uma pauta composta de 5 linhas horizontais paralelas(pentagrama) e 4 espaços. Mas ao deparar com algumas situações como. Pentagrama A grafia própria da música se chama notação. isto é. você se lembra de quando começou a ler e escrever? Foi juntando as sílabas. ou até mesmo na hora de praticar. Vamos aprendendo aos poucos as figuras musicais. etc. aos poucos. por exemplo. Mas primeiro vamos nos concentrar e acostumar com as peças básicas da bateria. ou seja. chinas. . pode variar de método para método. e conseqüentemente cada peça tem sua respectiva representação no pentagrama. como pratos splash. assim eles. Se você comprar alguma revista de bateria. PRATOS Chimbal / ou Prato de Condução Chimbal (com o pé) Prato de Ataque TAMBORES Bumbo Caixa Ton-ton 1 Ton-ton 2 Surdo Existem ainda.) apenas irá interferir na duração do som. pois ira usar no resto de sua vida. tais como pratos e aros. Nesta seção. o seu valor rítmico.: A nomenclatura de bateria. agogôs (cowbell). Atenção: Memorize bem. etc. Geralmente. por isso é importante consultar a nomenclatura antes de praticar. enfatizando apenas a duração das figuras. colcheia. O que determina isso. O tipo de nota (semínima. outras peças de bateria. quando a peça da bateria é feita de metal. escrevemos a cabeça da nota com um "X". temos algumas FIGURAS que representam uma determinada peça da bateria no pentagrama (as principais). vamos colocar em prática os elementos estudados sobre Figuras Musicais (figuras de notas e figuras de pausas). Obs.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 17 Nomenclatura Abaixo. é o espaço ou linha do pentagrama onde a figura esta escrita. quaternário (quatro tempos). 18 Compasso O compasso é a divisão da música em partes de igual duração. que deve ser divisível em três partes. por si só. ou de dois tempos.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Sempre procure primeiro aonde indica cada uma das coisas. Podem ser fortes. Vamos dar atenção aqui somente ao compasso simples. O compasso primitivo é o binário. o compasso se marca pelo bater mais forte. A unidade de tempo do compasso simples. A nota que. será representada por um valor pontuado. Na música primitiva. Todos os demais compassos na música se originam destes. existindo ainda os mistos e grupos irregulares. dependendo de sua maior ou menor acentuação no discurso musical. completa o compasso é chamada de unidade de compasso. umas das outras. o compasso surgiu da imitação dos movimentos do corpo humano na dança e no bater de pés e mãos.tempo forte nota mais longa. e a unidade de tempo do compasso composto. Do prolongamento do tempo forte do compasso binário. Historicamente. Cada tempo por sua vez é considerado como unidade de tempo. Mais tarde estudaremos os compassos compostos. pelo acento que recai sobre a primeira nota de cada compasso. O compasso assume sua fisionomia rítmica de acordo com a quantidade de tempos que ele agrupa. começou-se a marcar pelo contraste de duração entre as notas . Por isso ele pode ser binário (dois tempos). e ainda entre os povos primitivos atuais. será representada por um valor simples. Geralmente o primeiro tempo é forte e os demais meio fortes ou fracos. que deverá ser divisível em duas partes. na música dos povos mais civilizados. etc. Os compassos podem ser simples ou compostos. ou de três tempos. Barras de Compasso São linhas verticais que usamos para dividir os compassos. surgiu o compasso ternário. O compasso de subdivisão binária é denominado simples. ternário (três tempos). meio fortes ou fracos. Tempo é uma pequena parte de duração dentro de um compasso. O compasso de subdivisão ternária é denominado composto. Temos os seguintes tipos de barras de compasso: . Estas partes se distinguem. que pode ser subdividida em duas ou três partes. Isso permite com que a partitura não fique tão extensa. Ritornello (Repertir o trecho entre os ritornellos) Fórmula de Compasso . cada um com o seguinte significado: X número de tempos do compasso (quantidade) Y nota que representa a unidade de tempo do compasso (qualidade) Exemplos: .Simples São dois números escritos geralmente após a clave.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 19 Ritornello e Sinais de Repetição Os Sinais de Repetição são usados quando temos que repetir um ou mais compassos ou um trecho musical. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 20 Tipos de Compassos Simples Binário 12121212 Ternário 123123123123 Quaternário 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 Quinário 12345123451234512345 Setenário 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 Noções de andamento Andamento . padrão . ajustando o metrônomo em 60. Por exemplo. com regulagem de 1 em 1 ponto.num compasso de 4/4. Ajustando em 120 ele vai produzir 2 "clicks" por segundo ou 120 batidas por minuto. O metrônomo eletrônico oferece uma variação maior e mais precisa. de 35 a 250. que se baseia no batimento do pulso humano (80 batidas por minuto).Batidas Por Minuto). Já o valor numérico expressa a velocidade exata a ser executada a música. pois ela é a unidade de tempo. O metrônomo pode ser de pêndulo ou de pilha. Exemplo . Estes números nos indicam quantas batidas por minuto (bpm) o metrônomo está executando. Os andamentos também são representados por nomes (de origem italiana). A quantidade de semínimas que tivermos por minuto. e se você quer uma velocidade mais rápida. Essa velocidade é medida pela quantidade de unidades de tempo que temos por minuto (BPM . ajuste-o num número maior. será a velocidade (andamento) da música. medida + nomos. A velocidade com que a música vai ser executada pode ser expressa de várias maneiras: • • • com um valor numérico com um termo em italiano como uma combinação dos dois Os termos em italiano se referem a mais de uma velocidade. Se você quer uma velocidade mais lenta.depende da velocidade da sucessão dos sons e varia com o número de sons que se sucedem por minuto. Alguns dos Principais Andamentos . Metrônomo Do Grego metron. Em palavras mais simples. deixando-a a livre interpretação do executante. O andamento fundamental da música é o andante. ele vai produzir um "click" por segundo.qualquer aparelho que produz som ou flashes de luz num determinado padrão de velocidade. regule o metrônomo em um número menor. a semínima vale um tempo. andamento é a velocidade da música. A velocidade (andamento) é expressa por números que vão de 40 a 208. são figuras que indicam a duração do SOM. anulando assim. As figuras musicais podem ser FIGURAS DE NOTAS (positivas). o verdadeiro conceito de música. figuras positivas ou ainda duração.muito leve Piano (p) .forte Fortíssimo (ff) . Deste modo estaríamos impossibilitados de expressar nossos sentimentos através das notas e dos timbres. Elas determinam a duração do SILÊNCIO. Alguns sinais de Dinâmica Pianíssimo (pp) . Cada figura positiva (de nota) tem uma figura negativa (de pausa) equivalente. também são conhecida como valores negativos.leve MezzoPiano (mp) . Veja abaixo as principais Figuras Musicais: Nº de Referencia Nome das Figuras Notas Pausas . em relação à intensidade (maior ou menor força com que se executa a nota). Se não usássemos a dinâmica seríamos obrigados a tocar todas as notas fortes ou todas fracas. Também são conhecidas como FIGURA DE VALORES. figuras negativas ou pausas. ou FIGURAS DE PAUSAS (negativas). a diferença entre elas é que. • • FIGURAS DE NOTAS. se um determinado SOM (nota) ou SILÊNCIO (pausa) tem uma duração longa ou curta.moderadamente leve Forte (f) . já a figura de pausa.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário • • • • • • • • Largo 40 a 60 Larghetto 60 a 66 Adagio 66 a 76 Andante 76 a 108 Moderato 108 a 120 Allegro 120 a 168 Presto 168 a 200 Prestíssimo 200 a 208 21 Acento e Dinâmica O Sinal de Acento indica que a nota deve ser executada com mais intensidade (força) que as outras. É através delas que sabemos.muito forte Figuras Musicais Figuras musicais são valores que indicam a DURAÇÃO DO SOM. O nome e o valor de cada nota é o mesmo da figura de pausa. a figura de nota exige uma execução que emita som. também são conhecidas como valores positivos. FIGURAS DE PAUSAS. exige um espaço de tempo em silêncio. A dinâmica é responsável pelo "colorido" musical. A Dinâmica consiste nas várias formas de executar uma figura ou frase musical. ausência de som. conforme o valor de duração da figura. refere-se a leitura das figuras musicais existente em uma determinada pauta ou partitura. Nenhuma figura tem uma duração pré-determinada. Pratique-os. porém devemos respeitamos a sua duração em silêncio. Comece marcando os tempos em um andamento (velocidade) lento! . e assim por diante Leitura Rítmica Antes do estudo da leitura rítmica. o que existe é uma relação de "metade e dobro" entre uma figura e outra.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 1 2 4 8 16 Semibreve Mínima Semínima Colcheia Semicolcheia 22 Os números de referência (veja no quadro anterior) são utilizados para representar a figuras musical em uma fórmula de compasso. Leitura rítmica. É essa fórmula que vai determinar a duração exata das figuras e quantos tempos terá o compasso. como o próprio nome diz. Ao lado. com figuras de SEMÍNIMAS (pausas e notas). estudando o assunto fórmulas de compasso. Ex. é fundamentais o estudo e a compreensão da notação musical. Entenderemos um pouco melhor a sua utilidade. Veja a representação abaixo: Obs. A mínima equivale a duração de 2 semínimas. pois como o próprio nome diz: são PAUSAS. temos uma seqüência progressiva de estudo da leitura rítmica. Somente após se sentir confortável com a leitura. Na próxima página. cantando as notas em voz alta (taaaa) e marcando os tempos do compasso com palmas.: Quando aparecer as pausas.: A semibreve é a figura de maior duração. Pratique primeiramente uma linha por vez. sem parar. a marcação do tempo deve continua normalmente. temos uma pauta com 20 compassos. ela equivale a duração de 2 mínimas. pratique do começo ao fim. COLCHEIAS e SEMICOLCHEIAS. pratique do começo ao fim. com figuras de SEMÍNIMAS e COLCHEIAS. com figuras de SEMÍNIMAS. Somente após se sentir confortável com a leitura. . sem parar. Pratique primeiramente uma linha por vez. Comece marcando os tempos em um andamento (velocidade) lento! Na próxima página. Somente após se sentir confortável com a leitura. temos uma pauta com 20 compassos. sem parar. pratique do começo ao fim. Pratique primeiramente uma linha por vez.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 23 Abaixo. temos uma pauta com 20 compassos. vamos incluir e observar agora. sempre de uma forma didática e progressiva. através de exercícios que visão desenvolver a coordenação motora entre mão e pés. etc. Seguindo as instruções acima de “pinça e mola”. Observe também que a baqueta não sai da mão.Veja nas figuras 1 e 2.. Também tem como objetivo desenvolver a cadência e o sincronismo rítmico. pressionando relaxadamente a baqueta. mas não recomendo aos iniciantes. ela vai somente até a linha do pulso. Isso vale para ambas as mãos. vamos dividir os dedos da mão em duas partes: uma delas é o que chamamos de “pinça” (dedo indicador e polegar).Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Comece marcando os tempos em um andamento (velocidade) lento! 24 TÉCNICA Os exercícios técnicos tem com objetivo. os exercícios técnicos são essenciais para um melhor desenvolvimento. utilizando a pegada moderna (onde ambas as mãos seguram a baqueta da mesma forma). Note que o polegar e o indicador (pinça) estão na mesma altura. na hora de executar os toques. pois como o ditado diz: "A prática é a mãe da habilidade!". pois cada mão segura a baqueta de forma diferente. Mãos Manuseio das Baquetas Nessa página vamos observar atentamente a forma correta de segurá-las e manuseá-las. proporcionar ao estudante uma certa habilidade. dos braços e dos antebraços. Vale a pena lembrar que existem outros tipos de pegada (como a pegada tradicional). anular e mínimo). enquanto os outros dedos (mola) apóiam a baqueta como se fosse um único dedo. a forma correta de segurar a baqueta. o posicionamento das mãos. e a outra chamamos de “mola” (dedo médio. Lembre-se. e fica alinhada com o antebraço (como se fosse uma continuação dele). Esses exercícios são recomendados como ESTUDO DIÁRIO. pois facilitam e aumentam a qualidade na hora da execução das batidas. viradas. Para melhor exemplificar. . dificultando assim a assimilação.. movimentar o corpo. EDED). e a desenvoltura dos movimentos. etc. • Toques Simples (alternados) • Toques Duplos • Toques Triplos . toques duplos (DDEE. e toques quádruplos (DDDD EEEE). utilizando toques simples ou alternados (DEDE. os antebraços juntamente com as baquetas. Repare que as unhas polegares estão uma de frente para a outra (de lado). não esqueça observar e de recordar alguns detalhes: • Postura. aumentando a velocidade aos poucos. EEDD). como apoiar a mão na perna. ou na própria CAIXA da bateria. formam um “triângulo” e miram o centro da caixa. visto na página anterior. ou em uma borracha de estudo*”. • Posicionamento de pinça e mola. na medida em que for dominando os exercícios. • Deixe a “caixa” (ou qualquer outro objeto em que for tocar) um pouco abaixo da linha da cintura (veja a figura 3). é muito importante manter uma boa postura. Pulsos e Dedos Agora vamos colocar em prática. executando alguns toques na “caixa da bateria. Abaixo temos alguns exercícios empregados no aperfeiçoamento de pulsos e dedos. Pratique preferencialmente em uma borracha de estudo. e tomar cuidado com os “maus hábitos”.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 25 Veja as figuras 3 e 4. o que vimos na página sobre o manuseio das baquetas. Além disso. • Execute os toques movimentando somente o pulso. visando desenvolver a coordenação entre as mãos. os braços estão relaxados e próximos ao corpo (não colados). Obs. • Comece BEM DEVAGAR. • Braços relaxados e próximos ao corpo. a qualidade. toques triplos (DDD EEE).: Siga as instruções sobre o manuseio das baquetas. Antes de começar. Toque cada exercício 4 vezes e vá direto para o seguinte SEM PARAR Legenda: D . 1) D D D D D D D D E E 4) D D D D D D D D E E E E 7) D D D D D D D D E E E E 10) D D D D D D D D E E E E E E Quando você repete um exercício várias vezes. Se você dominou os 10 exercícios sem nenhum erro. Os exercícios a seguir são do mesmo tipo dos anteriores.pé Exercício de coordenação nº 1 . Alguns de nós apenas temos que praticar um pouco mais. isso você a saber em que tempo você está. pratique em qualquer superfície plana (ex. Cada compasso possui um padrão diferente.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 26 • Toques Quádruplos Caso não possua “caixa. é hora de aprender algo sobre o bumbo. Exercício de coordenação nº 3 .repetir 4 vezes cada exercício. mais rápido. Procure contar os tempos em voz alta. mas depois do quarto compasso eles ficam um pouco mais difíceis. Talvez o próximo exercício exija uma maior coordenação que o anterior.mão direita E . Exercício de coordenação nº 2 . Coordenação inicial Muitas pessoas são naturalmente coordenadas. Verifique que todos os exercícios estão em compassos quaternários (4 tempos). nem borracha de estudo”.repetir 2 vezes cada exercício anterior. Algumas são mais coordenadas que outras. Mas não importa o quanto natural você é quando toca bateria. é possível que você perca a concentração.mão esquerda P . a coordenação entre mãos e pés é algo que você sempre terá que trabalhar (praticar). porém. Vamos começar com alguns exercícios para as mãos antes de incluirmos os pés. 1) D D D D D D D D P P 2) D D D D D D D D P P 3) D D D D D D D D P P 2) D D D D D D D D E E E E 5) D D D D D D D D E E E E 8) D D D D D D D D E E E E E E 3) D D D D D D D D E E E E 6) D D D D D D D D E E E E 9) D D D D D D D D E E E E E E .repetir 4 vezes cada exercício. Talvez se esqueça quantas vezes repetiu o exercício.: uma cadeira com uma toalha de rosto em cima). Faça estes exercícios várias vezes prestando atenção no andamento e procurando aplicar a mesma forca para todas as notas.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 4) D D D D D D D D P P 5) D D D D D D D D P P P 6) D D D D D D D D P P P 27 7) D D D D D D D D P P P 8) D D D D D D D D P P P P 9) D D D D D D D D P P P P 10) D D D D D D D D P P P P P Você está pronto para tentar num andamento mais rápido? Não se preocupe se você não conseguir fazer o exercício todo na primeira vez que tentar. mas por algumas razões. do que tocando de "ouvido". CAIXA e BUMBO.repetir 2 vezes cada exercício anterior. Daqui para frente começaremos a ler MÚSICA! Isso realmente não é muito difícil de se fazer. mas antes de começar com os ritmos vamos fazer alguns exercícios preparatórios. . esteja certo de que conseguirá na próxima semana. metade dos bateristas que tocam por aí não dão atenção para a leitura. Nesta lição veremos alguns ritmos de Rock usando o CHIMBAL. Exercício de coordenação nº 4 . É muito mais fácil aprender lendo os exercícios e vir a entender o que realmente está "havendo" na música. mais rápido. porém. persista. Concentre-se no exercício. Se você não consegue hoje. e também praticar alguns exercícios envolvendo bumbo e chimbal (com os pés. Vamos observar e aprender a forma correta de utilizar os pedais. também é muito importante a utilização dos pés. Posicionamento dos Pés . é claro).Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 28 Pés Para se tocar bateria. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Assim como as mãos. os pés também precisam de atenção especial. agora que já estudamos individualmente as mãos e os pés.: Siga as instruções de como utilizar os pedais (página acima). Obs. vamos uni-los. antes de exercita-los. e vice-versa. vamos observar a forma correta de usar os pedais. Bumbo e Chimbal Estudaremos alguns exercícios visando desenvolver a cadência entre o pé direito (bumbo) e o pé esquerdo (chimbal) para os destros. 29 A princípio. acione os pedais sem tirar o apoio do calcanhar dos pedais. e estuda-los simultaneamente. • Toques Simples (alternados) • Toques Duplos • Toques Triplos • Toques Quádruplos Mãos e Pés Bem. . para os canhotos. Em caso de dúvidas em relação a leitura e sua execução. tocando as notas de caixa com sincronismo e cadência. primeiramente lento. 30 Pratique-os. da cadência e da qualidade dos toques. Esses exercícios serão muito úteis nos estudos de viradas. eles também são ótimos para o desenvolvimento do sincronismo. Note que o chimbal está marcando todos os tempos do compasso. pois então acompanhei-o. consulte a página fórmulas de compasso. pois além desenvolver a velocidade. • Caixa em Colcheias • Caixa em Semínimas e Colcheias • Caixa em Semicolcheias .Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Estudaremos alguns Exercícios de Velocidade. . além de abrir caminho a sua criatividade. o ritmo à música. ska. baladas. ou seja. Essas batidas podem ser utilizadas nos mais variados estilos musicais (rock.). ou ainda GROOVES. reggae. country. pop. E essa é a principal função do baterista! .Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 31 • Caixa em Colcheias e Semicolcheias BATIDAS & CIA Esta seção visa colocar de uma forma musical os elementos estudados nas outras sessões. e aos mais variados estilos musicais. funk. é ela quem dá o pulso.. também conhecida com LEVADAS. A batida é o coração da música. etc. Vamos denominar essa forma musical de BATIDAS. Um dos membros. é importante uma pequena preparação. vamos praticar alguns exercícios usando dois ou três membros simultaneamente.: Ao praticar. e se possível. 2. o estudo das sessões anteriores para que não haja dúvidas ou deficiências técnicas quanto a execução das batidas. As notas que estiverem sob o chimbal. veja a nomenclatura acima. ou seja.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Para uma melhor assimilação dos estudos a partir desta sessão. de preferência em um andamento lento. No 2º. 3º e 4º tempo: somente o chimbal . estude com o auxílio de um metrônomo. Preparação 32 Na página acima temos alguns exercícios utilizando apenas dois membros. Como executar os exercícios: Veja os exercícios ao lado. podendo ser: chimbal e bumbo. para um melhor desenvolvimento da coordenação. ou chimbal e caixa. Nesta seção. 3. pois conseqüentemente facilitará a execução das batidas. Vamos analisar o primeiro exercício: No 1º tempo: chimbal e bumbo ao mesmo tempo. a mão direita (destros) executará toques com a baqueta no CHIMBAL (feche-o pressionando com o pé). a mão direita (no chimbal fechado) está marcando todos os tempos (1. use protetores oriculares. Antes de tocar as BATIDAS. Obs. deverão ser tocadas ao mesmo tempo. todas as notas de chimbal tem que ter o mesmo intervalo de duração. O outros membros serão: pé direito (bumbo) ou a mão esquerda (caixa). Essa marcação tem que ser precisa. é recomendável aos iniciantes. é só inverter tudo. 4). Para os canhotos. enfatiza o estudo de batida com a CAIXA e BUMBO em SEMÍNIMAS. Caixa e Bumbo – Semínima Batidas 1 . também contém os elementos dos outros dois grupos. só que enfatizando o estudo de batidas com a CAIXA e BUMBO em COLCHEIA PONTUADA. O 2º grupo. contém alguns elementos do 1º grupo.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 33 Conduzindo em Colcheias Esta sessão está separada por grupos de batida: • • • O 1º grupo. O 3º grupo. mas enfatiza o estudo de batidas com a CAIXA e BUMBO em COLCHEIAS. acrescente o bumbo.: toque somente as notas de chimbal. pratique os exercícios por partes. Ex. DICAS: Pratique primeiramente de uma forma lenta.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 34 DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias. Batidas 2 . E por último. Não tenha pressa. A qualidade e mais importante do que a quantidade ou a velocidade! Caso tenha dificuldades. Depois acrescente a caixa. Notas de caixa e bumbo em semínimas. Ex. Caixa e Bumbo – Colcheias Batidas 3 .Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 35 DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias. Caso tenha dificuldades. Viradas Viradas são passagens executadas em determinadas partes da música. Peças da bateria utilizadas nas Viradas: Pratique os exercícios abaixo da seguinte forma: três compassos de "batida" e um compasso de "virada". pratique os exercícios por partes. Notas de caixa e bumbo em semínimas (pausas). Depois acrescente a caixa. dezeseis. Vamos praticar algumas viradas com notas em "seminímas". ou múltiplos de quatro compassos (oito.: toque somente as notas de chimbal. etc). Geralmente são executadas no quarto compasso. E por último. utilizadas para destacar ou dar algum efeito. acrescente o bumbo. doze. utilizando algumas batidas já estudadas. Batidas 4 DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias. Batidas 5 . Notas de caixa e bumbo em colcheias (continuação).Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 36 DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias. Notas de caixa e bumbo em colcheias. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 37 DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias.continuação) Viradas 2 Caixa e Bumbo – Colcheia Pontuada . Notas de caixa e bumbo em colcheias (pausas). Notas de caixa e bumbo em colcheias (pausas . Batidas 6 DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias. Batidas 8 DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias. Batidas 9 . Notas de caixa em colcheia pontuada. Notas de bumbo em colcheia pontuada.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Batidas 7 38 DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 39 Batidas 10 Viradas 3 . Notas de caixa e bumbo em semínimas Batidas 12 DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em semínimas. Notas de caixa e bumbo em colcheias. .Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 40 Conduzindo em semínimas Batidas 11 DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em semínimas. Toque no centro caixa com a ponta da baqueta e. usaremos apenas dois níveis. aplicando outros timbres como cowbells. ao mesmo tempo. . mas também de onde tocamos. Não se trata somente do que tocamos. Essa técnica produz um som mais forte e mais "encorpado" da caixa. blocks. no aro com o corpo da baqueta.a caixa. ton tons. O objetivo principal é desenvolver dois níveis de som . caixa. etc. Acentos e Notas Fantasma Aplicadas ao Groove Conceito de dois níveis de dinâmica Introdução Há três tipos de "sons" na bateria contemporânea . chimbal e prato de condução. mas você pode expandir as possibilidades de cada exercício.as notas acentuadas e as não acentuadas. Caixa Notas acentuadas . Na execução da bateria há mais que dois níveis de som. mas para os propósitos do nosso estudo.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 41 Batidas 13 DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias. visto que os instrumentos acústicos oferecem diferentes timbres dependendo do ponto onde se percute(toca). pandeiros. o bumbo e o chimbal. Estes componentes da bateria requerem muita atenção porque a maior parte da música moderna é baseada nestas três vozes. Notas de caixa e bumbo em colcheias (pausas). Os exemplos que daremos aqui são baseados em bumbo.você pode usar o rimshot para acentuar a caixa. mas de uma maneira geral temos a caixa num nível mais alto. mas concentre-se em cada voz separadamente para verificar se não há variação de uma nota para outra. Notas não acentuadas . bumbo e chimbal. combine o som do chimbal e da caixa nas notas não acentuadas. Por isso não devemos negligencia esse instrumento tão importante que é o coração da bateria. você pode tocá-las com o corpo da baqueta na cúpula do prato. e as notas não acentuadas uns 2 cm da pele. serão aplicados todos os níveis de dinâmica no bumbo. pulsos e braços devem estar livres de qualquer tensão. Vamos fazer uma outra consideração antes de começarmos os exercícios. Bumbo Para o bumbo esse conceito de dois níveis de dinâmica não será um problema porque a maior parte do tempo ele é solicitado a tocar notas acentuadas. os dedos. Toque o groove por completo. Chimbal Notas acentuadas .do forte (f) ao pianíssimo (pp).Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 42 Notas não acentuadas . Para destacar ainda mais as acentuações no prato de condução.toque no prato uns 25 cm abaixo da cúpula. É claro que isso varia de acordo com o estilo que está sendo tocado. São tocadas geralmente no centro da pele.toque com a ponta da baqueta no corpo do prato uns 25 cm abaixo da cúpula. Analise os dois exemplos abaixo: .tocadas com extrema suavidade. de improvisação por exemplo. há três sons básicos na bateria contemporânea. É interessante observar nos discos como a bateria é mixada e verificar os volumes de cada voz.toque na borda do chimbal com o corpo da baqueta. a diferença de volume entre os dois níveis deve ser o mesma . Como vimos anteriormente. Quando executar um groove pense nesse conceito e procure manter uma boa constância no nível de volume da caixa. Estamos falando aqui dos bumbos aplicados aos grooves. Para executá-las. O volume geral da bateria é determinado pelo estilo que está sendo tocado. porém a distância relativa entre os dois níveis de volume será a mesma.toque no "corpo" do chimbal (não na cúpula) com a ponta da baqueta. As seguintes observações irão nos ajudar a desenvolver o conceito de dois níveis de dinâmica: • • • os acentos devem ser tocados aproximadamente uns 25 cm da pele. Prato de Condução Notas acentuadas . Isso produz um som mais controlado e evita que o prato "abra" demais. chamadas também de notas fantasma. Equilíbrio Entre os Dois Níveis de Dinâmica Manter um equilíbrio entre os dois níveis de dinâmica é muito importante. Notas não acentuadas . seguida pelo bumbo e depois pelo chimbal. A distancia entre os níveis de dinâmica usados no bumbo são menores que os requeridos pela caixa e outras vozes. Para outros estudos. passando a mão direita para o condução. passando a mão direita para o prato de condução e mantendo a mão esquerda no chimbal. veremos outros exercícios para evitar isso. 5. na primeira versão sem nenhum acento e na segunda com alguns acentos. mas um tanto monótono. 4. Note que nestes exercício precisamos deslocar sempre a mão direita para a caixa para fazermos os acentos. Para isso. Portanto vamos estudá-los com muita dedicação! Exercícios Preparatórios Vamos fazer alguns exercícios preparatórios para a aplicação das notas fantasmas. Já o segundo exemplo. 1 . 2. Mais tarde. passando a mão direita para o chimbal e a mão esquerda na a caixa com notas fantasma. idem ao 4 com o chimbal no pé esquerdo nos contra tempos. São elas: 1. O exemplo sem os acentos é interessante. começaremos com os grooves de mãos alternadas no chimbal. Note que para cada padrão de bumbo temos cinco variações das mãos. Com isso. Só após ter dominado um exemplo passe para o outro. possui um "feeling" bem mais musical. portanto domine esses exemplos primeiro. Toque as duas versões e observe a diferença de som. notamos que a diferença de dinâmica é que produz o "molho" e o "feeling" do groove. a mão esquerda na caixa com notas fantasma e o chimbal com o pé esquerdo na cabeça dos tempos. 3. Estes exercícios requerem muita paciência e disciplina.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 43 Temos o "velho" paradiddle. alternando o chimbal com as mãos DEDE. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 2 44 3 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 4 45 5 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 6 46 7 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 8 47 9 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 10 48 11 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 12 49 13 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 14 50 15 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 16 51 Tercinas em Bumbo e Caixa Este exercícios vão nos ajudar a desenvolver uma coordenação entre as mãos e pés. até obter contrôle sobre ele. Trabalhe inicialmente num andamento moderado e tente manter as duas vozes(bumbo e caixa) equilibradas. usando as tercinas. . nem mais baixo(fraco) que a caixa. Repita cada exercício quantas vezes for necessário. Esteja certo de que o bumbo não está nem mais alto(forte). e proporcionam uma "limpeza" na técnica. e procure manter um equilíbrio entre as notas. Preste atenção nas manulações. Note que o chimbal está marcando a cabeça dos tempos. . alguns exemplos de acentuações em tercinas. Estes exercícios são usados para o desenvolvimento de fills e improvisação.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 52 Acentuando as Tercinas Temos aqui. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 53 Pratique estes exercícios prestando atenção nas manulações e procurando "tirar" o mesmo som das duas mãos. . tanto nas notas acentuadas como nas notas não acentuadas. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 54 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 55 Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 56 Fortalecendo o Groove Introdução Manter um groove sólido é o elemento mais importante para a execução da bateria, não importando se é um padrão rítmico simples ou complexo, e nem o andamento que está sendo executado. A maneira pela qual o tempo é percebido, é muito importante. Ed Soph, um grande baterista e professor, diz que "um andamento consistente é produzido por notas e pausas colocadas exatamente cada uma nos seus respectivos lugares. As pausas ou silêncios entre as notas devem ser percebidas, assim como as notas que são tocadas". Isto é uma questão de treino, aprender a perceber os intervalos existentes entre as notas. Trabalhar com um metrônomo ou um sequenciador pode ser de grande benefício neste processo de aprendizagem. Tocar os padrões rítmicos até obter um bom "feel" pode ser um tanto tedioso, mas é compensador. Gravar a si mesmo para observar os erros de andamento é também muito útil. A falta de concentração também é um fator que influencia na variação do andamento. Vejamos agora, algumas sugestões para a prática dos exercícios: • • • • pratique com um metrônomo ou sequenciador; esteja certo de que cada exercício foi praticado lentamente no começo. Comece com 60 bpm, então aumente gradativamente o andamento; pratique cada exercício por 5 minutos sem interrupção, mantendo um groove constante. Enquanto toca, focalize cada membro e relaxe, lembrando-se que a tensão inibe a execução. sem tocar nenhuma nota, mentalize o que cada membro tem que fazer, esteja certo da função de cada um e como eles irão contribuir para a formação do groove completo. Isto é uma das coisas mais importantes a fazer para o desenvolvimento da coordenação. Se você está tendo problemas para coordenar suas mãos e pés, uma ótima coisa a se lembrar é que coordenação é basicamente organização. Pratique cada exercício prestando atenção às notas acentuadas e às não acentuadas. Quando houver exercícios com manulações que você nunca viu, procure dominá-las primeiro, depois você as aplica aos ritmos. Acentuando a Condução Estes exercícios são bem simples mas ajudam a desenvolver um equilíbrio entre as mãos e pés, e também a "limpar" o som do prato de condução. Faça os acentos na cúpula do condução destacando bem as cabeças de tempo e os contra tempos. Lembre-se de focalizar cada membro separadamente para obter a melhor qualidade de som possível. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 57 Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 58 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 59 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 60 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 61 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 62 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 63 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 64 . 4. 3. Não "corra" simplesmente através dos exercícios. Comece lento (60 bpm) e concentre-se em cada membro separadamente. 2.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 65 Exercícios Combinatórios Para manter um groove "forte" é preciso ter um bom equilíbrio entre os membros. verificando a igualdade de uma nota para a outra e mantendo um equilíbrio no groove como um todo. Nos exercícios abaixo temos algumas variações de bumbo aplicadas às seguintes combinações: 1. Primeiramente temos oito variações de bumbo em colcheias e depois oito variações em semicolcheias. e chimbal nos contra tempos. condução condução condução condução e chimbal na cabeça dos tempos. pratique cada um com bastante . Pratique cada variação separadamente e depois passe de uma variação para outra sem interrupção. nos contra tempos e chimbal na cabeça dos tempos. na cabeça dos tempos e chimbal nos contra tempos. 66 .Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário atenção e disciplina. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 67 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 68 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 69 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 70 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 71 . Podemos fazer uma linha de percussão com a mão direita enquanto mantemos o padrão rítmico com o bumbo e caixa. 3. 2. vamos ver algumas aplicações interessantes que esse estudo permite: 1. Podemos manter um padrão simples de bumbo e caixa e fazer variações na condução. 1A . Antes de começarmos os exercícios. Podemos fazer os fills sem interromper o rítmo.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 72 Independência da Mão Direita Estes exercícios tem como objetivo permitir a execução de várias figuras rítmicas com a condução (mão direita para os destros) enquanto mantemos um padrão de bumbo e caixa. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 73 1B 1C . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 2A 74 2B . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 2C 75 3A . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 3B 76 3C . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 4A 77 4B . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 4C 78 5A . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 5B 79 5C . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 6A 80 6B . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 6C 81 7A . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 7B 82 7C Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 8A 83 8B Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 8C 84 9A Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 9B 85 9C . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 10A 86 10B . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 10C 87 11A . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 11B 88 11C . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 12A 89 12B . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 12C 90 13A . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 13B 91 13C . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 14A 92 14B . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 14C 93 15A . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 15B 94 15C . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 16A 95 16B . . geralmente o bumbo é negligenciado quando comparado com as outras vozes(instrumentos) da bateria. acrescentamos variações de pratos. Aí. fills na caixa e tambores. Comece lento. até que um dia. acentuações. procure dar importância tanto aos pedais quanto aos rudimentos. é importante que o baterista. vamos descobrir que. mas os bateristas geralmente se esquecem da importância dos pés. Primeiramente pelo ênfase que damos aos Rudimentos e combinações possíveis entre as mãos. pois as mãos são muito importantes. Para evitar isso. chimbal e bumbo. quando somos iniciantes. e analisarmos onde os esforços e a atenção é concentrada. Pedal Simples Faremos aqui alguns exercícios para o desenvolvimento do bumbo. com variações de semicolcheias. Há algumas razões prováveis para isto. Outro aspecto é que. Procure praticá-los com bastante atenção verificando se o bumbo e a caixa estão no mesmo volume. Na segunda parte temos uns exercícios em 12/8.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 16C 96 Estudos de Bumbo Se considerarmos os estudos de técnica para bateria. etc. e ainda. somos solicitados a tocar(aprender) padrões rítmicos simples entre a caixa. geralmente numa "gig" eles deparam com uma situação onde vão descobrir que seus pés não estão tão desenvolvidos quanto as mãos. à combinação entre eles. desde os primeiros passos. Isto é bom. dando prioridade para o equilíbrio entre as notas e não a velocidade. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Parte 1 97 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Parte 2 98 . com o acompanhamento do metrônomo. Ok. Primeiro você pode fazer os exercícios de rudimentos com os pés. Mas você pode dizer . vamos pensar em alguns conceitos básicos. mas você pode usar o seu chimbal. Bem. Isso pode ajudar você a desenvolver grande habilidade com os pés e te dará algumas idéias para diferentes variações rítmicas. . vamos começar com alguns exemplos de aplicação dos rudimentos nos pedais.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 99 Pedal Duplo Antes de começarmos os exercícios. Procure fazer os exercícios num andamento lento."Eu não tenho pedal duplo". Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 100 Obs: Para não congestionar a partitura não utilizaremos as indicações D e E nos bumbo. Ao invés disto. utilizaremos o primeiro espaço do pentagrama para o pé direito e a primeira linha para o pé esquerdo . comece devagar. Comece devagar. Use o metrônomo para verificar sua precisão e progresso. Siga o mesmo procedimento com as seções 2 e 3.comece praticando cada padrão de pedais até que você possa tocá-los sem dificuldades. repetindo 8 vezes cada um. mas vão dar a impressão de diferentes "feels" de Rock. Depois pratique cada padrão de mãos da seção 1 com cada padrão de bumbo da seção 1. Se possível procure gravar sua prática para uma melhor análise do seu desenvolvimento. Os vários padrões de mão e cada seção vão ajudar não somente na coordenação. e vão exigir muita prática e paciência.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 101 Sugestões . Esteja certo de que os membros estão em sincronismo uns com os outros antes de aumentar o andamento. Nunca pratique além dos seus limites. Para ajudar na resistência. Algumas combinações de mãos e pés serão mais difíceis que outras. enquanto toca uns dos padrões de pedais. pratique cada exercício o máximo que puder sem interrompê-lo. O próximo passo é tocar todos os padrões de mãos sem interrupção. Seção 1 Padrões de bumbo Padrões de mãos . tornando os exercícios mais práticos e musicais. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 102 Seção 2 Padrões de bumbo Padrões de mãos . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 103 Seção 3 Padrões de bumbo Padrões de mãos . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 104 FILL Conceito O fill é uma pequena combinação de notas usadas para enfatizar as diferentes partes de uma peça musical. Ele pode variar de meio tempo até dois compassos completos. Inicialmente, há uma tendência de se acelerar o andamento quando se usa o fill. Para corrigir isso, é necessário praticá-lo com ajuda de um metrônomo e contando os tempos em voz alta. Introdução aos Rudimentos Ser bom em alguma coisa (especialmente em Bateria), geralmente não é fácil. Isso pode, às vezes, ser frustrante porque sua cabeça quer tocar coisas que seus músculos não conseguem. É aí que entra a paciência e a dedicação. Às vezes, você precisa repetir exaustivamente um exercício até que ele fique correto. Se você quer ficar bom, tem que PRATICAR! Postura - você deve gastar algum tempo para ajustar o banco e a caixa numa posição confortável, que permita que você mantenha os braços e ombros completamente relaxados e a coluna reta. Na hora de comprar seu banquinho, não economize dinheiro. Escolha um modelo que ofereça maiores opções de regulagem. Não use cadeiras! As cadeiras são geralmente muito baixas e não permitem uma posição confortável da coluna.(evite lesões e esforços desnecessários!). Rebote - vamos começar com o conceito de rebote (Rebound Strokes). Se você jogar uma bola de "ping-pong" numa mesa, ela vai completar uma série de "pulos", até que perca a força. Para sustentar o movimento da bola, temos que golpeá-la novamente. Na bateria, a "pele" do instrumento se encarrega de fazer o rebote (retorno da baqueta). Quanto mais forte você golpear a pele, mais alto será o retorno da baqueta. Vamos fazer uma experiência - mantenha sua mão direita aberta e com os músculos relaxados. Agora faça um movimento para os lados como se estivesse dando "tchau". Faça o Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 105 mesmo movimento, porém, com a mão fechada. Perceba como o movimento ficou "duro", tenso. Quanto mais tensão você aplicar, mais lentos serão os movimentos e consequentemente as batidas (notas). Permaneça relaxado e use os movimentos dos pulsos e dedos, não dos braços. Estudaremos esses movimentos mais adiante. Posição correta dos dedos para segurar a baqueta É importante uma posição correta dos dedos, pulsos, antebraços e braços ao segurar a baqueta; para conseguirmos controlar o rebote e aplicarmos os movimentos de upstroke, downstroke e tap, assim como o flam e todos os outros movimentos usados na execução da bateria. 1º passo - segure a baqueta com o polegar e o indicador. Cada modelo de baqueta possui peso e dimensões diferentes. Por isso você deve descobrir o "ponto de equilíbrio" da baqueta, tocando na caixa e procurando obter o maior número de rebotes possível. 2º passo - agora feche a mão, fazendo com que os três dedos restantes encostem na baqueta sem agarrá-la. Apertar demasiadamente a baqueta apenas provoca tensão, o que trará dificuldades ao tocar os rulos e notas fantasma. 3º passo - para a mão esquerda simplesmente repita os mesmos conceitos da mão direita. Agora, coloque a ponta das duas baquetas no centro da pele. Deixe a palma das mãos para baixo. Assim as baquetas formarão um ângulo de 90°. Lembre-se de deixar os pulsos, braços e ombros totalmente relaxados. Procure tocar todas as notas no centro da pele, isto fará com que as duas mãos "tirem" o mesmo som do instrumento. Note que cada ponto da pele produz um som diferente - quanto mais próximo ao aro, mais fraco é o som. Verifique a "pegada" em vários ângulos: Pratique o exercício abaixo, chamado de "8 por mão". Nele, você vai isolar 8 batidas para cada mão e poderá se concentrar nos Rebotes. Use um movimento completo do pulso para cada batida, mas lembre-se de deixar a pele do instrumento fazer o retorno da baqueta. Permaneça o mais relaxado possível! DDDDDDDDEEEEEEEE Exercícios de manulação - faremos agora alguns exercícios para desenvolver uma coordenação entre as mãos. Usaremos D para a mão direita e E para a mão equerda. O propósito dos exercícios é de manter uma "qualidade de som", isto é, equilíbrio entre as notas, não importando se estamos tocando rápido ou devagar. Algumas coisas que devemos observar: • • • • • Use um movimento completo do pulso para cada batida (o braço somente se move em reação ao pulso); Seu braço deve estar paralelo ao chão quando você toca na caixa; O antebraço e o ombro devem estar relaxados e próximos ao corpo; A ponta da baqueta deve bater no centro da pele; Trabalhe para manter uma firmeza de andamento (velocidade). Manulações: Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 1. Oito toques com a mão direita e oito toques com a mão esquerda DDDDDDDDEEEEEEEE 106 2. Quatro toques para cada mão DDDDEEEEDDDDEEEE 3. Dois toques para cada mão DDEEDDEEDDEEDDEE 4. Um toque para cada mão DEDEDEDEDEDEDEDE 5. Combinação de mãos 1 DEDDEDEEDEDDEDEE 6. Combinação de mãos 2 DEEDEDDEDEEDEDDE 7. Combinação de mãos 3 DDEDEEDEDDEDEEDE 8. Combinação de mãos 4 DEDEEDEDDEDEEDED Você conseguiu fazer o exercício todo duas vezes sem erro? Meus parabéns. Você prestou atenção nos movimentos dos pulsos e manteve um andamento constante? São em exercícios como estes que devemos desenvolver também a nossa paciência. Lembre-se: se você quer ser um grande músico, comece agora e exija disciplina de você mesmo! Rudimentos É extremamente importante que o baterista tenha completo domínio sôbre as duas mãos, não importando se ele é canhoto ou destro. É o que chamamos de ambidestria. Além disso, do ponto de vista técnico, o estudante deve propor-se a desenvolver uma coordenação e equilíbrio entre as duas mãos; resistência e velocidade. Por isso, torna-se fundamental a prática dos rudimentos. No dicionário, rudimento é descrito como; "Elemento inicial, Princípio, Condição...". Os rudimentos são os primeiros passos e fundamentos da percussão em todo mundo. Você deve começar, aprendendo os rudimentos, desde os primeiros dias que comprar as baquetas. Se você quer realmente dominar a arte da percussão, não importando se você vai tocar caixa numa Banda Militar ou bateria numa Banda de Rock'n'roll, deve praticar os rudimentos! Os Rudimentos são divididos em "famílias": • • • • • a a a a a família família família família família do do do do do Paradiddle Single Stroke (toque simples) Double Stroke (toque duplo) Flam Drag Paradiddles Os Paradiddles são um dos rudimentos mais importantes de se praticar porque, se você aprendê-lo corretamente, você vai ter controle sobre TRÊS dos CINCO movimentos básicos requeridos na prática da bateria. São eles - UPSTROKE, DOWNSTROKE e o TAP. Procure dominar esses conceitos que são essenciais na execução da bateria. Single Paradiddle O Single Paradiddle - os primeiros três toques que você vai aprender no Single Paradiddle serão aplicados a todos os rudimentos e técnicas que você vai usar quando tocar um instrumento o pulso desce levemente. Para os taps. A baqueta deve parar não mais que 2 centímetros acima da pele. Esta "parada" se refere ao movimento do pulso quando toca a nota não acentuada. Levante a baqueta na altura do ombro mas mantenha o antebraço próximo ao corpo. Continue o movimento do braço e traga a baqueta na altura do ombro. este é o upstroke completo.toda vez que você bate (toca) num tambor. apertando um pouco a baqueta na hora do impacto. É importante que você veja o paradiddle como uma combinação de diferentes movimentos. Vamos manter a cabeça aberta para aprendermos novos conceitos. Trabalhe duro para dominar cada conceito. em reação à força aplicada. simplesmente através dos exercícios. são as duas notas "suaves" tocadas com a mesma mão. Não "corra". esteja certo de que você não tem nenhuma dúvida sôbre os conceitos anteriores (up e downstroke). alguns conceitos preparatórios: Downstroke . Fique o mais relaxado possível no upstroke e toque-o bem suave. Enquanto você pratica esse exercício. Aprender a controlar a pressão da baqueta antes dela tocar na pele. Para se tocar o downstroke ou toque acentuado corretamente. Nota: segure firmemente a baqueta no momento em que ela toca na pele. o upstroke e o tap. veremos aqui. Quando você toca uma nota suave. Antes de iniciá-lo. Up e Downstroke no paradiddle . Agora toque na caixa. Finalizando o Paradiddle Finalmente chegamos ao Single Paradiddle completo.vamos agora dar uma "parada" no movimento do upstroke. Upstroke . Para tocar o upstroke. pense em dois movimentos separados: o downstroke e o movimento de levantar a baqueta.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 107 de percussão. é um dos aspectos mais importantes para se tocar bateria. mas relaxe imediatamente após o impacto. parando a baqueta mais ou menos 2 cm acima da pele depois do impacto. a baqueta sobe. Lembre-se que o downstroke deve ser tocado com um movimento relaxado do braço. O Single Paradiddle é uma combinação de três tipos de técnicas: o downstroke. Resta agora adicionar os Taps que no caso do paradiddle. não apenas como uma combinação de toques simples e duplos. você deve apertar levemente a mão na hora do impacto para controlar o rebote natural(sem esmagar a baqueta na pele).o upstroke é responsável pela fluência natural dos braços e pulsos quando tocamos os acentos. mantendo o pulso livre de qualquer tensão. Assim temos o paradiddle completo: . comece com a baqueta mais ou menos 2 centímetros acima da pele. Se você conhece o Paradiddle simplesmente como uma combinação de mãos. levante a baqueta uns 2 centímetros da pele. Este exercício divide o Double Paradiddle em alguns "passos" para que possamos nos concentrar nos movimentos das mãos. e toque o acento (downstroke). Comece com sua mão levantada. As notas entre os acentos (chamadas de notas internas) devem ser o mais suaves possível.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 108 Double Paradiddle O Double Paradiddle é similar ao Single Paradiddle. o Double Paradiddle tem apenas um acento. adicionado de dois TAPS (ou um acento e um TAP. A outra diferença pé que o Double Paradiddle possui um "feeling" de três batidas e o Single Paradiddle possui um "feeling" de duas batidas. Deixe o acento fluir de uma mão para outra . Não hesite em usar um pequeno movimento do antebraço se ele ajudar na "fluência" dos movimentos. lembrando-se de pressionar a baqueta com os dedos no momento do impacto para anular o rebote natural da baqueta. . Vamos começar com a versão de um acento. mas lembre-se de manter as batidas internas com um movimentos relaxado do pulso. Antes de começar a estudar esse rudimento você precisa estar apto a tocar o Single Paradiddle e ter dominado as técnicas de UPSTROKE. Quanto menos tensão você aplicar sobre os músculos. mais rápidos serão seus movimentos. dependendo de como você tocá-lo).o UPSTROKE se encarrega dessa fluência. É importante você aprender as duas versões porque elas tem uma diferença fundamental na maneira como são tocadas. DOWNSTROKE e TAP. mas você também vai encontrá-lo escrito com dois acentos. Oficialmente. Às vezes esta é uma maneira mais fácil dos principiantes aprenderem o Double Paradiddle porque ela é similar ao Single Paradiddle. porque eles estão pensando nos dois acentos como DOWNSTROKE. Lembrese: apenas pressione a baqueta no segundo acento. use um REBOTE e um DOWNSTROKE com um TAP suave entre eles. Neste exemplo. Há uma diferença básica entre tocar o Double Paradiddle com um acento e com dois acentos: toda vez que você toca dois acentos em sequência com a mesma mão. deixe o volume do acento a cargo da altura da baqueta. ele se torna um REBOTE. . pressionando a baqueta entre um acento e outro. É comum ver bateristas que não conseguem tocar o Double Paradiddle de dois acentos rápido. a versão de dois acentos do Double Paradiddle. Veremos agora.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 109 Lembre-se de se manter o mais relaxado possível nas notas internas. mas controle o acento com uma leve pressão dos dedos. 5ª e 7ª notas para estar certo de que não estão sendo tocadas mais alto(forte) que as 2ª. eles se tornam REBOTES.quer dizer que vamos ter que pressionar levemente a baqueta na hora do impacto. adicione um Single Paradiddle no lugar da semínima (1b). porque ele é mais fácil de se compreender. dependendo de como você tocá-lo). ouça cuidadosamente as 3ª. lembre-se de manter as notas internas o mais relaxadas possível e deixe o acento fluir de um compasso para outro com o Upstroke. Não haverá grande dificuldade. para anular a reação natural da pele. Oficialmente. 4ª e 6ª notas. Lembre-se que toda vez que você toca dois ou mais acentos com a mesma mão. Paradiddle-diddle . o Triple Paradiddle possui apenas um acento. apenas preste atenção para a quantidade de notas que compõe este rudimento. Depois que você dominar o exercício 1a. Neste exercício toque 3 acentos com uma mão e os Taps entre os acentos com a outra mão. Se você praticou bem o Single Paradiddle é só adicionar os quatro TAPS. Essa desigualdade ocorre quando não controlamos o acento (Downstroke) no começo do rudimento. Lembre-se: temos duas alturas da baqueta . mas você também poderá vê-lo escrito com três acentos.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 110 Triple Paradiddle O Triple Paradiddle também é similar ao Single Paradidle. Neste exercício. adicionado de quatro TAPS (ou dois acentos e dois taps.uma para as notas acentuadas e outra para as notas internas. Vamos começar estudando o Triple Pradiddle com três acentos. Quando tocamos o Triple Paradiddle com um acento. devemos nos lembrar que o acento é tocado como um Downstroke . . Fique atento para não erguer muito a baqueta nas notas internas. precisamos primeiro ter controle sobre o REBOTE do acento. esteja certo de que você tenha dominado os conceitos de UPSTROKE. Lembre-se de pressionar levemente a baqueta na hora do acento. a segunda nota vai ser um Tap suave seguido de dois REBOTES. DOWNSTROKE e TAP. A diferença é que não vamos usar um UPSTROKE na segunda nota. Aplicar pressão demais sobre os dedos faz com que as batidas internas fiquem desiguais. pratique o exercício a seguir. Quando um baterista tem problemas ao tocar esse rudimento rápido. REBOTE será mais aberto (mais espaço entre as duas notas). permita que os TOQUES DUPLOS se tornem REBOTES DUPLOS. Se a pegada estiver tensa o REBOTE sairá tenso também. O Paradiddle-diddle começa da mesma maneira que o Single Paradiddle. se quisermos desenvolver a velocidade no Paradiddle-diddle. O importante conceito desenvolvido através desse exercício é o relaxamento da "pegada" nas notas internas. Agora.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 111 Antes de estudar esse rudimento. mas relaxe imediatamente nas notas seguintes. Assim que você aumentar o andamento. ao invés de um REBOTE DUPLO. Assim que aumentarmos o andamento devemos ter o cuidado de não deixarmos o REBOTE se tornar um "buzz". é porque ele não mantém as notas internas relaxadas e não toca as batidas duplas como REBOTES. Quando tocamos um REBOTE DUPLO com a pegada relaxada. Não estar relaxado quer dizer gastar mais energia que o necessário! Sabendo da importância de fazer um movimento relaxado nas notas internas. O quanto mais forte você bater na pele. ela vai rebater (voltar). A pele se encarrega do retorno (rebote). Vamos começar com conceito de que o Single Stroke Roll é um rudimento de REBOTE. ela também vai fazer o rebote assumindo que você não usou nenhuma pressão ou tensão para impedir esse rebote.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Procure aplicar esse conceito no exercício abaixo. tudo o que temos a fazer é aplicar um novo golpe na bola. O exemplo abaixo é apenas um gráfico de representação. Single Stroke Roll Os rudimentos de toques alternados são fáceis de se entender. 112 Single Stroke Rudiments (Rudimentos de Toques Simples/Alternados) Cada um destes rudimentos usa os toques alternados. . mas como todo exercício. Para sustentar um movimento constante da bola (para baixo e para cima). Aqui vai um exemplo: se você jogar uma bola de tênis numa pele de caixa (ou de um tambor). que devem ser dominados mesmo que você seja um iniciante ou um "Super Star" de Rock'n'roll. dedicação e um estudo constante (se possível diário). não tente tocá-lo. só que um pouco mais rápido que o primeiro e sem as pausas (2c). mais alto será o rebote. Os rudimentos de toques alternados vão nos ajudar a desenvolver velocidade e destreza entre as duas mãos. Basicamente o mesmo que o exercício anterior. Se você pegar uma baqueta e "batê-la" na pele. exigem paciência. porém. Use pressão suficiente apenas para segurar a baqueta e tocá-la na pele. você não deve produzir tensão alguma nos dedos.usar mais movimentos é perca de energia! Pratique este exercício para reforçar o conceito de rebote. No Single Stroke Roll. Este outro exercício ajuda a isolar o rebote de cada mão no Single Stroke Roll. Estar tenso quando tocamos os rudimentos de toques alternados é um problema comum. em andamentos mais lentos. pulsos ou antebraços. Este exercício é semelhante ao anterior. Nele você trabalhará com 8 notas para cada mão e poderá se concentrar nos movimentos. Procure prestar atenção aos movimentos e lembrando-se dos conceitos sobre rebote. usando tercinas. Quando você tocar o 2º compasso.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 113 Para tocar um rudimento de rebote. esteja certo de que a mão esquerda está tão relaxada quanto no 1º compasso (idem para a mão direita nos compassos 3 e 4). O antebraço somente se move em reação ao pulso . use um movimento completo e relaxado do pulso. . Primeiro pratique cada compasso como um exercício separado. Isso vai requerer um relaxamento do pulso e atenção aos movimentos. Para desenvolver um Rulo com qualidade. Ele desenvolve a coordenação e a força dos pulsos e dedos. A prática dos rudimentos de toque duplo é muito importante. Long Roll Este rudimento (chamado também de Double Stroke Roll). pulsos e antebraços. Quando tocá-lo num andamento mais lento. Depois de dominálos. além de fortalecer e desenvolver os músculos dos dedos.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Double Strokes 114 Os Rudimentos de Toque Duplo requerem uma grande coordenação entre os pulsos e dedos para ser executado corretamente. como uma lista de telefones. É interessante praticar esse exercício numa superfície que não provoque o rebote da baqueta. você vai usar 2 movimentos (relaxados) de pulso. É necessário primeiro desenvolver uma batida dupla com um movimento relaxado e constante de cada mão. É recomendado aos iniciantes que "gastem" um bom tempo com os exercícios preparatórios antes de ir aos Rudimentos propriamente ditos. pratique do começo ao fim sem parar. Na segunda batida aperte levemente a baqueta para dar um pouco mas de volume do que na primeira. Se você entendeu os conceitos relacionados aos rudimentos de batida dupla. Os Rulos de 5. vamos aos exercícios. Todo baterista deveria passar um bom tempo praticando o Long Roll (também chamado de Double Stroke Roll) para desenvolver os toques duplos. é de extrema importância para todo baterista. 7 e 9 tem bastante aplicação em fills e em improvisação. Assim que você aumentar o andamento tente controlar as duas batidas com os dedos. Por enquanto não use o rebote. primeiro é importante desenvolver um controle do pulso. . é importante desenvolver um toque duplo com movimentos relaxados. Novamente. é hora de colocarmos todos juntos.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 115 Este exercício é similar ao anterior. Este exercício possui combinações de 3 e 4 grupos de batida dupla (DDEEDD e DDEE DDEE). Depois que você combinou todos os exercícios anteriores de batida dupla. pratique cada compasso separado e depois de dominá-los junte todos os exercícios. Mantenha um movimento relaxado e suave das mãos. só que desta vez usaremos 2 grupos de notas duplas (DDEE e EEDD). Isso requer uma boa concentração e que não haja dúvida em nenhum dos exercícios anteriores. . É importante mencionar que você não acentue a batida simples. fechando a mão e aplicando uma rápida pressão sobre os dedos. .Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 116 Pratique esses exercícios acentuando a segunda batida. Comece devagar. à medida que você aumentar o andamento.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 117 Estes exercícios usaremos o sinal de abreviatura para executarmos os rulos. procure se concentra na pressão dos dedos sobre as . Se as baquetas estiverem muito soltas. as notas soarão como um "buzz". Flam Rudiments .Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 118 baquetas. o rebote sairá bem "aberto" e se as baquetas estiverem muito presas. e para o tap uns 2 cm. Quando fazemos os exercícios de acentos e tap. São eles: o UP STROKE. há alguns conceitos fundamentais que você deve dominar primeiro. não importando a velocidade ou volume da nota principal. Mantenha a mão relaxada ao tocar os dois taps. Flam Alternado O Flam Alternado é a base de todos os rudimentos da família dos Flams. Mas se você negligenciar esses conceitos básicos agora. se você já tem domínio sobre esses conceitos. No começo. vamos exagerar na altura dos movimentos. o DOWNSTROKE. Este exercício é usado para a aprendizagem do acento/tap num nível básico. você terá problemas mais tarde com os outros Rudimentos derivados deste. Se você "gastar" um tempo agora desenvolvendo corretamente os fundamentos requeridos no Flam Alternado. o TAP e o REBOTE. levante a baqueta uns 25 cm pele. todas as outras variações serão mais fáceis. Exemplo: Sempre toque a apogiatura levemente (cerca de 2 cm acima da pele). Para os acentos. Se você nunca praticou o Flam antes. Exercícios de Acentos e Tap Uma das mais importantes técnicas para percussão e bateria é a habilidade de controlar o rebote natural da baqueta. O Flam é composto de 2 notas . Deste modo ganharemos maior contrôle sobre as baquetas. Assim podemos controlar o rebote e tocar o tap mais suavemente. Isto quer dizer que para movimentos rápidos temos uma menor distância entre a pele e as baquetas.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 119 Vamos dar início ao estudo da família do mais difícil dos rudimentos. Assim que você aumentar o andamento. é importante tocarmos os acentos com um movimento completo e aí pressionar levemente a baqueta com os dedos na hora do impacto. Os Flams exigem muita atenção e muita prática. diminua gradativamente a altura dos movimentos. vamos em frente.a apogiatura (nota pequena) e a nota principal. Vamos começar com um exercício preparatório. . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 120 Este exercício é muito simples de se entender e tem grande efeito tanto para bateristas iniciantes quanto para os avançados. Ao mesmo tempo que é fácil memorizá-lo. Pratique em andamento moderado. é preciso ter um movimento relaxado da mão logo após o acento. . porque para fazê-lo rápido. Este exercício permite uma melhor visualização da altura da baqueta nas notas internas (não acentuadas). prestando atenção nos movimentos. sua execução é um pouco difícil. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 121 Acentuando Tercinas . você não deve manter tensão alguma sobre os dedos. Pratique primeiro cada um separadamente. Não comece muito rápido. não trabalhe além do seu limite. 6. depois siga a sequência de 3 a 12 toques sem parar. Andamentos mais rápidos requerem movimentos dos dedos. Lembre-se de controlar a pressão dos dedos sobre a baqueta para "sentir" o rebote. ela vai completar uma série de saltos (rebotes). Estar tenso quando você toca os exercícios de toques alternados é um problema comum. Para sustentar estes saltos. Estes exercícios são combinações de 3. pulsos ou antebraços. Use pressão suficiente apenas para segurar a baqueta. a pele do tambor se encarrega de fazer o rebote da baqueta. . 9 e 12 toques para cada mão. Se você jogar uma bola de tênis no chão. até que perca a força. pelo menos uns 8 compassos.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 122 REBOTE Exercícios de Rebote Vamos começar relembrando o conceito de rebote. Para andamentos mais lentos. Para tocar o rebote adequadamente. tente deixar a mão esquerda tão relaxada quanto no primeiro (idem para mão direita nos compassos 3 e 4). use um movimento completo do pulso. você deve aplicar uma nova força sobre a bola. No caso da bateria. Quando você tocar o segundo com passo deste exercício. Este exercício requer bastante atenção.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 123 Neste exercício vamos usar um movimento "longo" para a primeira nota. comece num andamento lento. mas vamos fazê-lo aqui também porque ele vai nos ensinar a relaxar o pulso nos andamentos lentos e deixar a pele do tambor fazer o rebote. porém devemos controlar esse rebote com o pulso e os dedos. . como sempre. procure se concentrar nos movimentos e. e então permitir que a baqueta rebata duas vezes. Este é um exercício que vamos usar para reforçar a técnica do toque duplo. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 124 COORDENAÇÃO . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 125 . Conceito Quando é colocado um "O" acima da nota do chimbal. Primeiro pratique os exercícios sem o bumbo. depois de dominá-los. fazendo com que os pratos do chimbal vibrem enter si. Lembre-se: O indica abrir chimbal + indica fechar chimbal Nora: mantenha o chimbal firmemente fechado com o pé esquerdo em todas as notas sem o "O". o som ficará fraco. . se abrirmos demais o chimbal. o som ficará "sujo" e se não abrirmos o suficiente. Por isso devemos praticar bastante até encontrarmos a abertura ideal para cada som desejado.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 126 Abertura de Chimbal Abertura de Chimbal . coloque o bumbo em semínimas. Entretanto. indica que ele deve ser tocado com a baqueta enquanto o pé esquerdo é um pouco levantado. Procure tocar todas as notas no mesmo volume. Exercícios de Abertura de Chimbal com Bumbo Pratique devagar no começo. .Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 127 Exercícios de Abertura de Chimbal com Caixa Agora coloque a caixa nos tempos 2 e 4. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 128 Exercícios de Abertura de Chimbal com Bumbo e Caixa As mesmas aberturas de chimbal com o bumbo nos tempos 1 e 3. . . temos a abertura de chimbal e o bumbo tocados ao mesmo tempo.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 129 Exercícios de Abertura de Chimbal e Bumbo simultâneos Nos próximos exercícios. Os "E" continuam na mão esquerda. Entretanto. Nada é impossível. Uma vez que os exercícios estiverem fáceis. Se você já viu ou ouviu Buddy tocar. Embora eu o tenha encontrado várias vezes. só que desta vez toque os "D" com o pé direito ao invés da mão direita. eu estudei tudo o que ele fez. Para começar estes exercícios. o primeiro ao último. Quem sabe um dia você poderá executá-la melhor do que Buddy Rich. Ele era um verdadeiro mestre nesta técnica. clique no ícone para ouvir os exercícios. Se você não está familiarizado com o som da tercina. E uma de suas técnicas favoritas (julgando pela freqüência com que ele a usava) era as substituições de bumbo. Embora outros bateristas tenham copiado esta técnica. Toque todos os "E" com a mão esquerda sem os acentos. e outros o odiavam. Uma vez que você consiga fazer os dois compassos sem nenhum erro. nunca tive a oportunidade de praticar com ele. Isso permite com que você pratique os exercícios de substituição de bumbo como Buddy fazia. tenho certeza que você concorda comigo. ninguém esteve apto a executa-la como Buddy Rich. Vamos começar nossos exercícios usando padrões de tercina porque era o que Buddy mais usava. . Pratique somente os dois primeiros compassos. Na primeira vez. a qual é obtida substituindo o acento da mão direita pelo bumbo. Pratique cada exercício (de 2 compassos) separadamente até que fique confortável. Buddy usava isso tanto em solos longos como em fills curtos. volte ao início. Neste artigo vou mostrar como desenvolver esta técnica. mas ninguém pode dizer que a maneira de tocar de Buddy Rich não era excitante. você precisa de uma bateria que tenha somente o bumbo e a caixa. toque todos os "D" com a mão direita na caixa e esteja certo de que você executa cada acento como está escrito. pratiqueos sem interrupção.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 130 IMPROVISAÇÃO Substituições de Bumbo de Buddy Rich por Bill Meligari BA-di-di-di-di-BA di-di-di BA-di-di / BOOM-di-di-di-di-BOOM di-di-di BOOM-di-di… Alguns o adoravam. como se o pé fosse uma outra mão.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 131 De início. estes exercícios se tornarão naturais. comece com 60 bpm. principalmente entre o pé direito e a mão esquerda. Embora você deva executar os exercícios numa boa velocidade. Mas com prática. A jogada é você desenvolver um som constante entre o pé e a mão direita. você deve ter problemas para manter ao tercinas constantes. aproximadamente 160 bpm. . Country Rock. Jazz Rock. Assim como outros estilos. Durante os últimos 20 anos a maioria dos rítmos de Rock tem se baseado numa combinação de colcheias e semicolcheias. O baterista deve conhecer essas diferenças e possuir habilidade para expressá-las. o Rock tembém tem. Hoje em dia há dezenas de tipos de Rock.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 132 RÍTMOS Rock Introdução ao Rock O Rock tem constantemente mudado e contribuído para o aparecimento de novos estilos desde que ele apareceu. através dos anos. o pé direito toca uma variedade de figuras rítmicas no bumbo. etc. para mais tarde podermos desfrutar deles! Variações de Bumbo e Caixa em colcheias Num padrão básico de Rock. É claro que estamos falando aqui de Rock de Qualidade! Por isso vamos encarar os estudos com muita seriedade e disciplina. Funk Rock. . mas cada uma tem também algo que difere uma da outra. que exige muito estudo e preparação da parte dos músicos. Para completar esse padrão. com muitos anos de pesquisa e dedicação. Muito bateristas inexperientes acham que eles sabem como tocar Rock porque eles ouvem isso no rádio todos os dias e parece um tanto simples. A mão esquerda toca os tempos 2 e 4 na caixa. Se houver dificuldade de coordenação. Punk Rock. Acid Rock. Mas eles não percebem que por trás destes arranjos simples. há um trabalho duro. a mão direita toca colcheias no chimbal fechado. deve-se diminuir o andamento até que fique confortável. todos com um nome e um " feeling" diferente: Disco. mantido certos elementos. Cada uma dessas variações contém elementos que a classificam como Rock. Observe que há um Ritornello no final do compasso 16. 133 Faremos agora algumas variações na caixa: Variações: repetir os exercícios anteriores com a mão direita no prato de condução. deve-se estudá-lo separadamente. alternar a mão direita no chimbal e no prato de condução (4 x para cada). alternar a mão direita no chimbal e no prato de condução (4 x cada). . Faça a 1ª vez com a mão direita no chimbal e a 2ª (repetição) com a mão direita no prato de condução.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Variações: repetir os exercícios anteriores com a mão direita no prato de condução. Se houver dúvida em algum dos rítmos. Esta revisão deve ser feita do começo ao fim sem nenhum erro. Isso significa que devemos repetir o exercício todo. temos duas colcheias para cada tempo.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 134 Variações de Bumbo e Caixa com Chimbal em semicolcheias Em um compasso de 4/4. como já foi visto anteriormente. Neste caso. com o chimbal em semicolcheias. . Devemos prestar bastante atenção em qual das quatro semicolcheias "cai" o bumbo e a caixa. cada uma valendo ¼ de tempo. temos 4 semicolcheias para cada tempo. Exemplo: Estudaremos alguns rítmos agora. Variações: passar a mão direita para o prato de condução. .Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 135 Exemplo: Estudaremos aqui algumas variações de bumbo com o chimbal em semicolcheias. Procure contar os tempos em voz alta. alternar a mão direita no chimbal e no prato de condução. Comece devagar e preste atenção em qual chimbal "cai" o bumbo e a caixa. . porém com as variações para a caixa.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Estes exercícios são semelhantes aos anteriores. 136 Variações: passar a mão direita para o prato de condução. alternar a mão direita no chimbal e no prato de condução. deve-se estudá-lo separadamente. Comece lento e vá aumentando o andamento aos poucos. Procure prestar atenção no som de cada célula rítmica. Variações de Bumbo e Caixa em semicolcheias Faremos agora alguns exercícios com variação do bumbo em semicolcheias. e tente memorizá-lo.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 137 Esta revisão deve ser feita do começo ao fim sem nenhum erro. . Faça a 1ª vez com a mão direita no chimbal e a 2ª com a mão direita no prato de condução. Isso significa que devemos repetir o exercício todo. Se houver dúvida em algum dos rítmos. Observe que há um ritornello no final do compasso 16. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 138 . 139 .Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Estudaremos aqui algumas variações de caixa em semicolcheias. Por isso é importante "sentir" as 4 semicolcheias que temos em cada tempo. 3ª e 4ª semicolcheias. Temos aqui alguns exemplos de rítmos com as mãos alternadas em semicolcheias. Pratique devagar no começo e procurando memorizar os ritmos. 2. 3. Verifique qual chimbal coincide com o bumbo. Exemplo: 140 Estudaremos mais tarde. a mão direita "sai" do chimbal para tocar os tempos 2 e 4. a mão esquerda toca as segundas e quartas semicolcheias. Devemos observar também qual das mãos toca simultaneamente com o bumbo. a caixa na 2ª. a mão direita toca as primeiras e terceiras semicolcheias. devemos observar que: 1. .Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Mãos Alternadas no Chimbal Quando tocamos um rítmo com as mãos alternadas (DEDE) em semicolcheias no chimbal. .Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 141 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 142 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Deslocamento das Mãos em Chimbal Alternado 143 Nestes exemplos, vamos deslocar a caixa na 2ª, 3ª , 4ª semicolcheia de cada tempo e outras combinações. Observe que ao tocarmos a 1ª e 3ª semicolcheia, usaremos a mão direita; já na 2ª e 4ª semicolcheias, usaremos a mão esquerda. Procure contar os tempos em voz alta e, se possível, usando um metrônomo. Comece lento e aumente o andamento somente depois de ter dominado cada exercício. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 144 Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Fills com Mãos Alternadas Veremos aqui alguns exemplos simples de fill com as mãos alternadas. Em outra seção, estudaremos mais profundamente esse assunto. 145 Pratique devagar.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Acentuações com Mãos Alternadas 146 Aplicaremos aqui algumas variações de acentos com as mãos alternadas no chimbal. aqui devemos nos lembrar que a mão direita acentua a 1ª e 3ª semicolcheia e a mão esquerda acentua a 2ª e 4ª semicolcheia de cada tempo. procurando manter um mesmo nível (dinâmica) e diferenciando bem as notas acentuadas das não acentuadas. . Priorize a "limpeza" e igualdade entre as notas e não a velocidade. Como nos exercícios de deslocamento da caixa. Vamos começar revisando as 8 variações de bumbo em colcheias vistas anteriormente.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 147 Aplicação do Chimbal com o Pé Esquerdo Nesta seção vamos aplicar o chimbal com o pé esquerdo (para os destros) na cabeça dos tempos e nos contra tempos. . não simplesmente correndo através dos exercícios. colocar o chimbal com o pé nos contra tempos. junto com a caixa. Lembre-se de começar devagar.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 148 Se você já dominou os exercícios anteriores. o próximo passo é passar a mão direita para o prato de condução e aplicar o chimbal com o pé esquerdo na cabeça dos tempos. Vamos agora. . depois nos tempos 1 e 3 com o bumbo. Procure perceber onde "cai" cada nota. E finalmente coloque o chimbal com o pé nos quatro tempos. dando prioridade ao equilíbrio e igualdade entre as notas. Inicialmente se houver uma dificuldade neste exercício. experimente tocar o chimbal com o pé somente nos tempos 2 e 4. contando os tempos em voz alta. do começo ao fim sem interrupção. Colocaremos as 3 variações em sequência. depois faça o exercício todo.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 149 Vamos fazer agora uma pequena revisão dos exercícios anteriores. . Pratique cada exemplo separadamente. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 150 Blues e Shuffle Ritmicamente falando. existem dois tipos de "feeling": . Nesta categoria temos o Rock. Exercícios preparatórios Adicionando a caixa nos tempos 2 e 4 Algumas variações básicas de bumbo Comumente encontramos o rítmo de Blues escrito em 12/8. a partitura mais "limpa". etc. 8 fusas.em 4/4 a semínima é a unidade de tempo. rítmos obtidos com a divisão e subdivisão da unidade de tempo em três partes. rítmos obtidos com a divisão e subdivisão da unidade de tempo em duas partes. etc. o Gospel. Ritmos Africanos. sextinas. Nesta categoria temos o Blues. ou múltiplos de 2. ficando assim. eliminando aquele "3" colocado à cima da tercina.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 151 1. Blues O Ritmo padrão de Blues é baseado em tercinas de colcheia. então podemos subdividi-la em 2 colcheias. Há 3 colcheias tercinadas para cada semínima. Samba. todos os rítmos baseados em tercinas. Exemplo: . Jazz. Isto acontece porque os arranjadores preferem usar a colcheia como unidade de tempo. 2. Por exemplo . Funk. Em outras palavras. Shuffle. 4 semicolcheias. ou múltiplos de 3. etc. etc. O chimbal toca tanto colcheias como semicolcheias. Quando o andamento é muito lento (56-76 bpm).Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 152 Usando a sextina no rítmo de Blues. abrindo sempre nos contra tempos. a sextina pode ser usada para conduzir o rítmo de Blues. Exemplo de DISCO com chimbal em colcheias: Exemplo de DISCO com chimbal em semicolcheias: . Neste caso há 6 semicolcheias para cada semínima. Os andamentos variam de 92 a 132 batidas por minuto. Variações na condução Disco Introdução ao Disco A principal característica do DISCO é o bumbo tocado na cabeça dos tempos. Estude os exemplos à seguir. A manulação básica é DEDE. Quando um "O" aparece sobre uma semicolcheia. e a mão direita sai do chimbal para tocar na caixa nos tempos 2 e 4. Adicionado a Abertura de Chimbal Nos rítmos com mãos alternadas em semicolcheias. lembrando-se de deixar o chimbal firmemente fechado nas notas sem o "O". deve-se abrir o chimbal e fechá-lo imediatamente na semicolcheia seguinte. . as duas mãos podem ser usadas para fazer a abertura de chimbal.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 153 O chimbal alternado em semicolcheias é muito utilizado nos rítmos de DISCO e ROCK'N'ROLL. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Adicionado os acentos ao rítmo de Disco 154 . Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 155 Combinação de acentos e abertura de Chimbal Ritmos Afro .Cubados . conseqüentemente a clave é a chave para os ritmos Afro-cubanos. Da mesma maneira. pratique o exercícios abaixo várias vezes. Agora. Para interiorizar a clave. De acordo com a tradição africana. toque a clave no aro da caixa com a mão esquerda enquanto marca os tempos com a mão direita no chimbal. cada um tendo dois tempos.nós temos os acentos nos tempos 2 e 4 que são importantes para o feel e o groove da música moderna. Para aprender esse estilo você deve dominar os tipos de claves antes de passar para os grooves. Clave de Son 3:2 A clave son é o coração da maioria da música afro-cubana.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Parte 1 . Neste exercício temos o bumbo marcando os tempos e os acentos da caixa formando o padrão da clave son 3:2. A direção da clave vai determinar como a música vai "soar". Funk. o guia para a composição das músicas. e a clave 2:3 (2 notas no primeiro compasso e 3 no segundo). Como instrumentos. as claves são apenas dois pedaços de madeira que são tocados um contra o outro. a clave é o coração da música AfroCubana. A clave é caracterizada por dois compassos. Pratique os exercícios de acentos para memorizar o feel da clave 2:3. Clave de Son 2:3 Temos aqui o inverso da clave 3:2. A "direção" da clave é determinada pela localização do compasso que possui 3 notas e pelo que possui 2 notas. etc . . com 2 notas para o primeiro compasso e 3 para o segundo. temos a clave 3:2 (3 notas no primeiro compasso e 2 no segundo). Neste exercício vamos adicionar o cowbell com a mão direita. A palavra clave. Assim. os jovens bateristas devem tocar a clave por um bom tempo antes de passar para a bateria. Rock.Compreendendo a Clave 156 No Pop. literalmente quer dizer chave. Ela serve como a pulsação. Em um compasso a clave contem 3 notas e no outro 2 notas. Pratique os acentos. Clave de Rumba 2:3 . porém com a terceira nota deslocada. Perceba como ela é parecida com a Clave de Son. pratique com o cowbell na mão direita. Pratique muitas vezes estes exercícios até dominá-los. o padrão com o cowbell. Finalmente.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 157 Adicione a mão direita no chimbal e a mão esquerda no aro da caixa. Adicione a mão direita no chimbal e a mão esquerda no aro da caixa. Finalmente. Mas ainda tem mais! Clave de Rumba 3:2 A Clave de Rumba é o desenvolvimento da Clave de Son e é muito usada no Guaguanco. Exemplo: 2º. Exemplo: . Samba Estudaremos aqui alguns exercícios para o desenvolvimento da coordenação no rítmo de SAMBA. Faça agora o padrão do cowbell com a mão direita. ou tocá-las com as mãos na perna quando você está num ponto de ônibus. Estaremos apresentado os exercícios aqui em 2/4 para facilitar a leitura. exercício: os pés fazem o padrão de SAMBA. 158 Pratique com os acentos. Pratique e procure interiorizar as várias formas da clave. Ao invés de tocar as claves apenas quando você se senta à bateria. Adicione a mão direita no chimbal e a mão esquerda no aro da caixa. Desta forma você vai estar sempre em contato com o feel das claves e estará se familiarizando com ela. as mãos tocam as figuras da folha de leitura em uníssono no Ride e na caixa. mas não se esqueça de praticar a leitura em 2/2 também. a mão direita faz a condução em semicolcheias no Ride e a mão esquerda toca as figuras da folha de leitura no aro da caixa. etc. Observação: a música Afro-cubana é originalmente escrita em 2/2.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Temos agora o inverso da Rumba Clave 3:2. Usaremos as folhas de leitura como variações de mãos e pés. e não simplesmente as decorando. 1º. procura cantá-las quando você anda pela rua. exercício: os pés fazem o padrão de SAMBA. Exemplo: 4º. a mão direita toca um grupo de 3 notas no Ride e a mão esquerda toca as figuras da folha de leitura no aro da caixa. Baião Introdução ao Baião . exercício: os pés fazem o padrão de SAMBA e as mãos tocam grupos de semicolcheias alternadas. Exemplo: Obs. O ritmo de samba é originalmente escrito em 2/4. Em nossos exemplos o samba está escrito em 4/4 para ser utilizado juntamente com as folhas de leitura que serão utilizadas para estudos de outros ritmos. os pés fazem o padrão de SAMBA. exercício: para andamentos mais rápidos. acentuando as figuras da folha de leitura.Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 159 3º. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 160 Forma musical nordestina. assim como outros ritmos brasileiros. Entre os sucessos de Gonzaga. enquanto que o chimbal marca os contra-tempos simulando o ganzá. Adicionaremos agora a mão direita no chimbal. O baião é um ritmo escrito em 2/4. Mulher Rendeira (1950). Gonzaga lançou também uma nova maneira de dançar o baião. estão Asa Branca (1948) e Baião de Dois. em parceria com Humberto Teixeira. o acento que recai sobre o contratempo não significa realmente que a nota deva ser acentuada e sim apenas destacada sutilmente. zabumba e triângulo. as células rítmicas usadas e principalmente incorporarmos o feeling do ritmo que estamos executando. Passe a mão direita para o prato de condução e não se esqueça do chimbal com o pé esquerdo nos contra-tempos. Assim. ele é originalmente composto por instrumentos de percussão como o pandeiro. Cantando a dureza da vida nordestina. para identificarmos os timbres. o baião. o que podemos fazer é apenas uma adaptação à bateria. de Zé do Norte. mas comece bem devagar. resultando numa infinidade de variações. lembrando que existem ainda outros. Pratique os exemplos em vários andamentos. que o divulgou através das estações de rádio. Note que o bumbo toca as células da zabumba. A partir daí o baião começou a ser modificado pelas influências locais. passou a ter uma fusão com o jazz e a música instrumental contemporânea. É de extrema importância ouvirmos os principais artistas do gênero. também ficou bastante conhecido. e como todo ritmo brasileiro. . A Condução Vamos começar com 4 padrões de pedais. originalmente executada pelas violas nos intervalos dos cantos nos desafios. Foi difundido a partir de 1946 pelo sanfoneiro pernambucano Luís Gonzaga. Com artistas como Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti. o que lhe deu o título de Rei do Baião. ganzá. mas com um ritmo contagiante. Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário - 161 Tente permanecer o mais relaxado possível enquanto você toca. Lembre-se que a tensão inibe a execução. principalmente nos andamentos mais rápidos. Esteja certo de que você dominou estes exercícios antes de passar para os seguintes. .
Copyright © 2024 DOKUMEN.SITE Inc.