UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO( UFRRJ ) História Antiga II Professor Luís Eduardo Lobianco O PERÍODO HELENÍSTICO (332 a.C. a 30 a.C.) e a permanência da cultura helenística, com grande ênfase na parte Oriental do Império Romano (fins do século I a.C. ao século IV d.C. (triunfo do Me/gaj )Ale/candroj - Mégas Aléxandros Pella (Macedônia) 356 a.C. – Babilônia 323 a.C. Cabeça de Alexandre o Grande, Beth Shean (Galiléia – Judéia “lato sensu”) século II a.C. Collection of Israel Antiquities Authority Foto : Israel Museum, por Nahum Slapak). in CALINA, Luiz e CALINA, Andrea Sapolnik – Calina Projetos Culturais e Sociais (concepção, desenvolvimento, produção e coordenação geral) e SAMMARONE, Valéria e Publical Comunicações (material promocional e catálogo). Tesouros da Terra Santa. Do Rei David ao Cristianismo. Realização: MASP, The Israel Museum ,Jerusalem e Calina Projetos Culturais e Sociais. São Paulo, 2008, p. 55. ROM A in Alexander the Great - http://en.wikipedia.org/wiki/Alexander_the_Great, consultado em 22 / 11 / 2008. Mapa Império de Alexandre PELL A ATEN AS SIWA H (máxima extensão - 323 a.C.) BABILÔ NIA PERSÉP OLIS rIo IND O ALEXAND RIA GRÉC IA MACEDÔ NIA EGIT O JUDÉI A MESOPOTÂ MIA PÉRSI A ÍNDIA London: Thames & Hudson.Mapa das conquistas de Alexandre in BRIANT. p. Alexander The Great. no Oriente Próximo PELLA (Macedôni a) ATENAS (Grécia) ALEXANDR IA junto ao EGITO SANTUÁRIO DE AMON (Oásis de SIWAH) BATALHA de ISSUS (Cilícia) LUXOR . 40. The Heroic Ideal. Pierre. 2005. Tradução do francês para o inglês: Jeremy Leggatt. 104. The Heroic Ideal.Moeda comemorativa das vitórias Alexandrinas na Índia (Alexandre representado com a cabeça coberta por pele e presas de elefante) in BRIANT. . Tradução do francês para o inglês: Jeremy Leggatt. 2005. Alexander The Great. London: Thames & Hudson. p. Pierre. The Heroic Ideal. p. CHIFRES DE CARNEIRO (atributo do deus AMON) . 2005. London: Thames & Hudson. Alexander The Great. Tradução do francês para o inglês: Jeremy Leggatt. 58.Alexandre e o Egito: Moeda com imagem de Alexandre associado ao deus faraônico Amon (elo com o Santuário de Siwah) in BRIANT. Pierre. 2005. p.e patrono das rotas do deserto Oriental SINAL DE REVERÊN CIA . 59. Alexander The Great.Alexandre como Faraó diante do deus Min (Paredes do Santuário (Capela) de Luxor (Vale do Nilo – Alto Egito) in BRIANT. Tradução do francês para o inglês: Jeremy Leggatt. The Heroic Ideal. Pierre. ALEXAND RE (FARAÓ) DEUS FARAÔNIC O MIN (deus da fertilidade – reprodução e princípio gerador . London: Thames & Hudson. Mapa do Império Persa Aquemênida (séculos VI ao IV a. Pat (direção). São Paulo: Paulinas.C. Tradução: Edwino A. 342. .) in ALEXANDER. 1987. Royer. p. Enciclopédia Ilustrada da Bíblia . .I a. Royer. 343. (ano 30 a.C. São Paulo: Paulinas. Enciclopédia Ilustrada da Bíblia . Tradução: Edwino A.EGITO REINO SELÊUCIDA (Ásia Ocidental) SÍRIA .(Ptolomaico – Egito e Selêucida – “Ásia Ocidental” . Mapa do Império de Alexandre & os Reinos Helenísticos REINO PTOLOMAICO (Lágida) .) ) in ALEXANDER. 1987.C. Pat (direção).C.Síria) (séculos IV a. p. London: Thames & Hudson.Moedas de Ptolomeu I Soter (filho de Lagus) e Seleuco I Nicanor in BRIANT. Tradução do francês para o inglês: Jeremy Leggatt. PTOLOMEU I SOTER (EGITO) SELEUCO I NICANOR (Ásia Ocidental) (SÍRIA) . The Heroic Ideal. Pierre. p. 126. Alexander The Great. 2005. 2000.Helenismo / Helenização • Helenismo: Anatole Bailly BAILLY. Paris: Hachette. Dictionnaire GREC FRANÇAIS. Le Grand Bailly.” . p. 648. e(llhnismo/j (o() – hellēnismós – helenismo: “Imitação da língua grega ou dos costumes (hábitos) gregos. Anatole. helenismo. por Alexandre. APUD PAUL.G. Tradução: Benôni Lemos. o Grande (331 a.Helenismo / Helenização (no Oriente) • Helenismo: Droysen (2ª metade do século XIX) DROYSEN. p. 1983.C.C. Definição: “Contato e mescla de elementos culturais .) . História Política. André. J.suicídio de Cleópatra VII e Marco Antônio. O Judaísmo Tardio. Recorte Cronológico: Da derrota de Dario III (Império Persa Aquemênida). 93.) até o fim do Reino Ptolomaico (Egito) (30 a. São Paulo: Paulinas. Geschichte des Hellenismus. nativas do . e preservada nos Reinos Helenísticos (Ptolomaico e Selêucida).Helenismo / Helenização (no Oriente) • ATENÇÃO: É fundamental perceber-se. que a helenização na parte oriental do Império Romano (Grécia.). I a. significou não apenas a presença da cultura grega.C. trazida por Alexandre da Macedônia. Judéia e Egito). mas também a permanência das culturas locais. até estes serem conquistados por Roma (séc. Ásia Menor. Síria. ).C. portanto. o HELENISMO também penetrou na cidade de Roma. o ORIENTE ROMANO seja considerado culturalmente HELENIZADO. in “Romanization in The Time of Augustus”).Helenismo / Helenização (no Ocidente) • Embora o maior legado da cultura helenística. . mais do que romanizado (segundo o historiador Ramsay MacMullen. a partir da morte de Cleópatra VII e Marco Antônio (30 a. tenha estado presente no Oriente Próximo. durante o Império Romano. e portanto atingiu a capital do Império. • . • INDUMENTÁRIA (vestimenta / roupas). • CULTURA MATERIAL (objetos da cultura grega). • DIREITO. • ARQUITETURA.EXEMPLOS de HELENIZAÇÃO na parte ORIENTAL do Império Romano (presença de elementos culturais • MITOLOGIA. GREGOS) • RELIGIÃO. • LÍNGUA GREGA. MITOLOGIA.C.) . INDUMENTÁRIA e CULTURA MATERIAL (gregas). RELIGIÃO híbrida: nome grego do deus egípcio) Iconografia (imagem) de moeda de Alexandria (Egito Romano). sob a dinastia dos Imperadores Antoninos (século II d. Soheir.)Agaqo/j Dai/mwn Agathós Daímōn (com Triptólemo) Moeda do 18ºano de ADRIANO (133-134 d.) In BAKHOUM . Recherches Numismatiques et Historiques. Dieux Égyptiens à Alexandrie sous les Antonins. 1999. Paris: CNRS Éditons.C. p. .p. 185 e 231. (H) aba da clâmide (saco de grãos) (H) gesto de (H) gesto de semeadura semeadura (trigo) (trigo) (H) clâmide xlamu/j chlamús (H) (R) Imperador Adriano (busto laureado e trajando uma (E)couraça e o Coroa Pschent paludamentum) (Hórus) Dupla Coroa do Alto e Baixo Egito = Coroa Nekhbet / Hedjet (branca) (Alto Egito) + Coroa Uadjit / Deshret (vermelha) (Baixo (E/H) deuses (E/H) Egito) Triptólemo Tripto/lemoj (H) biga (carro de 2 rodas) Agathodaimo n )Agaqo/j )Agaqo/j Dai/mwn Dai/mwn Agathós Daímōn . ) . deuses egípcios com nomes gregos Iconografia (imagem) de moeda de Alexandria (Egito Romano).C. sob a dinastia dos Imperadores Antoninos (século II d.RELIGIÃO (deusas gregas) . INDUMENTÁRIA e CULTURA MATERIAL (gregas). Recherches Numismatiques et Historiques. 1999.EUQHNIA – EUTHĒNÍA & DHMHTHR DĒMĒ’TĒR Moeda do 17º ano de TRAJANO (113 – 114 d. Dieux Égyptiens à Alexandrie sous les Antonins. .) In BAKHOUM . Soheir. Paris: CNRS Éditons.p. p.C. 178 e 228. símbolo da terra. (R) busto laureado do Imperador TRAJANO (98 – 117 d. cereais e da fertilidade) (H/E) Sob a mão direita de Eu)qhni/a -Euthēnía há a cabeça de uma criança: o deus menino Harpócrates (?) .C.Hórus. a criança. (H/E) Cetro curto na mão esquerda de Eu)qhni/aEuthēnía (H / E) EUQHNIA EUTHĒNÍA (deusa heleno-egípcia .) (H/E) deus serpente egípcio Agaqo/j Dai/mwn -Agathós Daímōn-Agathodaimon. .(R) coroa de louros (H / R) égide (H)ka/laqoj– kálathos sobre uma coluna (H) penteado do ka/laqoj – kálathos (H) indumentária grega: xitw=n – chitō’n. (H) DHMHTHR DĒMĒ’TĒR (deusa grega da agricultura. junto aoka/laqoj– kálathos. dos campos fertilizados pelo rio Nilo e personificação da “abundância”) (H/E)trono (H) indumentária grega: i(ma/tion – himátion. dos grãos. erguido e com penteado da dupla coroa faraônica pschent (símbolo de domínio sobre o Alto e Baixo Egito).esposa do deus Nilo . (H) indumentária grega: pe/ploj péplos. e I d.C.ARQUITETURA grega em Jerusalém e na Judéia Romana (séculos I a.) (segundo a arqueologia e o texto do historiador judeu e cidadão romano Flávio Josefo) .C. produção e coordenação geral) e SAMMARONE. 65 e 66. 58. . Valéria e Publical Comunicações (material promocional e catálogo). 2008. p. Luiz e CALINA.Jerusalem e Calina Projetos Culturais e Sociais. desenvolvimento. Realização: MASP.(Judéia Romana) Iconografia Arqueológica e da Maquete do Templo de Jerusalém in CALINA. Do Rei David ao Cristianismo. Tesouros da Terra Santa. São Paulo.p. Andrea Sapolnik – Calina Projetos Culturais e Sociais (concepção. The Israel Museum . Jerusalem. por David Harris.C. .) Collection of Israel Antiquities Authority – Foto The Israel Museum.Capitel Coríntio em Jerusalém (século I a. I d.C. por Gadi Adar .2º Templo de Jersualém (de Herodes) (séc. Jerusalem.) Collection of Israel Antiquities Authority – Fotos The Israel Museum. . Loeb Classical Library. THACKERAY. ST.C.calendário judaico).C.) Roma: cerca de 100 d.(Jerusalém: ano 3797 (criação do mundo .) (Istori/a Ioudai+kou= Pole/mou Pro\j (Rwmai/ouj Istoría Ioudaïkoû Polémou Pròs Rōmaíous História da Guerra dos Judeus contra os Romanos ( A Guerra Judaica ) JOSEPHUS. The Jewish War. J. . 1º ano do reinado do Imperador Romano Calígula (37 d. Tradução do Grego para Inglês de H. . Sua (de Herodes Magno) atenção foi atraída por uma cidade na costa. ele edificou na cidade alta. (.. .).. e adornou com os mais magníficos palácios(. Seu próprio palácio.). As colunas Herodes reconstruiu das fundações.) . ..C..) ... no décimo quinto ano de seu reinado (22 a. chamada Torre de Straton.).. a qual. . a fortaleza ele restaurou com um pródigo gasto ...“ Assim.. Esta ele reconstruiu inteiramente com pedra branca. (. ele (Herodes Magno) restaurou o Templo (de Jerusalém) (. e denominou-a Antonia em honra a Antonio (Marco Antonio).. não inferior a de Zeus Olímpico (mais relevante dos deuses gregos). ele continha uma estátua colossal do imperador.” . a qual serviu para seu modelo. irmã e esposa de Zeus deusa dos deuses) em Argos. marcante por sua beleza e grandes proporções.C.) rivalizando com aquela de Hera (deusa grega. e outra de Roma (deusa que na mitologia romana personificava o Estado no final do século II a.“Em uma proeminência voltada para a entrada do porto erguia-se o Templo de César (o Imperador Augusto). ).(. O resto das edificações anfiteatro. a César a glória desta nova fundação. deu o nome de Cesaréia ( Marítima).“A cidade Herodes dedicou à província (da Judéia).. consequentemente. de Lobianco ). teatro.. para a qual ele (Herodes). . ( negrito e inserções sublinhadas. o porto aos navegadores em suas águas. 32 e 33. Tradução: Maria das Mercês de Mendonça Soares. Cesaréia Marítima (século I d. A Vida no Tempo de Jesus de Nazaré. p. Lisboa / São Paulo: Editorial Verbo. Peter.) .in CONNOLLY. 1988.p.C. C.LÍNGUA grega e DIREITO grego em Sentença Judicial pronunciada pelo Praefectvs (Prefeito) Romano do Egito Sulpicivs Similis (a mais alta autoridade. Volume XLII. abaixo do Imperador). Tradução e Notas: . (Egito Romano . de 98 a 117 d.C.início do século II d.) Papiro de Oxyrhynchus (POxy) nº 3015 “Fragmentos de Registros da Corte (Tribunal)” The Oxyrhynchus Papyri. reinado do Imperador Trajano. é melhor eles próprios fazerem a justiça de acordo com a leis dos Egípcios (dos Gregos) .....” Observação: inserção sublinhada de Lobianco. Ver explicação no próximo “slide”. ” “ ..“ .. ......” “ .. ka/llisto/n e)stin au)tou\j dik]aiodotei=n p[ro\]j tou\j Ai)gupti/wn no/mouj . kállistón estin autoùs dik]aiodoteîn p[rò]s toùs Aigyptíōn nómous . . ... introduzido no segundo século (d.) e aplicável a todos os “Egípcios” ...” (inserções sublinhadas e/ou negritadas de Lobianco).C.. os gregos das metrópolis).). o prefeito anuncia sua intenção em julgar de acordo com “as leis dos Egípcios”(. O edito e as decisões em 3015 ajustar-se-iam à tese de Taubenschlag sobre “ oi( tw=n Ai)gupti/wn no/moi” “hoi tōn Aigyptíōn nómoi” (as leis dos Egípcios): ele sugeriu que a expressão designa um novo código.tradutor e comentarista deste volume XLII da Coleção dos Papiros de Oxyrhynchus: “ . no sentido romano (incluindo . e sabe-se que trata. na verdade. embora ele esteja no Egito Romano. é perfeitamente possível que. posteriormente. . de questões testamentárias. refira-se ao direito grego. Note-se que a decisão do Prefeito Romano é escrita em GREGO e NÃO em latim ou em língua egípcia.Portanto. a lei referida no fragmento anteriormente transcrito. Cambridge. H. H. Harvard . Colson. Massachusetts e London: Loeb Classical Library. Colson Fílon de Alexandria PHILO. Tradução do grego para inglês e texto da Introdução por F. VII. O Decálogo.Peri\ Tw=n De/ka Logw=n oi( Kefa/laia Nomw=n Ei)=sin Perì Tōn Déka Logōn hoi Kephálaia Nomōn Eîsin No que concerne aos Dez Mandamentos Estes são as Principais dentre as Leis – O Decálogo Introdução por F. ).“O último Mandamento contra o “desejo” dá a Phílon (Fílon / Filão) uma oportunidade para dissertar em termos estóicos (.. .. Zenão – Cleantes – Crisipo. Os Estóicos I. resumida em algumas formas edificantes: “Seja estóico”. com frequência. (negritos de Lobianco). da filosofia estóica. . 13. só extraímos a posteridade ética. ILDEFONSE. Coleção Figuras do Saber. que. São Paulo: Editora Estação Liberdade. “Suporte e abstenhase”. p.“Diz-se. Frédérique. Tradução: Mauro Pinheiro. 1995. diretamente dos originais. nem a sua escrava. nem o seu jumento. (negritos de Lobianco). 135. 17). 1973.” ( Livro do Shemót / ÊXODO. Tradução das introduções e notas de La Sainte Bible. A Bíblia de Jerusalém. p. edição de 1973. Tradução do texto em língua portuguesa. nem o seu boi. nem o seu escravo. não cobiçarás a sua mulher. 20. Paris. São Paulo: PAULUS. Edição em língua francesa: Les Éditions Du Cerf.“Não cobiçarás a casa do teu próximo. nem coisa alguma que pertença a teu próximo. publicada sob a direção da “École Biblique de Jérusalem”. . BIBLIOGRAFIA (citada ao longo desta apresentação) .