Apostila AEFE 08

March 27, 2018 | Author: Rosely Modesto | Category: Life, Science, Physics & Mathematics, Physics, Physical Education


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ÍNDICE – Avaliação em Educação Física e EsportesAVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Talento Esportivo Antropometria Variáveis Neuromotoras Metabolismo Estatística Prescrição do Exercício PROF.DR. VAGNER R. BERGAMO - PROF.MS. JOSÉ F. DANIEL - PROF.MS. ADERSON M. MORAES PUCC ÍNDICE – Avaliação em Educação Física e Esportes Introdução ........................................................................................................................................................ 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA NO CURSO: .................................................................................................1 JUSTIFICATIVA..................................................................................................................................................1 Capítulo I........................................................................................................................................................... 2 INTRODUÇÃO Às MEDIDAS E AVALIAÇÃO ................................................................................................ 2 1. CONCEITOS ..................................................................................................................................................2 2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA...............................................................................................................................3 3. A BIOMETRIA NO BRASIL ...........................................................................................................................4 4. PROPÓSITOS DO ESTUDO DE MEDIDAS E AVALIAÇÃO NUM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA5 5. TENDÊNCIAS ................................................................................................................................................5 6. TESTES ..........................................................................................................................................................6 Figura 1. Modelo do conceito de aptidão global. .....................................................................................6 Quadro 1. Caracterização dos termos teste, medida e avaliação. ..........................................................7 7. FILOSOFIA DAS MEDIDAS ..........................................................................................................................8 8. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS TESTES....................................................................................................8 Tabela 1. Níveis de validade, reprodutibilidade e objetividade para os conceitos excelente, bom, regular e fraco. .........................................................................................................................................8 9. TIPOS DE AVALIAÇÃO.................................................................................................................................8 10. METODOLOGIA, ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS TESTES..................................................9 11. CUIDADOS MÉDICOS............................................................................................................................. 11 12. CONSTRUÇÃO DE UMA BATERIA DE TESTES .................................................................................. 11 Capítulo II........................................................................................................................................................ 13 VARIÁVEIS NEUROMOTORAS..................................................................................................................... 13 MEDIDAS DA POTÊNCIA ANAERÓBICA..................................................................................................... 13 Victor keihan R. Matsudo.............................................................................................................................. 13 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 13 2. DESCRIÇÃO DOS TESTES ....................................................................................................................... 14 I - TESTE DE CORRIDA DE 40 SEGUNDOS (POTÊNCIA ANAERÓBICA LÁTICA)...................................................... 14 FIGURA 1 - TESTE DE CORRIDA DE 40 SEGUNDOS ..................................................................................... 14 TESTE DE LACTACIDEMIA ............................................................................................................................... 15 Figura 2 - Representação gráfica de um teste de lactacidemia. .......................................................... 15 Tabela 1 - Valores Absolutos (m) e % de Maturação de Potência Anaeróbica (m) em escolares brasileiros .............................................................................................................................................. 15 II - TVPA (TESTE DE VELOCIDADE PARA POTÊNCIA ANAERÓBIA) / ................................................................... 16 RAST (RUNNING – BASED ANAEROBIC SPRINT TEST)..................................................................................... 16 Figura 3 - Esquema de aplicação do teste:........................................................................................... 16 3. ZONAS DE INTENSIDADE DE TREINAMENTO ....................................................................................... 17 Quadro 1 - Classificação de Cargas de Treino pelas Zonas de Intensidade ....................................... 17 Quadro 2 - Percentual de pessoas que passaram ou encontram-se no limiar anaeróbico em relação ao percentual da capacidade máxima .................................................................................................. 17 MEDIDAS DA FORÇA MUSCULAR .............................................................................................................. 18 Jesus Soares Madalena Sessa..................................................................................................................... 18 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 18 PUCC ÍNDICE – Avaliação em Educação Física e Esportes 2. DESCRIÇÃO DOS TESTES MOTORES.....................................................................................................20 I - TESTE DINÂMICO DE BARRA .......................................................................................................................20 II - TESTE ESTÁTICO DE BARRA ......................................................................................................................20 Tabela 2 - Valores Absolutos (no de repetições) e % de Maturação de Força Muscular de Membros Superiores (dinâmico de barra) em escolares brasileiros .....................................................................21 Tabela 3 - Valores Absoluto (seg.) e Porcentagem de maturação de Teste Estático de Barra em escolares brasileiros ..............................................................................................................................21 III - TESTE DE FORÇA E RESISTÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES ......................................................................21 (FLEXÃO DE BRAÇOS EM SUSPENSÃO MODIFICADA) ..........................................................................................21 Figura 4 – Flexão de Braços em Suspensão.........................................................................................21 IV - TESTE ABDOMINAL ..................................................................................................................................22 Tabela 5 - Absoluto (kg) e Porcentagem de Maturação de Resistência Abdominal em escolares brasileiros ...............................................................................................................................................23 V - TESTE DE IMPULSÃO VERTICAL .................................................................................................................23 Tabela 7 - Valores Absolutos(cm) e Porcentagem de Maturação de Impulsão Vertical sem Ajuda dos Braços em escolares brasileiros ............................................................................................................24 Tabela 8 - Valores Absolutos (cm) e Porcentagem de Maturação de Impulsão Vertical com ajuda dos Braços em escolares brasileiros ............................................................................................................24 VI - TESTE DE IMPULSÃO HORIZONTAL ............................................................................................................25 Tabela 9 - Valores Absolutos(cm) e Porcentagem de Maturação de Impulsão Horizontal em escolares brasileiros ...............................................................................................................................................26 VII - TESTE DE PREENSÃO MANUAL ................................................................................................................26 Tabela 10 - Valores Absolutos (kg) e Porcentagem de Maturação de Dinamometria (Preensão Manual) em escolares brasileiros ..........................................................................................................27 VIII TESTE DE FORÇA EXPLOSIVA DE MEMBROS SUPERIORES (ARREMESSO DE MEDICINEBALL) ...........................27 Figura 5.5 – Arremesso de MB ..............................................................................................................27 IX TESTE DE FORÇA E RESISTÊNCIA MUSCULAR DA AAHPERD.......................................................................27 MEDIDAS DE VELOCIDADE ..........................................................................................................................28 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................28 2. DESCRIÇÃO DOS TESTES DE VELOCIDADE .........................................................................................29 I - TESTE DE 50 METROS PARADO ...................................................................................................................29 II - TESTE 50 METROS LANÇADO .....................................................................................................................30 III - TESTE DE 30 METROS PARADO .................................................................................................................30 IV - TESTE DE 30 METROS LANÇADOS .............................................................................................................30 Tabela 12 - Valores Absoluto (seg.) e Porcentagem de Maturação de Velocidade (50m) em escolares brasileiros ...............................................................................................................................................30 V - TESTE DE VELOCIDADE DE 20 METROS.......................................................................................................31 MEDIDAS DE AGILIDADE ..............................................................................................................................31 I - TESTE "SHUTTLE RUN" ..............................................................................................................................31 Figura 6. Esquema do teste "Shuttle Run" ............................................................................................32 Tabela 13 - Valores Absoluto (seg.) e Porcentagem de Maturação de agilidade em escolares brasileiros ...............................................................................................................................................33 II - TESTE DO QUADRADO ...............................................................................................................................33 Figura 7. Esquema do teste do quadrado..............................................................................................33 III - TESTE DE AGILIDADE E EQUILÍBRIO DINÂMICO (AAHPERD) ......................................................................33 Figura 8 – Esquema do teste de agilidade e equilíbrio dinâmico da AAHPERD ..................................34 Tabela 14 - Classificação do teste de agilidade e equilíbrio dinâmico (GOBBI, VILLAR e ZAGO, 2005)34 MEDIDAS DE FLEXIBILIDADE.......................................................................................................................34 I - TESTE DE SENTAR E ALCANÇAR DE WELL’S E DILLON (BANCO DE WELL’S) ...................................................35 Tabela 15 - Classificação por idade e sexo ...........................................................................................35 II - TESTE DE SENTAR E ALCANÇAR DA AAHPERD ........................................................................................36 Tabela 17 - Classificação por categoria de nível de flexibilidade, baseada em resultados obtidos por Zago & Gobbi (2003), em idosas de 60 a 70 anos. ...............................................................................36 MEDIDAS DE COORDENAÇÃO.....................................................................................................................37 CapítuloIIII .......................................................................................................................................................44 PUCC ........................................................................................................ 63 O ÍNDICE Z...... INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 49 2........ 47 Capítulo VII ....................Componentes Médios e Desvio-Padrão do Modelo ...................01 ....................................... CAPACIDADE FUNCIONAL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR .................................................... 51 Tabela 1 .... 53 8............................................................................................................Valores de “t” aos níveis de significância de 0.............................................................. 69 3....................................................................................................................... FLUXO SANGÜÍNEO EM REPOUSO ..................................................................... 66 1..........................................................................................................................................................................................................................................................................Resultados de 30 escolares em um teste de Impulsão Vertical................................ 45 Quadro 1 – Principais modelos estatísticos paramétricos e não paramétricos em Ciências do Esporte:46 QUESTÕES ÉTICAS EM PESQUISA E NO TRABALHO ACADÊMICO.............................................................. ESCALAS DE MEDIDA ............... ORGANIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS....................................................................................................................Valores médios de Altura (cm) de escolares da rede estadual de ensino ..........................................................................................................................................................................................ÍNDICE – Avaliação em Educação Física e Esportes A PRÁTICA DA PESQUISA EM CIÊNCIAS DO ESPORTE............................................................................................................................................................................................................... 45 O MÉTODO QUANTO Á ESTATÍSTICA .................................... 71 6.......................................................................................................... 70 5.... 67 2................. 49 3.................................................... 50 4............................ 63 Quadro 5............................ 49 1............... TESTE DE HIPÓTESE ................................. 44 O MODISMO E O NOVO.......05 e 0.............. 49 Sandra Caldeira ............................ 44 TEMA DE INVESTIGAÇÃO ................... 47 CINCO ÁREAS DE DESONESTIDADE CIENTÍFICA ...................................................................... 49 ESTATÍSTICA ....................... 62 10... CONCEITO DE ESTATÍSTICA ............................................. 73 9........................................................... 72 8........................................................................................ SISTEMA CARDIOVASCULAR EM REPOUSO ................................................................................................................................................................................................................. MATEMÁTICA BÁSICA............. 73 PUCC ................................................................................... 51 Tabela 2 ...................................... 66 1............................................................... VOLUME DE EJEÇÃO NO EXERCÍCIO ................ 72 7........................................................................................................ FREQÜÊNCIA CARDÍACA DURANTE O EXERCÍCIO ................................... 50 5............................................................................... DISTRIBUIÇÃO DO DÉBITO CARDÍACO ........... 62 Tabela 2 ................................................................................................................ 44 AS ETAPAS DO CAMINHO DA BUSCA DA VERDADE .......... 55 9............................................................................. 66 SISTEMA CARDIOVASCULAR ....................................................................... MEDIDAS DE DISPERSÃO ........ COMPONENTES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR....................................................................................................................01 ........................................................................................................ CORRELAÇÃO ..... 52 7........................................................ 70 4............................................................................................................................................................. 44 OS CAMINHOS DA BUSCA DA VERDADE................ 72 Efeitos do Treinamento ........................................... DÉBITO CARDÍACO EM REPOUSO .................................. DÉBITO CARDÍACO DURANTE O EXERCÍCIO ......................................... 65 Capítulo IV ............................................................................................................. SISTEMA ARTERIAL ..............................................................................................................................................................Valores do coeficiente de correlação para os níveis de 0....7 ..............................................................................................................05 e 0......... 59 Tabela 1 .................... 62 Capítulo VIII ............... 51 6........................................................... 72 Efeitos do Treinamento . 44 A BUSCA DO TEMA DE PESQUISA ........................................................................... COLETA DE DADOS ........... MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL............................................................................................................................................................................................... ........74 16......................Teste de Andar/Correr 12 Minutos (Cooper)............................................................................................................... UNIDADES METABÓLICAS .................................Teste de 12 Minutos de Bicicleta (bicicleta com 3 marchas) Distância (em km) percorrida em 12 minutos................................................................78 8................................................. RESUMO..............................................73 Repouso ................77 2..................................................................................82 15............................................................................................................................................... DURAÇÃO TOTAL DO TESTE .82 16..................................................78 7................... FONTE ENERGÉTICA...............82 Tabela 3 ......................Normas para classificação da potência aeróbia/habilidade de andar em idosas de 60 a 70 anos.....82 (Gobbi..............................................................87 23.....................74 15...... DÉBITO CARDÍACO E TRANSPORTE DE OXIGÊNIO .85 19.............. PROTOCOLOS DE TESTAGEM UTILIZANDO TÉCNICA DE CAMPO ...................................67M) (AAHPERD) ........... INTRODUÇÃO ......73 Exercício........................ 2005)............................................ TESTE DE ANDAR E CORRER EM 12 MINUTOS (COOPER) ..................... TESTE DE CAMINHADA DE 3 KM .. Trotar e Correr .............81 Tabela 2................................ em função do sexo e idade....................................................................90 Tabela 12 .................................. OBJETIVOS PARA A REALIZAÇÃO DE UMA AVALIAÇÃO FUNCIONAL ............................................... TESTE DE RESISTÊNCIA GERAL (9 MINUTOS)......................................................................................84 Tabela 5 .................................................Yoyo intermitente teste – Esquema para controle do teste.....Yoyo intermitente teste – Esquema para controle do teste........................200 METROS DO CANADIAN AEROBIC FITES TEST....................... TESTE DE CORRIDA DE 2...... 10.................................................................Teste de Andar 4............................................................................................................................................................................................................................8 km Cooper .................78 6................................................................Nível de Capacidade Aeróbica do Avaliado............ FORMAS DE OPERACIONALIZAÇÃO ........................................... YOYO INTERMITENT ENDURANCE TEST ......................................................... TESTE AERÓBIO MÁXIMO DE CORRIDA DE VAI E VEM DE 20M...........82 17....84 Tabela 6 ...............79 12..........................................................................................................................................................88 Tabela 11 ......................... TESTE DE CORRIDA DE RIBISL & KACHODORIAN.............................. ................................................................................78 5......................................................................77 TESTES METABÓLICOS ...... Villar e Zago...85 20......................................................................................................................... TIPO DE CARGA ......................77 3......78 EXISTÊNCIA DE PAUSAS............................................................92 PUCC ......................................................................................Teste de Nadar 12 Minutos ...ÍNDICE – Avaliação em Educação Física e Esportes 10.................................73 12.................................................................................................................................85 Tabela 7 ...............77 Avaliação de Componente Cardiorespiratório.................... TEMPO DE DURAÇÃO DOS ESTÁGIOS .Nível de Capacidade Aeróbica .......................................................Definições de Andar........................................................... TESTE DE CAMINHADA 1........................................................................ ESTE DE ANDAR 880 JARDAS (804........ FLUXO SANGÜÍNEO DURANTE O EXERCÍCIO ........................400 METROS (COOPER) ...............86 21.........74 13......................81 13........................................................................................................................valores estimativos do vo2máximo de acordo com a velocidade e idade...................78 9.................................................................................................................................78 11................................91 Tabela 13 ..............................75 Capítulo V.81 14.....................8 KM (COOPER) .............................. TESTE DE CORRIDA DE BALKE ........................... EXTRAÇÃO DE OXIGÊNIO: DIFERENÇA A-VO2 ..............................................................................Nível de Capacidade Aeróbica (minutos) ............................................................................................ DIFERENÇAS NO DÉBITO CARDÍACO ENTRE HOMENS E MULHERES ................................83 18....................................................................................73 11........................80 Tabela 1 ............ AVALIAÇÃO FUNCIONAL............... TREINAMENTO E DÉBITO CARDÍACO SUBMÁXIMO ..............................................................Distância (em metros) nadada em 12 minutos...............................................83 Tabela 4 ..............................15 MINUTOS........... CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS PROTOCOLOS DE TESTAGEM ..........................................................................................................77 4.......................................................................... TESTE DE ANDAR 4...86 22............77 1................ ............................................. 113 Tabela 28 .....Nível de aptidão física do American Heart Association VO2max em ml..........................................kg-1........... 112 Tabela 26 ................................................................... ml............................................ PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO UTILIZANDO CICLOERGÔMETROS ..................................................................................................................................................................................................................... 110 Tabela 22 .............................. 116 Tabela 32 .................................. TESTE DE CORRIDA DE 1........................................Protocolo de Dalke – Ware ...Protocolo de Bruce..Estimativa do Consumo Máximo de O2 relacionado a Resultados de Diversos Protocolos de Avaliação da Capacidade Aeróbica ....................................Classificação da Capacidade Aeróbica Baseada no Consumo Máximo de Oxigênio .......................................... 109 Tabela 21 ............min-1) Obtido..............................................................Cálculo da Velocidade de Corrida .... 105 37.................................... PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO UTILIZANDO BANCO .............. 101 35......................................................................................................................min-1 ..... 95 Tabela 15 ................. 113 Tabela 29 ............... 129 PUCC ..............Conversões e Relações úteis ................. 114 (VO2 máx...................... PROTOCOLOS DE TESTAGEM UTILIZANDO ERGÔMETROS.................min-1)........................... 112 Tabela 25 ................................................................................................................................ Sexo e Grau de Condicionamento Atual113 Tabela 27 ................ PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO UTILIZANDO ESTEIRA ROLANTE .........Equações Preditas para Estimar o VO2max (ml..............ÍNDICE – Avaliação em Educação Física e Esportes 24....................... 107 38.............................................. 95 28.. PROTOCOLO DE BANCO DE HARVARD ... 109 Tabela 20 .... EQUAÇÕES GERAIS PARA DETERMINAR O VO2 MAX EM TESTES DE PISTA ..................... 96 29................................................................................................. 121 Tabela 35 ..........................Fórmulas para cálculo da freqüência cardíaca máxima (FCM)............................ 94 27.................................................Classificação da Pressão Arterial .................................................Protocolo de Balke ...........................Classificação Original (IPE) ou Escala de Borg ....................................................................................................................................... 93 26......................................................................................................Custo Energético de Atividades de Caminhada ............................ FORMA DE ATUAÇÃO DOS AVALIADORES .......................................... 96 31............... 94 TESTES DE BANCO .... 95 Tabela 14 ............ 112 Tabela 24 ............................................ 105 Tabela 18 ....Custo Energético da Atividade de Trote ..........................................................................................................Cálculo do VO2max Previsto em Relação à Idade..................... PROTOCOLOS SUBMÁXIMOS ...........min-1 ............................................................................... PROTOCOLOS MÁXIMOS . 122 Tabela 36 .................................................................... 97 33..................Custo Energético de Atividades de Corrida..............Protocolo de Ellestad ............................................................................................................................. 98 34.... PROTOCOLO DE BANCO DE ASTRAND .........................Nova classificação da Escala de Borg .................................................. 118 PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS AERÓBICOS ........................................................................ PARÂMETROS A SEREM CONTROLADOS DURANTE UM TESTE DE ESFORÇO ......Índice de Aptidão Banco de Harvard Forma Abreviada ............................................... 104 Metodologia para mensuração da FC ...............................................Fator de Correção da Idade de Astrand ................................... 118 Tabela 33 ........................................ 116 Capítulo X ................................................................................................................................... 107 39................. PROTOCOLO DE BANCO DE NAGLE ......... 103 36...................................Cálculo da Velocidade de Caminhada....................................................................................000 METROS...............................................kg-1.............................Índice de Aptidão do Banco de Harvard Forma Longa ................................................. 119 Tabela 34 ....................... 122 Tabela 37 ..Gasto de Energia em Atividades Domésticas........................................ TESTES ERGOMÉTRICOS .........kg-1................................ 96 30...................Nível de Aptidão Física de Cooper VO2max em ml..............................kg-1.................................... 111 Tabela 23 .................................. 100 Tabela 16 ........................................................................................ PROTOCOLO DE BANCO DE BALKE................................................................................... 115 Tabela 31 ....................................................................... PROTOCOLO DE BANCO DE KACTH & MCARDLE...........Protocolo de Naughton ..................... 123 Tabela 38 .................................... Recreativas e Esportivas (em kcal/min) 125 Anexos ...... 104 Tabela 17B .......................... 106 Tabela 19 ................................................... 92 25..... 114 Tabela 30 ................................... 97 32.............. 103 Tabela 17A ..................Valores médios da capacidade funcional máxima cardiorespiratória em diferentes faixas etárias ......................... ................................” conforme preparado por Boothby e Sandiford da Clínica Mayo...índice metabólico basal como uma função da idade e do sexo..........131 Figura 1 .........................................................Valores Absoluto (m) e Porcentagem da Maturação de Circunferência de Perna em Escolares Brasileiros...................................... por cortesia de Warren E.................................................... 1968.........................L..................................... P........ e Dittmeer...........132 Figura 2 ............................Nomograma para avaliação da superfície corporal a partir da estatura e da massa .......................S.........) In: Nutrição.........129 Gráfico 5 ....... Collins................................................................ Reproduzido de linical Spitometry...... exercício e saúde..Valores Absoluto (mm) de Dobras Cutâneas (X 3) e (X 7) em Escolares Brasileiros ......................................................................................ÍNDICE – Avaliação em Educação Física e Esportes ESTIMATIVA DO GASTO ENERGÉTICO DIÁRIO EM REPOUSO ...134 Tabela 7 ....... Metabolism................................................Valores Absoluto (cm) de Porcentagem da Maturação de Estatura em Escolares Brasileiros.......... Bethesda.. exercício e saúde............................ (Dados de Altman............................................................................ Federation of American Societies for Experimental Biology..................................Valores Absolutos (kg) e Porcentagem de Maturação de Peso Corporal em Escolares Brasileiros..................) In: Nutrição...134 Tabela 6 ............135 PUCC ............... Inc.......................... Braintree............Valores Absolutos (cm) e Porcentagem da Maturação de Diâmetro de Fêmur em Escolares Brasileiros......133 Tabela 4 ... ....... D................................................. MA.........132 TABELAS REFERENTES AO CRESCIMENTO LONGITUDINAL DO CORPO ..................................................................Valores Absoluto (cm) de Porcentagem da Maturação de Circunferência de Braço em Escolares Brasileiros......................................................... MD................................................133 Tabela 1 ..............Valores Absoluto (cm) e Porcentagem da Maturação de Diâmetro de Úmero em Escolares Brasileiros........133 Tabela 3 ....................................... ......134 Tabela 5 ......................Nomograma de Astrand ................133 Tabela 2 ..... . que o futuro profissional de Educação Física deve exercitar uma das suas características básicas: a arte de saber observar analiticamente e não apenas ver ou enxergar. a importância do conhecimento sobre uma série de aspectos relevantes para nossa atuação como profissionais da Área de Ciência do Esporte. na pesquisa em Educação Física. CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA NO CURSO: A disciplina de Avaliação em Educação Física e Esporte utilizará os conhecimentos adquiridos de outras disciplinas como: Anatomia. A consciência e a reflexão ampla dos problemas que envolvem uma área. JUSTIFICATIVA Como esta disciplina se destina aos futuros profissionais que pretendem iniciar uma abordagem científica da Educação Física. Neste aspecto ressaltamos alguns pontos importantes: • • • • • • A Distância Avaliação-Realidade – problema que deveremos observar é a distância entre a avaliação e a realidade que o cerca. Ms. Treinamento Esportivo Geral. Esforço na Atividade Física.Anderson Marques Moras 1 . ministrada concomitantemente com a disciplina Avaliação em Educação Física e Esporte. O caminho da Busca da Pesquisa – como deveremos responder a pergunta base. saúde e treinamento. Acreditamos que a escolha do teste para cada situação específica deve obedecer aos princípios da reprodutibilidade e objetividade comprovada. Treinamento e Lazer II. entre outras atividades. não devemos entender apenas o conhecimento técnico científico. AO TÉRMINO DAS ATIVIDADES DA DISCIPLINA. realizados em momentos distintos: teste e reteste. da distribuição dos seus resultados. A Busca do Tema de Avaliação – a busca do tema a ser investigado deve atender às prioridades das áreas de aprofundamento como: pedagógica. ASSIM. mas sua dimensão e relevância social.Ms. Integração Campo-Laboratório – desenvolver atitude científica frente as maravilhas que acontecem no seu dia a dia de trabalho com a atividade física e esportiva. entre outras e principalmente Pesquisa em Educação Física. E quando falamos de conhecimento da área. à hipótese estabelecida no objetivo do trabalho?. nesse ponto. portanto. a priori. em um mesmo teste. por certo facilitarão o diagnóstico e a elaboração de perguntas mais adequadas sobre o mundo em que vivemos. E é aí. se propõe em desenvolver junto ao aluno de Educação Física. Pesquisa I. sendo condição sine qua non para o sucesso da interpretação dos resultados. A disciplina de Avaliação em Educação Física e Esporte. em órgãos governamentais que coordenam e supervisionam campeonatos ou eventos desportivos ou mesmo colaborando com outros profissionais de equipes multidisciplinares. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Cineantropometria. Cinésiologia. vale lembrar que o conhecimento da área a ser investigada corresponde ao primeiro e fundamental passo. em clubes. O ALUNO DEVERÁ SER CAPAZ DE RECONHECER QUE OS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS SÃO FERRAMENTAS QUE SERÃO UTILIZADAS PARA O SEU DESEMPENHO PROFISSIONAL. Treinamento Esportivo e Lazer. de acordo com a ementa.permite comparar os resultados encontrados em sua amostra com os resultados encontrados por outro grupo. Crescimento e Desempenho Físico. Fisiologia. COMPREENSÃO DE OUTRAS DISCIPLINAS CORRELATAS E SER CAPAZ DE AUMENTAR O CONHECIMENTO ADQUIRIDO ATRAVÉS DE ATUALIZAÇÕES CONTINUADAS QUE SE FAZEM NECESSÁRIAS PARA UM BOM DESEMPENHO DA PROFISSÃO ESCOLHIDA. por meio do desenvolvimento do projeto de pesquisa específico na área da motricidade humana. para a construção do conhecimento sobre às necessidades sociais. em academias. pertencentes a uma mesma amostra. Treinamento Esportivo Específico. Dr. o Teste de hipótese para amostras dependentes – caracteriza-se pela comparação de duas médias. As Etapas do Caminho da Busca da Verdade – essa procura poderá ser feita basicamente de acordo com o método estatístico utilizado: O Método Quanto à Estatística – conforme a variável a ser medida e de acordo com à constituição da amostra podemos ter uma idéia. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. escolas ou entidades patrocinadoras de diferentes modalidades desportivas.Introdução O futuro profissional de Educação Física deverá utilizar seus conhecimentos. a consciência crítica e ética. José Francisco Daniel/ Prof. o método estatístico deve ser adequado a distribuição dos resultados: o Teste de hipótese para amostras independentes . futuro profissional da Área de Humanas. Nasceu uma Biologia quantitativa . específicas ao aspecto físico. sobrevivência do mais forte.podemos hoje dizer que a BIOMETRIA é o ramo da Biologia que estuda e mede os componentes biológicos e suas correlações. Se. Paralelamente fazemos uma afirmação:. o seu reajuste às necessidades de cada ser. antropologia. mesmo numa linha ainda primária. sem. procurou o homem aumentar seu período de vida. com o objetivo de ampliar a compreensão do comportamento humano em relação ao crescimento. contudo perder a noção de que os modelos que se baseiam em sociedades em outro estágio de desenvolvimento tecnológico e que nem por isso garantiram para seus membros uma vida mais feliz. Em Educação Física qual será o melhor ou os melhores fatores para obter o resultado anteriormente citado? Necessária se faz a experimentação de programas. De seu conceito de "medida da vida" ou. a Avaliação em Educação Física Esporte.o da vitória do mais forte em prejuízo do mais fraco. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Como comprovamos esta situação? A resposta óbvia será fornecida. Já a cineantropometria foi apresentada pela primeira vez como uma especialidade emergente no Congresso Internacional das Ciências da Atividade Física. 1981). análise. e a atividade física transformou-se num dos meios fisiológicos mais válidos com tal finalidade. pensarmos nestas situações propostas. dentro de normas pré-determinadas: o método científico. e outros comuns às demais áreas da educação. isto é. sociais. por comparação. estando sempre atentos contra o “cientificismo dos laboratórios de muitas máquinas e poucos neurônios”. garantir sua vida. VANDERVAEL a define como sendo "a ciência que tem por objetivo a medida dos grupos humanos e de seus problemas. no raciocínio biológico. 1981). ANTHROPO significa homem e METRY medida. medida. numa evolução constante com o correr dos séculos. hoje englobada na CINEANTROPOMETRIA. Hoje não se admite um desenvolvimento físico desacompanhado do desenvolvimento intelectual e vice-versa. realizado em Montreal. sendo hoje um dos mais eficientes métodos de combate ao envelhecimento precoce e a manutenção da saúde: Tais fatos são verdades.Anderson Marques Moras .Ms.. bastando lembrar o conceito atual da doença hipocinética. comum a todas as espécies vivas . do déficit de movimento. Para manter a vida um critério natural de seleção instalou-se. profissionais das áreas de biometria. etc. a noção de quantidade. garantir sua aparência externa. Dr. José Francisco Daniel/ Prof. irá contribuir na formação do profissional de Educação Física. garantindo desta forma a sobrevivência e a reprodução aos vitoriosos. incontestáveis. urge que o desenvolvamos em nossa área uma tecnologia que atenda as nossas prioridades de Terceiro Mundo. através do emprego de métodos de pesquisa e da quantificação. “O termo cineantropometria é de origem grega sendo que KINES significa movimento.O exercício físico funciona como método de combate ao envelhecimento.Teste de Correlação – é uma técnica estatística utilizada para determinar o relacionamento entre duas ou mais variáveis O Método Quanto ao Ambiente – atender ao binômio “material não sofisticado – técnicas não complexas”. alguns fatos se destacam de saída. pois. do indivíduo e da sociedade. para haver precisão na hipótese levantada.. forma. para tornar-se científico. a da vida contra a morte. etc. O conceito de afastar o 2 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. prolongamento da vida.medida dos fenômenos biológicos . biologia e biotipologia (De Rose. hoje. envolvendo necessariamente um conceito de quantificação de grandezas que necessita ser comprovado por comparação. análise e tomada de medidas. na tentativa de reunir em uma só disciplina. em um sentido mais elástico .a BIOMETRIA. Estando os 2 elementos altamente interligados nas estruturas psicológicas. Em termos de Educação Física e de Desporto lidamos com numerosas valências. proporcionalidade. o • Assim definida como ciência. em 1976. de modo que os conhecimentos de cada assunto ministrado deverão proporcionar ao aluno o desenvolvimento no trato com o conhecimento específico e aplicação do mesmo. a verificação cuidadosa dos dados obtidos em observações bem conduzidas. Surgem. Seu conceito é o do uso da medida no estudo do tamanho. composição e maturação do corpo humano. Progressivamente de um modo empírico no início. de fatos que se supõe sejam verdadeiros. dentro de certas bases. Ms. física. Capítulo I INTRODUÇÃO Às MEDIDAS E AVALIAÇÃO 1. Por isso. CONCEITOS Desde que o homem está sobre a terra uma luta contínua vem se desenvolvendo. à atividade física e ao estado nutricional” (De Rose. avaliação e comprovação. usando a matemática e a estatística". contudo. . peso............... de vez que elementos como VALSAVA....... e outras medidas estudadas e analisadas posteriormente........... HIPÓCRATES.... junto com BRIGHAM........(1940) 9. Medida da Habilidade Motora. Medidas de Habilidade Esportiva Específica . Ao dizermos que o período de verificação da força começa por volta de 1880. empregava-se o dedo médio da mão como medida e algumas correlações eram traçadas e um braço media 8 dedos.... começa a preocupação com os níveis de força............... Período da Avaliação..(1940) O termo Antropologia foi criado por QUETELET.. dividindo os indivíduos em físicos (esbranquiçados.... usando mais de 40 medidas................. a carta de MEREDITH.......... de selecionar o mais forte...... 10 dedos etc...C. cerca de 400 a... para sistematizar nossos estudos.........(que desenvolveu o dinamômetro universal...... BOVARD e COZENS.... José Francisco Daniel/ Prof........ na Grécia Clássica que as medidas antropométricas iniciam sua fase áurea........ em 1885.. sobre TESTES DE CAPACIDADE FÍSICA NA ADMINISTRAÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA.......... em atletas que participam dos Jogos Olímpicos. etc.... Ainda no campo das pesquisas antropométricas destacam-se os estudos de HASTING........................ em que predominava o comprimento) e os apopléticos (Vultosos. Bem mais tarde........ marcam uma faixa de transição seguindo-se as pesquisas de outros autores ...... visando aumentar a sua capacidade na medida que o animal aumentava de peso.......... voltaria o assunto à tona......(1920) 7. de McCLOY....... elementos cada vez mais fortes e mais capazes.. esquematizam os PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof...(1860-1890) 2. VIOLA..... CHUI... somente com estudos de LEONARDO DA VINCI e MICHELANGELLO.... KELLOG .... 2.(1920) 6..... da capacidade vital (usando o espirômetro)......Anderson Marques Moras 3 ..... valorizando os dados de altura.. dizer que 9 são os períodos básicos da evolução biométrica: 1....... Vagner Roberto Bergamo/ Prof.... os estudos de KRETSCHMER..... Os trabalhos de RUDGERS. com SARGENT.................. entretanto................ Conceito de Aptidão Física.................... estamos dando uma margem didática ou esquecendo-nos que ao usar............o uso de testes precisos e adequados. MILON realizava uma avaliação de seu estado..(1880-1910) 3..... em Tóquio........... em média até 1890 à época das medidas antropométricas estaríamos cometendo um erro se não fosse puramente didática a nossa catalogação. por volta de 1707.......CAPEN.... avermelhados)........................... etc... basicamente............ já se preocupavam com a aptidão cardíaca e posteriormente ao ano de 1890... para PRESCREVER UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS INDIVIDUALIZADO aos alunos da sua Universidade e lançando o seu livro sobre este tema ..... Entretanto........... analisando corretamente os resultados obtidos e dando um perfeito emprego aos dados....................... na Universidade de Amherst...... O assunto foi levado ao Congresso de Educação Física......Ms.. entre os egípcios..... traça-nos a primeira classificação biotipológica. MACLAREN desenvolveu suas técnicas de medidas................ um novilho sobre os ombros para correr.......(1900-1920) 5..(1900-1925) 4. na Antigüidade Clássica................... Medidas da Força .... Medidas do Conhecimento .............. Medidas Antropométricas . julgando ser a CAPACIDADE DE PERFORMANCE mais importante que o tamanho e a simetria preconizados por HITCHCOK... cintura..... em Harvard.. os quadros de PRYOR. incluindo-se alguns tipos de força....... sendo hoje ainda motivo de pesquisa................."Manual de Testes e Medidas".. entretanto desde a mais remota antigüidade o corpo era medido usando-se parte dele como unidade. sobre o crescimento humano... por exemplo..... como se fez em Roma no ano de 1960...... testando 25 grupos musculares). Ms..... incluindo nelas as antropométricas.. capacidade vital e alguns itens de força. ao colocarmos no Período que vai................................. Como porém avaliar o que é débil e em que área está situada a debilidade? Como e com quem deverá ser comparado para que seja ele transformado num ser forte? Como traçar seu programa de recuperação e avaliar seu progresso? A resposta será fornecida pela utilização dos elementos que a Biometria nos coloca nas mãos .... de ambos........ praticamente na metade do século XIX surge o trabalho de classificação biotipológica de SHELDON...incapaz.....................(1920) 8.. pernas.. Entretanto......... um membro inferior........ Foi um dos pioneiros no campo dos testes de força.. No Novo Mundo o movimento dos testes foi lançado por EDWARD HITCHCOK.................. Dr............... definir um tipo físico ideal para o homem.. Podemos....................... no México..... Foi....... trazidas a nós pelas estátuas dos atletas. procurando avaliar o progresso de seus alunos e. de 2925... EVOLUÇÃO HISTÓRICA As divisões históricas da Biometria apresentam uma característica eminentemente didática................. etc.................. pesquisando força de braços.. envergadura.. de vez que a preocupação com o todo sempre existiu......... As verificações feitas por ele.. Medidas Sociais. comparáveis em beleza às dos deuses. idade.. na Inglaterra................... Medidas Cardiovasculares ................ costas e preensão de mão (por meio da dinanometria)............................ Por volta de 1880 começam os estudos de SARGENT............... na Renascença. perde seu sentido tornando-se necessário transformar o fraco em um forte e fazer... neste campo. mas com uma ênfase destacada nos Estados Unidos. sendo pioneiros os trabalhos de McCZOY. surgiram meios mais precisos de desenvolvimento de quadros e índices. Pesquisou-se a validade de testes. feita pelo italiano MOSSO. Aparece a biotipologia com PENDE.. na Universidade de Columbia. conduzem para os testes de Avaliação CárdioPulmonar. Na Escola de Educação Física da antiga Universidade do Brasil aparecem as figuras de Peregrino Jr. não só usado para aferir aptidão como para detectar doença cardíaca. no mundo inteiro.Ms. descritos por GARFIELD e BARNARD. com alto índice de correlação sendo um dos pioneiros no campo dos testes verdadeiramente científicos e utilizando-os com propósito classificatório. Foi. HOLLMANN. foi LAPORT. para o setor da pesquisa e da medida aplicada. BALKE. Estas opiniões. Por volta de 1890 surge o trabalho de classificação biotipológica de SHELDON. Por volta de 1969 cabe a Maurício José Leal Rocha criar. com a divulgação do teste de BRACE. surge o livro de biotipologia de BERARDINELLI.. do Rio de Janeiro. O processo de renovação desta estrutura foi iniciado em 1971. 3. José Francisco Daniel/ Prof. Posteriormente apareceram outros pesquisadores na área. sua confiabilidade. Todo o mundo volta-se. A este fato somava-se o conceito de SEAVER que "um homem grande. até atingirmos a sofisticação dos testes atuais realizados em laboratórios altamente aparelhados. em atletas que participam dos Jogos Olímpicos.índices de força e de Aptidão Física. Por ocasião da I Guerra Mundial. já por volta de 1989. ASTRAND. o teste de Habilidade Motora de BRUCE. Surgem os primeiros trabalhos relativos à fadiga. que só viriam a ter tratamento científico a partir de SNELL-COL. abrindo mais uma janela no campo das medidas. o primeiro centro de Medida e Avaliação moderna. Entretanto. que se preocupam os pesquisadores com os Testes de Conhecimento. Hoje. um dos melhores da época. Dr. no México. 4 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. tivesse sido publicado o trabalho de BLISS. VENERANDO. por volta da década de 1920. ainda em 1907. ao introduzir os conceitos fundamentais da composição corporal. ROGERS. O controle médico desportivo. em 1920 surgem os primeiros testes femininos. Por volta de 1930 começa o curso da Escola de Educação Física do Exército. Em 1913 a Associação Americana de Parques Infantis lança seu teste. O pioneiro. É ainda por volta de 1920 que começam os estudiosos a retomar os trabalhos. ao lado dos progressos no campo da fisiologia do coração. e outras medidas estudadas e analisadas posteriormente. Surgem as primeiras baterias de testes com BRACE. Entretanto a preocupação maior com a Aptidão Física desenvolveu-se a partir dos estudos de CURETON e BOOKWALTER. no Basket. BALKE. hoje. resultantes das pesquisas de SJOESTRAND. MEYLAN. TAYLOR e muitos outros. difundido a determinação do percentual de gordura estimado pela medida da dobra cutânea e o cálculo de peso ósseo. SCHNEIDER usa seu teste para medir a aptidão dos soldados que iam combater. porém. e em 1930 sai o número 1 da "Research Quarterly". VAN BUSCKIRK e BLANCHARD. seguindo-se outros. difundindo-se e aos outros centros o programa atual de pesquisas em bases mais científicas. entre outros. HEBBELINCK. surgindo os testes de habilidade esportiva. aproximadamente. e Armando Peregrino. ASTRAND. na Escola de Educação Física da UFRJ. em 1884. Ms. o próprio SARGENT já começa a se preocupar com um fato . Em 1931 aparece o teste de relação de pulso de TUTTLE. etc. WAHLUND. nem sempre é um homem de alta resistência". tudo resolvido. etc. o assunto é pesquisado. Ainda na década de 1920 começam as preocupações com a interferência dos fatores como o caráter. Entretanto. sobretudo em relação ao futebol. através de diâmetros ósseos.Anderson Marques Moras . VENERANDO. como se fez em Roma no ano de 1960. na época da II Guerra. surgindo a resultante nos trabalhos do próprio CURETON. embora antes deles. visando divulgar e estimular trabalhos em moldes eminentemente científicos. sendo hoje ainda motivo de pesquisa. classificando-os para que pudessem participar de um programa supervisionado.os testes de força não mediam velocidade nem resistência. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. entretanto. tentando graduar a habilidade de seus alunos. usando idéias de SARGENT datadas de 1880 a 1901. divulgando o seu modo de ministrar a disciplina naquela Escola. difunde-se nos Clubes. o LABOFISE. Na década de 1940 aparece o livro de Biometria de SETE RAMALHO. surgindo a avaliação e a análise. em 1917. Apareceram os estudos de COZENS. usando testes simples. a relação entre atividade muscular e circulatória e sua utilização em Educação Física. somadas à descoberta do ergógrafo. a personalidade e as valências sociais na performance. em Tóquio. A BIOMETRIA NO BRASIL No Brasil o uso da Biometria já se faz notar no início do século. Não estava. que os testes vieram a ter um cunho científico. Em 1943 BROUHA descreveu o conhecido teste do banco (HARVARD). na Universidade de Minnesota. MARGARIA. é nesta época. PLAS. Fichas antropométricas são usadas no serviço médico do Fluminense Football Club. desenvolveu seu teste de Habilidade Motora. com a UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS ESTATÍSTICAS. suspensos desde 1913. aparece a técnica da pontuação T de McCALL e surge a figura de McCLOY revendo. de automação e de maravilhas tecnológicas. 2. comparação com critério padrão de referência. sendo a Medida e a Avaliação. sendo hoje o “número um” no país em termos de pesquisas realizadas e publicadas no Brasil e no exterior. 6. 3. Já em 1978 o maior número de pesquisas apresentadas por autores brasileiros em jornadas e congressos eram oriundas desta área de conhecimento. Para onde estamos indo? O futuro depende basicamente do melhoria nos nossos conhecimentos. 5. localizam-se em cadeiras de Fisiologia e não nas de Biometria. MATSUDO. 5. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms. selecionar elementos de alto níve1. orientar.Em virtude de não necessitar de equipamentos numerosos ou muito sofisticados. em muitas áreas. surge na cidade de São Caetano do Sul o CELAFISCS (Centro de Aptidão Física de São Caetano do Sul). a esta altura. Aonde chegaremos na área de Medidas e Avaliação aplicada à atividade física? PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. VICTOR K. nível de maturação biológica. desenvolver a pesquisa em Educação Física. do interesse no jogo e na recreação e de meios padronizados de vida Sadia e adaptada ao ambiente. auxiliar o indivíduo a situar-se em uma atividade física que o motive e onde possa desenvolver suas aptidões. BROWNEZL e HOGMAN enfocam a aptidão física. criado pelo Dr. Dr. das habilidades neuromusculares. foram suas técnicas rapidamente assimiladas e implantadas em todo país. avaliação física de escolares e atletas de alto nível. uma indagação . Este centro se dedica ao estudo de crescimento e desenvolvimento.o corpo humano. Medidas e Avaliação deverá ser utilizada com os seguintes objetivos: 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) avaliar o estado do aluno ao iniciar a programação. detectar e acompanhar a evolução dos problemas posturais. as atitudes e a apreciação da vida. MATSUDO entende que não levar em consideração o nível de maturação. detectar deficiências. estabelecer e reciclar o programa de trabalho. no desenvolvimento emocional. BUCHER ainda acrescenta o fator de desenvolvimento pessoal e social. Atravessamos uma época de alta sofisticação operacional. avaliação da aptidão física. TENDÊNCIAS Vimos a história mostrar-nos uma evolução nos meios e na filosofia das medidas. WILLIAMS chama a atenção para os objetivos ligados ao desenvolvimento dos sistemas orgânicos. localização na estratégia Z.o desenvolvimento físico e mental de uma criança. no desenvolvimento neuromuscular. Estamos diante de uma verdadeira explosão de conhecimentos. É curioso notar que estes centros. baseado em seis itens: 1. impedir que atividade física seja um fator de agressão rompendo o equilíbrio orgânico e desencadeando doenças. não seria possível atingir nenhum dos objetivos citados acima. 4. as habilidades motoras e sociais. impondo-nos a especialização e mesmo sub-especializações.Anderson Marques Moras 5 . acompanhar o progresso de nossos alunos. curva percentual de maturação funcional. ainda hoje consideradas. PROPÓSITOS DO ESTUDO DE MEDIDAS E AVALIAÇÃO NUM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA Cabe-nos. o conhecimento e o entendimento das coisas da vida e os hábitos. R.Ms. nível nutricional. Em 1974. propondo portanto. transformando um fraco em um indivíduo normal e um normal num ser cada vez mais forte. além é claro do projeto de saúde pública (Exercício e Saúde). José Francisco Daniel/ Prof. detecção de talentos. pesquisa. para integrar equipe de competição. permitindo uma orientação no sentido de superá-las. ênfase e atenção na filosofia de trabalho. e com o mais precioso dos bens .Com que objetivo iremos estudar Medidas e Avaliação num curso de Educação Física? O que medir? Por que medir? Para que medir? NASH focaliza os objetivos básicos da Educação Física no desenvolvimento orgânico. um critério biológico de seleção. como matéria eminentemente fisiológica. 4. erradamente. os desajustes psicológicos e sociais. Se em Educação Física iremos lidar com a mais perfeita das máquinas . isto é . 5) Uso de mais testes no diagnóstico. Além disto devemos ter em mente. Ms. Por outro lado só poderá educar bem quem se mantiver em dia com o avanço da ciência. O método de trabalho a ser utilizado na avaliação e na programação dependerá diretamente desta evolução científica. aprimorando sempre o sistema. O programa deve ser cada vez mais individualizado e tendo em vista responder às perguntas específicas:. Técnicas mais sofisticadas e uma transposição mais precisa para sua utilização no campo prático.o critério de todas as práticas de Educação Física . com que finalidade e dentro de que intensidade. 8) Destaque e avaliação da percepção motora e psicológica. Torna-se necessário lembrar que a avaliação.O que medir? Por que medir? Para que medir? Todo o desenvolvimento do produto. 6 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. sobretudo em nível escolar. Esta mesma sociedade irá ditar-nos as bases de nosso trabalho. admite-se que seja esperado do professor de Educação Física produzir indivíduos cada vez mais aptos. servindo-se dos métodos de Medidas e Avaliação para orientar este trabalho. BARROW destaca que o produto desejado "é o produto ideal . para determinar necessidades individuais. que devem ser integrados sadios para constituir uma sociedade sadia. dizendo-nos o que espera de nós. TESTES Vimos a situação da Biometria. mais fortes e mais capazes física e intelectualmente. as tendências e as fases históricas dos testes.Anderson Marques Moras . 10) Maior uso dos testes de capacidade. 13) Técnicas de detecção de talentos esportivos. objetivo da medida. 7) Ênfase contínua aos testes cardiovasculares e de aptidão. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. como ensinar.As tendências mais previsíveis são: 1) 2) 3) 4) Refinamento nos testes de habilidade. Bioquímica e na área dos registros elétricos. de um modo contínuo. é um problema dinâmico e contínuo. O professor deve saber o que ensinar ao aluno. Estes objetivos poderão ser usados como um guia. O produto. 9) Ênfase na avaliação do professor. acompanhar sua evolução e avaliar o rendimento. executa bem e recolhe dados precisos para sua análise e avaliação posterior. Hoje. as bases de nosso trabalho? Como aplicá-lo? Na filosofia das medidas teremos de ter em mente que lidamos com seres humanos. nunca como um fim. José Francisco Daniel/ Prof. Mais testes na área do conhecimento. 12) Uso da avaliação de maturação biológica. 6.Ms. 11) Medida da motivação. cujos fundamentos são analisados por YUHASZ. o estudante deve ter as características de uma pessoa fisicamente educada. A meta prioritária passou a ser a aptidão global. que aquilo que não pode ser medido pode ser julgado e os níveis e técnicas para realizar este julgamento implicam em numerosos aspectos qualitativos.do aluno/atleta . entretanto.dependerá de 2 fatores: suas necessidades e um ponto de referência. dentro do seguinte esquema (figura 1): Aptidão Global Base Genética Física Intelectual Base Ambiental Social Emocional Figura 1.critério estabelecido através de padrões derivados da avaliação e da formulação de objetivos". Dr. isto é. que a época da improvisação já está ultrapassada. ênfase no setor da pesquisa da habilidade motora. Quais. 6) Maior utilização de conhecimentos de Biomecânica. Modelo do conceito de aptidão global. Ter em mente. Medir torna-se indispensável para planejar o processo. nesta avaliação. Modernamente o homem deve ser analisado em sua globalidade resultante que é de sua carga hereditária genética e das influências ambientais que sobre ele agem. Todo o trabalho conduz à pesquisa e esta nos leva à novas técnicas de medida. Hoje só colhe frutos quem planeja bem. Maior e melhor utilização dos testes subjetivos. de vez que o processo é eminentemente dinâmico. As medidas devem ser precisas e objetivas. caracterizando teste. Na análise final a avaliação torna possível julgar a eficiência do método empregado em função do grupo e do indivíduo. pois. Enquanto a medida nos dá informação quantitativa de um trabalho. é um instrumento.Anderson Marques Moras 7 . O que vai ser medido? 2. Por que vai ser medido? 3. análise. percentuais. por que fazê-lo e com que propósito. observação e performance. Essa informação pode ser na forma escrita. determinar a ação. informal (a pessoa não sabe que irá ser testada). portanto. medida é o processo utilizado para coletar as informações obtidas pelo teste. características. sabendo se o resultado foi positivo ou negativo. mas não uma finalidade básica em si mesma. uma mudança (preferentemente para melhor) em um período de tempo. reflete o progresso. a avaliação nos posiciona qualitativamente dentro dele. como nos lembra BARROW. posteriormente. Devemos inicialmente ter em mente que antes de aplicarmos qualquer teste devemos responder às três perguntas básicas: 1. ou quando executamos um trabalho físico qualquer. Medida: É uma técnica capaz de nos dar. dados quantitativos que exprimam caracteristicamente. através de processos precisos e objetivos. por exemplo.a medida focaliza um conhecimento ou habilidade específica de um momento e a avaliação é um processo dinâmico. Teste. e em bases numéricas. Avaliação: É o processo pelo qual. Ms. ao iniciarmos um programa de treinamento e medirmos a situação em que se encontram nossos alunos. indica se o sistema de ensino está sendo satisfatório. e objetivamente exprimir e comparar critérios. A avaliação é um processo que deve ser permanente para nos criar condições de.Ms. Assim. indica se os objetivos estão ou não sendo atingidos. o que vínhamos usando. visando obter uma resposta a uma indagação que nos fazemos: como está nossa força. utilizando medidas. Teste: É uma pergunta ou um trabalho específico utilizado para aferir um conhecimento ou habilidade de uma pessoa. após aplicar o nosso plano de trabalho. medida uma técnica de avaliação e teste um instrumento de medida. José Francisco Daniel/ Prof. podemos subjetiva. etc. Podem ser coletadas de duas formas: formal (a pessoa sabe que irá ser testada) e. procedimento ou técnica usado para se obter uma informação. Qual é minha altura? Quanto obtive de índice na prova de línguas? Qual o meu QI? Qual o meu índice de força nos membros superiores? A minha velocidade de deslocamento? Portanto. atribuindo um valor numérico aos resultados. desvios padrões. Estamos testando nosso conhecimento ao respondermos a um questionário previamente construído. A esta altura estão em movimento: teste. medida e avaliação. Dr. por exemplo. fornecendo-nos bases preciosas de diferenças entre estes dois pontos. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. determina a importância ou o valor da informação coletada. partindo de valores básicos. classifica os testandos. faz comparação com algum padrão (escalas. Para que vai ser medido? Assim. pesquisa. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. poderemos. Conceituemos tais fatos para uma linguagem comum. devemos conhecer alguns pontos básicos para que este manual possa contribuir para que seu trabalho seja ainda mais produtivo. que a avaliação é uma parte do processo educacional. medida. devemos preliminarmente nos conscientizar do que se está querendo medir em termos de aptidão física. as qualidades que desejamos situar. médias. as metas e os objetivos do profissional. avaliação.). Quadro 1. A medida e a avaliação são meios e fins. repetindo os testes iniciais. Deve refletir a filosofia. medida e avaliação. MEDIDA TESTE Impulsão Vertical com auxílio dos braços Pré Pós A (Márcio) 42 cm 47 cm B (Paulo) 44 cm 46 cm AVALIAÇÃO Pré : A < B Pós : A > B Vemos. desvios e toda a seqüência do processo. No quadro 1 apresentamos um exemplo. BERTEUFFER e BREYRER estabeleceram um conceito . Caracterização dos termos teste. comparar os dados e julgar se estamos no caminho certo ou se necessitamos reformular. a exemplo das provas realizadas em um vestibular. Avaliação portanto. em parte ou no todo.Antes de iniciarmos a descrição das variáveis de aptidão física e suas técnicas de medida. a não ser em casos especiais e de acordo com o objetivo do trabalho.84 Fraco 0.90 .Grau de consistência dos resultados de um teste em diferentes testagens. que deverá estar acima de 0. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS TESTES Os principais critérios da seleção de testes são: validade. Nesse espaço de tempo o aluno/atleta não deve modificar seus hábitos de vida. Material não sofisticado. Níveis de validade. Métodos que possam ser aplicados a grandes grupos. geralmente próximos entre si. não devendo ultrapassar 15 dias. o tempo conseguido está dentro da utilização da fonte imediata de energia. Calculamos o coeficiente de correlação.Anderson Marques Moras . não devemos confundir a simplicidade dos testes como uma atitude simplista e assim chamamos a atenção de que os testes aqui mencionados tiveram sua validade.1. Dr. Devemos lembrar que tanto a reprodutibilidade quanto a objetividade podem ser aumentadas quando os aplicadores são bem treinados. a avaliação tem um papel mais amplo do que testar e atribuir graus.00 0. em diferentes dias. pensa-se em administrar testes e atribuir graus aos indivíduos.0.7.85 . quando o termo avaliação é mencionado. Reprodutibilidade: É o grau em que esperamos que os resultados sejam consistentes. Nesse espaço de tempo o aluno ou atleta não deve modificar seus hábitos de vida.69 9. bom.00 Bom 0.95 .50 .0.0.Ms. Ms. Safrit (1981) sugere a seguinte tabela (tabela 1.0. após um período determinado de tempo. Determinação: Também é realizada através do cálculo do coeficiente de correlação de Pearson. o avaliador pode lançar mão de três tipos de avaliação: Diagnóstica.0.00 . Exemplo: teste de 50 metros mede velocidade. Validade: É a determinação do grau em que o teste mede aquilo que se propõe medir. Formativa e Somativa. para analisarmos o nível de aptidão física precisamos medir o maior número de suas variáveis e neste manual descreveremos como podemos fazer isso dentro de uma filosofia de trabalho: 1. 8.0. fundamentados em literatura. No entanto.60 .1): Tabela 1. o reteste.79 0.0. Como será visto a seguir. geralmente próximos entre si. 2. quando examinados pelo mesmo avaliador. em diferentes dias. reprodutibilidade e/ou objetividade bem definidos. nas mesmas condições. Técnicas não complexas.80 . utilizando-se sempre os mesmos sujeitos. 8 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. reprodutibilidade e objetividade.70 .49 0. NÍVEL VALIDADE REPRODUTIBILIDADE OBJETIVIDADE Excelente 0. Dependendo do objetivo.0.79 0.00 .1. na maioria das vezes.1.89 0. TIPOS DE AVALIAÇÃO Em geral.70 .Grau de concordância dos resultados do teste entre os testadores. Objetividade: É o grau em que esperamos consistência nos resultados.69 0. . Determinação: Pode ser determinada aplicando-se o teste e. . regular e fraco. Determinação: • Comparação com testes de validade conhecida.00 .7 para que possamos considerar o teste como reprodutível. quando o teste é aplicado ou anotado simultaneamente por diferentes indivíduos nos mesmos alunos ou atletas. não devendo ultrapassar 15 dias.00 0. • Através de análise com referência a “Critérios”. FILOSOFIA DAS MEDIDAS Assim. 3. que normalmente deve ser de 3 dias a uma semana.80 .94 Regular 0. reprodutibilidade e objetividade para os conceitos excelente. • Por conhecimento teórico. • Definição a partir de opiniões de pessoas de reconhecido gabarito no assunto.59 0. pois independente do sexo ou faixa etária. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. José Francisco Daniel/ Prof.0. Ms. Vamos lembrar alguns aspectos que ajudarão bastante nesse sentido: A . Caderno de Biometria. no final do processo. ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS TESTES Muitos são os fatores que irão interferir para realização de uma boa avaliação e o primeiro passo é fazer uma boa medida. 1979.. da maneira certa. Paniaga et al. ou. a dividir a turma em grupos (homogêneos ou heterogêneos) visando facilitar o processo de assimilação da tarefa proposta (Johnson & Nelson. & GIANNICHI.. Dr. quando a performance do indivíduo é obtida. ao seguinte tipo de pergunta: • • • Qual a melhoria do aluno em relação ao desempenho? Qual a melhoria em relação ao estado inicial. então.D.. ou da turma. comparado com outros padrões ou metas? Avaliação Formativa: Este tipo de avaliação informa sobre o progresso dos indivíduos. tendo como base essas necessidades ou. treinamento. Editora Manole Ltda. RS.. 1996. METODOLOGIA. ou de forma incorreta. em relação a uma determinada característica. 1979.C.Avaliação Diagnóstica: Nada mais é do que uma análise dos pontos fortes e fracos do indivíduo.Orientação do Avaliador: Conhecimento do Teste .Antes de aplicá-lo deveremos proceder a um rigoroso e perfeito estudo da técnica e procedimento.A.B. Aplicar testes com os quais não estamos familiarizados. Universidade Castelo Branco. comumente efetuado no início do programa. 1979. J. Para um melhor planejamento necessário se faz responder algumas perguntas: • • • • • • • Como está o aluno/atleta sob determinados aspectos motores: força. no decorrer do processo ensino-aprendizagem.. Kirkendall et al. José Francisco Daniel/ Prof. O teste deve ser conhecido por quem o aplica e entendido por quem a ele se submete. procuramos responder. com o objetivo de obter um quadro geral da evolução do indivíduo (Johnson & Nelson. velocidade.? Como está o aluno em relação a uma meta.. dependente de seu nível? Quais são as dificuldades de determinado aluno? O grupo em que vamos trabalhar é homogêneo em alguns aspectos motores? Existem alunos que destoam muito do grupo.R. não nos conduzirá a nada de conclusivo. Kirkendall et al. Dessa forma. Paniaga et al. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. 1979. indica ao profissional se ele está aplicando o conteúdo (ensino ou treinamento) certo. Dessa forma. M. 10. apontando e corrigindo os pontos fracos até ser atingido o objetivo proposto (Johnson & Nelson. Paniago et al. etc. Avaliação & Prescrição de Atividade Física. ou a uma meta. 1980).. o avaliador deve estar consciente dos PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. procuramos responder a questões do tipo: • • • Qual a nota que eu daria para o meu aluno? Quanto ele melhorou em relação aos objetivos propostos no curso ou no treinamento? Que referencial vou usar para dar a nota: ∗ padrão externo ∗ padrão interno (resultados do próprio grupo) Sugestão para Leitura: MOLIN KISS. a fim de darmos um conceito ou uma nota. 1987. para as pessoas certas e no tempo certo. elaborar o seu planejamento de atividades. dando informações tanto para os indivíduos quanto para os profissionais. Kirkendall et al. avaliada e em seguida é feita uma retroalimentação. Esse tipo de avaliação.Anderson Marques Moras 9 . ajuda o profissional a calcular as necessidades dos indivíduos e. PINTO. Avaliação em Educação Física: Aspectos Biológicos e Educacionais. Por que? Quais as dificuldades do grupo? Como nosso grupo está situado.. 1980). até aquele momento? Qual a influência do simples crescimento e desenvolvimento normal da criança e do adolescente na melhoria do seu desempenho físico? Avaliação Somativa: É a soma de todas as avaliações realizadas no fim de cada unidade do planejamento. 1980). Ms. 1979. MARINS. A avaliação é realizada quase que diariamente. Com esta modalidade de avaliação procuramos analisar o aluno e ou atleta.. 1979. Portanto. Editora Shape.P. J. tais como: 1. Vento Condições do Solo Segurança Trânsito de Pessoal D . para tal. incluindo-se folhas de protocolo. Lembremos que em alguns testes desejamos esforço máximo e. camiseta. NÃO INVENTAR DEVE SER O LEMA.. o material específico de que dispomos. etc. Lembre-se que uma simples balança mal calibrada poderá por todo seu trabalho por terra. desenhos especiais. E . Dimensão Luz Som Temperatura 5. devemos tomar cuidado com a temperatura. Devemos ainda estar atentos para ter à mão todo o material a ser usado em quantidade suficiente. enquanto outros podem ser coletivos. pista). Um bom repouso na noite anterior e um intervalo adequado entre a última refeição e o teste também são importantes. Manipulação: procuraremos conhecer o uso adequado do equipamento antes de iniciarmos os testes propriamente ditos. e até lápis ou caneta reserva. Nunca devemos planejar a aplicação de um teste se não dispusermos de todo o equipamento necessário. traçar um roteiro e uma planta das estações. O material a ser utilizado deve permitir o máximo de segurança na leitura do resultado e em relação ao indivíduo testado.Local: Deveremos previamente planejar e analisar o espaço disponível (dimensão). 6. Calibração: todo instrumento de medida deverá ter sua calibração conferida antes do início dos testes. quanto ao número de avaliadores: da mesma forma. Necessário se faz uma análise do local que iremos usar para aplicar o teste (condições do solo. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. para que não sejamos interrompidos por uma ponta quebrada. 4. adipômetros. obedecendo ao traçado de marcas. Assim.propósitos gerais do teste como dos detalhes técnicos das padronizações.Anderson Marques Moras . que de preferência deve ser constituído de calção. 3. devemos ter atenção com: a) b) c) limpeza. Ms. manutenção em local seguro. 8. 2. esclarecendo em que quantidade o temos. ou nas paredes. com boas condições de ventilação. paquímetros. Conservação: os equipamentos sempre significam um investimento financeiro e prolongar sua vida média de uso é um hábito que o avaliador deve cultivar. que aliás só será obtido com uma motivação adequada. trânsito de pessoal. meia e tênis. O mesmo procedimento será adotado em relação a alvos. serão cuidadosamente colocadas. 2. 7. a maioria dos testes aqui descritos exigem apenas um avaliador mas há ocasiões que mais de um avaliador é necessário.Instrumental: Os instrumentos de medida deverão merecer especial atenção quanto à: 1. fitas métricas. do mais simples ao mais complexo. Exercite bem antes de aplicar alguma medida. B . fato que dará melhor qualidade de medida e um menor tempo de execução. na hora de uma anotação de índice. Dar conhecimento da execução do teste é fundamental para obtermos o melhor resultado. Treine em você mesmo ou em outros colegas de trabalho. Todos vão sair ganhando. 3. luz). usando-se tinta lavável ou adesivos. conforme o que o teste recomendar. 2. assim como o uniforme. As marcas no chão. Esta marcação deverá ser feita de modo a permitir um registro rápido e preciso. vento. ou uma tinta que se acaba. Aquisição: devemos selecionar aquele equipamento que mais se ajuste as condições reais de trabalho. Resumindo: o local onde o teste será realizado deve ser bem definido com relação às condições adequadas de: 1.Ms. a boa motivação é básica. Quando aplicarmos testes em lugar aberto (quadra. 10 quanto ao número de avaliados: pois alguns testes como na maioria deste manual são estritamente individuais. José Francisco Daniel/ Prof. 4. som. de modo a que não ocorram acidentes. C .Mecanismo de Aplicação Existe alguns aspectos que irão influenciar a aplicação do teste e que precisam merecer nossa atenção. Dr.Orientação do Avaliado: A pessoa que irá ser avaliada precisa estar ciente do processo de medida. condição do solo. o uso somente por pessoa habilitada ou sob supervisão. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. dispnéia. V. Assim.. mesmo com aqueles considerados aptos. Testes em ciências do esporte. dor intolerável. 6. Atentar. ou na programação do treinamento. Ms.Selecionar itens de testes que se enquadram dentro das qualidades físicas desejadas PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Não devemos levar em consideração os fatores dependentes da posição tática. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.. quanto à coleta dos dados: que deverá ser feita em folha de protocolo adequado e por anotador competente. 12. do período de treinamento ou fadiga. 1984. CONSTRUÇÃO DE UMA BATERIA DE TESTES Ao lidarmos com uma determinada área esportiva.K. 34- fadiga não tolerável ou incomum. quanto à demonstração: que poderá ser útil e em muitos casos imprescindível para um perfeito entendimento do teste. cianose ou palidez.R. Sugestão para Leitura: MATSUDO. contudo. devemos observar durante a realização do teste a presença dos sinais ou sintomas. B . ou mesmo ao estabelecermos um programa de aulas dirigido no sentido de explorar mais de uma valência. náusea ou vômito. Os cuidados médicos não se restringem ao exame mas. Esse exame deverá de preferência ser feito por médico especializado em Medicina do Esporte ou com experiência na área. B .. Dr. para o aspecto biomecânico. J. uma vez que poderão variar e são difíceis de serem medidos. José Francisco Daniel/ Prof.Anderson Marques Moras 11 . Gráficos Burti Fotolito Editora Ltda.Analisar as qualidades físicas a serem desenvolvidas no programa ou necessárias ao esporte em foco Torna-se. Caderno de Biometria. PINTO.Sinais de Intolerância ao Esforço 123456- confusão mental. 11. ao invés de lidarmos com um teste iremos jogar com vários.R. necessário conhecer quais os fatores que irão interferir na performance e em que intensidade cada um deles terá contribuição direta com o trabalho a ser desenvolvido. quanto à duração: que poderá estar dentro dos limites da aula. pois.Ms. queda de pressão arterial máxima com aumento do esforço. A . angina. quanto à ordem: que procurará ser em uma bateria de testes a mais “fisiológica” possível. 5. a avaliação deverá ser feita em cada item utilizado na prática desportiva. colocando no princípio os testes que exijam condições próximas às de repouso e deixando para o final os testes que envolvam esforço máximo. Como organizá-la? A . CUIDADOS MÉDICOS Em alguns itens da bateria de testes da aptidão física o esforço máximo é exigido e assim é recomendável que o avaliado tenha se submetido a exame médico que ateste suas condições de saúde como compatíveis com as atividades a que será submetido. fato que indicaria a necessidade de interrupção do teste e a imediata assistência médica.Sintomas de Intolerância ao Esforço 12- desmaio eminente. não aumento da pressão arterial máxima com o aumento do esforço.3. Universidade Castelo Branco. distribuídos dentro daquilo que chamamos de uma bateria de testes. São Paulo. 4. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. se o objetivo é medir aptidão física. aos fatores internos e externos que podem alterar o resultado. e as falhas ao processo anteriormente citado. por exemplo. reprodutibilidade e objetividade. Por outro lado. interfira no resultado do teste. em suas 3 fases. Evitar erros. J. não deve provocar desnível de resultado num teste de aptidão em relação a outro que não execute esta prática esportiva.. sobretudo em relação aos itens. por exemplo. Exemplifiquemos. confiança e validade determinadas previamente e. decorrentes da aplicação de cada item da bateria. José Francisco Daniel/ Prof.Trata-se de um dos pontos mais cruciais da construção da bateria. não esquecer.R. Na administração do teste alguns fatores podem interferir: Natureza do teste: Não se deve tirar de um teste uma informação diferente daquela que o elemento pode nos fornecer. as situações a serem enfrentadas na prática. em se tratando de algumas valências específicas. na escolha. Caderno de Biometria. ou uma bicicleta ergométrica. a interferência de fatores como altitude.Ms. validade. por exemplo. Itens mal escolhidos levam-nos a ter uma resposta falha e errônea. Ms. fatores tais como uma maior ou menor facilidade técnica. devemos ter em mente que obesidade não é qualidade física e fatores como este deverão ser usados no sentido de explorar a dificuldade. . não devem interferir. em suas 3 fases. o teste que nos forneça um critério de seleção mais fiel. atendendo ao que anteriormente foi citado em relação à aplicação. é obrigação de quem o utiliza. enfrentar todas as dificuldades que sua situação anômala possa causar em relação. A linearidade de critério torna-se indispensável.ao se usar um banco. o tamanho do membro inferior não deve facilitar ou dificultar a execução do teste. ao lidarmos com um teste de capacidade aeróbica. a velocidade de vento. 12 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Os fatores individuais (como tamanho do corpo) não devem interferir no resultado. O fato do indivíduo. Deve-se levar em consideração. se o objetivo é uma programação de aptidão física não devem favorecer a uns e criar dificuldades a outros. a um teste de flexibilidade. ser um arremessador ou um saltador. Sugestão para Leitura: PINTO. pouco ortodoxa do estilo. são outros tantos a nos levar a resultados falsos. Ao mesmo tempo. devido ao domínio de um estilo. o mais possível. nas provas em ambiente externos: a luminosidade. Deve-se ter cuidado na execução perfeita dos itens do teste e na colheita dos resultados. decorrente de vivências individuais. Universidade Castelo Branco. Se o objetivo é a aplicação esportiva deverão repetir. O mesmo critério não se aplica em relação ao indivíduo obeso .Anderson Marques Moras .este deverá. Assim. Dr. por exemplo. a construção de normas em função da bateria. por fim. Devemos estar atentos à perfeita obediência dos critérios determinados e.. Deve-se ter sempre o cuidado de impedir que o emprego de uma variante. etc. pois do êxito desta escolha dependerá o sucesso do que pretendemos estudar. Cada item deverá ter sua realidade. calor. umidade. Capítulo II VARIÁVEIS NEUROMOTORAS MEDIDAS DA POTÊNCIA ANAERÓBICA Victor keihan R. Matsudo 1. INTRODUÇÃO A principal fonte de energia nos exercícios de pequena duração é de origem anaeróbica. Nas atividades de "curtíssima" duração, ou seja, com até 10 segundos, a energia provém principalmente dos estoques de ATP-CP, sendo este mecanismo metabólico denominado de anaeróbico alático. Portanto, são exemplos de eventos "anaeróbicos aláticos" as provas de salto em altura, extensão, triplo e com vara, o arremesso de peso, os lançamentos de disco, dardo e do martelo, modalidades de saltos ornamentais, halterofilismo, assim, como todo início de eventos esportivos de qualquer duração. Nas atividades de "curta" duração, ou seja, com duração em torno de 40 segundos, a energia provém principalmente do metabolismo do glicogênio estocado, sem participação significante do oxigênio, sendo um mecanismo denominado de "anaeróbico lático". Assim, são exemplos de eventos "anaeróbicos láticos" a prova de 400 m, com e sem barreiras, as provas de 100 m nos diferentes estilos da natação, bem como os períodos de 30 a 60 segundos iniciais de exercícios de qualquer duração. Esta variável quando relacionada pelos resultados absolutos em escolares e jovens atletas, apresenta maturação precoce, sendo encontrado para as escolares, já aos 7 anos de idade 85% de sua maturação final e 104,8 aos 13 anos de idade, enquanto que para os jovens atletas, aos 13 anos encontramos 96,6% da maturação. Esses valores altos mesmo no período pré-púbere, provocou interesse em alguns pesquisadores entre eles, BAR-OR (1988). Esse autor constatou que mesmo quando a capacidade anaeróbica era expressa por quilograma de peso corporal, apresentava valores nitidamente mais baixo que a de grupos mais velhos. Através da aplicação de um teste anaeróbico (Wingate) em uma criança de 8 anos, encontrou uma produção de apenas 45-50% de força mecânica produzida por um menino de 14 anos de idade. Quando corrigido pelo peso corporal o valor foi ainda baixo, 65-70%. Pelo método da biópsia muscular verificou-se que, a concentração de ATP, CP e glicogênio no músculo em repouso das crianças são os mesmos, ou apenas levemente menores que aqueles dos adultos jovens, ERIKSSON (1980). Contudo, a não diferença relacionada à idade no índice de utilização do ATP ou CP, não corresponde ao índice de utilização de glicogênio, que está bastante diminuído na criança. O reflexo dessa diminuição na utilização do glicogênio reflete no índice de produção de lactato no músculo que é de 65-70% em meninos de 13 a 15 anos de idade, em comparação a concentração atingida por adultos durante o exercício máximo, ERIKSSON (1974). Crianças menores atingem níveis de lactato muscular e níveis de atividade de fosfofrutoquinase mais baixos comparados com adultos, sendo que a enzima fosfofrutoquinase é considerada limitada na glicose. Esses achados sugerem que a produção de lactato no músculo está relacionado ao nível de maturação sexual de meninos pubescentes, portanto, essa variável apresenta maturação tardia, contrário ao que se pensava. Este fato é apenas uma indicação adicional de que as crianças são menos adequadas para tarefas anaeróbicas, especialmente aquelas dependentes do seu índice de glicólise. MARGERKURTH (1988), citado por MATSUDO (1988) et alli, revelou que as correlações entre os testes de Wingate e 40 segundos aumenta significativamente quando corrigido pelo peso corporal deste último. A curva de percentual de maturação funcional foi corrigida pelo peso corporal (peso x distância/40 seg.), permitindo concluir que a maturação do processo anaeróbico, quando medido pelo teste de 40 segundos, evidencia picos de aceleração na fase pubertária, contrário quando utilizado o valor absoluto, onde o pico de aceleração ocorre na fase pré-púbere. Apesar desta variável ser muito solicitada em treinamento tanto físico quanto técnico-tático, pesquisa recente KOKUBUN e DANIEL (1992), mostrou pouca relação com a prática do basquetebol. Vemos assim que a potência anaeróbica é um importante fator metabólico, da aptidão física geral e por conseguinte, sua avaliação tem merecido a atenção de muitos pesquisadores. Assim, nos últimos anos diversos métodos foram desenvolvidos sendo que neste capítulo apenas mencionaremos aqueles que apresentam maior adequação às condições de trabalho no Terceiro Mundo. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Dr. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms. José Francisco Daniel/ Prof.Ms.Anderson Marques Moras 13 2. DESCRIÇÃO DOS TESTES I - TESTE DE CORRIDA DE 40 SEGUNDOS (POTÊNCIA ANAERÓBICA LÁTICA) A - Objetivo: Medir indiretamente a potência anaeróbica total (alática + lática). B - Material: 1) Pista de atletismo demarcada metro a metro, ou pelo menos de 10 em 10 metros; 2) 2 cronômetros (precisão de segundos); 3) folha de protocolo; 4) apito (opcional). C - Procedimentos: O avaliador principal (A) munido de um cronômetro orientará o avaliado sobre o objetivo do teste que é percorrer correndo a maior distância possível no período de 40 segundos. Com as palavras "Atenção! Já!!" dará início ao teste acionando concomitantemente o cronômetro e andando em direção ao avaliador auxiliar (B) que estará posicionado em um ponto médio entre 200 e 300 metros munido de um cronômetro. Esse cronômetro auxiliará o posicionamento do avaliador B o mais próximo possível do avaliado no momento dos quarenta segundos, fato que será anunciado pelo avaliador principal (A), com as palavras "Atenção! Já!!". Nesse instante o avaliador auxiliar (B) deverá observar o último pé que estará em contato com o solo e esse ponto deverá ser assinalado como ponto de referência. Com auxílio de uma trena, quando a pista estiver demarcada de 10 em 10 metros, ou apenas pela visualização direta, quando a pista for marcada de metro em metro, determinaremos a distância percorrida, com precisão para o último metro, ou seja, se a distância percorrida foi de 243 m e 40 cm o resultado para efeitos de cálculo será de 243 m. D - Precauções: 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) Podemos permitir o aquecimento particularmente dos avaliados que estão acostumados a esse procedimento. Observar, no entanto, os dois minutos de repouso entre o final do aquecimento e o início do teste. O teste também poderá ser feito com um só cronômetro. Nesse caso, o avaliador principal ficará com o mesmo e na altura dos 30 segundos anunciará o momento com a palavra "TRINTA!". Essa mesma conduta pode ser usada rotineiramente para melhor orientação do avaliador auxiliar e do avaliado. As condições de temperatura devem ser anotadas, sendo que cuidados especiais devem ser tomados quando a temperatura estiver abaixo de 150C ou acima de 250C. Devemos também observar as condições do vento, sendo que os ventos transversais à pista não tem tantos efeitos negativos como os longitudinais, particularmente quando atingirem velocidades superiores a 5m/segundo. O teste somente deve ser administrado na forma individual. O exame médico é um pré-requisito recomendável. Ao final do teste o avaliado não deve interromper bruscamente a corrida. Quando as condições permitirem alguns procedimentos podem ser acrescentados como um maior número de avaliadores, o uso de intercomunicadores ("walkie-talkie") e bandeiras de saída. FIGURA 1 - TESTE DE CORRIDA DE 40 SEGUNDOS 200 250 100 B A 0 300 14 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Dr. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms. José Francisco Daniel/ Prof.Ms.Anderson Marques Moras TESTE DE LACTACIDEMIA A utilização da lactacidemia é bem difundida nos países desenvolvidos, no Brasil representa uma realidade quase que restrita aos centros de pesquisa em Fisiologia do Esforço, sendo praticamente inexistente nos locais de treinamento de forma sistemática. Objetivo: O teste de lactacidemia mede a concentração de ácido lático no sangue após um determinado esforço e permite ao avaliador diagnosticar a curva de formação do lactato de acordo com a intensidade que está sendo proposta ao avaliado. Desta forma, é possível estabelecer uma relação entre esforço e participação do metabolismo anaeróbico lático, trazendo informações extremamente úteis para o planejamento de um treinamento ou para a elaboração de uma estratégia durante uma competição. A dosagem do ácido lático é, normalmente, realizada através da coleta de uma pequena quantidade de sangue arterializado no lóbulo da orelha. O ideal é haver um intervalo entre 2 e 4 minutos após o esforço, visando obter a melhor curva de dosagem, uma vez que o ácido lático, formado no interior da célula, necessita de algum tempo para ser removido, facilitando assim sua detecção. O protocolo de realização do teste de lactacidemia ainda requer uma série de cuidados na preparação da pele, manuseio do reagente e utilização do aparelho dosador (Kiss, 1987). O protocolo de testagem, normalmente compreende o registro do ácido lático em repouso (inferior a 2 mMol/l). Quando se submete o avaliado a um esforço, com aumento gradual de intensidade e interrupção para dosagem da quantidade de lactato em cada estágio, estabelece-se a curva de intensidade que poderá estar correlacionada com a freqüência cardíaca ou ao percentual de trabalho em VO2 max empregado. De uma maneira geral, Kinderman segundo Kiss (1987), considera dois valores de referência para uma prescrição de treinamento: o limiar aeróbico, com a concentração de lactato corresponde a uma concentração de 4 mMol/l. O segundo referencial permite a dosificação do exercício com uma maior ou menor participação do sistema anaeróbico, informação extremamente útil para uma perfeita elaboração de um treinamento. O gráfico a seguir apresenta, de forma ilustrativa, o comportamento da curva de lactato durante um exame de lactacidemia. Figura 2 - Representação gráfica de um teste de lactacidemia. Tabela 1 - Valores Absolutos (m) e % de Maturação de Potência Anaeróbica (m) em escolares brasileiros Homens Mulheres _ _ Idade X X S± Δ% S± Δ% 07 178,03* 12,24 68,04 166,42 11,91 82,76 08 191,95* 19,37 73,35 169,50 12,89 84,29 09 197,29 13,72 75,39 186,42 17,50 92,70 10 200,21* 17,01 76,51 189,93 10,52 94,45 11 203,34* 19,24 77,71 195,09 24,33 97,02 12 213,15* 19,37 81,46 195,82 18,16 97,38 13 221,48* 15,93 84,64 201,78 25,79 100,34 14 230,29* 23,23 88,00 204,35 20,11 101,62 15 246,54* 12,76 94,22 202,16 18,96 100,53 16 250,70* 16,56 95,80 197,29 15,64 98,11 17 240,20* 17,32 91,79 197,12 10,01 98,02 18 261,67* 19,85 100,00 201,09 10,98 100,00 * (p < 0,01) “t” Student (m) PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Dr. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms. José Francisco Daniel/ Prof.Ms.Anderson Marques Moras 15 II . B .Procedimentos: Do Atleta: realiza aproximadamente 10 minutos de aquecimento. faz os cálculos apropriados. O Teste Wingate é específico para ciclistas enquanto que o RAST pode ser utilizado com atletas de modalidades esportivas que tem como forma básica de movimento a corrida. O RAST foi desenvolvido pela Universidade de Wolverhanpton (Reino Unido) para testar atletas de performance anaeróbia. Ms. Dr.Material e métodos: Local plano de aproximadamente 65mts. para melhor atender nossa realizada. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. completa seis corridas de 35 metros.TVPA (TESTE DE VELOCIDADE PARA POTÊNCIA ANAERÓBIA) / RAST (RUNNING – BASED ANAEROBIC SPRINT TEST) O teste para análise da potência anaeróbia foi realizado através do TVPA RAST. no máximo de velocidade com 10 segundos de recuperação entre as corridas. recupera durante aproximadamente 2 minutos.Ms. Dos Avaliadores: cronometrar e anotar o tempo de cada corrida em planilha apropriada.Objetivo: Medir indiretamente a potência anaeróbia total (máxima. 4 cones.Anderson Marques Moras . cronômetro.Esquema de aplicação do teste: 16 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. que fornece aos treinadores medidas de potência e índice de fadiga. trena. controla e tempo de recuperação de 10 segundos entre cada corrida. José Francisco Daniel/ Prof. Cálculos da potência em valores relativos: A Potência (em watts) de cada corrida é encontrada usando as seguintes equações: potência = a distância ao quadrado (35)2 / tempo3 (onde tempo3 = tempo * tempo * tempo) Calcula-se a potência para cada corrida e então determina-se: potência máxima = maior valor do teste potência mínima = menor valor do teste potência média = soma dos seis valores / 6 índice de fadiga em % = (potência máxima – potência mínima) / potência máxima * 100 Figura 3 . média e índice de fadiga). C . A . O RAST é similar ao Teste Wingate de 30 segundos para cicloergômetros. O TVPA foi adaptado do RAST. ficha de protocolo e apito. Fonte: Zakharov.15 seg.Ms.90 10 .52s.5 14 . Dr.85 até 4 Mais de 2 horas Mista 160 .100 6-8 10 .95 III 30 min . no primeiro tiro de 35m com o tempo de 4.30 min 8 .10 10 .18 2.Anderson Marques Moras 17 .52) Potência Media = 736 Watts P = 76 x 1225 / 92.345408 IF = 483 / 30.20 até 2 min 95 .Percentual de pessoas que passaram ou encontram-se no limiar anaeróbico em relação ao percentual da capacidade máxima % FCmáx 50 60 70 80 90 100 % VO2 28 42 56 70 83 100 % de pessoas no limiar aeróbico 0 0 3 55 100 100 erro de + 8% Fonte: McArdle PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. ZONAS DE INTENSIDADE DE TREINAMENTO No quadro 1 são apresentadas cinco zonas de intensidade de trabalho físico com prováveis freqüência cardíaca. Ms.Exemplo de cálculo do teste TVPA (Potência absoluta) de um atleta de basquetebol infanto-juvenil com peso corporal de 76 kg. 1992 Quadro 2 .8 Watts/seg.160 60 .52x4.2h (Aeróbica-Anaeróbica) IV V 4-6 Anaeróbica (glicolítica) + 180 Anaeróbica (alática) 95 .Classificação de Cargas de Treino pelas Zonas de Intensidade CRITÉRIOS FISIOLÓGICOS DURAÇÃO MÁXIMA ZONAS FC bpm Em %O2 Lactato mMol/1 DE TRABALHO I Aeróbica até 140 40 . Quadro 1 .48 = 15. José Francisco Daniel/ Prof. concentração de lactato e duração máxima do trabalho. P = 93100 / 92. porcentagem do consumo de oxigênio. Resultados: Cálculo da potência máxima Potência Máxima = 1008 Watts P = Peso x Distância2 / Tempo3 Potência Mínima = 525 Watts P = 76 x (35x35)/(4.180 70 .52x4.60 até 2 Algumas horas II Aeróbica (de limiar) 140 . Vagner Roberto Bergamo/ Prof.15 5 .345408 P = 1008watts 3. na força relativa. Convém sempre lembrar que em igualdade de condições vence sempre o elemento que tiver mais força. e isso deve ocorrer pela perda de peso corporal (diminuição da gordura e não incremento da massa muscular).MEDIDAS DA FORÇA MUSCULAR Jesus Soares Madalena Sessa 1. À medida que a idade aumenta. pode influir negativamente no desempenho do salto. Dr. Portanto. Como os esportes coletivos consistem de atividades em que o corpo representa o objeto que deve ser impulsionado. surgindo como fatores limitantes ao desenvolvimento muscular os seguintes fatos: a) largura máxima de cada fibra muscular fixada. comer em suma: realizar qualquer ato necessário à manutenção da vida. não da idade. deve estar centralizado na melhoria da potência. arremesso. mas apenas torna mais espessas as fibras menos desenvolvidas. em princípio por questões de tamanho e o crescimento exerce uma influência mais importante do que o treinamento. A quantidade de força produzida por um músculo depende basicamente de: a) número de unidades motoras colocadas em ação. O que faz variar a quantidade global de força é portanto. dependente do estado de treinamento. c) o treinamento não aumenta o número de fibras musculares já existentes. tanto maior será esta força quanto mais espesso for o músculo. Outra característica interessante é que o desenvolvimento da força mostra grande semelhança com as curvas do desenvolvimento sexual e os maiores aumento desta coincidem com a época de puberdade. erguer-se do leito. 18 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. d) fator idade . diminuindo portanto. prejudicando com isso o desempenho no salto que tem relação direta com o peso corporal a ser levantado. proporcionando uma melhora do recrutamento e sincronismo de fibras musculares.durante a fase de crescimento o exercício muscular parece ter um efeito menor no desenvolvimento muscular. geneticamente. O desenvolvimento de força principalmente para os esportes coletivos. corrida. interferindo. a força relativa. b) a constituição biotipológica . ao indivíduo. através de exercícios com o próprio peso ou com elástico. 1986. diminuindo o nível a seguir. o aumento da área de secção total transversa do músculo. A melhoria na capacidade de força pode ser influenciada por vários fatores. WATSON. MATHEWS chama a atenção para o fato do aumento. maior será a força gerada. a força torna-se elemento indispensável para permitir. A força é um dos fatores mais dinâmicos na área da performance psicomotora e que pode e deve ser melhorada através o treinamento. INTRODUÇÃO A força é um pré-requisito para qualquer atividade física e participa. dentro de uma mesma faixa etária. já que a massa corporal quando aumenta. b) Maturidade do Sistema Nervoso Central. Mesmo nas atividades diárias. b) área de secção transversa do músculo. Quanto maior for o número de unidades motoras. No que diz respeito à área de secção transversa muscular. José Francisco Daniel/ Prof. o excesso de peso (gordura e massa muscular). Em outras palavras . colocadas em funcionamento. de todos os demais fatores. dentre eles:crescimento e maturação física. Podemos dizer que a força é a capacidade do indivíduo utilizar sua musculatura para vencer as oposições criadas pela ação da leis que regem o universo. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. portanto. etc. ASTRAND chama a atenção para o fato de atingir-se o máximo de força entre os 20 e os 30 anos. cresce relativamente mais depressa do que a força muscular.Ms. salto. com o treino. IKAI e FUKUNAGA observaram que os valores tornam-se idênticos em homens e mulheres adultos. vestir-se. As suas manifestações são evidenciadas em qualquer tipo de movimento: marcha. para cada indivíduo.grau de mesomorfismo de cada ser. Ms. c) Desenvolvimento da maturidade sexual (ação do hormônio masculino). em proporções variadas. do volume de fibras musculares mais finas.Anderson Marques Moras . ASMUSSEN destaca 3 componentes fisiológicos básicos para a obtenção da força: a) Tamanho do corpo e somatotipo. tração. essa relação diminui gradualmente e os efeitos do treinamento torna-se mais significativos. se a força for medida em relação à unidade de área (cm2). não atléticas. Por outro lado. o mesmo acontecendo nos indivíduos de idade mais avançada. A força parece ser determinada. o aumento da força depende da maturação sexual e. já que o aumento da massa muscular não produz um aumento linear da potência.utilização da tensão muscular para vencer resistência externas. Potência: É a capacidade de realizar uma contração muscular máxima num tempo o mais curto possível. aos atacantes de futebol. Teste estático de barra. peso e martelo. esta variável é considerada por muitos estudiosos da atividade física como o mais relevante fator do desempenho motor. peso. propomos neste manual que esta importante variável seja medida pelos seguintes testes: Æ Æ Æ Teste dinâmico de barra. etc. isto é. Teste abdominal. Dizemos que há trabalho isocinético quando é desenvolvida força máxima em todos os ângulos do movimento de uma articulação. Chamamos de força estática ou isométrica aquela que é desenvolvida sem encurtar o músculo.Outro fator importante na força muscular para jovens atletas. estado nutricional. em proporções variadas desde a postura até o mais "fino" ato motor. Para os esportes coletivo. no que diz respeito as medidas. É interessante lembrar que todos esses testes medem de forma indireta a força muscular através do desempenho. independente do peso corporal. sem produzir movimento aparente. Æ Teste de impulsão horizontal. Devido a sua atuação. é sempre composta de 2 fases: uma isométrica e uma isotônica. etc. Æ Æ Æ idade. da contração. Constitui-se em qualidade indispensável aos saltadores em distância ou altura. estamos evidenciando disciplinas desportivas. neste caso. diz respeito ao transporte do próprio peso. isto é: o movimento. A força muscular é mais uma importante variável da Aptidão Física Geral. aos arremessadores de disco. cujo objetivo é o de vencer resistências adicionais. Entre um grande número de testes existentes que objetivam medir a força muscular de um indivíduo. 2) a força é básica para um bom desempenho nas técnicas. teremos que observar os tipos de força. sexo. Dr. é superior à força. A medida da potência é realizada basicamente pela utilização dos saltos.força resultando trabalho. no deslocamento dos opositores. Mathews (1980) cita quatro boas razões para avaliá-la: 1) a força é necessária para uma boa aparência. pois combina velocidade e força. Convém lembrar que uma contração muscular. Æ Teste de impulsão vertical. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. São vários os motivos pelos quais devemos medir e avaliar a força muscular. dependendo do segmento a ser analisado: Æ Æ Æ força e velocidade. e ainda com a utilização de aparelho sugerimos o Æ Teste de preensão manual. José Francisco Daniel/ Prof. que merece atenção neste manual. dardo. 3) a força é altamente considerada quando da medida de aptidão física. A resistência é inferior . Quando observamos a relação existente entre a massa corporal e a força muscular. da qual resulta um movimento. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. mormente na área de Educação Física.Anderson Marques Moras 19 . É uma das características básicas do atleta de qualidade superior.. aos lutadores. A resistência. o importante é a força que um atleta é capaz de desenvolver em relação ao próprio corpo (peso-relativo) Na análise da força. 4) a manutenção da força pode servir como uma profilaxia contra certas deficiências ortopédicas. Chamamos de força dinâmica ou isotônica aquela que é desenvolvida tendo como resultante final o encurtamento muscular. P=FxV Pela sua própria definição constatamos ser um fator que se relaciona diretamente com a força e com a velocidade.Ms. arremessos. torna-se fundamental a quantidade de força que o atleta seja capaz de desenvolver (força absoluta). desde um movimento simples até um bem complexo. para obter uma resposta motora mais eficiente nas atividades dinâmicas. Ms. estrutura corporal. aos arremessadores de basquete. O movimento é repetido tantas vezes quanto possível.Material: 1 barra de ferro ou madeira de 1 1/2 polegada ou 3. 20 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.Procedimento: A altura da barra deve ser ajustada de acordo com a estatura do indivíduo (vértex). B .. José Francisco Daniel/ Prof.Procedimento: A barra deve ser instalada a uma altura suficiente que o avaliado. material para anotação. sem limite de tempo. Não permitir que o avaliado utilize movimentos acessórios como: extensão da coluna cervical. II . ou pernas como auxílio e muito menos tentativas de extensão da coluna cervical. C . Não permitir qualquer movimento de quadril.Objetivo: Medir indiretamente a força muscular de membros superiores através do desempenho em se elevar acima do nível de uma barra horizontal. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. sendo que a distância entre as mãos deve corresponder a distância biacromial. Após assumir esta posição o avaliado tentará elevar seu corpo até que o queixo passe acima do nível da barra e então retornará o corpo é posição inicial. Será anotado o tempo que o avaliado conseguiu manter-se acima do nível da barra. o maior tempo possível.Ms. Dr.Objetivo: Medir indiretamente a força muscular de membros superiores através do desempenho em se manter suspenso acima do nível de uma barra horizontal. dos quadris ou pernas. D .TESTE ESTÁTICO DE BARRA A . Permitir somente uma tentativa.TESTE DINÂMICO DE BARRA A . não tenha contato dos pés com o solo. joelho em extensão. mantendo-se pendurado com os cotovelos em extensão. pés fora do solo. Ms. B . O avaliado segura na barra de forma pronada. D- Precauções: 1) 2) Não permitir que o avaliado encoste o queixo na barra. A posição da pegada é pronada e corresponde a distância biacromial.Anderson Marques Moras . O indivíduo é orientado para que realize sua força máxima procurando se manter suspenso.Precauções: 1) 2) 3) 4) 5) Observar se os cotovelos estão em extensão total para o início do movimento de flexão. C . O cronometro é acionado no momento em que o queixo do avaliado passar acima do nível da barra e é desacionado quando deixá-lo cair abaixo do nível da barra. a não ser que o avaliado seja prejudicado por algum motivo.80 cm. DESCRIÇÃO DOS TESTES MOTORES I . Material para anotação. 1 cronometro com precisão de centésimos de segundo. Será contado o número de movimentos completados corretamente.Material: 1 barra de ferro ou madeira de 1 1/2 polegada ou 3.80 cm. com o queixo acima do nível da barra.2. A execução deve ser dinâmica. Não permitir repouso entre um movimento e outro. Verificar se o queixo ultrapassa o nível da barra antes de iniciar o movimento de extensão dos cotovelos. 59 *9.em função do sexo III .23 5.72 6.67 10.Anderson Marques Moras 21 .61 8. apoiando apenas os calcanhares no solo. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.33 16 4.87 1. Os caibros que servem de suporte para a barra apresentam uma altura de 140 cm.52 8.42 36.47 **23. Tronco e pernas devem manter-se alinhados Não é permitido que o aluno realize movimentos de quadris e pernas.66 08 0. com o corpo ereto.93 58.em função da idade “t” Student ** (p < 0. A dois espaços abaixo da barra deve ser estendida o barbante.95 11. Uma tábua suspensa de 12 cm de largura por 1.38 6.Objetivo: Medir indiretamente a força muscular de membros superiores através do desempenho em se elevar acima do nível de uma barra horizontal.48).10 6.40 7. aproximadamente.37 **18.41 7.11 5.24 09 1. O aluno deverá elevar-se até que o pescoço toque o barbante e. José Francisco Daniel/ Prof. servindo de suporte para a barra de.31 90.21 59. 3.44 73.23* 3.65 94. sem limite de tempo.19 **12.05 **14.09 88.29 7.38 5.30 32.48 33.55 22.27 0.82 73. ou tentativa de extensão da coluna vertebral. para que a altura da barra possa ser ajustada conforme o comprimento dos braços do avaliado.00 * (p < 0.63 7.37 **18.21 44. Na posição inicial.30 7.71 40. Ms. p.00 5.00 7.33 11 1.23 6.29 10.65 15 2.66 100.01 **25.34 99.42 17 4.56 5.97 1. retornar à posição inicial.Valores Absolutos (no de repetições) e % de Maturação de Força Muscular de Membros Superiores (dinâmico de barra) em escolares brasileiros Homens Idade _ X S± Δ% 07 0.74 5. Dr. Figura 4 – Suspensão Flexão de Braços em B .19 7.05) .83* 2. O movimento deverá ser repetido tantas vezes quanto possível.42 87. sem ocorrer paralizações e com a utilização apenas da flexão de braços.13 11.20 6. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.00 29.02 114.70 12.17* 2. aproximadamente.) e Porcentagem de maturação de Teste Estático de Barra em escolares brasileiros Idade 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Homens Mulheres _ _ X X S± Δ% S± Δ% 8.Ms. Será registrado o número máximo de repetições.53 13.47 70.52 8.01 10 0.Procedimento: A barra deve ser colocada a uma altura de três centímetros.11 10. de forma cadenciada e contínua.5 cm de espessura é fixada acima dos caibros de suporte. completando uma repetição.97 152. C .48 100. caibros de 12 x 8 cm acoplados à base.87 5.57 69.8 cm de diâmetro e 150 cm de comprimento.19 5.03 1.80 12.43 21.12 49.53 2.54 20.69 86.64 6.31 8. para evitar que a armação possa se movimentar (Guedes.59 14 2.05) .Material: Um barbante (ou material similar) e uma armação de madeira com suporte regulável para barra.48 18.78 71.90 35.32 47.07 1.00 * (p < 0. 1994.05 11. da ponta dos dedos do aluno em posição de decúbito dorsal e com os braços totalmente estendidos para cima.77* 2.67 1. em seguida.TESTE DE FORÇA E RESISTÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES (FLEXÃO DE BRAÇOS EM SUSPENSÃO MODIFICADA) A . com orifícios a cada 5 cm.59 9.58 5.76 32. Tal suporte apresenta as seguintes dimensões: 120 x 50 cm na base. o aluno deverá estar agarrado na barra com empunhadura pronada (palmas das mãos dirigidas para frente).19 88.25 8.05 7.12 90.68 18 4.89 7.28 8.35 100.43 12 1.Valores Absoluto (seg.Tabela 2 .77 73.05) “t” Student Tabela 3 .90 **12.07 13 1.13* 2. pelo menos até o nível em que ocorra o contato da face anterior dos antebraços com as coxas e o avaliado retornando a posição inicial (deitado em decúbito dorsal) até que toque o solo pelo menos a metade inferior das escápulas.Objetivo: Medir indiretamente a força da musculatura abdominal através do desempenho em flexionar e estender o quadril. José Francisco Daniel/ Prof. com a palma das mãos voltadas para o mesmo. o objetivo do teste é tentar realizar o maior número de execuções possíveis em 60 segundos. O avaliador por contração da musculatura abdominal curva-se à posição sentada.PROESP Modelo de folha de protocolo Dinâmico de Barra ou Força e Resist. entretanto. O cronômetro é acionado no "Já!!!" e é travado no "Pare!!!" O repouso entre os movimentos é permitido e o avaliado deverá saber disso antes do início do teste. B .Ms. C . sobre o corpo da mama e com o terceiro dedo da mão em direção ao acrômio. Os pés são seguros por um colaborador para mantê-los em contato com a área de teste (solo). Os antebraços são cruzados sobre a face anterior do tórax. O número de movimentos executados corretamente em 60 segundos será o resultado.Anderson Marques Moras . Material para anotação.Tabela 4 – Avaliação da força e resistência de membros superiores – critérios ZSApF . Permite-se uma distância tal entre os pés em que os mesmos se alinhem dentro da distância do diâmetro bitrocanteriano. Ms. plantas dos pés no solo. 1 cronômetro com precisão de segundo. Os braços devem permanecer em contato com o tórax durante toda a execução dos movimentos.Procedimento: O avaliado coloca-se em decúbito dorsal com o quadril e joelhos flexionados. 22 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. p/MMSS Estático de Barra Número de repetições Tempo em segundos Cronômetro Avaliador Avaliador IV . O teste é iniciado com as palavras "Atenção!!! Já!!! e é terminado com a palavra "Pare!!!".Material: 1 colaborador. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Dr.TESTE ABDOMINAL A . 53 8.Precauções: 1) 2) Para maior conforto do avaliado o teste deve ser aplicado sobre uma área confortável.10 77.53 Tabela 6 – Avaliação do Índice de Força Resistência abdominal – critérios ZSApF PROESP Δ% 66.Anderson Marques Moras 23 .97 *36.Absoluto (kg) e Porcentagem de Maturação de Resistência Abdominal em escolares brasileiros Homens Idade 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 _ X 21.63 27.35 106. de maneira descendente.53 *38.16 64. que deverão estar marcadas com pó de giz ou magnésio.24 72. onde a marca zero deve ficar no ponto mais alto da parede.61 25.Objetivo: Medir indiretamente a força muscular de membros através do desempenho em se impulsionar verticalmente.36 7.97 7. Considera-se como ponto de referência a extremidade mais distal das polpas digitais da mão dominante comparada a fita métrica. no sentido lateral.07 6.97 5. Verificar se o movimento foi completado corretamente.30 6. elevado. ligeiramente da parede. para poder realizar a série de três saltos.80 *40.01) “t” Student.93 55.33 86.83 7.89 17.53 5.67 68.70 95.70 18. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. calcanhares no solo. ou seja. B .61 23. Ms.17 100. José Francisco Daniel/ Prof.50 8.56 75.69 87. da mão dominante. Tabela 5 .Material: 1 fita métrica de metal ou tecido fixada verticalmente.Procedimento: 1) Impulsão vertical sem auxílio dos membros superiores (MMSS): O avaliado coloca-se em pé.00 30.42 19.45 29.77 6.97 7.75 5.57 5.90 *33. corpo lateralmente à parede com os MMSS elevados verticalmente.33 103.49 5.30 22.90 97.00 * (p < 0. 1 cadeira (45 cm).56 4.45 20. Durante o movimento o braço oposto deverá se manter constantemente na posição de partida.67 *33.17 24. S± 3. Obedecendo a voz de comando "Atenção!!! Já!!!" ele executa o salto tendo como objetivo tocar as polpas digitais. Pó de giz ou magnésio.20 7.10 57.46 9.03 *32. Material para anotação.27 58. mantendo-se no entanto com os MMSS elevados verticalmente.77 28.05 31.43 Mulheres _ X S± Δ% 4.82 85.43 78.94 23. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.00 Modelo de folha de protocolo Abdominal Número de repetições Avaliador V .Ms.C .43 6.57 100.TESTE DE IMPULSÃO VERTICAL A .43 61.23 8. C .87 70. Após a determinação do ponto de referência o avaliado afasta-se.74 87.95 22. no ponto mais alto da fita métrica. pés paralelos. Dr.20 5. 09 53.40 92.50 23.23 27. Através da voz de comando "Atenção!!! Já!!!" ele executa o salto.28 15 *42.43 12 *26. ou quando quatro incrementos semestrais sucessivos são inferiores a 0.25 32.03 5. 3. um limite que pode ser insuficiente para responder à pergunta feita.60 3.90 21.00 26.57 4.31 24.05) “t” Student.62 11 *25.00 20.Valores Absolutos (cm) e Porcentagem de Maturação de Impulsão Vertical com ajuda dos Braços em escolares brasileiros Homens Mulheres _ _ Idade X X S± Δ% S± Δ% 07 21.62 100.10 4.91 73.42 5.17 4.34 27.05 12 *32.60 11 *30. joelho ou tornozelo.60 25.76 105.80 23.90 5.05 4.62 66. Observar que o avaliador fique sobre uma cadeira para melhor visualização dos resultados.79 .2) Impulsão vertical com auxílio dos MMSS: A mesma posição deverá ser seguida para determinação do ponto de referência.50 10 21. Por exemplo: O avaliado ao se colocar na posição inicial toca o ponto 112 da fita métrica.05) “t” Student. Calcula-se este resultado para ambos os métodos.64 83.07 4. Na prática tem se considerado que o indivíduo atingiu sua estatura adulta quando sua velocidade anual de crescimento se torna inferior a 1 cm/ano.48 18 *33.90 4.80 22.65 77.27 4.00 30.00 * (p < 0.Valores Absolutos(cm) e Porcentagem de Maturação de Impulsão Vertical sem Ajuda dos Braços em escolares brasileiros Homens Mulheres Idade _ _ X X S± Δ% S± Δ% 07 18.45 3. tendo como objetivo tocar o ponto mais alto da fita métrica com a mão dominante.27 4.90 20.19 13 *35.32 85. Como a fita está no sentido descendente. o avaliado afasta-se. as marcas atingidas pelo avaliado a cada série de saltos nos dois métodos.10 4.20 33.47 25.91 15 *34.03 109.90 4.36 106.53 6. sendo-lhe permitido a movimentação de braços e tronco.29 17 *34.73 69.90 4.82 3.13 28.36 86. no momento da determinação do ponto de referência.56 14 *38. respectivamente os pontos 76 .92 105.73. pela diferença da melhor marca atingida e do ponto de referência em cada um dos métodos.90 4. Durante a série de saltos atinge.60 16 *34.52 62.07 5. O deslocamento vertical é dado em centímetros. Verificar se o avaliado mantém o membro superior efetivamente elevado.62 89.77 4.09 100.53 6.59 14 *30.53 84. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms.56 87. Tabela 7 .23 4.34 59.40 09 26. Para obter o resultado faz-se a subtração 112 -73 = 39.87 3. Tabela 8 .60 19.05 106.20 69.33 100.61 100.45 3.77 5.54 79.03 4. no sentido lateral.05 83.96 76.50 76.87 18 *42.00 4.25 5.07 4. 1978). corrida ou outro salto ou ainda a movimentação dos braços quando esta não for permitida.Precauções: 1) 2) 3) 4) Invalidar o salto que for precedido de marcha.57 93.70 08 22.38 5.48 4.29 102.10 22. Este valor corresponde ao deslocamento vertical em centímetros. e mesmo durante a 3ª década de vida.70 16 *43.72 101.95 55.07 76.36 70.07 100.43 2.16 94.23 3.47 3.10 08 20. porém somente o braço dominante deverá ser elevado verticalmente. Após isto.87 3.32 5. D . Este é o ponto de referência. Explicando o cálculo da maturação funcional: É difícil saber em que idade é atingida a estatura definitiva do indivíduo.64 104.5 cm (Malina.16 28. A maioria dos estudos longitudinais do crescimento acompanhou os adolescentes até 17 ou 18 anos. entre as posições com os dois braços elevados e com um braço elevado raramente ocorrem diferenças superiores a dois centímetros.29 23. Ligeiramente da parede para poder realizar a serie de três saltos. sem flexões de quadril. José Francisco Daniel/ Prof.00 * (p < 0.15 105.90 09 22.38 87.55 104.37 5.40 17 *43.30 4.20 5.85 13 *28.13 4.57 99. visto que muitos indivíduos continuam crescendo após esta idade.90 5.97 4.37 6.54 97. Atenção quanto às determinações dos pontos de referência.Ms.61 49.90 32. Deverão ser registradas.73 25.49 79. 24 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. visto que.12 5.Anderson Marques Moras . a melhor marca atingida será o ponto 73.07 3.06 91.00 30.25 4.51 10 25.53 3.22 60. Dr.03 103.24 90. além do ponto de referência.94 27. para a maioria dos adolescentes. hoje em dia a maioria dos jovens terá incrementos de estatura pouco significativos. após os 18 a 20 anos de idade. devemos lembrar que. Ms.Precauções 1) Invalidar o salto que for precedido de marcha. objetivando atingir o ponto mais distante da fita métrica. B . Através da voz de comando "Atenção!!! Já!!!" o avaliado deve saltar no sentido horizontal.84. ou mesmo nulos. e se alcançava a altura adulta mais tardiamente. a idade de 18 anos foi considerada como o ponto final de crescimento. um fundamento para o difundido conceito popular de que “se cresce até os 21 anos”. É permitido a movimentação livre de braços e tronco. o crescimento será mínimo após 15 a 16 anos (meninas) e 17 a 18 anos (meninos). de fato. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.Ms.07 -------.73% Esse procedimento deve ser feito para todas as variáveis quando houver ponto de referência.Material: Fita métrica de metal ou tecido fixada ao solo. Assim sendo. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.13 Regra de 3: se 33. corrida. Fórmula: • Valor atingido aos 18 anos = 100% • Valor atingido aos 13 anos = x% Teste de impulsão vertical sem auxílio dos braços • sexo feminino • idade de 13 anos • valor encontrado aos 13 anos 28. registrando-se as marcas atingidas pela parte posterior do pé (calcanhar) que mais se aproximar do ponto de partida.Anderson Marques Moras 25 .Procedimento: O avaliado coloca-se com os pés paralelos no ponto de partida (linha zero da fita métrica fixada ao solo). D .Embora haja. como acabamos de ver.Objetivo: Medir indiretamente a força muscular de membros inferiores através do desempenho em se impulsionar horizontalmente.TESTE DE IMPULSÃO HORIZONTAL A .13 --------100% 28. C . Serão realizadas três tentativas.07 • valor encontrado aos 18 anos 33. Dr. Modelo de folha de protocolo Impulsão Vertical Referência 1º salto 2º salto 3º salto Resultad o Avaliador S/2 Com VI . Antigamente se crescia. José Francisco Daniel/ Prof. com impulsão simultânea das pernas. Devido ao fenômeno da aceleração secular do crescimento. durante mais tempo. outro salto ou deslize após a queda. Prevalecendo a que indicar a maior distância percorrida no plano horizontal. 1 esquadro de madeira. Material para anotação. A medida efetiva será a real.41 16.48 *211.Procedimento: O avaliado coloca-se na posição ortostática com pó de giz ou magnésio na palma da mão. Ms. Durante a execução da preensão manual.70 147.37 *177.70 82. 26 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.73 *222. Verificar se a pegada está de acordo com a padronização e quando necessário ajustá-la.40 163.32 67.Valores Absolutos(cm) e Porcentagem de Maturação de Impulsão Horizontal em escolares brasileiros Homens Idade 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 _ X 138.41 16. para evitar deslize do aparelho.60 138.63 18. Serão realizadas duas medidas em cada mão. Porém.94 62.99 85.40 100.40 *183. Considera-se a melhor execução de cada mão como resultado efetivo do teste.60 Mulheres _ X S± Δ% 17.65 79. havendo somente a flexão das articulações dos dedos.Anderson Marques Moras .TESTE DE PREENSÃO MANUAL A . Dr.Material: 1 dinamômetro ajustável (escala de 0 a 100 kg).61 92. de forma alternada. devendo-se anotar a mão dominante do avaliado na folha de protocolo.13 17. ficando este paralelo ao eixo longitudinal do corpo.70 95.50 81. Pó de giz ou magnésio. Observações: O teste estático de barra foi idealizado em virtude das meninas não conseguirem executar o teste dinâmico de barra.34 101.00 169.30 126. José Francisco Daniel/ Prof.15 *206.67 16.35 95. O avaliado.32 16.23 162. o braço deve permanecer imóvel.Tabela 9 . Segura confortavelmente o dinamômetro.35 22. Será considerada medida real aquela que estiver de acordo com valores padrões.40 170.70 *191.62 100. Será aparente se o dinamômetro ao ser aferido não apresentar os valores da escala de acordo com valores padronizados (por ex.92 21. que fica registrado na escala após o ato de preensão. na linha do antebraço.Ms.05) “t” Student S± 22. deverá estar uniformizado (calção tênis e meia). Vagner Roberto Bergamo/ Prof.67 *225.60 158.53 16.40 163.14 Δ% 74.60 74. O resultado conseguido pelo avaliado. Não permitir movimentação do cotovelo ou punho durante o ato de preensão.00 Modelo de folha de protocolo Impulsão Horizontal 1º salto 2º salto 3º salto Avaliador VII .62 20.47 14. B . A segunda articulação da mão deve se ajustar sob a barra e tomar o peso do instrumento e então é apertada entre os dedos e a base do polegar.15 16.02 14.43 99.70 150.90 164. o mesmo pode ser realizado pelo sexo masculino. são indicados para indivíduos acima de 10 anos.59 90.78 100.83 72.83 14.60 91. Os testes de força muscular para membros superiores.24 18.50 94.50 88.30 93.Objetivo: Medir indiretamente a força muscular através do ato de preensão manual. Observar a calibração do aparelho antes de iniciar as medidas.50 96. O resultado do teste de Preensão Manual deverá ser anotado como medida aparente e medida real.87 *203. que deverá estar com os ponteiros na escala zero.56 16. para realizar todos os testes.Precauções: 1) 2) 3) 4) 5) Verificar se os ponteiros estão no ponto zero da escala antes da execução. D . C . Verificar se os ponteiros realizam um movimento contínuo.62 16. 20 kg na escala podem não corresponder a 20 kg padrões).43 24. Material para anotação.90 * (p < 0.73 17.90 150.60 140.33 14.50 151.70 86.39 19. exceto o teste de preensão manual.80 20. pode ser aparente ou real.40 168. 89 4. Segura a medicineball junto ao peito com os cotovelos flexionados. devendo o sujeito realizar o maior número de repetições no tempo de 30 segundos. O avaliador deve se posicionar-se ao lado do sujeito. B . Ms. Dr.87 6.48 5. O ponto zero da trena é fixado junto à parede.78 5.95 4. B – Material: Dois halteres pesando 4 libras (1.00 6. registrando-se o melhor resultado.10 30.63 28. A distância do arremesso será registrada a partir da ponto zero até o local em que a bola tocou ao solo pela primeira vez. colocando uma mão sobre o bíceps do mesmo enquanto a outra suporta o halteres.30 4.01) “t” Student S± 2.5 – Arremesso de MB através do ato de arremessar o medicineball. as pernas unidas e as costas completamente apoiadas à parede. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. O aluno senta-se com os joelhos estendidos.47 25. C . e uma cadeira sem braço e um cronômetro.Tabela 10 .60 83.46 92.67 5.Ms. findo o qual o teste será iniciado.83 15.86 89.22 5.36 5. Sugere-se que a medicineball seja banhada em pó branco para a identificação precisa do local onde tocou pela primeira vez ao solo.36 16.38 29.Material: Uma trena e uma medicineball de 2 kg (ou saco de areia com 2 kg).65 2.17 98.20 * (p < 0.43 5.24 58.Objetivo: Medir indiretamente a força muscular dos membros superiores Figura 5.27 100. .47 7.74 88.00 5.Valores Absolutos (kg) e Porcentagem de Maturação de Dinamometria (Preensão Manual) em escolares brasileiros Homens Idade 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 _ X 13.13 13.40 28.53 27.40 *42.62 14.10 6. Quando o avaliador comandar “já” o sujeito deve contrair o bíceps até que o antebraço toque a mão do avaliador.27 66.22 5.77 3.60 *36.67 20.63 47.Anderson Marques Moras 27 . C . respectivamente para o sexo feminino e masculino.51 65.628 Kg). Modelo de folha de protocolo Arremesso de MB 1º arremesso 2º arremesso Avaliador IX TESTE DE FORÇA E RESISTÊNCIA MUSCULAR DA AAHPERD A – Objetivo: avaliar a resistência e força dinâmica em idosos. com o tronco ereto.78 19.Procedimento: A trena é fixada no solo perpendicularmente à parede.27 23. Se esta prática de tentativa é completada.00 13.60 7.34 51.15 53. O halter será colocado na mão do braço dominante do sujeito.89 75.00 31.97 29.Procedimento: O sujeito deve sentar-se apoiando as costas no encosto da cadeira. mantendo as costas apoiadas na parede.66 93.21 41. que será anotado o resultado final do teste.42 Δ% 42.18 5.05 30.90 *41.85 92.53 *43. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.61 23. Serão realizados dois arremessos.93 2. José Francisco Daniel/ Prof.90 18.814 Kg ) e 8 libras (3.50 62. Ao sinal do avaliador o avaliado deverá lançar a bola a maior distância possível.00 VIII TESTE DE FORÇA EXPLOSIVA DE MEMBROS SUPERIORES (ARREMESSO DE MEDICINEBALL) A .14 31.06 100. o halteres deve ser colocado no chão e permitido 1 minuto de descanso ao sujeito. A medida será registrada em centímetros com uma casa decimal.95 97.07 4.73 Mulheres _ X S± Δ% 2.52 4.53 *40.84 94.53 36. Depende. 7) flexibilidade articular.C. Para MATVEEV (1995). Dr. além é claro.Tabela 5. em uma ou em outra de suas formas. pois a velocidade. Depende esta valência.Classificação por categorias dos resultados do teste de resistência de força de flexores do cotovelo da AAHPERD. não nos podemos esquecer da aplicação que será dada ao resultado da medida. 2) coordenação de movimentos: 3) força. e se pensa em medir esta velocidade. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. em mulheres idosas de 60 a 70 anos. 1983. fisicamente ativas (Zago & Gobbi. a resposta será diferente se os 3 forem analisados em uma corrida rasa. A velocidade faz parte de um sem número de atividades atléticas. 8) densidade muscular. 6) peso corporal.. Quando se fala em velocidade de deslocamento. Fatores biomecânicos diferentes agem na determinação da velocidade nas várias modalidades esportivas. relação de alavancas das extremidades-tronco e pelo poder de reação. diretamente de: 1) rapidez da propagação do estímulo neuromuscular e conseqüente contração muscular. A velocidade é uma característica inata que. 9) densidade do corpo. INTRODUÇÃO Velocidade é a capacidade de realizar movimentos sucessivos e rápidos. pois assenta. na fisiologia nervosa que lhe é inata. pouco melhora. ambas responsáveis pela melhoria da velocidade. por si só.N. Será. em um mesmo padrão. coordenação. Entretanto. a evolução da velocidade é grandemente limitada por diversos fatores como: a) a velocidade de reação individual de cada indivíduo é difícil de melhorar. de freqüência das contrações e descontrações musculares.11. citado por HOLLMANN (1983).Ms. o domínio da técnica dificulta o aproveitamento da velocidade. necessário. Mesmo sendo a velocidade fortemente influenciada pelo S. 2003) Classificação Muito fraco Fraco Regular Bom Muito bom Resultados em número de repetições 10-17 18-21 22-24 25-28 29-43 MEDIDAS DE VELOCIDADE 1. ao se falar em velocidade de deslocamento. apresenta maturação precoce. 28 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. não só irá influenciar a velocidade de deslocamento como pode. pois. Esta última é fator importante pois. bem como com o tempo de reação motora. não nos basta conhecer e lidar com este tipo de velocidade. viscosidade das fibras musculares. porém é de se esperar que ela continue a crescer por receber influência do processo maturativo. em uma corrida conduzindo a bola com o pé ou com a mão. de um jogador de futebol e de um praticante de basquete não podem ser medidas através de um mesmo teste pois. em termos de Educação Física. constituir-se em qualidade básica em certos esportes. medir a velocidade atendendo aos seus componentes específicos. A velocidade de um corredor. b) o estado de relaxamento e elasticidade muscular dos indivíduos.. que traz consigo uma melhora da coordenação e da força. Esta relação indica a velocidade de deslocamento. Para ZACIORSKJ (1968). como o comportamento mecânico é diferente nas 3 modalidades. A velocidade por ser dependente do S. para um esporte. ela ainda recebe influência da força básica. José Francisco Daniel/ Prof. por si só. Quando se fala em velocidade a idéia imediata que surge é a da relação espaço/tempo.N. só uma alteração ativa entre excitação e descontração permite executar movimentos acíclicos com grande velocidade. a dependência dos valores que assumir. 5) estado geral do indivíduo. c) a força muscular dos indivíduos. O perfeito sincronismo do dinamismo dos processos nervosos que atuam sobre o sistema motor de permitir a instalação rápida do estado de excitação descontração é responsável pela velocidade muscular elevada segundo HOLLMANN. HEBBELINCK destaca a técnica de ser analisada a velocidade de corrida (deslocamento) e a velocidade dos membros (explosão).Anderson Marques Moras . velocidade de contração muscular. Os êxitos que se obtém através dos chamados "treinamento de velocidade" relacionam-se altamente com a força. Depende a velocidade explosiva fundamentalmente da maior ou menor velocidade da transmissão e propagação dos estímulos contráteis nos setores neuromuscular. 4) idade.C. d) o estado psicológico dos indivíduos. especificamente. Ms. 10) 11) comprimento dos membros, ângulos de inserção muscular e outros fatores que interferem na mecânica corporal e segmentar; Somatotipo. Portanto, a velocidade é uma variável da aptidão física geral de grande importância, devido ser um componente fundamental de muitas modalidades esportivas. Assim, consideramos de suma importância a sua avaliação não somente como indicador de aptidão física geral, mas também como possibilidade de detectarmos talentos em velocidade, observarmos efeito de treinamento ou ainda analisarmos se o escolar está com resultados que corresponda a sua idade. 2. DESCRIÇÃO DOS TESTES DE VELOCIDADE A - Objetivo: Dentre os testes utilizados para avaliar a velocidade, os de corrida de 20, 30 e 50 metros parados, 30 e 50 metros lançado são os mais utilizados. E muito empregado em baterias que se propõem a medir os escolares de forma simples, devido a sua boa reprodutibilidade e objetividade, além do baixo custo operacional. Estes testes medem também de maneira indireta a potência anaeróbica alática, pois como sabemos, o pico máximo do metabolismo ATP-CP é alcançado aos 10 segundos de atividade física e também é em torno desse tempo que percorremos os 50 metros. I - TESTE DE 50 METROS PARADO A - Material: Para realizarmos o teste de velocidade de 50 metros necessitamos do seguinte material: a) Cronômetro preciso; b) Folha de anotação; c) Local plano sem obstáculo e que possua, além dos 50 metros, um espaço suficiente para saída e outro para chegada (15 a 20 metros). B - Procedimentos: Para realizarmos esta medida devemos explicar ao avaliado que este é um teste máximo, ou seja, deve sair na máxima velocidade e passar a faixa de chegada também na máxima velocidade. Em seguida mostraremos a faixa de saída, dizendo que a posição de saída é em afastamento ântero-posterior das pernas e com o pé da frente o mais próximo possível da faixa (ver figura 1). Explicaremos então que a voz de comando será pelas palavras: "Atenção!!!" "Já!!. devendo o avaliado se preparar ao escutar a palavra "ATENÇÃO" e sair correndo quando escutar "JÁ". Então de posse do cronometro o avaliador se colocará na linha de chegada e comandará o teste com as palavras: ATENÇÁO!... JÁ!!. acionando o cronometro no momento que estiver pronunciando "JÁ" e parando no momento que o avaliado cruzar a faixa de chegada. Caso ocorra qualquer problema no teste e tenha que ser repetido, aconselhamos um intervalo mínimo de 5 minutos. Na folha de protocolo, além dos dados de identificação, devemos anotar a data, horário, marca e tipo do cronômetro, condições do solo, do tempo e o nome do avaliador. Quando possível seria interessante anotarmos as medidas de temperatura (oC), umidade relativa e Pressão atmosférica. O avaliado ao realizar o teste deverá estar trajando tênis, calção e camiseta. Sempre que formos executar reavaliações, devemos procurar manter as mesmas condições do primeiro teste, como solo, horário, cronometro, etc.. para não chegarmos a um resultado que não corresponda a realidade. Permitiremos apenas uma tentativa e o resultado do teste será o tempo de percurso dos 50 metros com precisão de décimo de segundo e quando possível centésimo de segundo. Como vemos, o teste de corrida de 50 metros é simples, mas devemos tomar alguns cuidados para que realmente obtenhamos um resultado do qual não iremos duvidar posteriormente. C - Precauções: 1) 2) 3) 4) Explicar com calma o teste quando se tratar de crianças ou pessoas que não estiverem acostumadas a correr. Reforçar a idéia de que o teste deve ser realizado na máxima velocidade, devendo o avaliado passar pela faixa de chegada na maior velocidade possível; O cronômetro deve ser acionado no momento em que se estiver pronunciando a palavra "JÁ" e não quando a criança iniciar o movimento; Desaconselhamos sinais de comando com o braço ou bandeira, pois não permitem uma boa precisão de início do teste; Observar para que nada atrapalhe o avaliado a correr como pessoas passando no percurso do teste, aglomerados perto dele na saída ou chegada, local escorregadio, etc.; PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Dr. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms. José Francisco Daniel/ Prof.Ms.Anderson Marques Moras 29 5) Quanto ao aquecimento, consideramos sem necessidade, principalmente tratando-se de crianças. No entanto quando se tratar de atletas e como estes estão acostumados a se aquecerem, o mesmo poderá ser realizado normalmente. Nesse caso devemos dar um pequeno intervalo de 2 minutos entre o final do aquecimento e o início do teste permitindo assim a reposição dos estoques da ATP-CP. II - TESTE 50 METROS LANÇADO A diferença entre esses dois testes reside no fato de que o avaliado possui um espaço de 20 metros antes da linha de partida. Ele deve iniciar o teste na hora em que se sentir pronto para tal. Ao passar a linha de partida o avaliador B deverá abaixar o braço, para que o avaliador A possa acionar o cronômetro. O resultado será anotado da mesma forma dos 50 metros, ou seja, em segundos. III - TESTE DE 30 METROS PARADO O objetivo é medir a capacidade de aceleração, uma vez que a velocidade máxima alcançada, está localizada entre os 25 e 30 metros. Este teste mede velocidade em crianças de ambos os sexos, a partir dos 7 anos de idade até a idade adulta. Atenção Já! IV - TESTE DE 30 METROS LANÇADOS A aplicação deste teste possui uma variação que inclui sua execução através de uma corrida lançada, ou seja, o tempo registrado é observado com o avaliado já em movimento. Esse teste deve ser aplicado em atletas os quais a atividade depende da aceleração, ou seja, em corredores de 100 a 400 metros rasos, saltadores, esportes coletivos, ginástica e outros, bem como deve auxiliar na detecção de talentos desportivos. Tabela 12 - Valores Absoluto (seg.) e Porcentagem de Maturação de Velocidade (50m) em escolares brasileiros Homens Idade 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 30 _ X *11,40 *11,01 *10,16 *10,10 *9,21 *9,08 *9,00 *8,50 *8,11 *7,78 7,69 7,64 Mulheres _ X S± Δ% S± 0,78 53,20 *12,03 0,74 0,96 55,90 *11,35 0,85 0,82 67,00 *10,78 1,14 0,94 67,80 *10,78 0,85 0,67 79,50 *9,88 0,65 0,46 86,40 *9,93 0,66 0,40 89,90 9,64 0,65 0,75 93,10 9,67 0,74 0,44 94,60 9,66 0,81 0,46 95,40 9,46 0,72 0,54 99,40 9,84 0,91 0,41 100,00 9,48 0,68 * (p < 0,01) ANOVA One Way Δ% 73,10 80,30 80,00 86,30 95,80 95,30 98,30 98,00 98,10 100,00 96,20 100,00 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Dr. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms. José Francisco Daniel/ Prof.Ms.Anderson Marques Moras V - TESTE DE VELOCIDADE DE 20 METROS A - Material: Um cronômetro e uma pista de 20 metros, demarcada com três linhas paralelas no solo da seguinte forma: a primeira (linha de partida); a segunda, distante 20m da primeira (linha de cronometragem) e a terceira linha, marcada a um metro da segunda (linha de chegada). A terceira linha serve como referência de chegada para o aluno na tentativa de evitar que ele inicie a desaceleração antes de cruzar a linha de cronometragem. Dois cones para a sinalização da primeira e terceira linhas. B - Procedimentos: O estudante parte da posição de pé, com um pé avançado à frente imediatamente atrás da primeira linha e será informado que deverá cruzar a terceira linha o mais rápido possível. Ao sinal do avaliador, o aluno deverá deslocar-se o mais rápido possível em direção à linha de chegada. O cronometrista deverá acionar o cronômetro no momento em que o avaliado der o primeiro passo (tocar ao solo), ultrapassando a linha de partida. Quando o aluno cruzar a segunda linha (dos 20 metros), será interrompido o cronômetro. O cronometrista registrará o tempo do percurso em segundos e centésimos de segundos (duas casas após a vírgula). Modelo de folha de protocolo (MATSUDO, 1984) Velocidade _____ mts _________ Data Horári o Condições do tempo Solo Temperatura Cronômetro Resultad o Avaliador MEDIDAS DE AGILIDADE A agilidade é uma variável de aptidão física geral de esportistas e não esportistas, particularmente importante em modalidades como o voleibol, basquetebol e ginástica olímpica, assim como em situações da vida cotidiana como desviar de um automóvel. Podemos definir Agilidade como uma variável neuromotora caracterizada pela capacidade de realizar trocas rápidas de direção, sentido e deslocamento da altura do centro de gravidade de todo corpo ou parte dele. A medida da agilidade ocupa lugar certo na maioria das baterias de aptidão física geral e muitos tem sido os testes propostos, como: Auto-Fire-test, Burpee test, Dodging Run, Obstacle Run, Right Boomerang Run, Side Step test, Fourty Yard Run, Zig Zag Run e Shuttle Run. No entanto ao escolhermos um teste de agilidade devemos levar em consideração a dificuldade para medi-la, pois esta não se apresenta como um fator completamente independente, existindo portanto às vezes relação com outras variáveis neuromotoras simples, como a velocidade e equilíbrio, ou complexas, como a coordenação. A agilidade é caracterizada já na infância, pois a mesma apresenta maturação precoce, e a partir dos 13 anos, apresenta valores de maturação próximo de 100%, tendo como conseqüência sua estabilidade até a idade adulta mostrando pouca sensibilidade ao treinamento, após os 13 anos. Seu maior crescimento acontece dos 7 aos 13 anos de idade, período este de maior sensibilidade ao treinamento, como mostra pesquisa realizada por BERGAMO & BENITO (1984). A agilidade é mais efetiva quando está associada a altos níveis de força, resistência e velocidade. Embora dependa basicamente da carga hereditária, da constituição física, pode ser melhorada com o treinamento (coordenação e flexibilidade). A melhor fase de sensibilidade ao treinamento desta capacidade é a infância. Na prática poder-se-á medir a agilidade por intermédio de exercícios que requeiram rápida mudança de direção: corrida em zig-zag, corrida com obstáculos, etc. Tem-se demonstrado que corridas por uma distância de até 10 metros acompanhada de alterações da altura do centro de gravidade e três giros de 1800, são suficientes para avaliar agilidade. Por estas razões é que preconizamos o teste Shuttle Run (padronizado pela AAHPER e modificado pelo LAFISCS) como o mais indicado para medir esta variável. I - TESTE "SHUTTLE RUN" A - Objetivo: Avaliação da agilidade. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Dr. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms. José Francisco Daniel/ Prof.Ms.Anderson Marques Moras 31 O bloco não deve ser jogado. meia e tênis. com o pé anterior o mais próximo possível da linha de saída. ou seja.Anderson Marques Moras . calção. 3) O cronômetro só é parado quando o segundo bloco e pelo menos um dos pés tocarem a linha de chegada.B . data e horário do teste.Material: 2 blocos de madeira (5 cm x 5 cm x 10 cm). temperatura. Dois blocos de madeira. 2) O avaliado deverá colocar (não jogar) o bloco no solo. O cronômetro é parado quando o avaliado coloca o último bloco no solo e ultrapassa com pelo menos um dos pés a linha final. Constam de duas linhas paralelas traçadas no solo distantes 9. C . permitindo assim a recomposição do ATP . com dimensões de 5 cm x 5 cm x 10 cm serão colocados a 10 cm da linha externa e separados entre si por um espaço de 30 cm (ver esquema). Ms. mas colocado no solo. marca e tipo de cronômetro. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.29 segundos consideraremos para avaliação o melhor resultado. medidos a partir de seus bordos externos.76 segundos e na 2a tentativa 11. José Francisco Daniel/ Prof. Por exemplo: se um aluno conseguiu na sua 1a tentativa 12. Esquema do teste "Shuttle Run" E . O resultado será o tempo de percurso na melhor das duas tentativas. Ao pegar ou deixar o bloco. solo com atrito suficiente para evitar o deslize do tênis do avaliado. 6) Aconselha-se anotar também a marca e a precisão do cronômetro utilizado. 1 cronômetro (aceita-se precisão de décimos embora a precisão de centésimos seja desejada). pega um deles e retorna ao ponto de onde partiu depositando esse bloco atrás da linha de partida. Figura 6. transpor com pelo menos um dos pés as linhas que limitam o espaço demarcado. 32 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. O avaliado coloca-se em afastamento ântero-posterior das pernas. D . 5) Deve ser observada e anotada as condições do tempo (temperatura e umidade relativa) durante a aplicação do teste. Em seguida. Com a voz de comando: Atenção! Já!! o avaliador inicia o teste acionando concomitantemente o cronômetro. procedendo da mesma forma.14 metros. Dr. 4) O avaliado deve ser instruído de que o teste "Shuttle Run" é um teste máximo e por isso deve ser realizado com todo esforço possível.Ms. movimentando assim a altura do centro de gravidade.CP. Espaço livre de obstáculos (no mínimo 15 metros).Protocolo: Na folha de protocolo deve ser anotado: dados de identificação do avaliado. ou seja 11. umidade relativa do ar e observações diversas. Cada avaliado deverá realizar duas tentativas com um intervalo mínimo de dois minutos.Precauções: 1) As linhas demarcadas no solo são incluídas na distância de 9.14 metros. Requer ainda espaço plano e livre de obstáculos. sem interromper a corrida. o avaliado terá que cumprir a uma regra básica do teste. vai em busca do segundo bloco. Uniforme: camiseta. Sempre que houver erros na execução. O avaliado em ação simultânea corre a máxima velocidade até os blocos.Procedimento: Os materiais necessários para se aplicar o teste Shuttle Run são de fácil aquisição e de baixo custo operacional.29 segundos. o teste deverá ser repetido. Estes devem ocupar uma posição simétrica em relação à margem externa. como toda e qualquer observação de fatores que possam ter influenciado o teste. Folha de protocolo. trena.30 99. José Francisco Daniel/ Prof.90 13. B .Material: Um cronômetro. C .00 12.42* 13.96 1.95 1.00 II .09 0.53 99.Procedimento: À frente da cadeira será marcado um “x” sobre o qual o sujeito colocará os pés. corre em direção ao cone à sua esquerda e depois se desloca para o cone em diagonal (atravessa o quadrado em diagonal). Ao sinal do avaliador. o sujeito levanta-se novamente para a esquerda.Procedimento: O aluno parte da posição de pé. deve o mesmo tirar ligeiramente os pés do solo a cada vez que sentar-se.88 0. O aluno deverá tocar com uma das mãos em cada um dos cones que demarcam o percurso. Sem hesitação. dois cones e cronômetro.23 0.31* 12. corre em direção ao último cone.06 0.07 0.73 95.30 12.98 78.20 96.63 93.56 100. retorna à cadeira e senta-se.Tabela 13 .60 99.80 m para os lados e 1.01* 11.70 12.03 0.55* 10.07 1.Objetivo: Avaliação da agilidade e do equilíbrio dinâmico em adultos e idosos B .53* 10.50 m para trás O sujeito estando sentado na cadeira.Anderson Marques Moras 33 .01 1. circunda o segundo cone.51 0.65 0. A medida será registrada em segundos e centésimos de segundo (duas casas após a vírgula).Objetivo: Avaliação da agilidade.Valores Absoluto (seg. O cronômetro deverá ser acionado pelo avaliador no momento em que o avaliado realizar o primeiro passo.80 97.10 100. Dr. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.28 0. ao comando de “atenção” e “já” levanta-se movendo-se para a direita.Ms.46* _ X S± Δ% 0.90 14.96 85. retorna à cadeira e senta-se. deverá deslocar-se até o próximo cone em direção diagonal. Para certificar-se de que o sujeito sentou-se. sendo registrado o melhor tempo de execução.67 0.Material: Cadeira com braços. Prática suficiente será PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.92 * (p < 0.68 0.03 0. Figura 7.33 91.76 94.50 14. mas o sujeito deverá completar 2 circuitos sucessivos. com os calcanhares apoiados no solo.00 81.03* 10.49 91. Na seqüência.22* 11. Serão realizadas duas tentativas.76* 11. Esquema do teste do quadrado III .10 98.32* 12. com um pé avançado à frente imediatamente atrás da linha de partida.53 0.26 0.66 Δ% 82. a partir do qual serão colocados dois cones distantes 1. Ms.10 12. circunda o cone. fita adesiva. que corresponde ao ponto de partida. Finalmente. tocando com o pé o interior do quadrado.00 11.36 0.01) “t” Student Mulheres S± 0.29* 11.70 88.70 13.10 99.62 77.91 0. um quadrado desenhado em solo antiderrapante com 4m de lado.00 12.20 12.) e Porcentagem de Maturação de agilidade em escolares brasileiros Homens Idade 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 _ X 13. O sujeito deve mover-se tão rápido quanto possa sem perder o equilíbrio ou errar.90 85. C . Isto completa um circuito. 4 cones de 50 cm de altura ou 4 garrafas de refrigerante de 2 litros do tipo PET.41* 11.56 0.TESTE DE AGILIDADE E EQUILÍBRIO DINÂMICO (AAHPERD) A .60 85.54 0.TESTE DO QUADRADO A .80 98.80 12.20 97. 1999). MONTEIRO e VIANNA. 1999). Envolve movimento para frente. a flexibilidade é importante como 34 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.5 26. (1990) expressam que o teste de agilidade e equilíbrio dinâmico envolve atividade total do corpo. O desenvolvimento da flexibilidade tem efeitos positivos sobre fatores físicos do desempenho esportivo e sobre a técnica esportiva (WEINECK.6 19. Serão permitidas 2 tentativas cronometradas e o resultado final será o da melhor delas. 1997) e à velocidade. Ms. 1985). Figura 8 – Esquema do teste de agilidade e equilíbrio dinâmico da AAHPERD Tabela 14 . é também associado à prevenção de lesões (GOMES.5-10. Dr. 2005) Classificação Resultado em segundos 44. O grau de flexibilidade é determinado pela amplitude articular e pela elasticidade ou extensibilidade muscular (DANTAS.6-21. quadris e tornozelos (DINTIMAN. mudança de direção e mudança da posição do corpo. ou flexibilidade é de grande importância para as modalidades de força.5 21. Neste sentido.Anderson Marques Moras . É o teste mais abrangente utilizado na bateria.3 Muito Franco Fraco Regular Bom Muito Bom Modelo de folha de protocolo Agilidade _______ 1ª tentativa 2ª tentativa Condiçõe s do tempo Solo Temperatura Cronômetro Resultad o Avaliador MEDIDAS DE FLEXIBILIDADE Conceito . WARD e TELLEZ. ou combinações de articulações num determinado sentido”. pois para que o atleta obtenha um nível adequado de velocidade máxima necessita possuir amplitude adequada de movimentos nos ombros.Classificação do teste de agilidade e equilíbrio dinâmico (GOBBI.7 23. José Francisco Daniel/ Prof.4-19. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. VILLAR e ZAGO.proporcionada ao sujeito até que entenda o teste.Ms.4-23. OSNESS et al. O teste se relaciona intimamente com os movimentos funcionais da pessoa idosa nas situações diárias da vida e possibilita uma verificação quantitativa desta habilidade.4-26. O grau de alongamento muscular. aproximando até décimos de segundo.Flexibilidade é definida como a capacidade física “expressa pela maior amplitude possível do movimento voluntário de uma articulação. é a única capacidade física que tem sua fase sensível adequada no momento da passagem da infância para a adolescência.Material: Ficha de protocolo e bloco de madeira (banco) conforme figura abaixo: Figura 9 – Medidas do banco de Well’s C – Procedimento: Para a realização do teste. sem calçados. O teste de sentar e alcançar ou “Banco de Wells e Dillon” é.Objetivo: Avaliação da flexibilidade da região posterior das coxas.Anderson Marques Moras 35 . como o próprio comprimento dos braços e pernas dos avaliados. com os joelhos estendidos. José Francisco Daniel/ Prof. o avaliado senta se no chão. empurrando com as pontas dos dedos uma haste o máximo que conseguir sem solavancos. 1999).base de apoio também para a performance motora geral e. ficando a critério do avaliado. Os ritmos mais altos de acréscimo da flexibilidade situam-se entre os 9 e os 14 anos e considera-se a idade entre os 15 e os 17 anos a mais tardia para o desenvolvimento desta capacidade. D . Registra se a distância em centímetros que as pontas dos dedos das mãos ficam em relação à região plantar dos pés (local em que a haste pára). Os índices superiores de flexibilidade registram-se entre os 12 e os 17 anos de idade (ZAKHAROV. quadril e lombar. O aquecimento é permitido. Dr. mais especificamente das regiões posteriores da coxa. quadril e lombar. para decrescer logo em seguida (FRISSELLI e MANTOVANI. O mesmo deve inclinar seu corpo à frente (flexão de tronco).Observações: O teste apresenta limitação em não poder controlar certas influências endógenas.Classificação por idade e sexo Idade Fraco Regular Medio bom Excelente 15-19 ≤ 23 24-28 29-33 34-38 ≥39 Idade Fraco Regular Medio bom Excelente 15-19 ≤ 28 29-33 34-37 38-42 ≥43 Alcance Máximo obtido para Homens (cm) 20-29 30-39 40-49 ≤24 ≤22 ≤17 25-29 23-27 18-23 30-33 28-32 24-28 34-39 33-37 29-34 ≥40 ≥38 ≥35 Alcance Máximo obtido para Mulheres (cm) 20-29 30-39 40-49 ≤27 ≤26 ≤24 28-32 27-31 25-29 33-36 32-35 30-33 37-40 36-40 34-37 ≥41 ≥41 ≥38 50-59 ≤15 16-23 24-27 28-34 ≥35 60-69 ≤14 15-19 20-24 25-32 ≥33 50-59 ≤24 25-29 30-32 33-38 ≥39 60-69 ≤23 24-26 27-30 31-34 ≥35 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.Ms. B . utilizado para avaliar a flexibilidade de atletas e não atletas.TESTE DE SENTAR E ALCANÇAR DE WELL’S E DILLON (BANCO DE WELL’S) A . Tabela 15 . apoiando a região plantar dos pés na extremidade frontal do banco. I . Vagner Roberto Bergamo/ Prof. 1992). Ms. normalmente. ) C – Procedimento: uma fita adesiva de 50 cm será afixada no solo e a fita métrica será também afixada perpendicularmente à fita adesiva. O resultado será dado para a melhor das 2 tentativas anotadas. fita métrica e fita adesiva. em idosas de 60 a 70 anos. M.Classificação por categoria de nível de flexibilidade. Tabela 17 .5-24. Serão oferecidas 2 tentativas de prática. O avaliador segurará o joelho do sujeito para certificar-se de que o mesmo não se flexione durante o teste. O zero da fita métrica contará para o sujeito. José Francisco Daniel/ Prof.5 Modelo de folha de protocolo Flexibilidade 36 Resultado Avaliador PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. por no mínimo 2 segundos. e Wilmore.Ms.5-44. O sujeito descalço..Ilustração gráfica da marcação do teste de flexibilidade (adaptada de Osness et al. artelhos apontados para cima e calcanhares centrados nas marcas feitas na fita adesiva.Objetivo: Avaliação da flexibilidade da região posterior das coxas.H.L.Material: Ficha de protocolo.PROESP II .5 45.5 54. Ms. Sobre a fita adesiva serão feitas 2 marcas eqüidistantes 15 cm do centro da fita métrica. Categoria do nível de flexibilidade Muito fraca Fraca Regular Boa Muito boa Faixa de valores de flexibilidade em centímetro 11.0-61. com a marca de 63. 1990. uma sobre a outra. conforme figura abaixo: Figura 10 . Dr. sentar-se-á no solo com as pernas estendidas distantes 30 cm.0-53.Anderson Marques Moras . B . J. permanecendo na posição final. quadril e lombar. baseada em resultados obtidos por Zago & Gobbi (2003).5 cm diretamente colocadas sobre a fita adesiva.5 62.0-82. 1993 Tabela 16 – Avaliação da Flexibilidade Sentar e Alcançar – critérios ZSApF . Vagner Roberto Bergamo/ Prof.TESTE DE SENTAR E ALCANÇAR DA AAHPERD A .Fonte: Pollock. Com as mãos. seguidas de 2 tentativas a serem anotadas até a ½ polegada mais próxima.0 24. o sujeito deverá vagarosamente deslizar uma das mãos sobre a fita métrica tão longe quanto puder. Rio de Janeiro. (1990) expressam que o teste de coordenação relaciona-se com as funções diárias e enfatiza a eficiência neuromuscular dos braços e das mãos. BERGAMO. adolescentes e adultos. Sugestão para Leitura: MATSUDO. Aptidão no Futebol e Aptidão no Voleibol.. PROJETO ESPORTE BRASIL – PROESP . o sujeito. apanha a lata 1 e revirando-a (mesma base do início do teste) recoloca-a no quadrado 1.R. exceto que as latas são colocadas a partis da esquerda. devendo usar. ao final do segundo circuito. Critérios Biológicos para Diagnóstico. e a lata 3 no quadrado 6. Caso o sujeito seja sinistro. Detecção de Talento. Quando o avaliador sinalizar.. um pedaço de fita adesiva com 3 polegadas (7. A mão direita é colocada na lata 1.7 cm de sua borda. Prescrição e Prognóstico de Aptidão Física em Escolares de 7 a 18 anos de idade..K.2 cm) de comprimento será fixada sobre um mesa. estando o cotovelo flexionado de 100 a 120 graus. com o polegar para cima. fita adesiva. o cronômetro é disparado e. V. 1990) OSNESS et al.MEDIDAS DE COORDENAÇÃO A – Objetivo: avaliação da coordenação em idosos B – Material: três latas de refrigerante cheias. Dr. OZMUN JC. 2003 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.7 cm) de eqüidistância entre si. Editora Gráficos Burti fotolito Editora Ltda. SP: Phorte.Ms. Treinamento e Rendimento no Basquetebol Feminino. a lata de refrigerante será colocada no quadrado 1.R. Tese de Mestrado. 1984.62 cm) de comprimento formando assim 6 pequenos quadrados. Ao sujeito serão concedidas duas tentativas de prática. 1996. sem interrupções. V. V..K. Mulher e Exercício. Indicadores de saúde e fatores de prestação esportiva em crianças e jovens. mesa e cadeira. Tese de Livre Docência. a lata dois no quadrado 3.BR. distante 12.35 cm) de cada extremidade da fita. Exercício e Envelhecimento.R.5 polegadas (6. a lata 3 no quadrado 5. que são seguidas de duas válidas. a mão dominante. Universidade Gama Filho. José Francisco Daniel/ Prof.K. a lata 2 no quadrado 4. de forma que a lata 1 seja colocada no quadrado 2. Universidade Metodista de Piracicaba. Talento. O cronômetro é parado quando a lata 3 é depositada no quadrado 5. MATSUDO. e a lata 3 no quadrado 5. sendo estas últimas anotadas até décimos de segundo. et alli. Sobre cada uma das 6 marcas será afixado. GALLAHUE DL. Sem perda de tempo. o mesmo procedimento é adotado. São Paulo. e iniciadas a 2. estando o polegar apontado para baixo.R. e da mesma forma recoloca a lata 2 no quadrado 3e. perpendicularmente. Teste em Ciências do Esporte. Sobre esta fita serão feitas 6 marcas distantes 5 polegadas (12. Uma tentativa equivale a realização do circuito duas vezes. Piracicaba-SP. virando a lata inverte a base de apoio. MATSUDO.. sendo considerado como resultado final o menor dos tempos anotados. Se a mão direita for a usada.Anderson Marques Moras 37 . Apostila Criança e Exercício. 1992. C – Procedimentos: Um pedaço de fita adesiva com 30 polegadas (76. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês. V. O sujeito sentar-se-á de frente para a mesa. Ms. um cronômetro. o sujeito. Figura 11 – Ilustração gráfica do teste de coordenação (adaptada de Osness et al. no teste. crianças. Anderson Marques Moras . RJ: Guanabara Koogan. 38 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. José Francisco Daniel/ Prof. Apresentamos tabelas com indicadores de desempenho superior para ambos os sexos e normas provisórias para avaliação da aptidão física relacionada ao desempenho motor (ApFDM) (PROESP-BR). apresentamos fichas ilustrando os estágios do padrão da corrida. do salto vertical e do salto horizontal. VILLAR R e ZAGO AS.GOBBI S. bem como as respectivas seqüências de desenvolvimento (GALLAHUE e OZMUN (2003). Ms. Em seguida. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. 2005. Dr.Ms. Bases Teórico-Práticas do Condicionamento Físico (Série Educação Física no Ensino Superior). Vagner Roberto Bergamo/ Prof. José Francisco Daniel/ Prof. Ms.Anderson Marques Moras 39 .PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.Ms. Dr. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.Ms.Anderson Marques Moras . José Francisco Daniel/ Prof.Ficha para observação do estágio padrão de corrida 40 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Ms. Dr. limitado Passos largos.Estágio inicial Jogo de pernas pequeno. José Francisco Daniel/ Prof. do balanço do braço e da velocidade Fase de vôo limitada. Dr.Anderson Marques Moras 41 .mas observável Extensão mais completa de perna de apoio no impulso Aumento da oscilação do braço Balanço horizontal do braço reduzido no movimento para trás Pé de trás cruza linha mediana da altura Estágio Maduro Máxima extensão da passada e de sua velocidade Fase de vôo definida Extensão completa da perna de apoio Coxa de trás paralela ao solo Oscilação vertical dos braços em oposição às pernas Braços dobrados em ângulos aproximadamente retos Mínima ação de rotação do pé e da perna de trás Dificuldades de Desenvolvimento • • • • • • • • • Oscilação do braço inibida ou exagerada Braços cruzando a linha mediana do corpo Colocação imprópria do pé Inclinação exagerada do tronco para a frente Braços se movimentando pesadamente nas laterais ou residentes para manter equilíbrio Giro do tronco Cadência rítmica pobre Apoio do pé inteiro no solo Pé ou perna irregularmente virados para dentro ou para fora PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.Ms.irregulares e rígidos Fase de vôo não observável Extensão incompleta de perna de apoio Movimento curto e rígido com graus variados de flexão do cotovelo Braços tendendo a balançar em direção externa e horizontalmente Balanço da perna tende para fora do quadril Balanço do pé com dedos para fora Base de apoio larga Estágio Elementar Aumento da extensão da passada. Ms. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. José Francisco Daniel/ Prof.Ms.Ficha para observação do estágio padrão de salto vertical Estágio inicial Agachamento preparatório inconsistente Dificuldade de impulsionar com ambos os pés Extensão insuficiente do corpo ao impulsionar Elevação da cabeça pequena ou ausente Braços não coordenados com o tronco e a ação da perna Baixa altura alcançada Estágio Elementar Flexão dos joelhos excede ângulo de 90 graus no agachamento preparatório Inclinação para a frente exagerada durante o agachamento Impulso com os dois pés Corpo não se estende totalmente durante fase de vôo Braços tentam auxiliar vôo e equilíbrio. Ms. Dr.pernas e braços com firmeza Coordenação pobre das ações de pernas e braços Inclinação de braços para trás ou para as laterais para se equilibrar Falha em guiar com os olhos e a cabeça Pouso em um pé só Flexão de quadris e joelhos inibida ou exagerada ao pousar Deslocamento horizontal marcantes ao pousar PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. joelhos e tornozelos Elevação dos braços coordenada e simultânea Inclinação da cabeça para cima com olhos focalizados no alvo Extensão total do corpo Elevação do braço de alcance com inclinação do ombro combinada com abaixamento do outro braço no auge do vôo Pouso controlado bastante próximo ao ponto de partida Dificuldades de Desenvolvimento • • • • • • • • • • 42 Falha em permanecer sem contato com o solo Falha em impulsionar com ambos os pés ao mesmo tempo Falha em agachar com ângulo aproximado de 90 graus Falha em estender corpo.mas em geral não igualmente Deslocamento horizontal notável no pouso Estágio Maduro Agachamento preparatório com flexão de joelho entre 60 e 90 graus Extensão firme dos quadris.Anderson Marques Moras . Vagner Roberto Bergamo/ Prof. coxas mantidas em posição flexionada Estágio Maduro Braços se movem para o alto e para trás durante o agachamento preparatório Durante o impulso.Anderson Marques Moras 43 .para manter o equilíbrio Tronco se move em direção vertical.Ms. estender e flexionar novamente a perna) Giro ou torção do corpo Inabilidade de executar o impulso tanto com um pé só quanto com os dois pés Agachamento preparatório insuficiente Movimentos restritos de braços e pernas Ângulo de impulso insuficiente Falha em estende-se totalmente ao decolar Falha em estender as pernas para frente ao pousar Cair de costas ao aterrissar PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.joelhos e quadris ao impulsionar Coxas mantêm-se paralelas ao solo durante o vôo. José Francisco Daniel/ Prof. Dr. Ms. como flexionar.ou para trás e para cima.ênfase pequena na extensão do salto Agachamento preparatório inconsistente em termos de flexão de pernas Dificuldade de usar ambos os pés Extensão limitada de tornozelos.Ficha para observação do estágio padrão de salto horizontal Estágio Inicial Movimento limitado.pernas pendem verticalmente Peso corpora inclina-se para a frente ao pousar Dificuldades de Desenvolvimento • • • • • • • • • Uso impróprio dos braços (ou seja.braços se inclinam para frente com força e alcançam altura Braços mantêm-se altos durante toda a ação do salto Tronco inclinado em ângulo aproximado de 45 graus Ênfase maior na distância horizontal Agachamento preparatório profundo e consistente Extensão completa de tornozelos.joelhos e quadris ao impulsionar Peso corporal cai para trás ao pousar Estágio Elementar Braços iniciam a ação do salto Braços se mantêm na frente do corpo durante agachamento preparatório Braços se movem para as laterais para manter equilíbrio durante o vôo Agachamento preparatório mais profundo e mais consistente Extensão mais completa do joelho e do quadril ao impulsionar Quadris flexionados durante o vôo. falha ao usar os braços em oposição à perna de propulsão em um balanço de altos e baixos. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. braços não iniciam ação do salto Durante o vôo.braços se movem para os lados e para baixo. da somatotipia.Ms. se possa prescrever a intensidade de treinamento ou para analisar os efeitos de algum tipo de treinamento. Dr. e c) viabilidade. por exemplo. É evidente que muitas contribuições que as tenham adotado como linha de pesquisa nos deixam sérias suspeitas da influência negativa dos “modismos”. assim como a formulação de uma questão relevante que atenda às prioridades nacionais. onde já fomos alcançados pelas ondas do aerobismo. O que medir? 2.Anderson Marques Moras . quando poderíamos esperar um trabalho ainda mais profundo no mesmo tema. argüidos sobre o objetivo da avaliação respondem prontamente que “estão medindo o Cooper”? Poucos são aqueles que respondem que estão fazendo uma estimativa da capacidade cardio-respiratória aeróbia porque essa é uma variável fundamental de aptidão física para que.CapítuloIIII A PRÁTICA DA PESQUISA EM CIÊNCIAS DO ESPORTE TEMA DE INVESTIGAÇÃO A livre escolha do tema de investigação é condição “sine qua non” de uma sociedade que aspira por um crescimento arejado. A BUSCA DO TEMA DE PESQUISA Os domínios cognitivos e afetivos de uma área por certo propiciarão ao pesquisador uma seleção mais válida do tema a ser investigado. A partir desse fato. Depois. Ms. Essa procura poderá ser feita basicamente através da pesquisa experimental. temos observado professores que estão aplicando um teste de corrida de 12 minutos e que. não raro. para se construir sobre alguma coisa. mas nos alinhamos com aqueles que pensam que a contribuição desse trabalho será mais substancial na medida em que atender e três critérios fundamentais: a) originalidade. do anaerobismo. Mas. 44 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. b) relevância. notamos que o tópico inicial foi abandonado. Outro indicador é o caso dos pesquisadores de um trabalho só. mas não poderíamos deixar de incentivar a busca constante da verdade em uma mesma área. Claro está o respeito à diversificação de interesses. OS CAMINHOS DA BUSCA DA VERDADE A atenta observação e análise criteriosa dos fatos se constituem em ferramentas básicas do profissional em ciências do esporte. Inúmeros jovens pesquisadores têm apresentados brilhantes contribuições em sua publicação inicial sobre o tema. do talento esportivo e mais recentemente do trabalho de força elástica. regionais ou locais. Para que medir? Pode as vezes parecer um cuidado exagerado estarmos mencionando essas perguntas. A estes chamamos de “pesquisadores de um trabalho só”. O MODISMO E O NOVO Na escolha do tema de pesquisa o aluno de Educação Física deve na medida do possível estar vacinado contra o modismo e o fascínio do novo. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. José Francisco Daniel/ Prof. poderá formular sua hipótese (experimental) que corresponde à posição do pesquisador frente aos fatos e sua busca da verdade. Muitos têm sido os exemplos de modismo em nossa área. nessa ordem de importância. Assim. Uma PESQUISA EXPERIMENTAL é aquela em que o investigador observa os efeitos da manipulação de uma ou mais variáveis independentes sobre uma ou mais variáveis dependentes. Mas teria a comunidade científica sensibilidade social? Em que medida as pesquisas bem feitas estão atendendo às necessidades sociais? Estão os temas de pesquisas respondendo a anseios pessoais do pesquisador ou as necessidades básicas da sociedade? Não acreditamos em regras que restrinjam a escolha do tema de investigação ou do tópico de pesquisa. Temos que lutar por uma maturidade intelectual maior do pesquisador. muito antes de arrumar o material ou a amostra a ser medida devemos estar aptos a responder às três perguntas básicas: 1. Há um tempo em tudo: um tempo para amadurecer. Um exemplo típico seria um trabalho em que o experimentador observa o tipo de treinamento (aeróbio ou anaeróbio) sobre a força ou o peso corporal. como básicas para profissionais que se dedicam a esta área. para se gerar. Por que medir? 3. a mesma deve ser afastada. quais os instrumentos. em uma consciência dos diversos caminhos alternativos que possibilite uma opção madura. Cabe colocar que é importante. somente a pesquisa experimental. Lamentável equívoco. da distribuição dos seus resultados. quando o trabalho envolver seres humanos. permanentes. que sujeitos permitirão que cheguemos à melhor resposta à nossa pergunta básica à nossa hipótese de pesquisa. seria bom notar que existe uma tendência em qualificar a pesquisa de acordo com o método de investigação utilizado. sendo isso particularmente verdadeiro em casos de grandes grupos (n > 30). Quando essas suposições forem atendidas. AS ETAPAS DO CAMINHO DA BUSCA DA VERDADE Estabelecido criteriosamente o tema e o objetivo. 2) empregar técnicas não complexas e 3) adotar uma metodologia que permita que o produto final de seus achados reverta a uma faixa significativa da população. O MÉTODO QUANTO Á ESTATÍSTICA Conforme a variável a ser medida e de acordo com constituição da amostra podemos ter uma idéia à priori. nos parece nada científico afirmações generalistas que favoreçam este ou aquele modelo de investigação. aos três pontos relevantes: 1) Utilizar instrumental o menos sofisticado. lembramos que o método de investigação não garante por si só a qualidade da pesquisa. Por outro lado. aquele que oferecerá as melhores condições de resposta às perguntas formuladas. não deixar de fazer coisas fundamentais que antes não se faziam porque não cabiam ou não cabem nos moldes da pesquisa dita e considerada científica. José Francisco Daniel/ Prof. com resultados em intervalos idênticos. deveremos selecionar. assim como sua importância. os métodos paramétricos deverão ser escolhidos. por exemplo. como busca da verdade. ter sido constituída ao acaso. senão vital. Não custa lembrar ainda que toda vez que os riscos de uma metodologia superem os eventuais benefícios. na medida do possível. como. Pensamos que dentro da realidade de um Terceiro Mundo deveríamos procurar atender. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Também quanto a sua quantidade (que irá variar de caso para caso). dentre os diversos caminhos conhecidos. Quando esses riscos passam a envolver danos temporários. E assim. Quais os métodos.Ms. pois esquecem que a pesquisa. mas que na área biológica é considerada significativa a partir de um número igual a 30. está acima dos eventuais rótulos. os mesmos devem estar cientes dos objetivos e eventuais riscos dos procedimentos a que serão submetidos. Nas amostras de distribuição assimétrica. E a determinação da simetria ou não desses resultados é o primeiro passo para que possamos chegar ao método estatístico mais adequado.Anderson Marques Moras 45 . à hipótese estabelecida no objetivo do trabalho? Nesta fase. Por outro lado. No entanto. É importante frisar que essas são recomendações não regras. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. onde a pesquisa descritiva ocuparia a “lanterna” da corrida em que o experimental seria o “pole position”. um termo de consentimento deve ser obtido. Dr. Os métodos paramétricos baseiam-se em duas suposições básicas: a) as amostras teriam sido selecionadas de populações com variância similar e distribuição normal. parciais ou totais. b) as amostras teriam sido constituídas aleatoriamente (ao acaso). ou seja. Na amostra de distribuição simétrica.Neste ponto é bom lembrar que muita confusão tem sido feita particularmente por pessoas que iniciando o contato com o campo de investigação querem considerar como “pesquisa verdadeira”. os métodos paramétricos têm se mostrados mais precisos que os não paramétricos. mas sim. tendo respondido a primeira das perguntas fundamentais (o que?). Ms. relevância e implicações (por que? para que?) poderemos então partir para a próxima etapa que corresponde ao como: Como responder a pergunta base. Evidentemente que não podemos envolver em nosso trabalho todos os sujeitos que compõem uma população e assim partiremos para o uso de amostras que possam representar essa população permitindo que os achados obtidos nesta população possam se estender a toda população. Para tanto a amostra deve ter certas características quanto a sua qualidade. não devemos também implicar em uma atitude simplista de escolha do mais fácil. os métodos não paramétricos deverão ser os escolhidos. r2 2 amostras independentes t grupos independentes Mann-Whitney U 2 amostras dependentes t pareado Wilcoxon Matoned Pairs 2 amostras independentes ANOVA one way Kruskall-Walns 2 amostras dependentes ANOVA two way Fnedman Comparação de médias 46 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Nos casos em que quisermos predizer o resultado de uma variável dependente a partir dos dados de duas ou mais variáveis independentes o caminho será o cálculo da equação de regressão múltipla.Os métodos não paramétricos podem ser usados com resultados em intervalos de classe e não pressupõe um rígido procedimento na amostragem da população. Nos casos em que quisermos estabelecer uma medida de associação entre duas variáveis o valor estatístico a ser determinado é o da correlação simples. Por exemplo. José Francisco Daniel/ Prof. Ms. Se a intenção for determinar a variabilidade então calcularemos o desvio padrão. Em outras oportunidades gostaríamos de predizer o resultado de uma variável dependente a partir de outra e nesse caso precisamos desenvolver uma equação de regressão simples. fundistas e velocistas) ou do tipo “two-way”. O segundo passo será a adequação do objetivo do trabalho aos procedimentos estatísticos básicos. No quadro 1 podemos ter uma boa idéia desses procedimentos quando levarmos em consideração a simetria dos resultados. de acordo com as características dos grupos poderá ser para amostras independentes (por exemplo. Quadro 1 – Principais modelos estatísticos paramétricos e não paramétricos em Ciências do Esporte: MEDIDAS AMOSTRA PARAMÉTRICAS NÃO PARAMÉTRICAS Tendência central Média Mediana Variabilidade S. Se o propósito for conhecer o ponto central de nossas amostras. Quando o objetivo for medir a relação entre uma variável dependente e duas ou mais variáveis independentes é o valor de correlação múltipla que deve ser determinado. quando quisermos ver se um grupo é homogêneo ou heterogêneo. então devemos realizar uma análise de variância que será do tipo “one way” quando as amostras forem independentes (por exemplo. Quando precisamos comparar mais de duas médias. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.Ms. resultados de corrida de 40 segundos em atletas no início. Por exemplo. Dr. quartil Correlação R Pearson Spearman Rho. impulsão horizontal de nadadores e voleibolistas) ou dependentes (por exemplo.Anderson Marques Moras . Para maiores detalhes sobre esses métodos recomendamos a obra de Siegel. Um exemplo aconteceria quando queremos saber quantos abdominais em geral fazem os escolares de 14 anos. quando as amostras forem correlatas ou dependentes (por exemplo. impulsão horizontal de uma equipe de basquetebol. ou ainda quando quisermos saber qual a classificação (Z-escore) de um aluno em uma dada população. Por exemplo. qual a relação entre altura e impulsão vertical. antes e após um mês de treinamento). Z Percentual. do sexo e da idade. predizer resultado do teste de impulsão vertical a partir da altura. deveremos então aplicar um teste de hipótese que. Por exemplo. meio e final de uma temporada). resultados em corridas de 40 segundos de futebolistas. o percentil ou o quartil. qual a relação dos valores de peso e altura com os resultados obtidos no teste de impulsão vertical. então devemos calcular a média ou a mediana. Se a idéia for comparar a média de duas amostras (ver capítulo de estatística). predizer o resultado no teste de impulsão vertical a partir da altura. Por exemplo. são emprestados destes. mesmo que ele não tenha consciência do plágio. fabricação e falsificação. Isso geralmente ocorre em trabalhos realizados em co-autorias. não publicação de dados. Uma prática comum é circular préimpressos e rascunhos de artigos entre estudiosos (os quais são freqüentemente compartilhados com estudantes de pós-graduação) que são conhecidos por trabalhar em uma área específica.. utilização de pessoas como sujeitos em pesquisa e utilização de sujeitos animais. O aspecto mais importante para se tomar boas decisões é ter boas informações e obter conselhos de corpo docente confiável. Isso pode ocorrer em trabalhos com outros cientistas que produzem dados fraudulentos que seguem os resultados previstos (p. Um pesquisador que plagia o trabalho carrega um estigma por toda a vida em sua profissão. Ocasionalmente um estudante de graduação ou membro de corpo docente pode ser inadvertidamente envolvido em plágio. As pressões tem sido particularmente intensas em pesquisas médicas e relacionadas com saúde. Nessas circunstâncias. escritos e projetos de outros como se fossem seus.Ms. conduzir ou relatar pesquisas. O plágio acarreta penas severas em todas as instituições.000 revistas que publicam mais de um milhão de artigos anualmente (Henderson. mas mesmo se você escapar. Os principais tópicos a serem apresentados incluem má conduta em ciência. originalidade também é importante. nunca permita que um trabalho. ex. Embora não exista meios de proteção infalíveis (exceto não trabalhar com mais ninguém). Se idéias. Dr. descobertas e assim por diante. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Parece fácil fazer uma pequena mudança aqui ou ali ou maquiar os dados por que “Eu preciso de apenas uns poucos sujeitos a mais. estudiosos idôneos são algumas vezes envolvidos indiretamente em má conduta científica. isso vai completamente contra a ética e penas severas são impostas sobre os sujeitos que são apanhados.QUESTÕES ÉTICAS EM PESQUISA E NO TRABALHO ACADÊMICO Como estudante de graduação. plágio ou outras práticas que desviam seriamente daquelas que são comumente aceitas dentro da comunidade científica para propor. Embora os estudantes de graduação e pós-graduação e corpo docente possam produzir conscientemente pesquisa fraudulenta. pósgraduando e graduandos tenham sido pegos ocasionalmente maquiando ou alterando dados de pesquisa. os créditos apropriados devem sempre ser dados. porque tais pesquisas são freqüentemente caras.Anderson Marques Moras 47 . trabalhar com corpo docente e outros estudantes de pós-graduação. sempre saberá o que fez e provavelmente colocará outras pessoas em risco por causa de suas ações. Neste artigo chamamos sua atenção para muitas destas questões e oferecemos um sistema para a discussão e tomada de decisão. A probabilidade de ser descoberto nestes tipos de ações é alta. isso é completamente inaceitável no processo de pesquisa. com seu nome seja apresentado (ou revisado). 1990). discutiremos neste texto. José Francisco Daniel/ Prof.. Schore (1991) identificou sete áreas nas quais a desonestidade científica poderia ocorrer. vocês encontrarão muitas questões éticas em pesquisa e no trabalho acadêmico. . Nenhuma recompensa vale o risco envolvido. Dessa forma não é surpreendente que cientistas. Se um autor plagia o material. mas meu tempo está terminando”. requerem auxílio financeiro e envolvem risco. Fabricação e falsificação – Existem aproximadamente 40. as escolhas nem sempre serão bem definidas. Na escrita científica. Plágio – significa utilizar as idéias. Certamente. em uma pesquisa financiada a proposta sugeriu quais eram os resultados prováveis). o outro pode ser igualmente punido. Ms. Isto não inclui o erro honesto ou as diferenças em interpretação ou julgamento dos dados. o estudioso sério vê exatamente o que espera PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. procedimentos falhos de coleta de dados e retenção e armazenamento inadequado de dados. somente cinco delas: plágio. Nesta seção discutimos questões sobre má conduta científica com a noção de que estes conceitos são geralmente aplicáveis a todas as áreas de saber no estudo da atividade física. Certamente. CINCO ÁREAS DE DESONESTIDADE CIENTÍFICA Má conduta ou má conduta em ciência A fabricação. Todavia. falsificação. métodos. a menos que você o tenha visto em sua forma final. CELAFISCS – Dez anos de pesquisa em Ciências do Esporte. descobriu que ele havia saído para beber com seus amigos até muito tarde e que ele estava realmente debilitado. em Abril de 1986. os estudantes devem dar atenção aos seguintes problemas: • • • • • • Continuar as coletas de dados com sujeitos que não estão atingindo as necessidades da pesquisa (p.ver nos dados. ele viu nos dados os resultados esperados e concordou em submeter o artigo. Capítulo 5 – Questões Éticas em Pesquisa e no Trabalho Acadêmico. mesmo que Baltimore não tenha sido o principal autor do artigo.Ms. Dr. exercício e descanso). O trabalho de outros autores não deveria ser “adaptado” para se adequar às hipóteses projetadas. Se ela não tivesse notado a natureza incomum de sua performance e o questionado cuidadosamente. teria incluído dados que provavelmente teriam desviado seus resultados porque o sujeito não estava aderindo aos acordos prévios sobre as condições de estudo. ex. uma estudante de doutorado que conhecemos estava coletando dados sobre a economia da corrida em uma situação de campo. os dados agora são algumas vezes “podados” se o valor é extremo. THOMAS JR. Dados ruins deveriam ser identificados. Só porque um escore é extremo não significa que é baseado em dados ruins. Procedimentos falhos de coleta de dados – Muitas das atividades não-éticas podem ocorrer neste estágio de um projeto de pesquisa. sugerindo que os dados foram ruins. Quando a pesquisadora o questionou. tendo Thereza Imanishi-Kari e David Weaver como autores principais. 48 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Não obediência ao protocolo do teste.ex. Todavia. É claro. O termo significa originalmente “eliminar mentirosos”. Página 78-80 (texto retirado na íntegra). já que essas interpretações podem não seguir de perto a fonte original. se possível. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ainda que escores extremos possam criar problemas na análise dos dados. Os sujeitos retornaram várias vezes para serem filmados enquanto repetiam uma corrida de passadas com comprimentos e velocidades variadas. José Francisco Daniel/ Prof. Por exemplo. Por exemplo. o caso do Prêmio Nobel David Baltimore envolveu um artigo publicado em Cell. Equipamento defeituoso. Retenção e armazenamento inadequados de dados – Os dados devem ser armazenados e mantidos conforme foram registrados originalmente e não devem ser alterados. A falsificação pode também ocorrer com a literatura relacionada.Anderson Marques Moras . se um valor testado parece grande ou pequeno demais e o pesquisador testa o instrumento e descobre que este está descalibrado. Todos os registros originais devem ser mantidos de forma que os dados originais estejam sempre disponíveis para análise. Registro incorreto de dados. Apesar de Baltimore ter verificado as descobertas de Imanishi-Kari. Isso tem sido chamado algumas vezes de dados “cozinhados”. Ms. O fato de que os dados não eram exatos levaram subseqüentemente à demissão de Baltimore como presidente da Universidade Rockefeller.. Tratamento inadequado dos sujeitos (p. Dessa forma. um escore que fica fora dos escores normais). fracasso em aderir aos acordos sobre dieta.. Outro termo utilizado para dados pouco comuns é outlier (escore não-representativo. Aplicação incorreta do teste. sua carreira foi seriamente prejudicada por ser um participante involuntário de fraude científica. A instância mais drástica nessa categoria é o fracasso ao publicar resultados que não sustentam as hipóteses projetadas. fracasso ao seguir as linhas de direção do Comitê de Pesquisa). Não-publicação de dados – A idéia básica aqui é que alguns dados não sejam incluídos porque não sustentam o resultado desejado. Métodos De Pesquisa Em Atividade Física. eliminar este dado “ruim” é uma boa prática de pesquisa. enxergar um valor quando os dados estão sendo examinados e decidir que este é inadequado e muda-lo é “cozinhar” os dados. Por exemplo. NELSON JK. mas os autores deveriam publicar os resultados de pesquisa séria sem levar em consideração se os resultados sustentam as hipóteses projetadas. Isso também é uma razão pela qual os estudantes de graduação e pós-graduação deveriam ler fontes originais ao invés de confiar nas interpretações de outros. As revistas são acusadas freqüentemente de uma “publicação induzida”. No terceiro dia de teste um sujeito do sexo masculino executou a corrida de forma errática. querendo dizer que apenas os resultados significativos são publicados. Em particular. podá-los automaticamente é uma prática pobre. Todavia. no momento da aquisição dos dados. assinado por Baltimore e co-autores. ela sabiamente descartou os dados e programou para este sujeito uma outra corrida para alguns dias mais tarde. Estudantes de graduação e pósgraduação deveriam ser cuidadosos em como interpretar o que os autores dizem. "Abster-se de analisar os dados coletados após a aplicação de um teste é tão ridículo quanto preparar um doce delicioso e deixar de saboreá-lo". determinada característica.8 seg. Ms. o objetivo desse capítulo.1 seg. Ao quantificarmos os nossos dados em um dos três níveis de mensuração citados acima é que deveremos empregar a Estatística como um instrumento de descrição e decisão.Anderson Marques Moras 49 . O "know-how" requerido para a aplicação das técnicas estatísticas para análise de uma situação problema.Ms. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Por exemplo: Os resultados encontrados em uma prova de atletismo foram os seguintes: Neste nível de mensuração é impossível determinarmos a diferença exata entre os resultados. uma análise adequada dos resultados obtidos.0 Adulto 08 D 4. Portanto.0 Juvenil 10 C 3. classificação final foi: sendo: CATEGORIA NÚMERO DE EQUIPES ATLETA POSTO Mirim 15 A 1. 10. religião. exige uma série de processos matemáticos. 9. que nos indicam a distância exata entre elas. a Estatística é a chave que poderá levar a uma análise adequada do conjunto de informações que surge com a aplicação dos diferentes métodos de avaliação da parte técnica e física de seus atletas ou alunos.0 seg. tais métodos serão de fácil compreensão. Para o técnico de esporte e professor de Educação Física.Capítulo VII ESTATÍSTICA Sandra Caldeira 1. não sabemos se existem grandes diferenças entre o tempo apresentado pelos demais atletas em relação ao atleta A.5 seg. Por exemplo: No campeonato estadual de Por exemplo: Em uma prova de atletismo a Voleibol tivemos a participação de 45 equipes. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. ou seja. Nível Intervalar: Quando os indivíduos podem ser categorizados de acordo com uma escala de intervalos. ATLETA A B C D E TEMPO 8.2 seg.0 TOTAL Normalmente são consideradas medidas pertencentes ao nível de mensuração nominal: nacionalidade.0 45 E 5. 9. pois envolvem conhecimentos matemáticos elementares. Dr. José Francisco Daniel/ Prof. INTRODUÇÃO A Estatística é uma ciência auxiliar de múltiplas aplicações e de fundamental importância no campo da investigação científica moderna. devendo cada indivíduo indivíduos em função do grau que apresentam em pertencer a uma única categoria. 10. ou atletas. Essas escalas podem ser classificadas em três categorias principais: Nível Ordinal: Consiste na ordenação dos Nível Nominal: Consiste em classificar os indivíduos em categorias. é apresentar alguns processos estatísticos que possibilitem àqueles que realizarem uma avaliação de seus alunos. sexo e raça. ESCALAS DE MEDIDA Para realizarmos a análise de um conjunto de resultados é essencial possuirmos esses dados expressos numericamente e classificados em escalas de medida. porém. com unidades constantes de medida. 2.0 Infantil 12 B 2. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. José Francisco Daniel/ Prof.análise dos dados .3. Essa característica da amostragem casual implica em que todos os elementos da população sejam identificados. o professor poderá sortear 30 alunos ou mais e em seguida aplicar o teste da impulsão vertical.tomada de decisões relacionada com: O próprio conceito de Estatística propõe nosso primeiro passo que será a coleta de dados. O processo de seleção da amostra é de importância vital para que as conclusões obtidas da amostra. resolvendo portanto aplicar o teste de impulsão vertical. Veremos a seguir alguns deles: Amostras não casuais: Quando fazem parte da amostra apenas os elementos de conveniência do pesquisador.descrição Estatística Inferencial . CONCEITO DE ESTATÍSTICA Conceitua-se Estatística como sendo a parte da Matemática Aplicada interessada nos métodos científicos de descrição e inferência de um conjunto de dados. por considerar que a variável altura exerce influência no resultado do teste de impulsão vertical. Existem vários métodos para se determinar a amostra ideal de uma população. Quantos alunos deverão fazer parte da amostra? Os métodos estatísticos estabeleceram que uma amostra será considerada grande se tiver 30 elementos ou mais e pequena se este número for inferior a 30. Mas como selecionar os elementos que irão compor a amostra.Anderson Marques Moras . Os valores obtidos nas observações são denominadas variáveis e podem ser classificadas em dois tipos: Variáveis Contínuas: São aquelas que podem assumir infinitos valores em um intervalo fechado e possuem como característica as medições. pois ele não possui apenas alunos altos. precisamos primeiramente definir o que vem a ser População e Amostra: População: É um conjunto total de elementos que apresentam pelo menos uma característica comum.resumo e apresentação . Na situação problema levantada anteriormente a população seria o conjunto de todos os alunos do professor. Portanto. sendo que ele poderá aplicar o teste de impulsão vertical em apenas um grupo de alunos que irão constituir a amostra. possam ser válidas também para a população da qual foram extraídas (inferência).coleta de dados . 4. o professor escolheria apenas os alunos "altos". 50 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. a velocidade. o que poderá ser feito através de uma listagem completa com o nome de todos os alunos e em seguida. A Estatística está subdividida em duas partes: Estatística Descritiva que engloba: . Dr. Assim sendo. de modo que as conclusões sobre esta amostra sejam válidas também para a população.organização . Esta técnica de amostragem não irá representar a realidade da população do professor. Amostra: É uma parte da população extraída da mesma segundo uma regra conveniente.conclusão . Amostras casuais ou aleatórias: Quando cada membro da população tem igual oportunidade de fazer parte da amostra. O teste deverá ser aplicado a todos os alunos? Ou poderemos aplicá-lo a uma classe ou grupo de alunos atribuindo depois esses resultados aos outros alunos? Dúvidas como estas são comuns e para responder a essas perguntas." Determinada a natureza do nosso estudo. em nosso exemplo. com o objetivo de medir indiretamente a variável força. sortear os elementos que irão compor a amostra. passaremos a coleta dos dados. COLETA DE DADOS Inicialmente vamos levantar um problema para estudo: "Um professor de Educação Física deseja fazer um estudo sobre a força de membros inferiores de seus alunos. a altura. Ms. a impulsão e o consumo de oxigênio. Por exemplo: o peso.Ms. 57 149. sendo seu aspecto mais marcante o fato de que se "dobrássemos" a curva em seu ponto mais central. Após a coleta de dados. A forma ou aspecto de uma distribuição é de importância fundamental na escolha dos métodos estatísticos a serem utilizados na análise de um conjunto de resultados. por exemplo.Ms. uma curva suave em forma de sino.63 13 155. Vamos supor que o professor ao aplicar o teste de impulsão vertical tenha encontrado os seguintes resultados: 42 42 40 45 43 44 40 48 45 45 A apresentação dos dados em forma de dados brutos. Portanto em nossa situação problema.Valores médios de Altura (cm) de escolares da rede estadual de ensino IDADE MASCULINO FEMININO 10 134. O gráfico linear (Gráfico 3) é mais empregado quando queremos dar noção de continuidade dos dados ou representar resultados de trabalhos longitudinais. José Francisco Daniel/ Prof.Resultados de 30 escolares em um teste de Impulsão Vertical RESULTADOS FREQÜÊNCIA (x) (f) 40 2 41 3 42 3 43 7 44 3 45 6 46 2 47 2 48 2 N= 30 Através da tabela de freqüência podemos observar que a maioria dos alunos saltou entre 43 e 45 cm. número de repetições de um dado exercício. observando para sua construção a ordenação dos resultados. 5. A não distribuição dos dados ao redor do centro da curva dará origem a uma distribuição denominada assimétrica ou não paramétrica (Figura 2).Variáveis Discretas: Assumem finitos valores num intervalo fechado. Portanto podemos organizá-los através de uma tabela de freqüência (Tabela 1). daríamos origem a duas metades idênticas. o passo seguinte será transformar esses dados brutos em um conjuntoresumo que nos permitira entender melhor os resultados encontrados.73 12 149. estamos trabalhando com uma variável contínua. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. além de ser uma complementação importante da forma tabular. Os processos gráficos nos mostram a diversificação de delineamento que pode ocorrer numa distribuição de freqüências. Entre os vários tipos de representações gráficas. A apresentação dos resultados encontrados por um ou mais grupos após a aplicação de um teste também pode ser feita através de uma tabela (Tabela 2). Esse tipo de curva caracteriza também uma distribuição denominada normal ou paramétrica que é de grande importância para o estudo e desenvolvimento de métodos estatísticos. o gráfico de barras (Gráficos 1 e 2) são os mais utilizados.24 155. Por exemplo: freqüência cardíaca.Anderson Marques Moras 51 . ORGANIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS A organização e apresentação dos dados poderá ser realizada através de tabelas e por representações gráficas. não nos dá idéia de como foi a performance do grupo no teste. Certas formas de curvas se apresentam simétricas (Figura 1) onde notamos. Dr. sendo sua característica a contagem. Ms. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.22 11 142.13 138. Tabela 2 . número de cestas de uma partida.92 Em muitos casos uma representação gráfica nos dá uma informação mais clara de um conjunto de resultados.15 143. 44 46 43 43 42 47 43 41 45 45 43 43 44 46 45 41 43 48 41 47 Tabela 1 . e 28a. Md = 31 Quando os valores da amostra estiverem distribuídos em uma tabela de freqüência (Tabela 1). e 8a. e 18a.10a. os testes para tomada de decisões (teste de hipótese.5 2 2 x f 40 2 41 3 42 3 43 7 44 3 45 6 46 2 47 2 48 2 N = 30 fa 2 5 8 15 18 24 26 28 30 posições 1a. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. e 26a. Portanto podemos dizer que Mo = 43 cm. 25a.20a.. o procedimento para o cálculo da mediana será através da determinação da coluna de freqüência acumulada (fa). 4a. rápida. e 5a. tais como.14a. 7a.. 33. Para a determinação da mediana devemos.. a posição da mediana será: N+1=5+1= 6 = 3 2 22 2 Portanto a mediana estará na 3a posição. e 15a. por possibilitar uma análise estatística mais avançada. 90 teremos: Mo = 75 Mo = 80 o que caracteriza uma distribuição Bimodal 55. Portanto. _ Média Aritmética (X): É considerada a medida de tendência central mais importante.. Consideremos os seguintes valores: Número par de resultados:48. 78.. vamos necessitar de um único número que represente o que é "tópico" em um conjunto de dados e então passaremos às etapas seguintes.. 9a. a mediana será dada pela média aritmética dos valores que estão entre a 2a. Md = 50 + 51 = 101 2 Md = 50. 6. Consideremos a seguinte série de valores: 60. 19a. ou seja uma distribuição Amodal. 3a.11a. 2a.5 2 2 Um aspecto característico da determinação da mediana é por ela só determinar o valor que divide a distribuição de dados ao meio. Dr. posições. e a 3a. e 30a.12a. ordenar os dados na forma crescente ou decrescente. inicialmente. sendo somada as freqüências até chegar a um valor que contenha o trigésimo escore da distribuição (Tabela 3). As medidas de tendência central mais utilizadas serão apresentadas a seguir: Moda (Mo): Consiste no valor da variável que ocorreu com a maior freqüência..Anderson Marques Moras . 50.Ms. Ms.número total de dados 2 ou seja. ou seja. 75. 34. A moda é considerada uma medida preliminar.. MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL O objetivo das medidas de tendência central é estabelecer um único número que represente da melhor forma possível um conjunto de resultados.Organizados os dados.. 80.17a. 6a.23a.. A posição da mediana é determinada por: N + 1 = 30 + 1 = 15.5 2 2 Número ímpar de resultados: sendo a série de dados:28. Mediana (Md): A mediana é definida como o valor que divide a distribuição de freqüência em duas partes iguais. A coluna (fa) é determinada a partir do menor escore. 29a. 80. 67.13a. posição: Md = 43 + 44 = 87 = 43. 45 teremos: Mo = 0. uma vez que geralmente se localizam em torno do meio ou centro da distribuição. 51... Trata-se de uma medida muito utilizada quando temos uma distribuição de freqüência assimétrica (não paramétrica). Podemos observar (Tabela 1) que 43 cm foi o resultado de impulsão vertical que ocorreu com maior freqüência.. 52 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.21a.22a. 31. análise de variância)... a mediana vem a ser o valor que se encontra entre a 15a. 16a. 75. 58.5 2 No exemplo ao lado teremos: N + 1 = 4 + 1 = 2.54 A posição da mediana será determinada pela seguinte fórmula: N + 1 sendo N . não sofrendo influência dos valores extremos da mesma. e 24a. porém muito rudimentar. 27a. e 16a. José Francisco Daniel/ Prof.. 30. ........média x ......2 8......094 48 ..............média N N ..... Média: ÆNível de mensuração: intervalar.............55 segundos O cálculo da média........... a mediana ou a moda? Esta certamente é uma dúvida que surge no momento em que devemos escolher a medida de tendência central que devemos empregar.....................123 42 ..4 9.................. Comparação entre Moda.. 6 ... devemos levar em conta os níveis de mensuração e a forma da distribuição.......126 43 ...0 7.. Este índice é determinado através das medidas de dispersão............. Para a escolha da medida indicada............ PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof..Anderson Marques Moras 53 ........Ms. 3 ..............total de resultados x ... Mediana e Média Aritmética: Quando utilizar a média..3 N=6 _ X = 8.... 3 .................096 _ X = Σ xf N _ X = 1314 30 _ X = 43...... Ms.6 8.8 Σ =1314 A média do grupo de alunos em relação ao teste de impulsão vertical é de 43... 2 .....................092 47 . 2 ....... 7.. de um índice que indique o grau de dispersão dos resultados em torno da média.....................A fórmula geral para o cálculo da média aritmética é dada por: _ _ X = Σx X ........270 46 .......8 cm......................... 2 ......... 2 ............ ÆAspecto da distribuição: distribuições bimodais.....................080 41 ....... além do objetivo do trabalho..............2 8..... José Francisco Daniel/ Prof............. MEDIDAS DE DISPERSÃO As medidas de tendência central fornecem apenas uma visão do conjunto de dados mas não nos permite por exemplo....132 45 ...................... utilizando os resultados apresentados na Tabela 1: _ X f xf 40 ...... quando os dados forem apresentados através de uma tabela de freqüência será dado pela seguinte fórmula: _ X = Σ xf N _ X ........... ÆAspecto da distribuição: simétrica......soma dos produtos Vamos exemplificar a aplicação desta fórmula............. Vagner Roberto Bergamo/ Prof............................tempo em segundos Σ = 51...... ÆAspecto da distribuição: assimétricas......301 44 . analisar a distância do resultado de um elemento do grupo em relação à sua média...produto entre um resultado e a freqüência com que ocorreu Σ xf. Como poderemos afirmar que o aluno que saltou 42 cm tem menor força de membros inferiores do que o aluno que saltou 44 cm? Tal fato demonstra que necessitamos........................................................................... Dr................resultado qualquer de um conjunto de dados xf ............3 x ...................... 3 . além da medida de tendência central... Mediana: ÆNível de mensuração: ordinal e intervalar..9 Σ=51. ordinal e intervalar........ 7 ....soma dos resultados brutos Por exemplo: os resultados de um teste de 50 metros aplicado a 6 atletas foram os seguintes: ATLETA A B C D E F x 9.......... Moda: ÆNível de mensuração: nominal............ As medidas de dispersão mais utilizadas são: amplitude total. 54 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.69 Através da média e do desvio padrão poderemos construir um intervalo denominado intervalo médio que nos indicará os elementos que obtiveram resultados considerados médios.(43. O cálculo do desvio padrão (s +) é determinado através da seguinte fórmula: S = √ Σ (x .8 f 2 3 3 7 3 6 2 2 x2 1600 1681 1764 1849 1936 2025 2116 2209 Σ= x2 f 3200 5043 5292 12943 5808 12150 4232 4418 S = √ Σ x2 f .quadrado da diferença .X)2 N .diferença entre cada resultado e a média do grupo.6 8.395 S = √ Σ (x .15 0.1025 0. os alunos que obtiveram valores no intervalo compreendido entre: 41.tempo em segundos _ X .17 S = √ 57695 .cada resultado elevado ao quadrado . .9 1. Ms.63 e 45.X)2 N S± _ x-X .05 -0. Este intervalo será determinado pelo seguinte processo: X + 1S Portanto.total de dados.0225 0. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.X)2 _ Σ (x .desvio padrão (x .Anderson Marques Moras . Para exemplificarmos a aplicação da fórmula.4 9.35 -0. sendo esta a mais eficiente.8.4225 x .44 S = √ 4. José Francisco Daniel/ Prof.8)2 30 S = √ 1923.soma dos produtos entre o quadrado de cada resultado e a sua freqüência.55 segundos Σ = 2.4225 0.69 A determinação do desvio padrão quando os valores estiverem distribuídos em uma tabela de freqüência será dado pela fórmula: _ S = Σ x2 f .3 . Para exemplificarmos a determinação do desvio padrão vamos utilizar os resultados já apresentados do teste de 50 metros (Tabela 3): ATLETA x _ x-X _ (x .X2 N S x2 Σ x2 f _ X2 .X2 N 57694 S = 2.desvio padrão .X)2 n S = √ 2.média do quadrado.1225 0. . vamos utilizar os dados apresentados na Tabela 1: x 40 41 42 43 44 45 46 47 _ X = 43.2 7.X)2 A B C D E 9.2 8.395 5 S = 0. variança e desvio padrão.65 1.1918.Ms. Dr.65 -0. confiável e portanto vamos descrevê-la. no nosso exemplo.soma dos quadrado .97 se encontram dentro da média do grupo. que a diferença observada entre as amostras será considerada como resultado de erro amostral ou mera ocorrência casual.... S1 = 1....5 l/min. ficam na maioria das vezes sem respostas.. pois permitirá ao avaliador comparar os resultados encontrados em sua amostra com os resultados de um outro grupo..kg-1......Além da determinação do intervalo médio podemos indicar a porcentagem de elementos da amostra contida entre os valores: X + 1S.... ou → produto de um erro amostral. A hipótese experimental (He) estabelece que a diferença PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.min... de um treinamento conveniente em tais técnicas..... apresentando os seguintes resultados: _ _ X1 = 3......XB = 6 ml.26% X + 2S . sendo fundamentado na existência de duas hipóteses: Ho: hipótese nula ou hipótese inicial: que afirma terem as duas médias sido extraídas da mesma população. em um plano mais profundo.....Ms...... A escolha do método estatístico adequado a uma determinada "situação problema" depende... portanto.... além do bom senso do pesquisador.....Anderson Marques Moras 55 ..min-1 XA .44% X + 3S. Se. Ms.. Neste capítulo vamos abordar apenas o método estatístico que nos permitirá comparar médias de duas amostras.... ou então mera casualidade. comuns a todos os profissionais da área de Educação Física ou treinamento desportivo... Teste de Hipótese: O objetivo do teste de hipótese é o de comparar duas médias e determinar se a diferença existente entre elas é significativa ou produto de um erro amostral. José Francisco Daniel/ Prof... considerarmos os resultados médios de um teste cicloergométrico aplicado a duas equipes (A e B): _ A diferença XA = 46 ml.. Dr... portanto podemos afirmar que o grupo B. ou seja..... afirmando a existência de uma real diferença entre as duas médias amostrais. porém o desvio padrão do grupo B foi menor que o do grupo A... ou → interferência de um erro de amostragem....... Este aspecto é de fundamental importância na teoria da decisão estatística e gostaríamos de lembrar que uma diferença entre duas médias amostrais pode ser explicada pela ocorrência da: → existência de uma real diferença entre as médias das populações de onde foram extraídas as amostras.... Vagner Roberto Bergamo/ Prof........ 99. devido a falta de conhecimento da Estatística.... 95. já que esta será de grande utilidade após a aplicação de um teste..... mas a decisão da escolha do método cabe somente ao pesquisador...... por exemplo. 68.... perfeitamente......3 S2 = 0... indicando que a equipe B possui melhor resultado médio no teste.5 l/min X2 = 3... O teste de hipótese. TESTE DE HIPÓTESE "Será que minha equipe melhorou sua velocidade durante esta temporada!" "Será que a impulsão vertical de meus alunos é maior que a dos alunos de um outro colégio?" Perguntas como estas. é utilizado para solucionarmos situações como essa. He: hipótese experimental: que rejeitará a hipótese nula. Vamos supor que dois grupos tenham realizado um teste cicloergométrico. pois os cálculos estatísticos podem ser realizados.. pelos computadores ou mesmo pelas calculadoras "de bolso"..74% Outra aplicação muito importante do desvio padrão e na determinação da homogeneidade do grupo... 8. Concluímos que: "Quanto menor o desvio padrão maior a homogeneidade do grupo"...kg-1...min-1 _ _ _ XB = 52 ml... em relação ao teste foi mais homogêneo que o grupo A...-1 pode ser: → significativa..kg-1..8 Os dois grupos apresentaram o mesmo resultado médio...... 05 cm → resultado médio de X2 = 26 cm → resultado médio das S1 = 4.número de elementos da 1a.hipótese inicial . menor impulsão vertical que a média das meninas da mesma idade.57)2 + (3.onde: N1 .2 alunas do colégio A N1 = 30 por Sessa e al. As técnicas para aplicação do teste de hipótese variam de acordo com o tipo e o tamanho das amostras. Veremos assim o teste de hipótese para amostras independentes com número idêntico ou diferente de elementos.Anderson Marques Moras .2)2 30 + 30 .41 2o Passo: Determinação do valor de "t" na tabela (Tabela 1) Os valores de "t" necessários para aceitarmos ou rejeitarmos a hipótese nula (Ho) são encontrados na Tabela 1 (final do capítulo). as duas hipóteses do nosso problema: _ _ Ho: X1 = X2 . _ _ X1 = 28. em escolares do mesmo sexo e idade".2 N2 . Para utilizarmos esta tabela necessitamos determinar primeiramente os graus de liberdade (gl) a serem empregados. no nosso exemplo teremos: t= 28. amostra N1 . Ms. na realidade. Os graus de liberdade referem-se à liberdade de variação de um conjunto de resultados. amostras pertencentes a populações diferentes. sendo responsáveis diretos pelo formato da distribuição amostral de diferenças. Além do tipo de amostras comparadas devemos levar em conta também o número de elementos da amostra. amostra 2 2 √ (S1) + (S2) S2 .2 t = 3. Dr. devemos determinar. ou seja. deseja comparar o resultado médio de impulsão vertical (com auxílio dos braços) de suas alunas de 12 anos com o resultado médio encontrado por Sessae al.26 √ (4. ou os resultados de uma equipe infantil contra os resultados de uma equipe juvenil.desvio padrão da 1a.não existem diferenças entre as médias. Amostras independentes com o mesmo número de elementos: Para ilustrarmos a aplicação do teste de hipótese.existe diferenças significativas entre as médias das duas amostras.desvio padrão da 2a. N2 = 30 A professora gostaria de apurar se suas alunas possuem.número de elementos da 1a amostra PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.5 . o teste de hipótese aplicado para a comparação de duas médias provenientes de amostras independentes. Inicialmente.57 escolares encontrado S2 = 3. amostra Portanto.Ms. amostra N1 + N 2 . primeiramente. maior a aproximação da distribuição de diferenças a curva normal. O número de graus de liberdade será determinado por: gl = N + N 56 . quanto maior a amostra. O processo de aplicação do teste de hipótese consiste na determinação dos seguintes passos: 1o Passo: Cálculo da razão t A determinação da razão t que irá traduzir a diferença média amostral em unidades de erro padrão da diferença é feita através da seguinte fórmula: _ _ t= X1 X2 onde: S1 . _ _ He: X1 ≠ X2 .existente entre as médias amostrais é grande demais para ser explicada apenas por erro de amostragem e casualidade. vamos considerar a seguinte situação-problema: "Uma professora de educação física de um colégio A.número de elementos da 2a. Apresentaremos. Podemos citar como exemplo a comparação entre os resultados médios de um teste aplicado a uma equipe de voleibol e a uma equipe de basquetebol.hipótese experimental . José Francisco Daniel/ Prof. Assim sendo. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms.6 segundos .82 2o Passo: Comparar a razão "t" (calculado) com o valor de "t" tabelado t (calculado) = 1.05 ou ∝ = 0. aceitaremos concluindo que: _ _ X1 = X2 < "t" Ho.2 segundos . por uma equipe de basquetebol.845 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.resultado da equipe X2 = 7.05 ou 0.Anderson Marques Moras 57 . isto significa que existe 1 chance em 100. embora outros valores possam ser usados.2 √12 x (0. Na prática.resultado médio da equipe S1 = 0.05 = 2. a hipótese inicial: _ _ _ _ e a hipótese experimental He: X1 ≠ X2 Ho: X1 = X2 O procedimento para aplicação do teste de hipótese.01 = 2. podemos afirmar com 99% de confiança que essa diferença amostral existe e é real.6 . poderemos afirmar com 95% de certeza que as médias diferem. concluiremos que: _ _ X1 ≠ X2 Para o nosso exemplo teremos: t (calculado) = 3.086 t 0. Ms.7. por exemplo. no mesmo teste. Os níveis de significância são representados por ∝ = 0.05 = 2. Determinados os graus de liberdade e os níveis de significância passaremos ao uso da tabela de valores de "t" para o nosso exemplo: gl = 58 ∝ = 0. ou seja. teremos uma porcentagem de erro de 5%.2 12 10 t = 1. que representará a probabilidade com que a hipótese nula possa ser rejeitada com confiança.01.05.41 de voleibol S2 = 0.00 ∝ = 0.05 = 2.41)2 + 10 x (0.41 t0. Se: "t" (calculado) ≥ "t" (tabelado).01 = 2.0 t0. Como t (calculado) foi maior que t0. Caso seja adotado o nível de 0. é usual a adoção de um nível de significância de 0.01 t0. iremos rejeitar Ho e aceitaremos He. _ _ X1 = 7.01 rejeitamos Ho e concluímos que as médias são diferentes. Portanto o resultado médio apresentado pelas alunas do colégio A foi inferior ao resultado apresentado pelas escolares de 12 anos da rede oficial de ensino. é escolhido o nível de significância 0. Dr.número de elementos da 2a amostra Para o nosso exemplo teremos: gl = 30 + 30 .56)2 x (1 + 1) 12 + 10 .01 ou 1%. Amostras independentes com número de elementos diferentes: Vamos supor que um técnico de voleibol deseja comparar o resultado médio de um teste de 50 metros com o resultado médio apresentado. quando as amostras apresentam número de elementos diferentes será o seguinte: 1o Passo: Cálculo da razão "t" t = X1 X2 √ N1 x (S1)2 + N2 x (S2)2 x ( 1 + 1 ) N1 + N2 . de que a diferença amostral encontrada se deva a um erro de amostragem.01.82 t 0. deveremos estabelecer previamente um nível de confiança ou nível de significância. sua equipe possui menor velocidade que a equipe de basquetebol.660 Se: "t" (calculado) for (tabelado). Teremos então. Se.660 3o Passo: Comparar a razão "t" (calculada) com o valor de "t" tabelado. Ou seja.2 N 1 N2 No nosso exemplo teremos: t= 7. Tal fato indica que a professora deverá desenvolver um trabalho visando melhorar a força de membros inferiores de suas alunas.N2 . na realidade.2 gl = 58 Além dos graus de liberdade. José Francisco Daniel/ Prof.01 = 2.05 t0.56 de basquetebol N2 = 10 N2 = 12 O técnico gostaria de saber se. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. ou seja. 49...... que a equipe melhorou o consumo de oxigênio no 2° teste..........................05 e 0... 46.48 ..............................kg-1...-4 ..............1 gl = 9 ∝ = 0.............................. pertencentes a uma mesma amostra...........refere-se ao tamanho da amostra e não ao número total de resultados gl = 10 .......................................01 = 3.........................262 ∝ = 0........ a de voleibol e a de basquetebol..... ou seja... possuem em média a mesma velocidade. 44..........05 = 2....250 A comparação entre o "t" calculado e o "t" tabelado é feita em módulo......... 0 5 .........-2 ...8)2 X1 ...." O resultado de cada atleta foi o seguinte: ATLETAS x1 x2 x1 . Portanto podemos afirmar que as duas equipes.......01.....X2 S x (√ N .. realizado em momentos distintos: teste de reteste..250 4o Passo: Comparação da razão "t" calculada com o valor de "t" tabelado t (Calculado) = -2............48 ....... Dr.....................54 ....... Vagner Roberto Bergamo/ Prof..262 t 0......X2)2 (47....kg-1............. 58 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.. aceitaremos Ho.....62 S = 1........................................................... 2.. teste e 2o...............57 ..........59 3o Passo:Determinação do valor de "t" na Tabela 1 gl = N ............ em um mesmo teste................ 4 3 ......... teste) é determinar se a equipe melhorou ou não seu consumo de oxigênio após dois meses de treinamento.................... não precisamos nos preocupar quando o t calculado for negativo................................4 .......resultado do 2o teste _ X1 = 47...............42 ................... 52..........Ms............01 = 3....... pois o módulo será positivo... ou seja....................48 ..Anderson Marques Moras .... vamos levantar o seguinte problema: "Um técnico de basquetebol deseja comparar os resultados médios de um teste cicloergométrico realizado pela sua equipe ao início da fase de treinamento (1o teste) e após dois meses (2o teste)......-2 ..8 x 3 1.min..62 t = ....... 0. Amostras Dependentes: O teste de hipótese para duas amostras dependentes caracteriza-se pela comparação de duas médias......-1 _ X2 = 48...... 50........51 ....59 t 0. _ _ _ _ Nossa hipótese inicial será Ho: X1 = X2 e a hipótese experimental He: X1 ≠ X2 Os passos para aplicação do teste de hipótese serão os seguintes: o 1 Passo: Cálculo do desvio padrão da diferença: 2o Passo: Cálculo da razão "t" S = √∑ D2 N t = S = √ 46 10 (X1 ...................05 t 0...... Ms..1 N .. Portanto neste exemplo..... concluiremos que as médias não diferem significativamente.48.....x2 D2 1 ..... 1 ∑ = 46 x1 ........... 9 9 .........................................-1 ................................50 ....................... 4 4 ...-1 O objetivo do técnico ao analisar as médias apresentadas pela equipe (1o....48.. 4 6 ..... "t" calculado é maior que "t" tabelado (t 0.......46 ......... 53........resultado do 1o teste x2 ......... 4 10 . 52.................Como t calculado é menor que os valores de "t" tabelado para 0..-2 ..................-2 ...........05).......................1) t = 47................................................ 0......................40 ..... passo a passo............4 .min.......... 4 8 .. 0 7 ... Podemos afirmar com 95% de confiança.......... Para ilustrarmos...........................2.........05 = 2............01 t0...........4 ml..................... 16 2 ...... José Francisco Daniel/ Prof....-3 .............................. 42..... 52.... e assim rejeitamos Ho e concluiremos que os resultados médios apresentados pela equipe no 1o e 2o teste diferem significativamente.8 ml........... o procedimento para a situação comparativa (antes e depois).................................................. 48...... no entanto. pois aumentando a idade. porém. de uma relação entre duas variáveis é sempre motivo de indagação a todos aqueles que se interessam por uma análise científica do esporte. tendem a ter baixo valores na variável (Y). por exemplo. não indica obrigatoriamente uma relação causa-efeito. altos valores em uma outra variável (Y). A correlação negativa indica que indivíduos com altos valores na variável (X). teremos representada uma correlação positiva. gostaríamos de lembrar que os procedimentos aqui mencionados correspondem aos passos básicos para uma análise estatística de um conjunto de resultados. M F 7 6 9 5 4 8 3 2 7 1 40 41 42 43 44 45 46 47 48 cm Voleibol Basquetebol Natação Gráfico 3 Relação entre idade e altura Figura 1 .Ao concluirmos este capítulo dedicado a aspectos estatísticos. pois algumas pessoas baixas possuem peso maior. Devemos lembrar. quanto mais alta a pessoa. que a existência de uma relação ou associação entre duas variáveis. ou não. José Francisco Daniel/ Prof. pois. Podemos citar por exemplo a relação entre a distâncias coberta em 40 segundos e o tempo no teste de corrida de 50 metros. Em uma correlação positiva os indivíduos que obtêm altos valores em uma determinada variável (X) tendem a obter. a relação existente entre idade e peso. Sabemos que o peso e altura são variáveis correlacionadas. sendo que aqueles que necessitarem de maiores subsídios poderão consultar as leituras referidas. Ms. Quanto ao sentido a correlação pode ser classificada em: positiva ou negativa. maior tende a ser seu peso. Se tomarmos. Gráfico 1 Teste de Impulsão Vertical . Existem. também.resultados de esportistas f Seg.Ms. As correlações variam com respeito a sua força e sentido. a tendência é o indivíduo aumentar o peso. pelo menos até certa época da vida. CORRELAÇÃO A existência.Anderson Marques Moras 59 .Distribuição Normal cm 180 170 160 150 140 130 10 11 12 13 14 15 16 17 18 idade 9. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Dr. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.resultados Gráfico 2 Teste de 50 m . exceções à regra. ..........0 interpretação feita através da seguinte escala: 0 0.... no diagrama de dispersão..... é determinada numericamente através do cálculo de coeficiente de correlação de Pearson (r)...... assim sendo.......0......... correlação muito alta Esta classificação é válida tanto para valores positivos como valores negativos..... maior será a força da correlação entre as variáveis..... correlação moderada 0......... Podemos observar que uma correlação de ...... denominado diagrama de dispersão (Gráfico 1 e 2).Anderson Marques Moras ....... A fórmula para a determinação do coeficiência de correlação de PEARSON (r) é dada por: r= N ........ 60 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof......(∑ Y)2 ] Para uma aplicação prática do cálculo do coeficiente de correlação vamos supor o seguinte exemplo: “Um técnico de voleibol deseja saber se existe uma relação entre os resultados de um teste de impulsão vertical e altura de bloqueio de seus atletas”. Portanto o gráfico 1 representa a existência de uma correlação mais forte entre as variáveis X e Y do que o gráfico 2.............(∑ X)2 ] ........ em ambos os sentidos.As diferenças quanto à força de correlação............... José Francisco Daniel/ Prof..... Vagner Roberto Bergamo/ Prof.......40 0.......90 < ≤ ≤ ≤ ≤ r r r r r ≤ ≤ ≤ ≤ ≤ + 1....... Com convenção............80 teremos uma correlação positiva alta......10 tem a mesma força....... sendo sua 0......19... Ms..69 .. Dr........... ∑ X2 .. maior será a sua força. no eixo vertical. e quanto mais próximo de 1....39 ........(∑ X) ............... adotou-se que a variável X deve se localizar no eixo horizontal... A força e sentido da correlação..........70 0...... ∑ Y2 .40 representa uma correlação negativa moderada enquanto que para um r = + 0.... poderemos notar que à medida que os pontos........ enquanto que a variável Y...00 ........ mais compactamente se agrupam em torno de uma reta imaginária.....10 e + 0....... [N .............. um r = 0............... Tal coeficiente de correlação (r) consiste de um valor que varia de : ......................... só variando em relação ao sentido...Ms.89 ... correlação baixa 0.........20 0..............0........... Observando os gráficos 1 e 2..... correlação alta 1... (∑ Y) √ [N . poderão ser visualizadas através de um diagrama...........1................ correlação fraca 0... ∑ XY ....................... que é um gráfico capaz de mostrar a maneira pela qual os valores de duas variáveis (X e Y) distribuem-se ao longo da faixa dos possíveis resultados.......0.... Vagner Roberto Bergamo/ Prof. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof... José Francisco Daniel/ Prof.......Vamos necessitar. Comentários: Ao concluirmos esta parte dedicada a aspectos estatísticos. A primeira coluna refere-se aos graus de liberdade que será determinado por: gl = N .. dispersão....01 .01 concluímos que nossos resultados sugerem a existência de correlação entre “impulsão vertical” e “altura do bloqueio” também para a população.(808) ..652864] .676296 [656788 .teremos 0.. Para testarmos a significância do r calculado podemos consultar a tabela 2.(837)2 ] r = √ 680350 .teremos 0... sendo que aqueles que desejarem ou necessitarem de maiores subsídios ou de uma análise estatística mais profunda..89 Portanto concluímos que as variáveis: altura de bloqueio e impulsão vertical possuem uma relação positiva alta....gl = 11 .Anderson Marques Moras 61 . Dr... 59708 . e não resulta meramente de erro amostral....... sendo esta afirmação feita com 99% de confiança..05 .. os atletas que apresentaram altos valores no teste de impulsão vertical tenderam também a apresentar resultados elevados quanto a altura do bloqueio...Y X 2 Y2 5624 5840 6399 4356 3968 6399 6630 5110 6560 4970 5994 ∑ = 61850 5476 5329 6561 4356 3844 6241 6084 4900 6400 5041 5476 ∑ = 59708 5776 6400 6241 4356 4096 6561 7225 5329 6724 4900 6561 ∑ = 64169 11 .. Voltando ao nosso exemplo teremos: r = 0.. 61850 ...... O coeficiente de correlação de PEARSON nos dá uma medida precisa da força e do sentido da correlação existente entre as variáveis.700569] r = 0...... Se tivermos extraído uma amostra aleatória de uma particular população..2 ...(808)2 ] .. onde figura uma lista de valores significantes do r de PEARSON aos níveis de significância de 0. Em outras palavras..Ms.. de comparação e correlação) correspondem aos passos básicos. [705859 ...01.89 gl = N .... na amostra estudada.o número de pares de resultados Se compararmos o valor de r (calculado) com o valor de r (tabelado) poderemos obter as seguintes conclusões: ªSe: r (calculado) for maior ou igual ao r (tabelado) concluímos que existe correlação na população.... [11 ...05 e 0.2 = 9 ∝ = 0.. gostaríamos de lembrar que os procedimentos aqui mencionados (medidas de centro... 64169 ..7348 (valor tabelado) Como r (calculado) é maior que o valor de r para 0.. (837) √ [11 . poderão consultar as leituras referidas. Atletas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 r= Impulsão Vertical (X) 74 73 81 66 62 79 78 70 80 71 74 ∑ = 808 Altura do Bloqueio (Y) 76 80 79 66 64 81 85 73 82 70 81 ∑ = 837 X.2 sendo N . Ms. portanto. poderemos ainda querer verificar se associação obtida entre X e Y existe de fato na população.6021 (valor tabelado) ∝ = 0...... dos resultados de cada atleta no teste de impulsão vertical e no teste de altura de bloqueio. ªSe: r (calculado) for menor ao r (tabelado) então não existirá correlação na população.... Ms.8343 25 07 0.878 02 4.960 2. A subtração de um número negativo conduz ao mesmo resultado que a adição de um número positivo de mesma magnitude: 5 (.Diagrama de dispersão: teste de velocidade 40 s (X) e teste de velocidade de 50m (Y) Tabela 1 .2732 0.861 03 3.771 4.980 2.7977 30 08 0.91720 19 05 0.6021 0.4869 0.262 3.Y cm Y 50 s 8 40 30 7 20 X 40 50 60 70 kg Gráfico 2 . Ms.3541 0.182 5.3494 0.7545 0.898 oo 1.01 0.3248 0.01 gl 0.6664 0.4821 0.5487 0.048 2.4683 0.8783 0.6) = 14 -5 (.7348 40 10 0.787 09 2.779 10 2.106 28 2.845 04 2.6614 60 13 0.042 2.660 16 2.499 24 2.657 18 2.2172 0.056 2.3) = .6226 80 15 0.604 21 2.921 120 1.Valores de “t” aos níveis de significância de 0.3044 0.2673 10.2875 0.2 10 + (-23) = -13 -6 + (.7) = 12 8 (.093 2.012 30 2.99692 0.032 22 2.2050 0.250 26 2.750 14 2.95000 0.05 0.3809 0. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.9 -10 + (.01 gl 0.841 20 2.8745 20 06 0.5139 0.95873 18 04 0.101 2.228 3.8114 0.7067 0.771 11 2.3017 0.2500 0.074 2. A adição de um número negativo conduz ao mesmo resultado que subtração de um número positivo de mesma magnitude: 6 + (.6411 70 14 0.045 2.925 19 2.055 29 2.160 3.01 gl 01 0.110 2.355 25 2.5760 0.05 0.365 3.5368 0.7) = .990000 17 03 0.702 63.5751 0.797 08 2.4487 0.7 2.052 2.4182 0.05 0. A multiplicação ou divisão de um número por 62 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. A multiplicação ou divisão de um número por 4.7079 45 11 0.999877 16 02 0.179 3.086 2.021 2.4555 0.05 0.6319 0.4) = -4 -5 (-12) = 7 -8 (-10) = 2 3. José Francisco Daniel/ Prof.5897 0. é importante recordar as regras que se seguem.977 40 2.3246 0.000 2.01 01 12.6055 90 correlação para os 0.201 3.2319 0.064 2.3) = 7 6 + (.6835 50 12 0. a respeito das operações aritméticas envolvendo números negativos: 1.3721 0.303 9.3) = -2 -8 (.169 27 2.306 3.060 2.Anderson Marques Moras .5324 0.617 17 2. MATEMÁTICA BÁSICA Números Negativos: Os números negativos são precedidos por um sinal de menos.131 2.Valores do coeficiente de níveis de 0.4973 0.120 2.807 07 2.4227 0.8) = .3932 0.145 2.05 e 0.7646 35 09 0.2830 0.069 2.05 e 0.01 gl 0.756 13 2.4) = 2 10 + (.571 4. Assim sendo.5614 0.5529 0.080 2.576 Tabela 2 .Diagrama de dispersão: peso (x) e teste de impulso vertical (Y) 6 260 280 300 320 x metros Gráfico 1 .704 15 2.4329 0.4438 0.831 05 2.447 3.707 23 2. Dr.819 06 2.947 60 2.763 12 2. Em cálculos que compreendam alguma combinação de operações com níveis de prioridade diferentes. indicando o número de vezes que o número de base será multiplicado por ele mesmo.3) x (-2) = 6 10 ÷ 5 = 2 (-15) ÷ (-3) = 5 Expoentes: Os expoentes são números escritos acima e imediatamente após um número de base. Estas regras estão resumidas a seguir: 1. Quando se usam parênteses ( ). Usando-se a notação matemática. antes que as regras de prioridade sejam aplicadas: 2 x 7 + (10 .3 x 4 = 20 ÷ 4 . antes da adição e da subtração: 3 + 18 ÷ 6 = 3 + 3 = 6 9 .6 é 37% de 80. algumas vezes. Ms.6 -20 .Ms. as operações que estão dentro deles são executadas primeiro. A multiplicação e a divisão tem prioridade sobre a adição e a subtração. uma série de regras devem ser usadas para se obter o resultado correto.outro de sinal negativo: 2 (. A adição e a subtração tem prioridade igual. Desta forma.4% multiplique o número 80 por 0. estas operações são resolvidas da esquerda para a direita quando ocorrem em uma equação: 7–3+5=4+5=9 5 + 2 – 1 + 10 = 7 – 1 + 10 = 6 + 10 = 16 2. para indicar que as raízes quadradas podem ser tanto positivas quanto negativas: √ 25 = ± 5 √9 = ±3 Ordem das Operações: Quando um cálculo compreende mais do que uma operação simples. a fração por 100%: 42 x 100% = 76. (-5) também é a raiz quadrada de 25.3 .3 x 4 = 5 . multiplique partes de 100. a multiplicação e a divisão são resolvidas primeiro. José Francisco Daniel/ Prof. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.5 outro de mesmo sinal (positivo ou negativo) produz um resultado positivo: 3 x 4 = 12 (.2 x 3 + 7 = 9 . Se você deseja determinar de 100. A raiz quadrada de um número resulta no número original quando multiplicamos por ele mesmo. estas relações são expressas da seguinte forma: √ 25 = 5 √9 =3 Como (-5) multiplicado por ele mesmo também é igual a 25. Dr. 37% representam 37 que porcentagem do número 55 é igual a 42.3 x 4 = 5 .5) = 2 x 7 + 5 = 14 + 5 = 19 20 ÷ (2 + 2) .6 Capítulo VIII O ÍNDICE Z Para tornar mais operacional este tipo de PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.6 +7 = 3 + 7 = 10 8÷4+5-2x2=2+5-2x2=2+5-4=7-4=3 4.37: 55 80 x 0. estas operações são resolvidas da esquerda para a direita quando ocorrem em uma equação: 10 ÷5 x 4 = 2 x 4 = 8 20 ÷ 4 x 3 ÷ 5 = 5 x 3 ÷5 = 15 ÷ 5 = 3 3. para se obter o resultado: 52 = 5 x 5 = 25 33 = 3 x 3 x 3 = 27 Raízes Quadradas: Encontrar a raiz quadrada de um número é a operação inversa de um número ao quadrado (multiplicar um número por ele mesmo).12 = -7 Percentagens: Uma percentagem é uma parte O número 29. A raiz quadrada de 25 é 5.37 = 29. Para encontrar 37% de 80.4) 9 (-10) contrário produz um resultado x x ÷ ÷ (-3) 5 (-3) 2 = = = = . e a de 9 é 3. colchetes [ ] OU chaves { }. As notações abaixo são usadas. A multiplicação e a divisão tem prioridade igual.Anderson Marques Moras 63 . l = 36. em bio-estatística.4 ( 170.18 )d . Vamos analisar agora o comprimento de membro superior de um voleibolista. os valores de 170. nossa atleta tem o diâmetro bitrocanteriano proporcionalmente maior do que o Modelo.4cm.55 [33. No caso. representado pela média. O comprimento de qualquer segmento corporal é expresso pela diferença entre a altura do ponto anatômico superior e a altura do ponto anatômico inferior. O cálculo do índice z para a análise de uma medida é feito através da equação: z = 1 [ L ( 170.18)d . Inicialmente verificamos sua estatura no estadiômetro: o valor encontrado é 142. de acordo com as normas propostas pelo Comitê Internacional de Cineantropometria.4 (1.55 [28.32. José Francisco Daniel/ Prof.96 Gráfico 5.13] = 0. Em proporcionalidade este índice expressará a distância em termos de desvio-padrão entre o valor numérico de uma variável e a média do Modelo para esta mesma medida.1 . pois matematicamente o resultado será sempre igual a zero. Usando o antropômetro.79 . sempre com o cuidado de não medir sobre qualquer tipo de vestimenta. a distância de um determinado ponto da curva normal das probabilidades ao seu meio.5cm.18 )1 .19) . Ross e Wilson aplicaram o conceito estatístico de z no estudo de proporcionalidade. por mais delgada que seja.72 Convém sempre colocar o sinal + antes do resultado. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. que é indicado pelos índices z .32.l cm para a altura dactiloidal.66cm e 1. caracterizado como tendência central ou média.3 Calculando: Z = 0. em 38. Encontramos.66] Z = 0.80cm 1 x [ 28. Dr. cuja estatura é de 193.5cm para a altura acromial e 76.Anderson Marques Moras . com + 1 desvio-padrão. determinamos seu diâmetro bitrocanteriano. O comprimento do 64 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. para indicar o sentido de proporcionalmente maior.18cm.80cm.55 [1. 32.18cm P = 32.663 = 0.66cm S = 1.3cm L = 28. sejam quais forem os valores utilizados na equação.P ] = S H 1. Ms.66 ] Substituindo na equação: z = 1 [ L ( 170.72 Z = + 0. Verificamos a seguir nas tabelas do Modelo os valores para a altura do vértex. Assim. O índice z expressa.Ms. Assim.p ] S H Onde: z= S= L= H= P= d= índice z da medida estudada desvio-padrão do modelo relativo à mesma variável medida do indivíduo estudado altura do indivíduo estudado medida do modelo para a variável estudada expoente → 1 para medida linear (L). o diâmetro bitrocanteriano e seu desvio.3cm. as duas medidas tomadas no lado direito. vamos calcular o índice z do diâmetro bitrocanteriano de uma ginasta. O gráfico 01 nos mostra um exemplo que relaciona o comprimento do diâmetro biacromial do Modelo.12 -1 38.X z 36.32.12 e z + l = 39. teremos: Para a atleta H = 142.4cm z=? d=l (medida linear) Para o Modelo V = 170.96. → 2 para medida de superfície (L2) e → 3 para medida de volume (L3) Desde logo torna-se evidente a impossibilidade de calcular o índice z da altura do vértex (estatural. respectivamente.04cm. Com o objetivo de melhor assimilar esta fórmula.04 +1 39.80 142. medimos com o antropômetro 158. 0 valor lido é 28.Média e Desvio com índice z +1 e -1 do diâmetro biacromial do modelo análise. 1 = 82. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.15 O sinal negativo indica que o atleta tem um comprimento de braço proporcionalmente menor do que o Modelo.85 3.Componentes Médios e Desvio-Padrão do Modelo Comprimentos Membro superior (acromial-dactiloidal) Braço (acromial-radial) Antebraço (radial-estiloidal) Mão (estiloidal-dactiloidal) Membro inferior (vértex-altura sentada) Coxa (membro inferior-tibial) Perna (tibial-maleolar) Pé (do pternial ao acropodial) Média 75.18)d . são encontrados no quadro 9. Dr.5 . Ms. José Francisco Daniel/ Prof. 1974.membro superior (CMS) do nosso atleta será então: CMS = altura acromial .76. Acta Paediatrica Belgica.66 2.64 193.95 cm S = 3.16 ROSS. já sabemos. Bruxelles.18 cm P = 75. é 170.95 ] H 3.5 Calculando: z = 0. 28:169-82.77 1.95cm.64cm.87) .97 1.4cm z=? Substituindo na equação: z = 1 S d=l (medida linear) Para o Modelo V = 170. embora muito alto.4 (0. Para o membro superior do Modelo o valor é 75.27 [82.altura dactiloidal substituindo pelos dados do nosso exemplo. tem seu diâmetro bitrocanteriano proporcionalmente maior do que o Modelo.75.18cm.Ms.97 25.7 . Estes dois exemplos nos dão uma idéia exata de proporcionalidade. A ginasta.95] z = 0.42 38.85 79. embora pequena. A Stratagem for Proportional Growth Assessment. W.68 .75.27 [-4. & WILSON.18)1 . Quadro 5.40 32.64 cm [ L (170.4 ( 170. enquanto o jogador de vôlei.53 24. CMS = 158. supp. com desvio de 3. N.5 cm L = 82.27] z = -1.Anderson Marques Moras 65 .22 1. Assim teremos: Para o atleta H = 193. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.p ] = 1 [ 82.95] = 0.64 1.57 18.27 [71.4cm Os comprimentos do Modelo.95 32.50 Desvio 3. tem seu membro superior proporcionalmente menor do que o Modelo. determinados de forma idêntica.37 0. A altura do vértex.75. Capítulo IV SISTEMA CARDIOVASCULAR O sistema cardiovascular.5 kg. através da circulação. que consiste no coração e nos circuitos vasculares pulmonar e sistêmico. os potenciais de ação se espalham através do miocárdio para todas as células. com aproximadamente dois terços de sua massa à esquerda da linha média do corpo. enquanto o sangue venoso desoxigenado e ligeiramente mais pálido. No circuito pulmonar. 1. As fibras individuais. O vermelho mais escuro indica o sangue arterial rico em oxigênio. Consequentemente. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. é um tipo de músculo estriado semelhante ao músculo esquelético. proporciona aos músculos uma corrente contínua de nutrientes e oxigênio. Fig.000 m acima da terra. consegue bater tão constante e poderosamente que a força gerada durante seus 40 milhões de batimentos por ano poderia levantar seu proprietário até 160. Dr. quando uma célula é estimulada ou despolarizada. Coração: O coração proporciona o impulso para o fluxo sangüíneo. a situação se inverte e o sangue oxigenado retorna ao coração nas veias pulmonares. fazendo o coração funcionar como uma unidade. de forma que pode ser mantido um alto rendimento energético por um período de tempo considerável. Fica localizado na parte centro mediana da cavidade torácica. O músculo cardíaco. porém. COMPONENTES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR O sistema cardiovascular é um circuito vascular contínuo. canais de permuta e um circuito de coleta e retorno de baixa pressão. o rendimento máximo do sangue proveniente desse órgão extraordinário é maior que o rendimento do líquido proveniente de uma torneira caseira totalmente aberta. Uma visão esquemática desse sistema é apresentada na Fig. que funciona no sentido de integrar o corpo como uma unidade.Vista esquemática do sistema cardiovascular. um circuito de distribuição de alta pressão. 66 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Ms. 1 . José Francisco Daniel/ Prof. ou miocárdio.Ms. formado por uma bomba.Anderson Marques Moras . os co-produtos do metabolismo são removidos rapidamente do local da liberação de energia. Por outro lado. 1. Mesmo para uma pessoa de aptidão média. Embora esse órgão muscular com quatro câmaras pese menos de 0. são células multinucleadas interligadas à maneira de uma treliça. ou sístole. a pressão arterial cai para 70 ou 80 mm Hg. localizados logo abaixo. A pressão sistólica permite fazer uma estimativa do trabalho do coração e da tensão que agem contra as paredes arteriais durante a contração ventricular. o sangue é virtualmente "espremido para fora" do coração a cada contração. do ventrículo esquerdo.02 a 0. Aproximadamente 70% do sangue que retorna para os átrios fluem diretamente para dentro do ventrículo antes da contração atrial. Essa distensão e o subsequente recuo elástico da parede arterial durante um ciclo cardíaco podem ser percebidos prontamente sob a forma de "pulso" característico em qualquer artéria superficial do organismo. 1. Pressão Diastólica: Durante a diástole. os ventrículos se contraem e forçam o sangue para dentro do sistema arterial. Isso cria uma certa pressão dentro de todo o sistema arterial e acarreta uma onda de pressão que se desloca da aorta até os ramos mais afastados da árvore arterial. À medida que a pressão ventricular aumenta. A pressão diastólica proporciona uma indicação da resistência periférica e da facilidade com que o sangue flui das arteríolas para dentro dos capilares. para ser distribuído através de todo o corpo na circulação sistêmica. Nos indivíduos sadios. As câmaras atriais saculiformes com paredes relativamente finas funcionam como bombas preparadoras (escorvadoras). Uma parede muscular sólida e espessa. As artérias são formadas por camadas de tecido conjuntivo e músculo liso. A capacidade desses "vasos de resistência" alterarem drasticamente seu diâmetro interno é que proporciona um meio rápido e eficiente de regular o fluxo sangüíneo através do circuito vascular. Dr. As paredes das arteríolas são formadas por camadas circulares de músculo liso que se contraem ou se relaxam para regular o fluxo sangüíneo periférico. o coração pode ser encarado como duas bombas separadas. com o braço colocado no nível do átrio direito. através de ramos arteriais menores denominados arteríolas. As válvulas semilunares. Quando a resistência é alta. 2 ilustra a mensuração das pressões sistólica e diastólica pelo método comum de auscultação (ausculta). O coração esquerdo recebe o sangue oxigenado proveniente dos pulmões e o bombeia para dentro da aorta de paredes musculares espessas. O ponto de referência para essa mensuração costuma ser a artéria braquial. acaba sendo distribuído por todo o corpo. até a próxima onda de sangue.Ms. a seguir. localizadas na parede arterial imediatamente por fora do coração. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Quase imediatamente após a contração atrial. pois o sangue pode ser desviado para os músculos ativos. entre as contrações. impedem o fluxo retrógrado do sangue para dentro do coração. durante o qual o volume cardíaco e o comprimento das fibras permanecem inalterados. Como os vasos periféricos não permitem que o sangue "escoe" do sistema arterial tão rapidamente como é ejetado do coração. José Francisco Daniel/ Prof. Esse curto intervalo de aumento da pressão ventricular. Pressão Sistólica: Em repouso. separa os lados esquerdo e direito do coração. A contração simultânea de ambos os átrios. a retração elástica natural do sistema arterial proporciona uma cabeça de pressão contínua. destinadas a receber e armazenar o sangue durante o período de contração ventricular.06 segundo. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. As câmaras ocas que formam o lado direito do coração (coração direito) desempenham duas funções importantes: (1) recebem o sangue que retorna de todas as partes do corpo e (2) bombeiam o sangue para os pulmões para a aeração por intermédio da circulação pulmonar. representa o período de contração isso-volumétrica do coração. a partir de áreas cujo suprimento sangüíneo pode ser comprometido temporariamente sem conseqüências adversas. SISTEMA ARTERIAL Artérias: As artérias são os tubos de alta pressão que conduzem o sangue rico em oxigênio para os tecidos. porém elásticas. Pela natureza do arranjo espiralado e circular das faixas do músculo cardíaco. O sangue bombeado a partir do ventrículo esquerdo para dentro da aorta de paredes bastante musculares. A medida que o coração se relaxa e as válvulas aórticas se fecham. as válvulas atrioventriculares se mantém fechadas. As paredes desses vasos são tão espessas que não se processa qualquer permuta gasosa entre o sangue arterial e os tecidos circundantes. A Fig. ou a fase de relaxamento do ciclo cardíaco. a pressão mais alta gerada pelo coração costuma ser de aproximadamente 120 mm Hg durante a contração. parte do sangue bombeado pelo coração é "armazenada" na aorta. Essa função de redistribuição é particularmente importante durante o exercício. a freqüência do pulso e a freqüência cardíaca são idênticas. O sangue é ejetado do coração quando a pressão ventricular ultrapassa a pressão arterial. As válvulas cardíacas permanecem fechadas por 0. Ms. As válvulas atrioventriculares localizadas no coração permitem a passagem unidirecional do sangue do átrio direito para o ventrículo direito (válvula tricúspide) e do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo (válvula mitral ou bicúspide). a pressão dentro das artérias após a sístole não é dissipada e continua elevada durante grande parte do ciclo cardíaco. Pressão Arterial: Uma onda de sangue penetra na aorta a cada contração do ventrículo esquerdo.Funcionalmente. força o sangue restante para dentro de seus ventrículos respectivos. capaz de manter um fluxo constante de sangue para a periferia. ou septo.Anderson Marques Moras 67 . Essa pressão representa a força média exercida pelo sangue contra as paredes das artérias durante todo o ciclo cardíaco. Em geral. Pressão Média: As pressões sistólica e diastólica médias para adultos jovens em repouso são de aproximadamente 120 e 80 mm Hg. em fila única. Terceira etapa: À medida que a pressão no manguito cai cada vez mais. Ms. nenhuma célula fica a uma distância superior a 0. o fluxo sangüíneo aumenta um pouco. O sangue venoso proveniente das regiões da cabeça. Essa densidade é ainda maior no músculo cardíaco. A parede capilar consiste apenas em uma única camada de células endoteliais. a pressão arterial média em adultos jovens sadios em repouso é de aproximadamente 96 mm Hg. a veia cava inferior. a pressão arterial média é ligeiramente menor que a simples média das pressões sistólica e diastólica. Dr. A pressão na artéria quando os sons desaparecem constitui a pressão diastólica. Capilares: As arteríolas continuam ramificando-se e formam vasos menores e menos musculares. que é de 2. para dentro das vênulas ou das pequenas veias com as quais se unem. porém acima de 70 (som leve) Pressão no manguito abaixo da diastólica (ausência de som) Primeira etapa: Um manguito de pressão. Essa mistura de sangue. é insuflado até que sua pressão ultrapasse a pressão sistólica ou a pressão mais alta dentro da artéria. Observar a restrição de sangue através da artéria braquial. proporcionando um meio local para regular o fluxo sangüíneo capilar dentro de um tecido específico. Assim sendo. José Francisco Daniel/ Prof. denominados metarteríolas. Segunda etapa: A pressão dentro do manguito é reduzida por pequenos acréscimos e o examinador escuta até perceber um ruído fraco. A superfície total das paredes capilares é mais de 100 vezes maior que a superfície externa de um homem adulto médio. Veias: A continuidade do sistema vascular é mantida quando os capilares lançam o sangue desoxigenado.000 e 3. sons distintos continuam sendo ouvidos quando o sangue flui através da artéria por períodos mais longos do ciclo cardíaco. a fim de satisfazer suas necessidades metabólicas.000 capilares por milímetro quadrado de tecido. quase que por gotejamento.5 cm. no nível do coração. A ação desse esfíncter é extremamente importante no exercício. pois a área da secção transversal do sistema venoso agora é menor que aquela dos capilares. à medida que o sangue se desloca na direção dos capilares e penetra nos mesmos. O fluxo sangüíneo é ocluído e o pulso braquial (no nível da fossa do cotovelo) deixa de ser palpado ou ouvido (auscultado). Alguns capilares são tão estreitos que proporcionam espaço para a passagem espremida de apenas uma célula sangüínea. passa a existir um meio extremamente eficiente para a permuta entre o sangue e os tecidos.Anderson Marques Moras . A seguir. proveniente das partes 68 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Estas terminam numa rede de vasos sangüíneos microscópicos. Quando essa enorme superfície é combinada com um ritmo lento do fluxo sangüíneo. que circunda o vaso em sua origem. denominado esfigmomanômetro. observa-se uma redução progressiva na velocidade. A ramificação da microcirculação resulta num aumento na área de corte transversal desses vasos periféricos. As veias menores na parte inferior do corpo acabam desaguando para dentro da maior veia da organismo. o esfíncter pré-capilar. Assim sendo. Como o coração se mantém em diástole por mais tempo que em sístole.Ms. A pressão exercida sobre as paredes das artérias quando ocorrem os primeiros sons fracos recebe a denominação de pressão sistólica. assim sendo. esses vasos contêm cerca de 5% do volume sangüíneo total. denominados capilares. Em muitos casos.Primeira Etapa Segunda Etapa Terceira Etapa Artéria Braquial A pressão no manguito ultrapassa a sistólica (ausência de som) Artéria braquial fechada Pressão no manguito abaixo de 120. do pescoço e dos ombros se lança para dentro da veia cava superior e se desloca inferiormente para unir-se com o da veia cava inferior. O diâmetro da abertura capilar é controlado por um anel de músculo liso. é necessário um período de cerca de um segundo e meio para uma célula sangüínea passar através de um capilar médio. que é cerca de 800 vezes maior que aquela do diâmetro da aorta.008 mm de seu capilar mais próximo. Isso representa o sangue que flui através da artéria braquial. respectivamente. que percorre as cavidades abdominal e torácica na direção do coração. É provável que a densidade capilar do músculo esquelético humano fique entre 2. Como a velocidade do fluxo sangüíneo é inversamente proporcional ao corte transversal da árvore vascular. a proliferação de capilares é tão extensa que as paredes desses vasos sangüíneos na verdade entram em contato com as membranas das células circundantes. a seguir penetra no átrio direito. Ms. a questão a ser respondida é: quanto sangue deve ter circulado durante um minuto para ser responsável pelo consumo de oxigênio observado. A seguir. permitem um fluxo sangüíneo unidirecional de retorno ao coração. a ruptura do principal vaso condutor desse débito no sistema circulatório fechado por si só alteraria drasticamente o rendimento (débito). As válvulas membranosas finas semelhantes a abas. A compressão das veias comunica uma quantidade considerável de energia para o fluxo sangüíneo. é determinado por sua freqüência de bombeamento (freqüência cardíaca) e pela quantidade de sangue impulsionada a cada ejeção sistólica (volume de ejeção). assim como a ação unidirecional de suas válvulas. A pressão arterial e o fluxo sangüíneo variam consideravelmente na circulação sistêmica. o sangue exerce uma pressão média de apenas 30 mm Hg. a pressão arterial flutua entre 120 e 80 mm Hg durante o ciclo cardíaco. Dr. tanto para retardar quanto para fornecer sangue à circulação sistêmica. A-VO2 litros/minuto O rendimento (débito) é uma mangueira. a pressão caiu para aproximadamente zero. Na extremidade arteriolar dos capilares. No momento em que o sangue alcança o átrio direito. José Francisco Daniel/ Prof. distribuídas a pequenos intervalos dentro da veia. Método Direto de FICK: O débito cardíaco pode ser computado quando se conhece o consumo de oxigênio de uma pessoa durante um minuto e a diferença média entre o conteúdo em oxigênio do sangue arterial e o venoso misto (diferença a-v O2). na vigência da diferença a-v O2 observada? A fórmula que enuncia a relação entre débito cardíaco. Mesmo que se aplicasse esta técnica direta. a fim de iniciar novamente sua passagem ao redor do corpo. Na aorta e nas grandes artérias. O rendimento do coração. e as pessoas desmaiariam cada vez que ficassem de pé. essa técnica costuma ficar limitada à pesquisa animal e comporta pouca aplicação em um ambiente típico de exercício com seres humanos sadios. as paredes das veias são muito mais finas e menos musculares que as artérias de paredes espessas e menos distensíveis. não é esse o caso na medição do débito cardíaco. com os progressos feitos na área de engenharia biomédica. Retorno Venoso: A baixa pressão do sangue venoso cria um problema especial. o sistema venoso normalmente contém cerca de 65% do volume sangüíneo total. Isso empresta ao sistema venoso um papel muito importante como reservatório sangüíneo ativo. à medida que o sangue se desloca para o coração. enquanto a "diástole" desses vasos faz com que possam encher-se novamente. a fim de ser bombeada para os pulmões através da artéria pulmonar. o débito cardíaco é assim computado: Débito Cardíaco = Freqüência Cardíaca x Volume de Ejeção litro/minuto Débito Cardíaco = Pressão Arterial Média / Resistência litros/minuto Débito Cardíaco = -1 -1 VO2max (ml. Basta abrir a válvula.Anderson Marques Moras 69 . As trocas gasosas se processam na rede alveolocapilar dos pulmões e o sangue retorna nas veias pulmonares para o lado esquerdo do coração. o ímpeto para o fluxo sangüíneo é perdido quase completamente. proporcionam uma ação de "ordenha" semelhante à ação do coração. Se não existissem válvulas nesses vasos. Como o sistema venoso opera sob uma pressão relativamente baixa. Portanto. fluxômetros eletromagnéticos e ultra-sônicos podem ser implantados cirurgicamente ao redor de uma artéria principal no circuito vascular. CAPACIDADE FUNCIONAL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR Mensuração do Débito Cardíaco: Débito (rendimento) Cardíaco é o indicador primário da capacidade funcional da circulação para atender as exigências da atividade física. Entretanto. Assim sendo. o sangue tenderia a estagnar. consumo PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Como o sangue venoso está sob uma pressão relativamente baixa. Os métodos diretos de Fick com diluição do indicador e a reinalação de CO2 são usados comumente nas mensurações feitas em seres humanos.min ) / Dif. Em repouso. No entanto.superiores e inferiores do corpo.kg . a pressão cai em proporção direta com a resistência encontrada no circuito vascular. 2. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.Ms. Quando o sangue penetra nas vênulas. de onde desce para o interior do ventrículo direito. As veias não são meramente tubos passivos. como ocorre às vezes nas veias das extremidades. as veias são comprimidas facilmente pelas mínimas contrações musculares ou até mesmo pelas menores alterações da pressão dentro da cavidade torácica durante o ato da respiração. uma bomba ou uma torneira pode ser determinado facilmente. Um ligeiro aumento na tensão ou no tônus da camada muscular lisa altera o diâmetro da árvore venosa e produz uma redistribuição significativa e rápida do sangue da circulação venosa periférica para o volume sangüíneo central que retorna ao coração. à semelhança de qualquer bomba. Essa compressão e relaxamento alternados das veias. recolher e medir o volume de líquido ejetado e registrar o tempo. consequentemente. que é resolvido parcialmente por uma característica peculiar das veias. em conseqüência de uma redução no fluxo sangüíneo cerebral. Por motivos óbvios. as veias são consideradas como vasos de capacitância e funcionam como reservatórios de sangue. a dinâmica cardiovascular pode ser alterada durante o período de medição. A medida do consumo de oxigênio se baseia nos métodos de espirometria com circuito aberto. A principal crítica feita ao método está em que. Para as mulheres. todo o volume sangüíneo de aproximadamente 5 litros (l) é bombeado pelo ventrículo esquerdo a cada minuto. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. os sangues arterial e venoso misto são colhidos durante o mesmo período em que é medido o consumo de oxigênio. Uma amostra representativa de sangue arterial pode ser obtida de qualquer artéria sistêmica conveniente. o ventrículo esvazia-se de 70 a 90 ml (Volume Sistólico). É afetado por condições emocionais que alteram o fluxo anterógrado cortical para os nervos cardio-aceleradores. ou até mesmo da artéria pulmonar. varia entre 5 a 8. Isto é conseguido introduzindo-se um pequeno tubo flexível ou cateter através da veia antecubital. a-v O2 (ml/ 100ml de sangue) O princípio de Fick para determinar o débito cardíaco está ilustrado abaixo. DÉBITO CARDÍACO EM REPOUSO O débito cardíaco em repouso mostra uma variação considerável entre os indivíduos.0 litros/minuto em indivíduos destreinados e nos fisicamente aptos.000 ml de sangue Embora o princípio de Fick seja simples. Débito Cardíaco (ml. os volumes de ejeção habitualmente são 25% inferiores aos valores 70 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. em indivíduo do sexo masculino destreinado é. 250 ml de oxigênio são consumidos durante um minuto em repouso e a diferença a-VO2. cerca de 50 a 60 ml. Esse valor é semelhante para indivíduos tanto treinados quanto destreinados. O débito cardíaco (Volume de sangue ejetado na aorta em um minuto) é medido pelo produto do Volume Sistólico (VS) vezes a freqüência cardíaca (FC). de 5 ml de oxigênio por 100 ml de sangue. em geral esse método fornece um critério capaz de validar outras técnicas para a mensuração do débito cardíaco. radial ou braquial. durante esse período é. José Francisco Daniel/ Prof. Dr. A técnica direta de Fick tem sido utilizada em numerosos estudos da dinâmica cardiovascular sob inúmeras condições experimentais. aumenta o volume de cada ventrículo para cerca de 120 a 130 ml que se denomina Volume Diastólico Final (VDF). por sua própria natureza invasiva.min-1) x 100 dif. A amostra do sangue venoso misto apresenta outras dificuldades. a medida real do débito cardíaco por essa técnica é complexa e. Destreinados: Para a pessoa média. Em mulheres destreinadas está entre 50 a 70 ml e de 70 a 90 ml por sístole nas treinadas. Nesse exemplo. pois o sangue em cada veia reflete somente a atividade metabólica da área específica drenada por ela. em repouso. Assim sendo. Um aspecto mais difícil é a obtenção da diferença a-v O2. assim como para os nervos que agem sobre os vasos de resistência ou capacitância. Durante a sístole. Ms. um débito cardíaco de 5 litros costuma ser gerado com uma freqüência cardíaca de aproximadamente 70 batimentos por minuto.min-1) = Consumo máximo de O2 (ml. Substituindo esses valores na equação de Fick: Débito cardíaco (ml·min-1) = 250 ml de O2 x 100 = 5 ml de O2 5. O volume que permanece. habitualmente. e embora o valor obtido para o débito cardíaco possa ser correto. o volume de ejeção sistólica calculado do coração é igual a 71 ml por batimento. é denominado Volume Sistólico Final (VSF). é necessário colher a amostra de uma "câmara de mistura" anatômica tipo átrio direito. em média.de oxigênio e diferença a-v O2 inclui o princípio formulado por Fick em 1870 e recebe a denominação de equação de Fick. Durante a diástole. em média. Para obter-se uma estimativa exata do conteúdo médio de oxigênio do sangue venoso. A seguir. SISTEMA CARDIOVASCULAR EM REPOUSO Sabemos que o débito cardíaco. normalmente. Apesar de essas artérias serem identificadas facilmente. poderá não refletir a resposta cardiovascular "normal" da pessoa numa determinada situação. como a artéria femural. Em média. ou seja: DC = VS x FC O volume sistólico. a punção arterial propriamente dita pode ser traumatizante para o paciente. 3. o enchimento dos ventrículos. penetrando na veia cava superior e terminando dentro do próprio coração direito. 70 a 90 ml por sístole e 100 a 120 ml no indivíduo treinado. 4.Anderson Marques Moras . Substituindo esse valor da freqüência cardíaca na equação para débito cardíaco. se limita aos eventos clínicos em que os benefícios da mensuração ultrapassam qualquer risco potencial. De fato.Ms. em repouso. ventrículo direito. Isto corresponde quase ao dobro do volume de sangue bombeado por batimento. freqüência cardíaca e volume de ejeção de pessoas treinadas e sedentárias em repouso são assim resumidos: REPOUSO Débito Cardíaco Freqüência Cardíaca x Volume de Ejeção Destreinado 5.Ms. alcançando um máximo de 20 a 22 litros de sangue por minuto. Por exemplo. Isso é ainda mais impressionante se levarmos em conta que a pessoa treinada pode ter uma freqüência cardíaca máxima ligeiramente menor que a pessoa sedentária de idade semelhante. freqüências de pulso em repouso de 64 a 76 batimentos por minuto foram observadas em Jim Ryun. Esta adaptação ao treinamento explica. Neste ponto. o hormônio parassimpático que exerce um efeito desacelerador sobre a freqüência cardíaca. Como o débito cardíaco em repouso de atletas de endurance também é de 5 l minuto em média.para homens e correspondem a 50 a 70 ml por batimento em repouso. Esse efeito provavelmente é acompanhado por uma redução concomitante na atividade simpática de repouso. o atleta de endurance consegue um grande débito cardíaco. kg-1 . Por exemplo. A freqüência cardíaca máxima para esses adultos jovens costuma ser. da mesma idade. min-1) para cavalos de corrida purosangue! PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. as freqüências cardíacas em repouso relativamente baixas de muitos atletas de endurance de ambos os sexos. alcançando 40 litros/minuto no trabalho máximo. com um volume de ejeção correspondente de 210 ml por batimento. de aproximadamente 50 batimentos por minuto em repouso. em virtude de um volume de ejeção consideravelmente maior. Não ficou claro se a bradicardia que ocorre com o treinamento de endurance “causa” um volume de ejeção maior ou vice-versa. o sangue circula com o volume de ejeção sistólica proporcionalmente maior de 100 ml/batimento. atletas de endurance de classe mundial exibem débitos cardíacos máximos de 35 a 40 litros/minuto. o fluxo sangüíneo presumivelmente é suficiente para atender às necessidades metabólicas do exercício. inerente e 150 ml .Anderson Marques Moras 71 . já foram relatados débitos cardíacos de 600 ml . 5. de aproximadamente 195 batimentos por minuto. Atletas de Endurance: O treinamento de endurance (resistência) faz com que o nódulo sinusal do coração sofra uma influência maior da acetilcolina. min-1 (com um VO2 máx. porém já foram relatadas freqüências cardíacas inferiores a 40 batimentos por minuto em atletas de endurance aparentemente sadios. Em geral. em comparação com o homem médio. o débito cardíaco de um vencedor de medalha olímpica no esqui cross-country aumentou quase oito vezes acima do nível de repouso. Em contraste. durante o exercício máximo. José Francisco Daniel/ Prof. até alcançar um platô. Assim sendo.000 ml 70 bpm x 71 ml Treinado 5. Para não ficarmos excessivamente impressionados com nosso significado funcional como espécie. seguido por uma elevação gradual. Provavelmente dois fatores operam com o treinamento: (1) o treinamento de endurance aumenta o tônus vagal que torna o coração mais lento e (2) o músculo cardíaco fortalecido pelo treinamento á capaz de uma ejeção mais vigorosa a cada contração. Os valores médios para débito cardíaco. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms. o débito cardíaco sofre um rápido aumento. DÉBITO CARDÍACO DURANTE O EXERCÍCIO O fluxo sangüíneo aumenta em proporção à intensidade do exercício. porém sedentárias. pois o próprio miocárdio é fortalecido através do exercício aeróbico. o volume de ejeção em geral é de 103 a 113 ml de sangue por batimento. suas freqüências cardíacas são. em parte. em média. Em homens relativamente sedentários em idade universitária. o débito cardíaco durante o exercício extenuante aumenta cerca de quatro vezes em relação ao nível de repouso. os mecanismos fisiológicos subjacentes ainda são pouco compreendido. se comparado ao volume máximo de ejeção de pessoas sadias. ex-recordista mundial da corrida de uma milha. em média. Essa "diferença sexual" é devida essencialmente ao menor tamanho corporal da mulher média. Uma bradicardia extrema em repouso não é necessariamente um fenômeno geral em atletas bem treinados. em comparação com seu congênere sedentário. Ao progredir do repouso para o exercício em ritmo estável. Consequentemente.000 ml 50 bpm x 100 ml Apesar de tais cálculos serem simples. Dr. O grau em que essa diferença reflete um treinamento prolongado. que uma pessoa destreinada da mesma idade. À medida que o exercício se torna mais intenso. observam-se aumentos apenas pequenos no volume de ejeção. um atleta (ou um estudante treinado) com boa resposta cardiovascular ao exercício realizará mais trabalho e alcançará um consumo de oxigênio mais alto antes de chegar a uma determinada freqüência cardíaca submáxima que um estudante sedentário. 7. O volume de ejeção máximo é alcançado com 40 a 50% do consumo máximo de oxigênio.000 ml 195 bpm x 179 ml 6. porém esses valores ainda estão bem abaixo dos valores observados em atletas de elite. Dr. Para indivíduos tanto treinados quanto destreinados. existe apenas um pequeno aumento no volume de ejeção na transição do repouso para o exercício. tanto durante o repouso quanto durante o exercício. Enquanto as freqüências cardíacas dos estudantes destreinados sofriam uma rápida aceleração à medida que a intensidade do exercício aumentava. Isto sugere que. O volume de ejeção não diminui nos níveis de exercícios mais intensos.000 ml 195 bpm x 113 ml Treinado 35. isso costuma representar uma freqüência cardíaca de 110 a 120 batimentos por minuto em adultos jovens. em média. com o aumento no volume de ejeção do atleta sendo em geral de 50 a 60% acima dos valores de repouso. Com base nesses dados podem-se tirar várias conclusões importantes: 1) 2) 3) 4) O coração do atleta de endurance exibe um volume de ejeção consideravelmente maior. Consequentemente. as freqüências cardíacas dos atletas eram. dotes genéticos ou uma combinação de ambos ainda não foi determinado. a inclinação da linha de regressão diferia de forma considerável.Ms. Para os atletas de endurance treinados.2 l/minuto. até mesmo para freqüências cardíacas rápidas. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms. destinado a aprimorar sua aptidão aeróbica. a freqüência cardíaca e o volume de ejeção aumentam para a produção de um débito cardíaco maior. Para esses indivíduos. oito semanas de treinamento aeróbico aumentam substancialmente o volume de ejeção. Para indivíduos destreinados.Anderson Marques Moras . Para um consumo de oxigênio de 0. FREQÜÊNCIA CARDÍACA DURANTE O EXERCÍCIO Efeitos do Treinamento O grande volume de ejeção sistólica de atletas de elite de endurance e os aumentos no volume de ejeção de indivíduos sedentários após treinamento aeróbico em geral são acompanhados por uma redução proporcional na freqüência cardíaca durante o exercício submáximo.A capacidade funcional do coração durante o exercício máximo em homens treinados e destreinados é assim resumida: EXERCÍCIO MÁXIMO Débito Cardíaco Freqüência Cardíaca x Volume de Ejeção Destreinado 22. as freqüências cardíacas dos atletas aumentavam num grau muito menor. Para indivíduos previamente sedentários. VOLUME DE EJEÇÃO NO EXERCÍCIO Efeitos do Treinamento Um grupo de seis atletas de endurance altamente treinados vinha treinando há vários anos. o maior aumento no volume de ejeção no exercício realizado na posição ereta ocorre na transição do repouso para o exercício moderado. As linhas que relacionam freqüência cardíaca a consumo de oxigênio são essencialmente lineares para ambos os grupos durante a maior parte da amplitude do trabalho. o outro grupo era formado por três estudantes universitários sedentários. Após 55 dias de treinamento essa diferença na freqüência cardíaca submáxima ficava reduzida para cerca de 40 batimentos 72 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. de 70 batimentos por minuto mais baixas que as dos estudantes sedentários. ainda existe tempo suficiente para o enchimento dos ventrículos durante a diástole. a maior parte do aumento no débito cardíaco é gerada por uma aceleração na freqüência cardíaca. isto é. As respostas dos estudantes ao exercício foram avaliadas antes e após um programa de treinamento de 55 dias. de forma que o volume de ejeção não diminua. José Francisco Daniel/ Prof. considerando um nível de hemoglobina de 15%. pois o seu conteúdo em hemoglobina (média de 15 gramas de hemoglobina por 100 ml de sangue) flutua muito pouco com o grau de treinamento individual. Se todo o oxigênio pudesse ser extraído desse débito cardíaco de 16 litros ao percorrer o corpo. enquanto a maior parte do sangue flui para o sistema digestivo. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. pois as necessidades de oxigênio de certos tecidos. DISTRIBUIÇÃO DO DÉBITO CARDÍACO O fluxo sangüíneo para determinados tecidos costuma ser proporcional à sua atividade metabólica.200 ml de oxigênio a cada minuto. indo de 3. 6% (pele). Logo. Entretanto. porém continuam exigindo um suprimento de sangue constante.000 ml. A capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue é de 1. o débito cardíaco máximo aumentaria drasticamente para 40litros de sangue por minuto. isso não constitui um desperdício desnecessário do débito cardíaco.Anderson Marques Moras 73 . 20% (músculos). PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. se o volume de ejeção do coração aumentasse de 80 para 200 ml por batimento. Como cerca de 5 litros de sangue circulam a cada minuto em repouso no caso de adultos treinados e destreinados.por minuto. como o cérebro.34 x 15). ao mesmo tempo que a freqüência cardíaca máxima permanecesse inalterada em 200 batimentos por minuto. FLUXO SANGÜÍNEO DURANTE O EXERCÍCIO O fluxo sangüíneo regional durante a atividade física varia consideravelmente na dependência das condições ambientais. 9. o débito cardíaco era aproximadamente o mesmo . A capacidade do sangue de carrear oxigênio em geral varia apenas ligeiramente. representa oxigênio em reserva uma margem de segurança que poderá ser liberada imediatamente caso as necessidades metabólicas aumentem subitamente. Contudo. Consequentemente. o maior O2 máx.000 ml de oxigênio (5 litros de sangue x 200 ml de O2 ). Cerca de uma quinta.Ms. até que. Levando-se em conta que o consumo de oxigênio em repouso é. possível seria de 3. esse oxigênio extra. esse é apenas um dado teórico. não aumentam muito com o exercício. Exercício Alguém com uma freqüência cardíaca máxima de 200 batimentos por minuto e um volume de ejeção de 80 ml por batimento gera um débito cardíaco máximo de 16 litros/minuto (200 x 80 ml). o baço.200 para 8. Isto significa que a quantidade de oxigênio que circula a cada minuto no exercício máximo teria aumentado cerca de duas vezes e meia. Pelo contrário. José Francisco Daniel/ Prof. Ms. o débito cardíaco de 5 1itros se distribui aproximadamente na proporção de 27% (Órgão hepático-esplâncnico). Em repouso. em média. Isto representa cerca de 85% do débito cardíaco total. potencialmente o corpo dispõe de 1. do nível da fadiga e do tipo de exercício. Esse débito aumenta uniformemente. o cérebro e os rins. porém a maior parte do débito cardíaco induzido pelo exercício é desviada para os músculos em ação.200 ml. 8. DÉBITO CARDÍACO E TRANSPORTE DE OXIGÊNIO Repouso Cada 100 ml de sangue arterial transporta aproximadamente 20 ml de oxigênio ou 200 ml de oxigênio por litro de sangue. parte do débito cardíaco é dirigida ao tecido muscular. de forma que cada litro de sangue arterial carreia cerca de 200 ml de oxigênio. o fluxo sangüíneo muscular pode ser de até 50 a 75 m1/100 g de tecido. embora os valores máximos numa quantidade limitada de 100 g de músculo ativo possam alcançar até 300 a 400 ml . Em cada caso. Até mesmo durante o exercício máximo. a saturação da hemoglobina com oxigênio é quase completa. acima das necessidades de repouso. o fígado. FLUXO SANGÜÍNEO EM REPOUSO Em repouso num meio ambiente confortável.34 ml de O2 por cada 1 grama de hemoglobina. no esforço máximo. min-1 . na vigência de um débito cardíaco de 16 l/min (16 x 200 ml de O2). cerca de 750 ml de oxigênio retornam ao coração sem terem sido utilizados. 10. a capacidade é de 20 ml de O2 por cada 100 ml sangue (1. o fluxo sangüíneo para os rins. 4% (coração) e 7% (outros). cerca de 4 a 7 ml de sangue são fornecidos por minuto a cada 100 g de músculo. Qualquer aumento no débito cardíaco máximo afeta diretamente a capacidade de circular oxigênio.a diferença residia no volume de ejeção. circulam 3. 11. Contudo. a pele e as áreas esplâncnicas também pode variar com a função fisiológica desses tecidos numa circunstância específica. Um aumento no débito cardíaco máximo sem dúvida resulta num aumento proporcional no potencial para metabolismo aeróbico. de apenas 250 ml por minuto. Com base no exemplo precedente. 14% (cérebro. 22% (rins). Dr. 12. DIFERENÇAS NO DÉBITO CARDÍACO ENTRE HOMENS E MULHERES O padrão de resposta do débito cardíaco durante o exercício é semelhante entre meninos e meninas e homens e mulheres. Contudo, tanto as adolescentes quanto as mulheres adultas possuem um débito cardíaco, para qualquer nível de captação submáxima de oxigênio, que é 5 a 10% maior que nos homens. Essa aparente diferença sexual no débito cardíaco no exercício submáximo pode ser devida ao menor conteúdo em hemoglobina do sangue das mulheres (13%), que é aproximadamente 10% menor que os valores para homens. Consequentemente, dentro de certos limites, uma pequena redução na capacidade do sangue de transportar oxigênio, devida a uma hemoglobina mais baixa, é compensada por um aumento proporcional no débito cardíaco durante o exercício submáximo. 13. TREINAMENTO E DÉBITO CARDÍACO SUBMÁXIMO Várias publicações demonstraram que o treinamento, apesar de aprimorar o débito cardíaco máximo, também tende a reduzir o volume minuto do coração durante o exercício moderado. Em um estudo, o débito cardíaco médio de homens jovens após 16 semanas de treinamento era reduzido em 1,5 e 1,1 litro por minuto, para uma captação submáxima de oxigênio de 1,0 e 2,0 litro, respectivamente. Como era de se esperar, o débito cardíaco máximo para esses homens aumentava em 8% indo de 22,4 para 24,2 l/minuto. Com a redução no débito cardíaco submáximo, a demanda de oxigênio durante o exercício era atendida por um aumento correspondente na extração de oxigênio pelos músculos ativos. Isto resultava, provavelmente, de uma capacidade maior dos músculos treinados para gerar ATP aerobicamente e de funcionarem com uma menor pressão parcial de oxigênio. 15. EXTRAÇÃO DE OXIGÊNIO: DIFERENÇA A-VO2 Se o fluxo sangüíneo fosse o único meio capaz de aumentar o fornecimento de oxigênio para os tecidos, neste caso o débito cardíaco teria de aumentar de 5 l/minuto em repouso para 100 l/minuto durante o exercício máximo, para permitir um aumento de 20 vezes no consumo de oxigênio-aumento esse no consumo de oxigênio que não é raro entre as pessoas treinadas. Felizmente, um débito cardíaco tão grande é desnecessário durante o exercício, pois a hemoglobina libera uma quantidade "extra" considerável de oxigênio por parte do sangue que perfunde os tecidos ativos. Consequentemente, existem dois mecanismos para aumentar a capacidade de consumo de oxigênio. O primeiro consiste em acelerar a velocidade do fluxo sangüíneo, isto é, aumentar o débito cardíaco; o segundo consiste em utilizar a quantidade relativamente maior de oxigênio já transportada pelo sangue, ou seja, ampliar a diferença aVO2. A importante relação entre débito cardíaco, diferença a-VO2 e potência aeróbica máxima é resumida na seguinte equação: _ Consumo máximo de oxigênio = Débito cardíaco máximo x Diferença a-v O2 máxima _ Diferença a-v O2 em Repouso: Em repouso, é utilizado uma média de 5 ml de oxigênio dos 20 ml existentes em cada 100 ml de sangue arterial que passam através dos capilares. Assim sendo, 75% da carga original de oxigênio do sangue ainda permanecem ligados à hemoglobina. _ Diferença A-v O2 no Exercício: Para os estudantes, a diferença a-v O2 aumenta constantemente durante um exercício ligeiro e moderado, alcançando um valor máximo de aproximadamente 15 ml de oxigênio por 100 ml de sangue. Após 55 dias de treinamento, a capacidade máxima dos estudantes extraírem oxigênio aumentava 11%, alcançando 17 ml de oxigênio. Isto significa que cerca de 85% do oxigênio eram extraídos do sangue arterial durante um exercício exaustivo. Na verdade, é liberado ainda mais oxigênio nos músculos ativos, pois o valor para a diferença a-v O2 reflete uma média baseada em cálculos realizados no sangue venoso misto. Este inclui sangue que retorna de tecidos cuja utilização de oxigênio durante o exercício não é tão alta como aquela do músculo ativo. O valor da diferença a-v O2 máxima dos estudantes após o treinamento é idêntico ao alcançado pelos atleta de endurance. Obviamente, a diferença bastante grande ainda existente no VO2 máx. entre os atletas e os estudantes se deve à menor capacidade de ampliar o débito cardíaco por partes desses estudantes. O músculo cardíaco de pacientes vítimas de coronaripatia em fase avançada mostra com freqüência uma menor capacidade de realizar trabalho ou de sofrer alguma melhora com o exercício. Como resultado, as adaptações induzidas pelo treinamento são negligenciáveis no volume de ejeção máximo e no débito cardíaco. Entretanto, para esses pacientes, ainda são possíveis algumas melhoras na tolerância ao exercício regular aumenta a capacidade de o músculo esquelético receber e utilizar oxigênio, que contribui em níveis mais altos ou num determinado nível submáximo com um débito cardíaco mais baixo. Um menor débito cardíaco durante o exercício submáximo reduz a carga de trabalho do coração; naturalmente, isso beneficia os pacientes que sofrem de angina de esforço. 74 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Dr. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms. José Francisco Daniel/ Prof.Ms.Anderson Marques Moras Equações Matemáticas para Avaliação da Hemodinâmica em Repouso e durante Exercício FÓRMULA UNIDADE 1 - DC = VS x FC litros/minuto 2 - DC = PAM / R litros/minuto -1 -1 3 - DC = VO2 (ml.kg .min ) / Dif. a-vo2 litros/minuto 4 - PAM = (VS x FC) / R mmHg 5 - PAM = (2 x PAD) + PAS / 3 mmHg 6 - R = PAM / DC mmHg/litros/minuto 7 - VS = DC / FC ml 8 - VO2 = DC x Dif. A - vo2 ml.kg-1.min-1 9 - A-VO2 dif. = VO2 (ml)/ DC x 1000 l.min 10 - FCM = 220 - idade bpm DC = débito cardíaco A - VO2 dif. = diferença arteriovenosa VS = volume sistólico PAM = pressão arterial média VO2 = consumo de oxigênio PAD = pressão arterial diastólica FC = freqüência cardíaca PAS = pressão arterial sistólica FCM = freqüência cardíaca máxima Como se pode observar, várias equações matemáticas podem ser utilizadas, para compreendermos a resposta hemodinâmica do sistema cardiovascular. Para fins de exemplos: Exemplo 1- Indivíduo masculino destreinado, 30 anos, com seguintes dados, em repouso. FC = 71 bpm PA = 120/80 mmHg VS = 70 ml VO2 = 250 mlO2/min Qual é: (1) a PAM, (2) o DC, (3) a R e a (4) a A - VO2 dif.? Resposta: PAM = 93 mmHg R = 18,6 mmHg/litro/min DC = 5 litros/min A - VO2 dif. = 50 ml O2 / 1000 ml Exemplo 2- Este indivíduo durante teste ergométrico máximo apresentou os seguintes resultados: FCM = 190 bpm PA = 210/80 mmHg VS = 100 ml VO2 max = 2,8 litros/min Qual é: (1) a PAM, (2) o DC, (3) a R e a (4) a A - VO2 dif.? Resposta: PAM = 123 mmHg R = 6,4 mmHg/litro/min DC = 19 litros/min A - VO2 dif. = 147,4 ml/litro Sugestões para Leitura: ARAÚJO, W.B.. Ergometria & Cardiologia Desportiva. Rio de Janeiro: Editora MEDSI, 1986. a FOX, E.L.& MATHEWS, D.K.. Bases Fisiológicas da Educação Física e dos Desportos, 4 . Edição. Rio de Janeiro: Editora Interamericana, 1995. a KATCH, I. F., KATCH, L.F. & McARDLE, W.D.. Fisiologia do Exercício: Energia, Nutrição e Desempenho Humano, 3 . Edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 1992. a. KATCH, I.F. & McARDLE, W.D.. Nutrição, Exercício e Saúde, 4 Edição. Rio de Janeiro: Editora MEDSI, 1996. a LEITE, P.F.. Fisiologia do Exercício, 2 . Edição. São Paulo: Editora Robe, 1993. POLLOCK, M.L., WILMORE, J.H. & FOX III, S.M.. Exercício na Saúde e na Doença: Avaliação e Prescrição para Prevenção e a Reabilitação, 2 . Edição. Rio de Janeiro: Editora MEDSI, 1995. 16. RESUMO 1. O débito cardíaco reflete a capacidade funcional do sistema circulatório. Os dois fatores que determinam a capacidade de rendimento (débito) do coração são a freqüência cardíaca e o volume de ejeção. A relação é: PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Dr. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms. José Francisco Daniel/ Prof.Ms.Anderson Marques Moras 75 Débito Cardíaco = Freqüência Cardíaca x Volume de Ejeção 76 2. Existem vários métodos cruentos e incruentos para medir o débito cardíaco. Cada um deles possui vantagens e desvantagens específicas para sua utilização em seres humanos, especialmente durante o exercício. 3. O débito cardíaco aumenta em proporção à intensidade do exercício, desde aproximadamente 5 l/minuto em repouso até um máximo de 20 a 25 l/minuto e de 35 a 40 l/minuto em universitários e atletas de endurance de elite, respectivamente. Essas diferenças no débito cardíaco máximo são devidas inteiramente aos grandes volumes de ejeção dos atletas. 4. Durante o exercício na postura ereta, o volume de ejeção aumenta durante a transição do repouso para os exercícios leves, com os valores máximos sendo alcançados para aproximadamente 45% do VO2 máx. Daí por diante, o débito cardíaco aumenta mais à custa dos aumentos na freqüência cardíaca. 5. Os aumentos no volume de ejeção do exercício na postura ereta em geral resultam muito mais de um esvaziamento sistólico mais completo que de um maior enchimento dos ventrículos durante a diástole. A ejeção sistólica é aumentada pelos hormônios simpáticos. O treinamento de endurance aumenta a força do miocárdio, o que contribui para a potência de ejeção durante a sístole. 6. Freqüência cardíaca e consumo de oxigênio se relacionam linearmente em indivíduos tanto treinados quanto destreinados durante a maior parte das diversas intensidades do exercício. Com o treinamento de endurance, essa linha se desvia muito para a direita, por causa dos aumentos no volume de ejeção do coração. Consequentemente, a freqüência cardíaca sofre uma redução significativa em qualquer nível de trabalho submáximo. 7. O fluxo sangüíneo para tecidos específicos em geral é regulado em função de sua atividade metabólica. Isso faz com que a maior parte do débito cardíaco do exercício seja desviada para os músculos ativos. Além disso, uma quantidade significativa de sangue é desviada para os músculos a partir dos rins e das regiões esplâncnicas, que podem comprometer temporariamente seu suprimento sangüíneo. 8. A captação máxima de oxigênio é determinada pelo débito cardíaco máximo e pela diferença a-VO2 máxima. Os débitos cardíacos diferenciam claramente os atletas de endurance de seus congêneres destreinados. A capacidade de gerar uma grande diferença a-VO2 também é aprimorada com o treinamento. 9. A hipertrofia cardíaca é uma adaptação fundamental para poder suportar a maior carga de trabalho imposta pelo treinamento. Resulta num coração mais forte, que consegue um volume de ejeção relativamente grande. Não existe qualquer evidência científica de que um coração normal seja prejudicado pelo treinamento. 10. O padrão das alterações estruturais e dimensionais no ventrículo esquerdo parece variar com as formas específicas de treinamento. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Dr. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms. José Francisco Daniel/ Prof.Ms.Anderson Marques Moras sendo relativamente constante em um dado indivíduo. transportar aos tecidos pelo sistema cardiovascular e utilizar a nível celular na unidade de tempo. 10. sexo. Este mercado. serão levantados vários requisitos básicos que serão necessários para a perfeita aplicação dos protocolos de avaliação. entre eles: 1. 5. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. ambiente. Dentro das diversas variáveis que compõe a Aptidão Física Geral. OBJETIVOS PARA A REALIZAÇÃO DE UMA AVALIAÇÃO FUNCIONAL O principal objetivo. para a realização de uma avaliação funcional. Avaliar a resposta pressórica e cronotrópica ao esforço. representa um importante fator para determinação da capacidade aeróbica e/ou para detecção da magnitude de comprometimento de uma deficiência cardíaca. Identificação da capacidade aeróbica máxima. clubes. No decorrer deste capítulo. poderá existir a necessidade de uma avaliação da capacidade física aeróbica da população em questão. fazer um levantamento das formas (protocolos e métodos) existentes. inclui a investigação do processo de adequação dos ajustes fisiológicos às demandas metabólicas que ultrapassam as necessidades de repouso que representa a identificação da capacidade aeróbica máxima do avaliado. As possibilidades de trabalho são inúmeras. É definido como sendo a quantidade de oxigênio que um indivíduo consegue captar do ar alveolar. além de mostrar como proceder para a prescrição de exercícios aeróbicos com segurança e cientificidade. 7. INTRODUÇÃO Este capítulo tem como objetivo. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.Ms. Observação do comportamento do ECG durante o esforço progressivo. propicia um excelente campo de trabalho para professores de Educação Física numa busca de uma melhor remuneração. para a realização de uma avaliação funcional. Determinar o grau de comprometimento de uma coronariopatia. 3. O consumo de oxigênio se comporta de maneira diferente quanto a idade. Avaliar o grau da dor precordial.. condomínios e escolas são um pequeno exemplo de opções onde. 6. onde a energia requerida para esta atividade provém primordialmente do metabolismo oxidativo dos nutrientes. Servir como parâmetro comparativo do grau de evolução do treinamento físico. embora também possa diminuir por falta de atividade física aeróbica. Possibilitar a comparação com avaliações futuras. José Francisco Daniel/ Prof. 3. AVALIAÇÃO FUNCIONAL A avaliação funcional representa a mensuração e interpretação da capacidade de mobilização rnetabólica (bioenergética) a partir do resultado obtido de um protocolo (teste) específico. Dr. constituição corporal. etc. Ms. adequando volume e intensidade para a atividade a ser desenvolvida. 9. através de parâmetros fisiológicos. Avaliar o comportamento eletrocardiográfico em esforço. 2. Possibilitar a correta prescrição de exercícios baseado no resultado.Anderson Marques Moras 77 . 8. perfeitamente. A avaliação funcional. a partir dos dados coletados do teste ergométrico. 2. como também possa aumentar após um período de treinamento aeróbico. academias. podemos definir potência aeróbica como a capacidade que um indivíduo tem em realizar uma atividade física com duração superior a 4 minutos. O consumo de oxigênio VO2 é a medida mais exata que dispomos para avaliarmos a potência aeróbica de um indivíduo ao realizar um trabalho físico. através de uma revisão de literatura. 4. praticamente insipiente no Brasil. De maneira simples. pois de sua avaliação podemos obter dados sobre o sistema cardiorespiratório de um indivíduo e de que forma várias funções fisiológicas se adaptam às necessidades metabólicas quando da realização de um trabalho físico. Avaliar a capacidade laborativa.Capítulo V TESTES METABÓLICOS Avaliação de Componente Cardiorespiratório 1. a potência aeróbica é uma das mais importantes. É possível encontrar outros objetivos. quando aplicado de forma regular. hoje. Podemos encontrar os seguintes fatores envolvidos em um teste: 5. Ms. é possível o aparecimento do Steady State.4. entre outros. deverá ter como faixa de tempo ideal um mínimo de 8 e máximo de 15 minutos. sem expor o mesmo a uma intensidade elevada durante o teste. pode ser considerado como um teste complexo. 6. no entanto. b) indireta . Esse tipo de avaliação é feita utilizando-se nomogramos. a esteira rolante. porém a escolha de um determinado teste deverá necessariamente ter como orientação a interferência dos seguintes fatores: objetivos do teste. com a utilização de vários instrumentos como eletrocardiógrafo. análise de regressão. o protocolo de Jones em cicloergometria. ergômetro. Steady State. disponibilidade de material. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS PROTOCOLOS DE TESTAGEM Existe um grande número de protocolos que apresentam pontos positivos e negativos. para avaliação da capacidade aeróbica. como também podemos considerar as pistas de atletismo e quadras de esporte.) e o VO2. dos quais podemos citar: a bicicleta ergométrica (mecânica ou eletromagnética). Durante a realização de um protocolo submáximo. analisador de gases. medido quando as requisições e produção energética tenham chegado a equilíbrio (steadystate). outras metodologias não permitem o aparecimento do. pode ser de forma única (protocolo de banco de Havard) ou de forma variada (protocolo de banco de Balke). Dr. com um custo operacional elevado e que em termos de aplicação para grandes populações é pouco viável sendo. DURAÇÃO TOTAL DO TESTE Um teste para mensurar o VO2 max. o resultado obtido representa uma extrapolação do resultado máximo previsto para o avaliado. 10. Já um teste utilizando o cicloergômetro. é possível avaliar as diferentes fontes energéticas existentes. o banco de madeira.Anderson Marques Moras . pode impor uma demanda metabólica máxima ou submáxima.caso seja realizado em laboratório. 9. TIPO DE CARGA A forma de aplicação de carga durante a realização de um teste. se analisa a capacidade máxima aeróbica de trabalho do avaliado. TEMPO DE DURAÇÃO DOS ESTÁGIOS Dependendo do tempo de duração de um estágio. O teste de cicloergometria de Balke tem como objetivo principal avaliar a capacidade aeróbica. Cada um dos testes apresentam características específicas. o remo-ergômetro (específico para remadores). José Francisco Daniel/ Prof. desfibrilador. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. exemplo o protocolo Balke em esteira. EXISTÊNCIA DE PAUSAS Os procedimentos de execução dos testes podem ser divididos em dois grupos. como o de Wingate. população a ser testada. As diferenças entre os protocolos emergem do amplo espectro de variações existentes que permitem um grande número de combinações. fórmulas.Ms. 8. como exemplo desta metodologia temos o teste de esteira de Ellestad. 7. Entretanto. desenvolvidos a partir de medidas diretas e com o objetivo de predizer o VO2 do indivíduo partindo de um teste submáximo. Demanda metabólica: um teste ergométrico. As medidas realizadas nesses ergômetros podem ser feitas de duas formas: a) direta .avaliações em geral. FONTE ENERGÉTICA Dependendo do teste empregado. Nos protocolos contínuos não existe a interrupção do teste em nenhum momento durante 78 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. a “swiming-flume” (específico para nadadores). baseada na relação linear que existe entre a freqüência cardíaca (F. a medida de maior precisão. Esta faixa de tempo permite a obtenção de dados fisiológicos suficientes paru uma análise do comportamento físico durante o exercício. onde o VO2 do indivíduo é analisado através de métodos químicos e físicos. como por exemplo. Na avaliação da potência aeróbica podemos usar alguns aparelhos denominados ergômetros. Quando da realização de um teste máximo. contínuos e descontínuos.C. tem como objetivo avaliar a capacidade de anaeróbica. FORMAS DE OPERACIONALIZAÇÃO O grau de utilização de recursos materiais durante a realização de um teste indica seu nível de complexidade. . possível. kg -1.· 2800 . expresso em um parâmetro fisiológico denominado VO2max. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. a quantidade total de oxigênio que o indivíduo consegui utilizar na realização de uma atividade. É extremamente impossível que um único protocolo fosse adequado para cumprir as múltiplas indicações e aplicações de um teste de esforço. para uma mesma distância que um indivíduo mais leve.5 ml . é necessário fazer a seguinte pergunta: Qual é o melhor teste? Como resposta temos a não existência de um único teste sem restrições. VO 2max = 2.6 ml . que expressa o gasto metabólico do organismo. que são o VO2 max.Anderson Marques Moras 79 ..min-1 peso Desenvolvendo a equação: VO 2max em ml .sua realização (protocolo de Fox em cicloergometria). e isso deve ser levado em consideração. José Francisco Daniel/ Prof.min-1? Resolução: VO2 max l.min-1 = Peso kg x VO2max ml(kg.min-1 ? Resolução: VO2 max ml . ml . kg-1. É possível estabelecer uma relação entre o VO2max em l. inclui a utilização de algum tipo de ergômetro (banco. de objetividade e de validade considerados significativos. Ms. normalmente. VO2: o resultado final de uma avaliação funcional vem. é possível estabelecer um período de repouso durante a execução. pois estamos carregando o nosso peso.min)-1 1000 Desenvolvendo a equação: VO2 max l. sem a necessidade do uso de grandes elementos acessórios. UNIDADES METABÓLICAS Para a interpretação de uma avaliação funcional. com a descrição da metodologia e da população mais adequada a ser testada.(litros por minuto) capacidade aeróbica bruta. bicicleta ou esteira). como se estabelece esta relação: Exemplo 1 Peso = 80 kg VO = 35 ml .min-1 = 1000 x 3. A forma mais simples de realizar uma avaliação funcional é aquela desenvolvida no campo. muito comum na avaliação funcional. kg-1 . Um (1) MET eqüivale a 3. em repouso. Usualmente são utilizados três parâmetros fisiológicos. Através desta unidade de medida não podemos comparar indivíduos quando utilizamos a corrida. kg-1.5 l. Uma segunda abordagem. kg-1. Pessoas mais pesadas apresentam uma maior necessidade bruta de oxigênio para transportar o seu corpo. Por ser de maior simplicidade. Veja na representação abaixo.min-1. Nos protocolos descontínuos. kg-1. bem como os exemplos de sua aplicação.min-1 = 80 x 35 ·. Desta forma torna-se necessário um exame criterioso sobre qual protocolo deverá ser empregado em uma dada circunstância. É um parâmetro fisiológico.min-1 Qual seria o VO2max em l.min-1 Qual seria o VO 2max em ml .min-1 55 55 MET: O MET representa o consumo de O2. Mais à frente serão apresentados os protocolos de testes de campo mais utilizados. (mililitro por kg de peso corporal por minuto) capacidade aeróbica relativa.5 = 3500 = 63. 11. min-1 (valor relativo). kg-1. podendo ainda ser de forma ativa ou passiva.8 l. Esta unidade de medida traduz a real performance do indivíduo. é necessário uma total familiarização com uma série de variáveis metabólicas.min-1 1000 1000 Exemplo 2 Peso = 55 kg VO =3.min-1 . Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Em todos os testes existem os coeficientes de confiabilidade. o MET e a Kcal consumida.Ms. A representação do VO2 deverá ser expressa de duas formas: (a) (b) l. ou seja. mais característicos para população de cardíacos. sendo apenas necessário saber o peso corporal do avaliado. kg-1. visto que já foram amplamente investigados.min . mas sim do teste mais adequado. Dr. os testes realizados em campo são bastante utilizados no meio da Educação Física. Em virtude de tantos testes.min-1 = 1000 x VO2max l.min-1 e ml . 8 l. Uma série de testes foram desenvolvidos para atender essa necessidade.0 l.min-1 Para testar se realmente compreendeu as relações existentes entre os três parâmetros fisiológicos. min-1 = ? Indivíduo: Peso: 70 kg Duração: 60 minutos Custo energético da atividade em METs = 10 Pergunta-se: Qual o custo energético total desta atividade física em Kcal? 12. kg-1. kg-1. José Francisco Daniel/ Prof. 5.5 ml(kg.3.200 metros do Canadian Aerobic Fites Test. Para conveniência dos cálculos.Eis uma situação problema exemplificando a transformação do VO2max em ml .8 km (Cooper). Quando um litro de oxigênio é consumido pela queima de uma mistura de glicídios. simplesmente medindo-se a captação de oxigênio. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. kg-1. Dr. Caso tenha acertado ótimo. corrida de 2. Veja o exemplo: 1. Ms. Kcal = 14 1 l.min-1 = x Kcal Kcal = 5 Kcal x 2. sendo representada pela seguinte fórmula: 5 Kcal = 1 l. um valor de 5 kcal por litro de oxigênio consumido pode ser usado como fator de conversão apropriado. andar de 4. PROTOCOLOS DE TESTAGEM UTILIZANDO TÉCNICA DE CAMPO Pode-se fazer um levantamento do nível de aptidão física por meio da marcha ou da corrida. 7.Anderson Marques Moras .5 ml . Uma caloria é uma medida usada para expressar o calor ou valor energético do alimento e da atividade física. é importante por permitir a determinação da energia corporal liberada em repouso ou durante a prática de exercício de consumo constante (steady-state). caso contrário.5 ml . é possível perceber que o VO2 max foi de 2. entre eles temos: 1. Quantos METs representa um VO 2max de 31. corrida 15 minutos de Balke.Ms.min-1. Representa a quantidade de energia gasta em uma determinada atividade.min-1 = 5 Kcal 2. Apresenta uma íntima relação com o VO2 max l. dependendo da mistura alimentar. 6. de 14. min-1 = ? Kcal max . É definida como o calor necessário para elevar a temperatura de 1 kg (1 litro) de água em 1o C.min-1 .82 kcal de energia calórica são liberadas. Esse equivalente calórico para o oxigênio varia apenas ligeiramente. reveja os exemplos e discuta com algum companheiro que tenha entendido melhor. min-1 = ? VO2max l .min-1 Retornando ao exemplo (1).8 l.31. lipídios e proteínas.8 l.400 metros (Cooper).min)-1 Resposta: 9 METs Kcal . 80 caminhada de 3 km. E importante ter essas relações bem compreendidas. Resolvendo: 1 MET . basta realizar uma regra de três.min-1 em METs.min-1 . Vagner Roberto Bergamo/ Prof.-1 .min-1 x METs . Essa quantidade . entretanto. Como calcular a capacidade máxima desse indivíduo em Kcal? Resolução: É simples. corrida de Ribisl & Kachodorian. 2.min-1 A resposta final será de: 14 Kcal. 5 kcal. 4.min-1 .·. 3. caminhada de 1. pois serão de fundamental importância para uma perfeita interpretação da avaliação funcional e posterior prescrição de exercícios.Transformação Calórica à Custa do Oxigênio: A captação de oxigênio pode ser prontamente convertida a um valor correspondente de gasto energético. tente resolver os dois exemplos propostos. uma caloria é designada mais corretamente como uma quilocaloria (abreviada kcal). andar e correr de 12 minutos (Cooper).5 para 15.5o C. kg. aproximadamente 4. Exercício 1 Exercício 2 Indivíduo: Peso: 75 kg VO2max = 9 METs VO2max ml . Assim sendo. 35 . vamos analisar os testes citados acima.11 m/min x 60 = 6666 / 1000 = 6.Ms. 1982 Agora que já sabemos definir quando um indivíduo está correndo ou caminhando.35 x ( VO 2 max ml. min-1 = 22.Tempo gasto: 22 min. pessoas idosas.72 m) e largura mínima de 5 pés (1.8. hipertensos. relatem os seguintes problemas : 1) ortopédicos que possam ser agravados pelo andar prolongado. aos quais perguntados.kg-1.Tempo gasto: 27 min Uniformizar unidades: * 3 km = 3.42 120 até 137 Trotar 5. José Francisco Daniel/ Prof. Trotar e Correr ATIVIDADE TEMPO min / km metro / min Andar 8.kg-1. 1985): VO 2 max ml.kg-1. min-1 Exemplificando: Peso corporal: 58 kg . de comprimento não menor que 67 jardas (61.kg-1. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.kg-1. Normalmente encontramos neste grupo. Qual é o seu VO 2 max ? VO 2 max ml. obesos. V2 (km/h) + 7. sempre no plano horizontal 0 (zero).Definições de Andar. 2) histórico de problemas cardíacos (ataque cardíaco recente. arritmia freqüente ou defeito valvulares) que possam ser negativamente influenciados por esforço.35 . como por exemplo.67M) (AAHPERD) População Alvo: Indivíduos de baixa aptidão física. obesas. trotar e correr.Anderson Marques Moras 81 .4 VO 2 max ml. indivíduos pós cirurgia e pacientes cardíacos.kg-1.43 minutos ou mais até 119 Andar/Trotar 7. min-1 = 0.Sexo: masculino . O resultado será expresso em minutos e segundos.4 14. min-1 = )2 + 7.27 138 até 187 Correr 5. num circuito oval ou retangular. Recomendações: Não devem participar deste teste. Metodologia: O indivíduo deverá caminhar sempre no plano horizontal 0 (zero). Dr.34 minutos ou mais mais de 187 m/min Fonte: Cooper. idosos.24 m) com espaço suficiente para retorno ou.000 m / 27 min = 111. 13. se realizado em ambiente aberto o mesmo deve propiciar comprimento mínimo de 50 jardas (45.kg-1. Fórmula(Leite.4 ml.7.66)2 + 7. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. min-1 = 0.Sexo: mulher . diabéticos. TESTE DE CAMINHADA DE 3 KM População Alvo: Indivíduos de baixa aptidão física [VO2max inferior a 30 ml.kg-1. min-1 Exercício 3 Peso corporal: 73 . min-1 = 0. Metodologia: O indivíduo deverá caminhar (sem correr) o mais rápido que puder. observe a Tabela 1 (Cooper. antes de recomendação médica. ESTE DE ANDAR 880 JARDAS (804. Variação de resultados encontrada: 7.35 x (6.92 ml.52 m). dislipidêmicos e pacientes cardíacos.66 km/h Empregando a fórmula: VO 2 max ml. 3) delírio durante a atividade ou histórico de hipertensão não controlada.28 . Ms.Para um melhor esclarecimento do que vem a ser andar. min-1]. sujeitos. registrando o tempo necessário para caminhar 3 km. 1982): Tabela 1 . procurando identificar a metodologia de cada um.5 a 12 minutos. TESTE DE CAMINHADA 1. Tabela 3 . José Francisco Daniel/ Prof. Villar e Zago.0091 x P) .C. pois sua distância total para pessoas não habilitadas a caminhada.29 8. Neste exemplo.C. 16.Normas para classificação da potência aeróbia/habilidade de andar em idosas de 60 a 70 anos (Gobbi.952 + (0.69-8. o resultado é multiplicado por 4.0115 x FC) Exemplificando: P = peso (kg) P = 90 kg I = idade (ano mais próximo) I = 45 anos S = (1)masculino ou (0) feminino S = masculino PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.Anderson Marques Moras . Este teste apresenta. como grande vantagem. a curta distância.Tabela 2.Ms. o mais rápido possível. Ms. Excelente (Homens) (Mulheres) 13-19 anos 20-29 anos 30-39 anos 40-49 anos 50-59 anos + 60 anos > 45:00 > 47:00 > 46:00 > 48:00 > 49:00 > 51:00 > 52:00 > 54:00 > 55:00 > 57:00 > 60:00 > 63:00 41:01-45:00 42:02-46:00 44:31-49:00 47:01-52:00 43:00-45:00 44:01-48:00 46:31-51:00 49:01-54:00 50:01-55:00 52:01-57:00 54:01-60:00 57:01-63:00 37:31-41:00 38:31-42:00 40:01-44:30 42:01-47:00 39:31-43:00 40:31-44:00 42:01-46:30 44:01-49:00 45:01-50:00 47:01-52:00 48:01-54:00 51:01-57:00 33:00-37:30 34:00-38:30 35:00-40.11 8. e se obtém a F.28-8. Metodologia: Antes da aplicação do teste deve-se coletar os dados do avaliado referente a seu peso corporal e idade.8 km Cooper Idade (anos) Categoria de Capacidade Aeróbica I. Boa (Homens) (Mulheres) V. aplica-se a fórmula (Pollock & Wilmore. Média (Homens) (Mulheres) IV. Após encerrado o teste.00 36:30-42:00 35:00-39:30 36:00-40:30 37:30-42:00 39:00-44:00 39:0 -45:00 42:00-47:00 41:00-48:00 45:00-51:00 < 39:00 < 42:00 < 41:00 < 45:00 < 33:00 < 35:00 < 34:00 < 36:00 < 35:00 < 37:30 < 36:30 < 39:00 Fonte:.Cooper. o sexo e o tempo gasto para realizar a tarefa e encontrar a categoria da capacidade aeróbica.70 9. do minuto.) durante 15 segundos.(0.(0.43 <7. 1382 Exemplificando: Dados: Idade: 30 anos .Teste de Andar 4. identificar na Tabela 2 o grupo etário. 1993): onde: 82 VO 2max = 6.Nível de Capacidade Aeróbica (minutos) .Sexo: masculino .42 15. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.(0. deve-se.0257 x I) + (0.2240 x TI) . tendo seu tempo cronometrado. porém é interessante sua aplicação em pessoas que já realizaram períodos longos de caminhada por conta própria. Com todos os dados apurados. fazer a contagem da freqüência cardíaca (F. Muito Fraca (Homens) (Mulheres) II. TESTE DE ANDAR 4. Com o resultado apurado. A forma de aplicação do teste inclui uma caminhada de 1200 metros com tempo cronometrado. o indivíduo situa-se na categoria média de capacidade aeróbica. pode ser significativa. 2005).10-7.5955 x S) . e é ideal para aquelas pessoas que não fazem atividade física há um tempo considerável.Tempo gasto na tarefa: 43 min. Fraca (Homens) (Mulheres) III. Dr.200 METROS DO CANADIAN AEROBIC FITES TEST População Alvo: De uma forma geral a população citada anteriormente. Metodologia: O indivíduo deverá caminhar uma distância de 4. Classificação Resistência Aeróbia Geral (segundos) 727-547 546-509 508-491 490-463 462-393 Muito fraca Fraca Regular Boa Muito fraca Resistência Aeróbia Geral (minutos e segundos) >9.8 km em terreno plano.8 KM (COOPER) População Alvo: O mesmo perfil da população anterior. é perfeitamente adequado.(0.49 anos 50 .(0.(0.(0.74 l. em função do sexo e idade Idade (anos) Categoria de capacidade Aeróbica I.Nível de Capacidade Aeróbica do Avaliado.5955 x S) .19 anos 20 .0115 x FC) VO 2max = 6.Idade: 50 anos .2. Superior (Homens) (Mulheres) 13 .952 + (0. Excelente (Homens) (Mulheres) VI. Fraca (Homens) (Mulheres) III. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.Cooper.400 METROS (COOPER) População Alvo: A faixa etária é bem variada (13 .0091 x P) .(0.2) + 3. kg-1. Normalmente os indivíduos que se submetem a este teste devem estar familiarizados com a prática da atividade física de uma forma regular.1.0091 x ) .819 .2240 x TI) . pode-se encontrar o resultado pela fórmula proposta pelo American College Sport Medicine.0257 x 45) + (0. principalmente para modalidades de jogos com bola. o nível de capacidade aeróbica do avaliado.2240 x ) .156 + 0.5955 x ) .(0.952 + 0.(0. 1992): VO 2max ml . kg-1.Tempo gasto: 14:30 min Nível de capacidade aeróbica: excelente Caso haja necessidade de obter o escore final em uma unidade metabólica.min-l Exercício 4 P = 56 kg I = 35 anos S = feminino TI = 18 minutos FC = 144 bpm VO 2max = 6. Muito Fraca (Homens) (Mulheres) II.59 anos + 60 anos > 15:31 > 18:31 > 16:01 > 19:01 > 16:31 > 19:31 > 17:31 > 20:01 > 19:01 > 20:31 > 20:01 > 21:31 12:11-15:30 16:55-18:30 14:01-16:00 18:31-19:00 14:44-16:30 19:01-19:30 15:36-17:30 19:31-20:00 17:01-19:00 20:01-20:30 19:01-20:00 21:00-21:30 10:49-12:10 14:31-16:54 12:01-14:00 15:55-18:30 12:31-14:45 16:31-19:00 13:01-15:35 17:31-19:30 14:31-17:00 19:01-20:00 16:16-19:00 19:31-20:30 09:41-10:48 12:30-14:30 10:46-12:00 13:31-15:54 11:01-12:30 14:31-16:30 11:31-13:00 15:56-17:30 12:31-14:30 16:31-19:00 14:00-16:15 17:31-19:30 08:37-09:40 11:50-12:29 09:45-10:45 12:30-13:30 10:00-11:00 13:00-14:30 10:30-11:30 13:45-15:55 11:00-12:30 14:30-16:30 11:15-13:39 16:30-17:30 < 08:37 < 11:50 < 09:45 < 12:30 < 10:00 < 13:00 < 10:30 < 13:45 < 11:00 < 14:30 < 11:15 < 16:30 Distância em metros Exemplificando: Fonte:.0115 x 135) VO 2max = 6. Dr.912 .552 VO 2max =2.5955 . Tabela 4 .Anderson Marques Moras 83 .0091 X 90) . Em relação à população de atletas. identificar na Tabela 3. Média (Homens) (Mulheres) IV.(0.5955 x 1) . Metodologia: O teste consiste em cronometrar o tempo gasto pelo avaliado para percorrer a distância de 2. José Francisco Daniel/ Prof.(0.2240 x 13) .0257 x ) + (0. Boa (Homens) (Mulheres) V. Com o resultado apurado. TESTE DE CORRIDA DE 2.TI = tempo gasto na caminhada FC = freqüência cardíaca da última volta TI = 13 minutos FC = 135 bpm VO2max = 6.60 anos) podendo ser realizado tanto para homens quanto para mulheres.Ms.952 + (0.29 anos 30 .400 metros.5 ml . 1982 Sexo: feminino .1.0115 x ) VO 2max = 17.39 anos 40 .0257 x I) + (0. (Vivacqua & Hespanha. Ms.952 + (0. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.min-1 Duração em segundos onde: D = distância em metros. em função do sexo e idade.min-1 = (D x 60 x 0. 1390 2210 .min-1 VO 2max = (2.47 ml(kg.400 metros para um tempo de 12.2240 1590 . através da seguinte fórmula: VO2 max ml. = VO 2max tempo em segundos 18.2120 1600 .1500 1400 . Média (Homens) (Mulheres) IV.34 minutos? ml .Ms.2080 2250 .19 anos 20 .2510 1970 . kg-1. Boa (Homens) (Mulheres) V. será aquela onde o avaliado mantenha uma velocidade constante durante todo teste.1930 1400 .2720 2090 .2) + 3.2830 2170 . 1992) a categoria de capacidade aeróbica de acordo com a idade e sexo do avaliado.·.1640 1260 .2660 2010 .2090 1510 . Ms.2090 2130 .2540 1910 .1690 1650 .1870 1350 . que corresponde ao VO 2 max ml.49 anos 50 .Distância percorrida: 3.Cooper.1790 1900 . kg-1. Muito Fraca (Homens) (Mulheres) II.1960 2000 .59 anos + 60 anos < 2090 < 1610 < 1960 < 1550 < 1900 < 1510 < 1830 < 1420 < 1660 < 1350 < 1400 < 1260 2090 .kg-1.2160 2330 . Fraca (Homens) (Mulheres) III. A grande versatilidade deste teste de Cooper é a possibilidade de utilizar seu resultado para uma unidade metabólica familiar. A forma ideal de execução do teste.Teste de Andar/Correr 12 Minutos (Cooper) Idade (anos) Categoria de Capacidade Aeróbica I.2490 1760 .1590 2520 . 1982).2110 1550 .2160 2410 . podendo ser aplicado em pessoas com baixo condicionamento físico e na maioria dos atletas.5 .2430 2650 . Com a distância apurada.3000 2310 .1900 1960 .min) 45 84 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.400 x 60 x 0.min-1 = 3000 . = VO 2max 43. TESTE DE ANDAR E CORRER EM 12 MINUTOS (COOPER) População Alvo: Apresenta uma ampla variedade de população.Idade: 20 anos . Dr.min-1 660 Exercício 5 Qual o VO 2 max previsto para um indivíduo que correu 2.min-1 .2090 1510 . José Francisco Daniel/ Prof.2) + 3. Excelente (Homens) (Mulheres) VI.kg-1. Tabela 5 .504 45 onde: D = distância percorrida em metros.2460 1800 .2000 2100 .1580 1660 . em termos de velocidade de deslocamento.1900 > 3000 > 2430 > 2830 > 2330 > 2720 > 2240 > 2540 > 2660 > 2090 > 2160 Fonte:.1990 1420 .400 metros para um tempo de 11.400 x 60 x 0.min-1 = D .1690 1830 .1790 1880 . identificar na Tabela 4 (Cooper.min-1 = 55.2080 2120 .2400 1800 . Vagner Roberto Bergamo/ Prof.1900 1940 .2770 2090 .39 anos 40 .2200 1610 .00 minutos? VO 2max = (2. (Quando da interrupção do mesmo.·.000 metros Desenvolvendo a fórmula: VO2 max ml.29 anos 30 .2320 1700 .2240 2470 .000 metros Categoria de capacidade aeróbica: superior.1750 2780 . Metodologia: O avaliado deverá correr e/ou caminhar sem interrupção durante 12 minutos. Exemplificando: Distância percorrida: 3.1970 2100 .kg-1.504 ⇔ VO2 max ml.kg-1. Em relação ao grupo etário é possível sua aplicação entre 10 e 70 anos para ambos os sexos.5 . sendo registrada a distância total percorrida (Cooper. Superior (Homens) (Mulheres) Distância em metros Exemplificando: 13 .2510 1910 . o avaliado deverá manter-se em deslocamento caminhando no sentido transversal ao do deslocamento.Anderson Marques Moras .2640 1980 .Exemplificando: Qual o VO2 max previsto para um indivíduo que correu 2.Nível de Capacidade Aeróbica . 1982 > 2490 > 1900 Sexo: masculino .2400 1700 .6 ml .2330 2520 .2300 2410 . 593 457 .41 .6. adie o teste. crianças e jovens.21 3.42 3.548 412 .39 anos 40 .365 229 .456 457 .02 .21 2.Boa Mulheres Homens V.5.8.24 > 8.63 5.01 . Material numerado para fixar às costas dos alunos identificando-os claramente para que o avaliador possa realizar o controle do número de voltas.6.21 3.02 .24 7.22 > 6.03 > 7.273 366 .502 320 .63 5.22 < 2.82 < 2. tal como o odômetro de um automóvel.49 anos < 457 < 366 < 320 < 274 < 366 < 274 < 229 < 183 475 .42 < 4.64 .82 .365 > 456 >365 O teste de natação exige que você nade a maior distância possível em 12 minutos.6.60 1.81 > 6.548 366 .4.03 .731 549 .61 .Teste de Nadar 12 Minutos .42 .228 320 .43 > 8.03 .82 .548 366 .456 274 .42 4.21 .82 4.3.639 503 .Ms.20 4.62 2. mas tentando esforçar-se ao máximo.Anderson Marques Moras 85 .365 183 .41 2.4.61 .6. José Francisco Daniel/ Prof.62 .29 anos 30 . 50 . Meça a distância percorrida pela bicicleta (que pode não ser muito exata) ou por outro método.Excelente Mulheres 13 .3. Trena métrica.7. Materiais: Local plano com marcação do perímetro da pista (p.6.4. Percorra.83 6.Fraca Mulheres Homens III .2.21 . de bicicleta. Ms.02 4.411 274 .21 .43 6.19 anos 20 .4. Para a determinação do nível de aptidão física será necessário comparar o resultado obtido com a Tabela 5 específica para natação ou ciclismo que estão apresentadas abaixo.02 .82 .39 anos 40 .Exercício 6 A partir dos dados: Sexo: feminino Idade: 30 anos Peso: 55 kg Resultado do teste de Cooper: 2800 m Calcule: a) VO 2 max b) METs max c) Kcal max = = = O teste de Cooper pode ainda ser adaptado para a natação(tabela 5) e o ciclismo (tabela 6).19 anos 20 . a maior distância possível em 12 minutos.81 7.03 6.62 > 7.83 > 8.59 anos + 60 anos < 229 <137 229 .9.Muito Fraca Mulheres Homens II .82 .548 412 .6.40 4.22 .Média Mulheres Homens IV .365 366 . Vagner Roberto Bergamo/ Prof. usando o estilo que preferir e descansando quando necessário. Cronômetro e ficha de registro.01 .456 274 .59 anos + 60 anos < 2.42 < significa “menos que”.20 6.63 . Dr.2.02 .319 137 .22 4.273 137 .22 5.5.8.82 4.639 457 .5.01 2.22 5.7.3.81 2.182 274 .43 .411 > 502 > 411 < 229 < 137 229 .5.82 > 6.22 . Tente escolher uma superfície plana. De uma forma geral a metodologia de aplicação é a mesma.Boa Mulheres Homens V .49 anos < 4.365 640 .29 anos 30 .82 .e: quadra poliesportiva).548 549 .6.411 229 .319 183 . PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.22 .7. > significa “mais que”.62 3. 50 .5.546 320 .62 < 3. pedale a favor do vento (que deve estar com menos de 16 km/h) e use uma bicicleta com o máximo de 3 marchas.502 366 .23 .639 457 .61 4. Tabela 6 .60 1.63 . a maior distância possível em 12 minutos.3.42 > 4.62 3.8.81 O teste de bicicleta pode ser usado para avaliar sua aptidão se você estiver utilizando o programa de ciclismo.21 . devendo o avaliado nadar.Média Mulheres Homens IV . > significa “mais que”.5.7. Tabela 7 . TESTE DE RESISTÊNCIA GERAL (9 MINUTOS) População Alvo: Escolares.21 2. ou pedalar.01 5.411 274 .273 549 .319 412 .42 > 9.82 < 1.63 > 7.502 366 .82 .Muito Fraca Mulheres Homens II . numa zona onde o tráfego não constitua problema.02 4.Distância (em metros) nadada em 12 minutos Categoria Capacidade Aeróbica Homens I .4.81 2.41 < 2.81 1.42 .83 .Excelente Mulheres 13 .Fraca Mulheres Homens III .80 < 1.22 > 5.41 .4.456 320 . Se o vento estiver soprando a mais de 16 km/h.61 .Teste de 12 Minutos de Bicicleta (bicicleta com 3 marchas) Distância (em km) percorrida em 12 minutos Categoria Capacidade Aeróbica Homens I.4. O meio mais fácil de realizar o teste é numa piscina de dimensões conhecidas.63 .4.00 3.01 < 1.456 > 731 > 639 > 593 > 548 > 639 > 548 > 502 > 456 < significa “menos que”.02 < 3. 19.62 < 2.7. tendo uma pessoa que conte as voltas na piscina e cronometre o tempo. 178 (v . pois na fórmula de cálculo de VO2max. TESTE DE CORRIDA DE RIBISL & KACHODORIAN População Alvo: Pessoas de amplo nível de aptidão física e faixa etária bem variável. embora possam caminhar eventualmente quando sentirem-se cansados. Metodologia: Basicamente a mesma do teste de Cooper de 12 minutos. Durante o teste. são levados em consideração a idade e o tempo gasto na realização da tarefa. comunicação pessoal): VO2 max ml.min-1 = 33 + [0. Sugere-se que o avaliador calcule previamente o perímetro da pista e durante o teste anote apenas o número de voltas de cada aluno. Metodologia: Neste protocolo.Ms.min-1 = 33 + [0. utilizando a seguinte fórmula (Rocha. deve-se calcular a velocidade. Ao final do teste soará um sinal (apito) sendo que os alunos deverão interromper a corrida. no caso 3200 metros. Informa-se que os alunos não deverão parar ao longo do trajeto e que trata-se de um teste de corrida.133)] VO2 max ml. dando ênfase ao fato de que devem correr o maior tempo possível. Informa-se aos alunos sobre a execução correta do teste.178 ( VO2 max ml.133)] onde: v = velocidade em metros/minuto Exemplificando: Desenvolvendo o cálculo: Distância percorrida: 4000 m Peso corporal: 75 kg v = 4.kg-1. pois o tempo de duração do teste é razoavelmente longo. permanecendo no lugar onde estavam (no momento do apito) até ser anotado ou sinalizado a distância percorrida. Ms. expressa em metros por minuto. José Francisco Daniel/ Prof.min-1 = 33 + [0.Anderson Marques Moras . Dr. A faixa etária varia entre 15 e 50 anos podendo ser utilizado tanto para homens quanto para mulheres.kg-1. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.000 / 15 = 266.133)] 21. 86 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.67 .Procedimentos: Divide-se os alunos em grupos adequados às dimensões da pista.min-1 Exercício (7) Distância percorrida: 3300 m Peso corporal: 95 kg VO2 max ml.kg-1. seguem-se as mesmas recomendações gerais para o teste de Cooper de correr e andar 12 minutos. Entretanto.67 m/min VO2 max ml.min-1 . TESTE DE CORRIDA DE BALKE . 6 e 8 minutos ("Atenção: falta 1 minuto!"). Todos os dados serão anotados em fichas próprias devendo estar identificado cada aluno de forma inequívoca. Observa-se a numeração dos alunos na organização dos grupos.178 (266. Tabela 8 – Avaliação dos Índices de resistência geral 20.kg-1.15 MINUTOS População Alvo: Pessoas já condicionadas ou atletas. após multiplicar o perímetro da pista pelo número de voltas de cada aluno deverá complementar com a adição da distância percorrida entre a última volta completada e o ponto de localização do aluno após a finalização do teste. Os resultados serão anotados em metros com aproximação às dezenas. Desta forma.79 ml. e o de Balke de 15 minutos.kg-1.kg-1. Com o resultado apurado. evitando piques de velocidade intercalados por longas caminhadas. com o tempo gasto para a realização da tarefa registrado em segundos e por serem levados em consideração. informa-se ao aluno a passagem do tempo aos 3. sendo que o tempo de corrida corresponde a 15 minutos. o que o diferencia dos demais protocolos relaciona-se com a fixação da distância a ser percorrida. facilitando assim o registro dos anotadores.min-1 = 56. 37817 (X2) .33.kg-1. fita crepe. menos intenso no início e se tornando mais intenso no final. handebol.Km/h)-(3. A duração do teste depende da aptidão cardiorrespiratória de cada pessoa. usando-se também um cronômetro. Observação: Apesar de o teste apresentar 21 estágios. perfazendo um total possível de 21 minutos (estágios). o fator idade e o peso corporal. sendo máximo e progressivo.0. folhas para anotação.49 ml.15406 (70) VO 2 max = 114. ou seja. o sistema de som emite bips a intervalos específicos para cada estágio. TESTE AERÓBIO MÁXIMO DE CORRIDA DE VAI E VEM DE 20M População Alvo: Crianças. corre em direção a outra.7842 VO 2 max = 60.0.496 .04689 (X1) . cruza esta com pelo menos um dos pés ao ouvir um bip e volta em sentido contrário.Ms.kg-1. Esquema do espaço físico para aplicação do teste: Equações de predição do VO2max em ml/kg/min no teste aeróbico de corrida de Vai-e-Vem de 20m: Pessoas de 6 a 18 anos y = 31.1536 x (idade x Veloc. toca fitas ou toca CD. Ms.min-1 22.7608 . saindo de uma das linhas.238xVeloc.248xidade) + (0. etc. 4 cones.Anderson Marques Moras 87 . e atletas condicionados e descondicionados.1969): VO 2 max = 114. delimitado entre 2 linhas paralelas.496 .0 x Velocidade em km/h no estágio) Onde y= VO2 em ml/kg/min PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Ao final de cada estágio ocorre a sinalização com dois bips consecutivos. Antes do teste é permitido aos avaliados um período de treino para adaptação ao ritmo imposto pela fita. tipo basquetebol. futebol. No protocolo. ocorrendo imediatamente o incremento da velocidade no estágio seguinte. que existe no início das instruções da fita.15406 (X3) ml. participantes de esportes de resistência com característica contínua e de esportes intermitentes. Procedimento: O teste pode ser aplicado para grupos de até 10 pessoas. Dr. devendo cobrir o espaço de 20 metros.0.0.9. Precauções: Fazer a aferição da velocidade no toca fitas.496 .0. José Francisco Daniel/ Prof. jovens e adultos saudáveis.(6. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. fita cassete ou CD do teste.37817 (25) . Material e métodos: Local plano de pelo menos 25 metros.04689 (720) .0. utiliza-se seguinte fórmula (Ribisl & Kachodorian. monitor de freqüência cardíaca. segundo um período padrão de um minuto. voleibol. Com o resultado apurado. poucos são os avaliados que conseguem ultrapassar o 13º estágio.45425 .para o cálculo do VO2max. que correndo juntas em ritmo cadenciado por sistema de som conforme protocolo. Km/h)) Pessoas de 18 anos ou mais y= 24. tênis.10. cronômetro.4 .min-1 onde: X1 = tempo gasto para percorrer 3200 metros em segundos X2 = idade em anos X3 = peso corporal em kg Exemplificando: Idade = 25 anos ⇔ Peso = 70 kg ⇔ Tempo = 12 minutos = 720 segundos Desenvolvendo a fórmula: VO 2 max = 114.025+(3. sendo que a cada bip o avaliado deve estar cruzando com um dos pés uma das 2 linhas paralelas. fita cassete ou CD do teste. distantes 2m um do outro. 88 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.5m antes da linha de início do teste (zona de trote). O teste pode ser aplicado para grupos de até 10 pessoas. YOYO INTERMITENT ENDURANCE TEST População Alvo: O teste é especialmente útil para atletas praticantes de handebol. Procedimento: Duas marcas devem ser colocadas a 20m de distância uma da outra e um terceiro marcador é colocado a 2. folhas para anotação. fita crepe. Quando passa pela linha. retornando para a linha de saída no mesmo ritmo (coincidindo com o próximo sinal). basquetebol. futebol e demais esportes coletivos. por um período de 5 segundos. Dr. O indivíduo inicia a corrida assim que for emitido o primeiro sinal sonoro. completando 40m (ida e volta).Anderson Marques Moras . Ms. cronômetro.Tabela 9 – Especificações para realização do teste de vai e vem 23. Material e métodos: Local plano de pelo menos 25 metros. aguardando o próximo sinal sonoro para iniciar nova corrida. toca fitas ou toca CD. diminui a velocidade e passa a trotar no espaço de 2. ajustando o ritmo para atingir a marca dos 20m no momento do próximo sinal. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. José Francisco Daniel/ Prof.5m. monitor de freqüência cardíaca. 6 cones.Ms. O teste apresenta dois níveis. O objetivo do avaliado é percorrer a maior distância possível. sendo a velocidade aumentada em determinados intervalos. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Dr. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.5 segundos para 2x20m).5m Área de Trote 20m Saída Retorno Observação: Os indivíduos que conseguem completar o estágio 11 do nível 1 devem ser avaliados pelo nível 2 numa próxima ocasião. Precauções: Fazer a aferição da velocidade no toca fitas. Quando não atingir uma das linhas no tempo proposto pela primeira vez deve ter a chance de recuperar o ritmo. usando-se também um cronômetro.5km/h (12. segundo um período padrão de um minuto.As corridas são repetidas até que o avaliado consiga manter o ritmo determinado pelos sinais sonoros. que existe no início das instruções da fita. sendo que quando interromper o teste deve ser anotado o número correspondente ao último intervalo de 2x20m concluído. mas se não atingir o objetivo novamente deve interromper o teste. Antes do teste é permitido aos avaliados um período de treino para adaptação ao ritmo imposto pela fita.Anderson Marques Moras 89 . que corresponde a 18 segundos para 2x20m e o nível 2 é iniciado a 11. Esquema do espaço físico para aplicação do teste: 2. José Francisco Daniel/ Prof. Ms. O nível 1 é iniciado a uma velocidade de 8km/h.Ms. 51 75.Ms.13 51.81 47.25 48.03 72.60 4 10.41 85.50 38.18 35.22 56.48 65.60 20 18.89 44.10 51.03 82.56 43.09 77.40 43.52 65.53 23.43 77.11 45.00 47.0 53.38 65.06 81.83 62.59 32.91 34.27 41.38 64.0 48.82 60.60 50.41 27.61 77.0 82.17 31.43 84.77 66.08 87.34 79.05 49.21 67.54 82.72 74.95 33.30 76.25 81.5 59.81 69.67 67.86 60.29 78.17 79.10 70. José Francisco Daniel/ Prof.89 58.61 64.71 40.53 62.99 83.13 40.68 62.38 44.58 81.62 50.54 71.92 47.47 58.59 44.32 38.27 86. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.90 42.94 69.61 80.01 34.60 56.09 60.09 80.60 12 14.81 68.60 5 10. 3 9.41 72.60 53.75 73.24 33.Anderson Marques Moras .11 61.33 83.44 84.5 71.73 64.66 61.60 21 18.12 55.0 65.60 11 13.58 51.60 75.02 83.24 55.96 50.96 84.61 83.97 80.34 64.51 83.83 69.49 88.35 72.80 57.60 62.0 69.94 46.77 42.56 54.28 73.0 57.59 41.24 43.48 45.36 63.15 39.41 79.95 43.53 80.26 47.61 80.25 74.46 73.38 29.71 48.51 39.5 63.99 72.07 39.29 44.5 76.99 61.44 64.60 54.74 78.20 60.60 15 15.02 51.5 67.62 59.61 71.60 13 14.68 87.46 78.88 59.32 76.98 70.60 Idade 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 n.01 41.16 69.17 62.5 84.93 53.42 49.59 35.47 65. Ms.05 32.83 84.70 79.65 82.77 68.58 26.94 50.21 82.18 30.85 79.98 80.60 2 9.40 68.28 43.60 8 12.0 86.04 45.57 42.89 75.52 75.50 47.15 38.60 7 11.67 47.40 46.79 77.37 57.60 90 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.62 51.69 66.85 50.89 56.18 52.55 58.61 74.5 80.67 70.93 74.89 55.85 70.95 54.41 54.56 71.31 48.48 85.60 16 16.59 29. Dr.59 38.01 75.60 68.24 84.18 74.49 63.91 51.32 71.77 70.35 29.24 52.07 41.11 40.47 25.10 56.60 9 12.60 10 13.75 65.14 73.83 54.83 43. 6 1 8.5 51.86 86.77 53.85 55.64 57.07 68.58 50.00 44.60 6 11.60 59.61 86.69 43.34 66.46 60.16 76.99 59.valores estimativos do vo2máximo de acordo com a velocidade e idade.78 35.0 73.5 88.27 67.30 32.21 48.05 58.64 60.86 41.65 37.45 26.93 72.44 37.58 66.48 83.12 37.88 75.73 54.38 41.17 77..00 46.09 81.03 77.79 67.60 14 15.19 69.71 63.60 65.73 36.60 18 17.0 61.43 53.23 35.52 46.70 56.30 31.61 59.60 19 17.29 55.0 78.32 28.Estágio Velocidade (km/h) Tabela 11 .65 59.21 53.64 85.04 44.36 58.53 36.59 47.48 49.5 55.35 53.32 66.93 85.45 51.04 71.74 34.55 62.86 37.77 83.45 60.60 17 16.21 68.97 47.07 78.5 46.30 57..14 74.73 78.06 49. 5 11 11.5 13 13.5 9 9. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.5 10 10.Anderson Marques Moras 91 .Yoyo intermitente teste – Esquema para controle do teste Nível 1 Nível de Velocidade 1 3 5 6 6.5 12 12.Tabela 12 . Dr.5 14 Intervalos 1 (40) 1 (120) 1 (200) 1 (280) 1 (600) 1 (920) 1 (1240) 1 (1360) 1 (1480) 1 (1720) 1 (1960) 1 (2200) 1 (2440) 1 (2680) 1 (2920) 1 (3160) 1 (3400) 1 (3640) 1 (3880) 1 (4120) 2 (80) 2 (160) 2 (240) 2 (320) 2 (640) 2 (960) 2 (1280) 2 (1400) 2 (1520) 2 (1760) 2 (2000) 2 (2240) 2 (2480) 2 (2720) 2 (2960) 2 (3200) 2 (3440) 2 (3680) 2 (3920) 2 (4160) 3 (360) 3 (680) 3 (1000) 3 (1320) 3 (1440) 3 (1560) 3 (1800) 3 (2040) 3 (2280) 3 (2520) 3 (2760) 3 (3000) 3 (3240) 3 (3480) 3 (3720) 3 (3960) 3 (4200) 4 (400) 4 (720) 4 (1040) 5 (440) 5 (760) 5 (1080) 6 (480) 6 (800) 6 (1120) 4 (1600) 4 (1840) 4 (2080) 4 (2320) 4 (2560) 4 (280) 4 (3040) 4 (3280) 4 (3520) 4 (3760) 4 (4000) 4 (4240) 5 (1640) 5 (1880) 5 (2120) 5 (2360) 5 (2600) 5 (2840) 5 (3080) 5 (3320) 5 (3560) 5 (3800) 5 (4040) 5 (4280) 6 (1680) 6 (1920) 6 (2160) 6 (2400) 6 (2640) 6 (2880) 6 (3120) 6 (3360) 6 (3600) 6 (3840) 6 (4080) 6 (4320) 7 (520) 7 (840) 7 1160) 8 (560) 8 (880) 8 (1200) PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. José Francisco Daniel/ Prof.Ms. Ms.5 7 7.5 8 8. 000 METROS População Alvo: Crianças na faixa etária de 8 a 13 anos de ambos os sexos.5 16 16. O local da avaliação deverá ser preferencialmente em uma pista de atletismo. Dr.5 17 17.Ms.5 18 18. no menor tempo possível. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.kg-1.762 onde: y = tempo de corrida em segundos Exemplificando: 92 Desenvolvendo a fórmula: PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. através de um ritmo contínuo. Ms. José Francisco Daniel/ Prof.5 21 2 (80) 2 (160) 2 (240) 2 (320) 2 (640) 2 (960) 2 (1280) 2 (1400) 2 (1520) 2 (1760) 2 (2000) 2 (2240) 2 (2480) 2 (2720) 2 (2960) 2 (3200) 2 (3440) 2 (3680) 2 (3920) 2 (4160) 3 (360) 3 (680) 3 (1000) 3 (1320) 3 (1440) 3 (1560) 3 (1800) 3 (2040) 3 (2280) 3 (2520) 3 (2760) 3 (3000) 3 (3240) 3 (3480) 3 (3720) 3 (3960) 3 (4200) 4 (400) 4 (720) 4 (1040) 5 (440) 5 (760) 5 (1080) 6 (480) 6 (800) 6 (1120) 4 (1600) 4 (1840) 4 (2080) 4 (2320) 4 (2560) 4 (2800) 4 (3040) 4 (3280) 4 (3520) 4 (3760) 4 (4000) 4 (4240) 5 (1640) 5 (1880) 5 (2120) 5 (2360) 5 (2600) 5 (2840) 5 (3080) 5 (3320) 5 (3560) 5 (3800) 5 (4040) 5 (4280) 6 (1680) 6 (1920) 6 (2160) 6 (2400) 6 (2640) 6 (2880) 6 (3120) 6 (3360) 6 (3600) 6 (3840) 6 (4080) 6 (4320) 7 (520) 7 (840) 7 (1160) 8 (560) 8 (880) 8 (1200) 24. Metodologia: Os avaliados deverão percorrer. a distância de 1000 metros.Tabela 13 . VO 2 max (ml. Com o registro do resultado utiliza-se a seguinte fórmula: (Matsudo.17 .min-1) = 652.5 20 20.Yoyo intermitente teste – Esquema para controle do teste Nível 2 Nível de Velocidade 8 Intervalos 1 (40) 1 (120) 1 (200) 1 (280) 1 (600) 1 (920) 1 (1240) 1 (1360) 1 (1480) 1 (1720) 1 (1960) 1 (2200) 1 (2440) 1 (2680) 1 (2920) 1 (3160) 1 (3400) 1 (3640) 1 (3880) 1 (4120) 10 12 13 13.5 19 19. TESTE DE CORRIDA DE 1.5 15 15.y 6.Anderson Marques Moras . não sendo permitido caminhar durante o teste. 1983).5 14 14. 17 anos) VO2max = 4. 30 minutos de antecedência. que deverão ser atendidas antes da realização de qualquer um dos testes: 1. diferenças significativas não ocorridas durante a infância ocorreram na adolescência.min-1) = 47.29 A capacidade aeróbica das crianças e dos jovens é influenciada do mesmo modo que a dos adultos? A melhora no VO2max com o treinamento em meninos e meninas é um tanto complicada pelo processo de maturação. Isso não foi um achado universal.min-1 (valor relativo). José Francisco Daniel/ Prof. Ms. A medida que a idade aumenta. ou seja. apresenta relação inversa. solicitar a presença do avaliado com. ter o cuidado de orientar a vestimenta adequada para o avaliado. incluindo tênis. observou-se que o VO2max aumentou com a idade no sexo masculino até o final da adolescência. 7. De fato. deverá ser realizado um exame médico prévio com o objetivo de verificar se o indivíduo encontra-se em condições físicas ideais para a realização do teste. comprovadamente. mas se estabilizaram durante a adolescência. pode-se ter caminhada ou corrida.min-1) pode ser calculado através das seguintes equações: Meninos (6 . sendo dado preferência para o horário da manhã. por questões de tamanho e o crescimento exerce uma influência mais importante do que o treinamento. influencia o VO2max. Quando analisado os valores em l.30 Meninas (6 . tanto a força quanto a capacidade aeróbica são fortemente influenciadas pelo tamanho (Watson e O’Donovan. 5.762 VO 2 max (ml. vamos aqui fazer esta diferenciação novamente. dependendo da estatura do indivíduo. em princípio.Anderson Marques Moras 93 . que aumenta sua taxa de gordura percentual em relação ao sexo masculino.84 VO2max = 0. porém está claro que até o final da puberdade os efeitos do treinamento são muito menos acentuados. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Agora que já foram apresentados vários tipos de protocolos.64 Em crianças e adolescentes o VO2 máx previsto (l. Assim sendo. ao passo que os de Daniels e Oldridge não.36 (altura/m) . A constituição corporal (proporção entre gordura e massa corporal magra) é outro fator determinante contribuindo. Considera-se como caminhada as velocidades até 100 m/min. tornando a interpretação mais difícil. A taxa de crescimento pondo-estatural. o comportamento físico do avaliado durante a realização do teste. EQUAÇÕES GERAIS PARA DETERMINAR O VO2 MAX EM TESTES DE PISTA Como para aplicação dessas fórmulas é necessário a distinção entre caminhada e corrida. atentamente. Entre 100 e 134 m/min. Há poucas evidências a sustentar a idéia de que o treinamento tenha um efeito particularmente acentuado e de longa duração no jovem.1. As capacidades físicas das crianças parecem ser determinadas.053 (peso/kg) .Idade: 10 anos Tempo do teste: 5:30 = 330 segundos VO 2 max (ml. 25. Quando analisado em ml.17 anos) VO2max = 2. Dr. portanto.kg-1. mostrando que o peso corporal tem importante influência no gasto energético do exercício. Em crianças e adolescentes. o estado inicial de aptidão e a sua relação para uma possível melhora.4. o VO2max foi maior no sexo masculino desde a infância.kg-1. essa relação diminui gradualmente e os efeitos do treinamento tornam-se mais significativos.min-1) = 652. 1977. menor será sua melhora. procure observar. ANDERSEN (1972). Os dados de Ekblom. Davies et al. OLIVEIRA (1982) e BERGAMO (1996).55 VO2max = 0.Ms.17 . enquanto que no sexo feminino os valores progrediram durante a infância.029 (peso/kg) . A avaliação dos resultados mostra que os valores iniciais de Daniels e Oldridge são muito mais altos do que os dos outros. 2. deve-se evitar condições ambientais extremas. orientar o avaliado para não realizar uma refeição com um intervalo de pelo menos 2 horas e meia antes e de 2 horas depois do teste. Sherman.25 (altura/m) . o contrário acontece com o indivíduo que apresenta VO2max baixo. 6. inclusive. conforme demonstrado em várias investigações (ADMS (1961). do tamanho de sua passada e de sua eficiência mecânica. Acima de 134 m/min os indivíduos estarão correndo.kg-1. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. o que torna difícil a previsão do gasto energético nessa faixa de velocidade.0. embora outras variáveis contribuam na sua determinação.0.330 6. O treinamento físico também é outro fator que influência o VO2max . 3. interrompendo-o imediatamente ao sinal de alguma anormalidade.min-1 (valor bruto). para o declínio da capacidade máxima das adolescentes. veja algumas recomendações genéricas. A capacidade aeróbica máxima tem no dote genético seu fator determinante principal. 4. Larsson e colaboradores e Lussier e Buskirk mostraram significativa melhora com o treinamento. antes da realização dos testes é aconselhável um período mínimo de aquecimento. o oposto está mais próximo da verdade. conforme demonstrado por diversas investigações. 1972). pelo menos. quanto mais alto o indivíduo apresentar o seu VO2max. b) peso corporal. O metrônomo é um acessório importante.5 = consumo basal de O2 (MET) * Caminhada em plano inclinado. José Francisco Daniel/ Prof.min-1) v = velocidade m/min 0.2 = a necessidade de O2 para correr 1 m/min = 0. conforme a estrutura do banco. Entre os itens básicos para a construção de um banco incluem-se: a) material rígido. Componente vertical VO2 = % inclinação x v (m/min) x 1. O cálculo do VO2 deve ser dividido em duas partes: Componente horizontal. Para o cálculo do trabalho físico deve-se considerar: a) altura do banco. respectivamente. basicamente. além de não necessitar de qualquer tipo de calibração (Lange et al.kg-1. e confortavelmente. tapete ou esteira rolante.kg-1. dos mais simples aos mais complexos. VO2max = v (m/min) x % elevação x 1. b) superfície com material antiderrapante.. Ms. Componente horizontal. 26. Dr.min-1 * Corrida em plano inclinado.1 + 3. É indicado quando do estudo de grandes populações.8 1. 1971). O VO2 é obtido pela soma dos componentes horizontal e vertical. é interessante observar algumas informações básicas sobre os mais diversos tipos de ergômetros existentes.5 (ml. durante a realização de um teste utilizando o banco. 94 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. podendo ser constituído de um ou dois degraus.8 = constante referente ao consumo de O2 necessário para realizar um trabalho de 1 kgm. sua facilidade de transporte.Anderson Marques Moras . A altura do banco varia conforme o protocolo escolhido. seu baixo custo de aquisição. para assegurar o ritmo ideal de execução do movimento por parte do avaliado. O gasto energético previsto para a fase de descida é estimado em um terço do gasto de subida.1 = constante referente ao consumo de O2 necessário para caminhar l m/min.Ms. O ritmo de trabalho poderá ser de quatro ou seis tempos. Calculado como no item anterior.5 0.5 0. 3. um instrumento que mede o trabalho físico.5 = fator de correção para a ausência do atrito do ar.2 ml. PROTOCOLOS DE TESTAGEM UTILIZANDO ERGÔMETROS Considerações gerais na utilização da ergonometria: Antes de apresentarmos qualquer tipo de protocolo utilizando um ergômetro. Componente vertical no solo. sobre o degrau. bicicleta ergométrica.8 x 0. c) os degraus deverão possuir largura suficiente para permitir que o testando coloque seu pé por completo. Você pode estar se perguntando.Caminhada horizontal: VO2 max = v (m/min) x 0. Existem várias formas de ergômetros. As principais vantagens da utilização do banco como ergômetro incluem a independência de luz elétrica. o que vem a ser um ergômetro? Um ergômetro é. encontrando-se valores entre 4 e 52 cm. Vejamos as principais caraterísticas de cada um: TESTES DE BANCO Banco: É o mais primitivo de todos os ergômetros. c) ritmo de trabalho. O VO2 é obtido pela soma dos componentes horizontal e vertical Corrida em plano horizontal (v > 134 m/mi) VO2max = v (m/min) x 0. Entre os mais conhecidos e utilizados temos: banco.8 Componente vertical na esteira VO2max = v (m/min) x % elevação x 1. Calculado como no item anterior. de um ou dois degraus.2 + 3. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. a movimentação dos braços auxiliando no deslocamento. e 3o. Índice = (duração do exercício em segundos) x 100 2 x (soma da FC de recuperação) onde: FC = freqüência cardíaca Exemplificando: Um indivíduo do sexo masculino de 25 anos de idade.79 80 .Índice de Aptidão do Banco de Harvard Forma Longa ÍNDICE Abaixo de 55 55 . e mais apto. Em todos os protocolos utilizando o banco é permitido. dependendo da altura do banco. tornando de certa forma.Considerações: Este tipo de ergômetro permite um trabalho de fácil execução. Índice = 4) ( 300) x 100 = 2x (154 + 130 + 100) 30000 = 39 768 com o resultado do índice observa-se a Tabela 7.89 Acima de 90 APTIDÃO Fraco Abaixo da média Média Bom Excelente Fonte: Mathews. onde a contagem da FC é feita em apenas um momento. entre um e um minuto e meio. clubes e principalmente academias. principalmente para o público feminino. deve-se medir a pulsação. muito útil sua aplicação em escolas. contando-a durante 30 segundos.Anderson Marques Moras 95 . José Francisco Daniel/ Prof.C. Para indivíduos obesos. 2o. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. torna-se difícil o monitoramento da pressão arterial e do eletrocardiograma (E. A técnica correta impõe a necessidade de um apoio completo dos pés sobre o ergômetro.T: (Canadian Aerobic Fitness Test) Os cinco protocolos inicialmente citados. em três momentos diferentes. 2) após o término do estágio. 28. Ms. veremos a seguir suas peculiaridades..A. é importante que o avaliado tenha uma boa noção espaço-temporal. PROTOCOLO DE BANCO DE HARVARD É constituído de carga única com uma altura de 50. apresentou após 5 minutos de teste a freqüência cardíaca de 154 bpm.G.8 cm. 130 bpm e 100 bpm no 1o. entre eles temos: Harvard Balke Nagle Kacth & McArdle Master Astrand Kasch C. A metodologia específica da aplicação do teste inclui os seguintes procedimentos: 1) o avaliado deverá manter um ritmo constante de 30 passadas por minuto.64 65 . diminuindo em muito a margem de segurança do avaliador.F.Ms. até completar cinco minutos. apto. 1980 5) é possível uma segunda abordagem utilizando o banco de Harvard conhecido como forma abreviada. PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO UTILIZANDO BANCO O banco constitui o ergômetro mais simples de ser utilizado. Dr. e não apenas a ponta dos pés.). e conclui-se que o índice de aptidão é fraco. minuto após o teste. Um dos erros mais comuns durante a execução. Tabela 14 . para coordenar o ritmo de passada preconizada pelo teste. Caso não se disponha de um metrônomo. relaciona-se ao apoio inadequado dos pés. a população ideal para aplicação deste teste é constituída por homens jovens. 27. Foram desenvolvidos protocolos utilizando o banco. O principal objetivo do protocolo é classificar a população em três níveis de aptidão: menos apto. o maior tempo possível. utilizando com o resultado apurado a seguinte fórmula (Mathews 1980): PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. 3) com os dados apurados tem-se forma longa obtida pela fórmula (Mathews. a altura do banco poderá induzir a um fator antropométrico limitante. dois minutos e dois minutos e meio e três minutos e três minutos e meio. correspondem aos mais utilizados. Qual é o índice de aptidão deste indivíduo segundo Havard. Em alguns protocolos.1980). sendo ideal para o estudo de grandes populações que não apresentam fator de risco importante. pode ser contra-indicado devido a ação dos microtraumatismos. Devido à dinâmica corporal. entre um minuto a um minuto e meio após a interrupção do teste. ao final do terceiro minuto de exercício.82 5. o resultado final dará o VO 2 max em ml.81 .Harvard forma longa: . PROTOCOLO DE BANCO DE KACTH & MCARDLE É constituído de carga única com uma altura de 41 cm.95 ml.5 x 154 Com o resultado verifica-se a Tabela 8. o tempo de duração do teste corresponde a 3 minutos. 96 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.(0.33 . PROTOCOLO DE BANCO DE ASTRAND Neste protocolo também se utiliza um único estágio.·. O valor encontrado deverá ser multiplicado por 4 e o resultado da multiplicação colocado na fórmula.4 5.kg-1. 2.81 . 3. a freqüência da passada deverá corresponder ao ritmo de 24 e 22 passos por minuto para homens mulheres respectivamente.5 ml.1847 x 140) VO2 max = 39. Tabela 15 .(0.min-1.Índice = (duração do exercício em segundos)x 100 5. porém diferenciado segundo o sexo. 1984): Homens * VO 2 max = 111.min-1 30. I = 77.Ms. 1980 Exemplificando: .Índice de Aptidão Banco de Harvard Forma Abreviada ÍNDICE Abaixo de 50 50 .1847 x FC do final do teste) Exemplificando: Homem: FC atingida no final do teste = 152 Mulher: FC atingida no final do teste = 140 Aplicação da fórmula: VO2 max = 111.kg-1. Ms. enquanto o pulso é aferido num intervalo de 15 segundos.min-1 Aplicação da fórmula VO2 max = 65. José Francisco Daniel/ Prof.33 Resultado: Índice de Aptidão: Médio Resultado: Índice de Aptidão: Bom 29.42 x FC do final do teste) Mulheres * VO 2 max = 65.42 x 152) VO 2 max = 47.Havard forma abreviada: Dados: FC [1] = 70 FC [2] = 60 FC [3] = 50 Dados: FC = 70 Duração = 300 segundos Tempo de duração: 5 minutos x 60 seg. = 300 segundos Fórmula: Índice = 300 x 100 . sua aplicação é indicada para uma população de homens e mulheres em idade universitária.(0. Dr. o participante permanece de pé.5 x 70 Fórmula: Índice = 300 x 100 2x(70+60+50) ·'· I = 83.Anderson Marques Moras .33 . Vagner Roberto Bergamo/ Prof.5 x FC Seguindo o exemplo anterior teremos: Índice = (300) x 100 = 35. encontrando o índice de aptidão fraco. 4.( 0.80 Acima de 80 APTIDÃO Fraco Médio Bom Fonte: Mathews. aconselha-se o uso do metrônomo.kg-1. 5) com o resultado da FC apurada aplica-se a seguinte fórmula (Katch & McArdle. começando 5 segundos após a interrupção do teste. A metodologia específica do teste inclui os seguintes pontos: 1. desde que possuam bom condicionamento físico. 40 e 50 cm. N = número de descidas e subidas por minuto. desde crianças em torno de 10 anos até idosos na faixa etária dos 60 anos. sem interrupção. o ritmo de trabalho deverá ser mantido em 30 passadas por minuto até o indivíduo completar 6 minutos. a troca de estágio através da troca de banco.kg-1. Astrand indica seu protocolo para ambos os sexos com idades compreendidas entre 15 e 40 anos. 2. 2) após três minutos de trabalho constante com o banco. 20.min-1 = 41.kg-1 .42 Resultado em METs = 11.min-1 Resultado em ml.5 = trabalho horizontal adicionado ao movimento vertical.78) + 10. com os dados coletados (FC + peso corporal).9 1. 1. 4) um dos critérios para encerrar o teste corresponde ao avaliado atingir 85 a 90 % da freqüência cardíaca máxima.min-1 Obs. Cálculo do VO2: VO2 max ml. Exemplificando: Homem * FC = 162 bpm * Peso = 70 kg Resultado: VO2 max previsto: 2.83 Resultado em Kcal = 14. 5) com o final da realização do teste aplica-se a seguinte fórmula para o cálculo: VO2max ml. prevista: Fórmula ideal -* Sheffied FC max = 205 .33 x 1.: Outras Formas de Cálculo da FC max Estão Apresentadas na Tabela 23 32. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.kg-1. 30.80 ml. 8.5 onde: H = altura do último banco completada em metros.min-1 utilizando um nomograma conforme a Figura 3 em Anexo (Astrand & Rodahl. deverá ser feito a determinação do VO2 max l.Ms.78 = ml de O2.: O avaliado atingiu sua FC max no final do terceiro estágio. PROTOCOLO DE BANCO DE BALKE Nesta técnica destaca-se o uso de cargas variadas durante o decorrer do teste. 1987). Leite(1986) apresenta os procedimentos que incluem a metodologia para a aplicação do teste de banco de Balke: 1) após um aquecimento inicial.30 x 30 x 1. 44. Este teste apresenta uma característica interessante. 4. 20. O objetivo principal deste teste é identificar o nível de aptidão física do avaliado através do VO2 max com o resultado expresso em l. 10.5 Figura 3 (em anexo) Nomograma de Astrand para determinação do VO2 cicloergometria (Astrand & Kodahl.33 x 1. antes da realização do teste deve-se mensurar o peso corporal total do avaliado. 32. 40. é processado. devido à sua carga múltipla.kg-1. 3.5 VO 2 max = 31. e seu resultado multiplicado por 4.42 x 25) FC max = 194 Obs. max utilizando protocolos de banco ou 31. Exemplificando: Indivíduo com 25 anos Condição atlética: destreinado FC max.m de trabalho.Para o masculino a altura do banco deverá ser de 40 cm. 3) ao fim de cada estágio de três minutos verifica-se a freqüência cardíaca. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. começa a subida e a descida numa freqüência de 30 passadas por minuto. 12. 28. Dr.(0.min-1 A metodologia específica inclui os seguintes procedimentos: 1.Anderson Marques Moras 97 . necessário para 1 kg.78) + 10. 48 e 52crn. permite que um grande número de pessoas possam ser avaliadas por esta técnica. PROTOCOLO DE BANCO DE NAGLE Este protocolo apresenta carga variada com a altura dos bancos progredindo da seguinte forma: 4. 1987).(0. Ms.42 x idade) FC max = 205 . 1. José Francisco Daniel/ Prof. 36. 16. 24.33 = trabalho positivo (ascendente) e mais 1/3 para o trabalho negativo (descida).min-1 = (H x N x 1. já para o feminino recomenda-se um banco com 33 cm. Os bancos possuem cinco alturas diferenciadas correspondendo a 10. a contagem da FC deverá ser feita imediatamente após a interrupção do teste durante 15 segundos.min-1 = (0. com nível de precisão de 5 Watts. em período de recuperação pós cirúrgico. de acordo com sua posição na escala (0 a 350 Watts).min-1 = l .Ms. a calibração do ergômetro deverá ser feita por pessoal especializado.kg-1 .kg-1 . 4) indicações para a altura inicial do banco: jovens sadios 28 cm. a partir da seguinte fórmula: VO2 max ml. que apresentam as seguintes características: frenagem elétrica.min-1 = -1 l .875 x 16 + 7.0 Exemplificando: Indivíduo de 40 anos caracterizado como de alto risco FCM = 155 bpm Aplicação da fórmula: Resultado: atingiu a FCmáx no quarto estágio VO2 max ml. É também o mais adequado para pessoas obesas. corresponde um excelente instrumento para ser utilizado em escola. do último min. Resistência com Pesos: O mecanismo básico desenvolvido por Von Dobeln. a escala de graduação de carga é mais ampla (0 a 500 Watts). Vagner Roberto Bergamo/ Prof. possuem dois tipos de modelos: com o uso de pesos. para evitar interferências eletromagnéticas. cardíacos. 2) a escolha da altura do banco no qual se iniciará o teste dependerá do exame médico prévio. e mulheres em período pós gestacional. da idade e do sexo.min-1 Agora que já se tem conhecimento de vários tipos de protocolos.0 VO2 max = 21 ml. Dr. Ms. consiste em um peso que. para não alterar a eficiência mecânica.min-1 = 0. Bicicleta com Frenagem Elétrica: O mecanismo básico consiste no avaliado operar um dínamo que gera uma determinada potência elétrica.875 x altura do banco em cm) + 7.kg-1 . Recomendações: A freqüência de pedalada deverá ser constante.Anderson Marques Moras . é possível calcular o VO2 max. Por sua facilidade na altura dos primeiros degraus. pelo peso total e dimensão. segundo Leite (1986): 1) a velocidade de movimento (subida e descida) deverá corresponder ao ritmo de 30 passadas por minuto. A metodologia de aplicação deste teste inclui os seguintes aspectos. 5) após o término do teste.kg-1 . TESTES ERGOMÉTRICOS Bicicleta: Existem quatro tipos de bicicletas ergométricas no mercado nacional.kg-1 . do grau de atividade física do avaliado. 3) o tempo de duração de cada estágio corresponde a 2 min. tente resolver os dois exercícios propostos a seguir: Exercício (8) A partir dos seguintes dados: Protocolo de Nagle Sexo: masculino Idade: 35 anos Peso: 83 kg Altura do último banco: 48 cm Calcule: a) VO2 max : ml. fará com que o testado tenha que executar um determinado trabalho para 98 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. é aconselhável manter o equipamento distante de campos magnéticos fortes.min-1 = (0.O teste de banco de Nagle pode ser aplicado desde crianças com 6 anos até idosos com 70 anos. sujeitos de alto risco 4 cm e atletas que deverão ser avaliados com protocolos em cicloergômetro ou em esteira rolante. adultos sedentários 12 cm. min = b) METmax = b) METmax = c) Kcal max = c) Kcal max = 33. frenagem mecânica com resistência de pesos ou de ar e frenagem iônica. apresenta dificuldade de transporte. José Francisco Daniel/ Prof. e através da resistência do ar. min-1 = Exercício (9) Protocolo de Astrand Sexo: feminino Idade: 25 anos Peso: 6O kg F. Bicicletas com Frenagem Mecânica: As bicicletas que utilizam o recurso de frenagem mecânica. existe uma variação entre 40 de 110 rpm. Principais Vantagens: Como não existe uma freqüência extremamente acurada para que um determinado trabalho seja realizado.: 152 Calcule: a) VO2 max: ml.C. Principais Desvantagens: Não leva em consideração que a eficiência mecânica sofre variação com um ritmo de pedalada entre 40 e 110 rpm. José Francisco Daniel/ Prof. requer que o avaliado saiba pedalar. além da velocidade em km/h. inclinação do tronco à frente. Existem modelos sofisticados que utilizam computadores. nível de ruído elevado. Devido a este mecanismo. discriminação da escala com grande amplitude (25 Watts). devido ao custo elevado. em cujos os aros existem pequenas pás. Por isso. maior facilidade de registro do ECG. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms. é coloca-lo para caminhar a uma velocidade de 4 km/h. que pode ser controlada por meio externo em várias velocidades. ao número de resoluções por minuto. menores níveis de duplo produto. passadas curtas. o nível de ruído é baixo.Ms. Agora que você já está familiarizado com as principais características de cada ergômetro. maior será a facilidade. da pressão arterial e da ausculta durante o exercício físico. As variáveis de sobrecarga da esteira rolante incluem: velocidade e ângulo de inclinação. Em geral a esteira oferece uma faixa de trabalho angular de 0 a 25%. Principais Desvantagens: Escala de carga pequena (0 a 350 Watts). quando do primeiro contato do avaliado com a esteira. além do comprimento da fita de frenagem.pedalar que será diretamente proporcional à inclinação do peso. é possível programar trajetos com variação de resistência feita pela própria máquina. preferida em estudo de campo. até uma corrida com alta intensidade.Anderson Marques Moras 99 . Cicloergômetro (bicicleta ergométrica) Principais Vantagens: Permite pequenos aumentos de carga. em alguns casos. que oferecem uma resistência ao ar progressivamente maior. mais elevado. o tempo do exercício. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. transporte praticamente inviabilizado devido ao peso e dimensão. apresenta uma ampla aplicação na Medicina e Educação Física. sendo necessário faixas maiores para atletas de alto nível. possuir controles de parada instantânea. Cicloergometria x Esteira Rolante: A seguir serão listadas as principais vantagens e desvantagens da utilização do cicloergômetro e da esteira em um teste ergométrico. Uma boa esteira deve apresentar algumas caraterísticas em sua composição: permitir amplas variações de velocidade e inclinação. comumente observado nos testes máximos em esteira. antes que um nível adequado de exercício tenha sido atingido. existe em pequeno número no Brasil comparado a outros países. pressão arterial média e freqüência cardíaca. possui uma técnica mais simples no manuseio do instrumento. fácil de ser transportado. Quando da avaliação de idosos. e quanto mais afastados. onde são registrados. o peso corporal interfere no trabalho físico realizado. maior será a dificuldade para pedalar. possuir uma faixa útil de pelo menos 2 metros. facilidade de transporte. observados durante a utilização da esteira rolante em uma avaliação. Como procedimento ideal. menor stress ao sistema cardiovascular. O mecanismo básico de funcionamento é por uma esteira móvel onde o avaliado se desloca. forma mais fácil de prescrição de exercícios. fadiga precoce do quadríceps femural. conforme a força de pedalagem e ângulo de localização (REPCO). Esteira Rolante Principais Vantagens: Usa um tipo comum de exercício (caminhar/correr). Dr. Deve-se tomar um cuidado especial com inclinações superiores a 20%. vamos apresentar os principais protocolos utilizados. Bicicletas com Frenagem Iônica: Seu mecanismo de funcionamento baseia-se na relação iônica de dois ímãs. desde uma caminhada lenta. impõe para o mesmo VO2 max. A angulação ideal de trabalho gira em torno de 5%. correr não mantendo um equilíbrio nas duas pernas. o que torna muito mais agradável o exercício. Dentre os erros mais comuns. pode ser utilizado em diferentes posições. para o avaliado e para o avaliador. menor custo financeiro para aquisição e manutenção. maior dificuldade de registro do ECG. a esteira é um ergômetro sofisticado. possuir suporte de apoio na frente e nos lados. fácil calibração. Principais Vantagens: Independe do fornecimento de energia elétrica. Esteira ou Tapete Rolante: Em nosso país. correr olhando para o solo. ou seja. utiliza uma massa muscular maior. Principais Desvantagens: O cicloergômetro envolve uma menor massa muscular durante o exercício que a esteira. e pressão arterial. permitir ao avaliado que apoie as mãos no suporte lateral ou frontal. destacam-se: deslocamento com os joelhos fletidos. obrigando em geral o avaliado a terminar o teste sem atingir um VO2max. o ritmo de pedalagem. para um mesmo VO2 max o débito cardíaco e igual ou menor e o volume sistólico é menor ao observado na esteira rolante. Principais Desvantagens: Custo financeiro de aquisição e manutenção elevados. pois poderão induzir a uma lombalgia intensa e fadiga muscular localizada. Resistência com Ar: O mecanismo básico de funcionamento consiste em uma roda de bicicleta. o consumo em Kcal e a freqüência cardíaca. é importante adaptar o avaliado ao ergômetro. independentes. Quanto maior a aproximação dos ímãs. 100 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. A fórmula para o cálculo do trabalho é a seguinte: W = F x S x RPM onde: W = trabalho produzido em ml. o indivíduo mais magro irá ter um VO2 relativo maior.8 ml x kg-1 x min-1) é aumentado de 0. c) se não estiver na posição zero. A potência mecânica (em kg x m x min-1) é determinada pelo produto da resistência aplicada ao pedal (kg ou kp). são importantes algumas informações técnicas. Um segundo item que o avaliador. b) regulagem do selim: a perna deve ficar em extensão quase que completa. percorrem 6m x rev-1 e 3m x rev-1 . e a freqüência de pedaladas por minuto é independente do peso do corpo. o custo de O2 do trabalho vertical ou resistência (1. Dr. deve observar é a relação avaliado e cicloergômetro. se for expresso em relação ao peso corporal (isto é. Não existe componente horizontal para a bicicleta ergométrica já que ela é estacionária. ou o avaliado não se sinta "preso" no movimento de pedalar. o nível de trabalho mecânico ou potência do ciclista está relacionado à resistência de pedal instalada. porém modificam sensivelmente a biomecânica do movimento. Os dois ergômetros mais comuns. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. desta forma é importante observar os seguintes aspectos: a) regulagem do guidom: deve estar em uma posição que permita a verticalidade do tronco do avaliado. Este termo de potência deve essencialmente ser convertido em unidades Sistema Internacional preferencial (SI) pelo uso da relação 1 W = 6kg x m x min-1. O componente de repouso de consumo de O2 (corrigido para o peso corporal) é no vamente somado para a obtenção do VO2 total.Ms. uma determinada pessoa pesando 60 kg irá ter o mesmo VO2 absoluto (isto é. Monark e o Tunturi. a distância percorrida por este peso na rotação (m x rev-1).2 ml x kg-1 x min-1. 4.Anderson Marques Moras .min-1 RPM = rotações por minuto F = resistência em kg S = distância teórica percorrida em revolução do pedal. c) a posição dos pés junto ao pedal: deve ser feita de forma a não apoiar o eixo medial dos pés. em l . Um procedimento prático é fazer uma marcação em centímetros no canote que regula o selim. Ms. quando o pedal está em sua posição mais baixa. principalmente se o avaliado for ciclista ou tri-atleta. e 6 kg observando se o procedimento do mostrador corresponde aos mesmos.min-1). que é de: 6m / Monark e 3m / Tunturi Como exemplo: apresentamos um cálculo de trabalho efetuado nestes dois modelos de cicloergômetros mecânicos ajustados em seus mostradores para carga de 5 kg à 50 RPM: MODELO MONARK W = F x S x RPM W = 5kg x 6m x 50 RPM W = 1500 kgm/min MODELO TUNTURI W = F x S x RPM W = 5kg x 3m x 50 RPM W = 750 kgm/min Para cálculo completo desta fração adicional de trabalho. relativas a este ergômetro e sua forma correta de manuseio. PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO UTILIZANDO CICLOERGÔMETROS Antes da apresentação dos mais variados protocolos de avaliação existentes utilizando o cicloergômetro. A altura do selim será ideal quando não houver movimentos de quadril. ml. Verificar se a bicicleta está nivelada.kg-1.kg-1. ajustar o parafuso que está à frente da bicicleta. para bicicleta à soma destes dois valores ou 2. respectivamente. As pedaleiras podem ser utilizadas. O apoio ideal será aquele onde a ponta do pé fique fora do pedal. Assim. e o número de rotações por minuto (rev x min-1). ou kg x m x min-1 = (kg) x (m x rev-1) x (rev x min-1).34. Regulagem do Cicloergômetro: No processo de regulagem do cicloergômetro (mecânico com pesos tipo Monark) deve-se realizar os seguintes procedimentos: a) pôr a carga em zero (pêndulo zero).0 ml x kg-1 x min-1 . Regulagem do Cicloergômetro: A VO2 pode ser avaliado com precisão razoável para níveis de trabalho entre 300 a 1200 kg x m x min-1 (50 a 200 watts). José Francisco Daniel/ Prof. o calcanhar ou a ponta dos pés. a região metatársica perfeitamente apoiada no pedal e o terço posterior do pé fora do pedal. d) colocar pesos de 2. min-1 ) em uma determinada potência mecânica na bicicleta ergométrica que uma pessoa pesando 90 kg. b) soltar a cinta de frenagem. assim sendo. Entretanto. Exceto nos casos de obesidade excessiva ou indivíduos muito leves. A escolha do tipo de protocolo a ser utilizado depende. Os procedimentos gerais metodológicos prévios.5 ml x kg x min -1 -1 1 MET ≅ 1 kcal x kg x h -1 1 MET ≅ 1. necessariamente no risco do avaliado vir a manifestar algum comprometimento cardiológico. os protocolos de avaliação máxima serão os mais indicados. O primeiro tende a levar o avaliado ao máximo de sua captação de O2 enquanto no segundo o valor de VO2max é obtido através de uma previsão sem.6 km ou 1600 metros 1 milha x h-1 = 26. para todos os protocolos. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. o que corresponde a 18-21. é sempre aconselhável. seja ele qual for. V. podemos dividir a avaliação da resistência aeróbica utilizando o cicloergômetro em protocolos com intensidade máxima e submáxima. Dr. são os mesmos. Basicamente. variando apenas a forma de aplicação da técnica de avaliação.O uso do cicloergômetro em um teste ergométrico implica em ter alguns cuidados especiais: a) durante o teste.S. portanto impor um stress orgânico intenso durante a realização do teste. b) se o equipamento for utilizado durante um longo período de tempo.1 kg x m x min-1 = 6. f) o ritmo ideal de trabalho para a maioria dos protocolos gira em torno de 50 . ⇒ Bruce Obs.Ms.M. a execução de um aquecimento prévio antes da realização do protocolo. no caso do cicloergômetro mecânico.R.0175 kcal * 1 km ≅ 0. Como procedimento metodológico geral. serão mais indicados para pessoas com a faixa etária superior a 30 anos.8 m x min-1 1 kg = 1 kp = 9. existe a possibilidade de alteração da posição do pêndulo. o avaliado deverá levantar se do selim. Tabela 16 . bem como para os atletas. Para facilitar a aplicação do teste. Para minimizar este risco. 1996 Tipos de Protocolos com Cicloergômetros: A utilização da cicloergometria.C. em nenhum momento. o testado deverá continuar pedalando com cargas próxima a zero. Procedimentos para a realização de um teste ergométrico: A realização de um teste ergométrico implica. para os protocolos utilizando cicloergômetro.0 mi x h-1 1 MET ≅ 0. Existem vários protocolos utilizando este ergômetro. c) se um indivíduo emprega mais força sobre um pedal do que sobre o outro. com algum tipo de fator de risco coronariano primário presente.0kg x m x min-1 -1 -1 1 MET ≅ 3. d) antes do teste é necessário um aquecimento que facilitará a adaptação do avaliado ao ergômetro.6 km/h. provocará uma alteração na posição do pêndulo. dentre os mais conhecidos e utilizados entre a comunidade científica destacam-se as técnicas de: ⇒ Fox ⇒ Astrand (submáximo) ⇒ Balke ⇒ Jones ⇒ Rocha ⇒ Astrand (máximo) ⇒ A. é PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.60 rpm. da população alvo e do objetivo a ser empregado.8 ml x O2 1 watt = 1 j x s-1 = 1 N x m x seg-1 1 watt = 6. sem o hábito de prática de atividade física regular e na ausência de um médico ou de alguns equipamentos de segurança. Os protocolos de avaliação submáxima. permitindo assim uma recuperação mais rápida.625 kcal * * modificado por BERGAMO.6 km x h 1 MET ≅ 1. é amplamente difundida em todo mundo. De uma forma geral para aquelas pessoas que apresentam um baixo risco coronariano. e) depois de encerrado o teste. basicamente.: todos os procedimentos de regulagem do cicloergômetro são iguais em sua aplicação independentemente do tipo de protocolo.8 N 1 kg 2. com menos de 30 anos e que realizam atividades físicas rotineiras. José Francisco Daniel/ Prof.Anderson Marques Moras 101 . de forma geral. pede-se que o avaliado mantenha o ritmo em torno de 20 km/h. principalmente na Europa. Ms.2 kj 1 litro O2 ≅ 5 kcal 1 kg x m ≅ 1.. como forma de avaliação da capacidade aeróbica.2 lb 1 kcal = 4.Conversões e Relações úteis DISTÂNCIA VELOCIDADE PESO TRABALHO POTÊNCIA 1 milha = 1. pela S. indicam a conscientização do avaliado sobre os riscos previsíveis do procedimento de testagem. as indicações e as possíveis contra-indicações à realização do exame. mais recentemente. comunicar qualquer tipo de alteração no estado de saúde ocorrida nas 24 horas que realização do teste. para avaliar. chegar ao local de avaliação com pelo menos 20 min de antecedência. isento de alterações eletrocardiográficas atípicas. com a PAmax inferior a 190 mmHg e a mínima a 120 mmHg. estando ciente de sua forma de execução de eventuais sintomas. conseqüente. com FC abaixo 100 bpm. Antes da realização do teste ergométrico. evitar abusos e excessos na noite anterior. O termo de consentimento de realização do teste ergométrico é indicado pelo A. para que. em 1974 (Rocha et al. 3. caso possua. A seguir serão apresentados vários requisitos que são necessários para a realização de um teste com total segurança. trazer. com intervalo de 4 horas do uso de nitritos de ação rápida. isento de qualquer doença infecciosa em evolução. onde necessariamente inclui-se o registro do ECG.aconselhável uma série de procedimentos. (Sociedade Brasileira de Cardiologia. (1986) e. que o paciente esteja: 1. 5. providenciar vestimenta adequada para realização do teste (bermuda e tênis). Para a realização do teste ergométrico. 5. deverá haver um exame clínico geral. 1976) recomenda como pré-requisito básico para a execução de um teste ergométrico. um ECG em repouso.5oC. 11. informação contendo o horário e a data da realização do teste. desta forma.C. Um segundo ponto importante para complementação do screening inclui a dosagem sangüínea de colesterol total. evitar fumar com pelo menos 4 horas de antecedência da realização do teste. hábitos alimentares. cansaço e/ou anormalidade que poderão advir. da FC e da PA. Dr. seja possível um levantamento das condições de saúde. que devem ser assinados pelo avaliado e mais duas testemunhas. à aplicação do método. 10. triglicerídeo. para atender a todos os padrões de segurança. é necessário orientar o avaliado no sentido da execução de certos procedimentos básicos que deverão ser seguidos. com a noite anterior bem dormida.S. HDL e glicose. 9. a Sociedade Brasileira de Cardiologia (1995) recomenda que o avaliado seja orientado sobre os possíveis riscos de morbimortalidade relacionados diretamente com os procedimentos de testagem. Procedimentos Preliminares: O teste ergométrico deve ser precedido de um screening (selecionamento) completo. para que seu trabalho se desenvolva com total segurança. O primeiro procedimento do screening inclui uma anamnese. 2. Para a realização do screening podem ser utilizados diversos modelos de fichas. estabelecer um intervalo mínimo de 2 horas entre a última refeição e a realização do teste.M. 7.” 102 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. o modelo preconizado pelo American College Sport Medicine (1986) apresenta um bom exemplo para seu emprego. 3. a princípio. com temperatura oral menor que 37. sempre será necessária a presença de um médico. 4. antes da realização do mesmo: 1.Ms. 9. Seguindo-se à anamnese. uso de medicamentos. de miocardites.Anderson Marques Moras . livre. 4. infarto do miocárdio e crise típica de angina pectoris.B.C. além do nível de condicionamento físico esperado. É importante ressaltar que durante uma avaliação com indivíduos de alto e médio risco. completamente refeito do stress de um exercício intenso previamente realizado. recente. Esta última propõe dois modelos de consentimento. O mesmo procedimento também deve ser levado em consideração quando o protocolo empregado for solicitação de máxima. José Francisco Daniel/ Prof. 7. 6. evitar o uso de sedativos. antecederem à O Comitê Internacional de Estandardização dos Teste de Avaliação. eventuais riscos de comprometimento cardíaco. Ms. 8. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. evitar qualquer tipo de atividade física no dia do teste. 8. Desta forma Alfiere & Duarte (1993). com intervalo de duas semanas sem utilização de medicamentos que interfiram na FC. que deverá incluir dados da história pessoal e familiar ligados a coronariopatias e fatores de risco associados. além do consentimento na realização do mesmo. ter uma noite repousante entre 6 e 8 horas de sono. 10. história de tabagismo e padrões atuais de atividade física. 2. 6. pelo menos três meses. 1995). com precisão. A seguir estes modelos: Sugestão 1: “Declaro que fui informado sobre as finalidades do exame ergométrico a que irei me submeter. Estes indicadores bioquímicos auxiliam na detecção do risco coronariano do paciente. para a execução do teste. frente à aplicação de esforço físico progressivo. sem a presença de um médico. durante a realização de uma avaliação funcional. 3. hiperlipidemia e tabagismo) (McArdle et al. As funções são diferenciadas. Dr. Tal exame foi indicado pelo meu médico assistente para complementação de avaliação”. o avaliador tem condições de obter informações sobre a interferência do exercício no que o avaliado está sentindo e que. mantém-se em contato constante com o avaliado. Pollock et al (1986) propõem a leitura do seguinte texto para orientar o avaliado na interpretação do IPE: "Você agora vai participar de um teste de exercícios graduado. altera a carga de trabalho. o IPE e a FC estão linearmente relacionadas entre si e com intensidade de trabalho. lactato e VO2 (Borg. sendo.. PARÂMETROS A SEREM CONTROLADOS DURANTE UM TESTE DE ESFORÇO Durante a realização de um teste de esforço. desde que o profissional seja adequadamente treinado para a função e conte com um avaliado considerado de baixo risco. etc. um deles médico. é responsável direto pelo avaliado. torna-se necessário. nenhuma história de DAC: (doença arterial coronariana). Também queremos que você tente avaliar sua dificuldade durante o exercício. Dentre as características principais do IPE. Avaliador [B] 1) 2) 3) 4) 5) checa o funcionamento do equipamento. dor no peito. bem como dos procedimentos das manobras de emergência. quando aplicado pela primeira vez. que representa. Índice de percepção de esforço (IPE): O IPE representa uma escala de valores com os quais o avaliado informa a sensação de intensidade de trabalho que lhes está sendo imposta durante a realização de um teste ergométrico. podem ser descritas da seguinte forma: Avaliador [A] 1) 2) 3) prepara o avaliado. 36.Sugestão 2: “Concordo voluntariamente em me submeter a um teste ergométrico. respectivamente. a escala do IPE tem demonstrado ser um indicador confiável do nível de esforço físico. serve como parâmetro para interromper um teste. pode servir como elemento para interrupção do teste. conhecimento das contra-indicações. na situação apresentada anteriormente. Um outro recurso de fundamental importância é o tratado eletrocardiográfico. Este poderá ser realizado em esteira rolante ou bicicleta ergométrica com possibilidade do aparecimento de sintomas como cansaço falta da ar. sendo mínimas as chances de ocorrerem complicações de difícil controle clínico. psicológica e fisicamente. para uma perfeita segurança do avaliado. 7. a presença de um médico. registra a FC. observando o monitor e verificando as reações do teste. o IPE fornece ao avaliador um dado objetivo através do qual pode comparar o grau relativo de fadiga de um teste para outro. FC e PA. 4. 1992). ou seja. 1982). os autores desta obra recomendam. registra a PA. auscultando. a constante mensuração e análise de variáveis como IPE. devendo ambos possuírem ampla experiência. trata-se de uma escala de 15 pontos.Anderson Marques Moras 103 . Você irá caminhar ou correr na esteira enquanto nós iremos avaliando várias funções fisiológicas. é responsável pela coleta de dados e sua organização. próximo ao local de avaliação. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. Ms. 5. existe uma boa relação entre IPE e vários fatores fisiológicos como VE (volume minuto).Ms. os níveis mínimo e máximo de cansaço (Tabela 10A). 35. 6. que tem como finalidades principais avaliar as respostas cardiovasculares e gerais. FORMA DE ATUAÇÃO DOS AVALIADORES É possível a aplicação de um teste de esforço por um Professor de Educação Física. dos critérios de interrupção do teste. numerada de 6 a 20. José Francisco Daniel/ Prof. ou qualquer outro fator de risco primário (hipertensão. nós queremos que você avalie o nível de esforço a que PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Visando resguardar a condição de segurança do avaliado. O procedimento de segurança habitual inclui a presença de pelo menos dois avaliadores. destacam-se: 1. consequentemente. preferencialmente. Desta forma. 2. medindo sua PA. com características que incluem ausência de dor no peito e falta de ar. quer dizer. (índice de percepção de esforço). No Brasil a nova classificação de Borg vem sendo adotada por vários institutos de pesquisa.Nova classificação da Escala de Borg NÍVEL 0 0. interrogando o avaliado a cada minuto. Para um melhor controle da FC é necessário conhecer algumas de suas características básicas: 1) a FC é menos variável de manhã. muito fraco Muito fraco Fraco Moderado Algo pesado NÍVEL 5 6 7 8 9 10 CONDIÇÃO Forte (pesado) Muito pesado Muito. O acompanhamento da FC durante um teste de esforço é fundamental para verificarmos a resposta cardiovascular ao exercício. criou-se uma nova escala. 1986). Tabela 17A . mas também não exagere. como o propanol. uma para indivíduos normais e outra para coronariopatas. Não subestime o grau de esforço que você for capaz. 2) existem alguns fatores que interferem na mensuração da FC de repouso e submáxima: a posição do corpo. entre eles o Lapeh (UFV) e o Labofise (UFRJ) e o Laboratório de São Caetano do Sul (CELAFISCS). o fumo e o consumo de bebida alcoólica. de zero a dez. pode ser considerado como indicativo de isquemia tornando-se necessária a interrupção do teste. com os mesmos objetivos e metodologia de aplicação que a escala original. 4) os farmacos beta-adrenérgicos. A nova escala pode ser analisada na Tabela 10B. muito difícil 20 esforço máximo Fonte: Pollock & Wilmore. e deve ser interpretada no conjunto com bom senso. Apenas tente avaliá-lo tão cuidadosamente quanto possível" (Pollock et al. são considerados normais valores de 35 a 50 bpm para indivíduos com prática regular de atividades físicas e 55 a 85 para indivíduos sedentários. sem uma resposta positiva da FC. O aumento da FC está diretamente relacionado com o aumento do consumo de O2. 9. de forma a facilitar a compreensão do avaliado. obtém-se o valor da escala. E importante ressaltar que a FC máxima não é afetada por nenhum destes fatores. no mais profundo esforço. a alimentação. Dr.5 1 2 3 4 CONDIÇÃO Repouso Muito. Ms. A FC apresenta uma íntima relação com o VO2 HELLERSTEIN & ADLER (1973) estabeleceram duas equações relacionando as duas variáveis. a escala não é perfeita. antes de se levantar.Ms. 1995 Freqüência Cardíaca (FC): A mensuração da FC representa um item fundamental durante uma avaliação funcional. por parte do avaliado. o estado de tensão emocional. observou-se uma certa dificuldade. submáxima e máxima.Classificação Original (IPE) ou Escala de Borg 6 7 8 9 muito. 3) a FC de repouso. respiração curta ou nível de trabalho. muito leve muito leve 10 11 razoavelmente leve 12 13 um pouco difícil 14 15 difícil 16 17 muito difícil 18 19 muito. o IPE apresenta uma grande relação com os fatores indicativos de fadiga muscular.41 104 CORONARIOPATAS % FC = % VO2max + 35. após um período de treinamento.Anderson Marques Moras . necessitando uma constante avaliação.32 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.8. Por percepção do esforço queremos nos referir à quantidade total de esforço e fadiga física. Não se preocupe com um fator isolado como dor na perna. um incremento de carga. 10. fisiológicos e psicológicos envolvidos na avaliação. Tabela 17B . Como solução. 1993 Como a escala desenvolvida por Borg não é muito comum. Tente avaliar-se honestamente e objetivamente tanto quanto for possível. José Francisco Daniel/ Prof.2 1. você vai se submeter. tendem a abaixar significativamente a FC em repouso. além de outros parâmetros clínicos. concentre-se no todo. em sua adaptação. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. PESSOAS NORMAIS % FC = % VO2max + 42 1. muito forte quase máximo Fonte: Pina et al. tende a baixar. inicia um processo de redução. 1993 Comportamento Normal da PA durante o Esforço: Durante a realização de um teste de esforço. 5) a FC após 15 segundos do término da atividade. pois o erro de um batimento na contagem acarreta um erro de seis batimentos no minuto. quando então retornará rapidamente ao nível próximo ao de repouso. sendo aconselhável não ultrapassar esse tempo para a coleta desse dado. 3) a FC é normalmente mensurada pela contagem de freqüência de pulso através da pulsação.765 Exemplificando: Qual será o % VO2 trabalhado ao se prescrever uma intensidade de exercício com 79% da FCmáx ? Cálculo por Hellerstein & Adler = 69. uma tabela de conversão com os resultados.39 Cálculo por Londeree & Anes = 67. Já a segunda apresenta menor possibilidade de erro na contagem devido a um maior tempo de mensuração. não sendo comum alterações significativas dos valores obtidos durante o repouso. é realizada colocando as extremidades dos dois primeiros dedos (indicador e médio) levemente sobre a artéria carótida ou radial.159 >159 CATEGORIA PA normal PA no limite superior da normalidade Hipertensão leve Hipertensão moderada Hipertensão grave PA normal Hipertensão sistólica limiar isolada Hipertensão sistólica isolada Fonte: Pollock & Wilmore. em um local de boa visualização. Tabela 18 . É possível encontrarmos uma ampla variação do comportamento da PA. Dr. deve-se começar a contagem numa batida completa. deve-se interromper imediatamente a realização do teste. ou pelo cardiotacômetro.Anderson Marques Moras 105 . POLLOCK & WILMORE (1993) apresentam uma classificação da PA a partir dos valores registrados em repouso. invalidam o emprego das fórmulas. de forma alguma. ou ainda colocando a extremidade da mão sobre o lado esquerdo do tórax (no ápice do coração) contando as pulsações. Já a PAD varia muito pouco.104 105 . Caso surjam.388 x % FC] .88 É interessante observar que os três resultados apresentam valores diferentes que. para que se tenha um referencial de trabalho.369 x % FC] . A sugestão do autor é que se escolha qualquer uma das técnicas. pelo traçado eletrocardiográfico. 8) uma forma prática de mensuração. antes do indivíduo levantar-se da cama. 2) a melhor forma de medir a FC de repouso.Classificação da Pressão Arterial VARIAÇÃO DA PA MMHG Diastólica PAD) < 85 86 .114 >115 Sistólica (PAS). Metodologia para mensuração da FC A mensuração da FC pode ser feita de forma simples. Ms. tanto para técnica de 10 segundos quanto para a de 15 segundos.44. Dependendo do comportamento apresentado durante a execução de um teste ergométrico pode ser identificado algum comprometimento cardíaco. ao estabelecer uma relação entre % de FC e % VO2: LONDEREE & ANES % VO2 = [1. Pressão arterial (PA): A mensuração da PA representa um dos principais parâmetros clínicos a ser controlado em um teste de esforço.16 Cálculo por Katch = 64. 6) ao fazer o contato com o ponto de mensuração. calculando-se a média dos valores encontrados. quando a PAD é < 90 < 140 140 . é ter afixado. a primeira necessita uma grande experiência do avaliador. é considerado aceitável o aumento gradativo da PAS paralelamente ao incremento de carga até o final do teste.89 90 . 4) a mensuração da FC pela técnica de palpação. 9) a contagem deverá ser feita mentalmente. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. sendo necessário o conhecimento de algumas peculiaridades: 1) o indivíduo deve estar numa posição confortável. 7) pode-se utilizar a técnica de 10 ou 15 segundos. é aquela verificada pela manhã.99 KATCH % VO2 = [1. que auxiliam na prescrição do treinamento. porém.40. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.Outros pesquisadores como Londeree & Anes (1976) e Katch (1978) desenvolveram outras fórmulas. Este procedimento deve ser feito por dois ou três dias sucessivos. José Francisco Daniel/ Prof.Ms. : resultado em l. oferece melhores condições para mensuração. Com a seleção da carga o avaliado deverá pedalar durante 5 minutos. entretanto recomenda-se uma certa experiência por parte do avaliador. para a execução durante um teste de esforço.min-1 Técnica de Astrand: Entre as técnicas de teste submáximo. Para indivíduos do sexo masculino a carga deve variar entre 100 a 150 Watts e para mulheres entre 50 a 100 Watts.min-1 onde: FC = média da freqüência cardíaca obtida no quarto e quito minutos de carga. esta vem tendo a maior preferência dos pesquisadores. 1991). sem antes liberar por completo a pressão existente no mesmo. VO2 carga = consumo de oxigênio necessário para pedalar uma dada carga e pode ser obtida pela seguinte equação: VO2 carga l. O tempo de duração máxima previsto está limitado em 5 minutos. .0193 x 155 . 37. 106 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.3 . VO2max = 3.30 l. Com o resultado obtido. 129 Exemplificando: Uma mulher de 42 anos. a pressão é elevada até 20 a 30 mmHg acima do valor máximo obtido na leitura anterior ou no ponto acima do nível onde o pulso radial desaparece. a bicicleta. Para o cálculo do VO2max que vem expresso em l. não se deve reinflamar o manguito.3 . e neste ponto que se inicia a liberação lenta de pressão. . A FC da carga deverá estar entre 130 e 170 e.min-1. para evitar registros errôneos. podendo ser utilizado o fator de correção da idade previsto por Astrand (Fox et al. regulando a campânula de um estetoscópio na artéria braquial. José Francisco Daniel/ Prof. registra-se a FC do quarto e quinto minutos..0. sendo sua FC de 150 e 152 no quarto e quinto minutos respectivamente.72 x VO2 carga x fator de correção FCesf. 1984). e se obtém o valor médio.72 Obs.61 Mulheres -* VO2max = 198 . pois o ruído de um cicloergômetro e da esteira podem interferir no resultado apurado. Para uma perfeita aferição da PA é necessário estar atento para alguns detalhes: 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) deve-se utilizar um tensiômetro de coluna de mercúrio. para a mensuração da PA durante o exercício. Dr.61 x VO2 carga x fator de correção FCesf. Ms. sua freqüência de mensuração deverá corresponder a cada minuto do teste ou durante os 30 segundos que antecedem a mudança de estágio no protocolo utilizado.min-1 = 6. pedalou com uma carga de 100 Watts durante cinco minutos.·. em relação à esteira.min-1 = 6. deve-se obter a FC no quinto minuto na carga de 150 Watts. acima de 140 para os jovens (Araújo. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. A metodologia empregada inclui a escolha de uma carga inicial de trabalho que varia de acordo com o sexo.014 x carga (Watts) + 0. PROTOCOLOS SUBMÁXIMOS Técnica de Fox: Esta técnica apresenta como característica principal a aplicação de uma única carga (150 Watts) durante todo o decorrer do teste.Ms. basta utilizar a seguinte fórmula: VO2max ml.0193 x FCW onde: FCW = FC submáxima obtida no 5o minuto na carga de 150 Watts. Um ponto importante que deve ser levado em consideração nesta técnica está na população específica de apenas indivíduos do sexo masculino. preferencialmente. Exemplificando: FC obtida no 5o minuto = 155 Aplicação da fórmula: VO2max l.kg-1.min-1 = 0.Procedimentos para Mensuração da PA: A mensuração da PA pode ser feita de maneira simples. o avaliado deve estar com o braço relaxado (preferencialmente apoiado no ombro do avaliador) e não segurando a barra da esteira ou do guidom da bicicleta ergométrica.Anderson Marques Moras . pois apresenta menos ruído e o avaliado não se desloca. o primeiro som a surgir apresenta o componente sistólico e o último o componente diastólico. Fórmulas para aplicação do protocolo: Cálculo do VO2max : Homens -* VO2max = 195 .0. 98 l.58 59 -60 61 62 . Ms. Astrand (Rocha. caso o indivíduo tenha uma idade superior a 35 anos.min-1 = (4. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.77 0.98 l.009 x id + 1.72 x 1.Fator de Correção da Idade de Astrand Idade 35 -38 39 40 .42 43 44 45 -48 49 50 . Sua fórmula leva em consideração a massa muscular magra (MCM) e a FCmáx prevista para a idade e a FCmáx atingida no teste FCW (Rocha. bem como da última carga completada pelo indivíduo em Watts.min-1 Para um maior detalhamento do fator de correção em relação a idade.: caso duas cargas sejam utilizadas. kg-1.5 ml .3 x Wmax ) + 20 (FCmáx .83.74 Idade 53 54 55 56 57 . O resultado é expresso em l.75 0.83 VO2max = 1. Dr.FCW) 1000 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. deve-se calcular o VO2max para as duas. José Francisco Daniel/ Prof.86 0.87 0.69 0.min-1 = 200 + (12 x W) P (kg) onde: W = carga em watts em que se interrompeu o teste P = peso corporal em kg Exemplificando: Indivíduo atingiu no último estágio 300 Watts de carga final.min-1 = 200 + (12 x 300) 80 VO2max = 47.min-1 VO2max = 198 .38 x 0.Ms. sendo então considerado o resultado encontrado como o VO2max.min-1 Idade = 42 anos Fator 0. comunicação pessoal).min-1 Técnica de Rocha: Metodologia: segue o mesmo tipo da técnica preconizada no protocolo de Balke.014 x 100 + 0.78 0.82 0. é necessário a aplicação de um fator de correção conforme a Tabela 12 de modo a se obter uma melhor estimativa.5 l.72 0.0.5 x 0.39 l.68 0. comunicação pessoal) desenvolveu a seguinte equação: onde: F = fator de correção id = idade em anos F = .51 52 Exemplificando: VO2 = 2. desenvolvendo em seguida a seguinte equação: VO2max = VO2max calculado x fator idade Tabela 19 . kg-1.'. VO2 carga = 1.72 Obs.min-1 151 . Aplicação da fórmula: Fórmula: VO2max l.min-1. obtendo-se a média entre os resultados. Entre os procedimentos para a determinação do VO2max utilizando a fórmula de Balke é necessário a verificação do peso corporal do avaliado antes da realização do teste.65 Fator 0. Peso corporal do indivíduo: 80kg VO2max ml .66 0.212 38.71 0.7 x MCM) + (14. VO2max = 1.83 0.Anderson Marques Moras 107 .65 Desenvolvendo a fórmula: VO2max = 2. PROTOCOLOS MÁXIMOS Técnica de Balke: São empregados estágios múltiplos iniciando de zero Watt e aumentando a carga em estágios de 2 minutos com magnitude de 25 Watts caso o indivíduo não seja atleta e 50 Watts caso seja atleta ou bem condicionado.'.70 0.81 0. kg-1. Com estes dados aplica-se a seguinte fórmula: VO2max ml .Cálculos: FC média 151 VO2 carga = 0.73 0.129 . Ms.min-l Colégio Americano de Medicina Esportiva: Segue os mesmos procedimentos dos testes apresentados anteriormente.min-1 = 12 x 250 + (70 x 3. porém com algumas modificações: a) o tempo entre os estágios tem uma duração de 3 minutos. no cálculo da fórmula a carga registrada está na unidade KPM e não em Watts.min-1 Técnica de Astrand: Segue os mesmos procedimentos dos testes anteriores. José Francisco Daniel/ Prof.·. b) o resultado final do VO2max é expresso em ml.min-1 Técnica de Jones: Os mesmos procedimentos da técnica de Balke. 25 e 50 Watts para cardiopatas.min-1 / 1000 .184) 1000 VO2max = 4. que ocorre da seguinte forma: 1Kp = 50 Watts = 300 KPM a) b) Para o cálculo do VO2max neste protocolo é necessário empregar a seguinte fórmula: VO2max l. mulheres e homens respectivamente (Astrand & Rodahl.min-1 = 3245 ml.min-1 . VO2max = 3. com as seguintes modificações: o resultado é expresso em l. Bicicleta mecânica: VO2max ml. Dr.min-1 = (4.Anderson Marques Moras .7 x 60.5) Aplicação: onde: CM = carga máxima em KPM p = peso corporal do avaliado em kg Peso corporal: 90 Carga máxima atingida: 150 W ou 300 KPM VO2max = (900 x 2) .min-1 = kpm x 2 + 300 peso kg Bicicleta eletromagnética: VO2max ml. 1987).min-1 = 12 x Watts + (Peso x 3.5) onde: W = carga máxima obtida em Watts no último estágio P = peso corporal do avaliado em kg Exemplificando: Indivíduo: 70 kg Última carga: 250 Watts Aplicação da fórmula: VO2max ml.5) VO2max ml.485 = 1. Para o cálculo do VO2max utilizando a técnica de Astrand é necessário o emprego da seguinte fórmula: VO2max ml. c) a aplicação de carga no primeiro estágio deverá ser de 10.3 x 250) + 20 (194 .(P x 3.min-1 = (CM x 2) .kg-1.onde: MCM = massa corporal magra em kg Wmax = carga máxima atingida FCmáx = FC máxima prevista para idade Veja fórmula de Sheffield na Tabela 23 FCW = FC atingida na carga máxima Exemplificando: Indivíduo com os seguintes dados: Idade: 27 FCmáx obtida na carga máxima: 184 Carga máxima obtida: 250 watts Peso total: 70 kg FCmáx: 194 M: 60.9) + (14. Como a unidade de cálculo na fórmula de Jones é KPM.9 Aplicação da fórmula: VO2max l. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.min-1.5 l. 1980). é interessante observar a relação existente entre KPM e Watts.5) VO2max = 1.min-1 = Watts x 12 + 300 peso kg 108 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.(90 x 3.06 l. porém propõe duas fórmulas diferentes em função do tipo de bicicleta (ACSM.24 l. Ms. 2 14 3.5 18 5. que deverá ser de 3 minutos e o resultado final expresso em l.0 5.48 HOMEM SEDENTÁRIO: VO2max ml. a velocidade de trabalho variando entre 1.36 x tempo) + 1.Técnica de Bruce: Os pontos de destaque desta técnica são o tempo entre as estações.06 Para facilitar o manuseio das variáveis é possível trabalhar com a Tabela 20. 1993): HOMEM CARDIOPATA: VO2max ml. o grau de inclinação. Ms. José Francisco Daniel/ Prof.min-1 = (2.kg-1 .min-1 = (3.min-1 Cardiopatas METs PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.129 + 0.014 x 300 + 0.7 a 6.Ms. A seguir serão apresentados os protocolos que utilizam a esteira rolante mais conhecidos.min-1 = 0.min-1 = (3. Exemplificando: Última carga: 300 Watts VO2max l. o de Bruce e o que tem a preferência de utilização pelos cardiologistas. PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO UTILIZANDO ESTEIRA ROLANTE Os protocolos utilizando esteira rolante representam como principal vantagem a familiarização do gesto motor. de forma isolada ou combinada. agilizando assim o resultado final do teste. min-1.min-1 = 0.0 mph (milha por hora) e aumentos constantes da inclinação em 2%. 1992). Tabela 20 .014 x (Watts) + 0. estão presentes como forma de sobrecarga. impondo uma dificuldade a menos ao avaliado.075 VO2max l. tendem a optar pela utilização da esteira.19 MULHER: VO2max ml.288 x tempo) + 4. a velocidade e o tempo do estágio.min-1 = (3. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.0 4.min-1 39. Inclinação (%) Protocolo de Bruce 22 6.min-1 = 4.40 1.129 + 0. fornecem as seguintes opções (Leite. Dentre os mais diversos protocolos existentes.Anderson Marques Moras 109 . Como principal característica dos protocolos desenvolvidos para esteira. Dr.778 x tempo) + 0. apesar de seu alto custo.5 mph 10 1.075 onde: Watts = carga máxima onde encerrou o teste em Watts. que deverão ser utilizadas de acordo com o tipo de população testada.Protocolo de Bruce Tempo Velocidade Inclinação VO2max ml. Entre as principais características deste protocolo destacam-se o tempo de duração do estágio constante em 3 minutos.min-1 Fórmula: VO2max l. Gráfico 1 (MARCONDES & FROELICHER. no Brasil os centros que trabalham com ergometria.4 2. Técnica de Bruce: Este protocolo apresenta um alto grau de intensidade por ter sua sobrecarga aplicada tanto em relação à inclinação quanto à velocidade.7 0 3 6 9 12 minutos 15 18 21 As fórmulas para cálculo do VO2max em ml.07 HOMEM ATIVO: VO2max ml. Sua utilização mais freqüente ocorre nos Estados Unidos.327 x tempo) + 9. 4 15.min-1 apresentam um tempo de exercício de 24 minutos.6 ± 2.0 3.5 16.0 ± 3. 1993 Protocolo de Balke: As características principais deste protocolo incluem a velocidade constante em todo decorrer do teste em 3.kg-1.Ms.Protocolo de Balke Tempo (min) 0 1 2 3 110 Velocidade (mph) Inclinação (%) 3.6 43.5 ± 2.Anderson Marques Moras .909 + (1.2 ± 6.0 ± 4.3 ± 3.1 17.6 ml.3 35. basta fazer o cálculo pela seguinte fórmula: VO2max ml.9 ± 1.7 15.4 ± 1.1 ± 2.8 ± 2.6 42. aumentos constantes de inclinação de 1% para cada estágio de 1 minuto (McArdle et al.4 ± 2.6 ± 2.4 10.2 16.8 29.0 Mulher Normal 9.2 16 5.2 24.2 39.2 49.2 46. quando aplicado em pessoas com alto grau de condicionamento relaciona-se ao grande período de tempo em exercício. Tabela 21 .6 8.5 19.1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 1.4 32.5 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.7 10 2.kg -1.4 10.3 5.8 25. Dr.6 ± 2.4 19.1 ± 1.3 ± 3. José Francisco Daniel/ Prof.8 ± 3.9 ± 5. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.3 0 2 3 4 VO2max METs 19.0 31.7 19. Ms.444 x tempo de duração) Protocolo de Balke 22 18 14 10 6 Velocidade constante a 3.0 18 Homem Normal 12.6 5.min-1 após o final do teste. Observe na Tabela 21 que pessoas com um VO2max de 49.7 22.8 7.9 25.8 ± 2.7 ± 1. Para se obter o valor do VO em ml.3 ± 3.8 32.0 6.9 ± 2.0 21.1 ± 2.6 23.1 ± 5.9 ± 3.4 34.7 56.3 mph.8 9.1 24.1 28.2 ± 3.min-1 = 14.3 mph 2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 minutos Um dos problemas identificados neste teste (Gráfico 2).8 ± 1.2 ± 2. o que normalmente não é considerado como ideal.4 ± 1.1 ± 6.0 ± 1.1 30.2 ± 1.4 ± 2.8 ± 4.4 14 4.0 22 Fonte: Leite. 1992).5 20 68.5 12 3.5 6.kg -1.3 38.8 ± 2.8 17.0 4.0 6.7 23.2 ± 3.7 ± 1. 5 41.0 35.4 * ml. Ms.9 49.0 3 12.3 3.7 10.4 8 3.3 12. em alguns estágios. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.4 7 3. Dr.0 6 3.0 3 14.2 36.5 28.2 9. 1964 Protocolo de Ellestad: Este protocolo. 1964). José Francisco Daniel/ Prof.4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 3.2 Fonte: Leite.5 5.0 3 10.0 8.0 4 3.4 3 3 2 3 2 2 2 1mph 2mph 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 minutos Tabela 22 . Vagner Roberto Bergamo/ Prof.Ms.Anderson Marques Moras 111 . por não apresentar uma inclinação elevada.3 3. uma redução da inclinação da esteira (veja Tabela 22 e Gráfico 3).0 8.5 17.0 11.3 23.0 24.0 3 14. diminuindo a possibilidade de interrupção do teste por fadiga localizada na musculatura do tricepssural (Gráfico 4). Inclinação (%) 22 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 Protocolo de Naughton 3 3 2 2.0 2 2.0 3 2.0 5 3.0 3 10.0 3 12.7 6.0 32.5 11. 1993 Protocolo de Naughton: Este protocolo é muito empregado para avaliação de pessoas de baixo nível de condicionamento físico por apresentar.5 9. é ideal para pessoas com idade avançada.0 31.Protocolo de Naughton Estágios mph 1 2.3 3.0 3 18. Outras caraterísticas do protocolo de Naughton incluem a duração do estágio em 3 minutos. Naughton et al.0 4.8 28.3 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 3.0 38. além da alternância da velocidade variando entre 2.5 7.4 9 3.min-1 % Inclinação VO2max METs Minuto 7.6 14.3 3.0 3 16.0 12.0 14.0 a 3.0 3 Fonte.0 10.4 mph (Naughton et al.0 6.7 45.0 21.kg-1.0 42. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.0 5 5.1 31.Anderson Marques Moras . E possível ainda calcular o resultado da capacidade aeróbica utilizando-se a seguinte fórmula: VO2max ml.min-1 METs Protocolos Esteira Bruce Ellestad Teste Cooper 2400 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. relacionando o nível de aptidão física. Ms.0 5.52 67. c) manutenção do ângulo de inclinação nos quatro primeiros estágios em 10%.4 mph.kg-1.0 Inclinação (%) 10 10 10 10 15 15 15 15 ml.6 Tabela 24 .4 3. José Francisco Daniel/ Prof.4 3. a partir do quinto estágio.46 + (3.1 38.0 6.7mph 3.6 21.4 3.25 VO2max Protocolo de Balke .400 metros (Tabela 25). Tabela 25 .7 a 8.0 4.75 x inclinação (%) + 10.min-1 Para o cálculo do VO2max ml.0 7.85 51.0 7 10 minutos 12 14 16 VO2max ml.Protocolo de Ellestad Estágio 1 2 3 4 5 6 7 8 Duração (min) 3 2 2 2 3 2 2 2 Velocidade (mph) 1.4 3.1 METs 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Minuto 2 2 2 2 2 2 2 2 2 Fonte: Araújo.kg -1.Inclinação (%) Entre as principais características deste protocolo destacam-se: a) opção por uma velocidade variada entre 1. Dr.38 75.0 10 1.1 17. como pode ser observado na Tabela 17 (Araújo.99 39. b) tempo de duração dos estágios variando entre 2 e 3 minutos.65 59. = 4.933 x tempo total do teste em min) Tabela 23 . se mantendo até o final como pode ser observado na Tabela 16 (Ellestad. 1986 (Ergometria & Cardiologia Desportiva) Pollock & Wilmore (1993) apresentam uma estimativa.4 3.min-1 = 1.0 8.Protocolo de Dalke – Ware Estágio 1 2 3 4 5 6 7 8 9 mph 3. 1986).Estimativa do Consumo Máximo de O2 relacionado a Resultados de Diversos Protocolos de Avaliação da Capacidade Aeróbica Classificação da Aptidão 112 VO2 ml.0 mph.6 35.4 3.12 31.65 24.kg -1.0 6.0 8.6 42. 1986).kg -1.6 28.0 5.kg -1.Ms. o consumo de O2 e METs com vários protocolos de esteira rolante e o teste de Cooper de 2.0 7. com a inclinação aumentando 2%.7 3.min-1 16.0 0 3 4.1 24.min-1 basta utilizar a seguinte fórmula: 18 deste protocolo.4 % Inclinação VO2max 2 4 6 8 10 12 14 16 18 ml.kg -1.4 3.4 3.min-1 14. Protocolo de Ellestad 15 5. para cada estágio e a velocidade mantendo-se constante em 3. a ter um incremento de 5%.Ware: As principais características deste protocolo estão relacionadas com o tempo dos estágios com duração de 2 minutos. d) passa. 550 x Mulheres VO2max previsto (ml.0 14 52. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.1 .kg-1.Indivíduos moderadamente ativos VO2max = 61.0 .2 .41 (idade) 2. Nestas fórmulas é possível estabelecer o VO2max previsto.: Resultados em ml.0 19 66.0.kg-1.min-1 45. o “déficit” aeróbico funcional mais conhecido como FAI. uma amostragem exclusiva com elementos americanos.5 20 70. garantindo assim.0 9 31. no caso.5 11 42.min-1 ) = 57.7 . 1973 (Ergometria & Cardiologia Desportiva) Idade Idade Idade Idade Idade Idade Obs. José Francisco Daniel/ Prof.0.min-1 ) = 57. o consumo de oxigênio do miocárdio.5 15 56.0 31.kg-1.min-1 ) = 69.1 .5 10 35.kg-1.min-1 ) = 42.0.min-1 Tabela 27 .kg-1.37 (% gordura) 2 . de forma a tornar os resultados bem generalizados.Cálculo do VO2max Previsto em Relação à Idade. Dr.0 38. porém a grande maioria não leva em consideração o sexo e o nível de condicionamento.0.Indivíduos sedentários VO2max = 54.3 – Atletas VO2max = 96. Sexo e Grau de Condicionamento Atual Homem Sedentário VO2max previsto (ml.Quanto à Idade 2. além da freqüência cardíaca máxima prevista.44 (idade) 2.8 .1 . o débito cardíaco máximo espera do.0 21 73.0.Equações Preditas para Estimar o VO2max (ml. Cálculo para VO2max previsto segundo Bruce: Existem várias fórmulas que predizem o VO2max esperado de um indivíduo.5 8 28. o duplo produto.356 x Homem Ativo VO2max previsto (ml.612 x Mulher Ativa VO2max previsto (ml.kg-1.3 .kg-1.0.5 Critério de Baixa Capacidade < 12 < 11 < 08 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. 1996 Universidade da California Davis . Bruce et al (1973) estabeleceram quatro fórmulas equacionando esta problemática.0 7 24.0 16 17 59.Valores médios da capacidade funcional máxima cardiorespiratória em diferentes faixas etárias Idade (anos < 30 30 – 39 40 – 49 METs Máximo 13 ± 2 12 ± 3 09 ± 4 VO2max ml.5 18 63. Ms.5 13 49.370 x Fonte: Bruce et al. é necessário trabalhar com várias fórmulas que permitam um subsídio informativo sobre as condições em que se apresenta o avaliado.0.Anderson Marques Moras 113 .0. entre outras variáveis. uma maior precisão (Tabela 26).kg-1.0.0 .min-1 ) = 48. Uma ressalva importante a ser levantada para utilização destas fórmulas.min-1 ) = 60.5 6 21.0.kg-1.312 x Homens VO2max previsto (ml. representa o universo de amostra do pesquisador.5 4 14 5 17. Tabela 26 .0.min-1) 1.1 .5 42.Quanto à idade e gordura corporal VO2max = 57.0 12 45.8 .1 2 3 4 5 6 7 8 2 7 3 10.5 22 77.0 Fonte: Pollock & Wilmore.445 x Mulher Sedentária VO2max previsto (ml.USA (Human Performance Lab.) Tabela 28 . A seguir serão apresentadas várias fórmulas que são amplamente utilizadas no resultado de um avaliação funcional.Ms.50 .48 (idade) Fonte: Leite. 1993 2:00 2:30 3:00 4:00 4:45 6:00 5:00 7:20 18:45 5:45 8:20 16:30 6:40 9:15 15:00 7:30 10:10 11:00 8:20 13:00 12:00 9:10 12:00 12:45 10:15 11:00 13:40 11:15 10:00 14:30 9:30 15:15 9:00 8:15 16:10 7:45 17:00 7:15 18:00 6:52 19:20 6:30 21:00 6:10 22:30 (Exercício na Saúde e na Doença) Fórmulas empregadas na Avaliação Funcional: Durante a realização de uma avaliação funcional.31 (idade) . 31 l.0046 + 5.1 .5 < 06 21.1 . ml. 1996 28.min-1 = VO2max (ml.0046 + 5. Bruce. Com os dois dados apurados emprega-se a seguinte fórmula: FAI = VO2max previsto .Anderson Marques Moras .0 ou > 35. 18.min-1 = 40 x 65 x 0. Outra informação importante que o avaliador nunca deve esquecer. Está diretamente relacionado com o consumo de oxigênio máximo. Ellestad. AV O2 = diferença arteriovenosa Para o cálculo do DC. Envelhecimento e Promoção de Saúde) Tabela 29 . Ms.kg-1. AV O2 onde: Dif. é necessário inicialmente se calcular o VO2max previsto (veja VO2. basta obter o valor da FC e multiplicar pelo volume sistólico.0 ou > 16. 1991): VO2max l. Obtém-se a seguinte equação DC = FC x VS onde: FC = freqüência cardíaca bpm (McArdle et al. Este ato foi comprovado por diversos pesquisadores como Cooper.31 l. Calcule o DC máximo previsto para este indivíduo: Desenvolvendo o cálculo: DC l. fica mais simples demonstrar ao avaliado o grau de sua condição física.min-1 Cálculo da Freqüência Cardíaca Máxima: A FCmáx é finita. com duas variáveis expressas em ml.24.27 l.min-1) x Peso (kg) x 0.min-1 Obs.0 .40.0 15.1 .34.0 -20.4 a 24.min-1 e peso corporal 65kg.kg-1.min-1 O VO2max é expresso em ml. A freqüência cardíaca (FC).kg-1.Classificação da Capacidade Aeróbica Baseada no Consumo Máximo de Oxigênio (VO2 máx.0 ou > (Exercício. Sheffield.0 17. Com este resultado. 114 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.VO2 obtido x 100 VO2max previsto Um FAI negativo indica que o indivíduo está muito bem condicionado.min-1.kg-1.0 25.0 41.min-1 ) x peso x 0.0 30.0 Fonte: Leite. 1996.kg-1.0 22. citados por Marcondes & Froelicher (l992). assim como o consumo de O2 (V O2).min-1 = DC x Dif.0 20.1 . Envelhecimento e Promoção de Saúde) Cálculo do FAI (Déficit Aeróbico Funcional): O FAI atua como um indicador em termos percentuais do quanto o avaliado está acima ou abaixo de seu VO2max esperado.17. tende a aumentar com o aumento da carga de esforço. está relacionada com a curva negativa da FC e o fator idade.0 < 13.min-1 DC l.min-1 DC l. através da seguinte equação (Fox et al.1 .0 < 07 24.22. apresentam equações para uma estimativa não invasiva na determinação do DC para homens sadios e cardiopatas: Homens Sadios: DC l.0 < 04 (Exercício.min-1 = V02max (ml.1 .Ms.0 43.0 < 05 14.0 60 – 69 < 16.1 .30.9 l. Para o cálculo do FAI.: faixa de normalidade DC = 13. além de dispor do resultado da avaliação do VO2max.0 13. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.kg-1.1 .0046 + 5.42.min-1 = 17. Débito Cardíaco (Q) ou (DC): O DC pode ser considerado como um dos principais parâmetros cardíacos.31 l.1 .33.23. previsto por Bruce).min-1 Exemplificando: Um homem foi avaliado encontrando-se um VO2max de 40 ml. 1992): VS = volume sistólico em litros Hossack et al (1980).min-1) Obtido Idade Muito Fraca Fraca Regular (média) Boa Excelente 27. entre outros.27.0 ou > HOMENS 50 – 59 60 – 69 < 15.37.0 MULHERES 50 – 59 < 18. sendo limitada principalmente pela capacidade elétrica do coração.0 23. Dr. havendo uma correlação linear entre a variação da FC e do VO2 a partir da FC máx.50 – 59 08 ± 3 60 – 69 07 ± 3 70 – 79 06 ± 2 > 80 04 ± 3 Fonte: Leite.0 38. pois seu VO2max está acima do VO2max que é previsto em relação a sexo e idade.0 33. José Francisco Daniel/ Prof.1 . para obter o ritmo cardíaco durante o exercício.41 x idade) (1) Karvonen et al.60).60 [((FC max . José Francisco Daniel/ Prof.41 x idade) FCM Treinado 205 . e do sexo (FC maior no sexo masculino). e por não mostrar diferença significativa das demais.60 (FC max . sendo que. depois.FC repouso )] FC repouso + 0. Entre esses fatores podemos destacar o mau condicionamento físico que pode levar a uma rápida ascensão da FC. sendo que a FC máx parece decrescer de 1 batimento por ano de idade Existem várias fórmulas disponíveis para o cálculo da FCmáx. Obs. Ms. os sedentários e os idosos devem começar com intensidade baixa (40 . Vagner Roberto Bergamo/ Prof. ao contrário do que ocorre com a FC basal e a FC em exercícios submáximos que são mais baixos nos indivíduos treinados Como existe variabilidade inter-individual. Modificado por BERGAMO. Além disso. 1965 (2) Jones et al. todas levam em consideração o fator idade.50 x idade) FCM Mulher 210 . alguns segundos de espera até que o ponteiro dos segundos chegue a uma posição conveniente e.idade FCM Homem 205 .Fórmulas para cálculo da freqüência cardíaca máxima (FCM) AUTORES Karvonen (1) Jones (2) Jones (2) Cooper (3) FÓRMULA FCM(Homem/Mulher) 220 .(0. Fórmula para Cálculo da Freqüência Cardíaca de Treinamento (FCtreino) FClimiar (corrida) = FClimiar (natação) = FClimiar (ciclismo) = FC repouso + 0. O problema é que geralmente você levará 20 segundos para medir as pulsações após cessar o exercício: 5 a 10 segundos só para encontrar o pulso. seu ritmo cardíaco pode diminuir na média de 1 batimento por minuto durante os primeiros 15 a 20 segundos após o término do exercício. na realidade devemos considerar como FC máx. 1957 (3) Sheffield et al. visto que a FCM pode sofrer uma modificação segundo o nível de capacidade física. a fim de ter certeza de atingir a meta de ritmo cardíaco e auferir todos os benefícios aeróbicos. sendo que a deste último é adotada pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte. Os grandes laboratórios optam por utilizar a equação de Karvonen por ser a de mais fácil aplicação. a posição do corpo PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. há o problema de como medir precisamente seu ritmo cardíaco durante o exercício. Jones.(0.Anderson Marques Moras 115 .A FC máx obtida no esforço parece ser inerente ao indivíduo.90%).65 x idade) RCMP Homem 220 .90%. na realidade é provável que tenha atingido um máximo de 10% acima disso. Cooper e Sheffield. 1975 (4) Cooper et al. Entretanto.60 [((FC max . A técnica sugerida por Cooper para pessoas altamente condicionadas é proceder da maneira acima descrita e tomar o pulso dentro de 20 segundos após o término do exercício aeróbico.Ms. 1997.(0. tem grande reprodutibilidade. Veja na Tabela 30 as mais diversas formas de cálculo da FCmáx. A variação da FC com o esforço também tem correlação com a idade do indivíduo. Por exemplo: se a contagem do ritmo cardíaco for de 150 bpm. 1993). treinado ou destreinado (Fox et al. Finalmente. devem exercitar-se com alta intensidade. já os moderadamente ativo (60-70%) e ativo (60 .(1/2 idade) Sheffield (4) FCM Destreinado 198 . a FC prevista ± 10 bpm. Então.: A intensidade da FC pode variar de 40 . embora haja uma ampla variação inter-individual. do protocolo escolhido.(idade) RCMP Mulher 205 . Tabela 30 .(0.80%) devem exercitar-se com moderada intensidade e atletas (70 .FC repouso )] Fonte: KATCH & McARDLE. O condicionamento físico parece não influir a FC máx. mais 10 segundos para fazer a contagem. Devemos salientar que existem alguns fatores que influenciam a variação da FC de esforço.FC repouso ) FC repouso + 0. 165. algumas levam em consideração o grau de condicionamento do indivíduo. A FC máx alcançada sofre influência direta do ergômetro utilizado (na esteira são alcançadas FC mais elevadas). 1982 Durante a utilização de qualquer uma das equações apresentadas para o cálculo da FC é interessante considerar a existência de uma flutuação nos escores previstos para ± 12 bpm (Mastrocolla. 1991) Entre as equações mais utilizadas encontram-se a de Karvonen. ou seja. se você estiver em boa condição física. Dr. de acordo com o nível de prática do indivíduo. somar 10% a essa medida.10) .13) . 59 + 60 Muito Fraca 35.39 40 .5 .2 . se você conseguiu acertar todas as questões ótimo.9 20.48 34 .3 33.0 .19). Entretanto é possível observar um maior detalhamento nos valores apresentados na tabela de Cooper.42 25 .5 31.Anderson Marques Moras .24 21 . consulte o professor.28.(horizontal na natação.0 .5 .69 Muito Fraca < 25 < 23 < 20 < 18 <116 HOMENS Fraca Regular 34 .38.9 22.1 .24.9 35.6 31.5 .8 .9 31.5 Boa 45.0 .59 60 .35.36. Outros fatores que podem desencadear rápido aumento da FC são a astenia neurocirculatória e mesmo a ansiedade que precede o exame. vertical na corrida).4 Superior >42.Nível de aptidão física do American Heart Association VO2max em ml.0 >41.3 .32.30 28 .9 39.35.5 >49.4 43.Nível de Aptidão Física de Cooper VO2max em ml.44.23 21 .0 41.69 Muito Fraca < 24 < 20 < 17 < 15 < 13 MULHERES Fraca Regular 31 .0 Fonte: Cooper.48.29 30 .44.26.1 .41 28 .31.0 .Ms.0 .8 >31. 1980 Tabela 32 .7 30.41.5 . correlacionando com o nível de aptidão obtido.7 .30. Se mesmo assim você ainda tiver dúvidas.4 24. temos a preconizada pelo American Heart Association e a de Cooper (Araújo.30.6 22. 1982 Boa 35.C.9 31. Exercícios de Reforço para o Leitor: Tente resolver os exercícios propostos a seguir.0 33.20.9 29.4 41.5 30.9 23. Em um pequeno grupo de indivíduos com baixa capacidade física e que rapidamente alcançam a estafa muscular nos membros inferiores.39 40 .40.30.M.36.29 30 . consulte em primeiro lugar um companheiro que tenha acertado as questões.31.2 17.36.1 35.0 .5 .0 32.0 . para que seja determinada qual a condição aeróbica do avaliado.0 .22 Boa 43 .9 37.1 >37. Entre as que se destacam.27 15 .min-1 MULHERES Regular 31.22.0 >40.9 32.0 .33 31 .0 .8 .6 29.kg-1.44 31 .9 46.49 50 . de acordo com o sexo e a idade.3 .39 40 .27 24 .37 24 .29 30 .9 42. Exercício (10) 116 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.4 33.59 60 .43. esses indivíduos geralmente ultrapassam a FC submáx num novo teste ergométrico.29 30 . caso contrário retorne novamente ao texto.45.7 .49 50 . Interpretação dos Resultados: Um aspecto fundamental após a determinação do VO2max.min-1 Faixa Etária 20 .32.34 Excelente >49 >45 >42 >38 >35 Faixa Etária 20 .0 . é sua interpretação. Tabela 31 .23 13 . Existem várias tabelas para interpretação do VO2max.28.2 20. Nesses casos temos observado que após um período de condicionamento físico. caso a dúvida continue.2 .9 27.3 A utilização de uma ou outra tabela não interfere significativamente no resultado final.1 Faixa Etária 13 .31.1 20.32. Dr.38.4 Faixa Etária 13 – 19 20 .42. inclusive com o acréscimo de mais um nível de aptidão (superior) e mais uma faixa etária (13 .26.49. 4 35.5 .9 22.52 39 .38 23 .4 45.4 >44.37 24 .6 .40.0 >35.38.9 33.5 .24.42 > 41 Excelente >53 >49 >45 >43 Fonte: A.1 .4 20.52.33 18 .9 26.0 23.9 .45.39 40 .2 Superior >56. Nas Tabelas 31.7 17. 1986).kg-1.20 18 . Vagner Roberto Bergamo/ Prof.S.33 20 .4 36.3 36.7 26.3 .9 31.26 25 .48 36 .4 24.6 .35 20 .30 17 .30 27 .40.1 .5 >48.59 + 60 Muito Fraca 25.4 Excelente 51.35.50.0 .35.36.1 >45.8 27.5 HOMENS Fraca Regular 38.17 Boa 38 .4 .0 20.9 30. José Francisco Daniel/ Prof.0 . Ms.2 . ocorre a interrupção do teste ergométrico sem que seja alcançada a FC submáx.5 . ordem de grandeza da musculatura em ação (a FCmáx é muito mais baixa no exercício realizado com os braços).8 .5 Fraca 25.2 Excelente 39.46.40.5 26.49 50 .6 .0 .55. 32 estão representados os diversos valores de VO2max que podem ser obtidos durante uma avaliação funcional.33..1 .34.3 .19 20 .0 >52.49 50 .5 .30 16 .6 .7 35.0 .8 21.9 .26.44 34 .9 21. Qual o %G? 4.F.. KATCH. W.B. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. e que possui os seguintes valores nas dobras cutâneas T = 5.D. Qual o VO2max l.Ms.kg-1. 2 edição. Qual a Kcal max ? 11. Qual a FC max prevista? Sugestões para Leitura: ARAÚJO. Editora Nórdica. Qual a FC max prevista? Situação (B): Um indivíduo feminino de 30 anos.min-1 encontrado? 7. I. Rio de Janeiro.L. LEITE.Situação (A): Um indivíduo masculino de 20 anos.. a Fisiologia do Exercício. C.F. DUARTE.kg-1. 2 edição. DUARTE. Qual o %G? 4. percorreu 3300 metros durante um teste de Cooper de correr e andar 12 minutos. 1993. Exercício na Saúde e na Doença: Avaliação e Prescrição para Prevenção e a Reabilitação. Bases Fisiológicas da Educação Física e dos Desportos.Anderson Marques Moras Edição.0 mm. Editora Interamericana. Qual a FC max prevista? 3. 1992.F. que pratica atividade física regularmente..kg-1. a. M.. José Francisco Daniel/ Prof. Rio de Janeiro. Editora Gráficos Burti. Qual o VO2max l. Qual o VO2max ml.0 mm e SI = 7. Qual o VO2max previsto? 2. atingiu no último estágio 300 Watts de carga final. Levando-se em consideração que seu peso corporal está em 75 kg. & McARDLE. 3 edição. Rio de Janeiro. São Paulo. Qual o DC? 3. Editora MEDSI. 3 Rio de JANEIRO. P.min-1 encontrado? 9. F. Qual o VO2max previsto? 7. WILMORE. W. 4 edição. Qual a MCM? 6. São Paulo.0 mm. Aptidão física e saúde.L. Fisiologia do Exercício: Energia. Qual o METMax ? 10.min-1 obtido? 8. e que possui os seguintes valores nas dobras cutâneas T = 15. Qual o VO2max ml. Guia para teste de esforço e prescrição de exercício. POLLOCK. KATCH. Qual a GT? 5. Nutrição e Desempenho Humano.. Editora MEDSI. Rio janeiro. Qual a Kcal max ? 1.4 mm pergunta-se: 1.H. Qual a GT? 5. Levando-se em consideração que seu peso corporal está em 70 kg. Dr.F. Qual o VO2max previsto? 2. & ET AL. Qual o DC? 3. I. W. AB = 7.F. 1995. Qual a MCM? 6. 4 Edição.min-1 obtido? 6. Qual a categoria de aptidão física? 1.. no teste de Rocha. Editora MEDSI.min-1 encontrado? 9.K. E. Rio de Janeiro. KATCH. & FOX III.K. a COOPER. 2 Rio de Janeiro... S.. a.D. Teste em ciências do esporte..0 mm.0 mm e SI = 17. Qual o METmax ? 10. Qual o METmax ? Situação (C): Um indivíduo masculino ativo de 50 anos. MATSUDO. P.R.R. com a freqüência cardíaca de 156 bpm.. Qual o VO2max ml. Qual a categoria de aptidão física segundo Cooper? 2. de 117 . Ms.H. 1990. 1987. Editora Robe. percorreu 3200 metros em 15 minutos. M.Dietas Equilíbrio Emocional. SE = 18. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. 1982. Editora MEDSI. Levando-se em consideração que seu peso corporal está em 80 kg. Exercício e Saúde. Edição.min-1 obtido? 8. a COLÉGIO AMERICANO DE MEDICINA ESPORTIVA. O programa aeróbico para o bem estar total. & McARDLE. K.4 mm pergunta-se: 7.. Ergometria & Cardiologia Desportiva. a FOX. SE = 8. 1993. São Paulo. Editora Robe. Qual o VO2max l. D. Qual a Kcal max ? 11. 1996. 1986. AB = 17. 2 edição.M. 1996.A. Editora a Guanabara Koogan S. & MATHEWS.0 mm. V. Exercícios . pergunta-se: 5. Qual a categoria de aptidão física segundo Cooper? 4. Nutrição. 2 edição. J. L. a LEITE. não apenas diagnosticando o nível de condicionamento orgânico mas também prevendo performance e prescrevendo treinamento. 1980) identificaram que valores de lactato inferiores a 4 mMol/l não interferiam no processo de formação de fadiga local. através de um dos testes já vistos anteriormente. freqüência. A seguir serão apresentadas as quatro formas de prescrição de exercícios mais simples.Anderson Marques Moras . parece razoável limitar a intensidade de treinamento em 85% do VO2max e 90% da FC do indivíduo. parece ser um consenso de que carga contínua. devemos prescrever treinamento para atletas que necessitam uma orientação científica para obter o rendimento máximo e para aqueles que estão na outra extremidade da escala. a percentagem média de 60% VO2max e 72% FCM é o ponto inicial em que BALKE se baseia para formular a prescrição da intensidade de treinamento aeróbico em trabalho de carga contínua através da equação: Exemplo de Níveis de exercício recomendado através da prática da atividade física e fitness para melhoria da saúde. Ainda é possível prescrever um treinamento utilizando-se o nível de ácido lático. ele é contra-indicado para sedentários e paciente coronários. Por outro lado. Embora alguns autores defendem distintos tipos de treinamento.Ms. desenvolvidas cientificamente. Desta forma. sendo mais empregada em atletas de alto rendimento. 1372). valores superiores a 4 mMol/l de ácido lático levam a um processo de acumulação. A seguir serão apresentadas formas de prescrição de exercício. a intensidade. ainda não se popularizou no Brasil. Em avaliação funcional. como o sujeito se encontra em relação a seu nível de capacidade aeróbica. a prescrição do treinamento é tão ou mais importante do que a determinação direta ou estimada do consumo de oxigênio. A coleta de sangue arterializado é realizada no lóbulo da orelha ou da polpa digital (Foster et al. Obtido o VO2max . servindo de parâmetro para prescrição de exercício em relação ao volume e à intensidade. adequando cada caso. que por destino ou negligência decaíram a um tal nível de degeneração funcional que esforços físicos não orientados podem colocar em risco suas vidas. Visando estabelecer um referencial de trabalho. uma vez que a primeira é uma atividade meio. na coleta seriada de amostras de sangue durante a realização de exercícios com uma carga progressiva de trabalho. como um indicador da intensidade de trabalho. A prescrição de exercícios para indivíduos não atletas é um segmento muito interessante do mercado de trabalho do Professor de Educação Física. basicamente. Por isso. é de aceitação geral que uma intensidade baixa não gera uma melhora de condicionamento aeróbico e que não existe correlação entre carga de trabalho e aumento do consumo de oxigênio. analisando-se o perfil da curva de concentração do ácido lático. A técnica de análise de lactato consiste. O primeiro passo para prescrição de exercícios corresponde a determinação do VO2max do avaliado. Entretanto é necessário o conhecimento de princípios básicos para a prescrição. os sedentários e os pacientes. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. através de uma caminhada ou de uma corrida. Embora para atletas o treinamento com cargas intervaladas possa e eventualmente deva ser usado. também é um consenso quase unanime que a intensidade está muito relacionada com o tempo de duração do exercício e que estas variáveis são mais importante do que a freqüência do treinamento. É fundamental para a validade do trabalho de investigação em laboratório que os resultados obtidos sejam levados de forma compreensível e prática aos atletas e seus treinadores ou aos sedentários e seus médicos. Entretanto. 118 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. a fim de melhorar a qualidade do serviço oferecido. Dr. exemplificando uma situação problema. É importante ressaltar que a experiência prática contribui em muito. Intensidade do Exercício: A busca de intensidade ideal de um treinamento motivou diversas pesquisas em fisiologia do exercício e as conclusões nem sempre parecem claras ou definidas. no sentido de estabelecer algum ajuste final. Ms. José Francisco Daniel/ Prof. Uma prescrição de treinamento deve ser antecedida de uma avaliação médica funcional. trote ou corrida devem ser utilizadas. em marcha. Basicamente. Apesar desta técnica ser amplamente empregada nos países desenvolvidos. e que servirá como um excelente instrumento de trabalho. Com o resultado do VO2max o Professor de Educação Física poderá escolher entre os métodos de FC e VO2 aquele que servirá como instrumento para elaboração do treinamento. Mader e colaboradores (Ribeiro & De Rose. Considerando-se uma duração de 35-45 minutos. optou-se por estabelecer 4 mMol/l como um ponto referencial para prescrição de treinamento. duração e tempo de sessões.Capítulo X PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS AERÓBICOS É cada vez maior o número de pessoas que iniciam uma atividade física de forma aeróbica. promovendo uma redução da capacidade de trabalho. É evidente que há um limiar a partir do qual o treinamento é efetivo e este limiar parece situar-se em torno de 40% do VO2max e 58% da FC do indivíduo. e deve elucidar o tipo de exercício. Entretanto. devemos avaliar atentamente nas tabelas de nível de aptidão (AHA ou Cooper). Anderson Marques Moras 119 .4 3. Maior número de dias na semana.5 10.000m 3.2 4. Ms.8 6. 3-5 dias por semana.6 5.8 5.0 2. 2-3 dias por semana > 60 anos (entre 10-15 repetições) Prescrição de Treinamento pelo VO2max: Este método pode ser perfeitamente utilizado.100m 2. basta selecionar um percentual de trabalho. Exemplo: Caminhada.8 METs 2. Exercícios de intensidade moderada (aeróbio) 40%-59% da freqüência cardíaca de reserva ou 4 . Exemplo: dança Exercícios de resistência 1-2 séries (8-12 repetições) de 8-10 exercícios de resistência diferentes de moderada intensidade para os grandes grupos musculares.8 8.7 6.7 4. Dr.2 4. são ilustrados os valores de consumo de O2 para várias velocidades de caminhada e corrida.150m 3.400m 2. Aproximadamente 20-60 minutos por dia.0 ml. o tempo gasto para percorrer 1 km. O emprego deste método iniciou-se com a determinação do VO2max.0 3.4 METS.0 16. Para sua utilização é necessário ensinar ao praticante a forma correta de palpação da FC. Aproximadamente 20-60 minutos por dia.0 20.500m 1.5 30min 1.700m 2. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.4 5.600m Fonte: Cleveland Clinic. Exemplo: corrida e natação.Custo Energético de Atividades de Caminhada km/h 3.Exercícios de baixa intensidade (aeróbio) 20%-39% da freqüência cardíaca de reserva ou 2 . metros/min. Cleveland. A vantagem de sua praticidade pelo fato de ser desenvolvido através de tabelas que fornecem informações sobre a velocidade em km/h.5 4. Exercícios de alta intensidade (aeróbio) 60%-84% da freqüência cardíaca de reserva ou 6 – 8 METS. e quanto mais treinado for. 3-5 dias por semana.Ms.1 5. Aproximadamente 60 minutos por dia. veja a exemplificação da situação apresentada: Sexo: masculino Idade: 50 anos VO2max = 20 ml.850m 3. Na Tabela 33 que foram desenvolvidas na Seção de Medicina do Esporte. tendo como principal característica o VO2max apurado durante um teste ergométrico.min-1 Percentual escolhido de trabalho = 60% VO2max de treino = 12. Tabela 33 . Com o uso desta tabela é possível correlacionar o consumo de O2.7 7.2 7.7 6.3 6.6 19. De uma forma geral podemos optar normalmente entre 60 a 90%. a partir do VO2max apurado.3 6. com a velocidade de deslocamento. levando em consideração o nível de condicionamento e o ponto de localização do limiar anaeróbico do avaliado. a relação destas variáveis com o VO2 e METs.0 3.kg Prescrição de Treinamento pela FC: A prescrição pela FC representa uma das formas mais simples e práticas de orientação do exercício físico.300m 3. Ohio e apresentadas por Vivacqua & Hespanha (1992).2 5. Lembre-se que quanto pior o nível de condicionamento do avaliado mais baixo será seu limiar anaeróbico.4 5.5 22. 2-4 dias por semana Exercícios de flexibilidade Para flexibilidade 10-30 segundos. do VO2max.5 15.0 5. Seção de Medicina do Esporte. mais alto será o limiar anaeróbico.9 7. José Francisco Daniel/ Prof. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.kg-1.0 6.2 6.4 12.6 METS. jardinagem.0 8.0 5.8 Kcal/min 2.5 3.450m 3. além da quantidade calórica consumida para fazer a tarefa.2 17.6 4.2 m/min 50 60 70 80 90 95 100 105 110 115 120 1km 20'00" 16’36” 14'12" 12'30" 11'06" 10'30" 10'00" 09'30" 09'00" 08'36" 08'18" VO2 7. Cleveland.1 23.6 6. Ohio Para uma melhor compreensão da forma de utilização da tabela.800m 2. A nova forma de cálculo da FCT desenvolvida por Karvonen tem a seguinte fórmula: FCT = % (FCmáx .121 bpm/min FCmáx (220-idade) = 22-63 = 157 bpm/min 55% FCmáx = 110 bpm/min 69% Fcmáx = 140 bpm/min Zona de treino = 110 . Exemplo de treino calculado com base no nível de intensidade e freqüência cardíaca de reserva (FCr) Exercício de baixa intensidade – 120 FCmáx (226-idade) = 226-60 = 166 bpm PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Exercício de baixa intensidade – 45% – 54%(FCmáx) Mulheres Idade 60 anos FCmáx (226-idade) = 226-60 = 166 bpm/min 45% FCmáx = 75 bpm/min 54% Fcmáx = 90 bpm/min Zona de treino = 75 – 90 bpm/min Exercício de moderada intensidade – 55% – 69%(FCmáx) Homens Idade 45 anos Exercício de alta intensidade – 70% – 89%(FCmáx) Homens Idade 63 anos FCmáx (220-idade) = 22-45 = 175 bpm/min 55% FCmáx = 96 bpm/min 69% Fcmáx = 121 bpm/min Zona de treino = 96 .Ms.Anderson Marques Moras .140 bpm/min Esta forma simplista de cálculo da FCT (freqüência cardíaca de treino) não leva em conta um fator extremamente interessante que é a FCR (freqüência cardíaca de reserva) que é o resultante da diminuição da FCM com a FC de repouso.75 (135) + 55 FCT = 101+55 FCT =156 Ao observarmos o resultado apurado na primeira situação (143 bpm) com o registrado na segunda (156). é fácil percebermos uma grande diferenciação. ou seja se calculava a FC máxima do indivíduo e posteriormente o percentual da FC de trabalho. Dr. vejamos o mesmo exemplo anteriormente apresentado: Indivíduo de 30 anos FCmáx = 190 bpm FCrep = 55 bpm Objetivo de trabalho = 75% Desenvolvendo a fórmula: FCT = 0. Para facilitar a compreensão veja o exemplo a seguir: Exemplo de treino calculado com base no nível de intensidade e freqüência cardíaca máxima (FCmáx). 1994). Atualmente a difusão do sistema POLAR vem facilitando ainda mais o emprego desta opção de trabalho. Este novo conceito foi desenvolvido por Karvonen e colaboradores. que pode induzir a um erro por subestimação quando calculamos pela primeira forma. Ms.75 (190 . sendo considerado como um procedimento mais correto de prescrição. Quando um indivíduo encontra-se em um nível de capacidade física entre boa e superior (veja tabela de Cooper VO2max) é recomendável aplicar uma carga de trabalho que seja suficiente para estimular sua FC para valores entre 65 e 85% de sua FCM. José Francisco Daniel/ Prof.55) + 55 FCT = 0.FCrep) + FCrep onde: FCT = freqüência cardíaca de treino FCmáx = freqüência cardíaca máxima % = percentual de trabalho selecionado FCrep = freqüência cardíaca de repouso Para facilitar a diferenciação entre as duas formas de cálculo da FCT.além de algumas explicações básicas sobre o funcionamento do coração. Alguns anos atrás a prescrição de exercícios estava baseada em um conceito muito simples. Para indivíduos em que o nível de capacidade física esteja compreendido entre muito fraca e regular. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. sugere-se a realização de tarefas que estimulem a FC para faixas de 55 a 80% da FCM. visto que leva em consideração a FC de repouso de cada indivíduo (Wilmore & Costill. você deverá descobrir qual a velocidade em km/h ou metros/min que seu avaliado deverá correr e que será suficiente para estimular o trabalho cardíaco dentro da zona esperada. Este tipo de procedimento torna possível identificar o ritmo de exercício suficiente para estimular a FC na zona alvo estabelecida.8 ml. sendo assim. e registrado o comportamento da FC ao final da mesma e o ritmo executado.42 X idade) . ou deverá gastar 12'30" para caminhar 1 km.·.70 x (193 .8 km/h. Coloque uma régua horizontalmente. Este procedimento poderá ser feito em uma pista de atletismo.60 x (193 . Ms. O conceito desta faixa pode ser mais detalhado pelo método de treinamento da zona alvo.kg-1. caso o objetivo seja trabalhar só aerobicamente e um limite inferior. o tempo de execução do exercício poderá ser amplamente variável. contudo é importante que o tempo ideal para a prática de exercícios aeróbicos seja sempre superior a 20 minutos. l.24 VO2max = 44 ml. Em nosso exemplo. FCM = 193. dependendo do nível de condicionamento físico do avaliado é possível variar a faixa de treino da FC.Custo Energético de Atividades de Corrida PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.min-1 Nível de aptidão física (Cooper) = boa % escolhido de trabalho = limite superior 70% e limite inferior 60% Cálculo da FCT FCT = 0. Dr.70) + 70 FCT = 156 * Limite superior FCT = 0. e veja na coluna km/h qual seria a velocidade de deslocamento.145 bpm Para o cálculo do percentual da FCT procure levar em consideração o conceito de FCR: Um segundo aspecto interessante para a prescrição de treinamento utilizando a FC. Com os valores calculados. o avaliado deverá caminhar a uma velocidade de 4. A seguir será apresentado um exemplo de como prescrever um programa de condicionamento. José Francisco Daniel/ Prof. a escolha dos valores para o limite superior e inferior serão dependentes do nível de capacidade aeróbica.70) + 84 = 128 bpm 39% Fcmáx = (157 – 84) x 0.70) + 70 FCT = 144 * Limite inferior Com a faixa de FCT apurada (144 . Vagner Roberto Bergamo/ Prof.40) + 80 = 118 bpm 39% Fcmáx = (175 – 80) x 0. que deverá estar abaixo do limiar anaeróbico. deve ser a elaboração de uma faixa de trabalho. onde é solicitado ao avaliado um aumento da velocidade de deslocamento a cada volta.30) + 90 = 113 bpm 39% Fcmáx = (166 – 90) x 0. de forma a assegurar o mínimo de stress necessário para que ocorram efeitos oriundos do treinamento.Anderson Marques Moras 121 .156).min-1 ou um valor aproximado. ou se preferir.30% – 39%(FCr) Mulheres Idade 60 anos Freqüência Cardíaca Repouso = 90 bpm 30% FCmáx = (166 – 90) x 0. Esta faixa compreenderá um limite superior. Tabela 34 .Ms. onde se localiza o consumo 13. Exemplificando: Sexo: masculino FCrepouso 70 Idade: 24 anos FCM = 205 .min-1 Determinação do Ritmo de Caminhada: Veja na Tabela 33 de caminhada.89) + 84 = 145 bpm Zona de treino = 128 .39) + 90 = 120 bpm Zona de treino = 113-120 bpm Exercício de moderada intensidade – 40% – 59%(FCr) Homens Idade 45 anos FCmáx (220-idade) = 220-45 = 175 bpm Freqüência Cardíaca Repouso = 80 bpm 30% FCmáx = (175 – 80) x 0.(0.59) + 80 = 136 bpm Zona de treino = 118 -136 bpm Exercício de alta intensidade – 70% – 89%(FCr) Homens Idade 63 anos FCmáx (220-idade) = 220-63 = 157 bpm Freqüência Cardíaca Repouso = 84 bpm 30% FCmáx = (157 – 84) x 0.kg-1. quantos minutos o indivíduo deverá consumir para percorrer 1 km. 6 13.5 18.4 9.Custo Energético da Atividade de Trote km/h 7.8 11.3 18. O gasto energético relaciona-se com o peso corporal do praticante.2 7.5 ml.6 m/min 135 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 1km 7'24" 7'06" 6'36" 6'12" 5’48” 5'30" 5'12" 5'00" 4'42" 4'30" 4'18" 4'06" 4'00" 3'54" VO2 30.5 35.5 55.500 m 4.71 METs treino 3.kg-1.200 m 4. acompanhe a situação problema apresentada: Sexo: mulher Idade: 20 anos VO2max = 50 ml.1 8.5 ml. Cleveland.4 13.5 14.12 onde: 1.8 30min 4.7 15.5 43.5 METs 8.0 9.8 7.kg-1. Porém para fornecer a um nutricionista um dado exato do gasto calórico consumido na atividade usa-se a seguinte fórmula: Kcal/min = Met treino x 1.7 30 min 3.6 13.kg-1.600 m 6. Para facilitar a prescrição dos exercícios as Tabelas 36 e 37 estabelecem uma relação do ritmo de caminhada e corrida.5 14.0 12.750m 3.min-1 Determinação do Ritmo de Corrida: Veja na tabela (34) de atividade corrida.5 39.2 11.2 15.5 37.8 12.kg-1.5 27.500 m 7.5 ml. Aplicando a fórmula teríamos: VO2 treino = 37. Coloque uma régua horizontalmente.800 m Fonte: Cleveland Clinic Seção de Medicina do Esporte.03 Kcal/min o que não chega ser significativo.7 9.225 Aproveitando o exemplo anterior da corrida.800 m 5.0 15. e veja na coluna km/h qual seria a velocidade de deslocamento ou. Ohio Para uma melhor compreensão da forma de utilização da Tabela 34.8 12.kg-1.2 16. segundo Bergamo.min-1 = 10.6 10.2 11.min-1 ou um valor aproximado.5 ml. Nesta situação será interessante um ritmo conhecido como trote.71 x 1.0 9.300 m 6.12 Kcal) é possível observar uma diferença de 0.5 33.8 Kcal/min 8. onde se localiza o consumo de 37.2 km/h.km/h 8.600m 3. A Tabela 35 ilustra as variáveis necessárias para a prescrição do exercício.5 47.8 11.2 17. Ms.1 9. ou deverá gastar 5.700 m 6. Ao analisarmos profundamente as Tabelas 33 e 34 percebe-se um espaço vago entre o ritmo da caminhada mais forte e da corrida mais lenta.8 m/min 120 125 130 1km 08'18" 08'00" 07"96" VO2 23.8 17.900m Outro ponto a destacar em relação à interpretação das tabelas apresentadas anteriormente está relacionado com o cálculo correto do gasto energético que não foi levado em consideração.100 m 5. 1996 (70kg x 3.4 12.5 10.Ms.5 Kcal/min = 10.5 53. mas que ainda não apresenta condições de correr. Em nosso exemplo. se preferir.5 51.5 9.3 METs 6.5 31.5 49.3 7.1 10.400 m 5.Cálculo da Velocidade de Caminhada Distância min 122 km/h m/min VO2 METs kcal/min PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. a avaliada deverá correr a uma velocidade de 10.8 25. suponhamos que o peso corporal da avaliada correspondesse a 70 kg.200 m 7.5 7.15 Kcal/min) ao obtido pela fórmula (13. V. José Francisco Daniel/ Prof.8 11.48 min para correr 1 km.0 13. tendo como base a distância de 1 km.8 Kcal/min 10. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.R.0 14. Tabela 35 ..0 14. quantos minutos o indivíduo deverá consumir para percorrer um 1 km.900 m 7.Anderson Marques Moras .8 19. Dr.050 m 4.2 10.7 15.5 16.min-1 Percentual escolhido de trabalho = 75% VO2 = 37.8 14.5 41.000 m 6. entretanto isto não invalida o uso das tabelas. Esta faixa intermediária apresenta uma dificuldade biomecânica para o indivíduo que pretende caminhar. Tabela 36 . pois elas facilitam em muito o trabalho de forma prática.5 45.225 kcal/min = equivalente ao dispêndio calórico de repouso para uma pessoa pesando 70 kg.225 Kcal/min = 13.min-1 x 5 kcal / 1000) Comparando o valor do consumo calórico obtido na tabela (13.4 15. 85 153.30 15.00 230.66 7. com uma intensidade de 65%.kg-1.70 15.kg-1.16 71. A equação para cálculo do consumo de O2 para corredores de alto nível será: VO2 ml.50 2.05 2.07 34.5 O cálculo do consumo final será o componente horizontal com o vertical Cálculo do componente vertical VO2 ml.50 70.65 24.80 10.min-1 = 250 x 0.kg-1.00 14.min-1 = 53.kg-1.min-1 = velocidade x gradiente de inclinação x 1.15 14.0 13. 18 + 3.52 11.50 51.8 MOREIRA & BITTENCOURT (1985) alertam.3 VO2 ml.28 5.0 10.50 53.2 + 3. MOREIRA & BITTENCOURT (1985) apresentam uma fórmula do American College of Sports Medicine para o cálculo do consumo de oxigênio durante a corrida em um plano horizontal à velocidades superiores a 8. Exemplificando: Um indivíduo correrá a uma velocidade de 300 m/min.57 3.min-1 = 53.min-1 .16 9. este propiciará um gasto energético menor quando comparado a pessoas normais.80 17.02 12.07 x 1.75 4.57 7.min-1 = 63. necessário utilizar a seguinte equação: VO2 ml.kg-1.Cálculo da Velocidade de Corrida Distância 1 km 1 km 1 km 1 km 1 km 1 km 1 km 1 km 1 km 1 km 1 km 1 km 1 km 20’00” 18’00” 16’00” 14’00” 12’00” 11’00” 10’00” 9’00” 8’30” 8’00” 3.40 13.70 13.12 METs 9. que devido a uma melhor coordenação do gesto motor existente no corredor de alto nível.30 3.1 19.70 330.4 km/h o que de certa forma permite um maior refinamento para a prescrição deste exercício.5 A velocidade deverá ser expressa em m/min.00 kcal/min 11.25 13.83 39.5 Fórmula Resumida de Prescrição do Treinamento pelo VO2max: MVO2 TREINO METs = 60 + MET MAX x MET MAX 100 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.50 49.30 7.25 Exercício 11: Tente encontrar qual a velocidade em metros/min e o total de Kcal gastas durante um exercício de 60 minutos de duração.30 18.46 8.32 5.50 16. José Francisco Daniel/ Prof.90 100.5 VO2 ml.00 26.1 km 1 km 1 km 1 km 1 km 1 km 1 km 1 km 1 km 1 km Tabela 37 .11 117.4 m/min 142. para esta atividade corresponderá? Desenvolvendo a fórmula: VO2 ml.00 5. sabendo que o VO2max obtido correspondeu a 56 ml.20 2.57 9.min-1 = 19.min-1 = 300 x 0.00 285.77 3.8 12.85 20.kg-1.min-1 = 250 x 0.00 10.00 15.80 4.05 7.00 200.50 47.00 3.5 Caso a corrida seja feita em um local de subida.80 21.30 90.00 333.min-1 = velocidade (m/min) x 0.8 Velocidade em m/min Gradiente de inclinação expresso em fração decimal Exemplificando: Um corredor com um ritmo de 250 m/min e tendo uma subida de 7% de inclinação.00 21.kg-1.kg-1.60 125.20 17.50 60.76 9.30 2. será necessário adicionar o componente vertical a partir do gradiente de declividade.3 = 72.14 17.5 VO2 ml.Anderson Marques Moras 123 .8 20.23 10.8 VO2 ml.50 14.45 12.min-1 = velocidade x 0. Para tal.kg-1.00 min 7’00” 6’30” 6’00” 5’30” 5’00” 4’30” 4’18” 4’06” 4’00” 3’30” 3’03” 3’00” 2’54” km/h 8.2 + 3.50 71.0 20.96 6.8 14. ainda.40 83.0 17.40 6.00 25.00 6.88 23.66 180.00 55. sendo assim temos a seguinte equação: VO2 ml.00 5. Ms.2 13.00 3. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.00 2.5 + 19.50 62.Ms.kg-1.kg-1.00 111.32 19.84 166. seu consumo de O2.00 250.00 220.00 7.21 3.21 9.50 50.2 + 3. terá que consumo de O2 para esta tarefa? Cálculo do Componente Horizontal VO2 ml.30 340.64 69.82 25.4 15. Dr.81 4.55 VO2 32.45 6.00 7.50 18.61 20.75 5.50 43.26 36.00 240. FCrepouso FCmáxima .onde: MVO2 TREINO METs = Intensidade da treinamento em METs MET max = Consumo máximo de oxigênio expresso em METs METs = Equivalente ao consumo de oxigênio em repouso (1 MET = 3. Dr.kg-1.5 ml.min-1) O consumo máximo de oxigênio e freqüência cardíaca máxima são obtidos em testes ergométrico máximo direto ou indireto que deve servir de base para a prescrição da intensidade do treinamento aeróbico.70) x (60 + 12. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.00 Exemplificando : % FC = 60 + 42 = % FC 72.FCrepouso Exemplo: % VO2max = 159 .41 %VO2max = [1. ruas etc.3 Para um percurso em lugar demarcado (pista.723 ou 193 .FC repouso) x (%Int..70 123 % VO2max 72.Ms. %FCmáx = % VO2max + 42 1. + MET máx) + (FC repouso) 100 onde: FC treino FC repouso FC final METmax MET = Freqüência cardíaca treinamento = Freqüência cardíaca de repouso = Freqüência cardíaca máxima no teste = Consumo máximo de oxigênio expresso em METs = Equivalente ao consumo de oxigênio em repouso (1 MET=3.40.).57) + 70 100 FC treino = (123) x (0.3 1.26 + 70 FC treino = 159 bpm Controle da Intensidade pela freqüência cardíaca de esforço: % VO2max = FCEsforço .Anderson Marques Moras . a velocidade em metros por minuto para um VO2treino dado em METs é determinada pela equação: 124 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.41 60% do VO2max eqüivale 72.3% da FCM Relação entre o Percentual de VO2máx e o Percentual de Freqüência Cardíaca Máxima Percentual de FC máxima 50 60 70 80 90 100 Percentual de VO2 max 28 42 56 70 83 100 Prescrição do Treinamento pela Freqüência Cardíaca de Esforço: FC treino = (FC final .kg-1.5 ml. José Francisco Daniel/ Prof. Ms. Exemplo: FC treino = (193 .369 x % FC] .min-1) Exemplificando: MVO2 TREINO METs = 60 + 10 x 10 = 7 METs 100 A FC apresenta uma íntima relação com o VO2 Hellerstein & Adler (1973) estabeleceram uma equação relacionada a % FC e Londere & Anes uma equação relacionada a % VO2.70 = 89 = % VO2max 0.7257) + 70 FC treino = 89. Isto traria diversas vantagens. entretanto. entre as quais um tempo relativamente curto para sua execução. Recomenda-se para fins de saúde funcional. Dr. a meta a ser alcançada deverá estar em torno de 2000 a 2500 kcal/semana (ACSM. 1995. Preconiza-se para fins de saúde uma duração de 20 a 60 minutos de atividade aeróbica contínua.1995). Para atletas. a formação de um hábito e o alívio das tensões quotidianas através da prática do exercício. Tabela 38 . Vagner Roberto Bergamo/ Prof. para alcançar um nível ótimo de dispêndio calórico através de exercício. Depois de estabelecer a intensidade do trabalho físico. Recreativas e Esportivas (em kcal/min) ATIVIDADE kcal-1.min-1 . desta maneira uma atividade menos intensa deverá ser compensada com uma maior duração. maiores deverão ser os períodos de aquecimento e volta à calma. Muitas vezes. numa intensidade suficiente para despender 300kcal/dia.21 minutos. numa freqüência de 7 dias semanais. Periodicidade do Treinamento: Seguindo o mesmo raciocínio desenvolvido em torno do percentual de 10% sobre o aporte calórico diário a ser utilizado em treinamento. A duração no início do programa poderá ser menor.4 x 1. mas não é válido para atletas de elite.0 kg de gordura/mês. Quanto mais velho e sedentário for o indivíduo. neste caso.D.6 kcal/min 240 / 6.0 METs 5.6 = 36. a duração do trabalho deve ser duplicada para o gasto energético seja o mesmo. visando a manutenção de uma condição orgânica saudável. e o seu aporte calórico é de 2400 e com MVO2 de 8 METs. que devem treinar diariamente e de preferência em dois turnos. O programa de treinamento aeróbico para a maioria das pessoas poderá ser conduzida durante. que eqüivale a perda aproximada de 260 gr de gordura/semana e 1. esta deveria ser feita 6 vezes por semana.Gasto de Energia em Atividades Domésticas. assim calculados: Aporte Calórico Diário (A. Se a meta do treinamento é o controle de peso. sugerindo um dispêndio energético de 800 a 900 kcal por semana.Anderson Marques Moras 125 . Porém.kg-1 53 kg 68 kg 74 kg 86 kg PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. BALKE entende que o dispêndio calórico em treinamento de um indivíduo deve ser de cerca no mínimo de 10% do seu aporte calórico total. só podemos dispor de três dias por semana e. a uma intensidade de 60 a 70% do máximo. o que usualmente se atinge no exercício em que o pulso é aproximadamente 70% do máximo. Ms.4 METs 5. o que é recomendado como forma gradual de perda de peso. caberá ao treinador. um dispêndio energético mínimo de 300 kcal/dia para uma freqüência de 3 dias/semana ou 200 kcal por sessão no caso de uma freqüência de 4 dias/semana. Segundo as recomendações do Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACMS).21 minutos Para um treinamento aeróbico é necessário um trabalho total de pelo menos 30 minutos na intensidade indicada. apenas 30 minutos de atividade física é suficiente para baixar o risco de morte por problemas cardíacos. pelo menos 3 dias por semana.Prescrição do Treinamento pela Velocidade m/min: Vel m/min = VO2treino (METs) x 158 + 504 12 Vel m/min = 7 x 158 + 504 = 134 m/min ou 8 km/h 12 Prescrição da Duração do Treinamento pelo Gasto Calórico: A duração da atividade dependerá de sua intensidade. estabelecer o tempo de duração do exercício em função das exigências específicas de cada modalidade desportiva.C. deve-se considerar seriamente a possibilidade de desempenhar trabalhos de 1 hora de duração. pela manhã e pela tarde. José Francisco Daniel/ Prof. a duração do treinamento diário é de 36.225 kcal/min. através de exercício físico. excluindo o aquecimento. Considerando-se que o equivalente calórico do MET para um indivíduo de 70 kg é de 1. elevando-se conforme os níveis de aptidão física são elevados ACMS.) 10% deste aporte VO2max VO2treino Cálculo do Equivalente Calórico Cálculo do Tempo de Treinamento 2400 kcal 240 kcal 8.225 = 6. devemos considerar a duração do exercício nos períodos alternados de treinamento e de intervalo ou a duração total de cada sessão. com 30 a 60 minutos de exercício contínuo.Ms. Este sistema é igualmente eficiente para aqueles que praticam esporte como recreação. 3 3.kg PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. braçada rápida nado crawl.4 3.kg 15.6 8.4 10.066 0.5 = 43.1 0.7 0.4 14.0 11.4 20.600m) corresponde a 200m/min.5 11.6 14.207 0. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.kg ou VO2max ml/kg. obteremos um total de 12 km/h. braçada lenta Tênis de mesa Jogo de tênis Jogo de vôlei 0.Anderson Marques Moras .7 15.9 14.186 0.min 12 kcal/kg x 74/60 = 14.min em METs 43.7 4. 1 milha = 1600 metros 1 milha em 8 minutos = 200 m/min 200 m/min x 60 min = 12 km/h 12 km/h = 12 METs = 12 kcal/min 12 METs = 12 kcal/kg.168 0.Ms.9 3.0 3. Ms.8 3.min. que se multiplicarmos por 60 minutos.3 Obs.162 0.3 / 74 126 = 0.5 5.5 10.h x peso/60 = kcal/min e.0 10. Sabendo que o km/h eqüivale aos METs gastos.8 9.051 0.4 11.0 16.5 ml/kg.5 9.4 12.5 13.min = vel m/min x 0.156 0.2 11.152 0.9 13.1 10.2 12. se dividirmos pelo peso novamente obteremos o valor em kcal.6 8.5 = 12.h x peso/60 = kcal/min 12.7 14.0 8.5 12.5 11.0 22.109 0.8 20.Basquete Dança salão de baile coreografia Ginástica Judô CORRIDA PLANO HORIZONTAL 11min.050 9.068 0.min.9 0.1 15.3 6.4 METs 12.3 3.138 6. que acharemos a distância total em uma hora. Dr.min transformar ml/kg.5 13.7 16.7 11.8 kcal/min/peso(74) = 0.5 VO2max ml/kg.0 8.min + 3.169 0. que corresponde a 12 kcal/kg.8 11.3 kcal/min se dividirmos 15 kcal/min pelo peso (74) acharemos kcal. 30s por milha NATAÇÃO nado de costa nado de peito nado crawl.0 12.1 23.4 4.5 / 3.304 8. 30s por milha 9min por milha 8min por milha 7min por milha 6min por milha 5min.0 5.9 18.5 13.4 4.kg que é igual a 0.4 4.4 kcal/kg.2 ml/kg.195 2.9 9.4 x 74/60 = 15.4 METs = 12.200. José Francisco Daniel/ Prof.3 20. que corresponde ao gasto calórico assim: 8 min por milha (1.3 16.7 8.min.5 5.6 17.7 2.200 kcal.6 7.3 17.0 9.6 5.270 0.4 14.234 0.2 + 3.207 kcal.8 12.: Para os valores que podemos calcular a distância em metros por minuto (m/min). é só multiplicarmos m/min x 60.6 11.min = 200 x 0.min.4 4.25 13.2 26.128 0. deve-se repousar ou fazer treinos leves. flexibilidade e resistência aeróbica são habilidades motoras essenciais. 7. 3.M. de ansiedades e de frustrações) RECOMENDAÇÕES NAS PRESCRIÇÕES DE EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA DIFERENTES CATEGORIAS DE INDIVÍDUOS 1. Treinar pelo menos 4 habilidades motoras. b) Seguir as instruções do educador físico. DIMINUA O ESPASMO MUSCULAR E A RIGIDEZ ARTICULAR. ATIVIDADE FÍSICA ÍNDICE = INTENSIDADE X DURAÇÃO X FREQÜÊNCIA AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA INDICE 81 – 100 5. Evitar suspender seus exercícios por mais de 10 dias. a) b) c) MANTENHA-SE ROTINEIRA E FISICAMENTE ATIVO. a) Dores nas articulações. Excelente 9. José Francisco Daniel/ Prof. 5. 2. contrabalançando assim o acúmulo de tensão. Providenciar suficientes distrações e recreações físicas (combate o stress psicofisiológico da vida diária. Força. 10 a 20 minutos.) Duração 15 – 45 (min) Freqüência 3–5 Semanal Tipos de Exercícios Aeróbicos Obesos Atletas 60 – 85 70 – 90 35 – 60 60 – 120 3–6 5–7 Aeróbicos Endurance Endurance Muscular Muscular Deverá ser Regular ou Flexibilidade boa Boa Regular ou Regular ou Coordenação boa Boa Deverão ser Deverão ser Motivação motivados motivados constantemente constantemente Deverá ser freqüente 1. 8. c) Não se exercite com febre ou doença infecciosa. Em geral já estão motivados Quando necessário - Aquecimento e alongamento são essenciais. FREQÜÊNCIA 5 4 3 2 1 → → → → → Diariamente. c) Contra-indicações às atividades devem ser detectadas. diminuir a intensidade ou modificar a técnica.DIFERENÇAS NAS PRESCRIÇÕES DE EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA DIFERENTES CATEGORIAS DE INDIVÍDUOS Elementos da Sedentários e Prescrição Cardíacos Intensidade 60 – 85 (% F. DURAÇÃO 4 3 2 1 → → → → Mais de 30 minutos. 20 a 30 minutos. b) Se no início do programa você sente músculos cansados e doloridos. 4. b) Orientar-se sobre exercícios de flexibilidade e alongamentos com o professor de educação física. Calcular o tempo (duração) e a intensidade do exercício. Nenhuma ou raramente. Abaixo de 10 minutos. Algumas vezes por mês. como no tênis. faça um treino leve. ESTEJA ATENTO A SINAIS E SINTOMAS PRECOCES. 61 – 80 a) Defeitos posturais devem ser detectados. ÍNDICE DE ATIVIDADE FÍSICA COEFICIENTE INTENSIDADE 5 → Intensa respiração e freqüência cardíaca. d) Dar chance aos músculos de se relaxarem e ressintetizar os combustíveis gastos. c) Após um dia de treinamento intenso. 2 → Leve – como no voleibol. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA<E20ESPORTES APTIDÃO FÍSICA Alta Muito Boa Média Baixa Muito Baixa Prof. 1 → Muito leve – pesca. 4 → Moderada respiração e freqüência cardíaca. 41 – 60 b) A avaliação cardio-respiratória durante o esforço é 21 – 40 importante. Capacidade: exercite-se dentro de seus limites fisiológicos de saúde. 3. caminhada. Evitar ser um atleta de fim de semana.Anderson Marques Moras 127 . a) Fazer um correto aquecimento e alongamento. a) Não fazer dois treinos no mesmo dia. coordenação. 2. Melhorar a aptidão física motora e energética capaz de atingir um equilíbrio adequado entre o esporte e a utilização de energia. Treinamento Muscular Supervisão NOVE PRINCÍPIOS BÁSICOS DO CONDICIONAMENTO FÍSICO (RECREAÇÃO) Periódica Anaeróbico s Aeróbicos Potência e Força 6. Dr. Relaxamento: exercícios especiais para recuperar-se da fadiga e da tensão. Leva-se 6 a 8 semanas para atingir o nível máximo. Ms. Finalidades: Melhorar a capacidade funcional do sistema orgânico ao esforço. Rotina: uma rotina básica semanal é necessária. NÃO TREINAR EXCESSIVA E DESNECESSARIAMENTE. Interrupção: é necessário interromper o programa quando problemas de saúde aparecem. EXAMES MÉDICOS PRÉVIOS. músculos e ossos durante e após atividades físicas sugerem parar. 4. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.Ms. 3 a 5 vezes por semana. 1 a 2 vezes por semana. Progressão: iniciar com cargas leves inicialmente e progredi-las com a melhora da aptidão física.C. Não retarde a consulta ao médico. 3 → Discreta respiração e freqüência como no ciclismo (passeio). 1996.. 2002. D. Rio de Janeiro:. Exercício na Saúde e na Doença: Avaliação e Prescrição para Prevenção e a Reabilitação. M.1995. & GUEDES. Fisiologia do Exercício: Energia. LEITE. Edição. V. 2 . Exercícios . KATCH. Rio de Janeiro.R. 1987.. em mulheres ativas de 50 a 70 anos. C.F.M.. Editora MEDSI. 2006. Londrina-Paraná.. Editora Reviner Rio de Janeiro. & ET AL. Editora Nórdica. STEPHEN. O programa aeróbico para o bem estar total. Exercício. J. 3 .. D. Portugal. & McARDLE. W.H. KATCH. 1991. Composição corporal e desempenho motor de crianças e adolescentes. Viver melhor: Guia de saúde para toda a família. Ergometria & Cardiologia Desportiva.A. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.JR.F. Editora Robe. 1996. R. 128 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. GUEDES.Ms. & HESPANHA.. Nutrição no exercício e no esporte. Rio de Janeiro.R. Ergometria e reabilitação em cardiologia. CMAJ. 1992.2 . 1993. 87f.F. J. a. Exercício físico na promoção da saúde. Relação do nível de aptidão funcional com os fatores de risco de doenças coronarianas associados à bioquímica sanguínea e à composição corporal. J. 3 . Provas de esforço e prescrição de exercícios para casos específicos.. 2 edição. Dissertação (Mestrado). Nutrição. Editora Guanabara Koogan S..P. a WOLINSKY. São Paulo. 2 . 2 . J. & HICKSON. São Paulo. a COOPER. edição. 1996 ZAGO AS. & McARDLE.S.R. I. envelhecimento e promoção de saúde. 1997. Aptidão física e saúde. 2 . SKINNER. 1992 WARBUNTON. Editora Health. 1993. São Paulo. Dr.P. J. C. a LEITE. D. I.E. F. edição. Crescimento. Edição. K.B. BREDIN. W. Guia para teste de esforço e prescrição de exercício.K. POLLOCK...H. 1995. Teste em ciências do esporte. 1993. S.. S. rio de Janeiro. Rio de Janeiro.L.D. Editora MEDSI.Sugestões para Leitura: ARAÚJO.dietas equilíbrio emocional.D. Editora Verbo. NICOL.R. Rio de Janeiro. Lisboa. Editora CLR Balieiro Ltda. I. Editora Midiograf..F.D.Anderson Marques Moras . W.... P.. a LEITE. a KATCH. 1986. & FOX III. P. P. Fundamentos da prescrição de exercício em idosos.S. L. & GUEDES. Editora Gráficos Burti. Exercício e Saúde. 174(7): 961-974. Edição. José Francisco Daniel/ Prof. VIVACQUA. Editora MEDSI.F. Editora MEDSI.4 edição. Belo Horizonte:. edição. Nutrição e Desempenho Humano. Bases teóricas e aplicações clínicas.P.E. 1990.. São Paulo. Editora Roca Ltda.P. UNESP RC. R. GUEDES. Rio de Janeiro. Prescribing exercise as preventive therapy. a. Fisiologia do Exercício .E.W. Ms. Edição. Editora Robe. a COLÉGIO AMERICANO DE MEDICINA ESPORTIVA. Editora MEDSI. Londrina-Paraná. WILMORE. 1982. MATSUDO. realmente. que tem uma superfície corporal de 2. Os valores estimados para o gasto energético diário de repouso com base na idade. com base na LBM.900 kcal diárias.Anderson Marques Moras 129 . Para um homem de 22 anos. Outro método que determina o gasto energético diário em repouso faz o cálculo do equivalente calórico do volume total de oxigênio consumido para as funções basais durante um período de 24 horas.03 m2 x 1000 m = 426 kcal PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. Ms.440 x 1.04 m2. já que ele não se ajusta a todas as variáveis corporais. Considerando que um dia tem 1. Exercício e Saúde Gasto Calórico (Jogo de Tênis) = 0. Dr. para a estimativa das necessidades de energia em 24 horas.210 x SC (m2) x Distância (m) Ex: um homem pesando 90 kg e 172 cm de estatura. o gasto calórico diário mínimo seria de 38 kcal/m2/h x 2. Uma estimativa precisa e rápida do gasto energético basal (BEE).0 x (70) + 682 = 2. no sexo.151 x SC (m2) x Distância (m) Homens Demanda Energética (kcal) = 0. kg) + 682 Ex: LBM = 70 kg (TDEE = 26.03 m2 de superfície corporal. Utilize as equações seguintes para estimar seu dispêndio de energia em estado de repouso (REE) e o dispêndio diário (TDEE) com base na LBM: REE (kcal/dia) 21.210 x 2. para homens e mulheres.102 kcal x Peso (kg) x Duração Gasto Calórico (Ginástica Aeróbica Intensa) = 0.6 x (70) + 370 = 1.860 kcal diários.85 x estatura) . Cálculo rápido para estimativa do gasto energético basal diário (Basal Energy Expenditure. massa corporal (kg) e estatura (cm) da seguinte maneira: Mulheres: BEE 65.6 x massa) + (1.(6. kg) + 370 Ex: LBM = 70 kg (REE = 21.0 + (13.18 kcal).BEE). que geralmente varia entre 900 a 1.0 x estatura) .(4.04 m2 x 24.Ms.F. como superfície. mostrada na figura 4. e na área de superfície estarão normalmente dentro de 10% do valor em kcal por dia caso o BMR tenha sido.5 + (9. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.Anexos ESTIMATIVA DO GASTO ENERGÉTICO DIÁRIO EM REPOUSO Para que seja determinado o gasto energético aproximado ou as kcal necessárias durante o repouso.700 kcal (1. José Francisco Daniel/ Prof.0 (LBM.134 kcal x Peso (kg) x Duração Equações para Estimativa da Demanda Energética na Prática da Natação Mulheres Demanda Energética (kcal) = 0. & McARDLE.7 x Idade) Homens : BEE 66. ou 1. Uma vez que o valor para a equação de oxigênio durante o repouso geralmente varia entre 160 e 290 ml/min (média de 235 ml/min).882 kcal/dia TDEE (kcal/dia) 26.109 kcal x Peso (kg) x Tempo de Jogo Gasto Calórico (Ginástica Aeróbica Moderada) = 0. Este valor é apenas uma aproximação grosseira.7 x massa) + (5. Nutrição.8 x Idade) Dispêndio de energia diário e durante o repouso. multiplicar-se esse resultado por 24. ao nadar 1000 metros terá uma demanda energética de 426 kcal: Demanda Energética = 0. deve-se multiplicar a kcal média por unidade de área de superfície corporal por hora.Massa de Gordura (kg) Referência: KATCH. o gasto energético diário em repouso seria teoricamente igual a 1.6 (LBM. O BEE em (kcal) pode ser avaliado pela idade (ano).440 minutos. pela pela superfície corporal determinada no monograma da figura 5.502 kcal/dia LBM (kg) = Massa corporal magra O cálculo da massa corporal magra (LBM) é feito da seguinte forma: LBM (kg) = Massa corporal (kg) . massa e composição corporais. W. O cálculo das necessidades energéticas diárias mínimas com base na idade e na superfície corporal resulta em uma avaliação mais confiável do que a simples utilização do valor médio da população. Depois. portanto com 2. medido sob rigorosas condições de laboratório.. . & GUEDES.P. In: Exercício físico na promoção da saúde. 1997. J.Equação para Estimativa da Demanda Energética Mediante a Prática de Ciclismo com Deslocamento Demanda Energética (0.P.625 kcal x Distância (km) x Peso Corporal (kg) Fonte: DI PRAMPERO.E.17 + 0. Dr. D.R. modificado por BERGAMO. 1988.2 x P x I) (Dist/4. 1986.P. GUEDES.1996. D.. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.P. & GUEDES.E.43 x SC x (V)2 + 39. Custo Energético Caminhada = 0.Anderson Marques Moras . In: Exercício físico na promoção da saúde.1996. J. GUEDES.Ms. WEBB et ali.18) Onde: P: Soma dos pesos do indivíduo e da bicicleta (kg) V: Velocidade de deslocamento (m/segundos) SC: I: Superfície Corporal Inclinação do terreno (tangente) Dist: Distância percorrida (km) Fonte: DI PRAMPERO (1986). Ms. 130 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. José Francisco Daniel/ Prof.R. Bethesda. Ms.) In: Nutrição. Dr.. 1968. e Dittmeer.índice metabólico basal como uma função da idade e do sexo.S. Metabolism. D. MD. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.Anderson Marques Moras 131 . Federation of American Societies for Experimental Biology. José Francisco Daniel/ Prof. exercício e saúde.L.Gráfico 5 . (Dados de Altman.Ms. Vagner Roberto Bergamo/ Prof. P. VO2 max previsto = 2. e a captação máxima prevista de O2 será lida na escala do meio. Um homem alcança uma freqüência cardíaca de 166 no teste cicloergométrico com uma carga de trabalho de 1.. Nos testes sem mensuração direta a captação de O2 pode ser estimada lendo horizontalmente da escala “peso corporal” (teste do banco) ou escala “carga de trabalho” (teste cicloergométrico) para escala “captação de O2”.) In: Nutrição. José Francisco Daniel/ Prof.Ms. Collins.4 l. Reproduzido de linical Spitometry.Nomograma de Astrand 132 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof. por cortesia de Warren E.. VO2 max previsto = 3. Dr.200 kpm/min.Nomograma para avaliação da superfície corporal a partir da estatura e da massa .6 l (exemplificado pelas interrompidas). Inc. MA. 1) será conectado ao ponto correspondente da escala “freqüência do pulso”. Ms. e teste do banco). corrida ou marcha. exercício e saúde. (De Åstrand) Figura 2 . O nomograma ajustado para cálculo da capacidade de trabalho aeróbico a partir da freqüência do pulso submáximo e dos valores de captação de O2 (pedalagem. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.” conforme preparado por Boothby e Sandiford da Clínica Mayo.Anderson Marques Moras .Figura 1 . O ponto sobre a escala “captação” de O2 (VO2. Uma mulher (61kg) alcançou uma freqüência cardíaca de 156 no teste do banco. Braintree. 00 101.59 146.20 7.67 2.57 7.89 12.17 3.08 2.39 104.88 08 124.37 12 37.38 2.21 11.00 _ X 23.78 8.00 _ _ Tabela 3 .75* 160.08 2.92 8.69 5.69 3.18 8.96 95.17 4.69 1.39* 49.01 12. subescapular e supra-ilíaca X 7 = média do bíceps.17 88.09* 13.91 8.41 81.54 8.47 2.40* 10.79 9.96 6.93 13 154.10* 11.51 6.14* _ (X7) S± 2.29 79.66 8.21 130.16 6. S± 8.59 99.05 83.03 7.75 70.37 Δ% 75.22 97.24 2.30 2. supra-ilíaca.26* 12.87 8. abdominal e panturrilha medial.26 4.81 9.34 2.58 53.01 3.41 11.91 10.61 91.Anderson Marques Moras 133 .97 14 162.22 10.73 9.97 3.61 7.92* 13.54 7.08 09 27.51* 4.88 137.30 7.03 8.78 14 49.90 8.70* S± 4.47 94.40 100.97 2.57 6.84 7.78* 54.83 16 58.05) “t” Student S± 5.05) “t” Student.54 * (p < 0.24 100.02 7.33 72.17 5.00 _ X 121.54 6.08 6.61 _ X 7.70 3.40 X 3 = média do tríceps.44 9.46 69.00 Tabela 2 .05 7.99 17 174.96 6.71* S± 5.94 7.72* 13.56 5. Ms.99 3.06 17 64.05 08 24.36* 4.94 7.68 101.52 2.00 7. PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.63 156.52 80.30 5.31 85.32 8.99 Homens S+ 4.38 10 33.48 5.63 12.53 9.TABELAS REFERENTES AO CRESCIMENTO LONGITUDINAL DO CORPO Tabela 1 .00 6.89* 12.29 4.77 12 146.91 6.28* 150.61 _ (X7) S± 4.47 76.10 7.76 15 53.40* 27.52 10.99 4.Valores Absoluto (cm) de Porcentagem da Maturação de Estatura em Escolares Brasileiros Idade Homens _ X 07 122.01 6.91 11 34.98 98.07* 154.12 7.35 6.00* 159.Valores Absoluto (mm) de Dobras Cutâneas (X 3) e (X 7) em Escolares Brasileiros Idade 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 * (p < 0.14 16 169.48 100.81 37.26 * (p < 0.81 18 172. subescapular.93 2.75 7.55 2.73 8.39 3.89 100.10 55.91* Mulheres _ S± X 2.84 09 131.Valores Absolutos (kg) e Porcentagem de Maturação de Peso Corporal em Escolares Brasileiros Idade Homens _ X 07 20.79 5.55 3.64 Δ% 43.24 9.02* 37.72 6.34 5.49 55.30 89.36* 4.95 7.70 5.06 5.Ms.95 3.81 43.61 7.87 3.06 9.32 7.49 3.57 51.00 6.33 2. tríceps.94 8.65 2.35 57. José Francisco Daniel/ Prof.00 Mulheres Δ% 32.14 3.40 5.14 9.30 6.00 9.37* 3.54* 161.40 70.49 100. Dr.07 2.95 3.26* 133.42 10 137.18 2.13 44.82 6.38 96.85 13 42.54 7.60 8.13 91.68 6.40 52.64* 5.68 _ (X3) _ X 7.74* 2.40 80. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.02 93.58* 31. axilar média.84* 160.85 8.85 61.01 13.13 100.99 8.25 7.63 15 165.30 8.74* 3.86 87.80 4.01) “t” Student _ (X3) _ X 7.87 98.25 Mulheres Δ% 71.71 6.31 8.82 81.58 39.15 18 61.06* 47.42 6.18 99.09 8.51* 53.72 85.87 95.50 11 140. 39* 15 6.05 6.69 100.76 11 21.04* 13 6.56 Δ% 70.16 Mulheres Δ% 64.97* 5.56 3.43* 18 29.40 0.99 1.25 2.27* 28.07 97.22* 16 33.41 79.43 82.53 93.38 0.00 _ X 4.74 2.12 09 5. Ms.71 1.00 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.26 33.31 0.29 0.00 2.67 100.09 99.04 90.48 100.23* 26.79* 15 26.35 0.88 82.83 88.29 3.22* 22.06* 33.76 2.17 99.11 26.17 83.51 2.38 0.50 2.20 09 20.64 1.92 S± 1.79 94.97 08 5.65 73.37 0.87* 14 24.01 2.00* 25.33 2.62 81.00 99.89 S± 1.41 0.54* 18 35.38 0.04 76.29* 12 30.33 0.21* 08 24.00 6.57 1.24* 19.96* 27.52* 21.83* * (p < 0.50 99.Tabela 4 .32 65.72 18 6.46 12 23.01) ANOVA One Way S± 1.99* 14 31.30 0.82 2.57 83.Valores Absoluto (cm) e Porcentagem da Maturação de Diâmetro de Úmero em Escolares Brasileiros Idade Homens _ X 07 4.10 25.19 2.44 0.17 81.50 80.96 100.77 100.81 74.20 75.19 100.03 89.33 0.Valores Absoluto (cm) de Porcentagem da Maturação de Circunferência de Braço em Escolares Brasileiros Idade Homens _ X 07 18.44 2.30 0.09* 32.85 95.90 86.51 0.66 2.92* 27.72 94.88 91.53 100.68* 17 35.47* 16 27.45 2.31 2.46 2.81 94.01) ANOVA One Way S± 1.81* 21.35 0.26 2.75* 5.96 2.43* 10 5.84 2.10 Mulheres Δ% 73.73* 17 6.70 2.45 0.36 88.06* 13 30.00 6.35 10 21.62* 16 6.42 93.17 26.54 0.62 2.50 99.02 S± 0.13* 17 28.81* 11 5.48* 5.62 80.00 X 24.77 2.01 6.43* 15 33.73 100.15* * (p < 0.51 98.74 2.66 2.89 2.97 85.56 2.82 101.85 34.72 1.01) ANOVA One Way 134 S± 0.83* 34.58 0.41* 30.24 0.65* 5.37 76.56 85.97 100.79 * (p < 0.60 99.67 100.55 2.88 101.74 2.24 2.37* 14 6.98 2.72 92.20 75.47 83.51 2.89 85.05 78.12 98.29 33. José Francisco Daniel/ Prof.00 Tabela 6 .49* 20. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.41 75.81 93.81 3.50 13 23.Ms.39* 5.92* 09 26.49 87.12 26.35 Δ% 82.00 Tabela 5 .18 100.Anderson Marques Moras .91 79.Valores Absoluto (m) e Porcentagem da Maturação de Circunferência de Perna em Escolares Brasileiros Idade Homens _ X 07 24.14 2.87 69.96* 11 27.87 86.75 08 19.50 85.93 Δ% 82.75 2.00 _ X 18.37 0.89* 10 27.83 99.06 2.40* 24.31 Mulheres Δ% 73.37 0. Dr.91* 6.95 93.37 2.17* 5.11 97.66* 12 6.94 2.51 3. 00 _ X 7.22* 14 9.65 0.66 94.54 0.57 0.74* * (p < 0.00 100.48* 17 9.22* 8.51 85. Ms.01* 8.98 8.49 0.97* 13 9.33 99.00 PUCC – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES Prof.22* 15 9. Vagner Roberto Bergamo/ Prof.49* 16 9.30* 8.54 89.66 97.79 100.43 97.53* 12 8.53 0.58 92.55 98.52 91.88 83.44 0.Tabela 7 .09 94.45 Mulheres 77.49 0.62 0.47 0.46 0.34 99.47 0.59 0.58 08 7.54 0.20 92.Anderson Marques Moras 135 .86* 9.Ms.10 8.72* 18 9. Dr.48 0.47* 8.89 8.32 96.67* 8.01) ANOVA One Way S ± Δ% 0.74 0.60 0.41 0.16* 10 8.98 S± 0.00 100.91 87.78 09 8.68* 8. José Francisco Daniel/ Prof.66 101.23* 7.43 94.63 0.Valores Absolutos (cm) e Porcentagem da Maturação de Diâmetro de Fêmur em Escolares Brasileiros Idade Homens _ X 07 7.60 0.63 Δ% 80.82 79.66* 11 8.42 0.56 0.78 88.38 0.
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