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March 25, 2018 | Author: koxambrete | Category: Twitter, Metrology, Industries, Logistics, Marketing


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Revista Analytica• Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Analytica A revista da instrumentação e controle de qualidade www.revistaanalytica.com.br 04 Em meio a tantas leis, resoluções e portarias que surgem a cada instante, é imprescindível que as indústrias mantenham a área jurídica em dia. Assim, a partir dessa edição, traremos na seção Analytica Legal, a palavra de especialistas da área fornecendo orientações jurídicas. Nessa primeira edição, a advogada especializada em Direito Ambiental, Teodora Tavares, fala sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados pelos laboratórios de análises industriais diante da atual política nacional referente ao assunto. Confra. Antiga parceira da Revista Analytica, a Tedia Brazil ocupa pela segunda vez a nossa Capa, dessa vez para mostrar a nova fase em que se encontra, após total reformulação.Da identidade visual às diretrizes corporativas, a empresa conta como foi esse processo e os objetivos e aspira- ções da equipe a partir de agora. Saiba mais na matéria da Capa Nos próximos meses, a Revista Analytica estará presente em diversos eventos pertinentes às suas áreas de atuação, levando novidades aos visitantes e interagindo com o público especiali- zado. Em maio, durante os dias 24 e 26, acontecerá a FCE Pharma e FCE Cosmetique, em São Paulo. Convidamos todos para uma visita em nosso estande e a aproveitar as promoções exclu- sivas. Para anotar na agenda! Outros eventos e cursos também estão na Agenda da edição. Além da presença em diversas feiras e eventos, a Analytica também tem acompanhado a evo- lução e diversifcação dos meios de comunicação. Assim, para acompanhá-los e, acima de tudo, estreitar as relações com leitores e parceiros, a revista também está com seus perfs nas redes sociais Twitter (@RevAnalytica) e Facebook(/RevistaAnalytica). Acompanhe-nos e fque por dentro rapidamente das novidades do universo das análises industriais, curiosidades e peculiaridades do mundo científco. Boa leitura! Os editores Diretor Executivo: Sylvain Kernbaum (11) 8357-9857 ([email protected]) skype: sylvain.r.a.kernbaum Editora: Milena Tutumi (Mtb 32.115) ([email protected]) skype: milena.tutumi Gerente Comercial: Clarisse Kramer Homerich (11) 8357-9849 Contato Publicitário: Daniele Nogueira (11) 8140-8900 ([email protected]) skype: daniele_001 Secretaria Publicidade/Redação: Luiza Salomão ([email protected]) skype: luizasalomao Departamento de Assinaturas: Daniela Faria ([email protected]) skype: daniela_eskalab Conselho Editorial: Carla Utescher, Pesquisadora Científca e Chefe da Seção de Controle Microbiológico do Serviço de Controle de Qualidade do I.Butantan - Cheila Gonçalvez Mothé, Profª. Titular da Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Prof. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de Cromatografa (CROMA) do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA/Unicamp - Joaquim de Araújo Nóbrega, Depto. de Química da Universidade Federal de São Carlos - Marcos Eberlin, Prof. de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas e Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Científca do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S.Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Marina Tavares, Profª. do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley Abrantes, Pesquisadora Titular em Saúde Pública do INCQS da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldino Dantas, Diretor Presidente da OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação Brasileira de Agribusiness Colaboraram nesta edição: Alda M. M. B. Otoboni, Ana Cristina Monteiro Bernardes, Antonio Rogério Fiorucci, Claudia Dorta, Cleidiane Samara Murari, Danilo Vidotti, Denise Bassana Dias, Edemar Benedetti Filho, Etenaldo Felipe Santiago, Scheilla Vitorino C. de Souza, Teodora Tavares Impressão: Prol Gráfca Editoração: Omar Salomão – (11) 9501-1145 Filiada à Anatec ANO IX - Nº 51 (Fev/Mar 2011) Redação e administração: Av. Paulista, 2.073 Ed. Horsa I - cj. 2.315 CEP: 01311-940. São Paulo. SP Fone: (11) 3171-2190 C.G.C.: 74.310.962/0001-83 Insc. Est.: 113.931.870.114 ISSN 1677-3055 A Revista Analytica é uma publicação bimes- tral da ESKALAB, com distribuição dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qua- lidade dos setores farmacêutico, alimentí- cio, químico, ambiental, mineração, médico, cosmético, petroquímico e tintas. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamen- te, a opinião da revista. Edi tori al Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 04 Editorial/Expediente 08 Microbiologia em Foco: Uso de Conservantes em Produtos Farmacêuticos 10 Notícias 18 Capa: tedia Brazil 22 Em Foco 42 Analytica Legal: A Política Nacional de Resíduos Sólidos e suas Implicações para os Laboratórios de Análises Industriais ARTIGOS 44 Extração e Detecção de Cloroflas através de Análise por Injeção em Fluxo: Edemar Benedetti Filho, Antonio Rogério Fiorucci, Denise Bassana Dias e Etenaldo Felipe Santiago 48 Emprego do Soro de Leite Bovino e Bubalino para Produção de Biomassa pela Levedura Kluyveromyces marxianus 229: Cleidiane Samara Murari, Danilo Vidotti, Claudia Dorta e Alda M. M. B. Otoboni 66 Análise Comparativa do Guia para Validação de Métodos Analíticos Proposto pela Anvisa (Re No 899 De 2003) com o Documento Orientativo do Inmetro e o Protocolo Internacional Harmonizado pela AOAC Internacional, Iso e IuPAC: Ana Cristina Monteiro Bernardes e Scheilla Vitorino C. de Souza 78 Estudo de Caso: Determinação do Índice de Acidez em E85 Bioetanol Baseado na AStM D1613-06 80 Livraria 81 Agenda 82 Anunciantes Fale com a gente Se você quer fazer comentários, sugestões, críticas ou tiver dúvidas, entre em contato com a gente. Fone/Fax: (11) 3171-2190, de 2ª a 6ª feira, das 9h às 12h e das 14 às 18h. Cartas: Av. Paulista, 2.073 Edifício Horsa I – 23ºA – cj. 2.315 CEP 01311-940. São Paulo. SP. E-mail: [email protected] Home page: www.revistaanalytica.com.br Novas Assinaturas, Renovação, Alteração de Endereço e Dúvidas sobre sua Assinatura Fone: (11) 3171-2190, com Daniela Faria, de 2ª a 6ª feira, das 10h às 12h e das 14h às 18h. E-mail: [email protected] Edições Anteriores Solicite ao Departamento de Assinatura. O valor cobrado será o mesmo da última edição em vigor. Fone: (11) 3171-2190, com Daniela Faria, ou e-mail [email protected] Para Anunciar Fone: (11) 3171-2190, fale com Daniele Nogueira, ou envie um e-mail para [email protected] www.twitter.com/RevAnalytica 06 Sumári o Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 07 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 microbiologia em foco A contaminação microbiana dos produtos farma- cêuticos é causa de inúmeros problemas e perdas para o consumidor e a própria indústria com consequências para a saúde publica. A contaminação pode resultar em perda de potên- cia do produto, bem como a deterioração com altera- ções de aspecto, sabor e odor. Produtos estéreis de uso único ou de múltiplas doses necessitam da adição de substâncias conservantes com o objetivo de prote- ger o produto, impedindo ou retardando a entrada de micro-organismos contaminantes do produto. A sua função é reduzir ou manter o número de mi- cro-organismos contaminantes para um número con- siderado seguro para o consumidor e estável ate o fim da data de validade do produto. USO DE CONSERVANTES EM PRODUTOS FARMACÊUTICOS Com relação aos produtos que sofrem uma este- rilização terminal, somente estes necessitam da adi- ção de conservantes quando indicados como de uso múltiplo. Como se sabe, os conservantes são necessários para manter a integridade do produto sem alterar as suas características, devem possuir bom espectro de ação antimicrobiano, serem estáveis quimicamente e atóxicos e solúveis nos veículos que se fizerem neces- sários, além de não alterar o sabor do produto, caso sejam orais, não provocar reações de hipersensibilida- de. Deve ser possível também a inativação ou neutrali- zação da atividade antimicrobiana; quando necessário, testar a sua esterilidade ou durante a realização dos testes de desafio microbiano dos conservantes. Abaixo, uma tabela com os conservantes mais comumente utilizados pela indústria. conservante vantagens desvantagens aplicações Ácidos orgânicos - parabenos, ácido sórbico, ácido benzoico Apresenta atividade contra bactérias e fungos pH dependente Formulações de uso oral e tópico Alcoóis –etílico, isopropílico clorobutanol bronopol Apresenta amplo espectro de ação contra bactérias e fungos Baixa penetrabilidade em material orgânicos, voláteis Uso em injetáveis, colírios Biguanidas – clorhexidina, biguanida Apresenta boa atividade contra bactérias Gram positivas Insolúveis em água, são inativados por matéria orgânica, possuem atividade antifúngica limitada Produtos oftálmicos e para esterilização de lentes de contato Halogênios – hipoclorito, ovidona-iodo, clorofórmio Apresentam amplo espectro de atividade contra bactérias, fungos e vírus São instáveis, corrosivos e são inativados por material orgânico Uso limitado Mercuriais orgânicos- mercúrio, prata- Timerosal e acetato de fenil mercúrio Apresentam amplo espectro de atividade Baixa atividade em material orgânico Colírios e lentes de contato Fenólicos-cresol, cloro- cresol, bisfenol Boa atividade contra bactérias Gram positivas e fungos Pouco solúvel em água, Ph dependente Utilização em cremes Compostos quaternários de amônio- cloreto de benzalcônio, cetrimida Espectro de aço baixo, bactérias Gram positivas Baixa atividade em pH ácido, Uso em colírios e cremes e pomadas BCQ Consultoria e Qualidade: (11) 5539-6710 www.bcq.com.br 08 9 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 notícias 10 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Eurofarma adquire laboratórios chilenos Volta S.A. e Farmindustria S.A. A Eurofarma, indústria farma- cêutica brasileira, anunciou em dezembro passado a compra de mais uma empresa latino-ameri- cana – a terceira aquisição inter- nacional em cerca de dois anos. Desta vez a operação aconte- ceu no Chile, com o Laboratório Volta S.A. e a Farmindustria S.A. Presente no mercado há 60 anos, o Laboratório Volta atua com foco nas áreas de Prescrição Médica, Genéricos e produtos hospita- lares, enquanto a Farmindustria atua na fabricação para terceiros. As aquisições da Volta e da Farmindustria representam um avanço no processo de interna- cionalização da Eurofarma. “O mercado chileno é o sexto mais importante mercado farma- cêutico na América Latina, repre- sentando cerca de 3% do total, com vendas superiores a US$ 1 bilhão. Dentro da estratégia da Eurofarma, de cobrir 90% do mercado latino-americano com operação própria, o Chile tem um papel importante na consolidação desta visão”, afrma a diretora da área de Sustentabilidade & Novos Negócios da Eurofarma, Maria Del Pilar Muñoz. Com a negociação, feita inte- gralmente com capital próprio, a Eurofarma passou a ter 60% de participação do laboratório chile- no. O negócio engloba duas em- presas que pertencem ao mesmo grupo e que conta com moder- na infraestrutura tecnológica de produção. 12º Congresso Internacional de Tintas: inscrições vão até 31 de maio Com destaque para as mais recentes pesquisas e inovações relacionadas a processos, produ- tos, matérias-primas, aplicações, tecnologias, cuidados ambientais, entre outros, o 12º Congresso Internacional de Tintas acontecerá de 21 a 23 de novembro, dentro da ABRAFATI 2011. Se você tem interesse em fazer parte de tudo isso, o comitê cientí- fco receberá os resumos dos tra- balhos até 31 de maio, por meio do site: www.abrafati2011.com.br O documento deve ter entre 20 e 30 linhas, em português, inglês ou espanhol, contendo título do traba- lho, nome do autor (e coautores), nome do apresentador do trabalho e conteúdo básico resumido. A Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP criou um método efcaz de identifcação e classifcação de castanhas do Brasil, conhecida como castanha-do-pará. O método utiliza um equipamento capaz de identifcar amêndoas (termo botânico para a semente da castanha) quebradas e intactas, além de distinguir de qual região provém a castanha. O pesquisador Raphael Gava de Andrade, autor do estudo que desenvolveu o equipamento, oferece vantagens como: modo higiênico de seleção de castanhas, faz uma análise mais produtiva e concisa e tem baixo custo. Neste aspecto, Andrade estima que o valor do equipamento não passe dos R$ 2.000,00 para reprodução. Segundo o pesquisador, boa parte das empresas do ramo no país ainda faz manualmente o processo de identifcação. “Hoje existe um processo muito arcaico de seleção e quebra de castanhas. Com isso, há perdas numéricas, problemas de higiene e outros empecilhos. Pode-se dizer que no método manual há em torno de 15% de margem de erro na seleção das castanhas”, comenta. Além disso, o pesquisador enfatiza que a margem de erro no modo manual pode ser maior, se considerar as variações da condição humana, como cansaço, o que não acontece com as máquinas. Na pesquisa, em compensação, o seu método com o equipamento conseguiu distinguir corretamente 95,7% das amêndoas (entre quebradas e intactas) Equipamento aumenta efciência na classifcação de castanhas Câmera envia imagens para o software do computador Quanto à identifcação da origem das castanhas, o equipamento teve acerto de 84%. Andrade lembra que ainda não há sistema de ras- treamento da origem delas e explica que a identifcação valoriza o pro- duto na hora de exportá-lo. O estudo é fruto da dissertação de mestrado de Andrade para a EESC, com a orientação do professor Valentin Obac Roda. O equipa- mento criado para o processo de identifcação é composto por uma câmera de vídeo digital ligada a uma placa de captura de vídeo e um computador, uma esteira por onde passam as castanhas e um sistema de iluminação ambiente. No momento, a empresa está elaborando uma versão mais ro- busta do equipamento para uso industrial. Informações pelo e-mail: [email protected] D i v u l g a ç ã o 11 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) inaugurou em 16 de dezembro seu novo Laboratório de Metrologia de Vazão de Óleo, vinculado ao- Centro de Metrologia de Fluidos (CMF) do Instituto. Para a sua construção, o laboratório re- cebeu investimento total de R$ 6,7 milhões, provenientes da Petrobras, por meio de proje- to da Rede de Metrologia; da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo; e da FINEP, ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia. Instalado em uma edificação de 750 m² dentro do campus do IPT na Cidade Universitária, o laboratório foi projetado e cons- truído com a finalidade principal de atender às necessidades da indústria nacional do petróleo e dos órgãos reguladores do se- tor na realização de calibrações, testes, ensaios comparativos, pesquisas e desenvolvimentos em diferentes tipos e modelos de medidores e componentes de sistemas de medição de vazão de óleo e de derivados. A instalação laboratorial tem a capacidade de atingir vazões de até 1000 m³/h e, por meio da utilização de um padrão gravimé- trico de referência e de padrões de trabalho em linha, pode forne- cer baixas incertezas na medição de volumes de produtos. O laboratório é complementa- do por uma unidade móvel com- posta de um provador padrão, calibrado por meio dos padrões do laboratório, transportado em carreta especial e que possibi- lita realizar testes e calibrações de medidores de vazão com os fluidos reais de processo e nos próprios locais de operação. O laboratório será fundamen- tal para a indústria nacional do petróleo uma vez que as medi- ções de volumes de produtos são a base quantitativa para a contabilização das receitas, cus- tos e lucros das empresas do setor. Será também importan- te na garantia da exatidão das medições fiscais realizadas so- bre a produção do petróleo em território nacional e utilizadas na contabilização dosroyaltiese das participações especiais, além de proporcionar confiabilidade nas atividades de tributação realiza- das em todas as etapas do pro- cesso de produção, transporte, refino e distribuição do petróleo e seus derivados. Na mesma data, o IPT tam- bém deu início às obras civis de seu novo prédio de Ensaios de Estruturas Pesadas, que irá atu- ar no suporte técnico, principal- mente à Petrobras, para a explo- ração e produção de petróleo do pré-sal. O laboratório realizará ensaios estáticos e dinâmicos de fadiga de longa duração em estruturas e equipamentos de grande porte, que são aplicados em elementos de ancoragem de plataformas offshore, risers, um- bilicais, dutos flexíveis e rígidos, entre outros. O prédio de bionanomanufa- turatambém iniciou suas obras civis para oferecer o mais mo- derno centro de pesquisas dessa área no país. Com investimento de R$ 46 milhões, o prédio, de oito mil m² será destinado ao es- tudo de biotecnologia (desenvol- vimento com organismos vivos), tecnologia de partículas (micro- encapsulação de componentes químicos e terapia medicinal, como em cosméticos), micro- manufatura de equipamentos e metrologia. IPT em processo de ampliação de serviços notícias 12 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 FCFRP produz patente com o antimicrobiano alecrim pimenta O alecrim pimenta (Lippiasidoides) é uma planta muito usada pela medicina po- pular como antimicrobiano e an- tifúngico e que já foi tema de di- versas pesquisas científcas que comprovaram suas propriedades benéfcas. Toda essa “riqueza na- tural” acaba de ser alvo de uma patente na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP. Pesquisadores do Laboratório de Pesquisa & Desenvolvimento em Processos Farmacêuticos (LAPROFAR) pa- tentearam dois produtos a base de alecrim pimenta obtidos a par- tir do encapsulamento do óleo essencial da planta em micropar- tículas. Um dos produtos poderá ser usado em formulações de me- dicamentos e cosméticos, e o ou- tro, na conservação de alimentos processados. O trabalho foi realizado pela farmacêutica Luciana Pinto Fernandes. Ela explica que os dois produtos são apresentados em forma de pó – as micropartí- culas são visíveis apenas pelo mi- croscópio eletrônico. “A diferença entre eles é a maneira como foram obtidos e o direcionamento de uso dado a cada um, devido aos custos dos processos de obten- ção”, conta a pesquisadora, que estudou o alecrim pimenta duran- te seu doutorado, apresentado em janeiro de 2009 sob a orien- tação do professor Wanderley Pereira de Oliveira, coordenador do LAPROFAR. Os dois produtos foram pro- duzidos através da técnica de secagem por atomização (spray drying), experimentando-se um processo de encapsulamento fí- sico e outro químico, sendo que o primeiro apresentou um custo inferior. A patente abrange ainda um terceiro produto, ainda mais bara- to que os dois anteriores, obtido a partir do extrato hidroalcoólico das folhas da planta. O próximo passo da pes- quisa é testar as aplicações dos produtos. De acordo com a far- macêutica, alguns testes já fo- ram realizados na FCFRP, entre eles o do estudo envolvendo a conservação do peixe contra a Listeriamonocytogenes. Mas há outros que ainda estão em anda- mento como: análises sensoriais de alimentos submetidos aos dois produtos como conservantes, e o desenvolvimento e avaliação da efcácia de cremes dentais con- tendo formulações a base de ale- crim pimenta. Para saber mais sobre a pes- quisa, contatar a pesquisadora Luciana Pinto Fernandes no e-mail: [email protected] Agência USP Pesquisadora do ITAL é reeleita presidente da SBCTA A pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL/ SAA), Jane Gonçalves Menegaldo, foi reeleita presidente para o bi- ênio 2011/2012 da Sociedade Brasileira de Ciência e Tencologia de Alimentos (SBCTA),tradicional entidade do setor que tem como uma de suas fnalidades a promo- ção e estímulo a geração de co- nhecimentos na área de ciência e tecnologia de alimentos no país. Com um time formado por 17 novos diretores, entre os quais os pesquisadores do ITAL,Paulo Eduardo da Rocha Tavares e Valdecir Luccas, e também a pesquisadora Regina Kitagawa Grizotto, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), a presidente explica que essa nova gestão irá buscar maior interação com a indústria de ali- mentos. “A gestão passada teve um forte viés acadêmico, priori- zando o contato e os trabalhos com as universidades e institutos de pesquisa. Agora, queremos resgatar um dos fundamentos da SBCTA e consolidar o nosso tra- balho interagindo também com a indústria”, explica Jane. Ela enfatiza que a nova gestão da SBCTA, que busca a interação com a indústria, será muito bené- fca para o ITAL, já que o Instituto presta serviços e desenvolve pes- quisas para esse setor. “Será um momento importante para o ITAL, que poderá consolidar ainda mais seu nome entre as indústrias e instituições. A minha missão, como funcionária do ITAL, tam- bém é enaltecer o nome do ITAL e engajá-lo em todo o trabalho da SBCTA”, explica. Um dos grandes desafos des- sa gestão será a realização do XVI Congresso Mundial de Ciência de Alimentos, que acontecerá em Salvador (BA), em 2012. Pela pri- meira vez o evento será realizado em um país da América Latina, e terá em conjunto a realização do XIII Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos e XVII Seminário Latino-americano de Ciência e Tecnologia de Alimentos,com expectativa de pú- blico de mais de 4 mil pessoas. A SBCTA tem grande interli- gação com o ITAL, já que ambas as Instituições têm como funda- dor o pesquisador e professor André Tosello, também criador da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp. As três Instituições são peças importan- tes da história da expansão da indústria alimentícia no Brasil. 13 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Abiquim tem nova gerente na área de comércio exterior A engenheira Denise Mazzaro Naranjo passou a coordenar, a partir de 3 de janeiro, a área de Assuntos de Comércio Exterior da entidade. Ela é forma- da em engenharia química pela Fundação Armando Álvares Penteado, com pós-graduação em Economia Internacional e em Gestão Empresarial para a Indústria Química. Denise trabalha na Abiquim há 24 anos como assessora de Comércio Exterior. Denise sucederá o economista Renato Endres, que ingressou na Abiquim em 1969 e coordenou a área de Comércio Exterior da entidade por 22 anos. Endres continuará colaborando com a Abiquim como consultor. Uma área de 80 mil m² abrigará uma planta-piloto que desenvolverá a tecno- logia de gaseifcação do bagaço de cana-de-açúcar com diferentes maté- rias-primas, como a palha de milho e o carvão. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo anunciou a aprovação da primeira fase do projeto do Centro de Desenvolvimento de Gaseifcação de Biomassa (CDGB) no futuro Parque Tecnológico de Piracicaba, localizado a 162 km da capital. A gaseifcação é vista como uma ferramenta de mitigação de emissão de gases de efeito estufa. O gás de síntese do bagaço de cana será avaliado em três aplicações: para a geração de energia elétrica, produção de biocom- bustível líquido e como precursor de biopolímeros, os chamados monômeros do plástico. A atual fase do projeto está voltada para a produção do gás. Para os primeiros cinco anos está prevista a produção de 500 kg/hora de gás de biomassa. Além do bagaço, outras matérias-primas de biomassa serão pes- quisadas. E, durante os três anos de operação da planta, deverão ser pro- cessadas três mil toneladas de biomassa. Atualmente, o bagaço é usado para a produção de energia, mas seu rendimento energético é de 20%. No novo processo, o rendimento poderá dobrar, chegando a 40%. O grupo que apoia o projeto é composto por quatro empresas - Oxiteno, Petrobras, Brasken e Cosan - e quatro instituições - Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP) e IPT. Cada empresa parceira deverá contribuir com R$ 2 milhões durante a exe- cução do projeto. O IPT, junto com o CTC e o CTBE, está articulando um consórcio com empresas públicas e privadas, além de institutos e universidades do Brasil e do exterior. A Esalq e a cidade de Piracicaba, uma das maiores pro- dutoras de cana-de-açúcar no Brasil, contribuem com a infraes- trutura necessária para a instala- ção da planta piloto. Do IPT Piracicaba terá Centro de Gaseifcação de biomassa notícias 14 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Novozymes cresce no mercado de produtos agrobiolólogicos A dinamarquesa Novozymes anunciou a aquisição da EMD/ Merck CropBioscience, da Merck KGaA em negócio que comple- menta os seus mercados e produ- tos agrobiológicos. O portfólio de produtos da EMD/ Merck concentra os potencializado- res de crescimento biológico e ino- culantes de nitrogênio basicamente usados na produção de soja e legu- mes, complementando assim o ne- gócio existente de inoculantes de fos- fato e de nitrogênio da Novozymes. Os inoculantes, também conhecidos como biofertilizantes, são micro- Os laborató- rios Laborquímica e Bioagri iniciaram 2011 unidos, atendendo demandas em todos os tipos de matrizes com análises de parâmetros inorgânicos, orgânicos, metais e resíduos com qua- lidade e tecnologia avançada. A mais re- cente conquista dos Laboratórios Bioagri, o laborató- rio de análises quí- micas de Canoas (RS) se junta à es- trutura tecnológica de última geração do grupo agregando qualidade, equipe especializada e atendimento personalizado. O resultado dessa união é a total agilidade na entrega dos resultados, segu- rança e minimização de erros no processo. Juntos, os laboratórios oferecem um escopo completo aten- dendo às legislações estaduais e federais. O investimento dos Laboratórios Bioagri na região sul faz parte dos recursos de dez milhões de reais que serão destinados à compra de equipamentos, softwares e contratação e treinamento de profssio- nais especializados, nos próximos cinco anos. Laborquímica passa a integrar Laboratórios Bioagri no sul do país Grupo investe R$ 10 milhões na região sul nos próximos cinco anos Divulgação organismos que podem aperfeiçoar signifcativamente a capacidade das plantas de fxar nitrogênio e utilizar fosfato, que são essenciais para seu crescimento e, dessa forma, melho- rar a efciência dos fertilizantes quí- micos. O mercado global de biofer- tilizantes é atualmente estimado em cerca de US$ 250 milhões. A Novozymes está no merca- do de biofertilizantes em 2007, com a aquisição da PhilomBios, no Canadá, e aumentou gradu- almente suas atividades, mais recentemente com a aquisição da Turfal, no Brasil, em agosto deste ano. As atividades da EMD/ Merck CropBioScience serão in- tegradas pela empresa BioAg da Novozymes, que mantém uma fá- brica no Paraná. quantiQ implementa estratégia para expandir participaçãoo mercado No ano em que completa duas décadas, a quantiQ apresenta uma série de novidades, entre elas a incorporação da distribui- dora Unipar, e uma revisão de sua estrutura, além de alinhar-se com o objetivo da Braskem de contri- buir para a melhoria de competi- tividade de toda cadeia produtiva do setor químico e petroquímico. Ao agregar a Unipar, a quan- tiQ tem como objetivo criar uma empresa diversifcada que, além de maior em proporções físicas, está ainda mais preparada para atender ao mercado global. Agora a empresa soma cinco Centros de Distribuição, incluindo a aquisição do CD de Simões Filho (BA), feita em dezembro de 2010. Aumentam também a sua cartela de clientes, agora com cerca de 6.500 ativos, além de um portfólio com mais 30 novos produtos (solventes hidro- carbônicos, isoparafnas, resinas hidrocarbônicas, poli-isobutenos e especialidades), sendo alguns exclusivos, o que representa um aumento médio de vendas de 7.000 toneladas/mês. Essas novidades servirão para impulsionar o plano de cresci- mento estabelecido pela empresa para os próximos cinco anos, que inclui ainda atingir um crescimen- to de 24% ao ano. Twitter Dânica Com a internet, o acesso às informações é cada vez maior. Nesse contexto, as redes sociais têm papel cada vez mais im- portante nas estratégias de co- municação corporativa. Para se aproximar dos consumidores, fun- cionários e público de interesse, a Dânica está usando o Twitter para analisar o comportamento dos internautas e saber mais sobre o mercado que atua. Para Adriana B. Helmann, res- ponsável pelo departamento de marketing “A comunicação feita para o Twitter é muito importante, pois diz respeito tanto quanto o que a empresa quer passar para o mer- cado e consumidores, e mensura o que os consumidores falam dela”. A base da estratégia para o Twitter Dânica será o monitoramen- to e a agilidade em fornecer respos- tas aos internautas em tempo real. A ideia é aproximar clientes e pros- pects, se relacionar. O canal será atualizado com notícias da empre- sa, produtos, lançamento de produ- tos, dicas, vagas de emprego, entre outras informações. As informações que alimentam a rede são feitas de forma trans- parente e a empresa conta com a ajuda de colaboradores e depar- tamentos “chave” que fornecem informações condizentes com o propósito do Twitter. Para seguir a Dânica no twitter: @grupodanica 15 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 A Messe München International e a Nürnberg Messe Group, duas grandes orga- nizadoras de feiras de negócios do mundo, assinaram em janeiro uma parceria inédita para criação de uma equipe de vendas conjunta que será administrada pela subsidiária brasileira da NürnbergMesse. O acordo envolve a transferência de representação in- ternacional da Messe München para a NürnbergMesse Brasil que será co- mandada pelo departamento internacional da empresa criado em 2009. Empresas expositoras e visitantes serão os grandes beneficiados da parceria que fomentará o intercâmbio de negócios entre o Brasil e de- mais países O departamento internacional da NürnrbergMesse Brasil será res- ponsável pela divulgação e intercâmbio das feiras de negócios da Messe München no País, facilitando a visitação das empresas brasileiras aos locais de atuação da Messe München e vice-versa. Esta é a segunda parceria entre as empresas que, em novembro do ano passado, fir- maram um acordo para participar do segmento de embalagens Pet, pela primeira vez, durante a BrauBreviale que acontecerá de 9 a 11 de novembro de 2011 e que agora inclui matérias-primas, tecnologias, logística e marketing. Nova parceria agita setor de feiras e negócios no Brasil Água na Oca Entender melhor da relação entre a água e o planeta, enfatizando a sua representação e importância para o Brasil e seu povo por meio de obras de arte, aquários reais e virtuais, fotografias e instalações audiovi- suais. Essa é a proposta da exposição Água na Oca que acontece desde novembro em São Paulo, realizada pelo Instituto Sangari em parceria com o Museu de História Natural de Nova York. A mostra exibe os estados e o ciclo da água, bem como os pro- blemas relacionados à qualidade e à disponibilidade desse recurso na sociedade e nos ecossistemas. Ações para seu uso sustentável são sugeridas pela exposição, que pretende chamar a atenção para o modo como o público utiliza os recursos hídricos. Leia mais sobre o assunto no Especial dessa edição. Serviço Água na Oca: De: 26/11/2010 a 08/05/2011 Pavilhão Lucas Nogueira Garcez (Oca) Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portão 3, Parque do Ibirapuera – SP Ingressos: R$ 10,00 (meia entrada) e R$ 20,00 No último domingo de cada mês, a entrada é gratuita para todos Pro Seach Head Hunting procura os seguintes profssionais: Assessor cientifco • Vendedor técnico • Técnico responsável da base de equipamentos instalados no Brasil para • empresa especializada em análises médicas e industriais. Interessados devem enviar currículos citando o cargo de interesse no assunto para e-mail: [email protected] notícias 16 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 17 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 capa 18 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Tedia Brazil: Remodelada, Investe na Excelência em Serviços istribuidora autorizada e ex- clusiva de produtos para la- boratórios, a Tedia Brazil acaba de passar pela maior transfor- mação de sua história. Da iden- tidade visual às diretrizes cor- porativas, a empresa redefiniu o modo de conduzir o negócio como um todo, utilizando toda a expertise adquirida nesses 12 anos de mercado e após um in- tenso exercício de autoconheci- mento. A Tedia Brazil define-se agora como uma empresa foca- da na excelência em serviço. Compreender as necessida- des de cada cliente, criando va- lor para o serviço oferecido de acordo com o que ele realmente deseja é a nova proposta da em- presa: “Para alguns é o tempo de entrega ou o preço. Para outros é o suporte técnico disponível, a marca do fabricante, a varieda- de de produtos ou os serviços de consultoria que oferecemos etc. O único quesito invariável é a qualidade de nossos produtos. Para todos os clientes, em todos os casos, a nossa qualidade é exímia, pois sabemos da sua im- portância vital nos processos la- boratoriais de nossos clientes”, assegura Marcos Viana, Gerente de Marketing da Tedia Brazil. Para tornar essa ideia possí- vel, Marcos explica que a Tedia Brazil definiu os principais pro- cessos responsáveis pela satis- fação do cliente na execução da compra, focou os esforços no aperfeiçoamento deles e desen- volveu outros complementares. Como exemplo, cita alguns: Conhecimento Aplicado Através de uma pesquisa com seus clientes, a Tedia Brazil perce- beu uma necessidade latente por um suporte técnico mais acessí- vel, o que até então só era forne- cido por grandes marcas de equi- pamentos laboratoriais. Todos os demais insumos necessários (con- sumíveis para cromatografa, ma- teriais para fltração e separação, liquid handling, equipamentos de bancada, entre muitos outros) não dispunham de um suporte que auxiliasse seu uso, manutenção e consultas técnicas. Aumentando ainda mais o nível de seus servi- ços, a empresa criou o departa- mento de Conhecimento Aplicado, com o intuito de fornecer informa- ções, dicas e auxílios necessários para o uso correto e otimizado de cada um dos produtos Tedia Brazil, além de cuidar de outros projetos, sempre relacionados às melhores práticas utilizadas em análises laboratoriais. “Até agora tivemos uma excelente recepção a este novo serviço, provando que a Tedia Brazil, mais uma vez, to- mou a iniciativa e satisfez as ne- cessidades de seus clientes”, co- memora Priscila Tavares, Gerente de Conhecimento Aplicado. Logística Um processo logístico impecá- vel é vital para uma empresa que tem o sonho de encantar seu cliente. Para isso, a Tedia Brazil está colocando em prática um plano ambicioso para 2011: a ex- pansão de sua Industrialização e Equipe de Conhecimento Aplicado oferece suporte a todas as necessidades do consumidor de insumos D Fotos: Divulgação 19 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Logística. O Centro de Distribui- ção está sendo praticamente triplicado em relação ao seu ta- manho atual, com um aumento de mais de 50% na equipe. As Boas Práticas de Manufatura já aplicadas atualmente com todos os controles previstos (expedi- ção, validade, vetores, altura, endereçamento, rastreabilidade, asseio, EPI, armazenamento, en- tre outros) terão atenção especial na expansão, com treinamentos assertivos e controle rigoroso de todos os processos. Em ter- mos de estrutura, foi realizada a migração para a versão mais atualizada do WMS, que corrige muitos bugs das versões passa- das, e também foi aprimorado o Departamento de Planejamento e Controle de Produção, visan- do aperfeiçoar cada vez mais os processos logísticos. Atendimento Desde o início de seu trabalho, em 1999, a Tedia Brazil focou o atendimento como uma das principais ferramentas para conquistar seus clientes, rece- bendo o devido reconhecimen- to por tal serviço. Nesse novo momento fcou claro que este diferencial não poderia ser dei- xado de lado. Foram realizados investimentos massivos em trei- namentos, tanto para a área de vendas quanto para as demais, visto que todas trabalham em sinergia para atingir um único objetivo: encantar o cliente. Na Tedia Brazil, acredita-se que o lucro seja proveniente de pessoas e não de números. Por isso, a empresa considera-se uma extensão de seus clientes, geran- do sempre a melhor solução para suas necessidades, na certeza de que o sucesso é sinônimo de uma parceria sólida e consistente. A Te- dia Brazil propõe aos clientes uma experiência superior e de elevada qualidade em atendimento, pois muito mais que compradores, a empresa quer parceiros e investiu nestes diferenciais, pois entendeu que afetam diretamente a experi- ência de atendimento que se com- promete a entregar. Equipe feliz, cliente satisfeito “A empresa não se sustenta sem o apoio integral de uma equi- pe qualifcada, comprometida e, acima de tudo, feliz. Sabemos que esta felicidade não é conquistada somente com salários e benefí- Espaço triplicado e foco às Boas Práticas da Manufatura marcaram a expansão da Logística Tedia Brazil Equipe de Vendas bem treinada: essencial para a realização dos objetivos estratégicos da nova fase capa 20 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 cios, embora estes itens tenham suma importância; acima de tudo, a empresa deve oferecer respeito ao colaborador”, comenta Helena Simon, responsável pela área de Comunicação, sobre o posicio- namento da empresa em relação aos seus colaboradores, tratados como um bem precioso. A par- tir dessa premissa, o processo de transição teve como um dos principais focos o profssional da Tedia Brazil, que foi encorajado a participar ativamente da constru- ção da nova identidade, sugerin- do melhorias, a partir do momento em que compreendeu seu papel na empresa. Uma das primeiras ações inter- nas foi a campanha Missão, Visão, Valores. Idealizada para facilitar a transição interna, a campanha serviu para esclarecer aos colabo- radores os conceitos relacionados à mudança e difundir a reformula- ção das Diretrizes Corporativas. Dividida em fases, a campanha mostrou de forma lúdica e diver- tida, esses três conceitos. A em- presa estabeleceu uma relação de total liberdade com seus colabo- radores para que propusessem projetos de melhoria, a partir das necessidades das suas respecti- vas áreas, visando a adequação às novas diretrizes. Além disso, cada colaborador avaliou seu pró- prio papel na empresa, revendo sua descrição de cargo e propon- do mudanças pertinentes. E, para fechar, o grupo com as melhores ideias foi premiado. “Após essas intensas campanhas internas, houve um grande aumento na energia dos colaboradores e me- lhora signifcativa no nível de aten- dimento. Com todos conhecendo a direção para a qual a empresa se encaminha - e, principalmente, sentindo que fzeram parte desta defnição -, cada colaborador tem se empenhado a entregar o que for preciso para que a Tedia Brazil alcance seus objetivos”, completa Helena Simon. Multisserviços O comprometimento dos profs- sionais da empresa já tem gerado ações positivas, a exemplo do es- treitamento das relações com seus parceiros de negócios, que tem resultado em relações comerciais estratégicas e extremamente be- néfcas para os clientes Tedia Bra- zil, como nos casos da Tedia Co, Kromasil e TCI America. A empresa também tem investido nas marcas próprias GO-Lab, focada em pro- dutos para liquid handling e equi- pamentos de bancada plug&play; e Tedia Vials&Caps, que traz uma li- Algumas das ações de comunicação interna que aconteceram durante todo o ano de 2009 e 2010 GO-Lab, Tedia Vials&Caps, Tedia Ambiental e Comitê de Apoio Social: atendendo necessidades de clientes e colaboradores 21 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Conheça mais (21) 2196-9000 www.tediabrazil.com.br nha completa de vials, caps e sep- tos para laboratórios. Em 2011, a Tedia Brazil plane- ja estar presente nos clientes com o atendimento global dos insumos necessários para a química analí- tica. Já conhecida pela excelência de suas marcas e por oferecer uma das melhores relações custo-bene- fício, a empresa irá focar em suas nove linhas (Cromatografa, Padrões Analíticos, Vials & Caps, Filtração & Separação, RMN, Reagentes & Solventes, Liquid Handling, Equipa- mentos e Vidrarias) e desenvolvê-las em cada um de nossos clientes. Responsabilidades sociais e am- bientais também fazem parte do cotidiano da equipe, cujas ações se tornam possíveis em função do corpo de colaboradores motivado e bem treinado. Uma divisão espe- cializada na gestão completa dos resíduos laboratoriais, a Tedia Am- biental, oferece como benefícios a simplifcação do descarte, a redu- ção da burocracia do processo, o cumprimento legal e a otimização do negócio. Na área social, a em- presa oferece apoio a instituições de caridade. Os colaboradores contam com programa de bolsas de estudos para aperfeiçoamento profssional, além de poderem utilizar o Comitê de Apoio Social – CAS, criado para servir como um canal de comunica- ção com a diretoria da empresa. Nova imagem, nova personalidade A marca é a imagem e a perso- nalidade da corporação, ao mes- mo tempo. Deve ser transparen- te, pois é por meio dela que uma empresa é reconhecida onde quer que esteja. Sabendo da importân- cia sobre essa questão, a Tedia Brazil optou pela reformulação total, seguindo o velho – e verda- deiro – ditado, uma imagem vale mais que mil palavras. Tal premis- sa é perfeita para defnir a nova e melhor fase da empresa que, após a campanha junto aos colabora- dores, fnalizou o processo apre- sentando o novo logotipo da mar- ca, minuciosamente estudado e desenvolvido para expressar todo o conceito da empresa. O amadurecimento que a Tedia Brazil transparece nessa sua atual fase é um refexo dos esforços re- alizados anteriormente. Sua parti- cipação no mercado laboratorial e a taxa de crescimento anual acima do esperado durante todos esses 12 anos de atuação só tendem a aumentar. “Metas como reali- zar um ‘atendimento inigualável’ permearam a vida corporativa da empresa durante todo o ano de 2010 e continuarão a fazer parte do nosso dia a dia. O objetivo é manter viva a chama de nossa Vi- são: ‘Tornar realidade os sonhos de nossos clientes, entregando sempre uma experiência inigua- lável de atendimento’”, fnaliza Khalil Duna, Diretor da Tedia Bra- zil, em demonstração explícita de que não só ele, mas todos os co- laboradores vestiram a camisa da Tedia Brazil. Cuidadosamente pensada, nova logo possui explicação detalhada para cada um de seus elementos em foco 22 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Saiba MaiS (11) 3229-8344 [email protected] Saiba MaiS (11) 5080-5000 [email protected] Sistema dinâmico de controle de temperatura Presto ® PLUS – Julabo Os sistemas Presto ® PLUS para controle dinâmico de temperatura oferecem a solução ideal para aplicações de temperatura externa, principalmente para o controle de tempe- ratura de biorreatores, apresentando tempos reduzidos de aquecimento e resfriamento, ampla faixa de temperatura de trabalho sem a necessidade de troca de fuidos, com- pensação rápida de reações exotérmicas e endotérmicas, e um desempenho inigualável com economia de espaço em laboratório. Possuem bomba de circulação de alta perfor- mance com estágios ajustados eletronicamente. As unidades têm controle inteligente por cascata autoajustável (ICC), oferecendo am- pla faixa de medição (faixa de acordo com o modelo; para o modelo LH85: –80°C a +250°C), com estabilidade de ± 0,01°C, luz de fundo, tela LCD com quatro linhas e tela VFD fuorescente de informações com indicação simultânea de três valores, funções de alerta, limite máximo de temperatura e estágios da bomba. Possuem programador integrado (para 6 x 60 etapas) com relógio. A operação é amigável com en- chimento automático e desgaseifcação. Os modelos disponíveis são por resfriamento por ar, água ou ambos, e as interfaces digitais e analógicas permitem automação posterior. Aplicações típicas: sistemas biorreatores, autoclaves, plantas-piloto/destilação, calibração, indústria de semicondutores, calorímetros de reação, blocos de reação, síntese orgânica, entre outros. Representante no Brasil: Alem Mar Comercial e Industrial S.A Controle inteligente oferece ampla faixa de medição Polimate inaugura nova sede em São Paulo Todos os setores de serviços da empresa pas- saram por melhoras; o investimento nas novas ins- talações eleva o grau de excelência dos serviços prestados pela Polimate, tanto na venda quanto no pós-venda. A área de assistência técnica foi ampliada, ga- rantindo efciência no diagnóstico do problema e agilidade no reparo técnico. Já a área comercial também foi reestruturada e agora conta com um parque tecnológico instalado que permitirá uma comunicação mais ágil entre a equipe de vendas e consumidores. No setor de estoque, uma amplia- ção estratégica garantirá excelentes condições de armazenamento dos equipamentos. No mercado brasileiro há mais de 40 anos, a Polimate representa e distribui com exclusividade as principais marcas mundiais de equipamentos de alta tecnologia para controle de qualidade, pesqui- sa e desenvolvimento. Em dezembro passado a Polimate inaugurou sua nova sede no bairro da Aclimação, zona sul de São Paulo, em um prédio de 2.100 m², com modernos la- boratórios de calibração e medição totalmente equipa- dos e com padrão internacional de qualidade. No local também há laboratórios showroom para apresentação dos instrumentos analíticos. Em nova sede, Polimate reestruturou todas as áreas Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 em foco 24 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Saiba MaiS (41) 3353-1010 [email protected] Saiba MaiS (11) 3868-6200 [email protected] Poderosa ferramenta para a produção de amostras analíticas: Janus ® A determinação elementar em óleos e lubrifcantes é a chave para a di- minuição de custos de empresas de grande porte tais como indústrias de exploração de gás e óleo, grandes equipamentos, mineradoras, plantas de produção de biodiesel e óleos lubrifcantes dentre outros segmentos. A determinação de elementos em amostras de óleos tem basicamente três objetivos principais: Elementos de desgaste: análise que monitora os metais que podem indicar a deterioração em peças de máquinas onde 1. o óleo está inserido; Elementos aditivos: análise que determina os elementos presentes no óleo a fm de monitorar os aditivos presentes nos 2. lubrifcantes; Elementos de contaminação: tipo de análise que monitora a presença de elementos indesejáveis oriundos de sujeira ou 3. do processo de produção; Quando corretamente aplicada, a análise de óleo serve como um importante diagnóstico que pode gerar muitos benefí- cios, tais como aumentar a vida útil de motores e realizar a troca de óleo no momento exato, prevenindo danos às peças e eliminando a troca desnecessária de óleo o que reduz custos e geração de resíduos. Para a determinação elementar, a PerkinElmer já oferece soluções como Optima (ICP OES) e o NexION (ICP MS), ambas as técnicas permitem determinar a maior parte dos elementos da tabela periódica numa faixa de trabalho que vai de ng/Kg (partes por trilhão) até porcentagem num curto espaço de tempo (cerca de 1 min). Entretanto, o grande desafo para suportar o aumento da demanda produtiva de um laboratório de análise de óleo não é o sistema de detecção e sim o preparo das amostras, neste caso espe- cífco, o preparo de óleos para análise por ICP demanda a diluição destas amostras em solvente adequado, como xileno e querosene de aviação, a fm de minimizar problemas oriundos da formação de resíduos carbonáceos no plasma, perda de reprodutibilidade devido às diferenças de propriedades físico-químicas entre as amostras. Para aumentar a produtividade na análise de óleos, a PerkinElmer oferece uma nova solução, o Janus Oil Prep, que pos- sibilita automatizar todo o processo do preparo de amostras, solução esta que já é aplicada em empresas como a Caterpillar, além de ser compatível com normas como ASTM e ABNT. Com a possibilidade de trabalhar com quatro ou oito dispensadores e com deck cuja capacidade é de 1536 tubos, o Janus Oil Prep é capaz de preparar mais de 96 amostras em 20 min, e mais de 2 mil amostras em 8 horas. Além de oferecer a robustez neces- sária para o processamento de um grande número de amostras e, dessa forma, suportar o incremento de demanda, o equipamento apresenta faculdades únicas cujas funções são a padronização dos ensaios e a manutenção de sua qualidade, redução nos TATs (Turn Around Time) e da interação do usuário com o processo. A engenharia robótica de de- tecção de líquido ultrassônica é independente e seu sistema interno constituído de líquido cuja densidade é semelhante a dos compostos com os quais interage, garantindo a precisão nas diluições e preparo das amostras possibilitando uma análise mais confável e consistente. Janus ® possibilita automatizar todo o processo do preparo de amostras Nova linha de vidrarias no mercado A Biosystems coloca no mercado uma nova li- nha de vidrarias de excelente qualidade: a TWA, que foi toda produzida em vidro borosilicato de classe A, com certifcado de qualidade, graduação e com- ponentes plásticos em polietileno ou polipropileno (que garante maior resistência térmica e química). As vidrarias são utilizadas diariamente nas mais diversas rotinas laboratoriais, incluindo laboratórios farmacêuticos, químicos e biológicos. A linha da TWA inclui: Balões volumétricos • Buretas • Copos de Becker fôrma baixa (tipo Griffn) • Dessecador a vácuo • Erlenmeyers • Frascos reagente • Provetas • Pipeta sorológicas • Pipeta volumétricas • Tubos de ensaio com tampa baquelite • Tubos de ensaio sem orla • Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 em foco 26 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Saiba MaiS (11) 3229-8344 [email protected] Saiba MaiS (71) 9962-2865 [email protected] Amostrador automático de ar ambiental sobre placas de Petri ou RODAC Labwin-Profciência A Labwin tem trabalhado há mais de 10 anos com desenvolvimento de softwares para laboratórios mais a consultoria na implantação dos mesmos e em química analítica. Atender bem a Clientes em diversas partes do país é um desafo em um país de dimensões continentais como o Brasil. Principalmente quando o serviço envolve tecnologia avançada e necessidade de oferecer consultoria por pessoal especializado e experiente em laboratórios e informática ao mesmo tempo. O software LABWIN Profciência © foi desenvolvido para facilitar, organizar, tornar econômico, confável e viável o gerenciamento de Programas de Ensaios de Profciências (Interlaboratoriais). Seguindo a norma ISO 17043:2010. Este software conta com: Entrada de resultados via web, facilitando rodadas internacionais • Relatório Anual, para clientes que participam mais de uma vez ao ano e • desejam saber seu desempenho anual em apenas um relatório. • Tratamento estatístico, demonstração em gráfco, cálculos de homogeneidade e estabi- lidade. É um software dinâmico e bem intuitivo, auxilia os melhores Programas Intralaborato- riais do Brasil. O SAS Super ISSO - parte da consagrada linha de amostradores de ar da PBI International - é re- ferência mundial em amostragem microbiológica portátil de ar nas áreas farmacêutica, alimentícia, hospitalar, de qualidade de ar de interiores, microeletrônica, áreas industriais protegidas, salas lim- pas, capelas biológicas e outras. Entre as suas inúmeras vantagens, destacam-se: conformidade com os requisitos da USP <1116> e das normas ISO 14698-1 e 21 CFR 11 do FDA; projeto que evita a turbulência no fuxo de ar uni- direcional e aspiração de amos- tra já testada de acordo com as especifcações ISO; fexibilidade de escolha de placas (RODAC ou Petri); autonomia de operação superior a 70.000 litros de ar / 8 horas; funcionamento com bate- rias recarregáveis; excelente tem- po de amostragem ajustável de 6 a 10 minutos para 1000 l de ar; possibilidade de amostragem em intervalos com parâmetros total- mente programáveis para monito- ramento em processo; operação e limpeza simples; cabeças de aspiração com perfurações, auto- claváveis, com opção de escolha de material em alumínio ou aço inoxidável e cabeça descartável; total rastreabilidade; armazena- mento de até 300 ciclos de amos- tragem; seleção de idioma, entre muitas outras características. O SAS Super ISO está disponível em quatro modelos, para fuxo de ar de 100 ou 180 l/min para placa de contato (RODAC) ou placa de Pe- tri de diferentes diâmetros. Ampla disponibilidade de acessórios, em função da aplicação. Representante no Brasil: Alem Mar Comercial e Industrial S.A SAS Super ISSO da PBI International: ideal para fns microbiológicos Software torna confável e viável o gerenciamento de Programas Interlaboratoriais Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 em foco 28 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Saiba MaiS (11) 4057-9200 [email protected] Saiba MaiS (19) 3892-4929 [email protected] SCP Science oferece produtos com certifcação ISO 9000, ISO 17025 e ISO G 34 A SCP Science é uma empresa canadense fundada em 1980, que desenvolve e manufatura produtos para Es- pectroscopia Atômica. Com certifcação ISO 9000, ISO 17025, hoje a SCP Science também está acreditada com ISO Guide 34, o que a diferencia de muitas outras empresas fornecedoras de produtos similares. A linha de produtos é bem completa desde padrões aquosos para ICP-OES&MS, AA e IC, materiais certifcados, tochas, injetores e nebulizadores para ICP-OES/MS, cones para ICP-MS, tubos para bombas peristálticas, consumí- veis para Fluorescência de Raios X, tubos calibrados para coleta e fltração de amostras de águas, kit para DQO e sistemas de digestão de amostras como o DigiPrep e o NOVAWAVE. O DigiPrep é um sistema de digestão de amostras por bloco aquecido de carbono revestido com tefon, com total resistência a agentes químicos, e com controle de temperatura de digestão. Os sistemas HT para altas tempe- raturas são ideais para análise de Nitrogênio pelo método Kjeldahl. O NOVAWAVE e um digestor de micro-ondas cuja inovação está no processamento simultâneo de até 12 amostras, onde cada amostra pode ter um programa de digestão totalmente independente das demais. O sistema pode ser automatizado processando até 168 amostras de forma totalmente contínua sem interferência do operador, respeitando a interindependência de programação. A SCP Science adquiriu em 2007 a Conostan, empresa de renome internacional na fabricação de padrões de metais em óleo, padrões de S e Cl em combustíveis e Biodiesel, padrões de viscosidade, padrões de óleos usados para FTIR e padrões para determinação de tamanho de partículas. Para conhecer melhor a linha de produtos da empresa visite: www.scpscience.com.br & www.conostan.com.br Reagentes, DigiPrep, Tocha, Conostan, NOVAWAVE, respectivamente Uma bomba compacta para fltração e extração em fase sólida A fltração a vácuo é uma das aplicações mais comuns, utilizada para a preparação de amostras em quími- ca, microbiologia, controles de águas residuais entre outros processos analíticos. De fácil manejo, compacta e de excelente rendimento, as novas bombas ME 1 e ME 1C são o aliado perfeito para fltrações e dispositivos múltiplos de aspirações de líquidos. Novo design baseado nas efcientes bombas de membranas de três fases MD 1 e MD 1C, estas bombas são livres de óleo e se caracterizam por uma longa vida útil de suas membranas. O desenho ergonômico e o interruptor ON/OFF localizado sobre a bomba permitem uma fácil operação e seu desenho compacto faz com que ocupe pouco espaço na bancada do laboratório. As membranas e válvu- las em PTFE possuem excelente resistência química e robustez mecânica. Como opcional, uma válvula de controle manual com manômetro de pressão oferece ajuste gradual da capacidade de aspiração efetiva. Quanto ao seu desempenho, a bomba: É fácil de operar, possui um interruptor central, • Silenciosa e de baixa vibração • Necessita de pouco espaço na bancada do laboratório, • Oferece vida longa à membrana, praticamente livrando-a • de manutenção, Possui alta resistência química: PTFE e alumínio (ME 1C) • ME1 e ME 1C: bombas são fáceis de operar e ocupam reduzido espaço Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 em foco 30 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Saiba MaiS (11) 2198-7198 [email protected] Q-Sun câmara de ensaio de xenônio A Q-Sun câmara de ensaio de xenônio reproduz os comprimentos de onda de luz nocivos encontrados tanto em ambiente interno como externo. Funções como névoa úmida, controle de umidade relativa e refrigerador (para aplicações de temperatura ambiente) expandem signif- cativamente a amplitude das condições ambientais que podem ser simuladas. As lâmpadas de xenônio emitem luz ultravioleta, vi- sível e infravermelho. As lâmpadas de arco de xenônio fltrado são a melhor forma de realizar ensaios em pro- dutos como pigmentos, corantes e tintas, que podem ser sensíveis a comprimento de onda ultravioleta maiores e comprimentos de onda visíveis da luz solar. A Q-Sun foi desenvolvida para que seu uso seja in- tuitivo. É fácil de instalar, utilizar e calibrar. A montagem e a avaliação de espécimes são rápidas, com a exclusiva bandeja deslizante de espécimes que acomoda facilmente peças tridimensionais. A substituição de lâmpadas tam- bém é segura, rápida e fácil. Os fltros ópticos do Q-Sun mantêm o espectro necessário durante toda a vida útil, sem a necessidade de substituição. Destaques para: espectrofotômetros, granulômetro a laser, medidor de potencial zeta, cabines de luz, moinhos para laboratórios, colorímetros, turbidímetros e compara- dores colorimétricos para óleos vegetais, minerais e pe- tróleo, além da nova linha de instrumentos Bruker, como o AFM Microscópio de Força Atômica. Linha de banhos Huber A Analítica apresenta a sua mais nova linha de equipamentos: banhos de aquecimento, refrigeração e chillers, fabricados pela empresa alemã Huber, lí- der no mercado de termostatização desde 1968. Câmara foi desenvolvida para uso intuitivo Seus termostatos possuem bomba de pressão e sucção tanto para aplicações internas ou externas, que variam de -125 o C a +425 o C, além de controla- dores com interface de fácil manuseio e tecnologia Plug&Play. Todos os equipamentos estão isentos de CFC e são confeccionados com materiais de alta qualidade e robustez, o que garante longa vida útil. Informações adicionais: www.analiticaweb.com.br Equipamentos Huber: qualidade e tradição de mais de 40 anos Saiba MaiS (11) 2162-8080 [email protected] Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 em foco 32 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Saiba MaiS (21) 2196-9000 [email protected] Saiba MaiS (11) 2162-8091 [email protected] Tedia Brazil lança a marca Tedia Vials&Caps A Tedia Brazil, pensando em oferecer sempre excelência em qualidade e atendimento a seus clientes, lançou sua mar- ca própria de vials, caps e septos: a Tedia Vials&Caps. Apoiando-se na certeza de qualidade que sua tetracerti- fcação confere e com o seu serviço de alto nível que já é referência no mercado, a Tedia Vials&Caps oferece um ex- tenso portfólio que abrange as mais variadas especifcidades em termos de equipamentos e análises, e ainda permite a customização de itens. Com a Tedia Vials&Caps é possível obter produtos in- dividuais ou combos personalizados de acordo com as ne- cessidades do laboratório. A Tedia Brazil oferece também o serviço de compra programada que garante a entrega dos produtos solicitados nas datas previamente defnidas, pelo período que o cliente desejar. Dentre os produtos Tedia Vials&Caps, encontram-se: Vials de amostrador automático • Vials com inserts • Vials EPA • Vials de pequeno volume • Vials de amostra • Vials tipo Shell • Vials para análises de headspace e de micro-ondas • Ampolas 15x45mm • Tubos de ensaio • Caps com septos em formato de pressão e de rosca • Septos em diferentes materiais para as mais variadas • necessidades, entre outros UNITY 2: Novo sistema de dessorção térmica da MARKES para GC e GC-MS A Analítica, represen- tante da MARKES no Bra- sil, apresenta o dessorve- dor térmico “UNITY 2”, um sistema sem criogenia que permite a repetição da análise e é compatível com qualquer instrumento de GC (MS). A MARKES In- ternacional é reconhecida como sendo especialista no desenvolvimento e fa- bricação de dessorvedores térmicos e o sistema UNITY 2 incorpora todas as ino- vações tecnológicas da empresa nos últimos 10 anos. Compatível com todos os requisitos dos métodos ofciais padronizados, o UNITY 2 opera com tubos pa- drão de 3,5” x ¼” (6,4 mm) ou com tubos DAAMS de 4,5”. A refrigeração no UNITY 2 é elétrica, sem criogenia, e atinge a temperatura de -30°C na etapa de concentração no trap preenchido com adsorvente. A transferência da amostra para a coluna é feita pelo aquecimento rápido do trap com taxas de até 100ºC/s. A dessorção do trap é tão efciente que a análise feita no modo splitless não apresenta alargamento signifca- tivo dos picos, garantindo ótima detectabilidade. Todas as aplicações da dessorção térmica podem ser executadas no UNITY 2, como a análise de espé- cies lábeis, semivoláteis (até n-C40), ultravoláteis (in- cluindo acetileno e CFCs), em níveis de traço (ppt) e altas concentrações (ppm, %). As principais áreas de aplicação da técnica de dessorção térmica são o moni- toramento de compostos orgânicos no ar atmosférico e de ambientes internos, análises forenses, controle da emissão de voláteis por materiais e caracterização de aromas e fragrâncias. As especifcações técnicas do dessorvedor térmico UNITY 2 estão disponíveis em analiticaweb.com.br/revista UNITY 2: Dessorvedor Térmico sem Criogenia Alguns dos produtos disponíveis pela marca Tedia Vials&Caps Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 em foco 34 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Saiba MaiS (19) 3836-3110 [email protected] Saiba MaiS (11) 3868-6599 [email protected] Metrohm Pensalab: qualidade assegurada em análise de águas A Metrohm, líder global em análise de íons, possui uma completa linha de equipamentos para análise de águas e efuentes, atendendo plenamente as normas nacionais e internacionais, como ASTM, EPA, MS 518 e CONAMA 357. Possui mais de 1.300 aplicações já desenvolvidas para este segmento e as disponibiliza gratuitamente para seus clientes. É a única empresa a oferecer uma solução completa em equipamentos para análise de íons, como titulação potenciométrica, voltametria e cromatografa de íons. Para análise de águas, a Metrohm Pensalab oferece: Medidores: • pH, condutividade e íon seletivo. Titulação potenciométrica: • Dureza total (Ca e Mg); alcalinidade como CaCO 3. Cromatografa de íons: • Ânions: fuoreto, cloreto, brometo, nitrito, nitrato, fosfato e sulfato; Cátions: lítio, sódio, potássio, amônia, magnésio, cálcio; Oxyhaletos: bromato, brometo, clorito e clorato. E ainda, glifosato, AMPA, cianeto, sulfeto e fenol. Sistemas dedicados para preparo de amostra, como ultrafltração, diálise, loop parcial, neutralização e diluição, totalmente integrados aos amostradores automáticos. Voltametria: • Zinco, cádmio, chumbo, cobre, níquel, cobalto, ferro (II e III), urânio e cromo Todas as técnicas acima podem ser combinadas com sistemas de automa- ção, otimizando a rotina analítica. Além disso, todos os equipamentos possuem três anos de garantia. Visite o site da empresa e saiba mais sobre as soluções para análise de águas: www.metrohm.com.br Solução completa em equipamentos para análise de íons Este espectrômetro Raman in- corpora o que há de melhor em termos de microscopia óptica disponível no mercado mundial; com capacidade de efetuar aná- lises em modo confocal, o equi- pamento tem resolução espacial submícron, resolução de profun- didade de 2 mícrons e pode ope- rar em modo totalmente automa- tizado efetuando mapeamentos de superfície, bem como mapea- mentos químicos. O espectrômetro pode ser con- fgurado de forma rápida e fácil, para operar com três diferentes comprimentos de onda (lasers), 532nm, 633nm e 780nm. A in- corporação de novos lasers pode ser feita a qualquer momento após a aquisição do equipamen- to, não havendo necessidade de mão-de-obra técnica para fazê-lo, o próprio operador executa essa operação. Também os fltros e as grades de difração são otimizadas para cada comprimento de onda e podem, juntamente com os lasers, serem intercambiadas entre os di- ferentes espectrômetros da série. Nicolet DXR Raman Microscope O uso da tecnologia Raman tem crescido muito e um dos principais motivos para isso é o desenvolvi- mento dos equipamentos e a con- sequente redução no valor dos mes- mos. A Charis Technologies, como representante exclusiva da Thermo Scientifc para a linha de FT-IR, FT- NIR e Raman, apresenta o “Nicolet DXR Raman Microscope”. A novidade em tecnologia Raman da Thermo Scientifc Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 em foco 36 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Saiba MaiS (11) 2162-8091 [email protected] Saiba MaiS (11) 4023-5438 - ramal 4 [email protected] Saiba MaiS (16) 3441-7200 [email protected] Nova série de espectrofotômetros UV/Vis Evolution 200 A Analítica apresenta a série Evolution 200 da Ther- mo Scientifc, composta por espectrofotômetros UV/Vis com inovações tecnológicas reais que proporcionam excelente desempenho sem complexidade adicional na sua utilização. A série Evolution 200 UV/Vis se distin- gue no mercado pela sua versatilidade de confgurações possíveis através de uma ampla linha de acessórios. Sua eletrônica de última geração favorece signifcativamente a produtividade do laboratório. A Série Evolution 200 é composta pelos sistemas Evolution 201 e 220 UV-Vis, para laboratórios de rotina e pesquisa, e pelo Evolution 260 Bio UV-Vis, para as aplicações relacionadas às ciências da vida. Com óptica de duplo-feixe e banda espectral de 1nm estes sistema garantem a precisão e confabilidade das medições. Sua lâmpada de xenônio fash não requer aquecimento e permite início imediato das medidas. A tela colorida touch screen pode ser personalizada, para facilitar a navegação. O software INSIGHT, da Thermo Scientifc, oferece ferramentas completas para atender as exi- gências da norma 21 CFR Parte 11. O sistema Evolution 260 Bio UV-Vis dispõe de métodos pré-programados para aplicações específcas em Bioci- ências e módulos dedicados para medidas da concentração e pureza de ácidos nucléicos, incluindo DNA, ssDNA, RNA e siRNA, análise de proteínas e os métodos mais comuns de análise colorimé- trica, incluindo os ensaios Pierce 660nm, Bradford, BCA e Lowry. As especifcações técnicas da Série Evolution 200 UV/Vis estão disponíveis em: analiticaweb.com.br/revista Lucadema: completa Sempre inovando em soluções para a rotina laboratorial, a Lucadema Científca é uma empresa brasileira que oferece equi- pamentos para ensaios gerais na área de química analítica e controle de qualidade. Em sua cartela de produtos constam capelas de exaustão de gases fabricadas em fbra de vidro e disponíveis em diversos tama- nhos, barriletes, câmaras assépticas, deionizadores, jarras anaeróbi- cas, mantas aquecedoras, chuveiros lava-olhos, agitadores magné- ticos e muito mais. Em seu site, a empresa fornece informações sobre todos esses produtos, além das novidades como a estufa BOD, utilizada para in- cubar frascos com demanda biológica de oxigênio, câmaras climá- ticas com capacidade de manterem e controlarem os níveis de umi- dade e temperatura e destiladores de água construídos totalmente em aço inox, todos fabricados com rigoroso padrão de qualidade. A Lucadema possui preços e condições de pagamento altamente competitivos, logística diferenciada e excelência no atendimento técni- co e comercial. Novo Evolution 200 UV-Vis Amostras biológicas bem conservadas A Agrozootec está presente no mercado há seis anos comercializando botijões criogênicos para armazenamento e conservação de amostras biológicas, bem como produtos e equipamentos para manuseio desses botijões. Os produtos fornecidos pela Agrozootec são importados da Cryofarm, renomada empresa na Itália que distribui botijões criogênicos pela Eu- ropa e Brasil. Localizada em Itu, a 120 km da capital paulis- ta, a empresa entrega em todo território nacional. Mais informações estão disponibilizadas no site: www.agrozootec.com.br/prodotti2.asp?id=79 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 em foco 38 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Saiba MaiS (19) 3865-8603 [email protected] Saiba MaiS (11) 3043-7879 [email protected] Portas SL EC Dânica A Dânica está sempre divulgando as tendên- cias de mercado, oferecendo soluções inovadoras para arquitetura de Salas Limpas. Todos os pro- dutos e processos se destacam pela tecnologia e materiais utilizados em sua produção, baseados em alta tecnologia européia atendendo as normas e procedimentos de GMP (Good Manufacturing Practice), exigidos pelo FDA (Food and Drug Ad- ministration) e Anvisa (Associação Nacional de Vigilância Sanitária), satisfazendo assim necessi- dades específcas de cada cliente. Líder na América Latina na engenharia, fabrica- ção e montagem de sistemas termoisolantes para os segmentos de salas limpas, câmaras frigoríf- cas, construção civil e interiores navais, a empresa apresenta suas novas portas SL EC Dânica que in- corpora o que há de mais moderno em tecnologia de materiais e sistemas eletrônicos a um design sofsticado, totalmente inovador. A nova linha de portas para Salas Limpas Dânica chega ao mer- cado aliando beleza, efciência e funcionalidade, enquadrando-se nas mais rígidas normas e boas práticas de Fabricação (GMP). São 100% planas, isentas de arestas e reentrâncias e dispensam a utilização de silicone como vedante. Linha de portas alinha beleza, efciência e funcionalidade Algumas das características: Isolamento interno em PUR, PIR; • Folha na espessura padrão 54mm ou 34mm • fabricado em uma única chapa de aço, sem junções com perfs evitando arestas e redu- zindo pontos de contaminação; Revestimento em chapa de aço liso, galva- • lume e pré-pintado 0,65 na cor branca RAL 9003 ou aço inoxidável 0,80mm (outras cores sob consulta); Batente com perfl especial em alumínio e • pintura eletrostática na cor branca RAL 9003, soldados nos cantos, eliminando a possibili- dade de reentrâncias; Folha e batente possuem cantos arredonda- • dos facilitando a higienização; Dobradiças e maçanetas em aço inoxidável; • Sistema de travamento por eletro-imã, ou me- • cânico (com cilindro de mestragem ou não), com comando de acesso por botoeira de pressão touch-less ou leitor de cartão ou sen- sor de acesso com led indicativo de abertura no puxador ou maçaneta; Visor com vidro duplo pressurizado com gás • inerte. Visor embutido sem perfs de acaba- mento externo, possibilitando perfeito alinha- mento entre folha e o visor Novo design do perfl batente facilitando a • montagem em obra. Regulador para cilindro de amostragem – VMG 100 VC Valmig Regulador VMG 1000 VC em um cilindro descartável Para quem trabalha no merca- do de segurança e meio ambiente chegou o novo regulador VMG 1000 VC fornecido pela Valmig. Ideal na calibração de detectores portáteis e fxos, o equipamento apresenta um fácil manuseio e economia vantajosa no consumo de gás com vazão constante, sen- do as mais utilizadas: 0,3 L/min e 0,5 L/min. É destinado especial- mente para trabalhos com cilin- dros descartáveis com gás inerte ou corrosivo, pois apresenta cor- po e capa em inox. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 em foco 40 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Geradores de gases Peak Scientifc: mais economia e segurança para o laboratório A Katálysis Instrumentação Científca - empresa na área de serviços, trei- namentos de instrumentos da HP/Agilent, automação laboratorial (LIMS etc.), fornecedora de espectrômetros de massas e equipamentos para cromatografa gasosa multidimensional (GCxGC) a partir de sua mais nova representada, a empresa Peak Scientifc, fornece geradores de gases para laboratórios. Gases gerados: Nitrogênio (Sistemas GC, LC/MS, NMR, ELSD); • Ar Sintético (Sistemas GC, LC/MS, Secadores); • Calibração (Analisadores CO2); • Hidrogênio (Sistemas GC); • TOC. • Os geradores são equipamentos robustos, que necessitam de pouca manu- tenção e que promovem mais segurança ao laboratório e economia, tendo em vista a não necessidade de cilindros, tubulações adequadas para o manuseio de gases de laboratórios. Além dessas van- tagens, os geradores da Peak Scientifc são extremamente silenciosos e contam com uma tecnologia que permite o aumento da vida útil dos seus equipamentos. Equipamentos dispensam uso de cilindros, tubulações adequadas para o manuseio de gases de laboratórios alphaCenter lança no mercado brasileiro as colunas C18 da Fortis Technologies Saiba MaiS (11) 2122-0206 [email protected] STEQ 10 Anos... ...e muitas razões para comemorar. Dedicação, ética e iniciativa. Qualidades consolidadas com as quais a STEQ chega aos 10 anos de atividade em 2011. Com solidez, a empresa representa os líderes no mercado mundial de esterilização, desconta- minação, enchimento e embalagem. Por tudo isso é uma referência na categoria. A Steq comemora principalmente a preferência dos clientes, oferecendo linhas de sucesso formadas por equipamentos de tecnologia avançada e inovadora, investindo cada dia mais em um pós-venda dedicado, porque este sempre foi seu compro- metimento integral em 10 anos de história. Prova disso é o reconhecimento de novas marcas que aderem ao serviço. Como parte desta celebração, a empresa anuncia o início de mais três novas parcerias. Juntam-se ao portfólio STEQ as empresas DÜPERTHAL, KBW e o grupo HEINKEL. A DÜPERTHAL oferece equipamentos de proteção ambiental e segurança no trabalho, como armários e invólucros para estocagem de material. O grupo alemão HEINKEL especializou-se no desenvolvimento de reatores cônicos para mistura e secagem de líquidos, sólidos e semissólidos; além de centrífugas industriais. Já os equipamentos da empresa KBW atendem a grande maioria das aplicações de enchimento e dosagem de líquidos, e de contagem de cápsulas e comprimidos. Mais sobre a história de sucesso da Steq no endereço: www.steq.com.br Saiba MaiS (11) 5181-5570 [email protected] A alphaCenter, empresa bra- sileira representante das marcas Cronus, LabHut e ZirChrom com diversas soluções multimarcas, traz para o país as colunas C18 da Fortis-Technologies, que operam com pHs moderados, baixos e pH altos. Além dessa versatilidade, as colunas apresentam ótima repro- dutibilidade, resolução e são ide- ais para aplicações com espectro- metria de massas. Saiba MaiS (11) 2122-0206 [email protected] Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 AnAlyticA legAl 42 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS E SUAS IMPLICAÇÕES PARA OS LABORATÓRIOS DE ANÁLISES INDUSTRIAIS Os estabelecimentos geradores de resíduos dos serviços industriais e de saúde agora estão sujeitos a maiores penalidades, caso não cuidem adequadamen- te de seu lixo. A primeira delas é a obrigatoriedade da elaboração de um plano de gerenciamento dos resídu- os gerados e sua implantação. Em agosto de 2010 foi instituída a Política Nacio- nal de Resíduos Sólidos (Lei 12.305) que, entre outros termos, dispõe sobre o gerenciamento ambientalmente correto dos resíduos sólidos e sobre as responsabilida- des de seus geradores, cuja regulamentação aconte- ceu em dezembro, também de 2010. Logo que foi sancionada pelo então presidente Lula, perguntava-se se essa lei “pegaria ou não”. Mas com todas essas catástrofes resultantes do aquecimento glo- bal, com milhares de vítimas em todo o planeta, mais a pressão dos ambientalistas somadas ao custo de recu- peração dessas áreas, alocação de desabrigados, entre outros, fzeram com que a lei “pegasse”, ou seja, ela está vigendo e não há mais como fugir de suas exigências sem sofrer as cominações legais que ela impõe. Obviamente, haverá um período para que pessoas jurídicas que, direta ou indiretamente, geram resíduos sólidos, sujeitas às observâncias dessa lei, se adequem a ela. Mas tratar-se-á apenas de uma tolerância porque a lei já está em vigor e todas as suas penalidades já podem ser aplicadas. Tanto as pessoas jurídicas de direito público, quan- to de direito privado estão obrigadas a se adequar a essa nova legislação e, com isso, obrigadas a elaborar um plano de gerenciamento de resíduos sólidos. Es- pecialmente aquelas que geram resíduos qualifcados como resíduos especiais, assim defnidos os gerados em indústrias ou em serviços de saúde, como hospi- tais, ambulatórios, farmácias, clínicas que, pelo perigo que representam à saúde pública e ao meio ambiente e exigem maiores cuidados no seu acondicionamento, transporte, tratamento e destino fnal. Sendo essa exi- gência tanto da Política Nacional de Resíduos Sólidos e seu decreto regulador, quanto da Resolução CONAMA 358/2005 e RDC nº 306/04 da ANVISA. A nova lei defne as obrigações dos geradores que já estavam em Resoluções do CONAMA e da ANVISA. Isso quer dizer que não há obrigações adicionais, mas as já exitentes agora passam a ser respaldas por lei federal. Essa Resolução CONAMA, em seu artigo 6º., exi- ge que os geradores de resíduos de serviços de saúde devem apresentar até 31 de março de cada ano, de- claração, referente ao ano civil anterior, subscrita pelo administrador principal da empresa e pelo responsável técnico devidamente habilitado, acompanhada da res- pectiva ART, relatando o cumprimento das exigências previstas nesta Resolução. Entendemos que seria esse o prazo ideal para as empresas de serviços de saúde apresentarem seu plano de gerenciamento de resíduos sólidos, porque a partir dessa data a fscalização pas- sará a agir com mais rigor em relação a apresentação desse plano de gerenciamento de resíduos, uma vez que cidades como São Paulo, por exemplo, já estão exigindo legalmente essa responsabilidade dos gran- des geradores, com aplicação de duras penalidades para quem descumpri-las. Assim, para se prevenirem de notifcações de co- branças de adequação ou de pesadas multas pela falta de adequação, faz-se necessário que as empresas de serviços de saúde e indústrias, em geral, tenham seus PGRSS, tendo em conta que o serviço de consultoria especializado englobe a proposição de tratamento dos seus resíduos, considerando seus volumes e característi- cas; as possibilidades e conveniência de reuso de alguns dos materiais; a conveniência de separação para recicla- gem; as ofertas do mercado para a coleta, transporte e processamentos; a estruturação organizacional do gera- dor para cuidar do manejo dos resíduos; a proposição de normas e procedimentos internos; plano de investimen- tos em equipamentos, tecnologias e instalações para seu manejo interno, antes do seu descarte externo e o geren- ciamento, incluindo o projeto interno e procurement dos equipamentos e instalações, se for o caso. Teodora Tavares Teodora Tavares é advogada especializada em Direito Ambiental – Destinação de Resíduos Sólidos: [email protected] 43 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 A r t i g o 44 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 RESUMO Um método foi proposto para a extração e detecção de cloroflas a e b através de análise por injeção em fuxo. O método forneceu uma velocidade analítica de 12 amostras por hora com um limite de detecção de 0,01mg.gmf 1 para o teor de clorofla a e b. Os resultados obtidos com o método proposto apresentaram boa concordância com aqueles obtidos por um método convencional para determinação do teor de cloroflas a e b em uma amostra de Cecropia pachystachya. Palavras-chave: FIA. Clorofla. Extração em Linha. SUMMARY This method has been proposed for the extraction and detection of chlorophylls a and b through in fow injection analysis. The analytical method provided a speed of 12 samples per hour with a limit of detection of 0,01mg.gmf 1 for the content of chlorophyll a and b. The results obtained by proposed method are in good agree with those obtained by conventional method for determination of chorophyllsa and b in a sample of Cecropia pachystachya. Keywords: FIA.Chlorophyll.Extraction On-line. Edemar Benedetti Filho¹ * , Antonio Rogério Fiorucci¹, Denise Bassana Dias ¹ e Etenaldo Felipe Santiago ² ¹ Curso de Licenciatura em Química, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. ² Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. *Correspondência [email protected] A r t i g o EXTRAÇÃO E DETECÇÃO DE CLOROFILAS ATRAVÉS DE ANÁLISE POR INJEÇÃO EM FLUXO IntROdUçãO As cloroflas são os pigmentos naturais mais abundantes presentes nas plantas e ocorrem nos cloroplastos das folhas e em outros tecidos vegetais. O nome clorofla foi proposto por Pelletier e Caventou, em 1818, para designar a substância verde que só podia ser extraída das folhas com o auxílio do álcool. Atualmente os pigmentos cloroflianos são de gran- de importância comercial, podendo ser utilizados tanto como pigmentos quanto como antioxidantes. Existem diversos tipos de cloroflas que diferem ligeiramente entre si em pequenas variações estruturais em suas moléculas e são classifcadas em clorofla a, b, c e d. Ambas as cloroflas (a e b) (1) são componentes das mem- branas dos cloroplastos e ocorrem na razão clorofla a/b de aproximadamente 3 para 1. Plantas expostas a elevados fu- xos de fótons fotossintéticos (FFF) apresentam razões clo- rofla a/b em torno de 3,2 a 4,0 e plantas crescendo em am- bientes com reduzidos FFF possuem razões a/b em torno de 2,5 a 2,9. O comportamento das moléculas de clorofla a em res- posta à indução pelo fuxo de fótons pode se manifestar como respostas de fuorescência passíveis de serem mensu- radas com fuorímetros. Os parâmetros de fuorescência da clorofla a bem como das razões a/b, podem se constituir em importantes ferramentas para avaliar as respostas de plantas a fatores geradores de estresse. O teor de clorofila na folha é utilizado para predizer o nível nutricional de nitrogênio (N) em plantas, devido ao fato da quantidade deste pigmento correlacionar-se pro- porcionalmente com o teor de N na planta (2). Essa cor- relação é atribuída, principalmente, ao fato de que 50% a 70% do N total das folhas serem integrantes de enzimas que estão associadas aos cloroplastos (3). A atividade fo- tossintética, o conteúdo de proteínas solúveis, de N, ma- cronutrientes e micronutrientes existentes nas folhas são variáveis e podem ser correlacionadas com o conteúdo de clorofila no tecido foliar (4). A determinação da clorofila é tradicionalmente reali- zada pela extração dos solutos foliares e posterior deter- minação espectrofotométrica, utilizando comprimentos de onda na região do vermelho do espectro de luz visível. Este procedimento é lento, sendo realizado geralmente em torno de duas horas apresentando baixa reprodutibi- lidade (5-6). Na atualidade existem diversas técnicas analíticas que propiciam obtenções de melhores resultados em termos de seletividade e sensibilidade nas análises. A necessi- dade de realização de algumas operações preliminares à detecção e quantificação das espécies de interesse em diferentes matrizes, como separação e pré-concentração, constituem-se ainda na etapa limitante das determinações 45 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 analíticas. Neste contexto, as análises por injeção em flu- xo são capazes de substituir com vantagens os proces- sos manuais de separação, reduzindo custos, tempo de análise e manipulação de amostras, levando a um menor risco de contaminação e perdas de reagentes (7-8). Uma outra característica importante na análise por injeção em fluxo é a obtenção de resultados rápidos e reprodutíveis, possibilitando o desenvolvimento de procedimentos analí- ticos com alta frequência analítica. Em contrapartida com a preocupação da preservação ambiental, o uso de menor quantidade de reagentes como solventes orgânicos no la- boratório se torna cada vez mais uma necessidade em vis- ta da rigidez atual das leis ambientais e pressão da própria sociedade. Diversos laboratórios utilizam à metodologia proposta por Arnon (9) para as determinações de cloroflas a e b, que apresenta pouca velocidade analítica e baixa precisão, na qual é necessário retirar discos de 0,5cm de diâmetro do material vegetal, lavar, extrair moendo a amostra com so- lução de acetona 80% (v/v), centrifugar por 10 minutos e posteriormente medir a absorbância no espectrofotômetro. Neste trabalho, objetivou-se desenvolver uma meto- dologia de análise em injeção em fluxo para determinar o conteúdo de clorofilas a e b em amostras de tecidos vegetais, propondo uma automação de um método con- vencional de extração e determinação de clorofilas a e b por espectrofotometria. MAtERIAIS E MÉtOdOS Limpeza da vidraria Toda vidraria e recipientes para armazenagem de so- luções foram previamente lavados com detergentes, água destilada, ácido nítrico 10% v/v e enxaguados com água deionizada e bidestilada. Equipamento Um espectrofotômetro Femto 700Plus com uma célula de fluxo de quartzo de 8µl foi usado. O sistema de propul- são consistiu de uma bomba peristáltica Ismatec IPC-8. Para o sistema FIA foram utilizados tubos de polietileno de 0,8mm de i.d. Preparação da minicoluna A minicoluna foi preparada utilizando um tudo de vidro boro silicato (comprimento: 8,0cm, i.d.: 4,0mm) o qual foi pre- enchido com o material a ser analisado. Reagentes Todos os reagentes foram de grau analítico, acetona PA (Dinâmica, 99,8% de pureza). Água deionizada e bi- destilada foi usada no preparo de todas as soluções. As soluções de extração (acetona-água, 80% v/v) foram pre- paradas diariamente pela dissolução de acetona em água deionizada e bidestilada. Preparação da amostra Foram coletadas folhas de Cecropia pachystachya, pico- tadas a cada 1,0 mm e lavadas com água bidestilada. Foi pesado cerca de 0,50g de folhas picotadas e colocadas em placa de petri contendo água bidestilada. A amostra de 0,50g foi empacotada dentro da minicoluna e adicionada fbra de vidro em ambas as extremidades da coluna. PARtE EXPERIMEntAL Sistema FIA O sistema de injeção em fuxo é esquematizado na Figura 1. Foram utilizados cabos TygonIsmatec com a especifcação MHLL resistente a acetona, semelhante ao Viton  . A extração foi executada utilizando uma minicoluna empa- cotada com amostra picotada e inserida em linha. O sinal foi medido em 645 e 663nm. Sistema convencional Acetona 80% PP C D W Na determinação do conteúdo de cloroflas a e b, amos- tras de 0,50g de tecido foliar fresco foram postas em tubos com tampa contendo 5,0mL de acetona 80% (v/v) em água onde permaneceram por 24 horas em câmara fria, protegidas da luz. Após 24 horas os extratos foram fltrados e a leitura efetuada em 663 e 645nm para clorofla a e b, respectivamen- te (9). As determinações da clorofla (mg gmf -1 ) basearam-se nas equações abaixo relacionadas: Clorofla a = Clorofla b = nas quais A é a absorbância no comprimento de onda indi- cado, V é o volume fnal do extrato clorofla-acetona em mL, e MMF é a massa da matéria fresca em gramas do material vegetal utilizado. Figura 1. PP: bomba peristáltica; C: minicoluna; D: detector; W: descarte 00) 9 [$ [$ 1000 ) 69 , 2 7 , 12 ( 645 663 00) 9 [$ [$ 1000 ) 68 , 4 9 , 22 ( 663 645 A r t i g o 46 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Relação entre massa da amostra e absorbância Para avaliar possíveis correlações entre a massa das amostras e a absorbância foram analisadas cinco amostras com massa crescente (0,1g) com detecção em 645 e 663nm, respectivamente. RESULtAdOS E dIScUSSãO A correlação entre a massa da amostra presente na mini- coluna e a respectiva absorbância é descrita na Figura 2. Através da pouca variação entre as massas e os respecti- vos desviospadrões, o restante dos experimentos foram rea- lizados padronizando a utilização de 0,50g para as amostras para uma melhor extração de clorofla. O volume do tubo de vidro (minicoluna) foi padronizado para acomodar a massa utilizada para a extração da clorofla. Composição e volume da solução extratora acetona/água Observou-se que com a composição de 80% de acetona em água há a maior extração de clorofla, conforme demons- tra a Figura 3. A Figura 4 apresenta os valores de absorbância medidos com solução extratora de acetona 80% (v/v) em água para amostras de 0,50g em função do volume de solução extratora utilizado. O volume de 5,0mL da solução extratora apresentou uma absorbância próxima ao método convencional, e sendo adotado por utilizar uma melhor quantidade de reagente com uma signifcativa medida de absorbância. Comparação entre as metodologias O método proposto para a extração e determinação do teor de clorofla a e b foi aplicado para uma amostra de Cecro- pia pachystachya Trec. (Urticaceae), e mostrou-se efciente. Para validar os resultados obtidos através do desenvolvimen- to do sistema em fuxo, a amostra foi analisada por extração e detecção convencional da clorofla (10-12). Os valores deter- minados por ambos os métodos são mostrados na Tabela 1 para um conjunto de 10 réplicas. Como pode ser observado, o método proposto possui boa precisão sendo que os valores encontrados empregando-se ambos os métodos estão em boa concordância a um nível de confança menor que 4%. O método proposto forneceu uma velocidade analítica de 12 amostras por hora, com um limite de detecção de 0,01 mggmf -1 e um desvio padrão de ±0,05 entre as amostras. Estudos similares foram executados em comprimento de onda de 645nm e estes apresentaram as mesmas ca- racterísticas de estudo que o comprimento de 663nm. 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,58 0,60 0,62 0,64 0,66 0,68 0,70 0,72 0,74 0,76 A massa / g 60 65 70 75 80 85 90 0,64 0,66 0,68 0,70 0,72 0,74 0,76 0,78 0,80 A %(v/v) de acetona em água Figura 2. Valores médios e desvio padrão para absorbância (λ = 663nm, n=5) em função da massa de amostra de folhas de Cecropia pachystachya extraída com acetona 80% (v/v) em água Figura 3. Valores médios e desvio padrão para absorbância (λ = 663nm, n=5) em função da composição percentual de acetona da mistura extratora acetona/água 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 0,68 0,69 0,70 0,71 0,72 0,73 0,74 0,75 0,76 0,77 A voIume / mL Figura 4. Valores médios e desvio padrão para absorbância (λ = 663nm, n=5) em função do volume de solução extratora de acetona 80% (v/v) em água Tabela 1. Valores médios e seus desvios padrão (n=10) para os valores determinados de clorofla a e b pelo método convencional e proposto para uma amostra de Cecropia pachystachya Método Absorbância ( 645) / nm Absorbância ( 663) / nm clorofla a / mg gmf-1 clorofla b / mg gmf-1 Proposto 0,432 ( ± 0,015 ) 0,723 ( ± 0,024 ) 0,0802 (± 0,0012) 0,0651 (± 0,0013) Convencional 0,440 ( ± 0,064 ) 0,740 ( ± 0,084 ) 0,0821 (± 0,0020) 0,0661 (± 0,0022) 47 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 cOncLUSãO Devido à necessidade de serem executadas análises cada vez mais rápidas e com menores interferências externas, o sis- tema de análise por injeção em fuxo apresentou-se como uma excelente alternativa analítica. O método automatizado em FIA R E f E R ê n c I A S VALLADARES, F.; DOBARRO, I; SÁNCHEZ-GÓMEZ, D. & PEARCY, R. W. Photoinhibition and drought in Mediterranean wood saplings: scaling effects and interactions in sun and shade phenotypes. Journal of Experimental Botany, 56 (411): 483-494, 2004. 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Bras., 39(11): 1087-1093, 2004. proposto apresentou bons resultados comparados com o méto- do tradicional de análise para clorofla em tecido vegetal, com um limite de detecção e desvio padrão melhor que o convencional, o que sugere a possibilidade de aplicação desta técnica para os estudos do conteúdo de cloroflas a e b em amostras de tecidos vegetais, inclusive com aumento da velocidade analítica. A r t i g o 48 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 EMPREGO DO SORO DE LEITE BOVINO E BUBALINO PARA PRODUÇÃO DE BIOMASSA PELA LEVEDURA Kluyveromyces marxianus 229 RESUMO O soro de leite é considerado um subproduto de elevado valor nutricional, sendo composto por aproximadamente de 4,6% lactose, 0,8% de proteína, 0,5% de gordu- ra, 0,5 - 0,8% de matéria mineral e 0,2 - 0,8% de ácido lático. Quando este é descar- tado em corpos receptores de água pode causar danos ambientais. Desta maneira, o objetivo do trabalho foi produzir proteína microbiana por Kluyveromyces marxianus 229 com o intuito de avaliar a redução do potencial poluidor de tal subproduto. Neste trabalho foram testadas a infuência de diferentes diluições dos soros de leite ácido e doce de origem bovina e do soro doce de origem bubalina no crescimento celular e concentração proteica. Para tanto, se fez análises de carboidratos, proteínas, cinzas, acidez lática e pH do sobrenadante, além de verifcar o crescimento microbiano e sua adaptação nos meios; na biomassa produzida pela levedura analisou-se a proteína intracelular e massa seca. A maior obtenção de biomassa do soro ácido bovino foi no M1 (meio sem diluição), no entanto, considerando que no M2 (diluição 1:1) a concen- tração do soro foi diluída em duas vezes, em termos de rendimento fnal, este último aumentou em 37% a concentração celular. Após o cultivo da levedura em soro de leite doce bovino a maior concentração celular foi no M3 (diluição 1:2), o qual mos- trou rendimento fnal de 2.200 e 644% maior que M1 e M2, respectivamente. O meio formulado com o soro doce bubalino que mais estimulou a formação de biomassa foi o mais diluído (M3). O meio de cultivo formulado com soro de leite doce bovino foi o que resultou numa maior produção de biomassa quando comparada com os outros soros. O M3 formulado com o mesmo mostrou 4569% maior produção celular do que o M3 bubalino. A produção de proteína intracelular por K. marxianus 229 foi se- melhante em todos os meios de cultivo. Entretanto, os meios M3 formulados com os soros de leite mostraram maior rendimento em biomassa, obtendo maior produção protéica da mesma por litro. Sendo assim, nos meios formulados com o soro diluído, além de mostrarem maior rendimento celular, resultaram numa menor concentração de sólidos residuais, o que diminui a demanda bioquímica de oxigênio, causando menos impacto ambiental. Palavras-chave: Soro de Leite Bovino e Bubalino. Biomassa. Proteína. Kluyve- romyces marxianus. SUMMARY The milk whey is considered a byproduct of high nutritional value, comprising approximately 4,6% lactose, 0,8% protein, 0,5% lipids, 0,5-0,8% of minerals and 0,2-0,8% of latic acid, when it is discarded in water can cause environmental da- mage. Thus, the intention of this study is to produce microbial protein by Kluyve- romyces marxianus 229 to evaluate the reduction of the pollution potential of such byproduct. This study tested the infuence of different dilutions from bovine sweet milk whey, bovine acid milk whey and whey from buffalo milk at the cell growth and protein concentration. For this was made analysis of carbohydrates, protein, Cleidiane Samara Murari*, Danilo Vidotti, Claudia Dorta, Alda M. M. B. Otoboni Faculdade de Tecnologia de Marília *Correspondência: [email protected] A r t i g o 49 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 INTRODUÇÃO O interesse por subprodutos industriais vem au- mentando devido à capacidade dos mesmos em serem utilizados como substrato para produção de proteína microbiana, um produto com elevado valor nutricional. Dentre os diversos subprodutos descartados pelas in- dústrias pode-se citar o soro de queijo ou também cha- mado soro de leite (CAZETTA e CELLIGOI, 2005). Por muito tempo o soro de leite foi considerado um produto de baixo valor comercial residual, hoje em dia felizmente esta abordagem vem sendo abandonada devido às suas proteínas apresentarem excelentes pro- priedades biológicas, tecnológicas e funcionais, sendo o mesmo tratado cada vez mais como um subproduto de alto valor agregado (TULLIO, 2007). Bonato et al., (2006) defne o soro de leite como um líquido opaco de coloração amarelo-esverdeado obtido da precipitação e remoção das caseínas do leite du- rante a produção de queijo podendo ser esta por via ácida ou enzimática. Este subproduto representa cerca 85% a 95% do volume de leite utilizado na produção de queijo, retendo 55% dos seus nutrientes (ALMEIDA, 2004), sendo constituído por aproximadamente 6,5% de sólidos totais, onde dentre os mesmos, cerca de 4,6% é lactose, 0,8% de proteína, 0,5% de gordura, 0,5% - 0,8% de matéria mineral e 0,2% - 0,8% de ácido lático (ANTUNES, 2003). O soro é um constituinte de grande importância, tanto pelo volume gerado nos laticínios, como pela sua carga poluidora, que quando lançada em corpos recep- tores d’água pode causar um grave problema ambien- tal, sendo que aproximadamente 80% do volume do leite destinado à fabricação de queijos se transformam em soro (SOUZA et al., 2005). Dentre as difculdades encontradas para o aprovei- tamento do soro pode-se citar que grande parte das queijarias é de pequeno porte, não dispondo de meios econômicos e tecnológicos para a implantação de um sistema de tratamento do soro gerado, além da falta de recursos humanos qualifcados nas unidades produti- vas (MENDES e ARAÚJO, 2003). Segundo Ponsano et. al. (1992), o descarte do soro de leite diretamente no solo conduz a sérios problemas como comprometimento da estrutura físi- co-química e diminuição do rendimento na colheita. De acordo com Costa (2008), grande parte do soro de queijo produzido em diversas partes do mundo ainda é incorporado às águas residuais dos laticí- nios, sendo assim uma das principais fontes polui- doras gerada por esse setor. O soro por apresentar alta Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), torna-se altamente poluente (FA- RIA et al., 2004). minerals, lactic acidosis and pH of the supernatant checking the microbial growth and adaptation in the substratum, the biomass produced by the yeast, analyzing the intracellular protein and dry mass. The greatest achievement of the biomass from acid milk whey was at the M1 (substratum undiluted), whereas in M2 (dilution 1:1) the concentration of whey was diluted twice, in fnal income, M2 increased by 37% cell concentration. After growing the yeast in bovine sweet whey, the cell con- centration was higher in M3 (dilution 1:2) which showed a fnal income of 2.200 and 664% higher than M1 and M2, respectively. The substratum formulated with buffalo sweet whey what resulted in increased biomass production was at the M3 (dilution 1:2). The substratum formulated with bovine sweet whey was what resulted in in- creased biomass production when compared with other whey. The M3 formulated with the same showed 4569% higher cellular production than the M3 of buffalo. The production of intracellular protein by K. Marxianus 229 was similar in all substra- tums. However, the M3 had higher biomass income, were the better production of the same protein per liter was expressed. Thus, in substratum formulated with the diluted whey showed increased cellular income and resulted in a lower concentra- tion of solid waste, which reduced the biochemical oxygen demand, causing less environmental impact. Keywords: Bovine and Buffalo Milk Whey. Biomass. Protein. Kluyveromyces mar- xianus. A r t i g o 50 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Segundo Domingues e Teixeira (1999) para cada li- tro de soro são desperdiçados cerca de 50g de lactose que são fonte de material energético para diversos pro- cessos biotecnológicos e 10g de proteína com elevado valor nutricional e funcional, que contêm aminoácidos essenciais, portanto desta forma cria-se condições que para se pensar num processo de valorização do soro com simultânea redução. Dentre as tecnologias disponíveis para aproveitar o soro de queijo, de acordo com Minas Ambiente (1998) pode-se utilizá-lo na alimentação animal, como subs- trato para a fermentação e pode-se empregá-lo tam- bém em diversos produtos como iogurtes, sorvetes, bebidas carbonatadas e alimentação infantil, no entan- to mesmo com várias alternativas de uso nas indústrias de alimentos, vem se buscando soluções mais simples com baixo custo de melhor compatibilidade com a pre- servação do meio ambiente para o tratamento do soro descartado pelas indústrias (COSTA, 2008). Outra aplicação viável para aproveitamento deste subproduto está voltada na produção de biomassa pro- teica por microrganismos, a qual se refere ao crescimen- to primário destes com posterior recolhimento das célu- las, sendo que estas são caracterizadas principalmente pelo seu alto teor de proteína (REFFATTI et al. 2007). No caso do soro, esta pode ser uma das alterna- tivas para diminuir seu potencial poluidor, utilizando microrganismos que se adaptem ao mesmo, conver- tendo assim a lactose em biomassa ou etanol através da fermentação (CARMINATTI, 2001; RÉVILLION, et al., 2000). Um dos microrganismos que pode ser em- pregado pode ser a levedura Kluyveromyces marxianus que é de grande importância industrial não só por cau- sa das suas aplicações tradicionais como produção de biomassa e enzimas (PINHEIRO, 2004), mas também por apresentar grandes vantagens por ser um produtor ativo de galactosidase quando a lactose é usada como substrato. Ainda essa possui padrão – GRAS (Generally Recognized as Safe), ou seja, trata-se de um microrga- nismo seguro do ponto de vista da segurança alimentar e saúde pública, (OGRODOWSKI, 2006). Estudos realizados por Silveira (2006) mostram que a Kluyveromyces marxianus além de sintetizar bioprodu- tos como enzimas hidrolíticas, produzir biomassa para indústria alimentícia, ribonucleotídeos e oligossacaríde- os, também oferecem vantagens no processo industrial quanto à velocidade de crescimento e alta atividade da enzima β-galactosidase. Dessa forma, neste trabalho os soros de leite áci- do e doce bovino e o doce bubalino foram usados em diferentes concentrações para a produção de proteína microbiana por Kluyveromyces marxianus 229, além de avaliar a redução do seu potencial poluidor. MATERIAL E MÉTODOS Material biológico Soro de leite ácido bovino Para a obtenção do soro ácido do leite bovino, o pH do leite foi abaixado para 3,5 com ácido sulfúrico (1 M) a uma temperatura de 35 o C. Para garantir maior padronização dos experimentos o leite usado foi em pó integral (Batavo). Soro de leite doce bovino O soro doce foi obtido a partir da coagulação das caseínas do leite em pó integral (Batavo) com coalho vendido comercialmente (Estrella: quimosina) a 35 o C. Soro de leite doce bubalino O soro doce bubalino foi obtido através da produção do queijo tipo frescal no laboratório de processamento desta instituição. Para tanto, a coagulação do leite foi feita com adição de coalho Estrella a 35 o C. Linhagem dos microrganismos Foi utilizada a linhagem de levedura Kluyveromyces marxianus 229 adquirida junto ao Departamento de Bio- química e Microbiologia da UNESP de Rio Claro (SP). Métodos analíticos: soro de leite bruto e soro de leite fermentado Análise de proteínas A concentração de proteína do soro de leite foi feita pelo método de Lowry (HARTRE, 1972). A leitura foi fei- ta em espectrofotômetro (FEMTO MOD 700S) a 650nm, onde simultaneamente foi feita uma curva de calibração com diferentes concentrações de albumina bovina. Análise de carboidratos Foi realizado através da técnica de ADNS (ácido 3,5- dinitrossalicílico, (MILLER, 1959), a qual mede o teor de açúcares redutores. Foi feita a curva de calibração com diferentes concentrações de lactose e a leitura em es- pectrofotômetro (FEMTO MOD 700S) a 540nm. Análise de cinzas A metodologia empregada foi a descrita no Manual de Métodos Físico - Químicos para Análise de Alimentos (Instituto Adolf Lutz 2005), que se fundamenta na perda 51 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 A r t i g o 52 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 que ocorre quando o produto é incinerado em mufa a 500 - 550 º com destruição da matéria orgânica. Análise da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) A análise da DBO foi realizada pelo – LACI labora- tório de Análises Químicas, Microbiológicas e Controle Industrial, seguindo Standart Methods – 21th Edition: 2005. Tal análise foi realizada apenas nos experimentos realizados com o soro doce de leite bovino. Obtenção de biomassa de levedura Cultivo da levedura Após a obtenção dos soros com posterior fltração dos mesmos, correção do pH para 3,5 e preparação dos meios de cultivo em diferentes diluições (1, 2 e 3 vezes), foi feita a esterilização destes em autoclave a 121ºC por 10 minutos, seguida de inoculação das leve- duras. De acordo com Ogrodowski (2006), o pH do soro numa faixa de 3,5 é necessário para evitar-se a reação de Maillard que pode ocorrer durante a esterilização. Assim, no atual trabalho os soros obtidos tiveram o pH ajustado para 3,5. Exceto, nos meios formulados com soro de leite doce bubalino os quais passaram por tra- tamento térmico em banho-maria a 72ºC por 10 minu- tos obtendo-se melhor resultado. A levedura Kluyveromyces marxianus 229 foi cultiva- da em 500 mL de soro de leite nas seguintes concentra- ções: sem diluição (Meio 1), diluição 1:1 (Meio 2) e 1:2 (Meio 3), a 28ºC por 24h. Após o término da fermenta- ção a biomassa formada foi separada do sobrenadante por centrifugação (1000g por 20 minutos). Nos meios formulados com soro ácido de leite bovino, foram usa- das apenas duas diluições (1 e 2 vezes). Contagem de microrganismos A contagem do inóculo inicial foi realizada através de plaqueamento em superfície em meio PCA. A contagem das células após o cultivo em soro de leite foi realizada através da técnica de câmara de Neu- bauer. Proteína intracelular – biomassa Kjeldahl Modifcado. Metodologia de ANFAR (Méto- dos Analíticos de Controle de Alimentos para uso Ani- mal, 1992), adaptada pelo método de Kjeldahl modif- cado (Instituto Adolf Lutz, 2005). Biomassa seca A metodologia empregada foi a descrita AOAC (Association of Analytical Chemistry, Offcial Methods of Analysis), na qual após a centrifugação a 1000 g e lavagem do fermento, este foi colocado em placas de Petri e levado até a estufa, a 105ºC, até atingir massa constante. Análise estatística Os experimentos foram realizados em triplicata. Os dados amostrais foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste de Tukey e Kramer através do programa GRAPHPAD INSTAT (Ru- tgers University, Camden, New Jersey). Os tratamentos foram considerados signifcativos para p < 0,05. RESULTADOS E DISCUSSÃO Análises físico-químicas dos soros de leite A Tabela 1 mostra que o pH para obtenção do soro ácido foi abaixo do encontrado pela literatura, a qual indica em torno de 4,6. Isto pode ter ocorrido por cau- sa do processo térmico que o leite em pó sofre (spray drying), o que pode ter levado a desnaturação parcial de algumas de suas proteínas, sobretudo as k- caseí- nas que se apresentam na porção externa das micelas (estrutura quaternária das proteínas do leite) ligadas por fosfato de cálcio e água, sendo a mesma muito impor- tante para a produção de queijo, e consequentemente criando a necessidade de uma maior adição de ácido para a coagulação do leite (Antunes, 2003). Já o pH dos soros doce bovino e bubalino, apresentaram-se igual a 6, 0, que é o encontrado para tal tipo de soro. O teor de cinzas no soro ácido foi 30% maior (Tukey, p<0,05) que a encontrada no soro doce bovino, isto provavelmente ocorreu, pois seu método de obtenção proporcionou uma menor retenção dos minerais no coágulo de caseína formado e, como consequência, maior teor de minerais no soro. Resultado semelhante foi discutido por Révillion et al. (2000). Parâmetros Soro Ácido Bovino Soro Doce Bovino Soro Doce Bubalino pH inicial 3,5 ± 0,10 6,0 ± 0,10 6,0 ± 0,10 Proteína 1,70% ± 1,00 5,00% ± 1,00 1,50% ± 1,00 Carboidrato 3,10% ± 0,55 4,60% ± 0,34 3,10% ± 0,57 Cinzas 1,10% ± 0,30 0,77% ± 0,02 1,60% ± 0,20 Tabela 1. Caracterização da composição média dos diferentes tipos de soro obtidos antes da fermentação 53 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 O soro doce bovino apresentou um teor de cinzas que condiz com a literatura, pois esta afrma que o mes- mo fca em torno de 0,5% a 0,8%. No soro doce buba- lino, a concentração de cinzas apresentada foi 100% maior do que no bovino. Segundo Rocha (2008), o leite de búfala possui teor de minerais como cálcio e mag- nésio maior do que o leite bovino, o que pode interferir no teor de cinzas do soro. Em relação à concentração de carboidratos média, to- dos os soros estudados apresentaram-se de acordo com literatura, na qual cita o teor de carboidratos de aproxima- damente 4,6% (CARMINATTI, 2001). Não houve diferença signifcativa entre os mesmos (Tukey, p>0,05). A concentração proteica do soro de leite doce bu- balino mostrou-se próxima a encontrada pela litera- tura. De acordo com os estudos de Rocha (2008), ao caracterizar o soro de leite bubalino este obteve uma concentração de 2,01% de proteínas. Lira (2007) en- controu 1,19% de proteínas no soro doce bubalino. Já enquanto a concentração de proteínas caracterizadas nos soros de leite bovino, Teixeira e Fonseca (2008) em seu trabalho caracterizaram o mesmo com 0,8% de proteínas. Esta concentração proteica foi 84% menor que a encontrada no atual trabalho (Tukey, p<0,05). Tal diferença pode ser devido ao soro ter sido obtido de um leite em pó, o qual já é processado, e pode haver maior perda de proteínas no soro. Cultivo de Kluyveromyces marxianus 229 em meios formulados com soro ácido de leite bovino A Figura 1 mostra o consumo médio de proteína por Kluyveromyces marxianus 229 após a fermentação em dois tipos de meios de cultivo. A levedura consumiu 84,94% e 52,44% de proteína do M1 e M2, respectivamente. A Figura 2 mostra o consumo médio de carboidra- tos realizado pela levedura Kluyveromyces marxianus 229, na qual após a fermentação, a mesma consumiu 98,53% de substrato do meio de cultivo denominado M1 e 97,66% do M2, o que não representou uma dife- rença signifcativa entre os meios (Tukey, p>0,05). O teor de médio de cinzas nos meios de cultivo es- tudados, onde após a fermentação, o M1 reduziu sua concentração de minerais em 27,27%, já o M2 reduziu em 5,45%, representando uma diferença signifcativa para ambos os resultados (Tukey, p<0,05) (Figura 3). Figura 1. Concentração média de proteínas do sobrenadante de meios formulados com soro ácido de leite bovino. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. M2to A r t i g o 54 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 M1 to M1 M2 to M2 0 0,25 0,5 0,75 1 1,25 1,5 1,75 2 2,25 2,5 2,75 3 3,25 Meios de Cultivo C o n c e n t r a ç ã o d e C a r b o i d r a t o s ( % ) Figura 2. Concentração média de carboidratos do sobrenadante de meios formulados com soro ácido de leite bovino. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. M2to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação Figura 3. Teor de cinzas do sobrenadante dos meios formulados com soro ácido de leite bovino. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. M2to = sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação 55 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 A r t i g o 56 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 O crescimento celular da levedura em ambos meios de cultivo resultou em aumento de 2,19 e 2,16 ciclos logarítmicos para o M1 e o M2, respectivamente (Figura 4), o que não representou uma diferença signifcativa para o crescimento da levedura em ambos meios de cultivo (Tukey, p>0,05) em diferentes diluições. O cultivo de K. marxianus 229 nos meios M1 e M2 não resultou em diferenças signifcativas no número de células por mL (Tukey, p>0,05), proteína intracelular e biomassa seca (Figura 4 e Tabela 2). Entretanto, no M1 houve maior consumo de carboidrato e proteína. Este resultado pode ser resultante da maior pressão osmó- tica e acidez desse meio, o que gerou maiores gastos energéticos com manutenções fsiológicas e metabó- licas da levedura, desviando parte do carboidrato e proteína que seriam convertidos em biomassa para a produção de ATP. Tais meios de cultivo também não apresentaram dife- renças signifcativas (Tukey, p>0,05) em termos de produ- tividade de biomassa e produtividade protéica, no entanto, o meio M2 foi duas vezes diluído, ou seja, o mesmo havia a metade da concentração de nutrientes do soro de leite presente no meio M1, mostrando maior rendimento. Cultivo de Kluyveromyces marxianus 229 em Meios Formulados com Soro Doce de Leite Bovino A Figura 5 mostra o consumo médio de proteína por Kluyveromyces marxianus 229 após a fermentação em três tipos de meios de cultivo. A levedura consumiu 79,66%, 93,06% e 91,33% de proteína do M1, M2 e M3, respecti- vamente. O consumo de proteína em M2 e M3 foi signif- cativamente maior (Tukey, p<0,05) do que no M1. Tabela 2. Produtividade de biomassa e de proteína obtida de K. marxianus 229 após o cultivo em soro ácido de leite bovino Biomassa M1 M2 Produtividade de Biomassa (g/L) 31,1 ± 1,10 32 ± 0,95 Produtividade Proteína (g/L) 8,93 ± 1,00 9,17 ± 0,95 Proteína Intracelular (%) 28,44 ± 1,00 28,66 ± 0,89 Massa Seca (%) 25,65 ± 1,00 25,45 ± 0,97 Figura 4. Média do número de células microbianas dos meios formulados com soro ácido de leite bovino 57 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 A Figura 6 mostra o consumo de carboidratos mé- dio realizado pela levedura Kluyveromyces marxianus 229. Após a fermentação, a mesma consumiu 87,7% de substrato do meio de cultivo M1, 93,8% no M2 e 96,8% no M3. Dessa forma, houve maior consumo do substrato (lactose) no meio M3, ou seja, o meio que foi mais diluí- do, sendo esta diferença signifcativa (Tukey, p< 0,05). O teor médio de cinzas nos meios de cultivo estu- dados, onde após a fermentação, o M1 aumentou sua concentração de minerais em 68,8%, já o M2 aumentou em 129% na concentração de teor de cinzas, e o M3 apresentou um aumento em 98%, com uma diferença signifcativa (Tukey, p<0,05) entre os três meios quando comparados entre os mesmos (Figura 7). A Figura 8 mostra a média do crescimento do núme- ro de células microbianas pela levedura Kluyveromyces marxianus 229. De acordo com a fgura, o meio que apresentou maior crescimento foi o M3 chegando a 3,52 ciclos logarítmicos, resultando em uma diferença estatística signifcativa (Tukey, p<0,05) quando compa- rado com os outros soros testados. Entretanto, a maior produtividade de proteínas e de biomassa pela levedu- Tabela 3. Produtividade de biomassa seca e de proteína obtida de K. marxianus 229 após o cultivo em soro doce de leite bovino Figura 5. Concentração média de proteínas do sobrenadante de meios formulados com soro doce de leite bovino. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. M2to = sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação. M3to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M3= sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação ra foi o apresentado pelo meio de cultivo M2 (Tabela 3), representando aumento signifcativo de 146,6% e 138,4%, respectivamente (Tukey, p<0,05), quando comparado com o M3. Esta diferença pôde ser justif- cada pelo menor inóculo inicial ocorrido no M3 (Figura 8). Ainda assim, este meio resultou em um crescimento celular de 2200 e 644% maior que M1 e M2, respecti- vamente. Considerando que M3 foi o meio mais diluído, o aumento celular corresponde a 6817% quando com- parado com o M1. Biomassa M1 M2 M3 Produtividade de Biomassa (g/L) 32 ± 1,52 37 ± 1,00 15 ± 1,05 Produtividade Proteína (g/L) 7,36 ± 0,99 10,73 ± 1,29 4,5 ± 1,00 Proteína Intracelular (%) 23 ± 1,00 29 ± 1,00 30 ± 1,05 Massa Seca (%) 23,86 ± 1,02 23,36 ± 1,01 24,34 ± 0,99 A r t i g o 58 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Figura 6. Concentração média de carboidratos do sobrenadante de meios formulados com soro doce de leite bovino. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. M2to = sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação. M3to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M3= sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação Figura 7. Teor médio de cinzas do sobrenadante dos meios formulados com soro doce de leite bovino. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. M2to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação. M3to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M3= sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação 59 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 A r t i g o 60 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Cultivo de Kluyveromyces marxianus 229 em meios formulados com soro doce de leite bubalino A Figura 9 mostra o aumento médio de proteína que ocorreu nos meios de cultivo na presença da levedura Kluyveromyces marxianus 229 após a fermentação dos três tipos de meios de cultivo de soro bubalino. A leve- dura aumentou a concentração de proteínas em 268% no M1, em 100% no M2 e 75,5% no M3. Existiu aumento de 22,5% da concentração média de açúcares redutores após o cultivo da levedura no M1 e de 10,2% no M3 (Figura 10), podendo ser indí- cio de que a levedura tenha sofrido estresse osmótico, levando a perda de açúcar citoplasmático com a saí- da de água da célula, onde o metabolismo da mesma fca diminuído como resultado desta perda. Por outro lado também pode ter ocorrido danos na membrana ci- toplasmática havendo perda de nutrientes (PELCZAR et al., 1997). Alguns microrganismos excretam substân- cias para evitar a saída de água do citoplasma, o que pode ter ocorrido também em tal situação. A Figura 11 representa o teor médio de cinzas nos meios de cultivo estudados. O cultivo do microrganis- mo no M1 reduziu deste a concentração de minerais em 37,5% e no M3 em 43,3%, sendo estas diminuições signifcativas (Tukey, p<0,05). A Figura 12 mostra o crescimento microbiano dos três meios de cultivos estudados no soro doce bubalino. Assim como no soro doce de leite bovino, os meios de cultivo formulados com o soro bubalino também apresentaram maior crescimento no M3, com um aumento de 1,85 ciclos logarítmicos, sendo este signifcativo (Tukey p<0,05) quan- do comparado com os meios M1 e M2. Figura 8. Média do número de células microbianas dos meios formulados com soro doce bovino Tabela 4. Produtividade de biomassa seca e de proteína obtida de K. marxianus 229 após o cultivo em soro doce de leite bubalino Biomassa M1 M2 M3 Produtividade de Biomassa (g/L) 0,9 ± 0,10 2,9 ± 1,00 5,8 ± 1,00 Produtividade Protéica (g/L) 0,29 ± 0,02 0,93 ± 0,03 1,78 ± 0,60 Proteína Intracelular (%) 32,34 ± 0,93 32,17 ± 1,10 30,7 ± 1,05 Massa Seca (%) 19,47 ± 1,10 19,87 ± 1,10 25,28 ± 0,98 61 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Figura 9. Concentração média de proteínas do sobrenadante de meios formulados com soro doce de leite bubalino. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. M2to = sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação. M3to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M3= sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação Figura 10. Concentração média de carboidratos do sobrenadante de meios formulados com soro doce de leite bubalino. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. M2to = sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação. M3to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M3= sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação A r t i g o 62 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Em termos de produtividade proteica, de biomassa e crescimento microbiano (Figura 12 e Tabela 4), o meio de cultivo M3 foi o que apresentou melhores resulta- dos (Tukey, p<0,05) quando comparado com os outros. Como citado anteriormente o soro doce de leite buba- lino exerceu pressão osmótica sobre a levedura, assim num meio mais diluído era esperado maior crescimento e produtividade de biomassa. Comparação da produtividade protéica e de biomassa pela levedura Kluyveromyces marxianus 229 Dentre os três tipos de soros estudados em diferen- tes diluições, observou-se que em termos de produti- vidade proteica, de biomassa e de crescimento celular, o soro doce de leite bovino foi o que apresentou re- sultados mais satisfatórios quando comparado com os demais (Tukey p<0,05), já que o mesmo obteve produti- vidade de biomassa de 37 g/L e produtividade proteica de até 10,73 g/L (Tabela 3). O meio de cultivo do soro doce bovino quando com- parado com o do soro doce bubalino resultou na maior produção celular da levedura K. Marxianus 229 de até 4.569%. Já em termos de produtividade proteica e de biomassa, o meio com soro doce bovino apresentou 83,41% e 84,32%, respectivamente, maior que o bu- balino nos meios mais diluídos. Esta diferença pode ser justifcada pela maior pressão osmótica ocorrida no soro doce bubalino como comentada anteriormente. Pinheiros (2004) em seu trabalho sobre o efeito da pressão osmótica na fsiologia de leveduras, ao testar o crescimento da levedura Kluyveromyces marxianus ATCC 10022 sobre microarejamento, em soro de leite que continha 4 g de lactose por litro, obteve um rendi- mento de biomassa de aproximadamente 31,6 g/L. Tal resultado não diferenciou muito dos encontrados nos soros ácido e doce de leite bovino do presente trabalho em termos de rendimento. Ogrodowski (2006) ao avaliar a produção de biomas- sa em soro de queijo para obtenção de ribonucleotídeos, por Candida utilis CCT3469, Bacillus subtilis CCT0534, Kluyveromyces marxianus CCT4294 e Saccharomyces cerevisiae, obteve menor produção de biomassa: 3,0 g.L -1 , 4,23g.L -1 , 8,6g.L -1 e 7,9g.L -1 , respectivamente, para cada microrganismo estudado. Entretanto, o pes- Figura 11. Teor médio de cinzas do sobrenadante dos meios formulados com soro doce de leite bubalino M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. M2to = sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação. M3to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M3= sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação 63 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 quisador utilizou 15% (p/v) de soro de queijo desidrata- do para realização dos testes, sendo estas condições diferentes do apresentado no atual trabalho (soro a 33 a 100% p/v). Já Sabra et al. (2003) em seu trabalho sobre produção de biomassa por Kluyveromyces marxianus com soro de leite sem diluição e suplementado com alguns nutrientes obteve um rendimento máximo de biomassa após 12 horas de cultivo de 9,6 g/L. Em relação à produtividade proteica da biomassa, Terra et al., (1974) em seu trabalho realizado sobre a caracterização da composição da biomassa formada por Kluyveromyces fragilis em soro de leite “in natura” sem tratamento, obteve um valor de 53,06 g/100g de proteína da biomassa produzida por tal levedura. No atual trabalho, a conversão proteica foi 43% menor do que a citada chegando a 30g/100g de biomassa seca (M3) (Tabela 3). De acordo com os testes realizados nos meios for- mulados com o soro diluído, esses, além de mostrarem maior rendimento celular, resultaram numa menor con- centração de sólidos residuais pela levedura Kluyve- romyces marxianus 229, o que consequentemente diminui a demanda bioquímica de oxigênio, podendo levar a menor impacto ambiental por este subproduto. Para confrmar esta tendência realizou-se a análise de DBO dos sobrenadantes dos meios de cultivo elabora- dos com soro de leite bovino (Tabela 5). Tabela 5. Análise da demando bioquímica de oxigênio do soro doce de leite bovino Amostra DBO (mg/L Soro Bruto 38632,4 M1 21816,0 M2 19712,0 M3 18494,5 A DBO diminuiu de acordo com a diluição dos meios, chegando no M3 a uma redução de até 52,12% quando comparado com o soro bruto. CONCLUSÃO A levedura Kluyveromyces marxianus 229 em meios de cultivo formulados com os diferentes tipos de soro de leite apresentou crescimento celular satisfatório, sendo que conforme foram sendo diluídos, os meios apresentaram melhor rendimento protéico e de biomas- sa, assemelhando-se com os resultados apresentados pela literatura. O melhor meio de cultivo para obtenção da biomas- sa de K. marxianus 229 testado, foi o M3 (diluição 1:2) formulado com soro de leite doce bovino, mostrando maior consumo de carboidratos e proteínas, além de apresentar menor DBO após o crescimento. Figura 12. Média do número de células microbianas dos meios formulados com soro doce bubalino A r t i g o 64 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 R E f E R ê N C I A S ALMEIDA, E. S. - Tratamento do Efuente da Indústria de queijos por processos biológicos e químicos. 2004. 81f. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, 2004. ANFAR – Métodos Analíticos de Controle de Alimentos para uso Animal. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária-São Paulo, 1992; PREGNOLATTO, W e PREGNOLATTO, N. P., Normas Analíticas do Insttuto Adolfo Lutz, São Paulo, 1995. ANTUNES, A. J. Funcionalidade de Proteínas do soro de leite Bovino, Editora Manole, pag. 22, 2003. AOAC - Association of Offcial Analytical Chemistry. offcial methods of analysis of the association of analytical chemists. 15. ed. BONATO, E. P.; HELENO, G. J. B e HOSHINO, N. A. Leites Fermentados, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico - Departamento de Engenharia Química e Alimentos – Florianópolis, 2006. 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Considerando a existência de divergências entre as recomen- dações, este trabalho apresenta uma análise comparativa do guia da ANVISA com o guia harmonizado pela AOAC Internacional/ISO/IUPAC e o documento do INMETRO. Os aspec- tos considerados foram os principais guias existentes, quando validar, quais parâmetros estudar, abrangência da validação, terminologia e defnições, delineamento experimental, análise estatística dos dados e critérios de aceitabilidade. Palavras-chave: Validação de Métodos. Guias. ANVISA. INMETRO. AOAC Internacional/ ISO/IUPAC. SUMMARY Validation studies are a fundamental tool to the Good Manufacturing Practices in the phar- maceutical manufacturing, such as to the systems of quality assurance of the laboratories from all areas of analysis. These studies are structured using guidelines published national and internationally as references. Considering the divergences between the recommenda- tions, this paper presents a comparison between the ANVISA guideline with the AOAC Inter- national/ISO/IUPAC and the INMETRO protocols. The considered aspects were the existing guidelines, when the validation is necessary, what parameters need to be studied, the extent of validation studies, terminology and defnitions, experimental design, statistical analysis of the data and acceptability criteria. Keywords: Method Validation. Guidelines. ANVISA. INMETRO. AOAC International/ISO/ IUPAC. Ana Cristina Monteiro Bernardes 1 e Scheilla Vitorino C. de Souza 2* ¹Centro Universitário Newton Paiva, Belo Horizonte. MG 2 Faculdade de Farmácia da UFMG *Correspondência: [email protected] A r t i g o ANÁLISE COMPARATIVA DO GUIA PARA VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS PROPOSTO PELA ANVISA (RE N O 899 DE 2003) COM O DOCUMENTO ORIENTATIVO DO INMETRO E O PROTOCOLO INTERNACIONAL HARMONIZADO PELA AOAC INTERNACIONAL, ISO E IUPAC INTRODUÇÃO As Boas Práticas de Fabricação (BPF) constituem parte da Gestão da Qualidade que assegura que os produtos são consis- tentemente produzidos e controlados, com padrões de qualida- de apropriados para o uso pretendido e requerido pelo registro. Os estudos de validação constituem uma ferramenta essencial das BPF, ressaltando-se a validação dos processos, dos méto- dos analíticos de controle e dos procedimentos de limpeza (1). A validação é a comprovação, pelo fornecimento de evi- dência objetiva de que os requisitos para uma aplicação ou uso específco pretendido são atendidos (2). A validação de métodos analíticos tem por fnalidade garantir, por meio de estudos experimentais, que a metodologia atenda às exigên- cias das aplicações analíticas, assegurando a confabilidade dos resultados (3). A validação de métodos por procedimentos interlaborato- riais, organizada na forma de estudos colaborativos, confor- me preconizado no protocolo harmonizado pela Association of Offcial Analytical Chemists (AOAC Internacional) (4,5), In- ternational Standards Organization (ISO) e International Union of Pureand Applied Chemistry (IUPAC) (6) é considerada por 67 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 muitos como um “padrão ouro de validação” ou como a “vali- dação completa” (7,8). Entretanto, muitas vezes estes estudos podem não ser praticáveis ou mesmo necessários, além de nem sempre serem sufcientes para demonstrar adequação ao propósito de uso (ftness for purpose) de um método (8,9). Procedimentos de validação intralaboratoriais têm sido in- ternacionalmente aceitos, uma vez que diferentes organismos ofciais têm proposto protocolos para este tipo de validação, por exemplo, United States Foodand Drug Administration (FDA), United States Pharmacopeia (USP), International Con- ferenceon Harmonization (ICH) (10); EURACHEM (11); AOAC Internacional, ISO e IUPAC (9); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (3) e Instituto Nacional de Metrologia, Nor- malização e Qualidade Industrial (INMETRO) (12). O guia harmonizado pela AOAC Internacional, ISO e IU- PAC (9) para validação intralaboratorial de métodos constitui a referência que representa o consenso internacional neste assunto. A Resolução - RE Nº 899 Guia para Validação de Métodos Analíticos e Bioanalíticos da ANVISA (3), publicada em 29 de maio de 2003, representa uma referência signifca- tiva, pois regulamenta os estudos de validação de metodolo- gia analítica nos laboratórios das indústrias farmacêuticas do Brasil. Outro relevante documento nacional que trata sobre este assunto é a Orientação sobre Validação de Métodos de Ensaios Químicos publicada pelo INMETRO (12). Como a implantação e manutenção de sistemas de gestão da qualidade em laboratórios da área farmacêutica, bem como de outros segmentos, requer procedimentos para validação de métodos adequadamente estruturados, uma análise crítica das referências disponíveis é de extrema relevância, principalmente porque, em muitos aspectos, os apontamentos feitos nos dife- rentes guias não estão harmonizados ou são discordantes. O objetivo do presente trabalho foi realizar uma análise comparativa do guia da ANVISA (3) com o guia harmoniza- do pela AOAC Internacional, ISO e IUPAC (9) e documento do INMETRO (12), com apontamentos dos impactos destas diferenças sobre os processos de validação, incluindo aspec- tos sobre quando validar, quais parâmetros de desempenho estudar, abrangência dos processos de validação, como deli- near os experimentos e analisar os resultados. PRINCIPAIS PROTOCOLOS As principais referências, nacionais e internacionais, rela- cionadas à validação de métodos analíticos estão apresenta- das na Tabela 1. QUANDO VALIDAR Na ISO/IEC 17025 está estabelecido que métodos normali- zados utilizados fora dos escopos para os quais foram conce- bidos, ampliados ou modifcados; métodos não normalizados; e métodos criados ou desenvolvidos pelos laboratórios devem ser validados. Apesar da necessidade de uma validação completa para métodos normalizados não ser tratada, nesta norma existe o requisito que os laboratórios devem confrmar que têm condi- ções de operar adequadamente os métodos normalizados antes da implantação dos ensaios na rotina (14). Considera-se métodos normalizados aqueles desenvolvi- dos por um organismo de normalização ou outras organizações, Tabela 1. Panorama dos principais guias relacionadas a processos de validação de métodos intra e interlaboratoriais e respectivos órgãos emitentes s Assunto Órgão emitente Título Referência V a l i d a ç ã o i n t r a l a b o r a t o r i a l United States Food and Drug Administration (FDA), United States Pharmacopeia (USP), International Conference on Harmonization (ICH) Validation of analytical procedures: methodology 10 EURACHEM Working Group. A Focus for Analytical Chemistry in Europe The ftness for purpose of analytical methods, a laboratory guide to method validation and related topics 11 Association of Offcial Analytical Chemists (AOAC Internacional), International Standards Organization (ISO) e International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC) Harmonized guidelines for single-laboratory validation of methods of analysis 9 Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) Resolução – RE Nº 899 Guia para Validação de Métodos Analíticos e Bioanalíticos 3 Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Brasil (INMETRO) DOQ-CGCRE-008. Orientações sobre validação de métodos analíticos 12 V a l i d a ç ã o i n t e r l a b o r a t o r i a l Association of Offcial Analytical Chemists (AOAC International) Statistical manual of the AOAC. Statistical techniques for collaborative tests 4 International Standards Organization (ISO) ISO 5725. Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results 13 Association of Offcial Analytical Chemists (AOAC International), International Standards Organization (ISO) e International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC) Protocol for the design, conduct and interpretation of method-performance studies 6 Association of Offcial Analytical Chemists (AOAC International) AOAC Offcial methods of analysis. Appendix D: guideline for collaborative study procedures to validate characteristics of a method of analysis 5 A r t i g o 68 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 cujos métodos sejam aceitos pelo setor técnico em questão. Mé- todos não normalizados são aqueles desenvolvidos pelo próprio laboratório ou outras partes ou adaptados a partir de métodos normalizados e validados (15). Neste contexto, assume-se que os métodos designados como normalizados tenham sido sub- metidos a validações prévias por estudos colaborativos (16). Fre- quentemente, isto procede, visto que a escolha de um método como ofcial é baseada em resultados obtidos de estudos cola- borativos (17). Segundo o guia AOAC Internacional, ISO e IUPAC (9), quando o laboratório utiliza um método totalmente validado, ou seja, um método que tenha sido validado em procedimentos interlaborato- riais, o laboratório deve verifcar que é capaz de alcançar as carac- terísticas de performance publicadas no método, com estudos de linearidade, exatidão (com variação de matriz) e precisão. No documento orientador do INMETRO (12) também é tra- tada a necessidade de validação quando um método existente for modifcado para atender a requisitos específcos ou quando um método totalmente novo for desenvolvido, além da necessi- dade de demonstração de que o laboratório tem condições de operar de maneira adequada métodos normalizados, dentro das condições específcas existentes em suas instalações antes de implantá-los. No caso de métodos normalizados, o estudo de al- guns parâmetros fca dispensado desde que estejam declarados nos métodos em questão. Contudo, na RE N o 899 da ANVISA (3), é considerado que no caso de metodologia analítica descrita em farmacopeias ou formulários ofciais, devidamente reconhecidos pela ANVISA, a metodologia é considerada validada. Tal apontamento pode dar margem à interpretação equivocada de que nenhum estudo de implantação é necessário nestes casos. QUAIS PARÂMETROS ESTUDAR O processo de validação demanda uma decisão sobre quais parâmetros de desempenho precisam ser avaliados (11). JENKE (18) avaliou a frequência dos parâmetros de desempe- nho relacionados a processos de validação em publicações de métodos das áreas governamental, industrial e acadêmica. Os parâmetros mais frequentes foram exatidão e precisão, segui- dos de seletividade, linearidade, limite de quantifcação, limite de detecção, robustez e sensibilidade. Este autor argumentou que a exclusão dos parâmetros mais frequentemente aplicados nos protocolos de validação, como exatidão e precisão, implicaria na necessidade de justifcativas pertinentes, enquanto a exclusão de parâmetros menos frequentes, como sensibilidade, seria me- nos controversa. Na Tabela 2 está apresentada a variabilidade dos parâme- tros de desempenho recomendados para processos de valida- ção intralaboratoriais nos guias da AOAC Internacional, ISO e IUPAC (9), INMETRO (12) e ANVISA (3). Os parâmetros comuns aos documentos analisados são line- aridade, faixa ou intervalo, seletividade, exatidão, precisão, limite de detecção, limite de quantifcação e robustez. Tabela 2. Parâmetros de desempenho previstos no guia harmonizado pela AOAC Internacional, ISO e IUPAC 9 , no documento orientativo do INMETRO 12 e no guia da ANVISA 3 Parâmetro de desempenho Guia harmonizado pela AOAC Internacional, ISO e IUPAC (2002) Documento orientativo do INMETRO (2007) Guia da ANVISA (2003) Aplicabilidade Sim Não Não Seletividade 1 Sim Sim Sim Linearidade 2 Sim Sim Sim Exatidão 3 Sim Sim Sim Precisão Sim Sim Sim Faixa ou Intervalo 4 Sim Sim Sim Limite de detecção Sim Sim Sim Limite de quantifcação 5 Sim Sim Sim Sensibilidade 6 Sim Sim Sim Robustez Sim Sim Sim Adequação ao propósito Sim Não Não Variação de matriz Sim Não Não Incerteza de medição Sim Não Não 1 No guia da ANVISA, os termos seletividade e especifcidade são tratados de forma inapropriada como sinônimos. Neste documento o termo especifcidade é utilizado erroneamente no contexto da validação. 2 No guia internacional, este parâmetro é tratado como linearidade e calibração. 3 No documento do INMETRO, os termos utilizados são tendência/recuperação com a nota que a exatidão é avaliada numericamente pela tendência.Os três documentos tratam recuperação em conjunto com a estimativa da exatidão, embora o guia internacional destaque este parâmetro. 4 No guia da ANVISA, o termo adotado é intervalo, enquanto no do INMETRO são apresentados faixa de trabalho e faixa linear, devidamente distinguidos. 5 No guia internacional, este parâmetro também é tratado como limite de determinação. 6 No guia da ANVISA, o termo sensibilidade é tratado como sinônimo de limite de detecção e não como um parâmetro independente. No documento do INMETRO, este parâmetro é adequadamente associado ao parâmetro linearidade. 69 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 O parâmetro robustez é frequentemente considerado fora do processo de validação, como parte de estudos de desenvolvi- mento do método (10,11). Assim, o estudo da robustez em pro- cessos de validação somente é considerado necessário quando os limites para os parâmetros experimentais e seus respectivos desvios permitidos não forem previamente estabelecidos (9). De qualquer forma, a robustez é importante para fornecer informa- ções sobre o efeito de parâmetros experimentais signifcativos para a estimativa da incerteza (19). No guia harmonizado pela AOAC Internacional, ISO e IU- PAC (9)são recomendadas ainda a estimativa da sensibilidade e da incerteza da medição. O documento do INMETRO (12) trata sensibilidade. Estes parâmetros não são considerados no guia da ANVISA (3). Apesar do parâmetro sensibilidade ser citado no guia harmo- nizado (9), este não é considerado por seus autores como fun- damental para a validação, visto que se trata de um parâmetro arbitrário que depende de ajustes no instrumento de medição. Na ISO/IEC 17025 (14),a necessidade da estimativa da incerteza é apresentada no contexto de métodos de ensaio, mas não como um parâmetro de desempenho em processos de validação. Nesta norma é considerado que uma estima- tiva razoável da incerteza deve estar baseada no conheci- mento do desempenho do método e no escopo da medição, com uso, por exemplo, de experiência e dados de validação anteriores. Segundo TAVERNIERS, DE LOOSE & VAN BO- CKSTAELE (20) a estimativa da incerteza é um indicador chave tanto da adequação para uso de um método quanto da confabilidade dos resultados analíticos obtidos em um laboratório. Este parâmetro cobre todas as fontes de erros do processo analítico, além daquelas obtidas nos proces- sos de validação de métodos. Na prática, embora os dados provenientes de validações intralaboratoriais de métodos e de estudos colaborativos constituam a base da estimativa da incerteza, estes dados representam somente uma parte desta, sugerindo que a estimativa da incerteza seja consi- derada como mais do que simplesmente um parâmetro de desempenho de validação de método. No protocolo internacional (9) estão previstos ainda parâ- metros de desempenho não considerados pelo INMETRO (12), nem pela ANVISA (3), como variação de matriz, aplicabilidade e adequação ao propósito de uso. Embora neste documento a re- cuperação tenha sido tratada como um parâmetro separado, o detalhamento dos estudos de recuperação é feito no contexto da avaliação da exatidão, como nos demais documentos. O parâmetro aplicabilidade é citado da seguinte forma no guia harmonizado: “Após a validação, a documentação deve fornecer além da especifcação dos parâmetros de desempenho, informa- ções sobre a identidade do analito, faixa de concentração, tipos de matrizes, o protocolo do método (descrevendo equipamentos, reagentes, o procedimento e variações permissíveis), o propósito de uso e requisitos de incerteza críticos” (9). Já a adequação para o propósito de uso é a propriedade dos dados produzidos por um processo de medição habilitar seus usuários a tomarem decisões tecnicamente corretas para o propósito estabelecido (20,21), o que envolve resultados da validação, da estimativa da incerte- za, entre outros requisitos. No passado, a validação de métodos tendia a se concentrar somente no processo de avaliação dos parâmetros de desempenho (11). Atualmente, sabe-se que este processo culmina na avaliação da adequação dos parâmetros estudados para o propósito de uso do método. Os testes de efeitos de matriz são tratados no documento do INMETRO (12)e no guia internacional (9). Contudo, a revisão atual do primeiro somente faz referência à possibilidade da ma- triz conter componentes que podem interferir no desempenho da medição, quando o parâmetro seletividade é tratado. No segun- do, os testes de efeito de matriz são descritos junto ao parâmetro calibração e linearidade. No documento da ANVISA (3), nenhuma abordagem é feita sobre este importante teste, que determina a necessidade ou não de uso de curvas de calibração externas matrizadas ou calibrações internas (método de adição) para com- pensar eventuais efeitos de matriz signifcativos. ABRANGÊNCIA DA VALIDAÇÃO A seleção de parâmetros de desempenho para um deter- minado processo de validação está fortemente relacionada com a forma de validação adotada (direta ou comparativa) e com o tipo de método (quantitativo ou qualitativo). Na RE N o 899 da ANVISA (3) e no documento do INME- TRO (12), os parâmetros para a validação de métodos analíti- cos são considerados em função de categorias, defnidas de acordo com a fnalidade dos testes. Isto facilita o entendimen- to de que nem todos os parâmetros são aplicáveis em todos os processos de validação e de que isto depende do tipo de método que está sendo validado (Tabela 3). Tabela 3. Correspondência entre as classifcações dos tipos de método segundo os guias propostos pela ANVISA (3) e pelo INMETRO (12) Categoria ANVISA INMETRO Finalidade do teste Tipo de ensaio I Testes quantitativos para a determinação do princípio ativo em produtos farmacêuticos ou matérias-primas Determinação do componente (ou analito) em maior teor II Testes quantitativos ou ensaio limite para a determinação de impurezas e produtos de degradação em produtos farmacêuticos e matérias-primas Análise de elementos menores e traços III Testes de performance (por exemplo: dissolução, liberação do ativo) Propriedades físicas IV Testes de identifcação Qualitativo A r t i g o 70 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 No guia harmonizado pela AOAC Internacional, ISO e IU- PAC (9), este tipo de distinção não é feito, os parâmetros são apresentados independentemente de sua aplicação. Por isto, o documento da ANVISA (3) foi comparado somente com o documento orientador do INMETRO (12) (Tabela 4). Os parâmetros que devem ser estudados para métodos quantitativos, cujo objetivo é determinar o princípio ativo ou prin- cipal componente, estão concordantes nos dois documentos. O mesmo não acontece para métodos quantitativos, cujo objetivo é determinar impurezas e produtos de degradação ou análise de traços. Neste caso, o INMETRO (12) considera o parâmetro limite de detecção, o qual não é apontado no guia da ANVISA (3). Os limites são indicados em ensaios de traços, podendo ser dispen- sados somente em ensaios de analitos que correspondem ao principal componente da matriz (22). Nos métodos para determinação de propriedades físicas, a discordância acontece, pois a ANVISA (3) dispensa estudos de robustez, enquanto o INMETRO (12) recomenda. Quanto aos parâmetros necessários à análise qualitativa ou teste de identifcação, os guias são concordantes em rela- ção à seletividade, ou seja, a capacidade do método selecio- nar o analito de interesse dentre compostos com estruturas relacionadas, as quais podem estar presentes. Porém, a AN- VISA (3)não trata dois outros parâmetros imprescindíveis para este tipo de método, recomendados pelo INMETRO (12), que são robustez e limite de detecção. TERMOS E DEFINIÇÕES DOS PARÂMETROS Significativos progressos são reconhecidos no sentido de construir um esquema conceitual único e consistente para os termos relacionados à validação. Alguns termos e definições foram esclarecidos e refinados, enquanto outros, vagos ou ambíguos, estão sendo eliminados ou redefinidos (23,24). No entanto, divergências ainda são observadas com relação aos termos e definições dos pa- râmetros de desempenho avaliados em processos de vali- dação, como pode ser observado nas Tabelas 5 e 6. Vale ressaltar que nesta última revisão do documento do INME- TRO (12) as definições dos termos foram retiradas, sendo referenciados documentos normativos, o que permitiu a comparação somente entre os documentos da ANVISA (3) e AOAC Internacional, ISO e IUPAC (9). No caso da sensibilidade, o termo e definição adotados estão adequados no guia internacional (9). Contudo, a AN- VISA (3) não apresenta uma definição para este parâmetro e o cita junto ao termo limite de detecção, o que sugere que estes termos são tratados como sinônimos na referi- da resolução. Apesar de relacionados, sensibilidade e li- mite de detecção são parâmetros distintos. TAVERNIERS, DE LOOSE & VAN BOCKSTAELE (20)advertem para que os parâmetros limite de detecção e sensibilidade não sejam confundidos. Tabela 4. Variação das extensões de processos de validação em função do tipo de método, conforme guias da ANVISA (3) e do INMETRO (12) Parâmetro de desempenho Categoria I Categoria II Categoria III Categoria IV ANVISA INMETRO ANVISA INMETRO ANVISA INMETRO ANVISA INMETRO Seletividade 1 Sim Sim Sim Sim * Sim Sim Sim Linearidade Sim Sim Sim Sim * Sim Não Não Exatidão 2 Sim Sim Sim Sim * Sim Não Não Faixa ou Intervalo 3 Sim Sim Sim Sim * Sim Não Não Precisão (repetitividade) 4 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Precisão (intermediária) 5 ** Sim ** Sim ** Sim Não Não Limite de detecção Não Não Não Sim * Não Não Sim Limite de quantifcação Não Não Sim Sim * Não Não Não Robustez Sim Sim Sim Sim Não Sim Não Sim 1 No guia da ANVISA, os termos seletividade e especifcidade são tratados de forma inapropriada como sinônimos. Neste documento o termo especifcidade é utilizado erroneamente no contexto da validação. 2 No documento do INMETRO, os termosutilizados são tendência/recuperação.Os três documentos tratam recuperação em conjunto com a estimativa da exatidão, embora o guia internacional destaque este parâmetro. 3 No guia da ANVISA, o termo adotado é intervalo, enquanto no do INMETRO são apresentados faixa de trabalho e faixa linear, devidamente distinguidos. 4 No guia da ANVISA o termo repetibilidade é utilizado, enquanto no documento do INMETRO o termo utilizado é repetitividade. 5 No guia da ANVISA este parâmetro também é denominado precisão inter-corridas, enquanto no documento do INMETRO reprodutibilidade interna. * pode ser necessário, dependendo da natureza do teste específco, ** se houver comprovação da reprodutibilidade não é necessária a comprovação da precisão intermediária. 71 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Tabela 5. Parâmetros de desempenho e respectivas defnições apresentados no guia da ANVISA (3) Parâmetro de desempenho Defnição Linearidade Capacidade de uma metodologia analítica de demonstrar que os resultados obtidos são diretamente proporcionais à concentração do analito na amostra, dentro de um intervalo especifcado. Intervalo Faixa entre os limites de quantifcação superior e inferior de um método analítico. Normalmente é derivado do estudo de linearidade e depende da aplicação pretendida do método. É estabelecido pela confrmação de que o método apresenta exatidão, precisão e linearidade adequados quando aplicados a amostras contendo quantidades de substâncias dentro do intervalo especifcado. Especifcidade/ Seletividade 1 Capacidade que o método possui de medir exatamente um composto em presença de outros componentes tais como impurezas, produtos de degradação e componentes da matriz. Exatidão Proximidade dos resultados obtidos pelo método em estudo em relação ao valor verdadeiro. Precisão (repetibilidade ou intracorrida) Avaliação da proximidade dos resultados obtidos em uma série de medidas de uma amostragem múltipla de uma mesma amostra. Concordância entre os resultados dentro de um curto período de tempo com o mesmo analista e mesma instrumentação. Precisão (intermediária ou intercorridas) Avaliação da proximidade dos resultados obtidos em uma série de medidas de uma amostragem múltipla de uma mesma amostra. Concordância entre os resultados do mesmo laboratório, mas obtidos em dias diferentes, com analistas diferentes e/ou equipamentos diferentes. Limite de detecção / Sensibilidade Menor quantidade do analito presente em uma amostra que pode ser detectado, porém não necessariamente quantifcado, sob as condições experimentais estabelecidas. Limite de quantifcação Menor quantidade do analito em uma amostra que pode ser determinada com precisão e exatidão aceitáveis sob as condições experimentais estabelecidas. Robustez A medida da capacidade de um método em resistir a pequenas e deliberadas variações dos parâmetros analíticos. Indica sua confança durante o uso normal. 1 Os termos seletividade e especifcidade são tratados, equivocadamente, como sinônimos. 2 O termo sensibilidade é tratado, equivocadamente, como sinônimo de limite de detecção. Segundo o INMETRO (12), a faixa de trabalho é geralmen- te limitada no extremo inferior pelos valores dos limites de detecção ou de quantifcação, enquanto no limite superior as restrições são impostas por efeitos dependentes do sistema de detecção do equipamento. Dentro da faixa de trabalho deve existir uma faixa de resposta linear. O guia da ANVISA (3) refere-se ao parâmetro intervalo e à necessidade de adequa- ção dos parâmetros de linearidade, exatidão e precisão nesta faixa. No guia harmonizado pela AOAC Internacional, ISO e IUPAC (9), o parâmetro citado é faixa validada, considerado como o intervalo de concentração do analito dentro da qual o método pode ser considerado validado, não sendo neces- sariamente idêntica à faixa de calibração. Os autores deste documento destacam que dentro da faixa linear existe uma faixa validada, ou seja, enquanto a calibração pode cobrir um intervalo mais amplo de concentração, a validação pode co- brir uma faixa mais restrita. A capacidade de discriminar o analito de outros compos- tos interferentes tem sido, por muitos anos, expressa como seletividade de um método ou de um sistema de medição. Entretanto, no documento da ANVISA (3) o mesmo signifca- do é atribuído ao termo especifcidade, pois os dois termos são tratados de forma intercambiável. Desde 1983, a IUPAC tenta esclarecer esta sobreposição com a afrmativa de que “especifcidade é o ultimato da seletividade” (25). Em 2001, foi apresentada, também pela IUPAC, uma discussão para diferenciação no uso destes termos, seguida pela recomen- dação de promoção do emprego do termo seletividade em química analítica para expressar a extensão na qual um mé- todo, em particular, pode ser utilizado para determinar anali- tos na presença de outros componentes de comportamento semelhante. O uso do termo especifcidade neste contexto foi desencorajado (26). No guia internacional harmonizado (9) somente o termo seletividade é adotado, em conformidade com as recomendações da IUPAC. O termo acurácia (accuracy) tem sido relacionado a tantos signifcados que algumas organizações preferiram substituí- lo por temos com interpretações específcas como exati- dão (trueness ou exactness), tendência ou tendenciosidade (bias) e recuperação (recovery) (27). A recomendação feita na ISO 3534-1 (28) é que o termo acurácia não seja utilizado para tratar exatidão (19). A acurácia, proximidade de concor- dância entre um resultado de ensaio e o valor de referência aceito (23,28), está relacionada a uma combinação de erros sistemáticos e aleatórios, e não somente a erros sistemáticos. Se por um lado a exatidão trata da concordância entre o valor médio obtido de uma grande série de resultados de ensaios e um valor de referência aceito, sendo expressa em termos de tendência (bias) ou erro sistemático total, por outro lado, a precisão faz referência à proximidade de concordância entre resultados de ensaios independentes obtidos sob condições estipuladas, dependendo somente da distribuição aleatória dos erros, sem possuir relação com o valor verdadeiro ou especifcado (24,28). Pode-se concluir que a acurácia está relacionada a uma combinação dos parâmetros exatidão e precisão, e não somente à exatidão (11,24). A r t i g o 72 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Apesar da concordância em relação ao termo e defnição de precisão, diferentes nomenclaturas são apresentadas nos documentos avaliados para expressar as diversas condições de estimativa da precisão. Condições de repetitividade (9,12) ou repetibilidade (3) são também denominadas precisão intra- ensaio (single run) (9) ou precisão intracorrida (3). Condições de precisão intermediária (3,12) são tratadas como precisão interensaios (run-torun ou between-run) (9), reprodutibilidade interna (12) ou intercorridas (3). Em função do quadro ainda heterogêneo sobre os termos e defnições dos parâmetros de desempenho, grandes difcul- dades podem ser observadas tanto na apresentação quanto na interpretação de resultados de processos de validação. Enquanto o processo de padronização avança, análise crítica é extremamente válida na busca por clareza, objetividade e entendimento do assunto. PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA VALIDAÇÃO DE MÉTODOS No protocolo harmonizado internacional (9) existe uma consideração fundamental acerca dos princípios básicos para validação de métodos: especifcação do escopo, repre- sentatividade, verifcação das premissas e fontes de erros. Os documentos nacionais publicados pela ANVISA (3) e INME- TRO (12) não fazem este tipo de apontamento. Especifcação e escopo Validações se aplicam a protocolos defnidos para deter- minação de analitos em determinadas faixas de concentração e tipos de matrizes. Considerando que “sistemas analíticos” compreendem o protocolo do método de ensaio a ser vali- dado, os analitos e suas faixas de concentração e os tipos de matrizes especifcados, com rigor, pode-se dizer que os “sistemas analíticos” são validados e não os “métodos de en- saio” (9). Dai a grande importância de que, antes de qualquer processo de validação ser iniciado, o escopo seja defnido, incluindo ambos sistema analítico (protocolo do método, analito, faixa de concentração e tipo de matriz) e requisitos analíticos (considerados para avaliação da adequação para uso) (20). Representatividade É essencial que os estudos de validação intralaboratorial sejam representativos, fornecendo um levantamento realísti- co do número e faixa de efeitos operacionais, além dos ana- litos, faixas de concentração e matrizes possíveis de ocorre- Tabela 6. Parâmetros de desempenho e respectivas defnições apresentados no guia harmonizado pela AOAC Internacional, ISO e IUPAC (9) Parâmetro de desempenho Defnição Calibração e Linearidade Defnição não apresentada. Faixa A faixa validada é o intervalo de concentração do analito dentro do qual o método pode ser considerado como validado. Sensibilidade Gradiente da função de calibração. Seletividade Grau no qual um método pode quantifcar o analito acuradamente na presença de interferentes. Exatidão (trueness) Proximidade de concordância entre um resultado de ensaio com o valor de referência aceito para a propriedade sendo medida. Estabelecida quantitativamente em termos de tendência (bias), com menor tendência indicando maior exatidão. Precisão Proximidade de concordância entre resultados de ensaios independentes obtidos sob condições estipuladas. Usualmente especifcado em termos de desvio padrão ou desvio padrão relativo. Repetitividade/Precisão intra-ensaio (single run) Defnição não apresentada. Precisão entre ensaios (between-run ou run-to-run) Defnição não apresentada. Limite de detecção Menor quantidade ou concentração de analito em uma amostra teste que pode ser confavelmente distinguida de zero. Limite de determinação/ Limite de quantifcação Concentração abaixo da qual o método analítico não pode operar com precisão aceitável. Algumas vezes esta precisão é arbitrariamente defnida como desvio padrão relativo de 10%, outras vezes o limite também é arbitrariamente tido como um múltiplo fxo (tipicamente 2) do limite de detecção. Robustez (ruggedness) Resistência a mudar os resultados produzidos por um método analítico quando pequenos desvios são feitos nas condições experimentais descritas no procedimento. Incerteza de medição Defnição não apresentada. Variação de matriz Defnição não apresentada. Aplicabilidade Defnição não apresentada. Adequação ao propósito Extensão na qual a performance do método se equipara aos critérios acordados entre o analista e o usuário fnal dos dados. 73 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 rem nas condições de uso do método (9). Os experimentos envolvendo replicatas devem ser delineados, sempre que possível, considerando-se a importância de que as replica- tas sejam verdadeiras e não somente replicatas de leituras, pois o objetivo dos procedimentos de validação é conhecer a variabilidade real e não a variabilidade mínima dos resul- tados (11,29). Para métodos que envolvem multi-analitos ou multi-matrizes, a validação é impraticável para todas as com- binações de analitos, concentrações e matrizes que podem ser encontradas. Desta forma, recomenda-se que sejam vali- dados analitos e matrizes representativos, para que o tempo e os custos da validação sejam viáveis antes da implantação do método nas atividades de rotina do laboratório. Subseqüente- mente, os parâmetros de desempenho podem ser avaliados em todas as condições possíveis para defnir a performance do método (30). Verifcação de premissas Além do fornecimento dos parâmetros de desempenho, que indicam a adequação para uso e têm dominado a realida- de prática de processos de validação intralaboratorial, estes estudos também devem incluir uma verifcação das premis- sas nas quais os métodos de ensaio são baseados. Como os estudos de validação são baseados em hipóteses esta- tísticas, uma verifcação básica das premissas relacionadas aos testes estatísticos é fundamental para garantia de que os princípios destes testes não sejam afetados e para que os resultados obtidos sejam sustentados (9). Assim, previamen- te à realização de qualquer inferência, é necessário examinar as premissas para determinar se os dados são apropriados à aplicação dos testes (31). Há uma importante implicação prática neste princípio aparentemente abstruso. É mais fácil verifcar aspectos glo- bais de uma premissa do que provar que uma suposição par- ticular está correta. Portanto, quando houver grande prática e uso próspero de uma técnica analítica em particular, para uma gama bem estabelecida de analitos, concentrações e matrizes, as verifcações da validação têm caráter preventi- vo. Reciprocamente, quando a experiência for pequena, os processos de validação precisam prover fortes evidências de que as premissas feitas são apropriadas nos casos particula- res sob estudo (9). Fontes de erros Os erros das medidas analíticas provêm de diferentes fon- tes e de diferentes níveis de organização do processo analí- tico, devendo ser considerados no contexto de validação de métodos e, posteriormente, para estimativa da incerteza da medição e verifcação da adequação para uso. O erro de uma medição corresponde ao resultado da me- dição menos o valor verdadeiro do mensurando. O erro total pode ser decomposto em erro aleatório e erro sistemático. Erro aleatório é o resultado de uma medição menos a mé- dia resultante de um infnito número de medições do mesmo mensurando, efetuadas sob condições de repetitividade. En- quanto o erro sistemático é a média resultante de um infni- to número de medições do mesmo mensurando, efetuadas sob condições de repetitividade, menos o valor verdadeiro do mensurando (23,28). Apesar das diferentes fontes de erros não serem necessa- riamente independentes, uma forma útil de representar estas fontes inclui: erros aleatórios, tendências do ensaio, tendên- cias do laboratório, tendências do método e efeitos de varia- ção de matriz (9). FORMAS DE AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS Linearidade e sensibilidade Os experimentos descritos para avaliação deste parâme- tro envolvem preparo de curvas de calibração. No documento do INMETRO (12) são sugeridos experimentos em vários ní- veis de concentração, no mínimo cinco, para construção de uma curva analítica, com um número de replicatas próximo daquele empregado na rotina do laboratório. A ANVISA (3) recomenda um mínimo de cinco níveis de concentração. No protocolo harmonizado (9), por sua vez, relevantes conside- rações são feitas a respeito do delineamento experimental da linearidade e de sua importância, como: a necessidade de seis ou mais padrões de calibração, igualmente espaça- dos na faixa de interesse, com a concentração esperada de ser encontrada no centro da faixa; os padrões analisados em duplicatas, preferencialmente triplicatas independentes, em ordem aleatória. O método dos mínimos quadrados ordinários ou regres- são linear simples é consenso como ferramenta estatística para análise dos dados. As três das referências recomendam a estimativa dos parâmetros inclinação, interseção e dos re- síduos (erros) da regressão. ANVISA (3) e INMETRO (12) indi- cam a inspeção visual do gráfco x-y, enquanto no protocolo internacional (9) e INMETRO (12) citam o gráfco dos resíduos da regressão. No guia proposto pela ANVISA (3) sugere-se o cálculo e um critério de aceitabilidade de 0,99 para coef- ciente de correlação. O INMETRO (12) trata sobre a aplica- ção desta estatística para indicar o quanto a reta pode ser considerada adequada como modelo matemático. No pro- tocolo internacional (9) e é enfatizado que, apesar do amplo uso como indicador da qualidade do ajuste, esta estatística é equivocada e inapropriada como teste de linearidade. O coe- fciente não mede a adequação de um modelo, pois pode ser infado pela adição de termos ao modelo, indicando somente o grau de ajuste dos dados à curva, independentemente do modelo (32,33,34). Se os pontos de uma calibração são bem ajustados à curva, o valor experimental do coefciente será próximo de um. Contudo, valores próximos da unidade não pertencem necessariamente a uma relação linear, podendo resultar de pontos bem ajustados a um modelo não linear (35). Além de indicar, de forma equivocada, o uso do coefciente para avaliação da linearidade, o guia da ANVISA (3) estabe- lece um valor aceitável. É importante observar que a signif- cância do coefciente é dependente do número de observa- A r t i g o 74 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 ções da regressão (36).Nos documentos do INMETRO (12) e no guia internacional (9) são destacadas ainda as premissas relativas ao método dos mínimos quadrados ordinários, como homoscedasticidade dos resíduos e adequação ao modelo linear, bem como testes estatísticos aplicáveis. Referências específcas sobre avaliação da linearidade complementam as premissas da regressão, incluindo normalidade e indepen- dência dos resíduos (37,38). No documento do INMETRO (12) e guia internacional (9) a estimativa da sensibilidade é tratada junto aos experimentos da linearidade, sendo expressa como a inclinação da reta ou o gradiente da função de calibração. Seletividade e efeitos de matriz Apesar de extremamente relevantes, a ANVISA (3) não discorre sobre experimentos para avaliação dos efeitos de matriz. O INMETRO (12) tratava os estudos destes efeitos na revisão anterior do documento. Contudo, na revisão atual, o detalhamento dos experimentos e cálculos para avaliação dos efeitos de matriz de matriz foram retirados, com a justifcativa de que há bastante bibliografa para este fm. No protocolo harmonizado (9) são sugeridos estudos de efeitos de matriz com o preparo de curvas de calibração usual e em matriz, nas mesmas concentrações. Uma observação importante é feita acerca deste experimento, com recomendação de que o método de adição seja feito a uma solução teste derivada de amostra, em níveis que cubram a mesma faixa dos experi- mentos de linearidade. Esta recomendação sinaliza o cuidado para que, sempre que possível, experimentos de efeitos de matriz não sejam infuenciados pela recuperação. Para aná- lise de dados é sugerida a comparação das inclinações por diferenças signifcativas (sem indicação de um teste especí- fco), desde que as calibrações sejam lineares. No caso de modelos não lineares, há indicação de testes mais complexos ou uma comparação visual dos gráfcos. Experimentos para avaliação da seletividade envolvem a dis- tinção entre amostras brancas e adicionadas do analito, além da avaliação da capacidade de identifcação do analito de interes- se na presença de interferentes, deliberadamente adicionados à amostra, como previsto pelos documentos da ANVISA (3) e internacional (9). Neste último é recomendado checar os piores casos, visto que pode ser impraticável considerar todo interfe- rente em potencial. Apesar da determinação da seletividade ser essencialmente qualitativa, uma forma de medida quantitativa deste parâmetro, o índice de seletividade, é sugerida. A ANVI- SA (3) trata a possibilidade de comparar os resultados obtidos para amostras contendo impurezas ou produtos de degradação com aqueles obtidos por métodos bem caracterizados, incluin- do amostras armazenadas sob condições de estresse. Testes de pureza de picos em métodos cromatográfcos são também considerados. No documento do INMETRO (12) são abordados ensaios com amostras e materiais de referência pelo método em estudo e outros métodos validados, além de ensaios com amos- tras com e sem o analito e contendo vários interferentes suspei- tos na presença do analito de interesse. Exatidão e precisão Para avaliação da exatidão e precisão, as referências fre- quentemente sugerem experimentos com materiais de con- centração conhecida do analito, em replicatas, sob condições pré-determinadas. Segundo o INMETRO (12), os experimentos podem ser conduzidos com materiais de referência certifcados (MRC) ou por ensaios de recuperação com amostras adicionadas de quantidades conhecidas do analito. Detalhamentos sobre a parte experimental não são feitos, embora exista a recomen- dação do estudo de pelo menos três diferentes concentra- ções para amostras adicionadas, sendo baixa, média e alta, na faixa de uso do método. No caso de MRC, estatísticas são indicadas para comparação entre os resultados obtidos com os valores certifcados, como erro relativo, índice z escore e erro normalizado. No guia internacional (9) é considerado o uso de MRC, materiais de referência (MR), amostras formuladas, fortifca- das ou adicionadas (spiking/recovery) e uso de um método de referência. Neste documento, são apresentadas as ca- racterísticas, vantagens e desvantagens de cada tipo de ma- terial. É considerada, ainda, a importância de se analisar um número adequado de materiais, incluindo as matrizes e con- centrações de analitos, além da possibilidade de combina- ção dos diferentes tipos de materiais para que o estudo de exatidão seja completado, embora não haja um delineamen- to experimental predeterminado. Para MRC, teste de t ou regressão linear simples são indicados. A difculdade de uso de testes de signifcância para MR, por não haver incerteza declarada, também é considerada. No caso de métodos de referência, testes estatísticos adequados e respectivas pre- missas são sugeridos, como o teste de t emparelhado, após demonstração de homogeneidade das variâncias e norma- lidade. Para adição de padrão, a porcentagem de recupera- ção é recomendada. A ANVISA (3) recomenda análise de amostras de fármacos de pureza conhecida ou de formas farmacêuticas com adi- ção de quantidades conhecidas do fármaco ou de impurezas. São sugeridos experimentos com nove amostras, sendo três concentrações (baixa, média e alta) no intervalo linear, com trêsreplicatas de cada, seguido do cálculo da porcentagem de recuperação. Este guia considera também a possibilidade de uso de um segundo método bem caracterizado, mas não apresenta detalhes sobre experimento e formas de análise dos resultados para este caso. Neste documento não é tratada a possibilidade de uso de material de referência certifcado. A avaliação da recuperação depende do confrontamen- to dos resultados obtidos com valores críticos estabelecidos como requisitos analíticos do método, os quais variam em função da concentração do analito na amostra. Nenhum dos documentos analisados apresenta critérios de aceitabilidade para a porcentagem de recuperação. HORWITZ (39) apresen- ta valores aceitáveis para recuperação em um documento da AOAC Internacional, sendo previstas recuperações de 98% a 101% para concentrações de analito de 100% 95% a 102% 75 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 para 10%, 92% a 105% para 1%, 90% a 108% para 0,1%, 85% a 110% para 0,01%, 80% a 115% para 10 µg/g, 75% a 120% para 1 µg/g e 70% a125% para 1 µg/kg. A EC (40) determina faixas de médias de recuperação em análises de resíduos em alimentos, sendo 50% a 120%, 70% a 110% e de 80% a 110%, respectivamente, para níveis de concentra- ção ≤ 1 µg/kg, > 1 µg/kg a 10 µg/kg e ≥ 10 µg/kg. As três referências (3,9,12) consideram estudos de preci- são sob condições de repetitividade e precisão intermediária em validações intralaboratoriais. O guia da ANVISA (3) pre- vê, para repetitividade, estudos com nove amostras, sendo três concentrações (baixa, média e alta) no intervalo linear, com trêsreplicatas de cada três concentrações. Para preci- são intermediária é recomendada a análise destas amostras em pelo menos dois dias diferentes, com diferentes analis- tas. O cálculo do desvio padrão relativo é indicado, mas a necessidade de análise de variância para estimativa das va- riabilidades dos diferentes componentes não é considerada. Segundo a ANVISA (3), o valor máximo aceitável para desvios padrão relativos deve ser defnido de acordo com a metodo- logia, concentração do analito, tipo de matriz e fnalidade do método, não se admitindo valores superiores a 5%. Contudo, considerando-se que a precisão varia com a concentração do analito, seria equivocado adotar um mesmo critério para pre- cisão em amostras contendo concentrações de, por exemplo, 90%, 1% e 1 µg/kg. Os valores de desvios padrão relativos de precisão intermediária podem ser comparados com aque- les estimados pelas equações de HORWITZ (41) e THOMP- SON (42). O “trompete de HORWITZ”, proposto com base em inúmeros resultados de ensaios interlaboratoriais, demonstra que conforme a concentração do analito decresce em duas ordens de grandeza, o desvio padrão de reprodutibilidade aumenta com um fator de dois (43,44). Esta função constitui uma generalização útil e amplamente reconhecida do desvio padrão sob condições de reprodutibilidade na faixa de con- centração de 120 µg/kg a 13,8%. Os modelos propostos por THOMPSON (42) são sugeridos para concentrações de anali- to menores que 120 µg/kg e maiores que 13,8%. Como crité- rio para avaliação dos valores de desvios-padrão relativos de repetitividade, o critério de metade a dois terços o valor crítico do desvio padrão de reprodutibilidade é recomendado (41). No guia internacional (9) é recomendado muito cuidado para o delineamento experimental da precisão. A forma mais simples de estimar as duas condições de precisão é descrita por meio da análise do material teste em duplicata, em um nú- mero sucessivo de ensaios. Neste documento é feita a ressal- va de que cada replicata de análise deve ser uma execução independente do procedimento, aplicada a uma porção sepa- rada do material. Como a precisão varia com a concentração do analito, para casos em que a concentração do analito varia mais que 30% do seu valor central, um experimento mais eco- nômico é recomendado, com estudo da precisão em concen- trações próximas ou nos extremos da faixa de operação do método. Outro apontamento apresentado é a importância de não usar MRC em estudos e precisão, pois pode haver uma subestimação da variabilidade dos resultados em relação àquela que seria obtida com amostras de aplicação na roti- na. Variações representativas de lotes e marcas de reagentes, analistas e equipamentos são consideradas no delineamento dos parâmetros repetitividade e precisão intermediária. Este documento trata a análise de dados, por análise de variância, para estimativa das variâncias dos componentes. Para estimativa da repetitividade, no documento do INME- TRO (12) são sugeridos experimentos com padrões, MR ou adição do analitoa branco da amostra, em várias concentra- ções na faixa de trabalho, com um número de replicatas que expresse a rotina do laboratório. Recomenda-se que t(n-1) seja pelo menos igual a 15, sendo t o total de amostras en- saiadas e n o número de ensaios ou um método simplifcado com a execução de n medições, sendo n ≥ 15. Para precisão intermediária é recomendada a análise destas amostras no mesmo laboratório por analistas e equipamentos diferentes, em diferentes tempos. Este documento orientativo cita a ISO 5725 (13) para aprofundamento nas formas de cálculo e con- trole da precisão. Vale ressaltar que a análise de variância, indicada para es- timativa dos desvios padrão relativos sob condições de repe- titividade e precisão intermediária, assume premissas como normalidade, homoscedasticidade, independência dos resí- duos e aditividade, embora, a verifcação de tais premissas não tenha sido tratada na literatura consultada (45). Limites A habilidade em detectar um composto presente na amostra, mesmo em concentrações extremamente baixas, é relacionada aos limites de detecção e quantifcação. Em- bora estes parâmetros sejam essenciais para aplicação em pesquisas, comércio internacional, saúde e segurança (46), ainda existe uma grande variedade de terminologias e fór- mulas (20). A ANVISA (3) prevê a estimativa do limite de detecção e de quantifcação para métodos quantitativos como sendo três e dez desvios padrão do intercepto da curva de calibração, ou obtido de três curvas construídas próximas ao limite de quan- tifcação, dividido pela inclinação da curva, respectivamente. Para métodos qualitativos o limite de detecção é determina- do visualmente pela menor concentração capaz de produzir o efeito esperado. O INMETRO (12) sugere ensaios com sete ou mais replica- tas de amostras brancas ou com a menor concentração acei- tável do analito, sendo o limite de detecção igual a média do branco mais t desvios padrão do branco para o primeiro caso e como t desvios padrão do branco para o segundo caso, ou seja, quando não houver branco, sendo t a distribuição de Student dependente do tamanho da amostra e do grau de confança. O limite de quantifcação é considerado a concentração do ana- lito correspondente ao valor da média do branco mais 5, 6 ou 10 desvios padrão. Outra opção é a análise de amostras adi- cionadas do analito em concentrações variadas, próximas ao limite de detecção, com defnição do limite por inspeção visual A r t i g o 76 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 de um gráfco da concentração versus desvio padrão. Neste documento é determinado ainda que, após ter sido determina- do, o limite de quantifcação deve ser testado para averiguar se a exatidão e a precisão conseguidas são satisfatórias. O limite de detecção é defnido no guia internacional (9) por, pelo menos, seis determinações completas e indepen- dentes da concentração do analito em uma matriz típica bran- ca ou de baixa concentração do analito, sem supressão de resultados zero ou negativos. Esta observação é fundamen- tal, pois assegura uma real estimativa da variabilidade dos resultados. O cálculo do limite é dado por três desvios padrão destes resultados. O limite de quantifcação é determinado, arbitrariamente, como desvio padrão relativo de 10% ou como um múltiplo do limite de detecção (tipicamente dois). Neste guia, os autores argumentam que, enquanto operar acima de um limite fornece alguma segurança, devemos reconhecer que há uma dicotomia artifcial na escala de concentração, uma vez que medidas abaixo deste limite não são privadas de informações de conteúdo e podem ser adequadas para o propósito de uso. Assim, eles não recomendam o uso deste tipo de limite, sendo preferível tentar expressar a incerteza da medição em função da concentração, comparando com os critérios acordados entre o laboratório e o cliente ou o usuário fnal dos resultados. CONCLUSÃO Procedimentos de validação estruturados de forma inade- quada podem gerar uma avaliação equivocada sobre a ade- quação ao propósito de uso de um determinado método, com impactos negativos sobre a confabilidade de resultados, que subsidiam decisões na área de saúde pública. A análise com- parativa feita aponta para a necessidade de reformulação do documento da ANVISA, visando harmonização e adequação em relação aos conceitos, delineamentos experimentais e cri- térios de aceitabilidade preconizados internacionalmente. R E F E R Ê N C I A S BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RDC Nº210 de 04.08.2003, Regulamento técnico de boas práticas de fabricação de medicamentos. ISO (International Standard Organization).ISO 9000.Quality management systems - Fundamentals and vocabulary, 2005. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RE Nº899 de 29.05.2003, Guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos. YOUDEN, W.J.; STEINER, E. H. Statistical manual of the Association of Offcial Analytical Chemists. Statistical techniques for collaborative tests, AOAC: Arlington, 1975. AOAC (Association of Offcial Analytical Chemists). AOAC Offcial methods of analysis. 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Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Farmácia. CURRIE, L. A. Pure Appl. Chem., 67, 1699, 1995. estudo de caso 78 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 RESUMO Este trabalho tem por objetivo apresentar um método confável, rápido e totalmente auto- matizado para determinação do índice de acidez em misturas bioetanol: gasolina utilizando a técnica de titulação potenciométrica. Utilizando este método é possível obter resultados em índice de acidez (mgKOH/g) ou ainda a acidez, expressa em % (m/m) de acido acético. Observou-se que devido ao meio titulante ser majoritariamente não aquoso, o eletrodo que apre- sentou a melhor performance foi um eletrodo de pH com eletrolito de LiCl 1mol/L em etanol, ge- rando curvas de titulação adequadas à determinação de interesse. Este fato pode ser observado pela repetibilidade abaixo de 1% mesmo com resultados extremamente baixos da ordem de 0,001% (m/m) em ácido acético. Palavras-chave: Bioetanol E85. Titulação. Índice de Acidez. SUMMARY This work present a fast and very accurate method to assay acid number in ethanol and ethanol/ gasoline mixtures by automatic potentiometric titration based in ASTM 1613-06 standard. The acid number is a quality indicator for ethanol fuel and their mixtures with gasoline. If an ethanol has high acid number, it could cause corrosion in engines and motors. Beside this, ethanol with high acid number could pollute more, causing acid discharges raising the acid content in the air helping to cause acid raining. Keywords: Bioethanol E85. Titration. Acid Number. Fabio Ferreira Batista¹* e Cosimo A. De Caro² ¹Toledo Brasil ²Mettler Toledo Swiss *Correspondência: [email protected] DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ACIDEZ EM E85 BIOETANOL BASEADO NA ASTM D1613-06 INTRODUÇÃO A determinação do índice de acidez em bicombustíveis é uma necessidade tanto no controle de produção do etanol quanto no monitoramento para utilização como combustível. O combustível E85 é uma composição de 85% de bioeta- nol e 15% de gasolina. Esta composição é bastante utilizada em países como EUA. No primeiro caso, pode ser utilizado como parâmetro de controle para o tempo de fermentação, dado que um tempo maior desse processo pode ocasionar a formação de altos teores de ácidos orgânicos (principalmente o ácido acético). No segundo caso, as presenças de altos teores de ácidos orgânicos podem ocasionar corrosão nos motores dos carros e em outras partes como pistões. O objetivo deste trabalho é apresentar um método rápido, confável, repetitivo e totalmente automatizado, baseado na técnica de titulação potenciométrica, para determinação do índice de acidez em bicombustíveis. MATERIAL E MÉTODOS Tituladorpotenciométrico com 20mil passos de resolução • no drive de bureta Drive de titulação adicional • Bureta de 10mL • Bureta de 20mL • Autoamostrador • KOH 0,005mol/L em etanol (obtido por diluição sucessiva) • Hidrogeno ftalato de potássio suprapur • Balança analítica com resolução de 0,01mg • Impressora • Eletrodo combinado de vidro com eletrolito de LiCl em • etanol 1mol/L e com junta móvel Bioetanol E85 (85% de etanol + 15% gasolina), • densidade 0,7634g/cm 3 MÉTODO Pipetou-se, com precisão de 0,01mL, 80mL do bioetanol E85 para o frasco de titulação, utilizando-se uma bureta auto- mática de 20mL. Em seguida, fez-se o acondicionamento do eletrodo em água por 30s. Titulou-se até ponto de equivalência, fazendo-se o mo- nitoramento da mV da solução a cada adição do titulante. Ajustou-se para 100mV/mL o valor de reconhecimento auto- mático do fm da titulação. 79 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Após a titulação, o eletrodo foi lavado com água ultrapura antes do inicio da próxima titulação, e o frasco de titulação foi esvaziado com auxilio de bomba peristáltica. RESULTADOS E DISCUSSÕES A titulação potenciométrica é baseada na medição do po- tencial da solução amostra, contra um eletrodo de referencia a cada adição do titulante. Neste trabalho utilizou-se um eletrodo combinado de vidro com junta móvel para medição do potencial da solução, cujo eletrodo de referência é o Ag/AgCl com eletrolito de LiCl em etanol 1mol/L. O eletrodo de junta móvel permite uma leitura mais rápida e estável, pois esse sistema possui grande área superfcial. O eletrolitoLiCl 1mol/L em etanol simula as mes- mas condições da amostra diminuindo o potencial de junção do eletrodo e, consequentemente, diminuindo o tempo de resposta e aumentando a estabilidade da leitura. Um exemplo da curva de titulação é mostrado abaixo: Finalmente observando os resultados obtidos, podemos inferir que o método desenvolvido é confável e repetitivo den- tro das condições defnidas. A automação dos processos de pipetagemda amostra claramente auxilia a obtenção das bai- xas variações observadas. CONCLUSÃO Com base nos dados apresentados podemos inferir que o método desenvolvido é um método confável, dado que re- produz os resultados com RSD baixo. A automação aumenta a velocidade de processamento de amostras, bem como aumenta a precisão em procedimentos que interferem diretamente no resultado das amostras com pipetagem e determinação da densidade de amostras. AGRADECIMENTOS Agradecemos à Mettler Toledo AG, Analytical e ao Sr. Co- simo de Caro que nos auxiliou com a execução das análises e fomento de informações relevantes. Figura 1. Curvas de titulação: Potencial (E) contra volume (V) adicionado de titulante (curva acima) e Curva da primeira derivada (curva abaixo) O ponto fnal da titulação é facilmente observado a partir da curva abaixo da Figura 1, exatamente no ponto mínimo da curva da primeira derivada, dado que a tendência do poten- cial da solução é diminuir com a adição do titulante. Foi realizada uma série de cinco titulações consecutivas a fm de avaliar-se a repetibilidade do método desenvolvido. Obtiveram-se os resultados apresentados na Tabela 1. A partir dos resultados da tabela 1, podemos calcular a média, desvio padrão e desvio padrão relativo (RSD). Para expressão dos resultados em unidade de m/m foi determinada a densidade da amostra. Este processo foi rea- lizado um auxílio de densímetro de bancada com precisão de 0,00001g/cm 3 . Neste trabalho não foi automatizada a deter- minação da densidade, entretanto esta automação é passível de ser executada acoplando-se o densímetro digital ao titula- dor automático. Tabela 1. Resultados do índice de acidez e teor de acido acético em amostra de E85 Amostra mgKOH/g de amostra Acidez em %(m/m)* Bioetanol E85 replicata1 0,0074 0,000788 Bioetanol E85 replicata2 0,0074 0,000788 Bioetanol E85 replicata3 0,0073 0,000779 Bioetanol E85 replicata4 0,0073 0,000784 Bioetanol E85 replicata5 0,0073 0,000785 * Resultado expresso em ácido acético Tabela 2. Média, desvio padrão e desvio padrão relativo dos resultados apresentados na Tabela 1 mgKOH/g de amostra Acidez em %(m/m)* Média 0,0073 0,000785 Desvio Padrão 0,000004 0,000004 RSD (%) 0,746 0,472 * Resultado expresso em ácido acético R E f E R ê N C I A S CARO, C.Selected Mettler Toledo Methods for Biofuel Analsys,p. 46-47; mL 0.00 -223.30 -23.80 2.44 m V E - V Titration (EQP) dE/dV - V Titration (EQP) -102.28 0.10 m V / m L mL 0.00 2.44 80 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 A Revista Analytica, em parceria com editoras de todo o país, disponibiliza uma série de títulos de interesse para a área analítica. Confra esses e muitos outros disponíveis no endereço www.revistaanalytica.com.br Análise Instrumental Autores: Freddy Cienfuegos e Delmo Vaitsman 606 páginas R$ 107,00 # Atlas de Microscopia Alimentar Autora: Márcia Regina Beux R$ 43,00 Ácidos Graxos em Óleos e Gorduras Autores: Visenteiner / Franco 120 páginas R$ 38,00 Amostragem Fora e Dentro do Laboratório Autor: Flávio Leite 98 página R$ 25,00 Desejo adquirir o(s) seguinte(s) livro(s) Título Preço Título Preço Valor total de minha compra: Desejo pagar da seguinte forma: ( ) Cheque anexo nº e nominal à Editora Eskalab Ltda. ( ) Por meio de boleto bancário que será enviado para o endereço abaixo. ( ) Por meio de depósito bancário, que será feito no Banco Itaú, Ag. 0262, conta corrente: 13061-0, em nome de Editora Eskalab Ltda. - CNPJ 74.310.962/0001-83. Razão Social / Nome: Endereço: Cidade: Estado: CEP.: Fone: ( ) E-mail: Esses preços são válidos até a publicação da próxima edição (nº 52) ou final do estoque. Todos os preços estão sujeitos a alteração. Para encomendas feitas na cidade de São Paulo e Grande São Paulo, não cobramos frete. Para outras localidades, o frete é de R$ 12,00 por livro. OBS: Feito o depósito, favor enviar o comprovante de pagamento juntamente com essa ficha preenchida para o fax (11) 3171-2190. Editora Eskalab Ltda. Av. Paulista, 2073. Ed. Horsa 1. Cj. 2315. CEP: 01311-940. São Paulo. SP - Fone/Fax: (11) 3171-2190 / 3171-2191 - E-mail: [email protected] Livraria Biossegurança em Biotecnologia Autor: Pedro C. Binsfeld (org.) 368 páginas R$ 58,00 Boas Práticas Químicas em Biossegurança Autor: Paulo Roberto de Carvalho 132 páginas R$ 39,00 Cromatografa de Proteínas – Guia Teórico e Prático Autor: José Godinho Jr 128 páginas R$ 35,00 Eletroforese de Proteínas Autor: José Godinho da Silva Jr. 126 páginas R$ 35,00 Manual do Laboratório de Química de Alimentos Autores: Florinda Orsatti Bobbio e Paulo A.Bobbio 136 páginas R$ 36,00 Microbiologia dos Alimentos Autores: Bernadette Dora Gombossy de Melo Franco e Mariza Landgraf 196 páginas / R$ 59,00 Microbiologia dos Processos Alimentares Autores: Visenteiner/ Franco 120 páginas R$ 113,00 Técnicas de Caracterização de Polímeros Autor: Sebastião V. Canevaloro Jr. 448 páginas R$ 126,00 Toxicologia de Alimentos Autores: Antonio Flavio Midio e Deolinda Izumida Martins 295 páginas R$ 86,00 Introdução à Química Forense Autor: Robson Fernandes de Faria 102 páginas R$ 30,00 Gestão de Qualidade em Laboratórios Autor: Igor Renato Bertoni Olivares 100 páginas R$ 25,00 Práticas de Química Analítica Autor: Flávio Leite 150 páginas R$ 30,00 Reologia e Escoamento de Fluidos Autor: José Carlos Vieira Machado 258 páginas R$ 60,00 Reologia e Reometria – Fundamentos Teóricos e Práticos Autor: Gebhard Schramm Tradução e adaptação: Cheila G. Mothé, Denise Z. Correia, Hans M. Petri, Michelle Gonçalves e Tatiana Carestiato 240 páginas R$ 69,00 Validação em Análise Química Autor: Flávio Leite 357 páginas R$ 80,00 Cromatografa Líquida Moderna Autor: Fernando M. Lanças 382 páginas R$ 65,00 Extração em Fase Sólida Autor: Fernando M. Lanças 96 páginas R$ 30,00 Tratamento de Resíduos Químicos – Guia Prático para a Solução dos Resíduos Químicos em Instituições de Ensino Superior Autores: Leny B.A. Alberguini, Luis Carlos ds Silva e Maria O.O. Rezende 104 páginas / R$ 30,00 Validação de Métodos Cromatográfcos de Análise (+ software Validate – standard version) Autor: Fernando M. Lanças 62 páginas R$ 30,00 Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos e Água – 4ªed. Autores: Neusely/Valéria/ Neliane Páginas: 624 / R$ 275,00 81 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Pittcon 2011 De: 13 a 18 de março Local: Georgia World Congress Center – Atlanta. USA Informações adicionais: www.pittcon.org Curso: BPL – Boas Práticas de Laboratório Dias: 18 e 19 de março Local: São Paulo. SP (consultar outras localidades) Inscrições: (11) 5053-9755 [email protected] Curso: Estudos de Degradação no Desenvolvimento Analítico Dia: 22 de março Local: São Paulo. SP (consultar outras localidades) Inscrições: (11) 5053-9755 [email protected] Curso: Validação de Protocolos de Microbiologia Dias: 23 e 24 de março Local: São Paulo. SP (consultar outras localidades) Inscrições: (11) 5053-9755 [email protected] Curso: Estabilidade de Medicamentos Dia: 26 de março Local: São Paulo. SP (consultar outras localidades) Inscrições: (11) 5053-9755 [email protected] Curso: Cromatografa em fase Gasosa Dias: 05 e 06 de abril Local: São Paulo. SP Informações: (11) 3721-3245 [email protected] agenda analytica III Simpósio Brasileiro de Genética Molecular de Plantas De: 10 a 15 de abril Local: Centro Convenções Cana Brava Hotel Resort – Ilhéus. BA Informações: (16) 3621-8540 [email protected] III Simpósio de Ciência e Tecnologia de Alimentos De: 13 a 15 de abril Local: Mar Hotel – Recife. PE Fone: (81) 3326-3548 Informações: www.sicta.com.br [email protected] XL Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular - SBBq De: 30 de abril a 3 de maio Local: Centro de Convenções Foz do Iguaçu. PR Inscrições: [email protected] www.sbbq.org.br Curso Teórico-Prático fungos e Micotoxinas em Alimentos De: 09 a 13 de maio Coordenação: Marta Taniwaki e Beatriz Iamanaka Fone: (19) 3743-1784 Inscrições: www.ital.sp.gov.br/ccqa [email protected] 34ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química De: 23 a 26 de maio Local: Centro de Convenções do Costão do Santinho Florianópolis. SC Fone: (11) 3032-2299 [email protected] www.sbq.org.br/34ra fCE Pharma e fCE Cosmetique e 25º Congresso Brasileiro de Cosmetologia De: 24 a 26 de maio Local: Transamerica Expo Center São Paulo. SP Fone: (11) 3205-5000 www.fcepharma.com.br e www.fcecosmetique.com.br Hospitalar 2011 De: 24 a 27 de maio Local: Pavilhões do Expo Center Norte – São Paulo. SP Fone: (11) 3897-6199 Iwww.hospitalar.com Curso: Vitaminas em Alimentos: Análise e Interpretação de Resultados Dia: 26 de maio Coordenação: Marta Gomes e Paulo Carvalho Fone: (19) 3743-1784 Inscrições: www.ital.sp.gov.br/ccqa [email protected] Curso Teórico-Prático Métodos de Análises Microbiológicas em Alimentos De: 27 de junho a 1 de julho Coordenação: Margarete M. Okazaki, Maristela Nascimento, Neliane Ferraz de A. Silveira e Valéria C. A. Junqueira Fone: (19) 3743-1784 Inscrições: www.ital.sp.gov.br/ccqa [email protected] Analitica Latin America De: 20 a 22 de setembro Local: Transamerica Expo Center São Paulo. SP Fone: (11) 3205-5000 www.analiticanet.com.br Confra também programação de cursos em diversas áreas de interesse em: www.cepcursos.com • www.expolabor.com.br • http://eventos.fundepag.br/ • www.isolalabcursos.com.br www.ispe.org.br • www.katalysiscientifca.com.br • www.shimadzu.com.br/analitica/noticias/cursos/ *Os cursos apresentados são de responsabilidade das entidades sugeridas Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Se você deseja saber mais sobre produtos, equipamentos e serviços oferecidos pelos anunciantes dessa edição, contate-os por telefone ou correio eletrônico. Abaixo, a lista completa dos nossos anunciantes Formato Sala Limpa R. Piraporinha, 201 04932-150. São Paulo. SP Fone: (11) 5891-5594 [email protected] www.formatosalalimpa.com.br Página: 29 Greiner Bio-One Brasil Av. Affonso Pansan, 1.967 13473-620. Americana. SP Fone: (19) 3468-9600 Fax: (19) 3468-9601 [email protected] www.gbo.com Página: 33 ICR3 Av. Luis Dumont Villares, 2.078 sala 78 02239-000. São Paulo. SP Fone: (11) 2931-6969 [email protected] www.icr3.com.br Página: 31 Isolab R. dos Três Irmãos, 62 05615-190. São Paulo. SP Fone/Fax: (11) 3721-3245 [email protected] www.isolabcursos.com.br Pagina: 13 Katálysis Calçada Antares, 232 – 1ºA. 06541-065. Santana de Parnaíba. SP Fone: (11) 2122-0206 Fax: (11) 4152-2593 [email protected] www.katalysiscientifca.com.br Páginas: 2ª capa, 03 Las do Brasil Av. V-08 – Quadra 22 / lote 25, Papilon Park 74950-190. Aparecida de Goiânia. GO Fone/Fax: (62) 3094-5552 [email protected] www.lasdobrasil.com.br Página: 29 Labwin Av. Tancredo Neves, 274 – bl. B sala 734 Centro Empresarial Iguatemi 41820-020. Salvador. BA Fone: (71) 9962-2865 Fax: (71) 3371-4035 [email protected] www.labwin.com.br Página: 39 Lucadema Científca Ltda – ME R. Francisco Alves, 595 14093-070. Ribeirão Preto. SP Fone: (16) 3441-7200 Fax: (16) 3441-7300 [email protected] www.lucadema.com.br Página: 43 Agrozootec R. Tenente José Gregório do Nascimento, 38 13301-220. Itu. SP Fone: (11) 4023-5438 Fax: (11) 4023-7443 [email protected] www.agrozootec.com.br Pagina: 11 Alem Mar Av. Senador Queiroz, 96 – 5ºA. 01026-000. São Paulo. SP Fone: (11) 3229-8344 Fax: (11) 3228-5407 [email protected] www.alemmar.com.br Página: 25 Alko R. Mapendi, 360 22710-255. Rio de Janeiro. RJ Fone: (21) 2435-9335 Fax: (21) 2435-9300 [email protected] www.alkodobrasil.com.br Página: 51 Alpax R. Guarani, 1.090 / 1.104 09991-060. São Paulo. SP Fone: (11) 4057-9200 [email protected] www.alpax.com.br Página: 27 alphaCenter R. Senador Flaquer, 877 – 7ºA. sala 72 09010-160. Santo André. SP Fone: (11) 2122-0206 Fax: (11) 4468-1253 [email protected] www.alphacenter.com.br Páginas: 2ª capa, 03 Altmann Av. das Nações Unidas, 13.771 bl 1 / 7ºA. 04794-000 - São Paulo – SP Fone: (11) 2198-7198 / 5507-3302 [email protected] www.altmann.com.br Pagina: 37 Applied Biosystems Av. do Café, 277 – 1ºA. 04311-000. São Paulo. SP Fone: (11) 5070-9662 0800-7049004 Fax: (11) 5070-9695 [email protected] www.appliedbiosystems.com Página: 3ª capa BCQ Consultoria e Qualidade Ltda. R. Cel. Arthur de Godói, 157 04018-050. São Paulo. SP Fone: (11) 5539-6710 / 5579-7130 Fax: (11) 5539-7902 [email protected] www.bcq.com.br Página: 09 Biosystems R. Cel Amazonas Marcondes, 336 80035-230. Curitiba. PR Fone: 0800-7031012 Fax: (41) 3353-1010 [email protected] www.biosystems.com.br Página: 23 Catena R. Nossa Senhora Mãe dos Homens, 491 07091-000. Guarulhos. SP Fone/Fax: (11) 2441-1475 [email protected] www.catena.srv.br Página: 51 Charis Technologies R. dos Cardeais, 78 – cj.06 13280-000. Vinhedo. SP Fone: (19) 3836-3110 Fax: (19) 3836-3109 [email protected] www.charis.com.br Página: 4ª capa Dânica Av. Nações Unidas, 12.551 – 24ºA cj.2.404 04578-903. São Paulo. SP Fone: (11) 3043-7879 [email protected] www.danica.com.br Página: 15 dpUnion R. Monsenhor Basilio Pereira, 50 04343-090. São Paulo. SP Fone/Fax: (11) 5079-8411 [email protected] www.dpunion.com.br Página: 39 Expolabor Rod. Régis Bittencourt, 3.370 Km 272,5 06793-000. Taboão da Serra. SP Fone: (11) 4787-8973 Fax: (11) 4787-3399 [email protected] www.expolabor.com.br Página: 55 Fanem Av. General Ataliba Leonel, 1.790 02033-020. São Paulo. SP Fone: (11) 2972-5700 Fax: (11) 2979-1575 [email protected] www.fanem.com.br Página: 41 Micro Óptica R. Prof. Enéas de Siqueira, 105 04829-300. São Paulo. SP Fone: (11) 5971-8811 Fax: (11) 5928-9961 [email protected] www.microoptica.com.br Página: 37 Nova Analítica Imp. Exp. Ltda. R. Assungui, 432 04131-000. São Paulo. SP Fone: (11) 2162-8080 Fax: (11) 2162-8081 [email protected] www.analiticaweb.com.br Páginas: 05, 31 NürnbergMesse Brasil – Feira Analytica R. Monte Castelo, 55 06710-675. Cotia. SP Fone: (11) 4613-2000 Fax: (11) 4613-2001 Página: 65 NürnbergMesse Brasil - Evento FCE R. Monte Castelo, 55 06710-675. Cotia. SP Fone: (11) 4613-2000 Fax: (11) 4613-2001 Página: 59 PerkinElmer R. Cardoso de Almeida, 1.460 05013-001. São Paulo. SP Fone: (11) 3868-6200 Fax: (11) 3872-6210 [email protected] www.perkinelmer.com.br Página: 07 Tedia Brazil R. Souza Barros, 567 20961-150. Rio de Janeiro. RJ Fone: 0800-7020020 (21) 2196-9000 Fax: (21) 2196-9050 [email protected] www.tediabrazil.com.br Paginas: Capa, 16, 17 Valmig R. Willi Paul Baranski, 352/372 13187-000. Hortolândia. SP Fone: (19) 3865-8603 [email protected] www.valmig.com.br Página: 25 Vetec R. Pastor Manoel Avelino de Souza, 1.021 25250-000. Duque de Caxias. RJ Fone: (21) 3125-1920 Fax: (21) 2679-1309 [email protected] www.vetecquimica.com.br Página: 35 82 anunciantes Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 E d i tori a l Analytica A revista da instrumentação e controle de qualidade www.revistaanalytica.com.br Em meio a tantas leis, resoluções e portarias que surgem a cada instante, é imprescindível que as indústrias mantenham a área jurídica em dia. Assim, a partir dessa edição, traremos na seção Analytica Legal, a palavra de especialistas da área fornecendo orientações jurídicas. Nessa primeira edição, a advogada especializada em Direito Ambiental, Teodora Tavares, fala sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados pelos laboratórios de análises industriais diante da atual política nacional referente ao assunto. Confira. Antiga parceira da Revista Analytica, a Tedia Brazil ocupa pela segunda vez a nossa Capa, dessa vez para mostrar a nova fase em que se encontra, após total reformulação.Da identidade visual às diretrizes corporativas, a empresa conta como foi esse processo e os objetivos e aspirações da equipe a partir de agora. Saiba mais na matéria da Capa Nos próximos meses, a Revista Analytica estará presente em diversos eventos pertinentes às suas áreas de atuação, levando novidades aos visitantes e interagindo com o público especializado. Em maio, durante os dias 24 e 26, acontecerá a FCE Pharma e FCE Cosmetique, em São Paulo. Convidamos todos para uma visita em nosso estande e a aproveitar as promoções exclusivas. Para anotar na agenda! Outros eventos e cursos também estão na Agenda da edição. Além da presença em diversas feiras e eventos, a Analytica também tem acompanhado a evolução e diversificação dos meios de comunicação. Assim, para acompanhá-los e, acima de tudo, estreitar as relações com leitores e parceiros, a revista também está com seus perfis nas redes sociais Twitter (@RevAnalytica) e Facebook(/RevistaAnalytica). Acompanhe-nos e fique por dentro rapidamente das novidades do universo das análises industriais, curiosidades e peculiaridades do mundo científico. Boa leitura! Os editores ANO IX - Nº 51 (Fev/Mar 2011) Diretor Executivo: Sylvain Kernbaum (11) 8357-9857 ([email protected]) skype: sylvain.r.a.kernbaum Editora: Milena Tutumi (Mtb 32.115) ([email protected]) skype: milena.tutumi Gerente Comercial: Clarisse Kramer Homerich (11) 8357-9849 Contato Publicitário: Daniele Nogueira (11) 8140-8900 ([email protected]) skype: daniele_001 Secretaria Publicidade/Redação: Luiza Salomão ([email protected]) skype: luizasalomao Departamento de Assinaturas: Daniela Faria ([email protected]) skype: daniela_eskalab Conselho Editorial: Carla Utescher, Pesquisadora Científica e Chefe da Seção de Controle Microbiológico do Serviço de Controle de Qualidade do I.Butantan - Cheila Gonçalvez Mothé, Profª. Titular da Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Prof. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de Cromatografia (CROMA) do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA/Unicamp - Joaquim de Araújo Nóbrega, Depto. de Química da Universidade Federal de São Carlos - Marcos Eberlin, Prof. de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas e Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Científica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S.Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Marina Tavares, Profª. do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley Abrantes, Pesquisadora Titular em Saúde Pública do INCQS da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldino Dantas, Diretor Presidente da OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação Brasileira de Agribusiness Colaboraram nesta edição: Alda M. M. B. Otoboni, Ana Cristina Monteiro Bernardes, Antonio Rogério Fiorucci, Claudia Dorta, Cleidiane Samara Murari, Danilo Vidotti, Denise Bassana Dias, Edemar Benedetti Filho, Etenaldo Felipe Santiago, Scheilla Vitorino C. de Souza, Teodora Tavares Impressão: Prol Gráfica Editoração: Omar Salomão – (11) 9501-1145 Redação e administração: Av. Paulista, 2.073 Ed. Horsa I - cj. 2.315 CEP: 01311-940. São Paulo. SP Fone: (11) 3171-2190 C.G.C.: 74.310.962/0001-83 Insc. Est.: 113.931.870.114 ISSN 1677-3055 A Revista Analytica é uma publicação bimestral da ESKALAB, com distribuição dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores farmacêutico, alimentício, químico, ambiental, mineração, médico, cosmético, petroquímico e tintas. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião da revista. Filiada à Anatec 04 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 das 10h às 12h e das 14h às 18h. 2. sugestões.br Capa: tedia Brazil Em Foco Analytica Legal: A Política Nacional de Resíduos Sólidos e suas Implicações para os Laboratórios de Análises Industriais ARTIGOS 44 Extração e Detecção de Clorofilas através de Análise por Injeção em Fluxo: Edemar Benedetti Filho. de 2ª a 6ª feira. das 9h às 12h e das 14 às 18h. Paulista. de 2ª a 6ª feira.com. Alteração de Endereço e Dúvidas sobre sua Assinatura Fone: (11) 3171-2190. E-mail: [email protected]. Fone: (11) 3171-2190.twitter. M. B.073 Edifício Horsa I – 23ºA – cj. SP.revistaanalytica. entre em contato com a gente.br Anunciantes www. Otoboni Novas Assinaturas. 2.com. com Daniela Faria. ou envie um e-mail para contato1@revistaanalytica. de Souza 78 Estudo de Caso: Determinação do Índice de Acidez em E85 Bioetanol Baseado na AStM D1613-06 Edições Anteriores Solicite ao Departamento de Assinatura. com Daniela Faria. fale com Daniele Nogueira. Claudia Dorta e Alda M.br 66 Análise Comparativa do Guia para Validação de Métodos Analíticos Proposto pela Anvisa (Re No 899 De 2003) com o Documento Orientativo do Inmetro e o Protocolo Internacional Harmonizado pela AOAC Internacional.com. críticas ou tiver dúvidas.com/RevAnalytica 06 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . Microbiologia em Foco: Uso de Conservantes em Produtos Farmacêuticos Notícias Fone/Fax: (11) 3171-2190.315 CEP 01311-940. São Paulo. Iso e IuPAC: Ana Cristina Monteiro Bernardes e Scheilla Vitorino C. E-mail: [email protected] 80 81 82 Livraria Agenda Para Anunciar Fone: (11) 3171-2190.S umári o 04 08 10 18 22 42 Editorial/Expediente Fale com a gente Se você quer fazer comentários. ou e-mail assinatura@revistaanalytica. O valor cobrado será o mesmo da última edição em vigor.br Home page: www. Renovação. Danilo Vidotti. Denise Bassana Dias e Etenaldo Felipe Santiago 48 Emprego do Soro de Leite Bovino e Bubalino para Produção de Biomassa pela Levedura Kluyveromyces marxianus 229: Cleidiane Samara Murari. Antonio Rogério Fiorucci.com. Cartas: Av. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 07 . uma tabela com os conservantes mais comumente utilizados pela indústria. ácido sórbico. Deve ser possível também a inativação ou neutralização da atividade antimicrobiana. quando necessário. isopropílico clorobutanol bronopol Biguanidas – clorhexidina. prataApresentam amplo Timerosal e acetato de fenil espectro de atividade mercúrio Fenólicos-cresol. além de não alterar o sabor do produto. A contaminação pode resultar em perda de potência do produto. clorofórmio Uso limitado Mercuriais orgânicosmercúrio. são inativados por matéria orgânica. clorocresol. Com relação aos produtos que sofrem uma esterilização terminal. Como se sabe. A sua função é reduzir ou manter o número de micro-organismos contaminantes para um número considerado seguro para o consumidor e estável ate o fim da data de validade do produto. somente estes necessitam da adição de conservantes quando indicados como de uso múltiplo. fungos e vírus desvantagens pH dependente Baixa penetrabilidade em material orgânicos. Ph dependente Baixa atividade em pH ácido. sabor e odor. bem como a deterioração com alterações de aspecto. impedindo ou retardando a entrada de micro-organismos contaminantes do produto. testar a sua esterilidade ou durante a realização dos testes de desafio microbiano dos conservantes. Utilização em cremes Uso em colírios e cremes e pomadas BCQ Consultoria e Qualidade: (11) 5539-6710 www. Abaixo. biguanida vantagens Apresenta atividade contra bactérias e fungos Apresenta amplo espectro de ação contra bactérias e fungos Apresenta boa atividade contra bactérias Gram positivas Apresentam amplo espectro de atividade contra bactérias. não provocar reações de hipersensibilidade. conservante Ácidos orgânicos parabenos.br 08 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 .bcq. ovidona-iodo. os conservantes são necessários para manter a integridade do produto sem alterar as suas características.cloreto de benzalcônio. devem possuir bom espectro de ação antimicrobiano. Produtos estéreis de uso único ou de múltiplas doses necessitam da adição de substâncias conservantes com o objetivo de proteger o produto. cetrimida Boa atividade contra bactérias Gram positivas e fungos Espectro de aço baixo. possuem atividade antifúngica limitada São instáveis. serem estáveis quimicamente e atóxicos e solúveis nos veículos que se fizerem necessários.microbiologia em foco USO DE CONSERVANTES EM PRODUTOS FARMACÊUTICOS A contaminação microbiana dos produtos farmacêuticos é causa de inúmeros problemas e perdas para o consumidor e a própria indústria com consequências para a saúde publica. bactérias Gram positivas Baixa atividade em material Colírios e lentes de contato orgânico Pouco solúvel em água. colírios Produtos oftálmicos e para esterilização de lentes de contato Halogênios – hipoclorito. voláteis Insolúveis em água. ácido benzoico Alcoóis –etílico. bisfenol Compostos quaternários de amônio. corrosivos e são inativados por material orgânico aplicações Formulações de uso oral e tópico Uso em injetáveis. caso sejam orais.com. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 9 . o pesquisador enfatiza que a margem de erro no modo manual pode ser maior. anunciou em dezembro passado a compra de mais uma empresa latino-americana – a terceira aquisição internacional em cerca de dois anos. o equipamento teve acerto de 84%. e Farmindustria S. O negócio engloba duas empresas que pertencem ao mesmo grupo e que conta com moderna infraestrutura tecnológica de produção.com Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Divulgação Câmera envia imagens para o software do computador 10 .000. nome do autor (e coautores). dentro da ABRAFATI 2011. conhecida como castanha-do-pará. A Eurofarma.7% das amêndoas (entre quebradas e intactas) Quanto à identificação da origem das castanhas. o seu método com o equipamento conseguiu distinguir corretamente 95.com. o 12º Congresso Internacional de Tintas acontecerá de 21 a 23 de novembro. O pesquisador Raphael Gava de Andrade. O equipamento criado para o processo de identificação é composto por uma câmera de vídeo digital ligada a uma placa de captura de vídeo e um computador. produtos. Presente no mercado há 60 anos. matérias-primas. em compensação. Dentro da estratégia da Eurofarma.A. representando cerca de 3% do total. Na pesquisa. Andrade estima que o valor do equipamento não passe dos R$ 2. tecnologias. a Eurofarma passou a ter 60% de participação do laboratório chileno. nome do apresentador do trabalho e conteúdo básico resumido.A. feita integralmente com capital próprio.A. “Hoje existe um processo muito arcaico de seleção e quebra de castanhas. Se você tem interesse em fazer parte de tudo isso. Andrade lembra que ainda não há sistema de rastreamento da origem delas e explica que a identificação valoriza o produto na hora de exportá-lo. autor do estudo que desenvolveu o equipamento. afirma a diretora da área de Sustentabilidade & Novos Negócios da Eurofarma. Além disso. contendo título do trabalho. a empresa está elaborando uma versão mais robusta do equipamento para uso industrial. Segundo o pesquisador. como cansaço. Informações pelo e-mail: raphaelgava1@gmail. Com isso. problemas de higiene e outros empecilhos.br O documento deve ter entre 20 e 30 linhas. 12º Congresso Internacional de Tintas: inscrições vão até 31 de maio Com destaque para as mais recentes pesquisas e inovações relacionadas a processos. entre outros. Desta vez a operação aconteceu no Chile. o Laboratório Volta atua com foco nas áreas de Prescrição Médica. e a Farmindustria S. com o Laboratório Volta S. o Chile tem um papel importante na consolidação desta visão”. Genéricos e produtos hospitalares. Neste aspecto. O estudo é fruto da dissertação de mestrado de Andrade para a EESC. enquanto a Farmindustria atua na fabricação para terceiros. indústria farmacêutica brasileira. com vendas superiores a US$ 1 bilhão.A. aplicações. em português. o comitê científico receberá os resumos dos trabalhos até 31 de maio. oferece vantagens como: modo higiênico de seleção de castanhas. boa parte das empresas do ramo no país ainda faz manualmente o processo de identificação. No momento. Equipamento aumenta eficiência na classificação de castanhas A Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP criou um método eficaz de identificação e classificação de castanhas do Brasil. por meio do site: www. inglês ou espanhol. comenta. Com a negociação. de cobrir 90% do mercado latino-americano com operação própria. As aquisições da Volta e da Farmindustria representam um avanço no processo de internacionalização da Eurofarma.notícias Eurofarma adquire laboratórios chilenos Volta S. uma esteira por onde passam as castanhas e um sistema de iluminação ambiente. cuidados ambientais. além de distinguir de qual região provém a castanha. com a orientação do professor Valentin Obac Roda. O método utiliza um equipamento capaz de identificar amêndoas (termo botânico para a semente da castanha) quebradas e intactas. se considerar as variações da condição humana.abrafati2011. o que não acontece com as máquinas. há perdas numéricas. Pode-se dizer que no método manual há em torno de 15% de margem de erro na seleção das castanhas”. “O mercado chileno é o sexto mais importante mercado farmacêutico na América Latina. faz uma análise mais produtiva e concisa e tem baixo custo.00 para reprodução. Maria Del Pilar Muñoz. O laboratório é complementado por uma unidade móvel composta de um provador padrão. entre outros. Será também importante na garantia da exatidão das medições fiscais realizadas sobre a produção do petróleo em território nacional e utilizadas na contabilização dosroyaltiese das participações especiais. por meio de projeto da Rede de Metrologia. risers. transporte. ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia. refino e distribuição do petróleo e seus derivados. e da FINEP. micromanufatura de equipamentos e metrologia. como em cosméticos). por meio da utilização de um padrão gravimétrico de referência e de padrões de trabalho em linha.IPT em processo de ampliação de serviços O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) inaugurou em 16 de dezembro seu novo Laboratório de Metrologia de Vazão de Óleo. da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo. ensaios comparativos. o laboratório foi projetado e construído com a finalidade principal de atender às necessidades da indústria nacional do petróleo e dos órgãos reguladores do setor na realização de calibrações. O laboratório realizará ensaios estáticos e dinâmicos de fadiga de longa duração em estruturas e equipamentos de grande porte. o prédio. vinculado aoCentro de Metrologia de Fluidos (CMF) do Instituto. umbilicais. transportado em carreta especial e que possibilita realizar testes e calibrações de medidores de vazão com os fluidos reais de processo e nos próprios locais de operação. o IPT também deu início às obras civis de seu novo prédio de Ensaios de Estruturas Pesadas. testes. que irá atuar no suporte técnico.7 milhões. Na mesma data. provenientes da Petrobras. pesquisas e desenvolvimentos em diferentes tipos e modelos de medidores e componentes de sistemas de medição de vazão de óleo e de derivados. Instalado em uma edificação de 750 m² dentro do campus do IPT na Cidade Universitária. O prédio de bionanomanufaturatambém iniciou suas obras civis para oferecer o mais moderno centro de pesquisas dessa área no país. principalmente à Petrobras. Para a sua construção. tecnologia de partículas (microencapsulação de componentes químicos e terapia medicinal. Com investimento de R$ 46 milhões. o laboratório recebeu investimento total de R$ 6. calibrado por meio dos padrões do laboratório. que são aplicados em elementos de ancoragem de plataformas offshore. pode fornecer baixas incertezas na medição de volumes de produtos. A instalação laboratorial tem a capacidade de atingir vazões de até 1000 m³/h e. custos e lucros das empresas do setor. 11 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . dutos flexíveis e rígidos. O laboratório será fundamental para a indústria nacional do petróleo uma vez que as medições de volumes de produtos são a base quantitativa para a contabilização das receitas. para a exploração e produção de petróleo do pré-sal. de oito mil m² será destinado ao estudo de biotecnologia (desenvolvimento com organismos vivos). além de proporcionar confiabilidade nas atividades de tributação realizadas em todas as etapas do processo de produção. Ela explica que os dois produtos são apresentados em forma de pó – as micropartículas são visíveis apenas pelo microscópio eletrônico. Os dois produtos foram produzidos através da técnica de secagem por atomização (spray drying). “A diferença entre eles é a maneira como foram obtidos e o direcionamento de uso dado a cada um. que estudou o alecrim pimenta durante seu doutorado. O próximo passo da pesquisa é testar as aplicações dos produtos. Jane Gonçalves Menegaldo. ainda mais barato que os dois anteriores. sendo que 12 o primeiro apresentou um custo inferior. “Será um momento importante para o ITAL. em 2012. a presidente explica que essa nova gestão irá buscar maior interação com a indústria de alimentos.notícias FCFRP produz patente com o antimicrobiano alecrim pimenta O alecrim pimenta (Lippiasidoides) é uma planta muito usada pela medicina popular como antimicrobiano e antifúngico e que já foi tema de diversas pesquisas científicas que comprovaram suas propriedades benéficas. alguns testes já foram realizados na FCFRP. O trabalho foi realizado pela farmacêutica Luciana Pinto Fernandes. A patente abrange ainda um terceiro produto. entre eles o do estudo envolvendo a conservação do peixe contra a Listeriamonocytogenes. Mas há outros que ainda estão em andamento como: análises sensoriais de alimentos submetidos aos dois produtos como conservantes. Um dos produtos poderá ser usado em formulações de medicamentos e cosméticos.com Agência USP Pesquisadora do ITAL é reeleita presidente da SBCTA A pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL/ SAA). A minha missão. também criador da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp. queremos resgatar um dos fundamentos da SBCTA e consolidar o nosso trabalho interagindo também com a indústria”. Com um time formado por 17 novos diretores. como funcionária do ITAL. e o outro. já que o Instituto presta serviços e desenvolve pesquisas para esse setor. obtido a partir do extrato hidroalcoólico das folhas da planta. que busca a interação com a indústria. também é enaltecer o nome do ITAL e engajá-lo em todo o trabalho da SBCTA”. conta a pesquisadora. Agora. será muito benéfica para o ITAL. entre os quais os pesquisadores do ITAL. Toda essa “riqueza natural” acaba de ser alvo de uma patente na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP. e terá em conjunto a realização do XIII Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos e XVII Seminário Latino-americano de Ciência e Tecnologia de Alimentos. explica. De acordo com a farmacêutica. contatar a pesquisadora Luciana Pinto Fernandes no e-mail: lucianapinto29@hotmail. Um dos grandes desafios dessa gestão será a realização do XVI Congresso Mundial de Ciência de Alimentos.tradicional entidade do setor que tem como uma de suas finalidades a promoção e estímulo a geração de conhecimentos na área de ciência e tecnologia de alimentos no país. já que ambas as Instituições têm como fundador o pesquisador e professor André Tosello. devido aos custos dos processos de obtenção”.Paulo Eduardo da Rocha Tavares e Valdecir Luccas. que poderá consolidar ainda mais seu nome entre as indústrias e instituições. Pesquisadores do Laboratório de Pesquisa & Desenvolvimento em Processos Farmacêuticos (LAPROFAR) patentearam dois produtos a base de alecrim pimenta obtidos a partir do encapsulamento do óleo essencial da planta em micropartículas. Para saber mais sobre a pesquisa. na conservação de alimentos processados. A SBCTA tem grande interligação com o ITAL. “A gestão passada teve um forte viés acadêmico. As três Instituições são peças importantes da história da expansão da indústria alimentícia no Brasil.com expectativa de público de mais de 4 mil pessoas. apresentado em janeiro de 2009 sob a orientação do professor Wanderley Pereira de Oliveira. explica Jane. Pela primeira vez o evento será realizado em um país da América Latina. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). coordenador do LAPROFAR. e o desenvolvimento e avaliação da eficácia de cremes dentais contendo formulações a base de alecrim pimenta. priorizando o contato e os trabalhos com as universidades e institutos de pesquisa. experimentando-se um processo de encapsulamento físico e outro químico. que acontecerá em Salvador (BA). e também a pesquisadora Regina Kitagawa Grizotto. foi reeleita presidente para o biênio 2011/2012 da Sociedade Brasileira de Ciência e Tencologia de Alimentos (SBCTA). Ela enfatiza que a nova gestão da SBCTA. A Esalq e a cidade de Piracicaba. Atualmente.Abiquim tem nova gerente na área de comércio exterior A engenheira Denise Mazzaro Naranjo passou a coordenar. produção de biocombustível líquido e como precursor de biopolímeros. Endres continuará colaborando com a Abiquim como consultor. contribuem com a infraestrutura necessária para a instalação da planta piloto. o rendimento poderá dobrar. o bagaço é usado para a produção de energia.Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE). Denise trabalha na Abiquim há 24 anos como assessora de Comércio Exterior. outras matérias-primas de biomassa serão pesquisadas. que ingressou na Abiquim em 1969 e coordenou a área de Comércio Exterior da entidade por 22 anos. Denise sucederá o economista Renato Endres.Oxiteno. mas seu rendimento energético é de 20%. E. No novo processo. localizado a 162 km da capital. está articulando um consórcio com empresas públicas e privadas. Uma área de 80 mil m² abrigará uma Piracicaba terá Centro de Gaseificação de biomassa planta-piloto que desenvolverá a tecnologia de gaseificação do bagaço de cana-de-açúcar com diferentes matérias-primas. Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). A gaseificação é vista como uma ferramenta de mitigação de emissão de gases de efeito estufa. Ela é formada em engenharia química pela Fundação Armando Álvares Penteado. Além do bagaço. a partir de 3 de janeiro. Cada empresa parceira deverá contribuir com R$ 2 milhões durante a execução do projeto. durante os três anos de operação da planta. chegando a 40%. A atual fase do projeto está voltada para a produção do gás. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP) e IPT. a área de Assuntos de Comércio Exterior da entidade. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico. uma das maiores produtoras de cana-de-açúcar no Brasil. os chamados monômeros do plástico. Do IPT Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 13 .e quatro instituições . como a palha de milho e o carvão. Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo anunciou a aprovação da primeira fase do projeto do Centro de Desenvolvimento de Gaseificação de Biomassa (CDGB) no futuro Parque Tecnológico de Piracicaba. Brasken e Cosan . O IPT. Petrobras. Para os primeiros cinco anos está prevista a produção de 500 kg/hora de gás de biomassa. junto com o CTC e o CTBE. deverão ser processadas três mil toneladas de biomassa. O grupo que apoia o projeto é composto por quatro empresas . além de institutos e universidades do Brasil e do exterior. com pós-graduação em Economia Internacional e em Gestão Empresarial para a Indústria Química. O gás de síntese do bagaço de cana será avaliado em três aplicações: para a geração de energia elétrica. as redes sociais têm papel cada vez mais importante nas estratégias de comunicação corporativa. melhorar a eficiência dos fertilizantes químicos. nos próximos cinco anos. vagas de emprego. pois diz respeito tanto quanto o que a empresa quer passar para o mercado e consumidores. O mercado global de biofertilizantes é atualmente estimado em cerca de US$ 250 milhões.000 toneladas/mês. são micro- organismos que podem aperfeiçoar significativamente a capacidade das plantas de fixar nitrogênio e utilizar fosfato. e mensura o que os consumidores falam dela”. O canal será atualizado com notícias da empresa. o que representa um aumento médio de vendas de 7. A base da estratégia para o Twitter Dânica será o monitoramento e a agilidade em fornecer respostas aos internautas em tempo real. e uma revisão de sua estrutura. Para seguir a Dânica no twitter: @grupodanica Laborquímica passa a integrar Laboratórios Bioagri no sul do país Os laboratórios Laborquímica e Bioagri iniciaram 2011 unidos. também conhecidos como biofertilizantes. A ideia é aproximar clientes e prospects. Agora a empresa soma cinco Centros de Distribuição. segurança e minimização de erros no processo. Essas novidades servirão para impulsionar o plano de crescimento estabelecido pela empresa para os próximos cinco anos. com a aquisição da PhilomBios. que inclui ainda atingir um crescimento de 24% ao ano. sendo alguns exclusivos. poli-isobutenos Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . em agosto deste ano. o acesso às informações é cada vez maior. As atividades da EMD/ Merck CropBioScience serão integradas pela empresa BioAg da Novozymes. equipe especializada e atendimento personalizado. incluindo a aquisição do CD de Simões Filho (BA). O investimento dos Laboratórios Bioagri na região sul faz parte dos recursos de dez milhões de reais que serão destinados à compra de equipamentos. Para se aproximar dos consumidores. Nesse contexto. agora com cerca de 6. a Dânica está usando o Twitter para analisar o comportamento dos internautas e saber mais sobre o mercado que atua. Juntos. no Canadá. Para Adriana B. dessa forma. lançamento de produtos. no Brasil. O portfólio de produtos da EMD/ Merck concentra os potencializadores de crescimento biológico e inoculantes de nitrogênio basicamente usados na produção de soja e legumes. entre elas a incorporação da distribuidora Unipar.500 ativos. metais e resíduos com qualidade e tecnologia avançada. se relacionar. mais recentemente com a aquisição da Turfal. Aumentam também a sua cartela de clientes. da Merck KGaA em negócio que complementa os seus mercados e produtos agrobiológicos. resinas hidrocarbônicas. a quantiQ apresenta uma série de novidades. Helmann. além de um portfólio com mais 30 novos produtos (solventes hidrocarbônicos. além de maior em proporções físicas. atendendo demandas em todos os tipos de matrizes com análises de parâmetros inorgânicos. complementando assim o negócio existente de inoculantes de fosfato e de nitrogênio da Novozymes. o laboratório de análises químicas de Canoas Grupo investe R$ 10 milhões (RS) se junta à esna região sul nos próximos trutura tecnológica cinco anos de última geração do grupo agregando qualidade. Twitter Dânica Com a internet. Os inoculantes. que mantém uma fábrica no Paraná. A Novozymes está no mercado de biofertilizantes em 2007. está ainda mais preparada para atender ao mercado global. funcionários e público de interesse. responsável pelo departamento de marketing “A comunicação feita para o Twitter é muito importante. Divulgação orgânicos. e aumentou gradualmente suas atividades. O resultado dessa união é a total agilidade na entrega dos resultados. e especialidades). isoparafinas. a quantiQ tem como objetivo criar uma empresa diversificada que. produtos. além de alinhar-se com o objetivo da Braskem de contribuir para a melhoria de competitividade de toda cadeia produtiva do setor químico e petroquímico. Ao agregar a Unipar. que são essenciais para seu crescimento e. dicas. entre outras informações. os laboratórios oferecem um escopo completo atendendo às legislações estaduais e federais.notícias Novozymes cresce no mercado de produtos agrobiolólogicos A dinamarquesa Novozymes anunciou a aquisição da EMD/ Merck CropBioscience. feita em dezembro de 2010. A mais recente conquista dos Laboratórios Bioagri. softwares e contratação e treinamento de profissionais especializados. As informações que alimentam a rede são feitas de forma transparente e a empresa conta com a ajuda de colaboradores e departamentos “chave” que fornecem informações condizentes com o propósito do Twitter. 14 quantiQ implementa estratégia para expandir participaçãoo mercado No ano em que completa duas décadas. Serviço Água na Oca: De: 26/11/2010 a 08/05/2011 Pavilhão Lucas Nogueira Garcez (Oca) Av. Essa é a proposta da exposição Água na Oca que acontece desde novembro em São Paulo. facilitando a visitação das empresas brasileiras aos locais de atuação da Messe München e vice-versa. Ações para seu uso sustentável são sugeridas pela exposição. Empresas expositoras e visitantes serão os grandes beneficiados da parceria que fomentará o intercâmbio de negócios entre o Brasil e demais países O departamento internacional da NürnrbergMesse Brasil será responsável pela divulgação e intercâmbio das feiras de negócios da Messe München no País. Leia mais sobre o assunto no Especial dessa edição. s/nº . durante a BrauBreviale que acontecerá de 9 a 11 de novembro de 2011 e que agora inclui matérias-primas. duas grandes organizadoras de feiras de negócios do mundo.00 No último domingo de cada mês.com. em novembro do ano passado.br A Messe München International e a Nürnberg Messe Group. assinaram em janeiro uma parceria inédita para criação de uma equipe de vendas conjunta que será administrada pela subsidiária brasileira da NürnbergMesse.Água na Oca Entender melhor da relação entre a água e o planeta. logística e marketing. tecnologias. pela primeira vez. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 15 Nova parceria agita setor de feiras e negócios no Brasil . Parque do Ibirapuera – SP Ingressos: R$ 10.Portão 3. enfatizando a sua representação e importância para o Brasil e seu povo por meio de obras de arte. que pretende chamar a atenção para o modo como o público utiliza os recursos hídricos. fotografias e instalações audiovisuais. aquários reais e virtuais. a entrada é gratuita para todos Pro Seach Head Hunting procura os seguintes profissionais: • Assessor cientifico • Vendedor técnico • Técnico responsável da base de equipamentos instalados no Brasil para empresa especializada em análises médicas e industriais. Esta é a segunda parceria entre as empresas que.00 (meia entrada) e R$ 20. bem como os problemas relacionados à qualidade e à disponibilidade desse recurso na sociedade e nos ecossistemas. Pedro Álvares Cabral. A mostra exibe os estados e o ciclo da água. O acordo envolve a transferência de representação internacional da Messe München para a NürnbergMesse Brasil que será comandada pelo departamento internacional da empresa criado em 2009. Interessados devem enviar currículos citando o cargo de interesse no assunto para e-mail: consultant@prosearch. firmaram um acordo para participar do segmento de embalagens Pet. realizada pelo Instituto Sangari em parceria com o Museu de História Natural de Nova York. notícias 16 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 17 . Gerente de Conhecimento Aplicado. a empresa redefiniu o modo de conduzir o negócio como um todo. manutenção e consultas técnicas. a Tedia Brazil está colocando em prática um plano ambicioso para 2011: a expansão de sua Industrialização e Equipe de Conhecimento Aplicado oferece suporte a todas as necessidades do consumidor de insumos 18 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . o que até então só era fornecido por grandes marcas de equipamentos laboratoriais. tomou a iniciativa e satisfez as necessidades de seus clientes”. a Tedia Brazil percebeu uma necessidade latente por um suporte técnico mais acessível. Para tornar essa ideia possível. assegura Marcos Viana. Para isso. a marca do fabricante. utilizando toda a expertise adquirida nesses 12 anos de mercado e após um intenso exercício de autoconhecimento. focou os esforços no aperfeiçoamento deles e desen- volveu outros complementares. a nossa qualidade é exímia. com o intuito de fornecer informações. “Até agora tivemos uma excelente recepção a este novo serviço. Marcos explica que a Tedia Brazil definiu os principais processos responsáveis pela satisfação do cliente na execução da compra. criando valor para o serviço oferecido de acordo com o que ele realmente deseja é a nova proposta da empresa: “Para alguns é o tempo de entrega ou o preço. Gerente de Marketing da Tedia Brazil. a empresa criou o departamento de Conhecimento Aplicado. a variedade de produtos ou os serviços de consultoria que oferecemos etc. além de cuidar de outros projetos. entre muitos outros) não dispunham de um suporte que auxiliasse seu uso. Compreender as necessidades de cada cliente. Aumentando ainda mais o nível de seus serviFotos: Divulgação ços. a Tedia Brazil acaba de passar pela maior transformação de sua história. liquid handling. sempre relacionados às melhores práticas utilizadas em análises laboratoriais. materiais para filtração e separação. Logística Um processo logístico impecável é vital para uma empresa que tem o sonho de encantar seu cliente. Da identidade visual às diretrizes corporativas.c a pa Tedia Brazil: Remodelada. comemora Priscila Tavares. Investe na Excelência em Serviços D istribuidora autorizada e exclusiva de produtos para laboratórios. dicas e auxílios necessários para o uso correto e otimizado de cada um dos produtos Tedia Brazil. Para outros é o suporte técnico disponível. O único quesito invariável é a qualidade de nossos produtos. mais uma vez. Para todos os clientes. pois sabemos da sua importância vital nos processos laboratoriais de nossos clientes”. Como exemplo. cita alguns: Conhecimento Aplicado Através de uma pesquisa com seus clientes. em todos os casos. provando que a Tedia Brazil. A Tedia Brazil define-se agora como uma empresa focada na excelência em serviço. Todos os demais insumos necessários (consumíveis para cromatografia. equipamentos de bancada. e também foi aprimorado o Departamento de Planejamento e Controle de Produção. com um aumento de mais de 50% na equipe. comprometida e. Foram realizados investimentos massivos em treinamentos. rastreabilidade. cliente satisfeito “A empresa não se sustenta sem o apoio integral de uma equipe qualificada. endereçamento. Atendimento Desde o início de seu trabalho. Em termos de estrutura. asseio. visto que todas trabalham em sinergia para atingir um único objetivo: encantar o cliente. Sabemos que esta felicidade não é conquistada somente com salários e benefí- Equipe de Vendas bem treinada: essencial para a realização dos objetivos estratégicos da nova fase Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 19 . armazenamento. vetores. acredita-se que o lucro seja proveniente de pessoas e não de números. tanto para a área de vendas quanto para as demais. Na Tedia Brazil. pois muito mais que compradores. visando aperfeiçoar cada vez mais os processos logísticos. validade. Equipe feliz. a Tedia Brazil focou o atendimento como uma das principais ferramentas para conquistar seus clientes. feliz. O Centro de Distribuição está sendo praticamente triplicado em relação ao seu tamanho atual. a empresa quer parceiros e investiu nestes diferenciais. a empresa considera-se uma extensão de seus clientes. altura. entre outros) terão atenção especial na expansão. EPI.Espaço triplicado e foco às Boas Práticas da Manufatura marcaram a expansão da Logística Tedia Brazil Logística. A Tedia Brazil propõe aos clientes uma experiência superior e de elevada qualidade em atendimento. acima de tudo. recebendo o devido reconhecimen- to por tal serviço. As Boas Práticas de Manufatura já aplicadas atualmente com todos os controles previstos (expedição. com treinamentos assertivos e controle rigoroso de todos os processos. foi realizada a migração para a versão mais atualizada do WMS. na certeza de que o sucesso é sinônimo de uma parceria sólida e consistente. Por isso. que corrige muitos bugs das versões passadas. Nesse novo momento ficou claro que este diferencial não poderia ser deixado de lado. pois entendeu que afetam diretamente a experiência de atendimento que se compromete a entregar. em 1999. gerando sempre a melhor solução para suas necessidades. Tedia Vials&Caps. Além disso. a partir do momento em que compreendeu seu papel na empresa. A empresa estabeleceu uma relação de total liberdade com seus colaboradores para que propusessem projetos de melhoria. 20 Dividida em fases. a partir das necessidades das suas respectivas áreas. que tem resultado em relações comerciais estratégicas e extremamente benéficas para os clientes Tedia Brazil. focada em produtos para liquid handling e equipamentos de bancada plug&play. que foi encorajado a participar ativamente da construção da nova identidade. Kromasil e TCI America. Com todos conhecendo a direção para a qual a empresa se encaminha . a empresa deve oferecer respeito ao colaborador”. completa Helena Simon. houve um grande aumento na energia dos colaboradores e melhora significativa no nível de atendimento. revendo sua descrição de cargo e propondo mudanças pertinentes. sugerindo melhorias. que traz uma li- Algumas das ações de comunicação interna que aconteceram durante todo o ano de 2009 e 2010 cios. a campanha mostrou de forma lúdica e divertida. cada colaborador avaliou seu próprio papel na empresa. Idealizada para facilitar a transição interna. Valores. Visão. tratados como um bem precioso.c a pa for preciso para que a Tedia Brazil alcance seus objetivos”. esses três conceitos. sobre o posicionamento da empresa em relação aos seus colaboradores. comenta Helena Simon. acima de tudo. E. a campanha serviu para esclarecer aos colaboradores os conceitos relacionados à mudança e difundir a reformulação das Diretrizes Corporativas. Uma das primeiras ações internas foi a campanha Missão. e Tedia Vials&Caps. como nos casos da Tedia Co. cada colaborador tem se empenhado a entregar o que GO-Lab. o grupo com as melhores ideias foi premiado. responsável pela área de Comunicação. para fechar. a exemplo do estreitamento das relações com seus parceiros de negócios. embora estes itens tenham suma importância. “Após essas intensas campanhas internas. Tedia Ambiental e Comitê de Apoio Social: atendendo necessidades de clientes e colaboradores Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . A partir dessa premissa. o processo de transição teve como um dos principais focos o profissional da Tedia Brazil. visando a adequação às novas diretrizes. Multisserviços O comprometimento dos profissionais da empresa já tem gerado ações positivas. principalmente. A empresa também tem investido nas marcas próprias GO-Lab.e. sentindo que fizeram parte desta definição -. a redução da burocracia do processo.br Cuidadosamente pensada. Nova imagem. seguindo o velho – e verdadeiro – ditado. a empresa irá focar em suas nove linhas (Cromatografia. além de poderem utilizar o Comitê de Apoio Social – CAS.nha completa de vials. finaliza Khalil Duna. Tal premissa é perfeita para definir a nova e melhor fase da empresa que. Conheça mais (21) 2196-9000 www. Uma divisão especializada na gestão completa dos resíduos laboratoriais. nova logo possui explicação detalhada para cada um de seus elementos Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 21 .com. em demonstração explícita de que não só ele. RMN. a Tedia Brazil planeja estar presente nos clientes com o atendimento global dos insumos necessários para a química analítica. finalizou o processo apresentando o novo logotipo da marca. Vials & Caps. entregando sempre uma experiência inigualável de atendimento’”. minuciosamente estudado e desenvolvido para expressar todo o conceito da empresa. Sabendo da importância sobre essa questão. Em 2011. Responsabilidades sociais e ambientais também fazem parte do cotidiano da equipe. Filtração & Separação. o cumprimento legal e a otimização do negócio. criado para servir como um canal de comunicação com a diretoria da empresa. cujas ações se tornam possíveis em função do corpo de colaboradores motivado e bem treinado. O amadurecimento que a Tedia Brazil transparece nessa sua atual fase é um reflexo dos esforços realizados anteriormente. oferece como benefícios a simplificação do descarte. nova personalidade A marca é a imagem e a personalidade da corporação. uma imagem vale mais que mil palavras. O objetivo é manter viva a chama de nossa Visão: ‘Tornar realidade os sonhos de nossos clientes. Já conhecida pela excelência de suas marcas e por oferecer uma das melhores relações custo-benefício. Equipamentos e Vidrarias) e desenvolvê-las em cada um de nossos clientes. ao mesmo tempo. Diretor da Tedia Brazil. mas todos os colaboradores vestiram a camisa da Tedia Brazil. Sua participação no mercado laboratorial e a taxa de crescimento anual acima do esperado durante todos esses 12 anos de atuação só tendem a aumentar. Deve ser transparente. a empresa oferece apoio a instituições de caridade. a Tedia Brazil optou pela reformulação total. Padrões Analíticos. Na área social. Reagentes & Solventes. “Metas como realizar um ‘atendimento inigualável’ permearam a vida corporativa da empresa durante todo o ano de 2010 e continuarão a fazer parte do nosso dia a dia. Liquid Handling. Os colaboradores contam com programa de bolsas de estudos para aperfeiçoamento profissional. a Tedia Ambiental. pois é por meio dela que uma empresa é reconhecida onde quer que esteja.tediabrazil. caps e septos para laboratórios. após a campanha junto aos colaboradores. No mercado brasileiro há mais de 40 anos. entre outros. apresentando tempos reduzidos de aquecimento e resfriamento. Aplicações típicas: sistemas biorreatores. em um prédio de 2. com estabilidade de ± 0. alemmar@alemmar. o investimento nas novas instalações eleva o grau de excelência dos serviços prestados pela Polimate. luz de fundo. No setor de estoque. funções de alerta. garantindo eficiência no diagnóstico do problema e agilidade no reparo técnico.em foco Sistema dinâmico de controle de temperatura Presto® PLUS – Julabo Os sistemas Presto® PLUS para controle dinâmico de temperatura oferecem a solução ideal para aplicações de temperatura externa. A operação é amigável com enchimento automático e desgaseificação. zona sul de São Paulo. A área de assistência técnica foi ampliada. principalmente para o controle de temperatura de biorreatores. Os modelos disponíveis são por resfriamento por ar. com modernos laboratórios de calibração e medição totalmente equipados e com padrão internacional de qualidade. tanto na venda quanto no pós-venda.br Representante no Brasil: Alem Mar Comercial e Industrial S. pesquisa e desenvolvimento. Possuem programador integrado (para 6 x 60 etapas) com relógio. e as interfaces digitais e analógicas permitem automação posterior.br Em nova sede. tela LCD com quatro linhas e tela VFD fluorescente de informações com indicação simultânea de três valores. água ou ambos. síntese (11) 3229-8344 orgânica. a Polimate representa e distribui com exclusividade as principais marcas mundiais de equipamentos de alta tecnologia para controle de qualidade. ampla faixa de temperatura de trabalho sem a necessidade de troca de fluidos. Já a área comercial também foi reestruturada e agora conta com um parque tecnológico instalado que permitirá uma comunicação mais ágil entre a equipe de vendas e consumidores. Saiba MaiS (11) 5080-5000 polimate@polimate. Saiba MaiS indústria de semicondutores.com.01°C.A Controle inteligente oferece ampla faixa de medição Polimate inaugura nova sede em São Paulo Em dezembro passado a Polimate inaugurou sua nova sede no bairro da Aclimação. Possuem bomba de circulação de alta performance com estágios ajustados eletronicamente. oferecendo ampla faixa de medição (faixa de acordo com o modelo. calorímetros de reação. autoclaves. limite máximo de temperatura e estágios da bomba. No local também há laboratórios showroom para apresentação dos instrumentos analíticos. As unidades têm controle inteligente por cascata autoajustável (ICC).com. plantas-piloto/destilação. Todos os setores de serviços da empresa passaram por melhoras. para o modelo LH85: –80°C a +250°C). calibração. e um desempenho inigualável com economia de espaço em laboratório. Polimate reestruturou todas as áreas 22 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 .100 m². uma ampliação estratégica garantirá excelentes condições de armazenamento dos equipamentos. blocos de reação. compensação rápida de reações exotérmicas e endotérmicas. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . 2. tais como aumentar a vida útil de motores e realizar a troca de óleo no momento exato. o grande desafio para suportar o aumento da demanda produtiva de um laboratório de análise de óleo não é o sistema de detecção e sim o preparo das amostras. garantindo a precisão nas vendas. perda de reprodutibilidade devido às diferenças de propriedades físico-químicas entre as amostras. ® Nova linha de vidrarias no mercado A Biosystems coloca no mercado uma nova linha de vidrarias de excelente qualidade: a TWA. suportar o incremento de demanda. prevenindo danos às peças e eliminando a troca desnecessária de óleo o que reduz custos e geração de resíduos.com diluições e preparo das amostras possibilitando uma análise mais confiável e consistente. a fim de minimizar problemas oriundos da formação de resíduos carbonáceos no plasma. 3. Entretanto. Além de oferecer a robustez necessária para o processamento de um grande número de amostras e. dessa forma. Para a determinação elementar. o Janus Oil Prep é capaz de preparar mais de 96 amostras em 20 min. solução esta que já é aplicada em empresas como a Caterpillar. o equipamento apresenta faculdades únicas cujas funções são a padronização dos ensaios e a manutenção de sua qualidade. a análise de óleo serve como um importante diagnóstico que pode gerar muitos benefícios. Elementos aditivos: análise que determina os elementos presentes no óleo a fim de monitorar os aditivos presentes nos lubrificantes. Elementos de contaminação: tipo de análise que monitora a presença de elementos indesejáveis oriundos de sujeira ou do processo de produção. neste caso específico. que possibilita automatizar todo o processo do preparo de amostras. e mais de 2 mil amostras em 8 horas. a PerkinElmer oferece uma nova solução. incluindo laboratórios farmacêuticos. o Janus Oil Prep. A engenharia robótica de deSaiba MaiS tecção de líquido ultrassônica é independente e seu sistema interno constituído de líquido cuja (11) 3868-6200 densidade é semelhante a dos compostos com os quais interage. A linha da TWA inclui: • Balões volumétricos • Buretas • Copos de Becker fôrma baixa (tipo Griffin) 24 • Dessecador a vácuo • Erlenmeyers • Frascos reagente • Provetas • Pipeta sorológicas • Pipeta volumétricas • Tubos de ensaio com tampa baquelite • Tubos de ensaio sem orla Saiba MaiS (41) 3353-1010 web@biosystems. a PerkinElmer já oferece soluções como Optima (ICP OES) e o NexION (ICP MS). além de ser compatível com normas como ASTM e ABNT.com. plantas de produção de biodiesel e óleos lubrificantes dentre outros segmentos. Elementos de desgaste: análise que monitora os metais que podem indicar a deterioração em peças de máquinas onde o óleo está inserido.em foco Poderosa ferramenta para a produção de amostras analíticas: Janus® Janus possibilita automatizar todo A determinação elementar em óleos e lubrificantes é a chave para a dio processo do preparo de amostras minuição de custos de empresas de grande porte tais como indústrias de exploração de gás e óleo. graduação e componentes plásticos em polietileno ou polipropileno (que garante maior resistência térmica e química). que foi toda produzida em vidro borosilicato de classe A. Quando corretamente aplicada. como xileno e querosene de aviação. ambas as técnicas permitem determinar a maior parte dos elementos da tabela periódica numa faixa de trabalho que vai de ng/Kg (partes por trilhão) até porcentagem num curto espaço de tempo (cerca de 1 min). mineradoras. o preparo de óleos para análise por ICP demanda a diluição destas amostras em solvente adequado. Para aumentar a produtividade na análise de óleos. A determinação de elementos em amostras de óleos tem basicamente três objetivos principais: 1.br Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . Com a possibilidade de trabalhar com quatro ou oito dispensadores e com deck cuja capacidade é de 1536 tubos. com certificado de qualidade. grandes equipamentos. redução nos TATs (Turn Around Time) e da interação do usuário com o processo. químicos e biológicos.analitica@perkinelmer. As vidrarias são utilizadas diariamente nas mais diversas rotinas laboratoriais. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . Este software conta com: • Entrada de resultados via web. com opção de escolha de material em alumínio ou aço inoxidável e cabeça descartável. salas limpas.000 litros de ar / 8 horas. de qualidade de ar de interiores. cabeças de aspiração com perfurações. facilitando rodadas internacionais • Relatório Anual.é referência mundial em amostragem microbiológica portátil de ar nas áreas farmacêutica. cálculos de homogeneidade e estabilidade. tornar econômico. áreas industriais protegidas. flexibilidade de escolha de placas (RODAC ou Petri). armazenamento de até 300 ciclos de amostragem.com. Atender bem a Clientes em diversas partes do país é um desafio em um país de dimensões continentais como o Brasil. auxilia os melhores Programas Intralaboratoriais do Brasil. autoclaváveis.br Labwin-Proficiência A Labwin tem trabalhado há mais de 10 anos com desenvolvimento de softwares para laboratórios mais a consultoria na implantação dos mesmos e em química analítica. destacam-se: conformidade com os requisitos da USP <1116> e das normas ISO 14698-1 e 21 CFR 11 do FDA. excelente tempo de amostragem ajustável de 6 a 10 minutos para 1000 l de ar. Saiba MaiS (71) 9962-2865 Fernando@Labwin. autonomia de operação superior a 70. O SAS Super ISO está disponível em quatro modelos. Principalmente quando o serviço envolve tecnologia avançada e necessidade de oferecer consultoria por pessoal especializado e experiente em laboratórios e informática ao mesmo tempo. funcionamento com baterias recarregáveis. É um software dinâmico e bem intuitivo. Representante no Brasil: Alem Mar Comercial e Industrial S.br Software torna confiável e viável o gerenciamento de Programas Interlaboratoriais 26 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 .em foco Amostrador automático de ar ambiental sobre placas de Petri ou RODAC O SAS Super ISSO .parte da consagrada linha de amostradores de ar da PBI International . possibilidade de amostragem em intervalos com parâmetros totalmente programáveis para monitoramento em processo. para fluxo de ar de 100 ou 180 l/min para placa de SAS Super ISSO da PBI International: ideal para fins microbiológicos contato (RODAC) ou placa de Petri de diferentes diâmetros. capelas biológicas e outras. Seguindo a norma ISO 17043:2010. O software LABWIN Proficiência© foi desenvolvido para facilitar. alimentícia. seleção de idioma. organizar.com. demonstração em gráfico. hospitalar.A Saiba MaiS (11) 3229-8344 alemmar@alemmar. Ampla disponibilidade de acessórios. microeletrônica. total rastreabilidade. entre muitas outras características. para clientes que participam mais de uma vez ao ano e desejam saber seu desempenho anual em apenas um relatório. • Tratamento estatístico. em função da aplicação. Entre as suas inúmeras vantagens. operação e limpeza simples. projeto que evita a turbulência no fluxo de ar unidirecional e aspiração de amostra já testada de acordo com as especificações ISO. confiável e viável o gerenciamento de Programas de Ensaios de Proficiências (Interlaboratoriais). Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . com. empresa de renome internacional na fabricação de padrões de metais em óleo. Os sistemas HT para altas temperaturas são ideais para análise de Nitrogênio pelo método Kjeldahl. estas bombas são livres de óleo e se caracterizam por uma longa vida útil de suas membranas. • Silenciosa e de baixa vibração • Necessita de pouco espaço na bancada do laboratório.em foco SCP Science oferece produtos com certificação ISO 9000. padrões de viscosidade. NOVAWAVE. o que a diferencia de muitas outras empresas fornecedoras de produtos similares. ISO 17025 e ISO G 34 A SCP Science é uma empresa canadense fundada em 1980.com. Quanto ao seu desempenho.scpscience. e com controle de temperatura de digestão. respeitando a interindependência de programação. Conostan. onde cada amostra pode ter um programa de digestão totalmente independente das demais. uma válvula de controle manual com manômetro de pressão oferece ajuste gradual da capacidade de aspiração efetiva. Tocha. O desenho ergonômico e o interruptor ON/OFF localizado sobre a bomba permitem uma fácil operação e seu desenho compacto faz com que ocupe pouco espaço na bancada do laboratório. padrões de S e Cl em combustíveis e Biodiesel. as novas bombas ME 1 e ME 1C são o aliado perfeito para filtrações e dispositivos múltiplos de aspirações de líquidos. A linha de produtos é bem completa desde padrões aquosos para ICP-OES&MS. A SCP Science adquiriu em 2007 a Conostan. O DigiPrep é um sistema de digestão de amostras por bloco aquecido de carbono revestido com teflon. microbiologia. a bomba: • É fácil de operar.br Reagentes. injetores e nebulizadores para ICP-OES/MS. kit para DQO e sistemas de digestão de amostras como o DigiPrep e o NOVAWAVE. ISO 17025. As membranas e válvulas em PTFE possuem excelente resistência química e robustez mecânica. consumíveis para Fluorescência de Raios X.conostan. O sistema pode ser automatizado processando até 168 amostras de forma totalmente contínua sem interferência do operador. respectivamente Saiba MaiS (19) 3892-4929 vendas@scpscience. compacta e de excelente rendimento. tubos calibrados para coleta e filtração de amostras de águas. AA e IC. materiais certificados. O NOVAWAVE e um digestor de micro-ondas cuja inovação está no processamento simultâneo de até 12 amostras. praticamente livrando-a de manutenção.com. Como opcional. possui um interruptor central. Para conhecer melhor a linha de produtos da empresa visite: www. Com certificação ISO 9000. Novo design baseado nas eficientes bombas de membranas de três fases MD 1 e MD 1C. que desenvolve e manufatura produtos para Espectroscopia Atômica. hoje a SCP Science também está acreditada com ISO Guide 34.br & www. DigiPrep. tochas. utilizada para a preparação de amostras em química.br ME1 e ME 1C: bombas são fáceis de operar e ocupam reduzido espaço 28 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . De fácil manejo. controles de águas residuais entre outros processos analíticos. com total resistência a agentes químicos. tubos para bombas peristálticas.br Uma bomba compacta para filtração e extração em fase sólida A filtração a vácuo é uma das aplicações mais comuns. padrões de óleos usados para FTIR e padrões para determinação de tamanho de partículas.com. cones para ICP-MS. • Possui alta resistência química: PTFE e alumínio (ME 1C) Saiba MaiS (11) 4057-9200 contato@alpax. • Oferece vida longa à membrana. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 em foco Q-Sun câmara de ensaio de xenônio A Q-Sun câmara de ensaio de xenônio reproduz os comprimentos de onda de luz nocivos encontrados tanto em ambiente interno como externo. Funções como névoa úmida, controle de umidade relativa e refrigerador (para aplicações de temperatura ambiente) expandem significativamente a amplitude das condições ambientais que podem ser simuladas. As lâmpadas de xenônio emitem luz ultravioleta, visível e infravermelho. As lâmpadas de arco de xenônio filtrado são a melhor forma de realizar ensaios em produtos como pigmentos, corantes e tintas, que podem ser sensíveis a comprimento de onda ultravioleta maiores e comprimentos de onda visíveis da luz solar. A Q-Sun foi desenvolvida para que seu uso seja intuitivo. É fácil de instalar, utilizar e calibrar. A montagem e a avaliação de espécimes são rápidas, com a exclusiva bandeja deslizante de espécimes que acomoda facilmente peças tridimensionais. A substituição de lâmpadas também é segura, rápida e fácil. Os filtros ópticos do Q-Sun mantêm o espectro necessário durante toda a vida útil, sem a necessidade de substituição. Destaques para: espectrofotômetros, granulômetro a laser, medidor de potencial zeta, cabines de luz, moinhos para laboratórios, colorímetros, turbidímetros e comparadores colorimétricos para óleos vegetais, minerais e petróleo, além da nova linha de instrumentos Bruker, como o AFM Microscópio de Força Atômica. Câmara foi desenvolvida para uso intuitivo Saiba MaiS (11) 2198-7198 [email protected] Linha de banhos Huber A Analítica apresenta a sua mais nova linha de equipamentos: banhos de aquecimento, refrigeração e chillers, fabricados pela empresa alemã Huber, líder no mercado de termostatização desde 1968. Equipamentos Huber: qualidade e tradição de mais de 40 anos Seus termostatos possuem bomba de pressão e sucção tanto para aplicações internas ou externas, que variam de -125oC a +425oC, além de controladores com interface de fácil manuseio e tecnologia Plug&Play. Todos os equipamentos estão isentos de CFC e são confeccionados com materiais de alta qualidade e robustez, o que garante longa vida útil. Informações adicionais: www.analiticaweb.com.br Saiba MaiS (11) 2162-8080 [email protected] 30 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 em foco Tedia Brazil lança a marca Tedia Vials&Caps A Tedia Brazil, pensando em oferecer sempre excelência em qualidade e atendimento a seus clientes, lançou sua marca própria de vials, caps e septos: a Tedia Vials&Caps. Apoiando-se na certeza de qualidade que sua tetracertificação confere e com o seu serviço de alto nível que já é referência no mercado, a Tedia Vials&Caps oferece um extenso portfólio que abrange as mais variadas especificidades em termos de equipamentos e análises, e ainda permite a customização de itens. Com a Tedia Vials&Caps é possível obter produtos individuais ou combos personalizados de acordo com as necessidades do laboratório. A Tedia Brazil oferece também o serviço de compra programada que garante a entrega dos produtos solicitados nas datas previamente definidas, pelo período que o cliente desejar. Dentre os produtos Tedia Vials&Caps, encontram-se: • Vials de amostrador automático • Vials com inserts • Vials EPA • Vials de pequeno volume • Vials de amostra • Vials tipo Shell • Vials para análises de headspace e de micro-ondas • Ampolas 15x45mm • Tubos de ensaio • Caps com septos em formato de pressão e de rosca • Septos em diferentes materiais para as mais variadas necessidades, entre outros Saiba MaiS (21) 2196-9000 [email protected] UNITY 2: Novo sistema de dessorção térmica da MARKES para GC e GC-MS A Analítica, representante da MARKES no Brasil, apresenta o dessorvedor térmico “UNITY 2”, um sistema sem criogenia que permite a repetição da análise e é compatível com qualquer instrumento de GC (MS). A MARKES Internacional é reconhecida como sendo especialista no desenvolvimento e fa- UNITY 2: Dessorvedor Térmico sem Criogenia bricação de dessorvedores térmicos e o sistema UNITY 2 incorpora todas as inovações tecnológicas da empresa nos últimos 10 anos. Compatível com todos os requisitos dos métodos oficiais padronizados, o UNITY 2 opera com tubos padrão de 3,5” x ¼” (6,4 mm) ou com tubos DAAMS de 4,5”. A refrigeração no UNITY 2 é elétrica, sem criogenia, e atinge a temperatura de -30°C na etapa de concentração no trap preenchido com adsorvente. A transferência da amostra para a coluna é feita pelo aquecimento rápido do trap com taxas de até 100ºC/s. A dessorção do trap é tão eficiente que a análise feita no modo splitless não apresenta alargamento significativo dos picos, garantindo ótima detectabilidade. Todas as aplicações da dessorção térmica podem ser executadas no UNITY 2, como a análise de espécies lábeis, semivoláteis (até n-C40), ultravoláteis (incluindo acetileno e CFCs), em níveis de traço (ppt) e altas concentrações (ppm, %). As principais áreas de aplicação da técnica de dessorção térmica são o monitoramento de compostos orgânicos no ar atmosférico e de ambientes internos, análises forenses, controle da emissão de voláteis por materiais e caracterização de aromas e fragrâncias. As especificações técnicas do dessorvedor térmico UNITY 2 estão disponíveis em analiticaweb.com.br/revista Alguns dos produtos disponíveis pela marca Tedia Vials&Caps Saiba MaiS (11) 2162-8091 [email protected] 32 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . com capacidade de efetuar análises em modo confocal. E ainda. A Charis Technologies. serem intercambiadas entre os diferentes espectrômetros da série. fosfato e sulfato. brometo. neutralização e diluição. Também os filtros e as grades de difração são otimizadas para cada comprimento de onda e podem. glifosato. o próprio operador executa essa operação. EPA. chumbo. A novidade em tecnologia Raman da Thermo Scientific O espectrômetro pode ser configurado de forma rápida e fácil. Solução completa em equipamentos para análise de íons voltametria e cromatografia de íons. não havendo necessidade de mão-de-obra técnica para fazê-lo. como ASTM. brometo. É a única empresa a oferecer uma solução completa em equipamentos para análise de íons. possui uma completa linha de equipamentos para análise de águas e efluentes.com. FTNIR e Raman. diálise. ferro (II e III). sódio. AMPA. Possui mais de 1. Cátions: lítio. Oxyhaletos: bromato. amônia. • Titulação potenciométrica: Dureza total (Ca e Mg). cloreto. Saiba MaiS (19) 3836-3110 contato@charistech. totalmente integrados aos amostradores automáticos. resolução de profundidade de 2 mícrons e pode operar em modo totalmente automatizado efetuando mapeamentos de superfície. Este espectrômetro Raman incorpora o que há de melhor em termos de microscopia óptica disponível no mercado mundial.com. o equipamento tem resolução espacial submícron. como titulação potenciométrica.em foco Metrohm Pensalab: qualidade assegurada em análise de águas A Metrohm. Para análise de águas.300 aplicações já desenvolvidas para este segmento e as disponibiliza gratuitamente para seus clientes. • Cromatografia de íons: Ânions: fluoreto. cálcio. Além disso. nitrito. 532nm. MS 518 e CONAMA 357. (11) 3868-6599 Visite o site da empresa e saiba mais sobre as soluções para análise de metrohm@metrohm. otimizando a rotina analítica. Sistemas dedicados para preparo de amostra. • Voltametria: Zinco. urânio e cromo Todas as técnicas acima podem ser combinadas com sistemas de automação. 633nm e 780nm. potássio.br Nicolet DXR Raman Microscope O uso da tecnologia Raman tem crescido muito e um dos principais motivos para isso é o desenvolvimento dos equipamentos e a consequente redução no valor dos mesmos. A incorporação de novos lasers pode ser feita a qualquer momento após a aquisição do equipamento. magnésio. clorito e clorato. cobalto. apresenta o “Nicolet DXR Raman Microscope”. para operar com três diferentes comprimentos de onda (lasers). juntamente com os lasers. atendendo plenamente as normas nacionais e internacionais. loop parcial. níquel. líder global em análise de íons.br 34 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . alcalinidade como CaCO3. cádmio. todos os equipamentos possuem Saiba MaiS três anos de garantia. como representante exclusiva da Thermo Scientific para a linha de FT-IR. cobre. condutividade e íon seletivo. nitrato. sulfeto e fenol.metrohm. a Metrohm Pensalab oferece: • Medidores: pH. como ultrafiltração. cianeto.br águas: www.com. bem como mapeamentos químicos. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . Em seu site.com. Com óptica de duplo-feixe e banda espectral de 1nm estes sistema garantem a precisão e confiabilidade das medições.com. utilizada para incubar frascos com demanda biológica de oxigênio.br co e comercial. logística diferenciada (16) 3441-7200 e excelência no atendimento técnilucadema@lucadema. chuveiros lava-olhos. oferece ferramentas completas para atender as exigências da norma 21 CFR Parte 11. para facilitar a navegação. barriletes. agitadores magnéticos e muito mais. a Lucadema Científica é uma empresa brasileira que oferece equipamentos para ensaios gerais na área de química analítica e controle de qualidade. e pelo Evolution 260 Bio UV-Vis.com. Sua eletrônica de última geração favorece significativamente a produtividade do laboratório. RNA e siRNA. O sistema Evolution 260 Bio UV-Vis dispõe de métodos pré-programados para aplicações específicas em Biociências e módulos dedicados para medidas da concentração e pureza de ácidos nucléicos. Bradford. da Thermo Scientific. Localizada em Itu.agrozootec. Os produtos fornecidos pela Agrozootec são importados da Cryofarm. a empresa entrega em todo território nacional. A Lucadema possui preços e condições de pagamento altamente Saiba MaiS competitivos.asp?id=79 Saiba MaiS (11) 4023-5438 . todos fabricados com rigoroso padrão de qualidade. câmaras assépticas. Saiba MaiS As especificações técnicas da Série Evolution 200 UV/Vis estão disponíveis (11) 2162-8091 em: analiticaweb. incluindo DNA.com. ssDNA. incluindo os ensaios Pierce 660nm. Em sua cartela de produtos constam capelas de exaustão de gases fabricadas em fibra de vidro e disponíveis em diversos tamanhos. Mais informações estão disponibilizadas no site: www. A Série Evolution 200 é composta pelos sistemas Evolution 201 e 220 UV-Vis.em foco Nova série de espectrofotômetros UV/Vis Evolution 200 A Analítica apresenta a série Evolution 200 da Thermo Scientific. BCA e Lowry. bem como produtos e equipamentos para manuseio desses botijões. para as aplicações relacionadas às ciências da vida. câmaras climáticas com capacidade de manterem e controlarem os níveis de umidade e temperatura e destiladores de água construídos totalmente em aço inox. composta por espectrofotômetros UV/Vis com inovações tecnológicas reais que proporcionam excelente desempenho sem complexidade adicional na sua utilização. mantas aquecedoras.br Lucadema: completa Sempre inovando em soluções para a rotina laboratorial. jarras anaeróbicas. deionizadores.ramal 4 agrozootec@agrozootec. O software INSIGHT. análise de proteínas e os métodos mais comuns de análise colorimétrica. Sua Novo Evolution 200 UV-Vis lâmpada de xenônio flash não requer aquecimento e permite início imediato das medidas.com. A tela colorida touch screen pode ser personalizada. além das novidades como a estufa BOD. renomada empresa na Itália que distribui botijões criogênicos pela Europa e Brasil. 36 Amostras biológicas bem conservadas A Agrozootec está presente no mercado há seis anos comercializando botijões criogênicos para armazenamento e conservação de amostras biológicas. A série Evolution 200 UV/Vis se distingue no mercado pela sua versatilidade de configurações possíveis através de uma ampla linha de acessórios.br/revista revista@novanalitica. para laboratórios de rotina e pesquisa.br/prodotti2. a 120 km da capital paulista. a empresa fornece informações sobre todos esses produtos.br Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . 65 na cor branca RAL 9003 ou aço inoxidável 0. ou mecânico (com cilindro de mestragem ou não). É destinado especialmente para trabalhos com cilindros descartáveis com gás inerte ou corrosivo.com. eliminando a possibilidade de reentrâncias.3 L/min e 38 0.br Linha de portas alinha beleza.80mm (outras cores sob consulta). soldados nos cantos.br Regulador VMG 1000 VC em um cilindro descartável Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . sendo as mais utilizadas: 0. • Folha na espessura padrão 54mm ou 34mm fabricado em uma única chapa de aço. São 100% planas. totalmente inovador. Saiba MaiS (19) 3865-8603 valmig@valmig. baseados em alta tecnologia européia atendendo as normas e procedimentos de GMP (Good Manufacturing Practice). Líder na América Latina na engenharia. Todos os produtos e processos se destacam pela tecnologia e materiais utilizados em sua produção. com comando de acesso por botoeira de pressão touch-less ou leitor de cartão ou sensor de acesso com led indicativo de abertura no puxador ou maçaneta. Saiba MaiS (11) 3043-7879 [email protected] foco Portas SL EC Dânica A Dânica está sempre divulgando as tendências de mercado. construção civil e interiores navais. Visor embutido sem perfis de acabamento externo.5 L/min. • Batente com perfil especial em alumínio e pintura eletrostática na cor branca RAL 9003. PIR. satisfazendo assim necessidades específicas de cada cliente. pois apresenta corpo e capa em inox.com. possibilitando perfeito alinhamento entre folha e o visor • Novo design do perfil batente facilitando a montagem em obra. sem junções com perfis evitando arestas e reduzindo pontos de contaminação. enquadrando-se nas mais rígidas normas e boas práticas de Fabricação (GMP). Ideal na calibração de detectores portáteis e fixos. fabricação e montagem de sistemas termoisolantes para os segmentos de salas limpas. • Folha e batente possuem cantos arredondados facilitando a higienização. isentas de arestas e reentrâncias e dispensam a utilização de silicone como vedante. oferecendo soluções inovadoras para arquitetura de Salas Limpas. eficiência e funcionalidade Regulador para cilindro de amostragem – VMG 100 VC Valmig Para quem trabalha no mercado de segurança e meio ambiente chegou o novo regulador VMG 1000 VC fornecido pela Valmig. exigidos pelo FDA (Food and Drug Administration) e Anvisa (Associação Nacional de Vigilância Sanitária). galvalume e pré-pintado 0. A nova linha de portas para Salas Limpas Dânica chega ao mercado aliando beleza. câmaras frigoríficas. Algumas das características: • Isolamento interno em PUR. • Dobradiças e maçanetas em aço inoxidável. • Revestimento em chapa de aço liso. • Visor com vidro duplo pressurizado com gás inerte. eficiência e funcionalidade. a empresa apresenta suas novas portas SL EC Dânica que incorpora o que há de mais moderno em tecnologia de materiais e sistemas eletrônicos a um design sofisticado. • Sistema de travamento por eletro-imã. o equipamento apresenta um fácil manuseio e economia vantajosa no consumo de gás com vazão constante. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . enchimento e embalagem. resolução e são ideais para aplicações com espectrometria de massas. fornecedora de espectrômetros de massas e equipamentos para cromatografia gasosa multidimensional (GCxGC) a partir de sua mais nova representada.em foco Geradores de gases Peak Scientific: mais economia e segurança para o laboratório A Katálysis Instrumentação Científica . oferecendo linhas de sucesso formadas por equipamentos de tecnologia avançada e inovadora. a empresa Peak Scientific. ELSD). LC/MS. A DÜPERTHAL oferece equipamentos de proteção ambiental e segurança no trabalho.com. Gases gerados: • Nitrogênio (Sistemas GC. investindo cada dia mais em um pós-venda dedicado.com. Prova disso é o reconhecimento de novas marcas que aderem ao serviço. sólidos e semissólidos. tubulações adequadas para o manuseio de gases de laboratórios STEQ 10 Anos. • Hidrogênio (Sistemas GC). tendo em vista a não necessidade de cilindros. fornece geradores de gases para laboratórios. Saiba MaiS Já os equipamentos da empresa KBW atendem a grande maioria das aplicações de enchimento e (11) 5181-5570 dosagem de líquidos. treinamentos de instrumentos da HP/Agilent.com. traz para o país as colunas C18 da Fortis-Technologies. as 40 colunas apresentam ótima reprodutibilidade. LabHut e ZirChrom com diversas soluções multimarcas. além de centrífugas industriais. empresa brasileira representante das marcas Cronus.. NMR. Além dessa versatilidade. Equipamentos dispensam uso de cilindros. Como parte desta celebração. Por tudo isso é uma referência na categoria.empresa na área de serviços.). LC/MS. os geradores da Peak Scientific são Saiba MaiS extremamente silenciosos e contam com uma (11) 2122-0206 tecnologia que permite o aumento da vida [email protected] alphaCenter lança no mercado brasileiro as colunas C18 da Fortis Technologies A alphaCenter. • Calibração (Analisadores CO2). KBW e o grupo HEINKEL. porque este sempre foi seu comprometimento integral em 10 anos de história.. Qualidades consolidadas com as quais a STEQ chega aos 10 anos de atividade em 2011. Os geradores são equipamentos robustos. ética e iniciativa.br útil dos seus equipamentos.com. • Ar Sintético (Sistemas GC.br vendas@steq. a empresa anuncia o início de mais três novas parcerias.steq. O grupo alemão HEINKEL especializou-se no desenvolvimento de reatores cônicos para mistura e secagem de líquidos.. Mais sobre a história de sucesso da Steq no endereço: www. baixos e pH altos. tubulações adequadas para o manuseio de gases de laboratórios.e muitas razões para comemorar. • TOC. Dedicação. Juntam-se ao portfólio STEQ as empresas DÜPERTHAL. automação laboratorial (LIMS etc. que necessitam de pouca manutenção e que promovem mais segurança ao laboratório e economia. que operam com pHs moderados. A Steq comemora principalmente a preferência dos clientes.. a empresa representa os líderes no mercado mundial de esterilização.br Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . . e de contagem de cápsulas e comprimidos. Saiba MaiS (11) 2122-0206 vendas@alphacenter. Secadores). Com solidez. Além dessas vantagens. descontaminação. como armários e invólucros para estocagem de material. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . transporte e processamentos. as possibilidades e conveniência de reuso de alguns dos materiais. ambulatórios. 42 Essa Resolução CONAMA. com aplicação de duras penalidades para quem descumpri-las. farmácias. quanto de direito privado estão obrigadas a se adequar a essa nova legislação e. a conveniência de separação para reciclagem. se for o caso.com Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . Mas com todas essas catástrofes resultantes do aquecimento global. por exemplo. em seu artigo 6º. caso não cuidem adequadamente de seu lixo. considerando seus volumes e características. entre outros.305) que. faz-se necessário que as empresas de serviços de saúde e indústrias. sujeitas às observâncias dessa lei. Especialmente aquelas que geram resíduos qualificados como resíduos especiais.. em geral. A nova lei define as obrigações dos geradores que já estavam em Resoluções do CONAMA e da ANVISA. exige que os geradores de resíduos de serviços de saúde devem apresentar até 31 de março de cada ano. Teodora Tavares é advogada especializada em Direito Ambiental – Destinação de Resíduos Sólidos: teodoratavares@gmail. tratamento e destino final. declaração. perguntava-se se essa lei “pegaria ou não”. a estruturação organizacional do gerador para cuidar do manejo dos resíduos. entre outros termos. geram resíduos sólidos. dispõe sobre o gerenciamento ambientalmente correto dos resíduos sólidos e sobre as responsabilidades de seus geradores. obrigadas a elaborar um plano de gerenciamento de resíduos sólidos. acompanhada da respectiva ART. uma vez que cidades como São Paulo. incluindo o projeto interno e procurement dos equipamentos e instalações. já estão exigindo legalmente essa responsabilidade dos grandes geradores. pelo perigo que representam à saúde pública e ao meio ambiente e exigem maiores cuidados no seu acondicionamento. também de 2010. Em agosto de 2010 foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12. mais a pressão dos ambientalistas somadas ao custo de recuperação dessas áreas. A primeira delas é a obrigatoriedade da elaboração de um plano de gerenciamento dos resíduos gerados e sua implantação. alocação de desabrigados. haverá um período para que pessoas jurídicas que. com isso. com milhares de vítimas em todo o planeta. subscrita pelo administrador principal da empresa e pelo responsável técnico devidamente habilitado. clínicas que. assim definidos os gerados em indústrias ou em serviços de saúde. Assim. relatando o cumprimento das exigências previstas nesta Resolução. plano de investimentos em equipamentos. Isso quer dizer que não há obrigações adicionais. tendo em conta que o serviço de consultoria especializado englobe a proposição de tratamento dos seus resíduos. referente ao ano civil anterior. direta ou indiretamente. fizeram com que a lei “pegasse”. para se prevenirem de notificações de cobranças de adequação ou de pesadas multas pela falta de adequação. cuja regulamentação aconteceu em dezembro. a proposição de normas e procedimentos internos. transporte. Obviamente. tecnologias e instalações para seu manejo interno. antes do seu descarte externo e o gerenciamento. porque a partir dessa data a fiscalização passará a agir com mais rigor em relação a apresentação desse plano de gerenciamento de resíduos. Sendo essa exigência tanto da Política Nacional de Resíduos Sólidos e seu decreto regulador. se adequem a ela. ela está vigendo e não há mais como fugir de suas exigências sem sofrer as cominações legais que ela impõe.AnAlyticA legAl A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS E SUAS IMPLICAÇÕES PARA OS LABORATÓRIOS DE ANÁLISES INDUSTRIAIS Teodora Tavares Os estabelecimentos geradores de resíduos dos serviços industriais e de saúde agora estão sujeitos a maiores penalidades. ou seja. quanto da Resolução CONAMA 358/2005 e RDC nº 306/04 da ANVISA. Tanto as pessoas jurídicas de direito público. mas as já exitentes agora passam a ser respaldas por lei federal. Entendemos que seria esse o prazo ideal para as empresas de serviços de saúde apresentarem seu plano de gerenciamento de resíduos sólidos. tenham seus PGRSS. as ofertas do mercado para a coleta. Logo que foi sancionada pelo então presidente Lula. como hospitais. Mas tratar-se-á apenas de uma tolerância porque a lei já está em vigor e todas as suas penalidades já podem ser aplicadas. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 43 . como separação e pré-concentração.br ² IntROdUçãO As clorofilas são os pigmentos naturais mais abundantes presentes nas plantas e ocorrem nos cloroplastos das folhas e em outros tecidos vegetais.Extraction On-line.01mg. Os resultados obtidos com o método proposto apresentaram boa concordância com aqueles obtidos por um método convencional para determinação do teor de clorofilas a e b em uma amostra de Cecropia pachystachya. sendo realizado geralmente em torno de duas horas apresentando baixa reprodutibilidade (5-6). 44 O teor de clorofila na folha é utilizado para predizer o nível nutricional de nitrogênio (N) em plantas. Plantas expostas a elevados fluxos de fótons fotossintéticos (FFF) apresentam razões clorofila a/b em torno de 3.5 a 2.2 a 4. A atividade fotossintética. Edemar Benedetti Filho¹*. Denise Bassana Dias¹ e Etenaldo Felipe Santiago² ¹ Curso de Licenciatura em Química. Os parâmetros de fluorescência da clorofila a bem como das razões a/b. podendo ser utilizados tanto como pigmentos quanto como antioxidantes. Essa correlação é atribuída.Artigo EXTRAÇÃO E DETECÇÃO DE CLOROFILAS ATRAVÉS DE ANÁLISE POR INJEÇÃO EM FLUXO RESUMO Um método foi proposto para a extração e detecção de clorofilas a e b através de análise por injeção em fluxo. Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. para designar a substância verde que só podia ser extraída das folhas com o auxílio do álcool. Existem diversos tipos de clorofilas que diferem ligeiramente entre si em pequenas variações estruturais em suas moléculas e são classificadas em clorofila a. Keywords: FIA.01mg. Clorofila.gmf1 para o teor de clorofila a e b. podem se constituir em importantes ferramentas para avaliar as respostas de plantas a fatores geradores de estresse. Na atualidade existem diversas técnicas analíticas que propiciam obtenções de melhores resultados em termos de seletividade e sensibilidade nas análises. A necessidade de realização de algumas operações preliminares à detecção e quantificação das espécies de interesse em diferentes matrizes. ao fato de que 50% a 70% do N total das folhas serem integrantes de enzimas que estão associadas aos cloroplastos (3). c e d.0 e plantas crescendo em ambientes com reduzidos FFF possuem razões a/b em torno de 2. de N. *Correspondência edemar@uems. Antonio Rogério Fiorucci¹. The results obtained by proposed method are in good agree with those obtained by conventional method for determination of chorophyllsa and b in a sample of Cecropia pachystachya. principalmente. macronutrientes e micronutrientes existentes nas folhas são variáveis e podem ser correlacionadas com o conteúdo de clorofila no tecido foliar (4). A determinação da clorofila é tradicionalmente realizada pela extração dos solutos foliares e posterior determinação espectrofotométrica. The analytical method provided a speed of 12 samples per hour with a limit of detection of 0. o conteúdo de proteínas solúveis. b. constituem-se ainda na etapa limitante das determinações Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 .9. devido ao fato da quantidade deste pigmento correlacionar-se proporcionalmente com o teor de N na planta (2). O método forneceu uma velocidade analítica de 12 amostras por hora com um limite de detecção de 0. Extração em Linha. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Ambas as clorofilas (a e b) (1) são componentes das membranas dos cloroplastos e ocorrem na razão clorofila a/b de aproximadamente 3 para 1. Atualmente os pigmentos clorofilianos são de grande importância comercial. Este procedimento é lento. em 1818. O nome clorofila foi proposto por Pelletier e Caventou. O comportamento das moléculas de clorofila a em resposta à indução pelo fluxo de fótons pode se manifestar como respostas de fluorescência passíveis de serem mensuradas com fluorímetros. SUMMARY This method has been proposed for the extraction and detection of chlorophylls a and b through in flow injection analysis. utilizando comprimentos de onda na região do vermelho do espectro de luz visível.Chlorophyll.gmf1 for the content of chlorophyll a and b. Palavras-chave: FIA. Em contrapartida com a preocupação da preservação ambiental. água destilada.0 mm e lavadas com água bidestilada. ácido nítrico 10% v/v e enxaguados com água deionizada e bidestilada. PARtE EXPERIMEntAL Sistema FIA O sistema de injeção em fluxo é esquematizado na Figura 1.: 4. i. possibilitando o desenvolvimento de procedimentos analíticos com alta frequência analítica. MAtERIAIS E MÉtOdOS Limpeza da vidraria Toda vidraria e recipientes para armazenagem de soluções foram previamente lavados com detergentes. protegidas da luz. Uma outra característica importante na análise por injeção em fluxo é a obtenção de resultados rápidos e reprodutíveis. W: descarte Na determinação do conteúdo de clorofilas a e b. levando a um menor risco de contaminação e perdas de reagentes (7-8). Neste trabalho. lavar. Neste contexto. picotadas a cada 1. O sinal foi medido em 645 e 663nm.50g de tecido foliar fresco foram postas em tubos com tampa contendo 5. Preparação da minicoluna A minicoluna foi preparada utilizando um tudo de vidro boro silicato (comprimento: 8. PP: bomba peristáltica. Após 24 horas os extratos foram filtrados e a leitura efetuada em 663 e 645nm para clorofila a e b. A extração foi executada utilizando uma minicoluna empacotada com amostra picotada e inserida em linha. Água deionizada e bidestilada foi usada no preparo de todas as soluções. o uso de menor quantidade de reagentes como solventes orgânicos no laboratório se torna cada vez mais uma necessidade em vista da rigidez atual das leis ambientais e pressão da própria sociedade. na qual é necessário retirar discos de 0. que apresenta pouca velocidade analítica e baixa precisão. 99. D: detector.analíticas. C: minicoluna. Preparação da amostra Foram coletadas folhas de Cecropia pachystachya. Foram utilizados cabos TygonIsmatec com a especificação MHLL resistente a acetona. O sistema de propulsão consistiu de uma bomba peristáltica Ismatec IPC-8.d.0cm. as análises por injeção em fluxo são capazes de substituir com vantagens os processos manuais de separação. respectivamente (9). extrair moendo a amostra com solução de acetona 80% (v/v). As soluções de extração (acetona-água. e MMF é a massa da matéria fresca em gramas do material vegetal utilizado.8% de pureza).0mm) o qual foi preenchido com o material a ser analisado. propondo uma automação de um método convencional de extração e determinação de clorofilas a e b por espectrofotometria. tempo de análise e manipulação de amostras. Equipamento Um espectrofotômetro Femto 700Plus com uma célula de fluxo de quartzo de 8µl foi usado.8mm de i.50g de folhas picotadas e colocadas em placa de petri contendo água bidestilada.50g foi empacotada dentro da minicoluna e adicionada fibra de vidro em ambas as extremidades da coluna. Sistema convencional Figura 1. acetona PA (Dinâmica. nas quais A é a absorbância no comprimento de onda indicado. 80% v/v) foram preparadas diariamente pela dissolução de acetona em água deionizada e bidestilada.d.5cm de diâmetro do material vegetal. Para o sistema FIA foram utilizados tubos de polietileno de 0. V é o volume final do extrato clorofila-acetona em mL. reduzindo custos.0mL de acetona 80% (v/v) em água onde permaneceram por 24 horas em câmara fria. Diversos laboratórios utilizam à metodologia proposta por Arnon (9) para as determinações de clorofilas a e b. Foi pesado cerca de 0. objetivou-se desenvolver uma metodologia de análise em injeção em fluxo para determinar o conteúdo de clorofilas a e b em amostras de tecidos vegetais. centrifugar por 10 minutos e posteriormente medir a absorbância no espectrofotômetro. A amostra de 0. amostras de 0. semelhante ao Viton. 45 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . As determinações da clorofila (mg gmf-1) basearam-se nas equações abaixo relacionadas: Clorofila a = Clorofila b = Reagentes Todos os reagentes foram de grau analítico. 0013) 0. Valores médios e desvio padrão para absorbância (λ = 663nm. o método proposto possui boa precisão sendo que os valores encontrados empregando-se ambos os métodos estão em boa concordância a um nível de confiança menor que 4%. O método proposto forneceu uma velocidade analítica de 12 amostras por hora. Valores médios e desvio padrão para absorbância (λ = 663nm.024 ) 0. Os valores determinados por ambos os métodos são mostrados na Tabela 1 para um conjunto de 10 réplicas.0661 (± 0.0022) 46 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . e sendo adotado por utilizar uma melhor quantidade de reagente com uma significativa medida de absorbância. O volume do tubo de vidro (minicoluna) foi padronizado para acomodar a massa utilizada para a extração da clorofila.084 ) clorofila a / mg gmf-1 0.0020) clorofila b / mg gmf-1 0. o restante dos experimentos foram realizados padronizando a utilização de 0. n=5) em função do volume de solução extratora de acetona 80% (v/v) em água Tabela 1.50g para as amostras para uma melhor extração de clorofila. Valores médios e seus desvios padrão (n=10) para os valores determinados de clorofila a e b pelo método convencional e proposto para uma amostra de Cecropia pachystachya Método Proposto Convencional Absorbância ( 645) / nm 0.0802 (± 0. respectivamente.0mL da solução extratora apresentou uma absorbância próxima ao método convencional.440 ( ± 0.0821 (± 0.740 ( ± 0. Como pode ser observado.064 ) Absorbância ( 663) / nm 0. Valores médios e desvio padrão para absorbância (λ = 663nm.05 entre as amostras. (Urticaceae). RESULtAdOS E dIScUSSãO A correlação entre a massa da amostra presente na minicoluna e a respectiva absorbância é descrita na Figura 2. A Figura 4 apresenta os valores de absorbância medidos com solução extratora de acetona 80% (v/v) em água para amostras de 0.0651 (± 0.01 mggmf-1 e um desvio padrão de ±0. conforme demonstra a Figura 3. Através da pouca variação entre as massas e os respectivos desviospadrões. com um limite de detecção de 0. O volume de 5. Figura 3. Para validar os resultados obtidos através do desenvolvimento do sistema em fluxo.1g) com detecção em 645 e 663nm. Comparação entre as metodologias O método proposto para a extração e determinação do teor de clorofila a e b foi aplicado para uma amostra de Cecropia pachystachya Trec.0012) 0.723 ( ± 0. a amostra foi analisada por extração e detecção convencional da clorofila (10-12).Artigo Relação entre massa da amostra e absorbância Para avaliar possíveis correlações entre a massa das amostras e a absorbância foram analisadas cinco amostras com massa crescente (0. n=5) em função da massa de amostra de folhas de Cecropia pachystachya extraída com acetona 80% (v/v) em água Figura 4. Composição e volume da solução extratora acetona/água Observou-se que com a composição de 80% de acetona em água há a maior extração de clorofila. e mostrou-se eficiente.50g em função do volume de solução extratora utilizado.015 ) 0. Estudos similares foram executados em comprimento de onda de 645nm e estes apresentaram as mesmas características de estudo que o comprimento de 663nm.432 ( ± 0. n=5) em função da composição percentual de acetona da mistura extratora acetona/água Figura 2. F.. F.. E. L. Analytical Chemistry.Brás. Spectrophotometric method of controlled pheophytinization for the determination of both chlorophylls and pheophytins in pant extracts. S. A.Plant Physiology. G.New York: D... ARGENTA. L. 24 (1): 1-15. PINTO. o sistema de análise por injeção em fluxo apresentou-se como uma excelente alternativa analítica. SOARES. LAVAL-MARTIN. Van Nostrand Company.. MELO. o que sugere a possibilidade de aplicação desta técnica para os estudos do conteúdo de clorofilas a e b em amostras de tecidos vegetais. F. E. R. ARNON. FORSTHOFER. H. J. E. & EICHHOR.. S. G. Ed. Atividade enzimática em variedades de cana-de-açúcar cultivadas in vitro sob diferentes níveis de nitrogênio. Experimantsinplant physiology. (Jane E. DONATO. Agropec. G. & LIMA. R. J. John Wiley: Nova Iorque. G. R. VCH: Weinheim. EVERT. 149: 121-129 (1985). A. Teor de clorofila na folha como indicador do nível de N em cereais. Z. 1999. L. & DEVLIN. E. D. P. E. 2005. A. M. A. 1949. Bras. H. M. P. Photoinhibition and drought in Mediterranean wood saplings: scaling effects and interactions in sun and shade phenotypes. Hortic. E. 13(2): 158-167. C. M. P.. Bras. inclusive com aumento da velocidade analítica. & HANSEN. & MACIEL. Cooper enzymes in isolated choloroplasts. C. L. Kraus. RAJCAN. 2001. O método automatizado em FIA proposto apresentou bons resultados comparados com o método tradicional de análise para clorofila em tecido vegetal. Aspectos anatômicos e fisiológicos de plantas de guaco submetidas a diferentes fotoperíodos. M. RUZICKA.. 1993. R. E. D. FANG. R. & PEARCY. I. V. 2004. B. Flow Injection Separation andPreconcentration. DOBARRO. 2001. 56 (411): 483-494. CASTRO. 31(3): 715-722. FRANÇA. H.. ANDRADE. S. G. 2007. M. R. SILVA. F. Coord. ARGENTA. Flow-injection Analysis.Plyphenoloxidase in Beta vulgaris. A. ALVARENGA. I... SILVA.. Veg. P. T. com um limite de detecção e desvio padrão melhor que o convencional. E. Relação da leitura do clorofilômetro com os teores de clorofila extraível e de nitrogênio na folha de milho.. WHITHAM.. SÁNCHEZ-GÓMEZ. da & BORTOLINI. D.cOncLUSãO Devido à necessidade de serem executadas análises cada vez mais rápidas e com menores interferências externas. Ciência Rural. J. 2ª ed. Note on relationship between leaf soluble carbohydrate and chorophyll concentrations in maze during leaf senescence. 23(3): 846-850.. Pesq. 1971. Guanabara Koogan. & TOLLENAAR. SOUZA.. G.) “Biologia Vegetal” 7ª ed. BLAYDES.. F.Field Crops Research. DWYER. Rio de Janeiro. Fisiol. F. 39(11): 1087-1093. D. Journal of Experimental Botany. RAVEN. W. G.C. Trad. 63: 13-17. 2004. BORTOLINI. 1988. C. H. Alemanha.. I. M. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 47 . & STRIEDER. R E f E R ê n c I A S VALLADARES. This study tested the influence of different dilutions from bovine sweet milk whey. bovine acid milk whey and whey from buffalo milk at the cell growth and protein concentration. causando menos impacto ambiental. Danilo Vidotti. 0.8% of minerals and 0.8% de matéria mineral e 0. nos meios formulados com o soro diluído. Claudia Dorta.8% de ácido lático.200 e 644% maior que M1 e M2. Desta maneira. se fez análises de carboidratos. Para tanto. Neste trabalho foram testadas a influência de diferentes diluições dos soros de leite ácido e doce de origem bovina e do soro doce de origem bubalina no crescimento celular e concentração proteica. 0. respectivamente. 0. Sendo assim. cinzas.0. o objetivo do trabalho foi produzir proteína microbiana por Kluyveromyces marxianus 229 com o intuito de avaliar a redução do potencial poluidor de tal subproduto. For this was made analysis of carbohydrates. SUMMARY The milk whey is considered a byproduct of high nutritional value. marxianus 229 foi semelhante em todos os meios de cultivo. o qual mostrou rendimento final de 2. Otoboni Faculdade de Tecnologia de Marília *Correspondência: samaramurari@hotmail. 0.Artigo EMPREGO DO SORO DE LEITE BOVINO E BUBALINO PARA PRODUÇÃO DE BIOMASSA PELA LEVEDURA Kluyveromyces marxianus 229 RESUMO O soro de leite é considerado um subproduto de elevado valor nutricional. when it is discarded in water can cause environmental damage.com Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . obtendo maior produção protéica da mesma por litro. resultaram numa menor concentração de sólidos residuais. no entanto. em termos de rendimento final.5-0. Proteína.5% de gordura. acidez lática e pH do sobrenadante.8% de proteína. comprising approximately 4. 0. O M3 formulado com o mesmo mostrou 4569% maior produção celular do que o M3 bubalino. Alda M. além de verificar o crescimento microbiano e sua adaptação nos meios.0. Palavras-chave: Soro de Leite Bovino e Bubalino. A produção de proteína intracelular por K.6% lactose.2 . proteínas. o que diminui a demanda bioquímica de oxigênio.6% lactose. 48 Cleidiane Samara Murari*. Thus.8% protein.5% lipids. Entretanto. Kluyveromyces marxianus. os meios M3 formulados com os soros de leite mostraram maior rendimento em biomassa. B. A maior obtenção de biomassa do soro ácido bovino foi no M1 (meio sem diluição). Biomassa. sendo composto por aproximadamente de 4. este último aumentou em 37% a concentração celular.2-0. the intention of this study is to produce microbial protein by Kluyveromyces marxianus 229 to evaluate the reduction of the pollution potential of such byproduct. considerando que no M2 (diluição 1:1) a concentração do soro foi diluída em duas vezes.8% of latic acid. na biomassa produzida pela levedura analisou-se a proteína intracelular e massa seca. além de mostrarem maior rendimento celular. M.5 . O meio de cultivo formulado com soro de leite doce bovino foi o que resultou numa maior produção de biomassa quando comparada com os outros soros. protein. Quando este é descartado em corpos receptores de água pode causar danos ambientais. 0. Após o cultivo da levedura em soro de leite doce bovino a maior concentração celular foi no M3 (diluição 1:2). O meio formulado com o soro doce bubalino que mais estimulou a formação de biomassa foi o mais diluído (M3). After growing the yeast in bovine sweet whey. analyzing the intracellular protein and dry mass. 2004).0. o descarte do soro de leite diretamente no solo conduz a sérios problemas como comprometimento da estrutura físico-química e diminuição do rendimento na colheita. cerca de 4. hoje em dia felizmente esta abordagem vem sendo abandonada devido às suas proteínas apresentarem excelentes propriedades biológicas. Keywords: Bovine and Buffalo Milk Whey. whereas in M2 (dilution 1:1) the concentration of whey was diluted twice. onde dentre os mesmos.6% é lactose. lactic acidosis and pH of the supernatant checking the microbial growth and adaptation in the substratum. the M3 had higher biomass income. were the better production of the same protein per liter was expressed. respectively.. 49 . The substratum formulated with bovine sweet whey was what resulted in increased biomass production when compared with other whey. O soro por apresentar alta Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). um produto com elevado valor nutricional.8% de proteína.8% de ácido lático (ANTUNES. além da falta de recursos humanos qualificados nas unidades produtivas (MENDES e ARAÚJO. 0. The production of intracellular protein by K.200 and 664% higher than M1 and M2. 2004). The substratum formulated with buffalo sweet whey what resulted in increased biomass production was at the M3 (dilution 1:2). 2003). The greatest achievement of the biomass from acid milk whey was at the M1 (substratum undiluted). sendo que aproximadamente 80% do volume do leite destinado à fabricação de queijos se transformam em soro (SOUZA et al. retendo 55% dos seus nutrientes (ALMEIDA. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 O soro é um constituinte de grande importância. causing less environmental impact. The M3 formulated with the same showed 4569% higher cellular production than the M3 of buffalo. Marxianus 229 was similar in all substratums. como pela sua carga poluidora. 2007). sendo constituído por aproximadamente 6. tecnológicas e funcionais.. tanto pelo volume gerado nos laticínios.8% de matéria mineral e 0. Por muito tempo o soro de leite foi considerado um produto de baixo valor comercial residual. torna-se altamente poluente (FARIA et al. which reduced the biochemical oxygen demand. sendo o mesmo tratado cada vez mais como um subproduto de alto valor agregado (TULLIO. 2003). grande parte do soro de queijo produzido em diversas partes do mundo ainda é incorporado às águas residuais dos laticínios.. in substratum formulated with the diluted whey showed increased cellular income and resulted in a lower concentration of solid waste.5% de sólidos totais. the cell concentration was higher in M3 (dilution 1:2) which showed a final income of 2. Kluyveromyces marxianus. M2 increased by 37% cell concentration. Dentre as dificuldades encontradas para o aproveitamento do soro pode-se citar que grande parte das queijarias é de pequeno porte. que quando lançada em corpos receptores d’água pode causar um grave problema ambiental. in final income. não dispondo de meios econômicos e tecnológicos para a implantação de um sistema de tratamento do soro gerado. al. 0. Protein.5% . De acordo com Costa (2008). INTRODUÇÃO O interesse por subprodutos industriais vem aumentando devido à capacidade dos mesmos em serem utilizados como substrato para produção de proteína microbiana.5% de gordura. 0. Este subproduto representa cerca 85% a 95% do volume de leite utilizado na produção de queijo.minerals. the biomass produced by the yeast. (2006) define o soro de leite como um líquido opaco de coloração amarelo-esverdeado obtido da precipitação e remoção das caseínas do leite durante a produção de queijo podendo ser esta por via ácida ou enzimática. 2005). Segundo Ponsano et. Bonato et al. (1992). Dentre os diversos subprodutos descartados pelas indústrias pode-se citar o soro de queijo ou também chamado soro de leite (CAZETTA e CELLIGOI. Thus. 2005). sendo assim uma das principais fontes poluidoras gerada por esse setor. However.2% .0. Biomass. 1959). além de avaliar a redução do seu potencial poluidor. esta pode ser uma das alternativas para diminuir seu potencial poluidor. sorvetes. no entanto mesmo com várias alternativas de uso nas indústrias de alimentos. Estudos realizados por Silveira (2006) mostram que a Kluyveromyces marxianus além de sintetizar bioprodutos como enzimas hidrolíticas. Dentre as tecnologias disponíveis para aproveitar o soro de queijo.Químicos para Análise de Alimentos (Instituto Adolf Lutz 2005). Linhagem dos microrganismos Foi utilizada a linhagem de levedura Kluyveromyces marxianus 229 adquirida junto ao Departamento de Bioquímica e Microbiologia da UNESP de Rio Claro (SP).5 com ácido sulfúrico (1 M) a uma temperatura de 35oC. 2004). RÉVILLION. ou seja. também oferecem vantagens no processo industrial quanto à velocidade de crescimento e alta atividade da enzima β-galactosidase. vem se buscando soluções mais simples com baixo custo de melhor compatibilidade com a preservação do meio ambiente para o tratamento do soro descartado pelas indústrias (COSTA. onde simultaneamente foi feita uma curva de calibração com diferentes concentrações de albumina bovina. Análise de cinzas A metodologia empregada foi a descrita no Manual de Métodos Físico . Para garantir maior padronização dos experimentos o leite usado foi em pó integral (Batavo). 1972). sendo que estas são caracterizadas principalmente pelo seu alto teor de proteína (REFFATTI et al. neste trabalho os soros de leite ácido e doce bovino e o doce bubalino foram usados em diferentes concentrações para a produção de proteína 50 microbiana por Kluyveromyces marxianus 229. Métodos analíticos: soro de leite bruto e soro de leite fermentado Análise de proteínas A concentração de proteína do soro de leite foi feita pelo método de Lowry (HARTRE. et al. (MILLER. a coagulação do leite foi feita com adição de coalho Estrella a 35oC. Outra aplicação viável para aproveitamento deste subproduto está voltada na produção de biomassa proteica por microrganismos. produzir biomassa para indústria alimentícia. 2000). Ainda essa possui padrão – GRAS (Generally Recognized as Safe). Análise de carboidratos Foi realizado através da técnica de ADNS (ácido 3. de acordo com Minas Ambiente (1998) pode-se utilizá-lo na alimentação animal. No caso do soro. portanto desta forma cria-se condições que para se pensar num processo de valorização do soro com simultânea redução. 2008). mas também por apresentar grandes vantagens por ser um produtor ativo de galactosidase quando a lactose é usada como substrato. utilizando microrganismos que se adaptem ao mesmo. bebidas carbonatadas e alimentação infantil. Para tanto. A leitura foi feita em espectrofotômetro (FEMTO MOD 700S) a 650nm. a qual se refere ao crescimento primário destes com posterior recolhimento das células. ribonucleotídeos e oligossacarídeos. que se fundamenta na perda Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . MATERIAL E MÉTODOS Material biológico Soro de leite ácido bovino Para a obtenção do soro ácido do leite bovino. 2006). 2001.Artigo Segundo Domingues e Teixeira (1999) para cada litro de soro são desperdiçados cerca de 50g de lactose que são fonte de material energético para diversos processos biotecnológicos e 10g de proteína com elevado valor nutricional e funcional. Foi feita a curva de calibração com diferentes concentrações de lactose e a leitura em espectrofotômetro (FEMTO MOD 700S) a 540nm. convertendo assim a lactose em biomassa ou etanol através da fermentação (CARMINATTI. Soro de leite doce bubalino O soro doce bubalino foi obtido através da produção do queijo tipo frescal no laboratório de processamento desta instituição.. Um dos microrganismos que pode ser empregado pode ser a levedura Kluyveromyces marxianus que é de grande importância industrial não só por causa das suas aplicações tradicionais como produção de biomassa e enzimas (PINHEIRO. que contêm aminoácidos essenciais. Dessa forma. trata-se de um microrganismo seguro do ponto de vista da segurança alimentar e saúde pública. 2007). como substrato para a fermentação e pode-se empregá-lo também em diversos produtos como iogurtes. o pH do leite foi abaixado para 3. Soro de leite doce bovino O soro doce foi obtido a partir da coagulação das caseínas do leite em pó integral (Batavo) com coalho vendido comercialmente (Estrella: quimosina) a 35oC.5dinitrossalicílico. a qual mede o teor de açúcares redutores. (OGRODOWSKI. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 51 . 50% ± 1. Biomassa seca A metodologia empregada foi a descrita AOAC (Association of Analytical Chemistry.02 Soro Doce Bubalino 6. nos meios formulados com soro de leite doce bubalino os quais passaram por tratamento térmico em banho-maria a 72ºC por 10 minutos obtendo-se melhor resultado.20 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . (2000). no atual trabalho os soros obtidos tiveram o pH ajustado para 3. O teor de cinzas no soro ácido foi 30% maior (Tukey. A levedura Kluyveromyces marxianus 229 foi cultivada em 500 mL de soro de leite nas seguintes concentrações: sem diluição (Meio 1). Exceto. 2 e 3 vezes). Obtenção de biomassa de levedura of Analysis). Já o pH dos soros doce bovino e bubalino. sobretudo as k. De acordo com Ogrodowski (2006). 2005). 0. Cultivo da levedura Após a obtenção dos soros com posterior filtração dos mesmos.5 e preparação dos meios de cultivo em diferentes diluições (1. adaptada pelo método de Kjeldahl modificado (Instituto Adolf Lutz.00 3. Camden. que é o encontrado para tal tipo de soro. Isto pode ter ocorrido por causa do processo térmico que o leite em pó sofre (spray drying).55 1. Microbiológicas e Controle Industrial.34 0. Caracterização da composição média dos diferentes tipos de soro obtidos antes da fermentação Parâmetros pH inicial Proteína Carboidrato Cinzas Soro Ácido Bovino 3.6. 1992).60% ± 0.10% ± 0. 2003).5 é necessário para evitar-se a reação de Maillard que pode ocorrer durante a esterilização.00 3. a 105ºC. pois seu método de obtenção proporcionou uma menor retenção dos minerais no coágulo de caseína formado e.57 1.10% ± 0. Assim. até atingir massa constante. Metodologia de ANFAR (Métodos Analíticos de Controle de Alimentos para uso Animal. New Jersey). o pH do soro numa faixa de 3.0 ± 0. como consequência. Análise da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) A análise da DBO foi realizada pelo – LACI laboratório de Análises Químicas.30 Soro Doce Bovino 6. Proteína intracelular – biomassa Kjeldahl Modificado. na qual após a centrifugação a 1000 g e lavagem do fermento.60% ± 0. a qual indica em torno de 4.70% ± 1. sendo a mesma muito importante para a produção de queijo.550º com destruição da matéria orgânica. RESULTADOS E DISCUSSÃO Análises físico-químicas dos soros de leite A Tabela 1 mostra que o pH para obtenção do soro ácido foi abaixo do encontrado pela literatura.00 4. Resultado semelhante foi discutido por Révillion et al. a 28ºC por 24h.77% ± 0.10 5.10% ± 0.5. foram usadas apenas duas diluições (1 e 2 vezes). seguida de inoculação das leveduras. diluição 1:1 (Meio 2) e 1:2 (Meio 3). maior teor de minerais no soro. foi feita a esterilização destes em autoclave a 121ºC por 10 minutos.00% ± 1. isto provavelmente ocorreu. Análise estatística Os experimentos foram realizados em triplicata. Os tratamentos foram considerados significativos para p < 0.05) que a encontrada no soro doce bovino. e consequentemente criando a necessidade de uma maior adição de ácido para a coagulação do leite (Antunes.10 1.Artigo que ocorre quando o produto é incinerado em mufla a 500 . este foi colocado em placas de Petri e levado até a estufa. Official Methods 52 Tabela 1. apresentaram-se igual a 6. seguindo Standart Methods – 21th Edition: 2005.caseínas que se apresentam na porção externa das micelas (estrutura quaternária das proteínas do leite) ligadas por fosfato de cálcio e água.10 1. Contagem de microrganismos A contagem do inóculo inicial foi realizada através de plaqueamento em superfície em meio PCA. correção do pH para 3. Os dados amostrais foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste de Tukey e Kramer através do programa GRAPHPAD INSTAT (Rutgers University. o que pode ter levado a desnaturação parcial de algumas de suas proteínas. Tal análise foi realizada apenas nos experimentos realizados com o soro doce de leite bovino. Após o término da fermentação a biomassa formada foi separada do sobrenadante por centrifugação (1000g por 20 minutos).5 ± 0. A contagem das células após o cultivo em soro de leite foi realizada através da técnica de câmara de Neubauer.0 ± 0.05. Nos meios formulados com soro ácido de leite bovino. p<0. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. No soro doce bubalino. o qual já é processado. 2001). M2to Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 53 . Concentração média de proteínas do sobrenadante de meios formulados com soro ácido de leite bovino.94% e 52.27%.05). Figura 1. p>0. a mesma consumiu 98.8% de proteínas. p>0. p<0. O teor de médio de cinzas nos meios de cultivo estudados.01% de proteínas. Cultivo de Kluyveromyces marxianus 229 em meios formulados com soro ácido de leite bovino A Figura 1 mostra o consumo médio de proteína por Kluyveromyces marxianus 229 após a fermentação em dois tipos de meios de cultivo.44% de proteína do M1 e M2. Não houve diferença significativa entre os mesmos (Tukey. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. representando uma diferença significativa para ambos os resultados (Tukey. Em relação à concentração de carboidratos média.6% (CARMINATTI. na qual cita o teor de carboidratos de aproximadamente 4. Já enquanto a concentração de proteínas caracterizadas nos soros de leite bovino. Tal diferença pode ser devido ao soro ter sido obtido de um leite em pó. já o M2 reduziu em 5. ao caracterizar o soro de leite bubalino este obteve uma concentração de 2. e pode haver maior perda de proteínas no soro. De acordo com os estudos de Rocha (2008). Teixeira e Fonseca (2008) em seu trabalho caracterizaram o mesmo com 0. o M1 reduziu sua concentração de minerais em 27. o leite de búfala possui teor de minerais como cálcio e magnésio maior do que o leite bovino.53% de substrato do meio de cultivo denominado M1 e 97. A Figura 2 mostra o consumo médio de carboidratos realizado pela levedura Kluyveromyces marxianus 229. Segundo Rocha (2008). o que pode interferir no teor de cinzas do soro.05).O soro doce bovino apresentou um teor de cinzas que condiz com a literatura. pois esta afirma que o mesmo fica em torno de 0. A levedura consumiu 84. Esta concentração proteica foi 84% menor que a encontrada no atual trabalho (Tukey. A concentração proteica do soro de leite doce bubalino mostrou-se próxima a encontrada pela literatura. p<0.05).66% do M2. a concentração de cinzas apresentada foi 100% maior do que no bovino.45%.05) (Figura 3). respectivamente. todos os soros estudados apresentaram-se de acordo com literatura. Lira (2007) encontrou 1. o que não representou uma diferença significativa entre os meios (Tukey.19% de proteínas no soro doce bubalino.8%.5% a 0. onde após a fermentação. na qual após a fermentação. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. M2to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. Teor de cinzas do sobrenadante dos meios formulados com soro ácido de leite bovino.Artigo Figura 2. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação Figura 3. Concentração média de carboidratos do sobrenadante de meios formulados com soro ácido de leite bovino. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. M2to = sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação 54 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 55 . 66%.65 ± 1.95 28. desviando parte do carboidrato e proteína que seriam convertidos em biomassa para a produção de ATP. p>0.05) em diferentes diluições. M2 e M3.05). o que gerou maiores gastos energéticos com manutenções fisiológicas e metabólicas da levedura. marxianus 229 após o cultivo em soro ácido de leite bovino Biomassa Produtividade de Biomassa (g/L) Produtividade Proteína (g/L) Proteína Intracelular (%) Massa Seca (%) M1 31. Este resultado pode ser resultante da maior pressão osmótica e acidez desse meio. O cultivo de K. O consumo de proteína em M2 e M3 foi significativamente maior (Tukey.06% e 91. marxianus 229 nos meios M1 e M2 não resultou em diferenças significativas no número de células por mL (Tukey.66 ± 0.05) em termos de produtividade de biomassa e produtividade protéica. p>0.45 ± 0. Tabela 2.17 ± 0. o que não representou uma diferença significativa para o crescimento da levedura em ambos meios de cultivo (Tukey. o mesmo havia a metade da concentração de nutrientes do soro de leite presente no meio M1. Produtividade de biomassa e de proteína obtida de K.19 e 2.33% de proteína do M1. p<0. A levedura consumiu 79.16 ciclos logarítmicos para o M1 e o M2.00 M2 32 ± 0.97 Cultivo de Kluyveromyces marxianus 229 em Meios Formulados com Soro Doce de Leite Bovino A Figura 5 mostra o consumo médio de proteína por Kluyveromyces marxianus 229 após a fermentação em três tipos de meios de cultivo. 93. no entanto.89 25.05) do que no M1. Entretanto.44 ± 1.Artigo O crescimento celular da levedura em ambos meios de cultivo resultou em aumento de 2.10 8.1 ± 1. respectivamente (Figura 4). ou seja. p>0.93 ± 1. mostrando maior rendimento.00 25. no M1 houve maior consumo de carboidrato e proteína. Média do número de células microbianas dos meios formulados com soro ácido de leite bovino 56 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . respectivamente. Tais meios de cultivo também não apresentaram diferenças significativas (Tukey. Figura 4. o meio M2 foi duas vezes diluído.95 9.00 28. proteína intracelular e biomassa seca (Figura 4 e Tabela 2). 00 23. já o M2 aumentou em 129% na concentração de teor de cinzas.86 ± 1. o meio que apresentou maior crescimento foi o M3 chegando a 3.99 57 . p< 0. o M1 aumentou sua concentração de minerais em 68. De acordo com a figura.00 23.7% de substrato do meio de cultivo M1. resultando em uma diferença estatística significativa (Tukey. a mesma consumiu 87. p<0.36 ± 0. p<0. este meio resultou em um crescimento celular de 2200 e 644% maior que M1 e M2. M3= sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação A Figura 6 mostra o consumo de carboidratos médio realizado pela levedura Kluyveromyces marxianus 229. onde após a fermentação. a maior produtividade de proteínas e de biomassa pela leveduRevista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 ra foi o apresentado pelo meio de cultivo M2 (Tabela 3). O teor médio de cinzas nos meios de cultivo estudados. p<0. Considerando que M3 foi o meio mais diluído. o meio que foi mais diluído.00 30 ± 1. respectivamente. quando comparado com o M3. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. Entretanto.Figura 5.05) quando comparado com os outros soros testados. M3to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação.05). e o M3 apresentou um aumento em 98%. representando aumento significativo de 146. Ainda assim.01 M3 15 ± 1. Esta diferença pôde ser justificada pelo menor inóculo inicial ocorrido no M3 (Figura 8).05 24.02 M2 37 ± 1.05) entre os três meios quando comparados entre os mesmos (Figura 7). Concentração média de proteínas do sobrenadante de meios formulados com soro doce de leite bovino. sendo esta diferença significativa (Tukey. Após a fermentação.8%. houve maior consumo do substrato (lactose) no meio M3.6% e 138.99 23 ± 1.05).8% no M2 e 96. A Figura 8 mostra a média do crescimento do número de células microbianas pela levedura Kluyveromyces marxianus 229. 93. ou seja. o aumento celular corresponde a 6817% quando comparado com o M1. Dessa forma.73 ± 1.4%.05 4.8% no M3. respectivamente (Tukey.36 ± 1. marxianus 229 após o cultivo em soro doce de leite bovino Biomassa Produtividade de Biomassa (g/L) Produtividade Proteína (g/L) Proteína Intracelular (%) Massa Seca (%) M1 32 ± 1.34 ± 0.29 29 ± 1. M2to = sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação.52 ciclos logarítmicos. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação.52 7.00 10. Tabela 3. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação.5 ± 1. Produtividade de biomassa seca e de proteína obtida de K. com uma diferença significativa (Tukey. Artigo Figura 6. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. Teor médio de cinzas do sobrenadante dos meios formulados com soro doce de leite bovino. M2to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação. M2to = sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M3= sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação 58 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . M3= sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação Figura 7. M3to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. Concentração média de carboidratos do sobrenadante de meios formulados com soro doce de leite bovino. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. M3to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 59 . Média do número de células microbianas dos meios formulados com soro doce bovino Cultivo de Kluyveromyces marxianus 229 em meios formulados com soro doce de leite bubalino A Figura 9 mostra o aumento médio de proteína que ocorreu nos meios de cultivo na presença da levedura Kluyveromyces marxianus 229 após a fermentação dos três tipos de meios de cultivo de soro bubalino. Assim como no soro doce de leite bovino. os meios de cultivo formulados com o soro bubalino também apresentaram maior crescimento no M3. o que pode ter ocorrido também em tal situação.05).87 ± 1.Artigo Figura 8. onde o metabolismo da mesma fica diminuído como resultado desta perda.10 19.93 ± 0.9 ± 0.10 M2 2. Existiu aumento de 22. em 100% no M2 e 75.5% no M3. O cultivo do microrganismo no M1 reduziu deste a concentração de minerais em 37. Alguns microrganismos excretam substâncias para evitar a saída de água do citoplasma..8 ± 1. Por outro lado também pode ter ocorrido danos na membrana citoplasmática havendo perda de nutrientes (PELCZAR et al. Tabela 4.05 25.10 M3 5.02 32.98 60 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 .10 0. 1997). sendo estas diminuições significativas (Tukey. podendo ser indício de que a levedura tenha sofrido estresse osmótico. p<0.2% no M3 (Figura 10). marxianus 229 após o cultivo em soro doce de leite bubalino Biomassa Produtividade de Biomassa (g/L) Produtividade Protéica (g/L) Proteína Intracelular (%) Massa Seca (%) M1 0.00 1.05) quando comparado com os meios M1 e M2. levando a perda de açúcar citoplasmático com a saída de água da célula.7 ± 1.5% e no M3 em 43. Produtividade de biomassa seca e de proteína obtida de K. A Figura 11 representa o teor médio de cinzas nos meios de cultivo estudados. A Figura 12 mostra o crescimento microbiano dos três meios de cultivos estudados no soro doce bubalino.28 ± 0. com um aumento de 1.17 ± 1.9 ± 1.03 32.85 ciclos logarítmicos.60 30.78 ± 0.29 ± 0.47 ± 1.34 ± 0.5% da concentração média de açúcares redutores após o cultivo da levedura no M1 e de 10. A levedura aumentou a concentração de proteínas em 268% no M1.3%.00 0.93 19. sendo este significativo (Tukey p<0. Concentração média de proteínas do sobrenadante de meios formulados com soro doce de leite bubalino. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. M3to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M3= sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 61 . M3= sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação Figura 10. Concentração média de carboidratos do sobrenadante de meios formulados com soro doce de leite bubalino. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação.Figura 9. M3to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. M2to = sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. M2to = sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. L-1.L-1.73 g/L (Tabela 3). M2to = sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação.6g. de biomassa e crescimento microbiano (Figura 12 e Tabela 4). Kluyveromyces marxianus CCT4294 e Saccharomyces cerevisiae.569%. Tal resultado não diferenciou muito dos encontrados nos soros ácido e doce de leite bovino do presente trabalho em termos de rendimento.6 g/L. respectivamente.23g.05) quando comparado com os outros. o meio com soro doce bovino apresentou 83. O meio de cultivo do soro doce bovino quando comparado com o do soro doce bubalino resultou na maior 62 produção celular da levedura K. por Candida utilis CCT3469. 8. Comparação da produtividade protéica e de biomassa pela levedura Kluyveromyces marxianus 229 Dentre os três tipos de soros estudados em diferentes diluições. Bacillus subtilis CCT0534. Pinheiros (2004) em seu trabalho sobre o efeito da pressão osmótica na fisiologia de leveduras. assim num meio mais diluído era esperado maior crescimento e produtividade de biomassa. obteve um rendimento de biomassa de aproximadamente 31. Esta diferença pode ser justificada pela maior pressão osmótica ocorrida no soro doce bubalino como comentada anteriormente. M2 = sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação. M3to= sobrenadante do meio diluído no tempo zero de fermentação. obteve menor produção de biomassa: 3.9g. respectivamente. Teor médio de cinzas do sobrenadante dos meios formulados com soro doce de leite bubalino M1to = sobrenadante do meio não diluído no tempo zero de fermentação. 4. o pesRevista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 .L-1 e 7. maior que o bubalino nos meios mais diluídos. o meio de cultivo M3 foi o que apresentou melhores resultados (Tukey.Artigo Figura 11. já que o mesmo obteve produtividade de biomassa de 37 g/L e produtividade proteica de até 10. M3= sobrenadante do meio diluído após 24h de fermentação Em termos de produtividade proteica.32%. M1= sobrenadante do meio não diluído após 24h de fermentação. para cada microrganismo estudado. Como citado anteriormente o soro doce de leite bubalino exerceu pressão osmótica sobre a levedura. p<0. observou-se que em termos de produtividade proteica. o soro doce de leite bovino foi o que apresentou resultados mais satisfatórios quando comparado com os demais (Tukey p<0. Ogrodowski (2006) ao avaliar a produção de biomassa em soro de queijo para obtenção de ribonucleotídeos. Marxianus 229 de até 4. em soro de leite que continha 4 g de lactose por litro.L-1. de biomassa e de crescimento celular. ao testar o crescimento da levedura Kluyveromyces marxianus ATCC 10022 sobre microarejamento. Entretanto.41% e 84. Já em termos de produtividade proteica e de biomassa.05).0 g. . foi o M3 (diluição 1:2) formulado com soro de leite doce bovino. O melhor meio de cultivo para obtenção da biomassa de K. os meios apresentaram melhor rendimento protéico e de biomassa. Análise da demando bioquímica de oxigênio do soro doce de leite bovino Amostra Soro Bruto M1 M2 M3 DBO (mg/L 38632. (2003) em seu trabalho sobre produção de biomassa por Kluyveromyces marxianus com soro de leite sem diluição e suplementado com alguns nutrientes obteve um rendimento máximo de biomassa após 12 horas de cultivo de 9. resultaram numa menor concentração de sólidos residuais pela levedura Kluyveromyces marxianus 229. além de apresentar menor DBO após o crescimento. De acordo com os testes realizados nos meios formulados com o soro diluído. CONCLUSÃO A levedura Kluyveromyces marxianus 229 em meios de cultivo formulados com os diferentes tipos de soro de leite apresentou crescimento celular satisfatório. Figura 12. (1974) em seu trabalho realizado sobre a caracterização da composição da biomassa formada por Kluyveromyces fragilis em soro de leite “in natura” sem tratamento.4 21816. sendo estas condições diferentes do apresentado no atual trabalho (soro a 33 a 100% p/v). Terra et al. esses. Tabela 5. a conversão proteica foi 43% menor do que a citada chegando a 30g/100g de biomassa seca (M3) (Tabela 3). além de mostrarem maior rendimento celular. podendo levar a menor impacto ambiental por este subproduto. chegando no M3 a uma redução de até 52.6 g/L. Em relação à produtividade proteica da biomassa. Média do número de células microbianas dos meios formulados com soro doce bubalino Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 63 .quisador utilizou 15% (p/v) de soro de queijo desidratado para realização dos testes.06 g/100g de proteína da biomassa produzida por tal levedura.5 A DBO diminuiu de acordo com a diluição dos meios. Para confirmar esta tendência realizou-se a análise de DBO dos sobrenadantes dos meios de cultivo elaborados com soro de leite bovino (Tabela 5). assemelhando-se com os resultados apresentados pela literatura. o que consequentemente diminui a demanda bioquímica de oxigênio.12% quando comparado com o soro bruto. marxianus 229 testado. Já Sabra et al.0 19712. obteve um valor de 53. No atual trabalho.0 18494. sendo que conforme foram sendo diluídos. mostrando maior consumo de carboidratos e proteínas. 243-250. Campinas 2006. J. jul. Dissertação Mestrado – Universidade Federal do Paraná – Tecnologia em Alimentos. 1995. C. C. Editora MS. J. Londrina. Dissertação de Mestrado.01. V. et al. R. C.426-429. MELLER. vol 3 . M. M. aliment. março.13. 1972. J.. EPÓSITO. official methods of analysis of the association of analytical chemists. DURÁN. Universidade Federal de Santa Catarina. HARTRE. 2006. Soro de leite-Obtenção. 2004.. Conferência Nacional do Ambiente. 2005. Londrina. M.31. HELENO. C. Editora Pearson. Desempenho de Filtro Anaeróbio no Tratamento de Efluentes Formulado com Diferentes Concentrações de Soro de Queijo.. e AYUB. N. Universidade Estadual de Campinas. Minas Gerais 2008.Departamento de Engenharia Química e Alimentos – Florianópolis. H. 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G. 1: Métodos Químicos e Físicos para Análise de Alimentos. 401-408. ed. 124-125. C. e KRIEG.Tratamento do Efluente da Indústria de queijos por processos biológicos e químicos.. P. 6. M. p. Universidades Federal de Alagoas. Tese de Doutorado . Normas Analíticas do Insttuto Adolfo Lutz. 97f.. v. ed. 48: 422-427. utilizando lactase e saccharomyces cerevisiae . Anal. COSTA. P. utilizando membrana cerâmica como alternativa ao processo de pasteurização. MILLER. R. J. v. Universidade de Mogi das Cruzes – Núcleo de Ciências Ambientais. G. Aug 2000. Semina: Cia. v. p. 105-106. v. Dissertação Mestrado . Universidade Estadual de Campinas. J. 1999.Artigo R E f E R ê N C I A S ALMEIDA. Qualidade do Leite de Búfala e Desenvolvimento de Bebida Láctea com Diferentes Níveis de Iogurte e Soro de Queijo. L. 82f. Tese de Doutorado. A. Dissertação de Mestrado – Departamento de Engenharia Química e Alimentos. Suplementação de Nutrientes para Produção de Biomassa a Partir do Soro de Queijo. 81f.102. 2008. E. e BORGES. F. CARMINATTI. Belo Horizonte. (1992). L. ROCHA. São Paulo. Estudos do Impacto Ambiental Gerado nos Corpos D’Água pelo Efluente de Laticínios em Minas Gerais. São Paulo. Universidade Federal de Santa Catarina. 22. I. 2004. L. Faculdade de Engenharia Química. Estudo da Fermentação Simultânea a Hidrólise de soro de queijo. V. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 65 . The considered aspects were the existing guidelines. INMETRO. statistical analysis of the data and acceptability criteria. INTRODUÇÃO As Boas Práticas de Fabricação (BPF) constituem parte da Gestão da Qualidade que assegura que os produtos são consistentemente produzidos e controlados. Considerando a existência de divergências entre as recomendações. Considering the divergences between the recommendations. Keywords: Method Validation. conforme preconizado no protocolo harmonizado pela Association of Official Analytical Chemists (AOAC Internacional) (4. INMETRO. que a metodologia atenda às exigências das aplicações analíticas. organizada na forma de estudos colaborativos. A validação é a comprovação. ressaltando-se a validação dos processos. delineamento experimental. dos métodos analíticos de controle e dos procedimentos de limpeza (1). the extent of validation studies. Os estudos de validação constituem uma ferramenta essencial das BPF. abrangência da validação.5). assegurando a confiabilidade dos resultados (3). experimental design. Tais estudos são estruturados tendo como referências guias e documentos orientadores publicados nacional e internacionalmente. AOAC International/ISO/ IUPAC. com padrões de qualidade apropriados para o uso pretendido e requerido pelo registro.Artigo ANÁLISE COMPARATIVA DO GUIA PARA VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS PROPOSTO PELA ANVISA (RE NO 899 DE 2003) COM O DOCUMENTO ORIENTATIVO DO INMETRO E O PROTOCOLO INTERNACIONAL HARMONIZADO PELA AOAC INTERNACIONAL. Guidelines. quando validar. A validação de 66 Ana Cristina Monteiro Bernardes1 e Scheilla Vitorino C. este trabalho apresenta uma análise comparativa do guia da ANVISA com o guia harmonizado pela AOAC Internacional/ISO/IUPAC e o documento do INMETRO.com. Guias. International Standards Organization (ISO) e International Union of Pureand Applied Chemistry (IUPAC) (6) é considerada por Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . SUMMARY Validation studies are a fundamental tool to the Good Manufacturing Practices in the pharmaceutical manufacturing. Belo Horizonte. de Souza2* ¹Centro Universitário Newton Paiva. ANVISA. pelo fornecimento de evidência objetiva de que os requisitos para uma aplicação ou uso específico pretendido são atendidos (2). Os aspectos considerados foram os principais guias existentes. when the validation is necessary. ISO E IUPAC RESUMO Estudos de validação de métodos constituem uma ferramenta fundamental na implantação e manutenção de Boas Práticas de Fabricação em indústrias farmacêuticas.br métodos analíticos tem por finalidade garantir. Palavras-chave: Validação de Métodos. terminologia e definições. bem como em sistemas de gestão da qualidade de laboratórios de diversas áreas analíticas. such as to the systems of quality assurance of the laboratories from all areas of analysis. this paper presents a comparison between the ANVISA guideline with the AOAC International/ISO/IUPAC and the INMETRO protocols. what parameters need to be studied. These studies are structured using guidelines published national and internationally as references. AOAC Internacional/ ISO/IUPAC. terminology and definitions. análise estatística dos dados e critérios de aceitabilidade. ANVISA. por meio de estudos experimentais. A validação de métodos por procedimentos interlaboratoriais. MG 2 Faculdade de Farmácia da UFMG *Correspondência: scheilla@bromatologiaufmg. quais parâmetros estudar. International Conference on Harmonization (ICH) EURACHEM Working Group. nacionais e internacionais. uma vez que diferentes organismos oficiais têm proposto protocolos para este tipo de validação. métodos não normalizados. International Standards Organization (ISO) e International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC) Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) Instituto Nacional de Metrologia. Como a implantação e manutenção de sistemas de gestão da qualidade em laboratórios da área farmacêutica. como delinear os experimentos e analisar os resultados. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (3) e Instituto Nacional de Metrologia. Entretanto. principalmente porque. ISO e IUPAC (9) para validação intralaboratorial de métodos constitui a referência que representa o consenso internacional neste assunto. representa uma referência significativa. em muitos aspectos. bem como de outros segmentos. e métodos criados ou desenvolvidos pelos laboratórios devem ser validados. conduct and interpretation of method-performance studies AOAC Official methods of analysis. International Conferenceon Harmonization (ICH) (10). publicada em 29 de maio de 2003.Brasil (INMETRO) Association of Official Analytical Chemists (AOAC International) International Standards Organization (ISO) Association of Official Analytical Chemists (AOAC International). com apontamentos dos impactos destas diferenças sobre os processos de validação. Panorama dos principais guias relacionadas a processos de validação de métodos intra e interlaboratoriais e respectivos órgãos emitentes s Assunto Órgão emitente United States Food and Drug Administration (FDA). incluindo aspectos sobre quando validar. Statistical techniques for collaborative tests ISO 5725. relacionadas à validação de métodos analíticos estão apresentadas na Tabela 1. ISO e IUPAC (9) e documento do INMETRO (12). Considera-se métodos normalizados aqueles desenvolvidos por um organismo de normalização ou outras organizações. O guia harmonizado pela AOAC Internacional. os apontamentos feitos nos diferentes guias não estão harmonizados ou são discordantes. a laboratory guide to method validation and related topics Harmonized guidelines for single-laboratory validation of methods of analysis Resolução – RE Nº 899 Guia para Validação de Métodos Analíticos e Bioanalíticos DOQ-CGCRE-008. além de nem sempre serem suficientes para demonstrar adequação ao propósito de uso (fitness for purpose) de um método (8.RE Nº 899 Guia para Validação de Métodos Analíticos e Bioanalíticos da ANVISA (3). Normalização e Qualidade Industrial . por exemplo. nesta norma existe o requisito que os laboratórios devem confirmar que têm condições de operar adequadamente os métodos normalizados antes da implantação dos ensaios na rotina (14). A Focus for Analytical Chemistry in Europe Association of Official Analytical Chemists (AOAC Internacional). ISO e IUPAC (9). pois regulamenta os estudos de validação de metodologia analítica nos laboratórios das indústrias farmacêuticas do Brasil. United States Foodand Drug Administration (FDA). abrangência dos processos de validação. uma análise crítica das referências disponíveis é de extrema relevância. United States Pharmacopeia (USP). muitas vezes estes estudos podem não ser praticáveis ou mesmo necessários. United States Pharmacopeia (USP). Tabela 1. PRINCIPAIS PROTOCOLOS As principais referências. International Standards Organization (ISO) e International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC) Association of Official Analytical Chemists (AOAC International) Título Validation of analytical procedures: methodology The fitness for purpose of analytical methods.9). EURACHEM (11). A Resolução . O objetivo do presente trabalho foi realizar uma análise comparativa do guia da ANVISA (3) com o guia harmonizado pela AOAC Internacional. AOAC Internacional. quais parâmetros de desempenho estudar. QUANDO VALIDAR Na ISO/IEC 17025 está estabelecido que métodos normalizados utilizados fora dos escopos para os quais foram concebidos. Appendix D: guideline for collaborative study procedures to validate characteristics of a method of analysis Referência 10 Validação intralaboratorial 11 9 3 12 4 13 6 Validação interlaboratorial 5 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 67 . Apesar da necessidade de uma validação completa para métodos normalizados não ser tratada. requer procedimentos para validação de métodos adequadamente estruturados. Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) (12). ampliados ou modificados. Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results Protocol for the design.muitos como um “padrão ouro de validação” ou como a “validação completa” (7. Procedimentos de validação intralaboratoriais têm sido internacionalmente aceitos.8). Orientações sobre validação de métodos analíticos Statistical manual of the AOAC. Outro relevante documento nacional que trata sobre este assunto é a Orientação sobre Validação de Métodos de Ensaios Químicos publicada pelo INMETRO (12). Neste contexto. devidamente reconhecidos pela ANVISA. este parâmetro é tratado como linearidade e calibração. Frequentemente. ISO e IUPAC (2002) Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Documento orientativo do INMETRO (2007) Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Guia da ANVISA (2003) Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Limite de detecção Limite de quantificação 5 Sensibilidade 6 Robustez Adequação ao propósito Variação de matriz Incerteza de medição 1 2 No guia da ANVISA. seria menos controversa. embora o guia internacional destaque este parâmetro. implicaria na necessidade de justificativas pertinentes. limite de quantificação. Segundo o guia AOAC Internacional. como sensibilidade. industrial e acadêmica. limite de quantificação e robustez. devidamente distinguidos. enquanto a exclusão de parâmetros menos frequentes. 5 No guia internacional. 68 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . precisão. visto que a escolha de um método como oficial é baseada em resultados obtidos de estudos colaborativos (17). na RE No 899 da ANVISA (3). Contudo. No documento do INMETRO. Parâmetros de desempenho previstos no guia harmonizado pela AOAC Internacional. no documento orientativo do INMETRO 12e no guia da ANVISA 3 Parâmetro de desempenho Aplicabilidade Seletividade 1 Linearidade Exatidão 3 Precisão Faixa ou Intervalo 4 2 Guia harmonizado pela AOAC Internacional. Tabela 2. além da necessidade de demonstração de que o laboratório tem condições de operar de maneira adequada métodos normalizados. Os parâmetros comuns aos documentos analisados são linearidade. INMETRO (12) e ANVISA (3). linearidade. isto procede. com estudos de linearidade. um método que tenha sido validado em procedimentos interlaboratoriais. o estudo de alguns parâmetros fica dispensado desde que estejam declarados nos métodos em questão. exatidão (com variação de matriz) e precisão. No caso de métodos normalizados. 6 No guia da ANVISA. como exatidão e precisão. JENKE (18) avaliou a frequência dos parâmetros de desempenho relacionados a processos de validação em publicações de métodos das áreas governamental. limite de detecção. os termos utilizados são tendência/recuperação com a nota que a exatidão é avaliada numericamente pela tendência. ou seja. faixa ou intervalo. Este autor argumentou que a exclusão dos parâmetros mais frequentemente aplicados nos protocolos de validação. este parâmetro é adequadamente associado ao parâmetro linearidade. limite de detecção.Os três documentos tratam recuperação em conjunto com a estimativa da exatidão. seguidos de seletividade. dentro das condições específicas existentes em suas instalações antes de implantá-los. é considerado que no caso de metodologia analítica descrita em farmacopeias ou formulários oficiais. seletividade. assume-se que os métodos designados como normalizados tenham sido submetidos a validações prévias por estudos colaborativos (16). QUAIS PARÂMETROS ESTUDAR O processo de validação demanda uma decisão sobre quais parâmetros de desempenho precisam ser avaliados (11). ISO e IUPAC (9). Tal apontamento pode dar margem à interpretação equivocada de que nenhum estudo de implantação é necessário nestes casos. Neste documento o termo especificidade é utilizado erroneamente no contexto da validação. robustez e sensibilidade. Na Tabela 2 está apresentada a variabilidade dos parâmetros de desempenho recomendados para processos de validação intralaboratoriais nos guias da AOAC Internacional. Métodos não normalizados são aqueles desenvolvidos pelo próprio laboratório ou outras partes ou adaptados a partir de métodos normalizados e validados (15). enquanto no do INMETRO são apresentados faixa de trabalho e faixa linear. No documento orientador do INMETRO (12) também é tratada a necessidade de validação quando um método existente for modificado para atender a requisitos específicos ou quando um método totalmente novo for desenvolvido. a metodologia é considerada validada. os termos seletividade e especificidade são tratados de forma inapropriada como sinônimos. este parâmetro também é tratado como limite de determinação. quando o laboratório utiliza um método totalmente validado. exatidão. Os parâmetros mais frequentes foram exatidão e precisão. 4 No guia da ANVISA. ISO e IUPAC (9). No guia internacional. 3 No documento do INMETRO.Artigo cujos métodos sejam aceitos pelo setor técnico em questão. ISO e IUPAC 9. o termo sensibilidade é tratado como sinônimo de limite de detecção e não como um parâmetro independente. o termo adotado é intervalo. o laboratório deve verificar que é capaz de alcançar as características de performance publicadas no método. além daquelas obtidas nos processos de validação de métodos. visto que se trata de um parâmetro arbitrário que depende de ajustes no instrumento de medição. o propósito de uso e requisitos de incerteza críticos” (9). Estes parâmetros não são considerados no guia da ANVISA (3).O parâmetro robustez é frequentemente considerado fora do processo de validação. No documento da ANVISA (3). O documento do INMETRO (12) trata sensibilidade. No guia harmonizado pela AOAC Internacional. Já a adequação para o propósito de uso é a propriedade dos dados produzidos por um processo de medição habilitar seus usuários a tomarem decisões tecnicamente corretas para o propósito estabelecido (20. nenhuma abordagem é feita sobre este importante teste.21). que determina a necessidade ou não de uso de curvas de calibração externas matrizadas ou calibrações internas (método de adição) para compensar eventuais efeitos de matriz significativos. reagentes.a necessidade da estimativa da incerteza é apresentada no contexto de métodos de ensaio. os testes de efeito de matriz são descritos junto ao parâmetro calibração e linearidade. por exemplo. com uso. No passado. a robustez é importante para fornecer informações sobre o efeito de parâmetros experimentais significativos para a estimativa da incerteza (19). entre outros requisitos. o procedimento e variações permissíveis). sugerindo que a estimativa da incerteza seja considerada como mais do que simplesmente um parâmetro de desempenho de validação de método. definidas de acordo com a finalidade dos testes. Correspondência entre as classificações dos tipos de método segundo os guias propostos pela ANVISA (3) e pelo INMETRO (12) Categoria I II III IV ANVISA Finalidade do teste Testes quantitativos para a determinação do princípio ativo em produtos farmacêuticos ou matérias-primas Testes quantitativos ou ensaio limite para a determinação de impurezas e produtos de degradação em produtos farmacêuticos e matérias-primas Testes de performance (por exemplo: dissolução. De qualquer forma. O parâmetro aplicabilidade é citado da seguinte forma no guia harmonizado: “Após a validação. Atualmente. Na ISO/IEC 17025 (14). aplicabilidade e adequação ao propósito de uso. sabe-se que este processo culmina na avaliação da adequação dos parâmetros estudados para o propósito de uso do método. como parte de estudos de desenvolvimento do método (10. como variação de matriz. como nos demais documentos.11). tipos de matrizes. mas não como um parâmetro de desempenho em processos de validação. de experiência e dados de validação anteriores. Segundo TAVERNIERS. Apesar do parâmetro sensibilidade ser citado no guia harmonizado (9). este não é considerado por seus autores como fundamental para a validação. No protocolo internacional (9) estão previstos ainda parâmetros de desempenho não considerados pelo INMETRO (12). a revisão atual do primeiro somente faz referência à possibilidade da matriz conter componentes que podem interferir no desempenho da medição. da estimativa da incerteza. os parâmetros para a validação de métodos analíticos são considerados em função de categorias. No segundo. faixa de concentração. liberação do ativo) Testes de identificação INMETRO Tipo de ensaio Determinação do componente (ou analito) em maior teor Análise de elementos menores e traços Propriedades físicas Qualitativo Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 69 . Os testes de efeitos de matriz são tratados no documento do INMETRO (12)e no guia internacional (9). informações sobre a identidade do analito. Este parâmetro cobre todas as fontes de erros do processo analítico. Contudo. estes dados representam somente uma parte desta. o que envolve resultados da validação. quando o parâmetro seletividade é tratado. DE LOOSE & VAN BOCKSTAELE (20) a estimativa da incerteza é um indicador chave tanto da adequação para uso de um método quanto da confiabilidade dos resultados analíticos obtidos em um laboratório. o detalhamento dos estudos de recuperação é feito no contexto da avaliação da exatidão. Isto facilita o entendimento de que nem todos os parâmetros são aplicáveis em todos os processos de validação e de que isto depende do tipo de método que está sendo validado (Tabela 3). Na RE No 899 da ANVISA (3) e no documento do INMETRO (12). embora os dados provenientes de validações intralaboratoriais de métodos e de estudos colaborativos constituam a base da estimativa da incerteza. Embora neste documento a recuperação tenha sido tratada como um parâmetro separado. ISO e IUPAC (9)são recomendadas ainda a estimativa da sensibilidade e da incerteza da medição. a validação de métodos tendia a se concentrar somente no processo de avaliação dos parâmetros de desempenho (11). o estudo da robustez em processos de validação somente é considerado necessário quando os limites para os parâmetros experimentais e seus respectivos desvios permitidos não forem previamente estabelecidos (9). nem pela ANVISA (3). ABRANGÊNCIA DA VALIDAÇÃO A seleção de parâmetros de desempenho para um determinado processo de validação está fortemente relacionada com a forma de validação adotada (direta ou comparativa) e com o tipo de método (quantitativo ou qualitativo). Nesta norma é considerado que uma estimativa razoável da incerteza deve estar baseada no conhecimento do desempenho do método e no escopo da medição. Tabela 3. o protocolo do método (descrevendo equipamentos. Assim. a documentação deve fornecer além da especificação dos parâmetros de desempenho. Na prática. Neste documento o termo especificidade é utilizado erroneamente no contexto da validação. a ANVISA (3) não apresenta uma definição para este parâmetro e o cita junto ao termo limite de detecção. os guias são concordantes em relação à seletividade. as quais podem estar presentes. como pode ser observado nas Tabelas 5 e 6. TERMOS E DEFINIÇÕES DOS PARÂMETROS Significativos progressos são reconhecidos no sentido de construir um esquema conceitual único e consistente para os termos relacionados à validação. TAVERNIERS. os termos seletividade e especificidade são tratados de forma inapropriada como sinônimos. o documento da ANVISA (3) foi comparado somente com o documento orientador do INMETRO (12) (Tabela 4). 5 No guia da ANVISA este parâmetro também é denominado precisão inter-corridas. enquanto o INMETRO (12) recomenda. devidamente distinguidos. Tabela 4. sendo referenciados documentos normativos. Contudo. podendo ser dispensados somente em ensaios de analitos que correspondem ao principal componente da matriz (22). os termosutilizados são tendência/recuperação. No entanto. o termo adotado é intervalo. 3 No guia da ANVISA. Os limites são indicados em ensaios de traços. ISO e IUPAC (9). a discordância acontece. enquanto no documento do INMETRO reprodutibilidade interna. embora o guia internacional destaque este parâmetro. cujo objetivo é determinar o princípio ativo ou principal componente. ** se houver comprovação da reprodutibilidade não é necessária a comprovação da precisão intermediária. o que permitiu a comparação somente entre os documentos da ANVISA (3) e AOAC Internacional. ou seja. estão concordantes nos dois documentos. divergências ainda são observadas com relação aos termos e definições dos parâmetros de desempenho avaliados em processos de validação. Os parâmetros que devem ser estudados para métodos quantitativos. que são robustez e limite de detecção. No caso da sensibilidade. Vale ressaltar que nesta última revisão do documento do INMETRO (12) as definições dos termos foram retiradas.Os três documentos tratam recuperação em conjunto com a estimativa da exatidão. este tipo de distinção não é feito. Porém. enquanto no do INMETRO são apresentados faixa de trabalho e faixa linear. 70 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . conforme guias da ANVISA (3) e do INMETRO (12) Parâmetro de desempenho Seletividade 1 Linearidade Exatidão 2 Faixa ou Intervalo 3 Precisão (repetitividade) 4 Precisão (intermediária) 5 Limite de detecção Limite de quantificação Robustez 1 Categoria I ANVISA Sim Sim Sim Sim Sim ** Não Não Sim INMETRO Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Sim Categoria II ANVISA Sim Sim Sim Sim Sim ** Não Sim Sim INMETRO Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Categoria III ANVISA * * * * Sim ** * * Não INMETRO Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Sim Categoria IV ANVISA Sim Não Não Não Não Não Não Não Não INMETRO Sim Não Não Não Não Não Sim Não Sim No guia da ANVISA. a ANVISA (3)não trata dois outros parâmetros imprescindíveis para este tipo de método. Apesar de relacionados. Variação das extensões de processos de validação em função do tipo de método. estão sendo eliminados ou redefinidos (23. cujo objetivo é determinar impurezas e produtos de degradação ou análise de traços. o termo e definição adotados estão adequados no guia internacional (9). o qual não é apontado no guia da ANVISA (3). Quanto aos parâmetros necessários à análise qualitativa ou teste de identificação. recomendados pelo INMETRO (12). o que sugere que estes termos são tratados como sinônimos na referida resolução. enquanto outros.Artigo No guia harmonizado pela AOAC Internacional. 2 No documento do INMETRO. Neste caso. Por isto. pois a ANVISA (3) dispensa estudos de robustez. ISO e IUPAC (9). * pode ser necessário. a capacidade do método selecionar o analito de interesse dentre compostos com estruturas relacionadas. DE LOOSE & VAN BOCKSTAELE (20)advertem para que os parâmetros limite de detecção e sensibilidade não sejam confundidos. 4 No guia da ANVISA o termo repetibilidade é utilizado. o INMETRO (12) considera o parâmetro limite de detecção. enquanto no documento do INMETRO o termo utilizado é repetitividade. Nos métodos para determinação de propriedades físicas. dependendo da natureza do teste específico. os parâmetros são apresentados independentemente de sua aplicação. sensibilidade e limite de detecção são parâmetros distintos. vagos ou ambíguos.24). Alguns termos e definições foram esclarecidos e refinados. O mesmo não acontece para métodos quantitativos. No guia harmonizado pela AOAC Internacional. O guia da ANVISA (3) refere-se ao parâmetro intervalo e à necessidade de adequação dos parâmetros de linearidade. não sendo necessariamente idêntica à faixa de calibração. em particular. a faixa de trabalho é geralmente limitada no extremo inferior pelos valores dos limites de detecção ou de quantificação. enquanto a calibração pode cobrir um intervalo mais amplo de concentração. No guia internacional harmonizado (9) somente o termo seletividade é adotado. precisão e linearidade adequados quando aplicados a amostras contendo quantidades de substâncias dentro do intervalo especificado. porém não necessariamente quantificado. seguida pela recomendação de promoção do emprego do termo seletividade em química analítica para expressar a extensão na qual um método. enquanto no limite superior as restrições são impostas por efeitos dependentes do sistema de detecção do equipamento. O termo sensibilidade é tratado. produtos de degradação e componentes da matriz. sem possuir relação com o valor verdadeiro ou especificado (24. no documento da ANVISA (3) o mesmo significado é atribuído ao termo especificidade. tendência ou tendenciosidade (bias) e recuperação (recovery) (27). Segundo o INMETRO (12). com analistas diferentes e/ou equipamentos diferentes. Em 2001. A capacidade de discriminar o analito de outros compostos interferentes tem sido. Indica sua confiança durante o uso normal. o parâmetro citado é faixa validada. e não somente a erros sistemáticos. Os termos seletividade e especificidade são tratados. Avaliação da proximidade dos resultados obtidos em uma série de medidas de uma amostragem múltipla de uma mesma amostra. mas obtidos em dias diferentes. pode ser utilizado para determinar analitos na presença de outros componentes de comportamento semelhante. Dentro da faixa de trabalho deve existir uma faixa de resposta linear. Normalmente é derivado do estudo de linearidade e depende da aplicação pretendida do método. É estabelecido pela confirmação de que o método apresenta exatidão.24). foi apresentada. expressa como seletividade de um método ou de um sistema de medição. ou seja. como sinônimo de limite de detecção. proximidade de concordância entre um resultado de ensaio e o valor de referência aceito (23. dependendo somente da distribuição aleatória dos erros. Avaliação da proximidade dos resultados obtidos em uma série de medidas de uma amostragem múltipla de uma mesma amostra. Concordância entre os resultados dentro de um curto período de tempo com o mesmo analista e mesma instrumentação. A recomendação feita na ISO 3534-1 (28) é que o termo acurácia não seja utilizado para tratar exatidão (19). considerado como o intervalo de concentração do analito dentro da qual o método pode ser considerado validado. Desde 1983. Capacidade que o método possui de medir exatamente um composto em presença de outros componentes tais como impurezas. Os autores deste documento destacam que dentro da faixa linear existe uma faixa validada. sendo expressa em termos de tendência (bias) ou erro sistemático total. equivocadamente. Concordância entre os resultados do mesmo laboratório. como sinônimos. Entretanto. por muitos anos.28).28). a validação pode cobrir uma faixa mais restrita. 71 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . Proximidade dos resultados obtidos pelo método em estudo em relação ao valor verdadeiro. dentro de um intervalo especificado. está relacionada a uma combinação de erros sistemáticos e aleatórios. Menor quantidade do analito em uma amostra que pode ser determinada com precisão e exatidão aceitáveis sob as condições experimentais estabelecidas. A medida da capacidade de um método em resistir a pequenas e deliberadas variações dos parâmetros analíticos. O uso do termo especificidade neste contexto foi desencorajado (26). Menor quantidade do analito presente em uma amostra que pode ser detectado. por outro lado. Faixa entre os limites de quantificação superior e inferior de um método analítico. ISO e IUPAC (9). Se por um lado a exatidão trata da concordância entre o valor médio obtido de uma grande série de resultados de ensaios e um valor de referência aceito. sob as condições experimentais estabelecidas. a precisão faz referência à proximidade de concordância entre resultados de ensaios independentes obtidos sob condições estipuladas.Tabela 5. pois os dois termos são tratados de forma intercambiável. Parâmetros de desempenho e respectivas definições apresentados no guia da ANVISA (3) Parâmetro de desempenho Linearidade Intervalo Especificidade/ Seletividade 1 Exatidão Precisão (repetibilidade ou intracorrida) Precisão (intermediária ou intercorridas) Limite de detecção / Sensibilidade Limite de quantificação Robustez 1 2 Definição Capacidade de uma metodologia analítica de demonstrar que os resultados obtidos são diretamente proporcionais à concentração do analito na amostra. exatidão e precisão nesta faixa. O termo acurácia (accuracy) tem sido relacionado a tantos significados que algumas organizações preferiram substituílo por temos com interpretações específicas como exatidão (trueness ou exactness). A acurácia. e não somente à exatidão (11. equivocadamente. também pela IUPAC. Pode-se concluir que a acurácia está relacionada a uma combinação dos parâmetros exatidão e precisão. em conformidade com as recomendações da IUPAC. uma discussão para diferenciação no uso destes termos. a IUPAC tenta esclarecer esta sobreposição com a afirmativa de que “especificidade é o ultimato da seletividade” (25). Definição não apresentada. Os 72 documentos nacionais publicados pela ANVISA (3) e INMETRO (12) não fazem este tipo de apontamento. Apesar da concordância em relação ao termo e definição de precisão. Condições de precisão intermediária (3. Representatividade É essencial que os estudos de validação intralaboratorial sejam representativos. ISO e IUPAC (9) Parâmetro de desempenho Calibração e Linearidade Faixa Sensibilidade Seletividade Exatidão (trueness) Precisão Repetitividade/Precisão intra-ensaio (single run) Precisão entre ensaios (between-run ou run-to-run) Limite de detecção Limite de determinação/ Limite de quantificação Robustez (ruggedness) Incerteza de medição Variação de matriz Aplicabilidade Adequação ao propósito Definição Definição não apresentada. Parâmetros de desempenho e respectivas definições apresentados no guia harmonizado pela AOAC Internacional. Usualmente especificado em termos de desvio padrão ou desvio padrão relativo.Artigo Tabela 6. analito. Resistência a mudar os resultados produzidos por um método analítico quando pequenos desvios são feitos nas condições experimentais descritas no procedimento. análise crítica é extremamente válida na busca por clareza. Definição não apresentada. incluindo ambos sistema analítico (protocolo do método. fornecendo um levantamento realístico do número e faixa de efeitos operacionais. PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA VALIDAÇÃO DE MÉTODOS No protocolo harmonizado internacional (9) existe uma consideração fundamental acerca dos princípios básicos para validação de métodos: especificação do escopo. Dai a grande importância de que. A faixa validada é o intervalo de concentração do analito dentro do qual o método pode ser considerado como validado. Grau no qual um método pode quantificar o analito acuradamente na presença de interferentes. faixa de concentração e tipo de matriz) e requisitos analíticos (considerados para avaliação da adequação para uso) (20). com rigor. Especificação e escopo Validações se aplicam a protocolos definidos para determinação de analitos em determinadas faixas de concentração e tipos de matrizes. pode-se dizer que os “sistemas analíticos” são validados e não os “métodos de ensaio” (9). grandes dificuldades podem ser observadas tanto na apresentação quanto na interpretação de resultados de processos de validação. Concentração abaixo da qual o método analítico não pode operar com precisão aceitável. Enquanto o processo de padronização avança. Proximidade de concordância entre um resultado de ensaio com o valor de referência aceito para a propriedade sendo medida. Condições de repetitividade (9.12) ou repetibilidade (3) são também denominadas precisão intraensaio (single run) (9) ou precisão intracorrida (3). objetividade e entendimento do assunto. o escopo seja definido. Definição não apresentada. os analitos e suas faixas de concentração e os tipos de matrizes especificados. Algumas vezes esta precisão é arbitrariamente definida como desvio padrão relativo de 10%. Em função do quadro ainda heterogêneo sobre os termos e definições dos parâmetros de desempenho. diferentes nomenclaturas são apresentadas nos documentos avaliados para expressar as diversas condições de estimativa da precisão. Estabelecida quantitativamente em termos de tendência (bias). Considerando que “sistemas analíticos” compreendem o protocolo do método de ensaio a ser validado. Definição não apresentada. reprodutibilidade interna (12) ou intercorridas (3). com menor tendência indicando maior exatidão.12) são tratadas como precisão interensaios (run-torun ou between-run) (9). além dos analitos. outras vezes o limite também é arbitrariamente tido como um múltiplo fixo (tipicamente 2) do limite de detecção. Definição não apresentada. Proximidade de concordância entre resultados de ensaios independentes obtidos sob condições estipuladas. antes de qualquer processo de validação ser iniciado. representatividade. Menor quantidade ou concentração de analito em uma amostra teste que pode ser confiavelmente distinguida de zero. Extensão na qual a performance do método se equipara aos critérios acordados entre o analista e o usuário final dos dados. Gradiente da função de calibração. faixas de concentração e matrizes possíveis de ocorre- Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . verificação das premissas e fontes de erros. com a concentração esperada de ser encontrada no centro da faixa.33. é necessário examinar as premissas para determinar se os dados são apropriados à aplicação dos testes (31). quando houver grande prática e uso próspero de uma técnica analítica em particular. devendo ser considerados no contexto de validação de métodos e. Os experimentos envolvendo replicatas devem ser delineados. ANVISA (3) e INMETRO (12) indicam a inspeção visual do gráfico x-y. os padrões analisados em duplicatas. estes estudos também devem incluir uma verificação das premissas nas quais os métodos de ensaio são baseados. interseção e dos resíduos (erros) da regressão. o valor experimental do coeficiente será próximo de um. apesar do amplo uso como indicador da qualidade do ajuste. O método dos mínimos quadrados ordinários ou regressão linear simples é consenso como ferramenta estatística para análise dos dados. valores próximos da unidade não pertencem necessariamente a uma relação linear. Subseqüentemente. indicando somente o grau de ajuste dos dados à curva. Portanto. os processos de validação precisam prover fortes evidências de que as premissas feitas são apropriadas nos casos particulares sob estudo (9). posteriormente. para construção de uma curva analítica. os parâmetros de desempenho podem ser avaliados em todas as condições possíveis para definir a performance do método (30). O INMETRO (12) trata sobre a aplicação desta estatística para indicar o quanto a reta pode ser considerada adequada como modelo matemático. quando a experiência for pequena. concentrações e matrizes. É mais fácil verificar aspectos globais de uma premissa do que provar que uma suposição particular está correta. que indicam a adequação para uso e têm dominado a realidade prática de processos de validação intralaboratorial. Erro aleatório é o resultado de uma medição menos a média resultante de um infinito número de medições do mesmo mensurando. Desta forma. Reciprocamente. a validação é impraticável para todas as combinações de analitos. concentrações e matrizes que podem ser encontradas. No documento do INMETRO (12) são sugeridos experimentos em vários níveis de concentração. para que o tempo e os custos da validação sejam viáveis antes da implantação do método nas atividades de rotina do laboratório. o guia da ANVISA (3) estabelece um valor aceitável. uma forma útil de representar estas fontes inclui: erros aleatórios. No guia proposto pela ANVISA (3) sugere-se o cálculo e um critério de aceitabilidade de 0. enquanto no protocolo internacional (9) e INMETRO (12) citam o gráfico dos resíduos da regressão. Além de indicar. Para métodos que envolvem multi-analitos ou multi-matrizes. esta estatística é equivocada e inapropriada como teste de linearidade. independentemente do modelo (32. para uma gama bem estabelecida de analitos. As três das referências recomendam a estimativa dos parâmetros inclinação. previamente à realização de qualquer inferência. tendências do método e efeitos de variação de matriz (9). igualmente espaçados na faixa de interesse. O erro de uma medição corresponde ao resultado da medição menos o valor verdadeiro do mensurando. A ANVISA (3) recomenda um mínimo de cinco níveis de concentração. como: a necessidade de seis ou mais padrões de calibração. para estimativa da incerteza da medição e verificação da adequação para uso. o uso do coeficiente para avaliação da linearidade. as verificações da validação têm caráter preventivo. com um número de replicatas próximo daquele empregado na rotina do laboratório. pois o objetivo dos procedimentos de validação é conhecer a variabilidade real e não a variabilidade mínima dos resultados (11. uma verificação básica das premissas relacionadas aos testes estatísticos é fundamental para garantia de que os princípios destes testes não sejam afetados e para que os resultados obtidos sejam sustentados (9). tendências do laboratório.rem nas condições de uso do método (9).29). efetuadas sob condições de repetitividade. Há uma importante implicação prática neste princípio aparentemente abstruso. No protocolo harmonizado (9). FORMAS DE AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS Linearidade e sensibilidade Os experimentos descritos para avaliação deste parâmetro envolvem preparo de curvas de calibração. menos o valor verdadeiro do mensurando (23. Fontes de erros Os erros das medidas analíticas provêm de diferentes fontes e de diferentes níveis de organização do processo analítico.28). En- quanto o erro sistemático é a média resultante de um infinito número de medições do mesmo mensurando. preferencialmente triplicatas independentes. sempre que possível. É importante observar que a significância do coeficiente é dependente do número de observa73 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 .99 para coeficiente de correlação. no mínimo cinco. considerando-se a importância de que as replicatas sejam verdadeiras e não somente replicatas de leituras. Como os estudos de validação são baseados em hipóteses estatísticas. efetuadas sob condições de repetitividade. relevantes considerações são feitas a respeito do delineamento experimental da linearidade e de sua importância. pois pode ser inflado pela adição de termos ao modelo. Contudo. Verificação de premissas Além do fornecimento dos parâmetros de desempenho.34). O erro total pode ser decomposto em erro aleatório e erro sistemático. Assim. tendências do ensaio. Apesar das diferentes fontes de erros não serem necessariamente independentes. podendo resultar de pontos bem ajustados a um modelo não linear (35). em ordem aleatória. recomenda-se que sejam validados analitos e matrizes representativos. por sua vez. Se os pontos de uma calibração são bem ajustados à curva. O coeficiente não mede a adequação de um modelo. de forma equivocada. No protocolo internacional (9) e é enfatizado que. na revisão atual. fortificadas ou adicionadas (spiking/recovery) e uso de um método de referência. Detalhamentos sobre a parte experimental não são feitos. No documento do INMETRO (12) são abordados ensaios com amostras e materiais de referência pelo método em estudo e outros métodos validados. Uma observação importante é feita acerca deste experimento. mas não apresenta detalhes sobre experimento e formas de análise dos resultados para este caso. como o teste de t emparelhado. Neste último é recomendado checar os piores casos. incluindo as matrizes e concentrações de analitos. sempre que possível. 74 Exatidão e precisão Para avaliação da exatidão e precisão. Neste documento não é tratada a possibilidade de uso de material de referência certificado. estatísticas são indicadas para comparação entre os resultados obtidos com os valores certificados. embora não haja um delineamento experimental predeterminado. Contudo. por não haver incerteza declarada. No protocolo harmonizado (9) são sugeridos estudos de efeitos de matriz com o preparo de curvas de calibração usual e em matriz. seguido do cálculo da porcentagem de recuperação. a porcentagem de recuperação é recomendada. A ANVISA (3) recomenda análise de amostras de fármacos de pureza conhecida ou de formas farmacêuticas com adição de quantidades conhecidas do fármaco ou de impurezas. Neste documento. as referências frequentemente sugerem experimentos com materiais de concentração conhecida do analito. com trêsreplicatas de cada. média e alta. a importância de se analisar um número adequado de materiais. em níveis que cubram a mesma faixa dos experimentos de linearidade.38). No documento do INMETRO (12) e guia internacional (9) a estimativa da sensibilidade é tratada junto aos experimentos da linearidade. Referências específicas sobre avaliação da linearidade complementam as premissas da regressão. incluindo normalidade e independência dos resíduos (37. teste de t ou regressão linear simples são indicados. testes estatísticos adequados e respectivas premissas são sugeridos.Artigo ções da regressão (36). deliberadamente adicionados à amostra. No caso de MRC. desde que as calibrações sejam lineares. média e alta) no intervalo linear. Nenhum dos documentos analisados apresenta critérios de aceitabilidade para a porcentagem de recuperação. No caso de métodos de referência. Para adição de padrão. o índice de seletividade. há indicação de testes mais complexos ou uma comparação visual dos gráficos. Esta recomendação sinaliza o cuidado para que. além de ensaios com amostras com e sem o analito e contendo vários interferentes suspeitos na presença do analito de interesse. É considerada. Apesar da determinação da seletividade ser essencialmente qualitativa. sendo expressa como a inclinação da reta ou o gradiente da função de calibração. O INMETRO (12) tratava os estudos destes efeitos na revisão anterior do documento. uma forma de medida quantitativa deste parâmetro. No guia internacional (9) é considerado o uso de MRC. A avaliação da recuperação depende do confrontamento dos resultados obtidos com valores críticos estabelecidos como requisitos analíticos do método. os experimentos podem ser conduzidos com materiais de referência certificados (MRC) ou por ensaios de recuperação com amostras adicionadas de quantidades conhecidas do analito. além da avaliação da capacidade de identificação do analito de interesse na presença de interferentes. embora exista a recomendação do estudo de pelo menos três diferentes concentrações para amostras adicionadas. A ANVISA (3) trata a possibilidade de comparar os resultados obtidos para amostras contendo impurezas ou produtos de degradação com aqueles obtidos por métodos bem caracterizados. vantagens e desvantagens de cada tipo de material. além da possibilidade de combinação dos diferentes tipos de materiais para que o estudo de exatidão seja completado. são apresentadas as características. incluindo amostras armazenadas sob condições de estresse. o detalhamento dos experimentos e cálculos para avaliação dos efeitos de matriz de matriz foram retirados. visto que pode ser impraticável considerar todo interferente em potencial. com a justificativa de que há bastante bibliografia para este fim. sendo baixa. Para MRC. Testes de pureza de picos em métodos cromatográficos são também considerados. como homoscedasticidade dos resíduos e adequação ao modelo linear. os quais variam em função da concentração do analito na amostra. índice z escore e erro normalizado. na faixa de uso do método. em replicatas. A dificuldade de uso de testes de significância para MR. sob condições pré-determinadas. Este guia considera também a possibilidade de uso de um segundo método bem caracterizado. sendo três concentrações (baixa. No caso de modelos não lineares. como erro relativo. Experimentos para avaliação da seletividade envolvem a distinção entre amostras brancas e adicionadas do analito. experimentos de efeitos de matriz não sejam influenciados pela recuperação. ainda. Segundo o INMETRO (12). após demonstração de homogeneidade das variâncias e normalidade. amostras formuladas. nas mesmas concentrações. Para análise de dados é sugerida a comparação das inclinações por diferenças significativas (sem indicação de um teste específico). também é considerada. como previsto pelos documentos da ANVISA (3) e internacional (9). com recomendação de que o método de adição seja feito a uma solução teste derivada de amostra. é sugerida. HORWITZ (39) apresenta valores aceitáveis para recuperação em um documento da AOAC Internacional. materiais de referência (MR). São sugeridos experimentos com nove amostras. a ANVISA (3) não discorre sobre experimentos para avaliação dos efeitos de matriz. bem como testes estatísticos aplicáveis.Nos documentos do INMETRO (12) e no guia internacional (9) são destacadas ainda as premissas relativas ao método dos mínimos quadrados ordinários. sendo previstas recuperações de 98% a 101% para concentrações de analito de 100% 95% a 102% Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . Seletividade e efeitos de matriz Apesar de extremamente relevantes. Para estimativa da repetitividade. o critério de metade a dois terços o valor crítico do desvio padrão de reprodutibilidade é recomendado (41). Este documento trata a análise de dados. Para métodos qualitativos o limite de detecção é determinado visualmente pela menor concentração capaz de produzir o efeito esperado. com diferentes analistas. respectivamente. o valor máximo aceitável para desvios padrão relativos deve ser definido de acordo com a metodologia. respectivamente. ou seja. quando não houver branco. Como critério para avaliação dos valores de desvios-padrão relativos de repetitividade. 6 ou 10 desvios padrão. Limites A habilidade em detectar um composto presente na amostra.9. O “trompete de HORWITZ”. sendo três concentrações (baixa. aplicada a uma porção separada do material. para repetitividade. Os modelos propostos por THOMPSON (42) são sugeridos para concentrações de analito menores que 120 µg/kg e maiores que 13. no documento do INMETRO (12) são sugeridos experimentos com padrões. Variações representativas de lotes e marcas de reagentes. mesmo em concentrações extremamente baixas. embora. Para precisão intermediária é recomendada a análise destas amostras em pelo menos dois dias diferentes. não se admitindo valores superiores a 5%.01%. Segundo a ANVISA (3). homoscedasticidade. demonstra que conforme a concentração do analito decresce em duas ordens de grandeza. Outra opção é a análise de amostras adicionadas do analito em concentrações variadas. independência dos resíduos e aditividade. por exemplo. para estimativa das variâncias dos componentes.12) consideram estudos de precisão sob condições de repetitividade e precisão intermediária em validações intralaboratoriais. MR ou adição do analitoa branco da amostra. sendo n ≥ 15. O limite de quantificação é considerado a concentração do analito correspondente ao valor da média do branco mais 5. saúde e segurança (46). 70% a 110% e de 80% a 110%. tipo de matriz e finalidade do método. Recomenda-se que t(n-1) seja pelo menos igual a 15. com estudo da precisão em concentrações próximas ou nos extremos da faixa de operação do método. média e alta) no intervalo linear. a verificação de tais premissas não tenha sido tratada na literatura consultada (45). sendo o limite de detecção igual a média do branco mais t desvios padrão do branco para o primeiro caso e como t desvios padrão do branco para o segundo caso. analistas e equipamentos são consideradas no delineamento dos parâmetros repetitividade e precisão intermediária. 80% a 115% para 10 µg/g. para níveis de concentração ≤ 1 µg/kg. considerando-se que a precisão varia com a concentração do analito.8%. em diferentes tempos. sendo 50% a 120%. 75% a 120% para 1 µg/g e 70% a125% para 1 µg/kg. seria equivocado adotar um mesmo critério para precisão em amostras contendo concentrações de. mas a necessidade de análise de variância para estimativa das variabilidades dos diferentes componentes não é considerada. ainda existe uma grande variedade de terminologias e fórmulas (20). > 1 µg/kg a 10 µg/kg e ≥ 10 µg/kg. Contudo. o desvio padrão de reprodutibilidade aumenta com um fator de dois (43. Para precisão intermediária é recomendada a análise destas amostras no mesmo laboratório por analistas e equipamentos diferentes. dividido pela inclinação da curva. um experimento mais econômico é recomendado. com um número de replicatas que expresse a rotina do laboratório. comércio internacional. sendo t a distribuição de Student dependente do tamanho da amostra e do grau de confiança.1%. 1% e 1 µg/kg. A forma mais simples de estimar as duas condições de precisão é descrita por meio da análise do material teste em duplicata. Embora estes parâmetros sejam essenciais para aplicação em pesquisas. Este documento orientativo cita a ISO 5725 (13) para aprofundamento nas formas de cálculo e controle da precisão. A ANVISA (3) prevê a estimativa do limite de detecção e de quantificação para métodos quantitativos como sendo três e dez desvios padrão do intercepto da curva de calibração. Neste documento é feita a ressalva de que cada replicata de análise deve ser uma execução independente do procedimento. assume premissas como normalidade.8%. em um número sucessivo de ensaios. O guia da ANVISA (3) prevê. é relacionada aos limites de detecção e quantificação. 92% a 105% para 1%. ou obtido de três curvas construídas próximas ao limite de quantificação. indicada para estimativa dos desvios padrão relativos sob condições de repetitividade e precisão intermediária. sendo t o total de amostras ensaiadas e n o número de ensaios ou um método simplificado com a execução de n medições.para 10%. 90% a 108% para 0. por análise de variância. próximas ao limite de detecção. com definição do limite por inspeção visual 75 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . estudos com nove amostras. pois pode haver uma subestimação da variabilidade dos resultados em relação àquela que seria obtida com amostras de aplicação na rotina. com trêsreplicatas de cada três concentrações. Os valores de desvios padrão relativos de precisão intermediária podem ser comparados com aqueles estimados pelas equações de HORWITZ (41) e THOMPSON (42). Vale ressaltar que a análise de variância. em várias concentrações na faixa de trabalho. proposto com base em inúmeros resultados de ensaios interlaboratoriais. Esta função constitui uma generalização útil e amplamente reconhecida do desvio padrão sob condições de reprodutibilidade na faixa de concentração de 120 µg/kg a 13. para casos em que a concentração do analito varia mais que 30% do seu valor central. Como a precisão varia com a concentração do analito. Outro apontamento apresentado é a importância de não usar MRC em estudos e precisão. O INMETRO (12) sugere ensaios com sete ou mais replicatas de amostras brancas ou com a menor concentração aceitável do analito. 85% a 110% para 0. 90%.44). concentração do analito. No guia internacional (9) é recomendado muito cuidado para o delineamento experimental da precisão. O cálculo do desvio padrão relativo é indicado. A EC (40) determina faixas de médias de recuperação em análises de resíduos em alimentos. As três referências (3. delineamentos experimentais e critérios de aceitabilidade preconizados internacionalmente. 391. 2005. In: FAJGELJ. A. J.J. Acessoem: 19 de junho de 2009.Validation of analytical procedures: methodology. M. R. o limite de quantificação deve ser testado para averiguar se a exatidão e a precisão conseguidas são satisfatórias.. Resolução RDC Nº210 de 04. que subsidiam decisões na área de saúde pública. 74. 2002. 2010. como desvio padrão relativo de 10% ou como um múltiplo do limite de detecção (tipicamente dois).Fundamentals and vocabulary. 2000.ISO 9000. D. VAN DER VOET. 1994. 1999. Normalização e Qualidade Industrial). ISO (International Standard Organization). enquanto operar acima de um limite fornece alguma segurança.Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results .ISO/IEC 17025. E. R. Assim. AOAC: Arlington. seis determinações completas e independentes da concentração do analito em uma matriz típica branca ou de baixa concentração do analito. ISO (International Standards Organization). Principles and practices of method validation. BRASIL.. devemos reconhecer que há uma dicotomia artificial na escala de concentração.. Neste guia. O limite de quantificação é determinado. A.08. Regulamento técnico de boas práticas de fabricação de medicamentos. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). H. 835. Esta observação é fundamental. Appendix D: guidelines for collaborative study procedures to validate characteristics of a method of analysis. sendo preferível tentar expressar a incerteza da medição em função da concentração. eles não recomendam o uso deste tipo de limite. 2.Disponível em: <http://www. pois assegura uma real estimativa da variabilidade dos resultados.ISO 5725. Statistical techniques for collaborative tests.Chem. R E F E R Ê N C I A S BRASIL. após ter sido determinado. HORWITZ.. 1975. Chem. 1997. DOQ-CGCRE-008.org>.2003. R. comparando com os critérios acordados entre o laboratório e o cliente ou o usuário final dos resultados.General requirements for the competence of testing and calibration laboratories.. WOOD. EURACHEM. ICH/IFPMA: Geneva.Quality management systems .. Trends Anal. A. Validation of analytical methods – Providing your method is “fit for purpose”.The fitness for purpose of analytical methods. O limite de detecção é definido no guia internacional (9) por. Chem. INMETRO: Rio de Janeiro. J. PATTERSON. V. 1995. VAN RHIJN. Guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos. ICH (International Conference on Harmonization of Technical Requirements for Federal Register). 67. os autores argumentam que.Parts 1.Acta. L. 159..2003.Artigo de um gráfico da concentração versus desvio padrão.. O cálculo do limite é dado por três desvios padrão destes resultados. MARTZ. ELLISON. Royal Society of Chemistry: Cambridge. W. MAC NEIL.. AMBRUS. pelo menos. THOMPSON. ILAC (International Laboratory Accreditation Conference). LGC: Teddington. visando harmonização e adequação em relação aos conceitos.ilac. Neste documento é determinado ainda que. AOAC (Association of Official Analytical Chemists). A análise comparativa feita aponta para a necessidade de reformulação do documento da ANVISA. com impactos negativos sobre a confiabilidade de resultados. H. Editores. W. 2005. Anal. 18. 1998. Orientações sobre validação de métodos analíticos. J. Resolução RE Nº899 de 29. a laboratory guide to method validation and related topics.. uma vez que medidas abaixo deste limite não são privadas de informações de conteúdo e podem ser adequadas para o propósito de uso. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Pure Appl. 2002. INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia. Pure Appl.. 624. 3. VAN DE WIEL. 76 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . ISO (International Standard Organization).. sem supressão de resultados zero ou negativos. STEINER. Chim. CONCLUSÃO Procedimentos de validação estruturados de forma inadequada podem gerar uma avaliação equivocada sobre a adequação ao propósito de uso de um determinado método. WOOD. 331. H. AOAC Official methods of analysis. Ministério da Saúde. AOAC: Washington. Statistical manual of the Association of Official Analytical Chemists. YOUDEN. 1999.05. Ministério da Saúde. arbitrariamente. S. J. S..R E F E R Ê N C I A S HUND. JIMENEZ. 1995. DEN BOEF. FAJGELJ. 1994. THOMPSON.. A. M. FAJGELJ. Pure Appl. E. 73. WINKEL. AMBRUS... C. A. Disponívelem: <http://www. D. VAN BOCKSTAELE. SMEYERS-VERBEKE. Chem. S. JUNQUEIRA.. C. THOMPSON.. DANZER. HORWITZ. VAN STADEN. 2000.. TAVERNIERS. W. G.. 2005. Statistics . INMAN. E. 2005. 2000. Guidelines for calibration in analytical chemistry. 1998. MASSART. JENKE. 1989. Acta. Chem.. E. L. P. B. SOUZA. In: FAJGELJ.Linear calibration using reference materials. 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No primeiro caso. causing acid discharges raising the acid content in the air helping to cause acid raining. it could cause corrosion in engines and motors.001% (m/m) em ácido acético. utilizando-se uma bureta automática de 20mL. para determinação do índice de acidez em bicombustíveis. 80mL do bioetanol E85 para o frasco de titulação. O objetivo deste trabalho é apresentar um método rápido. fez-se o acondicionamento do eletrodo em água por 30s. repetitivo e totalmente automatizado.7634g/cm3 MÉTODO Pipetou-se. Este fato pode ser observado pela repetibilidade abaixo de 1% mesmo com resultados extremamente baixos da ordem de 0. com precisão de 0. gerando curvas de titulação adequadas à determinação de interesse. Em seguida. baseado na técnica de titulação potenciométrica. as presenças de altos teores de ácidos orgânicos podem ocasionar corrosão nos motores dos carros e em outras partes como pistões. MATERIAL E MÉTODOS • Tituladorpotenciométrico com 20mil passos de resolução no drive de bureta 78 Fabio Ferreira Batista¹* e Cosimo A. If an ethanol has high acid number. Keywords: Bioethanol E85. Titration. Esta composição é bastante utilizada em países como EUA. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . dado que um tempo maior desse processo pode ocasionar a formação de altos teores de ácidos orgânicos (principalmente o ácido acético). Titulação. pode ser utilizado como parâmetro de controle para o tempo de fermentação. confiável. ethanol with high acid number could pollute more.estudo de caso DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ACIDEZ EM E85 BIOETANOL BASEADO NA ASTM D1613-06 RESUMO Este trabalho tem por objetivo apresentar um método confiável.ferreira@mt. Beside this. De Caro² ¹Toledo Brasil ²Mettler Toledo Swiss *Correspondência: fabio. Acid Number. fazendo-se o monitoramento da mV da solução a cada adição do titulante. O combustível E85 é uma composição de 85% de bioetanol e 15% de gasolina. The acid number is a quality indicator for ethanol fuel and their mixtures with gasoline.01mL. Índice de Acidez. SUMMARY This work present a fast and very accurate method to assay acid number in ethanol and ethanol/ gasoline mixtures by automatic potentiometric titration based in ASTM 1613-06 standard. INTRODUÇÃO A determinação do índice de acidez em bicombustíveis é uma necessidade tanto no controle de produção do etanol quanto no monitoramento para utilização como combustível. o eletrodo que apresentou a melhor performance foi um eletrodo de pH com eletrolito de LiCl 1mol/L em etanol. Observou-se que devido ao meio titulante ser majoritariamente não aquoso. expressa em % (m/m) de acido acético.com • Drive de titulação adicional • Bureta de 10mL • Bureta de 20mL • Autoamostrador • KOH 0. Ajustou-se para 100mV/mL o valor de reconhecimento automático do fim da titulação. densidade 0. Utilizando este método é possível obter resultados em índice de acidez (mgKOH/g) ou ainda a acidez. No segundo caso.01mg • Impressora • Eletrodo combinado de vidro com eletrolito de LiCl em etanol 1mol/L e com junta móvel • Bioetanol E85 (85% de etanol + 15% gasolina). rápido e totalmente automatizado para determinação do índice de acidez em misturas bioetanol: gasolina utilizando a técnica de titulação potenciométrica.005mol/L em etanol (obtido por diluição sucessiva) • Hidrogeno ftalato de potássio suprapur • Balança analítica com resolução de 0. Palavras-chave: Bioetanol E85. Titulou-se até ponto de equivalência. o eletrodo foi lavado com água ultrapura antes do inicio da próxima titulação.000785 0.00 dE/dV . AGRADECIMENTOS Agradecemos à Mettler Toledo AG. Resultados do índice de acidez e teor de acido acético em amostra de E85 Amostra Bioetanol E85 replicata1 Bioetanol E85 replicata2 Bioetanol E85 replicata3 Bioetanol E85 replicata4 Bioetanol E85 replicata5 mgKOH/g de amostra 0. RESULTADOS E DISCUSSÕES A titulação potenciométrica é baseada na medição do potencial da solução amostra. bem como aumenta a precisão em procedimentos que interferem diretamente no resultado das amostras com pipetagem e determinação da densidade de amostras. A automação aumenta a velocidade de processamento de amostras. Foi realizada uma série de cinco titulações consecutivas a fim de avaliar-se a repetibilidade do método desenvolvido. pois esse sistema possui grande área superficial.000004 0. A automação dos processos de pipetagemda amostra claramente auxilia a obtenção das baixas variações observadas. O eletrodo de junta móvel permite uma leitura mais rápida e estável. Curvas de titulação: Potencial (E) contra volume (V) adicionado de titulante (curva acima) e Curva da primeira derivada (curva abaixo) O ponto final da titulação é facilmente observado a partir da curva abaixo da Figura 1.V Titration (EQP) mL 2. Para expressão dos resultados em unidade de m/m foi determinada a densidade da amostra. O eletrolitoLiCl 1mol/L em etanol simula as mesmas condições da amostra diminuindo o potencial de junção do eletrodo e. Média. Neste trabalho utilizou-se um eletrodo combinado de vidro com junta móvel para medição do potencial da solução. dado que reproduz os resultados com RSD baixo.0073 0. contra um eletrodo de referencia a cada adição do titulante. podemos inferir que o método desenvolvido é confiável e repetitivo dentro das condições definidas.000788 0. Cosimo de Caro que nos auxiliou com a execução das análises e fomento de informações relevantes.p. Um exemplo da curva de titulação é mostrado abaixo: Tabela 1. diminuindo o tempo de resposta e aumentando a estabilidade da leitura.28 0.V Titration (EQP) * Resultado expresso em ácido acético -223. Este processo foi realizado um auxílio de densímetro de bancada com precisão de 0. exatamente no ponto mínimo da curva da primeira derivada. R E f E R ê N C I A S CARO. Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 79 . A partir dos resultados da tabela 1. CONCLUSÃO -102. 46-47. desvio padrão e desvio padrão relativo (RSD). cujo eletrodo de referência é o Ag/AgCl com eletrolito de LiCl em etanol 1mol/L. Com base nos dados apresentados podemos inferir que o método desenvolvido é um método confiável.000784 0.746 Acidez em %(m/m)* 0.80 E .0073 0.000785 * Resultado expresso em ácido acético Tabela 2.0074 0. dado que a tendência do potencial da solução é diminuir com a adição do titulante.Selected Mettler Toledo Methods for Biofuel Analsys. entretanto esta automação é passível de ser executada acoplando-se o densímetro digital ao titulador automático.30 mV 0. C.000788 0.000779 0. consequentemente.0073 0. desvio padrão e desvio padrão relativo dos resultados apresentados na Tabela 1 mgKOH/g de amostra Média Desvio Padrão RSD (%) 0. podemos calcular a média.10 mV/mL Finalmente observando os resultados obtidos.0074 0.000004 0.472 -23.44 Figura 1.44 0.Após a titulação.0073 Acidez em %(m/m)* 0. e o frasco de titulação foi esvaziado com auxilio de bomba peristáltica.00 mL 2. Neste trabalho não foi automatizada a determinação da densidade.00001g/cm3. Obtiveram-se os resultados apresentados na Tabela 1. Analytical e ao Sr. 2073.: Esses preços são válidos até a publicação da próxima edição (nº 52) ou final do estoque. conta corrente: 13061-0.00 Boas Práticas Químicas em Biossegurança Autor: Paulo Roberto de Carvalho 132 páginas R$ 39. 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Okazaki.com.com. Neliane Ferraz de A.com.com. SP Fone: (11) 3897-6199 Iwww.com.br Hospitalar 2011 De: 24 a 27 de maio Local: Pavilhões do Expo Center Norte – São Paulo. SP (consultar outras localidades) Inscrições: (11) 5053-9755 [email protected] analytica Pittcon 2011 De: 13 a 18 de março Local: Georgia World Congress Center – Atlanta.org. PR Inscrições: [email protected] [email protected] • http://eventos.gov. SP Fone: (11) 3205-5000 www.com • www.pittcon.gov.ital.com.br Curso: Estabilidade de Medicamentos Dia: 26 de março Local: São Paulo.ital. BA Informações: (16) 3621-8540 [email protected] Analitica Latin America De: 20 a 22 de setembro Local: Transamerica Expo Center São Paulo.com.sicta.br e www.com.expolabor.com.br www.br III Simpósio Brasileiro de Genética Molecular de Plantas De: 10 a 15 de abril Local: Centro Convenções Cana Brava Hotel Resort – Ilhéus.fcepharma.br Curso: Estudos de Degradação no Desenvolvimento Analítico Dia: 22 de março Local: São Paulo. SC Fone: (11) 3032-2299 [email protected]. USA Informações adicionais: www.br Curso Teórico-Prático fungos e Micotoxinas em Alimentos De: 09 a 13 de maio Coordenação: Marta Taniwaki e Beatriz Iamanaka Fone: (19) 3743-1784 Inscrições: www.org.br XL Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular .br/ccqa [email protected] III Simpósio de Ciência e Tecnologia de Alimentos De: 13 a 15 de abril Local: Mar Hotel – Recife.sp.com.br Curso: Cromatografia em fase Gasosa Dias: 05 e 06 de abril Local: São Paulo. SP (consultar outras localidades) Inscrições: (11) 5053-9755 [email protected] Curso: Vitaminas em Alimentos: Análise e Interpretação de Resultados Dia: 26 de maio Coordenação: Marta Gomes e Paulo Carvalho Fone: (19) 3743-1784 Inscrições: www.org Curso: BPL – Boas Práticas de Laboratório Dias: 18 e 19 de março Local: São Paulo. SP (consultar outras localidades) Inscrições: (11) 5053-9755 [email protected]/34ra fCE Pharma e fCE Cosmetique e 25º Congresso Brasileiro de Cosmetologia De: 24 a 26 de maio Local: Transamerica Expo Center São Paulo.br 34ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química De: 23 a 26 de maio Local: Centro de Convenções do Costão do Santinho Florianópolis.br/ • www.org.com. SP (consultar outras localidades) Inscrições: (11) 5053-9755 info@cepcursos. Silveira e Valéria C.br Confira também programação de cursos em diversas áreas de interesse em: www.sp. Junqueira Fone: (19) 3743-1784 Inscrições: www. A. SP Fone: (11) 3205-5000 www.br/ccqa eventosccqa@ital. PE Fone: (81) 3326-3548 Informações: www.hospitalar.br/ccqa [email protected]. Maristela Nascimento.gov.org.com.sp.sp. SP Informações: (11) 3721-3245 [email protected] De: 30 de abril a 3 de maio Local: Centro de Convenções Foz do Iguaçu.br www.shimadzu.cepcursos.sbbq.br/analitica/noticias/cursos/ *Os cursos apresentados são de responsabilidade das entidades sugeridas Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 81 .br • www.gov.katalysiscientifica.br Curso Teórico-Prático Métodos de Análises Microbiológicas em Alimentos De: 27 de junho a 1 de julho Coordenação: Margarete M.br • www. BA Fone: (71) 9962-2865 Fax: (71) 3371-4035 [email protected]. São Paulo.com. 17 Valmig R. equipamentos e serviços oferecidos pelos anunciantes dessa edição.com.br Página: 37 Nova Analítica Imp.br www. Senador Queiroz.microoptica. Tenente José Gregório do Nascimento.lasdobrasil.551 – 24ºA cj.br Página: 15 dpUnion R.com.com. 432 04131-000.expolabor.br Página: 39 Lucadema Científica Ltda – ME R.967 13473-620. 03 Altmann Av. SP Fone/Fax: (11) 5079-8411 [email protected] Página: 25 Vetec R.br Página: 07 Tedia Brazil R. PR Fone: 0800-7031012 Fax: (41) 3353-1010 [email protected]. 3.charis.icr3. Americana. Monte Castelo.com.br Pagina: 11 Alem Mar Av. São Paulo.fanem.catena. Senador Flaquer. São Paulo. SP Fone: (11) 5971-8811 Fax: (11) 5928-9961 vedas@microoptica. SP Fone: (11) 4613-2000 Fax: (11) 4613-2001 Página: 59 PerkinElmer R.com.isolabcursos. Duque de Caxias. 55 06710-675.com. SP Fone: (11) 2122-0206 Fax: (11) 4468-1253 [email protected] www.agrozootec.com.br Página: 55 Fanem Av. SP Fone: (11) 3229-8344 Fax: (11) 3228-5407 [email protected] Página: 4ª capa Dânica Av. SP Fone: (11) 5539-6710 / 5579-7130 Fax: (11) 5539-7902 comercial@bcq. Curitiba.com.br Pagina: 13 Katálysis Calçada Antares.com.com.com www.com. 105 04829-300.br Página: 31 Isolab R. Guarulhos. SP Fone: (11) 4057-9200 contato@alpax. Papilon Park 74950-190.com. 274 – bl. 1.br Página: 23 Catena R.com. 1.br www. Monte Castelo. Salvador. Vinhedo. 336 80035-230. Taboão da Serra.com.br Página: 51 Alpax R. contate-os por telefone ou correio eletrônico.078 sala 78 02239-000.com.alphacenter.com Página: 3ª capa BCQ Consultoria e Qualidade Ltda. RJ Fone: (21) 2435-9335 Fax: (21) 2435-9300 sac@alkodobrasil. 01026-000. sala 72 09010-160.br Página: 09 Biosystems R. 12.2.br www. B sala 734 Centro Empresarial Iguatemi 41820-020.appliedbiosystems. dos Cardeais. SP Fone: (11) 2122-0206 Fax: (11) 4152-2593 [email protected] Páginas: 2ª capa. SP Fone: (19) 3468-9600 Fax: (19) 3468-9601 [email protected] Páginas: 05. R. Cel Amazonas Marcondes. 2.com.bcq. Pastor Manoel Avelino de Souza.br Página: 41 Formato Sala Limpa R. General Ataliba Leonel. Ribeirão Preto. São Paulo. São Paulo.com.com.gbo. Tancredo Neves.com www. Cel.com.com. 232 – 1ºA.formatosalalimpa.br www.tediabrazil.labwin.com.br www. Exp.br Paginas: Capa. 157 04018-050.srv.gbo.lucadema.valmig. São Paulo.katalysiscientifica. 877 – 7ºA.021 25250-000. R.br Página: 51 Charis Technologies R. São Paulo. São Paulo.br Pagina: 37 Applied Biosystems Av. Cotia.090 / 1.biosystems.br www. SP Fone/Fax: (11) 2441-1475 [email protected]. Rio de Janeiro.br Página: 35 82 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2011 • Nº 51 . Nossa Senhora Mãe dos Homens. Hortolândia.com.com. Cardoso de Almeida. GO Fone/Fax: (62) 3094-5552 camila@lasdobrasil. Guarani.alkodobrasil.br www. São Paulo. RJ Fone: (21) 3125-1920 Fax: (21) 2679-1309 vetec@vetecquimica. SP Fone: (11) 3043-7879 [email protected] Página: 33 ICR3 Av.com. 38 13301-220.com. SP Fone: (11) 2972-5700 Fax: (11) 2979-1575 comercial@fanem. SP Fone/Fax: (11) 3721-3245 isolab@isolab. Aparecida de Goiânia. SP Fone: (11) 2931-6969 icr3-sp@icr3. Affonso Pansan. Ltda. 62 05615-190.com. SP Fone: (11) 4023-5438 Fax: (11) 4023-7443 agrozootec@agrozootec. SP Fone: (11) 2162-8080 Fax: (11) 2162-8081 analitica@novanalitica. V-08 – Quadra 22 / lote 25. 1.perkinelmer.br Página: 25 Alko R.com.analiticaweb. 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