Análise citológica do líquido cefalorraquidianoTÍTULO Citological analysis of cerebroespinal fluid Samuel Ricardo Comar[a] Nicolle de Araújo Machado[b], Ticiana Grando Dozza[c], Patrícia Haas[d] [a] Mestre em Ciências Farmacêuticas (área de concentração: Análises Clínicas) pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), farmacêutico bioquímico da seção de hematologia da Unidade de Apoio Diagnóstico do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR - Brasil. [b] Farmacêutica bioquímica, especializada em Citologia Cérvico-Vaginal e Líquidos Corporais, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC - Brasil, e-mail:
[email protected] [c] Farmacêutica bioquímica, especializada em Citologia Cérvico-Vaginal e Líquidos Corporais, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC - Brasil. [d] Doutora em Ciência dos Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), professora-adjunta III da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC - Brasil, e-mail:
[email protected] Resumo O líquido cefalorraquidiano é um humor com composição semelhante a um ultrafiltrado de plasma, encontrado nos plexos ventriculares, no canal central da medula e no espaço subaracnoide. Sua homeostasia pode ser danificada na presença de tumores, isquemias, hidrocefalias e infecções, o que pode provocar mudanças na produção e/ou na composição desse fluido. A análise laboratorial do líquor permite a obtenção de informações importantes, para definição de diagnóstico e de conduta terapêutica, e consiste em uma avaliação microbiológica, bioquímica e citológica, a qual engloba desde aspectos físicos da amostra até contagens globais e diferenciais das células presentes. É necessário que todos os profissionais envolvidos tenham conhecimento das técnicas e as executem de forma correta, tanto na coleta como no transporte, no armazenamento e no preparo da amostra e nas análises propriamente ditas, para que possam ser obtidos resultados corretos e confiáveis. Palavras-chave: Líquido cefalorraquidiano. Análise laboratorial. Citologia. [B Abstract The cerebrospinal fluid is an aqueous fluid with similar composition to the ultrafiltered plasma and it is found in ventricular plexus, central marrow and subarachnoid space. Its balance can be damaged by the presence of tumors, Estud Biol. 2009 jan/dez;31(73/74/75)93-102 produzida por células ependimais. Pople (18) rela- vendo bombas. Dozza TG. e o apresenta diversas funções. transport. 7). em um adulto. O líquido retorna. o canal central da vasos linfáticos da região cervical (13. sendo esse um volume líquórico total. ção depende da hemodinâmica arterial no plexo (9. contém de uma filtração passiva do sangue pelo endotélio 99% de água e apresenta maior concentração de capilar coroidal. A renovação do líquor é diária e sua cons- e hormonal (7). Haas P. ácido úrico. voca alterações liquóricas e consiste em um processo Estud Biol. posteriormente. Tanto a produção quanto a composição 10). quando comparado creção ativa pelo epitélio monoestratificado. isquemias e hidrocefa- e. pela placa cribriforme. ischemia.31(73/74/75)93-102 . The laboratorial analysis allow the attainment of important information to define diagnostic and therapeutic conduct. é de 120 ml a processo submetido à modulação neuroendócrina 150 ml. including collection. ria de 10 a 100 mm H2O em crianças jovens. representando a maior parte do fluido extracelular assim. 17). entre elas. Todo esse trajeto exige do sistema nervoso central (SNC) (1). A primeira consta lhante a um ultrafiltrado de plasma. Além da macrocirculação através podem causar distúrbios cognitivos e de função do espaço ventricular subaracnoide. chamados de vilosidades aracnoides. Esse líquido aproximadamente 1 hora para ser completado. A taxa de renovação é diretamente proporcional à lizam na região ventricular (3. abaixo de 60 mm H2O e acima de 250 mm H2O O plexo coroide é responsável por dois definem hipotensão e hipertensão intracranial. aos espaços subaracnoides espi. por uma combinação de processos de difu. Alterações severas no fluxo liquórico nhal e cortical (3). existe um equilíbrio entre a formação e a reabsor- são. as quais se loca. It is necessary that all the evolved professionals know and execute the techniques on the right way. Valores essencial para a atividade neuronal (3-5). go dos nervos espinhais (15). 3. hydrocephalus and infections. Introdução A eliminação ou reabsorção liquórica do SNC ocorre por desvios existentes no espaço subarac- O líquido cefalorraquidiano (LCR) é um noide. Cytology. A pressão normal de abertura do LCR va- dutos da atividade neuronal do SNC e a proteção me. lias (21. proteínas. 12). nervos cranianos (8). Machado NA. 8). 14) e ao lon- medula e os espaços subaracnoides craniano e raquia. storage. cio. Laboratorial analysis. que segue do espaço subarac. a remoção de pro. volume do LCR (5). motora. a segunda consta de uma se. Esse fluxo ocorre dos ventrículos laterais para do LCR podem ser afetadas pela presença de tu- o 3º e o 4º ventrículo. traumas. Outra pequena parcela de LCR é tante produção atinge em torno de 500 ml/dia (19. de 60 cânica das células cerebrais (2). ta que o volume ventricular normal é de 20 ml e o res. à circulação venosa. há uma limita. fosfato e íons de magnésio. 20).94 Comar SR. A pressão intracranial é mantida quando trículo. wich includes physical aspects and global and differential counting from the present cells. pelos preenchendo o sistema ventricular. and it consists in microbiological. de nutrientes essenciais ao cérebro. A formação ção do LCR (3). que. a qual é proporcional ao gradiente magnésio e íons clorídricos e menor concentração da pressão hidrostática entre o sangue e o fluido de glicose. conduta clínica eficiente (3). a um ultrafiltrado de plasma (3. aminoácidos. res- terços da produção total de LCR. que cercam fluido aquoso que circula pelo espaço intracraniano. o fornecimento fluxo é mais rápido no sentido da gravidade (8). ocorre nos ventrículos laterais e no 3º e no 4º ven. envol. no. obtenção de informações fundamentais para uma noide até o espaço subpial de Virchow-Robin. Keywords: Cerebrospinal fluid. porém. infecções. 2009 jan/dez. taxa de formação e inversamente proporcional ao O fluxo do LCR é pulsátil e essa pulsa. permite a eliminação de parte do LCR A meningite é uma das patologias que pro- presente no cérebro por vias de drenagem (11. segue até as cisternas basais mores. cál- intersticial coroide. wich can make changes on production or composition of this fluid. Estudos demonstram a 200 mm H2O após os 8 anos de idade e fica aci- que um mecanismo homeostático eficiente do LCR é ma de 250 mm H2O em pacientes obesos. A composição do líquor é seme- do líquor ocorre em duas etapas. biochemical and citological evaluation. pinocitose e transporte ativo (3). cotransportadores e antiportado. sample preparation and the analysis itself. Essa produção pectivamente (16). canais iônicos e aquaporinas (6). por sua vez. A análise laboratorial do LCR permite a da microcirculação. A amostra do primeiro tubo deverá ser ao óbito (25). que podem culminar com nome. Em ca e centrifugada.31(73/74/75)93-102 . sendo ligeiramente mais elevada em pacien. mes microbiológicos. A pressão de abertura normal. seguida pela suboccipital ou cisternal tra coletada deve chegar ao laboratório o mais rápi- e. clássicas para coleta. introduzidas acidentalmente no momento da Análise laboratorial do LCR punção (29. entretanto. 30). 34). O segundo será utilizado para os exa- contribuindo significativamente para a confirma. o número de registro do paciente e a data da danos irreversíveis no SNC ou levar o paciente coleta (30). 31). podem ser centrifugada e devidamente homogeneizada. Essa meros 1. isso não for possível. leucócitos e outros tipos ção. Entretanto. para minimizar danos às tendo como indicação absoluta somente os casos células. morfológicas de hemácias. dosagens (33). deve ser utilizada a tinada à análise laboratorial garante a confiabilida. até 20 ml de LCR (29). Amostras coletadas Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). sendo a lombar a mais utilizada 2. tagens celulares. mecanismos catabólicos. Para a confecção da lâmina. com a Resolução n. amostra com formalina (1:1). Um manômero é colocado antes da re. e temperaturas mais altas aceleram ca ou epidérmica na região lombar (22. essa peratura de armazenamento do líquor nativo deve via tem algumas restrições de indicação. 23) e é considera. a via ventricular. atualmente estar entre 5 °C e 12 °C. uma vez A coleta da amostra de líquor é de res. patologia está relacionada a diversas complicações A identificação do material deve. na ordem em que são obtidos (29). aumento de con- cervical interferem muito pouco no ato da punção. à seção de bacteriologia. Preparo da amostra: No setor de cito- entre 4 e 10 mm H2O. Se mesmo em pessoas obesas e/ou idosas. O exame do LCR vem sendo usa. na posição decúbito dias. uma pequena moção do LCR. e essa pressão pode variar 3. amostragem esteja registrado nos tubos. A boa qualidade de qualquer amostra des. que os parâmetros citológicos e bioquímicos va- ponsabilidade do médico requisitante e das três vias riam de acordo com o local da punção (29). a lise pelo frio. amostra total ou o sedimento obtido por centrifu- de dos resultados. 196 do Conselho Nacional de É de extrema importância que o local da Saúde (CNS). em adultos. em três tubos ou frascos seguramen- evolução aguda ou crônica (22. para indicar a pressão de abertu. após esse apresenta algumas vantagens em relação à lombar. o exame de LCR à seção de hematologia e. tempo. Caso a amostra tenha sido coletada apenas em um único frasco. para a análise visual. com a respiração. a contagem de leucócitos e hemácias em câmaras. esse mé- tema nervoso central. no máximo em 2 horas. porção do LCR centrifugado deve ser devidamente ra. para removidos. a qual pode ter anticoagulante. em seguida. pois. de acordo cação ou envelhecidas devem ser rejeitadas (33). à seção só pode ser realizado após assinatura do Termo de de imunoquímica (29. conter o imediatas e/ou tardias. pode-se realizar a fixação da ver menor risco de herniação de estruturas do sis. a amostra de LCR deve ser fres- e 5 mm H2O. O LCR deve ser coletado sem gação em baixa rotação (33. sorológicas. ele deve ser enviado. além de ha. degenerando as células (8). 28). pelo com qualquer tipo de anticoagulante e sem identifi- paciente ou por seu representante legal. particularmente células sanguí- neas. dimento diagnóstico é invasivo. 32). Estud Biol. é de identificada e armazenada na geladeira. centração das proteínas e de bactérias (29. 2 e 3. podem ocorrer degradação e/ou alterações pois não é descrita a ocorrência de cefaleia pós-pun. não casos de pressão de abertura normal. posteriormente. tes sentados ou obesos. durante 30 90 mm H2O a 180 mm H2O. 1. A via suboccipital do possível. te estéreis e devidamente identificados com os nú- da um grave problema de saúde pública (24). todo não deve ser rotineiramente executado. com o pulso do paciente (16). por último. Eventuais alterações osteoarticulares de coluna celulares. Temperaturas muito baixas podem conduzir de hipertensão intracraniana ou de infecção dérmi. Após realizadas as análises. de 10 de outubro de 1996 (26). e fresca. 2009 jan/dez. Coleta da amostra: Como o proce. em virtude da menor probabilidade de conter material. Análise citológica do líquido cefalorraquidiano 95 infeccioso ou não das meninges. primeiramente. em casos de hipertensão in. diminuição da glicose. Transporte e armazenamento: A amos na rotina (27). e o terceiro destina-se às con- ção da patologia (24). para eventual necessidade de se realizar outras lateral. 30. normalmente. também. usada para a realização das análises bioquímicas e do como diagnóstico desde o final do século XIX. A tem- tracraniana não comunicante (26). e entre 2 logia/hematologia. tam- obtida por métodos espectrofotométricos. como iodo. algumas lisem e. porém. pode apresentar alteração na coloração. A preparação da lâmina deve ser rápida. o que ocorre pela presença de hemoglobina tos e células teciduais durante a contagem na câmara (hemólise) ou pelas concentrações elevadas de pro. tagem global de leucócitos e hemácias da amos- 4. em condições normais. nesse caso. tornem-se celularidade de até 200 leucócitos/µl ou 400 hemá- irreconhecíveis. no caso por capturarem células inflamatórias (29). já centrifugação. A intensidade da xantocromia pode ser granular e são levemente refringentes. do acidente puncional. xantocromia. O resultado pressão inicial e a inspeção visual da amostra após é subtraído do número de leucócitos obtidos na Estud Biol. Entre os procedimentos utilizados para distin. em virtude da presença de células sanguíne- salina (NaCl 0. que são na rotina. que. a qual é realizada por traumas que provocam sangramento. no momento da coleta. turvo ou turvo- vada celularidade. as quais não devem ser incluídas na conta- cor da amostra com padrões de coloração de bicro. leucóci- ranja. torna-se límpida que as células se deterioram rapidamente. bém. (37-39. apresentam um aspecto hepática. 2009 jan/dez. após centrifugação. Primeiramente. de de o LCR ser um meio inapropriado para a ma. assim como as células lisadas (33. geralmente grandes e granulares e com contorno dade é de 47. pode provocar um de leucócitos introduzidos na amostra em virtude erro de diagnóstico. com sobreposição mínima. O líquor. deve-se conhecer as caracterís- teínas ou bilirrubina. porém. rotineiramente. de um monócito cercado por diversos eritrócitos. o qual é feito pela comparação da irregular. pois a amostra torna-se seme. Se a amostra apresentar uma ele. O aspecto da amostra deve ser observado nutenção da viabilidade das células.96 Comar SR. que são sub- patológicas. de leucócitos do sangue (obtido em hemograma) de. se não cálculos. 0. dividos em 16 quadrados menores cada um (34).0 mm². outras. como grupamentos de células tumorais ou. Esse coágulo formado comum e não deve ser erroneamente interpretado pode interferir na exatidão das contagens de células. O pH elevado em local com boa iluminação e pode ser definido e a baixa pressão oncótica fazem com que algumas como límpido. utiliza-se o método visual. divi- guir um acidente de punção de uma hemorragia dido pelo número de hemácias presentes no san- subaracnoide. em solução de diversas concen. espinhal completo (síndrome de Froin) e meningi- a adesão artificial entre as células é um fenômeno te tuberculosa e supurativa. A coloração deve ser registrada antes e depois do sendo que o procedimento para contagem global processo de centrifugação (30). de Fuchs-Rosenthal. também deve ser registrada e é observada em amos- ra. 5. pelo número de hemácias presente no LCR.3%. caroteno ou me. A formação de coágulo rem em uma monocamada. cias/µl. ou como levemente turvo. área total de 16. Machado NA. de modo que as células da as. Contagem global de células: A con- como o estágio inicial da eritrofagocitose (8). tras de pacientes com acidente de punção. por sua vez. ela deve ser diluída em solução -leitoso. Em função da meto. de células varia de acordo com a celularidade da siderada xantocrômica quando.9 %). amarelo ou la. multiplicando-se o número lhante a uma amostra com hemorragia subaracnoi. microrganismos ou taxas elevadas de proteínas amostra tenham espaço adequado para se espalha. podem ocorrer reção da contagem celular. mato de potássio. gem. Os eritrócitos se de outras substâncias. é comum observar podem aparecer nos casos de eritrócitos crenados. 34.2 mm. A amostra é con. a qual tem altura de diagnósticas. deve ser considerada. em virtu. calcula-se a quantidade for analisado cuidadosamente. A possibilidade de existência ticas de cada uma dessas células. Caso tenha ocorrido acidente de punção trações (35. cuja sensibili. é in. bloqueio dologia de preparação das lâminas (centrifugação). centro da célula limpo. 31). em casos de LCR normal ou com células inchem.2 mm³ e é dividida em 16 quadrados. Projeções finas e pontudas principalmente os prematuros. Em recém-nascidos. que. ou lipídeos (38. apresentam com um contorno regular. com halos e lanina. Para a diferenciação de hemácias. Dozza TG. ocorrer a presença de células teciduais. 36). 31). utiliza-se a análise e pode fornecer importantes informações câmara de Fuchs-Rosenthal.31(73/74/75)93-102 . amostra (Tabela 1) (33). porém. Pode. em condições 3. tem tonalidade que varia entre rosa. estão o método dos três tubos. Exame físico: A observação visual da tra pode ser realizada em qualquer tipo de câmara coloração e do aspecto do LCR é a etapa inicial da de contagem. deve ser realizada a cor- No momento da punção. volume total de color (como água de rocha). 38). Haas P. em virtude da imaturidade da função Os leucócitos. na superfície da câma. o da gue (também obtido em hemograma). Contagem diferencial de leucóci- analisadores hematológicos automatizados.95 ml de solução sa- Baixa lina (1: 100). Para aferir a contagem de Celularidade Procedimento de contagem eritrócitos em câmara. Mainar. nos. Prieto. Semestralmente.2. contaminados com partículas ou fungos devem ser de hemácias multiplicar por 256 e dividir por 3. deve-se verificar a velocidade Fonte: COMAR. tos encontrados na lâmina com a contagem global -selecionada e comparando-se os resultados obti. os quais são muito numerosos em uma amostra de sangue total. tos: A contagem diferencial de leucócitos é uma Para o controle da contagem de leucóci. mara. pois.958) com a contagem manual em câ- do. Análise citológica do líquido cefalorraquidiano 97 Tabela 1 . laridade igual ou superior a 150/µl. Contagens es. Nesse mesmo trabalho. Controle de qualidade das contagens: pode ser intercambiável. A fim de aumentar a quali- É de extrema importância a realização de um con. descartados e novas soluções devem ser prepara- das. então. coloca-se essa solução dividir por 3. assim. para hemolisar os com a celularidade presente na amostra eritrócitos. na montagem e no da. deve-se verificar Altíssima se houve contaminação dos diluentes (líquido de líquido de Türk (para leucócitos) (sobreposição de e multiplicar o resultado final pelo Türk e solução salina). de acordo a amostra em líquido de Türk. de contagem com aumento de 40x.Procedimento de contagem global de células de Fuchs-Rosenthal. Quinzenalmente. pode ser deve-se correlacionar o número total de leucóci- feito diluindo-se uma amostra de sangue total pré. em amostras com contagens baixas de leucócitos. e fazer a contagem manual em câmara ca adequada. e o tempo de citocentrifugação. caso não seja encontrado um número razoável preenchimento da câmara e na observação e iden. a contagem manual da solução e. dade das análises de LCR. em analisador na proporção de um leucócito para cada 500 a 1000 hematológico Bayer Advia 120.31(73/74/75)93-102 . tos. deve-se escolher uma amostra com menos de conforme a linhagem celular predominante nes- 1. ela ainda pode ser analisada em um anali- leucócitos da amostra (30). 2009 jan/dez. no contador automático. Na sequência. é pre- ciso chamar o pessoal da manutenção (33). Os diluentes Alta quantidade Contar um quadrado menor. deve-se preparar uma mistu- Contar os 16 quadrados maiores e ra de 50 µl de sangue total e 4. de das lâminas confeccionadas.2. valor obtido em contagem au. os laboratórios devem se trole de qualidade das contagens em câmara. Cobos e Galimany após uma punção traumática resulta em um au. em cerca de ± 25% com os obtidos na contagem Fazer diluição com salina ou automatizada. de preferência diluindo-se em câmara de Fuchs-Rosenthal. Intermediária multiplicar por 4 e dividir por 3. Conforme for a celularidade da amostra contagem. para isso. principalmente trole de qualidade da contagem global de células. Tais resultados devem ser concordantes Alta multiplicar por 16 e dividir por 3. Esse fator de correção é acura. o valor corrigido de de LCR.000 leucócitos/µl. obtiveram boa cor- eritrócitos no LCR. de hemácias. O con. dos manualmente na câmara com os obtidos em 7. de acordo com o significado clínico Estud Biol. em câmara de Fuchs-Rosenthal no LCR. de líquido cefalorraquidiano. obtendo-se. (Tabela 2). etapa fundamental da análise laboratorial. sa contagem. 2009 (33).2. sador hematológico e comparada com a contagem O sangue periférico introduzido no LCR manual. trófilos manual e automatizada se correlaciona e 6. depois. obtidos. púrias podem ser observadas quando ocorrem A confecção da lâmina deve ser repeti- erros na diluição da amostra.2. (40) mostraram que contagens de LCR com celu- mento artificial da contagem global de leucócitos. contanto que a contagem de leucócitos oriun. Faz-se. de leucócitos na lâmina. para se obter a contagem Contar 4 quadrados maiores. relação (r = 0. que incluam métodos de análise de amostras que comprometem os resultados. Aulesa. os autores também dos do sangue periférico não seja extremamente demonstraram que a contagem diferencial de neu- baixa ou alta (16). examinando-os em câmara células) fator da diluição. comparam-se os resultados Contar um quadrado maior. e. haja filiar a programas de controle de qualidade exter- vista que elas podem sofrer muitas interferências. estabelece-se uma conduta terapêuti- tomatizada. Para verificar a qualida- tificação das células no microscópio ótico. Células linfoides malignas Linfoma. Eosinófilos Infecções parasitárias. injeções intratecais. Para melhorar a adesão das células à lâmina e reduzir sua distorção. meningite tuberculosa. leucemia. derivação ventricular. tumor metastático. leucemia. Macrófago siderófago (contendo hemossiderina) Hemorragia subaracnóidea (2 dias a 2 meses). Porém. recém-nascidos e Células ependimais e do plexo coroide injeções intratecais. Hemorragia subaracnóidea. Tabela 2 . Estud Biol. fase inicial de meningite viral. Haas P. para uma me- encontradas na lâmina e a contagem global lhor conduta médica. Meningite crônica. semelhantes a Hemorragia subaracnóidea em prematuros e recém-nascidos. 0 0 . abscesso cerebral.98 Comar SR. na tentativa de distinguir entre meningite Número de células que viral. Meningite bacteriana. Blastos Linfoma. em Linfócitos meningite bacteriana. 2009 jan/dez. reações alérgicas. tuberculosa Neutrófilos e fúngica. Plasmócitos Células linfóides malignas. assim como outros parâ- contados na câmara na lâmina após a citocentrifugação metros do LCR. A condi- Número de leucócitos/µl devem estar presentes ção clínica do paciente. 1992 (38).150 Quando o método de escolha é a citocentrífuga. meningite monócitos) fúngica e meningite amebiana.Correlação entre o número de células desse resultado (Tabela 3).10 60 . derivação ventricular. em câmara de Suta ou por citocentrifugação. deve ser levada em consideração na formulação do diagnóstico e do tratamento (41). a contagem global e diferen- de leucócitos cial de leucócitos no LCR não deve ser usada isola- damente. bacteriana. Ocasionalmente. Esclerose múltipla. Machado NA.20 150 . Macrófago hematoidinófago (contendo cristais de Hemorragia subaracnóidea (2 a 4 semanas).100 ser feita de diferentes formas: por centrifugação em tubo. Trauma. Dozza TG.40 A confecção da lâmina para leitura pode 1-5 20 . Outras células malignas Tumor cerebral primário. cirurgia. fúngica ou tuberculosa. Agrupamentos de células imaturas. meningite bacteriana Reação celular mista (linfócitos.Significado clínico de acordo com o predomínio celular obtido em contagem diferencial de leucócitos da amostra de LCR Predomínio celular Significado clínico Meningite viral. ao sedimento 50 µl de albumina bovina a 22% ou Tabela 3 . Fonte: KJELDSBERG. tumores meningeais. 11 . hematoidina) Macrófago lipófago (contendo gordura) Necrose cerebral. injeções Macrófagos intratecais e hemorragia subaracnóidea. anoxia e traumatismo craniano. Meningite bacteriana parcialmente tratada. blastos possivelmente originadas da matriz germinal. KNIGHT. infarto.31(73/74/75)93-102 . pode ser adicionado Fonte: COMAR. Macrófago eritrófago (contendo hemácias) Hemorragia subaracnóidea (12 horas a 1 semana). 2009 (33). neutrófilos e crônica. 6 . meningite bacteriana tratada. Condrócitos Punção traumática Células da medula óssea Punção traumática. tuberculosa e fúngica.250 utiliza-se o líquor puro ou o sedimento obtido após 20 250 centrifugação. deve-se pamentos celulares semelhantes à neoplasia (33). Estud Biol. Porém. o encontradas na lâmina e a contagem global local da amostragem. A Tabela 5 descreve os va- A quantidade de líquido a ser colocado na câmara lores de referência da análise laboratorial do líquido para a confecção da lâmina depende da quantidade cefalorraquidiano. Caso a lâmina nomas ainda é a identificação citológica de células contenha muita sobreposição de células. o deve-se proceder à contagem diferencial das célu. severos ao paciente (30). KNIGHT. concentrando as células presen.Correlação entre o número de células alguns fatores. que pode causar danos ve a parte líquida do LCR. respectivamente. sorvente de cima da lâmina e realiza-se a coloração os ensaios para marcadores tumorais.2. por conseguinte.2 . tológico. Sugere-se que a obtenção da amostra ocorra durante tempos Fonte: KJELDSBERG. fendas nucleares. nucléolos proeminentes e agru- tes na amostra. pelo papel-filtro. Acredita-se que a taxa de detecção de célu- las malignas por análise citológica é influenciada por Tabela 4 .0 função do tempo após a coleta. a frequência da retirada do LCR de leucócitos e a rapidez com que as amostras chegam ao labora- tório. Após a citocentrifugação. 100 . coloca-se LCR: A detecção de células malignas por meio da um papel absorvente. tem-se verificado uma eleva- deve ser rosqueado na base até tocar a lâmina.0 dos falso-negativos diminuíram de 32% para valores 50 . Apesar desses avanços. usualmente a coloração ção do DNA. após citocentrifugação. de processamento usuais (41). Contagem global (/μl) câmara (ml) Col e Glantz (42) sugeriram que as taxas de resulta- 10 . Glantz.0. então.0. procedimentos que identifiquem precocemente a A confecção da lâmina em câmara de Suta existência de quaisquer não conformidades. fornece uma que elas sejam imediatamente corrigidas. coloca-se na câmara o volume de LCR ne. a amplifica- com corante hematológico.200 1 . disponíveis para Após a confecção e a coloração da lâmina. Coloca. enquanto o volume de amostra au- mentou de 2. Análise citológica do líquido cefalorraquidiano 99 mesmo de plasma de uma amostra normal. O líquido sobrenadante é absorvido formação de vacúolos e projeções citoplasmáticas. facilitar o diagnóstico. confeccionar nova lâmina. porém. de leucócitos presentes na amostra (Tabela 4).2 . Essa câmara de sedimenta. tro do tubo conector da câmara. a refrigeração da amostra é recomendada se um atraso na análise ci- 500 . Avanços cien- a secagem.5 ml. e. Somente após clínica do seu correto diagnóstico. Pode ocorrer. vidos no processo tenham conhecimento técnico. deve-se evitar realizar > 2000 0. imunohistoquímicas estão. tíficos como a imagem de ressonância magnética. sendo o mais utilizado o corante May responsabilidade e compromisso com a adoção de Grünwald-Giemsa (33). 8. É fundamental que todos os profissionais envol- realizar a coloração com qualquer corante hema.1. o qual deve conter um halo análise citológica do LCR é uma ferramenta muito de diâmetro discretamente menor do que o diâme. erro de conduta terapêutica.8 tológica é esperado. um aumento na importância cessário e espera-se a lâmina secar. Detecção de células malignas no mina é introduzida na câmara e.100 1. com o manual de instrução da citocentrífuga que distorção nas células. O volume insuficiente é uma possível explica- Volume a ser utilizado na ção para análises citológicas falso-negativas.8 próximos de 3%. 2009 jan/dez. de acordo apropriada.5 . deve-se malignas no LCR (41).1. no senti- lâmina de boa qualidade. as quais podem apresentar será utilizada.5 Como ocorre a perda de células em 200 . utilizando uma diluição -se 100 µl da amostra no tubo cônico. aguardar a secagem completa da lâmina e.8 . método de referência para a detecção desses carci- las em objetiva de imersão (100x). do de se evitar o erro laboratorial e o consequente ção possui um sistema de filtros de papel que absor. para é um processo mais trabalhoso.1000 0. 1992 (38).5 ml para 10. Em ção na incidência de carcinomas leptomeningeais seguida. agora.3 coletas em fins de semana e em feriados. importante no diagnóstico de tumores cerebrais. a citometria de fluxo e as técnicas de May Grünwald-Giemsa (33). concentrando as células. retira-se o tubo conector e o papel ab.500 0. A lâ. O tubo conector Nos últimos 10 anos.1.31(73/74/75)93-102 .5 . incluindo o volume de LCR obtido.50 1. sobre ela. 36(6):281-303. 10. J para maior proteção do operador.130 mmol/l and disease. Duncan JA. Zheng L.27(9):1563-72.5:10. Oshio K. Jaffe RA. Neurology.5 /μl SD. Thierry J. Biossegurança: Em virtude de o LCR Springer. Chang 5 anos até puberdade: < 10 /μl Adultos: 0 .68(3):414-28. Klinge PM. Berlin: 9. Aging effects possuíssem uma câmara de fluxo laminar vertical. O ideal seria que todos os laboratórios Makki M.3. Fonte: KJELDSBERG. 2008.23 mmol/l T. Redzic ZB. Reduced cerebrospinal fluid produc- Neonatos tion and intracranial pressure in mice lacking cho- Linfócitos: 20% ± 15% Monócitos: 70% ± 20% roid plexus water channel Aquaporin-1. 2002.13 . 2001. Machado NA. Cereb Blood Flow Metab. Tabela 5 . Weaver C. há muita discussão a respeito do número ideal de 8. Sommer C. Curr Top Dev Biol. Song Y. The choroid plexus .20 mg/dl -cerebrospinal fluid system: from development to aging. Baledent O. riodicamente. Silverberg GD. Acta Neurobiol Albumina 10 . McMillan P. Linfócitos: 60% ± 20% Monócitos: 30% ± 15% 6. KNIGHT. FASEB J. Stopa E. 1. Aspecto Límpido Adultos: 15 . Consequentemente. se tratar de um material altamente contaminante. Watanabe H. A model of pulsations in communicating hydroce- leco longo de mangas compridas e punho retrátil.19(1):76-8.60 mg/dl nal fluid system: undervaluated pathway of neuro- Neonatos: 15 . Adv Mol Cell Biol. Cerebrospinal Fluid Res. 2004. Review of “The Blood-Cerebrospinal Cor Incolor Fluid Barrier” by Wei Zheng and Adam Chodobski (Editor). 2005. on cerebral blood and cerebrospinal fluid flows. Brinker Ácido lático 9. Duncan JA.30 mg/dl Exp (Wars).100 Comar SR. óculos de proteção. < 1 ano: 0 .57(10):1763-6.Valores de referência do LCR Referências Parâmetro Valor de referência 1. et al. torna-se necessária a utilização dos equipamentos 9. The cerebrospinal fluid production rate is reduced in dementia of the Adultos Alzheimer’s type. Glicose 50 . Integrated cytology of cerebrospinal fluid. pro. Dozza TG. Johanson C. amostras de LCR que devem ser analisadas (41). Heit G.100 mg/dl endocrine signaling into the brain. 2006. LDH 4> LDH 5 Szmydynger-Chodobska J.0 . 0 . como avental ou ja. Gondry-Jouet C.45 mg/dl 2.0 mg/dl. 1992 (38). uma única amos. tragem pode não detectar a malignidade. tetor facial.26. Lackner KJ. Preston JE. Verkman AS. Bronte-Stewart H. Godefroy O. Neutrófilos: 2% ± 4% Citologia diferencial Manley GT. The choroid plexus- Glutamina 15 . Davis R.cerebrospi- Proteínas totais Adultos > 60 anos: 15 . 2008. 31:269-293. Bohl J. Torzewski M. 2009 jan/dez. Meyer ME. Egnor M. Jones HC. Multiplicity of cere- brospinal fluid functions: new challenges in health Cloretos 115 . Neutrófilos: 4% ± 4% 2005.30 /μl 1 a 4 anos: < 20 /μl Leucócitos 5. Cerebrospinal Fluid Research. roid plexus epithelium. de proteção individual (EPIs). Chodobski A. Estud Biol. 7. phalus. 2008. Rosiello A. Hydrocephalus disorders: their bio- physical and neuroendocrine impact on the cho- As células malignas são vertidas no LCR pe. Pediatr Neurosurg. Skipor J. Johanson CE. Na literatu- ra. pipetadores manuais ou automáticos e. Stoquart-Elsankari S. Duncan III JA. Gutman F.3:12.80 mg/dl 3. Stopa EG. Huhn S.25 U/l LDH LDH 1 > LDH 2 > LDH 3 > 4. quando for o caso.71:1-52.31(73/74/75)93-102 . 2007. luvas descartáveis. Haas P. Silverberg GD. 276(3 Pt 2): das principais doenças infecciosas e auto-imunes. Papaiconomou C. Puccioni-Sohler M. Machado LR. Neurochir Suppl. na magna injections of the tracer [14C]inulin in rat.unesp. Ennis SR. MGR. 1999. Zakharov A. Sotelo J. Guia Brasileiro de Vigilância Epidemiológica. 2005. Coleta do líquido cefalorraquidiano. 2a ed. Neuroscience. Disponível em: http://www. Mcguire D. Mohamed Braz J Infect Dis.67(1):96-104. Cerebrospi.35(3):109-12.62(3B):882-4. Brady LS. Arriada N. 20. Lancet Neurol. 2a ed. Livramento JA. método laboratorial. Integrating the roles Rev. Rennels ML. Estud Biol. 17. (2A):249-55. Koh L. Spinal cere. Almeida SM. Johnston M. 24. Vellutini Ede A. 2009]. Almeida SM. 29. et al. Martins AMC. Alzheimer’s disease. Cardoso AC. Pahl FH.81:271-3. 2004. Microvasc Res. 13. Henry. J Neurosurg. termo de 16. 2004.2(8):506-11. 2007. Boulton M. cerebrospinal fluid absorption in sheep. Hay J. 2003. Nogueira MB. Ampl.26(5):675-83. Canuto R. Reeves MM. Tienken K. 68(6):1103-8. ventricular shunt. Armstrong D.52:431-9.95(2):577-92. of extracranial lymphatics and intracranial veins in 2006. Adv Neurol. R818-23. 2003. Contribution of extracranial lymphatics and arachnoid villi to the clearance of a 23. 27. Portela LA. 2001. American Family Phisician. Silverberg GD. 2009 jan/dez. Souza V. Rio de Janeiro: Guanabara koogan. Hutto B. Saul T. hydrocephalus. quidiano. Pinto JRC. Incidência de meningite em pacientes de 0-12 anos no Instituto de Medicina Tropical 15. Report of the zação experimental de mecanismos anti-sifão em Quality Standards Subcommittee. Mayo M. Takayanagui OM. Laceration of the posterior inferior cerebellar artery by suboccipi- 18.94(6):873-9. 30.31(73/74/75)93-102 . Melo CL. Vieira JFS. The effects of cerebral ische- M. Am J Physiol. Hydrocephalus and shunts: what the tal puncture of the cisterna magna: case report. 2002. Análise laboratorial do líquido cefalorraqui- diano.br/posgraduacao/te. RBAC. Herkenhan 21. Fomin DA. Simulação hidrodinâmica e caracteri. Metab. Izurieta M. 1990. 25.60(3-A):681-4. Martins RD.pdf. Arquivo de Neuropsiquiatria. Luedemann W. Neurology. de Manaus. Grady PA. Johston M. J Neurol Neurosurg Psy Neuropsiquiatr. [acesso em 19 fev. 2002. 2001. Keep RF. Brasília: Fundação Nacional de Saúde. Kondziella D.73(Suppl 1):i17-22. American Academy of Neurology. Arq neurologist should know. Proescholdt MG. R. 2002. Raboni SM. normal-pressure 2008. chiatry. Diagnósticos clínicos e tratamento por 19. Análise citológica do líquido cefalorraquidiano 101 11. Mutarelli EG. 20a ed. cos em pesquisa. 28.feis.65:510-2. 2006. Studies of cerebrospinal fluid flow and penetra. Rapid so. Seehusen DA.59 Brinker T. Djenic J. Klinge P. Treatment of lute transport throughout the brain via paravascular hydrocephalus in adults by placement of an open fluid pathways. São Paulo: Manole. Laboratorial diagnosis of lymphocytic meningitis. ters: lumbar puncture. 14. and senescent changes in CSF cir- culatory physiology: a hypothesis. Arquivo de Neuropsiquiatria. J Cereb Blood Flow tion into brain following lateral ventricle and cister. brospinal fluid pathways and their significance for the compensation of kaolin-hydrocephalus. Queiroz 2003. 2000. Ferreira WF. Acta 26.11(5):489-95. Practice parame- sistemas de drenagem externa de líquido cefalorra. Ávila SLM. Flessner M. 2001. 22. Bozanovic-Sosic R. Diagnóstico laboratorial CSF tracer in the rat. J. mia on the rat choroid plexus. Pople IK. Berens Von Rautenfeld D. sespdf/josericardocamilopinto/capitulo_1. consentimento livre e esclarecido e aspectos éti- nal fluid analysis. Vidal LC. Rubestein E. 12.dem. Blaumanis OR. Lima AO. Reis JB. Glantz L. Hanna JR. Comar SR.23(1):67-74. Curitiba: ds (Cerebrospinal. 31. Estud Biol. Arora S. 36. Cancer. Neurocrit Care. Cerebrospinal fluid 35. ca: técnica e interpretação. Jerrard DA. Galimany R. Use of the advia 120 hematology analyzer in 33. J Emerg Med. Aulesa C.2(2):99-109. 1998. subarachnoid hemorrhage. 32. Uroanálise e fluidos biológicos. Pleural. 2002. Reis Filho JB. the differential cytologic analysis of biological flui- ro para análise de líquido cefalorraquidiano. Distinguishing traumatic lum- ed. 2000. 1998. Procedimento operacional padrão: rotei. Laboratory Hematology. serous & sinovial fluids. J Emerg Med. 2009 jan/dez. J Emerg Med. Cobos N. Prieto M. 41. Hospital das clínicas – Universidade Federal do Synovial. Dissanayake V. Moura RAA. bar puncture from true subarachnoid hemorrhage. Bei A. Diagnosis of subarachnoid hemorrhage. and Others). Colheita de material para exams de laboratório. 3a 39. Schindelheim GL. Dozza TG. seminal. Peritoneal.31(73/74/75)93-102 . 1980. Machado NA. São Paulo: Premier. São Paulo: Atheneu. Recebido: 04/09/2009 Received: 09/04/2009 37. 42. 40. Strasinger SK. 2005. Knight J. Guanabara Koogan. 8a ed. Haas P. 2001. Swadron SP. São Paulo: Sarvier.102 Comar SR. Cole B.9(4):214-224.21(2):171-8. Rio de Janeiro: Cerebrospinal fluid. Edlow JA.82(4):733-9. 2009. Body Fluids: laboratory examination of cerebroespinal. Aprovado: 15/12/2009 Approved: 12/15/2009 38. Shah KH. 34. Mainar I. 1992. Edlow JA. Glantz M. Pericardial. Método de laboratório aplicado a clíni. Kjeldsberg C. Líquido Cefalor raquiano. 2003. 2001. 3a ed. Evaluating the cytology in patients with cancer: minimizing false- sensitivity of visual xanthochromia in patients with -negative results. Paraná. Chicago: American Society of Clinical Pathologists. 2008.