ANALGESIA NO PÓS-OPERATÓRIO SEGUNDO O PROJETO ACERTO

March 22, 2018 | Author: Artur Martins Ribeiro | Category: Opioid, Nonsteroidal Anti Inflammatory Drug, Morphine, Pain, Receptor Antagonist


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Faculdades Unidas do Norte de Minas - FUNORTE Internato de Cirurgia do Hospital Dilson de Quadros GodinhoPreceptor: Cláudio Marcelo Acadêmico: Artur Martins Ribeiro  Além de causar incômodo. a dor atrasa a recuperação do paciente.Considerações Gerais  A dor continua a ser um problema a ser superado no pós-operatório.  A dor pós-operatória é aguda e. . não é relacionada com componente depressivo e sim com ansiedade quanto aos resultados da operação e quanto ao controle da própria dor. diferentemente da dor crônica.  Protocolos de analgesia podem diminuir as chances de complicações e acelerar a recuperação. Doses individualizadas . Nem toda dor é responsiva a analgésicos 4. Não permitir que o paciente sinta dor 3. A prescrição dos analgésicos deverá ser contínua 8. Acreditar no paciente – ele é quem sofre 5. Planejar analgesia 6. Combinar analgésicos racionalmente 2.Regras para uma boa analgesia perioperatória 1. Analgésicos são apenas parte do tratamento 7. Mensuração da dor .  De acordo com sua interação nesses receptores. os opiáceos podem ser classificados como agonistas (morfina. antagonistas (naloxona). .Opiáceos  Os analgésicos opiáceos atuam quando ocorre interação deles com receptores endógenos: mu. fentanila). agonista parcial (buprenorfina) e agonista/antagonista (nalorfina). meperidina. kappa e delta. Opiáceos  Os opiáceos agonistas podem ser utilizados por via endovenosa ou peridural. na dose de até 2 mg. pode ser usada por via peridural. com bom efeito analgésico. promovendo uma analgesia que pode durar até 36 horas.  A morfina. se necessário.  O cateter peridural pode ser colocado desde o nível torácico até a região lombar e mantido por até 7 dias no PO. . Opiáceos  Os principais efeitos colaterais são vômitos. depressão respiratória. que deve ser usada quando esses efeitos colaterais estiverem presentes acima do nível desejado. retenção urinária.  Esses efeitos muitas vezes atrasam a recuperação do paciente. prolongamento do íleo pós-operatória e sedação. prurido. euforia.  O principal antagonista da morfina é a naloxona. . Opiáceos .  Substâncias antiinflamatórias não esteroidais (AINE).Não-opiáceos  Os efeitos colaterais dos opiáceos atrasam a recuperação pós-operatória. . pois impedem a realimentação precoce (N/V e íleo) e podem retardar a retirada de cateter vesical. o paracetamol e a dipirona devem ser preferidas à morfina e outros agonistas opiáceos. ou aumentar as chances de uso desse tipo de cateter. .Não-opiáceos  A base racional para isso está em menor sedação do paciente. envolvidos no processo inflamatório e na sensibilização dolorosa central e periférica. bloqueando a conversão da ácido araquidônico em prostaglandinas. diminuição de recuperação mais rápida. prostaciclinas e tromboxanos. náuseas e vômitos e  Entre os AINE estão incluídos os fármacos que atuam por meio da inibição da COX. os AINEs que são utilizados EV são cetoprofeno (100 a 300mg/dia diluídos em 100ml de SF).  O paracetamol é um excelente analgésico e quase sem efeito antiinflamatório. tenoxicam (20 a 80mg/dia) e cetorolato (15 a 30mg/dia).  Já a dipirona é um potente analgésico e antipirético que pode ser usado por via EV no pós-operatório ou por VO no receituário de alta. tendo também efeito antipirético.Não-opiáceos  No Brasil. . Dose de 15mg/kg a cada 6 horas. Dose de 12mg/kg a cada 4 a 6 horas. apresentou resultados surpreendentes.  A lidocaína em infusão venosa intraoperatória iniciada em bolus de 2mg/kg e em infusão contínua de 2 a 3mg/hora nas cirurgias abdominais. .Fármacos coadjuvantes em anestesia geral  A analgesia peridural com anestésicos locais associados a opiáceos continua sendo o padrão-ouro na analgesia. diminuição do tempo de ventilação mecânica e dias em UTI e menor número de complicações tromboembólicas e cardiovasculares.  Porém há maior risco de depressão respiratória.Analgesia epidural com catetrer  Há evidência em favor do uso de analgesia por cateter no PO de cirurgias abdominais de grande porte. em termo de segurança. rápida resolução do íleo PO. principalmente com o uso de opiáceos. . independentemente da via de administração e da droga.Autocontrole da dor pós-operatória  A analgesia controlada pelo paciente (PCA) é uma modalidade de controle de dor que consiste em administração de analgésicos por demanda imediata do paciente em quantidade abundante. . principalmente sedação e depressão respiratória. pois faz-se necessária uma adequada vigilância da qualidade analgésica e dos efeitos colaterais.  A utilização da PCA implica uma equipe multiprofissional competente e treinada. Analgesia pós-videolaparoscopia  A injeção de anestésicos locais na cavidade peritoneal ou nas pequenas incisões dos trocáteres são opções interessantes para o controle da dor pós-operatória.  O uso preventivo de cetorolato (60mg. também é recomendado. tais como cetoprofeno e tenoxicam. EV) ou de diversos AINEs. .  Os principais anestésicos locais utilizados são a bupivacaína e a ropivacaína. Escala Analgésica . .Consideração Geral  Analgesia eficiente é aquela que elimina a dor do paciente sem sedá-lo e sem provocar efeitos colaterais. Obrigado! .
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