Anatomia Do Sistema Reprodutor Feminino

March 18, 2018 | Author: Bruna Larissa Carvalho | Category: Vagina, Uterus, Reproductive System, Ovary, Clitoris


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PCI do Sist.Reprodutor; Profª Márcia Kronka Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino O aparelho genital feminino é um conjunto de órgãos encarregados da reprodução da mulher. Ou seja, quando se fala do encarregamento da função de reprodução, não podemos nos referir somente à produção do gameta feminino; deve-se colocar a inclusão a função hormonal. Então, tem-se em cavidade pélvica a distribuição de órgãos que vão interferir de forma exclusiva na reprodução feminina – é diferente do aparelho reprodutor masculino, aonde se tem áreas em comum ao reprodutor e ao sistema urinário. Iremos trabalhar em uma vista frontal, uma vista sagital e quais são as relações desses órgãos e as escavações admitidas. São algumas as divisões aceitas. Quando se fala em órgãos gametógenos, têm-se aqueles órgãos encarregados da produção dos gametas. Na verdade, não há como isolar a função gametogênica e a função hormonal. No sistema reprodutor feminino, os ovários são considerados os órgãos gametógenos. Os órgãos gametófaros são aqueles que irão conduzir o gameta, e essa condução se dá até o encontro com o espermatozóide, até a fecundação ou não. Então, teremos uma segunda fase no sistema reprodutor feminino, e essa composição possui funcionamento mensal. Quando se fala em órgãos relacionados ao desenvolvimento de um novo ser vivo, é aquele órgão que mensalmente se prepara para a recepção do óvulo fecundado. Ocorrendo a fecundação, este órgão apresentará estruturas e relações suficientes para se desenvolver e abrigar esse novo ser que se concentra. Ou não – ele se prepara mensalmente, descama mensalmente, e novamente se prepara. Além das mamas, que são consideradas estruturas anexas. Essa é a primeira sugestão de divisão dos órgãos constituintes: gametógenos, gametófaros, órgão de abrigo e mamas. Essa é a segunda divisão sugerida, aonde se incluem aqui: as gônadas, e que de uma forma geral iremos incluir os óvulos (sem classificar o tipo e em que fase o óvulo vai ser produzido); as vias condutoras dos gametas femininos, que são as tubas, e em extensão e complexidade do que o ducto deferente ou considerando a partir dos túbulos seminíferos (entendam: quando se fala no aparelho genital masculino existe uma preocupação com relação a armazenamento, ativação e condução muito maior do que no sistema reprodutor feminino. A área de condução pelo feminino é mais reduzida, o que UFPA - Medicina e também define o teto da cavidade pélvica. o útero. vias condutoras. vagina (incluindo o canal vaginal). mas fixando-as. Nos consideramos os túbulos seminíferos contorcidos. todas as estruturas estavam próximas à parede. lábios maiores e menores – existiram estruturas eréteis e glândulas anexas. Em termos de localização existe a definição da cavidade pélvica. ímpar e mediano. lábios menores. aonde nós temos não só à cópula. O assoalho da cavidade pélvica é o períneo. Profª Márcia Kronka traz a necessidade de uma região de abrigo após a fecundação. clitóris. fora o monte púbico. A cavidade abdominal. essas estruturas forem definindo saliências para dentro da cavidade. glândulas anexas. Reprodutor. bulbo e glândulas vestibulares. Durante o desenvolvimento. estruturas eréteis e glândulas anexas. órgão de abrigo. para que então ocorra a fecundação em um outro ser. essencialmente. Se essa UFPA . retos. Essa fixação da víscera à parede da cavidade abdominal recebe o nome genericamente de meso. A classificação que utiliza a localização é a divisão mais aceita. órgão de cópula e órgão de ensaio externos – ou vulva ou pudendo feminino. estruturas eréteis. vulva ou pudendo feminino. Essa divisão define: gônadas. porque na divisão acima não existiram monte púbico. epidídimo. que são consideradas em dois grandes grupos – glândulas vestibulares maiores e glândulas vestibulares menores. posicionadas pelo peritônio. Em termos femininos. ducto deferente e uretra como vias condutoras. Quando se fala em órgãos genitais externos. Daí a extensão das vias condutoras dos gametas serem muito maiores. aonde se inclui clitóris e bulbo do vestíbulo. órgão de cópula. órgão de abrigo. No aparelho reprodutor masculino não: existe uma preocupação com relação à condução.Medicina . mas elas vão deixar de ser fixas. único. o órgão de cópula. vias condutoras. Aqui serão incluídos lábios maiores. Os órgãos relacionados ao sistema reprodutor feminino vão ficar localizados na cavidade pélvica. Há uma outra possibilidade de se considerar: gônadas. o órgão de abrigo. por exemplo. mas o órgão relacionado à expulsão de secreção uterina. acaba sendo um pouco maior. Então o peritônio acabou envolvendo essas vísceras. se consideram as tubas como vias condutoras.).PCI do Sist. Quando se considera a vulva e o pudendo feminino inclui-se estruturas eréteis e glândulas anexas. sendo revestida pelo peritônio. Com o decorrer do desenvolvimento. O peritônio define a cavidade abdominal para cima (na realidade ele faz a cavidade abdominal). acaba sendo ocupada pelas estruturas que se projetam para dentro desse peritônio. outra víscera. É possível afirmar que os órgãos do sistema reprodutor feminino não são peritoniais. Entre a víscera é a parede. e um folheto mais posterior. é só a prega do peritônio. Só que ainda. Então. Se essa fixação do peritônio for feita com relação às alças intestinais. Esse revestimento peritonial próprio para a região do útero envolvendo e fixando grande parte dos órgãos relacionados com o sistema reprodutor feminino recebe o nome de ligamento UFPA . como se fossem dois folhetos do peritônio juntos. daí vai ter uma outra víscera e de novo a parede – víscera. De novo: o útero é mediano e ímpar. a fixação de peritônio de víscera em direção à parede é chamada genericamente de meso. chamada reto-uterina. que é semelhante a um avental. definindo a escavação vesicouterina. Existe um folheto mais anterior. Na porção mediana existe o útero. Porém o peritônio continua para fazer a fixação lateral. ficando restrito á uma porção mediana. Este sistema apresenta anteriormente uma relação com a bexiga. os folhetos estão unidos. voltado para o intestino. As estruturas do aparelho reprodutor feminino estão posicionadas entre o sistema urinário e a finalização do sistema digestório. Reprodutor. Mas o peritônio irá compor todo o teto da cavidade. através do peritônio.PCI do Sist. ela vai ser chamada de mesocólon. e quanto ele for para a lateral. o ligamento é chamado omento ou epiplon. Então. no sistema feminino existem duas escavações: uma entre bexiga e útero. entre uma víscera e outra. daí a definição da escavação vesico-uterina. Então. ele envolve o útero.Medicina . e o peritônio encontra-se envolvendo-o. pode se desenvolver uma outra – então vai haver a víscera. toda a largura do corpo. eles podem ser parcialmente recobertos ou modelados pelo peritônio. ele não consegue ocupar toda a dimensão. Profª Márcia Kronka fixação é feita entre uma víscera – cólon – e a parede. Na lateral. enquanto ele for mediano. então ele passa envolvendo o útero. E se a fixação for do peritônio com relação ao ovário. escavações vão ser delimitadas. ele assume a estrutura de um avental. que se prende. parede. e posteriormente o reto. como o teto da cavidade pélvica é modelado pelo peritônio. em direção à região óssea. existe o meso. Diferentemente do sistema masculino. chamada vesico-uterina. entre uma víscera e a parede. outra entre reto e útero. ela será chamada de mesovário. e depois ele continua como uma prega. ela vai ser chamada de mesentério. continua o peritônio. mas não são classificadas como peritoniais. que é voltado para a bexiga. através do mesovário (“o ovário vai estar dorsal e caudalmente às tubas uterinas” GRAY). a saliência em direção ao folheto dorsal. com relação à parte posterior. Na borda superior do ligamento largo do útero. Não é uma dobra com dois folhetos. flete-se no assoalho (ou seja. pois está fixo à lâmina posterior do ligamento largo. fixar uma estrutura via peritônio na parede.PCI do Sist. e sendo relacionada à tuba.) O ovário consegue ser visualizado em uma vista posterior. (A cavidade pélvica inicia-se no corpo vertebral em região de sacro em direção à sínfise púbica. como tubas e útero são um conjunto que vão apresentar relacionamento anterior com bexiga e posterior com o intestino. vai fazer a fixação das tubas – essa saliência é chamada de mesossalpinge. mas ele acaba por se salientar em direção à frente. E o peritônio reveste a bexiga. o ovário vai estar fixo na lâmina do ligamento largo do útero. o recobrimento peritonial com ralação ao fundo e corpo do útero e à sua fixação lateral recebe o nome de ligamento largo do útero. Profª Márcia Kronka largo do útero. que fixa o ovário.Medicina . na realidade. margem superior essa onde se localizam as tubas uterinas. um voltado para frente e outro para trás? O folheto que vai estar voltado para trás vai fazer uma projeção e vai. Existe a continuação do peritônio para a lateral. há uma necessidade de fixação não só para as alterações mensais. e então tem-se a definição de ligamento largo. ou seja. acompanha o contorno da bexiga para revestir em parte o corpo. Na borda posterior do folheto posterior (também chamado folheto dorsal ou intestinal) vai estar fixo o ovário. E se está ocorrendo a fixação de algo pelo peritônio à parede. tuba uterina para um lado e tuba uterina para o outro. mas praticamente todo o fundo do útero) e também nas paredes laterais para conectar-se ao útero. só que nesta continuação. que é a borda superior do ligamento largo do útero. mas também para as modificações durante a UFPA . só que esta estrutura vai relacionar-se ao ovário. a fixação será chamada de meso. É esse envolvimento do útero e a fixação com proteção dos vasos que recebe o nome de ligamento largo. é chamada de mesovário. fazendo saliência com direção à escavação vesico-uterina. Ainda falando de fixação dos órgãos. a sua borda superior vai fixar uma estrutura gametófara. então vai ser chamada de mesovário. as tubas uterinas vão estar fixas. A borda dita livre. O ovário vai estar localizado para trás no folheto. será chamada de mesossalpinge. A mesossalpinge é uma prega peritonial na margem livre do ligamento. Reprodutor. ou seja. Tanto ovários. ou seja. ou seja. Reprodutor. alguns ligamentos são citados: o primeiro é o mesovário. A sua superfície. em direção ao ovário. bulbo e glândulas vestibulares. através do mesovário. Ele vai da região lombar em direção ao pólo superior do ovário. onde finalmente se fixa no pólo superior do ovário. Apresenta uma forma amendoada. Estão localizados em uma fossa da região ilíaca chamada de fossa ovárica. A outra divisão utilizada apresenta os órgãos internos ou intra-pélvicos. O segundo ligamento relacionado ao ovário é definido como ligamento suspensor do ovário. mas sim que estão fora do períneo): monte da pube. e vão estar relacionados à reprodução humana no sentido da produção de óvulos e produção hormonal. que vão ser: útero. apesar de serem fixos através do peritônio. Com relação ao ovário. Apresenta uma consistência ao ser apalpado. Eles não são revestidos por peritônio. Então para a fixação do útero. ovários. nem as glândulas vestibulares. pois não é cavitário. lábios menores. de regular. sendo na realidade uma projeção do folheto dorsal do ligamento largo do útero. definido como uma prega peritonial. lábios maiores. em direção à margem do ovário denominada de margem anterior do ovário. com o passar dos anos e dos ciclos passa a apresentar diversas cicatrículas. clitóris. o bulbo não é visualizado externamente. Ele se estende da região lombar. Os ovários são considerados órgãos gametógenos. produtores de gameta. Tanto o ligamento largo como o ligamento suspensor estão relacionados com a função de vascularização e inervação dos ovários. o seu longo eixo laterolateral é o que prevalece. além dos órgãos externos ou extra-pélvicos (não quer dizer que são visualizados externamente. apesar de serem órgãos extra-pélvicos. Somente um terço do clitóris é visualizado externamente.PCI do Sist. resultado das sucessivas ovulações. situado na região superior e lateral do ligamento largo do útero. também auxiliado pelos ligamentos redondos do útero. sendo fixo pelo ligamento largo do útero. contendo novamente vasos e nervos direcionados ao ovário. Daí a inclusão dessas estruturas no sistema endócrino. tem-se primordialmente o ligamento largo do útero. ocupando uma posição superior e lateral do ligamento largo do útero. UFPA .Medicina . vagina. tubas uterinas. Profª Márcia Kronka gestação. contendo vasos e nervos. colocada como uma porção esponjosa com uma grande quantidade de vasos sanguíneos e também sustentando o tecido funcional do ovário. portanto. o ligamento ovárico tem relação com o pólo uterino do ovário. A cortical é mais externa. ou ligamento ovárico ou ligamento útero-ovário. Com relação à drenagem linfática. As veias ováricas drenam para a veia cava inferior. A artéria ovárica e os ramos ováricos da artéria uterina vão atingir os ovários através dos ligamentos suspensor e mesovário. E a inervação.PCI do Sist. estão localizados acima da linha de dor pélvica. Profª Márcia Kronka Quando se fala em ligamento próprio do ovário. Sua função é bastante relacionada à fixação. aonde se estende da porção superior e lateral do útero com direção ao pólo inferior. e outra dita medular. Ele possui um formato de cordão.Medicina . descendendo com os vasos ováricos. como existe uma pequena musculatura envolvida. que é ramo direto a aorta abdominal. e ramos ováricos da artéria uterina. os linfonodos lombares vão estar envolvidos. sendo constituída por um epitélio denominado epitélio ovárico. Os ovários apresentam como irrigação a artéria ovárica. Existem duas porções relacionadas ao ovário: uma é dita cortical. ou também dito uterino do ovário. que é ramo da ilíaca interna. esse relacionamento com vascularização e inervação não se caracteriza como sua função primordial. apresentando também a substância cortical. A simpática vai estar relacionada à artéria e a parassimpática vai estar relacionada ao plexo hipogástrico. fibras de dor aferentes viscerais ascendem retrogradamente com as fibras simpáticas descendentes UFPA . A grande quantidade de vasos sanguíneos está relacionada à produção hormonal. as glândulas endócrinas precisam ter uma vascularização intensa. vai existir uma inervação simpática como parassimpática. Reprodutor. E com relação à drenagem venosa. existe a formação de um plexo (lembrando sempre que as gônadas normalmente se envolvem com uma rede venosa) que não possui um nome próprio (no caso dos testículos. A parte central é chamada de substância medular. Assim. é o plexo pampiniforme) sendo que este plexo se resolve para as veias ováricas. e parcialmente do plexo uterino. Os ovários e as tubas uterinas são intraperitoniais e. “A inervação é parcialmente derivada do plexo ovárico. Enquanto o mesovário tem relacionamento com a margem anterior e o suspensor com o pólo superior. pois como os ovários também fazem parte do sistema endócrino. para que o mensageiro químico possa estar diretamente na corrente sanguínea. lembrando um saco. nós devemos tentar não utilizar a palavra cavidade. a seguir tem-se o istmo. que faz a conexão das tubas com o ovário. Profª Márcia Kronka do plexo ovárico e dos nervos esplâncnicos lombares até os corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos espinais T11 – L1. istmo e a região intra-mural ou uterina. estômago. porque existe um conduto no sentido longitudinal. São consideradas algumas partes da tuba: a primeira é a região infundibular ou simplesmente infundíbulo. A seguir. com luz estreita. ampola. também chamada de ampola da tuba. aonde existe uma terminação com projeções semelhantes a dedos. As tubas uterinas são consideradas órgãos tubulares. a palavra luz é mais utilizada. a tuba uterina recebe um ramo de um dos nervos uterinos.” GRAY O ramo ovárico da artéria uterina é visualizado em uma vista superior. que é aquele que torna o aparelho reprodutor feminino aberto para a cavidade pélvica e também. ou seja. A sua localização se dá fixa à borda superior livre do ligamento largo do útero. As fibras reflexas aferentes viscerais seguem as fibras parassimpáticas retrogradamente através dos plexos uterino (pélvico) e hipogástrico inferior e dos nervos esplâncnicos pélvicos até os corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos espinais. a porção mais estreita e mais irregular e ondulada é a região ampolar. por isso é considerada um órgão gametófaro. Reprodutor. uma passagem como se fosse um cilindro. direita e esquerda. “Os nervos são derivados do plexo hipogástrico ou pélvico e do plexo ovárico. As funções da tuba uterina são: transporte.” MOORE. A palavra intra-mural também é um pouco inespecífica. por outro ponto de vista. e em uma vista inferior a visualização da artéria ovárica é mais fácil. chamadas de fímbrias. Então as partes da tuba uterina são: infundíbulo.: útero. As tubas são pares. em número de dois. deve-se pensar nas tubas uterinas. Dois óstios vão ser caracterizados: um óstio que é dito abdominal. para a cavidade abdominal. Cavidade é usada para estruturas de formação aparentemente sacforme. pois a uretra também tem uma parte intra-mural (que é preferencialmente chamada de pré-prostática). Ex.PCI do Sist. Quando se fala em órgãos gametófaros. sendo que a fímbria mais extensa faz a real captação do óvulo é chamada de fímbria ovárica. que vai terminar em uma porção intra-mural ou uterina. Para tubos e vasos. além do óstio UFPA . todo aquele tipo de organização anatômica em que existe um conduto como uma cavidade. além de normalmente ser a sede da fecundação. que é a porção estreitada. através da mesossalpinge.Medicina . mas sim a palavra luz. depois ela vai para o lado e para cima.Medicina fenômenos constritivos e vasculares relacionados à tuba uterina. Nas tubas. Profª Márcia Kronka uterino da tuba uterina. Logo. e termina com um posicionamento posterior. mas sim com a movimentação. que contém musculatura lisa e vasos em grande quantidade na região do óstio abdominal. As tubas uterinas vão estar relacionadas em termo de irrigação com as artérias ováricas. as pregas não estão relacionadas com a alteração de forma como no esôfago. formando o plexo útero-ovárico.PCI do Sist. Como a região do óstio abdominal apresenta uma grande quantidade de vasos. lateral e superior e posterior. A drenagem venosa vai ocorrer através das veias tubáricas e das veias uterinas. juntamente com a camada mais externa e que nem todos os autores consideram como estrutura da tuba. uma região muscular. Logo. Então existe a possibilidade de ocorrer alteração de forma devido à presença das pregas longitudinais e de correntes líquidas. camada adventícia. As tubas vão ter um direcionamento para fora. Internamente. Então a tuba é anterior. justificada pela camada de músculo liso. a serosa não é propriamente uma parte da tuba. contendo internamente um epitélio ciliado (relacionado a movimento). dando origem a última teoria. que é a serosa ou peritônio. além da artéria uterina própria. a seguir uma submucosa com uma grande quantidade de glândulas que acabam por auxiliar esse fluxo para a captação do óvulo. As tubáricas drenam diretamente para a veia cava inferior e as uterinas primeiro para a veia ilíaca interna. As camadas com relação às tubas são: mais internamente a mucosa. para trás. que vem da artéria ilíaca interna. na luz da tuba. que é externa e auxilia na fixação da tuba. esses vasos podem sofre vasodilatação e vaso constrição. Reprodutor. originadas da aorta. que na verdade seriam a expulsão e condução. e através de movimentos ciliares provocar a movimentação de líquidos. devido a grande quantidade de glândulas que conseguem produzir. as tubas começam anteriormente. É como se ocorresse um fechamento para ocorrer . que são chamadas pregas tubáricas. Os linfonodos com relação à drenagem linfática são os linfonodos ováricos. vão existir diversas pregas na camada mais interna. Uma das teorias para captação e movimentação o óvulo no interior da tuba se refere à contração muscular. “Os vasos linfáticos do ovário unem-se àqueles das tubas uterinas e do fundo do útero e seguem os vasos sanguíneos ováricos enquanto UFPA . um pouco para cima. vão ser determinados os fórnices anterior e posterior. e a porção entre o istmo e não-projetada é a extravaginal. que é a porção que vai estar ligada à vagina. Profª Márcia Kronka ascendem até os linfonodos lombares direitos e esquerdos. além de apresentar três óstios: dois são superiores e lateralmente colocados. além de ser um órgão cavitário. a porção superior a este plano é o fundo do útero). “Os linfáticos drenam parcialmente para os vasos uterinos e parcialmente para os ováricos. camada de istmo. piriforme no caso. Pelo envolvimento do canal vaginal ao colo. O útero apresenta a face intestinal. A sua forma lembra a forma de uma pêra. apresenta também um fundo.PCI do Sist. Ele vai estar localizado de uma forma aproximadamente mediana. Na projeção do colo para o canal vaginal. que vai se comunicar de forma superior e lateral com as tubas. O útero vai apresentar de forma predominante um corpo. que está inferior ao corpo e que vai continuar através do colo ou cervix. pois irá precisar modificar drasticamente a sua forma. e outro inferior e mediano. essencialmente muscular. que são os óstios uterinos das tubas. vão ser formadas dobras no canal. que é a porção mais superior (chegaram as tubas ao útero.” GRAY. sendo a porção que se projeta denominada vaginal. Os nervos são derivados dos plexos simpático pélvico e parassimpático sacral. posterior e lateral. borda esquerda borda superior ou fundo. Essas dobras dão a volta em torno do colo. apresentando uma porção dita supra-vaginal ou extra-vaginal e uma porção simplesmente vaginal ou intra-vaginal. logo são anterior. passamos um plano na linha dos óstios. Essa dobra é chamada de fórnice. voltada para o reto. UFPA . englobando essa porção do colo. considerado o óstio uterino. Reprodutor.Medicina . São definidas três bordas: borda direita. existe também uma porção estreitada. O útero também é considerado uma estrutura intra-pélvica. pois na maioria da população ele apresenta-se normalmente destro-posicionado.” MOORE. a face vesical é anterior e voltada para a bexiga. Está também localizado posteriormente à bexiga e anteriormente a reto. Normalmente há um deslocamento do óstio uterino para a porção posterior. levemente deslocado para a direita. O fórnice posterior apresenta uma extensão maior do que o posterior. O colo se projeta para dentro do canal vaginal. São nessas duas dobras que as lâminas do espéculo se alojam no exame do colo uterino. e a depender do lado que existir a flexão. porque ele “é preso à parte superior da borda lateral do útero logo abaixo e ventralmente ao istmo da tuba uterina” GRAY. Quando este ângulo estiver voltado para trás. Considerando a parte de flexão. Quando se considera o eixo do corpo do útero com relação ao eixo do colo do útero. que possui uma projeção lateral. chamada vesical. O ligamento largo do útero – a prega peritonial – divida a região da pelve (também chamada de pequena pelve) em duas regiões: uma anterior. “O ligamento útero-ovárico fixa-se ao útero póstero-inferior à junção uterotubária. quando ocorrer um ângulo agudo voltado à frente fala-se em ante-flexão. fala-se em retro-flexão. fixa-se às paredes laterais pélvica e define duas escavações.PCI do Sist. Ele é considerado uma prega peritonial que recobre o fundo e parte do corpo uterino. uma relacionada a útero e outra relacionada a bexiga. com direção aos lábios maiores e aos tubérculos púbicos. O ligamento redondo é um ligamento peculiar porque além de apresentar musculatura lisa. ele contém musculatura estriada. flexão e condição. Quando se considera o eixo do corpo do útero com o eixo do canal vaginal. UFPA . e outra posterior. pode ter variações com relação à versão. Lembrando: normalmente o útero vai estar repousando sobre a bexiga. Revisando: na margem superior livre do ligamento largo do útero ocorre a fixação da tuba e por isso vai ser chamada de mesossalpinge. podendo ainda apresentar variações como destro e sinistro-versão (com posicionamento para a direita ou esquerda). Assim. que é o mesométrio propriamente dito. com o fundo voltado à frente e o colo voltado para trás. Daí a importância desse ligamento em torno do útero. Ele apresenta uma extensão razoável. Curiosidades – o útero. uma posterior e outra anterior. em o que se chama de ante-flexão. a porção do ligamento largo do útero que fica acima da inserção do mesovário é chamada mesossalpinge. se considera a versão. A retro-versão vai ser o contrário. pois ele tem explicitamente uma ligação óssea. O ligamento redondo do útero fixa-se antero-inferiormente a essa junção” MOORE. com relação à posição e situação. intestinal. nas proximidades do ligamento ovárico.Medicina . se considera flexão. Por fim o ligamento largo do útero. Reprodutor. vai se colocar como destro ou sinistroflexão. Profª Márcia Kronka São conceituados aqueles ligamentos do útero que vão estabelecer a conexão entre o útero e estruturas ou regiões vizinhas. Existe a definição do que fica abaixo do mesovário. Novamente. apresentando uma luz. o que faz a conexão é o canal vaginal. identificando a divisão em brônquio principal direito e esquerdo). O fórnice ou fundo é considerado a extremidade superior. envolvendo. que é ramo da artéria ilíaca interna. hipogástricos e inguinais. relacionada à fixação e recobrimento. colunas e pregas. que é o miométrio. A vagina é o último órgão intra-pélvico relacionado ao sistema reprodutor feminino. e aquela que é mais externa. Tem-se em vagina: fórnice. posterior e duas laterais – denominadas de colunas das rugas. A drenagem é feita pelos linfonodos lombares. óstio conectado UFPA . pois é relacionado ao peritônio. com musculatura lisa. relacionado ou não à presença de hímen ou os seus resquícios que são as ditas carúnculas himenais. uma dobra por todo o diâmetro da porção vaginal do colo uterino. Carina é normalmente uma saliência na superfície interna de algum órgão tubular (essa estrutura também existe na traquéia. fazendo uma bainha. aquela que é mais muscular. A drenagem vai ser feitas por veias que vão em direção à veia ilíaca interna e com anastomose importante com o plexo retal. anterior e posterior. chamada de perimétrio.Medicina . que é a mais interna. além da expulsão natural para o feto. O canal vaginal vai apresentar 4 saliências longitudinais – uma anterior. O óstio da vagina é aquele da abertura externa. É considerada mediana. Profª Márcia Kronka As camadas da parede uterina são: endométrio. relacionadas ao plexo úterovaginal. Então tem-se como extremidade inferior e contrapondo o fórnice. existe um relevo inferior identificado como carina uretral da vagina. A localização é dada como seguindo-se ao colo uterino. Ela é definida como um órgão tubular. juntamente com uretra. As funções da vagina inclui: órgão de cópula. o óstio da vagina. Reprodutor. A anatomia da vagina é comporta pelo fórnice e óstio. aonde existirá um envolvimento tanto muscular como membranoso.PCI do Sist. fora a conceituação de carinas. Ela se abre em uma área chamada vestíbulo vaginal. aonde vão ser definidos fórnices ou fundo laterais. O útero vai estar irrigado através da artéria uterina. E nesse percurso. Na vagina existe a relação da coluna anterior com a abertura uretral. há inervação tanto simpática como parassimpática. atravessando o assoalho da pelve. Especificamente na coluna anterior. que se abre no vestíbulo. Elas vão estar atravessadas por uma série de rugas transversais. vagina e reto. órgão para escoamento sanguíneo mensal como das secreções uterinas. que continuam posteriormente ao monte púbico.PCI do Sist. ou seja.Medicina . e dentro do canal existem as saliências longitudinais e as saliências transversais. que é considerado como uma elevação mediana. Profª Márcia Kronka pelo canal. inguinais e ano-retais. Apresentam-se. vão se abrir as glândulas vestibulares. da mesma forma. vão se apresentar alopércicos. e contendo pêlos a partir da puberdade. que no momento da aproximação dos lábios maiores define uma fenda. úmida e avermelhada. Se for de forma medial aos pequenos lábios. colunas e rugas. serão as glândulas vestibulares maiores. A inervação (não esquecer que esse tipo de inervação. Também conterão o óstio externo da uretra. de forma diferente dos grandes lábios. ramo da ilíaca interna. com uma pele lisa. Comissuras são estruturas caracteristicamente dos lábios UFPA . A drenagem é feita primeiro por um plexo. Essas duas pregas vão definir lateralmente um sulco. e vão delimitar internamente o vestíbulo. vai envolver inervação simpática e parassimpática) é feita pelo plexo útero-vaginal. Essas pregas salientes e alongadas também vão conter um coxim gorduroso. Contém internamente um coxim gorduroso. denominado genito-femoral. A vagina será irrigada pela artéria vaginal. que é a abertura contida entre os pequenos lábios. Com relação aos órgãos ditos extra-pélvicos. Os lábios maiores são duas grossas pregas ou saliências laterais. recoberto por uma pele hiper pigmentada. ou seja. denominadas comissuras labiais do pudendo. recobertos por uma pele hiper pigmentada e contendo pêlos. Nesse vestíbulo. sem pêlos. Os lábios menores vão se apresentar de forma bifurcada com relação “as suas comissuras”. tecido adiposo. anterior à sínfise púbica. Anteriormente e posteriormente os grandes lábios se unem através de comissuras. A drenagem linfática vai envolver 3 modalidades de linfonodos: linfonodos pélvicos. para fora do períneo. O vestíbulo da vagina vai estar contido no perímetro dos pequenos lábios. Os lábios menores são pregas reduzidas com relação aos lábios maiores. óstio da vagina com hímem ou carúnculas himenais. e então pela veia vaginal. por ser um constituinte muscular e constituinte vascular. Reprodutor. contém tecido adiposo. que internamente ou medialmente vai existir o sulco dito inter-labial. se for no teto do vestíbulo vão ser as glândulas vestibulares menores. são identificados: monte púbico ou monte pubiano. uma fissura que é denominada rima do pudendo. sendo que os pequenos lábios. corpo. A extremidade posterior dos lábios menores vão se unir “como comissuras”. e a abertura de seus ductos se dá no teto do vestíbulo. mas precisamente na porção medial dos pequenos lábios. As glândulas vestibulares menores são em diversos números. Os lábios menores. estando associado às glândulas vestibulares maiores. se bifurcam em duas lâminas: as laterias vão se unir e formar o prepúcio e as mediais se unem e formam o freio. é mais densa. Entre óstio da vagina e “comissura”dos lábios menores. Também é uma estrutura erétil. e separando o frênulo da região do hímen. Profª Márcia Kronka maiores. O bulbo também é considerado como uma estrutura do pudendo feminino. existe uma pequena fossa chamada fossa do vestíbulo da vagina. Os ramos do clitóris é que formam essa união a ísquio e pube. No clitóris. envolvendo as tuberosidades do ísquio UFPA . vai existir uma pequena depressão chamada fossa do vestíbulo da vagina. Maiores vão ser em número de duas. a única porção visível externamente é a sua glande. Novamente: Entre os lábios menores existe uma área denominada vestíbulo. Sua secreção é mucosa. Reprodutor. O bulbo do vestíbulo é homólogo ao corpo esponjoso. Ocupa a margem inferior da arcada pubiana. e a sua disposição anatômica é bilateralmente ao óstio da vagina. não são passíveis de dissecação anatômica. a extremidade anterior de cada lábio menor divide-se em duas lâminas – as duas lâminas laterais unem-se para formar o prepúcio da glande do clitóris. mas na realidade está caracterizado como frênulo dos lábios menores. mas não é visualizado externamente.Medicina . Posteriormente. é uma estrutura passível de alteração de volume em função da irrigação. Elas são análogas às glândulas bulbouretrais. as extremidades vão acabar por formar o frênulo. As glândulas vestibulares vão estar distribuídas em dois conjuntos – uma maior e outro menor. anteriormente. e a união a ísquio e pube. tanto que vão apresentar glande. Ele envolve a abertura do óstio da vagina. sendo homólogo aos corpos cavernosos do pênis. que é mais aquosa. diferente de uma secreção serosa.PCI do Sist. O clitóris é considerado uma estrutura erétil. abrindo seus ductos no vestíbulo vaginal. O períneo é colocado como um conjunto de partes moles que não obliteram. são microscópicas. mas nos lábios menores. as duas lâminas mediais se unem para formar o freio do clitóris (preferencialmente a palavra frênulo). somente fazem o fechamento inferior da pelve dita óssea. O períneo apresenta uma porção que é essencialmente muscular. que tem como partes as pregas. O períneo não é somente a abertura do sistema genital feminino. No caso do masculino. mas também do urinário e digestivo. o períneo na sua porção muscular a porção íleococcígea. Reprodutor. Então bilateralmente. é sustentar as vísceras que estão alojadas nessa região. bulbococígea e bulboretal – essas são as 3 partes do músculo levantador do ânus. que são bilaterais. A mais superior é a íleococcígea. a perfuração se dá por parte da uretra membranosa. juntamente com o ligamento largo do útero. Tem-se então a definição do períneo em 2 triângulos: um urogenital e outro anal. além da perfuração originada do final do sistema digestório. existe a fixação pelo músculo ísquio-cavernoso. A função. a tuberosidade isquiática e cóccix – são as estruturas que fecham o quadrilátero do períneo. Com relação a clitóris. que é a membrana perineal.PCI do Sist.Medicina . Essa porção muscular é representada pelo músculo levantador do ânus. Forma-se um quadrilátero: a margem inferior da arcada. e com relação ao bulbo. a média é a bulbococcígea e a mais inferior é a bulboretal. E aquelas estruturas que foram consideradas extra-pélvicas estão justamente em função desta membrana que coloca o limite inferior do próprio períneo. UFPA . Profª Márcia Kronka fechadas com o ápice do cóccix. a fixação é feita pelo músculo bulbo-esponjoso. e uma porção que apresenta uma dupla camada de membrana envolvendo uma pequena porção gordurosa. Esses músculos fazem com que essas estruturas sejam homólogas no aparelho reprodutor masculino.
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