ANIM-013 - PRINCIPAIS ENFERMIDADES QUE ACOMETEM OS ANIMAIS DE CRIAÇÃO

June 11, 2018 | Author: ronaldo_alves_10 | Category: Rabies, Tuberculosis, Infection, Public Health, Milk


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PRINCIPAIS ENFERMIDADES QUE ACOMETEM OS ANIMAIS DE CRIAÇÃOAs enfermidades infecto-contagiosas e parasitárias acarretam graves prejuízos econômicos ao produtor e ao Estado. Altas taxas de morbidade e mortalidade, redução na produtividade dos rebanhos, rejeição de carcaças de animais abatidos, gasto com medicamentos, são alguns dos itens que provocam aumento importante nos custos de produção, minimizando os ganhos do produtor e influenciando diretamente na economia agropecuária do Estado. Destacam-se a seguir, dentre as espécies de interesse econômico, as principais enfermidades a serem diagnosticadas e controladas: 1. - BOVINOS 1.1. - SALMONELOSE É uma zoonose, sendo uma doença causada por diferentes espécies de Salmonella e se manifesta clinicamente por uma das três principais síndromes: septicemia superaguda; enterite e enterite crônica. Em bovinos, a doença causada por Salmonella Dublin é geralmente endêmica em uma fazenda em particular, com a ocorrência de casos esporádicos quando os animais individualmente são expostos a estresse. Quando o agente é a Salmonella Typhimurium, em geral existe apenas um animal ou um pequeno grupo de animais acometidos ao mesmo tempo. Quando a doença ocorre na população de bezerros, costuma ser muito mais grave e com maior número de animais acometidos. As principais fontes de infecção são os animais portadores e rações de origem animal contaminadas. A vacinação é um assunto controvertido na discussão do controle da Salmonelose, pois embora vacinas comerciais tenham fornecido boa proteção, em algumas situações somente a bacterina autógena, feita a partir de uma bactéria isolada de animais da propriedade, tem efeito significativo. 1.2. - COLIBACILOSE Ocorre em animais recém-nascidos e é a principal causa de perdas neste grupo etário. A diarréia em animais recém-nascidos até os 15 dias de idade é uma das doenças mais comuns e causa significativa de prejuízo econômico em rebanhos bovinos. Investigações a campo e dados laboratoriais indicam que não existe uma etiologia simples da diarréia de bezerros, e que a causa é complexa, com freqüência envolvendo interação entre bactérias e vírus enteropatogênicos, a imunidade do animal e os efeitos do ambiente. Em bezerros leiteiros criados sob condições intensivas, a morbidade pode alcançar 75%, mas em geral está ao redor de 30%. Os casos fatais podem variar de 10 a 50%. Por ser também uma zoonose, é de grande importância em Saúde Pública. 1.3. - COCCIDIOSE OU EIMERIOSE É uma doença infecciosa cosmopolita conhecida por diarréia de sangue, curso vermelho e enterite hemorrágica, comum em bezerros, mas que pode acometer animais mais velhos. As condições de estresse, higiene precária e alta densidade populacional favorecem as infecções. Os principais sintomas são diarréia sanguinolenta, desidratação e perda de peso, que variam com a idade dos animais, espécie, dose infectante e sistema de produção. A Coccidiose determina grandes perdas econômicas devido à redução do crescimento e mortalidade dos animais. Foi considerada, em 1978, nos Estados Unidos, como uma das cinco doenças mais importantes em animais. Em 1980, foram estimadas perdas mundiais da ordem de US$ 723 milhões/anuais devido à enfermidade. 1.4. - VERMINOSE É uma doença parasitária de alta prevalência, causada por infecções mistas, ou seja, por várias espécies de nematódeos (vermes) que vivem no abomaso (estômago) ou intestinos dos animais. Os animais mais sensíveis são os jovens, já que os adultos, infectados sucessivamente, adquirem certa resistência. Os principais sintomas são: pêlo arrepiado e sem brilho, anemia, inapetência, emagrecimento, diarréia e, consequentemente, morte. Entretanto, ela pode ocorrer sem manifestações clínicas, causando redução da produtividade. A ação espoliativa dos vermes, alimentando-se de sangue no estômago ou intestinos e dos nutrientes ingeridos pelo animal interferindo no metabolismo vitamínico, proteico e mineral, determina grandes perdas econômicas, que podem ser causadas pelo baixo índice de crescimento dos animais, queda da produção de leite, decréscimo na fertilidade e mesmo pela morte dos mesmos por ação direta dos vermes ou por queda da resistência às infecções secundárias. 1.5. - CLOSTRIDIOSE Dentre as Clostridioses, destaca-se o Carbúnculo Sintomático, que é uma doença infecciosa aguda causada pelo Clostridium chauvoei e caracterizada por inflamação dos músculos, toxemia grave e alta mortalidade. Provoca perdas econômicas graves para criadores de bovinos, assim como de caprinos, e os surtos podem ser prevenidos pela vacinação. Quando a doença ocorre, é comum um certo número de animais ser acometido em espaço de poucos dias. O Carbúnculo Sintomático é enzoótico em algumas áreas e a taxa de letalidade se aproxima dos 100%. TUBERCULOSE Em bovinos ocorre com maior freqüência no gado leiteiro. porém persiste mais comumente em animais sexualmente maduros. ocasionando significativas perdas econômicas. 1. Além dos prejuízos ocasionados pela diminuição da produção de leite. particularmente entre rebanhos leiteiros. O agente causal é geralmente o Mycobacterium bovis. com resultados sorológicos negativos. há perda de bezerros e interferência no programa de reprodução. A incidência varia consideravelmente entre os rebanhos. É difícil avaliar a importância econômica da doença em bovinos. o período médio entre os partos pode ser prolongado por muitos meses. e é de importância por razões de Saúde Pública. primariamente devido ao declínio na produção de leite nas vacas que abortam. são alteradas pela Mastite. bem como por seus efeitos prejudiciais na produção animal. 1. A doença pode ocorrer em todas as espécies. é imprescindível que este seja comercializado somente após a pasteurização. a doença é importante.6. Considerando o leite como um alimento básico. torna-se essencial o diagnóstico preciso e o controle da Mastite para a obtenção de leite e seus subprodutos de forma econômica e segura. A alta incidência de infertilidade temporária e permanente resulta na eliminação de vacas valiosas e algumas mortes ocorrem devido à metrite. A enfermidade congênita pode acometer bezerros nascidos de vacas infectadas. Sem considerar as mortes. a vacinação anual de todos os bovinos entre seis meses e dois anos de idade deve ser recomendada. pois o agente etiológico (Brucella spp. comprometendo o seu valor nutricional. em um rebanho infectado.MASTITE É uma enfermidade que acomete a glândula mamária.BRUCELOSE É uma zoonose que está amplamente disseminada e tem grande importância econômica.Nas áreas em que a doença é enzoótica. As perdas com a produção animal por causa dessa doença podem ser de grande importância. levando à redução da produção e da qualidade do leite. além de comprometer a qualidade do leite e seus derivados. A produção do leite. . 1. incluindo o Homem. até que ocorra o primeiro parto. . .) pode causar a febre ondulante no Homem. A fêmea que nasce infectada pode apresentar uma infecção latente no início da vida. Em relação à saúde humana. embora o Mycobacterium tuberculosis também possa ocasionalmente estar envolvido. assim como a concentração dos constituintes deste. A seqüela comum da infertilidade aumenta o período entre as lactações e. Devido à possibilidade de a infecção ocorrer pela ingestão do leite contaminado. que sobrevém à retenção da placenta. estima-se que os animais infectados percam de 20 a 60% da sua eficiência produtiva.8. A infecção ocorre em bovinos de todas as idades.7. . A enfermidade provoca enorme prejuízo econômico. Em países da América Latina. Entretanto. o morcego hematófago é considerado um dos principais transmissores da Raiva para os animais domésticos de interesse econômico. eles sofrem de hemorragia fatal nos capilares das asas. sendo que no Brasil. são bastante eficientes. a Raiva bovina é relevante na América do Sul e Central. principalmente bucal e nasal e epitélio interdigital.9. levando ao descarte de leite. a Raiva silvestre tem crescido em importância. à doença severa e até a morte. Vacinas anti-rábicas animais. Animais silvestres apresentam uma diversidade de reações. Sugere-se que o total de perdas econômicas causadas pela Mastite é composto dos seguintes itens: • • • • Valor da produção perdida 70% Valor de vacas perdidas por descarte prematuro 14% Valor de leite descartado ou desvalorizado 8% Despesas com médico-veterinário e tratamento 8% 1. diminuindo a capacidade produtora dos animais afetados. Cada tipo de vacina tem suas indicações e contra-indicações. atinge aqueles de casco fendido. pode infectar todos os animais de sangue quente. a Raiva canina representa problema sério. um Lyssavírus da família dos Rhabdoviridae. Causa sintomas clínicos mais severos em bovinos e suínos. Quando a Raiva é um problema econômico. mais recentemente. dependendo se o país está livre da enfermidade. além da substituição de animais. sendo controlada pelas campanhas anuais de vacinação e programas educacionais organizados pela Saúde Pública. tanto as de vírus inativados como atenuados. apresentando mais a forma subclínica em outras espécies. principalmente de bovinos. O controle da Raiva nos diferentes países do mundo se apresenta sob diversos aspectos. produzidas em culturas de células. e em quase todas as oportunidades a infecção culmina com a morte. gastos com medicamentos e serviços de médicos veterinários. onde se estima que mais de um milhão de bovinos morrem da afecção anualmente. Quando os morcegos hematófagos se alimentam em animais tratados com o anti-coagulante.10. afetando as criações domésticas. e também se a presença de morcegos hematófagos representa problema. . que devem ser respeitadas para a eficácia da vacinação.RAIVA O vírus da Raiva. rompendo-se posteriormente e produzindo lesões ulceradas extensas. . Apesar de ocorrer em praticamente todo o mundo. desde a infecção inaparente.FEBRE AFTOSA Afecção de mamíferos. Em vários países. no uso de anti-coagulantes no controle da população de morcegos hematófagos. se é industrializado ou em desenvolvimento. . as principais perdas provocadas pela Mastite estão relacionadas com o decréscimo da produção leiteira. 1. os esforços se concentram na vacinação anti-rábica preventiva dos bovinos e. e se apresenta sob a forma de vesículas ou aftas nas mucosas. dissemina os ovos infectantes por via direta ou indireta. utiliza-se a vacinação para reduzir a prevalência da enfermidade. Portanto o bovino não tem expressão na etiologia da cisticercose humana. rigidez muscular e morte por miocardite degenerativa. . Os casos de infestação do Homem pelo Cysticercus bovis são raríssimos. não sendo tomados em consideração. fraqueza. bem como a orientação da população quanto à hábitos básicos de higiene pessoal e os principais meios de contaminação. O Homem se contamina por ingestão de carne crua ou mal cozida de bovinos. contendo cisticerco. e indireta quando ocorre contaminação do meio ambiente dos animais. produzidas em linhagens celulares a partir dos vírus de ocorrência na região. . Na forma aguda. impedindo a comercialização de carnes contendo o cisticerco. O envolvimento sistêmico ocorre com foco necrótico no fígado.Nos países onde a eliminação compulsória não pode ser introduzida devido a seus altos custos. a principal característica é uma pneumoenterite ocasionalmente associada à encefalite. 2.1.SUÍNOS 2.COLIBACILOSE . A mortalidade pode ser alta. Na forma septicêmica ocorre febre. depressão e eritema de pele. especialmente do abdômen e orelhas.2. A Cisticercose bovina é causada pelo Cysticercus bovis. órgãos e vísceras. através de mãos contaminadas ou de defecações nos locais em que os animais se alimentam. albergando a forma larvária (cisticerco). A Salmonelose em suínos pode apresentar a forma septicêmica. .SALMONELOSE A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária. é necessária a intervenção do médico veterinário a nível de campo e a nível de inspeção sanitária. que sendo parasitado pela forma adulta. Nos bovinos.11. 2. levando a uma descoloração vermelho-escura a arroxeada da pele. vindo adquirir a teníase. petéquias nos rins e nos linfonodos mesentéricos. para o controle das condições sanitárias nas criações. e acrescidas de adjuvantes. podendo ainda serem observados sinais nervosos. cujo hospedeiro definitivo é o Homem. levando a condenação de carcaças. paralisia e convulsões. . como tremor. são de uso rotineiro em todo o mundo. e hemorragias petequiais subcutâneas. Vacinas inativadas. a Cisticercose pode levar ao aparecimento de febre.TENÍASE/CISTICERCOSE O bovino é hospedeiro intermediário da Taenia saginata. Para o controle dessa parasitose. sendo muitas vezes esses achados considerados polêmicos. 1. Direta quando existe um relacionamento próximo do Homem com animais. CLOSTRIDIOSE Os Clostrídios patogênicos em geral estão presentes nos solos ricos em humo. mas os sinais clínicos persistem por algum tempo. mas há uma grande variação na susceptibilidade entre as espécies. ou outros procedimentos cirúrgicos. Hyostrongylus ribidus. Também são encontrados no conteúdo intestinal de animais sadios e só causam doenças em circunstâncias especiais. coli. O. • TÉTANO Uma alta incidência de tétano pode ocorrer em suínos após a castração de animais jovens. anorexia acompanhada da chamada "febre do leite". Estas cirurgias devem ocorrer em ambientes limpos. Em suínos. as espécies mais freqüentes são: Ascaris suum. É uma doença infecciosa.A presença de enterotoxinas com antígeno de adesão.3. A mortalidade é menor que 10%. . sem sangue. A morte é uma ocorrência freqüente. rigidez muscular e convulsões. Em suínos a Colibacilose pode ocorrer como diarréia neonatal profusa. Strongyloides ransoni. 2.VERMINOSE As verminoses em suínos provocam elevadas perdas econômicas e são necessários para o seu controle exames parasitológicos periódicos e um plano de vermifugação dos animais nas diferentes faixas etárias. É a diarréia mais comum no pós-parto. A enterite em fêmeas paridas também pode ocorrer. . Stephanurus dentatus e Metastrongylus salmi. Trichuris suis. e se caracteriza por uma diarréia esverdeada. 2. entre outros. entretanto há uma alta incidência. Clinicamente caracteriza-se por hiperestesia. tetani é extremamente potente. que leva à rápida desidratação de leitões com 1 e 3 dias de idade. • ENTEROTOXEMIA . Muitos casos de tétano podem ser evitados com a desinfecção adequada dos instrumentos e da pele durante a castração. A característica ubiqüidade destes microorganismos torna a erradicação das doenças provocadas por Clostrídios extremamente difícil. necessitando de controle por meio de medidas profiláticas eficazes. ou seja. quadrispimulatum. A neurotoxina do C. evitando-se ao máximo as contaminações. sendo que os suínos não são dos mais sensíveis. termolábil (LT) e termoestável (ST). são descritas para E. enteropatogênicas possuindo ambas as toxinas. Em suínos a maioria das amostras patogênicas são ETEC. que atinge todas as espécies de animais domésticos. altamente fatal. causada pela toxina do Clostridium tetani. Oesophagostomum dentatum.4. 6. sêmen. Entre os suínos não ocorre uma transmissão significativa de animal para animal. Quando a infecção tem origem na espécie humana. A tuberculinização mais utilizada em suínos para a detecção da doença é a do teste intradérmico único. em particular devido ao fato de grande parte dos animais serem abatidos ainda jovens. . . Casos generalizados apresentam uma síndrome semelhante àquela vista em bovinos. Para o controle da Tuberculose em um rebanho suíno remove-se a fonte de infecção e. alta mortalidade de leitões e orquite nos varrões. A infecção se dissemina pela ingestão de alimentos contaminados pelas secreções (urina. e desencadeiam a doença por fatores ainda não bem explicados. perfringens tipo C resulta numa enterite com diarréia e desinteria em suínos. A incidência relativamente baixa em suínos se deve a vários fatores. após os testes de tuberculinização.5. feito com a inoculação de 0. embora geralmente seja em menor proporção. principalmente pela rejeição de carcaças ou partes da mesma nos matadouros. A infecção deriva tanto da ingestão de produtos lácteos ou pela criação na mesma pastagem que os bovinos. abortos. o envolvimento tuberculoso das meninges e articulações. A susceptibilidade varia com a faixa etária. O microorganismo é patogênico principalmente para suínos e para o Homem. corrimentos vaginais) de animais infectados. Os Clostrídios causadores ocorrem comumente no solo e nas vias digestivas de animais sadios. Além dos problemas de Saúde Pública. 2. 2. embora seja mais comum. É importante a identificação do agente etiológico para detecção da espécie animal de onde a infecção teve origem. As lesões tuberculosas nos linfonodos cervicais em geral não causam qualquer anormalidade clínica. a menos que ocorra ruptura para o exterior. sendo que estes atuam normalmente como reservatórios da Tuberculose para outras espécies. sendo a leitura feita em 24 a 48 horas.1 ml de tuberculina na prega da pele na base da orelha. e principalmente pelo coito. os animais reagentes. e a eliminação da fonte de infecção no rebanho em geral é suficiente para erradicar a doença dos grupos previamente acometidos. sendo a incidência maior em suínos adultos. a doença provoca perdas econômicas.BRUCELOSE A Brucelose causada pela Brucella suis é uma enfermidade crônica que acomete os suínos e se manifesta por esterilidade. Em geral.TUBERCULOSE Em suínos a incidência de Tuberculose geralmente reflete a ocorrência da enfermidade na população bovina local. o agente é o Mycobacterium tuberculosis e em geral resulta da alimentação dos suínos com sobras domésticas provenientes de pessoas tuberculosas ou pelo contato com tratadores tuberculosos.A infecção causada por C. . a doença atinge suínos lactentes durante a primeira semana de vida. fígado. esôfago. pilares diafragmáticos. 2.MASTITE Nos suínos é relativamente comum a ocorrência de uma síndrome pós-parto. pode ocorrer tanto no Homem como nos animais. com a presença de lesões vesiculares nos espaços interdigitais e na cavidade bucal. como único hospedeiro definitivo da T. . mantendo o vírus no meio ambiente. .2. é o disseminador em potencial dos ovos infectantes. pulmão e cérebro. a não ser pela possibilidade de transmissão para a espécie bovina.a teníase . metrite e agalactia (MMA). água e alimentos contaminados com ovos de T. Uma forma muito grave. fígado. . solium. Direta quando existe um relacionamento próximo do Homem com animais. Possui etiologia complexa. podendo levar à morte. A Cisticercose suína é causada pelo Cysticercus cellulosae e também está distribuída em 18 países Latino Americanos. cabeça. ou uma parasitose extra-intestinal . que provoca mastite. . sendo a ingestão de material contaminado o método mais provável de disseminação.ou outra enterobactéria. Achados de infestação maciça em órgãos como coração.8. Os suínos contraem a infecção por ingestão de restos de carne contaminada. 2.FEBRE AFTOSA Essa doença é de importância limitada nessa espécie. contendo cisticerco.9. No exame post-mortem. e indireta quando ocorre contaminação do meio ambiente dos animais. através de mãos contaminadas ou de defecações nos locais em que os animais se alimentam. O Homem se contamina por ingestão de carne crua ou mal cozida de suínos.tendo como etiologia a Taenia solium. coração. a neurocisticercose. restos de abatedouro. produzida pela forma larvária da T. Os animais apresentam depressão e anorexia. de acordo com o tempo de infecção. mastigadores. associada geralmente à presença de Escherichia coli.a Cisticercose. são freqüentes. língua. As fêmeas jovens são mais acometidas. As condenações de carcaças. O diagnóstico é feito pelo isolamento da E. o Cysticercus cellulosae. vindo a adquirir a teníase. opacas ou já apresentando degenerações caseosas e calcificadas. Os sinais clínicos são semelhantes aos encontrados nos bovinos. cérebro.7. seja por via direta ou indireta. O Homem. do leite e das descargas uterinas. solium. diafragma.CISTICERCOSE O complexo Teníase/Cisticercose é uma zoonose que se expressa no Homem através de duas formas: uma parasitose intestinal . cujo hospedeiro intermediário é o suíno. órgãos e vísceras de suínos são grandes na América Latina. encéfalo. A Cisticercose é adquirida pelo Homem através do contato com mãos.solium. A transmissão destes suínos para os bovinos ocorre pela movimentação de pessoas. nos músculos do coração. são encontradas pequenas vesículas. de cores claras e transparentes.coli . estresse e um desbalanço hormonal. principalmente no Brasil. dificultando o crescimento destes. dispnéia. afetando as articulações dos animais. para o controle das condições sanitárias nas criações.11. • Poliartrite e poliserosite A artrite por Mycoplasma hyosynoviae ocorre em suínos jovens. 2. Ambas as doenças estão amplamente relacionadas com situações de estresse.MICOPLASMOSE • Pneumonia enzoótica dos suínos Doença altamente contagiosa que se manifesta clinicamente por uma pneumonia de gravidade moderada e por baixas taxas de crescimento do plantel. Às vezes. mas as lesões no pulmão são mais comumente encontradas em animais com idade entre 8 e 16 semanas. paralisia ou apenas prostração como sinal clínico. A temperatura pode chegar a 41ºC. . impedindo a comercialização de carnes contendo o cisticerco. observa-se conjuntivite. O Mycoplasma sp.DOENÇA DE AUJESZKY Enfermidade infecto-contagiosa causada por um Herpesvírus que afeta a maioria dos animais domésticos. O agente etiológico é o Mycoplasma hyopneumoniae. bem como a orientação da população quanto à hábitos básicos de higiene pessoal e os principais meios de contaminação. tremores musculares. entretanto em casos mais graves pode ocorrer associação com Haemophyllus parasuis e Klebsiella pneumoniae. é habitante do sistema respiratório de suínos e a transmissão ocorre por contato direto entre os animais. . tipo influenza. ocasionadas pelo manejo inadequado. vômito e diarréia. O Mycoplasma hyorhinis provoca uma inflamação generalizada das serosas em leitões lactentes (1 a 8 semanas de idade). . podendo apresentar sintomas nervosos como incoordenação motora. Suínos adultos apresentam forma menos acentuada da doença. levando à febre. Normalmente. na faixa de 12 a 24 semanas de idade.10. convulsões. sendo o suíno considerado o principal reservatório do vírus.Para o controle dessa zoonose. corrimento nasal. Observa-se dispnéia. 2. A alta mortalidade pela doença entre suínos jovens é causa de perdas econômicas consideráveis. Animais com menos de 3 semanas de idade são altamente sensíveis. Atinge animais de todas as idades. depressão e inapetência. tosse. não se observa prurido. Há casos em que a doença também evolui para a forma nervosa e os suínos têm incoordenação e hipersensibilidade. é necessária a intervenção do médico veterinário a nível de campo e a nível de inspeção sanitária. Ocorre febre e os sinais clínicos se mantem por cerca de 10 dias. diarréia e hemorragias cutâneas. Sua difusão ocorre por contato direto e ingestão de alimento contaminado. O controle prevê medidas sanitárias que dificultem a entrada do vírus na criação e o monitoramento sorológico adequado para detectar a presença da infecção. Através das técnicas de soroneutralização. . as vacinas inativadas ou contendo vírus vivo atenuado não previnem a infecção. pode-se observar pneumonia e botões ulcerativos nos intestinos. . observa-se eventualmente microgliose. A fonte de vírus é sempre o suíno infectado e seus produtos. os suínos adultos apresentam infecção subclínica e eliminam o vírus na descarga nasal e brônquica até 20 dias depois da infecção e alguns portadores continuam excretando o vírus por até 1 ano. A exemplo dos demais Herpesvírus. e a infecção. Os sintomas surgem de 3 a 7 dias pós-exposição e os mais comuns incluem febre. Sintomas condizentes com encefalomielites são freqüentes. verifica-se. secreção ocular. Normalmente. imunofluorescência indireta e ensaios imunoenzimáticos (ELISA). caninos. Em fase mais adiantada da doença. a movimentação de suínos portadores é o principal veículo para disseminação da doença entre granjas. vômito. Sem dúvida. já que algumas amostras são neurotrópicas. Em áreas livres da doença. principalmente no baço. realiza-se o diagnóstico pela detecção de anticorpos específicos. em geral. linfonodos e enfartos. Para estas espécies. As lesões patológicas compreendem degeneração dos pequenos vasos sangüíneos. A enfermidade só ocorre em bovinos. levando a pequenas hemorragias nos rins. inapetência. 2. pele. apatia. além de aborto.Nas fêmeas adultas. No suíno. ocorre por ingestão.12. já que estes programas não são completamente eficazes no controle de epidemias. sendo a inalação também uma importante porta de entrada. Provavelmente. é a doença mais importante dos suínos em termos econômicos. freqüentemente. apresenta-se muito contagiosa e de desenvolvimento geralmente fatal. bexiga. eliminando o vírus quando em condições de estresse. encontra-se distribuída por todo o mundo. felinos e ovinos quando estes se encontram em contato estreito com suínos.PESTE SUÍNA CLÁSSICA Causada por vírus pertencente ao Pestivírus. a introdução do vírus é feita pela importação de animais portadores ou pela alimentação com rações que contenham resíduos de carne suína mal cozidas. a doença é invariavelmente fatal. No Sistema Nervoso Central. sendo que suínos com óbito no início do surto apresentam poucas lesões macroscópicas. temperatura de 41ºC e cessação da produção de leite. Além disso. apenas podendo reduzir a severidade dos sintomas clínicos ou mascarar o diagnóstico sorológico. tornando-se o animal portador durante sua vida útil. a infecção se produz na forma aguda ou evolui para a forma latente. única espécie naturalmente infectada. As perdas devido à morte dos animais são agravadas pelo alto custo dos programas de vacinação em áreas enzoóticas. A Escherichia coli provoca uma diarréia aguda.1. Um dos principais fatores predisponentes é o não fornecimento de colostro logo após o nascimento dos filhotes. sendo que em alguns rebanhos é necessária a produção de vacina autóctone. Sua maior importância se dá nos locais onde os animais ficam abrigados ou confinados em pequenas áreas. . Os microorganismos podem ser isolados do feto abortado e placenta. o que compromete a imunização passiva destes animais com os anticorpos maternos. dessa forma pode ser feito através da vacinação. bem como das fezes diarréicas. A identificação do vírus pode ser feita através de conjugados fluorescentes em tecidos alvo ou através da visualização de efeito citopático em cultivo de células.2. A infecção por Salmonella spp. – COLIBACILOSE Ocorre mais frequentemente em animais neonatos. 3. faz-se opção pela vacinação e orientação dos criadores para notificação dos casos. . podendo haver septicemia e alta taxa de mortalidade.SALMONELOSE Em caprinos a doença se caracteriza por problemas entéricos com diarréia aguda. O controle deverá ser estabelecido a partir da identificação do Estado como área livre ou enzoótica. com adoção de medidas específicas.COCCIDIOSE OU EIMERIOSE A coccidiose é uma enterite contagiosa causada pela infecção por Eimeria spp. provoca também abortos que eventualmente ocorrem sem sintomas clínicos de enterite. Em caprinos são comuns as infecções subclínicas associada a eventuais surtos de diarréias que podem levar a disenteria grave. Na profilaxia usa-se a vacinação. desinteria e septicemia.3. 3. preferencialmente com vírus inativado.A transmissão mais comum é feita pelo movimento e pela venda de suínos infectados. sendo que alguns países introduziram uma política de erradicação através do sacrifício de todos os animais positivos presentes na área de foco. . Em áreas enzoóticas. CAPRINOS 3. 3. podem aumentar a população de parasitos no organismo animal. sejam relacionados ao hospedeiro ou ao meio ambiente. A severa anemia principalmente por Haemonchus sp. Vários fatores interferem no aumento populacional dos parasitos. sendo que a mortalidade em caprinos pode chegar a 80%. tetania e convulsões. Atinge animais com cerca de um mês de idade. lactação. no estado crônico. umidade tanto do ar como do solo. O controle é feito através de aplicação de anti-helmínticos associado à praticas de manejo que auxiliam na redução da infecção no hospedeiro. a contaminação ambiental.. diminuindo. interferem no aumento populacional de parasitos no meio ambiente. e progressivamente a debilidade orgânica. . Clinicamente caracteriza-se por hiperestesia.VERMINOSE Os parasitos gastrointestinais especialmente os nematódeos são um dos maiores causadores de prejuízos para os caprinocultores. causada pela toxina do Clostridium tetani. perda de peso e desidratação nos casos agudos.Os surtos ocorrem em infestações maciças quando da multiplicação do parasito no trato intestinal. A idade. Os fatores físicos tais como temperatura. O diagnóstico se faz por exame parasitológico (oocistos aparecem nas fezes de 2 a 4 dias após o aparecimento da disenteria). 3. introdução de animais novos no rebanho. O diagnóstico laboratorial é feito pelos exames parasitológicos de fezes (OPG) e/ou coprocultura. irradiação solar e a precipitação que é a mais importante. levando na maioria das vezes à morte. e queda na produção leiteira.4. os quais apresentam diarréia e forte dor abdominal. O controle se faz por um manejo adequado. As mucosas aparentes apresentam-se hiperdescoradas. bem como o tratamento correto do coto umbilical. – CLOSTRIDIOSES • TÉTANO Doença infecciosa. estado nutricional. retardo no crescimento. consequentemente. • ENTEROTOXEMIA A disenteria provocada pela enterotoxina do Clostridium perfringens tipo B pode levar à morte em poucas horas. caracteriza a infecção por nematódeos. Muitos casos de tétano podem ser evitados com a desinfecção adequada dos instrumentos e da pele durante as cirurgias. . baixa produção leiteira e baixa fertilidade. sendo os responsáveis pela maior taxa de mortalidade. 3. edema mandibular. controle parasitológico periódico e o uso de coccidiostático quando necessário.5. O período de incubação é de 10-14 dias. apresentando ainda diarréia. altamente fatal. – TUBERCULOSE Em caprinos a broncopneumonia é a forma mais comum da doença e se manifesta por meio de tosse e dificuldade respiratória. placenta. Em alguns caprinos ocorre ulceração intestinal. O controle é feito com adoção de higiene rigorosa antes. O diagnóstico baseia-se nos sintomas clínicos e laboratorialmente. gatos e morcegos hematófagos. . o que possibilita um tratamento adequado e evita a geração de microorganismos resistentes à antibióticos. determinando o agente causal e sua sensibilidade a drogas antimicrobianas.8. 3. de curso agudo e fatal que se manifesta por sintomatologia nervosa. secreções vaginais e sêmen. atingindo o sistema nervoso central. tais como: linha de ordenha. . – MASTITE Caracteriza-se por alterações físico-químicas e bacteriológicas no leite.RAIVA A raiva é uma zoonose. observando-se nos animais mudanças de hábito. .9. O agente etiológico é um RNA vírus da família Rhabdoviridae. onde se multiplica ativamente.BRUCELOSE A Brucelose em caprinos tem como principal via de transmissão a ingestão de pastagem contaminada com restos de placenta e fetos abortados. Os sintomas aparecem entre 2 e 60 dias após o animal ser infectado. durante e após a ordenha. com diarréia e aumento dos linfonodos do trato digestivo. nas inclusões acidófilas intracitoplasmáticas nas células nervosas e no teste de imunofluorescência. embora o caprino seja o hospedeiro natural da Brucella melitensis. 3. tem como principais agentes etiológicos o Staphylococcus aureus e Streptococcus spp. Orquite e artrite são raras. No diagnóstico devem ser utilizados métodos bacteriológicos e físico-químicos. Enfermidade de importância econômica para a caprinocultura leiteira. A forma paralítica é mais freqüente. 3. entre outros.7. bem como alterações patológicas no tecido glandular do úbere. entretanto a infecção pelo coito também pode ocorrer. descarte de animais. dilataçäo da pupila. ocorrendo a morte entre 5 a 10 dias após o aparecimento dos sintomas clínicos. O aborto acontece normalmente com 4 meses de prenhez. A introdução do vírus no organismo se dá pela mordedura de cães. ansiedade. sendo este o principal transmissor para a espécie caprina. bem como medidas de manejo específicas. Os microorganismos podem ser eliminados no leite.3. A infecção por Brucella abortus pode ocorrer devido ao contato com bovinos.6. diminuição da produção de carne e leite. com a formação de vesículas de 24 a 48 horas após. há a necessidade de alertar os criadores. caracteriza-se pela . através de exames sorológicos. mamárias ou ainda dos líquidos articulares puncionados de animais infectados.MICOPLASMOSE Doença que se caracteriza por reações inflamatórias nas articulações. M. Os jovens se contaminam. às vezes. tais como evitar entrada de animais doentes. e a profilaxia é semelhante à da CAEV. o corrimento nasal. gengivas e lábios. penetrando o vírus pela via digestiva ou respiratória.10. através do leite de cabras infectadas. utensílios. A glândula mamária apresenta-se aumentada e endurecida. as espécies isoladas foram: M. . tratadores. os sintomas mais evidentes são o aumento do volume da articulação e a presença de exsudato fibrinopurulento. provoca uma meningoencefalite levando ao aparecimento de sintomas neurológicos. secreções. o desmame precoce e fornecimento de leite e colostro aquecido a 56o C durante 60 minutos. Há também dificuldade de locomoção devido à lesões nos cascos. Deve ser feito o diagnóstico diferencial com a CAEV. As infecções são crônicas e o exsudato fibrinoso produzido contribui para esta cronicidade. Na forma respiratória.11. oculares. impedimento da exportação dos produtos de origem animal e interdição da propriedade onde tenha sido constatada a presença de animais contaminados. Ocorrem manifestações de febre alta e baba abundante pela dificuldade de deglutição devido à aftas na língua. havendo queda na produção de leite. No Brasil. . As lesões oculares podem levar à cegueira. A transmissão se dá pelo contato com animais doentes. conhecida também como Mal do Caroço ou Pseudotuberculose. 3. Na forma articular.ovipneumoniae. principalmente. que se caracteriza pela formação de vesículas localizadas na mucosa da boca.12. causada por espécies do gênero Mycoplasma.Dado a sua importância e reemergência da doença. A transmissão ocorre através do contato de animais sadios com secreções nasais. já que não existe tratamento. 3. Causa prejuízos econômicos. proibição de participação em feiras ou exposições. Quando o agente infeccioso atinge o sistema nervoso. são comuns a temperatura elevada e a tosse e. ratificando a necessidade de vacinação dos animais. Como profilaxia deve-se fazer a vacinação dos animais. glândulas mamárias. 3. Causada pelo Corynebacterium pseudotuberculosis. pastagens contaminadas. e o controle da população de morcegos.FEBRE AFTOSA A doença é causada por vírus da família Picornaviridae. pulmões e olhos. desde a perda de animais jovens.arginini e M.LINFADENITE CASEOSA Doença de curso crônico que atinge caprinos.mycoides subespécie capri. . inclusive com morte de humanos notificadas nos últimos meses. patas e úbere. cochos e outros animais. A mortalidade é baixa enquanto a morbidade é alta. A doença se manifesta mais freqüentemente sob as formas articular. Conhecida também como Leucoencefalomielite. raça ou sexo. idade.ECTIMA CONTAGIOSO DE CAPRINOS Conhecido vulgarmente como Boqueira e é causado por vírus do grupo Pox.EQÜÍDEOS . Deve ser feito o diagnóstico diferencial com a Micoplasmose Caprina. além de se desenvolver também nos espaços interditais. sendo o período de incubação de 6 a 8 dias.13. Não existe tratamento ou vacina eficaz. vulva e úbere. podendo também se manifestar em testículos e glândulas mamárias. Em casos de plantéis com alta prevalência da doença. . Caracteriza-se por levar ao aparecimento de pápulas. bem como das complicações advindas das infecções bacterianas secundárias. pústulas e crostas na boca e comissuras labiais. A principal via de transmissão é o colostro e o leite. É causado por um Lentivírus que apresenta semelhança morfológica e bioquímica com o vírus da Visna Maedi. recomenda-se o uso de autovacinas. não existindo. 4. portanto deve ter os cuidados necessários no manuseio. entre outros. mas as raças leiteiras são as mais afetadas. . . podendo se estender pelo focinho e narinas. recomendando-se a eliminação dos animais doentes. e que já esteja distribuida em quase todos os estados. entretanto. Caracteriza-se por apresentar um período de incubação e curso clínico prolongado. acredita-se que tenha ocorrido quando da importação de raças leiteiras na década de 1980.formação de abcessos internos e externos. Afeta geralmente animais jovens e a transmissão ocorre pela ruptura das vesículas e conseqüente contaminação de alimentos. A doença pode ser controlada pela vacinação sistemática. Os caroços se localizam nos linfonodos subcutâneos. recomenda-se a utilização de programas de controle baseados em medidas que visem reduzir a incidência clínica e sorológica da doença. Encefalite Caprina e Visna Caprina. Os transtornos econômicos decorrem das lesões na boca que dificultam o animal a se alimentar. que tem como via de penetração no animal sadio a pele lesada ou as vias digestiva e respiratória. nervosa e mamária. que apresenta sintomatologia semelhante.ARTRITE ENCEFALITE CAPRINA A VÍRUS (CAEV) Acomete caprinos de qualquer raça. O diagnóstico laboratorial é feito por imunodifusão. Sua introdução no Brasil. retardando o crescimento. Em caso de surto. O principal meio de propagação da bactéria é o pus caseoso. Os animais sofrem de emagrecimento progressivo e anemia. 3. O Homem pode se infectar ao tratar o animal. A importância econômica se deve à desvalorização da pele (devido às cicatrizes decorrentes do tratamento) e danos à reprodução animal. sexo.14. um programa oficial de prevenção e controle. Não há predileção por idade. 3. A encefalomielite pode atingir o Homem. O diagnóstico laboratorial é feito através do exame do soro do animal suspeito ou sob controle de sanidade.a doença está disseminada comprometendo a criação existente. Altamente contagiosa entre os eqüídeos. caracterizada por uma enfermidade longa e crônica. paralisia geral e morte nos casos agudos.1. Para o controle e a prevenção desta enfermidade devem ser observados os seguintes critérios: • • • • Drenagem de regiões pantanosas e controle de insetos podem auxiliar na contenção da doença. Utilização de instrumentos cirúrgicos e agulhas esterilizadas. podendo ser transmitida também por agulhas e instrumentos cirúrgicos contaminados. A dificuldade de diagnóstico e a persistência de condição de "animal portador" durante muitos anos. fornecendo um resultado negativo ou positivo em 48 horas. O vírus está presente em todos os tecidos. . Os animais apresentam febre. . é a mais provável causa de tal disseminação. causada por um Lentivirus da família Retroviridae. secreções e excreções e pode persistir no organismo durante muitos anos. 4. Todas as raças e grupos etários de eqüídeos estão sujeitos à contaminação.ENCEFALOMIELITE Causada por um Alphavirus da família Togaviridae. Sacrifícios dos animais afetados. quando o animal está febril e antes de surgirem os sintomas nervosos. É transmitida por vetores que podem ser pássaros silvestres. incoordenação.2. do leste e venezuelana. em algumas regiões.4. sendo que a do leste apresenta alta mortalidade. sendo os animais subnutridos. Controle epidemiológico da criação com exames laboratoriais específicos. . contagiosa. não existindo vacina nem tratamento específico viável. constituindo-se numa fonte de infecção . através de moscas e mosquitos hematófagos."portadores clinicamente normais". tem uma significante viremia. apresenta-se sob 3 formas: encefalomielite do oeste. Para o diagnóstico é feita a sorologia ou isolamento e identificação do vírus a partir de cérebro e sangue. A transmissão é do tipo mecânica. mosquitos e roedores. No controle é feita a vacinação dos potros com seis meses de idade.no Brasil . Embora as estatísticas de incidência não sejam tão precisas. principalmente na região do Pantanal (MS) . sinais de depressão. parasitados e debilitados os mais susceptíveis.ANEMIA INFECCIOSA EQÜINA (AIE) É uma doença de equídeos. 6. 4. – RAIVA A raiva em eqüídeos tem as mesmas características da doença em bovinos. quando o microorganismo invade o tecido lesado. – GARROTILHO Doença aguda dos eqüídeos causada pela infecção por Streptococcus equi. as quais alcançam o sistema nervoso desencadeando os quadros de rigidez muscular.4. Caracteriza-se por inflamação das vias respiratórias superiores e abscedação dos linfonodos adjacentes. em alguns casos. (fetos. Ocorre frequentemente nas épocas frias. . 4. prolifera e produz neurotoxinas potentes. A transmissão se dá através do corrimento nasal de animais infectados.4. 4. entretanto é mais comum em animais jovens. Atinge animais de qualquer faixa etária. alimentos e água. Geralmente ocorre após pequenas cirurgias (ex: castração). placenta. . O diagnóstico é feito pela sorologia (aglutinação rápida e acidificada) e o controle se baseia nos testes periódicos dos plantéis com o descarte dos animais reagentes. devido a parada respiratória. Seu controle e prevenção seguem os mesmos critérios descritos para os bovinos. um abscesso que forma fístulas na região da cernelha. O diagnóstico é feito coletando-se e examinando-se bacteriologicamente as secreções nasais ou punções dos linfonodos afetados (principalmente os mandibulares). para o isolamento do agente. secreção vaginal). A transmissão ocorre principalmente por mordedura de morcegos hematófagos. O controle é feito com a imunização dos animais a serem manipulados cirurgicamente.3.5.BRUCELOSE É causada pela Brucella abortus e provoca. – CLOSTRIDIOSES • TÉTANO Os eqüídeos são particularmente susceptíveis ao Clostridium tetani. A sintomatologia progride até levar a morte do animal por asfixia. Para o controle no plantel é feita a vacina autóctone. A transmissão ocorre geralmente por ingestão de pastagem contaminada com a Brucella sp. que contamina as pastagens. COLIBACILOSE Apresenta principalmente a forma septicêmica e granulomatosa. possibilitando a entrada do agente infeccioso nas criações.se ao elevado prejuízo causado pela mortalidade. O combate à doença se dá pelo emprego de medidas de higiene e isolamento das aves doentes.. assim como da Micoplasmose. responsável por uma sinusite grave em perus. tais como: Doença de Newcastle.C. – DOENÇA DE NEWCASTLE . aparece de repente.2. . faisões e codornas. em galinha. e o Mycoplasma meleagridis. atingindo muitas aves ao mesmo tempo. Os sintomas são parecidos com os da Coriza Infecciosa. se constituem em importantes veículos de toxinfecções alimentares para o Homem. É uma das principais causas de condenação de carcaça em abatedouro. O Micoplasma tornou-se um dos maiores inimigos da criação de aves. são mais freqüentes nematódeos do gênero Ascaridia. 5. Heterakis e Capillaria.MICOPLASMOSE Provoca a Doença Crônica Respiratória (D. queda na produção de ovos e perda de peso devido à baixa conversão alimentar. Sua capacidade de eliminação pelo ovo explica sua perpetuação nas criações. cujo agente causal é o Mycoplasma gallisepticum. deve. como também pode estar relacionada ao estresse. A D. corrimento nasal e ronqueira que reflete o comprometimento da traquéia e dos brônquios. Além disso. Além de galinhas. É importante ressaltar o fato de que as principais vacinas. são produzidas a partir de ovos embrionados.R. 5. Muitas vezes a Colibacilose está associada a outras enfermidades.5.C.1. . É disseminada por aves portadoras assintomáticas ou pelo contato com aves doentes (aerossóis). Bronquite Infecciosa e Micoplasmose. 5.AVES 5. começando com espirros.C. Várias espécies podem atingir as aves. SALMONELOSE Nas aves. estando entre as cinco doenças mais diagnosticadas.R.4.VERMINOSES Causam prejuízos consideráveis. a carne de aves e ovos infectados por Salmonella spp. 5. atinge perus. a D.3. .R. galinholas.5. a importância da Salmonelose. hoje empregadas nas granjas. muitas vezes.). entretanto. onde destaca-se a Leucose Linfóide. mas também pode ocorrer em perus e faisões. esôfago. A medida que a doença progride. 5. que podem estar associadas ou não: paralítica. nasais e traqueais. O vírus da Doença de Marek se difunde rapidamente de aves infectadas para as não infectadas. há linhagens mais susceptíveis que outras. Não existe tratamento. Não há evidência de transmissão vertical (ovo). brônquios e sinus. – DOENÇA DE MAREK É uma enfermidade infecciosa e altamente contagiosa. barbela. tipo de ave.6. A prevenção da doença é feita pelo uso de vacinas. Em algumas regiões os pintos recebem a vacinação aos 21 dias. faisões. laringe. em casos de surto revacinar imediatamente o lote e demais aves da Granja. swab de cloaca e nas células epiteliais dos folículos das penas. caracterizada por uma paralisia progressiva das asas e das patas. determinando uma pneumoencefalite com manifestações respiratórias associadas a perturbações nervosas. mas pode aparecer em aves de 6 semanas de idade e em aves com mais de 24 semanas. . Na forma diftérica observa-se a formação de exsudato característico na mucosa bucal. A vacinação é preconizada e o tipo de cepa a ser utilizada vai depender de fatores como: incidência da doença. severidade. Deve-se procurar vacinar de preferência entre 7 a 10 dias antes do aparecimento do problema. Faz parte das chamadas doenças do "Complexo Leucótico Aviário". Está presente em lavados bucais. A infecção pode ser transmitida por via aérea. em outros já no 1º dia por ocasião da vacinação contra Marek. permanecendo ativo por pelo menos 1 ano.A forma mais comum da doença é a nervosa (paralítica). perus. e até mesmo da região. Acomete galinhas. virose com a qual a Doença de Marek mantém semelhanças. 5. a ave fica deitada. entre outros. o peito no chão e as patas .É uma virose que acomete galinhas. Tanto jovens quanto adultos. Acomete principalmente galinhas. A transmissão pode ocorrer pela água ou aerossóis de cama contaminada por fezes. determinando o inchaço da face em torno dos olhos. Possui 4 formas. traquéia. determinada por um Herpesvírus. perus e pássaros. visceral. também podendo ocorrer associados a conjuntivite e diarréia aquosa esverdeada. Os sintomas podem iniciar-se pelo aparelho respiratório ou sistema nervoso. Todas as raças de galinhas são sensíveis mas dentro de cada raça. patas e canto do bico. ocular e cutânea. São mais sensíveis as aves jovens (12 a 24 semanas de idade). levando a espasmos e paralisia. Normalmente é aplicada por escarificação e/ou através de agulhas.7.BOUBA AVIÁRIA É uma das doenças mais comuns em aves. Nota-se o aparecimento de nódulos (forma cutânea) ao nível da crista. fossas nasais. principalmente no aparecimento das lesões macroscópicas (tumores). sendo a infecção via aérea por secreção respiratória a mais importante. codornas e outras aves. Em alguns casos nota-se paralisia de papo. e o melhor é prevenir com a vacinação no 1º dia de idade. Não existe tratamento. histórico do lote e calendário de vacinação adotado. epidemiologia da doença. As formas ocular e cutânea são mais raras. observa-se à nível de necropsia.estendidas. esta era certamente a causa principal de mortalidade. idade. para auxiliar o médico veterinário no diagnóstico diferencial. médios e grandes linfócitos atípicos. Às vezes a necropsia não revela alterações perceptíveis à olho nu. pulmão. bem como nos nervos (braquial e ciático) e músculos. baço. na Leucose o infiltrado tumoral é composto de linfoblastos bastante atípicos e pobremente diferenciados. . causam respectivamente o descoramento da íris. tumores no fígado. composto de pequenos. no próprio incubatório. também são fatores de extrema importância para o diagnóstico final da doença. e a observação de sintomas. Antes do uso das vacinas contra a Doença de Marek. com destruição do globo ocular (aves adultas). sendo frequentes as figuras de mitose. Já na forma visceral. ovário. determinando graves perdas econômicas na indústria avícola. mas à nível microscópico observamos na Doença de Marek a presença de infiltrado tumoral. rins. geralmente uma para a frente e a outra para trás (posição de bailarina). É necessário fazer uma análise histopatológica. e tumores na pele das aves. Por outro lado.
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