Apost. Eletrotermofoto - Fabio Borges

March 29, 2018 | Author: mozer88 | Category: Piezoelectricity, Reflection (Physics), Inflammation, Refraction, Waves


Comments



Description

FISFábio dos Santos Borges - Coordenador do curso de pós graduação em Fisioterapia Dermato-Funcional da Univ. Gama Filho - Fisioterapeuta do Hospital Central do Exército - Professor da Universidade Estácio de Sá (UNESA) e Universidade Iguaçu (UNIG-RJ) - Tel.: (021) 9958 9474 - E-mail: [email protected] 2 ÍNDICE Pag. - Ultra Som ........................................................................... 02 - Corrente Galvânica ........................................................... 26 - Desincrustação .................................................................. 36 - Corrente Farádica ............................................................ 40 - Corrente Russa ................................................................. 42 - Microcorrente .................................................................. 55 - Eletrolifting ...................................................................... 65 - Eletrolipoforese ............................................................... 72 - Alta frequência ............................................................... 77 - Laser ................................................................................. 83 - Peeling Ultrasônico .......................................................... 97 - Pressoterapia ................................................................... 100 - Endermoterapia............................................................... 104 - Conceitos básicos de eletroterapia ................................ 113 - Mapa dos Pontos Motores .............................................. 117 3 INTRODUÇÃO: Som é toda onda mecânica perceptível ao ouvido humano. Onda: É toda perturbação que se propaga no espaço, afastando-se do ponto de origem. Propaga energia e não matéria. Qualquer objeto que vibra é uma fonte de som. As ondas sonoras podem ser geradas mecanicamente, como por exemplo com o diapasão. Em fisioterapia / medicina se geram por meio dos chamados transdutores eletroacústicos. As ondas mecânicas perceptíveis ao ouvido humano estão compreendidas, aproximadamente, entre as freqüências de 20 Hz a 20.000 Hz. Quanto maior a freqüência, mais agudo é o som; quanto menor for a freqüência mais grave é o som. Os sons de freqüências abaixo de 20 Hz e acima de 20.000 Hz são inaudíveis ao ouvido humano, sendo denominados, respectivamente, infra-sons e ultra-sons. A velocidade de propagação do som depende do meio onde ele se propaga e também da sua temperatura. No ar, a 0ºC, a velocidade é de aproximadamente 330 m/s; a 20ºC, de aproximadamente 340 m/s. O som, sendo onda mecânica, não se propaga no vácuo. Nos demais meios onde se propaga pode sofrer reflexão, refração, difração e interferência. Aproveitando este fenômeno, o homem desenvolveu o sonar dos navios (capaz de mapear o fundo dos oceanos e localizar corpos móveis). Substituindo os feixes ultra sonoros por ondas eletromagnéticas, aproveitando o mesmo princípio, o homem desenvolveu e aperfeiçoou o Radar. Hoje já se utiliza corriqueiramente os ultra-sons para se verificar o desenvolvimento do feto na vida intrauterina ou o estado das vísceras e mal formações. ULTRA SOM TERAPÊUTICO Conceito: São ondas sonoras (vibrações mecânicas) não percebidas pelo ouvido humano, cujas faixas terapêuticas encontram-se normalmente na faixa entre 1 Mhz e 3 Mhz. Estas ondas são produzidas a partir da transformação da corrente comercial em corrente de alta freqüência, mais ou menos 870 Khz, que ao incidir sobre um cristal (cerâmico, ou material similar), faz com que o mesmo se comprima e se dilate alternadamente, emitindo ondas ultra-sônicas na mesma freqüência da corrente recebida. Por terapia ultra sônica entende-se: É o tratamento médico mediante vibrações mecânicas com uma frequência superior a 20.000 Hz[11] Histórico: 1917- Descoberto por Langevin 1939- Pohlmann constrói um aplicador terapêutico, que realizou sua primeira aplicação eficaz e moderna no Hospital Martin Luther de Berlim. ocorre quando a impediência acústica dos meios forem diferentes[3. Ondas de compressão/tração: É o modo como se propagam pelo meio. líquidos e sólidos são menos compressíveis porque suas moléculas ficam mais próximas umas das outras. Se os dois meios possuírem a mesma impedância acústica isto não ocorrerá. Por outro lado. A reflexão em uma superfície. conservando sua freqüência e velocidade. Reflexão: Se dá quando uma onda emitida volta ao meio de origem. Uma molécula percorre uma distância relativamente longa antes de afetar a mais próxima. gases. A propagação da energia ultra sônica nos tecidos depende principalmente de dois fatores: características de absorção do meio biológico e reflexão da energia ultra sônica nas interfaces ticiduais[3]. assim líquidos e sólidos têm velocidade de propagação mais rápida[4]. ou seja. em um meio mais compressível (ar) a transmissão é mais lenta. DIREÇÃO DE PROPAGAÇÃO Impedância acústica: Resistência oferecida pelos tecidos à passagem das ondas ultra sonoras. 11]. Não se propagam no vácuo. 4]. Um pequeno movimento já afeta a molécula subsequente. A velocidade da onda ultra sônica é inversamente proporcional à compressibilidade de seu meio de propagação. raio incidente raio refletido superfície .4 BIOFÍSICA Propagação: As ondas sonoras necessitam de um meio para se propagarem (líquidos. Cada tecido tem uma impedância acústica diferente. as ondas ultra-sônicas[1. 4. e sólidos). porque há mais espaço entra as moléculas e assim podem ser facilmente comprimidas. ) 0.14 0. Garcia (1998) menciona que pesquisas realizadas mostraram que o coeficiente de absorção aumenta quando se eleva a quantidade de proteína presente no meio condutor.36 2.4 3.42 0. Por isso tecidos ricos em colágeno absorvem grande parte da energia do feixe ultra sônico que os atravessa.84 (feixe paralelo) 0. onde são absorvidas pelo tecido e transformadas em calor.4.62 1. 1986 1 MHz 0.0018 0. fazendo com que haja uma menor penetração[4.028 0. Quanto maior a freqüência do ultra som.22 0.12 0. mas conservando sua freqüência.76 1. As proteínas são as que mais absorvem a energia ultra sônica [3.76 0. COEFICIENTE DE ABSORÇÃO NOS DIFERENTES TECIDOS (FREQ.16 2.86 3. a onda incidente terá parte refletida e o restante refratada em direção paralela a superfície ou interface. O feixe ultra-sônico deverá ser aplicado sempre perpendicularmente à superfície de tratamento.6 .28 0. tornando o tratamento inócuo.2 --1. A onda de som penetra no tecido ou interface à um ângulo (chamado de ângulo de incidência) e sai destes tecidos ou interface a um ângulo diferente (ângulo de refração). passa para outro meio (interfaces diferentes) sofrendo mudança na sua velocidade. menor o comprimento de onda.5 Refração: Se dá quando uma onda emitida.48 8. Consequentemente no ultra som de maior frequencia haverá maior interação das ondas sonoras com os tecidos superficiais.2 3 MHz 0. pois um desvio maior que 15º do raio incidente com a linha perpendicular (∀ I) provoca um ângulo de refração de maneira tal que.28 3.12]. 1 e 3 MHz) MEIO Sangue Vaso sanguíneo Osso Pele Cartilagem Ar (20°C) Tendão Músculo Gordura Água (20°C) Tecido nervoso Fonte: Hoogland. 11]. raio incidente raio refletido ∀ I meio 1 meio 2 * ∀ I = Ângulo incidente * ∀ Rf = Ângulo refratado ∀ Rf raio refratado Absorção: É a capacidade de retenção da energia acústica do meio exposto às ondas ultra-sônicas. maior será a absorção.28 (feixe perpendic.0006 0.084 1. Tendão .0 mm 11. Paralelo) 16. e isto decorre do fato de que quanto maior a frequência menor o comprimento de onda. tecido conjuntivo. etc) é menor.6 mm 50.833.5 mm 3. em determinados tecidos com espessuras específicas. células. Cada tecido possui valores diferentes de atenuação.[4.6 Os dados referentes aos coeficientes de absorção apresentados na tabela acima nos mostram que o ar e a água são os dois extremos com maior e o menor índice.1 mm 11.0 mm (Tec. 1986 3 Mhz -----4. decorrente da homogeneidade do tecido. respectivamente. ou seja a amplitude e intensidade diminuem a medida que as ondas de ultra-som sob sua forma de feixe passam através de qualquer meio. músculos.0 mm 2.Cartilagem .5 mm 6. Em todos os meios podemos observar que a absorção é maior para frequências de 3 MHz. ossos).0 mm 3.3 mm 2.) 8.Pele . Efeito tixotropo: Consiste na propriedade que apresentam os ultra-sons de “amolecerem” (transformar em estado gelatinoso) substâncias em estado mais sólido[11] Atenuação: Quando se tem a penetração da onda ultra sônica no tecido orgânico. teremos perdas na capacidade terapêutica do ultra som que irão acontecer. Perpendiular.8 mm 2.Osso .2 mm 9.0 mm 24.0 mm 0. O feixe tem sua intensidade original reduzida pela metade a determinada distância. pela reflexão e refração nas interfaces e pela absorção do meio. 11].Ar . Outro meio que merece destaque é a gordura onde o coeficiente de absorção é baixo.500. substância de acoplamento.1 mm 6. conforme tabela abaixo: TABELA DE REDUÇÃO DE 50% DA POTÊNCIA (D/2) 1 Mhz . até chegar a um ponto chamado de atenuação.0 mm (Tec. portanto o tempo de relaxamento das estruturas sonadas (moléculas.0 mm . pele.Gordura . consequentemente absorvem maior quantidade de energia[4]. Isto nos possibilita deduzir que o ar é o meio de menor propagação da onda ultra sônica.0 mm 2.Água Fonte: Hoogland.Músculo . Interfaces: São as diferentes estruturas por onde trafegam as ondas ultra-sônicas durante a terapia. possuem impedância acústica diferentes (ar. Esta diminuição de intensidade é causada pela difusão de som em uma meio heterogêneo. fibras. Tecido muscular: Feixe perpendicular Feixe paralelo .Pele . formando uma onda ultra sônica.Tecido tendinoso . À medida que a face frontal do transdutor se desloca para trás e para a frente.Tecido ósseo . O transdutor mais comumente utilizado no ultra som transforma energia elétrica em energia mecânica. emitindo com isso ondas sonoras. ou seja. Foi descoberto por Pierri e Jacques Curie.Água Fonte: Hoogland.330 mm 10 mm 10 mm 55 mm 12. em comparação com sua espessura em repouso.Gordura . Tabela de Profundidade de Penetração. [12] 30 mm 82 mm 165 mm 38. em 1880[4]. MEIO .Cartilagem .770 mm 1 MHz 7 mm 37 mm 20 mm 21 mm 3MHz ------12 mm 7 mm 7 mm . Se uma pressão for aplicada em cristais de quartzo ou em outros materiais policristalinos como o titanato zirconato de chumbo ou no titanato de bário se produzem mudanças elétricas na superfície externa desse material piezoelétrico.7 Profundidade de penetração: A profundidade de penetração é a distância (ou profundidade) a qual a intensidade sônica cai a 10% de seu valor original e serve para verificar se é possível esperar algum efeito terapêutico a esse nível[11]. Efeito Piezoeléctrico: O ultra som é gerado por um transdutor. Guirro & Guirro (1996) afirmam que o PZT varia sua forma na dependência do pulso elétrico ser positivo (altera sua espessura) ou negativo (altera seu diâmetro). Isto é conhecido como efeito piezoelétrico[11]. O transdutor é um dispositivo que transforma uma forma de energia em outra. Um cristal piezoelétrico tem a propriedade de mudar de espessura se uma voltagem for aplicada através de sua substância. ele irá alternadamente ficar mais espesso e mais delgado. regiões de compressão e rarefação se afastam desta parte. 1986. A ocorrência de cavitação instável pode ser minimizada pela movimentação constante do transdutor e a administração de baixas doses.8 Os cristais de quartzo não são mais utilizados no Brasil. os cristais cerâmicos possuem maior estabilidade estrutural. e menor preço. OBS. É possível que esses efeitos influenciem nos efeitos biológicos do ultra som.[11] Cavitação:[3. A liga entre chumbo. zircônio e titânio é um excelente sintético pela sua durabilidade e eficiência em converter corrente elétrica em vibrações mecânicas. [3. e entram em ressonância. até que “explodem” (devido ao ganho muito grande de energia) e isso provoca um aquecimento muito grande a esse nível. E se as ondas que incidem na interface são refletidas se tornam superpostas a tal ponto que seus picos de intensidade se somam. Ondas estacionárias Ondas estacionárias poderão ocorrer se parte das ondas de ultra-som viajando através do tecido. na fase de compressão (são comprimidas e o gás se move de dentro da bolha para o fluido circundante) e de tração (aumentam sua área e o gás se move do fluido para dentro da cavidade). Eles necessitam de uma voltagem alta para emitiram ondas sonoras[56] Modelo de cristal de PZT utilizado no ultra som OBS.1: Atualmente os cristais utilizados nos aparelhos de ultra-som são os cristais cerâmicos. e os mais empregados no mundo inteiro são os de PZT (Titanato Zirconato de Chumbo). 4.2: Os efeitos piezoelétricos no corpo humano são observados especialmente no tecido ósseo. Somente a cavitação estável pode ser considerada terapêutica visto que seus efeitos são basicamente não térmicos. maior rendimento acústico. Ao contrário.: A cavitação pode ser visualizada ao colocarmos um pouco de água sobre o cabeçote e ligarmos o aparelho. nas fibras de colágeno e proteínas corporais.12] . atingir temperaturas mais altas [11]. 12. maior resistência à queda (menos sensíveis a choques mecânicos). Eles necessitam de uma voltagem alta para emitiram ondas sonoras[11] OBS. Os cristais de quartzo não são mais utilizados no Brasil. 16] Estável: As bolhas de gás que são formadas nos líquidos orgânicos sofrem ação das ondas sonoras. forem refletidas por uma interface entre meios com impedância acústica diferentes. em uso. a cavitação instável pode promover danos teciduais decorrentes das altas temperaturas e pressões geradas em razão da liberação de energia no instante da ruptura da bolha de gás. ou seja. Possuem ainda a capacidade de manter suas propriedades piezoeletricas quando. Instável: Se a intensidade for muito elevada ou o feixe ultra-sônico ficar estacionário vai acontecer um um colabamento dessas bolhas e elas vão ganhando energia. Para que se possa minimizar o efeitos de picos de intensidade no campo próximo e prover segurança no tratamento deve-se movimentar o cabeçote durante a aplicação do ultra som. pois como não há áreas com pontos de alta e baixa intensidade não ocorrerá a distribuição das doses recebidas entre os tecidos (complacência tecidual) para que haja um equilíbrio da energia sônica recebida. ou seja. pois existem pontos onde ocorrem alta intensidade e pontos onde ocorrem baixa intensidade. e com isto poderá haver risco de lesão. os picos de intensidade que ocorrem em algumas estruturas orgânicas são repassados para as estruturas vizinhas onde a intensidade está menor. com isso haverá um equilíbrio entre as doses de ultra som na região sonada. O campo próximo possui uma pequena covergência e caracteriza-se por fenômenos de interferência no feixe ultra sônico que podem conduzir a picos de intensidade que podem causar lesões tissulares. e para um cabeçote de 1 cm2 o campo próximo mede uns 2 cm de comprimento. isto quer dizer que sempre deve levar-se em conta a possibilidade de picos de intensidade pelo menos 4 vezes superiores aos valores ajustados. moléculas. O valor do BNR em cabeçotes bem fabricados situa-se entre 5 e 6. No ultra som de 3 Mhz o campo próximo é três vezes maior. 12] 9 Pode-se distinguir duas áreas de um feixe ultra sônico: campo próximo (zona de Fresnel) e campo distante (zona de Fraunhofer). o campo próximo tem uns 10 cm de comprimento. 3. Na teoria. o valor do BNR (coeficiente de não uniformidade do feixe) não pode ser menor que 4. CAMPO DISTANTE . 11. ocorrem ausência quase total de fenômenos de interferência e o feixe é mais uniforme (possui grande divergência). etc). Em virtude disto. E a intensidade diminui gradualmente ao aumentar a distância do transdutor. pois este efeito é minimizado pela atenuação do feixe nas estruturas orgânicas à medida que penetra (absorção). pois como no campo próximo há pontos de alta e baixa intensidade. já que o comprimento de onda é proporcionalmente menor. o feixe ultra sônico neste campo possui alta taxa de não uniformidade (alta BNR). O campo distante caracteriza-se por uma baixa taxa de não uniformidade do feixe (baixa BNR). O comprimento do campo próximo depende do diâmetro do “cabeçote” e do comprimento de onda. Nas aplicações de ultra-som subaquático deve-se evitar o campo distante aproximando o cabeçote da superfície a ser tratada. No ultra som de 1 MHz com um cabeçote usual de 5 cm2.Campo próximo / distante[1. podendo prover picos de até 5 a 10 vezes maiores que o valor ajustado no aparelho (às vezes picos 30 vezes mais altos). ou seja. há a facilitação da complacência dos tecidos (células. Isto não ocorre no campo distante. pois isso torna o campo mais homogêneo (mais uniforme). ou seja. Quando se usa o ultra som no método direto sobre a pele o efeito de "alta intensidade" do campo distante não traz risco de lesão. as ações terapêuticas serão produzidas principalmente no campo próximo. [12] . Portanto.Lesões superficiais OBS.A área de radiação ultra sônica do cabeçote corresponde a área do cristal onde há emissão de ondas sonoras.5 cm REGIME DE EMISSÃO DE ONDAS SONORAS . alguns profissionais contra-indicam este procedimento para se resguardarem de possíveis acidentes que poderiam causar lesões.Segundo Hoogland (1986) e Draper (1996) penetra cerca de 1 a 2 cm.Segundo Hoogland (1986) penetra cerca de 3 a 4 cm . . torna-se essencial (para que o procedimento seja eficaz) a inexistência de ar entre o transdutor e a pele dele. mesmo utilizando intensidade dentro da faixa terapêutica. O método mais comum para evitar este “ar” consiste no uso de um meio de “contato”. em algumas regiões do corpo.Segundo Gann (1991) penetra menos de 2. por meio da dor perióstica (quando há uma cavitação instável na superfície óssea). O requisito principal para que o agente sirva como meio de acoplamento é que ele tenha uma impedância acústica similar à da pele (minimiza a reflexão). e tanto o membro a ser tratado como o transdutor ficam em baixo d’água.Em virtude do ultra som (com frequência na faixa dos megahertz) não se propagar através do ar. E esta reflexão faz com que o som volte para a região do cristal. quando um indivíduo está sob tratamento. ocorre intensa reflexão do som caso não haja nenhuma substância à frente do cabeçote quando o aparelho for ligado. que é uma fina camada de gel ou óleo aplicada à pele antes do tratamento.: No tocante à profundidade de penetração. concluíram que o implante metálico pareceu não induzir a temperaturas excessivamente altas.5 cm a 5 cm 2) 3 MHz: . E além disso devemos saber que se houver defeito na colagem do cristal ao cabeçote (diafragma) e ocorrerem espaços vazios a radiação emitida será ainda menor.Lesões profundas * 3 MHz e 5 MHz . Garavello et al (1997) ao pesquisarem. há os seguintes relatos de autores: 1) 1 MHz: . Para a superfícies do corpo muito irregulares pode-se usar água num reservatório.1. que se manifesta sempre antes de ocorrerem lesões irreversíveis.O ultra-som terapêutico normalmente é construído com freqüência de 1 e/ou 3 MHz. podendo trazer alterações estruturais no equipamento.Segundo o regime de emissão de ondas sonoras. A ERA é sempre menor que a área geométrica do cabeçote.Os ultra-sons têm a propriedade de prevenir contra toda e possível lesão.considerado atérmico) . Entretanto. . * 1MHz . Atualmente a indústria de aparelhos de ultra som voltados para tratamentos estéticos fabricam também aparelhos com frequência de 5 MHz. . O ultra-som não aquece o implante metálico (Andrews e col. nem a qualquer outro efeito deletério nos tecidos circunvizinhos.O som na faixa dos megahertz (MHz) não se desloca através do ar[12]. .grande efeito térmico) ou Pulsado (lesões agudas . e chama-se ERA (Área Efetiva de Radiação).No implante metálico 90 % de radiação ultra-sônica que chega é refletida e concentra-se nos tecidos vizinhos (ondas estacionárias). Pôr não se saber qual a quantidade de energia ultra-sônica que é absorvida por estes tecidos.10 PROPRIEDADES DO ULTRA-SOM TERAPÊUTICO . 2000).Gann (1991) e Draper (1996) mencionam uma profundidade de 2. o ultra-som pode ser Contínuo (lesões crônicas . . com 30% de reflexão das ondas ultra-sônicas. Situação semelhante à descrita acima ocorre na superfície óssea. Se for necessário um pequeno efeito térmico. como em epicondilites. 15].Um equipamento útil para o controle de qualidade dos ultra-sons é a BALANÇA SEMIANALÍTICA (Balança Acústica)[4.: a) Entre outras coisas. se o calor produzir dor ou a condição for aguda. O grau dos efeitos térmicos no modo contínuo pode ser determinado pelos controles de intensidade do aparelho. um ciclo de trabalho pulsado deverá ser usado (10% ou 5%).11 . (Draper e col. menor o calor produzido. Cabeçote Duração dos pulsos 2 ms 1 ms 0. . 1986 * 20% de US / 80% de pausa (sem US) OBS. para alcançar um nível terapêutico de aquecimento com o ultra som de 3 MHz.5 ms Suporte H 2O Cone metálico 0. 1:10 e 1:20 [11] Quanto menor o tempo de pulso. utilizar um ciclo de trabalho de 20% ao invés de ultra som em modo contínuo. . c) Com uma intensidade de 1.000 . Relação 1:5 (Sub agudo) 1:10 (agudo) 1:20 (muito agudo) Fonte: Hoogland. devido à pressão acústica. A deflexão da balança. para aquecer o tecido.5 ms Pausa entre os pulsos 8 ms* 9 ms 9. e serve para manutenção da energia ultra-sônica irradiada. são necessários 3 a 4 min.5 W/cm2. dá uma indicação da produção de força acústica pelo transdutor. permite aumentar a intensidade na superfície corporal e portanto o efeito do tratamento de estruturas tissulares mais profundas[11]. e 10 min. 1993) . O modo pulsado pode ajustar-se segundo a relação entre a duração do pulso e o período de repetição dos pulsos de 1:5.No regime pulsado há um intermitência na saída das ondas sonoras no cabeçote transdutor. e consequentemente o pouco calor gerado.Período de Repetição dos Pulsos: Quase todos os aparelhos de ultra som tem uma frequência de repetição dos pulsos (no modo pulsado) fixa de 100 Hz.A redução das doses na utilização do ultra som pulsado. Um ciclo de trabalho de 20% é muito útil quando houver uma grande quantidade de reflexão do osso subcutâneo. onde o transdutor (cabeçote) é seguro acima de um alvo de absorção de ultra-som ligado à extremidade de um “braço” de balança imersa em água.. quando for ultilizado o ultra som de 1 MHz. b) O ultra som contínuo pode ser necessário quando ambos efeitos térmicos e não térmicos forem necessários. dependendo da agudez. 12. diminuindo sua resistência tênsil. 2. Young (1998) cita que este aumento seria de 13% da taxa metabólica. 9) Liberação de substâncias ativas farmacológicas[1. (2000) afirmam que o fluxo sanguíneo continua elevado por 45 a 60 minutos após a aplicação do US. facilitando a retirada de catabólitos e a oferta de nutrientes. 3. 11. e dependendo da intensidade usada para tratamento. 11] Em virtude da vasodilatação. 16] É considerado como como um fenômeno protetor destinado a manter a temperatura corporal dentro de limites fisiológicos. esses efeitos podem ter um influência favorável ou não sobre os tecidos. 11] Ação à distância do ultra som.12 EFEITOS FISIOLÓGICOS 1) Efeito mecânico [3. A movimentação dos tecidos aumenta a circulação de fluidos intra e extracelulares. 11. Andrews e col. 5) Aumento do fluxo sangüíneo[3. 4. 16] Tem por base o efeito Joule. 8) Ação reflexa[4. e é responsável por todos os efeitos da terapia ultra sônica. que relaciona o aumento de temperatura com a taxa metabólica. 11] Propriedade que o ultra som tem de "amolecer" ou "liquefazer" estruturas com maior consistência física (transforma colóides em estado sólido em estado gel). A quantidade de calor gerado depende de alguns fatores como por exemplo. Esses efeitos são obtidos tanto no modo contínuo quanto pulsado. a intensidade. Justifica-se. 7) Ação tixotrópica[3. 12] Se dá pela Lei de Van’t Hoff. 5. 2) Aumento da permeabilidade da membrana[3. É causado pela absorção das ondas ultra-sônicas à medida que penetram nas estruturas tratadas. 6) Aumento do metabolismo[1. 11. aumentando com isso a presença de CO2. 2. provocando a vasodilatação. 4. 3) Efeito térmicos[1. 16] Chamado de micromassagem celular. há aumento do metabolismo e consequentemente aumento do consumo de O2. entre outras. mencionando que para cada aumento de 1° C na temperatura corpórea deve ocorrer um aumento de 10 % na taxa metabólica. 16] Alteração no potencial de membrana e aceleração dos processos osmóticos (difusão). 11] . 11. 12] Principalmente a histamina (através da desgranulação dos mastócitos. há inibição do simpático dos vasos. por exemplo) 10) Efeito sobre nervos periféricos[3. por algumas teorias: Há a liberação de substâncias vasoativas como a Histamina. e conseqüente aumento do metabolismo. a frequência e a duração do tratamento. o regime de emissão (modo contínuo produz maior calor que o pulsado). 11. Este efeito é a base para fonoforese. Ocorre não só pelo efeito de aquecimento como também pelo efeito não térmico do US. 4) Vasodilatação[1. 3. A micromassagem dos tecidos se deve às oscilações provocadas pelo feixe ultra-sônico que os atravessa. e podendo ocorrer através da estimulação reflexa segmentar com ação na região paravertebral. 12. induzidas pelo ultra som. com baixa intensidade. 11) Elevação dos níveis intracelulares de cálcio[4. 12. 12. 12. além de incrementar a síntese de fibroblastos e colágeno. 30] Aumento da permeabilidade lisossômica 15) Estimulação da angiogênese[12] Facilita a formação de novos vasos. atuando na facilitação da cicatrização 16) Aumenta as propriedades viscoelásticas dos tecidos conjuntivos e ricos em colágeno[3. aumento na angiogênese. alterações na migração e função leucocitárias. 4. portanto não como anti-inflamatório. O ultra som atuaria como um acelerador do processo inflamatório. plaquetas e macrófagos. O ultra som estimula a liberação de grânulos pelos mastócitos. na síntese e maturação de colágeno e também na formação do tecido cicatricial. Ou por ação direta ou por meio da circulação sanguínea. macrófagos. que são essenciais para a formação do tecido de reparação. Na fase inflamatória do reparo tecidual há interação com vários tipos de células (plaquetas. promovendo a liberação de histamina. facilitando o alongamento 17) Aumenta a atividade enzimática das células[12] EFEITOS TERAPÊUTICOS 1) Anti-inflamatório[3. Sua ação na fase inflamatória inicial da reparação é uma aceleração do processo. macrófagos. 30] 13) Aumento da síntese de colágeno[4. Kramer (1985) afirma que o aquecimento dos tecidos é responsável pelo aumento temporário na velocidade de condução nervosa observado nos nervos periféricos sonados. podem aumentar o influxo de cálcio nos mastócitos. levando à aceleração do reparo. . e são estes grânulos que contêm os agentes quimiotáxicos. com alta intensidade pode-se obter um bloqueio da condução. existe mediação do ultra som sobre a inflamação. Provoca despolarização das fibras nervosas aferentes. Os monócitos apresentam uma atividade fagocitária. mastócitos. neutrófilos) que entram e saem do local lesionado. Há um consenso no sentido de que o ultra som pode acelerar a resposta inflamatória. 18] Segundo Gonçalves & Parizotto (1998) a utilização do ultra som na terapia de reparação cutânea tem ação importante sobre as diversas fases do processo inflamatório.13 O ultra som contínuo afeta a velocidade de condução nervosa (tanto aumentando como diminuindo). 30] 14) Aumento da síntese de proteína [4. 30] 12) Aumento das atividades dos fibroblastos[12. 4] Aumenta a extensibilidade. A desgranulação dos mastócitos pode ser iniciada pelo aumento intracelular de íons cálcio. Afirmam ainda que o que se pode definir como efeitos já confirmados do ultra-som sobre o processo inflamatório e a reparação tecidual é a possibilidade de potencializar ou inibir a atividade inflamatória dependendo da geração de radicais livres nos tecidos. monócitos. mas a sua principal função parece ser a liberação de substâncias quimiotáxicas e de fatores de crescimento. aumentando a liberação de fatores de crescimento pela desgranulação dos mastócitos. Perturbações da membrana celular. 12. bloqueio da condução nervosa. O US pulsátil deve ser o utilizado. incremento da velocidade angiogênica. 4. A fase proliferativa do reparo é subdividida na formação do calo mole e do calo duro. 12.5 W/cm2. por sua vez. com intensidade abaixo de 0.14 Como consequência do aumento da circulação sanguínea há um fator de aumento da ação de defesa (elementos fagocitários do sangue) 2) Analgésico[3. como por exemplo em casos de lombociatalgia atuando-se somente na região lombar 6) Relaxamento muscular[3. 11] Justifica-se por alguns fatores: aumento do limiar de dor com ação nos nervos periféricos. 11] Ação do US pulsado é maior sobre as terminações nervosas envolvidas no processo de contratura ou tensão muscular. Este aumento pode ser maior se o ultra som for usado anteriormente na fase inflamatória e na fase proliferativa da lesão. 11. 11. 12] Algumas pesquisas mostraram que o ultra-som pode produzir um efeito piezoeléctrico no osso (na molécula de colágeno) que. . outras mostraram melhora significativa no retardo de consolidação de fratura. monócitos. 9. 5) Reflexo[4. DOSIMETRIA A dosimetria é o produto da intensidade do estímulo pela duração do tratamento. produção de colágeno para o meio extracelular e organização da matriz de tecido conjuntivo. além de incrementar a síntese de fibroblastos e colágeno. indiretamente através da estimulação ultra sônica dos macrófagos. Fase proliferativa do reparo: Potencialização da motilidade e proliferação dos fibroblastos. como consequência do aumento da circulação tissular. promovendo a liberação de histamina. pode produzir osteogênese. diminui o tônus reflexo Segundo Hoogland (1986). diminuindo significativamente com isso a o tamanho da cicatriz (US pulsátil) Fase de remodelagem do reparo: O US aumenta a resistência tênsil e a quantidade de colágeno (o colágeno tipo III é substituído por colágeno tipo I. aumento da secreção de proteína e colágeno (US pulsátil). 7) Regeneração óssea[3. Estimula a produção de fibroblastos. estimulação da "contração" da ferida. eliminação de substâncias mediadoras da dor como consequência do aumento da circulação tissular. e a eliminação de substâncias químicas estimulantes musculares. 11] Tratamento segmentar. Hoogland (1986) indica ultra som no modo pulsado (1:5) com freqüência 3 MHz. etc 3) Fibrinolítico / Destrutivo[11] Tem por base a ação tixotrópica do ultra som 4) Regeneração tissular e reparação dos tecidos moles[1. 18] Fase inflamatória: O ultra som pode acelerar a resposta inflamatória. em resposta ao estresse mecânico promovido pelo US). macrófagos. normalização do tônus muscular. Estimulando-se uma região distante da área alvo em tratamento. e as células endoteliais estimulam a angiogênese. com uma frequência de 3 MHz (com ultra som pulsátil) os efeitos de relaxamento muscular serão maiores. È permitida uma leve excitação.8 mm . músculos.0 mm (Tec.6 w/cm2 para 0.8 w/cm2).Exemplo 1: Se um feixe ultra-sônico de 1 w/cm2 passar por 50 mm (5 cm) de gordura sua intensidade cai na metade. Perpendic.1 mm 4. 0..2 Wcm2 Gordura (20 mm) Músculo (9 mm) Tendão (3 mm) Bursa Obs.0 mm 3.8 w/cm2 (atenuação de 50% = 0..15 Devemos tomar por base a tabela de redução de 50% da potência para que possamos calcular a dose eficaz de ultra som que atingirá a estrutura a ser tratada.EXEMPLOS DE TRATAMENTO: .2 mm 2. 1986 .0 mm . gordura. Paralelo) (labor.) 24.0 mm (Tec.4 w/cm2).0 mm . levando-se em consideração a atenuação das ondas sonoras nos tecidos superficiais à área da lesão (pele.: Ao passar por 20 mm de gordura a intensidade cairá de 2 w/cm2 para 1. Neste exemplo estaria chegando na bursa.5 mm . ao passar por 3 mm de tendão sua intensidade cairá de 0.1 mm . o paciente não pode sentir sensações desagradáveis ou dolorosas.6 .Gordura 50.. Quando se usam ultra som pulsado ou contínuo com alta intensidade pode sentir-se uma reação de calor.Exemplo 2: Ultra som ..0 mm 2. .) . .0 mm 16.2 w/cm2).8 w/cm2 para 0.0 mm 3833.Pele 11.6 w/cm2 (atenuação de 25% = 0.6 mm 8.Água 11500.5 w/cm2 (de acordo com a tabela acima)..3 mm _______________________________________________________________ Fonte: Hoogland. .Cartilagem 6. Intensidade[11]: Para a determinação da intensidade correta.6 w/cm2 (atenuação de 20% = 0. em cada caso. cai para 0..Tendão 6. devemos tem em mente a dose ideal que deverá chegar no lugar dos tecidos afetados. fadiga e/ou outras reações do Sistema Nervoso Autônomo a terapia posterior deve ser administrada numa intensidade mais baixa. Só é permitida uma leve sensação de calor.Músculo 9. etc) Em qualquer caso.0 mm .TABELA DE REDUÇÃO DE 50% DA POTÊNCIA (D/2) 1 MHz 3 MHz . Se por consequência do tratamento aparecer dor de cabeça. ou seja.. desmaios.Osso 2.Ar 2. tecido subcutâneo. ao passar por 9 mm de músculo sua intensidade cairá de 1.5 mm 0. ou quem sabe até adotarmos em tempo maior que este. Caso uma determinada área tenha seu tempo de aplicação calculado para mais de 15 minutos deve-se dividir esta área em quadrantes e realizar mais de uma aplicação. -Exemplo 3: 16 Qual seria a freqüência ideal do ultra som para realizarmos tratamento de tecido cicatricial. e este tempo se refere a uma área tratada de 75 – 2 100 cm . deve-se levar em conta também algumas peculiaridades relacionadas à patologia como a fase da doença (aguda/crônica). ou seja. respectivamente. considerando-se que a intensidade nestes locais será desprezível.5%. Portanto. a transposição das ondas sonoras através da pele torna-se relevante. após terem passado na epiderme e derme.Os aspectos terapêuticos relacionados a ação do ultra som de 3 MHz na estética têm por base a barreira imposta pela pele. por poucos minutos (3 a 5 min) usando o método semiestático. Obs. e deve estar relacionada (para efeito de estipulação do tempo de tratamento) com o tamanho da ERA[11]. utilizando uma substância que apresente uma impedância acústica próxima à do tecido humano. de aplicação . levando-se em conta a tabela de redução de 50 % da potência do US[11]. . formando uma interface que irá refletir. do contrário irá persistir uma delgada lâmina de ar.w/cm2 de dose de US.: A freqüência ideal é de 3 MHz. o objetivo do acoplamento é substituir alguma quantidade de ar existente entre o transdutor e a . à penetração das ondas sonoras. e realiza-se uma aplicação com um cabeçote de 5 cm2 de ERA. em geral. profundidade da lesão. E suas sub-áreas anatômicas como a epiderme e a derme têm cerca de 0.A duração do tratamento depende do tamanho da área corporal. Por isso. em região lateral de quadril. após cirurgia de artroplastia total de quadril? Obs. UTILIZAÇÃO PRÁTICA . etc. o tempo de aplicação deverá ser calculado da seguinte forma: Área ÷ Era = 40/5 = 8 min.12 mm e 2 mm de espessura. após acontecerem as atenuações nos tecidos localizados a cima da área lesionada.1: No tocante à utilização prática do tempo de aplicação calculado.As áreas menores que o cabeçote se tratam. entre o cabeçote e a pele.Hoogland (1986) orienta que na prática clínica o tempo de aplicação do ultra-som pode ser calculado da seguinte maneira: pega-se a área a ser tratada e divide-se pela ERA do ultra-som. Pois como as afecções relacionadas à estética são praticamente superficiais. o feixe ultra-sônico. O tempo máximo de aplicação que deve ser realizado com o ultra som. Guirro & Guirro (1996) relatam que a estrutura da pele pode ter cerca de 0.É imprescindível que promovamos um perfeito acoplamento entre o cabeçote e a pele do paciente. utilizando-se 3 MHz. características físicas (mais ou menos efeito tixotropo). imperceptível ao olho desarmado. as ondas sonoras do US de 3 MHz atenuariam cerca de 26. se levarmos em consideração que há intensa absorção na pele e nas camadas superficiais até uma profundidade mínima de 1 cm de tecido muscular. quase que totalmente. podemos adotar um tempo máximo terapêutico em 40% a 60% do tempo calculado inicialmente.5 a 4 mm de espessura. TEMPO DE APLICAÇÃO TERAPÊUTICA . Ex: Numa região que tenha as medidas de 10 cm de comprimento por 4 cm de largura. que é considerda uma superfície máxima que se pode tratar razoavelmente. . deve ser de 15 minutos por área de tratamento. E a vantagem está em não se atingir nem a prótese e nem o cimento. em alguns casos. quase que totalmente o feixe ultra-sônico. soro fisiológico. mas que os géis são mais eficientes na transmissão das ondas sonoras e na elevação da temperatura tecidual até níveis terapêuticos. Andrews e col. Entretanto atualmente os fabricantes têm construídos seus aparelhos com intensidades que vão somente até 2 W/cm2[4]. Entretanto. as formulações em gel apresentam uma porcentagem de transmissão maior do que na forma de creme ou unguento. que consiste na colocação de algumas gotas de algum líquido (água. que possuem também a redução do tamanho da ERA . a Prova da Névoa.O uso do redutor “facilitaria” o tratamento em áreas de difícil acesso ou irregulares (extremidades). 4. Mas está totalmente desacreditado pela maioria dos profissionais. bolsa d’água). além de não retransmitir toda a energia ultra sônica que sai do cabeçote. os maiores coeficientes de transmissão e uma impedância acústica mais próxima da pele. .Antes de ser utilizado o ultra-som. 11]. deve haver a formação de uma “névoa” fina sobre a superfície do cabeçote (a água não ferve. do tipo convergente. (2000) relatam que os agentes acopladores utilizados comumente são os geis preparados comercialmente. . .) sobre a superfície do cabeçote e. Para o ultra som pulsátil. . em equipamentos mais antigos). Atualmente tem-se utilizado cabeçotes construídos com a “forma reduzida”. pelo fato de existir a possibilidade de ficar uma bolha de ar entre o cabeçote e o redutor. .Nas aplicações que utilizam água (subaquática. ou mais. . deve-se ter a preocupação de utilizar água fervida para que ela perca os gases que nela estão dissolvidos (desgaseificada).O ultra-som pulsado consegue atingir estruturas mais profundas porque a potência máxima utilizada é maior que no ultra-som contínuo.[5.Segundo Hoogland (1986). E o ultra som pulsado recomenda-se usar até 3 W/cm2 . a intensidade (máxima) pode elevar-se a 5 W/cm2 em alguns equipamentos[11]. e caiu em desuso. na prática clínica recomenda-se que o ultra-som contínuo deva ser usado até 2 w/cm2 pois senão ocorrerá lesão de estruturas superficiais. a água e o óleo mineral. gerando uma reflexão menor nesta interface. a intensidade máxima que pode ajustar-se para o ultra som contínuo é de 3 W/cm2. e pode ser usado na inflamação aguda pois é considerado “atérmico”[11].Segundo Casarotto (2000). após ajustarmos o controle de potência (1 watt/cm2 em equipamentos novos. torna-se necessário submeter o aparelho a um teste para verificar se ele realmente está gerando a energia necessária para a terapêutica.17 parte que está sendo tratada. há uma super agitação das moléculas) (pode não haver formação de névoa em aparelhos velhos ou que tenham fraca saída de ondas ultrasônicas no cabeçote).Segundo Guirro & Guirro (1996). É clássico. E uma vez fervida. com um material cuja impedância acústica está entre a do metal do transdutor e a da superfície da pele. a água e o gel apresentam os menores coeficientes de reflexão e atenuação. neste caso. que reduziria muito a eficácia da terapêutica. pois a formação de bolhas na superfície do cabeçote constituir-se-á em uma interface que refletirá. etc. álcool. . deve-se evitar agitar a água para que ela não absorva novamente os gases[11] . permitindo um perfeito contato de toda a área do transdutor com a pele.onde o cabeçote é deslizado sobre a região a ser tratada com movimentos que podem ser circulares. de poucos centímetros. Normalmente é utilizado gel industrializado (mais eficaz). que se superpõem para assegurar o tratamento uniforme da área. óleo mineral. a velocidade de movimentação do cabeçote corresponde a aproximadamente 1 m a 0. sem muitas irregularidades. 7. podendo assim diminuir a quantia de energia absorvida pelo tecido.É realizada quando a superfície a ser tratada é razoavelmente plana.intensidade alta . Hoogland (1986) afirma que os movimentos devem ser realizados de forma homogênea e com ritmo muito lento. Na prática clínica. Por exemplo. o ultra som pulsátil de 1 w/cm2 na relação 1:5 equivale ao ultra som contínuo de 0. 12] . podendo-se utilizar também pomada de petróleo.Nesta técnica o cabeçote fica em contato direto com a pele do paciente. . curtos. e que o propósito do movimento é distribuir a energia tão uniformemente quanto possível ao longo do tecido.3 .18 . .2 w/cm2[11] . 3.Na técnica subaquática o cabeçote do ultra-som pode ser submergido na água sem problemas.Com o cabeçote em contato com a pele.1.intensidade média * 1.2 w/cm2 . 4. . pois o ultra som pode causar estase das células sanguíneas nos vasos paralelos ao feixe ultra sônico. entretanto se faz necessário a utilização de uma substância de acoplamento visando minimizar os efeitos da reflexão.Para assegurar o tratamento mais uniforme possível de uma área.No caso do ultra som pulsado deve considerar-se um valor médio. 11. . passando longitudinalmente ou sobrepondo movimentos circulares.85 m por minuto. a técnica de contato direto pode ser realizada de duas formas: 1) Dinâmica . Este movimento também é necessário para evitar mudanças na circulação sanguínea. Winter (2001) menciona que deve-se exercer movimentos circulares muito lentos (em câmera lenta). etc.3 w/cm2 .3 w/cm2 .A substância de acoplamento deve ter uma impedância acústica próxima à da pele. Kramer (1984) propõe que o transdutor deve ser movido lentamente.2 . com uma velocidade de aproximadamente 4 cm/seg. é necessário manter o cabeçote de tratamento em movimento contínuo e uniforme.intensidade baixa * 0. . Desta forma haverá uma mudança contínua da posição das “variações de intensidade”.Hoogland (1986) menciona uma guia de intensidade para o ultra som contínuo: * 0. . Michlovitz (1996) relata que muitos profissionais tendem a mover o transdutor muito rapidamente. AS TÉCNICAS DE APLICAÇÃO MAIS UTILIZADAS SÃO: a) CONTATO DIRETO[1. Salgado (1999) diz que os movimentos devem ser lentos e uniformes. longitudinais ou transversais. 10. pois os aparelhos nacionais que se conhecem são blindados e indicados para utilização subaquática (entretanto deve-se verificar as especificações técnicas do aparelho através do manual). Esta é a aplicação mais perfeita por suas propriedades ideais de acoplamento (a água permite perfeito acoplamento. . b) SUBAQUÁTICA [4. fazendo com que haja uma homogeneização na área a tratar (uniformidade da Zona de Fresnel). na utilização da técnica estacionária. Por isso deve-se mexer o cabeçote. Esta medida previne o fisioterapeuta de absorver reflexões do ultra som dentro da água (o ar retido pela luva forma uma boa camada reflexiva entre a luva e a pele do fisioterapeuta) e também reduz a possibilidade de uma infecção cruzada.5 cm de distância . . Obs: Michlovitz (1996) desaconselha a técnica Estática (em que o cabeçote fica parado) tomando-se por base a Zona de Fresnel (Campo próximo).De preferência deve-se ferver a água antes. .19 2) Semiestacionária .Utiliza-se um recipiente (plástico ou vidro) de tamanho suficiente para conter a água e o segmento a ser tratado.Esta aplicação é indicada para regiões de superfícies irregulares (pequenas articulações. 10. . deve-se sempre eliminar bolhas de ar residuais. podendo ficar a 1 ou 1.Não há necessidade. 12] . 56] . 11.Oakley (1978). Como o ar é um péssimo meio de propagação de energia ultra-sônica. etc). ("pontos quentes") podendo causar lesões tissulares. proeminências ósseas. ou quando o paciente refere dor à pressão do cabeçote (contusão. deve-se sempre eliminar bolhas de ar residuais[47. etc). mas é pouco utilizada pela incomodidade e perca de tempo). etc). Nesta zona o ultra-som não é correto. . nem é importante que o cabeçote toque a pele do paciente. . visto que de outra forma o ar presente poderá depositar-se em forma de bolhas sobre a superfície transdutora e da área a ser tratada. Ocorrem picos de intensidade que podem aumentar muito a dose que se colocou no potenciômetro.onde o cabeçote realiza movimentos de mínima amplitude (movimento menor que os da técnica dinâmica) sobre a região a ser tratada. . visto que de outra forma o ar presente poderá depositar-se em forma de bolhas sobre a superfície transdutora e da área a ser tratada. no caso de feridas abertas.Caso haja necessidade da mão do operador ser submersa na água durante o tratamento. menciona a possibilidade da formação de um coágulo sanguíneo. Como o ar é um péssimo meio de propagação de energia ultra-sônica. as ondas sonoras se comportam de maneira desorganizada. lesões ligamentares. Normalmente é utilizado para regiões pequenas (tendinites.De preferência deve-se ferver a água antes. poderse-á calçar uma luva cirúrgica de borracha.Normalmente os cabeçotes são blindados para a aplicação subaquática. À medida que o gel terapêutico for absorvido e tanto o acoplamento como o deslizamento do cabeçote ficarem prejudicados. Formas de utilização: 1) Aplica-se o ultra-som com o gel medicamentoso/cosmético como substancia de acoplamento.água . 2) Massageia-se o gel terapêutico na pele até sua absorção parcial ou “completa”. O pulso CONTÍNUO é o mais indicado para o tratamento de celulite. 16.substância de acoplamento . etc).Há uma potencialização dos efeitos do ultra-som pelo medicamento utilizado (vice-versa). Deve-se evitar de mistuar o gel comum com o gel terapêutico antes de iniciar a aplicação do ultra-som. . 11] 20 . . que é colocada sobre a região a ser tratada. e onde é passado o cabeçote do ultra-som. 11. .Deve-se utilizar uma substância de acoplamento entre a pele e a bolsa. com consequente ausência de efeitos colaterais decorrente de ações sistêmicas. articulações. que é absorvido pela pele (autores afirmam que a fonoforese seria efetivamente potencializada pelo aumento da permeabilidade da membrana celular). utilizando um medicamento em forma de gel como meio de acoplamento.Alguns profissionais contra-indicam esta técnica porque as interfaces formadas por substância de acoplamento . Limpa-se a região tratada para retirada dos resquícios de gel comum e massageia-se o gel terapêutico até sua absorção “total”. axila. 30] .c) BOLSA DE ÁGUA[4.Nesta técnica é utilizado uma bolsa plástica ou de borracha (luva) cheia de água fervida. entre elas a ação localizada da droga. caso a droga não tenha este tipo de ação. .pele prejudicariam a propagação do feixe ultra-sônico (como se quiséssemos introduzir profundamente no corpo). aplica-se o ultra-som com gel comum. é a “introdução” de substâncias medicamentosas no corpo humano mediante a energia ultra sônica. 2002). Esta técnica produz intensa atenuação. ou seja.plastico . . Em seguida. 10.Existem várias vantagens na utilização dessa modalidade de tratamento. 12. ombro.Esta técnica consiste no método direto. 4. ser polarizado (Guirro & Guirro. d) FONOFORESE[1. isto é. deve-se adicionar mais gel terapêutico ou gel comum (a base de água).Esta técnica é utilizada onde há superfícies irregulares e onde normalmente há a ausência do recipiente para o US subaquático. e entre a bolsa e o cabeçote. .plástico . ou há a impossibilidade de se introduzir o segmento corpóreo tratado num recipiente adequado (tronco. 3) Aplica-se o ultra-som com gel comum. Esta técnica apresenta ainda a vantagem de que o medicamento a ser introduzido não necessita ter carga elétrica. Outra vantagem é a somatória dos efeitos inerentes ao ultra som associados aos efeitos da droga. E somente alguns produtos com boas características de transmissão ultra sônica possuem condições físicas ótimas necessárias para a fonoforese.Andrews e col. utiliza-se a mesma técnica do método direto. podendo então inativá-las. ciatalgia. pois o US atua através no controle nervoso da circulação nesta área. relataram que existem evidências de que o ultra som possa alterar a conformação tridimensional das enzimas.Outro ponto a ressaltar é a frequência do ultra som utilizado. ou seja. Segundo Guirro & Guirro (2002) na área dermatológica a fonoforese é utilizada principalmente com enzimas de difusão. antes de ser usado. sendo que as preparações tópicas com baixo índice de transmissão podem diminuir a efetividade da terapia ultra sônica.Guirro & Guirro (2002). Esta aplicação também é conhecida como Tratamento Segmentar e está relacionada com a maioria das aplicações paravertebrais. utilizando um preparado de hicrocortisona a 10% através de uma camada de 5 mm de espessura do meio de acoplamento. afirmam que as drogas em forma de gel apresentam-se como o tipo de formulação mais apropriado para esta terapia. pois ela deve ser maior que 80% da taxa de transmissão em relação à água. e) REFLEXO SEGMENTAR [4. em todas as formulações. um maior índice de transmissão foram os que utilizaram frequências maiores. . de acordo com o segmento que queremos estimular. (1996) investigaram um preparado usado na fonoforese de hidrocortisona a 10% com uma base gel. Diante desses fatos. relatam que em estudos com animais foram registradas penetrações de medicamento com fonoforese detectada nos tecidos a profundidades de 5 a 6 cm. pelo risco de ineficiência terapêutica. Ex.: Parestesias em MMSS/MMII. ou sonar outros lugares que tenham uma relação segmentária com a área alvo que se queira tratar (efeito indireto). A taxa de transmissão de qualquer agente usado na fonoforese deve ser determinada. . com intensidades entre 1 e 3 W/cm2. Deve-se optar pela iontoforese no caso de tratamento à base de enzimas de difusão.Na utilização do ultra som nas diversas situações patológicas podemos sonar diretamente as áreas em tratamento (efeito direto). Neste caso a dose deve ser cuidadosamente selecionada uma vez que as enzimas se desnaturam em temperaturas acima do limite suportável. relataram que soluções enzimáticas são inativadas por ultra-sons na frequência de 3 MHz. através do incremento da circulação irradiando o gânglio estrelado. Efeito similar pode ser obtido no pé se a região inguinal for estimulada. Tirrel & Middleman (1978). estimulação de órgãos. Entretanto. Stefanovic et al (1959 e 1960). etc. . estimular pontos trigger nas costelas para úlceras gástricas/intestinais. . Guirro & Guirro (2002) relataram que deve-se evitar a utilização de enzimas em géis aditivados para fonoforese. . e não verificaram nenhuma elevação nas concentrações séricas de cortisol após a fonoforese. Pois os que apresentaram. 11] .É possível aumentar a temperatura da pele da mão. (Michlovitz.Cameron e Monroe (1992) investigaram a transmissibilidade de várias substâncias de acoplamento para a fonoforese. . porém estimulando-se áreas as raízes nervosas paravertebrais. 1996) A utilização da onda ultra sônica para a penetração de drogas através da pele pressupõe a utilização do pulso contínuo[30].Bare e col. (2000). .Alguns autores recomendam a combinação de aplicação local e paravertebral em todos os casos. e relataram uma transmissibilidade zero da energia ultra sônica.21 . . pois o que calcificou não se dissolve mais. 2) Transtornos circulatórios (edema.5 w/cm2. o ultra-som aumenta a vascularização na área para que haja aumento da absorção (utiliza-se ultra-som contínuo). a área fica congestionada. para feridas / úlceras abertas. Andrews e col. desde o cabeçote de tratamento. isquemia e bloqueio de funções. As indicações mais comuns são: 1) Processos fibróticos e processos calcificados [20] Através do efeito tixotropo. Chamada também de Fibro edema geloide. 4. que dilatam-se para suprir a deficiência do fluxo de sangue. pode ocasionar problemas em tais casos.Caracteriza-se por hipertrofia das células adiposas. com deslocamento do núcleo celular para a periferia. A possibilidade de infecção cruzada. Guirro & Guirro (1996) afirmam que uma área isquêmica tratada com ultra som pode ter restabelecida a circulação sanguínea através da formação de novos capilares. Num processo de calcificação em músculos e tendões.22 INDICAÇÕES .O importante para o fisioterapeuta é conhecer o comportamento físico e fisiológico do ultrasom para a prescrição correta nas diversas patologias. desorganizado e sem elasticidade. formada por tecido cartilaginoso inflamado. os pontos de aplicação são especialmente os pontos trigger nos músculos. 11. 3) Tecidos em cicatrização (cicatrizes cirúrgicas e traumáticas) / Feridas abertas / úlceras de decúbito)[3. (2000) mencionam o aumento do fluxo sanguíneo como útil na resolução dos depósitos de cálcio nas bursas e bainhas tendinosas. efermidade de Raynaud. resultante de um mal funcionamento do sistema circulatório e das consecutivas transformações do tecido conjuntivo. Neste caso. na frequência de 3 MHz.O início da terapia ultra-sônica para o traumatismo agudo deve-se iniciar somente após 24 a 36 horas. . Lipodistrofia ginoide. A intensidade depende da profundidade da cicatriz. A persistência desta congestão comprime os vasos. Normalmente utiliza-se ultra som pulsado. que leva a fibrose com consequente compressão de artérias e nervos. o que se desgasta é a ponta do esporão. pois o tendão tem menor vascularização. com 0. * HISTOLOGIA Primeira fase: . Esses efeitos são maiores no músculo. Para as cicatrizes de feridas que não tenham "fechado". 16] Melhora tanto a velocidade de cicatrização como a qualidade da cicatriz. decorrente de alterações endócrino.Ocorre dificuldade na drenagem do liquido intercelular provocando inundação. por acúmulo de lipídios. por exemplo. 11] Hoogland (1986) afirma que o tratamento local tem pouca melhora. metabólicas e circulatórias. pois o tratamento direto (local) mediante energia ultra-sônica poderá danificar os vasos sangüíneos em recuperação [11] . sendo preferível o tratamento segmentar. No esporão de calcâneo. etc)[4. Trata-se de um tecido pouco oxigenado. a esterilidade do meio de contado constitui um requisito absoluto. 4) Celulite[4] * DEFINIÇÃO: É a gelificação da substância fundamental amorfa. subnutrido. 12. Nota-se o espessamento do tecido conjuntivo interadipocitário. e não há alteração da sensibilidade a dor.Origina-se um verdadeiro tecido fibroso. proliferação das fibras colágenas. provocando reações químicas. firme. disfunção hepática.Ocorre o espessamento dos septos interlobulares. idade. A pele fica enrugada e flácida. fumo. Com a luz incidindo lateralmente. isto é.O endurecimento tecidual produz-se uma irritação contínua nas terminações nervosas. e tentativas de defesa contra esses elementos anormais. . portanto a ficarem ainda maris aprerentes mediante a compressão dos mesmos. . sujeitas. a celulite ainda não é visível somente a inspeção. sexo. resultando em dores a palpação. e desequilíbrio hormonal. aprisionando nas suas malhas os produtos nutritivos.Nesta fase as lipases não conseguem chegar até os adipócitos. A aparência da pele. Quarta fase: . dissocia-as em fibrilas. residuais. estanque. desequilíbrios glandulares. O tecido fibroso torna-se esclerosado. as margens são especialmente fáceis de serem delimitadas (aspecto de “casca de laranja”). artérias.O líquido lançado no tecido conjuntivo desempenham papel de corpo estranho neste tecido. envolvendo e comprimindo todos os elementos do tecido conjuntivo.A dilatação e distensão da rede venosa aumentam sua permeabilidade provocando extravasamento de líquido seroso no tecido conjuntivo aumentando a pressão. * ETIOPATOGENIA: Fatores predisponentes: Genéticos. veias e nervos. * ESTÁGIOS DA CELULITE: Grau 1: É aquela que é percebida somente através da compressão do tecido entre os dedos ou da contração muscular voluntária. como sentada ou em pé. Grau 3: Esta já é observada tanto na posição deitada. a água e os lipídios. já havendo alterações da sensibilidade. . maus hábitos alimentares. que espessa-se e adquire uma consistência gelatinosa Terceira fase: . assemelha-se a um “saco de nozes”. Grau 2: As depressões são visíveis mesmo sem a compressão dos tecidos. . . a congestão e os fenômenos de bloqueio (círculo vicioso) Segunda fase: . sedentarismo. a sensibilidade a dor está aumentada e as fibras do conjuntivo estão quase totalmente danificadas. pertubações metabólicas do organismo em geral (diabetes). Assim sendo. Fatores determinantes: Estresse.A densificação do meio conjuntivo irrita as fibras do tecido. por apresentar-se cheia de relevos. provocando sua rápida mutilação.23 . um tecido muito duro. formando uma verdadeira barreira a todas trocas vitais (fase considerada irrerversível). temperatura e umidade da sala de exames. orientam uso do US após 24 horas. época do ciclo menstrual. A imagem que surge pode ser homogênea ou não. geladas. A dose deve ser cuidadosamente selecionada.24 Grau 4: Os nódulos gordurosos tornam-se muito volumosos. Pode ser realizado a nível ambulatorial. são as fibroses nodulares (nos pontos de incisão) e cicatrizes hipertróficas.O método utiliza placas flexíveis. Palpação 2. CONTRA INDICAÇÃO Deve-se ter em mente que.4 w/cm2 a 0. uma vez que as enzimas de difusão utilizadas na fonoforese se desnaturam em altas temperaturas. 6. febre. por fatores externos e internos podem alterar significativamente o resultado do exame. visto que a onda contínua é mais indicada para esta técnica. * TRATAMENTO Na avaliação e tratamento da celulite podemos empregar alguns métodos: 1. podemos destacar a neovascularização com consequente aumento da circulação. De maneira geral. os ultra-sons também apresentam restrições à sua utilização. As contra-indicações mais flagrantes são: . seccionando os septos fibrosos. O quadro clínico do paciente ou o perfil de sua patologia. diretamente relacionada com alterações circulatórias ocasionadas pelo distúrbio. indicando diferença de temperaturas em áreas localizadas da superfície cutânea. quanto mais uniforme for a imagem. inchadas e muitas vezes doloridas. compostas de cristais termosensíveis de colesterol. O uso do US destina-se a atenuar os hematomas e diminuir a incidência de fibroses Consiste em múltiplas injeções intradérmicas de 5. Após inserido. com intensidade de 0. até que deslizem livremente pelo tecido As principais sequelas decorrentes da cirurgia. menor é o envolvimento circulatório da área. que clinicamente corresponderia ao grau I ou ausência de fibro edema gelóide. As pernas tornam-se pesadas.6 w/cm2 no modo contínuo ou pulsado a 50%. Após o contato placa-pele por alguns segundos. rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras colágenas. indicam um grau mais avançado. 3. Atua a nível dermo-hipodermo. Bioimpedância[30] 4.Técnica cirúrgica usada para tratar as depressões do relevo cutâneo. é que decidirão pelo impedimento ao uso. como método de avaliação único não é seguro.Utiliza-se o ultra som de 3 MHz no modo contínuo. deslocando as fibras de alto teor fibrótico. Guirro & Guirro (2002). e a ação tixotrópica nos nódulos celulíticos. Subcisão[30] . Estão endurecidos e sensíveis ao toque. um estilete especial em forma de agulha é introduzido. Dentre outros efeitos.Mesoterapia (intradermoterapia)[30] substâncias farmacologicas compostas de enzimas. Já zonas que indicam hipotermia. Após anestesia. O uso do ultra som na celulite está vinculado aos seus efeitos fisiológicos associados à sua capacidade de veiculação de substâncias através da pele (fonoforese). é movimentado “em leque”. Fonoforese[30] . com coloração verde ou rosada. tratadas com US. Embora o exame seja inóculo. melhora das propriedades mecânicas do tecido. aliados ao bom senso do fisioterapeuta. Termografia[30] . além de ocorrer uma retração tecidual ao redor da célula. como por exemplo: exposição solar. com frequência de 3 MHz. vasodilatadores e de substâncias que auxiliam o metabolismo do tecido conjuntivo. cuja função é avaliar e classificar o fibro edema geloide de acordo com a temperatura cutânea surperficial. que no exame aparecem como zonas escuras ("buracos negros" ou "pele de leopardo"). por se tratar de uma avaliação não-invasiva. como qualquer recurso terapêutico. surge um "mapa" de cores. tabagismo. provocando grandes depressões na superfície da pele. 12. 11. 16. as aplicações no útero grávido estão limitadas. 12. 16 ] Acelerar a proliferação e favorecer a disseminação do agente infeccioso através do corpo. 14. 20] 25 Pode haver contra-indicação se houver intenso aumento de temperatura dificultando o arrefecimento da área pelo sangue. 16. 20] Embora a intensidade que chegaria ao útero fosse mínima. para evitar qualquer anomalia. 4. 2) Aplicações a nível dos olhos[3. 4. 12] Poderiam ocorrer reações desconhecidas. 20 Guirro & Guirro (1996) e Garcia (1998) mencionam que o ultra som provocaria ossificação precoce e interferiria no crescimento ósseo Pessina e Volpon (1999) em pesquisa realizada com ultra som na cartilagem de crescimento de coelhos não verificou alterações morfológicas ou funcionais da cartilagem de crescimento. havendo a possibilidade de cavitação no líquido amniótico e ocorrência de malformações no feto. 4. 11. haveria uma tendência a se tratar a situação com segurança. Em virtude disto. 11. 12. mas que aplicações com ultra som pulsátil e com baixa intensidade podem ser utilizadas em pacientes com idade abaixo de 18 anos. Hoogland (1986) afirma que estas regiões ocupavam antes um dos primeiros lugares na lista de contra indicações. . 7) Testículos/gônadas[11. Além disso. 12. 16] Pode liberar êmbolos (embolia) 9) Osteoporose[16] Garcia (1998) menciona que não há documentação científica adequada sobre o caso. 10) Inflamação séptica[4. 12. 16. haveria aumento da presença de CO2 levando à necrose. 20] Pode ocorrer mudança no potencial de ação e pode alterar as propriedades contráteis do músculo cardíaco. pois com o aumento da temperatura haveria aumento do consumo de oxigênio. 11. 4. Mas o que se vê na prática clínica é a ausência de malefícios advindos da utilização do ultra som em pacientes com osteoporose. 12. E o suprimento sanguíneo deficiente seria incapaz de acompanhar a demanda metabólica. 5) Tumores malignos[3. 20] Cegueira irreversível (Cavitação no líquido ocular) 3) Útero grávido[3. 4) Sobre área cardíaca[3. 16] . 11. 12. deve-se evitar também o tratamento de tecidos segmentários correspondentes ao estado gravídico. 11. 8) ) Sobre tromboflebites / varizes (principalmente trombosadas)[4.1) Áreas com insuficiência vascular[3. 11. pois os efeitos do US sobre tecidos em crescimento são desconhecidos. e como o suprimento sanguíneo (que provê o oxigênio) está deficiente. 20] Sobre o tumor: pode-se acelerar o crescimento e as metástases 6) Epífises férteis[4. Hoogland. . C.) 13) Diabetes Mellitus[11] Pode ocorrer ligeira diminuição da glicemia. . Mazzer. A.Kitchen.1 n°2. D. E.Gutman. 16] 26 O cimento de fixação da prótese (metilmetacrilato) possui um alto coeficiente de absorção ultra sônica e os componentes à base de polímeros poderiam sofrer ação dos efeitos térmicos (US contínuo). 222-223 5.FUNDAMENTOS. Davis Co . A. A. Gonçalves. Holanda.11) Endopróteses[3.Omote.Pauline M.1998 13. . A.Guirro. 15) Diretamente sobre o marcapasso (ou ondas sonoras desviadas)[20] BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: 1.Vol.3ª Ed.. A.1991 8.) 10ª Edição . F.Guyton.Associação Brasileira de Fisioterapia. e Bucalon.Young.Ed. C. RECURSOS E PATOLOGIAS . 2.THERMAL AGENTS IN REHABILITATION . . R. Philadelphia – 1996 2. Manole . e Guirro. N.J.FISIOLOGIA HUMANA . O tratamento local com intensidade baixa só pode ser administrado após 24-36 horas.CLAYTON’S ELECTROTHERAPY E AND ACTINOTHERAPY .Ed Pancast.TRATADO DE MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO DE KRUSEN . Em geral desaparecem reduzindo-se as doses.1ª Edição brasileira . e que as ondas ultra sônicas refletidas não são capazes de prover qualquer elevação seletiva de temperatura nos tecidos adjacentes ao implante devido às ondas estacionárias refletidas neste metal. Jims – Barcelona ....FISIOTERAPIA EM ESTÉTICA . . C.1988 3. F.EFEITOS TÉRMICOS DO ULTRASOM TERAPÊUTICO SOBRE OS TECIDOS ÓSSEO E MUSCULAR E SOBRE PLACA METÁLICA IMPLANTADA – Rev.APLICAÇÃO DO ULTRA SOM PULSADO TERAPÊUTICO SOBRE A RESISTÊNCIA MECÂNICA NA OSTEOTOMIA EXPERIMENTAL .. R. – DOSIMETRIA DE APARELHOS DE ULTRA-SOM TERAPÊUTICO UTILIZANDO BALANÇA SEMI-ANALÍTICA – Rev. P. J. Elias. rapidamente.. R. 1986 12. L. . 14) Sequelas pós traumática aguda[11] Devido aos efeitos tanto térmicos como mecânicos... 4. 32 nº 6 – Junho / 1997 – PP. gerando sintomas de fadiga. Lovise .1996 . Clauton M. – APLICAÇÃO DE ULTRA SOM TERAPÊUTICO NA CARTILAGEM DE CRESCIMENTO DO COELHO – Rev Bras Ortop – Vol. E.1989 6. 173-178 . . 7.Ed.1998 . 11. T.Pessina. E. Carlos – TERMOTERAPIA HIPER HIPO – Ed. Bras. R. S. Moderna . 1996 – pp. 116-129. o calor. 473-479 14.1972 9. S. N. . Lehmann J.F. Nº 2 (1997) . Andrade. B. – TERAPIA ULTRASÔNICA – ENRAF NONIUS – Delft.BIOFÍSICA . e Bazin..TERAPIA POR ULTRA SOM (em ELETROTERAPIA DE CLAYTON . Susan L.Kottke. 235-258 . e Volpon. Bras Ortop – Vol. Barbieri.Michlovitz.pp.M. e segundo Garcia (1998) estes tecidos teriam grande aquecimento se houvesse osso no local do implante metálico (devido à elevada condutilibilidade térmica do metal que dissipa.F.Revista Brasileira de Fisioterapia .Ed Manorle . M. 13.pp.2ª Ed. 16] Garavello et al (1997) relatam que o implante metálico não induz a temperaturas excessivamente altas.1990 11. Luciano. M. S. os vasos sanguíneos em regeneração podem romper-se conduzindo à hemorragia recorrente.1994 pp.H. .FISIOTERAPIA ATUAL . J. Serrão. 305-323 4.Ed.Machado.Z..Ed Manole . J. De Fisioterapia vol.Garavelo.Ed. I. A. e Leivas. .São Paulo – pp.Ed. Kottke & Lehmann (1994) afirmam que não há determinação de que a absorção seletiva por estes materiais leva ou não ao superaquecimento ou mesmo derretimento do material de fixação da endoprótese.Lucena. 10. FÍSICA . 12) Implante metálico[3.Guirro. 79-82 16.1982.Guerino. Guanabara .Garcia. Scott . 34 n° 5 – Mai 1999 – pp: 347-354 15. – ELETROTERMOTERAPIA PRÁTICA – Pancast Ed. Sarvier . FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL . Harrelson.1991 . G. .Gann. RECURSOS E PATOLOGIAS . N°1.17:247-215 ...3. Tasdan. Velasevic.121-8 .1996.pp.. .Stefanovic.2ª Ed. F. C.Draper D. G. L. W.72:142-148 . .1978 Apud Girro.Tirrel. S. C. D.Kramer.Bare.. A..1993.. McAnaw.Zorlu. Chim. M. .Draper. V. M.24:175-8 . R. R.Salgado. C. 2001.pp. Revisada e ampliada . R. Revisada e ampliada . 28. . .1959 Apud Girro.ELETROFISIOTERAPIA . . F.2002 31. Ozuyazgan.2002 32. Sunderland. R.REABILITAÇÃO FÍSICA DAS LESÕES DESPORTIVAS . RECURSOS E PATOLOGIAS . A. U. N. .Physical Therapy .27 17.Gonçalves. S.1992 25.Experientia 14:486-7 . E.Ed.Athletic Training: Sports Health Care Perspectives . .Clin.Journal Orthopedic Sports Phisical Therapy .ELETROCOSMÉTICA .1996 24.RELATIVE TRANSMISSION OF ULTRASOUND BY MEDIA CUSTOMARILY USED FOR PHONOPHORESIS . & Guirro. . Djukanovic.1985 . R. D.1998 19.1978 27.76:738-747 . .Belgrade . I. E.1984 26. J.3ª Ed.Londrina-PR . I.2(2):95-107 .. Revisada e ampliada ..Stefanovic. .3ª Ed.Physiotherapy 64:173-174 . R.Biophys. & Guirro. . Y.Manual Clínico . 77 n° 5 . J.ULTRASOUND: EVALUATION OF ITS MECHANICAL AND THERMAL EFFECTS . V. J. 61-95 21..64: 1-9 23.2002 . R. Rehabilitation . . B. Tercan. Kostic. & Middleman. E. M. O. L.FUNDAMENTOS. 5-13 .A COMPARISON OF TEMPERATURE RISE IN HUMAN CALF MUSCLES FOLLOWING APLICATIONS OF UNDERWATER AND TOPICAL GEL ULTRASOUND . O.ULTRASOUND CURRENT CONCEPTS .Ed Manorle .11: 64-69 22. M.Andrews.. T. . 29. .DANGERS AND CONTRAINDCATIONS OF THERAPEUTIC ULTRASOUND . Phys. M. E.Ed. Pritchard. S.. A.FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL .Physical Therapy . F..Ed Manorle . E.2002 33.3ª Ed. D. E. Management . . & Zivanovic. 235 20. . . H. C. p.FUNDAMENTOS. Bresjanac.Ed Manorle .. RECURSOS E PATOLOGIAS . Med.3ª Ed. Soc.Cameron. Midiograf . F.2000 .Kramer. O. N. O. R. . Kardas.TEN MISTAKES COMMONLY MADE WITH ULTRASOUND USE: CURRENT RESEARCH SHEDS LIGHT ON MYTHS.V. Oztürk.Ultrasound in enzymes.FISIOPATOLOGIA NA REPARAÇÃO CUTÂNEA: ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA . and Ricard. M. A. C.Arch. RECURSOS E PATOLOGIAS . O. A. I. & Guirro. . K.65:223 . Vida Estética . . O.American Journal of Physical Medicine Rehabilitation .. . . J. and Monroe. J.Oakley.3ª Ed.Ed.FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL . E.September/october 1998 . I. J. et al . G.1ª Ed.Guirro.EFFECT OF THERAPEUTIC ULTRASOUND INTENSITY ON SUBCUTANEOUS TISSUE TEMPERATURE AND ULNAR NERVE CONDUCTION VELOCITY .Revista Brasileira de Fisioterapia . R. .Bull.1992 30. L.Shear deformation effects in enzyme catalysis. & Zivanovic. 427-432 18.. . M.Winter.p.FUNDAMENTOS. . & Wilk. Guanabara Koogan .PHONOPHORETIC DELIVERY OF 10% HYDROCORTISONE THROUGH THE EPIDERMIS OF HUMANS AS DETERMINED BY SERUM CORTISOL CONCENTRATIONS . & Parizotto. Kirkendall.23. R. D.Effects of ultrasound and enzymes.Ed Manorle . Revisada e ampliada .FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL .American Journal Physical Medicine .COMPARATIVE STUDY OF THE EFFECT OF ULTRASOUND AND ELECTROSTIMULATION ON BONE HEALING IN RATS . K. Balkar. J. & Guirro..1960 Apud Girro.Vol.FUNDAMENTOS. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA i t FLUXO DE CORRENTE O fluxo da corrente dentro da “bateria” se dá do negativo para o positivo. Entretanto é sabido que no circuito elétrico externamente carregado. os íons convencionalmente fluem do polo positivo para o negativo. b) Eletrólise (Dissociação) Fenômeno pelo qual as moléculas se dividem em seus diferentes componentes químicos. Entre 1900 e 1912 Leduc demonstrou em experiência que poderia introduzir ions medicamentosos no organismo animal (coelhos) provocando efeitos gerais[1. . pelo fato de que cada um deles leva consigo uma carga elétrica diferente. DEFINIÇÃO É uma corrente contínua de fluxo de elétrons com direção e intensidade constante e com efeitos polares. É também conhecida como corrente direta. As experiências de Galvani tiveram o duplo mérito de dar início ao estudo da Eletrofisiologia e de demonstrar que um músculo se contrai sempre que fica sujeito à influência de uma diferença de potencial. Galvani observou pela primeira vez a contração dos músculos da pata de uma rã sobre uma placa metálica quando estalava uma centelha entre os eletrodos de uma máquina elétrica de fricção. Em 1870 Van Bruns investigou e comprovou a ocorrência de traços de iodeto na urina. corrente unidirecional. após um tratamento com a corrente galvânica. corrente contínua. EFEITOS FISIOLÓGICOS a) Produção de calor Efeito Joule. Em 1786. 60]. corrente voltaica. corrente constante.28 HISTÓRICO O Galvanismo é a forma mais velha de eletroterapia. O transporte da corrente elétrica através de íons produz calor e sua intensidade tem relação direta com a resistência específica do meio utilizado. . . E no exemplo ora citado ocorrerá o seguinte: o cloro sendo um ion eletricamente negativo. flui para o polo positivo.Cl H + Corrente Galvânica NaCl NaOH + . flui para o polo negativo. sendo um ion eletricamente positivo. perde sua carga elétrica e reagindo quimicamente com a água produz uma reação alcalina (OHNa). e provoca uma hiperemia ativa[1]. ao misturarmos cloreto de sódio (NaCl) e submetermos essa mistura à ação da corrente galvânica ocorrerá uma dissociação eletrolítica do cloreto de sódio em íons de cloro e íons de sódio. acarretando maior nutrição tecidual profunda. + NaCl Na + OH H2O . 5] A corrente galvânica altera a excitabilidade e condutibilidade do tecido tratado. por ação reflexa. Com isso há um aumento da irrigação sangüínea. que facilita as atividades específicas do tecido nervoso.29 Por exemplo: Num meio contendo água (H2O). perde sua carga elétrica e reagindo com a água produz uma reação ácida (HCl). d) Vasodilatação É devido à ação da corrente sobre os nervos vasomotores.HCl H2O OBS: Catodo 2Na + 2H2O Anodo + 4Cl + 2H2O 2NaOH + 2H 4HCl + O2 c) Fenômeno do eletrotônus[1.Cateletrotônus (ocorre no polo negativo): aumento da excitabilidade. . o sódio.Aneletrotônus (ocorre no polo positivo): depressão da excitabilidade. A hiperemia atinge também estruturas mais profundas. que leva a um alívio da dor. Coagulação . por regra geral.Sedante .Atrai íons positivos (cátions) .Vasoconstrictor b) Polo negativo (cátodo) . o pH da pele debaixo do catodo torna-se gradualmente alcalino à medida que íons positivos são atraídos na sua direção. e) Aumento do metabolismo Decorrente da vasodilatação e consequente aumento da oxigenação e substâncias nutritivas na região tratada.Irritante .Desidrata o tecido .Menor hiperemia (isquemia) .Vasodilatador . as partículas fluidas também se deslocam e.Estimulante .Alcalino . Esses fenômenos são basicamente utilizados em duas situações: a cataforese (polo -) para amolecer cicatrizes e quelóides. são fenômenos considerados por alguns autores como inexpressivos. (2000). E estas alterações químicas induzem uma vasodilatação reflexa.Hidrata o tecido . Entretanto. g) Endosmose (Eletroendosmose) Assim como os radicais químicos. seu deslocamento se efetua do polo positivo para o polo negativo. EFEITOS TERAPÊUTICOS a) Analgesia b) Estimulação nervosa c) Antiinflamatório d) Transtornos circulatórios e) Iontoforese CARACTERÍSTICAS DOS PÓLOS a) Polo positivo (ânodo) .Atrai íons negativos (ânions) .Corroi metais por oxidação .Maior hiperemia . enquanto a pele debaixo do anodo sofre a reação oposta.Ácido . ou com pouca finalidade terapêutica.Repele ions positivos (cátions) .Mais germicida . haverá um aumento de elementos fagocitários e anticorpos.Liquefação .Causa sangramento .Analgésico . presumivelmente com a finalidade de manter um pH homeostático.Atrai 02 .Repele íons negativos (ânions) . f) Aumento da ação de defesa Com a vasodilatação e consequente aumento da irrigação sangüínea.30 Segundo Andrews e col.Não corroi metais . e a anaforese (polo +) na facilitação da derivação de fluidos no edema.Menos germicida .Atrai H (atrai e libera (bolhas devido ao maior nº de H na água) .Detem sangramento . ou ainda aparecer contração dolorosa deve-se diminuir a intensidade ou desligar o aparelho. etc. a itensidade máxima tolerável será de 5 mA (100 x 0. Normalmente utilizada para tratar coxas e abdomem. h) É importante a identificação dos pólos (+ ou -). e) Tempo de aplicação: normalmente dura em torno de “15 a 30” min. não poderá se concentrar em um só ponto do segmento tratado ou da placas j) Galvanização corporal (Soriano et al. a dosimetria do banho galvânico dependerá do tamanho do recipiente. ou algodão embebidos em água. Normalmente a intensidade da corrente e cerca de 5 mA. f) Os eletrodos devem ser cobertos por esponjas. pois sua instalação próximo a aparelhos de ondas curtas pode fazer com que haja interferências. para o banho galvânico. g) O banho galvânico pode ser indicado para aumentar a condutibilidade nervosa e trabalhar a parte sensitiva. confeccionadas em chumbo. principalmente nos caso de parestesias. b) O paciente deverá experimentar uma sensação de formigamento ou ardência agradável quando submetido à corrente galvânica. alguns autores mencionam 15 mA. c) Podem ser tipo cuba com água. Guirro & Guirro orientam para 0. orientam que não deve-se ultrapassar nunca a intensidade de 0. antes da terapia i) A sensação de formigamento deve ser homogênea. d) Podem ser tipo rolo e) Podem ser tipo tubo f) Podem ser do tipo máscara g) Podem ser confeccionada de borracha de silicone h) Podem ser tipo auto-adesivos (para uso sem iontoforese) TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS DA CORRENTE GALVÂNICA a) Quanto menor for a área do eletrodo maior será a concentração de energia. nevralgias. verificando que não haja contato entre elas.1 mA por cm2 de área de eletrodo ativo. b) Podem ser tipo caneta eletroestimuladora. d) Deve-se tomar cuidado com a instalação do aparelho de CG na rede elétrica. Caso o paciente reclame de ardência dolorosa ou qualquer outro tipo de incômodo. alumínio ou estanho.05 = 5 mA).. Se conectam os eletrodos da corrente galvanica de maneira que um polo esteja na parte superior e outro na parte inferior. lesão de nervos periféricos.5 a 1 mA por cm2 de área do eletrodo.05 mA/cm2 (Exemplo: Se o eletrodo tem 100 cm2. As faixas podem ser molhadas com agua ou algum material iontoforetico. 2000) .se utilizam faixas confeccionadas com um material capaz de reter liquidos e faixas em forma de eletrodos com elevada condutividade eletrica. cobre. Utiliza-se uma faixa para a parte superior e outra diferente para a parte inferior. latão. c) Dosimetria: Leitão & Leitão (1995) orientam que a dosagem ideal gira em torno de 0. e o tempo de aplicação 30 min . causando oscilações na corrente podendo causar desconfortos ao paciente. perturbações circulatórias periféricas.31 ELETRODOS a) Podem ser tipo placas metálicas retangulares protegidas com esponjas.. feltros. Soriano et al (2000). Na prática clínica utiliza-se normalmente de 0 a 20 mA dependendo da sensação de formigamento referida pelo paciente. contusões. . neuralgia. artralgia. contusão.Locais com solução de continuidade[11] TÉCNICA GERAL DE APLICAÇÃO . estar com uma temperatura agradável.Eletroestimulação: É realizado utilizando a corrente galvânica de forma interrompida. e ainda também utiliza-se “gel” quando o eletrodo for de borracha de silicone. ou vice-versa.Quando o paciente apresenta vertigens[1] durante o tratamento . plegias. na qual é conectado um dos pólos e o outro numa região do corpo para fechar o circuito .Convencional: Os eletrodos são acoplados na superfície do corpo. hipoestesia. APLICAÇÕES CLÍNICAS Artrite. distensão. etc . devendo para isto.. fibroses. lombalgia.Estimulação da irrigação sangüínea. lumbago. ciatalgia.Banho Galvânico: É uma forma de emprego da corrente galvânica que se destinam ao tratamento de processos patológicos generalizados. Guillain-Barré.Máscara de Bergoniere: Confeccionada em material metálico flexível onde é colocada na hemiface com chumaço de algodão embebido..Implantações metálicas no campo de aplicação .Lesões de nervos periféricos . A vantagem da água é permitir contato homogêneo com os tecidos e reduzir a resistência da pele. escoliose.“Alterações de sensibilidade” . artrose. ficando o polo negativo no corpo do paciente. Utiliza-se um recipiente com água onde é submergido o membro a ser tratado. utilizando-se sempre um meio para facilitar a introdução da corrente: esponja. neurite. mialgia.Transtornos circulatórios . . hidratação dos tecidos.Processos inflamatórios .Marca-passo . paralisia facial. etc.32 INDICAÇÕES . pode ser feito com duas cubas. ou somente o polo positivo . bursite. neuralgia do trigêmeo. e coloca-se as placas no interior do recipiente. tendinite.Processos álgicos . adotando como um dos eletrodos uma caneta eletroestimuladora que interrompe a corrente provocando estímulos em estruturas mioneurais.Iontoforese CONTRA INDICAÇÕES . A dosagem gira em torno de 15 a 30 mA. algodão ou feltro embebidos em água quando o eletrodo for metálico. transtornos tróficos.Quando o paciente apresenta irritabilidade cutânea . A caneta deve estar acoplada no polo negativo (estimulante) . . e cargas de sinal contrário se atraem. e acoplou eletrodos de corrente galvânica. dieletrólise. I. estava azulada devido à reação do amido com o iodo. nada aconteceu I II OBS: Na prática ambulatorial da iontoforese os efeitos sistêmicos não são importantes nem se buscam em terapêutica. no polo positivo. dieletroforese. - I KI + K _ + Chatzk pegou uma batata e fez um sulco em sua superfície. Ao final de um certo tempo . BASES BIOFÍSICAS DA IONTOFORESE a) Lei de Du Fay . É também conhecida como ionização. E no outro polo não houve coloração EFEITOS Experiência de LEDUC: tinha como objetivo demonstrar a penetração de íons e seus efeitos no organismo pela ação da CG. iontopenetração.33 IONTOFORESE DEFINIÇÃO É um fenômeno físico que se caracteriza pela penetração de uma substância terapêutica através da pele íntegra por intermédio da corrente galvânica. e jontoforese.Envenenamento cianídrico Cianureto Obs: Invertendo a de potássio polaridade. colocando iodeto de potássio.cargas elétricas de mesmo sinal se repelem. b) Experiência de Chatzk nº 1: tinha o objetivo de demonstrar a migração iônica e os fenômenos de eletrólise por ação de corrente galvânica.Convulsões tetânicas + Sulfato de estricnina água II. ao retirar os eletrodos verificou que a superfície da batata. Não se pode deixar de mencionar que os efeitos polares desencadeados pela corrente galvânica também são responsáveis em parte pelos efeitos terapêuticos resultantes da iontoforese.Os medicamentos dever ser hidrosolúveis.A quantidade e a velocidade de liberação da medicação dependem: da voltagem total aplicada.[34] .Normalmente utiliza-se igualmente à da corrente galvânica convencional. O autor utilizou duas técnicas de colocação de eletrodos. da duração do tratamento.A transferência da medicação ocorre por meio dos portais formados por folículos capilares e poros da pele[104] . concluiu que a disposição dos eletrodos é fator primordial para a obtenção de bons resultados. do pH local. não penetrarão na pele como desejamos. ou seja. etc.Segundo Guirro & Guirro (1996). e dificultam a dos ânions. (principalmente os gordurosos) [60] . do potencial de ionização da medicaçãoou de seu solvente. porque se estas não são ionizáveis. O íon ativo se deduz na fórmula química do medicamento e o pólo usado deve ser o mesmo do íon ativo. em seu experimento sobre ionização de mucopolissacarídeos nas mais diversas patologias.Esta técnica libera a medicação em profundidades que variam de 6 a 20 mm[104] . com 30 a 40 min de duração. a medicação é espalhada por meio de difusão passiva.Geralmente. . constatando a relação entre os resultados pequenos e nulos com a técnica longitudinal e os resultados bons e médios com a técnica transversal.É de fundamental importância para a prática da iontoforese.A taxa dessa difusão é tal que a medicação tende a permanecer mais concentrada dentro dos tecidos diretamente subcutâneos ao local de introdução e progressivamente menos concentrado nos tecidos mais profundos e nos tecidos periféricos ao local de tratamento[104] . .Uma vez dentro dos tecidos . não sendo mais afetada pela fonte de corrente[104]. . Entretanto Raviere (1970). a determinação do polo negativo ou positivo dos eletrodos.34 TÉCNICA DE UTILIZAÇÃO . .Na iontoforese transcerebral o eletrodo ativo (com o medicamento) é colocado sobre um ou sobre os dois olhos e o eletrodo passivo no buraco occipital (foramen magnum). que devem exercer deslocamento contrário à moléculas de água. sempre maiores que a placa para evitar queimaduras. tendo a preocupação com a sensibilidade do paciente para não haver lesão com superdosificação.Os medicamentos devem estar constituídos de partículas ionizáveis e em concentrações adequadas. da resistência da pele ao movimento iônico.1 a 3 mA para um olho. . Deve-se evitar cremes. que o produto seja solúvel em água. Por exemplo: as soluções. Concentrações abaixo do normal não fazem efeito desejado e acima podem ser lesivos à pele e ao organismo. . a transversal e a longitudinal. colocados em esponjas/algodão. pomadas. são usados medicamentos em concentrações de 1 a 2 %. pelo deslocamento passivo. e 4 a 5 mA para a técnica binocular. do tamanho do eletrodo e da concentração da droga no eletrodo ativo[89. .A forma de utilização dos eletrodos na iontoforese é similar à utilizada na galvanização convencional. emulsões. . os fenômenos eletrosmóticos auxiliam a penetração dos cátions. Cabe então supor que algumas das ações decorrentes da iontoforese são em parte devidas aos efeitos polares da própria corrente[119]. . DOSIMETRIA .Na iontoforese subaquática os eletrodos são representados por recipientes contendo soluções eletrolíticas. 104] . Certas drogas produzem resultados não-confiáveis.A possibiidade de uma concentração da medicação aquém da terapêutica alcançar o tecido- . . .Os fenômenos eletrosmóticos auxiliam na penetração dos cátions pelo arraste passivo e dificultam na dos ânions.A intensidade da corrente e o seu tempo de aplicação constituem fatores óbvios e que impõem um limite nas possibilidades da terapia. a intensidade máxima da corrente permitida é geralmente de 4 a 5 mA. de seu tamanho molecular. como por exemplo: Para uma substância que se deve introduzir a uma intensidade de 4 mA. como a polaridade do produto e a duração da sessão. relatam que o emprego da iontoforese na clínica apresenta-se bastante limitado nos dias de hoje. podendo surgir dúvida sobre até que ponto a droga está sendo de fato.Entretanto. pode haver risco de lesões[119]. durante 10 minutos.Alguns dos medicamentos. geralmente utilizados.: Se a dosagem recomendada da corrente para uma determinada substância medicamentosa é 50 mA/min. a penetração do medicamento é maior durante os seis primeiros minutos. 118] A penetração dos iontes e da própria corrente galvânica nos tecidos humanos é um fenômeno comprovado e. relacionando-as ao tempo de aplicação e à intensidade da corrente. . pois. = 50 mA/min). contém íons de ambas as polaridades. DESVANTAGENS[05.Soriano et al (2000). Segundo os autores. . o que dificulta a introdução global do medicamento. (2000) e Starkey (2001).Andrews e col (2000) relatam que por razões de segurança. .35 . (5 mA x 10 min. Andrews e col. 106. introduzida nos tecidos[106] . Entretanto.Guirro & Guirro (2002). . obter-se-á os mesmos efeitos utilizando-se 2 mA de intensidade por 20 minutos. pode-se modular no aparelho 5 mA por um tempo de 10 min. e de seu comportamento eletroforético. 104. são dados que o fabricante do produto ionizável deve informar.O estrato córneo é a principal barreira para a transferência de substâncias através da pele para dentro dos tecidos[104] . portanto. a duplicação do tempo de tratamento (12 minutos) aumenta o índice de penetração em aproximadamente em 25%. que devem exercer deslocamento contrário às moléculas de água. relatam que tanto a intensidade por cm2 do eletrodo.Apenas uma pequeno número de medicamentos tiveram comprovação experimental com a iontoforese. etc. excedidos estes parâmetros. relatam que a dose da medicação liberada durante o tratamento é medida em miliamperes por minuto (mA/min): <Amperagem da corrente x duração do tratamento> Ex.A quantidade eficaz do medicamento introduzido é difícil de ser determinada[104] alvo [104] . existem alguns fatores que dificultam o processo de iontoforese: .A impossibilidade de utilizar esse método para o tratamento de estruturas profundas . em nenhum caso.Segundo Low & Reed (2000). a intensidade indicada deverá ultrapassar o limiar doloroso da pessoa em tratamento. . Entretanto. Esse não-desenvolvimento talvez tenha se devido à escassez de experimentos que fundamentam cientificamente as dosagens ótimas de drogas específicas. já que estes parâmetros dependem das características específicas do produto a der introduzido. Relatam ainda que após esse período a quantidade de solução restante é bastante reduzida e que pouco adianta aumentar o tempo de aplicação. fora de discussão. . ou em caso de risco deve-se diminuir a intensidade da corrente e aumentar proporcionalmente a duração da sessão. tratamento preventivo da involução cutânea. contraturas. . . atenuação de linhas de expressão. revitaliazação de células cutâneas.“Perda de sensibilidade” . Não use duas substâncias químicas debaixo do mesmo elétrodo.Quando forem constatadas irritações cutâneas . CONTRA INDICAÇÃO . PRECAUÇÕES[74. resultando em sua liberação local e não-sistêmica. 82. celulite. 107. gordura localizada. reduzindo de maneira significativa os efeitos colaterais sistêmicos dos medicamentos adminstrados por via oral. ativa microcirculação. para uma repulsão mútua.VANTAGENS[104. magnésio e outros metais. Ação mais efetiva e prolongada do fármaco no sítio da lesão OBS. 118] 1.A droga pode também ficar concentrada em uma área localizada. acne. além de ser evitado o dano tecidual produzido pela introdução de uma agulha. aumento da síntese de colágeno. 2. ação antioxidante. Os benefícios terapêuticos da introdução de medicamentos por esta via são os seguintes: Ação localizada do medicamento. pele flácida. em vez de ser absorvida no trato gastrointestinal. prevenção ou atenuação das consequências do envelhecimento. isto pode impedir ou diminuir a penetração desejada. evite iodo. 3.: Existem aparelhos próprios para a iontoforese construídos com com caracterísicas de segurança para reduzir o risco de queimaduras. 2. .O medicamento não passa pelo fígado.O medicamento pode ser introduzido em áreas específicas do corpo. Aplicações separadas poderiam ser mais eficazes. estrias. vertigens e colapso circulatório. Esta característica de segurança faz com que os aparelhos desliguem automaticamente quando a impedância do tecido torna-se excessivamente alta ou se for desconectada a área de contato[74]. o que reduz a decomposição metabólica da medicação. principalmente afecções cutâneas superficiais.Quando houver cefaléia. ainda que tenham a mesma polaridade. umectação. Evite salicilatos em pacientes alérgicos a aspirina. . características essas que não são encontradas nos aparelhos comuns. INDICAÇÕES DA IONTOFORESE A iontoforese é indicada principalmente em afecções. Com alergia para frutos do mar. Evitar medicamentos em eletrodos de polaridade oposta Reação alérgica e de sensibilidade para transferências de íons são raras comparado a queimaduras.A terapêutica utilizada na celulite visa promover a despolimerização da substância fundamental amorfa[11]. onde a atuação da eletricidade e do fármaco se fazem necessário. rugas. manchas. zinco. limpeza e hidratação profunda. Pacientes sensíveis a metais que podem reagir com cobre. Seguem sugestões para reduzir tais efeitos[82]: 1. mesmo que superficiais. nutrição. podendo este estar em maior concentração na área lesada . cicatrizes de tendência a quelóide. 118] 36 A iontoforese é um procedimento de efeitos locais indiscutíveis. desincrustação. celulite Flacidez cutânea Antinflamatório.Ed Guanabara . .1995 2.V.1996 3.10ª Edição .Girro.Extrato de hera .ELETROTERAPIA .Gutmann.Hidrolisados de algas . – 1989 7.Aminoácidos . F. Sheila e Bazin.Citrato de potássio a 2% .Guirro.Kottke. .Solução hidroetanólica a 10% (própolis) . Valéria A. R.Lucena.Guyton.Poliester sulfúrico de mucopolisacarídeo Polaridade Positivo Positivo Positivo Negativo Positivo Positivo Positivo Positivo Positivo Negativo Negativo Positivo Negativo Positivo Negativo Positivo Negativo Negativo Ação Queratinização da pele. Elaine C.1990 .Machado.1ª Edição brasileira . R.J.Thiomucase (hialuronidase) . Guimarães .Ácido hialurônico hexosamina a 0.1996 12.. Manole .Benzedamina CIH .Paciente com dificuldade de compreensão da técnica .Áreas cardíacas .Ed.R.Catarina Mabel C.Cloreto de sódio . . e ação sobre os fibroblastos Hidrólise de gorduras celulíticas Hidratação para peles envelhecidas Anti-celulítico. 118.Deve-se evitar aplicar os eletrodos sobre feridas ou pele irritada.Fosfatase alcalina .ELETROTERAPIA DE CLAYTON . O.Ed Lovise . Arthur C.FISIOTERAPIA ATUAL . Moreira e Márcia Mª B.CLAYTONS: ELETROTERAPIA E ACTINOTERAPIA -Ed.Endometacina C . . F.Pancast Ed. ALGUMAS SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS NA IONTOFORESE ESTÉTICA [87.CLÍNICA DE REABILITAÇÃO .Apontamentos do “Curso Intensivo de Eletroterapia – Métodos e Técnicas” – 1990 – Associação Fluminense de Reabilitação – Niteroi – Rio de Janeiro 11. . Carlos . J.1998 17.H.Kitchen. 122] Medicação . linfoedema. Clauton M.. . A. Scott.FUNDAMENTOS.Óxido de zinco a 2% .) Queda de cabelo Adstringente e antisséptica (seborréia e hiperhidrose) Adstringente/antisséptica (couperrose e acne) Antiedematoso (celulite e estrias) Esclerótico e bactericida Antinflamatório Antiedematosa.Ed. Luykx .37 .FISIOLOGIA HUMANA . M.1991 8.Iodo a 4% .ELETROTERMOTERAPIA PRÁTICA .ENRAF NONIUS DELFT . Araújo e Leitão. Jims -Barcelona 1972 9.Extrato de hamamelis . J.Pauline.Pancast Ed. den Adel.Hialuronidase .Infusão de sálvia .1994 Ed Manole 5.1990 27.TRATADO DE MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO DE KRUSEN .FISIOTERAPIA EM ESTÉTICA . R. . despolimerizante Antisséptica e cicatrizante (acne e desincrust. RECURSOS E PATOLOGIAS Ed Manorle .2% . Sarah . . Zauner . Atheneu .2ª Ed. celulite Envelhecimento cutãneo e respiração celular Cicatrizante Celulite Desidratação e flacidez cutânea REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1.ELECTROTERAPIA DE FRECUENCIA BAJA Y MEDIA .Leitão. Lehamann J.Ácido pantotênico a 5% .São Paulo . 1ª Ed. . Fev/2000 – Rio de Janeiro .FUNDAMENTOS.Soriano.Physical and Rehabilitation Medicine .Liv. . . I.1982 Apud Starkey. I. J. Pérez.FUNDAMENTOS.IONTOFORESE . .FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL ... C.3ª Ed. Atheneu – 1979 60. A.Eletroterapia e teste eletrofisiológico . & Snyder-Mackler. T. . O.3ª Ed.RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA .RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA .1ª Ed. PHONOPHORESIS . & Guirro.Ed.3ª Ed. . R. & Guirro.PRUNCIPLES AND PRATICE.ELETROFISIOTERAPIA . E.. & Guirro. E.FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL . M.. – CORRENTE GALVÂNICA E IONIZAÇÃO – Nouvelles Esthétiques – Ano X.2001.Lowe. . C. . D.Raviere. P.Winter.REABILITAÇÃO FÍSICA DAS LESÕES DESPORTIVAS . .1991 Apud Girro. RECURSOS E PATOLOGIAS . RECURSOS E PATOLOGIAS . . .Sorisa . J. Harrelson. . J. Silva. O. e Teixeira. O. C. V.Macedo.FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL . C.119-35 .Wing. J. O.Henley.2002 122.1ª Ed.2001 106.2001 107. R. Guanabara Koogan . & Wilk. RECURSOS E PATOLOGIAS . Midiograf . S. cap 7. . . C. de France.In PRINCIPLES AND PRATICE OF ELECTROTHERAPY. Vida Estética .IONTOPHORESIS FOR CHIROPRACTORS. C. . .Leitão. R. 3ª ed. .1993 87. H.RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA . Part 2 ..1991 Apud Starkey.2ª Ed. Revisada e ampliada .Harris. E. .J. RECURSOS E PATOLOGIAS .2ª Ed.4:109 .Ed.G.M.Chiropractic Economics .Ed.Londrina-PR . pp.Ed Manorle . C.Ed Manorle . E.18-33 74.TEORIA Y PRÁCTICA PARA LA UTILIZACIÓN DE CORRIENTES EN ESTÉTICA .Ed Manorle . . A.2000 . Sports Phys. .Girro.Butterworth Heinemann.2002 121. Revisada e ampliada .FISIATRIA CLÍNICA . R. I. Orthop.Manual Clínico . B. W.ELETROFISIOLOGIA CLÍNICA .IONTOPHORESIS: CLINICAL RESEARCH IN MUSCULOSKELETAL INFLAMMATORY CONDITIONS . L. Oxford. 61-95 104. K.Ed. . L.ELETROCOSMÉTICA . Manole . Artmed .2000 Apud Girro.Kahn.Robinson. .1ª Ed. J. Manole .Ed. R. Araújo . 431p.Espanha . .Ed Manorle . & Guirro. . O. R. R.3ª Ed.pp.September/October . E. J.2002 119. Manole .Andrews.Porto Alegre .Ed. C. . S. R. . S.2001 118.1999 105.Salgado. R.2001 82. A. E. M.Starkey.3ª Ed. Revisada e ampliada .TRANSCUTANEOUS DRUG DELIVERY: IONTOPHORESIS. 77. R. Revisada e ampliada . Churchill Livinstone. G. 1970 Apud Girro. n° 53 . J. R.RJ 89.2000 ..38 34.FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL .FUNDAMENTOS. J. & Reed.Ed. C.2002 120.ELECTROESTÉTICA PROFESSIONAL APLICADA . R. .ELECTROTHERAPY EXPLANINED . L. Ther.pp.SIX ANNES DE PRATIQUE DÉ IONISATION DE MUCOPOLYSACCHARÍDASES .2:139 . 2 ed. Baqués. Turovelzky. . C.FUNDAMENTOS. de água produz-se hidrogênio[3]. A pressão exercida na glândula sudorípara pelo excesso de sebo cutâneo pode levar ao seu rebentamento na derme dando origem a um processo inflamatório na zona de contato devido a ação irritante dos ácidos livres. Acidentes cutâneos (comedões . Grau de hidratação. A atuação da corrente é superficial proporcionando destamponamento pilo-sebáceo. e é importante observar que não existe. uma hiperscereção seborreica contraria uma boa higiene e é desconfortável e inestética. que em linguagem estética (operacional) reproduz e/ou significa limpar.pontos negros . Aspecto granuloso. portanto possui como característica o princípio galvânico. isto é. pois só assim se poderá proceder a um estudo profundo e conhecer suas características e necessidades.vermelhidão . . adequada ao tipo de pele. É importante salientar que a desincrustação tem como objetivo estético retirar de forma suave os incrustados na superfície epidérmica.etc) DEFINIÇÃO É um procedimento de ação eletroquímica que tem como objetivo retirar o excesso de sebo das peles exageradamente seborréicas[2]. Numa pele livre de qualquer cosmético pode-se concentrar a atenção nos seguintes fatores: Secreção sebácea. tensão contínua. Atua pelo processo de eletrólise: passa-se uma corrente elétrica através de uma solução condutora ou eletrólito decompondo-a. constante e com polaridade determinada (pólo positivo e pólo negativo). forma-se assim externamente uma papila vermelha que indica a existência de uma afecção não patológica. Utiliza-se os efeitos polares da corrente galvânica para obter uma limpeza de substâncias gordurosas da pele em profundidade[1] A desincrustação executa-se com um aparelho calibrado e montado para gerar corrente contínua. Estas manifestações da pele e seus anexos tem despertado o interesse dos especialistas em cosmetologia e dermo-farmácia entre outros seguimentos. penetração das soluções empregadas nos desincrustadores. tendo várias fórmulas vindo a ser apresentadas ao público. Mesmo sem chegar a esse extremo.39 INTRODUÇÃO O procedimento de todo o tratamento estético deve começar por uma limpeza profunda. reeducação do trabalho das glândulas sebáceas. A pele normal tem um pH de 4.40 AÇÃO Os estudos cosmetológicos confirmam que a utilização de produtos demasiado detergentes ou solubilizantes energéticos. A função da assepsia efetuada através da corrente galvânica + cosméticos específicos para o tipo de pele. sujeiras da atmosfera poluída[3]. Existem fabricantes de cosméticos que oferecem uma loção desincrustante para pele seborréica e outra para pele alípica. A limpeza profunda serve para limpar o folículo pilo-sebáceo do excesso de secreção sebácea. para compensar a que se extraiu por meio do desincruste. espera-se obter a eliminação das secreções das glândulas sebáceas sem sua retirada total. bem como. porque uma boa parte do manto hidrolipídico foi removido pela desincrustação. seja evitado o efeito "feed-back" (em se retirando toda a secreção. ora. A pele normal tem uma grande capacidade de amortecer as variações bruscas de pH. Segundo Winter (2001). o que quer dizer que ela é altamente alcalina. [2] A solução desincrustante. a desincrustação é um procedimento de ação eletroquímica que tem como objetivo retirar o excesso de sebo das peles exageradamente seborréicas. será produzida mais para a compensação).5. o efeito obtido usando-se corrente galvânica (que produz sódio por eletrólise e promove a retirada da gordura) é a reeducação do trabalho das glândulas sebáceas e sudoríparas. Para as peles lipídicas. Segundo Silva (1999). auxiliando na reeducação das glândulas sudoríparas evitando asfixia das peles alípicas[3]. facilitando a extração de comedões e acne vulgar. a desincrustação é inadequada para o tratamento de peles alípicas. evitando o efeito feed-back. já que poderia se produzir um efeito "rebote" se as glândulas sebáceas gerassem a gordura que a pele precisa. contribuem para provocar uma hipersecreção seborreica de caráter reacional "efeito feed.back". Apesar disso. como se pode retirar o pouquinho que lhe resta? Este conceito é corroborado por Miedes (1999). se a pele alípica já tem falta de oleosidade. auxiliando na penetração (preparação para posterior processo de aplicação dos princípios ativos). Mais que simplesmente tirar o excesso de oleosidade da pele. que diz que a desincrustação está unicamente recomendado em zonas da pele seborreica. o procedimento de ação eletroquímica. relatam que não se deve abusar desta técnica . além da reeducação do trabalho das glândulas sebáceas e sudoríparas. por exemplo o carbonato de sódio. Para tanto é sabido que o efeito feed-back ocorre se o trabalho de desincrustação for executado de tal forma que interfira na produção das secreções ou elimine toda a nova produção que seria maior para compensar a perda. ácido carbônico de pirolidon e seus sais). Efeito que se tenta evitar. na limpeza dos canais foliculares e manutenção da normalização do estado da epiderme recuperada[3]. porém em excesso. como o álcool de alta graduação. convém acelerar-se o processo da normalização do pH. proporciona um efeito para impedir a penetração de germes ou agentes nocivos[3]. Portanto. reage com o sebo saponificando- . A desincrustação busca o equilíbrio do pH. resulta nas peles alípicas uma forma de elminação de detritos orgânicos e inorgânicos assimilados a nível epidérmico. Soriano et al (2000). A solução de carbonato de sódio apresenta um pH de 12. para que. levemente ácida. que produzem obstrução na passagem osmótica de cosméticos a serem aplicados. o . Busca-se ultrapassar as barreiras da pele. porque sua capa ácida contém uma grande quantidade de ácidos orgânicos dissolvidos juntamente com seus respectivos sais (ácido láctico e lactato.5 a 5. e eliminação dos vestígios de maquiagem. Esta suave esfoliação clareia a epiderme e proporciona uma receptividade melhor ao tratamento estético. que permita à pele uma melhor troca com o exterior.Peles seborréicas / oleosas . dando lugar à formação de sabão. Entretanto. A desincrustação. signifcando este termo a dificuldade que a secreção sebácea tem em ser excretada para o exterior.5 mA. e a duração da sessão deve ser de 3 a 4 minutos. remove a oleosidade excessiva. ele é extraído com um eletrodo conectado ao polo negativo de uma corrente galvânica[1]. cuja grande oleosidade aumenta a resistência da pele contra a corrente elétrica. Soriano et al (2000). . exercendo uma pressão uniforme e firme. INDICAÇÁO . com duração de 10 a 15 minutos aproximadamente. TÉCNICA DE APLICAÇÃO No caso da pele. são atraídos pelo polo negativo. Utiliza-se um eletrodo em forma de jacaré. diverge intensamente quando menciona a utilização de intensidade em torno de 1 a 5 mA. Winter (2001). O eletrodo passivo (polo positivo) em forma de placa de carbono ou de metal ou bastão pode ser colocado sob o ombro direito ou fixado no braço direito. devido o caráter elétrico debilmente positivo do sabão. . Após a aplicação. utilizar esterilizador/germicida e substâncias próprias para a assepsia. Os ácidos graxos do sebo se combinam com um álcali diluído (solução desincrustante).2 a 1 mA (formigamento leve). o algodão adquire cor cinzenta onde teve contato com a pele. usa-se produto de superfície e no caso do instrumental. Os cosméticos ionizáveis são regulados para agirem em ambiente de pH normal da pele. ficando retido no canal do folículo piloso.41 Para restabelecer-se rapidamente o pH normal. Deve-se colocar algodão embebido em alguma substância desincrustante. Posteriormente. sem que as partes metálicas possam entrar em contato com a pele Deve-se movimentar o eletrodo ativo lentamente sobre a região da pele a ser tratada. se trabalha com uma intensidade que não deve ser superior a 1 a 1. com duração de 3 a 4 minutos por sessão. Soriano et al (2000). antes de executar-se a iontoforese[2]. abrindo caminho para a penetração das substâncias desejadas. pois ali deu-se. Nos casos de acne vulgar e comedões o enxofre e o salicitado de sódio são conhecidos cicatrizantes e eliminadores dos processos acneicos e comedônicos. respirar melhor. Os movimentos devem ser retilíneos e ordenados de maneira a esquadrinhar toda a superfície a ser tratada[2]. menor intensidade. Miedes (1999). fixando-os ao algodão que envolve este eletrodo. É portanto. estão como um estado de asfixia. razão pela qual a pele deve ser lavada após a desincrustação com água morna levemente acidificada. conveniente proceder a uma limpeza profunda. envolvendo corretamente o eletrodo ativo. mencionam que em virtude da pouca superfície do eletrodo ativo.Preparação para a introdução de substâncias ativas solvidas em meio aquoso por iontoforese. Tamanho menor. dependendo da sensibilidade e o tipo de pele. A desincrustação como tratamento preparativo para uma iontoforese é utilizada principalmente em peles excessivamente seborréicas. antecedendo a iontoforese.Acne / comedões As peles acneicas ou de tendência acneica. pode-se fervê-lo. a saponificação do sebo. gancho ou rolo como eletrodo ativo. relata a utilização de intensidade entre 0. à qual foram adicionadas algumas gotas de vinagre ou limão[1]. E que a intensidade deve estar relacionada diretamente com o tamanho do eletrodo. sendo este colocado no polo negativo. diz que enquanto durar a sessão o eletrodo deverá manter-se em contínuo movimento Pelo fato dos íons de sódio terem polaridade positiva. a pele deve ser lavada após a desincrustação com água morna. a desincrustação deve tratar somente as áreas seborréicas. como solução desincrustante pode-se utilizar: .TEORIA Y PRÁCTICA PARA LA UTILIZACIÓN DE CORRIENTES EN ESTÉTICA .. nariz e queixo).ELETROCOSMÉTICA . M. . CONTRA-INDICAÇÕES .1999 . J.ELECTROESTÉTICA .Solução aquosa a 10 % de sal . antes de uma desincrustação pode-se realizar: a) Limpeza superficial para melhorar os efeitos da desincrustação b) Aplicação de vapor para que com o calor úmido se facilite a penetração do produto desincrustante.L. 41-43 2. entre uma sessão e outra. Soriano et al (2000). 110-113 4. Segundo Miedes (1999). I.pp. D. Se o algodão secar durante a aplicação.Soriano. R. C. Vida Estética . .pp.42 O algodão embebido deve estar suficientemente umedecido com o desincrustante. Videocinco .Sorisa .3ª Ed. Mariângela T. S..ELETROLIFTING . .Silva.ELECTROESTÉTICA PROFESSIONAL APLICADA . 129-133 3.Madrid .Hipersensibilidade à corrente elétrica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.. sem que seja necessário interromper a aplicação. Vida Estética .Ed.L.Winter.1998 . Baqués. relatam que deve haver um intervalo entre as sessões de 15 a 20 dias.Solução aquosa a 10 % de bicarbonato de sódio . que geralmente apresentam seborréia na região do "T" (testa. 2001. Pérez.Espanha .Solução aquosa a 5 % de carbonato de sódio Segundo Winter (2001) pode-se utilizar carbonato de sódio a 1 % (preferível) ou salicilato de sadio a 2%.Ed. Nas peles mistas. Miedes (1999). sugere que deve haver um intervalo. C.2000 . pode-se umedecê-lo novamente por meio de um contagotas.pp.Alergia ao agente desincrustante . C.Miedes. Segundo Miedes (1999). porém sem estar encharcado. M.Ed. de no mínimo um mês já que pode aparecer o denominado "efeito rebote" mediante o sebo que foi eliminado[1]. W. HISTOQUÍMICAS E FISIOLÓGICAS DA As fibras musculares foram classificadas de acordo com sua constituição. . CONCEITO Segundo Robinson & Snyder-Mackler (2001) a corrente originalmente utilizada pelos pesquisadores soviéticos foi uma corrente alternada simétrica. 105]. ou seja. CICLO PROPRIEDADES MUSCULATURA HISTOLÓGICAS. 74] Outros benefícios registrados com a técnica de Kots foram o aumento da resistência muscular e a alteração da velocidade das contrações musculares[105]. onde o pesquisador russo Yakov Kots. Segundo Adel & Luykx (1990) o pesquisador soviético utilizou bursts de 50 Hz por se encontrar mais ou menos no centro do espectro de frequências utilizado para a geração de contrações tetânicas (40 Hz a 80 Hz). e que os grupos musculares em sua maioria eram mistos. que pode ser modulada por “rajadas” (bursts) e é utilizada com fins excitomotores[12. professor de medicina desportiva na Academia do Estado em Moscou. Esta pesquisa resultou em melhorias no desenvolvimento e no design de uma classe de aparelhos para Estimulação Elétrica Neuromuscular[27. Esses ganhos de força eram maiores que aqueles obtidos apenas através de exercícios. 74] Este tipo de corrente permite aplicação de alta amperagem. em torno de 100 mA[26].43 HISTÓRICO Nos fins dos anos 70. Esta forma de estimulação foi promovida comercialmente como "Estimulação Russa"[74. 27. A corrente russa pode ser definida com uma corrente alternada de média freqüência. sinusoidal de 2500 Hz que era modulada por burst a cada 10 ms para fornecer 50 bursts por segundo. compostos de mais de um tipo de fibra muscular. o interesse na eleteroterapia foi aumentado pelos registros de pesquisa na União Soviética que afirmaram que a ativação elétrica regular do músculo era mais efetiva que o exercício no fortalecimento do músculo esquelético em atletas de elite. apresentou o desenvolvimento de uma técnica de eletroestimulação que poderia aumentar a força muscular em 30 a 40% em atletas de elite. e também nos cosmonautas russos. Isto aconteceu por volta de 1977 durante um simpósio sobre eletroestimulação neuromuscular. depois de uma rápida proliferação de unidades de TENS para controle da dor. Conteúdo de glicogênio . Pesquisadores demonstraram que. 74. de forma mais abrangente. visto estarem compostos por uma ampla variedade de fibras musculares distintas. com exceção de poucos músculos. baseado na miosina APTase.Frequência de uso .Conteúdo mitocondrial .Tensão tetânica . alta Baixo Jovem 35-150 Hz Dinâmica Alta Scott (1998) afirma que os músculos humanos são heterogêneos.Veloc. ao invés de ficarem interagrupadas. Em movimentos rápidos as unidades motoras fásicas podem ser ativadas antes que as unidades motoras tônicas[64].Cor predominante . ou brancas e vermelhas.Tamanho da unidade do corpo celular .Diâmetro da fibra muscular . 84.Atividades de enzimas oxidativas . CARACTERÍSTICAS Tônicas Tipo I S (Slow) 27. 83.Resistência à fadiga . até certo ponto. 86. O uso de técnicas sofisticadas .Conteúdo lipídico .Número de fibras/unidade .Tipo de contração . sendo as brancas de velocidade e as vermelhas de sustentação[62]. 85.Filogênese .Frequência tetânica . condução do impulso nervoso .Conteúdo de mioglobina .Produção de força 26 mm Tônica (prolongada) Rico Alta Alto Baixa Baixo Alto Muito alta Baixa Pequeno Alta Primeiro Pequeno Baixa (Aα2) Vermelha (escura) FOG ROG FTa 28 mm Tônica(prolongada) Rico Médio-alta Alto Alta Alto Alto Alta Intermediária Intermediário Intermediária Intermediária Intermediário Intermediária Vermelha FG RG FTb 46 mm Fásica(breve) Escasso Baixa Baixo Alta Alto Baixo Baixa Alta Grande Baixa Última Grande Alta(Aα1) Branca Alto Velha 10-30 Hz Estática Baixa Intermediário "Intermediária" "Intermediária" Dinâmica Relativ. Fibras pertencentes a qualquer unidade motora se alastram por um grande território. 104] TIPO DE FIBRA MUSCULAR Intermediárias Tipo IIa FF (fast fatigable) Fásicas Tipo IIb FR (Fast resistent) SO LO ST . Guyton (1996) afirma que algumas pessoas podem possuir número bastante maior de fibras rápidas que de fibras lentas.Atividades de enzimas glicolíticas . as capacidades atléticas dos diversos indivíduos.44 Em pesquisas realizadas sobre o comportamento clínico da nossa musculatura foram observados basicamente 2 tipos de fibras musculares: fásicas e tônicas. o corpo humano só contém músculos com composição de fibras musculares mistas. e as fibras brancas só se ativam se for necessário força suplementar. 33. E foi comprovado também que as primeiras fibras a serem recrutadas para executar o movimento são as fibras vermelhas.[26. onde são estabelecidos subdivisões para fibras fásicas. Atualmente se tem estabelecido uma classificação dos tipos de fibras musculares. e que esta composição das fibras musculares varia muito de uma pessoa para outra[63].Ordem de recrutamento .Suprimento vascular .Comportamento funcional . e isso obviamente poderia determinar. IIb) [87]. em um corte transversal do músculo esquéletico humano mostrando os três tipos de fibras (tipo I. Salgado (1992). existem diferenças sutis dentro de cada unidade motora considerada individualmente. IIa. com coloração de miosina ATPase. sob o ponto de vista genético. o que leva à intercalação de microfeixes de diversas unidades motoras. A foto à esquerda mostra um músculo de um corredor de provas rasas (poucas fibras vermelhas (representadas pela cor preta). em uma seção transversa fina do músculo do membro anterior de um gato[86]. não de forma total. E os dois mecanismos que determinam a proporção de tipos de fibras no músculo são a hereditariedade e o uso. fazendo com que não seja possível ativar somente fibras musculares de contração lenta sem ativar também algumas fibras de contração rápida. que pelo contrário. A foto ao lado mostra a distinção entre os tipos de fibras musculares. mostra nas fotografias abaixo as diferenças que podem existir de um indivíduo para o outro. possuindo com isso menor velocidade. faz alusão a relatos de autores que afirmam que as fibras musculares de uma unidade motora não ficam todas agrupadas no músculo.45 para verificação da distribuição das fibras demonstrou que. A foto ao lado mostra a distinção entre os tipos de fibras musculares. como se fossem segmentos isolados. Weineck (1991). entretanto maior resistência) . possuindo com isso maior velocidade e pouca resistência) A foto à direita mostra o músculo de um ciclista (possui muitas fibras vermelhas. com relação à constituição física do músculo em maior número de fibras brancas ou vermelhas. ficam dispersas por todo o músculo em microfeixes de 3 a 15 fibras. mas. com coloração de miosina ATPase. cada músculo humano contém uma mistura dos três tipos de fibras musculares. com efeito. Esta interdigitação permite que unidades motoras distintas se contraiam. apoiandose umas às outras. Segundo Enoka (2000). Poderíamos. COMPORTAMENTO CLÍNICO DA MUSCULATURA: a) Musculatura de contração lenta (Tônica) Se caracterizam por um baixo nível de atividade de miosina ATPase. Assim sendo. Músculos requisitados para produzirem níveis de força rápidos e altos por breves intervalos contêm uma alta porcentagem de unidades fatigáveis fortes e de contração rápida[74]. Resistente e dinâmica. um nível rápido de liberação e captação do cálcio pelo retículo sarcoplasmático e de um alto nível de renovação (turnover) das pontes cruzadas. Entretanto. que empresta às fibras de concentração lenta sua pigmentação vermelha característica.46 Obs.[33]. então. A velocidade intrínseca de contração e de elaboração de tensão das fibras de contração rápida é duas a três vezes maior que aquela das fibras classificadas como contração lenta. essas fibras são resistentes à fadiga e bem apropriadas para o exercício aeróbico prolongado. pois bastaria ficar de pé para exercitá-la (musculatura estática ou postural)[83]. e é essa concentração de mitocôndrias. São fibras que dependem essencialmente do sistema glicolítico a curto prazo e bem desenvolvido para a transferência de energia. Existe uma alta concentração de enzimas mitocondriais necessárias para sustentar o metabolismo aeróbico (oxidativo). características essas que se relacionam todas com sua capacidade de gerar energia rapidamente para produzir contrações rápidas e vigorosas.: Fibras vermelhas são representadas pela cor preta. [33] As fibras musculares lentas são utilizadas para as atividades contínuas[12]. . pensar que elas praticamente “não necessitariam ser trabalhadas”. Fibras intermediárias são representadas pela cor cinza Músculos que são requisitados para produzirem níveis moderados de tensão por longos períodos de tempo contêm uma alta porcentagem de fibras musculares resistentes à fadiga. Fibras brancas são representadas pela cor branca. aliás. combinada com os altos níveis de mioglobina. suporta intensa atividade e têm grande capacidade de contração. o que permite. um alto nível de atividade de miosina ATPase. b) Musculatura de contração rápida (Fásica) As fibras musculares de contração rápida possuem uma alta capacidade para a transmissão eletroquímica dos potenciais de ação. a movimentação de todo o corpo. por uma menor velocidade de contração e por uma capacidade glicolítica menos desenvolvida que suas congêneres de contração rápida. as fibras de contração lenta contêm mitocôndrias relativamente volumosas e numerosas. Tibial anterior .53. sendo esta constituída pelo motoneurônio e pelas fibras musculares que inerva[104]. 86] Composição de Fibras Musculares[26. Isto se adequa melhor às fibras musculares fásicas. O tamanho do corpo celular do motoneurônio está relacionado ao número de fibras musculares por ele inervadas.5 % de fibras tônicas . assim como em outras contrações musculares vigorosas. ou seja.9 % de fibras tônicas .41. ultraestruturais e contráteis similares.Ílio-Psoas . que dependem quase que inteiramente do metabolismo anaeróbico para a produção de energia. A movimentação do componente fásico é de alguma forma mais rude porque a unidade motora é maior. o que põe em evidência a função das mesmas. já que elas precisam fornecer força explosiva de curta duração ou de alguma forma uma força adicional de duração mais longa. as fibras de contração rápida são ativadas na atividades explosivas e rápidas. na expressão dos tipos de fibra e nas suas características de contração. Grandes motoneurônios possuem corpos celulares maiores.46. As capacidades metabólicas e contráteis dessas fibras são igualmente importantes nos desportos com paradas e arranques e mudanças de ritmo tipo basquete ou hóquei de campo. o que muitas vezes torna difícil apontar qual a fibra muscular verdadeiramente responsável pela flacidez.47 Em geral. as fibras inervadas por uma unidade motora possuem propriedades bioquímicas. 27] . não só nas fibras brancas.9 % de fibras tônicas .37 % a 60.9 % a 56.5 % de fibras tônicas . físicas.8 % a 100 % de fibras tônicas .[33] Segundo Scott (1998).56.5 % a 79. Mas na prática clínica o que se vê é que o desuso. Essas são as fibras rápidas-oxidativas-glicolíticas (RGO). c) Musculatura intermediária Dentro da subdivisão da fibra de contração rápida (tipo II). ela cansa-se com facilidade e não tolera contrações prolongadas. em virtude das fibras vermelhas estarem constantemente sendo requisitadas nas nossas atividades diárias mais costumeiras. que às vezes necessitam de energia rápida que somente as vias metabólicas anaeróbicas podem fornecer.69. pelo fato de sua velocidade de contração rápida estar combinada com uma capacidade moderadamente bem desenvolvida para a transferência de energia tanto aeróbica (com um alto nível da enzima aeróbica desidrogenase succínica ou SDH) quanto anaeróbica (com um alto nível da enzima anaeróbica fosfofrutocinase ou PFK). são as primeiras a . a fibra IIa é considerada intermediária. o que nos mostra a importânci do motoneurônio ao controloar todos estes parâmetros[113]. Em virtude disto alguns profissionais que cuidam da estética corporal afirmam que ela seria a responsável pela flacidez e diminuição do tônus. a imobilização e também o descondicionamento físico podem gerar a flacidez e a hipotonia.6 % a 80. mas também nas fibras vermelhas.2 % a 71.8 % de fibras tônicas OBSERVAÇÕES: Unidade motora é difinida como a unidade funcional básica do músculo esquelético.Gastrocnêmio . As fibras musculares de uma unidade motora pertencem ao mesmo tipo.Sóleo . A fibra IIb possui o maior potencial anaeróbico e constitui a "verdadeira" fibra rápida-glicolítica (RG)[33. Só é trabalhada com exercícios extenuantes e realizados numa freqüência rápida.Glúteos . São utilizadas nos momentos em que há necessidade de breves momentos de força intensa. axônios de maior diâmetro e assim uma velocidade de condução mais alta em comparação com os pequenos neurônios.Vasto medial . Como as fibras do tipo II são capazes de produzir mais força. uma vez que o tamanho do motoneurônio alfa é relacionado com o tipo de fibras musculares inervadas pelo neurônio. receberiam poucos efeitos de treinamento em virtude deste exercício. O comando do SNC para iniciar a contração muscular primeiro ativa os menores (maior resistência interna) motoneurônios alfa. Com a eletroestimulação a articulação pode ser estabilizada e as fibras de contração rápida pode ser recrutadas com cada contração. Aquelas unidades motoras designadas para gerarem tensão por relativamente longos períodos sem fadiga substancial (tipo lenta e intermediária) são então usadas em sua maioria nas contrações volitivas. [33] Segundo Faulkner e col. 26] O potencial de ação das unidades motoras tônicas está em torno de -70 mV[26]. são mais afetados pelo resfriamento do que os mais lentos. Em uma contração voluntária. como na corrida de meia distância ou na natação. Enoka (1988) e outros autores. a insuficência. unidades motoras não são todas ativadas no mesmo instante no tempo. com menor velocidade. durante contração muscular voluntária. . (2000). são usadas apenas ocasionalmente. tem uma sequência conhecida como Princípio do Tamanho de Henneman. As frequências de descarga de unidades motoras recrutadas em contração voluntária também não são todas as mesmas. Se mais força é requerida para devidamente executar uma atividade. o treinamento típico com exercícios normalmente envolve um peso mais baixo. assim sendo. o vigor da contração aumenta. (1990). contenção ou restrição da performance muscular e da atividade elétrica muscular aparenta ser dependente da velocidade. pois exercícios rápidos. Segundo Robinson & Snyder-Mackler (2001). que exigem uma mistura de energia aeróbica e anaeróbica. Este fato pode ser visto comparativamente dentro do mesmo músculo[12. Uma questão que os neurocientistas enfrentaram por anos foi: como o SNC sabe quais motoneurônios ativou com a finalidade de produzir um nível particular de contração? Agora existem evidências que indicam que motonerurônios são recrutados na maioria das contrações numa sequência ordenada. são ativados ambos os tipos de fibras musculares. Starkey (2001). as unidades motoras são recrutadas de uma maneira dessincronizada. ou nos desportos tipo basquete. 105] Andrews e col. com maior velocidade. mencionam que este recrutamento. reside na diferença nos padrões de recrutamento e de acionamento (disparo) entre a eletroestimulação e as contrações musculares voluntárias. já no início da reabilitação. relata que a estimulação elétrica estimula os nervos motores de grande diâmetro do tipo II a se contraírem antes das fibras do tipo I.48 entrarem em atividade quando se exige uma reação inesperada e rápida do músculo. O potencial de ação das unidades motoras tônicas está em torno de -90 mV[26]. o recrutamento de unidades motoras em contração geralmente seguirá de unidades motoras do tipo lenta para unidades do tipo intermediária e finalmente para unidades do tipo rápida com o aumento do nível de contração. primeiramente descrito por Henneman. as fibras de contração rápida seriam recrutadas apenas raramente (pois são recrutadas com esforço suplementar). Portanto. explicam que uma razão para a eletroestimulação ser mais eficaz aos pacientes do que apenas o exercício. Quando uma pessoa se exercita com níveis aeróbicos quase máximos. os sinais do comando do SNC são aumentados e progressivamente os motoneurônios maiores (baixa resistência interna) são ativados. Unidades do tipo rápida. hóquei de campo ou futebol. para evitar o estresse excessivo da articulação sesionada. Algumas unidades podem ser descarregadas a baixas frequências fixas enquanto outras podem descarregar irregularmente até mesmo em frequências menores. Isto é. Portanto. em contrações de alto nível de força[74. que são capazes de produzir altos níveis de tensão por períodos muito curtos. o recrutamento das unidades motoras no músculo esquelético obedece a um padrão quando o influxo do SNC determina o início da contração em um músculo (como citado no parágrafo acima). sugerindo assim que as fibras musculares de contração rápida são mais susceptíveis ao resfriamento. modulada em bursts com baixa frequência[12. Frequências menores contudo são utilizada. O nervo então demonstra um fenômeno de acomodação que faz com que o período refratário se torne cada vez mais longo. e causam uma tensão máxima no músculo quando usadas com intensidade suficientes. faz com que essas fibras de despolarizem na sua frequência própria. evitando que fibra nervosa seja bombardeada durante o período refratário. Portanto a interrupção da média frequência em diversas frequências baixas (modulação). ocorre intensa fadiga da placa motora terminal com a estimulação elétrica. b) Em virtude da frequência elevada. permite o trabalho das diferentes fibras musculares. As frequências de estimulação necessárias para a geração de uma força resultante ou somação tetânica uniforme são diferentes. tornando a despolarização assíncrona. 74]. 61. [26. terminando por não mais se estabelecer enquanto durar a estimulação. Isso tem levado ao desenvolvimento de estimuladores que empregam bursts de estimulação com frequências portadores na variação de 2000 a 4000 Hz. enquanto que as fibras musculares de contração mais rápida geram forças maiores e uma contração tetânica uniforme em frequências mais altas[12] A estimulação de um músculo ou fibras neuro-musculares com frequências maiores que a sua velocidade de despolarização/repolarização máxima. 61] Encontra-se na corrente russa as características de interrupção citadas acima. O retorno ao potencial de repouso da membrana torna-se cada vez mais demorado. a cada pulso de corrente não corresponde a uma despolarização da fibra. a fibra se desporaliza na frequência de modulação (interrupção). a oposição ao fluxo de corrente (impedância) pelo tecido cai. Este tipo de corrente também permite valores de corrente (amperagem) mais altos. de acordo com os padrões IEC (Normas de segurança para equipamentos eletromédicos . se trabalharmos com correntes alternadas não moduladas com uma frequência acima de 3000 Mhz a unidade motora se descarregará em sua própria frequência não permitindo que a estrutura muscular altere sua morfologia.10. em intervalos que devem coincidir com o término de cada despolarização. Esperava-se que tais aparelhos fossem capazes de produzir níveis mais altos contração muscular com menos desconforto . conservando sua sensibilidade à estimulação elétrica. que não é permitido com frequências menores.IEC 60601-2. Mas quando se usa correntes alternadas moduladas (como a corrente russa) um padrão de despolarização pode ser imposto ao axônio promovendo alterações morfológicas e histoquímicas na musculatura. Teoricamente. e isso favorece a prevenção de fadiga na placa motora. E isto se dá basicamente por dois aspectos[26. de acordo com as velocidades ótimas de despolarização de cada tipo de neurônio motor (fibra fásica ou tônica). com a corrente russa. Para prevenir o que foi exposto acima pode haver necessidade de se interromper a frequência média. Pois segundo Hoogland (1988). o músculo pode ser tensionado por mais tempo[26]. e a vantagem aqui é que. com freqüência portadora entre 2500 Hz e 5000 Hz (média freqüência). Correntes alternadas com frequências entre 2000 e 4000 Hz são utilizadas por ser relativamente agradável. dificilmente ferem a pele. obrigatórias no mundo). pois durante a estimulação alguns pulsos podem coincidir com o período refratário absoluto causando maior dificuldade na repolarização. 74]: a) Pode haver a possibilidade da frequência média ter um valor acima da frequência de despolarização máxima das fibras nervosas motoras (algum ponto entre 1000 e 3000 Hz). em proporção à frequência imposta artificialmente (fibras fásicas ou tônicas). Nestas configurações. ou seja. não permitindo que essa placa motora converta os impulsos elétricos em despolarização da membrana da fibra muscular. fibras musculares lentas (possuidoras de tempos de contração e relaxamento mais lentos) fazem somação em frequências de estimulação mais baixas. como a frequência de estimulação é aumentada.49 CARACTERÍSTICAS DA CORRENTE RUSSA É uma corrente alternada. não há nenhum efeito específico no músculo. geralmente acima de 100 mA. pois em virtude da modulação na forma de rajadas há uma interrupção durante a qual a corrente é nula. 50 para o paciente que os estimuladores mais tradicionais disponíveis que produzem estimulação de 1 a 100 Hz. OBS: A modulação da freqüência vai obedecer à característica da fibra (fásica ou tônica). os canais inoperantes iniciam a emissão de corrente.[26] . é a corrente de baixa frequência que será utilizada para a estimulação muscular. BENEFÍCIOS EXTRAS . e a porcentagem do ciclo vai obedecer a situação do paciente (estado de saúde.Normalmente vai de 0 a 150 mA.Em alguns aparelhos é possível encontrar um Timer. A seguir.30% . .Regime de emissão de corrente pelos canais: a) Modo sincronizado: A corrente e emitida em todos os canais ao mesmo tempo durante o tempo ON. . b) Modo recíproco: A corrente é emitida num grupo de canais (normalmente a metade do numero de canais) enquanto os canais restantes ficam inoperantes.Se consegue ativar 30% a 40% a mais das unidades motoras com a corrente russa que nos exercícios comuns e os tratamentos convencionais. .Aumento da força muscular a curto prazo . Normalmente vai de 0 a 30 Seg. enquanto os canais anteriormente operantes cessam a emissão. não passa corrente.: 20% = 20% de corrente (rajada) e 80% de intervalo (sem corrente) OBS: Quanto maior a porcentagem de corrente dentro do ciclo. ou seja.é a frequência de ciclos por segundo.Corresponde à quantidade de corrente dentro da rajada. Normalmente vai de 0 a 30 Seg. fase da doença. Estudos de pesquisa publicados até hoje não comprovaram essa afirmação[74]. Pode ser de 20% .Porcentagem do ciclo . mais agressiva ou com maior intensidade o paciente vai sentir a corrente.Tempo de contração (tempo ON ).Tempo de repouso (tempo OFF) . e Rampas de subida e descida de corrente.2500 Hz (e 4000 Hz) . ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA CORRENTE RUSSA (podem variar de acordo com o tipo/fabricação do aparelho) . Normalmente vai de 0 a 150 Hz. etc).Freqüência de modulação .Constitui-se da rajada (burst) de pulsos de média frequência mais o intervalo entre as rajadas. d) Modo continuo: A corrente é emitida em todos os canais ao mesmo tempo de forma ininterrupta. c) Modo seqüencial: A corrente é emitida através dos canais de forma seqüencial.Quando não há contração.É a sustentação da estimulação. . . para o controle do tempo total de estimulação.Ciclo .É corrente de média freqüência que vai gerar a corrente baixa frequência para a estimulação muscular. Pois com a estimulação elétrica ocorre a modulação do nervo motor alfa e não despolarização do neurônio (como no movimento ativo) tendo assim características de despolarização artificial tornando possível ativar todas as unidades motoras simultaneamente.Freqüência portadora . mas alguns aparelhos trazem um parâmetro fixo de 50 Hz (como proposto anteriormente por Kots). É utilizado normalmente para a drenagem de líquidos. (quanto tempo vai ficar passando a corrente pro paciente).Intensidade . É utilizado normalmente para analgesia.50% (Ex. . e cessa sua emissão durante o tempo OFF. podendo variar até 200 mA (de acordo com o fabricante) . . e em seguida retorna ao seu estado de repouso. tetânica. pois as flutuações das forças de cada impulso são. Esta plasticidade está ligada à frequência de estimulação e é uma propriedade que é inerente das células musculares[26]. 33] A partir daí existiu uma facilidade da “transformação” de fibras fásicas em tônicas através de mudanças em seus potenciais. ou contínua. e neste caso diz-se que as forças geradas por cada impulso estão em somatório ou se fundem. é produzida uma contração fusionada. tendão. O músculo responde com uma breve contração. ou seja. sob um ponto de vista prático. c) Observar que o tipo de corrente dever ser o mais agradável possível d) Observar que o músculo que se vai trabalhar deve estar normal. Snyder-Mackler e col. [26. Em geral a transformação de fibras musculares fásicas em tônicas transcorre com maior facilidade do que o caminho inverso. em alguns casos. Sob uma frequência de estimulação suficientemente elevada. “Esta mudança nas características bioquímicas-fisiológicas das fibras musculares pode ocorrer também através da atividade muscular intensa (treinamento) e talvez da inatividade. 86]. e o nervo motor intacto e) Deve-se tomar cuidado com a amplitude articular nas contrações isotônicas nos casos de bloqueio articular (pode haver lesão tendinosa) f) Certificar-se que não há lesão em músculos. não pode fascicular o músculo.33. Se mais de um impulso fornecido dentro de um intervalo mais breve que o tempo do ciclo de contraçãorelaxamento da unidade motora. e não pode haver sensação de fadiga).[27]. indiferenciáveis[12. ou vice-versa. ligamento e fáscia (podem exacerbar) g) Evitar fadiga (por alterações bioquímicas (glicogênio) ou o risco de estímulo em somente um tipo de fibra muscular (fásica ou tônica) sobrecarregando-a) h) Evitar modificações não desejadas na composição da fibra muscular (nas freqüências inadequadas para a característica da fibra muscular pode haver modificação na fibra nervosa e consequentemente na fibra muscular) MODIFICAÇÃO NA COMPOSIÇÃO DA FIBRA MUSCULAR Plasticidade do Tecido Conjuntivo Muscular Estímulos elétricos sobre os motoneurônios mudaram as características de algumas fibras fásicas que passaram a agir como fibras tônicas.Melhor qualidade da estabilidade articular durante a fase de imobilização PARÂMETROS DE UTILIZAÇÃO a) Determinar. que tipo de músculo será tratado (tônico ou fásico) b) Exigir o máximo em todas fases do tratamento (trabalhar com doses no limite do suportável e a duração da sessão deve ser de acordo com a condição do paciente (não pode produzir dor. 27].51 . Para quase todos os músculos esqueléticos se necessita uma frequência mínima de 7 Hz para provocar uma contração tetânica. (1994) relatam que deve-se encorajar o paciente a utilizar a mais alta intensidade tolerável. . As contrações tetânicas mais agradáveis são obtidas com uma frequência entre 40 e 80 Hz. interferindo sobre os motoneurônios podemos interferir sobre as fibras musculares. o músculo não retornará ao seu estado de repouso. pois existe uma relação linear entre a força ganha e a intensidade da contração estimulada. Frequências inferiores provocam contrações simples (espsmódica)[74]. A resposta de uma unidade motora isolada a um único potencial de ação é chamada contração espasmódica. pois a estrutura da fibra muscular se adapta para função como o músculo é funcionalmente usado” [27. Freqüência alta . Esta modificação pode depender principalmente da freqüência com que se despolariza o nervo motor por meio de corrente elétrica[26. 27] .52 Tem-se constatado que a composição das fibras musculares se modifica ao ser exposta a um período prolongado de excitação produzida por correntes elétricas. Se esta função não se adequar à estrutura da fibra muscular. .fibras tônicas).20 Hz a 30 Hz . então esta fibra irá se adaptar rapidamente. a mudança para fibras brancas é mais óbvia que com fibras musculares inervadas.boa estimulação para transformação de fibras tônicas em . 33].Fortalecimento do músculo sem que produza modificação na composição da fibra muscular.: Há uma aumento de torque à medida que a frequência aumenta. porém . 27]. Scott (1998) e Spring e col.Se desejarmos que este músculo tenha ou realize uma função mais dinâmica (fibras pálidas) é necessário que seja usado uma freqüência mais alta. utilizando-se uma frequência portadora em torno de 4000 Hz.150 Hz . na ordem de 50 Hz a 150 Hz. Conclui-se então que as melhores frequências de estimulação situam-se entre 20 Hz e 100 Hz. isto garante o avermelhamento das fibras em questão. utilizando-se frequência portadora entre 2000 e 3000Hz.A conservação da mudança na estrutura da fibra muscular é principalmente determinada pelo uso funcional do músculo.[61] Modificação na Composição Muscular . . Isto se aplica particularmente para as fibras musculares brancas "fásicas"[26] Segundo Hoogland (1988). Mas nem sempre esta mudança é desejada.boa estimulação para transformação de fibras fásicas em tônicas[26.Frequência baixa . OBS. em linhas gerais podemos dizer que: . A modificação é reversível desde que. ou seja. e 100 Hz para transformar em fásicas. a utilização da corrente russa na plasticidade muscular permite: . e frequências moduladas de aproximadamente 20 Hz para transformar em tônicas. se reduz a velocidade de contração das células musculares. Com isso chega-se à conclusão que a frequência de despolarização da fibra muscular é o fator determinante para as propriedades características da fibra muscular[26].Para trabalharmos um músculo com função postural ou para que este músculo tenha um trabalho mais estético (músculatura estática . Isto mostra também uma dependência similar à freqüência[26] Segundo Hoogland (1988). fásicas [26. a partir de 100 Hz não existe mais essa correspondência. é necessário usar uma freqüência mais baixa. (1995) mencionam estimulação a 10 Hz.Excitação subliminar prolongada para modificar a composição da fibra muscular.Fortalecimento do músculo com o objetivo de modificar a composição da fibra muscular. principalmente quando necessita-se de função dinâmica do músculo. Pode-se concluir à partir da literatura disponível que a plasticidade está ligada à freqüência de estimulação e que a plasticidade é uma propriedade que é inerente das células musculares. Na maioria dos casos. A transformação das fibras musculares também ocorrem com estimulação subliminar. pois a estrutura da fibra muscular se adapta à função conforme o músculo é utilizado funcionalmente. na ordem de 20 Hz a 30 Hz. torna-se mais vermelha e a capilarização aumenta. sem fortalecimento do músculo. Em experimentos com fibras musculares denervadas. . A denervação do músculo também produz alterações nas propriedades características da fibra muscular. Com esta modificação a fibra muscular adquire a função ou a característica de fibra tônica. . passemos a trabalhar estes músculos com funções mais dinâmicas. isto garante que as fibras musculares tornem-se brancas. Nem mesmo parece ser necessário evocar um potencial de ação na célula muscular. diminuindo de maneira significativa a fadiga muscular. promove uma aumeanto da capacidade aeróbica oxidatva das fibras do tipo I (majoritárias nos músculos extensores).. O esquema a seguir mostra que dependendo da freqüência adotada na estimulação. recrutar seletivamente as fibras musculares. S o nosso objetivo for trabalhar as fibras rápidas. necessitameos apenas aumentar a frequência de estimulação para valores compreendidos entre 35 e 70 Hz. levando a um aumento de vascularização. e isto poderia ser mantida se se mantivesse a estimulação e a função do músculo. as fibras fásicas podiam adotar comportamento e características de fibras tônicas. A estimulação de baixa frequência. com uma frequência inferior a 20 Hz. Fonte: Scott (1998) .53 Salgado (1999) faz menção a alguns autores relatando que com o avanço dos conhecimentos sobre a fisiologia da contração muscular induzida por eletroestimulação e com a modernidade dos aparelhos. o trabalho é mais direcionado para a endurance muscular (fibras do tipo I . Com uma frequência superior a 20 Hz. Assim. também podemos. produzimos uma contração tetânica.lentas). a 10 Hz. mas de maneira menos significativa. A força obtida deste modo não é funcional e será perdida logo se a musculatura não for usada. A explicação para estes ganhos de força e estas alterações. tais como: a) aumentar a capacidade de “sprint” b) aumentar a capacidade de salto c) aumentar a capacidade de resistência 3) Modificação do tecido muscular (de acordo como frequência que se vai utilizar) OBS. o que levou à troca das propriedades do sóleo. é uma ponto do qual não se duvida. Inesperadamente. A maior prova disso foi obtida quando fizeram a denervação do músculo sóleo (músculo lento) de coelhos e fizeram a reinervação cruzada com o músculo gastrocnêmio (músculo rápido). o fortalecimento muscular acontece artificialmente. pé plano.: Utilizando a estimulação elétrica. o fortalecimento de músculos com corrente elétrica deve ser combinado com treinamento da função específica do músculo. etc) c) Onde deve-se aprender uma nova função muscular (transplante de músculo ou "nervo") d) Onde é necessário mostrar que a contração pode ocorrer normalmente ("fingimento") e) Estabilização de articulações (luxações) f) Pós operatório (meniscectomia. hálux valgo. Assim. fraturas.[27] . ruturas ligamentares) g) Em situações onde se deseja aumentar ou manter a força muscular h) Incontinência (fortalecimento dos músculos do esfincter externo) i) Recuperar a sensação da contração nos casos de perda de sinestesia j) Recuperar a sensação da tensão muscular (tônus) 2) Fortalecimento no esporte de alto nível. INDICAÇÕES 1) Estimulação e/ou fortalecimento em condições patológicas. exibiu o mesmo tipo de mudanças. que passou a ter características de músculo rápido. é que elas só foram possíveis devido à influência dos fatores neurais[116]. o músculo sóleo da perna contralateral (na qual não fizeram qualquer tipo de alteração) também. tais como: a) Onde a contração muscular voluntária é inibida por alguma lesão b) Onde a ação muscular não ocorre sob controle voluntário sem prática (assoalho pélvico na incontinência urinária.54 A existência de uma interação neural entre os membro. 55 4) Estética (evitar flacidez em abdômen. tonifica e fortalece musculos no pos-parto. posemagrecimento. glúteos e membros inferiores. etc) . COACTIVATION OF SYNERGISTIC MUSCLES OF DIFFERENT FIBER TYPES IN FAST AND SLOW CONTRACTIONS . . L.Hoogland.São Paulo – 1998 . e Bazin. E. Manole . Renström. T. J. Ângela . Guanabara Koogan .Eletroterapia e teste eletrofisiológico .ENRAF NONIUS DELFT . K. . L.ELECTROTERAPIA DE FRECUENCIA BAJA Y MEDIA .Fraturas não consolidadas .Ed.KLD Biosistemas Eq..Johnson. A. 113-117 14. V .Ed.FORÇA MUSCULAR . V. Kendall/Hunt Publishing Company. . M. Weiss. . NA AUTOPSY STUDY. 1.Manual Clínico . .Londrina-PR . J. . A. L.FISIOLOGIA DO ESFORÇO .D. tendinosas e ligamentares (absoluta) .OS EFEITOS FISIOLÓGICOS DA CRIOTERAPIA: UMA REVISÃO Revista Fisioter.Rio de Janeiro .1999 105. et al . p.RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA . Manole .. C.Manual Clínico .. – HISTOLOGIA BÁSICA – Ed. Harrelson.1991 .Londrina-PR .. I.2000 ..Inflamações articulares em fase aguda .ELETROFISIOLOGIA CLÍNICA . Jozsa. 149-152 87. Midiograf . . Pette.BIOLOGIA DO ESPORTE . . L. UNTERSUCHUNG HYPERMOBILITÄT . K. Ther.147 83.pp.STRENGTHENING AND STRETCHING OF MUSCLES USING ELECTRICAL CURRENT .2ª Ed. Guanabara Koogan . .56 CONTRA-INDICAÇÕES ..1988 Apud Salgado.1ª Ed.. H.Pflügers Archiv . 103 86. K. . R..1992 61. Manole . G.1997 p.1990 33. W. Univ. Med. .American Journal of Physical Medicine. Manole . L.B. J. C. e Victor L. A. E.Scott.Londrina-PR .115. IMMOBILIZATION AND REMOBILIZATION ON MUSCULOSKELETAL TISSUE.William D.1ª Ed. . Sports . Máximo. ENRAF NONIUS DELFT .USE OF ELECTRICAL STIMUALTION TO ENHANCE RECOVERY OF QUADRÍCEPS FEMORIS MUSCLE FORCE PRODUCTION IN PATIENTS FOLLOWING ANTERIOR CRUCIATE LIGAMENT RECONSTRUCTION .Srihari. MD . S.. Frank I. ju7l/dez. 42-45 89.BASES NEUROMECÂNICAS DA CINESIOLOGIA . . . Sci.2ª Ed.Ed. .. L.1ª Ed.pp.Kuo.259-265 . Journal of the neurological science. Guanabara Koogan – 9ª Ed. Manole . 69.1999 62 .Ed.Revista LES NOUVELLES Esthétiques . v.74-901-907 . .P.Salgado. M. Delitto.PRINCIPLES OF MEAT SCIENCE . E.165.Ano VIII . I. L. .Arthur C.ELETROFISIOTERAPIA . n° 5 1981. Katch . R. .1999 103.pp. . .V.FISIOTERAPIA ESTÁTICA . . A. M.6:146-168 . .Rio de Janeiro .Robinson.VERLAG ACCO. .ATIVAÇÃO DOS NERVOS MOTORES E SENSITIVOS (em ELETROTERAPIA DE CLAYTON . 18..2:100-118 .Snyder-Mackler.BELGICA – 1979 63.p. Guyton.1988 27.10ª Edição . 105-108. R.ELETROFISIOTERAPIA .1999 .Smith.Brasil 26.2ª Ed.1999 115. MUSKELTEST UNTERSUXHUNG VERKÜRZTER MUSKEIN. et al..Ed. S.Energia. .Amparo-SP . .1994 Apud Andrews.DATA ON DISTRIBUTION OF FIBRE TYPES IN THIRTY-SIX HUMAN MUSCLES.2001 113. . L.pp.1981 Apud Salgado.Kannus. . etc) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 2.Junqueira. S. . 64.nº 42 .FISIOLOGIA HUMANA .Dubuque. McArdle. e H. J.1999 116.Ed.) . J.Scan. & Wilk.Lesões musculares.Holanda .Ed.Ed Guanabara . R. Lehmkuhl.Ed. P. W. Katch.TEORIA E PRÁTICA .Longo. O.Porto Alegre .2000 .ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA PARA FORTALECIMENTO E ALONGAMENTO MUSCULAR .São Paulo . 1989. v..Ed. Midiograf . A.Enoka. J. Midiograf . . A. A. Zerba. . V. Clamann .CINESIOLOGIA CLÍNICA DE BRUNNSTROM . Midiograf . 219-238 74.MUSCLE TEMPERATURE OF MAMMALS: COOLING IMPAIRS MOST FUNCTIONAL PROPERTIES .1:59 . Nutrição e Desempenho Humano .126.Novartis Biociências S.6.. 68. .V. S. R.Londrina-PR .Starkey.1ª Ed. R. I.Andrews. p.A.Ed. Seedorf.Kitchen. TRAINING AND IMMOBILIZATION .1996 12. and Bailey.Sports Med.1ª Ed.2ª Ed. J. . . Artmed .Adel. L.Maio / Junho de 1998 .ELETROFISIOTERAPIA .Delamare.Espasticidade (exceto para a técnica de inibição funcional) . Harrelson.2001.2000 .Enoka.Livraria Santos .MUSKELFUNCTIONSDIAGNOSTIK. J. D. 61-95 101. et al. H.28. S. Adib.1990 Apud Guirro. Eletr.pp.. & Carneiro. . 351 85. R. Physiol.ELETROFISIOTERAPIA . I.THE EFFECTS OF TRAINING.1ª Ed. S.Weineck.Ed. Stralka. I. . S. pp. 1973. 61-95 104.Manual Clínico . .Ed. .2. L.390:246-249 .. A.Phys. C. S.ELETROFISIOTERAPIA . 73-74.5ª Ed.REABILITAÇÃO FÍSICA DAS LESÕES DESPORTIVAS .Manual Clínico . pp. & Wilk. são Paulo . R.A.Janda. São Paulo.Londrina-PR . G. Guanabara Koogan .1ª Edição brasileira .Santos. NEW PERSPECTIVES .1992a Apud Salgado.. K.1ª Ed. C. et al. Luykx.Miopatias que impeçam a contração muscular fisiológica (denervação. E..2ª Ed. M. G.137.Faulkner. & Snyder-Mackler. . A. .Spring.1999 114.Ed.REABILITAÇÃO FÍSICA DAS LESÕES DESPORTIVAS .pp. Midiograf . . – 1999 – pp. 169-170 88.1995 Apud Salgado. P.Am. .Ed. D.Manual Clínico .3ª Ed. . 111-129. S. n. .IPSI AND CONTRALATERAL CHANGES IN RABBIT SOLEUS MYOSIN BY CROSSREINNERVATION . vol 60.MUSCLE STRENGHT AND ITS DEVELOPMENT.1998 84.Judge.. S. Brooks. Starkey (2001). Craft (1998) afirma que a microcorrente trabalha com a menor quantidade de corrente elétrica mensurável. que revertem periodicamente a polaridade[74] . em pulsadas ou não (em uma ampla variedade de formas de onda). Segundo Robinson e Snyder-Mackler (2001) o modo normal de aplicação dos aparelhos de microcorrentes ocorre em níveis que não se consegue ativar as fibras nervosas sensoriais subcutâneas e. Em 1982 Cheng e col. aceleração do transporte através da membrana celular e outros efeitos a nível intracelular. os pacientes não têm nenhuma percepção da sensação de formigamento tão comumente associada com procedimentos eletroterapêuticos (estimulação subliminar). Em 1977 comprovou-se um auxílio na aceleração de consolidação óssea com uso de microcorrentes[12]. onde demonstrou o aumento da concentração de ATP. que podem ser potencializados quando associados com a terapia de interleucina-2 e bleomincina[12]. Em 1994 mostrou-se resultado efetivo na redução de massa tumoral em lesões cutâneas de melanoma humano. Em 1983 demonstrou-se a biosíntese de colágeno dérmico e epidérmico em porquinhos de laboratório (yorkshire) com o uso das microcorrentes[12] . DEFINIÇÃO Trata-se de um tipo de eletroestimulação que utiliza correntes com parâmetros de intensidade na faixa dos microamperes e são de baixa frequência. Atualmente no mercado podemos encontrar alguns tipos de microcorrentes que podem ter como forma de onda os exemplos abaixo: a) Formas de ondas individuais com características de pulso monofásicos retangulares. alternadas. relata que esta forma de estimulação elétrica tende a ser aplicada em nível sub-sensorial ou sensorial muito baixo. podendo apresentar correntes contínuas ou alternadas. Em 1993 pesquisadores mostraram efeitos das microcorrentes na terapêutica antitumoral.57 HISTÓRICO Em 1925 utilizou-se folhas douradas carregadas de eletricidade para prevenir cicatrizes de varíola. aumento da síntese de proteína. e provável diminuição metástica. Também chamada de MENS (Micro Electro Neuro Stimulation). e que isso é compatível com o campo electromagnético do corpo. relata que os etimuladores com microcorrentes podem liberar correntes contínuas. como resultado. com uma corrente que opera a menos que 1000 microamperes. Já Starkey (2001). CARACTERÍSTICAS FÍSICAS Robinson e Snyder-Mackler (2001) afirmam que não foi desenvolvido nenhum padrão industrial para o qual os tipos de correntes são produzidas por aparelhos frabricados nessa classe.[36] iniciaram um trabalho que elucidaria o mecanismo de ação das microcorrentes. 80] c) Outras formas de microcorentes trazem um formato de pulso retangular distribuídos de forma monofásica d) E algumas formas trazem uma corrente contínua em forma de trens de pulso.5 s 2. .58 2.5 s b) Algumas formas de microcorentes trazem um formato de pulso com uma rampa de amplitude automática para a série de pulsos distribuídos[74. com intervalos entre eles. 59 e) Alguns aparelhos trazem corrente alternadas com pulsos bifásicos simétricos retangulares ou bifásicos assimétricos Os controles de intensidade normalmente permitem um ajuste de amplitude em torno de 10 a 1000 microamperes. Portanto a bioleletricidade evita áreas de alta resistência e vai em direção ao caminho mais fácil. podendo atingir um nível muscular. gera a inflamação e a cura é assim diminuída. Um pulso de microcorrente típico é de aproximadamente 0.5 segundo. e como resultado. 73.5 Hz a 900 Hz (ou em até 1000 Hz[74]) A duração de pulso de microcorrente é maior que outros tipos de eletroestimulação. porque quando uma lesão acontece. a terapia das microcorrentes além de diminuir ou eliminar a dor acelera o processo curativo As microcorrentes têm características subsensoriais não causando desconforto ao paciente[37] Levando em conta as diversas considerações clínicas. O decréscimo do fluxo elétrico na área lesionada diminui a capacitância celular. com trens de pulso com ondas que trocam de polaridades de dois a quatro segundos para permitir que ambas as polaridades possam ser aproveitadas e permitir que as células selecionem a polaridade desejada[80] Obs. Wing (1989) menciona que a duração de pulso da microcorrente é sempre igual ao intervalo entre os pulsos. 105].: 1 miliamper = 1000 microamperes EFEITOS FISIOLÓGICOS a) Restabelecimento da bioeletricidade tecidual Pesquisas mostraram que um trauma afetaria o potencial elétrico das células do tecido lesado. e apresenta-se com imediata atuação no plano cutâneo e subcutâneo. e mais isolada eletricamente. como por exemplo o TENS.. O plano de atuação das microcorrentes é profundo. Como as membranas ficam menos permeáveis ao fluxo de íons (especificamente potássio e outros íons positivos). uma efetividade máxima em aparelhos de microcorrente deveria provavelmente incluir estimulação monofásica com catodo e anodo. geralmente evitando a lesão pela circulação sangüínea ao redor dela. servindo como uma bateria bioelétrica que espera ser ligada.[12. 35. isto resulta em diminuição da condutância elétrica na área da ferida. 80] . Inicialmente o local atingido teria uma resistência maior do que os tecidos próximos da lesão. Isto é. Os controles de frequência geralmente permitem ajustá-la de 0. uma carga positiva forma-se na área lesionada e joga para cima a diferença de voltagem potencial. independente da frequência. Em comparação com o TENS. o fluxo intrínseco de bioeletricidade é forçado a levar o caminho de menor resistência.000 do TENS[73. que é cerca de 2500 vezes maior que um pulso típico de TENS. E estes aparelhos liberam no corpo uma corrente elétrica com amperagem de cerca de 1/1. Posteriormente utilizam os elétrons para combinar o oxigênio dissolvido dos líquidos. é formado durante o metabolismo da glicose. estes só podem retornar ao interior da mitotocôndria e desfazer o gradiente através de sítios específicos localizados na membrana interna. Isto aumenta a habilidade do corpo para transportar nutrientes e resíduos metabólicos das celas na área afetada [35. 36. isso forma um gradiente de prótons. e é esse complexo que une o ADP com ATP. por exemplo) podem migrar através das veias e através de poros vazados das vênulas pós capilares para o local da lesão. Os elétrons que são removidos dos átomos de hidrogênio entram então na cadeia de transporte de elétrons. Isso ocorre porque a membrana interna é impermeável aos prótons. formando ions hidroxila. A correta aplicação das microcorrentes em um local lesionado pode aumentar o fluxo de corrente endógena. Durante o transporte desses elétrons ocorre a liberação de energia que é utilizada na síntese de ATP. fornecendo à membrana externa íons positivos. pela formação de cadeia de transporte de elétrons e pela formação de água. 80]. devido a elétrons em excesso. o vaso capilar fica menos permeável ao fluxo de células carregadas e íons necessários para a cura[79. Portanto a terapia das microcorrentes elétricas pode ser vista como um catalizador útil na iniciação e perpetuação das numerosas reações elétricas e químicas que ocorrem no processo de cura. Estes equipamentos trabalham ao nível celular criando um veículo de corrente elétrica para compensar a diminuição da corrente bioelétrica disponível para o tecido lesionado. formando a carga positiva no exterior da membrana mitocondrial. esse mecanismo de formação de moléculas de ATP é chamado mecanismo quimiosmótico. Esse processo é acelerado pela ação da microcorrente que aumenta a formação desse gradiente de prótons. Esse gradiente forma uma força próton motriz que leva a síntese de ATP. Então íons e células carregadas (neutrófilos. A resistência deste tecido lesionado é então reduzida permitindo a bioeletricidade entrar para a área para restabelecer a homeostase. esses sítios são constituídos pelo complexo ATPase. um acúmulo de cargas. Com a energia liberada pela oxidação subsequente dos átomos de hidrogênio que são liberados durante a glicólise. ativando assim a corrente bioelétrica. e antes do décimo dia a voltagem conferida é quase normal. Então podemos dizer que o processo de síntese de ATP esta intimamente ligado a um processo elétrico fisiológico. 73] Alguns autores afirmam que após uma lesão no corpo e rompimento de sua atividade elétrica normal. Esse processo gera uma elevada concentração de ions positivos na membrana externa da mitocôndria e de ions negativos na membrana interna[2. A seguir os íons hidrogênio e hidroxila se combinam para formar moléculas de água. Wing (1989) menciona que mensurações realizadas em cotos de amputação da ponta do dedo de uma criança encontraram microcorrentes com intensidade em torno de 10 a 30 µA. Os equipamentos de microcorrente especificamente são projetados para imitar e ampliar os sinais bioelétricos minuciosos do corpo humano. Enzimas presentes nas mitocôndrias clivam cada átomo de hidrogênio em um íon H+ e um elétron. A voltagem normal conferida foi de 10 µA. O acúmulo de cargas pode constringir arteríolas. 80] b) Síntese de ATP (Adenosina Tri Fosfato) 90% do ATP total utilizado nos trabalhos celulares.60 Pesquisadores relatam que. Durante a primeira etapa ocorre a ionização dos átomos de hidrogênio que foram removidos dos substratos alimentares. A energia do transporte de elétrons é primariamente para bombear prótons para o exterior da mitocôndria. Isto permite à área traumatizada a recuperar sua capacitância. 78. Esse mecanismo se dá pela ionização do hidrogênio. Becker (1985) afirma que o corpo humano é polarizado positivamente ao longo do eixo espinhal central e negativamente perifericamente. 33]. através do dano tecidual ou através de atividade normal do músculo. e íons negativos para a . Porém as vênulas (no final de capilares) não constringem num campo elétrico. porém quando uma fratura ocorre a voltagem é diminuída para zero. pode ser gerado. 77. No 15° dia a voltagem já é normal. Cinco dias depois a voltagem está apontando ligeiramente para o normal. a terapia por microcorrente pode produzir sinais elétricos semelhantes aos que acontecem no corpo humano quando este estiver recuperando tecidos lesionados. 35. [12. Devido a lesão relatar mudanças na polaridade do potencial elétrico (que altera as propriedades de isolação elétrica da membrana capilar). que é acompanhada pela migração dos prótons através das membranas. 80] Estudos realizados por Cheng e col. os elétrons reagem com as moléculas de água pelo lado catódico para produzir íons hidróxilos (-OH).61 membrana interna. como sódio. entre a interface anódica e catódica. conduzindo a espasmos teciduais. mostraram que o uso de microcorrentes a 500 A aumentou a produção de ATP. são requeridas para controlar funções primárias como o movimento dos minerais vitais. o pH do sistema (meio e tecido) permanece sem interferência. isquemia. 73. Isto também. e metabólitos nocivos que levam à dor. resultando em hipóxia local. Em consequência disto. Os impulsos elétricos do corpo precisam de uma corrente necessária para superar a barreira de impedância inerente ao tecido traumatizado. Quando a migração de prótons alcança a membrana mitocondrial H+-ATPase. Isto é primordial para o desenvolvimento da saúde dos tecidos. resultando em impedância elétrica. é sinal que a produção de ATP está reduzida. a principal fonte de energia celular. potássio. Grande quantidade de ATP. 78] Criação de um gradiente de prótons através da microcorrente Como a microcorrente reabastece o ATP. e nutrientes para o tecido. e estes dois fatores contribuiram para um aumento da síntese de proteína. os nutrientes podem novamente fluir para dentro das células lesionadas e os resíduos dos produtos metabólicos podem fluir para fora das células. força essa que leva à formação de ATP. oxigênio. que aumentou o transporte de aminoácidos. sobre a influência do campo elétrico e a diferença de concentração. pode igualmente ser estimulada eletricamente pela corrente induzida de prótons. Quando isto ocorrer. enquanto que no lado anódico. aumentando assim a diferença elétrica entre as duas membranas aumentando assim a força próton motriz. magnésio e cálcio. ativando um processo de feedback. os ATP serão formados. resulta em um obstáculo da própria habilidade do corpo para começar o processo curativo até o tecido se recuperar substancialmente do trauma. Desde que a razão de formação de prótons na interface anódica é igual à razão de consumo de prótons na interface catódica. Tecidos lesionados tem resistência elétrica mais alta e também são pobres em ATP. 73] Esta formação de ATP motivada pela estimulação elétrica com microcorrente ocorre basicamente desta forma: Durante a eletroestimulação. para dentro e para fora das células. Isto também sustenta o movimento dos resíduos para fora da célula.[36.[36. um gradiente de prótons e um gradiente potencial atravessa o tecido e o meio é criado. A oxidação dos substratos. Como mencionado anteriormente. prótons (H+) são formados. A adenosina trifosfato (ATP) é um fator essencial no processo de cura. os prótons. 72. quando um músculo ou tecido experimenta um trauma. 36. A circulação diminuída causa uma acúmulo de resíduos metabólicos.[35. Assim. (1982). A impedância elétrica causa uma redução no suprimento sanguíneo. a passagem da corrente biolétrica é obstruída. O ATP também abastece os tecidos de . 73. devem mover do anodo para catodo. 62 energia necessária para produzir novas proteínas e aumentar o transporte de íons através das membranas. Cheng e col. (1982), utilizaram aparelho de microcorrentes com corrente contínua para o aumento da produção de ATP. A microcorrente atuando diretamente no organismo de síntese de ATP, leva a um aumento do ATP celular local em até 500%.[35, 36] c) Transporte ativo de aminoácidos Segundo Guyton[2], as moléculas de praticamente todos os aminoácidos são demasiadamente grandes para sofrer difusão através dos poros das membranas celulares. Então o único meio de transporte significativo dessa substância para o interior da célula é através do transporte ativo. Este mecanismo de transporte ativo depende diretamente da energia liberada pelas moléculas de ATP, e o aumento de ATP disponível para a célula aumenta o transporte de aminoácidos e consequentemente aumenta a síntese de proteínas como foi verificado por Cheng (1982) (intensidade variando entre 100 e 500 microamperes).[36] d) Síntese de proteínas Foi constatado que correntes constantes de 100µA a 500µA aumentam o transporte ativo de aminoácidos e consequentemente a síntese de proteínas em 30% a 40%. Quando a corrente foi aumentada estes efeitos bioestimulatórios foram invertidos, e correntes que excederam 1000 µA (1 mA) reduziram o aminoacido isobutirico cerca de 20 % a 73 %, e a síntese de proteína diminuiu mais de 50%. O mais importante é que a microcorrente aumentou a geração de ATP em cerca de 500%. Porém, aumentando-se a corrente entre 1 mA a 5 mA diminuiu-se a produção de ATP, e a 5 mA, a produção de ATP coloca-se abaixo dos níveis de controle.[36, 73, 78, 80] Cheng e col. (1982), através de pesquisas em vitro, relatam que as intensidades acima de 1000µA inibem a respiração celular. O produção de ATP aumentada também provê a energia que tecidos exigem formar novas proteínas, para aumentar a síntese de proteína, e aumentar o transporte de íons. Juntos, estes processos são elementos iniciais para o desenvolvimento de tecidos saudáveis[35]. e) Aumenta o transporte de membranas Em virtude do aumento da produção de ATP ocorre a intensificação do transporte ativo através da membrana[36] f) Ação no sistema linfático Uma pequena quantidade das proteínas plasmáticas vaza continuamente, através dos poros capilares para o líquido intersticial. Se não forem devolvidas ao sangue circulante, a pressão coloidosmótica do plasma cairá a volumes demasiadamente baixos, o que faria com que perdesse grande parte de seu volume sanguíneo para os espaços intersticiais. Uma importante função do sistema linfático é a de devolver as proteínas plasmáticas do líquido intersticial de volta à circulação do sangue. Ocasionalmente, ocorrem anormalidades no mecanismo das trocas líquidas nos capilares que resultam em edema, que significa passagem excessiva de líquido para fora do plasma e para o líquido intersticial, com a consequente tumefação dos tecidos. E entre as várias causas está o bloqueio do sistema linfático, que impede o retorno da proteína, que fica no interstício, para o plasma, o que permite que a concentração das proteínas plasmáticas caia a volume muito baixo, enquanto que a 63 concentração de proteína no líquido intersticial aumenta muito; duas causas que, isoladas ou em conjunto, produzem a transudação excessiva de líquido para os tecidos[2, 13, 99]. A microcorrente aumenta a mobilização de proteína para o sistema linfático. Quando são aplicadas microcorrentes em tecidos traumatizados, proteínas carregadas são postas em movimento, e a migração para o interior dos tubos linfáticos torna-se acelerada. A pressão osmótica dos canais linfáticos é então aumentada, acelerando a absorção de fluido do espaço intersticial[73]. OBS.: Embora possa parecer que uma microcorrente com corrente contínua produziria melhor os efeitos descritos acima, muitos protocolos de terapia com microcorrentes utilizam corrente alternada (interrompida em pulsos ou não) [111]. EFEITOS TERAPÊUTICOS 1) Analgesia Como resposta à utilização das microcorrentes e em consequência do restabelecimento da bioeletricidade tecidual, o SNC transmite uma mensagem de diminuição do quadro álgico, diminuição esta que é gradativa e cumulativa.[37] 2) Aceleração do processo de reparação tecidual Pesquisas mostraram que o intracrescimento dos fibroblastos e o alinhamento das fibras de colágeno foram incrementados com a estimulação de microcorrentes (corrente contínua - 20 e 100 microamperes). E a resposta máxima dos fibroblastos foi observada nas proximidades do catodo.[12] Pesquisas também mostraram que a corrente direta (polo negativo) retarda o crescimento das bactérias, onde com a associação dos mecanismos de defesa normais aumentou a destruição dos microrganismos infecciosos.[12] Andrews e col (2000), relatam que o efeito bactericida das microcorrentes, com corrente contínua, ocorre no polo negativo, e no polo positivo ocorre uma exarcebação da reepitelização induzida.[89] A excitação elétrica de uma ferida aumenta a concentração de receptores de fator de crescimento que aumenta a formação de colágeno[35, 74]. Microcorrentes parecem aumentar a multiplicação de células em tecido conjuntivo, e aumenta a velocidade de formação de colágeno novo em feridas de tendão[74, 76]. O colágeno, a proteína mais comum no reino animal, pode se comportar como um semicondutor. Um semicondutor é um material que oferece baixa resistência para pequenas correntes, enquanto permite a pronta transmissão delas. Inversamente, um semicondutor opõe transmissão a grandes correntes com resistência muito alta. Semicondutores normalmente são cristais, e o colágeno em muitas estruturas tem propriedades cristalinas. Colágeno debaixo de tensão gerará potenciais elétricos pequenos do mesmo modo que ocorre no osso ( efeito piezoelétrico ). Como um meio semicondutor, o colágeno poderia ser a rede que leva correntes pequenas por toda parte do corpo[76]. A reversão de polaridade na aplicação de microcorrente parece reiniciar os processos de reparo de ferida. Coagulação sanguínea e trombose ocorrem em baixo do ânodo mas não em baixo do cátodo. Quando a polaridade é invertida, o cátodo é capaz de fazer com que a formação do coágulo em baixo do ânodo fique mais solúvel. [73] Um médico da equipe olímpica do Canadá utilizou microcorrentes, com eletrodos implantados, com intensidade em torno de 10-20 µA em rupturas de tendões e ligamentos. A corrente acelerou a recuperação dos atletas feridos, encurtando o período normal de recuperação de 18 para apenas 6 meses[80]. 64 3) Reparação de fraturas / aumento da osteogênese Eletrodos de aço com 5 a 20 microamperes produziram melhor crescimento ósseo[75] 4) Antiinflamatório[74, 76] 5) Bactericida Num processo de cicatrização o polo negativo de uma corrente direta deve ser colocado sobre a ferida por sua ação bactericida. Quando a ferida deixar de ser infectada inverte-se a polaridade do eletrodo sobre a mesma, para que o polo positivo possa fazer a promoção do reparo.[12] Feridas contaminadas com Pseudomonas e/ou Proteus apareceram estéreis após vários dias de eletroestimulação[74]. Embora a maioria dos estudos mencionam que usa-se polo negativo para inibir crescimento bacteriano e polo positivo para promover a cura, estudos recentes mencionam o uso de correntes que alternam entre o positivo e o negativo (correntes unipolares). Pesquisadores, após estudo em animais, apoiam esta técnica, sugerindo que ela é melhor para a cura de feridas[74]. 6) Autores afirmam que espasmo muscular pós trauma, deficiência de fluxo sanguíneo resultando em hipóxia local, acumulação de metabólitos nocivos, e dor, conduzem à redução da síntese de ATP. A utilização de microcorrentes ao restabelecer a síntese de ATP, pode devolver a cura nestes casos.[36, 73, 78] 7) Edema / inchação[73, 74, 76] Com a ação da microcorrente no sistema linfático, aumentando a absorção do líquido intersticial, podem ocorrer respostas positivas na resolução de edemas. 8) Relaxamento muscular[74, 76] 9) Melhora de fadiga muscular pós exercícios utilizando a microcorrente em cima dos músculos durante vinte minutos após os exercícios[74]. OBS.: Não há nenhuma dúvida de que a cura de certos tipos de danos está significativamente acelerada por aplicação apropriada de microcorrente, e muito disto está associado com o aumento da produção de ATP (energia) e síntese de proteínas dentro das células[76]. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - Um grande erro é utilizar os aparelhos de microcorrentes do mesmo modo que se utiliza os aparelhos de TENS. Por exemplo, o TENS pode ser aplicado sobre o outro lado da coluna num tratamento de uma dor nas costas. Isto não funciona com a tecnologia das microcorrentes, que deve ser aplicada preferencialmente sobre o local da dor[35]. - Segundo Kirsch e Lerner (1987) freqüências de 80 ou 100 Hz às vezes produzem resultados mais rápidos ao tratar problemas articulares inflamatórios (por exemplo, artrites, bursites, tendinites, etc.), mas estas freqüências não contribuem para resultados a longo prazo, assim o tratamento deve sempre ser completado usando uma baixa freqüência. Deve-se fixar o nível de intensidade à posição confortável mais alta, que normalmente é cerca de 500 - 600 microamperes para eletrodos tipo sondas, embora às vezes menos para os elétrodo de prata. Eletrodos de borracha de silicone (com carbono) têm uma resistência de cerca de 200 ohms, enquanto elétrodos de prata têm uma resistência de cerca de 20 ohms. Os elétrodos de prata trabalham mais efetivamente com microcorrentes. - Os efeitos das microcorrentes são cumulativos, normalmente devem ser tomadas muitas doses para que sejam alcançados os resultados finais de cura, embora resultados iniciais possam ser vistos durante ou após as primeiras sessões[35]. Manobras com pressão suave e ligeiramente mais rápidas (que a anterior). em direções e distâncias variáveis.Movimentos de vai-e-vem.: Os eletrodos tipo sonda podem ser posicionados na área ao redor dos tecidos-alvo de uma maneira em "X".Estimulante muscular – movimentos de encurtamento muscular (região facial inferior). melhora a síntese de fibras de colágeno e elastina) Para Soriano et al. máscaras. como se pretendesse "beliscar" a pele (estimulação sanguínea e fibroblástica. O tratamento deve progredir dessa maneira. no quadrante inferior direito. e movimentos de estiramento muscular (região frontal e periorbicular Obs. com as sondas sendo giradas ao redor dos tecidos-alvo. as sondas seriam colocadas nos quadrantes superior direito e inferior esquerdo. . etc) b) Utilizando eletrodos tipo sonda (bastonetes. lentas e com pouca pressão (estimulação sanguínea) . Por exemplo.As microcorrentes pode ser utilizadas basicamente de 2 formas: a) Utilizando eletrodos convencionais (borracha de silicone.Manobras suaves. o uso dos eletrodos tipo sonda podem promover os seguintes efeitos: .: Alguns aparelhos oferecem outras opções de eletrodos como luvas. pregadores auriculares. Obs. No próximo pulso. incluindo as colocações medial-lateral e ânteroposterior[105]. seguindo o sentido da drenagem linfática (antiedematoso e drenagem linfática) . etc. cotonetes. auto-adesivo.Estimulação da epiderme e circulação sanguínea – movimentos de vai-e-vem realizando “besliscões” na pele promovendo hiperemia . o primeiro pulso de tratamento pode ter uma sonda posicionada no quadrante superior esquerdo e a sonda oposta.65 . afastando sem pressão e aproximando com uma pressão média. os movimentos com os eletrodos tipo sonda poderiam ser classificados desta forma: . etc) Segundo Miedes (1999).Drenagem línfatica – movimentando os eletrodos no trajeto das correntes linfáticas . (2000). em relação ao local da lesão. e antiedematoso) b) Involução cutânea (aumento do número de fibroblastos e realinhamento das fibras colágenas.Úlceras de decúbito . restabelecimento da bioeletricidade tecidual) f) g) h) etc Craft (1998) afirma que a terapia de microcorrentes rejuvenesce tecidos sem deixar cicatrizes. Isso representa o total de corrente necessária para superar a resistência elétrica da cicatriz.Recuperação de queimaduras .Síndromes linfáticas .Tendinites. a melhor evidência de pesquisa a favor da estimulação com microcorrentes apoia a utilização do polo negativo (catodo) como sendo o mais efetivo para o reparo e regeneração de ossos e nervos. As aplicações que mais se destacam são: a) Acne (antinflamatório.Recuperação de queimaduras OBS. potencializa a circulação linfática diminuindo edema) c) d) Pós operatório de cirurgia plástica (cicatrizante. tenossinovites . podemos tomar como precaução as seguintes situações: . tais como: .O paciente pode se queixar de "choques" elétricos quando a microcorrente é aplicada em um tecido cicatricial.Outros tipos de pós operatório imediato . até esta data. enquanto a estimulação com microamperes no polo positivo (anodo) aparece com mais efetividade na cura de lesões de pele. tontura e/ou dores de cabeça . restabelecimento da bioeletricidade tecidual) Iontoforese .Rupturas miotendinosas . e antiedematoso) Estrias (rearranjo das fibras colágenas) e) "Cansaço" muscular facial (eliminação de metabólitos celulares.Fraturas Segundo Wing (1989).Cicatrizes . etc Celulite (antiedematoso) Pós peeling (cicatrizante. cicatrizante. bactericida. antinflamatório. . As microcorrentes também podem ser utilizadas em outras indicações. relaxamento muscular.: Segundo Starkey (2001).Na estética a utilização da microcorrente deve-se basear nos seus efeitos fisiológicos e terapêuticos.O uso de microcorrentes em pacientes desidratados pode causar náuseas. e é a forma natural de curar mais rápida do mundo.Sindromes dolorosas . antinflamatório.66 INDICAÇÕES . Becker. Guanabara Koogan .São Paulo – 1998 . Frank I.1990 73. . F.: Segundo Starkey (2001).O paciente pode se queixar de "choques" elétricos quando a microcorrente é aplicada em um tecido cicatricial.].Marzoco.37: 265-271. . e Osburn.3ª Ed. C.Volume 8. K.1985.10ª Edição . 73.Março . & Snyder-Mackler.BIOQUÍMICA BÁSICA – Ed.ELETROMEDICINA: O OUTRO LADO DA FISIOLOGIA . L.TERAPIA POR MICROCORRENTES ELÉTRICAS . Artmed . 80. McArdle. AND JOY . W.1996 12. J. & Chipman. . . MD . . T.J Bone Joint Surg (Am) . 73]. D L. os sistemas de controle endócrinos (ainda não há comprovação) [35. S.T. M.Nº 8 . . . 74. .Eixo de marca-passo [35.Energia.Guia Oficial da Academia Americana de controle da dor . D.William D.FISIOLOGIA HUMANA .Ed. S. Manole . Guanabara – Rio de Janeiro .RJ 72.Physical Therapy Today/Spring-1990.pp.Eixo cardíaco .13: 108-116.Gardner.Wing.Robinson.67 CONTRA-INDICAÇÕES .Cheng N. e Lerner. J.MICROCURRENT THERAPY . W. W. tontura e/ou dores de cabeça .THE BASIS FOR MICROCURRENT ELECTRICAL THERAPY IN CONVENTIONAL MEDICAL PRACTICE .Kirsch.MASSAGE YOUR HORSE WITH HEALTH.Ed..Watson. – 7:381-384 – 1980 33.2ª Ed. PROTEIN SYNTHESIS.Physician Sports Med.Hawaii: Dr. A. A.Porto Alegre . R. .1ª Edição brasileira . . 63:847-51 76. teoricamente.Ed. T.Sobre útero grávido Deve-se ter precaução porque a excitação elétrica pode afetar.Morgareidge.2001 .THE EFFECT OF ELETRIC CURRENT ON ATP GENERATION. – ANATOMIA DO CORPO HUMANO – São Paulo – Ed. Katch. .Journal of Advancement in Medicine .Chiropractic Economics .1998 . . . Nutrição e Desempenho Humano . D. . Joy Craft.Craft.1995 74. e Victor L.Rio de Janeiro . LOVE. L.Alcaíde. 78.1981.Eletroterapia e teste eletrofisiológico . Katch .Brighton.FISIOLOGIA DO ESFORÇO . 79 .THE TREATMENT OF NON-UNIONS WITH ELECTRICITY . . 312-336 13.ELETROFISIOLOGIA CLÍNICA . A. .O uso de microcorrentes em pacientes desidratados pode causar náuseas.Kirsch. N.) .1989 . 50-53 77.1985 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 2. Atheneu – 2ª Ed.THE BODY ELECTRIC .Stanish. e Bazin. D. 74 75. Inc. J. MEMBRANE TRANSPORT IN RAT SKIN . .Jornal FisioBrasil . & Mercola. Isso representa o total de corrente necessária para superar a resistência elétrica da cicatriz.1987 36.Arthur C.MODERN LOW VOLTAGE MICROCURRENT STIMULATION: A comprehensive overview.1982 37.1998. . Alexandre R. podemos tomar como precaução as seguintes situações: .Alergia ou irritação à corrente elétrica . R. . .NY: William Morrow and Co.1992 35-. Number 2 .Ed Guanabara . .THE USE OF ELECTRICITY IN LIGAMENT AND TENDON REPAIR. Guyton.pp.ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA PARA A CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS (em ELETROTERAPIA DE CLAYTON Kitchen. . OBS. R. A ponta da agulha provocará a necrose de algumas destas células. As células abaixo do sulco da ruga são células atróficas. pois a albumina somente seria ativada com penetração intra-vascular. utiliza microcorrentes. ocorre uma necrose por liquefação que se limita a algumas células epidérmicas.68 INTRODUÇÃO "LIFTING" é uma palavra inglesa que significa "levantamento". flacidez e envelhecimento cutâneo. A lesão das células do estrato espinhoso obriga o organismo a uma reação reparadora. EFEITOS Segundo Winter (2001). a taxa mitótica do estrato basal regional aumentará. O eletrolifting. ativa colágeno e elastina (proteínas albuminoides). salienta que o termo albumina utilizado até pouco tempo. atenuar. O Eletrolifting desenvolveu-se em 1952. de tamanhos menores e de qualidade inferior à dos seus vizinhos. com impulsos de muita baixa duração e intensidade. haverá uma dilatação dos pequenos vasos da derme correspondente à região lesada. resultando num edema discreto. Em resposta à lesão. DEFINIÇÃO É uma técnica em que se utilizam microcorrentes variáveis de baixa frequência. Esta técnica consiste no deslocamento da proteína da própria pele. relatam que ocorre um carreamento de partículas hidratadas para a região pericatódica (polo negativo). Silva (1998). para preenchimento dos sulcos que formam as rugas. Em dermoestética se utiliza para designar um tratamento que tem como finalidade produzir um levantamento da pele e estruturas adjacentes com o fim de prevenir rugas. fazendo uma compactação e reagregação das fibras para a dissimulação parcial ou total das linhas de expressão e suas variações. As células recém-formadas preencherão o espaço das células lesadas cujos restos serão eliminados por fagocitose e o líquido excedente absorvido pela circulação linfática[2]. Atua a nível celular restaurando a camada colágena e estimulando a produção de elastina. utilizando justamente a mesma arma que a pele. por causa da necrose ínfima. que pela sutileza de sua corrente. proporcionou resultados que se imaginavam serem satisfatórios[3]. . e caso isso fosse executado ocorreria sangramento. AÇÃO O objetivo mais amplo do uso do eletrolifting é suavizar. com a finalidade de produzir um levantamento dos estratos mais superficiais e prevenir desta forma o envelhecimento cutâneo[1]. mais traumatismo na pele. na verdade. eliminar alterações das linhas de expressão que se formam na face devido a contração dos músculos. Esta necrose é provocada pelas substâncias alcalinas que se formam no polo negativo pela ação do componente galvânico da microcorrente sobre os líquidos da substância fundamental. Logo em seguida. é incorreto. através da corrente. Guirro & Guirro (2002). Também chamada de "Micrólise" ou "Galvanopuntura". . Ou podese acoplá-lo a um eletrodo de borracha de silicone e fixá-lo no ombro ou braço direito. que deve ser flexível e com ponta arredondada). ocasionando uma lesão do tecido .Escarificação .69 Seus efeitos podem variar de caso a caso.Deve-se limpar a pele e passar um algodão embebido em álcool antes da introdução das agulhas . eudérmicas e alipicas. A técnica pode ser realizado com eletrodos em formas de agulhas[2. Segundo Guirro & Guirro (2002). os procedimentos técnicos para a execução do eletrolifting em rugas podem ser divididos em três grupos: Deslizamento da agulha dentro do canal da ruga Penetração da agulha em pontos adjacentes e no interior da ruga . a intensidade da corrente deve ser diminuida uma vez que é de conhecimento geral que a umidade do estrato córneo da pele varia intensamente em relação à idade e que este estrato apresenta alta resistência à passagem de corrente. tensores. a dosagem a ser utilizada pode ser: a) 74 microamperes para peles sensíveis.O procedimento técnico consiste da estimulação das rugas e linhas de expressão de forma individual até que seja obtida uma hiperemia em todo o trajeto da ruga[118].Segundo Guirro & Guirro (2002).método de deslizamento da agulha no canal da ruga. que é conectado ao polo negativo. a intensidade na técnica onde não há introdução da agulha ("deslizamento"} é de 300 microamperes.O polo positivo (passivo) encontra-se ligado a um bastão a ser segurado pela cliente. diferencia-se pela agulha ser posicionada a noventa graus. com duração entre 3 semanas até 6 meses (devendo ser retocado). 3]. A durabilidade do tratamento está condicionada à execução completa mais manutenção[2. reafirmantes ou revitalizantes (iontoforéticos). . Segundo Silva (1998). . b) 86 microamperes para peles mais resistentes. Ela deve ser pontiaguda para penetrar facilmente na pele (ao contrário da agulha para depilação definitiva. Na aplicação por meio de eletrodos tanscutâneos. 3] ou transcutâneos[1]. lipídicas e seborreicas.Deve-se encaixar a agulha no porta-agulha do aparelho. . APARELHO Trata-se de um aparelho (próprio para eletrolifting) com a intensidade reduzida ao nível de microamperes. No caso de se optar pelo procedimento invasivo. TÉCNICA DE APLICAÇÃO . A agulha pode ser do tipo descartável ou esterelizável. Trabalha-se com uma agulha fina. Quando utiliza as agulhas como eletrodos. a técnica consiste numa eletrólise epitelial através de agulhas acopladas ao catodo de uma microcorrente galvânica. na maioria em forma de bastões deslizantes. Utiliza-se algodão ou gaze embebidos em cosméticos cujos produtos ativos têm efeitos hidratantes.Silva (1997) orienta regular a amperagem na faixa de aproximadamente 180 até 200 microamperes. porém rígida. Aguardar 3 ou 5 segundos. Portanto. orienta aguardar 3 ou 5 segundos. Por não atingir a derme. até que a pele comece a esbranquiçar . pois nos biotipos com boa hidratação. deve-se colocar a agulha com firmeza e precisão[3]. não haverá sangramento. até que a pele comece a esbranquiçar. com precisão e rapidez. o tempo de cada punturação será de 3 segundos[3]. a agulha também não deve atingir a derme. ou seja.Com a agulha inserida na pele.Abaixar a agulha deixando a pele em sua posição natural . . Winter (2001). aguarde o tempo necessário para o tipo de ruga.Tirar a agulha A punturação deverá ser feita de maneira rápida e precisa. porque a lesão das células já totalmente corneificadas não terá o efeito desejado. Esta regra persiste quanto maior for a idade cronológica. atenuando sobremaneira as rugas e linhas de expressão.Introduzir a agulha na pele da cliente . Por outro lado.70 As três técnicas produzem resultados animadores. Entretanto. abaixe a pele e retire da mesma forma. produzindo suave deslocamento . as duas técnicas que desencadeiam um processo inflamatório (invasiva e de escarificação). levantá-la. A agulha deve ser introduzida entre as camadas da epiderme (estrato espinhoso). porque o estrato basal não deve ser lesado. O tempo para cada punturação deverá ser de 4 segundos. Procedimento de introdução da agulha: . proporcionam resultados mais rápidos. Após o levantamento. A agulha também não deve ser introduzida muito superficialmente. e a sensação tende a ser muito desagradável. 2.0 cm. 45° Poro Pele O comprimento da agulha é de no máximo 4 mm.0 mm c) Na região ao redor dos lábios . 5]. Não deve sangrar[3. Devido a este fato. 2) Deve-se testar a corrente cada vaez que for mudar a região de estimulação. e é confeccionada de material inoxidável[3. prosseguir da mesma maneira pelo seu outro lado. Guirro & Guirro (1996). Mas se houver interrupção na linha hiperêmica. dependendo da capacidade reacional da cliente) 4) Se o procedimento for de deslizamento. Ao final da punturação de uma linha.71 Após ter trabalhado a ruga em toda sua extensão num só lado. deve-se avaliar se todo o espaço entre as punturações e a linha como um todo está suavemente hiperêmico.1. cm a 1. Cada penetração da agulha deverá ser feita com espaço de 05. relata que a estimulação química dos capilares da pele determina uma hiperemia ativa e o consequente aumento da circulação local. alguns terapeutas proferem a técnica de delizamento.0 mm. Embora as rugas também corespondam histologicamente a uma atrofia de pele. desta forma são intensificadas os processos metabólicos. a nutrição. a função e a regeneração do tecido subepidérmico. Deve-se inserir a agulha num ângulo de 45 graus em relação à superfície da pele. 5]. E a agulha deve atravessar a ruga por baixo. pode-se efetuar o tratamento quantas vezes a cliente desejar (duas ou mais vezes por semana) . sem a penetração[6].1. porém sem que sua ponta saia do outro lado da ruga.: Segundo Guirro & e Guirro (2002): 1) A intensidade da corrente é dada pela sensibilidade do paciente. não repetir o tratamento.0 mm. mais a agulha colocada. retoque onde a cor é natural. com intervalo de três ou quatro dias. de forma que os canais feitos pela agulha formem um "X" que atravessa a pele por baixo da ruga. OBS. a lesão por agulhas nas regiões acometidas promovem uma sensação não muito agradável. 3) Caso o procedimento seja invasivo. O design da caneta. proporcionarão uma penetração máxima de 2 mm: a) Na região nasogeniana e na região frontal . questionando a sensibilidade da cliente. antes que todo processo seja reabsorvido (em média duas vezes por semana. b) Na região orbicular da pálbebra e região perioral . Caso não esteja é necessário retoque. sendo diferente em regiões distintas. entre as punturações na pele. Pode-se.2: Quando se utiliza laserterapia após a aplicação do eletrolifting . entre outras formas.Envelhecimento cutâneo . interferindo assim nas reações fisiológicas desencadeadas pela corrente contínua[4]. com o objetivo de acelerar o processo. elas devem ser cuidadosamente esterilizadas. A abertura-invaginação natural apresenta a vantagem de não traumatizar a pele.Acentuação do sulco naso-labial por flacidez da musculatura (deve-se adicionar eletroestimulação facial) . .Atenuação de rugas de elastose (ao redor dos lábios) . aplicar compressas geladas de chá de camomila ou de água boricada sobre a região tratada[2]. OBS. em resposta à estimulação elétrica.Tonificação cutânea . OBS.Atenuação de rugas de expressão entre as sobrancelhas e na testa por rigidez muscular (adicionar exercícios de relaxamento) . devido a radiação LASER apresentar uma ação antinflamatória. assim como a diabetes. pois neste último caso a cliente apresentará uma disfunção das fibras colágenas dificultando a regeneração[4]. 6) Um parâmetro para se observar a melhora do tecido. há necessidade de se questionar a paciente quanto à sua predisposição para o aparecimento de quelóides. é o aumento gradual da sensibilidade à corrente com intensidades menores. * A esterilização pode ser feita.72 5) Indivíduos com a pele seca poderão relatar ausência de sensibildade à corrente nas primeiras aplicações. ao final. de três maneiras: a) b) c) Imersão em solução esterilizante Por autoclave Por esterilizador a ar seco INDICAÇÃO .CUIDADOS COM AS AGULHAS * Se as agulhas não são do tipo descartável. ou causar qualquer tipo de sensação desagradável[3]. Por ser tratar de uma técnica invasiva. os resultados são praticamente nulos. já que a resistência de sua pele à passagem de corrente está aumentada.1: A agulha deve entrar nos folículos pilosos (poros) por serem aberturas naturais do tecido que proporcionam o deslizar da agulha. A relutância na aceitação de tratamentos eficazes de estrias está baseada principalmente no fato de que a fibra elástica não se regenera. e neste caso especificamente. A forma do fibroblasto também varia nas diferentes lesões. Entretanto. que fica muito próxima do normal. e são motivadas por substâncias locais liberadas pela lesão. os efeitos da inflamação aguda e da corrente contínua se somam. sendo que o estímulo elétrico de baixa intensidade mostrou-se eficiente para aumentar a sua replicação bem como das fibras e substâncias produzidas pela mesma. células derivadas do mesênquima. Toda a zona é preenchida por um exsudato . Ela pode ocorrer isolada ou associada a estrias atróficas. responsáveis pela vasodilatação e aumento da permeabilidade dos vasos. assim como o tecido epitelial. Poucos minutos após a lesão aparecem a hiperemia e o edema.Estrias A pele estriada apresenta modificações nas fibras colágenas. o tecido conjuntivo também é capaz de se regenerar. Os fibroblastos retêm a capacidade de se dividirem. a sensibilidade dolorosa. e em último caso pode ser considerado como um processo regenerativo das estrias[6]. Estudos preliminares mostraram que ocorre um acentuado aumento no número de fibroblastos jovens. promovendo um edema brando com uma hiperemia bastante pronunciada. relatam que com a estimulação elétrica as fibras colágenas sofrem algum tipo de reorientação. Guirro & Guirro (1996) relatam que os fibroblastos. Este fato está centrado na capacidade reacional de cada indivíduo[6]. Na estria esta célula está quiescente. e como consequência uma grande melhora no aspecto da pele. inclusive a sensitiva que se encontrava grandemente diminuída.73 . na substância fundamental amorfa e nos fibroblastos. Guirro & Guirro (2002). No tocante à neovascularização. pois à medida que vai havendo a regeneração tende a chegar a níveis próximos do normal A elastose focal linear em alguns pacientes pode representar a hiperplasia de fibras elásticas em resposta a alguma lesão ou alteração tecidual. que não ocorrem imediatamente após a aplicação. possuem uma capacidade de replicação baixa que pode ser modificada em resposta a estímulos controlados. como em qualquer outro tratamento de diversas afecções. E que o processo de regeneração da estria está baseado na compilação dos efeitos intrínsecos da corrente contínua e dos processos envolvidos na inflamação aguda. A regeneração propicia o retorno de todas as funções inerentes à pele. uma neovascularização e o retrono da sensibilidade dolorosa após algumas sessões de estimulação elétrica. sendo a forma globular predominante na estria[6]. o resultado do tratamento pode variar em diferentes indivíduos. e se produz paralelamente uma proliferação rápida de caplilares por gemação das vênulas existentes. de cor vermelha. porém com o passar das sessões observa-se um sangramento ou rompimento de pequenos vasos. mostrando que na pequena amostragem de pacientes com pele negra a regeneração foi mais rápida e evidente do que naqueles de pele clara Quando a resposta inflamatória foi mais duradoura. a resposta à agressão.Que a coloração das estrias interferiu nos resultados. no caso específico da perfuração da pele pela agulha. No início praticamente não sangra. em pesquisa envolvendo mulheres entre 15 e 60 anos com estrias verificaram: . a terapia não deve ser efetuada. Os fibroblastos cumprem então suas funções sintetizadoras 9a estimulação fibroblástica tem importante papel no processo regenerativo da atrofia tecidual na estria)[6]. eritrócitos . . Segundo Guirro & Guirro (2002). o resultado foi melhor Que pacientes com dificuldades de cicatrização não obtiveram o resultado esperado . uma vez que as mais jovens. evitando assim o risco de desenvolver uma inflamação crônica desencadeada pela persistência do estímulo inflamatório agudo. proteínas plasmáticas e fáscais de fibrina. No caso de a cliente apresntar níveis elevados de glicocorticoides.74 inflamatório composto de leucócitos. que conforme avançam até as áreas lesionadas vão destruindo a rede de fibrina. Que a persistência da resposta inflamatória após o tratamento com a microcorrente pode variar entre o primeiro e o quarto dia pós-estimulação[6]. que são totalmente reabsorvidos (pequenas bolsas de sangue que se tornam violáceas. de cor branca. amareladas e em seguida a tonalidade da pele volta ao normal). Conforme o progresso da reação inflamatória e epitelização. responderam melhor que as mais antigas. O processo de epitelização inicia-se simultaneamente. ocorrendo na média de 2 a 7 dias[6]. entre 3 e 4 dias. obrigando as células epidérmicas a penetrar pelo interior das fendas formadas pela agulha. na sindrome de Cushing. Este processo inflamatório será absorvido em um período de tempo variável. pode finalizar com a recuperação da estria. Silva et al (1999). restituindo a sua arquitetura original. endógenos ou exógenos como. por exemplo. e estimuladas pela formação de fibrina originada pela hemorragia da microlesão.Que a cor da pele é de extrema significatividade. As estimulações subsequentes só poderão ser realizadas quando o processo inflamatório cessar por completo. surgem na profundidade da lesão os fibroblastos. sob pena de resultados pobres e risco para a cliente[6]. 3ª Ed. o tratamento só poderá ser iniciado quando os níveis hormonais regredirem aos níveis anteriores à gravidez[4]. Mariângela T.. procedimentos que produzam aumento de circulação no local de aplicação parecem interferir positivamente na qualidade da resposta inflamatória: uso de alta frequência (equipamento que produz ozônio e um faiscamento na pele.. 129-133 3.75 Não se deve tomar sol com o processo inflamatório ativo (pelo perigo de manchar a pele). R. Videocinco . O. CONTRA-INDICAÇÃO . RECURSOS E PATOLOGIAS . . J. Em clientes que relatam o resurgimento do processo inflamatório sem que tenha havido estimulação prévia. 31 4 . B. RECURSOS E PATOLOGIAS .L. com a finalidade de diminuir a resistência à corrente e evitar infecções. Revisada e ampliada .FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL . com incisão paralela subacutãnea.2ª Ed. R. & Guirro. R.Girro. O. promovento aumento da circulação). M. E. Revisada e ampliada . I.3ª Ed. Se as estrias ocorrem durante a gravidez. RECURSOS E PATOLOGIAS . O número médio de sessões gira em torno de 10. .Ed.3ª Ed.Silva. J.1997 .pp. . R. Pode-se utilizar produtos com a finalidade requerida. Vida Estética . W. ser a causa do aparecimento das estrias[4].Alergia ou irritação à corrente elétrica ou ao cosmético . as aplicações devem ocorrer com intervalo maior.Miedes. R. R. C.L. já que o processo inflamtório pode estar ativo.Silva. Antes da puntura do tecido.Ed Manorle . Curitiba . Segundo Guirro & Guirro (2002).ANÁLISE DO TRATAMENTO DE REGENERAÇÃO DE ESTRIAS COM O USO DO GERADOR DE CORRENTE CONTÍNUA FILTRADA CONSTANTE STRIAT® EM MULHERES ENTRE 15 E 16 ANOS.Trabalho de conclusão do Curso de Fisioterapia da Universidade Tuiuti do Paraná. Tratamentos infalíveis a todas as pessoas não existem[6]. Schwartz. O. S.Silva. só quando o processo já estiver debelado[6].Ed. T. 2001. Não se deve invadir perpendicularmente a pele estriada. Segundo Guirro & Guirro (2002). podendo este número ser ultrapassado sem contra-indicações.Madrid .FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL .1999 . . Robe . . .ELECTROESTÉTICA . & Guirro.FUNDAMENTOS. . por ser tratar de um período de grandes alterações hormonais que acreditam alguns autores.1996 5.1998 . 63-66 2.Ed.Ed. . E.Guirro. a penetração da agulha deve ser efetuada sobre a estria.1999.ELETROCOSMÉTICA . R. .ELETROLIFTING . J. Vida Estética . Elaine C. 5-8 6..Hipersensibilidade dolorosa REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. Takemura.2002 7. E.FUNDAMENTOS. ou simplesmente álcool a 70%[6]. Apud Girro. O tratamento não deve ser iniciado na puberdade.pp. produtos que aumentam a circulação.pp.Ed Manole .FISIOTERAPIA EM ESTÉTICA . Marizilda. M. uso de correntes polarizadas previamente (polo negativo em cima das estrias que vão ser estimuladas). deve-se higienizar a pele e/ou esfoliá-la. mesmo que externamente não produza sintomas[6]. C.2002 .ELETROTERAPIA EM ESTÉTICA CORPORAL .pp. .Girro.FUNDAMENTOS.Winter.Sobre feridas recentes .Ed Manorle . J. é realizado o tratamento da celulite e da obesidade mediante correntes que são aplicadas com agulhas.. porém suficiente para contribuir para instalação de uma vasodilatação com aumento de fluxo sangüíneo local.76 INTRODUÇÃO No início da década de 80. que separa dois meios de composição iônica diferente: o meio intracelular é eletronegativo e o meio extracelular é . a grande novidade dos métodos atuais consiste tanto na forma de aplicar a corrente. De acordo com os relatos de alguns autores. a indústria de equipamentos da área de estética criou a eletrolipoforese com placas transcutâneas na tentativa de ampliar o mercado de venda. PROPRIEDADES A eletrolipoforese terapêutica atua a nível do tecido adiposo. 1995). realiza um trabalho que produz calor ao atravessar o mesmo. visto que se trata de uma corrente com uma intensidade muito pequena. CONCEITO A eletrolipoforese é uma técnica destinada ao tratamento das adiposidades e acúmulo de ácidos graxos localizados. e acupuntura. celulite fibrótica ou nodular (Silva. Segundo Guirro & Guirro (2002). produzindo sua destruição e eliminação. a eletrolipoforese se aplicava por meio de eletrodos em forma de finíssimas agulhas diretamente implantadas no panículo adiposo. ao circular por um condutor. não atinge tecidos orgânicos. 2000). e. Antigamente na eletroterapia clássica existiam somente tratamentos para a obesidade a base de corrente galvânica aplicada com grandes eletrodos superficiais sobre a área. introduzidas nas áreas de tratamento (Zaragoza & Rodrigo. 2) Efeito eletrolítico Em condições normais a membrana celular é semipermeável. facilitando a queima de calorias e melhorando o trofismo celular (Soriano et al. 1997). correntes polarizadas ou mistas. Desta forma é estimulado o metabolismo celular local. os principais efeitos fisiológicos proporcionados pela eletrolipólise são: 1) Efeito Joule Em virtude do efeito Joule. a corrente elétrica. 2000).. O campo elétrico que se origina entre os eletrodos. uma serie de modificações fisiológicas que são responsáveis pelo fenômeno da eletrolipólise (Soriano et al. para tratamento da adiposidade. na França. realizada apenas por equipe médica (Soriano et al. como em seu mecanismo biofísico de atuação. um grupo de médicos começou a utilizar. Em seu início. O aumento de temperatura que é produzida na eletrolipoforese. Hoje em dia.. 2000). provoca a nível local. em medicina estética. Caracteriza-se pela aplicação de microcorrente especifica de baixa freqüência (ao redor de 25 Hz) que atua diretamente a nível dos adipócitos e dos lipídios acumulados produzindo sua destruição e favorecendo sua posterior eliminação (Soriano et al. 2000).. provocando uma melhora da qualidade e aspecto da pele (Soriano et al. pois a corrente atua com estímulo direto nas inervações promovendo uma ativação da microcirculação. relata que cada adipócito contém grandes quantidades da enzima digestiva de gordura. Foi demonstrado que a freqüência de 25 Hz é mais eficaz para tratar alterações circulatórias e congestivas (Silva. AÇÃO A microestimulação elétrica ativa as fibras do tecido conjuntivo subcutâneo. Silva (1995) explicita que o estímulo circulatório produzido pela corrente elétrica. em sua forma inativa. e que voltam a formar triglicerídeos. 2001). 2000). 3) Efeito de estímulo circulatório O ligeiro aumento de temperatura que se instala no local (efeito Joule) contribui em parte para a instauração de uma vasodilatação.. 1999.77 eletropositivo. produzse uma estimulação da sistema simpático. 2002. horas subseqüentes ao tratamento (sabe-se que em condições basais o glicerol não é detectado na urina).2000). Corroborando... o adipócito possui uma intensa atividade metabólica: forma triglicerídeos (liposíntese) e os armazena. A célula tende a manter seu potencial elétrico de membrana normal. tem grande importância na drenagem da área. e a epinefrina. Soriano et al. Esta enzima desintegra os triglicerídeos em ácidos graxos e uma molécula de glicerol. Soriano et al. Os ácidos graxos assim produzidos são em grande parte. da medula supra-renal. expulsos da célula a menos que estejam em um local com excesso de glicose. Soriano et al. que favorecem a drenagem linfática e sangüínea. o glicerol liberado. Alguns hormônios. A mobilização das gorduras de reserva. desde a primeira sessão (Soriano et al. que estimula certas proteinquinases.. 2000). 1995) Em conjunto. O Sistema Nervoso Simpático atua por mediação das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina): a ativação destas últimas se efetua por itermédio do AMP cíclico. podem ativar a lipase. decompondo-os (lipólise) segundo a demanda do organismo. e como conseqüência de todos os efeito mencionados. (Junqueira & Carneiro. 1995. 2000). que se traduz clinicamente em uma redução do panículo adiposo. a lipase. em especial o cortisol. 2000. se induz um aumento do catabolismo local. Parenti. do córtex suprarenal. Guyton (1996). 2000). e como conseqüência ocorre a liberação de catecolaminas com aumento do AMP cíclico intradipocitário. 2000). e aumento da hidrólise dos triglicerídeos. O campo elétrico gerado por esta corrente na eletrolipoforese.. ou seja a lipólise . e essa atividade consome energia a nível celular (Soriano et al.. enquanto a estimulação parassimpática diminui. o que determina a ativação de lipase tissular (Soriano et al. 2000. O sistema neuro-hormonal influi sobre a lipólise: a estimulação do sistema simpático a ativa. 4) Efeito neuro-hormonal O tecido adiposo representa a principal reserva energética do organismo... 2000). Quando se utiliza uma corrente especifica de baixa freqüência durante a eletrolipoforese. induz o movimento iônico que traz consigo modificações na polaridade da membrana celular.. Soriano et al. não pode ser usado novamente e é captado pelo fígado que o metaboliza em glicose (Soriano e col. Silva. Trabalhos realizados com esta técnica demonstram a presença de quantidades significativas de glicerol na urina. Este fato indica ativação da lipólise que se produz (Parienti. 2001. . ao contrário. se realiza graças a uma enzima hormonio-dependente a triglicerideolipase (Guyton & Hall. Longe de um simples reservatório. utilizando-se uma distância de 4 cm entre elas. ou de 10 a 12 cm. cria um campo elétrico entre elas. O processo é considerado invasivo. relatam que os eletrodos são agulhas de acupuntura de 15 cm de comprimento por 0. o pulso bifásico assimétrico (como o pulso do TENS). favorecendo as trocas metabólicas e ainda. Estudos histopatológicos vem demonstrando o efeito deste tipo de tratamento sobre os adipócitos (diminuição no tamanho.O estímulo da lipólise. etc. há pouca experimentação básica que permita definir claramente a sua forma de atuação. TECNICA DE APLICAÇÃO Zaragoza & Rodrigo (1995). 2002). de modo que cubram toda a área a tratar. diretamente ou indiretamente pela excitação das terminações nervosas simpáticas e liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) que atuam sobre os receptores beta do adipócito e estimulam a triglicerideolipase. As correntes são contínuas. descartáveis. partindo até o limiar suportável do paciente (Zaragoza & Rodrigo. 35 Hz. As agulhas são separadas por mais de 5 cm. que a pessoa . Segundo Parienti (2001).25 a 0. ocorrendo uma modificação no meio intersticial. é uma forma de onda largamente utilizada na eletrolipoforese. Quase sempre é somado ao tratamento uma dieta hipocalórica e hidrosalina controlada para favorecer a saída de água intra-celular. de forma que não resulte em dor intensa na pessoa tratada. Nesta “zona” de tratamento devem ser introduzidos pares de agulhas de forma paralela.30 mm) apresentam melhor efeito. Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995). ligadas a uma corrente de baixa intensidade. dois efeitos claramente envolvidos: . (2000) a corrente utilizada na eletrolipoforese é a microcorrente. Entretanto. seja interrompida ou não. e que tem grande importância na drenagem da área. ainda que os resultados clínicos são em geral concordantes e muito positivos. a lipólise. De todos os modos há. alterações na forma e mudanças estruturais) que indicam a existência de uma base orgânica par os efeitos clínicos constatados (Zaragoza & Rodrigo. A técnica de aplicação consiste em colocar o paciente em posição cômoda. Soriano et al. sugere uma frequência de 5 a 500 Hz. Vale ressaltar. A frequência de aplicação oscila entre 5 a 50 Hz. Portanto a intensidade praticada está abaixo de 1 mA. após costuma-se aplicar algum tratamento complementar como: Estímulo muscular.O estímulo circulatório que produz toda corrente contínua. introduzidas a nível hipodérmico. ainda revelam que a intensidade da corrente aumentará em função do umbral de sensibilidade. Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995). com a área de tratamento exposta. Já Parienti sugere de 5 a 40 mA. etc. de acordo com a saída dos cabos no aparelho. Guirro & Guirro (2002) relatam que os efeitos das correntes no organismo estão bem catalogados. 20 Hz. porém os textos que descrevem os tratamentos são pouco científicos. e seus reais efeitos devem ser melhor investigados. para Soriano et al. 1995). 7. Parienti (2001).78 Segundo Pinto (1996).) (Zaragoza & Rodrigo.3 mm de diâmetro com comprimentos que variam de 1 a 3 cm. nos deparamos com algumas divergências entre alguns autores. sugere agulhas de acupuntura. drenagem linfática. Parienti (2001). de uso único. fabricadas em aço inoxidável ou em prata. Se inicia uma sessão aumentando a intensidade gradativamente. a duração da sessão gira em torno de uma hora. 5. 1995). potencializando a lipólise dos triglicerídeos em glicerol e ácidos graxos. ao menos. Quanto ao aspecto intensidade da corrente. estimulação de pontos de acupuntura. Silva (1995) menciona que as agulhas podem medir entre 4. a intensidade de aplicação varia entre 2 a 10 mA. e 12 cm. . aliado a efeitos sistêmicos devido ao longo tempo de duração: 50 minutos (Guirro & Guirro. medindo de 0. 1995). existe muita discussão sobre qual o mecanismo de ação destas correntes aplicadas na eletrolipoforese. mas existem algumas correntes utilizadas para a prática da eletrolipoforese que são alternadas.3 mm de diâmetro. a aplicação dessas finas agulhas. Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995). segundo escalas crescentes (15 Hz. Parenti menciona ainda que as agulhas mais grossas (0. sendo que para julgar os resultados se espera até 45 dias após o fim do tratamento (Zaragoza & Rodrigo. estéreis. 1995). deve-se posicionar o paciente numa posição cômoda e relaxada. a área a tratar deve estar desnuda e desinfetada (assim como a mão do operador). para esticá-la. os resultados tornam-se mais significativos após a 3ª sessão. As sessões podem ser semanais. podendo alcançar até 10. Pode-se fixar as partes das agulhas que ficam externamente. e dá um golpe rápido no topo da agulha. Parienti (2001). inclina-se a agulha. Na aplicação com agulhas estas deverão ser de boa qualidade. mantendo em todo momento medidas de assepsia (desinfetando a pele a ser tratada) (Soriano e col. Após a agulha introduzida.. conecta-se os eletrodos (tipo "jacaré") nos pares de agulhas correspondentes à área que se deseja tratar. inserindo-a perpendicularmente á superfície cutânea por cerca de 1 cm (as agulhas podem ser introduzidas obliquamente. Havendo a acomodação. Na prática. dependendo da habilidade do operador) (Parienti.79 tratada deve notar uma sensação de "pico máximo não doloroso" e esta será ajustada segundo a tolerância do mesmo. com um mínimo de 6. com esparadrapo. na direção do tecido subcutâneo realizando movimentos giratórios introduzindo-a. a nível do panículo adiposo (Soriano e col. preocupando-se com a acomodação individual. 2001). introduzir as agulhas utilizando o "tubo guia" fornecido junto com as agulhas de acupuntura. 1995). As agulhas devem ser introduzidas sobre o tecido cutâneo. 2000) Parienti relata que não deve ocorrer nenhum sangramento e nenhuma dor deve ser manifestada.. 2000). Esses fatos garantem a implantação correta da agulha no tecido adiposo. pressiona-se o tubo na pele. devendo-se levar em conta que os efeitos se prolongam durante umas semanas a mais. é necessário que o paciente sinta sensação de picadas que chegam ao limite do desagradável. significa que a mesma está mal posicionada ao entrar em contato com as aponeuroses da pele. A partir daí. Para Parienti (2001). e segundo o autor. sugere uma aplicação por semana. Durante a sessão e preciso aumentar progressivamente a intensidade da corrente durante o processo de acomodação. que são estruturas ricamente inervadas. Quando há o aparecimento de dor durante a introdução da agulha. para que não haja incômodo ao manipulá-las com a colocação dos eletrodos. Essas agulhas podem ser esterilizadas e reutilizadas para o mesmo paciente por 6 a 8 aplicações (Silva. a intensidade deverá ser aumentada quantas vezes forem necessárias. . • Alterações dermatológicas na área a tratar (Dermatites. feridas. 2000). (2000). (2000). • Neoplasias. CONTRA-INDICAÇÕES Segundo Soriano et al. Parienti (2001) e Soriano et al. tipo fibroma uterino. insuficiência cardíaca) e portadores de marca-passo e cardiopatias congestivas. As causas que podem determinar a aparição deste incidente não estão claras. dermatoses. Há também indicação pós lipoaspiração. sempre e quando a indicação seja correta. Silva (1995). etc. eczemas. e anticoagulantes . podemos utilizar a eletrolipoforese para diminuição do perímetro em abdome. No método de aplicação de agulhas superficiais. discreta. caso apareçam estes processos. celulite e lipodistrofia localizada. perda de peso. o que não trará complicações. • Patologias ginecológicas. coxa e quadril. entretanto. Pode aparecer hematoma nessa área. Parienti (2001) indica a eletrolipoforese nas complicações de "placas onduladas" após a lipoaspiração e a ptose abdominal e das nádegas. não existe nenhuma região do corpo onde o método está contra indicado.) • Epilepsia Possíveis complicações e efeitos secundários podem ocorrer quando a eletrolipoforese trabalha com a implantação de agulhas no panículo adiposo. inflamações. • Pinos ou placas no corpo. Há também. como complemento da cirurgia. então. sua cura ocorrerá sem maiores complicações (Soriano et al. Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995). Os autores mencionam também o uso da eletrolipoforese na lipodistrofias localizadas. como corticosteróides. • Progesterona.. devido a pequenas veias superficiais que são picadas desastrosamente ou. narram algumas contra-indicações da eletrolipoforese: • Transtornos cardíacos (alteração do ritmo e da condução. Parienti (2001) menciona que a técnica realizada de forma inadequada pode levar a ocorrência de alguns incidentes: O paciente sente dor no momento exato da implantação da agulha . melhora circulatória local e melhora da troficidade da pele da área tratada. por um erro na manipulação de implantação atingindo tecido muscular No final da sessão.Surgem equimoses após a sessão. • Gravidez em qualquer idade gestacional. • Paciente renais crônicos (insuficiência renal) • Trombose venosa profunda ou estado venoso catastrófico. • Utilização de medicamentos. sem normas de assepsia adequada. Há também a descrição do aparecimento de pequenos pontos necróticos superficiais no local de introdução da agulha. poderá ocorrer uma pequena auréola de eritema pela passagem de corrente na pele que desaparecerá por si só e sem tratamento em poucas horas. porém não espetacular.80 INDICAÇÕES A principal indicação da eletrolipólise está no tratamento da obesidade localizada. a retirada da agulha causa sangramento . em áreas onde a corrente elétrica será aplicada. J. Recursos e Patologias. pp. 23:4. NAOUM. C.R. 1995 . Ed. 7. SILVA. E.Funcional – Fundamentos. Revisada e ampliada. 169-17.. Guanabara Koogan.Durante a sessão. 380 GUYTON.81 . Tratado de Fisiologia Médica – Ed.Fisiologia Humana . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. A. A. 1996 . A . pp. MUNIZ. Surg. Eletroterapia em Estética Corporal. C.. . Recursos e Patologias. Ed Manole . pp. ERAZO. 3. Nueva Estética – 1° Edição . Superficial liposuction body contouring. 59-64. B.3ª Ed. R. 5. BAQUÉS. 154 pp. C. J. – 2002 Edição – RJ. C. M. J. O.São Paulo.3ª Ed.Espanha . Ed. 2002. PARIENTI. P. Electroestética. pp. GUIRRO. é preciso verificar se as agulhas não atingiram o plano muscular. Santos .Sorisa . J. 120-123 8. S. R. . P. 61-67. I.Funcional – Fundamentos. & GUIRRO.. GUYTON. 6. I. Medicina Estética. & RODRIGO. Andrei. M. Ed.2000. O. 58-68 PINTO.Ed Guanabara Koogan – RJ. Revisada e ampliada. 1996. Robe – 1° Edição . GUIRRO. J. Apud. J.Electroestética Professional Aplicada . D.Teoria y Práctica para la Utilización de Corrientes en Estética . Fisioterapia Dermato .Eletroforese – Técnicas E Diagnósticos. 2002 . L. & CARNEIRO. 9ª Ed. J. C. & HALL. ZARAGOZA. Clinics in Plast. C.10° JUNQUEIRA.E. SORIANO.São Paulo – pp. R.C. 2001. Ed. Guanabara Koogan . Fisioterapia Dermato . E.1999 – Histologia Básica – Ed. C. E. Ed Manole .1999.Espanha – pp. PÉREZ. C. 9. S.T. 4. 1995. P.. R. C. 2. 10. & GUIRRO. o paciente queixa-se de leves contrações musculares. M. mas também a região que o circunda sofre modificações. quando o condutor não está disposto linearmente. Quando há uma corrente elétrica num condutor. O efeito eletromagnético aumenta consideravelmente. Quanto maior a intensidade da corrente no condutor. .82 INTRODUÇÃO Formação do campo eletromagnético Um campo eletromagnético é um espaço onde agem forças magnéticas que se formam em torno de um condutor elétrico. as linhas magnéticas encontram-se tanto no interior da espiral quanto envolvem-na exteriormente. não somente o condutor é submetido a alterações. Falamos de uma bobina. Forma-se um campo eletromagnético em volta do condutor. mas em forma de espiral. Neste caso. tanto mais forte é o campo eletromagnético ao seu redor. ou tanto menor será o comprimento de onda. A velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas no vácuo é constante e corresponde à velocidade da luz. A quantidade de oscilações por segundo dos elétrons de um condutor determina a frequência das ondas geradas por este condutor. As moléculas das substâncias apolares (por exemplo as gorduras). como ocorre numa corrente de alta frequência. 300. quando expostos a um campo eletromagnético. O francês Jean D'Arsonval iniciou estudos sobre os efeitos do campo eletromagnético no organismo ao final do século dezenove. cujas cargas internas estão dispostas assimetricamente. Uma antena é um condutor elétrico capaz de emitir ou receber ondas eletromagnéticas.000 Hz. Os cabos dos outros agem como antenas. Segundo Winter (2001).000 km por segundo. Os efeitos biológicos das ondas eletromagnéticas As estruturas orgânicas contêm muitas moléculas externamente neutras. os aparelhos de alta frequência devem manter uma distância de 6 metros de aparelhos de. porque a rotação rápida dos dipolos provoca atrito entre eles. até que uma nova onda se desprenda do condutor. ondas eletromagnéticas são geradas. enquanto a carga positiva fica ao lado dos hidrogênios.000 e 40. chamadas de dipolos. orientam-se de maneira que seu lado de maior carga negativa se direcione ao polo positivo. Neste caso. Isto pode danificar o aparelho e é perigoso para o cliente que está sendo tratado GERADOR DE ALTA FREQUÊNCIA Conceito É um aparelho que trabalha com correntes alternadas de alta frequência. A mudança da polaridade da corrente alternada força os dipolos a acompanharem as oscilações do campo eletromagnético. quando usados simultaneamente. As ondas podem ser captadas por antenas. num porta-eletrodos e em diversos eletrodos de vidro. Quando o ritmo das oscilações é muito rápido. Uma onda é a propagação de uma oscilação. Por comprimento de onda entende-se a distância que uma onda percorre. sem no entanto entrarem em rotação[1. 3]. corrente galvânica ou corrente farádica. sofrem somente uma ligeira deformação quando expostas ao campo eletromagnético. a energia eletromagnética é transformada em calor.000 V e uma intensidade da ordem de 100 mA[2] Constituição física O aparelho consiste num gerador de alta frequência. (acima de 300 milhões de vezes por segundo. Quanto maior for a frequência das ondas. ele se desprende do condutor e parte em direção ao infinito. As ondas eletromagnéticas são uma forma de energia.83 Sempre quando o campo eletromagnético ao redor do condutor se desfaz. . Um exemplo para os dipolos é a molécula de água onde a carga negativa concentra-se sobre o oxigênio. Enquanto há corrente alternada no condutor. entre 100. Os dipolos. com uma tensão que oscila entre 25. as rotações dos dipolos também são extremamente rápidas. captando as ondas eletromagnéticas produzidas pelos aparelhos de alta frequência. tanto menor será a distância entre elas. ou seja.000 e 200. . utilize os eletrodos de alta frequência. através da oxidação das estruturas orgânicas. tornam-se fluorescentes. pondo todo o resto do tratamento a perder. se consegue um aumento do fluxo sanguíneo e por tanto se produz uma melhora do trofismo. alta voltagem e baixa intensidade são geradas por um dispositivo eletrônico que consta de vários circuitos transistorizados que transformam. A grande ação desinfetante do ozônio reside na grande agressividade do oxigênio atomar (atômico) nascente. PROCESSOS QUÍMICOS NOS ELETRODOS. sob o forte impacto energético. A corrente de alta frequência. retificam e posteriormente produzem correntes de alta frequência a partir da corrente elétrica de uso doméstico que se é provida através da rede. O efeito térmico obtido é inversamente proporcional à superfície do eletrodo. ar rarefeito ou um outro gás. como acontece por exemplo na ozonosfera do nosso planeta (as ondas eletromagnéticas do sol passam pelo ar rarefeito da ozonosfera. Ele é um radical livre. Os eletrodos provocam a formação de ozônio ao nível da pele[1]. pois não é lógico que um tratamento estético. devem ser utilizados pela esteticista criteriosamente. gerando ozônio)[1]. Devido ao calor gerado. O efeito térmico obtido é diretamente proporcional ao tempo de aplicação. Os eletrodos de vidro são ocos e contêm em seu interior um vácuo parcial. oxigenação e metabolismo celular[2]. as quais. O oxigênio atomar é o oxidante mais agressivo depois do flúor. quer dizer.84 As correntes de alta frequência. Por isso para efeitos destrutivos (fulgurações) se usam eletrodos de pouca superfície (em forma de ponta) já que concentram em um ponto os efeitos térmicos. que visa atenuar e atrasar os efeitos do envelhecimento. AÇÃO A passagem de ondas eletromagnéticas por ar ou outros gases rarefeitos. Baseado nas considerações sobre os radicais livres. quando empregada descriteriosamente. Do efeito térmico se pode deduzir outro efeito como o de vasodilatação periférica local. que quando está em contato direto. é um meio de se envelhecer mais rápido![1] EFEITOS a) Fisiológicos Térmico O principal efeito das correntes de alta frequência ao atravessar o organismo é a produção de calor. É um efeito comum a todas as formas de aplicação: Se acentua mais nos casos em que o eletrodo se coloca a uma ligeira distância da pele. Os tratamentos mais habituais duram entre 3 e 5 min[2]. O3 «O2 + O O envelhecimento celular está ligado a ação dos radicais livres. os eletrodos de alta frequência. provoca a formação de ozônio. produtores de ozônio a nível da pele. e o oxigênio é um dos precursores desta ação. A passagem da corrente provoca uma ionização das moléculas de gás. que é liberado durante a decomposição do ozônio[1]. O ozônio é uma substância instável que se decompõe rapidamente em oxigênio molecular (O2) e em oxigênio atomar (atômico) (O). 85 - Vasodilatador e hiperemiante local Aparece como consequência do efeito térmico. Os eletrodos de vidro têm um efeito estimulante sobre a pele, pois aumentam a circulação periférica local[1, 2]. Aumento da oxigenação celular b) Terapêuticos Bactericida e anti-séptico (a formação de ozônio ao nível da pele tem ação desinfetante) As faíscas que saltam entre a superfície do eletrodo e a pele formam, a partir do oxigênio (O2) do ar, o ozônio (O3) através da corrente elétrica. O ozônio formado é muito oxidante e por tanto é um bom bactericida, germicida e anti-séptico em geral[2] Melhora do trofismo dérmico / Regenerador tecidual Antinflamatório Obs.: Há que se ressaltar que este tipo de corrente não tem nenhum efeito de excitação neuromuscular[2]. INDICAÇÕES • • • • • Desinfeção após a extração das eflorescências acnéicas Fulguração de eflorescências acnéicas inflamadas Desinfecção e estimulação da circulação sanguínea do couro cabeludo Feridas abertas (contaminadas ou não) “Psoriase” CONTRAINDICAÇÕES Marca-passo cardíaco Gestantes Implante metálico local (aquecimento perigoso) Distúrbios de sensibilidade Pele com cosméticos inflamáveis (álcool e éter) TÉCNICA DE APLICAÇÃO Os eletrodos que se utilizam para a aplicação das correntes de alta frequência são geralmente tubos ocos de vidro. Em seu interior há geralmente o vácuo ou tem um gás como o neon. Para introduzir-se o eletrodo no porta-eletrodos, deve-se manter este último numa posição vertical com a finalidade de evitar que o eletrodo acidentalmente se solte e quebre. Se conectam geralmente por pressão que, por sua vez, está conectado mediante um cabo ao console gerador da corrente de alta frequência. Alguns porta-eletrodos levam um interruptor que atua sobre a passagem da corrente. Com isso se consegue fazer circular a corrente no momento de ter o eletrodo na posição correta e ativado o interruptor 86 Antes de ligar-se o aparelho, o eletrodo deve encontrar-se encostado na pele do cliente. Isto evita que o cliente tome um susto. Enquanto o aparelho permanecer ligado, o eletrodo deve manter o contato com a pele[1]. A junção entre o eletrodo e o porta-eletrodos não deve tocar o pele do cliente, pois ele sentiria um choque elétrica muito forte. Também o esteticista não deve jamais encostar. Ao aplicar a corrente de alta frequência mediante eletrodos ocos de vidro aparecem diferentemente tonalidades, sendo as mais habituais: Violeta - em seu interior há vácuo Laranja - em seu interior há introduzido certa quantidade de gás neon. Obs.: O eletrodo de tonalidade laranja produz os mesmos efeitos que o violeta porém de uma forma mais suave[2]. Com a finalidade de aumentar a ação do eletrodo, este pode ser passado ligeiramente afastado da pele, ou sobre uma gaze seca. Normalmente é utilizado para casos de acne muito graves, etc. TIPOS DE ELETRODOS Em forma de cogumelo: Ele tem grande utilidade para a desinfecção da pele após a conclusão da fase de extração durante a limpeza de pele. Considerando que a exposição ao ozônio é de pouca duração e levando-se em conta o benefício da desinfecção, a utilização dos eletrodos de vidro por 2 ou 3 minutos é justificável neste caso e não provocará danos. A forma do eletrodo não é importante, O eletrodo em forma de cogumelo é o mais prático, porém seu tamanho não tem a mínima importância. A forquilha (eletrodo para a região do pescoço) é dispensável, porque o cogumelo trata esta região com a mesma eficiência. 87 Em forma de bico: O eletrodo de bico (cauterizador), provê uma fulguração (chuva de faíscas) na pele da cliente. Com o aparelho já ligado deve aproximar-se da pele o suficiente para que parta dele uma chuva de faíscas, a qual deve ter como alvo a lesão em questão (lesões inflamadas de acne (pústulas, pápulas, nódulos). Conforme a gravidade da lesão, aplica-se a chuva de faíscas durante 1 a 2 segundos. Em forma de pente: Tem a finalidade de estimular a circulação sanguínea e desinfetar o couro cabeludo. O couro cabeludo deve estar limpo e sem produtos. O pente deve ser movimentado levemente em movimentos de pentear sobre couro cabeludo. A aplicação deve ter uma duração máxima de 10 minutos. O tratamento será completado pela aplicação de cosméticos (não usar o eletrodo antes da aplicação de produtos sensíveis à oxidação), massagens manuais e vibratória e aplicação de raio infravermelho. Obs.: Existem outros tipos de eletrodos que podem ser fornecidos, de acordo com o fabricante (em forma de Barra de metal ou espiral, em forma de forquilha ou "T", lápis, etc) Obs. saltam faíscas desde a superfície do eletrodo à superfície da pele da pessoa tratada. Durante o tratamento não se deve separar o eletrodo da superfície corporal tratada. Nesta caso há que levar em conta a sensibilidade da pessoa tratada a este tipo de pequenas descargas elétricas. b) Aplicação a distância ou com faíscas. É importante comprovar que antes de deixar passar a corrente. o fenômeno de alta frequência se levará a cabo através do organismo desta última pessoa. tira-se o eletrodo do porta-eletrodos e limpa-se o eletrodo com algodão embebido em álcool 70%. Isso se deve a que a corrente que se acumula na superfície do eletrodo passa para o organismo. Neste caso o eletrodo se mantém a uma curta distância da pele (milímetros) porém sem contactar em nenhum momento. Igualmente deve-se zerar os controles do aparelho antes de separar o eletrodo da pele. c) Aplicação indireta ou saturação.88 TÉCNICA DE APLICAÇÃO Tipos de aplicação[2. o eletrodo já estejam em contato com a área a tratar.: Após o término das aplicações. Se se aproveitam estes fenômenos durante a aplicação de uma massagem. com o que nos pontos de contato tenham lugar uns efeitos semelhantes aos que se verificam mediante uma aplicação direta. Consiste na aplicação da corrente de alta frequência através do eletrodo em forma de barra metálica que a pessoa tratada segura em uma mão. se torna condutor deixando passar a corrente. desliga-se o aparelho. após ele ter sido inserido no porta eletrodo. 4] a) Aplicação direta ou efluviação Se consegue aplicando diretamente o eletrodo sobre a área a tratar. . pois se esta pessoa está em contato físico com a terapeuta. que inicialmente não é condutor da eletricidade. Por efeito da alta voltagem da corrente. Geralmente se utilizam eletrodos de superfície plana que se aplicam deslizando-os sobre a pele em forma de massagem suave. A esteticista tratará a cliente com as mãos. Como consequência da alta voltagem da corrente. se conseguirá que aos efeitos da mesma se unam os da aplicação direta da corrente de alta frequência e os do cosmético empregado se é que se utiliza. se produz uma grande diferença de potencial entre o eletrodo e a pele. O ar. Arnould-Taylor.1999 . R.Madrid .ELECTROESTÉTICA .ELETROCOSMÉTICA .pp.4ª Ed.Winter.) 10ª Edição Ed.Scott. ArtMed .3ª Ed.89 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Videocinco . 143-144 . S.Miedes.Kitchen.1ª Edição brasileira . e Bazin.pp. . Manole . S.DIATERMIA POR ONDAS CURTAS (em ELETROTERAPIA DE CLAYTON . 68-75 3.Ed. J. . .L. W. W.São Paulo – pp. .1998 4.Ed. S. 185-206 2.pp. 235-258 . Vida Estética .1999 .PRINCÍPIOS E PRÁTICA DE FISIOTERAPIA .Ed.L. 2001.. Townes e Schawlow demonstraram a possibilidade de construir um laser. A partir desta e de outras experiências cirúrgicas ficou evidenciado. Maiman construiu o laser a rubi. Ainda 1953.MASER (amplificador de microondas pela emissão estimulada de radiação). consequentemente. iniciamos com Albert Einstein. dizemos que a amplificação da luz aporta alta concentração de energia conseqüente do grande número de fótons dos quais é constituída. O espectro eletromagnético engloba variados grupos de ondas eletromagnéticas. Reportando num breve histórico sobre o laser. Townes. o laser a gás e o primeiro laser molecular de dióxido de carbono. e o fenômeno da emissão estimulada constitui-se da emissão de luz a partir da estimulação da matéria através do fornecimento de energia aos átomos. foi desenvolvido o primeiro laser semicondutor.90 INTRODUÇÃO/HISTÓRICO Analisando o significado da terminologia LASER (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation) por partes. a extirpação de um pequeno tumor de retina. BASES FÍSICAS DA RADIAÇÃO LASER Princípios Elementares 1) Espectro Eletromagnético . Em 1962. se realizou com êxito a primeira cirurgia a laser. proveniente da variação de seus comprimentos de onda e. Gordon e Zeiger construíram o primeiro oscilador que operava na banda de ondas milimétricas . sobre o qual o fenômeno laser está apoiado. de suas freqüências. em 1955. Sinclair e Knoll adaptaram o laser à prática terapêutica. . de forma empírica.é o conjunto de ondas eletromagnéticas. em 1961. Dois anos mais tarde. que em 1917 expôs o “Princípio Físico da Emissão estimulada”. Seguindo. no Hospital Presbiteriano de Nova York. que a radiação laser estimularia a cicatrização de maneira acelerada. em 1953. a luz gerada por outras fontes é formada por uma enorme variedade de comprimentos de onda. 3) Colimação . 4) Coerência . paralelos. Todos os fótons de luz emitidos pela radiação laser têm o mesmo comprimento de onda. As modificações ou efeitos que surgem na própria partícula absorvente e na região circundante são chamados efeitos primários: bioquímicos. os raios de luz ou fótons produzidos pelo aparelho de laser são. para todas as finalidades práticas.Na luz de um laser.A luz produzida por um laser é “monocromática”. tem “uma só cor”. ao longo da distância percorrida.91 2) Monocromaticidade . O laser de baixa potência não produz efeito térmico. a energia depositada nos tecidos se transforma imediatamente em outro tipo de energia ou efeito biológico. ou seja. Esta propriedade mantém a potência óptica do aparelho enfeixada numa área relativamente pequena ao longo de distâncias consideráveis e. há uma conversão direta da energia aplicada em efeito calórico. .[12. E as ondas viajam na mesma direção (coerência espacial). oque resulta na sensação da cor branca. algumas vezes variando desde o ultravioleta até o infravermelho. a maior parte da radiação emitida pelo aparelho de uso terapêutico agrupa-se em torno de um único comprimento de onda. com uma amplitude muito limitada da faixa de ondas. E as depressões e picos das ondas de luz emitida “encaixam-se” perfeitamente no tempo (coerência temporal). mesmo durante o trajeto dos tecidos. Nestes. 49] EFEITOS DA RADIAÇÃO LASER DE BAIXA POTÊNCIA Como vemos. Este efeito somente existe nos laser cirúrgicos com potências superiores a 1 W. provocadas em parte pelo efeito mecânico. até certo ponto. praticamente inexistindo qualquer divergência da radiação emitida. diz-se que tem a mesma fase.A propriedade de coerência denota várias coisas. bioelétricos e bioenergéticos. Em contraste. quando a luz colide com a retina de um observador humano. de modo indireto aumenta a quantidade de ATP produzida pela célula.92 Radiação Soft-Laser Absorção Bioquímico Bioelétrico Bioenergético Efeitos primários ou diretos 1. mas apenas a liberação de parte do contingente já produzido. 3) Estímulo na produção de ATP no interior das células. b) Efeito bioelétrico: A a ação do laser é dupla: . uma energia válida que estimula. secundários e terapêuticos. 1.de modo direto atua estabilizando o potencial de membrana em repouso. de histamina. seu trofismo e fisiologismo. efeito bioelétrico e efeito bioenergético. 2) Modificação das reações enzimáticas normais: tanto no sentido de excitação quanto no sentido de inibição. normalizando as deficiências e equilibrando suas desigualdades. e prolactina.Estímulo ä microcirculação 2. tecidos e organismos em conjunto. . c) Efeito Bioenergético As radiações laser proporcionam às células. serotonina.Efeito analgésico 2. e isso diz respeito à normalização energética que a radiação laser proporciona ao bioplasma. acetilcolina. e que dividimos didaticamente em primários. .Estímulo trófico celular 1.Efeitos Primários ou Diretos Os efeitos primários da radiação laser de baixa potência estão subdivididos em efeito bioquímicos. βendorfina. em todos os níveis. observamos os efeitos como conseqüência desta interação. a) Efeito bioquímico: Basicamente a energia absorvida da radiação laser pode provocar dois efeitos bioquímicos: 1) Liberação de substâncias pré-formadas: ocorre em função da incorporação à radiação laser. Deve se destacar que não há referências quanto à produção destas substâncias.Efeito cicatrizante Efeitos indiretos (locais.Efeito antiedematoso 4.Efeito antiinflamatório 3. regionais. e gerais) Efeitos terapêuticos Ao estudarmos a ação do laser e sua interação como o organismo. provocando a aceleração da mitose. fato que ocorre quando há um aumento proporcional da ATP nas células. irão sensibilizar os receptores dolorosos. Como elas desempenham um importante papel em toda instalação do processo inflamatório.Efeitos Terapêuticos Como conseqüência das alterações descritas nos itens relativos a efeitos primários e secundários. Estes esfíncteres trabalham alternadamente. provocados diretamente pela absorção da radiação laser proporcionam dois grandes efeitos indiretos: Estímulo à microcirculação e trofismo celular a) Estímulo à microcirculação: Este efeito é proporcionado pela ação da radiação sobre os “esfíncteres pré-capilares”.Neoformação de vasos a partir dos já existentes 3. Estas substâncias.Efeitos Secundários e Indiretos Os efeitos primários.Estimulação da reparação do tecido ósseo.93 2 . . abrindo ou fechando a passagem para a rede capilar distribuindo o fluxo sangüíneo e conseqüente alternância das regiões a serem irrigadas. o fluxo sangüíneo se vê aumentado. aumentar a permeabilidade venular e provocar a dilatação de artérias e arteríolas. Como conseqüência do aumento da permeabilidade venular ocorre extravasamento de plasma. a sua inibição determina uma sensível redução nas alterações proporcionadas pela inflamação. além de outras como a serotonina e a fosfolipase-A. . Analgésico: O efeito analgésico proporcionado pelo laser de baixa potência se explica por vários fatores.Estimulando a microcirculação que irá garantir um eficiente aporte de elementos nutricionais e defensivos para a região lesada. formando-se assim o edema. .Interferindo na síntese de prostaglandinas.Aumento do trofismo na pele. ocorre paralisação deste esfíncter pré-capilar e. favorecendo a sua resolução. que são potencializadas pelas prostaglandinas. são liberadas substâncias como a histamina e a bradicinina. a seguir: . como conseqüência. b) Estímulo ao Trofismo Celular: Entre os tecidos estimulados. além de outros fenômenos. Provavelmente em decorrência da ação da histamina liberada pela radiação laser. Aparentemente o efeito antiinflamatório da radiação laser de baixa potência justifica-se a partir dos seguintes pontos: . podemos destacar: . a radiação a laser de baixa potência proporciona os seguintes efeitos terapêuticos: Antiinflamatório: A partir de qualquer lesão tecidual. válvulas que existem na entrada da rede capilar ao final da rede de arteríolas. também favorecem a analgesia. já proporciona a redução da dor. que explode. o que desencadeia uma série de fenômenos proporcionando congestão que. provocando a reabsorção de exsudatos e favorecendo a eliminação de substâncias alógenas.formação de novos vasos a partir dos já existentes. por exemplo. 10]. o estímulo à cicatrização mostra-se eficiente. apresentam pulsos na ordem de 0. .Estímulo à microcirculação: proporciona melhores condições para a resolução da congestão causada pelo extravasamento de plasma que forma o edema. como consequência. e ondas de impacto supersônicas são criadas a partir da alta temperatura atingida[8] . que sensibilizam os receptores dolorosos. Tal poder terapêutico se explica por: . . gerando energia virtualmente contínua. Esta ação. direta ou indiretamente. Os short pulsed apresentam pulsos de 10 a 500 nseg e incluem os Q-switched Ruby. mantendo o gradiente iônico. c) Liberação de ACTH (corticoide natural do corpo) d) Estimulando a liberação de β-endorfinas. b) Interferindo na mensagem elétrica durante a transmissão do estímulo da dor. por si só. gerando melhores condições para uma cicatrização rápida e esteticamente superior.5 mseg. como. de substâncias ácidas ou outras consequentes de fagocitose. por exemplo. que proporciona um aumento da velocidade mitótica das células. [49] TIPOS DE LASER A luz gerada pelo laser pode ser liberada de modo contínuo. na realidade. Alexandrite e Neodimio-Yag. dificulta a resolução do processo inflamatório em si. Os pulsados emitem energia com pulsos variáveis (long ou short pulses) e intervalos também variáveis. e) Provocando a normalização e o equilíbrio da energia no local da lesão f). que aumenta o aporte de elementos nutricionais associada ao aumento da velocidade mitótica.94 a) A nível local. conseqüente do aumento da permeabilidade venular e do inevitável extravasamento do plasma. proporcionará uma menor sensação dolorosa. mantendo o potencial de membrana e evitando que a mesma despolarize. A eliminação. Nestes tipos de lasers o tecido alvo é aquecido em tão pouco tempo. mas os pulsos são muito rápidos. Os pseudocontínuos são. facilitando a multiplicação das células. . reduzindo a inflamação. . pseudocontínuo ou pulsado[8. Os lasers contínuos emitem energia de maneira constante. A ação antiedematosa do laser pode ser justificada a partir dos seguintes fatos: . e o intervalo entre eles é extremamente curto. ou seja. a grosso modo. o flashlamp pumped pulsed dye.Aumento da síntese de colágeno.estímulo à microcirculação.Diminuição da prostaglandina/histamina Cicatrizante: Dos efeitos terapêuticos que se destacam no uso do laser. Os long pulsed lasers. Estimula a liberação de serotonina (no LCR) Antiedematoso: Um dos resultados da instalação do processo inflamatório é o surgimento do edema. pulsados. O caráter antiinflamatório.incremento à produção de ATP. evitando “competição” com outros cromóforos presentes. o comprimento de onda específico de uma laser a ser utilizado deverá ser absorvido pelos cromóforos específicos no tecido. Classificação do tipo de laser segundo a substância ativa geradora da radiação 1) Laser sólido a) Neodimio-YAG Emite radiação na faixa do infravermelho com comprimento de onda de 1064 nm. Por fim. (1983). em tratamentos endoscópicos e para obter efeitos fototérmicos no tratamento de lesões cutâneas pigmentadas e tatuagens de cor azul. Assim: ultravioleta<azul<verde<amarelo<vermelho<infravermelho[3]. uma lesão cutânea pode ser tratada com um tipo de comprimento de onda que corresponda ao pico de absorção do cromóforo contido nessa lesão. O mesmo acontece com lesões ricas em pigmento melânico[9] Outro ponto a ser ressaltado é o conceito de fototermólise seletiva. A água. Lesões vasculares contém pigmento de oxiemoglobina. seja pulsada. sendo pulsado e com duração de pulso de 10 nseg. Quando maior o comprimento de onda da luz visível. A pele contém diferentes pigmentos ou cromóforos com diferentes espectros de absorção. Introduzido por Anderson e Parrish. É usado em oftalmologia. A forma de liberação de energia. próximo à luz infravermelha do espectro. Em geral. Assim. podemos ver esta cor porque quando sobre ele incide a luz as ondas vermelhas são refletidas. 8]. contínua ou pseudocontínua. influi no tipo de resposta tecidual. não absorve em absoluto radiações com comprimento de onda inferior a 1000 nm[2].. preto e verde[2. verde e ultravioleta. A hemoglobina pelo contrário. e seu longo comprimento . há destruição seletiva do tecido alvo a partir da absorção de um tipo de luz). A cor de qualquer coisa depende das radiações eletromagnéticas que refletem quando sobre ela incide a luz. e como tal cumpre o fenômeno descrito: o laser de cor verde será especialmente absorvido pela hemoglobina vermelha do sangue[2]. postula que a absorção tecidual seletiva por um tipo de luz acarreta a destruição seletiva desse mesmo tecido (em outras palavras. para coagulação de tecido vascular. Seu pulso dura cerca de 100 nseg. O grau de absorção de um laser determinado depende em grande parte da concentração presente de seu cromóforo específico[2]. b) Alexandrite Possui comprimento de onda de 755 nm. é este um conceito amplamente difundido para justificar a utilização de certos lasers em dermatologia e processos de fisioterapia dermato-funcional[2]. O laser é um raio de luz. As características da pele ou tecido alvo tratado também são de grande importância. Assim. Os principais cromóforos da pele são a oxiemoglobina e a melanina. e que pode alcançar elevadas potências de irradiação. num objeto vermelho. maior a penetração no tecido. O coeficiente de absorção dos principais pigmentos se mostram da seguinte maneira: A melanina (presente na epiderme e folículo piloso) absorve radiações com comprimento de onda inferior a 1200 nm de uma forma relativamente uniforme. tornando-se alvo para a luz do laser absorvida por esse pigmento. tem faixas fortes de absorção nas cores amarelo. Tendo em vista que a pele sobre a qual incide o laser é rica em diferentes pigmentos e cromóforos. Cada cromóforo mostra uma faixa de absorção característica para certos comprimentos de onda. e são absorvidas todas as demais[2]. O conceito de cromóforo deve ser exposto e designa um grupo de átomos que confere cor a uma substância e absorve um comprimento de onda específico. 3. azul. e suficiente longo para atingir camadas mais profundas da pele[3]. o comprimento deve ser o mais próximo do pico de absorção do cromóforo a ser irradiado.95 Dependendo do tipo de laser temos alterações clínicas e histológicas específicas peculiares no tecido alvo. podendo alcançar elevadas potências de emissão. no espectro invisível. e os gases moleculares. É um aparelho contínuo e com penetração de 1 a 2 mm na pele.. Ele promove excelente tratamento para ablação tecidual leve com menor eritema no pós-operatório[3]. c) Flashlamp pumped pulsed dye laser O FPDL é um laser pulsado. verde.96 de onda permite grande penetração na pele. como o laser de CO2. com comprimento de onda de 632. Um dos espelhos é semitransparente permitindo que parte dos fótons gerados atravessem o espelho. Essa câmara possui espelhos que refletem os fótons e mantêm a estimulação da mescla gasosa. A principal indicação é o tratamento do fotoenvelhecimento cutâneo 2. vários autores consideram o FPDL o tratamento de eleição[3]. obtendo-se então o feixe de raio laser. Sua principal vantagem é que é bem absorvido por pigmentos. o que confere ao mesmo a cor vermelha. transferindo energia para o neon. o que se dá pela emissão de fótons. preto. d) Érbio É pulsado.. Desse modo promovem choques entre átomos de hélio e neon. Uma câmara que contém a mistura gasosa é atravessada por uma corrente elétrica contínua. a penetração é cerca de 1. a) Hélio-Neônio (HeNe) Possui um comprimento de onda de 632. A partir dessa energia. e 20% com hipopigmentação definitiva [11]. Associadamente. porém pouco absorvido pela hemoglobina. 2) Laser gasoso Neste grupo deve-se estabelecer uma diferenciação entre os gases neutros. o excesso de calor gerado pelas altas fluências necessárias à penetração na pele leva à necrose de estruturas vasculares e não vasculares na derme papilar. Para que possam retornar à órbita original necessitam perder a energia recebida. granuloma piogênico. o que corresponde a cor verdeazul. havendo menor dissipação de energia A penetração é 20 vezes menor do que a do laser de CO2. e apresenta efeitos fundamentalmente bioestimulantes e tróficos[2]. Os principais cromóforos que absorvem o laser de argônio são a oxiemoglobina e a melanina. Essa câmara é que promove a efetiva ampliação da luz. É aplicado fundamentalmente na eliminação de tatuagens de pigmentos azul. 3]. nevo rubi. As principais indicações são: a) lesões vasculares: manchas vinho do porto. Em 585 nm. que podemos observar. elétrons dos átomos de neon saltam para órbitas mais distantes do núcleo. e cinza e lesões pigmentadas benignas e ultimamente em tratamentos de depilação[2. 590. a absorção pela oxiemoglobina e diminui a destruição da melanina[8].2 nm. o que melhora. Cerca de 5 a 38 % evolui com distúrbios de cicatrização. É obtido a partir da estimulação de uma mescla de gases (hélio e neônio na proporção de 9:1) e possibilita uma radiação visível. Essa corrente elétrica faz com que os elétrons das moléculas do hélio saltem para órbitas mais distantes do núcleo. como o laser de Argônio. na faixa do vermelho. . e atua na faixa de 2940 nm. telangiectasias. portanto luz amarela[8. Particularmente para as manchas vinho do porto. 595 e 600 nm. O resultado final pode apresentar destruição térmica difusa e não específica da pele.8 nm ou 6328 A. Atua no comprimento de onda 585.9]. os gases ionizados. com duração de pulso de 350 microseg. Comparado ao laser de CO2 apresenta coeficiente de absorção cerca de 20 vezes superior. A esse mecanismo chamamos “Câmara de Ressonância Óptica”.8 nm. como o laser de HeNe. b) Argônio Possui comprimento de onda entre 485 e 515 nm (488-514 nm). queratose seborréica. Diz-se que o laser está focado quando a caneta do laser está próxima da pele. manchas café. condiloma acuminado.97 As principais indicações são: a) lesões vasculares: manchas vinho do porto. telangiectasias de calibre maior. hiperpigmentação pós inflamatória[8. etc. É o típico laser de corte e cirurgia. Em 511 nm. angioma. Capaz de emitir elevadas potências de radiação com um comprimento de onda de 10600 nm. sem destruição de estruturas mais profundas[8. emite luz verde. formado por cristais de arsenieto de gálio. queratose actínica. queilite actínica) e cirurgia de unha “encravada” [8. de forma contínua[2]. melasma. Não há um cromóforo específico que absorva o laser. entretanto se for emitido de forma pulsada tem seu uso expandido para aplicações cutâneas como técnicas de resurfacing.[8]. e tratamentos endoscópicos[2]. 12]. pois o resultado da reação proporcionará falta de elétrons. sendo usado para o tratamento de lesões pigmentadas. verrugas virais. podendo ser contínuo ou pulsado. portanto. Uma corrente elétrica contínua aplicada a este diodo proporcionará a combinação dos elétrons em excesso em um dos lados aos “vazios” existentes no outro lado. queratose seborréica. em 578 nm. Adicionando-se telúrio a um deles. escapam do mesmo na forma da radiação laser. e desfocao quando afastado. 11]. Destas combinações nascem certas quantidades de energia que. absorção não seletiva da luz pela água intra e extracelular. efélides. telangiectasias. b) Arsenieto de gálio-alumínio (AsGaAl) Emite radiação infravermelha com comprimento de onda de 830 nm. concentra-se alta energia em pequena área. nevo rubi. ocorre vaporização do tecido. amplificadas pelas extremidades polidas do diodo. No modo focado. d) Cobre O laser de cobre (vapor ou brometo de cobre) opera em duas faixas do espectro fotométrico: 511 e 578 nm. nevo azul. No modo desfocado. Ao segundo cristal será adicionado zinco. lesões pré-malignas (papulose bowenóide. Utilizando-o com lentes divergentes se consegue aumentar a superfície de irradiação diminuindo sua densidade de potência[2]. b) lesões pigmentares benignas: lentigo simples. faixa do infravermelho. ocorre necrose de coagulação da epiderme e derme[12]. havendo corte do tecido. 3) Laser diodo ou semicondutor a) Arsenieto de gálio (AsGa) Emite radiação infravermelha com comprimento de onda de 904 nm. emite luz amarela. angioqueratoma. Apresenta-se como útil instrumento para destruir lesões dermatológicas superficiais e coloridas. porém como potência média se obtém um laser de baixa potência[2]. pois da reação resultará um número excessivo de elétrons. c) CO2 É um dos mais utilizados na medicina estética. Considere dois cristais de arsenieto de gálio. As principais indicações são cirurgia a laser onde se deseja evitar qualquer sangramento cutâneo. Unindo-se os dois cristais formar-se-á um diodo. As principais indicações são: a) lesões vasculares: manchas vinho do porto. ocorrendo. tumores benignos da pele. 12]. para tratamento de lesões vasculares[3]. e b) lesões pigmentares: lentigo. . eliminação de lesões hiperpigmentadas superficiais. malformações vasculares outras. em forma pulsada de maneira que cada pulso alcança potências de grande densidade energética (W). hemangiomas. Após o tecido ter sido irradiado. o que conferirá ao mesmo características elétricas negativas. estaremos conferindo ao mesmo características elétricas positivas. tratamentos oftalmológicos. e. granuloma piogênico. e por isso também é chamado de laser semicondutor ou laser diódico. O laser As-Ga é uma radiação obtida a partir da estimulação de um diodo semicondutor. a qual é muito superior ao do HeNe (2mW) ou mesmo do AsGa. Várias empresas fabricantes de laser de baixa potência já lançaram novos equipamentos com potência média de 30 mW no mercado nacional[1]. onde a emissão ocorre em regime pulsado (pacotes de energia). Normalmente. na faixa do vermelho. em relação ao de HeNe. Uma das vantagens dos equipamentos de AlGaInP e os de AsGaAl está fundamentada na potência média emitida (30 mW. Recentemente foram lançados no mercado nacional os de Alumínio-Gálio-Indio-Fósforo (AlCaInP) e Arsenieto-Gálio-Alumínio (AsGaAl). . A outra vantagem é decorrente do fato do material gerador (sernicondutores) estar na forma de um diodo. cabe ressaltar que.0 nm Contínua Pulsada Contínua Contínua FEIXE Visível (vermelho) Invisível Visível (vermelho) Invisível POTÊNCIA DE PICO 2 a 10 mW 15 a 30 W 15 a 30 mW 30 mW Fonte: Guirro & Guirro (2002) Técnica de aplicação do Laser Hélio-Neônio (He-Ne) A emissão desse tipo de laser se dá de maneira contínua. LASERS USADOS EM FISIOTERAPIA: TIPOS DE LASER HeNe AsGa AlGaInP AsGaAl COMPRIMENTO FORMA DE ONDA DE ONDA 632. cada ponto se distancia 1 cm do outro. bem como a sua utilização. . e seu menor tamanho[2]. o laser He-Ne permite um maior número de formas de aplicação quando comparado ao laser As-Ga.0 nm 830.Aplicação por varredura: Consiste na aplicação onde se movimenta. fazendo com que o ponto iluminado “varra” toda uma região. apresenta potencial terapêutico mais destacado em lesões superficiais. ao contrário do laser As-Ga. à maneira de um pincel. São elas: .[12. Obs. Os equipamentos mais utilizados na prática fisloterapêutica até o momento são os de HélioNeônio (HeNe) e Arsenieto de Gálio (AsGa). Porém. permitem tratar superfícies de maior dimensão.0 nm 670. a caneta aplicadora.: Existe tipos de aparelhos de HeNe que emitem radiação de forma pulsada. A vantagem deste tipo de laser é seu maior rendimento e eficiência elétrica. que dão um aspecto "divergente" à radiação emitida.Aplicação por pontos: Consiste na irradiação de um determinado ponto sobre o corpo do paciente. o qual facilita o projeto do aparelho. como é o caso de lesões dermatológicas.8 nm 904. Possui barras de múltiplos diodos. segundo a tabela abaixo. já que não há necessidade de fibra óptica. comparativamente ao laser As-Ga.98 c) Índio-Gálio-Alumínio-Fórforo (InGaAlP) Emite radiação com comprimento de onda de 670 nm. Normalmente são necessários vários pontos para que toda área a ser tratada seja irradiada. 49] A radiação laser obtida através da mescla de gases hélio e neônio se tem mostrado com grande poder terapêutico tanto em lesões tidas como superficiais como em lesões profundas. estéticas ou em processo de cicatrização. Formas de aplicação[50] Por ser visível. os quais possuem características específicas. Técnica de aplicação do Laser de Arsenieto de Gálio (As-Ga) Como já foi dito sobre a utilização do laser He-Ne. A distância ideal de um ponto a outro é de 1 cm e não deve passar de 5 cm[2]. etc. se utilize apenas a aplicação por pontos encostando a caneta aplicadora na pele do paciente pois ao afastarmos a caneta o feixe de laser abre-se em forma de leque perdendo-se concentração energética. [50] Além das lentes divergentes pode ser usado outro acessório. [45. assegurando um aumento na eficácia do tratamento. No entanto. Quando se tratam processos agudos pode-se chegar a realizar . que é utilizada para minimizar o inconveniente de se manusear a ampola de gás[45. DOSIMETRIA Em fisioterapia dermato-funcional é fundamental o uso dos lasers vermelhos e classicamente o de He Ne. mas como não é possível ver a dimensão da zona que se está irradiando. pois reduz a possibilidade de visualização acidental. a conexão de lentes divergentes na saída da ampola de gás. o laser As-Ga apresenta potencial terapêutico destacado em lesões profundas. e o efeito antiinflamatório se obtém com dose mais baixas. Se a caneta for utilizada afastada da pele deve distar. a “cabeça” ou sonda de tratamento deve ser aplicada com uma firme pressão na área do tecido a ser tratado. principalmente os casos em que a aplicação seria dolorosa demais. Contudo. do tipo articular. Porém. já que se atua sobre estruturas superficiais e geralmente o efeito desejado é o efeito trófico (cicatrizes.5 a 1 cm da superfície de tratamento. a dose mais habitualmente empregada se situa entre 10 e 20 J/cm2. a principal razão da chamada técnica de contato é a maximização da irradiância ou da densidade de potência no interior do tecido alvo. rugas. que se destaca em lesões superficiais. 50]. O fato de não ser visível limita o laser As-Ga no que se refere às formas de aplicação. Ocorrem perdas de potência que variam entre 5 e 10%.99 OBS 1: Em geral e sempre que possível. estrias.). comparativamente ao laser He-Ne. OBS 3: Nos equipamentos geradores de laser He-Ne de emissão direta utiliza-se. Pois a técnica de contato possibilita que o operador ao pressionar a caneta de tratamento nos tecidos possa tratar com mais eficiência as lesões situadas mais profundamente. ou em que há necessidade de uma técnica asséptica. muscular. de acordo com a qualidade do material utilizado na lente. é aconselhável que. levando-se em conta que quando se busca um efeito trófico se empregam doses altas. 50] O uso de lentes divergentes possibilita que. etc. o spot formado pela radiação laser He-Ne aumente. e sua incidência ser [12] perpendicular. na medida em que se afaste a caneta aplicadora da superfície do paciente. [12] OBS 2: Entretanto há situações em que a laserterapia não pode ser aplicada pela técnica de contato. sua utilização é pouco praticada em virtude de existir intensa atenuação da potência e a qualidade das fibras comercializadas no Brasil e baixa. Atualmente. nem mesmo ter a idéia da dispersão que o afastamento da caneta aplicadora apresenta quando de uma aplicação em varredura. maior densidade energética (dose) deverá ser empregada. para viabilizar aplicações zonais. aproximadamente cerca de 0. como a fibra ótica. Quanto mais afastado estiver um ponto do outro. Com ele se realizam aplicações puntuais sobre a estrutura a tratar. isto torna a aplicação mais segura. Não que aplicações por zona ou mesmo em varredura sejam contra-indicadas. com este tipo de laser. tonificação cutânea. ambos os tipos de laser apresentam potencial terapêutico elevado em lesões superficiais e profundas. estas situações são. Tal fato viabiliza a aplicação por zona em equipamentos de emissão direta. ... Sugerem a seguinte tabela: Ação antinflamatória ..3 a 6 J/ cm2 Existe atualmente...doses menores que a dose padrão f) Parâmetro relacionado à melanina ..... este deve observar algumas peculiaridades: a) Parâmetro relacionado à evolução da enfermidade .. seguindo a dose padrão. por exemplo).... que refere-se a 3 a 4 J/cm2..doses menores que a dose padrão ...doses maiores que a dose padrão e) Parâmetro relacionado à gordura ...doses menores que a dose padrão .Idosos ..Desidratados e desnutridos ..... E para que o profissional possa utilizar a dose ideal no paciente.doses maiores que a dose padrão d) Parâmetro relacionado ao condicionamento físico .Maior espessura .. líquidos ou simplesmente não eliminarmos sua própria secreção sebácea...1 a 3 J/cm2 Ação circulatória .Atletas ..doses maiores que a dose c) Parâmetro relacionado à nutrição e hidratação ...doses menores que a dose padrão .Casos crônicos .doses maiores que a dose padrão Ao incidir um feixe de luz em qualquer superfície..doses maiores que a dose padrão . é produzido necessariamente um processo de reflexão que será variável segundo seu ângulo de incidência e o estado da superfície em que este incide. ..doses maiores que a dose padrão b) Parâmetro relacionado à idade .. 1 a 3 J/cm2 Ação antálgica ..doses menores que a dose padrão . uma linha de conduta no tocante a parâmetros dosimétricos que giram em torno de um dose padrão. Guirro & Guirro (2002) mencionaram que alguns autores preconizam que a densidade de energia a ser depositada deve situar-se entre 1 a 6 J/cm2.. e que em processos crônicos se espaçam as aplicações e se utilizam doses mais altas[2]...Menor espessura ... A eliminação da secreção sebácea assim como a incidência perpendicular da irradiação aumentam a quantidade de energia absorvida[1]..Sedentários . todos estes elementos formarão uma barreira que irá incrementar a reflexão de qualquer feixe luminoso acima de seu nível normal..Jovens/crianças a partir de 12 anos ..100 tratamentos diários (cicatrização de uma ferida.... 2 a 4 J/cm2 Ação regenerativa ..Hidratados e nutridos .Indivíduo escuro .Indivíduo claro .. Se aplicarmos sobre a pele pomadas.....Casos agudos ...doses menores que a dose padrão ..... 101 TERAPÊUTICA Fórmula para Cálculo de Tempo de Aplicação[50] Para conhecer o tempo de aplicação necessário para uma certa dose de radiação laser, o fisioterapeuta deverá: 1- Saber qual dose (J/cm2) deseja aplicar 2- Conhecer a potência de emissão utilizada (fornecida) 3- Conhecer o tamanho da área a ser irradiada. A potência de emissão é uma informação normalmente fornecida pelo fabricante do aparelho emissor. Quando a área a ser tratada é de apenas um ponto, como a área da ponta da caneta aplicadora, que também é informada pelo fabricante, elimina-se a terceira dúvida: conhecer o tamanho da área a ser irradiada. Já quando a área a ser tratada é uma região maior que um ponto (zona ou varredura), esta área deve ser calculada. Calculando o Tempo de Aplicação Conhecendo os três pontos já citados, basta aplicar a fórmula abaixo para conhecer o tempo de aplicação necessário: T (s) = Dose desejada (J/ cm2) x Área (cm2) Potência (w) Apêndice Matemático/Exemplos Para facilitar a dinâmica que envolve o cálculo de tempo de aplicação, apresenta-se a seguir alguns itens relativos ás unidades de medidas e conversões, e também alguns exemplos de cálculo de tempo de aplicação. Unidades de Medida - Potência: Sempre medida em watts - Área Sempre medida em cm2 Conversões - 1 mw = 0,001 w - 1 mm = 0,1 cm Fórmulas Na técnica de varredura normalmente utiliza-se as fórmulas para cálculo da área de um retângulo ou quadrado: Base (b) x Altura (h) (varredura) INDICAÇÕES LASER DE BAIXA POTÊNCIA EM FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL a) Envelhecimento cutâneo e rugas Os resultados obtidos com a laserterapia, para o tratamento das rugas, não pode ser comparado com os resultados das cirurgias plástico-estéticas. A ação do laser se dá em nível celular, promovendo 102 o crescimento do colágeno, com o qual se consegue restituir a tensão da pele, obtendo-se interessantes melhoras da expressão facial em pacientes com idades compreendidas entre os 30 e 50 anos, com sinais de envelhecimento da pele[4]. Não se deve irradiar a zona compreendida nos limites ósseos da cavidade ocular, e tampouco sobre a pálpebra. Fica também proibida a irradiação sobre as rugas do pescoço, correndo-se o risco de hiperativar a glândula tireóide[1]. b) Acne O laser produz muitos efeitos interessantes na acne em fase comedoniana, inflamatória ou cicatricial (antiinflamatório, analgésico, e cicatrizante). Quando se trata de uma acne infecciosa, o laser deve ser acompanhado de uma cobertura antibiótica adequada[2]. c) Pós depilação elétrica Por seu poder de regeneração celular (reepitelização), acelerador do metabolismo celular, antiedematoso, antiinflamatório e analgésico, se obtém excelentes resultados de normalização e cicatrização do tecido[2]. d) Celulite O laser de baixa potência produz um estímulo da microcirculação, e favorece a reabsorção do edema, tem uma ação analgésica e melhora o trofismo e cicatrização do tecido[2]. e) Flacidez tegumentar Pelo seu efeito biológico sobre a reconstrução do tecido conectivo (fibras elásticas e colágeno), pelo aumento da regeneração celular que produz (reepitelização), pelo seu efeito acelerador do metabolismo celular estimula a produção de novas fibras elásticas e colágenas, e pelo seu efeito geral biorregulador, será de máxima utilidade no tratamento da flacidez[2].. f) Estrias Os melhores resultados do tratamento das estrias se obtêm com a combinação farmacológica ou aplicações tópicas, como ocorre na maioria dos tratamentos dermoestéticos, não sendo tão brilhantes quando se utiliza exclusivamente o laser. Os melhores resultados encontrados no tratamento das estrias estão por volta de 50% de recuperação. Esta ação do laser é exercida em nível celular, aumentando o número de fibras de colágeno e conseqüentemente a tensão epidérmica, melhorando consideravelmente o aspecto da pele[5]. O tratamento com laser é mais efetivo quando aplicado imediatamente após o aparecimento da estria, conseguindo revitalizar a pele e suavizar a coloração da estria. Do contrário, só se logrará melhorar ligeiramente seu aspecto[2, 5]. Observa-se uma melhora da atividade metabólica do tecido, e consequentemente uma maior lentidão no seu estabelecimento[1]. Foram demonstrados resultados efetivos na aparência de estrias utilizando laser pulsado com comprimento de onda de 585 nm[6]. A prática mostra que para se observar os primeiros resultados da terapia laser em estrias, é necessário um número elevado de aplicações[1]. g) Cicatrizes pós-traumáticas e pós cirúrgicas Quanto mais recente for o processo, melhor o resultado. Em cicatrizes cirúrgicas o tratamento pode iniciar-se imediatamente depois de finalizar a intervenção, em cujo caso os resultados podem chegar a fazer com que a cicatriz regrida imperceptivelmente[2]. A utilização de um outro tipo de laser vem em função da patologia a tratar. Assim, quando se tratam processos profundos que cursam com inflamação e com dor se utiliza fundamentalmente o laser infravermelho tendo em vista que sua capacidade de penetração é maior, e que a prática tem 103 demostrado que seus efeitos são fundamentalmente antiinflamatórios e analgésicos. Pelo contrário, quando se tratam processos superficiais e se busca um estímulo trófico se usam fundamentalmente os lasers vermelhos já que sua ação é mais superficial e produz efeitos demostrados de estimulação do metabolismo e do trofismo dos tecidos[2]. A ação do laser no reparo tecidual se deve: a um aumento na tensão de ruptura de cicatrizes, maior velocidade de cicatrização, modificação da motricidade do sistema linfático, possibilidade de angiogênese e resultados animadores em cicatrizes eritematosas, hipertróficas e pigmentadas[1]. O laser de HeNe atua no processo de orientação das fibras de colágeno, provavelmente por ação nos fibroblastos, que se depositam ao longo da região em processo de reparo[7]. CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTAS - Irradiação sobre massas neoplásicas ou paciente portadores de neoplasias, e carcinoma - Irradiação direta sobre a retina - “Irradiação sobre focos de infecção bacteriana” - Áreas de hemorragia REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. - Fisioterapia Dermato - Funcional Fundamentos, Recursos e Patologias. 2002 . Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 380 – SORIANO, M. C. D., PÉREZ, S. C., BAQUÉS, M. I. C. - Electroestética Professional Aplicada - Teoria y Práctica para la Utilización de Corrientes en Estética - Sorisa - Espanha - 2000. pp. 262-274 TOREZAN, L. A. R. & OSÓRIO, N. – Laser em Dermatologia: princípios físicos, tipos e indicações. Anais Bras. de Dermatologia. 1999. 74(1);13-20, jun/fev. TRELLES, M. A. - Laser para la salud y la estetica. Biblioteca nueva Estetica. Barcelona. 2ª ed. 1983. Apud. GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. - Fisioterapia Dermato - Funcional – Fundamentos, Recursos e Patologias. 2002 . Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 292. VELLA, J. L. C. La terapia laser em medicina estetica. Jornadas latino-americanas. 1978. Laser en Medicina, publicado pelo C.D. Laser, Colômbia. Apud. GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. - Fisioterapia Dermato - Funcional – Fundamentos, Recursos e Patologias. 2002 . Ed Manole 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 292. McDANIEL, D.H; ASH, K.; ZUKOWOSKI, M. Treatment of stretch marks with the 585 nm flashlamp pumped pulsed dye laser. 1996. Dermatol. Surg. 22:332-7. Apud. GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. - Fisioterapia Dermato - Funcional – Fundamentos, Recursos e Patologias. 2002 . Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 460 MANSKE, P.R. & LESKER, B. S. Histologic evidence of intrinsic flexor tendon repair in various experimental animals: na in vitro study. 1984. Clin. Orthop. Rel. Res. 182:297-304. Apud. GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. - Fisioterapia Dermato - Funcional – Fundamentos, Recursos e Patologias. 2002 . Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 460 GOLDMAN, L. Biomedical aspectos of the Laser; New York. Springer Verlag. 1967;1-8 ANDERSON, R.R. & PARRISH, J.A. Selective phototermolysis: precise microsurgery by selective absortion of pulsed radiation. Science. 1983; 220:524-7 SPICER, M.S. & GOLDBERG, D.L. Lasers in Dermatology. JAAD. 1996;34:1-25 HERRERA G.. Lovise Científica.Ed.. . H.Ed. 1978.MICHLOVITZ. HOY . S.C . 22. Argon Laser treatment of cutaneous vascular abnormalities: progress report.Centro de Documentación Láser de Meditec. LASH.Graficas Esga .1998 GOLDMAN.ELETROTERAPIA DE CLAYTON .A.Ed Lovise -1995 . C . Philadelphia 1996 50.1996 44.P & FITZPARTRICK.1993 51. R.DOSIMETRIA E TERAPIA LASER .SANTOS.1ª Edição brasileira .SOBOLEWSKI. C.. J. D. MASER. . A.1:14 Sheila Kitchen e Sarah Bazin . C.104 APFELBERG.10ª Edição . M. 1ª ed.77p. .NOÇÕES DE RAIO LASER E SUAS APLICAÇÕES CLÍNICAS Campinas. 49.UMA REALIDADE ATUAL .FISIOLOGIA HUMANA . 1984 43.AS MICROONDAS NA FISIOTERAPIA .São Paulo . L. Cutaneous laser surgery. Davis Co . Barcelona..B. Manole .R. . M.Gráfiques Canigó . St.3ª Ed.Barcelona 46. 1987.HERRERO. Am Plast Surg.SP . Lowis-Missouri: Mosby 1994.LA PRÁTICA APLICADA EN LA TERAPÊUTICA LASER .E.LA TERAPIA LASER. A. S. E.F. C. M.COLLS.VEÇOSO.Ed Guanabara . São Paulo .LASER EM FISIOTERAPIA .GUYTON.Malaga 45.THERMAL AGENTS IN REHABILITATION . . Aplicando a parte plana a espátula: Ao inverter a posição. Esta forma de aplicação se realiza geralmente após a técnica anterior. as células mortas. pois apresenta um ângulo aberto no centro a fim de que ao inverter-se sua posição.Aplicando a ponta da espátula: o movimento vibratório ocorre de tal maneira que ao tocar a ponta da espátula na pele as partículas semidesprendidas da superfície cutânea chegam a saltar. Seguidamente se elimina o “sabão” assim formado e o resto de partículas pela mesma vibração de alta frequencia na ponta da espátula. PROPRIEDADES A espátula que se utiliza não é plana. a absorção por parte da pele se vê favorecida. se conseguem os efeitos de uma limpeza cutânea em profundidade. se pode aplicar comodamente pela ponta ou pela parte plana respectivamente onde se consegue dois efeitos básicos diferentes: 1. Mediante a eliminação das células mortas da superfície da pele se conseguem efeitos revitalizantes aos que se acrescenta à melhora nos processos de intercâmbio e oxigenação da pele. é menos agressivo para a pele que outros de tipo químico a base de cosméticos específicos. . Se for usado um cosmético de bom fator de penetração. A micropercussão proporciona uma micromassagem e uma ligeira elevação da temperatura na qual se conseguem efeitos sedantes das terminações nervosas e melhora da circulação sanguínea periférica. ajudado pelo movimento mecânico da microvibração. Este método esfoliante. de natureza fundamentalmente mecânica. Se associarmos ao peeling ultra-sônico a eliminação de sebo mediante a desincrustação. 2. eliminando. é a parte plana da espátula que realiza uma micropercussão cutânea proporcionando uma micromassagem cutânea. EFEITOS FISIOLÓGICOS Ao eliminar as capas superficiais da epiderme se estimula a renovação do tecido cutâneo.105 Também chamada de Microvibração de Alta Frequencia. CONCEITO É uma técnica que se baseia na utilização de uma vibração mecânica de muita pequena amplitude e alta frequência que se aplica sobre a superfície da pele mediante uma espátula metálica AÇÃO Sua ação principal consiste na eliminação de células mortas da superfície cutânea mediante um sistema de vibração mecânica de uma espátula que se contacta diretamente com a superfície da pele a uma elevada frequência. consegue “saponificar” o sebo incrustado no poro. Esta aplicação se complementa com o uso de um cosmético desincrustante que. desta forma. Na maior parte dos equipamentos existe um gerador de corrente galvânica que se aplica através da mesma espátula vibradora.Evitar pressões muito fortes que podem lesionar o sistema natural de proteção cutânea. Com isso se consegue que os efeitos do microvibrador se somem aos da iontoforese. CUIDADOS E PRECAUÇÕES .Depois de cada aplicação. Em seu interior se encontra o dispositivo gerador da microvibração de alta frequencia. HIGIENE E LIMPEZA . A corrente galvânica também pode ser utilizada no processo de desincruste. que se transforma a corrente elétrica que chega.Deve-se acomodar a cliente adequadamente e retirar os objetos metálicos da região a tratar caso haja utilização da corrente galvânica. a espátula atuará como um eletrodo. hiperqueratósicas e seborreicas. com cosméticos apropriados.Levar em conta a sensibilidade cutânea das diferentes pessoas tratadas . para realização de limpezas profundas da pele onde está contra-indicado o uso de produtos químicos esfoliantes. realizando uma lavagem com sabão desinfetante e posteriormente introduzir em uma solução germicida apropriada.106 INDICAÇÕES Peles desvitalizadas. . . TECNICA DE APLICAÇÃO A aplicação pode ocorrer independentemente pelo bordo ou pela parte plana da espátula. Peculiaridades da técnica de aplicação: . seios e próximo de boca e olhos. desmontar a espátula do aplicador sobre a qual está inserida. . Pode ser utilizado sobre toda a área do rosto nos tratamentos faciais e em zonas hiperqueratosicas do resto do corpo. EQUIPAMENTO Os equipamentos estão formados por uma estrutura central de onde se pode programar a frequencia do movimento e o tempo de duração do tratamento.Constatar que a cliente a tratar não apresenta nenhuma contra-indicação . interior dos braços e coxas.Deve-se tomar cuidado com zonas da pele sensíveis como o pescoço. de polo positivo ou negativo. A espátula de aplicação está inserida em um aplicador que se adapta na mão do terapeuta com a finalidade de facilitar a aplicação.Vigiar a resposta da pele ao longo do tratamento . Neste caso é necessário um eletrodo dispersivo que se conectará à cliente em uma superfície da pele próxima à de tratamento. porém o mais efetivo é a combinação de ambas as técnicas e incluindo outros tratamentos estéticos. desmaquiando. segundo seu programa em função do tipo de cosmético usado. Se o equipamento estiver associado a um sistema de corrente galvânica. em vibração mecânica que se transmite para a espátula.Antes do tratamento deve-se realizar uma limpeza da superfície da pele. onde a penetração de cosméticos de natureza eletrolítica na fase da aplicação da espátula plana se vê acentuada. se for preciso. Se o cosmético tiver caráter iônico poder-se-á associar a corrente galvânica através da espátula.ELECTROESTÉTICA . em seguida aplicando a vibração mecânica mediante o bordo da espátula.Miedes. Quando a pele estiver seca é necessário voltar a pulverizar a substância desincrustante. Neste caso.107 . varicosidades e telangiectasias Inflamações agudas Tromboses e tromboflebites Linfangites REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 1. um cosmético de efeitos tróficos e revitalizantes sobre a superfície da pele. .Madrid .. Este seria um procedimento de limpeza. formando um ângulo de 45° aproximadamente com a superfície da pele. 149-153 .L. Videocinco . Este seria procedimento de regeneração.Ed.1999 .Pode-se aplicar em seguida.Pode-se pulverizar sobre a superfície da pele uma solução desincrustante.L. deve-se inverter a espátula procedendo a aplicação com sua parte plana. J.pp. CONTRA INDICAÇÕES Feridas e lesões da pele Dermatites de qualquer tipo Varizes. Para esta aplicação deve-se colocar a espátula com a cavidade para baixo. Estas unidades podem controlar o ritmo de desempenho e o poder de aspiração (Zaragoza & Rodrigo (1995). Starkey. 2002. As unidades de pressão positiva se utilizam de um compressor que introduz ar em aplicadores especiais. 2001). de metal ou de borracha em diferentes tamanhos. De acordo com alguns protocolos de tratamento. e o tempo total de tratamento. conectando-se ao tubo de aspiração-compressão que se une ao mecanismo que produz vácuo. 1983). De acordo com o número de compartimentos ou câmaras com regulagens individuais da pressão. que são a de pressão negativa e a de pressão positiva. 1989. As unidades de pressão negativa. abdome e membros superiores para estimular o retorno venoso e linfático (Miedes. Pode-se citar dentro desta. 2002). 1999. consistem em aplicadores que podem ser de cristal. O que ocorre nestes equipamentos é que o gradiente de pressão se estabelece da porção distal para a proximal. pode-se denominar os equipamentos de unicompartimentais ou equipamentos multicompartimentais (Guirro & Guirro. PROPRIEDADES Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995) existem dois tipos de pressoterapia. Qualquer pressão que seja superior à pressão capilar arterial de aproximadamente 30 mm/Hg pode estimular a reabsorção do edema e o movimento linfático. Guirro & Guirro. 2002. o qual irá depender da área a ser tratada. Zaragoza & Rodrigo (1995). seqüência de tempo ligado/desligado. TÉCNICA DE APLICAÇÃO Foram citados três parâmetros para ajuste de grande parte dos aparelhos de compressão pneumática intermitente: a pressão de insuflação.108 CONCEITO É um recurso terapêutico que se utiliza de aparelhos para a aplicação de uma pressão mecânica sobre os membros inferiores. pois sendo mais elevada poderia fechar o fluxo sanguíneo arterial com uma resposta tecidual incômoda (Airaksinen. mas a pressão exercida no membro se diferencia conforme o diâmetro local da área a ser tratada. Tratando-se da aplicação em membros inferiores. 1980. Esta lei afirma que a pressão exercida em uma região é inversamente proporcional ao raio naquele ponto. . o gradiente de pressão será maior no tornozelo diminuindo de maneira gradativa até a coxa que alcança maior diâmetro (Guirro & Guirro. Nos equipamentos unicompartimentais a pressão aplicada é uniforme na câmara. Prentice. porém o valor da pressão sangüínea diastólica deveria ser a pressão máxima. com o propósito de estímulo circulatório. Kobi & Denegar. Evans. em virtude das altas e constantes pressões (externas) a que o membro afetado é submetido podendo promover o colapso nos vasos linfáticos residuais e ainda prejudicar o sistema venoso. Porém a compressão pneumática dinâmica utilizada é conhecida como seqüencial. ou em forma de ventosa. para braços (“luvas”) e pernas (“botas”). A compressão estática não é mais empregada. assim como na Lei de Laplace. 1999. nas botas ou nas luvas. a compressão pneumática estática e a compressão pneumática dinâmica e intermitente (Miedes. uma pressão próxima da pressão sangüínea diastólica juntamente com o conforto do paciente são necessários para chegar-se a uma pressão terapêutica. 2002). Prentice. sendo no mínimo três compartimentos que enchem separadamente podendo ou não ter regulagem individual.109 Prentice (2002). Rucinski et al. sendo a pressão arterial média de 120 mm/Hg . 80 mm/Hg para o compartimento da perna e 60 mm/Hg para o compartimento da coxa). há muitas variações. 4) Informar ao paciente sobre a técnica que será desenvolvida com o mesmo. A pressão intermitente também pode ser encontrada nestes aparelhos com múltiplos compartimentos que inflam de distal para proximal reduzindo gradualmente em cada compartimento. . . 2) Verificar a pressão arterial do paciente momentos antes do tratamento. Estes ainda relatam que as pressões terapêuticas variam de acordo com o local de aplicação. mencionou que em alguns aparelhos a duração de cada ciclo de pressão é pode ser de120 segundos. 1987. Inicialmente a célula (compartimento) distal é pressurizada prosseguindo este ciclo durante 90 segundos. 2002. é necessário exercer uma pressão de 40 mm/Hg. A pressão intermitente pode ser ajustada nos equipamentos unicompartimentais com ciclos de compressão/descompressão que podem variar na duração de 120 segundos de compressão para 60 segundos de descompressão a 180 segundos de compressão para 90 segundos de descompressão (Guirro & Guirro. Lemley et al. Para o favorecimento da entrada de líquido no interior do sistema venolinfático. De acordo com Guirro & Guirro (2002) se o equipamento possuir regulagem individual em cada compartimento. Nos equipamentos multicompartimentais há divisão de compartimentos que são confeccionados sobrepostos para evitar garrote entre uma câmara e outra.. Ao final do período inicial. outros protocolos adotam 1 minuto ligado por 2 minutos desligado e existem protocolos que invertem isto com 2 minutos ligado por 1 minuto desligado. pressão sistólica 120 mm/Hg e pressão diastólica 80 mm/Hg. Utilizando-se uma pressão de 20 mm/Hg favorece-se somente a entrada de líquido no meio linfático (Prentice. Entretanto. 2002. e apos decorridos mais vinte segundos o mesmo ocorre na célula proximal. outros autores relataram que as pressões terapêuticas aplicadas com este recurso têm como base os valores de pressão normal do sistema circulatório.. 1993). a pressão venosa média de 40 mm/Hg e a pressão linfática média de 20 mm/Hg. 1990. 1988. de 40 a 60 mm/Hg nos membros superiores e entre 60 e 100 mm/Hg nos membros inferiores. são necessários 30 segundos para o retorno de todas as células para 0 (zero) de pressão e então repete-se o ciclo. valor médio 100 mm/Hg para o compartimento do pé. Soriano et al. 2000 ). 1982. Se o edema estiver aumentando de volume ou resistindo ao tratamento pode ser necessário um número maior de aplicações do tratamento por dia (Brewer et al.. 5) Inspecionar a pele do paciente. deve ser considerada a média entre a pressão sistólica e diastólica do paciente para determinar a pressão do seguimento distal e ajustar cada compartimento com um decréscimo de 20 mm/Hg (por exemplo. Fond & Hecox. E quanto ao tempo total de tratamento. relatou que quanto a seqüência de tempo ligado/desligado. Klein et al. 1994) mencionaram que antes de iniciar o tratamento de compressão pneumática deve-se tomar alguns cuidados como: 1) Assegurar-se de que o paciente não apresente nenhuma contra-indicação. Quillen & Rouiller. na maioria dos casos 10 a 30 minutos parecem apropriados. Alguns protocolos utilizam uma seqüência de 30 segundos ligado por 30 segundos desligado. 1991). tentando imitar os movimentos da massagem manual para remoção de edema (Kim-Sing & Basco. Alguns autores (Starkey. 3) Realizar a medida de circunferência da área a ser tratada registrando-a. Ainda há protocolos que fazem a relação 4 minutos ligados para 1 minuto desligado. as sensações esperadas e a duração do tratamento. 2001.. Prentice (2002) tratando a unidade de compressão pneumática intermitente com equipamentos multicompartimentais como bombas de compressão linear. Vinte segundos após o início da pressurização distal a célula mediana é insuflada. 2002). A compressão pneumática foi utilizada num estudo com o objetivo de avaliar os efeitos agudos da compressão pneumática intermitente (CPI) na região da coxa.Aumenta a elasticidade vitalizando os tecidos. úlceras estáticas desenvolvidas com presença de líquido no espaço intersticial por longo tempo. na panturrilha. . se for necessário. relógios. pacientes que apresentam claudicação intermitente com o objetivo de aumentar o retorno venoso. edema traumático ocorrido após lesão de tecidos moles. 11) Ajustar o tempo de insuflação/desinsuflação ou seqüência de tempo ligado/desligado.Estimula a reabsorção dos líquidos intersticiais e de toxinas retidas. insuficiência renal. 1999. 9) Inserir a área a tratar no compartimento respectivo. insuficiência arterial. amputação de um membro na qual o coto tende a desenvolver uma tumefação pelas posições dependentes. 1981. etc.. 1992.110 6) Remover objetos como jóias. Soriano et al. 13) Durante o tratamento é necessário que o fisioterapeuta permaneça junto ao paciente certificando-se que este não está experimentando algo desconfortável. . EFEITOS FISIOLÓGICOS / TERAPÊUTICOS A pressoterapia funciona através de um sistema de ajuste de pressões externas com finalidades terapêuticas proporcionando os seguintes efeitos fisiológicos e terapêuticos (Miedes. em indivíduos claudicantes e em indivíduos arteriopatas que foram submetidos a enxerto bypass infra-ingüinal para isquemia de extremidade. de acordo com os tubos de entrada e saída. fibroedema gelóide (celuite). 10) Conectar o aparelho à unidade de compressão. 2000) comentaram que as unidades de pressão positiva podem ser aplicadas em casos como: Linfedemas e edemas venosos. e na coxa e panturrilha juntos em indivíduos normais. APLICAÇÕES CLÍNICAS Alguns autores (Lafeber. aconselha-se cobrir a área a ser tratada com stockinette (malha tubular) ou material similar.Favorece a circulação de retorno. . como em pacientes que desenvolvem linfedema pós-mastectomia. 8) Posicionar o paciente em uma posição adequada e confortável à área de tratamento. este método promove a reabsorção dos edemas.Sendo realizado o desbloqueio sobre o território dos linfonodos. prevenção de varizes. melhora do trofismo e recuperação da elasticidade cutânea. . Foram utilizados 16 . obesidade. edemas póscirúrgicos. Matzdorff & Green. 12) Solicitar ao paciente que realize exercícios leves de amplitude de movimento durante o ciclo desativado ou desligado. melhora na drenagem linfática atuando sobre os vasos linfáticos. 7) Como medidas de higiene. Soriano et al. 2000): .. pois pacientes em diálise tendem a desenvolver um edema em extremidades e hipotensão. a pressão de insuflação e determinar o tempo total de tratamento.Com um efeito antálgico e relaxante. edema crônico em certos tipos de doenças neurológicas com inabilidade de movimentar um membro. tanto linfática como venosa. e reduzir a possibilidade de desenvolver trombose venosa profunda (TVP) no pós-operatório pela inatividade. 1992. como dor ou sensação de formigamento. McCulloch. tomando cuidado para não deixar áreas enrugadas. em pós-cirúrgico estético como lipossucção e lipoesculura para restabelecer a normalidade da área. S. Ath. 13. CISEK. edema II boot na air stirrup brace. Surg.. e 1 segundo entre este ciclo no compartimento da panturrilha e o início do ciclo na coxa. 3. NC. AIRAKSINEN. 6. FOLDI. 1989. 20: 25-28.Its development and treatment using lymph drainage massage. A. Changes in post-traumatic ankle joint mobility. 17. H.. Aust. Ankle compression variability using elastic wrap. 263 – 298. 188-195. insuficiência cardíaca congestiva (ICC). W. 171-180. New York. COMEROTA. KNIGHT. HOOKER. Taylor. C. Appleton & Lang. Arch Phys Med Rehab. 1989. Intermittent pneumatic compression therapy in post-traumatic lower limb edema: computed tomography and clinical measurements.111 extremidades de indivíduos normais. B. P. Postmastectomy lymphedema treated with the Wright Linear Pump.. claudicants. JONES. 3ª ed. M. 9 ed. Am J Surg. C. J. D. R. 1993. 2. 1994. B. Post-mastectomy lymphoedema treatment and measurement. 1984. edema pulmonar agudo. 1985. editors: Edema. 18. 66:256-59. K.. J. D. H. pp. The Med. GUIRRO. Chapel Hill. R P. D. DELIS. O. & HECOX. 10. V. M. A. Treatment of post-traumatic edema in lower legs using intermittent pneumatic compression. In Hecox. E. Tratado de fisiologia médica. The effects of intermittent compression and cold on reducing edema in post-acute ankle sprains... & HALL. Recursos e Patologias. 1987. Starkey. Raven Press. vol.. A compressão pneumática intermitente foi realizada com pressão máxima de insuflação e desinsuflação de 120 mm/Hg e 0 mm Hg respectivamente. A. Na analysis of cold intermitent compression with simultaneous treatment of electrical stimulation in the reduction of post acute ankle lymphaedema. A.. pp. neoplasias. quadros nos quais a pressão lesaria ainda mais as estruturas como na síndrome de compartimento. 2000. J. pp. Surgery. Scand J Rebah Med. Train 29(2): 179. Intermittent pneumatic compression. KERR. Department of Surgery. 72: 667-670. 5. I. infecções cutâneas. W. O. HOLLAND.. 1988. fratura não consolidada. 1997. AIRAKSINEN. 2000. J. Chapel Hill. 2002. 452. elastic wrap with a horse shoe. CONTRA-INDICAÇÕES Deve-se evitar a aplicação da compressão intermitente em quadros recentes de tromboflebite. 11. GARDNER. WEISSLEDER. A. Conservative treatment of lymphoedema of the limbs. 1994. Os resultados mostraram que a compressão pneumática intermitente aplicada somente na coxa ou em combinação com a aplicação na panturrilha produz uma melhora do fluxo arterial e do fluxo infra-inguinal (enxerto). FOLDI. Fisioterapia Dermato-Funcional – Fundamentos. BREWER. segura com benefícios para a indivíduos com claudicação intermitente e indivíduos submetidos a enxerto bypass infra-ingüinal (Delis et al. B. Can J.. O. 70: 341-344. Soriano et al.. Edema .. L. Ath Train. A Comparison of two intermittent external compression devices and their effect on post acute ankle edema. 16. BIBLIOGRAFIAS 1. MIROLO. 72-B: 810-815. 172: 130-135. varizes importantes. . para indivíduos com baixo fluxo sanguíneo em extremidades. and grafted arteriopaths. K. In Staub. I. 4. 17 extremidades de claudicantes e 16 extremidades de arteriopatas. EVANS. GNEPP. PRENTICE. Manole. NICOLAIDES. 30(5): 368-370. HUSMANN. trombose venosa profunda conhecida (TVP). CHESHIRE. BUNCE. H. FLICKER. Intermittente calf and foot compression increses lower extremity blood flow. R. transtornos de tensão arterial (Fond & Hecox. 7. 12. 1990. Physiotherapy. B. B. Effects of intermittent pneumatic compression of the claf and thigh on arterial calf inflow: a study of normals. n° 2.. DUFFLEY. Unpublished master’s thesis... Mehreteab. FOND.. Angiology. 9. E.R. WARD. 1994. Philadelphia. Foi relatado também que a escassez de métodos conservadores disponíveis. W. Arch Phys Rehab. 31: 319-323. permite que a compressão pneumática intermitente torne-se uma opção terapêutica não-invasiva. Jr. C. Reduction of post-traumatic swelling and compartment pressure by impulse compression of the foot. PA. 129. . R. Weisberg. AIRAKSINEN. A. PRENTICE. 2000). 1996. Clin Manag Phys Ther 8(5): 19-21. Eemple University School of Medicine.. E. NC. N. 8. 15. J. HENESSY. BASCO. N. M. COMEROTA. : Physical agents : a comprehensive text for physical athlete. J. GUIRRO. N. D. Norwalk. ANGUS. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. J. P. 1990. 2001). 1991. K. J. HOOKER.. 14. VEERAMASUNENI. J. J. CARRIERE. JBJS. University of North Carolina. KIM-SING. 24: 320-323. pain and edema following intermittent pneumatic compression therapy. The realling process at the cellular lever: a review. GUYTON.J. 1994. 461 19. 1988. EZE. T.. Conn. T. inflamações agudas. University of North Carolina. Lymphatics. o tempo de 4 segundos para insuflação e 16 segundos de desinsuflação. A. 1980. O.. M.C. A. Barcelona: Nueva Estética. 340-345. J. RODRIGO.C. 31. PRENTICE. W. J. . and treatment. PRENTICE. SPENCE. 29. Initial management of acute ankle sprains with rapid pulsed pneumatic compression and cold. F. W. 308-310. Intermittent compression for treatment of chronic stasis ulceration:a case report. 4: 39-43. MIEDES. 2001. P.C. J. 1991.Manual Prático de Aparatologia. P. M. 1991. 1991. 28. 1994. KOBI. D. British J Rheumatology. 25. 32. Treatment of the inversion ankle sprain through synchronous application of focal compression and cold. 1983. D. 1982.. 297-303. 195-204. E.. 1ª ed. P.R. Intermittent hydrostatic compressive force stimulates exclusively the proteoglycan synthesis of ostearthritic human cartilage. LEMLEY. J Ath Train. & BAQUÉS.112 20. Videocinco. Electroestética Aplicada à Estética Integral. 21. Phys Ther 61: 1452-1453. 1992. C. diagnosis. 26.2ª ed. Estética. Espanha: Sorisa. 2000. Traumatic edema and the lymphatic sistem. RUCINSKI. 1992. KLEIN. 1999. C. The effects of intermitent compression on edema in post-acute ankle sprains. SORIANO. 26: 220-237. Arch Phys Med Rehab. J. 1988. 28 (2): 156-157. MEIRELLES. A comparison of two intermittent compression devices on pitting ankle edema. J.L. . L. 34. Electroestética Professional Aplicada – Teoria y prática para la utilización de corrientes en estética. pp. D. T. 55-57. 69: 202-206. A. 2ª ed. Treatment of lower extremity lymphedema with the Wright Linear Pump: a statistical analysis of a clinical trial. 35. 27. Ed. W. JOSPT. 24. Ath Train. 31(7): 437-442.L. M.. Manole. Deep vein thrombosis and pulmonary embolism:prevention. pp... S. ROUILLER. W. D. LAFEBER. HOOKER. pp. 15: 157 – 167. M. 23. . Ath Train 18:339-41 22. 1993. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. 33. 14(2): 65-69. Geriatrics 47(8): 48-52. 30. QUILLEN. Electroestética. HOOKER. Vida Estética: RJ.. Anatomia Humana Básica. 308319. 4ª ed. Manole: 4. M. . & DENEGAR. WRIGHT. 2001. MATZDORFF. 1995. 62-63. GREEN. PRENTICE. Modalidades Terapêuticas em Medicina Esportiva. 1981. JOSPT. T. ZARAGOZA. WILKERSON. ALEXANDER. PEREZ. STARKEY. McCULLOCH.C. São Paulo: Manole. .I. pp. quando a manipulação do cabeçote ocorre seguindo as vias linfáticas. associado a uma mobilização tecidual através de "rolos" motorizados. Desde então. 2000). relatam que as técnicas de mobilizam os tecidos por aspiração ainda não provaram ser eficazes nem inócuos para a drenagem linfática. podendo abranger grandes áreas e permitir a realização de variado número de manipulações distintas com objetivos e efeitos fisiológicos diferentes (Soriano et al. Drenagem linfática Estudos de Linfocintigrafia revelaram um aumento no fluxo linfático no membro tratado (300%). Segundo Soriano et al.. aparecendo com isso um novo conceito: Terapia Subdérmica Não Invasiva (NIST). os pacientes tratados com a endermoterapia também mostraram uma melhoria no contorno do corpo e textura de pele. realiza-se um boa drenagem linfática. 8] Aumento da produção de colágeno . localizados num cabeçote. indicado para suavizar cicatrizes e padronizar a fisioterapia. (2000). Este aumento em fluxo linfático foi prolongado e durou 3 horas pelo menos depois do tratamento completado (Watson et al. Os autores mencionam ainda que o método tem origem francesa sendo denominado também de "palper roler" (palpar . 1997) CONCEITO Segundo Soriano et al. onde realiza uma mobilização profunda da pele e tela subcutânea. é uma técnica de aspiração que atua a nível hipodérmico realizando uma massagem atraumática a pressão negativa. sendo que a endermoterapia utiliza uma pressão negativa através do vácuo. 1999). tendo em vista que na técnica de drenagem linfática (manual e pressoterapia) se realiza uma pressão positiva no tecido. comparado com o membro sem tratar. A endermoterapia surgiu na França. Guirro & Guirro (2002). 2. Os autores começaram um estudo para determinar a segurança e eficácia desta técnica (Ersek et al. várias máquinas estiveram em uso na França como um método alternativo por alterar distribuição de gordura no plano subcutâneo. relatam que não há dados concretos que confirmem a hipótese de drenagem linfática provida pela endermoterapia. nos anos 70. que utiliza a aspiração (sucção). Guirro & Guirro (2002). onde o uso de "cabeçotes" especialmente desenhados permitem uma aplicação dinâmica na terapia de aspiração. EFEITOS FISIOLÓGICOS / TERAPÊUTICOS 1. Melhora da qualidade cutânea[2. definiram como uma técnica de tratamento com equipamentos especificos. (2000).rolar). permitindo um incremento na circulação sanguínea superficial. principalmente a nível ganglionar. Ferrandes et al (2001).. Orienta-se utilizar o modo pulsado de sucção. porém. assim como menor nível de vácuo[2].113 INTRODUÇÃO O termo vacumterapia é muito simples para definir as novas possibilidades do uso do vácuo. tônus. O aumento do fluxo de sangue cutâneo alcança seu pico de perfusão em 10 minutos após o tratamento (400%). Redistribuição de células de gordura[9] PROPRIEDADES A sucção opera gerando uma prega cutânea constituída pelas distintas estruturas que se encontram debaixo desta[2]. idade.). tipo de celulite. 8. melhorando o trofismo celular. etc. Exercício vascular[2] Produz uma ginastica vascular. o pregueamento tecidual contribuirá ativamente para sua revascularização (estas áreas se enchem de sangue) [2]. a presença de fibrose ou cicatriz. 9. . Regulação térmica da pele[2] Através da vasodilatação e eliminação do suor. 7. 4. Este exercício vascular contribui para desbloquear a circulação fazendo com que o sangue e o oxigênio fluam intensamente para os tecidos celulítico e adiposo (caracteristimente mal irrigados). e deixando a pele mais suave enquanto a estica. e também atuando ao nível da microcirculação. assim como aumento da produção de colágeno. semelhante a uma vasoconstricção-vasodilatação. e dura por mais de 6 horas[9] 5. A prega cutânea variará de acordo com a distorção e elementos que a integram em função de distintos fatores: área. e retardando seu envelhecimento (esclerose). Desobstrução dos poros e dos folículos sebáceos[2] Produzindo um efeito tipo esfoliação. tensão. e favorecendo e acelerando a drenagem de toxinas. estado da pele e tecidos (flacidez. Melhora do fluxo sanguíneo 114 Tanto a nível do segmento celulítico como do tecido adiposo.3. Antienvelhecimento[2. grossura de cada capa tissular. 6. melhor oxigenação e regeneração. mediante a mobilização dos tecidos. 8] Através da mobilização e descongestionamento dos tecidos. Prevenção de fibrose[2] Ao nível das cicatrizes. mais forte. as aderências a tecidos profundos. etc[2]. menor será a quantidade de fibras musculares implicadas na formação da prega[2]. Nas áreas mistas de celulite e tecido adiposo. maior será a distorção dos tecidos para uma mesma pressão de aspiração.. por isso recomenda-se que antes de iniciar qualquer tratamento deve-se realizar um teste de sensibilidade sobre a área a tratar. além dos fatores próprios do tecido ou da área a tratar. quer na mangueira e suas conexões. é menor que a redonda. em virtude de sua forma. b) Perdas de ar Há possíveis perdas de ar entre o motor e a superfície cutânea a tratar. de modo que se houver troca de um cabeçote pequeno para um de maior diâmetro dever-se-á diminuir a pressão do motor para que a sensação de aspiração seja a mesma. As formas dos cabeçotes variam segundo o fabricante. as fibras musculares estarão menos influenciadas pela aspiração. etc. entretanto. Naqueles aparelhos em que por seu desenho ou construção gerarem perdas de ar. Eles normalmente apresentam a incorporação de rolos motorizados ou não. e uma válvula de escape que permite realizar giros e outros tipos de manipulações. não fazendo parte da prega dos tecidos aspirados[2]. OS CABEÇOTES Os equipamentos de vácuo dispõem de cabeçotes de vários tamanhos. hematomas.115 Quanto mais tecido gorduroso houver na área. Alguns cabeçotes redondos permitem o . que mesmo sendo transitório considera-se um efeito indesejável. É importante vigiar o grau de aspiração especialmente nas áreas com pouco panículo adiposo. ou no próprio cabeçote. c) Tamanho da superfície de contato do cabeçote Quanto maior for o diâmetro do cabeçote de aplicação. Deve-se realizar um teste de sensibilidade ao iniciar o tratamento e a cada vez que se trocar de cabeçote ou de área de tratamento. a potência real de aspiração será sempre inferior à potência programada. e se não forem adotadas medidas de precaução. mais se aproximará da potência de aspiração programada à potência real de aspiração. pois poderiam lesionar miofibrilas e fibras musculares[2]. a distorção e o grau de aspiração dos tecidos está em função de três fatores próprios do aparado que se utiliza[2]: a) Potência do motor Habitalmente os equipamentos de endermoterapia medem a potência de aspiração em mililibras ou libras. pode-se produzir petéquias. e vão desde quadrada a redonda. no transcurso do tratamento deve-se sempre adequar a pressão. para poder adaptar-se melhor à superfície a tratar[2]. Entretanto. Em alguns casos a capacidade máxima de sucção dos aparelhos é muito forte. Quanto menores forem estas perdas. A maneabilidade do cabeçote quadrado. No modo pulsado. utilizando modo pulsado com níveis baixos de sucção. os tempos de sucção e repouso podem ser regulados[2]. enquanto o modo pulsado atua de modo intermitente. e drenagem. Tem finalidade hiperemiante e de remodelação. Se emprega ao realizar um teste. elegendo a pressão obtida no teste de sensibilidade. O modo contínuo realiza uma sucção constante.Deslocamento linear O cabeçote de desloca seguindo uma linha reta sobre a área a tratar. Os cabeçotes grandes podem apresentar depressões em seu interior que durante a sucção acentuam ainda mais as distorções (tensão-distensão) das estruturas que integram a prega succionada[2]. TECNICA DE APLICAÇÃO MANIPULAÇÃO[2] É importante após o tratamento da celulite realizar manipulações de drenagem seguindo os principais troncos linfáticos. . iniciando com o esvaziamento ganglionar. Se usa nas fases de trabalhos localizados. . as manipulações se realizam seguindo as normas gerais de drenagem. Em alguns aparelhos a sucção pode realizar de dois modos distintos: contínuo ou pulsado. na preparação para as manobras principais. Isto deve gerar precaução ao se aumentar a sucção. As principais manipulações sugeridas são: . os equipamentos podem dar mais potência que a requerida pelo profissional ou suportável pelo paciente. Após o esvaziamento."Oito" grande Se realizam manipulações em forma de oito trabalhando em modo contínuo. ASPIRAÇÃO Normalmente.116 movimento em todas as direções por possuírem bolas ao invés de rolos. Realiza uma mobilização e remoção dos tecidos. É especialmente indicado para incidir nas áreas críticas do problema com uma ação muito hiperemiante. . É também uma manobra hiperemiante e de remodelação .117 "Oito" pequeno Manobra idêntica ao oito grande. porém de menor tamanho e mais rápido.Zig-zag Trabalhando em emissão pulsada se realiza um movimento em zig-zag mudando a direção do cabeçote nos momentos de repouso da sucção. 118 .Deslocamento circular Enquanto se realizam círculos durante o deslizamento.Deslocamento-vibração Se apoia o cabeçote e se desloca linearmente enquanto que se realiza uma ligeira vibração no sentido perpendicular. se realiza um aplicação rápida em forma de percussão sobre a pele alternando momentos de sucção (quando o cabeçote se apoia sobre a pele) com momentos de repouso com o desprendimento do cabeçote da superfície cutânea. mantém-se a sucção contínua e o deslocando linear do cabeçote . É uma manobra altamente hiperemiante e tonificante enquanto ajuda a remoção de tecidos . mantendo em todo o momento a sucção do tecido. Tem um efeito fundamentalmente tonificante de sucção e remoção dos tecidos .Percussão-sucção Trabalhando de modo contínuo e com pressões altas. ou para tratar esta área testada. a endermoterapia melhora a maleabilidade do tecido. se programa uma pressão média de partida. deslocamento-vibração.. Transcorrido este tempo.: Soriano et al.). a pressão utilizada no teste foi excessiva para ser utilizada no tratamento desta pessoa. para o uso deste cabeçote. no máximo três.As técnicas supracitadas podem ser realizadas de forma única ou combinadas com outras técnicas manuais ou eletroterápicas. (2000) indicam a endermoterapia na celulite para favorecer a ruptura de fibroses. Se o objetivo for a drenagem. (2000) recomendam duas sessões de tratamento por semana. A pressão ideal de tratamento é aquela em que aparece uma ligeira hiperemia. Celulite Tendo em vista que na celulite ocorre alteração do colágeno. Estas áreas onde se realizará o teste. esperar 10 segundos. TESTE DE SENSIBILIDADE[2] Sua finalidade é dupla: estudar o possível risco de fragilidade capilar e a sensibilidade à dor das áreas hipersensíveis (como em casos de celulite compacta) Este teste deve se realizar sempre antes de empregar qualquer tratamento e deve ser repetido com cada mudança de cabeçote ou de área de tratamento. No teste com as mãos. As manobras devem ser realizadas no sentido das fibras musculares e linhas de tensão da pele. Soriano et al. utiliza-se a sucção contínua.. INDICAÇÕES 1. porém que ao final de 10 segundos desaparece. A pressão programada nunca deve ser dolorosa. . Se isto não ocorrer. deslocamento circular. . É preferível empregar o teste com valores baixos e ir aumentando em função dos resultados iniciais se for necessário. Neste caso deve-se repetir o teste diminuindo a pressão. amenizando as imperfeições da pele[1]. a hiperemia deve ter desaparecido.119 Observações: . tonifica e restaura a elasticidade normal da pele. mobilizar as gorduras e ativar o metabolismo dos adipócitos.É aconselhável a associação com o ultra som nos tratamentos da celulite. deixando sempre um dia de intervalo entre elas. Para realizar o teste de sensibilidade o paciente deve estar deitado. são realizadas manobras manuais de prega (beliscar e "rolar" a prega cutânea) para determinar as áreas críticas ou pontos álgicos do problema. Este valor de referência é o que se emprega na maioria das manipulações (oito grande e pequeno. Deve-se apoiar o cabeçote e se deslocar linearmente sobre as áreas críticas a tratar realizando uma única passada. deve-se empregar pressão inferior a aquela obtida no teste (praticamente a metade). desbloquear os tecidos. utilizase primeiramente o ultra som seguindo da endermoterapia. para evitar flacidez tecidual[1]. Com o teste usando o aparelho. Se observar o aparecimento de uma hiperemia local. que favorece a fibroesclerose dos septos conjuntivos interlobulares. atuando inclusive nas fases mais avançadas do distúrbio. estimular a circulação sanguínea. OBS. Neste caso. deverá coincidir especialmente com as áreas do tratamento. ainda que o tempo de desaparecimento da hiperemia for curto. Este valor pode ser praticamente aumentado em dobro para realizar a manipulação de percussão-sucção. Complemento às técnicas de remodelação corporal[2] Principalmente em técnicas de eletroestimulação. Desordens musculares[2] Casos de mialgias e contraturas (através da massagem) 9. Para evitar cirurgia[2] Quando deseja-se evitar intervenções cirúrgicas como a lipoescultura. 7.. Tumores 3. ajuda a reabsorver os edemas e hematomas pós liposucção. Obesidade generalizada[2] Para modelar a silhueta. estrias. de forma transitória. melhora a qualidade das cicatrizes pós cirúrgicas. Constipação intestinal[2] Incidindo a nível abdominal e seguindo o trajeto do colon. etc 9. Gestação Evitar no abdome e nas áreas vizinhas 6. 6. junto com o ultra som ajuda a desagregar as fibroses persistentes em pós cirurgias. 5. Hipertensão arterial não controlada Em virtude da drenagem linfática desembocar na corrente sanguínea podendo aumentar. Queimaduras Evitar seqüelas de fibroses e aderências cicatriciais CONTRA-INDICAÇÕES[2] 1. antes da cirurgia. a pressão sanguínea. 8. 4. uniformiza os tecidos após a lipescultura. Tratamento com anticoagulantes 7. Afecções da pele Erupções. Varizes. etc. Pré e Pós cirúrgico[2] 120 Ajuda a amenizar a capa fibrosa da hipoderme. (2000) em caos de estase de líquidos (edema) venosa ou linfática 10. e lipoclasia (elimina as irregularidades). Desordens do tecido conectivo[2] Cicatrizes. Fragilidade vascular 2. etc. 3. infecções. lipoclasia. liposucção. inflamação. flebites e tromboflebites 8. mesoterapia. facilitando a passagem da cânula em técnicas como a lipoescultura e liposucção. 5. Não aplicar sobre olhos ou ouvidos 4. assim como tonificar e restaurar a elasticidade normal da pele. liposucção e lipoclasia. Diabéticos . feridas. Drenagem linfática[2] Segundo Soriano et al.2. em estudos realizados em porcos yucatan. (Ersek et al. O tratamento com a endermologia não evocou uma cura de ferida clássica ou resposta inflamatória. faixas longitudinais de colágeno na camada média e profunda de tecido subdérmico. Regular a pressão em função do tipo de pele. Utilizar baixas pressões em casos de drenagem linfática. 1997). mostrou que todas as 22 mulheres completaram pelo menos sete sessões de tratamentos.83 cm. enquanto 39 pacientes que completaram 14 sessões de tratamentos mostraram uma redução de índice de circunferência corporal de 1. Três das seis pacientes que completaram todas as 14 sessões de tratamento tiveram um aumento em peso corporal e uma redução do diâmetro de corpo de 2. Foi vista uma diminuição em índice de circunferência de corpo. com acumulação de colágeno denso (130%). (1998) realizou um estudo composto de 85 mulheres entre as idades de 21 a 61 anos. como por exemplo. compararam com observações durante o período pós menopausa durante terapia de substituição hormonal. usando antes do ultra som pré lipoplastia. Benelli et al (1999) notaram uma interação da Endermologia com os efeitos do estrogênio. mostraram que o uso da endermologia depois do ultra som precedendo a lipoplastia melhorou os resultados pós-operatórios com respeito a redução no aparecimento de celulite e redução da taxa de revisão subseqüente. musculatura e sensibilidade. Buscando resultados estatisticamente mais precisos.85 cm.38 cm. mudanças de arquitetura nos tecidos tratados. (1998). Chang et al. Todas menos uma das pacientes tiveram uma diminuição no índice de diâmetro de corpo ao final de ou 7 ou 14 sessões de tratamento. 46 pacientes completaram sete sessões de tratamento e mostraram uma redução de índice circunferência corporal de 1. e nenhum produto de desarranjo da gordura ou metabólico foi detectado no sangue ou urina. no que diz respeito a melhora do contorno do corpo. Dentre os 85 pacientes. mas não demonstrou nenhuma melhoria significante. Para isso. para maior efetividade[2] 4. atenuar eventual desconforto provocado pela aspiração e pinçamento da prega cutânea.121 PRCAUÇÕES 1. . Adock et al. Uso de malha de contenção corporal para garantir maior higiene ao tratamento. O tratamento não causou diminuição em densidades de tecido subcutâneo. verificaram com o uso da endermologia. quando compararam os efeitos clínicos observados em alguns pacientes que sofreram tratamento regular. Nenhuma evidência de mobilização de tecido gorduroso foi achada. facilitar as manobras e o deslizamento dos roletes em todas as regiões. Preservar de certa forma a integridade do tecido conjuntivo. para que não haja dor[2] Pode ser importante a realização de uma teste de sensibilidade antes de qualquer tratamento[2] 3. não evidenciou qualquer aumento da vascularidade tecidual ou divisão celular. Cuidado com as áreas umbilical e inguinal (utilizar pressões baixas) [2] 2. mesmo havendo perda ou ganho de peso na maioria dos casos. La Trenta & Mick (2001). 3 tiveram um aumento em peso de corpo e uma redução de diâmetro do corpo de 1. também foi observado alguma distorção e rompimento de membranas de célula de adipócitos. Das 22 mulheres que completaram sete sessões de tratamento. Trabalhar em cima da pele completamente limpa e livre de qualquer tipo de cosmético[2] 5. PESQUISAS Um estudo composto de 22 mulheres entre as idades de 24 e 48 anos. o retorno da menstruação em pacientes com amenorréia e efeitos tróficos na pele e tecido conjuntivo subcutâneo. Seis destas 22 mulheres completaram todas as 14 sessões dos tratamentos prescritos.34 cm. Os autores concluíram também que a endermologie é recomendado pos-liposucção para maximizar o contorno corporal e reduzir irregularidades estruturais. Nenhuma evidência de dano na pele ou no músculo foi notado. C.. 2002 . 1999. Recursos e Patologias.. BENHAMOU G.. Fisioterapia Dermato . WISEMAN J. Revisada e ampliada. D. 1999. R. pp. J. FERRANDES. J. J.V. CUTCLIFFE. PÉREZ. L. R. E. Physiological Effects of Endermologie: A Preliminary Report. S. S. Jan/Feb • Vol. 19 • Number 1 . R.Funcional – Fundamentos. Aesthetic Surg J. GUIRRO. C. Reeducação Vascular nos edemas dos membros inferiores. AMRAM P.S.3ª Ed.pp. E. R. A.. B. 1998. B. Apud. 18 • Number 6 9. SALISBURY AV. Aesthetic Plast Surg Mar-Apr. GUIRRO. Continuing Medical Education Examination-Body Contouring Analysis of the Cutaneous and Systemic Effects of Endermologie in the Porcine Model. BENELLI L. 183-194 3. S. M. BERTA JL. 381 2. 2001. 21 • Number 2 8. M. C.Electroestética Professional Aplicada Teoria y Práctica para la Utilización de Corrientes en Estética . C. CANNISTRA C. SALISBURY. Noninvasive mechanical body contouring: (Endermologie) a one-year clinical outcome study update. SHAW. pp. ADCOCK. D. Aesthetic Surg J. Ed Manole .23(5):312-5 7. MANN. WATSON. PAULSEN. 2001. FODOR. & GUIRRO. 2000 .. Aesthetic Plast. R. NANNEY.. Revisada e ampliada 4.. Endermologie after external ultrasound-assisted lipoplasty (EUAL) versus EUAL alone. CHANG P. Noninvasive mechanical body contouring: a preliminary clinical outcome study. W. Aesthetic Surg J Nov/Dec • Vol. Recursos e Patologias. DAVIS. SORIANO. Surg..3ª Ed. Fisioterapia Dermato . R. & MICK. C. G.. C. 1997. S. B. ERSEK. Mar/Apr • Vol. BOUCHET. BAQUÉS.. O. 2002. 1998.21(2):61-7 5. Manole. Y. Ed Manole . O. Endermologie: humoral repercussions and estrogen interaction. J.Espanha .22(2):145-53 6.A. S. SALISBURY.122 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. La TRENTA.. SAYAH. Ed. J.. 128.Funcional – Fundamentos. Sep-Oct. I. S. THEYS. ERSEK RA.Sorisa . Aesthetic Plast Surg Mar-Apr. D. GE. P. JACOBY T. SHACK. L. & GUIRRO. ÍON . temos zonas com falta ou excesso de elétrons (Diferença de Potencial (DDP). Se elétrons forem retirados ou colocados no corpo neutro. pois. no século VII A. Dizemos que um corpo está no estado neutro quando o número total de prótons é igual ao de elétrons. em determinado material. Para que os elétrons possam se deslocar de um lado para outro. e ela ocorre quando. Se um corpo perde elétrons. Cargas Elétricas Todos os corpos são formados por um grande número de átomos. . Classificam-se em cátions (positivos) e ânions (negativos) ELETRODINÂMICA É a parte da física que estuda os corpos elétricos em movimento. fica carregado negativamente. Divide-se em: Eletrostática e Eletrodinâmica. A Diferença de potencial ou tensão mostra o desequilíbrio elétrico existente entre os pólos de um gerador. e o nêutron não possui carga elétrica. no seu núcleo central.123 INTRODUÇÃO ELETRICIDADE . elektron significa âmbar. Daí a origem da palavra eletricidade. O próton tem carga positiva.é o átomo que tenha adquirido carga elétrica pelo ganho ou perda de elétrons. fica carregado positivamente. possuem prótons e nêutrons.É a parte da física que estuda as manifestações elétricas. este passará a um outro estado. pois tem excesso de elétrons. de atrair corpos leves quando atritado por um pano (lã). A essa força chamamos de força eletromotriz. pois tem excesso de prótons. (110 / 200 Volts) Corrente elétrica É um fluxo ordenado de elétrons que se produz quando existe uma diferença de potencial entre os extremos de um condutor. denominado eletrizado. Histórico Tales de Mileto.C. conhecia a propriedade apresentada pelo âmbar amarelo (resina fóssil de cor amarela empregada em joalheiria e ornamentação). Os átomos. o elétron carga negativa. ELETROSTÁTICA É a parte da eletricidade que estuda os corpos elétricos em repouso. em grego. em torno do núcleo circundam os elétrons.. é necessário que uma “força” os impulsione. A unidade de medida da DDP é o Volt. Se um corpo ganha elétrons. ou seja. seu gráfico possui apenas uma fase (positiva ou negativa). é proporcionada por pilhas e baterias secas. para suprir as necessidades de um equipamento.o miliAmpére (mA) e o microAmpére ( A). a diferença de potencial necessária á circulação de uma corrente. Classificação da corrente elétrica: a) Corrente contínua . ou seja. i Farádica t Resistência É uma dificuldade oferecida pelo condutor à passagem da corrente elétrica. b) Corrente alternada . quanto mais alto o valor da tensão (diferença de potencial). seu gráfico possui duas fases (positiva e negativa).quando a corrente é bidirecional. maior a intensidade da corrente que circula no circuito (força eletromotriz). Borracha. . A intensidade da corrente é proporcional à tensão aplicada. sendo denominados isolantes ou dielétricos. Na prática fisioterápica. são chamados condutores de eletricidade. A unidade de medida da intensidade da corrente é o Ampére.(fios e componentes do equipamento). Na prática. eles colidem com os átomos existentes no material do condutor. baterias solares ou pela corrente residencial obtida através de geradores eletromecânicos. onde não ocorre fluxo de corrente. transferindo energia para estes átomos. e possui efeitos polares. ou seja. Quando elétrons fluem através de um condutor.124 A quantidade de fluxo de elétrons através de um condutor se conhece como intensidade da corrente. Os metais. Isto leva ao aquecimento do condutor. utilizamos aparelhos com seus submúltiplos . baterias eletroquÍmicas. i t Se esta corrente é interrompida por períodos. e não possui efeitos polares. seus elétrons ora se deslocam numa direção ora em outra (isto acontece quando um gerador de corrente alternada origina uma troca contínua de polaridade nos extremos de um circuito). plástico e mica não permitem uma boa movimentação de cargas elétricas. A unidade utilizada na mensuração desta energia é o joule. seus elétrons se deslocam numa única direção (isto ocorre quando um gerador pode manter os extremos de um circuito carregados negativo e outro positivo).quando a corrente é unidirecional. passará a ser chamada de corrente galvânica interrompida. que permitem fácil movimentação das cargas elétricas através de sua estrutura. dependendo do fim a que se destinam. pois há uma quantidade igual de estimulação sob ambos os eletrodos[110] Tempo de duração de pulso (cronaxia) É o tempo que perdura a estimulação elétrica.000 Hz b) Média freqüência . senoidal (sinusoidal) e contínua Os pulsos podem ser monofásicos.na faixa de 1. uma vez que altas freqüências apresentam resistências menores da pele à passagem da corrente elétrica. As formas de pulso mais comuns são: triangular. Os resistores podem ser apresentados de diversas formas e tamanhos.na faixa de 1 Hz a 1. quando se descrevem nas duas fases e não originam efeitos polares. A potência do resistor é medida em Watts (1 joule/segundo). É medido em milisegundos ou microsegundos. quadrática. é o tempo de duração da passagem da corrente para os tecidos. ela referese à freqüência com que os elétrons passam na corrente ou ao número de pulsos existentes durante um segundo[104]. ou seja.000 Hz em diante A freqüência também interfere no limiar sensitivo. ou bifásicos. Freqüência A frequência é uma característica dependente do tempo e é mensurada em Hertz (Hz). quando estão somente em uma fase (positiva ou negativa) e dão origem a efeitos polares.: Os pulsos simétricos tendem a ser menos dolorosos quando aplicados a uma grande massa muscular. constatase que a corrente de 400 Hz apresenta uma resistência cerca de 80 vezes menor que a de 50 Hz.de 100. Formas de pulso As correntes utilizadas na prática clínica podem apresentar várias formas de pulso (onda) das quais são decorrentes às suas denominações. Divide-se em: a) Baixa freqüência . Comparando correntes de diferentes freqüências.000 Hz a 100. 50 e 400 Hz. sendo que freqüências maiores desencadeiam percepções menores.125 Resistor é um dispositivo eletrônico capaz de oferecer uma resistência pré-determinada à passagem da corrente elétrica. . Pulso bifásico assimétrico único Pulso bifásico simétrico único Obs.000 Hz c) Alta freqüência . intervalo ou repouso. Luykx . A.Manual Clínico . Podem ser confeccionados com diversos tipos de material: chumbo.CORRIENTES DIADINÂMICAS . ao paciente. em forma de tubos.R. independente da intensidade da corrente[105]. Midiograf . Manole . colocadas sobre a pele.FÍSICA .ELECTROTERAPIA DE FRECUENCIA BAJA Y MEDIA . etc Possuem várias formas de utilização: em forma de placas quadradas. I.H.1ª Ed.Ed Guanabara . Pode ocorrer devido às variações de largura e amplitude de pulso. S.São Paulo – 1998 16.ELETROFISIOTERAPIA .1996 10. máscaras.Ângelo Machado . canetas. R. cobre. den Adel. Guyton. que está sendo produzida no equipamento.Valores da cronaxia dos nervos motores[104]: Membros superiores .1988 25-.250 a 400 microsegundos Músculos do tronco . . da freqüência da corrente ou em trens de pulso.V. Atheneu . J.JAN 1986 27.V.Sheila Kitchen e Sarah Bazin .ELETROTERAPIA DE CLAYTON .Arthur C.1ª Edição brasileira . retangulares e redondas. .B. auto-adesivo (gel).Salgado.10ª Edição . Moderna 12. As durações de pulso menores que 1 milisegundos (ms) não são capazes de estimular músculos desnervados.FISIOLOGIA HUMANA .250 microsegundos 126 A duração de pulso ideal para provocar contrações musculares máximas varia entre 300 a 500 microssegundos.N.1999 . Modulação É qualquer alteração (ou programação) que se faz na corrente original. etc REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 02.1982 Ed. MD . alumínio.Ed. O intervalo entre um pulso e outro chama-se pausa. tela de latão. Eletrodos Têm como função básica transmitir a corrente. silicone.150 a 250 microsegundos Membros inferiores . banhos.ENRAF NONIUS DELFT 1990 104. ENRAF NONIUS DELFT .Londrina-PR .Liv. Omote .Ed.Holanda .NEUROANATOMIA FUNCIONAL . 127 . 128 . 129 . 130 . 131 . 132 .
Copyright © 2024 DOKUMEN.SITE Inc.