Ancylostoma Duodenale e Necator Americanos

March 27, 2018 | Author: Andreia Alves | Category: Medical Specialties, Wellness, Animal Diseases, Medicine


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ANCILOSTOMÍASEAncylostoma duodenale e Necator americanos, se assemelham muito quanto a biologia, patogenia, diagnostico, epidemiologia, profilaxia e tratamento. Causam grave anemia e provocam uma deficiência no crescimento físico e metal das crianças. O A. duodenale é mais frequente no hemisfério norte, mas ocorre na América Latina também. O N. americanos é mais frequente nas Américas, África e Ilhas do Pacífico, incluindo aí Austrália. MORFOLOGIA E HÁBITAT Esses parasitos vivem presos à mucosa duodenal pela cápsula bucal, que apresenta uma grande diferença entre as duas espécies: em A. duodenale a cápsula é munida de dentes, enquanto em N. americanos a cápsula contém placas cortantes. Esses vermes medem cerca de 1,0 cm de comprimento. Os machos terminam por uma dilatação, chamada de bolsa copuladora. As outras formas são: ovos, eliminados pelas fezes; larvas rabditoides (medindo 400 micrômetros) e larvas filarioides (medindo 500 micrometros), encontradas em terreno argilo-arenoso, sombreado e úmido ( conforme observado em moitas de bananeiras). CICLO BIOLÓGICO Ciclo biológico é monoxênico, mas necessita de uma fase no solo para saída (eclosão) das larvas de dentro dos ovos e transformação dessas larvas rabditoides (L1) (que saíram dos ovos) em larvas intermediárias (L2) e larvas filarioides infectantes ( L3). Essas larvas são conhecidas como “larvas embainhadas”, pois a cutícula de L2 protegendo a L3, infectante. Esta forma vive de um a seis meses no solo úmido e pode infectar o paciente de duas maneiras: 1) por penetração ativa na pele ou mucosas da boca; 2) por ingestão das larvas junto com água ou alimentos. A complementação do ciclo se dará de acordo com via de contaminação: a. Quando a infecção é via cutânea ou mucosa, as larvas caem na corrente sanguínea, migram para o coração. Depois para os pulmões, perfuram os alvéolos, sobem a árvore brônquica e ao chegar na faringe podem ser eliminadas ( cuspidas junto com a expectoração produzida) ou ser deglutidas e completarem o desenvolvimento no intestino delgado ( duodeno). Cerca de 30 dias após a infecção cutânea, os helmintos iniciam a postura de ovos que saem nas fezes. b. Quando a infecção é oral, as larvas chegam ao duodeno e completam o ciclo aí. Cerca de 30 dias depois os vermes já estão adultos e eliminando ovos nas fezes. PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA ENTEROBIOSE . com prurido. educação sanitária.Provocam alterações locais e sistêmicas (em todo o organismo). TRATAMENTO A terapêutica dessas helmintoses deve ser feita procurando-se atingir dois objetivos: eliminar os parasitos pelo uso de medicamentos específicos. Assim. em todas as áreas subdesenvolvidas do mundo. o paciente (especialmente crianças) desenvolvem uma típica anemia ferropriva. com os respectivos sintomas: 1. especialmente o quadro pulmonar e intestinal. Esta fase pode não ser percebida. a criança subnutrida e parasitada terá um retardamento do desenvolvimento físico e mental. apresenta febre. úmido e sombreado. 2. uso de calçados. Em presença dos helmintos no duodeno. isto é. ou seja. DIAGNÓTISCO Exame de fezes e achado dos ovos típicos. Forma de transmissão. tosse produtiva (isto é. 3. instalação de serviços de esgoto. A fase pulmonar pode durar cerca de trinta dias. Dessa forma. Em infecções menores e crônicas. a sintomatologia pode apresentar três fases. essa sintomatologia é variável e de longa duração. larvas filarioides ( L3) infectantes. Veículo de transmissão: solo argilo-arenso. Em decorrência dessa anemia crônica. Pulmonar: ocorre durante a passagem das larvas pelos pulmões. o paciente queixa-se de dor na porção alta e direita do abdome. nádegas – quando a pessoa senta no solo vestindo calção ou maiô). o paciente queixa-se de uma reação urticariforme. essa doença é também chamada de “amarelão” e “opilação”. Fonte infecção: humanos parasitados. que pode ser obtida pela melhoria da alimentação ( dieta rica deste elemento) e uso de sulfato ferroso. com liberação de muco conforme ocorre em outros helmintos que apresentam o ciclo pulmonar. ambiental e cívica. promover a reposição de ferro. mas quando o é. não crescerá em estatura e terá dificuldades de aprendizagem. Via de Penetração: penetração ativa de larvas na pele ou ingestão das mesmas junto com água e alimentos contaminados pela L3. Cutânea: ocorre pela penetração de dezenas de larvas na pele (pés descalços. tais como o estrongiloídes. PROFILAXIA A profilaxia dessa geo-helmintose ( helmintos que dependem do solo para se desenvolver) consta basicamente do tratamento em massa da população. ocasionando febre. fraqueza e diarreia sanguinolenta. eritema e edema. EPIDEMIOLOGIA Distribuição geográfica: mundial. Intestinal: havendo a presença de grande número de helmintos presos à mucosa duodenal. o áscaris) e até mesmo a síndrome de Loefler ( pneumonite alérgica). é mais frequente entre as crianças que vivem em ambientes mais restritos.chegando ao intestino essas larvas eclodem e se dirigem para o ceco onde se transformam em vermes adultos. metrite e ovarite. MORFOLOGIA E HÁBITAT Vermes adultos pequenos. provocado pela presença de fêmeas grávidas. responsável pelo espalhamento dos ovos. Raramente os ovos presentes na região anal liberam larvas. que pouco tempo depois se transformam em larvas infectantes ( L3) dentro dos ovos. Os ovos usualmente não são elimanados junto com as fezes. ovos larvados . os machos morrem dentro de 15 dias e as fêmeas se dirigem para o ânus cerca de 50 a 60 dias depois da ingestão de ovos larvados. Fonte de Infecção: os próprios humanos. especialmente durante a noite. PATOGENIA A única manifestação frequente dessa parasitose é o prurido anal.Denomina-se enterobiose a doença provocada pelo Enterobius vermicularis. porém. principalmente se for hábito sacudir pijamas e roupas de cama. Ampla distribuição geográfica. Forma de transmissão. Os ovos elimandos nessa região já contêm larvas de segundo estádio ( L2). que depois é aderida a uma lâmina de vidro examinada ao microscópio. AGENTE ETIOLÓGICO Filo: Nematoda. Família: Oxyuridae. O exame de fezes de rotina não é eficiente. DIAGNÓSTICO Exame da “fita gomada” (ou método de Gaham). através do qual se adere (pela manhã) uma fita gomada transparente na região perianal. Alguns casos de apendicite provocada por vermes adultos já foram encontrados. onde um paciente infectado pode contaminar todo o ambiente. promovendo a reinfecção ( retroinfecção) do paciente. CICLO BIOLÓGICO Após a cópula. As fêmeas grávidas são encontradas na região perianal. pois as fêmeas grávidas os liberam junto ao ânus. mais quando isso acontece elas podem penetrar no intesntino grosso. os machos são eliminados e as fêmeas repletas de ovos se dirigem a região anal. No caso e mulher as larvas podem penetrar na vulva e provocar vaginite. Classe: Sercenentea. Espécie: Enterobius Vermicularis. razão pela qual os ovos podem ser encontrados nessa área ou nas roupas de dormir. os quais são ingeridos através de alimentos ou mãos sujas. muitos países e diversas classes sociais. EPIDEMIOLOGIA Distribuição geográfica mundial. medem cerca de 1 cm e vivem no ceco. quando também morrem. pois raramente surgem ovos desse parasito nas fezes do paciente. alguns ainda chamam a doença provocada por esse verme de oxiurose. em quinze dias já é possível encontrar no interior de cada ovo uma larva( L1). FAMÍLIA: ascarididae. os quais são cobertos por uma película mamilonada. AGENTE ETIÓLOGICO FILO: Nematoda. acompanhando a migração humana desse os primórdios da humanidade. TRATAMENTO Fácil tratamento e se não ocorrer reinfecção haverá cura espontânea. Esses ovos possuem uma massa de células quando são eliminados nas fezes. Esse parasito é de distribuição geográfica mundial. produzindo grande quantidade de ovos. desde que aplicável. Em seguida perfuram os alvéolos. ASCARIDÍASE Doença provocada pelo Ascaris lumbricoides. A ascaridiose é uma doença grave. penetram na mucosa do intestino grosso e caem na corrente sanguínea. especialmente crianças. de onde se derivou a palavra ‘lombrigueiro” como sinônimo de vermífugo. de cor castanha (semelhamte a do abacaxi). e como ocorreu com o Trichuris trichiura. CLASSE: Sercenentea. PROFILAXIA Tratamento das pessoas infectadas. Estando em ambiente sombreado e úmido. Vivem no intestino delgado humano. durante um ano). O uso de aspirador de pó em domicílios e creches infectados é uma medida eficiente. Esse helminto é popularmente denominado lombriga. poeira ou mãos contaminadas. tornando-as debilitadas. pois acomete milhões de pessoas.Veículo de transmissão: alimentos. Via de penetração: boca. não sacudir roupas de cama ou pijamas de pacientes. pois as fêmeas são eliminadas cerca de dois meses após a contaminação. passam pelo fígado e depois se diregem para o coração. seus ovos foram encontrados em coprólitos. que devem ser fervidas. CICLO BIOLÓGICO Machos e fêmeas se acasalam e as fêmeas eliminam grande quantidade de ovos(cerca de 200 mil por dia. que em mais de 15 dias se transforma em L2 e com mais quinze dias se transforma em L3 infectante dentro do ovo. no intestino da qual as larvas eclodem. ESPÉCIE: Ascaris lumbricoides MORFOLOGIA E HÁBITAT Macho mede cerca de 20 cm de comprimento e a fêmea próximo a 35 cm. alcançando os pulmões. os quais chegam ao meio exterior contendo uma malha de células. Esses ovos infectantes são ingeridos por nova pessoa. . afetando-as física e intelectualmente. onde podem ser expelidas junto com o muco produzido ou ingeridas.Pulmonar. proteger alimentos contra moscas e poeira. . onde se transformam em machos ou fêmeas. bastante variada. parasita de distribuição geográfica mundial e sempre associada a baixas condições sociais e sanitárias da comunidade. passam cerca de 60 dias). ESPÉCIE: Trichuris trichiura. palidez. Chegam então ao intestino delgado.sobem a árvore brônquica e chegam até a faringe. FORMA DE TRANSMISSÃO: ovos contendo larva infectante. Assim. FAMÍLIA: Trichuridae. contar com educação sanitária. Intestinal. Trinta dias depois iniciam a oviposição( da ingestão dos ovos até as fêmeas comecem a oviposição. beber somente água filtrada. com manifestações semelhantes ás dos helmintos que possuem ciclo pulmonar: tosse produtiva. FONTE DE INFECÇÃO: os próprios humanos. PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA A patogenia da ascaridíase pode apresentar duas fases: 1. cívica e ambiental. moscas. VEÍCULO DE TRANSMISSÃO: alimentos contaminados.em infecções maiores (100 vermes ou mais) os pacientes apresentam depauperamento físico. lavar verduras. AGENTE ETIOLÓGICO FILO: Nematoda. magreza. 2. ocasionada pela passagem das larvas. reivindicar saneamento básico. água. PROFILAXIA Cuidar da higiene pessoal. DIAGNÓSTICO Exame de fezes por método de rotina e achado de ovo característico. inclusive hipoclorito de sódio. dependente do número de parasitos presentes. VIA DE PENETRAÇÃO: boca. mãos sujas. poeira.febre e síndrome de Loefler. Os ovos dos áscaris permanecem viáveis por mais de um ano nos ambientes domésticos e são resistentes a diversos detergentes e desinfetantes. TRICURÍASE Trichuris trichiura . CLASSE: Sercenentea. EPIDEMILOGIA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: mundial. tristeza e barriga aumentada de volume. em razão do antigo nome). sem desenvolver o ciclo pulmonar. Os ovos chegam ao intestino delgado onde liberam as larvas. essa massa de células dá origem a uma larva (L1). dão origem à larvas larvas (L1). 1. que permanece infectante por um ano. Os vermes adultos vivem cerca de dois a três anos. insônia. PATOGENIA A grande maioria dos pacientes com tricuríase ( também denominada de tricuríase ou tricucefalose. apresentam a extremidade anterior muito fina e a posterior mais espessa. anemia. que são liberados para o exterior junto com as fezes. 3. as larvas se desenvolvem no trajeto intestinal até se transformarem em vermes adultos. os ovos posteriormente podem ser disseminados por moscas. CICLO BIOLÓGICO O ciclo desse helminto é muito simples: as fêmeas expelem grande quantidade de ovos todos os dias( cerca de 7. No meio externo sombreado e úmido. tenesmo. que penetram na mucosa do intestino grosso. Ciclo biológico de Trichuris trichiura: Ovos saindo nas fezes humanas contendo uma massa de células. onde se fixam e penetram na mucosa. Ovos contendo uma larva dentro. Cerca de dois três meses após a ingestão dos ovos larvados. conferindo ao helminto a figura de um “chicote”. 4.000 ovos por dia).MORFOLOGIA E HÁBITAT O Trichuris apresenta as seguintes formas: fêmeas e machos. enquanto na fêmea essa extremidade é retilínea. contendo apenas uma massa de células. especialmente o ceco e colo ascendente. observa-se diarreia. Em alguns pacientes com infecções elevadas pode ocorrer o prolapso retal durante ou não intervalo das evacuações. o paciente inicia a eliminação de ovos pelas fezes. que vivem mergulhados na mocosa do intestino grosso humano. Nos casos de infecções maciças. contaminando alimentos. 2. Vermes adultos medem cerc de 4. Larva infectante ( L1) no interior do ovo. Como ocorre em vários helmintos ( e com cistos de protozoários intestinais). emagrecimento. que migram para o intestino grosso. usando-se métodos de rotina. contendo uma massa de células. poeira etc e ingeridos junto com alimentos ou água. O macho possue a extremidade posterior rescurvada. ovos são elimandos juntamente com as fezes. Neste local elas sofrem quatro mudas e se transformam em vermes adultos. DIAGNÓSTICO Exames de fezes. dentro do ovo. não apresenta sintomas ou alterações significativas.0 cm. . que no meio exterior. Ingestão de ovos contendo a L1 infectante no seu interior. nervosismo. que por sua vez permanecem infectantes no solo por cerca de um ano. alimentos e água contaminados com ovos larvados. Fonte de infecção: os humanos ( suínos e cães possuem um parasito muito semelhante ao que atinge os humanos. Via de penetração: boca. . cívica e ambiental. a ausência de serviços de água potável e as baixas condições sociais são os fatores que mais influenciam para a ocorrência desses parasitos. especialmente nas áreas mais pobres e desenvolvidas. Forma de transmissão: ovos contendo larva infectante em seu interior.EPIDEMIOLOGIA      Distribuição geográfica mundial. PROFILAXIA Consiste no tratamento das pessoas infectadas e na adoção e serviços sanitários. A carência de esgotos. razão pela qual é muito comum os pacientes serem infectados pelos dois parasitos. TRATAMENTO Drogas terapêuticas. É muito semelhante a epidemiologia da tricuríase com a do Ascaris lumbricoides. mas parece que este não infecta a nossa espécie). Veículo de transmissão: mãos sujas. conforme mostrado acima. a falta e higiene pessoal. juntamente com a adoção sanitária.
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