Anatomia Fisiologia Vegetal

April 2, 2018 | Author: Guilherme Louriens | Category: Cellular Respiration, Cell Wall, Mitochondrion, Cell (Biology), Cell Membrane


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VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E CORPO DISCENTECENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ANATOMIA E FISIOLOGIA VEGETAL Conteudista Claudia B. F. Mendonça Rio de Janeiro / 2010 Todos os direitos reservados à Universidade Castelo Branco UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO Todos os direitos reservados à Universidade Castelo Branco - UCB Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, armazenada ou transmitida de qualquer forma ou por quaisquer meios - eletrônico, mecânico, fotocópia ou gravação, sem autorização da Universidade Castelo Branco - UCB. Un3a Universidade Castelo Branco Anatomia e Fisiologia Vegetal / Universidade Castelo Branco. – Rio de Janeiro: UCB, 2010. - 48 p.: il. ISBN 978-85-7880-090-1 1. Ensino a Distância. 2. Título. CDD – 371.39 Universidade Castelo Branco - UCB Avenida Santa Cruz, 1.631 Rio de Janeiro - RJ 21710-255 Tel. (21) 3216-7700 Fax (21) 2401-9696 www.castelobranco.br Apresentação Prezado(a) Aluno(a): É com grande satisfação que o(a) recebemos como integrante do corpo discente de nossos cursos de graduação, na certeza de estarmos contribuindo para sua formação acadêmica e, consequentemente, propiciando oportunidade para melhoria de seu desempenho profissional. Nossos funcionários e nosso corpo docente esperam retribuir a sua escolha, reafirmando o compromisso desta Instituição com a qualidade, por meio de uma estrutura aberta e criativa, centrada nos princípios de melhoria contínua. Esperamos que este instrucional seja-lhe de grande ajuda e contribua para ampliar o horizonte do seu conhecimento teórico e para o aperfeiçoamento da sua prática pedagógica. Seja bem-vindo(a)! Paulo Alcantara Gomes Reitor Orientações para o Autoestudo O presente instrucional está dividido em seis unidades programáticas, cada uma com objetivos definidos e conteúdos selecionados criteriosamente pelos Professores Conteudistas para que os referidos objetivos sejam atingidos com êxito. Os conteúdos programáticos das unidades são apresentados sob a forma de leituras, tarefas e atividades complementares. As Unidades 1, 2 e 3 correspondem aos conteúdos que serão avaliados em A1. Na A2 poderão ser objeto de avaliação os conteúdos das seis unidades. Havendo a necessidade de uma avaliação extra (A3 ou A4), esta obrigatoriamente será composta por todo o conteúdo de todas as Unidades Programáticas. A carga horária do material instrucional para o autoestudo que você está recebendo agora, juntamente com os horários destinados aos encontros com o Professor Orientador da disciplina, equivale a 60 horas-aula, que você administrará de acordo com a sua disponibilidade, respeitando-se, naturalmente, as datas dos encontros presenciais programados pelo Professor Orientador e as datas das avaliações do seu curso. Bons Estudos! Dicas para o Autoestudo 1 . 3 .Não deixe para estudar na última hora. Evite interrupções. 9 . . 2 .Não hesite em começar de novo.Não acumule dúvidas. Eles são importantes para o melhor aproveitamento da disciplina. Procure reservar sempre os mesmos horários para o estudo. Reserve todo o material necessário.Não relegue a um segundo plano as atividades complementares e a autoavaliação. seja disciplinado.Você terá total autonomia para escolher a melhor hora para estudar.Faça todas as tarefas propostas. 5 . 4 . Porém. 6 . 8 .Organize seu ambiente de estudo.Não falte aos encontros presenciais. 7 .Não pule etapas. Anote-as e entre em contato com seu monitor. . ..........................................................1 ......................................................................................... 2.....Folha............................................................. 3......... 11 UNIDADE I CITOLOGIA 1........................................................................................... 39 Glossário.................Parede Celular e Membranas...........................Macro e Micrfonutrientes.. 3...........1 ...................................................... 41 Gabarito..................... 37 UNIDADE V HORMÔNIOS VEGETAIS.........................................Raiz: crescimento primário e secundário.............................................................................Caule.................................... 38 UNIDADE VI CRESCIMENTO VEGETAL E FATORES EXTERNOS...................................................2 ...........Componentes Protoplasmáticos................................ 46 ............................................................................... 1..................................... 1............................................................................................................. 09 Contextualização da disciplina......... raízes laterais e velame.......................................................................................................................................................... 30 32 34 UNIDADE IV NUTRIÇÃO MINERAL 4..............................................................................................4 ................................... 21 21 UNIDADE III ÓRGÃOS VEGETAIS 3.......................................2 .....................................1 ..........................................................................................................................................2 .........................................................................3 ..1 ...........................Meristemas....................................SUMÁRIO Quadro-síntese do conteúdo programático ..........................................Componentes Não Protoplasmáticos............Tecidos Permanentes: estruturas e funcionamento..........................................................Célula Vegetal.......................................................... 1........................................................................................................................3 ............................................. 43 Referências bibliográficas....................................... 13 13 15 18 UNIDADE II TECIDOS VEGETAIS 2........................................................................... . VI. Caule sua fase de crescimento.3.2. 3. CITOLOGIA 1.3. CRESCIMENTO VEGETAL E FATORES EXTERNOS • Levar ao conhecimento do aluno o crescimento e o movimento do vegetal levando em consideração os fatores externos ou não. Raiz: crescimento primário e secundário. III.4. IV. Componentes protoplasmáticos 1. • Conscientizar o aluno sobre a existência da membrana plasmática e a formação da parede celular diferenciada. • Transmitir ao aluno o conhecimento da função. Parede celular e membranas 1.Quadro-síntese do conteúdo programático UNIDADES DO PROGRAMA I.2.1. • Conscientizar o aluno da origem e importância da raiz para o vegetal.1. V.1. forma e localização dos componentes vivos da célula vegetal. 2. difelaterais e velame renciando a estrutura básica em cada grupo vegetal e 3.2. bem como a sua importância fisiológica. • Mostrar como a raiz funciona fisiologicamente. TECIDOS VEGETAIS • Proporcionar ao aluno o conhecimento de cada teci2. raízes caule com todas as suas adaptações e funções. Meristemas do vegetal. ÓRGÃOS VEGETAIS • Levar ao aluno o conhecimento da organização do 3. HORMÔNIOS VEGETAIS • Conscientizar o aluno da presença de hormônios nos vegetais. Folha • Levar o aluno a diferenciar e localizar os tecidos vegetais na folha. 9 . funções. assim como. Componentes não protoplasmáticos OBJETIVOS • Levar ao aluno o conhecimento da morfologia interna do organismo vegetal. Tecidos permanentes: estrutura e funcionamento localização. • Informar ao aluno a existência de componentes típicos das células vegetais e suas funções. NUTRIÇÃO MINERAL 4. II.1. bem como. Célula vegetal 1. transporte e função. com suas características típicas. seu local de síntese. Macro e micronutrientes • Informar ao aluno a importância da absorção dos nutrientes para o vegetal. a importância destes para o funcionamento do vegetal como um todo. . genética. observe os vegetais existentes nesses lugares e sua importância para você e todos os animais que dependem das plantas para viver. cor. diz Aristóteles. Os vegetais ainda representam cura para diversas doenças. não só nas nossas tarefas. Agora pense nas suas refeições e qual a origem de cada alimento. fora da sua realidade. vasos de plantas. Graças a este tipo de estudo uma infinidade de vegetais são utilizados hoje na indústria farmacêutica com excelentes resultados. quando você for estudar Botânica. As célebres obras de Aristóteles perduraram durante a maior parte da Idade Média. frutas. onde sabemos quais os componentes existentes nos vegetais. Dê uma olhada a sua volta e observe os vegetais presentes em toda parte. investigue! 11 . por isso nunca chegam a desenvolver uma verdadeira ciência. não pense nela como uma disciplina isolada. surgiram. vemos como é importante conhecê-los melhor. forma. além de inúmeras outras disciplinas. quando se trata de fitoquímica. a busca incessante por novos conhecimentos sobre a estrutura. que permitisse comparar com maior facilidade todos os fatos. a química. Quem de nós já não tomou chás de diversas plantas pelos mais variados motivos. Esta influência afetou também a Botânica. Por todos esses motivos. Na obra de Aristóteles encontramos o mais antigo conjunto de Botânica. observe. Vá. de onde vieram? Você ainda pode pensar em diversas outras coisas do seu dia a dia e se surpreenderá o quanto nós dependemos dos vegetais. formando sistemas científicos construídos sobre observações da natureza e postulados admiráveis. ocupa-se do estudo inerente a todos os vegetais desde os unicelulares até os grandes jatobás. paleontologia. tamanho ou utilidade. indispensável à revisão e modernização de todas as ciências. Já nas primeiras épocas da história europeia. As grandes descobertas. A medicina popular e a homeopatia têm nos vegetais a resposta para a cura de várias doenças. surgiu a necessidade de achar uma ordem clara e compreensível. mas tomam os fatos como dados. mas principalmente para nos alimentar e respirar. o espírito filosófico dos gregos tentou resolver os problemas do mundo e da vida. feijão. Você ainda pode imaginar que curas podem estar escondidas por traz de cada vegetal desconhecido. despertaram na alma dos povos europeus o espírito da pesquisa. ruas. Desde então. Relaciona-se também com a física. Muitas vezes são ótimos observadores da natureza. deste aumento do conteúdo das ciências. A Botânica. terrenos baldios. como ficam mais bonitas as ruas arborizadas. um bosque ou um parque. o Reino Vegetal. quase sem alteração nem progresso. De cada viagem. por exemplo. ecologia. nos jardins. pois como poderemos utilizá-los sem conhecê-los? Pode-se coletar um vegetal sem saber reconhecer no seu ambiente natural? Como preservar sem saber onde encontrar? Como aproveitar sua beleza para tornar os nossos parques e nossas casas mais bonitas? Como poderemos fazer isso sem conhecermos seus perigos? A resposta a todas essas perguntas somente teremos estudando e conhecendo aos poucos esse mundo tão maravilhoso e tão importante para todos nós. O papel que você está lendo e o lápis que usa para escrever. morfologia. adaptação e organização dos vegetais que se distribuem pelos mais longínquos lugares do planeta. tornaram a Botânica uma das mais importantes ciências naturais. Os povos primitivos não estranham a multiplicidade dos seres e das coisas do mundo. Tornou-se. Com estes trabalhos. Olhando para as nossas vidas e nossa relação com os vegetais. sem pensar em suas causas nem as prováveis relações que possam existir entre eles. de um modo geral. arroz. Ora. uns com os outros. independente da sua beleza. então. relaciona-se com diversas outras como.Contextualização da Disciplina Da curiosidade brotaram as ciências. e como é agradável estar num bosque ou parque observando os vegetais. as frotas exploradoras traziam para o continente novos e estranhos conhecimentos. pois. Mas a botânica não é uma disciplina independente. já que nos fornece oxigênio. nos séculos XV e XVI. a comparação e a pesquisa das relações são a base indispensável de toda e qualquer ciência. nos parques. A própria palavra Botânica originase da língua grega: botané = pasto. legumes. Procure visitar um jardim. acumularam-se os fatos conhecidos e descritos e. olhe pela janela ou para seu prato de comida e lembre-se de tudo o que você acabou de ler. grandes obras que distribuíram o conhecimento sobre as plantas. é importante que você só olhe as respostas do gabarito depois de terminar.12 Para conhecermos um vegetal precisamos estudar a morfologia interna (anatomia) e externa (organografia). . o seu gabarito está no fim do último capítulo. sistemática etc. pois. você realmente irá aprender. só então. Por isso. fisiologia. Quando for responder às questões. Entretanto. núcleo. formado por moléculas de . Ele se constitui de alguns elementos protoplasmáticos ou não.Célula Vegetal Forma e tamanho Constituição da célula vegetal A célula é a unidade estrutural elementar do organismo vegetal. Geralmente os componentes protoplasmáticos da célula são considerados como vivos e os não protoplasmáticos como destituídos de vida. com cerca de 5 cm. por exemplo. A presença da parede celular restringe à distensão do protoplasto e. o protoplasto é a célula sem parede. cristais. durante a formação das células do endosperma de algumas monocotiledôneas e de embriões de gimnospermas. O principal componente da parede celular é a celulose.2 . que envolve externamente a membrana plasmática e o conteúdo celular. grãos de amido etc. estes conhecidos como substâncias ergásticas. etc. Assim.UNIDADE I 13 CITOLOGIA 1.1. o tamanho e a forma da célula tornam-se fixos na maturidade. um polissacarídeo. em tecidos de crescimento (meristemas) predomina a forma cúbica. Outras fibras podem alcançar dezenas de centímetros. mitocôndrias.cientic.html 1. é muito difícil separar os constituintes vivos dos demais. Apresenta tamanho variável desde um mícron de diâmetro até vários centímetros como as fibras do algodão. gotas de óleos. Fonte: www. Os elementos protoplasmáticos são: citoplasma.com/ tema_celula_img2. Os elementos não protoplasmáticos são os vacúolos e outras substâncias como.. plastídios. A célula das plantas está constituída pelo protoplasto e parede celular. A parede também protege o citoplasma contra agressões mecânicas e contra a ruptura da célula quando acontece um desequilíbrio osmótico. Células sem parede são raras e ocor- rem.Parede Celular e Membranas Parede celular A presença de uma parede celular é uma das mais importantes características da célula vegetal. Nos tecidos tem a forma poliédrica e isodiamétrica. profmarcosbio. locais onde se acumulam filamentos citoplasmáticos ou plasmodesmas.é importante nas células especializadas. b) Parede primária . tais como.com. Associado à celulose aparece outros carboidratos como a hemicelulose. formada de polissacarídeos não celulósicos. denominadas campos primários de pontuação. cutina e suberina. hemiceluloses. presentes em certos tecidos. semiareolada (quando ocorre uma pontuação simples ao lado de uma pontuação areolada) e areolada com toro (quando ocorre um espessamento da parede primária e a membrana em volta do toro. As pontuações podem ser simples (quando a cavidade tem quase o mesmo diâmetro em toda a sua extensão).) e da água. tecidos e mesmo. embebidas por uma matriz amorfa. mantém juntas as paredes primárias de células adjacentes. pela celulose (polissacarídeo cristalino) que forma um sistema de fibrilas entrelaçadas. tem natureza coloidal e opticamente inativa.. sendo. são depositadas nesta matriz. suberina e as ceras). Substâncias incrustantes. principalmente. c) Parede secundária . proteínas e água.14 glicose. compostos graxos (cutina.hpg. A celulose é mais abundante nas paredes secundárias e as pectinas podem faltar. pectinas. São constituídas por celulose. etc. rígida e não favorecendo a distensão. que favorecem a comunicação entre os protoplastos de células contíguas. portanto.constituída por substâncias pécticas. além de substâncias minerais (sílica. unidas pelas extremidades. A arquitetura da parede celular é determinada. Ela também pode conter lignina. Devemos considerar ainda.é depositada antes e durante o crescimento da célula vegetal. areoladas (quando a parede secundária arqueia-se sobre a cavidade da pontuação). pectinas e proteínas estruturais chamadas glicoproteínas. substâncias pécticas.br/ membra.htm . tanino. nela é possível distinguir regiões delgadas ou depressões. cada uma com propriedades distintas: a) Lamela média (ou lamela mediana) . Fonte: www. a ocorrência de outras substâncias orgânicas tais como: lignina. A parede primária é considerada ativa. carbonato de cálcio. tais como a lignina e a suberina. hemicelulose. é denominada margem) ocorre nas paredes traqueídes de coníferas e angiospermas basais.ig. S2 e S3). A parede secundária é formada frequentemente por três camadas bem definidas (S1. que diferem entre si pela orientação de suas microfibrilas de celulose. nas diferentes camadas da parede de uma única célula. A parede celular pode ser constituída por até três camadas. A proporção com que cada um destes componentes aparece varia bastante nas diferentes espécies. Ela pode apresentar interrupções denominadas pontuações. resinas etc. glicoproteínas (proteínas estruturais e enzimas). que geralmente se formam onde havia campos primários de pontuação. Exemplos muito comuns de espaços intercelulares de origem esquizógena são os denominados meatos e os canais resiníferos dos pinheiros de um modo geral. os cromossomos. haverá o desprendimento da membrana plasmática em diversos pontos da parede celular e simultaneamente a retração dos vapores. O núcleo apresenta-se geralmente com membrana. seguindo para as outras áreas da parede. suco.Componentes Protoplasmáticos Citoplasma Núcleo O citoplasma apresenta-se em movimento. retículo de cromatina (forma cromossomos na divisão celular) e um ou mais nucléolos. Pode-se desplasmolisar uma célula plasmolisada removendo a solução concentrada e substituindo-a por água. Membrana plasmática A membrana plasmática envolve o citoplasma com todas as suas estruturas e o núcleo. Em solução cuja concentração seja maior que a do suco celular. As cavidades secretoras visíveis em folhas de laranjeiras e de eucalipto são exemplos deste tipo de espaço intercelular. que é um conjunto de canalículos ramificados que vão do núcleo até a periferia celular permitindo a distribuição de alimentos. Assim. Em seu interior.3 . apenas o tecido meristemático não apresenta espaços intercelulares. Durante a divisão celular.br Um grande volume no corpo do vegetal é ocupado por um sistema de espaços intercelulares. Essa semipermeabilidade pode ser comprovada pela plasmólise. que lhe permite o controle das substâncias que entram ou saem da célula.15 Fonte: www.ufpr. Sua principal característica é a sua semipermeabilidade seletiva. a cromatina se condensa em estruturas com formas de bastão. 1. quando células inteiras são destruídas durante a sua formação. devolvendo-lhe assim a turgescência original. Os espaços intercelulares assim formados são denominados esquizógenos e a sua origem envolve apenas a cisão da lamela mediana.madeira. onde mais de duas células estão unidas. mas se observarmos em microscópio eletrônico de transmissão (MET) veremos diferenciações membranosas. Um segundo tipo de espaço intercelular é o lisígeno. Geralmente. através da lamela mediana. O modo mais comum de desenvolvimento de espaços intercelulares é pela separação das paredes primárias. No microscópio óptico aparece bastante homogêneo. . que é conhecido como ciclose. distinguem-se o nucléolo e a cromatina. e armazenar as informações genéticas. situada internamente à parede celular. se reconhece o retículo endoplasmático. A separação inicia-se nos cantos. Possui duas funções básicas: regular as reações químicas  que ocorrem dentro da célula. e bons exemplos de tecidos com espaços intercelulares bem desenvolvidos são encontrados nas folhas e em órgãos submersos de plantas aquáticas. estes últimos em forma de glóbulos (plastoglóbulos). chamado de granos. os proplastídios. encontramos os cromoplastos cujo pigmento é o caroteno (com colorações amarelo alaranjado.cl/apuntes/imagenes. as antenas LHCI e LHCII e a ATP sintetase. seu sistema de tilacoides é formado por pilhas de membranas em forma de discos. Nas membranas dos tilacoides das plantas encontram-se complexos fotossintético: citocromo.16 Fonte: http://www. as antenas periféricas (CP47 e CP43) e as proteínas regulatórias (caps). O centro de reação é compreendido pelo heterodímero D1/D2. o fotossistema II (PSII).htm Plastídios: Leucoplastos e Cromoplastos Os plastídios (ou plastos) são organelas que possuem o próprio genoma. Delimitados por dupla membrana semelhante às mitocôndrias. derivado da membrana interna. existem dois fotossistemas agindo em série: o fotossistema I (PSI) e o fotossistema II (PSII). por sua vez. Quando os proplastos se desenvolvem na ausência de luz. Fonte: http://www. originando tubos que se fundem e formam o corpo prolamelar denominado estioplastos.htm Os pigmentos organizam-se constituindo unidades funcionais denominados fotossistemas responsáveis pela conversão de energia luminosa em energia química. cromoplasto e leucoplasto.). originam-se de estruturas muito pequenas. Pode haver formação de amido e lipídios. Na matriz ocorrem as reações de fixação de gás carbônico para a produção de carboidratos. o fotossistema I (PSI).cl/apuntes/imagenes. Os fotossistemas são os complexos responsáveis pela conversão da energia luminosa em energia quí- mica. ácidos graxos e orgânicos.bioapuntes. Nos organismos que realizam fotossíntese oxigênica. Os cloroplastos possuem como pigmento a clorofila a e clorofila b. São divididos em três grupos: cloroplasto. além de aminoácidos. vermelho etc. apresentam um sistema especial. cuja função é separar o PSII da luz do tilacoide. Ele pode ser dividido em três partes funcionais: o centro de reação. Ele catalisa a transferência de elétrons entre a água e a plastoquinona. estes. Além destes. O PSII é o mais lábil e fluorescente dos fotossistemas. .bioapuntes. constituídas por duas membranas: a mais exter- na lisa e a interna. Nas plantas e algas verdes o complexo antena contém a totalidade da Chl b e grande parte da Chl a.    O complexo citocromo é desprovido de pigmentos e catalisa a transferência de elétrons entre o PSII e o PSI. por indução de ressonância. Nas algas vermelhas e cianobactérias. os pigmentos acessórios. na regulação da distribuição de energia entre os fotossistemas. A transferência ocorre. A1. cuja função é absorver luz e transferir a energia de excitação para os centros de reação. Dentre elas temos os amiloplastos (grãos de amido). além da Chl a. Fonte: http://pt. Ao conjunto de fotossistemas e antenas periféricas define-se como unidade fotossintética. A mitocôndria é responsável pela respiração celular e produção de energia-ATP (adenosina-trifosfato). cuja função equivale ao do complexo antena.pelo citocromo b559 e pelo complexo de oxidação da água. Fx) e as antenas periféricas (CP1). uma unidade fotossintética é constituída de aproximadamente de 300 moléculas de clorofila. No heterodímero situam-se os doadores primário (P680) e secundários (TirD. que é o centro de reação do PSI. elaioplastos (gorduras e óleos) e proteoplastos (proteínas). cuja função é fornecer elétrons para o P680+. favorecendo a formação de ATP necessário para as reações de síntese. tem-se o cerne do PSII (PSII core). as ficobilinas. O PSI catalisa a transferência de elétrons da plastocianina à ferredoxina. No transporte linear há a transferência de elétrons da água para o NADP+. No complexo antena das algas marrons e diatomáceas. Quando o centro está desprovido do complexo de oxidação da água. fucoxantina e violaxantina (algas marrons) e diaxantina (diatomáceas). seja por fluorescência ou por termalização. O transporte pseudocíclico ocorre em certas condições fisiológicas quando o O2 recebe os elétrons no lugar do NADP+. utilizando a molécula de água como doadora de elétrons. do pigmento que absorve em comprimentos de onda menores (carotenoides) para  o pigmento que absorve em comprimentos de ondas maiores (Chl a). De uma forma geral. A respiração aeróbia compreende basicamente três fases: · Glicólise: ocorre no hialoplasma. Nele situam-se o doador primário (P700). estão associados a um complexo extrínseco ao tilacoide chamado de ficobilissoma.wikipedia.   O transporte de elétrons pode ser linear. O complexo de oxidação da água é o componente mais termolábil do PSII. No transporte cíclico. os aceptores secundários (A0. formando as cristas mitocondriais. que delimitam a matriz mitocondrial.org/wiki/ Plast%C3%ADdeo Os leucoplastos são incolores e sua principal função é armazenar substâncias de reserva. Nela estão associados a maior parte dos pigmentos e também é o local onde ocorrem os processos dissipativos do excesso de excitação. O subproduto desta reação de oxidação é o oxigênio molecular. TirZ etc) e os aceptores primários (Feofitina) e secundários (QA e QB) do centro de reação. A antena é um complexo multiproteico que não apresenta atividade fotoquímica. cíclico e pseudocíclico. Além de catalisar a transferência de elétrons entre os fotossistemas. sendo que a via preferencial será ditada pelas condições fisiológicas. a glicose converte-se em duas moléculas de um ácido orgânico dotado de 3 carbono-pirúvico (C3H4O3). O PSI é compreendido por vários polipeptídeos entre eles o dímero PSI-A/PSI-B. os elétrons retornam à cadeia de transporte de elétrons ao nível do complexo citocromo. 17 . Mitocôndrias As mitocôndrias são organelas com formas variáveis. gerando assim. estão associadas as Chl c1 e Chl c2 e as xantofilas. o complexo participa na transladação de H+ do estroma para o interior da luz do tilacoide e possivelmente. potencial redutor para as reações de fixação de carbono na fase escura. podemos citar: amido. podem ser de reserva ou produtos descartados pela atividade celular. o hilo. corpos de proteínas. Fonte: es. que pode ser expressa pela seguinte equação química: C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + energia 1.msn. formando água. pela atividade de uma bomba de próton no tonoplasto. que são as estratificações. Muitas das substâncias estão dissolvidas. mas podem surgir como substância ergástica em estado cristalino ou amorfo. Desta maneira na cadeia respiratória NAD e FAD funcionam como transportadores de hidrogênio. Os taninos de natureza amorfa e derivados do fenol.18 · Ciclo de Krebs: o ácido pirúvico. ocorrem em diversos órgãos vegetais e têm como função a proteção contra predadores e a decomposição do vegetal. durante a glicólise. cujo principal componente é água com diversas substâncias inorgânicas (íons de cálcio. Dentre as mais conhecidas. Encontramos também lipídios (gorduras e óleos) em abundância no organismo vegetal. lipídios. taninos. · Cadeia respiratória: ocorre nas cristas das mitocôndrias. através da ação de enzimas denominadas descarboxilases. inulina. látex e alcaloides. formado no hialoplasma. Os hidrogênios tirados da glicose presente nas moléculas de FADH2 e NADH2 são transportados até o oxigênio. . Logo. frequentemente como material de reserva nas sementes e outros órgãos ou tecidos vegetais.) e orgânicas (açúcares. O ácido pirúvico converte-se em aldeído acético.4 . com suco vacuolar. resinas. cujo PH é Em células especializadas pode ocorrer um único vacúolo que ocupa considerável volume. cristais. onde perde CO2. originado a partir da união de pequenos vacúolos (vacuoma). ácidos orgânicos. proteínas.Componentes não Protoplasmáticos Vacúolos geralmente ácido. cloro. em células parenquimáticas o vacúolo chega a ocupar 90% do espaço celular. o processo básico da respiração celular é a quebra da glicose ou glicólise. Geralmente pode-se notar num grão de amido um ponto bem nítido. O vacúolo é delimitado pelo tonoplasto (membrana lipoproteica trilamelar). sendo denominadas idioblastos.   O amido se apresenta em forma de grãos de tamanho e aspecto variável. penetra na mitocôndria.com/ media_461516474 Substâncias ergásticas As substâncias ergásticas são o produto do metabolismo celular. Os corpos de proteínas são os principais componentes do protoplasto vivo. gomas. potássio.). substâncias fenólicas. constituindo o suco celular. sódio etc. Muitas vezes as células que contêm essas substâncias são diferentes morfo e fisiologicamente das demais. pigmentos etc.encarta. em torno do qual se alternam camadas concêntricas claras e escuras. incrustado de carbonato de cálcio. na videira (Vitis vinifera) etc. Enumere os elementos protoplasmáticos e os não protoplasmáticos da célula vegetal. 5..htm Ráfides Drusas Fonte: www. comuns no beijo Cistólito (Impatiens balsamina). 8. as ráfides são alongadas de extremidades afiladas.naturlink.htm Está na hora de você verificar se aprendeu esta Unidade.es/biologia/Temas/tema_12. As drusas são mais ou menos esféricos e em forma de estrela. Defina parede celular. 2.Os cristais apresentam natureza inorgânica. criando-se a figura de um badalo de sino. 9. Grão de amido da batata FONTE: milcores. Os cistólitos ocorrem nas células da epiderme de plantas das famílias Acanthaceae. arruda etc. drusas e cristais prismáticos) ou carbonato de cálcio (cistólitos).euita. que se projeta para o interior da célula formando camadas concêntricas na extremidade. os mais comuns são os de oxalato de cálcio (ráfides. 4. eucalipto. Urticaceae e Moraceae.pt/microphoto. Defina as pontuações. 19 . Qual a forma e o tamanho da célula vegetal ? 3. em forma de agulha. comuns em folhas de begônia. Diferencie os elementos protoplasmáticos dos não protoplasmáticos da célula vegetal. Qual a organização das mitocôndrias? Qual a sua importância? 10. Informe constituição básica de uma célula vegetal. Exercícios 1. Defina célula vegetal. São constituídos de um pedúnculo de celulose. 6. 7. Diferencie tonoplasto de ectoplasto. Cite uma característica importante da parede celular.upv. Faça uma experiência que evidenciará a presença de grão de amido. ou gomas em troncos de algumas árvores. Defina retículo endoplasmático. Informe o pigmento dos cloroplastos e cromoplastos. Defina vacuoma. 20. como a cera em algumas hortaliças. 16.20 11. Primeiro pegue uma batata-inglesa ou batata-doce e corte-a ao meio. 18. 12. Faça uma caminhada e observe os vegetais a sua volta. 17. pois o iodo reage com o amido existente na batata. veja se ele não apresenta algum tipo de transformação da parede que seja visível. 3. mas agora sublinhe os termos botânicos que você não conhece. Cite os componentes protoplasmáticos da célula vegetal. Que é plastidoma? 14. Defina substâncias ergásticas. Diferencie uma célula jovem de uma adulta pelo número de vacúolos. 19. . vá e observe. depois pingue uma gota de solução de iodo. 13. 2. releia. 15. Diferencie os cromoplastos dos leucoplastos. Quais são as substâncias ergásticas mais comuns ? Atividade Complementar 1. Depois que você ler o texto da unidade I. e procure no dicionário de botânica ou no vocabulário que você tem disponível no fim do último capítulo. Você observará que ele se torna bem escuro. Esquematize um grão de amido. O tecido responsável pelo crescimento da planta pode ser de dois tipos: apical ou primário (meristema apical) e espessura ou secundário (meristema secundário). isto é. 2. e destinadas ao desempenho de uma ou mais funções em comum. As paredes das células epidérmicas das partes aéreas são recobertas por uma cutícula. O meristema que deriva do embrião. que são achatadas. que. São chamados meristemas secundários quando são produtos de desdiferenciação dos tecidos adultos. é chamado de meristema primário ou promeristema. que também são uma barreira para fungos. células já diferenciadas que readquirem capacidade de multiplicação. partes florais. justapostas e tipicamente não contêm cloroplastos. apresenta cloroplastos. núcleo grande. Os meristemas existentes nas extremidades de caules e raízes são chamados de meristemas apicais. que minimiza a perda de água. As células epidérmicas são bastante variadas em estrutura e função. como por exemplo. ao contrário. A cutícula consiste principalmente de cera e cutina.Tecidos Permanentes: Estrutura e Funcionamento Sistema de revestimento Epiderme Camada de células externas do corpo primário da planta (caules e raízes) e também folhas. A maioria das células epidérmicas está compactamente dispostas.UNIDADE II 21 TECIDOS VEGETAIS Podemos definir tecido vegetal como um conjunto de células com a mesma organização e origem. ausência aparente de vacúolo e proplastídio. frutos e sementes. O termo estômato é aplicado para .1 . Entre as células epidérmicas. responsável pelo crescimento longitudinal da ponta de caules e raízes. fornecendo considerável proteção mecânica às partes da planta.2 . A principal função da epiderme é a de revestimento. citoplasma denso. estão as células-guarda. bactérias e insetos. 2. As células-guarda delimitam uma fenda (fenda estomática ou ostíolo) na região central. Geralmente se originam por divisões celulares. Os tecidos são importantes em vegetais pois permitem divisão de trabalho no protoplasma.Meristemas O tecido meristemático apresenta célula pequenas isodiamétrica. por meio da qual se dá a comunicação do interior do órgão com o ambiente externo. E os existentes na base de entrenós dos caules de monocotiledôneas são chamados meristemas intercalares. em locais feridos para a cicatrização (tecido de cicatrização). com parede primária delgada. com extremidades alargadas e com paredes finas. Curcubitaceae e Malvaceae). é mais estreita e apresenta paredes espessadas. Convolvulaceae e Leguminosae). . •Paracítico – estômato acompanhado por uma ou mais células subsidiárias posicionadas de forma que seu eixo longitudinal fica paralelo ao ostíolo (exemplos: Rubiaceae. A primeira características é a orientação radial das microfibrilas de celulose e a segunda é a extremidade as células-guarda.uoguelp. Durante sua expansão duas características físicas forçam as células a curvarem-se.000 estômatos por centímetro quadrado de folha.000 a 100. cujo número e disposição são variáveis. Nas eudicotiledôneas podem ocorrem de 1. Este é um tipo pouco comum. •Diacítico – estômato envolvido por duas células subsidiárias posicionadas de modo que seu eixo maior forma um ângulo reto com o ostíolo (exemplos: Acanthaceae e Amaranthaceae) •Ciclocítico/actinocítico – as células subsidiárias se dispõem radialmente ao estômato. •Anisocítico – estômato circundado por três células subsidiárias de tamanhos diferentes (exemplos: Brasicaceae. abrindo então o ostíolo. voltada para o ostíolo. que apresenta Vista frontal do estômato da folha de trigo em forma de halteres. onde uma está presa à outra. eles são mais abundantes nas folhas (em ambas as faces ou em uma só). enquanto a região mediana. Embora os estômatos ocorram em todas as partes aéreas da planta. Fonte: www. As célulasguarda apresentam um formato reniforme. Solanaceae e Begoniaceae).22 a fenda e para as duas células-guarda. Fonte: http://www.com/life4gif/ch30/3010. Vista frontal de um estômato.whfreeman. exceção para Poaceae (Gramínea) e Cyperaceae.ca/boany/courses/BOT3410 A estrutura da parede celular das células-guarda tem um papel crucial no movimento do estômato. Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV).gif O estômato pode se desenvolver entre as células comuns da epiderme ou entre as células subsidiárias (circundam o estômato). Os estômatos das Magnoliopsida (Eudicotiledoneas) são classificados de acordo com Metcalfe e Chalk (1950) em cinco tipos básicos: •Anomocítico – estômatos envolvidos por um número variável de células que não diferem em formato e tamanho das demais células da epiderme (exemplos: Ranunculaceae. 23 . Os tricomas unicelulares ou simples são comuns e podem variar em tamanho. das plantas que vivem em ambientes xerófitos (secos). além do revestimento. denomina-se ritidoma. Esses tricomas não produzem nenhum tipo de secreção e acredita-se que possam. substâncias aromáticas para atrair polinizadores etc. que permitem a difusão de gases.ufu. feloderme. B. são denominadas células motoras. para afastar os predadores. tector multicelular. Estes tricomas podem apresentar funções variadas dentre elas: produção de substâncias irritantes ou repelentes. o que ocasiona isolamento dos tecidos mais externos. As silicosas possuem corpos silicosos de forma variada no lume ou sílica na parede celular. peltados ou em forma de T. auxiliar na defesa contra insetos predadores e diminuir a incidência luminosa. A formação da periderme está relacionada não só com a idade do órgão. reduzir a perda de água.br/ Tricomas: A. tricoma multicelular estrelado. entre outras funções. podendo ser uni ou pluricelular. e internamente. como por exemplo. Fonte: www. Quando da formação da periderme e conseqUente descarte da epiderme e seus anexos.anatomiavegetal. Periderme A periderme constitui um sistema de revestimento que substitui a epiderme em raízes e caules com cres- cimento em espessura. tector multicelular ramificado. em forma de candelabro. Os multicelulares ramificados classificam-se de acordo com a forma de ramificações: tricomas estrelados. mas também com as condições ambientais e com possíveis lesões na superfície do órgão.ib. uma célula basal inserida na epiderme. Os tricomas tectores podem ser unicelulares ou simples e multicelulares ramificados ou não. E-F-G. por estarem envolvidas no mecanismo de enrolamento e desenrolamento das folhas. por transpiração. decorrente da atividade cambial.Os tricomas são apêndices muito variáveis da epiderme. Ao conjunto desses tecidos mortos. como floema externo. Como os tricomas apresentam grande variedade de formas. C-D. sendo denominadas células especializadas. a aeração dos tecidos internos é mantida pela lenticela. As buliformes possuem grande vacúolo e parede celular delgada. Sucessivas peridermes podem ser formadas em regiões cada vez mais profundas. constituída pelo tecido complementar. córtex e peridermes periféricas. Algumas células se diferenciam das células epidérmicas apresentando uma função adicional. Estes são cobertos por uma cutícula. glandulares. súber. as “fibras” de algodão que são tricomas da semente do algodoeiro. Encontram-se presentes em qualquer órgão vegetal de forma permanente ou efêmera. podem ser classificados de diversas maneiras: tectores (ou não glandulares) e glandulares. composto por células frouxamente arranjadas. A periderme compreende o meristema lateral denominado felogênio e os tecidos que este gera: externamente. forma e es- pessura da parede. A cabeça geralmente é a porção secretora do tricoma. Os tricomas glandulares possuem um pedúnculo e uma cabeça e. substâncias viscosas para prender os insetos (como nas plantas insetívoras). •Aerífero (aerênquima): possui grande espaço intercelular. dos meristemas marginais das folhas e. As células parenquimáticas geralmente são vivas e apresentam vacúolos bem desenvolvidos. O parênquima clorofiliano pode ser classificado nos seguintes tipos: paliçadico. A cicatrização de lesões. apresentam paredes primárias delgadas. entretanto sua forma pode variar. assim podem apresentar numerosos cloroplastos.blogspot.apresenta como principal característica a presença de cloroplastos. •Braciforme: apresentam grandes projeções laterais que conectam células adjacentes. As células parenquimáticas. Muito comum em plantas aquáticas como o aguapé e plantas que vivem em regiões alagadas. geralmente. ainda. devido à presença de protoplasma vivo. Podem reassumir características meristemáticas. clorofiliano ou clorênquima e de reserva. •Plicado: as células apresentam reentrâncias. com grande quantidade de cloroplastos e poucos espaços intercelulares. assemelhando-se a dobras e têm como função aumentar a área da célula. Parênquima clorofiliano ou clorênquima . hemicelulose e as substâncias pécticas. regular. substâncias fenólicas etc.bp. Quando isoladas são mais ou menos esféricas. •Esponjoso ou lacunoso: apresentam células com formato irregulares. amiloplastos. ao se agruparem para formar um tecido. cujos principais componentes são a celulose. . As células parenquimáticas podem ser consideradas simples em sua morfologia mas. Podemos distinguir três tipos de parênquima: de preenchimento ou fundamental. Existem três tipos: •Amilífero: reserva de grãos de amido como nos caules da batata-inglesa ou na raiz da batata-doce. facilitando a captação de energia luminosa e dos elementos gasosos necessários à realização da fotossíntese. esponjoso. o parênquima pode ter origem diversa.apresenta como principal função o armazenamento de substâncias provenientes do metabolismo primário das plantas. As células do parênquima clorofiliano podem dispor-se de modo a favorecer uma grande superfície de contato com outras células. •Regular: células homogêneas. voltando a apresentar divisões celulares quando estimuladas. geralmente arredondados. a partir do meristema fundamental do ápice do caule e da raiz. apresentam células mais longas que largas. são possíveis devido ao restabelecimento da atividade meristemática das células do parênquima. O conteúdo dessas células varia de acordo com as atividades desempenhadas. Essas células são descritas como isodiamétricas. regeneração. plicado e braciforme.24 Fonte: http://1. O parênquima pode existir. delimitando lacunas.com/ Sistema fundamental Parênquima O tecido parenquimático está distribuído em quase todos os órgãos da planta. Parênquima de reserva . do floema e da periderme. fazendo parte do xilema. mas adquirem uma forma definida por ação das várias forças. como células isoladas ou em grupos. podem originarse do câmbio vascular e do felogênio. nos órgãos que apresentam crescimento secundário. formação de raízes e caules adventícios e a união de enxertos. •Paliçadico: encontrado no mesófilo. através dos quais o protoplasma de células vizinhas se comunicam. no pecíolo e nas nervuras salientes da folha. Parênquima de preenchimento ou fundamental está presente na região cortical e medular do caule e da raiz. onde o ar é armazenado. a característica principal é o formato pouco variável. Assim. Essas paredes apresentam os campos primários de pontuação atravessados por plasmodesmas. delimitando espaços intercelulares que podem ter amplitude variada. são bastante complexas fisiologicamente. Encontrada em diversos vegetais como em caules de ervas e pecíolo de folhas. por exemplo. c) Anelar ou anular – o espessamento é mais uniforme.•Aquífero: a água não é armazenada nos espaços intercelulares. ficando o lume celular circular. A principal característica das células colenquimáticas é o espessamento irregular das paredes primárias. O colênquima também possui a capacidade de formar um tecido de cicatrização.uva.upv.es/varios/biologia/images/Figuras_tema3/tema3_figura18. É frequente em plantas de deserto como os cactos e sujeitas ao estresse salino como as plantas de mangue. A parede primária das suas células possui celulose. Existem quatro tipos de colênquima. Colênquima lamelar Colênquima lacunar Fonte: http://www.jpg 25 . d) Lamelar – espessamento nas paredes tangenciais externas e internas. mas sim nos vacúolos. ou seja. Suas células não apresentam parede secundária nem lignificação.inea. Ele ocorre em regiões marginais.htm Colênquima O colênquima é constituído por um tecido vivo e ocorre em áreas do vegetal que ainda estão em crescimento. que o torna altamente resistente à ruptura.euita.es/servicios/histologia/inicio_real. Parênquima paliçádico e aerênquima Parênquima braciforme Parênquima plicado Parênquima amilífero Parênquima regular Fonte: http://www. ou seja. As paredes celulares Colênquima anelar Colênquima angular das células do colênquima são ricas em pectina. o que confere à flexibilidade. onde há contato entre três ou mais células b) Lacunar – ocorre espessamento na região dos espaços intercelulares. A função do colênquima é dar flexibilidade aos órgãos em que ele está presente. sempre na periferia do órgão. de acordo com o espessamento da parede celular: a) Angular – o espessamento é maior nos ângulos das células. A característica principal deste tecido é a presença de paredes secundárias espessadas. lignificadas ou não. plantas portadoras de vasos que realizam o transporte de seiva nos organismos vegetais: pteridófitas. e os protoplastos podem estar ausentes. Fonte: Esquema de Esau. macroesclereídes (formam camadas no tegumento de sementes) e braquiesclereídes ou células pétreas (isodiamétricos). O esclerênquima possui dois tipos celulares distintos: as esclereídes e as fibras. Eles vão conferir rigidez a este tecido. As células do xilema não apresentam protoplasma no final de seu desenvolvimento. as fibras xilemáticas. que se apresentam imersas no parênquima. e que alcançam um grande tamanho. comunicando o sistema radicular às estruturas foliares. Tecido complexo que é responsável pela condução de água e sais minerais da raiz para todos os órgãos da planta (fluxo ascendente). de forma alongada e cilíndrica. as fibras são células longas. criando um sistema tubular contínuo. são células de esclerênquima que acompanham o xilema.biologiaedu. Fonte: http://www. com extremidades afiladas. percorrendo longas distâncias dentro do corpo vegetal. geralmente lignificadas. gimnospermas e angiospermas. Sua parede secundária pode possuir até 35% de lignina. Suas células são altamente especializadas.html Sistema de condução Xilema Formado pelo xilema ou lenho e o floema ou líber. retirado de www.br/ biologia/colenquima-e-esclerenquima.algosobre. Placa de perfuração foraminada Placa de perfuração Placa de perfuração simples escalariforme Placa de perfuração Placa de perfuração reticulada mista . Além das células de condução (elementos traqueais) o xilema também é formado por células de sustentação (fibras esclerenquimáticas) e por parênquima. As esclereídes são células pequenas isoladas ou em grupos. dando sustentação aos elementos traqueais. É devido à presença das esclereídes que a casca das nozes.org. De acordo com a sua morfologia são reconhecidos vários tipos: osteoesclereídes (forma de osso). de paredes celulares secundárias espessas. intermediada pelo caule. são tecidos vasculares das plantas traqueófitas.com. paredes lignificadas com padrão de espessamento variável.26 Esclerênquima A função deste tecido é dar sustentação a órgãos adultos. Existem dois tipos: as fibras libriformes (espessamento grande e pontuações simples) e fibrotraqueídes (espessamento menor e pontuações areoladas). astroesclereídes (em forma de estrela). ou seja. Por outro lado. o tegumento de algumas sementes e os caroços de algumas frutas são rígidos. Há dois tipos celulares básicos: traqueídes (imperfurados) e elementos de vaso (com placa de perfuração). que se apresentam fusionadas e têm suas paredes transversais perfuradas. As suas células se originam do procâmbio (xilema primário) ou do câmbio vascular (xilema secundário). Por exemplo. E a água sobe pela coesão que tem entre suas moléculas (propriedade da capilaridade da água). "puxando" mais água para cima. As células que compõe o floema se originam do procâmbio (floema primário) ou do câmbio vascular (floema secundário). de transferência e albuminosas).es/varios/biologia 27 .euita. novamente. Porém. Por transporte ativo. a água e os sais minerais ascendem através do xilema. Essa força já é suficiente para que a água corra até os órgãos consumidores. Floema Tecido complexo que é responsável pela condução de fotoassimilados e outros metabólitos sintetizados pela planta. segundo Münch (alemão Ernest Münch). Além das células de condução (elementos crivados) o floema também é formado por células de sustentação (fibras esclerenquimáticas) e por parênquima. no transporte da seiva elaborada é como se a água fosse "empurrada". A transpiração de água nas folhas é muito grande. Paredes com áreas crivadas que estabelecem comunicação intercelular. fotossíntese → floema → órgãos consumidores Os vasos condutores penetram praticamente em todas as partes dos vegetais. a perda é altíssima e isso gera um mecanismo conhecido como coesão-tensão. As células de condução apresentam protoplasma no final de seu desenvolvimento. deve-se ao fato de haver muitos solutos do floema nas folhas (produtos da fotossíntese). até que a água e os minerais atinjam a raiz.A seiva bruta é composta por água e minerais provenientes do solo. gera um meio hipertônico. os açúcares manufaturados durante a fotossíntese saem das folhas através do floema e alcançam os locais de crescimento e armazenamenrto do vegetal Fonte: http://www. O transporte no floema. uma vez que o meio interno fica hipertônico. Isso gera uma pressão na raiz. e o interior do xilema. empurrando esse líquido para cima (pressão positiva da raiz). que atrai a água por osmose. mas também transporta íons inorgânicos. porém anucleadas. Apresenta fluxo no sentido fonte-dreno. Há dois tipos celulares básicos: células crivadas (sem placa crivada terminal) e elementos de tubo crivado (com placa crivada terminal). Assim sendo. Assim. corrente de transpiração. O caminho básico de transporte das seivas é o seguinte: pelos das raízes → xilema → folhas à transpiração → fotossíntese O transporte da seiva bruta ocorre no solo. ocorre das folhas para as partes consumidoras (não apenas as raízes). A transpiração gera uma tensão. os minerais são levados ao interior do xilema. Isso. essa pressão não é suficiente para que a seiva bruta atinja as folhas. Em consequência disso. a água penetra nos pelos absorventes por osmose. que inclui diversos tipos celulares especializados (células companheiras.upv. que é o tipo mais comum encontrado em monocotiledôneas e eudicotiledôneas.28 Nos órgão vegetais. sendo a mucilagem mais fluida e a goma mais viscosa. não se distingue com exatidão mucilagem de goma. Quando a célula morre durante a secreção.que como o nome indica. o único que os feixes se alternam (floema lado a lado com o floema. • Laticíferos: secretam o látex que atua no bloqueio de ferimentos e na defesa contra herbívoros. • Feixe condutor colateral . ao passo que se ela se mantém viva. síntese e isolamento de substâncias. Neste caso. • Tricomas urticantes: produzem uma substância que causa reação alérgica. mas atuam defendendo a planta contra seus inimigos naturais. De acordo com o tipo de exsudato. Há diferentes maneiras do material secretado (exsudato) ser liberado do protoplasto da célula secretora. • Glândulas digestivas: produzidas por plantas carnívoras. Quando este néctar é utilizado para atrair polinizadores. Mas existem nectários que produzem néctar para atrair formigas. Tecidos secretores Nos vegetais. Os tipos mais comuns são: • Feixe condutor concêntrico . a secreção é denominada merócrina. onde o floema fica situado mais externamente que o xilema e apresenta medula. o nectário é chamado de extrafloral. a posição e a estrutura desta. porém o xilema é envolvido interna e externamente pelo floema. Estas formigas não são agentes polinizadores.semelhante ao anterior. • Glândulas de mucilagem e. a secreção compreende complexos processos de formação. • Ductos resiníferos: encontrados principalmente nas gimnospermas. formando o que chamamos de feixes condutores. ou goma: secretam mucilagem e. • Tricomas glandulares: como mencionado anteriormente. sendo denominadas de idioblastos. dá-se o nome de secreção holócrina. comum nas raízes dos vegetais. • Glândulas de sal: são tricomas capazes de secretar o excesso de sal a que estão submetidas. secretam resinas que têm as mesmas funções do látex. ou goma. as estruturas secretoras podem ser classificadas como: • Hidatódios: são estruturas encontradas nas margens das folhas que secretam água ou íons inorgânicos e inorgânicos pelo processo de gutação. Algumas células parenquimáticas estão envolvidas com a secreção de determinadas substâncias. o nectário é chamado de nectário floral. frequentemente encontramos o xilema e floema associados. os tricomas são células ou conjunto de células capazes de secretar uma grande variedade de compostos defensivos. . • Nectários: são estruturas secretoras de néctar. • Feixe condutor bicolateral . • Feixe condutor radial . alternados).onde o floema circunda o xilema. secretam enzimas que digerem suas presas. A secreção pode então ser liberada dentro do corpo do vegetal (endotrópica) ou para fora do corpo da planta (exotrópica). Que é diferenciação celular ? 4. tomando o cuidado de deixar uma gota d’água na base do caule da flor. por exemplo. O que vem a ser gutação? Atividade Complementar Faça uma caminhada e observe os vegetais a sua volta. Quais são as principais características do meristema ? 3. 5. Quais os tipos mais comuns? 11. Observação da ascensão da seiva no xilema utilizando “Crisântemo” (Chrysantemum morifolium /Asteraceae). a) Pegue uma flor do copo com água e transfira para um copo para transporte para sua bancada. 8. b) Dentro da água. Enumere os tecidos ditos permanentes. 6. Caracterize as células buliformes. 2. e retire uma folha. corte com a gilete. 10. Diferencie secreção endotrópica de secreção exotrópica. Diferencie secreção holócrina de secreção merócrina. 13. 12. 29 . c) Coloque algumas gotas de corante no copo e leve seu copo até o local com o ventilador e observe a cada 10 minutos.Está na hora de você verificar se aprendeu esta Unidade. Diferencie parênquima paliçadico de lacunoso. 7. para abrir os vasos e eliminar eventuais embolismos que tenham sido formados antes. As espécies de Panicum L. Defina tecido vegetal. vá e observe. Como ocorre a aeração dos tecidos internos em um caule. você poderá observar que este vegetal apresenta látex (no tubo laticífero). formando o que chamamos de feixes condutores. Diferencie colênquima de esclerênquima. alguns centímetros de caule. (Poaceae) apresentam lâminas foliares involutas ou conduplicadas devido à presença de grupos de grandes células buliformes entre as nervuras. Exercícios 1. Diferencie epiderme de periderme. Nos órgão vegetais encontramos o xilema e floema associados. em cresciemento secundário? 9. Agora faça um breve relato do que foi observado. veja se encontra “coroa-de-cristo”. podemos classificar as raízes em diarca (com 2 feixes). denominada estria de Caspary)..es/. tetrarca (com 4 feixes) e poliarca (com 5 ou mais feixes lenhosos). formando o periciclo. armazenamento. Raízes Laterais e Velame A raiz faz parte do eixo da planta e é. a parte externa da região cortical pode designar-se de exoderme podendo apresentar várias camadas de células compactadas. triarca (com 3 feixes). observa-se a medula zona central da raiz. • Simplástica: entre a célula e a parede celular.. fixação./figura12_6. geralmente. .upv. fotossíntese etc. como reprodução. preenchida por células parenquimatosas. • Transcelular: entre as células.1 . subterrânea. o cilindro central que inclui o sistema vascular apresenta uma camada exterior de células em geral parenquimatosas. respiração. exercendo a função de fixar o vegetal no substrato e absorver água e sais minerais. transporte. A água penetra nas raízes mais prontamente na porção apical radicular. A movimentação da água na raiz pode ter três vias: • Apoplástica: por fora das células. Dependendo do tipo de raiz. tecidos vasculares (xilema e floema) e. mas na água (plantas aquáticas) ou expostas ao ar (epífitas ou parasitas). além da produção de alguns hormônios (citocininas e giberelinas) aleloquímicos.30 UNIDADE III ÓRGÃOS VEGETAIS 3. Muitas raízes não vivem subterraneamente. Crescimento Primário A raiz pode ser dividida anatomicamente em três sistemas de tecidos: epiderme é constituída por uma camada de células vivas que reveste a raiz com crescimento primário (sistema dérmico) portadora de pelos absorventes.Raiz: Crescimento Primário e Secundário.evita. Fonte: www. podem ser atribuídas outras funções a ela. sistema fundamental (região cortical ou córtex) constituída geralmente por células de pa- rênquima e cuja camada mais interna é designada endoderme (que contém suberina disposta em forma de fita. que inclui a região de pelos ab- sorventes.jpg A raiz é um órgão da planta que desempenha as seguintes funções: absorção. nas raízes desenvolvidas. De acordo com o número de feixes lenhosos presentes. / botanica/Anatomia. cc. med. o câmbio toma a forma de um cilindro. end.esa. sofrendo divisões. Substitui a estrutura primária nas raízes das gimnospermas e das eudicotiledôneas após o primeiro ou segundo ano de vida.html Crescimento Secundário A estrutura secundária da raiz ocorre devido à ação meristemática do câmbio vascular e do felogênio. medula. Com a produção dos novos elementos.31 Raiz de eudicotiledônea primária Raiz de monocotiledônea primária Legenda: epd..pt/. Com o novo floema para fora. e para dentro xilema secundário. cilindro central. A periderme substitui a epiderme..ipcb. pois situa-se para fora do xilema e para dentro do floema. endoderme Fonte: docentes.esa. e. córtex./ botanica/Anatomia. E com a produção do novo xilema. que é integrada pelo súber (felogênio e feloderme). O crescimento do cilindro central se faz pelo câmbio vascular que assume um aspecto estrelado. produzindo para o exterior súber e mais internamente feloderme. passa a se chamar floema primário. Fonte: docentes.. o já existente é empurrado para a periferia. ctz. o existente é empurrado para o centro. As células do câmbio vascular se dividem e formam para fora o floema secundário. igualmente..html . epiderme.ipcb. onde dentro encontramos os elementos xilemáticos e para fora os floemáticos. o anterior passa a ser chamado de xilema primário. O felogênio é formado por células parenquimáticas que se desdiferenciam ao estado meristemático. o existente anteriormente. E assim cresce o cilindro central.pt/. Legenda: Xil.32 Corte transversal da raiz de videira. que no caule de muitas espécies não é distinta morfologicamente como na raiz. floema. f2º. O córtex tem comumente natureza parenquimática ou colenquimática. Crescimento primário A epiderme caulinar apresenta geralmente uma camada de células cujas paredes periclinais externas.. É uma epiderme multisseriada que ocorre em raízes aéreas de Orquídeas. O caule é geralmente a parte aérea do eixo da planta que origina e suporta folhas. Com o desenvolvimento. ela se projeta para o meio do córtex.ufrn. transporte.esa. Fonte: docentes. câmbio vascular. pdm./botanica/Anatomia. xilema secundário. a delimitação entre córtex e cilindro vascular é de difícil visualização. o limite do córtex é feito pela endoderme que pode apresentar estria de Caspary ou bainha amilífera.. são revestidas por cutícula.pt/. flores.br/atlasvirtual/Anacardium%20occidentale. armazenamento e produção de folhas e estruturas reprodutivas. x2º. xilema primário.ipcb. funcionando como local de condensação de água no interior de suas células ao absorver a água que cai sobre ele. floema secundário. Na maioria dos caules. Tem importante função na ramificação e sustentação do vegetal.ipcb..2 . A epiderme pode apresentar tricomas variados. Pode-se diferenciar caule de raiz. mais ou menos espessas. raízes adventícias. Aráceas epífitas e outras monocotiledôneas terrestres. O primeiro entrenó caulinar formado no embrião ou na plântula chama-se epicótilo. floema primário.html Fonte: docentes.htm Raízes laterais Velame Possuem origem endógena a partir de divisões anticlinais e periclinais do periciclo. O periciclo na maioria dos caules é parenquimático e pouco diferenciado morfologicamente.esa.html 3.pt/. x1º. O Velame consiste em várias camadas de células com paredes espessadas. A camada mais externa do córtex é a exoderme. xilema.cb.Caule O caule é um órgão da planta que desempenha diversas funções como sustentação. cv. principal- . f1º. eventualmente. frutos e. flo. em crescimento primário.. emergências como acúleos e complexos estomáticos. Fonte: http://www./ botanica/Anatomia. que dão proteção contra choques mecânicos. periderme. no ápice do qual se perpetua o tecido meristemático de origem embrionária responsável pelo desenvolvimento posterior do caule. .pt/.algosobre. o xilema se abre externamente em arcos.esa. Exemplos: plantas vasculares inferiores e caules de plantas aquáticas.algosobre. no qual cada um é provido de periciclo e de endoderme próprios. caracteriza-se pelo surgimento da região central. que é formada por tecido parenquimático.ipcb. foram estabelecidos diferentes tipos de estelos: Protostelo: considerada a mais simples e primitiva filogeneticamente. a parte central da medula é destruída durante o crescimento do órgão. Exemplo: monocotiledôneas. Fonte: docentes. Consta de uma coluna axial e maciça do xilema. como em algumas espécies escandentes.. Fonte: www.br/images/stories/ biogeografia/.br/images/stories/ biogeografia/. na região central do caule encontra-se a medula. formando caules fistulosos. rodeada por cilindro de floema. que na raiz se alternam. de maneira radiada e o floema ocupa as regiões localizada entre os extremos dos arcos (protostélica radiada ou actinostélica). 33 . Ausência de medula na maioria das raízes de plantas pertencentes á categoria das eudicotiledôneas é frequentemente interpretada como estrutura protostélica.com. Internamente ao sistema vascular./ botanica/Anatomia. Exemplo: caules de eudicotiledôneas e de gimnospermas. Exemplo: pteridófitas... Atactostelo: cordões de xilema e floema encontram-se disperso no tecido fundamental.com. Parênquima fundamental Sifonostelo: considerada derivada da anterior. No caso destas raízes. Atendendo às variações do sistema vascular primário dos caules e das raízes.. enquanto que no caule formam feixes com floema para fora e xilema para dentro.html O conceito de estelo (= coluna) constitui a base da teoria estelar. a qual se refere à estrutura primária do eixo da planta. Polistelo: muitos estelos dispersos.mente pelo xilema e floema. Em alguns caules. Fonte: www.. . Contrariamente às células mais interiores. A epiderme superior é conhecida como adaxial e a inferior como abaxial.34 Crescimento secundário O crescimento secundário do caule é formado pela atividade do câmbio que origina os tecidos vasculares secundários. se unem formando um anel meristemático. que prende a folha ao caule diretamente ou por meio de uma bainha. Nas monocotiledôneas o mesófilo é formado por um parênquima regular. este último conhecido como padrão dorsiventral.wikipedia. pode-se estimar a idade de uma árvore contando o número de anéis. As células funcionais do xilema secundário são chamadas de alburno. e do felogênio que dá origem ao revestimento secundário. Estes anéis refletem a atividade do câmbio vascular e em árvores temperadas. a periderme.esa.org 3. No cilindro central. entre os câmbios fasciculares surge o câmbio interfascicular por desdiferenciação das células situadas entre os feixes vasculares. Eles podem ser do tipo paliçádico em ambas as faces ou lacunoso em ambas.3 . estão localizadas externamente no caule e apresentam aspecto mais claro.pt/. chamadas anéis de crescimento. um anel não corresponde a um ano de crescimento. cada anel de crescimento representa um ano. Assim. originando para o interior xilema secundário e para fora floema secundário. geralmente laminar e de estrutura dorsiventral. câmbio fascicular e o interfascicular../ botanica/Anatomia. é possível distinguir camadas concêntricas. dá-se o crescimento do cilindro central. que fica sobre um eixo chamado pecíolo. que se origina de forma exógena nas gemas caulinares apicais ou laterais.. entre estas encontramos o mesófilo formado por parênquimas e tecidos condutores. Em árvores tropicais.ipcb. Ela apresenta funções importantes para o organismo vegetal como a fotossíntese e a transpiração. Estes. escuras e não são funcionais (não transportam seiva).Folha A folha é um órgão lateral da planta. Durante o inverno o crescimento para. Fonte: docentes. ou paliçádico na adaxial e lacunoso na abaxial. Assim. Num tronco em corte longitudinal. que se dividem. O lenho inicial (células mais largas e paredes delgadas) é produzido na primavera e o lenho tardio (células mais estreitas e paredes espessadas) é produzido no outono. Limbo A parte principal a ser estudada anatomicamente é a sua lâmina foliar chamada de limbo. formam o cerne. O parênquima clorofiliano (ou clorênquima) apresenta cloroplastos e tem a função de fotossíntese.html Fonte: http://pt. . epiderme multisseriada. que então é utilizado pela Rubisco para formar trioses. convertido a malato (ou aspartato). por exemplo. Plantas com metabolismo C3 são aquelas que fixam o CO2 atmosférico por meio da Rubisco. passa à célula do mesofilo ao lado. nas células do mesofilo foliar. formando piruvato e liberando CO2 (HCO3-). 35 . que fixa o CO2 produzindo oxaloacetato. a camada mais externa apresenta cloroplastos. além de escleromorfia (folhas duras). e são chamadas de células da bainha do feixe. estômatos em depressões. utilizando NADPH.html Plantas C3.. pela Fosfoenolpiruvato carboxilase (PEPcase). tudo isso para evitar a perda de água. onde ocorrerá a redução. As folhas apresentam geralmente estômatos na epiderme abaxial. As folhas submersas são delicadas. no ciclo de Calvin. com floema para face abaxial e xilema para a adaxial. um traço foliar pode ser definido como a porção caulinar do suprimento vascular da folha. Nestas plantas há uma separação espacial entre a fixação do CO2 e a redução do composto intermediário de 3 Carbonos. O ambiente influencia a estrutura das plantas. outras têm seus estômatos em ambas as faces. Estas células estão contíguas às células do mesofilo. com epiderme delgada. que constitui um grupo de células diferentes das comumente encontradas no mesofilo.O tecido condutor imerso no parênquima está composto pelo xilema. pois a Pepcase fixa na célula do mesofilo. O oxaloacetato é. Em folhas de plantas flutuantes.esa. tricomas abundantes. inicia-se somente na base do pecíolo e estende-se para o interior da lâmina foliar. onde posteriormente ocorre redução do ácido-3fosfoglicérico a gliceraldeído-3-fosfato. e esta enzima utiliza como substrato uma pentose (Ribulose 1. A porção foliar deste feixe.ipcb.5 bifosfato) fixando um CO2 para produzir duas trioses-P (2x ácido-3-fosfoglicérico). os estômatos podem estar presentes na face adaxial. já que não é interessante para o vegetal aquático resistir a força da água. Corte transversal da folha de milho Em xerófitas é comum a presença de parênquima paliçádico nas duas superfícies. Assim. Corte transversal da folha de oliveira Fonte: docentes. interconectadas por plasmodesmas. tem a forma côncava ou plana na face adaxial e convexo abaxialmente. já que a outra face está obstruída pela água. sem possibilidade de haver troca gasosa. entrando no ciclo de Calvin. proveniente das reações fotoquímicas. e vai concentrá-lo na célula da bainha. até unir-se a outro feixe no caule. assim ele acompanha o movimento da água. Traço foliar O traço foliar é o feixe vascular que se estende da base da folha. além de poucos tecidos para sustentação. que forma trioses. Eles podem estar acompanhados de fibras ou bainha esclerenquimática. tem lacunas para reserva de gases (aerênquima). Nas células da bainha das plantas C4 acontece a fixação do CO2. já que tem a água para protegê-la dos raios do sol. um composto de 4 carbonos. e é descarboxilado. então. Pecíolo O pecíolo. Os feixes estão formando um semicírculo. em corte transversal. são as anfistomáticas. onde ramifica-se intensamente. a partir do fosfoenolpiruvato (3C) diferente da Rubisco.pt/. Com uma medula no interior formada de parênquima ou oco. mas são as menos frequentes. voltado para a face adaxial e floema para abaxial. C4 e CAM Plantas C4 possuem uma adaptação anatômica chamada estrutura Kranz. esta são conhecidas por epistomáticas./ botanica/Anatomia. que envolve o conjunto dos terminais de feixes vasculares da folha. sendo conhecidas como hipostomática. Defina anatomicamente uma folha de planta submersa. 11. 4. estocado no vacúolo da própria célula. 8. Diferencie monocotiledônea de eudicotiledônea. Anatomicamente. Fixa de noite. sendo fixado não pela rubisco. Você poderá perceber que as diferenças anatômicas se refletem na aparência externa do vegetal. Durante o dia. Defina velame. Observe as diferenças das folhas de plantas de ambientes secos e aquáticos. com temperaturas mais amenas e o CO2 entra na célula do mesofilo. Diga o nome do padrão em que a folha apresenta parênquima lacunoso na face abaxial e paliçadico na adaxial. ela tem de economizar água. Informe a estrutura de uma folha. fechando o estômato.36 Em plantas CAM. a olhos vistos. 7. que as diferenças anatômicas se refletem na estrutura externa. à semelhança do metabolismo C4. ela abre os estômatos durante a noite. mas também pela pepcase. você irá perceber. Diferencie caule em crescimento primário de caule em crescimento secundário. Diferencie plantas C3. mas no entanto. Diferencie monocotiledônea de eudicotiledônea através da anatomia do caule. este ácido málico é descarboxilado liberando o CO2 que será reduzido pela rubisco no ciclo de Calvin. Por que as folhas de plantas xeromórficas apresentam redução da sua superfície e estômatos tão protegidos? 12. 5. evitando a transpiração durante o dia. A planta CAM é adaptada para viver em regiões áridas. ocorre separação espacial entre fixação e redução do CO2. o qual. por isso a separação entre redução e fixação é dita temporal. 13. reduz de dia. Atividade Complementar Faça uma caminhada e observe as diferenças entre os caules de monocotiledôneas e dicotiledôneas (especialmente as árvores). porém o CO2 não entra. . e qual a importância disso para o vegetal. C4 e CAM. é convertido a malato. 6. Observe. Está na hora de você verificar se aprendeu esta Unidade. e ele é necessário à fotossíntese. O crescimento secundário traz um porte maior e mais forte ao vegetal. Para isso. 3. Defina folha epistomática. Diferencie raiz em crescimento primário de raiz em crescimento secundário. Exercícios 1. 10. Por isso. formando oxaloacetato. pela anatomia da raiz . com alta demanda evaporativa atmosférica e pouca água disponível no ambiente. 9. como pode ser dividida a raiz? 2. Defina atactostele. nem completa o seu ciclo de vida. EXERCÍCIOS 1. Diferencie micro de macronutrientes.Macro e Micronutrientes O estudo da nutrição vegetal e do crescimento das plantas envolve a caracterização de elementos essenciais. fósforo . Os elementos essenciais podem ser divididos em macronutrientes e micronutrientes. Os elementos essenciais desempenham diversos papéis nas plantas. de miligramas (um milésimo do grama) a microgramas (um milionésimo do grama). 2. Por exemplo. boro e o níquel. São o ferro. nitrogênio. é um ativador de enzimas. Quais são os micronutrientes? . oxigênio. o manganês.1 . enzimáticas.UNIDADE IV 37 NUTRIÇÃO MINERAL 4. cálcio. São carbono. cloro. Está na hora de você verificar se aprendeu esta Unidade. magnésio e enxofre. Um nutriente essencial é aquele sem o qual a planta não cresce normalmente. Os macronutrientes são os elementos básicos necessários em maior volume às plantas. hidrogênio. o zinco. Os micronutrientes são requeridos em pequenas quantidades. potássio. a menos que uma quantidade mínima desse nutriente lhe seja suprida. O cálcio é um sinal importante que controla a abertura e o fechamento estomático. regulatórias e iônicas. o cobre. o nitrogênio e o enxofre são os principais componentes tanto de proteínas quanto de coenzimas. o molibdênio. incluindo funções estruturais. e o magnésio além de fazer parte da molécula de clorofila. Quais são os macronutrientes? 3. produzindo plantas altas para reverter o nanismo de alguns mutantes. produzindo plantas altas para reverter o nanismo de alguns mutantes? . 2. folhas. Qual a função da auxina e onde são sintetizados nos vegetais? 3. Quando aplicada externamente às extremidades de caules incisos. sendo observável à medida que sucedem as estações sazonais do ano: primavera. indução de germinação de sementes. Exercícios 1. que aciona a síntese de enzimas responsáveis pela produção da auxina. Como está um passo à frente no ciclo. Qual a função da citocininas nos vegetais? 4. O ABA é exportado das folhas pelo floema e das raízes pelo xilema. o embrião produz a giberelina.Giberelinas (ácido giberélico): atua no hiperalongamento do sistema caulinar por estimular tanto a divisão quanto o alongamento celular. favorece a síntese de reserva em sementes e o transporte de fotossintetizados das folhas para as sementes em desenvolvimento e pode afetar a indução e a manutenção de dormência nas sementes e gemas de certas espécies. conforme a espécie vegetal. a auxina estimula a formação de raízes. São sintetizadas nos tecidos jovens do sistema caulinar e em sementes em desenvolvimento e são transportadas pelo floema e pelo xilema. com função direcionada a locais específicos. etileno. Os hormônios vegetais podem ser agrupados em cinco grupos ou classes: auxina. Qual o hormônio vegetal que é sintetizado em folhas maduras em resposta ao estresse hídrico? 6. São sintetizados na maioria dos tecidos por estresse e move-se por difusão a partir do seu sítio de síntese. Durante a germinação das sementes. São sintetizados em folhas maduras em resposta ao estresse hídrico. a raiz emerge primeiro da semente. As citocininas são sintetizadas no ápice de raízes e transportada pelo sistema caulinar via xilema. responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento do vegetal. As auxinas são sintetizadas e apresentam as concentrações mais altas nas áreas meristemáticas do broto e da raiz. verão. 4. Citocininas: promove a divisão celular. além das sementes. Onde atua o gás etileno nos vegetais? 5. São sintetizados em pequenas frações. Ácido abscísico (ABA): atua no fechamento dos estômatos. promoção da atividade cambial. fazendo o topo do broto atravessar a superfície do solo. áreas nas quais as células se dividem rapidamente para renovar o seu crescimento. O que são fitormônios? 2. Altos níveis de auxina podem provocar a expansão rápida do caule primário. 1. Etileno (gás etileno): provoca maturação dos frutos. As auxinas são deslocadas por toda a planta a partir dessas áreas. seguida pela copa da planta. formação de gemas em cultura de tecidos e atraso na senescência foliar. estimulação ao florescimento em plantas bianuais e de dia longo e regulação da produção de enzimas em sementes de cereais. obedecer indiretamente os fatores climáticos. outono e inverno. citocinina. caule. A giberelina também promove o alongamento da raiz primária ao mesmo tempo em que os níveis mais altos de auxinas fazem com que o tegumento da semente enfraqueça e a planta embrionária cresça. 5. Está na hora de você verificar se aprendeu esta Unidade. indução de raízes adventícias e estimulação do desenvolvimento do fruto. Depois que a semente capturou a água. abscisão das folhas e frutos e senescência das folhas e flores. ácido abscísico e giberelinas. 3. as giberelinas e as auxinas interagem de maneira delicada. Qual o hormônio vegetal que atua no hiperalongamento do sistema caulinar por estimular tanto a divisão quanto o alongamento celular. flores e frutos. Auxinas (AIA): apresenta dominância apical. A produção hormonal pode.38 UNIDADE V HORMÔNIOS VEGETAIS Hormônios vegetais ou fitormônios são substâncias orgânicas atuantes nos diferentes órgãos das plantas: raiz. Florescem no final do verão e outono. os tropismos se correspondem com as mudanças na direção do crescimento. A classificação se dá de acordo com o florescimento. por exemplo. O tropismo pode ser positivo e negativo. são sempre os mesmos. Nictinastia: movimento de dormir das folhas. Heliotropismo: folhas e flores que se orientam em relação aos raios solares. ou seja. • Plantas de dia curto (PDC): florescem ou têm seu florescimento acelerado em dias curtos. coleóptilo ou pecíolo da folha em direção à luz. é positivo quando a planta cresce no sentido do estímulo e negativo quando ela cresce se distanciando do estímulo. Esses movimentos são: os tropismos e as nastias.UNIDADE VI 39 CRESCIMENTO VEGETAL E FATORES EXTERNOS Presos ao solo. Tigmonastia: movimento resultante de estimulação mecânica. São fenômenos cíclicos definidos por três parâmetros (período. Fototropismo: crescimento do sistema caulinar. O que faz com que o vegetal tenha geotropismo positivo? 4. Geotropismo: crescimento para baixo da raiz. embora muitos outros aspectos do desenvolvimento das plantas possam ser afetados pelo comprimento do dia. sendo assim. não são resultantes da direção do estímulo. tal como o fechamento de folhas de plantas sensitivas e carnívoras. O que é ritmo circadiano no vegetal? 6. 3. embora fixos ao solo. da temperatura. O que vem a ser tropismo? Como estão classificados? 2. Florescem no início da primavera. da umidade etc. Tigmotropismo: resposta ao contato com um objeto sólido (enrolamento de gavinha em torno de um suporte). O que são nastias? 5. Fotoperiodismo: capacidade do vegetal detectar o comprimento do dia. percepção da gravidade. fase e amplitude). Diferencie fototropismo de heliotropismo. • Plantas de dia neutro (PDN): são insensíveis ao comprimento do dia. Está na hora de você verificar se aprendeu esta Unidade. Dependem. PDL e PDN. Tropismos São movimentos de crescimento ou curvatura que as plantas apresentam como resposta a estímulos externos. Ritmos Circadianos Ciclos diários de luz e escuro. Defina PDC. • Plantas de dia longo (PDL): florescem ou têm seu florescimento acelerado em dias longos. Resulta na mudança de turgor das células do pulvino. Nastias São movimentos que não abrangem crescimento e não são orientados. os vegetais executam movimentos desencadeados por estímulos externos e até internos: são os chamados movimentos vegetais. . os vegetais parecem seres vivos imóveis. Exercícios 1. participou dos encontros. Parabéns! . Então. realizou as atividades previstas.40 Se você: 1) 2) 3) 4) concluiu o estudo deste guia. você está preparado para as avaliações. fez contato com seu tutor. Felema: Tecido protetor formado por células não vivas. Criptógamas: São plantas que não produzem sementes. a endoderme é a camada mais interna do córtex.Carboidrato complexo e insolúvel. Coleóptilo: É a bainha que primeiro emerge do solo e envolve a plúmula e a coroa é a localização do ponto de crescimento e das gemas que dão origem às raízes. formada por cutina e cera. em raízes e alguns caules. Escutelo: Cotilédone das gramíneas. aparente. Desdiferenciação: O inverso de diferenciação. Diferenciação: Alterações fisiológicas e morfológicas que ocorre quando uma célula ou tecido se torna adulto. Cutina: Substância graxa complexa. as células endodérmicas são caracterizadas por possuírem estrias de Caspary nas paredes anticlinais radiais e transversais. gameta. é a principal substância de reserva das plantas. Cortiça: O mesmo que felema. gamos. Cutícula: Camada cerosa ou graxa encontrada na parede externa das células epidérmicas. semelhante à cera. Divisões anticlinais: Divisões celulares perpendicular à superfície do órgão. Anatomia: Área da morfologia que estuda a estrutura interna dos vegetais.das células da endoderme e da exoderme. Apresentam estruturas denominadas de flores. Cistólito: Concreção de carbonato de cálcio. de paredes suberizadas. através da forma latinizada Phanerogamae) foi o nome dado ao Reino Plantae. encontradas nas paredes anticlinais . flores ou frutos e que se reproduzem por meio de esporos. Atactostelo: Estelo no qual os feixes estão espalhados no tecido fundamental. que consiste no hipocótilo e no meristema apical da raiz ou da radícula. endurecer) . Divisões periclinais: Divisões celulares paralelas à superfície do órgão.radiais e transversais . Córtex: Conjunto dos tecidos situados entre a epiderme e o sistema vascular. situado abaixo do cotilédone ou cotilédones. Eustelo: estelo típico das dicotiledôneas e gimnospermas caracterizado por apresentar um sistema vascular cilíndrico. Endoderme: do grego: endon. Estrias de caspary: Uma faixa da parede primária contendo suberina e lignina. dentro + derma. órgãos reprodutores facilmente observáveis.Uma única camada de células formando uma bainha em torno da região vascular.Glossário Amido: (do inglês medieval sterchen. Fanerógamas: Do grego phanerós. Eixo hipocótilo-radicular: O eixo do embrião. 41 . Câmbio vascular: Meristema secundário que origina xilema e floema secundários. Nas raízes e caules das plantas com semente. pele . protegida por catáfilos. Idioblasto: Célula em um tecido qualquer. tamanho. Protoxilema: Primeira parte do xilema primário que amadurece durante o alongamento do órgão vegetal no qual se encontra. como certas inclusões citoplasmáticas: cristais de oxalato. Papila: Tipo de tricoma. formada na axila de uma folha e que fica. Gimnospermas e algumas Pteridófitas. diz-se do caule tenro. que difere das demais. grânulos de amido. pela forma. Sistema vascular: Todos os tecidos vasculares em seus arranjos específicos em uma planta ou em um órgão vegetal. colênquima e esclerênquima. Protoderme: (do grego: protos. Tanino: Grupo heterogêneo de derivados fenólicos. Procâmbio: Meristema primário que origina xilema e floema primários. Goma: Resultado da desintegração de células vegetais. incluindo pelos e escamas. Isodiamétrico: Formato regular. Substâncias ergásticas: Neoformações produzidas pela própria célula. primeiro + derma. ou mesmo pela função. Herbáceas: Que tem o porte e a consistência de erva. inclui súber ou felema. Floema: Tecido condutor de alimentos das plantas vasculares Gemas axilares: Primórdio de um ramo. muitas vezes. diz-se da planta cujo caule tem essas características. Periderme: (do grego: peri. pele): Tecido meristemático primário que dá origem à epiderme. . conteúdo. pele) . não lenhoso. geralmente composta por proteína. Xilema: Principal condutor de água do organismo vegetal. Lacuna: Espaço. Mucilagem: Inclusão viscosa.42 Felogênio: Meristema secundário que origina a periderme. Sistema fundamental: Conjunto dos tecidos fundamentais: parênquima. pode estar isolada ou em grupos. diâmetros de igual comprimento. Protofloema: Os primeiros floemas a serem formados. geralmente contendo ar. espessura da parede. cristalóides de proteína etc. felogênio e feloderme. Substância amorfa adstringente. ao redor de + derma. Tricoma: Protuberância da epiderme. Medula: Parênquima incolor que ocupa a parte central de caules e raízes de Angiospermas.Tecido de proteção mais externo que substitui a epiderme quando esta é eliminada durante o crescimento secundário. 3. Quanto a forma podem ser esféricas. O Tonoplasto é a membrana vacuolar e o ectoplasto é a membrana situada entre o citoplasma e a parede.TECIDOS VEGETAIS 1. 13. e as meristemáticas predomina a forma cúbica. É mantida pela lenticela. por estarem envolvidas no mecanismo de enrolamento e desenrolamento das folhas. cristais. É típico de células vegetais. 4. 18. isodiamétricas. núcleo. sem espaço intercelular. 20. 5. Feixe condutor concêntrico. são denominadas células motoras. 6. Uma célula jovem apresenta numerosos vacúolos e uma adulta apenas um. 7. poliédricas ou isodiamétrica nos tecidos. O colênquima é um tecido vivo que ocorre em áreas de crescimento e o esclerênquima é formado por células mortas e ocorre em tecidos adultos. Os elementos protoplasmáticos são: citoplasma. 15. Apresentam células pequenas. grão de amido. Substâncias ergásticas são o produto de reserva ou resultado de atividade celular. fundamental. como vacúolos. . partes florais. 7. cristais. É quando as células meristemáticas se transformam em células adultas. Vacuoma é um conjunto de vacúolos. frutos e sementes. E os não protoplasmáticos da célula vegetal são: vacúolos. condutor e secretor. óleos etc. Conjunto de canalículos ramificados que vão do núcleo até a periferia celular. UNIDADE II. Enquanto. taninos. com a função de distribuir alimentos. O parênquima paliçadico tem células longas e organizadas lado a lado e as células do lacunoso são irregulares. 8. decorrente da atividade cambial. Parede celular e protoplasto. As mitocôndrias são organelas com formas variáveis. quando isoladas. colateral. que delimitam a matriz mitocondrial. 11. 2. Ela não é protoplasmática. O pigmento dos cloroplastos é a clorofila e dos cromoplastos o caroteno. constituídas por duas membranas: a mais externa lisa e a interna formando as cristas mitocondriais (septos). As buliformes possuem grande vacúolo e parede celular delgada. plastídios etc. 6. cristais e gorduras. 2. Os elementos protoplasmáticos são elementos ditos vivos. Tecido vegetal é o conjunto de células com a mesma organização e origem. Os cromatóforos apresentam pigmentos e os leucoplastos não. 4. 19. núcleo. com espaços entre elas. 10. de outro tecido. a periderme constitui um sistema de revestimento que substitui a epiderme em raízes e caules com crescimento em espessura. Epiderme é a camada de células externa do corpo primário da planta (caules e raízes) e também folhas. 17. 12. bicolateral e radial. Esta resposta deve ser feita observando a figura na unidade correspondente. 3. É a unidade estrutural básica do organismo vegetal. constituída pelo tecido complementar. composto por células frouxamente arranjadas. Tendo a função de sede de duas importantes etapas da respiração celular: Ciclo de Krebs (matriz) e cadeia respiratória (cristas). Os componentes protoplasmáticos da célula vegetal são citoplasma. plastídios etc. 16. 8. com funções em comum. como citoplasma. Os tecidos permanentes são: tegumentário. 10. núcleos grandes. e os não protoplasmáticos são aqueles destituídos de vida. 9. sem vacúolos e sem plastídios. de sustentação. 14. proteínas.Gabarito 43 Atenção! Só olhe as respostas depois de ter resolvido as questões! UNIDADE I . São variáveis. Plastidoma é um conjunto de plastídios. plastidoma e mitocôndrias. São as partes da parede que não são atingidas pelo espessamento. retículo endoplasmático. 9.CITOLOGIA 1. com paredes delgadas. que permitem a difusão de gases. É o resultado da atividade secretora do protoplasma formada por materiais ergásticas. As substâncias ergásticas mais comuns são os grãos de amido. e estão sempre em divisão. gotas de óleo etc. núcleo. 5. Anatomicamente a raiz está dividida em epiderme. A epiderme superior da lâmina foliar é conhecida como adaxial e a inferior como abaxial. Ferro. 13. 7. 2. o qual. Velame é uma epiderme multisseriada que ocorre em raízes aéreas de Orquídeas e Aráceas. nas células do mesofilo foliar. oxigênio. Quando a célula morre durante a secreção. No crescimento secundário do caule surge o felogênio. ela abre os estômatos durante a noite. 11 Para evitar a perda de água. Os macronutrientes são os elementos básicos necessários em maior volume às plantas e os micronutrientes são requeridos em pequenas quantidades. A folha apresenta limbo. As folhas submersas são delicadas. Plantas com metabolismo C3 são aquelas que fixam o CO2 atmosférico por meio da Rubisco. As folhas epistomáticas ocorrem geralmente em plantas flutuantes seus e estômatos estão presentes na face adaxial. 2. fósforo . molibdênio. na casca que produz para periferia súber e para o interior feloderme. Monocotiledônea tem um número superior a 4 feixes xilemáticos. indução de raízes adventícias e estimulação do desenvolvimento do fruto. Por isso. 5. UNIDADE III – ÓRGÃOS VEGETAIS 1. Hormônios vegetais ou fitormônios são substâncias orgânicas atuantes nos diferentes órgãos das plantas: raiz. e entre elas ficam parênquimas e tecidos condutores. pecíolo. dá-se o nome de secreção holócrina. Fixa de noite. e são chamadas de células da bainha do feixe e nas plantas CAM. 2. ocorre separação espacial entre fixação e redução do CO2. hidrogênio. 12. que constitui um grupo de células diferentes das comumente encontradas no mesofilo. Para isto. originando xilema e floema secundário. sendo fixado não pela rubisco. à semelhança do metabolismo C4 é convertido a malato. ela tem que economizar água. é poliarca. 4. potássio. córtex e cilindro central. que envolve o conjunto dos terminais de feixes vasculares da folha. com temperaturas mais amenas e o CO2 entra na célula do mesofilo. 9. Floema e xilema dispersos pelo parênquima. poucos tecidos para sustentação. mas no entanto. formando oxaloacetato. 13. surge o felogênio. flores e frutos. o que é importantíssimo para o vegetal já que a outra face está obstruída pela água. 12.44 11. ou podem faltar qualquer um destes. evitando a transpiração durante o dia. 3. a secreção é denominada merócrina. magnésio e enxofre. manganês. estocado no vacúolo da própria célula. zinco. Gutação é quando as folhas secretam água ou íons inorgânicos por estruturas denominadas hidatódios encontrados nas margens das folhas. promoção da atividade cambial. A raiz em crescimento secundário se diferencia da raiz em crescimento primário pois. reduz de dia. . as plantas C4 possuem uma adaptação anatômica chamada estrutura Kranz. recebendo o nome de atactostele e nas eudicotiledôneas ocorre um só ciclo de feixes líbero-lenhosos e entre eles existe um câmbio fascicular. boro e níquel. Apresenta dominância apical. e em eudicotiledônea encontramos diarca. ao passo que se ela se mantém viva. triarca até tetrarca. o CO2 não entra. 10. 3. com epiderme delgada. bainha. mas também pela pepcase. E no cilindro central surge o câmbio. 3. 8. e ele é necessário à fotossíntese. E no cilindro central surge o câmbio interfascicular. fechando o estômato porém. nitrogênio. O caule das monocotiledôneas mostra floema e xilema dispersos pelo parênquima. a camada mais externa apresenta cloroplastos. São sintetizadas e apresentam as concentrações mais altas nas áreas meristemáticas do broto e da raiz. responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento do vegetal. UNIDADE IV – NUTRIÇÃO MINERAL 1. Padrão dorsiventral. cálcio. de miligramas a microgramas. áreas nas quais as células se dividem rapidamente para renovar o seu crescimento. sem possibilidade de haver troca gasosa. folhas. Promove a divisão celular formação de gemas em cultura de tecidos e atraso na senescência foliar. 6. na casca produz para periferia súber e para o interior feloderme. originando xilema e floema secundários. Carbono. Endotrópica quando a secreção é liberada dentro do corpo do vegetal e exotrópica quando a secreção é liberada para fora do corpo da planta. UNIDADE V – HORMÔNIOS VEGETAIS 1. cloro. caule. cobre. UNIDADE VI . É a capacidade de reconhecimento do comprimento do dia e da noite pelo vegetal. 5. 3. Pela percepção da gravidade. 2. São movimentos do vegetal sem orientação em direção ao estímulo externo. podendo ser positivo e negativo. Na maturação dos frutos abscisão das folhas e frutos e senescência das folhas e flores. Ácido abscísico (ABA). Fototropismo é o crescimento em direção à luz enquanto que heliotropispo é a orientação em relação aos raios solares. 6. Florescem no final verão e outono. Florescem no início da primavera. Giberelinas (ácido giberélico).CRESCIMENTO VEGETAL E FATORES EXTERNOS 1. 4. Plantas de dia curto (PDC): florescem ou têm seu florescimento acelerado em dias curtos. plantas de dia neutro (PDN): são insensíveis ao comprimento do dia. São movimentos de crescimento ou curvatura que as plantas apresentam como resposta a estímulos externos. 6. 45 .4. plantas de dia longo (PDL): florescem ou tem seu florescimento acelerado em dias longos. 5. . (eds). L. Anatomia Vegetal: Parte II Órgãos. 2003. 2000.. 2ª ed. G. br/atlasvirtual/inicial. EICCHORN. E. Biologia Vegetal. Anatomia Vegetal: Parte I Células e Tecidos. 2007. TAIZ.M. 438p. Porto Alegre: Artmed. M. Fisiologia Vegetal. LARCHER.1989. W. P.ufrn. Acesso em: 13/11/2009.F. Katherine. 7. E. ESAU. Ecofisiologia Vegetal. ______. & ZEIGER. G. 531p. . & CARMELO-GUERREIRO.E. São Paulo: Editora Edgard Blucher.H..46 Referências Bibliográficas APPEZATO-DA-GLORIA. R. Disponível em: < http://www. São Paulo: Roca. 1987. CUTTER. São Carlos: RIMA. 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