Análise Das Posturas Ocupacionais Do Operador de Betoneira Na Empresa x Aplicação Do Método Rula Na Indústria Da Construção Civil

April 4, 2018 | Author: Ivair Reis de Almeida | Category: Human Factors And Ergonomics, Muscle, Homo Sapiens, Science, Engineering


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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMACENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – CCET CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Tatyane Pinheiro da Silva Thamira de Araújo Silva Análise das Posturas Ocupacionais do Operador de Betoneira na Empresa X: aplicação do método RULA na indústria da Construção Civil. BELÉM - PA 2013 Tatyane Pinheiro da Silva Thamira de Araújo Silva Análise das Posturas Ocupacionais do Operador de Betoneira na Empresa X: aplicação do método RULA na indústria da Construção Civil Qualificação de Trabalho de conclusão ao curso de Engenharia de Produção da Universidade da Amazônia – UNAMA, como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia de Produção. Orientador: Prof. M.sc. Murilo Cardoso. BELÉM - PA 2013 amiga.A Deus A minha Família Aos amigos e colegas de classe A minha parceira. confidente e irmã Thamira Silva Tatyane Pinheiro A Deus A minha família Aos colegas e parceiros da turma A minha dupla de projeto Tatyane Pinheiro Thamira Silva . Patrick. Ao meu noivo. Francyane. Gleydson. aos meus tios. meus maiores exemplos. estavam presentes em minha vida. a quem aprendi a amar e construir laços eternos. pela preocupação para que estivesse sempre andando pelo caminho correto. pelo seu amor infinito. ainda que à distância. pelo abraço. músicos e cúmplices. Porque em vocês encontrei verdadeiros irmãos. paciência. Suzane. Obrigada pela paciência. . Luan. perseverança. que me deram todo o apoio e amor quando eu mais necessitei. e nada disso eu conseguiria sozinha. Obrigada por todos os momentos em que fomos estudiosos. tias. pela mão que sempre se estendia quando eu precisava. mas foi preciso muito esforço. Grata a Deus pelo dom da vida. paciência e compreensão que tem me dedicado. Aos meus colegas de classe. Camila. ousadia e maleabilidade para chegar até aqui. brincalhões. por todo amor. Aos meus amigos Beatriz. com muita paciência e atenção. Obrigada! “Que todo o meu ser louve ao Senhor. dedicaram do seu valioso tempo para me orientar em cada passo deste trabalho. Minha eterna gratidão a todos aqueles que colaboraram para que este sonho pudesse ser concretizado. Ao meu irmão. Hoje. pelas orações em meu favor. Eric. em especial Thamira. determinação. Agradeço aos meus pais Kátia e Augusto e ao meu Padrinho Ricário. Monise e Tuanny por todo apoio e cumplicidade. Porque mesmo quando distantes.AGRADECIMENTOS – Tatyane Pinheiro da Silva Como já dizia Anitelli: “Sonho parece verdade quando a gente esquece de acordar”. vivo uma realidade que parece um sonho. Aos professores Murilo Cardoso e Thiago Araújo que. Ivan. Esta caminhada não seria a mesma sem vocês. atletas. carinho. Aos meus Sogros Nazaré e Wilton que foram meus segundos pais. sem Ele nada sou. e que eu não esqueça nenhuma das suas bênçãos!” Salmos 103:2. Karina e Bruna. Obrigada por cada incentivo e orientação. Wilton. avós e primos que sempre estiveram presentes. pelo sorriso. amo a vida de vocês. ao longo da minha vida e não somente nestes anos como universitária. Agradeço por me suportarem a cada dia (ou quase todos os dias). heróis. Tenham certeza que eu daria a minha vida por vocês. Aos meus irmãos Bruno. pelas conversas sempre bem descontraídas mais sempre muito edificantes. A minha avó Maria Emília/Mira (in memorian). não pude conhecê-la mais choro todas as vezes que ouço falarem da pessoa maravilhosa que você foi. Orgulho-me em tê-los como meus pais. Thalita. Aos meus pais. Obrigada acima de tudo pela educação que me deram. os amo com toda a intensidade do meu ser. amo a sua vida. pela Sua proteção e pelo Seu amor para comigo. orações em meu favor. os melhores que poderia ter. hoje não estaria realizando o grande e tão desejado sonho de me tornar engenheira. por sinal. Adalberto e Marleide pela força. a sua postura como pai. Ao meu avô João Assis. por cada luta que lutaram comigo e por tê-los como os melhores irmãos. Sem Ele. os melhores do mundo.AGRADECIMENTOS – Thamira de Araújo Silva Primeiramente a Deus. confiança. . sempre me fizeram entender que o futuro é feito a partir da constante dedicação no presente. por cada palavra de incentivo. A amo de forma inexplicável e com tudo o que posso ser. sempre tão atencioso e preocupado mesmo que distante. avô e ser humano brilhante que és. por me proporcionar momentos de profundo amor mesmo que em raros momentos. Thaiara e Édipo que nos momentos de minha ausência dedicados ao estudo superior. alegro-me profundamento em poder chama-los de TIOS. por sinal. pelo coração imenso que você tinha. por me darem asas para voar aos dezessete anos de idade para que esse sonho pudesse tornar-se realidade. Definitivamente vocês foram o maior e melhor presente que conquistei ao longo desses cinco anos de graduação. Aos tios Carlinhos e Marília por cada palavra de incentivo. por cada abraço. incentivo e carinho. mas que em todos os momentos é o maior mestre que uma pessoa pode conhecer. quero crescer e conseguir tornar-me pelo menos um pouco do que o senhor é. por todo apoio. guerreiros e valentes. pelo apoio mesmo que distante mais sempre bem perto. pela irmandade criada ao longo de quatro semestres de longas pesquisas e noites mal ou não dormidas. que intercederam pela minha vida. os parabenizo pelos mestres que são. orgulho-me em dizer que fui sua aluna e que pude desfrutar de aulas maravilhosas ministradas por você. diz o Senhor. As amigas de classe. acreditaram no que sou capaz. Sou grata hoje e para sempre. sou o resultado da confiança e da força de cada um de vocês. O meu muito obrigado aos que mesmo não estando citados aqui contribuíram de forma direto ou indireta para que eu me tornasse a Thamira que sou hoje. Francyane e Karina. pelos inúmeros artigos que foram feitos e não menos importante pelas inúmeras brincadeiras.’” Jeremias 29:11. eu as agradeço por absolutamente tudo o que vivemos juntas. Amo a sua vida e o admiro como profissional exemplar que és. A minha parceira Tatyane Pinheiro. pelos conhecimentos repassados. planos de dar-lhes esperança e um futuro. professor e amigo André Clementino. De coração e com toda certeza digo que esses cinco anos jamais seriam tão felizes se não as estivesse ao meu lado durante todo o tempo. pela paciência e atenção. pelas noites e madrugadas de estudo. me ajudaram e ajudam no meu crescimento espiritual e me alegraram nos momentos mais difíceis do final da jornada. você que me ensinou e me mostrou em números (literalmente) a amar essa profissão que hoje tanto me orgulho em dizer que irei exercê-la. .Aos queridos professores Murilo Cardoso e Tiago Magella por cada segundo dedicado a esse trabalho e por sonharem junto comigo a concretização desse sonho. “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês. eu os amo em Cristo Jesus. a quem aprendi e tenho aprendido a amar mesmo com as diferenças. Aos amigos da Bola de Neve Church. por muitas vezes em momentos de desespero carregou e puxou para si a responsabilidade em fazer com que esse trabalho pudesse ser concluído. de profissão e irmãs de coração Camila. ‘planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano. Ao ilustre mestre. nossos . O nosso muito obrigada. Ao nosso orientador Murilo Cardoso e coorientador Tiago Magella. por nos ajudarem com os seus ensinamentos.AGRADECIMENTOS – Tatyane e Thamira Ao nosso bom Deus por ter nos dado o dom da vida e a capacidade de podermos alcançar a tudo que almejamos em nossas vidas. Aos nossos pais por cada incentivo e pela força que nos deram ao longo desses cinco anos. A todos os professores que contribuíram e enriqueceram conhecimentos em toda nossa vida acadêmica. A cada palavra de incentivo que foram ditas de todas as direções. paciência e por sempre nos mostrar que conseguiríamos vencer esta etapa de nossas vidas. “Apesar dos nossos defeitos.” Augusto Cury . precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles. LISTA DE FIGURAS Figura 01 Corte do operador na saca de cimento 39 Figura 02 Adicionamento do cimento na betoneira 40 Figura 03 Separação das sacas utilizadas para a coleta de entulhos 40 Figura 04 Adição de água na betoneira 41 Figura 05 Ajuste da betoneira pelo operador 41 Figura 06 Despejo da argamassa 42 Figura 07 Passos do Método RULA 46 Figura 08 Análise da Postura 01 47 Figura 09 Análise da Postura 02 47 Figura 10 Análise da Postura 03 48 Figura 11 Análise da Postura 04 49 Figura 12 Análise da Postura 05 49 Figura 13 Análise da Postura 06 50 . LISTA DE TABELAS Tabela 01 Pontuação para os Braços 43 Tabela 02 Pontuação para o Antebraço 44 Tabela 03 Pontuação do Pulso 44 Tabela 04 Pontuação para o Giro do Punho 44 Tabela 05 Pontuação do Pescoço 44 Tabela 06 Pontuação do Tronco 45 Tabela 07 Pontuação das Pernas 45 Tabela 08 Pontuação para o Esforço Muscular 45 Tabela 09 Pontuação para a Carga 45 Tabela 10 Interprentação dos resultados 46 . – Estados Unidos da América OWAS – Ovako Working Posture Anaysis System UFPA – Universidade di Estado do Pará .Comissão de Economia e Estatística da Câmara Brasileira da Indústria da Construção NR – Norma Regulamentadora IEA – Associação Internacional de Ergonomia E.A.LISTA DE SIGLAS UNAMA – Universidade da Amazônia RULA – Rapid Upper Limb Assessment EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual IBGE – Institulo Brasileiro de Geografia e Estatística CAGED – Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados DIEESE – Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos CEE-CBIC .U. ................................................................................................. 28 2....................................................................................3.............................................................................................................................................2 ANÁLISE DOS DADOS DO ESTUDO DE CASO .... 36 4 ESTUDO DE CASO..2............................ 17 1................................. 17 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................. 17 1...1 DESCRIÇÃO DA TAREFA ..............................3 Posturas de trabalho .....1 Esforço ..3 2 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA .............................................................................SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .........1 Objetivo geral ............2 OBJETIVOS ......................... 34 3 METODOLOGIA.................1 ERGONOMIA ..............................................................................2...........................................................................................................................................3.......................................... 39 4............. 19 2............................2 BIOMECÂNICA OCUPACIONAL ............. 17 1........................ 16 1............................................................. 29 2...................5 MÉTODO RULA (RAPID UPPER LIMB ASSESSMENT OU AVALIAÇÃO RÁPIDA DOS MEMBROS SUPERIORES) ............3............. 39 4......................3 SUGESTÕES DE MELHORIAS ......................................................................................... 19 2................................................................................... 52 ............. 50 5 CONCLUSÕES ......................................... 28 2.....................................................1 TEMA E PROBLEMA ...........4 MÉTODOS DE REGISTRO E ANÁLISE POSTURAL .....................3 FATORES LIGADOS A CONDIÇÃO DE TRABALHO E A BIOMECÂNICA ........... 33 2... 42 4.................. 26 2.......................... 30 2.......... 26 1....................................2 Objetivos específicos .............................................................................2 Repetitividade ...................................................... As obras ainda dependem muito da força de trabalho dos homens. A observação mostrada será tanto na execução da atividade como nos problemas de saúde causados pela mesma. Construção Civil. Este trabalho apresenta um estudo de caso que visa analisar e identificar problemas ergonômicos na indústria da construção civil. destina-se a propor no seu trabalho posturas adequadas. em um primeiro momento. tendo como objeto de estudo das posturas ocupacionais do operador de betoneira. levantamento excessivo de cargas e a má postura de trabalho. as quais reduziriam os problemas físicos e psíquicos causados pela longa jornada de trabalho. De posse dessas informações foram feitas análises com relação ao número de reclamações expostas e então inseriu-se no estudo de caso o método ergonômico RULA a fim de reduzir o número de queixas e melhor qualidade de vida dos operários em questão. ou seja. a aplicação de questionários ergonômicos de forma a identificar com maior precisão quais as maiores causas de reclamações por parte desses operários. Palavras-Chave: Método RULA. . mas que contrasta com os processos contínuos onde cada operário tende a fazer parte.RESUMO A Indústria da Construção Civil é caracterizada pela descontinuidade das atividades produtivas. Para alcance de tal objetivo. utilizou-se. Posturas Ocupacionais. grande período de exposição ao sol. O uso correto de EPI’s e melhores condições de trabalho também estão inseridos na realização da atividade. This paper presents a case study that aims at analyzing and identifying ergonomic problems in the construction industry. With this information analyzes were conducted on the number of complaints exposed and then inserted in the case study method RULA ergonomic to reduce the number of complaints and quality of life of the workers concerned. The observation will be shown both in the execution of the activity as the health problems caused by it. which would reduce the physical and psychological problems caused by long working hours. . For execution of this objective was used. building. Occupational postures. the application of ergonomic questionnaires to identify with greater precision the biggest causes of complaints by these workers. intended to propose in their work proper postures.ABSTRACT The Construction Industry is characterized by disruption of productive activities. . Keywords: RULA method. The correct use of PPE and better working conditions are also included in that activity. at first. lifting excessive loads and poor working posture. but in contrast to continuous processes where each worker tends to be part of. The works still rely heavily on the labor force of men. ie. with the object of study the function of the mixer operator. long period of sun exposure. devido ao caráter relativamente disperso dessa atividade e ao . esforço físico. (PREVLER. 2013).1 TEMA E PROBLEMA A construção civil possui um papel de grande importância na economia nacional. Assim este trabalho tem por objetivo descrever a avaliação ergonômica das Posturas de Trabalho de um operador de betoneira utilizando o método RULA. A aplicação da ergonomia na construção civil ainda não ocorre com a intensidade desejável. revela que mais de 508.16 1 INTRODUÇÃO Este trabalho visa apresentar. falta de método que possa ser reproduzido em diferentes situações e locais e agilidade na análise. com o objetivo de minimizar estes riscos sofridos através da análise postural utilizando o método RULA e aplicando métodos ergonômicos na indústria da construção civil a fim de obter maior adequação em postos de trabalho e como ganho secundário. uma maior produtividade. 1. de forma simplificada. os problemas ergonômicos mais frequentes em um operador de betoneira na construção civil. a grande maioria dos profissionais da área de segurança e saúde ocupacional acaba por realizar uma análise empírica da situação. pressão no trabalho. mais de 5 milhões de trabalhadores (IBGE. 2010). que é a de avaliar os fatores de risco nos postos de trabalho que são potencialmente danosa ao sistema músculo-esquelética. sendo responsável pela construção de toda a infra-estrutura necessária ao desenvolvimento do país e pela geração de um número significativo de emprego.000 trabalhadores da construção civil na região Norte estão em um grupo de alto risco de incidência de dores lombares. o que obviamente pode acarretar distorções nas conclusões do trabalho. fatores de estresse e fatores ambientais. Neste sentido. em função de atividades repetitivas. uma pesquisa realizada pelo DATAFOLHA em 2012. Devido à falta de manuais técnicos orientativos. em virtude de falta de conhecimento dos fatores de risco e suas interações. No Brasil. uma das etapas da análise ergonômica do Posto de Trabalho lida com uma questão primordial. falta de sensibilidade do observador. 636 vagas de empregos diretos e indiretos. • Sugerir melhorias para as condições de trabalho do operador. afinal as máquinas e equipamentos utilizados no setor ainda são rudimentares e poderiam ser aperfeiçoados com a aplicação dos conhecimentos ergonômicos e tecnológicos já disponíveis (IIDA. um aumento de 0.2 OBJETIVOS 1.3 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA Segundo dados do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (CAGED. Desta forma optou-se em realizar um estudo de caso voltado para a análise ergonômica do operador de betoneira na indústria da construção civil. Portanto. o trabalho neste setor caracteriza-se por atividades árduas.43% no saldo do emprego formal no País de acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE.17 pouco poder de organização e reivindicação dos trabalhadores da indústria da construção. 1. A indústria da construção civil tem importância estratégica para o país devido à importância da ampliação e manutenção da infraestrutura necessária para .2. da empresa X na indústria da construção civil utilizando o método RULA. Apenas nos dois primeiros meses de 2013 o setor gerou 15.1 Objetivo geral Este estudo tem como objetivo geral analisar as posturas ocupacionais das pessoas envolvidas na função de operador de betoneira. 1. este estudo possui como problema o seguinte questionamento: “Qual é a situação ergonômica postural do operador de betoneira na indústria da construção civil?”. 1. 2005). Desta forma. 2012) a construção civil é um dos três setores que mais geram emprego no País. 2013).2 Objetivos específicos • Identificar problemas ergonômicos ocorridos durante a execução da atividade.2. a alta gerência não dá à devida atenção por achar que se trata de um assunto não prioritário. que incluem falhas na comunicação. fatores essenciais para a população (ALEVAR e MONTEIRO. 2007).. capacetes. Ribeiro e Saurin (2000) afirmam que a Construção Civil apresenta diversos problemas. óculos de proteção.luvas. saúde. compreende atividades que necessitam de elevado esforço físico do empregado. Araújo (1995) revela que os problemas relacionados à ventilação. 2002). botas. qualificação e gerenciamento. transporte. O estudo da ergonomia surge para definir o espaço adequado para a execução das funções do trabalhador com segurança e qualidade. seja por falta de treinamento ou a não aplicação do mesmo. Por isso. Por isso. O setor tem importante participação no desenvolvimento socioeconômico. 29 novos postos de trabalho são criados diretamente. apesar de sua constante evolução. . os operários acabam executando as tarefas que lhe são ordenadas sem maiores questionamentos ou solicitações. educação. Para cada um milhão de reais a mais aplicados na produção do setor. principalmente de ordens gerenciais. visto que é capaz de criar rapidamente ao mercado de trabalho e absorver significativo percentual da mão-de-obra (inclusive não qualificada).18 habitação. A construção civil. devido principalmente a uma rotina de trabalho pesado e muitas vezes em situações inadequadas. as empresas do setor estão cada vez mais necessitadas em aumentar a segurança de seus trabalhadores e com isso objetivar a diminuição de custos adicionais advindos da ocorrência e/ou reparação de danos causados aos funcionários que não possuem condições de segurança adequadas. luminosidade. etc. E para cada 100 empregos diretos são gerados 21 novos empregos indiretos e 47 novos empregos induzidos (CEE-CBIC. Os trabalhadores que não se adaptam ao modelo de produção do setor são facilmente substituídos. Quando se trata de problemas que envolvem a gestão de segurança no trabalho e a ergonomia. etc. umidade e vibrações são comuns nos canteiros de obras. que muitas vezes provocam sequelas irreversíveis. Onde a maior parte dos acidentes de trabalho no setor se dar por lesões decorrentes da não utilização de Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s . . 2004). 1992 apud LUNA et al. para a prevenção das lesões ocupacionais entre os trabalhadores da construção civil é importante e necessário o treinamento e a conscientização apropriada dos empregados sobre os riscos existentes em cada situação de trabalho e sobre as formas corretas de prevenir os acidentes e doenças ocupacionais. No século 19. Relembra-se que. 1998). palavra que deriva do grego: ergon = trabalho e nomos = normas (GRADJEAN. No século 17. (CONTADOR. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2. voltados para os problemas ergonômicos causados pela má postura do operário no desenvolvimento de suas atividades de operador de betoneira. encontra uma séria dificuldade na aplicação de seus métodos. Chaveau enunciou as primeiras leis do dispêndio energético do trabalho muscular e Marey desenvolveu técnicas de medida e de registro para o estudo dos movimentos. para que se possam evitar problemas de saúde para os trabalhadores. ergonomia são normas dadas ao trabalho para que se possa adapta-lo ao homem.19 A utilização da ergonomia como ferramenta de estudos que visa à melhoria da qualidade de serviços na construção civil. BRASIL. 2011). . Um dos problemas que ocorre entre estes trabalhadores é o fato de não darem importância aos riscos presentes no local de trabalho. a grande imposição da alta gerência e precariedade do ambiente de trabalho. A Norma Regulamentadora para Ergonomia (NR-17) que transcreve sobre ergonomia diz que a ergonomia visa adaptar as condições psicofisiológicas do posto de trabalho ao trabalhador (NERI.1 ERGONOMIA Ergonomia. estudou as consequências do trabalho para a saúde (problemas oculares. a importância do estudo de caso dá-se devido a poucos estudos realizados dentro da área da construção civil. durante a realização da tarefa sempre deve ser feita uma avaliação para que se possa verificar de que forma a tarefa está sendo executada. Portanto. considerado o criador da medicina do trabalho. Ramazzini. Tendo em vista o nível de diversidade de tarefas. de postura. Por esse motivo. manuseio de cargas pesadas. Portanto. entre outros). 1995. Esse estudo leva sistematicamente à investigação de todos os fatores que afetam a eficiência e a economia de situações. O estudo do método. 2010). Para Dias Júnior (2008). 1993). pois. 2008). baseado nas leis objetivas da ciência sobre a natureza” (BARBOSA FILHO. ao tratar das condições de trabalho humano tem que dar conta de dimensões múltiplas na sua avaliação. O nome Administração científica é devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da Administração. sendo analisado para obter melhorias. O estudo do trabalho teve início na Administração Cientifica em 1911. desconforto e ineficiência são eliminadas adaptando-as às capacidades e limitações físicas e psicológicas do homem (MOTTA. O termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez em 1857 pelo polonês Woitej Yastembowky. Frank B. porém relacionados. Segundo Robbins (2005). Gilbreth fez experimentos no projeto e uso de ferramentas e equipamentos adequados para aperfeiçoar o desempenho do trabalho. cujo foco é a determinação dos métodos e atividades que devem ser incluídos em trabalho. Introduziu o “estudo de tempos e movimentos” dos operários. Ele publicou um artigo intitulado “Ensaios de ergonomia ou ciência do trabalho. a fim de alcançar elevada eficiência industrial. Gilbreth foi um engenheiro que acompanhou Taylor no seu interesse pelo esforço humano como meio de aumentar a produtividade. As condições de insegurança. com a publicação do livro de mesmo nome pelo engenheiro Frederick Winslow Taylor. A partir disso. dois campos de estudo emergiram separados. 2009). a ergonomia focaliza o homem. como técnica administrativa básica para a . E a medição do trabalho que se preocupa com a medição do tempo que deve despender a execução de trabalhos (SLACK. a ergonomia no seu processo evolutivo enquanto disciplina científica incorpora atividades de caráter sistêmico e interdisciplinar.20 Nos projetos do trabalho e das situações cotidianas. insalubridade. Sua preocupação original foi tentar eliminar o fantasma do desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias americanas e elevar o nível de produtividade através da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial (CHIAVENATO. 1993). 1993). que se diferenciam principalmente pelo enfoque dado aos fatores que influenciam as condições de trabalho. e não fisiológicos. Ele verificou que a fadiga predispõe o trabalhador a: diminuição da produtividade e da qualidade do trabalho. apenas com os resultados da maior eficiência para a empresa. Em 1961 veio a . apud. Com este objetivo. a primeira não se preocupava com o bem-estar do operário. doenças. Assim. aumento da rotação pessoal.. Para reduzir a fadiga. Em 12 de julho de 1949. 1995). As finalidades desses estudos de Gilbreth eram: evitar os movimentos inúteis na execução de uma tarefa.21 racionalização do trabalho. a fadiga é considerada um redutor de eficiência. Nesse sentido. Porém. LUNA et al. procuram a redução da fadiga e o aumento da produtividade humana. acidentes e diminuição da capacidade de esforço. A Ergonomia visa à transformação das condições de trabalho. Porém. para discutir e formalizar a existência de uma nova área de aplicação interdisciplinar da ciência (IIDA. Gibreth efetuou estudos (estatísticos. O estudo dos movimentos baseia-se na anatomia e fisiologia humanas. 1992. tanto o estudo de tempos e movimentos como a ergonomia. relativos ao arranjo do material do local de trabalho e relativos ao desempenho das ferramentas e do equipamento (CHIAVENATO. perda de tempo. Gilbreth propôs alguns princípios de economia de movimentos. a fim de que elas sejam mais bem adaptadas aos trabalhadores (NERI. Em suma. a Ergonomia passa por vários estágios. Os efeitos da ergonomia sempre acompanharam o homem em suas atividades. os quais podem ser classificados em três grupos: relativos ao uso do corpo humano. A Sociedade de Pesquisa em Ergonomia foi um dos primeiros órgãos competentes da área a ser fundado em 1949 na Inglaterra. pois era engenheiro) sobre os efeitos da fadiga na produtividade do operário. tornando-as mais leves e mais eficientes. executar os movimentos úteis o mais economicamente possível e dar a esses movimentos selecionados uma seriação apropriada (CHIAVENATO. um grupo de cientistas e pesquisadores se reuniu na Inglaterra. 2002). somente se afirmou como ciência em meados do século XX. hoje as aplicações de caráter social estão mais bem sustentadas pela maior preocupação por parte da população com saúde funcional e a busca por uma vida mais saudável. A primeira. elaborando uma pesquisa sobre os problemas da fadiga e os efeitos do ambiente. Logo após. onde as pesquisas se desenvolvem com mais frequência em métodos experimentais feitos em laboratório. e à aplicação de teorias. isso fez com que a ergonomia fosse aplicada em diversos . princípios. No início do século 20.A mostraram um grande interesse por este ramo do conhecimento. países da Europa e o E. Jules Amar apresentou as bases da ergonomia do trabalho físico. que a ergonomia obteve a sua expansão. surge pesquisas e estudos de diferentes abordagens da ergonomia. ruído e iluminação. que foi um marco para a ergonomia antes da sua expansão na Segunda Guerra Mundial (SANTOS. no pós-guerra.22 Associação Internacional de Ergonomia (IEA) que defini ergonomia como uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas. A partir de então. 2003) Foi durante a II Guerra Mundial. quando profissionais de diferentes áreas do conhecimento se uniram para solucionar os problemas causados pela operação dos equipamentos militares. (DANIELLOU E NAËL. 1995). o que se está fazendo com produtos chamados erroneamente de ergonômicos tenham maior procura por parte dos consumidores.U. os pesquisadores deixam os laboratórios e preconizam a análise do trabalho em campo. que atualmente é dominante em países anglo-saxônicos e no Japão. Já a segunda corrente. dados e métodos a projetos a fim de aperfeiçoar o bem estar humano e o desempenho global do sistema. Resultando em sua obra O motor humano. onde a ergonomia privilegia a interface entre os componentes materiais e os fatores humanos. buscando conhecê-lo em situação real enfatizando a dinâmica da atividade humana no trabalho. tais como temperatura. que surgiu na França e Bélgica nos anos 50. possui a ideia clássica de sistemas homem-máquina. Levamse em conta as características gerais do homem. No passado quase a totalidade das aplicações da ergonomia teve lugar no setor industrial e militar. Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste mútuo entre o ser humano e seu ambiente de trabalho de forma confortável e produtiva. Másculo (2008) enfatiza que a ergonomia é uma disciplina de orientação sistêmica que atualmente estende-se por todos os aspectos da atividade humana. como no estudo do relacionamento entre o homem e seu ambiente de trabalho. saúde. a ergonomia é um estudo que visa à adaptação do trabalho ao homem. seja ela uma ferramenta manual ou um sistema complexo de controle numérico. 2004). 1995). como no estudo das máquinas e equipamentos utilizados na atividade. Tanto de forma mais retraída. Ergonomia é um conjunto de ciências e tecnologias que procuram a adaptação confortável e produtiva entre o ser humano e seu trabalho. habilidades e limitações das pessoas com vistas ao seu desempenho eficiente. visando evitar acidentes ou doenças profissionais (OLIVEIRA NETTO. A eficiência de uma máquina. quanto da habilidade do operador humano em controla-la com facilidade e precisão. Ergonomia é o estudo do trabalho em relação ao ambiente em que é desenvolvido e com quem o desenvolve (trabalhador). como de forma mais ampla. 1999). conforto e eficiência do trabalhador (DUL E WEERDMEESTER. equipamentos. equipamentos sanitários e inclusive utensílios domésticos (ABRAÃO. desde o desenho dos espaços interiores de uma casa. 2000). Adaptação que sempre ocorre do trabalho para o homem. 2008). confortável e seguro (ABERGO. basicamente procurando adaptar as condições de trabalho às características do ser humano (COUTO. visando à melhoria da segurança. e nem sempre do homem ao trabalho. A ergonomia nada mais é do que adequar ou adaptar o local de trabalho ao trabalhador. Portanto. A ergonomia é uma ciência aplicada ao projeto de máquinas. . procurando adaptar o trabalho às pessoas. TAVARES. A Ergonomia objetiva modificar os sistemas de trabalho para adequar a atividade nele existentes às características. depende tanto da eficácia e confiabilidade da mesma.23 segmentos. sistemas e tarefas. fatores ambientais (ruídos. mentais e físicas da tarefa de operar um equipamento. gerência industrial. o processamento e a tomada de decisões. 3) Ambiente: características do ambiente físico onde atua o trabalhador como a temperatura. vibrações. visando à melhoria do ambiente de trabalho e de suas condições de vida. 2003). vibrações. Os dados e conhecimentos ergonômicos podem apoiar e orientar o planejamento e a execução de medidas preventivas de acidentes do trabalho e de doenças ocupacionais. WEERDMEESTER. Palmer (1976) diz que existem diversas situações que exigem muito do operador que eles podem até desenvolver uma sobrecarga. 4) Informação: comunicação existente entre os elementos de um sistema. Quando estes fatores encontram-se conjugados de maneira mais eficiente. fisiológicas. informação (informações captadas pela visão. 2004).24 A ergonomia estuda vários aspectos: a postura e os movimentos corporais (sentados. fisiologia. iluminação. clima. Para isso reuniu-se e baseou-se em conhecimentos relevantes de outras áreas. Torna-se. é possível fazer a execução de projetos que tenham um ambiente seguro. 5) Organização: é a junção dos elementos citados acima estudando aspectos como . eletrônica. puxando e levantando cargas). entre outras. biomecânica. a transmissão de informações. exceto que haja informações que o alcancem numa velocidade em que se possa processar rapidamente e feito em uma linguagem que ele possa entender facilmente. necessário considerar inicialmente as exigências gerais. ruídos. os mobiliários e as instalações. agradável e saudável. bem como cargos e tarefas (tarefas adequadas. agentes químicos). como também reduzir o desconforto físico do trabalhador. audição e outros sentidos). como antropometria. aumentando assim a eficiência do trabalho (NOBREGA. 2) Máquina: pode ser todas as ajudas materiais que o homem utiliza no seu trabalho. cores e outros. relações entre mostradores e controles. idade. como os equipamentos. empurrando. confortável. então. as ferramentas. treinamento e motivação. em pé. luz. de forma que não se sobrecarregue o operador. A ergonomia baseia-se na satisfação e bem estar do homem. que são: 1) O homem: características físicas. sociais assim como a influência do sexo. Para Iida (2005) existem seis fatores importantes. interessantes) (DUL. como o peso dos instrumentos. segundo Iida (2005). • O modelo de treinamento e aprendizagem. os horários. aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos. vibrações. colegas. a ergonomia busca a segurança. • As lideranças e ordens dadas. supervisores e seu chefe). Essas relações não podem ser desconsideradas já que as mesmas desempenham um papel importante na solução de alguns problemas ergonômicos. satisfação e o bem-estar dos trabalhadores no seu relacionamento com sistemas produtivos. e. que solicite dos trabalhadores menor exigência e. por consequência. Em termos de seus objetivos. tais como as relações sociais (relação com a família. O objetivo da ergonomia é proporcionar ao homem condições de trabalho que sejam favoráveis. além dos estudos sobre gastos energéticos. ambiente térmico). iluminação. demonstra que seu objetivo é estudar: • As características materiais do trabalho. gradativamente.25 horários turnos de trabalho e formação de equipes. Palmer (1976) e Gradjeam (2005) explicam que existem áreas periféricas da ergonomia que não são consideradas parte do campo. a resistência dos comandos. com o intuito de torná-lo mais produtivo por meio de ambiente de trabalho saudáveis e seguros. Assim. o homem foi migrando seu trabalho para tarefas que as máquinas ainda não são . Falando sobre a ergonomia Minicucci (1995). 2010). a dimensão do posto de trabalho. Sabendo-se que os sistemas produtivos evoluem com o desenvolvimento da tecnologia. concorra para um menor desgaste e um maior resultado (BARBOSA FILHO. • O meio ambiente físico (o ruído. à medida que as máquinas a cada dia assumem o trabalho pesado. estudos dos erros e acidentes. fadiga e “stress”. 6) Consequências do trabalho: informações de controles como tarefas de inspeções. as pausas no trabalho. ao homem é designado o esforço mental e dos sentidos. • A duração da tarefa. (IIDA. A biomecânica ocupacional estuda as interações entre o trabalho e o homem do ponto de vista dos movimentos musculoesqueléticos envolvidos. . carga estática. Isto criou novas áreas de estudo e representam o mais novo campo de atuação para o ergonomista. Muitos produtos e postos de trabalho inadequados provocam tensões musculares. 2005). Analisa basicamente a questão das posturas corporais no trabalho e a aplicação de forças. Trata-se de uma área interdisciplinar que possui ligação direta com a ergonomia e que procura buscar soluções para os problemas decorrentes da adaptação do homem ao ambiente de trabalho e vice-versa. 2007). 2011). Assim.26 capazes de executar. Poucos estudos quantificam fatores como força. o peso e o papel. No entanto. 1998).2005). 2. Análises de estudos epidemiológicos de avaliação quantitativa. de cada um dos fatores envolvidos continuam indefinidos. o que os estudos mostram é que na maioria dos casos a conjugação de vários fatores de risco favorece a ocorrência de dores lombares em operários de diversos segmentos econômicos (FIALHO & SANTOS. 2002). A biomecânica utiliza leis da física e conceitos de engenharia para descrever movimentos realizados por vários segmentos corpóreos e forças que agem sobre estas partes do corpo durante atividades normais de vida diária (MORAES. que correlacionam os movimentos repetitivos com dor de membros superiores. velocidade de movimentos e duração da exposição (MINISTÉRIO DA SAÚDE. e as suas consequências.2 BIOMECÂNICA OCUPACIONAL A Biomecânica é o estudo das forças e dos seus efeitos nos seres vivos (MCGINNIS. indicaram uma associação entre repetitividade do trabalho e afecções do punho e antebraço. a tarefas do homem no trabalho e suas consequências. A biomecânica ocupacional é uma área de atuação da Biomecânica e está relacionada ao estudo das posturas. como por exemplo. tarefas com computadores. isoladamente. postura. dores e fadiga (IIDA. são alguns dos métodos utilizados pela biomecânica ocupacional para determinar os limites e capacidades humanos para a realização de tarefas laborais sem o risco de lesões (MENDES. expressa pela imobilização das partes do esqueleto em determinadas posições. são alguns dos métodos utilizados pela Biomecânica Ocupacional para determinar os limites e capacidades humanos para a realização de tarefas laborais sem o risco de lesões. Essa atitude indica o modo pelo qual o organismo enfrenta os estímulos do mundo exterior e se prepara para reagir (MERINO. Nos últimos anos. A postura é a organização dos segmentos corporais no espaço. como as posturas dinâmicas. sustentação e/ou transporte de cargas. 2010). 2012). a análise das propriedades biomecânicas do aparelho locomotor. intervenções ergonômicas têm sido sugeridas na indústria em busca da diminuição das lesões e da otimização das tarefas laborais. se predomina o trabalho dinâmico. Algumas condições de trabalho envolvem esforços inadequados ou a manutenção de uma mesma postura por longos períodos. 2002). pois o operador permanece a maior parte do trabalho se movimentando para o acionamento da alavanca e dos botões da betoneira. Entre as lesões decorrentes de esforços inadequados relacionados ao trabalho. especialmente aqueles que desempenham profissões que envolvem levantamento. . 1996. a mobilidade articular e a força muscular.27 De acordo com Barreira (2009). O trabalho dinâmico permite contrações e relaxamentos alternados dos músculos. a mobilidade articular e a força muscular. citado por VOSNIAK. No caso do presente estudo. além da adição e dosagem dos materiais para a confecção da argamassa. a atividade constante ou sustentada de um determinado grupamento muscular ou o apoio de uma mesma parte do corpo em uma determinada superfície (GUIMARÃES. A análise das propriedades biomecânicas do aparelho locomotor. Existem dois tipos de trabalho: o estático e o dinâmico. a lombalgia é o fator de maior queixa entre os trabalhadores de diferentes áreas. No trabalho estático o músculo se contrai e permanece contraído. solidárias umas com as outras e que conferem ao corpo uma atitude de conjunto. tais como as posturas dinâmicas. tanto quanto possível. provocando um fechamento dos vasos que nutrem os músculos. ou quando o equipamento é ajustado ao trabalhador em relação às suas dimensões corporais. o músculo humano se nutre principalmente no período de relaxamento.1 Esforço O esforço está diretamente relacionado à força aplicada e a força aplicada passível de risco biomecânico está diretamente relacionada ao grupo muscular utilizado. 2. assumindo posturas inadequadas. porque com o esforço muscular. as relações entre as dimensões corporais e a postura no trabalho se refletem principalmente quando o trabalhador tem de se ajustar ao equipamento. as leis físicas da mecânica são aplicadas ao corpo humano. o tipo de articulação a qual está sofrendo a ação. Assim. .3 FATORES LIGADOS A CONDIÇÃO DE TRABALHO E A BIOMECÂNICA 2. podem-se estimar as tensões que ocorrem nos músculos e articulações durante uma postura ou um movimento. quando as articulações estão na posição neutra (DUL e WEERDMEESTER. 1995). Na biomecânica ocupacional. os músculos são capazes de liberar a força máxima.3. e ao grau de angulação de realização dessa contração muscular que pode ser concêntrica. devem-se adotar medidas como mudanças de posturas.28 No estudo da biomecânica. permitindo a adoção de posturas adequadas. deve-se também ser concedidas pausas de curta duração com elevada frequência. os músculos e ligamentos que se estendem entre as articulações são tencionados o mínimo possível. De acordo com Couto (1995). a pressão interna do músculo excede o valor da pressão arterial do sangue. Nessa posição. na sua posição neutra. melhorias no posicionamento de ferramentas de trabalho ou uso de apoios para partes do corpo. A antropometria possibilita a obtenção de dados de diversas medidas dos segmentos corporais e das relações entre esses segmentos. Além disso. excêntrica ou estática/isométrica. Para manter uma postura ou realizar um movimento. Quando não é possível evitar o trabalho estático. as articulações devem ser conservadas. .Da posição do objeto em relação ao corpo/angulação e tamanhos dos braços de alavanca.Do uso de luvas ou de ferramentas vibrantes. (1995) é importante fazer a distinção entre o peso do objeto a ser manipulado e a força necessária para manipulá-lo. O efeito do peso absoluto do objeto ou da ferramenta manipulada depende muito da posição do objeto ou da ferramenta em relação ao eixo do corpo. Conforme ocorrem os movimentos em nosso corpo.Da forma da ferramenta ou objeto manipulado dependendo do seguimento avaliado.29 Segundo Kuorinka e Forcier.Do tempo de manutenção/tipo de contração.Da frequência de realização dos movimentos.Das posturas de pega ou agarre dependendo do seguimento avaliado. . tendo em vista que a alavanca de predominância em nosso corpo é uma alavanca que possui grande desvantagem biomecânica. Silverstein et al. 2. (1987): consideram repetitividade elevada quando o tempo de ciclo é inferior a 30 segundos ou quando mais de 50% do tempo de ciclo é composto pela mesma sequência de gestos. abaixo temos algumas das definições obtidas na literatura: Tanaka et al. várias alavancas acontecem e a manipulação de objetos ou ferramentas de pouco peso pode exigir esforços importantes. Silva (2011): o número de ciclos de trabalho efetuados durante uma jornada de trabalho. .3. .2 Repetitividade A repetitividade nem sempre é definida da mesma forma. o que pode aumentar o risco para as articulações do ombro e do cotovelo principalmente. . . (1993): o número de produtos similares fabricados por unidade de tempo. A avaliação do grau de nocividade do fator força depende: . Segundo Cailliet apud. segurança e desempenho eficiente (BRASIL. que se observam quando uma articulação não é movida. de modo a proporcionar um máximo de conforto. durante a movimentação. A postura para o contexto da biomecânica está mais relacionada à posição do corpo ou de um determinado seguimento seja este realizando alguma atividade ou não. é considerada uma linguagem própria e verdadeira. As posturas adotadas no desenrolar das tarefas constituem a principal causa de problemas de coluna. por unidade de tempo de uma situação neutra a uma situação extrema em termos de movimentos angulares. ligamentos e discos. pois ela determina a quantidade e a distribuição do esforço sobre vários ossos. No seu sentido mais restrito pode ser entendida como a atitude ereta e bem balanceada do indivíduo em posição "normal". músculos. a Norma Regulamentadora 17 (NR 17). explicam que a postura possui importantes implicações no bem estar corporal geral. a postura é uma expressão somática de emoções. de 23 de novembro de 1990. No Brasil. estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego por meio da Portaria nº 3. estática. Isto acontece porque na maioria dos casos. Tribastone (2001). 2. isto não só diminui o fornecimento de nutrientes e de .751. A rotação excessiva do tronco. de acordo com a sua personalidade e condição interior.3. quando do levantamento e transporte de cargas. tendões. pois cada um se move como se sente. regulamenta o assunto e estabelece parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores. Moffat e Vickery (2002).3 Posturas de trabalho A definição de postura pode ser mais ampla ou restrita dependendo do que queremos. levantamento ou abaixamento da carga. Existem duas variabilidades de postura. 1990). de força ou ainda de movimentos e força.30 Minette (1996) define repetitividade como sendo o número de passagens. os trabalhadores mantêm as pernas retas e “curvam” a coluna vertebral. A postura é considerada como a posição relativa dos vários elementos do corpo de um indivíduo em relação ao tipo de atividade que desenvolve. citado por BASÍLIO 2008). 1999). 1995). As posturas prolongadas podem prejudicar os músculos e as articulações. na qual a contração muscular gera o movimento articular ajudando o metabolismo na remoção dos desperdícios metabólicos (KONZ. a pronação e/ou a supinação (as epicondilites são associadas aos movimentos extremos de rotação do antebraço eventualmente combinadas aos movimentos de flexão e extensão do punho). com o menor gasto energético para o máximo de eficiência do corpo. extensão. Malchaire (1998) apud Vilagra (2002) identifica posturas estáticas ou de grande variação de amplitude de 25 movimento ou velocidade em sua realização como sendo posturas de risco ou desfavoráveis. extensão. Segundo Dul & Weerdmeester (2004). e a postura dinâmica. determinada pela natureza da tarefa ou do posto de trabalho. conforme análise de (SANTOS 1996. os desvios dos punhos como a flexão. Diversos músculos. flexão com torção ou inclinação lateral da cabeça.31 oxigênio. enquanto os ligamentos desempenham função auxiliar e as articulações permitem o deslocamento de partes do corpo em relação às outras (DUL & WEERDMEESTER. os desvios radiais e ulnares extremos (as tenossinovites ao nível da mão e punhos são principalmente associadas à repetição dos movimentos em flexão e . A força necessária para o corpo adotar uma postura ou fornecer um movimento é fornecida pelo músculo. para manter certo alinhamento entre os diversos segmentos corporais sem consequências nocivas para a saúde ou segurança. As posturas desfavoráveis mais citadas são: elevação dos ombros (associados ao trabalho dos braços acima dos ombros). As posturas incorretas resultam de diversos tipos de tarefas mais ou menos frequentes em muitos setores de atividade. Por definição de Panero (2000) a postura corporal é a capacidade que um determinado corpo possui. ligamentos e articulações do corpo são acionados para se obter uma postura no ser humano. mas também reduz remoção de desperdícios metabólicos. a postura é frequentemente. Uma boa postura é definida como a posição do corpo que envolve o mínimo de sobrecarga das estruturas. posturas extremas dos cotovelos como a flexão. sentada e em pé (IIDA. 1997). De acordo com Dul & Weerdmeester (2004). de seu estado geral. mas também nas fábricas (linhas de montagem). A postura depende também das condições internas. • Posição de pé: a posição parada. Praticamente todo o peso do corpo é suportado pela pele que cobre o osso ísquio. Nessa posição. é altamente fadigante. ou seja. O consumo de energia é 3 a 10% maior em relação à posição horizontal. começam a surgir precocemente sintomas de fadiga física. de seu estado funcional físico-sensorial. Basicamente o corpo assume três posturas: as posições deitada. em pé. Cada posição exige contração de um conjunto de músculos: • Posição deitada: não há concentração de tensão em nenhuma parte do corpo. O coração . • Posição sentada: é exigido esforço muscular do dorso e ventre para manter essa posição. nas nádegas. visto que exige muito esforço da musculatura envolvida para manter essa posição. ou seja. No entanto. em muitos casos. 1998). A postura depende dos constrangimentos ditos externos. Quando os trabalhadores executam permanentemente tarefas num posto de trabalho mal dimensionado ou que os obrigue a adotar posturas incorretas. é recomendado um assento que permita mudanças freqüentes de postura e uma mesa com altura adequada.32 extensão e agravadas pelos desvios ulnares e radiais extremos) (MALCHAIRE et al. posturas sentadas por um longo tempo ocorrem em escritórios. da tarefa a realizar e das condições nas quais ela deva ser realizada. de sua experiência e de suas características antropométricas (MORAES. 2002). assim como fraturas vertebrais devidas a esforços muito grandes associados a posturas incorretas. Isso contribui para a eliminação dos resíduos do metabolismo e das toxinas dos músculos. permitindo ao sangue fluir livremente através dele. As lesões dorso lombares podem originar hérnias discais. aliviando a sensação de fadiga. lesões ou outros traumatismos. esta posição pode se tornar fatigante devido ao fato de a cabeça ficar sem apoio. desconforto. A postura mais adequada ao trabalhador é aquela que ele escolhe livremente e que pode ser variada ao longo do tempo. mas também podem causar outros males como. o tempo unitário de manutenção (sem possibilidades de modificações posturais) e. O ambiente físico ou posto de trabalho pode favorecer ou dificultar a execução do mesmo. por outro. as atividades dinâmicas geralmente provocam menos fadiga em relação às atividades estáticas. em sua grande maioria. Segundo Mairiaux (1992) a apreciação do tempo de manutenção de uma postura deve levar em conta.4 MÉTODOS DE REGISTRO E ANÁLISE POSTURAL Existem dois métodos que são mais conhecidos para a avaliação da análise postural. principalmente a alternância entre a postura sentada e em pé. Sendo a postura considerada como elemento primordial da atividade do homem. Seus componentes podem ser fonte de insatisfação. meio de localizar as informações exteriores em relação ao corpo e modo de preparar os seguimentos corporais e os músculos. A concepção dos postos de trabalho ou da tarefa deve favorecer a variação de postura. num certo espaço. A postura é então. O tempo de manutenção de uma postura deve ser o mais breve possível. . Neste caso. no meio exterior e. por um lado. são eles o método OWAS e o método RULA. serão função do tempo durante o qual ela será mantida. 1996).33 encontra maiores resistências para bombear sangue para os extremos do corpo. por um lado. suporte para a tomada de informações e para a ação motriz. afetam a coluna vertebral. por outro é simultaneamente. Estas lesões. O transporte manual de cargas é responsável por um grande número de lesões e acidentes do trabalho. pois seus efeitos nocivos ou não. sofrimento e doenças ou proporcionar a sensação de conforto (Mascia & Sznelwar. por exemplo. com o objetivo de agir sobre o ambiente. 2. Toda atividade de trabalho está inserida numa dada área. mas também de agir. ela não trata somente de se manter em pé ou sentado. o tempo total de manutenção registrado durante a jornada de trabalho. a hérnia escrotal. determinaram o aparecimento de problemas músculo-esqueletais. De acordo com Taube (2002). proporcionando um direcionamento para a melhoria do posto de trabalho (PERES. gerando incapacidade para o trabalho. ou seus ângulos em relação ao ambiente. porém autêntico com seus dados. O método foi desenvolvido em conjunto com o Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional em meados dos anos 70. Kanse e Kuorinka. 2013). possibilitando uma facilidade em seu uso e também no seu aprendizado. (MARTINEZ.34 O método OWAS é um dos mais tradicionais. são frequentemente requisitadas nos métodos apresentados (WILSON. 2005. O método ergonômico RULA foi desenvolvido por Lynn McAtamney e Nigel Corlett da University of Nottinhgham’s Institute of Occupational Ergonomics (BAÚ.5 MÉTODO RULA (RAPID UPPER LIMB ASSESSMENT OU AVALIAÇÃO RÁPIDA DOS MEMBROS SUPERIORES) Para facilitar medidas diretas do esforço envolvido na postura e possíveis correções. As medidas dos ângulos entre partes do corpo. na revista científica Applud Ergonomics. neste estudo será o utilizado o método RULA. absenteísmo e custos adicionais ao processo produtivo. . as cargas transportadas e o local de trabalho. apresentando sempre o seu resultado em porcentagens de tempo em que o trabalhador permanecia na postura adequada e na inadequada. que em conjunto com outros fatores. 2002) e publicado em 1993. e denomeado OWAS – Ovako Working Posture Anaysis System. Além de ser necessárias medidas ao gravar vídeos ou fotografar. 2002). Apesar da importância que esse método possui dentro da ergonomia. pelos pesquisadores Karu. desenvolvido para avaliação postural e foi criado pelo grupo siderúrgico Finlandês denominado OVAKO Oy (WILSON. 2. pesquisadores desenvolveram métodos práticos de registro e análise de postura. 2005). é preciso também conhecer as atividades. 70). o método OWAS surgiu da necessidade de se identificar e avaliar as posturas inadequadas durante a execução de uma tarefa. CORLETT. p. O método OWAS foi um método desenvolvido para ser um método de estudo simples. Seus principais enfoques são: • Proporcionar a possibilidade de rápida identificação quanto aos riscos das doenças e lesões dos membros superiores associados ao trabalho de uma amostra de trabalhadores. O método utiliza diagramas de posturas e três tabelas de escores que possibilitam a avaliação da exposição dos fatores de risco. como braço. 2007). 2004).35 Possui como finalidade a avaliação de situações que possam levar os operários a riscos de disfunções relacionadas a posturas extremas. Segundo Lueder (1996) RULA é um método de análise desenvolvido para o uso em investigações ergonômicas de locais de trabalho. sendo elas: número de movimentos. tronco e membros superiores seja mais rápida. De acordo com Carvalho-Silva (2011). dando ênfase aos membros superiores. sem que haja a interrupção do trabalho. • Identificar os esforços musculares que estão associados à postura de trabalho. trabalho muscular estático. antebraço e mãos. por não ter a exigência de equipamentos específicos o método RULA oferece a oportunidade de treinamento aos investigadores sem que haja muitos conhecimentos específicos. . os quais contribuem para a fadiga muscular. força. Um instrumento ágil e veloz que permite a obtenção de uma avaliação da sobrecarga biomecânica dos membros superiores e do pescoço dentro de uma tarefa ocupacional. Onde as avaliações posturais podem ser realizadas no próprio local de realizações da atividade. esforços repetitivos e força muscular excessiva. Onde sempre se analisa em conjunto com a carga externa recebida pelo corpo e com a função muscular exigida (MCATAMNEY e CORLETT. 1993). utilizando-se de força e trabalhos repetitivos e ou estáticos. (DIEGO-MÁS e CUESTA. postura de trabalho determinada por equipamentos e o tempo trabalhado sem pausa (BORDIN. fazendo assim com que a análise das posturas do pescoço. O método não requer equipamentos especiais para sua investigação. a pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto. Para Manzo (1971). monografias. boletins. A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicado em artigos. até meios de comunicação orais como rádio. pesquisas. resolver. tema ou problema (CERVO et al. 2012). teses. A aplicação do método é feita através da observação da atividade do trabalhador durante seus vários ciclos de trabalho e. revistas. mental. onde as pontuações mais altas indicam que há um alto nível de risco. dito ou falado sobre um determinado assunto. física. Escores mais baixos não indicam que o ambiente de trabalho esteja totalmente isento de cargas de trabalho. . ambiental e dos fatores organizacionais. livros. Dessa forma. Em ambos os casos. assim como um escore alto não assegura que haja problemas de alta complexidade (LUEDER. livros. A ferramenta utiliza-se de critérios de escore para classificar o grau de risco das atividades. ou de fontes secundárias. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito. filme e televisão. 3 METODOLOGIA O tipo de pesquisa utilizado foi à pesquisa bibliográfica e o estudo de campo.1996). como também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficientemente. busca-se conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado sobre determinado assunto. abrange toda a bibliografia já tornada pública. 2007). a partir de então. desde publicações avulsas. A pesquisa bibliográfica. dissertações e teses. que variam de 1 a 9.. jornais.. etc. não somente problemas já conhecidos. inclusive conferências seguidas de debates que tenham sito tranquilas por alguma forma (MARKONES & LAKATOS.36 • Obter resultados que possam ser incorporados a uma abrangente avaliação epidemiológica. são selecionadas as posturas que são mais significantes. a bibliografia pertinente oferece meios para definir. em relação ao tema de estudo. na coleta de dados a ele referentes e no registro de variáveis que se presumem relevantes.. 2007). 2007). Estudo de campo procura muito mais o aprofundamento das questões propostas do que a distribuição das características da população segundo determinadas variáveis. A pesquisa de campo propriamente dita. Como consequência o estudo de campo apresenta uma grande flexibilidade. Consiste na observação de fatos e fenômenos. Embora. que trabalhos já foram realizados a respeito e quais são as opiniões reinantes sobre o assunto.37 mais propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem. As fases da pesquisa de campo requerem. não deve ser confundida com uma simples coleta de dados. é algo mais que isso. permitirá que se estabeleça um modelo teórico inicial de referência. porém a pesquisa foi mais a fundo e abordou-se também o estudo de campo. . 1982). a realização de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão. em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza. que não é necessariamente geográfica. filmagens e fotografias (CERVO et al. Ela servirá como o primeiro passo para saber em que estado se encontra atualmente o problema. o estudo de campo focaliza uma comunidade. tais como análise de documentos. São geralmente conjugados com muitos outros. de estudo. Basicamente a pesquisa é desenvolvida por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar suas explicações e interpretações do que ocorre no grupo. de lazer ou voltada para qualquer atividade humana (GIL. pois exige contar com controles adequados e com objetivos pré-estabelecidos que discriminem suficientemente o que deve ser coletado (TRUJILO. Como segundo. em primeiro lugar. tal como ocorre espontaneamente. chegando a conclusões inovadoras. há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Tipicamente. podendo ocorrer mesmo que seus objetivos sejam reformulados ao longo da pesquisa (GIL. 2007). já que pode ser uma comunidade de trabalho. Já o operador de betoneira é responsável pela medição do cimento. Serão analisados apenas os operadores da empresa onde foi realizado o estudo. para o abrigo onde fica localizada a betoneira. Existem algumas ferramentas de análise ergonômica. A aplicação do estudo de caso deste trabalho foi na empresa X. Após a escolha do tema e concessão do supervisor do setor ao estudo. A função dos serventes são a de carregar a areia. A empresa possui um contrato junto a Universidade Federal do Pará (UFPA) e atua na construção e reforma de prédios dentro da instituição por pelo menos sete anos. . que fica armazenada distante. no ato da pesquisa a empresa estava construindo o prédio anexo à reitoria da Universidade e para isso foi necessário alocar 50 (cinquenta) operários. segundo informações esse foi o acidente mais grave durante todo o período trabalhado. além de serem levados em consideração apenas os operários dessa empresa será considerado também apenas os operadores de betoneira e os seus auxiliares. onde um dos operários sofreu uma queda no que acarretou ao afastamento do mesmo pelo fato do operário ter quebrado o braço. porém utilizou-se para análise das atividades o método RULA. uma empresa que atua há 11 anos em Belém no ramo da Construção Civil. lembrando que o foco do trabalho está no operador. concreto e a adição de água necessária para cada tipo de traço desejável pela empresa. Constituem o quadro de funcionários da empresa cerca de 300 (trezentos) funcionários. O último acidente aconteceu em fevereiro deste ano. foi realizada uma pesquisa bibliográfica para levantar informações e fornecer a base de sustentação a respeito do tema abordado.38 da mesma forma que auxiliará na determinação das variáveis e elaboração do plano da pesquisa. sendo 5 (cinco) operadores de betoneiras e cada um deles é auxiliado por 2 (dois) serventes. 39 4 ESTUDO DE CASO Para o estudo de caso levou-se em consideração todo o percurso do operador de betoneira e dos seus auxiliares. desde a colocação da primeira matériaprima para o traço até a colocação do mesmo na caixa de despejo. 2013 Logo após o corte das sacas de cimento.1 DESCRIÇÃO DA TAREFA Após a betoneira ser ligada. As matériasprimas necessárias para se fazer o traço são: areia. cimento e seixo (dependendo do tipo de traço solicitado. Figura 01: Corte do operador na saca de cimento Fonte: Autoras. os auxiliares despejam a areia que estava na padiola na betoneira. se para reboco. em seguida o operador curva-se para cortar duas sacas de cimento ao meio. 4. água. contra piso ou concretagem). o mesmo é obrigado a abaixar-se três vezes simultaneamente para adicionar o cimento na betoneira. . 2013 Após os cimentos serem inseridos na betoneira o operador se inclina para juntar todas as sacas vazias e coloca-las em um local específico para coleta de entulhos. Figura 03: Separação das sacas utilizadas para a coleta de entulhos Fonte: Autoras. 2013 .40 Figura 02: Adicionamento do cimento na betoneira Fonte: Autoras. 2013 Somente depois de todos os componentes necessários forem inseridos na betoneira para que se faça o traço. Movimento este. Figura 04: Adição de água na betoneira Fonte: Autoras. o operador faz o ajuste da máquina na alavanca e no pedal que se encontram na lateral direita do equipamento. 2013 . logo após a adição do cimento. efetuado pelo próprio operador.41 A adição da água na betoneira ocorre gradativamente conforme vai ocorrendo a homogeneidade da mistura. Figura 05: Ajuste da betoneira pelo operador Fonte: Autoras. 2 ANÁLISE DOS DADOS DO ESTUDO DE CASO Após a descrição feita de toda a atividade do operador de betoneira em seu posto de trabalho. o operador despeja o mesmo na caixa de despejo através de movimentos giratórios feitos com a betoneira em rotação de 180º. onde há um intervalo de 01:30h de descanso para almoço com uma jornada de 05 . Os trabalhadores possuem uma jornada de 8 (oito) horas de trabalho diária. a retirada do traço é realizada pelos serventes que auxiliam o operador de betoneira. antebraços. pulsos e punhos) e os outros membros importantes (pernas. 4. onde ainda será definida a pontuação para cada parte dos membros superiores (braços.42 Por fim. tronco e pescoço). 2013 Após derramar a mistura na caixa de despejo. Figura 06: Despejo da argamassa Fonte: Autoras. Avaliou-se a postura do operário de acordo com cada posição representada nas figuras acima através da aplicação do método RULA. A análise subjetiva efetuou-se através de conversa informal com dois operários de betoneira presentes no canteiro de obra da Universidade Federal do Pará no mesmo dia que foi feita a coleta de dados. foi efetuada a análise subjetiva e a aplicação da ferramenta RULA para as 6 (seis) posturas indicadas anteriormente. não se delimita ao objetivo do estudo. portanto. após ocorrer à homogeneidade do traço. apenas queixas relatadas como a frequência assídua de dores na região da coluna. foi feita a aplicação do método RULA para as posições observadas através das figuras 01 a 06. Assim. perda auditiva devido ao barulho entorpecedor do motor da máquina. aparência de dermatite devido ao contato manual com o cimento e o risco de descargas elétricas devido a más instalações elétricas dos equipamentos. retornando ao seu posto as 13:30h e continuando o trabalho até as 16:30h. Já o operário 02 trabalha das 08:30h as 12:30h e retorna a sua atividade das 14:00h e só pára as 18:00h. ombros e mãos. o método foi aplicado de maneira como descrito abaixo: Tabela 01 – Pontuação para os Braços Pontuação 1 2 2 Posição +1 se o ombro estiver levantado Acrescentar: +1 se o ombro estiver em abdução -1 se o ombro estiver apoiado Fonte: Adaptado de McAttamney e Corlett (1993) 3 4 . tomando como margem do número 1 ao 7 para a pontuação do grau de dificuldade da posição. O método RULA foi aplicado como descrito abaixo. problemas pulmonares ocasionados da inalação de poeira do cimento e areia. O operador 01 chega ao canteiro ás 07:00h e sai para o intervalo as 12:00h. Paralelamente às observações e análise subjetiva.43 dias na semana. Nenhum dos dois operários entrevistados já sofreu algum acidente de trabalho com a betoneira. 44 Tabela 02 – Pontuação para o Antebraço Pontuação 1 2 Acrescentar +1 se o braço cruzar a linha média do corpo ou Posição situar-se fora da linha a mais de 45° Fonte: Adaptado de McAttamney e Corlett (1993) Tabela 03 – Pontuação do Pulso Pontuação 1 2 3 Acrescentar +1 se houver Posição desvio da linha neutra Fonte: Adaptado de McAttamney e Corlett (1993) Tabela 04 – Pontuação para o Giro do Punho Pontuação 1 Principalmente na Característica do Giro de Punho metade da amplitude de giro do punho 2 No início ou final da amplitude de giro do punho Fonte: Adaptado de McAttamney e Corlett (1993) Tabela 05 – Pontuação do Pescoço Pontuação 1 2 3 Posição Acrescentar: +1 se houver giro do pescoço +1 se houver inclinação lateral do pescoço Fonte: Adaptado de McAttamney e Corlett (1993) 4 . 45 Tabela 06 – Pontuação do Tronco Pontuação 1 2 3 4 Posição Acrescentar: +1 se houver torção do tronco +1 se houver inclinação lateral do tronco Fonte: Adaptado de McAttamney e Corlett (1993) Tabela 07 – Pontuação das Pernas Pontuação 1 Extremidades Inferiores 2 Se as pernas e os pés Se as pernas e os pés não estão bem apoiados e estão corretamente equilibrados apoiados e equilibrados Fonte: Adaptado de McAttamney e Corlett (1993) Tabela 08 – Pontuação para o Esforço Muscular Se a postura é principalmente estática (mantida por mais de 10 minutos) Acrescentar +1 Ou Se existe atividade repetitiva (4 vezes por minuto ou mais) Fonte: Adaptado de McAttamney e Corlett (1993) Tabela 09 – Pontuação para a Carga Menor que Carga 2Kg (intermitente) Acrescentar +0 2 a 10Kg (intermitente) +1 2 a 10Kg (estático ou repetido) +2 Fonte: Adaptado de McAttamney e Corlett (1993) Maior que 10Kg ou repetida ou de impacto +3 . 46 Tabela 10 – Interprentação dos resultados Nível Pontos Resultados Nível 1 1 ou 2 Postura aceitável. Nível 2 3 ou 4 Postura a investigar e poderão ser necessárias alterações Nível 3 5 ou 6 Postura a investigar e alterar rapidamente Nível 4 7 ou mais Postura a investigar e alterar urgentemente Fonte: Adaptado de McAttamney e Corlett (1993) Figura 07 – Passos do Método RULA Fonte: Adaptado de McAttamney e Corlett (1993) . se não for mantida ou repetida por longos períodos de tempo. 2013 = Pontuação D: 05 . que segundo a técnica do Método RULA. Para os membros inferiores a análise resultou na pontuação 05. Fazendo a junção das pontuações dos membros inferiores e superiores chegou a pontuação final de 07. a postura 01 precisa ser investigada e alterada urgentemente. a análise dos membros superiores foi realizada alcançando a pontuação 04 (anexo A). Figura 9 – Análise da Postura 02 Braço: 03 Antebraço: 01 + Tabela A: 04 Músculo: 0 + Carga: 03 + = Pontuação C: 07 Punho: 02 Giro Punho: 01 Pescoço: 02 Tronco: 04 Pernas: 01 Pontuação FINAL: 07 Tabela B: 05 + Músculo: 0 + Carga: 0 Fonte: Autoras.47 Figura 8 – Análise da Postura 01 Braço: 03 Antebraço: 02 + Tabela A: 04 Músculo: 0 + Carga: 03 + = Pontuação C: 07 Punho: 02 Giro Punho: 01 Pontuação FINAL: 07 Pescoço: 03 Tabela B: 05 Tronco: 04 + Músculo: 0 Pernas: 01 + Carga: 0 = Pontuação D: 05 Fonte: Autoras. sendo adicionados 03 pontos devido o carregamento da saca de cimento (que pesa cerca de 25 kg cada). 2013 Na postura 01. presente na tabela 10. 48 Para a postura 02. que segundo a técnica do Método RULA. tanto para os mebros inferiores quanto para os superiores. Onde não foi adicionado nenhuma pontuação para a carga nem para o músculo. A junção das pontuações dos membros inferiores e superiores chegou a pontuação final de 06. Para os inferiores a análise resultou na pontuação 05. a análise dos membros superiores obteve pontuação 04 (anexo B). presente na tabela 10. . 2013 A análise dos membros da postura 03 obteve como resultado a pontuação 05 (anexo C). presente na tabela 10. a postura 03 necessita ser investigada e alterada rapidamente. Fazendo a junção das pontuações dos membros inferiores e superiores chegou a pontuação final de 07. que segundo a técnica do Método RULA. Figura 10 – Análise da postura 03 Braço: 04 Antebraço: 02 + Tabela A: 05 Músculo: 0 + Carga: 0 + = Pontuação C: 05 Punho: 03 Giro Punho: 02 Pescoço: 02 Tronco: 04 Pernas: 01 Pontuação FINAL: 06 Tabela B: 05 + Músculo: 0 + Carga: 0 = Pontuação D: 05 Fonte: Autoras. a postura 02 necessita ser investigada e alterada urgentemente. sendo adicionados 03 pontos devido o carregamento da saca de cimento. os membros superiores alcançaram a pontuação 04 (anexo D). Figura 12 – Análise da Postura 05 Braço: 02 Antebraço: 01 + Tabela A: 03 Músculo: 0 + Carga: 0 + = Pontuação C: 03 Punho: 03 Giro Punho: 01 Pescoço: 01 Tronco: 02 Pernas: 02 Pontuação FINAL: 03 Tabela B: 03 s + Músculo: 0 + Carga: 0 Fonte: Autoras. que segundo a técnica do Método RULA. 2013 = Pontuação D: 03 . resultada da junção das pontuações dos membros superiores e inferiores obteve a pontuação 05. 2013 Na postura 04. A pontuação final. a postura 04 necessita ser investigada e alterada rapidamente. Para os membros inferiores a análise obteve a pontuação 02. onde foi adicionado 03 pontos devido ao peso suportado pelo operador da betoneira com a argamassa ainda em processo (cerca de 90 kg).49 Figura 11 – Análise da Postura 04 Braço: 02 Antebraço: 03 + Tabela A: 04 Músculo: 0 + Carga: 03 + = Pontuação C: 07 Punho: 02 Giro Punho: 01 Pontuação FINAL: 05 Pescoço: 01 Tronco: 02 Tabela B: 02 + Pernas: 01 Músculo: 0 + Carga: 0 = Pontuação D: 02 Fonte: Autoras. A pontuação final. mostraram que nenhuma postura assumida pelo operador na atividade analisada obteve pontuação 1 ou 2. ou seja. Figura 13 – Análise da Postura 06 Braço: 02 Antebraço: 01 + Tabela A: 03 Músculo: 0 + Carga: 0 + = Pontuação C: 03 Punho: 03 Giro Punho: 01 Pescoço: 02 Tronco: 02 Pernas: 02 Pontuação FINAL: 03 Tabela B: 03 + Músculo: 0 + Carga: 0 = Pontuação D: 03 Fonte: Autoras.3 SUGESTÕES DE MELHORIAS Os resultados obtidos por meio do método RULA. que segundo a técnica do Método RULA. onde ambos alcançaram a pontuação 03 (anexo F).50 A postura 05 obteve o resultado igual para os membros superiores e inferiores. 2013 A postura 06 obteve o resultado igual para os membros superiores e inferiores. a postura 05 necessita ser investigada e analisar se serão viáveis as novas adequações. visualizados abaixo no gráfico 01. 4. . As intervenções que serão propostas visam. onde ambos alcançaram a pontuação 03 (anexo E). todas as posturas relataram resultados que merecem investigação. a postura 06 necessita ser investigada e analisar se serão viáveis as novas adequações. Desta forma. resultada da junção das pontuações dos membros superiores e inferiores obteve a pontuação 03. resultada da junção das pontuações dos membros superiores e inferiores obteve a pontuação 03. assim. não houve nenhuma postura que fosse plenamente aceitável caso fosse mantida por longos períodos. minimizar as inadequações correspondentes às más posturas e ao posto de trabalho. que segundo a técnica do Método RULA. A pontuação final. Apesar de as posturas 05 e 06 terem apresentado resultados 3. 03 Post. A postura 05 correponde ao ajuste da betoneira executado pelo operador para que seja despejado a argamassa. 05 Post. 01 Post. pois com o carregamento da água no balde o desperdício deste bem é muito maior.51 Gráfico 01. As posturas 03 e 04 obtiverem pontuação 06 e 05 respectivamente. 2013 As posturas 01 e 02 são as que obtiverem a pontuação máxima. 02 Post. de forma que não haja curvamento do tronco. para minimizar os riscos de fadiga e risco de distúrbios músculo-esqueléticos. onde o operador tem que ser abaixar três vezes simultaneamente para a adição do cimento na betoneira. Para a postura 04. onde o operador vai adicionando água a betoneira gradativamente. deve-se investiga-las para detecção de possíveis mudanças. sugere-se que haja um sistema automatizado com magueira para que se possa adicionar a água junto a betoneira sem que haja esforço do operador em carregar várias vezes um balde e ainda se terá uma economia de água se isso for implantado. 04 Post. é proposto ser utilizada a mesma mesa de corte da postura 01 de forma que fique a altura e próximo da betoneira para que sejam diminuídos as dores lombares e o peso que o operador é obrigado a transportar. . 06 Fonte: Autoras. exigindo grande esforço muscular e a necessidade de mudança imediata. onde não é exigido um grande esforço muscular.Resultados das pontuações finais 7 6 5 4 3 2 1 0 Post. sugere-se uma bancada de corte que possua mecanismo de regulagem de altura. sugere-se um coletor de lixo que seja fundo e esteja a altura do tronco do operador para que não ocorra mais a exigência do mesmo ter que se agaixar várias vezes durante o dia de trabalho. Na postura 01 o operador curva o tronco duas vezes seguidas para cortar duas sacas de cimento. Para a postura 02. exigindo um estudo e alteração rapidamente. Para a postura 03. o papel do engenheiro de produção é planejar o posto de trabalho de modo a evitar condições ergonômicas desfavoráveis (COUTO. Como proposta de futuros trabalhos. sobretudo na indústria da construção civil onde o operário é submetido a uma árdua carga horária de trabalho e a condições climáticas e psicológicas que. sugere-se a aplicação do método RULA nas outras atividades que englobam o setor da indústria da construção civil. Esta citação destaca o papel do engenheiro de produção relativo à ergonomia. não são esperadas. Segere-se que seja feita uma manutenção periódica no maquinário e ainda o uso contínuo dos equipamentos de segurança individual. muita das vezes. Apesar do pedal presente na betoneira incomodar um pouco o mesmo não pode ser trocado já que isso é comum para todos os modelos e marcas da máquina. 5 CONCLUSÕES O objetivo do estudo foi alcançado. Com esse estudo de caso.52 a postura 06 é onde o operador despeja a argamassa na caixa de despejo. na pesquisa em campo e no relato do operário. Conclui-se que nenhuma das posturas analisadas é plenamente aceitável e assim merecem investigações individuais. Diante da necessidade de oferecer uma solução ergonômica completa. pois cada uma possui sua peculiaridade. pois. através da aplicação do método de registro e análise postural RULA pôde-se identificar as posturas mais críticas do operador de betoneira na indústria da construção civil. os tremores e os ruídos dados por algumas máquinas. o que mais o incomoda são os choques. A experiência vivida pelas autoras durante a elaboração dessa monografia e o contato direto com o dia-a-dia do setor foi de suma importância para o aprendizado e para a formação como Engenheiras de Produção. Através desse planejamento será possível proporcionar maior bem estar do trabalhador e alcançar melhores índices de produtividade. Baseado no resultado da análise. 1995). Segundo o relato dado pelo próprio operador. foram propostas soluções para que possam ser minimizadas as inadequações do posto de trabalho. . conclui-se que é de extrema importância a utilização do método de análise postural em diversas atividades humanas. htm>. 67 (17): 61-71. SIT. BRASIL. V. 2012. São Paulo: Ed. Acesso em 15 de Março de 2013. N. ed..br/files/textos/016. João Pessoa: Universidade Federal da Paríba. M.gov.pdf>. Universidade Federal de Pernambuco: Recife. Disponível em: <www. Ed. BASÍLIO. 2002. Ergonomia e Novas Tecnologias. 2007. 1. Belo Horizonte: Ed. A. 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Edgard Blücher, 2005. a pontuação final da tabela C (que é a soma da pontuação da tabela A com a carga e o músculo) é a pontuação 07. logo .porém foi feita a adição do esforço em que é submetido o operador devido a carga. que foi de 3 pontos.13 – Tabela de Pontuação A – Método RULA Punho Braço 1 Giro Antebraço 1 1 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 5 5 6 7 8 9 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 4 5 6 2 Giro 2 2 2 3 3 3 4 3 4 4 4 4 4 5 6 6 7 8 9 1 2 2 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 5 6 6 7 8 9 3 Giro 2 2 2 3 3 3 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 7 8 9 1 2 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 7 8 9 4 Giro 2 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 6 7 7 8 9 9 1 3 3 4 4 4 5 5 5 5 5 5 6 6 7 7 8 9 9 2 3 3 4 4 4 5 5 5 5 5 5 6 7 7 8 9 9 9 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett (1993) Tabela de Pontuação B – Método RULA Tronco 1 Pescoço 1 2 3 4 5 6 1 1 2 3 5 7 8 2 2 3 3 3 5 7 8 1 2 2 3 5 7 8 3 2 3 3 4 6 7 8 1 3 4 4 6 7 8 4 Pernas 2 1 4 5 5 5 5 5 7 7 8 8 8 8 5 2 5 5 6 7 8 9 1 6 6 6 7 8 9 6 2 6 7 7 7 8 9 1 7 7 7 8 8 9 2 7 7 7 8 8 9 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett (1993) A tabela A obteve pontuação 4. Já a tabela B não teve nenhuma adição de carga e músculo.57 ANEXOS ANEXO A – Tabelas de cálculo da Postura 01 Tabela 2. Portanto. 58 . a pontuação da tabela D permanecerá igual a pontuação da tabela B que é a pontuação 05. Pontuação C Tabela 2.17 – Tabela de Pontuação Final (C) – Método RULA 1 2 3 4 5 6 7 8 1 1 2 3 3 4 4 5 5 2 2 2 3 3 4 4 5 5 3 3 3 3 3 4 5 6 6 Pontuação D 4 3 4 4 4 5 6 6 7 5 4 4 4 5 6 6 7 7 6 5 5 5 6 7 7 7 7 +7 5 5 6 6 7 7 7 7 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett(1993) Fazendo a junção da tabela C e D para encontrar a pontuação final. obteve-se a pontuação 07. . logo .porém foi feita a adição do esforço em que é submetido o operador devido a carga.13 – Tabela de Pontuação A – Método RULA Punho Braço 1 Giro Antebraço 1 1 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 5 5 6 7 8 9 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 4 5 6 2 Giro 2 2 2 3 3 3 4 3 4 4 4 4 4 5 6 6 7 8 9 1 2 2 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 5 6 6 7 8 9 3 Giro 2 2 2 3 3 3 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 7 8 9 1 2 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 7 8 9 4 Giro 2 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 6 7 7 8 9 9 1 3 3 4 4 4 5 5 5 5 5 5 6 6 7 7 8 9 9 2 3 3 4 4 4 5 5 5 5 5 5 6 7 7 8 9 9 9 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett (1993) Tabela de Pontuação B – Método RULA Tronco 1 Pescoço 1 2 3 4 5 6 1 1 2 3 5 7 8 2 2 3 3 3 5 7 8 1 2 2 3 5 7 8 3 2 3 3 4 6 7 8 1 3 4 4 6 7 8 4 Pernas 2 1 4 5 5 5 5 5 7 7 8 8 8 8 5 2 5 5 6 7 8 9 1 6 6 6 7 8 9 6 2 6 7 7 7 8 9 1 7 7 7 8 8 9 2 7 7 7 8 8 9 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett (1993) A tabela A obteve pontuação 4. . Já a tabela B não teve nenhuma adição de carga e músculo. Portanto.59 ANEXO B – Tabelas de cálculo da Postura 02 Tabela 2. a pontuação final da tabela C (que é a soma da pontuação da tabela A com a carga e o músculo) é a pontuação 07. que foi de 3 pontos. a pontuação da tabela D permanecerá igual a pontuação da tabela B que é a pontuação 05. foi a pontuação 07. que no caso da postura 02. .60 Pontuação C Tabela 2.17 – Tabela de Pontuação Final (C) – Método RULA 1 2 3 4 5 6 7 8 1 1 2 3 3 4 4 5 5 2 2 2 3 3 4 4 5 5 3 3 3 3 3 4 5 6 6 Pontuação D 4 3 4 4 4 5 6 6 7 5 4 4 4 5 6 6 7 7 6 5 5 5 6 7 7 7 7 +7 5 5 6 6 7 7 7 7 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett(1993) A tabela final define a pontuação final para a postura. onde nenhuma teve acréscimo de carga ou músculo.61 ANEXO C – Tabelas de cálculo da Postura 03 Tabela 2.13 – Tabela de Pontuação A – Método RULA Punho Braço 1 Giro Antebraço 1 1 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 5 5 6 7 8 9 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 4 5 6 2 Giro 2 2 2 3 3 3 4 3 4 4 4 4 4 5 6 6 7 8 9 1 2 2 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 5 6 6 7 8 9 3 Giro 2 2 2 3 3 3 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 7 8 9 1 2 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 7 8 9 4 Giro 2 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 6 7 7 8 9 9 1 3 3 4 4 4 5 5 5 5 5 5 6 6 7 7 8 9 9 2 3 3 4 4 4 5 5 5 5 5 5 6 7 7 8 9 9 9 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett (1993) Tabela de Pontuação B – Método RULA Tronco 1 Pescoço 1 2 3 4 5 6 1 1 2 3 5 7 8 2 2 3 3 3 5 7 8 1 2 2 3 5 7 8 3 2 3 3 4 6 7 8 1 3 4 4 6 7 8 4 Pernas 2 1 4 5 5 5 5 5 7 7 8 8 8 8 5 2 5 5 6 7 8 9 1 6 6 6 7 8 9 6 2 6 7 7 7 8 9 1 7 7 7 8 8 9 2 7 7 7 8 8 9 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett (1993) A tabela A e B obtiveram pontuação 5. Já a pontuação final. . foi a pontuação 06. logo a tabela C e D também tiveram a pontuação 5 . como descrita abaixo. 62 Pontuação C Tabela 2.17 – Tabela de Pontuação Final (C) – Método RULA 1 2 3 4 5 6 7 8 1 1 2 3 3 4 4 5 5 2 2 2 3 3 4 4 5 5 3 3 3 3 3 4 5 6 6 Pontuação D 4 3 4 4 4 5 6 6 7 5 4 4 4 5 6 6 7 7 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett(1993) 6 5 5 5 6 7 7 7 7 +7 5 5 6 6 7 7 7 7 . Portanto. .63 ANEXO D – Tabelas de cálculo da Postura 04 Tabela 2.porém foi feita a adição do esforço em que é submetido o operador devido a carga. logo. a pontuação final da tabela C (que é a soma da pontuação da tabela A com a carga e o músculo) é a pontuação 07. Já a tabela B não teve nenhuma adição de carga e músculo.13 – Tabela de Pontuação A – Método RULA Punho Braço 1 Giro Antebraço 1 1 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 5 5 6 7 8 9 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 4 5 6 2 Giro 2 2 2 3 3 3 4 3 4 4 4 4 4 5 6 6 7 8 9 1 2 2 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 5 6 6 7 8 9 3 Giro 2 2 2 3 3 3 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 7 8 9 1 2 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 7 8 9 4 Giro 2 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 6 7 7 8 9 9 1 3 3 4 4 4 5 5 5 5 5 5 6 6 7 7 8 9 9 2 3 3 4 4 4 5 5 5 5 5 5 6 7 7 8 9 9 9 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett (1993) Tabela de Pontuação B – Método RULA Tronco 1 Pescoço 1 2 3 4 5 6 1 1 2 3 5 7 8 2 2 3 3 3 5 7 8 1 2 2 3 5 7 8 3 2 3 3 4 6 7 8 1 3 4 4 6 7 8 4 Pernas 2 1 4 5 5 5 5 5 7 7 8 8 8 8 5 2 5 5 6 7 8 9 1 6 6 6 7 8 9 6 2 6 7 7 7 8 9 1 7 7 7 8 8 9 2 7 7 7 8 8 9 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett (1993) A tabela A obteve pontuação 4. que foi de 3 pontos. que no caso da postura 04.17 – Tabela de Pontuação Final (C) – Método RULA 1 2 3 4 5 6 7 8 1 1 2 3 3 4 4 5 5 2 2 2 3 3 4 4 5 5 3 3 3 3 3 4 5 6 6 Pontuação D 4 3 4 4 4 5 6 6 7 5 4 4 4 5 6 6 7 7 6 5 5 5 6 7 7 7 7 +7 5 5 6 6 7 7 7 7 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett(1993) A tabela final define a pontuação final para a postura. fazendo a interligação do resultado da Tabela A com a Tabela B. foi a pontuação 05.64 a pontuação da tabela D permanecerá igual a pontuação da tabela B que é a pontuação 02. . Pontuação C tabela 2. 65 ANEXO E – Tabelas de cálculo da Postura 05 Tabela 2. para a postura 05 foi a pontuação 03. . como descrita abaixo.13 – Tabela de Pontuação A – Método RULA Punho Braço 1 Giro Antebraço 1 1 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 5 5 6 7 8 9 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 4 5 6 2 Giro 2 2 2 3 3 3 4 3 4 4 4 4 4 5 6 6 7 8 9 1 2 2 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 5 6 6 7 8 9 3 Giro 2 2 2 3 3 3 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 7 8 9 1 2 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 7 8 9 4 Giro 2 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 6 7 7 8 9 9 1 3 3 4 4 4 5 5 5 5 5 5 6 6 7 7 8 9 9 2 3 3 4 4 4 5 5 5 5 5 5 6 7 7 8 9 9 9 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett (1993) Tabela de Pontuação B – Método RULA Tronco 1 Pescoço 1 2 3 4 5 6 1 1 2 3 5 7 8 2 2 3 3 3 5 7 8 1 2 2 3 5 7 8 3 2 3 3 4 6 7 8 1 3 4 4 6 7 8 4 Pernas 2 1 4 5 5 5 5 5 7 7 8 8 8 8 5 2 5 5 6 7 8 9 1 6 6 6 7 8 9 6 2 6 7 7 7 8 9 1 7 7 7 8 8 9 2 7 7 7 8 8 9 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett (1993) A tabela A e B obtiveram pontuação 03.onde nenhuma teve acréscimo de carga ou músculo. logo a tabela C e D também tiveram a pontuação 03 . Já a pontuação final. 66 Pontuação C Tabela 2.17 – Tabela de Pontuação Final (C) – Método RULA 1 2 3 4 5 6 7 8 1 1 2 3 3 4 4 5 5 2 2 2 3 3 4 4 5 5 3 3 3 3 3 4 5 6 6 Pontuação D 4 3 4 4 4 5 6 6 7 5 4 4 4 5 6 6 7 7 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett(1993) 6 5 5 5 6 7 7 7 7 +7 5 5 6 6 7 7 7 7 . onde nenhuma teve acréscimo de carga ou músculo. logo a tabela C e D também tiveram a pontuação 03 . para a postura 06 foi a pontuação 03. como descrita abaixo.13 – Tabela de Pontuação A – Método RULA Punho Braço 1 Giro Antebraço 1 1 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 5 5 6 7 8 9 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 4 5 6 2 Giro 2 2 2 3 3 3 4 3 4 4 4 4 4 5 6 6 7 8 9 1 2 2 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 5 6 6 7 8 9 3 Giro 2 2 2 3 3 3 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 7 8 9 1 2 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 7 8 9 4 Giro 2 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 6 7 7 8 9 9 1 3 3 4 4 4 5 5 5 5 5 5 6 6 7 7 8 9 9 2 3 3 4 4 4 5 5 5 5 5 5 6 7 7 8 9 9 9 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett (1993) Tabela de Pontuação B – Método RULA Tronco 1 Pescoço 1 2 3 4 5 6 1 1 2 3 5 7 8 2 2 3 3 3 5 7 8 1 2 2 3 5 7 8 3 2 3 3 4 6 7 8 1 3 4 4 6 7 8 4 Pernas 2 1 4 5 5 5 5 5 7 7 8 8 8 8 5 2 5 5 6 7 8 9 1 6 6 6 7 8 9 6 2 6 7 7 7 8 9 1 7 7 7 8 8 9 2 7 7 7 8 8 9 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett (1993) A tabela A e B obtiveram pontuação 03. .67 ANEXO F – Tabelas de cálculo da Postura 06 Tabela 2. Já a pontuação final. 68 Pontuação C Tabela 2.17 – Tabela de Pontuação Final (C) – Método RULA 1 2 3 4 5 6 7 8 1 1 2 3 3 4 4 5 5 2 2 2 3 3 4 4 5 5 3 3 3 3 3 4 5 6 6 Pontuação D 4 3 4 4 4 5 6 6 7 5 4 4 4 5 6 6 7 7 Fonte: adaptado de McAttamney e Corlett(1993) 6 5 5 5 6 7 7 7 7 +7 5 5 6 6 7 7 7 7 .
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