Ambientes Lacustres e sua Sedimentao (Projeto Modular 2 mdulo-2009)

March 24, 2018 | Author: João Paulo Alcântara | Category: Lake, Organic Matter, Sea, Desert, Sediment


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UNIMONTECENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT Fernando Valentino de Oliveira Leandro Escobar Cáprio Paulo Sérgio Soares Thiago Paulino Dantas AMBIENTES LACUSTRES E SUA SEDIMENTAÇÃO Santos 2009 1 Fernando Valentino de Oliveira Leandro Escobar Cáprio Paulo Sérgio Soares Thiago Paulino Dantas AMBIENTES LACUSTRES E SUA SEDIMENTAÇÃO Trabalho de Conclusão de Projeto Modular apresentado ao Centro Universitário Monte Serrat como exigência parcial para a conclusão do Segundo Ciclo do Curso de Tecnologia em Petróleo e Gás Orientador: Prof.(a). Mariangela Oliveira de Barros Santos 2009 2 Fernando Valentino de Oliveira Leandro Escobar Cáprio Paulo Sérgio Soares Thiago Paulino Dantas AMBIENTES LACUSTRES E SUA SEDIMENTAÇÃO Trabalho de Conclusão de Projeto Modular apresentado ao Centro Universitário Monte Serrat como exigência parcial para a conclusão do Segundo Ciclo do Curso de Tecnologia em Petróleo e Gás Orientadora: Prof. Mariangela Oliveira de Barros BANCA EXAMINADORA: _________________________________________________________________ Nome do examinador: Titulação: Instituição: ___________________________________________________________________ Nome do examinador: Titulação: Instituição: _________________________________________________________________ Nome do examinador: Titulação: Instituição: Local: Centro Universitário Monte Serrat – UNIMONTE Data : ____/____/ 2009 3 .(a). para especificar sua constituição química e sedimentológica. eles são estudados pela limnologia.Sua visível importância para alguns sistemas petrolíferos ao redor do mundo acarretou em um aumento significativo dos estudos dos lagos existentes e bacias sedimentares geradas por lagos ancestrais. sedimentologia e geologia do petróleo. A pesquisa foi realizada. provando assim que merecem maior atenção por parte dos estudiosos. sua relação com a formação de rochas geradoras e sua importância na produção de petróleo mundial. principalmente. A importância das bacias de lagos é tão grande para certos sistemas petrolíferos que. localizada na margem leste do Brasil.RESUMO Lagos são basicamente corpos de água acumulados naturalmente em depressões topográficas e totalmente cercados por terra. Também foi desenvolvido um estudo de caso da bacia de Camamu. no Estado do Bahia. com base em publicações da área de limnologia.realizou-se uma pesquisa para melhorar o entendimento sobre os sistemas deposicionais lacustres. Sedimentação.em alguns países. Limnologia 4 . chega a representar ate 95% das reservas conhecidas. Palavras Chave: Lagos. A case study about Camamu basin. Estate of Bahia. The importance of lake basins is so great for certain petroleum systems in some countries that they represent up to 95% of know that they deserve grater attention from scholars. Keywords: Lakes. sedimentology and petroleum geology. located in lest cost of Brazil.ABSTRACT Lakes are basically bodies of water naturally accumulated and completely landlocked in topographic depressions. Sedimentation. they are studied by limnology. 5 . Their visible importance for some petroleum systems around the world resulted in a significant increase of the current studies of lakes and sedimentary basins generated by ancient lakes. The research was based on publications in the area of limnology. was also developed in order to specific its chemical composition and sedimentary deposits. The research was carried out in order to enhance knowledge about the depositional lacustrine systems. their relationship with source rocks and their importance for worldwide oil production. Limnology. 2 SEDIMENTOS....................................................................08 2........09 2............2.......................................................................................4 RELAÇÃO COM O PETRÓLEO......................................CONCLUSÃO......................2 OBJETIVO...............................SUMÁRIO CAPÍTULO 1 1........................................14 2......3 ESTUDO DE CASO..........1...................12 2.................2..............................................................................................................1 SEDIMENTAÇÃO EM LAGOS.....................................................................................................................................2 ACUMULAÇÕES DE MATÉRIAS ORGÂNICAS EM LAGOS.................................................................2 AGENTES DE FORMAÇÃO DE LAGOS E LAGOAS....17 2..............07 1...............................26 6 .....................................................................1.............................................1 ORIGEM...............2................1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS LAGOS..............................11 2.............1................................08 2.........................................................................................................................3 OUTRAS TEORIAS SOBRE LAGOS E LAGOAS..............1 INTRODUÇÃO...............................3 DINÂMICAS DE ÁREA........25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........14 2.............................................................21 CAPÍTULO 3 3 ....................07 CAPÍTULO 2 2.....................12 2...... CAPÍTULO 1 1. bem como àqueles que não influenciam diretamente.OBJETIVO O Objetivo deste projeto é descrever e identificar os tipos de ambientes lacustres. tipos de matéria orgânica.2 . suas características favoráveis a formação de rochas geradoras de petróleo. sua hidrodinâmica. sedimentação. relacionando tipos de depósitos e os ambientes com o objetivo de ter uma melhor compreensão sobre os sedimentos. períodos de seca e chuva. origem e espessura dos pacotes sedimentares. 7 . além de associá-los às áreas de ocorrência dos fenômenos naturais. Este projeto possui também o objetivo de entender o processo gerador de petróleo em ambientes lacustres. como suas características de profundidade. dentre outros fatores importantes para a formação desses ambientes.1 – INTRODUÇÃO Este projeto ira tratar de ambientes lacustres e sua sedimentação. seguindo por estudos de casos específicos e finalizando com sua relação no sistema petrolífero 1. mas colaboram para a formação de lagos através de correntes fluviais e marinhas. iniciando pelos processos de formação de lagos e sua sedimentação. 1 . totalmente cercada por terra.recebem o nome de mar (restritos. Podem-se encontrar vestígios de datação quanto à sua formação nos sedimentos neles registrados. Os lagos também são designados “Sistemas Lênticos” (origem latim: lentus. enquanto os maiores . ocupando uma determinada bacia e não conectado com o oceano.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS LAGOS De acordo com as definições de Tundisi e Tundisi (2008). um lago é um corpo de água estacionário.1. que conseqüentemente os torna cada vez menores e mais rasos. (querogênio) 2Lacustre Profunda composta por fácies de água doce/salobra e com querogênio dominante do tipo I. A morfologia e a morfometria dependem dos processos de formação dos lagos. 8 . De acordo com Forel (1892). com ondas.ORIGEM 2.como o Cáspio. Os de menor superfície são por vezes chamados lagoa. 3Evaporítica constituída por depósitos de água salina e hipersalina e com matéria orgânica dos tipos I e I-S. geralmente dentro de uma bacia hidrográfica. Exibem os mesmos movimentos das águas oceânicas. Lagos naturais tem um tempo de vida curto no ponto de vista geológico. por exemplo . por serem áreas onde predomina o processo de sedimentação.CAPÍTULO 2 2. salobra ou salgada e variam em forma. o estudo geomorfológico nos ajuda a entender a origem dos lagos e os processos de formação. Morfologia dos lagos é o estudo de sua forma em relação à gênese do sistema. tais como diatomáceas. sem ligação com o oceano). tamanho e profundidade. Os lagos podem ser de água doce. lago é o nome genérico dado a toda massa de água que se acumula de forma natural numa depressão topográfica. significado: lente). zooplânton e a famosa datação por C14. (querogênio) Ainda segundo Tundisi e Tundisi. marés e correntes Carrol e Bohacs (2001). propõem a existência de três tipos de água de água lacustre: 1Lagos Flúvio-Lacustre que são caracterizados por depósitos de água doce e com matéria orgânica dos tipos I e II. Alguns organismos contidos na estratigrafia dos lagos podem ser fundamentais para a sua datação. são eles: 1 – Tectônico 2 – Vulcânico 3 – Movimento de Terreno 4 – Glaciação 5 – Lagos de Solução 6 – Ação Fluvial 7 – Por Ação do Vento 8 – Na Costa 9 – Acumulação Orgânica 10 – Construído por Organismos 11 – Impactos de Meteoritos 1 – Lagos Tectônicos O lago é formado pelo movimento da crosta. os lagos de origem tectônica em geral são os mais longos no tempo geológico e apresentam as maiores áreas superficiais e profundidade.1. como falhas ou depressões (fossas Tectônicas) Ex: Lago Baikal (Sibéria) e lago Vitória (África).AGENTES DE FORMAÇÃO DE LAGOS E LAGOAS Hutchinson (1957). possuindo portanto um maior potencial petrolífero. Segundo (Katz 1995).2 . identifica 76 tipos de lagos agrupados em 11 agentes de formação.2. 9 . Ex: Rio Amazonas e Rio Paraná. podem dar origem a lagos por barramento de vales. e acaba isolando o velho caminho. 10 . na maioria busca um novo atalho. As lavas com a erupção podem barrar rios. 5 – Lagos de Solução Lagos que são formados através da ação de água de percolação em rochas solúveis. que posteriormente ao ser barrado.2 – Lagos Vulcânicos Quando temos concavidades não drenadas naturalmente. Os rios que tem no seu ciclo vários pontos de formação em U são mais propícios de ocorrer esse fenômeno. Alguns sedimentos podem obstruir o ciclo de algum rio. formando assim pequenos lagos. Lagos que são formados pela dissolução de CaCo3. 6 – Lagos Formados por Atividade Fluvial. 3 – Lagos por Movimentação de Terreno Movimentos de rochas ou de solos em grande proporção resultantes de eventos meteorológicos anormais. como chuva ou tectônicos como terremotos. Ex: lagos do distrito de lagos da Inglaterra. lagos da Finlândia e lagos alpinos. Esses lagos são encontrados nas regiões da península Balcânica e no Estado de Minas Gerais. 4 – Lagos Glaciais Eventos Catastróficos provocam deposição ou corrosão das massas de gelo e degelo. Ex: Lago Kivu (África Central). sendo assim ele forma um lago isolado. podemos obter uma série de lagos vulcânicos. procura uma rota alternativa. esses lagos logo se decompõe. devido à rápida erosão da não consolidação. geralmente em regiões com muita atividade tectônica. 9 & 10 – Lagos Formados por Organismos e Depósitos de Origem Orgânica Com o crescimento de plantas e detritos podem ocorrer barramentos em rios e depressões.3 . Esses lagos são inconstantes. são evidenciados processos fluviais. 8 – Lagoas Costeiras Deposições de material na costa. podem originar lagos costeiros. acumulando muita matéria orgânica: Lagos da região Ártica. quando ocorreu o surgimento da grande maioria das lagoas costeiras do Brasil. que com o acumulo de água da chuva pode formar um lago. que ocorreram a partir do Pleistoceno e se prolongaram até os últimos dois mil anos do Holoceno.1. e podemos ter períodos de água salobra e doce no lago. assim como deposito de Dunas podem ser agentes formadores de lagos. Lagos desse tipo de ocorrência são muito raros no planeta. eólicos e flúvio-marinho ou uma combinação deles. Ocorrem em regiões desérticas da América do Sul e regiões áridas dos EUA. pela formação de dunas dando origem às represas naturais. as lagunas e lagoas costeiras têm sua origem vinculada aos processos transgressivos do mar. além dos processos marinhos. em regiões onde existem bacias. quando sofrem evaporação.OUTRAS TEORIAS SOBRE LAGOS E LAGOAS Conforme Esteves (1988). como o barramento de córregos já existentes. Segundo Gomes (1998). 2. 11 . tornando-os grandemente salinos. em conseqüência destes processos são encontrados tanto ecossistemas lacustres de água doce. Depressões formadas pelo vento. porque só são capazes de se manterem abastecidos durante o período de cheia ou chuvas. com alguns apresentando caráter sazonal. 11 – Lagos de Origem Meteorítica Uma depressão causada pelo impacto de um meteoro. Na formação das lagoas costeiras. esse processo juntamente com a possível atividade de castores pode levar a origem de vários pequenos lagos. Onde ocorre muitas vezes uma separação insuficiente.7 – Lagos Formados por Ação do Vento. Um 12 . Segundo o Prof. e mais escura no inverno devido à precipitação argilosa rica em matéria orgânica.2.2 . 2. Os lagos originados por processos fluviais são os de maior representatividade em um país como o Brasil que abrangem uma enorme rede hidrográfica e onde estão localizadas quatro das maiores bacias fluviais do planeta (Amazonas. que normalmente ficariam em suspensão em ambientes mais agitados. segundo Junk (1989).permanecendo. No entanto. quanto outros possuem longas vidas. depositam-se essencialmente gesso. No lago mais salgado do mundo a concentração é de 280 g/l ( Mar Morto). Esta sucessão de seqüências com dois termos ou varves é muito freqüente nos lagos de origem glaciária. cabendo ressaltar que. Os lagos formados nas planícies de inundação alimentam e mantêm o funcionamento de diversos ecossistemas de planície.1 . secos no período de estiagem e cheios no período chuvoso. Fábio Bráz a origem mais comum para os lagos está relacionada ao afloramento de aqüíferos suspensos ou confinados. de potássio e magnésio. a precipitação de carbonatos e de uma sedimentação mais grosseira. portanto.SEDIMENTAÇÃO EM LAGOS De acordo com Tundisi & Tundisi (2008). o que favorece no verão. a principal característica de ambientes lacustres é sua baixa hidrodinâmica o que permite a deposição de materiais de baixa granulometria tais como o silte e a argila. mas também se encontra nas barragens hidrelétricas construídas nas montanhas. cloretos e brometos de sódio. Os sedimentos de origem química são principalmente depósitos salinos nos lagos de clima desértico. a origem de Ambientes Lacustres está associada à ocorrência de fenômenos naturais de natureza geológica ou de natureza antrófica como represas e barragens. Madeira e Paraná). e alguns recebem água apenas nas marés altas.SEDIMENTOS 2. como é o caso das Lagoas em estudo. Negro. consistiu-se também como uma área de deposição sedimentar constante. evolui por processos de incarbonização quer para hidrocarbonetos quer para turfa (Tundisi & Tundisi. Quando a matéria orgânica se decompõe ao abrigo de ar. Existem poucos lagos de sedimentação calcária. encontrando-se os mais conhecidos na Austrália e na Namíbia.bom exemplo deste tipo de sedimentação é a que se verifica no lago Kara-Boghaz. por exemplo. podem afetar drasticamente os sistemas deposicionais. Nos lagos os fatores químicos e/ou biológicos têm um peso tão grande ou até maior do que os físicos (Rust. Quando a matéria orgânica se decompõe ao abrigo de ar. principalmente sulfatos. depositam-se nas margens e no fundo do golfo. golfo do mar Cáspio. características físico-químicas da coluna d’água e condições de produção e preservação de matéria orgânica o que podem levar à formação de rochas sedimentares como lamitos (maciças) e folhelhos (em lâminas) (Kelts. Nele não deságua nenhum rio e se comunica com o mar por um estreito de 200 m de largura. sobretudo no verão por causa da evaporação intensa e bem menos intensa no inverno quando a água é mais fria. 2008). 13 . com a profundidade de 6 m. fatores tectônicos e climáticos. isso porque os sais são menos solúveis na água fria do que na água quente. Os sedimentos de origem orgânica procedem principalmente nas plantas herbáceas e no plâncton que se depositam após a sua morte. e acabam apresentando variações mais bruscas . 1988). evolui por processos de incarbonização tanto para hidrocarbonetos quanto para turfa. com 200 km x 130 km de comprimento e com a profundidade de cerca de 10 m). Devido a seu menor tamanho os lagos são mais suscetíveis a mudanças ambientais do que as bacias marinhas. Os principais fatores que regem a sedimentação em rios e lagos podem ser divididos em físicos. Conforme Soreghan & Cohen (1996). Os sedimentos de origem orgânica procedem principalmente nas plantas herbáceas e no plâncton que se depositam após a sua morte. Os sais. químicos e biológicos. 1982). envolvendo a interação entre diversas formas de carbono orgânico e inorgânico particulado e dissolvido. propõem que fases de nível de lago baixo correspondem a períodos de menor escoamento superficial e conseqüentemente de retenção de sedimentos nas áreas de drenagem. ao contrário do que se observa nas bacias marinhas. No que se refere ao equilíbrio do aporte sedimentar. nas bacias em que a subsidência é preponderante. lagos em que a entrada de sedimento é maior do que a saída (balanço negativo). enquanto lagos em que a saída destes sedimentos é predominante (balanço positivo) são dominados por progradações deltaicas. temos surgimento de lagos profundos.2. O tipo de matéria orgânica preservada nos depósitos lacustres é controlado por diversos fatores tais como o clima. enquanto que as fases de nível de lago alto estão relacionadas a períodos de maior fluxo de água e aporte sedimentar para o lago. Buoniconti & Scholz (2001).2 ACUMULAÇÕES DE MATERIAS ORGANICAS EM LAGOS A quantidade de matéria orgânica preservada num sistema lacustre é basicamente o resultado do balanço entre a biomassa produzida dentro do lago (autóctone) e/ou trazida de sua área de drenagem (alóctone) e a quantidade de biomassa alterada e reciclada na coluna d’água e nos sedimentos. normalmente usados no estudo de bacias marinhas é dificultado pelas diferentes taxas de mudança nos fatores que controlam o desenvolvimento das sequências desses ambientes. costumam ser salinos e efêmeros. Já com relação ao balanço hidrológico. O ciclo do carbono nos sistemas lacustres na verdade é muito complexo.2. podem ser classificados quanto ao regime hidrológico como abertos e fechados.2.DINÂMICAS DE ÁREA Lagos de origem tectônica não devem ser tratados como “pequenos oceanos” (Scholz et al. O conceito de lagos. Os sistemas lacustres segundo Scholz & Rosendhal (1998). tendem a formarem-se lagos rasos ou pântanos. 1988). No Lago Molawi (África Oriental). tamanho e profundidade do lago e topografia de sua área de drenagem (Kelts 1988).3 . 2. A deposição de lobos turbidíticos ocorreria durante fases de nível de lago alto. por exemplo. enquanto que nas bacias em que o último fator prevalece. Os abertos possuem fluxo superficial de água 14 . Da mesma forma nos lagos onde a camada mais profunda da coluna d’água é mais salina do que a rasa. por outro lado. o aquecimento das águas superficiais durante o verão provoca a estratificação da coluna d’água enquanto a diminuição da radiação solar no outono resfria o epilímnio. caracterizada por uma marcante queda de temperatura com a profundidade (Termoclima) e uma camada de águas mais densas com temperaturas relativamente uniformes e mais frias (Hipolímnio). o contraste de densidade também pode impedir a circulação. Evidências sedimentológicas e geoquímicas de lagos atuais indicam que as flutuações de nível nos lagos são mais dramáticas do que nos oceanos. homogenizando a temperatura e provocando a circulação da massa d’água. temperatura e salinidade da água. Wetzel (1983) descreve que o fenômeno fundamental na dinâmica dos sistemas lacustres é a estratificação térmica da coluna d’água. também relata que em lagos muito profundos a estratificação da coluna d’água pode manter-se estável por longos períodos de tempo. A profundidade da termoclima é função direta da velocidade e da distância percorrida pelo vento sobre a superfície do lago denominada de “Fetch” (Wetzel). área e profundidade do lago e regime de ventos. como resultado da má distribuição do calor solar absolvido pelas camadas superficiais. se desenvolve uma camada superficial de água menos densa e com uma temperatura relativamente uniforme e quente (Epilímnio).e linhas de praia relativamente estáveis. Em relação ao padrão de estratificação/circulação de água. 1997) ou por um influxo de água doce subseqüente a uma fase de aridez acentuada. a Termoclima separa uma parte da coluna d’água que regularmente é submetida à renovação (Mixolímnio) e outra parte mais profunda que se mantém isolada (Monimilímnio). com eventuais períodos de circulação nas fases de clima mais amenos. Em regiões tropicais. a resistência da estratificação térmica dos lagos dependem de diversos fatores como: clima. Segundo Esteves (1988). Para o restante da massa d’água. podendo alcançar centenas de metros em poucos milhares de anos. enquanto os fechados não têm fluxo e evaporação. 15 . Neste último tipo de lago. quando a circulação envolve toda a coluna d’água renovada. os lagos são classificados como holomíticos. Nos lagos situados em regiões temperadas. Tal contraste pode ser causado pelo aporte de águas salinas provenientes de fontes hidrotermais como o Lago Kivu (Degens et al. lagos tendem a permanecer estratificados durante a maior parte do ano. Katz (1990). por sua vez. Em lagos rasos a salinidade é geralmente homogênica. 16 . a decomposição da matéria orgânica formada na zona fótica. enquanto em lagos profundos e estratificados. e Keltz (1998). dependem de sua profundidade e seu padrão de estratificação e circulação. observando-se de modo geral um decréscimo da produtividade primária com o aumento de salinidade.Serruya & Tilzer (1990) descrevem que mantidas constantes as condições climáticas e a intensidade dos ventos. a camada mais profunda pode permanecer isolada acarretando o desenvolvimento de condições anóxicas permanentes. Por outro lado. quanto maior a área superficial do lago. Nos lagos atuais observa-se uma relação direta entre a área do lago e a profundidade da termoclima (Olsen & Palatas 1990). que produzem explosões de produtividade em lagos hipersalinos. Como o transporte de oxigênio na água por difusão molecular é pouco eficiente. Em lagos com alta produtividade primária. Segundo Katz (1995). maior é a sua distância “Fetch” percorrida pelo vento e conseqüentemente mais profunda estará a termoclima. A atividade dos organismos também influência diretamente o grau de oxigenação. 1998). A salinidade da água é condicionada a abundancia e variedade de organismos dos ecossistemas lacustres. organismos adaptados às condições de alta salinidade podem ser favorecidos. pode haver um hipolíminio. que pode se tornar anóxico. como algas verdes do gênero “Dunaliella”. As variações de salinidade ao longo da coluna d’água de um único lago. resulta num grande aumento de consumo de oxigênio no Hipolímnio. Dentre os quais se destacam a composição das rochas na área de drenagem e o balanço hidrológico do lago. e relatam que em alguns casos. a água dos lagos podem variar de doce a hipersalina em função de uma série de fatores. sua quantidade ao longo da coluna d’água é fortemente controlada pelo padrão de estratificação e circulação da massa d’água. Katz (1990). Nos Lagos Meromíticos como a circulação não envolve toda coluna d’água. em lagos com baixa produtividade primária podem prevalecer condições óxicas ao longo de toda coluna d’água (Esteves. ESTUDO DE CASO BACIA DE CAMAMU Figura 01: Localização da Bacia de Camamu na margem leste do Brasil. tendo como limite norte a Bacia do Recôncavo e Jacuípe.pdf A Bacia de Camamu.org.3 . Modelo numérico de terreno gerado a partir da base de dados ETOPO2-GLOBE (2002). 17 . faz parte do conjunto de bacias da margem leste associadas com a quebra do Gondwana e subseqüente abertura do Oceano Atlântico.portalabpg. por toda a margem leste desenvolveu-se um sistema de rifts continentais devido a este esforço de ruptura. gerando nestas bacias um pacote sedimentar fundamental para a formação dos sistemas petrolíferos da margem brasileira. situada na costa central do Estado da Bahia (figura 01). e limite sul a Bacia de Jequitinhonha.br/PDPetro/3/trabalhos/IBP0176_05. relatam que a bacia lacustre de Camamu teve origem meso-cenozóica e.2. Referências: http://www. Ponte & Asmus (1976). O melhor exemplo de Formação de Rochas Geradoras Lacustres é a Bacia de Camamu. 2 . portanto. 2 . descrevem que a evolução tectono-sedimentar da Bacia de Camamu pode ser descrita como uma sucessão dos seguintes estágios: 1 . em conseqüência destes processos também são encontrados ecossistemas lacustres de água doce.Pré-rifte. relata que lagunas e lagoas costeiras têm sua origem vinculada aos processos transgressivos do mar. com pequenas intercalações de arenitos finos. das formações Algodões.160 m. sendo constituídas essencialmente por folhelhos cinza-escuros a esverdeados. como o barramento de córregos já existentes. Seguindo o modelo da margem continental brasileira. alguns recebem água apenas nas marés altas. representado pelos depósitos lacustres eocretáceos das formações Morro do Barro e Rio de Contas. Rio Doce e Caravelas (Netto & Ragagnin. pela formação de dunas dando origem às represas naturais. 18 . Na formação das lagoas costeiras.marinhos ou uma combinação deles. além dos processos marinhos. As formações Rio de Contas e Morro do Barro alcançam uma espessura total de 1.Rifte. são evidenciados processos fluviais. permanecendo. Na Formação Rio de Contas há um intervalo com cerca de 90 m de espessura e com uma profundidade aproximada variando de 1. onde predominam calcilutitos e margas de coloração creme e cinza-claro (Andreoli et al. secos no período de estiagem e cheios no período chuvoso. Segundo Gomes (1998). com alguns apresentando caráter sazonal. 2000). 1990. que compreende os sedimentos transicionais aptianos da Formação Taipus-Mirim e os estratos marinhos cretáceos e terciários. NE do Brasil. Urucutuca. que ocorreram a partir do Pleistoceno e se prolongaram até os últimos dois mil anos do Holoceno quando ocorreu o surgimento da grande maioria das lagoas costeiras do Brasil. eólicos e flúvio. Sergi e Itaípe.070 m a 1.451 m. Ponte & Asmus (1976). que agrupa os sedimentos flúvio-lacustres juro-eocretáceos das formações Aliança. Gonçalves et al. 2003).Drifte.Esteves (1988). indicando uma mudança para um clima mais úmido. seguidos pelos macerais do grupo da liptinita e pela matéria orgânica lenhosa (traços até 5%). Na bacia de Camamu. Scholz et al 1998). 1996) integrados a dados obtidos nas bacias do Recôncavo e Tucano (Picarelli et al. em linhas gerais o nível de umidade na região de Camamu e do Recôncavo diminuiu do Rio da Serra ao Aratu. os dados de índice de coloração de esporos e reflectância da vitrinita determinados através das análises petrográficas e os valores de temperatura máxima (Tmax) medidos pela pirólise indicam que a seção estudada apresenta um baixo grau de evolução térmica. o acontecimento dessa evolução torna-se crucial para reconstruções paliolimnológicas. G. 1990. O Andar Aratu. Conforme verificado por vários autores. Segundo Gonçalves (1997). com um aporte crescente de água doce. estudos estratigráficos e de subsidência mostram que a formação Rio da Serra é caracterizado por intensa atividade das falhas nas bordas do rifte e de rápida subsidência.. a evolução dos riftes e o relevo das áreas próximas a eles exercem um forte controle sobre os tipos de sedimentos depositados na bacia lacustre. sugerindo um clima ainda mais úmido. enquanto que na formação Aratu e Buracica essa atividade assim como a taxa de subsidência foram mais calmas (E. O Andar Jiquiá também mostra um aumento da abundância de algas do gênero Botryococcus. voltando a aumentar do Buracica para o Jiquiá (Picarelli et al.Dados palinológicos de poços de Bacia de Camamu (Picarelli & Grillo. 1993) indicam que a passagem do Rio da Serra inferior para o Rio da Serra médio caracteriza-se por uma redução brusca na abundância de conchostráceos. acompanhada pelo aumento na proporção de esporos triletes. na formação Rio de contas análises de petrografia orgânica indicam que os pelitos da seção rifte no poço estudado são constituídos essencialmente por matéria orgânica amorfa (maior que 90%). 19 . indicando condições climáticas novamente mais úmidas. 1993). Os andares Buracica e Jiquiá apresentam um aumento relativo na diversidade e na quantidade de esporos de pteridófitas. Estes resultados sugerem uma origem predominantemente autóctone (fitoplanctônica e/ou bacteriana). é caracterizado pela baixa diversidade palinológica e presença abundante de Classopolis indicando um clima seco. Com relação ao nível de maturação. Ou seja. por sua vez. sem aporte significativo de vegetais terrestres. Lambiase. Coluna estratigráfica generalizada da Bacia de Camamu. sob condições climáticas de aridez crescente. de água doce a salobra. aumentou a quantidade de nutrientes. deste modo. (1994) e Gonçalves et al. com o aumento da oxigenação da coluna de água. Com a entrada e circulação de mais água no lago e por ele ser mais iluminado (região fótica). índices de hidrogênio moderados a autos e matéria orgânica enriquecida em ¹³C. mas desfavorece a produção dela. conseqüentemente sua biomassa. Dando origem a rochas geradoras com autos índices de hidrogênio. a maior parte da coluna de água era anóxica. tendo como base neste cenário são propostos modelos distintos de paliolimnologia para as rochas geradoras das formações Morro do Barro e Rio de Contas.Na formação Rio da Serra a bacia de Camamu era um lago profundo. estreito e limitado por falhas. com uma termolina estável e relativamente rasa. mas por outro lado. depositaram-se em um lago mais raso e amplo. teores de carbono orgânico moderados a altos e matéria orgânica debilitada em ¹³C. Na formação Morro do Barro por ser o lago mais profundo. o que favorece a preservação da matéria orgânica. formando rochas geradoras com autos teores de carbono orgânico. a coluna de água manteve-se estatigrafada. Figura 2. Já as rochas geradoras da formação Rio de Contas. (2000) 20 . Adaptado de Netto et al. pioram as condições de preservação da matéria orgânica. de água salobra a doce. e Carrol & Bohaes (1999). 1997. a natureza da biota. sedimentos ricos em matéria orgânica de origem lacustre são responsáveis pela geração de apenas uma pequena parte das reservas mundiais de petróleo. . Sumatra. Também é importante mencionar a existência de uma variedade particular de querogênio do tipo I. geradas por sedimentos marinhos. 21 . 1993). aporte sedimentar e balanço hidrológico. caracterizado por ser mais rico em hidrogênio e portanto. descreve que em algumas regiões como (Indonésia. a natureza e arquitetura dos depósitos sedimentares e a distribuição e potencial das rochas geradoras de petróleo. os sedimentos lacustres depositados nas bacias Rifte Eocretácicas da margem continental deram origem a mais de 90% das reservas de petróleo. Esses diversos parâmetros geoquímicos e dados geológicos podem servir para a reconstrução da história paleolimnológica e o seu controle sobre o potencial gerador de petróleo de uma seqüência lacustre. relatam que no Brasil. Tissot & Welte 1984). Austrália e Brasil). Oeste da África. na maioria. as rochas geradoras lacustres costumam apresentar uma menor extensão geográfica e uma maior variedade composicional e de potencial petrolífero. as características fisioquímicas da coluna d’água.RELAÇÃO COM O PETRÓLEO Segundo Tissot & Welte (1984). entretanto Katz (1990. As rochas geradoras de petróleo de origem lacustre são tidas como constituídas por querogênio do tipo I (Espitalié et al.1995). Ketz (1998). Lambiase (1990).2. apresentar maior potencial para a geração de hidrocarbonetos líquidos quando comparado aos querogênios dos tipos II (Marinho) e III (Origem terrestre). esses sedimentos podem constituir a principal fonte geradora de hidrocarbonetos. descrevem os lagos tectônicos como a interação entre subsidência. denominado com tipo I-S por seu elevado conteúdo de enxofre encontrada em rochas geradoras lacustres de água salina/hipersalina (Sinninghe Damsté et al. China. como resultado. Mello & Maxwell (1990).4. a produção e as condições de preservação da matéria orgânica. descreve que fatores tectônicos e climáticos podem afetar drasticamente os sistemas deposicionais. em particular. que controlam as características físicas e químicas da massa d’água. O tempo de exposição da biomassa ao longo da coluna d’água e na interface águasedimento também afeta o grau de preservação de matéria orgânica. altas taxas de sedimentação podem auxiliar na preservação da matéria orgânica. grande. retirando-a da interface água/sedimento. 22 . Por outro lado. Demaison & Moore (1980). A quantidade de matéria orgânica preservada num sistema lacustre é basicamente o resultado do balanço entre a biomassa produzida dentro do lago (autóctone) e/ou trazida de sua área de drenagem (alóctone) e a quantidade de biomassa alterada e reciclada na coluna d’água e nos sedimentos. desenvolveram o modelo de que grandes lagos profundos e anóxicos. envolvendo a interação entre diversas formas de carbono orgânico e inorgânico particulados e dissolvidos. após uma extensa discussão teórica e tendo em conta dados de diversos lagos recentes e antigos. logo abaixo). Keltz (1988). tamanho e profundidade do lago. considera que o lago ideal para a formação de rochas geradoras deve ser o de clima subtropical. são os ambientes ideais para a formação de rochas geradoras lacustres.Eugter & Hardie (1978). relativamente profundo. O ciclo do carbono nos sistemas lacustres na verdade é muito complexo (figura 3. em lagos onde a porção inferior da coluna d’água é anóxica. de modo a favorecer a concentração de nutrientes. A matéria orgânica é degradada apenas ao longo da parte óxica da coluna e a taxa de sedimentação já não apresenta um fator tão crítico para sua preservação (Katz 1990). usando como base o lago Tanganika (África Oriental). consideram os lagos hipersalinos como ambientes propícios para o desenvolvimento de rochas ricas em matéria orgânica devido à freqüente “explosão” de produtividade primária de organismos fitoplanctônicos adaptados a condições ambientais extremas. Enquanto o tempo de trânsito da biomassa entre a superfície e o fundo do lago é reflexo da profundidade e do contraste de densidade entre a água e a matéria orgânica. e Kirkland & Evans (1981). O tempo de permanência na interface água/sedimento é condicionado principalmente pela taxa de sedimentação. a estratificação da coluna d’água e a manutenção de um grande volume de biomassa. Em lagos cuja coluna d’água é toda óxica. O tipo de matéria orgânica preservado nos depósitos lacustres é controlado por diversos fatores tais como o clima. mesosalino e alcalino. e topografia de sua área de drenagem (Kelts 1988). cuja compreensão dos processos que controlam a formação das rochas lacustres com potencial petrolífero. Os lagos são modelos de ambientes muito especiais. ressalta que em ambos os casos. O¨Brien Et al. ambiente óxico ou anóxico. 2005). 1995. sedimentológicos. Potter Et al. altas taxas de sedimentação podem afetar drasticamente o conteúdo orgânico final devido o efeito de diluição da matéria orgânica pelos sedimentos. estratigráficos e geoquímicos. no Brasil foi recentemente descoberto o 23 . ajudarão no entendimento do processo lacustre sobre a formação de rochas geradoras de petróleo (Paz & Rossetti 2001. ainda está em continuo processo evolutivo.5 bilhões de barris de petróleo em reservatórios glaciais neopaleozóicos. Nos últimos anos os reservatórios glaciais paleozóicos receberam uma atenção especial. Exemplos disso é que na península Arábica foram encontrados 3. certamente mais desenvolvidos. devido a sua boa produção de hidrocarbonetos em arenitos de bacias remanescentes da Gonduana (França & Potter 1991.Diagrama mostrando o ciclo do carbono numa bacia lacustre (Kelts1988). modelos matemáticos. 1998). Katz (1990). No futuro.Figura 3 . 24 . siltitos. tem como rocha mãe folhelhos devonianos da formação Ponta Grossa (Potter et al. folhelhos. 1995). As formações favoráveis para a acumulação de petróleo nesse tipo de ambiente se dão devido a sua geometria e suas relações com camadas sedimentares. e folhelhos como selantes e rochas geradoras (Eyles & Maclabe 1989. argilitos e diamictitos. comuns nesse tipo de ambiente. Ghienne & Deynouy 1998). atuando como rochas selantes. formadas por: arenitos.campo de Barra Bonita em arenitos do grupo itararé da bacia do Paraná que. silte e argila devido a sua baixa hidrodinâmica. 25 . São ambientes propícios para a deposição de sedimentos finos clásticos e orgânicos. tais como areia fina. salobra ou salgada e variam em forma.CONCLUSÃO Foi concluído que lago é o nome genérico dado a toda massa de água que se acumula de forma natural numa depressão topográfica dentro do continente. com diversos agentes de formação. totalmente cercada por terra. argilitos e arenitos finos. Tais condições são favoráveis a formação de rochas como folhelhos. tamanho e profundidade. Os de menor superfície são por vezes chamados lagoa. enquanto os maiores são chamados de mares restritos. Os lagos podem ser de água doce. siltitos. sendo o folhelho uma excelente rocha geradora e selante de hidrocarbonetos. Os Lagos – Limnologia. Contador de histórias. Disponível em: < http://www. Takako. Acessado em: 2 mar.htm>. 2008.html>.infopedia.com. 26 .recantodasletras.br/revistageociencias/20_1/1. Disponível em: <http://www. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ELETRÔNICA: COLA DA WEB. Revista Geociências . J. 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