PORTUGUÊSCEFET/COLTEC Módulo III PORTUGUÊS ÍNDICE MECANISMOS DE COESÃO ................................................................................................................ 02 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ............................................................................................................. 04 EXERCÍCIOS..........................................................................................................................................................09 PROBLEMAS GERAIS DA LÍNGUA ....................................................................................................... 39 CRASE................................................................................................................................................................... 42 EXERCÍCIOS.......................................................................................................................................................... 44 GABARITO…............................................................................................................................................................49 Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 1 PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III Mecanismos de Coesão Referencial - Coerência Extratextual e Coerência Intratextual Coerência extratextual liga-se ao nosso conhecimento de mundo: a) Portugal, jardim plantado a beira do Pacifico. b) Virgem da à luz trigêmeos. Coerência intratextual liga-se aos elementos internos ao texto. • 1. As crianças estão viajando. Elas só voltarão no final do mês. • 2. O juiz condenou o réu a dez anos de prisão. Ele achou essa pena condizente com as circunstancias do crime. • 3. O juiz condenou o réu a dez anos de prisão. Ele não se conforma com o rigor da pena. • 4. Na estação, José avistou o visitante. Ele lhe pareceu cansado e apreensivo. • 5. Na estação, José avistou o visitante. Ele havia esperado ansiosamente pelo reencontro. A coesão referencial também se faz por elipse (omissão de termos). a) André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso, são diferentes. Este não briga com quem torce por outro time; aquele o faz. b) Ele é meu cunhado. Casou-se com ela há pouco tempo... c) Beth está namorando. Ele parece ser um cara legal. EXERCICIOS As piadas costumam ser engraçadas porque tiram partido da confusão na referenciarão. Leia as piadas abaixo e explique o motivo que as torna engraçadas. Texto 1 Juquinha chegou esbaforido e todo sujo, alem de atrasado, na primeira aula. A professora se indignou: - Isso e hora? E sujo desse jeito? Isso não tem mesmo uma explicação! - Tem sim, professora: tive que levar a vaca la de casa pro touro cobrir. - Mas seu pai não podia fazer isso? - Poder, podia, mas acho que a vaca prefere o touro. Texto 2 - Não deixe sua cachorra entrar mais na minha casa. Ela esta cheia de pulgas. - Princesa, não entre mais na casa porque ela esta cheia de pulgas. Conexões Como vimos anteriormente, os elementos de um texto estão em relação uns com os outros, formando um "tecido" em que os fios se acham tramados. Mas essas relações não dizem respeito somente aos referentes que aparecem no texto; dizem respeito também as relações entre proposições. E o que veremos neste tópico e que chamamos "coesão seqüencial". Por exemplo, as duas frases "Está chovendo. Vou pegar o guarda-chuva" são ligadas por uma relação de causa-efeito sem a presença de um conectivo. Mas, na maioria dos casos, principalmente em textos escritos, a ligação entre duas proposições deve ser expressa linguisticamente. Tipos de Relações 1. Condição: se, caso, desde que, contanto que etc. 2. Causa/conseqüência: porque, pois, visto que, já que, como (no inicio do período).../ desse modo, (tanto, tão, tamanho) que, por isso, então, portanto etc. 3. Meio/fim: para, para que, a fim de, a fim de que, com o intuito de, com o objetivo de, com o propósito de 4. Disjunção: ou. Esse conector e ambíguo em língua natural, podendo ter um valor exclusivo (isto e um ou outro, mas não ambos), ou inclusivo (ou seja, um ou outro, possivelmente ambos) 5. Tempo: assim que, em seguida, ate que, quando, por fim, depois, antes que, a medida que, etc. 6. Conformidade: conforme, segundo, de acordo com. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 2 PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III 7. Conjunção ("adição"): e, também, não só ... mas também, tanto ... como, alem de, alem disso, ainda, nem (= e não) etc. 8. Contrajunção (oposição): mas, porem, contudo, todavia, no entanto, entretanto / embora (ainda que, apesar de, apesar de que etc. 9. Explicação ou justificativa: que, pois, porque etc. 10. Conclusão: portanto, logo, por conseguinte, pois etc. 11. Correção/redefinição/reafirmação/exemplificação: isto e, quer dizer, ou seja, em outras palavras, ou melhor, de fato, pelo contrario, por exemplo etc. (introduzem esclarecimentos, retificações ou desenvolvimentos do que foi dito anteriormente). EXERCICIOS Nos dois textos abaixo, preencha as lacunas com os conectivos adequados: Texto 1 O mesmo boné que aparecia na cabeça de um homem preso na zona da mata de Pernambuco__________ ele saqueou um caminhão de cargas apareceu na cabeça do Presidente da Republica. Esse fato pode sinalizar uma identidade entre os que usam o mesmo boné.__________ assim interpretarmos, podemos dizer que o Presidente da Republica e o MST assumem uma causa comum, __________, eles comungam a idéia de que a reforma agrária é necessária, o que ninguém contesta. ___________, neste episodio particular, ha quem veja no gesto do Presidente um apoio aos saques realizados pelo MST. Tratase, __________, de um fato que pode ter conseqüências políticas negativas. (Jornal Folha de S.Paulo em 03/07/2003, cujo titulo “O boné da insensatez”) Texto 2 No segundo semestre, os franceses deverão modificar sua Constituição ___________ introduzir o conceito de proteção ambiental. __________ a proposta do presidente Jacques Chirac for aprovada sem grandes modificações, estará assegurado o direito a um ambiente equilibrado, saudável e protegido. O texto torna a proteção ambiental “norma que se impõe a todos, poderes públicos, jurisdições e sujeitos de direito”. O projeto também consagra o chamado principio da precaução, __________, a noção de que, ____________ houver duvida, __________ pequena, sobre os efeitos de uma determinada medida, deve-se sempre optar pela solução que resguarde o meio ambiente. (Jornal Folha de São Paulo, 30/06/03) Texto 3 Faça as compras, mas boicote as sacolas. Qualquer saco plástico e um transtorno ecológico; leve sua sacolinha para as compras ou exija embalagem de papel. Do ponto de vista ecológico, o papel e a melhor matéria-prima. E biodegradável, decompondo-se em poucos anos. Sua produção não causa desmatamento porque as principais fábricas do mundo trabalham com reflorestamento. a) No último parágrafo, encontramos uma relação argumentativa, em que, a partir de dois argumentos se chega uma conclusão. Aponte a conclusão e os argumentos. b) Reescreva o ultimo parágrafo, construindo um único período explicitando as relações por meio dos conectivos adequados. c) O conector “ou” que aparece no primeiro parágrafo tem valor inclusivo ou exclusivo? Por que? d) Entre os dois segmentos do primeiro parágrafo há idéia(s) implícita(s). Explicite-a(s). Nos períodos abaixo foi empregado o pronome "onde". Em alguns deles, esse emprego é inadequado. Assinale as alternativas ocorre o problema e reescreva o trecho de modo a saná-lo (a) A literatura medica de vários países serviu de base para uma pesquisa, onde o resultado mostrou que dois terços dos cegos do mundo estão concentrados na Índia, China e na África. (b) Para as crianças de países pobres, onde as condições de saúde são precárias, o risco de cegueira e dez vezes maior comparativamente ao risco de cegueira que correm as crianças de países ricos. (c) Apos mais de uma década de controvérsia, os artefatos da caverna sul-africana, onde se encontram também ossadas humanas, já estão sendo aceitos como a mais antiga evidencia de que o homem surgiu na África. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 3 PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III (d) Talvez por conta de um maior número de pobres, o Nordeste e a região do pais onde as marcas dos produtos estão menos presentes nas cabeças das pessoas. (e) Aqueles produtos da pesquisa Top of Mind onde as marcas estão mais presentes nas cabeças femininas são margarina, chocolate e desodorante. (f) Para a Unilever Brasil, fabricante do produto, e mais do que razão para comemorar, já que o Brasil e o pais onde mais se vende Omo no mundo. A oração grifada expressa a idéia entre parênteses, EXCETO: a) Trabalhava tanto, que a mulher, a dona Evarista, se chateou. (causa) b) Não ousava fazer-lhe nenhuma queixa, (…) mas ficava calada e emburrada. (contradição) c) As mulheres, quando os maridos saiam, mandavam acender uma lamparina a Nossa Senhora. (tempo) d) Se quereis emendar a administração da Casa Verde, estou pronto a ouvir-vos. (condição) Os dois trechos que se seguem foram extraídos da letra da música “Último desejo", de Noel Rosa. Perto de você me calo Tudo penso e nada falo Tenho medo de chorar Nunca mais quero seu beijo Mas meu ultimo desejo Você não pode negar As pessoas que eu detesto Diga sempre que eu não presto Que meu lar é o botequim... Na biografia do autor, Noel Rosa, consta que a cantora Aracy de Almeida andou alterando a letra do ilustre compositor. O amigo de Noel Rosa, Armenio Mesquita Veiga, deu-lhe a noticia nestes termos: “... em vez de „Mas meu ultimo desejo‟, ela canta „Pois meu ultimo desejo‟ e em lugar de „Que meu lar e o botequim‟, ela diz „que meu lar e um botequim‟". Diante da informação do amigo, Noel Rosa reagiu: “Juro que nunca mais dou musica minha para ela gravar”. (João Maximo e Carlos Dider. Noel Rosa, uma biografia. Brasília, Ed. UNB, 1990, p 446-52). O cantor Noel Rosa tem razão de ficar irritado com as alterações que a cantora Aracy de Almeida introduziu na letra da canção? a) Por que a conjunção pois e inadequada para exprimir a relação que vem expressa pela conjunção mas? b) Sob que ponto de vista do significado, que diferença faz trocar o artigo o por um em “meu lar e o botequim”? Interpretação de Textos Texto Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de necessitar de um bom léxico internalizado. As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto. Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática qualquer. Denotação e Conotação Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito de signo lingüístico (significante + significado) que se constroem as noções de denotação e conotação. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 4 cabe destacar palavras-chave. Como Ler e Entender Bem um Texto Basicamente. A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes. No caso de textos literários. Este tipo de procedimento aguça a memória visual. exceto. como. Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. extraem-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. dos que obtinham medalhas. eu vivia na saudade das praias do Pontal onde conhecera a liberdade e o sonho. desta maneira a resposta será mais consciente e segura. mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa. Ainda com base no signo lingüístico. numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores. uma nova relação entre significante e significado. Algumas palavras. ponto final. a palavra ponto: ponto de ônibus. encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas significações). nos encapelados mares de Camões. real. Neste caso. Tinha certeza. respectivamente etc. mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. o chamado sentido verdadeiro. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não. Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido figurado. outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. que fazem diferença na escolha adequada. ao lado dos futebolistas. Desta leitura. para sua compreensão.. Nunca deixe de retornar ao texto. Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa. Passei a ser uma personalidade. numa determinada construção frasal. toda ela. e sim ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e esclareçam o sentido. é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura. Pediu que escutassem com atenção o dever que ia ler.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários. por exemplo. Nem assim deixei de me sentir prisioneiro. favorecendo o entendimento. que o autor daquela página seria no futuro um escritor conhecido. o que responde melhor ao questionamento proposto. uma resposta pode estar certa para responder à pergunta. sensação permanente durante os dois anos em que estudei no colégio dos jesuítas. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Não se pode desconsiderar que. Prisioneiro no internato. dependendo do contexto. deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela. EXERCICIOS Responda as questões de 1 a 10 de acordo com o texto abaixo: O primeiro dever passado pelo novo professor de português foi uma descrição tendo o mar como tema. A classe inspirou-se. dos campeões de matemática e de religião. passagens importantes. segundo os cânones do colégio. Sendo assim. O mar de Ilhéus foi o tema de minha descrição. Na aula seguinte. embora a interpretação seja subjetiva. a interpretação pode ficar comprometida.. Eu acabara de completar onze anos. há limites. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 5 . certas vezes. Não regateou elogios. Por isso. Fui admitido numa espécie de Círculo Literário onde brilhavam alunos mais velhos. assumem múltiplos significados. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor. errada. aqueles nunca dantes navegados. não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto. Durante a interpretação propriamente dita. depende do contexto. trabalha-se com o conceito do "mais adequado". Leia a frase anterior e a posterior para ter idéia do sentido global proposto pelo autor. A preocupação deve ser a captação da essência do texto. isto é. afirmou. A descontextualização de palavras ou frases. Muitas vezes. em interpretação. o episódio do Adamastor foi reescrito pela meninada. anunciou a existência de uma vocação autêntica de escritor naquela sala de aula. bem como usar uma palavra para resumir a idéia central de cada parágrafo. ponto de cruz . estabelece-se. ponto de vista. entre risonho e solene. fantasioso e que. Se não houver esta visão global dos momentos literários e dos escritores. 2. d)mar descrito por Mark Twain. d)originalidade. e)sua descrição não foi corrigida na cela de Padre Cabral. e)conhecer a cela de Padre Cabral. a classe toda usou de um certo: a)conhecimento extraído de "As viagens de Gulliver". porque revelava: a)liberdade. e)saber já feito. Segundo o texto. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 6 . Recordo com carinho a figura do jesuíta português erudito e amável. ordena que os alunos: a)façam uma descrição sobre o mar. mas só foi um elogiado. c)reescrevam o episódio do Gigante Adamastor.Por ter executado um trabalho de qualidade literária superior. numa determinada passagem do texto.Todos os alunos apresentaram seus trabalhos. Data dessa época minha paixão por Charles Dickens. c)ler sonetos camonianos. e)respeitável personalidade. a fazer mais leve a minha prisão. Padre Cabral. e)retirem de Camões inspiração para descrever o mar. b)sonho. b)descrevam os mares encapelados de Camões. o norteamericano não figurava entre os prediletos do padre Cabral. minha primeira prisão. por me haver revelado o mundo da criação literária. porém. Demoraria ainda a conhecer Mark Twain. b)rever as praias do Pontal. Menos por me haver anunciado escritor. traduções de ficcionistas ingleses e franceses. o narrador adquiriu um direito que lhe agradou muito: a)ler livros da estante de Padre Cabral. d)tinha conhecimento das obras de Mark Twain. Primeiro "As Viagens de Gulliver". 4. 3. Jorge Amado 1. d)façam uma descrição dos mares nunca dantes navegados. depois clássicos portugueses. sensível mudança na limitada vida do aluno interno: o padre Cabral tomou-me sob sua proteção e colocou em minhas mãos livros de sua estante. b)assunto extraído de traduções de ficcionistas ingleses e franceses. c)conhecia os ficcionistas ingleses e franceses. c)amor por Charles Dickens. d)conhecer mares nunca dantes navegados. já explorado por célebre autor.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III Houve. porque: a)lia Camões. b)o episódio do Adamastor. c)liberdade e sonho.. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de internato. sobretudo por me haver dado o amor aos livros. para executar o dever imposto por Padre Cabral. c)imparcialidade. e)resignação.Apenas o narrador foi diferente.O narrador confessa que no internato lhe faltava: a)a leitura de Os Lusíadas. 5. d)vocação autêntica de escritor. 6. b)se baseou na própria vivência. d)a competência de saber escrever conferia.. e triste e fatigado eu vinha. d)o mar de Ilhéus. 9. Tinhas a alma de sonhos povoada. c)hipérbato. da leitura do texto. d)pretérito mais que perfeito do indicativo. e)E eu tinha a alma de sonhos povoados..PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III 7. Chegaste. d)linguagem poética.O primeiro dever. e)graças à amizade que passou a ter com Padre Cabral. Releia a primeira estrofe e responda as questões de 11 a 13 Cheguei. foi uma descrição. c)o professor ficou satisfeito ao ver que um de seus alunos demonstrava gosto pela leitura dos clássicos portugueses. d)pleonasmo. Vinhas fatigada E triste. b)o professor mostrou-se satisfeito porque um aluno escreveu sobre o mar de Ilhéus. o narrador do texto passou a ser uma personalidade no colégio dos jesuítas. Contudo nesse texto predomina a: a)narração. tanto destaque quanto a competência de ser bom atleta ou bom em matemática. Na ordem direta fica: a)E a alma povoada de sonhos eu tinha.E a alma de sonhos povoada eu tinha.À ordem alterada.. a felicidade alcançada pelo narrador não era plena. c)a prisão do internato.Contudo. b)metáfora. b)a cela do Padre Cabral. b)E povoada de sonhos a alma eu tinha. Havia uma pedra em seu caminho: a)os colegas do internato. 12. d)E eu tinha a alma povoada de sonhos. no colégio. 11. e)as praias do Pontal. que: a)o professor valorizou o trabalho dos alunos pelo esforço com que o realizaram. e)linguagem epistolar. e)assíndeto. em busca da eufonia e ritmo. 8. b)pretérito imperfeito do indicativo. dá-se o nome de: a)antítese. c)descrição. E a alma de sonhos povoada eu tinha. b)dissertação. c)pretérito perfeito do indicativo. 10. que o autor elabora no texto..Conclui-se. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 7 .Por isso a maioria dos verbos do texto encontra-se no: a)presente do indicativo. e)futuro do indicativo. c)E eu tinha povoada de sonhos a alma. Tive da luz que teu olhar continha.Coloque nos espaços em branco os verbos ao lado corretamente flexionados no imperativo afirmativo.. b)adjetivo......... CEFET/COLTEC Módulo III Releia a segunda estrofe para responder as questões de 14 a 17: E paramos de súbito na estrada Da vida: longos anos. Nem te comove a dor da despedida.. d)adjetivas.. d)Tive das luzes que teus olhares continham.. c)minha mão... e)vista. em relação ao substantivo luz. e)aposto. c)coordenadas... e)subjetivas... . b)adverbiais... 15..PORTUGUÊS 13. segunda pessoa do singular. e)Tiveram das luzes que teus olhares continham... segues de novo... Na partida Nem o pranto os teus olhos umedece.. Com luz no plural teríamos que escrever assim: a)Tive das luzes que teu olhar continha.O objetivo preso (presa) refere-se a: a)estrada. b)vida.. d)advérbio.. b)Tive das luzes que teus olhares continha..Predominam na primeira estrofe as orações: a)substantivas. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 8 ...... ..Tive da luz que teu olhar continha..... e tremo. c)Tive das luzes que teu olhar continham.... a vista deslumbrada Tive da luz que teu olhar continha 14.. A oração destacada.. E eu. solitário..(parar) na estrada da vida. 17... volto a face.. Releia as duas últimas estrofes para responder as questões de 18 a 20: Hoje... d)tua mão.. c)pronome. vendo o teu vulto que desaparece Na extrema curva do caminho extremo...(manter) a luz de teu olhar a)pára – mantém b)paras – manténs c)pare – mantenha d)pares – mantenhas e)parai – mantende 16. presa à minha A tua mão..... guarda um valor de: a)substantivo. mais aristocrata que a aristocracia. surgiu na França no século XVII. "imbecis" ou. que só dava valor ao que vinha do topo do topo. etc. com o tempo. evidentemente. de fato. d)ela.. b)os teus olhos. Ele escreveu..Sujeito do verbo umedecer (umedece): a)a partida. b)a dor. Assinale a alternativa onde aparece um verbo intransitivo. no apogeu do regime absolutista. e)Vendo o teu vulto. O espírito de Vaugelas se incorpora hoje em muitos paspalhos e sacanas que andam por aí atacando as "impurezas" do português brasileiro. GABARITO 1 A / 2 E / 3 B / 4 C / 5 D / 6 A / 7 C / 8 D / 9 A / 10 C / 11 C / 12 D / 13 C / 14 D / 15 A / 16 A / 17 B / 18 E 19 B / 20 A LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA As questões de (01) a (08) referem-se ao texto seguinte. "corrupção" e "ruína". com um grau maior ou menor de intolerância. muitas vezes. dizem que não se pode discriminar ninguém pela linguagem. de uma concepção de mundo e de sociedade doentiamente elitista.. é preciso ser mais nobre que a nobreza. solitário. d)E eu. porque. sempre vistas como sinais de "decadência".. e)o pranto. O pai do purismo é o escritor Vaugelas (pronuncia-se vojlá).. c)Nem te comove a dor de despedida. de "caipiras" e "índios" (como se fossem xingamentos) são todos inegavelmente puristas. não por acaso. Com esses títulos. b)Nem o pranto os teus olhos umedece. desculpe a intimidade: Claude Favre. barão de Pérouges. ele só podia achar que a "boa linguagem" era a dos aristocratas. Outros usam um humor duvidoso. Então. no final. Ah. mas também. 20. O termo purista. conquistam o leitor com piadinhas Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 9 . pior. senhor de Vaugelas (1585-1650). esses que andam dando "dicas de português". a)Hoje seques de novo.PORTUGUÊS 18. O verbo comover (comove) refere-se no texto (e por isso concorda com ela) à palavra: a)o pranto. que nunca se preocupam em explicar o que é. No entanto. centralizado na figura de um rei todo-poderoso. que o uso correto do francês devia se inspirar na língua falada pela "parte mais sadia da Corte". volto a face. não basta ser aristocrata. mas. escrevendo sobre a "falta de estilo" dos outros. chamando os brasileiros de "asnos". o rótulo se tornou pejorativo. CEFET/COLTEC Módulo III 19. Hoje em dia. c)tu. não só da língua. e)partida. nenhum purista gosta de ser chamado assim. da nata da nata. c)teus olhos. sempre acabam pregando a obrigação de se usar as formas mais conservadoras naquilo que chamam de "padrão culto formal". sim. dos valores morais da sociedade. Texto I Quem são os puristas? Puristas é quem defende a "pureza" da língua contra todas as formas inovadoras. d)te. Uns se disfarçam com um aparente liberalismo. não basta ser nobre. não só pela lingüística científica (o que é bem compreensível. c) valorizam as inovações que os falantes introduzem na língua. de botequim ou de cama". Pior é quando eles querem reformar a língua a tapa. b) critica a postura daqueles que agem de forma conservadora em relação à linguagem. tentando impedir usos consagrados há séculos. Bom exemplo é o de um desses supostos especialistas que.. c) conjunto de variedades lingüísticas empregadas pelo falante. É mole? Xô. d) consideram sinônimas as palavras „desapercebido‟ e „despercebido‟. QUESTÃO 03 As concepções de língua – dos puristas e do autor – podem ser caracterizadas. Mas no dicionário Houaiss a gente lê: "ante o emprego desses dois vocábulos como sinônimos por autores de grande expressão [. tirou do colete a regra bisonha de que a expressão "risco de vida" está errada e que só podemos falar de "risco de morte".. se tanto faz usar "despercebido" ou "desapercebido". Os gramáticos e dicionaristas de verdade reconhecem. fantasma de Vaugelas! T'esconjuro! FONTE: BAGNO. c) preconceituosa e tolerante. "nos melhores dicionários" e coisas parecidas. QUESTÃO 02 De acordo com o texto.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III sempre muito preconceituosas para nos convencer de que no Brasil se fala um português "de rua. inclusive na melhor literatura. como escreveu um deles. as inovações que os falantes têm introduzido na língua e dão sua chancela a esses novos usos. O purista sempre recorre a fórmulas como "segundo a tradição gramatical". como a) flexível e liberal. QUESTÃO 04 Pode-se afirmar que os puristas a) associam valores sociais à preservação da língua. d) informa o leitor sobre as conseqüências da visão purista na avaliação dos modos de expressão das pessoas. QUESTÃO 01 Pode-se afirmar que o texto a) expõe as razões pelas quais os puristas defendem o padrão culto formal da língua. Pronto: foi o que bastou para todos os repórteres da televisão começarem a falar de "risco de morte".Seção: Falar brasileiro. c) analisa os motivos pelos quais os puristas adotaram uma visão inflexível diante das variações lingüísticas. tornado célebre por sua quase onipresença na mídia. Marcos." Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 10 . b) somatório de leis e usos que mudam com o tempo.agosto de 2009. por exemplo. Ele vai dizer imediatamente que não. d) discriminatória e pejorativa. p. b) têm o respaldo de gramáticos e dicionaristas profissionais.. que cada uma das palavras tem sentido preciso e diferente. com frequência. A atitude irracional dos puristas fica evidente no absoluto desprezo que eles têm. b) conservadora e elitista. tentando impedir usos consagrados há séculos. respectivamente. 10 . Pergunte a um purista. língua é um(a) a) série de normas que devem ser seguidas.] a rejeição [da sinonímia] faz-se inaceitável". Mas essa alegação é retórica vazia. para os puristas. presentes em todas as modalidades da língua. Revista Caros amigos .. d) fenômeno social sujeito à interferência da comunidade que a usa. sendo eles o que são). mas também pelo trabalho dos gramáticos e dicionaristas profissionais. QUESTÃO 05 Há marcas de oralidade da linguagem em: a) "Pior é quando eles querem reformar a língua no tapa. olhou nervoso os pálidos verdes e ouros secos de El Greco. ele só podia achar que a 'boa linguagem' era a dos aristocratas. e mergulhou entre as coxas da Vênus de Rubens. de Diego Velázquez." b) ". rubro. no entanto. Obra máxima da pintura.." c) "Então. prata... de Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 11 .a 'pureza' da língua contra todas as formas inovadoras." As questões (09) e (10) referem-se ao texto seguinte." d) ".. corpos divinos e cortesãos (toda a pintura foi feita para Deus e para os reis!) e esquece o triste país de onde vem..." QUESTÃO 07 A ordem direta dos termos da oração NÃO é utilizada em: a) "Hoje em dia. pois. de 'caipiras' e 'índios' (como se fossem xingamentos) são todos inegavelmente puristas. azul... As meninas.. não por acaso. ouro.. E invadiu as cenas renascentes de Ticiano.." QUESTÃO 06 O uso das aspas nos termos grifados revela a ironia do autor em relação aos puristas. Só o extraordinário museu pode ser um bálsamo contra a chuva ácida do Brasil onde somente existe o erro..o uso correto do francês devia se inspirar na língua falada pela 'parte mais sadia da Corte'. 'corrupção' e 'ruína'..." b) "Outros usam um humor duvidoso. entre os azuis febris de Veronese.chamando os brasileiros de 'asnos'.com piadinhas sempre muito preconceituosas para nos convencer de que no Brasil se fala um português 'de rua." c) ". nenhum purista gosta de ser chamado assim. Talvez esteja se gestando aqui uma nova arte: a arte do erro.. "não há quadro nenhum que nos faça esquecer este"." d) "Com esses títulos.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III b) "Hoje em dia. como disse Carlo Justi. mais aristocrata que a aristocracia... no apogeu do regime absolutista. que virou um museu de feias artes. porque... Velázquez pinta o espectador. sempre vistas como sinais de 'decadência'. com o tempo. o rótulo se tornou pejorativo.. "a teologia da pintura". é preciso ser mais nobre que a nobreza. 'nos melhores dicionários' e coisas parecidas. O repórter entra no Prado e é banhado por um rio maravilhoso de cores e luzes. EXCETO em: a) "Purista é quem defende a 'pureza' da língua contra todas as formas inovadoras. pior." d) "O termo purista... como escreveu um deles. nos faz esquecer do nosso museu de feias artes. evidentemente. centrado na figura de um rei todo-poderoso.)" QUESTÃO 08 A palavra COMO tem o valor circunstancial de conformidade em: a) ". com fome de beleza. não basta ser nobre. Texto II Em As meninas. nenhum purista gosta de ser chamado assim. 'imbecis' ou." b) "O purista sempre recorre a fórmulas como 'segundo a tradição gramatical'. Queria ver os outros artistas antes de revê-lo.. até que tomou coragem e penetrou com temor e esperança a sala onde estava o enorme quadro As meninas. Queria também retardar a alegria de reencontrar sua clara lição de essência que a primeira visão lhe dera anos antes." c) "O purista sempre recorre a fórmulas como 'segundo a tradição gramatical' (. e o repórter queria provar isto.. surgiu na França no século XVII.)" d) "A atitude irracional dos puristas fica evidente no absoluto desprezo que eles têm (. entrar na sala onde fulgia o enorme quadro de 1656. conquistam o leitor com piadinhas. não basta ser aristocrata.. O repórter evitava. Muitos acham que é a obra máxima da história da arte." c) ". em Madrid. como disse Lucas Jordan. verde. O repórter entra no Museu do Prado.. tirou do colete a regra bisonha de que a expressão 'risco de vida' está errada. O repórter já tinha visto As meninas de Diego Velázquez anos atrás... de botequim ou de cama'. em sombra.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III Diego Velázquez. b) espaço do sonho que se caracteriza pela ausência de vínculos com a realidade. c) narrador-personagem que conta sua experiência estética no Museu do Prado. daquele quadro que parecia estragar a feira de ilusões de todos os séculos. b) considera a produção artística européia primária. propicia o envolvimento do leitor. Teologia: ciência ou estudo que se ocupa de Deus. em pó. Em teus olhos. em cinza. essa beleza Em terra. em nada.) Goza. FONTE: JABOR. 1998. A tela mágica era um buraco negro que sugava a ficção suntuosa da poesia. pessoa que vive e/ou trabalha na corte. QUESTÃO 10 Na construção do texto. de sua natureza e seus atributos e de suas relações com o homem e com o universo. E imprime em toda a flor sua pisada. que a madura idade Te converta essa flor. Como num ralo destampado. goza da flor da mocidade. Poemas de Gregório de Matos por Letícia Malard. indivíduo educado. c) associa a realidade social brasileira à arte do erro. 1993. que o autor a) tem uma visão pessimista do Brasil. Os canibais estão na sala de jantar. o mistério triunfal das metáforas. Discreta e formosíssima Maria. São Paulo: Siciliano. o autor utiliza-se de um(a) a) narrativa que. tudo começou a girar e ser tragado. agradável no trato com os demais. Gregório de. Vocabulário: Bálsamo: aroma agradável e penetrante. Arnaldo. Oh não aguardes.. QUESTÃO 09 NÃO se pode inferir. E de novo se deu o misterioso fenômeno. FONTE: MATOS. Que o tempo trota a toda ligeireza.. e boca o Sol. Fulgia: fazer brilhar ou brilhar. Tudo se esvaía diante da essencialidade daquele quadro de Velázquez. Texto III Discreta e formosíssima Maria. e o dia: (. Autêntica. Mesmo as maiores obras-primas ficavam ingênuas diante daquele quadro monumental. resplandecer. Belo Horizonte: Ed. Poltergeist: fenômeno sobrenatural que desloca objetos e provoca ruídos. por sua progressão. d) descrição objetiva e minuciosa dos quadros que são observados pelo personagem. pelo texto. A questão (11) refere-se ao texto seguinte. Enquanto estamos vendo a qualquer hora Em tuas faces a rosada Aurora. Fragmento. d) possui uma visão idealizada do quadro de Velásques. Parecia que as pinturas todas do Museu do Prado se fundiam num rio de tintas que jorravam para dentro de um poltergeist da arte que era o quadro de Velázquez. perfume Cortesão: pessoa que freqüenta a corte de um soberano. QUESTÃO 11 Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 12 . CEFET/COLTEC Módulo III QUESTÃO 12 O poeta Gregório de Matos tornou-se importante na representação da literatura barroca brasileira porque a) enfatizou a produção poética satírica em detrimento da religiosa. meu amor (. Mas ao menos será o teu vestido Por mãos do amor. b) prazer existencial. NÃO se percebe a) humor ferino. um só cajado. Texto V Amor de Índio Tudo o que move é sagrado E remove as montanhas Com todo cuidado. As questões de (13) a (15) referem-se aos textos IV e V. (. todo amor é sagrado E o fruto do trabalho É mais que sagrado.PORTUGUÊS Neste poema. Marília de Dirceu. e com cestos os peixinhos: Nós iremos caçar nas manhãs frias Com a vara envisgada os passarinhos. b) pautou sua vida pelo respeito às normas e costumes sociais e estéticos. c) criticou membros do clero e do poder político e exaltou índios e mulatos.) Se não tivermos lãs. E os panos feitos com as lãs mais grossas. d) efemeridade da beleza.. Para nos divertir faremos quanto Reputa o varão sábio. Fui honrado Pastor da tua aldeia. e tinha sempre A minha choça do preciso cheia. Nem tenho.. d) apropriou-se de formas e temas do barroco europeu. Marília... e o manso gado. e peles finas. meu amor A massa que faz o pão Vale a luz do seu suor Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 13 . a que me encoste. Nós iremos pescar na quente sesta Com canas. adequando. Rio de Janeiro: Ediouro. Texto IV Lira XV Eu.) FONTE: GONZAGA.. Vestia finas lãs.. Tiraram-me o casal. honesto e santo.) Sim. (. Tomás Antônio. s/d. por minhas mãos cosido. Podem mui bem cobrir as carnes nossas As peles dos cordeiros mal curtidas. não fui nenhum vaqueiro.os ao contexto local. c) fugacidade do tempo. EMI Music. EXCETO a) bucolismo. d) pleonasmo. b) paradoxo. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 14 . Beto & BASTOS. d) construção poética como espaço utópico. b) intertextualidade denominada paródia. Beto. percebe-se a) divisão métrica irregular. nota-se a figura de linguagem intitulada a) metáfora.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III Lembra que o sono é sagrado E alimenta de horizontes O tempo acordado de viver No inverno te proteger No verão sair pra pescar No outono te conhecer Primavera poder gostar No estio me derreter Pra na chuva dançar e andar junto O destino que se cumpriu De sentir seu calor e ser tudo FONTE: GUEDES.2º semestre 2010 01 – A 06 – A 11 – B 02 – A 07 – D 12 – D 03 – C 08 – B 13 – D 04 – D 09 – A 14 – C 05 – B 10 – B 15 – C LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BBRASILEIRA As questões de (01) a (08) referem-se ao seguinte texto. c) simplicidade existencial. Texto I O funil da informação Quem decide o que você pode ver e ouvir? Como você forma sua opinião sobre os acontecimentos recentes? Quais são os argumentos pró e contra que você conhece referentes a temas tão importantes como a transposição do rio São Francisco. QUESTÃO 13 São temas presentes nos textos. QUESTÃO 15 Nos versos: "Lembra que o sono é sagrado / E alimenta de horizontes/ O tempo acordado de viver". Amor de Índio. d) desprezo ao trabalho urbano. In GUEDES. c) metonímia. b) amor idealizado. 1978. Ronaldo. c) composição lírica em terceira pessoa. QUESTÃO 14 Nos dois textos. » Gabarito do Processo Seletivo Ensino Técnico . novos mecanismos de gestão democrática e participativa desses meios. Como ignorar que a família Marinho (Globo) detém a concessão de 32 canais de televisão e 20 estações de rádio por todo o Brasil? Que a família Saad (Bandeirantes) tem outros 12 canais de televisão e mais 21 estações de rádio no país? Ou que Sílvio Santos (SBT) também tem 10 canais de TV espalhados pelo território nacional? Como ignorar que eles se orientam por interesses privados. interpretações e análises dos fatos. ainda que sejam poucos os canais fechados com boa programação. dos Barbalho. um processo que se reforça no mundo inteiro nos anos de 1990. fortalecer TV pública foi o caminho para a democratização da mídia. no Pará.agosto de 2009. os noticiários de TV. *"Midia e poder". mesmo com seu crescimento. entrevista com Noam Chomsky. o fato de o Brasil ter feito empréstimo ao Fundo Monetário Internacional. afinal. que são renovadas de tempos em tempos. dos Sarney. é a partir dos seus telejornais que vão "informarse" sobre o que acontece no país e no mundo. "A mídia deveria ser o alicerce da sociedade democrática. A internet também é uma nova plataforma de comunicação para gerar e sociabilizar informações e análises. na Bahia. Paulo. Em outros. b) enumerar as questões que serão tratadas no texto. no Maranhão. QUESTÃO 01 A função do 1º parágrafo do texto é a) sintetizar a idéia que será debatida. entre outras medidas. rádios e. depende de nós. Um novo marco regulatório é indispensável para garantir o sentido republicano e democrático da atuação dos meios de comunicação. principalmente. Às TVs cabe popularizar a notícia. nos padrões de sociabilidade que estabelecem como se relacionar com os demais e na afirmação de valores que sustentam regimes políticos. utilizadas como moeda de troca nas negociações que estabelecem alianças políticas. por Regina Zappa. dos Collor de Mello. eles comprovam que este meio de comunicação pode ter outros conteúdos. mas. Em alguns países. ou ainda sobre o direito à união estável entre pessoas do mesmo sexo? A I Conferência Nacional de Comunicação."* A Conferência Nacional de Comunicação abre espaço para a democratização da comunicação. Uma sociedade que se quer democrática não pode ter os canais de TV e os jornais nacionais controlados por 15 grupos que exercem um "coronelismo eletrônico" que assegura às elites e a seus políticos o controle da informação no seu território de domínio. ajudou a garantir uma perspectiva republicana e democrática. Esses jornais e suas agências de notícias municiam jornais regionais e municipais. FONTE: BAVA. O Estado de S. Pesquisas recentes indicam que um terço dos senadores e mais de 10% dos deputados federais eleitos para o mandato 2007-2010 controlam concessões de radiodifusão. no Paraná. A mídia cumpre um papel fundamental na formação cultural de um povo. Ano 3 – Nº 25 . há muito. s/d. que deve ocorrer em dezembro próximo. mecanismos efetivos de controle social.Brasil – editorial. muitas vezes em conflito com o interesse público? As concessões de rádio e TV vêm sendo. chega a pouco mais de 10% de nossa população. mais de 90% das famílias brasileiras têm um aparelho de TV em casa e. Folha de S. Esse controle da informação e da formação da opinião pública é um processo que se desenvolve em várias etapas. dos Pimentel. A diferença de programação entre os canais abertos e os canais fechados de TV demonstra o que nossas elites destinam para o grande público. Silvio Caccia. em Alagoas. vai tratar dessas e de outras questões. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 15 . uma fiscalização mais rígida das normas que disciplinam as concessões. Ela está sendo preparada por debates em todo o país e é o primeiro grande momento de colocar em questão o controle da mídia pelas elites.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III Angra 3. Paulo – que selecionam os temas e geram os conteúdos. É uma oportunidade única de a cidadania organizada impulsionar a democratização da democracia e questionar as atuais estruturas de poder que controlam a produção da informação e a análise dos fatos. em sua grande maioria. além de uma maior presença de canais públicos e educativos e a liberação das rádios comunitárias. Ele parte da formulação dos principais jornais brasileiros – O Globo. que desafia a autoridade e oferece ao povo a oportunidade igual de aprender e participar. É isso que explica o controle dos Magalhães. e o que a televisão pode fazer no sentido de elevar o padrão cultural de uma sociedade. Le Monde Diplomatique . c) monopólio dos grandes jornais que ditam as diretrizes da informação. b) sociais e religiosos. oportunidade de debater a mídia. QUESTÃO 08 "Em alguns países.. fortalecer a TV pública foi o caminho para a democratização da mídia. QUESTÃO 02 De acordo com o 2º parágrafo. fortaleceu a TV pública. d) políticos e econômicos. ) um processo que se reforça no mundo inteiro nos anos 1990. b) Alguns países." d) "Uma sociedade que se quer democrática não pode ter os canais de TV e os jornais nacionais controlados (." QUESTÃO 04 A formação da opinião pública é controlada pela(o)(s) a) partidos que procuram atender aos interesses de seus membros.). b) reforçam o sentido denotativo do verbo.. Educação Profissional Técnica de Nível Médio Subseqüente • 1º Semestre 2010 • 9 • QUESTÃO 05 As estruturas de poder geradoras do funil da informação são da ordem de interesses a) jurídicos e éticos.). b) cidadãos terão. c) utilização de uma linguagem informal. c) indicam o uso metafórico da palavra em questão." Reescrita a frase acima.." b) "Como ignorar que a família Marinho (Globo) detém a concessão de 32 canais de televisão (.. c) culturais e partidários.. d) fazem referência à incorporação da fala de outra pessoa. d) paráfrase de discurso de autoridade sobre a mídia. QUESTÃO 07 No 7º parágrafo. para a democratização da mídia.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III c) contextualizar o leitor sobre o tema que será apresentado." c) "(. pode-se afirmar que a(o)(s) a) controle das mídias pelas elites é um fenômeno brasileiro. d) mecanismos que estruturam a democracia nos meios de comunicação midiática.. b) normas que garantem critérios para o uso da informação pela mídia... as aspas que aparecem em "informar-se" a) marcam a intenção irônica do autor. QUESTÃO 03 O vocábulo QUE em destaque NÃO exerce a mesma função sintática em: a) "(. NÃO se manteve o mesmo sentido em: a) A democratização da mídia. fortaleceram a Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 16 . d) I Conferência Nacional de Comunicação deverá ater-se às questões apresentadas no 1º parágrafo.). na referida Conferência. b) apresentação subjetiva das idéias.. d) despertar o interesse do leitor em relação à temática que será abordada. QUESTÃO 06 É uma estratégia argumentativa que reforça a credibilidade do texto a(o) a) referência a dados numéricos.. c) democracia no país precisa ser reafirmada por grupos organizados de discussão.) e os canais fechados de TV demonstra o que nossas elites destinam para o grande público (. em alguns países. Texto II O pavão E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores. ao Japão. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 17 . Rubem. Eu considerei que este é o luxo do grande artista. As questões de (09) e (10) referem-se ao seguinte texto.. Não há pigmentos. FONTE: FERREIRA. 1958. A questão (11) refere-se ao texto que se segue. Ai de ti. Vocabulário: Matiz: colorido obtido da mistura ou combinação de várias cores num todo. Considerando-se a explicação acima. oh! minha amada. Para quem lavra com Deus até o sair é semear. Deus não é assim. porque no dia da messe hão-nos de medir a semeadura e hão-nos de contar os passos. por fim. Rio de Janeiro: Ed. em alguns países. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico. 1986. Texto III "Diz Cristo 'saiu o pregador evangélico a semear' a palavra divina. Aurélio Buarque de Holanda. FONTE: BRAGA. Considerei. é um luxo imperial. são os que contentam com pregar na Pátria. d) narrador reage melancolicamente à correspondência entre o pavão e o artista. De água e luz ele faz seu esplendor. b) linguagem utilizada apresenta-se como jornalística. Suscitar: fazer nascer ou aparecer. 1996. afirma-se que a(o) a) leitura é um processo transformador da vivência sujeito-leitor. d) O fortalecimento da TV pública foi o caminho para que se democratizasse a mídia em alguns países. revelando a predominância do processo de metalinguagem. Rio. Os que saem a semear são os que vão pregar à Índia. c) A democratização da mídia. Rio de Janeiro: Record. Bem parece este texto dos livros de Deus. O mundo aos que lavrais com ele. novembro. Copacabana. 2ª. há outros que semeiam sem sair. c) apresenta uma configuração metalingüística pelo desejo de realizar a obra de arte de maneira condensada. que assim é o amor. O pavão é um arco-íris de plumas. b) aborda a temática metalingüística. Nova Fronteira.)". Mas andei lendo livros. clara e objetiva. deu-se por meio do fortalecimento da TV pública.. c) relação de submissão entre o natural e o humano é essencial para arte. à China. seu grande mistério é a simplicidade. mas também caso do sair: Exiit. os que semeiam sem sair. 1126.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III TV pública. Não só faz menção do semear. como em um prisma. pode-se inferir que o texto de Rubem Braga a) utiliza o vocábulo "luz" com sentido diverso. QUESTÃO 10 "Metalinguagem: a linguagem utilizada para descrever outra linguagem ou qualquer sistema de significação: todo discurso acerca de uma língua (. nem vos paga o que andais. porque também das passadas colhe fruto. p. atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. expressando a ilusão comum a todo processo artístico relativo à metalinguagem. e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. revista e aumentada. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta. QUESTÃO 09 Analisando o texto de Rubem Braga. d) apresenta características amorosas. uma vez que se volta para o cotidiano ao descrever os desejos do narrador. de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. criar. ed. nem vos satisfaz o que despendeis. Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear. os sapos. c) sugerir os vários modos de semear. I-Juca-Pirama seguido de Os Timbiras.procurou a naturalidade racional.utilizou padrões artísticos do Renascimento e da Antiguidade Clássica. mas tudo tem sua conta. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 18 . QUESTÃO 11 O autor do trecho acima estava preocupado em a) privilegiar o semear ao sair. d) lirismo amoroso. Cercados de troncos . 1999. palácio. c) I. NÃO se encontra a seguinte característica romântica: a) ufanismo. IV. São muitos seus filhos. Belo Horizonte: Itatiaia. QUESTÃO 14 Os sapos Enfunando os papos. os de lá. Vocabulário: Messe: conversão das almas.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III Todos terão sua razão." FONTE: VIEIRA. Temíveis na guerra.apresentou o procedimento que se caracterizava por imitar modelos. marca deixada pelos pés. b) indianismo. Saem da penumbra. pagar-lhes-ão a semeadura. hão-lhes de medir a semeadura e hão-lhes de contar os passos. Antonio Gonçalves. QUESTÃO 13 No meio das tabas de amenos verdores. Alteiam-se os tetos d'altiva nação. através da simplicidade estilística e da clareza das idéias. 2008. III. aos que vão buscar a seara ao longe. Antonio. d) semear a palavra de Deus na Pátria. achar-vos-eis com mais Paço. Semente: palavra de Deus. II e IV. Ah! Dia do Juizo! Ah! pregadores! Os de cá. Porto Alegre: L&PM. b) II e III. FONTE: DIAS. c) ritmo melódico.enfatizou as tensões na relação entre o "eu lírico" e a paisagem campestre. com mais passos: Exiit seminário. III e IV. No fragmento acima. II. Estão corretos os itens a) I e II. que densas coortes Assombram das matas a imensa extensão. nos ânimos fortes. Passo: maneira de andar. Sermão da sexagésima. d) I.cobertos de flores. Aos que têm seara em casa. QUESTÃO 12 O arcadismo brasileiro I. b) criticar os que semeiam sem sair. Aos pulos. Paço: habitação de luxo. em relação ao parnasianismo. QUESTÃO 15 Vício na fala Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados ANDRADE."Foi!" . c) abordagem política. Diz: . c) epígrafe. O aspecto do modernismo brasileiro destacado no poema refere-se à a) crítica social. Em ronco que aterra Berra o sapo-boi .. b) paródia. O poema acima revela. Manuel. Pau-Brasil. GABARITO PROCESSO SELETIVO – 2º SEMESTRE DE 2010 01 – D 06 – D 11 – B 02 – A 07 – B 12 – C 03 – A 08 – B 13 – C 04 – A 09 – A 14 – B 05 – C 10 – D 15 – D LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA As questões de (1) a (11) referem-se ao texto de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Nova Fronteira." (. 1993. d) paráfrase. São Paulo: Nova Fronteira. Estrela da vida inteira."Meu pai foi à guerra!" . 1992.. d) problemática lingüística. Oswald de."Não foi!".PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III A luz os deslumbra."Meu cancioneiro É bem martelado. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 19 . um(a) a) tributo.) Vai por cinqüenta anos Que lhes dei a norma: Reduzi sem danos A fôrmas a forma."Não foi!" . O sapo-tanoeiro Parnasiano aguado. b) temática urbana. BANDEIRA. para dar algum ponto necessário. Machado de. antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos. e foi andando. tola. Eu é que prendo. Caindo o sol. e puxava a um lado ou outro. Uma e outra iam andando orgulhosas. senhora.. acolchetando. e a baronesa vestiu-se. toda enrolada. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa. alisando. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida. São Paulo: Ática. unidinha a eles. Onde me espetam. que era a melhor das sedas. ia andando. – Mas por quê? – É boa! Porque coso. p. vendo que ela não lhe dava resposta.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III Um apólogo Era uma vez uma agulha. abotoando. e ficou esperando o baile. quem é que vai ao baile. silenciosa e ativa. que tinha a modista ao pé de si. é agulha. que disse a um novelo de linha: Por que está você com esse ar. que não abro caminho para ninguém. ligo. no corpo da baronesa. entre os dedos da costureira. pegou da agulha. Veio a noite do baile.. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu. diga-me. e falarei sempre que me der na cabeça. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 20 . senão eu? – Você? Esta agora é melhor. vou adiante. – Decerto que sou. que a ajudou a vestir-se. furando abaixo e acima. até que no quarto acabou a obra. continuou ainda nesse e no outro. enquanto aí ficas na caixinha de costura. ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo. por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim. eu é que coso. 69-72. – Mas você é orgulhosa. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros. e muito eu? – Você fura o pano. aprende. vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. – Que a deixe? Que a deixe. – Também os batedores vão adiante do imperador. puxando por você. quando a costureira chegou à casa da baronesa. abanando a cabeça: .Anda. e entrou a coser. A costureira.. – Que cabeça. dou feição aos babados. pelo pano adiante. quem é que os cose. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela. arregaçava daqui ou dali. como quem sabe o que faz. vai só mostrando o caminho. mas que vale isso? Eu é que furo o pano. enfiou a linha na agulha. murmurou à pobre agulha: . De conto em conto.Então. Chegou a costureira. diga lá. – Sim. nada mais.Ora. de cabeça grande e não menor experiência. indo adiante. pegou da linha. E era tudo silêncio na saleta de costura. levava a agulha espetada no corpinho. E dizia a agulha: . para fingir que vale alguma cousa neste mundo? – Deixe-me. fico. a costureira dobrou a costura. A linha não respondia nada. Estavam nisto. ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno. para não andar atrás dela. Agulha não tem cabeça. Um apólogo.. fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas. mas um alfinete. para o dia seguinte. para mofar da agulha. ajunto. agora. A agulha. 2003. que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando. que me disse. e não está para ouvir palavras loucas. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. calou-se também. pegou do pano.. perguntou-lhe: . Faze como eu. Contei esta história a um professor de melancolia. a linha... enquanto você volta para a caixinha da costureira. Então os vestidos e enfeites de nossa ama. eu é que vou aqui entre os dedos dela. senhora linha. senhora? A senhora não é alfinete. toda cheia de si. não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. E enquanto compunha o vestido da bela dama.. Parece que a agulha não disse nada.Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária! ASSIS. prendo um pedaço ao outro. – Você é imperador? – Não digo isso. c) I. Onde me espetam. sutilmente. II e IV. b) a expressão “era uma vez” retira o caráter de verossimilhança dos fatos narrados. b) representa o gênero poético de fundo religioso com argumentos moralistas. fico. III. pode-se concluir que o objetivo do narrador é a) levar o leitor a evitar os interesses mesquinhos do jogo social. que não abro caminho para ninguém. c) demonstrar que a agressividade da agulha deveu-se à atitude fútil e errônea da linha.Os fatos são narrados em ordem cronológica. c) propõe. II. IV. Estão corretas apenas as afirmativas a) I e II. c) se aproxima à estrutura de um conto pelo aparecimento do tempo psicológico. afirma-se: I. os diplomatas e o professor de melancolia são personagens imprescindíveis ao núcleo da trama. d) evidenciar a necessidade de cada um defender seus interesses no mundo competitivo.As protagonistas representam a luta do bem contra o mal.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III QUESTÃO 01 NÃO se pode afirmar que o narrador do texto a) focaliza elementos do cotidiano relacionados à elite brasileira. d) as personagens vivem um conflito narrado pelo professor de melancolia. QUESTÃO 02 Sobre o gênero do texto “Um apólogo”.Há mescla entre discurso direto e discurso indireto. QUESTÃO 07 Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 21 . III e IV. b) caixinha da costureira revela-se lugar obscuro em oposição ao luxo a ser exibido no baile. b) mostra-se cético em relação ao jogo de aparências mundanas. c) os diálogos contribuem para distanciar o enredo do conto ao das fábulas. c) ministros.“Faze como eu. QUESTÃO 04 I.O texto apresenta narrador em terceira pessoa. QUESTÃO 05 Referindo-se ao conto de Machado de Assis. d) apresenta as personagens compondo distintos lugares na estrutura social. b) II e III. b) revelar uma mordaz ironia quanto à falsa cordialidade das relações humanas.” II.“Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!” Com base na relação entre os trechos. é correto afirmar que a) o narrador desenvolve a trama a partir de um lugar situado no futuro em relação aos fatos apresentados. QUESTÃO 06 Sobre o texto “Um apólogo”. QUESTÃO 03 NÃO se pode depreender do texto que a(os) a) agulha e a linha simbolizam a dificuldade humana de se partilhar uma vida. d) alegoria da narrativa representada pelo vestido da baronesa constrói-se à medida que a costureira trabalha. pode-se afirmar que a) privilegia a organização dissertativa na construção do enredo intrincado. d) I. a crença em novas formas de harmonia em sociedade. d) se assemelha à fábula pela utilização de elementos figurativos para realizar uma crítica. . III.)” (SEPARAR APOSTO) c) “A costureira. para o dia seguinte. continuou ainda nesse e no outro. e ficou esperando o baile. e começou a coser. pegou pano. IV. que a linha a) compara a agulha a uma personagem da realeza. II e V. levava a agulha espetada no corpinho. e entrou a coser. enfiou-a na agulha e começou a coser. enfiou na agulha. pegou da agulha. enfiou a linha na agulha.. agora.. diga-me. que a ajudou a vestir-se. pegou da linha. pelo pano adiante. calou-se também. d) II.” Esse trecho foi reescrito das seguintes maneiras: I. (INTERCALAR ORAÇÃO EXPLICATIVA) QUESTÃO 11 O trecho que apresenta uma relação entre idéias opostas é: a) “Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas. não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano.)” (SEPARAR ORAÇÃO ADVERBIAL LONGA) d) “Uma e outra iam andando orgulhosas. e entrou a coser. começou a coser. b) I.Chegou a costureira. – Também os batedores vão adiante do imperador. (.A costureira chegou. III e V. pegou de pano. a qual enfiou na agulha. linha. no corpo da baronesa. mas que vale isso? Eu é que furo o pano..PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III “– Sim.” QUESTÃO 10 O uso das vírgulas está corretamente justificado em: a) “– Então. então. a costureira dobrou a costura.A costureira chegou. d) critica a agulha por esta se considerar importante como um imperador. a agulha.Chegou a costureira. os quais enfiou na agulha. IV e V. pode-se afirmar.)” c) “E era tudo silêncio na saleta de costura. que enfiou na agulha. II. V.. enquanto você volta para a caixinha da costureira?” b) “. calou-se também. O emprego dos pronomes está correto apenas em a) I. (. QUESTÃO 08 “Chegou a costureira. fazendo parte do vestido e da elegância?” c) “Por que está você com esse ar. e foi andando. senhora linha. agulha. b) exalta o valor da agulha ao relacioná-la a batedores. toda cheia de si.” Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 22 . (. levava a agulha espetada no corpinho. agulha e linha. pegou do pano. ainda teima no que dizia há pouco?” (SEPARAR VOCATIVO) b) “A agulha. e entrou a coser. III e IV. que era a melhor das sedas”. que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando. pegou do pano. vendo que ela não lhe dava resposta.Ora. vendo que ela não lhe dava resposta. a linha. pegou o pano. – Você é imperador?” Sobre o trecho. QUESTÃO 09 Manteve-se a ordem direta dos termos da oração na frase: a) “A agulha. corretamente. até que no quarto acabou a obra.. agulha e linha. que a ajudou a vestir-se. para fingir que vale alguma cousa neste mundo?” d) “Caindo o sol. pegou pano.” b) “Caindo o sol. continuou ainda nesse e no outro. c) evidencia a abertura de caminhos para a passagem da adversária. vou adiante. onde. a costureira dobrou a costura.” d) “A costureira.. puxando por você. quem é que vai ao baile. para dar algum ponto necessário.. da agulha e da linha.Chegou a costureira. c) I. toda enrolada. para o dia seguinte. Depois. É INCORRETO afirmar que o conto a) “O torcedor”. depois porque se constituiria em alvo fácil. QUESTÃO 15 Os contos que tematizam a relação de afeto entre criança e animal são a) “Passeio”. por medo de falta de segurança levaram-nos para a pequena casa de madeira em que viviam. de Lima Barreto. mas. de Wander Piroli. Em caso de assalto. d) voltam-se para a dissecação dos costumes e do espaço suburbano do Rio de Janeiro. Que inicialmente estavam guardados em um banco. Ao longo de uma vida de privações os dois haviam economizado centavo por centavo. c) “Boa de garfo”. em seu desfecho. na noite de Natal. de Ivan Ângelo. de Ivan Ângelo. Será que depois se lembrariam do esconderijo do dinheiro? Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 23 . toda enrolada. Em primeiro lugar porque custaria dinheiro. de Lygia Fagundes Telles. de Lygia Fagundes Telles. de Luís Vilela. de Fernando Sabino e “Negócio de menino com menina”. apresenta oposições. uma caixa no forro da casa. quando surge uma feliz solução para ambos. tudo o que os ladrões precisariam fazer seria levar o cofre. d) “Negócio de menino com menina”. Discutiram várias hipóteses: um buraco no pátio. b) “Biruta”. de Ivan Ângelo. c) expõem ressentimentos dos autores por serem mulatos e terem origem social humilde. e “O homem que sabia javanês”. apesar da constante disputa de interesses. mas a isso ele se opunha. de Artur Azevedo e “Festa”. E surgiu o problema: onde guardar uma quantia tão grande? A resposta óbvia era comprar um cofre. entram em acordo. para fingir que vale alguma cousa neste mundo?” (INÍCIO DE PERGUNTA INDIRETA) As questões de (13) a (15) referem-se à leitura do livro De conto em conto. mostra instigante diálogo entre homens com interesses distintos. QUESTÃO 14 O conflito de interesses é tema comum no livro De conto em conto. b) possuem o interesse de censurar as vaidades e invejas humanas. destaca conflitos entre as intenções de Alonso e os de Dona Zulu. Gabarito Oficial Processo Seletivo 1º semestre de 2009 Ensino Técnico 01-C 02-D 03-C 04-B 05-C 06-A 07-D 08-B 09-D 10-A 11-A 12-Anulada 13-A 14-C 15-B LÍNGUA PORTUGUESA TEXTO Nós dormimos em cima de nossos sonhos.” (INTRODUÇÃO DE UMA EXPLICAÇÃO) c) “Porque lhe digo que está com um ar insuportável?” (INTRODUÇÃO DE RESPOSTA) d) “Por que está você com esse ar. esqueciam as coisas. o entendimento entre duas personagens. em seu final. mas elas são contornadas pela sutil estratégia do protagonista. sua mulher. Juvêncio costumava dizer a Marta. sugere.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III QUESTÃO 12 A explicação para a grafia dos “porquês” NÃO está correta em a) “Que a deixe. toda cheia de si. c) “Biruta”. assim chegando a mais de U$200 mil. de Luiz Vilela e “Biruta”. de Carlos Drummond de Andrade. idosos. de Lygia Fagundes Telles e “Negócio de menino com menina”. de Machado de Assis. QUESTÃO 13 Ao se estabelecer relação intertextual entre os contos “Um apólogo”. b) “Boa de garfo”. pode-se inferir que os textos a) estabelecem uma crítica severa em relação à hipocrisia social. Locais problemáticos: ambos. por quê?” (PRINCÍPIO DE UMA EXPLICAÇÃO) b) “É boa! Porque coso. d) “Plebiscito”. pois tratava-se de um lugar que não despertaria desconfiança por ser considerado: A) muito evidente. constataram que a casa fora assaltada de novo. D) bem coberto. Ambos haviam sido excelentes bailarinos. No trecho – colocariam o dinheiro sob o colchão – o antônimo de sob é: A) embaixo. B) se colocava contra. Moacyr Scliar Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 24 . B) num buraco no pátio. Ficaram arrasados. os ladrões haviam levado o colchão. regressando da visita a um amigo. 02. Desta vez. correram para o dormitório. por exemplo. Sobre ele dormiam. C) ao lado. 03. mas isso era de menos: pálidos de medo. 04. Na frase – mas a isso ele se opunha – a expressão destacada significa: A) se esforçava. mas. E) assistir a uma peça teatral. Uma viagem à Itália. C) muito escuro. E aí foram furtados. mas em voltar a dançar tango. Suas almejadas viagens ficaram mais distantes. Confortados. As economias de Juvêncio e Marta ficaram guardadas primeiramente: A) sob um colchão. Chegaram a ir ao teatro para conhecer. E) se colocava a favor. D) sobre. No momento do primeiro assalto à casa de Juvêncio e Marta. eles dedicaram-se. Só conseguiram se recuperar com a ajuda do padre que convenceu-os argumentando que dinheiro é coisa secundária. Não com viagens. D) se rendia. era a opção mais tentadora. seguro: os ladrões simplesmente o descartariam pela obviedade. B) dentro. Uma noite. E assim os U$ 200 mil foram postos sob o velho colchão.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III Finalmente Juvêncio decidiu: colocariam o dinheiro sob o colchão. Já se viam em sonhos. e aí o choque e a amarga desilusão: o colchão havia sido afastado e os dólares haviam sumido. B) de difícil acesso. Para Juvêncio e Marta era seguro guardar o seu dinheiro sob o colchão. eles tinham ido: A) viajar pela Itália. Não estavam feridos e poderiam continuar sonhando. O ladrão tinha levado um liquidificador novo. a partir de então. C) em um cofre na casa. país natal de ambos. mas trabalhosa. ou discutiam o que fazer. B) dançar tango no teatro da cidade. C) rever uma pessoa conhecida. D) colocar uma caixa no forro da casa. a recuperar sonhos. 05. encontraram a casa arrombada. por isso mesmo. dançando tango no teatro da cidade. E) dotado de cofre. Além do mais. C) se zangava. um dos dois sempre estava adoentado. de noite. Lugar clássico. E) perto. Quando retornaram. 01. C) à viagem que planejavam. e mal. C) tristes. A palavra isso. B) angustiadas. B) ao roubo dos dólares. Juvêncio e Marta: A) sempre tiveram muito dinheiro para gastar. destacada no penúltimo parágrafo do texto (mas isso era de menos). D) desejadas. D) ao furto de liquidificador novo. recuperaram-se com a ajuda de um médico. 01 C 02 B 03 A 04 D Texto para as questões 1 a 6: 1º . E) haviam nascido na Itália. e bem. D) após o primeiro assalto. obtém-se A) decidiram. As pessoas que nascem ali têm grandes possibilidades de viver até os 70 anos de idade. 07.Uma diferença de 3. e o Brasil que vive pouco. – almejadas significa: A) novas. refere-se: A) à freqüente doença que atacava o casal. encravada na Serra Gaúcha. 05 E 06 C 07 E 08 D 09 D 10 B Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 25 . de Pernambuco. e pela Fundação Joaquim Nabuco. E) em um estabelecimento bancário. Esses números. A) Será que depois se lembrariam do esconderijo do dinheiro? B) Precisavam aguardar que ambos se sentissem bem. C) Correram para o dormitório e aí o choque e a amarga desilusão. D) decidiam. referem-se a duas cidades situadas em pólos opostos do quadro social brasileiro. B) logo após serem assaltados pela segunda vez. 10. B) decidirão. CEFET/COLTEC Módulo III 06. E) decidissem. E) ao desaparecimento do colchão. uma pequena cidade do sertão da Paraíba. De acordo com o texto. 08. No trecho – Finalmente Juvêncio decidiu: – passando a forma verbal decidiu para o tempo futuro. IBGE. quem nasce em Juripiranga tem a menor esperança de vida do país: apenas 38 anos. No trecho do penúltimo parágrafo – Suas almejadas viagens ficaram mais distantes.000 quilômetros e 32 anos de vida separa as margens do abismo entre o Brasil que vive muito. no plural. E) antigas. C) decidem. C) compraram um cofre para guardar o dinheiro.PORTUGUÊS D) numa caixa no forro da casa. 09. levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. chegar à velhice é privilégio de poucos. Segundo o IBGE. D) E aí surgiu o problema: onde guardar uma quantia tão grande? E) Os dólares haviam sumido. Assinale a alternativa que apresenta uma expressão empregada em sentido figurado. Na outra ponta fica Juripiranga. foram dançar tango num teatro. Lá. Num dos extremos está a cidade de Veranópolis. 95% das pessoas são alfabetizadas. §3ºO Brasil está no meio do trajeto que liga a dramática situação de Juripiranga à vida tranqüila dos veranenses. em média.na maioria descendentes de imigrantes europeus plantam e criam animais para o consumo da família. de acordo com o texto.pp. o resultado foi bem diferente: a sobrevivência é de 93%. Segundo o texto. a maioria das pessoas fica sem trabalho. §5ºNo censo de 1980. todas usam água tratada e comem. Juripiranga não tem calçamento e o esgoto corre entre as casas. o consumo médio de calorias por dia não passa de 650. §4ºVeranópolis. os entrevistadores do IBGE perguntaram às mulheres de Juripiranga quantos de seus filhos nascidos vivos ainda sobreviviam. Cobrir esse fosso custará muito tempo e trabalho.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III §2ºA estatística revela o tamanho do abismo entre a cidade serrana e a sertaneja. (Revista Veja . considerando a época da fundação b) as idades do morador mais velho e do mais jovem de cada cidade c) as médias de idade de seus habitantes d) a expectativa de vida das duas populações e) os índices de sobrevivência dos bebês nascidos vivos. 2. é formada por pequenas propriedades rurais em que se planta uva para a fabricação de vinhos. Os 32 anos referidos no texto como um dos indicadores do abismo existente entre as cidades de Veranópolis e Juripiranga corresponde à diferença entre: a) suas respectivas idades. Analise as afirmações abaixo e assinale V para as que. A economia gira em torno da cana-de-açúcar. Não há hospitais.11/05/94 .800 calorias por dia. Seus moradores . Veranópolis e Juripiranga encontram-se em pólos opostos. A estrada entre o país rico e o miserável está sedimentada por séculos de tradições e culturas econômicas diferentes. Na cidade gaúcha. considerar verdadeiras e F para as falsas: ( ) A cidade paraibana não tem sequer a metade dos privilégios de que goza Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 26 . Tem um cenário verdejante. Em época de entressafra. Na cidade gaúcha. Assinale a única opção cujos elementos não caracterizam uma oposição entre essas duas cidades: a) Norte x Sul d) Verdejante x Árido b) Serra x Sertão e) Plantação x Consumo c) Dramática x Tranqüila 3. é óbvio. 2. O índice geral de sobreviventes foi de 55%. os analfabetos são 40% da população e. Na cidade paraibana.com adaptações) 1. 86-7 . como é comum na Serra Gaúcha. A média que aparece nas estatísticas internacionais dá conta de que o brasileiro tem uma expectativa de vida de 66 anos. Só a metade deles recebe água tratada. no item alimentação. a realidade é bem diferente. Os moradores de Juripiranga não têm a mesma sorte. a céu aberto. Os sertanejos vivem em cenário árido. §6ºContrastes como esses são comuns no país. encontra-se numa posição intermediária entre as duas cidades.F e) F .F . como um todo.F .F .. A seqüência correta é: a) V .F . está sedimentada por séculos. Em "a cidade de Veranópolis. os termos sublinhados alterariam o sentido do texto se fossem substituídos. encravada na Serra Gaúcha". por: a) cravada e assentada d) enfiada e fixada Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 27 . podemos classificá-lo como predominantemente: a) descritivo d) narrativo b) persuasivo e) sensacionalista c) informativo 6.F .PORTUGUÊS a cidade gaúcha.V .V b) V . Veranópolis e Juripiranga se unem pelas tradições culturais. ( ) Embora com resultados diferentes. CEFET/COLTEC Módulo III ( ) O Brasil. "Cobrir esse fosso custará muito tempo e trabalho.F .V .. ( ) Apesar de afastadas pelas estatísticas.V . a base da economia das duas cidades é a agricultura.V . e "A estrada ..V ." O fosso mencionado no texto diz respeito ao (à): a) abismo entre as duas realidades b) esgoto que corre a céu aberto c) calçamento deficiente das estradas brasileiras d) falta de trabalho durante a entressafra e) distância geográfica entre os dois pólos 5.F ..". respectivamente.F d) F .V c) V . Numa análise geral do texto.V .V ... ( ) De seus ancestrais europeus os sertanejos adquiriram as técnicas rurais.F 4.V . a Inglaterra necessitava da ampliação de mercado consumidor e. §4º Todavia. em 1845. pois estabelecia a liberdade de todos os africanos que entrassem no país a partir daquela data. da Costa Monteiro e outros.o da mecanização da produção .não lhe interessava mais a existência da escravidão na América. embora navegassem ao longo da costa ou. quando ancorados nos portos. a ser um entrave aos interesses ingleses. (Ana Maria F.) 7. em 1850.PORTUGUÊS b) fincada e estabilizada e) escavada e realçada c) encaixada e firmada Texto para as questões 7 a 11: CEFET/COLTEC Módulo III A ABOLIÇÃO DO TRÁFICO NEGREIRO §1º A extinção do tráfico negreiro não foi um fato isolado na vida econômica do Brasil. o capitalismo industrial gerou consumidores marginalizados: os escravos. portanto. a escravidão na América foi resultado da mecanização da produção na Inglaterra. 1988. o Brasil. b. A leitura dos dois primeiros parágrafos do texto nos permite concluir que: a. mais ainda. a pressão sobre o governo brasileiro tornou-se muito maior e a situação chegou a ficar insustentável. o Parlamento inglês aprovou o "Bill Aberdeen".181. definitivamente. Ela serviu para refrear um pouco a pressão britânica. §2º Depois que esse país conseguiu dar o salto qualitativo . na prática. porém. e. que proibia. a Inglaterra usou mais do que a simples pressão: só reconheceu a independência daquele país mediante tratado. o tráfico negreiro para o Brasil. pois. com pequenas adaptações. p. A Inglaterra apoiava a escravidão na América porque necessitava dar um salto qualitativo em sua economia. ela correspondeu às exigências da expansão industrial da Inglaterra. Secretaria Municipal de Educação. não foi tomada qualquer medida efetiva. o que levou a aprovação da Lei de 1831 que. d. A expressão "para inglês ver" (5§º) significa que: Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 28 . §7º Finalmente. §6º A partir daí. fomentou o fim da escravidão na América. com a implantação do capitalismo industrial. deveria acabar com o tráfico. História. o Parlamento brasileiro aprovou a Lei Eusébio de Queirós. então. ao contrário. ficou "para inglês ver". visto que os escravos estavam marginalizados do consumo. permitia a prisão de navios acusados de praticarem pirataria e o julgamento dos traficantes por tribunais ingleses. ainda. que concedia à marinha inglesa o direito de revistar os navios suspeitos de tráfico e. nunca cessou de todo e. A escravidão passou. c. 8. Rio de Janeiro. §3º Com relação ao Brasil. tornava-se necessária a ampliação de mercados consumidores. ao mecanizar sua produção. contudo. Esta. definiu o fim do tráfico de escravos. no qual o Brasil se comprometia a abolir o tráfico de negros. §5º Esta lei. pois os navios brasileiros começaram a ser revistados. Após a leitura do texto. d. ( ) E a situação torna-se ainda mais grave quando o trabalhador se vê forçado Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 29 . e. ( ) Quando realizamos um trabalho. a Inglaterra viu que a abolição do tráfico era uma realidade 9. do Parlamento inglês c) os ingleses viram a Lei de 1831. d. e. gastamos certa quantidade de energia física e mental. criada e anunciada aos ingleses. fora de sua seqüência normal. Levou a economia brasileira ao caos Chegou a afetar a soberania brasileira Só ocorreu quando a pressão britânica chegou ao máximo Demorou dezenove anos para se efetivar. desde que a desejassem considerava livres os negros que entrassem no Brasil após aquela data não permitindo que os navios negreiros aportassem. esquecia-se dos direitos humanos necessitava dos escravos como mão-de-obra assalariada na lavoura para fazer-se independente cedeu às pressões inglesas porque obedecia a instruções de Portugal. proibia a entrada de negros no país permitia o confisco dos navios negreiros que aqui aportassem dava aos negros o direito à liberdade. c. c. de acordo com a ordem em que os parágrafos devem aparecer para que o texto tenha sentido: ( ) "Não conseguindo fazer a reposição da energia física e mental. após a primeira tentativa em 1831 Gerou alterações na economia brasileira 11. que terminou com o tráfico negreiro d) a Lei de 1831. e. os trabalhadores de baixa renda tornam-se as maiores vítimas de doenças. b. pois o tráfico de escravos era fundamental para a sua economia 12. Numere os parênteses de 1 a 5. os parágrafos foram colocados. concluímos que o Brasil: a. d. comprometendo até mesmo a sua força de trabalho. b. b. gerava prejuízo aos traficantes 10. Nos textos abaixo. A Lei de 1831 foi uma tentativa para extinguir o tráfico negreiro porque (§4º): a. preocupado com sua independência em relação a Portugal. não foi cumprida e) em 1831. do qual era colônia só teria sua independência reconhecida pela Inglaterra se extinguisse o tráfico negreiro resistiu às pressões. c. Assinale a afirmativa incorreta a respeito do fim do tráfico de escravos: a.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III a) a Inglaterra estava vigiando os navios negreiros b) o Brasil obedeceu ao Bill Alberdeen. de propósito. São Paulo. resulta do encontro. é ocultar. através do seu aporte à culinária. §2º De acordo com a maioria dos estudiosos do assunto na atualidade. Moderna. à tecnologia agrícola. talvez sejam os melhores exemplos de contribuição dos povos minoritários à cultura brasileira.2 e) 2 . Assinale a opção que está de acordo com as idéias expressas no texto: Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 30 .1 . Vol. do que todos os pequenos produtos que negros e índios acrescentaram a uma cultura nacional.5 . um líder guerreiro indígena. Rio de janeiro. In: Correio.4 . ou à vida ritual do país. dos conflitos e das alianças entre grupos nacionais e étnicos. Geografia.2 b) 3 . ( ) A energia despendida precisa ser reposta através de uma alimentação adequada.3 c) 2 .1 . afetando. ainda mais. (Carlos Rodrigues Brandão. desse modo. com o direito "do outro" e com o fraterno respeito pelas minorias quaisquer que sejam. Índios. a sua saúde. sob o manto da pitoresca aparência. os pretos trazidos da África e os brancos vindos de Portugal a partir de 1500.2 d) 1 . fevereiro de 1987) 13.5 . maior será seu desgaste físico e mental.1 . ano 15.4 . CEFET/COLTEC Módulo III a prolongar sua jornada de trabalho a fim de aumentar seus rendimentos e ( ) Portanto.3 .4 . negros e brancos: a construção do Brasil. do descanso em moradia ventilada e higiênica e outros fatores. os fragmentos de "contribuição cultural" de diferentes grupos étnicos não são o mais relevante. aquilo que é fundamentalmente essencial." (Melhem Adas.5 .4 Texto para as questões 13 a 16: §1º O Brasil é um país cuja história e cultura foram e seguem sendo uma construção do trabalho de "três raças": os índios. habitantes originais de todo o território nacional. um guerreiro tornado escravo e que preferiu morrer guerreiro no seu Quilombo dos Palmares a voltar a ser um escravo.5 . p. ao artesanato. quanto maior a jornada de trabalho.5 .3 . sempre a principal lição que se pode tirar é o aprendizado da convivência cotidiana com a diferença. e Zumbi. §3º Isto porque em toda a nação que. 33) A seqüência correta é: a) 3 . Sepé Tiaraju. Fundação Getúlio Vargas.PORTUGUÊS atender às suas necessidades. Não é possível esquecermos que negros e indígenas participaram sempre da vida brasileira com servos e escravos. 2. apesar de tudo souberam lutar e resistir. Pretender mensurar a participação do indígena ou do negro brasileiros em uma cultura dominantemente branca e de remota origem européia.1 . como sujeitos e povos espoliados e que.4 . 1984. como o Brasil. toda estreita e toda de mau piso. Negros e indígenas escravizados uniram-se para lutar e resistir. O monstro transformador irrompeu.A 14 – D A ERA DO AUTOMÓVEL (João do Rio.C 7–A 8-D 9-D 10 . bufando. o último parágrafo expressa uma: a) advertência d) justificativa b) condição e) oposição c) contradição 15. de Patrocínio. e. várias damas sufocavam. quando chegou. Quem poderia pensar na influência futura do automóvel diante da máquina quebrada de Patrocínio? Quem imaginaria velocidades enormes na Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 31 . b. Vida vertiginosa) E. arauto do progresso. que acabava de ser inventado em França. Gente de guarda-chuva debaixo do braço parava estarrecida como se estivesse vendo um bicho de Marte ou um aparelho de morte imediata. aspérrima educadora.D 12 – B 13 . foi motivo de escandalosa atenção. c. acreditando voar com três quilômetros por hora. subitamente. é a era do Automóvel. Oito dias depois. por entre os escombros da cidade velha. e como nas mágicas e na natureza. d. Mas ninguém adivinhava essa era. participando. CEFET/COLTEC Módulo III A construção da história e da cultura do Brasil resulta do trabalho de índios. pretos e brancos. deitava tanta fumaça que. eriçava o pedregulho contra o animal de lenda. o primeiro. ao vê-lo passar. tudo transformou com aparências novas e novas aspirações. Quando os meus olhos se abriram para as agruras e também para os prazeres da vida. o jornalista e alguns amigos. Com relação ao parágrafo anterior. O vocábulo "mensurar" (2º parágrafo) pode ser interpretado como: a) averiguar d) regular b) examinar e) sondar c) medir 1-D 2–E 3-C 4-A 5–C 15 . A imprensa.PORTUGUÊS a. O vocábulo "originais" (1º parágrafo) pode ser interpretado como: a) diferentes d) peculiares b) excêntricos e) primitivos c) exóticos 16. 14.E 6–E 16 . a cidade. Um. com relativa facilidade. a participação do indígena ou do negro na cultura branca de origem européia. assim da vida brasileira. Os conflitos entre os três grupos étnicos nacionais geram uma necessidade de convivência fraterna entre os indivíduos. modelo de esnobismo. É possível detectar. rebentavam a máquina de encontro às árvores da rua da Passagem. Só pelas ruas esguias dois pequenos e lamentáveis corredores tinham tido a ousadia de aparecer. e a elegância. tão lento e parado que mais parecia uma tartaruga bulhenta. A influência de índios e negros deu-se especialmente na culinária e no artesanato.A 11 . O outro. eram os precursores da era automobilística. ruas esguias e esguias ruas. Agora. e triunfal e desabrido o automóvel entrou. O automóvel teve novidades bastantes. a posição do adjetivo nesse segmento altera o seu significado. morte imediata e imediata morte. 5. Os gerúndios sublinhados transmitem.”. é tirano. B. o jornalista e alguns amigos. C. B. E. Para que ele se firmasse a transfiguração da cidade foi necessária. cidade velha e velha cidade. E a transfiguração se fez:ruas arrasaram-se. D. acreditando voar com três quilômetros por hora”.. idéias de: A. aquela máquina que cheira mal? . Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 32 . bufando. os impostos aduaneiros caíram. C. lamentáveis corredores e corredores lamentáveis. B. 4.. “O monstro transformador irrompeu. a forma INADEQUADA da reescritura desse segmento do texto é: A. 2. Necessitou-se da transfiguração da cidade para que ele se firmasse. O automóvel foi bem rápido. por entre os escombros da cidade velha”. em que o chofer é rei. 1. meio e modo.Pois viajei nele. respectivamente. D. causa e condição. A transfiguração da cidade foi necessária para que ele se firmasse. “rebentavam a máquina de encontro às árvores da Rua da Passagem”. B. O automóvel é rapidão! E.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III carriola dificultosa que o conde Guerra Duval cedia aos clubes infantis como um brinco idêntico aos balanços e aos pôneis mansos? Ninguém! absolutamente ninguém. D. A frase que NÃO demonstra uma visão negativa do automóvel é: A. para que ele se firmasse. novo. “aquela máquina que cheira mal?”. modo e tempo. nós vivemos positivamente nos momentos do automóvel. “aparências novas e novas aspirações”. . avenidas surgiram. condição e meio.Infeliz.. aqui temos uma forma erudita de superlativo do adjetivo “áspero”.eriçava o pedregulho contra o animal de lenda”. E. escandalosa atenção e atenção escandalosa. E. O mesmo pode ocorrer em: A. D. “parava estarrecida como se estivesse vendo um bicho de Marte”. “aspérrima educadora”. C. arrastando desvairadamente uma catadupa de automóveis. “Para que ele se firmasse foi necessária a transfiguração da cidade”. O automóvel é novo pra burro. E. “. C. bufando. O item abaixo que NÃO mostra uma forma superlativa é: A. novo. B. tempo e causa.. é soberano. . O automóvel é novo. Foi necessário. C. a transfiguração da cidade. “Oito dias depois.Ah! Um automóvel. D. Foi necessária a transfiguração da cidade para que ele se firmasse. Para que ele se firmasse foi necessária a transfiguração da cidade. “O monstro transformador irrompeu. 3. inchar o peito e.. A família Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 33 . a máquina. “o chofer é rei. As questões de 20 a 22 são a respeito do texto abaixo. E. rebentavam a máquina ao encontro das árvores. mostrar a diferença entre os automóveis antigos e os modernos. 8: B. D. guarda-livros. “e triunfal e desabrido o automóvel entrou”. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã. o Brasil aboliu os impostos alfandegários. Mesmo quando a escolheram. a forma dessa mesma frase que ALTERA o seu sentido original é: A. 10: A. de onde. 8. a presença de palavras de sentido oposto. rebentavam. B. B. D. Desde Sábado encolhera-se num canto da cozinha. “A imprensa. ou seja. Um instante ainda vacilou – o tempo da cozinheira dar um grito – e em breve estava no terraço do vizinho. 4: A. 7: A. C. E. guarda-costas. 5: A. não se cobravam impostos sobre automóveis. guarda-noturno. demonstrar que o automóvel triunfou graças à imprensa. “Quando os meus olhos se abriram para as agruras e também para os prazeres da vida” apresenta uma antítese. D. apalpando sua intimidade com indiferença. ninguém olhava para ela. 9. os automóveis passaram a custar mais barato. tão lento e parado que mais parecia uma tartaruga”. em dois ou três lances. Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo. 3: E. O mesmo ocorre em: A. E. guarda-civil. 1: E. a máquina era rebentada de encontro às árvores. as pessoas deixaram de viajar de navio. B. “Era uma galinha de Domingo. de encontro às arvores rebentavam a máquina. “guarda-chuva” faz o plural da mesma forma que: A. modelo do esnobismo”. B. avenidas surgiram”. alcançar a murada do terraço. 10. “Ruas arrasaram-se. Nunca se adivinharia nela um anseio. de encontro às árvores. 9: D. 7. O autor do texto cita que “os impostos aduaneiros caíram” para indicar que: A. guarda-pó. B. alcançou um telhado. Os dois automóveis são citados no primeiro parágrafo do texto para: A. D. C.. C. de encontro às árvores a máquina era rebentada. GABARITO. revelar a pouca expectativa de futuro para o automóvel. destacar as mudanças provocadas por eles no cenário urbano. e a elegância. é tirano”. D. arauto do progresso. 2: D. E. não souberam dizer se era gorda ou magra. em outro vôo desajeitado. Lá ficou em adorno deslocado. Não olhava para ninguém. “O outro. E. hesitando ora num pé ora no outro pé. indicar a presença marcante do automóvel desde seu aparecimento. 6: D.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III 6. “rebentavam a máquina de encontro às árvores”. C. Parecia calma. C. é soberano. muitos automóveis chegavam aos portos. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida.” b)“foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas. c) “. era um caçador adormecido... Os olhos do homem passavam por cima da gente que ia no meu bonde. a)“o rapaz. foi o gesto do cocheiro. muda. “lá ficou em adorno deslocado.” d)“. ela corria.. O dono da casa.” c)“. na fuga. a)“. encontrei um dos elétricos. indo pela praia da Lapa.Indique uma passagem que traduz exatamente o que representava a galinha para a família. o rapaz alcançou-a.. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. em um bonde comum. lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar... como lhe queiram chamar espíritos vadios.” d)nenhuma das alternativas anteriores 22 . mas a própria eletricidade. Nem sequer entrei em algum. sem pai nem mãe.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. ninguém olhava par ela. mais tarde.. Não é meu ofício censurar as meias glórias ou glórias de empréstimo. Para não mentir.” d)“era uma galinha de domingo As questões de 23 a 25 são a respeito do texto abaixo: “Não tendo assistido à inauguração dos bondes elétricos. Era o primeiro que estes meus olhos viam andar.A fuga da galinha causa consternação à família porque: a)ao alcançar o telhado. direi que o que me impressionou. tinha tempo de se refazer por um momento. com um grande ar de superioridade. Afinal. ela foi presa e pousada no chão da cozinha com certa violência. porém. b)“ pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida. porém. Posto não fosse feio. arfava. resolveu seguir o itinerário da galinha.. vestiu radiante o calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta hesitante e trêmula escolhia com urgência ouro rumo . era um caçador adormecido. não era as prendas físicas que lhe davam aquele aspecto.” 21 .. Sozinha no mundo. sem pai nem mãe. Entre gritos e penas.Indique uma passagem em que o autor alude ironicamente ao recônditos instintos selvagens do dono da casa. Às vezes. Anteontem. que descia. A perseguição tornou-se mais intensa.. concentrada.” 20 . o rapaz alcançou-a..” c)Estava “sozinha no mundo. Daí o meu silêncio da outra semana. a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar sem nenhum auxílio de sua raça. deixei de falar neles. para receber as impressões da nova atração e contá-las.” b)“nunca se adivinharia nela um anseio.. porém. E por mais ínfima que fosse a presa. não só o bonde elétrico.. antes da eletricidade. viu o almoço junto de uma chaminé. numa das vezes em que parou para gozar sua fuga... o grito de conquista havia soado. enquanto o rapaz galgava outros comdificuldade. pairava ofegante no beiral de telhado e.. E então parecia tão livre... As glórias de Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 34 . Sentia-se nele convicção de que inventara. O rapaz..... Ela revelou pouco a pouco. d)Ao advento da eletricidade 25 .Segundo o texto. d)Não poderia ser trocado pela “agradável sensação” proporcionada pelo bonde comum 24 .e a folha permanece meio escrita. a esta hora. Releio algumas linhas. dobrando ele para o largo da Lapa e rua do Passeio. ou antes a culpa foi desta vida agreste. c)Às suas prendas físicas. se me escapa o retrato moral de minha mulher. Com efeito. A gente do meu bonde ia saindo aqui e ali. sento-me aqui à mesa da sala de jantar. acendo o cachimbo. que me desagradam. compreendo que perco o tempo. se não valem tanto como as de plena propriedade. Quando os grilos cantam. b)Às suas prendas físicas. embora fosse feio. Impossível. mas não conheci tudo de uma vez. como íamos em sentido contrário.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III empréstimo. deslizando como os barcos dos poetas. raiva. pois não era feio. o autor considera que: a)atitudes alheias não devem ser censuradas. Nem por isso o perdi de memória. ou vêm muito numerosas. Jacksom. b)Compensa as “meias glórias” ou “glorias inteiras. Afasto o papel. o conforto do bonde elétrico: a)não vale “a marcha serena” do bonde comum. ao sopro da brisa invisível e amiga. para que serve esta narrativa? Para nada. Não vale a pena tentar corrigi-las. 1955) 23 . Às vezes as idéias não vêm. um peso enorme no coração. de tagarelar novamente com Madalena. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 35 . Para que arrancar um homem a essa agradável sensação? Que tenho para lhe dar em troca? Em seguida. c)Impressionou menos do que a atitude do cocheiro. d)Não vale a pena desfazer uma :” agradável sensação”. a)à certeza íntima de que inventara a eletricidade. pois são “glorias de empréstimos” b)mesmo os bondes comuns merecem nossa simpatia e não devem ser desprezados. Mas.” (Machado de Assis – A Semana – Rio. merecem sempre alguma mostra de simpatia. Saudade? Não. admirei a marcha serena do bonde. Procuro recordar o que dizíamos. Emoções indefiníveis me agitam – inquietação terrível. como estava na véspera. que me deu uma alma agreste. A culpa foi minha. e nunca se revelou inteiramente. c)Só as “glórias de plena propriedade” são válidas. não é isto: é desespero. mas sou forçado a escrever. o “ar de superioridade “ do cocheiro devia-se. e entrando eu na rua do Catete. desejo doido de voltar.Para Machado de Assis. outra gente estava adiante e eu pensava no bonde elétrico. não tardou que nos perdêssemos de vista. E falando assim. bebo café. As questões 26 a 27 são a respeito do texto abaixo: “Conheci que Madalena era boa em demasia. como fazíamos todos os dias.Para o autor. b)Por causa “desta vida agreste” c)Por ser sempre agitado por indefiníveis emoções. em muitas cidades brasileiras e do mundo inteiro.Martins Editora) 26 . e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. sobretudo: a)porque ela nunca se revelou inteiramente. O mais comum entre nós é o sinal em que cada uma das luzes fica aberta durante um tempo previamente determinado. isso era válido.” 28 . Do sinal manual da Quinta – Avenida chegamos aos sinais controlados por computador que já existem no Brasil. reprodução imperfeita de fatos exteriores. se faz por um dispositivo colocado sobre o pavimento e acionado pelas próprias rodas dos veículos.Segundo o texto. d)Não gosta do que escreve. Os sinais luminosos se aperfeiçoaram bastante. Para senti-las melhor. porque o narrador: a)não conseguiu compor um retrato moral de sua esposa.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III As minhas palavras eram apenas palavras. b)Foi forçado a escrever.A narrativa é inútil. guardasinaleiros (às vezes atuando junto com o sinal) . c)Tem uma alma agreste. As questões 28 a 29 são a respeito do texto abaixo: “Durante muito tempo o único objetivo dos sinais era evitar colisões nos cruzamentos perigosos. manuais. evitando ao máximo os transtornos dos congestionamentos. eu apagava as luzes. sinais luminosos manuais e até semáforos do tipo primitivo. diferente de um aparecido inicialmente na Inglaterra. hoje. Por isso vemos. em que o tempo de abertura das luzes varia de acordo com a intensidade do tráfego: o controle geralmente.” (Graciliano Ramos – São Bernardo – São Paulo. d) O modelo americano de sinal luminoso é muito usado no Brasil. são ainda mais seguras e/ ou econômicas. o narrador não pôde conhecer totalmente sua esposa. Mesmo com os modernos sinais de tempo prefixado ou os avançadíssimos controlados por computador – cujos modelos mais sofísticados usam até circuitos fechados de televisão para acompanhar a corrente do tráfego nos locais de intenso movimento – as formas antigas de controlar o trânsito continuam a ser usadas: dependendo do caso. Madalena. Liv.Do texto se conclui que: a)nas ruas de tráfego intensos sinais luminosos são acionados pelas próprias rodas dos veículos. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 36 . 27 . d)Porque as palavras são reproduções imperfeitas das inquietações. deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão. porém. Enquanto havia poucos veículos nas ruas. c)O modelo inglês de sinal luminoso foi adotado há alguns anos pelo governo da Guanabara. ou elétricos. b)Nas ruas de tráfico intenso guarda-sinaleiros substituem os sinais luminosos. a principal finalidade dos sinais luminosos é regularizar o tráfego. Esse é o modelo americano. d)Como um invento destinado a auxiliar o trabalho dos guarda-sinaleiros GABARITO 01)A 02)C 03)E 04)A 05)D 06)C 07)B 08)E 09)A 10)B 11)E 12)C 13)A 14)A 15)D 16)C 17)B 18)E 19)A 20)A 21)C 22)D 23)B 24)D 25)B 26)B 27)B 28)D 29)D 30)C QUESTÃO 01 BROWNE.Do texto se infere que: CEFET/COLTEC Módulo III a)os programas de televisão de grande audiência são utilizados para melhor controle do tráfego. C. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 37 . c)O aperfeiçoamento dos sinais luminosos não levou a sofisticação das técnicas de controle de tráfego d)Como a maior intensidade do tráfego. o horrível. A linguagem da tirinha revela A) o uso de expressões linguísticas e vocabulário próprios de épocas antigas.PORTUGUÊS 29 . Hagar. b)Com um invento ultrapassado. b)Os dispositivos de controle do tráfego não podem ser acionados pelos guarda-sinaleiros. o sinal luminoso pode ser definido: a)como um invento que superou as formas antigas de controle de tráfego. que foi superado pelo computador eletrônico.De acordo com o texto. Jornal O GLOBO. o objetivo dos sinais luminosos mudou 30 . 2009. c)Como um invento destinado a evitar colisões e regularizar o tráfego. Segundo Caderno. 20 fev. (B) considerar seu dedo indicador tão importante quanto o dos patrões. D) o uso de um vocabulário específico para situações comunicativas de emergência. (C) inclusão digital e a modernização das empresas. no primeiro quadrinho. C) o caráter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal no segundo quadrinho. (C) atribuir. fama exagerada ao dedo indicador dos patrões. mesmo sendo criança. (B) inteligência empresarial e a ignorância dos cidadãos. poder ilimitado ao dedo indicador. QUESTÃO 03 O humor presente na tirinha decorre principalmente do fato de a personagem Mafalda (A) atribuir. no último quadrinho. QUESTÃO 02 A situação abordada na tira torna explícita a contradição entre a (A) relações pessoais e o avanço tecnológico. no primeiro e no último quadrinhos. E) a intenção comunicativa dos personagens: a de estabelecer a hierarquia entre eles. (E) revolução informática e a exclusão digital. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 38 . um mesmo sentido ao vocábulo “indicador”. (D) economia neoliberal e a reduzida atuação do Estado. (E) atribuir. (D) usar corretamente a expressão “indicador de desemprego”.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III B) o uso de expressões linguísticas inseridas no registro mais formal da língua. Onde (em que lugar) você colocou minha carteira? Aonde (a que lugar) você vai. (A) não se justifica. mas(porém) não tenho dinheiro. interjeição (indicando surpresa. como consumidores. do ponto de vista biológico. porque as minhocas. * Aonde significa "a que lugar". (D) é justificável. *Quê é um substantivo (com o sentido de "alguma coisa"). por se alimentarem de detritos. Ela é a mais (menos) bonita da escola. entretanto". tratando-me dessa maneira? Você pretende o quê? Quê!? Quase me esqueço do nosso encontro. * Donde significa "de que lugar". porque os vertebrados ocupam o topo das teias alimentares. a arrogância do gato com relação ao comportamento alimentar da minhoca. de mesmo valor que "porém. acréscimo. Mas e Mais * Mas é uma conjunção adversativa. Aonde e Donde * Onde significa "em que lugar". porque ambos são consumidores primários em uma teia alimentar. menina? Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 39 . todavia.PORTUGUÊS QUESTÃO 04 CEFET/COLTEC Módulo III Na charge. Eu iria ao cinema. contudo. (E) é justificável.cavar. espanto) ou pronome em final de frase (imediatamente antes de ponto final. devem . * Mais é um advérbio de intensidade. no entanto. não participam das cadeias alimentares. advérbio ou partícula expletiva. (C) não se justifica. mas também pode dar idéia de adição. conjunção. Ex. Que e Quê *Que é pronome. diariamente o seu próprio alimento. Gabarito: 01-E 02-A 03-C 04-A Problemas Gerais da Língua Culta A intenção desta parte é fixar a forma certa de algumas palavras e expressões que sempre trazem dificuldades para o brasileiro em geral. Que você pretende. Emprego de algumas palavras e expressões semelhantes: 1. porque ambos. visto que o felino possui função superior à da minhoca numa teia alimentar. (B) é justificável. 2. 3. Ex. tem sentido oposto a menos. Onde. de interrogação ou de exclamação) Ex. Nós temos vontades afins. agora. 6. Ex. Ontem. Acerca de. 9. * Ao par só é usado para indicar equivalência entre valores cambiais. no sentido de "estar bem informado". A cerca de e Há cerca de * Acerca de é locução prepositiva equivalente a "sobre. a não ser". Estamos a dois dias das eleições. não sairá sábado à noite. 5. antônimo de "bom" Ex. equivalente a "para que". mas suas ações são contrárias ao nosso acordo) 7. * A é usado para indicar tempo futuro. * Torcer para é usado. equivale a "caso não". Nada fazia senão reclamar. Torcer por e Torcer para * Torcer por. mas você não estava. Ex. choque. semelhante". 11. (Suas idéias são tais quais as minhas. * Há cerca de indica tempo decorrido. nós viemos procurá-lo. Suas idéias vêm ao encontro das minhas. Torço pelo Santos. Ex. Ex. Mal e Mau * Mal é advérbio. * Mal também é substantivo. * De encontro a indica oposição. Ele é um homem mau (não é bom). Estude bastante. Estamos rompidos há cerca de dois meses. * Mau é adjetivo. Há e A na expressão de tempo * Há é usado para indicar tempo decorrido. Ele partiu há duas semanas. para conversar sobre nossos problemas. Se não estudar. Senão e Se não * Senão significa "caso contrário. O mal da sociedade moderna é a violência urbana. Nós viemos e Nós vimos * Nós viemos é o verbo vir no pretérito perfeito do indicativo. pois o verbo torcer exige esta preposição. a respeito de". Ex. só pratica o mal (e não o bem). 12. Afim e A fim de * Afim é adjetivo equivalente a "igual. "ter posição convergente" ou "aproximar-se de". Moro a cerca de 2 Km daqui. Ex. 8. colisão. mas suas ações vão de encontro ao nosso acordo. Nós vimos aqui. * Nós vimos é o verbo vir no presente do indicativo. no passado. A par e Ao par * A par é usado. O real está ao par do dólar. antônimo de "bem". Ao encontro de e De encontro a * Ao encontro de indica "ser favorável a". Ex. ou seja. aquilo que é prejudicial ou nocivo" Ex. podendo significar "doença. * Se não ocorre em orações subordinadas adverbiais condicionais. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 40 . moléstia. 10. Ela veio a fim de estudar seriamente.PORTUGUÊS Donde (de que lugar) tu vieste? CEFET/COLTEC Módulo III 4. * A fim de é locução prepositiva que indica finalidade. Estávamos falando acerca de política. Ex. Estou a par de todos os acontecimentos. senão não sairá sábado à noite. quando houver indicação de finalidade. "a fim de que". ter conhecimento". * A cerca de indica aproximação. Ex.. Estadia e Estada * Estadia é usado para veículos em geral. Descemos. Foi curta minha estada na cidade. fase. * Em domicílio se usa sem idéia de movimento. Ex. 16. Sentar-se na mesa e Sentar-se à mesa * Sentar-se na mesa significa sentar-se sobre a mesa. * Perda é substantivo. O mesmo ocorre com "estar ao computador. Estágio e Estádio * Estágio é preparação (profissional. escolar . * Tiritar significa "tremer de frio ou de medo". pois essa perda de gols não se repetirá. pois não encontrei cadeira alguma. Ex. Naquela época o país passava por um estádio de euforia. ao telefone. 15. * Estada é usado para pessoas. Ex. 14. Ex. à janela .).. ao invés de subir. Ele estava desapercebido de dinheiro. Paguei a estadia de meu automóvel. _ Não perca a paciência. Devolvi o dinheiro por descargo de consciência. Ex. Perca e Perda * Perca é verbo. Enviarei a domicílio seus documentos.. Em vez de ir ao cinema. O fato passou-me totalmente despercebido. de uma responsabilidade". período". Despercebido e Desapercebido * Despercebido significa "sem atenção". Ao invés de e Em vez de * Ao invés de indica "oposição. 18. * Em vez de indica "substituição. * Sentar-se à mesa significa sentar-se defronte à mesa. disse o jogador ao técnico. * Descargo significa "alívio". Escutar e Ouvir Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 41 . desprevenido". Damos aulas particulares em domicílio. 21. CEFET/COLTEC Módulo III 13. 17. * Estádio significa "época.PORTUGUÊS Torço para que o Santos seja o campeão. 19. Desencargo e Descargo * Desencargo significa "desobrigação de um encargo. A domicílio e Em domicílio * A domicílio só se usa quando dá idéia de movimento. Filho que se forma é mais um desencargo de família para o pai. ao portão. situação contrária". Estou no primeiro ano de estágio na empresa. Fazemos entregas em domicílio Levaram a domicílio as compras. fui ao teatro. 22. Sentei-me na mesa. Ex. Ex. Ex. de um trabalho. * Desapercebido significa "desprovido. Tilintar e tiritar * Tilintar significa "soar". simples troca". A campainha tilintava sem parar. O rapaz tiritava de frio. Sentei-me ao computador para trabalhar. 20. aquela. ( por que = pelo qual) c) o que é conjunção integrante. 02) Se a preposição a vier de um verbo que indica destino (ir. * Ouvir significa "perceber pelo sentido da audição". quando não houver a preposição a à frente e quando o substantivo posterior estiver no plural. O sol estava a pino.Por que – separado e sem acento quando: a) inicia ou introduz uma oração interrogativa. Ex.: Eis o porquê de sua atitude. Sem crase. Grafia da palavra “PORQUE” 1. voltar. Ex. Crase A palavra crase provém do grego (krâsis) e significa mistura. 23.: Não veio à festa porque estava doente. Ao ouvir aquele som estranho. Ex. Ex. vir. 24. saiu em disparada. cair. Para saber se ocorre ou não a crase.: Você foi embora por quê? 3. Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 42 . Escutou. Haja vista aos problemas. Ela recorreu a mim.: Não sei o motivo por que me ofenderam. Ex. estando o substantivo posterior no singular ou no plural. pois pino não é palavra feminina. pois ele saíra de lá.Porquê – junto e com acento quando for substantivo. nada viu.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III * Escutar significa "estar atento para ouvir". mas essa denominação visa a especificar principalmente a contração ou fusão da preposição a com os artigos definidos femininos (a.: Anseio por que me digas a verdade. aqueloutro . Na língua portuguesa. as reclamações da esposa. aquele. crase é a fusão de duas vogais idênticas. Haja vista os problemas. Ex. Haja vista e Hajam vista * Haja vista pode-se usar.: Por que você foi embora? (interrogativa direta = por que razão) Não sei por que você foi embora. pois ajudar não é palavra feminina. Olhar e Ver * Olhar significa "estar atento para ver".Por quê – separado e com acento quando aparece no final de uma oração interrogativa. a tarde toda.Porque – junto e sem acento quando for conjunção. (interrogativa indireta = por que razão) b) o que é pronome relativo. Ex. Sem crase. Estou disposto a ajudar você. aquilo. Ex. * Hajam vista pode-se usar. 4. * Ver significa "perceber pela visão". portanto nunca use o acento grave indicativo de crase diante de palavras que não sejam femininas. comparecer. pois mim não é palavra feminina. Quando olhou para o lado. Hajam vista os problemas. Ex. as. chegar. havendo ou não a preposição a à frente. as) ou com os pronomes demonstrativos a. Ex. aquiloutro. Sem crase. basta seguir três regras básicas: 01) Só ocorre crase diante de palavras femininas. 2. aquelas). é facultativo o uso da preposição a. caso haja substantivo feminino à frente. Ex. pois Venho de Porto Alegre. pois Assisti ao filme. chegar. se. mesmo que as palavras moda e maneira fiquem subentendidas. às custas de. diante da feminina.: Não se esqueça do que foi estudado em Artigo. Vou a Porto Alegre. das expressões adverbiais à moda de e à maneira de. Casos especiais 01) Diante das palavras moda e maneira. Ex.. à noite. Ex. Ex. caso contrário. Assisti à peça. troque este verbo por outro que indique procedência (vir. Ex. ocorrerá crase. caso contrário.. pois Respeito os regulamentos. Preencheu o formulário a caneta.. surgir da. 04) Diante da palavra distância. à 03) Nas locuções prepositivas e conjuntivas femininas ocorre crase. será facultativa a ocorrência de crase. Reconheci-o a distância. alguns gramáticos estão admitindo crase diante de adjuntos adverbias de meio. Com crase. Vou à Bahia. Fui até à secretaria. ocorrerá crase.). se não houver a preposição de. voltar. Ex.. não ocorrerá crase. à proporção que. surgir ao. Ex. diante da masculina. se houver a formação de locução prepositiva. A cena à qual assisti foi chocante.). à vontade. à direita. à maneira de. Reconheci-o à distância de duzentos metros. Sem crase. à medida que. de lugar e de tempo femininos. às tontas. Referi-me à sua professora. sem exceção. à procura de. então. Essa roupa é igual à que comprei ontem. às pressas. portanto. Referi-me a todas as alunas. Com crase.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III dirigir-se. Não gosto de ir a festas desacompanhado. ocorre crase. não ocorrerá crase. Referi-me a sua professora. diante do que indicar destino. 09) Diante de pronomes possessivos femininos. mesmo não ocorrendo ambigüidade. ocorre crase. Paguei a vista minhas compras. Ex. Sua voz é igual à de um primo meu.. quando for fusão da preposição a com o pronome demonstrativo a. não ocorre crase. Com crase. Nota: Modernamente. 05) Diante do pronome relativo que ou da preposição de. 02) Nos adjuntos adverbiais de modo. quando houver a preposição a. 10) Após a preposição até. 11) A palavra CASA: Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 43 . as (= aquela. diante do que indicar procedência. frango à passarinho e espaguete à bolonhesa. diante de uma palavra no plural. à tarde. Fizemos um churrasco à gaúcha. Ex. as quais. só ocorrerá crase. Paguei à cabeleireira. quando o verbo da oração subordinada adjetiva exigir a preposição a. Sem crase. à esquerda. Fui até a secretaria. é facultativo o uso do artigo. à espera de. Comemos bife à milanesa. 06) Diante dos pronomes relativos a qual. não ocorrerá crase. Ex.. às escuras. 03) Se não houver verbo indicando movimento. Ex. 08) Nos adjuntos adverbiais de meio ou instrumento. pois Paguei ao cabeleireiro. ou seja. Joãozinho usa cabelos à Príncipe Valente. a não ser que cause ambigüidade. (quem assiste assiste a algo) 07) Quando o a estiver no singular. ocorre crase. à moda de. às escondidas. Respeito as regras. pois Venho da Bahia. a ocorrência de crase será facultativa. Obs. Ex. se. troca-se a palavra feminina por outra masculina. Cheguei a casa antes de todos. ainda visitarão a Europa 15) ( ) Gostaria de ir a Curitiba dos pinheirais 16) ( ) Chegou a casa e logo se jogou na cama 17) ( ) Jamais voltou à casa paterna 18) ( ) Irei a cada de meus pais 19) ( ) Os turistas foram à terra comprar flores 20) ( ) Os marujos desconheciam à terra do capitão 21) ( ) Acabarão chegando à terra dos piratas 22) ( ) Será que aqueles astronautas voltarão a Terra? 23) ( ) A polícia observava os manifestantes a distância 24) ( ) Via-se. Ex. Ex. significando chão firme. 12) A palavra TERRA: Significando planeta. se estiver especificada. Irei à terra de meus avós. ocorrerá a crase. caros alunos. Cheguei à casa de Ronaldo antes de todos. a distância de cem metros. mas as que estão na sala 09) ( ) Florianópolis possui muitas praias. que amanhã teremos prova 27) ( ) O diretor fez alusões a sua classe e não a minha 28) ( ) O cônsul enviou vária cartas as suas filhas 29) ( ) O conselheiro jamais perdoou a Dona Margarida 30) ( ) Esta alameda frondosa vai até à chácara de meu pai 31) ( ) Os meninos cheiravam a cola 32) ( ) Eles viviam à toa. as quais visitaremos 10) ( ) Prefiro esta matéria a aquela que estudávamos 11) ( ) Obedecerei àquilo que for determinado em lei 12) ( ) O deputado foi a Grécia comprar vinho 13) ( ) O professor foi a Taguatinga comprar pinga 14) ( ) Vocês. quando estiver especificada. Os marinheiros voltaram a terra. é substantivo próprio e tem artigo. Os astronautas voltaram à Terra. Exercícios Para as questões de 01 a 34. portanto só ocorrerá crase diante da palavra casa nesse caso. solo. minha filha. mas sempre à procura de dinheiro 33) ( ) Enriqueciam a medida que os vizinhos se empobreciam 34) ( ) Estamos esperando desde às oito horas da manhã 35) Nas manchetes a seguir. assinale com ”C” as frases corretas e com “I “as Incorretas: 01) ( ) A assistência às aulas é indispensável 02) ( ) É expressamente proibida a entrada de pessoas estranhas 03) ( ) Nunca te dirijas à pessoas despreparadas 04) ( ) Não vai a festa nem a igreja: não vai a parte alguma 05) ( ) Usarias um bigode à Salvador Dali? 06) ( ) Notícias ruins vêm à jato. só tem artigo. quando houver a preposição a. assinale a alternativa em que não ocorre crase: a) Cárter acusa Israel de criar obstáculos a paz Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 44 . as boas à cavalo 07) ( ) Esta novela nem se compara a que assistimos 08) ( ) Não me referi a essas caixas. uma pequena rocha 25) ( ) Diga a Adriana que a estamos esperando 26) ( ) Avisa a Adriana.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III A palavra casa só terá artigo. portanto só nesse caso poderá ocorrer a crase. conseqüentemente. Quem tem boca vai ___ Roma d) I. não atendeu ___ nenhuma chamada 4. Ele percorreu o Brasil de ponta ___ ponta b) I. todos os operários voltaram ____ fábrica e só deixaram o serviço _____ uma hora da manhã: a) Há – à . fui expulso 38) A crase está errada na alternativa: a) Fiz alusão à Roma antiga b) Fazes referências à criaturas estranhas c) Saíram às pressas d) Obedecendo à ordem geral. As moças não gostam de andar ___ cavalo. Apresento minhas desculpas ___ Vossa Excelência II O menino voltou ___ escola com novo ânimo 42) Preencha corretamente as lacunas: 1. Essa é a tua caneta. A gasolina está muito cara 37) Marque a alternativa em que a crase é facultativa: a) Contei o caso à Maria b) Paguei o que devia à dona da loja c) Saiu às quinze horas d) Por desobedecer às regras do jogo. Exª b) Assistiremos a missa c) não o levaremos aqueles sombrios lugares d) Lá estaremos as dezessete horas 40) ____noite. Ele quer as coisa ___ ferro e fogo c) I.à Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 45 . II. não compareci ___ jantar 2.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III b) Presidente sírio pede a ajuda do Parlamento par vencer a corrupção c) Itália pede a Alemanha extradição de nazistas d) Poço na bacia de Campos leva Petrobrás a maior jazida já descoberta 36) Assinale a alternativa com erro: a) Você já esteve em Roma? Eu irei logo a Roma b) Refiro-me à Roma antiga. na qual viveu César c) Fui a Lisboa de meus avós. eu me refiro ____ minha II. Naquele dia. Ganhou uma jóia semelhante ___ que lhe haviam roubado 3.há 41) Assinale a alternativa em que a lacuna da primeira frase deve ser preenchida com a e a da Segunda com à: a) I. Regresso ___ casa paterna tal qual filho pródigo II. pois lá todas as coisas têm gosto da minha infância d) Já não agrada ir a Brasília. Aludiu ___ outras obras do autor a) aquele – à – a .a c) À – à .à b) A – a .à d) À – a . Apesar da insistência. compareceu ao desfile 39) Não ocorre crase: a) Pediu desculpas a S. há muito. Maneco Terra costumava apresentar os seus cumprimentos à velha mãe II.a d) à – a – a – à .a d) àquele – à – a – a 43) Preencha corretamente as lacunas: 1. Dedica-se com carinho à família.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III b) aquele – a – à .” a) à – a – à b) à – a – a c) a – a – à d) a – a – a 46) Muita atenção. A Aeronáutica colocou vários helicópteros à disposição. VI b) II. à nomeação para ao cargo a que tem direito adquirido e indiscutível VI. c) II. Encostou a cabeça ___ parede 3. ia respondendo a pergunta 49) Examinando as sentenças: Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 46 . achou abertas as janelas b) Agradecia as colegas os elogios feitos a pesquisa que apresenta c) Referindo-se a poesia romântica. V. Todos vão ___ festa 4. pediu ___ criada um cozido ___ portuguesa”: a) à – à – a – a – à b) à – a – a – a – à c) a – a – a – à – à d) à – à – à – à .a c) àquele – à – à . ele está sempre mais predisposto ao perdão do que à justiça III. dirigiu-se ___ referida pensão e aí. Exº que dê permissão a esta funcionária para apresentar-se a nova repartição V. Graças à sua formação. III. Aspira.à 45) “Agradeço ___ Vossa Senhoria ___ oportunidade para manifestar minha opinião ___ respeito. Dirigiu-se ___ cada um em particular 2.a 44) “Ele foi ___ cidade. ao amanho da terra e às suas lavouras e plantações IV. energia para superar ____ dificuldades ____ que todos estamos sujeitos: a) A – há – as – as – a b) À – há – às – as – a c) A – a – as – as – a d) A – há – às – as – à 48) Assinale o período em que há 2 casos de crase: a) Chegando a casa. IV. fez comentários a respeito de Castro Alves d) Indiferentes as queixas. III 47) “____ esperança jamais _____ de acabar enquanto você tiver forças para vencer _____ decepções. Solicito a V. Sempre que ia à Rio Pardo. d) I. V. II. pondo-se ___ vontade. observe os períodos abaixo: I. O carro estava ___ uma distância de 50 passos a) a – a – à – a – a b) a – à – a – a. Voltou apressado ___ casa do pai 5.à c) a – à – a – à . à fim de socorrer a todos os atingidos pelo terremoto A alternativa em que todos acentos indicadores da crase estão corretos é: a) II. O deputado usou uma tática idêntica ___ que a oposição utilizara 2. que nos traz o arrependimento d) Acredito que à ira nada se atreve. não.Refiro-me àquilo que discutimos . Aquela é a moça ___ que aludi 2. são as mesmas sempre desprezíveis c) À cólera se segue a aflição. Visei a alcançar ___ função 3.a Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 47 . a conhecê-la bem d) Não se atente a um mal menor quando um maior nos ameaça 54) Complete as lacunas: 1.Dedico minhas poesia à Rita Mara a) apenas uma está correta b) apenas duas estão corretas c) apenas três estão corretas d) todas estão corretas 50) É preciso completar com à: 1.à b) na – na – à . O filme passa abruptamente de cenas na alta sociedade ___ execução de prisioneiros a) sim. sim. não c) sim.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III . Chegando ___ estação. sim. à violência da luta b) Quanto às iras impotentes. prometo assistir ____ todas as aulas amanhã a) à – a – a .Chegamos à Argentina de madrugada .a b) a – à – à c) à – à . Não tendo podido ir ___ faculdade hoje. sim d) não . Os convidados sentaram-se ___ mesa de jantar 2. João levantou-se a) a – aquela – à .a c) à – aquela – à . não. Compareci ___ cerimônia de posse do novo governador 3. não.Ele era insensível à dor . Outros ataques se dirigem ___ técnica utilizada no filme 4. sim b) não.à b) a – àquela – à . não. sim não 51) Qual a alternativa conveniente? 1. A máquina de votar reduz ___ zero o número de seções eleitorais 3.a d) há – na – à – à 55) Não devemos atribuir ___ ciência ___ responsabilidade pelas páginas ruins que a humanidade venha ___ escrever: a) à – a . sem que suas feições denotassem ressentimento c) A que levam essas questões? A conhecer a ira.a c) à – à – à . sim.à d) à – àquela – à – à 52) Em que frase o “A” não recebeu o acento grave corretamente: a) O poeta chama ira à brutalidade. Os livros pertencem ao irmão e ___ irmã 4. sem que a alma o consinta 53) Em que frase o “A” deve receber o acento indicador da crase? a) Não me refiro aqui senão a catástrofes individuais b) Assistiu a cena. a b) às – às . em minha casa b) Voltei ___ casa muito tarde c) O tribuno referia-se ___ quaisquer pessoa d) Estamos na vila ___ vinte anos 60) “Estou ___ seu dispor ___ qualquer hora da tarde.à Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 48 .a d) à – à .a b) à – a – à c) às – a . ir ___ casa do comendador: a) às – à . ___ noite. daí ___ pouco.PORTUGUÊS CEFET/COLTEC Módulo III d) a – à . mas planejava. dou-lhe isto pronto 2.a 58) Todas ___ Sexta-feira vamos ___ faculdade ___ pé.às c) à – à .há d) a – a .à d) às – a – à 62) “As questões apresentadas ___ alunas do terceiro ano eram semelhantes ___ que enviamos ___ se a) às – às .a .às d) a – a.à d) as – à – a . Daqui ___ duas hora. percorrendo a rua XV de ponta ___ponta: a) às – à – a . Isto aconteceu ___ muitos anos 3. ___ menos que surja algum imprevisto: a) a – à – à b) à – à – a c) à – à – à d) a – a – a 61) “Estava ___ voltas com um problema.há b) a – a .à b) a – à – à c) à – à .a 59) Em que lacuna empregaríamos crase? a) Joana esteve.à c) às – as . Daí ___ dias encontrei-o solto a) a – há .a c) às – à – à .à b) às – à .a c) as .à 57) Preencha s lacunas: 1.a b) às – à – à .às 64) Foi ___ conselho de amigos que se dirigiu ___ esse médico de quem ___ muito ouvira falar: a) à – à .a 56) A vida comunitária impõe ___ todas as pessoas certas restrições e obriga-nos a submeter ___ nossa vontade pessoal ___ vontade da maioria: a) a – a .à d) as – as – à 63) ”Resistirei ___ pressão. pois estou prestes ___ transferir-me e devo evitar aborrecimentos ___ que confiaram em mim: a) à – a – às b) a – à . há Respostas Sobre Crase 01) C 02) C 03) I 04) C 05) C 06) I 07) I 08) I 09) C 10) I 11) C 12) I 13) C 14) C 15) I 16) C 17) C 18) C 19) I 20) I 21) C 22) I 23) C 24) I 25) C 26) I 27) I 28) I 29) C 30) C 31) C 32) C 33) I 34) I 35) B 36) C 37) A 38) B 39) A 40) C 41) D 42) D 43) C 44) D 45) D 46) B 47) A 48) B 49) D 50) A 51) A 52) D 53) B 54) C 55) A 56) A 57) A 58) D 59) A 60) D 61) D 62) B 63) A 64) D CEFET/COLTEC Módulo III Todos os direitos reservados a EDITORA ENSINO LTDA 49 .PORTUGUÊS c) a – à – à d) a – a .