Anuário Brasileiro de Desastres Naturais 2013

April 2, 2018 | Author: Maria Silva | Category: Brazil, Physical Geography, Earth & Life Sciences, Geography, Earth Sciences


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Anuário Brasileiro deDesastres Naturais 2013 Acompanha Caderno de Acidentes com Produtos Perigosos Brasília 2014 MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL SECRETARIA NACIONAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL CENTRO NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DESASTRES Anuário Brasileiro de Desastres Naturais 2013 Brasília 2014 Ministro da Integração Nacional Francisco José Coelho Teixeira Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil Adriano Pereira Júnior Diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres Élcio Alves Barbosa Coordenação Aline Resende Cunha Siqueira Marcus Suassuna Santos Equipe de Elaboração do Anuário Andressa Della Justina de Castro Carlos Eduardo Lima Gazzola Elton Kleiton Albuquerque de Almeida Estevam Caixeta Martins Teixeira João Geovane Fernandes Costa A636 Anuário brasileiro de desastres naturais : 2013 / Ministério da Integração José Mauro Martini Nacional. Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres. – Brasília: CENAD, Pâmela da Silva Fonsêca 2014. Rafael Pereira Machado 106p.: il. color; 29,7cm. Rodolfo Angelini 1. Desastres naturais. 2. Levantamento de dados. I. Ministério da Integração Nacional. II. Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Rodrigo de Morais Balduino Arrais de Oliveira III. Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres. IV. Título. CDU: 504.4(81) Rodrigo Lindinger Tiago Molina Schnorr Ficha catalográfica elaborada pelo Serviço de Informações Bibliográficas – SINB/CODIB .. Inundação ....V LISTA DE TABELAS.... Chuvas intensas...............................................10.......................... Região Nordeste ......................................................................................... Tratamento dos Dados .............................................. EVENTO EXTREMO DE CHUVA EM DEZEMBRO DE 2013 NOS ESTADOS DO ESPÍRITO SANTO E DE MINAS GERAIS.......................................................103 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..8.................69 4............. METODOLOGIA .............................. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA ..........................................39 2..................................................................................................... 39 2..................... Alagamento .............. Fluvial e Marinha) ............................................... Região Centro-Oeste ......... Movimentos de Massa (Deslizamento) ..................................................... Incêndios Florestais .. Conteúdo do Banco de Dados ............................................ Vendaval ...72 4......................................................................................................................................................................................................................................................55 4...............................9................... PERFIL DOS DESASTRES EM 2013 .................................................................................79 4............................ 19 1............................................23 1............................................................................ SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS..........2.......... II LISTA DE MAPAS........................................... Região Norte .......26 1....................4................................... DESCRIÇÃO DA COBRADE ......................62 4...........VI INTRODUÇÃO ......................3................................ 45 4................................................................................................................................................................................................5.....................................51 4............105 Foto: Ascom/MI ................................................................................................. Granizo ...................7...................................................................2..................................................4............................. Região Sudeste .....................................33 2................................................................65 4.....1.39 2.......................................................................1..................... I LISTA DE GRÁFICOS.................................................................................................................................29 1...........3.....................................................................11......................... Outros Desastres ..............2..............................20 1................................... Seca e Estiagem ........................................................................................................................................................................ Enxurradas ..................................................59 4.6...41 3............................................................... 15 1........................................................84 5..........................................3...........................................................................................................1.......................................................... Levantamento de Dados .......... Erosão (Continental................77 4....... 43 4............................................. Região Sul ..........................................................................................................................................74 4.................................................................................................................. 87 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................5.............. ........................................94 Gráfico 15 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados Figura 15 – Imagem de Satélite no Canal Infravermelho (a) e Cartas Sinóticas de aos Movimentos de Massa.47 Figura 4 – a) Registro dos Focos de 2012 e b) Registros do Total de Focos de 2013.........52 Figura 12 – Precipitação Anual Acumulada em 2013 no Espírito Santo...46 Figura 2 – Índice (a) SPI-12 para o Ano de 2013 e Gráfico 2 – Percentual de Municípios Afetados Regionalmente – 2013............................................................................................................................................................................................81 Gráfico 7 – Mortos e Afetados por Região Brasileira.53 Figura 14 – Probabilidade (%) da Precipitação Ocorrida em Dezembro de 2013......................56 Figura 16 – Alagamento Ocorrido em Barra de São Francisco (a) Gráfico 17 – Distribuição da Tipologia dos Eventos Erosivos Registrados..............................81 Gráfico 6 – Óbitos por Tipo de Desastre – 2013....................................................... Médios Níveis (500hPa) (d) e Altitude (250hPa) Gráfico 16 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Vinculados (e) para 12/12/2013 às 00 UTC (as Linhas Cheias Vermelhas Remetem a Cavados)...............................................52 Espírito Santo com Base na Climatologia 1931-2008 Elaborada pelo Incaper.................................................................................................................................................46 (b) SPI-24 para os Anos de 2012 e 2013......78 Gráfico 4 – Total de Afetados por Macrorregiões – 2013.............................61 Gráfico 3 – Danos Humanos por Macrorregiões – 2013................................................................91 Gráfico 13 – Distribuição por UF dos Desastres Vinculados a Movimentos de Massa......................................88 Gráfico 9 – Comparativo entre Ocorrências de Desastres e Óbitos por Região...80 Gráfico 5 – Afetados por Tipo de Desastre – 2013............64 I II ...................90 Gráfico 12 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Vinculados Figura 11 – Anomalia de Precipitação Mensal Acumulada em Dezembro de 2013 no aos movimentos de massa.............................................................................. 88 Gráfico 8 – Comparativo entre Região e Tipo de Desastre..........................................................................................54 Superfície (b).....50 Figura 9 – Climatologia de Precipitação (mm) para o Mês de Dezembro Gráfico 10 – Comparativo entre Densidade Demográfica e Número de Óbitos..........................93 aos Movimentos de Massa (Ano 2013)..................LISTA DE FIGURAS LISTA DE GRÁFICOS Figura 1 – Mapa de Desvio de Precipitação Mensal em Dezembro de 2013......57 Gráfico 19 – Distribuição Espacial dos Desastres Vinculados aos Processos Erosivos.........62 Gráfico 24 – Distribuição Macrorregional das Ocorrências de Alagamentos em 2013...................50 Figura 10 – Precipitação Mensal Acumulada em Dezembro de 2013 no Espírito Santo...........................................................................................58 Gráfico 21 – Danos Humanos Causados pelos Desastres de Seca e Estiagem.......56 e em Águia Branca (b)........................................................................... Baixos Níveis (850hPa) (c)............................................................................89 Gráfico 11 – Ocorrência Mensal de Desastres por Região..........................................49 Figura 7 – Mapa de Topografia (m) do Estado do Espírito Santo......60 Gráfico 22 – Distribuição Regional do Total de Ocorrências de Seca e Estiagem.................................................................................................60 Gráfico 23 – Distribuição de Municípios Atingidos ao Longo do Ano de 2013.......................................48 Figura 6 – Média de Precipitação Acumulada a) 2012 e b) 2013..................................................................57 Gráfico 20 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados aos Processos Erosivos..............................................50 no Espírito Santo – 1931 a 2008...................................................63 Gráfico 25 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Vinculados às Ocorrências de Alagamentos em 2013..........................48 Figura 5 – Índice de Precipitação Padronizada a) 2012 e b) 2013................................................................................................................................................................................................53 Gráfico 1 – Percentual de Municípios Atingidos por Tipo de Evento – 2013.............................47 Figura 3 – Desvio de Precipitação no Mês de Dezembro de 2013........................................98 aos Processos Erosivos.................................................................49 Figura 8 – Climatologia de Precipitação Anual (mm) no Espírito Santo – 1931 a 2008........92 Gráfico 14 – Distribuição Temporal dos Desastres nas Macrorregiões Vinculados Figura 13 – Anomalia de Precipitação Anual Acumulada em 2013 no Espírito Santo.......................................................... Noroeste do Espírito Santo..............99 Gráfico 18 – Distribuição Temporal dos Desastres Vinculados aos Processos Erosivos................................................... ...............................................................................82 Gráfico 28 – Distribuição Macrorregional das Ocorrências de Enxurradas em 2013................................69 Gráfico 33 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Vinculados à Ocorrência de Inundações em 2013.........80 Gráfico 27 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados Gráfico 46 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Relacionados às Ocorrências de Alagamentos em 2013.................................................................................67 Gráfico 31 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados às Ocorrências de Enxurradas em 2013....................84 à Ocorrência de Enxurradas em 2013.......................................................................67 Ocorridos em 2013.72 Gráfico 36 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Vinculados à Ocorrência de Granizo em 2013..............................................................65 aos Incêndios Florestais..........................................................................................................78 Gráfico 44 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados à Ocorrência de Chuvas Intensas..76 Gráfico 41 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados à Ocorrência de Vendaval................................................................66 Gráfico 47 – Distribuição dos Desastres de Incêndios Florestais por Estado...............................................................................................................................................................................64 Satélite de Referência...........................................................................................................................83 Gráfico 30 – Distribuição Espacial e Temporal dos Desastres Vinculados Gráfico 49 – Danos Humanos por Macrorregião em 2013.....................................................................71 Gráfico 35 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados à Ocorrência de Inundações em 2013................................................................Gráfico 26 – Distribuição Espacial e Temporal dos Desastres Vinculados Gráfico 45 – Série histórica do Total de Focos Ativos Detectados pelo às Ocorrências de Alagamentos em 2013...................................77 Gráfico 43 – Distribuição Espacial e Temporal dos Desastres Vinculados à Ocorrência de Chuvas Intensas.......................................................................79 III IV .......................................................................73 Gráfico 37 – Distribuição Espacial e Temporal dos Desastres Vinculados à Ocorrência de Granizo em 2013...........................................................................................................................................................................................................................................................74 Gráfico 38 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados à Ocorrência de Granizo em 2013..................................................................74 Gráfico 39 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Vinculados à Ocorrência de Vendaval em 2013...............................83 Gráfico 29 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Vinculados Gráfico 48 – Distribuição Temporal dos Desastres de Incêndios Florestais à Ocorrência de Enxurradas em 2013..................................................................76 Gráfico 42 – Distribuição Espacial dos Desastres de Chuvas Intensas nas Regiões do Brasil em 2013..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................75 Gráfico 40 – Distribuição Espacial e Temporal dos Desastres Vinculados à Ocorrência de Vendaval............................................68 Gráfico 32 – Distribuição Macrorregional das Ocorrências de Inundações em 2013........................70 Gráfico 34 – Distribuição Espacial e Temporal dos Desastres Vinculados à Ocorrência de Inundações em 2013............................................................................................................................................................................... ...............65 Mapa 9 – Municípios em Situação de Emergência por Desastres Tabela 7 – Tabela Espacial dos Danos Humanos Relacionados de Seca ou Estiagem............................................................................................................................................................................................................................71 Mapa 12 – Ocorrências de Inundações em 2013..................................55 aos Alagamentos em 2013..............................................................................................................................................................68 Mapa 10 – Ocorrências de Alagamentos em 2013.....66 às Inundações em 2013...........................................................................................................29 aos Movimentos de Massa...............................................75 Tabela 11 – Dezembro: Chuva Observada em 2013.......................................................................................82 V VI ..............................45 Mapa 3 – Região Nordeste do Brasil..........................................................................................................58 Mapa 7 – Ocorrências de Deslizamentos em 2013...............................54 Mapa 6 – Região Sul do Brasil...................................................................................................... 100 Mapa 15 – Mapa de Incidência de Ocorrências de Incêndios Florestais por Mesorregião...................................................................................................................LISTA DE MAPAS LISTA DE TABELAS Mapa 1 – Mapa Político do Brasil...................................................................................................................................................................................................................................................................................73 Tabela 10 – Danos Humanos Decorrentes de Outros Desastres Naturais....................................................................23 Tabela 3 – Percentual de Municípios Atingidos por Região.............................................26 Tabela 4 – Distribuição Regional dos Danos Humanos relacionados Mapa 5 – Região Sudeste do Brasil....63 Tabela 8 – Tabela Espacial dos Danos Humanos Relacionados Mapa 11 – Ocorrências de Enxurradas em 2013.............................................................................................................................................................................................................46 Mapa 4 – Região Norte do Brasil....................................................................................................................................................................................20 Tabela 2 – Danos Humanos x Tipo de Evento (Quantitativo Humano)....................33 Tabela 5 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados aos Processos Erosivos.....59 às Enxurradas em 2013....................................................51 Tabela 6 – Tabela Espacial dos Danos Humanos Relacionados Mapa 8 – Ocorrências de Erosão em 2013................77 Mapa 13 – Ocorrências de Granizo em 2013................................................... Climatologia e Anomalia (mm).................19 Tabela 1 – Informações constantes do Anuário de Desastres Naturais.........................................................................85 Mapa 14 – Ocorrências de Vendavais em 2013........41 Mapa 2 – Região Centro-Oeste do Brasil.............................69 Tabela 9 – Número de Desastres de Chuvas Intensas nas Regiões do Brasil em 2013............................................................................... registra-se que. envolvendo extensivas perdas e danos humanos. que excede a sua capacidade de lidar com o problema usando meios próprios. integrada e sistemática (no âmbito da União. por apresentarem danos significativos. econômicos ou ambientais. Os critérios utilizados para seleção dessas ocorrências estão detalhados no Capítulo 2. quando o Governo Federal inseriu a temática Gestão de Riscos e Desastres em sua agenda prioritária e adotou diversas iniciativas para consolidar essa agenda. Este documento retrata os principais desastres ocorridos em determinado ano no Brasil. Para efeito deste anuário e das diversas ações de planejamento adotadas pela Sedec. do Ministério da Integração Nacional. causando grave perturbação ao funcionamento de uma comunidade ou sociedade. INTRODUÇÃO O Anuário Brasileiro de Desastres Naturais é uma publicação produzida pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad). a fim de garantir uma fonte confiável para a construção e divulgação do conhecimento. outras ocorrências também foram contempladas. materiais. sobre um cenário vulnerável. Como exemplo. bem como a comunidade técnico-científica. Além dos desastres reconhecidos na esfera federal. Para reconhecimento federal1.040 “Gestão de Riscos e Resposta a Desastres” – e o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres (PNGRD). mediante requerimento do Poder Executivo do município. desastre é o resultado de eventos adversos. de 24 de agosto de 2012. A primeira versão do anuário foi publicada no ano de 2011. dos estados. naturais ou provocados pelo homem. para a compreensão deste anuário. Assim como na primeira e na segunda versão. o que possibilita que a comunidade em geral. conheça o perfil de desastres naturais em nosso país. obedecidos os critérios estabelecidos na Instrução Normativa MI nº 1. municípios e Distrito Federal) os dados relativos aos eventos adversos ocorridos no país. 1 O reconhecimento federal de situação de emergência ou do estado de calamidade pública ocorrerá por meio de portaria. é necessário entender o conceito de desastre. órgão que integra a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec). do estado ou do Distrito Federal afetado pelo desastre. Foto: Ascom/MI XIV 15 . ressalta-se a importância de informar e registrar de maneira precisa. podemos citar a criação de um programa específico no Plano Plurianual (PPA) 2012-2015 para tratar dessa temática – o Programa nº 2. No Capítulo 2. Todo esse trabalho servirá. apresenta-se um artigo produzido pelo Instituto Capixaba de Pesquisa. Alagamento. além de informações coletadas junto às Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil (Cedec). A consolidação dos dados apresentados no presente anuário possibilitou a organização das informações referentes à distribuição dos desastres ocorridos no Brasil e permitiu a identificação daqueles que mais afetam cada região. 16 17 . No último capítulo. Cabe destacar que se definem outros desastres como aqueles não tão recorrentes quando comparados aos demais. geológicas. Incêndios Florestais e Outros Desastres (Tornados e Geadas). Granizo e Vendaval. Vendaval. configurando-se numa importante base de dados para consulta e adoção de ações de planejamento e gerenciamento de riscos e desastres em todo o território nacional. em dezembro de 2013. Ela é fundamental para a uniformização das definições de desastres. Granizo. Ele é subdividido em dez partes. Já em relação ao tratamento dos dados. apresenta-se a metodologia utilizada para o levantamento e o tratamento dos dados. além de uma descrição de como foi organizado o conteúdo do banco de dados. Inundação. São sintetizadas as principais características climatológicas. a saber: Movimentos de Massa. No Capítulo 1. apresenta-se uma caracterização geográfica das cinco macrorregiões do Brasil (Centro-Oeste. Sudeste e Sul). foram modificados os critérios para agrupamento dos desastres de Seca/Estiagem e Deslizamento. hidrológicas e biológicas e também os principais eventos extremos identificados em cada região. o Fide foi utilizado como base principal para levantamento de dados oficiais. Além disso. para a realização de comparações entre as diversas ocorrências desses eventos. Erosão. Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) acerca dos desastres ocorridos por chuva extrema nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. no decorrer dos anos. Seca. A Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade) é descrita no Capítulo 3. adaptada do Atlas Brasileiro de Desastres Naturais 1991-2012: Volume Brasil. O Anuário Brasileiro de Desastres Naturais 2013 é dividido em 5 capítulos. bem como foram inseridos critérios de agrupamentos para os desastres de Incêndios Florestais. tendo em vista o significativo número de ocorrências dos eventos relacionados a esses desastres. Enxurrada. Assim como no segundo anuário. são utilizados Decretos de Declaração de Estado de Calamidade Pública (ECP) ou de Situação de Emergência (SE) e Portarias de Reconhecimento Federal. O Capítulo 4 apresenta a distribuição espacial e temporal dos desastres ocorridos no ano de 2013. servindo de grande contribuição para entidades e profissionais da área em todo o território nacional. Cabe destacar que os dados consolidados da ocorrência de desastres são registros oriundos do documento oficial para informar ocorrência de desastres – o Formulário de Informações de Desastres (Fide). Norte. Nordeste. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA O Brasil pertence ao continente sul-americano. com o Uruguai. Suriname e com o departamento ultramarino francês da Guiana Francesa.491km de litoral. É composto de 27 unidades federativas.100 Unidades: Graus Sul 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O Foto: Ascom/MI 18 19 . Mapa 1 – Mapa Político do Brasil.000. Possui 7. onde está localizada sua Capital. com Bolívia e Peru. Guiana. Norte e Nordeste. Sudeste. com o Oceano Atlântico. a oeste. Centro-Oeste. Brasília. com Argentina e Paraguai. ao sul. As unidades federativas estão distribuídas em cinco regiões brasileiras: Sul. a sudoeste. 1. 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O Venezuela SurinameGuiana Francesa Boa Vista Guiana Colômbia RR AP Macapá 0° 0° Belém Equador São Luís Manaus Fortaleza AM PA MA Teresina CE Natal RN João Pessoa PB Recife Porto Velho PI co PE Peru AC Rio Branco Palmas Maceió ti 10°S AL 10°S TO SE Aracaju n RO Brasil â tl BA Salvador O A MT ce o Cuiabá Brasília n an GO DF [ a Goiânia e Bolívia o c O MG Pa Campo Grande MS Belo Horizonte ES 20°S Vitória 20°S cí Convenções fi SP RJ Rio de Janeiro co Paraguai São Paulo Capitais Estaduais PR Curitiba Chile [ Capital Federal µ Florianópolis Centro-Oeste SC Nordeste Argentina RS Porto Alegre Norte 30°S 30°S 1:25. a noroeste. conforme mostrado no Mapa 1 (Mapa Político do Brasil).000 Sistema de Coordenadas: GCS SIRGAS 2000 Km Sudeste Dados: SIRGAS 2000 Uruguai 0 275 550 1. sendo 26 estados e o Distrito Federal. Está localizado entre os paralelos 5°16’19”N e 33°45’09”S e entre os meridianos 34°45’54”W e 73°59’32”W. com a Colômbia. e a leste. Faz fronteiras ao norte com a Venezuela. comum a ocorrência de friagens e até de geadas. A região Centro-Oeste incorpora terrenos geológicos de idade variada. 60°O 50°O 40°O oriundos do Pacífico. concentram-se no Sudoeste de Mato Grosso do Sul SP Rio de JaneiroRJ inverno. os Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN).4. e as linhas de instabilidades pré-frontais. O regime hidrológico é bem marcado com período de estiagem severo. pertencentes à planície do pantanal. terrenos de idade cenozoica. tendo temperaturas elevadas. as precipitações anuais Bolívia Sul Goiano MG superam os 1. Já a variação espacial da temperatura decorre das variações do relevo e da µ Paraguai Chile São Paulo posição geográfica. atingindo 10°C na madrugada.87% do território nacional. Geologia os estados.2. com máximas superiores a 33°C no norte da região e 26°C no sul. Já no inverno. Também no inverno é fazem parte dela são Mato Grosso do Sul.000 baixas e mais frias nas maiores altitudes.1. as temperaturas são amenas. que ocorre na parte norte de Mato Grosso. mas com a baixa umidade do ar. Além do Distrito Federal. que ocorre meses de dezembro a fevereiro. o Centro-Oeste engloba as regiões hidrográficas Amazônica. as chuvas. e 25°C. concentrado nos meses de junho a setembro e muitas chuvas.1. 60°O 50°O 40°O 1. Pluviometria e Regime Pluviométrico Brasil Norte Goiano Sudoeste Mato-Grossense Cuiabá DF Centro GoianoDistrito Federal GO Goiânia [ Brasília A precipitação anual média dessa região é de 1. Mapa 2 – Região Centro-Oeste do Brasil. Pantanais Sul-Mato-Grossenses Belo Horizonte ES 20°S MS Campo Grande Vitória 20°S A sazonalidade da precipitação ocorre com invernos excessivamente secos e Leste de Mato Grosso do Sul Centro-Norte de Mato Grosso do Sul verões chuvosos. a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). do Paraguai.372km². mas no norte do estado Centro-Sul Mato-Grossense Sudeste Mato-Grossense Leste Goiano de Mato Grosso. do Tocantins-Araguaia. Região Centro-Oeste As temperaturas maiores ocorrem na primavera.1. entre 20°C A Região Centro-Oeste apresenta uma extensão territorial de 1. aos temperaturas elevadas com alto índice pluviométrico.1. TO RO Nordeste Mato-Grossense BA Salvador MT Noroeste Goiano 1. 1. de idade pré-cambriana.5. Dessa forma. Clima e Temperatura A região é caracterizada pela presença de rios perenes e com boa capacidade de Nesta região ocorrem três tipos de clima.606.000. Sistema Climático Os principais sistemas atuantes no regime de precipitação são os cavados invertidos. Mato Grosso e Goiás. apresentando temperaturas moderadas com verões quentes e chuvosos.800mm. Do ponto de vista dos recursos hídricos. • O tipo Am (clima de monção). • O tipo Aw (clima tropical com estação seca de inverno).1. as temperaturas são mais quentes nas áreas mais Argentina Sistema de Coordenadas: GCS SIRGAS 2000 PR 1:12. Considerando-se a 20 21 . Geralmente a temperatura fica elevada à tarde e correspondendo a 18.1. apesar de pequenas. chuva no verão e seca no inverno. Apenas ao sul.500mm. que agem principalmente no inverno e proporcionam condições de tempo moderado. onde ocorre influência dos sistemas amazônicos. que se organizam com intensa convecção associada à instabilidade CE AM PA MA PI PE causada pelo jato subtropical. Disponibilidade Hídrica e Regime Hidrológico 1. os estados que declina rapidamente ao pôr do sol. de acordo com a classificação de Koppen: produção hídrica. que prevalece em todos 1. com picos de vazões nos • O tipo Cwa (clima subtropical úmido com inverno seco e verão quente). tendo predominantemente associada ao cráton amazônico.1. tal como nas chapadas dos estados de Curitiba Km Dados: SIRGAS 2000 Unidades: Graus SC 0 100 200 400 Goiás e Mato Grosso.3.1. geradas a partir da associação de fatores dinâmicos de Porto Velho Norte Mato-Grossense 10°S AC Palmas 10°S grande escala e características de mesoescala. nas áreas mais altas em Goiás e no sul de Mato Grosso do Sul. do Paraná e uma pequena parcela da região hidrográfica do São Francisco (Mapa 2). principalmente sobre Mato Grosso do Sul. 1. Pernambuco.000 O evento mais recorrente ao longo dos anos são os incêndios florestais. • Clima tropical (em parte dos estados da Bahia. Paraíba.2. denominados Planalto Central. 1. Eventos Extremos tl Agreste Alagoano TO A Sertão Sergipano Nordeste Baiano Leste AL Maceió 10°S 10°S Brasil Palmas Vale São-Franciscano da Bahia Alagoano o Centro-Norte Baiano SE Aracaju n Apesar de nas últimas décadas a região ser aquela com menor número de desastres a Extremo Oeste Baiano Agreste Sergipano e Leste Sergipano c O no Brasil. Bacia do Paraná. dada a existência de recursos minerais de natureza metálica e de uso variado na A região Nordeste apresenta extensão territorial de 1. com pouca variabilidade. Mapa 3 – Região Nordeste do Brasil.7. Maranhão e Piauí). 1. Vegetação 50°O 40°O 30°O AP Belém A vegetação é composta. os quais MS ES Sistema de Coordenadas: GCS SIRGAS 2000 Dados: SIRGAS 2000 0 100 200 Km 400 Unidades: Graus são responsáveis por inúmeros prejuízos econômicos.084km². porém de extensão relevante. do São Francisco e Atlântico Leste (Mapa 3). a qual é conceituada como São Luís Norte Maranhense uma vegetação xeromorfa. Rio Grande do Norte. Em relação ao regime térmico. apresenta temperaturas elevadas. Ceará. a PA MA Teresina Noroeste Cearense Norte Cearense RN CE Jaguaribe Oeste PotiguarLeste Potiguar distribuição espacial está relacionada a determinados tipos de solo. da Parnaíba.2. Sendo assim. não as regiões hidrográficas do Atlântico Nordeste Ocidental. porém afetam grande parcela da população. Esses eventos 50°O 40°O 30°O apenas ocasionalmente geram decretação de Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública. eventos hidrológicos extremos. Clima e Temperatura Na região Nordeste predominam três tipos de clima: • Clima litorâneo úmido (do litoral da Bahia ao do Rio Grande do Norte). cuja média anual varia entre 20°C e 28°C. correspondendo a 21. construção civil. Ceará. A região engloba os estados do Maranhão. sociais e ambientais. além de relevante importância geoeconômica. Piauí. do tendo grandes altitudes.1.000. alagamentos e secas. Foto: Luiz Fernandes 22 23 .6. µ Goiânia Sul Baiano MG 1:12. bem como menor número de mortes e afetados.25% do território nacional. Região Nordeste rochas de diferentes características.br/?29382/Queimadas-assustam-o-Centro-Oeste-do-Pais) relativamente frias durante o inverno. Planalto Meridional e Planície do Pantanal. em seu extremo norte. como aqueles pertencentes à Atlântico Nordeste Oriental. ela contempla nacional. a região caracteriza-se por apresentar 1. • Clima tropical semiárido (em todo o sertão nordestino). BA Centro-Sul Baiano Salvador tais como inundações (graduais ou bruscas). situações hidrológicas extremas têm potencial de causar Brasília GO [ DF significativos prejuízos econômicos para a região. A maior variabilidade sazonal de temperatura é observada no sul da Bahia e está associada à penetração das massas Fonte: WWF (Disponível em: www.org.significativa diversidade litoestratigráfica. MT Metropolitana de Salvador Os principais efeitos desses desastres são decorrentes do fato de a região ter forte vocação agrícola. Nesse tipo de vegetação. preferencialmente de clima estacional (mais ou menos seis Oeste Maranhense Fortaleza Norte Piauiense Metropolitana de Fortaleza meses secos). Alagoas.809.1.wwf. são percebidos. A região compreende domínios geomorfológicos proeminentes no contexto Sergipe e Bahia. podendo ser encontrada em clima ombrófilo. pela Savana. Do ponto de vista dos recursos hídricos. em sua maioria. Centro Maranhense Centro-Norte Piauiense Sertões Cearenses Central Potiguar Natal Agreste Potiguar Leste Maranhense Centro-Sul Cearense Sertão Paraibano Agreste Paraibano Sudeste Piauiense Mata Paraibana co Sul Cearense PB João Pessoa Sudoeste Piauiense Borborema Recife ti Sertão Pernambucano Sul Maranhense PE Metropolitana de Recife n PI Agreste Pernambucano Mata Pernambucana â São Francisco PernambucanoSertão Alagoano 1. desde de armazenamento natural de recursos hídricos.. onde se manifestam os principais fenômenos de movimentos de sua vez são fortemente influenciados por Eventos El Niño – Oscilação Sul (ENOS). Maranhão e Piauí é entre 1. por Sistemas litorâneo.3. e em todo o sertão nordestino é inferior a 500mm. Temperatura da Superfície do Mar (TSM) dos Oceanos Atlântico Sul e Norte. dunas. 1. Chapadões e Chapadas e grandes depressões. principalmente quando comparados com outras regiões do mundo.000mm.5. • No sul e sudeste. ainda. principalmente entre março e maio. Na região semiárida.2.2.000 e Árido Nordestino. e com numerosas plantas suculentas. predominantemente associadas a granitos. serras e relevos residuais. até mesmo. que por neste ambiente. neste contexto. Espinhaço. uma vez que a das chuvas e a baixa capacidade de armazenamento de água no solo. pela massa e processos erosivos causadores de desastres. no domínio Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN). migmatitos.2. Como consequência. sendo Convectivos de Mesoescala (SCM) e por efeitos das brisas marítima e terrestre. do Brasil (NEB) reflete na grande variabilidade espacial. de troncos delgados e com esgalhamento profuso. Pluviometria e Regime Pluviométrico A vegetação do Nordeste é constituída pela Savana e Savana Estépica.6.7. está representada na Caatinga do Sertão 2. intensas e com graves impactos. lagunas. terrenos representados por cristas. seguido de A complexidade de fatores que influenciam o regime de precipitações no Nordeste chuvas torrenciais. As árvores são baixas. Admitem-se dois fatores relevantes para isso: a grande variabilidade interanual O regime hidrológico responde diretamente ao regime de chuvas. em parte dos estados da Bahia. longo déficit hídrico seguido de chuvas intermitentes e outro com seca curta. com precipitação próxima de zero. regularização de vazões. hídrica. no Nordeste brasileiro. Os principais mecanismos de precipitação são condicionados pela Zona de inserindo-se. é muito frequente a estação chuvosa em um ano qualquer ser significativamente aquém das médias ou.. A pluviosidade anual média do litoral da Bahia ao do Rio Grande do Norte é de A Savana Estépica. que apresenta frequentemente dois períodos secos anuais. Geologia região possibilitam pequena capacidade de infiltração no solo. mangues. um com 1. Além disso. além de domínios de rochas sedimentares de idade cenozoica. A maioria dessas espécies • No leste. raquíticas. as quais podem faltar durante anos. principalmente cactáceas. a geologia e pedologia da 1. denominados atuantes na região.2. gnaisses. Convergência Intertropical (ZCIT) sobre o Oceano Atlântico. Disponibilidade Hídrica e Regime Hidrológico 1. observa-se a presença de restingas.200mm. Essa região é conhecida por apresentar secas frequentes. A estação chuvosa acontece: Essa Savana abrange as várias formações que constituem um “tipo de vegetação” estacional-decidual. constituindo-se um fator limitante ao desenvolvimento regional. etc.2. Vegetação 1. possui adaptações fisiológicas bastante especializadas à insuficiência hídrica. porém alguns são perenizados por meio de reservatórios de Apesar de os volumes precipitados médios anuais não serem tão reduzidos.2. grandes perdas coberturas sedimentares de idade proterozoica e fanerozoica. Muitas espécies são microfolhadas e outras são providas de acúleos ou espinhos.4.1. principalmente durante o período de dezembro a fevereiro. pelos Ventos Alísios e pela Pressão ao Nível do Mar (PNM). Eventos Extremos É uma região caracterizada pela disponibilidade hídrica reduzida e engloba a maior parte da região semiárida brasileira. boa parte dos rios é intermitente. Nas feições costeiras. por Linhas de Instabilidade (LI). 24 25 . capacidade de armazenamento natural dos rios é muito limitada. Ceará. por com diferentes contrastes na topografia regional. em virtude de incertezas quanto à disponibilidade diferentes naturezas. portanto. de maio a julho. o que implica dificuldade A região Nordeste incorpora domínios geológicos de diferentes naturezas. 1. posição geográfica e natureza da sua superfície e os sistemas de pressão A região é caracterizada por diferentes domínios geomorfológicos. Planalto da Borborema. sendo estas últimas ocorrentes em sua porção costeira. com rochas cristalinas de sociais e econômicas são percebidas. Sistema Climático etc. sazonal e interanual de chuvas. pelas Frentes Frias. O regime de precipitação na região Nordeste resulta da complexa interação entre o relevo. com os estratos arbóreos e gramíneo-lenhosos periódicos • No norte da região.2. Mapa 4 – Região Norte do Brasil. no extremo Porto Velho PI norte.500mm/ano.000mm/ano. com consequências Norte. De modo geral. que se estabelece em áreas de risco nas regiões pode ter quedas bruscas de temperatura causadas pelo fenômeno de friagem. Andes. Rondônia. Disponibilidade Hídrica e Regime Hidrológico Predomina nessa região o clima equatorial chuvoso. em torno dos deslizamentos e alagamentos. que por sua vez podem interagir com Distúrbios Ondulatórios de Leste e outros mecanismos A região Norte é a mais extensa do Brasil. toda a zona meridional da região como as frequentes secas. Pará e Tocantins (Mapa 4). no centro-sul da região Norte. Ela é composta pelos estados do Amazonas. 1. Amapá. influenciadas pelas linhas de instabilidade que se formam ao longo da costa. Tendo em vista a grande variabilidade das chuvas. Sudoeste Amazonense Sul Amazonense Brasil Sudoeste Paraense Sudeste Paraense As estações secas. RR 0 110 220 Km 440 Acerca do regime pluviométrico. com chuvas acima de 3. as quais nem sempre são construídas seguindo padrões construtivos adequados e por vezes têm pouca 1. ocorrendo os máximos de chuva no outono. a maior disponibilidade hídrica. Sistema de Coordenadas: GCS SIRGAS 2000 Dados: SIRGAS 2000 GO Unidades: Graus MG Na parte leste da bacia Amazônica.3. Os principais sistemas que influenciam o tempo e clima do Norte do Brasil são a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). O grande número de barragens de regularização de vazões. Contudo. Os maiores acumulados de precipitação acontecem no noroeste do AC Vale do Juruá 10°S Vale do Acre Madeira-Guaporé Rio Branco 10°S estado do Amazonas. Região Norte Atlântico Sul (ASAS)/Alta Subtropical do Atlântico Norte (ASAN) e a Alta da Bolívia. Belém Metropolitana de Belém Marajó São Luís • Na Amazônia Central. ocorrendo as máximas precipitações no inverno. desde o oeste do estado do Amazonas até a foz do rio Manaus Nordeste Paraense Amazonas. Pluviometria e Regime Pluviométrico A pluviosidade na região apresenta significativa heterogeneidade na distribuição 70°O 60°O 50°O Venezuela Norte de Roraima Boa Vista Guiana Suriname Guiana Francesa Norte do Amapá µ 1:13. o deslocamento da Alta Subtropical do 1. praticamente sem estação seca Por ser a região de maior pluviosidade e contemplar as maiores bacias do país. entre os estados do Amazonas Peru Bolívia MT Oriental do Tocantins e do Pará. 26 27 . e também de inundações graduais e bruscas em áreas rurais. Roraima. em torno dos 5° S. tais como El Niño e La Niña. significativas para a população.000 espacial e sazonal. tem e com o maior total pluviométrico anual brasileiro.3. durante o inverno do Hemisfério Sul.000. a penetração de sistemas frontais. assim 25°C. de escala regional. tais como o vapor de água da Floresta Amazônica e a Cordilheira dos representando 45.328km². Por outro lado. compreendido pelo Acre. a região é acometida por inundações bruscas. sendo que a média é de 2. Sistema Climático capacidade de resistir a cheias severas. AM PA Centro Amazonense MA Teresina • No extremo norte. entre os estados do Amapá e do Pará. 1. metropolitanas. causadas pela presença de ar TO RO úmido trazido por ventos do leste da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e pelo Leste Rondoniense Ocidental do Tocantins BA efeito orográfico dos Andes. e o dipolo do Atlântico Tropical.3. na primavera. a temperatura varia pouco temporal e espacialmente.2. também representa fator de risco significativo. ocorrendo os máximos de chuva no verão. Rondônia e sul do Amazonas. em especial o sudoeste. as precipitações anuais ultrapassam os 4. e. com frequência.25% do território nacional. Acre.000mm. e de escala global. ocorrem no inverno.853. na primavera. na Amazônia Central e na Sul.3. Clima e Temperatura 1. as Linhas de Instabilidade (LI) e circulação de brisa marítima.4. a estação chuvosa se inicia: Colômbia Sul do Amapá Sul de Roraima AP 0° Norte Amazonense Baixo Amazonas Macapá 0° • No sul da Amazônia. com uma área de 3. forçadas pela circulação de brisa marítima.3. é comum a ocorrência de chuvas severas.1.3. próximo 70°O 60°O 50°O [ a Belém. porém predominando extensa cobertura sedimentar de idade Atlântico Sudeste e Paraná (Mapa 5).4. as quais são consolidadas quase que exclusivamente às margens dos cursos de água. na bacia do rio Tocantins. Caracteriza-se como uma “área de transição” entre a Floresta µ PR Litoral Sul Paulista Paraguai Amazônica e o espaço extra-amazônico. pertencentes ao cráton amazônico. fanerozoica. Vários regimes hidrológicos são observados na região. 1. trata-se esta última daquela de maior proeminência topográfica. distribuída nas bacias do Acre. Geologia A região Sudeste.512km². Eventos Extremos comportamento climatológico. Solimões. Neste ambiente.7. Quatro fácies Argentina Sistema de Coordenadas: GCS SIRGAS 2000 Dados: SIRGAS 2000 1:8. além de sete unidades da federação. normalmente a população é • De maio a julho. população. na margem esquerda da bacia Amazônica e em sua calha principal. No entanto. de idade pré-cambriana. Atlântico Leste. tanto por fanerófitas São Paulo Metropolitana de São Paulo Itapetininga Macrometropolitana Paulista quanto por lianas lenhosas. correspondente a 10. de dois a quatro meses. decorrente do contexto geológico. a Campo Grande Araçatuba Sul Espírito-Santense e Campo das VertentesNoroeste Fluminense c Savana e Savana Estépica no nordeste de Roraima. prolongando-se no MT Brasília DF [ extremo norte em direção a Venezuela e Guianas. Região Sudeste 1.3. associada a terrenos cristalinos. GO Goiânia Norte de Minas Noroeste de Minas Vale do Mucuri Jequitinhonha co Noroeste Espírito-Santense MG 1.000 Km Unidades: Graus 0 70 140 280 florestais (alterações de fisionomia) estão presentes nessa região fitoecológica: a floresta SC 50°O SC 40°O de palmeiras (cocal). na margem esquerda da bacia Amazônica e em sua calha principal. a floresta de bambu (bambuzal). em sua maioria. Os períodos das cheias são observados em diferentes períodos: Eventos hidrológicos extremos na região Norte tendem a produzir severos impactos à • De dezembro a fevereiro. Amazonas e Alto Tapajós. produção de peixes e as perdas na agricultura. onde ocorre clima com temperaturas médias Curitiba entre 24°C e 25°C e com períodos mais secos.000. na margem direita da bacia Amazônica. Mapa 5 – Região Sudeste do Brasil. pela Floresta Ombrófila Densa (Floresta 20°S Oeste de Minas 20°S o MS Central Espírito-Santense Sul/Sudoeste de Minas n Ribeirão Preto Tropical Pluvial). Seu contexto geológico é e Espírito Santo.27% do de 924. por outro lado. tais como a redução na • De julho a outubro. Ela engloba as regiões hidrográficas do São Francisco. sendo 50°O 40°O denominadas: (i) Planícies e Terras Baixas Amazônicas.3. acometida por problemas de saúde decorrentes de contaminações por lixo e outros. Os estados que a compõem são Rio de Janeiro. extremamente diverso. Como incidentes secundários ocorridos devido às inundações. incorporando 42. em decorrência do seu 1.5.3. é fortemente dependente de hidrovias. • De fevereiro a abril. Floresta Ombrófila Aberta (Faciações da Floresta Ombrófila Densa). Além disso.6. Nos extremos norte e sul desta região associam-se rochas ígneas e metamórficas. na bacia do rio Tocantins. Vegetação ti Central Mineira Vale do Rio Doce n Metropolitana de Belo Horizonte Brasil â Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba Litoral Norte Espírito-Santense tl Belo Horizonte ES Vitória A A vegetação é composta. 28 29 . • De outubro a setembro. a floresta de cipó (cipoal) e a floresta de sororoca (sororocal). danos econômicos significativos também podem ser percebidos nesses eventos extremos. São José do Rio Preto O Zona da Mata Norte Fluminense AraraquaraCampinas Presidente PrudenteMarília Sul FluminenseCentro Fluminense SP Rio de Janeiro Baixadas A Floresta Ombrófila Aberta é conceituada como fisionomia florestal composta Assis Piracicaba Bauru RJ Vale do Paraíba Paulista Metropolitana do Rio de Janeiro de árvores mais espaçadas.86% do território brasileiro. o período de estiagem normalmente ocorre nos seguintes períodos: tanto ao abastecimento quanto ao deslocamento de pessoas. As inundações afetam diretamente populações ribeirinhas e dos centros urbanos. tem uma área Compreende a região com maior extensão territorial. São Paulo território nacional. com estrato arbustivo menos denso. na margem direita da bacia Amazônica. três grandes unidades geomorfológicas se inserem. (ii) Planalto Central e (iii) Planalto das BA Guianas. Problemas de estiagens severas. Minas Gerais. provocam danos relacionados Por outro lado. uma vez que a população • De agosto a outubro. 30 31 . como o relevo e a maritimidade. Espírito Santo. Tais estende-se do Rio de Janeiro ao oeste de Minas Gerais e está disposta no sentido características influenciam nas variações temporais e espaciais de temperatura. Entre os estados de Minas Gerais e compreende o extremo norte do Espírito Santo e noroeste de Minas Gerais. reconhecida no país. onde em Bertioga. essa região é aquela em que os totais de afetados são os de Altos Níveis (VCAN). Paulo. precipitações de neve podem ocorrer nas áreas mais altas precipitação e vento. geradas a partir da associação de fatores dinâmicos de grande escala e características de mesoescala.000mm. especialmente no inverno. e estende-se ao qualquer outra do país. proporcionam variações consideráveis de temperaturas em locais relativamente próximos. Clima e Temperaturas 1.4. o aumento da temperatura nos continentes traz maior fluminense. entre compreendendo as áreas centrais dos estados de São Paulo e Minas Gerais. enquanto na maior parte do litoral a temperatura média é em torno de 23°C. com instabilidade. norte de Minas Gerais e praticamente todo o • A quarta zona apresenta totais pluviométricos anuais inferiores a 1. pelo fato de ser a região mais populosa do país. devido à reduzida disponibilidade de dados. o centro-norte mineiro. úmidos do Brasil Meridional e alternadamente secos e úmidos do Brasil Central.400mm e compreende compartimentados em três zonas: o Planalto Ocidental paulista. sua distribuição espacial pode ser compreendida em e climas mesotérmicos de latitudes médias. enquanto na Serra do Mar. Tal região ainda apresenta relevante importância geoeconômica. • A primeira zona apresenta temperaturas superiores a 22°C e compreende as áreas ao oeste do estado de São Paulo. superior a 2.1. Apesar de raras. • A terceira zona ocupa as áreas montanhosas entre os estados de São Paulo e 1. com sazonalidade bem marcada. O regime hidrológico na região é bem marcado. e muitas vezes a chuva está acompanhada de trovoadas. o norte fluminense e o Espírito Santo.4. Geologia Outro fator de grande relevância na variabilidade das chuvas. norte outros. que atuam principalmente no mais expressivos no país. Regionalmente. As áreas interioranas mais altas. com totais pluviométricos anuais entre 1. No período seco. excluindo-se o litoral sul de São Paulo. nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.700mm. os índices superam os 4. a temperatura média supera os 24°C. 1. Há período de 1. Disponibilidade Hídrica e Regime Hidrológico Minas Gerais e a Serra de Paranapiacaba. pelas linhas de instabilidades pré-frontais. Possivelmente.4.4.4. com pico em dezembro e janeiro. pelo Vórtice Ciclônico que diz respeito às inundações. Pluviometria e Regime Pluviométrico O Sudeste é caracterizado pela transição entre climas quentes de baixas latitudes Em relação às precipitações. experimentam quedas acentuadas de temperatura. No período chuvoso. onde as temperaturas É uma região de comportamento espacial e temporal heterogêneo. fatores locais. a quatro zonas com totais pluviométricos distintos: maritimidade/continentalidade e a atuação de sistemas tropicais e extratropicais de latitudes médias conferem à região uma diversidade de regimes climáticos maior do que • A primeira zona tem a maior média anual. na parte norte de Minas Gerais. rajadas de vento exceção do norte mineiro. consequências graves de abastecimento de água. e grandes acumulados de precipitação em curto período de tempo. litoral central. porém ainda Embora a extensão da região Sudeste compreenda apenas 10. A variabilidade latitudinal e de relevo.500 a 1.3.500mm. são observados os maiores totais pluviométricos do país. A posição latitudinal favorece uma ampla exposição à radiação de Campos do Jordão (SP) e Itatiaia (RJ). quando sistemas polares podem proporcionar temperaturas abaixo de 0°C. Especialmente no Sul (ZCAS).250 e 1. SE-NW.85% do território pouquíssimo estudado. o principal fenômeno a influenciar o regime de chuvas. Sistema Climático estiagem concentrado nos meses de junho a setembro e muitas chuvas ao longo dos meses de novembro a março. que podem ser • A terceira zona apresenta pluviosidade entre 1. semiárida brasileira alcança o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. sul capixaba e litoral sul paulista. proporcionando condições de tempo moderadas principalmente sobre São os danos humanos em números absolutos são também os mais expressivos. no sul de São Paulo. A região médias variam entre 14°C e 18°C e geadas são frequentes. os baixos índices pluviométricos geram • A segunda zona apresenta as temperaturas médias variando entre 19°C e 21°C.5. inverno. por meio dos cavados invertidos. Contudo. O período mais chuvoso ocorre entre os meses de dezembro a março. problemas com a agropecuária. solar. longo do litoral paulista.4. é a influência do nacional. É uma região de número A região Sudeste é caracterizada pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico expressivo de desastres hidrológicos.1.2. é neste perímetro que se encontra a maior diversidade de tipos litológicos Oceano Atlântico sobre as chuvas no sudeste do país.000mm e litoral. marca ainda a transição entre os regimes permanentemente • A segunda zona. cujas árvores variam Sudoeste Paranaense Metropolitana de Curitiba co Brasil Norte Catarinense ti de pequeno a médio porte e possuem troncos e galhos tortuosos. Algumas Unidades: Graus das principais ameaças relacionadas ao tempo e clima são chuvas intensas. a distribuição espacial está Mapa 6 – Região Sul do Brasil. com grande risco de latitudes e climas mesotérmicos de latitudes médias. mostrando assim uma grande Paraguai Noroeste Paranaense Norte Central Paranaense Norte Pioneiro Paranaense São Paulo variabilidade estrutural e. PR Centro Oriental Paranaense no que também influi a intensidade da ação antrópica. proporciona da ocorrência de chuvas. Tendo em vista o fato de ela ser muito dependente adensamento populacional. alagamentos e enxurradas. capões SP florestados e galerias florestais ao longo dos rios. alternam-se às vezes pequenas árvores isoladas. Trata-se também. Atlântico Sul e Uruguai (Mapa 6). O primeiro estrato é o arbóreo xeromorfo. 60°O 50°O A Savana brasileira inclui as várias formações campestres. vendavais. cujas Florianópolis A Grande Florianópolis o Serrana espécies. secas.5. no domínio apresenta grande variabilidade temporal. 1.6. baixa umidade do ar e nevoeiros.5 175 350 faz dessa região uma das que mais sofrem com as adversidades atmosféricas. preferencialmente de clima estacional (mais ou menos seis meses secos). decorrente do contexto geomorfológico.5. onde o Por outro lado.4. secas mais severas têm enorme potencial de gerar danos para diversos diversidade de bens minerais de valor econômico. É composta pelos estados do Rio Grande do Sul. Clima e Temperaturas A parte mais ao sul da região. principalmente no domínio do estado setores da economia. mantendo vivos os brotos n Sul Catarinense a Noroeste Rio-Grandense e regenerativos ao nível do solo.000. dentre eles: a agricultura intensiva e a familiar – que convivem na de Minas Gerais. na região denominada Quadrilátero Ferrífero. A região Sul apresenta uma extensão territorial de 576. a parcela mais ao norte da região apresenta grande sensibilidade social a eventos extremos de secas. podendo ser encontrada em clima ombrófilo. 1.000 Sistema de Coordenadas: GCS SIRGAS 2000 Km Dados : SIRGAS 2000 0 87. relacionada a determinados tipos de solo. Vegetação 1. grandes diferenças em porte e densidade. desenvolvimento econômico. em virtude do fato de ser a de maior desenvolvimento econômico e maior contingente populacional do país. Santa Catarina A Savana (Cerrado) é conceituada como uma vegetação xeromorfa.predominante associada ao seu contexto estratigráfico favorável à metalogenia e Além disso.7. O outro estrato é o gramíneo-lenhoso. no período desfavorável. com vegetação MS MG Rio de Janeiro RJ gramíneo-lenhosa baixa. a exemplo do que acontece no Nordeste brasileiro. elevado risco de deslizamentos.1. folhas coriáceas n Oeste Catarinense â Vale do Itajaí SC tl e brilhantes ou revestidas por pelos.77% da área total do país. que. Ela apresenta dois estratos Oeste Paranaense Sudeste Paranaense Centro-Sul Paranaense Curitiba distintos. A variabilidade latitudinal e de ocorrência de danos econômicos e sociais. Região Sul A vegetação do Sudeste é basicamente formada pela Floresta Ombrófila Densa e pela Savana. e do fato de ser a região de menor grau de dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. associado à ocupação de terrenos de encosta. de região-alvo de frequentes desastres naturais ocasionados por movimentos de massa.410km² e corresponde a 6. em consequência.4. Argentina c Centro Ocidental Rio-Grandense Nordeste Rio-Grandense O Sudoeste Rio-Grandense 30°S Porto AlegreRS 30°S Centro Oriental Rio-Grandense Metropolitana de Porto Alegre 1. região – e a geração de energia elétrica – uma vez que a região concentra boa parcela do parque gerador de energia hidroelétrica do país. relevo. apresenta grande vulnerabilidade A região Sul é caracterizada pela transição entre os climas quentes de baixas a desastres. a maritimidade/continentalidade e a atuação de variados sistemas tropicais e 32 33 . Nesse tipo de vegetação. Ela engloba as regiões hidrográficas do Paraná. tais como inundações. a vulnerabilidade social das populações a secas intensas é muito significativa. onde. O mesmo sucede na borda da Serra do Mar. 60°O 50°O granizos. lenhoso. dessecam a parte aérea. Eventos Extremos A alta densidade demográfica aliada à ocupação desordenada em áreas de risco Uruguai Sudeste Rio-Grandense µ 1:8. e Paraná. geadas e friagens. especialmente aqueles associados a chuvas intensas e escoamentos de alta velocidade. tais como o fenômeno El Niño-Oscilação Sul2. quando sucede essa queda da umidade. com valores médios de julho variando de 11°C no sul da região a 18°C no norte. especializadas à insuficiência hídrica. Em sua componente oceânica (El Niño). pode-se dividi-la em Floresta Ombrófila comumente associadas aos bloqueios atmosféricos. Nessa região. ou seja. caracteriza-se por anomalias na Temperatura da Superfície do Mar (TSM). Pluviometria e Regime Pluviométrico ambientes dissecados das serras.000mm. O período mais crítico ocorre nos meses de dezembro a março. eventos de escala global. Seu período déficit hídrico. o que.5. Contudo. O domínio dessa floresta situa-se o aumento das temperaturas sobre o continente gera a maior possibilidade de chuvas fortes. Contudo. Geologia Grande do Sul. fazendo as temperaturas da serra catarinense serem tão frias quanto no extremo sul do Rio 1. a Zona de Convergência 1. hidrológicos como um todo no país. por sua vez. No que tange ao regime pluviométrico. com exceção de até dois meses de umidade escassa. De maneira predominante ocorrem rochas de natureza ígnea básica no estado 22°C. Porém. Ela é A pluviosidade média anual varia entre 1. o posicionamento e intensidade do Jato Subtropical da América do Sul. com exceção do litoral do constituída por árvores de grande porte nos terraços aluviais e nos tabuleiros terciários e Paraná e do oeste de Santa Catarina. o gradiente zonal é A geologia da região Sul do Brasil compreende um domínio de terrenos de mais importante na variação de temperatura. No litoral. Disponibilidade Hídrica e Regime Hidrológico de regimes de temperatura e precipitação. Vale mencionar ainda que a região Sul é de correntes marítimas e a advecção de ar quente. caracterizando-se ainda pela diversidade de tipos e pela distância em relação ao oceano.5. influenciado principalmente pelo relevo idade extremamente abrangente. causam estiagens prolongadas Densa (Floresta Tropical Fluvial). As Estepes são compostas por espécies de gramíneas e outras famílias. onde supera 2. tais como o relevo. que se manifesta no Oceano Pacífico tropical. Anomalias de precipitação podem ainda estar associadas a Estepes (Campos do Sul do Brasil) (IBGE. com inteiro. por árvores de médio porte nas áreas costeiras. Já no verão. Muitas espécies são microfolhadas e outras são escala global.2. acompanhadas de trovoadas. 34 35 . observam-se os maiores gradientes de temperatura. as diferenças da radiação solar recebida entre o verão e o inverno que os desastres também se distribuam ao longo do ano. Sua ocorrência altera as condições oceânicas providas de acúleos ou espinhos. há uma grande concentração nos 1.250 e 2. 2006a).extratropicais de latitudes médias contribuem para a ocorrência de grandes contrastes 1.5. Poucas informações disponíveis na literatura tratam da caracterização tipológica 1. Sistema Climático dessas rochas frente aos processos de movimentos de massa. rajadas de vento e granizo. ao longo do ano. de maneira geral. Mesmo assim. Dominam nos ambientes dessa floresta solos de baixa fertilidade natural. Durante o inverno.000mm. os Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM). Nessas áreas. a temperatura média fica em torno dos 20°C. Nas uma vez que as chuvas se distribuem mais igualmente ao longo do ano. Vegetação do Atlântico Sul (ZCAS). sem período seco durante o ano. A Floresta Ombrófila Densa tem temperaturas médias que oscilam entre 22°C e 25°C.6. onde o clima é mais ameno. os cavados. traz mudanças nos padrões meteorológicos do mundo uma fisiológica provocada pelo frio das frentes polares e outra mais seca.5. os ciclones extratropicais. acima dos 600m de altitude. São plantas submetidas a duas estacionalidades: e atmosféricas normais da região e. As chuvas são torrenciais e bem distribuídas ao longo do ano. a geada é frequente.3. a temperatura média de janeiro é de litológicos. tais 2 Também conhecido pela sigla ENOS. Nas áreas mais altas. ocorrem as maiores amplitudes do ciclo anual de temperatura.5.5. com uma sazonalidade mais são maiores. de Santa Catarina e secundariamente aquelas de natureza metamórfica e sedimentar. são observados os maiores números de registros de desastres temperatura da região. por consequência. a interação com outros fatores. Floresta Ombrófila Mista (Floresta de Araucárias) e e prejuízos consideráveis. Isso implica latitudes maiores. Condições de estabilidade. enquanto no extremo oeste a média é em torno de 25°C. Sul e que muitas vezes estão associados a eventos adversos são as frentes frias (SF). alagamentos e enxurradas. A maioria dessas espécies possui adaptações fisiológicas bastante de duração varia de 10 a 18 meses e acontece de maneira irregular em intervalos de 2 a 7 anos. quando Nela coexistem espécimes das floras tropical e temperada. em geral. o efeito orográfico introduz um componente zonal muito importante. refletem os diferentes regimes de aquela em que. trata-se de um fenômeno de interação oceano/atmosfera em como as leguminosas e verbenáceas. a influência discreta do que em outras regiões do Brasil. não são apenas as instabilidades que causam desastres nessa região.4. No entanto. sendo estas comuns também nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. interfere nos padrões atmosféricos de circulação (Oscilação Sul). a convecção tropical e a circulação marítima. O regime hidrológico na região é menos marcado que em outras regiões do país. Quanto à vegetação. a região conta com chuvas bem distribuídas A Floresta Ombrófila Mista é característica dos planaltos. os domínios geomorfológicos a elas associados mantêm relevante influência aos movimentos de Os principais sistemas contribuidores para a distribuição de precipitação na região massa existentes. Os ventos em torno de 150km/h fizeram com que ele fosse classificado como um furacão de categoria 1 na escala Saffir-Simpson. Ele atingiu a costa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul no dia 28 de março de 2004.1. fosse gradativamente adquirindo características de um inédito ciclone tropical. estiagens. como foi o caso do furacão Catarina3. mas também pela frequência e variedade de eventos adversos e até pela ocorrência de fenômenos atípicos. vendavais. Condições excepcionalmente favoráveis nos padrões oceânicos e atmosféricos fizeram com que um ciclone extratropical comum. Eventos Extremos Historicamente. Furacão – Brasil. deixando um total de 100.000 residências afetadas. tornados. nessa região. Frequentemente é afetada por alagamentos. março de 2004 / Foto: Reuters 3 O furacão Catarina foi o primeiro registro de um ciclone tropical no Oceano Atlântico Sul. escorregamentos. a região é marcada não somente pela ocorrência de grandes desastres.5. 36 37 . nevoeiros e ressacas. 75 pessoas feridas e 3 óbitos. inundações bruscas e graduais.7. vinculada ao Ministério da Integração Nacional. Os arquivos fornecidos pelo Cenad foram preenchidos com informações coletadas junto às Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil (Cedec). constante da mesma Instrução Normativa. de 24 de agosto de 2012. c) Nopred.1. da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).Tratamento dos Dados Para a composição do banco de dados deste Anuário Brasileiro de Desastres Naturais – 2013. f ) Decretos. e) Portarias. Foram considerados como documentos oficiais: a) Fide. Foto: Sedec/Cenad 38 39 . d) Relatório de danos. METODOLOGIA 2. publicada na Instrução Normativa nº 1. Os danos humanos também foram adequados ao Formulário de Informações de Desastres (Fide).2 . Levantamento de Dados Os dados oficiais de ocorrência de desastres foram obtidos junto ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad). foi necessário reunir todas as informações a respeito de eventos de desastres ocorridos no Brasil. sites oficiais ou contatos telefônicos. conforme detalhado nas etapas descritas a seguir. por meio de relatórios. b) Avadan. 2. 2. A primeira etapa executada foi a atualização da classificação das ocorrências de desastres de acordo com a nova Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade). 5) = mediana. o OUTRAS INFORMAÇÕES ADICIONAIS QUE SEJAM DE INTERESSE E FACILITEM ANÁLISES quantil de ordem p. O Banco de Dados para o Anuário Brasileiro de Desastres Naturais – 2013 tem as seguintes informações: • Deslizamento: os casos foram tratados isoladamente. CATEGORIA APENAS UMA FOI CONSIDERADA: NATURAL. TRATAMENTO MÉDICO IMEDIATO. DESTRUIÇÃO OU AVARIA GRAVE. de uma mesma mesorregião num intervalo curto de tempo foram agrupados de modo a constituir o “mesmo evento” de deslizamento. não se estabeleceu nenhum critério nessa etapa. Os critérios definidos foram: • Seca/estiagem: agrupar os registros ocorridos no período de seis meses. as informações deste isso. enxurradas. METEOROLÓGICO. que congrega diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais. • Um ou mais óbitos. q(0. com base nos critérios de DESABRIGADOS NÚMERO DE PESSOAS DESALOJADAS OU CUJA HABITAÇÃO FOI AFETADA POR DANO OU desastres do Centre for Research on the Epidemiology of Disasters (Cred) e nos quantis4. UF/UFCOD SIGLA REFERENTE AOS ESTADOS DA FEDERAÇÃO E SEU RESPECTIVO CÓDIGO DO IBGE. por exemplo.X. Assim. SUBTIPO = Dessa forma. • Granizo e vendaval: agrupar os registros ocorridos no período de cinco dias. SUBGRUPO. meteorologistas. • Declaração de Situação de Emergência. TIPO E SUBTIPO DESCRIÇÃO DO DESASTRE DE ACORDO COM UMA CLASSIFICAÇÃO PREDEFINIDA (POR EXEMPLO: GRUPO = TEMPESTADES. sendo um desastre único. Ele não deve ser limitado pelas fronteiras geográficas dos municípios. • Incêndios florestais: agrupar os registros no período de um dia. AS QUAIS REQUEREM atingir vários municípios e provocar danos durante alguns dias. Os critérios são os seguintes: NÚMERO DE PESSOAS OBRIGADAS A ABANDONAR TEMPORÁRIA OU DEFINITIVAMENTE SUAS HABITAÇÕES. A segunda etapa consistiu no agrupamento de desastres ocorridos em um Essa metodologia utilizada no tratamento das informações para o Anuário Brasileiro mesmo município em datas próximas. AFETADOS NÚMERO DE PESSOAS ATINGIDAS OU PREJUDICADAS POR DESASTRE. Desta forma.X. • Erosão: agrupar os registros ocorridos no período de cinco dias. alagamentos e chuvas intensas: agrupar os registros ocorridos no período de sete dias. consultou-se a equipe de supervisão e análise técnica do Cenad. • Declaração de Estado de Calamidade Pública. COMO RESULTADO DIRETO DE UM DESASTRE. Para agrupá-los. COBRADE CÓDIGO ÚNICO DE DESASTRE DEFINIDO PARA CADA EVENTO (CONSTITUÍDO POR CINCO DÍGITOS X. 40 41 .3. ou DESALOJADOS DECORRENTES DO DESASTRE. ou PELO SISTEMA. O agrupamento das ocorrências de desastre no tempo e no espaço reflete uma ÓBITOS NÚMERO DE PESSOAS CONFIRMADAS MORTAS. mesorregião é uma subdivisão dos estados brasileiros criada pelo IBGE. Para Atlas Brasileiro de Desastres Naturais – 1991 a 2012. 0<p<1.X. CLIMATOLÓGICO. composta por devem passar pelo mesmo tratamento metodológico daquele para tornar possível a estatísticos. A terceira etapa consistiu no agrupamento por mesorregião dos eventos ocorridos CINCO GRUPOS DE DESASTRES NATURAIS FORAM DEFINIDOS: BIOLÓGICO. TIPO = TEMPESTADE LOCAL/CONVECTIVA. HIDROLÓGICO. fez-se necessário estabelecer de Desastres Naturais – 2013 dificulta a comparação com as informações fornecidas no critérios objetivos de modo a evitar a discricionariedade no momento da análise. engenheiros de recursos hídricos. Novamente. geólogos. em um intervalo de tempo próximo (conforme critérios apresentados na etapa 2). inalterados. Por exemplo. mudança no conceito de desastre. Tabela 1 – Informações Constantes do Anuário de Desastres Naturais. Um evento adverso pode FERIDOS NÚMERO DE PESSOAS QUE SOFRERAM LESÕES FÍSICAS OU TRAUMAS. Conteúdo do Banco de Dados • Inundações. onde p é uma proporção qualquer.X). A GRUPO DE DESASTRE GEOLÓGICO. observações sejam menores do que q(p). geoprocessamento e de incêndios florestais para definir quais seriam esses critérios. é tal que 100p% das CAMPOS ADICIONAIS POSTERIORES E A CONSTRUÇÃO DE MAPAS TEMÁTICOS. as espécies dos danos humanos. químicos. todos os eventos de deslizamento ocorridos nos municípios DE DESASTRE VENDAVAL). EM FUNÇÃO DE EVACUAÇÕES PREVENTIVAS. de comparação e a análise da evolução temporal na caracterização de um desastre. nem mesmo pela duração fixa de um dia. E QUE NÃO NECESSARIAMENTE CARECEM DE ABRIGO PROVIDO • 50 ou mais afetados. 4 Quantil é uma medida separatriz que corresponde a uma proporção acumulada dos valores. como não havia ocorrências próximas registradas. DATA (INÍCIO E FIM) DATA DE INÍCIO E FIM DO EVENTO (DD/MM/AAAA). mais significativos para compor o Anuário Brasileiro de Desastres Naturais. EM DESAPARECIDOS CIRCUNSTÂNCIA DE DESASTRE. Portanto. AS QUAIS REQUEREM ENFERMOS A quarta e última etapa consistiu na análise das ocorrências que geraram danos TRATAMENTO MÉDICO IMEDIATO. Para os demais eventos constantes da lista. os danos dessas ocorrências foram somados para compor apenas um desastre. COMO RESULTADO DIRETO DE UM DESASTRE. indicada por q(p). ou NÚMERO DE PESSOAS NÃO LOCALIZADAS OU DE DESTINO DESCONHECIDO. a equipe de supervisão e análise técnica do Cenad definiu. portanto permaneceram MESORREGIÃO/MESOCOD NOME DA MESORREGIÃO E SEU RESPECTIVO CÓDIGO DO IBGE. AMEAÇA DE DANO E NECESSITA DE ABRIGO PROVIDO PELO SISTEMA. 2. NÚMERO DE PESSOAS QUE ADQUIRIRAM QUALQUER DOENÇA. em substituição à Codificação de Desastres. ao adotar a classificação EM-DAT. O que motivou a adoção da classificação EM-DAT foi a necessidade de adequar a classificação brasileira aos padrões estabelecidos pela ONU. Outro fator contribuinte para a adoção adaptada do modelo EM-DAT para a construção da Cobrade foi a necessidade de simplificação da classificação dos desastres contida na Codar. A IN nº 1/2012 trata da Decretação de Situação de Emergência e Estado de Calamidade Pública. modernizou e resumiu para Naturais e Tecnológicos. primeiramente. A Cobrade. Foto: Ascom/MI 42 43 . possibilitando o planejamento de medidas preventivas e preparatórias para o enfrentamento desses eventos adversos. além da possibilidade de o Brasil contribuir efetivamente para a alimentação desse importante banco de dados internacional. que poderá ser utilizado para uma análise contextualizada da ocorrência de desastres no território nacional. Essa simplificação trouxe impacto colateral até na discussão que permeava as conversas dos estudiosos em Defesa Civil sobre os Desastres Mistos. por motivo de ordem legal. O exemplo de mudança mais marcante foi nas categorias do desastre. é fundamental ter um instrumento legal que defina o que é um desastre. foram incluídos alguns desastres peculiares à realidade brasileira. Antropogênicos e Mistos. As situações de anormalidade só podem ser decretadas em função de um desastre. A Codar classificava os desastres em Naturais. A classificação de desastres é importante. para ser considerado um desastre no Brasil. Além dos desastres constantes da classificação do EM-DAT. até então utilizada. A Cobrade tem hoje duas páginas e dois quadros com toda a classificação. foi instituída por meio da Instrução Normativa nº 1. Ameaças e Riscos (Codar). DESCRIÇÃO DA COBRADE A Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade). O modelo anterior continha cerca de dez páginas e doze quadros com classificações de desastres muitas vezes jamais ocorridos ou decretados no país. Outro motivo igualmente importante para se ter uma classificação de desastres é a necessidade de registro desses fenômenos no contexto histórico do país. 3. com apresentação anexa a este anuário. determinado evento tem de estar necessariamente catalogado na Cobrade. A Cobrade foi elaborada a partir da classificação utilizada pelo Banco de Dados Internacional de Desastres (EM-DAT) do Centro para Pesquisa sobre Epidemiologia de Desastres (Cred) e da Organização Mundial de Saúde (OMS/ONU). A codificação permite a formação de um banco de dados. Portanto. Em resumo. de 24 de agosto de 2012. 4. PERFIL DOS DESASTRES EM 2013 A análise feita neste Anuário Brasileiro de Desastres Naturais busca enfocar aspectos que permitam a observação e a avaliação pelos gestores públicos, profissionais e pesquisadores da forma, do comportamento e da distribuição, em 2013, das ocorrências de desastres naturais no Brasil. As informações sobre os desastres ocorridos no Brasil são importantes para se traçar os perfis das ocorrências e planejar o gerenciamento desses desastres, principalmente para se adotar medidas de prevenção, de modo a evitá-los ou a diminuir os impactos causados por eles. Anualmente, os desastres apresentam um significativo impacto na sociedade brasileira. Em 2013, foram oficialmente reportados 493 desastres naturais, os quais causaram 183 óbitos e afetaram 18.557.233 pessoas (Tabela 2). Quanto aos municípios, 4.433 foram afetados, sendo que 70,99% deles devido à seca/estiagem (Tabela 3 e Gráfico 1, respectivamente). Tabela 2 – Danos Humanos x Tipo de Evento (Quantitativo Humano). Óbitos Feridos Enfermos Desabrigados Desalojados Desapa- Outros Afetados recidos Alagamentos 4 279 4.306 44.330 48.260 0 180.641 277.820 Chuvas intensas 30 468 3.607 25.585 103.278 5 1.604.303 1.757.668 Deslizamentos 41 133 88 6.721 6.843 0 219.530 233.356 Enxurradas 38 787 2.324 17.266 118.074 92 778.694 931.608 Erosão 1 86 466 2.826 3.964 0 343.906 351.249 Estiagem 9 5.020 68.047 2.040 10.009 2 11.194.527 11.953.305 Geada 0 0 0 0 0 0 0 0 Granizo 1 95 8 5.551 9.967 0 160.315 176.936 Incêndios 0 0 139 113 145 0 2.970 3.367 florestais Inundações 36 1.461 13.283 59.023 208.274 6 1.083.402 1.389.454 Vendaval 4 166 33 4.553 6.552 0 107.432 123.735 Outros 19 78 67.395 7.601 1.039 0 1.282.603 1.358.735 TOTAL 183 8.573 159.696 175.609 516.405 105 16.958.323 18.557.233 Foto: Sedec/Cenad 44 45 Tabela 3 – Percentual de Municípios Atingidos por Região. Um aspecto relevante a ser observado, com o propósito de se identificar os períodos e regiões mais críticos para cada tipo de desastre, é a distribuição dos danos humanos. QUANTIDADE DE MUNICÍPIOS ATINGIDOS % DE MUNICÍPIOS ATINGIDOS No ano de 2013, os danos humanos observados, no Gráfico 3, relativos às regiões CENTRO-OESTE 95 2,14% Norte, Sudeste e Sul foram muito influenciados por desastres, em sua maioria, NORDESTE 2.893 65,26% hidrológicos, que causaram um grande número de desabrigados e desalojados. NORTE 145 3,27% Gráfico 3 – Danos Humanos por Macrorregiões – 2013. SUDESTE 746 16,83% SUL 554 12,50% 180.000 TOTAL 4.433 100% 160.000 140.000 120.000 Gráfico 1 – Percentual de Municípios Atingidos por Tipo de Evento – 2013. 100.000 80.000 80% 60.000 70,99% 70% 40.000 20.000 % DE MUNICÍPIOS AFETADOS 60% 0 CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL 50% DESABRIGADOS 1.892 28.147 81.022 34.629 29.919 DESALOJADOS 6.003 90.222 125.215 167.087 127.878 40% DESAPARECIDOS 2 2 3 9 89 30% ENFERMOS 1.143 69.245 13.985 73.327 1.996 FERIDOS 112 5.555 890 1.683 333 20% ÓBITOS 9 30 11 121 12 10% 5,91% 6,11% 4,71% 2,68% 2,12% 1,08% 2,14% 0,74% 1,78% 1,40% 0% Na região Nordeste, houve também grande impacto por causa da estiagem e, AL S AS S AS ÃO EM O ES OS S TO TO IZ como demonstrado no Gráfico 4, essa foi a região com o maior número de pessoas IO ÇÕ AV NS AD TR OS AG AN EN EN ND ND DA TE OU RR ER TI GR AM AM CÊ IN ES UN XU VE IN AG IZ AS afetadas por desastres naturais em 2013. EN IN SL UV AL DE CH Gráfico 4 – Total de Afetados por Macrorregiões – 2013. Gráfico 2 – Percentual de Municípios Afetados Regionalmente – 2013. CENTRO-OESTE 12,5% 2,14% NORDESTE CENTRO-OESTE NORTE NORDESTE SUDESTE 16,83% NORTE SUL SUDESTE SUL TOTAL 3,27% 0 2.000.000 4.000.000 6.000.000 8.000.000 10.000.000 12.000.000 14.000.000 16.000.000 18.000.000 20.000.000 65,26% CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL TOTAL AFETADOS 1.181.911 11.945.565 615.049 3.029.242 1.785.466 18.557.233 46 47 Em relação ao total de afetados (18.557.233), o Gráfico 5 demonstra ainda mais Nordeste, que apresentou a maior porcentagem de afetados (64,37% do total nacional), claramente que a maioria, 64,41%, foi resultado da seca/estiagem. Este tipo de desastre, foi assolada por um número significativamente menor de eventos de desastres: 60. Essa porém, não causa tantos óbitos como os desastres hidrológicos e geológicos, notadamente discrepância está relacionada ao desastre da seca/estiagem e suas características. deslizamentos, enxurradas e inundações (Gráfico 6). Isso ocorre pelas características e efeitos de cada tipo de desastre. Gráfico 7 – Mortos e Afetados por Região Brasileira. Gráfico 5 – Afetados por Tipo de Desastre – 2013. 6,37% % AFETADOS CENTRO-OESTE 4,92% % ÓBITOS 70% 64,41% 3,31% 60% NORTE 6,01% 50% 64,37% NORDESTE 16,39% % DE AFETADOS 40% 16,32% SUDESTE 30% 66,12% 9,62% 20% SUL 6,56% 9,47% 7,49% 7,32% 10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 5,02% 1,50% 1,26% 1,89% 0,02% 0,95% 0,67% 0% S AS S AS ÃO EM ES O AL OS TA S TO TO IZ ES IO ÇÕ AV NS AD TR IS OS AG AN EN EN OR ND DA TE OU ND RR ER TI GR AM AM Gráfico 8 – Comparativo entre Região e Tipo de Desastre. FL CÊ IN ES UN XU VE IN AG IZ AS EN IN SL UV AL DE CH 20 CENTRO-OESTE 27 4 Gráfico 6 – Óbitos por Tipo de Desastre – 2013. 11 34 NORDESTE 13 2 7 25% NORTE 9 32 22,4% 3 20,77% 38 19,67% SUDESTE 81 20% 39 76 16,39% SUL 93 3 1 % DE ÓBITOS 15% 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL 10,38% CLIMATOLÓGICO 0 2 3 0 1 GEOLÓGICO 4 13 9 39 3 10% HIDROLÓGICO 27 34 32 81 93 METEOROLÓGICO 20 11 7 38 76 4,92% 5% Os Gráficos 9 e 10 indicam-nos que são fatores significantes para o quantitativo de 0% ocorrências de óbitos a densidade demográfica e o tipo de desastre presente em cada CHUVAS DESLIZAMENTOS ENXURRADAS ESTIAGEM INUNDAÇÕES OUTROS INTENSAS uma das diferentes regiões do Brasil. Cabe destacar, nos Gráficos 7 e 8, a relação existente entre o número de afetados ou mortos e o tipo de desastres. A região Sudeste, que registrou a maior porcentagem de óbitos (121, 66,12% do total nacional), foi assolada por 158 desastres. Já a região 48 49 Registra-se que nesse período avaliado não foram 30 constatados desastres nas regiões Centro-Oeste e Norte. seguindo tendência 40 26 28 27 verificada no ano de 2012 (91. velocidade e natureza do movimento.89%). demonstramos a variação do quantitativo de desastres ao longo do ano por região.62% da totalização dos eventos.92 90 120 DENSIDADE DEMOGRÁFICA 0° 0° 80 QUANTIDADE DE ÓBITOS 100 Equador 70 80 60 48..34% 12. ocorrendo predominantemente onde houve a alteração na dinâmica do escoamento das águas superficiais.15 40 40 30 O 8. corrida de QUANTIDADE DE ÓBITOS 30% 100 25% detritos. No último gráfico desta breve introdução 30°S Informações de Desastres: Argentina 1:25. Menciona-se que sua incidência se manifesta onde se 20 5% 9 30 11 12 desencadeiam os processos mencionados. cumulativamente à ocupação humana locada 0 0% CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL na área de influência do fenômeno. 50 51 .75 co 11 20 Peru 20 ce 10°S 10°S 30 ti 10 Brasil 4. 21 19 18 16 14 14 20 13 11 12 12 11 12 10 8 9 10 8 9 7 7 7 6 6 6 5 4 4 3 3 4 4 3 2 3 3 3 4 10 3 1 2 1 1 1 1 2 1 1 1 1 2 1 1 3 3 0 Menciona-se que. Gráfico 9 – Comparativo entre Ocorrências de Desastres e Óbitos por Região. conceitualmente.58 50 60 121 34. Mapa 7 – Ocorrências de Deslizamentos em 2013. observam-se os registros mais frequentes % DESASTRES MÉDIA NACIONAL DE ÓBITOS/REGIÃO – 2013 ÓBITOS dessa incidência. constata-se que a região QUANTIDADE DE DESASTRES 60 50 Sudeste incorporou no período 84. Movimento de Massa (Deslizamento) 140 40% O movimento de massa pode ser definido como o processo pelo qual o material 32. Incluem-se neste processo escorregamentos. sendo classificados de acordo com as características do % DESASTRES 80 20% material. causando tanto prejuízos 10.17% 60 121 15% 40 No Brasil. necessariamente sob efeito de rupturas de solo e/ou rochas. 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O 80 75 Avaliando-se a distribuição macrorregional dos desastres vinculados aos 70 movimentos de massa. quedas de blocos.05% 35. No Mapa 7. são frequentes os registros deste processo. Gráfico 10 – Comparativo entre Densidade Demográfica e Número de Óbitos. 10. ocorridos no Brasil em 2013 (Gráfico 12). causando danos e prejuízos que excedam a capacidade dos afetados em conviver com o impacto.12 12 n an 0 0 â tl CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL o A Pa o ÓBITOS DENSIDADE DEMOGRÁFICA* n cí a Bolívia e fi c co O 20°S 20°S Registros 25 Paraguai 12 µ 11 Chile Cada tipo de desastre natural tratado neste anuário tem as suas peculiaridades 5 4 analisadas em detalhes nos capítulos específicos.09% 120 35% rochoso se move sob a ação da força da gravidade. 0 200 400 800 Sistema de Coordenadas: GCS SIRGAS 2000 2 Centro de Estudos e Pesquisas Uruguai 1 Dados: SIRGAS 2000 sobre Desastres (CEPED – UFSC) Unidades: Graus Gráfico 11 – Ocorrência Mensal de Desastres por Região. etc.1.34% 10% materiais como perdas humanas. 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O Venezuela Suriname Guiana Francesa Guiana 140 100 Colômbia 86.000 Km 3 30°S geral. 4.000. este fenômeno do movimento de massa se JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL manifesta como um desastre natural quando afeta um sistema social. Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD). não deve ter relação causal entre si. NORTE SUDESTE 16 15 SUL 14 12 QUANTIDADE DE DESASTRES (MOVIMENTOS DE MASSA) 10 8 6 6 6 4 3 84. Tal distribuição. seguido pelos meses de janeiro e Gráfico 12 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Vinculados aos Movimentos de Massa. dos 40 desastres registrados no país. compreendendo 37. fevereiro/2013. Ainda que os prejuízos dos desastres não verifica-se relação coincidente deste fenômeno com os acumulados de precipitação tenham sido categorizados em seus níveis de grandeza. sendo variável anualmente. com 15% de participação. compreendendo 53% da totalização. sucedendo sua maior incidência nesta. no mês de dezembro.Nesse sentido.13% 10. embora mantenha relação quantitativa com aquela 5.62% 2 2 2 1 1 1 1 1 0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL Constatou-se ainda. da ordem de 350mm a 450mm. visto que o fenômeno da precipitação anual é sazonal em nosso país. conforme distribuição apresentada no Gráfico 14.26% verificada no ano anterior. em relação às demais unidades da federação. Figura 1 – Mapa de Desvio de Precipitação Mensal em Dezembro de 2013 (Inmet. mas não Em se tratando da distribuição Anual dos desastres vinculados aos movimentos necessariamente pela existência do óbito. constata-se que houve significativa incidência no mês de dezembro/2013. nos períodos de verão tropical. de massa. que no ano de 2013. Gráfico 13 – Distribuição por UF dos Desastres Vinculados a Movimentos de Massa. pluviométrica registrados no período na mesma região (Figura 1). Os valores anômalos. atingiram áreas de sensibilidade a esse tipo de evento. pertinente à localização geográfica desses eventos. de Janeiro. 22 localizaram-se no estado de Minas Considerando-se a significativa incidência de desastres vinculados a movimentos de Gerais. sendo ainda 9 registrados no estado do Rio massa. o desastre pode ser caracterizado pela intensidade do dano. quanto ao grau de superação. NORDESTE Gráfico 14 – Distribuição Temporal dos Desastres nas Macrorregiões Vinculados aos Movimentos de Massa (Ano 2013). no entanto. conforme observado no Gráfico 13. predominantemente localizados no estado de Minas Gerais. 2014) 60% 53% 50% 40% 30% 21% 20% 11% 8% 10% 3% 3% 3% 0% BA ES MG PB PR RJ SP 52 53 . tanto na distribuição espacial de sua incidência quanto CENTRO-OESTE em sua distribuição temporal. considera-se que quantitativamente manteve-se a tendência verificada no ano de 2012. 2012.5% da totalização anual. os processos eles predominantemente localizados na região sudeste. na região sudeste. conforme Gráfico 15. a saber: totalização. Registros considera-se que houve retração dos quantitativos obtidos no ano de 2011.659 Bolívia e AFETADOS 2.541 Norte 0 0 0 0 0 0 0 0 4.356 afetados no período. • Erosão costeira/marinha. percentual semelhante ao constatado no ano de 2012. gelo e/ou organismos. pela existência de ravinas e pela exigência de boçorocas. seguindo quantitativamente a mesma tendência quanto ao número de afetados diretamente pelo dano (feridos. estando Segundo a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade). onde relacionam entre si: (i) os fenômenos episódicos de maior incidência de precipitações pluviométricas.156 Erosão pode ser entendida como um processo de desagregação e remoção de Total 41 133 88 6.366 Colômbia 0° 0° NORTE Equador 224.530 233.356 partículas do solo e/ou fragmentos de rochas pela ação combinada da gravidade e tendo como agentes causadores a presença da água.058 1. vento. movimentos de massa.659 Sul 0 0 0 0 24 0 2.659 2. totalizou 233. Fluvial e Marinha) Sudeste 41 78 58 2. Centro de Estudos e Pesquisas Uruguai Sistema de Coordenadas: GCS SIRGAS 2000 1 Dados: SIRGAS 2000 que o significativo número de afetados mantém relação.366 224. sendo esta última mais bem caracterizada pelo processo laminar. Considera-se que não são relatados significativos números de última.541 0 224. (ii) de margem fluvial.000 Pa o n cí CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL a 0 6.541 Suriname Guiana Francesa NORDESTE 4. como região que anualmente recebe influência de sistemas frontais e zonas eventos desta natureza.663 5.663 SUDESTE 5.721 6. (ii) a ocupação desordenada de áreas de risco e.156 fi c DESABRIGADOS 0 4.000 200.000. este último 30°S Informações de Desastres: Argentina 1:25.058 Guiana 1. e número de afetados pelo processo ocorreu na região Sudeste.000 150. 41. Centro-Oeste 0 0 0 0 0 0 0 0 Nordeste 0 55 30 4. Dessa forma. deflagradoras de eventos de a quantidade no ano de 2013.058 0 2.000 Km 5 30°S incrementado pelo desastre na região serrana do Rio de Janeiro.132 2. esta (iii) de margem costeira. No entanto.27% da erosivos podem ser divididos em três grandes grupos. o maior número de desabrigados pelos movimentos Em se tratando da análise numérica dos desastres provocados por erosão em 2013. considera-se Centro Nacional de Gerenciamento 0 200 400 800 2 de Riscos e Desastres (CENAD).156 10°S 10°S ti Brasil n SUL an â 24 tl o A 0 50. porém o maior foram agrupados os registros relativos a: (i) erosão continental.663 0 co O DESALOJADOS 0 1. Erosão (Continental.000 100. De maneira significativa. CENTRO-OESTE 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O Venezuela 6.453 41 O co Peru ce 2. Entretanto. coincidente.843 0 219. é possível individualizar por tipologia e espacialmente de convergência com alto acúmulo de precipitações. as avaliações de desempenho quantitativo mostram-se pertinentes 54 55 . • Erosão continental. compreendendo 96. Gráfico 15 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados aos Movimentos de Massa.366 0 1. em sua incidência. no ano de 2013.2.UFSC) Unidades: Graus 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O maior ocupação desordenada de áreas com alta susceptibilidade aos movimentos de massa.000 250. (iii) a Óbitos Feridos Enfermos Desabrigados Desalojados Desaparecidos Outros Afetados maior susceptibilidade ao evento do deslizamento. Mapa 8 – Ocorrências de Erosão em 2013. enfermos e desabrigados): vide Tabela 4.453 24 20°S 20°S ÓBITOS 0 0 0 41 0 Paraguai µ Chile Avaliando-se a distribuição dos danos humanos relacionados à série histórica.453 0 216. conforme ilustrado no Mapa 8.366 0 5. A avaliação do quantitativo de danos humanos vinculados aos desastres por movimentos de massa. de massa ocorreu também na região Nordeste. verificou-se que todos eles incidiram • Erosão de margem fluvial. Em se tratando do número de óbitos no período.032 6. com a sobre Desastres (CEPED . Tabela 4 – Distribuição Regional dos Danos Humanos Relacionados aos Movimentos de Massa. Pertinente à distribuição macrorregional desses eventos naturais. porém com 33. 33%. Considerando-se a tipologia dos eventos. conforme verificado no Gráfico 18. porém também se manifesta em • Erosão de margem fluvial: 19 eventos.33% da federação. frente às unidades 33. Mapa 8. no perímetro das regiões Sudeste e Centro-Oeste do país.81% JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ CENTRO-OESTE NORDESTE CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL NORTE SUDESTE SUL Avaliando-se a distribuição tipológica desses eventos. com pelo menos um evento Considerando-se o número de ocorrências de erosão causadoras de danos. vinculados aos processos erosivos. • Erosão costeira/marítima: 8 eventos. verifica-se que de maneira predominante se manifesta a incidência da erosão porém ela margem Gráfico 19 – Distribuição Espacial dos Desastres Vinculados aos Processos Erosivos. ilustrado no fevereiro. porém ela também ocorre em oito unidades da federação. anterior. secundariamente. em 2013.96%). e a erosão de margem fluvial. em 5 QUANTIDADE DE DESASTRES percentual da ordem de 15%. • Erosão continental: 6 eventos. 2012. porém com maior frequência no estado do Pará.93% EROSÃO DE MARGEM FLUVIAL 0 GO PA BA CE PE RN SE AM BA ES GO MG PA SC SP TO EROSÃO EROSÃO COSTEIRA/MARINHA EROSÃO DE MARGEM FLUVIAL CONTINENTAL 56 57 . Tal contexto é muito diverso daquele verificado no ano seguindo-se o novo procedimento de agrupamento de informações adotado pelo Cenad. com maior frequência em sua incidente no estado do Pará (29.41% do total). constata-se que a maior parte ocorreu no perímetro das regiões Nordeste e Norte do país. registrados no período 2013. apresenta-se com maior frequência nos meses de março e outubro. 2 1 3. em uma ou outra macrorregião. fluvial (62. ilustrada no Gráfico 19. todos os demais meses do ano. 3 3 4 conforme verificado no Gráfico 16.96% MARINHA 1 25. em que a maior incidência de eventos ocorreu nos meses de janeiro e verifica-se a distribuição do fenômeno nas cinco regiões geográficas do país. sendo ela predominante no estado do Pará.57% do total). A distribuição anual desses eventos. Gráfico 18 – Distribuição Temporal dos Desastres Vinculados aos Processos Erosivos. 5 11. constata-se que é heterogênea. em igual percentual.7% 14. vide Gráfico 17.11% 4 3 EROSÃO CONTINENTAL 2 2 2 2 2 2 2 2 EROSÃO COSTEIRA/ 1 1 1 1 1 1 1 1 62. seguindo tendência de concentração dos desastres vinculados a erosão costeira/marinha nos estados do Ceará e Pernambuco (28. 6 5 Gráfico 17 – Distribuição da Tipologia dos Eventos Erosivos Registrados.33% predominância no estado de Goiás dos desastres ocasionados por erosão continental (66. em 2013.00% do total).81% 0 14. havendo ausência deles no período de setembro a dezembro. 2 3 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 111 1 111 (EROSÃO) Gráfico 16 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Vinculados aos Processos Erosivos. coincidente com um dos períodos de acentuada precipitação pluviométrica. à exceção de novembro. processos erosivos. Adotando-se a mesma metodologia dos anuários anteriores.505 com a seca e estiagem no país durante o ano de 2013. pela ocupação de encostas. deram causa a significativo número de afetados no ano de 2013. para que a falta de precipitação provoque grave desequilíbrio hidrológico. ocupação desordenada.500 3.000 Situação de Emergência por Estiagem 30°S RS 30°S CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL AFETADOS 123. porém estes relacionados por períodos prolongados de baixa ou ausência de chuvas durante tempo suficiente. no ano 2013. Em menor ordem de frequência. decorrem do inadequado uso das margens dos rios e da expansão significativamente maior que aqueles oriundos dos movimentos de massa no mesmo urbana das metrópoles ali existentes.420 940 0 171.592 10°S TO AL 10°S RO SE 81 BA NORTE 2. conforme Tabela 5.420 20°S 20°S MS 174.478 GO DF 940 MG ES NORDESTE 2. os eventos de seca e estiagem caracterizam-se mesmo processo. Comparativamente.005 174.592 15. Seca e Estiagem desalojados existentes na região Norte do país.764 34.000 200.826 3. os desastres de seca Danos Humanos x Região (Quantitativo Humano) e estiagem foram divididos em três regiões: região Norte.000 140. ocorrem os desalojados na região Nordeste. onde se expõem solos pelo deflorestamento e período (Gráfico 20). vinculado ao Segundo definição da Defesa Civil. em aos fenômenos de regressão de margem costeira. embora o número de óbitos seja maior neste último.000 80. sendo amplamente avaliados.344 CE RN PB 88 PI PE SUDESTE 4 AC 3. onde a instabilização decorreu da alteração na dinâmica No entanto. Sul 0 0 0 0 0 0 15. causadores de em 2013 e no ano anterior localizam-se na região Nordeste do país. de maneira a desestabilizar as encostas ocupadas.344 DESABRIGADOS 0 2.344 15.000 60. dessa forma manifesta-se como mais preocupante.905 0 30. constata-se a concentração a ação humana induzindo as ocorrências do fenômeno. ocasionada principalmente nos primeiros meses do ano.420 402 4 0 DESALOJADOS 31 940 2. estes frequentemente relacionados aos fenômenos de regressão de margem fluvial. região do Semiárido Brasileiro e região Sul-Sudeste.330 SC Convenções 0 20. as quais apresentam características climáticas e meteorológicas Óbitos Feridos Enfermos Desabrigados Desalojados Desaparecidos Outros Afetados semelhantes no processo de deflagração da situação do desastre natural. 58 59 . determinada região.000 160.330 174. no entanto. Centro-Oeste 1 5 0 0 31 0 123.905 MT 402 34. decorrentes dos processos erosivos. Tabela 5 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados aos Processos Erosivos. percebe-se o significativo número de 4. Ao analisar os danos humanos envolvidos em desastres vinculados aos processos erosivos.000 100.505 SP RJ 1 5 PR CENTRO-OESTE 31 123. pelo menos neste último processo.478 3.906 351.964 0 343. Norte 0 81 326 402 2.249 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O Gráfico 20 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados aos Processos Erosivos.293 123.000 180. 0° RR AP µ 0° AM PA MA SUL 15.000 120. os fatores inerentes a esses eventos mantêm relação com diversos de escoamento das águas superficiais. a previsibilidade dos desastres oriundos de fenômenos de Em se tratando da distribuição anual da totalidade dos eventos vinculados aos movimento de massa e do processo de erosão têm. Quantitativamente.3.478 Sudeste 0 0 0 4 88 0 3.000 40.905 88 0 FERIDOS 5 0 81 0 0 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O ÓBITOS 1 0 0 0 0 Fonte: Pesquisa Própria. conforme apresentado no Gráfico 18. ocasionado pelo processo. dada a ocorrência de maior precipitação pluviométrica.330 O Mapa 9 ilustra os municípios que tiveram ocorrência de desastres relacionados Nordeste 0 0 140 2.592 Mapa 9 – Municípios em Situação de Emergência por Desastres de Seca ou Estiagem. cujos fatores. Verificou-se que a totalidade dos eventos erosivos costeiros causadores de desastre Tais fenômenos naturais.344 Total 1 86 466 2. 2014. decorrente do frequente número de óbitos o entendimento de causa requer avaliação circunstancial para cada fenômeno ocorrente. o primeiro condicionantes. desencadeados tanto por processos naturais quanto antrópicos. danos humanos.505 34. Nota-se atingidos.000 10.009 0 Figura 2 . O ano de 2013 apresentou. que analisa os registros de chuva nos anos de 2012 e 2013. região do Semiárido foi a mais atingida pelos eventos de seca e estiagem. o total de 67. por exemplo. conforme mostra.000 12. No Gráfico 21. Pelas características espaciais. tendo uma diminuição substancial em relação aos 640 municípios afetados durante claramente o alto número de pessoas afetadas pelos desastres relacionados a seca o ano de 2012.000.000 14. mas o resfriamento anormal das águas do Oceano Atlântico tropical sul (próximas à costa da região Nordeste) e o aquecimento acima do normal das águas do Oceano Atlântico tropical norte.088 SUL-SUDESTE 390 Quando se leva em conta também o ano de 2012 (Figura 2b). 2014.000. 256. nota-se que apenas algumas áreas pontuais apresentam índices em categorias secas.596 390 ÓBITOS 0 9 0 Gráfico 22 .000. padrões de chuva durante todo o ano. ENFERMOS 61 67.596 9 o SPI-12 (Figura 2a).058 em relação aos padrões climatológicos normais. A região Norte. relacionado aos desastres. 2014.000.088 DESALOJADOS 0 10.596 pessoas com alguma em relação ao ano de 2012. esse incremento de precipitação registrado não foi capaz de significar uma Gráfico 21 – Danos Humanos Causados pelos Desastres de Seca e Estiagem. Contudo. os desastres relacionados a seca O evento de seca registrado na região do Semiárido que se estende nos anos de e estiagem atingem uma área muito grande do país e trazem inúmeros danos humanos 2012 e 2013 trouxe prejuízos históricos para a região. apresentou um aumento em relação ao ano e estiagem no país. Na Figura 2a mostra-se o SPI-12.000 8. nota-se que o índice aponta 0 2.096 municípios com ocorrência do desastre. NORTE SEMIÁRIDO SUL-SUDESTE AFETADOS 147. uma melhora nos níveis de precipitação registrados em grande parte da região perceptíveis. A Figura 2 mostra o Índice de Precipitação Padronizada (SPI).000.000 a maior parte das áreas nas categorias severamente ou extremamente secas. estando a maior parte do território do Semiárido na categoria normal. A região do Semiárido é onde esses impactos são mais geral. explicam A proporção de municípios afetados pela seca e estiagem é exibida no Gráfico 22.000.Distribuição Regional do Total de Ocorrências de Seca e Estiagem. 2014. Esse número representa um aumento de cerca de 25% em relação ao ano de 2012.Índice (a) SPI-12 para o ano de 2013 e (b) SPI-24 para os Anos de 2012 e 2013.550. enquanto na Figura 2b mostra-se o 10.305 pessoas que sofreram algum dano anterior. totalizando 35 municípios em 2013 e apenas um registro em 2012. Fonte: Pesquisa Própria.009 11. se comparados aos valores climatológicos normais.11% NORTE SEMIÁRIDO SUL-SUDESTE a) b) Fonte: Inmet. que analisa o desvio de precipitação NORTE 147. sendo constatado um agravamento dos efeitos e danos oriundos do desastre. A em grande parte o padrão de precipitações abaixo da média registrado. 98.000 4.159 SPI-24. Observando-se apenas SEMIÁRIDO 67.058 11. com um total de 3.953.159 256.38% Vários padrões oceânicos e atmosféricos contribuíram para este grave cenário climático. representativa melhoria nos déficits de precipitação acumulada nos meses anteriores. no e econômicos para essas regiões. caracterizando um estado de Dipolo Positivo. Fonte: Pesquisa Própria.000.550. em que se havia registrado uma representativa queda nos enfermidade relacionada ao desastre.51% 1. 0. 61 que relaciona as precipitações para o ano de 2013. com um total de 11. A região Sul-Sudeste apresentou 16 municípios 60 61 . por outro lado. são ilustrados os danos nos três desastres registrados.000 6. Contudo. De modo geral. fato que 35.61% seca e estiagem durante o ano. Sul Fluminense no Rio de Janeiro e Zona da Mata em Minas Gerais.25%). Centro Amazonense no Amazonas. 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O Venezuela Suriname Guiana Francesa 700 604 Guiana QUANTIDADE DE MUNICÍPIOS ATINGIDOS 510 Colômbia 600 406 423 0° 0° 500 POR ESTIAGEM/SECA 329 Equador 299 400 300 128 124 85 200 60 64 64 5 27 2 6 2 1 2 1 5 100 O co 0 Peru ce JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 10°S 10°S ti Brasil n an NORTE SEMIÁRIDO SUL-SUDESTE â tl o A Pa o n Fonte: Pesquisa Própria.81%). de registros (37. as mesorregiões que mais tiveram Sul e nos meses de verão. A macrorregião Sul também apresentou um valor expressivo de desastres causados por alagamentos (25. os números de registros ocorrem. em sua maioria. em decorrência de precipitações intensas. O Gráfico 23 traz a evolução do evento de seca e estiagem ao longo do ano para Gráfico 24 – Distribuição Macrorregional das Ocorrências de Alagamentos em 2013.000 Km 3 30°S calçadas ou outras infraestruturas urbanas. conforme apresentado no Gráfico 24. os desastres de seca e estiagem. que é caracterizado como final do período chuvoso para grande parte da NORTE região Semiárida. contabilizando os novos municípios atingidos em cada mês.000.10%).71%) e Sul (31. os registros de eventos de seca e estiagem ocorreram CENTRO-OESTE durante todo o ano. Conforme o índice SPI mostrado anteriormente. atingindo ruas. O Mapa 10 apresenta o número de ocorrências de alagamentos registradas por Na região Sul-Sudeste.82% Na região do Semiárido. a macrorregião Sudeste apresentou o maior número de alagamentos foi registrado nas macrorregiões Sudeste (35. A 0 200 400 800 de Riscos e Desastres (CENAD). pode-se observar um pico de novos registros durante o NORDESTE mês de maio. 2 Centro de Estudos e Pesquisas Uruguai Sistema de Coordenadas: GCS SIRGAS 2000 Dados: SIRGAS 2000 1 sobre Desastres (CEPED . É interessante notar a diferença da distribuição temporal entre as três regiões de 11. nota-se que grandes áreas da região Norte apresentam índices em categorias secas. 30°S Informações de Desastres: Centro Nacional de Gerenciamento 1:25.25% 9. tornando os efeitos de um déficit de precipitação mais notáveis. Gráfico 23 – Distribuição de Municípios Atingidos por Seca/Estiagem ao Longo do Ano de 2013. Mapa 10 – Ocorrências de Alagamentos em 2013. 31. que é quando o setor sul da região enfrenta seu período climático com menores precipitações. onde ocorre maior aquecimento e evaporação na superfície. 2014. Alagamento Paraguai 9 7 µ Chile 6 Alagamento é a extrapolação da capacidade de escoamento de sistemas de Argentina 5 4 drenagem urbana e consequente acúmulo de água em áreas rebaixadas.4. a urbanização promove a canalização dos rios e as galerias acabam por receber toda a água do escoamento superficial. cí a Bolívia e fi c co O 20°S 20°S Registros 4. incidências de alagamento foram Norte Catarinense e Vale do Itajaí em Santa Catarina. na região mesorregião (classificação do IBGE). o maior número de ocorrências desastres naturais (Gráfico 25). 62 63 .71% se consolida com o notável aumento de municípios atingidos por desastres de seca e estiagem no ano de 2013.61% SUDESTE Na região Norte. Conforme o mapa. 11. Quando analisadas apenas as ocorrências de alagamentos classificadas como No ano de 2013.UFSC) ocorrência dos alagamentos está diretamente relacionada aos sistemas de drenagem 80°O 70°O 60°O 50°O Unidades: Graus 40°O 30°O urbanos. há um pico de novos municípios atingidos por seca e estiagem SUL no mês de agosto. 013 60.380 241 de alagamentos (Gráfico 26). Enxurrada 44.260 0 180.Gráfico 25 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Vinculados às Ocorrências de Alagamentos em 2013. Óbitos Feridos Enfermos Desabrigados Desalojados Desaparecidos Outros Afetados Centro-Oeste 0 18 87 310 756 0 7.81% Norte 1 12 2.9% dos registros de desastres por alagamento CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL no país.289 Gráfico 26 – Distribuição Espacial e Temporal dos Desastres Vinculados às Ocorrências de 0 20. a região Norte apresentou o maior índice de afetados por ocorrência registrada.439 33.330 48.447 59.317 37. São provocadas por foram 277.380 110.000 Alagamentos em 2013.820 pessoas. normalmente em pequenas bacias de relevo acidentado.330 desabrigados e 48. Apresentam grande potencial destrutivo.645 6. No que diz respeito ao número de afetados por desastres ocasionados por alagamentos no ano de 2013.240 9.977 59.439 NORTE 4.000 80. período em que foi registrado também o maior índice de desastres 3 110.260 desalojados (Tabela 6).439 33.464 por chuvas intensas. chuvas intensas e concentradas.439 1. 4.289 NORDESTE Total 4 279 4. Tabela 6 – Tabela Espacial dos Danos Humanos Relacionados aos Alagamentos em 2013.711 afetados.422 afetados por desastre.439 no mês de dezembro. região onde foi registrado o maior número de ocorrências.171 39.10% NORDESTE 5.630 1.289 DESALOJADOS 756 5. foram registrados 4 óbitos e 279 feridos. que podem ou não estar associados ao domínio fluvial.411 110.68% Nordeste 0 6 150 475 5. O desastre de maior relevância ocorreu no estado de 3 2 3 2 2 3 2 3 2 3 São Paulo. enxurradas e inundações.306 44. o valor médio de 4 4 4 4 afetados por ocorrência foi de 4. 12.439 0 12.790 DESABRIGADOS 310 475 37.439 1 Em relação à distribuição espacial e temporal dos desastres vinculados às ocorrências 59. CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL AFETADOS 8.645 0 33. aproximadamente 7. 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Apesar de representar apenas 12.634 6.000 40.000 60.472 1. (ALAGAMENTOS) 8 6 No Sudeste.240 39.803. sendo 1 óbito. Não houve registro de desaparecidos As enxurradas são escoamentos superficiais concentrados e com alta energia de por desastres de alagamentos em 2013.90% SUL 18 756 CENTRO-OESTE 310 8.790 0 57.380 12 6.464 14.464 60.630 0 70.634 4.740 4.820 NORTE Gráfico 27 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados às Ocorrências de SUDESTE Alagamentos em 2013.481. o número médio de afetados por desastre foi de 4. 2 SUL 1. O total de afetados por este tipo de ocorrências transporte.069 8.380 Sudeste 3 241 1.472 14 FERIDOS 18 6 12 241 2 13 ÓBITOS 0 0 1 3 0 12 10 Conforme dados obtidos por meio dos registros referentes aos desastres por QUANTIDADE DE DESASTRES alagamentos no país em 2013.790 1.000 100. o maior número foi registrado na macrorregião do Sudeste SUDESTE 33.472 60.641 277.306 enfermos.447 25.645 475 59.000 120.240 6 37. onde foram registrados 64. 64 65 .630 4.5. a maioria residente nas macrorregiões Sudeste e Sul (Gráfico 27).52% CENTRO-OESTE Sul 0 2 12 1. 4. na cidade de Cubatão. 63% SUL 29.UFSC) 3 Base Cartográfica: Mesorregiões Uruguai Sistema de Coordenadas: GCS SIRGAS 2000 2 IBGE-2005. 4. Segundo esse documento.000 2 2 Centro Nacional de Gerenciamento 6 4 Km 1 1 1 30°S de Riscos e Desastres (CENAD). de Desastres Naturais (2013). A distribuição macrorregional de CENTRO-OESTE desastres por enxurradas de 2013 segue a mesma configuração da distribuição na análise 1. no estado de Santa Catarina. Entre o Gráfico 28 – Distribuição Macrorregional das Ocorrências de Enxurradas em 2013. n an â tl o A Pa 18 o n 16 cí a Bolívia 16 e fi c co Registros O 14 QUANTIDADE DE DESASTRES 20°S 23 20°S 18 12 14 (ENXURRADAS) 13 8 Paraguai 10 8 12 11 7 7 µ 8 6 10 Chile 9 5 5 5 5 8 6 4 4 4 Informações de Desastres: 7 3 3 3 3 3 3 3 Argentina 1:25.98% naturais.39% 16. o estado de Santa Catarina apresenta maior concentração de enxurradas relativas ao seu pequeno tamanho. 0 200 400 800 5 30°S 1 1 1 1 1 1 Centro de Estudos e Pesquisas 4 2 sobre Desastres (CEPED . período de 1991 a 2012. 27. o maior número de ocorrências Esses registros seguem a mesma tendência histórica apresentada no Atlas Brasileiro de enxurradas foi registrado nas macrorregiões Sul (51. seguida pelas macrorregiões Sudeste e Nordeste (Gráfico 29).95% CENTRO-OESTE NORDESTE O Mapa 11 apresenta o número de ocorrências registradas por mesorregião 46. as mesorregiões Oeste Catarinense e Vale do Itajaí somam 50% de todas as enxurradas registradas. O Atlas Brasileiro de Desastres Naturais (2013) aponta que nas duas últimas décadas a ocorrência de enxurradas concentrou-se nos meses de verão e primavera. NORDESTE 51. as mesorregiões que mais tiveram incidência 0. O co Peru ce 10°S 10°S ti Brasil Gráfico 30 – Distribuição Espacial e Temporal dos Desastres Vinculados à Ocorrência de Enxurradas em 2013. No ano de 2013.85% NORTE de enxurradas foram Oeste Catarinense.39%). alagamentos e inundações nessa região. SUL Mapa 11 – Ocorrências de Enxurradas em 2013.000.15%) e Sudeste (29. Dados: SIRGAS 2000 0 Unidades: Graus 1 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL 66 67 . SUDESTE 7. o maior número foi registrado na macrorregião Sudeste no 0° 0° mês de dezembro.58% Quando analisadas apenas as ocorrências de enxurradas classificadas como desastres 12. SUDESTE Sul Baiano na Bahia. Conforme o mapa.15% NORTE Gráfico 29 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Vinculados à Ocorrência de Enxurradas em 2013. Central Espírito-Santense no Espírito Santo. período em que foi registrado também o maior índice de desastres por Equador chuvas intensas. a macrorregião Sul permanece com o maior número de registros. Vale do Itajaí e Sul Catarinense em Santa Catarina. Região Metropolitana de Porto Alegre no Rio Grande do Sul e Vale do Rio Doce em Minas Gerais.91% histórica apresentada no Atlas Brasileiro de Desastres Naturais (2013).97% 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O Venezuela Suriname Guiana Francesa Em relação à distribuição espacial e temporal dos desastres vinculados à ocorrência Colômbia Guiana de enxurrada (Gráfico 30).61% (classificação do IBGE). conforme apresentado no Gráfico 28. 440 484.645 5. o maior número de ocorrências Óbitos Feridos Enfermos Desabrigados Desalojados Desaparecidos Outros Afetados de inundações foi registrado na macrorregião Sul (33.266 118.98% 5. Nordeste e Sul do Brasil são onde as ocorrências de inundações são predominantes. Isso implica que.681 afetados) residem no estado do Espírito Santo.324 17.129 9. Norte 0 0 12 1.440 Sudeste 31 458 1. Inundação no ano de 2013.000 400.645 Gráfico 32 – Distribuição Macrorregional das Ocorrências de Inundações em 2013.6.790 66.790 3.895.608 pessoas. mesorregião Centro SUL 61 2 Amazonense (18 ocorrências) e mesorregião Sudeste Amazonense (17 ocorrências).841 3.129 458 O Mapa 12 apresenta o número de ocorrências registradas por mesorregião 31 484.645 1. 68 69 .000 CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL Mapa 12 – Ocorrências de Inundações em 2013. AFETADOS 39.33% CENTRO-OESTE Gráfico 31 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados às Ocorrências NORDESTE de Enxurradas em 2013.979 4.790 SUDESTE 1.669 17 20°S 20°S 12 afetados por ocorrência.440 66. conforme apresentado no Gráfico 32.659 NORTE 1. 0 200 400 Km 800 Sistema de Coordenadas: GCS SIRGAS 2000 3 2 30°S Centro de Estudos e Pesquisas Uruguai (301. a maioria residente nas macrorregiões gradual. seguida pelas macrorregiões Centro-Oeste 1 0 0 0 104 0 39.006 12 1.61% das ocorrências de desastres.266 desabrigados. Conforme o mapa.074 92 778.355 39. em 2013. O total de afetados por Inundação é a submersão de áreas fora dos limites normais de um curso de água em zonas que normalmente não se encontram submersas.431 20.431 9. NORTE 27. Tabela 7 – Tabela Espacial dos Danos Humanos Relacionados às Enxurradas em 2013. 118.654 66. Os Chile 5 4 Argentina 1:25.41% Total 38 787 2.000 500. No que diz respeito ao número de afetados por desastres relacionados às enxurradas 4. 321.918 80.084 321.460 Norte (27.431 6 406.340 12 25.434 5. 2.084 8.044 SUL 3.608 33.763 321.101 177 de inundações foram Metropolitana de Porto Alegre (20 ocorrências).084 (classificação do IBGE). foram registrados 38 óbitos e 787 feridos.035 1. as mesorregiões que mais tiveram incidência 20.044 0 42.841 86 287. enquanto na região Sudeste esse número foi de 14.82% Sul 2 61 177 3.UFSC) Unidades: Graus 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O ocorreram no estado do Espírito Santo no mês de dezembro. No ano de 2013. a região Sudeste apresentou o maior número de A o o Pa Registros n afetados por ocorrência.000 registros mostram ainda que aproximadamente 63% dos afetados da região Sudeste 30°S Informações de Desastres: Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD). com dados históricos apresentados no Atlas Brasileiro de Desastres Naturais. O número de afetados por ocorrência de desastre relacionado a cí 20 e Bolívia c fi O 18 co à enxurrada no país foi de 7. O transbordamento ocorre de modo esse tipo de ocorrências foram 931.000 600.101 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O Venezuela Suriname Guiana Francesa DESALOJADOS 104 29.324 enfermos.006 NORDESTE 268 4 80.460 29.000.129 177 Colômbia FERIDOS 0 268 0 458 61 0° 0° Equador ÓBITOS 1 4 0 31 2 co As informações apresentadas apontam que. 17.000 200.044 1.000 300.45% 104 SUDESTE CENTRO-OESTE 1 39.98%). Nordeste 4 268 1.841 Guiana ENFERMOS 0 1. as macrorregiões Sudeste.035 29.340 1. 21 Dados: SIRGAS 2000 1 sobre Desastres (CEPED .979 0 100.33%).340 9. geralmente ocasionado por chuvas prolongadas na bacia hidrográfica.654 0 2.074 desalojados e 92 desaparecidos (Tabela 7). apesar de a região Sul representar O Peru ti ce 10°S 10°S n Brasil â an tl 46.006 3.45%) e Sudeste (25. os desastres por enxurradas no 10 Paraguai 8 µ 7 Sudeste apresentaram maior gravidade quando comparados ao restante do país.224 484.694 931.035 1.979 DESABRIGADOS 0 3.460 80. Dos 31 óbitos registrados.101 20. De acordo Sudeste e Sul (Gráfico 31). 769 5.402 1.449 CENTRO-OESTE 29 2 2 21.283 59.389. Óbitos Feridos Enfermos Desabrigados Desalojados Desaparecidos Outros Afetados Centro-Oeste 2 2 29 1. Eles somaram 474.363 SUL 589 Gráfico 34 – Distribuição Espacial e Temporal dos Desastres Vinculados à Ocorrência de 145 5 419.000 CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL 14 13 AFETADOS 21. 70 71 .401 afetados. o 1 1 1 1 1 1 2 número médio de afetados por desastre no país foi de 16.511 1.541.363 62. Nessa mesma análise. Quando analisadas apenas as ocorrências de inundações classificadas como desastres No que diz respeito ao número de afetados por desastres de inundações no ano de naturais.000 300.248 1.034 5.769 113. 0 100.248 37. a macrorregião com maior incidência em 2013 foi a Sudeste (29.000 500. o valor médio foi de 22.511 4.000 600.9% Nordeste 17 51 239 5.469 afetados.000 400.628 18.673 NORDESTE Sul 5 145 589 8.962 4.95% Norte 7 711 11.955 113.259 8. Gráfico 33 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Vinculados à Ocorrência de Inundações em 2013.011 NORTE Total 36 1.778 24.178 552 5 567.707 afetados por CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL ocorrência. a maioria residente na macrorregião Sudeste ocorrências de desastre por inundações.248 ocorreu no Sudeste no mês de dezembro. alagamentos e enxurradas.259 ENFERMOS 29 239 11.38%) e Sul (25%) (Gráfico 33). macrorregiões Norte (27. em agosto de 2013. O total de afetados por esse tipo no Atlas Brasileiro de Desastres Naturais (2013).511 2 9.38% SUL Gráfico 35 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados à Ocorrência de Inundações em 2013.454 SUDESTE 27.000 200.600 4. o evento que atingiu maior proporção ocorreu na cidade de Nova Iguaçu e afetou 382. Os quatro eventos de maior expressão ocorreram no estado do Rio de Janeiro no mês de dezembro.363 12 DESALOJADOS 2.449 2.957 362.769 0 4. 13.324 567.023 208.274 6 1.656 8.774 113. De acordo com os dados apresentados 208. Na região Sul a ocorrência de desastre ocasionado por inundação mais expressiva foi registrada no estado do Rio Grande do Sul.283 enfermos.449 5.023 desabrigados.962 18. Na região Sudeste. a macrorregião com mais registros de de ocorrência foram 1.011 Inundações em 2013.673 419.957 62.011 DESABRIGADOS 1.461 feridos.389. onde 0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ foi registrado o maior número de desastres. 29.656 maior índice de desastres por chuvas intensas. período em que foi registrado também o 24.774 25% 5. 59.673 62.178 589 QUANTIDADE DE DESASTRES 10 FERIDOS 2 51 711 552 145 7 (INUNDAÇÕES) ÓBITOS 2 17 7 5 5 8 6 5 5 5 6 4 4 4 4 3 4 2 2 1 2 1 1 1 2 1 1 2 2 Conforme os registros de 2013 para ocorrências relacionadas às inundações. Tabela 8 – Tabela Espacial dos Danos Humanos Relacionados às Inundações em 2013.76% 2. eles causaram 36 óbitos e 1.962 11.259 0 337.778 37.600 NORDESTE 239 51 17 Em relação à distribuição espacial e temporal dos desastres vinculados à ocorrência 18.034 567.955 5. SUDESTE 1.957 1 535.603 419.774 362. seguida pelas 2013. o Norte aparece apenas em quarto lugar.454 pessoas. entre os anos de 1991 e 2012. com 13% dos registros. também foi a Sudeste (Gráfico 35). totalizando 84% do total de registros da região.600 37.034 CENTRO-OESTE Sudeste 5 552 1.274 desalojados e 6 desaparecidos (Tabela 8).76%).872 362.178 5.955 de inundação (Gráfico 34).778 3 195.089 pessoas (67% dos registros do Sudeste).656 24.461 13. na cidade de São Leopoldo. Desses. (34%). o maior número de ocorrências de desastres por inundações NORTE 711 7 11.083.975 21. com 178. UFSC) Unidades: Graus 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O CENTRO-OESTE NORDESTE Em relação à distribuição espacial e temporal dos desastres vinculados às ocorrências de queda de granizo (Gráfico 37). mais uma vez. nas quais os intensos movimentos ascendentes e o fato de as Colômbia temperaturas no interior dessas nuvens serem inferiores a 0°C possibilitam o aumento de 0° 0° Equador tamanho e o congelamento de gotículas de água que. 15 20°S 20°S 11 10 Paraguai 9 Gráfico 36 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Vinculados à Ocorrência de Granizo em 2013. Em termos absolutos. Nesses quatro meses. Sua formação está associada Guiana SurinameGuiana Francesa a nuvens convectivas.000 10. os quais geralmente medem entre 5mm e 15mm. µ 8 Chile 6 4 Argentina 1:25.7. SUDESTE Esses sistemas podem ser deflagradores de grandes tempestades e SUL consequentemente com possibilidade de queda de granizo. sendo 65. Bolívia e fi Legenda c co O 26 ocorreram na região Sul e 3 foram registrados na região Sudeste.4. Desses.5% do total de registros. conforme já explicado. as ocorrências nas regiões já NORTE citadas. são possíveis deflagradores de sistemas de tempo severo que podem ocasionar temporais e queda de granizo. Granizo Mapa 13 – Ocorrências de Granizo em 2013. 29 são referentes à ocorrência de granizo.000. Pedras maiores que 2cm são consideradas grandes o suficiente para causar danos. tais como Sistemas Frontais e Sistemas Convectivos de Mesoescala.66% avançaram sobre a região Sul do país sendo que. Granizo é a forma de precipitação que consiste na queda de pedaços irregulares 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O Venezuela de gelo. do total de 493 o n cí a desastres identificados neste anuário. onde se percebe a sujeição de o A Pa duas regiões aos referidos eventos: Sul e Sudeste.34% 30°S Informações de Desastres: 3 30°S Km Centro Nacional de Gerenciamento 0 200 400 800 2 de Riscos e Desastres (CENAD). desses mesmos sistemas. Observa-se uma grande frequência de eventos de queda de granizo entre os meses de setembro a dezembro. notam-se. 11 transitaram sobre parte da região Sudeste e. O co Peru ce ti 10°S 10°S O Gráfico 36 e o Mapa 13 apresentam a distribuição regional dos desastres Brasil n an â tl vinculados à ocorrência de granizo no Brasil em 2013. Esse fato é explicado pelas características dos sistemas meteorológicos atuantes nessas regiões. precipitam. cerca de 20 Sistemas Frontais 89. por estarem com um peso maior. Gráfico 37 – Distribuição Espacial e Temporal dos Desastres Vinculados à Ocorrência de Granizo em 2013. 7 6 6 5 QUANTIDADE DE DESASTRES 5 4 4 (GRANIZO) 4 3 3 2 2 2 1 1 1 1 0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL 72 73 . Centro de Estudos e Pesquisas Sistema de Coordenadas: GCS SIRGAS 2000 Uruguai Dados: SIRGAS 2000 1 sobre Desastres (CEPED . sendo 11 no trimestre de outubro a dezembro. 0 20.936 pessoas afetadas pelos 3.000 180. fato visualizado ao se observar os números e dados desses dois tipos de desastres. Norte e Nordeste) foram registrados apenas 15.000 40. Os vendavais normalmente são Pa o n cí decorrência de uma tempestade e por isso podem estar acompanhados de chuvas a Bolívia e fi c co intensas. Nordeste também com apenas 2 ocorrências. sendo 1 no mês de agosto e mais 1 no mês de novembro. Sudeste com 7 ocorrências. Todavia.8.000 100.545 164. vendaval em 2013. finalmente. Percebe-se que a maioria 8 µ Chile 6 dos eventos registrados (84. que derivam muitas vezes de células de tempestades. com o pico de 6 no mês de dezembro. Gráfico 39 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Vinculados à Ocorrência de Vendaval em 2013.000 140. por sua vez. A distribuição espacial e temporal dos desastres vinculados às ocorrências de 32 referem-se à ocorrência de vendaval.768 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O DESABRIGADOS 0 0 0 6 5. e um total de 176.149 SUDESTE 6 12. ao analisarmos o Gráfico 38.63% das ocorrências. O 20°S 20°S Registros O Gráfico 39 e o Mapa 14 apresentam a distribuição regional dos desastres Paraguai 15 vinculados à ocorrência de vendaval no Brasil em 2013.000. 74 75 .000 80.768 Mapa 14 – Ocorrências de Vendavais em 2013.545 DESALOJADOS 0 0 0 2. NORDESTE CENTRO-OESTE NORTE 21. Em termos absolutos.000 CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL AFETADOS 0 0 0 12.000 (Centro-Oeste. aponta: região Sul com 20 ocorrências. estando â tl o A ligado a diferenças nos valores de pressão atmosférica. 2 ocorrências no mês de fevereiro e 1 em outubro.000 120.13% desastres de queda de granizo. 30°S Informações de Desastres: Centro Nacional de Gerenciamento 0 200 400 Km 800 3 2 30°S de Riscos e Desastres (CENAD). tempestades de raios e até de queda de granizo.25% CENTRO-OESTE Gráfico 38 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados à Ocorrência de Granizo em 2013. Esses sistemas tempestuosos também estão ligados à ocorrência de queda de granizo. com o pico de 4 no mês de dezembro.000 160.149 7. Norte com apenas 2 ocorrências durante o ano. Centro de Estudos e Pesquisas Uruguai Sistema de Coordenadas: GCS SIRGAS 2000 1 Dados: SIRGAS 2000 sobre Desastres (CEPED .UFSC) As características dos sistemas meteorológicos atuantes nas duas primeiras regiões 80°O 70°O 60°O 50°O Unidades: Graus 40°O 30°O citadas explicam essa maior ocorrência de vendavais.168 1 7. No ano de 2013 o evento granizo provocou 1 óbito e 103 feridos ou enfermos.818 Venezuela Suriname Guiana Francesa ÓBITOS 0 0 0 0 1 Guiana Colômbia 0° 0° Equador 4.25% 6. 6. e. 1 no mês janeiro e outra em novembro.38%) ocorreu nas regiões Sul e Sudeste e nas demais Argentina 4 1:25.88% NORDESTE SUDESTE NORTE 62. verifica-se o grande número de pessoas desabrigadas e desalojadas.168 164. somando 15.000 60. do total de 493 desastres identificados neste anuário.518 pessoas.818 SUL 5. que apresentou apenas 1 ocorrência no mês de outubro (Gráfico 40). Centro-Oeste.5% SUL 2. Vendaval O co Peru ce 10°S 10°S ti Brasil n an Vendaval trata-se de forte deslocamento de massa de ar em uma região. em que não se observou registro desses desastres. Chuvas intensas Os desastres de chuvas intensas estão associados a grandes volumes acumulados de 7 6 6 precipitação.62% SUL 12 304 3.11%) e Norte (5. conforme visto na 2 1 1 1 1 1 1 1 1 Tabela 9. não significa a ausência de chuvas intensas com potencial de Gráfico 41 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados à Ocorrência de Vendaval.566 74 597 DESALOJADOS 12 385 324 607 5. junho e setembro.016 102.000 40.000 80.508 0 20. 76 77 . 0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Região Eventos % Eventos CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL Centro-Oeste 18 20. Esses eventos são muitas vezes deflagradores de outros tipos de desastres. desastre. No ano de 2013 também se observou que foi a Região ocorreu de maneira bem dividida entre as regiões Sul (33.11% Analisando-se a distribuição espacial e temporal dos desastres relacionados às Norte 5 5.224 597 SUL 18 10.71% Total 89 100% Os dados de danos humanos mostrados no Gráfico 41 evidenciam as consequências Fonte: Pesquisa Própria. ou por vezes inexistência de registros. inundações graduais ou bruscas e alagamentos) ou QUANTIDADE DE DESASTRES 5 4 geológicos (movimentos de massa e erosão) e ocorrem muitas vezes associados com (VENDAVAL) 4 3 3 outros desastres meteorológicos (granizo. Sul 30 33. Os desastres classificados como vendaval causaram um total de 199 pessoas feridas ou enfermas. destaca-se que a baixa ocorrência.105 entre desabrigados e desalojados e um total de 123.000 SUDESTE CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL AFETADOS DESABRIGADOS 408 692 4.224 FERIDOS 1 3 80 64 18 ÓBITOS 1 0 1 1 1 30. 2014. mas sim que muitas vezes esses eventos foram deflagradores de outros tipos de desastres que se tornaram mais evidentes.11% NORTE 1 102.22% Nordeste 9 10.34% Fonte: Pesquisa Própria. vendaval e tornados).735 pessoas afetadas.508 afetados com apenas um óbito). Sudeste (30.9. 1 Tabela 9 – Número de Desastres de Chuvas Intensas nas Regiões do Brasil em 2013. evidenciando a magnitude Na distribuição espacial (vide Gráfico 42).22% 1 4.71% CENTRO-OESTE SUDESTE 64 1 16. 12 12 CENTRO-OESTE 1 1 428 Gráfico 42 – Distribuição Espacial dos Desastres de Chuvas Intensas nas Regiões do Brasil em 2013. Centro-Oeste (20. Esse fato explica o baixo 3 2 2 2 2 número de registro deste tipo de desastre no Brasil no ano de 2013. trazidas pelos desastres provocados por esse fenômeno em 2013.000 100. 4. fica claro que este tipo de desastre dos danos causados para a população.000 60. nota-se o registro durante quase todo o Sudeste 27 30.566 20.000 120. 385 304 NORDESTE 3 692 324 NORTE 80 3.508 5. em que as exceções foram os meses de março.22%) e em menor quantidade nas regiões Nordeste (10.016 NORDESTE 5.62% ocorrências de vendaval em 2013 (Gráfico 40). Gráfico 40 – Distribuição Espacial e Temporal dos Desastres Vinculados à Ocorrência de Vendaval. sejam eles hidrológicos (enxurradas. 11.34%) e Sul que apresentou um número maior de afetados (102. em que temos o quantitativo desses desastres nas regiões do Brasil. Conforme dito anteriormente.62%). 4 óbitos. 2014.111 607 74 33.111 16.34% ano.71%). com reflexos na qualidade do ar. Na Figura 3. incêndio florestal é a propagação de fogo sem controle. que se dividem em duas categorias: • Incêndios em parques.200. Para efeitos de Cobrade. para o Brasil no mês de dezembro de 2013. a falta de um número apresentou altos volumes pluviométricos registrados. 2014. que acarrete a queda da qualidade do ar.688 199 807 25 ÓBITOS 4 0 2 21 3 Figura 3 – Desvio de Precipitação no Mês de Dezembro de 2013 (Referência: Normal Climatológica 1961-1990). cabendo ressaltar que esse mês de desalojados e desabrigados em todo o país.215 14 NORDESTE 84 13 153 11 74. 86 4 985. Segundo a classificação da Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade).064 10. Fonte: Pesquisa Própria. que atua criando um canal de umidade entre a Região Amazônica e partes das regiões Sudeste e Nordeste.10. principalmente nos estados de maior de ocorrências não permite uma análise mais detalhada dos danos humanos Minas Gerais e Espírito Santo.922 Fonte: Pesquisa Própria.688 5 5 5 199 6 21 4 251. 78 79 .541 38. verifica-se a elevada espacial dos desastres causados por chuvas intensas. Incêndios Florestais As informações contidas neste anuário contemplam os registros do Cenad acerca das ocorrências e dos desastres relacionados aos incêndios florestais.000 1. 2012). dar-se-á ênfase aos que.348 251.000.323 0 200.000 600.541 74. 2014. danos ambientais e econômicos. por suas dimensões. ENFERMOS FERIDOS 1.000 800. apresenta-se o desvio mensal de precipitação relacionadas a esse desastre.027 86 84 153 1 5 1.688 6 4. percebe-se a evolução ao longo do ano e a distribuição Analisando-se os danos humanos mostrados no Gráfico 44. em áreas isoladas.215 25 4.688 29. Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). O mês de dezembro na região quantidade de pessoas afetadas. os incêndios florestais são considerados desastres naturais climatológicos.000 400. principalmente na região Sul.589 38. 2. Esses grandes volumes de precipitação ocorreram entre os dias 12 e 25 de dezembro e estiveram associados a uma Zona de Gráfico 44 – Distribuição Espacial dos Danos Humanos Relacionados à Ocorrência de Chuvas Intensas.654 443.922 4 10.323 CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL DESABRIGADOS 121 10. afastadas dos grandes aglomerados urbanos.589 121 CENTRO-OESTE 1. 2013 por provocar grande dano ambiental (BRASIL. em qualquer tipo de vegetação situada em áreas legalmente protegidas e não protegidas.000 1.654 3 3 3 29. relacionados à seca.348 8 32.027 Gráfico 43 – Distribuição espacial e Temporal dos Desastres Vinculados à Ocorrência de Chuvas Intensas. No entanto. Analisando-se o Gráfico 43. Áreas de Proteção Ambiental e Áreas de Preservação Permanente nacionais. atingiram perdas humanas. essa característica é responsável Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia – Inmet.064 15 32.383 SUDESTE 1.383 10. Os incêndios florestais ocorrem. na maioria das vezes. estaduais ou municipais. Contudo.841 2 2 2 2 2 2 2 2 807 SUL 25 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 2 443. apresentando pequeno grupo de afetados em comparação com outros tipos de desastres.802 2.000 0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL AFETADOS 985. e o valor considerável Sudeste apresentou um pico de 13 desastres registrados. • Incêndios em áreas não protegidas. Contudo.802 12 15 25 1 NORTE QUANTIDADE DE DESASTRES 10 5 2 (CHUVAS INTENSAS) 2. 4.841 DESALOJADOS 2. um pouco mais elevada em assoreamento de rios. que analisa todo o ano de 2013 teve a segunda menor média dos últimos 17 anos. foram levemente mais elevados em relação ao ano de 2012. Gráfico 45. conforme apresentado no de 2013. a) b) a) b) Fonte: CPTEC/INPE.000 100. Fonte: CPTEC/INPE. Isso pode ter contribuído sobremaneira para o baixo número de desastres Figura 5 – Índice de Precipitação Padronizada a) 2012 e b) 2013. 80 81 . de 2012 (Figura 6a). redução do fluxo de cursos de água. 2012. Na Figura 5a vemos O número de registro de focos ativos detectados pelo satélite de referência no ano o índice SPI-12 para o ano de 2012 e na Figura 5b o índice SPI-13. Gráfico 45 – Série Histórica do Total de Focos Ativos Detectados pelo Satélite de Referência. Segundo Soares e Batista (2007).000 250. que relaciona os níveis de precipitação com o que é esperado pela climatologia dentro de um período. Em relação ao registro de focos de queima. de maneira geral. A Figura 6 apresenta a distribuição dos índices pluviométricos acumulados no ano Figura 4 – a) Registro dos Focos de 2012.000 150. os danos diretos causados pelo fogo geralmente Um dos fatores que podem ter contribuído para a redução do número de focos de são bastante visíveis e fáceis de avaliar.000 0 a) b) 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Fonte: Inmet (adaptada). em comparação ao ano anterior. inundações. 300.000 200. Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) (adaptado). relacionados aos incêndios florestais no período estudado. Figura 6 – Média de Precipitação Acumulada a) 2012 e b) 2013. existem os efeitos indiretos. conforme mostrado na Figura 5. erosão e perdas em relação ao ano anterior. conforme disposto na Figura 4. cujas consequências somente podem ser avaliadas com o tempo. e b) Registro do Total de Focos de 2013. tais como calor no ano de 2013 foi a quantidade de chuvas registradas. e na Figura 6b esses mesmos índices são apresentados para o ano de 2013. Nota-se que os índices pluviométricos acumulados no ano de 2013. também se observou um número menor em 2013. Padronizada (SPI).000 50. No entanto. 2012. Esta análise fica evidenciada pelo Índice de Precipitação turismo e recreação. 16.000. 60% 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O 50% Venezuela Suriname Guiana Francesa Guiana 50% Colômbia 40% 0° 0° Equador 30% O co Peru 17% 17% 17% ce 10°S 10°S ti Brasil 20% n an â tl o A Pa o 10% n cí a Bolívia e fi c co O 20°S 20°S 0% Paraguai MT RJ RO SP Informações de Desastres: Centro Nacional de Gerenciamento Chile Argentina µ 1:25.67% 82 83 . Roraima e Rio de Janeiro. O maior número de eventos ocorreu na mesorregião O estado de Mato Grosso foi o que mais registrou esse tipo de desastre. Em seguida. Mapa 15 – Mapa de Incidência de Ocorrências de Incêndios Florestais por Mesorregião. O Mapa 15 demonstra o número de ocorrências de incêndios florestais por A maioria dos desastres relacionados a incêndios florestais ocorreu na região mesorregião no Brasil no período estudado. conforme Gráfico 48. Vale ressaltar que este é o número total Centro-Oeste. Rio de Janeiro com dois incêndios. ocorreram no período crítico 1 Base Cartográfica: Mesorregiões Uruguai Sistema de Coordenadas: GCS SIRGAS 2000 Dados: SIRGAS 2000 IBGE-2005. De qualquer modo. com 50% Macrometropolitana Paulista com 20 incidentes. Km 30°S 3 0 200 400 800 Centro de Estudos e Pesquisas 2 sobre Desastres (CEPED . foi possível analisar que a maior concentração dos eventos localizou-se em mesorregiões do Centro-Oeste e Sudeste do país.33%. seguida pela mesorregião Norte das ocorrências. 33. e Norte. As demais apresentaram um relato cada.33% (INCÊNDIOS FLORESTAIS) NORDESTE 1 50% NORTE 0 SUDESTE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL SUL 16. localizadas no Amazonas. (SISMANOGLU. SETZER.000 Registros 20 30°S de Riscos e Desastres (CENAD). conforme Gráfico 47. com 17% Mato-Grossense com três registros e pela mesorregião Metropolitana do estado do cada. que se estende de junho a outubro na maior parte do país. tem-se a região Sudeste. Unidades: Graus 80°O 70°O 60°O 50°O 40°O 30°O das queimadas. Gráfico 48 – Distribuição Temporal dos Desastres de Incêndios Florestais Ocorridos em 2013. de registros e que nem todos foram classificados como desastres. seguido pelos estados de São Paulo.67%. 2004). conforme disposto no Gráfico 46. Gráfico 46 – Distribuição Macrorregional dos Desastres Relacionados aos Incêndios Florestais. 2 CENTRO-OESTE QUANTIDADE DE DESASTRES 33. Rondônia e São Paulo. com 50% das ocorrências. Gráfico 47 – Distribuição dos Desastres de Incêndios Florestais por Estado.UFSC) Quanto à distribuição temporal dos desastres em 2013. doenças infecciosas virais e infestações de animais). enquanto 314. têm seus dados ligados a órgãos de saúde.970 Frentes frias e zonas de 5 0 2 0 72 139 0 213 NORDESTE convergência 200 Friagem 3 0 0 0 0 0 0 1.395 7.002.000 1. os quais têm eventuais ocorrências registradas no Brasil. Baixa umidade do ar 4 0 0 0 0 0 0 0 Doenças infecciosas bacterianas 1 0 0 0 0 0 0 0 Gráfico 49 – Danos Humanos por Macrorregião em 2013.200 NORTE 100 100 Geada 14 0 0 550 0 0 0 26. devido muitas vezes ao acompanhamento esparso ou ao controle de outros órgãos dentro das esferas governamentais.100 DESABRIGADOS 0 0 100 13 0 113 ENFERMOS 0 0 0 139 0 139 Tsunami 1 0 0 0 0 0 0 0 ÓBITOS 0 0 0 0 0 0 Total Geral 61 19 78 67. constituindo assim um desastre para a Defesa Civil. totalizando 61 ocorrências.367 145 Outras infestações 2 0 0 505 0 0 0 505 TOTAL 113 139 Tempestades de raios 1 0 1 0 0 0 0 1 0 500 1. desastres naturais relacionados aos incêndios florestais foi de 3. por exemplo.178 45 SUDESTE 13 139 Marés de tempestade (ressacas) 1 0 0 0 0 0 0 0 SUL Ondas de calor 1 0 0 0 0 0 0 0 3. Em relação ao número de óbitos. Os desastres do grupo Biológico (doenças infecciosas bacterianas. Outros Desastres Acerca dos desastres naturais listados na Tabela 10. Tais desastres são de mais difícil registro e obtenção de números e danos.178 foram atingidos por infestações de animais. 84 85 . Desses.500 4. houve registro de 19 (16 em eventos de doenças infecciosas virais.970 0 200 197 0 3. só chegando aos registros de Defesa Civil quando atingem um número grande de pessoas. Apesar das ressalvas descritas.735 no Brasil.601 1.913 7. A população afetada em 2013 com registro de danos humanos provocados pelos Tabela 10 – Danos Humanos Decorrentes de Outros Desastres Naturais.367 pessoas.177 0 0 0 1. contabilizando 1. como é o caso das tempestades de raios. 1 em eventos de infestações de animais e 2 em decorrência de tornados).000 CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL TOTAL Tornados 2 2 64 250 6 300 0 11.214 CENTRO-OESTE 2.500 2.735 4.367 DESALOJADOS 0 0 100 45 0 145 Tremor de terra 4 0 0 0 0 600 0 2.000 3.002.500 3. esses desastres apresentam números significativos em relação aos danos humanos. Ressalta-se também que alguns desastres não têm base técnica ou instrumentação necessária para seus registros.358.523 0 0 314.358. percebe-se menor ocorrência (baixo número de registros).688 AFETADOS 2. das friagens e de tornados.636 197 Infestações de animais 3 1 0 2. O total de afetados é um claro exemplo disso. Doenças infecciosas virais 19 16 11 63.11.214 por doenças infecciosas virais.000 2. 1. conforme Rótulos de Linha Ocorrências Mortos Feridos Enfermos Desabrigados Desalojados Desaparecidos Afetados disposto no Gráfico 49.039 0 1. que contrasta planícies (litoral e norte capixaba) com áreas montanhosas (sul do estado (Figura 7). PIMASSONI. Foto: Sedec/Cenad 86 87 . o Espírito Santo (ES) tem características climáticas ímpares em relação à maior parte dessa região.300mm/ano) e na região serrana (1. quanto ao seu posicionamento geográfico. com quebra em fevereiro) e outro com decréscimo acentuado de precipitação (maio a setembro). Em parte.600mm/ano). essa diferenciação deve-se tanto à complexidade topográfica de seu território. 2009. Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) (SIM/DOT/Incaper/Seag).. quando a altura de chuva ultrapassa 250mm no sudoeste capixaba. fica entre 150 e 200mm nos setores norte/nordeste e litoral sul e chega a 200-250mm nas demais regiões (Figuras 8 e 9). onde atuam sistemas meteorológicos distintos (ULIANA. 1999). sendo que o máximo ocorre em dezembro. 5. os maiores valores de chuva observados no estado ocorrem no litoral (em torno de 1. O regime pluviométrico do Espírito Santo apresenta um período com volume de chuva significativo (outubro a abril. ALVES et al. FEITOZA et al. FERREIRA DA SILVA. VICENTE. do Sistema de Informações Meteorológicas do Instituto Capixaba de Pesquisa. 5 Artigo produzido por Bruce Francisco Pontes da Silva.300-1. Elas variam de “clima quente e seco” a “clima frio e chuvoso” (NUNES. que comporta uma área de transição entre a região subtropical e a tropical. Maycon Patricio de Hollanda e José Geraldo Ferreira da Silva. Hugo Ely dos Anjos Ramos. 2010). EVENTO EXTREMO DE CHUVA EM DEZEMBRO DE 2013 NOS ESTADOS DO ESPÍRITO SANTO E DE MINAS GERAIS 5 Apesar de estar situado no Sudeste do Brasil. Climatologicamente (1931-2008). 2005.. CANDIDO. superando a climatologia em mais de 100mm. Mapa/Inmet. Seag/Incaper e Inpe/CPTEC. quando o esperado é de 250-300mm (Figura 9). meteorológicas de superfície e postos pluviométricos. os valores compreenderam acumulados de 300 a 500mm (Figura 9). os valores mensais de chuva ficaram entre 250 e 450mm. Fontes: ANA. Seag/Incaper e Inpe/CPTEC. O total de chuva observado em dezembro de 2013 no Espírito Santo somou mais de 500mm entre a faixa central e central-norte do estado (anomalia positiva igual ou maior que 400mm). conforme dados de estações Fontes: ANA. Figura 9 – Climatologia de Precipitação (mm) para o Mês de Dezembro no Espírito Santo – 1931 a 2008. sendo que os máximos superaram 800mm na microrregião de Santa Teresa. 88 89 . CPRM. Figura 8 – Climatologia de Precipitação Anual (mm) no Espírito Santo – 1931 a 2008. No extremo nordeste capixaba. Os detalhes pontuais. Figura 7 – Mapa de Topografia (m) do Estado do Espírito Santo. em Rio Bananal e em Águia Branca (excedente positivo superior a 500-600mm) (Figuras 10. Fonte: Geobases. CPRM. estão expostos na Tabela 11. Mapa/Inmet. 11 e 12). Nas demais regiões do estado. devido à estiagem no início do ano (primeiro bimestre). Base na Climatologia 1931-2008 Elaborada pelo Incaper. CPRM. Fontes: ANA. 90 91 . mas não passou de 1. Seag/Incaper e Inpe/CPTEC. Figura 11 – Anomalia de Precipitação Mensal Acumulada em Dezembro de 2013 no Espírito Santo com Figura 10 – Precipitação Mensal Acumulada em Dezembro de 2013 no Espírito Santo.300mm em parte do nordeste (Figura 12). as anomalias foram negativas em alguns trechos do norte/nordeste do estado e na região do Caparaó (sudoeste). Mapa/Inmet.000mm no setor sul/sudeste. CPRM. Em relação ao total anual de chuva observado em 2013. Fontes: ANA. O acumulado anual chegou a superar os 2. a anomalia ficou entre 100 e 300mm. Contudo. Nas demais regiões. Mapa/Inmet. Seag/Incaper e Inpe/CPTEC. As anomalias excederam a 600mm na Grande Vitória (>800mm na capital) (Figura 13). dezembro foi responsável pelas anomalias positivas iguais ou maiores que 300mm na região central e central-norte do Espírito Santo. Essas médias foram estatisticamente tratadas com estimativas de precipitação nos diversos níveis de probabilidade. Mapa/Inmet. CPRM. realizou-se uma comparação entre os dados medidos nas estações nesse mês com suas respectivas médias. que ficam localizadas próximas à divisa com a Bahia e nas proximidades do município de Castelo. Mapa/Inmet. Figura 13 – Anomalia de Precipitação Anual Acumulada em 2013 no Espírito Santo. Figura 12 – Precipitação Anual Acumulada em 2013 no Espírito Santo. na região serrana. em que os acumulados mensais observados na maioria das localidades foram considerados valores extremos. Seag/Incaper e Inpe/CPTEC. proposta por Thom (1958). Fontes: ANA. a partir da utilização da função de distribuição gama incompleta. Seag/Incaper e Inpe/CPTEC. Fontes: ANA. Com o objetivo de avaliar quantitativamente o comportamento da precipitação ocorrida em dezembro de 2013. Os resultados espacializados na Figura 14 mostram que para o mês de dezembro de 2013 as áreas em um tom verde-azulado. CPRM. a 92 93 . dos sistemas de brisa (terrestre/marítima. confluência dos ventos bem organizada entre 850 e 700hPa. Esse fato. dos Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM). 2004. 1993. perdas agropecuárias e industriais. normalmente entre outubro e março. da convecção local. Foram registrados danos na agricultura (as culturas do café e também da cana-de-açúcar foram muito afetadas) e na pecuária (morte de animais. • Apresenta intensa convergência de umidade na troposfera média e baixa. a probabilidade de que um evento dessa magnitude ocorra é de apenas 0. LIEBMANN. dos Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN). praticamente em fase com a banda de nebulosidade. AMBRIZZI. • Presença de uma frente semiestacionária. 2009) são: • Faixa de nuvens convectivas com orientação noroeste-sudeste (entre o sul da Amazônia e o Oceano Atlântico subtropical sul). • Os Andes estão. o que indica que pode voltar a acontecer dentro de 100 anos. QUADRO. 2008. em Vitória. das Zonas de Convergência de Umidade (ZCOU). proliferação de pragas e doenças e. em muitos casos. de frentes frias. nas áreas em que o tom amarelo fica em destaque. a probabilidade de ocorrência de uma chuva na intensidade que foi medida do Morro do Macaco. o que significa que pode voltar a ocorrer um evento dessa magnitude em um distúrbios provenientes da zona tropical. a ceifa de vidas humanas. Na região sul. CAVALCANTI et al. Isso representa que a recorrência é de até 200 anos nessas áreas. • Duração de 4 dias ou mais (entre 4 e 10) – média de 7 dias. em alguns novamente em um período de até 20 anos.. 14 de janeiro de 1985. As principais características da ZCAS (KODAYAMA. Cerca de 600 famílias ficaram desabrigadas. CARVALHO. pode ser citada a histórica tragédia destaque. • São observados de 4 a 6 episódios por ano no país. soterrando e Nas áreas em vermelho. em casos mais raros. onde houve os maiores volumes registrados de precipitação. os fatores climáticos mencionados também podem resultar na ocorrência de estiagens severas. afetando não só o norte capixaba. ligados à posição climatológica do sistema. Nas áreas em que a cor laranja aparece em casos. período de até 5 anos. com um cavado bem definido até ~500hPa e. observadas sobre a maior parte do Brasil. mas todas as regiões. que atingem especialmente o norte capixaba. do norte capixaba. até certo ponto. com o Jato Subtropical (JS) situado em ~35°S e existência de um sistema de baixa pressão térmica (baixa quente) à superfície (forte aquecimento na Bacia Amazônica) – principais mecanismos para a formação da ZCAS. 94 95 . MARTON. parte do morro desabou. As chuvas observadas no Espírito Santo são moduladas pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). vale-montanha e sua interação). das Perturbações Ondulatórias nos Ventos Alísios (POA) e. 2006). de 2003 foi uma das mais fortes da década passada no estado. ou seja. 1994. Devido a fortes chuvas. a probabilidade acarretando inundações. matando mais de 40 pessoas. queda na produção de leite. em parte da região serrana e em uma pequena faixa resulta muitas vezes na ocorrência de eventos extremos de precipitação sobre o estado.5%. deslizamentos de terra. durante a primavera e o verão (ANDRADE. FERRAZ. A seca Figura 14 – Probabilidade (%) da Precipitação Ocorrida em Dezembro de 2013. cuja bacia se concentra na região sul do Espírito Santo). somado às características de relevo. de ocorrência dos volumes mensais de chuva ficou em 5%. • Ocorre no verão. 2002. JONES. A ZCAS pode ser considerada um dos principais sistemas meteorológicos associados a chuvas abundantes. Distúrbios Ondulatórios de Leste (DOL). que aconteceu na madrugada de nos pontos é de 1%. A título de exemplo. A longo prazo. capital do estado.probabilidade da ocorrência dos valores acumulados de precipitação ficaram em torno Os sistemas meteorológicos das latitudes médias interagem ou modificam os de 20%. eles podem ocorrer prejuízos nas atividades ligadas ao turismo. polar intensa avança por essa região. Entre os dias 13 e 20. contribuindo com o aumento de nível na Bacia do Rio Doce. registrou um acumulado • A umidade provém do Atlântico (pelos alísios) e da Floresta Amazônica (JBN). De um total de 78 municípios. quando chove de maneira significativa. O Espírito Santo é fortemente influenciado pela presença da ZCAS. a Alta Subtropical em baixos níveis. As regiões sul e serrana foram as mais atingidas pela precipitação. decretou estado de emergência. Entre 6 e 9 de janeiro de 2008. sistemas de baixa pressão em baixos níveis da atmosfera 96 97 . Esse sistema. incluindo a região metropolitana de Vitória. ao se posicionar mais ao norte de sua posição média (CAVALCANTI et al. • Sua manutenção pode ocorrer com a chegada de uma segunda frente fria. Entre os dias 25 e 27. caracterizada pela mudança de direção (vórtices ciclônicos) passaram a dar suporte à ZCAS.4mm. muitas barragens e córregos transbordaram e centros urbanos sofreram com os alagamentos decorrentes das fortes chuvas (SILVA. sobre a metade norte capixaba. deixar seus lares e 24 pessoas morreram. em algum momento. onde a estação meteorológica automática do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) somou 746. O acumulado de precipitação passou dos • Baroclinia a sul do sistema. ano após ano. sendo que mais de 60 mil pessoas precisaram. Parte da BR-101 foi seriamente avariada. A metade sul e a parte central do estado também sofreram com as chuvas no dia 12. Entre os dias 21 e 24. contribuindo na elevação do rio São Mateus (Figura • Formação de uma crista. o estado do Espírito Santo. principalmente entre novembro e janeiro. contribuindo com a cheia dos área de forte convecção. no noroeste do estado. O evento resultou. o cavado entre baixos e médios níveis Espírito Santo. As primeiras medições na cidade datam de 1924. uma frente fria que avançava pelo país com jato em torno de 25°S estacionou em alto-mar. junto aos sistemas de menor escala. tem provocado grandes volumes de chuva em todo o Espírito Santo. divergência de massa e vorticidade anticiclônica em altos níveis. Riacho e Santa Maria da Vitória. a ZCAS provocou chuvas intensas na região central do estado. inclusive na capital. superior a 200mm. Vitória. divisa com o Espírito Santo. PIMENTA. reconhecido pelo Governo Federal. A chuva passou a se concentrar dos ventos alísios de sudeste. a partir da formação da ZCAS. o acumulado de chuva foi recorde. A ZCAS. Águia Branca. sobretudo. foi o principal responsável pela chuva extrema ocorrida no mês de dezembro de 2013 sobre o estado e também sobre o leste de Minas Gerais. 54 foram diretamente afetados no Espírito Santo. resultando em sérios prejuízos socioeconômicos. com alturas de chuva que superaram 200-300mm em 48h. A ZCAS dissipou-se no dia 27. que deixa o estado coberto por densas nuvens durante vários dias. Naquela data. rios Santa Maria do Rio Doce. caracterizado por ar seco e descendente. 2009). Em vários municípios. DA SILVA NETO. mas gradientes de temperatura menos intensos na 350mm no nordeste serrano. e a crista em altitude. 16). pancadas de chuva mais esparsas ainda atingiram a região noroeste do • Quando a frente semiestacionária se afasta. microrregião de Santa Teresa. que somaram mais de 60mm. com valores superiores a 100mm em 24h em diversos trechos.. deu lugar ao centro de um VCAN. caso permaneça também quase parada na altura do sudeste da América do Sul. um forte episódio de ZCAS foi observado no estado. 2010). em Minas Gerais. a cidade de Aimorés. No dia 24 de dezembro. Crista em superfície e a norte do sistema. quando perdeu o suporte de um vórtice se desintensifica. O acumulado • Formam-se movimentos verticais ascendentes (ômega negativo) em sua entre os dias 18 e 19 ficou em torno de 200mm na região de Barra de São Francisco e área de atuação. que intensificaram sua atuação. que deu espaço à crista da ASAS. em enxurradas e inundações. a sudeste do Espírito Santo (Figura 15). a ZCAS entra em processo de dissipação. resultante da do Atlântico Sul (ASAS) adentra a porção central sul-americana ou uma massa de ar divergência. O município de Rio Bananal e o litoral de Linhares destacaram-se. Nesse mesmo período. a atividade convectiva na Amazônia perde força. As chuvas mais fortes que castigaram o Espírito Santo durante dezembro de 2013 começaram no dia 11. lançado em novembro de 2013. Esforços da parte do estado do Espírito Santo e Governo Federal vêm sendo feitos nos últimos anos no intuito de prevenir e mitigar eventos extremos de chuva no território capixaba. (a) (b) Fonte: Arquivo/Incaper. cheias vermelhas remetem a cavados). o estado inaugurou no início de 2014 o radar meteorológico do Espírito Santo. pretende inaugurar um radar meteorológico no Espírito Santo em abril de 2014. Médios Níveis (500hPa) (d) e Altitude (250hPa) (e) para 12/12/2013 às 00 UTC (as linhas Águia Branca (b). Esse instrumento integra o desenvolvimento do futuro Centro Capixaba de Monitoramento Hidrometeorológico (CCMH). Figura 15 – Imagem de Satélite no Canal Infravermelho (a) e Cartas Sinóticas de Superfície (b). por meio do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). a previsão do tempo e a emissão de avisos meteorológicos especiais para o Espírito Santo oficialmente são realizadas pelo Sistema de Informações Meteorológicas do Instituto Capixaba de Pesquisa. Em parceria com a iniciativa privada. favorecendo ainda mais o monitoramento e a previsão de tempo a curtíssimo prazo. Baixos Figura 16 – Alagamento Ocorrido em Barra de São Francisco (a) e em Níveis (850hPa) (c). Noroeste do Espírito Santo. O Governo Federal. Atualmente. 98 99 . iniciativa do Programa Capixaba de Adaptação às Mudanças Climáticas. Fonte: DSA e CPTEC/Inpe. 0 Vargem Alta (Jaciguá) 479.4136 132.4 158.MG 300.4 194.3200 36.5 247.7279 -40.0 Guarapari 387.5 --.7 Posto Pluviométrico -19.5305 -41. --.7 247.8522 -41.7951 18.0 549.6 213.7136 -40.3560 -40.4 209.0 Muniz Freire (Usina Fortaleza) 441.0680 40.9850 -40.5790 998.0 463.5 Posto Pluviométrico -19.Sem valores médios de referência.8823 250.0 401.0 185.5 Posto Pluviométrico -18.0 151.2008 (Dados não publicados).1258 -40.0 Vila Pavão 515.2 Posto Pluviométrico -20.1990 (Normais Climatológicas do Brasil .0 Linhares (Povoação) 773.7808 -40.6 Posto Pluviométrico -20.3 Posto Pluviométrico -20.5 187.6 203.0 321. Estação Meteorológica -19.8552 154.1900 727. --.2 Estação Meteorológica -19.MG 618.0 349.0 Colatina 603.1031 451.6629 -40.0 185.0 Pinheiros 503.0 492.0 407.7700 -41.0 81.0 322.2402 624.3700 -40.7 Estação Meteorológica -20.0 224.0 Linhares 648.4 Posto Pluviométrico -19.5 225.7 Posto Pluviométrico -19.0 297.0 63.3 Posto Pluviométrico -18.9 188.0141 102.2 259.3 262.1984 -39.2 165.4 Estação Meteorológica -17.8 570.0 298.0 Aracruz (Jacupemba) 671.7827 -40.0 38.6 238.5 216.0 Iconha 460.0 Serra dos Aimorés .7500 18.1 260.1 211.0 592.0 Estação Meteorológica -19.6 Posto Pluviométrico -20.5388 -40.9070 -40.0 Aimorés .3 Posto Pluviométrico -20.5 201.2656 125.5403 -40.5100 20.2900 150.5441 251.0 211.4800 150. CPRM.4873 -40.3852 152.5030 -41.0 Itaguaçu (Itaimbé) 843.0 -37.0 383. --. no período de 1931 .1 Estação Meteorológica -20.0 Castelo 310.7491 14.6 Posto Pluviométrico -19.3600 196.0 Posto Pluviométrico -18.8310 250.2 285.4 190.5396 -41.1140 -40.4 258.0 211.2 Posto Pluviométrico -20.2966 127.9976 -40.1070 -40.3 Posto Pluviométrico -20. --.7073 857.0 Fundão 789.8 168.2 --.6 176.0 248.6201 -40.3 Posto Pluviométrico -19.1042 -41.0315 -40.6 187.7 199.0790 75.0 Águia Branca 816.3541 -41.0 318.0 64.0064 37.4 211.0 477.0 Nova Venécia (Córrego da Boa Esperança) 289.3983 82.0 407.2 Posto Pluviométrico -19.1 Estação Meteorológica -19.4 --.0 350.0 104.0 500.0 Vitória ** 746.0 83.0868 32.0 203.0 Posto Pluviométrico -20.4 Posto Pluviométrico -19.0 211.9367 -40.9 637.8 --.5881 -40.9761 259.0 Linhares 695.3 245.3570 -41.1903 -40. Total Média Latitude Longitude Altitude Anomalia Equipamento de Município (Distrito/Localidade) Acumulado Mensal * ( °) ( °) (m) (Dez/2013) Medição (Dez/2013) (Dez.0 São Mateus 245. --.6518 -40.0 João Neiva (Cavalinho) 567.7463 640.1 Posto Pluviométrico -18.1228 -40.6 Estação Meteorológica -20. Posto Pluviométrico -19.) -20.4155 -40.2 267.2 Estação Meteorológica -18.6300 -40.4 --.0 Conceição da Barra 258.0 Boa Esperança 505.4094 487.6 Estação Meteorológica -19. **Cálculo da precipitação média mensal para o mês de dezembro.5 Estação Meteorológica -19.0 Ibitirama 607.6420 92.0 Mucurici 302.6 Estação Meteorológica -18.0 230.5480 -40.2000 (Dados não publicados).0 270. MAPA/INMET e SEAG/Incaper.1 Posto Pluviométrico -18.5400 106.5 Posto Pluviométrico -18.4849 40.0 404.0 São Domingos do Norte 561.0 257.0 643.0 208.5972 -41.8 239.3358 105.0 Montanha (Vinhático) 222. 2009).4730 -40.4070 -40.0 Santa Teresa (Radar Decea) 837.0617 250.0 Aracruz (Santa Cruz) 534.0295 -40.0 Alto Rio Novo 483.0 Mimoso do Sul 437.0599 -41.1460 -40.0 211.0 Venda Nova do Imigrante 466.0 308.0 193.0 221.3830 -40.0 Guaçuí 483.7 153.0 Nova Venécia *** 473.5 Posto Pluviométrico -19.6 Estação Meteorológica -18.8 Posto Pluviométrico -19.2 Posto Pluviométrico -20.2 --.0 Vila Valério 486.1 Posto Pluviométrico -18.0 Mantena .2635 -40.3790 -40. Inpe/CPTEC.6800 593.5310 273.8480 39.1768 53.0 608.8600 50.7158 -39.MG ** 851.7 Posto Pluviométrico -19. --.0 397.2500 208.0 --. --.4 308. --.2023 159.0989 60.4 175.0 Linhares (Pontal do Ipiranga) 748.0 Sooretama 420.6 Posto Pluviométrico -18.0 235.INMET.3 211.2248 -40.5447 123.6 Posto Pluviométrico -18.3 201.9082 -40.4 Estação Meteorológica -20.7 203.0 Posto Pluviométrico -20. Posto Pluviométrico -18.3 Posto Pluviométrico -18. de acordo com a caracterização climatológica da série de precipitação.0 Montanha 196.6 153.8349 124.0 Ibitirama 686.5 Posto Pluviométrico -18.0 143.8248 36.0 Santa Teresa (Rebio Augusto Ruschi) 723.0190 -40.7 Posto Pluviométrico -19.0640 950.6789 128.1069 520.5745 -39.4 159. Mapa/Inmet e Seag/Incaper *Cálculo da precipitação média mensal para o mês de dezembro.0 Viana 482.0 Marilândia 663.0 São Gabriel da Palha 618.0 Alfredo Chaves 475.2 160.0 São Gabriel da Palha 618.0 Laranja da Terra 725.0 Jaguaré (Barra Seca de Ponte Nova) *** 524.4 162.4010 50. Posto Pluviométrico -19.0 Aracruz (Vila do Riacho) 565.0 Estação Meteorológica -20.3 186.0 Pancas 801.0 365.0703 50.2 Posto Pluviométrico -18.2 195.5570 758. Climatologia e Anomalia (mm).8926 -41.6921 -40.5271 188.5 193.8 260.5086 384.0 Água Doce do Norte 473.0 Santa Teresa (São João de Petrópolis) 666.1 162.4 Posto Pluviométrico -18.0 565.5081 88.9582 77. CPRM.0 226. Tabela 11 – Dezembro: Chuva Observada em 2013.0 Ecoporanga 630.7449 188.6 --.3720 -41.0 453.9885 -40.0 Marilândia 648.0 445.0 Iúna 551.0 Muniz Freire *** 392.3 158.0 Ecoporanga 555.3800 -41.0 445.0 233.7140 -39.0 Posto Pluviométrico -19.0425 18.1541 22.4418 61.0 72.1110 86.1977 35.0 Rio Bananal 827.5246 -41.0 Pedro Canário 274.0 Estação Meteorológica -20.0 Mantenópolis 495.7 202.7500 -41.0 255.4 184.7 200.5283 108.3579 -40.5300 -40.0 Sooretama 654.0 Jaguaré *** 481.7 Estação Meteorológica -20.0 254.7 250.0 Estação Meteorológica -18.0 São Mateus (Itauninhas) 393. Estação Meteorológica -20.5392 179.0 Posto Pluviométrico Fonte de dados: ANA.0 Ponto Belo 267. Posto Pluviométrico -18. de acordo com a caracterização climatológica da série de precipitação.0 348.5520 812.0 595.0908 -40.0 Posto Pluviométrico -20.0 Santa Maria de Jetibá 848.2360 122.0 Alegre 482.0 566.0 Conceição do Castelo 494.7 Posto Pluviométrico -19.8 Estação Meteorológica -18.6999 -40. --.0 Afonso Cláudio 508.0 Muniz Freire (Itaici) 485. Posto Pluviométrico -19.7 Posto Pluviométrico -18. Posto Pluviométrico -18.7 203.0 295.0679 75.2 247.4200 575.3 Estação Meteorológica -19.6651 745.0 271.9 Posto Pluviométrico -19.0 253.2 258.0274 554.7019 -41.3000 -40.9571 -40. período de 1971 .7100 6.4700 -41.0 Iconha (Duas Barras) 527.2996 -39.5371 -40.0 Baixo Guandu 760.5 Estação Meteorológica -20.0 634.5 194.0 Viana (Jucuruaba) 530.4660 -41.5665 -39. no período de 1961 .0583 -41.0 219.3 243.2 Posto Pluviométrico -18.6 240.0 Boa Esperança 441.9 288.4 264.0 84.0 Pinheiros 304.6076 196.0159 553. ***Cálculo da precipitação média mensal para o mês de dezembro.3736 -41.0650 193.1 251.0 460.0 Pedro Canário (Cristal do Norte) 152.0 São Mateus 243.0 319.4098 -40.8588 296. 100 101 .3 142.3 225. Fontes: ANA.8051 -40.0 192. INPE/CPTEC.9864 270.0 216.0 455.5 Posto Pluviométrico -19.0 Domingos Martins 596.7997 -40.4 Estação Meteorológica -18.3 Posto Pluviométrico -21.0 577.8 Posto Pluviométrico -20.1991 -40.4 190.4 Estação Meteorológica -18.4 Posto Pluviométrico -18.2 Estação Meteorológica -19.3643 126.2 285.0 204.0 230.9880 -40.7495 -40. em 2013. parte da série de publicação periódica anual. mas também para a construção de cenários futuros e planejamento das políticas públicas de proteção no país. com um total de 168. A dinâmica atmosférica. Como mostrado. sendo 41 óbitos em virtude de deslizamentos e 38 por enxurradas. portanto. chuvas intensas e tempestades.159 e deixando 68.269 pessoas enfermas ou feridas e 183 vítimas fatais. ao longo desses três anos de levantamento e análise dos dados de desastres naturais. aos profissionais e aos pesquisadores observar e avaliar o comportamento e a distribuição.233 pessoas. Este Anuário Brasileiro de Desastres Naturais. afetando um total de 11. O uso e a ocupação inadequados do solo e o desconhecimento aumentam a vulnerabilidade da população aos eventos naturais e.047 pessoas enfermas. os desastres naturais em 2013 afetaram um total de 18. traz como um grande benefício alcançado. um sistema centralizado e informatizado para registro das ocorrências de desastres: o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID).550. também é indutora de processos geológicos como movimentos de massa e erosão e de processos hidrológicos como enxurradas e inundações. As características geográficas do Brasil – climatológicas. Nele. Conforme destacado. responsável pelos inúmeros processos meteorológicos e climatológicos como seca e estiagem. Foto: Ascom/MI 102 103 . CONSIDERAÇÕES FINAIS O levantamento e a sistematização dos dados sobre desastres são fundamentais não só para o entendimento e interpretação dos eventos naturais que ocorrem no Brasil. buscou-se enfocar os aspectos que permitem aos gestores públicos.557. meteorológicas. das ocorrências de desastres naturais no Brasil. geomorfológicas. além da localização e dimensão. geológicas. também os danos e impactos decorrentes do desastre. os dados são informados pelos municípios atingidos e relatados no Formulário de Informação do Desastre (Fide). entre outras – contribuem sobremaneira para a ocorrência de desastres. As precipitações abaixo dos padrões normais climatológicos na região Semiárida do Brasil geraram a continuidade e o agravamento do desastre de seca. In: XV CONGRESSO BRASILEIRO DE METEOROLOGIA.php?r=clima/desvioChuvaMensal>. Journal of Meteorological Society of Japan. M. Anais do XV Congresso Brasileiro de Meteorologia. R. 3/4. bem como para se gerenciar desastres. Florianópolis. Caracterização da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) em dados de precipitação In: XIV CONGRESSO BRASILEIRO DE METEOROLOGIA. 1997 (paper on the included CD-Rom). FULIN. p. p. ANDRADE. conforme já foi destacado nos anuários anteriores. I. somado aos 25 registrados no estado de Minas Gerais no mesmo período. JONES. B. Y.. 2009. 2008. MARTON. J. ter ciência do perfil dos desastres ocorridos no país auxilia na construção do conhecimento de riscos desses eventos.. Enschede. INMET-2014. Tempo e Clima no Brasil.inmet. C. F. A. J. M. CAVALCANTI. 1993. Disponível em: <www. 2005. o estado do Espírito Santo enfrentou grandes desastres ligados a enormes volumes de precipitação registrados durante o mês de dezembro. 2014. L. Início da estação chuvosa na região Sudeste do Brasil: Parte 1 – Estudos Observacionais. 104 105 .. JONES.. F. CARVALHO.. C. form. F. 15. et al. M. M. L. MARENGO. L.. 17. de. and the SACZ). intensity. 2012. the SPCZ. v. RESENDE. p. M. Por fim. F. M. M. C. ITC journal. Acessado em: 14 mar. 3. V. 88-108. L.. SP: SBMET. FERRAZ. Journal of Climate. CARVALHO. Climate. L. Part II: Conditions of the circulations for generating STCZs. 71.br/portal/index. A. KODAMA. N. ZANGRANDE. J...418 pessoas desabrigadas ou desalojadas e 24 óbitos. A. V. C. N. E. 20... DESSAUNE FILHO. A. LIEBMANN. The South Atlantic Convergence Zone: persistence. São Paulo. SALGADO. Mapa de Desvio de Precipitação Mensal em Dezembro de 2013. CERQUEIRA. v. S. p.. Esses valores registrados superaram em até 400% os valores médios e esperados para o mês e foram responsáveis por 368. competência fundamental para se trabalhar com a prevenção e a redução dos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS riscos. SC: SBMET 2006. Anuário Brasileiro de Desastres Naturais. São Paulo: Oficina de Textos. S. fez desse evento meteorológico aquele que gerou o desastre mais significativo no ano de 2013. 2004. Por outro lado. M. 1-38. A. Anais do XIV Congresso Brasileiro de Meteorologia. L. L. Caracterização espacial dos eventos de ZCAS nos verões de 2005/2006 e 2006/2007.. T. v. AMBRIZZI. CASTRO.. 2002. Brazil. p. CASTRO.. B. E. 83. H. BOREL. LIEBMANN. A.. Esse número de óbitos. Revista Brasileira de Meteorologia. FEITOZA. 2377-2394. Large-scale common features of subtropical convergence zones (the Baiu frontal zone. extreme precipitation and relationships with intraseasonal activity. v. BRASIL. JUNIOR. M. STOCKING. E. n.. 581-610. 463p. STOCK. v. Extreme Precipitation Events in Southeastern South America and Large-Scale Convective Patterns in the South Atlantic Convergence Zone.gov. T. Map of natural unit of Espírito Santo State. R. 385-394. B. FEITOZA.365 pessoas afetadas. H.. ALVES.  117-122. SOARES. C.). DA SILVA NETO. G. BATISTA. Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos 2013 (CPTEC). W. n. L. PIMENTA. A. FERREIRA DA SILVA. Histórico de Desastres do Estado do Espírito Santo – 2000-2009. PR: Gráfica AJIR. Vitória. F. G. Brasília 106 2014 . 116p. São José dos Campos (INPE-6341 – TDI/593). M.QUADRO. S. Brasil. S. Vitória: Grafitusa Gráfica e Editora: 2010. 94 f. v.. C. A. ES. 2007. ULIANA. R.. M. Curitiba. H. B. C. A. 1994. J. efeitos e uso do fogo. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).. Incêndios Florestais: controle. (Eds. Risco de fogo para a vegetação da América do Sul: Comparação de duas versões para 2003. Dissertação (Mestrado em Meteorologia) – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. A. F.. A. A. Probabilidade de ocorrência de chuva no estado do Espírito Santo. 1958. 2010.. 86.. In: XXXIX CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA. A Note on the Gamma Distribution. Produtos Perigosos SILVA. p. Estudos de episódios de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) Caderno de Acidentes com sobre a América do Sul. R. L. E. SISMANOGLU. 4. PIMASSONI. SETZER. Monthly Weather Review. H. THOM. V. MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL SECRETARIA NACIONAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL CENTRO NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DESASTRES Caderno de Acidentes com Produtos Perigosos 2013 Brasília 2014 . 29. – Brasília: CENAD. Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres. Rodolfo Angelini II. color.: il. Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Ministério da Integração Nacional. Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. 2014. III.5(81) Rodrigo Lindinger Ficha catalográfica elaborada pelo Serviço de Informações Bibliográficas – SINB/CODIB Tiago Molina Schnorr . Título. José Mauro Martini Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres. IV. Produtos perigosos. Pâmela da Silva Fonsêca 40 p. Rodrigo de Morais Balduino Arrais de Oliveira CDU: 614. Rafael Pereira Machado 1. Acidentes. I.7cm. Ministro da Integração Nacional Francisco José Coelho Teixeira Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil Adriano Pereira Júnior Diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres Élcio Alves Barbosa Coordenação Aline Resende Cunha Siqueira Marcus Suassuna Santos Equipe de Elaboração do Anuário Andressa Della Justina de Castro Carlos Eduardo Lima Gazzola Elton Kleiton Albuquerque de Almeida Estevam Caixeta Martins Teixeira João Geovane Fernandes Costa C122 Caderno de acidentes com produtos perigosos : 2013 / Ministério da Integração Nacional. 2.8:504. ........2...............................................I LISTA DE FIGURAS..........24 4..................................... 32 Foto: Sedec/Cenad ......................1................. V 1....16 3................................................... 15 2.............................................................. 26 5.......................................................... Acidentes Envolvendo Transporte Rodoviário.....3 ............................. DESASTRE EM SÃO FRANCISCO DO SUL...................................................................................................................................................................................................... II LISTA DE GRÁFICOS.... III LISTA DE MAPAS....................................................................................................... Acidentes em Indústrias........................................................................................................................................................ Levantamento de Dados............................................ Conteúdo dos Dados.............................. 17 3....................................................1.......................................................2...............................15 2............ SUMÁRIO LISTA DE DIAGRAMAS............................. Tratamento dos Dados..............15 2..................................... IV LISTA DE TABELAS.................................. SISTEMA INTEGRADO DE INFORMAÇÕES SOBRE DESASTRES................................................................ 13 2....................................................................... 31 ANEXO.....................................................22 3............. INTRODUÇÃO...... PERFIL DOS ACIDENTES................ 28 CONSIDERAÇÕES FINAIS................ 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............ METODOLOGIA........................................................................................................................................................................................................................... ............................................................21 Figura 1 – Imagem de Acidente em Leme/SP..........................................................................................23 Diagrama 2 – Diagrama de Venn Relativo aos Danos Ambientais.........................21 I II ................LISTA DE DIAGRAMAS LISTA DE FIGURAS Diagrama 1 – Diagrama de Venn Relativo aos Danos Humanos....................................21 Diagrama 3 – Diagrama de Venn Relativo aos Danos......... ........................................................19 Gráfico 5 – Percentual de Acidentes por Classificação da ONU..........................24 Gráfico 3 – Demonstrativo dos Tipos de Acidentes por Região..........19 Gráfico 4 – Percentual de Acidentes por Código da Cobrade....23 Gráfico 2 – Quantidade Percentual de Acidentes por Região......................................................................................................20 III IV ............................20 Gráfico 6 – Distribuição dos Acidentes por Meses do Ano................................................................LISTA DE GRÁFICOS LISTA DE MAPAS Gráfico 1 – Número Absoluto de Acidentes com Produtos Perigosos por Local.........................18 Mapa 2 – Acidentes com Produtos Perigosos no Setor da Indústria.17 Mapa 1 – Acidentes com Produtos Perigosos no Setor de Transporte Rodoviário... ao patrimônio e à população. Este documento retrata os principais acidentes dessa temática ocorridos no ano de 2013. INTRODUÇÃO O Caderno de Acidentes com Produtos Perigosos é uma publicação... Esta iniciativa é um reflexo da crescente preocupação federal quanto aos impactos causados por acidentes tecnológicos. em razão de suas propriedades químicas.... V 13 . e ter reconhecimento federal.127. produzida pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad)....... Diferentemente dos desastres naturais...... causando grave perturbação ao funcionamento de uma comunidade ou sociedade envolvendo extensivas perdas e danos humanos.. que institui o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional (PNC)... físicas ou toxicológicas...... em primeira versão...... 1 Qualquer substância ou mistura que.. integrada e sistemática..... esta recente legislação definiu diretrizes. permitindo à sociedade e aos gestores públicos a obtenção de um panorama geral do perfil dos eventos desencadeados no país........... sobre um cenário vulnerável.... de 24 de agosto de 2012.... de maneira precisa.. isoladas ou combinadas....16 Tabela 2 – Dados Obtidos pelo S2ID.. os dados relativos aos eventos ocorridos no país envolvendo tais produtos......... a fase de previsão é comumente prejudicada nesses casos em virtude de a maioria dos eventos tecnológicos serem causados por falhas humanas acidentais ou mecânicas... de 22 de outubro de 2013... na maioria dos casos................... no intuito de viabilizar a atuação coordenada de diversos órgãos na ampliação da capacidade de resposta e na mitigação de danos ambientais e dos prejuízos à saúde pública causados por incidentes de poluição por óleo..... Dessa forma......LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Informações Constantes do Banco de Dados. caso preencham os requisitos descritos na Instrução Normativa nº 1/MI. 2 Resultado de eventos adversos..... Em linhas gerais.... econômicos ou ambientais.. naturais ou provocados pelo homem. Esse enquadramento permite o recebimento de recursos e apoio complementar da União no combate ao evento adverso e/ou nos processos de restabelecimento da condição normal............. que excede a sua capacidade de lidar com o problema usando meios próprios... constitua um perigo. Acidentes desta natureza podem ser classificados como desastres2. órgão pertencente à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).. ressalta-se a importância de comunicar....................26 1......... os quais são imprevisíveis. dependendo de suas proporções. Uma categoria de acidentes tecnológicos muito recorrente é a que envolve exposição de produtos perigosos1.. procedimentos e ações...... a exemplo do Decreto nº 8.... Algumas medidas protetivas já têm sido implementadas. e potencialmente danosos ao meio ambiente.. do Ministério da Integração Nacional. materiais... 2. Nacional (MI). verificados após análise de banco de dados. a saber: Metodologia. de 24 de agosto de 2012. Todo esse trabalho empresas. No Capítulo 1. tais informações não foram utilizadas para efeitos estatísticos. b) Resolução nº 420/ANTT. que permite o registro. bem como pelos comunicados de e permitiu a identificação daqueles que mais afetam cada região. no decorrer dos anos. descreveram-se todos os 6 comunicados realizados por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID). evidenciando as ações de resposta tomadas pelos órgãos públicos no intuito de Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) pertencente ao Ministério da Integração proteger a integridade humana. levando-se em consideração aspectos espaciais e temporais dos eventos registrados no ano de 2013. Uma parcela minoritária dos dados foi coletada por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID). vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). 2. a qual faz referência às definições da Organização das Nações Unidas (ONU). Por se tratar de apenas 6 comunicados. configurando-se em uma importante base de dados para mapeamento de rodovias e o enquadramento dos eventos. a saber: todo o território nacional. mas chegou-se à conclusão de que. de 12 de fevereiro de 2004. A consolidação dos dados apresentados no presente caderno possibilitou a O arquivo fornecido pelo Ibama é constituído de um conjunto de informações organização das informações referentes à distribuição dos acidentes ocorridos no Brasil prestadas por órgãos de fiscalização. METODOLOGIA perigosos. no âmbito da Defesa Civil nacional. dos acidentes com produtos perigosos ocorridos no ano de 2013. e ajustados Por fim. 14 15 .1. a) Instrução Normativa nº 1/MI. o único desastre ocorrido em 2013 na cidade de São Francisco do Sul/SC foi pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad). da Secretaria relatado. Perfil dos Acidentes. regulamentação. para a realização de comparações entre as diversas O Cenad promoveu o detalhamento dos acidentes relatados pela mídia. obtidos junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Levantamento de dados No Capítulo 3. em meio virtual. o ocorrências desses eventos. era necessário que esses eventos fossem devidamente escrutinados. Os tipos mais frequentes foram abordados em separado no intuito de conferir-lhes maior destaque.2. servirá. Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID) e Desastre em São Francisco do Sul. Já no Capítulo 2. ferramenta utilizada pela Os dados oficiais de ocorrência de acidentes com produtos perigosos foram Defesa Civil nacional para análise de pedidos de reconhecimento federal. Este Caderno de Acidentes com Produtos Perigosos é dividido em 4 capítulos. por meio dos quais são apresentadas algumas discussões acerca do panorama dos eventos ocorridos no país. seguindo os sistemas de consulta e adoção de ações de planejamento e gerenciamento de riscos e desastres em classificação e codificação conforme legislação vigente. bem como se apresentaram os conteúdos disponíveis no banco de dados adotado. que adotou a Codificação   Brasileira de Desastres (Cobrade). de acidentes/desastres no âmbito da Defesa Civil nacional. realizou-se uma breve explanação sobre a metodologia utilizada para levantamento e tratamento dos dados. denúncias da população e da mídia. objetivou-se traçar um perfil dos acidentes envolvendo produtos 2. porém serão apresentadas e discutidas separadamente no capítulo 5. para fazer uma análise representativa. Tratamento dos dados A base de dados fornecida pelo Ibama continha 730 registros. 5 Óbitos/feridos Confirmação de pessoas mortas ou que sofreram lesões físicas ou traumas. Todas as análises a ser apresentadas posteriormente no panorama da problemática dos produtos perigosos no Brasil.3.: Subgrupo = Subgrupo. Esse valor foi definido 3. as informações sobre os eventos Defesa Civil.: explosão/incêndio.x. mídia a fim de se confirmarem seus dados e também para que fosse possível consolidar A princípio. planejar o Ao fim desta etapa restaram 113 registros. a discussão. TR SI DU AÇ RT ST NA DO ST PÓ OU DÚ RC PO BU FI RO DE RE BA IN M EM CO Tipo de evento Tipo de ocorrência (ex. em que ambos tiveram praticamente a mesma recorrência e por isso terão análise mais aprofundada 2. de acordo com legislação vigente. Código ONU É o número de série de 4 dígitos dado ao artigo ou substância química. a partir desta base final. vazamento de gás). observa-se A quarta e última etapa refere-se à supressão de todos aqueles eventos que não uma complexidade intrínseca aos eventos. Região Nome da região. Em uma abordagem geral. PERFIL DOS ACIDENTES arbitrariamente para evitar a inclusão de dados que distorceriam os resultados finais. DE O ST Danos identificados Danos causados à população. No âmbito dos acidentes tecnológicos causados por produtos perigosos. englobando 25 comunicados. A categoria “outros” também é significativa do ponto de vista da quantidade de registros. Nesse filtro. Tipo = Transporte Rodoviário. intuito de se traçar um perfil dos acidentes envolvendo produtos perigosos foram feitas no ano de 2013. mas ela não é relevante para Tabela 1 – Informações Constantes no Banco de Dados. Data Data do evento/acidente. apresentar-se-á uma análise global dos dados de modo a traçar um novas informações de interesse. os quais foram revisados por pesquisa na seu gerenciamento e principalmente tentar criar medidas de prevenção ou mitigação. no qual foram excluídos aqueles em que o derramamento foi inferior a 100l. 0 EL O A A TO A OS TO OS RI RI VI Ã Afetados ÍV Confirmação de pessoas atingidas ou prejudicadas por desastre. UF Sigla referente aos estados da federação.x.x. pois esse inchaço é devido à inclusão de grande variedade de locais não especificados. conforme Gráfico 1. Para a terceira foi aplicado um filtro específico aos derivados de petróleo. foram excluídos todos os eventos não relacionados a produtos perigosos. tipo e Desastres Relacionados a Transporte de Produtos Perigosos. as quais requerem tratamento médico imediato. Gráfico 1 – Número Absoluto de Acidentes com Produtos Perigosos por Local. Conteúdo dos dados posteriormente. 35 Grupo de desastre Apenas um grupo foi considerado: Produtos Perigosos. 20 Cobrade Código único de desastre definido para cada evento (constituído por cinco dígitos: x. diversos locais foram cenário de acidentes. 30 Descrição do desastre de acordo com uma classificação predefinida (ex. bem como os registros com dados incoerentes. é possível citar o registro do tombamento de um caminhão carregado de soja. de acordo com o 15 sistema das Nações Unidas (ONU). tais como simples acidentes de trânsito onde houve apenas pequeno vazamento do tanque de combustível do veículo. como resultado direto de um acidente.: ONU Classe 2 = gases. em questão são importantes para traçar o perfil das ocorrências de acidentes. 10 Classe e subclasse de riscos – Os produtos perigosos são classificados pela ONU em nove classes e suas subclasses (ex. Mais da metade dos acidentes ocorreu na indústria ou em rodovias.x). ao meio ambiente ou ao patrimônio. haja vista sua imprevisibilidade e seu potencial tiveram danos humanos. cuja substância “soja” não está incluída no rol de produtos classificados como perigosos na Resolução nº 420/ANTT. A primeira etapa consistiu na exclusão de todos os acidentes sem informações suficientes para uma avaliação confiável do fato. 25 subtipo de desastre Subtipo = não definido para desastres tecnológicos). Por exemplo. Categoria Apenas uma foi considerada: Tecnológica. sem que a carga fosse atingida. objetivando dar enfoque maior para questões relacionadas à danoso quando da exposição a esses compostos. Todavia. Subclasse 1 = gases inflamáveis). Na segunda. incluíram-se dados sem qualquer informação dos produtos em questão ou dos danos causados. PO 16 17 . 4. .4. é a classificação dos mesmos comunicados.2. . a categoria “outros” representou 32. parques e armazenamentos com extravasamento de produtos perigosos os enquadra no subgrupo 2. Dessa forma.0 .6.2 2.32% do total de registros) e 4 (21. com o propósito de identificar os Se compararmos os dados referentes ao transporte rodoviário nos Gráficos 1 (32 tipos mais recorrentes de acidentes vivenciados no país. .2.2.0). Conforme esperado.2. totalizaram 15.2.4. potencialmente um dos mais críticos.0 1.0 2.3. a saber: desastres em plantas e distritos acidentes ocorridos em tal modal terem causado poluição de recursos hídricos.2 2. referente ao transporte.2 2.2 2. .0).1.0 O 1 4.4. 14 NORDESTE 12 NORTE 10 70 8 SUDESTE 60 6 SUL 50 4 40 2 30 0 2. .2 18 19 .0 6. O transporte dutoviário (2. desastres relacionados a transporte de produtos da água.0 2.0.0 2. Em análise ao Gráfico 3.4.0) também teve destaque para as regiões Sudeste 30 e Nordeste. Um reflexo dessa tendência pode ser observado mediante análise da distribuição Gráfico 3 – Demonstrativo dos Tipos de Acidentes por Região.2 2. 20 15 10 5 - S 1. que teve o maior número de acidentes (cerca de 60% do total).2. deles foram originados pelo transporte de produtos perigosos. seguida por transporte rodoviário com 21.0 2. Os acidentes mais comuns foram explosão ou incêndio.2.3.4.1.2.4. o que industriais. 2. mas que envolvem exposição de substâncias classificadas pela ONU e/ou 25 ANTT como produtos perigosos.1. sendo que 47.0 1.4.5. .1. OU 2.4. Isso se deve ao fato de alguns desastres relacionados a produtos perigosos. Este código prevê quatro grandes subgrupos para o grupo dos observar uma diferença nos valores percentuais. .1. 18 16 CENTRO Gráfico 2 – Quantidade Percentual de Acidentes por Região.4.4.2. com exceção apenas da região Centro-Oeste.4. de acordo com o Gráfico 2.1.2. conforme Gráfico 4. desastres no 4.24% e por explosão CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL ou incêndio (20.3.0.2.0 OUTROS 20 10 Em termos percentuais. e não (2.0 3.2.4. descritos 35 sob o código 2.2.2. teve 20 59. percebe-se que o perfil dos acidentes em 2013 Gráfico 4 – Percentual de Acidentes por Código da Cobrade (Vide Anexo). Outro aspecto relevante a ser observado. 2.0. desastres relacionados à contaminação da água (2.4 TR .2.2 2.4.0 e 2.2.04%. . que concentra a maior quantidade de indústrias e possui a maior malha rodoviária. de acordo com o Gráfico 2.29% dos acidentes.2. e aqueles relacionados ao transporte rodoviário (2.2.0 e 2. representando 28.3.0 .0 2.2 2. A categoria “outros” engloba o conjunto de acidentes não previstos pela Cobrade. dos dados por região. Essa ordem segue basicamente o panorama da região Sudeste.4.1.2.0 5.2.4.1.2.4. 2.2.2. é possível conforme a Cobrade.35%).2.1.2 2. os acidentes envolvendo contaminação relacionados a conflitos bélicos (2. .0). 2. relacionado a eventos com contaminação da água.0 2.1.2.74% dos acidentes 0 registrados em 2013.07% perigosos (2.1.24%).6.2 2.4.2.2.4.4. foi praticamente o mesmo para todo o Brasil.0). a região Sudeste.1.0 2.2.0.1.2.0 2.0).0. mas aparentemente não é possível extrair qualquer conclusão sobre tendências dos eventos. mais de 80% apresentaram dano ao meio reação química. como este Apêndice é um trabalho inicial acerca do tema. com 41. setembro e outubro tiveram uma atividade anormal em relação aos outros 1 meses de 2013. Desses. no âmbito da Defesa Civil nacional. Dessa forma. pressão e velocidade tais que provoque danos à sua volta. seria necessário comparar 64 1 11 este resultado com os de anos anteriores a fim de se verificar a existência de um padrão. diagramas a seguir. No caso dos gases. tal averiguação não pôde ser realizada. Fica claro. Os danos mensurados para os acidentes registrados em 2013. 20 21 . a temperatura. das nove classes existentes. apesar de em sua apenas as substâncias explosivas3 e radioativas4 não tiveram registros de acidentes. Gráfico 5 – Percentual de Acidentes por Classificação da ONU.11%) previstas na IN nº 1/MI. Para a realização de análises mais aprofundadas.67% dos eventos. que são também as classes mais gerais. de acordo com os e substâncias líquidas (33. Para líquidos. mesmo que não desprendam gases. no âmbito dos acidentes com ondas eletromagnéticas. patrimonial e humana. 16 DANOS HUMANOS 14 14 12 10 90 8 1 8 6 4 2 AMBIENTAL PATRIMONIAL 0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 3 É uma substância sólida ou líquida (ou mistura de substâncias) por si mesma capaz de produzir gás. 78. Em relação à classificação da ONU para tais produtos. 60 40 50 17 46 20 ÓBITOS/FERIDOS AFETADOS 0 S SES ES S S S S IS ES O IVO IVO SO O VE NT NT SIV UID GA ER MÁ AT OS IDA TA PLO DIV LÍQ Diagrama 2 – Diagrama de Venn Relativo aos Danos Ambientais. 5 10 que abril.39% referem-se a combustíveis. Diagrama 1 – Diagrama de Venn Relativo aos Danos Humanos. Incluem-se nesta ambiente.33%). Os maioria não atingirem os parâmetros para reconhecimento federal. definição as substâncias pirotécnicas. o vazamento de amônia mostrou-se o mais recorrente. por Do total de registros considerados.93% correspondem a óleo diesel. quais sejam: ambiental. 18 Diagrama 3 – Diagrama de Venn Relativo aos Danos. ATMOSFERA ÁGUA Gráfico 6 – Distribuição dos Acidentes por Meses do Ano. 2– DIO RR FEC LA OX EX CO 3– INF OS RA / IN 5– 1– OS 8– OS 7– OS RIG LID XIC PE SÓ TÓ 9– 4– 6– 6 SOLO O Gráfico 6 apresenta o número de registros por mês. destacando assim a relevante atuação dos órgãos ambientais de fiscalização. Apenas 1 evento causou dano patrimonial dissociado do ambiental e cerca de 12% 4 Substâncias que natural ou artificialmente são capazes de emitir radiações em forma de partículas ou atingiram somente a população (Diagrama 3). Todavia. 37. somente. envolveram as esferas dados demonstraram que a grande maioria dos comunicados envolveu gases (42. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). entretanto não geraram consequências graves. essas áreas são as Rio Pardo 01 # BR-1 SP a ing -3 na rait aibu 32 Rio “densamente povoadas ou de proteção de mananciais. estado com maior malha rodoviária do país. reservatórios de água ou reservas Pa Rio It Soro JACAREÍ r cab ( ! Rio Pa Legenda a Rio São Paulo araré Rio Itapetininga # Capitais # florestais e ecológicas. os acidentes ocorreram em regiões distintas em função da disseminação das indústrias por todo o estado. a fim de se verificar o potencial danoso desses eventos.044. sendo que 75% deles foram na região Sudeste. foi a correlação deles com as capitais dos respectivos estados (Mapa 1). foram registrados nessa área em 2013.produtos perigosos. quando produtos perigosos estão envolvidos. Outra tendência verificada. os eventos são complexos. 28. tal rio abastece cerca de 80% da população da região metropolitana do Rio de http://g1. com exceção apenas de 4 registros. de 18 de maio de 1998. Dos dados considerados neste trabalho. Os principais trechos-alvo de acidentes em 2013 foram mapeados.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2013/07/enxofre-cai-em-ribeirao-e. ocorreu uma concentração próxima a Belo Horizonte e a região de Juiz de Fora. produto perigoso envolvido no registro ora descrito (disponível em: do Sul. principalmente na BR-040. Foto de Evandro Denzin/Saecil). mas. a região Sudeste concentra aproximadamente 31% das estradas brasileiras. Janeiro. o quantitativo para acidentes tecnológicos ainda # Acidentes com Produtos Perigosos no Setor Transporte em 2013 Rio Pir aca no é incipiente. próxima ao de água por mais de 30 horas. que provocaram a morte de 247 pessoas em igual período. por exemplo a contaminação de água potável responsável por ( ! ITARIRI Rodovias Rios um grande centro sem que haja suspensão do abastecimento.1. Por isso não é surpreendente que 66.AN g mas. De maneira similar. cruzando-se os dados acerca dos municípios e rodovias envolvidos.63% ocorreram em Minas Gerais. O efeito de um acidente de trânsito comum normalmente é pontual. Como essa Figura 1 – Imagem de Acidente em Leme/SP região concentra o maior número de acidentes (59.globo. era de se esperar que o mesmo ocorresse para os registros específicos do modal rodoviário. que serve como integração com os grandes centros urbanos. A Figura 1 a seguir ilustra o vazamento da carga de enxofre rio Guandu. A distribuição dos eventos em mapa brasileiro demonstrou seu agrupamento em um raio de cerca de 180km das capitais. que acessa a BR-116 em direção ao estado do Rio de Janeiro. por exemplo o que ocorreu em julho do (Fonte: g1. 22 23 . Alguns comunicados deixa-90-mil-pessoas-sem-agua-em-leme-sp. conforme o Instituto Terra de Preservação Ambiental (ITPA). 40. deixando cerca de 90 mil pessoas sem abastecimento Outra região crítica para a ocorrência de acidentes é Barra do Piraí – RJ. dependendo Par M ortes Rio Ita Rio das p Tu uc PINDORAMA do bapoan r BARBACENA aí a vo Rio ( ! ( ! Rio BR do produto e das condições da situação. Sistema de Coordenadas: GCS SIRGAS 2000 Dados: SIRGAS 2000 Unidades: Graus BR -10 1 Raio 30km Sedes Municipais Raio 180km Capitais Conforme citado anteriormente. já que nem sempre isso é possível. Acidentes envolvendo transporte rodoviário Do ur 81 ad os BR-3 Ri o Rio da Tiju Pr co at a Rio Manhuaçu e Doc O modal rodoviário é o mais utilizado para transporte de cargas em geral. Por outro lado. Já em Minas Gerais.32% dos acidentes registrados em 2013 ocorreram em rodovias. em termos da ocorrência de acidentes com o transporte de produtos perigosos. estabeleceu-se um raio de 30km das sedes municipais para os registros com contaminação de água.29%). ou que delas sejam próximas”. em comparação com os desastres naturais. E é nelas que há maior risco de ( Sedes Municipais ! Trechos de Acidentes ocorrência de um desastre. Cargas com produtos perigosos evitam passar Tie NOVO HORIZONTE Po tê mb 04 ( ! a 67 . No estado de São Paulo.html. mesmo ano na cidade de Leme/SP. a mais de 10km na direção do vento. há de se considerar o potencial (BICAS HIA ! K ( ! A BR-267 JUIZ DE FORA -B! ( SP-332 RIO ALÉM PARAÍBA POMPEIA 3- -39 de destruição causado por um acidente em um local desse tipo.com). Rio CATUJI So Ri BR ( ! Tu o Rio Itanhém do -0 Je rv 40 qu o Rio njuba ita Rio u í co at Mu eu ac curi ncis m r Rio Pa lo rto Fra io Ba R dos o Sã o Sã Ü Rio Suaçuí Grande B io ois 6 Rio R 11 Rio Parnaíba Rio - BR 3. Hoje. # Rio Rio Mo Ita CARMÓPOLIS DE MINAS SP-330 . Rio (do ! LEME Pe ixe ( ! Rio BR Mo gi o Su l Rio Macaé íba d BARRA DO PIRAÍ Gu Rio Piracica aç u Rio Para ( !PIRAÍ 16 ba PAULINIA ! ( BR-1 ( ! Rio de Janeiro De acordo com o Decreto nº 96. no caso de um gás. passamos a ter um raio de efeito que ( ! pe iG m BR-040 JK ua ANCHIETA irim Ri ( ! çu o Rio Sa Rio pode se estender. que se tornou muito caudaloso após a transposição das águas do rio Paraíba em recurso hídrico. ( ! 0 BR-2 BR2 -J 67 por áreas de risco.67% dos acidentes de transporte SÃO DOMINGOS DO PRATA 0 ( ! rao FUNDÃO (# ! BR-262 ( ! RA ! ( ! pe ( Rio Grande ba HANGUE Vitória sejam neste modal. tempo. produtos -38 1 Rio BR ITABIRA Rio Rio das Velhas BR-262 ( ! BR -04 Pa LUZ ( ! perigosos inclusive. atingindo mais de uma esfera ao mesmo Mapa 1 – Acidentes com Produtos Perigosos no Setor de Transporte Rodoviário. com 38. dos municípios e até das fronteiras entre os países. dos bairros. conforme classificação da ONU. tais como abastecimento de água potável. No ano de 2013. Dependendo do tempo e do nível de exposição. olhos e pele. demanda energética. tais como agricultura.45% da amostragem. O crescimento das atividades de produção. entre outros. A região Sudeste foi a mais atingida. e a região Nordeste. Isso acontece devido a sua ampla utilização como agente refrigerante em diversos ramos da indústria. As regiões Centro-Oeste e Norte representaram 12. Tal substância.43% dos acidentes envolvendo produtos perigosos ocorreram em indústrias. seguida da região Sul. 6. Porém. Acidentes em indústrias além de sua adoção na produção de fertilizantes (Nota técnica nº 3/2004 do MTE). das cidades. algumas substâncias criadas são tóxicas e perigosas para o homem e para o meio ambiente. indústria de bens respiratórias. tais como o perímetro da indústria. alimentos.90% cada. podendo causar colapso de alguns serviços essenciais. 24 25 .61% dos relatos analisados.2. entre outros. com 51. pode gerar de consumo. O potencial da gravidade e extensão dos efeitos desses eventos pode ultrapassar limites espaciais. é um gás pertencente à A indústria química é um dos setores mais dinâmicos e vitais na economia. Mapa 2 – Acidentes com Produtos Perigosos no Setor da Indústria. Tem caráter irritante poderoso das vias empregada em diversos setores da sociedade.3. com o objetivo de se obter bem-estar e qualidade de vida. armazenagem e transporte de produtos químicos provocou o aumento do número de expostos aos seus riscos. efeitos que vão de irritações leves a severas lesões corporais.03%. Assim sendo. produção de medicamentos. O produto mais recorrente no comunicado de acidentes envolvendo produtos perigosos foi a amônia (NH3). O Mapa 2 demonstra os locais de ocorrências de acidentes em plantas industriais e os tipos de produto com maior incidência nos casos registrados. o avanço tecnológico permitiu ao homem criar um incalculável volume de reações químicas. com 29.71% das ocorrências. Ela é subclasse Tóxicos. em condições normais de temperatura e pressão. 27. geração e distribuição de energia. com a contaminação do Córrego do Sapateiro. um município mineiro com 128. por exemplo a suspensão do abastecimento de água. Tabela 2 – Dados Obtidos pelo S2ID. no S2ID para o grupo de produtos perigosos. As informações obtidas dessa base de dados apresentaram uma recorrência de acidentes envolvendo a poluição dos recursos hídricos.1.0 RJ Quatis 0 0 0 0 0 7. Em maio. A referida normativa entrou em vigor na data de sua publicação e. Houve requerimento de reconhecimento federal. A população de Barbacena. um acidente de trânsito 6/5/13 2.2. Esses números. é requisito para o auxílio federal complementar na resposta ao desastre. fiscalização e prestação de contas. ambos alcançados por esse mesmo evento.000 30.000 0 do Sul 17/10/13 2. essencial ao reconhecimento da situação de emergência5 ou do estado de calamidade Sesmaria e Paraíba do Sul. 11/4/13 2. No município de Rodeio/SC. o acidente de São Francisco do Sul. Na tentativa de reduzir seu peso. com vazamento da carga.2. Engloba também outros produtos da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).0 RJ Resende 0 0 0 0 0 120. informando 2.2. juntamente com outros documentos descritos na norma. entretanto sem a produção de danos humanos graves. comprometendo substancialmente sua capacidade de resposta.2. estado ou região. teve cerca de 61% de 4. será tratado no capítulo subsequente. provocou. no portal do Ministério da Integração porém foi negado. uma possível 7/8/13 2. decretada em razão de desastre. decretada em razão de desastre. pública6. no âmbito da União. comprometendo parcialmente sua capacidade de resposta. solicitação de recursos. 26 27 .0 DF Brasília 0 0 0 0 0 0 Por fim.1.0 MG Barbacena 0 0 0 0 0 78.2. no mês de outubro. O reconhecimento. outras consequências são comuns. estado ou região. apesar de ter sido atingido por explosão/ incêndio. ao final de 2013. km 82. Apenas seis registros foram observados (HRAN).000 Outro tipo de evento previsto na Cobrade é o extravasamento de produtos perigosos no transporte rodoviário.1. sendo três deles (grifados de amarelo) também descritos no banco de dados fornecidos pelo Ibama. Decretou situação de emergência. um acidente semelhante ocorreu na divisa entre os estados do Rio de reconhecimentos federais. 24/9/13 2. O produto atingiu o lago por meio da galeria de águas pluviais.2.2. DESASTRES Segundo o Fide.0 SC São Francisco 0 1 170 2. o Formulário de Informações do Desastre (Fide) como documento oficial e região de São José do Barreiro. envolvendo um grande vazamento de óleo diesel devido à tentativa de furto do combustível em um oleoduto da empresa Petrobras/Transpetro localizada na A Instrução Normativa nº 1/MI. justificando os números elevados da categoria “outros”.2. de 24 de agosto de 2012.2. atolou.657 municípios cadastrados.000 desabrigados e 30.572 habitantes.2. Barbacena.1. pois têm elevado potencial para gerar diversos danos a variados municípios. apesar de expressivos. no Lago Paranoá. para o comunicado de acidentes/desastres.500 na BR-470. também não contabilizou nenhum óbito. conforme tabela a seguir. Dessa forma.000 desalojados. descarregou O Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID) é uma plataforma virtual o óleo no afluente do Rio das Mortes.0 SC Rodeio 0 1 0 0 0 0 poluição do meio ambiente. 6 Situação de alteração intensa e grave das condições de normalidade em determinado município. Até o momento do preenchimento de tal documento.   5 Situação de alteração intensa e grave das condições de normalidade em determinado município. que a Defesa Civil nacional disponibiliza aos usuários. São Francisco do Sul.761 usuários e 2. de acordo com o Fide. Barreiro/SP está inserido no banco de dados fornecido pelo Ibama.000 5/5/13 2. além dos feridos e enfermos.2. observa-se que acidentes/desastres relacionados com a contaminação dos recursos hídricos mostram-se complexos e não podem ser interpretados pontualmente. No S2ID constam registros dos municípios de Resende e Quatis. O ocorrido afetou uma vasta extensão dos rios Formoso. não refletiram proporcionalmente a quantidade de comunicados por óleo proveniente do vazamento de uma caldeira do Hospital Regional da Asa Norte para acidentes/desastres de natureza tecnológica. em abril de 2013. que foi o único desastre com reconhecimento federal em 2013 e teve grande repercussão na mídia. SISTEMA INTEGRADO DE INFORMAÇÕES SOBRE sua população afetada. O comunicado pelo município de São José do por sua vez. Resende e Quatis foi amplamente afetada pela suspensão do abastecimento de água.2. Além dos Data Cobrade UF Município Mortos Feridos Enfermos Desabrigados Desalojados Outros prejuízos ambientais. aguardava-se laudo pericial. estabeleceu.2.2. Janeiro e de São Paulo. O registro mais recente ocorreu em Brasília. A descrição detalhada dos eventos presentes na Tabela 2 segue abaixo. Nacional. tais como: banco de dados. um caminhão bitrem. que foi contaminado tal sistema contava com 4. que foi carregado com diesel roubado da tubulação de empresa subsidiária da Petrobras. Além de mantê-las envolvidas na operação. agentes de Defesa Civil. Mesmo um bombeiro voluntário que inalou muita fumaça e chegou a ficar na UTI do Hospital com o controle eficiente do evento. seção 1. Ao final do desastre. grande parte dos habitantes tentou sair da era tóxica. dos quais foram de fato incendiadas apenas cerca de 3 mil toneladas. da população total de 42. 5. pelos satélites da Nasa. foram mobilizados membros do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (com 8 Pessoas que foram obrigadas a abandonar temporária ou definitivamente suas habitações devido a danos decorrentes do desastre e que não necessariamente carecem de abrigo provido pelo sistema. Essa água escorria até tanques de contenção e caminhões-tanque esvaziavam-nos para levar esse resíduo à destinação correta. já que o material cidade vizinha e todos os pacientes do hospital e da UPA foram transferidos para hospitais estaria armazenado de maneira irregular. aproximadamente 2. logo que se iniciou o desastre. 7 Pessoas cujas habitações foram afetadas por dano ou ameaça de dano e que necessitam de abrigo ao redor do armazém. o abrigo teve de ser deslocado para uma (Global Logística e Transporte Ltda. enfermeiros. mas não houve pânico. foi preciso dar suporte à população desabrigada7. além de ônibus para os que não Em um evento desse porte é necessária uma resposta rápida e bem coordenada tinham meios próprios de locomoção. foi tanta que. totalizando 1. Depois de toda a repercussão causada. DESASTRE EM SÃO FRANCISCO DO SUL O produto em decomposição precisava ser mantido resfriado com grande quantidade de água. em torno do qual gira a atividade econômica de São Francisco do Sul. médicos. As aulas foram suspensas e praticamente todas as atividades rotineiras foram O incêndio teve início dia 24/9/2013 com grande emissão de fumaça dos galpões de propriedade da Global Logística e foi controlado no dia 27/9. caminhões-pipa. Então. que chegou a contar com 2. foi imediatamente evacuada. Levando-se em consideração o risco de explosão. o Governo de Santa Catarina emitiu ilha. 170 enfermos e apenas 1 ferido. contratou-se mais uma balsa para transporte marítimo. O único ferido trata-se de NH4NO3). ambulâncias. Segundo o referido plano de resposta. Segundo dados fornecidos pela prefeitura. e em 1º de outubro fez a solicitação contaminação do solo e dos mananciais. entre outros. Um alto fluxo de automóveis se instaurou. escavadeiras hidráulicas.000 desalojadas8 e 10. não é possível iniciar o combate do incêndio imediatamente. foi necessário retirar o produto não atingido usando escavadeiras para chegar ao foco do incêndio. haja vista que há nota negando tal afirmação. qual a substância em questão. o sócio majoritário da empresa que armazenava o produto Quando a nuvem de fumaça foi nessa direção. Ainda no início do desastre. para evitar uma catástrofe. é preciso averiguar Um abrigo para 300 pessoas também foi planejado. uma área de 2km2. permaneceu fechado. etc. geradores elétricos. Porém. da região em um raio de 150km. Por se tratar de uma grande massa de material. mas depois foi liberado. porém necessitam de assistência. pois a resposta inadequada pode ser muito mais danosa. 9 Pessoas que de certa forma foram afetadas pelo desastre e que não estão desabrigadas ou desalojadas. As equipes continuaram alteradas. A controvérsia continuou. mas não conseguiu.520 trabalhando até dia 4/10 no rescaldo.922. Para conseguir lidar com a provido pelo sistema. Um dos únicos problemas a se destacar foi o conflito de informações relativo à toxicidade da fumaça. Uma análise ao plano detalhado de resposta da Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul permite a percepção da escala dessa operação e de toda a logística envolvida. Havia cerca de 10. Essa medida foi essencial para evitar a situação de emergência por meio do Decreto nº 1. porto.000 ficaram desabrigadas. policiais federais e estaduais.283 pessoas.000 para os abrigados. Todo esse material teve de ser transportado por caminhões tipo caçamba. de reconhecimento federal. Fizeram parte de toda a logística viaturas. o prefeito de São Francisco do Sul/SC declarou 300. 28 29 . mas pela manhã foi preciso estabelecer outro local na região sul da ilha.000l e ficava a 800m do armazém. 2 helicópteros). A sua confirmação foi feita pelo então Secretário Nacional de Defesa Civil. A princípio.700 unidades de alimentação para as equipes envolvidas no combate e cerca de 24.000 médico. situação. Não é exagero dizer que a cidade inteira sofreu as consequências desse desastre. A piscina comportava No dia 25 de setembro de 2013. página 98. uma escola foi utilizada para esse fim. Além disso. os bombeiros afirmaram que a fumaça Assim que a fumaça se espalhou. na tentativa de minimizar esses efeitos.) foi indiciado pela Polícia Federal. por se tratar de um evento com produtos perigosos. foi possível vê-la chegando ao litoral do estado de São Paulo.000 pessoas desabrigadas. bombeiros militares. a quantidade de fumaça liberada para a atmosfera Regional de Joinville. O nº 193. voluntários. somente uma saída para o continente. foram gastas 5. com o rito sumário e publicado dia 4 de outubro no Diário Oficial da União. 30. Outro fator relevante foram os riscos ambientais envolvidos. Antes. retroescavadeiras. no controle dos riscos ambientais e no atendimento pessoas.000 toneladas de fertilizante (à base de nitrato de amônio – foram afetadas9. Disponível em: <http://g1. Decreto nº 8. Apesar de o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID) ter sido instituído pela IN nº 1/MI como uma forma oficial para comunicado de BRASIL.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2013/07/ enxofre-cai-em-ribeirao-e-deixa-90-mil-pessoas-sem-agua-em-leme-sp. Perigosos. quando há o transporte de substância perigosa.br/governomg/portal/m/governomg/conheca- das melhores ações a serem adotadas no combate aos desastres dessa natureza. p.gov. a inclusão voluntária de altera o Decreto nº 4. seja durante o transporte de insumos/ situações de anormalidade decretadas pelos entes federativos e dá outras providências. visto que tal carga pode levar uma localidade ao estado de calamidade ou Disponível em: <http://www.br>. e o Decreto nº 4. bem como de conferir os subsídios necessários à verificação Disponível em: <http://www. Acesso em: 14 mar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONSIDERAÇÕES FINAIS No âmbito da Defesa Civil nacional. de 18 de maio de 1998.044. Aprova as Instruções a conscientização de gestores públicos e demais órgãos de Defesa Civil municipal e Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos estadual. Decreto nº 96.globo. esses eventos não devem Instrução Normativa nº 1.gov. Estados e pelo Distrito Federal.mg. Disponível em: <http://www. O conhecimento acerca do perfil dos desastres é consolidado mediante análise do MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. a sistematização do registro de acidentes MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (MTE). desastres. Acesso em: 8 mar. vulnerabilidade de locais deve ser feita na tentativa de fortalecer a capacidade preventiva à ocorrência desses eventos.cetesb. de 20 de usuários interessados apenas no comunicado da informação ainda se mostra um desafio fevereiro de 2002. No modal rodoviário. de 6 de novembro de 2003.871.br/planejamento-e-pesquisa/planejamento/ Apesar de os acidentes tecnológicos serem imprevisíveis. 2014.gov. 2004. tal instrumento só é obrigatório para fins de reconhecimento federal Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional.127. de 22 de outubro de 2013. e dá outras providências. 2014. 11-12. ser considerados acidentes rotineiros de trânsito. Refrigeração Industrial por Amônia.dnit.   Disponível em: <http://www. BRASIL. de ações de resposta. que permitem AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES.br/>. seja na propriedade das empresas.136. Um exemplo deste esforço é a publicação de diversos exemplares de anuários de Federal.itpa. envolvendo produtos perigosos torna-se uma ferramenta crucial para a implementação Norma Técnica nº 3.sp. Acesso em:14 mar. Aprova o Regulamento para o Alguns trabalhos de divulgação sobre o panorama de acidentes no país têm sido Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. 2014. para o setor de comunicação da Sedec. e recebimento de apoio complementar da União. 30 31 . Legislação feitos. minas/5662-rodovias/5146/5044>. suas recorrências e impactos. 2014. de 12 de fevereiro de 2004. Estabelece procedimentos e critérios para histórico dos eventos. de 24 de agosto de 2012. os acidentes com a decretação de situação de emergência ou estado de calamidade pública pelos produtos perigosos no ano de 2013 tenderam a ocorrer principalmente em regiões Municípios.html>. Institui o Plano Nacional de acidentes e desastres. Acesso em: 12 mar. bem como deste Caderno de Acidentes com Produtos Perigosos. Legislação Federal. Dessa forma. De modo geral. Resolução nº 420. e para o reconhecimento federal das industrializadas. situação de emergência. além da gestão e monitoramento dos riscos associados. a análise de evolucao-da-malha-rodoviaria>. Acesso em: 12 mar. 2014. produtos essenciais à atividade fabril.org. 2. de duração relativamente curta.1. Rocha/ Ocorrem quando.3 1.1. que desagregação e remoção das partículas do ocorrem geralmente pela perda de apoio solo de sulcos provocada por escoamento (descalçamento). Matacães Os rolamentos de matacães são caracterizados 1.2. volumes variáveis se destacam de encostas e O transbordamento ocorre de modo gradual. Frequentemente. de oscilações verticais e horizontais na superfície extenso raio de ação e alto poder destrutivo. Terremoto 1.3. 4. o solo/lama.1. Erosão 1. Laminar Remoção de uma camada delgada e uniforme 1.1. tem comportamento de líquido viscoso.3.1.4.4.4. NATURAIS desprendida. NATURAIS 2. Movimento 1. num movimento tipo queda livre.2. presença de fissuras. Hidrológico concentradas. rocha/detrito.1.3. movimentam-se num plano inclinado.1. de de lagos artificiais). alívio de carga de minas.3.0.1 de massa tombamentos e e acontecem quando materiais rochosos 2.1.3 As quedas de lascas são movimentos rápidos e acontecem quando fatias delgadas tamanho e profundidade. 32 33 . 3. tem comportamento de líquido viscoso.1.1 GRUPO SUBGRUPO TIPO SUBTIPO DEFINIÇÃO COBRADE SIMBOLOGIA massa excepcionais.2.1. Tremor de terra 0 Vibrações do terreno que provocam 1.2. infraestruturas urbanas.3. Deslizamentos 1.0 rolamentos diversos e de volumes variáveis se destacam margem fluvial desmoronamento de barrancos. Blocos As quedas de blocos são movimentos rápidos 1. 1. normalmente em pequenas encostas muito íngremes.1.0 extensas de superfície mais ou menos plana e energia. Inundações 0 0 Submersão de áreas fora dos limites 1. por índices pluviométricos 1. Apresenta grande poder destrutivo. cujo centro de gravidade se desloca para acúmulo de água em ruas. Tsunami 0 Série de ondas geradas por deslocamento 1. Emanação 0 0 Produtos/materiais vulcânicos lançados na 1.3. injeção 2.2. Corridas de 1. Quedas. Enxurradas 0 0 Escoamento superficial de alta velocidade 1.0 4.1. Lascas 1. num movimento bacias de relevo acidentado. em decorrência de os primeiros sinais desses movimentos são a precipitações intensas.3. provocado por chuvas intensas e e de pouca espessura se destacam de 2. Solo/lama Ocorrem quando. 2. de solo e/ou rocha apresentando superfície de ruptura bem definida.3. misturado com a 1. da Terra (ondas sísmicas).1.2. 1. da 1.1.2. Erosão de 0 Desgaste das encostas dos rios que provoca 1.1.0 4. erupções porosidade do solo ou deformação de material vulcânicas ou movimentos de massa. Alagamentos 0 0 Extrapolação da capacidade de escoamento de 1.3. (escoamento freático) concentrado.1. num por escoamento hídrico superficial e subsuperficial movimento tipo queda livre. elevação súbita das vazões de determinada drenagem e transbordamento brusco da calha 2.1.0 por movimentos rápidos e acontecem normais de um curso de água em zonas que quando materiais rochosos diversos e de normalmente não se encontram submersas. em 1. geralmente ocasionado por chuvas prolongadas em áreas de planície.0. Os tombamentos de blocos são movimentos 3.1. Geológico blocos rochosos ao longo de encostas.0.3. redução da geralmente por terremotos. misturado com a fluidos.3. extração de detrito excepcionais. hídrico superficial concentrado. enchimento água.4.1.0 de um grande volume de água causado e colapsos devido ao colapso de cavidades. Ravinas Evolução. Erosão 1. de encostas muito íngremes. correntes marinhas e marés. 2.2 Rolamentos de blocos são movimentos de 1.4.1 fluvial.3. de massas de 3. 1.4 e acontecem quando fragmentos de rochas 2.0 terreno geralmente bem definidas quanto ao seu sistemas de drenagem urbana e consequente volume. abaixo do centro de gravidade da massa 1.3.ANEXO – Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade) GRUPO SUBGRUPO TIPO SUBTIPO DEFINIÇÃO COBRADE SIMBOLOGIA 3. por índices pluviométricos 1.2 3.1.0 água.1. 1.1. Geológico 3. Caracterizada pela tipo queda livre.1 de massa em que ocorre rotação de um bloco continental do solo superficial provocada por fluxo hídrico de solo ou rocha em torno de um ponto ou não concentrado.4. Erosão 0 Processo de desgaste (mecânico ou 1.1. em tamanho e profundidade.1. Deslizamentos São movimentos rápidos de solo ou rocha. Boçorocas Evolução do processo de ravinamento. calçadas ou outras baixo e para fora do talude. Subsidências 0 Afundamento rápido ou gradual do terreno 1. Pode ser natural (tectônica) ou induzido (explosões.2 profunda de líquidos e gás.0. Lajes As quedas de lajes são movimentos rápidos 1.0 vulcânica atmosfera a partir de erupções vulcânicas. costeira/marinha químico) que ocorre ao longo da linha da costa (rochosa ou praia) e se deve à ação das ondas. argiloso. 2.3. extenso raio de ação e alto poder destrutivo.1. em que a desagregação formadas pelos fragmentos de rochas se e remoção das partículas do solo são provocadas destacam de encostas muito íngremes. 1.1.1.1 preservação 1.3. Tempestade com intensa atividade elétrica 1. Zona de convergência é uma região que está 3.3. as 1.0 2.3. o nível do oceano em mar aberto e essa intensificação das correntes marítimas carrega uma enorme quantidade de água em direção ao litoral.1 2. significativo e transitório da 1. as ondas se tornam maiores pluviosidade.4. 34 35 .0 praias inundam. 4. Meteorológico regional de dunas) valores esperados para determinada região em um período do ano.5.1.1. 1. Meteorológico a terra e a base de uma nuvem de grande nacionais.2.3. Ciclones 1.5. Tornados Coluna de ar que gira de forma violenta e 1. áreas sob proteção legal. onde parasíticas por parasitas.1.1.5. 1. qualquer tipo de vegetação situada em áreas baixa pressão atmosférica.1.3 4.3. causando múltiplos desastres infecciosas virais da ocorrência de doenças infecciosas (ex.1.2.4.2.4. Incêndios Propagação de fogo sem controle. 5.3. em que a perda de umidade do e a orla pode ser devastada.1. 2.0 3. Ventos Intensificação dos ventos nas regiões 1. na qualidade do ar 3. Climatológico e áreas de 2. Baixa umidade 0 Queda da taxa de vapor de água suspensa 1.3. com grande com reflexos da qualidade do ar.0 do ar na atmosfera para níveis abaixo de 20%. significativo e transitório da 1.1. GRUPO SUBGRUPO TIPO SUBTIPO DEFINIÇÃO COBRADE SIMBOLOGIA GRUPO SUBGRUPO TIPO SUBTIPO DEFINIÇÃO COBRADE SIMBOLOGIA 1.2. proteção chuvas intensas e até queda de granizo. Em consequência. 2.5 2. Ocorrem 2.3. Onda de calor 0 É um período prolongado de tempo 1.2. etc. Doenças 0 Aumento brusco.5. Geralmente é adotado um 4.4 1. em 1. significativo e transitório 1. extremas as temperaturas ficam acima de um valor normal esperado para aquela região em determinado período do ano.1.0 região.1 ligada à tempestade causada por uma zona de florestal em parques. 1. Sistemas 1. de raios desenvolvimento vertical.0 frias/zonas de sobre uma região. em qualquer 1. deslocamento de massas de ar.4. Estiagem 0 Período prolongado de baixa ou nenhuma 1.2 em áreas não tipo de vegetação que não se encontre em 2. NATURAIS Tempestades local/convectiva muito perigosa. enxurradas.3.1. estando em contato com permanente 3. movimentando dunas de areia de três a quatro dias. Marés de São ondas violentas que geram uma maior 1. e os valores de escala/escala (mobilidade sobre construções na orla. destruindo edificações.2 tempestade agitação do mar próximo à praia. NATURAIS 1.1.3. provocando queda brusca durante o período de tempo suficiente para convergência da temperatura local.1. Friagem Período de tempo que dura.0 período mínimo de três dias com temperaturas infecciosas ocorrência de doenças infecciosas geradas 5°C acima dos valores máximos médios.3. temperatura mínima do ar ficam abaixo dos 3. 1. Doenças 0 Aumento brusco. Seca 1. desenvolvimento vertical. Seca 0 A seca é uma estiagem prolongada.1.1 de grande costeiros litorâneas. Chuvas São chuvas que ocorrem com acumulados 1. no mínimo.4.1. Frentes 0 Frente fria é uma massa de ar frio que avança 1. movimentos de massa. acarretando queda Tempestade no interior das nuvens.2. Essa coluna de ar estaduais ou pode percorrer vários quilômetros e deixa um municipais rastro de destruição pelo caminho percorrido. fúngicas por fungos. Biológico 3.3. 2.0 intensas significativos.1.1. Vendaval Forte deslocamento de uma massa de ar em uma 1.1.1. Doenças 0 Aumento brusco.4.4. Tempestade 1. Granizo Precipitação de pedaços irregulares de gelo.3.2 (ressaca) quando rajadas fortes de vento fazem subir na superfície ou na folhagem exposta. desequilíbrio hidrológico. Doenças 0 Aumento brusco. Epidemias 1. 1.3.0 infecciosas ocorrência de doenças infecciosas geradas Temperaturas excessivamente quente e desconfortável.3. geradas por vírus. Incêndio 1.3.2 protegidas. significativo e transitório da 1. Incêndios Propagação de fogo sem controle. infecciosas ocorrência de doenças infecciosas geradas bacterianas por bactérias.2.2. ambiental 4.2. provocando forte áreas de legalmente protegidas.1. Geadas Formação de uma camada de cristais de gelo 1.3.).2. alagando ruas e solo é superior à sua reposição. 5. Onda de frio 1. com período de duração que a falta de precipitação provoque grave inferior à friagem.: inundações. vendavais. extravasamento de explosão ou residenciais produtos perigosos incêndio 36 37 . depósitos. 1. mar e reservatórios ou biológicas em sua composição.1.0 Propagação descontrolada do fogo em com causada por aglomerados conjuntos habitacionais de grande densidade.3.0 2. Desastres relacionados a incêndios urbanos NN nº 3.2. Transporte 0 Extravasamento de produtos perigosos 2. Desastres relacionados a produtos perigosos plantas e distritos de produtos diversos para o ambiente.2. Transporte 0 Extravasamento de produtos perigosos 2.0 suas ações predatórias. considerado perigoso. que pode causar ambiente lacustre.3. Desastres 1.1.2. Infestações 1.0 3. Desastres em 1.2. Liberação 0 Liberação de produtos químicos 2.6. 1. marinho e biológicas.2.2.2.5. Desastres 1.4.2.0 2.01/006:2011. aéreo transportados no modal aéreo.2. em reservatórios 2. Queda 0 Queda de satélites que possuem.0 2. Transporte 0 Extravasamento de produtos perigosos 2. aquífero 3. Desastres relacionados a substâncias radioativas liberação desse material.4.0 resíduos radioativos ambiente urbanos plantas e distritos 3.2. Outras 0 Escapamento acidental ou não 2. industriais.5. riscos de intensa liberação de de fontes radioativas diversas poluição ambiental radionuclídeos e que excede os níveis de provocada por para o meio segurança estabelecidos na norma 1.2. laranja. Desastres com 1. Desastres relacionados a produtos perigosos reservatórios receptores de descargas a conflitos e contaminação e que pode ser utilizado intencionalmente de dejetos domésticos. que pode causar alterações por suas ações predatórias.2 relacionados produtos químicos química ou biológica.4. industriais e/ou bélicos como por terroristas ou grupamentos militares agrícolas. ferroviário transportados no modal ferroviário.4.4.0 1.1.1.2.1 de algas vermelhas doce ou em água salgada suficiente 2.3. GRUPO SUBGRUPO TIPO SUBTIPO DEFINIÇÃO COBRADE SIMBOLOGIA GRUPO SUBGRUPO TIPO SUBTIPO DEFINIÇÃO COBRADE SIMBOLOGIA 2. Transporte 0 Extravasamento de produtos perigosos 2.3. da CNEN. químicas e tornando-se amarela.1. bacia a transporte hidrográfica ou bioma afetado por de produtos perigosos 2. parques e 1.1.3.1. Marés Aglomeração de microalgas em água 1. Infestações/ 1. Biológico ou marrom.0 depósitos 2.2.1. Liberação de 0 Agente de natureza nuclear ou radiológica. na 2. TECNOLÓGICOS relacionados com fontes de acidental de radiação originária aquaviário transportados no modal aquaviário.2. alterações nas qualidades físicas. propriedades físicas. 2. vermelha fluvial.1. TECNOLÓGICOS siderais com riscos de satélite sua composição. motores ou corpos radioativos (radionuclídeos) radioativos. 2.1. NATURAIS caracterizada por uma mudança de cor. rios.1. parques químicos para por explosão/incêndio em plantas e armazenamentos a atmosfera industriais ou outros sítios.01/006:2011 e NN nº plantas e distritos industriais. radioativos de uso de produção NN nº 3.1. Desastres 1.2. Cianobactérias Aglomeração de cianobactérias em 1.0 pragas de animais o equilíbrio ecológico de uma região. Transporte 0 Extravasamento de produtos perigosos 2. 2. Derramamento 0 Derramamento de produtos químicos 2. 4. Desastres 1. da CNEN. 3. provocando alterações das consequência de em atentados ou em caso de guerra.4. em pesquisas.1. 5. podendo ocasionar a 3.2.1.2. Outras 0 Infestações que alterem o equilíbrio 1. biológicas. Incêndios em 0 Propagação descontrolada do fogo em 2. Desastres 1. químicos em subterrâneos de água. Fontes 0 Escapamento acidental de 2. provocada industriais.5. Transporte 0 Extravasamento de produtos perigosos 2.3. Incêndios 1.0 6. químicas.0 2. infestações ecológico de uma região.2.0 para causar alterações físicas.1.2. parques e 3.2.0 equipamentos em processos segurança estabelecidos na norma dutoviário transportados no modal dutoviário. químicas de produtos diversos em lagos.5.01/011:2011.2.1. relacionados à de produtos diversos em um sistema de abastecimento bacia hidrográfica ou bioma afetado contaminação químicos nos de água potável. Liberação 0 Derramamento de produtos químicos 2.0 nucleares marítimo transportados no modal marítimo.2. Incêndios em 0 2. químicas ou biológicas ações militares da água. indústrias e usinas 5.5.0 substâncias e radioativas radiação que excede os níveis de 4. da água sistemas de nas qualidades físicas. água potável 2.4.0 relacionados rodoviário transportados no modal rodoviário. Infestações 0 Infestações por animais que alterem 1. 0. Transporte 0 0 Acidente no modal rodoviário envolvendo 2. 2.0 5.1.0 marítimo destinadas ao transporte de passageiros e cargas não perigosas.1. Transporte 0 0 Acidente com embarcações marítimas 2. 2.0 ferroviário ferroviário de transporte de passageiros ou cargas não perigosas.5.5.4. 0 0 Rompimento ou colapso de barragens.5. Transporte 0 0 Acidente com a participação direta de veículo 2. 5.0.2. Colapso de 0 0 Queda de estrutura civil.0.0 aquaviário transporte de passageiros e cargas não perigosas. 4. 38 39 .4. GRUPO SUBGRUPO TIPO SUBTIPO DEFINIÇÃO COBRADE SIMBOLOGIA ANOTAÇÕES 1.4. 2.5.0.3.0 Rompimento/ colapso de barragens 2. Transporte 0 0 Acidente com embarcações destinadas ao 2.5.0 edificações 4.0 aéreo transporte de passageiros ou cargas não perigosas.0.0. Desastres relacionados a obras civis 2.0. Desastres relacionados a transporte de passageiros e cargas não perigosas rodoviário o transporte de passageiros ou cargas não perigosas.2. Transporte 0 0 Acidente no modal aéreo envolvendo o 2.5. 3. TECNOLÓGICOS 1. ANOTAÇÕES 40 . Anuário Brasileiro de Desastres Naturais 2013 G O V E R N O F E D E R A L Ministério da Integração Nacional .
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