Ana Maria Cassins - Manual de psicologia escolar educacional.pdf

March 27, 2018 | Author: rafael2911 | Category: Educational Psychology, Psychology & Cognitive Science, Pedagogy, Learning, Schools


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Coletânea ConexãoPsi Dados internacionais de catalogação na publicação Bibliotecária responsável: Mara Rejane Vicente Teixeira Manual de psicologia escolar - educacional / Ana Maria Cassins ... [et al.]. - Curitiba : Gráfica e Editora Unificado, 2007. 45 p. ; 20 cm. 1. Psicologia educacional. I. Cassins, Ana Maria. CDD ( 21ª ed.) 370.15 Designer Responsável: Leandro Roth Designer Gráfico: Cristiane Borges Ilustrações: Vicente Sledz e Cristiane Borges Impressão e acabamento: Artes Gráficas e Editora Unificado [email protected] Foto da Capa: Carlos Gutemberg Todos os direitos desta edição reservados ao Conselho Regional de Psicologia - 8ª Região - Av. São José, 699 - Cristo Rei - Curitiba - PR - CEP 80050-350 Coletânea ConexãoPsi O Conselho Regional de Psicologia, através da gestão ConexãoPsi, com sua finalidade precípua de promover a Psicologia, a Ética e a Cidadania na sociedade, vem através desta coletânea informar e orientar psicólogos e usuários dos serviços psicológicos sobre as questões administrativas, pertinentes à gestão financeira-política da categoria, e sobre as questões técnicas que atinam às práticas psicológicas. O momento é ímpar para tal mister, uma vez que a Sociedade se debate com inúmeras questões relacionadas com o comportamento humano. A contribuição que esta coletânea pretende trazer é de ampliar o conhecimento, resgatar a história de 28 anos de lutas do CRP-08, que através do idealismo de muitos profissionais, que contribuíram e continuam contribuindo neste projeto, proporcionar subsídios e informações consistentes para a efetiva utilização da ciência e da técnica psicológica. A entrega da Coletânea ConexãoPsi, com a série administrativa e a série técnica, é mais uma das ações concretas em direção aos objetivos com que nos comprometemos ao sermos eleitos. A série técnica da Coletânea ConexãoPsi compõe-se, em seu lançamento, por doze títulos. E elaborada pelas Comissões do CRP-08, tem o intuito de esclarecer dúvidas e oferecer subsídios para o estudo e exercício das práticas psi- cológicas. Os cadernos são compostos pelo histórico, definição, utilização e objetivos dos diversos campos de atuação dos psicólogos. Desta forma, a Coletânea ConexãoPsi se propõe a ser um ponto de referência e apoio para os profissio- nais e estudantes de Psicologia, bem como para futuros colaboradores das Comissões. Além de serem uma importante fonte de esclarecimento para a sociedade que como usuária tem a necessidade e o direito de ter mais conhecimentos sobre a Psicologia. A série administrativa das Coletâneas ConexãoPsi, formada por seis títulos, tem o objetivo de orientar conse- lheiros, colaboradores e psicólogos sobre as normas e procedimentos que norteiam a gestão do CRP-08, dentro dos princípios de transparência e democracia adotados. Transmitir a experiência administrativa desenvolvida por nossa gestão é colaborar para que o Conselho Regional de Psicologia da 8ª Região continue crescendo; é auxiliar na capacitação dos novos e futuros conselheiros, bem como firmar ainda mais a sua imagem de Instituição com Administração Ética e Competente, com responsabi- lidade social e fiscal. Este foi sempre o compromisso do IX Plenário Gestão ConexãoPsi (2004-2007): muita seriedade. da Ética.CRP 08/00967 Conselheiro Presidente Guilherme Azevedo do Valle . Ao Conselho Regional de Psicologia da 8ª Região cabe desenvolver políticas em prol do desenvolvimento da Profissão.CRP 08/02932 Conselheiro Vice-Presidente Alan Ricardo Sampaio Galleazzo .CRP 08/1803 Conselheira Secretária IX Plenário CRP-08 Gestão ConexãoPsi 2004-2007 . trabalho responsável e coerên- cia no discurso e nas ações. das Políticas Públicas. da Cidadania. Di Lascio .CRP 08/04768 Conselheiro Tesoureiro Deisy Maria Rodrigues Joppert . Raphael Henrique C. com uma administração coerente com esses propósitos. Rosângela Maria Martins .CRP 08/01169 Conselheira Secretária .Flávio Dantas de Araújo .Tonio Dorrenbach Luna . Di Lascio .Alan Ricardo Sampaio Galleazzo .Rosemary Parras Menegatti .CRP 08/02416 .CRP 08/04768 Conselheiro Tesoureiro Umuarama . IX Plenário CRP-08 Gestão ConexãoPsi . da Rocha Velho .2004/2007 Conselheiros Efetivos Cascavel .CRP 08/03524 .CRP 08/02932 Conselheiro Vice-Presidente Conselheiros Suplentes .Caçan Jurê Cordeiro Silvanio .Denise Matoso .Aldo Silva Junior .CRP 08/07685 .Eugênio Pereira de Paula Junior .Raphael Henrique C.Marcos Aurélio Laidane .Guilherme Azevedo do Valle .CRP 08/07072 Curitiba Foz do Iguaçu .CRP 08/1803 .CRP 08/05993 (in memorian) .CRP 08/00314 .Fabiana da Costa Oliveira .Sérgio Ricardo B.CRP 08/00967 Conselheiro Presidente .Deisy Maria Rodrigues Joppert .CRP 08/07258 .CRP 08/07140 Curitiba Maringá .CRP 08/00646 (in memorian) Campos Gerais .Thereza Cristina de A.CRP 08/06099 . Salomé D'Espíndula CRP 08/04776 Londrina Londrina . . CRP 08/06099 Fabíola Deconto Voloschen .CRP 08/10090 Josie Conti .CRP 08/03472 Eugenio Pereira de Paula Junior .CRP 08/10218 Vanessa Barbieri .CRP 08/00211 Miriã Escobar .CRP 08/09922 .CRP 08/11208 Vanessa Schmidt .CRP 08/02155 Maria Elizabeth Nickel Haro .Manual de Psicologia Escolar/Educacional Autores Ana Maria Cassins .Série Técnica . . na intervenção nas escolas. Prefácio Foi com certa surpresa que recebi o convite para prefaciar este manual. o manual ao ser projetado parece ter buscado situar a ação profissional nas mais diversas relações no campo da educação. Com propriedade orientadora. Quanto a este Manual de Psicologia Escolar/Educacional temos primeiramente a mostrar que há profissionais implicados com as questões do agir em Psicologia . e que visam estabelecer: trabalho. lugares e portas de entrada que tornarão o aluno em estudante. empresa ou outra. O manual também tem o objetivo de orientar a direção de trabalhos nas interações entre administração e docência. Ao ser projetado este manual foi buscar. na Universidade Federal do Paraná. seja conduzida ao longo de trilhas seguras. a energia de cada um.. uma vez que a minha prática profissional acontece com a Psicanálise. que se desenvolveu uma escuta permitindo a leitura sobre os diversos eventos em diferentes campos do conhecimento.não importa se pública ou privada . considerando ainda a dedicação desde os anos 70 ao ensino e transmissão no campo da Psicologia. especialmente. da observação e experiência nas relações com a escola. especialmente voltada a sua aplicação no âmbito da clínica. Em especial. produção e. Os tempos de nossa modernidade exigem novo redimensionamento no que tange a particularidades da aplicação da Psicologia. E aqui temos a seguir um manual para o psicólogo que atenderia em escolas. Assim. aquilo que per- mitiria “não soterrar as preciosas fontes de ação e sim incentivar os processos pelos quais aquilo que é o mais precioso.com suas ferramentas conceituais e técnicas a sua incidência nas relações -. neste manual são apresentados os caminhos que o psicólogo pode tomar com os conhecimentos desenvolvidos e pesquisados até o momento na relação com uma área. desde as primeiras letras até o domínio da escrita e da pro- dução de conhecimentos próprios. Este manual aparece como um instrumento de trabalho que tem a finalidade de orientar uma determinada prática. e a crítica sobre as modalidades e avanços nesse ensino. Aqueles que se ocupam dos espaços para a educação . prefaciar se trata de apresentar um determinado trabalho. como a instituição ou organi- zação . Ou seja. E foi da experiência de análise e o exercício da Psicanálise naturalmente. porque aluno é aquele que não tem luz e estudante é aquele que deve agir a partir da oferta de conhecimentos e determinação cidadã e ética. Sim. Foi desenvolvido para atender uma demanda de princípios orientadores. o que não significa que se trata de uma cartilha que limita essa prática.escola. marcar uma referência. pesquisa. Isto me faz presumir a razão do convite. uma ética do psicólogo para com a Psicologia.. princípios e. Importa fazer notar que a Psicologia é um enorme campo de pesquisa e aplicações. Portanto. O psicólogo tem o dever de ampliar sua capacidade de análise. ciências. o campo da educação vem sendo olhado e escutado. Esta não é uma observação eminentemente clínica e sim também de alguém que foi um pensador responsável da cultura. somada à responsa- bilidade de uma ação. conseqüentemente. Os efeitos das ações subjeti- vas são incontáveis. também responsável pelo progresso e desenvolvimento de nossa sociedade. p. E a relação desta com as demandas sociais que perfazem o âmbito do público e do privado. apontar uma grandeza. etc). crítica e de intervenção. o cultivo das experiências humanas. (1913. na sua singeleza. O psicólogo estará aí para atender nos arranjos e desarranjos das notas para que a orquestração neste campo possa encontrar a sua sinfonia.225-6). ou seja. da prevenção”.e de suas relações têm nas mãos a tarefa da profilaxia. Pela Psicologia. bem como suas principais características: a responsabilidade de ensino das matérias de conhecimento (línguas. independentemente da ótica teórica utilizada e desenvolvida no interior do processo de formação e na continuidade da mesma após o ciclo formal de aprendizagem. O Interesse Científico da Psicanálise. respeitando-se a história que lhe é própria. pois nos dias de hoje sua política estará orientada à razão de uma ética para com a sua ciência e seus limites. FREUD. valores. a tarefa da transmissão. Este manual vem pelos esforços de uma Comissão. matemáti- cas. Maria Aparecida de Luna Pedrosa CRP-08/00225 . que se obtenha o uso ao qual é destinado e que se possa acolher aquilo que venha como contribuição para seu aperfeiçoamento. os funcionários. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 Histórico e Formação . . . . . . . . . . . . 23 5. . . . . . . . . . . . . . . . . . As abordagens: Psicodrama. . . . Psicanálise. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . etc. . . . . . . . . . . . . 25 6. . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 3. 28 6. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 9. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 7. . . . . . . . . 37 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 2. . . . . . . . . . Os focos de intervenção: A escola. . . 32 7. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 Psicanálise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2. . . . . . . . . . . . . . O cotidiano da Psicologia Escolar/Educacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 Finalidades da Psicologia Escolar . . . . . . . 45 . . . . . . . . . . . .7 Considerações Finais . . . . . . . . A Psicologia Escolar/Educacional . . . . . . 31 7. . . . O psicólogo escolar/educacional – Histórico e Formação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 8. . . . . . os professores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 Comunidade (Pais e Vizinhos da Escola) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sumário 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a comunidade e os alunos . . . . Onde atua a Psicologia Escolar/Educacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 3. .1 A Psicologia Escolar Contemporânea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a Gestaltpedagogia. 31 7. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 3. . . . . . . . . . . . 17 2. . . . . . . . . . . . . . 27 6. .2 Behaviorismo ou Teoria Comportamental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Neuropsicologia. .2 Psicologia Escolar no Brasil . . . . . . . . 30 7. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Teoria Sistêmica. . . . . . . . . . . . 29 6. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 Neuropsicologia . 28 6. . . . . . . . .3 Corpo Discente (Alunos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 6. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 Psicodrama .4 Sistêmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 6. . . . . . Políticas Públicas e a Psicologia Escolar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 Nível Administrativo (A Escola como Administração) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Apresentação . . . . . . . . . .2 Corpo Docente (Professores) . . . . . . . . . . Behaviorismo. . . . . . . . . . . . . . . . . .1 O que é Psicologia Escolar e o que faz o psicólogo escolar? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Objetivos da Psicologia Escolar /Educacional . . 21 4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e convida os gestores da educação a repensarem a qualidade da educação brasileira. Eis aqui uma síntese da história da Psicologia Escolar/Educacional. Apresentação Este manual foi realizado pela Comissão de Psicologia Escolar/Educacional. professores e comunidade) possam conhecê-lo melhor e dele obter melhores benefícios. Série Técnica . visando apresentar aos psicólogos. convida os educadores a contribuir com a produção de mais material nesta área. do Conselho Regional de Psicologia da 8ª Região. O manual também pretende subsidiar os trabalhos de formação dos psicólogos da área educacional pelas faculdades de Psicologia. permitindo desta forma que usuários desse serviço (alunos. é oferecer subsídios para instrumentalizar as formas de atuação do psicólogo escolar/educacional. reivindicando- o em suas escolas. Nosso objetivo. aos usuários dos sistemas de ensino e aos envolvidos com educação a contribuição da Psicologia Escolar. 1. convida os usuários (comunidade) a apresentarem suas dúvidas e demandas para que possamos buscar a sua superação.Manual de Psicologia Escolar/Educacional 15 . A Comissão de Psicologia Escolar/Educacional do CRP-08 convida os psicólogos a colaborarem com seu traba- lho. seus objetivos e formas de atuação. além de esclarecer possíveis dúvidas sobre a Psicologia Escolar/Educacional. . nas quais os fatores psicológicos tenham papel preponderante. utilizando-os para compreender os processos e estilos de aprendizagem e direcionar a equipe educativa na busca de um constante aperfeiçoamento do processo ensino/aprendizagem. seleção de estratégias de manejo de turma. A Psicologia Escolar/Educacional 2. humano e social de toda a comunidade escolar. professores e funcionários e atua em parceria com a coordenação da escola. con- tribui para o desenvolvimento cognitivo.1 O que é Psicologia Escolar e o que faz o psicólogo escolar? O psicólogo escolar desenvolve. apóia e promove a utilização de instrumental adequado para o melhor aproveita- mento acadêmico do aluno a fim de que este se torne um cidadão que contribua produtivamente para a sociedade. pro- gramas de desenvolvimento de habilidades sociais e outras questões relevantes no dia-a-dia da sala de aula. age em duas frentes: a preventiva e a que requer ajustes ou mudanças. Para isto o psicólogo escolar desenvolve atividades direcionadas com alunos.Manual de Psicologia Escolar/Educacional 17 . Série Técnica . Sua participação na equipe multidisciplinar é fundamental para respaldá-la com conhecimentos e experiências científicas atualizadas na tomada de decisões de base. apoio ao professor no trabalho com a heterogeneidade presente na sala de aula. como a distribuição apropriada de conteúdos programáticos (de acordo com as fases de desenvolvimento humano). cogniti- vo e social. 2. desenvolvimento de técnicas inclusivas para alunos com dificuldades de aprendizagem e/ou comportamentais. familiares e profissionais que acompanham os alunos fora do ambiente escolar. Desta forma. A partir de uma visão sistêmica. A Psicologia Escolar tem como referência conhecimentos científicos sobre desenvolvimento emocional. . pas- saram as clínicas e serviços a desenvolver um trabalho mais amplo no âmbito de problemas de educação e crianças em idade escolar. Ao longo dos últimos 30 anos os EUA vêm liderando este domínio devido a vários fatores: serviços efetivamente prestados às escolas e aos escolares. No final do século XIX e início do XX. prevenção. A expansão do ensino público nas cidades da América e da Europa. no colapso das frágeis bases da educação popular. Os primeiros serviços de Psicologia Escolar foram criados ao final do século XIX. repetia-se no Brasil. França. a APA divulgou suas “Diretrizes de especialidades para a prestação de serviços por psicólogos escolares” (APA Guidelines). de propor e implementar soluções. bem como suas possíveis causas.APA). além dessa ênfase inicial. na França. consolidação do papel do psicólogo como um profissional (geralmente com mestra- do ou doutorado em Psicologia Escolar). intervenção e mensuração de habilidades e capacidades foram os principais alvos dos estudos científicos desenvolvidos. físicos ou morais”. Não é de se estranhar que Série Técnica . produção de pesquisa científica e de literatura básica de síntese de conhecimen- to e de natureza prática. intervenção e ajuda concreta a crianças com dificuldades escolares tiveram grande impulso. subdotação e superdotação.Manual de Psicologia Escolar/Educacional 19 . Bélgica. igualmente. entre outras conseqüências adversas. originou a procura por profissionais preparados para fornecer ajuda às escolas e aos órgãos jurídico- legais em relação a problemas de avaliação e compreensão das dificuldades existentes. liderança quanto às associações especializadas (NASP e Divisão de Psicologia Escolar da American Psychological Association . Suíça.2 Psicologia Escolar no Brasil A expulsão dos jesuítas resultou no Brasil. dava-se ênfase à avaliação psicológica individual de crianças e ado- lescentes suspeitos de serem “deficientes mentais. assim. 3. E capazes. Gradualmente. Grã-Bretanha. além da crescente ocorrência de problemas ligados aos menores (abandono. A precariedade do ensino elementar de Portugal. Pesquisas nos Estados Unidos. diagnóstico. desenvolvimento infantil e seus atrasos. Itália e Alemanha nos campos da inteligência. 3. negligência. delin- qüência e outros). Em 1981. Observação. O psicólogo escolar/educacional 3.1 Histórico e Formação As origens históricas da Psicologia Escolar remontam ao século XIX. traduzidos para o português. Esta fase. de destacar-se como área de pesquisa e de impor-se no contexto de ensino destinado à formação do psicólogo no país. Através dos professores da área. utilizando-se dos poucos testes psicológicos existentes. eram docentes cujos interesses estavam mais ligados às funções do orientador educacional. 2001) propõe uma divisão da história da Psicologia Escolar no Brasil em três partes: Primórdios: de 1830 a 1940 Fase essencialmente ligada às escolas normais. aplicação e aperfeiçoamento dos testes psicológicos destinados aos escolares. abriu-se o contato com as fontes européias e americanas. Samuel Pfromm Netto (apud WECHSLER. pesquisas e aplicações práticas do que hoje denominamos Psicologia Escolar e/ou Psicologia Educacional. ofereceu grande evolução ao estudo. b) professores estrangeiros ou brasileiros que fizeram sua pós-graduação no exterior: Nessa época as práticas ora se limitavam a observações de comportamento com algumas intervenções ora se convertiam em orientação educacional ou vocacional. não diferenciando entre as atividades destes e as que deveriam ser desenvolvidas por um psicólogo escolar. O ensino normal brasileiro foi o primeiro foco de irradiação de concepções. bem como os estágios nesta área. Este início no Brasil foi marcado por dois tipos de influência: a) professores provenientes da área da Pedagogia: na falta de psicólogos formados. pedagogos assumiam as dis- ciplinas de Psicologia Escolar e Problemas de Aprendizagem. Introdução da Psicologia Escolar no currículo de graduação em Psicologia (1962 até dias atuais): 20 Coletânea ConexãoPsi .a Psicologia Escolar tenha uma brevíssima história em nosso país e ainda esteja muito longe de generalizar sua presença e atuação em favor de alunos e professores. Na prática normalista o que mais se assemelha à efetiva Psicologia Escolar no Brasil é a atividade desen- volvida por serviços especializados para o atendimento de escolares. em São Paulo e no Rio de Janeiro. padronização. Em geral. Fase universitária do ensino da Psicologia: de 1940 a 1962 Anterior à criação dos cursos de Psicologia no país. denominada norma- lista. 1938: Foi realizado o primeiro congresso de Psicologia do país. em São Paulo. ou ainda sustentados no modelo clínico. estim- ular e divulgar pesquisas nesta área. muitos permaneceram na área da Psicologia Escolar. Embora haja variações sobre as definições e as reais atribuições entre Psicologia Escolar e Educacional. elaborada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP. conjuntamente com o II Congresso Nacional de Psicologia Escolar. a criação da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE) e a realização do XVII Congresso Internacional de Psicologia Escolar em 1994 na PUCCAMP. 2004).2. anteriormente considerado um indivíduo com problemas.abrapee. o de acadêmica (visando a pesquisa). Hoje. os pedagogos puderam registrar-se como tal. SP. que inclui uma visão cultural e histórica da escola e dos fenômenos educativos. reciclar e atualizar os psicólogos e incentivar a melhoria dos serviços prestados por estes profissionais. o objetivo da Psicologia Escolar/Educacional é ser um esteio para o desenvolvimento global do estudante. Inicia-se o olhar sistêmico. orientadores. Como ambas se complementam e se apóiam esta dicotomia parece ser apenas acadêmica. Década de 90: Em 1990 é criada a ABRAPEE (Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional - www.766/71. atribui-se à primeira o status de aplicada (visando a atuação prática) e à segunda. sua doença e dificuldades dentro da escola para uma concepção mais preventiva e voltada à saúde psicológica. Destes. o trabalho se dirige à prevenção.psc. Através de ações com diretores. que trata da criação dos Conselhos de Psicologia e a conseqüente obrigatoriedade de registro para atuação como psicólogo. Os marcos são o “Primeiro Congresso Nacional de Psicologia Escolar” (Valinhos. Década de 80: A Psicologia Escolar dá um salto de qualidade ao abandonar o enfoque clínico em favor do mod- elo pedagógico. afetivo e social. em Campinas (SP). Série Técnica . Re-dirige a atenção do indivíduo. O aluno. 3.Manual de Psicologia Escolar/Educacional 21 . a área da Psicologia Escolar/Educacional envolve 9. pais e os próprios alunos.2% dos profissionais da Psicologia. passa a ser considerado um indivíduo em processo de desenvolvimento cognitivo. 1991). Segundo dados extraídos da pesquisa de perfil profissional. Década de 70: Com a publicação da Lei Federal 5.1 A Psicologia Escolar Contemporânea O conceito de Psicologia Escolar/Educacional abrange a intersecção entre a Psicologia na Escola e a Psicologia da Educação. professores.br) com a finalidade de buscar o reconhecimento legal do psicólogo nas instituições de ensino. diagnóstico.Avaliação. Para casos que requeiram. realizam-se encami- nhamentos clínicos. 22 Coletânea ConexãoPsi . que envolve o processo ensino/aprendizagem levando em conta o desenvolvimento global do estudante e da comu- nidade educativa. acompanhamento e orientação psicológica são aplicados dentro de um contexto institucional e não mais exclusivamente voltados ao aluno individualmente. Ao psicólogo escolar/educacional cabe integrar a teia de relações e fazer parte da equipe multiprofissional. Compreender e elucidar os processos de desenvolvimento bio-psico-social dos envolvidos com a escola. É pautado na promoção da saúde da comunidade escolar a partir de trabalhos preventivos que visem um processo de transformação pessoal e social. por excelência. Para tanto. visando a reflexão e conscientização de funções. Propor e apoiar a construção de novas alternativas sociais para auxiliar na administração de possíveis deficiências escolares. 4. respeitando diferenças individuais. Compreender e elucidar os processos diferenciados de desenvolvimento da aprendizagem (aprender a aprender) de cada aluno e de cada professor. cuja visão contemple o homem em suas múltiplas determinações e relações histórico-sociais. Série Técnica . Objetivos da Psicologia Escolar/Educacional O trabalho do psicólogo escolar/educacional tem como diretriz o desenvolvimento do viver em cidadania. papéis e responsabilidades dos envolvidos. na compreensão e amplitude de seu papel.Manual de Psicologia Escolar/Educacional 23 . utilizando os conhecimentos da Psicologia. Desenvolver uma concepção de Psicologia voltada a um compromisso social. estilos de aprendizagem. aptidões e interesses individuais e a conscientização de papéis sociais.1 Finalidades da Psicologia Escolar A escola é o espaço. Mediar os processos de reflexão sobre as ações educativas a partir da atuação com os diversos profissionais da educação. para propiciar o desenvolvimento integral do ser humano através de propostas concretas e eficazes de intervenção que resultem em impacto social. Assessorar a escola no desenvolvimento de uma concepção de educação. através do encontro da cognição com a motricidade. Propor uma concepção do fracasso escolar não como um processo individual. Buscar ser o mediador do processo reflexivo e não o solucionador de problemas. Cultivar o enfoque preventivo: trabalhar as relações interpessoais na escola. Alguns de seu propósitos: Incentivar os educadores (incluídos os próprios psicólogos) para tomada de posições políticas em relação aos problemas sociais que afligem a todos. em seus limites e possibilidades. Busca instrumentos para apoiar o progresso acadêmico adequado do aluno. os afetos e as emoções na educação. 4. Compreender e clarificar a construção da subjetividade (construção do Eu) em cada ambiente educacional. baseia-se nos conhecimentos referentes aos estágios de desenvolvimento humano. Estimular a escolha deliberada e conscientemente assumida de uma atuação profissional sustentada por teorias psicológicas. Assessorar a escola na busca da humanização do sujeito. Pesquisar. Atividades: Assessorar a escola na construção do Projeto Político-Pedagógico. desenvolver. aplicar e divulgar os conhecimentos relacionados com Psicologia Escolar/Educacional. a escola. Mobilizar a comunidade educacional em torno de propostas de intervenção com utilização de recursos da comunidade. Trabalhar com políticas públicas. o trabalho e a sociedade. Apoiar a escola em seu trabalho de resgate do valor e da autonomia do professor. como a família. Conscientizar pais e professores sobre necessidades básicas de crianças e adolescentes.Conscientizar o indivíduo da importância de sua participação e responsabilidade nos grupos em que está inserido. Assessorar o professor na articulação entre a teoria de aprendizagem adotada e a prática pedagógica. 24 Coletânea ConexãoPsi . tais como: clínicas especializadas. além das escolas. promovendo a edu- cação permanente e a educação no (e pelo) trabalho. Sesi. a pesquisa em educação tem crescido nestes últimos anos. até os dias atuais com as pós-graduações em Educação no Brasil e a realização de pesquisas específi- cas nesta área. O mais importante não é o local de trabalho e sim os pressupostos e finalidades do profissional da educação. L. Thorndike (1874- 1949). etc. trabalhos de extensão universitária e projetos de pesquisa em empresas e ONGs. outras instituições com pro- postas educacionais. Série Técnica . Onde atua a Psicologia Escolar/Educacional Os espaços e práticas da Psicologia Escolar/Educacional incluem. 5. equipes de assessorias com projetos para escolas. desde os estudos de E. consultorias a órgãos que necessitam de compreensão sobre os processos de aprendizagem (Sebrae. nos EUA. Embora o senso comum dos usuários e a formação inicial dos psicólogos os levem a pensar que a escola é o único espaço de atuação.Manual de Psicologia Escolar/Educacional 25 . serviços públicos de saúde e educação.). . se considerarmos a sua aplicabilidade em grandes comunidades. seguem simplificadamente conceitos básicos de algumas das linhas de pensamento mais utilizadas atualmente. Para fins de esclarecimento de professores.1 Psicodrama Trabalha com a recuperação da espontaneidade e criatividade inatas. será embasada em alguma (ou algumas) dessas referências teóricas. principalmente. podem ser bem trabalhadas dentro deste modelo. a Psicanálise. possibilita a busca de soluções de forma prática e dentro das possibi- lidades de cada participante. por exemplo. pois. o trabalho com alunos dentro ou fora da escola. uma vez que permite que as pessoas vivenciem os seus dramas internos e reflitam sobre as possíveis soluções para quebrar padrões repetitivos de conduta. individualmente ou em grupo. 6. conseguindo dar novas respostas para as situações da vida. a Teoria Sistêmica. Assim. como é o caso do ambiente escolar. a Neuropsicologia e a Gestaltpedagogia A atuação do psicólogo escolar/educacional deve estar embasada em uma teoria científica que direcione suas decisões na instituição educacional. Há diversas “escolas” ou “linhas” de Psicologia e cada profissional opta por se apoiar em uma ou em algumas delas. É um método de grande valor pre- ventivo. orientadores e diretores. Um conceito do Psicodrama é o de que representar papéis tem um poder terapêutico. Da mesma forma. tornando as pessoas mais aptas a transfor- mar condições insatisfatórias de vida e a viver em relações de compreensão mútua. O efeito da interação dessas contingências sobre o aluno depende de suas carac- terísticas internas somadas a sua história de vida e ao momento específico em que a aprendizagem está ocorrendo. As circunstâncias particulares de cada escola podem vir a determinar a opção por uma ou outra “linha”. 6. As abordagens: o Psicodrama. de conflito entre alunos ou alunos e professores. inclusive na escola. 6. o Behaviorismo.2 Behaviorismo ou Teoria Comportamental A abordagem comportamental apregoa que a aprendizagem é regulada por fatores chamados “contingenciais” (situacionais): a situação em que o comportamento ocorre (em que momento o aluno se comporta de determinada maneira). Série Técnica . o próprio comportamento (que comportamento ele manifesta) e as suas conseqüências (o que acontece com o aluno quando ele se comporta assim). além de desen- volver percepção e compreensão do fato ocorrido. situações.Manual de Psicologia Escolar/Educacional 27 . A abordagem comportamental trabalha com modificações de comportamento utilizando-se de técnicas próprias. funcionário-aluno. pai-filho. 28 Coletânea ConexãoPsi . reduzir suas dificuldades e. pois não se atribui causa e efeito. Várias atuações e treinamentos de professores podem ser pautados no modelo neuropsicológico da aprendizagem. A reflexão é feita de forma circular e não linear. A Neuropsicologia mostra que cada aluno aprende de maneira específica. principalmente. nem culpado ou responsável. identificar as potencialidades latentes. sendo que cada um desses elementos ou partes é um “sub-sistema”. extinguir comportamentos inadequados ou para desenvolver comportamentos novos. É especialmente utilizada quando é necessário clarificar e estabelecer limites. Sabendo como é o funcionamento neuronal do educando. o professor . considerando. todos os fatores que influenciam o processo ensino-aprendizagem. O Behaviorismo salienta a importância do planejamento da ação pedagógica de forma a fazer com que a apren- dizagem do aluno gere conseqüências naturalmente reforçadoras (positivas) ao aprender. sobre as partes e vice-versa. superar as limitações de cada aluno. são utilizadas juntamente com ou- tras abordagens complementares. É a interação entre eles e a forma como interagem que nos mostram as regras que governam o todo (a escola).poderá potencializar a aprendizagem. mas envolvido e “con- tribuinte”. considerando-se que quando se muda uma das partes o todo também é alterado. Geralmente suas técnicas. formando sua rede neuronal.com auxilio do psicólogo . a Neuropsicologia pode ser de grande ajuda para organizar programas de estimulação das crianças de modo a desenvolver as inteligências múltiplas dos estudantes. de forte impacto. pais-professores.4 Sistêmica A abordagem Sistêmica leva em conta as relações e interações no ambiente escolar: professor-aluno. Na escola. aluno-aluno. poderemos levantar hipóteses sobre os efeitos. É percebido o “para que” de uma determinada situação. de acordo com a interação com o ambiente educacional. Quando se pensa sistemicamente a realidade é compreendida de forma diferente. 6. Se conhecermos as regras do todo. comunidade-escola. assim. 6.3 Neuropsicologia Pode auxiliar o psicólogo escolar/educacional na compreensão do funcionamento do sistema nervoso e sua apli- cação na educação. Sendo assim. A visão de homem da Gestalt é de um ser unificado que tem milhares de necessidades que vão surgindo ao longo da vida. Esta teoria acredita que o ser humano não se compõe de uma cabeça a ser treinada. Utiliza-se uma ética baseada no respeito às diferenças individuais como único meio de se atingir a igualdade social. sendo de ordem fisiológica. constituindo-se num todo significativo. com vistas à transmissão e apreensão do conhecimento. que é um ser singular.6. na atividade educativa. Com base nisso.5 Psicanálise O trabalho educativo orientado pela Psicanálise reconhece a individualidade de cada aluno e que não existe mo- delo único. único e dotado de um psiquismo regido por uma lógica específica. Para tanto.6 Gestaltpedagogia A premissa básica da Psicologia da Gestalt é que a natureza humana é organizada em partes ou todos. Esta é a tarefa daquele que quer educar. ele também é dotado de uma psiquê e sentimentos que vivem num corpo. Deve conservar o caráter integrativo do conhecimento. que é o que estabelece as condições para o aprender. implicar os sujeitos que o habitam. é também um indivíduo que participa das relações interpessoais e ocupa um lugar. Cabe ao educador. O sujeito. estabelecendo laços com o contexto social no qual está incluído. emocional e social e que tenta satisfazê-las na busca de um equilíbrio. a Psicanálise está muito atenta para a relação que se constrói entre professor e aluno. pois as necessidades só poderão ser satisfeitas medi- ante a interação do indivíduo com o meio. Esta unidade corpo-mente-alma-meio se influencia mutuamente. o ensino escolar normal não deve menosprezar o aspecto integrativo de todo co- nhecimento e de todas as matérias a serem interligadas. nem um sistema fixo de representações. deve ser capaz de perceber adequadamente a si próprio e a seu meio. a responsabilidade por construir e transmitir o mundo da convivência humana em que seu aluno está ou estará inserido. de alguma maneira. A ética do respeito e do reconhecimento. A partir Série Técnica .Manual de Psicologia Escolar/Educacional 29 . 6. humanizar o mundo dos seres humanos e. formando um todo significativo. pois desta forma o conhecimento do ambiente e do mundo chegará ao aluno inte- grado. que acabam divididas visando fins didáticos. pois este ignora o aspecto emocional. Esta aprendizagem mais efetiva proporcionará melhores possibilidades de inserção positiva na comunidade e no mercado de trabalho. que enfatizem o desenvolvimento da personalidade – dentro dos quatro pilares da educação para o Século XXI – e a conscientização do indivíduo quanto a seu contato com o meio.7 Considerações Finais O sistema escolar convencional demonstra a necessidade de se efetivar um modelo que ofereça condições de desenvolvimento global não só dos alunos. Este novo modelo deve inserir diferentes diretrizes pedagógicas. além dos aspectos cogni- tivos. 30 Coletânea ConexãoPsi . especialmente se reduzido ao processo mnemônico. As emoções podem e devem ser trabalhadas de forma positiva. fazendo-as objeto de conver- sa e discussão. A Gestalt condena o aprendizado somente cognitivo. 6. mas também de todos os envolvidos com educação. o ensino regular deve valorizar os aspectos psicológicos e sociais do aluno. permitindo ao aluno efetivamente alcançar uma aprendizagem integrativa. É necessário que se pense no trabalho com turmas menores e a inserção de currículos que privilegiem o desenvolvimento das múltiplas inteligências e habilidades solicitadas pelo mundo do trabalho.desta concepção. Orientação. métodos e material didático. 7. Apoio a iniciativas de qualidade de vida no trabalho (professores e funcionários). Proposição de ações de desenvolvimento profissional para professores e administração. Os focos de intervenção: a escola. Série Técnica . 7. intervenção e acompanhamento para dificuldades individuais e/ou de grupo (acadêmicas e/ou comportamentais). definição de concepções político-pedagógicas e participação em processos decisórios. grupos de troca de experiência e valorização profissional. 7. execução e avaliação de projetos que integrem o Projeto Político-Pedagógico de abrangência institucional (de longo alcance) e projetos mais restritos. direcionamento do trabalho com os pais. Apoio à articulação entre teorias de aprendizagem e práticas pedagógicas. a comunidade e os alunos A partir de uma atuação em equipe multidisciplinar. os professores. que auxiliem na melhoria e na otimização dos trabalhos pedagógicos e sociais.1 Nível Administrativo (A Escola como Administração) Apoio à elaboração do Projeto Político-Pedagógico: interação com equipe pedagógica. Suporte prático ao resgate e reforço da autonomia do professor.2 Corpo Docente (Professores) Apoio na definição de objetivos educacionais. os funcionários. Realização de diagnóstico institucional: identificação de particularidades de funcionamento de cada escola para posterior planejamento e implementação de ações. Elaboração. Promoção e/ou coordenação de atividades de desenvolvimento profissional: treinamentos especializados. o psicólogo escolar é um mediador e ao mesmo tempo um inter- ventor que oferece informações e alternativas para as diversas áreas e situações que envolvem o dia-a-dia das escolas. como: características da população estudantil. Elaboração de projetos em conjunto com toda a equipe escolar.Manual de Psicologia Escolar/Educacional 31 . grupos vivenciais. pesquisas. Proposição de medidas que visem a melhoria da qualidade acadêmica. Colaboração em atividades organizacionais: participação em processos de seleção de profissionais e intervenção situacional na mediação de conflitos. conteúdos. suas possibilidades e limites. limites. para posterior encaminhamento. Elaboração. momentos especiais na vida da família. entre outros) e participação social (conscientização de papéis sociais e cidadania responsável). prevenção ao abuso de substâncias químicas.). 7. Participação e/ou coordenação de reuniões multidisciplinares para discussão de casos (incluindo-se aqui profissionais externos envolvidos com o aluno em questão). disciplina. educação e prevenção (rendimento acadêmico. desenvolvimento bio-psico-social.). Desenvolvimento de propostas/programas que promovam o desenvolvimento de habilidades sociais significativas (convivência com o outro . psicólogos. na busca do fortalecimento do elo família-escola. em conjunto com a equipe pedagógica. Esclarecimento para a comunidade quanto ao papel da escola. etc. socialização. desenvolvimento e acompanhamento de projetos de educação sexual. prevenção de stress e Burnout. Apoio e promoção de atividades que estimulem a criatividade e o desenvolvimento dos potenciais individuais e coletivos. 7. saber. conviver e relacionar). Atendimento a situações de emergência psicológica que necessitem de intervenção imediata. etc. Acompanhamento e supervisão dos planos de intervenção individual e/ou grupal. intervenção e acompanhamento a casos especiais de inclusão. de planos de intervenção para alunos em risco. Identificação e encaminhamento de alunos a atendimentos especializados ao se detectar necessidades específicas. Participação em atividades que auxiliem a escola a cumprir suas finalidades sociais. 32 Coletânea ConexãoPsi . educação sexual. desenvolvimento e acompanhamento de projetos de prevenção à violência. Coordenação e/ou participação em reuniões para discussão de casos de alunos em acompanhamento profissional externo (fonoaudiólogos. Elaboração.3 Corpo Discente (Alunos) Elaboração. psicopedagogos. participação dos pais nos diversos momentos de vida de seus filhos e na escola. desenvolvimento e acompanhamento de projetos de prevenção ao uso de drogas. Elaboração.4 Comunidade (Pais e Vizinhos da Escola) Orientações a pais e familiares. Elaboração. relacionamentos. em especial.Orientação.ser. motivação. desenvolvimento e acompanhamento de projetos de apoio à construção da identidade pessoal (auto-estima. organização. Trabalhos direcionados ao apoio de iniciativas de qualidade de vida no trabalho: relações interpessoais. Palestras e atividades de esclarecimento. Em 2003. apesar de sua grande importância. Cultura e Esportes). gestores e profissionais da educação ainda desconhecem a Psicologia e os benefícios que esta ciência pode oferecer-lhes. como o incremento do próprio reconhecimento social da importância da Psicologia como um todo. Felizmente. Limitações internas: entre os próprios psicólogos ainda há divergências quanto ao reconhecimento desta área. já há profissionais e instituições construindo uma nova visão da Psicologia Educacional. a Constituição Federal orienta de quais devem ser as nossas metas na educação e. Se há problemas a serem resolvidos na educação brasileira.Manual de Psicologia Escolar/Educacional 33 . o que. 8. já se pode comemorar a existência deste trabalho em alguns municípios brasileiros. Isto se deve preponderantemente à carência de uma visão institucional e organizacional. Em seu 3º Capítulo (sobre Educação. é imprescindível que o psicólogo escolar/educacional. Políticas Públicas e Psicologia Escolar: os casos (municípios) onde há Psicologia Escolar A Psicologia Educacional/Escolar. sem dúvida nenhuma. salienta de que esta deve ser de qualidade e que a Psicologia tem uma grande contribuição a dar. além de atuar dentro de um padrão de excelência profissional. que isto nos sirva de bandeira para um empenho contínuo dentro e fora das esco- las. Os resultados obtidos precisam ser documentados e divulgados. Conscientização e vontade política precisam andar juntas para que as mudanças propostas sejam efetivadas. Série Técnica . elaborou um dossiê. do Conselho Regional de Psicologia da 8ª Região. Apesar dos percalços que a educação brasileira vem enfrentando ao longo dos anos. que precisa ser tratada de forma mais digna. procure ampliar as informações disponíveis a respeito do impacto deste trabalho dentro das escolas. dados os benefícios obtidos em decorrência de resultados alcançados. É do conhecimento de todos a dominância de uma visão ainda eminentemente clínica entre grande parte dos psicólogos em nosso país. ainda enfrenta circunstâncias limitantes internas e externas. restringe não só o campo de atuação. Para se colocar definitivamente no mercado de trabalho da educação. a Comissão de Psicologia Escolar/Educacional. nos artigos 206 (inciso VII) e 214 (incisos III a V). Limitações externas: usuários. no qual apresentava a situação dos projetos de lei que versavam sobre a inserção do psicólogo escolar/educacional. atingindo não só a classe profissional como também a população que desconhece estas informações. como todos aqueles que trabalham na escola. fisioterapeuta. atribuições que a Psicologia pode e deve assumir enquanto ciência do compor- tamento. desenvolvimento e convivência humana. ao definir a abrangência da educação fala de processos de formação. criem leis e mecanismos para sua efetivação social. no direito à cidadania e qualificação para o trabalho. Pela conscientização de políticos e governantes quanto à contribuição da Psicologia e demais profissionais (fonoaudiólogo. tor- nam esta uma ciência do fenômeno educativo e os psicólogos educacionais tornam-se educadores. convencidos da contribuição da Psicologia para a educação e que sabemos de sua importância na melhoria da qualidade educacional. no seu artigo 1º. O Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 53 fala do direito ao pleno desenvolvimento. 34 Coletânea ConexãoPsi . das áreas humanas e através de seu comprometimento social. Diante destes argumentos. assistente social) para a educação brasileira de forma que. temos dois caminhos: Pela mobilização dos profissionais da educação e usuários (pais e alunos) para reivindicar seu direito a uma educação com qualidade junto ao Estado. O artigo 70. deste mesmo documento. ao abordar o conceito de prevenção aponta mais um potencial campo de atuação da Psicologia com relação aos fenômenos danosos aos seres humanos. Uma vez que se entendem estes fenômenos como objeto de estudo e de atuação da Psicologia. comprometidos com seus discursos em prol de uma nação educada e instruída. que tem isto por dever. A LDB. Maior abertura para e educadores.Palestras informativas. de preconceitos e tabus. .Ambiente mais harmônico.Desinformação Social.Mais saúde sexual . responsáveis impunidade.Dinâmicas que trabalhem tolerância e frustração e promovam desenvolvimento da auto-estima. apenas aponta. O Cotidiano da Psicologia Escolar/Educacional A seguir um quadro com algumas situações escolares com suas possíveis causas. à violência. Problemas relacionados a: Possíveis Causas Sugestões de Estratégias Resultados Esperados Sexualidade . .Grupos de pais: trazer os pais para vivenciar a rotina. 9. da paz. .Normas claras e elaboradas em .Maior auto-controle.Dinâmicas de trocas de papéis que . .Alunos e funcionários mais .Preconceitos. . ambiente escolar. Violência .Manual de Psicologia Escolar/Educacional 35 . mediação de conflitos. . . e psicológica.Ausência de limites e de regras sociais . e comprometidos. tornando-os mais comprometidos e esclarecidos quanto à orientação de seus filhos. suas tarefas de modo eficaz.Permissividade social: incentivo .Problemas de origem familiar. sugestões de estratégias e resul- tados esperados. O quadro não se propõe a ser uma receita de soluções.Drogas lícitas e ilícitas. .Envolvimento de todos numa cultura .Falta de orientação dos pais . situações em que o psicólogo escolar tem possibilidades de atuar.Dinâmicas de resgate .Programa Aluno Destaque.Habilidades desenvolvidas .Dinâmicas que permitam a análise em casa quanto no . Série Técnica . mas não esgota. . . discussão do tema tanto .Treinamento de todos os envolvidos na para que possam executar claras. da sexualidade sadia.Regimento escolar mal divulgado ou conjunto com os alunos. . possam possibilitar que o indivíduo se coloque no lugar do outro.Grupos de discussões. Gráficos de avaliação de desempenho. . experiências profissionais.PS (Programa de Suporte).Avaliação psicopedagógica. estilos e ritmos de aprendizagem.Ensalamento. realidade.Conflito professor X aluno. dos alunos compreensão e valorização do que é conectem conhecimento acadêmico à . acompanhamento. . .Melhoria das condições de aprendizagem .Meta do rendimento mínimo (estudar criativo dos alunos. .Desconhecimento do estilo de .Superação do modelo de aprendizagem mecânica (memorização) em prol do modelo cognitivo/afetivo.Desmotivação. .Clarificação de papéis de cada protagonista.Ausência de consciência pedagógica. Exemplos). teorias - educacionais e pedagógicas de forma sistemática. metodologia e despreparo (enfoque de notas e títulos). que necessitem de auxílio de . .) para encaminhamento e .Falta de metas de aprendizagem. .Superação do modelo meritório programa. . 36 Coletânea ConexãoPsi . .Estratégias de valorização da educação .Melhoria dos resultados .Identificação de problemas do aluno. psicólogos clínicos. . aprendizagem do aluno. .Problemas ligados a conteúdo do . acadêmicos.Avaliação institucional.Melhora no rendimento rendimento . auto-estima.Dificuldade de aprendizagem.PAE (Programa deApresentação de (fonoaudiólogos.Avaliação pedadógica/ psicopedagógica. escola e estudo). . como um todo.Supervalorização nas notas. pais. .Oportunidades para troca de etc. de Melhoria). . profissionais externos clientela. psiquiatras.Falta de compromisso com a educação .Programa SIM (Sugestões Individuais .Auto-estima negativa. metodológicas que atinjam diferentes para passar).Limitações cognitivas/afetivas. alunos. . . Problemas relacionados a: Possíveis Causas Sugestões de Estratégias Resultados Esperados Problemas de .Planejamento aquém ou além da . metodologias impróprios ao nível . trabalho e de aprendizagem.Alienação acadêmica (não .Trabalho de incremento de . conteúdos e . do professor. Baixo .Proposição de atividades que acadêmico dos alunos.SMS (Sistema de Medição Semestral). .Oportunidades para estudo e discussão funcionários).Emergência do potencial . .Alunos motivados. de problemas educacionais. psicopedagogos. (de professores.Proposição de mudanças didático- . atenciosa e . nutridas. .Conteúdo descontextualizado.Ausência de regras e limites. periódicas com duração de 30 minutos para discutir e analisar as ações necessárias sobre o andamento da escola ou rede.Melhoria da qualidade qualidade .Regras têm que ser estipuladas e esperados.Prevenção ao agravamento .Aumento da motivação .Em casos críticos. . Furto .Dinâmicas.Discussão de soluções e inovações com relação a serviços para aumentar a qualidade na escola. aprendizagem por grupos de professores e alunos. .Falta de recursos pedagógicos.). .Programa Café (PC): reuniões das avaliações. encaminhamento.Orientação firme. cumpridas com o mínimo de exceções .Compensação das emoções não .Desmotivação docente.Metodologia inadequada. dos padrões sociais . .Reflexões periódicas a respeito do papel do professor. . consistente.Comportamento de enfrentamento. indesejado. das aulas .Pesquisa contínua de melhores práticas . . (modelos sociais). .Reforçamento de atitude inadequada.Aumento de atitudes dentro . etc. Problemas relacionados a: Possíveis Causas Sugestões de Estratégias Resultados Esperados Baixa . figura de autoridade. aprendizagem por projetos. . e alternativas de ensino (círculos de das aulas.Influências negativas possíveis para estabelecimento de da marginalidade. especialmente preventivas.Melhora nos resultados .Reflexões periódicas sobre conteúdos do programa acadêmico. colaborativos. para trabalho de valores e afetos. Série Técnica .Manual de Psicologia Escolar/Educacional 37 . cultura.Intolerância à frustração. . . evitando problemas de comunicação e informações pertinentes ao momento da escola.Redução do comportamento . .Redução dos casos e por parte da Escola. quanto política. via professores tanto profissional valorização do educador. . .Auto-estima negativa dos próprios resgate do valor social do educador. amigos). desenvolvimento da auto-estima e .Estrutura familiar frágil.Proposição de mudanças . convívio social.Encaminhamento a especialistas rebeldia (psicólogos). desmotivados profissão.Curiosidade. . .Estrutura pessoal. . . . instrumentalização pedagógicos. .Condições precárias de trabalho.Solidariedade. des.Redução dos índices de .Reforçamento de comportamento (coletividade. .Superproteção ou omissão parental.). Falta de .Trabalho de aceitação e adaptação consumo de drogas. . etc. . qualidade de ensino.Permissividade por parte de pais e/ou .Encaminhamento a especialistas.Mudança significativa na vida da e da Constituição. .Normas e regras bem estabelecidas e .Busca de identidade. sindicato.Influências (mídia. (dupla mensagem) ou inconsistentes . .Aluno melhor adaptado ao limites. encaminhamento ao .Prevenção.Caso necessário.Falta de reconhecimento social da . de atualização e para o incremento da . contínuos.Estrutura social instável.Estudo e discussão da Legislação LDB .Apoio a movimentos pela melhoria das .Treinamento de professores. educadores.Construção de valores sociais (marginalidade). aplicadas adequadamente pela Escola. . ausência de recursos físicos. negativo. doméstica.Ausências de políticas públicas de condições salariais e de trabalho. respeito.Fortalecimento da classe de .Modelos sociais inadequados. delinqüência . urbanidade). .Programas de desenvolvimento . acompanhamento separação. obediência e . companhias. abuso infantil. a limites.Busca de desafios/limites.Promoção de ações multidisciplinares para a busca de soluções dos problemas educacionais de cada escola. profissional efetivos.Baixos salários. Problemas relacionados a: Possíveis Causas Sugestões de Estratégias Resultados Esperados Uso . Professores .Programas de apoio ao . Conselho Tutelar. acadêmico dos alunos.Em casos extremos. . professores (escola). de Drogas .Mensagens conflitantes .Professores motivados.Formação deficitária. violência do caso pela Escola e Conselho Tutelar. agres.Orientação aos pais. . sividade.Melhora no desempenho .Programas de prevenção amplos e . ou dos pais. cidadania. criança (presença de um novo irmão. . 38 Coletânea ConexãoPsi . . Identidade ainda não definida. exigências do mercado de trabalho. . testes. . tendência à dispersão. informações sobre as diversas . palestras. Evasão . pelo aluno. sociais. .Manual de Psicologia Escolar/Educacional 39 . Dúvidas com . .Alterações da atenção.Fazer com que os alunos promovam eventos.Redução da ansiedade.Embora as causas sejam de origem principalmente quanto a física.Falta de informações ou ausência de . . . Problemas relacionados a: Possíveis Causas Sugestões de Estratégias Resultados Esperados Distúrbio do . festas. .Trazer a comunidade para participar.Inserção social na escola e na escolar . (DDA) com . .Dificuldades de aprendizagem. dinâmicas e trabalho e sobre si mesmo. hiperatividade não apresentar hiperatividade física.Falta de incentivo da escola.Adaptação ao ambiente Atenção e mental.Conflito entre os desejos dos entrevistas. . .Avaliação com equipe multiprofissional .Redução dos sintomas.É importante salientar que uma pessoa diferencial e tratamento específico.Orientação aos pais. . relação à clareza e orientação sobre a realização de mini-cursos. Déficit de da velocidade da atividade física especializada (psicólogo.Orientação sobre as profissões.Necessidades básicas não supridas.Adequação do aluno ao ano. etc.Orientação vocacional. neurologista) visando diagnóstico educacional. os sintomas podem ser agrava desmistificação do distúrbio.Valorizar as habilidades dos alunos. como: jogos. etc. especializado e acompanhamento . dos por ambiente inadequado. . Série Técnica . impulsividade e . acompanhamento supervisionado mas jamais deixará de apresentar forte desse plano. com conhecimento das áreas de .Necessidade de trabalhar.Maior valorização da escola . .Avaliação psicopedagógica: .Reorganização do ambiente ou sem com comportamento DDA pode ou .Conscientização do aluno com relação à importância da escola.Diversidade e mudança rápida das profissões. quermesses. com .Orientação a pais e professores .Falta de incentivo familiar. . .Escolha baseada em profissão a as profissões.Tornar o ambiente escolar mais atraente e menos punitivo. psiquiatra. .Elaboração de plano de intervenção e pedagógico. familiares e o desejo próprio.Ampliação das relações do caso. encaminhamento profissional comunidade. informações aumento do seguir . . . 2000. Juruá. José Luiz. Alunos-problemas?professores despreparados. ANTÓN. 1981. Cabral Neto (Orgs. Educa-se uma criança? P. 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ANOTAÇÕES ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ . ANOTAÇÕES ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ . ANOTAÇÕES ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ .
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