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March 21, 2018 | Author: inesconceicaocorreia | Category: Family, Nursing, Health Promotion, Economics, State (Polity)


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Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia, 4313Apontamentos Intervenções de Enfermagem à Família em Processo de Transição _______________________________________ Curso de Licenciatura em Enfermagem 3º Ano, 1º Semestre 2013/2014 Regente: Fátima Moreira 6 ECTS 0 Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia, 4313 Aula 1 – INTRODUÇÃO À UC 17/09/2013 Profª Fátima Moreira Avaliação  8 De Janeiro - Trabalho de grupo (30%, sendo 8 valores para a apresentação e 12 valores para a componente escrita)  9/17 De Janeiro – Apresentações  16 De Dezembro – Frequência NOTA: Esta Unidade Curricular agrega as componentes de Saúde Materna, Saúde Infantil e Saúde Familiar. 1 Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia, 4313 Aula 2 – 2. CONCEITOS E TRAJETÓRIAS FAMILIARES | 3. ABORDAGEM DE CUIDADOS À FAMÍLIA 17/09/2013 Profª Fátima Moreira SUMÁRIO ALARGADO – 17 e 18 de Setembro  Apresentar a estrutura da UC: ficha da UC e Guia do estudante.  Definir os métodos e momentos de avaliação da disciplina  Descrever os principais conceitos de enfermagem dirigido à família: (família; saúde familiar; ambiente familiar, enfermagem de família e enfermeiro de família).  Analisar as características universais das famílias  Caracterizar as famílias saudáveis  Rever as tipologias de configuração familiar aprendidas no 1º ano  Rever as funções universais da família aprendidas no 1º ano  Descrever os referenciais de suporte à enfermagem de família  Descrever as principais processos de transição familiar (desenvolvimento, situacionais e de saúde doença).  Relacionar os diferentes tipos de processos de transição familiar ao longo do ciclo de vida familiar (segundo MC Goldrick & Carter)  Analisar as características da enfermagem focada no cliente família  Distinguir os níveis de abordagem familiar e os tipos de abordagem à família (contexto, cliente, sistema e componente social)  Descrever os papéis do enfermeiro que cuida das famílias. OBJETIVOS  Descrever as tipologias da configuração familiar  Distinguir os tipos de abordagem à enfermagem de família e os níveis de abordagem familiar  Analisar as características universais das famílias e as suas funções  Caracterizar famílias saudáveis  Descrever os papéis do enfermeiro que cuida das famílias NOTA: Não há famílias disfuncionais. Este rótulo depende dos padrões de quem rotula. Há família em funcionamento. CONCEITO DE FAMÍLIA Podemos recorrer a diversas características (em simultâneo ou dissociadas) para caracterizar uma família:  Critério legal  Relação afetiva  Coabitação  Componente genética  Sistema de 2 ou mais pessoas Porém, encontramos muitas famílias que não apresentam as características enunciadas. A título de exemplo, e sobre o que consta no último ponto, o INE diz-nos que há famílias unipessoais.  Assim, conclui-se que famílias são quem os seus membros dizem que são. Por isso, o enfermeiro, no cuidado à família, deve ancorar-se no autoconceito dessa família. Transição familiar A família é um sistema e, como sistema, sofre várias alterações (diferentes processos de transição e diferentes configurações). Comumente, a primeira grande transição familiar é a transição da família de orientação para a família de procriação. Teoria da ciência social da família  Teoria dos sistemas familiares 2 176 3 . Modelo de Mónica Goldrick e Emili Carpi . The family life cycle in Walsh The GuildfordPress. .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. P. a conceção familiar pode ancorar-se na teoria do stress. nas teorias ligadas à cooperação familiar (relativamente à dimensão psicoafectiva). Monica & Carter E. . (1999).As relações dinâmicas internas do microssistema familiar representam-se pela psicofigura. casal Diferenciação do self em relação à família de origem Desenvolvimento de relações íntimas com o parceiro Estabelecimento de identidade no âmbito laboral de 2 pelo Novo Compromisso com o novo sistema   Formação de novo sistema conjugal Realinhamento das relações com a família e amigos de modo a incluir o cônjuge 3) Famílias com filhos pequenos Aceitação no sistema dos membros da nova geração  Ajustamento do sistema conjugal: criar espaços para o novo filho Assumir papeis parentais. entre outras.Slide 32 ESTÁDIO PROCESSO DE TRANSIÇAO 1) Jovem adulto independente Aceitação da separação dos pais dos filhos MUDANÇAS DE 2ªORDEM    2) Junçao famílias casamento. Realinha a relação com a família de origem  4) Famílias adolescentes com 5) Saída dos filhos Flexibilização dos limites familiares de modo a aceitar a independência dos filhos   Mudança da relação pais/filhos Recentração na vida conjugal da meiaidade e carreiras profissionais Aceitação das entradas e saídas  Renegociação do sistema conjugal como díade Relacionamento adulto/adulto entre jovens e pais Realinhamento das relações para incluir parentes e netos   6) Última fase da vida familiar Aceitação da mudança dos papéis geracionais    Manutenção de interesses do casal Papel de destaque da geração intermédia Aceitação das perdas e lutos Fonte: McGoldrick.O ecomapa representa as relações do microssistema com o macrosistema. 4313  Teoria de stress  Teoria do desenvolvimento  Teoria da mudança  Teoria da comunicação  Teoria da terapia familiar e modelos comunicativos  Teoria da transição (?) Para além da teoria dos sistemas. Comunicação positiva  Comunica e ouve eficazmente. Enfermagem de Cuidados de Saúde à Família. Não recrimina 6. questões orientadoras. apresentação da opinião dos autores.213 CARACTERÍSTICAS DAS FAMÍLIAS SAUDÁVEIS  Comunicam e ouvem  Fomentam a comunicação. Partilham emoções  Tem sentido de humor Fonte: Hanson (2005). Loures: Lusociência. ensina a respeitar os outros Partilha responsabilidades 2. no respeito pela lei  Mobiliza os recursos externos  Induz a adoção de estilos de vida saudável  Transmite informação genética de qualidade SAÚDE FAMILIAR  “(…) estado dinâmico de relativa mudança de bem-estar que inclui os fatores biológicos. QUESTÃO PARA BRAINSTORMING O QUE É A SAÚDE FAMILIAR/ O QUE É UMA FAMÍLIA SAUDÁVEL/ O QUE É A SAÚDE DA FAMÍLIA? Uma família saudável aquela que…  Tem uma estrutura interna que possibilita o desempenho dos papéis dos seus indivíduos  Tem uma estrutura flexível que permite dar resposta às situações de transição  Possibilita estabilidade social e afetiva dos seus membros  Possibilita mecanismos de coping ou respostas adaptativas adequadas  Assume as suas responsabilidades internas e externas (inerentes à vida em sociedade)  Age do modo ético.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.” (Hanson. Apreciam a companhia 3. Tempo passado na família  Partilha rituais e tradições familiares  Partilha tempo e lazer. psicológicos. 4313 Aula 2 (continuação) – 2. Procura ajuda para os problemas 4. sociológicos. Empenho familiar   Desenvolve a confiança. CARACTERÍSTICAS DAS FAMÍLIAS SAUDÁVEIS 1. culturais. Bem-estar espiritual  Partilha a fé. na promoção da saúde e bem-estar” (OMS). e espirituais do sistema familiar. Flexibilidade e capacidade para lidar com o  Vê as crises como desafio e oportunidade stress  Abertura a mudanças. Partilha sentimentos  Aceita discordar. o tempo livre e lazer  Aceitam e apoiam cada membro  Ensinam o respeito pelos outros  Desenvolvem a confiança e o sentido de humor  Interagem de forma equilibrada com todos os membros 4 . ABORDAGEM DE CUIDADOS À FAMÍLIA 18/09/2013 Profª Fátima Moreira Metodologia para a aula – brainstorming. P. tendo em conta a adaptação no ciclo de vida e outras transições  Saúde da família “consiste no seu funcionamento como agente social primário. Encoraja a esperança  Ensina valores éticos. 2005)  A família saudável é aquela que responde às necessidades materiais. emocionais e espirituais dos seus membros. Apreciação e afeto  Preocupa-se com os outros. CONCEITOS E TRAJETÓRIAS FAMILIARES | 3. Respeita a privacidade de cada um 5. que pode ir até ao imobilismo e a desestruturação. têm criatividade e maleabilidade  Rígidas ou convergentes: não gostam de mudança. económicas e espirituais dos seus membros  Habilidade para ser sensível às necessidades dos seus membros  Habilidade para comunicar pensamentos e sentimentos  Habilidade para dar apoio. constituem um sistema que se fecha progressivamente e acaba por estagnar. sem perder a coerência interna. meio propício para desenvolver delinquentes. por vezes tão amplificadas que acabam numa desorganização completa. crescimento e esperança dentro e fora da família  Habilidade para crescer com e através das crianças  Habilidade para criar e manter relações comunitárias. procuram um ponto de equilíbrio em função das necessidades de momento. as fronteiras não são claras.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. construtivas e responsáveis É capaz de desenvolver funções básicas como cuidar do outro MODO DE FUNCIONAMENTO  Flexíveis ou flutuantes: são funcionais. são abertas ao exterior. 5 .  Caóticas ou alternantes: oscilam entre a rigidez. há familiares em funcionamento Cada família reage a uma crise de determinada maneira Pergunta Indique 5 áreas/aspetos/itens que valoriza/considera nas famílias saudáveis CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DAS FORÇAS FAMILIARES Modelos de forças de Otto Devem estar presentes para desempenho das funções e manutenção da saúde da família as seguintes habilidades e capacidades:  Habilidade para satisfazer as necessidades físicas. não criam condições para uma adaptação funcional e criativa dos membros. adaptáveis. o que acentua a instabilidade interna. 4313        Partilham responsabilidades Ensinam a distinguir entre certo e errado Conhecem rituais e tradições Partilham crenças religiosas Identificam o problema e encontram soluções ou procuram ajuda Respeitam a privacidade Ensinam a distinguir o certo do errato   Não há famílias disfuncionais. segurança e encorajamento  Habilidade para iniciar e manter relações de produção. podem ter um membro psicótico.  Dispersas ou divergentes: têm mudanças frequentes. meta 15. nos extremos as famílias menos saudáveis Caótica Flexível Estruturada Rígida Desmembrada Caótica Desmembrada Flexível Desmembrada Estruturada Desmembrada Rígida Desmembrada Separada Caótica Separada Ligada Caótica Ligada Emaranhada Caótica Emaranhada Flexível Separada Flexível Ligada Flexível Emaranhada Estruturada Separada Rígida Separada Estruturada Ligada Estruturada Emaranhada Rígida Emaranhada Rígida Ligada Ver: instrumento FACES 1 ou FACES 3. que permite compreender a percepção da família AVALIAÇÃO DOS ASPETOS AFETIVOS DAS FAMÍLIAS Atributo Saúde mental Coesão Comunicação Empatia pelos outros Expressão de sentimentos Meio extra familiar Mitos da família Orgulho familiar Desempenho de papéis Relação conjugal Satisfação familiar Sentimentos de pertença Tolerância dos outros Parâmetros de funcionamento Boa Nível médio Aberta Existe Capacidade Perceção realista Congruentes com necessidades Presente Flexíveis/maleáveis Forte Presente Presente Alta bom as Parâmetros de funcionamento inadequado Má Muito alta ou muito baixa Paradoxal ou ausente Inexistente Incapacidade Percebida como hostil/ ameaçadora/ sedutora Discrepantes das necessidades Ausente Rígidos/ não definidos Fraca Ausente Ausente Baixa QUESTÃO PARA BRAINSTORMING O QUE É UM ENFERMEIRO DA FAMÍLIA?  É um promotor de estilos de vida saudáveis. transição. separada. consta a importância do enfermeiro da família: «No ano 2020 as pessoas deverão ter melhor acesso aos cuidados de saúde primários orientados para a família e comunidade e suportados por um sistema hospitalar flexível e responsável»  Ajuda na promoção de estilos de vida saudáveis. em fim de vida.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.Zona de famílias mais saudáveis. nos processos de doença. estruturada. rígida  da alta adaptabilidade para baixa adaptabilidade . na doença crónica. flexível. emaranhada  da baixa coesão para a alta coesão . onde se incluem práticas preventivas e de promoção da saúde  Está mais próximo da comunidade  É geralmente aquele que trabalha no centro de saúde ou diretamente na comunidade  Na carta de saúde 21.  Segundo consta no artigo 67º da Constituição Portuguesa: 6 . ligada.caótica. 4313 MODELO CIRCUNFLEXO adaptabilidade e coesão .desmembrada. e organizar as estruturas jurídicas e técnicas que permitam o exercício de uma maternidade e paternidade conscientes. promovendo a informação e o acesso aos métodos e aos meios que o assegurem. c) Cooperar com os pais na educação dos filhos. como modelo organizativo.A família. a OMS considera que o enfermeiro é aquele que. tem direito à proteção da sociedade e do Estado e à efetivação de todas as condições que permitam a realização pessoal dos seus membros. bem como uma política de terceira idade. de harmonia com os encargos familiares. Baseada na compreensão dos sistemas familiares. ao Estado para proteção da família: a) Promover a independência social e económica dos agregados familiares. com ênfase para a afetividade. a intervenção dos generalistas e a intervenção dos enfermeiros especialistas. e executar uma política de família com carácter global e integrado O ENFERMEIRO DE SAÚDE FAMILIAR  Introduzido no quadro concetual das políticas de saúde da OMS. tendo em conta não só as expetativas dos utentes. está melhor posicionado para avaliar globalmente as necessidades em cuidados de saúde das pessoas e mobilizar os recursos (internos e externos). 4313 1 . f) Regular os impostos e os benefícios sociais. g) Definir. no respeito da liberdade individual. pela formação específica que detém. proximidade e acessibilidade  De entre os profissionais de saúde que integram as equipas multiprofissionais. designadamente. em termos que salvaguardem a dignidade da pessoa humana. como elemento fundamental da sociedade. o direito ao planeamento familiar. ouvidas as associações representativas das famílias. Requer competência para: planear. Ajudar membros a trabalhar em conjunto para gerar soluções aceitáveis para todos. é uma mais-valia no âmbito da qualidade dos cuidados prestados à população.Incumbe. b) Promover a criação e garantir o acesso a uma rede nacional de creches e de outros equipamentos sociais de apoio à família. Identificar situações que precisam de encaminhamento Nível mais elevado e complexo Exige formação em terapia familiar 7 . Redefinir situações para promover a identificação de soluções para os problemas. para atingir os 21 objetivos traçados nessas políticas  O “Enfermeiro Familiar”. Apreciar o funcionamento familiar.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Natureza das intervenções … Níveis Tipo de interações I II     III   IV Enfermeiro especialista  V   Mínima enfase na família Contacto apenas necessário e por razões práticas ou legais Enfase na informação Os contactos são para obter informação para educação para a saúde Relação e apoio emocional O envolvimento é baseado no reconhecimento sobre o desenvolvimento normal da família e as reações ao stress Avaliação sistemática e planeamento da intervenção. d) Garantir. estruturar entrevistas à família. 2 . mas também a adequação e rentabilização dos meios (Ordem dos Enfermeiros) NOTA: há dois níveis de intervenção nos cuidados às famílias. NÍVEIS DE ENVOLVIMENTO COM A FAMÍLIA Fonte: Albuquerque A. (2003). e) Regulamentar a procriação assistida. Apoiar membros sem formar alianças. estabilizar pessoas. Família como cliente 3. função socializadora FUNÇÕES MICRO E MACRO/ INTRASISTEMA E DO MACROSSISTEMA  Funções sociais  Funções como sistema Económica Adaptação ao ambiente Reprodução e aumento da natalidade Manter a integração familiar Socialização dos filhos ACABAR Estabilizar a personalidade adulta através de conjugalidade Funções da família (OMS) FUNÇÕES BIOLÓGICAS FUNÇÕES ECONÓMICAS FUNÇÕES EDUCACIONAIS FUNÇÕES PSICOLÓGICAS FUNÇÕES SOCIOECONÓMICAS •Reprodução •Recursos suficientes às necessidades •Tarefas •Promoção de ambiente saudável ao desenvolvimento da personalidade •Socialização •Proteção psicológica •Religião •Cuidar •Educar •Alimentação •Manutenção da saúde e lazer •Gestão do orçamento familiar •Assegurar a estabilidade financeira •Atitudes •Promover capacidade de relacionamento •Transmissão de: •Valores •Tradições •Atitudes •Linguagem •Comportamento 8 . Família como contexto 2. Família como sistema 4.Função económica.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 4313 ABORDAGENS DO ENFERMEIRO À FAMÍLIA 1. de aumento da natalidade. Família como componente da sociedade Fonte: Hanson (2005) Perguntas  Qual a diferença entre família como cliente e como sistema (?)  Quais os principais documentos políticos que orientam a definição do enfermeiro de família?  Quais dos níveis de intervenção de um enfermeiro generalista e especialista? Rever  Quais são as principais funções da família? . 2ª ed. M. J. FIGUEIREDO.M. 9 .Desenvolvimento da família: Apreciação de enfermagem da família. Paulo: Editora Roca. (1986). S. Porto Alegre: Artes Médicas. FUNÇÕES DO ENFERMEIRO DE FAMÍLIA  Perito  Advogado  Supervisor de processos  Substituto  Modificador do ambiente  Intermediário Fonte: Hanson (2005)      Implementador de teorias Investigador Epidemiologista Explicador e intérprete Colaborador e coordenador BIBLIOGRAFIA CARTER. Family Nursing-Theory and Assessment.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Enfermeiros e Famílias. Lorraine & LEAHEY. Enfermagem de Cuidados de Saúde à Família. No livro de STANHOPE.  Afeto – dá suporte e apoio á manutenção da personalidade e da relação de cuidados e ternura que existem entre os membros da Família.604 Capitulo 25 . encorajandoos física e emocionalmente. Henriqueta (2012). nomeadamente quando o equilíbrio da família está ameaçado durante uma situação de crise.  Crescimento. Loures: Lusociencia tem 2 capítulos sobre a enfermagem de família: Capitulo 24 . (3ª ed. HANSON. 602-630.H. (2. M. & LANCASTER. p. As mudanças no ciclo de vida familiar. (cols) (1995). M.).). & MCGOLDRICK. Maureen (2002). S. havendo uma tomada de decisões e um compartilhar de decisões entre os seus membros.Riscos de saúde familiar. o que implica uma decisão na partilha do espaço e dos bens da família. (2005). p.contribui para a maturidade física e emocional da família e a realização conseguida pelos seus membros através do apoio mútuo e orientação. 4313 FUNÇÕES DA FAMÍLIA – OUTROS AUTORES  Adaptação – capacidade que a família tem de utilizar os seus recursos dentro e fora da família para resolver determinado problema. Todos os problemas e novas situações são discutidos e analisados na família.ª Ed. Norwalk Connecticut: Appleton-Centory-Crofts. Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar (MDAIF). Permite uma estabilização da personalidade.  Decisão – implica um compromisso de dedicar tempo a outros membros da família. 574. Loures Lusociencia. Enfermagem de Saúde Pública. Marilyn M.  Participação – implica a partilha e a tomada de decisões e de responsabilidades pelos seus membros. FRIEDMAM. WRIGHT. (2011). E. Lisboa: Lusociência.  Recursos de saúde e sociais existentes que permitem responder às necessidades de cada família. Contextualizar o perfil demográfico das famílias do século XXI 2. OBJETIVOS 1.  Identificação de fontes de referência sobre demografia familiar (INE e PORDATA).Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 4313 Aula 3 – 1. Descrever as principais diretivas internacionais e nacionais para enquadrar o enfermeiro de família 3.  Diretivas internacionais e nacionais que enquadram o enfermeiro de família: Organização Mundial de Saúde (Saúde 21 e Declaração de Munique). Descrever os recursos de saúde e sociais para dar resposta às necessidades de saúde das famílias 4.  Tendências atuais que afetam a família e suas repercussão na saúde familiar.abordagem centrada na família e ciclo de vida.  Considerações legais e deontológicas que configuram o acesso aos recursos de saúde.Nurses always there for you .  Caracterização e acesso aos contextos de cuidados dirigidos à família: comunitário e hospitalar. ENFERMAGEM DE CUIDADOS À FAMÍLIA 19/09/2013 Profª Emília Brito SUMÁRIO ALARGADO  Perfil demográfico das famílias do seculo XXI em Portugal.Caring families. International Council of Nurses . Caracterizar os contextos dos cuidados dirigidos à família CONFIGURAÇÕES FAMILIARES TENDÊNCIAS ATUAIS QUE AFETAM A FAMÍLIA  Envelhecimento da população  Declínio da taxa de natalidade e tamanho da família  Aumento da desigualdade entre ricos e pobres  Aumento do acesso das mulheres à educação  Aumento da taxa de divórcio e recasamento  Aumento do número de famílias monoparentais e reconstituídas  Mudança e equiparação dos papéis de género 10 . Ordem dos Enfermeiros .A cada família seu enfermeiro e Plano Nacional de Saúde 2004-2010 . 15 de Maio – dia internacional das famílias  OMS – Saúde 21 .    A eficácia dos cuidados de saúde é melhorada quando se dá maior enfase à família. manutenção e restauração da saúde das famílias é importante para a sobrevivência da sociedade Considerando as alterações demográficas. 4313   Aumento do trabalho da mulher fora de casa Avanços tecnológicos que reduzem o trabalho e proporcionam mais tempo livre DEMOGRAFIA DAS FAMÍLIAS EM PORTUGAL Nota: Nas famílias foram apresentados os seguintes dados:  Agregado doméstico por composição  Famílias por número de indivíduos segundo os censos  Famílias unipessoais segundo os censos: total e mais de 65 anos  Agregados domésticos monoparentais: total e por sexo  Dimensão média das famílias segundo os censos Fonte: Adaptado de PORDATA (2013) 1º OBJETIVO – CONTEXTUALIZAR O PERFIL DEMOGRÁFICO DAS FAMÍLIAS DO SECULO XXI EM PORTUGAL  Famílias de menor dimensão  Famílias monoparentais  Famílias reconstituídas  Famílias unipessoais IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA PARA A ENFERMAGEM  Os comportamentos saudáveis e de risco são aprendidos dentro do contexto familiar  As unidades familiares são afetadas quando um ou mais membros têm problemas de saúde. capacidades e responsabilidades num mundo em transformações . o papel do enfermeiro familair prestador de cuidados que combina a promoção da saúde e prevençãs das doenças com atuação e responsabilidades clinicas dirigidas aos membros da família . e não apenas ao individuo A promoção.A família é a unidade social básica de todas as sociedades e é necessário adequar a atenção a várias dimensões . os enfermeiros que trabalham com as famílias devem perguntar aos clientes quem é que eles consideram a sua família e incluir estes membros no planeamento dos cuidados de saúde 2º OBJETIVO – DESCREVER AS PRINCIPAIS DIRETIVAS INTERNACIONAIS E NACIONAIS PARA ENQUADRAR O ENFERMEIRO DE FAMÍLIA Marcos históricos  ONU – ano internacional da família em 1994 .Tema: Família. sendo as famílias um fator importante no estado de saúde e bem-estar dos indivíduos  As famílias afetam a saúde dos seus membros e os acontecimentos e práticas de saúde de cada indivíduo afetam toda a família.Anuncia um novo e importante papel.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.Meta 15 – enfase forte nos cuidados de saúde primários e no centro deve estar o enfermeiro de saúde familiar 11 . na promoção da saúde e no desenvolvimento comunitário INTERNACIONAL COUNCIL OF NURSES. prevenção da doença e tratamento  Famílias  Domicilio  Favorecer a tomada de consciência  Contribuir para o encurtamento das hospitalizações  Aconselhamento sobre estilos de vida e fatores de risco *Declaração de Alma-Ata: ênfase nos cuidados de saúde primários. a rede de cuidados continuados e os serviços de saúde pública 12 . o tema foi: cuidar da família – os enfermeiros sempre presentes para ajudar Objetivos  Promover a consciencialização sobre o papel do enfermeiro no cuidado à família e saúde da família. inclusive como principal ponto de entrada no sistema de cuidados de saúde  Incentivar a participação da Enfermagem no desenvolvimento e implementação de políticas de saúde e sociais que sejam favoráveis à família  Chamar a atenção para a importância da família e do papel dos seus membros na sua própria saúde.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 4313 OMS – SAÚDE 21: PAPEL DO ENFERMEIRO DE SAÚDE FAMILIAR  Promoção da saúde. incluindo a enfermagem de saúde da família  Reforçar o papel dos enfermeiros e das parteiras na saúde pública. a rede de cuidados hospitalares. individualmente e como unidade familiar. onde deve estar o enfermeiro de saúde familiar.Visão integrada que inclua de forma articulada a rede de cuidados de saúde primários. consigna o papel único desempenhado pelos 6 milhões de enfermeiros e parteiras da europa no desenvolvimento da saúde e na prestação de cuidados de saúde  Garantir a participação dos enfermeiros e parteiras na tomada de decisão em todos os níveis de desenvolvimento e definição das políticas de saúde  Estabelecer programas e serviços de enfermagem comunitária e enfermagem obstétrica centrados na família. o foco de atenção é a família:  A sua saúde  Capacidade de crescimento  Cuidados a si mesma  O seu contributo para a comunidade No dia internacional do Enfermeiro. a 12/05/2005. que não cuida do indivíduo mas da família OMS 2000 – DECLARAÇÃO DE MUNIQUE  A segunda conferência ministerial da OMS em Enfermagem e Enfermagem obstétrica na europa. 2002 Em todos os contextos de intervenção dos enfermeiros. ORDEM DOS ENFERMEIROS – A CADA FAMÍLIA O SEU ENFERMEIRO  Responsável por um grupo de famílias  Elemento ativo de equipa multidisciplinar  Elemento de referência e gestor de cuidados PLANO NACIONAL DE SAÚDE (2004-2010)  Abordagem centrada na família e por ciclo de vida  Reorientação do sistema de saúde . Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia, 4313 3º OBJETIVO: DESCREVER OS RECURSOS DE SAÚDE E SOCIAIS PARA DAR RESPOSTA ÀS NECESSIDADES DA FAMÍLIA Nota: saúde é um recurso interno da família Focos de abordagem 1. Recursos de saúde e sociais existentes 2. Necessidades de saúde das famílias RECURSOS DE SAÚDE E SOCIAIS – em resposta a… influenciados por…  Mudança na condição feminina – trabalhadora e/ou estudante  Mudança no papel masculino – papel ativo na parentalidade e na assistência doméstica  Reformulações na relação conjugal  Reformulações na relação pais-filhos  Literacia em saúde  Acesso à informação  A valorização dos direitos humanos  A multiculturalidade  Processos de saúde-doença: aguda ou crónica RECURSO – promoção do crescimento e desenvolvimento  “Os cuidados de enfermagem são centrados na unidade familiar, concebendo a família como uma unidade em transformação, promovendo a sua capacitação face às exigências decorrentes das transições que ocorrem ao longo do ciclo vital da família”. (Figueiredo, M., 2009,p.31)  “… muitas situações de maior risco ou vulnerabilidade implicam a diferenciação e personalização das respostas de cuidados de saúde de acordo com as condições particulares dos seus destinatários”. (Guerreiro, 2006, p. 22) RECURSOS – considerar  Constituição da república  CDE  REPE Constituição da república  Artigo 64º 1. Todos têm direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover. 2. O direito à proteção da saúde é realizado: a) Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito; b) Pela criação de condições económicas, sociais, culturais e ambientais que garantam, designadamente, a proteção da infância, da juventude e da velhice, e pela melhoria sistemática das condições de vida e de trabalho, bem como pela promoção da cultura física e desportiva, escolar e popular, e ainda pelo desenvolvimento da educação sanitária do povo e de práticas de vida saudável. 3. Para assegurar o direito à proteção da saúde, incumbe prioritariamente ao Estado: a) Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação; b) Garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em recursos humanos e unidades de saúde; c) Orientar a sua acção para a socialização dos custos dos cuidados médicos e medicamentosos; d) Disciplinar e fiscalizar as formas empresariais e privadas da medicina, articulando-as com o serviço nacional de saúde, por forma a assegurar, nas instituições de saúde públicas e privadas, adequados padrões de eficiência e de qualidade; 13 Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia, 4313 e) Disciplinar e controlar a produção, a distribuição, a comercialização e o uso dos produtos químicos, biológicos e farmacêuticos e outros meios de tratamento e diagnóstico; f) Estabelecer políticas de prevenção e tratamento da toxicodependência.  Artigo 67º 1. A família, como elemento fundamental da sociedade, tem direito à proteção da sociedade e do Estado e à efetivação de todas as condições que permitam a realização pessoal dos seus membros. 2. Incumbe, designadamente, ao Estado para proteção da família: a) Promover a independência social e económica dos agregados familiares; b) Promover a criação e garantir o acesso a uma rede nacional de creches e de outros equipamentos sociais de apoio à família, bem como uma política de terceira idade; c) Cooperar com os pais na educação dos filhos; d) Garantir, no respeito da liberdade individual, o direito ao planeamento familiar, promovendo a informação e o acesso aos métodos e aos meios que o assegurem, e organizar as estruturas jurídicas e técnicas que permitam o exercício de uma maternidade e paternidade conscientes; e) Regulamentar a procriação assistida, em termos que salvaguardem a dignidade da pessoa humana; f) Regular os impostos e os benefícios sociais, de harmonia com os encargos familiares; g) Definir, ouvidas as associações representativas das famílias, e executar uma política de família com carácter global e integrado; h) Promover, através da concertação das várias políticas sectoriais, a conciliação da atividade profissional com a vida familiar. REPE  Os cuidados de enfermagem são caracterizados por: 1) Terem por fundamento uma interação entre enfermeiro e utente, indivíduo, família, grupos e comunidade; 2) Estabelecerem uma relação de ajuda com o utente; 3) Utilizarem metodologia científica, que inclui: a) A identificação dos problemas de saúde em geral e de enfermagem em especial, no indivíduo, família, grupos e comunidade; b) A recolha e apreciação de dados sobre cada situação que se apresenta; c) A formulação do diagnóstico de enfermagem; d) A elaboração e realização de planos para a prestação de cuidados de enfermagem; e) A execução correta e adequada dos cuidados de enfermagem necessários; f) A avaliação dos cuidados de enfermagem prestados e a reformulação das intervenções; Código deontológico  Artigo 80º O enfermeiro, sendo responsável para com a comunidade na promoção da saúde e na resposta adequada às necessidades em cuidados de enfermagem, assume o dever de: a) Conhecer as necessidades da população e da comunidade em que está inserido; b) Participar na orientação da comunidade na busca de soluções para os problemas de saúde detetados; c) Colaborar com outros profissionais em programas que respondam às necessidades da comunidade. (passou um slide) Evidência científica produzida  A enfermagem não é uma profissão estática, sendo necessário adotar uma postura dialética e interventiva junto do doente, família e comunidade assim como de outras áreas do conhecimento”  “A forma como os enfermeiros conceptualizam os cuidados de saúde é fator determinante nos processos de tomada de decisão desde a conceção à execução dos cuidados à família” (Figueiredo) 14 Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia, 4313 4º OBJETIVO: CARACTERIZAR OS CONTEXTOS DOS CUIDADOS DE SAÚDE ÀS FAMÍLIAS UNIDADES FUNCIONAIS DE SAÚDE As várias unidades funcionais dos ACES são:  Unidade de Saúde Familiar (USF)  Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP)  Unidade de Saúde Pública (USP)  Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC)  Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP) REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS  A RNCCI, que se constitui como um novo modelo organizacional criado pelos Ministérios do trabalho e da Solidariedade Social e da Saúde, é formada por um conjunto de instituições públicas e privadas, que prestam cuidados continuados de saúde e de apoio social. Estas novas respostas promovem a continuidade de cuidados de forma integrada a pessoas em situação de dependência e com perda de autonomia. Proposta da RNCCI  São objetivos da RNCCI a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência. Os Cuidados Continuados Integrados estão centrados na recuperação global da pessoa, promovendo a sua autonomia e melhorando a sua funcionalidade, no âmbito da situação de dependência em que se encontra.  Recuperar; reabilitar; readaptar; reintegrar RNCCI – unidades de internamento e ambulatório e de equipas domiciliares  Tipologias de cuidados continuados Unidades de Convalescença Unidades de Média Duração e Reabilitação Unidades de Longa Duração e Manutenção Unidades de Cuidados Paliativos Unidades de dia e de promoção da autonomia Equipas domiciliárias RNCCI – circuito de admissão 1. Através do Hospital do Serviço Nacional de Saúde (SNS)  Contactar o serviço onde está internado ou a Equipa de Gestão de Altas (EGA) desse hospital.  A EGA do hospital pertencente ao SNS onde o doente está internado é quem faz a referenciação para a RNCCI. A avaliação da necessidade de cuidados continuados integrados é realizada, de preferência, logo no início do internamento no hospital, porque é preciso preparar, com tempo, a etapa que se segue à alta clínica.  A proposta desta equipa é apresentada à Equipa Coordenadora Local (ECL). 2. Através do Domicílio/Casa  Contactar o centro de saúde através do: Médico de família; Enfermeiro; Assistente social.  A proposta de ingresso na RNCCI é apresentada por estes profissionais do centro de saúde à Equipa Coordenadora Local (ECL).  Em caso de dificuldade, contactar directamente a ECL sedeada no centro de saúde da respectiva área de residência. 15 Novos tempos. Loures: Lusociência. —http://www. —Ordem dos Enfermeiros. ICBAS. —Hintz.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Dissertação de Doutoramento em Ciências de Enfermagem. Copenhagen: WHO Regional Office for Europe. Cuidados Continuados e Paliativos .rncci. I. Geneva: ICN. —World Health Organization (2000). —Gerreiro. (2007). (2006).pt/Subtema/Portugal/Familias-29. H.Desafios.20. —Organização Mundial de Saúde (2002). Lisboa : Climepsi editores. Munich Declaration: Nurses and midwives: a force for health.pordata. 4. Gestão & Saúde.). pp. —Figueiredo. 26(suppl. 8-19. M.Ética e formação em enfermagem. (2004). 4313 INTRA-HOSPITALAR  Centralidade na pessoa doente e família  Considera as necessidades da pessoa doente e família  Promover momentos de discussão/ informação  Garantir o acesso a suporte institucional (financeiro e social)  Promover a continuidade dos cuidados  Promover o acesso à família na participação e tomada de decisão relativamente aos cuidados REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA —Figueiredo. Acedido a 18/7/2013. —International Council of Nurses (2002). —http://www. (2001) .pt 16 . Saúde XXI: Uma introdução ao enquadramento político da saúde para todos na Região europeia da OMS. Desenvolvimento Profissional – Individualização das Especialidades em Enfermagem. I. A cada Família o seu Enfermeiro. Pensando Famílias. (2009). 3. —Ordem dos Enfermeiros (2002). pp. Enfermagem de família: um contexto do cuidar. Lisboa: Ordem dos Enfermeiros.min-saude. 9. Nurses always for you: caring for families. Revista Ordem dos Enfermeiros . Janeiro. novas famílias? Da modernidade à pós-modernidade. a integração de esforços sustentados de todos os sectores da sociedade e da utilização de estratégias assentes na cidadania.Programa nacional de saúde infantil e juvenil 2013 . Aspetos positivos: participação alargada.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.2. compromisso político 2. A melhorar: suporte à sustentabilidade.Visão  Maximizar os ganhos em saúde.PROMOÇÃO DA SAÚDE AO LONGO DO CICLO DE VIDA FAMILIAR 24/09/2013 Profª Sónia Colaço OBJETIVOS  Identificar os principais programas de proteção e vigilância de saúde familiar  Analisar os principais indicadores de saúde nas diferentes etapas do ciclo de vida PNS 2012-2016  Compreender as estratégias de promoção de saúde infantil e juvenil . através do alinhamento em torno de objetivos comuns. 1980).Promover Contextos Favoráveis à Saúde ao Longo do Ciclo de Vida Retorna ganhos em saúde e em sustentabilidade. PROMOÇÃO DA SAÚDE DA FAMÍLIA . na equidade e acesso. hierarquia de indicadores e metas: maior foco nos determinantes sociais e nos métodos em saúde. método para atribuição de ganhos. Envolvimento de todos na responsabilização dos recursos de saúde. na qualidade e nas políticas saudáveis. 17 . ao reforçar uma cadeia de potenciação dos efeitos positivos ou atenuação dos efeitos negativosde fatores de risco e determinantes. 4313 Aula 4 .Intervenção de enfermagem na promoção de saúde infantil e juvenil PNS 2012-2016 . AVALIAÇÃO DO PNS 2004-2010 PELA OMS: 1. consenso quanto a prioridades.1.). Perdas cumulativas de saúde determinam o aparecimento precoce de incapacidade e de doença crónica e degenerativa (FIGURA 4.PNS 2012-2016 Eixos estratégicos  Cidadania em saúde  Acesso e equidade  Qualidade em saúde  Políticas saudáveis OBJETIVOS PARA O SISTEMA DE SAÚDE  Obter Ganhos em Saúde  Promover Contextos Saudáveis ao Longo da Vida  Reforçar o Suporte Social e Económico na Saúde e na Doença  Fortalecer a Participação de Portugal na Saúde Global Objetivo para o sistema de saúde . O SdS e os contextos saudáveis são fatores protetores e estratégia fundamental para que o crescimento da população idosa não seja proporcional ao aumento da doença crónica (Fries JF et al.  Uma Vida Adulta Produtiva. pós-neonatal até 9 anos.  Morrer com Dignidade 18 . dos 10 aos 24 anos. Identificação das oportunidades de promoção da saúde e prevenção da doença da responsabilidade das instituições 2. as definidas no PNS 2004-2010:  Nascer com Saúde.  Juventude à Procura de um Futuro Saudável. Colaboração e desenvolvimento de redes de intervenção.  Crescer com Segurança. para a obtenção de ganhos em saúde Promoção da saúde centrada no ciclo de vida e na família – Continuação do PNS (2004-2010) Consideram-se etapas do Ciclo da Vida.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. sinalização e articulação 3. respondem também às necessidades de colaboração nos contextos fora da saúde 4. acima dos 65 anos.  Assegurar registos de elevada qualidade  Promover a melhoria contínua do desempenho nas áreas e intervenções consideradas prioritárias  Desenvolver. com capacidade e responsabilidade por produzir e/ou proteger a saúde. VISÃO PARA 2016 1. Desenvolvimento de estratégias locais de saúde. como meios de articular respostas de várias instituições e setores em torno de situações específicas.  Um Envelhecimento Ativo. investigar. Envolvimento pelos profissionais e instituições de saúde de outros profissionais e instituições fora da saúde na intervenção sobre necessidades individuais e populacionais de saúde. gravidez e período neonatal. dos 25 aos 64 anos. numa perspetiva de agente do Sistema de Saúde. 4313 ORIENTAÇÕES E EVIDÊNCIA Na sua prática os profissionais de saúde devem:  Incorporar aspetos da saúde e do bem-estar dos indivíduos e das populações na missão da sua atividade profissional. avaliar e disseminar estratégias inovadoras para situações e contextos específicos no âmbito das áreas consideradas prioritárias. Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. PRINCIPAIS INDICADORES E PROBLEMAS DE SAUDE. PROGRAMAS DE PROTECÇÃO. 4313 Para cada etapa. ilustram-se necessidades e determinantes de saúde específicos. PROMOÇÃO E VIGILÂNCIA DA SAÚDE NAS DIFERENTES ETAPAS DO CICLO DE VIDA FAMILIAR 19 . 4313 20 .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 4313 21 .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. despoluídos. a gestão do stress. do treino. nomeadamente no Boletim de Saúde Infantil e Juvenil (BSIJ) ou no eBoletim.Meleis: cada vez que ocorre uma mudança. nos suportes próprios. 2ª edição de 2005 As principais alterações em relação ao PNSIJ de 2005 são: a) Alteração na cronologia das consultas referentes a idades-chave da vigilância. a pessoa tenta estabilizar. informação. Promover: 22 . … O PROGRAMA DE SAÚDE INFANTIL E JUVENIL 2013  Entrou em vigor a 1 de Junho de 2013 e veio substituir o programa-tipo de atuação em saúde infantil e juvenil. por comportamentos promotores de saúde. Aqui o enfermeiro deve apoio para prevenir a doença através do apoio. visando a obtenção de ganhos em saúde PROGRAMA DE SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE Recomendações para a intervenção – áreas com necessidade de intervenção  Prevenção da prematuridade e baixo peso ao nascer e cuidados pós-natais  Prevenção de acidentes. Dá-se a necessária transição até ao equilíbrio. sempre que possível. orientação técnica nº12. Estimular a opção. É neste período que pode ocorrer a doença. Fonte: norma da DGS. b) Adoção das curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde (OMS). 2. Assunto: Programa Nacional de saúde infantil e juvenil (vimos o programa de saúde infantil) VER LINHAS MESTRAS DOS PNSIJ 2013 OBJETIVOS DOS EXAMES DE SAÚDE 1. 4313 OS PROGRAMAS DE SAÚDE E A FAMÍLIA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES  Os programas de saúde são orientações para a intervenção dos profissionais. entre os quais os relacionados com: alimentares equilibrados. 3. c) Novo enfoque nas questões relacionadas com o desenvolvimento infantil. da informação. da obesidade e da depressão infantil  Intervenção precoce nas situações de doença rara e deficiência  Promoção das relações parentais A FAMÍLIA COMO CONTEXTO PROMOTOR DA SAÚDE DOS SEUS FILHOS PEQUENOS E ADOLESCENTES Estratégias de intervenção de enfermagem  Capacitação da família/ empowerment – orientação antecipada. as perturbações emocionais e do comportamento e os maus tratos. Avaliar o crescimento e desenvolvimento e registar os dados obtidos.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. treino de capacidades  Apoio e orientação na tomada de decisão  Promoção do potencial máximo de desenvolvimento da criança  Prevenção e deteção da doença . Apoiar e estimular o exercício adequado das responsabilidades parentais e promover o bem-estar familiar e em outros ambientes específicos. aplicar os princípios deontológicos e as competências técnicas atribuídas pelas entidades próprias dos diferentes profissionais de saúde. 23 . prevenindo situações disruptivas ou de risco acrescido e promovendo a equidade de género. bem como promover a eficaz articulação com os vários intervenientes na prestação de cuidados a estas crianças. Identificar. Pretende-se rentabilizar a ação dos profissionais e desenvolver sinergias nas diferentes equipas (intra e interinstitucionalmente). de molde a potenciar o trabalho em equipa. psicológicos. bullying. Sinalizar e proporcionar apoio continuado às crianças com doença crónica/deficiência e às suas famílias. alertando para os sinais e sintomas que justificam o recurso aos diversos serviços de saúde. audição e linguagem. perturbações da visão. Detetar precocemente e encaminhar situações que possam comprometer a vida ou afetar a qualidade de vida da criança e do adolescente. 9. 10. quer para os adolescentes. identificar e saber como abordar as doenças comuns nas várias idades. sempre que tal esteja indicado. A concretização destes objetivos implica a otimização dos recursos disponíveis. nomeadamente a mutilação genital feminina. problemas dentários. nomeadamente reforçando o papel dos pais e outros cuidadores. se necessário. Promover o desenvolvimento pessoal e social e a autodeterminação das crianças e dos jovens. 7. 4313 comportamento. quer para os progenitores. com progressiva responsabilização pelas escolhas relativas à saúde. através da referenciação para serviços especializados. em cada situação. apoiar e orientar as crianças e famílias vítimas de maus tratos e de violência. testículo(s) não descido(s). tais como: malformações congénitas – doença luxante da anca. há que. Assegurar a realização do aconselhamento genético. alterações neurológicas. perturbações do desenvolvimento estaturo-ponderal e psicomotor. Prevenir. abuso sexual. no sentido de assegurar e otimizar a vigilância adequada da saúde das crianças e jovens. Assim. tais como: negligência. 8. maus tratos físicos. alterações do comportamento e do foro emocional e relacional. com as famílias e a própria comunidade. práticas tradicionais lesivas. 5. 6.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 4. cardiopatias congénitas. Modelo Bright Futures Modelos de consulta  SOAP – Polisky et al (2005) . 4313 Periodicidade dos exames de saúde INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM NA FAMÍLIA COM CRIANÇAS PEQUENAS  Consultas de enfermagem  Visitas domiciliárias Consulta de enfermagem em saúde infantil e juvenil .Assessment .Deteção da doença (rastreios…) .O que fazer…como fazer…  Conteúdo .Orientação antecipada (a partir da avaliação feita)  Estrutura .Subjetive history .Modelo GAPS .) .Prevenção da doença (EpS.Promoção da saúde (bem-estar. otimização…) .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.Plan 24 .Modelo SOAP .Objetive findings .. Preparação:  Leitura do processo: identificação/revisão dos problemas e elaboração do plano de consulta  Preparação dos materiais identificados como necessários 2.    Registo: Marcação da próxima consulta Registo do observado.Fases 1. 4313  GAPS – Elster.mãe adolescente.período perinatal. Fleming. alcoolismo. dos problemas identificados e das questões pendentes Avaliação do plano de cuidados e reformulação do mesmo quando necessário VISITA DOMICILIÁRIA Objetivos:  Investigar uma situação aparentemente problemática  Assistir o utente em caso de necessidade  Fazer educação para a saúde Pressupostos. Contexto  B.criança com problemas de desenvolvimento ou insucesso escolar . da entrevista. A.crises ou problemas familiares (como toxicodependência. M et al (1994) .ausência às consultas ou à vacinação  Trabalhar em equipa (saber o que já foi feito) 25 .Gather information .  Estabelecer prioridades e definir a população alvo  Identificar pessoas ou grupos em risco. Execução: 3. p. …) .Assess further . período de introdução de novos alimentos .: .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.História C2 – Interação pais-criança C3 – Vigilância do desenvolvimento C4 – Exame físico C5 – Rastreios C6 – Vacinas C7 – Outras intervenções  D.Problem identification .situação de doença ou deficiência da mãe ou da criança . Prioridades da consulta  C.e. solteira primípara ou com muitos filhos .Solutions Modelo de consulta Bright Futures Abordagem baseada no fortalecimento  A. Orientação antecipada *modelo Bright Futures – abordagem baseada no fortalecimento (tem uma sequência nem sempre possível de operacionalizar – muitas vezes rastreios e vacinas são realizados no final para não destabilizar a criança) Consulta de enfermagem em saúde infantil e juvenil . deliquência. Vigilância de saúde C1. ajudar o utente a tomar decisões  Validar os conhecimentos. FOCOS DE ATENÇÃO NA PROMOÇÃO DA SAUDE DA FAMILIA COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES  Adaptação ao papel parental e exercício do papel parental. materiais. Registo  Registar (tipo de habitação. Organização de material. 2. arrumação. espaço. … Articular recursos Fases da visita domiciliária: 1. 14. ações a desenvolver (conteúdos e estratégias). Problemas identificados. Conclusão  *existindo… Ver: Wong: capítulos 8. junto dos técnicos. 12.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. orientar e realçar os aspetos considerados pertinentes  Avaliar cuidados prestados  Marcar nova visita domiciliária ou lembrar consulta seguinte 3.  Prevenção de acidentes infantis e juvenis. 3. de outros serviços de saúde ou de líderes locais  Planeamento da visita: 1. roupa…e da relação entre os elementos da família) 4.  Promoção da saúde oral. se necessário 2. Objetivos. Avaliação  Confrontar o planeado com o realizado  Atualizar o plano de cuidados 5.  Promoção da alimentação saudável da criança ao longo do desenvolvimento. 26 . luz. cheiro. Realização  Apresentação e explicitação do motivo da visita  Prestar os cuidados de acordo com o planeado. 4. apoiar. Preparação:  Identificação do problema/situação  Recolha de dados no processo individual e familiar. 17. mas com flexibilidade – ouvir. Onde e quando. 4313    Promover reuniões de equipa de enfermagem e interdisciplinares Articular com csd e com outras instituições ou técnicos do…. 15. 19. D.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.  756-772  Portugal. Shaw JS. 665-681  CHAPTER 19 – Health Promotion of the Adolescent and Family. Duncan PM. pp. 231 273  CHAPTER 12 – Health Promotion of the Infant and Family. Missouri: Mosby Elsevier. pp. (2011). eds. and Adolescents. 27 . 4313 LEITURA OBRIGATÓRIA Hockenberry. Third Edition. p.  pp. 2008. Capítulos:  CHAPTER 8 – Health Promotion of the Newborn and Family. Elk Grove Village: American Academy of Pediatrics. pp. 570 583  CHAPTER 15 – Health Promotion of the Preschooler and Family. Wilson.  601-605  CHAPTER 17 – Health Promotion of the School-Age Child and Family. pp. M. Wong’s Nursing Care of Infants and Children. Bright Futures: Guidelines for Health Supervision of Infants. Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil:  Programa Nacional/Direcção-Geral de Saúde (Norma da DGS nº 10/13 de 31/05/2013 LEITURA RECOMENDADA Hagan JF. 11-219. Direcção-Geral da Saúde (2013). pp.. 488-518  CHAPTER 14 – Health Promotion of the Toddler and Family. Children.9 th Edition. 4313 Aula 5 – PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO (PNV) 25/09/2013 Profª Sónia Colaço VACINA  Originalmente referida à inoculação com o vírus da varíola para tornar uma pessoa imune a esta doença.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. naturalmente. através da placenta IMUNIDADE DE GRUPO  Uma condição na qual a maioria da população da comunidade está vacinada e a propagação de certas doenças é impedida. por se ter tido clinica ou subclinicamente a doença. da mãe para o feto. na mesma população.  Taxa de cobertura da vacinação pra a uma determinada doença. artificialmente.  Produto antigénico a que se retirou a capacidade de provocar doença que introduzido no organismo. provoca uma reação imunológica comparável à que acontece quando um individuo tem contacto com o agente patogénico a que se refere IMUNIDADE ATIVA  Estado onde os anticorpos são ativamente formados contra antigénios específicos. ou artificialmente por introdução do antigénio no individuo Ver conceitos na Wong – a partir do capítulo 12 IMUNIDADE PASSIVA  Imunidade temporária obtida por transfusão de imunoglobulinas ou antitoxinas. difteria. ela consegue-se com uma percentagem de 70-80% de vacinados. sendo necessário vacinar 100% da população RESPOSTA IMUNOLÓGICA A resposta imunológica depende de:  Condições do hospedeiro  Condições das vacinas  Organização do esquema vacinal/ PNV Condições do hospedeiro  Idade – sistema imunitário  Situação de saúde Condições do hospedeiro que contra indicam todas as vacinas  Doença febril aguda até à sua cura  Descompensação de doença neurológica se a vacina puder provocar febre  Alergia aos compostos da vacina (ovo. tétano. este conceito não se aplica. a partir da qual se consegue a sua irradicação  Depende de dados epidemiológicos e fatores socioeconómicos  Nas doenças em que a imunidade de grupo funciona. não foram vacinados. habitualmente significa um ato físico de administração de qualquer vacina ou toxoide. relativamente a essa doença  No caso da tuberculose. sarampo. uma vez que a população que foi vacinada protege aqueles que. de outro humano ou animal que tenha sido ativamente imunizado contra um antigénio ou naturalmente. antibióticos…)  Reação grave ou de sensibilidade a uma dose anterior da mesma vacina 28 . Estas estirpes mantêm a capacidade de se multiplicar dentro do hospedeiro e continuar a ser suficientemente antigénicas para induzir uma forte resposta imunitária  Exemplo: a vacina contra a varicela-zoster. quando diluídas devem ser utilizadas no prazo de 1hora e dentro de 8 dias se forem mantidas entre 2 e 8ºC COMPOSIÇÃO DAS VACINAS Antigénios utilizados na produção de vacinas  Toxoide – ex: vacina tetânica  Microorganismo vivos atenuados (p.ex. papeira e rubéola)  Micro organismos mortos (vacina anti tosse convulsa)  Micro organismos similares (vacina BCG)  Polissacáridos bacterianos (vacina anti hemophillus influenzae do tipo B)  Antigénio de superfície purificado (vacina anti hepatite B)  Imunoglobulinas específicas *Junçao de determinadas substâncias TIPOS DE VACINAS Vacinas vivas atenuadas  Contêm estirpes modificadas de um agente patogénico (bactérias ou vírus) que foram enfraquecidas por meio de passagens por um hospedeiro não natural. 4313 Condições do hospedeiro que contra indicam as vacinas vivas  Gravidez nos primeiros 4 meses  Doenças oncológicas ou imunodeficiências  Terapêutica imunossupressora  Administração há menos de 3 meses de sangue. anti-rubeola e anti-hepatite B. Condições das vacinas  Composição  Conservação (entre 2 e 8ºC)  Administração (princípios da administração de terapêutica – 6 certos)  Doses  Local  Intervalos entre a administração das vacinas Conservação  Respeitar os prazos de validade  Não expor os preparados à luz direta ou fontes de calor  Não guardar nas portas do frigorífico  Seguir as instruções relativamente às instruções de conservação  Manter a temperatura entre 2 e 8ºC e não congelar  As vacinas anti-sarampo.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. vacina antisarampo. anti-parotidite. plasma ou imunoglobulina. ou por um meio que lhe seja desfavorável. 29 . O único exemplo até à data é o vírus da variola das vacas que protege contra o vírus da varíola humana Vacinas mortas/ inativadas  O agente bacteriano ou viral é morto ou inativado através de tratamento químico (ex: forlmaldeído) ou por calor. a vacina oral contra i vírus da poliomielite (VAP) e a contra o víus da febre amarela  As vacinas heterólogas são um subgrupo de vacinas ativas atenuadas que produzido a partir das estirpes que são patogénicas em animais mas não em pessoas. Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. a vacina contra a pertussis (Pw). como a toxoide de difteria. nas crianças maiores  As injeções intramusculares são administradas no vasto lateral da coxa nos latentes ou no deltoide nas crianças maiores INTERVALOS DE ADMINISTRAÇÃO  Vacinas mortas (sem restrições)  Vacinas vivas (4 semanas de intervalo) . 30 .m. (Wong) VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Seguir as orientações relativas à via de administração As vacinas do PNV são administradas por injeção  i. estimulando a formação de anticorpos. Vacinas sub-unitárias  Contêm frações ou sub-unidades do agente infecioso (bactérias ou vírus) selecionado devido à sua capacidade de inciar uma resposta imunitária especifica  Exemplo: a vacina contra o Haemophilus influenza do serotipo b ou a vacina acelular contra a pertussis~  As toxoides são um importante grupo de vacinas sub-unitárias. ou s. BCG  i. (b) Excepcionalmente. a vacina contra a raiva ou a vacina contra o vírus da hepatite A. anti tétano. que mantém as suas propriedades imunogénicas. em situação de surto.c. do BCG. vascular ou dos tecidos  A injeção intradérmica. nervosa. anti hepatite B. será de 4 semanas. na união do terço superior com o terço médio  As injeções subcutâneas são administradas na coxa dos latentes ou na face superior externa do braço. tetra pentavalente  s. 4313  Exemplo: a vacina inativada contra o vírus da poliomielite (VIP).d. a idade mínima para a 1ª dose de DTPa. anti rubéola ou anti sarampo.3 semanas no caso das vacinas anti cólera e anti febre amarela Idade mínima para iniciar a vacinação e intervalos mínimos entre múltiplas doses da mesma vacina (a)A VHB pode ser excepcionalmente administrada em esquemas acelerados (viajantes e recémnascidos <2 000g filhos de mães Ag HBs+ (ver “Vacinação em Circunstâncias Especiais – Crianças pré-termo e de baixo peso”). é administrada na face superior externa do braço esquerdo. que contêm uma toxina bacteriana quimicamente modificada. papeira e rubéola (VASPR) DOSES E LOCAIS DE ADMINISTRAÇÃO Doses  O número de dose depende da imunidade conferida pela vacina Local de administração  Onde seja menor o risco de lesão local. tríplice.c. anti sarampo.m. anti meningococo do tipo C e anti-papiloma vírus  i. (e) Se a VIP 3 for a última dose do esquema vacinal (administrada ≥4 anos de idade) recomenda-se um intervalo de 6 meses em relação à VIP 2. No capítulo do documento relativo ao PNV 2012 “Descrição das Vacinas do PNV” são apresentadas as contraindicações e precauções específicas para cada vacina. penicilina. (d) Até aos 10 anos de idade (exclusive). Todas as crianças que tenham feito 4 ou mais doses de VIP e/ou VAP precocemente (antes dos quatro anos de idade) devem sempre fazer uma dose de VIP depois dos 4 anos. temporalmente relacionadas com as vacinas. aos 12 meses.ver “Vacina BCG”)  Imunoterapia concomitante com extratos de alérgenos  História pessoal ou familiar de alergias (exemplo: ovos. diarreia)  Terapêutica antibiótica concomitante (exceto os tuberculostáticos para a BCG . pelo menos. com ou sem febre (exemplo: infeção das vias respiratórias superiores. FALSAS CONTRA-INDICAÇÕES PARA A VACINAÇÃO ÀS VACINAS DO PNV . As crianças vacinadas durante o primeiro ano de idade devem ser revacinadas. rubéola ou outra doença alvo de uma vacina  Exposição recente a uma doença infeciosa 31 . 6 meses depois da 4ª dose. PNV (2012: 22) CONTRAINDICAÇÕES DAS VACINAS . pessoas infectadas com VIH.Falsas contraindicações às vacinas do PNV . 4313 (c) Excepcionalmente. Nestes casos. a 1ª dose de VASPR pode ser antecipada para os 6 meses de idade. excepto para os que tenham recebido um esquema misto VAP e VIP que devem receber a VIP 4 mesmo que a VIP ou VAP 3 tenha sido administrada depois dos 4 anos de idade. viajantes). a decisão de não vacinar. a Td pode ser administrada antes dos 7 anos de idade. (i) Excepcionalmente. em crianças com contra-indicação absoluta para a Pa. (h) Se for necessária protecção mais precoce (surtos. (f) A VIP 4 só é recomendada se a 3ª dose tiver sido administrada antes dos 4 anos de idade.Exceto quando existe uma contraindicação verdadeira. a uma dose anterior da vacina  Doença ligeira aguda. (consultar circular normativa nº 040/2011 DGS. que terá em consideração os benefícios da prevenção da doença e as raras situações adversas.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. parotidite epidémica. por razões médicas. com intervalo mínimo de 6 meses entre a penúltima e a última dose. renal ou hepática  Doenças neurológicas não evolutivas. eczemas ou infeções cutâneas localizadas  Doença crónica cardíaca.pag. rinite ou outras manifestações atópicas)  Dermatoses. asma. como a paralisia cerebral  Síndroma de Down ou outras patologias cromossómicas  Prematuridade  Baixo peso à nascença (< 2 000 g) (exceto para a VHB e a BCG – ver “Vacinação em Circunstâncias Especiais”)  Aleitamento materno  História de icterícia neonatal  Malnutrição  História anterior de sarampo. pode ser aceite um intervalo de 4 meses entre a DTPa 3 e a DTPa4.subcapítulo "Contraindicações e Precauções".As contraindicações às vacinas são raras e podem ser permanentes ou transitórias.Quadro IX. É importante lembrar que qualquer adiamento da vacinação devido a uma falsa contraindicação constitui uma oportunidade perdida de vacinação. (g) A MenC pode ser administrada a partir das 6 semanas de vida. a 5ª dose de DTPa ou Td só é recomendada se a 4ª dose tiver sido administrada antes dos 4 anos de idade. sem prejuízo da dose recomendada aos 12 meses de idade. deve ser sempre cuidadosamente ponderada e é da responsabilidade do médico assistente.38)  Reações locais. a contactos de casos. Consultar também Honkenberry & Wilson (2011) . ligeiras a moderadas. pulmonar. As precauções não são contraindicações para a vacinação mas exigem prescrição médica para administrar as respetivas vacinas. não contando esta dose para o esquema recomendado. a 5ª dose deve ser administrada. no contexto de vacinação pós-exposição (Quadro XVII). febre dos fenos. com a VASPR 1. o tétano. a tosse convulsa e a doença invasiva por Haemophilus influenzae b (DTPaHib)  Vacina tetravalente contra a difteria.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. o tétano. 4313      Convalescença de doença aguda História familiar de reações adversas graves à mesma vacina ou a outras vacinas História familiar de síndroma da morte súbita do lactente História familiar de convulsões … PNV (2012: 38) PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO  É gratuito para todos os que vivam em Portugal. a tosse convulsa e a poliomielite (DTPaVIP)  Vacina pentavalente contra a difteria. a tosse convulsa. o tétano. doses e vias de administração de vacinas para prevenção de doze* doenças (*desde Janeiro de 2009) PNV – Vacinas  Vacina contra a tuberculose (BCG)  Vacina monovalente contra a hepatite B (VHB)  Vacina monovalente contra a doença invasiva por Haemophilus influenzae b (Hib)  Vacina “monovalente” contra a poliomielite (VIP)  Vacina trivalente contra a difteria. o tétano e a tosse convulsa/pertussis (DTPa)  Vacina tetravalente contra a difteria. a doença invasiva por Haemophilus influenzae b e a poliomielite (DTPaHibVIP)  Vacina monovalente contra a doença invasiva por Neisseria meningitidis C (MenC)  Vacina trivalente contra o sarampo.  Inclui as idades. a parotidite epidémica e a rubéola (VASPR)  Vacina tetravalente contra infecções por vírus do Papiloma humano (HPV)  Vacina bivalente contra infecções por vírus do Papiloma humano (HPV)  Vacina bivalente contra o tétano e a difteria (Td) PNV – CALENDÁRIO 32 .  É determinado e atualizado em função da epidemiologia das doenças infecciosas. O intervalo entre a 1. O aspeto de casca de laranja indica uma boa técnica.. pensa-se que deixe de ser eficaz para proteger da tuberculose Efeitos secundários  Incluem reações imediatas – lesão supurativa que vem a formar crosta – e não imediatas – adenite satélite axilar.  Faz-se a leitura às 48-96h após a inoculação. na face posterior do braço esquerdo dos recém-nascidos com mais de 2kg. palpando-se e medindo-se em milímetros. as dermatoses generalizads.ª será de 3 meses. na dose de 0. em 3 doses. apesar de duvidosa.ª e a 3. Independentemente do numero de doses (uma ou duas) efectuadas no primeiro ano de vida. a síndrome de imunodeficiência humana sintomática PROVA DE MANTOUX  Administração de 0. No período de transição. não para as outras formas de infeção por papiloma vírus. com régua transparente.1ml de um soluto de 2 unidades de tuberculina.05ml e.5ml. se for entre 5 e 9 mm. por via i. Conservação  2 a 8ºc. 0. protegida da luz Precauções da vacinação contra o HPV  Doença aguda grave.d. fazer segundo prescrição médica  Gravidez 33 . Dos 3 meses aos 18 anos é efetuada após reação intradérmica de Mantoux negativa  Confere imunidade a 80% das pessoas vacinadas.ª não deve ser inferior a 2 meses e entre a 2. VACINA HPV VACINA ANTI PAPILOMA VÍRUS (para genótipos 6. não é preciso revacinar.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. a zona de induração. O controlo vacinal é feito às 10 semanas pela verificação da cicatriz vacinal. profunda. defendendo dos casos graves da doença. quando administrada a menores de 5 anos.16.18)  Foi a última vacina a ser integrada no PNV – em janeiro 2009  Previne lesões genitais pré-cancerosas. Contra indicações  As relacionadas com as vacinas vivas. necessitam apenas da dose aos 12 meses. A imunogenicidade da vacina está demonstrada entre os 9 e os 26 anos de idade.1ml.m.  A reação é positiva se for ≥10mm. com um adjuvante. cancro do colo do útero e verrugas genitais externas relacionados    com os genótipos que a compõem. é necessária a dose dos 12 meses (respeitando sempre o intervalo mínimo entre doses). 11. (b) Aplicável apenas a raparigas. 4313 (a) À data de entrada em vigor do PNV 2012. BCG – BACILO DE CALMETTE-GUÉRIN VACINA ANTI-TUBERCULOSE  É uma vacina de microrganismos vivos que é administrada por enfermeiros especificamente preparados. sem congelar. mais tarde. por via i. A a partir dos 18 anos. É uma vacina produzida por DNA recombinante do HPV. entre os 11 e os 13 anos.ª e a 2. apenas se recomenda 1 dose de MenC aos 12 meses. pelo que deve ser administrada 0. com ou sem febre  Em indivíduos com alterações da coagulação / risco de hemorragia. na face anterior ou ântero-lateral do 1/3 médio do antebraço esquerdo. as crianças que já tenham 1 dose de MenC no 1º ano de vida. através do programa SINUS  Aconselhar a criança a permanecer 30 minutos no centro de saúde REAÇÕES ANAFILÁTICAS E O SEU TRATAMENTO (Consultar circular normativa da DGS nº 040/2011 PNV 2012)  Diagnóstico de reação anafilática  Equipamento e medicamentos  Procedimentos a adotar em caso de anafilaxia . em função da idade e do boletim individual de saúde (BIS). pouco tempo após o contacto com alérgeno. pelo que as pessoas vacinadas deverão permanecer sob observação durante 20 minutos após a administração da vacina. condições de armazenamento e local de disponibilidade das vacinas  Preparar as vacinas de acordo com as regras de administração terapêutica  Preparar a criança – e/ou informar os pais para o procedimento – o que vai fazer. assim como na ficha central de vacinação da criança  Assegurar o respeito pelos prazos de validade.Vacinação no âmbito do PNV  Profilaxia pós exposição CUIDADOS GERAIS A OBSERVAR NA PRÁTICA DA VACINAÇÃO  Certificar-se da vacina a administrar. o lote. objeto – elogiando-a no fim  Informar sobre os efeitos secundários possíveis  Escrever a lápis no BIS as datas das próximas vacinas  Registar a vacina administrada. 4313 Reações adversas da vacinação contra o HPV  Febre e sinais inflamatórios no local da injeção (muito frequentes)  Equimose ou prurido no local da injeção (frequentes)  Broncospasmo (muito raras) OUTRAS VACINAS NÃO INTEGRADAS NO PNV  Prevenar – streptococcus pneumoniae  Rotavírus  Antigripe A – 6 meses aos 2 anos  Gripe VACINAÇÃO EM CIRCUNSTÂNCIAS ESPECIAIS (consultar circular normativa nº 040/2011 DGS -pág. sendo tanto mais graves quanto mais precoces. geralmente. 49 a 66)  Crianças Pré-termo e de baixo peso  Gravidez e Amamentação  Indivíduos com alterações/disfunções imunitárias  Terapêutica com produtos contendo imunoglobulinas  Indivíduos com alterações da coagulação  Viajantes . como. o laboratório. 34 . a dose na ficha central de vacinação da criança.As reações anafiláticas surgem.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Algumas crianças com dificuldade respiratória preferem estar sentadas ao colo. que não responderam à administração parentérica de adrenalina. Registar as medições efectuadas. na sua falta. Se se mantiverem os sinais de obstrução das vias aéreas. RESPONSABILIDADE DO ENFERMEIRO NA VACINAÇÃO  Informar adequadamente os pais acerca da natureza. 6. Manter as vias aéreas permeáveis. devendo essa informação acompanhar o doente na sua transferência para o Serviço de Urgência. 2. com reservatório a 15 L/min ou. porque há necessidade de restaurar rapidamente a volémia). 7. Deitar o doente com os pés elevados (posição de Trendelenburg.5 mL).Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.mês. Pedir ajuda e telefonar para o 112 para transporte do doente para o Serviço de Urgência mais próximo. Repetir após 5 minutos se não houver melhoria clínica. Monitorizar o Tempo de Preenchimento Capilar (TPC). usando um tubo de Guedel. na dose de 0. por via intramuscular12 na face anterolateral da coxa13. nome.  Realizar registos rigorosos. tipo de produto de imunização utilizado. ano da administração. 4313 EQUIPAMENTOS E MEDICAMENTOS – PÁG 50 DGS Procedimentos 1. 5. 4. por cânula nasal até 6 L/min.  Reportar quaisquer reações adversas  Manter-se atualizado acerca das recomendações das vacinas 35 . fabricante e nº de lote da vacina. benefícios esperados e risco de efeitos secundários. Administrar adrenalina aquosa a 1:1 000 (1 mg/mL).03 mL/kg até à dose máxima de 1mL) ou adrenalina a 1:1 000 (1 mg/mL) (diluir 1 mL em 4 mL de soro fisiológico). com elevação dos membros inferiores. Utilizar uma “abordagem ABCDE” e tratar os problemas potencialmente fatais à medida que surgem. Instituição de Saúde e assinatura legível da pessoa que administra a vacina. 3.01 mL/kg (máximo 0. se necessário. Administrar O2 por máscara. a frequência cardíaca e a pressão arterial. administrar aerosol com broncodilatadores (salbutamol em 0. prevalência e riscos da da doença. documentação precisa (dia. a posição supina pode ser fatal por aumentar o depósito sanguíneo nos membros inferiores. Nos doentes com dificuldade respiratória deve optar-se pela posição sentada. M. Chapter 12  Direcção-Geral da Saúde –Orientações para a operacionalização do módulo de vacinação  SINUS.12. 9th Edition.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Lisboa. 31/03/03.  DGS. Abril 2012 LEITURA COMPLEMENTAR  Documentos WHO . 3 p.1. (2011). 4313 LEITURA OBRIGATÓRIA  Direção Geral da Saúde – Programa Nacional de Vacinação 2012 Norma 040/2011. 21. D.  Missouri: Mosby Elsevier. Wilson.  Lisboa.º 04/DT”.º2. atualização 26. “Direcção-Geral dos Cuidados de Saúde Primários – Circular Normativa N. Wong’s Nursing Care of Infants and Children..Bases Imunológicas para a vacinação ( ficheiros em anexo) 36 .  Direcção-Geral da Saúde – Boletim Vacinação n.2012  Hockenberry.2011.  A sexualidade influencia pensamentos. de sexualidade não reprodutiva e de reprodução “não sexual”. O “sexual” fica invisível.Ao longo da história. que o efeito é semelhante ao do passado. E o que é que isto quererá dizer? Falamos nestas duas conceções separadamente para não confundir as 2 áreas. É ser-se sensual e ao mesmo tempo sexual. segundo Michel (filosofo). esconde “esta lacuna”. hoje faz-se tanto barulho acerca da sexualidade. que abrange homens e mulheres. cada vez mais. tocamos e somos tocados.Do mesmo modo.Hoje falámos em “orientações técnicas para a saúde reprodutiva”. já não falamos tanto em saúde da mulher. Não há comunicação. (WHO. 2006) . Esta é uma definição “muito romantizada” e positivista. pouco inclusiva. vários autores contestam esta conceção. influencia a nossa saúde física e mental”. Distinguimos saúde sexual e saúde reprodutiva. contacto. intimidade e se integra no modo como nos sentimos. mas em saúde sexual. uma mudança de paradigma. Hoje falámos em sexualidade como um bem de consumo mas. . . . O QUE ENTENDEM POR SEXUALIDADE?  É uma energia que nos motiva para encontrar amor. sentimentos.Ainda assim. porque falámos. 37 .Verifica-se atualmente.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. ações e interações e. ternura. por isso. mas barulho que. 4313 Aula 6 – SEXUALIDADE E SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA 1/10/2013 Profª Madalena Oliveira SUMÁRIO ALARGADO  Conceitos de sexualidade/Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva/Direitos Sexuais e Reprodutivas  Dimensões e funções da sexualidade  Componentes da saúde sexual  Ciclo de Resposta Sexual humana  Vivências e expressões da sexualidade ao longo do ciclo de vida  A carta dos Direitos Sexuais e reprodutivos  Principais problemas e tendências em SSR  O cuidado em SSR SAÚDE SEXUAL E SAÚDE REPRODUTIVA SAÚDE SEXUAL SAÚDE REPRODUTIVA . movemos. sempre existiram muitos mitos acerca da sexualidade. 4313 DIMENSÕES DA SEXUALIDADE biologica espiritual sociocultural dimensões psicoafetivo ético legal FUNÇÕES DA SEXUALIDADE  Reprodução . Dichens e Fathalla. que se evidencia nas expressões livres e responsáveis de capacidades sexuais que conduzem ao bem-estar pessoal e social enriquecendo a vida individual e social. (WAS.Gradualmente. falamos também em comunicação na sexualidade SAUDE SEXUAL  É um processo contínuo de bem-estar físico. psicológico e socio cultural.Temos uma legislação desde Abril de 2009 (relatório do grupo de trabalho para a educação sexual nas escolas) que obriga a trabalhar as áreas da sexualidade VIVÊNCIAS E EXPRESSÕES DA SEXUALIDADE AO LONGO DA VIDA 38 . falamos em reprodução. 2000)  Satisfação e gratificação  Sexualidade livre de abusos  Prática de sexo seguro (Cook. associada ao modelo social vigente – o casamento  Prazer  Comunicação .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. relacionado com a sexualidade. 2003) .Durante muito tempo.  Para conseguir alcançar e manter a vida sexual é necessário que se reconheçam e defendam os direitos sexuais de todas as pessoas. a união precoce entre mãe e filho num verdadeiro relacionamento é um princípio básico para o desenvolvimento psicológico da necessidade de sexualidade. SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA Carta dos direitos sexuais e reprodutivos – Federação Internacional para o Planeamento Familiar (IPPF) 39 . o apego infantil permanece nas relações adultas (Bowby). Esta seria a resposta sexual do Homem. Relação entre o apego primário e as relações afetivo sexuais no adulto  Relacionado a com auto estima. evitante  Contactos/interações – informais. culpa. ansiosa. frequentes . O QUE É A RESPOSTA SEXUAL HUMANA? Ciclo da resposta sexual humana  Fase de desejo  Fase de excitação  Fase do orgasmo De Master e Johnsons ao modelo circular de Basson .  Segundo Jean Watson (2005). volta a surgir no âmbito das relações amorosas. . . 4313 TIPOS DE AFETOS Sexo.Um bebé que chora e cuja mãe/pai não atende ao seu chamamento frequentemente. orgasmo e resolução (período refratário). é amplamente aceite que o desejo antecede a excitação e que o desejo é possibilitado pela existência de disponibilidade para o desejo. traços de personalidade. desaprende a viver a relação afetiva. constantes. desaprende a ligar-se ao outro. ansiedade e altruísmo  O comportamento de apego na vida adulta é uma continuação direta do comportamento na infância  No adulto existe a procura de proximidade. dor. morde e se alimenta como também na segurança e no contacto diário com outras pessoas.Este tipo de relação entre pais-bebés.prazer •Atração •Enamoramento •Experiência amorosa •Inibiçao.afetivos •Desejo . sugeriu-se que a resposta da mulher seria diferente. quando o bebé suga.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. muito provavelmente. o refúgio seguro e a criação de 1 base segura entre os pares  Toca a simbologia das relações interpessoais e está ligada ao desenvolvimento do apego na infância  Logo. de proximidade. a qual é demonstrada precocemente.Master e Johsons começaram por falar na excitação. ciúme Socio-afetivos •Empatia •Apego •Amizade •Hostilidade APEGO E SEXUALIDADE  Apego – vínculos afetivos que estabelecemos com os outros significativos  Modelos familiares  Estilo de vinculação – segura. “aparentemente infantil”. Mais tarde. “de toque”.Atualmente. rejeição. planalto. 4313 1 – DIREITO À VIDA  Nenhuma mulher deve ter a vida em risco por razões de gravidez. 2 – DIREITO À LIBERDADE E SEGURANÇA DA PESSOA  Todas as pessoas têm o direito de poder desfrutar e controlar a sua vida sexual e reprodutiva. por razões de idade. cuidados de saúde. consciência e religião. orientação sexual. no acesso aos cuidados e/ou serviços. 4 – O DIREITO À PRIVACIDADE  Todos os serviços de saúde sexual e reprodutivos. quando esteja em risco a vida de uma pessoa. Este direito não é contemplado em casos de emergência. 6 – O DIREITO À INFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO  Todas as pessoas têm o direito de receber uma educação e informação suficientes de forma a assegurar que quaisquer decisões que tomem. 3 – O DIREITO À IGUALDADE E O DIREITO A ESTAR LIVRE DE TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO  Ninguém deve ser discriminado. no âmbito da sua vida sexual e reprodutiva. sejam exercidas com o seu consentimento pleno. aconselhamento ou serviços relacionados com a saúde sexual e reprodutiva. aconselhamento e serviços relativos à sua saúde e direitos sexuais e reprodutivos. vergonha. sem receio de perseguição. numa base de respeito aos seus direitos de privacidade e confidencialidade. incluindo o acesso à informação.  Todas as pessoas têm o direito de exprimir a sua orientação sexual a fim de poder desfrutar de uma vida sexual segura e satisfatória. perda da liberdade ou interferência de ordem social. incluindo a informação e o aconselhamento.  Todas as pessoas têm o direito de não estarem sujeitas a assédio sexual. 40 .  Nenhuma pessoa deve ser discriminada no seu acesso à informação. no seu acesso à educação e informação relativas à sua saúde sexual e reprodutiva.  Todos os serviços de cuidados em saúde sexual e reprodutiva incluindo os serviços de informação e aconselhamento devem estar disponíveis para todas as pessoas e casais.  Todas as pessoas têm o direito à igualdade no acesso à educação e informação de forma a preservar a sua saúde e bem-estar. como forma de delimitar a liberdade de pensamento em matérias de cuidados de saúde sexual e reprodutivos. deverão ser prestados com privacidade e a garantia de que as informações pessoais permanecerão confidenciais. livre e informado. 5 – O DIREITO À LIBERDADE DE PENSAMENTO  Todas as pessoas têm direito à liberdade de pensamento e de expressão relativa à sua vida sexual e reprodutiva. “deficiência” física ou mental.  Todas as pessoas têm o direito à proteção contra quaisquer restrições por motivos de pensamento. filosofias ou costumes. em particular os mais jovens.  Todas as pessoas têm o direito de estar livres de interpretações restritas de textos religiosos. crenças. no respeito pelos direitos dos outros. incluindo as opções relacionadas com o aborto seguro. respeitando contudo o bem-estar e os direitos dos outros.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. culpa. ou serviços relacionados com as suas necessidades de saúde e direitos sexuais e reprodutivos ao longo da sua vida. falsas crenças ou mitos e outros fatores psicológicos que inibam ou prejudiquem o seu relacionamento sexual ou resposta sexual.  Os profissionais de saúde têm o direito de invocar objecção de consciência na prestação de serviços de contraceção e aborto e o dever de encaminhar os utentes para outros profissionais de saúde dispostos a prestar o serviço solicitado de imediato. relacionadas com a sua vida sexual e reprodutiva.  Todas as pessoas têm o direito de estar livres do medo. Nenhuma pessoa deve ter a vida em risco por falta de acesso aos serviços de saúde e/ou informação.  Todas as mulheres têm o direito de efetuar escolhas autónomas em matéria de reprodução. especialmente. da prostituição infantil e todas as formas de abuso.F. 8 – O DIREITO DE DECIDIR TER OU NÃO FILHOS E QUANDO OS TER  Todas as pessoas têm o direito ao acesso à gama mais ampla possível de métodos seguros.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. violência e assédio sexuais. que seja seguro e aceitável. ou quando a fertilidade esteja comprometida devido a doenças transmitidas sexualmente. perspetivando a individualização dos cuidados) – direito à saúde sexual (os vários elementos estão ligados) 41 . da exploração sexual. 9 – O DIREITO AOS CUIDADOS  Todas as pessoas têm o direito a usufruir de cuidados de saúde sexual e reprodutiva. eficácia e riscos associados a todos os métodos de regulação e fertilidade e de prevenção. 4313  Todas as pessoas têm o direito de receber informações completas quanto às vantagens. influenciada pelas várias conferências internacionais  Saúde materna/P.  Todas as pessoas têm o direito à liberdade de escolher e utilizar um método de protecção contra a gravidez não desejada.F. eficazes e aceitáveis de contraceção. 11 – O DIREITO À LIBERDADE DE REUNIÃO E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA  Todas as pessoas têm o direito de influenciar os governos para que a saúde e os direitos em matéria de sexualidade e reprodução sejam uma prioridade dos mesmos. incluindo o direito:  Informação dobre os benefícios e riscos dos métodos contracetivos  Acesso à maior variedade possível de serviços  Opção para decidir utilizar ou não serviços e para escolher o método contracetivo a usar  Segurança relativa aos métodos e serviços ao seu dispor  Privacidade na informação e serviços prestados  Confidencialidade relativa a informações pessoais  Dignidade no acesso e na prestação dos cuidados em saúde sexual e reprodutiva  Confiança e comodidade relativa à qualidade dos serviços oferecidos  Continuidade que garanta a disponibilidade futura dos serviços  Opinião sobre o serviço oferecido 10 – O DIREITO AOS BENEFÍCIOS DO PROGRESSO CIENTÍFICO  Todas as pessoas utentes dos serviços de saúde sexual e reprodutiva têm o direito ao acesso a todas as novas tecnologias reprodutivas seguras e reconhecidas. DO PLANEAMENTO FAMILIAR À SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA  Mudança no conceito de P. incluindo casos de infertilidade. – direitos e saúde reprodutiva  1995 – Cairo (integra todas as etapas do ciclo de vida. 7 – O DIREITO DE ESCOLHER CASAR OU NÃO E DE CONSTITUIR E PLANEAR FAMÍLIA  Todas as pessoas têm o direito de acesso aos cuidados de saúde reprodutiva. 12 – O DIREITO A NÃO SER SUBMETIDO NEM A TORTURA. NEM A TRATAMENTO DESUMANO OU DEGRADANTE  Todas as crianças têm o direito a proteção contra todas as formas de exploração e.  Saúde Reprodutiva é um estado de bem-estar físico. e não apenas a ausência de doença ou enfermidade.F. gravidez indesejada e aborto. Reduzir a mortalidade e morbilidade materna. DO P. Contraceção (prevenção gravidez desejada) da não Prevenção de IST e Rastreio do cancro genital Informação e educação sexual Em suma: alargou-se o âmbito das suas atividades   Passamos de um modelo higiénico sanitário a um modelo holístico individualizado. suas funções e processos. À SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA Objetivos 1. a serviços de saúde que contribuem para a vivência da sexualidade de forma segura e saudável. fertilidade. Informar e aconselhar sobre a saúde sexual e reprodutiva 3. Preparar e promover uma parentalidade responsável Atividades  Esclarecer sobre vantagens e desvantagens de regular a fecundidade em função da idade  Reconhecer e orientar os casais com desajustes/dificuldades sexuais  Prestar cuidados pré concecionais tendo em vista a redução do risco numa futura gravidez  Identificar e orientar os casais com problemas de infertilidade  Efetuar prevenção. mental e social.. ou seja. demonstram que o investimento na saúde sexual e reprodutiva é fundamental para quebrar este ciclo. desigualdade e violência de género.Acabar  Os laços existentes entre pobreza. In Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (Cairo. Forma de assegurar que as pessoas têm acesso a informação. 1. em todos os aspetos relacionados com o sistema reprodutivo. se os quer e quando os quer. diagnóstico e tratamento das IST  Efetuar rastreio do cancro do colo e mama SAÚDE REPRODUTIVA  Implica que as pessoas possam ter uma vida sexual satisfatória e segura e que tenham a capacidade de se reproduzir e decidir quando e com que frequência têm filhos. 1994) Finalidade Que as pessoas gozem de ausência … PRINCIPAIS TENDÊNCIAS EM SSR  Promover a saúde na esfera sexual e reprodutiva  Promover uma efetiva igualdade . perinatal e infantil 5. Contraceção (limitação/ espaçamento dos nascimentos) 2. Permitir ao casal decidir quantos filhos quer. 4313 Percurso histórico da contraceção no P.F. nomeadamente a infertilidade 4. planear a sua família 6. Promover comportamentos saudáveis face à sexualidade 2. 42 . métodos eficazes e seguros. Reduzir a incidência de IST e as suas consequências.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. hospitalar  Consulta de P.F.  Espaços de atendimento a jovens  Escolas de pais 43 . em CS OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM SS  Consulta de enfermagem programada  Atendimento não programado  Unidades móveis  Projetos em estabelecimentos de ensino.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.F. associações. 4313 É necessário  Atendimento imediato  Encaminhamento adequado  Protocolos de articulação  Consulta de P.. Este muco impede que as bactérias que habitam a vagina penetrem no útero mantendo-o saudável.O muco cervical distingue-se do corrimento porque o muco cervical é uma secreção produzida pelo colo do útero.Métodos barreira . Um deles tem um desenvolvimento “especial” e os outros acabam por atrofiar. ajuda no transporte dos espermatozoides até às trompas. 4313 Aula 7 (TP) – MÉTODOS DE CONTROLO DA FECUNDIDADE 2/10/2013 Profª Esmeralda Afonso SUMÁRIO ALARGADO  Sistema reprodutor feminino e masculino (revisões)  Métodos de controlo da fecundidade  Eficácia contraceptiva teórica e prática: (conceitos e interpretação dos valores)  Descrição e formas de actuação: . ajudando a passagem do esperma pela vagina até o útero e tubas uterinas.Métodos hormonais .Métodos cirúrgicos .Se houver uma gravidez… Ciclo endometrial  Fase menstrual  Fase descamativa  Fase secretória 44 .Ciclo menstrual – começa quando se inicia a menstruação e termina e reinicia na menstruação seguinte . onde pode ocorrer a conceção do bebê e começar a gravidez. mas durante o período fértil da mulher esse muco se torna transparente e elástico.Contraceção de emergência  Critérios de escolha de um método de controlo da fecundidade e características do utilizador  O cuidado de enfermagem no aconselhamento contraceptivo SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Órgãos sexuais internos  Gonadas (ovários)  Trompas  Útero  Vagina Órgãos sexuais externos Vulva (conjunto dos pequenos e grandes lábios e clítoris)  Grandes lábios  Pequenos lábios  Clítoris  Introito vaginal Ciclo ovárico .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. .Em cada ciclo ovárico – antes da menstruação vários oócitos passam por um processo de maturação. O muco cervical durante a maior parte do mês é espesso.Métodos de conhecimento do período fértil ou de auto-observação .Dispositivo intra-uterino (DIU) .A principal fonte de estrógeno são os folículos . além disso também ajuda o espermatozoide a alcançar o útero durante o período fértil da mulher. também chamado cérvix. . . produzido pelas células do colo do útero e estimulado pelo estrogénio. o que dificulta a passagem dos espermatozoides da vagina ao útero.O muco cervical. Métodos hormonais . adesivo.Corresponde à eficácia contracetiva de um método quando ele é utilizado em condições ideais Eficácia prática .Oral. implante 45 . as omissões. etc. injetável.1 a 2 gravidezes em 100 mulheres por ano)  Apresentação da taxa de fracasso…  … MÉTODOS CONTRACETIVOS Formas de atuação  Impedindo a ovulação  Impedindo o encontro dos espermatozoides com óvulo  Impedindo a nidação 1. 4313 Ciclo menstrual. ou seja. ovárico e endometrial Ciclo menstrual – 1º dia da menstruação até ao último dia antes da menstruação seguinte  1ª Fase (antecede a ovulação): duração variável  2ª Fase (depois da ovulação): aproximadamente 14 dias  Primeiros 2 anos após a menarca e pré-menopausa (última menstruação) – habitualmente ciclos mais longos e irregulares devido a ciclos anovulatórios SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO  Testículos  Epidídimo  Canas deferentes    Uretra Pénis Escroto Glândulas anexas  Vesiculas seminais  Próstata  Glândulas de Cowper ou bulbos uretrais Espermatogénese  Processo de diferenciação das espermatogónias em espermatozoides  Demora cerca de 70/80 dias (qualquer problema ou modificação temporária das condições de espermatogénese pode originar problemas de fertilidade durante 2 a 3 meses  Inicio na puberdade e continua ao longo da vida EFICÁCIA DOS METODOS CONTRACETIVOS  Índice de Pearl (permite calcular a eficácia de um método) (Nº de gravidezesx12x100)/ ciclos de uso  Número de gravidezes em cada 100 mulheres que usam esse método durante 1 ano   Eficácia teórica .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.Corresponde à eficácia contracetiva de um método na prática. tendo em conta a qualidade da sua utilização: a motivação e experiência dos utilizadores. erros na sua utilização. Formas diferentes de apresentar as eficácias  Numero de gravidezes em 100 mulheres por ano (ex: 0. anel vaginal. Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia, 4313 2. Dispositivo intra-uterino (DIU) 3. Métodos barreira - Preservativo; diafragma; espermicida 4. Métodos de conhecimento do período fértil ou de observação - métodos com base no calendário e métodos com base na observação de sinais e sintomas (método da temperatura basal; método do muco; método sintotérmico) 5. Testes preditivos da ovulação 6. Métodos cirúrgicos 7. Contraceção coital 1. Métodos hormonais 1.1. Contraceção combinada (estrogénio e progestagénio)  Contraceção oral combinada (COC)  Anel vaginal  Adesivo contracetivo transdérmico 1.2. Contraceção progestativa  Contraceção oral progestativas (POC)  Implante subcutâneo  Contraceção injetável Atenção às interações medicamentosas! 1.1.1. Anel vaginal  Pode ficar ou ser retirado antes da relação sexual. Neste caso, ou se o anel tiver sido expulso, deve ser lavado com água, fria ou morna, e recolocado.  Não é necessário retirá-lo para o exame ginecológico. 1.1.2. Adesivo contracetivo transdérmico Esquecimento Semana 1 (o 1º adesivo não foi colocado no dia previsto):  Aplicar novo adesivo de imediato, iniciando-se um novo ciclo  Usar contracepção suplementar durante 7 dias  Se o atraso no início do novo ciclo por 2 a 3 dias e, tiver havido relações sexuais vaginais não protegidas, deve ser considerada a utilização de Contraceção de Emergência. Semana 2 ou 3 (o adesivo não foi substituído no dia correto):  < a 48 horas – aplicar novo adesivo de imediato, manter o dia previsto para a substituição seguinte o a 48 horas – aplicar de imediato um novo adesivo. Inicia-se um novo ciclo  Usar contraceção suplementar durante 7 dias O adesivo não foi retirado no fim do ciclo:  Retirar o adesivo e colocar um novo, no dia previsto 1.2.1.Contraceção hormonal progestativa  Iniciar preferencialmente no 1º dia do ciclo, ou até ao 5.º dia da menstruação, não necessitando, nestas circunstâncias, de outro método contraceptivo complementar. Em casos particulares, a pílula pode ser iniciada em qualquer dia do ciclo (desde que haja a segurança de que a mulher não está grávida), devendo ser utilizado um método adicional nos primeiros 7 dias (após 2 dias de toma do POC, já se verifica a sua acção sobre o muco cervical).Tomar o comprimido diariamente e à mesma hora, recomeçando uma nova embalagem, sem interrupção. 2. Dispositivo interno uterino (DIU) – tipos de DIU 46 Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia, 4313   Dispositivos inertes de polieteno (não comercializados em Portugal) Dispositivos ativos: com cobre; com cobre e prata; com levonorgestrel (progesterona) 3. Métodos barreira 4. Métodos de conhecimento do período fértil  Métodos de auto-observação (baseados na avaliação de sinais e sintomas - Método da temperatura basal - Método do muco cervical – enquanto há muco à possibilidade de produzir a gravidez - Método sinto-térmico  Métodos com base no calendário Nota: podem ser utilizados como métodos contracetivos ou como métodos de conceção 4.1. Métodos de auto observação Pressupostos  Período fértil 4.2. Método do calendário A utilização do método do calendário baseia-se no cálculo do período fértil com base nas premissas:  A mulher tem uma ovulação por mês, 14 dias antes da menstruação seguinte  O óvulo é viável entre 1 a 3 dias após a ovulação e o espermatozóide pode ser fecundante 3 a 5 dias após a ejaculação Considerando a duração dos ciclos menstruais anteriores (pelo menos 6 ciclos), calcula-se o período fértil, subtraindo 11 dias ao número de dias do ciclo mais longo e 18 dias ao número de dias do ciclo mais curto. 5. Testes preditivos da ovulação  Teste de urina preditivo da ovulação: deteta a subida da hormona luteinizante (LH) que ocorre, aproximadamente 12 a 24horas antes da ovulação (?)  Acabar 6. Métodos cirúrgicos  Laqueação das trompas  Vasectomia - Os espermatozoides são destruídos por fagocitose A quantidade… Acabar 7. Contraceção coital Modo de ação  Impede ou retarda a ovulação (contracetivo)  Caso tenha havido fecundação, impede a nidação (anti-nidatório) Disponíveis, em Portugal, no momento:  Método de Yuzpe  Método com progestagestativo  Método do DIU Qualquer dos métodos deverá ser utilizado até 5 dias depois da relação sexual (DGS, 2008) …… A ESCOLHA DE UM MÉTODO DEPENDE.. 47 Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia, 4313 De uma decisão voluntária e esclarecida sobre a segurança, eficácia, custos, efeitos secundários e reversibilidade dos métodos disponíveis. Há um conjunto de questões que devem ser colocadas quando se pretende escolher um método de contraceção:  É o mais conveniente e eficaz?  Está adequado ao meu estilo de vida?  É reversível?  É um método acessível? Existem riscos para a saúde? CARACTERISTICAS DO UTILIZADOR O MÉTODO IDEAL ACONSELHAMENTO CONTRACETIVO – princípios gerais O enfermeiro  Deve ter conhecimentos aprofundados e atualizados sobre todos os métodos de controle da fecundação  Sempre que  Acabar     Saber escutar estabelecer um clima de confiança Encorajar a pessoa a falar e colocar questões Adequar a informação à pessoa em causa Acabar  Identificar os conhecimentos e grau de compreensão da mulher/ companheiro relativamente aos métodos de controlo da fecundidade Identificar mitos, fatores éticos, culturais, ecológicos Identificar o nível de adesão da mulher/ companheiro à contraceção e as objeções relativas a algum método Colher dados relativos à história de saúde pessoal (incluindo ginecológica e obstétrica…    48 Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia, 4313 Aula 8 – CONJUGALIDADE E PARENTALIDADE – DO SISTEMA CONJUGAL AO SISTEMA PARENTAL 3/10/2013 Profª Madalena Oliveira SUMÁRIO ALARGADO  Formação do sistema conjugal  Conceitos de conjugalidade/tipos de conjugalidade  Tipologias de relações de vinculação no adulto  Conjugalidade e género  Relações de género na conjugalidade e na parentalidade  Conjugalidade e Parentalidade  A construção do papel parental (Mercer) O QUE É CONJUGALIDADE? O QUE É O CASAL ATUALMENTE? COMO SE FORMA? COMO FUNCIONA?  A nova forma de mudança do fato conjugal (Kaufmann, 1993)  Menor institucionalização e normalização dos percursos familiares e conjugais  Alongamento (verticalização) dos laços familiares (K.Wall, 2002) - As famílias mudaram e, por isso, temos que olhar para as famílias de uma forma diferente. DO SISTEMA CONJUGAL AO SISTEMA PARENTAL Conjugalidade como fenómeno existente em todas as culturas  “Amar e ser amado é absolutamente organizador”  É nessa reciprocidade da relação e na vida com os outros que nos construímos como pessoas  Contudo, existe outras formas de alcançar esse equilibrio O SISTEMA CONJUGAL - Há vários tipos de conjugalidade. Nem todos têm os mesmos objetivos…  Várias formas de entrega na conjugalidade  Multiplicidade de modelos Tipos de conjugalidade  Institucional – assenta no passado; casamento como bem instituído e estatutário  Fusional – pessoas que fazem “tudo” juntas; que se fundem numa só  Associativa - casais que têm um espaço individual e um espaço comum; existe um ele/eu e um nós (Anália Torres, 2000) - Há casais ou membros num casal que valorizam…  A dimensão sexuada da conjugalidade  A construção da identidade pessoal e conjugal – a relação com o par amoroso valoriza-nos enquanto pessoa Novos desafios da conjugalidade  Cada elemento aspira a uma vida provada com gratificações afetivas e sexuais DIMENSÕES DA CONJUGALIDADE 1. Afetos 2. Sentido 3. Género 4. 5. 6. Recursos Contexto Identidade 49 social e política Mudança no desempenho do pai que inclui uma participação direta na parentalidade PARENTALIDADE  “Processo de incorporação e transição de papeis que começa durante a gravidez e termina quando o pai/mãe desenvolvem um sentimento de conforto e confiança no desempenho dos seus respetivos papéis (Lowdermilk.. 2002)  Gravidez e sobretudo a maternidade jogam-se no (desequilíbrio entre estar juntos. dia torcendo a sua imagem física. preparação e conhecimento) Condições da comunidade (recursos) Condições da sociedade (estereótipos e marginalização) Dimensões:  Comportamentos  Cognições  Afetos PRINCIPAIS EXIGÊNCIAS NA TRANSIÇAO PARA A PARENTALIDADE Adaptação materna  Privação do sono e cansaço  Alteração da imagem corporal  Insatisfação com a aparência física  Duvidas acerca da competência parental  Ansiedade acerca dos novos papéis e responsabilidades  Alterações de humor  Aumento das tarefas domésticas  Mudanças na situação profissional 50 . produzir efeito negativos e profundas alteações passageiras ou permanentes. definindo a sua “normalidade” possibilidade (. existe o medo de uma vida a desenvolver-se dentro de si. atitudes e crenças. pode ser perspetivado como um roubo à relação conjugal/marital estabelecida  Para as mulheres que consideram um corpo grávido como fisicamente pouco atraente.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. modificando também a sua capacidade de sedução e vida sexual. (Canavarro. valores e significados mas igualmente num contexto de intimidade. estatuto socioeconómicos. 2008)  “Assumir as responsabilidades de ser mãe ou pai” (ICN. 1986) FATORES QUE INFLUENCIAM A TRANSIÇÃO PARA A PARENTALIDADE Condições pessoais (significados. aceitar a diferença da individualidade”. fazendo-a engordar e produzir leite. dar continuidade. deixando a sua marca no individuo … (Chick e Meleis. condição ou lugar para outro podendo gerar instabilidade. 2001) TRANSIÇÃO PARA A PARENTALIDADE  Uma passagem de um estado. (Canavarro. 2009)  Ter filhos é transmitir heranças diversas desde a genética às dos costumes.)  A perceção do investimento emocional e de tempo que a gravidez e sobretudo a maternidade implicam. proteger e estar separado. 4313 ADAPTAÇÃO À CONJUGALIDADE E PARENTALIDADE  A adaptação à conjugalidade e à parentalidade sofre influência das tendências sociais e das mudanças drásticas nas sociedades ocidentais  Situação das mulheres portuguesas sui-generis relativamente ao panorama europeu   Mudança no papel da mulher que participa ativamente na vida económica.. promover a descontinuidade e a autonomia Representações da parentalidade  A gravidez é um teste à funcionalidade do corpo feminino. .)o parceiro da relação com ele é secundário e secundarizado A VIVENCIA DA PARENTALIDADE  História pessoal  Qualidade da relação conjugal  Qualidade da relação com a família de origem  Expetativas em torno do bebé  Fatores sociais.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. económicos e culturais 51 .Construção social que é feita sobre um corpo biológico. classe social.. GÉNERO Sexo – diferenças biológicas entre homens e mulheres (“nascer” homem ou mulher) Género – construção social da masculinidade e feminilidade (“tornar-se” homem ou mulher) Relações de género  Diferentes de acordo com a cultura. os pais. condição e situação das mulheres)  Caracterizadas por ser dinâmicas e estarem no centro das relações sociais  Distinguirem-se ainda pela sua desigualdade  Afeta todas as dimensões O FEMININO E O MATERNO/ O MASCULINO E O PATERNO  Feminino – significante de capacidade de auto afirmação de poder. o meio circundante o reivindica. de altruísmo. Mulheres centradas no materno  Desejar a todo o custo ser mae  (. defesa e proteção do outro Feminino e materno  Mulheres centradas no feminino  Querer ter um filho como querer ter um carro. porque o conjugue. de capacidade de cuidar. porque está na idade. porque está na idade. Papéis que na sociedade estão definidos para o homem ou para a mulher. 2002) . religião e sociedade  Influenciadas por diferentes fatores (etnia. currículo profissional…  Ter filhos porque é suposto. uma casa. porque é suposto. Construções sociais aplicadas a homens e a mulheres que constituem uma justificação para um corpo biológico masculino ou feminino. de competência física…  Materno – significante de afeto de ternura. 4313 Adaptação paterna  Privação do sono e cansaço  Aumento das tarefas domésticas  Constrangimentos financeiros e económicos  Intrusividade da família GÉNERO NA CONJUGALIDADE E PARENTALIDADE Conceito (afeta todas as dimensões da vida)  Diferença entre género e sexo  O género como um determinante em saúde  Ainda fortes desigualdades sociais e de género na família e rede de parentesco (K.Wall. ) Conjugalidade e parente identidade pessoal ser pessoa ser marido/ mulher ser mãr/ pai . sobrinhos. Satisfazer as NHF de sobrevivência e saúde da criança 2. 4313 TRANSFORMAÇÕES DA PARENTALIDADE Continuidade  Assentava exclusivamente na figura materna  O pai não participava nos cuidados aos filhos estando afastado do exercício da paternidade  Famílias alargadas que apoiava os futuros pais e recém-nascido Mudança  Pais e mães entendem a ter cada vez mais papéis igualitários em termos de direitos e deveres  Famílias nucleares e urbanas (casais vivem longe da família de origem) LEGISLAÇÃO DE PROTEÇÃO À PARENTALIDADE  A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes. Satisfazer as suas necessidades de afeto. 2001) TAREFAS DESENVOLVIMENTAIS DA PATERNIDADE  Fase de tomada de conhecimento  Fase moratória  Fase de concentração May (1982) PARENTALIDADE E FAMILIA ALARGADA O nascimento de uma criança implica: A ligação irreversível entre 2 famílias biológicas O aparecimento de uma serie de novos laços de parentesco (avós.Nas épocas de grande mudança das necessidades de reajustamentos… 52 . Ir ao encontro das suas necessidade de interação social e respetiva integração na comunidade TAREFAS DESENVOLVIMENTAIS DA MATERNIDADE  Aceitação da gravidez (1ºT)  Aceitar a realidade do feto (2ºT)  Reavaliar e reestruturar a relação com os pais  Reavaliar e reestruturar a relação com o cônjuge/ companheiro  Aceitar o bebé como pessoa separada  Integrar a identidade materna/paterna  Reavaliar e reestruturar a relação com o(s) outro(s) filho(s) (Canavarro..Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.  Os trabalhadores têm direito a proteção da sociedade e do Estado na realização da sua insubstituível ação em relação ao exercício da parentalidade. Leis de proteção à parentalidade e maternidade FUNÇÕES DA PARENTALIDADE 1. Disponibilizar-lhe um mundo físico organizado e previsível 3.. Responder às suas necessidades de compreensão cognitiva das realidades extra familiares 4. confiança e segurança 5. primos. tios. relações conjugais.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 1991)  Microssistema (família. 4313 A CONSTRUÇAO DO PAPEL PARENTAL Teoria da consecução do papel maternal (Mercer. Pessoal (identidade) INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM  É necessário sensibilizar a mulher para o papel do marido. mostrando as vantagens que daí poderão advir e fazendo-a sentir q tem enorme influência neste processo de envolvimento paterno  É desejável encorajar o pai a expressar as suas expectativas. 53 . apoio social. Informal 4. paralelo ao da mãe. escola. que pode e deve ser facilitado pela ação dos profissionais de saúde  É desejável que as intervenções se centrem também na harmonização... igreja e comunidade)  Macrossitema Influências  Relação conjugal  Funcionamento da família  Stress  Apoio social 4 Fases importantes 1.  É fundamental que se centrem na tríade mãe-filho-pai  É indispensável reconhecer-se que o pai também sofre um processo de adaptação. Formal (a partir do nascimento desempenho do papel= 3. Antecipativa (expetativa do papel – gravidez) 2.. os seus medos e sentimentos sensibilizando-o para o envolvimento em todas as fases do processo de parentalidade. stress)  Mesossitema (família largada. trabalho. 4313 Aula 9 – FECUNDAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 8/10/2013 Profª Madalena Oliveira SUMÁRIO ALARGADO  Fecundação e desenvolvimento embrionário e dos anexos ovulares  Aspetos psico sociais da gravidez e parentalidade  Transição para a parentalidade  Tarefas do ponto de vista psicossocial .1º trimestre da gravidez (fase de aceitação) .FECUNDAÇÃO 1. Idade Gestacional/DPP  Índice Obstétrico/ história Obstétrica  Adaptações maternas à gravidez do ponto de vista biofísico  Vigilância de saúde da gravidez  Principais desconfortos da gravidez e medidas de alívio  Cuidados de enfermagem na prevenção e alívio dos principais desconfortos durante a gravidez PERIODO PRÉ-EMBRIONÁRIO – GAMETOGENESE Cada célula tem:  22 Pares de cromossomas  1 Par de cromossomas sexuais – xx na mulher e xy no homem  Formam um número diploide de cromossomas – 46  46 cromossomas dispostos em 23 pares de cromossomas homólogos emparelhados  Cada gameta tem 23 cromossomas – nº haploide A gametogénese inclui: Oogénese oogónias oócitos primários oócitos maduros Espermatogénese espermatogónias espermatócitos primários espermatócitos maduros PERIODO PRÉ-EMBRIONÁRIO . 1% DOS ESPERMATOZÓIDES DESPOSITADOS NA VAGINA (150 a 500 milhoes) entram no útero e dirigemse para a trompa a uma velocidade média de 2 a 3 mm/m (trajeto em 1 hora) 3.2º trimestre da gravidez (fase de diferenciação) .3º trimestre da gravidez(fase de separação)  Aspetos biofísicos da gravidez  Conceitos em Obstetrícia  Diagnóstico de gravidez (presunção.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Para que ocorra fecundação o espermatozoide vai sofrer capacitação e reação acrossomal 54 . Óvulo pode ser fertilizado até 24/48 horas 5. probabilidade e certeza)  Avaliação da DUM. Os espermatozoides podem fertilizar até 48/72 horas 4. Dá-se a ovulação – o ovócito é captado pela trompa 2. chamada clivagem.” (Lowdermilk. Só os espermatozoides capacitados conseguem passar as células da corona radiata Reação acrossomal . desenvolvem-se fora do trofoblasto e estendem-se até aos lagos sanguíneos de endométrio. À medida que os espaços se vao juntando dentro da massa celular. 4313 Capacitação – Alteração fisiológica de Remoção da camada glicoproteica e de proteínas que cobrem a membrana plasmática da região acrossomal dos espermatozoides (revestimento protetor da cabeça do espermatozoide. Chama-se a isto nidação. página 69) “Nidação. permitindo que as enzimas (ex: hialuronidase) se escapem. uma solida esfera de 16 células. chamada âmnio. forma-se uma estutura cavitária chamada blastocisto. Estas vilosidades constituem processos vasculares que obtêm oxigénio e 55 . A camada exterior de células que circundam a cavidade constitui o trofoblasto. a formação do ovo ou zigo (primeira célula do novo individuo) A reprodução celular mitótica.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. o trofoblasto segrega enzimas que lhe permitem introduzir-se no endométrio. Estas enzimas são necessárias para que o espermatozoide penetre nas camadas protetoras do ovulo antes da fecindação. Concretizou-se a conceção.mórula (16 células 4º dia Entrada na cavidade uterina Blastocisto inicial desaparecime nto da zona pelúcido 5º-7º dia Implantação “A fecundação” tem lugar na ampola (terço externo) da trompa uterina. Isto denomina-se reação da zona. Quando um espermatozoide penetra com êxito na membrana que circunda o óvulo. começa com a viagem do ovo ao longo da trompa uterina até ao útero. tornando-se no pronúcleo masculino e a cauda degenera. A morula encontra-se ainda protegida pela zona pelúcida. Os núcleos fundem-se e os cromossomas associam-se. recuperando o núcleo diploide. Como o ovo fecundado se divide rapidamente sem qualquer aumento de tamanho. depois. O desenvolvimento prossegue enquanto amorula flutua livremente dentro do útero. o córion. e o núcleo do óvulo trona-se no pronúcleo feminino. A zona pelúcida degenera e o trofoblasto adere ao endométrio uterino. formam-se pequenas perfurações no acrossoma. os blastómeros. A massa sólida de células internas. umas saliências em forma de deo. As vilosidade coriónicas. No espaço de 3 dias. Esta viagem duara 3 a 4 dias.2 células 3º dia . a partir do qual se desenvolve a membrana embrionário. que se torna impenetrável a outro espermatozoide.Reação em que são libertadas enzimas necessárias à penetração do espermatozoide na zona pelúcida A – Oócito em repouso na 2ª divisão meiótica B – Fertilização C – Formação do zigoto com 2 pronúcleos – feminino e masculino – que iniciam a replicação do seu DNA D e E – divisão mitótica F – Formação de um ovo ou zigoto com 2 células Ovulação oócitos captados pela trompa 12/24h fecundação zigoto 2º dia . produz-se a mórula. Entre 7 a 10 dias após a conceção. o acrossoma). tanto o espematozóide como o óvulo são fechados dentro da membrana. A cabeça do espermatozoide aumenta. em cada divisão. O fluido passa através da zona pelúcida para os espaços intercelulares entre os blastómeros. botao embrionário ou massa celular interna sá origem ao embrião e à membrana embrionária. forma-se sucessivas células mais pequenas. Os vasos sanguíneos endometriais sofrem um erosão e algumas mulheres têm uma ligeira perda de sangue muito ténue na altura da primeira falta de período menstrual. e a parte embrionária da placenta. A segunda divisão meiótica do óócito é concluída. A formação do blastocisto marca a primeira grande diferenciação do embrião. até que todo o blastocisto fique coberto. Após a nidação o endométrio passa a chamar-se de decídua. Assim. A idade gestacional vai ser usada para se estudar o desenvolvimento do feto. onde as vilosidades coriónicas se liagam aos vasos sanguíneos maternos. constitui a decídua basalis. a formçao do blastócisto.Cada uma das 3 camadas germinativas dá origem aos vários tecidos e órgãos Derivados da ectoderme  SNC e SNP  Epitélio sensorial do olho ouvido e nariz  Epiderme  Glândulas subcutâneas. página 71) Formação do disco germinativo trilaminar – constituído por 3 camadas  Ectoderme  Mesoderme  Endoderme . fígado e pâncreas 56 . páginas 69-71) “A gravidez dura aproximadamente 9 meses. As áreas de desenvolvimento com rápida divisão de células são as mais vulneráveis às malformações por agentes teratog+enicos ambientais. A parte que cobre o blastócito é a decídua capsularis e a parte que envolve o resto do útero é a decídua vera. embrião e feto. Este estádio constitui o tempo mais crítico no desenvolvimento dos sistemas orgânicos e das principais características externas. mamárias e hipófise Derivados da mesoderme  Tecidos de suporte  Sistema vascular  Sistema urogenital  Sistema respiratório  Baço Derivados da endoderme  Revestimento epitelial do ap. No entanto. Gastrointestinal  Revestimento do aparelho respiratório  Revestimento da bexiga  Revestimento da tiroide. Este período cobre a reprodução celular. a idade gestacional do feto é de duas semanas menos. o desenvolvimento incial das membranas embrionárias e o estabelecimento das camadas germinativas primitivas. estão presentes todos os sistemas orgânicos e estruturas externas e o embrião é indubitavelmente um ser humano. O estádio de embrião dura desde o 15º duas até aproximadamente 8 semanas após a conceção ou até o embrião medir 3 cm de comprimento crânio-caudal. A duração da gravidez é contada desde o primeiro dia do último período menstrual ou data da ultima mensatruação até ao dia do nascimento. 40 semanas ou 280 dias.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. a conceção ocorre aproximadamente 2 semanas depois do primeiro dia da ultima menstruação (DUM).” (Lowdermilk. No final da 8ª semana. A parte diretamente abaixo do blastócito. num total de 266 dias ou 38 semans. 4313 nutrientes a partir do fluxo sanguíneo materno e que depositam dióxido de carbono e produtos de degradação.” (Lowdermilk. O estádio de zigoto dura desde a conceção até ao 14º dia. O desenvolvimento intrauterino divide-se em 3 estádio: ovo ou zigoto. DIA 3 . 4313 CALENDÁRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO PRÉ-NATAL.Aparecem lacunas no sinciotrofablasto – saco vitelino primitivo DIA 10 . Placa pré cordial e disco germinativo DIA 15 . Ver: MATERIAL PEDAGÓGICO DE SUPORTE A vida no ventre “National Geografic” 57 . DIA 2 . Inicio do Estádio 4 DIA 7 .Primeira folha menstrual DIA 16 – Processo neo cordial.Blastocisto secundário DIA 6 – nidação.Divisão do zigoto. Início do estádio 6 DIA 14 – (IMAGEM DE) Aspeto dorsal do embrião.Estabelecimento da circulação placentária primaria DIA 12 – (IMAGEM DE) Mesoderme extra embrionária – celoma DIA 13 – vilosidade primária.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Início do estádio 7 DIA 17 – (IMAGEM DE) Mesoderme intra embrionário – embrião trilaminar DIA 18 .Inicio do estádio 8 ….Mórula DIA 4 . Início do Estádio 2. Início do Estádio 3 DIA 5 . DESDE A DUM ATÉ À DECIMA SEMANA DE GESTAÇÃO DIA 1 – Fecundação.Blastócisto primário.Início do estádio 5 DIA 8 – (IMAGEM DE) Cavidade amniótica – embrião bilaminado DIA 9 . Início do Estádio 1.Nidação completa do blastócito e crescimento do epitélio DIA 11 . Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 4313 58 . 4313 Aula 9 – PARTE 2 – ASPETOS BIOLÓGICOS E PSICOSSOCIAIS DA GRAVIDEZ 8/10/2013 Profª Madalena Oliveira ASPETOS PSICOSSOCIAIS – Adriana Wagner (2006)  A gestação de um bebé é um período cheio de expetativas. nasce num contexto familiar repleto de expetativas. muito pelo contrário. crianças. Cada criança que chega ao mundo ano se incorpora num contexto vazio. em que a família se prepara para a chegada do novo membro. valores e metas. Fatores biológicos  Idade  História anterior relacionada com a gravidez  Evolução da gravidez Psicológicos  Relação do casal com seus progenitores  Relação do casal com a sua história  Psicodinâmica do casal e de cada cônjuge Fatores sociais  Estrutura do casal  Estrutura social de apoio  Anseios e pressões socioculturais TAREFAS DE DESENVOLVIMENTO aceitação da gravidez identificação com o papel de mae/ pai preparação para a experiencia do parto tarefas de desenvolvimento reorganizaçao da relaçao com os seus modelos parentais reorganização da relaçao com o companheiro estabelecimento de uma relaçao com a criança que ainda nao nasceu 59 .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. vomitos e ptialismo  Hipersensibilidade mamária  Mal-estar. confusão de sentimentos)  Nauseas. início do processo de parentalidade (?) Segundo trimestre (até à 26ª semana) 2. Fase de diferenciação  Desconfortos tendem a cessar  Inicio dos movimentos fetais  O feto reage de forma diferente aos estímulos  A mãe interpreta as reações como características individuais  Bebé imaginário – o casal começa a atribuir personalidade ao feto  Começa a vinculação pré-natal Terceiro trimestre (27ºsemana até ao nascimento) 3. Fase de separação  Proximidade do Parto  Ansiedade  Novo período de ambivalência  Desejo de ver o filho e terminar com a gravidez  Vontade de prolongar a gravidez  Adaptação exigidas pelo nascimento do bebé PRINCIPAIS DESCONFORTOS DA GRAVIDEZ Desconfortos mais frequentes no 1º trimestre  Alteração de humor(labilidade. fadiga e prostração  Urgência e aumento de frequência urinária  Congestão nasal: epistaxis Desconforto no 2º trimestre  Aumento do apetite e sede  Hipotensão supina  Síndrome do canal cárpico  Lopotímia  Aumento da pigmentação  Pirose  Obstipação/flatulência Desconforto no 3º trimestre  Dispneia  Varizes  Maior dificuldade na realização das AVDs  Lombalgias 60 .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 4313 A GRAVIDEZ NO CICLO DE VIDA Primeiro trimestre – da conceção até ao final da 13ª/ 14ª semana 1. Fase de integração  Aceitação da notícia da gravidez  Modificações corporais e psicológicas  Alteração dos estilos de vida  Preparação da casa família  Em suma. Estas adaptações protegem o funcionamento fisiológico normal da mulher. Aumento de Progesterona (corpo lúteo e depois placenta) Promove desenvolvimento e manutenção do endométrio Inibe contração uterino. página 97) PLACENTA – funções  Respiratória  Excreção  Nutrição  Armazenamento   Atua como glândula endócrina Assegura o estabelecimento de estrogénios e progesterona SISTEMA ENDÓCRINO “Durante a gravidez ocorrem profundas alterações endócrinas. página 111)              Aumento de estrogénios (ovários e placenta a partir da 7º semana).” (Lowdermilk. mamas e coxas) Aumenta a vascularização materna (rubor facial. essenciais à manutenção da gravidez. pirosa. crescimento fetal normal e à recuperação pós-parto” (Lowdermilk. manutenção da gravidez Desenvolvimento do sistema Ductal secretório das mamas Estimula a excreção de sódio Reduz a tonicidade de músculos e esfinteres-obstipação. varicosidades 61 . eritema e epistaxes) Aumenta o fluxo sanguíneo uteroplacentário Estimula contratilidade do miomério.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. respondem às necessidades metabólicas que a gravidez impõe ao corpo da mulher. 4313   polaquiuria Obstipação ASPETOS BIOFÍSICOS DA GRAVIDEZ  Protegem o funcionamento fisiológico normal da mulher  Respondem às necessidades metabólicas que a gravidez impõe ao corpo da mulher  Satisfazem as necessidades de crescimento e desenvolvimento do feto MECANISMO DE ADAPTAÇÃO NA MULHER GRÁVIDA Durante a gravidez ocorrem inúmeras adaptações fisiológicas Alteração sistema endócrino Alteração corporais Sintoma e /ou desconforto da gravidez Esclarecimento e medidas de alívio O Corpo amarelo é importante inicialmente para a produção de estrogénio e progesterona “As adaptações são atribuídas às hormonas de gravidez e às pressões mecânicas provocadas pelo aumento do útero e de outros tecidos. e satisfazem as necessidades de crescimento e desenvolvimento do feto. no final da gravidez aumenta significativamente Estimula o desenvolvimento uterino Aumenta o tecido mamário Enfraquecimento do tecido dérmico (estrias abdómen. Aumento da oxicitocina produzida pituitária posterior na fase final da gravidez  Estimula as contrações uterinas  Estimula o reflexo de ejeção de leite na amamentação 7. linha negra (entre a sínfise púbica e o umbigo). escurecimento de sinais e sardas 4.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Aumento da prolactina (no final da gravidez)  Prepara as mamas para a lactação 6. Estimula o metabolismo materno  Altera o metabolismo das proteínas e do açúcar disponibilizando mais proteínas para o crescimento fetal e necessidades da mãe  Efeito diabetogénico 8. Aumento das hormonas tirodeias e paratirodeias  Metabolismo basal aumenta 20% (metabolismo do cálcio tb) CONSULTAR: Lowdermilk e bobak 10. Estimula o metabolismo materno  Alteração do metabolismo das proteínas e do açucar disponibilizado mais proteínas para o crescimento fetal e necessidades da mãe  Efeito diabetogénico 3. Aumento da insulina Durante o 2º e 3º trimestres as necessidades de insulina aumentam 9. Aumento dos estrogénios  Ovários e placenta a partir das 7s  Nota: no final da gravidez aumenta significativamente (teor desencadenate do tp)   Estimula do desenvolvimento uterino Aumenta o tecido mamário 62 . Aumenta a Hormona gonatrofina coriónica (produzida pelo trofoblasto a partir do 14º dia)  Aumenta a produção de estrogénios e progestrona pelo corpo luteo para manter a gravidez  Não há ovulação – amenorreia 2. AUMENTO DA ALDOSTERONA (CONTRAREGULADA PELA PROGESTROBA DURANTE A GRAVIDEZ)  Estimula a reabsoorçao de agua  Se desiquilibrio – hipertensão 11. 4313 1. Aumento da hormona placentar (placenta)  Semelhante a uma hormona de crescimento.    Aumento da relaxina (corpo luteo e depois pela placenta) Inibe a contratibilidade uterina Promove alterações a nível do tecido colagénio Tecido conjuntivo fica amolecido 5. cloasma. Aumento da hormona estimulante dos melanócitos (MSH) produzida pela pituitária anterior  Aumento da pigmentaçao da pele nos mamilos. Aumento da hormona lactogeneo placentar (placenta)  Semelhante a 1 hormona de crescimento. (Lowdermilk. que pode ser excretado pelos mamilos durante o 3ºsemestre”. devido à vascularização. (…) a estruturas externas da vulva aumentam de volume. amarelado. uma vez que os mantêm lubrificados  Podem começar a excretar colostro (leite primordial) entre 16 e 20ª semana/ apartir da 6ª semana pode surgir pré-colostro .O colostro tem uma cor mais amarelada porque tem muito caroteno. percursor do leite. (Lowermilk.  Ph aumenta (menos ácido. Associados à maior congestão e relaxamento das paredes dos vasos sanguíneos. e ao aumento de peso do útero. geralmente desaparecem após o parto. sobretudo durante o segundo trimestre de gravidez. sob a estimulação dos estrogénios. hipertrofia do corpo perineal e deposição de gordura”.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 63 . Este aumento pode conduzir a níveis elevados de interesse e prazer sexual. com maior risco infecioso – infeções do trato urinário e vaginais) “O aumento da vascularização vaginal e das outras visceras pélvicas origina uma sensibilidade elevada.As artérias transportam 1/6 do volume sanguíneo  Cresce a um ritmo previsível – o que nos dá a noção do tempo gestacional “O crescimento acentuado do útero durante o primeiro trimestre de gravidez ocorre me resposta aos estímulos produzidos pelos níveis elevados de estrogénios e progesterona. pirose e varicosidades Relativamente ao útero…  Hipertrofia e hiperplasia  A termo 1/6 do volume de sangue materno está no útero . branco. página 102). Por vezes é transparente e está preparado para ajudar na função intestinal do RN “ O colostro é um fluido cremoso. (2) hiperlplasia (produção de fibras musculares novas e de tecido fibro-eslático) e hipertrofia (aumento das fibras musculares e do tecido fibroelástico existente) e (3) desenvolvimento da decídua”. página 98) Ao nível da vagina e vulva  Aumentam as secreções vaginais com aumento do glicogénio – devido à descamação das células vaginais ricas em glicogénio. 4313     Enfraquecimento do tecido dérmico Aumenta a vascularidade – varizes e epistaxis. lubrificam e protegem o mamilo – glândulas sebácias existentes na aréola primária perto do mamilo. Estas desempenham um função prtetora do mailo. (Lowdermilk. Mamas  Aumentam de tamanho e sensibilidade (cerca das 6 semanas) – estas alterações constituem sinais de presunção de gravidez  Aumenta a pigmentação aréola e mamilo – a hormona estimulante dos melanócitos aumenta  Glândulas Montgomery tornam-se mais proeminentes. pele mais ruborizada na face (telangiectasias) porque aumenta o fluxo útero-placentário Aumenta o fluxo sanguíneo útero-placentário Estimula a contractilidade do miométrio A progesterona é a responsável pela manutenção da gravidez  Promove o desenvolvimento do endométrio  Inibe as contrações uterinas  Desenvolvimento do sistrema ductal secretório das mamas  Estimula a secreção de sódio  Reduz a tonicidade dos músculos (tal como a relaxina) e esfíncteres – obstipação. pode surgir edema e varizes vulvares que. página 103). Este aumento resulta de (1) aumento da vascularização com dilatação dos vasos sanguíneo. não são significativas  Aumenta o pulso +.Alterações anatómicas e fisiológicas Coração  Aumento do volume de sangue injetado em cada batimento/ débito cardiaco  Hipertrofia ligeira ou dilatação cardíaca  Alteração da posição do coração para fora e para a esquerda por elevação do diafragma  Palpitações e arritmias benignas – habitualmente. O aumento do volume das mamas e a posição mais inclinada dos ombros. a diminuição do tónus muscular abdominal e o aumento de peso que se verificam na fase mais avançada da gravidez. condicionam na gravida. A locomoção torna-se mais difícil e o andar bambaleante adquirido pela gravida é bem patente” (Lowdermilk. e resulta do aumento do nível das hormonas esteroides circulantes  Alterações da postura e no andar  Possível estiramento do ligamento redondo  Pode ocorrer síndrome do canal cárpico “As alterações que gradualmente se vão operando no corpo. acrescidas ao aumento de peso que se verifica. pelo peso do útero sobre veias dos membros inferiores (edema MI)  Sindrome de hipotensão supina  Hipotensão ortostática  Veias varicosas nomeadamente na vulva e ânus  Veia cava inferior . Este processo é secundário a uma elasticidade exagerada dos tecidos conjuntivo e colagénio. A grande distensão abdominal que a empurra para a frente.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. exigem o realinhamento das curvaturas da coluna vertebral. acentuam as curvaturas dorsal e lombar. acentua-se também de forma compensatória a curvatura cérvico-dorsal (acentuada flexão anterior da cabeça). página 109) Desconfortos  Dor lombar  Dor localizada na pélvis  Centro de gravidade altera-se  Andar instável SISTEMA CARDIOVASCULAR . O centro de gravidade da mulher desloca-se para a frente.10 b/min – entre as 14 e 20 semanas o pulso pode sofrer algumas alterações que revertem no pós-parto Pulso  Aumento do volume sanguíneo em 40%  Aumento do plasma é maior que o aumento celular – ocorre hemodiluição  Aumento de eritrócitos.sensação de lipotimia se deitada em decúbito dorsal Pressão sanguínea  Estável nos valores prévias à gravidez  TA >= 140/90 = sinal de alarme  Distribuição do aumento do débito cardíaco durante a gravidez e 6 semanas após o parto 64 . 4313 SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO  Ligeiro relaxamento e aumento de mobilidade das articulações pelvicas. A curvatura lombo-sagrada acentua-se e. no sentido de manter o equilíbrio. alterações marcadas de postura e no andar. leucócitos e fatores de coagulação  Hemodiluição – anemia fisiológica (Hg 11gr e Hct 35%) Sistema venoso  Pressão venosa femoral aumentada. Ocorrem alterações estruturais e ventilatórias que têm como principal finalidade suprir as necessidades da mãe e do feto  Elevação do diafragma +. aos valores verificados durante o primeiro trimestre. mais baixa quando esta deitada em decúbito lateral esquerdo e apresenta valores intermédios quando a mulher está deitada em decúbito dorsal. para diminuir a partir das 30 semanas. Deste modo as avaliações de TA devem efetuar-se sempre no mesmo braço e com a mulher na mesma posiçao. verifica-se uma produção exagerada de eritrócitos. O comprimento dos pulmões diminui.A hemodiluição poderia justificar a ocorrência de hipertensão. Este aumento de volume constitui um mecanismo protetor. atingindo o seu pico máximo cerca de 30% a 50% acinma dos valores normais entre as 20 e 26 semanas. a gravida só fica hipertensão se houver uma desregulação em termos daquilo que seria expectável. . respondem às necessidades metabólicas impostas pela gravidez e garantem o necessário para assegurar o crescimento e desenvolvimento do feto. diminuindo assim o debito cardíaco e baixando os valores de TA. de forma geral. permitindo uma maior expansão do tórax. (2) hidratação adequada dos tecidos da mãe e feto. A TA braquial é mais elevada quando a mulher esta sentada.” SISTEMA RESPIRATÓRIO . provavelmente. grandemente responsável pelas hormonas mencionadas. Esta não é uma posição desejável para grávida. É essencial para (1) o sistema vascular hipertrofiado do útero. Esta situação é conhecida como anemia fisiológica. Pode ocorrer dispneia relacionada com a maior sensibilidade do sistema respiratório causada pela progesterona e também pela pressão do útero grávio no diafragma 65 . Assim.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. apesar do aumento do volume de sangue durante a gravidez.Na gravida devemos medir a tensão com a gravida sempre sentada. No terceiro trimestre. (3) reserva de líquidos para reposição de perdas sanguíneas ocorridas durante o parto e puerpério.” (Lowdermilk. Este aumento é influenciado pelas reservas de ferro existentes (…) Apesar do aumento da produção de eritrócitos verifica-se uma aparente diminuição dos valores normais da hemoglobina e do hematrócito. . Durante a primeira metade da gravidez. A vasodilatação periférica ajuda na manutenção de valores de TA normais. página 104). a tensão volta. Prefere-se decúbito lateral esquerdo (para evitar também compressões sobre o fígado e etc) “A posição materna pode influenciar a avaliação dado poder intervir na circulação de retorno (devido à pressão exercida pelo útero). apontando-se sempre o local de medição. A posiçao e braço utilizado devem ser registados concomitantemente com os valores obtidos. Esta diminuição resulta. quando a mulher está de pé ou em decúbito dorsal. Os níveis elevados de estrogénios condicionam o relaxamento dos ligamentos da caixa torácica. Durante a gravidez. O aumento incia-se cerca das 10-12 semanas. mas é mais habitual a hipotensão (quando a gravidez é normal) porque ocorre vasodilatação periférica.4 cm  Aumenta a circunferência torácica  Mantém a capacidade pulmonar  Aumenta a profundidade e frequência respiratória – no fim da gravidez a respiração tende a ser mais superficial  Alteração do tipo respiratório de abdominal para torácico – porque temos o abdómen preenchido com o feto. 4313 “Estas adaptações protegem o funcionamento fisiológico normal da mulher. da vasodilatação periférica provocada pelas alterações hormonais verificadas durante a gravidez. por forma a permitir o aumento do útero. “O aumento do volume de sangue refere-se a 100ml de plasma e 450 ml de eritrócitos. verifica-se uma diminuição dos valores de tensão diastólica e sistólica de cerca de 5 a 10 mmHg. Com a gravida deitada a tensão é muito mais baixa. Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia, 4313 SISTEMA GASTROINTESTINAL  Aumenta a sensibilidade das gengivas – porque há vasodilatação pelos estrogénios (estradiol..), responsáveis, entre outros, pelo aumento do endométrio  Aumenta o apetite e a sede (2ª trimestre); pode ocorrer alteração do gosto – os sentidos ficam mais apurados porque possibilita uma maior proteção ao bebé pela deteção de  Náuseas e vómitos pelo efeito dos estrogénios (estradiol)  Ptialismo  Pirose, obstipação (progesterona), flatulência – pela alteação do relaxamento dos esfíncteres  Alteração do metabolismo dos hidratos de carbono e gorduras  A secreção intestinal diminui. O colon é deslocado para cima e para trás. A atividade peristáltica (motilidade) diminui.  O fluxo sanguíneo pélvico aumenta, bem, como a pressão venosa, o que contribui para o aparecimento de hemorroidas na fase mais avançada da gravidez. SISTEMA URINÁRIO  Aumento da função renal - por efeitos dos estrogénios e progesterona a mulher pode ter polaquiúria. Do mesmo modo, esta situação pode ocorrer no fim da gravidez por aumento da força gravítica.  Polaquiúria no inicio e final da gravidez  Dificuldade no esvaziamento total de bexiga ou estase nos ureteres  Risco de infeções urinárias (frequentemente assintomático) EM SÍNTESE – PRINCIPAIS DESCONFORTOS NA GRAVIDEZ 1º trimestre  Alterações do humor (labilidade, confusão de sentimentos  Mal estar, fadiga, prostração  Ptialismo 2º trimestre  Aumento da fome/ sede  Aumento da pigmentação  Pirose  Leucorreia 3º trimestre  Dispneia  Varizes  Maior dificuldade na realização das AVD  Obstipação    Urgência e aumento da frequência urinária Congestão nasal, epistaxis Hipersensibilidade mamária     Obstipação/ flatulência Lipotímia Síndrome do canal cárpico Hipotensão supina    Lombalgias Polaquiúria Maior ansiedade no final da gravidez O QUE FAZER…  Promover a comunicação e o diálogo  Promover períodos de descanso  Evitar alimentos muito condimentados  Controlar estilo de vida, dentro do possível (exemplo, acesso ao wc); ingestão hídrica  Usar soutien adequado/ hidratação  Aplicar soro fisiológico/ pressão nasal 66 Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia, 4313   Promover alimentação equilibrada Informar sobre etiologia Orientar o posicionamento privilegiando em DLE ou Semi Fowler Orientar para a dieta alimentar (evitar café, gorduras, andar após as refeições, ingerir pequeno gole de água)  Informar sobre etiologia; efetuar massagem; promover hábitos intestinais; ingestão hídrica  Educar sobre observação das secreções; cuidados de higiene; vestuário apropriado  Orientar para mudanças bruscas de posição  Promover alimentação rica em fibras; orientar para a realização de atividade moderada - É muito importante conhecer o estilo de vida para identificar riscos e cuidados a ter   GRAVIDEZ DE RISCO Risco  Quando a incidência de complicações é maior para a gravida ou para o seu filho que na pulação gravida em geral  Conceito dinâmico - O limite 90/140 não pode ser ultrapassado FATORES DE RISCO  Demográficos – as pessoas e as suas histórias  Socioeconómicos  Antecedentes pessoais  Historia obstétrica  Gravidez atual  Estilos de vida OBJETIVOS ASSISTENCIAIS  Identificar precocemente  Informar e orientar sobre prevenção e identificação precoce de fatores riscos  Apoiar e orientar a mulher e família  Referenciar e encaminhar IMPACTO  Morte fetal – morte in útero  Morte neonatal – morte de nado vivo apartir até às 20 semanas desde os 28 dias após o nascimento  Morte perinatal – morte fetal e neo natal - O limite entre o aborto ou parte pré-termo são as 20 semanas ou 500 gramas  Mortalidade infantil – número de mortos por mil nados vivos BIBLIOGRAFIALOWDERMILK, Deitra Leonard; PERRY, S (2008). Enfermagem na Maternidade- 7ªed - Loures : Lusodidata. Capítulo 9 - Pag 245-286 Material Pedagógico de Apoio - “A vida in útero” (Filme da National Geografic) 67 Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia, 4313 Aula 10 – PARTE 2 – PREPARAÇÃO PARA A PARENTALIDADE 10/10/2013 Profª Madalena Oliveira PREPARAÇÃO PARA A PARENTALIDADE (diferente de preparação para a gravidez) Período pré-natal  Implica preparação física e psicológica - Crescimento fetal e adaptações maternas OBJETIVOS DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA VIGILÂNCIA PRÉ-NATAL  Promover uma boa saúde física e mental durante a gravidez parto e pós parto  Assegurar o nascimento de uma criança de termo viva e saudável  Preparar a grávida(casal para a gravidez, T.P, puerpério, lactação e cuidados parental  Detetar precocemente situações de risco e agir em conformidade com a complexidade da situação  Promover a relação precoce entre a tríade “O resultado esperado de todos os cuidados de saúde materna é o de garantir 1 gravidez saudável e segura, e um resultado emocional satisfatório. A supervisão da saúde e o acompanhamento de toda a gravidez, são da máxima importância. Muitas das adaptações maternas que se operam durante a gravidez são estranhas para a grávida e para a família. O enfermeiro de saude materna pode ajudar a grávida e perceber a relação entre o seu estado físico e o plano de cuidados a implementar. A partilha de informação estimula a grávida a participar ativamente nos cuidados, de acordo com o seu interesse, necessidade de aprendizagem e motivação para aprender” (Lowdermilk) Vigilância de saúde na gravidez Vigilância na gravidez – diminuir morbilidade e mortalidade materna e infantil Gratuita no SNS (tendencialmente) Obedece a padrões DGS CONCEITOS  Gestação - gravidez  Gestante/gravida – mulher grávida  Idade gestacional – tempo de gestação  Nuligesta – mulher que nunca teve gestação  Primigesta – mulher gravida pela primeira vez  Multigesta – mulher que teve 2 ou mais gestações  Gravidez de termo/ parto termo – entre as 37 e até às 42 semanas (a placenta começa a plcer e deixa de nutrir o bebé)  Parto prematuro – antes das 37 semanas ou inferior a 259 dias  Parto pós termo – após 42 semanas ou 294 dias  Abortamento – IG antes das 20s ou peso fetal inferior a 500g (precoce até às 12s; tardio após as 12s  Viabilidade – capacidade do feto para viver fora do útero cerca das 20s ou com peso superior a 500gr  Paridade – numero de gestações me que o feto atingiu a viabilidade (ter nascido vivo ou morto não afeta a paridade)  Nulípara – mulher que não atingiu o fim de nenhuma gravidez com fetos com viabilidade  Primípara – mulher que completou uma gestação até ao estádio de viabilidade fetal  Multípara – mulher que completou duas ou mais gestações até ao estádio de viabilidade fetal  Grande multípara  Parturiente – mulher em trabalho de parto  Período perinatal – 20s ou 154d até 7d após nascimento  Período neonatal – 20s ou 154d até 28d pós nascimento 68 sinal de Hegar. alteração da coloração vaginal).Doppler – 12ª semana .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. meato urinário e cólo Sinais de certeza  Visualização e palpação dos movimentos fetais realizada pelo examinador  Auscultação dos batimentos cardíacos fetais . sonolência  Náuseas e vómitos  Alterações mamárias – turgência e aumento de volume  Polaquiúria  Primeiros movimentos fetais (16-20 semanas) Sinais de probabilidade  Amenorreia . sons cardíacos fetais).Sinal de hegar (6-12s) – amolecimento do istmo .Pinard – 20ª semana 69 .ex. aquelas alterações sentidas pela mulher (p.Sinal de Goodell (6-8s) – amolecimento do colo  Alteração da coloração vaginal ..superior a 10/14 dias de atraso menstrual  Alterações uterinas . “Eu presumo que estou grávida” Sinais de probabilidade (amenorreia (após 10 a 14 dias de atraso menstrual-Teste de diagnóstico de gravidez). sinais de probabilidade. testes de gravidez). e sinais de certeza (p. 12 semanas Placenta) Diagnóstico bioquímico – testes de diagnóstico da gravidez Diagnóstico ecográfico “Algumas das alterações fisiológicas que ocorrem durante a gravidez são denominadas sinais de gravidez..até às 20s 2ª metade – a partir das 20s DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ Diagnóstico clínico Sinais de presunção . amenorreia. alterações mamarias. “É provável que esteja grávida” Sinais de certeza . sonolência. fadiga. auscultação dos batimentos cardiofetais.ex. (Lowdermilk. página 98) DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ Sinais de presunção (pequena probabilidade)  Amenorreia  Fadiga. náuseas e vómitos. ballottement. alterações uterinas. exame ecográfico: 5/6 semanas saco gestacional.ex. aquelas alterações observadas pelo examinador (p.de pequena probabilidade (amenorreia. fadiga. 4313 PERÍODOS DA GRAVIDEZ  1º Trimestre – até às 12s  2º Trimestre – das 12s até às 27s completas  3º Trimestre – das 27s até ao fim da gravidez   1ª metade da gravidez.Sinal de Jequemnir ou de Chadwick – 8s – coloração violácea do vestíbulo.atribuídos à presença do feto (visualização e palpação dos movimentos fetais. alterações mamárias). poliquiúria e 1º movimentos fetais 16-20 semanas). sonografia. 7/8 semanas MF do embrião. Existem 3 grandes categorias: sinais de presunção. com marido ou não. se teve fetos mortos/abortos e etc.P. clínicos. T. 4313 Exame ecográfico – 6/5s (saco gestacional). puerpério. A partir das 38s (semanal)      Esquema reduzido – 6 consultas Consultas nos CS se baixo ou medio risco Se gravidez é considerada de risco é referenciada para consulta hospitalar Pode haver ajustes de acordo com os protocolos de articulação CS/Hospital Boletim de Saúde da Gravidez – preenchido e entregue na 1ª consulta à gravida e deve ser atualizado em cada consulta. como é que ocorreu. 1º Trimestre  Validar o diagnostico da gravidez  Avaliar/validar idade gestacional e data provável do parto (DPP)  Recolha de dados ginecológicos (se já teve gravida. viva e saudável  Preparar a grávida(casal para a gravidez. 12 semanas Placenta  Diagnostico Bioquímico (testes de diagnostico da gravidez na urina ou no soro materno CUIDADOS DE ENFERMAGEM 1. identificação dos sinais do trabalho de parto Identificação dos sinais de alerta e sinais do TP Reforço da importância da amamentação Educação para os cuidados parentais ao RN Esclarecimentos acerca do que deve levar para a maternidade Educação para a saúde ESQUEMA DE VIGILANCIA PRÉ-NATAL RECOMENDADO – 10 CONSULTAS 3. 2º Trimestre Avaliação materno-fetal Orientações para exames de diagnóstico Preparação para a parentalidade Reforço da EpS para o autocuidado acrescido Acabar 3.). sociais (vive na vivenda/edifício. VIGILÂNCIA PRÉ-NATAL Objetivo dos cuidados de enfermagem  Promover uma boa saúde física e mental durante a gravidez. obstétricos.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. e etc)  Exame físico  Preparação para a parentalidade  Legislação maternidade/paternidade  Educação para o autocuidado  Orientar para esquema de vigilância da gravidez  2.        3º Trimestre Avaliação materna e fetal Educação para o autocuidado: revisão dos sinais de alerta. Até às 36s (mensal) 1. 7/8 semanas MF do embrião. lactação e cuidados parental  Detetar precocemente situações de risco e agir em conformidade com a complexidade da situação 70 . familiares (como tem a relação de companheiro). Até às 38 s (15/15d) 2. parto e pós-parto  Proporcionar condições para que a gravidez seja uma experiencia positiva e gratificante  Assegurar o nascimento de uma criança de termo. acompanhante. nº de filhos vivos  História de gestação. comunicação. olhos. partos e Acabar  Antecedentes ginecológicos… “Os dados são agrupados em idade da menarca e história menstrual. frequência e diração)  Contraceção  Cirurgias prévias  Malformações  Infeções Historia obstétrica da mulher/ antecedentes obstétricos Gesta. fármacos)  História social (emprego.  Índice Obstétrico (IO): nº partos termo.. história sexual. marcha. nº partos prematuros. mãos. nº abortos ou gravidez ectópica. Inclui: exame ginecológico. Acolhimento (pressupostos da relação terapeutica): Flash Geral (expressão facial. 4313  Promover a relação precoce entre a tríade Etapas da consulta de enfermagem 1.para…  Índice obstétrico – IO =T P A V  Nº de partos termo  Nº de partos prematuros  Nº de abortos ou gravidez ectópica  Nº de filhos vivos 71 . consumos. (Lowdermilk) Antecedentes ginecológicos  Menarca  Características do ciclo menstrual (regularidade.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. anomalias ginecológicas de qualquer tipo (por exemplo... estado geral de bem-estar) 2. Registos ANAMNESE  Idade  Grupo sanguíneo  IO  Raça/etnia  IMC  Estilo de vida (dieta. Educação para Saúde 5. conhecimentos.para. estilo de vida) 3. todas as gravidezes. fibromas). pés. dúvidas/queixas. Entrevista.. Exame físico / Observação dirigida (exame objetivo). atividade física.BCF-batimento cardiaco fetais) 4. exame Obstétrico (AFUaltura do fundo de útero. história de doenças sexualmente transmissíveis. Validar (expetativas. incluindo a atual e respetivos resultados finais”. algum dado de infertilidade.PA-perimeto abdominal. necessidades /desconfortos. lazer)  AP/ ginecológicos/ obstétricos/ familiares  História de gravidez atual  Vacinação HISTÓRIA OBSTÉTRICA DA MULHER  Caracterizar o passado ginecológico e obstétrico  Gesta.. 1ª CONSULTA  A avaliação do risco é feita através de 1 tabela (tabela de Godwin modificada)  Avaliação inicial – entrevista dirigida e focalizada  Acabar Entrevista 1. meias de descanso  Postura e mecânica corporal: prevenir e aliviar lombalgias  Banho: de imersão desaconselhado e há rotura de membranas. Flash geral (expressão facial. 4313 Avaliação da idade gestacional Cálculo da data provável do parto “Uma vez que a data precisa da conceção é meramente conjectural. (Lowdermilk. Acolhimento (pressupostos da relação terapêutica) 2. Se o ciclo for menor ou superior é necessário um ajustamento. mãos olhos comunicação marcha 3. subtrair três meses e adicionar um ano. cuidados ao RN GRAVIDEZ DE RISCO  Quando a incidência de complicação para a gravida ou pra o seu filho é maior que na população gravida em geral  Identificar Acabar  Informar e orientar cobre prevenção e identificação precoce Acabar  Apoiar a mulher /família com 1 gravidez de risco  Referenciar para unidade de cuidados diferenciados (protocolos de interligação CSP/H) 72 . existem muitas formulas e regras para efetuar a determinação da DPP. EpS 4.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. de imersão/duche com água morna pode ter função terapêutica  Atividade física  Repouso e relaxamento: mais aconselhado é decúbito lateral esquerdo  Preparação para amamentação:  Preparação para o parto:  Preparação para o pós-parto: amamentação. Nenhuma delas é infalível. personalizados e individualizados  Implica a preparação para a parentalidade e não apenas para o parto Orientação para o autocuidado  Vestuário: roupa confortável e solta. Este ciclo considera que a mulher tem ciclos de 28 dias e que a gravidez se deu no 14º dia. Registos EpS implica…  O conhecimento da mulher/ casal nas suas várias dimensões de forma a poder prestar cuidados de enfermagem de qualidade. mas regra de Nagele demonstrou um grau de exatidão razoável. página 132) “A regra consiste em adicionar 7 dias ao 1º dia da ultima menstruçao. sendo por isso. a mais utilizada”. relação/gestão das visitas. o bebé tem que executar uma serie de movimentos até que adquira a posição mais correta para o trabalho de parto. DIMENSÕES DO PARTO  Dimensão fisiológica  Dimensão psicológica e emocional  Dimensão sociológica . não reage de modo tão exacerbado. FATORES QUE INTERVÊM DURANTE O TRABALHO DE PARTO  Objeto (feto e placenta)  Trajeto (canal de parto)  Forças (contrações e esforços maternos)  Posição da mãe  Reações psicológicas. tudo pode fracassar no último momento  O parto não consiste numa pura habilidade obstétrica. existe em razão inversa do garu de civilização.P (distinção entre verdadeiro e falso T. .P  Fatores que influenciam o T. também não é simplesmente uma questão de se agachar  Às vezes a duração do trabalho de parto. mas que viveu um processo de gravidez anterior muito problemático. poderá ter dificuldades no trabalho de parto porque a mulher está mais contraída. em que o bebé faleceu.Para se adaptar à bacia. não é um exercício intelectual. menos natural e mais demorado do que o parto que ocorria em meio natural. não é um exercício de ginástica.P Apesar de se poder ensinar uma mulher a ter um bebe exatamente como ela pode aprender a fazer um sofflé.Relativamente à dimensão sociológica.  O PARTO  Processo que conduz ao apagamento progressivo e dilatação do cervix à descida d aparte que se apresenta com expulsão do feto e dos outros produtos de conceção (B. sociológicas e culturais .O enfermeiro tem que monitorizar a futura mãe e registar toda a informação no partograma.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. através do canal de parto .P e Parto  Dimensões do Parto  Estádios do T.P)  O convivente significativo durante o T.Por exemplo. geralmente “grita” muito.P  O cuidado do enfermeiro generalista durante o T. uma mulher jovem que está fisiologicamente preparada para ter o bebé.P  Sinais e sintomas de início do T. o parto é medicalizado. podemos dizer que o parto é vivido de acordo com a sociedade em que os indivíduos se inserem: uma mulher de etnia cigana. com dor… 73 . . 4313 Aula 11 – O PARTO NO CICLO DE VIDA FAMILIAR 15/10/2013 Profª Madalena Oliveira SUMÁRIO ALARGADO  O Parto no ciclo de vida da família  Conceitos de T.Cada vez mais. em geral. Seguy)  Processo pelo qual os produtos de conceção (feto e anexos – placenta e membranas) são expulsos dp organismo materno. uma mulher oriental. Desde o inicio das contrações regulares até à dilatação completa  Fase latente (apagamento do colo até aos 4cm de dilatação  Fase ativa (dilatação e descida da apresentação) 2º Estádio . Criamos assim as condições para que o trabalho de parto ocorra de modo mais favorável. regulares. ESTÁDIOS DO TP 1º Estádio . MECANISMO DO PARTO Adaptações e ajustes do feto. sobretudo.No 4º estádio. Na multípara até 1h30mn) 3º Estádio . apagamento. restabelecimentos da homeostase . próximas e longas  Colo uterino (evolução progressiva. pelo ensino sobre o que vai acontecer durante o parto.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.Daqui decorre que a preparação para o parto é muito importante. geralmente não encaixado) 74 .O rolhão mucoso é uma saída de muco sanguinolento que ocorre no fim da gravidez e que indicia a proximidade do trabalho de parto . dilatação)  Feto (vai-se progressivamente encaixando na pelve materna) TP falso  Contrações irregulares que se interrompem com mudança de posição ou medidas de conforto  Colo (sem alterações em várias avaliações  Feto (mantém-se no mesmo plano.Desde a dilatação completa até à expulsão do feto  Duração média – 20 a 40 minutos (na nulípara até 2horas. diminuindo a ansiedade e medo. a mulher apresenta elevados riscos. necessários ao nascimento e aos contornos e diâmetros da pelve materna (conceito de relações feto-pélvicas) SINAIS E SINTOMAS DO TP Aparecimento de contrações dolorosas (sinal mais frequente)  Dores abdominais ou lombares persistentes  Endurecimento uterino  À observação – colo uterino mais flácido encurtado e permeável Perda do rolhão mucosos – emissão de mucosidades sanguinolentas que precedem algumas horas de trabalho de parto Rotura de bolsa de águas (eventualmente) DISTINÇAO ENTRE VERDAIRO E FALSO TP TP verdadeiro  As contrações são cada vez mais intensas.Desde a expulsão do feto até À completa expulsão da placenta (dequitatura)  Duração – 10 a 60 minutos 4º Estádio  Período de recuperação imediata (cerca de 2horas. 4313 . amolecimento. se não se formar o globo de segurança de pinard. Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. na mulher.Distocia mecânica relacionada com o diâmetro imcopativel entre feto e pelve .ocitocina) DESCONFORTO E DOR EM TRABALHO DE PARTO  A perceção individual da dor varia de acordo com factores individuais socio-culturais e étnicos  As expressões verbais e não verbais de dor variam de acordo com as interações estabelecidas com p grupo social primário 75 .) que inibem a produção de hormonas importantes para a evolução normal do parto (ex. sem complicações. 4313 TIPO DE PARTO Parto normal  Gestação de termo entre 37 e 42 semanas de gestão. a produção de hormonas (adrenalina. cortisol...Dinâmica quando as contrações não são suficientes OBJETIVOS DOS CUIDADOS  Estabelecer eficaz padrão de comunicação  Avaliar o grau de risco  Proporcionar conforto  Controlar dor  Promover a vinculação OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE O PRIMEIRO ESTÁDIO DO TP 1º Estádio do TP  Contribuir para que esta fase decorra sem intercorrências e seja viva pela mulher/casal como um momento importante das suas vidas 2º Estádio do TP    Ajudar a mulher/casal a participar no nascimento à medida dos seus desejos Ajudar a mulher/casal a manter adequado nível de energia Ajudar a mulher/casal a controlar o desconforto 3º Estádio do TP  Manter a parturiente (mulher durante o parto) hemodinamicamente estável  Evitar a hemorragia  Favorecer a relação precoce da tríade 4º Estádio do TP  Proporcionar conforto à puérpera e família  Vigiar estado geral da puérpera e família  Prevenir complicações  Favorecer a relação precoce da tríade RESPOSTA FISIOLÓGICA AO STRESS  O parto vivido como um acontecimento stressante induz. feto de vértice e duração de 24 horas Parto eutócico (não instrumental Parto distorcico (distocias mecânicas/ dinâmicas)  Fórceps  Ventosa  Cesariana . Enfermagem na Maternidade.Loures: Lusodidata.7ªed . anestesia)  Anestesia por infiltração local e sistémica BIBLIOGRAFIA LOWDERMILK. 4313  A dor varia segundo o estádio de TP MÉTODOS DE CONTROLO DA DOR Não farmacológicos  Hidroterapia  Acupressão. Capítulo 11 – Trabalho de parto e Nascimento 334. acunpuntura  Massagem e pressão na região do sacro  Terapias complementares  Estimulação nervosa electrica (TENS)  Preparação para o parto e parentalidade Farmacológicos  Analgesia sistémica  Bloqueio nervso (analgesia. S (2008). 342. Deitra Leonard. PERRY.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 344 a 347 e 355 a 359 76 . parental. gastrointestinal. adaptação do bebé à mama. PUERPÉRIO Período que decorre desde a expulsão da placenta até ao órgãos reprodutores retomarem as características anteriores à gravidez (+/.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. urinário. prevenção e/ou alivio do ingurgitamento mamário.Para rever: parto e trabalho de parto não são sinónimos. ao 2º estádio do trabalho de parto. o parto pode ser distócico porque a posição da cabeça do bebé pode não ser a correta INVOLUÇAO UTERINA Retorno das características do útero ao estado não gravítico AVALIAÇÃO DA INVOLUÇÃO UTERINA Deve/ é desejável/ é necessário ser feito através de: 1. isto é.O pós-parto não tem um limite temporal tao definido e reporta mais aos aspetos psicossociais e. conjugal…) . da expulsão do feto à expulsão da placenta. 4313 Aula 12 – O PÓS-PARTO NO CICLO DE VIDA FAMILIAR 16/10/2013 Profª Madalena Oliveira SUMÁRIO  Fisiologia materna no puerpério (sistema reprodutor e estruturas associadas.Puerpério – alterações od ponto de vista da regressão dos processos que ocorreram no corpo materno . Palpação do útero (para avaliar a involução uterina)  Localização do fundo do útero  Tonicidade (consistencia)  Mobilidade 77 . período de recuperação imediata .na prevenção e/ou deteção precoce de complicações no pós-parto PÓS-PARTO  Período que se segue ao trabalho de parto Implica  Ajustamentos físicos  Ajustamentos psico emocionais e sociais . extracção e conservação do leite materno)  Cuidados de enfermagem: . da maceração e/ou fissuras dos mamilo. fase de dependente-independente e fase interdependente  Blues pós-parto  O aleitamento materno (fisiologia da lactação.6 semanas) Puerpério imediato (ou 4º estádio do trabalho de parto) – primeiras 2 horas após dequitatura Puerpério precoce – até ao final da 1ª semana Puerpério tardio – da 2º à 6ª semana . sistema endócrino. cardiovascular e músculo-esquelético)  Adaptação materna ao papel parental (fase dependente. por isso. O parto refere-se exclusivamente à expulsão do feto.na promoção do aleitamento materno . da dilatação à expulsão do feto. O trabalho de parto é constituído pode 4 estádios: desde o início das contrações até à dilatação completa.na promoção do autocuidado (físico. também à parentalidade.Ainda que o bebé nasce de cabeça. entre outros) 2. Por vezes. À volta dos capilares. . Urgência ocorre se houver perda de sangue vivo. por exemplo.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. . como mecanismo protetor. . mas um útero lateralizado e relaxado. Pretende-se que inicialmente o útero se encontre contraído. o útero vai involuir a um ritmo também previsível. isto pode ocorrer se a bexiga estiver cheia. a mulher poderá ainda não sentir vontade de urinar.Um útero mais laxo a seguir ao parto não é bom sinal.Sobre a mobilidade.Posteriormente.Não convém que o útero ultrapasse a região da cicatriz umbilical. Lóquios serosos – 9º a 10º dia até à 3ª semana pós-parto Quantidade Mais abundantes  Primeiras 24 horas de puerpério 78 . mas depois o útero vai relaxando. . Numa multípara.Pode haver uma situação em que é aconselhado que a mulher se mantenha deitada. se eu tiver uma mulher com bexiga cheia temos que promover o esvaziamento vesical (a bexiga está com maior tonicidade devido ao efeito da relaxina e progesterona) .O fundo do útero encontra-se no local onde se sente o declive  Tonicidade (consistência)  Mobilidade  Volume (tamanho) .Se ao toque vaginal verificamos que a bolsa de água rompeu (que não significa urgência. poderá ser sinal de que a placenta não saiu na sua totalidade. o útero tem fibras de miosina (musculo). no pós-parto.Tal como evolui a um ritmo previsível durante a gravidez. É preciso verificar se a placenta saiu. Esta contração uterina ocorre sobre o efeito da oxitocina. poderá verificar-se uma descida de até 1 a 2 dedos. para expulsão do volume sanguíneo e outros líquidos em excesso (aumentado durante a gravidez) AVALIAÇÃO DOS LÓQUIOS Cor 1. Após o parto. Lóquios sanguíneos/ hemáticos – 2/3 dias de puerpério 2.Temos que perguntar como é que o penso ficou: repassado. Para além disso. devido ao efeito do epidural (se for administrado). qual a cor e cheiro do lóquio) PALPAÇÃO DO ÚTERO Parâmetros a avaliar  Altura do fundo do útero .Se em vez de palparmos um útero contraído. na posição considerada não natural para a expulsão do feto: quando a apresentação está “alta”. ou de cordão umbilical antes da cabeça. . para que o útero não contraia. Lóquios sero-sanguíneos/sero hemáticos – 3º a 4º até ao 8º a 10º dia de puerpério 3.A eliminação urinária estará aumentada no pós-parto. Observação das características dos lóquios (sangue expulso no pós-parto)  Cor  Quantidade  Cheiro . 4313  Volume (tamanho) . juntamente com as suas 2 membranas. . o útero vai involuindo até ficar atrás da sínfise púbica) . Forma-se o globo de segurança de Pinard e o globo fica com a consistência e tamanho de um laranja porque o útero funciona como um musculo.Após o parto o útero fica contraído. basta que uma pequena porção de membrana tenha ficado na parede uterina. a mulher emagrece mais rapidamente. é sinal de alerta. Se não. as perdas no pós-parto não ultrapassam os 500 ml. a mulher ao amamentar terá mais perdas. PERÍNEO Poderá apresentar  Perineorrafia – sutura do períneo  Episiorrafia – sutura da episiotomia (corte na região dos nervos podendos)  Edema  Hematomas/ equimoses  Varizes  Hemorroidas  Lesões do esfíncter anal/ reto (rasgadura/ episiotomia) SISTEMA DIGESTIVO Eliminação intestinal comprometida nos primeiros dias  Musculatura abdominal e pélvica hipotónica  Súbita diminuição da pressão intra-abdominal após o parto  Dor perineal – episiorrafia/ hemorroidas  Receios fantasiados de deiscência da sutura perineal – risco de obstipação SISTEMA UIRNÁRIO Diurese Aumenta após o parto (cerca de 3000ml/dia) Normaliza entre 2º e 5º dia após o parto 79 .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Isto significa que pode haver diferenças de ritmo no inicio na atividade sexual. 4313 . sem outros complementos e até no período noturno. antes das 6 semanas. a mulher encontra-se em amenorreia porque está a amamentar. para que o fator amamentação seja sentido como um método anticoncecional.  Puérperas que amamentam e quando fazem levante precoce (“descarga” mais rápida)  Grandes multíparas (diminuição do tónus uterino) .Quando bebé suga no mamilo. . produz prolactina e oxitocina. Um penso próprio para o pós-parto mudado de 2 horas. isto nem sempre acontece porque.Nota: dequitação – expulsão da placenta. A oxitocina estimula o útero e. a mulher tem que amamentar o bebé em exclusivo (3 em 3 horas. por isso. deve aguentar essas duas horas.Em princípio.Mais ou menos que quantidade? Habitualmente. . provavelmente. no pós parto imediato. do ponto de vista físico. . ainda não produz a quantidade habitual de lubrificante. há risco de se desencadear uma ovulação.A lubrificação vaginal não normaliza logo. Mais do que isso. Porém. Para além disso. o que é normal e desejável.Se o útero vai contrair mais. o útero involui mais rapidamente. Cheiro  Característico/ “suis géneris” (idêntico ao da descarga menstrual)  Nunca deve ser um cheiro fétido – sinal de infeção VAGINA  Recupera a elasticidade e tonicidade anteriores à gravidez pela 6ª semana após o parto (fim do puerpério)  A lubrificação vaginal vai-se normalizando com o restabelecimento da função ovárica . e se tem sangue dentro. período em que a mulher é medicada com hormonas (as hormonas da amamentação). Podemos ter uma mulher que está traumatizada do ponto de vista psico emocional devido ao processo de parto e à adaptação à maternidade e que. aproximadamente). utilizar uma almofada entre o antebraço e o bebé TERMORREGULAÇÃO  Geralmente ao 2/3º dias ocorre aumento da temperatura relacionada com o início da lactação – subida/ descida do leite – que dura 24h  Ingurgitamento vascular e linfático das mamas  Não confundir com flutuações térmicas – sinal de infeção .Ao amamentar a mulher adquire uma posição incorreta. ASPETOS PSICOSSOCIAIS DO PÓS-PARTO . na relação com o filho. 4313 Risco de retenção urinária nas primeiras 24 horas  Anestesia/ analgesia  Lesões/ edema da uretra e/ou do meato urinário  Traumatismos dolorosos do canal de parto   É desejável que a mulher urine nas 6 a 8 horas depois do parto A presença de “globo vesical”. para contrair esta posição.5 são mais preocupantes.Como é que eu incorporo o processo de parentalidade? Pós-parto  Adaptação a uma nova identidade (identidade materna)  Aprendizagem de um novo papel (de mãe)  Adaptação a um novo elemento familiar. dificulta a involução urinária SISTEMA MUSCÚLO-ESQUELÉTICO Dores musculares e articulares no pós-parto – causas:  Diástase da sínfise púbica  Diástase dos retos abdominais  Posicionamentos incorretos e por vezes prolongados durante o trabalho de parto  Posicionamentos incorretos nos cuidados ao filho . com o cônjuge e com a restante família FASES DE AJUSTAMENTO MATERNO Fase dependente/ fase de introspeção/ fase de incorporação  Primeiras 24/48 horas após o parto  Necessidade de restabelecimento fisiológico  Bastante centrada em si mesmas e na satisfação das suas necessidades básicas  Desejo de verbalizar a experiência da gravidez e do parto  Pouca disponibilidade para a integração/ assimilação de informação Fase dependente-independente/ de controlo da situação/ de posse  Inicio no 2º-3º dia e dura entre 10 dias a várias semanas  Muito centrada nos cuidados ao bebé e nas competências maternas  Sente necessidade de orientação e aceitação dos outros  Muito reativa e motivada para a aprendizagem  As tarefas de ajustamento às rotinas quotidianas começam a definir um padrão 80 . com acentuação da cifose.No puerpério a temperatura é avaliada todos os turnos. Deve. com uma identidade própria (o filho)  Reestruturação das relações familiares Nascimento de um filho  Impacto ao nível psicoemocional.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Temperaturas acima dos 38-38. Nas primeiras 24 horas a nossa grande preocupação é a infeção. informar e validar)  Ajudar a mulher a desenvolver capacidades para cuidar do filho. conjugal e familiar A intervenção do enfermeiro deve dirigir-se também à familia mais proxima porque:  O nascimento de uma criança tem ijmpacto também no conjuge. deve ser ouvida. enquanto adultos e casal. confusão.. sentimentos de incapacidade (de não saber como cuidar de bébe) . na familia de origem  A familia é um recurso de apoio que a mulher habitualmente tem e. labilidade do humor. de forma consciente. ansiedade.. astenia.. problemas fisicos e/ou psicologicos  Prevenir situaçoes de desajuste pessoal. como tal. tão cedo quanto possivel. perturbações do sono e de apetite. sem “medos”. nos outros filhos e.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.Blues pós parto não é sinónimo de depressão CUIDADOS/ INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM DA MULHER NO PÓS-PARTO Objectivos  Promover o auto-cuidado  Promover a amamentação  Assegurar que os cuidados fisicos desenvolvidos no pós-parto estão adoptados às necessidades individuais (ajudar.. por vezes. 4313 AJUSTAMENTO À PARENTALIDADE Estádio 1  Expectativas. apoiada e orientada 81 . Estádio 3  Envolvimento mais ativo. acerca da vida conjugal e familiar depois do nascimento do filho Estádio 2 ... de forma a manter a familia como um grupo FADIGA  Fenomeno frequente no pós-parto  Influencia a capacidade da mulher para se adaptar à nova situação e para fazer face às solicitações Causas  Desconfortos fisicos do final da gravidez  A solicitação constante das visitas e os telefonemas nos 1º dias após o parto  Dores/desconfortos nos 1º dias BLUES Pós-parto  Síndrome afectivo presente em cerca de 50 a 70% das puérperas  Pode ter inicio logo nas 1º horas após o parto ou nos 1º 3 a 4 dias  Duração variavel (de algumas horas a vários dias)  Sintomatologia: crises repetidas de choro. irritabilidade. com base em ideias pré-concebidas. sentindo-se mais segura no seu papel de mãe e aumentado assim a sua auto estima  Prevenir ou identificar. nos cuidados e interação com o filho TAREFAS DE AJUSTAMENTO DO CASAL À PARENTALIDADE  Necessidade de reconciliar a criança real com a criança fantasiada  De se tornarem eficazes nos cuidados e na interação com o filho  Estabelecer um espaço para o bébe no seio familiar  Definir a primazia da sua relação. avaliar se o utero está bem contraido (através dos dedos verificado a localização do fundo do utero em relação ao bico de umbigo). Internamento (maternidade) 2. Procedimento – o 1º levante deve ser gradual  Avaliação da involução uterina (palpação do útero e avaliação dos lóquios)  Avaliação dos sinais vitais (sobretudo. Identificar necessidades. Alta LEVANTE PRECOCE Se não há contra-indicações  Partos eutócicos/ distócicos (forceps/ ventosas) – 6 horas após o parto  Cesarianas – 6 a 12 horas após o parto (dependendo das instituições)  Partos com analgesia epidural – 6 a 12 horas após o parto (dependendo das intstituições) Principais contra-indicações do levante  Sub-involução uterino/hemorragia  Alterações significantivas dos sinais vitais  Deiscência de sutura  Indicações médicas (complicações/doença materna) -Cuidados de enfermagem antes.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. validar.. não esquecendo dos sinais vitais. mesmo que a mulher se sinta bem. EpS 5. “mal estar geral”. programar novo levante seguindo novamente os “passos do 1º levante”  Após o 1º levante. 6. deve ser “supervisionada” se vai ao wc ou tomar banho (risco de lipotimia) . 4313 INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO 1. a não utilizaçao da cinta facilita o exercicio da musculatura adominal e recuperação do tonus abdominal. Reavaliar sinais vitais  Se em qualquer fase do levante a mulher apresentar “tonturas”.A retenção urinária dificulta a involução uterina . pode aconselhar-se microclister  Prevenção/ diminuição da fadigal  Facilitar a adaptação à nova dinâmica familiar 82 . motivar. a cinta poderá ajudar na contenção e diminuir o desconforto. informar. Outras intervenções:  Promoçao da involução uterina  Prevenção de tromboflebites – levante precoce. durante e após o 1º levante. Avaliar novamente os sinais vitais  Se os sinais vitais se mantêm estabilizados e se a puerpera se sente bem. “lipotimia” deve deitarse imediatamente  Quando a situaçao estiver estabilizada. existem muitas contradições. explicar.. Outra vantagem da cinta é o efeito psicológico – contribui para a manitenção da autoimagem. Centro de saúde 3. andando no quarto durante alguns minutos (para adaptação tensional à posiçao ortostática). Visita domiciliaria 4. dieta rica em fibras. exercicios moderados  Promoçao da eliminaçao vesical – a retenção dificulta a involuçao uterina  Promoçao da eliminaçao intestinal – promover a deambulação. tensao arterial/ características do pulso) – puerpera em decubito dorsal  Se o utero está bem contraido e os sinais vitais estao estabilizados: sentar-se na cama (com os membros inferiores fora da cama) durante alguns minutos. efetuar levante. Porém. Numa cesariana. -Antes de 1º levante.Sobre a utilizaçao de uma cinta no pós parto. Prevenção/diminuição da fadiga  Prevenção /alivio da dor 1.1.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Facilitar a adaptação à nova dinamica familiar  Apoio emocional à puerpera/conjuge e outros filhos  Permissividade no horario das visitas ao conjuge e outros filhos  Promover o envolvimento do conjuge nos cuidados ao filho 1. Prevenção de tromboflebites  Observação dos membros inferiores  Levante precoce – consoante o protocolo do serviço e situaçao clinica da puerpera 1. Promoção de uma dieta adequada 83 .  Prestação de cuidados perineais até ao 1º levante  Cuidados de higiene com água corrente.7.6.5. contrair previamente o perioneo  Dar de maamr em posiçoes/ superficies que evitem o estiramento da cicatriz 1.4. 4313    Promoçao doe exercicio físico no pós parto Promoçao de uma dieta adequada Informar acerca da sintomatologia de alerta/ motivos para recorrer aos serviços de saúde 1.3. Cuidados peinieais/ Prevenção de infecção/promoção do conforto. taquicardia. sempre que necessário  Desinfeçao do períneo só quando necessário (em caso de infeçao ou de risco de infeção)  Mudança de pensos higienico frequentemente  Avaliar características dos loquios sempre que mudar o penso  Em caso de edema/ hemorróidas aplicar gelo. Promoção da involução uterino  Avaliação do útero e loquios (despitar subinvolução)  Promover a eleminaçao vesical  Promover cuidados perineais  Levante precoce – concsiante protocolo do servço/ situaçao clinica da puerpera  Avaliação dos sinais vitais (atenção a hipotensão. Promoção da eliminação intestinal  Levante precoce  Ingestão adequada de fibras e liquidos  Exercicio físico (adequado ao tipo de parto e tempo de puerpério)  A mulher deve estar informada sobre os fatores que favorecem a ibstipaçao no pós-parto e os cuidados a ter para prevenir.. ter oportunidade de expresar as suas duvidas e receios relativamente à relaçao entre lesoes perineais e o ato de evacuar  A frequente a prescriçao de terapeutica nos primeiros dias de puerperio (emolientes suavaes/ supositorios de glicerina…) 1. Promoção da eliminação vesical  Vigiar eliminação vesical globo vesival e caracteristicas da urina  Levante precoce  Aumentar a ingestão de liquidos  Estimular a micção por tecnica não invasiva 1. protegido.8.9.2. por periodos de 15 minutos  Ao tossir/ espirrar.. Promoção do exercício físico no pós-parto 1. febre) 1. atividade sexual. mamas. períneo. sinais vitais. adaptação RN/família.. contraceçao. avaliação fisica da mulher (mamas. utero) Permite:  Conhecer hábitos e recursos familiares  Avaliar identificar problemas no meio onde ocorrem  Maior personalização e individualização dos cuidados  EpS para a saúde: identificar necessidades. Métodos de contraceção)  Apoiar/orientar nas dificuldades apresentadas 84 . informar.10. 4313 1. perineo..Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. peso)  Detetar eventuais problemas físicos e ou psicológicos  Esclarecer dúvidas (ex. explicar. avaliação do ambiente físico. Informar acerca da sintomatologia de alerta/motivos para recorrer aos Serviços de Saúde Visita domiciliária Deve ser feita até às 6 semanas pós-parto (de preferencia na 1ª semana após alta da maternidade e deve ter em conta: amamentaçao. validar. motivar.. Consulta de revisão do puérperio Deve realizado pela 6ºsemana após o parto (Centro de Saúde/Médico assistente) Objetivo  Avaliar se o organismo está recuperar de forma satisfatório (útero. segrega ocitocina  A ocitocina estimula a contração das células mioepiteliais.Quando se dá o parto. a progesterona produzida na placenta deixa de exercer o seu efeito e consequentemente. promovendo que o leite ai coletado flua para os ductos 85 .  O que influencia a produção de leite é a glândula mamária  A aureola mamária tem um aspeto maior durante a gravidez e amamentação.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Em seu redor encontra-se uma serie de saliências. por sua vez. Este estimula a hipófise posterior que. em resposta. as glândulas de Montgomery. Estas produzem uma substancia gordurosa que tem como função proteger o mamilo.   Reflexo da prolactina ou reflexo de produção  O ato de sucção promove impulsos sensoriais que vão do mamilo para o hipotálamo este estimula a hipófise anterior que. com a dequitatura. 4313 Aula 13 – O CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO FAMÍLIA NO PÓS-PARTO (CONTINUAÇÃO) 17/10/2013 Profª Esmeralda Afonso GLÂNDULA mamária  As mamas são formadas pelas glândulas mamárias e por tecido de sustentação e gordura. libertada pela hipófise(pelas células secretórias)  As células mioepiteliais contraem sobre a ação da ocitocina facilitando a drenagem do leite dos alvéolos (as células miopepitaliais) A lactogénese inicia-se durante a última fase da gravidez A síntese e secreção de leite após o parto estão relacionadas com a descida acentuada dos níveis de progesterona e estrogénio . TIPOS DE MAMILO  Mamilo normal/ proeminente  Mamilo pouco saliente  Mamilo plano (ou reso)  Mailo invertido (ou umbilicado) A proeminência do mamilo e a sua capacidade de protatibilidade (capacidade de ereção do mamilo quando estimulado) são características importantes para o sucesso da amamentação FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO  Nos alvéolos a secreção de leite é estimulada pela prolactina. está mais pigmentada. deixa de inibir a prodição de prolatina. é importante amamentar durante a noite  A prolactina favorece o relaxamento e por vezes a sonolência  Os níveis elevados e constantes de prolactina inibem a ovulação  É importante instituir a amamentação na 1ª hora após o nascimento para estimular a produção de prolactina REFLEXO DA OCITOCINA OU REFLEXO DE DESCIDA  O ato da sucção promove impulsos sensoriais que vão do mamilo para o hipotálamo. que se encontram em torno dos alvéolos. segregas prolactina  A prolactina estimula a produção de leite nos alvéolos  A maior parte da prolactina permanece em circulação até cerca de 30 mn após a mamada – o que faz com que a mama produza leite para a mamada seguinte ASPETOS IMPORTANTES DA AÇÃO DA PROLATINA  Durante a noite é produzida mais prolactina – por isso. duvidas por exemplo sobre a quantidade do seu leite. 4313 ALGUNS ASPETOS IMPORTANTES DA AÇÃO DA OCITOCINA  A ocitocina é segregada mais rapidamente do que a prolactina. a fim de formar um “bico longo” O mamilo constitui apenas 1/3 do bico longo. para que possa olhá-lo. natural. tocá-lo. preocupação. pressionando os ductos nessa zona) 86 . É produzida durante a mamada. ele reage virando a cabeça nessa direção e abre a boca pondo a língua pra baixo e para fora 2. haja sensibilidade para a poiar a mulher. o bebé pode ter dificuldade em receber leite  A ocitocina promove a contração uterina. exercendo a sua ação nessa mesma mamada  A produção da ocitocina pode começar mesmo antes do bebé iniciar a mamada  Se o reflexo de ocitocina não funciona bem. situações de stress…) Para a promoção de um bom reflexo de ocitocina  A mulher deverá ter o bebé perto de si. por algum motivo. de supressão do processo de lactação . Fatores que facilitam  Sentimentos agradáveis (sentir-se contente e ter prazer com o bebé. favorecendo a involução uterina (estimula as contrações uterinas) Fatores que influenciam o reflexo da ocitocina 1. sendo o restante formado pela auréola ( a sucção ´exercida pela aréola. Reflexo da Deglutição Quando a sua boca “se enche de leite”.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Reflexo da Sucção Quando alguma coisa toca o seu palato ele inicia a sucção 3. Fatores que dificultam  Sentimentos desagradáveis (dor.Na amamentação deve manter-se a mesma mama até que o leite termine nessa refeição. da “parte de quem cuida”. Reflexo de busca e preensão Quando alguma coisa toca nos lábios ou bochechas. ele inicia a deglutição  Estes reflexos fazem parte das aquisições que o RN traz ao nascer VISUALIZAÇÃO INTERNA DA “BOA E MÁ PEGA” 1. tocá-lo e perceber as suas necessidades  A mulher necessita de sentir-se bem e ter confiança na sua capacidade de amamentar  É importante que. não é igual ao leite no fim da mamada PRINICIPAIS REFLEXOS DO RN RELACIONADOS COM A AMAMENTAÇÃO 1. olhá-lo ou mesmo ouvi-lo chorar…)  Confiança na capacidade de amamentar e convicção de que o seu leite é o melhor alimento para o bebé 2. promover a sua autoconfiança e capacidade para a amamentar CONTROLO DA PRODUÇÃO DE LEITE PELA PRÓPRIA MAMA – FATOR INIBIDOR O fator inibidor faz com que os alvéolos deixem de produzir leite quando a amamentação. não é implementada e as mamas permaneçam cheias Mecanismo fisiológico. porque do ponto de vista nutricional e leite do início. Boa pega A boca do bebé apanha a maior parte da aréola e dos tecidos que estão sobr ela “esticando” o tecido da mama para fora. para além da ingurgitamento. duras e dolorosas A nível geral  Pode haver aumento da temperatura corporal (a temperatura axilar não ultrapassa os 38ºC) e de frequência cardíaca . As alterações associadas a esta fase não ultrapassam os 38ºC e não há picos de temperatura.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Má pega  A boca do bebé apanha somente o mamilo. o que pode levar a que o leite materno não seja extraído com eficiência e. a mulher deve colocar a ponta do dedo mínimo no canto da boca do bebé – deste modo. ficam ligeiramente tensas ou muito tens. não conseguindo formando “bico longo” OBSERVAÇÃO EXTERNA DA PEGA CORRETA  O queixo do bebé toca a a mama (ou está muito próximo dela  A boca do bebé está bem aberta  Acabar CONSEQUÊNCIAS DA PEGA INCORRETA  Grettas e fissuras nos mamilos: estas causam dores durante a amamentação. consegue remover o efeito da sucção e soltar o mamilo sem provocar gretas FASES DA LACTAÇÃO 1. Colostro 2. para o funcionamemto instestinal (libertação do mecónio – primeiras fezes) SINTOMATOLOGIA ASSOCIADA À TRANSIÇAO DO COLOSTRO PARA O LEITE A nível local  As mamas aumentam de volume. Convém averiguar se as alterações de temperatura são patológicas ou associam-se a esta fase normal 87 . 4313 2. Leite maduro .Colostro é muito importante do ponto de vista da imunidade.Há muitas razões para a mulher ter aumento da temperatura no puerpério.Insucesso na amamentação COMO TERMINAR A MAMADA   Deixar que o bebé largue a mama sozinho (é um sinal de que está satisfeito) Para fazer o bebé soltar a mama. ao ingurgitamento Oferta de leite insuficiente  Bebe frustrado  Bebe insatisfeito  Recusa-se a mamar  Não ganha o peso As mamas produzem menos leite (fator inibidor) . Leite de transição 3. A temperatura é constante. consequentemente. não exercendo o pressão sobre os ductos. administrar terapêutica analgésica prescrita  Administrar ocitocina – spray nasal antes da mamada para facilitar a drenagem do leite (atenção à dose e frequência da administração)  A promoção da autovigilância/ esvaziamento mamário e grande apoio físico e emocional. mas 2 a 3 dias após o parto. Pressione a mama. devem orientar os cuidados de enfermagem . 4313  A sintomatologia é transitória – 24 a 48 horas ENGURGITAMENTO MAMÁRIO – SINTOMATOLOGIA Mamas  Muito tensas e distendidas  Pele lustrosa (brilhante) e ruborizada  Dolorosas (muito sensíveis ao contacto)  Aréolas também muito tensas (bebé tem dificuldade em fazer uma boa pega)  Dificuldade na drenagem do leite  A(s) glândula(s) mamaria(s) pode(m) infetar se o leite não for drenado (especialmente se os mamilos apresentarem gretas e/ou fissuras) → MASTITE INGURGITAMENTO MAMÁRIO – CUIDADOS/ TRATAMENTO  Retirar o leite da mama colocando de preferência o bebe a mamar ou utilizando um método artificial (expressão manual/ bombas)  Aplicar calor húmido antes de retirar o leite (ida ao chuveiro ou parches de água quente)  Aplicar frio após a mamada  Em caso de grande desconforto/ dor. ao mesmo tempo que os dedos deslizam para a frente (“para fora”) Efetuar a rotação da mão (cerca de ¼) à volta da mama e repetir estes passos num movimento rítmico até que o leite comece a fluir Nota: Esta manobra deve ser efetuada de acordo com as necessidades até a “mama” ficar mais flácida INGURGITAMENTO MAMÁRIO – PREVENÇÃO 88 . Posteriormente.Inicialmente. em direção ao tórax (“para dentro”). sem deixar deslizar os dedos. de modo a ajudar a mãe na fase inicial. de maior tensão mamária. Espremer o leite dos ductos comprimindo a aréola mamária. passa-se a fazer o que se referiu anteriormente – deixar que o bebé complete a mamada na primeira e só depois passar para a segunda Expressão mamária – Técnica     Colocar o polegar sobre a aréola mamária e o indicador sob a mesma. . para que este mame um pouco nas duas.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.O ingurgitamento mamário não ocorre logo após o nascimento. podemos deixar que o bebé não complete uma mamada numa das mamas. Não fechar imediatamente o soutien: deixar secar os mamilos  Só usar cremes quando necessário (atenção ao tipo de produtos que utilizam)  Utilizar soutien adequando à amamentação: de algodão. aconselha-se que faça contraceção mais ou menos 15 dias após o parto.. período ”janela” de recuperação da normalidade CONTRACEÇÃO HORMONAL E AMAMENTAÇÃO 89 . porque a ovulação antecede a menstruação. se possível. se necessário.frigorífico ou congelador.Limpos e fervidos ou exterilizados  Conservação. caso se encontrem muito tensas Estar atenta a dificuldades no esvaziamento mamário e promover medidas para a sua resolução (expressão mamária / bomba elétrica ou manual / administração de Ocitocina . desde que se sinta confortável e tenha uma postura correta.Manual ou Bomba  Materiais utilizados na extração e armazenamento .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. .spray nasal 5’ antes da mamada) CUIDADOS COM AS MAMAS E MAMILOS  A lavagem do banho diário é suficiente e não se devem esfregar os mailos  Aplicar uma gota de leite nos mamilos e aréolas após cada mamada (lubrifica e protege os mamilos de agressões/ ajuda à cicatrização – por ação enzimática).. ela e o bebé.Uma mulher não deve/ pode esperar ter a menstruação até fazer contraceção. de forma a sustentar bem o peso das mamas sem as apertar e.Se a mulher não vai amamentar. ter laças e cós largo. EXTRAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO LEITE MATERNO  Extração . Sacos de congelação ou recipientes de plástico rígido ou vidro COMISSÃO NACIONAL “iniciativa hospitais amigos dos bebés” CONTRACEÇÃO NO PÓS-PARTO Mulheres que amamentam:  A FSH é produzida mas níveis constantes e elevados da prolactina inibem a ação da FSH nos ovários.) Esvaziar as mamas após a mamada. 4313      A amamentação deve ser instituída precocemente e o horário das mamadas deve ser livre (sempre que o bebé necessitar) Colocar o bebé a mamar em posição correta e verificar os sinais de boa pega Promover um bom Reflexo de Ocitocina (ambiente calmo / alojamento conjunto. inibindo assim a ovulação Mulheres que não amamentam:  A ovulação pode ocorrer na 4ª semana apos o parto no entanto o tempo médio da 1ª ovulação na mulher que não amamenta é de 10 semanas . e substitui-los em SOS POSIÇÕES CONFORTÁVEIS PARA AMAMENTAR  Todas as que a mulher quiser. com aberturas nas copas (facilitam a amamentação)  Usar discos protetores. pela mulher que amamenta.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. com intervalos inferiores a 6 horas (DGS. 2008). com mamadas diurnas e noturnas.Ainda não há dados suficientes sobre os efeitos da progesterona no bebé. A criança ter menos de 6 meses de idade 90 . por se encontrarem numa fase ainda muito imatura quando o bebé nasce MÉTODO DA AMENORREIA DA LACTAÇÃO A eficácia deste método requer 3 condições: 1. sobretudo no SNC e hepático. A mulher ainda não ter tido menstruação após o parto 2. A amamentação ser exclusiva. antes das 6 semanas de vida do filho . Alguns autores referem que os intervalos não devem ser superiores a 4 horas 3. 4313 Contraceção combinada Os estrogénios inibem a produção de leite pelo que estão pelo estão contraindicados na mulher que quer amamentar Contraceção progestativa  A progesterona não afeta a produção de leite no entanto ainda não está devidamente estudado o seu efeito sobre o desenvolvimento hepático e cerebral do bebé pelo que não é recomendada a sua utilização. Avaliação física inicial e avaliação do peso 1. . antecedentes familiares  Grupo sanguíneo  IG. 8. situação de risco fetal e perinatal  Estado de colonização retovaginal (estreptococos do grupo B)  …. Laqueação cordão 3.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Avaliação do índice de apgar 4.Oxitetraciclina 1% ou Eritromicina 0. Esta laqueação é indolor para o bebé. Este procedimento deve ser oferecido a todas as mães  A fonte de calor do bebé é a própria mãe Evidência  Estabilidade cardiorrespiratória  Diminuição do tempo de choro  Efeito benéfico na vinculação  Maior frequência e duração do aleitamento materno 2. Laqueação cordão . CUIDADOS IMEDIATOS 1. Contacto pele a pele/vinculação 2.O cordão umbilical entre o umbigo e clamp é designado por coto umbilical.Laqueia-se e coloca-se um clamp perto do umbigo do bebé.O cordão tem 2 artérias e uma veia . 1g RN termo >2500g) 7. devido ao risco de hemorragia durante o período em que o coto ainda está gelatinoso 91 . 4313 Aula 14 – O CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO FAMÍLIA NO PÓS-PARTO (CONTINUAÇÃO) 22/10/2013 Profª Esmeralda Afonso OBJETIVOS  Proporcionar ao RN condições que visam ajudá-lo na sua adaptação à vida extrauterina  Intervir em situaçoes patológicas que o coloquem em risco de vida CONHECER HISTÓRIA PRÉ-NATAL  História pré-natal e obstétrica. Contacto pele com pele  Pode manter-se sobre o abdómen e tórax materno durante 1 a 2 horas (se não houver intercorrências). Segundo a protocolo.5%(pomada) prevenção infeção por gonorreia ou por clamídia. Promover Aleitamento Materno 5. Profilaxia da doença hemorrágica do Recém-nascido (administração de vitamina K nas 1ªs horas: 0. Identificação 6. desenvolvimento fetal. um aspeto importante a vigiar é a garantia de que o cordão esta bem clampado.5mg prematuros <2500g. Profilaxia de infeção ocular: limpeza com água destilada do canto interno para o externo. após o primeiro contacto com a mãe 92 .A pulseira deve ser colocada antes do bebé sair perto da mãe. 5º e 10º minuto Útil para descrever a adaptação à vida extrauterina Não tem valor prognóstico – não prevê resultados neurológicos futuros .5% . para que a mãe assista a essa colocação 5. . Avaliação do índice de apgar 0-3 sofrimento grave.5 mg Se é um bebe RN termo ou com peso igual ou superior a 2500 g: 1 mg    1mg oral no nascimento 25 microgramas/dia ou 1mg/semana repartida 7 a 14 dias após Se amamentados – 3 meses 7.     Promover Aleitamento Materno Profilaxia da doença hemorrágica do Recém-nascido Administração de vitamina K É feita nas primeiras horas Se é um bebé prematuro: 0. oficialmente ainda não tem identificação. 6.Quando o bebé nasce.A avaliação faz-se ao 1º minuto. 4313 3. mas podemos e devemos identifica-lo pelo nome selecionado pelos pais.prevenção de infeção gonorreica ou por clamídia) 1ª hora – 120 minutos.determinação de gases no sg do cordão umbilical no momento do nascimento  Se houver necessidade de reanimação. . 7-10 boa adaptação à vida extra-uterina. Profilaxia de infeção ocular Limpeza com água destilada do canto interno e externo num movimento único Segundo protocolo – pomada oftálmica (oxitetraciclina 1% ou eritromicina 0. Identificação do bebé . é-lhe atribuído um numero associado ao numero da sua mãe. esta deve ser iniciada antes da 1ª avaliação do índice de apgar Nota: A pessoa que realiza o parto não deve avaliar o índice de apgar   4. 4-6 dificuldade moderada.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 4313 8.5 cm  (32-36 cm)  (alerta ≥ 4cm perímetro torácico) Perímetro torácico  30.Testes guthrie= teste do pezinho 9.5-35. Observação  Cabeça  Face  Pescoço  Torax  Abdómen  Genitais  Membros superiores e inferiores  Exame neurológico: tónus e reflexos primitivos  Avaliação do peso . aquecido e sem correntes de ar)  Momento privilegiado de contacto com a tríade  Permite observar aspetos gerais do RN e comportamento Sinais vitais  Temp 36.50 Perímetro cefálico  33.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.2ºC  Função cardíaca (pulso apical – 4º espaço intercostal – 100/160 ppm)  Função respiratória – SDR – 30/60cm . Comunicar aos 7%  Comprimento . em RN pré-termo <80-50mmHg  Dor Peso  2500-4000g  Perda aceitável inferior a 10%.      Manutenção de um bom ambiente térmico Contacto pele com pele Secá-lo e enrolá-lo em cobertor aquecido Manter sob fonte de calor até à temperatura estabilizar Manter a cabeça coberta Manter a temperatura da enfermaria aquecida Stress causado pelo frio  Aumento do consumo de oxigénio – dificuldade respiratória  Aumento do consumo de glicose – hipoglicemia EXAME FÍSICO COMPLETO NO RN  Primeiras 24 horas após o nacimento e sempre que necessário  Ambiente (iluminado.Apneia > 15’’  Pressão arterial – em RN de termo <90-60mmHg.5-33 cm 93 .5 – 37. estrabismo  Infeção ocular (clamídia. A. formando-se na sua grande maioria no palato. (Soares. fotofobia. tendência para desaparecer)  Cafalo hematoma  Equimoses. ao longo dos lados bucal e lingual das cristas dentárias.São formações de excedentes dos tecidos das glândulas mucosas.Lluxação congénita da anca – sinal de ortolani Genitais Ânus Eliminação vesical Eliminação intestinal  Mecónio  Fezes de transição  Fezes de leite 94 .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 4313 Comprimento Observação da cabeça . escoriações e lacerações Olhos  Pálpebras. gonococos) Pavilhões auriculares  Implantação. pérolas epiteliais.Fontanelas e suturas . nistagmo. tubérculos  Otorraquia.Lesões dos tecidos moles  Caput succedaneum (edema. B. otorragia Nariz Boca  Lábios. palato. simetria e obliquidade. gengivas. freio da língua  Candidíase  Pérolas epiteliais ou nódulos de Bohn .)  Freio da língua Pescoço Torax  Glândula mamária – botão mamário Abdómen – coto umbilical Coluna vertebral Membros superiores e inferiores Lesões do esqueleto – clavícula. úmero e fémur. A sua incidência maior é em recém nascidos até os três meses de idade. afastados da rafe mediana e. que pode persistir durante 7 a 10 dia       Eritema tóxico/ eritema neonatal ou do RN . com vesículas sobrepostas que surgem entre 24 a 48 horas após o nascimento e desaparecem.Cianose periférica. habitualmente. espontaneamente. inócua e de causa desconhecida. 2º dia  Acrocianose . cor azulada das mãos e pés observável à nascença da maioria dos recém-nascidos. rosada. antes das 24 horas POSTURA  Flexão dos membros superiores e inferiores  Vira a Cabeça 95 . não é notória. 4313 Sistema tegumetar  Cor habitual ao nascimento – vérnix. em poucos dias Mancha mongólica Lanugo Acne miliar/ millium Infeção estafilocócica Icterícia fisiológica .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.Coloração amarela da pele e mucosas em resposta ao aumento dos níveis sanguíneos de bilirrubina não conjugada.Erupção cutânea neonatal papular. A criança roda a cabeça em direcção ao estímulo.posição de esgrima) Competências do RN . O recém-nascido pestaneja aos primeiros 4 ou 5 toques  Sucção e rotação . Colocar um dedo na base dos dedos do pé. Tato . Sensoriais  Visão.Colocar um dedo na palma da mão. ou maxilar do recém-nascido cujos olhos estão abertos. atividade motora  “Eu coloco o meu dedo e ele agarra-o de imediato. 96 . Audição. ocorrendo sem náuseas. septo nasal. agarra o mamilo e suga  Deglutição . sorriso. A deglutição está geralmente coordenada com a sucção. Embora sejam reflexos. bochecha. os dedos dos pés curvam-se para baixo  Banbsky  Moro  Marcha automática  Tónico cervical ou “esgrima”.Tocar o lábio. o membro superior e inferior desse lado ficam em extensão. dão a sensação de que há interação que é veiculo para o estabelecimento da relação ente RN.Com o recém-nascido a adormecer ou a dormir.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.O bebé tem uma serie de competências inatas que são muito importantes para a interação. tosse.Alimentar a criança. rodar a cabeça rapidamente para o lado. Paladar. Olfato. Com a criança virada para o lado esquerdo. Os dedos da mão da criança envolvem o dedo do examinador. eu sei. a deglutição segue-se à sucção e ingestão de líquidos.forma de atividade automática e involuntária que resulta da estimulação dos neurónios sensitivos e motores  Glabelar . mãe e pai. abre a boca. o membro superior e inferior opostos fletem-se (virando a cabeça para a direita as extremidades assumirão posturas opostas . ou canto da boca da criança com o mamilo.Tocar a testa. 4313 Reflexos . é um reflexo.Habituação ·Fontes de energia ·Memória) Competências físicas e comportamentais  Choro. ou vómitos  Preensão palmar/ plantar . face/ cabeça. mas faz-me sentir bem de qualquer modo”. A Influencia dos pais na saúde e desenvolvimento da Criança (Gage. Estilos Educativos Parentais)  Tipos de Disciplina (Hockenberry. capacidades) 2. a. Comportamento Social e Saúde Mental). otimização das áreas funcionais da criança (Saúde. estratégias para aconselhamento aos pais (Hockenberry. Controlo (Disciplina e Limites. Promoção e vigilância da saúde da criança b. Funções dos Pais (Cruz 2005. Modelos de Intervenção . Não podemos falar 97 . 2011)  Estabelecer limites e disciplina nas diferentes faixas etárias. treino de capacidades) . Cuidados Parentais  Cuidados Físicos. Adaptação ao papel parental b. Cruz 2005) b. Controlo e Desenvolvimento).Modelo de Desenvolvimento (Brazelton e Sparrow 2003) Porque é que a parentalidade constitui um foco de atenção e de intervenção em enfermagem? As preocupações dos pais diferem de cultura para cultura.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Pré-requisitos da Parentalidade (Hoghughi e Long 2004)  Conhecimento e Compreensão dos pais  Motivação Parental . Crianças Adotadas b. Monoparentalidade d. Intervenções de Enfermagem que otimizam o desempenho do papel parental. orientação/cuidados antecipatórios. 2011) a. Sociais b.Exemplo: Touch Points . Hoghughi e Long 2004) e. Enquadramento a. Comportamentos dos Pais ( Hoghughi e Long 2004) a.Hockenberry.Fatores que afetam a motivação parental  Recursos no exercício do papel parental 3.Exemplos: Capacitação (Transmissão de Informação. Apoio e orientação. conhecimentos. Funcionamento Intelectual e Educação. Divórcio c. relacionados com o exercício do papel parental a. Situações de parentalidade Especial (Hockenberry. A grande diferença reporta às expetativas dobre o desempenho parental e sobre o futuro pretendido para os filhos. Focos de atenção do enfermeiro. Everett e Bullock 2006. Vinculação c. Intervenções de Enfermagem . Exercício do Papel Parental (Dimensão legal e afetiva. Otimização da saúde e desenvolvimento da criança 5. Potencial para o desenvolvimento da capacidade parental d. Conceito de Parentalidade (CIPE. Direitos e Responsabilidades parentais) d. 2011) c. 2011) c. Emocionais. Pré-requisitos (motivação. Famílias com ambos os pais trabalhadores 4. Famílias Reconstituídas e. 4313 Aula 15 – ADAPTAÇÃO À PARENTALIDADE – FAMÍLIAS COM FILHOS PEQUENOS E ADOLESCENTES 24/10/2013 Profª Sónia Colaço SUMÁRIO ALARGADO 1. Dimensões da Parentalidade [comportamentos dos Pais (Cuidados. Componente Positiva da Educação. mas só se torna real quando o bebé nasce. comer. PARENTALIDADE  “Ação de tomar conta com as características específicas: assumir responsabilidades de ser mãe e/ou pai.Ao longo da vida. a parentalidade é concebida numa logica da transição. 4313 OBJETIVOS  Compreender o conceito  Identificar comportamentos dos pais.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. (CIPE. já lecionada. famílias. . como otimizam o funcionamento da criança e os pré-requisitos para o exercício da parentalidade  Identificar os principais fatores que influenciam o exercício da parentalidade  Conhecer os principais recursos para o exercício parental  Conhecer as situações de parentalidade especial  Compreender a adaptação à parentalidade enquanto fenómeno de enfermagem  Conhecer as intervenções de enfermagem que facilitam a adaptação ao papel parental .18º  Decreto lei nº91/2009: Proteçao da parentalidade  Lei nº61/2008: imposição do exercícios das responsabilidades parentais (divórcio)  Lei 147/99 – Lei de proteção de crianças e jovens em perigo FUNÇÕES DO PAIS  Satisfação das necessidades básicas – afeto. dormir…  Disponibilizar à criança um mundo físico organizado e previsível  Responder às necessidades de compreensão cognitiva das realidades extra familiares  Satisfazer as necessidades de afeto.Na mediação do papel da parentalidade. interiorização das expetativas dos indivíduos. comportamentos destinados a facilitar a incorporação de um recém-nascido na unidade familiar. tal como Melisse. durante a gravidez. nem sempre bem definido na nossa cultura. a criança vai-se desenvolvendo. 2006: 43) A influência dos pais na saúde e desenvolvimento da criança  Os pais possuem potencial para promover a saúde e bem-estar da criança ou impedir o desenvolvimento físico e emocional . Art. confiança e segurança  Satisfazer as necessidades de interação social da criança 98 . é importante também ter em conta o papel desempenhado pelos avós. em todas as fases do seu desenvolvimento. quanto aos comportamentos de papel parental adequados ou não”. amigos e sociedade. QUE EXERCE O PAPEL PARENTAL? De acordo com lei:  Pais biológicos  Pais adotivos  Pais de acolhimento  Tutores De ponto de vista social e afetivo  Pais substitutos Direitos e responsabilidade Parentais  Convenção dos direitos das criança: direito a ter pais responsáveis. comportamentos para otimizar o crescimento e o desenvolvimento das crianças.Na teoria de Mercer. higiene. implicando a adaptação parental. Segundo esta autora o papel maternal inicia-se ainda antes da transição. 2005) ATITUDES PARENTAIS  Sentido de zelo e responsabilidade  Importância atribuída ao papel  Nível de envolvimento  Disponibilidade psicológica e física (idade dos pais) DIMENSÕES DA PARENTALIDADE  Comportamentos dos pais (cuidado. 1967) 99 . AQUILO QUE EU DESENVOLVI NO MEU SEIO FAMILIAR COMPORTAMENTOS DOS PAIS Cuidados  Cuidados físicos  Cuidados emocionais – resposta à necessidade emocional. .Como é que os pais fazem isto? NOTA: consultar a influencia da família no desenvolvimento da criança – capitulo 3. Num sentido mais restrito. disciplina significa ensinar ou um conjunto de regras que orientam a conduta. WONG.Passamos de um modelo autoritário para um modelo permissivo.Ninguém se restringe a um estilo (Baumering. comportamento social e saúde mental)  Pré-requisitos dos pais (conhecimento. capacidades e motivação) – O QUE É QUE EU SEI SOBRE A PARENTALIDADE.O indulgente não atua mas preocupa-se com a criança . Componente positiva da educação Permite à criança  Testar os limites do seu controlo  Alcançar competências em áreas apropriadas ao seu desenvolvimento  Canalizar sentimentos indesejáveis para atividades construtivas  Proteger-se do perigo  Aprender um comportamento social aceitável Estilos educativos parentais  Democrata  Autocrata ou autoritário  Permissivo: indulgente e negligente (passa por não prestar cuidados) . funcionamento intelectual e educativo. Hoje.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. estabelece-se que a criança precisa de uma figura autoritária para o seu desenvolvimento. controlo e desenvolvimento)  Otimização das áreas funcionais da criança (saúde física. refere-se à ação tomada para forçar o cumprimento das regras depois da sua transgressão.  Colocar limites refere-se a estabelecer regras ou orientações para o comportamento. cuja implementação foi promovida pelos investigadores. de vinculação  Cuidados sociais – relaciona-se com a necessidade de interação social da criança para se desenvolver Controlo – disciplina e limites  Num sentido mais amplo. 4313 (Cruz. . ignorar)  Consequências (natural. London: SAGE. Obtido de Brazelton Touchpoints Center: www. Wong's Nursing Care of Infants and Children (9th Edtion. Journal of Nursing Scholarship . M. & Bullock. 56-62. & D. (2003). 4313 ORIENTAÇÕES PARA IMPLEMENTAR A DISCIPLINA (Wong: 45) TIPOS DE DISCIPLINA  Argumentar  Admoestar (envergonhar ou criticar)  Reforço positivo e negativo (recompensar. T. In M.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Integrative Review of parenting. Everett. In M. M. Coimbra: Quarteto. The Touchpionts Model of Development. (2005). 47-66). Hockenberry. H. não relacionado)  Time-out  Castigos corporais Recursos na parentalidade Situações de maior preocupação para a parentalidade Situações de parentalidade especial BIBLIOGRAFIA Brazelton. Wilson.. Missoury: Mosby Elsevier. (2006). Handbook of Parenting (pp. lógico. O. J. Hockenberry.An Introdution. Long. D. (2004). pp. Parenting . (2011)..touchpoints. Family Influences on Child Health Promotion. J. Gage.. Parentalidade. Hoghughi. 1-18). & Sparrow. ed. L..org Cruz. K. J. 100 . B. 38:1. D. Brazelton. Wilson. B. K. D. & D.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. J. & Bullock. T.. The Touchpionts Model of Development. 47-66). (2011). Journal of Nursing Scholarship . J.. Integrative Review of parenting. (2006). D. Wong's Nursing Care of Infants and Children (9th Edtion. Obtido de Brazelton Touchpoints Center: www.org LEITURAS COMPLEMENTARES Gage. (2003). 38:1. pp. In M.. & Sparrow. 101 . ed.touchpoints. Hockenberry. 4313 LEITURAS OBRIGATÓRIAS Hockenberry. L.. 56-62. J. Family Influences on Child Health Promotion. M. Missoury: Mosby Elsevier. Everett. 2008)  1º ano de vida: o Alimentação láctea :  Leite Materno  Formulas lácteas (tipos de leite.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 2011.Texto de Apoio)  Escovagem ( frequência.conceito. Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral . 4313 Aula 16 – ALIMENTAÇÃO 29/10/2013 Profª Sónia Colaço SUMÁRIO ALARGADO A ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE 1. Características da alimentação da criança e adolescente (Hockenberry & Wilson. frequência de administração) o Diversificação alimentar  Princípios  Prevenção das alergias alimentares  Depois do 1º ano de vida: o Especificidades relacionadas com o desenvolvimento  Toddler  Pré-escolar  Escolar  Adolescente o Promoção hábitos alimentares saudáveis SAÚDE ORAL DA CRIANÇA E ADOLESCENTE 1. técnica e material)  Dentífricos e suplemento de fluoretos OBJECTIVOS  Conhecer as especificidades relacionadas com a alimentação da criança e adolescente ao longo do desenvolvimento. preparação das formulas.  Conhecer os princípios e estratégias na promoção e vigilância da saúde oral nas crianças e adolescentes VERTENTES DA ALIMENTAÇÃO  Nutricional 102 . 2011. Hagan JF.Enquadramento  Vertentes da alimentação  Necessidades nutricionais ao longo do desenvolvimento 2. Hagan JF.Enquadramento  Carie dentária . medidas preventivas/protetoras (Hockenberry & Wilson. 2008) 2.aplicação em crianças e Adolescentes o Recursos e Serviços (Texto de Apoio 2 -PNSIJ) o Avaliação do risco em saúde oral (PNSO) o Promoção da saúde oral no contexto familiar (PNSO. a discussão sobre a melhor forma de alimentação deve ser iniciada ainda durante a gravidez. artificial ou misto). preensão.Desenvolvimento de capacidades ALIMENTAÇÃO: 1º ANO DE VIDA .Aleitamento artificial O latente deve fazer aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses e como complemento até aos 2 anos (OMS) 103 . a decisão cabe exclusivamente aos pais. A forma de preparação do biberão deverá assim.Idealmente. qualquer que seja o seu tipo (aleitamento materno. A ingestão excessiva de água poderá resultar numa intoxicação pela água.Aprendizagem de regras sociais . as fórmulas suprem as necessidades nutricionais dos latentes durante os primeiros 6 meses de vida. 4313  Educação e adaptação social . sucção e extrusão (só desaparece entre os 4 e 5 meses)  4 Meses – maior suscetibilidade do maxilar e pescoço e o padrão de sucção começa a modificar-se  5 aos 9 meses – desenvolvimento das funções oro motoras com passagem da sucção para a deglutição (ganha capacidade de transporte e deglutição) .Aleitamento materno .Uma alternativa aceitável para a amamentação é uma fórmula enriquecida com ferro.Entre os 2 e 3 meses o bebé deve segurar a cabeça CARACTERÍSTICAS DA ALIMENTAÇÃO 1º Ano de vida  Alimentação láctea . Suplementos diários de vitamina D podem estar indicados se a ingestão desta vitamina pela mãe for inadequada. . . água. desenvolvimento insuficiente ou hiponatremia. as necessidades calóricas também diminuem DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DURANTE O 1º ANO DE VIDA Maturação física e neurológica  Nascimento – reflexo de busca.A partir do 2º ano o crescimento da criança começa a desacelerar e. Tal como o leite humano. por isso. .Apesar do leite humano ser a dieta mais desejável e completa para o latente durante os 6 primeiros meses. ser abordada na consulta. NECESSIDADES CALÓRICAS E HÍDRICAS Idade Necessidades calóricas Necessidades calóricas Necessidades hídricas globais 1-3M 120 Kcal/Kg/dia 600 Kcal/dia 150 ml/Kg/dia 3-6 M 110 Kcal/Kg/dia 600 Kcal/dia 120 ml/Kg/dia 6-11 M 100 Kcal/Kg/dia 700 Kcal/dia 110 ml/Kg/dia 1-2 A 90 Kcal/Kg/dia 900 Kcal/dia 100 ml/Kg/dia . com exceção do ferro por volta dos 4 a 6 meses de vida (de forma a compensar a diminuição de ferro disponível no leite materno).Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.Comunicação efetiva . a alimentação da criança deverá ser exclusivamente láctea. O latente normal que recebe o leite de uma mãe bem nutrida geralmente não necessita de vitaminas ou suplementos minerais específicos. especialmente.Durante os primeiros 4 meses de vida idealmente.Os latentes amamentados não necessitam de outros líquidos. durante os primeiros 4 meses (?) de vida. devendo ser abordadas as vantagens dos dois tipos de alimentação (amamentação e fórmula) . do que os leites para latentes 3. hidratos de carbono.A diversificação alimentar torna-se importante a partir de uma dada altura para suprir as necessidades de ferro e de algumas vitaminas. entre outros) . Transição 3 (8M a 36 M) – surgiram da necessidade de combater a tendência para a introdução precoce do leite de vaca. As escolhas são feitas de acordo com as condições específicas da criança. Transição 2 (4M a 12 M) – apresentam ainda um reduzido teor proteico. minerais – principalmente.As recomendações das fórmulas podem variar de acordo com o ponto de vista do pediatra.A partir do 1º mês podemos começar a regular a alimentação de acordo com o ciclo circadiano. Latente 1 (0 a 4/6 M) – desenvolvidos a partir de leite de vaca e de outras fontes (por exemplo.  Leite de vaca em natureza está contraindicado no 1º ano de vida…e recomenda-se o adiamento da sua introdução até aos 24-36 meses de idade da criança Frequência das mamadas  RN 12 a 14 vezes por dia  Nas primeiras semanas alimentar de acordo com a vontade (máximo de 4 horas de intervalo)  Após o primeiro mês pode fazer 5 horas de intervalo à noite . onde se incluem as condições socio económicas da família. soja). ferro e vitaminas.adaptado hidrolisado a partir das proteínas do leite de vaca . PREPARAÇÃO DE UM BIBERÃO Regras 104 . elevada percentagem de lactose. que pode causar sobrecarga renal e apresenta um défice de vitaminas. hipoalérgicas. As curvas de crescimento foram modificadas porque aquilo que se preconiza como alimentação inicial é o leite materno e. essenciais a seu desenvolvimento. saciedade. desconforto digestivo . deve diversificar alimentação a partir A ESCOLHA DO TIPO DE ALEITAMENTO. anti cólicas. O bebé já pode passar até 5 horas sem alimentação durante a noite.Quando a criança é alimentada com leite de fórmula/ leite adaptado. MATERNO OU FÓRMULAS LÁCTEAS? Tipos de leite:  Leite materno (LM)  Leite adaptado ou de fórmula (LA) .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. teor elevado de calorias. 4313 Diversificação alimentar  Início?  Melhor altura pra a introdução de alimentos? .Leite de soja – normalmente utilizados em caso de doença metabólicas de intolerância às proteínas do leite (galactosémia. Aleitamento artificial . que pode ser dado à criança quando mãe não pode ou não quer amamentar 2.Tipos de leite adaptado 1.Fórmulas especiais – anti obstipantes.LA . a partir da altura em que se altera a alimentação ocorre a desaceleração do crescimento . substituir a refeição de leite  Fazer um intervalo de 1 semana entre os diferentes alimentos  Alimentar o bebé com uma colher. sempre que o bebé tenha fome.O leite materno nunca deve ser aquecido no micro-ondas.A utilização de chás como a estrela de anis para a prevenção de cólicas também não recomendados. .  Quando o novo alimento for bem aceite. O hábito de colocar mel na chupeta é cultural. a uma temperatura de aproximadamente 40ºC. 4313 1. presente em produtos engarrafados/ enlatados).Explicar aos pais que.Cada vez que introduzo um alimento novo devo faze-lo num espaço de uma semana (segundo alguns períodos. entre 2 a 3 dias) para averiguar se a criança faz reação alérgica. mas sabes que são degradas muitas proteínas essenciais .  Colocar o “pó”: 1 medida rasa por cada 30 ml de água e aquecer o biberão em banho-maria e testar a temperatura na parte interna (confirmar) Passos . que deverá ser bem introduzida para contrariar o reflexo de extrusão e facilitar a deglutição  Respeitar os horários das refeições  Dever ser privilegiados no modo de preparação. em vez de juntar pó para a mesma quantidade de água. os cozidos e os estufados  A ordem pela qual os alimentos se introduzem não é rígida  Deve ser oferecida água Nota: os alimentos pré-confecionados e embalados poderão ser utilizados como recurso ocasional . aumentar o pó e aumentar também a água na proporção indicada nas instruções da lata. 105 .O leite artificial pode ser aquecido no micro-ondas mas deve ser misturado depois de aquecido porque as radiações não aquecem o leite uniformemente. ou em dispositivos próprios para aquecimento do leite materno. deixando-a arrefecer antes de misturar o pó 4.  Deve ser preparado no momento de administração 2. dar apenas 2-3 colheres de chá do mesmo e completar a refeição com leite  Não se deve adicional sal à alimentação do latente  Evitar a adição de açúcar e mel – a alimentação do latente já tem as quantidades de sódio e açucares adequada.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. O mel associa-se ao risco de adquirir botulismo (pela presença da toxina butulínica.   Biberão adequadamente limpo e esterilizado – os biberões devem ser bem limpos e lavados e depois fervidos com as tetinas durante 10 minutos Siga rigorosamente as instruções presentes na lata 3.A quantidade de fórmula por alimentação e o número de refeições por dia varia entre os latentes. aumento a suscetibilidade ao risco e dano .  Colocar água fervida (5 min). mas em banho-maria. Ainda não se sabe quais os riscos/ efeitos das radiações no leito materno. DIVERSIFICAÇÂO ALIMENTAR Princípios  Iniciar quando o bebé estiver saudável  Sentar o bebé à mesa  Se o bebé resistir ao novo alimento. . Introduzir puré de cenoura e batata (com um fio de azeite no final da cozeura e sem sal) ao almoço. A ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA DEPOIS DO 1º ANO DE VIDA 12 a 24 meses  Incentivar a criança a comer sozinha. importante para o desenvolvimento da tolerância. O uso de alimentos sólidos para latentes expõe essas crianças a antigénios alimentares que poderão produzir alergias às proteínas dos alimentos. carneiro) 6 Meses Pode iniciar papa com glúten 6. A papa sem glúten deve ser preparada com leite de formula. 4313 .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.5 A 6 meses Adicionar 30g/dia de carne triturada ao puré (borrego.    A medida dietética mais eficaz é o aleitamento materno exclusivo até aos 4 a 6 meses Evidência é insuficiente para retardar o inicio da diversificação alimentar para depois dos 4-6 meses… …… . do ponto de vista do desenvolvimento. banana ou pêra) como sobremesa 1 Semana depois Fazer puré de legumes no caldo de cozedura da carne 5. peixe.A diversificação alimentar costuma iniciar-se com uma sopa simples – sopa ABC (Abobora. os latentes possuem o reflexo de extrusão fazendo com que a criança empurre os alimentos para fora da língua. Introduzir outras frutas. só após triturar) DIVERSIFICAÇAO ALIMENTAR – exemplo Idade 4 Meses Cada 3-7 dias Introdução de novos alimentos Iniciar papa sem glúten (lactea ou não lactea) ao almoço.5 A 7 Meses A sopa com carne passa a ser dada ao almoço e jantar 9 Meses Iniciar peixe branco esmagado numa das refeições. os alimentos sólidos não são compatíveis com a capacidade do trato gastronitestinal e com as necessidades nutricionais do latente. Essa sopa não deve ter água e deve ser adicionado um fio de azeite em cru (logo. de soja ou até leite materno. Iniciar iogurte natural sem açúcar (depois pode-se juntar bolacha ou fruta) 5 ALERGIAS ALIMENTARES Prevenção  Ovo. Durante os primeiros meses. A papa passa a ser dada ao lanche Introduzir legume novo na sopa 1 Semana depois Iniciar fruta (maça. (Silva e Aguiar. Para além disso. frango. leite de vaca e trigo (não existe evidência que sustente o ser adiamento)  Existe uma janela crucial para a exposição aos antigénios orais entre os 4 e os 6 meses.O glúten normalmente é melhor tolerado se a sua intriduçao for feita ainda em conjunto com a alimentação com aleitamento materno. 2011) . peru. amendoins. batata e cenoura). beber pelo copo 106 . nozes.A introdução de alimentos sólidos antes dos 4 a 6 meses de vida não é recomendada. Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. bulimia e anorexia 107 . Estes comportamentos são normais e fazem parte da sua autoafirmação. levantar da mesa. È importante que os pais mantenham os alimentos rejeitados no prato até que a criança. biberão durante a noite 2 a 3 anos  Anorexia fisiológica  Negativismo 4 a 5 anos  Identificação com os adultos  Imitação  Recursa da comida “esquisitices” . noutra não comem porque tem gordura.Se eu não como legumes a criança também não vai comer legumes . Alimentação do adolescente  É o 2º período da vida de maiores necessidades calóricas  A alimentação tem de ser variada  O adolescente segue os usos do grupo e pode adotar hábitos errados de nutrição (produtos de alto valor calórico e pobre valor nutritivo)  Problemas frequentes: obesidade. 4313  Lidar com os conflitos da refeição – as brincadeiras com a comida. comece a aceitar esses alimentos.Nesta fase a criança tem as tais “esquisitice” – numa semana não comem o que é laranja. por ver os outros comerem. Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 4313 NECESSIDADE NUTRICIONAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES 108 . Wong 109 . 4313 A minha pirâmide para crianças (my pyramide for kids) .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. transformando-os em ácidos que dissolvem o esmalte dentário e provocam a cárie. transmissível e prevenível. É responsável por algum absentismo escolar Nota: as bactérias interagem com os açucares dos alimentos e bebidas.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. em particular entre as refeições Utilização de fluoretos Uso regular de dentífrico fluoretado Controlo da placa bacteriana Escovagem dos dentes duas ou mais vezes por dia Nível socioeconómico da família Médio ou alto História clínica da criança Sem problema de saúde Ausência de medicação crónica Não utilização fluoretado regular de qualquer dentífrico Não escova os dentes ou faz uma escovagem pouco eficaz Baixo Portador de deficiência física ou mental Ingestão prolongada de medicamento cariogénicos Doenças crónicas Xerostomia 110 . Poucas ou nenhumas obturações Duas ou mais obturações. Nenhum dente perdido devido a cárie. Lesões ativas de cárie. SAÚDE ORAL: MEDIDAS PREVENTIVAS Higiene oral Dieta e práticas alimentares Flúor Visitas ao dentista (cheque dentista) INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DO RISCO DE CÁRIE DENTÁRIA Baixo Risco Alto Risco Evidência clínica de doença Sem lesões de cárie. provocada por bactérias (por exemplo streptococcus mutans ou streptococcus sobrinus) que foram a placa dentária na superfície dos dentes Doença crónica mais comum nas crianças – 40% das crianças tem cárie dentária à entrada para o jardim de infância. Extrações devido a cárie. Aparelho fixo de ortodontia Análise dos hábitos alimentares Ingestão pouco frequente de alimentos açucarados Ingestão frequente de alimentos açucarados. maxilares e dentes Prevenção de traumatismos da boca e dentes CÁRIE DENTÁRIA Doença infeciosa. 4313 Aula 16 (CONTINUAÇÃO) – SAÚDE ORAL 29/10/2013 Profª Sónia Colaço Objetivos Prevenção de cárie dentária e periodontides Desenvolvimento e alinhamento corretos dos ossos da face. DGS. J. Lisboa. Diversificação Alimentar no Primeiro ano de Vida. Missoury: Mosby Elsevier. Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral. Lisboa. uma obrigatoriamente antes de deitar MATERIAL UTILIZADO NA ESCOVAGEM DOS DENTES 0-3 Anos Gaze. Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil. Hockenberry.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. I. (2013). Ferreira. S17-S40. SPP. (2011). Acta Médica Portuguesa . D.. dissolvido lentamente na boca. (2011). Mansilha. (2005). 1035-1040. H. Ed... Hagan JF. A. & Ferreira. faz a escovagem sobre supervisão 1000-15000 ppm de dentrífico fluretado: quantidade idêntica ao tamanho da unha do 5º dedo da criança Mais de 6 Anos Escova macia ou em alternativa. Bright Futures: Guidelines for Health Supervision of Infants. C. Children and Adolsecents. à noite antes de deitar Verniz de fluor ou de clorohexidina FREQUÊNCIA DA ESCOVAGEM DOS DENTES Duas vezes por dia: a partir da erupção do 1º dente. Elk Grove Village: American Academy of Pediatrics. Silva. Escova macia de tamanho pequeno Executada pelos pais 1000-15000 ppm de dentrífico fluretado: quantidade idêntica ao tamanho da unha do 5º dedo da criança 3-6 Anos Escova macia de tamanhão adequado à boca da criança Executada pelos pais e/ou criança: a partir do momento em que a criança adquire destreza manual.25mg. d. H. a escovagem tem que ter a intervenção ativa dos pais 1000-15000 ppm de dentrífico fluretado: quantidade aproximada de 1 cm SUPLEMENTO SISTÉMICO DE FLUORETOS 0-3 Anos Não recomendado 3-6 Anos + Mais de 6 Anos Não recomendado: Excepcionalmente as crianças de alto risco podem fazer um (1) comprimido diário de fluoreto de sódio a 0. A. A. Silva.) Acta Pediatrica Portuguesa . 111 . & Aguiar. Guerra. (2012). circular normativa nº01/2005 . C. (C. Circular normativa nº 10/2013 . Rêgo. G... & Wilson. Wong's Nursing Care of Infants and Children. G. 43(2). S.. (2008). Alimentação e Nutrição do Lactente. 4313 MEDIDAS PROTETORAS EM CRIANÇAS DE ALTO RISCO Aplicação de selantes de fissura Suplemento de fluoretos: um comprimido diário de 0. Dedeira. H.25mg BIBLIOGRAFIA DGS. média de tamanho adequando à boca da criança e jovem Executada pelos pais e/ou criança: se a criança não tiver adquirido destreza manual. S. Hockenberry. SPP. (C. Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral. Mansilha. Missoury: Mosby Elsevier. Silva. 4313 LEITURAS OBIGATÓRIAS DGS. 43(2). H.14.. pp. Capítulos: Promoting Healthy Nutrition (p 121-144) Promoting Oral Health (p 155-166) 112 . H. & Ferreira. S17-S40.. Rêgo. Lisboa. J.. d. & Wilson.) Acta Pediatrica Portuguesa . pp.. Bright Futures: Guidelines for Health Supervision of Infants. pp.19): Health Promotion of the Newborn and Family. G. pp. (2012). (2008). circular normativa nº01/2005 . Alimentação e Nutrição do Lactente. (2005).15. pp. 650-661 Health Promotion of the School-Age Child and Family. 525-561 Health Promotion of the Toddler and Family. Ferreira. C. 828-846 LEITURAS COMPLEMENTARES Guerra. Hagan JF. 261-305 Health Promotion of the Infant and Family.. A. C. pp. Wong's Nursing Care of Infants and Children. Capítulos (8. D. Children and Adolsecents. Ed. Elk Grove Village: American Academy of Pediatrics.17. (2011).12. A.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 727-750 Health Promotion of the Adolescent and Family. 618-641  Health Promotion of the Preschooler and Family. 4313 Aula 17 e 18 (TP) – PLANEAMENTO DE UMA CONSULTA DE ENFERMAGEM PARA A PROMOÇÃO E VIGILÂNCIA DA SAÚDE DA CRIANÇA E JOVEM (BRIGHT FUTURES) 30/10/2013 E 31/10/2013 Profª Sónia Colaço ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO A DESENVOLVER OBJETIVO:  Trabalhar os focos de atenção com que a enfermagem se preocupa na promoção e vigilância da saúde da criança e do jovem. escovagem. Pré-escolar: Saúde Oral (Dentição. estratégias mais adequadas à faixa etária). competitividade. ESTRATÉGIA FORMATIVA  Planeamento de uma consulta de enfermagem para a promoção e vigilância da saúde da criança e do jovem. género. Cada grupo de estudantes pesquisa e desenvolve um tema proposto:       Recém-nascido: Conduta face a sinais e sintomas comuns (choro.  Consulta e leitura dos Capítulos relativos à Promoção da Saúde da Criança no livro: Hockenberry. 3. contracepção).Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Identificação/caracterização dos aspetos de promoção e vigilância da saúde de cada grupo etário pelos estudantes. Adolescente – Educação para a sexualidade (autodeterminação sexual. (2011) Wong’s Nursing Care of Infants and Children. desmame da chupeta). obstrução nasal. relações intimas. Toddler: Controlo/Disciplina (lidar com o negativismo e colocar limites. Wilson. comportamentos sexuais. parâmetros a avaliar e cuidados antecipatórios relacionados com o tema) – em grupo.  Planeamento da consulta (construção das questões a fazer á criança e aos pais. 4. Prevenção de Acidentes (acidentes mais comuns nesta faixa étária). febre). Higiene e Puberdade. Segurança (Posição de deitar. transporte). 5. 113 . suportada nas orientações do “Programa Nacional de Saúde da criança e do Jovem 2013” e na estrutura de consulta proposta pelo modelo Brigth Futures. 10 min. prazer em jogos de regras).30 min. Lactente: Alimentação e diversificação alimentar.  Pesquisa dos conteúdos enunciados e apresentação ao grupo. Materiais  Consulta e leitura dos documentos de leitura obrigatória relativos à aula Teórica de 24 de Setembro. Método  Identificação e caracterização das diferentes etapas da estrutura da consulta de acordo com o modelo proposto. Planeamento da consulta de Enfermagem de acordo com a estrutura proposta pelo modelo Bright Futures e exploração dos conteúdos de orientação antecipatória identificados como foco de atenção. Escolar – Relação emocional/comportamentos (Sintomas de instabilidade psicomotora. Missoury:Mosby Elsevier. 9th Edition.  Outras Referencias identificadas sobre o tema. obstipação. Segurança. Apresentação da atividade pelo professor com a identificação dos conteúdos a mobilizar. 2. Entrega ao professor e discussão do trabalho realizado. diarreia. D. 24 de Outubro e 29 de Outubro. SUMÁRIO 1. Revisão dos conteúdos relativos à estrutura da consulta de Enfermagem . cada grupo– Sessão TP dia 5 de Novembro.. M. Ajudam os pais a perceber o que é esperado da criança. .  Escolar: O Marco é um menino de 8 anos e vive com os seus dois irmão o seu pai e a sua madrasta. que tenta entrar nas conversas dos outros ou que. Tarefas:  Desenvolvimento da linguagem. A. é o primeiro filho dos pais.comportamentos: fazer.nas famílias pequenas existe uma participação mais democrática das crianças. .. Psicossexual: Lactente (5-9A).. a nível da actividade física e a nível cognitivo (se é atenta. PRÉ-ESCOLAR: A Inês tem 5 anos e vive com os pais. em comparação às mais alargadas (remetendo-nos para a disciplina a que a criança pode estar sujeita) ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO: Cognitivo: Pré-operatório (2-7A) – pensamento intuitivo.  Pré-escolar: A Inês tem cinco anos e vive com os seus pais. . com aquisição de maior desenvolvimento intelectual. colocarem dúvidas acerca daquilo que ela faz. se houver irmãos. contextualizando B.  Toddler: O Manuel é um menino com dois anos. isola-se.. que reage aos estímulos. percepção dos dados sensoriais e irreversibilidade..criança com iniciativa porque vê e exibe. claramente. . Estímulos de Partida:  Recém-nascido: O Daniel é um recém-nascido que tem uma semana de vida. se há alguma coisa que os tem vindo a preocupar. 114 .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. p. Caracterizado por justificações tautológicas. 2ª filha de um casal divorciado.  Lactente – A Leonor é uma menina de 6 meses. . Preparação da síntese escrita do trabalho realizado e da discussão em sala de aula. Psicossocial: Iniciativa Vs sentimento de culpa (3-6A).  Adolescente: A Mariana é uma jovem de 13 anos que vive com os pais e com a avó materna. fenomenismo. . fazer de conta e brincar. que estão casados há cerca de três anos.E perguntar. Não há outras pessoas no lar (Wong. 4313   Estruturação dos conteúdos integrando-os na organização da consulta. As crianças nesse tipo de família vivem com os pais biológicos e. Aqui é também o momento para os pais. PRIORIDADES PARA A VISITA .maior exploração de explorar.nas famílias pequenas mais ênfase é dada ao desenvolvimento individual das crianças. que consiste num casal de conjugues e seus filhos biológicos. controlar os esfíncteres. 35) . A Leonor vive com a mãe e com o irmão de 4 anos. apenas irmãos e irmãs de sangue. reproduzir.núcleo das relações significativas é a família. . a alimentação. em contra-partida.  A criança mostra-se mais apta para o desempenho de desafios mais complexos já que é esperado que domine as tarefas primárias de socialização (vestir-se. que vive apenas com a sua mãe. por sua vez. CONTEXTO A Inês pertence a uma família nuclear tradicional. se tem muitos amigos no JI). o cuidado dos pais é mais intenso em vez de extenso e existe uma pressão constante para estar a altura da expectactiva da família (por parte das crianças).)  Busca de autonomia. pensamento.Questionar os pais acerca do que é que a Inês já é capaz de fazer. socialização. sossega facilmente após encontro com ele . TA 14. sensível e fiável .usa-o como uma base segura para exploração .está disponível física e emocionalmente .perguntar se tem algum tem algum dente a abanar. Perceber se tem alguma doença prévia (dados objectivos de saúde que caracterizam os desvios). já que a Inês tem 60 meses e é o último estadio de desenvolvimento para aplicação da escala. Vacinação 9.procura a proximidade e mentém o contacto com ele . Peso 2. Exame físico 5. Risco de maus tratos 11. Perceber o que aconteceu desde a última consulta e a actual.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.envolve-se em interacções à distância .tem prazer na interacção com o bebé (Promoção da Saúde Mental na Gravidez e Primeira Infância) C3 – VIGILÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO 115 .acalma-se na sua presença . Desenvolvimento 8. C2 – INTERAÇÃO PAIS-CRIANÇA Na interacção entre os pais e a criança existem alguns indicadores a avaliar para a verificação da existência de uma vinculação segura entre ambos. face aos resultados anteriores. IMC 4. Visão 6. C. Comportamento do cuidador: . Segurança do ambiente C1. Postura 15. VIGILÂNCIA DE SAÚDE De acordo com o PNSIJ (2013) apontam-se como parâmetros gerais a avaliar aos 5 anos: 1.HISTÓRIA Dar continuidade à história. Relação emocional / comportamento (perturbações) 10. Linguagem/ dificuldades de aprendizagem 13. Dentição 12. Altura 3.reage positivamente à sua aproximação . Perceber. se já lhe caiu algum e se usa ainda chucha (pode nunca ter usado). 4313 . Comportamentos da criança face ao cuidador de cuidados: .responde às necessidades da criança de modo caloroso. nomeadamente: 1.reage de forma contingente às manifestações da criança . Audição 7. . se a Inês progrediu ou mantêm uma idade cronológica em congruência à idade de desenvolvimento.Aplicação da escala de competências de desenvolvimento infantil.prefere a sua companhia à de um estranho 2. Visão e motricidade fina  Constrói 4 degraus com 10 cubos  Copia o quadrado e o triângulo  Conta cinco dedos de uma mão e nomeia 4 cores . recorre-se à escala de avaliação das competência de desenvolvimento de Mary Sheridan .Audição e linguagem  Sabe o nome completo. 2013) Material: Painel de Cores . .Postura e motricidade global  Fica num pé 3 a 5 segundos. segundo Mary Sheridan (PNSIJ. idade. .Sinais de Alarme – 5 anos:  É hiperactivo(a).  Salta alternadamente num pé (numa distância de 2 a 3 metros). 4313 Para avaliação do desenvolvimento.  Escolhe o(a)s amigo(a)s.Comportamento e adaptação social  Veste-se sozinho(a)  Lava as mãos e a cara e limpa-se sozinho(a). gaguez  Tem estrabismo ou suspeita de défice visual  Apresenta perturbação do comportamento Parâmetros a avaliar na faixa etária 5-6 A. 116 .Visão e motricidade fina  Constrói 4 degraus com 10 cubos após demonstração. .Audição e linguagem  Sabe o nome completo. a idade.  Desenha a figura humana (cabeça com alguns pormenores. morada e habitualmente a data de nascimento. morada e habitualmente a data de nascimento  Tem vocabulário fluente e articulação geralmente correcta (pode haver confusão nalguns sons) . substituições fonéticas.  Conta 5 dedos de uma mão. pernas e braços).Postura e motricidade global  Fica num pé 8 a 10 segundos com os braços cruzados.  Compreende as regras do jogo.Comportamento e adaptação social  Veste-se sozinho(a)  Lava as mãos e a cara e limpa-se sozinho(a)  Escolhe o(a)s amigo(a)s  Compreende as regras do jogo . distraído(a) e tem dificuldade de concentração  Apresenta linguagem incompreensível.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. tronco. com os braços dobrados sobre o tórax  Salta alternadamente num pé .  Copia o quadrado e o triângulo (não deve ser desenhada na frente da criança).  Nomeia 4 ou mais cores e combina até 10 cores. No entanto. 3. tosse convulsa) 4ª dose da VIP (poliomielite) VASPR (2ª dose) – (sarampo. o principal critério para a avaliação dos sistemas corporais na criança abrange as suas necessidades. Conversar sobre o infantário ou a escola (adaptação e socialização). C5 – RASTREIOS Aplicar a escala de avaliação das competências de desenvolvimento. existem excepções a esta sequência que se devem. 4313  Vocabulário fluente e articulação geralmente correta: . Reforçar necessidade de pequeno-almoço e lanche a meio da manhã – ver BSIJ ou eBoletim. 4. a possibilidade de preparação da criança. Competitividade. Ter atenção a sintomas de instabilidade psicomotora nos diferentes contextos de vida. todos os grupos que contenham Cr ou Cl). ORIENTAÇÃO ANTECIPADA (Preocupações dos pais. valorizar opinião de outros técnicos – ligação à Saúde Escolar. 6. 2013) 1. a preservação da segurança essencial da relação pais-criança (principalmente no caso de crianças pequenas) e a maximização da precisão e da fiabilidade dos resultados da avaliação. que têm de ser feitos sempre e em qualquer circunstância respeitando a ordem padronizada. Estimular criatividade e hábitos de leitura. tétano. sumos. 7.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. fritos. céfalo-caudal). 9. Ler com os pais as indicações no BSIJ/emails do eBoletim. como rastreio do desenvolvimento. C4 – EXAME FÍSICO Geralmente. características pessoais e o seu estádio de desenvolvimento. de facto. a promoção de uma relação de confiança entre enfermeiro-criança-pais. Enurese noturna e encoprese – um grande grupo de crianças ainda não tem controlo noturno de esfíncteres. rubéola) C7 – OUTRAS INTERVENÇÕES Orientação antecipada – janelas de abertura que se fazem em determinadas fases do desenvolvimento da criança de modo a preparar os pais para esse desenvolvimento.Pode haver redução de grupos consonânticos (por ex. pelo que esta alteração na sequência do exame acarreta vários benefícios. janelas de aberturas que se fazem em certos pontos de vida das crianças. adaptação ao meio escolar e promoção do sucesso escolar. 2. pq os pais também se adaptam aos padrões de desenvolvimento das crianças. nomeadamente: a minimização do stress e da ansiedade associados à avaliação de várias partes do corpo. postura correta. à idade cronológica e às características do desenvolvimento da criança que pretendemos abordar (excepções estas que abrangem apenas a observação. Quanto mais conhecimento têm sobre as crianças. Para ter um impacto positivo. no caso das crianças. 117 . prazer em jogos de regras. De facto. Estimular a perceção da lateralidade. parotidite epidémica. nunca os registos. Restrição de alimentos açucarados. 8. 5. gorduras. Preparação da entrada para a escola. onde se inclui a avaliação do desenvolvimento cognitivo C6 – VACINAS 5ª dose da DTPa (difteria. melhor se adaptam e permitem um melhor desenvolvimento) Orientações gerais para esta idade (Cuidados antecipatórios PNSIJ. a abordagem a um paciente é recomendada no sentido céfalo-caudal na medida em que esta conduta sistemática e organizada fornece uma orientação geral para a avaliação de cada área do corpo com o objectivo de evitar a omissão de determinadas partes do exame. racionalizar hábitos de televisão/computador/vídeo jogos. D. doenças da mucosa oral e trauma ou dano na mucosa oral e dentes.Caracterizar o tipo de família. 4313 10.que a criança tem. promovendo um ambiente mais lúdico/educativo RECOMENDAÇÕES: 118 .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. um conceito de saúde dicotomizado. 13. valorizar dificuldades em adormecer e pesadelos frequentes e recorrentes como sinais de alerta. 11.. Introduzir a utilização do fio dentário.que a criança aprende por imitação e que os comportamentos dos pais têm grande influência.. auditivo. Lisboa. Aos 7 A a criança receberá. mas só o fazer esporadicamente ou não o fazer por considerar que só quem tem dentes doentes é que deve lavá-los. ainda. Caminho para a escola. avaliação do desenvolvimento.p. intoxicações. ..que a criança pode ter conhecimento das boas práticas mas não as colocar em prática. transporte escolar. . . 14.que a criança precisa de manipular os materiais e que a presença dos pais é fundamental nesse processo. mais detalhado do ponto de vista do desenvolvimento). . Horas de sono adequadas à idade. .se faz flúor? . Verificar a utilização do cheque-dentista ou documento de referenciação para HO dos 7A e a existência de registos no BSIJ ou eBoletim. na escola (ensino público e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).Importância da promoção de doenças dentárias (ex: cáries). 12. SAÚDE ORAL (concretizar e enfatizar o tema proposto) . saúde dos dentes. SAÚDE ORAL E IDADE DA INÊS Tem 5 anos Progressiva autonomia da criança Aprendizagem por imitação Exemplo dos pais com maior relevância Deve-se fomentar o início da lavagem dos dentes QUESTÕES AOS PAIS: . um cheque-dentista ou um documento de referenciação para a consulta de HO (ver Texto de apoio 2 – Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral – aplicação em saúde infantil e juvenil). afogamentos e queimaduras.se é a criança que realizar a higiene oral sozinha ou se são os pais? SENSIBILIZAÇÃO JUNTO DOS PAIS: (Crenças. . 2012) Explicar aos pais: . o que é suposto ter para estar preparado para ir para a escola. exame global (rastreios – visual.que a criança deverá associar tipos de comida e saúde oral.. conhecimentos e atitudes de crianças pré-escolares acerca da saúde oral – Rita Ferreira. onde saudável é o oposto de estar doente. a criança pode saber que é necessário lavar os dentes.quantas vezes a criança lava aos dentes? . quedas.e. da saúde peridontal. esforço para minimizar a adição de açúcar (para além do estado natural dos alimentos) e impor limites à ingestão de líquidos açúcarados.orientação quanto ao consumo racional de açúcares.avaliação do risco de cárie começa numa baixa idade e deve ser repetida periodicamente. . sobretudo fora das refeições. Estratégias de prevenção de saúde oral na criança (CARLA RODRIGUES. obrigatoriamente.informar aos pais que os alimentos do tipo “pegajosos” tendem a aumentar o risco de cáries.a idade em que a Inês está é uma das idades mais importantes e decisivas na aquisição de comportamentos saudáveis na área da saúde oral (por imitação. fluxo salivar inadequado. em que ambos têm efeitos positivos e melhores meios para a remoção da placa bacteriana. uma vez que estes alimentos contactam persistentemente com os dentes.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. . 119 . pode imitar os pares.os riscos para o desenvolvimento de cáries incluem: factores físicos.visto como o componente mais importante para reduzir o risco de cáries e a exposição de cáries ao longo da vida. o que nem sempre pode significar boas práticas de saúde oral). biológicos. 4313 Uso de dentrífico fluoretado Deve ser realizada ou supervisionada pelos pais. 2008) Dieta Factores de risco Controlo da placa bacteriana O flúor Dieta . . O flúor . comportamentais e relacionadas com o estilo de vida. em que há a transição da queda dos dentes e uma nova erupção dentária (permanente). TESE DE LISBOA. . . ambientais. insuficiente exposição ao flúor. Factores de risco . .os snacks entre refeições aumenta o risco associado para a degradação dos dentes nas crianças. dependendo da destreza manual da criança Não se recomenda qualquer tipo de suplemento sistémico com fluoretos (apenas em crianças de alto risco à cárie dentária) Pelo menos 2 vezes ao dia. sendo uma delas. métodos apropriados de alimentação da criança. Exemplos: exposição a um elevado nível de bactérias capazes de provocar cáries. Controlo da placa bacteriana Este controlo passa pela escovagem regular dos dentes e a utilização de fio dentário. antes de deitar Desaconselhado o consumo de guloseimas e refrigerantes.recomendar os pais a marcar uma consulta na higienista oral infantil. deficiente higiene oral. considera-se que a sua acção preventira e terapêutica é tópica e pós-eruptiva e que. Surge uma janela de oportunidade prévia. de flúor mostra ter efeitos positivos no equilíbrio entre os factores associados com a desmineralização e remineralização da estrutura do dente.a presença.supervisionar a quantidade de pasta com flúor colocada na escova. 4313 . PAIS: . . o dentrífico fluoretado constitui uma opção consensual. . Apresentação – perguntar se está tudo bem desde a última consulta para reduzir a ansiedade Na componente “história” o que queremos saber é o que aconteceu entre uma história e outra Fazer a ponte para aquilo que é esperado para a fase de desenvolvimento em que a criança se encontra Nota 2: Falta a TP sobre Vacinação 120 . Nota: A criança desenvolve-se por tapas e por padrões. a considerar antes destas etapas de transição/ crises. Os pais devem ter a capacidade de responder às necessidades da criança.em situação de elevado risco – é imprescindível a utilização de produtos fluorestados de alta concentração. para obter este efeito tópico. com necessidades específicas.necessidade de incentivar as crianças a cuspir em vez de engolir. ainda que pequena.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. .  Valorizar o papel da geração de meia-idade.  Preparar-se para a própria morte. Tu .  Lidar com incapacidades e morte dos pais (avós) 2.  Renegociação do sistema conjugal como díade. A ULTIMA ETAPA DO CICLO DE VIDA FAMILIAR (6ª ETAPA) 13/11/2013 Profª Emília Brito SUMÁRIO ALARGADO 1.  Revisão de vida e integração. Tu Eu. de parentesco. relação emocional ou de legal. AS TRANSIÇÕES NA FAMÍLIA: O casal de meia-idade e a saída dos filhos de casa (5ª etapa):  Aceitar Múltiplas saídas e entradas no sistema familiar.  Dar espaço à sabedoria e à experiência dos idosos. afinidade emocional ou parentesco legal.  Desenvolvimento de relacionamentos adulto-adulto entre filhos e pais. OBJETIVOS Acabar CONTEÚDOS A ABORDAR Processo de transição  Múltiplas saídas e entradas no sistema familiar Mudanças de 2ª ordem  Renegociação do sistema conjugal como díade  Desenvolvimento de relacionamentos adulto-adulto entre filhos e pais  Realinhamento das relações para incluir parentes e netos  Lidar com incapacidades e morte dos pais (avós) FAMÍLIA ”Grupo com as características específicas: Grupo de seres humanos vistos como uma unidade social ou um todo coletivo. que constituem as partes do grupo.  Manutenção do funcionamento e interesses do casal em face do declínio fisiológico. irmãos e outros companheiros). AS TRANSIÇÕES NA FAMÍLIA: A última etapa do ciclo de vida da família (6ª etapa):  Aceitar a mudança de papéis das gerações.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.  Lidar com as perdas (cônjuge.” CIPE (2006: 171) Eu.Nós Nós + Filhos Eu.  Exploração das novas opções de papéis familiares e sociais. 4313 Aula 19 – TRANSIÇÕES NA FAMÍLIA: O CASAL DE MEIDA IDADE E SAÍDA DOS FILHOS DE CASA (5ª ETAPA). incluindo pessoas que são importantes para o cliente.  Realinhamento das relações para incluir parentes e netos. composto por membros ligados através da consanguinidade. Tu + Outro/a 121 . apoiando a geração mais velha. A unidade social constituída pela família como um todo é vista como algo para além dos indivíduos e da sua relação sanguínea. incluindo pessoas que são importantes para o cliente. 122 . MULTIPLAS SAÍDAS E ENTRADAS NO SISTEMA FAMILIAR Filhos da 2º união do pai ou mãe Pais do 2º companheiro do pai ou mãe Companheiro do pai ou mãe Filhos adotados Outros que assumem significado na vivência Netos Companheiro do filho Família nuclear (M+H+F Biológicos Divórcio com saída do H ou M Blended family (“família reconstituída) – filhos biológicos+ enteados + filhos (Carter e McGoldric.1. 4313 1. 1989) ACCEPPTING A MULTIPLE OF EXISTS FROM AND ENTRIES INTO THE FAMILY SYSTEM Elevado numero de divórcios nos EUA Dissolução do casamento e novo casamento Avaliar como este fenómeno se repercute nas fases do ciclo de vida familiar Antes do divórcio Depois do divórcio   Crianças e pais dos membros do casal existentes e os que resultam da segunda uniao e outros familiares resultantes da união Emergem como pessoas….Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 2. viúvo(a). DESENVOLVIMENTO DE RELACIONAMENTOS ADULTO-ADULTO ENTRE FILHOS E PAIS Filhos independentes  Síndrome do ninho vazio  Pais questionam a capacidade de independência dos filhos – financeira e emocional  Assumem suporte financeiro dos filhos (terminar formação em c urso) Filhos regressam a casa dos pais  Pais dependentes no autocuidados  Filhos assumem o papel de cuidador familiar  Filhos dependem economicamente dos pais – vivência em conjunto reduz gastos 123 . o casal entre 20/50 passa pela etapa da estagnação 1. 1989) 1.1. divórcio.3.1. pai e mae solteiro.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. RENEGOCIAÇÃO DO SISTEMA CONJUGAL COMO DÍADE Pais e filhos     Pais 1º os filhos 1º o casal 2º o casal 2º os filhos Mais tempo para os 2 •Possibilidade de confronto e/ ou conflito •Aprenderem a viver só os 2 Dispõem pela primeira vez de recursos económicos para gastar apenas consigo Possibilidade de empreender novas atividades e concretizar projetos Síndrome do “ninho vazio” Segundo Erickson. adoção monoparental Funcionalidade Assunção de papéis  Redefinição de papéis  Dividir responsabilidades  Tomada de decisão  Gestão de recursos (Carter e McGoldrick. Impacto dos movimentos no ciclo de vida familiar Estrutura  Agregação  Separação  Incorporação Extensão/ parentalidade isolada. 4313 1. virar-se (CIPE) 2. divertir-se. irmaos e outros companheiros).4.  Revisão de vida e integração Eventos  Cônjuges idosos  Reforma  Doença incapacitante  Rutura com a família através da morte  Necessidade de mudar e resiliência Tarefas de desenvolvimento da família idosa  Habitação  Ajuste do rendimento  Rotinas confortáveis  Proteger a saúde  Manter a relação de afeto  Manter contacto com a família e rede social 124 . LIDAR COM A INCAPACIDADE E MORTE DOS PAIS (AVÓS) Transição de desenvolvimento – envelhecimento Transição situacional – reforma Transição saúde/ doença – isolada ou múltiplas – diabetes. apoiando a geração mais velha  Lidar com as perdas (cônjuge. auto elevar-se. var-se. FAMÍLIAS NO FIM DE VIDA 2. preparar para própria morte. ACEITAR A MUDANÇA DE PAPEIS DAS GERAÇÕES (PROCESSO DE TRANSIÇÃO)  Manutenção do funcionamento e interesses do casal em face do declínio fisiológico  Exploração das novas opções de papeis familiares e sociais  Valorizar o papel da geração de meia-idade  Dar espaço à sabedoria e à experiência dos idosos.4. HTA Vivencia de situação de doença crónica Vivencia de agudização de doença crónica Compromisso funcional Dependência no autocuidado Assunção do papel de cuidador familiar 1.1.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. cuidar da higiene. transferir-se.1.Limitação no exercício do autocuidado Alimentar-se. 4313 Em suma: compromisso | negociação | conforto Partilha passiva/ ativa Construção interativa Aprendizagem colaborativa Suporte partilhado Estratégias coconstruídas -----1. IC. alrme. aceitação da realidade da perda. 2011: 61) Luto familiar – “Processo de luto: experienciado pela família após a perda de um ente querido ou de algum bem material ou imaterial. VALORIZAR O PAPEL DA GERAÇÃO DE MEIA-IDADE (que se encontra na 5ª etapa. negação (fase da reação). sentimentos de pena ou de perda extrema. (CIPE. reações de perda e pranto. ajuste.2. choque e descrença (fase de choque).4. 4313   Manter-se ativo Encontrar sentido para a vida 2. LIDAR COM A PERDA DO CÔNJUGE. trabalho consciente com reações e emoções de sofrimento”. ambiente familiar de luto e sofrimento.6. 2011: 61) Processo de luto – “Resposta psicológica: processo de resolver o luto. MANUTENÇÃO DO FUNCIONAMENTO E INTERESSE DO CASAL FACE AO DECLÍNIO FISIOLÓGICO (8ª etapa de Erickson – fase integrativa)  Relacionamento conjugal  Preparação e aceitação do envelhecimento  Diminuição progressiva da autonomia  Maior suscetibilidade à doença  Diminuição da atividade física e mental 2. PREPARAR-SE PARA A PRÓPRIA MORTE 2. que se processam através do pranto e do nojo. tristeza partilhada e desorganização temporária das rotinas familiares”.8. chorar ou soluçar. reorientação.5. ausência de stress somático. IRMÃOS E OUTROS COMPANHEIROS 2. (CIPE. REVISÃO DE VIDA E INTEGRAÇÃO A PERDA NA FAMÍLIA Luto – “emoção: sentimentos de pena associados a perda ou morte significativa. descrença. antecipatória ou real. APOIANDO A GERAÇÃO MAIS VELHA  Avós participam na educação dos netos  Transmissão da história (época em que viveram) e das estórias familiares  Transmissão da cultura  Novas formas de comunicação  Apoiar a geração mais velha 2. aceitação. raiva. expressão de sentimentos de perda. 2011) 125 . expressão de expetativas positivas sobre o futuro (fase de aceitação)”. angústia mental. DAR ESPAÇO À SABEDORIA E À EXPERIÊNCIA DOS IDOSOS. exaustão.3. com manifestação de sofrimento acompanhado por sintomas físicos e emocionais em mais do que um membro da família. reaçao emocional para ajudar a ultrapassar uma grande perda pessoal.7. EXPLORAÇÃO DAS NOVAS OPÇÕES DE PAPÉIS FAMILIARES E SOCIAIS  Avós sogros  Mudança de status dos membros idosos da família  Independência/ dependência 2. segundo o modelo de McGoldrick e Carter)  Trabalhadores no ativo  Cuidadores dos filhos  Cuidadores dos pais 2.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. (CIPE. cansaço extremo e letargia. 2ª ed. 1991) FAMÍLIAS NO FIM DE VIDA …..Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Porto Alegre: Artmed. M. ENFERMAGEM E FAMILIAS NO FIM DE VIDA – o enfermeiro trabalha com: Manter o bom funcionamento Ajudar as famílias a proporcionar os cuidados Restaurar a saúde Evitar ou reduzir o efeito da doença REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS §Carter. H. B. Transferir emocionalmente o falecido e prosseguir com a vida (Worden. Enfermagem de Cuidados de Saúde à Família: Teoria. Trabalhar a dor da perda 3. Loures: Lusodidacta. Loures: Lusociência. & McGoldrick. H. (2005). §Hanson. Ajustar-se a um ambiente em que o falecido está ausente 4. …. Prática e Investigação. Aceitar a realidade da perda 2. 1991) Quatro tarefas do processo de luto 1. M. (1995). (2012). As Mudanças no Ciclo de Vida Familiar: Uma estrutura para a terapia familiar. Modelo dinâmico de avaliação e intervenção familiar: Uma Abordagem Colaborativa em Enfermagem de Família. §Figueiredo. S.. 126 . M. 4313 Sentimentos comuns no processo de luto  Tristeza  Raiva  Culpa e autocensura  Ansiedade  Solidão  Fadiga       Desamparo Choque Anseio Emancipação Alívio Torpor Comportamento após a perda  Distúrbios do sono  Distúrbios do apetite  Comportamentos de distração (“andar aéreo”)  Isolamento social  Sonhos com a pessoa falecida  Evitar lembranças da pessoa falecida  Procurar e chamar pelo ente querido  Suspirar  Hiperatividade  Chorar  Visitar sítios ou transportar consigo objetos que lembrem a pessoa perdida  Guardar objetos que pertenciam à pessoa falecida (Worden. Ordem dos enfermeiros. D.) Lisboa: Versão portuguesa . (2010). K. (2011).. L. §Organization. L. Active ageing: a framework for age-friendly cities. In M.. In W. H. Tempos e transições de vida. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. Tempos e marcadores de vida e capital social. E. (2000).. Lisboa: ICS Imprensa de Ciências Sociais. Global Age-friendly Cities: A Guide. Advanced Nurse Science (23(1):12-28). Im. Sawyer. & Schumacher. §Lopes. A. & Duarte. Ferreira. H. 127 . §ICN. Enfermeiras e Famílias: Um Guia Para Avaliação e Intervenção na Família. Loures: Lusociência. & Leahey. M. CIPE. §Meleis. M. & V. Organization. Marin. WHO Library Cataloguing-in-Publication Data. (H. D. B. Persistir em conjunto na existência.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Messias. Versão 2.. Pais. Lisboa: Editora Roca. W. §Honoré. Cuidar. (2007). Experiencing Transitions: An Emerging Middle-Range Theory. 4313 §Wright. (2012). H. Trad. (2004).. 4313 Aula 20 – CUIDAR DA FAMÍLIA EM DIFERENTES CONTEXTOS ASSITENCIAIS: EM SITUAÇÃO DE INTERNAMENTO DE UM MEMBRO 14/11/2013 Profª Anabela Mendes SUMÁRIO ALARGADO Cuidar da família em diferentes contextos assistenciais: Em situações de internamento de um membro. pelo resultado alcançado Experiencias anteriores positivas • Satisfação com os cuidados. OBJETIVOS Acabar FOCOS DE ABORDAGEM  Família  O internamento de um dos seus membros O INTERNAMENTO Admissão – compreende o internamento de uma pessoa por um período nunca inferior a 24 horas (INE.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.o que daqui ocorre PRIMEIRO INTERNAMENTO? EXPERIÊNCIAS ANTERIORES? Considerar: Desconhecimento • Do contexto de internamento • Das normas e rotinas Experiências anteriores negativas • Pela perceção dos cuidados. resolução ou encaminhamento da situação de doença 128 . resposta institucional às necessidades. 2002) Pessoa doente | Família PESSOA DOENTE | FAMÍLIA  Pessoa doente – experiência de transição saúde-doença  Família – experiência de transição situacional INTERNAMENTO DE UM MEMBRO – importa diagnosticar contexto de internamento motivo de internamento primeiro internamento? experiências anteriores? quem é o membro da família que está internado no contexto família qual é o papel deste membro na dinâmica familiar . nomeadamente no âmbito da reabilitação da pessoa.  Cuidados de fisioterapia. recorrência ou descompensação de processo crónico.  Evitar a permanência desnecessária nos serviços dos hospitais de agudos.minsaude. independente. Tipo de cuidados . São.aspx Definição . na sequência de internamento hospitalar ou agudização de doença crónica cujo tratamento não exija recursos de um hospital de agudos.º 101/2006.  Contribuir para a gestão das altas dos hospitais de agudos. de Neurologia. a avaliação e reabilitação integral da pessoa com perda transitória de autonomia potencialmente recuperável e que não necessita de cuidados hospitalares de agudos. na sua grande maioria. Objetivos . Destinatários . de Oncologia. e para cuidados clínicos de reabilitação. Unidades de convalescença 2.º do D.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. conforto e alimentação. Caracterização .  Higiene. a necessitar de componente de reabilitação intensiva. de Cirurgia. na sequência de internamento hospitalar originado por situação clínica aguda. pelos quais se entende a prestação de serviços hoteleiros com apoio de dietista.  Convívio e lazer. pelos quais se entende permanência de fisioterapeuta em horário completo e avaliação por médico fisiatra. cuidadores e voluntários organizados. para prestar tratamento e supervisão clínica.As necessidades de cuidados de convalescença não obrigam à utilização da alta tecnologia de um hospital de agudos.pt/rncci/constituicao/internamento/Paginas/UnidadesdeConvalescenca.Destina-se ao tratamento de situações pós-agudas.A unidade de convalescença assegura:  Cuidados médicos permanentes. Unidades de longa duração e manutenção 4. pelos quais se entende presença de enfermeiro 24 horas/dia. doentes oriundos de serviços de Medicina Interna. pelo menos semanal. integrada num hospital de agudos ou noutra instituição se articulada com um hospital de agudos. Unidades de cuidados paliativos 1. Pode coexistir com a unidade de internamento de média duração e reabilitação. 129 . de 6 de Junho) Finalidade . continuada e intensiva.a estabilização clínica e funcional.  Apoio psicossocial. Destina-se a internamentos com previsibilidade até 30 dias consecutivos.  Cuidados de enfermagem permanentes. visando maximizar os ganhos em saúde:  Promover a reabilitação e a independência dos utentes. de Ortopedia/Traumatologia. pelo que se entende permanência de técnico de intervenção social em horário completo.maioritariamente doentes dependentes.“Unidade de internamento. em tempo parcial.  Optimizar a utilização de unidades de internamento de média e longa duração.” (art.rncci. pelo que se entende a criação de ambiente motivador da participação social dos utentes.responder a necessidades transitórias. 13. com necessidade de recuperação intensiva.  Meios complementares de diagnóstico (laboratoriais e radiológicos).-Lei n. Serviços . Unidades de média duração e reabilitação 3. Unidades de convalescença Fonte:http://www. 4313 INTERNAMENTO 1. 130 .  Áreas de apoio às áreas técnicas e de convívio. sobretudo. contribuem para garantir uma prestação de cuidados articulada e global. salas de pausa. etc. da prestação de cuidados de saúde iniciada em internamento hospitalar e/ou da agudização ou intercorrência de episódio de doença crónica. à reabilitação e rápida reintegração dos utentes no seu meio de vida em condições da maior autonomia possível.organiza-se de modo a garantir aos seus utentes cuidados individualizados e humanizados. nas especialidades necessárias à adequada prestação de cuidados.  Serviço integrado numa estrutura existente. os seguintes profissionais de ação social:  Técnico de serviço social  Assistentes administrativos Estrutura Orgânica . integrar os seguintes de profissionais de saúde:  Enfermeiros (sendo preferencialmente. necessários à realização de funções específicas. tendo em conta que se destinam.  Outras áreas de prestação de cuidados: tratamentos. articulados entre si. A multidisciplinaridade e multiprofissionalidade do pessoal da equipa. Equipa .  Área de internamento.  Disponibilidade de cuidados de reabilitação.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. com fisiatra. esterilização.  Áreas de apoio geral: cozinha.equipa multidisciplinar das áreas de saúde e da ação social. instalações sanitárias. sociais e clínicos: Componentes administrativos:  Identificação e residência do próprio. Consideram-se como requisitos mínimos para a prestação de cuidados:  Disponibilidade de cuidados médicos permanente. desde que esta garanta as condições necessárias ao desenvolvimento desta tipologia de resposta. um especialista em Reabilitação)  Médicos (sendo um fisiatra)  Fisioterapeuta  Dietista  Auxiliares de ação médica  A equipa multidisciplinar deve. Organização . Destinam-se. reabilitação. no mínimo integrar. A Unidade de Convalescença pode organizar-se como:  Serviço autónomo.  Disponibilidade de cuidados de enfermagem permanentes. Para cada utente admitido deve ser constituído um Processo do Utente que integre os componentes administrativos. de forma a possibilitar um funcionamento de qualidade. armazém. resíduos.  Protocolo de articulação com o hospital de referência. São áreas funcionais da Unidade de Convalescença:  Acolhimento/recepção.Conjunto de espaços.  Apoio na execução das actividades de vida diária assegurado por pessoal auxiliar com formação específica.  Serviços de direcção e serviços técnicos. fisioterapeuta e terapeuta ocupacional. fundamentalmente. deve. à reabilitação e à rápida reintegração dos seus utentes no seu meio de vida e em condições da maior autonomia possível. particularmente. 4313 Os cuidados a prestar decorrem. A equipa multiprofissional para uma Unidade de Convalescença com 30 camas. com um elevado padrão de qualidade. no mínimo. etc. etc. lavandaria/ rouparia. determinada pela natureza dos cuidados a prestar. bem como a correcta dotação de pessoal.  Instalações para o pessoal: vestiários. em espaço próprio. com revisão do plano terapêutico e funcional.  Observação médica diária.  Outros.  Comparticipações dos utilizadores. vibrações. residência e telefone de familiar ou outra pessoa a contactar em caso de necessidade. no mínimo semanal. Unidades de média duração e reabilitação 3.  Consentimento informado do utente. O local para implementação das Unidade de Convalescença deve obedecer aos seguintes requisitos:  Ter boas acessibilidades.  Ser implantado em zona com boa salubridade. para cada área de influência regional.  Identificação do médico assistente e respectivo contacto. expressando as actividades a desenvolver de acordo com os objectivos a atingir. na sua proximidade. Funcionamento .  Horários de funcionamento.processa-se de acordo com regras definidas em Regulamento Interno. fumos ou outros poluentes considerados perigosos para a saúde pública e que perturbem. Unidades de cuidados paliativos NO CONTEXTO DE INTERNAMENTO O ENFERMEIRO DEVERÁ TER PRESENTE Cada família tema sua própria dinâmica “Forma particular … 131 .  Actualização periódica. 4313  Identificação. nas suas instalações ou na dos Centros de Saúde com unidades de internamento.  Plano Individual de Cuidados. no quotidiano dos utentes. poderão situar-se.  Identificação da entidade referenciadora. Unidades de longa duração e manutenção 4. longe de estruturas ou infra-estruturas que provoquem ruído. bem como do panorama de equipamentos edificados do Serviço Nacional de Saúde (SNS).  O Regulamento Interno deve estar acessível aos profissionais. cheiros. utentes e seus familiares. de acordo com critérios fixados. datado e rubricado.  Registo sistemático dos cuidados prestados por cada elemento da equipa.  Nota de Alta. Do Regulamento Interno deve constar:  Critérios de admissão e de alta dos utentes.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Para optimização de recursos. da região de implementação.000 habitantes. Implementação . Avaliação – resulta de:  De um processo interno de análise sistemática. O número das Unidade de Convalescença a contratualizar será estimado em função das características sóciodemográficas. qualitativa. segundo critérios previamente definidos. contendo a avaliação multidisciplinar.  Definição das competências e funções de cada um dos profissionais da equipa e/ou outros prestadores. considerando a reconversão e adaptação das instalações já existentes. a resposta em Convalescença não deverá ultrapassar as 24 camas por cada 100. Genericamente. Componentes sociais e clínicos:  Diagnóstico das necessidades de saúde e sociais. 2.  Data de início e final do episódio de internamento.  De um processo externo de avaliação periódica. devidamente documentado. ou interfiram negativamente. do Plano Individual de Cuidados.deverão constituir-se em equipamento independente dos Hospitais de Agudos. em suporte único de registo. vida conjugal. 4313 FAMÍLIA DESEJA Enfermeiros devem responder às necessidades da família Permanecer sempre que possível junto do seu familiar (flexibilidade e extensão do horário) Constatar que é garantido o alivio do sofrimento do seu familiar Obter informação sobre o seu familiar Ser acolhida pela equipa de cuidados Encontrar suporte interno e externo AJUDAR A FAMILIA IMPLICA Conhecer as suas potencialidades Encontrar em parceria o modo de a capacitar Identificar as suas necessidades Promoção de mecanismos de adaptaçao Às mudanças encontradas (Guerreiro. 2004) AJUDAR A FAMÍLIA IMPLICA Envolvem um período de tempo Apropriação de papeis e comportame ntos Aceitação de uma nova identidade Barreiras ao autocuidado CONHECER O PROCESSO DE TRANSIÇÃO: DOENÇA CRÓNICA OU AGUDA Torna a pessoa vulnerável Associação de outras doenças crónicas Desenvolver novas competências Perda de papeis: emprego. vida familiar Alterações profundas nas suas vidas 132 .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Mendes et al. OE. 2012) REVISÕES MELEIS – consultar artigo: 17 UM VALOR NO EXAME 133 .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 2004) AOS ENFERMEIROS SOLICITA-SE  Atitude centrada na pessoa doente e família  Contemplar na sua intervenção os membros sãos e doentes da família  Considerar a relação existente entre osdiferentes membros da família  Respeitar a realidade e crenças das pessoas com quem interage  Identificar a relação existente entre a saúde da pessoa e a saude da família  Identificar as necessidades imediatas e continuadas da família  Elencar com a família as questões de saúde e respostas em cuidados prioritárias  Agir de acordo com o dever de competência profissional – carater da pessoa enfermeiro e dever ético que deve ser assumido (ICN 2002. Guerreiro 2004. 4313 Ter em conta também:  Limitações físicas  Falta de conhecimento  Constrangimento financeiro  Necessidade de suporte social e emocional  Suporte familiar pobre  Comunicação pobre com os PS IMPORTA INTERVIR EM DIFERENTES SITUAÇÕES E CIRCUNSTÂNCIAS  Situações de doença com impacto significativo no domínio família  Situação de doença de um membro que tende a despoletar o desenvolvimento de sintomas de doença num outro membro  Incapacidade de fazer uma transição equilibrada do processo de doença  Incapacidade para garantir o seu exercício de autocuidado – importa que a situação de doença do seu familiar não condiciona a capacidade de cuidar de si (Guerreiro. 4313 1. CONDIÇÕES DE TRANSIÇÃO FACILITADORAS/ INIBIDORAS Pessoais  Significados  Crenças culturais e atitudes  Nível socioeconómico  Preparação e conhecimento Comunitárias Sociais 134 . NATUREZA DA TRANSIÇÃO Tipos  Desenvolvimento  Situacional  Saúde/ doença  Organizacional Modelo  Singular  Múltiplas  Sequenciasis  Simultâneas   Relacionadas Não relacionadas Propriedades  Conhecimento – o conhecimento que a pessoa tem´  Ajustamento – adaptar-se à situação  Alterações e diferenças  Período de experiência – tempo de experiência  Situações críticas e eventos 2.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 163) 135 . 4313 3. gerir. MODELOS DE RESPOSTA Indicadores processuais  Sentir-se conectado  Interação – se a pessoa procura intervir com os profissionais de saúde  Estar localizado e situado  Desenvolvimento de confiança e coping Indicadores de resultado  Mestria – não reporta meramente à capacidade de fazer mas de articular informaçao e procurar como fazer/ o que fazer  Identidade flexível e integrada INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS DE ENFERMAGEM Acabar CONDIÇÕES DE TRANSIÇÃO FACILITADORAS/ IBIDORAS Intervenções terapêuticas de enfermagem  Conteúdo – otimismo. 1991.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. simpatia alegraia  Forma – promover. ensinar SUBDIMENSÕES DOS CINCO PROCESSOS DE CUIDAR CONHECER Evitar ideias pré-concebidas Centra-se no cliente Apreciar cuidadosamente Procura sinais Envolver ambos ESTAR COM Estar presente Transmitir habilidades Partilhar sentimentos Não sobrecarregar FAZER POR Confortar Antecipar Desempenhar competências Proteger Preservar a dignidade POSSIBILITAR Informar/ explicar Suportar Focar Pensar nisso/ gerar alternativas Validar/ dar feedback Acreditar em/ focar na estima Manter uma atitude de esperança Oferecer otimismo realista “Going the distance” MANTER A CRENÇA (Swanson K. pag.. boa disposição. possibilitar. —Mendes. [book auth. [trans. Lisboa : ICS. 2010. M. T. F. 2005. 2002.bvs. A. Imprensa da ciências sociais.pt —Meleis. 2002. Bastos. W. —ICN. Lisboa : Lusociência. 2000. A pessoa com Insuficiência Cardíaca. Experiencing Transitions: An Emerging Middle-Range Theory. Versão 2. 2000.. Cuidar no Hospital. 972-8383-11-8.] Neves M and Pacheco S.Prendre soin à l'holital: inscrire le soin infirmier dans une perspective soignante. Competências do enfermeiro de cuidados gerais. 972-671-161-4. Famílias em Portugal. Silva. 2004. Título original 1997 . Relação enfermeiro-família. —Hesbeen. Portal do INE.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. et al. 978-92-95094-35-2. III Série(2):7-16. k. Lisboa : Imprensa de ciências sociais. —Villaverde Cabral. Enquadrar os cuidados de enfermagem numa perspetiva do Cuidar. A. Revista de Enfermagem Referência.. and Mendes. 2000. CIPE. P.br REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA —Ordem dos enfermeiros. Saúde e doença em Portugal. Coimbra : Gráfica de Coimbra. Lisboa : Versão portuguesa . 2011. —INE.Ordem dos enfermeiros. que implementem intervenções de alta qualidade para a prática de enfermagem”. 4313 O cuidado de enfermagem do conhecimento da transição e das consequências na vida da pessoa em todas as componentes que o envolvem. 2010. H. —Wall. 2005. 23(1):12-28. Para uma ética de enfermagem. Fatores que facilitam/dificultam a transição saúde/doença. esta abordagem exige que enfermeiros avaliem criticamente os dados científicos relevantes ou evidências de pesquisa e. http://decs. [trans. 19xx) NO CUIDADO À FAMÍLIA EM DIFERENTES CONTEXTOS ASSISTENCIAIS Pretende-se e caminha-se para uma… Enfermagem baseada em evidências – “modo de fornecer atendimento de enfermagem guiado pela integração do melhor conhecimento cientifica disponível com competência em Enfermagem. Lisboa : Ordem dos Enfermeiros.] Heimar Marin. http://www. and Paiva. 136 .] M Ferreira.ine. Advanced Nurse Science. 2003. (Zagonel. —Guerreiro. 2000. A. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. promoção do equilíbrio familiar de acordo com a situação e ciclo de vida familiar. promoção de estilos de vida saudáveis.º 1 do Art. nomeadamente. identificação do(s) cuidador(es). 27. de 6 de Junho). identificação e eliminação de barreiras arquitectónicas. 29. avaliação de fatores de risco doméstico. com uma organização própria. de doenças crónicas. mas que não podem deslocar-se do domicílio (n. Abrange áreas de saúde escolar.  Avaliação do ambiente familiar e dos cuidados na família. promoção do nível máximo de saúde da família e da sua independência. de consulta de vigilância de saúde e de visita domiciliária (continuação). a pessoas em situação de dependência funcional. que presta serviços domiciliários.º do Decreto-Lei n.Os profissionais que não se inseriram nestas unidades. informação sobre a medicação e sua gestão  Secundária – deteção precoce. Equipas Comunitárias de Suporte em Cuidados Paliativos Equipa multidisciplinar que presta apoio e aconselhamento diferenciado em cuidados paliativos (n. inserem-se na UCPS . onde cada médico e sua equipa tem um número restrito de utentes . 4313 Aula 21 – CUIDAR DA FAMÍLIA EM DIFERENTES CONTEXTOS ASSITENCIAIS: EM SITUAÇÕES DE CONSULTA DE VIGILÂNCIA DE SAÚDE FAMILIAR E DE VISITA DOMICILIÁRIA.Em todos estes contextos estão presentes os 3 níveis de intervenção:  Primária – prevenção de HIV.º 101/2006. cuja situação não requer internamento. Segurança do espaço físico da casa. prevenção de lesões de acordo com as idades dos habitantes da casa.  Avaliação das condições físicas e sanitárias da casa. Mas esta não intervém apenas em cuidados continuados. de 6 de Junho). preparação para a parentalidade.  Identificação das necessidades da família.Unidade de Cuidados na Comunidade – a partir da UCC forma-se a equipa de cuidados continuados integrados.As USF são unidades organizadas por profissionais de saúde e administrativos. consulta da menopausa  Terciária – gestão da medicação REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS – EQUIPAS DOMICILIÁRIAS Equipas de Cuidados Continuados Integrados Equipa multidisciplinar da responsabilidade dos cuidados de saúde primários e das entidades de apoio social.º 101/2006.º do Decreto-Lei n. entre outros . doença terminal ou em processo de convalescença.º 2 do Art. 137 . O AMBIENTE E SEGURANÇA NA CASA (CONTINUAÇÃO) 19/11/2013 Profª Emília Brito SUMÁRIO ALARGADO  Cuidar da família em diferentes contextos assistenciais: em situações de internamento de um membro. OBJETIVOS Acabar CONSULTA DE VIGILÂNCIA Unidades de Saúde familiar (USF) Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. pt/portal/?q=node/3660#sthash.Esta equipa apoia-se nos recursos locais disponíveis. devendo as visitas dos clínicos ser programadas e regulares e ter por base as necessidades clínicas detectadas pela equipa. com rede de suporte social. assegurando os seguintes serviços: a) Cuidados domiciliários de enfermagem e médicos de natureza preventiva. ou de maximizar o nível de independência enquanto minimiza os efeitos da deficiência e doença incluindo a doença terminal (Stanhope e Lancaster. ou outros.c1KjMyw1. conjugados com os serviços comunitários. rever fontes de informaçao sobre a família Domicilio …. reabilitadora e acções paliativas. cuja situação não requer internamento mas que não podem deslocar-se de forma autónoma. par5a diversos problemas de saúde. transferindo aptidões para maximizar. a família e os prestadores de cuidados. curativa.. e) Apoio na satisfação das necessidades básicas.min-saude. de enfermagem. de cuidados médicos.equipa multidisciplinar da responsabilidade dos cuidados de saúde primários e das entidades de apoio social para a prestação de serviços domiciliários. Fonte: http://www. h) Coordenação e gestão de casos com outros recursos de saúde e sociais.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 1999: 182) Cuidados no domicilio Cuidado holístico prestado ao cliente no se próprio ambiente. (CIPE.arsalgarve. d) Educação para a saúde aos doentes. validar com a família o objetivo da VD. 4313 1. a pessoas em situação de dependência funcional. Composição . marcar a VD. c) Apoio psicossocial e ocupacional envolvendo os familiares e outros prestadores de cuidados. de reabilitação e de apoio social. familiares e cuidadores. g) Apoio nas atividades instrumentais da vida diária.dpuf 2. f) Apoio no desempenho das actividades da vida diária. decorrentes da avaliação integral. doença terminal ou em processo de convalescença. Equipa de cuidados continuados integrados Competências . utilizando uma abordagem multidisciplinar que envolve o doente. no âmbito de cada centro de saúde.. 2011: 139) FASES DA VISITA DOMICILIÁRIA (vd) Iniciação Clarificar a fonte de encaminhamento da VD. clarificar o seu objetivo Pré visita Iniciar o contactos com a família. 138 . Equipas comunitárias de suporte em cuidados paliativos a) A formação em cuidados paliativos dirigida às equipas de saúde familiar do centro de saúde e aos profissionais que prestam cuidados continuados domiciliários A CASA COMO CONTEXTO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM “Os cuidados de saúde domiciliários são a componente de um cuidado continuado de saúde global em que os serviços de saúde são prestados aos indivíduos e famílias nos seus locais de residência com a finalidade de promover. …. nomeadamente as autarquias locais. manter ou recuperar a saúde. b) Cuidados de fisioterapia. … … Avaliação familiar em VD Áreas a avaliar Estado atual (item não aplicável = 0) Pobre 1 1. 5. 9. 4. sociais. 10. económicas e meio físico     Prestar cuidados à família em casa permite fazer uma avaliação mais exata do ambiente familiar Colheita de dados Observação da dinâmica familiar Intervenções mais realistas Instrumentos de avaliação familiar .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 6. 3 Excelente 5 Independência física Capacidade terapêutica Conhecimento da situação de saúde Aplicação dos princípios de higiene Atitude face aos cuidados de saúde Capacidade emocional Padrões de vida familiar Meio físico e ambiente envolvente Utilização dos recursos comunitários Observações  Atividades básicas de vida diária – índice de Barthel  Atividades instrumentais de vida diária – índice de Lawton e Brody  Escala de avaliação mental – mini mental…  Escala de depressão geriátrica  Escala de prevenção de quedas – escala de morse  Mini nutritional assessment  Avaliação da integridade cutânea – escala de Braden  Escala de sobrecarga do cuidador – escala de Zaril Destinada a avaliar a sobrecarga dos cuidadores familiares de doentes paliativos em contexto domiciliário … …  Avaliação do stress familiar (último ano) escala de holme e rabe 139 . 4313 PARTE 2 DA AULA CONTEÚDO … … AVALIAÇÃO DO AMBIENTE FAMILIAR E DOS CUIDADOS NA FAMILIA. 2.. 8. 7. AVALIAÇÃO DE FATORES DE RISCO DOMÉSTICO O ambiente familiar envolve as dimensões emocionais. 3. livre de perigo. emocional. afetando toda a gente Avaliação dos fatores de risco Categorias comportamentais de alto risco  Diagnóstico do foro psiquiátrico  Padroes de consumo de drogas  Perda e dor após a morte de uma pessoa significativa  Isolamento  Falta de apoio  Desalojamento  História anterior de comportamento agressivo ou suicídio  Desemprego crónico  Existência ou uso de armas. 1999) 140 . risco ou lesão Risco de quedas Associadas ao processo de envelhecimento: alterações da visão. prisões anteriores  Histórias de fugas  Auto acidente  Queixas psicossomáticas (Stanhope e Lancaster. ilegais ou culturalmente proibidas para com os outros. 4313 SEGURANÇA DO ESPAÇO FISICO DA CASA. maus tratos ou atacar: açoes violentas.fícia. psicológica. PREVENÇÃO DE LESÕES DE ACORDO COM AS IDADES DOS HABITANTES DA CASA Conceito de segurança – estar seguro. financial . estado de luta ou conflito pelo poder Violência domestica Violência que ocorre dentro da família ou conjunto de pessoas que vivem na mesma casa (CIPE. prejudiciais. causar dano. sexual.a violência ocorre ao longo do ciclo de vida. entre outros Avaliação do ambiente da casa  Aspetos gerais da casa  Cozinha casa de banho  Quarto Cidade amiga do idoso  Espaços exteriores e edifícios  Transportes  Habitação  Participação social  Respeito e inclusão social  Participação cívica e emprego  Comunicação e informação  Apoio comunitário e serviços de saúde Violência Comportamento agressivo: demonstração energética de ações ou do uso desleal de força ou poder com a finalidade de ferir.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 2011: 80) . postura. parcialmente compensatório. . 2010. luminosidade. limpeza. Limpeza 5.P. Environmental health disparities in housing.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.) Lisboa: Versão portuguesa . Versão 2. recolha de livros)..2011. . 4313 Comunicação Ajudar a família a gerir o stress Intervenção de enfermagem Orientação para estruturas comunitárias Trabalhar com o prestador de cuidados Avaliação das condições físicas e sanitárias da casa (arejamento. I. alimentação.Marin. sistema de esgotos. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. abastecimento de águas. Ar puro 2. 141 . na comunidade em que se insere  Outros Considerar  Foco de atenção: pessoa doente. CIPE. (H. exercício físico  Suporte no autocuidado – totalmente compensatório. devendo o pavimento ser resistente e antiderrapante Escadas – quando Identificação das necessidades das famílias  Regime terapêutico – medicamentosos.. 2010. desenvolvimento. 2005) Links between … Considerações na habitação Pavimentos .Ordem dos enfermeiros. situacional IDENTIFICAÇÃO DOS CUIDADORES Membro da familia REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS •ICN. (2011). •Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana. Iluminação (Nightingale.é a zona de maior desgaste da habitação. •Jacobs. apoio e edecação  Gestão de recursos – no contexto família. Condições sanitárias das casas Pontos essenciais para assegurar a higiene da casa 1. Água pura 3. D. 1(1):115-122. Trad. Guia Prático da Habitação (edição revista e aumentada). 2011. American Journal of Public Health. Rede de esgotos eficiente 4. família  Etapa do ciclo de vida familiar  Tipo de transição experienciada: saude-doença. Cuidar de Idosos com dependência física e mental. O regresso do doente a casa: saberes e práticas dos enfermeiros no processo de alta. M.. D. C. & Lancaster. Enfermagem Comunitária: Promoção da saúde de grupos. (2012). Lisboa: Lidel. & Lancaster. & Silva. •Stanhope. Advanced Nurse Science (23(1):12-28). A. T. Pensar enfermagem. F. 16(1):42-54. Ferreira. 142 . Cuidar em enfermagem. I.. K.famílias e indivíduos.Suplemento do livro Enfermagem Comunitária. •Pereira. A. •Stanhope. Análise social.. Coimbra: Formasau. (2005).Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 4313 •Kellerhals. (2012). In M. pp. J. & Schumacher. Experiencing Transitions:An Emerging Middle-Range Theory. Im. Loures: Lusociência. D. Saberes da prática. Linguagens do parentesco: lógicas de construção identitária. XXXVII(163): 545-567. •Meleis. L. (1999). •Nightingale. M. Basto. E. •Sequeira.. Ser Cuidador Familiar: A Perceção do Exercício do Papel... Messias. (2000). J. •Rebelo. Loures: Lusociência. Guia Global das Cidades Amigas das Pessoas Idosas. Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian. Notas sobre enfermagem. and Perrenoud. 2002. (2010). Breves referências sobre enfermagem comunitária. J. C. (1999). Sawyer. Loures: Lusociência •OMS (2009). 3.. O ENFERMEIRO NO PROCESSO DE CUIDAR A FAMÍLIA …. O enfermeiro no processo de cuidar a família Processo de enfermagem dirigido à família Modelos orientadores para a etapa apreciação da família: REUTER.Avalia as situações de stress familiar vividas no último ano Escala de Zarit . Círculo Familiar de Thrower. TAPIA . Instrumentos de avaliação familiar Apgar Familiar de Smilkstein – Avalia a funcionalidade da familia Índice de Graffar – Carateriza o nível socio económico da família Escala FACES – (Family Adaptability and Cohesion Evalution Scale ) Avalia a coesão e a adaptação familiar Escala Holmes & Rahe . Genograma. 4313 Aula 22 – O PROCESSO DE ENFERMAGEM DIRIGIDO AO CLIENTE FAMÍLIA 21/11/2013 Profª Fátima Moreira SUMÁRIO Parte 1 .Instrumentos para avaliar diferentes dimensões da família 2. Avaliação da Rede social pelo Ecomapa e pelo Mapa de Rede Social (MRS) Diagrama de Vínculos ou Psicofigura de Mitchell. Outros instrumentos Nota: Mobilizar os instrumentos de avaliação familiar lecionados nas aulas do 1º ano na UC de Fundamentos .Terminamos as fases de transição familiar e agora iniciamos uma nova etapa. Instrumentos de representação da família no momento da recolha de informação. OBJETIVOS PEDAGÓGICOS Descrever metodologias de orientação no processo de cuidar das famílias …. Linha de vida de Medalie.. PRATICE. Fridman Family Assessement Model (FFAM).Cuidados dirigidos ao cliente família 1. 143 .Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Modelo Dinâmico e o Modelo de Avaliação da Família de Calgary (MAFC) Parte 2 .Avaliara sobrecarga dos cuidadores familiares Escala de Satisfação familiar. Este modelo considera o modelo de desenvolvimento da família. muito próximo das fases de desenvolvimento das famílias (?) MODELO DE TAPIA – DESENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA Níveis de funcionamento da Características família I II III IV IV V Família caótica no estado de desenvolvimento infantil Família intermédias comparada com a criança em idade escolar Família normal comparada com a adolescência Família normal comparada com a adolescência Família com soluções para os seus problemas.Nas famílias temos 3 tipos de focos de diagnóstico: dirigidos à família. foram surgindo algumas teorias e modelos de enfermagem centradas sobre a família.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. relativos à questão da parentalidade). . de que é exemplo o modelo TAPIA. centrada em sistemas (problemas relacionados com a relação entre conjuges.As teorias de reabilitação familiar. ou dirigidos a componentes individuais da família) . 4313 ETAPAS PARA O PROCESSO DE ENFERMAGEM APLICADO À FAMÍLIA . comparada ao estado adulto Família independente em pleno amadurecimento Função da enfermagem Desenvolver uma relação de confiança Ajudar a família a definir os seus problemas Prestar cuidados de enfermagem complexos Prestar cuidados de enfermagem complexos Prevenção Não necessita da intervenção de enfermagem 144 . MODELO DINÂMICO DE AVALIAÇÃO DA FAMÍLIA SEGUNDO FIGUEIREDO – ÁREAS DE ATENÇÃO FAMILIAR POR DIMENSÕES (adotado pela OE) MODELO DE AVALIAÇÃO DA FAMÍLIA SEGUNDO CALGARY ASPETOS COMUNS AOS VÁRIOS MODELOS DE APRECIAÇÃO .E. nascem. vivem e morrem.A Duvall. há aspetos comuns aos vários modelos de apreciação/ proveligiados pelos enfermeiros          Estrutura familiar ou identificação e caracterização da família Funções familiares Estádio de desenvolvimento ou etapa do ciclo de vida familiar Comunicação da família ou funcionamento expressivo Perceção da doença na família Adaptação às AVD Coping ou modo de enfrentar o stress Dimensão espiritual/ espiritualidade Meio ambiente . a primeira etapa da aula fica falada: o processo de enfermagem na família e modelos de avaliação família (?) . rede de apoio da família) .Assim. estou a avaliar.C. O ecomapa e genograma são instrumentos de representação. que não nos dizem se a família evolui. diz que as famílias.T.I. 4313 ROTEIRO DE APRECIAÇÃO FAMILAIR – P. no seu modelo de desenvolvimento.Sobre os instrumentos de apreciação familiar. consolidação/ crescimento/ abertura e extinção. 8 aspetos a avaliar na orientação do PRACTICE .Independente do modelo.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.C.Assim. Segundo esta autora os estádios de desenvolvimento inciam-se com a formação do casal. Como exemplo. As pessoas e famílias passam por diferentes tipos de transição que podem ser de desenvolvimento. uma autora espanhola. Se eu utilizar instrumentos que medem família.Não é tanto um modelo mas um roteiro de apreciação         Presenting problem (problema apresentado) Roles and structure (papeis e estrutura familia) Affect (expresses do afeto) Communication (comunicação na família) Time of life cycle (etapa do ciclo de vida) Illness in family (doença na família) Coping with stress (modo de enfrentar o stress) Ecology (meio ambiente. . podemos referirmo-nos a instrumentos de representação e instrumentos de apreciação familiar. temos o índice de Graffar 145 . iniciados pelo nascimento do primeiro filho . apresenta 8 estádios de desenvolvimento da família. saúde-doença .O modelo da Meleys – teoria da transição. .O modelo de Betty Newman situa as famílias.A. grupos ou comunidades em 5 dimensões.O modelo de G-Mens.R.Temos também os 6 estádios e tarefas de Monica McGoldrick e Carter. constata-se que a enfermagem da família abrange vários modelos. decidimos estudar mais aprofundadamente o modelo de Calgary. tendo 3 grandes fases de transição: a fase de formação. lecionados nas primeiras aulas. . Aqui. tal como qualquer ser vivo. sendo constituído por membros dessa rede social.  O apoio social encontra-se na dimensão pessoal.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. que estava parado. Exemplo: a vizinhança. efetivamente importantes para as famílias. 4313 PARTE II – INSTRUMENTOS PARA REPRESENTAÇÃO FAMILIAR  Genograma  Ecomapa  Linha de vida de Medalie Exemplo de linha de vida de Medalie O FOTOGRAMA Por vezes em famílias de transições rígidas pode serutil mobilizar uma técnica que os ajude a sintonizar com a marcha do tempo. o sistema de saúde e o escolar. Neste caso a técnica do fotograma consiste em que a família selecione fotos de diferentes momentos da sua vida. propiciando que os recursos de apoio fluam através desses vínculos. A família comenta de modo a ser orientada para a perceção do tempo que transformou as pessoas e coisas Mudanças como as crianças Apoio social diferente de rede social  Apoio social e rede social são conceitos interligados porém diferentes  A rede social refere-se à dimensão estrutural ou institucional ligada a individuo  Rede social é uma teia de relacçoes quenliga os diversos indivíduos que possuem vínculos sociais. as organizações religiosas. Mapa de rede social (MRS)  A organização do mapa permite que o reconhecimento e definição de características sajam quase imediatos aquando da visualização do mesmo 146 . Enfermeiros e Famílias. No livro de STANHOPE. Enfermería de Familia en Portugal: un caminho en desarrollo. Maureen (2002). 147 ..604 Capitulo 25 . Family Nursing-Theory and Assessment.H. **WRIGHT. & LANCASTER. (2005). Loures: Lusociencia tem 2 capítulos sobre a enfermagem de família: Capitulo 24 . C. Outras sugestões bibliográficas para completar a aprendizagem FIGUEIREDO. 3ª edição. Norwalk Connecticut: Appleton-Centory-Crofts. Henriqueta (2012).ª Ed).M. M. 602-630. mas não é diagnóstico Escalas de avaliação familiar Apgar familiar de Smilkstein Classificação social internacional de Graffard BIBLIOGRAFIA DE SUPORTE À AULA Referencias obrigatórias assinaladas com ** **HANSON. 4313   Este mapa corresponde a um momento estático da vida do individuo … Quanto mais se afasta do centro. Lisboa: Lusociência. Enfermagem de Cuidados de Saúde à Família. Enfermagem de Saúde Pública. Paulo: Editora Roca. p. Diagrama de vínculos ou psicofigura de Mitchell Circulo familiar de Thrower  Instrumento que facilita a comunicação e aumentam o conhecimento da funcionalidade familiar. M.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. FIGUEIREDO. S. Barbieri (2011). (2.nº 2 . mais afastado é o nível de relação O ecomapa É a representação visual da rede social de suporte da . Lorraine & LEAHEY. Marilyn M. (1986).Desenvolvimento da família: Apreciação de enfermagem da família. Revista Iberoamericana de Enfermería Comunitaria Vol. J. Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar (MDAIF). 4 . p. 45-48 FRIEDMAM. Loures Lusociencia. Enfermería familiar y comunitaria en el ámbito internacional. M.Riscos de saúde familiar. S. p. 574. (2011). educação. de lazer e recreação.Sistemas mais amplos/ Subsistemas que integram a sociedade: família. quanto à:  Estrutura: interna externa e contexto  Desenvolvimento: estádio..PARTE I . religioso. SÍNTESE DO MODELO DE AVALAIÇÃO DA FAMÍLIA SEGUNDO CALGARY 1) ESTRUTURA (conhecido por core segundo Betty Neuman) a) INTERNA Composição familiar Género Orientação sexual Ordem de nascimentos Subsistemas (conjugal. 4313 Aula 23 – A ENFERMAGEM E AS FAMÍLIA. segurança… .A influência dos sistemas mais amplos pode ser uma indicador salutogénico ou patogénico 148 . .O subsistema parental (maternal e paternal) pode ter uma assimetria de forças. desenvolvimento e funcionamento familiar ….A psicofigura de Mitchel permite o desenho da família e de linhas/ conjuntos de linhas que nos dão indicação sobre os dados relacionais entre membros da família. parental) Limites b) EXTERNA Família extensa (alargada) Sistemas mais amplos c) CONTEXTO Etnia Raça Classe social Religião e Ambiente espiritualidade . O MODELO DE CALGARY COMO SUPORTE DE CUIDADOS 27/11/2013 Profª Fátima Moreira SUMÁRIO DO DIA 27 . culturais. tarefas e vínculos  Funcionalidade: instrumental e expressiva  Instrumentos de avaliação familiar para apreciar a estrutura.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. o desenvolvimento e o funcionamento da família Objetivo geral Mobilizar os modelos de avaliação e intervenção familiar de Calgary para a prática de cuidados ao cliente família Objetivos específicos Conhecer as 3 dimensões da avaliação familiar quanto à estrutura. O MODELO DE CALGARY DE AVALIAÇÃO DA FAMÍLIA (MAFC) Permite-nos avaliar a organização familiar considerando:  O subsistema individual  O subsistema familiar  O suprassistema familiar – com a sociedade em geral Baseado numa perspetiva multidimensional da família que integra dimensões  Estrutura  Desenvolvimento  Funcionamento Cada uma delas dividida em categoria e subcategorias . a relação maternal poderá ser mais forte do que a paternal e vice-versa.MODELO DE AVALIAÇÃO FAMILIAR CALGARY (MAFC)  Avaliação da família. isto é. Para avaliar os estádios: lonha de vida de Medalie 3) FUNCIONAMENTO a) INSTRUMENTAL Atividades de vida diária b) EXPRESSIVA Comunicação (verbal. não verbal. emocional. A etnia relaciona-se com a dimensão cultural. linear e circular) Solução de problemas e coping Influência e poder Crenças. 4313 . p.66) 149 . uniões WRIGHT & LEAHEY (2002.Para avaliar as classes sociais podemos recorrer ao Índice de Graffar 2) DESENVOLVIMENTO a) ESTÁDIOS b) TAREFAS c) VÍNCULOS . . a raça relaciona-se com fatores genéticos. valores Alianças.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.Sobre a componente externa. etc. conceptuais. emocional.  Entrevistar famílias  Preparar o setting da entrevista (consulta enf. linear e circular) Solução de problemas e coping Influência e poder (Apgar familiar) Crenças. não verbal. de acordo com o modelo de Henriqueta Figueiredo) INSTRUMENTOS A MOBILIZAR NA AVALIAÇÃO DA FAMÍLIA SEGUNDO CALGARY 1) ESTRUTURA (conhecido por core segundo Betty Neuman) a) INTERNA b) EXTERNA c) CONTEXTO Composição familiar Família extensa (alargada) Etnia Género Sistemas mais amplos Raça Orientação sexual Avaliação de Rede Social pelo Classe social Ordem de nascimentos Ecomapa ou Mapa de Rede Religião e espiritualidade Subsistemas (conjugal.Parte II . afetivo e comportamental. domicilio familiar. Índice de Lowton. 3 tipos de competências a desenvolver na enfermagem de família: percetuais.)  Elaborar questões lineares e circulares  Formular hipóteses  Manter a neutralidade na interação  Modos de intervenção em diferentes domínios da família: cognitivo. avaliação / apreciação. círculo familiar de Thrower b) EXPRESSIVA Comunicação (verbal.  A abordagem focada no problema  Caraterizar o tipo e níveis de envolvência do problema da família  Evolução do problema  Interação do enfermeiro na resolução do problema  Análise de exemplos de formulação do diagnóstico em diferentes dimensões da família e de Planeamento de intervenções em diferentes domínios. 4313 Aula 24 – A ENFERMAGEM E AS FAMÍLIA. executivas. Katz c) VÍNCULOS Psicofigura de Mitchell. uniões FACES III (30 itens) – uma metade avalia a adaptabilidade e outra a coesão 150 . parental) Social Ambiente Limites Índice de Graffar (classe social) Instrumento Genograma 2) DESENVOLVIMENTO a) ESTÁDIOS Avaliação das tarefas inerentes ao ciclo de vital. valores Alianças. linha de vida de Medalie b) TAREFAS 3) FUNCIONAMENTO a) INSTRUMENTAL Atividades de vida diária Escala de Zarit. O MODELO DE CALGARY COMO SUPORTE DE CUIDADOS 28/11/2013 Profª Fátima Moreira SUMÁRIO . intervenção e términus  Competências a desenvolver pelo enfermeiro.Modelo de Intervenção Familiar de Calgary (MIFC)  Fases do processo de intervenção familiar: envolvimento ou comprometimento.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia.  Plano de cuidados (sobretudo. diminuição do tempo partilhado com o restante agregado familiar. numa família com idosos dependentes que. normalmente. sendo que aprendem. p. ou os níveis de stress. Nesta fase. para avaliar o grau de autonomia. famílias multi-problemáticas. Intervenção 4. o que exige o exercício do enfermeiro para interpretar qual o problema primário. Esta abordagem não está tanto de acordo com o Modelo de Calgary. ou há uma redistribuição de papeis (o acompanhamento dos filhos na escola e tarefas domesticas poderia passar para o filho. muito dificilmente. Executivas Para além das competências sugeridas pela autora. Avaliação / apreciação. 1. Neste caso. por imitação e replicação dos seus tutores. durante o internamento. o mais importante será centrarmo-nos nos principais problemas que a família apresenta e não no preenchimento dos instrumentos. tal como se referiu em aulas anteriores. pode também enunciar-se: cientificas relacionais e reflexivas 1. 3. geralmente.66) 4 FASES DO PROCESSO DE INTERVENÇÃO FAMILIAR: 1. no contexto de cuidados de saúde primário. em contexto de visita domiciliária. A enfermeira deve ser capaz de observar:  Os membros da família em relação uns com os outros e em relação com ela própria  Os padrões positivos repetitivos das interações entre os membros da família . mudam para a casa da sua filha. associada a fadiga. diminuirão. finalmente. sobretudo. COMPETÊNCIAS/ HABILIDADES A DESENVOLVER PELO ENFERMEIRO. Envolvimento ou comprometimento. Há famílias em que isso não é possível.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. será importante aplicar o modelo TAPIA. 151 . Percetuais 2. compromisso do desempenho escolar dos filhos. com aumento dos níveis de stress. 2. Por exemplo. Passamos de uma família nuclear para uma família alargada. tem vários problemas acupulados. alguns dos cuidados aos idosos poderiam ser realizados pela filha mais velha. de mobilizar os recursos comunitários. dada a necessidade de dar resposta a esse problema. são ainda iniciados na profissão. Só depois passam de iniciados a competentes e. défice de atenção. 4313 WRIGHT & LEAHEY (2002. incapazes de autogerir-se financeiramente.Na 4ª fase o enfermeiro deve ter a preocupação de “fazer o fechamento” da relação.Benner refere que os estudantes quando acabam o curso de licenciados. Estas são. poderia solicitar-se apoio domiciliário no cuidado aos idosos. . Nesta fase não nos podemos esquecer que a família.Na primeira fase. sobretudo. por isso.Sobre os vários contextos de prestação de cuidados. . Qual é o principal problema desta família? Como causa primária está o agravamento do estado de dependência dos idosos. na maioria das vezes. concretamente. garantindo que a família não depende do enfermeiro. tendo criado estruturas de autonomia. A abordagem em consonância com este modelo surge. o enfermeiro tende a centrarse sobre o problema da família e não. mas é necessária. Habilidades Percetuais Aquelas que se referem à capacidade da enfermeira para afazer observações pertinentes e exatas. Conceptuais 3. . entre outros aspetos.Na 2ª fase. sobre o bem-estar da família. é importante que nos apresentemos e possamos desenvolver uma relação de confiança. que inclui a exploração (a colheita de informação) e a identificação do problema. antes de iniciar a colheita de informação. entre outras hipóteses). Términus . a peritos. quando tem um problema. pois a soma das partes não reflete o funcionamento do todo (princípios da teoria de GESTALT. etc. afetivo e comportamental 5. domicilio familiar. Mudar o domínio cognitivo do funcionamento da família Elogiar as forças da família Oferecer informações e opiniões dobre áreas que a família necessita: educação e promoção de saúde. . mas justificativa da busca para um outro contexto. ENTREVISTAR FAMÍLIAS Aspetos relativos à entrevista com a família (não mencionados explicitamente na literatura)  É indispensável observar o todo e não as partes do sistema familiar. Modos/ tipos de intervenção em diferentes domínios da família: cognitivo.É essencial intervir nos domínios cognitivo. 4313 .) 2. traz em si uma mensagem. desenvolvimento dos seus membros 152 . Habilidades Conceptuais Dizem respeito à interpretação dos dados relacionados com a observação/ perceção da família em interação A enfermeira deve fazer a ligação entre os dados recolhidos. 2. as quais vao originar observação/ perceção e simultaneamente. é preciso ficar claro que o profissional não está ali para julgar  Os sintomas que formalizam a procura de cuidados. Elaborar questões lineares e circulares 3. interpretação e consequentemente execução de novas intervenções. podem não ser o motivo real da procura de atendimento. Manter a neutralidade na interação 5. pois estas estão à procura do equilíbrio  É imprescindível consolidar uma aliança com a família. dando origem a um processo circular entre os vários membros da família e a enfermeira. fazendo com que famílias descritas como “difíceis” adiram ao tratamento ou à mudança  O ideal seria que estejam presentes todos os membros da família identificados no inicio.1. o que lhe vai permitir identificar e definir o problema como um problema familiar no sentido em que cada um para ele contribui 3.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. o que nem sempre é possível  A família procura a homeostase. de execução das intervenções: dizem respeito às intervenções que a enfermeira executa As autoras referem-se a habilidade executivas como intervenções terapêuticas em que a enfermeira ao executá-las recebe respostas dos membros da família. conceptualização. para além da teoria sistémica)  O sintoma da pessoa identificada. Preparar o setting da entrevista (consulta enf. quase sempre secreta. Formular hipóteses 4.As competências percetuais ajudam o enfermeiro a avaliar a família e a formular juízos de valor. que precisa de ser descodificada  A abordagem deve intervir de forma pontual. comportamental e afetivo (não relações estabelecidas entre os memenros) 1. Habilidades Executivas Isto é. A conotação positiva é um aspeto fundamental. Assim. Por sua vez.2. Editeur Gaetan Morin A ABORDAGEM FOCADA NO PROBLEMA Caraterizar o tipo e níveis de envolvência do problema da família NIVEIS CATEGORIAS Como entende o facto de o pai do seu filho não o visitar no hospital? Qual a orientação que a ajuda a lidar melhor com a diabetes do seu filho? NATUREZA Como se sente quando o seu filho chora com saudades do pai? O que faz quando o pai do seu filho não o visita? Quem na família se preocupa mais com o facto do seu filho ser diabético Quem na família se encarrega de assegurar a medicação e vigilância da glicémia da criança= Evolução do problema Interação do enfermeiro na resolução do problema 153 . mas a forma como o enfermeiro questiona poderá ser linear ou circular. como é que a família com a sua mãe. o que acha que a família vai fazer? O que faz quando o pai do seu filho não o visita? Quem na família se encarrega de assegurar a medicação e vigilância da glicémia da criança= . Quebec. quem é que mais enfrentará o problema? sofre Como entende o facto de o pai Como se sente quando o seu filho do seu filho não o visitar no chora com saudades do pai? hospital? Qual a orientação que a ajuda a Quem na família se preocupa mais lidar melhor com a diabetes do com o facto do seu filho ser seu filho? diabético COMPORTAMENTAL Se a doença da sua mãe se prolongar.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. Fabie (1995) – La santé et la familir. 4313 5. Mudar o domínio comportamento do funcionamento da famílai Incentivar os membros da família a serem cuidadores Incentivar o descanso Planear rituais e ajudar a manter as tarefas habituais EXEMPLO DE INTERVENÇÕES FAMILIARES COGNITIVO AFETIVO Se a saúde da sua mãe se Se este tratamento não resultar agravar. quando a pessoa promete ir até Fátima se o seu familiar melhorar) 5.Sobre a validação. surgem como comportamentos dependência e subordinação DUHAMEL.A abordagem do enfermeiro pode ser centrada num destes domínios. o filho pensa que a mãe não confia nele e sente-se inadaptado e inseguro. EXEMPLO DE COMUNICAÇÃO CIRCULAR . Por isso.Uma mãe que sente inquietação e frustração porque pensa que o seu filho é incapaz e precisa de si. Mudar o domínio afetivo do funcionamento da família Validar ou normalizar respostas emocionais Incentivar narrativas de doenças Estimular o apoio familiar . importa perceber se o locus de controlo é interno ou externo (por exemplo.3. surgem como comportamento: super proteção e vigilância. Fundamentos da assistência à família em saúde. ISBN: 9789728383831 • *WRIGHT. (sd). M. Henriqueta (2012). 9(3). Foco Rendimento familiar Juízo Critérios de diagnóstico Dimensões Juízo Diagnostico de enfermagem Intervenções sugeridas nos domínios Insuficiente Rendimento familiar insuficiente Gestão do rendimento familiar de acordo com as despesas do agregado Demonstrado/ não demonstrado Rendimento familiar insufienciente por desemprego de um dos adultos Cognitivo: conhecer os recursos económicos disponíveis Comportamental: orientar o sr. & LANCASTER. Plano de cuidados (sobretudo. Prática e Investigação. 4313 Análise de exemplos de formulação do diagnóstico em diferentes dimensões da família e de Planeamento de intervenções em diferentes domínios. MHJS & MARTINS MMFS. (2005). 574. R. Ver o capítulo sobre a enfermagem de família: Capitulo 24 . S. Loures: Lusociencia. & LEAHEY. M. Manual de enfermagem [online].idssaude. Enfermeiras e Famílias: Um guia para avaliação e intervenção na família. Jul/Set. M. Loures: Lusodidacta. (2010). Disponível em : http:www. … Afetivo Bibliografia de suporte ás aulas: Livros de referencia.552-559 • ANGELO. M. M.br/enfermagem • STANHOPE.Modelo Calgary . • FIGUEIREDO. de acordo com o modelo de Henriqueta Figueiredo) COGNITIVO AFETIVO COMPORTAMENTAL Planeamento familiar ineficaz Domínio cognitivo Se a doença da sua mãe se Ensino e orientação sobre métodos prolongar. p. (2011).Prática de Enfermagem. Ciência Cuidados de Saude. Avaliação Familiar .604 154 . Enfermagem de Cuidados de Saúde à Família: Teoria. Enfermagem de Saúde Pública. S. (2002). o que acha que a constracetivos família vai fazer? Orientar para a contraceção de emergência se necessário …. & BOUSSO. Loures: Lusociencia. H.Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. L. assinalados com *: • *HANSON. org.Desenvolvimento da família: Apreciação de enfermagem da família. M. São Paulo: Roca. p. Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar (MDAIF). J. Outras leituras sugeridas: • FIGUEIREDO. Apontamentos IEFPT | CLE 2011-2015 | Inês da Conceição Correia. 4313 155 .
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