ANESTESIA EM SUÍNOS

March 24, 2018 | Author: Jessica Cristiane Bertoni | Category: Anesthesia, Midazolam, Drugs, Clinical Medicine, Medicine


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ANESTESIA EM SUÍNOS – RELATÓRIO AULA PRÁTICA Resumo: Este relatório tem por finalidade retratar os efeitos da anestesia em suínos, analisando assim seus efeitos sobre os parâmetros vitais dos animais, bem como o nível de analgesia e estado de consciência destes. Foi utilizado acepromazina (Acepram® ,!"# como medica$%o pr&'anest&sica, indu$%o com midazolam ((ormonid®# e )uetamina (*etalar®#, propofol e manuten$%o com anestesia inalatória com isofluorano. Palavras chave: suínos, tran)uiliza$%o, acepromazina, parâmetros vitais, midazolam, )uetamina, seda$%o, tran)uiliza$%o. Introdução Suínos geralmente não passam por procedimentos cirúrgicos devido ao seu destino produtivo, mas, em contrapartida, é o modelo experimental que mais se assemelha anatômica e fisiologicamente ao ser humano, por isso muitos estudos são realizados, podendo ser experimentos cirúrgicos, avaliações anestésicas, transplantes, etc !ontudo, a manipulação deles apresentam desvantagens, como o fato de se estressarem facilmente, certas raças possuem o gene da Síndrome da "ipertermia #aligna, o qual aumenta a sensi$ilidade ao halotano e outros agentes anestésicos inalat%rios, induzem as arritmias cardíacas assim como a xilazina, a qual tem efeito arrítmico so$re o mioc&rdio 'inda, h& dificuldade na intu$ação, devido ( pequena a$ertura da rima la$ial, impedindo a perfeita visualização das estruturas do fundo da $oca, associada ( profundidade da cavidade oral) poucos grupos musculares para aplicação de f&rmacos) poucas veias superficiais, sendo que as principais ocorrem na superfície dorsolateral das orelhas *ara procedimentos cirúrgicos em suínos a medicação pré+anestésica ,#*'- é muito importante devido ao seu comportamento ' acepromazina pertence ao grupo dos tranquilizantes e é um derivado fenotiazínico Sua função é reduzir a hiperatividade dos animais sem causar sedação, são agentes at&ricos, promovem discreta analgesia e potencializam os f&rmacos analgésicos ' acepromazina causa adinemia, apatia, sonol.ncia e indiferença ao am$iente /s efeitos colaterais são hipotenção arterial, depressão cardíaca, hipotermia, aumento da perfusão cut0nea e visceral, antiarrítmico, vasodilatador espl.nico e diminui a concentração de hemoglo$ina e causa certa depressão respirat%ria 1ão se apresenta com efetividade em suínos $em como em muitas outras espécies, pois mantém reação vigorosa ( contenção mec0nica, sendo considerado a azaperona como mais eficaz em suínos ' azaperona é um derivado $utirofenônico que reduz a agressividade, característica desta espécie, surgindo como tranquilizante, por controlar e promover a prevenção do estresse nessa espécie !ausa depressão e perda da noção de am$iente, alto grau de sedação e este é dose dependente "& grande margem de segurança e toler0ncia em suínos, entretanto, mesmo em doses terap.uticas, pode desencadear reações adversas inesperadas, como dispneia, sialorreia, mastigação constante, tremores musculares e inquietação, principalmente quando expostos a estímulos fortes, como am$ientes tumultuados 1a indução o tio$ar$itúrico é tido como padrão em suínos, mas pode ser realizada através das associações de f&rmacos, como a quetamina e o midazolam, ou de su$st0ncias utilizadas isoladamente, como $ar$itúricos, etomidato ou propofol !omparando os efeitos da associação de quetamina e midazolam em suínos pré+anestesiados com azaperona, verifica+se melhor analgesia cut0nea e miorrelaxamento de melhor qualidade que a com$inação de acepromazina, midazolam e quetamina, tendo nesta última associação alteração dos par0metros cardiorrespirat%rios e respostas clínicas mais evidentes que a primeira associação 9= na dose <. apresenta efeito anticonvulsivante.ncia vascular periférica. ansiolítico e hipn%tico por produzirem depressão na formação reticular 6 muito utilizado como coad7uvante da indução anestésica. contudo. aplicados na mesma seringa. o que minimiza os efeitos cardiovasculares indese7ados que ocorrem pelo uso da quetamina /s demais par0metros cardiovasculares são preservados /$serva+se ainda apneia transit%ria quando administrado pela via intravenosa e em bolus. mas foram necess&rios somente F.@= Objetivo: observar os efeitos da anestesia em suínos. sendo utilizado como pré+anestésico. ' quetamina pertence ( anestesia dissociativa do grupo dos derivados da fenciclidina 'ge dissociando o c%rtex cere$ral.4'5'-. termômetro.@= / volume foi calculado so$re 9< mlDCg. foram aferidos os par0metros vitais do animal. (s @h e FG min 3sperou+se 9< minutos para realizar a indução anestesia e neste intervalo. de ação ultracurta no homem. causando perda sensorial e analgesia.?etalar.'cepram.B ml. ficha anestésica. mas sem a perda dos reflexos protetores 6 o f&rmaco dissociativo mais utilizado em procedimentos com cães e gatos. <. am$os com a dosagem de 9. os reflexos espinhais 'inda. sedativo e indutor 's propriedades descritas são2 sedativas. vocalização e delírio :eva ainda ( incoordenação motora e aumenta o tônus muscular Procedimentos experimentais Materiais 'cepromazina .B ml Aoi aplicado propofol a 9mgD?g. sonda orotraqueal./ midazolam é um derivado $enzodiazepínico. em seguida. este f&rmaco pode reduzir ligeiramente a pressão arterial. solução fisiol%gica a <. $loqueando a excitação e deprimindo. totalizando GI< ml da solução numa velocidade de J gotasDs . alucinação. sendo a dosagem de 9. devido a sua ação hipn%tica intensa 'lém disso. $enzodiazepínicos ou agonista de receptor 89. porque garante um suporte cardiopulmonar com efeitos positivos hemodin0micos através da atividade simpatomimética que ini$e a a$sorção neuronal de catecolaminas pelas terminações nervosas simp&ticas Seu uso geralmente é associado a um medicamento da #*'. com dosagem total de G.I ml. com 9B Cg *or serem animais estressados e agressivos. centralmente.9=#idazolan . pois por estimular o sistema lím$ico causa excitação. mas foi relatado previamente que o animal possui gastrite / protocolo de #*' com acepromazina <.(ormonid®# >uetamina . pode provocar taquicardia. que ocorre em decorr. pois não causa depressão cardiorrespirat%ria. o exame físico pré+anestesia não foi realizado. EH.ncia da diminuição da resist.9 mgD?g. administrados E#. seletivamente. esse procedimento foi repetido a cada cinco minutos até a total recuperação do animal 1a indução foram utilizados midazolam na dose de G mgD?g e quetamina na mesma dose. aumento da pressão arterial e intra+craniana 6 recomendado o uso em pacientes de$ilitados. miorrelaxantes e evidente efeito hipn%tico 3stes f&rmacos atuam potencializando os efeitos ini$it%rios do &cido gama amino$utírico . como fenotiazínicos. o animal foi intu$ado e a manutenção anestésica foi feita com isofluorano Aoi feita ven%clise da veia auricular para administração de fluidoterapia com solução fisiol%gica a <. anticonvulsivantes. E#.F ml. Procedimentos Aoi utilizado um animal doado ( universidade.*ropofol e isofluorano 3stetosc%pio. tanto no cére$ro quanto na medula espinhal. como citado na literatura. para que ha7a o menor nível de estresse possível e o c&lculo dos f&rmacos. mas mantinha alguns reflexos agitados quando manipulado ' r&pida tranquilização do animal do animal pode estar associada ( patologia instalada 'inda. os procedimentos anestésicos possuem um grau de risco ( vida maior. discussões e conclusão ' ta$ela a$aixo representa os valores encontrados dos par0metros vitais analisados a cada cinco minutos Hor a FC FR TC° 10:0 10:0 0 5 128 44 36. porém sem alterações na frequ.5 37.ncia) Ns O<2F< foi aplicado propofol e o animal demorou para perder os reflexos protetores para intu$ação. sendo avaliado até a sua total recuperação) ' extu$ação foi realizada as OO2OG. onde logo entrou em plano cirúrgico.7 37. a acepromazina provocou hipotermia. a temperatura fisiol%gica JK.7 • • • • • • ' acepromazina possui pouco efeito sedativoDtranquilizante em suínos.3 37. devido ( predisposição a "ipertermia #aligna *or isso. que foi feita cinco minutos ap%s a aplicação do propofol.3 36. o animal estava totalmente prostrado.1 36.@ L! 1o exame físico o$servou+se mucosas p&lidas.5 36.6 37. podendo não haver resposta do animal ( aplicação !ontudo. mas M*! normal) Ns O<2<G foi feita a indução anestésica. sem grandes dificuldades Aoi acoplada a sonda orotraqueal e em seguida.5 37.9 37.9 37. mas foi o$servada leve dificuldade respirat%ria. (s @horas e G9 minutos. deve+se mane7&+los cuidadosamente. $em como a sua monitorização devem ser precisos para garantir um procedimento tranquilo Refer ncias .@ a J@. verificado pela rotação do glo$o ocular) 'p%s a retirada do isofluorano.7 36. administrou isofluorano por aproximadamente cinco minutos.5 9:55 120 36 37. onde o animal entrou em decú$ito logo ap%s a aplicação dos f&rmacos) 1ão houve grandes alterações cardiorrespirat%rias devido ( $aixa interação dos f&rmacos aplicados. logo foi retirada a oxigenação.9 10:1 10:1 10:2 10:2 10:3 10:3 10:4 10:4 10:5 10:5 11:0 11:0 0 5 0 5 0 5 0 5 0 5 0 5 100 104 108 108 108 112 128 132 128 128 120 124 32 36 40 42 44 44 36 32 28 36 44 44 37. com recuperação total (s OO2J< ' reação do paciente aos anestésicos aplicados manteve+se dentro dos padrões aceit&veis.Resultados. mesmo não sendo um animal hígido 3m suínos. a oxigenação controlada foi mantida por mais um período para limpeza do circuito e como o paciente não apresentou dispneiaDapneia. c(onald 3 !"armacolo#ia e $erap utica em %eterin&ria' ( 4uana$ara.01..ar)ueti. 1.-.I) /. 2OM )3)P-RO. 3 !Medicação Pr*+anest*sica+ Revisão de literatura'' http2DDPPP utp $rDmedicinaveterinariaD7ornadaacademicaD#3QE!R*S3+'13SM pdf .6O' + PPP fcav unesp $rDdoPnloadDpgtra$sDcirDmDJ<I< pdf .6'. 8 et al. 9aulo :&rgio 3 !). 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