Analise Risco API 581

March 16, 2018 | Author: gamc10 | Category: Risk, Time, Evolution, Probability, Causality


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Sair6ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos INSPEÇÃO BASEADA EM RISCO E NR-13 UMA BREVE ANÁLISE DE CONSISTÊNCIA Carlos Bruno Eckstein PETROBRAS/CENPES/PDEAB/Engenharia Básica de Equipamentos Edneu Jatkoski PETROBRAS/REPLAN/MI/Inspeção de Equipamentos José Ademar Nucci Etter PETROBRAS/REPLAN/MI/Inspeção de Equipamentos Trabalho apresentado na 6ª COTEQ Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos IEV 2002 - Conferência Internacional sobre Avaliação de Integridade e Extensão de Vida dos Equipamentos Industriais Salvador, agosto, 2002 As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es) . 1 Os resultados mostraram que há equipamentos caracterizados com risco alto em uma metodologia enquanto na outra o mesmo equipamento é caracterizado como risco baixo. o seu risco calculado apresenta-se como estático. conjugada às conseqüências de uma eventual falha estrutural. e vice versa. é solicitada uma flexibilização dos prazos máximos entre inspeções determinados na NR-13 quando se utiliza a Inspeção Baseada em Risco para acompanhar os equipamentos. Inspeção Baseada em Risco.Sair 6ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos SINÓPSE O objetivo deste trabalho é comparar os resultados da aplicação do documento API 581-Risk Based Inspection. Como a NR-13 utiliza uma metodologia para determinação do risco onde apenas conseqüências são levadas em consideração. Temário: IBR . 2 . Com base nestes resultados. que contribuem diretamente para garantir o nível de confiabilidade estrutural desejada. como também os planos de inspeção aplicados. Palavra chave: NR-13.Inspeção Baseada em Risco. Confiabilidade. As duas metodologias foram aplicadas em vasos de pressão de uma unidade industrial. como ela considera a probabilidade de falha que é função evolução dos danos. Sendo assim. com as exigências da NR-13 quanto aos prazos máximos entre inspeções. pois considera tanto os mecanismos de deterioração atuantes. Análise de risco. No caso da IBR. constatou-se que a IBR se mostra mais adequada para o acompanhamento do risco de equipamentos em serviço. seu risco evolui com o tempo. enquanto a IBR usa a “probabilidade” de falha estrutural conjugada com as conseqüências desta falha. baseada no Documento API 581 – Risk Based Inspection [1]. e vice versa. são definidos planos de inspeção. ou intoxicação). Para se estudar como o resultado da determinação do risco difere entre as duas metodologias. enquanto a IBR determina um risco que é variável com o tempo. será apresentada de forma resumida a fórmula de cálculo para determinação do “Risco” dos equipamentos. que estabelecem prazos otimizados para sua aplicação. incêndio.1 Pelo API 581 Embora este trabalho não tenha por objetivo discutir a metodologia da IBR. No entanto. bem como o cálculo da probabilidade deste evento ocorrer. e seus critérios e premissas para determinação da Categorização do Risco são diferentes da IBR. sendo função dos mecanismos de dano atuantes no equipamento e dos planos de inspeção aplicados para seu acompanhamento. é a probabilidade de falha. que é dada por: Risco = Conseqüência × PoF Onde PoF. o que gera alguns conflitos com relação ao risco determinados para alguns equipamentos. 2. além de avaliar a evolução do risco com o tempo. tem como princípio a quantificação das conseqüências de uma falha estrutural que cause um vazamento. As conseqüências são determinadas a partir do cálculo do volume vazamento do fluido contido no equipamento. foram comparados os resultados em 24 (vinte e quatro) vasos de pressão de uma planta industrial. Verificou-se que há equipamentos caracterizados com risco alto em uma metodologia enquanto na outra o mesmo equipamento é caracterizado como risco baixo. o que a NR-13 não faz. 2. Estes conflitos se devem a NR-13 considerar apenas as conseqüências para determinar sua categorização do risco. a NR-13 [2] que define os prazos máximos entre inspeções. INTRODUÇÃO A Inspeção Baseada em Risco (IBR). no Brasil há a Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho. CONSTRUÇÃO DA MATRIZ DE RISCO Neste item procura-se detalhar quais foram as premissas que determinaram a montagem da Matriz de Risco utilizada no API 581 [1] e na NR-13.Sair 6ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos 1. avaliando-se os danos: materiais (equipamentos). Foram discutidas as premissas de cada metodologia e verificado que a NR-13 determina um risco estático. financeiros (perda de produção). As conseqüências são determinadas pelas condições operacionais e características físicas do fluido durante o seu 3 (1) . às pessoas (morte ou lesão por explosão. e ao meio ambiente (poluição). Como conseqüência de uma avaliação realizada com base nesta metodologia. que foi calculada a partir de dados públicos para diversos equipamentos. as conseqüências serão sempre as mesmas enquanto as condições operacionais do equipamento se mantiverem inalteradas. unidade ou do equipamento específico seja utilizada. é calculada por: PoF é substituída na Equação (1) pela f ajustada : f ajustada = f genérica × FE × FM = PoF (2) Na Equação (2) pode-se verificar que. b) Variável: Módulo Técnico. avalia as taxas de acúmulo de dano e a efetividade da inspeção. 3. 4. Como é sabido. enquanto que o Fator de Modificação do Equipamento. que são diferenciadas pelo seu comportamento ao longo do tempo. corrigida por dois fatores. Universal. se tem dois fatores constantes. avalia as condições operacionais. avalia os riscos inerentes das condições do meio ambiente. Pela análise da abrangência de cada sub-fator. o que permite concluir que o risco do equipamento só mudará se somente se a sua probabilidade de falha ao longo do tempo sofrer variações. “fgenérica” e “FM”. “fgenérica”. Mecânico. Módulo Técnico. se dividindo em: parâmetros constantes e parâmetros variáveis. A probabilidade de falha é avaliada considerando-se diversos parâmetros. que no caso da IBR o foco são as falhas estruturais que geram vazamentos. Os sub-fatores em que se divide o “FE” são: 1. FE. O conceito da Matriz de Risco tem por objetivo dar suporte para se analisar o grau de exposição a uma falha. “FE”. “FM”. Como primeira aproximação desta freqüência é sugerido se utilizar uma freqüência de falha genérica. é quem agrega as famílias de parâmetros que controlam o risco sob o foco da probabilidade de falha. a Freqüência Ajustada. Na família dos parâmetros constantes estão incluídos praticamente todos aqueles que devem ser considerados para a definição das condições de projeto do equipamento. mais uma vez. que avalia os riscos inerentes às características de projeto. Processo. e disponibilizada no API 581. e outro referente a como o gerenciamento do risco é tratado na unidade industrial onde o equipamento está instalado. o API 581 substitui a Probabilidade de Falha “PoF” instantânea por uma freqüência de falha anual. Como pode-se observar. é possível agrupá-los segundo as duas famílias de parâmetros que influenciam no risco: a) Constantes: Universal. 2. No entanto. Mecânico e de Processo. e na outra família estão os parâmetros que causam alterações no equipamento ao longo da sua vida (função do tempo) em serviço.Sair 6ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos vazamento. observando-se qual o alcance dos danos citados acima. “fajustada”. Sendo assim. A Matriz na IBR forma o plano “probabilidade versus conseqüências” 4 . um referente à características do equipamento. nada impede que uma freqüência de falha mais característica da sua empresa. que podem ser divididos em duas grandes famílias. além de considerar como fator redutor os planos de inspeção aplicados. Categoria de Área Afetada Categoria de Sub-fator do Conseqüência ft2 Probabilidade Módulo Técnico A < 100 1 <2 B 100 . na Figura 1. permitindo assim a comparação entre resultados. P R O B A B I L I D A D E 5 4 3 2 1 A B C D E CONSEQÜÊNCIAS Risco Alto Risco Médio-Alto Risco Médio-Alto Risco Baixo Figura 1 – Matriz de Risco do API 581. tendo como controle deste processo os planos de inspeção aplicados. pois é possível transformar esta característica em um número razoavelmente insensível às características singulares de cada instalação industrial. 5 . Tabela 1 – Definição das Categorias de Conseqüências e Probabilidades de falha para a Matriz de Risco. que definiu “Regiões” que representam o mesmo risco. A seguir.000 2 2 .Sair 6ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos utilizando o Sub-Fator do Módulo Técnico no lugar da probabilidade de falha.000 .20 C 1. A escolha do Sub-Fator do Módulo Técnico para representar a probabilidade de falha é ideal neste caso.100 D 3.3. que diminuem este risco conforme sejam mais efetivos para encontrar os danos e dimensioná-los.000 4 100 . A divisão do Grau de Risco foi feita em 4 (quatro) níveis: Baixo.1. pois ele contabiliza exatamente o efeito dos mecanismos de dano e suas taxas de progressão.10.1. A escolha da área atingida pelo vazamento para representar as conseqüências também parece bem razoável. está a matriz de risco proposta pelo API 581.000 . e a área atingida pelo vazamento representando as conseqüências. Médio-Alto e Alto.000 E > 10.000 Os equipamentos têm o risco de uma falha estrutural em serviço aumentado devido aos mecanismos de dano nele atuantes e das taxas de progressão vivenciadas.000 5 > 1. Médio. por área afetada e por custo financeiro.000 3 20 . As Categorias de cada eixo da Matriz de Risco são subdivididas segundo os valores na Tabela 1. Para determinar o Grau de Risco de cada equipamento foi estabelecido um mapeamento na matriz. e o risco representado pelo fluido contido no seu interior. Inflamável. Assim. foi definida a matriz de risco mostrada na Figura 2. Potencial de Risco 1 2 3 4 Produto P. explosões ou intoxicação para a população. Tóxico tolerância≤20ppm. Tóxico tolerância>20ppm. pode-se observar na Tabela 2 como são definidas as faixas para as classes de fluido e para o potencial de risco. com temperatura superior a 50°C 5 PV<1 [1] P é a pressão em MPa. e V é o volume em m3. Com relação à matriz de risco da NR-13. Pela NR-13 Para a determinação dos vasos de pressão que são cobertos pela NR-13 foi definida uma matriz de risco que conjuga o potencial de risco do equipamento. Combustável T<200°C. isto é. observa-se que há um forte foco em penalizar os equipamentos cuja falha possa causar acidentes. Deve-se notar que 6 . o potencial de risco mede a energia contida no vaso. a qual está com a classe de fluido adequadamente invertida em sua ordem. Vapor de água. gases asfixiantes simples.5 Classe de Fluido A B C D Características Líq.5≤PV<30 1≤PV<2.Sair 6ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos 2. representado pelo produto “P. Para melhor caracterizar a montagem da matriz de risco. Combustável T≥200°C. H2 e Acetileno. Ar comprimido. B ou C.2. As coordenadas da matriz são medidas de conseqüência. P O T E N C I A L D E 1 R 2 I S 3 C O 4 5 II III IV V V D I III III IV V I II III IV V I II III IV IV I I II III III C B A CLASSE DE FLUIDO Categoria I Categoria II Categoria III Categoria IV Categoria V Figura 2 – Matriz de Risco pela NR-13. Tabela 2 – Classes de Fluidos e de potencial de risco para a matriz na NR-13. Água ou outros fluidos não enquadrados nas classes A.V”.V1 PV≥100 30≤PV<100 2. enquanto a classe de fluido mede o risco intrínseco uma falha provocar incêndio. Categoria do Vaso I II III IV V Exame Externo 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos Exame Interno 3 anos 4 anos 6 anos 8 anos 10 anos Teste Hidrostático 6 anos 8 anos 12 anos 16 anos 20 anos Tabela 3b – Periodicidade das inspeções para instalações industriais com SPIE. Na Tabela 4 estão os resultados obtidos. que é caracterizado pelas condições de projeto (ou operação) do equipamento. com diferentes categorizações segundo a NR-13. Sendo assim. A Tabela 3a mostra a periodicidade para instalações industriais que não tenham o Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos (SPIE). 10/2005. a NR-13 está levando em consideração apenas o risco “estático” que o equipamento representa. da aplicação do IBR. que é função da taxa de acúmulo de danos do equipamento. Em resumo. As categorias de risco dos equipamentos na NR-13 definem a periodicidade máxima em que devem ocorrer as suas inspeções. não é tratada na determinação da categoria de risco dos vasos de pressão. EVOLUÇÃO DO RISCO NR-13 x IBR Para avaliar como o tempo em serviço sem inspeção contribui na evolução do risco em equipamentos de unidades de processo. sem tratar em momento algum as mudanças quanto ao risco que ocorrem ao longo da vida em serviço. em quatro datas: 04/2002. 7 .Sair 6ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos não são considerados os mecanismos de dano que atuam no equipamento. 10/2009 e 10/2013. pois a integridade estrutural do equipamento. Isto evidencia que a NR-13 não leva em consideração na sua matriz de risco se está ocorrendo deterioração dos equipamentos. nem se a taxa de acúmulo desses danos é significativa ou não. para a NR-13 o risco é “estático”. enquanto a Tabela 3b contempla àquelas instalações com o SPIE. a metodologia de IBR foi aplicada em 24 (vinte e quatro) vasos de pressão de uma unidade de processo da REPLAN. Categoria do Vaso I II III IV V Exame Externo 3 anos 4 anos 5 anos 6 anos 7 anos Exame Interno 6 anos 8 anos 10 anos 12 anos a critério Teste Hidrostático 12 anos 16 anos a critério a critério a critério 3. Tabela 3a – Periodicidade das inspeções para instalações industriais sem SPIE. É importante lembrar que as avaliações são feitas considerando campanhas operacionais sem inspeções. Esta constatação é importante. Em outras palavras. 7 deles (2 na Categoria I.Sair 6ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos Tabela 4 – Evolução do Risco para os vasos de pressão avaliados pela metodologia do API-RBI. dos 24 vasos de pressão analisados. Este fato mostra que o risco representado por um vaso de pressão pode ter avaliações aparentemente conflitantes quando avaliados pela NR-13 e pelo IBR. o risco que os equipamentos representam varia em função da sua campanha operacional. Pela metodologia do API-RBI. I II III V Na Tabela 4 pode-se notar que. da taxa de acúmulo de danos e da efetividade do plano de inspeção aplicado. Para se ter uma noção da evolução do risco do 8 . há presença de vasos com os mais variados Níveis de Risco pelo API-RBI espalhados por todas as Categorias definidas pela NR13. pois demonstra que é possível se ter vasos de pressão na Categoria I da NR-13 apresentando Risco Baixo pela IBR. bem como vasos de pressão na Categoria III da NR-13 apresentando Risco Médio-Alto pela IBR. e 1 na Categoria III) mudam de Nível de Risco pelo API-RBI durante os 11 anos de avaliação. Categoria Risco em Risco em Risco em Risco em Equipamento NR-13 2002 2005 2009 2013 V-03 M-A M-A H H V-08 M-A M-A M-A M-A V-10 M M M M-A V-14 M-A M-A M-A M-A V-20 L L L L V-26 M M M M V-27 M-A M-A M-A M-A V-04 M-A M-A H H V-06 M-A M-A H H V-07 H H H H V-11 M M M-A M-A V-13 M M M M V-18 M M M-A M-A V-30 M M M M V-24 M M M M V-32 L L L L V-35 L L L L V-38 L L L L V-41 M M M-A M-A V-42 M-A M-A M-A M-A V-46 M M M M M M M M V-28 IV V-25 L L L L V-31 L L L L Nota: As cores são compatíveis com as utilizadas pela matriz de risco do API-RBI. 4 na Categoria II. Outro fato interessante é verificar que não há uma tendência clara em se ter vasos Categorizados com níveis mais críticos pela NR-13 apresentando Níveis de Risco mais alto pelo IBR. conseqüentemente. 12 alteram sua posição na matriz quando se compara o ano de 2002 com 2013. embora tenham aumentado a sua probabilidade de falha. sendo então apresentadas as matrizes de risco da evolução de 2002 até 2013. É importante lembrar que os equipamentos não mudam de Categoria de Conseqüência. sendo acompanhado por outro vaso da mesma coordenada em 2013. Este movimento na matriz é evidenciado conforme se aumenta o tempo de campanha sem inspeções. o que provoca aumento no Sub-fator do Módulo Técnico e. devido à característica da metodologia. 9 . 2005. Para analisar os equipamentos que apresentam Nível de Risco Baixo (verde). os equipamentos foram separados pelo seu Nível de Risco em 2002. nenhum dos equipamentos mudou de Nível de Risco. 2002 P R O B A B I L I D A D E 5 P R O B A B I L I D A D E 5 2005 4 4 3 1 4 2 4 6 1 6 3 1 4 2 4 6 1 6 2 2 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS 2009 E 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS 2013 E P R O B A B I L I D A D E 5 4 1 1 3 2 1 3 4 3 3 3 3 2 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS E P R O B A B I L I D A D E 5 4 1 2 2 2 1 3 5 2 3 3 3 2 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS E Nota-se na Figura 3 que a cada ano analisado o conjunto de equipamentos muda sua distribuição na matriz de risco. aumento de Categoria de Probabilidade de Falha. É fácil se verificar que dos 24 (vinte e quatro) vasos de pressão analisados. Para melhor visualização desta evolução do risco caracterizada na IBR. Deve-se destacar que. pode-se utilizara a Figura 3.Sair 6ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos conjunto de equipamentos analisados. Figura 3 – Matriz de Risco pelo API-RBI nos anos de 2002. Esta metodologia permite identificar mais facilmente as mudanças de risco. mas aumentam sua Categoria de Probabilidade de Falha. Pode-se verificar que em 2005 um dos vasos de pressão que está na posição “2A” da matriz passa para “3A”. na Figura 3 pode-se observar a matriz de risco para cada ano estudado. Das matrizes apresentadas na Figura 3 é evidente a evolução no acúmulo de danos. não se constatando aumentos de probabilidade de falha entre 2005 e 2009. 2009 e 2013. Matriz de Risco pelo API-RBI nos anos de 2002. As alterações no risco dos vasos que apresentavam Nível de Risco Médio-Alto pela IBR em 2002 está na Figura 5. 2005. sendo este risco mantido até 2013. Em 2013. Nota-se que em 2009 houve aumento de risco. sendo que 1 (um) vaso manteve seu Nível de Risco. enquanto 4 outros passaram do Nível de Risco Médio para Médio-Alto. 10 . está o vaso de pressão que apresentava em 2002 Nível de Risco Alto. a partir de 2009 quatro vasos de pressão aumentaram sua probabilidade de falha estrutural. passando da coordenada “3E” para a “4E”.Sair 6ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos Para acompanhar o que acontece com os vasos que apresentam Nível de Risco Médio. 2002 P R O B A B I L I D A D E 5 P R O B A B I L I D A D E E 5 2005 4 4 3 3 2 4 6 2 4 6 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS 2009 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS 2013 E P R O B A B I L I D A D E 5 4 3 1 3 3 3 2 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS E P R O B A B I L I D A D E 5 4 3 1 3 4 2 2 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS E Figura 4 . Neste período três equipamentos da coordenada “2E” passaram seu Nível de Risco de Médio-Alto para Alto. 2009 e 2013 para os vasos de pressão que apresentam Nível de Risco Médio em 2002. mais um equipamento da coordenada “2D” elevou seu Nível de Risco de médio para Médio-Alto. Na Figura 6. Neste caso é possível observar que apenas em 2009 houve a elevação do risco destes equipamentos. Até 2005 não são observadas alterações no Risco dos vasos de pressão. embora não haja alteração de coordenada até 2013. e 3 (três) passando de Risco Médio para Médio-Alto. mostrando significativo aumento na sua probabilidade de falha. No entanto. está apresentada na Figura 4 a evolução da matriz de risco desde 2002 até 2013. sendo que 1 (um) sem alterar seu Nível de Risco. Estes movimentos na matriz de risco mostraram que 50% dos vasos de pressão aumentaram sua probabilidade de falha. 2005. 11 .Matriz de Risco pelo API-RBI para os vasos de pressão que apresentam Nível de Risco Médio-Alto em 2002.Sair 6ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos 2002 P R O B A B I L I D A D E 5 P R O B A B I L I D A D E 5 2005 4 4 3 1 6 3 1 6 2 2 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS 2009 E 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS 2013 E P R O B A B I L I D A D E 5 4 3 1 3 3 2 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS E P R O B A B I L I D A D E 5 4 3 1 3 3 2 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS E Figura 5 . 2009 e 2013.Matriz de Risco pelo API-RBI nos anos de 2002. 2005. 2002 P R O B A B I L I D A D E 5 P R O B A B I L I D A D E 5 2005 4 4 3 1 3 1 2 2 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS 2009 E 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS 2013 E P R O B A B I L I D A D E 5 4 1 3 2 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS E P R O B A B I L I D A D E 5 4 1 3 2 1 A B C D CONSEQÜÊNCIAS E Figura 6 .As observações foram realizadas nos anos de 2002. 2009 e 2013 para os vasos de pressão que apresentam Nível de Risco Alto em 2002. No entanto. Talvez fosse possível se pensar em uma alternativa que permitisse se considerar avaliações com base na IBR para se estender alguns prazos de inspeção. Sendo assim. pois através dela é possível realizar um acompanhamento da evolução do risco que um vaso de pressão representa. explicitamente. conforme visto nas Tabelas 3a e 3b. A NR-13 foca o risco inicial. Este é um conflito importante de ser discutido. embora com enorme apelo e aplicação. enquanto que a IBR trata do processo evolutivo do risco. DISCUSSÃO Com base nos resultados apresentados fica evidente o fato de haver uma diferença entre o grau de risco determinado pela NR-13 e o calculado pela IBR. enquanto que a IBR tende a tornar mais flexível a definição destes prazos para inspeção. a mesma deverá ser implementada nas plantas de diversas industrias. bem como leva em consideração como o plano de inspeção pode contribuir para controlar a sua evolução. é sabido que a taxa de acúmulo de dano é fundamental para estabelecer a vida residual do equipamento. Todavia. e neste momento há uma Lei que determina estes prazos. o risco estabelecido pela NR-13 se baseia apenas em conseqüência. Este procedimento para o estabelecimento do risco na NR-13. o equipamento apresentaria uma forma de risco inerente. implicitamente. controlando-o através de planos de inspeção devidamente aplicados. Como a IBR é uma tecnologia nova. Com relação a este ponto de vista. sendo que este risco representaria um estado inicial padrão que não leva em consideração o acúmulo de danos durante a sua vida operacional. No entanto. Estas diferenças são facilmente verificadas na Tabela 4. invariavelmente. pela NR-13 os vasos de pressão apresentam um risco inerente as suas características de projeto. não levando em conta os mecanismos de deterioração que agem nos equipamentos durante sua vida em serviço. pois. mas não considera esta evolução na sua categorização dos vasos de pressão. O aumento na confiabilidade na determinação do 12 . Primeiramente. que pode ser visto como um risco “estático”. e que os mesmos seriam modificados pelos planos de inspeção. sendo também verdade casos onde vasos de pressão com Risco Médio-Alto pela IBR são Categorizados com Risco baixo pela NR-13. um de seus principais objetivos é definir as melhores datas para se realizar uma parada geral para manutenção e inspeção. A observação dos resultados apresentados pode conduzir a uma análise distorcida. onde vasos de pressão com Risco Baixo calculado pela IBR são Categorizados pela NR-13 com Risco Alto. e assim reduzir o risco de uma falha estrutural. pode-se dizer que ambas apresentam visões complementares. No entanto. o que a torna um parâmetro fundamental para o estabelecimento do risco (ou probabilidade de Falha). nem os planos de inspeção aplicados. parte de uma visão onde. a inspeção deve definir a necessidade ou não de ser realizada uma inspeção interna. imutável. a NR-13 estabelece os prazos máximos para inspeção.Sair 6ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos 4. ela reconhece que há uma variação do risco ao longo da vida em serviço. Com base na caracterização do risco feita pela NR-13 e IBR. a IBR avalia como a probabilidade de falha afeta o risco. 1 A metodologia utilizada na NR-13 para determinação do risco que os equipamentos representam define um risco estático. mas a extensão de uma campanha em 1 (um) ano pode significar muito.4 Há equipamentos Categorizados pela NR-13 como médio que pela IBR apresentam risco médio-alto. trazendo para aquelas empresas de petróleo uma nova ferramenta que pode se tornar um importante diferencial na competitividade das mesmas. mas numa observação com relação a como os prazos de inspeção estão nela definidos. no momento. ela se torna. pode-se considerar os fatores a seguir como importantes para o uso da IBR na determinação do risco de equipamentos em operação: 1) Esta metodologia parte do princípio que o equipamento acumula danos e por isto eles devem ser considerados na avaliação do seu risco. 3) Os planos de inspeção são os instrumentos de controle e acompanhamento da integridade estrutural dos vasos de pressão. Vale ainda lembrar que o custo de inspeção nem sempre é reduzido com o uso da técnica.3 Há equipamentos Categorizados pela NR-13 como risco alto que pela IBR apresentam durante anos em serviço risco baixo. 5. pode-se propor que o risco do equipamento em serviço seja definido pela probabilidade do mesmo sofrer uma falha estrutural. 5. daí a necessidade de se considerar as taxas de acúmulo de danos para avaliar a vida residual dos vasos de pressão. É importante que seja iniciada. a melhor metodologia para acompanhar o risco de equipamentos em serviço. nas suas taxas de acúmulo e nos planos de inspeção para controle e acompanhamento aplicados. 13 . aumentando o risco de uma falha estrutural. e por este motivo a metodologia considera de forma inteligente a contribuição que os planos de inspeção desempenham na capacidade de detecção e medição dos danos acumulados.Sair 6ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos risco de uma falha estrutural em um vaso de pressão em serviço é uma característica da IBR quando comparada com a atual metodologia empregada pela NR-13. e conseqüentemente do seu risco de falha estrutural. Como a IBR utiliza estes três conceitos. Por este motivo. Em muitas ocasiões se houve dizer que na NR-13 há flexibilização para o uso da IBR. resultando em um risco que se altera com o tempo. o mais breve possível. mostra que não há esta abertura. Este risco deve ser medido com base nos mecanismos de dano atuantes.2 A IBR leva em consideração o acúmulo de danos nos equipamentos. 5. pois é função dos danos e dos planos de inspeção. 2) Os danos acumulados alteram as condições físicas do vaso de pressão com o tempo. CONCLUSÕES 5. 5. Este procedimento permite estabelecer a confiabilidade do cálculo da vida residual do vaso. Com base em tudo que foi apresentado. uma discussão na comunidade de inspeção sobre este assunto. pois esta tecnologia está sendo empregada tanto na Europa quanto nos EUA. 5 A IBR. May.7 A falta de atenção da comunidade com relação à flexibilização de prazos de inspeção de alguns equipamentos pode onerar empresas nacionais.6 Deve-se abrir uma discussão na Comunidade de Inspeção sobre a flexibilização dos prazos máximos para inspeção interna em vãos de pressão quando utilizada devidamente a tecnologia de IBR. 2000. REFERÊNCIAS [1] [2] API PUBLICATION 581. é mais adequada para determinar o risco de equipamentos em serviço. 5. visto que esta tecnologia está sendo implementada tanto na Europa quanto nos EUA. filosoficamente.Sair 6ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos 5. Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho NR-13 Caldeiras e Vasos de Pressão. além das instaladas no Oriente Médio. “Risk Based Inspection – Base Resource Document”. 14 . 5. American Petroleum Institute.
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