Anaisda Biblioteca Nacional 6OLs Rio de Janeiro, 2009 Anais da Biblioteca Nacional 6OLs Rio de Janeiro 2009 República Federativa do Brasil Anais da Biblioteca Nacional, v. 126, 2009 Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Editor Marcus Venicio Toledo Ribeiro Ministro da Cultura Juca Ferreira Conselho Editorial Carla Rossana C. Ramos, Eliane Perez, Irineu E. Jones Corrêa e Marcus Venicio T. Ribeiro Fundação Biblioteca Nacional Revisão Leonardo Fróes e Mônica Auler Presidente Muniz Sodré de Araújo Cabral Capa e Projeto Gráfico Glenda Rubinstein Diretora Executiva Célia Portella Diagramação Conceito Comunicação Integrada Gerência do Gabinete Cilon Silvestre de Barros Fotografia Cláudio de Carvalho Xavier e Leonardo da Costa Diretoria do Centro de Processamento Técnico Liana Gomes Amadeo Diretoria do Centro de Referência e Difusão Mônica Rizzo Coordenação Geral de Planejamento e Administração Tânia Mara Barreto Pacheco Coordenação Geral de Pesquisa e Editoração Oscar Manoel da Costa Gonçalves Coordenação Geral do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas Ilce Gonçalves Cavalcanti Sumário Apresentação ............................................................................................5 Ingleses no Brasil: relatos de viagem 1526 - 1608...................................7 Sheila Moura Hue O barão do Rio Branco e a política de aproximação com os Estados Unidos ...............................................69 Elizabeth Santos de Carvalho Coleção Nelson Werneck Sodré: Inventário Analítico .................139 Filipe Martins Sarmento Preciosidades do Acervo Os Estatutos da Academia Brasílica dos Acadêmicos Renascidos ................................................................241 Tarso Oliveira Tavares Vicente An. Bibl. Nac. Rio de Janeiro v. 126 p. 1-248 Título. Brasil – História – Fontes.5 x 26 cm. Continuação de: Anais da Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro. . Vols. 2. 17. . 1 (1876). CDD. – Vol. I.581 22 ed. : il. – Rio de Janeiro : A Biblioteca. Biblioteca Nacional (Brasil) – Periódicos. ISSN 0100-1922 1. 1-50 publicados com o título: Annaes da Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro. 1876v.Biblioteca Nacional (Brasil) Anais da Biblioteca Nacional.027. seus resultados são significativos. na Inglaterra. em que há referências ao Brasil. foi descoberta por Giovanni Caboto (John Cabot). dos quais até hoje apenas um. Além do mais. A imagem negativa das colonizações espanhola e portuguesa veiculada por ingleses. Uma tentativa de “anglicização” da história desse período. junto com a bibliotecária Ana Virgínia Pinheiro. segundo seu filho Fernando.. ele chegou à região conhecida como Newfoundland (atuais ilha de Terra Nova e península do Labrador). Essa curiosa versão dos descobrimentos. foi sustentada pelos ingleses nas últimas décadas do século XVI. O também genovês Cristóvão Colombo. Seu filho. a “Cabotiana”. a autora identificou relatos de aproximadamente 19 viagens. No catálogo que organizou. 1526 – 1608”. o de Antônio Knivet. ao comandar uma expedição apoiada por Henrique VII. “não fez mais do que avistar ilhas”. genovês radicado em Bristol. normal no contexto da aguerrida disputa entre a Inglaterra de Elizabeth I e a Espanha de Filipe II pela hegemonia nos chamados Mares do Sul. Em junho de 1497. mantido pela Fundação Biblioteca Nacional. foi traduzido (1870) para o português e publicado no Brasil. que navegou sob o patrocínio dos reis da Espanha.Apresentação A América. provavelmente não teria se limitado a “avistar ilhas”. da segunda edição (2004) do Catálogo dos Quinhentistas Portugueses da Biblioteca Nacional. estes últimos diretamente envolvidos com a colonização da América portuguesa –. como indica o estudo. atacado por piratas. na costa nordeste do Canadá. ou melhor. franceses e holandeses. Sebastião Caboto. estudo que abre este volume dos Anais da Biblioteca Nacional.. tornando-se o comandante do primeiro grupo de europeus a pisar em solo continental. Bartolomeu Colombo. para levantar os relatos de viagens de ingleses. não pôde mostrar os planos de seu pai a Henrique VII. Coordenadora do Núcleo de Manuscritos e Autógrafos do Real Gabinete Português de Leitura e organizadora. no século XVI. como observa a historiadora Sheila Moura Hue em “Ingleses no Brasil: relatos de viagem. eles também nada inocentes. . e o fato de seus movimentos no Brasil terem sido episódicos e de sentido apenas comercial seriam as razões. Feito com a intenção de sistematizar essas fontes – e assim poder confrontá-las com as narrativas legadas por portugueses. rei da Inglaterra. escritas por 33 autores. fazia parte da tripulação. Sheila Hue valeu-se do Plano Nacional de Apoio à Pesquisa (PNAP). praticamente desconhecida dos brasileiros e que obviamente não teve longo curso. Se o fizesse e obtivesse sucesso. do pouco interesse no mundo iberoamericano até então em buscar e divulgar essas informações. Colombo só não navegou a serviço da Inglaterra porque o irmão dele. cassado em 1964. fitas vídeo e audiomagnéticas. 126 . que trata deste tema também em sua dissertação de mestrado em História Política na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O jornalista José Carlos Rodrigues. No acervo. Bibl. Tarso Oliveira Tavares Vicente. programas de cursos. o barão do Rio Branco. talvez o primeiro do gênero. o que o tornou um dos nossos mais destacados bibliófilos. além de Formação histórica do Brasil. uma das muitas academias literárias e científicas criadas em Portugal e no Brasil no século XVIII. a Biblioteca Nacional para ser depositária de seu arquivo particular. História da Literatura Brasileira. cujos titulares mantiveram intensa correspondência com José Maria da Silva Paranhos Júnior. Em Preciosidades do Acervo. entre outros de seus empreendimentos. Rodrigues também constituiu uma das maiores coleções privadas de livros raros no Brasil. Salvador de Mendonça foi também precursor da política de aproximação do Brasil com os Estados Unidos. comenta os Estatutos da Academia Brasílica dos Acadêmicos Renascidos. e O que se deve ler para conhecer o Brasil. escolheu. por sua vez. documentos pessoais. artigos. criou duas publicações em Nova York. José Maria da Silva Paranhos foi um de seus editorialistas. Nac. que dirigiu até 1915. mestre em História e técnico em documentação na Divisão de Obras Gerais da Biblioteca Nacional. o de maior circulação entre os estudantes e militantes de esquerda. O monarquista Rio Branco não só o admirava. Autor de títulos como História da burguesia brasileira. Signatário do Manifesto Republicano de 1870 (seria ele o autor do capítulo “A verdade democrática”) e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. e comprou em 1890 o Jornal do Commércio. Em 1907 ele descreveu toda a coleção no famoso catálogo Biblioteca Brasiliense e a doou mais tarde à Biblioteca Nacional. estão sua correspondência. ele próprio. História militar do Brasil. Nélson Werneck Sodré. de Elizabeth Santos de Carvalho. História da imprensa no Brasil. Ex-estagiária na Divisão de Manuscritos da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro. ambas em português. o general de brigada. país em que exercia o cargo de ministro plenipotenciário por ocasião da proclamação da República.6 Favorecido também pelo PNAP é o estudo “O barão do Rio Branco e a política de aproximação com os Estados Unidos”. Ideologia do colonialismo. Este volume publica ainda o inventário do arquivo de um dos historiadores nacionais de maior influência nas gerações de historiadores e cientistas sociais brasileiros formadas nas décadas de 1960 a 1980. Marcus Venicio Toledo Ribeiro Editor An. Novo Mundo e Revista Industrial. fotografias de familiares e pessoas públicas.. entre outros documentos. como a direção que imprimiu à política externa brasileira teve a influência do republicano histórico. doado em 1995. a autora explorou no acervo dessa divisão as coleções Salvador de Mendonça e José Carlos Rodrigues. Ingleses no Brasil: relatos de viagem Sheila Moura Hue Doutora em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e coordenadora do Núcleo de Manuscritos e Autógrafos do Real Gabinete Português de Leitura . A autora agradece a inestimável colaboração de Vivien Kogut Lessa de Sá e Luciana Villas Bôas. .Trabalho realizado com recursos do Programa Nacional de Apoio à Pesquisa da Fundação Biblioteca Nacional. 1 e a escassa fortuna crítica sobre essa ampla produção textual. o projeto de pesquisa desenvolvido com o apoio da Fundação Biblioteca Nacional teve como principal objetivo proceder a um levantamento de relatos de viagens ingleses quinhentistas nos quais há referências ao Brasil. cartas. roteiros e outros documentos quinhentistas escritos por ingleses. e da visível relevância dos relatos ingleses para a história do Brasil desse período. em 1526.INTRODUÇÃO O presente trabalho partiu da observação de um descompasso entre o grande número de relatos. em que há referências ao Brasil. até a DE7ILLIAM$AVIES. sobre as viagens pelo Atlântico. abrangendo desde a viagem de Sebastião Caboto. Diante desse contraste. EM. a produção textual inglesa sobre a colônia não teve grande repercussão justamente por não se vincular a um projeto colonizador ou a uma concreta colonização do território brasileiro.DEMODOASISTEMATIZARESSASFONTES/PROJETO previa a elaboração de um catálogo bibliográfico comentado e um estudo de conjunto sobre os relatos. em sua grande maioria. que efetivamente estiveram envolvidos em projetos de colonização do Brasil. A compilação Principall Navigations. com a intenção de dar a conhecer e resgatar as fontes para a história da presença inglesa no Brasil no século XVI. Ao contrário da popularidade dos relatos escritos por portugueses. franceses e holandeses. e também ao fato de estarem. ‘perdidos’ em meio às quase seis mil páginas de duas grandes coletâneas inglesas de relatos de viagem. e o seu lugar em meio a estas. impressa em 1589 e reeditaDA. de modo a pensar a sua relação com as narrativas produzidas por portugueses e franceses. organizada por Richard Hakluyt. O desconhecimento desse amplo corpus de relatos de viagem relaciona-se ao fato de muitos deles não se centrarem exclusivamente no Brasil e de abrangerem outras regiões do então chamado Mar do Sul (expressão genérica que abrangia tanto o Atlântico Sul quanto o Pacífico). entre outros. EMTRãSVOLUMES. ENTREE. notícias. as being an English prize and captive”. o de Fernão Cardim. em 1625. Nac. cartas. justificando a publicação do texto português com as seguintes palavras: “I may well adde this Jesuite to the English Voyages.2 An. reúnem descrições. 126 . Bibl. pela primeira vez. narrativas. Jean de Léry e também.. organizada por Samuel Purchas. sem atribui-lo corretamente a seu autor. Rio de Janeiro. e publicada. roteiros. mas a um “Manuel Tristão”. em quatro alentados volumes. Purchas publica os relatos de André Thevet.EACOLE½áOHakluytus Porthumus or Purchas his Pilgrimes. observações e relatos de viajantes ingleses e de outras nacionalidades. os ingleses. e também portugueses. em que podemos observar a não singularidade do ponto de vista inglês sobre a colonização hispânica da América (Veneza também se alinhava contra o monopólio comercial ibérico das rotas comerciais no Novo Mundo): About Drake there is positive news that he has passed the Canaries. em que espanhóis. has sailed towards Brazil. cujo fértil terreno foi assentado desde o século XIX pelo clássico livro de Paul Gaffarel. em Portugal. as they fear he has already done. Nac. embaixador de Veneza na Espanha. e pela Real Academia das Ciências. redigidas em uma época em que a Inglaterra começava a sua expansão marítima. after capturing the flag ship of the Peruvian fleet with four hundred thousand crowns. no século XIX. Pacífico e Índico. contribuiu para que grande parte desses relatos não fosse recuperada quando. escreveram um capítulo pouco lido de nossa História. If he lands there. como pelo farto aporte documental da posterior presença holandesa no Brasil. 126 . and only discontent among the people on account of the brutal usage they experience from the Spaniards. por não terem efetivamente estabelecido uma colônia no país. Rio de Janeiro. cuja justificativa ideológica se construía na crítica ao caráter da colonização ibérica no Novo Mundo – o que viria a forjar o mito da Leyenda Negra –. for there are no forts nor troops. Bibl.6 An. conhecidas e utilizadas por portugueses e espanhóis. no Brasil. o comércio e a política colonial brasileira não considerados nas narrativas feitas por cronistas de outras nacionalidades. capitaneado pelo Instituto Histórico e Geográfico. e impiedosamente crítico em relação às práticas coloniais e comerciais ibéricas. Esse olhar ‘estrangeiro’ sobre o nosso primeiro século. Sobre a parca difusão desses relatos. and. Não deixa de ser proveitoso citar aqui uma carta de Vincenzo Gradenigo. eram objeto do interesse comercial e político inglês.4 É importante salientar que a extrema polarização política entre a Inglaterra e os países ibéricos durante parte do século XVI e o conseqüente ponto de vista construído a partir desse antagonismo fazem com que os relatos ingleses revelem aspectos sobre a sociedade. eram representados como um povo cruel e impiedoso com as populações indígenas. com as edições de Gabriel Soares de Sousa. outro aspecto a ser observado é a imagem negativa que muitas dessas narrativas constroem sobre o Brasil.5 Fernão Cardim. there is not the smallest doubt but that the whole country will be thrown into confusion and danger. houve um resgate de descrições e narrativas do século XVI. As coletâneas de Hakluyt e Purchas são iniciativas editoriais ligadas à origem do Império britânico e empenhadas em sua legitimação e divulgação entre os ingleses..3 numa época em que as rotas de navegação pelo Atlântico. Talvez eclipsados tanto pela vitalidade dos estudos sobre o Brasil francês. o que os torna uma rica e inexplorada fonte. capitães. cuja ação é concentrada em períodos bem delimitados. Entre esses textos merecem destaque os livros de Anthony Knivet e de Richard Hawkins. escritos por cerca de 33 autores. religiosos. a presença dos ingleses no Brasil tem uma história descontínua. marinheiros. integrante da viagem de circunavegação de Francis Drake. negociantes e outros membros das tripulações.11 Pero de Magalhães de Gândavo.9 O único relato inglês publicado nesse movimento de recuperação de fontes quinhentistas foi a narrativa de Anthony Knivet.7 Jean de Léry. traduzida em 1878 a partir de uma edição holandesa incompleta. visto que de muitas destas viagens há mais de um testemunho. pilotos. É importante notar que.8 André Thevet e Hans Staden. piratas e comerciantes ingleses que aportaram nas costas brasileiras no século XVI deixaram testemunhos de sua passagem ou estada no Brasil em uma série de textos. de estilos e gêneros variados (indo do roteiro de navegação à narrativa de viagem.12 aventureiros.13 duas excepcionais narrativas tanto por seu valor literário quanto pela qualidade de suas informações. escritos por almirantes.15 Contrastando com a presença de franceses e holandeses no Brasil. do tratado descritivo à epistolografia). A presente pesquisa levantou relatos ou notícias de aproximadamente 19 viagens. corsários. sendo interrompido pela guerra entre Inglaterra e França na déCADADE. deste conjunto de textos. bem como a narrativa de Peter Carder14 – prisioneiro no Brasil entre 1578 e 1586 –. cirurgiões. Seu assédio às costas brasileiras foi irregular e inconstante. apenas o de Anthony Knivet foi traduzido para o português e publicado no Brasil.11 Navegantes. Vincent is easely to be wone with men. Richard Hakluyt. Rio de Janeiro. em 1542.. by meane it is nether manned nor fortified. citrones. This iland and the mayne adjoyning doth so abound with victual that it is able to victual infinite multitudes of people. etc. Nac. e incipientes tentativas de fixação – como a possível construção de um forte. pelo comandante John Pudsey.EDEPOISRETOMADOCOMNOVO¤MPETONOREINADODE%LISABETH) O caráter de seus interesses e intenções também variou. 126 . seguido por episódios de pirataria. hogges. empreitadas bélicas – como o ataque às vilas de Santos e São Vicente em 1592 por Thomas Cavendish. ou o saque de Recife em 1595 por James Lancaster –. who had oxen. hennes. sugeriu que fossem estabelecidas bases navais inglesas no estreito de Magalhães e em território brasileiro. próximo à Bahia de Todos os Santos. observando: The Iland of St. empenhado na colonização inglesa da América do Norte e figura próxima à rainha. incluindo o período inicial de comércio pacífico. nas cidades de São Vicente e de Santos. lymons. as our people report that were there with Drake. Bibl. and being wonne it is to be kept with. oranges.16 An. portanto. e este é o impulso que o leva a publicar seu primeiro livro Divers voyages touching the discoverie of America. As coleções de Hakluyt e Purchas registram os relatos de navegadores ingleses e estrangeiros e. mas movendo Henrique VII a apoiar a viagem de descobrimento. numa espécie de “anglicização” da história dos Descobrimentos. observa-se nos relatos ingleses o quanto as frotas estavam familiarizadas com São Vicente. Santos.18 Afirma Purchas que o continente foi descoberto por Sebastião Caboto. “God had reserved the said offer to Castille”. Entretanto.. como propaganda anti-espanhola. e por isso seria muito melhor que o continente se chamasse Cabotiana do que América. Nac. de forma a quebrar o monopólio político e comercial das coroas ibéricas. entretanto. Richard Hakluyt transcreve na primeira edição de Principall Navigations (1589) dois trechos do livro de Fernando Colombo. a saber. nesse meio tempo. Nas coleções de Richard Hakluyt e Samuel Purchas podemos ler uma história da América contada por ingleses. conseqüentemente. encontra um novo caminho para vincular o descobrimento da América aos ingleses.12 Projeto que nunca se realizou. Rio de Janeiro. era um cidadão inglês. encorajar a colonização do Novo Mundo. em 1582. exaltam e elogiam o projeto inglês de expansão marítima e colonização da América. Samuel Purchas. Por sua vez. mas também sobre as ricas rotas comerciais das especiarias. estabelecendo como marco inicial a descoberta de Newfoundland por Sebastião Caboto em 24 de junho de 1497. atuando como propaganda colonial e. enquanto Colombo não fez mais do que avistar ilhas. Hakluyt afirma que chegara o tempo de os ingleses seguirem o exemplo de espanhóis e An. A justificativa ideológica dos direitos ingleses sobre a América começa pelo próprio descobrimento do continente. Colombo já tinha obtido o apoio da Coroa espanhola e partido. Bibl. em que este relata como seu tio. com a intenção de propagar e advogar os direitos políticos dos ingleses não apenas sobre o novo continente. de acordo com Purchas. também. Bartolomeu Colombo. Richard Hakluyt esteve ativamente empenhado no projeto de colonização da América do norte pelos ingleses. advogar o direito inglês sobre os territórios americanos ainda não colonizados por espanhóis e portugueses e estimular o projeto expansionista inglês. anti-católica. tinha sido incumbido por Cristóvão de oferecer ao rei inglês Henrique VII o projeto do descobrimento da América. Na epístola dedicatória. ilha Grande e ainda outras ilhas localizadas no litoral das capitanias de São Vicente e do Rio de Janeiro. 126 .19 Sebastião Caboto. tendo vindo a cumprir sua tarefa com muito atraso. a descoberta da América era inglesa e não espanhola.17 filho de Cristóvão Colombo. em seu aparato editorial e comentários. e. teria sido atacado por piratas e perdido o mapa que levava ao rei. Bartolomeu Colombo. cuja espístola dedicatória é extremamente esclarecedora sobre suas intenções. No entanto. antes de apresentar esse mesmo projeto aos reis espanhóis. Segundo Hakluyt. pontos freqüentes de abastecimento e aguada. e que os relatos que reunia em Divers voyages eram a prova de que as terras do norte da América pertenciam por direito aos ingleses. e sublinhava não apenas as motivações políticas e comerciais. seu esforço para estimular e justificar a expansão marítima inglesa. Em sua propaganda colonial. para onde poderiam mandar a população excedente de modo a formar colônias. mas também as religiosas: “to reduce those gentile people to christianitie”. e sua escrita da história da expansão inglesa. em LIVROSREDIGIDOSAPSOIN¤CIODAD£CADADE.13 portugueses em tomarem parte do Novo Mundo. Hakluyt era um clérigo. a formação da leyenda negra (black legend) – expressão cunhada no início do século XX para definir a propaganda inglesa contra os espanhóis. Nos relatos ingleses. especialmente os produzidos a partir DOIN¤CIODAD£CADADE. Bernardino de Mendonza. embaixador espanhol em Londres. especialmente no que se refere à ambição comercial e à atitude frente aos seus opositores. então. como os índios da América. Antônio. que saqueavam as cargas de embarcações comerciais de bandeira portuguesa e espanhola. mas ameaçadora. A política européia nas duas últimas décadas do século XVI esteve polarizada entre católicos. que redundou em fracasso. e o conseqüente domínio da América e das ricas rotas comerciais africanas e orientais foi objeto. de uma política marítima extremamente agressiva por parte da rainha inglesa. Nos arquivos marítimos e nos arquivos de Elisabeth I encontramse muitos processos movidos por espanhóis contra a indiscriminada ação de navios ingleses. e protestantes. como um saque de enormes proporções de bens espanhóis. abrigando-o na Inglaterra entre 1585 e 1589 e apoiando algumas de suas ações políticas. Os termos usados para designar os povos ibéricos na literatura de viagens inglesa desse período são os mais depreciativos. Essa polaridade política. observa-se um franco e acirrado antagonismo em relação aos povos ibéricos. particulares ou não.QUANDOASRELA½µESENTREA Inglaterra e a Espanha já tinham se deteriorado. como atestam as muitas cartas de D. A resposta mais efetiva do rei espanhol foi o envio da Invencível Armada. perpetrado com a anuência – e o aplauso – da rainha. ao trono português. contra a rainha inglesa. de maneira irregular. sejam inimigos políticos. enquanto Elisabeth I apoiava os PaísesBaixos contra o rei espanhol. o prior do Crato. sejam eles protestantes. que teve como ápice a viagem de Francis Drake. Felipe II apoiava os escoceses. religiosa e ideológica tem como imagem emblemática. liderados por Felipe II. A rainha inglesa apoiou também. considerada pelos espanhóis. a Felipe II. em 1578. O monopólio exercido pelo império de Felipe II após a anexação de Portugal pela Espanha. como dissemos. tendo como figura de proa a rainha Elisabeth I e sua política de expansão marítima. rei da Espanha e Portugal. as intenções de D. sejam povos conquistados. cruéis. enganosos.PORTUGUESESEESPANHISSáODElNIDOSCOMOGAnanciosos.. avarentos. perigosos. Rio de Janeiro. falsos. Bibl. tiranos. 126 . Nac. Uma frase An. que passou longos anos no Brasil. Enquanto os portugueses descreviam a natureza brasileira com intenções de amplificar suas qualidades. Francisco Soares e demais jesuítas). se comparados às narrativas escritas por portugueses (como Gândavo. com a intenção de atrair novos colonos ou novos investimentos. resume a visão negativa construída pelos ingleses: “preferi colocar-me nas mãos da piedade bárbara dos selvagens devoradores de homens do que da crueldade sanguinária dos portugueses cristãos”. Fernão Cardim. frei Bartolomé de las Casas. enquanto os franceses escreviam seus livros como um relato das maravilhas do Novo Mundo. ao traduzirem e publicarem várias edições da Brevíssima relação da destruição das Índias (quatro edições entre 1583 e 1699). sempre tendo a cultura indígena como paradigma da alteridade. Curiosamente. para quem a denuncia dos maus-tratos e desumanidade dos espanhóis com os índios servia como instrumento de defesa dos povos nativos e como um plano de reforma dessas relações. Gabriel Soares de Sousa. um dos textos fundadores da imagem inglesa da extrema crueldade ibérica foi escrito por um bispo espanhol católico. Dessa polaridade resulta uma das características mais marcantes dos relatos de viagens ingleses sobre o Brasil. os ingleses. especialmente a partir da D£CADADE. e Hans Staden redigia seu livro de memórias como uma peregrinação católica. e ao divulgarem na Inglaterra as atrocidades denunciadas por las Casas. forjavam uma justificativa para o seu projeto imperialista e de colonização do novo mundo. por franceses (como Thevet e Lery) e pelo alemão Hans Staden. Mas os ingleses.14 do aventureiro inglês Anthony Knivet. O radical antagonismo religioso e político faz com que o seu olhar etnológico focalize não apenas os povos indígenas. mas também o colonizador português. em que o exótico e o bárbaro. Esse ponto de vista relaciona-se também ao tipo de ação desempenhada pelos ingleses em território brasileiro. passam a ser qualidades ibéricas. uma alteridade muito mais marcante do que a dos próprios índios. mas os povos ibéricos. An. Resulta daí que os portugueses configuram. que nos revelam determinados aspectos da sociedade colonial ausentes nos demais cronistas. seja comercial ou expressamente de ataque e saque. 126 . para os ingleses. como Anthony Knivet e Peter Carder. Bibl. tomando como paradigma principal da alteridade não os povos indígenas. geralmente aplicado aos índios. de forma que as práticas sociais e políticas ibéricas são descritas de forma desusada..DESCREVEMATERRAESUASRELA½µESCOMSEUSHABITANTESDEUM ponto de vista inteiramente diferente. Rio de Janeiro. Nac. Também contribuem para essa visão os relatos de ingleses que passaram longos períodos no Brasil na condição de escravos ou cidadãos à parte da sociedade. & that the nakednesse of the spaniards. that we of England may share and part stakes both the spaniarde and the Portingale in part of America. Bibl. Rio de Janeiro. como John Davis. à navegação e à “cosmografia”. entre outros. e estabelecendo um rentoso comércio de mercadorias.21 A partir de 1529. Os ingleses. os ingleses empenhavam-se em associar-se a viagens comerciais espanholas. filho do veneziano Giovanni Caboto. construindo um conhecimento geográfico inteiramente novo. and other regions as yet undiscovered. mas realizada para o rio da Prata. sendo várias as expedições marítimas em busca da “Northwesth passage” (uma passagem para o Pacífico Norte através de um suposto caminho marítimo atravessando o extremo norte do continente americano). É interessante citar. comandado por Sebastião Caboto. Robert Thorne e Richard Hakluyt. that the time approcheth and nowe is. An.15 Períodos No início do século XVI os ingleses ainda não possuem o conhecimento de geografia e ‘cosmografia’ – como se dizia na época – necessários para a navegação e o estabelecimento do comércio na América do Sul ou em outros territórios e rotas marítimas pertencentes às coroas portuguesa e espanhola. Enquanto portugueses e espanhóis desenhavam os novos mapas do mundo e desbravavam as novas rotas. inicia-se um período não tão favorável para os comerciantes ingleses radicados na Espanha e vários retornam à Inglaterra. and see the Portingales time to be out of date.22 Um exemplo da atividade comercial conjunta entre ingleses e espanhóis é a viagem espanhola de 1526 com destino às Molucas... O conhecimento dos mapas. I conceive great hope. and their long hidden secretes are nowe at lenght espied. Nac. a declaração de Richard Hakluyt na epístola dedicatória de Divers voyages. que se tornou praticamente uma obsessão de várias figuras inglesas ligadas ao comércio. as do norte da África e da costa atlântica no continente. em que registra: When I consider that there is a time for all men. como demonstram os registros da atividade comercial de ingleses instalados em Sanlucar de Barrameda e em Sevilha. participando ativamente de várias rotas. as do Oriente e mesmo as do Novo Mundo. desde o início do século. e objeto da espionagem de ingleses. numa associação de capitais espanhóis e ingleses.. das rotas. tentaram encontrar um caminho alternativo e mais próximo para as especiarias. 126 . ano do divórcio entre Henrique VIII e a espanhola Catarina. e na qual os ingleses Caboto e Roger Barlow. de 1582. correntes e regimentos marítimos era praticamente uma exclusividade dos povos ibéricos. tinham como principal objetivo aprender a navegação pelo Atlântico e pelas rotas do Índico até as então chamadas “spice ilands”. como a das ilhas Atlânticas. a esse propósito. Comerciantes ingleses estabelecidos na Andaluzia investiam no comércio marítimo. freqüentavam as costas do território brasileiro e estabeleceram um próspero e pacífico comércio com os índios do litoral. sendo a priMEIRAVIAGEMADE"INOT0AULMIERDE'ONNEVILLE.16 Os franceses. desde o início do século XVI. em que a principal mercadoria era o pau-brasil. EM!SPRIMEIRASINcursões sistemáticas de ingleses na América do Sul teriam sido em associação com navios franceses. E. Um exemplo disso é a viagem do navio Barbara of London.23 entre 1539 e 1541 houve uma joint-venture entre França e Inglaterra no comércio no litoral brasileiro. Segundo W. Minchinton. EM. UMA empresa comercial inglesa. que contava com UMEXPERIENTEPILOTOFRANCãS!INDANAD£CADADE. comandada por John Phillips. Na década DE. segundo registra Richard Hakluyt. teria feito três lucrativas viagens ao Brasil. também contanto com a expertise de um piloto francês.ONAVEGADOR7ILLIAM Hawkins. SEGUNDO%VA'24AYLOR. 24 Nesse período realizamSEAINDAOUTRASVIAGENS. não apenas as de William Hawkins.VÕRIASVIAGENSCOMERCIAISAO"RASILFORAM empreendidas. NAD£CADADE. REGISTRADASPOR(AKLUYT. /INTERESSENA!M£RICADO3ULS£RETOMADONOlNALDAD£CADADE.COMOA dos comerciantes Robert Reneger e Thomas Borey. que teria erguido um forte na Bahia. A produtiva associação entre franceses e ingleses na exploração comercial de produtos tropicais nas costas brasileiras e o pacífico comércio com os índios do litoral seria interrompido por volta de 1542. e a de John Pudsey. quando as relações entre os dois países entram em uma fase de rivalidade. e este interesse se intensifica após a união das coroas ibéRICASEM. iniciada em 1577. especialmente após a espetacular viagem de Francis Drake. cujos enormes tesouros angariados de navios espanhóis abriram o apetite de investidores ingleses. em que registra: An Alderman of London. and one Winter. Bernardino de Mendonza. outras foram realizadas.DIVIDINDO SEENTREASEXPEDI½µESDECARÕTERCOMERCIALEAQUELAS francamente piráticas.25 entre os quais as cartas de D. embaixador espanhol na Inglaterra. are fitting out in this river two ships. ONEOFTONSANDTHEOTHERSMALL. como atestam vários documentos. Além das viagens registradas nos relatos compilados no “Catálogo bibliográfico” (página 42). 26 Two ships which I mentioned as being fitted out to go to the coast of Brazil with merchandise have now been joined by others. and they are all ready to sail some time ago in Plymouth4HEYARETHEh0RIMROSEvOF.TOGOONAPLUNDERINGEXPEDITIONTOTHECOAST of Brazil. whither they are to carry some merchandise.ONDON. TONS. THEh-IGNONvOF. THEBARQUEh(ASTINGSvOF. AmYBOATOF. TWOVESSELSBELONGING TO&RANCIS$RAKEOFTONSEACH. APINNACEOF. Nac.. which are taken to pieces and stowed on board the ships. The An. Rio de Janeiro. 126 . Bibl.ANDTWOLITTLELONGBOATSOF 12 oars a side. portanto três anos depois. Antônio. cuja missão era construir fortes e vilas com o objetivo de fechar o acesso do estreito aos ingleses. o prior do Crato. As cartas de D. com exceção daquelas que possuíssem uma “provisão real”. Bernardino de Mendonza. os Açores e o Brasil. embaixador espanhol na Inglaterra.17 intention is to plunder what they can get. ou simplesmente concentravam-se no abastecimento das frotas que seguiam em direção ao estreito. inclusive. visando principalmente à obtenção de carregamentos de açúcar e de eventuais provisões de metais preciosos. Em 1588. estabelecem-se leis proibindo o exercício do comércio. e os portos de São Vicente. sailing thence to the Moluccas. Santos e ilhas adjacentes – escala para o estreito de Magalhães – eram muito bem conhecidos e comumente empregados como bases de aprovisionamento e aguada pelas frotas inglesas. No entanto.27 Após a união ibérica. um projeto inglês de construir um posto avançado no extremo sul do continente de forma a implantar uma nova rota inglesa que possibilitasse o acesso ao Pacífico. to touch at the same island of San Thomé. sendo por vezes bem recebidos pelos colonos. aliás. e proibia que naus estrangeiras comerciassem no litoral. navios ingleses freqüentavam as costas brasileiras. o que. Foi apenas em 1591. da mineração e da agricultura por estrangeiros. É ilustrativo o seguinte trecho de uma carta de D. que o novo governador-geral. D. chegou ao Brasil para assumir o cargo. o regimento do novo governador-geral do Brasil estabelecia várias recomendações que visavam a defender o território do ataque de corsários. onde conseguiu certo apoio político. rei português vencido pelas forças de Felipe II e que se refugiou na Inglaterra. demonstram a sua preocupação com uma possível coalizão entre D. and. Mesmo com a proibição legal. e houve. Facilitava o trabalho dos corsários o fato de os portos brasileiros não contarem com um sistema eficiente de defesa. !S VIAGENS NA D£CADA DE E A BOA RECEPTIVIDADE QUE ALGUMAS DELAS possam ter tido em alguns portos do Brasil podem ser relacionadas à adesão política de algumas autoridades do Brasil a D. Os interesses de corsários ingleses no Brasil centravam-se na pilhagem de vilas e embarcações. if possible. Francisco de Sousa. tendo Giraldes permanecido em Portugal até sua morte em 1594. a Felipe II. ou ainda ao apresamento das ricas cargas dos navios espanhóis (principalmente no final do século XVI). Antônio.28 As recomendações desse regimento destinavam-se a Francisco Giraldes. é observado em vários relatos ingleses da época. a nau em que vinha ao Brasil desgarrou-se da frota e retornou a Lisboa. que deveria ter assumido o governo-geral em 1588. Bernardino de Mendonza ao REI. Tal projeto teve como resposta a viagem de Diego Flores de Valdés. Bibl.DEDEOUTUBRODE An. 126 . Nac.. Rio de Janeiro. in order to ship a larger number of men. in consequence of the promises made by Juan Rodriguez de Souza.18 The ships which I wrote to your Majesty were going to the coast of Brazil.29 Há ainda outro fator a contribuir para o interesse dos mercadores ingleses no Brasil: sabia-se que a colônia estava ávida por produtos manufaturados. como têxteis e ferramentas. but also to the Portuguese Indies. who came hither to represent Don Antonio. em 1526. as to the profits they will make if he goes with them. e ALONGOU SEAT£OANODE/DESTINOERAORIGINARIAMENTEAS-OLUCAS. not only to the coast of Brazil. A viagem teve início em San Lucar de Barrameda – na boca do rio Guadalquivir –. VIAGENS E NARRATIVAS30 Sebastião Caboto no Brasil A primeira viagem com participação de ingleses ao Brasil foi a comandada por Sebastião Caboto (filho do veneziano Giovanni Caboto. responsável pela descoberta da Newfoundland. cuja nacionalidade inglesa é freqüentemente invocada nos relatos da época. na América do Norte). have been delayed by Drake’s return. que poderiam ser intercambiados por açúcar a preços muito mais baixos do que se praticavam na Europa. a expedição não seguiu rumo ao seu destino inicial e concentrou-se na exploração do rio da Prata e do rio Paraná.OUIS2AMIREZ. Entretanto. comerciante inglês estabelecido em Sevilha e autor de um importante livro de geografia. Sobre essa viagem foram conservados registros de três participantes: uma descrição geográfica intitulada Brief Somme of Geographia32 do mercador inglês estabelecido em Sevilha Roger Barlow. Sabe-se que Robert Thorne. ESCRITAEMUMACARTADOFRANCãS.EA expedição foi resultado de uma união de investimentos espanhóis e ingleses.31 investiu meio milhão de maravedis na viagem. que estava no navio principal. Nac. Entre suas contribuições pessoais ao texto original espanhol estão descrições dos territórios que conheceu durante a viagem de Caboto. e An. sendo o primeiro livro sobre geografia escrito por um inglês após os Descobrimentos. A obra de Barlow não é um relato de viagem. em 1843. III. Rio de Janeiro. Santos. intitulada Islario General de todas las islas del mundo. rio São Francisco. como a costa brasileira (cabo de Santo Agostinho. Cabo Frio. 126 . Porto Seguro. tesoureiro da expedição. mas uma tradução quase literal da Summa de Geographia (1518) de Martin Fernandez de Enciso.PUBLICADAPOR4ERNAUX Compans em Nouvelles Annales de Voyages.33 e uma obra geográfica de Alonso de Santa Cruz. ilha de Santa Catarina). vol. baía de Todos os Santos. que viria a ser cosmógrafo chefe de Felipe II.. Bibl. escrita em 1542. Rio de Janeiro. o que teria motivado a mudança do destino da viagem. Tendo encontrado a frota de Diego Garcia. e outros partem para a exploração do rio Paraná. Caboto envia à Espanha um navio. Quando deixaram Pernambuco. Em Pernambuco. No entanto. Henrique Montes. Rio de Janeiro. além de trazer as informações técnicas de navegação e topografia que são a tônica de toda a obra. porque em 1528 Pizarro havia An.19 detalhadas e precisas observações sobre os povos indígenas (tupis e guaranis) e fauna e flora brasileiras. 126 . prometeu. Segundo Louis Ramirez. Somente em fevereiro de 1527 a frota adentra a foz do rio da Prata. e o novo destino da viagem foi fixado: não mais as Molucas. Um dos sobreviventes. pecockys. encher os navios de ouro e prata se a frota o acompanhasse até o rio Paraná. grete partriches. duckys and herings and divers other straunge byrdes. and divers other straunge bestes of good mete and savour and greete plentie of foules as popingais of dyvers sortes. o que dividiu a tripulação: alguns apoiavam a decisão de Caboto e outros continuavam fiéis ao plano inicial e aos investidores.. rumaram para São Vicente. Nac. onde segue Roger Barlow (que chega a Lisboa em outubro de 1528). e se divide. and grete plentie or fyshe which thei kyll with arows in the water. que viera expressamente com a missão de explorar o rio da Prata. e a urca que o acompanhava. for to reherse the straunge sort of fyshes that be upon this coste and also the straunge beastes ad foules of the lond it wold be a worke for to make another boke therof…34 A primeira parada em território brasileiro foi em Pernambuco. Caboto teria recebido informações sobre a existência de ouro e prata nas proximidades do rio da Prata. os reforços nunca são enviados. alongar-se em uma narração minuciosa dos aspectos naturais e sociais do território. Bibl. segundo relata Louis Ramirez. Um galeão foi construído para suprir a perda do navio. Caboto perdeu seu navio. parte fica no rio Uruguai. tendo a frota recebido a visita de índios e portugueses. onde se demoraram três meses. onde construíram um forte. onde desembarcaram de forma a construir um bote que havia se perdido. Destacamos o seguinte trecho desta que é uma das primeiras descrições da colônia portuguesa: Ther is plenty wylde beastes as wylde dere and falowe and mountayne hogges. contrariando os interesses dos investidores e de Carlos V. e onde encontraram sobreviventes da expedição de Solis ao rio da Prata. esperando a época propícia para continuar a navegação rumo ao estreito de Magalhães. o principal da frota. Caboto não deixou que seus homens desembarcassem. com os mantimentos. O trecho sobre o Brasil destaca-se do restante da obra de Barlow por. Na ilha de Santa Catarina. mas uma exploração do rio da Prata. e seguiram para a ilha de Santa Catarina. de forma a oficializar a sua exploração do rio da Prata e a pedir reforços para a descoberta. 36 Richard Haklut faz referência a duas viagens de Caboto ao Brasil.39 As viagens de William Hawkins A seguir à expedição de Caboto. os dois amigos em questão. Roger Barlow e o piloto Hugh Latimer. descoberto as riquezas do Peru e o caminho pelo rio da Prata perdia sua importância estratégica nas explorações em busca de ouro e prata. a possibilidade de estabelecer uma rota através da então sonhada “Northwest passage”. sublinha especialmente que dois ingleses participaram da viagem ao rio da Prata. Em novembro de 1529. publicado em 1553. imediatamente é instaurado um processo contra ele. encontra-se. Santo Domingo e Porto Rico.35 A viagem de Caboto. que resulta em sua condenação ao desterro em Oran.37 A primeira teria sido em 1516. informação baseada em livro de Richard Eden. depois de cumprir a pena. a de 1526 – que Hakluyt erroneamente data de 1527 –. embaixador de Henrique VIII na Espanha. através do pólo Norte. e ainda averiguar. Ao chegar a Sevilha. foi novamente nomeado piloto-mor pelo rei. escrita em 1527 para Dr. Caboto começa sua viagem de volta. passando por Santa Catarina e São Vicente. na qual Thorne menciona que dois amigos seus. “somewhat learned in Cosmographie”. a breve notícia de três viagens de William (AWKINS. participaram da viagem. às custas do rei Henrique VIII. O fato não impediu o prosseguimento da longa e atribulada carreira de Sebastião Caboto. pois. através do conhecimento da geografia do Pacífico. como obra de Cristóvão Jacques. passou a ser tido. Lee. também em Principal Navigations de Richard Hakluyt. como observa Rolando A. e teria se realizado para o Brasil. com toda razão. juntamente com Thomas Pert (ou Spert). empenharam-se na viagem com o objetivo de aprender a rota para as então chamadas “Spice Islands”. a ela atribuído. “foi perdendo a importância desde que o descobrimento do rio Paraná. viagem sobre a qual não há nenhum outro registro e que provavelmente se trata de uma confusão com a viagem realizada em 1526. sua fonte foi uma carta de Robert Thorne. que Hakluyt já publicara em suas Divers voyages em 1582. e o do rio Paraguai ficou à conta de Aleixo Garcia”. Laguarda Trías. A treatise of the New India. de modo a que os ingleses pudessem iniciar-se nesse proveitoso comércio.38 Sobre a segunda. OVELHOPAIDE*OHN(AWKINS . AO"RASIL. Nac.. As viagens também tinham como objetivo a costa da Guiné – a rota An. Bibl. “a thing in those dayes very rare. 126 . especially to our nation”. comenta Hakluyt.áOSE conhecem relatos da época sobre essas viagens. o navio Paul of Plimouth e com ele fez três rentosas viagens ao Brasil. Experiente mercador e capitão. apenas o breve registro feito por Hakluyt. Rio de Janeiro. William Hawkins armou.DEA. por conta própria. 21 comercial Guiné-Brasil passou a ser freqüentada por ingleses na década de n. em 1536 William Hawkins pediu a Thomas Cronwell que o rei apoiasse com a quantia de 2 mil libras uma nova viaGEMCOMDESTINOAO"RASIL. e espantou a corte com os furos em seu rosto. convencido da honestidade de Hawkins. Ao chegar à Inglaterra. a frota estabeleceu cordiais e proveitosas relações com os índios e provavelmente abasteceu-se de pau-brasil. Na volta ao Brasil. em Whitehall. Segundo Kenneth R. onde pçermaneceu perto de um ano. Na segunda viagem. conta Hakluyt. o rei indígena foi apresentado ao rei Henrique VIII.41 onde comerciaram escravos africanos e outras commodities. um inglês. como faziam as frotas francesas. um “rei” indígena concordou em ir para Inglaterra e em seu lugar foi deixado. o índio morreu durante a viagem marítima. de onde pendiam ossos e pedras. Andrews. devolveu o inglês que ficara como garantia. como marfim. mas seu povo. na terra. No Brasil. EEMAALFºNDEGADE0LYMOUTHREGISTRAAENtrada de mercadorias trazidas no navio Paul of Plimouth. CONTABILIZANDO quilos de marfim e 92 toneladas de pau-brasil.A D£CADA DE . Borey e Pudsey .42 o que indica que Hawkins fez outras viagens além das registradas por Hakluyt em Principall Navigations. Reneger. PELO QUE ESCREVE (AKLUYT. O CAMINHO ABERTO POR 7ILLIAM(AWKINSNAD£CADADEJÕTINHASETRANSFORMADONUMAROTINA. e várias proveitosas viagens comerciais foram feitas ao Brasil. especialmente PORRICOSCOMERCIANTESDE3OUTHAMPTON$EA. Em 1542. the principall towne of all Brasil”. e não longe da cidade ergueu um forte. há muitos registros que indicam que houve uma considerável atividade comercial inglesa no Brasil. Andrews. o que pode indicar que havia um comércio regular com a costa brasileira ou que havia a intenção de que esse comércio viesse a se regularizar. registra Hakluyt44. O Barbara of London %M . ainda segundo Hakluyt. “This commodious and gainefull voyage to Brazil was ordinarily and usually frequentend by M. and divers others substancial and wealthie merchants of Southampton”. um certo Pudsey de Southampton fez uma viagem a “Baya de todos los santos.SEGUNDO+ENNETH R. Robert Reneger43 and M Thomas Borey. 45 A viagem tinha como objetivo o comércio pacífico nas costas brasileiras. Rio de Janeiro. Nac. cujos donos eram John Chaundler. An.. O NAVIO Barbara of London fez uma viagem ao Brasil – não registrada por Hakluyt –. 126 . O Barbara of London. Bibl. mas atos de pirataria contra navios espanhóis foram cometidos no percurso e por isso instaurou-se um processo após a sua volta à Inglaterra. registrada em documentos da Alta Corte do Almirantado no Public Record Office. 22 John Preston e Richard Glaysner. saiu de PortsMOUTHEMDEMAR½ODE. comandado por John Philips. COMUMATRIPULA½áODEHOMENS. a fugirem levando todas as mercadorias. e se encaminharam para “the Ile of Brasell”. capturaram um galeão de Sevilha carregado de açúcar. que estavam em terra. que estava avariado. mas foram aprisionados pelos ingleses. and dyvers other straunge beastes of that countrey”. a Fernando de Noronha. Chegaram. e vários foram feridos. mas finalmente ancoraram em um lugar chamado Callybalde (ou Kennyballes). Alguns ingleses os perseguiram. Atingiram Trinidad. onde mandaram para a terra o piloto e um língua. com todo o algodão estocado nela. Hispaniola e Santo Domingo. Dias depois os dois franceses capturados foram levados a terra para ajudar os ingleses no comércio com os índios. incendiaram a nau e partiram de volta para a Inglaterra. no qual voltaram para CASA%MAGOSTODECHEGARAMA$ARTMOUTH. O Barbara levava mercadorias e uma comissão que estipulava “that they should do no robery but folowe the usage like honest men”.46 e onde construíram uma casa para estabelecer o comércio com os índios. sendo um piloto e vários intérpretes (línguas) aptos a negociar com os índios. Naquela noite o francês e um seu conterrâneo tentaram cortar o cabo da âncora do navio. o Barbara ficou preso por algumas horas nas pedras. mas todos foram mortos pelos índios. onde passaram um mês comprando “cotten wolle. monckeys. autor do relato sobre a viagem. capturam um barco vasco e uma caravela carregada de ouro e âmbar. e rumaram para o cabo de São Roque. exceto um. Estando com poucos homens para manejar dois navios – o Barbara e a nau basca tomada no início da viagem –. Ali vieram a bordo um francês e um português que os instaram a sair de lá e a evitar o país “in his kinges names”. popynjayes. No entanto. mas escaparam e conseguiram convencer os franceses da tripulação.ENTRE eles 12 franceses. muito conhecido por John Bridges. que souberam pelos índios estarem distantes do ponto onde deveriam achar pau-brasil. antes de atingir as Canárias e o Cabo Verde. No mesmo dia a casa foi atacada e incendiada. Na saída do cabo. ao que tudo indica. onde abandonaram o Barbara. em outubro de 1578. ele e outros sete homens foram mandados para uma pequena An. notícias do Barbara chegaram às cortes espanholas e processos judiciais foram movidos.47 Reginald Marsden faz referência ainda a uma viagem ao Brasil em 153941. citada na Adm. que em 1543 estava comerciando com o Mary Fortune. Na Terra do Fogo.. em que mercadores de Dieppe também investiram. n. Bibl.ESSE meio tempo. na viagem de circunavegação iniciada em 1577. 61.48 O relato de Peter Carder O marinheiro Peter Carder integrava a frota de Francis Drake. Court Libels 9. John Chaundler. Rio de Janeiro. Nac.COMTREZEHOMENS. 11. n.. no Pacífico. mas não atingiram seu dono. 64. 126 . Identificado como estrangeiro ilegal. que lhe deu emprego e abrigo. Entretanto. após uma tempestade. aonde chegou em 26 de novembro de 1586. conseguiu que fosse embarcado clandestinamente em um navio a caminho de Portugal.23 pinaça.52 relatando episódios da viagem. comerciante com importantes investimentos no comércio com o Oriente. foi salvo pelo senhor Antônio de Paiva.. de modo a poder servir a embarcação principal (Pellican. Richard Hakluyt publica três documentos relativos a essa viagem: uma carta do inglês John Whithall. e se assemelha ao livro de Anthony Knivet. em nota marginal ao curto relato de Carder. com quem passa a conviver. descreve sua boa situação econômica em São Vicente. voltar ao Atlântico. e também dono de alguns engenhos de açúcar. e atingir o rio da Prata. anos depois. também chamado de Mignon em documentos ingleses da época. a pinaça também perdeu-se da frota. e. 126 . está no limite entre o relato de viagem e a literatura. relaciona as mercadorias que deveriam ser enviadas ao Brasil. e sua chegada à Bahia. Nac. sem alimentos ou instrumentos de navegação. visto que o Elisabeth de John Winter tinha se perdido da frota. Em seu relato autobiográfico. em resposta. especialmente com o açúcar. a 26 de junho de 1578. entre índios e portugueses. demonstra a possibilidade de grandes lucros no comércio com a capitania. Carder conta uma sucessão de peripécias. escrita em Santos. Rio de Janeiro. é condenado pelo governador a ir para Lisboa e trabalhar nas galés. Whitall sublinha que o provedor e o capitão da capitania lhe informaram ter An. genro do senhor de engenho genovês José Adorno. mas contém descrições extremamente valiosas dos povos indígenas e da sociedade colonial. de cinco comerciantes ingleses. O grupo conseguiu atravessar o estreito de Magalhães. e um diário de bordo do agente comercial Thomas Grigges.51 enviada através do Minion of London. a ficção. renomeado Golden Hind). Bibl. declara ter publicado o documento a pedido de John Winter. Samuel Purchas. A narrativa de Carder não tem a sobriedade e a objetividade dos demais relatos de viagem. o que se igualava a uma pena de morte. John Whithall (chamado de João Leitão no Brasil). O navio. que o levaram de volta à sua terra. para sua sorte. com quem se encontrou em setembro de 1618. Mas. onde teria passado oito anos antes de retornar para a Inglaterra. uma carta. em carta dirigida ao inglês Richard Staper. entre elas sua captura pelos índios tupi.49 Peter Carder conta suas aventuras no Brasil. O Minion of London A próxima viagem de que se tem notícia é a do Minion of London. foi atacado nos Açores por ingleses. e propõe a vinda de um navio inglês com as citadas mercadorias. Em seu impressionante relato publicado por Samuel Purchas. impresso em quatro páginas. D. Rio de Janeiro. embaixador espanhol na Inglaterra. that orders should be given that no foreign ship should be spared. John Birde e William Elkin. copos. como fonte oral de viagens por ele publicadas). além uma série de ferramentas e material para a construção de navios. tesouras. pelo capitão. tais como calderões de cobre para os engenhos. Bibl. roupas. facas. a esse propósito. Nac. escreve repetidamente a Felipe II comentando a viagem do Minion e recomendando medidas para evitar que tais viagens inglesas ao Brasil se repetissem. tais como tecidos. por oficiais do rei e por outras autoridades. de que havia muita demanda. Anthonie Garrard (diversas vezes citado por Richard Hakluyt. em Principall Navigations. A carta em resposta.53 É significativo. antes da união ibérica o comércio da colônia com os ingleses não era visto com maus olhos pelos portugueses. in either the Spanish or Portuguese Indies. receberam a notícia sobre a “guerra” entre Portugal e Espanha pela sucessão da Coroa. a colônia se beneficiaria dos produtos manufaturados ingleses e de outros países europeus. se pudermos contar com um bom e leal amigo como você para comerciar conosco”. entre elas itens mandados especialmente para Whithall. do que também é An. e uma cama de dossel. que a região se situava nas vizinhanças do Peru. conforme conta Thomas Grigges em seu diário. Bernardino de Mendonza. que precisavam de “masters to come to open the said mines”. 126 . sendo recepcionado. louças. Enquanto os ingleses lucrariam com o comércio de açúcar do Brasil. Christopher Hodsdon. Diz John Whithall em sua carta: “meu sogro e eu faremos anualmente uma boa quantidade de açúcar que pretendemos embarcar para Londres. Thomas Bramlie. de presente. Quando já estavam no Brasil. o seguinte trecho de uma carta DEDEOUTUBRODE For this reason it will be desirable in your Majesty’s interests. além de artífices ingleses.24 descoberto minas de ouro e prata. descrita em detalhes. e que lhe haviam garantido dar licença comercial para o navio vindo da Inglaterra. This will be the only way to prevent the English and French from going to those parts to plunder. but that every one should be sent to the bottom. for at present there is hardly an Englishman who is not talking of undertaking the voyage. As duas cartas demonstram a intenção de iniciar uma relação comercial proveitosa para os dois lados (note-se que na carta dos mercadores ingleses há referências a outras cartas escritas por Whithall para potenciais parceiros comerciais na Inglaterra). so encouraged are they by Drake’s return. relacionam as mercadorias enviadas no Minion of London. and not a soul on board of them allowed to live.. de quatro mercadores ingleses associados na viagem. É interessante observar que na capitania de São Vicente o navio foi muito bem recebido. chapéus.54 Provavelmente. Ralfe Newberie. Richard. 26 jun. London: George Bishop. The principall navigations. 1600. The third volume. and Robert Barker. 1578. . pretendia estabelecer comércio regular com a Inglaterra.Carta de John Whithall ao comerciante Richard Staper: radicado em Santos. In HAKLUYT. In HAKLUYT. and Robert Barker. 1580. Ralfe Newberie. The principall navigations. por quatro comerciantes ingleses.Carta enviada a John Whithall. 1600. London: George Bishop. . Richard. The third volume. 24 out. no navio Minion of London. London: George Bishop. 1600.Diário de bordo do tesoureiro do Minion of London. In HAKLUYT. Ralfe Newberie. Richard. The third volume. . Thomas Grigges. The principall navigations. and Robert Barker. escrito durante a viagem ao Brasil em 1580. Relato da viagem de James Lancaster ao Brasil em 1504: descreve a tomada e o saque do porto do Recife. . The principall navigations. The third volume. Richard. London: George Bishop. and Robert Barker. 1600. Ralfe Newberie. In HAKLUYT. 1625. Samuel.Narrativa do marinheiro Peter Carder: nove anos no Brasil. London: William Stansby for Henrie Fetherstone. . Hakluytus Posthumus or Purchas his pilgrimes in five bookes. The fourth part. In PURCHAS. depois que se desgarrou da frota de Francis Drake em 1578. London: William Stansby for Henrie Fetherstone. 1625. . tornou-se escravo da família Correia de Sá.Narrativa do jovem Anthony Knivet sobre os quase dez anos passados no Brasil: abandonado pela frota de Thomas Cavendish em 1592. Samuel. The fourth part. Hakluytus Posthumus or Purchas his pilgrimes in five bookes. In PURCHAS. Samuel. London: William Stansby for Henrie Fetherstone. Hakluytus Posthumus or Purchas his pilgrimes in five bookes. In PURCHAS. .Breve notícia de Thomas Turner. que viveu dois anos no Brasil. 1625. sobre a flora e a fauna brasileiras e o comércio de escravos com Angola. The fourth part. Samuel. London: William Stansby for Henrie Fetherstone. In PURCHAS. 1625. Hakluytus Posthumus or Purchas his pilgrimes in five bookes. . em 1608.Relato da viagem de dez semanas ao Amazonas feita pelo cirurgião barbeiro William Davies. The fourth part. e seu relato. documentos estudados por Olga Pantaleão. o Elisabeth. e sobre as populações indígenas de São Vicente e suas relações com os portugueses. onde ocorreu uma série de problemas e desentendimentos entre a tripulação. comandado por Stephen Hare. Grigges tinha noções de língua portuguesa – serviu de intérprete na Bahia – .55 Thomas Grigges. o comércio do rio da Prata com o Peru.33 testemunho a boa recepção do Minion pelas autoridades da capitania de São Vicente. um dos agentes comerciais embarcados. juntamente com o piloto Edward Cliffe. mas que se desgarrou dos demais no estreito de Magalhães e voltou para a Inglaterra (Edward Cliffe é autor do relato de viagem sobre o espisódio). traz ainda descrições sobre a atividade comercial. Não há nada nos documentos publicados por Hakluyt sobre a escala na Bahia. O Minion. saiu de Harwich a 3 de novembro de . que fazia parte da frota de Francis Drake na viagem de circunavegação. já tinha estado na capitania de São Vicente. além de narrar todos os episódios da viagem. de registrar informações úteis para a navegação. no navio comandado por John Winter. segundo seus companheiros). mas o episódio está registrado no processo que se instaurou na High Court of Admiralty após a volta do navio. tendo como piloto Edward Cliffe (que abandonou o navio na Bahia para se tornar “frade” da Companhia de Jesus. CHEGOU Í ILHA DE 3áO 3EBASTIáO EM DE JANEIRO DE . . O Minion chegou a anunciar publicamente que levaria para a Inglaterra mercadorias de qualquer negociante interessado. onde conseguiu licença de comércio concedida pelo governador. Seguiu. então. em uma ilha. 126 . tencionando ficar na Bahia”. onde lhes entregaram cartas que deveriam ser levadas a Santos. Bibl. “alguns agentes dos comerciantes não cuidavam dos negócios ou de providenciar os retornos para a viagem: acusação foi feita de terem eles gasto ou consumido as mercadorias a seu cargo ou de terem delas se apossado. assim como alguns membros da tripulação. onde permaneceu até julho para reparos no navio.57 O agente comercial Thomas Babington efetivamente ficou na Bahia. Rio de Janeiro. fazendo escala em São Sebastião. Segundo Olga Pantaleão. Nac. o que indica que o navio não tinha sido suficientemente carregado com as An. segundo afirma Bernardino de Mendonza (carta de 4 de maio de 1582). entre eles Abraham Cocke. mas permaneceu perto da entrada do porto. para Santos. ONDE FEZ escala para que alguns agentes comerciais fossem ao encontro de Whithall e de seu sogro na ilha de Santo Amaro. por uma semana.56 Na Bahia houve desentendimentos entre a tripulação e os agentes comerciais. onde ficou até meados de junho comerciando pacificamente e carregando o navio com açúcar local. Dirigiu-se então para Salvador para comerciar. e entrou no porto em 3 de fevereiro de 1581. e chegou à Bahia em 19 de setembro de 1581. Edward Fenton é descrito por Madox como egocêntrico. Bibl. as instruções oficiais dadas a Fenton59 antes de sua partida em 9 de abril de 1582. planejada para atingir as então chamadas “Índias orientais” e as Molucas. sabe-se que a tripulação desde o início rejeitou Edward Fenton. seu plano alternativo era rumar para Santa Helena e tornar-se rei do An. publicado por Hakluyt. chanceler da Universidade de Oxford. a viagem de Fenton. ganhou novas edições que reproduziram o texto censurado. o de Luke Ward. cruel e ambicioso. o episódio não atraiu a atenção de historiadores até o século XX. Nac. “uma das razões que prejudicaram o resultado da viagem do Minion foi a atitude dos seus próprios elementos”. intencionando fazer uma viagem pirática. R. Devido ao fracasso da missão. Como observa Olga Pantaleão. contrariando os objetivos dos investidores. que mandara seu capelão. em que o autor usa pseudônimos tirados da literatura clássica para nomear os principais ‘personagens’ de seu livro.62 Segundo E. irascível. G. 126 . Taylor em 1959. Pelo relato do capelão Richard Madox. como o conde de Leicester. sendo. e não empecilhos impostos pela administração local. escrito em inglês. na viagem. encontram-se alguns documentos relativos à viagem de Edward Fenton. tinha como objetivo estabelecer a primeira base comercial inglesa no Oriente. financiada pela Privy Chamber. O único relato conhecido durante séculos. e ao que tudo indica partiu do bispo a ordem para que alguns ingleses fossem interrogados.61 e o diário do capelão Richard Madox. após uma troca de tiros de canhão entre o castelo da Bahia e o navio. e tornar-se rei. editado na íntegra por Elisabeth Donno em 1976. Rio de Janeiro. Richard Madox. mas reduzido à metade na segunda edição de Principall Navigations. e um “Discurso” do português Lopez Vaz (manuscrito obtido pelos ingleses durante viagem ao Brasil em 1587) em que são narrados os episódios da viagem de John Drake após ter abandonado a frota de Fenton. instalado um processo para averiguar as irregularidades da viagem. houve também desentendimentos religiosos. Ainda segundo Madox. Havia também outros investidores. Taylor. R.34 mercadorias da terra. publicados somente no século XX: o diário do próprio Edward Fenton (que documenta os últimos seis meses da viagem) e outros documentos editados por Eva G. em sua volta. Sobre essa atribulada viagem há também outros testemunhos. No entanto. e um de seus objetivos era conquistar São Vicente. mas que se deteve no Brasil e no estuário do rio da Prata: o diário de navegação do vice-almirante Luke Ward58SIGNIlCATIVAMENTEREDUZIDONAEDI½áODEDEPrincipall Navigations). e que este logo mudou de planos. o que hoje parece absurdo e risível. Edward Fenton Em Principall Navigations. de Richard Hakluyt.. em latim e em linguagem cifrada. no Brasil. O Minion iniciou sua volta para Inglaterra em fins de janeiro de 1582. em 1582. que lhes passaram uma série de informações e foram liberados. onde tomaram um navio espanhol que levava frades franciscanos para o rio da Prata. ocorrendo uma série de desentendimentos sobre o que fazer. e os venderiam na Inglaterra. por terra. fazendo dos homens da tripulação seus colonos: aí esperariam os navios portugueses vindos das Índias. seguindo para rio da Prata e para o estreito de Magalhães. Após a partida da Inglaterra. R. An. No entanto. Havia pouca provisão na frota e uma nova assembléia foi feita. Rio de Janeiro. os colonos anunciaram que estavam agora sob o domínio de Felipe II e proibidos de negociar com os ingleses. da flora e da fauna. segundo Eva G. 126 . a problemas na navegação precisou voltar a sua terra natal. como mercadores e seus subordinados diretos. no atual estado de Alagoas. tomariam posse de seus carregamentos. Seguiu-se uma batalha entre as duas frotas. fizeram aguada no golfo da Guiné e passaram um longo tempo na África. entre o rio da Prata e o Peru. A viagem foi marcada pelos desentendimentos entre Edward Fenton e membros da tripulação. Taylor. a chegada da frota de Diego Flores de Valdés. Desistindo do Brasil. e também ilustrações de animais e plantas. em assembléia decidiram fazer a próxima parada no Brasil. interrompeu as negociações. com a intenção de iniciar os negócios entre ingleses e colonos. Mas ao chegarem lá. Fenton decidiu ir para São Vicente. mas Edward Fenton seguiu para o Espírito Santo. Bibl. Estes são os motivos que levaram a não publicação dos documentos relativos à viagem de Fenton – o que veio a ocorrer. de modo a abastecer os navios. e estabeleceu ótimas relações com o governador. apenas do século XX –. que tinha sido avisado sobre os navios ingleses fortemente armados. mas rumou para Newfoundland. mas contém descrições da natureza brasileira. John Whithall visitou secretamente a frota. Fenton. e a da existência de uma boa quantidade de cavalos aptos a fazer o percurso. Devido. e obrigou seus subordinados a assinarem essa decisão – não assinada por John Drake. narrada por Pedro Sarmiento de Gamboa. como foi dito. Chegaram à baía de Dom Rodrigo.35 local. não se dirigiu à Inglaterra. e o comércio só não se realizou por conta da chegada de uma pequena embarcação portuguesa. pois a história da expansão marítima inglesa contada por ingleses como Richard Hakluyt e Samuel Purchas obviamente não estava interessada neste tipo de eventos. que um mês mais tarde abandonou a frota. Nesta altura surgiram os rumores de que Fenton pretendia atacar São Vicente e tornar-se rei. surpreendentemente.63 Após a batalha. tornou-se claro de que havia a possibilidade de comércio ilegal. No entanto. o navio de Luke Ward voltou para a Inglaterra. em represália aos recentes ataques de Drake aos navios espanhóis. Entre essas informações estava a da rota comercial. Nac. no entanto. O diário de Richard Madox detém-se especialmente nas intrigas entre os homens da frota e na descrição do caráter de seus principais elementos.. e pelo bispo D. No entanto. No dia 26 de junho de 1586. Cristóvão de Barros.64 vívida e bem escrita narrativa da viagem e do agressivo ataque à Bahia. os capitães Robert Withrington e Christopher Lister acossaram o recôncavo baiano entre abril e junho de 1587.65 Frei Vicente do Salvador. com o objetivo de saquear naus espanholas –.36 Seguiu-se a prisão dos capitães e um processo. e ainda um extrato do manuscrito de Lopes Vaz sobre o episódio. em uma ação francamente pirática. durante seis semanas. em Principall Navigations. também narra em detalhes o ataque dos ingleses ao recôncavo e a resistência armada pelo governador da Bahia. Antônio Barreiros. publica o relato do comerciante John Sarracol. Robert Withrington e Christopher Lister na Bahia Em viagem organizada e financiada pelo conde de Cumberland – planejada para atingir o Pacífico. Richard Hakluyt. cinco anos depois Fenton estava no comando do Mary Rose contra a Invencível Armada. partiram de Gravesend o navio Red Dragon e a barca Clifford. na História do Brasil. COMHOMENS0ASSARAMPELASCANÕRIASEPELA'UIN£. ONDE saquearam e incendiaram povoações locais. No dia 17 de novembro saíram de Serra Leoa, seguindo para o estreito de Magalhães, e no dia 2 de janeiro avistaram terra (28 graus abaixo do equador). Nas proximidades do rio da Prata apresaram duas naus portuguesas, que pertenciam ao bispo de Tucuman, a caminho do Peru – em uma delas estava o inglês Abraham Cocke (do Minion of London) –, carregadas de açúcar, geléias [marmelades] e doces [succats ou suckets], e tomaram posse de seu carregamento e de alguns membros da tripulação. Nestes navios foi tomado o manuscrito de Lopes Vaz sobre a viagem de Fenton e John Drake, posteriormente publicado por Hakluyt. Um dos portugueses aprisionados explicou-lhes o caminho que fariam até o Peru: seguiriam nas naus até Santa Fé, no rio da Prata, onde as mercadorias passariam para pequenas barcas que iriam até Assunção, e daí seriam transportadas por cavalos, por terra, até o Peru. No dia 7 de fevereiro reuniram-se em conselho, do qual participou Sarracol, para deliberarem sobre o destino da viagem, visto não terem suprimentos e os ventos e o clima estarem desfavoráveis ao prosseguimento do destino programado, o mar do Sul [Pacífico]. Decidiram, portanto, rumar para a costa do Brasil com o objetivo de conseguir víveres, vinho e outros suprimentos. Tinham ainda o seguinte plano, segundo escreve Sarracol: Besides, it is given us here to understand by the Portugals which we have taken, that there is no doubt but that by Gods helpe and our endevour, wee shall bee able to take the towne of Baya, at our pleasure, which if wee doe put in practise, and doe not performe it, being somewhat advised by them, they offer to loose their lives. An. Bibl. Nac., Rio de Janeiro, 126 37 O plano consistia em passar alguns meses na Bahia e depois seguir viagem rumo ao estreito de Magalhães e ao Pacífico, de modo a completar o objetivo da viagem. No dia 5 de abril de 1587 aportaram no Brasil, a altura de “sixteen degrees and a tierce” (em Camamu), alguns homens desembarcaram, e em uma canoa veio um oficial português [“one of the chiefest Portugals that belonged to the place”], e ali conseguiram “beefes, hogs, water and wood at our pleasure, having almost no man able to resist us”. No dia 11 chegaram à Bahia, onde foram recebidos a tiros, e nos dias seguintes conseguiram tomar alguns navios e caravelas na baía, e receberam a visita de dois comerciantes, um holandês e outro português. Seguiram-se batalhas, em mar e terra, com portugueses e índios, e diversos outros episódios, como pilhagens nos engenhos na baía de Todos os Santos, incendiados pelos ingleses, vivamente DESCRITOSPOR3ARRACOL!ORESOLVEREMPARTIRNODIADEJUNHO7ITHRINGTON considerou que não tinham condições de rumar para o estreito e que seria melhor ir para os Açores ou para as Índias orientais de forma a tentar obter os lucros que deveriam ser apresentados ao conde de Cumberland. Seguiram VIAGEMTENCIONANDOIRA0ERNAMBUCO. e o relato de viagem de um dos integrantes da frota. Bibl. Pernambuco e Rio Grande do Norte. An. onde chegaram em 29 de setembro de 1587. as condições das prisões do Rio de Janeiro e descrições detalhadas das viagens em busca de metais preciosos. escrito pelo jovem aventureiro inglês Anthony Knivet. em que descreve suas aventuras entre índios e colonos. publicado por Samuel Purchas em 1625.. publicado por Richard Hakluyt na segunda edição de Principall Navigations. em que a polaridade entre ingleses e ibéricos é o vetor que guia a narrativa e que traz à tona informações sobre a colônia que não estão presentes nas demais narrativas da época. cujas informações contradizem as da carta de Cavendish. 126 . Nac. No relato sobressai a visão de um inglês sobre a colônia e seus habitantes.67 e ainda outros testemunhos igualmente veementes. como a última carta de Thomas Cavendish68. A viagem de Thomas Cavendish A frustrada segunda viagem de circunavegação de Thomas Cavendish66 gerou um dos livros mais desconcertantes sobre o Brasil quinhentista. John Jane.69 tripulante do navio comandado por John Davies. com grandes ganhos financeiros. como a escravidão de estrangeiros.MASADEJUNHORESOLVERAMRETORNAR para a Inglaterra. Rio de Janeiro. São Vicente. entre elas Rio de Janeiro. escrita no Atlântico pouco antes de sua morte. O relato de Anthony Knivet é uma extensa narrativa autobiográfica sobre os quase dez anos em que o jovem inglês permaneceu no Brasil. e suas viagens por diversas capitanias. a maior parte deles como escravo da família Correia de Sá. as expedições de extermínio dos povos indígenas. também publicada por Purchas. é uma amarga justificativa do fracasso da viagem. publicado por Samuel Purchas. por outros testemunhos. e a provar que o navegador inglês não abandonou a frota e. cuja frota não tinha sido suficientemente abastecida e que prolongou demasiadamente sua estadia em Santos. Os ingleses permaneceram cerca de dois meses – os mais graduados se instalaram no convento dos jesuítas – e. Como bem observou Philip Edwards: It is for the reader to judge whether the voice we hear in the narrative is the voice of a dying man or of a man determined to die. publicada com cortes por Samuel Purchas – uma edição integral da carta foi publicada em 1975. por David B. saquearam e se instalaram em Santos. em uma estação inadequada para a viagem. Rio de Janeiro. O episódio teve grande repercussão. Quinn71 –. não ultrapassou o estreito de Magalhães. Bibl. concentra-se nos episódios do percurso e não se detém em descrições sobre os lugares que visitam. 126 . onde saquearam as casas dos colonos. No dia 3 de fevereiro seguiram para o estreito de Magalhães. devido à sua violência. e que teria abandonado a frota na altura do estreito de Magalhães –. O relato de viagem de John Jane. e empreendendo a viagem em meio às piores condições. saquearam e incendiaram a vila de São Vicente. Toda a narrativa é construída com o propósito de responder às acusações feitas por Thomas Cavendish contra John Davies. sabe-se que a viagem foi marcada pelo autoritarismo feroz de Cavendish. atacaram uma nau portuguesa na altura de Cabo Frio. A frota. e passou pelas Canárias. tendo perdido quase todos os navios e grande parte dos homens. portanto. sendo o assalto cometido quando grande parte da população estava na igreja. Nac. e precisou retornar à Inglaterra. não foi o responsável pela ruína da viagem.38 A carta de Thomas Cavendish. e financiada por uma série de investidores. No entanto. Em 25 de dezembro de 1591 atacaram. A frota de Cavendish saiu de Plymouth a 26 de agosto de 1591. sendo reduzida à ruína. Ao chegarem ao Brasil. culpando também a tripulação amotinada e igualmente o mau tempo que enfrentara durante toda a viagem. antes de saírem. como os de Knivet (abandonado semi-morto por Cavendish em uma praia no litoral de São Vicente) e o de John Jane. tendo enfrentado violentas An.. tendo assim perdido a temporada correta para a travessia do estreito. celebrando o Natal. I consider the narrative to be the last act of defiance of a defeated leader before he took his own life. inicialmente composta por cinco embarcações.72 Cavendish atribui a culpa do fracasso da viagem ao comportamento de John Davies – o grande navegador inglês que comandava a nau Desire. cujos tripulantes foram deixados na ilha Grande (denominada Placência pelos ingleses). os ingleses partem do Recife. John Davies pára na ilha Grande para abastecer o navio e desembarcar os homens doentes. apoderando-se da vila. após uma batalha. com um enorme botim. Ganham o reforço de cinco embarcações francesas comandadas por Jean de Noyer. no Espírito Santo. An. em julho de 1595. mas são também vencidos pelas forças locais. mas é atacado por índios e portugueses. então. James Lancaster também é uma personagem de relevo da expansão marítima elisabetana. especialmente de Olinda. mas ao entrar no Pacífico enfrenta grandes tempestades. Comandou várias viagens à Índia. Lancaster comanda uma frota armada por vários comerciantes. e no entanto malsucedida. entre eles Jean de Noyer. Partem de Blackwall em outubro de 1594. A Desire. 126 . passam pelas Canárias e pelo Cabo Verde. morto durante a viagem. Na última batalha. De volta à costa brasileira. Após esse episódio. e atacar Santos. quando morreram três dos principais comandantes da armada. mas. e passam um mês saqueando a vila e carregando os navios da frota. capturando no caminho algumas naus espanholas. onde abandona vários feridos. e voltam para a Inglaterra. Rio de Janeiro. mas não consegue atingi-la. onde o Leicester chega sem o seu comandante. decidindo rumar para a Inglaterra. Chega à Irlanda em 11 de junho de 1593. Segue em direção à ilha de Santa Helena. cujo objetivo era capturar barcos espanhóis vindos da América. viagem à Índia (1591-1594). onde se juntam a quatro navios de Edward Fenner. nau comandada por John Davies. James Lancaster no Recife Assim como John Davies. e o desgarramento da Desire. atacar a vila de Vitória. carregada de mercadorias. Cavendish. consegue atravessar o estreito de Magalhães. e perde vários homens da tripulação. e foi um dos fundadores da Companhia das Índias Ocidentais. Após sua primeira e pioneira. fazem aguada no Rio Grande do Norte. tendo sido responsável pela abertura e consolidação da rota comercial inglesa para o Índico. um grande nome da época de ouro da navegação inglesa. trezentos ingleses enfrentaram as forças de Olinda. Resolve. Dos tripulantes dessas embarcações. seus homens são repelidos pelos habitantes locais. Bibl. Houve vários episódios de resistência por parte das autoridades locais. entre eles Anthony Knivet. colhem a informação de que uma nau da carreira da Índia.39 tempestades e frio extremo. Nac. tendo a pinaça naufragado. encalhara no Recife. Em 24 de março de 1595 atacam o Recife com uma frota de doze naus. juntamente com a Black Pinasse. decide voltar para a costa brasileira. onde havia sido descarregada. então. o que causou a morte de muitos homens.. Parte então para a ilha de São Sebastião. após se perder da frota. ao publicar o relato da viagem na segunda edição de Principall Navigations . A empreitada foi extremamente bem sucedida e lucrativa. e Richard Hakluyt. Bibl. e de ser educadamente convidado a se retirar pelas autoridades locais. comandou um dos navios da rainha Elisabeth contra a Invencível Armada. O caráter de Richard Hawkins era muito diferente do de Drake.RESUMEOSUCESSODE. R. e parte a 18 de dezembro em direção ao estreito de Magalhães. Heere he found the cargazon of freight/sreight of a rich East Indian carack.73 e posteriormente incluído na coletânea de Samuel Purchas em 1625. e sua elegância pode ser observada tanto na maneira como conduziu a viagem quanto em seu relato. Após curar os homens com laranjas. Drinkwater Bethume. hábitos dos povos que visitou. James Lancaster. sendo uma obra extremamente original que ao mesmo tempo descreve detalhada e objetivamente o percurso da viagem. being strongly fortified and manned. Brasil-wood. provavelmente com o apoio da coroa. geografia. publicado em 1622. gerou o livro The observations of sir Richard Hawkins. passa por várias ilhas do litoral do sudeste do Brasil. Hawkins chega a Santos em outubro de 1593 com grande parte da população extremamente doente devido ao escorbuto. lading there with fifteene sailes of tall ships and barks. botânica. onde trava relações com índios e colonos. Richard Hawkins Sobrinho de William Hawkins e filho de John Hawkins.ANCASTERNOSEGUINTET¤TULO The well governed and prosperous voyage of M. editor de The observations de 1847. and cotton he brought from thence. e em 12 de junho de 1593 partiu de Plymouth com três navios para uma viagem à América. religião. and held possession thereof thirty dayes together (notwithstanding many bolde assaults of the enemy both by land and water) and also providently defeated their dangerous and almost inevitable fire-works. chegando ao An.74 Redigido por volta de vinte anos após seu retorno. begun with three ships and a galley-frigat from London in October 1594. captura alguns navios portugueses. medicina. Esta viagem.. limões e remédios. e estende-se em longas digressões sobre os mais variados temas. redigidas de forma elegante e culta. participou da viagem de Francis Drake à América do Norte em 1584-85. o livro não é um relato nos moldes dos escritos por seus contemporâneos. navegação. zoologia. Hawkins teve uma conduta marcada “pela humanidade e pela benevolência”. Nac. the port-towne of Olinda in Brasil. Como observa C. and intended for Fernambuck. 126 . ou uma narrativa autobiográfica de aventuras como as de Carder e Knivet. Fenton ou Cavendish. In which voyage (besides the taking of nine and twenty ships and frigats) he surprized the sayd port-towne. Rio de Janeiro. which together great abundance of sugars. que culminou com a prisão de Hawkins na América espanhola. Hawkins se entrega. passa três anos preso no Peru. Capturado e ferido no Chile.41 Pacífico em 29 de março de 1594. e CHEGAA)NGLATERRAEM. é depois enviado para a Espanha. abarcando vários temas. Trata também das relações estabelecidas com os povos indígenas. quando viajava em um navio inglês. as doenças tropicais e suas curas. mas italiana. citando diversos autores clássicos. não se tratava de uma viagem inglesa. fez uma viagem a bordo de uma embarcação italiana. em Hakluytus Posthumus or Purchas his Pilgrims. de seus hábitos alimentares. PERTENCENTE AO DUQUE DE &LOREN½A. retirado da obra completa que havia sido impressa em 1614. e inserindo a observação das espécies tropicais no escopo do conhecimento europeu. No entanto. Davies foi capturado na costa de Tunis por uma frota toscana. entre eles a geografia. Trabalhando nas galés. das rotas comerciais portuguesas para a África e para Potosi. William Davies no Amazonas Samuel Purchas publica uma pequena parte do relato do cirurgião-barbeiro londrino William Davies. e faz uma longa descrição do território. os principais produtos. em 1594.75 em 1625. tendo se tornado escravo ao ser levado para Livorno.APSOPAGAMENTODEUMRESGATE Suas páginas sobre o Brasil são pródigas em descrições da fauna e da flora. em que mescla sua experiência pessoal com o conhecido da época sobre botânica e zoologia. O trecho. colonos e portugueses.76 relata vividamente dez semanas de viagem pelo Amazonas. EM . e contém uma minuciosa descrição do clima. PELO RIO !MAZONAS 1UANDO volta à sua pátria.. Seu relato é escrito em um estilo fluente e indica que o autor teve boa educação formal. da flora e da fauna. publica o relato de suas aventuras. 126 . Bibl. Rio de Janeiro. além dos costumes indígenas. An. Nac. according to the positions of the Regions whereunto they were divided. para tanto enviou seu irmão Bartolomeu. como não apoiara o de Portugal. To the right honorable sir francis walsingham knight. Richard Hakluyt to the favorable reader.42 CATÁLOGO BIBLIOGRÁFICO I – Relatos em The principall Navigations. Colombo tinha feito sua descoberta. que era um homem versado no mar. “because God had reserved the said offer to Castile”. Conteúdo do trecho: temendo que o rei de Castela não apoiasse seu projeto. que apresentou a Henrique VII. este aceitou a oferta de Colombo e mandou chamá-lo à Inglaterra. se atrasou.. voiages and discoveries of the English nation. and the cause whereupon he was deprived of the same. THE OFFER of the discoverie of the West Indies by Christopher Columbus to King Henrie the seventh in the yeere 1488 the 13 of Februarie: with the Kings acceptation of the offer. made by Sea or over Land. 126 . Bibl. Richard. Epístola dedicatória em que Hakluyt declara os princípios do projeto editorial de The principal navigations. 1589 HAKLUYT. The principall Navigations. principall secretarie to her maiestie. _____. printer to the Queenes most excellent Maiesty. London: George Bishop and Ralph Newberie for Christopher Barker. mas durante esse tempo Bartolomeu conseguiu fazer um mapa do mundo. nesse meio tempo. os quais roubaram seus bens. recorded in the thirteenth chapter of the historie of Don Fernand Columbus of the life and deeds of his Father Christopher #OLUMBUS. a embaixada. por isso. em mapas e matérias de cosmografia. quando Bartolomeu partiu para a Inglaterra caiu nas mãos de piratas. HAKLUYT. entretanto. Richard. tratando das matérias e critérios do livro. concerning the offer that Bartholomew Columbus An. Prólogo ao leitor de The principal navigations. Cristóvão Colombo ofereceu o mesmo projeto ao rei Henrique VII da Inglaterra. chancellor of the duchie of lancaster. and one of her maiesties most honorable privie councell. 1589. !.P = Trecho que Hakluyt diz ter extraído do capítulo 13 da História que Fernando Colombo escreveu sobre a vida e os feitos de seu pai. to the most remote and farthest distant Quarters of the earth at any time within the compasse of these 1500 yeeres: Devided into three severall parts. Rio de Janeiro./4(%2TESTIMONYTAKENOUTOFTHECHAPTEROFTHEFORESAYDHISTORIEOF Ferdinando Columbus. Nac. através do rei da França. Cristóvão Colombo encontrou em Hispaniola seu irmão Bartolomeu. quando tomou conhecimento. este voltava para Castela. to Brasil. de que o descobrimento já se realizara. Domingo.P= 4RECHO QUE (AKLUYT DIZ TER EXTRA¤DO DO CAP¤TULO DA História que Fernando Colombo escreveu sobre a vida e os feitos de seu pai. . THE VOYAGE of Sir Thomas Pert and Sebastian Cabot. about the eight yeere of King Henry the eight. 1516. AND3*OHNDE0UERTO2ICO. com cartas do rei da Inglaterra para Colombo.594. em Paris. S. Conteúdo do trecho: voltando do descobrimento de Cuba e Jamaica. which was the yeere.P 4AMB£MEM(!+.43 made to king Henrie the seventh on the behalfe of his brother Christopher. . father for Sir John Hawkins knight now living. in the yeere . baseada em Eden. p. made by the worshipfull M. William Hawkins of Plimmouth. Nada se conhece sobre essa viagem a não ser uma breve referência de Richard Eden e esta notícia de Hakluyt.P 4AMB£MEM(!+. o Brasil é referido mas não há qualquer outra informação. 498-499] Neste curto texto de Hakluyt. THE VOYAGE to Brasill.594. . Richard Stapers by John Whithall FROM "RASILL.P = Breve descrição de três viagens de William Hawkins ao Brasil. WHITHALL. e a viagem de um chefe indígena à Inglaterra. A letter written to M. em que se sublinha o comércio pacífico e rendoso com os índios. onde foi apresentado ao rei. John. IN 3ANTOS THE OF *UNE .P 4AMB£M EM (!+.594. . GARRARD. William.P 4AMB£M EM(!+. descreve sua situação econômica em São Vicente.ONDON!NOTHEOF/CTOBERIN. BRAMLIE. BIRD. promete grandes ganhos e lista as mercadorias que deveriam ser enviadas. A copie of the letters of the Adventurers for Brasill sent to John Whithall dwelling in Santos.P = Carta em que John Whithall.594. HODSDON. propõe a vinda de um navio da Inglaterra. ELKIN.ONDON. Thomas. Christopher. by the Minion of . genro do senhor de engenho italiano José Adorno. Anthonie. John. . An. Nac. and sent to him in the Minion of London.. No sumário. 126 . dirigida a John Whithall. comandado por Christopher Hare. The same letter ansewered by divers merchants of London.P = Carta. Bibl. Rio de Janeiro. dos comerciantes ingleses responsáveis pela viagem a Santos do Minion of London. demonstrando suas intenções de comércio pacífico e lucrativo com o Brasil. Thomas.ONDONAFORESAID.44 GRIGGES. Certaine notes of the voyage to Brasill with the Minion of . INTHEYEERE. WRITTEN4HOMAS'RIGGES0URSEROFTHE SAIDSHIPPE.594.P 4AMB£MEM(!+. . sob o comando de Christopher Hare. 644-647] Instruções dadas a Edward Fenton para a viagem planejada à Índia e à China. begun Anno Dom. to Edward Fenton Esquire. The voyage intended towards Chine. [p. and Captaine of the Edward Bonaventure. April 9. written by master Luke Ward his Viceadmirall.P = Diário de bordo de Thomas Grigges. 1582. Edward Fenton was appointend Generall. sobre a viajem do Minion of London ao Brasil. WARD.P 4AMB£MEM(!+. Luke. the Lordes of the Counsell. ou Grigs. for the order to be observed in the voyage recommended to him for the East Indies and Cathay.594. wherein M. mas realizada ao Brasil. Indicado no sumário como The voyage of Christopher Hare. . with the Minion of London to Brasil!N INSTRUCTIONS given by the honourable. . and Luke Warde. 1582.P 4AMB£M EM (!+. No sumário.594. Fenton whith the spanishs ships together with a report with the proceeding of M. An. indicado como The voyage of Edward Fenton. as farre as 34 degrees of southerlie latitude. John Drake after HIS DEPARTING FROM HIM . A extract out of the discourse of one Lopez a Spaniard before spoken of. touching the foresayd fight of M.P = Diário de navegação do vice-almirante Luke Ward sobre a viagem de Edward Fenton ao Brasil. VAZ. Lopes. . que se encontra NOMANUSCRITODACOLE½áO"-. Este relato é parte da relação de Lopes Vaz.ONDSDOWNE. 726-728] Relato sobre os confrontos das frotas de Edward Fenton e do espanhol Diego Flores de Valdés. p. John Drake esteve quinze meses entre os índios no Brasil. Segundo Purchas. e breve narrativa da viagem do navio comandado por John Drake após ter se separado da frota de Fenton. A.O sumário. 1583. indicado como The voyage of John Drake.IBRARY. after his separation from Master fenton.ATUALMENTENA"RITISH. Em Hakluyt . to the river of Plate. at the land of Sancta Catelina. .OPEZ6AZ£APONTADOCOMOPORTUGUãS. ENáOESPANHOL SARRACOL. The voiage set out by the right honorable the Earl of Cumberland. but performed no farther then the latitude of 44. WRITTEN BY *OHN 3ARRACOLL -ERCHANT IN THE SAME VOYAGE . John. deg. in the yeere 1586. To the south of the Equinoctiall.P 4AMB£MEM(!+.594. intended for the South Sea. . Nac. 126 .. Rio de Janeiro. Bibl.P = An. O MANUSCRITO EM QUE (AKLUYT SE BASEOU £ O MS DA COLE½áO "- .45 Relato do comerciante John Sarracol sobre a viagem de Robert Withrington e Christopher Lister ao Brasil. em uma frota armada pelo conde de Cumberland.ONDSDOWNE. as farre as 44 degrees to the south of the Equinoctiall. cujo título original é “Capt Wytheringtons’s and capt. wherein EVERYPLACESTANDETH. Compiled by John Saracould. The worthy and famous voyage os Master Thomas Candishe made round about the globe of the earth. til you come to the ende of the Streights of Magellan. in the Red Dragon and the bark Clifford. and Christopher Lister. indicado como The voyage or Robert Withrington. atualmente na British Library. one of her Maiesties most honorable privie Counsell touching the successe of his voyage about the world. Southwards. til you come to Pette Guaras.P= Carta de Thomas Cavendish relatando o sucesso de sua viagem de circunavegação. june 26. A. Thomas. Lyster’s voyage to the south seas. and beginning againe at the river of Plate. 1586. A letter of Master Thomas Candish to the right honorable the Lord Chamberlaine. A VERY exact and perfect description of the distances from place to place. in the space of two yeeres ande lesse THENTWOMONETHES. 1586.H. set out by the right honorable the Earle of Cumberland. também intitulado “braziliam distances”. . at the cost of the Earl of Cumberland.P = Roteiro detalhado de navegação da costa brasileira desde o Rio Grande do Norte (região dos petiguares) até o sul do país. and copied for the use of Lord Burghley”. N. from the river of plate. CAVENDISH. with the degrees of latitude. northward. No sumário. As críticas de Sarracol a Withrington foram suprimidas na versão publicada por Hakluyt. and Robert Barker. escrito por N. or the West Indies. Southerly latitude. Bibl. traffiques. degrees of Northerly to 57. 1600 HAKLUYT. An. Collected by Richard Hakluyt Preacher. Ralfe Newberie.. from 73. of strangers. navigations. II – Relatos em The principall navigations. 126 .BEGUNINTHEYEERE. where they have not been. 1600. performed within and before the time of these hundred yeeres. to all parts of the Newfound world of America. and in some few places. Rio de Janeiro. London: George Bishop. H. and discoveries of the English Nation.P = Relato sobre a próspera viagem de circunavegação de Thomas Cavendish. Nac. The third and last volume of the voyages. Richard. 46 HAKLUYT. A briefe relation of the two fundry voyages made by the worshipful M. William Hawkins of Plymmouth. father to sir John (AWKINSKNIGHT. Richard. LATETREASUREROFHERMAIESTIESNAVIE. P= Registro de que o comerciante inglês Anthony Garrard informou a realização de uma “commodious and gainefull” viagem ao Brasil. fizera uma viagem à “Baya de Todos los Santos. Robert Reniger and M. _____. SOARES.P = Descrição mais detalhada e extensa das viagens de William Hawkins ao Brasil do que a publicada em 1598. written from the river of Jenero in Brasil in June 1596. !6/9!'%OFONE0UDSEYTO"AYAIN"RASILANNO. the principall towne of all Brasil” e perto dali construíra um forte. An ancient voyage of M. de Southampton.ORD. de Southampton.P= Notícia informando que Edward Cotton.INTHEYEERE AND. concerning an exceeding rich trade newly begunne betweene that place AND0ERU. por comerciantes de Southampton. A letter of Francis Suarez to his brother Diego Suarez dwelling in Lisbon. Thomas Borey to "RASILINTHEYEEREOFOUR. relatou que John Pudsey. Francisco. BYTHEWAYOFTHERIVEROF0LATE. WITHSMALLBARKSOFOR TUNNES;P = Carta escrita por um comerciante português, no Rio de Janeiro, sobre as expectativas de grandes lucros na venda de mercadorias, em que há referências à rota comercial entre o Brasil e o Peru através do rio da Prata. No sumário, a carta é indicada como “an intercepted letter...” THE WELL governed and prosperous voyage of M. James Lancaster, begun with three ships and a galley-frigat from London in October 1594, and intended for Fernambuck, the port-towne of Olinda in Brasil. In which voyage (besides the taking of nine and twenty ships and frigats) he surprized the sayd port-towne, being strongly fortified and manned; and held possession thereof thirty dayes together (notwithstanding many bolde assaults of the enemy both by land and water) and also providently defeated their dangerous and almost inevitable fire-works. Heere he found the cargazon of freight of a rich East Indian carack; which together great abundance of sugars, Brasil-wood, and cotton he brought from thence; LANDINGTHEREWITHlFTEENESAILESOFTALLSHIPSANDBARKS;P = Relato sobre a viagem de James Lancaster ao Brasil, armada por comerciantes ingleses e marcada por atos de pirataria como a tomada e o saque do porto de Recife. CARVALHO, Feliciano C. A speciall letter written from Feliciano Cieça de Carvalho the Governour of Paraiva in the most Northerne part of Brasil, An. Bibl. Nac., Rio de Janeiro, 126 47 1597 to Philip the second king of Spaine, answering his desire touching the conquest of Rio Grande, with the relation of the besieging of the castle of Cabodelo by the Frenchmen, and of the discoverie of a rich silver mine and diverse other important matters. [p. 716-718] Carta de Feliciano Coelho de Carvalho, governador da capitania da Paraíba, sobre a conquista da capitania do Rio Grande aos índios aliados dos franceses, e outros assuntos. Indicada no sumário como “an intercepted letter of...” YORKS, John. A special note concerning the currents of the sea betweene the Cape of Buena Esperança and the coast of Brasilia, given by a French Pilot to sir John Yorks knight, before Sebastian Cabote; which pilot had frequented the coasts of Brasilia eighteene voyages. [p. 719] Guia náutico sobre as correntes entre o cabo da Boa Esperança e o Brasil, fornecido por um piloto francês. A RUTTIER or course to be kept for him that will sayle from Cabo Verde to the coast of Brasil, and all along the coast of Brasil unto the river of Plate; and namely first from Cabo Verde to Fernambuck. [p. 719-723] Roteiro de navegação do Cabo Verde à costa do Brasil e ao rio da Prata. A REPORT of a voyage of two Englishmen in the company of Sebastian Cabota, intended for the Malucos by the Streights of Magellan, but performed onely to the river of Plate in April 1527. Taken out of the information of M. Robert Thorne to Doctor Ley Ambassador for King Henry the eight, to Charles the Emperour, touching the discovery of the Malucos by North. [p. 724-725] Reporta uma viagem de dois ingleses (Roger Barlow e Hugh Latimer) da tripulação de Sebastião Caboto ao rio da Prata em 1527, e especula sobre questões de “cosmografia”, especialmente sobre a tentativa inglesa de localização da terra “das especiarias” da coroa portuguesa. Texto elaborado a partir de uma carta de Robert Thorne e provavelmente também a partir de “The book made by the worshipful -ASTER 2OBERT4HORNE IN !NNO v MANUSCRITO DA COLE½áO ,ONDSDOWNE atualmente na British Library. Um dos integrantes dessa viagem, na verdade realizada em 1526, Roger Barlow escreveu a obra A brief summe of geography, em que há uma descrição detalhada da flora e fauna brasileiras e dos costumes indígenas. Há mais dois registros de participantes da viagem: uma carta do francês Louis Ramirez e uma obra geográfica de Alonso de Santa Cruz. VAZ, Lopes. An extract of the discourse of one Lopez Vaz a Portugal, touching the sight of M. Fenton with the Spanish ships, with a report of the proceeding of M. John Drake after his departing from him to the river of Plate. [p. 726-728] An. Bibl. Nac., Rio de Janeiro, 126 ASFARREASITISNAVIGABLEWITHSMALLBARKS. . and the mines of Potossi. SILVA. Segundo item sob o título geral Two voyages of certaine englishmen to the river of Plate situate in 35 degrees of southerly latitude: together with an exact ruttier and description thereof. Nuno da.48 Breve relato sobre o confronto naval entre Edward Fenton e Diego Flores de Valdés. and other places. By which river the Spaniards of late yeeres have frequented an exceeding rich trade to and from the Peru. and what armes and mouthes it hath to enter into it. as also to Chili. and of all the maine branches. e sobre a viagem de John Drake. The relation of a voyage made by a pilot called Nuno da 3ILVAFORTHE6ICE ROYOFNEW3PAINE. integrante da frota de Fenton. begun in the yeere of our Lord 1577. and therhence about the whole Globe of earth. quando os “selvagens” os avistaram “they made upon the coast great fires for a sacrifice (as we learned) to the devils.P = Breve referência ao Brasil: aproximam-se da costa brasileira. em 5 de abril. a altura de 33 graus. A RUTTIER which declareth the situation of the coast of Brasil from the Isle of Santa Catelina unto the mouth of the river of Plata.P = Roteiro de navegação da ilha de Santa Catarina ao rio da Prata. and all along up within the sayd river. so faire as they are navigable with small barkes. THE FAMOUS voyage of sir Francis Drake into the South sea. about whith they use comunications”. e ao longo do rio. THEOFMAY. from whence it was send to the Vice-roy of Portugal Indian. in the citie of Mexico. na ALTURA DE GRAUS.INTHEYEEREOFOUR lord 1579. Breve referência ao Brasil: aproximaram-se da costa a 1° de abril de 1578. and carried him along with him through the Streights of Magellan. where he let him go againe. 742-748] Relato do piloto português Nuno da Silva sobre sua viagem com Francis Drake em 1578. [p. to the haven of Guatalco in new Spaine. Iago one of the islands of Cabo Verde. wherein is set downe the course and actions passed in the Voyage of sir Francis Drake that tooke the aforesaid Nuno da Silva at S. ONDE PRETENDIAM FAZER AGUADA. begun in the yeere 1577. By which streight also returned safely into England the second June 1579. Contrary to the false reports of the Spaniards which gave out that the said passage was not repasseable. 126 . Nac. Francis Drake. John Winter into the South Sea by the streight of Magellan. Rio de Janeiro. CLIFFE. Edward. que acompanhou parte da circunavegação de Francis Drake.. in consort with M. Bibl. [p. An. Written by Edward Cliffe mariner. Viagem de John Winter. 748-753] Breve referência ao Brasil. The voyage of M. MAS NáO DESEMBARCARAM E DA¤ partiram para o estreito. . concerning the heights. a política do rei espanhol diante da ameaça inglesa. and finished 1588. Francis. interceptado por Withrington e Lister no rio da Prata. VAZ.P = Tendo como objetivo atingir o Chile. and their abode in them. e a John Whithall. Lopez Vaz é identificado COMOUMESPANHOL)NFORMA½áOCORRIGIDANAEDI½áODE PRETTY. made unto the Straight of Magellan with divers accidents that happened unto the company during their 6 weekes abode there: begun in THEYEERE7RITTENBY7-AGOTHS. distances of the places. lyings of lands. a frota atravessa o estreito de Magalhães mas é obrigada a voltar. e vários episódios da presença espanhola na América. Thomas Candish next before described. Written by Master Francis Pretty lately Ey in Suffolke. 825–834] Roteiro de navegação dividido em três seções: 1) A note of the heights of certaine places from the coast of Brasil to the South Sea and Soundings the coast of Brasil. Paul Wheele. à viagem de Withrington e Lister. 786-788 e p. [p. 2) A note of our ime spent in sailing betweene certaine places out of England [com referências ao An. with the observation of the windes on severall coastes: written by M. em um curto trecho sobre o Brasil. Thomas. Nac.P = Referências a São Vicente. a Gentleman EMPLOYEDINTHESAMEACTION. Wherein among divers rare things not hitherto delivered by any other writer. in the fleete set foorth by the right honorable the Earle of Cumberland for the South Sea in the yeere . certaine voyages of our Englishmen are truely reported: which was intercepted with the author thereof at the river of plate. 126 . by Captaine Withrington and Captaine Christopher Lister. a Diego Flores de Valdés e a John Drake. and the depths of the same. Entra em choque com um navio português e vai até a ilha de São Sebastião. who was Master in The Desire of M. William. continued unto the yere 1587. Há referências ao Brasil (p. begun in the yeere of our Lord 1586. sobre os ataques de Francis Drake.P = Crônica histórica do piloto português Lopez Vaz. 794-796). as also the places of their harbour and anckering. Thomas Candish in his foresaid prosperous voyage about the world. Certeine rare and special notes most proply belonging to the voyage of M. Rio de Janeiro. FULLER. A discourse of the West Indies and South sea written by Lopez Vaz a Portugal. Lopes. a Christopher Hare e ao Minion of London.49 MAGOTS. into the South sea. John Chidley esquire and M. Thomas Fuller of Ipswich. Na edição de 1598. A briefe relation of a voyage of the Delight a ship of Bristoll one of the consorts of M. Bibl. and from thence round about the circunference of the whole earth. The admirable and prosperous Voyage of the worshipfull Master Thomas Candish of Trimley in the Countie of Suffolke Esquire. soudings/foundings. borne in the citie of Elvas. 845. BATTELL. JANE. Hakluytus Posthumus or Purchas his pilgrimes in five bookes. The second part. sobre a viagem de Thomas Cavendish ao Brasil. III – Relatos em Hakluytus Posthumus. who lived there. 1625. imployed in the same. 842852] Relato de um integrante do Desire. intended for the South sea. Thomas Candish esquire. comandando por John Davis. Written by M. with 3 tall ships. and many others voyages. and two barks. The last voyage made by the worshipful M. John. which appeareth to have beene utterly against their meanings. and the coast of China. sent by the Portugals prisioner to Angola. o subtítulo The testemonial of the companie of the Desire touching their losing of their Generall. Brasil]. em 1592. John Jane. cujas informações contradizem as apresentadas por Cavendish em sua carta. Consta. Andrew. [p. the Philipinas. The strange adventures of Andrew Battell of Leigh in Essex. na p. a man of good observation.SIC=REGIONS. 1625 PURCHAS. Samuel. and in THEADIOYNING. e 3) A note of our ankering in those places where we arrived after our departure from England 1586 [com referências ao Brasil]. London: William Stansby for Henrie Fetherstone. Samuel. breves referências à ilha Grande. An. of Canterburie His grace. The fourth part. His very good Lord. PURCHAS. London: William Stansby for Henrie Fetherstone. To the most reverend father in God.P = Andrew Battell foi aprisionado pelos portugueses no Brasil e enviado para Angola. Samuel. one of His Maiesties most Honorable Privie Councell. George. 3-5] Epístola dedicatória. Nac. PURCHAS. em que Purchas louva a expansão marítima elisabetana. Rio de Janeiro. à ilha de São Sebastião e ao Rio de Janeiro.. 1625. 126 . Bibl. [p. Archb. Hakluytus Posthumus or Purchas his pilgrimes in five bookes.NEEREEIGHTEENYEERES. Lord. No relato. primate of all England and Metropolitan. in his owne person. or at his owne charge.51 A BRIEFE relation of severall voyages. and by his direction: collected out of the Relations and Journals of credible persons Actors therein. entre elas a DE . undertaken and performed by the Right Honorable. 1141-1149] Relação de várias viagens empreendidas pelo conde de Cumberland. Earl of Cumberland. George. [p. collected briefly out of master Candem. conde de. [p. 1179-1186] Relato em que há uma brevíssima referência ao Brasil. within seven miles of Falmouth. as well among divers SAVAGESASCHRISTIANS. Nac. written by himselfe. who with seven others in an open pinasse or shallop of five tuns. referência a um piloto português trabalhando para os ingleses. [p. Peter. entre elas “sir James Lancaster taking of Fernambuc”. with eight oares was separeted from his generall by soule weather in the south sea. also sir John Hawkins. The voyage to Saint John of Porto Rico. The relations of Peter Carder. CARDER. Rio de Janeiro.P = Referências ao Brasil. à cidade da Bahia onde tomaram posse dos barcos no porto e de suas mercadorias. em que Purchas defende que Sebastião Caboto. 126 . having escaped many strange dangers. onde foram apreendidos. by the right Honorable. à viagem de 1589 com Christopher Lister. A BRIEF histoire of sir Francis Drake voyages. foi o verdadeiro descobridor do continente. who returning by the straites of Magellan toward Brasill were all cast away. COM BREVE PASSAGEM PELO "RASIL ALTURA GRAUS E MINUTOS 4EMAS abordados: resgate. a um barco português. other englishmens voyages related at large in the printed works of master Hakluyt. e ao emprego de pilotos portugueses em viagem realizada em 1598. . [p. and others writers. Bibl. begun 1577. especialmente a Pernambuco. George. referências à estada de John Drake entre os índios. Pert.. of Saint Verian in Cornwall. 1177-1179] Breve relação das primeiras viagens inglesas à América. save this one only afore named. Earl of Cumberland. wich went with sir Francis Drake in his voyage about the world. 1186-1187] Breve relação de viagens publicadas na coleção de Hakluyt. who came into England nine yeeres after miraculously. in october. A BRIEFE recitall or nominations of souldiers. “um inglês”. CUMBERLAND. referência a dois navios brasileiros carregados de açúcar nos Açores. sir Sebastian Cabot. de Abraham Cock of Leigh “married in that country”. An. master Hakluyt. and many others. na viagem de 1593. THE FIRST voyages made to divers parts of America by englishmen. 1578. sir Tho.P = An. and sir Francis Drake. which himselfe hath thus related”. sobre sua estada de nove anos no Brasil. integrante da frota de Francis Drake. Afirma Purchas: “but the strange fortunes of Peter Carder (not hitherto published) compell me to take speciall notice thereof.52 Narrativa de Peter Carder. 052#(!3. A description and discovery of the river of Amazons. William. CAVENDISH. nesta breve relação.P = Narrativa das aventuras vividas por Anthony Knivet. 1243] Companheiro de Andrew Battell. durante os dez anos que passou no Brasil como escravo da família Correia de Sá. especialmente o tráfico de escravos. integrante da frota de Thomas Cavendish. Master Thomas Candish his discourse of his fatall and disastrous voyage towards the south sea. Relations of Master Thomas Turner who lived the best part of two yeeres in Brasil. KNIVET. Anthony. descreve a fauna brasileira.P = Prólogo sobre os relatos de Thomas Cavendish e Anthony Knivet. The admirable adventures and strange fortunes of master Antonie Knivet. Thomas Turner. with his many disaventures in the Magellan Straits and other places. na volta de sua malograda viagem de 1592. wich went with Master Thomas Candish in his second VOYAGETOTHESOUTHSEA. os costumes dos índios e as relações comerciais entre Brasil e Angola. by Willian Davies barber surgeon of London. TURNER. em que expõe os motivos do fracasso da expedição. writeen with his own hand to sir 4RISTAM'ORGESHISEXECUTOR. DAVIES. [p. escrita no Atlântico.P = Carta de Thomas Cavendish. Thomas. [p.3AMUEL4OTHEREADER. 1287-1288] 2ELATODAVIAGEMDEDEZSEMANASPELORIO!MAZONAS. Thomas. which I received of him in conference touching his travels. EMDESCRI½áODATERRA. [p. 126 . Knight. Dom. by englishmen and others.. Voyages to and about the southerne America with many marine observations and discourses of those seas and lands. now An. flora. in his voyage into the south sea. Bibl. 1593 once before published. Richard. fauna e dos costumes indígenas. The observations of sir Richard Hawkins. An. 1289] Prólogo à tradução inglesa do livro do padre Fernão Cardim. PURCHAS. Samuel. HAWKINS. Nac. Rio de Janeiro. London: William Stansby. à viagem de Withrington e Lister. The histoire of Lopez Vaz a Portugall (taken by Captaine Withrington at the River of Plate. III – Most ample relations of the brasilian nations.] amongst them.. Of the customes and rites of the brasilians: I – Of their warres and man eating. El rey. Purchas his pilgrimage. and in divers places abbreviated. abridged. VAZ.53 reviewed and corrected by a written copie. 126 . IV – Relatos em Purchas his pilgrimage. discoveries and occurents. reúnem-se quatro seções escritas por Samuel Purchas a partir dos relatos originais que possuía: I – The discoverie and relations thereof by Maffæus. IV – Of the strange creatures in Brasile No capítulo V. fauna. 1417] Carta do rei Felipe II de Espanha sobre a proibição de estrangeiros circularem em terras da coroa espanhola. Of Brasil. Há referências ao Brasil. 1626. Samuel. An. and customes by Master Anthony Knivet. Bibl.. a política do rei espanhol diante da ameaça inglesa. Lopes. sobre os ataques de Francis Drake. 1626 PURCHAS. [p. Nac. touching american places. 1367-1415] Relato de viagem em que há uma pormenorizada descrição da flora. II – More full relations by Sradius. interceptado por Withrington e Lister no rio da Prata. etc. 1432] Crônica histórica do piloto português Lopez Vaz. vários episódios da presença espanhola na América. Rio de Janeiro. or relation of the world and the religions observed in all ages and places discovered from the creation unto this present. II – Of their priestes or magicians III – Of other rites. [p.. and a new Mungrell [. [p. Lerius and Peter Carder. gente e território brasileiros. and of the divel torturing them. FELIPE II. Anno 1586 with this discourse about him). a Diego Flores de Valdés e a John Drake. illustraded with notes. No capítulo IV. Richard. 2nd Series. DAVIES.54 V . Fellow of All Souls. iniciada em 1593. R. FENTON.. Ed. MADOX. D. Taylor. Diário do capelão Richard Madox. p. da flora. 126 . em que há um trecho sobre a expedição de dez semanas pelo rio Amazonas (trecho publicado por Samuel Purchas em 1625). London: Cambridge UP for Hakluyt Society. com um longo trecho sobre sua passagem pelo Brasil. da fauna e dos costumes indígenas. Cambridge: Cambridge University Press. com descrição da bacia do Paraná. participante da viagem de Edward Fenton ao Brasil em 1582. Roger. contém ilustrações da fauna e da flora brasileiras. Nac. Ed. An Elizabethan in 1582: The Diary of Richard Madox. The troublesome voyage of capitain Edward Fenton 1582-1583. 148-55 Primeira obra geográfica inglesa no período da expansão marítima. HAWKINS. 1622. Relato da viagem do cirugião inglês William Davies. Inclui dois diários privados. Livro em que Richard Hawkins relata sua viagem à América. algumas cartas pessoais e o diário marítimo de Edward Fenton. True Relation of the Travailes and Most Miserable Captivitie. Hakluyt Society. 1614. London: Thomas Snodham for Nicholas Bourne. Taylor. An.Outros relatos e edições BARLOW. William. The observations of Sir Richard Hawkins Knight. 1976. Eva G. R. Anno Domini 1593. Edited with an introduction and notes by Eva G. Edward. Elizabeth Donno. Richard. Rio de Janeiro. in his voyage into the South Sea. for John Jaggard. Bibl. 1959. Relato sobre a viagem ao Brasil de Sebastião Caboto em 1526 escrita por Roger Barlow. A brief summe of geographie. 1932. London: I. LXIX. 98. p. II. Divers voyages touching the discoverie of America. “Voyage of the Barbara of London to Brazil in 1540.” English Historical Review. “Voyage of the Barbara to Brazil. ______. Inclui o relato de John Bridges sobre a viagem. Trecho sobre o Brasil na epístola dedicatória.Outras fontes HAKLUYT. 1912. London: Thomas Woodcocke. anno 1540.” Naval Miscelany. 1582. 1909. MARSDEN. XXIV. Navy Records Society. Sobre a viagem do Barbara of London. Reginald G.55 VI . Richard. COMOCOMANDANTE*OHN0HILLIPS. 126 . An.. Rio de Janeiro. Bibl. Nac.. 126 . Nac.. Rio de Janeiro. Bibl.56 CRONOLOGIA DAS VIAGENS 1526 – Sebastião Caboto n7ILLIAM(AWKINS 1532 – William Hawkins n2OBERT2ENIGERE4HOMAS"OREY nBarbara of London / John Phillips 1542 – John Pudsey 1577 – Francis Drake nMinion of London 1582 – Edward Fenton 1583 – John Drake 1585 – Conde de Cumberland 1586 – Robert Withrington e Christopher Lister 1586 – Thomas Cavendish 1589 – Delight / John Chidley 1589 – Abraham Cocke 1591 – Thomas Cavendish 1593 – Richard Hawkins 1594 – James Lancaster n7ILLIAM$AVIES An. .. A copie of the letters of the adventures for Brasil Certaine notes of the voyage to Brasil Diário de viagem The voyage intendend..... Nac. Bibl.. A extract out of the discourse A briefe relation of . Diário de viagem Instructions given by. Master Thomas Candish..H.... Certaine rare and special....] The famous voyage of Francis The relation of a voyage The relations of Peter Carder The voyage of John Winter A briefe historie .. A discourse of the West..... A letter of Master Cavendish The worthy and famous. The voyage to Saint.. The historie of Lopez Vaz.. Thomas Grigges Edward Fenton Luke Ward Richard Maddox anônimo John Drake Lopes Vaz Conde de Samuel Purchas Cumberland Conde de Cumberland Robert Withrington e John Sarracol Christopher Lister Lopes Vaz Thomas Cavendish Thomas Cavendish N. Francis Pretty Thomas Fuller Lopes Vaz Delight/John Chidley William Magots Abraham Cocke Andrew Battell Thomas Cavendish Anthony Knivet John Jane Thomas Cavendish Relato A brief summe of geographie [“The voyage of the Barbara to Brazil. An.....57 QUADRO DE VIAGENS E RELATOS Data 1526 Viagem Sebastião Caboto Autor Richard Hakluyt Roger Barlow Richard Hakluyt Richard Hakluyt 1530-32 William Hawkins 1540 Robert Reniger e Thomas Borey 1540 Barbara of London / John Bridges John Phillips 1542 John Pudsey Richard Hakluyt 1577 Francis Drake anônimo Nuno da Silva Peter Carder Edward Cliffe Samuel Purchas 1578 John Whithall 1580 Minion of London 1582 Edward Fenton 1583 1585 1586 1586 1586 1589 1589 1591 Christopher Hodsdon et alli. A letter written to M.. Richard Stapers..... The admirable and .. Rio de Janeiro. 126 . The admirable adventures The last voyage. A briefe relation of a voyage The strange adventures. The voyage set out by the... ...d. s.d. (ci. The well governed voyage... The first vouages made to divers parts of America. A letter of Francis Suarez. Voyages to and about. To the reader...d.. . A very exact and perfect description (roteiro) A special note concerning. 1590) 1608 s.. s. William Davies A description. Bibl.. 126 Relations of Master. A briefe recitall.d. Richard Hawkins anônimo Francisco Soares Feliciano C....d.d... Samuel Purchas Samuel Purchas Samuel Purchas Felipe II Samuel Purchas An...d. El rey... s.. A special letter.. s. (roteiro) A ruttier or course. Samuel Purchas s. John York s. Carvalho Thomas Turner The observations of. Rio de Janeiro. Of Brasil s. s.d. s.d..d.58 1593 1594 1596 1597 Richard Hawkins James Lancaster s..d... A ruttier which declareth. Nac. William FENTON. John SILVA. Thomas VAZ. Nac. Peter CARVALHO. John BRAMLIE. Francisco TURNER. 126 . Anthony MADDOX. Francis PURCHAS. Thomas BRIDGES. Edward CUMBERLAND. Lopes WARD. John YORKS. John KNIVET. Richard MAGOTS. Roger BATTELL. Edward FULLER. Richard HAWKINS. Rio de Janeiro. Nuno da SOARES.. Feliciano C. Thomas GARRARD. William PRETTY. John An. John CARDER. Andrew BIRD. Bibl. Thomas CLIFFE.59 RELAÇÃO DOS AUTORES BARLOW. William ELKIN. Christopher JANE. Anthony GRIGGES. CAVENDISH. Samuel SARRACOL. Luke WHITHALL. conde de DAVIES. Richard HODSDON. Thomas HAKLUYT. The first three English books on America [1511?]-1555. Kenneth.]. Birmingham: [s. Cambridge: Cambridge University Press. Cambridge: CamBRIDGE5NIVERSITY0RESS. 1959. Edward (ed. ARMITAGE. Cambridge: Hakluyt Society. English Privateering Voyages to the West Indies: 1588-1595. R. _______. The Ideological Origins of the Bristish Empire. ARBER. 1984. plunder and settlement. BIBLIOGRAFIA ANDREWS.n. Trade.). David. 1885. G. Paulo. A brief summe of Geographie. II. v. Rio de Janeiro: SDGM. Taylor. Incursões de corsários e piratas na costa do Brasil. In: GUEDES. A. Roger. Leslie. História naval brasileira. London: Hakluyt Society. BERGER. Max Justo. Max Justo. Pimentel & GUEDES. R. BARLOW. Edited with an Introduction and Notes by E. WINZ. t. Oxford: Centre for Brazilian StuDIES. I. 1975. BETHEL. Brazil by British and Irish Authors. 1932. III. BURKE. A documentary History of Brasil. America and the rewriting of the world history. 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The Principal Navigations.EHOSE.VOLS'LASGOW*AMES-AC. _________. =FAC S¤MILE.. VOLS. Visão do paraíso3áO0AULO"RASILIENSE. The observations of Sir Richard Hawkins Knight. Anno Domini 1593. Edited by C. in his voyage into the South Sea. for John Jaggard. London: Hakluyt Society. reprinted from the edition of 1622. R. The observations of Sir Richard Hawkins Knight in his voyage into the South Sea in the year of 1593. _________. HOLANDA. Sérgio Buarque de. 1622. 1847. D. Richard. Drinkwater Bethune. London: I. HAWKINS. 2.). holandeses e ingleses no Brasil quinhentista. In: HOLANDA. HOLANDA. Sérgio Buarque de & PANTALEÃO. História geral da civilização brasileira4). Buarque de (ed. Franceses. Olga. Ingleses. S. IVRO.V)3áO0AULO$IFUSáO%UROP£IADO. Tradução de Vívien Kogut. Anthony. KNIVET. As incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet. Rio de Janeiro: *ORGE:AHAR. introdução e notas de Sheila Moura Hue. an english merchant in Seville. Events surrounding Thomas Malliard’s will. 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Revista de Estudos Históricos. Hakluytus Posthumus or Purchas his pilgrimes in five bookes. London: William Stansby for Henrie Fetherstone. Purchas his pilgrimage. a viagem do ‘Minion of London’. p.V'LASGOW(AKLUYT3OCIETY.72"RAZIL AN%NGLISH6IEWRevista de Ciências do Homem da Universidade de Lourenço Marques. Livro IV. jun. IV. Rio de Janeiro. Bibl.. An. Nac. 126 . v. frei Vicente do. Paris: Gide. The last voyage of Thomas Cavendish. 1591-1592. RAMIREZ.62 QUINN. Ternaux-Compans. London: The Hakluyt Society. (ed. Dir. Islario General de todas las islas del mundo.). The Hakluyt Handbook. B. Edición. David B. História do Brasil. traduite du manuscrit inédit de la bibliotheque de M. Eyriès e Malte-Brun. Nouvelles annales de voyages e sciences géographiques. 144-145. David B. transcrición YESTUDIODE-ARIANO#UESTA$OMINGO-ADRID2EAL3OCIEDADE'EOGRÕlCA. Belo Horizonte / São Paulo: Itatiaia / Edusp. Alonso. SALVADOR. Lettre du Louis Ramirez sur le voyage de Sebastien Cabot en rio de La Plata. 1982. J. 1974. III. Louis. SANTA CRUZ. v. 1975. Second series. Chicago / London: University of Chicago Press. QUINN. 1843. SCANLAN. Cambridge: Cambridge University Press. G. R. R. Rio de Janeiro: SDGM. Edited with an introduction and notes by E. Taylor. v. Eva G. Essa observação partiu da pesquisa feita para uma edição moderna comentada (As incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet2IODE*ANEIRO:AHAR. Max Justo (coord. NOTAS 1. Introduction. I. I.” In: GUEDES. Colonial Writing and the New World. In: BARLOW. Rolando A. TRÍAS. London: Hakluyt Society. t. “A expedição de Sebastião Caboto. TAYLOR. Thomas. 1999. Laguarda. Roger. 1932. 1583-1671. 1975.) História naval brasileira. A brief summe of Geographie. “Eu bem posso adicionar esse jesuíta às viagens inglesas. 2. de The admirable adventures and strange fortunes of Master Antonie Knivet (PURCHAS. 1625). Fernão Cardim e seu manuscrito haviam sido capturados. sendo ele um prisioneiro e um butim inglês”. em uma viagem DO"RASILPARA2OMA. PELOINGLãS&RANCIS#OOKE. Cambridge: #AMBRIDGE5NIVERSITY0RESS. The ideological origins of the Bristish empire. David.EM 3. Cf. ARMITAGE. +500%2-!. +AREN/RDAHLED !merica in European consciousness. ORTH#AROLINA0RESS. #HAPEL(ILL4HE5NIVERSITYOF. 1995.HTTPWWWBRITISH HISTORYACUK$ATADEACESSOOUT 5. 126 . de 1851. 6. PP 52.. Thomas. na Revista do Instituto Histórico e Geographico do Brasil. na Colecção de Notícias para a História e Geografia das Nações Ultramarinas. Calendar of State Papers Relating to English Affairs in the Archives of Venice. de 21 de dezembro de 1585. Bibl. em 1625. A primeira edição em português é de 1925. A primeira edição foi impressa por ordem da Real Academia das Sciencias de Lisboa. Volume 8: 1581-1591 (1894). em 1825. em Purchas his Pilgrimes. Carta ao Dodge e ao senado de Veneza. Colonial writting and the new world 1583-1671. An. Nac. por Samuel Purchas. Foi publicado pela primeira vez na Inglaterra. 4. impressa o Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. 1999. Cambridge: Cambridge University Press. SCANLAN. seguida por uma edição em 1933. seguida pela edição de Varnhagem. 9. na Revista Trimensal do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Primeira edição em português na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. relations et mémoires. em francês. Primeira tradução para o português. pela Real Academia das Sciencias. Primeiras edições em português em 1858. na coleção Voyage. Foi publicado por Henri Ternaux. h. em 1892. em 1837. tomo 21. em 1889. 8.ARRA½áO DA VIAGEM. e pela Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.63 7. em Lisboa. QUE NOS ANNOS DE E SEGUINTES. Leiden: P.] van Anthony Knivet. met Thomas Candish.” Revista Trimensal do Instituto Histórico Geographico e Ethnographico do Brasil. 11 KNIVET. em companhia de Thomas Cavendish. tomo XLI. Aanmerkelyke reys [. Vander !A. parte primeira. FEZ !NTONIO +NIVET DA Inglaterra ao Mar do Sul. Anthony.. 1878.. Rio de Janeiro. anno 1591 en de volgende jaren. gedaan uyt Engelland na de Zuyd-Zee. !PUD-). 15.. livro IV. which went with Sir Francis in his voyage about the world.. 13.]. begun 1577 [. 12. “The observations of Sir Richard Hawkins Knight. “The relations of Peter Carder [.#().. by William Davies barber surgeon of London”. 14. having escaped many strange danger. in Hakluytus Posthumus or Purchas his pilgrimes in five bookes. as well among divers savages as christians”.]. Primeira tradução em português do livro de Knivet foi publicada na Revista Trimensal do Instituto Histórico Geographico e Ethnographico do Brasil.. Impresso por William Stansby para Henrie Fetherstone.. Anno Domini 1593”. in Hakluytus Posthumus or Purchas his pilgrimes in five bookes. Londres. were cast away [. livro IV. 1625. who came into England nine yeeres after miraculously. “A description and discovery of the river Amazons. in his voyage into the South Sea.4/..] who returning by the Straits of Magellan toward Brasill. livro IV. 1625. in Hakluytus Posthumus or Purchas his pilgrimes in five bookes. 1625. em 1878. An. 17. when Columbus had yet but viewed the Ilands)”. Rio de Janeiro..72h"RAZIL AN%NGLISH6IEWvRevista de Ciências do Homem da Universidade de Lourenço Marques. 4. 218. and the cause whereupon he was deprived of the same. vol. recorded in the thirteenth chapter of the historie of Don Fernand Columbus of the life and deeds of his &ATHER#HRISTOPHER#OLUMBUSvEh!NOTHERTESTIMONYTAKENOUTOFTHECHAPTEROFTHE foresayd historie of Ferdinando Columbus. 1971. the Continent was discouvered by him. Purchas (1625). Nac. Bibl. as a great Discoverer of that. p. “The offer of the discoverie of the West Indies by Christopher Columbus to King Henrie the seventh in the yeere 1488 the 13 of Februarie: with the Kings acceptation of the offer. 18. v. pai de Sebastião. and great deale better might have beene stiled Cabotiana then America. Na verdade a descoberta foi feita pelo Giovanni Caboto. IV. que talvez tenha também participado da viagem. “Sir Sebastian Cabota wee have alreadie nentioned in the former Booke. 1157. p. which most justly should have beene called Columbina. 19. 126 . Lourenço Marques. neither Vesputius nor Columbus having discovered halfe so much of the Continent of the new World North and South as he (yea. concerning the offer that Bartholomew Columbus made to king Henrie the seventh on the behalfe of his brother Christopher”. 64 2ICHARD%DEN. cit. 157165. (1522-1523). MINCHINTON (op. Cf.). and so returned agayne into England after certayne years. 22. 21. Comerciantes ingleses forneceram mercadorias para frotas comerciais com destino a Santo Domingo. TAYLOR. pp. R. yeare ould he was carried with his father to Venice. “Events surrounding Thomas Malliard’s will. whereby he was thought to have been born in Venice”. In Introdução a A brief summe of Geographie. Cf. G. Introdução à A brief summe of Geographie. 24. de Roger Barlow. também atesta a nacionalidade inglesa de Sebastião Caboto. an English merchant in Seville. de Roger Barlow. 23. KRAUEL. Blanca. 5MEXEMPLO£ANOTAESPANHOLA. and that at iiij. que a certa altura de sua vida pediu a nacionalidade veneziana: “Sebastian Cabote tould me that he was borne in Brystowe. 1996.EMThe decades of the newe worlde or west India (1555).” Proceeding of the II Conference of SEDERI. E. NáOASSINADA. DEDEJUNHODEh!S)HAVE already advised. there are seven well found ships here bound for the coast of Brazil. AMONGSTWHICHISABARQUEOFTONSBELONGINGTO$ON!NTONIOv#ALENDAROF3TATE0APERS. 3PAIN3IMANCAS 6OLUME. . reproduzindo as versões a que tivemos acesso publicadas no site indicado.HTTPWWW BRITISH HISTORYACUK$ATADEACESSOOUT#ITAREMOSOSDOCUMENTOSESPANHIS em inglês. Spain (Simancas): Volume . Carta de 11 de julho de 1582.PP 52. Calendar of State Papers. 26. . PP 52.WWWBRITISH HISTORYACUK$ATADEACESSO OUT #ARTADEDENOVEMBRODECalendar of State Papers. Spain (Simancas): VoluME. . vinte quatro galeotas para que pudessem “continuamente andar goardando a costa da bahia atee a praiba”.british-history. ao perceberem a presença de corsários.ac. Cf. marinheiros e chusma que ouverem de andar nestas quoatro embarcaçoens”. Max Justo in Historia Naval Brasileira. e instava os donos de engenho a ajudarem o policiamento naval “com mantimentos necessarios para os soldados. História Naval Brasileira. Data de acesso: OUT 28. informassem todos os dados sobre as frotas estrangeiras ao Porto da Bahia para que fosse enviada uma armada para combater OSINVASORES(ÕAINDAUMALVARÕDEDEJUNHODEQUECRIAVAA#ASAEO$IREIto do Consulado. tomo II. 496-497. devido às “muitas perdas que recebem no mar nos roubos dos corsários”.www. Cf. em Lisboa. GUEDES. O Regimento ordenava que o governador construísse “por conta de minha fazenda”.uk. de forma a proteger a navegação e o comércio marítimo português.PP 52. pp. O Regimento ordenava ainda que os donatários das capitanias. TOMO)). P #ALENDAROF3TATE0APERS. 3PAIN3IMANCAS 6OLUME. . Nac. 1527. An. B..ac. xxviii. Bibl. The book of Robert Thorne. Taylor.uk$ATADEACESSOOUT $ESTACAM SEAQUIASPRINCIPAISVIAGENSENARRATIVASCONHECIDASDEINGLESESNO"RASIL Para a relação completa conferir o “Quadro de viagens e relatos” na página 57. British Museum. 126 . R. URL: http://www.british-history. Rio de Janeiro. com o título A brief summe of geographie by Roger Barlow.PP 63. 31. Royal MSS. em 1932. Editado por Eva G. 18. 32. 331. pavões. p. 36. “A expedição de Sebastião CaBOTOv. que para descrever as estranhas castas de peixes que há nesta costa e as estranhas bestas e pássaros que habitam a terra seria um tal trabalho que renderia um outro livro. Tomo I.65 33. História Naval Brasileira. Ternaux-Compans. “Lettre du Louis Ramirez sur le voyage de Sebastien Cabot en rio de La Plata.” Nouvelles annales de voyages et sciences géographiques. 39-73. Há muitas bestas selvagens e veados e pássaros selvagens e porcos monteses. e diversas outras estranhas bestas de boa carne e bom sabor. e muita quantidade de peixes que eles matam com flechas na água. traduite du manuscrit inédit de la bibliotheque de M. pp. grandes perdizes. 35. vol 3. “A expedição de Sebastião Caboto”. e muita quantidade de pássaros como papagaios de diversos tipos. patos e garças e outros diversos tipos de estranhos pássaros. Tomo I. 34. História Naval Brasileira. Cf. Primeiro Volume. 1843. Primeiro Volume. 1516 to Brasil. S. HAKLUYT (1589). 1)The voyage of Sir Thomas Pert and Sebastian Cabot.P 37. which was the yeere. Domingo. John de Puerto Rico. to Charles the Emperour.ORTH. Taken out of the information of M. and S. intended for the Malucos by the Streights os Magellan. 2) A report of a voyage of two Englishmen in the company of Sebastian Cabota. TOUCHINGTHEDISCOVERYOFTHE-ALUCOSBY. but performed onely to the river of Plate in April 1527. Robert Thorne to Doctor Ley Ambassador for King Henry the eight. about the eight yeere of King Henry the eight. father to sir John Hawkins knight. in the yeere 1530 and 1532. in the yeere 1530.EONARDO#ATANEO=HAVEDUCATESTHATWEEMPLOYEDINTHESAIDE armye. which are somewhat learned in cosmographie. The voyage to Brasill. Cf. xxviii. Introdução a A brief summe of Geographie.OGENOVãS.). and to be expert in the navigation of those Seas … and speciallie to knowe what naviagation they have for those Ilandes northwarde and northestwad: for if from the said Islandes the Sea doth extende without interposition of londe. p.594 38. I and my PARTYNER. ARBER. William Hawkins of Plymmouth. father for Sir John Hawkins knight now living. Diz a carta de Robert Thorne: “In a flote of three ships and a carvell that went fron this citie armed by the Marchaunts of it. And that wise we shuld be nearer the SPICERIEBYALMOSTLEAGUESTHEMTHE%MPROURORKINGEOF0ONTIGALLARExvApud TAYLOR. A briefe relation of the two fundry voyages made by the worshipful M.(!+. Edward (ed. late treasurer of her maiesties navie. principallie for that twoo englishe men freendes of myne. de Roger Barlow. citando Gomara. HAKLUYT (1598). Birmingham. William Hawkins of Plimmouth. Edward Arber. 39. shuld goo in the said shippes to brynge me certeign relacôn of the scituatõn of the countrie. The first three english books on América [1511?]-1555. Sebastião Caboto estava na Espanha nessa época. TOSAILEFROMTHENORTHEPOINTETOTHENORTHESTPOINTEORLEAGUESTHEYSHULD come to the newe found landes that we discovered. made by the worshipfull M. which departed in April laste paste. 1885. onde permaneceu até 1524. Segundo Edward Arber. Trade. Rio de Janeiro.(!+. Cf.). An. 1984. 42. A respeito de Robert Reneger. de Letters and Papers.. a respeito de navios ingleses presos na Espanha. Nac. ANDREWS. 43. plunder and settlement. um documento de 31 de março de 1545. ANDREWS (op. cit. Kenneth R. Cambridge: Cambridge University Press. Bibl. Henry VIII.594 41. 126 . Foreign and Domestic. Trigueros and Lepe. coming from the Spanish Island. and taken all the gold and pearls therein together with CHESTSOFSUGARANDHIDES. boarded the ship of Francisco Gallego. near Cape St. Englishmen. Perlos.66 revela outras atividades marítimas do mercador: “An order to the alcaldes of Ayamonte. Moger. Huelva. have. with four ships and a pinnace. given upon receipt of information that Robert Reneguel (Reneger or Regener in § 2) and John his brother. Vincent. THEVALUEOFTHEGOODSTAKENBEINGMARAVEdis (29,315 ducats in § 2); to arrest all ships and goods of Englishmen and deliver them by obligation in presence of Francisco Guera to substantial persons to be kept safe. Dated in the House of Contratacion at Seville, 27 March 1545, by the Marshal and Marques de Almar, and others named”. [Letters and Papers, Foreign and Domestic, Henry VIII: 6OLUME0ART Robert Reniger and M.ORDv.PP 52. Thomas Borey to Brasil in the YEEREOFOUR. “An ancient voyage of M.WWWBRITISH HISTORYACUK$ATADE ACESSOOUT 44. (!+.594 45. Os documentos foram estudados por MARSDEN.ONDONTO"RAZILINvEnglish Historical Review. Reginald G. “Voyage of the BarBARAOF. 88)6. 47. who returning by the straites of Magellan toward Brasill were all cast away. begun 1577. 1578.) 49. who came into England nine yeeres after miraculously. 46. in october. h!LETTERWRITTENTO-2ICHARD3TAPERSBY*OHN7HITHALLFROM"RASILL.) 48. Cf. with eight oares was separeted from his generall by soule weather in the south sea. MARSDEN (op. An. of Saint Verian in Cornwall. PURCHAS (1625). within seven miles of Falmouth. MARSDEN (op. papagaios. Lã de algodão. cit. wich went with sir Francis Drake in his voyage about the world. as well among divers savages as Christians”. who with seven others in an open pinasse or shallop of five tuns. cit. “The relations of Peter Carder. Cf. save this one only afore named. macacos e diversas outras estranhas bestas daquela terra. having escaped many strange dangers. IN3ANTOSTHE OF*UNEv. (!+. “A copie of the letters of the Adventurers for Brasill sent to John Whithall dwelling in 3ANTOS.594E 51. BYTHE-INIONOF.ONDONv.ONDON!NOTHEOF/CTOBERIN. 594 E 52. “Certaine notes of the voyage to Brasill with the Minion of London aforesaid. in THEYEERE.(!+. WRITTEN4HOMAS'RIGGES0URSEROFTHESAIDSHIPPEv. and although the treaty I have mentioned had only been for three years and expired in December 1579. had no ground for claiming the restitution of the ship. Nac. therefore. Bibl. The English.” nothing having changed on either side.594 E 53. I said that for this the “Mignon” might legally be arrested and confiscated . 126 . They replied that they would send the secretary to me to discuss the matter. against Englishmen going to that part of the coast. when Antonio de Castillo came. they being confined to certain specified places. Carta de 1 de março de 1582: “I believed your Majesty would punish the officers of the two ports for having allowed the ship to enter. Rio de Janeiro. and I am going to reply that if the Council are so unjust as to permit Englishmen here to detain property in respect of this ship. in accordance with the prohibition decreed in the time of King Sebastian. against the orders of your Majesty.(!+.. “erat pro gentium tacito consensu et in re mutuo comercio. I have no doubt that your Majesty will at once order the An. ” Calendar of State Papers. I think it will be advantageous.67 detention in Portugal. in order to warn them not to send any more thither. excepting at the risk of being sent to the bottom. as it is of the greatest importance that on no account. of all property belonging to Englishmen. where prohibitions exist. which would simply be sent to plunder all the property of your Majesty’s subjects they could come across. should the English be allowed to imagine that they can go on that or any other voyage to the Indies. Spain (SiMANCAS . that she should be seized. if this ship (the “Mignon”) was not captured after the caravel left. Otherwise they would continually fit out ships under the guise of trade. and elsewhere. 6OLUME . HTTPWWWBRITISH HISTORY ACUK$ATADEACESSOOUT #ALENDAROF3TATE0APERS.PP 52. 3PAIN3IMANCAS 6OLUME. . PP 63. URL: http://www.british-history.ac.uk$ATADEACESSOOUT 55. PANTALEÃO, Olga. “Um navio inglês no Brasil em 1581; a viagem do ‘Minion of London’.” Revista de Estudos Históricos, Marília, n. 1, pp. 45-93, jun. 1963. 56. “In some of my former letters I advised your Majesty of the arrival here of the ship from the coast of Brazil, leaving there seventeen men. I am informed by the Englishmen themselves that this was not caused by an attempt to capture their ship, which would have been extremely easy if those on shore had wanted to do so, since all the artillery and men had to be put on shore whilst the ship was careened and repaired. But the Governor had given them licenses to trade on payment of the dues, which was also confirmed by the Bishop. By virtue of this the merchandise was placed in the stores, and the supercargoes for the merchants here who were in charge were so favourably impressed with the country that they resolved, four or five of them, to appropriate some of the merchandise and settle there. Another of them was converted to the Catholic faith by the preaching of the friars there, and as he regularly attended the ceremonies of the church his companions began to mock him, which came to the knowledge of the Bishop and the Inquisitors.” ‘Simancas: May 1582, 1-15’, Calendar of State Papers, Spain (Simancas), Volume 3: PP 52,http://www.british-history.ac.uk. Data de acesSOOUT 57. PANTALEÃO (op. cit.), p. 67. 58. “The voyage intended towards Chine, wherein M. Edward Fenton was appointend Generall, written by master Luke Ward his Vice-admirall, and Captaine of the Edward "ONAVENTUREBEGUN!NNO$OMv(!+,594E 59. ”Instructions given by the honourable, the Lordes of the Counsell, to Edward Fenton Esquire, for the order to be observed in the voyage recommended to him for the East )NDIESAND#ATHAY!PRILv(!+.594E h!NEXTRACTOUTOFTHEDISCOURSEOFONE.OPEZA3PANIARDBEFORESPOKENOF. John Drake after his departing from him”.TOUching the foresayd fight of M. Fenton with the Spanish ships. touching the sight/fight of M. with a report of the proceeding of M. Fenton whith the spanishs ships together with a report with the proceeding of M. HAKLUYT (1598). 2) “An extract of the discourse of one Lopez Vaz a Portugal. John Drake after HISDEPARTINGFROMHIMTOTHERIVEROF0LATEv. Cambridge: Hakluyt Society. Rio de Janeiro. Taylor. Bibl. Narrativas e documentos editados por E. Nac..(!+. The Troublesome Voyage of Captain Edward Fenton / 1582-1583. An. 126 . G.594 61. R. 1959. written by John Sarracoll Merchant in the same VOYAGEv. deg. The diary of Richard Madox. but performed no farther them the latitude of 44. 1768. 64. Fellow of All Souls. An elisabethan in 1582. Madrid: Imprenta Real de la Gazeta. Viage al estrecho de Magallanes. London: Hakluyt Society. To the south of the Equinoctiall. 63. in the yeere 1586.68 62. intended for the South Sea. 1976. “The voiage set out by the right honorable the Earl of Cumberland. (!+. continued unto the yere 1587. in the fleete set foorth by the right honorable the Earle of #UMBERLANDFORTHE3OUTH3EAINTHEYEEREv. Wherein among divers rare things not hitherto delivered by any other writer. certaine voyages of our Englishmen are truely reported: which was intercepted with the author thereof at the river of plate.594 65. by Captaine Withrington and Captaine Christopher Lister. “A discourse of the West Indies and South sea written by Lopez Vaz a Portugal. borne in the citie of Elvas. discoveries and occurents.(!+.594 (ÕAINDAUMOUTRO extrato de Lopes Vaz. and two barks. “The admirable adventures and strange fortunes of master Antonie Knivet. Anno 1586 with this discourse about him). “The last voyage made by the worshipful M. Thomas Candish esquire. with 3 tall ships. abridged”. as velas do navio feitas de damasco e o mastro principal folheado a ouro. a man of good observation. 68. imployed in the same. with his many disaventures in the Magellan Straits and other places. 67. quando voltou para a Inglaterra com a tripulação vestida de seda. 1591”. intended for the South sea. touching american places. 69. writeen with his own hand to sir Tristam Gorges his executor”. PURCHAS (1625). wich went with Master Thomas Candish in his second voyage to the south sea. 66. and the coast of China. Written by M. John Jane. and many OTHERSVOYAGESv. “Master Thomas Candish his discourse of his fatall and disastrous voyage towards the south sea. PURCHAS (1625). the Philipinas. publicado por Purchas: “The histoire of Lopez Vaz a Portugall (taken by Captaine Withrington at the River of Plate. Cavendish havia feito uma bem sucedida e rentosa circunavegação entre os anos de 1586 e 1588. PURCHAS (1625). Bibl. QUINN. “The observations of sir Richard Hawkins. 74. EDWARDS (1988). “A description and discovery of the river of Amazons. 53. and in divers places abbreviated”. David B. p. London: impresso por Thomas Snodham para Nicholas Bourne. Nac. in his voyage into the south sea. Knight. now reviewed and corrected by a written copie. 75. Anno Domini 1593. PURCHAS (1625).. PURCHAS (1625). 1975. in his voyage into the South Sea. D. para John Jaggard. 29.594 0URCHAS JUSTIlCA OS CORTES FEITOS AO TEXTO ORIGINAL DA CARTA AlRMANDO QUE OMITIU “some passionate speeches of Master Candish against some private persons”. An. 1614. The last voyage of Thomas Cavendish 1591-1592. Rio de Janeiro. p. PURCHAS (1625). illustraded with notes. Dom. 73. 76. by Willian Davies barber surgeon of London”. True Relation of the Travailes and Most Miserable Captivitie.(!+. 72. 1593 once before published. The observations of Sir Richard Hawkins Knight. 126 . 71. 1622. Chicago / London: University of Chicago Press. An. London: impresso por I. O barão do Rio Branco e a política de aproximação com os Estados Unidos Elizabeth Santos de Carvalho Mestranda em História Política pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro . Este trabalho. . foi realizado com recursos do Programa Nacional de Apoio à Pesquisa da Fundação Biblioteca Nacional. preparado em parte como monografia de conclusão do curso de História no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Com a estabilização política e financeira alcançada no governo de Campos 3ALLES CONlGUROU SEUMCENÕRIOFAVORÕVELÍATUA½áOMAISATIVA DO"RASILNOCONCERTOINTERNACIONAL/GOVERNODE2ODRIGUES!LVES . os novos ideais impregnaram a orientação adotada pelo Ministério das Relações Exteriores. embora demonstrasse simpatia pela república norte-americana.INTRODUÇÃO A mudança da forma de governo no Brasil em 1889 acarretou alterações na condução da política externa. Os turbulentos anos iniciais do regime republicano também se refletiram na formulação da política externa brasileira. aprofundando a tendência americanista. A instabilidade política não só comprometeu a constituição do corpo diplomático. como dificultou a atuação dos representantes brasileiros no sistema internacional e a construção de uma atuação. Com o advento da República. O Império. havia mantido o eixo diplomático em Londres. O presente estudo analisa a atuação política de Rio Branco. Sua competência na condução das missões de fronteiras certamente FOIDECISIVAPARAQUEFOSSENOMEADO. destacando a importância que a política de aproximação com os Estados Unidos teve na condução da política externa brasileira.TENDONO-INIST£RIODAS2ELA½µES%XTERIORES*OS£-ARIADA3ILVA0ARAnhos Júnior. A trajetória de Rio Branco nos ajuda a perceber como um monarquista pôde ocupar um ministério do governo republicano. introduziu novas estratégias e diretrizes que garantiram conquistas relevantes no âmbito internacional. o barão do Rio Branco. EM. Rio Branco garantiria ao Brasil vantagens tanto no sistema internacional. Esta aproximação com os Estados Unidos chegaRIAAOAUGEEM. quanto nas relações mais específicas com a América do Sul. nação em vertiginosa ascensão à condição de potência mundial. À frente do ministério. Ao estabelecer vínculos mais estreitos os Estados Unidos. e o sucesso da sua gestão justifica a permanência no cargo até 1912.MINISTRODAS2ELA½µES%XTERIOres. tornando mais atuante e moderna a política externa brasileira. Rio Branco deu continuidade aos esforços de aproximação com os Estados Unidos e aumentou o prestígio do Brasil no cenário internacional. COMAVISITADOSECRETÕRIODE%STADONORTE AMERICANO. O momento era favorável à aproximação. haviam retomado An. Elihu Root. por ocasião da III Conferência Internacional Americana no Rio de Janeiro. Na corrida imperialista. os Estados Unidos. Bibl. buscando estabelecer sua área de influência.. Rio de Janeiro. Nac. 126 . A crise lNANCEIRADAD£CADADEAGRAVOUASITUA½áO. que repercutiram negativamente. um dos precursores da política de aproximação com os Estados Unidos. como os Estados Unidos. A configuração. Encontram-se nela cartas em que Rio Branco trata principalmente da questão com a Guiana Francesa (de cuja defesa o barão se encarregou) fornecendo inclusive informações privilegiadas e artigos para publicar no Jornal do Commercio. Esta instabilidade rendeu duras críticas na imprensa inglesa. Alguns países reconheceram de imediato o novo regime. se manifestou até mesmo nas importantes questões de fronteira com as repúblicas vizinhas. característica que se eternizou na condução da política externa brasileira. além de buscar respostas para as críticas que fazia a Paranhos. Agrupei informações pessoais do barão. Uma das coleções consultadas foi a de Salvador de Mendonça. já no primeiro mandato de Rio Branco. no entanto. A coleção José Carlos Rodrigues também se revelou interessante fonte de pesquisa. de um cenário politicamente instável nos primeiros anos da República brasileira não agradava nem aos Estados Unidos nem às potências européias. Rio Branco: de cônsul-geral em Liverpool a herói nacional A queda pacífica da monarquia contribuiu favoravelmente para a imagem do Brasil no exterior. que. Reveladora de suas impressões pessoais sobre acontecimentos internos e comentários que na ocasião não chegavam ao conhecimento público. pude analisar o alcance e a influência de suas idéias sobre o barão do Rio Branco. do qual Rodrigues foi diretor. documentação que tem ficado à margem nas análises da atuação de Rio Branco. que há muito se inclinavam neste sentido. Para a realização deste estudo analisei as cartas encontradas em diversas coleções da Fundação Biblioteca Nacional (FBN). As relações comerciais com o Brasil e a maneira como Rio Branco interpretou os interesses nacionais também reforçavam a tendência de aproximação.72 a Doutrina Monroe e procuravam renovar o diálogo com a América Latina. dados contemporâneos aos acontecimentos e cotejei com as análises posteriores. preocupando investidores vinculados ao Brasil. a correspondência de Rio Branco mostrou-se extremamente útil para se conhecer melhor as origens e fundamentos de algumas posições adotadas pelo Ministério das Relações Exteriores no período em questão. passou a reger as ações do Itamaraty da mesma forma que a presença norte-americana. A partir do exame dos documentos reunidos. Sua visão realista. Nac.APONTODEBANQUEIROSEStrangeiros chegarem a se articular para retirar investimentos do país. 126 . Bibl.. As questões que haviam composto o cenário da crise que culminou com o fim do Império1 enfraqueceram este regime. unindo cafeicultores paulistas An. Rio de Janeiro. Acreditavam que a monarquia era o problema. Ex. que desde 1876 exercia as funções de cônsul-geral em Liverpool. O problema agora era estabelecer as novas instituições e redefinir as relações de poder. Grandes revoltas eclodiram no território nacional3 demonstrando a vulnerabilidade do regime. 2 A instabilidade política persistiria durante a administração de Floriano Peixoto (1891-1894). desordem. Bibl. A situação caótica. Rio de Janeiro. ministro da Fazenda e grande articulador do governo provisório.. enquanto defensores da república consideram o Império um corpo estranho entre as repúblicas americanas. Defensores da monarquia tomam a América hispânica como um exemplo a não ser seguido. Aquela que foi a única monarquia na América assemelhava-se agora aos demais países do continente até na instabilidade política. A correspondência entre os que temeram o fim da monarquia transmitia o receio de que. Alguns segmentos sociais expressivos identificaram no imperador o inimigo comum e decidiram destituí-lo do trono. O governo republicano precisava lidar com dois pólos: a polis e o demos. não é mais entre a Monarquia e República. a esse respeito externava: A questão hoje. depois do 15 de novembro. Somente perseguindo a oposição com “mão de ferro”. José Maria da Silva Paranhos Júnior. com o advento da República. o futuro barão. passasse a predominar no Brasil a turbulenta rotina das antigas colônias espanholas.ª disse em um telegrama. nos seus primeiros anos. Mas. causada pelo jacobinismo nas ruas do Rio. o presidente pôde alcançar maiores conquistas e seu governo passou a ser considerado responsável pela consolidação do novo regime. na transição da monarquia para a república. Nac. Que o novo regime consiga manter a ordem. a intelectualidade brasileira buscava referências. assegurar. E a única força que parecia capaz de conduzir o novo quadro político era o exército.4 No final do século XIX.73 e militares insatisfeitos e desejosos de mudanças políticas adequadas aos seus interesses. Em carta a Rui Barbosa. O temor dos monarquistas parecia se realizar. em sinônimo de agitação. como o anterior. mas República e Anarquia. a prosperidade e a glória do nosso grande e caro Brasil. Os governos provisório (1889-1891) e constitucional (1891) de Deodoro representam o momento fundador do novo regime político. a integridade. e ao mesmo tempo consolidar as liberdades que nos legaram nossos pais – e que não se encontram em muitas das intituladas repúblicas hispano-americanas – é o que sinceramente desejo. fruto de uma confusa ideologia republicana que se dividia em diferentes grupos e transformavase. contribuía para que as incertezas permanecessem dominantes. 126 . anarquia.5 Os que defendiam o regime fundador do país eram testemunhas de um Segundo Reinado estável frente ao perturbador período regencial e à An. encontravam-se num vazio de poder. como V. e o primeiro presidente civil não foi capaz de realizar todo seu projeto tendo em vista a permanente tensão entre o Legislativo e o Executivo. De volta ao governo. mesmo não lhe sendo favoráveis.74 experiência dos latino-americanos. Somado ao cenário de inquietação política. outros aprenderam a conviver com o regime. o que confere um caráter de transitoriedade ao seu governo. 126 . mas cada um agiu a seu modo: uns romperam laços e se exilaram. Rio de Janeiro. um atentado ao presidente aterrorizou a população e levou o país ao estado de sítio. no entanto. Prudente não desfrutou de estabilidade política. levando o governo federal a tomar mais empréstimos. atraindo a ira dos ‘reacionários’. levando seu vice à administração do país. Portanto. e a partir dela instituía-se um sistema político presidencialista e federalista. O mandato do primeiro presidente civil foi dividido com representantes florianistas. traindo. A par disso.. “O Governo Prudente ora aparece como continuador de Floriano. A permanência do café como principal artigo de exportação definia a hegemonia dos produtores paulistas. Fazendeiro paulista e republicano histórico.”6 Um grave problema de saúde afastou Prudente. ora como ‘civilista’. Nac. Prudente de Morais reivindicava. Prudente deveria trazer o Brasil de volta à normalidade para a consolidação da elite econômica no poder político. A eleição de Prudente de Morais (1894-1898) inaugurou o governo civil na República depois de turbulentos mandatos de militares que buscaram restabelecer a ordem para que o controle político entrasse em consonância com as tendências econômicas. a sua liberdade de ação relativamente à política dos estados. mas não a impediram. A exclusão do demos da participação no novo regime ainda repercutia em manifestações e movimentos que dificultaram a consolidação. restaram-lhe poucos meses para ensaiar medidas econômicas que atendessem aos interesses do café – a má administração financeira dos governos militares foi herança para o governo civil de Prudente. Bibl. As tendências An. os ideais da República. A Carta de 1891 carregava os ideais do projeto liberal paulista. como o vice-presidente Manuel Vitorino. Os governos militares não conseguiram solucionar os problemas institucionais que dependiam da reordenação das relações da polis. Enfrentou a resistência de Canudos numa guerra com muitas baixas que abalou o moral do exército. que encontrou dificuldades em revertê-la com o impasse criado pelo Congresso.7 além de insistentes agitações dos jacobinos e das manifestações com a morte de Floriano em 1895. segundo os radicais jacobinos. os primeiros anos da República pareciam comprovar suas suspeitas. que estavam profundamente ligados aos movimentos republicanos e se estabeleciam no poder. Evitando influir nas decisões do Congresso. no qual a política e as relações entre polis e demos encontrem nos estados seus lugares de resolução. Com uma política econômica ortodoxa e cumprindo o primeiro mandato republicano que não precisou apelar para o estado de sítio. pois. os grupos estaduais podem consolidar-se e permanecer reinando sem perigo”. o passado imediato dos primeiros anos turbulentos da República. Essa percepção garantiu a Campos Salles o papel de articulador de uma estratégia que manteve as principais oligarquias no poder. Francisco de Paula RoDRIGUES!LVES. e as tendências deste para controlar soberanamente a política e administração dos estados completavam-se.8 3OMENTECOMOGOVERNODE#AMPOS3ALLES A2EP¢BLICAEXPERIMENTARIA A FRMULA POL¤TICA QUE VIGOROU AT£ 3UA PROPAGANDA DE candidato refletia-se sobre os primeiros anos republicanos. ao centro do seu governo.75 do Congresso para sobrepor-se ao Executivo. sim.11 Definida a configuração política que dominou durante toda a República Velha.. consolidando um projeto conservador. em seu programa “O que está sendo sugerido pelo candidato é um modelo centrífugo. A construção das instituições na República não seria feita negando a Monarquia. negando seu passado imediato.” 9 A autonomia dos poderes estaduais era vital para o funcionamento da máquina governamental. E como não era possível harmonizá-los no espírito do novo regime e no tumulto das paixões ainda quentes da guerra civil. Deste modo pretendia se distanciar do início caótico do novo regime. levando sua preocupação maior. Seu sucessor. Negava.12 A criação da política de favores apaziguou o cenário político. Campos Salles viabilizou seu mandato identificando o poder dos estados e restringindo à esfera destes as disputas que anteriormente perturbavam o bom funcionamento do governo republicano. extrema-se o dissídio. como claras manifestações dos hábitos parlamentaristas e centralizadores do Império. Segundo Renato Lessa. a crise econômico-financeira.] com o beneplácito do governo federal. a “política dos governadores”: “[. que agitaria todo o quatriênio civil e que lhe inutilizaria em grande parte os esforços de recuperação financeira e administrativa. e baseando-se em fórmulas legais e no poder de coerção. Campos Salles pôde voltar-se para as questões econômicas que constituíram o cerne de sua campanha. mas garantindo a estabilidade que fora desfrutada nesta.. conseguiu recuperar a confiança internacional no Brasil. Bibl. Reformas em diversas frentes encarregavam-se de dar um novo contorno estável e moderno ao Brasil.ASSUMIUEMUMGOVERNOPROFUNDAMENTEDIFERENTEDOS antecedentes. Rio de Janeiro.. faltava reorganizar o espaço nacional. A reforma urbana buscava An. podendo desfrutar de um cenário política e economicamente favorável. 126 .13 Coube a ele construir uma nova imagem do Brasil. Nac. Com o quadro político controlado e a economia saneada. Rodrigues Alves teria desempenhado com maestria suas atribuições como coordenador deste corpo administrativo. Figuravam nomes de personalidades criadas no seio da Monarquia. valorizava tanto o Legislativo e o Judiciário quanto o Executivo. e Oswaldo Cruz na direção da Saúde Pública. mas que se colocavam a serviço do país. Garante sua habilidade em lidar com todas as esferas do governo: “Respeitava seus ministros tanto quanto respeitava o Congresso. conselheiro do Império. Depois do 15 de novembro pensou em afastar-se da vida política. o barão do Rio Branco. que fora inclusive reconhecido. mas foi convencido a fazer parte da chapa dos delegados paulistas à Constituinte e continuou em sentido ascendente até ser eleito presidente da República.76 superar o desenho do Rio de Janeiro. assim como muitos. inauguRADAEM. Porque compreendesse que a estabilidade do regime dependia da autonomia e do prestígio de cada um dos três poderes. sobrevivera na República. embora muitos acusassem o presidente de ter ficado à sombra de seu ministério. com “ruas estreitas. que passou da euforia doutrinária para um período construtivo. falta de higiene” e uma arquitetura decadente que mantinha os aspectos coloniais. praças mesquinhas. pela princesa Isabel.14 Sua candidatura representou uma nova fase da República. que veio a ocupar a pasta das Relações Exteriores. No entanto. tendo a Avenida Central. diferia desses oligarcas quanto ao engajamento político. tal como o antigo cônsul em Liverpool. Era um monarquista que. que permanecia sem a dinâmica das cidades do século XIX. O escritor e diplomata Álvaro Lins faz uma apreciação deste governo destacando que. ou seja. No mesmo sentido formaram-se outros setores da administração pública.Rodrigues Alves era o terceiro presidente civil e obedecia ao critério de ser paulista. com ruas largas e prédios novos.”15 O caráter reformador de seu governo construiu um Rio de Janeiro mais moderno. representante das oligarquias do café. grande articulador da reforma urbana. sob a liderança de Pereira Passos. A composição do corpo ministerial correspondeu à formação conservadora de Rodrigues Alves. como a prefeitura do Distrito Federal. pois não pertencia à propaganda republicana. Nac. Bibl. mais ativa. Rio de Janeiro.. Não era apenas a capital do país que se modernizava e se embelezava. anti-higiênico e inestético. mais confiante e mais orgulhosa de si mesma. onde começavam a atracar grandes transatlânticos. 126 . mais alegre. perdendo a sua antiga fisionomia de grande burgo provinciano. redimido da febre amarela. assinalavam uma etapa histórica na vida nacional. Com o exemplo do Rio de Janeiro. e as suas largas avenidas asfaltadas e arborizadas.16 An.COMOOGRANDES¤MBOLODESTASTRANSFORMA½µES A remodelação e o saneamento do Rio de Janeiro. o Brasil parecia nascer para uma vida nova. com o seu porto moderno. as primeiras grandes vitórias da presidência Rodrigues Alves. José Maria da Silva Paranhos Júnior. o barão do Rio Branco: sua atuação à frente do Ministério das Relações Exteriores aproximou o Brasil dos Estados Unidos e aumentou o prestígio do país no cenário internacional . Carta de Rio Branco a José Carlos Rodrigues acompanhada de mapa sobre a questão de limites com a Guiana Francesa: a área contestada correspondia a “cerca de 400. 1900. mais de 10 vezes o território da Suíça”. Berna.000 kilômetros quadrados ou perto de 13.000 léguas quadradas. . 19 set. Mapa da área em litígio: identifica as pretensões francesas e os limites propostos pelo Brasil . José Carlos Rodrigues: cartas de Rio Branco em sua coleção contêm informações preciosas sobre a questão com a Guiana Francesa . as ideias de Salvador de Mendonça tiveram influência na política externa consolidada por Rio Branco ao longo de dez anos no Itamaraty .Signatário do Manifesto Republicano (1870) e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Ex-libris da Biblioteca do barão do Rio Branco Ex-libris da Coleção Salvador de Mendonça . “A castração política da cidade e sua transformação em vitrina. esta última efetivada nas reformas de 2ODRIGUES !LVES E NA GRANDE EXPOSI½áO NACIONAL DE .83 Mas na execução de suas reformas escondia-se a insatisfação de muitos que não foram tão beneficiados com a reforma urbana e ainda estavam transtornados pela “agressividade” das políticas sanitárias. somadas ao levante militar. a maioria da população sofria ainda com o custo da política econômica ortodoxa de Campos Salles. As agitações.”17 Excluída da participação no governo. provenientes da atmosfera popular insatisfeita. INVIABILIZARAM A incorporação do povo na vida política e cultural. faCILMENTEREPRIMIDO. DEDENOVEMBRODE. “A noção de fronteira não é apenas geográfica e histórica.. um gigante na América do Sul. é o espaço no qual exerce sua soberania. Representavam uma instabilidade que prejudicava a imagem do Brasil. demarcadas de maneira definitiva.REPRESENTAMA¢NICATENSáO sofrida pelo governo de Rodrigues Alves.”19 A independência do Brasil data de 1822. An. na realidade. Rio de Janeiro. O bom andamento da política interna permitia maior ação da política externa preocupada em definir as fronteiras brasileiras.18 A delimitação de suas fronteiras é imprescindível para a formação de sua identidade e o reconhecimento de seus direitos perante o sistema internacional. mas a definição de suas fronteiras arrastou-se pelo primeiro e segundo reinados chegando à República com questões definidas apenas com o Uruguai e o Paraguai. a posição de não ceder território e o entendimento bilateral eram os princípios configurados nos meados do século XIX. as pendências eram significativas. Ela ocupa um lugar fundamental no Direito Internacional. Nac. Tomando a vastidão do território brasileiro. Em busca do território nacional – as questões de Palmas e do Amapá O território nacional é elemento indispensável para fixação de um país. 126 . Bibl. Superado o período em que a política externa se dedicou exclusivamente ao reconhecimento da independência brasileira. mas sobretudo política e jurídica. a doutrina do uti possidetis21 e a recorrência aos tratados já firmados. Passados os turbulentos anos da infância republicana. a “república dos conselheiros” promovia reformas que garantiriam perspectivas positivas sobre o Brasil em todo o mundo. porque. o princípio de rejeitar a expansão territorial – em contraste com a conjuntura externa das potências européias inseridas na lógica imperialista –. estabelecendo concretamente aquilo que poderíamos chamar de Brasil. Sua unidade precisava ser garantida por um território de fronteiras sólidas. um Estado sem fronteiras definidas permanece numa situação de insegurança e instabilidade. a proposta não foi aprovada e a questão com a Argentina manteve-se sem solução. não fosse a instabilidade política que configurou a última década do século XIX. demonstrando seu prestígio internacional. O imperador utilizou seu prestígio na Europa para resguardar interesses nacionais. Todo esse empenho garantiu ao Brasil imagem privilegiada com a qual os republicanos teriam facilidade de diálogos no sistema internacional. Ao fim. ministros de Estado. O reconhecimento da República Federativa do Brasil foi concedido em dois anos. Nac. Quintino Bocaiúva. mas também aos países sul-americanos. todos quantos nos últimos anos haviam intervindo na política exterior do Brasil. previa a solução da disputa territorial por arbitramento sob o juízo do presidente dos Estados Unidos. Sobre a política externa. tentou avançar neste sentido oferecendo à Argentina um tratado23 que dividia a área litigiosa de Palmas24 entre os dois países. Rio de Janeiro. Pedro II para valorizar a imagem do Brasil no sistema internacional. geógrafos. marcados pela anarquia e alto grau de incerteza. instrumento que fora utilizado pelo imperador D. não somente no que dizia respeito aos Estados Unidos. o primeiro ministro das Relações Exteriores no regime republicano. “A República encontrara o Brasil na plenitude de seu prestígio internacional. A demora na manifestação dos governos europeus deve-se em grande medida a esses “anos entrópicos”. 126 . não havia motivos para propor divisão. A neutralidade que manteve na guerra do Pacífico e os esforços para o nãoenvolvimento da Argentina no conflito garantiram a participação na comissão arbitral no pós-guerra. decide participar dos congressos pan-americanos. se a área litigiosa era por direito brasileira.84 Ao final do Império houve uma flexibilização desses termos e a aceitação da solução por arbitramento. /-ANIFESTO2EPUBLICANODEHAVIAINDICADONOVASDIRETRIZESQUENEgassem a conduta da política monárquica. entre o Brasil e a Argentina. protagonizados pelas revoltas que revelavam a fragilidade inicial do novo regime político frente à realidade brasileira. a proposta era “americanizar” as relações da República. Não havia antecedentes na história das relações internacionais do Brasil de um debate diplomático mais solene: nele tomaram parte toda a imprensa brasileira. em 7 de setembro de 1889. caso as partes conflitantes não An. Bibl. Em suas três viagens internacionais e em eventos afins representava o Brasil e reunia ao seu redor países simpáticos ao Império.. publicistas e demarcadores de limites. mas seu projeto não passou na votação do Congresso Nacional. plenipotenciários.25 Um tratado celebrado no final do Império. Neste contexto de abertura política.”22 O grande esforço diplomático deste período consistiu em minimizar a turbulência interna sofrida no momento de consolidação da nova ordem. ministro das Relações Exteriores. O seguinte trecho de seu caderno de notas comprova a confiança do barão em um laudo favorável: “Tenho a mais profunda convicção de que nenhum árbitro imparcial poderia resolver contra nós este litígio lendo a An. os interesses do Brasil e dos brasileiros que habitavam a região litigiosa era chefiada pelo barão Aguiar de Andrada. Nac. Sobre a escolha do barão do Rio Branco há algumas hipóteses e pouca certeza. vou sair por alguns meses do meu retiro. No entanto. o visconde do Rio Branco.ª viu que tomei essa resolução sem hesitar um só momento. seu nome.”31 O convite foi aceito prontamente por Rio Branco. Quem o teria indicado ao presidente? A versão mais aceita é que Floriano tenha acolhido a sugestão de Sousa Dantas.26 Frente ao fracasso de Quintino Bocaiúva. 126 .85 chegassem a um acordo em noventa dias. Sua habilidade em vasculhar os arquivos e o gosto pelos estudos históricos e geográficos fizeram dele o maior conhecedor das questões sobre o litígio de Palmas. A escolha de Floriano Peixoto baseou-se nos conselhos do visconde de Cabo Frio. voltar por assim dizer ao mundo.. que em 1891 passara de cônsul-geral do Brasil em Liverpool27 a diretor do Serviço de Imigração em Paris. e a resposta foi dada quase de imediato. buscando restabelecer negociações acerca desta fronteira nas bases do tratado de 1857. que indicou o nome de Aguiar talvez influenciado pelo fato de este ter sido enviado extraordinário e ministro plenipotenciário do Brasil em 1876.ª. que a rigor teve início com seu pai. O convite alcançou Paris por intermédio do ministro em Londres. trouxe novamente a oportunidade de Paranhos definir a fronteira com a Argentina em negociação.29 A morte do barão Aguiar de Andrada. Ex. A disposição em defender o Brasil residia no profundo conhecimento adquirido e no apelo sentimental que a questão suscitava. Marechal Presidente e de V. sabia que a decisão da arbitragem não poderia ser outra se não favorável ao Brasil.28 e pelo meio intelectual que tinha conhecimento de seus estudos sobre a região. esquecido pela maioria do círculo político brasileiro à ocasião da convocação da missão especial. Ex. Rio Branco comunicava: “Agora acudindo ao apelo do Sr. Afastado do cenário nacional e refugiado nos arquivos europeus por quase vinte anos encontrava-se o barão do Rio Branco. Os anos que permanecera na Europa proporcionaram-lhe facilidade de acesso a documentos importantes sobre a história do Brasil. Bibl. Sousa Correia. porém. ou porque moravam na Europa ou porque se correspondiam. em tratado celebrado em 1857. Em telegrama a Paula Sousa. só foi lembrado por amigos que mantinham contato com ele. influenciado por sua vez por Joaquim Nabuco. Desta maneira encerraria com vitória um processo iniciado por seu pai. A missão especial que partiu com objetivo de defender. Rio de Janeiro. e V. junto ao governo dos Estados Unidos. a solução por arbitramento se tornou patente. Diante dos documentos que havia consultado ao longo dos anos. foi quem o apresentou ao círculo norte-americano. nenhuma inquietação tenho quanto à resolução que há de proferir o Presidente Cleveland. Foi. Rio de Janeiro. o redator único da memória. Os documentos e a defesa que pretendiam entregar ao governo norte-americano tinham muitas falhas e carências em diversos pontos. o barão isolou-se na companhia dos documentos que o auxiliaram na elaboração da exposição que apresentou ao juízo norte-americano. que ao aceitar a incumbência de chefiar a missão especial em Washington lamentava: “Vai ser o fim da minha carreira. Evitava circunstâncias que pudessem comprometer seu trabalho e não alimentava especulações que surgiam na imprensa. comprometendo o interesse brasileiro na delimitação de acordo com os rios Pepiri e Santo Antônio..86 nossa exposição que deve ser escrita com a precisa clareza e acompanhada de mapas. por isso. Em correspondência direta ao ministério e com seus amigos no governo fez entender a todos que. o barão Aguiar de Andrada. Os esforços de Aguiar de Andrada e seus auxiliares estavam aquém das necessidades da missão. Rio Branco dedicou-se exclusiva e integralmente ao trabalho. Desde o dia de seu desembarque nos Estados Unidos em 1893 ocupou-se incansavelmente da defesa brasileira. ministro do Brasil em Washington.”34 Depois do convite que recebera e aceitara em março de 1893 só conseguiu descansar após receber. porque esta é uma questão perdida. Os inconvenientes da imprensa estavam usualmente ligados ao argentino Estanislau Zeballos. A memória da questão não seria elaborada integralmente por ele. de cabo a rabo. uma renomada autoridade no direito internacional. seja na elaboração e escrita da memória entregue ao presidente Cleveland ou nas articulações e coletas de informações que reunia a partir de consultas com os seus de inteira confiança. Rio Branco precisou transpor alguns obstáculos à realização de seu trabalho. Bibl. res- An. precisavam dar-lhe autonomia para conduzir os trabalhos de defesa. no qual fez importantes amizades. em 6 de fevereiro de 1895. sem dívida. “O amigo mais próximo e mais importante feito por Rio Branco nos Estados Unidos foi.”33 Mesmo acreditando no sucesso de sua missão. se confiavam nele. Salvador de Mendonça.”35 Em sua estadia em Nova York. não aceitou as condições. com todo o rigor que dedicava a sua missão. com as quais teve de lidar durante os dois anos em que lá residiu. o laudo favorável ao Brasil na questão de Palmas.”32 Os elementos que garantiram a Rio Branco a segurança da vitória faltaram a seu antecessor. Mas o barão. Recebera um memorando do ministério e outro apresentado pelo advogado contratado Ivins. “Rio Branco quis fazer obra nova que refletisse sua visão pessoal do assunto e incorporasse as descobertas recentes por ele feitas. A mensagem foi entendida e seu desejo atendido. pois. o professor John Basset Moore. 126 . Nac. Rio de Janeiro. a missão argentina. Em 1895 o barão do Rio Branco conquistou o primeiro traçado de nossas fronteiras que LEVARIASUAASSINATURA!OBRACORRESPONDIAAKMÀDETERRITRIOOlCIALmente reconhecido como brasileiro. que perdera por uma fatalidade o seu primeiro designado para representar o Brasil no arbitramento. pretendia nomear um segundo plenipotenciário que. não aceitando as provocações de Zeballos.38 Mas havia discussão em outras regiões de fronteiras brasileiras. Nac. recebe um pedido para que analise a questão de limite com a Guiana Francesa visando. Manuel Vitorino. Assim como a missão brasileira. como porque a solução viera evitar o nosso único motivo de divergência com a Argentina. Embora Rio Branco tenha mantido a postura.. em breve. O laudo favorável ao Brasil provocou intensas manifestações que glorificavam a atuação de Rio Branco. e por vezes criou situações que perturbaram o barão. depois da morte de Nicolas Calvo. Bibl. Seduzido pela imprensa. num período em que herdávamos do Império quase todas as questões de limite do Brasil com os nossos vizinhos ainda não resolvidas. O fruto de tanto trabalho não poderia ser outro senão a vitória. Além disso. em seu retorno à Europa. à admiração pela sua façanha. Zeballos comportou-se de maneira mais elegante do que nos dois anos anteriores. Rio Branco. em caso de vitória. defendê-la em arbitramento. As felicitações do presidente Prudente de Morais chegaram por telegrama: “Em nome da pátria brasileira agradeço inolvidável serviço reconhecimento seus direitos”. nomeou para o cargo Estanislau Zeballos. que aceitava os termos apresentados pela exposição brasileira. no Brasil o regozijo foi imenso. Realmente. o ministro do Exterior. Reconheceu o mérito brasileiro tão bem defendido pela memória elaborada por Rio Branco. Olinto Magalhães.87 ponsável pela defesa da República da Argentina. Estes problemas só retardaram a nomeação que era garantida pelo prestígio de que o barão An. em virtude do seu longo afastamento do cenário nacional. dividiria as glórias com Rio Branco. Resolvido o litígio de Palmas. A oficialização de Rio Branco como enviado extraordinário encontrou alguns percalços originários da situação política no Brasil. fez um convite a Rui Barbosa para ir a Paris como delegado especial da missão. ao assumir interinamente o governo brasileiro. o encontro em Washington marcou o início de uma relação conflituosa.36 Proferido o laudo. não só porque resolvia a nossa mais importante questão de fronteiras. 126 .37 O grande público passou da surpresa por sua nomeação. o representante argentino aparecia constantemente nos noticiários afirmando que a vitória seria da Argentina. que parecia se divertir com a publicidade. Na correspondência de José Carlos Rodrigues. A questão de limites com os ingleses. que estava sendo estudada ao mesmo tempo e à qual Rio Branco prestava auxílio como assessor. mais ardilosa. tornando incontestável o ato oficial de 1898. propondo a fronteira cada vez mais ao sul.88 gozava com Prudente de Morais. ao mesmo tempo em que instigaria disputa entre as duas potências européias. e os documentos produzidos nas diversas tentativas de solucionar a questão não falavam a favor da causa brasileira. a primeira entregue em 1899 e uma segunda em réplica à memória An. 126 . concentrando a defesa nos seguintes pontos: 1 – estabelecer a região litigiosa e 2 – limitar poderes do árbitro. memórias. somada à descoberta de ouro. Ao longo dos anos. mas com diferentes árbitros e delegados. mas o que podemos notar é a França querendo avançar na região amazônica. que o nomeou enviado extraordinário e ministro plenipotenciário do Brasil. Ele devia provar – através de tratados. mas acreditava no direito do Brasil na causa que defendia. podemos encontrar inúmeras cartas fornecendo dados privilegiados acerca do caso do Amapá. Estabelecidos nessa região. mantinha alguns jornalistas permanentemente informados sobre o curso do arbitramento. O zelo e empenho que dedicara à defesa em Washington repetiram-se na elaboração da memória que pretendia fixar os limites com a Guiana Francesa. Rio Branco colaborava com jornais brasileiros. Rio de Janeiro. também abrangia a região. poderia favorecer o Brasil. levou à retomada das negociações paradas desde 1888. Aproveitando o conhecimento e a amizade que desfrutava neste meio. O verdadeiro interesse era na bacia amazônica e nos benefícios do “comércio” com índios. além do acesso à vasta região precariamente ocupada e protegida. Desta forma o ministro fazia da imprensa um instrumento a favor da sua missão no estrangeiro. os franceses traficavam com índios pelos rios amazônicos. Neste caso a definição do rio Oiapoque seria fundamental. Mesmo distante. Neste episódio foram duas as memórias produzidas por Rio Branco.”39 Desta vez tratava-se de uma diplomacia européia. Depois de algumas possibilidades analisadas o árbitro escolhido foi o Conselho Federal Suíço. que o manteve nos estudos sobre a disputa. Os interesses na bacia amazônica não eram apenas dos franceses. Bibl. no governo Campos Salles. que se estenderam desde a ocupação. Nac. Desta forma o barão acreditava que conduzir as negociações simultâneas.. o Brasil tentou firmar acordos para resolver as contestações sobre a região. responsável pelo Jornal do Commercio. Em seguida começam as contestações dos limites entre o Brasil e a Guiana Francesa. “O seu problema nesse debate era rigorosamente histórico. cartas régias e mapas – que o Japoc ou Vicente Pinzon do Tratado de Utrech era o Oiapoque brasileiro. O barão não estava tão confiante neste caso como na questão com a República Argentina. Rio Branco chefiou a Missão Especial. Em 1894 a situação de anarquia na região. o Conselho suíço reconheceu inteiramente o direito brasileiro sobre a área litigiosa. escritas sempre no último momento. a República buscou maior aproximação com o continente americano: An. Estava em marcha a carreira do estadista. ocupando a pasta do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Rio de Janeiro.. Em 1º de dezembro encerrou-se a espera pelo laudo final.”43 Discurso de Rio Branco no Clube Naval em 1/12/1902 A formulação da política externa de um país é condicionada por diversos fatores. São estas variações subjetivas que. Todo seu esforço fora empenhado na redação das exposições. alcançaria seu esplendor. íntegro. forte e respeitado. As percepções são diferentes daquelas que conduziam o Império. O meio ao qual o formulador pertence exerce influência direta sobre suas percepções e na maneira pela qual a política externa será conduzida. seus objetivos neste primeiro momento parecem se opor à política externa imperial. que todos desejamos ver unido. A notícia da vitória foi acolhida no Brasil com acaloradas manifestações que o elegiam herói nacional. na esperança de encontrar novos documentos que pudessem favorecer o Brasil. A figura de Rio Branco ganhava prestígio. que tradicionalmente preferia um termo conciliatório. “Novo e brilhante êxito do mesmo representante do Brasil encerraria para sempre duas das mais velhas e irritantes questões de fronteiras.89 francesa. de acordo com o sistema de crenças. 126 . a direção das relações exteriores sofreu com o impacto da mudança do regime. Nac. entre os quais sobressaem as percepções de seus principais gestores. A exposição de Rio Branco não deixou dúvidas ao Conselho. Nos anos de instabilidade política da recém-proclamada República brasileira. que no início do século XX. que em 1876 havia enfrentado grandes dificuldades para conseguir sua primeira nomeação como cônsul-geral em Liverpool. UM MONARQUISTA NO MINISTÉRIO REPUBLICANO “Não venho servir a um partido político: venho servir ao nosso Brasil.42 dando início a sua carreira diplomática. mas as memórias eram esclarecedoras e o direito do Brasil incontestável.41 O prestigiado barão do Rio Branco contrastava com a figura do jovem José Maria da Silva Paranhos Júnior. Bibl.44 influenciam a política adotada por determinado país. que datavam da época colonial”. Enquanto a Monarquia mantinha relações mais estreitas com a Europa. As manifestações do nacionalismo. Queria romper com tudo que lembrasse o passado. acompanhavam as tendências para americanização do país. O Brasil viveu momentos de delírio. Pretendeu-se até mesmo expropriar as companhias estrangeiras e expulsar do país o capital europeu. paradoxalmente.45 A orientação americanista estava presente no próprio Manifesto RepubliCANODE. O radicalismo exacerbou-se. sejam as “republiquetas” vizinhas hispano-americanas. A transferência pacífica sinalizava um processo rápido. em contraste com a Europa. Mas a configuração do quadro nacional sofreu alterações. e a conseqüente ascensão de Floriano. O atento Conde Paço d’Arcos. constou ao governo de seu país preocupação que.. como primeiro grande esforço. Os acontecimentos eram acompanhados pela imprensa internacional e repercutiam na postura dos governos: Com a renúncia de Deodoro. ministro de Portugal no Rio de Janeiro. Nac. que tentavam contornar manchetes pejorativas sobre a situação política no Brasil. era sentido nas variações dos títulos brasileiros. o reconhecimento tornou-se mais difícil e a imprensa internacional não colaborou com as intenções do governo brasileiro. renovaram-se as visões sombrias sobre o futuro do Brasil.NOQUALSEAlRMAh3OMOSDA!M£RICAEQUEREMOSSERAMERICAnos”. sejam os Estados Unidos. Instaurada a República. depois de séculos de sofrimento e exploração promovidos pelas metrópoles. a notícia de um Brasil republicano agradava no cenário internacional. Uma missão que parecia fácil de ser executada exigiu maior esforço dos diplomatas. e que pelo fato de pertencerem ao mesmo continente deveriam se considerar irmãos.46 An. deveria unir-se contra qualquer pretensão européia. e a paz inicial foi engolida pela instabilidade política. trabalhar em prol do reconhecimento do regime político por outros países. O efeito destas notícias. com risco de conflagração generalizada e até desmembramento. Rio de Janeiro. Acreditavam que com a mudança de regime estavam mais próximos dos países americanos. que estavam presentes em folhas como o importante The Times. Bibl. Por América entendiam todo o continente. conforme já se mencionou no capítulo anterior. de exacerbação da crise financeira. 126 . na qual o Novo Mundo. coube ao corpo diplomático brasileiro. vulneráveis aos boatos e às especulações. Neste sentido a doutrina de Monroe se fortalecia. Sem registros de agitações e resistências. no geral. O passado colonial fundamentava essa visão. Desta forma. que parecia disposto a reconhecê-lo como legítimo. coincidia com a dos demais observadores europeus: vislumbrava o ingresso do Brasil numa era de pronunciamentos. ponto culminante da crise política. Na maioria dos casos os eventos eram maximizados. todos esperavam por sinais que garantissem a ordem. Com toda essa repercussão negativa predominou a cautela entre os Estados europeus. Embora navios britânicos tenham saudado a BANDEIRABRASILEIRAEMNOVEMBRODE.91 As notícias na imprensa britânica prejudicavam a imagem do Brasil no exterior. A Grã-Bretanha manteve relações oficiosas até o cenário político brasileiro apresentar-se mais estável. visto que muitos dos colaboradores dos jornais na Grã-Bretanha eram monarquistas e queriam sabotar o governo. além de contaminar o ministério com disputas partidárias. a Itália e a Espanha. Após ampla discussão no Congresso e na imprensa. os deputados defendiam a supressão de legações. Justificavam essa supressão pela ausência de relações comerciais com a Suíça. mantinham-se e criavam-se legações por sentimentalismo republicano. ORECONHECIMENTODA2EP¢BLICAVEIOEMJANEIRODE/TRATADOCOMERCIAL celebrado em 1891 entre os dois países demonstra a boa impressão causada pelo governo norte-americano. Os Estados Unidos queriam demonstrar imediatamente simpatia e apoio à República recém-instaurada. Rio de Janeiro. Muitas dessas interferências tinham como objetivo tirar antigos representantes do Império de postos no estrangeiro ocupados antes da proclamação. além de dimensionar a importância das relações econômicas estabelecidas entre o Brasil e os Estados Unidos. reconheceram o novo regime antes dos países europeus. Sem prestígio no Legislativo.. menos vulneráveis às notícias sobre o Brasil. Neste sentido An.47 visando diminuir custos. “No tocante à América do Sul. onde poucos eram ainda os interesses comerciais em determinados países. Bibl. o incipiente ministério assistiu discussões sobre a proposta orçamentária que prejudicava o corpo diplomático. Alvo da política interna. seu quadro passou a ser constituído por funcionários que não pertenciam à carreira diplomática. acarretando ingerências. mas o cunho da ditadura militar fez o governo norte-americano hesitar. O Uruguai foi o primeiro a se manifestar em favor da República brasileira. As propostas eram de tal forma absurda que pretendiam suprimir a legação na Suíça enquanto o Conselho Federal deste país aceitara mediar negociações no arbitramento com a França sobre a questão do Amapá. Por sua vez. Nac.”48 /ROMANTISMODO-ANIFESTO2EPUBLICANODEEXPLICARIAAAPROXIMAção que tentavam realizar com os países hispano-americanos. neste mesmo sentido.SEURECONHECIMENTOOlCIALSFOI realizado em 1891. Carentes do conhecimento necessário. as repúblicas americanas. O experimento dos republicanos no poder alcançou inclusive a organização do ministério das Relações Exteriores. mas este argumento tornava-se frágil tendo em vista a postura adotada com as repúblicas vizinhas. 126 . quando também se pronunciaram. tradicional rival do Brasil. Alemanha e Itália. que acreditava ser a melhor expressão de cordialidade. Em treze anos de governo REPUBLICANO. justificada por interesses comerciais ou de negociação de fronteiras. seguidas pelas representações nos Estados Unidos. O projeto apresentado em 1894 permite identificar o que o Legislativo considerava como prioridade no campo das relações externas brasileiras: as legações da França e da Inglaterra. propondo a criação da legação no Equador e na Colômbia. O retraimento na Europa e a expansão no continente americano comprovam a “constatação que reforça conclusão de que a República provocou ruptura na política exterior que vinha sendo praticada pelo Império. Uruguai. que corresponde ao governo de Prudente de Morais. a quantidade de ministros nomeados para a pasta das Relações Exteriores reflete a instabilidade do período. o chanceler declarou sua intenção de aproximar as duas nações. Destaca-se ainda a maior atenção dedicada à América do Sul. Argentina. selando amizade com acordo comercial. além da supressão da legação mexicana. Durante a gestão de Carlos de Carvalho49 no ministério das Relações Exteriores. Portugal.” Por outro lado.92 destaca-se o empenho em estreitar relações com a Argentina. DEA. E as percepções dos novos dirigentes sobre o interesse nacional estavam em confluência com os interesses dessa nova elite. As ocorrências de natureza política corresponderam à culminância de um processo de transformações econômicas e sociais. Bibl. “O evento político (‘fato curto’) refletiu movimentos profundos de estrutura (‘fato longo’).ONZEMINISTROSDIRIGIRAMAPOL¤TICAEXTERNABRAsileira. a política externa brasileira na República estava ligada às mudanças socioeconômicas do Brasil com a ascensão de nova classe hegemônica. os cafeicultores. A política territorial passou a definir em muitos aspectos a política externa brasileira.”51 Assim como a queda da Monarquia. sobrepujando o romantismo inicial. 126 . Foi debaixo desta orientação que Rio Branco ganhou lugar e conseqüentemente projeção nacional. Segundo o professor Clodoaldo Bueno. O primeiro passo da diplomacia no novo regime político foi concluído em dois anos. As resoluções favoráveis ao Brasil sobre as questões de limites com a República Argentina e com a Guiana Francesa revelaram o An. A aproximação com outros países americanos deveria ser regida por interesses previamente estabelecidos. Portanto. Rio de Janeiro. agora uma República. ou seja. uma diplomacia de agroexportação. A emoção que contagiou a administração do país depois do 15 de novembro foi substituída pelo realismo que tomou seu lugar. no cenário internacional.. Nac. Os esforços antes direcionados para o reconhecimento do Brasil republicano concentraram-se na resolução dos litígios lindeiros. faltavam diretrizes para a atuação da diplomacia na inserção do Brasil. e não pelo simples fato de compartilharem o mesmo regime político e estarem geograficamente no mesmo continente. Rio Branco preferiu ir para a Alemanha como ministro plenipotenciário do Brasil. Além da confirmação de sua nomeação para o posto em Berlim. sendo uma delas de seu sabido interesse. Mesmo representando uma parcela pequena. A curta espera pela nomeação para tal posto foi antecedida por imensa ansiedade. Seu prestígio era tal que lhe ofereceram duas opções. dadas as dificuldades financeiras enfrentadas pelo barão. seus problemas econômicos deviam-se às dívidas contraídas em prol da defesa do Amapá. Em certa medida.52 Entre Lisboa e Berlim. a aprovação de uma lei no Congresso tranqüilizava seu coração preocupado com a ajuda que prestava a suas filhas. somado a uma quantia considerável pela SUACONTRIBUI½áOÍNA½áOBRASILEIRACOMASVITRIASDEE. A dita lei concedeu ao barão do Rio Branco o título de Benemérito Brasileiro.93 nome do barão e garantiram a ele status de herói. que gastou mais do que cabia nos seus honorários de encarregado especial. o aspecto social que envolvia as negociações era levado a sério por Rio Branco. patrocinando a realização de jantares e outros agrados àqueles que colaboravam de alguma forma com sua defesa. Rio Branco retomou sua vida em Berlim com o projeto. justamente no momento das articulações de Bismarck e da configuração de todo o contexto europeu que definem as alianças da I Guerra Mundial. Esta foi sua primeira escolha.53 mas esperava encontrar paz na nova residência para poder dar continuidade aos seus estudos. de escrever suas obras históricas.EAUMA dotação anual que poderia ser destinada à família em caso de morte. a capital alemã foi o quarto ponto de observação que faltava a Rio Branco. Este foi um espectador privilegiado. antes de qualquer decisão sobre quais seriam os demais ministros. fato que o deprimia. Bibl.”54 Pôde observar a política internacional e analisar a difícil rede de relacionamentos que a envolve. E pensando numa possível solução para o caso lembrou-se do barão. Rio de Janeiro. 56 Antes de tomar posse como presidente da República. São estes também os meus votos”. Rodrigues Alves já se preocupava com um problema que sobreviveria ao governo de Campos Salles: a chamada questão do Acre. 55 A rotina tão desejada pelo barão foi interrompida por um telegrama de #AMPOS3ALLESEMJULHODE%RAUMCONVITEEMNOMEDO"RASILh2ODRIgues Alves deseja confiar-lhe pasta exterior e encarregou-me consultá-lo esperando de seu patriotismo não recusar.. Paris. “De um ponto de vista externo o jovem diplomata teve ampla oportunidade para estudar a posição do Brasil no mundo. tendo passado por Londres. e agora Berlim. 126 . São Petersburgo. Nac. Teve um início complicado pela crise financeira que passara e pela morte de amigos. interrompido pelo trabalho. Durante sua longa estadia na Europa passou pelos lugares mais importantes os quais contribuíram imensamente para sua formação. An. mas devo procurar servi-la utilmente. Esta era uma alternativa a que o barão tentou se agarrar para evitar sua volta para o Brasil. no entanto. tomou um gosto amargo. Não poderia imaginar que a jornada iniciada em 1876 lhe daria as glórias já conquistadas nem mesmo o prazer deste convite. O meu interesse não está em meter-me naquela agitação constante. Sua correspondência demonstra o esforço que despendeu para conseguir a dispensa do serviço para o qual era convocado. este não parecia disposto a renunciar às suas aspirações. Devo também considerar o meu interesse pessoal e os meus recursos de vida. Contrariava seus últimos desejos de dedicar-se à História do Brasil. Tudo transformara-se em motivos potenciais para que não fosse nomeado ministro das Relações Exteriores. Assim expunha sua situação ao amigo Hilário Gouvêa: Lembro-me muito da nossa pobre terra. ofereceu a Rio Branco o posto de ministro em Roma. O convite de Rodrigues Alves era mantido em segredo.94 Um convite como este que Rio Branco recebera deveria causar grande felicidade em qualquer diplomata de carreira. a dificuldade da questão do Acre. O prazer. o então ministro das Relações Exteriores. seu afastamento por demais alongado da política interna. de manter-se no estrangeiro e mergulhado em seus papéis. a dependência financeira de suas filhas. a melhor qualificação de Nabuco.. deixando por aqui parte da minha família. e penso que no exterior posso servi-la melhor segundo minhas aptidões.57 Apresentava a mesma preocupação em carta confidencial a José Carlos RoDRIGUES. a que só poderei ajudar desmantelando em pouco tempo o magro pecúlio de que disponho. Sem saber das novas articulações. Olinto Magalhães. Alegou problemas de saúde. A honra de receber tal convite não foi suficiente para convencer o barão. desejando ao fim do mandato de Campos Salles ir para Berlim. A obra que se apresentava por proposta do presidente era grande e audaciosa.. DE DE AGOSTO DE . Campos Sales que o convidasse. disse-lhe que as questões diplomáticas têm assumido entre nós tal importância que eu precisaria do concurso An. o Dr. e insistir em que eu vá para o seu ministério. Bibl. Tentava a todo custo provar como verdadeiro algo que era falso. embora certo de que o meu sacrifício será estéril. o presidente Rodrigues Alves argumentava: Quando pedi ao Dr. Rodrigues Alves não entender assim. Rio de Janeiro. obedecerei. E diante da hesitação do barão. NA QUAL AlRMAVA QUE DEVERIA RECUSAR O convite: “Se. 126 . para o cargo de ministro das Relações Exteriores. Nac. em meu nome. entretanto.”58 Rio Branco não poupou esforços para convencer a todos que defendessem a sua causa.. mas é preciso que os homens bons o façam em benefício do país quando o seu esforço é reclamado em nome de seus grandes interesses. eu bem sabia.59 %MCARTARESERVADAA*OS£#ARLOS2ODRIGUES.ª um sacrifício. Ex. Era para V.95 de um homem de reconhecida autoridade para bem estudá-las e de real competência para indicar as melhores soluções. DEDESETEMBRODE. Depois de longas cartas. 126 . e esse fim exigia sacrifícios. Bibl. com pretensões de ficar por muito tempo na capital alemã. Em meio ao verão carioca. E a chegada ao Rio de Janeiro revitalizou o espírito de Paranhos Júnior.. que se tornou público ainda em An. e sobre a nomeação de Rio Branco dizia: For the Ministry of Foreing Affairs Baron Rio Branco is specially well qualified. desprendido de paixões partidárias e ideológicas. Há pouco instalado em Berlim.]”. A erudição. e a ruína total [. Seus amigos tentavam consolá-lo.61 A figura do diplomata atormentado pelo convite de Rodrigues Alves foi substituída pela imagem de um homem engajado no objetivo que se propunha. Observador atento. Outros amigos o engrandeciam dizendo que abandonava seu ofício de historiador para fazer parte da História. Charles Page Bryan. PRECISOUORGANIZARTUDOPARAEMDEZEMBRODEDESEMBARCARNO2IODE Janeiro. Rio Branco DESEMBARCOUEMDEDEZEMBRODEFESTEJADOPORTODOSOSDESEJOSOS de conhecer o maior representante do Brasil. Joaquim Nabuco lembrava-lhe que sacrifícios pessoais precisam ser feitos por aqueles que representam um grande papel na História. as ruas da capital estavam cheias de brasileiros ansiosos para receber o herói das fronteiras.. transmitia as impressões ao Departamento de Estado sobre a constituição do governo de Rodrigues Alves como favorável às pretensões comerciais norte-americanas. Viu-se novamente envolvido nos transtornos da mudança. Rio de Janeiro.. He has acquitted himself with such distinguished ability that he is today inquestionably the most popular public man in Brazil and to his brillinat advocacy of his country’s boundary claims is credited the favorable decision of several boundary disputes submitted to arbitration. o ministro dos Estados Unidos no Rio de Janeiro. suas qualidades de homem público e vitórias alcançadas superavam qualquer identificação com a Monarquia. porque acima de tudo entendia seu dever de servir à sua pátria. Nac. num dia ensolarado. o barão acatou a convocação em nome de seu país. Rio Branco confidenciava que “Já agora estou resignado a ir ao completo sacrifício. indicando que aceitaria a pasta das Relações Exteriores. having enjoyed eigtheen years of experience in Europe and North America in many responsible positions. O sacrifício de que falava em suas cartas começou desde o primeiro instante em que aceitou o desafio do ministério. 63 Estas foram as primeiras palavras que o barão do Rio Branco dirigiu ao povo brasileiro no Clube Naval. que todos desejamos ver unido. Rio de Janeiro. Na verdade é a terceira parte de um breve discurso que visava agradecer o distinto tratamento que recebia de todos e esclarecer que sob sua administração o ministério das Relações Exteriores seria autônomo. o barão era aguardado para agradecimentos em festividades a sua altura. A pasta das Relações Exteriores. que com o prestígio do novo titular conquistou autonomia jamais vista na política nacional. Presidente da República. Ex. e desde o primeiro momento quis expor isso a todos. sendo exaltado por todos. Nac. An. Nas manifestações transpareciam o poder e a glória que o barão do Rio Branco conquistou e com os quais se engrandecia para chegar ao ministério das Relações Exteriores. íntegro. Não vim ao Brasil depois de Washington e Berna para evitar recepções barulhentas. Rio Branco – Formulador da política externa brasileira Desde 1876 desprendi-me da nossa política interna com o propósito de não mais voltar a ela e de me consagrar exclusivamente a assuntos nacionais. porque assim o patriotismo daria forças a minha fraqueza pessoal. Bibl. por ocasião da sua chegada ao Rio de Janeiro. Obedeci ao seu apelo como o soldado a quem o chefe mostra o caminho do dever. Não venho servir a um partido político: venho servir ao Brasil. Aceitando depois de longas hesitações e reiterados pedidos de dispensa o honroso posto em que entendeu dever colocar-me o ilustre Sr. Rio Branco andou entre a multidão na rua do Ouvidor. deu-me S. independente da política interna.”62 Desde a vitória na questão de Palmas. como podemos notar em carta que dirigiu a seu amigo José Carlos Rodrigues: “Você sabe melhor do que ninguém que fujo de ser alvo de manifestações. Rio Branco havia galgado mais um passo: o de formulador da política externa brasileira. 126 ..ª. em nada modifiquei aquele meu propósito. O tom do discurso pronunciado no Clube Naval anunciava as mudanças no ministério. Naquele dia.96 terras estrangeiras. Não os desconheço porque a todos estou preso desde alguns anos pelos laços da gratidão. aliás. Garantia. Não posso dizer que desconheço as nossas parcialidades políticas porque acompanhei sempre com vivo interesse os acontecimentos da nossa pátria. Peço a Deus que me dê forças para poder continuar a merecer a estima dos meus compatriotas no posto para mim demasiadamente alto e difícil em que acabo de ser colocado. forte e respeitado. em 1895. Mas o barão não se sentia à vontade diante de tamanha manifestação. Aqueles que tinham a sorte de se aproximar ficavam admirados com sua figura. que o recebera de Rodrigues Alves. De fato. não é e não deve ser uma pasta de política interna. A política externa brasileira passou a predominantemente ativa. A política territorial. pautou-se por alguns critérios éticos e jurídicos muito explícitos. Realizou esta obra sem o recurso da guerra. O senso de oportunidade de Rio Branco foi. ou seja. Depois da decisão desfavorável ao Brasil emitida pelo rei da Itália. o princípio do uti possidetis e as negociações bilaterais. Organizou sua política viabilizando meios para que conseguíssemos recursos simbólicos de maneira a compensar nossa “deficiência”. Para ele a diplomacia devia ser de Estado e não de governo. o pacifismo. habilitando-nos para um melhor desempenho no sistema internacional. desta maneira fundamentou um princípio que permanece vigente na política externa brasileira. com sua atuação e defesa. que. Baseado nos princípios enumerados. ao contrário de outros exemplos europeus. No início da República era uma maneira de lidar com o passado. na abordagem das negociações. que garantem maior sucesso. economia forte) e recursos simbólicos (prestígio. /SLIMITESESTABELECIDOSDEPOISDERESTRINGIRAM SEANEGOCIA½µESBIlaterais sem intervenção ou mediação de qualquer outro país. era considerado com reservas. o mapa do Brasil ganhou contorno definitivo. Rio Branco foi capaz de concluir o desenho da fronteira brasileira e. An. Nac. embora fosse aceito. Bibl. política externa confiável). como propósito ideológico. o barão evitou apelar para esta mediação. assim. no arbitramento com a Guiana Inglesa. quando este via “a política como uma ciência das possibilidades a considerar”. ganhou novas diretrizes. marca de uma concepção de Realpolitik. iniciou uma nova fase na história diplomática brasileira. Nesse ponto não há como deixar de associar sua posição à de Bismarck. O arbitramento. Esta lógica permeia os eixos da política externa do Brasil. Rio de Janeiro. recurso pelo qual o barão obteve suas primeiras vitórias.97 Na sua gestão o caráter realista impregnou a formulação e implementação da política externa. defendia as posições herdadas do Império e assumia a possibilidade de mudanças. a política territorial de Rio Branco passa a obedecer a princípios básicos que permeiam as resoluções de fronteira: os tratados coloniais. Além desses aspectos.. com projeto e iniciativa próprios. caso fossem necessárias. que já ocupava a pauta das relações exteriores. Sob sua orientação cada questão tinha um tratamento específico. 126 . entretanto. com Rio Branco ganha novas estratégias. Rio Branco percebia o Brasil como um país carente de tais recursos.64 Considerando que os países dispõem de recursos concretos (poderio militar. a política interna não devia intervir no intercâmbio entre Estados soberanos. à concepção da coletividade sobre o interesse nacional. que expressava as superiores finalidades nacionais sobre os aspectos circunstanciais e eventuais de governos. Nas relações de relativa simetria podemos destacar o esforço de aproximação com os países vizinhos. O mérito em grande parte foi do barão. de acordo com suas percepções. ou seja. era seu norte político. era a expressão de sua visão realista de uma política externa ativa engajada na busca pelo “lugar devido” no mundo. 126 . que só poderia ser ensaiada mais profundamente COMASQUESTµESDELIMITESRESOLVIDAS(OUVEEMUMPROJETOCONHECIDO como ABC. A maneira que Rio Branco encontrou para se defender foi não renovar estes tratados. Ricupero identifica o paradigma Rio Branco. tanto em Rio Branco quanto em Joaquim Nabuco.65 que é composto por três elementos fundamentais para a condução de sua política externa: a convergência ideológica. claramente expresso em diferentes momentos de sua presença no Itamaraty. Mesmo sendo monarquista. sem derramamento de sangue. da concepção segundo a qual o país ocupava uma posição diferenciada no contexto latinoamericano. o barão do Rio Branco traçou sua política de aproximação com os Estados Unidos. grupos partidários e homens públicos. que..98 As questões lindeiras. conduziu as negociações pela celebração de tratados.68 Como um meio. Buscou aumentar seus recursos simbólicos procurando diminuir as diferenças. um instrumento para alcançar os fins estabelecidos. o aspecto pragmático e o empenho para harmonização de interesses com os Estados Unidos e destes com a América Latina. Suas ações também contemplavam as relações de assimetria com as grandes potências e de relativa simetria com os países sulamericanos. foram resolvidas pelo Brasil de forma pacífica. Nac. Partindo da observação dessas relações. Estados soberanos. tendo vivido vinte e seis anos na Europa e An. Bibl. que não chegou a ser realizado. “A aspiração de elevar o prestígio do Brasil derivava. Rio de Janeiro. Mas política territorial não foi o único elemento definidor da atuação do ministério de Rio Branco. de criar um grupo simétrico entre Argentina-Brasil-Chile para articular assimetricamente com os Estados Unidos. que fomentaram guerras entre as repúblicas hispanoamericanas. Rio Branco almejava fazer do Brasil um líder na América Latina. que deve estar subordinada à política. e a dependência financeira de Londres proveniente deles. O princípio de igualdade entre as nações também foi um elemento a favor de suas pretensões. As relações assimétricas foram marcadas pelos tratados britânicos.67 Identificar os objetivos e interesses do Estado brasileiro.”66 A diplomacia é a condução do intercâmbio com outras unidades políticas. e os resultados que finalmente ele realiza.70 No grandioso projeto de Rio Branco destaca-se a “aliança não-escrita”. instaurando-se a temida instabilidade política. de certa forma.99 declarado depois de dois anos morando em Nova York: “Eu prefiro que o Brasil estreite as suas relações com a Europa a vê-lo lançar-se nos braços dos Estados Unidos”.69 Rio Branco direcionou a maioria de seus esforços para estreitar laços de amizade com o gigante do Norte. Bibl. É todo o espaço que separa o sonho da realidade. “Percepção e imagem contribuíram e muito para o prestígio diplomático brasileiro da época. logo. a transição pacífica da Monarquia para a República foi sufocada rapidamente pelas agitações de diferentes grupos. para ocupar no sistema internacional lugar de potência mundial. Mas a nomeação de Rio Branco para a pasta das Relações Exteriores no governo de Rodrigues Alves trouxe. encontravam certa correspondência com a orientação do Império. Nac. às vezes certo abismo.. com a formação de Rio Branco. existe sempre certa margem.”71 Conforme já se viu. 126 . aos interesses estipulados por Rio Branco. a orientação do Império novamente para a condução da política externa brasileira. Ideais da propaganda republicana contagiaram o governo do novo regime. No âmbito das relações internacionais buscou-se a aproximação com as repúblicas americanas em oposição à tradição européia. POLÍTICA DE APROXIMAÇÃO – UM ELEMENTO DO PARADIGMA RIO BRANCO “Entre os modos de ver de um homem de Estado. configurando nesse primeiro momento um cenário de ruptura com a ordem anterior. Diante desta circunstância. mas serve aos interesses nacionais e. um meio para alcançar os objetivos estabelecidos de acordo com suas percepções enquanto formulador da política externa brasileira. Como um monarquista se tornou formulador da política externa brasileira na República? A resposta para tal pergunta reside no fato de que os objetivos da política externa. e o prestígio era e é componente não desprezível do poder”. An. Essa diretriz é fruto de sua percepção de que os Estados Unidos encontravam-se em condição ascendente. É no contexto da “república dos conselheiros” que o barão passa a formulador72 da política externa. neste momento. Rio de Janeiro. estabelecer vínculos com o país em ascensão garantia prestígio ao Brasil. na qual a dita amizade não é incondicional. a respeito do interesse nacional. Mas foram os meios adotados para se alcançar estes objetivos. Uma política de aproximação que se revelou pragmática durante a gestão do barão. neste caso. O formulador da política percebe que os objetivos de seu Estado não poderão ser alcançados ou atingidos tão eficientemente. que em muitos casos podem garantir sua própria segurança. O interesse nacional como representação dos anseios do povo e da União é meramente um elemento ideal. que proporcionaram maiores conquistas à política do barão. para defenderem seus interesses. foram as diferentes percepções do interesse nacional que resultaram em novas diretrizes. respaldado por um aumentado poder. estratégias diferentes. manutenção da integridade do território. irá maximizar o atendimento dos objetivos específicos a um menor custo possível. A motivação racional da formação de alianças é simples. Nac. Bibl. países como o Brasil precisam buscar alternativas para salvaguardar sua integridade territorial e sua independência. na medida do possível. A dinâmica da política externa de Rio Branco corresponde a uma das concepções do conceito de interesse nacional descrita por Pierre Renouvin. À diferença das grandes potências.”75 Este é o conceito mais geral a partir do qual os estados podem escolher objetivos e estratégias diversas para o mesmo fim. A política de alianças é uma prática desses países que tentam se proteger sob o poderio dos Estados mais fortes.74 que surgiu em oposição aos interesses soberanos dos príncipes.. tendo em vista a consecução dos referidos objetivos. Rio de Janeiro. É sobre este aspecto que se encontra a maior dificuldade. Definir o perfil de uma política implica apreender as intenções do homem de Estado. seja como indivíduo. sem a ajuda externa. O pressuposto é de que um comportamento coletivo cooperativo. estudar e conhecer a personalidade do homem de Estado que influencia a política adotada por determinado país. a concepção da busca pela segurança. seja como parte de uma classe social. Segundo Renouvin: “O conceito de segurança implica diversos componentes: manutenção da soberania e da independência. suas reais intenções. 126 .73 A mudança do regime político não alterou por si a política externa brasileira. pela sobrevivência. da vida dos habitantes. Seja uma potência mundial ou um país periférico. Por isso é empreendida uma tentativa de adicionar as capacidades de um ou mais Estados ao seu. Cada formulador de políticas dá aos interesses nacionais uma interpretação que tende a atender aos seus interesses. Buscam em meios externos uma maneira de aumentar suas capacidades.77 An. seus recursos. manutenção. seu norte será sempre a manutenção da segurança. os meios seguidos por cada um variam de acordo com sua realidade nacional e a forma como está inserido no sistema internacional.76 A política de aproximação promovida por Rio Branco para estreitar relações com os Estados Unidos visava aumentar os recursos de poder do Brasil. investia sua política na cooptação de recursos simbólicos. A atuação do barão foi decisiva para o estabelecimento de uma aliança entre os dois países que pudesse favorecer sua inserção no sistema internacional e facilitar sua relação com as repúblicas vizinhas inclusive nas negociações de limites. A “aliança não-escrita” favorecia o ministério engajado para resolver as questões de limite. esta “amizade An. Além de fomentar uma política de poder. as repúblicas hispano-americanas. Sua imagem ligada à ascendente república do norte era projetada com maior relevo no meio internacional. oriundo dessa aproximação. Diferente dos sistemas políticos internos. recorriam ao governo dos Estados Unidos buscando seu apoio contra o Brasil. Bibl. Sendo este o principal critério da política exterior. onde o Estado é considerado o ator principal. Ao analisar a aliança política que o barão buscou estabelecer com os Estados Unidos. o prestígio. Nac. não se deve perder de foco que esta relação. A preponderância norteamericana se definia tanto no concerto mundial quanto na dimensão hemisférica. Rio Branco compartilhava desta visão de sociedade anárquica79 e empreendia seus esforços para angariar recursos de poder para o Brasil. Desta forma a amizade com os Estados Unidos e os esforços empreendidos para diminuir as desconfianças dos hispano-americanos quanto ao governo norte-americano fundamentaram-se como elementos do paradigma Rio Branco. Rio de Janeiro. visto que. estratégia da qual se destaca a busca pelo prestígio. Na falta de recursos concretos. não há uma autoridade hierárquica. na qual os países latino-americanos eram transformados na área de influência do gigante do Norte que expandia seu sistema capitalista. Na ausência de uma hierarquia cabe aos Estados influir ou controlar os outros através de recursos de poder. ele soube adaptar suas percepções às novas circunstâncias da conjuntura internacional.. o barão do Rio Branco modificou profundamente o Itamaraty.78 suas estratégias inovaram a atuação do corpo diplomático conferindo um caráter mais ativo à política externa brasileira. envolvidas em questões de litígio com o governo brasileiro sobre a definição de fronteira. Mesmo que tenha consolidado tendências do tempo da monarquia. 126 . para os realistas. seus objetivos são defendidos no sistema internacional. No âmbito interno. Embora fosse filho do Império. O estabelecimento da aliança com os Estados Unidos foi inclusive uma estratégia para garantir prestígio ao Brasil. Projetar-se no cenário internacional a partir da amizade com a república norte-americana foi a escolha mais acertada naquele momento. o qual se encontrava em estado de anarquia. garantia ao Brasil maior participação em conferências e arbitragens. A visão realista perpassaria as diretrizes do ministério comprometido com o interesse nacional. no cenário internacional. mais de uma vez. serve como um meio para os objetivos da política externa brasileira. Antecedentes da política de aproximação %NTREECERTOSEVENTOSAJUDARAMACONlGURARASRELA½µESEXTERIOres do Brasil. Neste sentido. criando bases para que Rio Branco pudesse realizar sua política de aproximação com os Estados Unidos. destaca-se a atuação de personagens como Salvador de Mendonça. que são a expressão dos interesses nacionais. A aproximação com este país estava condicionada aos interesses superiores da Nação. dos quais se entendia como representante. A gestão do barão do Rio Branco através da “aliança não-escrita” buscou alcançar os objetivos da política externa brasileira a serviço dos interesses nacionais. ela pôde ser implementada. O pragmatismo de Rio Branco não permitia considerar que a amizade implicasse apoio incondicional aos Estados Unidos. As notícias da proclamação da República espalharam-se pelo continente no momento em que se realizava a I Conferência Internacional Americana . A tendência de aproximação com os Estados Unidos remonta aos primeiros anos de independência. com a administração de Rio Branco. apenas na República. que foram fundamentais para que ao tempo do barão as relações fossem favoráveis à amizade. tradicional”. era mascarado pelos ideais de cordialidade e amizade entre as repúblicas do Novo Mundo em oposição ao imperialismo agressivo das potências européias. desde 1881 tentava reunir as nações americanas em uma conferência idealizada para atender aos “interesses do continente”. que definiu assim sua área de influência.. foi tomado pelos interesses americanos como instrumento a serviço das relações comerciais e financeiras entre os países do continente. que já fazia parte da representação brasileira na Conferência. Salvador de Mendonça. assumiu a chefia da delegação e recebeu de Quintino Bocaiúva. buscava estabelecer laços mais fortes com as economias latino-americanas. que se encontrava em pleno crescimento. Rio de Janeiro. O enfoque econômico que a Conferência de 1889 adquiriu. a economia dos Estados Unidos. Em virtude do novo regime. de tal forma. James Blaine. que pretendia limitar as relações dos países da América com a Europa. CONVOCADA PELO GOVERNO NORTE AMERICANO / SECRETÕRIO DE %Stado. Desta forma. Desta forma mudou a postura sobre o arbitramento. e o identificava como símbolo do expansionismo norte-americano. 126 . Mas o ideal pan-americanista das reuniões latino-americanas organizadas anteriormente. autorização para reorientar as instruções brasileiras de acordo com o “espírito republicano”. Nac. o qual nutria reservas ao encontro. A delegação brasileira enviada à I Conferência era chefiada por Lafaiete Rodrigues Pereira e orientada pelas instruções do governo imperial. do qual os Estados Unidos muito se beneficiavam. nas quais se destacava o caráter jurídico-político. que era An. Bibl. ministro das Relações Exteriores. Amaral Valente e eu voltamos às sessões da Conferência Internacional Americana. Salvador de Mendonça relataria a reação dos participantes da Conferência. As intenções do governo dos Estados Unidos revelaram divergências com os países da América Latina e desconfianças que as repúblicas hispano-americanas tinham em relação ao governo norte-americano. sobre seus objetivos recebeu a seguinte resposta: Respondi-lhe que os EUA com o acordo do Brasil e da República Argentina tinham conseguido o arbitramento obrigatório. Em contrapartida. a união aduaneira proposta pela conferência foi criticada e não conseguiu obter pareceres favoráveis a sua implementação. sob liderança de Salvador de Mendonça e inspirada pelas novas propostas republicanas. Bibl. assim An. através do Bureau Comercial das Repúblicas Americanas.84 Esta organização. riscariam do Direito Público Americano o pretenso direito de conquista. Rio de Janeiro. através de diálogos com argentinos. Em escritos posteriores. ao indagar Salvador de Mendonça. engajados no desejo de aprofundar a amizade com este país. O secretário Blaine.. devido à ativa participação dos delegados latino-americanos que discutiram amplamente as pautas do programa. com a publicação de boletins divulgando estatísticas e dados específicos de cada país membro. A I Conferência Pan-Americana marcou um momento de esforço dos Estados Unidos para fortalecer sua economia e fixar sua zona de influência. que traduzia o sentimento americano diante do advento da República no Brasil: “Depois da retirada do Senhor Lafaiete.”81 A delegação brasileira. a aprovação do arbitramento obrigatório e a abolição do direito de conquista defendido pelos Estados Unidos. Chamei atenção para as naturais suspeitas que deviam surgir por parte dos latino-americanos contra essa abstenção dos Estados Unidos. Nac. se nela perseverassem. Os avanços que pretendiam promover no intercâmbio comercial favoreciam principalmente a economia norte-americana.83 Como resistência dos representantes sul-americanos. 126 . e agora o Brasil e a República Argentina. com o acordo dos Estados Unidos. que vinha integrar a democracia do continente. que nos acolheu com aplausos por ver presentes os delegados da nova república.85 visava o intercâmbio de informações de interesse comercial. mas sua plena realização não foi possível. o representante brasileiro se empenhou em manter relações amistosas com os enviados norte-americanos. conseguiu. negado pelas instruções monarquistas e passou a ser defendido pela representação republicana. entre outros motivos. e no caso contrário mesmo sem ele. apresentou-se a criação da União Internacional das Repúblicas Americanas.82 Mesmo nas discussões em que divergiam. se o pudessem obter. 86 A diferença reside no meio utilizado para alcançar o mesmo fim: “A extensão da influência dos Estados Unidos em direção ao sul far-se-ia de modo pacífico. como faziam as potências européias na corrida imperialista. embora de alcance pouco prático. a ampliação do comércio teria a marca da reciprocidade.”87 A atuação de Salvador de Mendonça contribuiu para que os resultados da I Conferência Internacional Americana fossem positivos. Salvador participara ativamente da propaganda republicaNA. A partir deste momento passou a conhecer mais profundamente a república americana e admirá-la. ocupado DEAT£SERREMOVIDO. Em 1875 foi nomeado cônsul em Nova York. que divulgava os ideais de seu grupo inclusive através de jornais em que colaboravam. quando foi transferido para Lisboa.TENDOREDIGIDOUMCAP¤TULODO-ANIFESTO2EPUBLICANODE88 Junto com Quintino Bocaiúva e Saldanha Marinho fundou o Clube Republicano. Permaneceu em serviço nos Estados Unidos até 1898. Durante esse período seu posto de maior importância. .] a proclamação da República fez esquecer a lição do Império. o acordo estabelecia produtos americanos que poderiam penetrar no mercado brasileiro desfrutando de benefícios alfandegários. que durante o Império. evitou selar relações por via de tratados comerciais. que ficou conhecido como “Tratado de reciprocidade”. Seus esforços junto com o secretário de Estado James Blaine resultaram em 1891 no tratado celebrado entre os Estados Unidos e o Brasil. o tratado de 189189 refletia as mudanças na direção da política externa.. [. O acordo aduaneiro de 31 de janeiro de 1891 foi a primeira concessão de favores comerciais que o Império não permitira. depois dos acordos desiguais firmados à ocasião do reconhecimento da independência. as entangling alliances. A política exterior do Império foi sempre no sentido de evitar as alianças embaraçosas. Além de representar a tendência brasileira de se aproximar dos Estados Unidos. Visando incentivar as relações comerciais entre os dois países. Ainda reunidos na I Conferência DE . na mesma medida em que o café e o açúcar brasileiros eram favorecidos para entrar no mercado americano. Anterior ao tratado de 1891 é o reconhecimento do novo regime político do Brasil pelo governo dos Estados Unidos.FOICOMOMINISTRODO"RASILEM7ASHINGTON Enquanto representava o Brasil na capital norte-americana. que os americanos repeliram desde sua independência. pôde contribuir para que as relações entre as duas nações se tornassem cada vez mais amistosas e cordiais. 3ALVADORDE-ENDON½ABUSCOUARTICULARCOMMINISTROSAMEricanos e com o secretário de Estado para que Washington fosse o primeiro a An. Nac. Bibl.. Rio de Janeiro. 126 . como defendia Salvador de Mendonça. mas a resolução não foi tão simples e o reconhecimento oficial só se realizou depois de o assunto ser discutido pelo ConGRESSO%MJANEIRODENOSSOMINISTROEM7ASHINGTON. ministro do Brasil em Londres. James Blaine reagiu favoravelmente ao reconhecimento imediato. de que as potências européias só se manifestariam depois que o governo norteamericano o fizesse. se pronunciar reconhecendo o novo regime político como legítimo. Recebeu informação por carta do barão de Itajubá. O governo pediu a Salvador de Mendonça que negociasse a compra do navio norte-americano Newark. Inicialmente a revolta. da ação do nosso representante em Washington. Mas a atuação isolada deste almirante não refletia a posição de seu governo. 126 . Salvador de Mendonça foi novamente peça fundamental na articulação com o governo norte-americano. o governo pediu apoio dos navios estrangeiros ancorados na baía da Guanabara. Temendo que um posicionamento pudesse comprometer as relações comerciais. passou a monarquista. Diante dos impasses gerados pela Revolta da Armada. A Marinha rebelou-se e.91 O movimento eclodiu em tempos de instabilidade política a partir de rivalidades entre a Marinha e o Exército. Bibl. que em abril enviou uma mensagem congratulatória ao governo brasileiro. Mas o comportamento do comandante deste navio provocou uma situação delicada entre os dois países. as forças ancoradas afirmavam que só auxiliariam se os rebelados bombardeassem a cidade. Nac. o que representava uma afronta ao governo brasileiro. A sublevação começou no Rio Grande do Sul em 1893 com a Marinha de Guerra (composta pela aristocracia). o que aterrorizava os governistas que temiam um retorno ao regime monárquico apoiado pelas potências européias. ancorado no Rio. O almirante Staton saudou e visitou o navio dos rebelados. advieram medidas do governo americano que evitaram que a atitude simpática das potências européias a favor dos rebeldes degenerasse numa intervenção prejudicial ao Brasil. Suas ações auxiliaram a construção dos alicerces para a política de aproximação realizada por Rio Branco. em momento tão delicado como o foi o da Revolta da Armada. É indiscutível que. foi recebido pelo governo dos Estados Unidos. diante da ameaça de bombardearem a cidade. que estava ligada a princípios republicanos. os telegramas de nosso ministro em Washington afirmavam que qualquer sinalização de intervenção estrangeira na revolta levaria os Estados Unidos a An. Rio de Janeiro. como o Rio de Janeiro.*OS£'URGELDO Amaral Valente.. que contestava o poder de Floriano. buscavam manter neutralidade. que agitaram o cenário brasileiro de 1893 a 1894. e atingiu outros estados. A atitude dos representantes de Portugal foi recriminada pelos Estados Unidos e recebida como afronta à soberania pelo governo brasileiro. os revoltosos pediram asilo ao navio português.93 no qual. As diferenças entre o Brasil e os Estados Unidos diminuíam ao fim do século XIX. o Brasil. “O Brasil. que se enfeitou de azul. foram decisivas a favor do governo do Brasil e contra os desejos que as outras potências européias manifestavam de intervir na revolta. Rodrigo Otavio. À medida que nos afastávamos da Europa. Em gesto de agradecimento pela ajuda prestada. destaca-se o seu artigo. em artigo na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (RIHGB . As circunstâncias econômicas eram favoráveis e os eventos políticos contribuíam para que os dois países fortalecessem sua amizade. uma aliança ofensiva e defensiva com a Grande Nação do Norte. no ano de 1894. vendo o movimento enfraquecido. A intervenção do governo de Washington na Revolta da Armada auxiliou a consolidação do novo regime promovida por Floriano. aderiu logo à doutrina de Monroe e procurou até concluir. Penn. sobre a base dessa doutrina. nos aproximávamos cada vez mais dos Estados Unidos. vermelho e branco.94 Muitos historiadores encontram no século XVIII uma figura que pode ter sido precursora do americanismo. responderia com balas ao bloqueio. estabelece laços da tradicional amizade. frente à tentativa dos rebeldes de impedirem o desembarque de um navio mercante dos Estados Unidos. defender os interesses brasileiros. Origens do americanismo As bases dessa relação foram afirmadas por Rio Branco à ocasião de sua execução buscando um “respaldo” histórico que remontava à independência do Brasil. desde os primeiros dias da revolução que o separou da mãe pátria. Da mesma maneira fortalecia a Doutrina Monroe e aumentava a influência norte-americana no Brasil. através de documentação histórica. Neste sentido. Acima de tudo estava em voga o respeito à Doutrina Monroe. Coagidos. os Estados Unidos e o Monroísmo”.”92 O apoio decisivo foi dado pelo novo comandante norte-americano que. como lhe chamavam já então os próceres da independência brasileira. publicado sob o pseudônimo J. pelas declarações de seu secretário Gresham. o dia da independência dos Estados Unidos foi considerado feriado e as comemorações tomaram conta do país. declarou que reagiria com força. que o concedeu. pôs particular empenho em se aproximar politicamente dos Estados Unidos. “As palavras do presidente Cleveland. Assim. DE. Bibl.. Rio de Janeiro. 126 .ESTABELECEASRA¤ZES DOAMERICANISMOCOM!LEXANDREDE'USMáOEO4RATADODE-ADRIEM An. Nac. Em alguns pontos deste tratado. Bibl... e do próprio contexto americano de isolacionismo. 126 . destaca que os povos da América deviam se manter unidos e que uma eventual guerra entre as metrópoles na Europa não deveria repercutir nas suas colônias.. e outros que escreveram sobre o “Dia PanAmericano” na RIHGB.97 Passados anos de transformações e consolidação de regimes políticos. Ainda como fatores dissonantes aparecem pequenos desentendimentos entre representantes das duas nações. despacha um Encarregado de Negócios [Silvestre Rebelo] para alcançar o reconhecimento de Washington [. Embora fosse uma tendência ainda do Império. Nac. o princípio da paz na América. depois de o governo norte-americano ter reconhecido o Brasil independente e terem selado um tratado de livre comércio e navegação em 1828. destacam os mesmos pontos sobre Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madri e ainda ressaltam outros marcos dessa amizade ANTESDE2IO"RANCOASSUMIRAPASTAEM Apenas instalado neste lado do Atlântico. seus princípios pareciam ainda atuais e foram adotados por uma nova leitura do presidente que passou a ser An. Carvalho e Melo: Vossa Mercê observará que não só a política do gabinete brasileiro é propriamente americana e tem por essencial objeto a sua independência de qualquer tutela européia. essa aproximação foi ligeiramente interrompida em função das crises no Prata.] 95 Em 1824. ao formular votos de união e amizade em carta ao presidente dos Estados Unidos. E logo que d. Rio de Janeiro. a presença inglesa era muito intensa e a influência americana só conseguiu aumentar à medida que a pax britannica foi sendo substituída pela hegemonia norte-americana.]96 A apreciação do histórico da amizade entre o Brasil e os Estados Unidos demonstra que... que o Brasil enfrentava. a aproximação não condizia com o contexto da época. Pedro I proclama nossa independência. mas que este governo não desaprova nem maquina contra Instituições Políticas que esses governos (os governos de outros estados sul-americanos) adotarem [. João VI passa a encarar os problemas americanos de maneira que devia parecer insólita a europeus. Joaquim de Sousa Leão Filho. os dois países estreitaram novamente suas relações. d.98 Sob a liderança de Theodore Roosevelt o governo dos Estados Unidos relembrou as palavras de Monroe de 1823. imediatamente após a mensagem de Monroe (dezembro de 1823). Declaração do ministro dos Negócios Estrangeiros. o Brasil teria proposto uma aliança para que prevalecesse a política americana à européia. dominou econômica e politicamente as repúblicas latino-americanas. Retomada no início do século XX. “Rio Branco não vinha colocar o Brasil como caudatário de uma doutrina de política externa de uma grande nação. 126 . /PRONUNCIAMENTODE2OOSEVELTEMDEDEZEMBRODEESTABELECIA os deveres dos Estados no concerto hemisférico. O apoio do Brasil apresenta-se como peça fundamental para sua aplicabilidade. Ao contrário. o mercado internacional sentia que suas aplicações na América Latina estavam mais seguras. defensor da paz. Rio de Janeiro. Chile e Argentina não tinham por que temer o corolário Roosevelt. Desta maneira legitimava intervenções dos Estados Unidos pelo continente de acordo com seus interesses.99 Ao abraçar a Doutrina Monroe e frente às interpretações dadas pelos governantes norte-americanos. direcionado às pretensões européias no continente. que se direcionava a nações “turbulentas” e “desgovernadas”. o barão buscava um diálogo conciliatório com países da América do Sul. Bibl. anticolonialista. um apoio que a ela daria mais vitalidade e condições de exeqüibilidade”. A declaração original tinha um caráter defensivo. Rio Branco tranqüilizava os ânimos mais exaltados de seu país afirmando que o Brasil não devia temer a polícia do continente. chamada de “corolário Roosevelt”. e garantia que países como o Brasil. mas oferecer a essa doutrina. e de uma economia crescente que se enquadrava na Divisão Internacional do Trabalho e mantinha relações importantes com a economia dos Estados Unidos. Coube aos Estados Unidos garantir a segurança das repúblicas mais fracas contra o inimigo imperialista europeu. tratava a América Latina como um todo que estava sob o poderio norte-americano camuflado pela propaganda panamericanista de cooperação entre as nações. Sob a ameaça da intervenção da polícia do continente. onde possuía muitos investimentos que precisavam ser garantidos. A Europa era simpática ao “corolário Roosevelt” na medida em que tornava mais estável a situação nas “republiquetas” hispano-americanas. penetrando nelas. depois dos primeiros anos turbulentos da República. enquanto as nações instáveis da América Latina deviam aceitar a preponderância do “gigante do Norte” e buscar apaziguar suas questões internas. o governo de Rodrigues Alves desfrutava de uma política interna estabilizada. como aliado em situação de igualdade. e assim. o governo norte-americano intitulou-se polícia da América. A garantia do alcance dessa política norte-americana dependia da identificação dos países sul-americanos com ela. An. Nac. uma vez que não apresentávamos um cenário interno instável.. De acordo com Álvaro Lins. À diferença das potências européias que avançavam sobre suas zonas de influência com práticas agressivas de dominação. Enquanto a política norte-americana do “Big Stick” gerava desconfianças entre as repúblicas hispano-americanas. Porém. em vertiginosa ascensão desde o final da guerra de Secessão. Cabe. porém. As relações comerciais entre os Estados Unidos e o Brasil no século XIX ganham nova dinâmica em virtude do aumento na venda do café brasileiro. À medida que as potências européias envolviam-se cada vez mais na lógica imperialista. em 1822. A proclamação da República em 1889 levou a uma maior aproximação com suas “semelhantes” repúblicas vizinhas. ainda na primeira década do século XX. à implementação de políticas de valorização acordadas no convênio de Taubaté EM Assim como a política interna estava ligada à economia nacional. Os vínculos comerciais e financeiros entre o Brasil e a potência inglesa foram sedimentados à época da independência. assinalar que a tendência de aproximação com os Estados Unidos já estava presente na pauta das relações exteriores do Brasil antes mesmo de o barão assumir o ministério. a mudança de regime político não implicou transformações na condução da economia brasileira. seguida por mercados ascendentes como a Alemanha e os Estados Unidos. Os ideais do pan-americanismo e a Doutrina Monroe constituem o cenário onde políticas de engajamento entre as nações do continente se tornam possíveis. ganhava espaço como nova potência mundial e lançava suas garras sobre as fragilizadas economias latino-americanas. Este período caracteriza-se por uma política de agroexportação. $ESDEOPER¤ODO . O que podemos notar na consolidação do regime republicano é a condução de uma política comprometida com os interesses do café que levou. fundamentada na exportação de produtos primários e na importação de produtos industrializados produzidos pelas potências européias. tal como no passado colonial. alguns autores remetem a eventos anteriores ao Império e identificam na orientação monarquista uma disposição para estreitar vínculos com o governo norte-americano. e fortalecidos durante o Império. nas disputas e na concorrência entre elas. na qual as articulações políticas visam atender às necessidades dos produtores de café. pois o movimento que suplantou a Monarquia estava ligado à força econômica que os cafeicultores paulistas representavam. a política externa encontrava-se comprometida com interesses dos cafeicultores. Mas a dependência econômica estabelecida ao longo dos anos não permitiu ao Brasil um afastamento imediato da influência inglesa. Essa variação nem seria justificável. a economia norte-americana. Aspecto econômico como fator de aproximação A economia brasileira no início do século XX baseava-se no comércio exterior. A presença da Inglaterra era predominante. Buscando conceder caráter tradicional à amizade. Nac. Rio de Janeiro. 126 ..AREP¢BLICANORTE AMERICANASEDESTACARIACOMOO An. Bibl. logo. A exportação norte-americana era fruto apenas dos excedentes de sua produção. ainda não desempenhavam papel relevante nas importações brasileiras nem consideravam o potencial desse mercado. que deixava o açúcar brasileiro em desvantagem frente ao açúcar das Antilhas. A visita de Pedro II em 1876 à Exposição de Filadélfia repercutiu favoravelmente para a imagem do Brasil neste contexto de ampliação de mercado para as exportações brasileiras. considerado por Bradford Burns como “negligência amigável”. O empenho em promover as relações comerciais entre os dois países apresenta-se inclusive pela ação do governo dos Estados Unidos com a criação da tarifa Dingley em 1897. Os americanos encantaram-se com a figura intelectual do imperador tropical inaugurando um período de fortalecimento das relações econômicas. Mas a posterior concessão norte-americana à livre entrada do açúcar antilhano no seu mercado agravou as discussões no Brasil. que se fortaleceu no final do século XIX e alcançou índices extraordinários no início do XX. o que acarretou o fracasso do convênio aduaneiro de 1891. buscando facilitar as relações comerciais com Washington. excetuando o açúcar. Os opositores ao acordo. A orientação americanista da política brasileira estava em consonância com os interesses dos cafeicultores. O mencionado tratado de 1891 foi o primeiro esforço neste sentido. a qual estabelecia uma lista de produtos tropicais. que desfrutariam de benefícios alfandegários para entrar NOMERCADONORTE AMERICANOh!PARTIRDE. voltados para seu próprio desenvolvimento industrial. que já denunciavam o convênio como prejudicial à economia brasileira. anulado pelo Congresso em 1894. maior comprador das sacas de café produzidas no Brasil. O impasse gerou desconfianças e reações que repercutiram em estados como Bahia e Pernambuco. O governo republicano adotou medidas que beneficiaram a economia de agroexportação. sentiam-se traídos pelo novo tratado celebrado pelo governo norte-americano. assim como a opinião pública. os quais criaram uma taxação especial para os produtos americanos. favorecendo o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos. as potências européias dominavam o concerto das importações brasileiras. Mas os Estados Unidos. índices alcançados inclusive com os benefícios alfandegários concedidos pelos dois países. encerra-se em 1889 com o advento da República. Este momento. sobretudo borracha e fumo. 126 ..COMOCOMPENSA½áODALIVRE entrada do café e outros produtos brasileiros. renovada a cada ano.” Os esforços para aprimorar as relações comerciais do Brasil com os Estados Unidos procediam das duas nações envolvidas. Bibl. Neste sentido destacam-se An. o país concedeu redução. Nac. Rio de Janeiro. no mercado norte-americano. de ELEVADAAAPARTIRDEPARAAFARINHADETRIGO AOSPRODUTOSDE procedência norte-americana. na busca por mercados para seus produtos industrializados. pretenderem fazer do Brasil uma base para suas articulações na América do Sul. A balança comercial resultante das trocas entre os dois países gerava divisas para o Brasil. as relações avançavam a ponto de os Estados Unidos. o governo brasileiro preocupava-se com a manutenção dos benefícios conquistados no mercado norte-americano para continuar escoando a produção de café. À época do ministério de Rio Branco. enquanto o Brasil via seu desenvolvimento comprometido pela estrutura agroexportadora. com efeito. as relações comerciais configuram o fator econômico como elemento a favor da política de aproximação e intrinsecamente ligado a ela.” Mesmo com a balança comercial desfavorável. e o valor das exportações superava o das importações. Em contrapartida. não se realizava pela cômoda e medíocre atitude de repetição. PRÁTICAS DO MINISTÉRIO RIO BRANCO 1902-1906 – AUGE DA APROXIMAÇÃO COM OS ESTADOS UNIDOS “A sua fidelidade à tradição. Desta forma. e essa estatística revela a política comercial seguida pelos dois países. esse desequilíbrio permaneceu constante: o Brasil vendia aos Estados Unidos quatro vezes mais do que comprava.111 acontecimentos que configuram o momento de consolidação do conceito de “amizade tradicional” evocado na política americanista. a economia norte-americana foi o maior beneficiado dessas relações a longo prazo. pois conseguiu estabelecer a dependência brasileira e continuou no seu percurso ascendente. mas pelo poder de imaginar o que os grandes homens do passado teriam feito no seu lugar e na sua época. “Durante o período de Rio Branco. A expansão do sistema capitalista dos Estados Unidos elevava o país à condição de potência e subjugava o Brasil ao seu sistema de poder.” O Brasil festejou a chegada de Rio Branco ao Rio de Janeiro em dezembro DETANTOPORSEUSM£RITOSRELATIVOSÍSVITRIASJÕCONQUISTADAS. a maioria oriunda do Nordeste.. Assim. para a região do Amazonas. Nac. principalmente a favor daqueles que desbravaram a floresta para exploração da borracha. formando um contingente significativo de brasileiros em território disputado pela Bolívia e o Brasil. A expansão dos seringais levava um número cada vez maior de trabalhadores. Bibl. O barão parecia reunir qualidades suficientes para negociar uma solução a favor dos brasileiros. Fixavam-se no meio da floresta com suas famílias. como os bandeirantes haviam feito no período colonial.QUANTO pela necessidade de levar um representante ao Itamaraty que fosse capaz de resolver a polêmica questão do Acre. os seringueiros alargavam a An. Rio de Janeiro. 126 . 112 fronteira brasileira. Mesmo o Brasil reconhecendo o direito boliviaNO. e da promissora exploração da borracha. Mas não eram ingênuos e a própria redação do tratado conferia um caráter provisório. O que antes se resumia a entendimentos históricos e geográficos agravou-se com a introdução de aspectos políticos e econômicos. celebrado entre o Brasil e a Bolívia em Ayacucho. o que daria respaldo à argumentação do princípio de uti possidetis. Diante da progressiva ocupação brasileira. que era majoritariamente brasileira. reconhecia a área como território boliviano. como afirma o historiador Viana Moog. na verdade. os estadistas que propuseram o tratado concediam o território à soberania boliviana. uma manobra diplomática do governo imperial que pretendia impedir a participação da Bolívia na guerra do Paraguai (1865 0ARAEVITARQUEOENVOLVIMENTOBOLIVIANOPREJUDICASSEAPOSI½áOBRASILEIRA na guerra. tanto no Império quanto no governo republicano. visto que condicionava a demarcação definitiva e relativizava sua validade. aceitando o limite demarcado pelo tratado de 1867. Essas agitações pesariam nas negociações entre os dois países. não aceitava a soberania da Bolívia e inflamava-se contra o governo deste país em revoltas que implicaram a ação das forças bolivianas. A população acreana. “Ninguém é mais bandeirante que o seringueiro”. Este acordo. a situação tomava novos contornos e o tratado de 1867 não era capaz de contemplar essa nova realidade. foi. A interpretação oficial. somadas à dificuldade de acesso ao Acre.=PORCONTRATOlRMADOEMDEJULHODEENTRE&£LIX!RAMAYO. As revoltas dos seringueiros. levaram o governo boliviano à decisão de arrendar as terras para representantes estrangeiros através do Bolivian Syndicate: .PRECISAVARESGUARDARASEGURAN½ADOSBRASILEIROS residentes nesta região. Bibl. que passou a desfrutar de direitos conferidos apenas a Estados. e Frederick Whitridge. contrato aprovado pelo Congresso Nacional da Bolívia e promulgado pelo Presidente Pando. polícia e exploração do Território do Acre ou Aquiri. de Nova York.MINISTRO da Bolívia em Londres. 126 .. A inclusão do elemento externo e privado na questão gerou irritação no governo brasileiro e em todas as nações vizinhas. Desta forma o governo boliviano concedeu plenos poderes sobre a região àquela empresa anglo-americana. “A Bolívia esperava que uma próspera companhia estrangeira seria capaz de ocupar e garantir em seu nome o território amazônico que ela reivindicava”. Nac. De acordo com Bradford Burns. que viviam assombradas pelo fantasma do imperialismo europeu à maneira que era praticado na Ásia e na An. para a administração fiscal. Rio de Janeiro. comunicou ao governo boliviano que esta decisão acarretaria mudanças na resolução da questão.111 que se ocupava do caso em defesa dos brasileiros no Acre. 2IO"RANCOASSUMIUOMINIST£RIONOlNALDOANODE. A partir deste momento a postura do Itamaraty começou a mudar. Olinto Magalhães. Ainda no governo Campos Salles essa notícia agitou o meio político e repercutiu intensamente na imprensa. O ministro das Relações Exteriores. que a princípio defendia o direito da Bolívia.113 África. Rio Branco. além de boa articulação com a imprensa. Rio de Janeiro. e para tal a garantia de que os Estados Unidos não se envolveriam era fundamental para que pudesse agir seguramente em prol dos interesses brasileiros. estabelecidos pelo contrato assinado com a Bolívia. rebelados desde agosto sob a liderança de Plácido de Castro. quando Rio Branco assumiu a pasta. enquanto ministro das Relações Exteriores. o ministério se empenhou em afastar o consórcio estrangeiro da questão.. Rio Branco precisava garantir que nenhuma potência interferisse nas suas negociações. faziam parte da An. declarou a área em litígio. O Bolivian Syndicate era composto por empresários de diferentes nacionalidades. A opinião pública reclamava medidas de proteção à população acreana e a reivindicação do território.DURANTEOSEgundo levante dos brasileiros naquela região. Bibl.112 À diferença das diretrizes que definiram as defesas do caso de Palmas e do Amapá no final do século XIX. e considerou a aquisição por compra do território. precisava orientar suas negociações com o governo boliviano e com a empresa anglo-americana separadamente. ele concluiu que “só uma solução se impunha. Este era o cenário conflituoso que reinava e ocupava a imprensa e as discussões em diferentes esferas da sociedade. Modificando em definitivo a posição do Itamaraty. urgente e inadiável: tornar brasileiro o território habitado pelos nossos nacionais mediante sua aquisição”. A primeira tarefa que se impunha ao ministro exigia dele audácia e ampla percepção da conjuntura internacional. levando a Bolívia para a negociação. conduziu as negociações para o âmbito político e diplomático porque entendia que os argumentos históricos e geográficos não favoreciam o Brasil. Frente às dificuldades encontradas para seguir com as negociações junto ao governo boliviano. 126 . Homens influentes na economia e no governo norte-americano. O barão. Que caminho deveria tomar para não se desentender com as potências envolvidas através do Bolivian Syndicate e para manter a opinião pública favorável a sua administração? Decidido pela aquisição. que buscavam apoio nos seus países para defenderem seus direitos. pronunciava que defenderia os filhos da nação brasileira contra investidas militares da Bolívia. mesmo com seus profundos conhecimentos de historiador e geógrafo. como um primo do presidente Roosevelt e banqueiros de Nova York. Ao analisar o caso. A primeira revolta havia sido reprimida pelo governo boliviano em 1899. Nac. não valeria a pena implementar o modelo de dominação utilizado pelas potências européias na região sul-africana. inclinava-se a intervir na conflituosa situação para garantir os direitos dos seus nacionais. Defenderam apenas que os investidores não fossem lesados e mantiveram-se neutros NAS NEGOCIA½µES !SSIM. mesmo aos mais céticos. Ao barão restava “apenas” a ação diplomática para conseguir que o gigante ianque não interferisse nas questões fronteiriças entre as repúblicas sul-americanas.”113 Os Estados Unidos compreenderam a mensagem de Rio Branco.114 coligação de estrangeiros que constituíam o grupo internacional. Por meio de constante correspondência e da ação conjunta com os nossos representantes diplomáticos. mesmo diante da corrida imperialista. conseguiu convencer o governo norteamericano de que. “A tentativa do Bolivian Syndicate deixou claro. que o Brasil não estava imune às investidas do imperialismo. atendendo aos interesses destes empresários. Equiparar-se ao imperialismo europeu colaborando com a implementação do Bolivian Syndicate comprometeria a dominação sutil que pretendiam exercer na América Latina. enquanto seguiam a tendência de dominação orientada pela Doutrina Monroe. Neste sentido. o governo dos Estados Unidos. NOS ¢LTIMOS DIAS DE FEVEREIRO DE . o barão foi criticado por comprar uma concessão caduca. decisão considerada satisfatória pelos empresários que já haviam percebido a inviabilidade do projeto. o que parecia em certos momentos inevitável. o ministério dedicou-se integralmente às negociações com o governo boliviano. foi celebrado o tratado de Petrópolis EMDENOVEMBRODE. Ao pagar a indenização. O GOVERNO brasileiro conseguiu a revogação do contrato firmado entre a Bolívia e o consórcio. Depois de incansáveis esforços diplomáticos114 sem apelar para o confronto armado. cabendo-lhe indenizar o Bolivian Syndicate. visto que não seria viável sua aplicabilidade. mas ele queria encurtar o caminho para a resolução final. Resolvido o impasse com a empresa anglo-americana. 0ORELE.¢NICOCASODEAQUISI½áO territorial depois da Independência. O'OVERNOBOLIVIANOCEDIAAO"RASILUMTERRITRIODEKMÀ. além de definir a fronteira com a Bolívia.115 A questão do Acre se ramificou configurando pequenos problemas que Rio Branco precisou solucionar.. comprovou sua capacidade diplomática. UMAÕREADEKMÀHABITADAPORBOLIVIANOSENTREO"ENIEO-ADEIRAACONStrução de uma estrada de ferro entre Porto Velho e Guajará-Mirim. 126 .EM troca de compensações territoriais em vários trechos da fronteira mato-grossense. a indenização de dois milhões de libras esterlinas. Rio de Janeiro. mesmo tendo recebido duras críticas An. Nac. Ao fim. Bibl. Nac.118 o PaNAMÕPROCLAMOUSUAINDEPENDãNCIAEMDENOVEMBRODECOMAMPLO apoio do governo dos Estados Unidos. eram poucas e não ganharam projeção. inclusive.] a atitude de afastamento assumida pelos Estados Unidos na disputa do Acre aumentou a confiança do barão nos Estados Unidos. poderia servir aos interesses do Brasil. para o expediente de um pedido de intervenção parcial dos Estados Unidos nas questões e incidentes entre o Brasil e os países sul-americanos. embora existissem. Thompson. Bibl. mesmo sendo um instrumento imperialista para os Estados Unidos. e vislumbrou a importância do apoio. que reconheceu o país independente em 13 do mesmo mês. “Nunca o barão apelaria. aguardava apenas um pedido formal do Panamá. Além da ocasião ser conveniente para aproximar as duas nações (BrasilEstados Unidos). Resultante de movimento separatista. A reação no Brasil foi favorável à emancipação. Rio Branco teve nova oportunidade de demonstrar sua amizade à nação norte-americana.”116 Manter relações amistosas com os Estados Unidos era um meio de neutralizar os pedidos de apoio e intervenção direcionados a este governo pelas nações sul-americanas envolvidas em questões de limites com o Brasil. As críticas à ação dos Estados Unidos. em jornais de oposição que defendiam o pronunciamento do governo brasileiro desde o primeiro momento. embora se limitasse a agregar recursos simbólicos. As nações americanas que seguissem seu exemplo teriam. dos Estados Unidos frente à resolução das questões de limites com as repúblicas sul-americanas. a simpatia de Washington. nunca apelou. o barão percebe a importância da Doutrina Monroe. que. ou mesmo da neutralidade.. facilitaria as relações comerciais com a costa americana banhada pelo Pacífico. Rio de Janeiro. ministro dos Estados Unidos no Rio de Janeiro. Neste sentido. o que poderia impulsionar as vendas para esse destino. A forma como conduziu as negociações demonstrou suas habilidades e pôs ainda mais em voga a tendência de aproximação: “[. acreditava-se no Brasil que a construção do canal. o qual Washington tanto se empenhara para realizar. sem dúvida.”117 No mesmo ano da assinatura do tratado que estabeleceu os limites entre o Brasil e a Bolívia.115 pelo tratado de Petrópolis.. como revelou a David E. 126 . An. para reconhecer como país independente o mais novo membro do continente americano.. tal manifestação era notada. Ciente do envolvimento norte-americano no processo de independência e dos interesses que tinham no istmo. Rio Branco sabia que deveria fazer da situação uma oportunidade para demonstrar sua intenção de estreitar os laços de amizade com os Estados Unidos. Os movimentos vinham sendo relatados nos jornais que apoiavam o reconhecimento. fazendo com que se conduzisse de modo ainda mais amigável do que em outras circunstâncias. A obra diminuiria a distância entre esses mercados. Para a condução dessas negociações. o reconhecimento poderia ter sido manifestado desde DEZEMBRODE. Logo. de acordo com o governo brasileiro. o Chile. o levou a uma execução serena do ato. que permitissem o reconhecimento conjunto das repúblicas em questão. A demora não comprometeu o efeito da coordenação.116 possibilitando o aumento inclusive da exportação do café brasileiro para a região. sua percepção de boas oportunidades. O secretário de Estado John Hay tinha conhecimento de que.119 Mesmo o governo brasileiro tendo recebido o pedido formal dos representantes do Panamá em 27 de novembro. só manifestou seu recoNHECIMENTOEMMAR½ODEEMVIRTUDEDASARTICULA½µESCOMA!RGENTINA e com o Chile. Rio Branco informa ao representante brasileiro nesta capital de que não havia dúvidas sobre a independência panamenha. buscando desta forma produzir mais frutos para sua política. apenas sete dias após a conversa que Rio Branco teve com o ministro norte-americano. Todo o processo de reconhecimento ficou a cargo das legações dos dois países credenciadas em Washington. outras repúblicas americanas se adiantaram manifestando-se primeiro. A 6 de dezembro. Rio Branco condicionou seu reconhecimento à articulação com a República Argentina e com seu tradicional aliado. o aspecto econômico era mais um fator a favor do reconhecimento e coincidia com os interesses do Itamaraty. Na espera pelo cumprimento das formalidades exigidas por esses governos. sinalizando desde esse momento a disponibilidade do Brasil em reconhecer tal condição. Mas a sagacidade do barão. MAS. PREFERINDO SEAA½áOCONJUNTA. O ministro das Relações Exteriores calculava muito bem suas ações para que pudesse ganhar com elas o máximo possível. que se inclinavam por aceitar a política de aproximação pretendida por Rio Branco.FOIRETARDADOALGUNS meses. mas ambos deixavam tudo na forma de uma “aliança não-escrita”. Chile having indicated her intention to make imediate action. Conquistava a simpatia dos Estados Unidos. 126 . Nac. Bibl.”121 Essa comunicação demonstra a articulação entre os países do ABC para reconhecerem juntos a independência do Panamá. Thomas Dawson: “Upon March 2nd. and there being no doubt that Argentina would soon do the same. A decisão brasileira foi transmitida ao governo norte-americano pelo encarregado de Negócios dos Estados Unidos no Brasil. Rio de Janeiro. A maneira como cada ator é visto no sistema internacional depende inclusive do prestígio de que desfruta neste meio e nos subsistemas em que An.. O pronunciamento brasileiro aprovando a atuação norte-americana no caso do Panamá e o subseqüente reconhecimento garantiam uma imagem positiva do Brasil que favorecia a política externa brasileira na busca por prestígio (recurso de poder simbólico). Baron Rio Branco said that he was now ready to recognize. Passou então a defender a criação de um cardinalato na América portuguesa – o Brasil – e outro cardinalato na América espanhola. durante o governo Campos Salles. que. que seria no Chile. Rio Branco centralizou esforços para a elevação recíproca das legações destes países à categoria de embaixada. empenhou-se na missão de conseguir esta designação de Roma. e Rio Branco. Neste momento. não apenas entre eles mas para todo o mundo. encontrou espaço propício para sua realização na “república dos conselheiros”. Olinto Magalhães. tendia a aumentar. na verdade. %MDEZEMBRODE. visando aumentar o prestígio desfrutado no governo americano e sinalizar. deixavam clara a orientação e a tendência de aproximação com os Estados Unidos. Desta maneira. havia retomado os esforços para que fosse concedido ao Brasil o primeiro cardinalato na América do Sul. estava disposta a elevar o arcebispo da Bahia à “púrpura cardinalícia”. Sabendo que a demora do Vaticano se justificava pelo temor que tinham da reação do Chile. Roma. As negociações ganharam força com Rio Branco. que com Ouro Preto quase procedeu a dita criação. capital da República. como era a criação do cardinalato brasileiro. na defesa de uma maioria católica da população brasileira. O antecessor de Rio Branco. como também seriam os anos subseqüentes. defendendo a indicação do cardeal do Rio de Janeiro. da negociação à conquista. na qual os dois rivais do Brasil intercederam contra ele. Seguindo essa direção. com a criação do cardinalato. Clodoaldo Bueno sustenta que. a Argentina e o Brasil pelo primeiro cardinalato na América do Sul. travou-se uma disputa entre o Chile. buscava agilizar a resolução de Roma e ainda fazia boa propaganda com seus vizinhos. caso o Brasil fosse favorecido com o cardinalato. o sentimento de cordialidade e cooperação que reinava na conexão Rio-Washington. mas o presidente do Brasil discordava desta escolha. Mas a “vitória” brasileira representa o resultado do empenho de Rio Branco e o prestígio do Brasil que. A conquista brasileira para o primeiro cardinalato sul-americano representa um caso de prestígio internacional. soube explorar eximiamente a questão. Os eventos que marcaram os primeiros anos da gestão de Rio Branco.117 está inserido. A questão discutida desde o Império foi abandonada no início da República em função da problemática em torno da separação entre Estado e Igreja. o barão garantia dirimir este entrave. Um objetivo de cunho tradicional. As relações amistosas e recíprocas caracterizavam a condução da diplomacia entre os dois países. consciente deste valor. Nac. 126 . Para o barão interessava conseguir garantias de que a elevação seria recíproca.OBARáOINICIOUCONSULTASAOMINISTRODOS%STADOS Unidos no Rio de Janeiro sobre a disposição do governo norte-americano em retribuir àquela iniciativa brasileira. Bibl.. encontrando a correspondência An. Rio de Janeiro. jamais interrompida desde a nossa independência.. Em 17 de março esta documentação destaca o discurso de Thompson ao presidente da República proferido no dia anterior: A mútua confiança e boa vontade dos dois governos manifestou-se de novo na resolução por ambos tomada de elevarem as suas respectivas legações em Washington e no Rio de Janeiro à categoria de embaixadas. A recepção oficial de entrega das credenciais. Joaquim Nabuco. Estimaria se fizesse quanto antes. comunicava ao seu representante em Washington: “Desejamos nomear para aí o Sr.] uma nova afirmação da amizade que. o apoio à Doutrina Monroe e a dedicação ao pan-americanismo faziam de Nabuco a escolha lógica de Rio Branco para servir em Washington como embaixador”. era a escolha do barão. O presidente elevaria a embaixada a nossa legação aí se esse governo quisesse elevar na mesma ocasião a sua aqui. cada dia.. Joaquim Nabuco. pronunciado nesta ocasião. o qual também busca demonstrar a simpatia diante da realização de elevação das embaixadas “[. depois de aprovadas as nomeações dos embaixadores os presidentes dos dois países em 21 de janeiro assinaram as credenciais.124 O pronunciamento de Roosevelt sobre a retomada de princípios da Doutrina Monroe havia acontecido há poucos dias. Poderíamos fazer isto em janeiro. assim. subsiste felizmente entre os dois povos”. pois não acreditava existir outro capaz de ocupar tal cargo e realizar a missão que investia a embaixada nos Estados Unidos: “a amizade pelos Estados Unidos. que não tardou a dar seu paRECERFAVORÕVELÍQUESTáO!PROPOSTADOBARáOFOIACEITA%MJANEIRODE realizou-se o ato diplomático que confirmava a decisão. Desta forma. foi comentada pelos jornais e registrada pelas circulares do ministério das Relações Exteriores.. David E.125 Com o mesmo espírito encontramos o discurso de Rodrigues Alves..”122 A escolha do representante brasileiro para tal missão já estava decidida. uma nova consagração. 126 .] todos nós desejamos ver. estreitar-se mais a amizade entre as duas repúblicas irmãs. pelo então nomeado embaixador dos Estados Unidos no Brasil.118 no Departamento de Estado. Thompson. Nac.123 Nabuco seria junto com Rio Branco peça mestra na aproximação. e o seu acolhimento simpático no Brasil agradava ao governo de Washington. a quem Rio Branco tentou passar o ministério das Relações Exteriores quando recebeu o convite de Rodrigues Alves. Rio de Janeiro. visto o entusiasmo e a competência que dedicou às relações entre os dois países.. [. Bibl. A amizade que de longa data existe entre os dois países recebeu.126 A circular descreve ainda detalhes da recepção An. Exa. Trechos de jornais que abordavam o tema. espontaneamente. enriquecido por sua elegância e inteligência com as palavras. “Rogo a V. transmitir ao presidente e aceitar pessoalmente as minhas felicitações pelo modo por que o Brasil foi ontem acolhido na Casa "RANCA#ONSIDEROADATADEDEMAIODETáOGRANDENANOSSAORDEM externa quanto a de 13 de maio na nossa ordem interna. algumas palavras. A entrega das credenciais por Nabuco ao presidente dos Estados Unidos foi oficializada em 24 de maio do mesmo ano e igualmente registrada nas circulares oficiais do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Enaltecido. o periódico Jornal do Commercio de 16 de mar½ODE. Joaquim Nabuco em telegrama para Rio Branco demonstra sua satisfação de representar o Brasil em tais circunstâncias e ressalta a importância do ato realizado. alinhados à posição do ministério.”127 Nos jornais predominava uma apreciação favorável à elevação de categoria da legação brasileira em Washington e o ato equivalente do governo norteamericano. Em torno do caso das embaixadas. eram inseridos nas circulares do MRE. Seu discurso. Os artigos demonstravam amplo conhecimento das intenções do ministério de angariar recursos simbólicos para o Brasil e de aproximar-se cada vez mais dos Estados Unidos. alcançou Roosevelt de tal maneira que este não se restringiu ao discurso protocolar e dirigiu ao embaixador brasileiro.119 que demonstram a devida importância que teve a oficialização da troca de embaixadas. DIADAAPRESENTA½áODASCREDENCIAISPELOEMBAIXADOR4HOMPSON. 128 No dia seguinte destaca-se no jornal O Paiz o mesmo assunto: “Não se tratava de mero ato de administração: o que se fazia era efetivamente uma aproximação mais estreita entre as duas maiores nações do continente.. realizando-o. que era identificado como parte da política imperialista norte-americana. as quais normalmente utilizavam trechos de jornais que apoiavam as ações do ministério como os dois citados anteriormente. que assim queriam significar ao mundo o propósito recíproco de cimentar a sua amizade antiga de modo mais íntimo e formal. 126 . depois da fundação da nacionalidade. mas não era exclusiva. deu ao nosso país uma posição no mundo como jamais teve. An. O barão do Rio Branco. O Jornal do Brasil. porém. nenhum ato teve maior importância que o da nossa aproximação diplomática com os Estado Unidos. como jornal de oposição.”129 Uma visão favorável predominava. até hoje. não eram anexados às circulares oficiais. Estes. na vida internacional brasileira. Nac. condenou o ato pelos altos gastos que implicava. Bibl. Alguns jornais apresentavam críticas ao ato. Rio de Janeiro. pronuncia-se da seguinte maneira: Todos sentem que. todos meios para um fim que configura a inserção brasileira no sistema regional. encorajada inclusive pela opinião do governo norte-americano. Neste sentido ganhava força a idéia de liderança do Brasil no subsistema sul-americano. e. Rio de Janeiro. e não o era da América Latina apenas porque o México já havia elevado sua legação a esta categoria desde 1897. A compreensão do quadro no qual se elevavam as legações pode ajudar a dimensionar a relevância do ato. 126 . Thompson. cuja amizade a grande nação do Norte acaricia e solicita. An. it is evident President Roosevelt’s policy towards South America is looked upon some suspicion. A elevação recíproca das legações destes dois países marcava um momento de mudança na condução da política externa brasileira. a partir do teor desta e de suas atitudes. Rio Branco queria deixar claro para os Estados Unidos a importância da promoção da legação a embaixada quando elaborou as credencias apresentadas por Nabuco.. Bibl. A aceitação das práticas de Rio Branco engrandecia cada vez mais sua figura e estimulava sua política de aproximação. na qual o Brasil estaria sob sua tutela. Mas a oposição não encontrava grande repercussão. David E. eram poucas as embaixadas existentes. À época. para tal precisava ter prestígio. A opinião pública manteve-se favorável ao ato diplomático e à política externa como um todo. para o Brasil esta foi mais uma conquista de prestígio e mais um passo na direção dos Estados Unidos. and wants to feel faith in our good intentions. o eixo diplomático se deslocava de Londres para Washington concretizando uma tendência que havia se fortalecido com o advento da República. and yet I believe he does not count this feeling. ter as fronteiras definidas e um aliado como os Estados Unidos. O valor agregado a este ato diplomático repercutiu da maneira que Rio Branco havia calculado: nossa embaixada em Washington era a primeira da América do Sul. Nac. acusando-o de “mero luxo” e identificando a aproximação dos Estados Unidos como prática imperialista. A imprensa ressaltava esse caráter: “O prestígio do Brasil no estrangeiro tem hoje um relevo que nunca possuiu: somos a grande potência da parte sul do continente.”131 Este pode ser considerado um fim da política externa brasileira. relatava ao seu governo buscando atentar inclusive para o papel fundamental do Brasil para os interesses norte-americanos: From thoughts of Baron Rio Branco’s several times given to in our conversation since I came to Brazil two years ago. buscar exercer o papel de liderança na América do Sul. embaixador dos Estados Unidos. A política externa ativa praticada por Rio Branco proporcionava novos horizontes ao Brasil. que ficou conhecido como incidente Panther. o governo brasileiro viu-se envolvido em um caso de violação de soberania com uma potência européia. Em .121 Enquanto a amizade com os Estados Unidos estreitava-se cada vez mais. ANOMARCADOPELODESLOCAMENTODOEIXODIPLOMÕTICOPARA7ASHINGTON. Rio de Janeiro. de vigilância contra o poder arrogante que seria mais tarde um inimigo. que. A ameaça alemã era utilizada pelos norte-americanos com a finalidade de afastar concorrentes e para aumentar a sua influência sobre o Brasil. mas segura. uma força inconsciente. Em inúmeros artigos repetia-se a necessidade de uma retratação formal pelo império alemão e a devida punição dos oficiais envolvidos. Assim que Nabuco recebeu o telegrama do barão. o Brasil e toda a América Latina configuravam-se como território de disputa. Estes. em certa medida. Nac. que ajudava a justificar seu aparelhamento bélico. que havia sido violada. ficava entre os dois capitalismos que desafiavam a longa hegemonia econômica inglesa. Santa Catarina. precisavam ser devidamente informados sobre o incidente que tomara grandes proporções com a repercussão na imprensa estrangeira e com as exigências da opinião pública. Diante da concorrência imperialista entre as duas potências ascendentes. não se intimidou e fez valer suas exigências. dirigiu-se ao Departamento de Estado para informar ao governo norte-americano sobre a visão do An. O articulador Rio Branco. transformou um caso de violação da soberania em demonstração do prestígio brasileiro. uma canhoneira alemã invadiu o território brasileiro e desembarcou oficiais em Itajaí. Desta forma. “Por detrás de um fato de reduzida importância erguia-se um frêmito nacional. o “perigo alemão”. presente no jornalismo. pode ser mais bem entendido se colocado no âmbito da disputa comercial.. fundamentava a Doutrina Monroe e servia aos interesses comerciais. O “perigo alemão” no Sul do Brasil. comunicouse com seus representantes em Berlim e em Washington. ocupando pontos estratégicos da nossa diplomacia. Depois de ter enviado um protesto formal ao governo alemão. o barão agiu imediatamente mantendo uma postura firme frente à potência européia.”133 Ciente da importância da opinião pública e do valor que tal caso teria sobre a política externa.132 O caso conferiu um forte apelo ao sentimento nacional ferido pela ação estrangeira e a imprensa nacional exigia do Itamaraty medidas que honrassem a soberania brasileira. que se empenhava para obter os melhores resultados deste incidente. O acontecimento foi amplamente explorado pela imprensa. na procura por um desertor que havia fugido do serviço militar em seu país. 126 . Bibl. a imprensa norte-americana criou. assim. que era à época bombardeada com artigos de inspiração norte-americana sobre o “perigo alemão”. vários jornais adotaram a causa. com base na entrevista que tivera com o ministro alemão. A documentação deixa claro que Rio Branco não solicitou a intervenção de outros países no caso Panther. Nabuco se justificou com Root: The object of my call was only to let the Department have the most reliable information on the incident. Nac. Mas essa comunicação gerou na imprensa acusações de que o governo brasileiro teria apelado para os Estados Unidos. pediu apenas que incitasse na imprensa norte-americana artigos fundados na Doutrina Monroe que demonstrassem uma posição favorável ao Brasil: “Trate de provocar artigos enérgicos (dos) monroístas”. em que este declarava apoio à causa brasileira e comunicava que. I did not tell him I was making the communication by the order of my Government. nor asked him to interfere in the matter. Bibl. As it will be in the recollection of Mr.135 E assim o fez o influente Nabuco.122 Brasil a respeito do caso Panther. todos com o mesmo tom de indignação pelo insulto que feria a soberania brasileira e desafiava o monroísmo do continente. que respondeu à sua nota declarando que não recebera nenhum pedido de intervenção brasileiro. Quando telegrafou a Nabuco. Não queria a intervenção direta dos Estados Unidos. An. Em poucos dias recebeu nota de Elihu Root. I only said it will be well if he would let your Ambassador in Berlim have our version of the high handed action of the Panther. nas relações entre duas nações irmãs. o que seria natural. e não pediu a intervenção dos Estados Unidos no caso.134 Há menos de um ano na capital norte-americana.. O que o barão julgava necessário era apenas a sinalização do governo norteamericano em defesa dos preceitos de Monroe e da amizade com o Brasil. Nabuco defendiase afirmando que apenas informou a posição do Brasil diante do incidente. que encontrou solo fértil para tal proposta. o peso de seu apoio bastava ao habilidoso diplomata para negociar a retratação da maneira mais proveitosa. sua atuação em consonância com a de Nabuco facilitava a comunicação entre os dois países. so that any possible action of your Government should be at once understood. Rio de Janeiro. podia garantir as intenções de seu governo de reparar o incidente. 126 . Root era do lado norte-americano um grande personagem pró-aproximação. haviam apenas trocado informações. Nenhum documento oficial comprova a existência de instruções para que a embaixada em Washington conseguisse apoio deste país. o embaixador brasileiro já havia estabelecido um forte vínculo de amizade e cooperação com o secretário de Estado Elihu Root. e até mesmo necessário. so that no contrary version could be mislead either by you or the American opinion. Bacon. Sobre o caráter de sua comunicação. 123 !RESOLU½áOCHEGOUEMDEJANEIRODE. se delineava como uma cidade mais moderna e capaz de oferecer boa imagem do Brasil para seus visitantes. O governo brasileiro ficou satisfeito com a retratação. engajado nas reformas do governo de Rodrigues Alves. As práticas da gestão de Rio Branco ao longo dos últimos quatro anos. Mas esta posição não foi unânime. Clodoaldo Bueno e Bradford Burns chamam atenção para o fortalecimento da Doutrina Monroe com o incidente Panther. Com o exemplo desta resolução. pode-se notar a tendência de aproximação das relações entre o Brasil e os Estados Unidos. uma vez que alguns jornais atentavam para o aumento de influência norte-americana decorrente de episódios como este. muitos que ainda nutriam reservas quanto à política de aproximação mudaram de opinião e passaram a vê-la com maior simpatia. Para sediar a III Conferência foi escolhido o Rio de Janeiro. Eventos impregnados do espírito pan-americanista eram as conferências internacionais americanas. que se reuniam desde 1889. realizada em Washington. Frente a um caso real a opinião pública enxergou a importância do apoio dos Estados Unidos no cenário internacional diante do imperialismo europeu. desfrutando do prestígio conquistado com sua política de aproximação. o que veio a se firmar nos anos seguintes. Mesmo sem a intervenção pôde notar os benefícios da amizade com o “gigante do Norte”. Neste sentido. Seu apoio moral bastava para fortalecer a imagem do Brasil no sistema internacional. ou SEJA.136 que.APSAMPLODEBATENAIMprensa nacional e internacional (tanto norte-americana quanto européia) e firmes defesas de Rio Branco. Já na primeira. O império alemão pronunciou-se pedindo desculpas pelo incidente e prometendo punir os culpados pelo percalço. DEA. que buscava demonstrar a cooperação e cordialidade que reinava nas suas relações com os Estados 5NIDOS!CONFERãNCIADEDO2IODE*ANEIROCONSTITUIUUMMOMENTO culminante das práticas do barão. Ele pensava em absolutamente tudo: há pelo menos vinte listas – que se encontram no Arquivo Histórico do Itamaraty – com os nomes dos membros de cada delegação contendo notas que definiam onde ficariam hospedadas. A “aliança não-escrita” ocupava papel imprescindível na política externa brasileira. O enorme volume de anotações do barão em documentos que contemplam a organização da conferência revela o cuidado pormenorizado que dedicou a cada pequeno detalhe. Bibl. Rio de Janeiro. refletindo uma imagem do Brasil como país civilizado e moderno. Desde que fora anunciada a escolha da capital brasileira para sediar o evento.. Teve o zelo de encaminhar cada delegação ao hotel que julgava mais apropriado. An. Os laços de amizade estreitavam-se.TORNAVAMOSV¤NCULOSENTREASDUASNA½µESCADAVEZMAIS fortes. o ministro das Relações Exteriores não mediu esforços para que a conferência ocorresse de acordo com os padrões internacionais. Nac. 126 . evitando confrontação com vários países ao mesmo tempo (o que poderia ser negativo para o Brasil). era preciso evitar que determinados assuntos fossem contemplados pelo programa da conferência. Elihu Root. para que o espírito de cooperação e o pacifismo encontrassem espaço. pois preferia dar a estes um tratamento bilateral.124 Seguindo a orientação de aproximação com os Estados Unidos e uma política de cordialidade continental. Joaquim Nabuco e Rio Branco concordavam que temas passíveis de suscitar discussões mais acaloradas não deveriam integrar o programa ou no máximo restringir-se a sua enunciação. $EACORDOCOMATADEDEABRILDE. Mas. empregou esforços para que a reunião panamericana vislumbrasse temas relacionados às duas frentes de ação. O barão chegou a pedir a Nabuco que não fossem abordados casos de navegação de rios e lagoas. caberia ampliar as discussões. e afirmou ser este um direito natural dos países ribeirinhos. as nações participantes buscavam aperfeiçoar o evento. Bibl. e pediu que fosse lida sua manifestação: El sistema de los rios de la América del Sur es tal. An. mas ressaltou que seus delegados não ficariam restritos aos temas. que nos encontros anteriores havia perdido muito tempo com discussões sobre os temas a serem abordados. tendría al fin que ser aceptada. e ainda declarou que não considerava o programa uma fórmula fechada. também se manifestou.137 Inácio Calderón. o embaixador do Brasil em Washington (vice-presidente).. Nac. Cuba e Argentina. visto que não eram definidos com antecedência. Felipe Pardo. primeiramente elogiou o programa. foi reunida uma comissão para a elaboração do programa da conferência. que si no se reconociera su libre navegacion. Rio de Janeiro. quedaria planteado para lo futuro el germen de profundas y serias disenciones. Delgado Mendonza. que a seu ver eram apenas recomendados e podia suscitar outras questões. que perturbarán la paz y la armonía de las repúblicas y que por ser una absoluta necesidad y un derecho natural incuestionable. Chile. 126 . O ministro da Bolívia questionou a ausência do tema de livre navegação que tanto interessava ao seu país. Desta forma. sendo pertinente. ministro boliviano. Acerca do mesmo tema se pronunciou o ministro da Colômbia. e que. o embaixador do México e os ministros de Costa Rica. defendeu a livre navegação em nome de um comércio livre. o qual passava pela avaliação de todas as repúblicas participantes. A dita comissão era composta pelo secretário de Estado dos Estados Unidos (presidente).DASESSáOORDINÕRIADA5NIáO Internacional das Repúblicas Americanas. Na referida ata encontram-se registradas queixas sobre a elaboração do programa. O ministro do Peru. mas com reservas. defendeu que. dada a postura de alguns países sobre os temas propostos e os que foram subtraídos. o programa foi submetido à votação e aprovado por unanimidade. se fossem aceitas as mudanças e intervenções neste programa.125 Em defesa do trabalho realizado pela comissão que elaborou o programa. Afirmou que. O ministro do Chile. Joaquim Walter-Martinez. Diante da intervenção de três potências européias na 6ENEZUELAEM. Os ministros que apresentaram algum ponto contestador o aceitaram por votação. mas declararam que não podiam responder por seus governos. Ou seja. como en toda conferencia internacional sujeta a un programa. una vez aceptado este se le respeta fiel y estrictamente.”138 Feitas as explanações das partes citadas. Um dos assuntos mais polêmicos que o barão do Rio Branco empenhara-se para que não constasse nas discussões da terceira conferência foi a proposta da Doutrina Drago. deveria ser seguido: “En la Haya. o ministro do México reclamou das declarações anteriores. não haveria sentido a nomeação de uma comissão responsável pela elaboração do mesmo. a partir do momento em que o programa fosse aprovado. a formalidade foi cumprida. JUSTIlCADAPELACOBRAN½ADED¤VIDASP¢BLICAS. mas Rio Branco não compartilhava da mesma opinião das nações vizinhas e alinhava-se à posição norte-americana. O programa constituiu-se num trabalho de inteligência diplomática a fim de atender aos interesses diversos das nações e evitar os assuntos desconcertantes para a amizade Brasil-Estados Unidos. aterrorizado com a aplicação de tal medida. restringindo sua influência aos bastidores dos acertos diplomáticos.. Luis Maria Drago. o que poderia gerar ânimos exaltados e reações negativas ao governo norte-americano. O objetivo de Washington era exatamente o contrário: pretendia fazer da terceira conferência. Havia uma tendência entre as repúblicas hispano-americanas em aceitar os termos de Drago. Bibl.OMINISTRO do Exterior da Argentina. Rio de Janeiro. sob os ideais pan-americanistas. que não compreendia que tal situação pudesse ser abarcada pela Doutrina Monroe. Nac. Washington argumentava que as potências européias não estavam engajadas numa missão de conquista de novos territórios. Na tentativa de evitar assuntos polêmicos encontrava respaldo em outros países. 126 . uma propaganda positiva da política norte-americana. o tema poderia isolar o Brasil na América Latina e fomentar as acusações de ser braço do corolário Roosevelt na região e de empreender práticas imperialistas. Se abordado na conferência. O Brasil absteve-se do direito de propor temas e de discutir a formulação do programa. defendia que não se reconhecessem como legítimas tais intervenções armadas ou ocupações territoriais. de forma que a Venezuela não poderia apelar para a doutrina. Na mesma medida o assunto também exporia um ponto de desacordo com os Estados Unidos. que compartilhavam An. os meios tendentes a diminuir entre as Nações a possibilidade de conflitos de origem exclusivamente pecuniária. pelo emprego da força. que estude o caso da cobrança. A Doutrina Drago. e. que também não agradava aos Estados Unidos. como está registrada em despacho diRIGIDOA7ASHINGTON.126 da mesma percepção.139 Essa era a vontade de Rio Branco. de modo geral. foi registrada na conferência apenas por uma resolução nas atas gerais que dizia: A Terceira Conferência Internacional Americana resolve: Recomendar aos governos nela representados que considerem a conveniência de pedir à Segunda Conferência da Paz. na Haia. das dívidas públicas. EMDEMAR½ODE. tem feito muito bem tentando arredar questões que antecipadamente se sabe darão lugar a votos discordantes no Congresso. a quase confirmação da presença da Argentina depois de entrevista deste com o ministro argentino.” A subtração da Doutrina Drago gerou especulações na imprensa argentina de que este país não enviaria sua delegação à Conferência. Montes de Oca: “[.NOQUALELOGIAAATUA½áODE Nabuco: “V..141 Em ofício DE DE ABRIL DE . recebeu do ministro brasileiro em Buenos Aires.. Empenhou-se em averiguar os fatos. Não interessava ao barão que o encontro fomentasse discordância com nenhuma nação. Assis Brasil.] neste momento tudo indica que a Argentina não deixará de comparecer”. Exa. o que objetivava conferir um caráter justo e imparcial da administração brasileira. 126 . Dela faziam parte membros da oposição ao governo Rodrigues Alves. acima de tudo. à ocasião da conferência. atendia aos interesses do Brasil não é apenas um resultado dos esforços empreendidos. A princípio. A escolha da delegação brasileira só foi realizada depois que o programa havia sido aprovado em definitivo. conseguiram adiar a reuNIáOPARA!REMARCA½áODOEVENTOJUNTOAOGOVERNODA2¢SSIADEMONStra o prestígio do Brasil e a consonância com os interesses do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Rio de Janeiro. Elihu Root An. juntamente com o secretário de Estado. mas demonstra um pouco do prestígio desfrutado pelo governo brasileiro. A constituição de um programa que. As práticas de Rio Branco estavam de tal forma em sintonia com os interesses da política norte-americana que. Bibl. Nac.. esta seria realizada no mesmo ano da III Conferência Internacional Americana. Elihu Root. embora não tenha nenhuma confirmação formal. REITERA QUE ACREDITA NA PARTICIPA½áO DA 2EP¢BLICA Argentina. Este recurso simbólico favoreceu o ministério de Rio Branco sobre a definição da data da II Conferência de Paz em Haia. mas os representantes do Brasil. Mas a insatisfação restringiu-se às queixas declaradas e sua delegação foi enviada à Terceira Conferência. Defendeu que o desenvolvimento norte-americano não representava nenhuma ameaça à América Latina: Desejamos aumentar nossa prosperidade. simplificando.142 Essas foram as primeiras palavras do barão do Rio Branco na abertura da III Conferência. Sem dúvida era o momento culminante do processo de aproximação entre as duas nações inseridas ainda na rede da América Latina. Já ela se manifesta na inteligência com que se busca promover relações políticas mais íntimas. estreitando os contatos entre eles. harmonizando as leis do comércio entre os povos. Nac. para que possamos. A relevância desta atitude reside no fato de que era a primeira vez que um secretário de Estado faria uma visita a outro país. A visita de Root dissipou algumas desconfianças e ajudou a delinear uma figura mais simpática dos Estados Unidos.127 anunciou que visitaria o Brasil. pela primeira vez em visita oficial. a “paz”. facilitando. Lloyd Griscom.143 O embaixador dos Estados Unidos. embora ambas estivessem engajadas na mesma propaganda panamericana. Os nossos votos são porque desta Terceira Conferência resulte. tornarmo-nos maiores e mais fortes. Bibl. confirmada e definida em atos e medidas práticas de interesse comum. 126 .. todos juntos. evitar conflitos e regular a solução amigável de divergências internacionais. Nesta ocasião Joaquim Nabuco proferiu um discurso em homenagem ao visitante no qual afirmou que “A reunião desta conferência é. em ânimo. Já é dela um penhor esse ânimo geral de procurar meios de conciliar interesses opostos ou aparentemente contrários. Rio de Janeiro. expandir nosso comércio. os “interesses comuns”. que contou com a presença do secretário de Estado dos Estados Unidos. encaminhando-os em seguida para o mesmo serviço do ideal do progresso da paz. grande parte da obra vossa”. Foi acolhido por uma suntuosa recepção que transmitia a importância de seu cargo e a relevância de sua presença dentre as demais nações. as “nações irmãs”. telegrafou para seu país as impressões que tivera diante das festividades destinadas a Elihu Root: An. E ele escolhera o Brasil. assim. que se revelava diferente no projeto político de cada uma. mas a nossa concepção do verdadeiro modo de conseguir isso não é derrubar os outros e aproveitarmo-nos da sua ruína. crescer a riqueza em sabedoria. As palavras do embaixador brasileiro antecederam o importante discurso do secretário de Estado. a auspiciosa segurança de que não estão longe os tempos da verdadeira confraternidade internacional. que repetidas vezes evocou os “direitos iguais entre as nações”. mas sim auxiliar a todos os amigos a criarem uma prosperidade comum. construção da estrada de ferro pan-americana. não comprometeram o andamento do encontro regido por um programa amplamente articulado. Visited St. seat of the Pan American Congress. “Assinalava-se a terceira conferência Internacional Americana. Louis Pavillon. criação de uma seção de comércio. He received official and social world. pela ausência de polêmicas e vãs abstrações. As resoluções da conferência tinham como principal objetivo regulamentar as relações entre os países do continente. com o sucesso da terceira conFERãNCIADE. The Congress has voted to make Secretary of State and Brazilian Minister for Foreign Affairs honorary presidents. naturalização. and will hold special session in honor of Secretary of State July 31st.128 Visited President.144 As atas gerais da conferência demonstram que os esforços dedicados à formulação do programa garantiram que o evento fosse marcado pela cooperação e cordialidade entre as nações americanas. entre seus congêneres. alfândega e estatística na Secretaria. selava. A realização da conferência transcorreu dentro das expectativas do ministério de Rio Branco. que na abertura da conferência havia dado ao edifício sede do evento o nome de Palácio Monroe. Pequenos percalços e desentendimentos momentâneos entre algumas nações. was entertained by brillant reception at Palace today.”145 Rio Branco. entre as quais se destacavam os seguintes temas: reorganização da Secretaria Internacional das Repúblicas Americanas. 126 . na busca por novas práticas que pudessem privilegiar esta aliança. CONSIDERAÇÕES FINAIS A política de aproximação com os Estados Unidos constituiu um meio para alcançar os objetivos da política externa brasileira formulada em função dos interesses nacionais. reforçada pela visita de Elihu Root. A política de aproximação encontrou um cenário propício para sua aplicação e desfrutou no início do século XX anos de perfeita adequação aos interesses brasileiros. estando sempre ativo. Rio Branco. a aproximação que buscava com os Estados Unidos e a aceitação do “corolário Roosevelt” interessavam ao Brasil.OSLA½OSDEAMIZADEENTREO"RASILEOS%STADOS5NIDOS! esplêndida execução do evento. formulador e executor da política externa.. marcou o auge da relação das duas nações. Nac. não mediu esforços para estreitar os laços de amizade entre as duas nações. Bibl. Os objetivos que definiam a condução do Ministério das Relações Exteriores dependiam do fortalecimento da amizade entre os dois países. Em momento algum Paranhos se imbuiu de um idealismo vazio. Rio de Janeiro. Era sabida a ambição que o “gigante do Norte” An. A importância dada à Doutrina Monroe é justificada pelo caráter defensivo e preventivo. protegendo-se do imperialismo europeu e objetivando maior poder de barganha ao sul do continente. e os Estados Unidos aceitavam os esforços brasileiros sinalizando com políticas favoráveis. mas desproporcionais. culminando com a III Conferência InternacioNAL!MERICANAEM. Paranhos articulou para unir-se à nova potência mundial em ascensão. O barão foi pioneiro na visão da emergência dos Estados Unidos como potência hegemônica. As práticas de Rio Branco. Desta forma as relações mantiveram-se na condição de uma “aliança não-escrita”. Embora o governo norte-americano não compartilhasse do mesmo entusiasmo que o Itamaraty. mas.129 nutria sobre o mercado brasileiro. O Brasil empenhava-se na política de aproximação. com uma eficiente política bilateral. o momento era propício para estreitar os laços de amizade. a política de aproximação foi um sucesso. podemos perceber que. no controle do Ministério. Ao que se propunha. os Estados Unidos preferiam a Europa. demonstrando os limites da “aliança não-escrita” e a inexistência de alinhamento automático. o que pode SERNOTADONASEGUNDACONFERãNCIADE(AIAEM%MBORAREPRESENTEUM desentendimento passageiro entre os dois países. no âmbito hemisférico. O sucesso do paradigma Rio Branco garantiu-lhe o título de estadista e permanências de sua política externa. 126 . forneceu elementos vitais para que o Brasil ocupasse um lugar no sistema internacional. que sobreviveu ao seu criador. Mas ela não era incondicional. Bibl.REPRESENTAMACONlRMA½áODATENDãNCIADEAPROximação. Nac. Destinada à adaptação da diplomacia às transformações internacionais da época. A “aliança não-escrita” acaba por transcender seu objetivo de criação. Rio de Janeiro. O fortalecimento da amizade com os Estados Unidos auxiliou o governo brasileiro a alcançar seus objetivos.. tornou-se paradigma invariável e permanente. O barão do Rio Branco. An. 1 AGO0ERIDICOSn302 ARQUIVO HISTÓRICO DO ITAMARATY (AHI). FONTES FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL: Coleção Salvador de Mendonça (manuscritos). Arquivo Particular do Barão do Rio Branco. Discurso de Elihu Root em visita ao Rio de Janeiro. Paulo. João. CABRAL. Coleção José Carlos Rodrigues (manuscritos). Evolução do direito internacional: esboço histórico-filosófico. coleção de recortes de jornais. São Paulo. Rio de *ANEIRO4IPOGRAlADO*ORNALDO#OMMERCIO. Maços referentes à III Conferência Internacional Americana. Rio de Janeiro. O Estado de S. Correspondência diplomática de Buenos Aires e Washington. Centro de História e DoCUMENTA½áO$IPLOMÕTICA!NO)6. CARDENOS DO CHDD/ Fundação Alexandre de Gusmão. !'.N"RAS¤LIA&5. Obras completas do Barão do Rio Branco. Jornal do Commercio. Barão do. Rio de *ANEIRO. os Estados Unidos e o monroísmo”. “O Brasil. 1948. RIO BRANCO. Rio de Janeiro: Ministério das Relações Exteriores. (VIII – Estudos Históricos. IX – Discursos) ______. “O Brasil perante a doutrina Monroe”. Rio Branco e a política exterior do Brasil. ______. 2v.MAIO BIBLIOGRAFIA ABRANCHES. In: Revista Americana: uma iniciativa de cooperação intelectual (1909-1919). Dunshee de. Rio de Janeiro: 1945. "RAS¤LIA3ENADO&EDERAL. José Afonso Mendonça. AZEVEDO. 1971. 1983. Raymond. 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Política externa da Primeira RepúblicaANOSDEAPOGEU 3áO0AULO 0AZE4ERRA.131 ______. Bradford. ______. São Paulo: Ática. A aliança não-escrita: o barão do Rio Branco e as relações com os %STADOS5NIDOS2IODE*ANEIRO%-#%D. 1977. Política externa de Rio BrancoO"RASILEOSUBSISTEMANORTE AMERICANO 1912). BURNS. E. ). CARDIM. História geral da civilização brasileira. São Paulo: Difel. Rio Branco. In: FAUSTO. “As relações internacionais do Brasil durante a Primeira República”.). João (Orgs. pp. Carlos Henrique e ALMINO. Boris (Org. ______. 1977. a América do Sul e a modernização do Brasil2IODE*ANEIRO%-#. Brasília: Senado Federal. CASTRO. fac-similar. História diplomática do Brasil. Brasília: -2%. Carlos Delgado. Flávio Mendes de Oliveira. Ed. Rio Branco em Liverpool (1876-1896). CARVALHO. 1998. Rio Branco e o ABC”. “O subsistema americano. Guilherme. Amado Luís & BUENO. CONDURU. ______. M. Sérgio Correa da. CERVO. 2. ______. Brasília: UnB. História da política exterior do Brasil. n. Francisco F. 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Introdução à história das relações internacionais. 1991. Corporativismo e desigualdade: a construção do espaço público no Brasil. São Paulo: Difusão Européia. Pierre & DUROSELLE. REIS. Rio de Janeiro: Contraponto/ 0ETROBRAS. In: BOSCHI. Jean B. Elisa P. Rubens. “Um personagem da República”. 1966. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. Interesse nacional e política externa. 3). José Honório. ______. In: RICUPERO. 1995. José Maria da Silva Paranhos. R.'%2. P. Brasília: FUNAG. J.H. & ARAÚJO. RODRIGUES. barão do Rio Branco. 0AUL h/ "RASIL NO CONTEXTO DO CAPITALISMO INTERNACIONAL. . Boris (Org. História geral da civilização brasileira. v )N FAUSTO.). São Paulo: Difel. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Tese de Doutorado. São José dos Campos: ITA. 391.]. VINHOSA. Rio de Janeiro: José Olympio. A história diplomática do Brasil. Correspondência do barão de 1888 aponta sua percepção de crise no Império brasileiro.d. Victor. [s. a questão militar e o problema da federação.” In: CARVALHO. A penetração norte-americana na economia brasileira (1900-1930). destacando inclusive o problema abolicionista. “O barão e o cardinalato”. NOTAS 1. República no Catete2IODE*ANEIRO-USEUDA2EP¢BLICA. Luís. São Paulo: Melhoramentos. A vida do Barão do Rio Branco. VIANA FILHO. Renato. Hélio. VIANNA. “A invenção da República no Brasil: da aventura à rotina. Rio de Janeiro: 1996. Maria Alice R. LESSA. Francisco. 1972. n. 2. 1959.PP VALLA. Bibl.. 1998. 3 A Revolta da Armada e a Revolução Federalista. Renato. op. A vida do Barão do Rio Branco. Rio de Janeiro. 6. Luís. em 1893 e 1894. A “outra” América: a América Latina na visão dos intelectuais brasileiros das primeiras décadas republicanas. Rio de Janeiro: José Olympio. respectivamente. Sobre intelectualidade brasileira e latino-americana neste período ver BAGGIO. Nac. p. São Paulo. cit. 35. LESSA. An. Tese (Doutorado em História) – FFLCH-USP. 4. VIANA FILHO.. Kátia Gerab. 179 5. p. 1959. 126 . Além de ser um elemento de instabilidade do governo de Prudente. Dessa forma o exército enfraquecido cedia mais facilmente seu espaço no poder para a elite paulista. Canudos atingiu de forma desastrosa os militares. op.. cit.133 7. BELLO. 1969. LESSA. 8. p. Renato. p. São Paulo: Companhia Editora Nacional. visto o grande desgaste sofrido tanto concretamente em seu contingente quanto na sua imagem. 43. História da República. José Maria. 9. 138-139. #AMPOS3ALLESDEFENDIAEMSEULIVRODa propaganda à presidência. DE. 1974. “Preocupado com os problemas financeiros. 11. procurou atingir a finalidade de sua plataforma a qualquer preço. Edgar. A República Velha. 12. Campos Sales simplificou os problemas políticos. São Paulo: Difel.) 13. Bradford. encerrado neles. A aliança não escrita: o barão do Rio Branco e as relações "RASIL %STADOS5NIDOS2IODE*ANEIRO%-#%D. p. Em BURNS. Rio Branco. Álvaro. Rio de Janeiro: José Olympio.QUEERA mais acertada a denominação de política de estados à referida política. 1945.” (LINS. 296. CARONE. . 18. 61. Rio de Janeiro: Companhia das Letras.. (DUROSELLE. op. 162. 14. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. 15. 17. p. p.OAUTORIDENTIlCAESSEMOMENTO como de “paz. Jean-Baptiste.). Brasília: UnB. José Murilo. LINS. Para Duroselle.) . cit. “Na época atual. CARVALHO. p. diremos que uma fronteira política é a separação entre duas soberanias”. 16. p. 182. 1992. Todo Império perecerá. progresso e prosperidade”. op. cit. Rodrigues Alves foi ministro da Fazenda no governo de Floriano e no de Prudente de Morais.3. 356.. BELLO. 1987. OPCIT. P $EACORDOCOM#%26/. . ESSAPOSTURASEGUE SEDESDEAINDEPENDãNCIA. 1999. O próprio barão. O dito tratado excluía a possibilidade de partilha do território em litígio através do artigo 5º. LINS. 15. 126 . cit. refutou essa versão. 25. como destaca Lins. “O uti possidetis ficou assim para sempre ligado ao nome dos dois Rio Branco: o primeiro. p. Rio Branco e as fronteiras do Brasil: uma introdução às obras do Barão do Rio Branco. demonstrando que a área corresponde à Comarca de Palmas. Nac. porque lhe deu aplicação vitoriosa numa série de litígios e negociações”. Arthur Guimarães de Araújo. 22. A questão de Palmas é erroneamente chamada de Missões. Bibl. definindo que sua solução cabia ao entendimento dos rios referidos pelas partes em disputa.. cit. visando identificar a região em litígio com o antigo território das “missões jesuíticas”. divulgada pela Argentina à ocasião das negociações.. e o segundo. 21. Rio de Janeiro. 193. vinculada à falsa idéia. An. 26. até 1838.EM 1822. JORGE. porque o definiu com precisão e segurança. 4RATADODE-ONTEVID£UDEDEJANEIRODE 24. Brasília: Senado Federal. p. 16. quando começam a aparecer preocupações com as questões de limite indefinidas nos relatórios do ministério das Relações Exteriores. op. p. JORGE.. op. (/. p. e José Carlos Rodrigues. aborda este período. 29.134 27..!&). 28. 6)!. op. sobre o qual encontramos poucos estudos. 3OBREOUTRASVERSµESEXISTENTESPARAAINDICA½áODE2IO"RANCOPARACHElARAMISSáO especial em Washington. O livro Rio Branco em Liverpool (1876-1896). Cargo que ocupou de 1876 a 1891. fundador do Jornal do Brasil. 194. Neste sentido destacam-se as notas feitas na obra de Schneider sobre a guerra do Paraguai. de Flávio Mendes de Oliveira Castro. ver LINS. do Jornal do Commercio. cit. Destaque para sua correspondência com Rodolfo Dantas. OPCIT. P .).3. OPCIT. 1999. 35. 37. 228. 213. 1999. 268. p. 39. Em NAPOLEÃO. op. GOES FILHO. E.. 173-174. 1999. Aluízio. multidões saudaram as boas notícias. op. VIANA FILHO. cit. LINS.” (BURNS. LINS. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército. Apud. 34. p... op. 48. p. Navegantes. 199. cit. Bradford. Destaque para a indisposição criada por Zeballos ao negar a troca das memórias de defesa assim como havia sido acordado anteriormente. diplomatas: um ensaio sobre a formação das fronteiras do Brasil. “No país. op. Fato que irritou o barão e que pode ser considerado marco do início da rivalidade como observa Aluízio Napoleão. A aliança não escrita: o barão do Rio Branco e as relações com OS%STADOS5NIDOS2IODE*ANEIRO%-#%D. bandeirantes. São Paulo: Martins Fontes. e a imprensa louvava o regime diplomático. p. pp. Synesio Sampaio. encontra-se um capítulo importante sobre esta amizade. p. BURNS.. cit.P 33. Rio Branco e as relações entre o Brasil e os Estados Unidos. 38. 36. cit. NAPOLEÃO. “A percepção antecede o processo de tomada de decisões e está ligada a um conjunto de crenças. 46. 44. Rio de Janeiro: Ministério das Relações Exteriores. 1948 (IX – Discursos). Moniz. BANDEIRA. CERVO. Presença dos Estados Unidos no Brasil: dois séculos de história. Belief systems and the studies of international relations. Em certa medida a vida boêmia de Rio Branco na juventude. RIO BRANCO. Amado Luís & BUENO. valores e imagens que os atores carregam consigo. p. 41. 1973. 134. 42. BELLO. cit. 43. de 1988. 146. Obras completas do Barão do Rio Branco. op. 3áO0AULO¸TICA. História da política exterior do Brasil. p. seu envolvimento com uma dançarina belga.. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. Clodoaldo. orientando sua inserção no ambiente físico e social.” Desta forma Alexandra de Mello e Silva aborda o sistema de crenças e indica como leitura especializada Steve Smith. Barão do. 45. comprometeram sua imagem dificultando sua nomeação para o cargo diplomático. . Bibl. An. Nac. Rio de Janeiro. 126 .P 47. Paraguai e Bolívia. As supressões sugeridas são das legações da Rússia.. Espanha. Suíça. A declaração de Carlos de Carvalho pró-Argentina foi publicada no El Diario de Buenos Aires. cit. CERVO. p. op.. 49.135 48 . #%26/. 145-146. OPCIT. Marília: Unesp. A República e sua política exterior (1889-1902).P 51. BUENO.IVRE$OCãNCIA. Clodoaldo. TESEDE. 56. cit. mas estando este ocupado optou por Berlim. As mortes tão sentidas pelo barão de seus amigos Eduardo Prado e Rodolfo Dantas. A preferência de Rio Branco era pelo posto de Lisboa.. p. Sobre sua vontade de ir para Portugal. 1945. 55. cit. op. carta de Tobias Monteiro a Rodrigues Alves. 251..ACINAL&". 54. &UNDA½áO"IBLIOTECA. 53. op. 347. BURNS. ver em VIANA FILHO. 57.326. Apud VIANA FILHO. . Sobre percepção dos quatro pontos de observação e configuração para I Guerra Mundial. p. Apud LINS. 47. p. cit..P 52. ver LINS. 1959. op. p. ) . . Apud. LINS. cit..MSS 59. &UNDA½áO"IBLIOTECA. p.ACIONAL&". . 255. op. ) . . Aluízio. O segundo Rio Branco. Rio de Janeiro: Ministério das Relações Exteriores. p. a América do Sul e a modernização do Brasil2IODE*ANEIRO%-#. op. 86. RIO BRANCO. 63. (orgs. WEHLING. Rio Branco. 193. 1948 (IX – Discursos). Obras completas do Barão do Rio Branco. Barão do.João. NAPOLEÃO. 1941. Rio de Janeiro: Ed. “Visão de Rio Branco: o homem de estado e os fundamentos de sua política. cit. A Noite. Apud.. Carlos Henrique e Almino. NAPOLEÃO.).MSS 61.” In: CARDIM. p. Arno. 62. 64. . P 65. Rubens. Rio Branco: o Brasil e o mundo. RICUPERO. Rio de Janeiro: Contraponto/ 0ETROBRAS. Clodoaldo. 66 . Política externa da Primeira RepúblicaANOSDEAPOGEU 3áO0AULO0AZE4ERRA. BUENO. . 72.” Estudos Históricos. Brasília: UnB. Pierre. Rio de Janeiro. 71. Alexandra de Melo e. 8. p.P 67. op. assumiram a decisão total”. op. n. Bibl. Introdução à história das relações internacionais. 39. 376. “O Brasil no continente e no mundo: atores e imagens na política externa brasileira contemporânea. pela força de sua personalidade. WENDZEL.42.. 1983. RENOUVIN. P 69. O autor destaca que esta frase encontrava-se apenas na minuta da carta a Sousa Correia e com um risco. 126 . mas alguns ministros. SILVA. cit. São Paulo: Difusão Européia. LINS. DEUTSCH. WEHLING. RICUPERO. ARON. op. Raymond. cit. Rio de Janeiro. Apud. Nac. 68. Karl.. 143. Curso de introdução às relações internacionais. 1967. An. RODRIGUES. p. op. p. “A política externa era de responsabilidade do presidente. cit. DUROSELLE... cit. v. p.. Jean. Robert. 73. 1966.. 1985. (PINHEIRO. Robert L. RENOUVIN. op.136 15. Hedley. 92 77. WENDZEL. 344. Relações internacionais: o enfoque do formulador de política. 97. “[A] política externa brasileira ao longo do século XX foi marcada pela busca de recursos de poder que garantissem maior autonomia do país no plano mundial. Brasília: Ed.. Sobre o conceito de interesse nacional como somatório da vontade do povo e da União. mesmo quando essa estratégia parecia se traduzir – e muitas vezes de fato se traduziu – no alinhamento a uma determinada potência”.) 78. 74. p. Sobre o assunto. 76. A sociedade anárquica: um estudo da ordem na POL¤TICAMUNDIAL3áO0AULO)MPRENSA/lCIALDO%STADODE3áO0AULO. 75. 8. A definição das fronteiras brasileiras e a tendência à aproximação com os Estados Unidos já eram assuntos presentes na política externa imperial como demonstram diversos autores. cit. UnB. cit. p. op. 1995. ver BULL. 79. ver RODRIGUES. p. p. inclusive os entusiastas do pan-americanismo. p./. 95. Carlos Delgado. Brasília: Senado Federal. 82. CARVALHO. Apud. 354. Ed. 81. NAPOLEÃO. 1998. Fac-similar. "5%. p. História diplomática do Brasil. 1999. /PRIMEIROESFOR½ONOSENTIDODEREUNIROSPA¤SESAMERICANOSFOIEMNO#ONgresso do Panamá convocado por Bolívar sob a bandeira da solidariedade continental. . . p. Nas revistas do IHGB podemos encontrar inúmeros artigos comemorativos sobre esta data. cit. foi originada a partir de transformações no Bureau. e arbitramento”. Críticas de diversos personagens do cenário político o taxavam de unilateral ao atender apenas aos interesses norteamericanos. 89 .DESTACAASSUNTOSEMPAUTADOPROGRAMADA)#ONFERãNCIAhMEDIDAS tendentes a promover a prosperidade dos diversos Estados americanos. A Organização dos Estados Americanos (OEA). moeda comum. de 1948. comunicação dos portos. 88. op. 58. 87. 85. Vale lembrar que a Grã-Bretanha não se opôs à movimentação dos Estados Unidos sobre as repúblicas latino-americanas por estar envolvida no contexto europeu de disputas imperialistas e pela importância comercial que adquiriram as relações entre a potência européia e sua ex-colônia. 2/$2)'5%3. O tratado de 1891 com os EUA gerou agitações na Câmara. O Manifesto Republicano foi publicado no primeiro número do periódico A República. BUENO. !5NIáO)NTERNACIONALDAS2EP¢BLICAS!MERICANASFOICRIADAEMDEABRILDE Nesta data passou a ser comemorado o Dia do Pan-Americanismo. união aduaneira. união pan-americana de comércio. 86. pesos e medidas. direitos de invenção. OPCIT. P .!0/.%Ä/. . P )BID. Nac. 126 . Bibl..P An. Rio de Janeiro. OTAVIO. Barão do. Joaquim de Sousa. RIHGB. Obras completas do Barão do Rio Branco. General James Watson Webb de 1861-69. Rio de Janeiro: Ministério das Relações Exteriores. RIHGB 97. (279) 1968. RIO BRANCO. 96. 95./. 1948 (VIII – Estudos Históricos).137 93. Artigo escrito pelo barão em respostas às críticas sobre a elevação das legações do Brasil e dos Estados Unidos à categoria de embaixadas publicado pelo Jornal do Commercio EMDEMAIODEEREPRODUZIDOIN¢MERASVEZES 94. 6ERPRIMEIRAPARTEDOLIVRO"5%. Percalços da “amizade tradicional” podem ser explicados pela má escolha de representantes diplomáticos: Condy Raguet de 1825-28. p. “Dia Pan-americano – A tácita aliança – Constante de uma política continental”. Rodrigo. Wise de 1844-47. LEÃO FILHO. 138. Henry A. “Alexandre de Gusmão e o monroísmo”. . op. "5%.PP 99../. 333. LINS. p. cit. . RESSALTAQUEASMUDAN½ASOCORRERAMAPENASNAFORMADEPRODUZIR. /. vista a transição do trabalho escravo para o trabalho livre. "5%. /S%STADOS5NIDOSDESTACAM SETAMB£MCOMOIMPORTANTESCOMPRADORESDABORracha e do cacau brasileiros. e nas áreas de produção. . P !SE½áOh/RIGENSDOAMERICANISMOv. NESTEARTIGO. TRATAEXATAMENTEDOSEVENTOSQUE configuraram este cenário favorável à política de aproximação.3. "52. OPCIT. ).P .3. OPCIT. P !PUD'/%3&).(/. OPCIT. P 3OBREASSUSCETIBILIDADESDOTRATADODE. VER.3.). . P $ADORETIRADODE*/2'%. .).3. OPCIT. P "52.3. OPCIT. P 111. a imprensa traduz essa ameaça através de charges pejorativas do Tio Sam. */2'%. A participação americana no sindicato gera desconfianças quanto a sua penetração na América do Sul. OPCIT. P "5%./. . "52. op. p.3. Além de Rio Branco.P 114. destaca-se o serviço prestado por Assis Brasil e Rui Barbosa. embora este tenha abandonado a missão antes de sua conclusão por divergências com o barão.. 115. GOES FILHO. cit. 293. OPCIT. p. cit. As constantes lutas de independência que explodiam na América Latina e eram sufocadas por seus governos. seguido por Cuba. 118. 329. Primeiramente Peru. op.. geravam certo temor no governo dos Estados Unidos de que as repúblicas americanas relutassem em reconhecer o estado independente do Panamá. Costa Rica. 119. LINS. Guatemala e VeneZUELA.P 117. Nicarágua. 3.COMODESTACA"52. 126 . An. Nac. Rio de Janeiro. Bibl.. %Ä/.!0/.138 /SESFOR½OSDOBARáOFORAMRECONHECIDOSMESMOSEMUMPRONUNCIAMENTOCONJUNto. o Brasil no dia 2 de março e a Argentina no dia seguinte. !PUD. visto que o Chile reconheceu a independência do Panamá em 1º de março. OPCIT. p. Diversos textos tratam da importância da ação conjunta dos dois estadistas. 124.PP 122. mas destacam a diferença entre o americanismo tomado por cada um na condução da política externa brasileira. 123. Identificam o americanismo de Rio Branco como pragmático – aproximação como um meio – e o americanismo de Nabuco como ideológico – aproximação como um fim. op. BUENO. Apud LINS. !()DEDEMAIODE !()DEDEMAR½ODE 129. cit. Ibidem. Ibidem. p. 335. BURNS. !()DEDEMAR½ODE 126. . 0ARAFUNDAMENTARTALFATOUSAOCASODERECONHECIMENTODAINDEPENDãNCIADO0ANAmá pelo governo brasileiro em alinhamento com posição dos Estados Unidos.. cit. 122. op.. /.P !()DEDEMAIODE "5%. . P 133./. cit.. p. !PUD"5%. 225. LINS. 134. Apud NAPOLEÃO. op. p. 1999. 344. . A presença do representante da Costa Rica na comissão encarregada da elaboração do programa da conferência respalda essa explicação. A versão oficial aponta que foi o ministro da Costa Rica quem indicou o Rio de Janeiro para sediar o evento.P 136. !() !TA DE SESSáO ORDINÕRIA DA 5NIáO )NTERNACIONAL DAS 2EP¢BLICAS !MERICANASDEDEABRILDE. mas a escolha da capital brasileira provavelmente foi fruto da articulação de Rio Branco nos círculos internacionais. EM7ASHINGTON 138. CABRAL. Ibidem. Evolução do direito internacional: esboço histórico-filosófico. 139. Rio DE*ANEIRO4IPOGRAlADO*ORNALDO#OMMERCIO. João. . P !(). $ESPACHOSA7ASHINGTON !(). p. cit../F¤CIODE"UENOS!IRES 142. &". LINS. 515. op. Paulo.3020ERIDICOS $ISCURSODE%LIHU2OOTEMVISITAAO2IODE*ANEIRO O Estado de S. 3áO0AULO. . Rio de Janeiro. 126 . p. 237. An. Pan-americanismo e o Brasil. 1939. 145. Hélio. 1999. São Paulo: Nacional. Nac. Bibl. p. 68. Apud NAPOLEÃO. 144. LOBO. Coleção Nelson Werneck Sodré Inventário Analítico Leitura e descrição dos documentos Filipe Martins Sarmento Bacharel em História na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e ex-estagiário na Divisão de Manuscritos/FBN . de um século vaidoso. tornou-se dialeticamente modelo para toda uma geração nacional. Nascido em 1911. todo aplauso ao inventário da Biblioteca Nacional. temos noção de algum valor de cidadania. de chofre. Há problemas! Opta pela vida militar. então. Seus livros esgotam-se. Como militar defende. Nessa dicotomia profissional. inflexível e incisiva. mas torna-se temido por uma outra arma que o seduz desde cedo: a Literatura. liberdade e nacionalidade. como escritor acusa e. juntando-se um ao outro. Sua pena. brilha seu amor pelo que é nosso. nesses tempos lúgubres. Sua influência espalha-se.Apresentação C umpre-nos discorrer sobre Nelson Werneck Sodré e. vira artilheiro. E aí ele começa a exprimir e desvendar um Brasil escondido e grave. ele encontrará a unidade que fará a estrada DESUALONGAECONSAGRADAVIDAOAMORPELO"RASIL%SCREVEUMAISDELIVROS. questionar qual medida dar ao seu nome? Em que estatura conformar sua natureza? Não é muito fácil chegar a este justo equilíbrio. Se ainda. Nelson jamais afrouxará as amarras de seu carinho por tudo que seja brasileiro. Nelson Werneck Sodré cresceu vendo inúmeras revoluções militares marcharem ante seus olhos juvenis. Foi por contentar seu predileto prazer de ler. Algo novo na praça. conferencista. foi preso. mas tudo isso foi pouco. foi crítico literário. estudada sob fundamentos econômicos. brinda-nos com um livro. calado. naqueles SOMBRIOSANOS. Quem é esse? Qual não deve ter sido. pelo ardor com que defendia as coisas pátrias. que ele. cujo assunto comum a várias penas nos chega com ótica que era só dele: História da literatura brasileira. conferenciou país adentro e mundo afora. memorialista. insultado. muito pouco. em pouco tempo. vilipendiado. entregar aos outros as riquezas que o Criador aqui colocou e não lá? Define-se galhardamente contra as forças reacionárias e entreguistas. Tão honrada que. 126 . ele luta. Porque somos obrigados a honrar bandeira. ao mesmo tempo. Ele cresce. Bibl. há pouco. E a literatura honrada. ele se expõe. no cinquentenário da morte de Machado de Assis. Claro!! An. Rio de Janeiro. ele defende. Os elogios cessam.OPRAZERDOLEITORBRASILEIROAOSEDEPARARCOMOBRATáOsuigeneris! Nelson oferece uma interpretação inteiramente nova dos fenômenos de nossa evolução cultural. Ele avança seus estudos e já se vê ensinando em escolas militares onde. Nac. ele é convidado a juntar-se aos maiores críticos literários do século brasileiro. era aluno.. símbolos e brasões nacionais e. Nelson tornava-se conhecido. fôssemos declinar aqui a lista dos grandes brasileiros que passaram por tais pegas! Muito haveria de se falar sobre suas vicissitudes militares e suas lutas políticas. é dispor de recurso para atuar na realidade e não se permitir dominado por ela. Ele quer-nos sujeitos de nossa própria obra. ensina a todos como amar e conhecer o Brasil. Um símbolo! Seu BBB era outro. começa a ser perseguido. é perceber. cumpria ordens! Como civil. O Brasil agradece. essa longa vida de Nelson Werneck Sodré você poderá sentila. Doutor em filologia românica pela Sorbonne (Paris) An. estudá-la e usufruí-la no acervo que. Este é o elemento de beleza palmar de toda sua vida. Nelson atravessou o século. A Divisão de Manuscritos da Biblioteca Nacional está de parabéns. Taí o leitmotif de toda obra de Nelson: o poder que ela nos dá de discernir. o militar e o civil. livros. tão fraternalmente unidos.142 Nelson continua escrevendo. jovem leitor. Graduado em Língua Portuguesa e Literatura. sínteses. Não perca essa oportunidade de se espelhar num grande exemplo. estudos. Com os mesmos postulados básicos que construíram sua vida. a BN disponibiliza. como é praxe. Bibl. Marco Aurélio Barroso Escritor e professor universitário. Analogias. conferências. Tudo ao seu alcance. Há problema! Ah. vista erguida. agora. Jovem leitor. conclusões etc. conclusões só afloram no espírito do leitor (e nos fazem bem!) se feitas com método. em publicação material. cumpre-nos ainda chamar atenção para elemento de rara beleza que aflora em sua obra: o discernimento. era a Biblioteca Básica Brasileira que ele difundia e ensinava. Foge. A leitura diuturna e vasta pode se tornar improdutiva e inócua se não construída com método. humildemente. mantendo sempre a dignidade e a tolerância que sua velhice soube tão bem agasalhar e embalar. ele tenha se preparado para a guerra e mais influído como paisano. Como militar.. Elas passam a exercer em nossa vida social fundamental importância para o discernimento. atuar e interferir nesse atraso estimulado e incensado de nossas elites. das clarividências obscuras. do senso crítico. Rio de Janeiro. Nac. aqui. Raramente se encontrarão dois espíritos. Discernir. mesmo que no Brasil. com sentimento dialeticamente definido para entender. jamais reclamou. Ele foi incansável. ensinando. convites. em nosso país. mapas. se esconde. Conhecê-lo e estudá-lo vale uma vida. Os usuários também. 126 . Enobreça-se! Mas. jamais pediu ou interferiu. cartas. é preso. São fotos. se multiplicando e. 143 Fundo/Coleção: Nelson Werneck Sodré Datas-limite: 1924-1994 Localização. !21. integrando a chapa vencedora. movimento de intelectuais liderado por Hélio Jaguaribe. dedicou-se exclusivamente ao trabalho intelectual. fotografias de familiares e pessoas públicas. Forma de entrada: doação Data: abril de 1995 Origem: o titular. Bibl. quando publica a maior parte de sua obra historiográfica.. Assumindo a direção do Departamento Cultural. do qual se originaram o Instituto Brasileiro de Economia. Em 1924 ingressou no Colégio Militar do Rio de Janeiro. artigos publicados. então ameaçada por forças golpistas lideradas por Carlos Luz e Carlos Lacerda. 1992). passando à Escola Militar de Realengo. como José Lins do Rego e Graciliano Ramos. Conteúdo: obra bibliográfica do titular.-!0)) Histórico: Nelson Werneck Sodré nasceu no Rio de Janeiro em 27 de abril de 1911 e faleceu em 1999. documentos pessoais. Em 1955. favorável ao monopólio estatal do petróleo e à neutralidade do Brasil no plano internacional. trabalhos sobre o titular. apoiou a movimentação do general Henrique Teixeira Lott na defesa da sucessão presidencial pelo presidente eleito Juscelino Kubitscheck. o Homem e a obra. Nac. (Fonte: Catálogo Nelson Werneck Sodré. Em 1946 se formou na Escola DE#OMANDOE%STADO-AIORDO%X£RCITO%MTOMOUPARTENASELEI½µES para a presidência do Clube Militar. An. recortes de jornais e revistas. fitas videomagnéticas e audiomagnéticas. se aproximou do Grupo de Itatiaia. Em 1937. na Livraria José Olympio. Rio de Janeiro: FBN. 126 . Em 1954. fotografias de familiares e pessoas públicas. correspondência enviada e recebida do titular com políticos e intelectuais contemporâneos. onde conheceu escritores. começou a freqüentar os meios intelectuais. programas de cursos. foi responsável pela edição da Revista do Clube Militar. Rio de Janeiro. A partir de 1962. Sociologia e Política (IBESP) e o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB). 144 Condições de acesso e de uso: Reprodução: a Fundação Biblioteca Nacional só autoriza a reprodução integral de obras que estejam em domínio público e a reprodução parcial daquelas QUE. EMBORAPROTEGIDASPELA.EIDO$IREITO!UTORAL.EI . com prazo de resposta de até cinco dias úteis. Caso a obra desejada já esteja reproduzida. as obras serão previamente avaliadas quanto ao estado geral de conservação física. em microfilme ou negativo fotográfico preto e branco. o serviço deverá ser solicitado em formulário próprio a ser submetido à análise da área de guarda. Se a obra não estiver reproduzida. Cópias xerox não são permitidas.NáOESTEjam mais disponíveis para compra no mercado livreiro – neste caso. QuantificaçãoDOCUMENTOS. a cópia solicitada será feita a partir da matriz já existente. preferencialmente. Neste último caso. As reproduções serão fornecidas. Caberá ao usuário solicitar autorização para consulta ou reprodução de qualquer natureza. a reprodução é condicionada ao compromisso do usuário de fazer uso estritamente pessoal e de pesquisa. 126 . Bibl. Nac.DOSQUAISSáOFOTOGRAlAS Notas gerais: a coleção inclui ainda 188 livros que foram encaminhados à Seção de Intercâmbio da Biblioteca Nacional. An.. Rio de Janeiro. 1924-1936.]. [S. Orig.l. MicrolLMADO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . Imp. FICHÁRIO com recortes de jornal.145 1. . [S.l. 2. FICHÁRIO com recortes de jornal. Orig.]. 1937-1938. Imp. MicrolLMADO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . . 1939. FICHÁRIO com recortes de jornal. Imp. Microfilmado. [S. #ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . 3.]. Orig.l. . 3L=. &)#(¸2)/COMRECORTESDEJORNAL. /RIG)MP-ICROlLMADO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . . l.]. Orig. MicrolLMADO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . 5. [S. 1943-1945. Imp. FICHÁRIO com recortes de jornal. . FICHÁRIO com recortes de jornal. 6. Orig.]. Imp.l. [S. #ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . 1946. Microfilmado. . Imp. Microfilmado.]. #ONSULTEOROLOMICROlLME-3 .l. 7. Orig. FICHÁRIO com recortes de jornal. [S. 1947. . 8. Orig. FICHÁRIO com recortes de jornal. 1948. Microfilmado. [S.]. #ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . Imp.l. . 1949. Microfilmado. 9.]. FICHÁRIO com recortes de jornal. Orig. [S. Imp. #ONSULTEOROLOMICROlLME-3 .l. . 3L=. &)#(¸2)/COMRECORTESDEJORNAL. /RIG)MP-ICROlLMADO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . . An. Rio de Janeiro. 126 .. Nac. Bibl. l. Orig. 1951. FICHÁRIO com recortes de jornal. MicrofilmaDO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . Imp.146 11. [S.]. . Orig. [S. Imp. MicrofilmaDO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 .]. FICHÁRIO com recortes de jornal.l. 1952. 12. . l. MicrofilmaDO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . 1953. FICHÁRIO com recortes de jornal. [S. 13. Orig.]. Imp. . [S.l. Imp. FICHÁRIO com recortes de jornal. 14. 1954. MicrofilmaDO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 .]. Orig. . l. [S. Orig. FICHÁRIO com recortes de jornal.]. 15. MicrolLMADO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . 1955/1956. Imp. . Orig. 1957. [S. Imp. 16.l. MicrofilmaDO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 .]. FICHÁRIO com recortes de jornal. . l.]. Orig. Imp. MicrofilmaDO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . 17. 1958. FICHÁRIO com recortes de jornal. [S. . l. 1959. 18.]. MicrofilmaDO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . Orig. [S. Imp. FICHÁRIO com recortes de jornal. . 3L=. &)#(¸2)/COMRECORTESDEJORNAL. /RIG)MP-ICROlLMADO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . . 3L=. &)#(¸2)/COMRECORTESDEJORNAL. /RIG)MP-ICROlLMADO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . . Imp. Orig. FICHÁRIO com recortes de jornal. MicrolLMADO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 .].l. 1963-1968. 21. [S. . Nac. Rio de Janeiro.. 126 . Bibl. An. FICHÁRIO com recortes de jornal.].147 22. [S. MicrolLMADO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . Orig.l. 1969-1972. Imp. . 23.].l. Imp. MicrolLMADO#ONSULTEOROLOMICROlLME-3 . 1973-1977. FICHÁRIO com recortes de jornal. [S. Orig. . Orig. 1978-1979. .]. FICHÁRIO com recortes de jornal.l. Imp. 24. [S. . &)#(¸2)/COMRECORTESDEJORNAL.3L=. /RIG)MP . . FICHÁRIO com recortes de jornal.]. 1989-1992. 26.l. [S. Orig. Imp. . . Orig. FICHÁRIO com recortes de jornal. 1993-1994.l. [S.]. Imp. 27. . . [S. .]. 28. FICHÁRIO com recortes de jornal. Imp. 1994-1996. Orig. O fichário foi doado por Nelson Werneck Sodré em setembro de 1998.l. . 2 p. . CAMARGO. Dat. Acir da Cruz. 1992. mostrando-se interessado em escrever sobre o destinatário e solicitando informações para isto. Ponta Grossa. 29 jan.! 29. Com assinatura manuscrita. Carta a Nelson Werneck Sodré enviando informações da pesquisa sobre Vieira Pinto. Orig. . N #!-!2'/. Com assinatura manuscrita. Orig. Ponta Grossa.ELSON7ERNECK3ODR£INDAGANDO se foi feita uma autocrítica em relação à tese do feudalismo no Brasil. 1 p.!CIRDA#RUZ#ARTAA. 1993. . 4 mar. Dat. . N 31. (2 p. CAMARGO.). . Carta a Nelson Werneck Sodré enviando um questionário para que as respostas a este auxiliem o remetente em sua pesquisa. 16 set. Ponta Grossa. 2 doc. Orig. Acir da Cruz. Dat. Anexo: questionário contendo 7 perguntas a Nelson Werneck Sodré. 1993. . Rio de Janeiro..N An. Bibl. 126 . Nac. Dat. Carta a Nelson Werneck Sodré contendo duas perguntas a respeito do programa de erradicação do analfabetismo e da posição de Nelson diante da cisão do Partido Comunista. CAMARGO. Acir da Cruz. 28 jul. 1992. Consta assinatura manuscrita. 1 p. Ponta Grossa. .148 32. Orig. . N 33. Em espanhol. Papel com timbre da Embaixada da Nicarágua em Brasília. Brasília. Ms. com assinatura manuscrita. Orig. 1989. Adolfo Ubilla. M. 1 p. 4 abr. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo pelo apoio dado ao povo da Nicarágua. . . Orig. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo por um artigo. 1 p. 1938. 5 jan. Afonso Arinos de Melo. .].l. FRANCO. Ms.N 34. [S. . 1945. 1 doc. Orig.N 35.). [São Paulo]. 31 jan. Ms. (2 p. Afonso de E. Cartão a Nelson Werneck Sodré elogiando seu livro Formação da sociedade brasileira. TAUNAY. . . Afonso de E. Carta a Nelson Werneck Sodré comentando arTIGODESTE2IODE*ANEIRO. TAUNAY.N 36. .OUTP/RIG-S0APELCOMTIMBREDA Academia Brasileira de Letras. . 23 jul. [São Paulo]. Carta a Nelson Werneck Sodré comentando um livro. 1945.N 37. Orig. Ms. . 1 p. TAUNAY. Papel com timbre da Academia Brasileira de Letras. Afonso de E. . . [São Paulo]. 1953. 1 p. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo palavras generosas em um artigo. TAUNAY. Afonso de E.N 38. Ms. 15 dez. Papel com timbre da Academia Brasileira de Letras. Orig. . 1937. . Carta a Nelson Werneck Sodré comentando e elogiando artigo deste publicado no Correio Paulistano. 4 p. Rio de Janeiro. Orig. LIMA. 15 jul. Alceu Amoroso.N 39. Ms. . )-!.N . 4 p.ELSON7ERNECK3ODR£ELOGIANDOSUAS críticas publicadas em jornais. Ms. 25 set. Orig. [19__]. Rio de Janeiro. .!LCEU!MOROSO#ARTAA. . Bibl.N An. 126 .. Nac. Rio de Janeiro. 149 41. Com assinatura manuscrita. Orig. Recife. LIMA. Dat. 1 p. . Carta a Nelson Werneck Sodré informando que abordará a contribuição de Nelson para o estudo da literatura brasileira em curso que ministrará na Universidade Federal de Pernambuco e enviando o plano de curso. 1993. 11 ago. Aldo de. . Orig. Rio de Janeiro. Américo. Dat.N 42. BRAGA. 1962. Ofício a Nelson Werneck Sodré comunicando a insubsistência do decreto que o transferiu para a reserva. 1 p. 8 jan. Papel com timbre do Ministério da Guerra. . . PRESTES. 1 p. . Carta a Nelson Werneck Sodré falando do desentendimento com Luiz Carlos Ribeiro Prestes e pedindo que preste solidariedade a Erick Honecker. Anita Leocádia. 31 mar. Rio de Janeiro. Orig. Dat.N 43. 1992. . N 44. Cartão a Nelson Werneck Sodré AGRADECENDOSEUAPOIOEINCENTIVO."ORDA=. Antônio Carlos de Andrada. SERPA. JANDOCP /RIG Ms. . . 1 p. Papel com timbre do Correio Paulistano.N 45. Com assinatura manuscrita. 1936. Carta a Nelson Werneck Sodré convidando-o a assumir função de crítico literário do Correio Paulistano. Orig. Antônio Dias. São Paulo. . 2 out. Ms. MENEZES. . Armando Villanova Pereira de. Carta a Nelson Werneck Sodré solicitando que seja recolhido ao 6º RAA R-75 o manual reservado # 0LANEJAMENTOPARAAGUERRA #RUZ!LTA. VASCONCELOS.N 46. Papel com timbre do Ministério da Guerra. Contém anotações manuscritas.NOVP/RIG Dat. . Com assinatura manuscrita. . N. NEVES. . Carta a Nelson Werneck Sodré tratando da publicação de seu livro O que se deve ler para conhecer o Brasil. Dat. Arthur.N 47. 2 p. 8 jul. Brasília.B. pedindo autorização para usar o trabalho deste sobre Euclides da Cunha como prefácio da edição de Os sertões e transmitindo notícias da U. 1963. Orig. Com assinatura manuscrita. Papel com timbre da Editora Universidade de Brasília. . Rio de Janeiro.N An. Bibl. 126 .. Nac. [19__]. 1 doc. Rio de Janeiro. Orig. CARTÃO de visita de Astrojildo Pereira contendo endereço. 48. Ms. . Imp. . e convidando-o para escrever o capítulo sobre literatura de uma obra sobre o Brasil que está SENDOPREPARADOPELA!CADEMIADE#IãNCIASDA52332IODE*ANEIRO. PEREIRA.N 49. Carta a Nelson Werneck Sodré comunicando ter chegado da União Soviética. onde fez tratamento de saúde. Astrojildo. 3 p. 1961. Orig. . Ms. nov. . N 4!6!2%3. !DE. Dat. Orig.YRA#ARTAA.ELSON7ERNECK3ODR£ELOGIANDOSEULIVRO Introdução à revolução brasileira. 11 ago. . 1 p. Comenta sobre os valores e as obrigações dos militares. 1958. Rio de Janeiro. . AMARAL. Rio de Janeiro. Carta a Nelson Werneck Sodré desculpando-se por seu afastamento. 16 jul. comentando os artigos daquele e pedindo que escreva algo para publicar na revista Novas Diretrizes. Orig. 2 p.N 51. . Com assinatura manuscrita. Papel com timbre da revista Novas Diretrizes. Azevedo. 1939. Dat. . Rio de Janeiro. Com assinatura manuscrita. 1938. Papel com timbre da revista Novas Diretrizes.N 52. AMARAL. 1 p. . 19 nov. Orig. Dat. Carta a Nelson Werneck Sodré relatando que esteve com o capitão Mello Moraes e comunicando que se desligou da revista Diretrizes e fundou outra chamada Novas Diretrizes. Azevedo. . Dat. Rio de Janeiro. 1 p. Com assinatura manuscrita. Cartão a Nelson Werneck Sodré agradecendo bilhete recebido. LIMA SOBRINHO. . Barbosa. 3 mar. Orig. Papel com timbre da Associação Brasileira de Imprensa.N 53. 1986. . 1 p. 1992. comemorativo do centenário de seu nascimento. Dat. Carta a Nelson Werneck Sodré tratando da elaboração.N 54. com este e mais três estudiosos. Orig.l. 18 jul. [S. de um livro sobre Mário de Andrade.]. BERTELLI. . . Bibl.N An. Nac. Rio de Janeiro. 126 .. BERTELLI. Carta a Nelson Werneck Sodré propondo a realização de um livro comemorativo do centenário do nascimento de Mário de Andrade. 1 jul.].151 55. 1992.l. [S. Dat. . Orig. 1 p. com análises marxistas sobre sua obra e seu papel como intelectual. . Rio de Janeiro. 1951.).N 56. Jeneral. Ms. (2 p. 1 dez. 1 doc. KLINGER. Orig. . Cartão a Nelson Werneck Sodré agradecendo comentário. . Orig. KLINGER. Rio de Janeiro. 6 nov. 2 p.N 57. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo o oferecimento do livro Oeste e comentando-o. Dat. Jeneral. Com assinatura manuscrita. . 1942. . 1 p.N 58. Orig. Dat. . Com assinatura manuscrita. 12 ago. 1951. KLINGER. Jeneral. Carta a Nelson Werneck Sodré justificando seu atraso para responder uma carta e comentando uma tradução feita pelo remetente. Rio de Janeiro. . 2 p. MACHADO NETO. Orig. Papel com timbre da Confederação Nacional do Comércio. Brasílio.N 59. 1959. Carta a Nelson Werneck Sodré convidando-o a fazer parte da Confederação Nacional do Comércio como conselheiro técnico. Com assinatura manuscrita. Dat. Rio de Janeiro. 4 fev. . . Orig.N #!"!Ü/ #ARTA A .ELSON7ERNECK 3ODR£ COMENTANDO A SITUA½áO EM Moçambique. Maputo. Papel com timbre do Ministério da Informação da República Popular de Moçambique. 5 out. Ms. 1 p. 1983. . . Campinas (São Paulo). 1 p. 1993. Orig. 15 dez. . Caio Naval de. Papel com timbre da UNICAMP. Carta a Nelson Werneck Sodré esclarecendo o dia e hora da exposição deste no seminário sobre o golpe de 64 que ocorrerá na UNICAMP.N 61. Imp. TOLEDO. . . Dat.N 62. Orig. 1971. PRADO JÚNIOR. 1 p. 6 set. Com assinatura manuscrita. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo pelo apoio pessoal recebido. Caio. São Paulo. . Bibl. PRADO JÚNIOR. Nac.N 63. Carta a Nelson Werneck Sodré comentando a pesquisa em andamento. Caio. 126 .. Rio de Janeiro. elogiando o trabalho de Nelson e falando das difiAn. 1942. Orig. Com assinatura manuscrita. 2 p. Dat.152 culdades de se estudar a história do Brasil. 7 dez. . São Paulo. . . perguntando quando publicará seu próximo trabalho e convidando-o a participar como sócio correspondente da Sociedade de Estudos Históricos. PRADO JÚNIOR.N 64. Dat. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo crítica publicada sobre o livro de Prado Júnior. 1 p. 1943. Caio. Com assinatura manuscrita. 3 jan. São Paulo. Orig. . São Paulo. Dat. 1943. . Carta a Nelson Werneck Sodré felicitando-o por ter escrito uma história literária sem nomes e elogiando sua obra. 3 set. PRADO JÚNIOR. Caio. 1 p. Orig.N 65. . Cartão de agradecimento a Nelson Werneck Sodré. Rio de Janeiro. Orig.N 66. Ms. ANDRADE. 29 nov. . 1982. Carlos Drummond de. 1 doc. . 9 ago. Ms.N 67. Orig. . 1982. Carlos Drummond de. Cartão a Nelson Werneck Sodré agradecendo o envio do livro História da literatura brasileira. ANDRADE. 1 doc. Rio de Janeiro. . 1978. 1 p. Cartão a Nelson Werneck Sodré agradecendo o oferecimento do perfil de Oscar Nieweyer. Rio de Janeiro.N 68. Carlos Drummond de. . ANDRADE. Orig. Ms. 14 nov. . 1978.N 69. COUTINHO. . Paris. Orig. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo notícias e conselhos. Carlos Nelson. 7 mar. 1 p. Dat. . #/.N #!34%./ "2!. (UMBERTO DE !LENCAR #ARTáO DE BOAS FESTAS A .ELSON7ERNECK3ODR£.3L=. DEZ=P/RIG-S .. . 2 doc. 4 ago. GIORDANO. Figueira um exemplar de História da história nova e falando de um projeto em comum. . 1992. (5 p. Cláudio.). Anexo: conto popular do Leste europeu. São Paulo. “O senhor de terras e seu filho”. Ms. Orig.N 71. Carta a Nelson Werneck Sodré informando ter enviado a Pedro A. . N An. Bibl.. Nac. 126 . Rio de Janeiro. Carta a Nelson Werneck Sodré relatando andamento do projeto de História nova do Brasil. Cláudio. Orig. . GIORDANO. São Paulo.153 72. Ms. 4 p. 1993. 1 mar. . São Paulo. 1 p. Cláudio. Orig. Imp. Contém assinatura manuscrita. 1992. 27 mar. Papel com timbre da Editora Giordano Ltda. .N 73. GIORDANO. Carta a Nelson Werneck Sodré relatando andamento da publicação do livro História nova do Brasil. . Papel com timbre da Editora Giordano Ltda. Cláudio. GIORDANO. Carta a Nelson Werneck Sodré mostrando interesse em republicar História nova do Brasil e pedindo a opinião. Orig. São Paulo. Imp.N 74. Com assinatura manuscrita. 24 fev. . 1992. 1 p. . Orig. Cláudio. . 1 p. Carta a Nelson Werneck Sodré enviando exemplar do livro História nova do Brasil. prometendo enviar dez exemplares como pagamento e manifestando a vontade de promover o lançamento do livro. GIORDANO.N 75. Com assinatura manuscrita. São Paulo. 4 set. Imp. Papel com timbre da Editora Giordano Ltda. 1993. apesar da falta de recursos. . 5 jun.N 76. Papel com timbre da Editora Giordano Ltda. Imp. Cláudio. GIORDANO. 1 p. Com assinatura manuscrita. São Paulo. . Orig. 1992. Carta a Nelson Werneck Sodré informando que continua tentando publicar o livro sobre a história nova do Brasil e dando maiores informações sobre o projeto. . São Paulo. GIORDANO. 9 mar.N 77. Papel com timbre da Editora Giordano Ltda. Imp. Com assinatura manuscrita. . Carta a Nelson Werneck Sodré solicitando o texto da “História da história nova do Brasil” e agradecendo as respostas solícitas. Orig. 1992. 1 p. Cláudio. . Carta a Nelson Werneck Sodré pedindo desculpas por falhas cometidas. . Imp. Cláudio. 19 mar. GIORDANO. Papel com timbre da Editora Giordano Ltda. Com assinatura manuscrita. Orig. 1992. enviando a estrutura desejada para o volume História nova do Brasil e comentando-a.N 78. 2 p. São Paulo. . Nac..N An. Bibl. 126 . Rio de Janeiro. Ms. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo pelo prefácio escrito para o romance da missivista. 2 p. que será publicado. Cleonice. Orig. 1993. RAINHO. 15 jun. .154 79. Juiz de Fora. . Dat.ELSON7ERNECK 3ODR£ DIZENDO TER USADO A obra A ideologia de colonialismo. 7 p. agradecendo pela obra. 17 out. Orig. em sua dissertação de mestrado.N & #LVIS 0ACHECO #ARTA A . . São Paulo. 1994. de Sodré. discorrendo sobre a dissertação e sobre a ditadura militar. . COSTA. 1 p. Cruz. 1967. . Carta a Nelson Werneck Sodré comentando o livro Memórias de um soldado. São Paulo. de autoria de Sodré.N 81. 25 out. Dat. Orig. . Orig. CYRO.N 82. Carta a Nelson Werneck Sodré sobre o estado de saúde de d. Santos. 27 fev. Amélia. 1 p. Ms. . 1967. . N 83.]. Ms. [19__]. Carta a Nelson Werneck Sodré elogiando-o. DANTAS. . [S. 1 p. Orig.l. . 1 p. 1965. Dat. Orig. 8 set. .N 84. BELINTANI. Carta a Nelson Werneck Sodré convidando-o para a formatura dos alunos da Faculdade de Jornalismo Cásper Líbero. Papel com timbre do Centro Acadêmico Cásper Líbero. São Paulo. Ducler. . M. África e América Latina”. 1967. E. ZHUKOV.N 85. Dat. 24 mai. Papel com timbre da Akademiya Nauk. Carta a Nelson Werneck Sodré convidando-o a participar de um simpósio sobre “A grande revolução socialista de outubro e o movimento de libertação nacional dos povos da Ásia. Moscou. 1 p. Com assinatura manuscrita. Orig. que se realizará na União Soviética. . . Eduardo. Carta a Nelson Werneck Sodré feliciTANDO OPELOSEUANIVERSÕRIO3áO0AULO.N 86. SUCUPIRA FILHO. .=P/RIG$AT#OM assinatura manuscrita . . Carta a Nelson Werneck Sodré convidando-o para sua formatura.]. [S. Orig. . Elio Ambrósio de. 1963. MEDEIROS.l. 1 p. Ms.N 87. . Bibl. Rio de Janeiro.. 126 . Nac.N An. Érico.155 88. VERíSSIMO. Cartão a Nelson Werneck Sodré falando sobre o enCONTRODOSDOISEELOGIANDOOTRABALHODE3ODR£0ORTO!LEGRE. SET 1 doc. .). (2 p. Orig. Ms. . 25 jan. São Paulo. GIOVANNETTI NETTO. Carta a Nelson Werneck Sodré assumindo o erro no último boletim Polêmica. Orig. . 1994. Evaristo. na seção Leituras. Dat. 1 p.N 89. . N -/2!)3&).(/. %VARISTODE#ARTAA. ao rever a segunda edição de Reminiscências.ELSON7ERNECK3ODR£DIZENDO que. se deparou com 5 linhas SOBRE3ODR£2IODE*ANEIRO. NOVP/RIG-S . . 1 p. São Paulo. Com assinatura manuscrita. Papel com timbre do IMESPE. . Políticos e Econômicos. Carta a Nelson Werneck Sodré convidando-o para a presidência de honra do IMESPE-Instituto Marxista de Estudos Sociais. Evaristo. GIOVANNETTI NETTO. 1994. Orig.N 91. 26 jan. Dat. . N 92. GIOVANNETTI NETTO. . Dat. Orig. Carta a Nelson Werneck Sodré falando do estabelecimento do IMESPE-Instituto Marxista de Estudos Sociais. Com assinatura manuscrita. 1 p. Políticos e Econômicos. São Paulo. 23 out. Evaristo. 1993. . Constam também como signatários outros integrantes da família Ribeiro Prestes. Brasília. Maria Ribeiro. Dat. PRESTES. Cópia. 2 p. . Carta à nação exigindo o reconhecimento da importância de Luiz Carlos Prestes pelo governo do Brasil. 8 jul.N 93. 1992. . FERNANDO. 3 p. 25 out. Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. 1965. São Paulo . Ms. Carta a Nelson Werneck Sodré transcorrendo sobre suas vidas de intelectuais e sobre a situação política do Brasil. Papel com timbre da Faculdade de Filosofia.N 94. Orig. . . Ms. 2 p. intitulado Orientações do pensamento brasileiro. Orig. . Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. FERNANDO.N 95. 1942. 21 jul. Carta a Nelson Werneck Sodré falando sobre o livro deste. Papel com timbre da Faculdade de Filosofia. São Paulo. . Rio de Janeiro. Nac. Bibl. 126 ..N An. GULLAR. Rio de Janeiro. Orig. (3 p. Carta a Nelson Werneck Sodré convidando-o a responder um questionário para a revista Piracema. Papel com timbre do Instituto Brasileiro de Arte e Cultura. 1993.156 96. . Dat. 2 doc. 3 fev. Ferreira.). Anexo: questionário contendo três perguntas. . Buenos Aires. Com assinatura manuscrita. 1 p. Dat. Ferreira. GULLAR. Carta a Nelson Werneck Sodré falando sobre a atmosfera política do Brasil e manifestando a vontade de reunir a intelectualidade brasileira.N 97. 9 dez. 1975. Orig. . . Em espanhol. Imp. Orig. Fidel. Com assinatura. Carta a Nelson Werneck Sodré discorrendo sobre a questão das dívidas externas da América Latina e convidando-o para uma reunião continental que acontecerá em Havana. 1985. Havana. Papel com timbre da República de Cuba.N 98. CASTRO. 26 jun. 4 p. . . Gerson de Macedo. Orig. . 28 ago. 1 p.N 99. 1964. Dat. Papel com timbre do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil. Rio de Janeiro. SOARES. Carta a Nelson Werneck Sodré informando-o da solenidade na qual este tomará posse da cadeira nº 9 do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil. . /.N 2!"%. .].'ENIVAL#ARTAA.l. Orig.ELSON7ERNECK3ODR£DIZENDOTERENVIADO o trabalho deste ao jornal e transmitindo fotocópia do jornal com o trabalho publicado. Ms. 1 p. artigo de Nelson Werneck Sodré publicado no Diário do Comércio. [S. 21 out. 1987. Consta fotocópia de “A mídia e o poder”. . N !-!$/. 'ILBERTO#ARTAA.ELSON7ERNECK3ODR£ELOGIANDO O. DANDO NOT¤CIASDOSEUTRABALHOEFALANDODEALGUMASPUBLICA½µES0ARIS. Orig.SET 3 p. Ms. . . N !-!$/. 'ILBERTO#ARTAA. Genebra. 1 p. 1953. .ELSON7ERNECK3ODR£ELOGIANDO OECOmunicando que virá ao Brasil. Orig. 27 jul. Ms. . . Nac. Rio de Janeiro.N An. 126 . Bibl. 1980. . 12 jan.Imagens de Arquivo Nelson Werneck Sodré com o escritor Carlos Eduardo Novaes e o sociólogo Evaristo de Moraes Filho. Rio de Janeiro. Cambuquira.]. 1934.l. Com os pais. [S. Heitor de Abreu Sodré e Amélia Werneck Sodré. [1918]. .NWS com sua mãe. 29 abr.l.]. a editora da grande maioria de seus livros. Cartão postal a Mário da Silva Brito. ainda criança. [S. [19__]. a sua mãe pedindo que lhe envie uma “bola nº3”. Moscou. . diretor da Civilização Brasil. 1968.Bilhete de NWS. Havana. 1985. .Carta de Fidel Castro a NWS tratando da questão da dívida externa da América Latina e convidando-o para uma reunião continental em Havana. 26 jun. Affonso Romano de Sant’Anna. . Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. 1996. 22 jan. Nelson Werneck Sodré em visita ao então presidente da Fundação Biblioteca Nacional. 1 fev. 1995.Carta a Affonso Romano mediante a qual envia artigo para a Revista do Livro (publicado no nº 49). 162 !-!$/. 7 out. 2 p. . Nova Iorque.'ILBERTO#ARTAA. Orig. Ms. 1954.ELSON7ERNECK3ODR£AGRADECENDOEELOgiando os comentários deste ao seu livro História da minha infância. . N 2/$2)'5%:. ELSON7ERNECK3ODR£AVISANDODA PROMULGA½áODA2ESOLU½áON.'ILBERTO#ARTAA. . Dat. 6 nov. Papel com timbre da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Com assinatura manuscrita. Orig.QUELHECONCEDEOT¤TULODEBENEM£RITODO estado do Rio de Janeiro. 2 p. Rio de Janeiro. 1987. . N 2!-/3. 2 p. Orig. 1943. Ms. 29 mar.'RACILIANO#ARTAA. .ELSON7ERNECK3ODR£FALANDOSOBRECOLAborações e desculpando-se pela demora em responder sua carta. Rio de Janeiro. . N 2!-/3. Rio de Janeiro. 1 p.'RACILIANO#ARTAA. Orig.ELSON7ERNECK3ODR£DESCREVENDOMAnifestações populares relacionadas com a Segunda Guerra Mundial. Ms. 1942. . 2 out. . N 2!-/3. Rio de Janeiro. Orig.ELSON7ERNECK3ODR£TRATANDODAPUBLIcação de artigos e comentando trecho publicado por Nelson.'RACILIANO#ARTAA. 12 nov. 1 p. . 1938. Ms. . N &2!'/3/. 2IODE*ANEIRO.(ELENO#LÕUDIO#ARTAA.ELSON7ERNECK3ODR£ENVIANDO certidões de despachos relativos ao inquérito sobre História nova do Brasil. DEZDOCP /RIG$AT!NEXASCERTIDµES . . N .)-!. 11 set. Rio de Janeiro. 1971. Orig.(ERMES#ARTáOA. 2 p. Papel com timbre da Academia Brasileira de Letras. Ms.ELSON7ERNECK3ODR£DIZENDOTERCONSULTADO o livro História da literatura brasileira. . . )-!.N . (ERMES#ARTAA.ELSON7ERNECK3ODR£ELOGIANDOOLIVRO(ISTRIADALITERATURABRASILEIRA. DEAUTORIADE.ELSON2IODE*ANEIRO. OUT 2 p. . Orig. Ms. . Orig. Rio de Janeiro. 29 abr. 1939. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo a crítica feita ao livro Tobias. LIMA. 2 p. Ms. Hermes. .N 111. . 126 . Bibl.N An. Nac.. Rio de Janeiro. 1958. Orig. Rio de Janeiro. 2 p.163 112. . Cartão a Nelson Werneck Sodré agradecendo a oferta do livro Introdução à revolução brasileira e enviando uma conferência feita pelo remetente. Papel com timbre da Escola Superior de Guerra. 25 abr. Humberto de Alencar. Ms. CASTELO BRANCO. . INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (INPS).N 113. Comunicado a Nelson Werneck Sodré concedendo aposentadoria por tempo DESERVI½O.3L=. OUTP/RIG)MP . . pedindo que inFORMESERECEBEUACARTAEREFOR½ANDOAGRADECIMENTO2IODE*ANEIRO. Isnard Dantas. Carta a Nelson Werneck Sodré informando ter lhe escrito uma em julho onde agradecia pelo trabalho.N 114. BARRETO. 1 p.OUT 1933. Orig. . Ms. . Dat. Isnard Dantas. . BARRETO. 1933. publicado na revista da Escola Militar e falando da sua concepção de ensino. 9 jul. Rio de Janeiro. 19 p.N 115. Carta a Nelson Werneck Sodré discorrendo sobre artigo de Nelson sobre o remetente. Orig. Com assinatura manuscrita. . Dat. Com assinatura manuscrita. Carta a Nelson Werneck Sodré solicitando uma entrevista. Orig. 2 p. Papel com timbre da UNESP. 1991. São Paulo. João Gilberto. MIRANDA. 9 out. .N 116. . Telegrama a Nelson Werneck Sodré elogiando artigo de Nelson publicado no Correio Paulistano sobre o livro do remetente intitulado Sagarana. 1 p.N 117. Dat. Brasília. Orig. ROSA. João Guimarães. [19__]. . . 15 jun.N 118. Papel com timbre da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Dat. Com assinatura manuscrita. 1992. João Luiz dos. Orig. Carta a Nelson Werneck Sodré convidando-o a palestrar na Universidade Estadual de Ponta Grossa. 1 p. Ponta Grossa. . SANTOS. . CARTA a Nelson Werneck Sodré contendo indagações sobre o Brasil e o SOCIALISMO0ONTA'ROSSA.N 119. JANP/RIG$AT0APELCOMTIMBREDA Universidade Estadual de Ponta Grossa. . . . Nac. Rio de Janeiro. Bibl.N An. 126 . %3..164 $5. 1 p. Com assinatura manuscrita. Em inglês. 19 set. .*OHN7&#ARTAA.ELSON7ERNECK3ODR£PARABENIZANDO O pelo livro A história da imprensa no Brasil. Dat. 1968. Orig. Washington. . Carta a Nelson Werneck Sodré elogiando sua obra e COMENTANDOASITUA½áOPOL¤TICACONTEMPORºNEADO"RASIL2IODE*ANEIRO. José Arthur. RIOS.N 121. . set. Dat. 1993. Orig. 2 p. . CARVALHO. Frederico e dizendo que puBLICARÕOUTROROMANCE2IODE*ANEIRO. Carta a Nelson Werneck Sodré enviando-lhe um exemplar do livro Olha para o céu. José Cândido de.N 122. NOVP/RIG$AT#OM assinatura manuscrita. . . Orig. 2 p. 14 abr. Rio de Janeiro. José. Papel com timbre da Livraria José Olympio Editora. Ms.N 123. Carta a Nelson Werneck Sodré dizendo que não poderá editar livro deste sobre pensadores brasileiros e mostrando-se interessado em republicar História da literatura brasileira. 1939. OLYMPIO. . . Orig.N 124.l. [S. [19__]. 1 p. Ms. . Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo artigo publicado no Correio Paulistano.]. OLYMPIO. Papel com timbre da Livraria José Olympio Editora. José. . N 125. Carta a Nelson Werneck Sodré falando de carta enviaDAA$ANIEL2IODE*ANEIRO. José. OLYMPIO. .JUNP/RIG-S0APELCOMTIMBRE da Livraria José Olympio Editora. . falando da vontade de Nelson em escrever artigos sobre política e da visão política do periódico O SemanáRIO"RAS¤LIA. Oswaldo]. [COSTA. Carta a Nelson Werneck Sodré justificando o fato de ter ido ao Rio de Janeiro e não tê-lo visitado.N 126. JULP/RIG$AT . . OLYMPIO. Rio de Janeiro. .N 127. Ms. 27 abr. Orig. José. Carta a Nelson Werneck Sodré cumprimentando-o. 1979. 1 p. . OLYMPIO. Cartão a Nelson Werneck Sodré desejando-lhe boas FESTAS2IODE*ANEIRO. José.N 128. Rio de Janeiro.DEZDOCP /RIG)MP#ARTáOIMPRESAn. Nac.. Bibl. 126 . 165 so com votos de boas festas da Livraria José Olympio Editora reforçados por anotações manuscritas. . . Dat. Com assinatura manuscrita. 26 out. PAULO NETTO.N 129. 1991. 2 p. Carta a Nelson Werneck Sodré comunicando que escreverá um artigo sobre este e pedindo para agendar uma conversa. José. São Paulo. . Orig. . /.%44/.N 0!5. ELSON7ERNEK3ODR£ENVIANDOTRABAlho que publicará e pedindo que Nelson o revise. 1991. 27 ago. São Paulo. Orig. 1 p. Dat. .*OS£#ARTAA. . José. pedindo desculpas pela demora em responder e dizendo que viajará à Portugal. Orig. PAULO NETTO. Carta a Nelson Werneck Sodré informando o recebimento de carta. 1992. 19 jan. Ms. . São Paulo.N 131. 1 p. . PAULO NETTO. José.ELSON3áO0AULO.N 132. agradecendo-o pelas palavras estimulantes e falando de sua admiração por . Carta a Nelson Werneck Sodré informando ter recebido carta onde Nelson comenta “democracia e transcrição socialista”. MAIP/RIG$AT#OMASSINATURAMANUSCRITA . . Jorge. Carta a Nelson Werneck Sodré pedindo que dê sua opinião acerca do livro de Cardoso da Fonseca. Rio de Janeiro. 17 jun. poeta saído dos meios sindicais. Orig. Com assinatura manuscrita. AMADO. 1 p. . [19__]. devido à impossibilidade de o remetente fazê-lo. Dat.N 133. . N 134. Ms. Rio de Janeiro. LIMA. descobriu seu novo endereço. Jorge de. 1 p. Carta a Nelson Werneck Sodré dizendo que. Orig. . ao tentar entregar-lhe um livro. 1952. 11 ago. . Orig. falando do marxismo e enviando duas perguntas sobre O capital. 8 jun. 1992.N 135. Ms. 4 p. discorrendo sobre o capítulo XIII do primeiro volume de O capital. São Paulo. . SECCO. Lincoln Ferreira. Carta a Nelson Werneck Sodré relatando o fracasso da revista de opinião marxista. . . Ms.N 136. PRESTES. Luís Carlos. Orig. Cartão a Nelson Werneck Sodré desejando boas festas. 1 doc. Rio de Janeiro. 1982-1983. . Rio de Janeiro. Nac. Bibl. 126 .N An.. PRESTES.166 137. Luís Carlos. Cartão a Nelson Werneck Sodré enviando um ARTIGO2IODE*ANEIRO. NOVDOC/RIG-S . . Imp. Orig. . Luís Carlos. 1 doc. Ms. 1982-1983. Cartão de boas festas a Nelson Werneck Sodré.N 138. PRESTES.].l. [S. . Luís Carlos. 1 doc. Rio de Janeiro. 1985. PRESTES. Orig. Cartão a Nelson Werneck Sodré agradecendo telegrama. Ms.N 139. 9 mar. . . N 02%34%3. ].U¤S#ARLOS#ARTáOA. [S. Imp. 1 doc.. Orig. 1985-1986. .l. Ms.ELSON7ERNECK3ODR£DESEJANDOBOAS festas. . Ms. Orig. 19 set. Luís Carlos. Cartão a Nelson Werneck Sodré agradecendo o envio de “Contribuição à história do PCB”.N 141. Rio de Janeiro. . 1985. 1 doc. PRESTES. . 26 jan. 1 doc. Orig. 1987.N 142. Cartão a Nelson Werneck Sodré agradecendo carta recebida. Rio de Janeiro. . Ms. Luís Carlos. PRESTES. . Cartão de boas festas a Nelson Werneck Sodré. Imp. Luís Carlos. Ms.]. 1 doc. [S. . PRESTES.N 143.l. Orig. 1988-1989. . 1993.). Papel com timbre da Prefeitura de Porto Alegre. lista dos participantes do volume. Orig. Porto Alegre. Com assinatura manuscrita. Dat. 11 nov. VARES. Luiz Paulo de Pilla. Anexa. 2 doc.N 144. (3 p. Carta a Nelson Werneck Sodré enviando detalhes do artigo que Nelson fará para a série Cadernos ponto e vírgula. . . PROENÇA. Discurso contendo elogios a Nelson Werneck Sodré. Recepção do general Nelson Werneck Sodré. nº 46. [S. Orig. XXXIII. Cavalcanti. Imp. .].N 145. publicado na revista do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil. ano XXIII.l. [1964]. vol. 8 p. . N An. Nac. Rio de Janeiro. Bibl. 126 .. Carta a Nelson Werneck Sodré falando de seu livro A constituição na história: origem e reforma e pedindo que Nelson revise uma parte de seu trabalho. CERQUEIRA. Dat. Marcello. Orig.167 146. 1992. Rio de Janeiro. 28 fev. . 3 p. . . Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo o oferecimento do livro Introdução à revolução brasileira. 17 abr. Rio de Janeiro. 1958. Ms. Orig. Milton. Papel com timbre da Câmara dos Deputados.N 147. CAMPOS. 1 p. . . Monteiro. 1944. Carta a Nelson Werneck Sodré comentando a política brasileira. São Paulo. 27 abr. Orig. Dat. 1 p. LOBATO.N 148. . LOBATO. . Dat.N 149. São Paulo. Com assinatura manuscrita. 26 abr. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo o oferecimento do livro Formação da sociedade brasileira. Monteiro. Orig. 1 p. 1945. . N &!2)!. 1971. 1 p. 8 jul. Orig. . Ms./CTÕVIODE#ARTáOA. Rio de Janeiro.ELSON7ERNECK3ODR£AGRADECENDOREferências feitas no livro de memórias deste. . Orig. Carta aos pais sobre seus sentimentos. 1959. . 1 p. SODRÉ.N 151. Ms. 16 dez. Rio de Janeiro. Olga Regina Frugoli. . N 152. 1977. Munique. Orig. Cartão postal a Nelson Werneck Sodré com ilustração de um castelo chamado Werneck. SODRÉ.). (2 p. 1 doc. Olga Regina Frugoli. . Ms. 23 mar. . Cartão postal a Nelson Werneck Sodré falando do tempo em Paris e de seus planos. Orig. 1978. Ms. Olga Regina Frugoli. SODRÉ. Com ilustração da Place des Vosges. (2 p. 1 doc. 29 out. .). Paris.N 153. . Dat.].N 154. 1942. 25 set. Com assinatura manuscrita. Orig. de autoria de Nelson. 1 p. Carta a Nelson Werneck Sodré fazendo comentários elogiosos sobre o livro Oeste. Oliveira.l. VIANNA. . [S. . 126 ..N An. Nac. Bibl. Rio de Janeiro. . Oliveira.ITERI. de autoria de Nelson. Carta a Nelson Werneck Sodré tecendo comentários elogiosos sobre o livro História da literatura brasileira. VIANNA.168 155. P/RIG-S . . 1938.N 156. 31 ago. Com assinatura manuscrita. Niterói. Oliveira. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo carta. desejando sorte na viagem à região Centro-Oeste e informando sobre fotografia pedida por este. Orig. 1 p. Dat. VIANNA. . . Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo o envio e tecendo comentários elogiosos ao livro Síntese do desenvolvimento literário no Brasil. VIANNA. 1943. de autoria de Nelson. .N 157. Niterói. Oliveira. 3 p. Ms. Orig. 4 dez. . 2 p.N 158. Carta a Nelson Werneck Sodré tecendo comentários elogiosos acerca do livro Orientações do pensamento brasileiro. de Nelson. Oliveira. 15 jul. e convidando-o a ir à sua casa. Com assinatura manuscrita. 1942. Orig. Niterói. Dat. . VIANNA. . Carta a Nelson Werneck Sodré elogiando o livro Formação da sociedade brasileira e falando de divergências de pontos de vista entre os dois. Oliveira. VIANNA. . Niterói. Ms. Orig. 21 abr. 1945.N 159. 1 p. . .N 6)!.!. /LIVEIRA#ARTAA. Com assinatura manuscrita. 1939. Orig. Papel com timbre do Ministério do Trabalho. Rio de Janeiro. 1 dez.ELSON7ERNECK3ODR£ELOGIANDOOLIVRO Panorama do segundo Império e sua capacidade intelectual. Dat. . 2 p. Indústria e Comércio. . Papel com timbre do Superior Tribunal Militar. 1967. Cartão a Nelson Werneck Sodré acusando o recebimento de dois livros e elogiando-os. Rio de Janeiro. 15 set. COSTA. . 1 doc. (2 p.). Orlando Moutinho Ribeiro da. Ms.N 161. Orig. . Dat. Com assinatura manuscrita. Brasília.N 162. Cartão a Nelson Werneck Sodré falando dos problemas de saúde deste e perguntando quando o verá. 1 p. 1 ago. . MARQUES. Oswaldino. 1984. Orig. . Bibl.. 126 . Nac.N An. Rio de Janeiro. Carta a Nelson Werneck Sodré convidando-o a participar de evento sobre as relações entre literatura. LIMA. história e educação na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). . Orig. Dat. 18 mar. Consta assinatura manuscrita. 1 p. Recife. Aldo de. 1994.169 163. . . Recife. Orig. Dat. 1 p. Consta assinatura manuscrita. LIMA FILHO. Oswaldo Costa. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo-o por ter prefaciado o livro do remetente. 1993. 28 jan.N 164. . 1992.N 165. 1 fev. Recife. . CAVALCANTI. 4 p. Carta a Nelson Werneck Sodré comentando a história do PCB e criticando a sua atual situação. Paulo. Dat. Orig. Consta assinatura manuscrita. . [ECHO].N 166. e de Rubem César. Correas. 1995. Com assinatura manuscrita. Dat. . Orig. 1 p. da publicação de um artigo do remetente e de seu irmão. Pedro. Carta a Nelson Werneck Sodré falando sobre a republicação do livro História nova. 25 jan. . N 167. Orig. Dat. [19__]. Em francês. . 1 p. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo ajuda no processo de anistia do remetente.]. [S. PEDRO.l. . 1 p. Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Dat. Com assinatura manuscrita. MOMBEIG. Em francês. Pierre. . 4 jun.N 168. Orig. São Paulo. sobre o livro Formação da sociedade brasileira. Carta a Nelson Werneck Sodré falando dos estudos deste sobre o Mato Grosso. convidando-o a colaborar para a Associação dos Geógrafos Brasileiros e pedindo seu endereço. 1945. Papel com timbre da Faculdade de Filosofia. . CampiNAS. Ricardo L. ANTUNES. Carta a Nelson Werneck Sodré convidandoo a fazer parte do corpo de colaboradores da revista Crítica Marxista. C.N 169. JULP/RIG$AT-S . . N 3)-/.3%. 3 fev.2OBERTO##ARTAA. Com assinatura manuscrita. . 1 p. São Paulo. 1945. e manifestando vontade de conhecê-lo pessoalmente. intitulado Formação da sociedade brasileira. Orig.ELSON7ERNECK3ODR£ELOGIANDOO livro deste. Dat. . 126 . Nac.. Rio de Janeiro.N An. Bibl. 1 p. Dat. Orig. Em espanhol. PUIGGRÓS. 171. Carta a Nelson Werneck Sodré propondo a publicação em espanhol do livro História da burguesia brasileira. Rodolfo. de autoria de Nelson. Buenos Aires. Com assinatura manuscrita. 18 mar. 1969. . . Carta a Nelson Werneck Sodré contendo instrução para a participação na comissão julgadora do prêmio Brasília Manuel Bomfim. Com assinatura manuscrita. Ronaldo Conde.N 172. AGUIAR. 1 p. Distrito Federal. Orig. Papel com timbre da Secretaria de Ciência e Tecnologia. [199_]. Imp. . . Orig. Ruça Lícia. Imp. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo compreensão.N 173. Rio de Janeiro. 1 p. Com assinatura manuscrita. . 1992. CANINÉ. 23 abr. . Papel com timbre da revista Diretrizes. 25 mar. Orig. Samuel. Dat. Carta a Nelson Werneck Sodré enviando o pagamento pela sua colaboração à revista Diretrizes e pedindo que envie mais artigos. WAINER. Com assinatura manuscrita. 1 p. 1939.N 174. . Rio de Janeiro. . DANTAS.N 175. Orig. Dat. 1958. 29 abr. Carta a Nelson Werneck Sodré elogiando o livro Introdução à revolução brasileira. 1 p. . Rio de Janeiro. de autoria de Nelson. Com assinatura. San Tiago. . Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo envio de livros. Com assinatura manuscrita. Sigurd. Orig. 1963. Berlim. . 1 p.N 176. SCHMIDT. 6 jul. Dat. . Com assinatura manuscrita. Bolonha. Teresa. Carta a Nelson Werneck Sodré pedindo para utilizar uma parte do livro deste intitulado Ensaio sobre a grande propriedade pastoril. Papel com timbre da Universidade de Bolonha. na antologia que a remetente pretende publicar. .N 177. 1 p. 1984. Orig. 27 fev. Dat. ISENBURG. Em italiano. . Orig. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo palavras sobre o remetente publicadas no Correio Paulistano. Valdomiro. .N 178. Dat. SILVEIRA. 1 p. Santos. 8 ago. 1939. Com assinatura manuscrita. . N An.. Bibl. 126 . Rio de Janeiro. Nac. Volodia.171 179. TEITELBOIM. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecenDO A REMESSA DE LIVROS 3ANTIAGO DE #HILE. . Com assinatura manuscrita. Papel com timbre da Câmara dos Deputados. AGO P /RIG $AT Em espanhol. . N !24)'!3. ELSON7ERNECK3ODR£FALANdo da vinda deste para o “Ces”. Orig. Dat.*OáO"ATISTA6ILANOVA#ARTAA. São Paulo. para ministrar um curso. 1963. . Com assinatura manuscrita. 19 jul. 2 p. . Dat. 4 nov. 1972. Orig.). (2 p. . Com assinatura manuscrita. VOLSKY. Carta a Nelson Werneck Sodré enviando nota biográfica deste para aprovação e posterior inclusão no prontuário enciclopédico. Anexo: nota biográfica de Nelson Werneck Sodré. 2 doc. Moscou. Victor V. Papel com timbre do Instituto da América Latina da Academia de Ciências da União Soviética.N 181. . ATINA-OSCOU. Victor V. Carta a Nelson Werneck Sodré solicitando colaboRA½áONACRIA½áODEUMAENCICLOP£DIASOBREA!M£RICA.N 182. VOLSKY. Orig. 1 p.FEV 1969. Dat. Em espanhol. . . 21 nov. CARTA a Nelson Werneck Sodré falando da fundação do Archivio Storico del Movimento Operaio Brasiliano. Consta assinatura ilegível.N 183. . discorrendo sobre a influência ideológica de Nelson para a instituição e pedindo sua colaboração. situado em Milão. Orig. 1978. Milão. 3 p. Papel com timbre do Arquivo Histórico do Movimento Operário Brasileiro. Dat. . Papel com timbre da Editora Civilização Brasileira S. a Nelson. CARTA a Nelson Werneck Sodré comunicando e lamentando o fato de a censura ter vetado uma dedicatória de Martha Antiero.A. Orig. Rio de Janeiro. . Assinatura ilegível. 1976.N 184. em seu livro A rede. Dat. 1 p. 24 fev. . Ms. 8 abr. 1 p.N 185. Orig. São Paulo. 1991. Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo o empréstimo de um documento. . ELIZABETH. . [S.l.N 186. 1 p. Orig. BILHETE a Nelson Werneck Sodré comunicando envio de depoimento.]. Dat. . [19__]. . N An. 126 . Bibl. Rio de Janeiro. Nac.. 3 p. 4 out.172 187. Carta a Nelson Werneck Sodré falando da pesquisa do remetente sobre a obra e o pensamento de Nelson e enviando o projeto de pesquisa. 1994. . Orig. Ms. JOÃO ALBERTO. São Paulo. . Ms. 22 jan. artigo intitulado “Liberdade e literatura”.N 188. SODRÉ. Nelson Werneck. 1996. (45 p. . Rio de Janeiro. Carta a Affonso Romano enviando artigo para a Revista do Livro. Anexo. 2 doc. Orig.). . Ms. Orig. Bilhete a sua mãe pedindo que envie bala para revólver.N 189. .l.]. Nelson Werneck. [S. [19__]. SODRÉ. 1 p. . N 3/$2. ELSON7ERNECK/F¤CIOCOMUNICANDOTERCOMPLETADODIAS de prisão. sem saber o por quê. Cópia.. . Niterói. 1964. Ms. 1 p. 15 jul. . Cópia. 1 p. Rio de Janeiro . 1962.N 191. Dat. . Ofício ao ministro da Guerra pedindo transferência para a reserva. SODRÉ. Nelson Werneck. . Dat. Ofício ao ministro da Guerra pedindo reconsideração de ato. Cópia. SODRÉ.N 192. Rio de Janeiro. Nelson Werneck. 1962. 2 p. . . Dat. . sobre o trabalho do remetente no jornal Última Hora. que devem ser discutidos. Rio de Janeiro. Carta a Samuel Wainer antecipando pontos. 4 jul.N 193. 1958. 3 p. SODRÉ. Cópia. Nelson Werneck. . Carta a Netinha perguntando como vão as aulas. Nelson Werneck. Cambuquira. 18 out. [19__]. 1 p. Orig. Ms. SODRÉ.N 194. . . Telegrama a Nelson Werneck Sodré informando MUDAN½A0ETRPOLIS.N 195. LIMA. Alceu Amoroso. JAN=P/RIG)MP .. . Telegrama a Nelson Werneck Sodré chamando-o para ir vê-la. 14 fev. Dat. . Orig. Amélia Werneck. 1 p.N 196. 1967. SODRÉ. Cambuquira (Minas Gerais). . Rio de Janeiro. Bibl..N An. Nac. 126 . Humberto de Alencar. Telegrama a Nelson WerNECK3ODR£AGRADECENDOPELOCURSODE(ISTRIA-ILITAR2IODE*ANEIRO. CASTELO BRANCO.173 197. Orig. 1949. out. Dat. . 1 p. . Sérgio. AROUCA. FREIRE.ELSON7ERNECK3ODR£PELOSANOSDEVIDA"RAS¤LIA.N 198. Roberto. Augusto. CARVALHO. TelegraMAFELICITANDO. Imp.MAI 1991. Orig. . 1 p. . . [19__]. Telegrama a Nelson Werneck Sodré parabenizando-o por entrevista no jornal A Hora do Povo. Imp. Rio de Janeiro. Orig. 1 p.N 199. Emir. AMED. . N !-%$. %MIR4ELEGRAMA A . Orig.ELSON7ERNECK 3ODR£ COMUNICANDO HOmenagem recebida da Câmara Municipal. Rio de Janeiro. Imp. 1 p. . [19__]. . N .!6)'.%. . 1961. Orig.ELSON7ERNECK3ODR£ELOGIANDO O Salvador (Bahia). 12 set. 1 p. Dat.%UN¤SIO4ELEGRAMAA. . 2%"%24.N #!. .-4ELEGRAMAA. Rio de Janeiro. 1948. Orig. 1 p. 28 set. Dat.ELSON7ERNECK3ODR£CUMPRIMENTANdo-o por sua promoção. . !24.N '/5. 16 abr. Rio de Janeiro. Orig. *OáO 4ELEGRAMA A . 1958. 1 p. Dat.ELSON 7ERNECK 3ODR£ AGRADECENDO oferta do livro Introdução à revolução brasileira. . . N 2!-/3. 1 p. Orig. Imp. Rio de Janeiro. Margarida é superintendente de projetos da Fundação Roberto Marinho. .ELSON7ERNECK3ODR£CONVIDANDO O para a cerimônia de constituição do conselho do Programa de Preservação da Memória do PCB. [1992].-ARGARIDA4ELEGRAMAA. . N 02%34%3. -ARIA 4ELEGRAMA A . . Orig.ELSON 7ERNECK 3ODR£ CONlRMANDO convite para a entrega oficial do projeto do Memorial Prestes. Rio de Janeiro. [19__]. Imp. 1 p. . Bibl. Rio de Janeiro.N An.. 126 . Nac. 174 &!2)!. ELSON7ERNECK3ODR£FELICITANDO OPELAPROMO½áO#URITIBA./#ORDEIRO2ADIOGRAMAA. SETP/RIG$AT . . N '%)3%. ELSON7ERNECK3ODR£PARABENIZANDO O PELAPROMO½áO2IODE*ANEIRO./RLANDO4ELEGRAMAA. SETP/RIG$AT . . (/.N .)-! &). . 1 p. Orig. [19__]. Recife. /SWALDO4ELEGRAMA A .ELSON 7ERNECK 3ODR£ CONVIdando-o a prefaciar o livro do remetente intitulado Política brasileira-Visão nacionalista. Imp. . (/.)-!&).N . Imp.ELSON7ERNECK3ODR£SOLICITANdo confirmação de recebimento de livros. . Recife. 1 p./SWALDO4ELEGRAMAA. [19__]. Orig. . 4!3.N $!. Orig. . 1 p.3AN4IAGO4ELEGRAMAA. 1952. 28 jul. Rio de Janeiro. Dat.ELSON7ERNECK3ODR£AGRADECENDO carta de solidariedade. . N "!#(%2)3DE.3L=. ??=P)MP!RTIGODEJORNALSOBREA HOMENAGEMQUESERÕPRESTADAAOSBACHAR£ISDEDA&ACULDADEDE$IREITO de São Paulo.. . . 1933.N 212. Anexo: artigo publicado na Revista do Club Militar elogiando o número de JUNHODA2EVISTADA%SCOLA-ILITAR .). 16 set. 2 doc. Artigo de jornal elogiando o número de agosto da Revista da Escola Militar. Curitiba. Imp. REVISTA da Escola Militar. (2 p. . 17 out. Itu. Constam quatro páginas do jornal A Cidade. Imp. Artigo de jornal discorrendo sobre os partidos políticos no contexto da época. 4 p.N 213. . 1937. OS PARTIDOS políticos. . N 2%42!4/DOALMO½ODECORDIALIDADEDOSBACHAR£ISDE3áO0AULO. DEZP)MP&OTOGRAlAPUBLICADANOJORNAL!'AZETA . . N An.. Bibl. Nac. Rio de Janeiro. 126 . Imp. . Pinheiro de. 7 fev. “História da literatura brasileira”. Rio de Janeiro. de Nelson Werneck Sodré.175 215. publicada no jornal O Globo. 1938. Crítica do livro História da literatura brasileira. LEMOS. 1 p. . “A HISTÓRIA da literatura brasileira”. Crítica do livro História da literatura brasileira.N 216. publicada no jornal A Gazeta. Imp. de Nelson Werneck Sodré. 1 p. 29 mar. 1938. . São Paulo. . “UM LIVRO admirável de Nelson Werneck Sodré”. de Nelson Werneck Sodré. Artigo do Correio Paulistano falando sobre o livro Panorama do segundo Império. São Paulo. 5 nov. . Imp. 1939. 1 p.N 217. . N h6)3Ä/PANORºMICADOSEGUNDO)MP£RIOv3áO0AULO. JAN p. Artigo publicado no jornal A Gazeta falando do livro Panorama do segundo Império. Imp. de Nelson Werneck Sodré. . . N 8!6)%2. OVOS3áO0AULO.¤VIO.IVROS.. de Nelson Werneck Sodré. .MAIP)MP!Rtigo publicado no Diário de S. Paulo falando do livro Panorama do segundo Império. . N h()34Ê2)!DALITERATURABRASILEIRAv. ELSON7ERNECK3ODR£DR£3áO 0AULO.DE. . de Nelson Werneck Sodré.SETP)MP!RTIGOPUBLICADONOJORNAL!'AZETAFALANDODO livro História da Literatura Brasileira. . )-!.N . ITERATURAEECONOMIAv2IODE*ANEIRO.(ERMESh. . Imp.SET 1 p. Artigo publicado no Correio da Manhã falando da importância da análise dos fatores econômicos para a crítica literária e discorrendo sobre o livro História da literatura brasileira. de Nelson Werneck Sodré. . Imp.N 222. Artigo publicado na Folha da Manhã falando do livro Oeste. . 6 mar. Recife. 1942. 1 p. de Nelson Werneck Sodré. LIVROS novos: Oeste. . Imp. de Nelson Werneck Sodré. 27 jul. Rio de Janeiro. de Nelson Werneck Sodré. Artigo publicado no jornal Vanguarda falando sobre o livro Orientações do pensamento brasileiro. 1 p. ORIENTAÇÕES do pensamento brasileiro.N 223. 1942. . . Nac. 126 . Rio de Janeiro.N An.. Bibl. “Orientações do pensamento brasileiro”. Imp. de Nelson Werneck Sodré. Eloy. 1 p. Artigo publicado no jornal O Globo criticando o livro Orientações do pensamento brasileiro. PONTES . Rio de Janeiro.176 224. . 1942. 5 out. . 28 ago. Artigo publicado no jornal O Estado de S. de Vianna Moog. Paulo falando sobre os livros Síntese do desenvolvimento literário no Brasil. e Interpretação da literatura brasileira.N 225. “Últimos livros”. MILLIET. . 1 p. Imp. 1943. de Nelson Werneck Sodré. São Paulo. Sérgio. . 29 jan. Artigo sobre do almoço oferecido a Nelson Werneck Sodré quando este deixou a Bahia. . Salvador.N 226. 1 p. 1944. HOMENAGEM ao escritor Nelson Werneck Sodré. Imp. . Paulo falando do livro Formação da sociedade brasileira. Imp. 19 jan. Artigo publicado no Diário de S. 1 p. . 1945. de Nelson Werneck Sodré. BASTIDE.N 227. São Paulo. “O casamento com a terra”. Roger. . )-!.N . (ERMESh&ORMA½áODASOCIEDADEBRASILEIRAv2IODE*ANEIRO. 1 p. Artigo publicado no Correio da Manhã falando do livro Formação da Sociedade Brasileira. . Imp. mar. 1945. de Nelson Werneck Sodré. . 9 abr. São Paulo. . de Nelson Werneck Sodré. Artigo publicado no jornal A Gazeta falando do livro O que se deve ler para conhecer o Brasil. 1 p. Imp. ALCESTE.N 229. “Uma boa ação”. 1945. . N 8!6)%2. ¤VIOh3OCIOLOGIAEHISTRIAv3áO0AULO.. Artigo publicado no jornal Diário da Noite sobre Nelson Werneck Sodré e sua obra. .ABRP Imp. . Agripino. 31 ago. GRIECO. 1 p. Rio de Janeiro. Imp. Recorte do periódico O Jornal elogiando Nelson Werneck Sodré. 1945. Recorte do último PARÕGRAFODOARTIGOINTITULADOh2EMINISCãNCIASv.N 231. VER. . N . . Rio de Janeiro. Bibl.N An. 126 . Nac.. Artigo publicado no periódico O Jornal tratando do livro Reminiscências de um rábula criminalista. GRIECO. 31 ago. . Rio de Janeiro. 1 p. “Reminiscências”. Imp. Agripino. de Evaristo de Morais. 1945.177 232. . 6 p. FALECIMENTO-dr. . 17 jun. Imp. Heitor Sodré. ano XXXII. nº 1329.N 233. 1948. Caçapava (SP). Constam seis páginas com diversos artigos do jornal O Povo. . N $2 (%)4/2 3ODR£ #A½APAVA 30 . . ano 1. JUN P )MP .OTA sobre a morte de Heitor Sodré. nº 13. Constam quatro páginas do jornal A Voz de Caçapava. . %)ÜÄ/NO#LUBE-ILITAR2IODE*ANEIRO.N %. MAIP)MP Texto publicado no Diário de Notícias com mensagem de uma das chapas sobre a indicação de Nelson Werneck Sodré para a diretoria do Departamento Cultural. . . “ESTILLAC: do debate à morte”. Rio de Janeiro.N 236. 1 p. Imp. 1955. Nota publicada na revista Manchete falando da morte do general Estillac Leal. . 7 mai. . Rio de *ANEIRO. Umberto.N 237. “Explicação das 9 Histórias reiúnas”. PEREGRINO. . JANP)MP!RTIGOFALANDODAPUBLICA½áODELIVROSDE contos. . 24 mai. Imp. São Paulo. 1 p. CONFERÊNCIA de Nelson Werneck Sodré.N 238. 1958. Nota publicada no jornal Última Hora sobre conferência pronunciada por Nelson Werneck Sodré sobre a formação histórica da sociedade brasileira. . Consta foto de Nelson Sodré. . 25 mai. .N 239. Imp. São Paulo. 1 p. “EFEITOS do processo de industrialização na estrutura atual da sociedade brasileira”. Artigo publicado no jornal Correio Paulistano falando sobre conferência pronunciada por Nelson Werneck Sodré sobre a formação histórica da sociedade brasileira. 1958. . 3/.3ODR£ÍFRENTEDO)3%"v2IODE*ANEIRO.N h.%. . Bibl. 126 . Nac.JULP Imp. Nota publicada no jornal Última Hora informando sobre a designação An. Rio de Janeiro. 178 de Nelson Werneck Sodré para responder pelo expediente do Instituto Superior de Estudos Brasileiros. . . 1 p. 26 ago. 1958. São Paulo. . BROCA.N 241. “Os valores autênticos”. Artigo publicado no jornal A Gazeta sobre a obra de Nelson Werneck Sodré. Brito. Imp. . “Que papel desempenharão as armas atômicas EMCASODENOVAGUERRAMUNDIALv2IODE*ANEIRO. Umberto. PEREGRINO.N 242. .NOVP)MP Entrevista publicada no Jornal do Brasil com Nelson Werneck Sodré sobre o emprego de armas atômicas. . 13 dez. 1958. 1 p. Jaguaribe: opina o prof. de Hélio Jaguaribe.N 243. “AINDA sobre o livro de H. Nota publicada no jornal Última Hora com opinião de Nelson Werneck Sodré sobre o livro O nacionalismo na atualidade brasileira. Imp. Rio de Janeiro. . Nelson Werneck Sodré”. . B.E. . Hélio Jaguaribe”. Imp. “CONFUSÕES deliberadas numa carta do sr. 1 p. e também a resposta da redação do jornal. Rio de Janeiro. Texto publicado no Diário de Notícias contendo carta de Hélio Jaguaribe à redação do jornal. 24 dez.. onde esclarece pontos referentes à posição política de Nelson Werneck Sodré no I. 1958.N 244.S. . 3L=. .N 245. “NOMEADO novo assessor chefe de relações públicas da Petrobrás”. assessor-chefe de relações públicas da Petrobrás.OTAPUBLICADANO"OLETIM3EMANALDA0ETRObrás falando da nomeação de Nelson Werneck Sodré. .JUNP)MP. . “ENCRAVADA na Secretaria da Presidência da República a nomeação do coronel Nelson Werneck Sodré para a assessoria de relações públicas da 0ETROBRÕSv2IODE*ANEIRO.N 246. . JULP)MP.OTAFALANDOQUEA nomeação de Nelson Werneck Sodré se encontra paralisada na Secretaria da Presidência da República. . N 247. “CORONEL Umberto Peregrino demitido por transcrever artigo conTRAUMAMERICANOv2IODE*ANEIRO. Rio de Janeiro.. Nac.JUNP)MP4EXTOPUBLICADO no Jornal do Brasil tratando da demissão de Umberto Peregrino do cargo de An. 126 . Bibl. E. por ter publicado no boletim da instituição um artigo de Nelson Werneck Sodré em defesa do I.B.179 diretor da Biblioteca do Exército.S. . . N “DEMITIDO pelo ministro da Guerra o diretor da Biblioteca do ExérCITOv3áO0AULO. JUNP)MP4EXTOPUBLICADONA&OLHADA-ANHá SOBREADEMISSáODE5MBERTO0EREGRINO!RTIGOIGUALAO. . N 248. . . N 249. “DIRETORES da Biblioteca do Exército se demitem em solidariedade a 0EREGRINOv2IODE*ANEIRO. .OTAPUBLICADANO*ORNAL do Brasil sobre o pedido de demissão dos membros da Comissão Diretora da Biblioteca do Exército em solidariedade à demissão do coronel Umberto Peregrino.AGOP)MP. . . 1 p. 1961. Texto publicado no Jornal do Brasil sobre a preocupação do então primeiro-ministro Tancredo Neves com os perigos que rondam o novo sistema de governo. 21 set. Imp. Rio de Janeiro.#2%$/MANIFESTAPREOCUPA½áOANTEOSPERIGOSQUEAMEA½AMO novo regime”.N h4!. . N 251. “MINISTÉRIO da Educação edita livro de comunista insultando a imPRENSAv2IODE*ANEIRO. de Nelson Werneck Sodré. .SETP)MP4EXTOPUBLICADONOJORNAL Correio da Manhã criticando trecho do livro O que se deve ler para conhecer o Brasil. . .N 252. [S. de Nelson Werneck Sodré. “HISTÓRIA da literatura brasileira. de Nelson Werneck Sodré”. OUTP)MP!RTIGOPUBLICADONOJORNAL/3EMANÕRIOFALANDODO livro História da literatura brasileira.].l. . 1 p. entre eles Nelson Werneck Sodré. .” [S. F. estariam utilizando suas aulas para disseminar ideologia comunista.]. “DEPUTADO acusa mestres de comunizarem alunos da Universidade do D.N 253. Texto publicado no jornal Correio da Manhã sobre as acusações do deputado Abel Rafael de que professores.l. 17 jul. Imp. 1963. . CONDÉ. Entrevista com Nelson Werneck Sodré perguntando quais os livros publicados recentemente que considera indispensáveis. Rio de *ANEIRO. José.N 254. JULP)MP . . Nac.N An. Rio de Janeiro. 126 . Bibl.. 255. SAVAGET. 1 p. Edna. “Um homem e a revolução”. . Rio de Janeiro. Imp. Artigo publicado no jornal Diário de Notícias sobre Nelson Werneck Sodré. 1963. 11 ago. . 17 out. .N 256. 1963.S. Imp. Texto publicado no jornal Última Hora contendo a visão de Nelson Werneck Sodré sobre o I.B. “NELSON Werneck Sodré fala sobre as origens do I.E.E. 1 p.S.B.” São Paulo. . Rio de Janeiro. 6 dez. 1 p.N 257. PROPAGANDA da tarde de autógrafos do livro Quem matou Kennedy?. Imp. 1963. de Nelson Werneck Sodré. . . 1963. “PODE o Brasil resistir a isto?” Rio de Janeiro. Imp. 1 p. Nota do jornal O Globo comentando a criação de uma biblioteca rotativa para os funcionários da Petrobrás e contendo a lista dos livros à disposição.N 258. 13 nov. . . 13-19 dez. de Nelson Werneck Sodré. 1963. “QUEM matou Kennedy?”. Imp. Nota publicada no jornal Novos Rumos sobre tarde de autógrafos do livro Quem matou Kennedy?. Rio de Janeiro.N 259. . 1 p. . N 3/$2. .3L=.ELSON7ERNECKh-ETAL¢RGICOSESTUDARáOVERDADEIRAHISTRIAv . com metalúrgicos. .E.B.JANP)MP4EXTOPUBLICADONOJORNAL!6OZDOS-ETAL¢RGIcos sobre encontro dos estudiosos do I.S. . PµELIVRONOINDEXv2IODE*ANEIRO.N h'/2$/. de Nelson Werneck Sodré. . Nota publicada no jornal O Semanário sobre discurso de Lincoln Gordon onde critica o livro Quem matou Keneddy?. JANP Imp. . N h#4)ELEGEU#ONSELHOv2IODE*ANEIRO. . FEVP)MP Nota publicada no jornal Novos Rumos sobre a eleição do Conselho Deliberativo do Comando dos Trabalhadores Intelectuais (CTI). . . São Paulo. 1964. 28 mai. Imp. 1 p. Nota publicada no jornal Folha de S. Paulo falando da prisão de Nelson Werneck Sodré.N 263. “PRESO Verneck Sodré”. . Rio de Janeiro. Nac. 126 .N An. Bibl.. "RAS¤LIA=.4/DO$IÕRIODO#ONGRESSO.ACIONAL.%-%.181 350. . 6 p.JUL 1964. Imp. . 21 jul. “IPM acusa general Nelson Sodré de agitar Cambuquira”. Imp.N 265. Belo Horizonte. 1964. 1 p. . Texto publicado no jornal Diário de Minas falando da acusação a Nelson Werneck Sodré como principal responsável pela doutrinação comunista em Cambuquira. . 12 set. [S.N 266. Imp. Nota falando da recepção como membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.l. 1964. “WERNECK cassado é par de Castelo”. . 1 p.]. . CAVALCANTI. Imp. “Papel e função do escritor”.N 267. Rio de Janeiro. 1965. 1 p. de Nelson Werneck Sodré. Waldemar. Artigo publicado no periódico O Jornal tratando do livro Ofício de escritor: dialética da literatura. . do mesmo autor. e da segunda edição do livro A ideologia do colonialismo. 18 mar. . Rio de Janeiro.N 268. 1965. 28 mar. 1 p. ENTREVISTA com Nelson Werneck Sodré. . Imp. . l. 1965. Consta também o texto: “Baderna ensaiada contra liberdade vaiada pelo povo”. Texto publicado no jornal Correio da Manhã sobre o inquérito militar em relação a Ênio Silveira. . 29 mai. [S. 2 doc.). “ADVOGADO de Ênio quer Pina punido”.]. (1 p. Imp.N 269. . N h)0-PEDEPRISáOPREVENTIVAPARAESCRITORPRESOv.3L=. JUN 1 p. . Imp. Texto publicado no jornal Correio da Manhã falando da prisão de escritores para interrogatório. . 1 p. João B. [S. Imp.]. .l. SERRA. Artigo publicado no jornal Última Hora com entrevista onde Nelson Werneck Sodré defende a obra História nova contra acusações de subversão. 18 jun.N 271. “GENERAL: HN não é contra Caxias”. 1965. . Bibl.N An. 126 . Nac.. Rio de Janeiro. 182 272.]. “GENERAL Sodré não teme prisão”. Texto publicado no jornal Última Hora sobre a convocação de Nelson Werneck Sodré para depor. [S. 1 p. 1965. Imp. .l. 21 jun. . . “GENERAL Werneck Sodré indiciado pelo IPM do ISEB”. Imp. Texto publicado no jornal Correio da Manhã informando que Nelson Werneck Sodré foi indiciado.].l. 1965. 26 jun.N 273. 1 p. [S. . 29 jun. “I EXÉRCITO: escritores mentiram”.l. 1 p. Texto contendo declarações dos representantes do Exército negando acusações de torturas a escritores presos. . Imp.]. [S. 1965.N 274. . 1965. Texto publicado no jornal Correio da Manhã falando sobre a prisão de Maurício Martins de Melo e contendo declarações deste sobre o ocorrido. 1 p.N 275. 9 jul.].l. “AUTOR de História nova: prisão foi ato político”. . Imp. [S. . Texto publicado no jornal Correio da Manhã falando sobre as declarações dos autores do livro História nova do Brasil após suas prisões. . “ESCRITORES apontam violência no IPM”.N 276. Imp.l. 1965. [S.]. 18 jul. 1 p. . Paulo e outra no Diário da Noite. uma publicada no Diário de S.). São Paulo.N 277. Constam duas cópias. 24 set. 1965. 2 doc. . Imp. (2 p. PROPAGANDA de programa televisivo que contará com a presença de Nelson Werneck Sodré. . N 278. 1965. Texto publicado no jornal Diário da Noite com declarações de Nelson Werneck Sodré sobre a prisão do professor Mário Schenberg. . 1 p. Imp. São Paulo. “ATENTADO à cultura a prisão de Schenberg”. 24 set. . 25 set. devido à proibição de aqueles que tiveram direitos políticos cassados darem declarações na televisão ou em jornais. . 1965. “CASSADOS não podem falar através da TV”.N 279. Imp. Paulo falando do cancelamento do programa televisivo que receberia Nelson Werneck Sodré. 1 p. Texto publicado no jornal O Estado de S. São Paulo. . N An. Nac.. Rio de Janeiro. 126 . Bibl. 183 %22!4!DOTEXTOh!TENTADOÍCULTURAAPRISáODE3CHENBERGv. PUBLICADO NODIASET3áO0AULO. SETP)MP6ER. . N . . 1 p. Lago. Rio de Janeiro. 1965. Artigo publicado no Jornal do Brasil falando do livro História militar do Brasil. BURNETT. . “A história militar”. Imp.N 281. de autoria de Nelson Werneck Sodré. 24 out. . 7 nov. Porto Alegre.N 282. . de Nelson Werneck Sodré. 1965. 1 p. Imp. 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SET P )MP 0ÕGINA DA REVISTA #IVILIZA½áO "RASILEIRA COM CARTA de Carlos Heitor Cony a Nelson Werneck Sodré com observação de que foi omitido.N 291. Consta também resposta de Nelson a esta carta. “HISTÓRIA da imprensa no Brasil: uma retificação”. Rio de Janeiro. no livro História da imprensa no Brasil. . o nome do redator que defendeu Cony em episódio narrado no livro. . . de Nelson Werneck Sodré. 1 p. no qual o livro Ofício de escritor. 3 set. Imp. “DEGRAUS do paraíso dão a Montello prêmio de romance”.l. também foi premiado.N 292. Texto publicado no jornal Correio da Manhã tratando do prêmio literário concedido pelo Pen Clube do Brasil. 1967.]. [S. . Imp. . 1967. 1 p. 11 out. Nota publicada no jornal Última Hora comentando trecho do livro Memórias de um soldado. “SEM retribuição”. de Nelson Werneck Sodré.N 293. Rio de Janeiro. . N h/3MAISv2IODE*ANEIRO. publicada no Jornal do Brasil. consta da lista o livro Memórias de um soldado.OUTP)MP. de Nelson Werneck Sodré.ISTADOSDEZ livros mais vendidos. . em seis capitais brasileiras. nacionais e estrangeiros. . Nota publicada no jornal Correio da Manhã falando do lançamento do livro Cartilha do dólar.N 295. [S. 1 p. Imp. com foto deste ao lado de Nelson Werneck Sodré. de autoria de Genival Rabelo. 1968.l. . “CARTILHA do dólar”.]. 18 jul. . N An. Nac. 126 . Rio de Janeiro.. Bibl. . 1968. Hélio Silva. com foto deste ao lado de Nelson Werneck Sodré. 1 p. “CARPEAUX autografa seu livro”. Rio de Janeiro.185 296. de Otto Maria Carpeaux. 31 ago. Imp. Nota publicada na revista Manchete falando da noite de autógrafos do livro 25 anos de literatura. Antônio Houaiss e Ênio Silveira. . N h.)62/3 CAEM NO INDEXv 3áO 0AULO. .OTA publicada no jornal O Estado de S. 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Imp. 1 p.N h. 1978.7ERNECK3ODR£NáOSERÕJULGADOPELAJUSTI½AMILITARv2IODE Janeiro.%. . N h34-ARQUIVAINQU£RITOCONTRA7ERNECK3ODR£v0ORTO!LEGRE. 1 p.MAI 1978. Imp. . Nota publicada no jornal Correio do Povo falando do arquivamento do processo contra Nelson Werneck Sodré por propaganda subversiva. . Matéria publicada no Jornal do Brasil falando do arquivamento do processo contra Nelson Werneck Sodré por propaganda subversiva. Rio de Janeiro. 1 p. 1978. Imp. “STM recusa acusação a escritor”.N 311. 27 mai. . . Rio de Janeiro.N An. Nac. Bibl.. 126 . da Avenir Editora. Rio de Janeiro. Consta foto dos quatro juntos. Matéria publicada no Jornal do Brasil falando do lançamento da coleção Depoimentos. Danúsia. BÁRBARA. cada qual do mesmo assunto”. Imp. Oscar Niemeyer. “Cada qual fala de um assunto. Carlos Drummond de Andrade e Nelson Werneck Sodré. . 1 p. 1978. sendo os quatro primeiros livros de autoria de Darcy Ribeiro.187 312. 14 set. . 1978. 1 p. 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Darcy e Werneck visitam Brasília”. . l.). [S. . (5 p. [19__]. PROPAGANDAS de livros de Nelson Werneck Sodré publicados pela Editora Civilização Brasileira. Imp. Recorte de revista. 5 doc.].N 318. . N 319. RESENHA da biografia de Oscar Niemeyer escrita por Nelson Werneck 3ODR£2IODE*ANEIRO. FEVP)MP0UBLICADANAREVISTA%NCONTROS com a Civilização Brasileira. . . N An. Nac. Rio de Janeiro. 126 . Bibl.. 188 #5.(!. UIZ-! .ELSON7ERNECK3ODR£v3áO.#ARLOSh!OBRADE. de Nelson Werneck Sodré. Artigo publicado no jornal O Imparcial falando da vida e da obra de Nelson Werneck Sodré. (2 p. . 2 doc. Anexo: artigo de Carlos Cunha publicado no jornal O Imparcial falando do livro A coluna Prestes. 1979. Imp.). fev. . Eduardo. 1 p. “O novo e o velho em tempo de ISEB”. 1979. MAFFEI. Artigo publicado no jornal Correio do Povo falando do ISEB e de Nelson Werneck Sodré. .N 321. Porto Alegre. Imp. 24 mar. . Consta na lista o livro A coluna Prestes. nº 11. Publicado em Leia livros. 1979. 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Carta a Amélia Werneck Sodré agradecendo CARTAELAMENTANDOADISTºNCIA. SODRÉ.197 399.3L=. Heitor de Abreu. OUTP/RIG-S . . N! 3/$2. l. Carta incompleta. 4 p. (EITOR DE !BREU #ARTA A !M£LIA 7ERNECK 3ODR£ AGRADEcendo carta e dizendo sentir sua falta. .]. [19__]. Ms. Orig. [S. . N" 3/$2. São 'ON½ALODO3APUCA¤.!M£LIA7ERNECK#ARTAA(EITORDE!BREU3ODR£AGRADECENDO cartas e relacionado as pessoas que poderão comparecer ao casamento. NOVP/RIG-S . . N# 3/$2. !M£LIA7ERNECK#ARTAA(EITORDE!BREU3ODR£AGRADECENDO EENVIANDONOT¤CIAS3áO'ON½ALODE3APUCA¤. NOVP/RIG-S . . N$ -!44/3. São Paulo. Orig. 2 p. Consta envelope da carta. 3 out. 1912.*OS£&ERREIRADE#ARTAA*OS£DE!LMEIDA4ELLESPEDINDOQUE faça um ofício apresentando e indicando Heitor de Abreu Sodré. . Ms. . 1 p. 14 jun. Ms. Orig. . 1948.N 2%#)"/DERECOLHIMENTOAOSCOFRESDA0REFEITURADOVALORREFERENTEAO sepultamento de Heitor de Abreu Sodré. Caçapava. . 23 nov. 1 p. Orig. . Ms.N 2%#)"/DEPAGAMENTODED¤VIDAP¢BLICAPOR(EITORDE!BREU3ODR£ São Paulo. 1922. . 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CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e a Editora Vozes para publicação do livro Introdução à geografia. Petrópolis (RJ). 1 ago. 1975. . . 1981. MOCHALOV. G. radiografia de um modelo.N 442. Orig. 1 p. Mochalov é chefe do Departamento de Exportação e Importação da VAAP. 24 abr. Carta a Nelson Werneck Sodré falando dos problemas ocorridos para o recebimento dos direitos autorais deste referentes a edição russa do livro Brasil. . Moscou. Dat. V. . 1 p. para então pagar a Nelson o direito autoral. indevidamente. Orig.N 443. Mochalov é chefe do Departamento de Exportação e Importação da VAAP. MOCHALOV. Moscou. V. . Dat. 1981. Carta a Nelson Werneck Sodré dizendo ter solicitado a devolução do dinheiro recebido pela editora argentina. G. 19 mai. . 1981. . Dat. Orig. radiografia de um modelo à editora argentina Orbeleus e que Nelson deve reclamar com esta. 9 nov. Moscou. V.N 444. Carta a Nelson Werneck Sodré dizendo já ter pago os direitos autorias do seu livro Brasil. Sedykh é diretor das Edições Progresso. SEDYKH. 1 p. . Orig. São Paulo. 2 p.N 445. . 1982. 11 nov. Dat. CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e a Livraria Martins Fontes Editora para publicação do livro História da imprensa no Brasil. . 1984. Dat. SANTEIRO. Carta a Ênio Silveira. 1 p. cancelando os contratos de Nelson W. Orig. representante da Editora Civilização Brasileira. 21 mai. .N 446. Rio de Janeiro. Sodré com a Editora referentes às obras História militar do Brasil e A coluna Prestes. Ana Maria. . . CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e a Mercado Aberto Editora para publicação de O tenentismo. 1985. 2 p. 1 ago.N 447. Porto Alegre. Orig. Dat. . 126 . Bibl.N An. Rio de Janeiro. Nac.. 1985. 448. . CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e Mercado Aberto Editora para publicação do livro O tenentismo. 3 p. 31 set. Rio de Janeiro. Dat. Orig. Imp. . 3 p. Imp. 27 jun. 1986. Dat. CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e a Mercado Aberto Editora para publicação de A intentona comunista de 1935. . Rio de Janeiro.N 449. Orig. . N #/.ELSON7ERNECK3ODR£EA-ERCADO!BERTO%DITORA para publicação de Literatura e história no Brasil Contemporâneo. Imp. .42!4/ENTRE. 23 dez. 1986. 3 p. Orig. Rio de Janeiro. . 2 p. Imp. . Rio de Janeiro.N 451. Orig. 23 dez. RESCISÃO de contrato de edição entre Nelson Werneck Sodré e a Livraria José Olympio Editora. 1986. . Rio de Janeiro. Orig.). 1987). 1987. 8 jan. Dat. . Imp. 12 fev. (4 p. Anexo: adendo ao contrato para edição de outras obras (RJ. 2 doc. CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e a Editora Bertrand Brasil para publicação da obra O que se deve ler para conhecer o Brasil.N 452. . Imp. Dat. 3 p. . 8 jan. 1987. CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e a Editora Bertrand Brasil para publicação de História militar do Brasil. Orig. Rio de Janeiro.N 453. . 8 jan. 3 p.N 454. Orig. CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e a Editora Bertrand Brasil para a publicação de Formação histórica do Brasil. 1987. Dat. . Rio de Janeiro. Imp. . 8 jan. . Imp.N 455. 1987. Rio de Janeiro. Orig. Dat. 3 p. CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e a Editora Bertrand Brasil para publicação de Síntese da história da cultura brasileira. . N 456. . Imp. Rio de Janeiro. 8 jan. Dat. CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e a Editora Bertrand Brasil para publicação de Brasil . 3 p.radiografia de um modelo. Orig. 1987. . 126 . Rio de Janeiro.N An. Nac.. Bibl. Rio de Janeiro. Dat. 457. 1987. . 8 jan. Orig. CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e a Editora Bertrand Brasil para publicação de História da literatura brasileira. 3 p. Imp. . 1 p. Rio de Janeiro. 1987. . 1987 entre Nelson Werneck Sodré e a Editora Bertrand Brasil para publicação de Brasil . 12 fev. ADENDO ao contrato de 8 jan. Orig.N 458. Dat.radiografia de um modelo. . . Rio de Janeiro. CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e a Editora Bertrand Brasil para publicação de O Governo Militar secreto. 14 abr. 3 p. Imp.N 459. Orig. 1987. Dat. . Imp.N #/. 14 abr. 2). 1987.ELSON7ERNECK3ODR£EA%DITORA"ERTRAND"RASIL para publicação de A luta pela cultura (Memórias de um escritor . Dat.42!4/ENTRE. . Orig.Vol. Rio de Janeiro. 3 p. . Imp. 1987. CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e a Editora Bertrand Brasil para publicação de A marcha para o nazismo. Rio de Janeiro. 3 p. 14 mai. Dat.N 461. Orig. . . . Dat.N 462.Vol. Imp. 14 abr. CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e a Editora Bertrand Brasil para publicação de A ofensiva reacionária (Memórias de um escritor . 3). 1987. 3 p. Orig. Rio de Janeiro. . Imp. CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e a Editora Bertrand Brasil para publicação de A fúria de Calibá (Memórias de um escritor . 4). .Vol. 14 abr.N 463. 1987. 3 p. Dat. Rio de Janeiro. Orig. . N 464. Porto !LEGRE. CONTRATO de cessão de direitos autorais entre Nelson Werneck Sodré e a Editora UFRGS para publicação de Evolução social do Brasil. AGOP/RIG$AT . . CONTRATO entre Nelson Werneck Sodré e a Editora Oficina de Livros para publicação de Capitalismo e revolução burguesa no Brasil. Belo (ORIZONTE.N 465. ABRP#PIA$AT)MP . . Bibl.N An. Rio de Janeiro. Nac.. 126 . 3 p. Cláudio. São Paulo. 466. GIORDANO. Dat. . Carta a Nelson Werneck Sodré falando do projeto de lançar um livro sobre “História nova do Brasil”. Orig. 1992. 13 ago. . 1993. 26 fev. Dat. publicados pela Bertrand Brasil.). Rio de Janeiro. RECIBO refente ao pagamento de direitos autorais realizado pela Editora Bertrand Brasil a Nelson Werneck Sodré. . Orig. Imp. (12 p.N 467. Anexos: documentos de prestação de contas dos direitos autorais de 11 livros de Nelson Werneck Sodré. 12 doc. . 1993. RECIBO referente a pagamento de direitos autorais pela Editora Civilização Brasileira a Nelson Werneck Sodré. 3 doc.).N 468. . Dat. (3 p. Rio de Janeiro. 26 fev. Orig. Anexos: documento de prestação de contas de direitos autorais de dois livros de Nelson Werneck Sodré publicados pela Editora Civilização Brasileira. . 31 ago. .N 469. Cópia. Dat. Rio de Janeiro. Imp. 1994. (12 p. Anexos: documentos de prestação de contas de direitos autorais de 11 livros de Nelson Werneck Sodré publicados pela Editora Bertrand Brasil.). RECIBO referente ao pagamento de direitos autorais pela Editora Bertrand Brasil a Nelson Werneck Sodré. 12 doc. . 42!4/ENTRE. Dat.Ivros para publicação da obra O fascismo cotidiano. Cópia.N #/. Belo Horizonte.ELSON7ERNECK3ODR£EA%DITORA/lCINADE. [19__]. . Imp. 2 p. . N &/.(%4/COMEMORATIVODOANIVERSÕRIODEFORMATURADOSBACHAR£ISDE. ENTREESTES(EITOR!BREU3ODR£. ].PAIDE. Imp.ELSON7ERNECK3ODR£ [S. 1947.l. . Orig. 7 p. 14 dez. . N 472. CARTÃO de agradecimento pelas manifestações de pêsames pela morte DOMARECHAL*¢LIO#AETANO(ORTA"ARBOSA2IODE*ANEIRO. OUTP Orig. . Imp. . . Bibl. 126 . Rio de Janeiro. Nac.N An. 1967. Em russo. I. 473. Moscou. Artigo sobre o livro História militar do Brasil. Consta dedicatória do autor a Nelson Werneck Sodré. Orig. Imp. 16 set. V. . 2 p. BORISO’. . N 474. onde Nelson WerNECK3ODR£PARTICIPARIADEDEBATE2IODE*ANEIRO. FOLHETO do Encontro Nacional pela Democracia. .DEZP/RIG Imp. . N 475. CONVITE para a colação de grau dos formandos de 1979 da Universidade de Santa Maria. Santa -ARIA. na qual Nelson Werneck Sodré era patrono. DEZP/RIG)MP . . 1 p. . Orig. Rio de Janeiro. FOLHETO de mesa-redonda com participação de Nelson Werneck Sodré sobre o tema “As forças armadas face à abertura política”. Imp.N 476. 1981. . 6 p. Imp. . FOLHETO sobre curso de extensão ministrado por Nelson Werneck Sodré intitulado “Os militares na história: guerra.N 477. política e instituições”. Orig. Rio de Janeiro. 1981. . Imp. 1 p. Orig. com a presença de Nelson Werneck Sodré entre os palestrantes. FOLHETO sobre o ciclo de palestras a respeito de política e cultura no período Vargas. Rio de Janeiro. 1983. .N 478. . 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Imp. . convite. Constam: pasta.OUTDOCP Orig. folheto e dois cartazes do evento. . Itu (SP). Imp. CONVITE de casamento de Nelson Werneck Sodré e Yolanda Frugoli. Orig.N 485. 1935. . 1 p. 2 fev. . N &/.(%4/DA&UNDA½áO/SCAR.IEMEYER.3L=. ??=P/RIG Imp. .. . 1973.N 487.]. Juca de. [S.l. nº 1. Orig. OLIVEIRA. . Poesias de Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes na voz de Juca de Oliveira. Suplemento gratuito da revista Mais. Disco de vinil compacto. 1 doc. Com acompanhamento ao violão de Toquinho. . Orig. Dat. tendo por objetivo analisar a contribuição do pensamento de Nelson Werneck Sodré ao estudo da literatura brasileira.N 488. [19__]. .]. [S. 2 p. PLANO de curso da disciplina Cultura Brasileira.l. . Orig.]. .l. 2 doc.N 489. (3 p. LISTA das entidades que participaram da Semana da Anistia. [19__]. [S. Em anexo. Dat. folhas manuscritas com tópicos referentes à questão da anistia.). . )/'2!&)!DOCURSO&ORMA½áO(ISTRICADO"RASIL.N ")".3L=. Dat.. Consta uma cópia. (7 p. Orig. .??= 2 doc.). . 126 . Rio de Janeiro..N An. Nac. Bibl. Nelson Werneck Sodré se encontra entre os palestrantes. [19__]. Dat. 1 p. Rio de Janeiro. 491. FOLHETO do Curso de Literatura da UNIBRADE. Orig. . . 1 p. Imp. LISTA com os nomes dos fundadores do CEBRADE. [S.N 492.].l. [19__]. . Consta o nome de Nelson Werneck Sodré na lista. Orig. . pela Editora Bertrand Brasil. de Nelson Werneck Sodré. Imp. Orig. 1 p.N 493. Rio de Janeiro. . [19__]. CONVITE para o lançamento do livro O governo militar secreto. . Rio de Janeiro. 2 p. Imp. 1987. 17 set. Nelson Werneck Sodré recebeu homenagem. Orig. . CONVITE para a colação de grau dos formandos de 1987 da Universidade Gama Filho.N 494. . Rio de JaneiRO.N 495. entre eles o curso Formação Histórica do Brasil. FOLHETO com a programação de cursos da UNIVERTA. de Nelson Werneck Sodré. P/RIG)MP . . Rio de Janeiro. a ser ministrado por Nelson Werneck Sodré. FOLHETO sobre o curso O Brasil Contemporâneo. Imp. 6 p. [19__]. .N 496. Consta anotação manuscrita: Não se realizou este curso. Orig. . Osnovnye etapy i osobennosti istoricheskogo razvitiya brazilii v gody vtoroj mirovoj vojny i v poslevoennys period (1939-1961). Consta dedicatória a Nelson Werneck Sodré. 32 p. . N. Em russo. 1963. Orig. Moscou. Imp.N 497. A. GLINKIN. . l. [S. Orig.].N 498. FOLHETO sobre o curso Formação Histórica do Brasil. 2 p. . Contém anotações de Nelson Werneck Sodré no verso. a ser ministrado por Nelson Werneck Sodré. Imp. [19__]. . CARTAZ sobre a história da cidade de Itu. Imp. 1 p. .N 499. São Paulo. Orig. [19__]. . Bibl.. 126 . Rio de Janeiro. Nac.N An. 3!.4/3. da esposa de Nelson Werneck Sodré. !RMANDO DOS $IPLOMA DE CONCLUSáO DO CURSO PRELIMINAR no Grupo Escolar Convenção de Itu. 9OLANDA&RUGOLI)TU30 . NOVP/RIG)MP . . !.N 0).. Rio de Janeiro. 8 set. Dat. Orig. 1 p.'ERSONDE)NTIMA½áOA. 1964. .ELSON7ERNECK3ODR£PARADEPOREM um inquérito policial militar sobre o ISEB. . Imp. de Nelson Werneck Sodré. Rio de Janeiro. Orig. 1964./-!DESCIOEFETIVODO)NSTITUTODE'EOGRAlAE(ISTRIA-ILITAR do Brasil. 11 set. .N $)0. 1 p. . 9!3.N %. 1964. Orig.!PARECIDA2EGINA2IBEIRO/F¤CIOA. 1 p. .ELSON7ERNECK3ODR£INTImando-o a apresentar defesa no processo administrativo a que responde. Rio de Janeiro. Dat. 8 dez. . .#)!CONTRAAHISTRIANOVAv2IODE*ANEIRO.N h6)/. Imp. .Ano I. publicada na Revista Civilização Brasileira . nº 4-setembro/1965. Transcrição do mandado de segurança impetrado pela Editora Brasiliense contra o encarregado do IPM/ISEB. Orig.SET p. . N -!.$!$/ DE SEGURAN½A DA %DITORA #IVILIZA½áO "RASILEIRA CONTRA O $&302IODE*ANEIRO. P/RIG)MP4RANSCRI½áODOMANdado publicada na Revista Civilização Brasileira. . . N #/.6)4%A.ELSON7ERNECK3ODR£. Orig. Rio de Janeiro. 14 mar. 1966. Dat.EXPEDIDOPELO$EPARTAMENTO&Ederal de Segurança Pública. a prestar esclarecimentos ao Serviço de Ordem Política e Social. 1 p. . . N #/54).(/. ELSON 7ERNECK Sodré para prestar depoimento no inquérito policial militar do ISEB. 6ICENTE DE 0AULA $ALE )NTIMA½áO A . 28 mar. . 1 p. Dat. Rio de Janeiro. Orig. 1966. . 6)4%A.ELSON7ERNECK3ODR£.N #/. Rio de Janeiro. . Dat. 1 p. 13 abr.EXPEDIDOPELO$EPARTAMENTODE Polícia Federal. a prestar esclarecimentos na Seção de Investigações. Orig. 1972. . Rio de Janeiro. 126 . Bibl.N An. Nac.. Imp. 18 mar. 1981. 2 p.ELSON7ERNECK Sodré. $)¸2)//lCIALCOMINFORMA½áOSOBREOPROCESSODE.l.]. [S. . . N -)2!.$!. ELSON7ERNECK3ODR£#AMBUQUIRA. 2OZINHA $IPLOMA DE DESTAQUE DO ANO DA COMUNIDADE CAMBUQUIRENSEA. MARP Orig. Imp. . . CERTIFICADO de participação de Nelson Werneck Sodré na mesaredonda “Estado Novo. 1987. Sociedade Política. Os Aparelhos de Estado. As Forças Armadas”. Orig. Rio de Janeiro.N 511. 1 p. Ms. 5 nov. . realizada pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. . Rio de Janeiro. 1987.N 512. Orig. Título de benemérito do Estado do Rio de Janeiro concedido a Nelson Werneck Sodré. 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QUESEENCONTRADETIDO2IODE*ANEIRO. Imp. . Orig.JUL p. Ms. . Rio DE*ANEIRO. Ignácio José. Ofício a Nelson Werneck Sodré solicitando que compareça à comissão de inquérito a fim de prestar esclarecimentos. VERÍSSIMO.N 519. .DEZP/RIG$AT)GNÕCIO*OS£6ER¤SSIMOFOIRESPONSÕvel pelo IPM/CNTI. . N &2/4!. 3YLVIO #OUTO #OELHO DA #ONVITE A .ELSON 7ERNECK 3ODR£ para comparecer ao Quartel General da Divisão Blindada a fim de tratar de assuntos do seu interesse. Dat. 1 p. Rio de Janeiro. . 15 jul. Orig. 1966. . Intimação a Nelson Werneck Sodré para prestar depoimento. 1966. Syseno Sarmento foi encarregado de um IPM. Syseno. Dat. .N 521. 29 dez. SARMENTO. Orig. Rio de Janeiro. 1 p. . Manoel Mendes.N 522. Rio de Janeiro. Manoel Mendes Pereira foi encarregado de um IPM. 1 p. Orig. . PEREIRA. Solicitação a Nelson Werneck Sodré para comparecer ao Estado Maior do Exército a fim de ser inquerido. Dat. 1965. 26 ago. . RIBEIRO.N 523. Orig. . 9 out.]. 1962. [S. Portaria designando Nelson Werneck Sodré professor responsável pelo Departamento Cultural de História. 1 p.l. Darcy. Dat. . Brasília. Dat.). BUARQUE. Decreto instituindo o Prêmio Manoel Bomfim. . entre eles se encontra Nelson Werneck Sodré. 1995.N 524. 2 doc. Orig. (3 p. Cristóvam. Cristóvam Buarque foi governador do Distrito Federal. Anexo: decreto nomeando os membros da comissão julgadora do Prêmio Manoel Bomfim. . N 525. Gilberto Rodriguez foi presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. . Orig. Dat. 1 p. 1987. 9 nov. RODRIGUEZ. Rio de Janeiro. Gilberto. Resolução concedendo título de benemérito do Estado do Rio de Janeiro a Nelson Werneck Sodré. . Nac. Bibl. Rio de Janeiro. 126 .N An.. . MONIZ. Dat.211 526. Edmundo. 1 p. Orig.]. Ofício a Nelson Werneck Sodré falando de sua nomeação como membro do Conselho Estadual da Cultura. [S. Edmundo Moniz foi secretário de Estado da Cultura.l. 1993. 15 jan. . Rio de Janeiro. .N 527. [19__]. AUTORIZAÇÃO a Yolanda Frugoli Sodré para visitar seu marido. Orig. Ms. que se encontra detido. 1 p. Imp. Nelson Werneck Sodré. . entre os autores estão Dias Gomes e Oscar Niemeyer. Imp. Livro com diversos artigos tratando dos aspectos econômicos. políticos e culturais do Brasil. Orig. . Em russo. 1963. 529 p. BRAZILIYA. Moscou.N 528. . . Braziliya: Analiz modeli razvitiya. Constam dois exemplares do livro. 529. 2 doc. Livro Brasil: radiografia de um modelo. (516 p. Orig. cada um com 258 páginas.). editado pela Edições Progresso. Em russo. Nelson Werneck. SODRÉ. Imp. 1976. Moscou. . .!-%'/. 6AL£RIA%NTREVISTACOM. 5 jul. .ELSON7ERNECK3ODR£2IODE*Aneiro. 1991. Dat. 5 p. Orig. . São Paulo. AGOP#PIA$AT . PAULO NETTO.N 531. José. Biografia de Nelson Werneck Sodré. . ELSON7ERNECK3ODR£./4!SOBRE.3L=.N . 888). Cópia de nota publicada na Revista do Arquivo Municipal. ano VII.FEVP#PIA Dat. VOLUME. PÕGINA7ERNECK3ODR£ . . 3L=. Nelson Werneck. SODRÉ. Trabalho de estágio no Estado-Maior sobre as comunicações entre o planalto e o litoral que mais interessam à defesa DO%STADODE3áO0AULO.N 533. JULP#PIA$AT#ONSTAM fotografias. . . no final se encontra uma relação de escritores com as datas de nascimento e morte.l. . Relação com datas de publicações e outras datas importantes da literatura brasileira. Orig.].N 534. 36 p. DATAS da literatura brasileira. [19__]. [S. Dat. . Nac.. Rio de Janeiro.N An. Bibl. 126 . Dat. pois não chegou a se concretizar. 1958. [S. SODRÉ.212 535. .l. Nelson Werneck. Consta anotação manuscrita: “Realizei este trabalho para uma coleção planejada por Astrojildo Pereira e malograda.]. Azeredo Coutinho: nota biográfica e antologia. Cópia. Pus de parte a antologia de Azeredo Coutinho e incluí o estudo dele e de sua obra em meu livro A ideologia do colonialismo”. 89 p. . .N 536.]. Nelson Werneck. Orig. Segunda aula do curso de Formação Histórica do Brasil.l. Dat. 9 p. SODRÉ. 19 mar. 1959. [S. . 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Fitas fora de consulta.U¤S. [S. Fita videomagnética. . P . .)%DES$EUXMONDES.!39-0(/.3L=. ??=lTA/RIG&ITA audiomagnética.. . Orig.]. Fita audiomagnética.l. [S. ENTREVISTA de Nelson Werneck Sodré na Rádio JB. 1 fita. [19__]. 631. . An.. Bibl. 126 . Nac. Rio de Janeiro. ELSON7ERNECK3ODR£.221 0!.%342!DE.3L=. .lTAS/RIG Fita audiomagnética. 633. NELSON Werneck Sodré com Carlos Eduardo Novaes e Evaristo DE -ORAES &ILHO 2IO DE *ANEIRO. !21. JAN FOTO X CM #PIA Fotografia. . Evaristo de MoRAES&ILHOE!RY1UINTELA2IODE*ANEIRO. NELSON Werneck Sodré com Carlos Eduardo Novaes.N 634. Fotografia !21.JANFOTOXCM Cópia. . NELSON Werneck Sodré com Carlos Eduardo Novaes e Evaristo DE -ORAES &ILHO 2IO DE *ANEIRO.N 635. JAN FOTO X CM #PIA Fotografia. !21. . NELSON Werneck Sodré com José Louzeiro e uma mulher não idenTIlCADA.N 636. EMUMAFEIRADELIVROS2IODE*ANEIRO. Cópia.ABRFOTOX cm. Fotografia. !21. . N 637. NELSON Werneck Sodré com José Louzeiro e um homem não identifiCADO2IODE*ANEIRO. ABRFOTOXCM#PIA&OTOGRAlA !21. . N 638.3L=. TURMA da Escola Preparatória de Cadetes de São Paulo. na missa coMEMORATIVADOSANOSDAFORMATURA. Fotografia. Nelson Werneck Sodré está entre os homens no retrato.JUNFOTOXCM Cópia. !21. . l. Cópia. NELSON Werneck Sodré com Eduardo Moniz. [S. 21x15 cm. com este autografando um livro de sua autoria para o primeiro. 1994.N 639.]. 1 foto. Fotografia. !21. . N .3L=.7ERNECK3ODR£AOLADODE%DUARDO-ONIZ.%.3/. 21x15 cm. foto. Fotografia. !21. Cópia. . 126 . Rio de Janeiro.. Bibl. Nac.N An. 222 641. Cópia. Nelson Werneck Sodré e Affonso Romano de Sant’Anna. 1995. 1 foto. Rio de Janeiroi. Fotografia. no gabinete deste na Biblioteca Nacional. 12x18 cm. Marcia. 1 fev. !21. MONJARDIM. . NELSON Werneck Sodré com sua mãe. [1918]. 1 foto. Cópia.N 642. Cambuquira. 24x17 cm. !21. Fotografia. . ].N 643. Cópia.l. Fotografia. 1 foto. 18x24 cm. NELSON Werneck Sodré com seus pais. 1934. [S. !21. . Fotografia. AMÉLIA Werneck de Almeida. Cópia. mãe de Nelson Werneck Sodré. [S.N 644.l. [19__]. !21. 1 foto.]. 4x4 cm. . AMÉLIA Werneck de Almeida.l.N 645. 4x3 cm. Cópia. Fotografia. !21. 1 foto. [S.]. mãe de Nelson Werneck Sodré. [19__]. . Cópia. [S. [19__]. !21. AMÉLIA Werneck de Almeida. 1 foto. Fotografia. 18x9 cm.].l. mãe de Nelson Werneck Sodré.N 646. . N 647. [1962]. Fotografia. 1 foto. 17x12 cm. AMÉLIA Werneck de Almeida. mãe de Nelson Werneck Sodré. Cambuquira. !21. Cópia. ao lado de mulher não identificada. . N 648. !21. AMÉLIA Werneck de Almeida. mãe de Nelson Werneck Sodré. [1962]. Cópia. Cambuquira. 18x22 cm. aos 74 anos. 1 foto. Fotografia. . N 649. 18x24 cm. Baltazar de Abreu Sodré e Mariana de Abreu Sodré. !21. Fotografia.l. 1 foto. [S. Cópia. AVÓS paternos de Nelson Werneck Sodré.]. [18__]. . !.N 2/:). AVDE.3L=.ELSON7ERNECK3ODR£. !21.FOTOXCM Cópia. Fotografia. . 3L=.N ")3!6Ê DE .ELSON 7ERNECK 3ODR£ . !21. Fotografia.??= FOTO X CM Cópia. . . . 126 .N An. Nac. Bibl. Rio de Janeiro. 3L=.223 5-!-5.(%2NáOIDENTIlCADA. ??=FOTOXCM#pia. Fotografia. !21.. . =FOTOXCM#PIA&OTOGRAlA !21. Gonçalo].N 653. [1891]. [S. RAIMUNDO Correia e Francisco Bressane. . sua mulher. RAIMUNDO Correia.N 654. Fotografia. [1891]. Cópia. suas três filhas e um casal de amigos. 1 foto. São Gonçalo do Sapucaí. 12x17 cm. !21. . com a segunda esposa e os filhos do segundo casamento.l.]. [S. 1 foto. 16x22 cm. avô de Nelson Werneck Sodré. [18__]. CÉSAR.N 655. Cópia. Fotografia. !21. . ].??=FOTOXCM#PIA&OTOGRAlA !21. CÉSAR. avô de Nelson Werneck. e sua segunda esposa. Zita. [S.N 656.l. . . (!.N :). ELSON7ERNECK3ODR£.3L=.TIADE. !21.FOTOXCM Cópia. Fotografia. . ]. Zita. 1 foto. e a filha mais velha do casal. Cópia.l.N 658. avô de Nelson Werneck Sodré. com a segunda esposa. [18__]. Fotografia. !21. [S. CÉSAR Correia de Almeida. 21x16 cm. . com sua segunda esposa. Imp. [18__]-[19__]. Zita. avô de Nelson Werneck Sodré. Orig. 1 doc. !21. CARTÃO postal com retrato de César Correia de Almeida.l.N 659.]. 9x14 cm. [S. e ao fundo a Fazenda de Santa Rufina. . N #!24Ä/POSTALCOMRETRATODA&AZENDADE3ANTA2UlNA.3L=. 1 doc. 9x14 cm. Orig.??= [19__]. !21.. Imp. . [São Gonçalo do Sapucaí]. !21. Cópia. 12x17 cm. AVÔ materno de Nelson Werneck Sodré com a família. 1 foto.N 661. Fotografia. [1914]. . N 0!). ELSON7ERNECK3ODR£.3L=.MáEETIOSDE. Fotografia. !21..=FOTOX cm. Cópia. . Nac. 126 . Rio de Janeiro.. Bibl.N An. Cópia. Fotografia em formato oval. Fotografia. [19__]. 1 foto. TIOS de Nelson Werneck Sodré. José Augusto e Djanira. !21.224 663.]. 13x9 cm.l. [S. . DJANIRA Werneck de Almeida e José Augusto de Sousa e Silva.N 664. tios de .ELSON7ERNECK3ODR£*AHU. SETFOTOXCM#PIA&OTOgrafia. pais de Nelson Werneck Sodré. !21. Consta dedicatória a Heitor e Amélia. . CYRO Werneck. 1 FOTO X CM #PIA &OTOGRAlA #ONSTA DEDICATRIA AOS PAIS DE . 5 mai. tio de Nelson Werneck Sodré. [S.l.N 665.]. 1911.ELSON Werneck Sodré !21. . ]. Cópia. [S. Fotografia. 8x6 cm. !21.l. 1 foto. DJANIRA Werneck de Almeida. Fotografia em formato oval. [19__]. Djanira é tia de Nelson Werneck Sodré.N 666. . DJANIRA Werneck de Almeida e sua primeira filha.N 667. Cópia. 13x9 cm. 1911. Fotografia. Consta dedicatória aos pais de Nelson Werneck Sodré. Jahu. Rozina. Djanira é tia de Nelson Werneck Sodré. Fotografia em formato oval. !21. 1 foto. . Guilherme. [18__]-[19__]. 1 foto. 12x18 cm. Afonso e Oswaldo. !21. Cópia.N 668.l. Antônio Baltazar. tios de Nelson Werneck Sodré.]. [S. Fotografia. . N (%)4/2DE!BREU3ODR£.3L=. !21. Heitor de Abreu Sodré é o pai de Nelson Werneck Sodré.FOTOXCM#PIA&OTOgrafia. . N (%)4/2DE!BREU3ODR£.3L=. . !21.??=FOTOXCM#PIA&OTOgrafia. Heitor de Abreu Sodré é o pai de Nelson Werneck Sodré. . [S. HEITOR de Abreu Sodré. [19__]. !21.l. 1 foto. 4x3 cm. Heitor de Abreu Sodré é o pai de Nelson Werneck Sodré. Cópia.]. Fotografia.N 671. . Heitor de Abreu Sodré é o pai de Nelson Werneck Sodré. 1 foto. [S. Cópia. 27 abr. Fotografia. 1947.N 672. HEITOR de Abreu Sodré.]. 17x13 cm. !21.l. . 126 .. Nac.N An. Bibl. Rio de Janeiro. HEITOR de Abreu Sodré com Luís de Sampaio Freire e Arthur PequeROBYDE!GUIAR7HITAKER3áO0AULO.225 673. DEZFOTOXCM#PIA Fotografia. !21. Constam anotações manuscritas no verso. . DUAS crianças não identificadas.N 674. 1 foto. XCM#PIA&OTOGRAlA !21. [18__]-[19__]. Rio de Janeiro. . 1 foto. CÁSSIA Victoria Ferrari Frugoli. [19__].].l. !21.N 675. [S. Fotografia. Cópia. 18x13 cm. . Consta no verso dedicatória a Nelson Werneck Sodré. 1 foto. 1954. UMA MULHER não identificada segurando um bebê com 23 dias.l. 9x6 cm. !21. 2 jul.]. Fotografia.N 676. chamado Ângela. Cópia. [S. mulher e filha. . 13x8 cm. Fotografia.l. 1 foto. !21.N 677. [S.]. MARLENE. Cópia. sobrinha de Nelson Werneck Sodré. [19__]. . ]. Fotografia. !21. Cópia.N 678. 13x8 cm. 1 foto. [19__]. sobrinha de Nelson Werneck Sodré. [S.l. MARLENE. . l.N 679. 1 foto. Fotografia. [S. Cópia.]. HOMENS não identificados em uma fazenda. !21. 6x9 cm. [19__]. . 3L=.N (%)4/2 DE !BREU 3ODR£ E OUTRAS PESSOAS NáO IDENTIlCADAS . Cópia. [19__]. 1 foto. 6x9 cm. Heitor de Abreu Sodré é o pai de Nelson Werneck Sodré. !21. Fotografia. . ].N 681. 1 foto. Fotografia. [S. Cópia.l. 12x9 cm. !21. [19__]. PESSOAS não identificadas. . N 682. 6x11 cm. 1 foto. Cópia. Fotografia. [1926]. !21. Três Corações (MG). DOIS homens e uma mulher não identificados. . Bibl.N An.. Nac. 126 . Rio de Janeiro. Cópia. 1 foto. !21. Fotografia. HEITOR de Abreu Sodré com crianças e duas mulheres. [19__]. 6x9 cm.226 683. Caçapava. . !21.N 684. mulheres e crianças. Caçapava. Fotografia. HEITOR de Abreu Sodré com homens. 9x12 cm. 1 foto. [1929]. Cópia. . !21.]. [19__]. Fotografia. 1 foto. [S. ao lado de um carro.N 685. 6x9 cm. HEITOR de Abreu Sodré com outras pessoas não identificadas. Cópia.l. . !21. Fotografia. 6x9 cm. Cópia.].N 686. 1 foto. HEITOR de Abreu Sodré com três mulheres e um homem.l. [19__]. [S. . [S. Cópia.l. !21. 1 foto. Fotografia. [19__]. TRÊS crianças.N 687.]. 6x9 cm. . HEITOR de Abreu Sodré com outras pessoas e um carro ao fundo. !21. 7x11 cm. Fotografia. 1 foto. [1938].N 688. Caçapava. Cópia. . 8x6 cm. 1 foto.N 689. !21. 1938. HEITOR de Abreu Sodré com quatro mulheres e três crianças. Fotografia. Cópia. Caçapava. . #/MULHERESECINCOHOMENS#RUZ!LTA.N #). FOTOXCM Cópia. !21. Fotografia. . CINCO mulheres.N 691. ao fundo uma estátua. Cruz Alta. 1 foto. Fotografia. 9x7 cm. !21. 1951. Cópia. . 1951. 6x9 cm. CINCO mulheres.N 692. Cruz Alta. Fotografia. 1 foto. !21. Cópia. . l. 6x9 cm. [19__]. Cópia.N 693. CINCO casais. [S.]. !21. 1 foto. Fotografia. . Cópia. !21. 6x9 cm.N 694. Cruz Alta. Fotografia. 1 foto. 1951. DUAS mulheres e um homem sentados em um banco. . Rio de Janeiro. 126 ..N An. Bibl. Nac. !21. 1 foto.l. [19__].]. MULHER não identificada.227 695. 9x6 cm. [S. Cópia. Fotografia. . 9x14 cm. 1952. Cópia.N 696. Fotografia. Cruz Alta. 1 foto. NELSON Werneck Sodré e outras pessoas em um casamento. !21. . N 697. PRIMAS de Nelson Werneck Sodré. 13x8 cm. !21. Fotografia.l. [S. [19__]. 1 foto.]. Cópia. . l.]. Fotografia. CLÉLIA e Capistrano. !21. Cópia. [19__]. tios de Nelson Werneck Sodré. 1 foto.N 698. [S. 9x12 cm. . Caçapava. Recorte oval de uma fotografia. Cópia.N 699. DIVA Siqueira. 1 foto. Fotografia. !21. 1925. 5x3 cm. . N $)6!3IQUEIRA#A½APAVA. . !21.??=FOTOXCM#PIA&OTOGRAlA Recorte de fotografia. . N $)6!3IQUEIRA#A½APAVA. ??=FOTOXCM#PIA&OTOGRAlA Recorte de fotografia. !21.. . (%2NáOIDENTIlCADA.N -5.3L=. ??=FOTOXCM#PIA&OTOgrafia. Recorte de fotografia. !21.. . 4).(!#A½APAVA.N 3!. ??=FOTOXCM#PIA&OTOGRAlA2Ecorte de fotografia.. !21. . 3L=.N -5.(%2NáOIDENTIlCADA. !21.. Recorte de fotografia.??=FOTOXCM#PIA&OTOgrafia. . N -%.!3DAFAM¤LIA3IQUEIRAEAMIGOS#A½APAVA.). !21. Fotografia. Santinha e Diva foram minhas namoradas de meninice”.. Cópia.??=FOTOX cm. Constam anotações manuscritas no verso: “Família Siqueira e amigas. . Bibl. Nac.N An. Rio de Janeiro.. 126 . 228 $)6!3IQUEIRACOMUMAMENINAEUMAMULHER#A½APAVA. !21. Cópia.. Diva Siqueira foi namorada de Nelson Werneck Sodré na juventude. Fotografia.= foto. 13x8 cm. . N $)6!3IQUEIRA. 3ANTINHA3IQUEIRA. 3L=.SUASIRMáSEAMIGO. Cópia.. Diva Siqueira foi namorada de Nelson Werneck Sodré na juventude. 8x13 cm. !21. Constam anotações manuscritas no verso.??= foto. Fotografia. . N -5.(%2NáOIDENTIlCADA.3L=. Recorte de fotografia..??=FOTOXCM#PIA&OTOgrafia. !21. . N -5.#A½APAVA=.(%2NáOIDENTIlCADA. .??=FOTOXCM#PIA Fotografia. !21. Recorte de fotografia. . N -5.3L=.(%2NáOIDENTIlCADA. Recorte de fotografia.??=FOTOXCM#PIA&OTOgrafia.. !21. . Fotografia. namorada de infância de Nelson Werneck Sodré. 1 foto. !21. Caçapava. [19__].N 711. 7x9 cm. ZINA. Cópia. . [S. Fotografia.N 712. Cópia.]. Consta dedicatória de Clelia. 14x9 cm. !21. CARTÃO postal com fotografia de uma mulher. 1 doc.l. 1921. . ]. Fotografia. 1 foto.N 713. MULHER não identificada. 4x3 cm.l. Cópia. [S. !21. [19__]. . N 714. [19__]. !21. MULHER não identificada.]. Cópia. Fotografia. 5x4 cm. 1 foto. [S.l. . ]. Cópia. MULHER não identificada. 1937. Fotografia. 1 foto.N 715.l. [S. 9x6 cm. !21. . 9x6 cm. [S. Fotografia. !21. [1937]. YOLANDA Frugoli Sodré com dois pássaros nas mãos.N 716. Cópia. 1 foto.l.]. . Nac.N An. Bibl. 126 . Rio de Janeiro.. 1 foto. !21. Fotografia. 9x6 cm. YOLANDA Frugoli Sodré. Cópia. [Campo Grande]. [1937].229 717. . YOLANDA Frugoli Sodré. 1 foto. [Campo Grande]. 7x6 cm. [1938]. Fotografia. Cópia. !21.N 718. . !21. 1 foto.N 719. Cópia. Fotografia. 9x7 cm. YOLANDA Frugoli Sodré. [1938]. [Campo Grande]. . N 9/.!.$!&RUGOLI3ODR£COMUMPÕSSARONAMáO.#AMPO'RANDE=. !21. 1 foto. [1938]. 9x6 cm. Cópia. Fotografia. . Cópia. YOLANDA Frugoli Sodré com dois pássaros nas mãos. !21. Fotografia.N 721. [Campo Grande]. 1 foto. 9x6 cm. [1938]. . 9x6 cm. Cópia. 1 foto. [Campo Grande]. YOLANDA Frugoli Sodré. Fotografia.N 722. [1938]. !21. . N 723. [1938]. 9x6 cm. 1 foto. Fotografia. [Campo Grande]. YOLANDA Frugoli Sodré. !21. Cópia. . Fotografia. YOLANDA Frugoli Sodré. !21. 1 foto.N 724. [Campo Grande]. [1938]. 9x6 cm. Cópia. . YOLANDA Frugoli Sodré. 9x6 cm. 1 foto. Fotografia.N 725. Cópia. !21. [Campo Grande]. [19__]. . CambuQUIRA.N 726. YOLANDA Frugoli Sodré e os pais de Nelson Werneck Sodré. .=FOTOXCM#PIA&OTOGRAlA !21. . Fotografia. YOLANDA Frugoli Sodré e sua filha. !21. 1 foto. [Bahia]. Olga Regina Frugoli Sodré. Cópia. 9x6 cm.N 727. 1943. . Nac.N An. 126 . Rio de Janeiro. Bibl.. Cópia. Olga Regina Frugoli Sodré. !21. [1943]. [Bahia]. 728. YOLANDA Frugoli Sodré e sua filha. Fotografia. 1 foto. 7x6 cm. . 7ERNECK3ODR£E9OLANDA&RUGOLI3ODR£=#A½APAVA.N .%.3/.. 1 foto. 13x9 cm. Fotografia. !21. Cópia.FEV 1942. . .N .3/.%.7ERNECK3ODR£ESUAESPOSA. 9OLANDA&RUGOLI3ODR£=#AMBUQUIRA. =FOTOXCM#PIA&OTOGRAlA !21.. . 1 foto. 9x14 cm. Cruz Alta. Cópia. Fotografia.N 731. YOLANDA Frugoli Sodré. 1952. !21. . 6x9 cm. 1 foto.N 732. Cópia. 1951. NELSON Werneck Sodré e Yolanda Frugoli Sodré. Fotografia. Cruz Alta. !21. . 1967. 8x6 cm. [S. Cópia. YOLANDA Frugoli Sodré. 1 foto. Fotografia. !21.]. 17 ago.N 733.l. . [S. YOLANDA Frugoli Sodré. Fotografia. 1 foto. Cópia. !21. [1973]. 7x5 cm.].N 734.l. . [26 mai.].l. 4x3 cm. Cópia.N 735. !21. 1 foto. [S. Fotografia. 19__]. YOLANDA Frugoli Sodré. . !.$! &RUGOLI 3ODR£ .3L=.N 9/. !21. .= FOTO X CM #PIA Fotografia. . OLGA Regina Frugoli Sodré. . Victória e Amélia Werneck. !21.N 737.FEV??=FOTOXCM#PIA&OTOGRAlA/LGA2EGINA&3ODR££ filha de Nelson Werneck Sodré. [Caçapava]. . Victória.ELSON7ERNECK3ODR£.#A½APAVA=. AMÉLIA Werneck de Almeida.N 738. mãe de Nelson Werneck Sodré. /LGAE. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Fotografia.. !21. Olga Regina F.FEV??=FOTOXCM Cópia. . .N An. Bibl. Rio de Janeiro. Nac. 126 . 972 D-27 fev. (2) 943. (11) 943. em diferentes poses.231 739. Cópia. Olga Regina F.983 D-27 fev. (7) 943. !21. 1998. 1998.973 D-27 fev. 12 fotos. 1998. Os números de registro patrimonial são: (1) 943. 1998. Fotografia. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. $ FEV $ FEV $ fev. [1942]. (3) 943.977 D-27 fev. 1998. 1998. 1998.976 D-27 fev. (4) 943. 1998.974 D-27 fev.].982 D-27 fev. (12) 943.l. 7x7 cm (cada). 1998. OLGA Regina Frugoli Sodré.978 D-27 fev. (5) 943. (6) 943. 1998. Constam 12 fotografias de Olga bebê.975 D-27 fev. [S. . '!2EGINA&RUGOLI3ODR£.3L=.N /. Olga Regina F..?=FOTOSXCM#PIA Fotografia. !21. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Montagem com 7 fotografias de Olga com diferentes expressões quando bebê. . !21.N 741. 6x9 cm. 1 foto. Fotografia. OLGA Regina Frugoli Sodré. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. [Bahia]. [1943]. Olga Regina F. Cópia. . !21. Fotografia. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. 1 foto. Olga Regina F. Cópia. 9x6 cm. [1943]. [Bahia]. OLGA Regina Frugoli Sodré.N 742. . Olga Regina F. OLGA Regina Frugoli Sodré bebê. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Fotografia. 1 foto. !21. Cópia. [Bahia].N 743. [1943]. 6x9 cm. e outro bebê. . Olga Regina F. Cópia. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Fotografia.N 744. 1 foto. 1943. 9x6 cm. !21. OLGA Regina Frugoli Sodré. [Bahia]. . !21. Fotografia. OLGA Regina Frugoli Sodré. [Bahia]. Cópia.N 745. 1 foto. 9x6 cm. 1943. Olga Regina F. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. . OLGA Regina Frugoli Sodré. 1943.N 746. Cópia. [Bahia]. 9x6 cm. 1 foto. Fotografia. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. !21. Olga Regina F. . Fotografia. OLGA Regina Frugoli Sodré segurando um urso de pelúcia. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. !21. [Bahia]. 1 foto. 1943.N 747. 9x6 cm. Cópia. Olga Regina F. . 126 . Rio de Janeiro. Nac.N An. Bibl.. Cópia. [S. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré.]. [19__]. 1 foto. 12x8 cm.l.232 748. Olga Regina F. Fotografia. !21. OLGA Regina Frugoli Sodré segurando um jornal. . ].N 749. [S. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. 1948. Olga Regina F.l. OLGA Regina Frugoli Sodré. Fotografia. !21. 8x6 cm. Cópia. 1 foto. . 3L=.'!2EGINA&RUGOLI3ODR£.N /. FOTOXCM#PIA&OTOgrafia. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. !21. Olga Regina F. . 7x9 cm. 1947. [S.l.N 751. OLGA Regina Frugoli Sodré com duas meninas. Cópia. 1 foto. Olga Regina F. !21. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré.]. Fotografia. . OLGA Regina Frugoli Sodré sentada à mesa com 5 pessoas. [S.N 752. 8x6 cm. Olga Regina F. 1947.l. 1 foto. Fotografia.]. !21. Cópia. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. . Olga Regina F. 1 foto. Fotografia. Marlene e um menino não identificado. [19__]. Cópia. !21. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré.N 753. Fernando. Itu (SP). 6x9 cm. OLGA Regina Frugoli Sodré. . l. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Fotografia.N 754. OLGA Regina Frugoli Sodré e seus avós paternos. Olga Regina F. 1 foto. Cópia. !21. [S. 1947. 9x7 cm. Heitor e Amélia.]. . ].l. 1947. Cópia. Olga Regina F. 7x9 cm. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. um homem e uma menina não identificados. OLGA Regina Frugoli Sodré. seus avós paternos.N 755. 1 foto. [S. !21. Fotografia. . [S. 1 foto. Fotografia. Olga Regina F. OLGA Regina Frugoli Sodré e Nelson Werneck Sodré. Cópia.]. !21.N 756.l. 1947. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. 8x6 cm. . Nac.N An. 126 . Rio de Janeiro. Bibl.. Cópia. 1947. Fotografia.233 757. 6x9 cm. OLGA Regina Frugoli Sodré. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Olga Regina F. !21. Caçapava. 27 abr. 1 foto. . 1 foto. Olga Regina F.N 758. Fotografia. Cópia. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. 1947. 7x9 cm. !21. OLGA Regina Frugoli Sodré. Caçapava. . Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. [S. Fotografia.N 759. 1 foto.]. [19__]. 14x9 cm. OLGA Regina Frugoli Sodré. !21.l. Olga Regina F. Cópia. . '!2EGINA&RUGOLI3ODR£VESTINDOUMAFANTASIA)TU30 .N /. foto. 12x8 cm. !21. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Olga Regina F. Fotografia. Cópia. . ]. 13x8 cm. Cópia. [19__]. [S. 1 foto. !21. Olga Regina F. Fotografia.N 761. OLGA Regina Frugoli Sodré vestindo uma fantasia.l. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. . Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. [19__]. [S. Fotografia. OLGA Regina Frugoli Sodré vestindo uma fantasia.l. 1 foto.]. 24x18 cm. Consta dedicatória a sua avó. Cópia.N 762. Olga Regina F. !21. . l. 9x12 cm. Olga Regina F. 1 foto. Cópia. OLGA Regina Frugoli Sodré na sua formatura.N 763. Fotografia.]. [S. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. [19__]. !21. . 1 foto. Fotografia. Olga Regina F. Cópia.l. OLGA Regina Frugoli Sodré.N 764. [19__]. 6x6 cm.]. !21. [S. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. . 7x7 cm. 1 foto. OLGA Regina Frugoli Sodré.l. Cópia.N 765.]. [S. 1957. Fotografia. !21. Olga Regina F. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. . l. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Olga Regina F. 1 foto. Fotografia. Cópia. 1957. OLGA Regina Frugoli Sodré. 7x7 cm.].N 766. !21. [S. . Nac. Rio de Janeiro. Bibl.. 126 .N An. [S. Cópia. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. !21. 1 foto.]. 1957.l. Fotografia. 6x6 cm. OLGA Regina Frugoli Sodré. Olga Regina F.234 767. . '! 2EGINA &RUGOLI 3ODR£ .N /.3L=. Olga Regina F. FOTO X CM #PIA Fotografia. !21. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. . 9x14 cm. [S.l.]. Fotografia. [19__]. Olga Regina F. Cópia. OLGA Regina Frugoli Sodré e duas mulheres na praia. !21. 1 foto. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré.N 769. . '!2EGINA&RUGOLI3ODR£NAPRAIA.N /.3L=. Olga Regina F. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré.??=FOTOXCM Cópia. Fotografia. !21.. . 7x9 cm.l. 1 foto. OLGA Regina Frugoli Sodré na praia.N 771. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. [19__]. Fotografia. Cópia. [S. Olga Regina F. !21.]. . N /.'!2EGINA&RUGOLI3ODR£NAPRAIA.3L=. Olga Regina F. !21.??=FOTOXCM Cópia. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré.. Fotografia. . '!2EGINA&RUGOLI3ODR£NAPRAIA.3L=.N /. ??=FOTOXCM Cópia.. !21. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Olga Regina F. Fotografia. . OLGA Regina Frugoli Sodré deitada na praia. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré.N 774. Olga Regina F.l. 8x11 cm. Cópia. [S. 1 foto. !21.]. [19__]. Fotografia. . N /.'!2EGINA&RUGOLI3ODR£NAPRAIA.3L=. Fotografia. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré.. Olga Regina F. !21.??=FOTOXCM Cópia. . N 776.]. 1 foto.l.ELSON7ERNECK Sodré. [S. !21. [19__]. XCM#PIA&OTOGRAlA/LGA2EGINA&3ODR££lLHADE. OLGA Regina Frugoli Sodré deitada na praia. . . Rio de Janeiro. Nac. Bibl. 126 .N An. 3L=.'!2EGINA&RUGOLI3ODR£NAPRAIA.235 /. Fotografia. !21. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Olga Regina F..??=FOTOXCM Cópia. . ]. [19__].N 778. 1 foto. Fotografia.l. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. 19x7 cm. OLGA Regina Frugoli Sodré. !21. Olga Regina F. [S. Cópia. . [19__]. Olga Regina F. Cópia. !21. OLGA Regina Frugoli Sodré em um gramado.]. [S. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. 9x14 cm.N 779. 1 foto. Fotografia.l. . '!2EGINA&RUGOLI3ODR£#AMBUQUIRA.N /. ??=FOTOXCM Cópia. !21.. Olga Regina F. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Fotografia. . !21. Cambuquira. OLGA Regina Frugoli Sodré.N 781. Fotografia. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Cópia. 9x12 cm. Olga Regina F. [19__]. 1 foto. . Fotografia.N 782. OLGA Regina Frugoli Sodré. [19__]. 1 foto. !21. Cópia. Olga Regina F. Cambuquira. 12x9 cm. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. . 1 foto.N 783. OLGA Regina Frugoli Sodré. [S. 8x12 cm. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Cópia. Olga Regina F. Fotografia.l. [19__]. !21.]. . 12x18 cm.]. [S. Cópia. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Fotografia.l. 1 foto.N 784. OLGA Regina Frugoli Sodré sentada à beira de um lago. [19__]. !21. Olga Regina F. . Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Olga Regina F. [19__]. OLGA Regina Frugoli Sodré. !21.]. Fotografia.N 785. 1 foto. Cópia. [S.l. 7x5 cm. . Cópia. Olga Regina F.l.]. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Fotografia. [19__]. [S. 12x9 cm.N 786. OLGA Regina Frugoli Sodré. !21. 1 foto. . Rio de Janeiro.. Nac. 126 . Bibl.N An. 1 foto. !21. [S.l. [19__]. Cópia. OLGA Regina Frugoli Sodré.]. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Fotografia. Olga Regina F.236 787. 6x5 cm. . Fotografia.N 788. !21. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Olga Regina F. 9x13 cm. 1 foto. [19__]. Cópia.]. [S.l. OLGA Regina Frugoli Sodré em uma rua com carros e prédios ao fundo. . Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. Cópia.N 789. Olga Regina F. 9x13 cm. OLGA Regina Frugoli Sodré .l. Fotografia. [19__]. !21. [S. 1 foto.]. . '! 2EGINA &RUGOLI 3ODR£ DE BIQUINI EM DIFERENTES POSES .N /.3L=. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. 6 fotos. 1998. Olga Regina F. 1998. 1998.531 D-18 mar. (64) 945. (67) 945. Os números de registro das fotos são: (63) 945.535 D-18 mar. 1998. Fotografia.534 D-18 mar. [19__]. !21. 4x3 cm (cada). 1998. As fotos encontram-se unidas. Cópia. (65) 945.532 D-18 mar. (66) 945. 1998. (68) 945.536 D-18 mar.533 D-18 mar. . N 791. OLGA Regina Frugoli Sodré em uma praia. [19__].l. 1 foto.]. Olga Regina F. Fotografia. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. [S. Cópia. !21. 4x3 cm. . N 792.543 D-18 mar. 1998.l. [19__]. !21.]. Olga Regina F. Fotografia. As fotos encontram-se unidas. (75) 945. 6 fotos. [S.542 D-18 mar. Cópia. 4x3 cm cada. 1998. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. OLGA Regina Frugoli Sodré na praia em várias poses. Os nº s DEREGISTRODASFOTOSSáO $ MAR $ MAR $ MAR $ MAR (74) 945. . Olga Regina F. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. 6x5 cm.]. Fotografia.l. 1 foto. [19__]. !21. Cópia. [S. OLGA Regina Frugoli Sodré de biquini em uma pedra.N 793. . ]. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. [19__]. Olga Regina F.l. [S. 12x9 cm. Cópia. OLGA Regina Frugoli Sodré. Fotografia. 1 foto. !21.N 794. . Olga Regina F. 12x9 cm.]. Sodré é filha de Nelson Werneck Sodré. [S. PERFIL de Olga Regina F. Sodré.N 795. Cópia.l. 1 foto. !21. [19__]. Fotografia. . 126 . Nac. Bibl. Rio de Janeiro.N An.. 237 /.'!2EGINA&3ODR£AOLADODEUMAUTOMVEL2IODE*ANEIRO. !21. DEZFOTOXCM#PIA&OTOGRAlA/LGA2EGINA&3ODR££lLHA de Nelson Werneck Sodré. . Cópia. !21. Fotografia. 6x9 cm. Campo Grande (MT). [193_]. 1 foto. CASA onde Nelson Werneck Sodré morou em Campo Grande.N 797. . Cópia. Fotografia.N 798. 9x14 cm. 1 foto. !21. [19__]. onde Nelson Werneck Sodré morou en Itu. Itu (SP). HOTEL Frugoli. O hotel era propriedade do sogro de Nelson Werneck Sodré. . CASA em Cambuquira. 1 foto. !21.N 799. [19__]. Cambuquira. Cópia. Fotografia. 9x14 cm. . ELSON7ERNECK3ODR£MOROUEM#AMBUQUIRA#AMBUQUIRA.N #!3!ONDE. JUNFOTOXCM#PIA&OTOGRAlA !21. . N #!3! EM #AMBUQUIRA .3L=. ??= FOTO X CM #PIA Fotografia. !21. . . 9x14 cm. 1 foto. !21. Fotografia.N #!3!NAQUAL.ELSON7ERNECK3ODR£MOROUEM#AMBUQUIRA#AMBUquira. [19__]. Cópia. . N #!3!EM#AMBUQUIRA#AMBUQUIRA. !21..??=FOTOXCM#PIA Fotografia. . N #!3!EM#AMBUQUIRA#AMBUQUIRA. !21.??=FOTOXCM#PIA Fotografia.. . N #!3!EM#AMBUQUIRA#AMBUQUIRA. . !21.??=FOTOXCM#PIA Fotografia. . Nac. Rio de Janeiro.N An.. 126 . Bibl. 2IODE*ANEIRO=.238 #!3!SITUADANARUA$ONA-ARIANA. ??=FOTO 9x14 cm. Fotografia. Cópia.. !21. . N ).4%2)/2DACASASITUADAEM#AMBUQUIRA#AMBUQUIRA. Fotografia. Cópia. !21.??= foto. 9x14 cm.. . -!0)).N #/.')/3!.4/!-!2/#ERTIlCADODECONCLUSáODOCURSOGINAsial de Olga Regina Frugoli Sodré. Dat. 1957. 1 p. Orig. Rio de Janeiro. 12 dez. . ')/ -).%)2/ #ERTIlCADO DE CONCLUSáODECURSODE.ELSON7ERNECK3ODR£2IODE*ANEIRO.N #/.)4!2 $/ 2)/ $% *!. -!0)). Ms.DEZP Orig. . 1 p. 23 nov./-%!ÜÄ/DE(EITORDE!BREU3ODR£PARACOLETORDERENDASFEDERAIS em Caçapava. Orig. 1922.N . -!0)). Ms.l.]. [S. . Rio de Janeiro. PERMISSÃO para afastamento de seis meses do cargo de coletor de rendas federais a Heitor de Abreu Sodré.N 811. 1 p. Dat. Orig. 1927. 28 nov. -!0)). . COLÉGIO MILITAR DO RIO DE JANEIRO.ELSON7ERNECK3ODR£2IODE*ANEIRO.N 812. Título de agrimensor CONCEDIDOA. Imp. -!0)).FEVP/RIG Ms. . 1 p. 19 dez. ESCOLA DE ESTADO-MAIOR. Imp. -!0)). Diploma de conclusão de curso concedido a Nelson Werneck Sodré.N 813. Rio de Janeiro. Ms. 1946. Orig. . Rio de Janeiro. [19__]. O diploma não está preenchido.N 814. Imp. FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Diploma do curso superior de graduação em administração. Orig. -!0)). 1 p. . 126 . Bibl.N An.. Rio de Janeiro. Nac. -!0)). Imp. Orig. 1 p. 1849.239 815. 5 nov. Diploma concedido a José Balthasar de Abreu Cardoso Sodré. ACADEMIA DE SCIENCIAS SOCIAES E JURÍDICAS. São Paulo. Ms. . N 816. FACULDADE DE DIREITO DE SÃO PAULO. Diploma de conclusão de curso de bacharelado em Direito concedido a Heitor de Abreu Sodré. 3áO0AULO. ABRP/RIG-S$OCUMENTONáOENCONTRADO -!0)). . [S. ÁRVORE genealógica da família Sodré.]. Imp. Orig.N 817. [19__]. 1 p. -!0)).l. . Bibl. Nac.N An. Rio de Janeiro.. 126 . Os Estatutos da Academia Brasílica dos Acadêmicos Renascidos Tarso Oliveira Tavares Vicente Técnico em Documentação/Divisão de Obras Gerais/ FBN Mestre em História (UFF) . o centro do poder real. A academia ou reunião lítero-científica tornou-se uma extensão culta da corte.E ntre as profundas mudanças ocorridas na Europa no longo período que vai dos séculos XVI ao XVIII estão as que afetaram as formas de sociabilidade. A mais famosa das academias lusas do Antigo Regime foi a Academia Real de (ISTRIA0ORTUGUESA&UNDADAPORD*OáO6. já que o saber ia se impondo como critério de diferenciação social. Em boa parte do continente. vê-se que a corte. tornou-se também um espaço de debates. inclusive em Portugal. O historiador João Adolfo Hansen1 afirma que as academias portuguesas resultaram do processo de adaptação da velha nobreza à centralização estatal como nobreza cortesã O ideal de uma formação de letras e armas (virtude e estamento) tornou-se nuclear no ensino dos aristocratas. EM. como fênix. No Brasil.TINHAOOBJETIVODEREEScrever a história civil e eclesiástica do Império Português. Criada na Bahia. eclesiástica e secular da America Portuguesa. ou seja. teve vínculos estreitos com o projeto da Academia Brasílica dos Esquecidos e. João punha sob sua tutela o programa oficial de construção coletiva da história nacional. até então desconhecida dos portugueses. estava ligado à Academia Brasílica dos Esquecidos. era que ela se transformasse num instrumento de governo em meio aos processos de redefinição das fronteiras territoriais. projeto político e cultural iniciado por elites coloniais do Brasil. conhecer o Brasil em toda a sua realidade. de expulsão dos An. O próprio nome. dando a esta novo lustre. com o da Academia Real de História Portuguesa. d. propiciando a integração e socialização das elites dirigentes leiga e eclesiástica. ao mesmo tempo que estimulava a transferência de informações e competências da esfera eclesiástica para a esfera secular2”. diretor da academia. a Academia dos Renascidos resultou da iniciativa do conselheiro ultramarino José Mascarenhas Pacheco de Melo. pois o objetivo dos seus membros era mostrar que eles haviam. quer os da colônia. ao criar esta academia. quer os da metrópole. Bibl. incluindo-se a história da colonização do Brasil. Nac.. sua inspiradora. as academias começaram com a Academia Real de História. por conseqüência. renascidos. a intenção de José Mascarenhas. e foi para dar conta do ambicioso projeto de se escrever as glórias do Império Português que se fundou na Bahia a Academia Brasílica dos Esquecidos. A Biblioteca Nacional guarda na Divisão de Manuscritos os estatutos da Academia Brasília dos Acadêmicos Renascidos. De acordo ainda com Íris Kantor. em 1724. Segundo este documento. Rio de Janeiro. em 1759. De acordo com a historiadora Íris Kantor. sob influência de ambos. 126 . renascido das cinzas da Academia dos Esquecidos. o principal intuito da academia era escrever a historia universal. Já a Academia Brasílica dos Acadêmicos Renascidos. criada na Bahia em 1759 .Página inicial dos “Estatutos da Academia Brasílica dos Acadêmicos Renascidos”. a academia pretendia escrever a história da América Portuguesa .“Distribuição dos empregos para os quaes a Academia dos Renascidos elegeo por votos conformes depois de repetidas conferências a alguns dos seus sócios”: dividindo entre os seus membros o estudo das diversas regiões da colônia. isto indicaria que a proposta da academia era revolucionária e que causara um choque entre uma visão brasileira (nativista) e uma visão portuguesa.3 Chega a ser irônico o fato de que o responsável pelo fechamento da academia seria o homenageado nos estatutos como seu mecenas. Isso fica evidenciado na homenagem prestada a d. João V. ganharia o status de Academia Real e incluiria as armas reais entre os dizeres do selo acadêmico: Uma academia que tomou por empreza escrever a nova Historia deste continente. pois. De acordo com Ariel Castro. a quem os acadêmicos ofereciam o título de protetor da instituição.246 jesuítas e de controle da mão-de-obra indígena. por sua vez. um ano depois de sua fundação. A Academia dos Renascidos. o marquês de Pombal mandou à prisão o conselheiro José Mascarenhas Pacheco de Melo. e tem por obrigação averiguar a verdade. não chegou a funcionar. Os encontros dos integrantes da Academia dos Renascidos ocorreram de DEJULHODEADEABRILDE. a qual. no entanto. podia fazer eterno agradecimento aos reaes benefícios no templo da fama a glorioza memoria das acçoens de hum Rey que pode ser prototypo de todos os Príncipes perfeitos. Reunindo-se de 15 em 15 dias e sempre às 15 HORAS.DATADESUA¢LTIMASESSáO!SATIVIdades da entidade chamam a atenção pela abrangência. liberdade intelectual e diversidade dos temas tratados. ERACOMPOSTADEACADãMICOSNUMERÕRIOSON¢CLEOEFETIVODAACADEmia) e mais outros. supranumerários (não-permanentes). sem limite fixo de membros (exceção feita aos habitantes de Salvador. cujo número não passaria DE !POSSIBILIDADEDAINCLUSáODENOVOSMEMBROSSUPRANUMERÕRIOS . com os dizeres: ut vivam. com os dizeres: multiplicabo dies). muitos deles autores de obras que chegaram ao nosso conhecimento. padre Antonio da Silva Jaboatão.A qualquer tempo. padre Mateus da Encarnação. Entre eles estão Domingos de Loreto Couto. e o seu selo (a mesma ave fênix abrasando-se em chamas. de 1759. 126 . irmão de Diogo Barbosa Machado. o título: ACADEM. A propósito. José Mirales. o autor da Biblioteca Lusitana. Frei Gaspar da Madre de Deus. ajudava os acadêmicos a se fazerem representar em todo o território colonial. João Borges de Barros. e na circunferência. Com a prisão de seu diretor. Rio de Janeiro. a alegoria da fênix era An. Bibl. podemos imaginar que o documento original continha ao menos duas imagens: a representação da academia (a ave fênix fitando o sol. Ao que tudo indica. Cláudio Manuel da Costa e Inácio Barbosa Machado. BRAZIL. Nac. a academia não chegou a publicar nenhuma obra. os acadêmicos provavelmente esconderam o que haviam produzido. DOS RENASC.. autores de diversas partes da colônia e até mesmo do exterior participaram do movimento dos renascidos. Dessa forma. Lendo os estatutos. pois a intenção da entidade era alargar-se à medida que se fizessem os estudos das diferentes regiões do Brasil. proporcionou uma percepção mais global da realidade colonial. O fato de fazer parte de um acervo tão importante como o proveniente da Real Biblioteca da Ajuda confere mais valor ainda ao documento.5 cm x 22 cm. Inácio Barbosa Machado e José Lopes Pereira. bem como os temas de suas dissertações. Esta sessão ficou a cargo de Bernardo José Jordão. bem como novas possibilidades de sociabilidade. Em bom estado de conservação. o acervo Real Biblioteca. ao que tudo indica. Orelhana e Amazonas! A sua ethimologia e a do nome do Rio da prata e que he origem destes Rios.247 também usada como representação oficial do reinado de d. NOTAS 1. Encadernado junto com os Estatutos está o documento intitulado Destribuição dos empregos para os quaes a Academia dos Renascidos elegeo por votar conformes depois de repetidas conferencias a alguns dos sócios”. Poesia seiscentistaFãNIXRENASCIDAPOSTILHáODE!POLO3áO0AULO(EDRA. Este segundo manuscrito é importante também por revelar a forma de trabalho da Academia dos Renascidos. Apesar de efêmera. além de um calendário de apresentações. João A. O manuscrito tem 15 páginas. João A. de certa forma complementa as informações contidas nos Estatutos. com o vistoso carimbo da Real Biblioteca na primeira folha e que dá autenticidade à obra. integrava. agrupados por província.) & HANSEN. devido à ambiciosa pretensão de abarcar diversas regiões brasileiras. Como exemplo. e mede 34. quando prescreviam que. se dividirá este laboriozo exercício pelos acadêmicos. pode-se observar que a sessão prevista para o dia 1º de setembro de 1759 versaria sobre o seguinte tema: Em que se differença a significação destes nomes Maranhão. Este documento. para se escrever a história portuguesa com mais brevidade. A Academia Brasílica dos Acadêmicos Renascidos cumpriu seu papel de promover a discussão intelectual. divididas em 25 seções e 66 parágrafos. hoje pertencente à Biblioteca Nacional. Nele figuram os nomes dos sócios da academia. Alcir (org. HANSEN. que a pluralidade de votos fazem e [nomear-se-à] leitor para cada uma das províncias deste continente. João V e também era usada como símbolo da Academia Real de História Portuguesa. Introdução in PÉCORA. Grampará. fixxada em seus estatutos. Íris. Esquecidos e renascidos: historiografia acadêmica luso-americana (17241759). São Paulo: Editora Hucitec/Centro de Estudos Baianos da Universidade Federal da "AHIA. KANTOR. 2. geocities. Bibl.com/Athens/Crete/7424/academia. Rio de Janeiro. Ariel. CASTRO. Nac.html (último acesso EM An. Movimento academicista e processo político-cultural no Brasil Colônia..P 3. 126 . Disponível em: http://www. .Esta obra foi composta em Adobe Garamond EIMPRESSAEMPAPEL/FF SETGMÀ na Flama Ramos Acabamento Gráfico Ltda. ISSN 0100-1982 .